Guía Laserterapia

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GUIA INTRODUTÓRIO:

A Laserterapia
aplicada à
Fonoaudiologia

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Índice Clique para ir até a página desejada

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Introdução O uso do laser Como o laser funciona na
na medicina recuperação de tecidos

A aplicação A laserterapia no
nos ossos tratamendo da dor

6 Como os músculos
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O laser no tratamento
do tecido nervoso reagem
A Laserterapia aplicada Conclusão
à Fonoaudiologia

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Introdução
Não há dúvidas de que a tecnologia é uma importante aliada
dos profissionais da área de saúde. Na Medicina, Fisioterapia,
Fonoaudiologia e outras profissões, a capacitação e o treinamento Vanessa
tecnológico podem ser muito mais do que apenas aprimoramento Mouffron
profissional. Fonoaudióloga

O domínio do uso do laser como ferramenta, especificamente, CRFa 1-6965-6


pode se transformar num diferencial e tanto para o especialista.
Como veremos ao longo deste material, a laserterapia acelera e
torna mais eficiente uma série de tratamentos.

Nas próximas linhas, vou falar sobre a descoberta do uso do laser


na Medicina e seu papel na recuperação de diferentes tipos de
tecidos. Vou, também, fornecer as linhas gerais que demonstram
sua contribuição em tratamentos fonoaudiológicos.

Com certeza, ao terminar a leitura, você será capaz de avaliar o


profundo impacto que uma capacitação nessa área pode ter na
sua carreira. Faça bom proveito dessas informações!

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O uso do laser na
área da saúde
Entre não especialistas, é comum que a palavra região exposta ao laser cresceram mais rapidamente.
“radiação” seja vista com receio. Ele acabava de descobrir o que hoje chamamos
de fotobiomodulação: se o laser de alta potência
No entanto, o princípio de emissão de energia tem finalidade cirúrgica, sendo capaz de queimar e
que se propaga em forma de luz ou partículas cortar tecidos, o de baixa potência, acelera, modula
está presente na maior parte dos dispositivos e (isto é, ajuda a melhorar a qualidade do tecido ou a
descobertas científicas do nosso cotidiano. reverter inflamações) e inibe determinados processos
biológicos do nosso organismo.
Sua função medicinal foi descoberta em 1960 e
as primeiras pesquisas sobre a sua aplicação se A sua eficácia, depois disso, foi comprovada por
relacionavam à remoção de tatuagens, tratamento de
diversos estudos científicos.
queimaduras, cirurgias oftalmológicas e, em alguns
casos, até mesmo destruição de tumores malignos.
E desde então, o laser vem ganhando espaço na área
de saúde. Os esforços de estudiosos da área, hoje,
O médico húngaro Endre Mester, ao tentar fazer isso
concentram-se não mais em comprovar sua eficácia,
em cobaias, construiu, por engano, um laser com
mas em compreender até onde vão seus benefícios.
potência menor que a necessária.

Ao observar os resultados disso, Endre percebeu que suas A tendência é que, com o tempo, novas possibilidades
cobaias apresentaram uma resposta fisiológica melhor terapêuticas surjam, sejam comprovadas e se tornem
do que o seu grupo de controle. Até mesmo os pelos da parte do repertório terapêutico.
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Como o laser funciona na
recuperação de tecidos
À medida que o uso do laser na medicina foi se bioquímicas sem dano às estruturas atômicas e
expandindo, algumas descobertas foram sendo feitas e moleculares. São exemplos de radiações não-ionizantes
os métodos de aplicação foram sendo aprimorados.
aquelas emitidas pelo microondas, aparelhos de rádio e

Embora a palavra laser signifique “Luz Amplificada antenas de televisão.


por emissão estimulada de radiação”, é importante
entender que há dois tipos de radiação eletromagnética: Sabemos que o comprimento de onda interfere no tipo
de tecido alcançado pela luz.
Radiação ionizante
São ondas eletromagnéticas com grande quantidade de
energia, capazes de promover alterações estruturais em Só para citar alguns exemplos, os comprimentos de
estruturas complexas, como o DNA. onda vermelhos são os mais utilizados em tratamentos
Como exemplo temos os raios-X e a
de tecidos superficiais, pois são absorvidos na superfície
radiação ultravioleta.
da pele.
Radiação não-
ionizante O infravermelho, por sua vez, é transmitido a tecidos
São ondas eletromagnéticas com mais profundos, sendo utilizado no tratamento de
baixa quantidade de energia,
ossos, nervos e músculos.
que promovem alterações
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A Laserterapia aplicada à
Fonoaudiologia
A laserterapia, portanto, acelera a resposta fisiológica acelera a cicatrização, reduz a inflamação e tem função
do organismo, sendo bastante utilizada em diversas analgésica.
áreas por sua alta eficiência no reparo de tecidos
superficiais e também profundos. Nunca é demais mencionar que essas alterações
devem ser devidamente diagnosticadas por
No campo da Fonoaudiologia, a laserterapia pode profissionais médicos ou odontólogos. E, também,
auxiliar, por exemplo, em casos de disfagia com que o uso da laserterapia deverá ser feito de modo
alterações nas fases preparatória e oral, uma vez que
interdisciplinar.
ajuda no reparo de lesões orais que interferem no
processo de mastigação e ingestão de alimentos.
A aplicação nos ossos
O tecido conjuntivo ósseo também apresenta
Ou, ainda, em pós-operatórios de cirurgias orofaciais,
tratamento de queimados e até mesmo na amamentação respostas positivas à laserterapia.
(auxiliando no tratamento dos traumas mamilares).
Quando lesionado — como nos casos de fraturas de
A aplicação em lesões da mucosa oral, como úlceras face ou de cirurgia ortognática — o osso
intraorais (aftas), úlceras traumáticas, mucosites sofre uma série de fenômenos biológicos que
e em cirurgias programadas como a frenotomia, conduzem ao seu reparo.

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Embora esse tecido apresente um ótimo potencial de exercícios faciais acelera a recuperação de indivíduos
regeneração, em algumas situações esse processo com paralisia de Bell. (Ordahan & Karahan, 2017)
encontra-se limitado e há a tendência de reparação
por meio da formação de tecido fibroso, o que pode • A parestesia, uma alteração de sensibilidade facial
dificultar ou mesmo impedir o reparo adequado. normalmente ocasionada por lesões no tecido nervoso
Estudos já comprovaram que, para esses casos, o laser durante procedimentos cirúrgicos orais, também
não só acelera a recuperação como também permite apresenta bom prognóstico quando tratada com a
que ela ocorra do modo mais fisiológico possível. laserterapia.

O laser no tratamento do A laserterapia no tratamento da dor


tecido nervoso O uso da laserterapia pode apresentar, também,
Também há relatos de casos de aceleração da propriedades analgésicas.
regeneração no tecido nervoso, graças aos efeitos da
aplicação do laser. os pacientes com disfunção temporomandibular
também apresentam melhoras significativas nas dores,
Mais que isso, dentre os vários métodos propostos mastigação e redução em inflamações.
para recuperar nervos periféricos lesionados, a
laserterapia tem recebido atenção especial nas últimas Mas é sempre bom lembrar: embora o uso da
duas décadas. Veja por quê: laserterapia seja bastante promissor, principalmente
no que diz respeito à motricidade orofacial, e
• Alguns estudos comprovaram sua eficácia tanto nos apresente efeito analgésico, diminuir a dor não é o
casos de trauma incompleto do nervo como nos casos objetivo final da Fonoaudiologia.
de completa secção seguida de tratamento cirúrgico
por sutura direta. O terapeuta, em nenhuma hipótese, deve abrir mão
das estratégias fonoaudiológicas específicas do seu
• A laserterapia de baixa potência associada a campo de atuação.
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Como os músculos reagem
A utilização da laserterapia no sistema muscular, Por aumentar o aporte energético (ATP), Há evidências
particularmente a aplicação em pacientes com de que o laser seja capaz de promover redução da
paralisia cerebral espástica, ajuda a recuperar a fadiga, ganho de força, melhora da regeneração
abertura de boca e diminuir o esforço de mordida. muscular edo desempenho em atividades físicas.

Ajuda, também, a diminuir a tensão nos músculos Tendo em vista que o treino muscular é a base da
masseteres e temporais. Os sintomas, porém, de fonoterapia em diversas áreas de atuação — como,
acordo com alguns estudos, podem voltar após a por exemplo, as áreas de disfagia e voz — têm sido
interrupção do tratamento. Isso reforça a ideia de que encorajados estudos que possam verificar os efeitos
trata-se de uma terapia complementar, não devendo da laserterapia no ganho de força e no desempenho
ser utilizada como única estratégia no tratamento. dos músculos envolvidos em diferentes funções.

O tecido muscular reage quando submetido ao


laser de baixa potência. Os músculos são estruturas
extremamente sensíveis e adaptáveis às mudanças
do desenvolvimento, à idade, ao uso, desuso e ao
processo de degeneração tecidual.

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Conclusão
O avanço tecnológico na área de Fonoaudiologia, assim como
em todas as áreas da saúde, é crescente e deve ser encarado
de maneira positiva. No entanto, é sempre importante ressaltar
que a laserterapia é um recurso auxiliar para a fonoterapia,
não devendo ser tratada como a protagonista do processo
terapêutico.

Embora seja uma técnica de fácil aplicação, indolor, sem


efeitos colaterais e com poucas contraindicações, o uso do
laser de baixa potência deve ser feito de modo muito
criterioso e responsável, sendo indispensável o estudo
aprofundado sobre o assunto.

Com este material, minha intenção foi apresentar a você


um pouquinho das possibilidades de utilização do laser de
baixa potência como um recurso complementar à terapia
fonoaudiológica tradicional.

Com este material, minha intenção foi apresentar a


você um pouquinho das possibilidades de utilização
do laser de baixa potência como um recurso complementar
à terapia fonoaudiológica tradicional. Acredito que, juntos,
podemos construir uma Fonoaudiologia mais moderna,
potencializada pela tecnologia, favorecendo terapeutas e
também os pacientes. Até a próxima!
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w w w. v m fo n o . c o m . b r

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