Cálculo Diferencial e Integral I - 2018 PDF

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Sobre o autor (a)

Niander Aguiar Cerqueira

Um dos autores é Niander Aguiar Cerqueira, natural de Itaperuna/RJ, Doutor


em Engenharia Civil (UENF, 2017), Mestre em Ciências de Engenharia (UENF,
2001), Especialista em Engenharia e Segurança do Trabalho (REDENTOR, 2009),
Bacharel em Engenharia Civil (UENF, 1999). Experiente como projetista estrutural e
consultor para projetos e recuperação de estruturas. É Professor Doutor do Centro
Universitário REDENTOR (UniRedentor) desde 2007 e da Faculdade REDENTOR
DE CAMPOS desde 2013, onde também é Coordenador do curso de Engenharia
Civil. É coordenador dos cursos de Pós-graduação em Engenharia Estrutural e
Estruturas Metálicas da UniRedentor. É autor dos cadernos de Cálculo 0, Cálculo
Diferencial e Integral I e II, de Mecânica Geral e de Estruturas Metálicas e de
Madeira para os cursos de Engenharia na modalidade EAD. Com experiência no
ensino de análise estrutural, estruturas metálicas, estruturas de madeira, alvenaria
estrutural e estruturas de concreto.

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Sobre o autor (a)

Gabriel Pereira Gonçalves

O autor do caderno de estudos é o prof. M. S. Gabriel Pereira Gonçalves,


brasileiro, natural do Rio de Janeiro (RJ), mestre em Engenharia Civil pela UENF
(2011), especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho (Redentor, 2009),
bacharel em Engenharia Civil (Redentor, 2008). Professor do Centro Universitário
Redentor desde 2010 na modalidade presencial, na modalidade à distância, desde
2015. É coordenador e professor do curso técnico de nível médio em Edificações do
Centro de Ensino Técnico Redentor (CETER). Já ministrou as disciplinas de
Cálculo1, Cálculo 2, Mecânica Geral, Mecânica Aplicada, Sistemas Isostáticos,
Materiais de Construção, Engenharia de Segurança do trabalho, Equipamentos,
Sistemas Estruturais e Estruturas de aço e madeira. É Inspetor Regional do CREA-
RJ (Representante em Porciúncula-RJ). Trabalha na área da construção civil,
prestando serviços a empresas privadas e prefeituras como engenheiro civil,
elaborando orçamentos, vistorias, laudos, parecer técnico, entre outros.

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Apresentação

Prezado (a) aluno (a), seja bem-vindo!

Parabéns a quem já chegou até aqui.


Cada etapa nova é, sem dúvida, momento de agradecer ao que já foi vencido
e traçar novas metas e estratégias para vivenciar o novo. Estamos adentrando o
universo do Cálculo, que é uma das mais fascinantes subáreas da Matemática.
Aquilo que trataremos aqui tem aplicação em diversos campos da ciência e, de
forma bem singular, nas Engenharias.
Cálculo Diferencial e Integral, conhecido simplesmente por Cálculo, é um
ramo da Matemática aplicado a diversas situações práticas como taxas de variação,
acumulação de quantidades, cálculo de áreas, volumes etc.
Esse caderno é um guia de estudos do livro “UM CURSO DE CÁLCULO”,
cujo autor é GUIDORIZZI (Cf. Referências Bibliográficas). Para seu total sucesso,
indico a aquisição desse livro.
A disciplina foi dividida em oito módulos (aulas), tendo como elementos
integrantes de cada aula os exemplos, os exercícios resolvidos e as atividades
propostas (a serem resolvidas e encaminhadas como parte da avaliação).
Para um bom aproveitamento deste material, é muito importante que você
compreenda bem os exemplos e refaça todos os exercícios resolvidos até que os
conceitos sejam assimilados.
Esperamos que, ao completar os módulos desta disciplina, você tenha
logrado êxito nos estudos; equipando-se, assim, de conteúdo e entusiasmo para os
futuros desafios de seu curso e de sua profissão.

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Objetivos

Este caderno de estudos tem como objetivos:

 Apresentar os conceitos básicos de limite, derivada e integral;


 Representar graficamente funções definidas por partes;
 Apresentar os conceitos de limite, limite lateral, continuidade etc.;
 Identificar funções diferenciáveis;
 Identificar a derivada de uma função com a equação da reta
tangente;
 Apresentar as principais regras de derivação de funções;
 Identificar a Integral e a Derivada como funções inversas;
 Avaliar, decodificar, formular e resolver problemas de cálculo.

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Sumário

AULA 1 - FUNÇÕES
1 INTRODUÇÃO – FUNÇÕES ........................................................................................ 15

1.1 Função Definida por Partes ............................................................................ 19

1.2 Função Composta........................................................................................... 20

AULA 2 - INTRODUÇÃO AO LIMITE


2 INTRODUÇÃO – LIMITE E CONTINUIDADE ................................................................ 28

2.1 Noção Intuitiva de Continuidade .................................................................. 28

2.2 Noção Intuitiva de Limite ................................................................................ 29

2.3 Tabelas de aproximações .............................................................................. 31

2.3.1 Definição intuitiva de limites para caso geral .................................. 32

2.3.2 Cálculo de limites de funções simples ............................................... 32

AULA 3 - LIMITE
3 INTRODUÇÃO – LIMITE .............................................................................................. 40

3.1 Indeterminação 0/0 ........................................................................................ 42

3.2 Resolução de indeterminação 0/0 por fatoração, produtos notáveis e


conjugados de radicais........................................................................................... 42

3.3 Propriedades dos Limites ................................................................................ 47

3.4 Limite Lateral .................................................................................................... 48

3.5 Definição de Função Composta.................................................................... 51

3.6 Limite de Função Composta .......................................................................... 52

AULA 4 - EXTENSÃO DO LIMITE


4 INTRODUÇÃO – EXTENSÃO DO LIMITE ..................................................................... 62

4.1 Limites no Infinito ............................................................................................. 62

4.2 Limites Infinitos ................................................................................................. 66

4.3 A indeterminação do tipo ∞∞ ....................................................................... 71


4.4 Sequência e Limite de Sequência ................................................................. 71

4.5 Limite de Função e Sequência ...................................................................... 73

4.6 O Número 𝒆...................................................................................................... 74

e x 1
4.7 O Limite Exponencial Fundamental Lim ............................................. 76
x 0 x

AULA 5 - LIMITE TRIGONOMÉTRICO


5 INTRODUÇÃO – LIMITE TRIGONOMÉTRICO .............................................................. 84

5.1 Teorema do confronto .................................................................................... 84

5.2 Limite trigonométrico ...................................................................................... 85

senx
5.3 Limite fundamental Lim .......................................................................... 86
x0 x

5.4 Demais simplificações trigonométricas ........................................................ 89

AULA 6 - DERIVADA I
6 INTRODUÇÃO – DERIVADA I ..................................................................................... 94

6.1 Derivada de uma função ............................................................................... 96

6.2 Derivada de Funções Conhecidas .............................................................. 100

6.2.1 Derivadas de funções polinomiais (xn) e funções radicais (𝒏𝒙)... 101

6.2.2 Derivadas de funções exponenciais (ex) e logarítmica (ln x): ..... 103

6.2.3 Derivadas das Funções Trigonométricas ......................................... 104

6.3 Representação das derivadas ..................................................................... 106

AULA 7 - DERIVADA II
7 INTRODUÇÃO – DERIVADA II .................................................................................. 112

7.1 Derivabilidade e Continuidade ................................................................... 112

7.2 Regras de derivação .................................................................................... 114

7.3 Derivadas de ordem superior ...................................................................... 119

AULA 8 - DERIVADA III

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8 INTRODUÇÃO – DERIVADAS III ............................................................................... 126

8.1 Regra da Cadeia – Derivação de Função Composta ............................... 129

8.2 Derivação de Função dada Implicitamente .............................................. 132

8.3 Interpretação de 𝒅𝒚𝒅𝒙 como um Quociente Diferencial ......................... 136

8.4 Derivada de 𝒇(𝒙)𝒈(𝒙).................................................................................... 141

AULA 9 - APLICAÇÕES DA DERIVADA I


9 INTRODUÇÃO – APLICAÇÕES DA DERIVADA I ...................................................... 147

9.1 Regra De L`Hospital ....................................................................................... 147

9.2 Velocidade e Aceleração. Taxa De Variação .......................................... 148

9.3 Valores Máximos e Mínimos......................................................................... 151

9.3.1 Máximos e mínimos relativos ............................................................. 151

9.3.2 Sinal da derivada ................................................................................ 152

9.3.3 Pontos críticos ...................................................................................... 153

9.3.4 Máximos e mínimos absolutos ........................................................... 155

9.3.5 Extremos absolutos em intervalos fechados: .................................. 156

9.4 Teorema do valor extremo e o teste da segunda derivada ..................... 157

9.4.1 Concavidades .................................................................................... 157

9.4.2 Sinal da derivada segunda ............................................................... 158

9.4.3 Pontos de inflexão .............................................................................. 158

9.4.4 Construção de gráficos ..................................................................... 158

AULA 10 - APLICAÇÕES DERIVADA II


10 INTRODUÇÃO – APLICAÇÕES DERIVADA II ........................................................... 167

10.1 Problemas Aplicados .................................................................................... 167

10.2 Problemas envolvendo reta tangente e reta normal ao gráfico de uma


função ..................................................................................................................... 171

AULA 11 - ANTEDERIVAÇÃO

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11 INTRODUÇÃO – ANTIDERIVAÇÃO .......................................................................... 185

11.1 Tabelas de integração.................................................................................. 186

11.2 Propriedades ................................................................................................. 189

AULA 12 - INTEGRAÇÃO I
12 INTRODUÇÃO – INTEGRAÇÃO I.............................................................................. 198

12.1 Exercícios De Integrais Diretas Da Tabela ................................................... 198

12.2 Equações Diferenciais: Uma Visão Muito Simples ...................................... 202

AULA 13 - INTEGRAÇÃO II
13 INTRODUÇÃO – INTEGRAÇÃO II............................................................................. 209

13.1 Integração Por Substituição ......................................................................... 209

13.1.1 Mudança De Variável Em Expressões De Primeiro Grau .............. 210

13.1.2 Mudança De Variável Da Expressão De Maior Expoente ............ 213

13.1.3 Outros Casos ........................................................................................ 215

AULA 14 - INTEGRAIS DEFINIDAS


14 INTRODUÇÃO – INTEGRAL DEFINIDA...................................................................... 224

14.1 Partição de um intervalo .............................................................................. 224

14.2 Soma De Riemann......................................................................................... 225

14.3 Integral De Riemann: Definições E Propriedades ....................................... 227

14.4 Exercícios De Integrais Definidas ................................................................. 228

AULA 15 - INTEGRAÇÃO: NOÇÕES DAS APLICAÇÕES


15 INTRODUÇÃO – INTEGRAÇÃO: NOÇÕES DAS APLICAÇÕES ................................ 236

15.1 Cálculo De Áreas Planas Através Da Integral ............................................ 236

AULA 16 - INTEGRAÇÃO: NOÇÕES DAS APLICAÇÕES


16 INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 247

16.1 Aplicações da derivada .............................................................................. 247

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16.1.1 Taxa de variação instantânea ......................................................... 247

16.1.2 Taxas Relacionadas ............................................................................ 248

16.1.3 Diferenciação Implícita e Taxas Relacionadas .............................. 249

16.1.4 Velocidade instantânea e aceleração .......................................... 253

16.1.5 Teste da primeira derivada e segunda derivada .......................... 254

16.2 Integração ..................................................................................................... 257

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Iconografia
Aula 1
Funções

APRESENTAÇÃO DA AULA

Falar em Cálculo, antes de qualquer coisa, é tratar de funções.


O Cálculo está intimamente ligado à representação de funções, pois falamos
de limites de funções, derivada de funções, integral de funções etc.
Função é uma relação entre dois conjuntos, de tal forma que cada elemento
do conjunto de partida (domínio) esteja associado a um elemento do conjunto de
chegada (contradomínio). Você já viu os conceitos de função e até aplicações na
disciplina Cálculo 0.
O que iremos fazer aqui, nesta aula, é revisar parte do conteúdo e apresentar
algumas aplicações diferentes.
Mãos à obra!

OBJETIVOS DA AULA
Esperamos que, após o estudo do conteúdo desta aula, você seja capaz de:

 Identificar e conceituar funções;


 Apresentar as funções compostas e definidas por partes;
 Representar graficamente algumas funções.

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15

“Toda a educação científica que não se inicia com a Matemática é,


naturalmente, imperfeita na sua base”. Augusto Conte
1 INTRODUÇÃO – FUNÇÕES

As funções são definidas por certas relações. Assim, elas descrevem relações
matemáticas entre dois elementos.
De forma intuitiva, podemos dizer que função é uma forma de associação de
valores de x (variável independente) a um único valor da de y (= f(x), variável
dependente).
Função, conforme visto no Caderno de Cálculo 0, é um conceito que pode ser
definido, formalmente, da seguinte maneira:
Sejam A e B dois conjuntos e a → b, uma regra de associação de cada
elemento a do conjunto A em um único b de B.
O conjunto A é denominado domínio de f (Df), e o conjunto B é o
contradomínio de f. Usualmente, indicamos uma função f de domínio em A e
contradomínio em B por: 𝑓: 𝐴 → 𝐵 (leia f de A em B).

Nas nossas disciplinas de Cálculo, iremos trabalhar


apenas com funções reais, ou seja, tanto o conjunto
domínio A como o contradomínio B são subconjuntos de
ℝ. Nesse caderno, vamos trabalhar com função de uma
variável real a valores reais,

Exemplo: Seja a função 𝑓(𝑥) = 2𝑥, a sua representação cartesiana está


apresentada na Fig. 1:

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16

Figura 1: Representação gráfica da função 𝒇(𝒙) = 𝟐𝒙.

Estudo do Domínio de Uma Função Real

Estudar o domínio é fazer uma análise da função, determinando para que


valores de x a função retorna um valor real, ou seja, para quais valores de x a
função existe.
Vejamos alguns exemplos:

a) 𝑦 = 3𝑥 + 1,𝐷𝑓 = ℝ
(Em qualquer valor que se substitua em x, encontra-se um valor real para y).

1
b) 𝑦 = 𝑥 2 −6𝑥+5

𝑥² − 6𝑥 + 5 ≠ 0 → 𝑥’ ≠ 1 𝑒𝑥’’ ≠ 5
𝐷𝑓 = ℝ − {1, 5}

1
c) 𝑦 = 𝑥, 𝐷𝑓 = ℝ∗

Denominador ≠ 0 → 𝑥 ≠ 0.

d) 𝑦 = √𝑥 − 1 → 𝑥 – 1 ≥ 0
𝑥 ≥ 1

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17

𝐷𝑓 = {𝑥 𝜖 ℝ / x ≥ 1}

1
e) 𝑦 = √7 − 𝑥 +
√𝑥−3

7– 𝑥 ≥ 0 → −𝑥 ≥ −7 → 𝑥 ≤ 7
𝑥– 3 > 0 → 𝑥 > 3
𝐷𝑓 = {𝑥 𝜖 ℝ / 3 < 𝑥 ≤ 7} 𝑜𝑢 𝐷𝑓 = ] 3, 7 ]

√𝑥
f) y = 3
√𝑥−1

𝑥 ≥ 0
𝑥– 1 ≠ 0 → 𝑥 ≠ 1
𝐷𝑓 = {𝑥 𝜖 ℝ / x ≥ 0 e x ≠ 1}

Gráfico de Função:
Representar graficamente uma função, antes de qualquer coisa, é representar
pontos no plano cartesiano, de forma a demonstrar a relação entre valores
arbitrados para a variável independente x, e os respectivos valores calculados para
a variável dependente y (=f(x)).

Figura 2: Representação gráfica da função 𝒇(𝒙) = 𝒙𝟑 .


Exemplo:
1) 𝑓(𝑥) = 𝑥³
𝐷𝑓 = ℝeIm𝑓 = ℝ

1
2) 𝑓(𝑥) = 𝑥

𝐷𝑓 = ℝ∗ eIm𝑓 = ℝ∗

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18

𝟏
Figura 3: Representação gráfica da função 𝒇(𝒙) = 𝒙

3) Construa o gráfico e determine o conjunto imagem e o conjunto domínio.


−1
a) 𝑓(𝑥) = → x ≠ 0Df = ℝ* eImf = ℝ*
𝑥
−1 −1
𝑓(1) = = −1e𝑓(−1) = = 1 (Função Ímpar)
1 −1

𝟏
Figura 4: Representação gráfica da função 𝒇(𝒙) = − .
𝒙

1
b) 𝑓(𝑥) = → 𝑥– 1 ≠ 0 → 𝑥 ≠ 1
𝑥−1
1 1 −1
𝑓(2) = = 1e𝑓(−2) = = (sem paridade)
2−1 −2−1 3

𝐷𝑓 = {𝑥 ∈ ℝ/𝑥 ≠ 1}

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19

𝟏
Figura 5: Representação gráfica da função 𝒇(𝒙) =
𝒙−𝟏

1.1 Função Definida por Partes

Uma função definida por partes, 𝑦 = 𝑓(𝑥) é uma função que é definida,
simbolicamente, utilizando duas ou mais equações. Ou seja, a fórmula para f varia
de acordo com o valor de x.
Veja alguns exemplos:

Figura 6: Representação gráfica da função 𝒇(𝒙) = |𝒙|


x, se x ≥ 0
a) 𝑓(𝑥) = |𝑥|, {
− x, se x < 0

x + 1, x > 2
b) 𝑓(𝑥) = {x, – 2 ≤ x ≤ 2
x – 1, x < − 1

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20

Figura 7: Representação gráfica da função exemplo b.

COMPLEMENTAR

Para saber um pouco mais, consulte:


<http://www.calculo.iq.unesp.br/Calculo1/funcao-porpartes.html>.
<http://abel.mat.ufpb.br/~sergio/curso/funcoes_def.html>.

1.2 Função Composta

Sejam A, B e C, conjuntos que definem funções. A Função composta pode


ser entendida como a determinação de uma terceira função C, formada pela junção
das funções A e B.
Matematicamente falando, temos que f: A → B e g: B → C, denomina a
formação da função composta de g com f, h: A → C.
Dizemos, então, que a função g composta com a função f, é representada por
gof ou g(f(x)).
Exemplos:
1) Seja 𝑓(𝑥) = 𝑥² e 𝑔(𝑥) = √𝑥, então, podemos definir uma função ℎ(𝑥) =
𝑔(𝑓(𝑥)).

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21

Então:
ℎ(𝑥) = √𝑓(𝑥)

ℎ(𝑥) = √𝑥 2
ℎ(𝑥) = 𝑥

2) Seja 𝑓(𝑥) = 𝑥 + 1 e 𝑔(𝑥) = 2𝑥 – 1, calcule:


𝒂) 𝑓(𝑔(𝑥))
𝑓(𝑥) = 𝑥 + 1
𝑓(𝑔(𝑥)) = 𝑓(2𝑥 − 1)
𝑓(𝑔(𝑥)) = 2𝑥 – 1 + 1
𝑓(𝑔(𝑥)) = 2𝑥

𝒃) 𝑔(𝑓(𝑥))
𝑔(𝑥) = 2𝑥 – 1
𝑔(𝑓(𝑥)) = 𝑔(𝑥 + 1)
𝑔(𝑓(𝑥)) = 2. (𝑥 + 1) − 1
𝑔(𝑓(𝑥)) = 2𝑥 + 2 − 1
𝑔(𝑓(𝑥)) = 2𝑥 + 1

3) Seja 𝑓(𝑥) = 𝑆𝑒𝑛 𝑥e𝑔(𝑥) = 𝑥 + 𝜋, qual o valor de 𝑓(𝑔(𝑥)) ?


𝑓𝑜𝑔 = 𝑓(𝑔(𝑥)) = 𝑆𝑒𝑛 𝑔(𝑥) = 𝑆𝑒𝑛 (𝑥 + 𝜋)
𝑆𝑒𝑛 (𝑥 + 𝜋) = 𝑆𝑒𝑛 𝑥 . 𝐶𝑜𝑠 𝜋 + 𝑆𝑒𝑛 𝜋 . 𝐶𝑜𝑠 𝑥

Sendo,
𝑆𝑒𝑛 𝜋 = 0 e 𝐶𝑜𝑠 𝜋 = −1
𝐹𝑜𝑔 = − 𝑆𝑒𝑛 𝑥
𝐷𝑓 = ℝ 𝑒 𝐼𝑚𝑓 = [−1, 1]

π
4) Seja a função h(x) = fog (x). Se f(x) = Sen x e g(x) = 𝑥 − 2, encontre o

domínio, a imagem, a paridade e esboce o gráfico da função.


𝜋
ℎ(𝑥) = 𝑓(𝑔(𝑥)) = 𝑆𝑒𝑛 (𝑥 − )
2

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22

𝜋 𝜋
ℎ(𝑥) = 𝑆𝑒𝑛 𝑥 . 𝐶𝑜𝑠 − 𝑆𝑒𝑛 . 𝐶𝑜𝑠 𝑥
2 2
Sendo,
𝜋 𝜋
𝑆𝑒𝑛 2 = 1 e 𝐶𝑜𝑠 2 = 0

ℎ(𝑥) = − 𝐶𝑜𝑠 𝑥
𝐷𝑓 = ℝ 𝑒 𝐼𝑚𝑓 = [−1, 1]

5) Seja a função h(x) = fog(x). Se f(x) = Cos x e g(x) = x + π, determine o


domínio, a imagem e esboce o gráfico da função.
Solução:
ℎ(𝑥) = 𝑓(𝑔(𝑥)) = 𝐶𝑜𝑠 𝑔(𝑥) = 𝐶𝑜𝑠 (𝑥 + 𝜋)
ℎ(𝑥) = 𝐶𝑜𝑠 𝑥 . 𝐶𝑜𝑠 𝜋 − 𝑆𝑒𝑛 𝑥 . 𝑆𝑒𝑛 𝜋

Sendo,
𝑆𝑒𝑛 𝜋 = 0 e 𝐶𝑜𝑠 𝜋 = −1

ℎ(𝑥) = 𝐶𝑜𝑠 𝑥
𝐷𝑓 = ℝ 𝑒 𝐼𝑚𝑓 = [−1, 1]

COMPLEMENTAR

Para saber mais sobre funções, revise o seu caderno de Cálculo 0 e acesse:
<http://ecalculo.if.usp.br/>.
Para os próximos tópicos, use sempre como referência o livro do Guidorizzi e acesse:
<http://www.dma.uem.br/kit/>.

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Resumo

Nesta aula, você viu que:

 Função é uma relação entre dois conjuntos;


 Função definida por partes é uma função em que cada parte do
domínio pode estar associada a funções diferentes;
 Função composta é definida como uma terceira função que relaciona
outras duas funções reais;
 Função é a base para o cálculo diferencial e integral.

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Referências Bibliográficas

Básica:
Funções - Cálculo Diferencial e Integral. IME, USP-SP. Disponível em:
<http://ecalculo.if.usp.br/>. Acesso em: 10 maio. 2012.

GUIDORIZZI, L. H. Um Curso de Cálculo. Vol.1. 5. ed. São Paulo: LTC,


2008.

PRENHALL. Disponível em:


<http://cwx.prenhall.com/bookbind/pubbooks/thomas_br/chapter1/medialib/custom2/
b_visch_0p.html>. Acesso em: 10 maio. 2012.

THOMAS, G. B. Cálculo - Volume 1. Tradução: Paulo Boschcov. São Paulo:


Pearson Education do Brasil, 2002.

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Exercícios
AULA 1

√𝑥−1
1) Estudar o domínio e a imagem da função 𝑦 = 𝑥 2 −6𝑥+5.

2) Construa o gráfico e determine o conjunto imagem e o


1
conjunto domínio da função 𝑓(𝑥) = 𝑥+1

√7−𝑥
3) O domínio da função 𝑦 = + é:
√𝑥−3

a) {x ϵ ℝ/ 3 ≤ x ≤ 7}
b) {x ϵ ℝ / −7 < x ≤ 3}
c) {x ϵ ℝ / 3 < x ≤ 7}
d) {x ϵ ℝ / x > 7 ou x < 3}
e) {x ϵ ℝ / x ≥ 7 e x < 3}

4) Seja 𝑓(𝑥) = −𝑥 + 1 e 𝑔(𝑥) = 𝑥 – 1, 𝑓(𝑔(𝑥)) é igual a:


a) x − 2
b) 2 − x
c) x
d) −x
e) 1 + 2x

5) Seja 𝑓(𝑥) = √−𝑥 + 1 e 𝑔(𝑥) = 𝑥 – 5. O domínio da função composta


𝑓(𝑔(𝑥)) é:
a) 𝐷𝑓 = {𝑥 ∈ ℝ/ 𝑥 ≤ 6}
b) 𝐷𝑓 = {𝑥 ∈ ℝ/ 𝑥 ≤ −6}
c) 𝐷𝑓 = {𝑥 ∈ ℝ/ 𝑥 < 6}
d) 𝐷𝑓 = {𝑥 ∈ ℝ/ 𝑥 ≥ −6}
e) 𝐷𝑓 = {𝑥 ∈ ℝ/ 𝑥 ≤ 1}

1
6) Seja 𝑓(𝑥) = √𝑥 2 −5𝑥+4. O domínio da função é:

a) 𝐷𝑓 = ]0 , 6[
26

b) 𝐷𝑓 = [1 , 4]
c) 𝐷𝑓 = ℝ − {1 e 4}
d) 𝐷𝑓 = {𝑥 ∈ ℝ / 1 < 𝑥 < 4}
e) 𝐷𝑓 = {𝑥 ∈ ℝ / 𝑥 < 1 ou 𝑥 > 4}

7) Seja a função h(x) = fog(x). Se f(x) = Sen x e g(x) = x +2π, então, h(x) é
igual a:
a) Sen x + Cos x
b) 𝐶𝑜𝑠 x
c) − Cos x
d) − 𝑆𝑒𝑛 x

8) 𝑆𝑒𝑛 xSejam f e g funções reais tais que f[g(x)] = – 10x – 13 e g(x) = 2x + 3.


Determine qual é a lei que define f(x).
a) 5x − 13
b) 10 x + 3
c) −x + 10
d) − 5x + 2
e) x − 16

LISTA DE EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES

Faça os exercícios das páginas 39 a 43 do Livro do Guidorizzi.

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Aula 2
Introdução ao limite

APRESENTAÇÃO DA AULA

Nesta aula, vamos tratar, em caráter introdutório, sobre alguns dos conceitos
mais delicados do cálculo: os conceitos de continuidade e de limite.
É importante apreender bem esses conceitos, pois o entendimento garantirá
sucesso nos tópicos seguintes.

OBJETIVOS DA AULA

Esperamos que, após o estudo do conteúdo desta aula, você seja capaz de:

 Entender o conceito de Limite;


 Entender o conceito de Continuidade;
 Resolver problemas, envolvendo limites de funções.

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28

O pensamento lógico pode levar você, de A a B, mas a imaginação te leva


a qualquer parte do Universo”. Albert Einstein
2 INTRODUÇÃO – LIMITE E CONTINUIDADE

O Cálculo teve seu


Para saber mais sobre
desenvolvimento grandemente Newton e Leibiniz, não deixe

impulsionado pela produção de de acessar:


<http://www.leibnizbrasil.pro.br>.
Newton e Leibniz no século XVII. <http://www.ghtc.usp.br/Biografias/
Eles, imbuídos do desejo de Newton/Newton3.htm>.

resolver problemas físicos (encontrar a reta tangente a


uma curva num dado ponto da curva) e também por problemas geométricos
(encontrar a área da região plana limitada por uma curva arbitrária) etc., atuaram
como catalisadores do desenvolvimento da Matemática, transformando o Cálculo
numa ferramenta indispensável para a solução de problemas práticos do nosso
cotidiano. De forma inicial, vamos apresentar os conceitos intuitivos de Continuidade
e de Limite, basilares a construção de outros conhecimentos em Cálculo.

2.1 Noção Intuitiva de Continuidade

Intuitivamente, uma função contínua em um ponto p de seu domínio é uma


função cujo gráfico não apresenta “salto” em p.
Analise os gráficos das funções f e g na Fig. 8.

Figura 8: Noção Intuitiva de Limite.

(a) (b)
Fonte: GUIDORIZZI (2008)

O gráfico de f (Fig. 8a) não apresenta “salto” em p, ou seja, f é contínua em p.

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29

Observe que - à medida que x se aproxima de p, quer pela direita, ou pela


esquerda - os valores f(x) se aproximam de f(p); ou seja, quanto mais próximo x
estiver de p, mais próximo estará f(x) de f(p).
Já com a função g(x), o mesmo não acontece (ver Fig. 8b). Exatamente em p,
o gráfico de g apresenta um “salto”. Assim sendo, g não é contínua em p.
Exemplo:
1 se x  1
1) Consideremos as funções f e g dadas por: f ( x)  x e g ( x)  
2 se x  1
Representação gráfica (Fig. 9):

Figura 9: Representação Gráfica das funções f e g do exemplo 1.

(a) (b)
Fonte: GUIDORIZZI (2008)

Conforme podemos observar da Fig. 9, vemos, intuitivamente, que f é


contínua em todo p de seu domínio. Por sua vez, g sofre uma descontinuidade em p
= 1, mas é contínua em todo p  1, ou seja, f é contínua para qualquer valor de x, e
g é contínua para todo x  1.

2.2 Noção Intuitiva de Limite

Considere a função 𝑓(𝑥) = 𝑥 2 − 1.


Esta função está definida para todo x ∈ ℜ, isto é, qualquer que seja o número
real c, o valor f (c) está bem definido.
Exemplo 1: Se x = 2 então f (2) = 2 2 − 1 = 3.
Dizemos que a imagem de x = 2 é o valor f (2) = 3.
Podemos representar esta função graficamente conforme a Fig. 10.
Podemos representar esta função graficamente conforme a Fig. 10.

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30

Figura 10: Representação das funções f.

Fonte: SERAFIM (2006)

𝑥 2 −1
Considere agora outra função 𝑔(𝑥) = (Exemplo 2). Esta função está
𝑥−1

definida ∀𝑥 ∈ 𝑅 − {1}. Isto significa que não podemos aparentemente estabelecer


um resultado para x quando este for 1.
12 − 1 0
𝑔(1) = = → 𝐼𝑛𝑑𝑒𝑡𝑒𝑟𝑚𝑖𝑛𝑎çã𝑜 𝑚𝑎𝑡𝑒𝑚á𝑡𝑖𝑐𝑎
1−1 0

FALA DO PROFESSOR

Este resultado simboliza uma indeterminação matemática. Outros tipos de


indeterminações matemáticas serão tratados mais adiante.
Como a variável x não pode assumir o valor 1 na função g, vamos estudar o
comportamento desta função quando x estiver muito próximo de 1, ou seja,
queremos responder a seguinte questão.
Qual o comportamento gráfico da função g quando x assume valores muito
próximos de 1, porém diferentes de 1?
“A princípio o estudo do limite visa estabelecer o comportamento de uma função
numa vizinhança de um ponto (que pode ou não pertencer ao seu domínio). No
caso da função f, qualquer valor atribuído a x determina uma única imagem, sem
problema algum. Mas na função g, existe o ponto x = 1 que gera a
indeterminação” (Serafim, 2006). Para estudar os valores da função g (Exemplo 2)
quando x assume valores próximos a 1, mas diferente de 1, utilizaremos as tabelas
de aproximações.

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31

2.3 Tabelas de aproximações

As tabelas de aproximações são utilizadas para aproximar o valor da imagem


de uma função (se existir) quando a variável x se aproxima de um determinado
ponto. Atribuindo a x valores próximos de 1, porém menores do que 1: (Tabela 1)

Tabela 1: Tabela de aproximações.


x 0 0,5 0,75 0,9 0,99 0,999 0,9999
g(x) 1 1,5 1,75 1,9 1,99 1,999 1,9999

Atribuindo a x valores próximos de 1, porém maiores do que 1:

x 2 1,5 1,25 1,1 1,01 1,001 1,0001


g(x) 3 2,5 2,25 2,1 2,01 2,001 2,0001

Observemos que podemos tornar g(x) tão próximo de 2 quanto desejarmos,


bastando para isso tomarmos x suficientemente próximo de 1. De outra forma,
dizemos:
“O limite da função g(x) quando x se aproxima de (tende a) 1 é igual a 2”.
Simbolicamente escrevemos:
𝑥2 − 1
lim 𝑔(𝑥) = 2 𝑜𝑢 lim = 2.
𝑥→1 𝑥→1 𝑥 − 1

ATENÇÃO!

Os dois tipos de aproximações que vemos nas tabelas A e B são chamados de limites
laterais. Quando x tende a 1 por valores menores do que 1 (tabela A), dizemos que x tende
a 1 pela esquerda, e denotamos simbolicamente por x → 1− . Temos então que:
lim 𝑔(𝑥) = 2
𝑥→1−

Quando x tende a 1 por valores maiores do que 1 (tabela A), dizemos que x tende a 1 pela
direita, e denotamos simbolicamente por x → 1+. Temos então que:
lim 𝑔(𝑥) = 2
𝑥→1+

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32

2.3.1 Definição intuitiva de limites para caso geral

Só existirá o limite em casos gerais se o limite lateral pela


direita for igual ao limite lateral pela esquerda, caso contrário, não
existirá limite.
Resumindo:
lim 𝑓(𝑥) = 𝐿 ; 𝑠𝑒: lim 𝑓(𝑥) = lim+ 𝑓(𝑥) = 𝐿
𝑥→𝑝 𝑥→𝑝− 𝑥→𝑝

Caso contrário:
lim 𝑓(𝑥) ≠ lim+ 𝑓(𝑥) → lim 𝑓(𝑥) = ∄
𝑥→𝑝− 𝑥→𝑝 𝑥→𝑝

Pergunta: Será necessário sempre construir tabelas de aproximações para


determinar o limite de uma função, caso ele exista? Resposta: Não! Há uma forma
bem mais simples, como veremos a seguir.

2.3.2 Cálculo de limites de funções simples

Para resolvermos um limite de uma função simples, ou seja, sem apresentar


indeterminação matemática, podemos resolver o limite da mesma forma que
encontramos a imagem de uma função, basta substituirmos o valor que está
tendendo na função indicada, conforme exemplo.
Exemplo: Usando a intuição de limite, determinar os limites das funções
apresentadas abaixo:
(a) lim (𝑥 + 1)
x→0

Substituindo x por p (=0), temos:


lim (𝑥 + 1) = 0 + 1 = 1
x→0

Assim, tempos que - quando x tende a zero (0) - a função tende a um (1).

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33

Figura 11: Representação da função do exemplo a.

𝑥²−1
(b) lim
x → 1 𝑥−1

- Substituindo x por p (=1), temos:


𝑥² − 1 12 − 1 0
lim = =
x→1 𝑥 − 1 1−1 0

0
É um Símbolo de Indeterminação; portanto, a função no ponto p não existe
0

(∄ 𝑓(1)).
Para podermos calcular o limite da função f(x), quando x tende a 1, temos que
“trabalhar” a função. Ou seja, devemos fatorar numerador e/ou denominador ou
aplicar propriedades, de forma a simplificar a função e, aí sim, substituir o valor de x
por p.
Seja o exemplo anterior:
Sendo 𝑥² − 1 = (𝑥 + 1) ∙ (𝑥 − 1):
𝑥² − 1 (𝑥 + 1). (𝑥 − 1)
lim = lim = lim (𝑥 + 1) = 1 + 1 = 2
x→1 𝑥 − 1 x→1 (𝑥 − 1) x→1

Portanto:
𝑥² − 1
lim =𝐿=2
x→1 𝑥 − 1

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34

Figura 12: Representação da função do exemplo b.

Ou seja, embora ∄𝑓(1), a função tende ao valor 2.

(c) lim 𝑥 3 − 3𝑥 2 + 2𝑥
x → −1

- Substituindo x por p (= -1), temos:


lim 𝑥 3 − 3𝑥 2 + 2𝑥 = (−1)2 − 3 . (−1)2 + 2 . (−1) = −6
x → −1

√𝑥 − 1 √1 − 1 0
lim = =
x→1 𝑥 − 1 1−1 0

ATENÇÃO!

Para saber um pouco mais sempre, use como referência o livro do Guidorizzi e acesse:
<http://ecalculo.if.usp.br/ferramentas/limites/calculo_lim/calculo_lim.htm>.

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Resumo

Nesta aula, você viu que:

 Limite é um valor que uma função f tende a ter num ponto p, mesmo
se ∄ 𝒇(𝒑). Ou seja, o limite visa o estudo da função pegando valores
de x próximos do ponto a ser analisada, essa aproximação pode ser
feita tanto pelo lado esquerdo (valores menores que o ponto xo),
quanto pelo lado direito (valores maiores do que o ponto xo);
 Só existirão limites no caso geral se o limite lateral pela direita for
igual ao limite lateral pela esquerda.

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Referências Bibliográficas

Básica:
GUIDORIZZI, L. H. Um Curso de Cálculo. Vol. 1. 5. ed. São Paulo: LTC,
2008.

SERAFIM, A. F. Apostila de limites e derivadas. Notas de aula. Faculdade


de Ciências e Tecnologia, 2006.

THOMAS, G. B. Cálculo - Volume 1. Tradução: Paulo Boschcov. 12. ed. São


Paulo: Pearson Education do Brasil, 2012.

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Exercícios
AULA 2

1) Calcule os limites.

𝒂) lim(4𝑥 2 − 7𝑥 + 5)
𝑥→1
𝑥 2 +2𝑥−3
b) lim
𝑥→3 5−3𝑥
3
3𝑥 2 −2𝑥−5
c) lim (−𝑥 2 +3𝑥+4)
𝑥→2

2𝑥 2 +3𝑥−3
𝒅) lim √
𝑥→−1 5𝑥−4

3 3𝑥 3 −5𝑥 2 −𝑥+3
e) lim √
𝑥→−2 4𝑥+3

√2𝑥 2 +3𝑥+2
f) lim
𝑥→2 6−4𝑥

3 39
Resp.: a) 2 b) 0 c) 1/8 d) 2/3 e) √ 5 f) -2

𝑥 2 −4
2) O lim é igual a
𝑥→2 𝑥+2

a) 0.
b) 2.
c) ∄.
d) 1.
e) 4.

Resp.: letra a

5𝑥 2 +5𝑥+10
3) Calculando-se o lim ··, obtém-se;
𝑥→1 𝑥 2 −3𝑥+3

a) -15.
b) 14.
c) 0.
d) -10.
e) 20.
38

Resp.: letra e

4) Calcule a expressão “2a + 1” considerando “a” o seguinte limite:


3 −3)
lim 𝑒 (𝑥
𝑥→2

LISTA DE EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES

Refaça os exercícios das vídeo-aulas e das atividades complementares


enviadas pelo professor da disciplina.

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Aula 3
Limite

APRESENTAÇÃO DA AULA

A aula 3 trata do uso do limite no cálculo diferencial e integral. Iremos abordar


a definição de Limite e os conceitos de Limite Lateral, Limite de Funções Compostas
etc. Sendo o conceito de limite uma definição intuitiva, ao tratarmos do Limite de
uma Função, falamos de um determinado valor que f(x) tende a ter num ponto p
qualquer, mesmo se a função não existir naquele ponto. Na verdade, o que se tem
é que a incógnita "tende" a ser um determinado número, ou seja, no limite, essa
incógnita nunca vai ser o número, mas vai se aproximar muito, de tal maneira que
não se consiga diferenciar o número da incógnita.
Mãos à obra!

OBJETIVOS DA AULA

Esperamos que, após o estudo do conteúdo desta aula, você seja capaz de:

 Estender o conceito de Limite;


 Apresentar e desenvolver exemplos de Limites Laterais;
 Falar sobre Limite de Funções Compostas, Trigonométricas;
 Limite Fundamental Trigonométrico;
 Apresentar o teorema do confronto;
 Resolver problemas envolvendo limites de funções.

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“O indivíduo mais limitado pode ser completo, se se move dentro das


fronteiras das suas capacidades e das suas disposições pessoais”. Goethe
3 INTRODUÇÃO – LIMITE

Como visto na aula anterior, limite é um conceito que é definido de forma


intuitiva. De forma bem simplificada, sem nenhuma pretensão de definição
matemática, Limite de uma função f(x) num ponto p qualquer é o valor que a função
tende a ter naquele ponto, mesmo se a função não existir nesse ponto, ou seja, se o
domínio de f(x) não contém o ponto p.

 Se ∃ f(p), então lim 𝑓(𝑥) = 𝑓(𝑝).


𝑥→𝑝

Por exemplo: Calcule lim 2𝑥 − 3 e represente a função graficamente.


𝑥→2

Resolução:
lim 2𝑥 − 3 = 2 ∙ 2 − 3 = 𝟏, ou seja, é igual a 𝑓(2)
𝑥→2

Representação gráfica na Figura 13:

Figura 13: Representação Gráfica da função 𝒇(𝒙) = 𝟐𝒙 − 𝟑.

 Se ∄ f(p), mas ∃ lim 𝑓(𝑥), então lim 𝑓(𝑥) = 𝐿.


𝑥→𝑝 𝑥→𝑝

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𝑥 2 −5𝑥+6
Por exemplo: Calcule lim e represente a função graficamente.
𝑥→2 𝑥−2

𝑥 2 −5𝑥+6 22 −5∙2+6 4−10+6 𝟎


lim = = = 𝟎, como ∄ 𝑓(𝑥), então:
𝑥→2 𝑥−2 2−2 2−2

𝑥 2 −5𝑥+6 (𝑥−2)∙(𝑥−3)
lim = (𝑥−2)
= (𝑥 − 3) = 2 − 3 = −𝟏, ou seja, é igual a 𝑓(2)
𝑥→2 𝑥−2

Representação gráfica na Figura 14:

𝒙𝟐 −𝟓𝒙+𝟔
Figura 14: Representação Gráfica da Função 𝒇(𝒙) = 𝒙−𝟐
.

Esta última resolução só é possível aplicando técnicas de simplificação que


serão apresentadas abaixo.

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3.1 Indeterminação 0/0

Resolvendo um limite e encontrando a expressão 0/0, devemos simplificar a


expressão da função envolvida. Logo após, calculamos o limite da função
substituindo, na expressão já simplificada, o valor de x.
Para simplificar a expressão você pode usar: fatoração, produtos notáveis,
conjugado de radical (racionalização), divisão de polinômios, dispositivo prático de
Briot-Ruffini, além de outras técnicas como a Regra de L`Hopital que será
apresentada no conteúdo de aplicações da derivada (matéria para V2).

3.2 Resolução de indeterminação 0/0 por fatoração, produtos notáveis e


conjugados de radicais

São apresentadas abaixo algumas fórmulas para auxiliar as simplificações


nos cálculos de limites.
 Produtos Notáveis
1º) Quadrado da soma: (𝑎 + 𝑏)2 = (𝑎 + 𝑏). (𝑎 + 𝑏) = 𝑎² + 2𝑎𝑏 + 𝑏²
2º) Quadrado da diferença: (𝑎 − 𝑏)2 = (𝑎 − 𝑏). (𝑎 − 𝑏) = 𝑎² − 2𝑎𝑏 + 𝑏²
3º) Produto da soma: (𝑎 + 𝑏). (𝑎 − 𝑏) = 𝑎² − 𝑏²
4º) Cubo da Soma: (𝑎 + 𝑏)3 = 𝑎³ + 3𝑎²𝑏 + 3𝑎𝑏² + 𝑏³
5º) Cubo da diferença: (𝑎 − 𝑏)3 = 𝑎³ − 3𝑎2 𝑏 + 3𝑎𝑏 2 − 𝑏³

 Fatorações
6°) Fator comum: 𝑎𝑥 ± 𝑏𝑥 = 𝑥. (𝑎 ± 𝑏)
7°) Diferença de quadrados: 𝑎² − 𝑏 2 = (𝑎 + 𝑏). (𝑎 − 𝑏)
8°) Trinômio de quadrados: 𝑎𝑥² + 𝑏𝑥 + 𝑐 = 𝑎. (𝑥 − 𝑥1). (𝑥 − 𝑥2), onde x1 e x2
são raízes de uma equação do 2º grau por Bháskara.
9°) Soma de cubos: 𝑎³ + 𝑏³ = (𝑎 + 𝑏). (𝑎2 − 𝑎𝑏 + 𝑏 2 )
10°) Diferença de cubos: 𝑎³ − 𝑏³ = (𝑎 − 𝑏). (𝑎2 + 𝑎𝑏 + 𝑏 2 )

 Conjugado de Radicais
11°) Conjugado de √𝑎 − √𝑏 será √𝑎 + √𝑏, pois (√𝑎 − √𝑏). (√𝑎 + √𝑏) = 𝑎 − 𝑏

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43

3 3 3 3 33 3 3
12°) Conjugado de √𝑎 − √𝑏 será √𝑎² + √𝑎𝑏 + √𝑏², pois ( √𝑎 − √𝑏). ( √𝑎2 +
3 3
√𝑎𝑏 + √𝑏 2 ) = 𝑎 − 𝑏

EXERCÍCIOS

1) Calcule os limites abaixo:


𝑥²−4
a) lim
x → 2 3𝑥−6

- Substituindo x por p (=2), temos:


𝑥² − 4 22 − 4 0
lim = =
x → 2 3𝑥 − 6 6−6 0

0
é um Símbolo de Indeterminação; portanto, a função no ponto p não existe
0

(∄ 𝑓(2)).
Para podermos calcular o limite da função f(x), quando x tende a 2, temos
que “trabalhar” a função. Ou seja, devemos fatorar numerador e/ou denominador ou
aplicar propriedades, de forma a simplificar a função e, aí sim, substituir o valor de x
por p.
Seja o exemplo anterior:
Sendo 𝑥² − 4 = (𝑥 + 2) ∙ (𝑥 − 2) e
3𝑥 − 6 = 3. (𝑥 − 2)
𝑥² − 4 (𝑥 + 2). (𝑥 − 2) (𝑥 + 2) 2 + 2
lim = lim = lim = = 4/3
x → 2 3𝑥 − 6 x→2 3. (𝑥 − 2) x→2 3 3

Portanto:
𝑥² − 4
lim = 4/3
x → 2 3𝑥 − 6

4−𝑥²
b) lim
x → −2 2+ 𝑥

- Substituindo x por p (= -2), temos:

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4 − 𝑥² 4 − 4 0
lim = =
x → −2 2 + 𝑥 2−2 0

𝑆𝑖𝑚𝑝𝑙𝑖𝑓𝑖𝑐𝑎𝑛𝑑𝑜:
4 − 𝑥² (2 + 𝑥). (2 − 𝑥) (2 − 𝑥)
lim = lim = lim = 2 − (−2) = 4
x → −2 2 + 𝑥 x → −2 2+ 𝑥 x →− 2 1

Portanto:
4 − 𝑥²
lim =4
x → −2 2 + 𝑥
𝑥³−8
c) lim
x → 2 𝑥²−4

- Substituindo x por p (= 2), temos:


𝑥³ − 8 8 − 8 0
lim = =
x → 2 𝑥² − 4 4−4 0

𝑆𝑖𝑚𝑝𝑙𝑖𝑓𝑖𝑐𝑎𝑛𝑑𝑜:
𝑥³ − 8 (𝑥 − 2). (𝑥 2 + 2𝑥 + 2²) (𝑥² + 2𝑥 + 4) 4 + 4 + 4
lim = lim = lim = =3
x → 2 𝑥² − 4 x→2 (𝑥 + 2). (𝑥 − 2) x →2 𝑥+2 2+2

Portanto:
𝑥³ − 8
lim =3
x → 2 𝑥² − 4
𝑥³−1
d) lim
x → 1 5𝑥−5

- Substituindo x por p (= 1), temos:


𝑥³ − 1 1 − 1 0
lim = =
x → 1 5𝑥 − 5 5−5 0

𝑆𝑖𝑚𝑝𝑙𝑖𝑓𝑖𝑐𝑎𝑛𝑑𝑜:
𝑥³ − 1 (𝑥 − 1). (𝑥 2 + 𝑥 + 1²) (𝑥² + 𝑥 + 1) 1 + 1 + 1 3
lim = lim = lim = =
x → 1 5𝑥 − 5 x→1 5. (𝑥 − 1) x →1 5 5 5

Portanto:
𝑥³ − 1 3
lim =
x → 1 5𝑥 − 5 5

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45

𝑥 4 −16
e) lim
x → 2 8−𝑥³

- Substituindo x por p (= 2), temos:


𝑥 4 − 16 0
lim =
x → 2 8 − 𝑥³ 0

𝑆𝑖𝑚𝑝𝑙𝑖𝑓𝑖𝑐𝑎𝑛𝑑𝑜:
𝑥 4 − 16 (𝑥 2 + 4). (𝑥 2 − 4) (𝑥 2 + 4). (𝑥 + 2). (𝑥 − 2)
lim = lim = lim
x → 2 8 − 𝑥³ x → 2 (2 − 𝑥). (4 + 2𝑥 + 𝑥 2 ) x → 2 −(𝑥 − 2). (4 + 2𝑥 + 𝑥 2 )

(𝑥 2 + 4). (𝑥 + 2) (4 + 4). (2 + 2) 32 8
= lim = = =
x → 2 −(4 + 2𝑥 + 𝑥 2 ) −(4 + 4 + 4) −12 3
Portanto:
𝑥 4 − 16 8
lim =
x → 2 8 − 𝑥³ 3

√𝑥−1
f) lim
x → 1 𝑥−1

- Substituindo x por p (=1), temos:


√𝑥 − 1 √1 − 1 0
lim = =
x→1 𝑥 − 1 1−1 0

Sendo 𝑥 − 1 = (√𝑥 − 1). (√𝑥 + 1):

√𝑥 − 1 √𝑥 − 1 1 1
lim = = =
x→1 𝑥 − 1 (√𝑥 − 1) ∙ (√𝑥 + 1) √𝑥 + 1 2

Portanto:
√𝑥 − 1 1
lim =𝐿=
x→1 𝑥 − 1 2

𝒙𝟒 − 𝟏
g) lim
x → 1 𝒙𝟓 − 𝟏

Substituindo x por p(=-1)


𝑥4 − 1 (x – 1). (x³ + x² + x + 1) 4
lim 5
= 4 3 2
=
x→1𝑥 − 1 (𝑥 − 1). (𝑥 + 𝑥 + 𝑥 + 𝑥 + 1) 5

Portanto:

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46

𝑥4 − 1 4
lim 5 =L=
x→1𝑥 − 1 5

𝒙𝒏 − 𝟏 𝐧
Obs.: Sejam n e m números naturais, podemos dizer que 𝐥𝐢𝐦 𝒙𝒎 − 𝟏 = 𝒎
𝐱→𝟏

𝟐𝒙³+𝟑𝒙−𝟓
h) lim
x → 1 𝟒𝒙²−𝟑𝒙−𝟏

Substituindo x por p(=1)


𝟐𝒙³ + 𝟑𝒙 − 𝟓 0
lim =
x → 1 𝟒𝒙² − 𝟑𝒙 − 𝟏 0

Neste exemplo, iremos resolver o limite utilizando o dispositivo prático para


dividir polinômios de Briot-Ruffini. Precisaremos antes entender:
Teorema de D`Alembert: Um polinômio f(x) é divisível por (x-𝑎), onde 𝑎 ∈ 𝑅,
se, e somente se, a for uma raiz de f(x), isto é, f(a)=0.

≫ 𝑓(𝑥) = (𝑥 − 𝑎). 𝑞(𝑥) + 𝑟(𝑥). 𝐴𝑠𝑠𝑖𝑚, 𝑓(𝑎) = 0 ↔ 𝑟(𝑎) =


0.

Como o ponto x=1 anula os polinômios do numeraor e denominador, então


ambos são divisíveis por x-1. Assim,
2𝑥 3 + 3𝑥 − 5 (𝑥 − 1). (2𝑥 2 + 2𝑥 − 5) (2𝑥 2 + 2𝑥 − 5) (2. 12 + 2.1 − 5) 9
lim = lim = (∗) = lim = =
𝑥→1 4𝑥 2 − 3𝑥 + 1 𝑥→1 (𝑥 − 1). (4𝑥 2 − 3𝑥 − 1) 𝑥→1 (4𝑥 2 − 3𝑥 − 1) (4. 12 − 3.1 − 1) 5

(*) Usando o dispositivo de Briot-Ruffini para dividir estes polinômios:

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47

VÍDEOS COMPLEMENTARES

Faça uma revisão deste dispositivo e da divisão de polinômios em um livro de matemática do ensino
médio, ou, assista às vídeo-aulas com aplicações deste e de outros métodos para a resolução de
limites com indeterminação 0/0.
<http://www.youtube.com/watch?v=8c0fA9N2ZRA>.
<http://www.youtube.com/watch?v=41fHe1ORMZM>.
<http://www.youtube.com/watch?v=OMH8AZgZIr4>.
<https://www.youtube.com/watch?v=iYJunIa0d4s>.

3.3 Propriedades dos Limites

1) Função Constante:
Então:

Exemplo: lim 6 = 6
𝑥→2

2) Função da função polinomial: 𝑓(𝑥) = 𝑝(𝑥), ∀𝑥 ∈ 𝐷𝑓 , Então:


𝐥𝐢𝐦 𝒇(𝒙) = 𝒑(𝒂)
𝒙→𝒂

Exemplo: lim[2𝑥 4 ] = 2 ∙ 24 = 25 = 32
𝑥→2

3) Soma e Diferença de Funções:


Sejam as funções 𝑓(𝑥) 𝑒 𝑔(𝑥), ∀𝑥 ∈ 𝐷𝑓 e ∀𝑥 ∈ 𝐷𝑔 ,
Se lim 𝑓(𝑥) = 𝑓(𝑎) e lim 𝑔(𝑥) = 𝑔(𝑎)
𝑥→𝑎 𝑥→𝑎

Então:
lim [𝑓(𝑥) ± 𝑔(𝑥)] = lim 𝑓(𝑥) ± lim 𝑔(𝑥) = 𝑓(𝑎) ± 𝑔(𝑎)
𝑥→𝑎 𝑥→𝑎 𝑥→𝑎

O limite da soma é a soma dos limites. O limite da diferença é a diferença dos


limites.
Exemplo: lim[𝑥 3 − 2𝑥] = lim [𝑥 3 ] − lim[2𝑥] = 23 − 2 ∙ 2 = 8 − 4 = 4
𝑥→2 𝑥→2 𝑥→2

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48

4) Produto de Funções:
Sejam as funções 𝑓(𝑥) e 𝑔(𝑥), ∀𝑥 ∈ 𝐷𝑓 e ∀𝑥 ∈ 𝐷𝑔 ,
Se lim 𝑓(𝑥) = 𝑓(𝑎) e lim 𝑔(𝑥) = 𝑔(𝑎)
𝑥→𝑎 𝑥→𝑎

Então:
lim [𝑓(𝑥) ∙ 𝑔(𝑥)] = lim 𝑓(𝑥) ∙ lim 𝑔(𝑥) = 𝑓(𝑎) ∙ 𝑔(𝑎)
𝑥→𝑎 𝑥→𝑎 𝑥→𝑎

O limite do produto é o produto dos limites.


Exemplo: lim[𝑥 2 ∙ 𝐶𝑜𝑠𝑥] = lim [𝑥 2 ] ∙ lim[𝐶𝑜𝑠𝑥] = 02 ∙ 𝐶𝑜𝑠 0 = 0 ∙ 1 = 0
𝑥→0 𝑥→0 𝑥→0

5) Quociente de Funções:
Sejam as funções 𝑓(𝑥) e 𝑔(𝑥), ∀𝑥 ∈ 𝐷𝑓 e ∀𝑥 ∈ 𝐷𝑔 ,
Se lim 𝑓(𝑥) = 𝑓(𝑎) e lim 𝑔(𝑥) = 𝑔(𝑎)
𝑥→𝑎 𝑥→𝑎

Então:
𝑓(𝑥) lim 𝑓(𝑥) 𝑓(𝑎)
lim [ ] = 𝑥→𝑎 = , se 𝑔(𝑎) ≠ 0
𝑥→𝑎 𝑔(𝑥) lim 𝑔(𝑥) 𝑔(𝑎)
𝑥→𝑎

O limite do quociente é o quociente dos limites.


𝑥 3 −2𝑥 lim [𝑥 3 −2𝑥] 13 −2∙1 −1
Exemplo: lim [ ] = 𝑥→1 = = =1
𝑥→1 𝑥−2 lim [𝑥−2] 1−2 −1
𝑥→1

3.4 Limite Lateral

Se “a” se aproxima de “x” através de valores maiores que “a” (Fig. 15), ou
seja, pela direita, escrevemos:
𝐿𝑖𝑚𝑥 → 𝑎+ 𝒇(𝒙) = 𝐿1

L1 é o chamado limite lateral à direita de “a”.

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49

Figura 15: Limite Lateral à direita.

Fonte: GUIDORIZZI (2008)

Se “a” se aproxima de “x” pela esquerda (Fig. 16), ou seja, através de valores
menores que “a”, escrevemos:
𝐿𝑖𝑚𝑥 → 𝑎− 𝒇(𝒙) = 𝐿2

L2 é o chamado limite lateral à esquerda de “a”.

Figura 16: Limite Lateral à direita.

Fonte: GUIDORIZZI (2008)

Para que exista o limite de uma função num determinado ponto, os limites
laterais precisam ser iguais.
∃ 𝐿𝑖𝑚𝑥 →𝑎 𝒇(𝒙) → 𝐿𝑖𝑚𝑥 → 𝑎+ 𝒇(𝒙) = 𝐿𝑖𝑚𝑥 → 𝑎− 𝒇(𝒙)

Exemplo:

1) Seja f(x) = 𝑥²+4𝑥, 𝑜𝑛𝑑𝑒 𝑥 ≥1


6𝑥−1, 𝑜𝑛𝑑𝑒 𝑥 <1
, verifique se existe o limite: 𝐿𝑖𝑚𝑥 → 1 𝒇(𝒙)

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50

Resolução:
𝐿𝑖𝑚𝑥 →1+ 𝒇(𝒙) = 𝐿𝑖𝑚𝑥 →1 𝑿𝟐 + 4𝑋 = 𝟏𝟐 + 4 ∙ 1 = 5
} ∃ 𝐿𝑖𝑚𝑥 → 1 𝒇(𝒙)
𝐿𝑖𝑚 𝑥 →1− 𝒇(𝒙) = 𝐿𝑖𝑚𝑥 →1 𝟔𝑿 − 1 = 6 ∙ 1 − 1 = 5

𝑥² + 3, 𝑜𝑛𝑑𝑒 𝑥 > 1
2) Se f(x) = { , verifique a existência do 𝑙𝑖𝑚x → 1 𝑓(𝑥).
5𝑥 − 1, 𝑜𝑛𝑑𝑒 𝑥 ≤ 1
Resolução:
𝐿𝑖𝑚𝑥 →1+ 𝒇(𝒙) = 𝐿𝑖𝑚𝑥 →1 𝑿𝟐 + 3 = 𝟏𝟐 + 3 = 4
} ∃ 𝐿𝑖𝑚𝑥 → 1 𝒇(𝒙)
𝐿𝑖𝑚𝑥 →1− 𝒇(𝒙) = 𝐿𝑖𝑚𝑥 →1 𝟓𝑿 − 1 = 5 ∙ 1 − 1 = 4

Exercício de Fixação

𝑥 + 1, 𝑜𝑛𝑑𝑒 𝑥 ≥ 2
1) Se f(x) = {2𝑥, 𝑜𝑛𝑑𝑒 0 ≤ 𝑥 < 2 , calcule:
𝑥², 𝑜𝑛𝑑𝑒 𝑥 < 0
𝒂)𝐿𝑖𝑚x → 2 + 𝑓(𝑥) c) 𝐿𝑖𝑚x → 2 𝑓(𝑥) e) 𝐿𝑖𝑚x → 0− 𝑓(𝑥)

b) 𝐿𝑖𝑚x → 2 − 𝑓(𝑥) d) 𝐿𝑖𝑚x → 0 + 𝑓(𝑥) f) 𝐿𝑖𝑚x →0 𝑓(𝑥)

2) Seja o gráfico da função g(x) definida na Fig. 17. Calcule:


𝒂)𝐿𝑖𝑚x → 2 + 𝑔(𝑥) c) 𝐿𝑖𝑚x → 2 𝑔(𝑥) e) 𝐿𝑖𝑚x → 5− 𝑔(𝑥)
c) 𝐿𝑖𝑚x → 2 − 𝑔(𝑥) d) 𝐿𝑖𝑚x → 5 + 𝑔(𝑥) f) 𝐿𝑖𝑚x →5 𝑔(𝑥)

Figura 17: Função da função g(x) - Exercício de Fixação 2.

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51

3.5 Definição de Função Composta

Sejam f e g funções de gráficos:

Figura 18: Representação das funções f e g.

Fonte: GUIDORIZZI (2008)

Observe a Fig. 18: As funções f e g se comportam de modo


diferente em p; o gráfico de f não apresenta “salto” em p, ao passo que o
de g, sim. Queremos destacar uma propriedade que nos permita
distinguir tais comportamentos.
Dizemos que uma função f é contínua num ponto p de seu domínio, se (e
somente se) são satisfeitas as seguintes condições:
(𝑖) ∃𝑓(𝑝)
(𝑖𝑖) ∃ lim 𝑓(𝑥)
𝑥→𝑝

(𝑖𝑖𝑖)lim 𝑓(𝑥) = 𝑓(𝑝)


𝑥→𝑝

4) Exemplo: Verifique se a função f é contínua ou não no ponto p dado.


𝑥²−𝑥
,𝑠𝑒𝑥 ≠0
f(x) = { 𝑥
2, 𝑠𝑒𝑥=0
,p=0

Resolução:
(𝑖) ∃ 𝑓(0) = 2 → 𝑥 = 0
𝑥² − 𝑥 𝑥 ∙ (𝑥 − 1)
(𝑖𝑖) ∃ lim 𝑓(𝑥) = = = 𝑥 − 1 = −1
𝑥→0 𝑥 𝑥

(𝑖𝑖𝑖) lim 𝑓(𝑥) ≠ 𝑓(0) → A função não é contínua em 0!


𝑥→0

𝐶𝑜𝑠𝑥, 𝑜𝑛𝑑𝑒𝑥>0
b) f(x) = {𝑥²+1, 𝑜𝑛𝑑𝑒𝑥 ≤0
, p=0

Resolução:

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52

(𝑖) ∃ 𝑓(0) = 02 + 1 = 1
(𝑖𝑖) ∃ lim 𝑓(𝑥) = 𝐶𝑜𝑠 0 = 1
𝑥→0

(𝑖𝑖𝑖) lim 𝑓(𝑥) = 𝑓(0) → A função é contínua em 0!


𝑥→0

𝑥²−4
, 𝑠𝑒𝑥>2
c) f(x) = { 𝑥−2
2𝑥, 𝑠𝑒𝑥 ≤2
, p=2

Resolução:
(𝑖) ∃ 𝑓(2) = 2 ∙ 2 = 4
𝑥² − 4 (𝑥 − 2) ∙ (𝑥 + 2)
(𝑖𝑖) ∃ lim 𝑓(𝑥) = = =𝑥+2=4
𝑥→2 𝑥−2 𝑥−2

(𝑖𝑖𝑖) lim 𝑓(𝑥) = 𝑓(0) → A função é contínua em 0!


𝑥→0

3.6 Limite de Função Composta

Sejam f e g duas funções tais que lmf  Dg (a imagem de f está contida no


domínio de g), onde lmf é a imagem de f, ou seja,
𝑙𝑚𝑓 = {𝑓(𝑥) | 𝑥  D𝑓 }
Nosso objetivo é estudar o limite.
Lim g  f x 
x p

Supondo que:
Lim f ( x)  a
x p

Então, podemos esperar que:


Lim 𝑔(𝑓(𝑥)) = Lim 𝑔(𝑢) (1)
𝑥→𝑝 𝑥→𝑝

Esse valor será encontrado, desde que exista o Lim g u  (observe: u = f(x); u
ua

 a para x  p).
Veremos que (1) se verifica se g for contínua em a, ou se g não estiver
definida em a.
Também vamos identificar que, se 𝑔 estiver definida em 𝑎, mas não for
contínua em 𝑎 ( lim g u   g a  ), a equação definida em (1) se verificará, desde
ua

que ocorra 𝑓(𝑥)  𝑎 para 𝑥 próximo de 𝑝.

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53

Os casos que interessarão ao curso são aqueles em que 𝑔, ou é contínua em


𝑎, ou não está definida em 𝑎.
Quanto vale o lim 𝐹(𝑥) =?
𝑥→𝑝

Faça a seguinte suposição: existem as funções 𝑔(𝑢) e 𝑢 = 𝑓(𝑥), onde 𝑔, ou é


contínua em 𝑎, ou não está definida em 𝑎, tais que:
𝐹(𝑥) = 𝑔(𝑢)

Onde:
𝑢 = 𝑓(𝑥), 𝑥 ∈ 𝐷𝑓
lim 𝑓(𝑥) = 𝑎 (𝑢 → 𝑎 para 𝑥 → 𝑝)
𝑥→𝑝

Se ∃ lim 𝑔(𝑢), então


𝑢→𝑎

lim 𝐹(𝑥) = lim 𝑔(𝑢)


𝑥→𝑝 𝑢→𝑎

Exemplos:
3
x  2 1
5) Calcule Lim
x 1
x1

Solução:
Para resolução de tal limite, faz necessário o uso de um artifício para
podermos solucionar essa questão.
Façamos : u  3 x  2 ; assim x  u ³  2
3
x  2 1 u 1
 , u  3 x  2 , x  1.
x 1 u³  1

3
x  2 1 u 1 u 1 1
Lim  Lim  
x  1 x 1 u 1 u ³  1 u  1u ²  u  1 3

Assim ,

3
x  2 1 1
Lim 
x  1 x 1 3

𝑥 2 −1
6) Calcule Lim √ 𝑥−1 .
𝑥→1

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54

Solução:
𝑥 2 −1
Fazemos 𝑢 = , 𝑥 > −1, 𝑥 ≠ 1
𝑥−1

𝑥 2 − 1 (𝑥 + 1) ∙ (𝑥 − 1)
lim = = 𝑥+1= 1+1= 2
𝑥→1 𝑥 − 1 𝑥−1
Como a √𝑢 é contínua em 2:

𝑥2 − 1
Lim √ = Lim √𝑢 = √2
𝑥→1 𝑥−1 𝑢→2

4
(3−𝑥 3 )
7) Calcule Lim .
𝑥→1 𝑥 3 −1

Solução:
Fazemos 𝑢 = 3 − 𝑥 3 , 𝑎𝑠𝑠𝑖𝑚 𝑥 3 − 1 = 2 − 𝑢
𝑥 2 − 1 (𝑥 + 1) ∙ (𝑥 − 1)
lim = = 𝑥+1= 1+1= 2
𝑥→1 𝑥 − 1 𝑥−1
Como a √𝑢 é contínua em 2:

𝑥2 − 1
Lim √ = Lim √𝑢 = √2
𝑥→1 𝑥−1 𝑢→2

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Resumo

Nesta aula, você viu que:

 Para resolver um limite com indeterminação0/0 deve-se aplicar


diversas técnicas de simplificação, tais com: fatoração, Briot-Ruffini,
Conjugado de radicais; entre outras;
 O Limite tem propriedades de cálculo como: limite da soma é a soma
dos limites;
 De igual forma, o limite da diferença, do quociente e do produto são,
respectivamente, a diferença, o quociente e o produto dos limites;
 Limite Lateral é a análise de uma função num ponto por valores à
esquerda (menores) ou à direita (maiores desse ponto);
 Os limites laterais são capitais para identificar se há limite de uma
função no ponto p.

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Referências Bibliográficas

Básica:
CARNEIRO, C. E. I.; PRADO, C. P. C.; SALINAS, S. R. A. Introdução
Elementar às Técnicas do Cálculo Diferencial e Integral. 1. ed. São Paulo:
Livraria da Física, 2007. 56 p.

FLEMMING, D. M.; GONÇALVES, M. B. Cálculo A: Funções, limite,


derivação e integração. 6. Ed.: revista e ampliada. São Paulo: Editora Pearson
Prentice Hall, 2006. 448p.

GUIDORIZZI, L. H. Um Curso de Cálculo. Vol. 1. 5. ed. São Paulo: LTC,


2008.

LEITHOLD, L. O Cálculo com Geometria Analítica. São Paulo: Harbra,


1990.

MUNEM, M. A., FOULIS, D. J. Cálculo Vol. 1. Trad. André Lima Cordeiro.


Rio de Janeiro: Ed Guanabara Dois, 1982.

RUGGIERO, M. A. G. Cálculo Numérico, Aspectos Teóricos e


Computacionais. São Paulo, 2. Makron books,1996.

STEWART, J. Cálculo. Antônio Carlos Moretti (trad.). 5 ed. Sao Paulo:


Pioneira Thomson Learning, 2006. v.1. 579 p.

SWOKOWSKI, E. W. 1926. Cálculo com geometria analítica. Alfredo Alves


de Farias (Trad.). 2 ed. São Paulo: Makron Books, 1995. v.1.

THOMAS, G. B. Cálculo - Volume 1. Tradução: Paulo Boschcov. São Paulo:


Pearson Education do Brasil, 2002.

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Exercícios
AULA 3

Calcule os limites abaixo:

a) Resp.: 0 b) Resp.: -2

c) Resp.: 1/3 d) Resp.: 1/2

A 1
e) Resp.: f) Resp.: 3X2
3a 2

g) Resp.: 1 h) Resp.: 1/2

i) Resp.: 3 j) Resp.: 1

k) Resp.: -1/56 l) Resp.: 12

m) Resp.: 3/2 n) Resp.: -1/3

X
o) Resp.: 1 p) Resp.: :x
2

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58

1
q) Resp.: r) Resp. -
3 3 x2
1/3

𝑥² + 3, 𝑜𝑛𝑑𝑒 𝑥 > 1
Seja f(x) = { , verifique a existência do 𝑙𝑖𝑚x → 1 𝑓(𝑥).
5𝑥 − 1, 𝑜𝑛𝑑𝑒 𝑥 ≤ 1
Resp.: O limite existe

Observando o gráfico correspondente à função f(x), assinale a única


alternativa incorreta:

Gráfico 1: Exercício.

a) lim− 𝑓(𝑥) = 2
𝑥→1

b) lim+ 𝑓(𝑥) = 2
𝑥→1

c) ∄ lim 𝑓(𝑥)
𝑥→1

d) 𝑓(1) = 2
e) 𝑓(0) = −1

3
√3𝑥+5−2
O limite lim é igual a:
𝑥→1 𝑥 2 −1

a) 2
b) 0
2
c) 3
1
d) 4

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59

1
e) 8

√𝑥 2 +3−2
O limite lim é igual a:
𝑥→1 𝑥 2 −1

a) 2
b) 0
21
c) 3 4
1
d) 8

 x  1, x2

Dada à função f ( x )  2 x, 0  x  2 . É correto afirmar que:
 x2 , x0

a) lim+ 𝑓(𝑥) = 2
𝑥→0

b) lim− 𝑓(𝑥) = 1
𝑥→0

c) lim+ 𝑓(𝑥) = 4
𝑥→2

d) lim− 𝑓(𝑥) = 3
𝑥→2

e) ∄ lim 𝑓(𝑥)
𝑥→2

𝑥2 −1
, 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑥 < −1
𝑥+1
7) A função f(x) = { é
𝑥 2 −3,𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑥 ≥ −1

a) descontínua no ponto x = -1, pois lim 𝑓(𝑥) ≠ 𝑓(−1).


𝑥→−1

b) descontínua no ponto x = -1, pois ∄ lim 𝑓(𝑥).


𝑥→−1

c) contínua no ponto x = -1.


d) descontínua no ponto x = -1, pois ∄𝑓(−1).
e) descontínua no ponto x = -1, pois lim 𝑓(𝑥) = 𝑓(−1).
𝑥→−1

𝑥 3 −𝑥 2 −2𝑥
8) Calculando-se o lim , obtém-se:
𝑥→2 𝑥 2 −3𝑥+2

a) 6.
b) 4.
c) 3.

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60

d) 2.
e) 0.

√𝑥 − 3, 𝑥 ≥ 3
9) Seja f(x) = { . O valor de k para o qual f(x) é contínua em 𝑥 =
𝑘 − 2𝑥, 𝑥 < 3
3 é:
a) 2.
b) 4.
c) 6.
d) 8.
e) 10.

EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES

Refaça os exercícios das vídeo-aulas e das atividades complementares enviadas pelo


professor da disciplina.

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Aula 4
Extensão do limite

APRESENTAÇÃO DA AULA

Na aula 4, nós vamos falar um pouco mais sobre o Limite das funções, dando
ênfase agora ao Comportamento das Funções no Infinito. Ou seja, como é a
tendência de valor de uma função, caso o valor de x tenda ao infinito (valor
extremamente grande), ou que - para um determinado x - a função tenda ao infinito.

Há muito por fazer. Então, coloque em dia os seus estudos e mãos à obra!

OBJETIVOS DA AULA

Esperamos que, após o estudo do conteúdo desta aula, você seja capaz de:

 Apresentar os conceitos de comportamento de uma função no infinito;


 Reconhecer e representar graficamente uma função com valores
infinitos;
 Apresentar o Limite Fundamental Exponencial;
 Estudar os Limites de algumas funções logarítmicas e exponenciais.

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62

“Eu acredito demais na sorte. E tenho constatado que, quanto mais duro eu
trabalho, mais sorte eu tenho. ” Thomas Jefferson
4 INTRODUÇÃO – EXTENSÃO DO LIMITE

Nesta aula, iremos tratar de mais alguns limites. Portanto, além dos limites
trigonométricos e dos limites de funções polinomiais, existem outras situações que
iremos abordar aqui.

4.1 Limites no Infinito

O objetivo desta seção é dar um significado aos símbolos para que possamos
enxergar de forma clara o conceito de limite envolvendo infinito.
Vamos definir, então, o limite de 𝑓(𝑥); quando 𝑥 tende ao infinito:
lim 𝑓(𝑥) = 𝐿
𝑥→+∞

(Leia: limite de 𝑓(𝑥) para 𝑥, tendendo o mais infinito, é igual a 𝐿) e,


lim 𝑓(𝑥) = 𝐿.
𝑥→−∞

(Leia: limite de 𝑓(𝑥) para 𝑥, tendendo a menos infinito, é igual a 𝐿).


Conhecer a forma de abordagem de interpretação de limite tornará bem mais
fácil o entendimento do conceito no infinito.
Compreendido bem isso, o passo seguinte é começarmos a conhecer as
definições e os teoremas que envolvem limites no infinito.

Definição 1:
Para a primeira definição, seja 𝑓 uma função (Fig. 19) e suponhamos que
exista 𝑎, tal que ]𝑎, +∞[ ⊂ 𝐷𝑓 . Logo, podemos definir que:
∀𝜖 > 0, ∃𝛿 > 0, 𝑐𝑜𝑚 𝛿 > 𝑎, 𝑡𝑎𝑙 𝑞𝑢𝑒
lim 𝑓(𝑥) = 𝐿 ⟺ {
𝑥→+∞ 𝑥 > 𝛿 ⟹ 𝐿 − 𝜖 < 𝑓(𝑥) < 𝐿 + 𝜖.

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63

Figura 19: Gráfico da função da Definição 1.

Fonte: GUIDORIZZI (2008)

Definição 2:
Já na segunda definição, temos um bem parecido; com o limite tendendo a
menos infinito. Então, sendo 𝑓 uma função, suponhamos que exista 𝑎 tal que
]−∞, 𝑎[ ⊂ 𝐷𝑓 . Definimos:
∀𝜖 > 0, ∃𝛿 > 0, 𝑐𝑜𝑚 − 𝛿 > 𝑎, 𝑡𝑎𝑙 𝑞𝑢𝑒
lim 𝑓(𝑥) = 𝐿 ⟺ {
𝑥→−∞ 𝑥 < −𝛿 ⟹ 𝐿 − 𝜖 < 𝑓(𝑥) < 𝐿 + 𝜖.

Exemplo:
1
1) Calcule lim e justifique.
𝑥→+∞ 𝑥

Solução:
1
Em primeiro lugar, devemos considerar a função 𝑓(𝑥) = 𝑥. Você pode

observar que, ao começarmos a arbitrar valores para x, essa função começará a


tomar um determinado comportamento.
Tabela 2 do exemplo 1:

Tabela 2: Exemplo 1.
𝒙 1 10 100 1000 10000 100000 1000000 10000000 100000000

𝑓(𝑥) 1 0,1 0,01 0,001 0,0001 0,00001 0,000001 0,0000001 0,00000001

Logo, notamos que o x começa a tender para o infinito; e a função, a zero.


1 1
Quanto maior o valor de 𝑥, mais próximo de zero estará 𝑥 · : lim = 0.
𝑥→+∞ 𝑥

Justificativa
1
Dado 𝜖 > 0 e tomando-se 𝛿 = 𝜖

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64

1
𝑥>𝛿⟹0< <𝜖
𝑥

e, portanto,
1
𝑥 >𝛿 ⟹ 0−𝜖 < < 0 + 𝜖.
𝑥

1
Logo, lim = 0.
𝑥→+∞ 𝑥

Também podemos constatar esse comportamento analisando o gráfico da


Fig. 20.

𝟏
Figura 20: Gráfico de 𝐥𝐢𝐦 𝒙.
𝒙→+∞

Em seguida, apresentamos alguns teoremas, demonstrando os mesmos:


Teorema 1:
Sejam 𝑓 e 𝑔 duas funções tais que 𝑙𝑖𝑚 𝑓 ⊂ 𝐷𝑔 e lim 𝑓(𝑥) = 𝑎.
𝑥→+∞

a) Se 𝑔 for contínua em 𝑎, então,


lim 𝑔(𝑓(𝑥)) = lim 𝑔(𝑢).
𝑥→+∞ 𝑢→𝑎

b) Se 𝑔 não estiver definida em 𝑎 e se lim 𝑔(𝑢) existir, então,


𝑢→𝑎

lim 𝑔(𝑓(𝑥)) = lim 𝑔(𝑢).


𝑥→+∞ 𝑢→𝑎

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65

Teorema 2:
Seja 𝑘 uma constante e, suponhamos que lim 𝑓(𝑥) = 𝐿 e lim 𝑔(𝑥) = 𝐿1.
𝑥→+∞ 𝑥→∞

Então,

a) lim [ 𝑓(𝑥) + 𝑔(𝑥)] = 𝐿 + 𝐿1


𝑥→+∞

b) lim [𝑘𝑓(𝑥)] = 𝑘 ∙ lim 𝑓(𝑥) = 𝑘𝐿


𝑥→+∞ 𝑥→+∞

c) lim [𝑓(𝑥) ∙ 𝑔(𝑥)] = 𝐿 𝐿1


𝑥→+∞
𝑓(𝑥) 𝐿
d) lim [𝑔(𝑥)] = , Desde que 𝐿1 ≠ 0.
𝑥→+∞ 𝐿1

Podemos observar que os dois teoremas acima continuam válidos, se


substituirmos "𝑥 → +∞" por "𝑥 → −∞".
Exemplos:
1
2) Calcule lim , onde 𝑛 > 0 é um número natural dado.
𝑥→+∞ 𝑥 𝑛

Nesse exemplo, podemos notar que temos que usar um artifício para
1
resolvermos tal limite, chamando 𝑥 = 𝑢.

Solução:
1 1 𝑛
lim = lim ( ) = lim 𝑢𝑛 = 0.
𝑥→+∞ 𝑥 𝑛 𝑥→+∞ 𝑥 𝑢→0

𝑥 5 +𝑥 4 +1
3) Calcule lim .
𝑥→+∞ 2𝑥 5 +𝑥+1

Solução:
O primeiro passo para resolver esse limite é colocar em evidência a mais alta
potência de 𝑥 que ocorre no numerador e proceder da mesma forma no
denominador. Desse modo, irão aparecer no denominador e numerador expressões
1
do tipo 𝑥 𝑛 que tendem a zero para 𝑥 → +∞, o que poderá facilitar o cálculo do limite.
1 1 1 1
𝑥5 + 𝑥4 + 1 𝑥 5 [1 + 𝑥 + 5 ] 1+𝑥+ 5
lim = lim 𝑥 = lim 𝑥 =1
𝑥→+∞ 2𝑥 5 + 𝑥 + 1 1 1 1 1
2+ 4+ 5 2
𝑥→+∞ 5 𝑥→+∞
𝑥 [2 + 4 + 5 ]
𝑥 𝑥 𝑥 𝑥

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66

Exercícios:
Livro: Um curso de cálculo, Volume 1- Guidorizzi
Exercícios 4.1. Páginas 101 e 102.

4.2 Limites Infinitos

Agora, iremos tratar de limite no infinito e, para isso, temos que ter
consciência destas duas definições:
Definição 1:
Suponhamos que exista 𝑎, tal que ]𝑎, +∞[ ⊂ 𝐷𝑓. Definimos
∀𝜖 > 0, ∃𝛿 > 0, 𝑐𝑜𝑚 𝛿 > 𝑎, 𝑡𝑎𝑙 𝑞𝑢𝑒
(a) lim 𝑓(𝑥) = + ∞ ⟺ {
𝑥→+∞ 𝑥 > 𝛿 ⟹ 𝑓(𝑥) > 𝜖.

∀𝜖 > 0, ∃𝛿 > 0, 𝑐𝑜𝑚 𝛿 > 𝑎, 𝑡𝑎𝑙 𝑞𝑢𝑒


(b) lim 𝑓(𝑥) = − ∞ ⟺ {
𝑥→+∞ 𝑥 > 𝛿 ⟹ 𝑓(𝑥) < −𝜖.

Definição 2:
Sejam 𝑓 uma função (Fig. 21), 𝑝 um número real e suponhamos que exista 𝑏,
tal que ]𝑝, 𝑏[⊂ 𝐷𝑓 .
∀𝜖 > 0, ∃𝛿 > 0, com 𝑝 + 𝛿 < 𝑏, tal que
Definimos lim 𝑓(𝑥) = + ∞ ⟺ {
𝑥→𝑝 𝑝 < 𝑥 < 𝑝 + 𝛿 ⟹ 𝑓(𝑥) > 𝜖.

Figura 21: Gráfico do 𝐥𝐢𝐦 𝒇(𝒙) = + ∞.


𝒙→𝒑

Fonte: GUIDORIZZI (2008)

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Deixamos a seu cargo definir: lim 𝑓(𝑥) = − ∞, lim 𝑓(𝑥) =


𝑥→𝑝+ 𝑥→−∞

+ ∞, lim 𝑓(𝑥) = − ∞, lim 𝑓(𝑥) = + ∞, lim 𝑓(𝑥) = − ∞, lim 𝑓(𝑥) = + ∞ e


𝑥→−∞ 𝑥→𝑝− 𝑥→𝑝− 𝑥→𝑝

lim 𝑓(𝑥) = − ∞.
𝑥→𝑝

Exemplos:
1
4) Calcule lim+ e justifique.
𝑥→0 𝑥

Solução:
Para resolvermos esse primeiro exemplo, vamos considerar como base o
exemplo 1 do limite envolvendo infinito. Basta, assim, seguimos o mesmo raciocínio
do referido exemplo, mas considerando as definições de limites infinitos.

Figura 22: Gráfico e Tabela do exemplo 𝐥𝐢𝐦 𝒇(𝒙) = + ∞


𝒙→𝒑

x1 1 1 1 1
2 10 100 1000
→ 0+

𝟏 1 2 10 100 1000 → +∞
𝒙

1
lim+ = +∞
𝑥→0 𝑥

Justificação:
1
Dado 𝜖 > 0 e tomando-se 𝛿 =
𝜖
1
0<𝑥<𝛿⟹ > 𝜖.
𝑥

Logo,
1
lim+ = +∞
𝑥→0 𝑥

5) Calcule lim 𝑥 e justifique.


𝑥→+∞

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Solução:
Neste exemplo, que é bem simples, podemos aplicar as definições
apresentadas sobre limite direto, pois não há restrições. Com isso, teremos a
seguinte solução:
Dado 𝜖 > 0 e tomando-se 𝛿 = 𝜖
𝑥 > 𝛿 ⟹ 𝑥 > 𝜖.

Logo,
lim 𝑥 = +∞.
𝑥→+∞

Teoremas:
A seguir, são apresentados valores de limites no infinito e infinito. O
conhecimento desses teoremas é de extrema importância, pois - com eles - fica fácil
ser resolvido qualquer problema de limite infinito.
Logo vamos aos teoremas:

lim 𝑓(𝑥) = +∞ lim [𝑓(𝑥) + 𝑔(𝑥)] = +∞


a) {𝑥→+∞ ⟹ {𝑥→+∞
lim 𝑔(𝑥) = +∞ lim 𝑓(𝑥) 𝑔(𝑥) = +∞
𝑥→+∞ 𝑥→+∞

lim 𝑓(𝑥) = 𝐿, 𝐿 𝑟𝑒𝑎𝑙, lim 𝑓(𝑥) 𝑔(𝑥) = +∞ 𝑠𝑒 𝐿 > 0


b) {𝑥→+∞ ⟹ { 𝑥→+∞
lim 𝑔(𝑥) = +∞ lim 𝑓(𝑥) 𝑔(𝑥) = −∞ 𝑠𝑒 𝐿 < 0
𝑥→+∞ 𝑥→+∞

lim 𝑓(𝑥) = −∞
c) {𝑥→+∞ ⟹ lim 𝑓(𝑥) 𝑔(𝑥) = −∞
lim 𝑔(𝑥) = +∞ 𝑥→+∞
𝑥→+∞

lim 𝑓(𝑥) = 𝐿, 𝐿 𝑟𝑒𝑎𝑙


d) {𝑥→+∞ ⟹ lim [𝑓(𝑥) + 𝑔(𝑥)] = +∞
lim 𝑔(𝑥) = +∞ 𝑥→+∞
𝑥→+∞

lim 𝑓(𝑥) = 𝐿, 𝐿 𝑟𝑒𝑎𝑙,


e) {𝑥→+∞ ⟹ lim [𝑓(𝑥) + 𝑔(𝑥)] = −∞
lim 𝑔(𝑥) = −∞ 𝑥→+∞
𝑥→+∞

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69

lim 𝑓(𝑥) = −∞ lim [ 𝑓(𝑥) + 𝑔(𝑥)] = −∞


𝑥→+∞ 𝑥→+∞
f) { ⟹ {
lim 𝑔(𝑥) = −∞ lim 𝑓(𝑥) 𝑔(𝑥) = +∞
𝑥→+∞ 𝑥→+∞

lim 𝑓(𝑥) = 𝐿, 𝐿 𝑟𝑒𝑎𝑙, lim 𝑓(𝑥) 𝑔(𝑥) = −∞ 𝑠𝑒 𝐿 > 0


𝑥→+∞ 𝑥→+∞
g) { ⟹ {
lim 𝑔(𝑥) = −∞ lim 𝑓(𝑥) 𝑔(𝑥) = +∞ 𝑠𝑒 𝐿 < 0.
𝑥→+∞ 𝑥→+∞

Demonstração:
Para a demonstração de (a) e (b), veja os exemplos 6 a 8.
Observamos que o teorema anterior contínua válido se substituirmos
"𝑥 → +∞" por "𝑥 → −∞" ou por "𝑥 → 𝑝+ " , ou por "𝑥 → 𝑝− ", ou por "𝑥 → 𝑝".
Observação: O teorema anterior sugere-nos como operar com os símbolos
+∞ e −∞: + ∞ + (+∞) = +∞, −∞ + (−∞) = − ∞, 𝐿. (+∞) = + ∞ se 𝐿 > 0,
𝐿. (+∞) = −∞ se 𝐿 < 0, 𝐿 . (−∞) = −∞ se 𝐿 . (−∞) = +∞ se 𝐿 < 0, 𝐿 + (+∞) =
+∞ se 𝐿 ∈ ℝ, 𝐿 + (−∞) = −∞ se 𝐿 ∈ ℝ, + ∞ . (+∞) = +∞, (−∞). (−∞) = +∞ e
+∞ . (−∞) = −∞.

∞ 0
Indeterminações: +∞ − (+∞), −∞ − (−∞), 0. ∞, , , 1∞ , 00 , ∞0 .
∞ 0

Exemplos:
6) Calcule lim 𝑥 2 .
𝑥→+∞

Solução:
lim 𝑥 2 = lim 𝑥 . 𝑥 = +∞.
𝑥→+∞ 𝑥+∞

Observemos que com os teoremas fica fácil, encontrar a solução.

7) Suponha que lim 𝑓 (𝑥) = +∞ e lim 𝑔(𝑥) = +∞. Prove


𝑥→+∞ 𝑥→+∞

a) lim (𝑓(𝑥) + 𝑔(𝑥)) = +∞.


𝑥→+∞

b) lim 𝑓(𝑥) 𝑔(𝑥) = +∞.


𝑥→+∞

Solução:

a) Segue a hipótese que dado 𝜖 > 0 existem 𝛿1 > 0 e 𝛿2 > 0, tais que

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70

𝜖
𝑥 > 𝛿1 ⟹ 𝑓(𝑥) >
2
E,
𝜖
𝑥 > 𝛿2 ⟹ 𝑔(𝑥) > .
2

Tomando-se 𝛿 = 𝑚á𝑥 {𝛿1 , 𝛿2 }


𝜖 𝜖
𝑥 > 𝛿 ⟹ 𝑓(𝑥) + 𝑔(𝑥) > + = 𝜖.
2 2

Logo, lim [𝑓(𝑥) + 𝑔(𝑥)] = +∞.


𝑥→+∞

b) Segue da hipótese que, dado 𝜖 > 0, existe 𝛿 > 0 tal que


𝑥 > 𝛿 ⟹ 𝑓(𝑥) > √𝜖 𝑒 𝑥 > 𝛿 ⟹ 𝑔(𝑥) > √𝜖

Daí,
𝑥 > 𝛿 ⟹ 𝑓(𝑥) 𝑒 𝑔(𝑥) > 𝜖,

Ou seja,
lim 𝑓(𝑥) + 𝑔(𝑥) = +∞.
𝑥→+∞

8) Suponha que lim 𝑓(𝑥) = 𝐿, 𝐿 𝑟𝑒𝑎𝑙 e lim 𝑔(𝑥) = + ∞. Prove.


𝑥→+∞ 𝑥→+∞

a) lim 𝑓(𝑥) 𝑔(𝑥) = +∞ 𝑠𝑒 𝐿 > 0.


𝑥→+∞

b) lim 𝑓(𝑥) 𝑔(𝑥) = −∞ 𝑠𝑒 𝐿 < 0.


𝑥→+∞

Solução:

a) Segue da hipótese que, dado 𝜖 > 0, existem 𝛿1 > 0 𝑒 𝛿2 > 0 tais que
𝐿 2𝜖
𝑥 > 𝛿1 ⟹ 𝑓(𝑥) > 𝑒 𝑥 > 𝛿2 ⟹ 𝑔(𝑥) > .
2 𝐿

Tomando-se 𝛿 = 𝑚á𝑥 {𝛿1 , 𝛿2 }


𝑥 > 𝛿 ⟹ 𝑓(𝑥) 𝑔(𝑥) > 𝜖.

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71

b) lim −𝑓(𝑥) = −𝐿 > 0. (Pelo item a), lim −𝑓(𝑥) 𝑔(𝑥) = +∞. Então, dado
𝑥→+∞ 𝑥→+∞

𝜖 > 0, existe 𝛿 > 0 tal que:


𝑥 > 𝛿 ⟹ − 𝑓(𝑥) 𝑔(𝑥) > 𝜖.
Logo,
𝑥 > 𝛿 ⟹ 𝑓(𝑥) 𝑔(𝑥) < −𝜖.

Exercícios:
Livro: Um curso de cálculo, Volume 1-Guidorizzi
Exercícios 4.2. Páginas 109, 110 e 111.


4.3 A indeterminação do tipo ∞


Para resolver a indeterminação matemática (∞) , deve-se colocar o termo de

maior grau em evidência no numerador e no denominador. Vejamos os exemplos


abaixo!
Exemplos resolvidos:
Calcule os limites abaixo:
3 3 3
𝑥 3 − 3𝑥 𝑥 3 (1 + 3 ) 𝑥. (1 + 3 ) (−∞). (1 + ) (−∞). (1 + 0 ) ∞
lim = lim 𝑥 = lim 𝑥 = ∞ = = − = −∞
𝑥→−∞ 5𝑥² − 2 𝑥→−∞ 2 𝑥→−∞ 2 2 5−0 5
𝑥²(5 − ) 1. (5 − ) 5−
𝑥 𝑥 ∞
1 1 1
𝑥 2 +𝑥 𝑥²(1+ )
𝑥
1.(1+ )
𝑥
1+
−∞ 1
lim = lim 2 = lim 2 = 2 = +∞ = 0
𝑥→−∞ 5𝑥 4 −2 𝑥→−∞ 𝑥 4 (5− 4 ) 𝑥→−∞ 𝑥 2 (5− 4 ) (−∞)2 .(5−
−∞
)
𝑥 𝑥

1 1 1
𝑥2 + 𝑥 𝑥²(1 + 𝑥) 1. (1 + 𝑥) 1+∞ 1
lim 2 = lim = lim = =
𝑥→∞ 5𝑥 − 2 2 2
1. (5 − 2 ) 5 − 2/∞ 5
𝑥→+∞ 2 𝑥→+∞
𝑥 (5 − 2 )
𝑥 𝑥

4.4 Sequência e Limite de Sequência

O limite de uma sequência é um dos conceitos mais antigos de análise


matemática. A mesma configura-se como uma definição rigorosa à ideia de uma
sequência que converge até um ponto chamado limite. Uma sequência é um
conjunto de números 𝑎1 , 𝑎2 , 𝑎3 , disposta numa certa ordem (isto é, em
correspondência com os inteiros positivos) e formada segundo uma dada regra.
Também podemos dizer que uma sequência é uma função cujo domínio é o

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72

conjunto dos inteiros positivos. A notação 𝑎𝑛 (leia: 𝑎 í𝑛𝑑𝑖𝑐𝑒 𝑛) é usada para indicar o
valor que a sequência assume no natural 𝑛. Diremos que 𝑎𝑛 é o termo geral da
sequência. Observamos os exemplos para termos a real noção de sequência, para
que - em seguida - possamos entender os conceitos e definições de sequência no
limite.
Exemplos:
9) Seja a sequência de termo geral 𝑎𝑛 = 2𝑛 . Temos
𝑎0 = 20 , 𝑎1 = 21 , 𝑎2 = 22 , …

10) Seja a sequência de termo geral 𝑠𝑛 = 1 + 2 + 3 + ⋯ + 𝑛. Temos


𝑠1 = 1, 𝑠2 = 1 + 2, 𝑠3 = 1 + 2 + 3 𝑒𝑡𝑐.
Sejam 𝑚 ≤ 𝑛 dois naturais. O símbolo
𝑛

∑ 𝑎𝑘
𝑘=𝑚

(Leia: somatória de 𝑎𝑘 , para 𝑘 variando de 𝑚 até 𝑛) é usado para indicar a


soma dos termos 𝑎𝑚 , 𝑎𝑚+1 , 𝑎𝑚+2 , … , 𝑎𝑛 :
𝑛

∑ 𝑎𝑘 = 𝑎𝑚 + 𝑎𝑚+1 + … + 𝑎𝑛 .
𝑘=𝑚

2𝑛+3
11) Calcule lim .
𝑛→+∞ 𝑛+1

Solução:
3
2𝑛 + 3 2+𝑛
lim = lim = 2.
𝑛→+∞ 𝑛 + 1 𝑛→+∞ 1
1+𝑛

Exercícios:
Livro: Um curso de cálculo, Volume 1- Guidorizzi
Exercícios 4.3. Páginas 115, 116, 117.

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73

4.5 Limite de Função e Sequência

A partir de agora você vai conhecer, sem demonstração, os teoremas sobre


limites de funções e suas aplicações na resolução de problemas.
Estes teoremas desempenharão um papel importante em todo o nosso curso.
Seja 𝑓 uma função tal que lim 𝑓(𝑥) = 𝐿, e 𝑎𝑛 uma sequência que converge a
𝑥→𝑝

𝑝, com 𝑎𝑛 ∈ 𝐷𝑓 e 𝑎𝑛 ≠ 𝑝 para todo natural 𝑛. É natural esperar que:


lim 𝑓(𝑎𝑛 ) = 𝐿.
𝑥→+∞

De fato, sendo lim 𝑓(𝑥) = 𝐿, dado 𝜖 > 0, existe 𝛿 > 0 tal que:
𝑥→𝑝

0 < |𝑥 − 𝑝| < 𝛿 ⟹ |𝑓(𝑥) − 𝐿| < 𝜖.

Como 𝑎𝑛 → 𝑝, para o 𝛿 > 0 acima, existe um natural 𝑛0 ·, tal que:


𝑛 > 𝑛0 ⟹ |𝑎𝑛 − 𝑝| < 𝛿

e como 𝑎𝑛 ≠ 𝑝, para todo 𝑛,


𝑛 > 𝑛0 ⟹ 0 < |𝑎𝑛 − 𝑝| < 𝛿.

De 1 e 1,
𝑛 > 𝑛0 ⟹ |𝑓(𝑎𝑛 ) − 𝐿| < 𝜖

Logo,
lim 𝑓( 𝑎𝑛 ) = 𝐿.
𝑥→+∞

Em particular, se 𝑓 for contínua em 𝑝 e se 𝑎𝑛 convergir a 𝑝, com 𝑎𝑛 ∈ 𝐷𝑓 para


todo 𝑛; então, lim 𝑓(𝑎𝑛 ) = 𝑓(𝑝).
𝑥→+∞

Do que vimos acima, resulta que, se existirem duas sequências 𝑎𝑛 e 𝑏𝑛 , com


𝑎𝑛 ≠ 𝑝 e 𝑏𝑛 ≠ 𝑝 para todo 𝑛, que convergem a 𝑝 e se lim 𝑓(𝑎𝑛 ) ≠ lim 𝑓(𝑏𝑛 );
𝑛→+∞ 𝑛→+∞

então, lim 𝑓(𝑥) não existirá. Frequentemente, usa-se esse processo para mostrar a
𝑥→𝑝

não existência de limite de uma função num ponto.

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74

Exemplo:
1 𝑠𝑒 𝑥 ∈ ℚ
12) Seja 𝑓(𝑥) = { . Prove que para todo real 𝑝, lim 𝑓(𝑥) não
0 𝑠𝑒 𝑥 ∉ ℚ 𝑥→𝑝

existe.
Solução:
Para todo natural 𝑛 ≠ 0, existem 𝑎𝑛 e 𝑏𝑛 , 𝑎𝑛 racional e 𝑏𝑛 irracional, tais que:
1 1
𝑝 < 𝑎𝑛 < 𝑝 + 𝑛 e 𝑝 < 𝑏𝑛 < 𝑝 + 𝑛.

Segue, pelo teorema do confronto, que:


lim 𝑎𝑛 = 𝑝 𝑒 lim 𝑏𝑛 = 𝑝.
𝑛→+∞ 𝑛→+∞

Como lim 𝑓(𝑎𝑛 ) = 1, pois 𝑓(𝑎𝑛 ) = 1 para todo 𝑛 ≠ 0, e lim 𝑓(𝑏𝑛 ) = 0, pois
𝑛→+∞ 𝑛→+∞

𝑓(𝑏𝑛 ) = 0 para todo 𝑛 ≠ 0, resulta que lim 𝑓(𝑥) não existe.


𝑥→𝑝

Livro: Um curso de cálculo, Volume 1- Guidorizzi


Exercícios 4.4. Páginas 118 e 119.

4.6 O Número 𝒆

Nosso objetivo, neste item, é provar que a sequência de termo geral


1 𝑛
𝑎𝑛 = (1 + )
𝑛

é convergente, ou seja, com n tendendo a +∞, a sequência tende para um


valor denominado Constante de Euler, que é a base dos logaritmos naturais ou
neperianos. Para tanto, vamos definir, então, o número e como sendo o limite de tal
sequência.
1 𝑛
lim (1 + ) = 𝑒
𝑛→+∞ 𝑛

Para provar a convergência de tal sequência, é suficiente provar que ela é


crescente e que existe 𝑀 > 0 tal que 𝑎𝑛 < 𝑀 para todo 𝑛 ≥ 1.

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75

1 𝑛
Primeiro, vamos provar que (1 + 𝑛) < 3 para todo 𝑛 ≥ 1. Temos

1 𝑛 𝑛 1 𝑛 1 𝑛 1 𝑛 1
(1 + ) = 1 + ( ) + ( ) 2 + ( ) 3 + ⋯ + ( ) 𝑛
𝑛 1 𝑛 2 𝑛 3 𝑛 𝑛 𝑛
𝑛(𝑛 − 1) 1 𝑛(𝑛 − 1)(𝑛 − 2) 1 𝑛! 1
=1+1+ 2
. + 3
. + …+ 𝑛 .
𝑛 2! 𝑛 3! 𝑛 𝑛!

Daí,
1 𝑛 1 1 1
(1 + ) ≤ 1 + 1 + + + …+ .
𝑛 2! 3! 𝑛!

1 1
Como 2𝑛 ≤ (𝑛 + 1)! Para todo 𝑛 ≥ 1 (verifique), resulta que (𝑛+1)!
≤ 2𝑛 para

todo 𝑛 ≥ 1, daí,
1 𝑛 1 1 1 1
(1 + ) ≤ 1 + 1 + + 2 + 3 + ⋯ + 𝑛−1
𝑛 2 2 2 2

E como,
1 1 1
1 + + 2 + ⋯+ 𝑛 + ⋯ = 2
2 2 2

Resulta,
1 𝑛
(1 + ) < 3 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑡𝑜𝑑𝑜 𝑛 ≥ 1.
𝑛

Vamos provar, agora, que tal sequência é crescente. Sejam 𝑛 e 𝑚 naturais ≥


1 tais que 𝑛 < 𝑚. Temos
1 𝑛 𝑛(𝑛 − 1) 1 𝑛(𝑛 − 1)(𝑛 − 2) 1 𝑛! 1
(1 + ) = 1 + 1 + 2
. + 3
. + …+ 𝑛 .
𝑛 𝑛 2! 𝑛 3! 𝑛 𝑛!

e
1 𝑚 𝑚(𝑚 − 1) 1 𝑚(𝑚 − 1)(𝑚 − 2) 1 𝑚! 1
(1 + ) =1+1+ 2
. + 3
. + …+ 𝑚 . .
𝑚 𝑚 2! 𝑚 3! 𝑚 𝑚!

De 𝑛 < 𝑚, resulta,
1 1
1− < 1−
𝑛 𝑚

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76

2 2
1− < 1−
𝑛 𝑚

𝑛−1 𝑛−1
1− <1−
𝑛 𝑚

E daí,
𝑛(𝑛 − 1) 𝑚(𝑚 − 1)
<
𝑛2 𝑚2
𝑛(𝑛 − 1)(𝑛 − 2) 𝑚(𝑚 − 1)(𝑚 − 2)
< 𝑒𝑡𝑐.
𝑛3 𝑚3
Observe:
𝑚(𝑚 − 1)(𝑚 − 2) 𝑚 𝑚 − 1 𝑚 − 2 1 2
3
= . . = (1 − ) (1 − ).
𝑚 𝑚 𝑚 𝑚 𝑚 𝑚

Segue que:
1 𝑛 1 𝑚
(1 + 𝑛) < (1 + 𝑚) Se 𝑛 < 𝑚. Assim, a sequência é crescente.

e x 1
4.7 O Limite Exponencial Fundamental Lim
x 0 x

Se considerarmos o limite de uma função composta (Módulo anterior) nos


problemas, podemos fazer:
𝑢 = 𝑒𝑥 − 1 → 𝑥 = ln(1 + 𝑢)

Então,
𝑒𝑥 − 1 𝑢 1 1
= = = 1
𝑥 ln(1 + 𝑢) 1
ln(1 + 𝑢) ln(1 + 𝑢) u
u

Se 𝑥 → 0 ⟹ 𝑢 → 0; assim,
𝑒𝑥 − 1 1
lim = lim 1
𝑥⟶0 𝑥 𝑢⟶0
ln(1 + 𝑢)u

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77
1
O limite lim (1 + 𝑢)u pode ser determinado também fazendo uso de um
𝑢⟶0
1 1
artifício. Vamos fazer ℎ = 𝑢; então 𝑢 = ℎ. Temos que se 𝑢 → 0 ⟹ ℎ → +∞, assim
1 1
lim (1 + 𝑢)𝑢 = lim (1 + )ℎ = 𝐞
𝑢⟶0 ℎ⟶+∞ ℎ

Então, substituindo pelo valor de e (base do logaritmo neperiano, ln), temos:


𝑒𝑥 − 1 1 1
lim = lim 1 = =1
𝑥⟶0 𝑥 𝑢⟶0 ln 𝑒
ln(1 + 𝑢)u

Portanto,
𝑒𝑥 − 1
lim =1
𝑥⟶0 𝑥

Exemplos:
ex 1
13) Calcule o Lim
x0 2x
Solução:
Podemos tirar o 1/2 do limite e escrever
𝑒𝑥 − 1 1 𝑒𝑥 − 1 1 𝟏
lim = ∙ lim = ∙1=
𝑥→0 2𝑥 2 𝑥→0 𝑥 2 𝟐

Portanto, do limite exponencial fundamental:


𝑒𝑥 − 1 1 𝟏
lim = ∙1=
𝑥→0 𝑘𝑥 𝑘 𝒌

e10x  1
14) Calcule o Lim
x 0 x
Solução:
𝑢
Fazendo 𝑢 = 10𝑥 → 𝑥 = 10 (𝑥 → 0 ⟹ 𝑢 → 0)

e10 x  1 eu  1 eu  1
Lim  Lim  10  Lim  10 1  10
x 0 x u 0 u u 0 u
10

Portanto, do limite exponencial fundamental:

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78

𝑘𝑒 𝑥 − 1
lim =𝑘∙1=𝒌
𝑥→0 𝑥

ex 1
2

15) Calcule o Lim


x 0 x
Solução:
Fazendo 𝑢 = 𝑥 2 → 𝑥 = √𝑢 (𝑥 → 0 ⟹ 𝑢 → 0)
2
ex 1 eu  1 eu  1 u eu  1
Lim  Lim  Lim   Lim  u  1 0  0
x 0 x u 0 u u 0 u u u 0 u

Portanto, do limite exponencial fundamental:


𝑛
𝑒𝑥 − 1
lim = 𝟎 (𝑛 ≥ 2)
𝑥→0 𝑥

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Resumo

Nesta aula, você aprendeu que:

 Para estudar o comportamento de uma Função, quando x tende ao


infinito, devemos estudar os Limites no Infinito;
 Quando no estudo do limite de uma função o denominador tende para
zero, dizemos que a função apresenta Limite Infinito;
𝑒 𝑥 −1
 O Limite Fundamental da função exponencial é lim = 1;
𝑥→0 𝑥

 A partir do Limite Fundamental da função exponencial, podem ser


definidos outros limites de funções exponenciais e logarítmicas.

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Referências Bibliográficas

Básica:
CARNEIRO, C. E. I.; PRADO, C. P. C.; SALINAS, S. R. A. Introdução
Elementar às Técnicas do Cálculo Diferencial e Integral. 1. ed. São Paulo:
Livraria da Física, 2007. 56 p.

FLEMMING, D. M.; GONÇALVES, M. B. Cálculo A: Funções, limite,


derivação e integração. 6. ed: revista e ampliada. São Paulo: Editora Pearson
Prentice Hall, 2006. 448 p.

GUIDORIZZI, L. H. Um Curso de Cálculo. Vol. 1. 5. ed. São Paulo: LTC,


2008.

LEITHOLD, L. O Cálculo com Geometria Analítica. São Paulo: Harbra,


1990.

MUNEM, M. A., FOULIS, D. J. Cálculo. Vol. 1. Trad. André Lima Cordeiro.


Rio de Janeiro: Ed Guanabara Dois, 1982.

RUGGIERO, M. A. G. Cálculo Numérico, Aspectos Teóricos e


Computacionais. São Paulo, 2 . Makron books,1996.

STEWART, J. Cálculo. Antônio Carlos Moretti (trad.). 5 ed. Sao Paulo:


Pioneira Thomson Learning, 2006. v.1. 579 p.

SWOKOWSKI, E. W. 1926. Cálculo com geometria analítica. Alfredo Alves


de Farias (Trad.). 2 ed. São Paulo: Makron Books, 1995. v.1.

THOMAS, G. B. Cálculo - Volume 1. Tradução: Paulo Boschcov. São Paulo:


Pearson Education do Brasil, 2002.

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Exercícios
AULA 4

1) Calcule os limites no infinito:


a ) lim (2 x  3) b) lim (4  5 x) c) lim (5 x 2  4 x  3)
x  x  x 

d ) lim (4  x 2 ) e) lim (3 x 3  4)
x  x  

2) Calcule os limites abaixo:


a) lim 3x 2  5 x  2  b) lim  2
  4 x3  7 x 

x    2 x  3 x  10 
c ) lim  3
 11 x  2 
x    2 x  1 

x 

 x 3  3x  1   1  12 x 3 
d ) lim  2   2x  3  f ) lim  2 
x    2 x  x  1    x    4 x  12 
e)lim
x   5 x  7 

3) Calcule o limite infinito, caso exista:


3x  4 2x  3 1  3x
a ) lim b) lim c ) lim
x 2 ( x  2) 2 x  1 ( x  1) 2 x  1 ( x  1) 2

3x 2  5 x  2 x4 1  2x
d ) lim e) lim f ) lim
x 0 x2 x 2 x2 x 3 x  3

1 1
g ) lim h) lim
x1 1  x x1 x 1

Resp. : a)   b)   c)   d)   e)  f ) g)  h) 

 5x 
4) Calcule o lim  .
x   3 7 x 3 3 
 

1 𝑥
5) O lim [7 + (1 + 𝑥) ] vale:
𝑥→∞

a) 7e
b) e7
c) 7 – e
d) 7 + e
82

e) 7e

√𝑥 4 +2𝑥−1
6) O lim vale:
𝑥→∞ 2𝑥 2 −1

a) +∞.

b) −∞.
1
c) 2.
4
d) 2.

e) 0.

2x  1
7) O lim vale:
x 0 x

a) +∞.

b) log 2 𝑒.

c) 𝑒 𝑥

d) ln 2.

e) 0.

3
𝑒 𝑥 −1
8) O lim vale:
𝑥→0 𝑒 𝑥 −1

a) +∞.

b) 1.

c) 𝑒 𝑥 .d) 3.

d) 0.

Exercícios complementares: Um curso de cálculo, Volume 1- Guidorizzi


Exercícios 6.3. Páginas 135.

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Aula 5
Limite trigonométrico

APRESENTAÇÃO DA AULA

Na aula 5, nós vamos abordar os limites trigonométricos. Ou seja, vamos


aprender a calcular limites contendo expressões trigonométricas, como seno,
cosseno, tangente, secante, cossecante e cotangente.
É importante nesta aula um bom domínio de trigonometria, por isso, faça uma
revisão em um livro de matemática básica para ensino médio.
Há muito por fazer. Então, coloque em dia os seus estudos e mãos à obra!

Boa sorte e bons estudos!

OBJETIVOS DA AULA

Esperamos que, após o estudo do conteúdo desta aula, você seja capaz de:

 Apresentar os conceitos do Teorema do confronto em limites;


 Estudar os Limites de funções trigonométricas;
 Ver as principais simplificações nos limites trigonométricos.

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84

“A matemática não mente. Mente quem faz mal o uso dela. ” Albert Einstein
5 INTRODUÇÃO – LIMITE TRIGONOMÉTRICO

Chegamos agora à resolução de limites com expressões


trigonométricas! Para que você entenda os conceitos e a resolução dos
exercícios, você deverá estudar trigonometria básica. Para isso, pegue
um livro de matemática do ensino médio e relembre os principais conceitos, fórmulas
e exercícios.

Para saber um pouco mais, use como referência o livro de Pré-cálculo, 2ª edição (Parte 4 –
Introdução ao cálculo), do Demana e demais colaboradores da biblioteca virtual. Ou
acesse: <https://www.youtube.com/watch?v=dqGzpYzVMVQ>.
Antes de começarmos a resolver os exercícios de limites trigonométricos, vamos entender
um pouco do Teorema do Confronto.

5.1 Teorema do confronto

Sejam f, g, h três funções reais. Supondo que exista um valor real que tende
a 0, com r > 0 tal que:
f x  g x  hx
Para,
0 x p r

Nestas condições, se:


Lim f x   L  Lim h(x)
xP xP

Então:
Lim g x   L
x P

Exemplo:
1) Seja f uma função e suponha que para todo x. f x   x²

a) Calcule, caso exista, Lim f x .


x0

b) f é contínua em 0? Por quê?


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85

Resolução:
a) f  x   x ²   x ²  f  x   x ²

Como:
Lim  x²  0  Lim x² Segue do teorema do confronto que:
x0 x0

Lim f x   0
x0

b) Segue de (a) que f será contínua em 0 se f(0) = 0. Pela Hipótese |f(x)|  x²


para todo x. Logo, | f (0) |  0 . Assim,
Lim f x   0  f 0
x0

Ou seja, f é contínua em 0.

5.2 Limite trigonométrico

Limite trigonométrico é aquele que possui alguma expressão trigonométrica.


Sua resolução é realizada da mesma forma que as expressões anteriores, ou seja,
substituindo x pelo valor que está tendendo.
Exemplo:
2) Calcule o limite das expressões.
 sen (5 x   ) 
Lim   cos( x)
x 0
 2 

Solução:
Substituindo x por 0, temos:
 sen (5 x   )   sen (5.0   ) 
Lim   cos( x)    cos( 0)
x 0
 2   2 

Resolvendo a expressão, teremos:


𝑠𝑒𝑛(𝜋) 𝑠𝑒𝑛(180°)
−1= − 1 = 0 − 1 = −1
2 2
 sen (2 x   / 2) 
Lim  

x  / 2 2 
Solução:
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86

Substituindo x por 𝜋/2, temos:


 sen (2 x   / 2)  sen (2. / 2   / 2)
Lim  
x  / 2
 2  2
Resolvendo a expressão, teremos:
𝑠𝑒𝑛(3𝜋/2) 𝑠𝑒𝑛(270°)
= = −1/2
2 2

A indeterminação 0/0 também pode aparecer em


limites trigonométricos? Como faço para resolvê-la? Para
resolver um limite trigonométrico, você deverá simplificar a
expressão utilizando fórmulas trigonométricas e pode
resolver pela fórmula do limite fundamental trigonométrico
explicado abaixo.

senx
5.3 Limite fundamental Lim
x0 x

Do ciclo Trigonométrico (Fig. 23), temos que:


0  senx  x  tgx

Figura 23: Ciclo Trigonométrico.

Fonte: EDUC. <www.educ.fc.ul.pt>.

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87

Seja r um valor que tende a 0 (ou seja, muito pequeno).


Para 0 < x < r. Dividindo por sen x.
x 1
1 
senx cos x

e, portanto, para , 0 < x < r,


senx
cos x  1
x

Por outro lado,


sen x 
 r  x  0  0   x  r  cos x   1
x

sen( x) sen( x)
Como Cos (x) = Cos x e  ,
x x
senx 
 r  x  0  cosx   1
x

Assim, para todo x, como 0 < |x| < r,

senx
Cos x < 1
x
Como:
Lim Cos x  1  Lim1
x0 x0

Pelo teorema do confronto,


senx
Lim 1
x0 x

Observe da Fig. 23 que, para módulo de x suficientemente pequeno,


senx
 1 ou x  senx.
x
Exemplos:
sen 5x
3) Calcule o Lim
x0 x

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88

Solução:
Fazendo 𝑢 = 5𝑥, temos que 𝑥 = 𝑢⁄5 e para 𝑥 → 0 então 𝑢 → 0.
Então,
𝑆𝑒𝑛 5𝑥 𝑆𝑒𝑛 𝑢 5 ∙ 𝑆𝑒𝑛 𝑢 𝑆𝑒𝑛 𝑢
lim = lim 𝑢 = lim = 5 ∙ lim = 5∙1= 𝟓
𝑥→0 𝑥 𝑢→0 ⁄5 𝑢→0 𝑢 𝑢→0 𝑢

Portanto, do limite trigonométrico fundamental:


𝑆𝑒𝑛 𝑘𝑥
lim =𝑘∙1=𝒌
𝑥→0 𝑥

𝑇𝑔 𝑥
4) Calcule o lim
𝑥→0 𝑥

Solução:
𝑆𝑒𝑛 𝑥
Sendo 𝑇𝑔 𝑥 = 𝐶𝑜𝑠 𝑥 , temos que:

𝑇𝑔 𝑥 𝑆𝑒𝑛 𝑥⁄
lim = lim 𝐶𝑜𝑠 𝑥 = lim 𝑆𝑒𝑛 𝑥 = lim [𝑆𝑒𝑛 𝑥 ∙ 1 ] =
𝑥→0 𝑥 𝑥→0 𝑥 𝑥→0 𝑥 ∙ 𝐶𝑜𝑠𝑥 𝑥→0 𝑥 𝐶𝑜𝑠𝑥
𝑆𝑒𝑛 𝑥 1 1 1
lim [ ] ∙ lim [ ]=1∙ =1∙ =𝟏
𝑥→0 𝑥 𝑥→0 𝐶𝑜𝑠𝑥 𝐶𝑜𝑠 0 1

Portanto, do limite trigonométrico fundamental:


𝑇𝑔 𝑥
lim =1
𝑥→0 𝑥
1−𝐶𝑜𝑠 𝑥
5) Calcule o lim
𝑥→0 𝑥

Solução:
Sendo 𝑆𝑒𝑛2 𝑥 = 1 − 𝐶𝑜𝑠 2 𝑥, temos que:
1 − 𝐶𝑜𝑠 𝑥 1 − 𝐶𝑜𝑠 𝑥 1 + 𝐶𝑜𝑠 𝑥 1 − 𝐶𝑜𝑠 2 𝑥
lim = lim ∙ = lim =
𝑥→0 𝑥 𝑥→0 𝑥 1 + 𝐶𝑜𝑠 𝑥 𝑥→0 𝑥 ∙ (1 + 𝐶𝑜𝑠𝑥)
𝑆𝑒𝑛2 𝑥 𝑆𝑒𝑛 𝑥 𝑆𝑒𝑛𝑥 0 0
lim = lim [ ] ∙ lim [ ]= 1∙ = 1∙ = 𝟎
𝑥→0 𝑥 ∙ (1 + 𝐶𝑜𝑠𝑥) 𝑥→0 𝑥 𝑥→0 1 + 𝐶𝑜𝑠𝑥 1 + 𝐶𝑜𝑠 0 2

Portanto, do limite trigonométrico fundamental:


1 − 𝐶𝑜𝑠 𝑥
lim =0
𝑥→0 𝑥

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89

5.4 Demais simplificações trigonométricas

Geralmente, indeterminação matemática 0/0 em limites trigonométricos


podem ser resolvidos mediante a aplicação de alguma técnica de simplificação ou
identidade trigonométrica, e, em alguns casos, conforme visto nos exemplos acima,
devem ser aplicadas ambas as operações. Segue abaixo alguns casos notáveis
mais utilizados em limites trigonométricos:

senx x senKx
1) Lim 1 2) Lim 1 3) Lim senx  0 4) Lim 1
x 0 x x 0 senx x 0 x 0 Kx

1  cos x 1  cos x 1
5) Lim cos x  1 6) Lim 0 7) Lim 
x 0 x 0 x x 0 x2 2

tan x x tan Kx
8) Lim 1 9) Lim 1 10) Lim 1
x 0 x x 0 tan x x 0 Kx

As identidades trigonométricas mais utilizadas são:

 Identidades Básicas

1 1 1 senx cos x
senx  cos x  tan x  tan x  cot anx 
cos ecx sec x cot anx cos x senx

 Identidades Fundamentais da Trigonometria

2x+cos2x=1 1+tg2x=sec2x 1+ctg2x=csc2x


Demais sen
fórmulas sã

 Identidades dos ângulos


o encontradas no Anexo D.
sen(xy)=senx cosy  cosx seny cos(x  y)  cosx.cosy  senx.seny
1  cos 2 x 1  cos 2 x
Vídeos sen 2
x
complementares: cos 2 x 
2 2
http://www.youtube.com/watch?v=8c0fA9N2ZRA
sen2x=2senxcosx cos2x=cos2x-sen2x
http://www.youtube.com/watch?v=41fHe1ORMZM
http://www.youtube.com/watch?v=OMH8AZgZIr4
 Identidades de ângulos médio

1  cos x 1  cos x
sen( x / 2)   cos( x / 2)  
2 2

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Resumo

Nesta aula, você viu que:

 O teorema do confronto permite identificar o Limite Fundamental da


Trigonometria e outros limites trigonométricos;
 Limites trigonométricos podem ser resolvidos mediante as aplicações
de técnicas de simplificação ou identidade trigonométrica.

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Referências Bibliográficas

Básica:
CARNEIRO, C. E. I.; PRADO, C. P. C.; SALINAS, S. R. A. Introdução
Elementar às Técnicas do Cálculo Diferencial e Integral. 1. ed. São Paulo:
Livraria da Física, 2007. 56 p.

FLEMMING, D. M.; GONÇALVES, M. B. Cálculo A: Funções, limite,


derivação e integração. 6. ed: revista e ampliada. São Paulo: Editora Pearson
Prentice Hall, 2006. 448p.

GUIDORIZZI, L. H. Um Curso de Cálculo. Vol. 1. 5. ed. São Paulo: LTC,


2008.

LEITHOLD, L. O Cálculo com Geometria Analítica. São Paulo: Harbra,


1990.

MUNEM, M. A., FOULIS, D. J. Cálculo Vol. 1. Trad. André Lima Cordeiro.


Rio de Janeiro: Ed Guanabara Dois, 1982.

RUGGIERO, M. A. G. Cálculo Numérico, Aspectos Teóricos e


Computacionais. São Paulo, 2. Makron books,1996.

STEWART, J. Cálculo. Antônio Carlos Moretti (trad.). 5 ed. Sao Paulo:


Pioneira Thomson Learning, 2006. v.1. 579 p.

SWOKOWSKI, E. W. 1926. Cálculo com geometria analítica. Alfredo Alves


de Farias (Trad.). 2 ed. São Paulo: Makron Books, 1995. v.1.

THOMAS, G. B. Cálculo - Volume 1. Tradução: Paulo Boschcov. São Paulo:


Pearson Education do Brasil, 2002.

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Exercícios
AULA 5

sen2 x  2
1) Prove que lim  .
x  0 sen3 x  3

𝑆𝑒𝑛 𝑎𝑥
2) O limite lim 𝑆𝑒𝑛 𝑏𝑥 é igual a:
𝑥→0

a) 1
b) 0
𝑎
c) 𝑏
𝑏
d) 𝑎

e) 𝑎 ∙ 𝑏

𝑆𝑒𝑛 𝜋𝑥
, 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑥 > 0
3) Seja a função 𝑓(𝑥) = { 𝑥𝑇𝑔 𝑥 . Assinale a única alternativa
𝜋 ∙ 𝑥 , 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑥 < 0

abaixo que não está correta.


a) lim+ 𝑓(𝑥) = 𝜋
𝑥→0

b) ∄ lim 𝑓(𝑥)
𝑥→0

c) lim− 𝑓(𝑥) = 𝜋
𝑥→0

d) ∄ 𝑓(0)
e) A função não é contínua em 𝑥 = 0.

tg ²2 x 
4) Calcule lim .
x 0 3x

5) Calcule os seguintes limites trigonométricos:


sen2 x
a) lim
x0 3x
cos x
b) lim
x
2 cot anx

1  tan x
c) lim
4 2(1  tan x )
2
x
Aula 6
Derivada I

APRESENTAÇÃO DA AULA

De acordo com Hoffmann (2010), “Cálculo é a matemática das variações”;


sendo que, para o estudo das taxas de variações, as derivadas representam o
principal método. Nesta aula, apresentaremos os conceitos básicos de derivada, ou
seja, a definição intuitiva e a definição geométrica.
Parabéns para quem chegou até aqui!

Agora, vamos ampliar e aprofundar nossos conhecimentos e, após


passarmos por essa pedreira chamada Limite, entraremos em um assunto bem
interessante na aula 5 que é Derivada.
Boa sorte e bons estudos!

OBJETIVOS DA AULA

Esperamos que, após o estudo do conteúdo desta aula, você seja capaz de:

 Apresentar o conceito de derivadas pela definição através de limites;


 Apresentação do conceito sobre as tabelas de derivação;
 Demonstrar e Resolver derivadas de funções básicas: polinomiais,
exponenciais, trigonométricas, etc.;
 Apresentar as diversas notações de derivadas.

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94

“A maior vitória na competição é derivada da satisfação interna de saber que


você fez o seu melhor e que você obteve o máximo daquilo que você deu. ”
Howard Cosell
6 INTRODUÇÃO – DERIVADA I

Vamos lá!
Para que você entenda os conceitos da derivada,
utilizaremos algumas das definições que foram apresentadas no
estudo de limite. Então, sendo 𝑓 uma função e 𝑝 um ponto de seu
domínio. Limites do tipo:
𝑓(𝑥) − 𝑓(𝑝)
lim
𝑥→𝑝 𝑥−𝑝

Ocorrem de modo natural tanto na geometria como na Física.


Consideremos, por exemplo, o problema de definir reta tangente ao gráfico de
𝑓 no ponto (𝑝, 𝑓(𝑝)). Evidentemente, tal reta deve passar pelo ponto (𝑝, 𝑓(𝑝)).
Assim, a reta tangente fica determinada se dissermos qual deve ser seu
coeficiente angular. Consideremos, então, a reta 𝑠𝑥 que passa pelos pontos (𝑝, 𝑓(𝑝))
e (𝑥, 𝑓(𝑥)) (Fig. 24).

Figura 24: Gráfico da função f.

Fonte: GUIDORIZZI (2008)

𝒇(𝒙)−𝒇(𝒑)
Coeficiente angular de 𝑠𝑥 ∴ 𝒎𝒔𝒙 = .
𝒙−𝒑

Quando 𝑥 tende a 𝑝, o coeficiente angular de 𝑠𝑥 tende a 𝑓 ′ (𝑝), onde:

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95

𝑓(𝑥) − 𝑓(𝑝)
𝑓 ′ (𝑝) = lim .
𝑥→𝑝 𝑥−𝑝

Observe que 𝑓 ′ (𝑝) é apenas uma notação para indicar o valor do limite acima.
Assim, à medida que 𝑥 vai se aproximando de 𝑝, a reta 𝑠𝑥 vai tendendo para a
posição de uma reta reta 𝑡 de equação (Fig. 25)

Figura 25: Gráfico da função f, reta t e reta sx.

O coeficiente angular da reta sx, secante ao gráfico da curva 𝑦 = 𝑓(𝑥),


passando pelos pontos Po e P é
∆𝑦 𝑓(𝑥) − 𝑓(𝑝)
𝑇𝑔𝛽 = =
∆𝑥 𝑥−𝑝
Observando os elementos geométricos da figura 2, temos que
quando ∆𝑥 tende a 0, o ponto 𝑃 tem como posição limite o ponto Po; e a reta
secante sx terá como posição limite a reta t, tangente ao gráfico de 𝑓(𝑥) no ponto Po.
No limite, quando ∆𝑥 tende a 0, a 𝑇𝑔𝛽 → 𝑇𝑔𝛼
É natural, então, definir a reta tangente em 𝑃0 (𝑝, 𝑓(𝑝)), como sendo a reta de
equação
𝑦 − 𝑓(𝑝) = 𝑓 ′ (𝑝)(𝑥 − 𝑝)

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96

6.1 Derivada de uma função

Agora, abordaremos derivada de uma função. Para melhor entendermos esse


assunto, trabalharemos com a definição onde o limite de uma função existe e é
finito.
Definição:
Sejam 𝑓 uma função e 𝑝 um ponto de seu domínio. O limite:
𝑓(𝑥) − 𝑓(𝑝)
lim
𝑥→𝑝 𝑥−𝑝

Quando existe e é finito, denomina-se derivada de 𝒇 em 𝒑 e indica-se por


𝑓 ′ (𝑝) (leia: 𝑓 linha de 𝑝).
Assim,
𝑓(𝑥) − 𝑓(𝑝)
𝑓 ′ (𝑝) = lim .
𝑥→𝑝 𝑥−𝑝

Se 𝑓 admite derivada em 𝑝, então diremos que 𝑓 é derivável ou diferenciável


em 𝑝.
Dizemos que 𝑓 é derivável ou diferenciável, em 𝐴 ⊂ 𝐷𝑓, se 𝑓 for derivável em
cada 𝑝 ∈ 𝐴. Diremos, simplesmente, que 𝑓 é uma função derivável ou diferenciável,
se 𝑓 for derivável em cada ponto de seu domínio.
Observação: Segue das propriedades dos limites que:
𝑓(𝑥) − 𝑓(𝑝) 𝑓(𝑝 + ℎ) − 𝑓(𝑝)
lim = lim .
𝑥→𝑝 𝑥−𝑝 ℎ→0 ℎ

Assim,
𝑓 (𝑥) − 𝑓(𝑝)
𝑓 ′ (𝑝) = lim
𝑥→𝑝 𝑥−𝑝
Ou,
𝑓(𝑝 + ℎ) − 𝑓(𝑝)
𝑓 ′ (𝑝) = lim .
ℎ→0 ℎ

Conforme vimos na introdução, a reta de equação:


𝑦 − 𝑓(𝑝) = 𝑓 ′ (𝑝)(𝑥 − 𝑝)

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97

É, por definição, a reta tangente ao gráfico de 𝑓 no ponto (𝑝, 𝑓(𝑝)). Assim, a


derivada de 𝑓, em 𝑝, é o coeficiente angular da reta tangente ao gráfico de 𝑓 no
ponto de abscissa p.
De forma geral, da Fig. 26,

Figura 26: Definição da derivada da função f.

Definimos a derivada de uma função como sendo 𝑓′(𝑥), tal que:


𝑓(𝑥 + ℎ) − 𝑓(𝑥)
𝑓 ′ (𝑥) = lim .
ℎ→0 ℎ

Exemplos:
1) Seja 𝑓(𝑥) = 𝑥². Calcule.
𝑓 ′ (1)
𝑓 ′ (𝑥)
𝑓 ′ (−3)
Solução:
𝑓(𝑥) − 𝑓(1) (𝑥² − 1)
𝑓 ′ (1) = lim = lim = lim(𝑥 + 1) = 2.
𝑥→1 𝑥−1 𝑥→1 𝑥 − 1 𝑥→1

Assim,

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98

𝑓 ′ (1) = 2.
(A derivada de 𝑓(𝑥) = 𝑥², em 𝑝 = 1, é igual a 2.)

b)

′ (𝑥)
𝑓(𝑥 + ℎ) − 𝑓(𝑥) (𝑥 + ℎ)2 − 𝑥 2
𝑓 = lim = lim
ℎ→0 ℎ ℎ→0 ℎ

Como:
(𝑥 + ℎ)² − 𝑥² 2𝑥ℎ + ℎ²
= = 2𝑥 + ℎ, ℎ≠0
ℎ ℎ

Segue que:
𝑓 ′ (𝑥) = lim (2𝑥 + ℎ) = 2𝑥.
ℎ→0

Portanto,
𝑓(𝑥) = 𝑥 2 ⟹ 𝑓 ′ (𝑥) = 2𝑥.

Observe que 𝑓 ′ (𝑥) = 2𝑥 é uma fórmula que nos fornece a


derivada de 𝑓(𝑥) = 𝑥² em todo 𝑥 real.
Segue de (b) que
𝑓 ′ (−3) = 2(−3) = −6.

2) Seja 𝑓(𝑥) = 𝑥². Determine a equação da reta tangente ao gráfico de 𝑓 no


ponto:
(1, 𝑓(1)).
(−1, 𝑓(−1)).
Solução:
Do exemplo 1, temos que 𝑓 ′ (𝑥) = 2𝑥.
A equação da reta tangente em (1, 𝑓(−1)) é:
𝑦 − 𝑓(1) = 𝑓 ′ (1) (𝑥 − 1)

{ 𝑓(1) = 1² = 1
𝑓 ′ (𝑝) = 2𝑝 ⟹ 𝑓 ′ (1) = 2

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99

𝑦 − 1 = 2(𝑥 − 1)
Ou,
𝑦 = 2𝑥 − 1.
Assim, 𝒚 = 𝟐𝒙 − 𝟏 é a equação da reta tangente ao gráfico de 𝑓(𝑥) = 𝑥² no
ponto (1, 𝑓(1)).
A equação da reta tangente em (−1, 𝑓(−1)) é
𝑦 − 𝑓(−1) = 𝑓 ′ (−1)(𝑥 − (−1))

Sendo que:
𝑓(−1) = (−1)2 = 1
{
𝑓 ′ (𝑝) = 2𝑝 ⟹ 𝑓 ′ (−1) = −2

Substituindo estes valores na equação, vem:


𝑦 − 1 = −2(𝑥 + 1)
Ou,
𝒚 = −𝟐𝒙 − 𝟏

Assim 𝒚 = −𝟐𝒙 − 𝟏 é a equação da reta tangente ao gráfico de 𝑓(𝑥) = 𝑥² no


ponto (−1, 𝑓(−1)).

3) Seja 𝑓(𝑥) = 𝑘 uma função constante. Mostre que 𝑓 ′ (𝑥) = 0 para todo 𝑥.
(A derivada de uma constante é zero).
Solução:
Pela definição apresentada no início,
𝑓(𝑥 + ℎ) − 𝑓(𝑥)
𝑓 ′ (𝑥) = lim .
ℎ→0 ℎ

Como 𝑓(𝑥) = 𝑘, para todo 𝑥, resulta em 𝑓(𝑥 + ℎ) = 𝑘, para todo 𝑥 e todo ℎ,


assim,
𝑘−𝑘
𝑓 ′ (𝑥) = lim = lim 0 = 0.
ℎ→0 ℎ ℎ→0

4) Seja 𝑓(𝑥) = 𝑥. Prove que 𝑓 ′ (𝑥) = 1 para todo 𝑥.


Solução:

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100

𝑓(𝑥 + ℎ) − 𝑓(𝑥) 𝑥+ℎ−𝑥


𝑓 ′ (𝑥) = lim = lim = 1.
ℎ→0 ℎ ℎ→0 ℎ

Assim:
𝑓(𝑥) = 𝑥 ⟹ 𝑓 ′ (𝑥) = 1.

5) Seja 𝑓(𝑥) = √𝑥. Calcule 𝑓 ′ (2) = 1.


Solução:
𝑓(𝑥) − 𝑓(𝑝)
𝑓 ′ (𝑝) = lim
𝑥→𝑝 𝑥−𝑝
𝑓(𝑥) − 𝑓(2) √𝑥 − √2 √𝑥 − √2 1
𝑓 ′ (2) = lim = lim = lim = lim
𝑥→2 𝑥−2 𝑥→2 𝑥 − 2 𝑥→2 (√𝑥 − √2) ∙ (√𝑥 + √2) 𝑥→2 (√𝑥 + √2)

1 1 𝟏
𝑓 ′ (2) = lim = =
𝑥→2 (√𝑥 + √2) (√2 + √2) 𝟐√𝟐

Isto é,
𝟏
𝑓 ′ (2) =
𝟐√𝟐

Livro: Um curso de cálculo, Volume 1-Guidorizzi


Exercícios 7.2. Páginas 143, 144, 145.

6.2 Derivada de Funções Conhecidas

Visto os conceitos e as definições de derivadas,


começaremos a abordagem em funções conhecidas para, mais
adiante, trabalharmos com algumas regras de derivada.
Encontram-se no Anexo A as principais regras de
derivação, mais conhecidas como tabelas de derivadas.

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101
𝒏
6.2.1 Derivadas de funções polinomiais (xn) e funções radicais ( √𝒙).

Teorema:
Seja n ≠ 0 um natural. Pela definição de derivada, temos que são válidas as
fórmulas de derivação:
a) 𝑓(𝑥) = 𝑥 𝑛 ⇒ 𝑓’ (𝑥) = 𝑛𝑥 𝑛−1 .
b) 𝑓(𝑥) = 𝑥 −𝑛 ⇒ 𝑓’(𝑥) = – 𝑛𝑥 −𝑛−1 , para 𝑥 ≠ 0.
1 1
1
c) 𝑓(𝑥) = 𝑥 𝑛 ⇒ 𝑥 𝑛−1, onde x > 0 se n for par e x ≠ 0, se n for ímpar
𝑛

(𝑛 ≥ 2).

Demonstração:
(𝑥+ℎ)𝑛 −𝑥 𝑛
a) 𝑓’(𝑥) = 𝑙𝑖𝑚
ℎ→0 ℎ

Fazendo x + h = t (t → x quando h → 0), vem


𝑡𝑛 − 𝑥𝑛
𝑓 ′ (𝑥) = lim ⏟𝑛−1 + 𝑡 𝑛−2 𝑥 + 𝑡 𝑛−3 𝑥² + ⋯ + 𝑥 𝑛−1 ]
= lim [𝑡
𝑡→𝑥 𝑡 − 𝑛 𝑡→𝑥
𝑛 𝑝𝑎𝑟𝑐𝑒𝑙𝑎𝑠

Assim,
𝑓 ′ (𝑥) = ⏟
[𝑥 𝑛−1 + 𝑥 𝑛−2 𝑥 + 𝑥 𝑛−3 𝑥² + ⋯ + 𝑥 𝑛−1 ]
𝑛 𝑝𝑎𝑟𝑐𝑒𝑙𝑎𝑠

Ou seja,
𝑓 ′(𝑥) = 𝑛𝑥 𝑛−1

1
b) 𝑓(𝑥) = 𝑥 −𝑛 = 𝑥 𝑛
1 1
(𝑥+ℎ)𝑛
− 𝑛 (𝑥+ℎ)𝑛 −𝑥 𝑛 1
′ (𝑥) 𝑥
𝑓 = lim = lim − ∙ (𝑥+ℎ)𝑛 ∙ 𝑥 𝑛
ℎ⟶0 ℎ ℎ⟶0 ℎ

(𝑥+ℎ)𝑛 −𝑥 𝑛
(No exemplo da letra a), vimos que lim = 𝑛𝑥 𝑛−1 .
ℎ→0 ℎ

Como:
1 1
lim 𝑛 𝑛
= 2𝑛 ,
ℎ→0 (𝑥 + ℎ) ∙ 𝑥 𝑥

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102

Temos que:
1
𝑓 ′ (𝑥) = −𝑛𝑥 𝑛−1 ∙ 𝑥 2𝑛 = −𝑛𝑥 −𝑛−1 .

Portanto,
𝒇(𝒙) = 𝒙−𝒏 ⇒ 𝒇′(𝒙) = −𝒏𝒙−𝒏−𝟏

1
𝑛
c) 𝑓 (𝑥) = 𝑥 𝑛 = √𝑥.
Temos:
𝑛 𝑛 𝑛 𝑛
′ (𝑥) √𝑥 + ℎ − √𝑥 √𝑡 − √𝑥
𝑓 = lim = lim
ℎ→0 ℎ 𝑡→𝑥 𝑡 − 𝑥

𝑛 𝑛
Sendo 𝑡 = 𝑥 + ℎ e fazendo 𝑢 = √𝑡 e 𝑣 = √𝑥 (𝑡 → 𝑥 ⇒ 𝑢 → 𝑣), obtemos
𝑢−𝑣 1 1
𝑓 ′ (𝑥) = lim = 𝑛 𝑛 =
𝑢→𝑣 𝑢 𝑛 − 𝑣 𝑛 𝑢 −𝑣 𝑛𝑣 𝑛−1
𝑢−𝑣

Assim, para x ≠ 0 e x no domínio de f,


𝟏
𝒇′ (𝒙) = 𝒏
𝒏 √𝒙𝒏−𝟏
Ou seja,
𝟏 𝟏−𝟏
𝒇′ (𝒙) = 𝒙𝒏
𝒏

Exemplos:
6) Seja f (x) = x4. Calcule.
a) 𝑓’(𝑥)
Solução:
𝑓(𝑥) = 𝑥 4 ⇒ 𝑓 ′ (𝑥) = 4𝑥 4−1

Assim,
𝒇′(𝒙) = 𝟒𝒙³

b) 𝑓’(1/2)
1 1 3 1
Como 𝑓’(𝑥) = 4𝑥³, segue 𝑓’ (2) = 4 (2) = 4 ∙ 8,

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103

ou seja,
𝟏 𝟏
𝒇’ ( ) = .
𝟐 𝟐

7) Calcule 𝑓′(𝑥) sendo.


a) 𝑓(𝑥) = 𝑥 −5
1
b) 𝑓(𝑥) = 𝑥 3

c) 𝑓(𝑥) = √𝑥

Solução:
a) 𝑓(𝑥) = 𝑥 −5 ⇒ 𝑓 ′ (𝑥) = −5𝑥 −5−1 → 𝒇′ (𝒙) = −𝟓𝒙−𝟔
1 −𝟑
b) 𝑓(𝑥) = 𝑥 3 = 𝑥 −3 ⇒ 𝑓 ′ (𝑥) = −3𝑥 −3−1 = −3𝑥 −4 → 𝒇′ (𝒙) = 𝒙𝟒

c) 𝑓(𝑥) = 𝑥 −5 ⇒ 𝑓 ′ (𝑥) = −5𝑥 −5−1 → 𝒇′(𝒙) = −𝟓𝒙−𝟔

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Exercícios 7.3. Página 148.

6.2.2 Derivadas de funções exponenciais (ex) e logarítmica (ln x)

Mais algumas derivadas conhecidas.


Teorema:
Da definição de derivadas, temos que são válidas as fórmulas de derivação:
𝒂) 𝑓(𝑥) = 𝑒 𝑥 ⇒ 𝑓 ′ (𝑥) = 𝑒 𝑥 .
1
b) 𝑓 (𝑥) = ln 𝑥 ⇒ 𝑓′(𝑥) = 𝑥 , 𝑥 > 0.

Demonstração:
e𝑥+ℎ −𝑒 𝑥 𝑒 ℎ −1 𝑒 ℎ −1
a) 𝑓 ′ (𝑥) = lim = lim 𝑒 𝑥 ∙ = 𝑒 𝑥 (uma vez que lim = 1).
ℎ→0 ℎ ℎ→0 ℎ ℎ→0 ℎ

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104

ln(𝑥+ℎ)−ln 𝑥 1 ℎ
b) 𝑓 ′ (𝑥) = lim = lim ℎ ∙ 𝑙𝑛 (1 + 𝑥 )
ℎ→0 ℎ ℎ→0


Fazendo 𝑢 =
𝑥
1⁄ 1 1 1 𝟏
𝑔′ (𝑥) = lim 𝑙𝑛(1 + 𝑢) 𝑥𝑢 = lim 𝑙𝑛(1 + 𝑢)𝑢 = ∙ ln 𝑒 =
𝑢→0 𝑢→0 𝑥 𝑥 𝒙

Pois,
1
lim (1 + 𝑢)𝑢 = 𝑒
𝑢→0

Resumindo:
(𝑒 𝑥 )′ = 𝑒 𝑥
1
(ln 𝑥)′ = ,𝑥 > 0
𝑥

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Exercícios 7.4. Página 149.

6.2.3 Derivadas das Funções Trigonométricas

Agora, entraremos em um assunto que envolve trigonometrias: as derivadas


trigonometrias. É aconselhável que estejamos com as relações trigonométricas em
dia. Mostraremos as formulas de derivação e, em seguida, demonstraremos como
se chegou a tal resultado.
Teorema:
Pela definição de derivada, temos que são válidas as formulas de derivação:
a) 𝑠𝑒𝑛’𝑥 = 𝑐𝑜𝑠 𝑥.
b) 𝑐𝑜𝑠’𝑥 = −𝑠𝑒𝑛𝑥.
c) 𝑡𝑔’𝑥 = 𝑠𝑒𝑐²𝑥.
d) 𝑠𝑒𝑐’𝑥 = 𝑠𝑒𝑐𝑥 ∙ 𝑡𝑔𝑥.

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105

e) 𝑐𝑜𝑡𝑔’𝑥 = −𝑐𝑜𝑠𝑒𝑐²𝑥
f) 𝑐𝑜𝑠𝑒𝑐’𝑥 = −𝑐𝑜𝑠𝑒𝑐 𝑥 ∙ 𝑐𝑜𝑡𝑔 𝑥.

Demonstração.
𝑆𝑒𝑛(𝑥+ℎ)−𝑆𝑒𝑛𝑥 𝑆𝑒𝑛𝑥∙𝐶𝑜𝑠ℎ+𝑆𝑒𝑛ℎ∙𝐶𝑜𝑠𝑥−𝑆𝑒𝑛𝑥 𝑆𝑒𝑛𝑥∙(𝐶𝑜𝑠ℎ−1)+𝑆𝑒𝑛ℎ∙𝐶𝑜𝑠𝑥
a) 𝑆𝑒𝑛′ 𝑥 = lim ℎ
= lim ℎ
= lim ℎ
ℎ→0 ℎ→0 ℎ→0

𝑆𝑒𝑛𝑥 ∙ (𝐶𝑜𝑠ℎ − 1) 𝑆𝑒𝑛ℎ ∙ 𝐶𝑜𝑠𝑥


𝑆𝑒𝑛′ 𝑥 = lim + lim
ℎ→0 ℎ ℎ→0 ℎ

Do módulo anterior, temos que:


(𝐶𝑜𝑠ℎ − 1) 𝑆𝑒𝑛ℎ
lim = 0 e lim =0
ℎ→0 ℎ ℎ→0 ℎ

Então:
𝑆𝑒𝑛′ 𝑥 = 𝑆𝑒𝑛𝑥 ∙ 0 + 1 ∙ 𝐶𝑜𝑠𝑥 → 𝐒𝐞𝐧′ 𝐱 = 𝐂𝐨𝐬𝐱

𝐶𝑜𝑠(𝑥+ℎ)−𝐶𝑜𝑠𝑥 𝐶𝑜𝑠𝑥∙𝐶𝑜𝑠ℎ−𝑆𝑒𝑛𝑥∙𝑆𝑒𝑛ℎ−𝐶𝑜𝑠 𝑥 𝐶𝑜𝑠𝑥∙(𝐶𝑜𝑠ℎ−1)−𝑆𝑒𝑛𝑥∙𝑆𝑒𝑛ℎ


b) 𝐶𝑜𝑠 ′ 𝑥 = lim ℎ
= lim

= lim

ℎ→0 ℎ→0 ℎ→0

𝐶𝑜𝑠𝑥 ∙ (𝐶𝑜𝑠ℎ − 1) 𝑆𝑒𝑛𝑥 ∙ 𝑆𝑒𝑛ℎ


𝐶𝑜𝑠 ′ 𝑥 = lim − lim = 𝐶𝑜𝑠𝑥 ∙ 0 − 𝑆𝑒𝑛𝑥 ∙ 1
ℎ→0 ℎ ℎ→0 ℎ
𝐂𝐨𝐬′ 𝐱 = −𝐒𝐞𝐧𝐱
𝑇𝑔(𝑥+ℎ)−𝑇𝑔𝑥
c) 𝑇𝑔′𝑥 = lim
ℎ→0 ℎ

Fazendo 𝑡 = 𝑥 + ℎ (𝑡 → 𝑥 quando ℎ → 0)
𝑆𝑒𝑛 𝑡 𝑆𝑒𝑛 𝑥 𝑆𝑒𝑛 𝑡 ∙ 𝐶𝑜𝑠 𝑥 − 𝑆𝑒𝑛 𝑥 ∙ 𝐶𝑜𝑠 𝑡
𝑇𝑔 𝑡 − 𝑇𝑔 𝑥 𝐶𝑜𝑠 𝑡 − 𝐶𝑜𝑠 𝑥 𝐶𝑜𝑠 𝑡 ∙ 𝐶𝑜𝑠 𝑥

𝑇𝑔 𝑥 = lim = lim = lim
𝑡→𝑥 𝑡−𝑥 𝑡→𝑥 𝑡−𝑥 𝑡→𝑥 𝑡−𝑥
1 𝑆𝑒𝑛 𝑡 ∙ 𝐶𝑜𝑠 𝑥 − 𝑆𝑒𝑛 𝑥 ∙ 𝐶𝑜𝑠 𝑡
𝑇𝑔′ 𝑥 = lim ∙
𝑡→𝑥 𝐶𝑜𝑠 𝑡 ∙ 𝐶𝑜𝑠 𝑥 𝑡−𝑥

Pela definição do Seno da diferença entre arcos, temos:


𝑆𝑒𝑛 𝑡 ∙ 𝐶𝑜𝑠 𝑥 − 𝑆𝑒𝑛 𝑥 ∙ 𝐶𝑜𝑠 𝑡 = 𝑆𝑒𝑛 (𝑡 − 𝑥). Então,
1 𝑆𝑒𝑛 (𝑡 − 𝑥) 1 𝑆𝑒𝑛 (𝑡 − 𝑥)
𝑇𝑔′ 𝑥 = lim ∙ = lim ∙ lim
𝑡→𝑥 𝐶𝑜𝑠 𝑡 ∙ 𝐶𝑜𝑠 𝑥 𝑡−𝑥 𝑡→𝑥 𝐶𝑜𝑠 𝑡 ∙ 𝐶𝑜𝑠 𝑥 𝑡→𝑥 𝑡−𝑥

Do limite fundamental trigonométrico, você pode determinar que:


𝑆𝑒𝑛 (𝑡 − 𝑥)
lim =1
𝑡→𝑥 𝑡−𝑥

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106

Substituindo esse limite, temos:


1 1 1
𝑇𝑔′ 𝑥 = lim ∙1= = → 𝐓𝐠′ 𝐱 = 𝐒𝐞𝐜 𝟐 𝐱
𝑡→𝑥 𝐶𝑜𝑠 𝑡 ∙ 𝐶𝑜𝑠 𝑥 𝐶𝑜𝑠 𝑥 ∙ 𝐶𝑜𝑠 𝑥 𝐶𝑜𝑠 2 𝑥

ATENÇÃO!
Estude outros exemplos acessando as videoaulas da disciplina e os exercícios
complementares enviados pelo professor.

6.3 Representação das derivadas

Dependendo da literatura adotada, a derivada de uma função f(x), em relação


a uma única variável independente x (por exemplo) pode ser representada por
diversas maneiras.
Segue abaixo algumas representações mais utilizadas pelos autores das
referências bibliográficas citadas ao final de cada aula.

𝑑𝑦 𝑑𝑓(𝑥) 𝜕𝑦
𝑦´ = 𝑓 ´(𝑥) = 𝐷𝑥 = = =
𝑑𝑥 𝑑𝑥 𝜕𝑥

Na disciplina de cálculo 1, a função a ser derivada só terá uma variável


independente. Nos próximos períodos você estudará derivadas e integrais
com mais de uma variável, como por exemplo, as Derivadas Parciais de
𝜕𝑧 𝜕𝑓(𝑥,𝑦)
funções de duas variáveis 𝜕𝑥 = .
𝜕𝑥

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Resumo

Nesta aula, você aprendeu que:

 Derivada de uma função 𝑓 é outra função 𝑓′ que, ponto a ponto, é


definida como o coeficiente angular da reta tangente à função 𝑓 no
referido ponto;
 A função 𝑓 é derivável ou diferenciável em 𝐴 ⊂ 𝐷𝑓 , se 𝑓 for derivável
em cada 𝑝 ∈ 𝐴; ou seja, que 𝑓 é uma função derivável ou
diferenciável, se 𝑓 for derivável em cada ponto de seu domínio.
 Pela definição de derivada, podemos estabelecer algumas fórmulas
de derivadas de funções: polinomiais, radicais, racionais,
trigonométricas, logarítmicas e exponenciais.

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Referências Bibliográficas

Básica:
CARNEIRO, C. E. I.; PRADO, C. P. C.; SALINAS, S. R. A. Introdução
Elementar às Técnicas do Cálculo Diferencial e Integral. 1. ed. São Paulo:
Livraria da Física, 2007. 56 p.

FLEMMING, D. M.; GONÇALVES, M. B. Cálculo A: Funções, limite,


derivação e integração. 6. ed: revista e ampliada. São Paulo: Editora Pearson
Prentice Hall, 2006. 448p.

GUIDORIZZI, L. H. Um Curso de Cálculo. Vol. 1. 5. ed. São Paulo: LTC,


2008.

LEITHOLD, L. O Cálculo com Geometria Analítica. São Paulo: Harbra,


1990.

MUNEM, M. A., FOULIS, D. J. Cálculo. Vol. 1. Trad. André Lima Cordeiro.


Rio de Janeiro: Ed Guanabara Dois, 1982.

STEWART, J. Cálculo. Antônio Carlos Moretti (trad.). 5 ed. Sao Paulo:


Pioneira Thomson Learning, 2006. v.1. 579 p.

THOMAS, G. B. Cálculo - Volume 1. Tradução: Paulo Boschcov. São Paulo:


Pearson Education do Brasil, 2002.

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Exercícios
AULA 6

1) - Dada a função f ( x )  Senx :


a) Esboce o Gráfico da Função ( f (x) ).
b) Indique o Domínio e a Imagem da Função ( f (x) ).
c) Determine a Função Derivada de f (x).
d) Esboce o Gráfico da Função Derivada ( f ' ( x) ).
e) Indique o Domínio e a Imagem da Função Derivada ( f ' ( x) ).

f ( x  h)  f ( x )
2) - Se f ( x)  3x , calcule o lim .
h0
h

𝟏
3) A derivada da função 𝒇(𝒙) = . É:
√𝒙
1 1
a) 2 𝑥. d) − 2𝑥 𝑥.
√ √
1 1
b) − 2 𝑥. e) − .
√ √𝑥
1
c) 2𝑥 𝑥.

4) Seja 𝒇(𝒙) = 𝒙𝟐 + 𝟐. A equação da reta tangente ao gráfico de 𝒇, no ponto


(𝟏, 𝒇(𝟏)), é:
a) 𝑦 = 2𝑥. d) 𝑦 = 2𝑥 − 1.
b) 𝑦 = √𝑥. e) 𝑦 = √2𝑥 + 1.
c) 𝑦 = 2𝑥 + 1.

5) Seja 𝒇(𝒙) = 𝒙𝟑 + 𝟑𝒙 − 𝟐. A equação da reta perpendicular à reta tangente


ao gráfico de 𝒇, no ponto (𝟎, 𝒇(𝟎)), é:
𝑥 𝑥
a) 𝑦 = − 3 − 2. d) 𝑦 = − 3 + 2.
𝑥 𝑥
b) 𝑦 = 3 − 2. e) 𝑦 = 3 − 2.

c) 𝑦 = 3𝑥 + 3.

6) Seja 𝒇(𝒙) = 𝒙𝟑 + 𝒙𝟐 + 𝒙. As equações das retas tangente e perpendicular à


reta tangente ao gráfico de 𝒇, no ponto (𝟏, 𝒇(𝟏)), são, respectivamente:
110
𝑥
a) 𝑦 = 6𝑥 − 3 e 𝑦 = − 6 − 3
𝑥 19
b) 𝑦 = 6𝑥 + 3 e 𝑦 = − 6 + 6
𝑥 19
c) 𝑦 = 6𝑥 − 3 e 𝑦 = − 6 + 6
𝑥
d) 𝑦 = 6𝑥 − 3 e 𝑦 = − 6 + 3
𝑥
e) 𝑦 = 6𝑥 − 3 e 𝑦 = − 6 − 3

𝟓
7) A derivada da função 𝒇(𝒙) = 𝟑 . É:
√𝒙
−3 33
a) 3 . d) 5 √𝑥 2 .
5 √𝑥
5 5
b) − 3 . e) − 3 .
3𝑥 √𝑥 3𝑥 √𝑥
53
c) − 3 √𝑥 2 .

8) Seja 𝒇(𝒙) = 𝑺𝒆𝒏 𝒙. As equações das retas tangente e perpendicular à reta


tangente ao gráfico de 𝒇, no ponto (𝟎, 𝒇(𝟏𝟎)), são, respectivamente:
a) 𝑦𝑡 = 𝐶𝑜𝑠 𝑥 e 𝑦𝑝 = −𝐶𝑜𝑠 𝑥
b) 𝑦𝑡 = −𝑥 e 𝑦𝑝 = 𝑥
1 1
c) 𝑦𝑡 = 𝑥 e 𝑦𝑝 = − 𝑥

d) 𝑦𝑡 = 𝑥 e 𝑦𝑝 = −𝑥
e) 𝑦𝑡 = 0 e 𝑦𝑝 = 𝑥

EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES

Livro: Um curso de cálculo, Volume 1-Guidorizzi


Exercícios 7.5. Página 151.

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Aula 7
Derivada II

APRESENTAÇÃO DA AULA

Parabéns para os guerreiros que aqui chegaram.

Um curso de cálculo para Engenharia não é qualquer um que consegue


acompanhar. Portanto, sinta-se um gigante! Nesta aula, iremos nos aprofundar um
pouco mais no estudo sobre derivadas e suas aplicações.

Força, Foco e Fé! Vamos à luta!


Boa sorte e bons estudos!

OBJETIVOS DA AULA

Esperamos que, após o estudo do conteúdo desta aula, você seja capaz de:

 Apresentar os conceitos de Derivabilidade e Continuidade;


 Identificar e aplicar as Regras de derivação (soma produto,
quociente);
 Conceituar função derivada e derivadas de ordem superior, fazendo
aplicações;
 Apresentar o conceito de diferencial dx;
 Identificar a regra da cadeia como regra de derivação de funções
compostas.

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112

“O único lugar aonde o sucesso vem antes do trabalho é no dicionário”


Albert Einstein
7 INTRODUÇÃO – DERIVADA II

Nem toda função é derivável ou diferenciável num determinado ponto p.


Como a derivada é um limite:
𝑓(𝑥) − 𝑓(𝑝)
𝑓 ′ (𝑥) = lim ,
𝑥→𝑝 𝑥−𝑝

É necessário que esse limite exista, ou seja, que a função seja contínua no
ponto p, ou que os limites laterais pela direita e pela esquerda no ponto p sejam
iguais. Além disso, é necessário que as derivadas pela esquerda e pela direita de 𝑝
também sejam iguais.

7.1 Derivabilidade e Continuidade

O assunto a ser tratado nada mais é que uma sequência do assunto de


derivada, só que agora envolvendo continuidade. Mãos à obra!
A função f(x) = |x|, cujo gráfico é apresentado na Fig. 27, não é derivável em p
= 0. Entretanto, esta função é contínua em p = 0, o que nos mostra que uma função
pode ser contínua em um ponto sem ser derivável neste ponto.

Figura 27: Gráfico da função f(x) = |x|.

A função f(x) = |x|, é contínua em 0, mas não é derivável em 0.

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113

Desse modo, continuidade não implica derivabilidade. Entretanto,


derivabilidade implica continuidade, como mostra o seguinte teorema.
Teorema: Se 𝑓 for derivável em 𝑝, então 𝑓 será contínua em 𝑝.
Demonstração:
Considerando que 𝑓 é derivável em 𝑝, logo existe,
𝑓(𝑥) − 𝑓(𝑝)
lim
𝑥→𝑝 𝑥−𝑝

e é igual a 𝑓’(𝑝).
O problema é provar que 𝑓 é contínua em 𝑝, isto é, que lim 𝑓(𝑥) = 𝑓(𝑝).
𝑥→𝑝

Temos:
𝑓(𝑥) − 𝑓(𝑝)
𝑓(𝑥) − 𝑓(𝑝) = ∙ (𝑥 − 𝑝), 𝑥 ≠ 𝑝,
𝑥−𝑝

daí,
𝑓(𝑥) − 𝑓(𝑝)
lim [𝑓(𝑥) − 𝑓(𝑝)] = lim . lim (𝑥 − 𝑝) = 𝑓 ′(𝑝) ∗ 0 = 0
𝑥→𝑝 𝑥→𝑝 𝑥−𝑝 𝑥→𝑝

ou seja,
lim [𝑓(𝑥) − 𝑓(𝑝)] = 0
𝑥→𝑝

e, portanto,
lim [𝑓(𝑥)] = 𝑓(𝑝)
𝑥→𝑝

Observação: Segue do teorema que, se 𝑓 não for contínua em 𝑝, então 𝑓


não poderá ser derivável em 𝑝.
Exemplos:

1) A função 𝑓(𝑥) = {𝑥² 𝑠𝑒 𝑥 ≤ 1 é derivável em p = 1? Por quê?


2 𝑠𝑒 𝑥 > 1
Solução:
𝑓 não é contínua em 1, pois lim+ 𝑓(𝑥) = 2 é diferente de lim− 𝑓(𝑥) = 1 . Como
𝑥→1 𝑥→1

𝑓 não é contínua em 1, segue que 𝒇 não é derivável em 1.

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114

2) A função 𝑓(𝑥) = {𝑥² 𝑠𝑒 𝑥 ≤ 1


1 𝑠𝑒 𝑥 > 1
a) 𝑓 é contínua em 1?
b) 𝑓 é derivável em 1?

Solução:
a) lim+ 𝑓(𝑥) = lim− 𝑓(𝑥) = 𝑓(1) = 1, logo 𝒇 é contínua em 1.
𝑥→1 𝑥→1

b) Sendo 𝑓 contínua em 1, devemos - agora - saber se ela é derivável ou não


em 1.
𝑥2 − 1
𝑓(𝑥) − 𝑓(1) lim = lim 𝑥 + 1 = 2, 𝑠𝑒 𝑥 ≤ 1
𝑓 ′ (𝑥) = lim = {𝑥→1 𝑥 − 1 𝑥→1
.
𝑥→1 𝑥−1
lim1 = 0, 𝑠𝑒 𝑥 > 1
𝑥→1

𝑓(𝑥)−𝑓(1) 𝑓(𝑥)−𝑓(1)
como lim− = 2 e lim+ = 0, logo
𝑥→1 𝑥−1 𝑥→1 𝑥−1
𝑓(𝑥)−𝑓(1)
∄lim , ou seja, 𝒇 não é diferenciável em 1.
𝑥→1 𝑥−1

EXERCÍCIOS

Livro: Um curso de cálculo, Volume 1-Guidorizzi


Exercícios 7.6. Página 154.

7.2 Regras de derivação

Agora, daremos inícios a algumas regras de derivação, porque nem sempre


devemos calcular as derivadas diretamente a partir da definição, usando o limite da
razão incremental. Isso porque, esse método, além de ser repetitivo para certas
funções como as lineares e polinomiais, só é prático para funções muito particulares
e simples. Temos algumas regras de derivação que nos permitirão encontrar

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115

derivadas de funções de uma forma mais fácil e rápida. Com isso, apresentaremos
alguns teoremas.
Teorema 1: Sejam 𝑓 e 𝑔 deriváveis em 𝑝, e seja k uma constante. Então, as
funções 𝑓 + 𝑔, 𝑘𝑓 𝑒 𝑓𝑔 são deriváveis em 𝑝 e tem-se:
(𝐢) (f + g)′ (p) = f ′ (p) + g ′ (p).
(𝐢𝐢) (kf)′ (p) = kf ′ (p).
(𝐢𝐢𝐢) (f ∙ g)′ (p) = f ′ (p) ∙ g(p) + f(p) ∙ g′(p)
Demonstração:
[𝑓(𝑥) + 𝑔(𝑥)] − [𝑓(𝑝) + 𝑔(𝑝)] 𝑓(𝑥) − 𝑓(𝑝) 𝑔(𝑥) − 𝑔(𝑝)
(𝑖) (𝑓 + 𝑔)′ (𝑝) = lim = lim [ + ]
𝑥→𝑝 𝑥−𝑝 𝑥→𝑝 𝑥−𝑝 𝑥−𝑝
(𝐟 + 𝐠)′ (𝐩) = 𝐟′(𝐩) + 𝐠′(𝐩).

Observação: Podemos resumir, de forma descritiva (em palavras),


que a derivada de uma soma é igual à soma das derivadas das
parcelas.
𝑘𝑓(𝑥) − 𝑘𝑓(𝑝) 𝑓(𝑥) − 𝑓(𝑝)
(𝑖𝑖) (𝑘𝑓)′ (𝑝) = lim = 𝑘 ∙ lim [ ] = 𝑘𝑓 ′ (𝑝)
𝑥→𝑝 𝑥−𝑝 𝑥→𝑝 𝑥−𝑝

ou seja,
(𝐤𝐟′)(𝐩) = 𝐤𝐟 ′ (𝐩)

Observação: Então, resumindo, a derivada do produto de uma


constante por uma função é igual ao produto da constante pela derivada
da função.
𝑓(𝑥) ∙ 𝑔(𝑥) − 𝑓(𝑝) ∙ 𝑔(𝑝)
(𝑖𝑖𝑖)(𝑓 ∙ 𝑔)′ (𝑝) = lim
𝑥→𝑝 𝑥−𝑝
Se adicionarmos e subtrairmos o numerador do limite pela expressão 𝑓(𝑝) ∙
𝑔(𝑥):
𝑓(𝑥) ∙ 𝑔(𝑥) − 𝑓(𝑝) ∙ 𝑔(𝑥) + 𝑓(𝑝) ∙ 𝑔(𝑥) − 𝑓(𝑝) ∙ 𝑔(𝑝)
(𝑓 ∙ 𝑔)′ (𝑝) = lim
𝑥→𝑝 𝑥−𝑝

Se colocarmos em evidência g(x) para as duas primeiras parcelas, e f(p) para


as duas últimas parcelas; temos:
𝑓(𝑥) − 𝑓(𝑝) 𝑔(𝑥) − 𝑔(𝑝)
(𝑓 ∙ 𝑔)′ (𝑝) = lim [ . 𝑔(𝑥) + 𝑓(𝑝). ]
𝑥→𝑝 𝑥−𝑝 𝑥−𝑝

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116

(𝐟 ∙ 𝐠)′ (𝐩) = 𝐟′(𝐩) ∙ 𝐠(𝐩) + 𝐟(𝐩) ∙ 𝐠′(𝐩)

Observe que, pelo fato de 𝑔 ser derivável em 𝑝, 𝑔 será contínua em 𝑝; e,


assim, lim 𝑔(𝑥) = 𝑔(𝑝).
𝑥→𝑝

Observação: Em outras palavras, a derivada do produto de duas


funções é igual à derivada da primeira multiplicada pela segunda, mais a
primeira multiplicada pela derivada da segunda.

Teorema 2: Regra do Quociente: Se 𝑓 e 𝑔 forem deriváveis em 𝑝 e, se


𝑓
𝑔(𝑝) ≠ 0; então, 𝑔 será derivável em 𝑝 e:

𝑓 ′ 𝑓′(𝑝)𝑔(𝑝) − 𝑓(𝑝)𝑔′(𝑝)
(𝐷4) ( ) (𝑝) =
𝑔 [𝑔(𝑝)]²

Ou seja, a derivada de um quociente é igual à derivada do numerador


multiplicado pelo denominador menos o numerador multiplicado pela derivada do
denominador, sobre o quadrado do denominador.
Demonstração:
𝑓(𝑥) 𝑓(𝑝) 𝑓(𝑥) ∙ 𝑔(𝑝) − 𝑓(𝑝) ∙ 𝑔(𝑥)
𝑓 ′ −
𝑔(𝑥) 𝑔(𝑝) 𝑔(𝑥) ∙ 𝑔(𝑝)
( ) (𝑝) = lim = lim ( )
𝑔 𝑥→𝑝 𝑥−𝑝 𝑥→𝑝 𝑥−𝑝

𝑓 𝑓(𝑥) ∙ 𝑔(𝑝) − 𝑓(𝑝) ∙ 𝑔(𝑥) 1


( ) ′ (𝑝) = lim ( ∙ )
𝑔 𝑥→𝑝 𝑥−𝑝 𝑔(𝑥) ∙ 𝑔(𝑝)

Se adicionarmos e subtrairmos o numerador do limite pela expressão 𝑓(𝑝) ∙


𝑔(𝑝):
𝑓(𝑥) ∙ 𝑔(𝑝) − 𝑓(𝑝) ∙ 𝑔(𝑝) + 𝑓(𝑝) ∙ 𝑔(𝑝) − 𝑓(𝑝) ∙ 𝑔(𝑥)
[𝑓(𝑥) − 𝑓(𝑝)] ∙ 𝑔(𝑝) − 𝑓(𝑝) ∙ [𝑔(𝑥) − 𝑔(𝑝)]

E, portanto,
𝑓 𝑓(𝑥) − 𝑓(𝑝) 𝑔(𝑥) − 𝑔(𝑝) 1
( ) ′ (𝑝) = lim ( ∙ 𝑔(𝑝) − 𝑓(𝑝) ∙ )∙
𝑔 𝑥→𝑝 𝑥−𝑝 𝑥−𝑝 𝑔(𝑥) ∙ 𝑔(𝑝)

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117

𝐟′ 𝐟′(𝐩) ∙ 𝐠(𝐩) − 𝐟(𝐩) ∙ 𝐠′(𝐩)


( ) (𝐩) = .
𝐠 [𝐠(𝐩)]𝟐

Resumo:
(𝑫𝟏) [𝒇(𝒙) + 𝒈(𝒙)]′ = 𝒇′(𝒙) + 𝒈′(𝒙) .
(𝑫𝟐) [𝒌𝒇 (𝒙)]′ = 𝒌𝒇′ (𝒙).
(𝑫𝟑) [𝒇(𝒙)𝒈(𝒙)]′ = 𝒇′ (𝒙) 𝒈 (𝒙) + 𝒇(𝒙)𝒈′(𝒙)
𝒇(𝒙) ′ 𝒇′ (𝒙)𝒈(𝒙)−𝒇(𝒙)𝒈′(𝒙)
(𝑫𝟒) ( ) =
𝒈(𝒙) [𝒈(𝒙)]²

Observação: A Notação [𝑓(𝑥)]′ é usada com frequência para


indicar a derivada de f(x) em x.

Exemplos:
3) Seja 𝑓(𝑥) = 4𝑥³ + 𝑥². Calcule.
a) 𝑓’(𝑥).
Solução:
𝑓 ′ (𝑥) = [4𝑥 3 + 𝑥 2 ]′ = (4𝑥 3 )′ + (𝑥²)′
𝑓′(𝑥) = (4𝑥 3 )′ + (𝑥 2 )′ = 12𝑥² + 2𝑥

b) 𝑓’(1).
Solução:
Como 𝑓’(𝑥) = 12𝑥² + 2𝑥, segue 𝑓’(1) = 14.

4) Calcule 𝑔′(𝑥) onde 𝑔(𝑥) = 4𝑥 5 + 𝑥 + 8.


Solução:
𝑔′ (𝑥) = [4𝑥 5 + 𝑥 + 8]′ = (4𝑥 5 )′ + (𝑥)′ + (8)′ = 4 ∙ 5𝑥 4 + 1 + 0 = 20𝑥 4 + 1

𝑥 2 +1
5) Calcule 𝑓′(𝑥) onde 𝑓(𝑥) = 2𝑥−1.

Solução:
Pela regra do quociente

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118

′ (𝑥)
𝑥2 + 1 (𝑥 2 + 1)′ ∙ (2𝑥 − 1) − (𝑥 2 + 1) ∙ (2𝑥 − 1)′
𝑓 = [ ] =
2𝑥 − 1 (2𝑥 − 1)2
2𝑥 ∙ (2𝑥 − 1) − (𝑥 2 + 1) ∙ 2 4𝑥 2 − 2𝑥 − 2𝑥 2 − 2
𝑓 ′ (𝑥) = =
(2𝑥 − 1)2 (2𝑥 − 1)2

′ (𝑥)
𝑥2 + 1 𝟐𝒙𝟐 − 𝟐𝒙 − 𝟐
𝑓 = [ ] =
2𝑥 − 1 (𝟐𝒙 − 𝟏)𝟐

6) Seja 𝑓(𝑥) = (3𝑥 2 + 1) ∙ 𝑒 𝑥 . Calcule 𝑓′(𝑥).


Solução:
Pela regra do produto:
𝑓 ′ (𝑥) = [(3𝑥 2 + 1) ∙ 𝑒 𝑥 ]′ = (3𝑥 2 + 1)′ ∙ (𝑒 𝑥 ) + (3𝑥 2 + 1) ∙ (𝑒 𝑥 )′

Como:
(3𝑥 2 + 1)′ = 6𝑥 e (𝑒 𝑥 )′ = 𝑒 𝑥
𝑓 ′ (𝑥) = 6𝑥 ∙ 𝑒 𝑥 + (3𝑥 2 + 1) ∙ 𝑒 𝑥 = (𝟑𝐱 𝟐 + 𝟔𝐱 + 𝟏)𝐞𝐱

𝑆𝑒𝑛 𝑥
7) Seja ℎ(𝑥) = . Calcule ℎ′(𝑥).
𝑥 2 −1

Solução:
Pela regra do quociente
𝑆𝑒𝑛 𝑥 ′ (𝑆𝑒𝑛 𝑥)′ ∙ (𝑥 2 − 1) − (𝑆𝑒𝑛 𝑥) ∙ (𝑥 2 − 1)′
ℎ′ (𝑥) = [ . ] =
𝑥2 − 1 (𝑥 2 − 1)2
𝐶𝑜𝑠 𝑥 ∙ (𝑥 2 − 1) − 𝑆𝑒𝑛 𝑥 ∙ 2𝑥 (𝐱 𝟐 − 𝟏) ∙ 𝐂𝐨𝐬 𝐱 − 𝟐𝐱 ∙ 𝐒𝐞𝐧 𝐱
ℎ′ (𝑥) = =
(𝑥 2 − 1)2 (𝐱 𝟐 − 𝟏)𝟐

8) Demonstrar, pela regra da derivada do quociente que (𝑆𝑒𝑐 𝑥)′ = 𝑆𝑒𝑐 𝑥 ∙


𝑇𝑔 𝑥.
Solução:

1 (1)′ ∙ (𝐶𝑜𝑠 𝑥) − 1 ∙ (𝐶𝑜𝑠 𝑥)′ 0 ∙ 𝐶𝑜𝑠 𝑥 − 1 ∙ (−𝑆𝑒𝑛 𝑥)
(𝑆𝑒𝑐 𝑥)′ = [ ] = =
𝐶𝑜𝑠 𝑥 (𝐶𝑜𝑠 𝑥)2 (𝐶𝑜𝑠 𝑥)2

𝑆𝑒𝑛 𝑥 𝑆𝑒𝑛 𝑥 1
(𝑆𝑒𝑐 𝑥)′ = = ∙ = 𝐓𝐠 𝐱 ∙ 𝐒𝐞𝐜 𝐱
(𝐶𝑜𝑠 𝑥)2 𝐶𝑜𝑠 𝑥 𝐶𝑜𝑠 𝑥

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119

Livro: Um curso de cálculo, Volume 1- Guidorizzi


Exercícios 7.7. Páginas 159 e 161.

Links complementares:
<http://fisicalivre.org/resumos/matematica/Derivadas_tabela.pdf>.
<http://pt.wikibooks.org/wiki/C%C3%A1lculo_(Volume_1)/Derivadas>.

Vídeo Complementar:

<http://www.youtube.com/watch?v=C1pGs8I9MvQ>.

7.3 Derivadas de ordem superior

Agora, abordaremos derivadas de ordem superior, um


assunto um pouco mais complexo que implica um conhecimento
bem sólido das derivadas abordadas anteriormente. Portanto, se
você tiver qualquer dúvida, essa é a hora de parar e revisar os
conteúdos abordados até aqui. Se não, mãos à obra!
Sejam 𝑓 uma função e A o conjunto dos 𝑥 para os quais 𝑓’(𝑥) existe. A função
𝑓’: 𝐴 → ℝ dada por 𝑥 → 𝑓′(𝑥) denomina-se função derivada ou, simplesmente,
derivada de 𝑓. Diremos, ainda, que 𝑓’ é a derivada de 1ª ordem de 𝑓. A derivada de
1ª ordem de 𝑓 é também indicada por 𝑓 (1) .
A derivada de 𝑓’ denomina-se derivada de 2ª. Ordem de 𝑓 e é indicada por 𝑓’’
ou por 𝑓(2), assim, 𝑓’’ = (𝑓′)′. De modo análogo, definem-se as derivadas de ordens
superiores a 2 de 𝑓.
Exemplos:
9) Seja 𝑓(𝑥) = 3𝑥³ − 6𝑥 + 1. Determine 𝑓’, 𝑓’’, 𝑓’’’.

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120

Solução:
𝑓 ′ (𝑥) = 9𝑥 2 − 6, para todo x; assim 𝐷𝑓′ = ℝ
𝑓 ′′ (𝑥) = 18𝑥, para todo x; assim 𝐷𝑓 ′′ = ℝ
𝑓 ′′′ (𝑥) = 18, para todo x; assim 𝐷𝑓′′′ = ℝ

10) Determine 𝑓’, 𝑓’’, 𝑓’’’.


a) 𝑓(x) = 𝑆𝑒𝑛 𝑥 ∙ 2𝑥
Solução:
𝑓 ′ (𝑥) = (𝑆𝑒𝑛 𝑥)′ ∙ 2𝑥 + 𝑆𝑒𝑛 𝑥 ∙ (2𝑥)′ = 2𝑥 ∙ 𝐶𝑜𝑠 𝑥 + 2 𝑆𝑒𝑛 𝑥
𝑓 ′′ (𝑥) = (2𝑥 ∙ 𝐶𝑜𝑠 𝑥 + 2 𝑆𝑒𝑛 𝑥)′ = (2𝑥)′ ∙ 𝐶𝑜𝑠 𝑥 + 2𝑥 ∙ (𝐶𝑜𝑠 𝑥)′ + (2 𝑆𝑒𝑛 𝑥)′
𝑓 ′′ (𝑥) = 2 𝐶𝑜𝑠 𝑥 − 2𝑥 ∙ 𝑆𝑒𝑛 𝑥 + 2 𝐶𝑜𝑠 𝑥 = 4 𝐶𝑜𝑠 𝑥 − 2𝑥 ∙ 𝑆𝑒𝑛𝑥
𝑓 ′′′ (𝑥) = (4 𝐶𝑜𝑠 𝑥 − 2𝑥 ∙ 𝑆𝑒𝑛𝑥)′ = (4 𝐶𝑜𝑠 𝑥)′ − [(2𝑥)′ ∙ 𝑆𝑒𝑛 𝑥 + 2𝑥 ∙ (𝑆𝑒𝑛 𝑥)′]
𝑓 ′′′ (𝑥) = −4 𝑆𝑒𝑛 𝑥 − (2 𝑆𝑒𝑛 𝑥 + 2𝑥 ∙ 𝐶𝑜𝑠 𝑥)
𝐟 ′′′ (𝐱) = −𝟔 𝐒𝐞𝐧 𝐱 − 𝟐𝐱 ∙ 𝐂𝐨𝐬 𝐱

3𝑥 3 + 𝑥 2 + 3𝑥, se x ≤ 1
a) 𝑓(x) = { 4
2𝑥 + 5𝑥 2 − 1, 𝑠𝑒 𝑥 > 1
Solução:
(3𝑥 3 + 𝑥 2 + 3𝑥)′ = 9𝑥 2 + 2𝑥 + 3, se x ≤ 1
𝑓 ′ (𝑥) = {
(2𝑥 4 + 5𝑥 2 − 1)′ = 8𝑥 3 + 10𝑥, 𝑠𝑒 𝑥 > 1
(9𝑥 2 + 2𝑥 + 3)′ = 18𝑥 + 2, se x ≤ 1
𝑓′′ (𝑥) = {
(8𝑥 3 + 10𝑥)′ = 24𝑥 2 + 10, 𝑠𝑒 𝑥 > 1
(18𝑥 + 2)′ = 18, se x ≤ 1
𝑓′′′ (𝑥) = {
(24𝑥 2 + 10)′ = 48𝑥, 𝑠𝑒 𝑥 > 1
𝟏𝟖, 𝐬𝐞 𝐱 ≤ 𝟏
𝒇′′′ (𝒙) = {
𝟒𝟖𝒙, 𝒔𝒆 𝒙 > 1

<http://www.youtube.com/watch?v=ogJ-cwc2kAc>.
<http://www.igm.mat.br/aplicativos/index.php?option=com_content&view=article&id=789:d
erivadas-ordem-superior&catid=98:calculo1>.
<http://arquivos.unama.br/nead/gol/gol_adm_2mod/matematica_superior/pdf/MS_impress
o_aula08.pdf>.

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Resumo

Nesta aula, você aprendeu que:

 A derivada de uma soma é igual à soma das derivadas das parcelas;


 A derivada do produto de uma constante por uma função é igual ao
produto da constante pela derivada da função;
 A continuidade não implica derivabilidade. Entretanto, derivabilidade
implica continuidade;
 A derivada do produto de duas funções é igual à derivada da primeira
multiplicada pela segunda mais a primeira multiplicada pela derivada
da segunda.
 A derivada de um quociente é igual à derivada do numerador
multiplicado pelo denominador menos o numerador multiplicado pela
derivada do denominador, sobre o quadrado do denominador.
 Por ser uma função, a derivada também pode ser derivável, ou seja,
podemos ter a derivada de uma derivada, que são chamadas
derivadas de 2a ordem, de 3a ordem, de ordem superior.

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Referências Bibliográficas

Básica:
FLEMMING, D. M.; GONÇALVES, M. B. Cálculo A: Funções, limite,
derivação e integração. 6. ed: revista e ampliada. São Paulo: Editora Pearson
Prentice Hall, 2006. 448p.

GUIDORIZZI, L. H. Um Curso de Cálculo. Vol. 1. 5. ed. São Paulo: LTC,


2008.

LEITHOLD, L. O Cálculo com Geometria Analítica. São Paulo: Harbra,


1990.

MUNEM, M. A., FOULIS, D. J. Cálculo. Vol. 1. Trad. André Lima Cordeiro.


Rio de Janeiro: Ed Guanabara Dois, 1982.

STEWART, J. Cálculo. Antônio Carlos Moretti (trad.). 5 ed. Sao Paulo:


Pioneira Thomson Learning, 2006. v.1. 579 p.

THOMAS, G. B. Cálculo - Volume 1. Tradução: Paulo Boschcov. São Paulo:


Pearson Education do Brasil, 2002.

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Exercícios
AULA 7

𝟑
1) Seja a função 𝒇(𝒙) = {𝒙 𝒔𝒆 𝒙 ≤ 𝟏 . Prove que a função
𝟏 𝒔𝒆 𝒙 > 𝟏
é derivável em p = 1.

2) Seja 𝒇(𝒙) = 𝟓𝒙𝟒 + 𝒙𝟑 − 𝟐𝒙𝟐 + 𝟔𝒙 + 𝟏. Determine 𝒇’, 𝒇’’, 𝒇’’’.

𝑥 2 +1
3) A derivada da função 𝒇(𝒙) = . É:
2𝑥
𝑥 2 −1 𝑥 2 −1
a) . d) .
2𝑥 2 4𝑥 2
𝑥 2 +1 𝑥 2 +1
b) . e) .
𝑥2 2𝑥 2
𝑥 2 −1
c) .
𝑥2

4) Seja 𝒇(𝒙) = (𝒙𝟐 + 𝟐) ∙ 𝑒 𝑥 . A derivada de 𝒇(𝒙) é


a) 𝑒 𝑥 ∙ (𝑥 2 + 2𝑥). d) 𝑒 𝑥 ∙ (2𝑥).
b) 𝑒 𝑥 ∙ (𝑥 2 + 2𝑥 + 2). e) 𝑒 𝑥 ∙ (𝑥 2 ).
c) 𝑒 𝑥 ∙ (2𝑥 + 2).

𝟏 𝟓
5) A derivada da função 𝒇(𝒙) = + √𝒙 + √𝟕 é
√𝒙
𝟓
5 𝟏 √𝟐
a) 𝑦 = √𝑥 − √2𝑥. d) 𝑦 = 𝟐 − 𝟓 .
√ 𝒙 𝟓 √𝒙𝟒
𝟓
𝟏 √𝟐 𝑥
b) 𝑦 = − 𝟐 + 𝟓 . e) 𝑦 = 3 − 2.
√ 𝒙 𝟓 √ 𝒙𝟒
𝟏 𝟏
c) 𝑦 = − 𝟐𝒙 + 𝟓 .
√𝒙 𝟓 √𝒙𝟒

6) A derivada da função 𝒇(𝒕) = (𝒕𝟐 + 𝟐𝒕 + 𝟏) ∙ (𝟏 − 𝒕𝟑 ) é


a) 𝑓 ′ (𝑡) = 𝑡 2 + 2𝑡 + 1.
b) 𝑓 ′ (𝑡) = −𝑡 3 + 𝑡 2 + 2𝑡 + 1.
c) 𝑓 ′ (𝑡) = −𝑡 3 + 2𝑡 + 2.
d) 𝑓 ′ (𝑡) = −5𝑡 4 − 8𝑡 3 − 3𝑡 2 + 2𝑡 + 2.
e) 𝑓 ′ (𝑡) = −5𝑡 4 − 8𝑡 3 + 2.
124

𝟏+𝟑𝒓𝟐
7) A derivada da função 𝒈(𝒓) = é
𝒓𝟐 −𝒓
−3𝑟 2 −2𝑟+1
a) 𝑔′ (𝑟) = .
𝑟 2 ∙(𝑟−1)2

3𝑟 2 −2𝑟+1
b) 𝑔′ (𝑟) = (𝑟−1)2
.
6𝑟 3 −6𝑟 2 −2𝑟+1
c) 𝑔′ (𝑟) = (2𝑟−1)2
.
−3𝑟 2 −2𝑟+1
d) 𝑔′ (𝑟) = (2𝑟−1)2
.
3𝑟 2 −2𝑟+1
e) 𝑔′ (𝑟) = (𝑟−𝑟 2 )2
.

8) Seja a função 𝒇(𝒙) = 𝑺𝒆𝒏𝒙 ∙ 𝒆𝒙 . A 2ª e a 3ª derivada de f são,


respectivamente:
a) 𝑓′′(𝑥) = 2𝑒 𝑥 ∙ 𝐶𝑜𝑠𝑥 e 𝑓′′′(𝑥) = 2𝑒 𝑥 ∙ 𝑆𝑒𝑛𝑥.
b) 𝑓′′(𝑥) = 𝑒 𝑥 ∙ 𝐶𝑜𝑠𝑥 e 𝑓′′′(𝑥) = −𝑒 𝑥 ∙ 𝑆𝑒𝑛𝑥 .
c) 𝑓 ′′(𝑥) = 2𝑒 𝑥 ∙ 𝐶𝑜𝑠𝑥 e 𝑓′′′(𝑥) = 2𝑒 𝑥 ∙ (𝐶𝑜𝑠𝑥 − 𝑆𝑒𝑛𝑥).
d) 𝑓′′(𝑥) = 𝑒 𝑥 ∙ 𝐶𝑜𝑠𝑥 e 𝑓′′′(𝑥) = 𝑒 𝑥 ∙ (𝑆𝑒𝑛𝑥 + 𝐶𝑜𝑠𝑥).
e) 𝑓 ′′(𝑥) = 𝑒 𝑥 ∙ (𝑆𝑒𝑛𝑥 + 𝐶𝑜𝑠𝑥) e 𝑓′′′(𝑥) = 𝑒 𝑥 ∙ (2𝐶𝑜𝑠𝑥).

9) Calcule a primeira derivada das funções abaixo e depois simplifique.


𝒂) 𝑓(𝑥) = 𝑥 8 + 2𝑥 −5 − 𝑒 𝑥 𝒆) 𝑓(𝑥) = 𝑒 𝑥 + 𝑥 2 . cos(𝑥)
1 2 𝑥5
𝒃) 𝑓(𝑥) = 3
+ − 5𝑥 𝒇) 𝑓(𝑥) = −2
𝑥 3𝑥² 𝑥2 + 3
𝒄) 𝑔(𝑥) = 5𝑡𝑔(𝑥) − 8 cos(𝑥) − 5 𝒈) 𝑓(𝑥) = (4𝑥 2 − 7𝑥 5 ). (𝑥 9 − 3𝑥 4 )
3
𝒅) 𝑦 = − 2. ln(𝑥) 𝒉) 𝑦 = √𝑥. 𝑠𝑒𝑛(𝜋/5)
𝑥

Livro: Um curso de cálculo, Volume 1- Guidorizzi


Exercícios 7.8. Páginas 162.

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Aula 8
Derivadas III

APRESENTAÇÃO DA AULA

Chegamos a nossa última aula antes da Primeira Avaliação (V1).


Abordaremos, nesta aula, a notação de Leibniz, assim chamada em
homenagem ao Matemático-filósofo alemão Gottfried Wilhelm Leibniz. Pesquise e
saiba um pouco mais sobre Leibniz.

OBJETIVOS DA AULA

Esperamos que, após o estudo do conteúdo desta aula, você seja capaz de:

 Apresentar o conceito de diferencial dx;


 Identificar a regra da cadeia como regra de derivação de funções
compostas;
 Resolver problemas envolvendo a regra da cadeia;
 Identificar e aplicar as regras de derivação para funções dadas
implicitamente.

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126

“Tudo o que um sonho precisa para ser realizado é alguém que acredite que
ele possa ser realizado. ” Roberto Shinyashiki
8 INTRODUÇÃO – DERIVADAS III

Frequentemente, usamos expressões do tipo 𝑦 = 𝑓(𝑥), 𝑠 = 𝑓(𝑡), 𝑢 = 𝑓(𝑣)


etc., para indicar uma função. Em 𝑦 = 𝑓(𝑥), 𝑦 é variável dependente; e 𝑥, a variável
independente. Em 𝑠 = 𝑓(𝑡), 𝑠 é a variável dependente; e 𝑡, a variável independente.
𝑑𝑦
Se a função vem dada por 𝑦 = 𝑓(𝑥), a notação, devida a Leibniz, (leia:
𝑑𝑥
𝑑𝑦
derivada de 𝑦 em relação a 𝑥) é usada para indicar a derivada de 𝑓 em 𝑥: = 𝑓′(𝑥).
𝑑𝑥

De acordo com a definição de derivada


𝑑𝑦 𝑓(𝑥 + Δ𝑥) − 𝑓(𝑥)
= 𝑓 ′ (𝑥) = lim
𝑑𝑥 Δ𝑥→0 Δx

Observe que o símbolo Δx (leia delta x) desempenha aqui o mesmo papel que
𝑓(𝑥+h)−𝑓(𝑥)
o h em lim ··. Fazendo Δ𝑦 = 𝑓(𝑥 + Δ𝑥) − 𝑓(𝑥) resulta, conforme mostra o
h→0 Δx

gráfico da Fig.28, em:


𝑑𝑦 Δ𝑦
= lim
𝑑𝑥 Δ𝑥 Δx

Figura 28: Gráfico de 𝒇.

Fonte: GUIDORIZZI (2008)

Exemplos:
1) Seja 𝑦 = 5𝑥³ + 𝑥². Calcule a derivada.
Solução:

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127

𝑑𝑦 𝑑
= (5𝑥³ + 𝑥²) = (5𝑥 3 + 𝑥 2 )′ = 15𝑥² + 2𝑥
𝑑𝑥 𝑑𝑥

Assim,
𝒅𝒚
= 𝟏𝟓𝒙² + 𝟐𝒙
𝒅𝒙

𝑑
Observe que o símbolo aplicado a 5𝑥³ + 𝑥² indica a derivada de 5𝑥³ + 𝑥²,
𝑑𝑥

em relação a 𝑥. Da mesma forma, a notação (5𝑥³ + 𝑥²)’ indica a derivada de 5𝑥³ +


𝑥², em relação a 𝑥.
2) Seja 𝑥 = 𝑡² 𝑠𝑒𝑛𝑡. Calcule.
𝑑𝑥
a) 𝑑𝑡

Solução:
𝑑𝑥 𝑑
= (𝑡² 𝑠𝑒𝑛 𝑡) = 2𝑡 𝑠𝑒𝑛𝑡 + 𝑡² 𝑐𝑜𝑠𝑡
𝑑𝑡 𝑑𝑡

Assim,
𝒅𝒙
= 𝟐𝒕 𝒔𝒆𝒏𝒕 + 𝒕² 𝒄𝒐𝒔𝒕
𝒅𝒕

𝑑𝑥
b) 𝑑𝑦| = −𝜋²
𝑡=𝜋

Solução:
É muito comum a notação 𝑦 = 𝑦(𝑥) para indicar uma função. Observe que,
nesta notação, a letra 𝑦 está sendo usada para indicar a função e, ao mesmo tempo,
a variável dependente.

𝑑𝑆 4𝑡
3) Calcule sendo 𝑠 = 𝑡 2 −1.
𝑑𝑡

Solução:
𝑑𝑠 𝑑 4𝑡 4𝑡 ′ (4𝑡)′ ∙ (𝑡 2 − 1) − 4𝑡 ∙ (𝑡 2 − 1)′
= ( 2 )=( 2 ) =
𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝑡 − 1 𝑡 −1 [𝑡 2 − 1]2
𝑑𝑠 4 ∙ (𝑡 2 − 1) − 4𝑡 ∙ (2𝑡) 4𝑡 2 − 4 − 8𝑡 2 −4𝑡 2 − 4
= = = 2
𝑑𝑡 [𝑡 2 − 1]2 [𝑡 2 − 1]2 [𝑡 − 1]2
Assim,

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128

𝒅𝒔 −𝟒𝒕𝟐 − 𝟒
=
𝒅𝒕 [𝒕𝟐 − 𝟏]𝟐

Usando a notação de Leibniz, as derivadas de ordem superior podem ser


representadas:
𝑑2𝑦
𝑦′′ (𝑥) =
𝑑𝑥 2
𝑑3𝑦
𝑦′′′ (𝑥) =
𝑑𝑥 3
𝑖𝑣 (𝑥)
𝑑4 𝑦
𝑦 = 4
𝑑𝑥
(10) (𝑥)
𝑑10 𝑦
𝑦 = 10
𝑑𝑥

𝑑2 𝑦 𝑑𝑦
3) Seja 𝑦 = 𝑒 𝑥 𝐶𝑜𝑠 𝑥. Verifique que 𝑑𝑥 2 − 2 𝑑𝑥 + 2𝑦 = 0.

Solução:
𝑑𝑦
= (𝑒 𝑥 )′ ∙ 𝐶𝑜𝑠 𝑥 + 𝑒 𝑥 ∙ (𝐶𝑜𝑠 𝑥)′ = 𝑒 𝑥 ∙ 𝐶𝑜𝑠 𝑥 + 𝑒 𝑥 ∙ −𝑆𝑒𝑛 𝑥
𝑑𝑥
= 𝒆𝒙 ∙ (𝑪𝒐𝒔 𝒙 − 𝑺𝒆𝒏 𝒙)
𝑑2𝑦
= (𝑒 𝑥 )′ ∙ (𝐶𝑜𝑠 𝑥 − 𝑆𝑒𝑛 𝑥) + 𝑒 𝑥 ∙ (𝐶𝑜𝑠 𝑥 − 𝑆𝑒𝑛 𝑥)′
𝑑𝑥 2
𝑑2𝑦
= 𝑒 𝑥 ∙ (𝐶𝑜𝑠 𝑥 − 𝑆𝑒𝑛 𝑥) + 𝑒 𝑥 ∙ (−𝑆𝑒𝑛 𝑥 − 𝐶𝑜𝑠 𝑥) = −𝟐𝒆𝒙 ∙ 𝑺𝒆𝒏 𝒙
𝑑𝑥 2

𝑑2 𝑦 𝑑𝑦
2
−2 + 2𝑦 = 0 → −2𝑒 𝑥 𝑆𝑒𝑛 𝑥 − 2 ∙ [𝑒 𝑥 ∙ (𝐶𝑜𝑠 𝑥 − 𝑆𝑒𝑛 𝑥)] + 2 ∙ (𝑒 𝑥 𝐶𝑜𝑠 𝑥) = 0
𝑑𝑥 𝑑𝑥

−2𝑒 𝑥 𝑆𝑒𝑛 𝑥 − 2𝑒 𝑥 𝐶𝑜𝑠 𝑥 + 2𝑒 𝑥 𝑆𝑒𝑛 𝑥 + 2𝑒 𝑥 𝐶𝑜𝑠 𝑥 = 0 (∨)

Livro: Um curso de cálculo, Volume 1- Guidorizzi


Exercícios 7.9. Páginas 169 e 170.

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129

8.1 Regra da Cadeia – Derivação de Função Composta

Na aula 6, você viu algumas regras de derivação


(produto, adição, quociente etc.). Vamos agora apresentar mais
algumas, como a regra da cadeia, para derivação de funções
compostas.
Em muitas circunstâncias da vida real, a taxa de variação
de uma grandeza será expressa em termos do produto de outras
taxas de variação. Um exemplo pode ser o consumo de gasolina em litros por hora
de um automóvel que viaja a 90 km/h e cujo consumo seja de 0,12 l/km.
Para calcularmos essa taxa (consumo de gasolina em litros por hora), bastam
multiplicarmos as duas taxas:
𝑙 𝑘𝑚
0,12 ∙ 90 = 10,8 𝑙⁄ℎ
𝑘𝑚 ℎ

Definição:
Sejam 𝑦 = 𝑓(𝑥) e 𝑥 = 𝑔(𝑡) duas funções deriváveis, com 𝐼𝑚g ⊂ 𝐷𝑓 . Nosso
objetivo, a seguir, é provar que a função composta ℎ′ (𝑡) = 𝑓 ′ (𝑔(𝑡)) é derivável, e
que vale a regra da cadeia.
ℎ′ (𝑡) = 𝑓 ′ (𝑔(𝑡)) ∙ 𝑔′ (𝑡), 𝑡 ∈ 𝐷𝑔 (1)

Antes de passarmos a demonstração de (1), vejamos como fica a regra da


cadeia na notação de Leibniz. Temos:
𝑑𝑦 𝑑𝑦
= 𝑓 ′ (𝑥) e = 𝑔′ (𝑡)
𝑑𝑥 𝑑𝑡

Sendo a composta dada por 𝑦 = 𝑓 ′ (𝑔(𝑡)), segue de (1) que:


𝑑𝑦
= 𝑓 ′ (𝑔(𝑡)) ∙ 𝑔′ (𝑡)
𝑑𝑥

Ou,
𝑑𝑦
= 𝑓 ′ (𝑥) ∙ 𝑔′ (𝑡), onde 𝑥 = 𝑔(𝑡)
𝑑𝑥

Assim,

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130

𝐝𝐲 𝐝𝐲 𝐝𝐱
=
𝐝𝐭 𝐝𝐱 𝐝𝐭

𝑑𝑦
Onde 𝑑𝑥 deve ser calculado em x = g (t).

Aplicações da regra da cadeia:


Pelo que vimos na seção anterior, sendo 𝑦 = 𝑓(𝑢) 𝑒 𝑢 =
𝑔(𝑥) deriváveis, com 𝐼𝑚𝑔 ⊂ 𝐷𝑓 ; então, a derivada da composta
𝑦 = 𝑓(𝑔(𝑥)) é 𝑑𝑎𝑑𝑎 𝑝𝑜𝑟:
𝑑𝑦
= 𝑓 ′ (𝑔(𝑥)) 𝑔′ (𝑥)
𝑑𝑥

Ou,
𝑑𝑦
= 𝑓 ′ (𝑢) 𝑔′ (𝑥), 𝑜𝑛𝑑𝑒 𝑢 = 𝑔(𝑥)
𝑑𝑥

Ou,
𝑑𝑦 𝑑𝑦 𝑑𝑢
=
𝑑𝑥 𝑑𝑢 𝑑𝑥

𝑑𝑦
Onde 𝑑𝑢 deve ser calculada em 𝑢 = 𝑔(𝑥).

Exemplos:
4) Calcule a derivada.
a) 𝑦 = 𝑒 3𝑥 b) 𝑦 = 𝑆𝑒𝑛 𝑡²

Solução:
a) 𝑦 = 𝑒 3𝑥 → Fazemos 𝑢 = 3𝑥, então 𝑦 = 𝑒 𝑢 .
Pela regra da cadeia:
𝑑𝑦 𝑑𝑦 𝑑𝑢
=
𝑑𝑥 𝑑𝑢 𝑑𝑥

𝑑𝑦 𝑑𝑢
Como 𝑑𝑢 = (𝑒 𝑢 )′ = 𝑒 𝑢 e = (3𝑥)′ = 3, resulta:
𝑑𝑥

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131

𝑑𝑦 𝒅𝒚
= 𝑒𝑢. 3 ou = 𝟑𝐞𝟑𝐱
𝑑𝑥 𝒅𝒙

b) 𝑦 = 𝑆𝑒𝑛 𝑡² → Fazemos 𝑢 = 𝑡 2 , então 𝑦 = 𝑆𝑒𝑛 𝑢.


Pela regra da cadeia:
𝑑𝑦 𝑑𝑥
Como 𝑑𝑢 = (𝑆𝑒𝑛 𝑢)′ = 𝐶𝑜𝑠 𝑢 e = 2𝑡, 𝑟𝑒𝑠𝑢𝑙𝑡𝑎
𝑑𝑡

𝑑𝑦 𝑑𝑦 𝑑𝑢
= = cos 𝑢. 2𝑡
𝑑𝑡 𝑑𝑢 𝑑𝑥

Como 𝑢 = 𝑡 2 , ou seja,
𝑑𝑦
= 2𝑡 𝑐𝑜𝑠𝑡²
𝑑𝑡

𝑑𝑦
Poderíamos, também, ter obtido aplicando diretamente a formula
𝑑𝑡

[𝑓(𝑔(𝑡))] = 𝑓 ′ (𝑔(𝑡)) 𝑔′ (𝑡). Veja:
𝑑𝑦
= [𝑠𝑒𝑛 𝑡 2 ]′ = 𝑠𝑒𝑛′ 𝑡² (𝑡 2 )′ = 2𝑡 cos 𝑡²
𝑑𝑥

𝑑𝑦
5) Determine 𝑑𝑥 para a função 𝑦 = (𝑥 2 + 2)3 − 3(𝑥 2 + 2)2 + 1.

Solução:
Fazendo 𝑢 = 𝑥 2 + 2, então, 𝑦 = 𝑢3 − 3𝑢2 + 1
𝑑𝑦 𝑑𝑢
Como = 3𝑢2 − 6𝑢 e = 2𝑥
𝑑𝑢 𝑑𝑥

e, de acordo com a regra da cadeia,


𝑑𝑦 𝑑𝑦 𝑑𝑢
= = (3𝑢2 − 6𝑢) ∙ 2𝑥
𝑑𝑡 𝑑𝑢 𝑑𝑥

por ser 𝑢 = 𝑥 2 + 2, temos que


𝑑𝑦
= [3(𝑥 2 + 2) − 6(𝑥 2 + 2)] ∙ 2𝑥
𝑑𝑡
𝑑𝑦
= (3𝑥 2 + 6 − 6𝑥 2 − 12) ∙ 2𝑥 = (−3𝑥 2 − 6) ∙ 2𝑥 = −𝟔𝐱 𝟑 − 𝟏𝟐𝐱
𝑑𝑡

𝑢
6) Considere a função 𝑦 = 𝑢+1, onde 𝑢 = 3𝑥 2 − 1. Use a regra da cadeia para
𝑑𝑦
calcular 𝑑𝑥 .

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132

Solução:
Temos:
𝑑𝑢
= 6𝑥
𝑑𝑥

𝑑𝑦 1 ∙ (𝑢 + 1) − 𝑢 ∙ 1 1
= 2
=
𝑑𝑢 (𝑢 + 1) (𝑢 + 1)2

então, pela regra da cadeia,


𝑑𝑦 𝑑𝑦 𝑑𝑢 1 6𝑥 6𝑥 𝟐
= = 2
∙ 6𝑥 = 2 2
= 4= 𝟑
𝑑𝑡 𝑑𝑢 𝑑𝑥 (𝑢 + 1) (3𝑥 − 1 + 1) 9𝑥 𝟑𝐱

Livro: Um curso de cálculo, Volume 1- Guidorizzi.


Exemplos pág. 176 a 179.
Exercícios 7.11. Página 179 a 183.

8.2 Derivação de Função dada implicitamente

Algumas funções não são conhecidas a priori, ou seja, são definidas de forma
implícita. Sendo assim, consideremos uma equação nas variáveis 𝑥 e 𝑦. Dizemos
que uma função 𝑦 = 𝑓(𝑥) é dada implicitamente por tal equação se, para 𝑥 no
domínio de 𝑓, o ponto (𝑥, 𝑓(𝑥)) for solução da equação.
Exemplos:

7) Seja a equação 𝑥² + 𝑦² = 1. A função 𝑦 = √1 − 𝑥² é dada implicitamente


pela equação, pois, para todo 𝑥 em [−1, 1],

𝑥² + (√1 − 𝑥²) ² = 1.

Observe que a função 𝑦 = − √1 − 𝑥² é, também, dada implicitamente por tal


equação.

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133

8) Determine uma função que seja dada implicitamente pela equação 𝑦² +


𝑥𝑦 − 1 = 0.
Solução:

−𝑥 ± √𝑥² + 4
𝑦² + 𝑥𝑦 − 1 = 0 ⟺ 𝑦 = .
2

A função:

−𝑥 + √𝑥² + 4
𝑦= , 𝑥 ∈ ℝ,
2

é dada implicitamente pela equação. É claro que

−𝑥 − √𝑥² + 4
𝑦= , 𝑥 ∈ ℝ,
2

é outra função dada implicitamente por tal equação.

9) Mostre que existe uma única função 𝑦 = 𝑓(𝑥), definida em ℝ, e dada


implicitamente pela equação 𝑦 3 + 𝑦 = 𝑥. Calcule 𝑓(0), 𝑓(10) 𝑒 𝑓(−2).
Solução:
A função 𝑔(𝑦) = 𝑦³ + 𝑦 é estritamente crescente em ℝ (verifique), contínua,
com lim (𝑦 3 + 𝑦) = +∞ e lim (𝑦 3 + 𝑦) = −∞. Segue do teorema do valor
𝑦→+∞ 𝑦→ −∞

intermediário que - para cada 𝑥 real - existe ao menos um número 𝑦̅ tal que
𝑦̅³ + 𝑦̅ = 𝑥.

Como 𝑔 é estritamente crescente, tal 𝑦̅ é o único número real satisfazendo 1.


A função 𝑓 definida em ℝ, e que cada 𝑥 associa 𝑓(𝑥), onde 𝑓(𝑥) é o único real, tal
que
[𝑓(𝑥)]³ + 𝑓(𝑥) = 𝑥,

é a única função definida em ℝ e dada implicitamente pela equação.


𝐶á𝑙𝑐𝑢𝑙𝑜 𝑑𝑒 𝑓(0)
2
[𝑓(0)]³ + 𝑓(0) = 0 ⟺ 𝑓(0) [(𝑓(0)) + 1] = 0;

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134

assim,
𝑓(0) = 0.

Cálculo de 𝑓(10)
[𝑓(10)]³ + 𝑓(10) = 10;

desse modo, 𝑓(10) é raiz da equação 𝑦³ + 𝑦 = 10. Como 𝑦 = 2 é a única raiz,


resulta 𝑓(10) = 2.
𝐶á𝑙𝑐𝑢𝑙𝑜 𝑑𝑒 𝑓(−2)
𝑓(−2) é a única raiz da equação 𝑦³ + 𝑦 = −2. Assim,
𝑓(−2) = −1.

10) Seja 𝑦 = 𝑓(𝑥), 𝑥 ∈ ℝ, a função dada implicitamente pela equação 𝑦³ +


𝑦 = 𝑥. Suponha que 𝑓 seja derivável.
1
Mostre que 𝑓 ′ (𝑥) = .
3[𝑓(𝑥)]2 + 1

Determine a equação da reta tangente ao gráfico de 𝑓 no ponto (10, 𝑓(10)).


Solução:
Como 𝑦 = 𝑓(𝑥) é dada implicitamente pela equação 𝑦³ + 𝑦 = 𝑥; segue que,
para todo 𝑥,
[𝑓(𝑥)]³ + 𝑓(𝑥) = 𝑥

Daí,
𝑑 3 𝑑
[(𝑓(𝑥)) + 𝑓(𝑥)] = (𝑥).
𝑑𝑥 𝑑𝑥

Assim,
3[𝑓(𝑥)]² 𝑓 ′ (𝑥) + 𝑓 ′ (𝑥) = 1

e, portanto,
1
𝑓(𝑥) = .
3 [𝑓(𝑥)]2 + 1

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135

Poderíamos, também, ter chegado a este resultado trabalhando diretamente


com a equação 𝑦³ + 𝑦 = 𝑥:
𝑑 𝑑
[𝑦³ + 𝑦] = [𝑥]
𝑑𝑥 𝑑𝑥
Ou,
𝑑 𝑑𝑦
[𝑦 3 ] + = 1.
𝑑𝑥 𝑑𝑥
𝑑 𝑑 𝑑𝑦 𝑑𝑦
Como 𝑑𝑥 [𝑦 3 ] = [𝑦 3 ]. = 3𝑦 2 , vem,
𝑑𝑦 𝑑𝑥 𝑑𝑥

𝑑𝑦 𝑑𝑦
3𝑦² + =1
𝑑𝑥 𝑑𝑥
e, portanto,
𝑑𝑦 1
= .
𝑑𝑥 3𝑦² + 1

A equação da reta tangente ao gráfico de 𝑓 em (10, 𝑓(10)) é:


𝑦 − 𝑓(10) = 𝑓 ′ (10)(𝑥 − 10)

𝑓(10) = 2 (veja exemplo anterior)


{ ′ 1 1
𝑓 (10) = = .
3[ 𝑓(10)]2 + 1 13
Substituindo na equação acima, obtemos
1
𝑦−2= (𝑥 − 10) ou,
13
1 16
𝑦= 𝑥+ .
13 13

Livro: Um curso de cálculo, Volume 1- Guidorizzi.


Exemplos das páginas 185 a 191.
Exercícios 7.13. Páginas 191 e 192.

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136

𝒅𝒚
8.3 Interpretação de 𝒅𝒙 como um Quociente Diferencial

𝑑𝑦
Até aqui, consideramos como uma simples notação para a derivada de 𝑦 =
𝑑𝑥
𝑑𝑦
𝑓(𝑥). O que faremos a seguir é interpretar como um quociente entre dois
𝑑𝑥

acréscimos. Para tanto, inicialmente, vamos olhar parar 𝑑𝑥 como um acréscimo em


𝑥 e, em seguida, procuraremos uma interpretação para o acréscimo 𝑑𝑦.
Considere o gráfico da Fig. 29, como bem sabemos, 𝑓 ′ (𝑥) é o coeficiente
𝑑𝑦
angular da reta tangente 𝑇, no ponto (𝑥, 𝑓(𝑥)), e que = 𝑓 ′ (𝑥). Se olharmos, então,
𝑑𝑥

para 𝑑𝑦 como acréscimo na ordenada da reta tangente 𝑇, correspondente ao


𝑑𝑦
acréscimo 𝑑𝑥 em 𝑥, teremos 𝑑𝑥 = 𝑓 ′ (𝑥).
𝑑𝑦
= 𝑓 ′ (𝑥) = Tg 𝛼
𝑑𝑥

Ou,
𝑑𝑦 = 𝑓 ′ (𝑥)𝑑𝑥

Figura 29: Gráfico de 𝒇 e de T.

Fonte: GUIDORIZZI (2008)

Observe que:
∆𝑦 = 𝑓(𝑥 + 𝑑𝑥) − 𝑓(𝑥)

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137

é o acréscimo que a função sofre quando se passa de 𝑥 a 𝑥 + 𝑑𝑥. O


acréscimo 𝑑𝑦 pode, então, ser olhado como um valor aproximado para ∆𝑦;
evidentemente, o erro "∆𝑦 − 𝑑𝑦" que se comete na aproximação de ∆𝑦 por 𝑑𝑦 será
tanto menor quanto menor for 𝑑𝑥.
Fixado 𝑥, podemos olhar para a função linear que a cada 𝑑𝑥 ∈ ℝ, onde
𝑑𝑦 = 𝑓 ′ (𝑥)𝑑𝑥. Tal função denomina-se diferencial de 𝑓 em 𝑥, ou, simplesmente,
diferencial de 𝑦 = 𝑓(𝑥).
Exemplos:
11) Seja 𝑦 = 𝑥². Relacione ∆𝑦 com 𝑑𝑦.
Solução:
𝑑𝑦
= (𝑥 2 )′ = 2𝑥.
𝑑𝑥

Assim, a diferencial de 𝑦 = 𝑥² é dada por


𝑑𝑦 = 2𝑥 𝑑𝑥.

Por outro lado,


∆𝑦 = (𝑥 + 𝑑𝑥)2 − 𝑥²

Figura 30: Gráfico do exemplo 11.

Fonte: GUIDORIZZI (2008)

ou seja,
∆𝑦 = 2𝑥 𝑑𝑥 + (𝑑𝑥)²

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138

e, portanto, ∆𝑦 − 𝑑𝑦 = (𝑑𝑥)2 . Observe que, quanto menor for 𝑑𝑥, mais próximo
estará 𝑑𝑦 de ∆𝑦.

12) Seja 𝐴 = 𝜋𝑟². Calcule a diferencial de 𝐴 = 𝐴(𝑟). Interprete.


Solução:
𝑑𝐴
= 𝐴′ (𝑟) = 2𝜋𝑟.
𝑑𝑟

A diferencial de 𝐴 = 𝜋𝑟² é dada por:


𝑑𝐴 = 2𝜋𝑟 𝑑𝑟.

Interpretação:
𝐴 = 𝜋𝑟 2 é a fórmula que nos fornece a área de círculo em função do raio 𝑟,
𝑑𝐴 = 2𝜋𝑟 𝑑𝑟 é, então, um valor aproximado para o acréscimo ∆𝐴, na área 𝐴,
correspondente ao acréscimo 𝑑𝑟 em 𝑟.

Figura 31: Gráfico do exemplo 12.

Fonte: GUIDORIZZI (2008)

Observe que ∆𝐴 é a área da região hachurada e que 𝑑𝐴 = 2𝜋𝑟 𝑑𝑟 é a área de


um retângulo de comprimento
2𝜋𝑟 (2𝜋𝑟 é o comprimento da circunferência de raio r) e altura 𝑑𝑟.

Vamos calcular o erro que se comete na aproximação


∆𝐴 ≅ 2 𝜋𝑟 𝑑𝑟

Temos
∆𝐴 = 𝜋(𝑟 + 𝑑𝑟)2 − 𝜋𝑟² = 2 𝜋𝑟 𝑑𝑟 + 𝜋(𝑑𝑟)²

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139

Daí,
∆𝐴 − 𝑑𝐴 = 𝜋(𝑑𝑟)2 .
Desse modo, o erro que se comete na aproximação 1 é igual a 𝜋 (𝑑𝑟)2 , que é
a área de um círculo de raio 𝑑𝑟.

13) Utilizando a diferencial, calcule um valor aproximado para o acréscimo ∆𝑦


que a função 𝑦 = 𝑥 (Fig. 32) sofre, quando se passe de 𝑥 = 1 a 1 + 𝑑𝑥 = 1,001.
Calcule o erro.

Figura 32: Gráfico do exemplo 13.

Fonte: GUIDORIZZI (2008)

Solução:
A diferencial de 𝑦 = 𝑥 2 , em 𝑥, é:
𝑑𝑦 = 2𝑥𝑑𝑥

Em 𝑥 = 1 → 𝑑𝑦 = 2𝑥𝑑𝑥
Como dx = 0,001 → 𝑑𝑦 = 0,002 é um valor aproximado para o acréscimo
∆𝑥 = (1,001)2 − 12 = 0,002001

Erro: 𝐸(𝑦) = 𝑑𝑦 − ∆𝑦 = 0,002001 − 0,002 = 0,000001 = 10−6

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140

14) Utilizando a diferencial, calcule um valor aproximado para √1,01. Avalie o


erro.
Solução:
Consideremos a função 𝑦 = √𝑥 (gráfico da Fig. 33)

Figura 33: Gráfico do exemplo 14.

Fonte: GUIDORIZZI (2008)

Vamos calcular um valor para 𝑑𝑦, sendo 𝑥 = 1 e 𝑑𝑥 = 0,01.


Derivando a função 𝑦 = √𝑥, temos:
𝑑𝑦 1 1
= → 𝑑𝑦 = 𝑑𝑥
𝑑𝑥 2√𝑥 2√𝑥

Em 𝑥 = 1,
1 𝑑𝑥
𝑑𝑦 = 𝑑𝑥 =
2√1 2

Como 𝑑𝑥 = 0,01
0,01
𝑑𝑦 = = 0,005
2

Assim, 1 + 𝑑𝑦 = 1,005 é um valor aproximado, por excesso (vide gráfico da


Fig. 6) de √1,01.
Como 1,004 é um valor aproximado por falta de √1,01 ( (1,004)2 < 1,01),
segue que o erro é inferior a 0,001.

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141

Livro: Um Curso de Cálculo, Volume 1 – Guidorizzi.


Exercícios 7.14. Página 196.

8.4 Derivada de 𝒇(𝒙)𝒈(𝒙)

Sejam 𝑓 e 𝑔 duas funções deriváveis, num mesmo conjunto 𝐴, com 𝑓(𝑥) > 0
para todo 𝑥 ∈ 𝐴. Consideremos a função definida em 𝐴 e dada por
𝑦 = 𝑓(𝑥) 𝑔(𝑥) .

Aplicando o logaritmo neperiano (𝑙𝑛) aos dois membros, obtemos;


ln 𝑦 = 𝑔(𝑥) ln 𝑓(𝑥)

e, assim,
𝑦 = 𝑒 𝑔(𝑥) ln 𝑓(𝑥)

ou seja,
𝑓(𝑥) 𝑔(𝑥) = 𝑒 𝑔(𝑥) ln 𝑓(𝑥) .

Então,

[𝑓(𝑥) 𝑔(𝑥) ] = 𝑒 𝑔(𝑥) ln 𝑓(𝑥) [𝑔(𝑥) ln 𝑓(𝑥)]′

E, portanto,

[𝑓(𝑥) 𝑔(𝑥) ] = 𝑓(𝑥) 𝑔(𝑥) [𝑔(𝑥) ln 𝑓(𝑥)]′

Exemplo:
15) Calcule a derivada.
𝑦 = 𝑥𝑥.
𝑦 = 3𝑥 .

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142

Solução:
Faça 𝑥 𝑥 = 𝑒 𝑥 ln 𝑥 .

(𝑥 𝑥 )′ = (𝑒 𝑥 ln 𝑥 ) = 𝑒 𝑥 ln 𝑥 ∙ (𝑥 ln 𝑥)′ = 𝑥 𝑥 (ln 𝑥 + 1),

ou seja,
(𝑥 𝑥 )′ = 𝑥 𝑥 (1 + ln 𝑥).
3𝑥 = 𝑒 𝑥 ln 3 ,
(3𝑥 )′ = 𝑒 𝑥 ln 3 (𝑥 ln 3)′ .

Como ln 3 é constante, (𝑥 ln 3)′ = 𝑥′ ln 3 = ln 3. Assim,


(3𝑥 )′ = 3𝑥 ln 3.

16) Seja 𝑎 > 0, 𝑎 ≠ 1, constante. Mostre que, para todo 𝑥, (𝑎 𝑥 )′ = 𝑎 𝑥 ln 𝑎.


Solução:
𝑎 𝑥 = 𝑒 𝑥 ln 𝑎
(𝑎 𝑥 )′ = 𝑒 𝑥 ln 𝑎 (𝑥 ln 𝑎)′ .

Como (𝑥 ln 𝑎)′ = 𝑥 ′ ln 𝑎, resulta;


𝑎 𝑥 = 𝑎 𝑥 ln 𝑎.

17) Seja 𝛼 uma constante real qualquer. Mostre que, para todo 𝑥 > 0, (𝑥 𝛼 )′ =
𝛼 𝑥 𝛼−1 .
Solução:
𝑥 𝛼 = 𝑒 𝛼 ln 𝑥
(𝑥 𝛼 )′ = 𝑒 𝛼 ln 𝑥 (𝛼 ln 𝑥)′.
𝛼
Sendo 𝛼 constante (𝛼 ln 𝑥)′ = 𝛼 (ln 𝑥)′ = 𝑥 . Assim,
𝛼
(𝑥 𝛼 )′ = 𝑥 𝛼 . = 𝛼 𝑥 𝛼−1
𝑥

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143

Acesse os textos e estude um pouco mais:


<http://wwwp.fc.unesp.br/~arbalbo/arquivos/derivadaimplicitaediferenciais.pdf>.

Encontram-se nos Anexos A e C resumos das principais fórmulas e propriedades da


derivação!

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Resumo

Nesta aula, você aprendeu que:

 A regra da cadeia é a regra que define a derivada de funções



compostas, ou seja, (𝑓(𝑢(𝑥))) = 𝑓 ′ (𝑢) ∙ 𝑢′ (𝑥);

 Existem outras notações possíveis para a derivada, sendo a de


Leibniz muito utilizada;
 dy/dx é um quociente diferencial que pode ser aplicado para resolver
situações práticas de variação de taxas, cálculo de valores
aproximados etc.;
 As funções dadas implicitamente podem ser trabalhadas de tal forma
que apliquemos as propriedades de derivação;
 Para derivarmos funções do tipo 𝑓(𝑥) 𝑔(𝑥) , basta fazermos 𝑓(𝑥) 𝑔(𝑥) =
𝑒 𝑔(𝑥) ln 𝑓(𝑥) e aplicarmos a regra da cadeia.

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Referências Bibliográficas

Básica:
FLEMMING, D. M.; GONÇALVES, M. B. Cálculo A: Funções, limite,
derivação e integração. 6. ed: revista e ampliada. São Paulo: Editora Pearson
Prentice Hall, 2006. 448p.

GUIDORIZZI, L. H. Um Curso de Cálculo. Vol. 1. 5. ed. São Paulo: LTC,


2008.

LEITHOLD, L. O Cálculo com Geometria Analítica. São Paulo: Harbra,


1990.

MUNEM, M. A., FOULIS, D. J. Cálculo. Vol. 1. Trad. André Lima Cordeiro.


Rio de Janeiro: Ed Guanabara Dois, 1982.

STEWART, J. Cálculo. Antônio Carlos Moretti (trad.). 5 ed. Sao Paulo:


Pioneira Thomson Learning, 2006. v.1. 579 p.

THOMAS, G. B. Cálculo - Volume 1. Tradução: Paulo Boschcov. São Paulo:


Pearson Education do Brasil, 2002.

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Aula 9
Aplicações da derivada I

APRESENTAÇÃO DA AULA

Esta aula é dedicada à aplicação dos conceitos e das regras de derivação na


resolução de problemas práticos.

OBJETIVOS DA AULA

Esperamos que, após o estudo do conteúdo desta aula, você seja capaz de:

 Aplicar dy/dx no cálculo de velocidade e aceleração instantânea;


 Aplicar dy/dx no cálculo de taxas de variação;
 Calcular um limite com indeterminação matemática utilizando a regra
de L’Hospital;
 Calcular, a partir do teste da 1ª derivada, os extremos relativos e os
intervalos de crescimento;
 Verificar as concavidades e os pontos de inflexão através do teste da
2ª derivada;
 Aprender a esboçar um gráfico através das derivadas;

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147

"A mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho
original". Albert Einstein
9 INTRODUÇÃO – APLICAÇÕES DA DERIVADA I

𝑑𝑦
A derivada tem muitas aplicações. Podemos, através de taxas ( 𝑑𝑥 ), estudar

problemas que envolvam cálculo de velocidade e aceleração instantânea, taxa de


variação de uma medida, de um volume etc.

9.1 Regra De L`Hospital

A regra de L’Hospital é uma aplicação da derivada muito utilizada para


calcular limites de forma indeterminada do tipo 0/0 ou ∞/∞. Para usá-la, basta derivar
de forma independente a expressão do numerador e do denominador até eliminar a
indeterminação, como demostrado abaixo.
𝑓(𝑥) 0 ∞
Teorema: Se lim 𝑔(𝑥) tem uma forma indeterminada 0 𝑜𝑢 , 𝑒𝑛𝑡ã𝑜:
𝑥→𝑎 ∞

𝑓(𝑥) 𝑑𝑓(𝑥)/𝑑𝑥 𝑓′(𝑥)


lim = lim = lim
𝑥→𝑎 𝑔(𝑥) 𝑥→𝑎 𝑑𝑔(𝑥)/𝑑𝑥 𝑥→𝑎 𝑔′(𝑥)

𝑓′(𝑥)
Isso só é válido caso o limite 𝑙𝑖𝑚 𝑔′(𝑥) exista (sendo finito
𝑥→𝑎

ou infinito). O mesmo também se “a” for substituído por a + ou a


-, ou se 𝑎 = +∞ 𝑜𝑢 − ∞.
Exemplos:
𝑥 2 −𝑥−2
1) Calcule lim 3𝑥 2 −5𝑥−2
𝑥→2

Solução: Com o cálculo direto, nós teremos uma indeterminação matemática.


Simplificando por fatoração, faremos:
𝑥2 − 𝑥 − 2 (𝑥 − 2). (𝑥 + 1) (𝑥 + 1)
lim 2
= lim = lim = 3/7
𝑥→2 3𝑥 − 5𝑥 − 2 𝑥→2 (𝑥 − 2). (3𝑥 + 1) 𝑥→2 (3𝑥 + 1)

Aplicando as regras de L’Hospital, teremos:


𝑥2 − 𝑥 − 2 (𝑥 2 − 𝑥 − 2) ´ 2𝑥 − 1
lim 2
= lim 2
= lim = 3/7
𝑥→2 3𝑥 − 5𝑥 − 2 𝑥→2 (3𝑥 − 5𝑥 − 2) ´ 𝑥→2 6𝑥 − 5

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148

𝑥−𝑠𝑒𝑛(𝑥)
2) Calcule lim
𝑥→0 𝑥3

Solução: Aplicando as regras de L’Hospital, teremos:


[𝑥 − 𝑠𝑒𝑛(𝑥)] ´ 1 − cos(𝑥) 1 − cos(0)
lim 3
= lim = = 0/0
𝑥→0 (𝑥 ) ´ 𝑥→0 3𝑥² 0

Note que se substituir a variável x por 0 o resultado será novamente 0/0,


quando isso ocorre, deve ser aplicado a regra de L`Hospital, n vezes, até que a
expressão não dê 0/0.

Continuando o exercício. Aplicando novamente a regra:


[1 − cos(𝑥)] ´ 𝑠𝑒𝑛(𝑥) 𝑠𝑒𝑛(𝑥)´ cos(𝑥) cos(0)
lim = lim = lim = lim = = 1/6
𝑥→0 3𝑥 2 ´ 𝑥→0 6𝑥 𝑥→0 6𝑥 ´ 𝑥→0 6 6

𝑒 2𝑥
3) Calcule lim
𝑥→+∞ 6𝑥²

Solução: Aplicando as regras de L’Hospital, teremos:


[𝑒 2𝑥 ] ´ 2. 𝑒 2𝑥 (2. 𝑒 2𝑥 ) ´ 4. 𝑒 2𝑥 4. 𝑒 ∞ ∞
lim = lim = lim = lim = = = ∞
𝑥→+∞ (6𝑥 2 )´ 𝑥→+∞ 12𝑥 𝑥→+∞ ( 12𝑥) ´ 𝑥→+∞ 12 12 12

9.2 Velocidade e Aceleração. Taxa De Variação

Falando agora de velocidade e aceleração, vamos considerar que uma


partícula se desloca sobre o eixo 𝑥 com função de posição 𝑥 = 𝑓(𝑡). Isso significa
dizer que a função 𝑓 fornece, a cada instante, a posição ocupada pela partícula na
reta. A velocidade média da partícula entre os instantes 𝑡 e 𝑡 + ∆𝑡 é definida pelo
quociente
𝑓(𝑡 + ∆𝑡) − 𝑓(𝑡)
,
∆𝑡

onde ∆𝑥 = 𝑓(𝑡 + ∆𝑡) − 𝑓(𝑡) é o 𝑑𝑒𝑠𝑙𝑜𝑐𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 da partícula entre os instantes 𝑡


e 𝑡 + ∆𝑡. A velocidade da partícula no instante 𝑡 é definida como sendo a derivada
(caso exista) de 𝑓 em 𝑡, isto é:
𝑑𝑥
𝑣(𝑡) = = 𝑓 ′ (𝑡).
𝑑𝑡
Assim, pela definição de derivada,

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149

𝑓(𝑡 + ∆𝑡) − 𝑓(𝑡)


𝑣(𝑡) = lim .
∆𝑡→0 ∆𝑡
A aceleração no instante 𝑡 é definida como sendo a derivada em 𝑡 da função
𝑣 = 𝑣(𝑡):
𝑑𝑣 𝑑²𝑥
𝑎(𝑡) = = .
𝑑𝑡 𝑑𝑡²

Pela definição de derivada,


𝑣(𝑡 + ∆𝑡) − 𝑣(𝑡)
𝑎(𝑡) = lim .
∆𝑡→0 ∆𝑡

𝑣(𝑡+ ∆𝑡)− 𝑣(𝑡)


O quociente é a aceleração média entre os instantes 𝑡 e 𝑡 + ∆𝑡.
∆𝑡

Exemplos:
4) Uma partícula move-se sobre o eixo 𝑥 de modo que, no instante 𝑡, a
posição 𝑥 é dada por 𝑥(𝑡) = 2𝑡², 𝑡 ≥ 0, onde 𝑥 é dado em metros e 𝑡 em segundos.
Determine as posições ocupadas pela partícula nos instantes 𝑡 = 0, 𝑡 = 3e 𝑡 =
10.
Qual a velocidade no instante 𝑡?
Qual a aceleração no instante 𝑡?
Solução:
𝑥(0) = 2 ∙ 02 = 0
𝑥(3) = 2 ∙ 32 = 2 ∙ 9 = 18
𝑥(10) = 2 ∙ 102 = 2 ∙ 100 = 200.
𝑑𝑥
= 4𝑡.
𝑑𝑡

A velocidade no instante 𝑡 é 𝑣(𝑡) = 4𝑡 (m/s).


𝑑²𝑥 𝑑𝑣
= = 4.
𝑑𝑡² 𝑑𝑡

A aceleração no instante 𝑡 é 𝑎(𝑡) = 4 (m/s)²


A aceleração é constante e igual a 4𝑚/𝑠 2 .

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150

.5) Uma partícula move-se sobre o eixo 𝑥 de modo que, no instante 𝑡, a


posição 𝑥 é dada por 𝑥(𝑡) = 𝐶𝑜𝑠 3𝑡, 𝑡 ≥ 0, onde 𝑥 é dado em metros e 𝑡 em
segundos.
𝜋
Determine as posições ocupadas pela partícula nos instantes 𝑡 = 0, 𝑡 = 6 , 𝑡 =
𝜋 𝜋 2𝜋
,𝑡 = e𝑡= .
3 2 3

Qual a velocidade no instante 𝑡?


Qual a aceleração no instante 𝑡?
Solução:
𝑥(0) = 𝐶𝑜𝑠 (3 ∙ 0) = 𝐶𝑜𝑠 0 = 1
𝜋 𝜋 𝜋
𝑥 ( ) = 𝐶𝑜𝑠 (3 ∙ ) = 𝐶𝑜𝑠 ( ) = 0
6 6 2
𝜋 𝜋
𝑥 ( ) = 𝐶𝑜𝑠 (3 ∙ ) = 𝐶𝑜𝑠 𝜋 = −1
3 3
𝜋 𝜋 3𝜋
𝑥 ( ) = 𝐶𝑜𝑠 (3 ∙ ) = 𝐶𝑜𝑠 =0
2 2 2
2𝜋 2𝜋
𝑥 ( ) = 𝐶𝑜𝑠 (3 ∙ ) = 𝐶𝑜𝑠 (2𝜋) = 1
3 3

𝑑𝑥
= −3 𝑆𝑒𝑛 3𝑡.
𝑑𝑡

A velocidade no instante 𝑡 é 𝑣(𝑡) = −3 𝑆𝑒𝑛 3𝑡(m/s).


𝑑²𝑥 𝑑𝑣
= = −9 𝐶𝑜𝑠 3𝑡.
𝑑𝑡² 𝑑𝑡

A aceleração no instante 𝑡 é 𝑎(𝑡) = −9 𝐶𝑜𝑠 3𝑡 (m/s)²

6) Um ponto move-se ao longo do gráfico de 𝑦 = 𝑥 3 − 3𝑥 2 + 2𝑥 − 1, de tal


modo que a sua abscissa 𝑥 varia a uma velocidade constante de 3 (cm/s). Qual,
para 𝑥 = 4 (cm), a velocidade da ordenada y?
Solução:
Chamando 𝑥 = 𝑔(𝑡), vamos considerar que no instante 𝑡0 , 𝑥(𝑡0 ) = 4. O que
𝑑𝑦
se quer, então, é a velocidade da abscissa 𝑦 no instante 𝑡0 , ou seja, | .
𝑑𝑡 𝑡=𝑡0

Como 𝑦 = 𝑥 3 − 3𝑥 2 + 2𝑥 − 1, e 𝑥′(𝑡) = 3,

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151

𝑑𝑦 𝑑𝑥
= 3𝑥 2 − 6𝑥 + 2 e =3
𝑑𝑥 𝑑𝑡

pela regra da cadeia,


𝑑𝑦 𝑑𝑦 𝑑𝑥
= = (3𝑥 2 − 6𝑥 + 2 ) ∙ 3 = 9𝑥 2 − 18𝑥 + 6
𝑑𝑡 𝑑𝑥 𝑑𝑡

Como x=4, pata t=t0, resulta:


𝑑𝑦
| = 9 ∙ 42 − 18 ∙ 4 + 6 = 78 (𝑐𝑚/𝑠)
𝑑𝑡 𝑡=𝑡0

Livro: Um Curso de Cálculo, Volume 1 – Guidorizzi.


Exemplos das páginas 198 a 200. Exercícios 7.15. Páginas 201, 202, 203 e 204.

9.3 Valores Máximos e Mínimos

“Os valores máximos e mínimos são chamados de valores extremos da


função f. Máximos ou mínimos absolutos podem também ser chamados de máximo
e mínimo globais” (Thomas, 2012).

9.3.1 Máximos e mínimos relativos

Segundo Menezes (2016) um máximo relativo de uma função é um “pico”, o


ponto máximo do gráfico em relação a qualquer outro ponto vizinho a ele no gráfico.
Já um mínimo relativo é um “fundo de vale”, o ponto mínimo do gráfico em relação a
qualquer outro ponto vizinho.
A função representada na Figura 34 possui um máximo relativo em x = b, e
mínimos relativos em x = a e x = c. Note que o máximo relativo não precisa ser o
ponto mais alto do gráfico, é máximo somente em relação aos pontos vizinhos. Da
mesma forma, o mínimo relativo não é o ponto “mais baixo” do gráfico.

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152

Figura 34: Gráfico f(x) – valores máximos e mínimos.

Fonte: MENEZES (2016)

Conhecendo-se os intervalos nos quais a função é crescente ou decrescente,


pode-se facilmente identificar os máximos e mínimos relativos da função. O máximo
relativo ocorre quando a função deixa de ser crescente e passa a ser decrescente.
O mínimo relativo ocorre quando a função deixa de ser decrescente e passa a
ser crescente.

9.3.2 Sinal da derivada

Pode-se reconhecer quando uma função é crescente ou decrescente através


do sinal da sua derivada, porque a derivada é o coeficiente angular da reta tangente.
Quando a derivada é positiva, o coeficiente angular da tangente é positivo e a
função é crescente. Caso contrário, quando a derivada é negativa, o coeficiente
angular é negativo e a função é decrescente. A Figura 35 ilustra essa situação.

Figura 35: Gráficos f(x) – Função crescente (a) e Função decrescente (b).

Fonte: MENEZES (2016)

Resumindo:
Se f ´ (x) > 0, quando a < x < b, então f é crescente para a < x < b
Se f ´(x) < 0, quando a < x < b, então f é decrescente para a < x < b

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153

9.3.3 Pontos críticos

Sendo x0 um ponto pertencente ao domínio de uma função f (x), diz-se que


x0 é abscissa de um ponto crítico se: A função é crescente quando sua derivada é

positiva e decrescente quando sua derivada é negativa, os únicos pontos nos quais
a função pode assumir máximos ou mínimos relativos são aquelas nos quais as
derivadas são nulas ou indefinidas.
O ponto crítico da função é aquele no qual a derivada é nula ou indefinida.
Todo extremo relativo é um ponto crítico, mas nem todo ponto crítico é um
extremo relativo.
1) f ( x0 ) = 0
2) f ( x0 ) não está definida

Observe que:
1) Se o sinal da derivada for positivo à esquerda do ponto crítico e negativo à
direita dela, o ponto é um máximo relativo. (Fig. 36a).

2) Se o sinal da derivada for negativo à esquerda do ponto crítico e positivo à


direita dela, o ponto é um máximo relativo. (Fig. 36b).

3) Se o sinal da derivada for o mesmo em ambos os lados do ponto crítico, o


ponto não é máximo nem mínimo relativo. (Fig. 36c).

Figura 36: Gráficos f(x) – Ponto máximo (a); Ponto mínimo (b) e Ponto de inflexão (c).

Fonte: MENEZES (2016)

Teorema de FERMAT (Condições necessárias para a existência de extremo


relativo):

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154

Seja f definida em (a; b) e x0  a; b. Se f assume um extremo relativo em x


e f (x) existe, então f ( x0 ) = 0.
(Teste da primeira derivada) Seja f uma função contínua em [a; b] e
derivável em ]a; b[ :
a) f é crescente em a; b  f ´x  0

b) f é decrescente em a; b  f ´x  0

c) f é um extremo relativo (máximo ou mínimo) a; b  f ´x  0

Exemplo:
7) Determine os pontos críticos de 𝑓(𝑥) = 𝑥 3 − 12𝑥 − 5 e identifique os
intervalos em que f é crescente e f é decrescente.
Solução:
A função f é continua e dirivável em qualquer ponto. Logo, o primeiro passo
será derivar f e igualar a zero.
𝑑𝑓(𝑥)
= 3𝑥 2 − 12
𝑑𝑥
3𝑥 2 − 12 = 0 → 3. (𝑥 + 2). (𝑥 − 2) = 0 Logo,
𝑥1 = 2 𝑒 𝑥2 = −2 (Pontos críticos)

𝑥 = 2 → é um ponto máximo relativo


𝑥 = −2 → é um ponto mínimo relativo

Esses são pontos críticos que subdividem o domínio de f nos intervalos


abertos distintos (−∞; −2), (−2; 2) e (2; ∞), em que f ´ é positiva ou negativa.
Determinamos o sinal de f ´ calculando f ´em um ponto conveniente em cada
subintervalo.
Os resultados estão resumidos na Tabela.

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155

Tabela 3: Resultados resumidos.


Intervalo (−∞; −𝟐) (−𝟐; 𝟐) (𝟐; ∞)

Valor calculado de f ´ 𝑓 ´(−3) = 15 𝑓 ´(0) = −12 𝑓 ´(3) = 15

Sinal de f ´ + − +

Comportamento de f crescente decrescente crescente

Figura 37: Gráfico de f(x).

9.3.4 Máximos e mínimos absolutos

Na Maioria dos problemas práticos de otimização, o objetivo é calcular o


máximo absoluto ou mínimo absoluto de certa função num intervalo e não o máximo
ou mínimo relativo.
O máximo absoluto de uma função no intervalo é o maior valor da função
neste intervalo.
O mínimo absoluto é o menor valor.
Frequentemente, os extremos absolutos coincidem com os relativos.
No intervalo a  x  b , o máximo absoluto e o máximo relativo coincidem, porém
o mínimo absoluto ocorre na extremidade de x = a, que não é um mínimo relativo.

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156

9.3.5 Extremos absolutos em intervalos fechados:

Uma função contínua num intervalo fechado alcança um máximo absoluto e


um mínimo absoluto no intervalo.
O extremo absoluto pode coincidir com o extremo relativo ou ocorrer no
extremo x = a ou x = b. A Figura 38 ilustra estas possibilidades.

Figura 38: Gráficos f(x) com diferentes extremos absolutos.

Fonte: MENEZES (2016)

Usando estas observações, podemos descrever uma técnica simples de


localização e identificação dos extremos absolutos de funções contínuas em
intervalos fechados.
Como Calcular Extremos Absolutos de uma Função Contínua f num
Intervalo Fechado [a; b].
1o Passo: Calcule as coordenadas x de todos os pontos críticos de f no
intervalo a  x  b .
2o Passo: Calcule f (x) nestes pontos críticos e nas extremidades x = a e x =
b.
3o Passo: Selecione os maiores e menores valores de f (x) conseguidos no
2o Passo. Você obterá, então, respectivamente, o valor máximo absoluto e mínimo
absoluto.

Exemplo:
8) Determine o valor máximo absoluto e mínimo absoluto da função 𝒇 (𝒙)
=𝒙³+𝒙²−𝒙+𝟏 em [ -2 ; ½ ].
Solução:
1º Passo: Derivar à função e igualar a zero:

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157

𝑑𝑓
= 3𝑥 2 + 2𝑥 − 1 = 0
𝑑𝑥
∆ = 𝑏 2 − 4𝑎𝑐 = 22 − 4 × 3 × (−1) = 16
−𝑏±√∆
𝑥= Calculando por bhaskara:
2.𝑎

1
𝑥1 = 𝑒 𝑥2 = −1
3

Valor máximo
Calculando 𝑓[𝑓 ´(𝑐)′=0] e depois f(a) e f(b) temos: absoluto

1 1 3 1 2 1 22
𝑓( ) = ( ) +( ) − +1 = = 0,81
3 3 3 3 27
𝑓(−1) = (−1)3 + (−1)2 − (−1) + 1 = 2
Valor mínimo absoluto

𝑓(−2) = (−2)3 + (−2)2 − (−2) + 1 = −1


1 1 3 1 2 1 7
𝑓 ( ) = ( ) + ( ) − + 1 = = 0,87
2 2 2 2 8

9.4 Teorema do valor extremo e o teste da segunda derivada

Se f é contínua em [a; b], então possui um valor máximo absoluto e um valor


mínimo absoluto.

9.4.1 Concavidades

Diz-se que uma curva tem concavidade para baixo quando sua tangente se
move no sentido dos ponteiros do relógio, ao percorre a curva da esquerda para a
direita.
Diz-se que uma curva tem concavidade para cima quando sua tangente se
move no sentido contrário ao dos ponteiros do relógio, ao percorre a curva da
esquerda para a direita.

Quando a curva tem concavidade para cima (como na fig. 2-a), o coeficiente
angular de sua tangente cresce quando x aumenta de valor. Quando a curva tem
concavidade para baixo (como na fig. 2-b), o coeficiente angular da sua tangente
decresce quando x aumenta de valor.

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158

9.4.2 Sinal da derivada segunda

A relação entre concavidade e coeficiente angular da tangente determina uma


caracterização simples de concavidade em termos de sinal da derivada Segunda.
Suponha que a derivada Segunda f “ seja positiva num intervalo. Logo, a derivada
Primeira f ‘ é crescente no intervalo. Mas f ‘ é o coeficiente angular da tangente,
portanto, é crescente e a curva do gráfico de f tem concavidade para cima no
intervalo. Por outro lado, se f “ é negativo no intervalo, então f ‘ é decrescente e a
curva do gráfico de f tem concavidade para baixo no intervalo.
Significado geométrico do sinal da derivada Segunda:
a) se f “ (x) > 0 quando a < x < b, então, f tem concavidade para cima em a
< x < b.

b) se f “ (x) < 0 quando a < x < b, então, f tem concavidade para baixo em a
< x < b.

9.4.3 Pontos de inflexão

O ponto no qual ocorre a mudança de concavidade da função denomina-se


ponto de inflexão. Se a Derivada Segunda é definida no ponto de inflexão, seu valor
tem que ser zero. Os pontos de inflexão podem ocorrer onde a derivada Segunda é
indefinida.

Os pontos nos quais a derivada Segunda da função é nula ou indefinida


denominam-se pontos críticos de Segunda ordem.

9.4.4 Construção de gráficos

Devemos seguir os seguintes passos, para obter o gráfico da função f (x):


a) Explicite o domínio;
b) Calcule a derivada Primeira e, em seguida, as coordenadas x dos pontos
críticos de primeira ordem, igualando f ‘ (x) a zero e resolvendo a equação em x.
Não se esqueça de incluir também valores de x para os quais a derivada é
indefinida. Substitua estes valores de x na função f (x), obtendo as coordenadas y
dos pontos críticos.
c) Calcule a derivada Segunda f “ (x). Proceda como no passo anterior.

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159

d) Estude o sinal da Primeira derivada e determine onde f (x) é crescente ou


decrescente. Destaque os pontos Máximo e Mínimo.
e) Estude a concavidade de f (x), verificando o sinal da Segunda derivada.
Destaque os pontos de inflexão.
f) Determine as equações das assíntotas verticais e obliquas e as interseções
com os eixos coordenados...
g) Construa o gráfico.

Observação: Tabela resumo para execução de exercício.

Tabela 4: Resumo para execução de exercício.


Crescente ou
Intervalos Sinal de f ‘ (x) Sinal de f “ (x) Concavidade Formato de Curva
Decrescente

+ + Para cima

- + Para cima

+ - Para baixo

- - Para baixo

Exemplo:
9) Para a função f ( x)  x 3  3x 2  1 determine: os extremos relativos, os

intervalos de crescimento e decrescimento, os pontos de inflexão e as concavidades


e esboce o gráfico de f(x).
Solução:
1º passo: calcular a primeira derivada e igualar a zero;
𝑓´(𝑥) = 3𝑥 2 + 6𝑥 = 0
𝑥1 = 0 𝑒 𝑥2 = −2

2º passo: calcular a segunda derivada e igualar a zero;


𝑓 "(𝑥) = 6𝑥 + 6 = 0
𝑥 = −1

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160

3º passo: organizar os intervalos de f(x) colocando os valores de x do 1º e do


2º passo em ordem crescente e desenvolver a tabela abaixo fazendo o teste da 1ª e
da 2ª derivada.

Tabela 5: 3° Passo.
Intervalo X<-2 X=-2 -2<x<-1 X=-1 -1<x<0 X=0 x>0

f ´(x) + 0 − − − 0 +

f “ (x) − − − 0 + + +

f(x) – Cresc. V. Máx. Decres. Decres. Decres. V. Mín. Cresc.


teste da
1ª e 2ª PI
deriv.

4º passo: Determinar as coordenadas y dos valores de x encontrados em f’ e


f”.
𝑓(−2) = (−2)3 + 3. (−2)2 + 1 = 5, logo P1 (-2;5)
𝑓(−1) = (−1)3 + 3. (−1)2 + 1 = 3, logo P2 (-1;3)
𝑓(0) = (0)3 + 3. (0)2 + 1 = 1, logo P3 (0;1)

5º passo: esboçar o gráfico pegando os pontos P1, P2 e P3 como referências


e traçar as curvas dos intervalos conforme indicado com o círculo na última linha da
tabela do passo 3.

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161

Figura 39: Esboçando gráfico.

Encontram-se nos Anexos A e C os resumos das principais fórmulas e propriedades


da derivação!
Acesse os textos e estude um pouco mais:
<http://www.uff.br/webmat/Calc1_LivroOnLine/Cap18_Calc1.html>.
<https://www.youtube.com/watch?v=KL08c3aow38>.

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Resumo

Nesta aula, você aprendeu que:

 O diferencial dy/dx pode ser aplicado no cálculo de taxas de variação,


como velocidade e aceleração instantânea;
 Os limites com indeterminação matemática, como por exemplo, 0/0 e
∞/∞, podem ser resolvidos por derivada através da regra de
L’Hospital.
 Os valores máximos e mínimos são os valores extremos de uma
função f e suas coordenadas podem ser definidas derivando f em
função de x igualando à expressão a zero.
 Ponto de inflexão é o ponto onde ocorre uma mudança na
concavidade.
 O esboço de um gráfico pode ser realizado por meio do teste da
primeira e segunda derivada.

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Referências Bibliográficas

Básica:
FLEMMING, D. M.; GONÇALVES, M. B. Cálculo A: Funções, limite,
derivação e integração. 6. ed: revista e ampliada. São Paulo: Editora Pearson
Prentice Hall, 2006. 448p.

GUIDORIZZI, L. H. Um Curso de Cálculo. Vol. 1. 5. ed. São Paulo: LTC,


2008.

LEITHOLD, L. O Cálculo com Geometria Analítica. São Paulo: Harbra,


1990.

MENEZES, L. C. Notas de aula de aplicações de derivadas – Máximos e


mínimos. Universidade Federal da Bahia – Departamento de Matemática (Mat. 013
– Matemática I). Acesso em: 10 jun. 2016. Disponível em:
<www.mat.ufba.br/disciplinas/matematica1/4-max-min.doc>.

MUNEM, M. A., FOULIS, D. J. Cálculo. Vol. 1. Trad. André Lima Cordeiro.


Rio de Janeiro: Ed Guanabara Dois, 1982.

STEWART, J. Cálculo. Antônio Carlos Moretti (trad.). 5 ed. Sao Paulo:


Pioneira Thomson Learning, 2006. v.1. 579 p.

THOMAS, G. B. Cálculo - Volume 1. Tradução: Paulo Boschcov. 2. ed. São


Paulo: Pearson Education do Brasil, 2012.

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Exercícios
AULA 9

1) Uma partícula move-se sobre o eixo 𝑥 de modo que, no


instante 𝑡, a posição 𝑥 é dada por 𝑥(𝑡) = 𝑆𝑒𝑛 3𝑡, 𝑡 ≥ 0, onde 𝑥 é
dado em metros e 𝑡 em segundos.
a) Determine as posições ocupadas pela partícula nos
𝜋 𝜋 𝜋 2𝜋
instantes 𝑡 = 0, 𝑡 = 6 , 𝑡 = 3 , 𝑡 = e𝑡= .
2 3

b) Qual a velocidade no instante 𝑡?


c) Qual a aceleração no instante 𝑡?
d) Esboce o gráfico das funções de posição 𝑥(𝑡), de velocidade 𝑣(𝑡) = 𝑥’(𝑡) e
de aceleração 𝑎(𝑡) = 𝑥"(𝑡).
2) Resolva os limites abaixo pela regra de L’Hopital.

x2  1 1  cos x ex  1
a) lim b) lim c) lim
x  1 x  1 x 0 x2 x  0 sen x

sen x 5t  3t ex  1  x
d) lim 3 e) lim f) lim
x0 x t 0 t x 0 x2
ln x
lim
x 3 x 1 i) lim
g) x 9 x  9 x
2
h) lim
x 1
3
2x  6  2 x  x

3) Determine e classifique os pontos cujas ordenadas são os extremos das


funções:

a) f ( x)  x  2 x  3
2

b) f ( x)   x  3x  5
2

c) f ( x)  x  9 x  15 x  7
3 2

d) f ( x)  x  8 x  5
4 2

4) Encontre p e q de modo que a função f ( x)  x  px  qx  3 tenha


3 2

máximos relativos em x=1 e x=3.

5) Verificar os intervalos de crescimento e decrescimento da função


f ( x)  3x 2  60 x.
165

6) (MENEZES, 2016) Para as funções abaixo, pede-se:


I. Domínio e imagem;
II. Seus intervalos de crescimento ou decrescimento;
III. Seus extremos relativos;
IV. Seus pontos de inflexão;
V. Assíntotas
VI. Esboçar seus gráficos.

a) f ( x)  x 3  3x 2  1
x3
b) f ( x)  3
 9x  2

c) f ( x)  3  ( x  1) 3

d) f ( x)  ( x 2 1) 3
2
e) f ( x)  ( xx1) , x 1

f) f ( x)  x  1x , x0

EXERCÍCIOS

Refaça os exercícios das vídeo-aulas e das atividades complementares enviadas


pelo professor da disciplina.

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Aula 10
Aplicações da derivada II

APRESENTAÇÃO DA AULA

Esta aula é dedicada à continuação da aplicação dos conceitos e das regras


de derivação na resolução de problemas práticos.

OBJETIVOS DA AULA

Esperamos que, após o estudo do conteúdo desta aula, você seja capaz de:

 Aplicação da derivada (MÁXIMOS E MÍNIMOS) em problemas do dia


a dia;
 Aplicar o conceito de derivada para resolução de problemas
envolvendo reta tangente e reta normal a uma função, num ponto p
específico.
 Identificar e aplicar a regra para derivação de funções inversas.

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167

“A matemática, vista corretamente, possui não apenas verdade, mas


também suprema beleza - uma beleza fria e austera, como a da escultura”.
Bertrand Russell
10 INTRODUÇÃO – APLICAÇÕES DERIVADA II

𝑑𝑦
A derivada tem muitas aplicações. Podemos, através de taxas ( 𝑑𝑥 ), estudar

problemas que envolvam cálculo de velocidade e aceleração instantânea, taxa de


variação de uma medida, de um volume etc.

10.1 Problemas Aplicados

O estudo da derivada apresenta diversas aplicações práticas, ela é


constantemente aplicada em muitos problemas que envolvem o dia-a-dia do ser
humano, possibilitando até mesmo resolver situações que envolvam taxas de
variação.

Iremos considerar agora alguns problemas nos quais


as soluções são as aplicações dos extremos absolutos de
uma função definida em um intervalo fechado.

Exemplo:
Problema da piscina
PROBLEMA 1: Deseja-se construir uma piscina com formato quadrangular
com capacidade de 32 m3 de água. Determinar as dimensões da piscina para que
seja mínimo o consumo de material utilizado no seu revestimento interno.
Ver a ilustração da Figura 40.

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168

Figura 40: Piscina.

Fonte: <http://sofotos.org/fotos-de-piscinas-residenciais>.

Solução:
As dimensões são x (comprimento), x (largura) e h (altura) e seu volume é
32m³.

𝑉 = 𝑥 2 . ℎ , sendo 𝑉 = 32
Isolando h, temos:
ℎ = 32/𝑥²

A área total de revestimento da piscina de base quadrada será:


𝐴 = 𝑥 2 + 4. 𝑥. ℎ , substituindo h por 32/𝑥²
𝐴 = 𝑥 2 + 4. 𝑥. 32/𝑥², simplificando:
𝐴 = 𝑥 2 + 128/𝑥

Não queremos uma área qualquer, precisamos gastar o mínimo de material,


por isso, temos que aplicar a teoria dos extremos relativos derivando a equação da
área e igualando a zero para calcular o mínimo de material.
𝑑𝐴
= 2𝑥 − 128𝑥 −2 = 0
𝑑𝑥
128
2𝑥 = 2
𝑥
2𝑥 3 = 128

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169

𝑥 3 = 64
𝑥=4

32
Voltando em: ℎ = , 𝑠𝑒𝑛𝑑𝑜 𝑥 = 4
𝑥²

32
ℎ= =2
16

Logo, as dimensões para que se tenha mínimo gasto de material são 4m de


comprimento, 4 metros de largura e 2 metros de profundidade.

Exemplo:
Problema do galinheiro
PROBLEMA 2: Um agricultor precisa construir um galinheiro de forma
retangular utilizando-se de uma tela de 16m. Sabendo que ele vai usar um muro
como fundo do galinheiro, determine as dimensões do mesmo para que sua
dimensão seja máxima. Ver Figura 41.

Figura 41: Ilustração de um galinheiro.

Fonte: SANTANA (2010)

Solução:
O comprimento de tela é de 16m e como ele vai aproveitar o muro logo as
dimensões do galinheiro serão x.m, 16-2x.m, x.m.
A área é 𝐴(𝑥) = (16 − 2. 𝑥). 𝑥
A derivada da área igualada à zero determinará qual o valor das dimensões
para que seja máxima a área do galinheiro.
𝐴(𝑥) = 16. 𝑥 − 2. 𝑥²
𝑑𝐴
= 16 − 4. 𝑥 = 0
𝑑𝑥

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170

4. 𝑥 = 16
𝑥=4

Logo, as dimensões são 4m e 8m.


Exemplo:
Problema da calha
PROBLEMA 3. Uma chapa de metal de largura L=30 cm deve ter duas abas,
de igual largura, dobradas ao longo do comprimento de maneira a formar uma calha
retangular. Como devem ser feitas as dobras de tal forma que a calha comporte o
maior volume possível?

Figura 42: Representação de uma calha de seção retangular.

L
-2x
Fonte: CABRAL (2013)

Solução:
A área da seção é calculada por:
𝐴𝑠 = 𝑏. ℎ = (30 − 2𝑥). 𝑥
𝐴𝑠 = 30𝑥 − 2𝑥²

Para encontrar uma área máxima:


𝑑𝐴𝑠
= 30 − 4𝑥 = 0
𝑑𝑥
𝑥 = 7,5 𝑐𝑚

Atenção! Estude outros problemas aplicados acessando aos vídeos aulas da


disciplina e os exercícios complementares enviados pelo professor.

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171

10.2 Problemas envolvendo reta tangente e reta normal ao gráfico de uma


função

Seja 𝑓 uma função derivável em 𝑝. Como já vimos, pela definição da derivada


num ponto 𝑝, 𝑓 ′ (𝑝) é o coeficiente angular da reta tangente ao gráfico de 𝑓 no ponto
de abscissa 𝑝 e que
𝑦 − 𝑓(𝑝) = 𝑓 ′ (𝑝)(𝑥 − 𝑝)

É a equação da reta tangente em (𝑝, 𝑓(𝑝)).


A reta que passa por (𝑝, 𝑓(𝑝)), e que é perpendicular à reta tangente acima,
denomina-se 𝑟𝑒𝑡𝑎 𝑛𝑜𝑟𝑚𝑎𝑙 ao gráfico de 𝑓 em (𝑝, 𝑓(𝑝)). Se 𝑓 ′ (𝑝) ≠ 0, a equação da
reta normal no ponto de abscissa 𝑝 será
1
𝑦 − 𝑓(𝑝) = − (𝑥 − 𝑝).
𝑓′(𝑝)

LEMBRETE: Você aprendeu na geometria analítica


que, se 𝑦 = 𝑚𝑥 + 𝑛 𝑒 𝑦 = 𝑚1 𝑥 + 𝑛1 são retas
perpendiculares, então, os seus coeficientes angulares
satisfazem a relação.
1
𝑚 𝑚1 = −1 ou 𝑚1 = − 𝑚.

Assim, como 𝑓 ′ (𝑝) é o coeficiente angular da reta tangente em (𝑝, 𝑓(𝑝)), a


1
reta normal, neste ponto, terá coeficiente angular − 𝑓′ (𝑝), desde que 𝑓 ′ (𝑝) ≠ 0.

Se 𝑓 ′ (𝑝) = 0, a equação da reta normal em (𝑝, 𝑓(𝑝)) será 𝑥 = 𝑝.


Veja os gráficos da Figura 43, a seguir, que apresentam as retas tangente e
normal ao gráfico de 𝑓(𝑥).

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172

Figura 43: Gráficos do coeficiente angular.

Fonte: GUIDORIZZI (2008)

Exemplos:
1) Seja 𝑓(𝑥) = 𝑥² − 𝑥, gráfico da Fig. 44. Determine as equações das retas
tangente e normal no ponto de abscissa 0.
Solução:
Reta tangente no ponto de abscissa 0:
𝑦 − 𝑓(0) = 𝑓 ′ (0)(𝑥 − 0)

Figura 44: Gráfico do exemplo 1.

Fonte: GUIDORIZZI (2008)

𝑓(0) = 0
{ ′
𝑓 (𝑥) = 2𝑥 − 1 ⟹ 𝑓 ′ (0) = −1.

Substituindo, na equação acima, vem


𝑦 − 0 = −1(𝑥 − 0) 𝑜𝑢 𝑦 = −𝑥.

Assim, 𝑦 = −𝑥 é a equação da reta tangente ao gráfico de 𝑓 no ponto de


abscissa 0.

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173

Reta normal no ponto de abscissa 0:


1
𝑦 − 𝑓(0) = − (𝑥 − 0).
𝑓 ′ (0)

Como 𝑓(0) = 0 e 𝑓 ′ (0) = −1, resulta


𝑦=𝑥

que é a equação da reta normal no ponto de abscissa 0.

2) Seja 𝑓(𝑥) = 2𝑥 + 1. Determine a equação da reta tangente ao gráfico de 𝑓


no ponto de abscissa 3.
Solução:
A equação da reta tangente em (3, 𝑓(3)) é:
𝑦 − 𝑓(3) = 𝑓 ′ (3)(𝑥 − 3)
𝑓(3) = 7
{ ′
𝑓 (𝑥) = 2 ⟹ 𝑓 ′ (3) = 2

Assim,
𝑦 − 7 = 2(𝑥 − 3) → 𝒚 = 𝟐𝒙 + 𝟏

é a equação da reta tangente em (3, 𝑓(3)).


Observe que a reta tangente ao gráfico de 𝑓 em (3, 𝑓(3))
coincide com o gráfico de 𝑓!
A nossa definição de reta tangente não exige que a reta
tangente “toque” a curva num único ponto.

3) Seja 𝑓(𝑥) = 𝑥 2 − 3𝑥. Determine as equações da reta tangente e da reta


normal ao gráfico de 𝑓 no ponto de abscissa 1.
Solução:
A equação da reta tangente em (1, 𝑓(1)) é:
𝑦 − 𝑓(1) = 𝑓 ′ (1)(𝑥 − 1)
𝑓(1) = 12 − 3 ∙ 1 = −𝟐
{
𝑓 ′ (𝑥) = 2𝑥 − 3 ⟹ 𝑓 ′ (1) = 2 ∙ 1 − 3 = −𝟏

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174

Assim,
𝑦 − (−2) = −1(𝑥 − (−1)) → 𝑦 + 2 = −𝑥 − 1
𝒚 = −𝒙 − 𝟑

A equação da reta normal em (1, 𝑓(1)) é:


−1
𝑦 − 𝑓(1) = (𝑥 − 1)
𝑓 ′ (1)

𝑓(1) = −𝟐
Como {
𝑓 ′ (1) = −𝟏
Assim,

−1
𝑦 − (−2) = (𝑥 − (−1)) → 𝑦 + 2 = 𝑥 + 1
−1
𝒚=𝒙−𝟏

4) Determine a equação da reta tangente ao gráfico de 𝑓(𝑥) = 𝑥 2 + 3𝑥 e


paralela à reta 𝑦 = 2𝑥 + 3.
Solução:
A equação da reta tangente em (𝑝, 𝑓(𝑝)) é:
𝑦 − 𝑓(𝑝) = 𝑓 ′ (𝑝) ∙ (𝑥 − 𝑝)

Por ser paralela à reta 𝑦 = 2𝑥 + 3, então;


𝑓 ′ (𝑝) = 2

Como;
−1
𝑓 ′ (𝑥) = 2𝑥 + 3 ⟹ 𝑓 ′ (𝑝) = 2𝑝 + 3 = 2 ⟹ 𝑝 =
2

Assim,
−1 −1 −1
𝑦 − 𝑓 ( ) = 𝑓 ′ ( ) ∙ (𝑥 − ( ))
2 2 2
−1 −1 2 −1 1 3 1−6 𝟓
𝑓( ) = ( ) +3∙( ) = − = =−
2 2 2 4 2 4 𝟒

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175

−1
𝑓′ ( ) = 𝟐
2
5 −1 5 1
𝑦 − (− ) = 2 ∙ (𝑥 − ( )) → 𝑦+ = 2 (𝑥 + )
4 2 4 2

5 𝟏
𝑦 = 2𝑥 + 1 − → 𝒚 = 𝟐𝒙 −
4 𝟒

1
5) Seja 𝑓(𝑥) = 𝑥 + 𝑥. Determine as equações da reta tangente e da reta

normal ao gráfico de 𝑓 no ponto de abscissa 1.


Solução:
A equação da reta tangente em (1, 𝑓(1)) é:
𝑦 − 𝑓(1) = 𝑓 ′ (1)(𝑥 − 1)
1
𝑓(1) = 1 + =𝟐
1
1 1
𝑓 ′ (𝑥) = 1 − 2
⟹ 𝑓 ′ (1) = 1 − 2 = 𝟎
𝑥 1

Assim,
𝑦 − 2 = 0(𝑥 − 1) → 𝑦 − 2 = 0
𝒚=𝟐

A equação da reta normal em (1, 𝑓(1)) é:


−1
𝑦 − 𝑓(1) = (𝑥 − 1)
𝑓 ′ (1)

Assim,
1
𝑦 − 2 = (𝑥 − 1) → (𝑦 − 2) ∙ 0 = 𝑥 − 1
0
𝒙=𝟏

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176

Livro: Um Curso de Cálculo, Volume 1 – Guidorizzi.


Exercícios 7.16. Páginas 207 e 208.

Derivada de Função Inversa


Seja 𝑓 uma função inversivel, com inversa 𝑔; assim,
𝑓(𝑔(𝑥)) = 𝑥 para todo 𝑥 𝜖 𝐷𝑔

Segue que para todo 𝑥 𝜖 𝐷𝑔



[𝑓(𝑔(𝑥))] = 𝑥′

Ou

[𝑓(𝑔(𝑥))] = 1

Se supusermos 𝑓 e 𝑔 diferenciáveis, podemos aplicar a regra da cadeia ao 1º


membro da equação acima:
𝑓 ′ (𝑔(𝑥)) 𝑔′ (𝑥) = 1

Ou
1
𝑔′ (𝑥) = 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑡𝑜𝑑𝑜 𝑥 ∈ 𝐷𝑔
𝑓 ′ (𝑔(𝑥))

que é a fórmula que nos permite calcular a derivada de 𝑔 conhecendo-se a


derivada de 𝑓.
Observe atentamente as notações;

𝑓 ′ (𝑔(𝑥)) 𝑒 [𝑓(𝑔(𝑥))] :
𝑓 ′ (𝑔(𝑥)) é o valor que a derivada de 𝑓 assume em 𝑔(𝑥), enquanto
[𝑓(𝑔(𝑥))] = 𝑓 ′ (𝑔(𝑥)) 𝑔′ (𝑥).

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177

O próximo teorema conta-nos que, se 𝑓 for inversível e derivável e se sua


inversa 𝑔 for 𝑐𝑜𝑛𝑡í𝑛𝑢𝑎, então 𝑔 será derivável em todo 𝑝 de seu domínio em que
𝑓 ′ (𝑔(𝑝)) ≠ 0.
Teorema: Seja 𝑓 uma função inversível, com função inversa 𝑔. Se 𝑓 for
derivável em 𝑞 = 𝑔(𝑝), com 𝑓 ′ (𝑞) ≠ 0, e se 𝑔 for contínua 𝑝, então 𝑔 será derivável
em 𝑝.
Demonstração:
𝑔(𝑥) − 𝑔(𝑝) 𝑔(𝑥) − 𝑔(𝑝) 1
= = , 𝑥 ≠ 𝑝.
𝑥−𝑝 𝑓(𝑔(𝑥)) − 𝑓(𝑔(𝑝)) 𝑓(𝑔(𝑥)) − 𝑓(𝑔(𝑝))
𝑔(𝑥) − 𝑔(𝑝)

Fazendo 𝑢 = 𝑔(𝑥), pela continuidade 𝑔 em 𝑝, 𝑢 → 𝑞 para 𝑥 → 𝑝.


Então,
𝑔(𝑥) − 𝑔(𝑝) 1
lim = lim .
𝑥→𝑝 𝑥−𝑝 𝑢→𝑞 𝑓(𝑢) − 𝑓(𝑞)
𝑢−𝑞

𝑓(𝑢)−𝑓(𝑞)
Como lim = 𝑓 ′ (𝑞) = 𝑓 ′ (𝑔(𝑝)), resulta
𝑢→𝑞 𝑢−𝑞

𝑔(𝑥) − 𝑔(𝑝) 1
𝑔′ (𝑝) = lim = ′ .
𝑥→𝑝 𝑥−𝑝 𝑓 (𝑔(𝑝))

1
Portanto, 𝑔 é derivável em 𝑝 e 𝑔′ (𝑝) = .
𝑓 ′ (𝑔(𝑝))

Exemplo:
6) (𝐷𝑒𝑟𝑖𝑣𝑎𝑑𝑎 𝑑𝑜 𝑎𝑟𝑐𝑜 − 𝑠𝑒𝑛𝑜).
A função Arc Sen x (Sen-1 na calculadora científica), é contínua e é a inversa
𝜋 𝜋
de 𝑓(𝑥) = 𝑆𝑒𝑛 𝑥, 𝑥 ∈ [− 2 , 2 ]. Temos
𝟏 𝟏
𝑨𝒓𝒄 𝑺𝒆𝒏′ 𝒙 = =
𝒇′ (𝑨𝒓𝒄𝑺𝒆𝒏 𝒙) 𝐂𝐨𝐬(𝑨𝒓𝒄 𝒔𝒆𝒏 𝒙)

𝜋 𝜋
Pois 𝑓 ′ = 𝐶𝑜𝑠 𝑥 em [− 2 , 2 ]. De

[Cos(𝐴𝑟𝑐 𝑆𝑒𝑛 𝑥)]² + ⏟


[𝑆𝑒𝑛 ( 𝐴𝑟𝑐 𝑆𝑒𝑛 𝑥)]² = 1
𝑥

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178

Segue,
[cos(𝐴𝑟𝑐 𝑆𝑒𝑛 𝑥)]² = 1 − 𝑥²

𝜋 𝜋
E, portanto, Cos(𝐴𝑟𝑐 𝑆𝑒𝑛 𝑥) = √1 − 𝑥 2 , uma vez que 𝐴𝑟𝑐 𝑆𝑒𝑛 𝑥 ∈ [− 2 , 2 ].

Substituindo em 1 resulta:

𝟏
𝑨𝒓𝒄 𝑺𝒆𝒏′ 𝒙 = , −𝟏 < 𝒙 < 𝟏.
√𝟏 − 𝒙𝟐

Outro processo para se obter a derivada de 𝑦 = 𝑎𝑟𝑐 𝑠𝑒𝑛 𝑥. Esta função x,


𝜋 𝜋
como sabemos, é dada implicitamente pela equação 𝑠𝑒𝑛 𝑦 = 𝑥, − 2 ≤ 𝑦 ≤ 2 . Temos,

então,
𝑑 𝑑
[𝑠𝑒𝑛 𝑦] = [𝑥].
𝑑𝑥 𝑑𝑥

𝑑𝑦
Daí, [cos 𝑦] 𝑑𝑥 = 1 e, portanto,
𝑑𝑦 1 𝜋 𝜋
= ,− < 𝑦 < ,
𝑑𝑥 cos 𝑦 2 2

Ou seja,
𝑑𝑦 1
= , −1 < 𝑥 < 1.
𝑑𝑥 √1 − 𝑥 2

Vejamos como fica a fórmula de derivação de função inversa na notação de


Leibniz. Seja 𝑦 = 𝑔(𝑥) a inversa da função dada por𝑥 = 𝑓(𝑦). Observe que sendo 𝑔
a inversa de 𝑓, temos:
𝑦 = 𝑔(𝑥) ⟺ 𝑥 = 𝑓(𝑦). Então,
𝑑𝑦 1 1
= 𝑔′ (𝑥) = ′ =
𝑑𝑥 𝑓 (𝑔(𝑥)) 𝑑𝑥
𝑑𝑦
Ou,
𝑑𝑦 1
=
𝑑𝑥 𝑑𝑥
𝑑𝑦

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179

𝑑𝑥 𝑑𝑥
onde 𝑑𝑦 (𝑑𝑦 = 𝑓 ′ (𝑦)) deve ser calculada em 𝑦 = 𝑔(𝑥).

Exemplo:
7) Calculemos a derivada de arc tg na notação de Leibniz:
𝜋 𝜋
𝑦 = 𝐴𝑟𝑐 𝑇𝑔 𝑥 ⟺ 𝑥 = 𝑇𝑔 𝑦, com 𝑦 ∈ ℝ 𝑒 − < 𝑦 < .
2 2
Então,
𝑑𝑦 1 1 1 1
= = = = .
𝑑𝑥 𝑑𝑥 𝑠𝑒𝑐²𝑦 1 + 𝑡𝑔²𝑦 1 + 𝑥²
𝑑𝑦
Assim,
𝟏
(𝐀𝐫𝐜 𝐓𝐠 𝐱 )′ = .
𝟏 + 𝐱²

8) Determine a derivada.
a) 𝑦 = 𝐴𝑟𝑐 𝑆𝑒𝑛 𝑥 2
b) 𝑓(𝑥) = 𝑥 ∙ 𝐴𝑟𝑐 𝑇𝑔3𝑥
Solução:
𝑑𝑦 1 𝟐𝒙
a) 𝑦 ′ = 𝑑𝑥 = (𝐴𝑟𝑐 𝑆𝑒𝑛 𝑥 2 )′ = 𝐴𝑟𝑐 𝑆𝑒𝑛′ 𝑥 2 ∙ (𝑥 2 )′ = ∙ 2𝑥 =
√1−(𝑥 2 )2 √𝟏−𝒙𝟒
𝑑𝑦
b) 𝑓 ′ (𝑥) = 𝑑𝑥 = (𝑥 ∙ 𝐴𝑟𝑐 𝑇𝑔 3𝑥)′

Pela regra da derivada do produto,


𝑓 ′ (𝑥) = (𝑥)′ ∙ 𝐴𝑟𝑐 𝑇𝑔 3𝑥 + 𝑥 ∙ (𝐴𝑟𝑐 𝑇𝑔 3𝑥)′
Pela regra da cadeia,
1 3
(𝐴𝑟𝑐 𝑇𝑔 3𝑥)′ = 𝐴𝑟𝑐 𝑇𝑔′ 3𝑥 ∙ (3𝑥)′ = ∙3=
1 + (3x)² 1 + 9x 2

Acesse os textos e estude um pouco mais:


<http://wwwp.fc.unesp.br/~arbalbo/arquivos/derivadaimplicitaediferenciais.pdf>.

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Resumo

Nesta aula, você aprendeu que:

 O diferencial dy/dx pode ser aplicado em problemas do dia a dia


envolvendo valores máximos e mínimos, como cálculo de área,
volume, perímetro, etc.;
 O conceito de derivada pode ser aplicado na resolução de problemas
envolvendo reta tangente e reta normal a uma função num ponto 𝑝
específico;
 As funções inversas podem ter sua derivada calculada pela
𝑑𝑦 1
expressão 𝑑𝑥 = 𝑑𝑥 ;
𝑑𝑦

 As derivadas das funções trigonométricas inversas podem ser


determinadas pela regra de derivação de funções inversas.
Referências Bibliográficas

Básica:
CABRAL, M. Curso de Cálculo de uma variável. 3. ed. Rio de Janeiro:
Instituto de Matemática, 2013.

FLEMMING, D. M.; GONÇALVES, M. B. Cálculo A: Funções, limite,


derivação e integração. 6. ed: revista e ampliada. São Paulo: Editora Pearson
Prentice Hall, 2006. 448p.

GUIDORIZZI, L. H. Um Curso de Cálculo. Vol. 1. 5. ed. São Paulo: LTC,


2008.

LEITHOLD, L. O Cálculo com Geometria Analítica. São Paulo: Harbra,


1990.

MUNEM, M. A., FOULIS, D. J. Cálculo. Vol. 1. Trad. André Lima Cordeiro.


Rio de Janeiro: Ed Guanabara Dois, 1982.

SANTANA, A. M. Aplicação das derivadas. Trabalho de conclusão de curso.


Universidade Federal de Rondônia-UNIR. Ji-paraná/RO, 2010.

STEWART, J. Cálculo. Antônio Carlos Moretti (trad.). 5 ed. Sao Paulo:


Pioneira Thomson Learning, 2006. v.1. 579 p.

THOMAS, G. B. Cálculo - Volume 1. 12. ed. Tradução: Paulo Boschcov. São


Paulo: Pearson Education do Brasil, 2012.

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Exercícios
AULA 10

1) O empresário Augusto deseja lançar um novo suco em


lata no mercado. Para isso, foi feito um contrato com uma
indústria de embalagens, que deve fabricar recipientes
cilíndricos em alumínio com capacidade de 800 cm3. Qual deve
ser a medida R do raio da base e a medida H da altura de cada
um desses recipientes cilíndricos de modo que a quantidade de alumínio utilizada
para sua fabricação seja mínima?

2) Seja 𝑓(𝑥) = 𝑥 2 − 3𝑥 + 2. Determine as equações da reta tangente e da


reta normal ao gráfico de 𝑓(𝑥) no ponto de abscissa 2.

3) Um campo retangular vai ser cercado ao longo da margem de um rio, sem


usar cerca ao longo do rio. O material da cerca custa R$ 40,00 por metro - para o
lado paralelo ao rio - e R$ 25,00 por metro, para os outros dois lados. Desejando-se
gastar um valor fixo de R$ 10.000,00 com a cerca, as dimensões do campo,
perpendicular e paralela ao rio, respectivamente, para que o mesmo tenha área
máxima são de
a) 125,0 m e 125,0 m.
b) 200,0 m e 250,0 m.
c) 100,0 m e 250,0 m.
d) 125,0 m e 100,0 m.
e) 100,0 m e 125,0 m.

4) De uma folha longa retangular de metal de 80cm de largura, deve-se fazer


uma calha dobrando-se as bordas perpendicularmente à folha. Quantos centímetros
devem ser dobrados de cada lado de modo que a calha tenha capacidade máxima?

5) Uma caixa de base quadrada, sem tampa, deve ter 1m³ de volume.
Determine as dimensões que exijam o mínimo de material.

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183

6) Um recipiente aberto cilíndrico (sem tampa), deve ter a capacidade de


375π cm³. O custo do material usado na base do recipiente é de R$ 0,15/cm² e o
custo da área lateral é de R$ 0,05/cm². Se não houver perda de material, determine
as dimensões que minimizem o custo cilindro.

7) Carlos Antônio precisa fazer um reservatório de água (espécie de tanque)


feito com tijolo e cimento revestido de cerâmica, sem tampa, tendo na base um
retângulo com comprimento igual ao triplo da largura. Calcule as dimensões que
permitem a máxima economia de material para produzir o reservatório de volume de
36 m3.

Refaça os exercícios das vídeo-aulas e das atividades complementares enviadas


pelo professor da disciplina.

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Aula 11
Antiderivação

APRESENTAÇÃO DA AULA

Nesta aula iremos estudar a integração indefinida e as técnicas de integração,


abordando conceitos sobre integral, antidiferenciação e propriedades.
A integração nada mais é que o processo inverso da derivação.

OBJETIVOS DA AULA

Esperamos que, após o estudo do conteúdo desta aula, você seja capaz de:

 Entender a definição de integração;


 Conhecer as principais propriedades das integrais para a resolução
de exercícios;
 Apresentar as tabelas de integração;
 Resolver as integrais de funções básicas.

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185

“Entendo por razão, não a faculdade de raciocinar, que pode ser bem ou mal
utilizada, mas o encadeamento das verdades que só pode produzir verdades, e uma
verdade não pode ser contrário a outra. ” Leibniz
11 INTRODUÇÃO – ANTIDERIVAÇÃO

Vamos lá! Para que você entenda os conceitos de integral, podemos pensar na
integração como o processo contrário da derivação, também conhecido como
antiderivação.

Definição 1: Se F´(x) = f(x) então F(x) é uma primitiva de f(x).

Figura 45: Definição 1.

Proposição 1: Se F(x) é uma primitiva de f(x) e C é um número real então


F(x) + C é também uma primitiva de f(x).
Proposição 2 : Se F(x) e G(x) são ambas primitivas de f(x) então existe um
número real C tal que G(x) = F(x) + C.
A antidiferenciação é a operação na qual obtemos a antiderivada mais geral

Esse processo que permite encontrar a primitiva de uma função f(x) chama-se

integração da função f(x). Notação: (Sinal de integração)

Definição 2: O conjunto de todas as primitivas de f(x) é a integral indefinida de


f(x) que é indicada por

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186

f(x)dx

Pelas Proposições 1 e 2 temos que se F(x) é uma primitiva qualquer de f(x),


então:
∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 = 𝐹(𝑥) + 𝐶, sendo que C (uma constante) percorre o conjunto dos
números reais.

Toda vez que quisermos representar uma integral, devemos escrever o símbolo dx ao final da função,
que indica qual variável está sendo integrada. Já o símbolo ∫, representa um “S” de soma (somatório)
e sempre aparece com o dx (ou dt, du, etc.).
Quando a integral é resolvida esses dois símbolos são retirados da expressão.

Exemplo
1) (arctg x)´= Logo, dx = arctg x + C

2) (arcsen x)´= Logo, dx = arcsen x + C

3) (arccos x)´= - Logo, dx = -arc cos x + C

11.1 Tabelas de integração

Seguindo o raciocínio apresentado acima, segue abaixo uma relação de


integrais diretas de funções simples que iremos chamar de Tabelas de integrais
imediatas.

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187

Figura 46: Integrais imediatas.

Fonte: CATTAI (2012)

Observação: À medida que avançamos, novas integrais imediatas serão


apresentadas. Nos Anexos A, B e C são apresentadas em resumo as tabelas de
derivação e integração.
Exemplos:
4) Integre as funções abaixo e simplifique.
a) ∫ 𝑥 3 𝑑𝑥
Solução:
𝑥 3+1 𝑥 4
∫ 𝑥 3 𝑑𝑥 = = +𝑐
3+1 4

b) ∫ 𝑥 −5 𝑑𝑥
Solução:
𝑥 −5+1 𝑥 −4 1 −4 1
∫ 𝑥 −5 𝑑𝑥 = = = .𝑥 = − +𝑐
−5 + 1 −4 −4 4. 𝑥 4

c) ∫ 𝑥 2/3 𝑑𝑥
Solução:
2
2/3
𝑥 3+1 𝑥 5/3 3 5/3
∫ 𝑥 𝑑𝑥 = = = .𝑥 + 𝑐
2 5/3 5
+ 1
3

d) ∫ 3. 𝑑𝑥
Solução:

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188

∫ 3. 𝑑𝑥 = 3. 𝑥 + 𝑐

1
e) ∫ 𝑥 𝑑𝑥

Solução:
1
∫ 𝑑𝑥 = ln(𝑥) + 𝑐
𝑥

f) ∫ 1/𝑥 3 𝑑𝑥
Solução:
1
Para integrar a expressão em relação a x, sendo k≠ 1, deve-se subir a
𝑥𝑁
1
expressão do denominador trocando o sinal do expoente (𝑥 𝑁 = 𝑥 −𝑁 )

1 −3
𝑥 −2 1
∫ 3
𝑑𝑥 = ∫ 𝑥 𝑑𝑥 = =− 2+𝑐
𝑥 −2 2𝑥

g) ∫ 𝑒 𝑥 𝑑𝑥
Solução:

∫ 𝑒 𝑥 𝑑𝑥 = 𝑒 𝑥 + 𝑐

h) ∫ 5𝑥 𝑑𝑥
Solução:
5𝑥
∫ 5𝑥 𝑑𝑥 = +𝑐
ln(5)

i) ∫ √𝑥 𝑑𝑥
Solução: Para resolver integral de expressões com raízes, deve-se simplificar
𝑏
a expressão da seguinte forma: √𝑥 𝑎 = 𝑥 𝑎/𝑏
3
𝑥2 2 3
∫ √𝑥 𝑑𝑥 = ∫ 𝑥1/2 𝑑𝑥 = = . 𝑥2 + 𝑐
3 3
2

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189

Atenção! Estude outros exemplos acessando as videoaulas da disciplina e os exercícios


complementares enviados pelo professor.

<https://www.youtube.com/watch?v=9FCdNgiP0ZA>.
<https://www.youtube.com/watch?v=CPfDBZmdzbU>.

11.2 Propriedades

Há duas propriedades, que podemos chamar de P1 e P2, para resolvermos


as integrais (LAURICELLA, 2011):
P1: ∫[𝒇(𝒙) ± 𝒈(𝒙)]𝒅𝒙 = ∫ 𝒇(𝒙)𝒅𝒙 ± ∫ 𝒈(𝒙)𝒅𝒙
A P1 afirma que a integral de uma soma ou a subtração de funções é igual à
soma (ou subtração) das integrais de cada uma das funções.

Reflexão: Quando integramos duas ou mais funções, cada uma delas gera sua constante de
integração. Quando somamos as integrais dessas funções, temos a soma das constantes. Como a
soma das constantes resulta, sempre, em outra constante, podemos expressar essa soma como uma
única constante que podemos chama-la de “c”.

Exemplo:
5) Calculando as integrais abaixo por P1 e simplificando:

𝒂) ∫[𝑥 3 + 7 − cos(𝑥)]𝑑𝑥

Solução:

3 3
𝑥4
∫[𝑥 + 7 − cos(𝑥)]𝑑𝑥 = ∫ 𝑥 𝑑𝑥 + ∫ 7𝑑𝑥 − ∫ cos(𝑥) 𝑑𝑥 = + 7𝑥 − 𝑠𝑒𝑛(𝑥) + 𝑐
4

𝒃) ∫[𝑥 −4 + 𝑒 𝑥 − sen(x)]𝑑𝑥

Solução:
𝑥 −3
∫[𝑥 −4 + 𝑒 𝑥 − sen(x)]𝑑𝑥 = ∫ 𝑥 −4 𝑑𝑥 + ∫ 𝑒 𝑥 𝑑𝑥 − ∫ sen(x)𝑑𝑥 = + 𝑒 𝑥 − [− cos(𝑥)] + 𝑐
−3

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190

Simplificando:
𝑥 −3 1
+ 𝑒 𝑥 − [− cos(𝑥)] = − 3 + 𝑒 𝑥 + cos(𝑥) + 𝑐
−3 3𝑥
P2: ∫[𝑲. 𝒇(𝒙)]𝒅𝒙 = 𝑲. ∫ 𝒇(𝒙)𝒅𝒙
A P2 afirma que a integral de constante (K) multiplicada por uma função é
igual à constante multiplicada pela integral da função.
Exemplo:
6) Calculando as integrais abaixo por P2 e simplificando:

𝒂) ∫[3. cos(𝑥)]𝑑𝑥

Solução:

∫[3. cos(𝑥)]𝑑𝑥 = 3. ∫[cos(𝑥)]𝑑𝑥 = 3. 𝑠𝑒𝑛(𝑥) + 𝑐

𝒃) ∫ 3. 𝑥 5 𝑑𝑥

Solução:

5 5
𝑥6 𝑥6
∫ 3. 𝑥 𝑑𝑥 = 3. ∫ 𝑥 𝑑𝑥 = 3. = +𝑐
6 2

𝒄) ∫ −2. 𝑒 𝑥 𝑑𝑥

Solução:

−2. ∫ 𝑒 𝑥 𝑑𝑥 = −2. 𝑒 𝑥 + 𝑐

Nos próximos exemplos, chamaremos de integrais diretas da tabela as que


estão na tabela de integrais imediatas ou que, para serem resolvidas, dependem das
propriedades P1 e P2.

7) Calcule as integrais indefinidas imediatas abaixo:

𝒂) ∫[7 + 3𝑥 4 − 𝑠𝑒𝑐 2 (𝑥)]𝑑𝑥

Solução:

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191

3𝑥 5
∫[7 + 3𝑥 4 − 𝑠𝑒𝑐 2 (𝑥)]𝑑𝑥 = ∫ 7𝑑𝑥 + ∫ 3𝑥 4 𝑑𝑥 − ∫ 𝑠𝑒𝑐²(𝑥)𝑑𝑥 = 7𝑥 + − 𝑡𝑔(𝑥) + 𝑐
5

1 3
𝒃) ∫ [7. cos(𝑥) + 𝑥 − 2. 𝑒 𝑥 + ] 𝑑𝑥
7 𝑥
Solução:
1 3
∫[7. cos(𝑥)]𝑑𝑥 + ∫ [ 𝑥] 𝑑𝑥 − ∫[2. 𝑒 𝑥 ]𝑑𝑥 + ∫ [ ] 𝑑𝑥 =
7 𝑥
1 1 𝑥2
7. ∫[cos(𝑥)]𝑑𝑥 + . ∫ 𝑥. 𝑑𝑥 − 2. ∫[𝑒 𝑥 ]𝑑𝑥 + 3. ∫ 𝑑𝑥 = 7𝑠𝑒𝑛(𝑥) + − 2. 𝑒 𝑥 + 3. ln(𝑥) + 𝑐
7 𝑥 14

1 2
𝒄) ∫ [5𝑥 + − 2 ] 𝑑𝑥
7𝑥 3𝑥
Solução:
1 1 2 5𝑥 1 2 𝑥 −1 5𝑥 1 2
∫[5𝑥 ]𝑑𝑥 + ∫ [ . ] 𝑑𝑥 − ∫ [ . 𝑥 −2 ] 𝑑𝑥 = + . ln(𝑥) − . = + . ln(𝑥) + +𝑐
7 𝑥 3 ln(𝑥) 7 3 −1 ln(𝑥) 7 3𝑥

𝑠𝑒𝑛(𝑥) + cos(𝑥)
𝒅) ∫ [ ] 𝑑𝑥
4
Solução:
1 1
∫ . [𝑠𝑒𝑛(𝑥) + cos(𝑥)]𝑑𝑥 = . [∫ 𝑠𝑒𝑛(𝑥)𝑑𝑥 + ∫ cos(𝑥) 𝑑𝑥] =
4 4
1 − cos(𝑥) + 𝑠𝑒𝑛(𝑥)
. [− cos(𝑥) + 𝑠𝑒𝑛(𝑥)] = +𝑐
4 4

1
𝒆) ∫ [ − 5. 𝑠𝑒𝑛(𝑥)] 𝑑𝑥
𝑥2 +1
Solução:
1
∫[ ] 𝑑𝑥 − 5. ∫ 𝑠𝑒𝑛(𝑥)𝑑𝑥 = 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔(𝑥) − 5. [− cos(𝑥)] = 𝑎𝑟𝑡𝑔(𝑥) + 5 cos(𝑥) + 𝑐
𝑥2 +1

𝒇) ∫[3𝑥 10 − 4𝑥 3 − 𝑒 𝑥 ]𝑑𝑥

Solução:

10 3 𝑥 ].
3𝑥11 4𝑥 4 𝑥
3𝑥11
3. ∫ 𝑥 . 𝑑𝑥 − 4. ∫ 𝑥 . 𝑑𝑥 − ∫[𝑒 𝑑𝑥 = − −𝑒 = − 𝑥4 − 𝑒 𝑥 + 𝑐
11 4 11

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192

EXERCÍCIOS

Livro: Um Curso de Cálculo, Volume 1 – Guidorizzi.


Exercícios 10.2. Página 296.

VÍDEO COMPLEMENTAR

<https://www.youtube.com/watch?v=4w0aNTbXkrk>.

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Resumo

Nesta aula, introduzimos a antidiferenciação, que inverte o processo da


diferenciação e nos permite encontrar todas as funções que tem uma dada função
como derivada:

Você aprendeu também:


 A notação de uma integral;
 O conjunto de todas as primitivas de uma função 𝑓(𝑥) é a integral
indefinida de f em relação à x, denotada por: ∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 que é igual a
F(x) + c.
 As propriedades P1 e P2 para auxílio na resolução de uma integral;
 A resolução por meio das tabelas de integração;
 Resolução de integrais imediatas de funções simples.

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Referências Bibliográficas

Básica:
CABRAL, M. Curso de Cálculo de uma variável. 3. ed. Rio de Janeiro:
Instituto de Matemática, 2013.

CATTAI, A. Apostila 1: Integral Indefinida e Técnicas de Integração. Notas de


aula da disciplina de Cálculo II. Universidade do Estado da Bahia – UNEB, 2012.

GUIDORIZZI, L. H. Um Curso de Cálculo. Vol. 1. 5. ed. São Paulo: LTC,


2008.

LAURICELLA, C. M. Como Resolver Derivadas e Integrais – Mais de 150


exercícios resolvidos. Rio de Janeiro: Ed. Ciência Moderna, 2011.

MUNEM, M. A., FOULIS, D. J. Cálculo. Vol. 1. Trad. André Lima Cordeiro.


Rio de Janeiro: Ed Guanabara Dois, 1982.

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Exercícios
AULA 11

1) Segundo Munem e Foulis (1982), uma função g é dita uma antiderivada de


uma função f sobre um conjunto de número I se g’(x) = f(x) para todos os valores de
x em I. O procedimento para achar antiderivadas é chamado antiderivação. Nas
letras abaixo, verifique se a função g é uma antiderivada da função f.
𝒂) 𝑓(𝑥) = 12𝑥 2 − 6𝑥 + 1 , 𝑔(𝑥) = 4𝑥 3 − 3𝑥 2 + 𝑥 − 1
1 3
𝒃) 𝑓(𝑥) = (𝑥 − 1)3 , 𝑔(𝑥) = 𝑥 4 − 𝑥 3 + 𝑥 2 − 𝑥 + 753
4 2
𝒄) 𝑓(𝑥) = 3. cos(𝑥) , 𝑔(𝑥) = −3𝑠𝑒𝑛(𝑥) + 𝜋

2) Use as regras básicas para antidiferenciação para calcular as integrais


indefinidas.
1
𝒂) ∫(3𝑥 2 − 4𝑥 − 5) 𝑑𝑥 𝒅) ∫ (𝑐𝑜𝑠(𝑥) − 4𝑥 + ) 𝑑𝑥
𝑥
1 5
𝒃) ∫(𝑥 3 − 3𝑥 2 + 2𝑥 − 𝑒 𝑥 ) 𝑑𝑥 𝒆) ∫ ( 3
− 2 ) 𝑑𝑡
2𝑡 𝑡
5 3
𝒄) ∫ (𝑡² − 4𝑡 − ) 𝑑𝑡 𝒇) ∫[𝑢−8 + 𝑐𝑜𝑡𝑔(𝑢) − √𝑢] 𝑑𝑢
𝑡2

3) Calcule as integrais abaixo.

𝒂) ∫(𝑥11 + 𝑥 −4 − 𝑒 𝑥 ) 𝑑𝑥 𝒆) ∫[𝑠𝑒𝑛(∅) − 3𝑠𝑒𝑐 2 (∅)] 𝑑∅

𝒃) ∫(𝑥11 + 𝑥 −4 − 𝑒 𝑥 ) 𝑑𝑥 𝒇) ∫(2𝑥 9 + 𝑥 −4/3 − 8𝑥 ) 𝑑𝑥

𝒄) ∫(5𝑥 −3 + 𝑥 3/4 − 1)𝑑𝑥 𝒈) ∫[3𝑐𝑜𝑠𝑠𝑒𝑐 2 (𝑥) + 5𝑐𝑜𝑠(𝑥)] 𝑑𝑥

2 1
𝒅) ∫ (12𝑥 − √𝑥 − ) 𝑑𝑥 𝒉) ∫ (2𝑥 + 𝑥 2 − 25) 𝑑𝑥
𝑥 3

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196

4) Sendo 𝑓(𝑥) = 3𝑥 2 − 2𝑥 + 1, o valor da expressão ∫ 𝑓(𝑥). 𝑑𝑥 − 2. 𝑓(𝑥) + 2 é


igual a:
a) 𝑥 3 − 7𝑥 2 − 3𝑥
b) 𝑥 3 − 7𝑥 2 − 3𝑥 + 4
c) 𝑥. (𝑥 2 − 7𝑥 + 5)
d) 𝑥. (𝑥 2 − 5𝑥 − 4)

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Aula 12
Integração I

APRESENTAÇÃO DA AULA

Nesta aula iremos continuar a estudar a integração indefinida e as técnicas de


integração, abordando novos exercícios onde as expressões deverão ser
primeiramente desenvolvidas para depois serem integradas com o auxílio das
tabelas de integração.

OBJETIVOS DA AULA

Esperamos que, após o estudo do conteúdo desta aula, você seja capaz de:

 Apresentar novas expressões para serem integradas;


 Resolver integrais indefinidas;
 Noções de equações diferenciais e suas soluções.

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198

A felicidade é a integral matemática de cada momento de prazer que vivemos


em função do tempo. Josyas
12 INTRODUÇÃO – INTEGRAÇÃO I

Nesta aula serão realizados exemplos de integrais que, após


desenvolvimento da função a ser integrada, chegam a uma citação prevista na
tabela de integrais imediatas.
Chamaremos estas integrais de “integrais diretas da
tabela”.
Aproveite esta aula para realizar mais exercícios de
integrais. Pratique bastante e lembre-se, quanto mais resolver
exercícios maiores será a chance de vitória. Vamos à luta!

12.1 Exercícios De Integrais Diretas Da Tabela

Vamos começar com um exemplo mais simples, já abordado na aula anterior.


1 3
𝟏) ∫ ( 5 + √𝑥²) 𝑑𝑥
𝑥
Solução:
Para podermos usar a tabela de integração, devemos modificar a primeira
expressão escrevendo a base x no numerador e a segunda expressão o x elevado a
um expoente numérico. Ou seja:
5
1 3 −5 2/3
𝑥 −4 𝑥 3

∫ ( 5 + 𝑥²) 𝑑𝑥 = ∫(𝑥 + 𝑥 )𝑑𝑥 = +
𝑥 −4 5
3

Simplificando, vamos obter:


1 3 3
− + . 𝑥5 + 𝑐
4𝑥 4 5

𝟐) ∫(3𝑥 2 − 2)²𝑑𝑥

Solução:
Não se encontra este exemplo na tabela, portanto, devemos desenvolver a
expressão do quadrado de uma diferença (abordado na aula de limites).

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199

∫(3𝑥 2 − 2)²𝑑𝑥 = ∫[(3𝑥 2 )2 − 2.3𝑥 2 . 2 + 22 ]𝑑𝑥 = ∫(9𝑥 4 − 12𝑥 2 + 4)𝑑𝑥

Após o desenvolvimento, a integração:


9𝑥 5 12𝑥 3 9𝑥 5
∫(9𝑥 4 − 12𝑥 2 + 4)𝑑𝑥 = − + 4𝑥 = − 4𝑥 3 + 4𝑥 + 𝑐
5 3 5

𝟑) ∫ 𝑥 3 . (𝑥 + 2)²𝑑𝑥

Solução:
Este exemplo parte do que foi realizado anteriormente. Inclui-se, após o
desenvolvimento, a multiplicação de cada uma das parcelas por x³.

∫ 𝑥 3 . (𝑥 + 2)²𝑑𝑥 = ∫ 𝑥 3 . (𝑥 2 + 4𝑥 + 4)𝑑𝑥 = ∫(𝑥 5 + 4𝑥 4 + 4𝑥 3 )𝑑𝑥

Integrando, teremos:

5 4 3
𝑥 6 4𝑥 5 4𝑥 4 𝑥 6 4𝑥 5
∫(𝑥 + 4𝑥 + 4𝑥 )𝑑𝑥 = + + = + + 𝑥4 + 𝑐
6 5 4 6 5

4𝑥 5 − 5𝑥
𝟒) ∫ 𝑑𝑥
𝑥²
Solução:
Antes de resolvermos a integral, precisamos escrever a função a ser
integrada em uma subtração de duas parcelas.
4𝑥 5 − 5𝑥 4𝑥 5 5𝑥 5
∫ 𝑑𝑥 = ∫ ( 2 − 2 ) 𝑑𝑥 = ∫ (4𝑥 3 − ) 𝑑𝑥
𝑥² 𝑥 𝑥 𝑥

Integrando, teremos:
5 4𝑥 4
∫ (4𝑥 3 − ) 𝑑𝑥 = − 5. ln(𝑥) = 𝑥 4 − 5. ln(𝑥) + 𝑐
𝑥 4

3 8
𝟓) ∫ [ √ + 𝑠𝑒𝑐²(𝑥)] 𝑑𝑥
𝑥²

Solução:

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200

Vamos primeiro separar as expressões em duas integrais e transformar a raiz


em expoente fracionário.
3 3
38 √8 √8
∫ [ √ + 𝑠𝑒𝑐²(𝑥)] 𝑑𝑥 = ∫ [ 3 ] 𝑑𝑥 + ∫[𝑠𝑒𝑐²(𝑥)]𝑑𝑥 = ∫ [ 2/3 ] 𝑑𝑥 + ∫ 𝑠𝑒𝑐 2 (𝑥)𝑑𝑥
𝑥² √𝑥² 𝑥

3 3
∫ √8 . 𝑥 −2/3 𝑑𝑥 + ∫ 𝑠𝑒𝑐 2 (𝑥)𝑑𝑥 = √8. ∫ 𝑥 −2/3 𝑑𝑥 + ∫ 𝑠𝑒𝑐 2 (𝑥)𝑑𝑥

Integrando, teremos:
3
1
√8. 𝑥 3 3 3 3
+ 𝑡𝑔(𝑥) = 3. √8. √𝑥 + 𝑡𝑔(𝑥) = 3. √8𝑥 + 𝑡𝑔(𝑥) + 𝑐
1/3

3
𝟔) ∫ [√𝑥. (𝑥 − )] 𝑑𝑥
𝑥
Solução:
Vamos desenvolver o integrando multiplicando as parcelas para chegarmos a
uma situação prevista nas tabelas de integrais.
3 3 3𝑥1/2
∫ [√𝑥. (𝑥 − )] 𝑑𝑥 = ∫ [𝑥1/2 . (𝑥 − )] 𝑑𝑥 = ∫ [(𝑥 3/2 − )] 𝑑𝑥
𝑥 𝑥 𝑥

Separando as expressões conforme P1.


5 1
1 𝑥2 𝑥2 2 5 1
∫ 𝑥 3/2 𝑑𝑥 − ∫ 3. 𝑥 −2 𝑑𝑥 = − 3. = . 𝑥 2 − 6. 𝑥 2 + 𝑐
5 1 5
2 2

2𝑐𝑜𝑡𝑔(𝑥) − 4sen²(𝑥)
𝟕) ∫ [ ] 𝑑𝑥
𝑠𝑒𝑛(𝑥)
Solução:
Vamos preparar a função a ser integrada:
2𝑐𝑜𝑡𝑔(𝑥) − 4sen²(𝑥) 2𝑐𝑜𝑡𝑔(𝑥) 4sen2 (𝑥)
∫[ ] 𝑑𝑥 = ∫ [ ] 𝑑𝑥 − ∫ [ ] 𝑑𝑥
𝑠𝑒𝑛(𝑥) 𝑠𝑒𝑛(𝑥) 𝑠𝑒𝑛(𝑥)

1
Lembrando que 𝑠𝑒𝑛(𝑥) = sec(𝑥), logo:

1
2. ∫ 𝑐𝑜𝑡𝑔(𝑥). 𝑑𝑥 − 4. ∫ 𝑠𝑒𝑛(𝑥)𝑑𝑥 = 2. ∫ 𝑐𝑜𝑡𝑔(𝑥). sec(𝑥) 𝑑𝑥 − 4. ∫ 𝑠𝑒𝑛(𝑥)𝑑𝑥
𝑠𝑒𝑛(𝑥)

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201

Integrando, teremos:
2. [−𝑐𝑜𝑠𝑠𝑒𝑐(𝑥)] − 4. [− cos(𝑥)] = −2𝑐𝑜𝑠𝑠𝑒𝑐(𝑥) + 4 cos(𝑥) + 𝑐

(𝑥 − 12)
𝟖) ∫ 𝑑𝑥
𝜋
Solução:
Antes de resolvermos a integral, precisamos colocar o 𝜋 em evidência.
(𝑥 − 12) 1
∫ 𝑑𝑥 = . ∫(𝑥 − 12)𝑑𝑥 .
𝜋 𝜋
Integrando, teremos:
1 𝑥2 𝑥 2 12𝑥
. ( − 12𝑥) = − +𝑐
𝜋 2 2𝜋 𝜋

Estes e outros exemplos são encontrados no livro Como resolver Derivadas e


Integrais de Lauricella (2011);
Acesse aos vídeos aulas da disciplina e os exercícios complementares enviados
pelo professor.

Segue abaixo mais exercícios de integrais. Para sua resolução, será


necessário o uso da Tabela 6 com a integral de novas expressões.

Tabela 6: Tabela complementar de integrais.


1 𝑥 1 1 𝑥
∫ 𝑑𝑥 = 𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛 ( ) + 𝑐 ∫ 𝑑𝑥 = . 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔 ( )+𝑐
√𝑎2 − 𝑥² 𝑎 𝑎2 + 𝑥² 𝑎 𝑎

1 1 𝑥 1 1 𝑥+𝑎
∫ 𝑑𝑥 = . 𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑐 ( ) + 𝑐 ∫ 𝑑𝑥 = . 𝑙𝑛 | |+𝑐
𝑥. √𝑎2 − 𝑥² 𝑎 𝑎 𝑎2 − 𝑥² 2. 𝑎 𝑥−𝑎

1 1 1
∫ 𝑑𝑥 = 𝑙𝑛 |𝑥 + √𝑥 2 − 𝑎²| + 𝑐 ∫ 𝑑𝑥 = −1. ∫ 𝑑𝑥
√𝑥² − 𝑎² 𝑥 2 − 𝑎² 𝑎2 − 𝑥²

Exemplos:

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202

3
𝟗) ∫ 𝑑𝑥
√16 − 𝑥²
Solução:
Pela segunda propriedade (P2), temos:
3 1
∫ 𝑑𝑥 = 3. ∫ 𝑑𝑥
√16 − 𝑥² √4² − 𝑥²

Integrando:
1 𝑥
3. ∫ 𝑑𝑥 = 3. 𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛 ( ) + 𝑐
√4² − 𝑥² 4

5
𝟏𝟎) ∫ 𝑑𝑥
√𝑥 2 − 4
Solução:
Desenvolvendo igual ao exercício anterior, temos:
5 1
∫ 𝑑𝑥 = 5. ∫ 𝑑𝑥 = 5. 𝑙𝑛 |𝑥 + √𝑥 2 − 4 + 𝑐|
√𝑥 2 −4 √𝑥 2 − 2²

2
𝟏𝟏) ∫ 𝑑𝑥
5 − 𝑥²
Solução:
Podemos desenvolver desta forma:
2 2
∫ 𝑑𝑥 = ∫ 2 𝑑𝑥
5 − 𝑥² (√5) − 𝑥²
Aplicando a P2 e resolvendo:
1 1 𝑥 + √5 1 𝑥 + √5
2. ∫ 2 𝑑𝑥 = 2. . 𝑙𝑛 | | =. . 𝑙𝑛 | |+𝑐
(√5) − 𝑥² 2. √5 𝑥 − √5 √5 𝑥 − √5

12.2 Equações Diferenciais: Uma Visão Muito Simples

Segundo Cattai (2012) uma equação diferencial é uma equação que envolve
uma função e suas derivadas.
Muitos problemas aplicados podem ser enunciados em termos de uma
equação diferencial.

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203

Uma função f é solução de uma equação diferencial se verifica a equação, ou


seja, se a substituição da função incógnita por f resulta em uma identidade.

Para resolver certas equações diferenciais, as integrais indefinidas são muito


úteis, porque, dada uma função 𝑓´(𝑥), podemos integrá-la utilizando as propriedades
P1 e P2 (aula 10) para obter uma função incógnita, sendo esta 𝑓(𝑥):

∫ 𝑓´(𝑥)𝑑𝑥 = 𝑓(𝑥) + 𝑐

Exemplo:
12) Resolva a equação diferencial 𝑦 ´ = 6𝑥 2 + 𝑥 − 5 sujeito à condição inicial
𝑦(0) = 2.
Solução:
𝑑𝑦
Sendo 𝑦 ´ = 𝑑𝑥 , temos:
𝑑𝑦
= 6𝑥 2 + 𝑥 − 5
𝑑𝑥
Multiplicando cruzado
𝑑𝑦 = (6𝑥 2 + 𝑥 − 5)𝑑𝑥 , integrando a equação:
𝑥2
𝑦 = ∫ 𝑑𝑦 = ∫(6𝑥 2 + 𝑥 − 5)𝑑𝑥 = 2𝑥 3 + − 5𝑥 + 𝑐
2

0
Com a condição 𝑦(0) = 2, assim: 𝑦(0) = 0 + 2 − 0 + 𝑐 = 2, ou seja:

C=2
A solução da equação diferencial dada, com condição 𝑦(0) = 2, é:
𝑥2
3
𝑦 = 2𝑥 + − 5𝑥 + 2
2

13) Determine todas as funções 𝑦 = 𝑓(𝑥) tais que 𝑦 ´ = 𝑦.


Solução:
𝑑𝑦
Sendo 𝑦 ´ = 𝑑𝑥 e supondo 𝑦 ´ = 𝑦, temos:
𝑑𝑦 𝑑𝑦
= 𝑦 , trocando de lugar y e dx: = 𝑑𝑥
𝑑𝑥 𝑦

Integrando, temos:
1
∫ 𝑑𝑦 = ∫ 𝑑𝑥 → ln(𝑦) = 𝑥 + 𝑐1
𝑦
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204

Como ln(𝑥) = log 𝑒 𝑥:


𝑦 = 𝑒 (𝑥+𝑐1) = 𝑒 𝑥 + 𝑒 𝑐1. → 𝑒 𝑐1 = 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 (𝐾)
𝑦 = 𝑘. 𝑒 𝑥 . Como K ∈ 𝑅, temos assim todas as funções tais que 𝑦´ = 𝑦.

O conteúdo completo de equações diferenciais você verá em uma disciplina


específica no 4º período.

Para saber mais sobre o assunto, veja o conteúdo a partir da:

Página 502 no livro de Cálculo, volume 1 (12ª Ed.) do Thomas, em sua biblioteca virtual.

Página 265 no livro de Cálculo, volume 1, do Munem e Foulis.

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Resumo

Nesta aula, resolvemos exercícios de integrais indeterminadas e vimos uma


tabela de integrais com novas expressões.
Você aprendeu:

 Integrais diretas da tabela;


 “Relações entre as variáveis que aparecem nos problemas aplicados
𝑑𝑦
podem ser frequentemente expressas por equações tais como =
𝑑𝑥

𝑎𝑥, ou. 𝑑𝑦 = 𝑎𝑥. 𝑑𝑥, as quais envolvem derivadas ou diferenciais”


(MUNEM, 1982). Uma equação como essa é chamada equação
diferencial;
 Resolução de equações diferenciais simples.

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Referências Bibliográficas

Básica:
CABRAL, M. Curso de Cálculo de uma variável. 3. ed. Rio de Janeiro:
Instituto de Matemática, 2013.

CATTAI, A. Apostila 1: Integral Indefinida e Técnicas de Integração. Notas de


aula da disciplina de Cálculo II. Universidade do Estado da Bahia – UNEB, 2012.

GUIDORIZZI, L. H. Um Curso de Cálculo. Vol. 1. 5. ed. São Paulo: LTC,


2008.

LAURICELLA, C. M. Como Resolver Derivadas e Integrais – Mais de 150


exercícios resolvidos. Rio de Janeiro: Ed. Ciência Moderna, 2011.

MUNEM, M. A., FOULIS, D. J. Cálculo. Vol. 1. Trad. André Lima Cordeiro.


Rio de Janeiro: Ed Guanabara Dois, 1982.

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Exercícios
AULA 12

1) Calcular as integrais indefinidas.


3𝑥 2 − 4𝑥 − 5 7 1
𝒂) ∫ ( ) 𝑑𝑥 𝒆) ∫ (𝑐𝑜𝑠(𝑥) − √𝑥² + ) 𝑑𝑥
𝑥 𝑥
1 5
𝒃) ∫(𝑥 3 − 3𝑥 2 )² 𝑑𝑥 𝒇) ∫ 𝑡. ( 3
− 2 ) 𝑑𝑡
2𝑡 𝑡
(𝑥 − 2)2 3 7
𝒄) ∫ [ + 𝑒 𝑥 ] 𝑑𝑥 𝒈) ∫ [ √𝑢 − ] 𝑑𝑢
𝑥² √𝑢
3
𝒅) ∫ [ . (𝑥 + 1)²] 𝑑𝑥 𝒉) ∫[𝑐𝑜𝑠(𝑥) − 𝑠𝑒𝑛(𝜋)] 𝑑𝑥
𝑥2

2) Em qualquer ponto (x,y) de uma determinada curva, a reta tangente tem


uma inclinação igual a 4𝑥 − 5. Se a curva contém o ponto (3,7), ache sua equação.

3) Uma equação da reta tangente t à curva C no ponto (1,3) é t: 𝑦 = 𝑥 + 2. Se


em qualquer ponto (x,y) da curva 𝑦 = 𝑓(𝑥) se tem 𝑦" = 6𝑥, encontrar uma equação
para esta curva.

4) Integre as funções f(x) abaixo.


3
𝒂) 𝑓(𝑥) =
𝑥. √81 − 𝑥²
15
𝒃) 𝑓(𝑥) =
10 + 𝑥²
𝒄) 𝑓(𝑥) = 4𝑒 𝑥 + 9𝑥

5) Ache a solução completa das equações diferenciais dadas, e então


determine a solução particular satisfazendo as condições iniciais indicadas.
𝑑𝑦 1
a) 𝑑𝑥 = 3𝑥² − 𝑥 + 5; y=10 quando x=1.
𝑑𝑦
b) 𝑑𝑥 = 2𝑥 3 − 2𝑥 + 1; y=2 quando x=1.

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Aula 13
Integração II

APRESENTAÇÃO DA AULA

Nesta aula abordaremos o método da substituição onde iremos resolver


integrais por meio de mudança de variável, ou seja, resolver a seguinte integral:
∫ 𝑓(𝑢) 𝑑𝑢, onde 𝑢 = 𝑢(𝑥).
Há muito por fazer. Então, coloque em dia os seus estudos e mãos à obra!

OBJETIVOS DA AULA

Esperamos que, após o estudo do conteúdo desta aula, você seja capaz de:

 Resolver integrais indefinidas;


 Noções de métodos de integração;
 Resolver integrais por meio de mudança de variável.

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209

“O homem é feito visivelmente para pensar; é toda a sua dignidade e


todo o seu mérito; e todo o seu dever é pensar bem”. Blaise Pascal
13 INTRODUÇÃO – INTEGRAÇÃO II

Antes de começarmos nossa aula, vamos pensar um pouco! O que acontece


quando uma integral possui uma expressão muito complexa e mesmo utilizando as
propriedades P1 e P2 ou tentando desenvolver a função, conforme aula anterior não
conseguiu concluir a questão? O que pode ser feito?
Quando não conseguimos resolver uma integral utilizando as técnicas das
aulas anteriores, teremos que aplicar o que chamamos de Métodos de Integração.
Os métodos de integração são recursos descobertos que permitem
transformar uma função mais complexa em expressões mais simples onde podem
ser resolvidas por meio das tabelas de integração.
Existem muitas técnicas de integração, tais como:
 Método da substituição ou mudança de variável;
 Integração por partes;
 Técnicas trigonométricas;
 Integração de funções racionais;
 Teoria da decomposição por frações parciais, etc.

De acordo com o tipo de função pode ser necessário o uso de um ou mais


métodos. Na nossa disciplina de cálculo 1 vamos aprender a resolução de integrais
por mudança de variável. Os demais métodos de integração serão vistos na
disciplina de cálculo 2, no próximo período.

13.1 Integração Por Substituição

A integração por meio de mudança de variável é uma técnica fundamental


que você deve aprender, porém o seu entendimento depende de algumas
simplificações que veremos a seguir.
Segundo Cabral (2013) “esta técnica decorre da regra da derivada da
composição de funções”. A variável deve ser trocada para que a expressão possa
ficar mais simples e ser resolvida pelas tabelas de integração (integrais diretas da
tabela). Vamos começar pela seguinte integral:

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210

∫ 𝑓(𝑢). 𝑑𝑢

Imagine que u seja uma função de x, ou seja, u=u(x). A derivada de u é:


𝑑𝑢
= 𝑢 ´(𝑥) ↔ 𝑑𝑢 = 𝑢 ´(𝑥). 𝑑𝑥
𝑑𝑥

13.1.1 Mudança De Variável Em Expressões De Primeiro Grau

Quando temos nas integrais expressões implícitas de primeiro grau em uma


determinada função, veja os exemplos.
 Expressões trigonométricas
𝟏) ∫ cos(2𝑥 − 𝜋) 𝑑𝑥
Solução:
A expressão 2𝑥 − 𝜋 é de primeiro grau e está dentro (implícita) do cosseno.
Vamos, portanto, chamar esta expressão de u fazendo a troca da variável.
𝑢 = 𝑢(𝑥) = 2𝑥 − 𝜋 , derivando u, temos:
𝑑𝑢
= 𝐷(2𝑥 − 𝜋) = 2, isolando dx:
𝑑𝑥

𝑑𝑢
𝑑𝑢 = 2. 𝑑𝑥 → 𝑑𝑥 =
2

Voltando para integral:


𝑑𝑢 1 1
∫ cos(2𝑥 − 𝜋) 𝑑𝑥 = ∫ cos(𝑢) . = . ∫ cos(𝑢) . 𝑑𝑢 = . 𝑠𝑒𝑛(𝑢)
2 2 2

Após a integração da função com a nova variável, retorna a variável de


origem (x) e insere a constante c:
1 1
. 𝑠𝑒𝑛(𝑢) = 2 . 𝑠𝑒𝑛(2𝑥 − 𝜋) + 𝑐 , logo:
2
1
∫ cos(2𝑥 − 𝜋) 𝑑𝑥 = . 𝑠𝑒𝑛(2𝑥 − 𝜋) + 𝑐
2
𝟐) ∫ 4. 𝑠𝑒𝑛(2𝑥) 𝑑𝑥
Solução:
Desenvolvendo igual ao exercício anterior, temos:
𝑢 = 2𝑥, derivando u, temos:

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211

𝑑𝑢
𝑑𝑢 = 2. 𝑑𝑥 → 𝑑𝑥 =
2

Voltando para integral:


𝑑𝑢
4. ∫ 𝑠𝑒𝑛(2𝑥) 𝑑𝑥 = 4. ∫ 𝑠𝑒𝑛(𝑢) = 2. [− cos(𝑢)] = −2. cos(2𝑥) + 𝑐
2

𝑥
𝟑) ∫ 𝑠𝑒𝑐² (2 − 3𝜋) 𝑑𝑥

Solução:
Desenvolvendo igual ao exercício anterior, temos:
𝑥
𝑢 = 2 − 3𝜋, derivando u, temos:
1
𝑑𝑢 = . 𝑑𝑥 → 𝑑𝑥 = 2. 𝑑𝑢
2

Voltando para integral:


𝑥
∫ 𝑠𝑒𝑐² ( − 3𝜋) 𝑑𝑥 = ∫ 𝑠𝑒𝑐 2 (𝑢). 2. 𝑑𝑢 = 2. ∫ 𝑠𝑒𝑐 2 (𝑢). 𝑑𝑢 = 2. 𝑡𝑔(𝑢)
2

Após a integração da função com a nova variável, retorna a variável de


origem (x) e insere a constante c:
𝑥
2. 𝑡𝑔(𝑢) = 2. 𝑡𝑔 (2 − 3𝜋), logo:
𝑥 𝑥
∫ 𝑠𝑒𝑐² ( − 3𝜋) 𝑑𝑥 = 2. 𝑡𝑔 ( − 3𝜋) + 𝑐
2 2

 Demais funções:
𝟒) ∫(4𝑥 + 1)20 𝑑𝑥
Solução:
A expressão 4𝑥 + 1 é de primeiro grau e está implícita (𝑢𝑛 ). Vamos, portanto,
chamar esta expressão de u fazendo a troca da variável.
𝑢 = 4𝑥 + 1 , derivando u, temos:
𝑑𝑢
𝑑𝑢 = 4. 𝑑𝑥 → 𝑑𝑥 =
4

Voltando para integral:

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212

1
∫(4𝑥 + 1)20 𝑑𝑥 = ∫(𝑢)20 𝑑𝑢/4 = . ∫ 𝑢20 𝑑𝑢
4

Integrando u20 em relação a u temos:


1 1 𝑢21 𝑢21 (4𝑥 + 1)21
. ∫ 𝑢20 𝑑𝑢 = . = = +𝑐
4 4 21 84 84
𝟓) ∫ 𝑒 𝑥/3 𝑑𝑥
Solução:
𝑥
A expressão é de primeiro grau e está implícita na potência do algarismo
3

neperiano (𝑒 𝑢 ). Vamos, portanto, chamar esta expressão de u fazendo a troca da


variável.
𝑢 = 𝑥/3 , derivando u, temos:
1
𝑑𝑢 = . 𝑑𝑥 → 𝑑𝑥 = 3. 𝑑𝑢
3

Voltando para integral:

∫ 𝑒 𝑥/3 𝑑𝑥 = ∫ 𝑒 𝑢 3. 𝑑𝑢 = 3. ∫ 𝑒 𝑢 𝑑𝑢

Integrando:

3. ∫ 𝑒 𝑢 𝑑𝑢 = 3. 𝑒 𝑢 = 3. 𝑒 𝑥/3 + 𝑐

1
𝟔) ∫ 6𝑥−11 𝑑𝑥

Solução:
A expressão 6𝑥 − 11 é a função implícita (1/u)
𝑢 = 6𝑥 − 11 , derivando u, temos:
𝑑𝑢
𝑑𝑢 = 6. 𝑑𝑥 → 𝑑𝑥 =
6

Voltando para integral:


1 1 𝑑𝑢 1 1 1
∫ 𝑑𝑥 = ∫ . = . ∫ . 𝑑𝑢 = . ln(𝑢)
6𝑥 − 11 𝑢 6 6 𝑢 6

Retornando para a variável de origem (x):

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213

1 1
. ln(𝑢) = . ln(6𝑥 − 11) + 𝑐
6 6

13.1.2 Mudança De Variável Da Expressão De Maior Expoente

Quando temos nas integrais duas expressões onde podemos utilizar a


fórmula:

∫ 𝑓(𝑢(𝑥)). 𝑢´(𝑥)𝑑𝑥 = ∫ 𝑓(𝑢). 𝑑𝑢

Vamos aos exemplos:

𝟕) ∫(𝑥 2 + 8)10 . 3𝑥 𝑑𝑥

Solução:
Encontramos nesta integral 2 expressões: 𝑥 2 + 8 e 3𝑥. Vamos usar o
processo da troca de variável na função implícita (a do x com maior expoente).
𝑢 = 𝑥 2 + 8 , derivando u e isolando dx temos:
𝑑𝑢
𝑑𝑢 = 2𝑥. 𝑑𝑥 → 𝑑𝑥 =
2𝑥

Voltando para integral:


𝑑𝑢 3 3
∫(𝑥 2 + 8)10 . 3𝑥 𝑑𝑥 = ∫(𝑢)10 . 3𝑥 . = ∫(𝑢)10 . . 𝑑𝑢 = . ∫(𝑢)10 . 𝑑𝑢
2𝑥 2 2

Integrando e voltando para a variável de origem


3 10
3 𝑢11 3 11 3
. ∫(𝑢) . 𝑑𝑢 = . = .𝑢 = (𝑥 2 + 8)11 + 𝑐
2 2 11 22 22

Torna-se necessária transformar a integral em uma forma que envolva apenas a


variável u. Se qualquer parte do integrando resultante ainda contiver a variável
original (neste caso o "𝑥", deve ser utilizada uma substituição diferente em u, ou
outro método, caso a variável persista em aparecer.

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214

8𝑥 4
𝟖) ∫ 𝑑𝑥
(3𝑥 5 − 1)4
Solução:
Encontramos nesta integral 2 expressões: 3𝑥 5 − 1 e 8𝑥 4 . Vamos usar o
processo da troca de variável na função implícita (a do x com maior expoente).
𝑢 = 3𝑥 5 − 1, derivando u e isolando dx temos:
𝑑𝑢
𝑑𝑢 = 15𝑥 4 . 𝑑𝑥 → 𝑑𝑥 =
15𝑥 4

Voltando para integral:


8𝑥 4 8𝑥 4 𝑑𝑢 8 𝑑𝑢
∫ 5 4
𝑑𝑥 = ∫ 4
. 4
= .∫ 4
(3𝑥 − 1) (𝑢) 15𝑥 15 𝑢

Integrando e voltando para a variável de origem


8 8 𝑢−3 8
. ∫ 𝑢−4 . 𝑑𝑢 = . = − . (3𝑥 5 − 1)−3
15 15 −3 45

Simplificando:
8𝑥 4 −8
∫ 𝑑𝑥 = +𝑐
(3𝑥 5 − 1)4 45. (3𝑥 5 − 1)3

8𝑥
𝟗) ∫ 𝑑𝑥
√3𝑥 2 + 5
Solução:
Encontramos nesta integral 2 expressões: 3𝑥 2 + 5 e 8𝑥. Vamos usar o
processo da troca de variável na função implícita (a do x com maior expoente).
𝑢 = 3𝑥 2 + 5, derivando u e isolando dx temos:
𝑑𝑢
𝑑𝑢 = 6𝑥. 𝑑𝑥 → 𝑑𝑥 =
6𝑥

Voltando para integral:


8𝑥 8𝑥 𝑑𝑢 4 1 4
∫ 𝑑𝑥 = ∫ . = . ∫ 1/2 𝑑𝑢 = . ∫ 𝑢−1/2 𝑑𝑢
√3𝑥 2 + 5 √𝑢 6𝑥 3 𝑢 3
Integrando e voltando para a variável de origem:
4 4 𝑢1/2 8 8
. ∫ 𝑢−1/2 𝑑𝑢 = . = . (3𝑥 2 + 5)1/2 = . √3𝑥 2 + 5 + 𝑐
3 3 1/2 3 3
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215

3 −10
𝟏𝟎) ∫ 𝑥 2 . 𝑒 𝑥 𝑑𝑥

Solução:
Vamos usar o processo da troca de variável.
𝑢 = 𝑥 3 − 10, derivando u e isolando dx temos:
𝑑𝑢
𝑑𝑢 = 3𝑥². 𝑑𝑥 → 𝑑𝑥 =
3𝑥²

Voltando para integral:


3 −10 𝑑𝑢 1
∫ 𝑥2. 𝑒 𝑥 𝑑𝑥 = ∫ 𝑥 2 . 𝑒 𝑢 = . ∫ 𝑒 𝑢 . 𝑑𝑢
3𝑥² 3
Integrando e voltando para a variável de origem:
1 𝑢 1 𝑥 3 −10
∫ 𝑒 𝑢 . 𝑑𝑢 = .𝑒 = .𝑒 +𝑐
3 3

𝟏𝟏) ∫ 2𝑥. sen(𝑥 2 ) 𝑑𝑥

Solução:
Vamos usar o processo da troca de variável.
𝑢 = 𝑥², derivando u e isolando dx temos:
𝑑𝑢
𝑑𝑢 = 2𝑥. 𝑑𝑥 → 𝑑𝑥 =
2𝑥

Voltando para integral:


𝑑𝑢
∫ 2𝑥. sen(𝑥 2 ) 𝑑𝑥 = ∫ 2𝑥. sen(𝑢). = ∫ 𝑠𝑒𝑛(𝑢)𝑑𝑢 = − cos(𝑢) = − cos(𝑥 2 ) + 𝑐
2𝑥

13.1.3 Outros Casos

Segue abaixo alguns exemplos de mudanças de variáveis em integrais com


funções trigonométricas.

𝟏𝟐) ∫ 2𝑠𝑒𝑛(𝑥). cos(𝑥)𝑑𝑥

Solução:

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216

Vamos usar o processo da troca de variável. Neste caso, podemos escolher


para u tanto sen(x) quanto o cos(x).
𝑢 = 𝑠𝑒𝑛(𝑥), derivando u e isolando dx temos:
𝑑𝑢
𝑑𝑢 = cos(𝑥). 𝑑𝑥 → 𝑑𝑥 =
cos(𝑥)

Voltando para integral:


𝑢2
∫ 2𝑠𝑒𝑛(𝑥). cos(𝑥)𝑑𝑥 = 2. ∫ 𝑢. du = 2. = 𝑠𝑒𝑛2 (𝑥) + 𝑐
2

𝑠𝑒𝑛(𝑥)
𝟏𝟑) ∫ 𝑑𝑥
(3 + cos(𝑥))2
Solução:
Vamos usar o processo da troca de variável. Neste caso, temos que escolher
parte da expressão do denominador para que não sobre x na substituição de
variável.
𝑢 = 3 + cos(𝑥) Derivando u e isolando dx temos:
−𝑑𝑢
𝑑𝑢 = −𝑠𝑒𝑛(𝑥). 𝑑𝑥 → 𝑑𝑥 =
sen(𝑥)

Voltando para integral:


𝑠𝑒𝑛(𝑥) 𝑠𝑒𝑛(𝑥) −𝑑𝑢
∫ 2
𝑑𝑥 = ∫ . = − ∫ 𝑢−2 𝑑𝑥
(3 + cos(𝑥)) (𝑢)2 𝑠𝑒𝑛(𝑥)

Integrando e voltando para a variável de origem:

−2
𝑢−1 1
− ∫ 𝑢 𝑑𝑥 = − = (3 + cos(𝑥))−1 = +𝑐
−1 3 + cos(𝑥)

𝟏𝟒) ∫ 𝑡𝑔(𝑥)𝑑𝑥

Solução:
Antes de usarmos o processo de troca de variável, vamos reescrever a
integral.
𝑐𝑜𝑠(𝑥)
∫ 𝑐𝑜𝑡𝑔(𝑥)𝑑𝑥 = ∫ 𝑑𝑥
sen(𝑥)

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217

Chamando o denominador de u, temos:


𝑢 = sen(𝑥) Derivando u e isolando dx temos:
𝑑𝑢
𝑑𝑢 = 𝑐𝑜𝑠(𝑥). 𝑑𝑥 → 𝑑𝑥 =
cos(𝑥)

Voltando para integral:


𝑐𝑜𝑠(𝑥) 𝑐𝑜𝑠(𝑥) 𝑑𝑢 1
∫ 𝑑𝑥 = ∫ . = ∫ 𝑑𝑢 = ln(𝑢) = ln|cos(𝑥)| + 𝑐
sen(𝑥) u 𝑐𝑜𝑠(𝑥) 𝑢

𝟏𝟓) ∫ 𝑐𝑜𝑠 2 (𝑥)𝑑𝑥

Solução:
Antes de integrar, vamos usar a seguinte equivalência trigonométrica:
1 cos(2𝑥)
𝑐𝑜𝑠 2 (𝑥) = 2 + , logo:
2

1 cos(2𝑥) 1 1
∫ 𝑐𝑜𝑠 2 (𝑥)𝑑𝑥 = ∫ 𝑑𝑥 + ∫ 𝑑𝑥 = 𝑥 + . ∫ cos(2𝑥) 𝑑𝑥
2 2 2 2

Trocando a variável por x teremos:


1
∫ cos(2𝑥) 𝑑𝑥 = . 𝑠𝑒𝑛(2𝑥)
2

Voltando a resolução.
1 1 1 1 1 𝑥 1
𝑥 + . ∫ cos(2𝑥) 𝑑𝑥 = 𝑥 + . . 𝑠𝑒𝑛(2𝑥) = + . 𝑠𝑒𝑛(2𝑥) + 𝑐
2 2 2 2 2 2 4

𝟏𝟔) ∫ 𝑠𝑒𝑛³(𝑥)𝑑𝑥

Solução:
Antes de integrarmos, vamos usar a seguinte equivalência trigonométrica:

∫ 𝑠𝑒𝑛³(𝑥)𝑑𝑥 = ∫ 𝑠𝑒𝑛2 (𝑥). 𝑠𝑒𝑛(𝑥). 𝑑𝑥 = ∫(1 − 𝑐𝑜𝑠 2 (𝑥)). 𝑠𝑒𝑛(𝑥). 𝑑𝑥

Lembrando: 𝑠𝑒𝑛2 (𝑥) + 𝑐𝑜𝑠 2 (𝑥) = 1 ↔ 1 − 𝑐𝑜𝑠 2 (𝑥) = 𝑠𝑒𝑛²(𝑥)


𝑢 = cos(𝑥) Derivando u e isolando dx temos:
−𝑑𝑢
𝑑𝑢 = −𝑠𝑒𝑛(𝑥). 𝑑𝑥 → 𝑑𝑥 =
sen(𝑥)

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218

Voltando para integral:


𝑑𝑢
∫(1 − 𝑐𝑜𝑠 2 (𝑥)). 𝑠𝑒𝑛(𝑥). 𝑑𝑥 = ∫(1 − 𝑢2 ). 𝑠𝑒𝑛(𝑥). (− ) = − ∫(1 − 𝑢2 )𝑑𝑢
𝑠𝑒𝑛(𝑥)

Integrando e voltando para a variável de origem:

2 )𝑑𝑢
𝑢3 𝑐𝑜𝑠 3 (𝑥)
− ∫(1 − 𝑢 = − (𝑢 − ) = − cos(𝑥) + +𝑐
3 3

Integrando outras expressões.

𝑥
𝟏𝟕) ∫ 4𝑒 . 𝑒 𝑥 . 𝑑𝑥

Solução:
𝑢 = ex Derivando u e isolando dx temos:
𝑑𝑢
𝑑𝑢 = ex . 𝑑𝑥 → 𝑑𝑥 =
ex

Voltando para integral:


𝑥 𝑑𝑢
∫ 4𝑒 . 𝑒 𝑥 . 𝑑𝑥 = ∫ 4𝑢 . 𝑢. = ∫ 4𝑢 . 𝑑𝑢
𝑢

Integrando e voltando para a variável de origem:


𝑥
𝑢
4𝑢 4𝑒
∫ 4 . 𝑑𝑢 = = +𝑐
ln(4) ln(4)

𝟏𝟖) ∫ 𝑥 2 . √3 − 2𝑥. 𝑑𝑥

Solução:
𝑢 = 3 − 2𝑥 Derivando u e isolando dx temos:
−𝑑𝑢
𝑑𝑢 = −2𝑑𝑥 → 𝑑𝑥 =
2

Isolando x na equação u:
3−𝑢 2
3−𝑢 2 9 − 6𝑢 + 𝑢²
𝑥= → 𝑥 =( ) =
2 2 4

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219

Portanto:
9 − 6𝑢 + 𝑢² 𝑑𝑢 1 1
∫ 𝑥 2 . √3 − 2𝑥. 𝑑𝑥 = ∫ . √𝑢. (− ) = ∫ − (9 − 6𝑢 + 𝑢2 ). 𝑢2 . 𝑑𝑢
4 2 8
3 5 7
1 1 3 5 1 9𝑢2 6𝑢2 𝑢2 3 3 3 5 1 7
− . ∫ (9𝑢2 − 6𝑢2 + 𝑢2 ) . 𝑑𝑢 = − . ( − + ) = − . 𝑢2 + . 𝑢2 − . 𝑢2
8 8 3 5 7 4 10 28
2 2 2

Voltando para a variável x.


3 3 3 5 1 7
− . (3 − 2𝑥)2 + . (3 − 2𝑥)2 − . (3 − 2𝑥)2 + 𝑐
4 10 28

 Estes e outros exemplos são encontrados nos livros de:


 Como resolver Derivadas e Integrais de Lauricella (2011);
 Cálculo (Volume 1) de Munem e Foulis (1982).

 Acesse aos vídeos aulas da disciplina e os exercícios complementares enviados pelo


professor.

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Resumo

Nesta aula você aprendeu:

 Quando não se consegue resolver uma integral utilizando as


expressões diretas da tabela, deve ser aplicada alguma técnica de
integração.
 A técnica de integração a ser utilizada na disciplina de cálculo 1 é a
mudança de variável, ou simplesmente, método da substituição.
 A fórmula geral para se utilizar a técnica de substituição de variável é:
∫ 𝑓(𝑢(𝑥)). 𝑢´(𝑥)𝑑𝑥 = ∫ 𝑓(𝑢). 𝑑𝑢
 Resolução de integrais indefinidas utilizando o método da
substituição.

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Referências Bibliográficas

Básica:
CABRAL, M. Curso de Cálculo de uma variável. 3. ed. Rio de Janeiro:
Instituto de Matemática, 2013.

CATTAI, A. Apostila 1: Integral Indefinida e Técnicas de Integração. Notas de


aula da disciplina de Cálculo II. Universidade do Estado da Bahia – UNEB, 2012.

LAURICELLA, C. M. Como Resolver Derivadas e Integrais – Mais de 150


exercícios resolvidos. Rio de Janeiro: Ed. Ciência Moderna, 2011.

MUNEM, M. A., FOULIS, D. J. Cálculo. Vol. 1. Trad. André Lima Cordeiro.


Rio de Janeiro: Ed Guanabara Dois, 1982.

STEWART, J. Cálculo, Volume 1. Antônio Carlos Moretti (trad.). 5 ed. São


Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2006. v.1 412 p.

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Exercícios
AULA 13

1) Calcular as integrais indefinidas utilizando a regra da substituição.


1
𝒂) ∫ 2𝑥. (𝑥 2 + 3)4 𝑑𝑥 𝒋) ∫ ( ) 𝑑𝑥
𝑥. 𝑙𝑛(𝑥)
1 + 4𝑥 9𝑡 3
𝒃) ∫ 𝑑𝑥 𝒌) ∫ 𝑑𝑡
√1 + 𝑥 + 2𝑥² √𝑡 4 + 5

𝒄) ∫[𝑠𝑒𝑛(−3𝑥 + 𝜋)] 𝑑𝑥 𝒍) ∫[5𝑡𝑔(𝑥 − 𝜋)] 𝑑𝑥

[𝑙𝑛(𝑥)]2
𝒅) ∫ 𝑑𝑥 𝒎) ∫[𝑒 𝑠𝑒𝑛(𝑥)+𝜋 ] 𝑑𝑥
𝑥
e) e n)  (2 x  1)( x  x)dx
sen( x ) 2
cos(x)dx

x2
 
o) 3x x  2 dx
2 3
f) dx
x3  1

1  ln( x) 4 x
g)  dx p)  (1  2x2 )2 dx
x

 4  3x dx
1
h)  (3x  1)3 dx q)
2

4x
i)  2x2  3 dx r) e
2 x 3
dx

2) Calcule ∫ 𝑥 2 . √5𝑥 − 1. 𝑑𝑥 por 2 métodos e compare suas respostas:


a) Use a substituição 𝑦 = 5𝑥 − 1
b) Use a substituição 𝑦 = √5𝑥 − 1

3) Prove que:

𝒂) ∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 ≠ 𝑓(𝑥). ∫ 𝑑𝑥.

𝑓(𝑥) ∫ 𝑓(𝑥). 𝑑𝑥
𝒃) ∫ 𝑑𝑥 ≠
𝑔(𝑥) ∫ 𝑔(𝑥). 𝑑𝑥

Observação: Para isso, você pode usar 𝑓(𝑥) = 𝑠𝑒𝑛(𝑥) 𝑒 𝑔(𝑥) = 𝑐𝑜𝑠(𝑥)

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Aula 14
Integrais definidas

APRESENTAÇÃO DA AULA

Na aula 14, nós vamos abordar as integrais definidas. Ou seja, vamos


aprender a calcular as integrais contendo um intervalo definido o que vai nos
proporcionar a eliminação da constante ao final do exercício.
Bons estudos!

OBJETIVOS DA AULA

Esperamos que, após o estudo do conteúdo desta aula, você seja capaz de:

 Introduzir o conceito de integral de Riemann;


 Conhecer suas propriedades e aplicações;
 Resolver os exercícios deste tipo de integral.

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224

“Toda a nossa ciência comparada com a realidade, é primitiva e


infantil – e, no entanto, é a coisa mais preciosa que temos”. Albert Einstein
14 INTRODUÇÃO – INTEGRAL DEFINIDA

Chegamos agora à resolução de integrais com intervalos definidos. Nesta aula


vamos introduzir o conceito de integral de Riemann e estudaremos algumas
propriedades. A integral tem muitas aplicações tanto na geometria, como cálculo
de áreas, comprimento de arco, etc., como na física em cálculo de trabalho, de
massa e na cinemática.

Segue abaixo os conceitos de Riemann adaptado de Guidorizzi (2008).

14.1 Partição de um intervalo

Uma partição P de um intervalo [a, b] é um conjunto finito P = {x0, x1, x2, x3, ...,
xn}, onde:
a = x0 < x1 < x2 < x3 < ... < xn = b
Uma partição P de [a, b] divide [a, b] em n intervalos [xi-1, xi], i = 1, 2, ..., n

a = x0 x1 x2 ... xi-1 xi ...


xn-1 xn = b

A amplitude do intervalo [xi-1 , xi] será indicada por xi = xi-1 - xi. Assim,
x1 = x1 – x0 ; x2 = x2 – x1; x3 = x3 – x2 ; ... ; xn = xn - xn-1

Os números x1, x2, ..., xn não são necessariamente iguais. O maior deles
denomina-se amplitude (ou norma) da partição P e indica-se por máx xi . Uma
partição P = {x0, x1, x2, x3, ..., xn} de [a, b] será simplesmente indicada por:
P: a = x0 < x1 < x2 < x3 < ... < xn = b

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225

Exemplo: [a, b] = [0, 1]


P = {0, ½ ,1}
Amplitude = máx xi = ½

0 ½
P = {0, ¼, ½, ¾, 1}
Amplitude = máx xi = ¼

0 ¼ ½
P = {0, 1/10, 1}
¾ 1 Amplitude = máx xi = 9/10
0 1/10
1
14.2 Soma De Riemann

Sejam f uma função definida em [a, b] e P: a = x0 < x1 < x2 < x3 < ... < xn = b
uma partição de [a, b]. Para cada índice i (i = 1, 2, 3, ..., n) seja ci um número em [xi-
1, xi] escolhido arbitrariamente.

.
c1 .c2 ... . ci . ...
cn a = x0 x1 x2 ... xi-1 xi ...
xn-1 xn = b
Pois bem, o número:
n

 f (c )  x
i 1
i i  f (c1 )  x1  f (c2 )  x2  ...  f (cn )  xn

Denomina-se soma de Riemann de f, relativa à partição P e aos números ci.

Observe que, se f(ci)> 0, f (ci )  xi será então a área do retângulo Ri


determinado pelas retas x = xi-1, x = xi, y = 0 e y = f(ci).
O valor da área será positivo, ver Figura 47.

Figura 47: Área de Ri = f (ci )  xi .

Fonte: GUIDORIZZI (2008, adaptado)

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226

Por outro lado, se f(ci) < 0, a área de tal retângulo será:  f (ci )  xi .
Área Ri será negativa, ver Figura 48.

Figura 48: Área de Ri =  f (ci )  xi .

Fonte: GUIDORIZZI (2008, adaptado)

Geometricamente, podemos então interpretar a soma de Riemann


n

 f (c )  x
i 1
i i como a diferença entre a soma das áreas dos retângulos R i que estão

acima do eixo x e a soma das áreas dos que estão abaixo do eixo x.
A Figura 49 apresenta uma dessas situações.

Figura 49: Soma das – áreas.

Fonte: GUIDORIZZI (2008)

 f (c )  x
i 1
i i = soma das áreas dos retângulos acima do eixo x menos a soma

das áreas dos abaixo do eixo x.

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227

14.3 Integral De Riemann: Definições E Propriedades

Seja f uma função definida em [a,b] e L um número real. Dizemos que


∑𝑛𝑖=1 𝑓(𝑐𝑖)∆𝑥𝑖 tende a L, quando 𝑚á𝑥 ∆𝑥𝑖 → 0 , escrevemos:
𝑛

lim ∑ 𝑓(𝑐𝑖)∆𝑥𝑖 = 𝐿
𝑚á𝑥 ∆𝑥𝑖 →0
𝑖=1

Se, para todo ∈> 0 dado, existir um 𝛿 > 0 que só dependa de ∈, mas não da
particular escolha dos 𝑐𝑖, tal que;
𝑛

|∑ 𝑓(𝑐𝑖)∆𝑥𝑖 − 𝐿| <∈
𝑖=1

Para toda participação P de [a, b], com 𝑚á𝑥 ∆𝑥𝑖 < 𝛿.


Tal número L, que quando existe é único, denomina-se integral (de Riemann)
𝑏
de f em [a, b] e indica-se por ∫𝑎 𝑓(𝑥)𝑑𝑥. Então, por definição:
𝑏 𝑛

∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 = lim ∑ 𝑓(𝑐𝑖)∆𝑥𝑖


𝑎 𝑚á𝑥 ∆𝑥𝑖 →0
𝑖=1

𝑏
Se ∫𝑎 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 existe, então diremos que f é integrável (segundo Riemann) em
𝑏
[a, b]. É comum referirmo-nos a ∫𝑎 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 como integral definida de f em [a, b].
Para resolver uma integral definida utilizam-se as mesmas técnicas das
integrais indefinidas. Vejamos a resolução abaixo pelo teorema fundamental do
cálculo:
𝑏 𝑥=𝑏
𝑏
∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 = ∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 = (𝐹(𝑥))𝑎 = 𝐹(𝑏) − 𝐹(𝑎)
𝑎 𝑥=𝑎

Na expressão acima F(x) é a primitiva de f(x).


x=a é o extremo inferior da integral e x=b é o extremo superior da integral.

Na integral definida não é representada a constante c. Ela é substituída pelo


𝑏
intervalo fechado representado por (𝐹(𝑥))𝑎 , onde F(x) é a primitiva (o resultado da

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228

integral). Ao final não esqueça de subtrair F(b) – F(a) (O valor de cima menos o valor
debaixo substituindo em F), conforme explicação nas videoaulas.

Teorema 2: São válidas as seguintes expressões:


𝑏 𝑎
𝒂) ∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 = − ∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥
𝑎 𝑏
𝑎
𝒃) ∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 = 0
𝑎

𝒄) 𝑆𝑒 𝑐 ∈]𝑎, 𝑏[ E f é integrável em [a, c] e em [c, b], então:


𝑏 𝑐 𝑏
∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 = ∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 + ∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥
𝑎 𝑎 𝑐

Observação: O teorema 2 será utilizado na nossa última aula.

14.4 Exercícios De Integrais Definidas

Vejamos alguns exercícios resolvidos das integrais definidas.


2
𝟏) ∫ 𝑥 2 . 𝑑𝑥
1

Solução:
Vamos integrar a função x² normalmente conforme a aula 10 e depois
inserimos o intervalo [a, b].
2 2
2
𝑥3 23 13 8 1 7
∫ 𝑥 . 𝑑𝑥 =. ( ) = − = − =
1 3 1 3 3 3 3 3

Logo:
2
7
∫ 𝑥 2 . 𝑑𝑥 =
1 3
2
𝟐) ∫ (𝑥 3 + 3𝑥 − 2)𝑑𝑥
0

Solução:
Integrando utilizando P1 e P2 tem:
2
𝑥 4 3𝑥 2
∫ (𝑥 3 + 3𝑥 − 2)𝑑𝑥 = ∫ 𝑥³ 𝑑𝑥 + 3. ∫ 𝑥. 𝑑𝑥 − 2. ∫ 𝑑𝑥 = + − 2. 𝑥
0 4 2

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229

Sendo o intervalo de x de 0 a 2.
2
2
𝑥 4 3𝑥 2 24 3.22 04 3.02
∫ (𝑥 3 + 3𝑥 − 2)𝑑𝑥 = ( + − 2. 𝑥) = ( + − 4) − ( + − 0) = 4 + 6 − 4 − 0 = 6
0 4 2 0
4 2 4 2

Logo:
2
∫ (𝑥 3 + 3𝑥 − 2)𝑑𝑥 = 6
0

2
1 1
𝟑) ∫ ( + ) 𝑑𝑥
1 𝑥 𝑥³
Solução:
2
1 1 2
1 1 2 1 1 1 1
∫ ( + ) 𝑑𝑥 = ∫ ( + 𝑥 −3 ) 𝑑𝑥 = [ln(𝑥) − 2 ] = ln(2) − 2
− [ln(1) − 2
] = ln(2) − +
1 𝑥 𝑥³ 1 𝑥 2𝑥 1 2. 2 2. 1 8 2

Logo:
2
1 1 8. ln(2) + 3
∫ ( + ) 𝑑𝑥 =
1 𝑥 𝑥³ 8

2𝜋
𝟒) ∫ [12 + cos(𝑥)]𝑑𝑥
0

Solução:
2𝜋
∫ [12 + cos(𝑥)]𝑑𝑥 = 12𝑥 + 𝑠𝑒𝑛(𝑥)2𝜋
0 = 12. (2𝜋) + 𝑠𝑒𝑛(2𝜋) − [12. (0) + 𝑠𝑒𝑛(0)]
0

Lembrando:
𝑠𝑒𝑛(0) = 0 , 𝑠𝑒𝑛(2𝜋) = 𝑠𝑒𝑛(360°) = 0, assim:
2𝜋
∫ [12 + cos(𝑥)]𝑑𝑥 = 24. 𝜋 𝑜𝑢 24 . 3,14 ≈ 75,36
0

Lembre-se: O "𝜋" (pi) dentro do ângulo representa a unidade 𝜋 radiano que


corresponde a 180°, fora isso, o 𝜋 sempre será 3,141592654...

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230

Os métodos de integração também podem ser aplicados nas integrais


definidas, vejamos alguns exemplos utilizando as técnicas de mudança de variável.
𝜋/3
𝑠𝑒𝑛(𝑥)
𝟓) ∫ [− ] 𝑑𝑥
0 𝑐𝑜𝑠²(𝑥)
Solução:
Vamos usar o processo da troca de variável. Neste caso, podemos escolher
para u cos(x) para que com a troca de variável todo o x seja eliminado.
𝑢 = 𝑐𝑜𝑠(𝑥), derivando u e isolando dx temos:
𝑑𝑢
𝑑𝑢 = −𝑠𝑒𝑛(𝑥). 𝑑𝑥 → 𝑑𝑥 =
−sen(𝑥)
Voltando para integral:
𝜋/3 𝜋/3 𝜋/3 𝜋/3
𝑠𝑒𝑛(𝑥) 𝑠𝑒𝑛(𝑥) 𝑑𝑢 1
∫ [− ] 𝑑𝑥 = ∫ [− 2
]. = ∫ [ ] 𝑑𝑢 = ∫ 𝑢−2 . 𝑑𝑢
0 𝑐𝑜𝑠²(𝑥) 0 𝑢 −𝑠𝑒𝑛(𝑥) 0 𝑢² 0

Integrando a nova função em relação a u, temos:


𝜋/3
−2
𝑢−1 1
∫ 𝑢 . 𝑑𝑢 = =−
0 −1 𝑢

Voltando para a variável x.


𝜋
1 1 3 1 1 1 1
− = − = − 𝜋 − (− )= − + = −2 + 1 = −1
𝑢 cos(𝑥)0 cos ( 3) cos(0) cos(60°) cos(0)

1
6 −5
𝟔) ∫ [𝑥 5 . 𝑒 𝑥 ]𝑑𝑥
−1

Solução:
Chamaremos de u a expressão com o x de maior expoente.
𝑢 = 𝑥 6 − 5, derivando u e isolando dx temos:
𝑑𝑢
𝑑𝑢 = 6𝑥 5 𝑑𝑥 → 𝑑𝑥 =
6𝑥 5
Voltando para integral:
1 1
6 −5 𝑑𝑢 1 1 𝑢
∫ [𝑥 5 . 𝑒 𝑥 ]𝑑𝑥 = ∫ [𝑥 5 . 𝑒 𝑢 ]. = . ∫ [𝑒 ]𝑑𝑢
−1 −1 6𝑥 5 6 −1
Integrando a função e retornando com a variável x, temos:
1 1 𝑢 1 1 6 1 1 1
. ∫ [𝑒 ]𝑑𝑢 = . 𝑒 𝑢 = ( 𝑒 𝑥 −5 ) = . 𝑒 −4 − . 𝑒 −4 = 0
6 −1 6 6 −1 6 6

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231

1
𝑥
𝟕) ∫ 𝑑𝑥
0 𝑥2 +1
Solução:
𝑢 = 𝑥 2 + 1, derivando u e isolando dx temos:
𝑑𝑢
𝑑𝑢 = 2𝑥. 𝑑𝑥 → 𝑑𝑥 =
2𝑥

Voltando para integral:


1 1 1
𝑥 𝑥 𝑑𝑢 1 1 1 1 ln(𝑥 2 + 1) ln(1 + 1) ln(0 + 1)
∫ 2 𝑑𝑥 = ∫ . = . ∫ . 𝑑𝑢 = . ln(𝑢) = [ ] = −
0 𝑥 +1 0 𝑢 2𝑥 2 0 𝑢 2 2 0
2 2

Logo:
1
𝑥 ln(2) ln(1) 1
∫ 𝑑𝑥 = − = . ln(2)
0 𝑥2 + 1 2 2 2

𝜋
𝟖) ∫ 2. 𝑠𝑒𝑐 2 (3𝑥 − 𝜋)𝑑𝑥
0

Solução:
𝑢 = 3𝑥 − 𝜋, derivando u e isolando dx temos:
𝑑𝑢
𝑑𝑢 = 3. 𝑑𝑥 → 𝑑𝑥 =
3
Voltando para integral:
𝜋 𝜋 𝜋
𝑑𝑢 2 𝜋 2 2 2
∫ 2. 𝑠𝑒𝑐 2 (3𝑥 − 𝜋)𝑑𝑥 = 2. ∫ 𝑠𝑒𝑐 2 (𝑢). = . ∫ 𝑠𝑒𝑐 (𝑢). 𝑑𝑢 = . 𝑡𝑔(𝑢) = [ . 𝑡𝑔(3𝑥 − 𝜋)]
0 0 3 3 0 3 3 0
𝜋
2 2 2
[ . 𝑡𝑔(3𝑥 − 𝜋)] = . [𝑡𝑔(3𝜋 − 𝜋) − 𝑡𝑔(0 − 𝜋)] = [𝑡𝑔(360°) − 𝑡𝑔(−180°) = 0
3 0 3 3

 Estes e outros exemplos são encontrados nos livros de:


 Como Resolver Derivadas e Integrais de Lauricella (2011);
 Cálculo (Volume 1) de Munem e Foulis (1982);
 Um curso de cálculo (Volume 1) de Guidorizzi (2005).
 Acesse aos vídeos aulas da disciplina e os exercícios complementares enviados pelo
professor.

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Resumo

Nesta aula você aprendeu:

 O conceito da integral de Riemann;


 Que a integral de Riemann é mais conhecida como Integral definida;
 Suas principais propriedades;
 Resolução de integrais definidas.

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Referências Bibliográficas

Básica:
CABRAL, M. Curso de Cálculo de uma variável. 3. ed. Rio de Janeiro:
Instituto de Matemática, 2013.

GUIDORIZZI, L. H. Um Curso de Cálculo. Vol. 1. 5. ed. São Paulo: LTC,


2008.

LAURICELLA, C. M. Como Resolver Derivadas e Integrais – Mais de 150


exercícios resolvidos. Rio de Janeiro: Ed. Ciência Moderna, 2011.

MUNEM, M. A., FOULIS, D. J. Cálculo. Vol. 1. Trad. André Lima Cordeiro.


Rio de Janeiro: Ed Guanabara Dois, 1982.

STEWART, J. Cálculo, Volume 1. Antônio Carlos Moretti (trad.). 5 ed. São


Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2006. v.1 412 p.

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Exercícios
AULA 14

1) Calcular as integrais definidas.


3 1
a) ∫2 (𝑥 3 + 𝑥) 𝑑𝑥  ( x 5  x)² dx
2
i) 2

 ( x 2  4 x  3)dx 
5
b) 0 j) 2
0 cos x dx

 

c) 3
1 (1  x)dx k) 0 ( sen x  cos x) dx
𝜋/3
 ( x 2  1)dx
5
d) 0 l) ∫𝜋/4 5𝑠𝑒𝑐(𝑥). 𝑡𝑔(𝑥)𝑑𝑥


2
e) 3
0 ( x 7  e x )dx m) 
1
1 (e x  )dx

2

3
f) 1 9 x dx n) ∫0 (3. √𝑥 − 𝑥)𝑑𝑥
4 2
 ( x 2  5 x  3)dx
3
g) 0 o) ∫1 (𝑥 − 3) 𝑑𝑥

2) Utilizando o método de integração por substituição, calcule as integrais


definidas.
1 1 5 −2
𝒂) ∫−1 𝑥 2 . (𝑥 3 + 5)²𝑑𝑥 𝒇) ∫−1 𝑥 4 . 𝑒 𝑥 𝑑𝑥
2 3𝜋/2
𝒃) ∫1 √3𝑥 − 2. 𝑑𝑥 𝒈) ∫𝜋 𝑠𝑒𝑛2 (𝑥). 𝑑𝑥
2 𝜋/2
𝒄) ∫1 𝑥. √3𝑥² − 2. 𝑑𝑥 𝒉) ∫𝜋/3 𝑠𝑒𝑛3 (𝑥). 𝑑𝑥
1 6𝑥² 4 𝑡
𝒅) ∫0 𝑑𝑥 i) ∫−4 𝑑𝑡
(𝑥 3 −1)5 √𝑡+5
1 5 −2 𝜋
𝒆) ∫−1 𝑥 4 . 𝑒 𝑥 𝑑𝑥 j) ∫0 [cos(𝑥) − 3]𝑑𝑥

2𝑥 , 𝑠𝑒 0 < 𝑥 ≤ 2,
3) Considere 𝑓(𝑥) = {−1 , 𝑠𝑒 2 < 𝑥 ≤ 4, Determine:
5−𝑥, 𝑠𝑒 4 < 𝑥 ≤ 5.
1,5
a) ∫0 𝑓(𝑥)𝑑𝑥
4
b) ∫2 𝑓(𝑥)𝑑𝑥
5
c) ∫2 𝑓(𝑥)𝑑𝑥

Livro: Um curso de cálculo, Volume 1-Guidorizzi


Exercícios 11.5. Página 308 e 309.

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Aula 15
Integração: noções das aplicações

APRESENTAÇÃO DA AULA

Ufa, depois de muito esforço, você está terminando o Curso de Cálculo I!


Esta é a nossa última aula, e nela você irá aprender alguns tipos de
aplicações da integral. Vamos abordar as integrais definidas e as suas aplicações no
cálculo de áreas planas.
Bons estudos e mãos à obra!

OBJETIVOS DA AULA

Esperamos que, após o estudo do conteúdo desta aula, você seja capaz de:

 Introduzir o conceito de integral de Riemann;


 Conhecer suas propriedades e aplicações;
 Resolver os exercícios deste tipo de integral.

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236

“A genialidade não é outra coisa senão uma grande aptidão para a


paciência”. Geoges Louis Leclerc de Buffon
15 INTRODUÇÃO – INTEGRAÇÃO: NOÇÕES DAS APLICAÇÕES

Assim como na derivação, as integrais podem ser aplicadas em diversos


problemas do dia a dia. Elas podem, por exemplo, serem utilizadas em:
 Cálculo de área plana;
 Cálculo do volume de sólidos de revolução;
 Cálculo de área de uma superfície de revolução;
 Medição de comprimento de arco;
 Em coordenadas polares;
 Aplicações na física, etc.

Nesta última aula, será abordada a aplicação da integral


no cálculo de áreas de figuras planas. O curso está terminando
pessoal, vamos com fé e muita garra!

15.1 Cálculo De Áreas Planas Através Da Integral

Seja f contínua em [a, b], com f ( x)  0 em [a, b]. Estamos interessados em


definir a área do conjunto A do plano limitado pelas retas x = a, x = b, y = 0 e y = f(x).
Ver Figura 50.

Figura 50: Área da figura.

Fonte: GUIDORIZZI (2008)

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237

Seja, então, P: a = x0 < x1 < x2 < x3 < ... < xn = b uma partição de [a, b] e sejam

ci e c i em [xi-1 , xi] tais que f (c i ) é o valor mínimo e f (c i ) o valor máximo de f em


[xi-1 , xi].
Uma boa definição para a área de A deverá implicar que a soma de Riemann
n n

 f (c i ).xi seja uma aproximação por falta da área A (Fig. 51a) e que
i 1
 f (c ).x
i 1
i i

seja uma aproximação por excesso (Fig.51b), isto é:


n n

 f (c i ).xi  Área   f (c i ).xi


i 1 i 1

Figura 51: (a) região demarcada faltando área. (b) demarcação de excesso de Área.

(a) (b)

Fonte: GUIDORIZZI (2008)

b
Como as somas de Riemann mencionadas tendem a 
a
f ( x) dx , quando

máx xi  0 , nada mais natural do que definir a área de A por:


b
A   f ( x) dx
a

Vamos ao primeiro exemplo:


1) Determine a área da região demarcada pelo eixo x, a função (fx) e o
intervalo fechado de [0,1].

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238

Figura 52: Primeiro exemplo.

a)

Solução:
1 1
𝑥2 12 1
𝐴 = ∫ 𝑥. 𝑑𝑥 = ( ) = −0=
0 2 0 2 2

Geometricamente, podemos tirar a prova real: (Sendo y=x, (f(1) = 1)


Sendo um triângulo retângulo de base 1 e altura 1, temos:
𝑏. ℎ 1 × 1 1
𝐴= = =
2 2 2

Figura 53: Letra b.

b)

Solução:
1 1
𝑥3 12 1
𝐴 = ∫ 𝑥². 𝑑𝑥 = ( ) = −0=
0 3 0 3 3

 1
2) Determine a área do conjunto A  ( x, y )   / 1  x  2 e 0  y 
2
.
 x2 
Solução:

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239

Figura 54: Número 2.

A região demarcada A está limitada pelas retas x=1, x=2, y=0 e pelo gráfico
1
de 𝑦 = 𝑥².
2
1 2 2
−2
𝑥 −1 −1 2 −1 1 1
𝐴=∫ . 𝑑𝑥 = ∫ 𝑥 . 𝑑𝑥 = ( ) =( ) = + =
1 𝑥² 1 −1 1 𝑥 1 2 1 2

Estendendo o conceito de área para uma classe mais ampla de subconjuntos


do 𝑅², vamos analisar agora o cálculo da área em regiões abaixo do eixo x.
Vejamos na Figura 55 a fórmula para o cálculo de A.

Figura 55: Cálculo de área abaixo do eixo x.

b
Como f ( x )  0 em [a , b]  
a
f ( x) dx  0
e
b
Área    f ( x) dx
a

Fonte: GUIDORIZZI (2008)

Exemplo:
3) Determine a área da região demarcada pelo eixo x, a função 𝑓(𝑥) = 𝑥 2 −
4𝑥 e o intervalo fechado de [1, 3].
Solução:

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240

Figura 56: Exemplo.

Como 𝑓(𝑥) < ∀ 𝑥 ∈ [1, 3], a área da região deve ser calculada por:
3 3
𝑥 3 4𝑥 2 1 22
𝐴 = −∫ (𝑥 2 − 4𝑥)𝑑𝑥 = − ( − ) = −(9 − 18) + ( − 2) =
1 3 2 1 3 3

22
Logo, a área da hachura é unidades de medidas de área.
3

Agora, vamos calcular as áreas em diversas regiões com hachuras, para isso
utilizaremos a fórmula da Figura 57.
Seja A o conjunto hachurado:

Figura 57: Fórmula geral para o cálculo de área de uma função.

c d b
Área   f ( x) dx   f ( x) dx   f ( x) dx
a c d

Fonte: GUIDORIZZI (2008)

b c d b
Atenção! a
f ( x) dx = 
a
f ( x) dx   f ( x) dx   f ( x) dx =
c d

soma das áreas dos conjuntos acima do eixo x menos a soma


das áreas dos conjuntos abaixo do eixo x.

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241

4) Calcule a área da região limitada pelo gráfico de f(x) = x³, pelo eixo x e
pelas retas x= - 1 e x = 1.
Solução:

Figura 58: Número 4.

Analisando o gráfico f(x) no intervalo [-1, 1], existem duas áreas, A1 abaixo do
eixo x e A2 acima do eixo x. Com isso, temos:
0 0
𝑥4
3
1 1
𝐴1 = − ∫ 𝑥 𝑑𝑥 = (− ) = 0 + =
−1 4 −1 4 4
1 1
𝑥4
3
1 1
𝐴2 = ∫ 𝑥 𝑑𝑥 = ( ) = − 0 =
0 4 1 4 4

Sendo área total: A = A1 + A2


1 1 1
𝐴 = 𝐴1 + 𝐴2 = 4 + 4 = 2 Unidades de área

O cálculo das áreas entre duas ou mais funções não será abordado nesta
disciplina. Outras aplicações de integrais você verá na disciplina de cálculo 2.

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Resumo

Chegamos ao fim do nosso caderno. Faça agora os últimos exercícios e


revise todo o conteúdo de aplicações das derivadas e o cálculo das integrais para a
prova. Um grande abraço!

Nesta aula você aprendeu:


 Noções de aplicações de integral;
 Calcular as áreas de um plano utilizando a integral.

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Referências Bibliográficas

Básica:
CABRAL, M. Curso de Cálculo de uma variável. 3. ed. Rio de Janeiro:
Instituto de Matemática, 2013.

GUIDORIZZI, L. H. Um Curso de Cálculo. Vol. 1. 5. ed. São Paulo: LTC,


2008.

LAURICELLA, C. M. Como Resolver Derivadas e Integrais – Mais de 150


exercícios resolvidos. Rio de Janeiro: Ed. Ciência Moderna, 2011.

MUNEM, M. A., FOULIS, D. J. Cálculo. Vol. 1. Trad. André Lima Cordeiro.


Rio de Janeiro: Ed Guanabara Dois, 1982.
Exercícios
AULA 15

1) Represente graficamente e calcule a área da região entre o gráfico de f(x) =


x3 e o eixo x no intervalo [0, 2].

Resposta: 4

2) Represente graficamente e determine a área A sob o gráfico de f(x) para a


b
 x  b, ou seja, calcular a integral a
f ( x) dx .

a) f(x) = 4x 0x7 Resposta: A = 98


b) f(x) = 3x2 0x4 Resposta: A = 64
c) f(x) = 4x2 0x3 Resposta: A = 36

3) Represente graficamente e calcule a área da região sob o gráfico de f(x) =


x2 + 2x + 5 entre x = 0 e x = 2.
50
Resposta:
3

4) Represente graficamente e calcule a área da região entre o gráfico de f(x) =


x2 – 4x +3 e o eixo x no intervalo [0 , 5].

Resposta: 28 ,
3

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245

5) Determine a área da região sob a curva 𝑓(𝑥) = 𝑥. √4 − 𝑥² entre 𝑥 =


−√2 𝑒 𝑥 = √2 (ver na figura abaixo).

Resposta: 3,45

Calcule a área da região em destaque integrando a função em relação ao eixo


x.

Livro: Um curso de cálculo, Volume 1- Guidorizzi


Exercícios 11.5 Páginas 308 e 309.

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Aula 16
Revisão

APRESENTAÇÃO DA AULA

Abordaremos ao final deste caderno uma revisão contendo os conteúdos de


aplicação de derivada e integração.
Boa revisão!

OBJETIVOS

Esperamos que, após o estudo do conteúdo desta aula, você seja capaz de:

 Rever os conceitos de derivadas e aplica-las em outros problemas do


dia-a-dia;
 Rever os conceitos de integração definida e indefinida em outros
exemplos e problemas práticos.

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247

16 INTRODUÇÃO

Nesta aula, fecharemos nossa disciplina com chave de outro!


Vamos fazer uma revisão, recordando os conceitos através dos exercícios resolvidos
envolvendo aplicações de derivada e integrais. Não esqueçam dos exercícios
complementares ao final da aula!

16.1 Aplicações da derivada

Seguem abaixo alguns problemas de aplicação prática da derivada baseado


nas notas de aula de Rabah (2009).

16.1.1 Taxa de variação instantânea

Definição: Sendo y = f(x), a taxa de variação instantânea de y em relação a x


é dada pela derivada f, isto é,

dy
Taxa de variação =  f ' (x)
dx

Exemplo 1: Estima-se que daqui a x meses a população de uma certa


comunidade será de P(x) = x2 + 20x + 8000.

Daqui a 15 meses, qual será a taxa de variação da população desta


comunidade?
Qual será a variação real sofrida durante o 16º mês?
Solução
(a) A taxa de variação da população é a derivada da função-população, ou
seja,

Taxa de variação = P’(x) = 2x + 20.


Como:

P’(15) = 2.15 + 20 = 30 + 20 = 50,

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248

Conclui-se que, daqui 15 meses, a população crescerá de 50 habitantes por


mês.
(b) A variação real sofrida durante o 16º mês será a diferença entre a
população ao final dos 16 meses e a população ao final dos 15 meses, isto é,

Variação da população = P(16) - P(15)


16 - 15

= [(16)2 + 20.16 + 8000] - [(15)2 + 20.15 + 8000]

= 51 habitantes.

No exemplo anterior, a razão da diferença entre a variação real da população


durante o 16º mês [item (b) ] e a taxa mensal de variação da população [item (a) ] no
início daquele mês é que a taxa de variação da população se modificou durante o
mês. A taxa de variação no item (a) pode ser considerada como a variação ocorrida
durante o 16º mês, caso a taxa de variação da população permaneça constante.

16.1.2 Taxas Relacionadas

Em muitos problemas, uma quantidade é dada como função de uma variável


que, por sua vez, pode ser reescrita como função de uma segunda variável. O
objetivo é calcular a taxa de variação da quantidade original em relação à segunda
variável. Estes problemas são, às vezes, denominados problemas de taxas
relacionadas e podem ser resolvidos com auxílio da regra da cadeia. Eis um
exemplo.
Exemplo 2: Um estudo do meio ambiente de uma comunidade suburbana
conclui que a taxa média diária de monóxido de carbono no ar é de C(p) =

0,5 p 2  17 partes por milhão, quando a população é de p milhares. Estima-se que

daqui a t anos a população será p(t) = 3,1 + 0,1 t² milhares. Qual será a taxa de
variação, em relação ao tempo, da taxa de monóxido de carbono daqui a 3anos?
dC
Solução: O objetivo é calcular , quando t = 3. Calcule primeiro as
dt
derivadas.

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249

 p 0,5 p 2  17  2
dC 1 dp
 0,2 t
1
e
dp 2 dt

Quando t = 3,
p = p(3) = 3,1 + 0,1. (3)² = 4

Logo,

dC 1 1
 (4)[0,5.(16)  17] 2  0,4
dp 2
E,

dp
 0,2 (3)  0,6 .
dt

Usando a Regra da Cadeia concluímos que:

dC dC dp
 .  0,4.(0.6)  0,24 partes por milhão por ano.
dt dp dt

16.1.3 Diferenciação Implícita e Taxas Relacionadas

Neste tópico, você aprenderá uma técnica ligeiramente diferente de resolução


de problemas de taxas relacionadas, dos quais você possui apenas informações
sobre a taxa de variação de algumas variáveis e, não, fórmulas explícitas
relacionando todas as variáveis. Esta técnica está ilustrada no exemplo a seguir.
Exemplo 3: Um estudo do meio ambiente de uma comunidade indica que
existirão Q(p) = p² + 3p + 1 200 unidades de substâncias poluindo o ar, quando a
população for de p milhares de habitantes. A população atual é de 30 000 habitantes
e está crescendo numa taxa de 2 000 habitantes por ano. De quanto o nível de ar
poluído está aumentando?
Solução: Sendo t a medida de tempo (em anos), a taxa de variação do nível

de poluição em relação ao tempo é dQ e a taxa de variação da população em


dt

relação ao tempo é dp . Neste problema, você sabe que dp = 2 e o objetivo é


dt dt

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250

calcular dQ , quando p = 30. Você consegue isto, derivando em relação a t ambos


dt
os membros da equação:
Q = p² + 3.p + 1 200.

Para não se esquecer de p é uma função de t, substitua temporariamente p


por p(t) e reescreva a equação sob a forma:
Q = [p(t)]² + 3.p(t) + 1 200.

Derive agora ambos os membros em relação a t (diferenciação implícita),


usando a regra de cadeia para potências, quando derivar [p(t)]² e, usando a regra da
constante multiplicada, quando derivar 3.p(t). Você obterá
dQ dp dp
 2.p( t ).  3.
dt dt dt

ou simplesmente,
dQ dp dp
 2p 3 .
dt dt dt

Substitua agora, na equação, os valores p = 30 e dp = 2, obtendo


dt
dQ
 2.30.2  3.2  126 .
dt

Assim, a taxa de crescimento atual do nível de ar poluído é de 126 unidades


por ano.
Exemplo 4: Um menino de 1 m de altura caminha se afastando de um poste
de luz de 6 m de altura, numa velocidade de 0,7 m/s. Qual é a taxa de crescimento
da sombra do menino?
Solução: Seja x o comprimento (em metros) da sombra do menino e y a
distância entre o menino e o poste, como mostra a figura, e seja t o tempo (em
segundos).

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251

Figura 59: Posições relativas do poste e do menino.

Sabe-se que dy = 0,7 e o objetivo é calcular dx . Pela semelhança dos


dt dt

triângulos ABC e DEC, obtém-se a proporção x  y  x , ou seja, x = 1 y .


6 1 5
Derivando ambos os lados desta equação em relação a t, obtém-se
dx 1 dy
 .
dt 5 dt

Substituindo dy = 0,7 na igualdade, tem-se:


dt
dx 1
 .0,7  0,14 ,
dt 5

ou seja, a taxa de crescimento da sombra do menino é de 0,14m/s.

Exemplo 5: Um tanque de água tem o formato de um cone invertido de 20


metros de altura e 5 metros de raio da base circular. O tanque tem vazamento
constante de 2m³ de água por minuto. Com que velocidade o nível da água estará
descendo, quando a profundidade da água for de 8 metros?
Solução: Seja V0 volume de água no tanque após t minutos, h o nível de
água correspondente e r o raio da superfície de água, como mostra a figura.

Você sabe que dV  2 ( o sinal negativo indica que o volume é decrescente)


dt

e o objetivo é calcular dh , quando h = 8.


dt
Comece com a fórmula, do volume do cone:
1
V  r2 h
3

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252

Da semelhança de triângulos, você obtém a proporção


5 r
 ,
20 h

resultando numa expressão de r em função de h,


h
r .
4

Substituindo esta expressão na equação do volume, você obtém


1
V  h3.
48

Derive ambos os membros desta equação em relação a t. Você obterá


dV 1 dh
  h2 .
dt 16 dt

Substitua na equação os valores h = 8 e dV  2 e resolva a equação em


dt
dh
, obtendo;
dt

Figura 60: Tanque de água com formato de um cone.

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253

Você pode concluir, então, que o nível da água está descendo numa taxa de
1
metros por minuto.
2

16.1.4 Velocidade instantânea e aceleração

Também aplicamos derivada na Física I: Vamos recordar!


S(t  t) - S(t)
A expressão da velocidade média é exatamente a razão
t
incremental encontrada na definição de derivada. Quando t tende a zero, este quociente
tende ao valor da derivada de S. Segue-se que a velocidade instantânea no tempo t é
justamente a derivada S’(t) da função-distância.
Definição: A velocidade instantânea de um objeto móvel é a derivada S’(t) de sua
função-distância, isto é,

Velocidade = derivada da distância

Exemplo 6: Encontre a velocidade média nos instantes t = 1 e t = 2 de um


objeto em queda livre cuja função posição é dada por S(t) = - 4,9t2 + 30, onde S está
em metros e t em segundos.
Solução: Derivando, temos que a função velocidade é v(t) = S‘(t) = - 9,8t.

Portanto, a velocidade em t = 1 é v(1) = - 9,8m/s e a velocidade em t = 2 é


v(2) = 19,6m/s.
Definição: Se S é a função posição de um objeto se movendo em linha reta,
então a aceleração do objeto no instante t é dada por

d2y
Aceleração =  s' ' (t)
dx 2

ou ainda
a(t) = v’(t),

onde v(t) é a velocidade no instante t.

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254

Exemplo 7: Ache a aceleração de um objeto em queda livre cuja função


posição é S(t) = - 4,9t2 + 30.
Solução: Do Exemplo anterior sabe-se que a função velocidade desse objeto
é v(t) = - 9,8 t. Portanto, a aceleração é dada por:
a(t) = v’(t) = s’’(t) = - 9,8 m/s2.

16.1.5 Teste da primeira derivada e segunda derivada

Neste item vamos recordar por meio dos problemas abaixo as definições de
valores máximos e mínimos, funções crescente e decrescente, pontos de inflexão e
concavidades utilizando as regrinhas das derivadas.
Exemplo 8: Determine onde a função f(x) = 2x³ + 3x² - 12x – 7 é crescente e
onde é decrescente, calcule seus extremos relativos e construa o gráfico
correspondente.
Solução: Comece, calculando e fatorando a derivada
f´(x) = 6x² + 6x – 12 = 6(x² + x – 2) = 6(x – 1)(x + 2)

Através da forma fatorada da derivada, você percebe que f´(x) = 0, quando x


= - 2 e x = 1.
Como f(- 2) = 13 e f(1) = - 14, segue que os pontos críticos são (- 2, 13) e (1, -
14). Inicie a construção do gráfico, colocando estes pontos críticos (Ver Fig. 3.5).
Para determinar onde a função é crescente e onde é decrescente, observe os
sinais da derivada, quando x < - 2, - 2 < x < 1 e x > 1.
Quando x < - 2, tanto (x – 1), quanto (x + 2) são negativos; logo, a derivada
f´(x) = 6(x – 1)(x + 2) é positiva. Portanto, f é crescente, neste intervalo.
Quando - 2 < x < 1, o termo (x – 1) é negativo, enquanto (x + 2) é positivo.
Logo, a derivada é negativa e f é decrescente, neste intervalo.
Finalmente, x > 1, tanto (x – 1), quanto (x + 2) são positivos. Logo, a derivada
é positiva e f é crescente, neste intervalo.
Eis uma tabela que resume estas observações.

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255

Tabela 7: Resumo.
Intervalo Sinal de f´(x) Função Crescente ou Decrescente
x<-2 + Crescente
-2<x<1 - Decrescente
x>1 + Crescente

Figura 61: Construção do gráfico.

Exemplo 9: Encontre o máximo e o mínimo absoluto de f(x) = 3x4 – 4x³ no


intervalo [- 1, 2].
Solução: Para encontrar os números críticos, derivamos, obtendo
f´(x) = 12x³ – 12x² = 0 Faça f´(x) = 0

12x²(x – 1) = 0 Fatore

x=0ex=1 Números críticos

Como f´(x) está definida para todo x, esses são os únicos números críticos de
f. Finalmente, calculando f nesses pontos críticos e nos extremos do intervalo, temos
que o máximo é f(2) = 16 e que o mínimo é f(1) = - 1.

Exemplo 10: Por várias semanas, o Serviço de Trânsito vem pesquisando a


velocidade do tráfego numa auto-estrada. Verificou-se que num dia normal de semana, à
tarde, entre 1 e 6 horas, a velocidade do tráfego é de aproximadamente v(t) = 2t 3 – 21t2 +
60t + 40 quilômetros por hora, onde t é o número de horas transcorridas após o meio-dia. A

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256

que horas, dentro do intervalo de tempo mencionado, o tráfego se move mais rapidamente e
a que horas se move mais lentamente?
Solução: O objetivo é calcular o máximo absoluto e o mínimo absoluto da
função V(t) no intervalo [1, 6]. Da derivada V´(t) = 6t² - 42t + 60 = 6(t – 2).(t – 5), você
obtém as coordenadas t dos pontos críticos t = 2 e t = 5, ambas pertencendo ao
intervalo [1, 6].
Calcule agora V(t) para estes valores de t para as extremidades t = 1 e t = 6,
obtendo
V(1) = 81 V(2) = 92 V(5) = 65 V(6) = 76.

Exemplo 11: Como o maior destes valores é V(2) = 92 e o menor é V(5) = 65,
você pode concluir que o tráfego se move mais rapidamente às 2 horas da tarde,
com velocidade de 92km/h, e mais devagar às 5horas da tarde, com velocidade de
65km/h.
Determine os intervalos abertos nos quais o gráfico de f(x) = 6.(x² + 3) - 1 é
côncavo (f´´(x) < 0) ou (f´´(x) > 0) convexo .
Solução: Observe em primeiro lugar, que f é contínua em toda a reta real. A
segunda derivada de f é
f´(x) = (-6).(2x).(x² + 3) - 1 = -12x.(x² + 3) - 2 .

( x 2  3)2 .(12 )  (12 x).(2).(2 x)( x 2  3) 36 .( x 2  1)


f ´´( x)   .
( x 2  3)4 ( x 2  3)3

Como f´´(x) = 0 em x = 1 e f´´ está definida em toda a reta, os intervalos para


teste são (-, -1), (-1, 1) e (1, ).
A Tabela a seguir apresenta os resultados do teste.

Tabela 8: Resultado do teste.


Intervalo -<x<-1 -1<x<1 1<x<
Valor para teste x=-2 x=0 x=2
Sinal de f´´(x) f´´(- 2) > 0 f´´(0) < 0 f´´(2) > 0
Conclusão Convexa Côncava Convexa

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257

Exemplo 12: Determine os pontos de inflexão é discuta a concavidade do


gráfico de f(x) = x4 – 4x³.
Solução: Diferenciando duas vezes, temos
f´(x) = 4x³ - 12x²
f´´(x) = 12x² - 24x = 12x(x – 2).

Os possíveis pontos de inflexão estão localizados em x = 0 e x = 2. Efetuando


testes nos intervalos por eles determinados, concluímos que ambos são pontos de
inflexão. A Tabela a seguir, mostra o resumo dos testes.

Tabela 9: Resumo dos testes.


Intervalo -<x<0 0<x<2 2<x<

Valor para teste x=-1 x=1 x=3

Sinal de f´´(x) f´´(- 1) > 0 f´´(1) < 0 f´´(3) > 0

Conclusão Convexa Côncava Convexa

16.2 Integração

RECORDANDO, o processo de antiderivação é a operação inversa da


derivação e é também chamada de INTEGRAÇÃO e indicamos pelo símbolo

 f ( x)dx ( Integral Indefinida ), como tal indica uma família de antiderivadas de f(x),

temos :

 f ( x)dx  F ( x)  C

● Lembrando que F(x) é uma função tal que F’(x) = f(x) e C uma constante
arbitrária,  símbolo de integral, dx diferencial, f(x) integrando.

Vejamos alguns exemplos:


 Exemplos de integrais de funções simples:
Acompanhe os passos básicos para uma “ boa “ integração:

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258

 x2  3x 2
         C  C .
1
1) 3 xdx 3. xdx 3. x dx 3
 2  2

x = x1 e Simplificando

1 x 2 1
2 )  3 dx   x dx 
3
C   2 C.
x 2 2x

3
1 3
x2 2 2 2x x
3)  x dx   x dx 
2
3
 C  .x 2  C  . x 3  C 
3 3 3
C.

 Exemplos de integrais indefinidas utilizando o método da mudança de


variável:
Resolva as expressões abaixo:

4 4 4 u5 (3x  1) 5
 3.(3x  1) dx   (3x  1) .3 dx  u du  5  5
C
a) .
u  3 x  1

 du
 dx  3  du  3.dx

2 2 u2 ( x 2  x) 2
 (2 x  1).( x  x)dx   ( x  x).(2 x  1) dx   u du  2  C  C
b) 2

u  x 2  x

 du
  2x 1  du  2 x  1 dx
 dx

3 3
2
2 3 3
1
2
1 u 2 ( x 3  2) 2
 3x . x  2dx   ( x  2) .3x dx   u du  3  C 
2 2  . ( x 3  2) 3  C
3 3
c) 2 2

u  x3  2

 du
  3x 2  du  3 x 2dx
 dx

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259

 4x u 1 1 1
 dx   (1  2 x 2 ) 2 (4 x) dx   u 2 du  C  C  C
2 2 1 2
d) (1  2 x ) 2x  1
u

u  2 x 2  1

 du
  4 x  du  4 xdx
 dx

Exemplos de integrais definidas:


1 1
2 2 2
1 )  2 x dx  x  1  0  1  0 = 1
0 0

e 2 x e 2.1 e 2.0 e 2 e 0 1 e 2
1 1
1
2 )  e  2 x dx          .(1  e 2 )
0
2 0 2 2 2 2 2 2 2

3 3 3 3 3
 (6 x  5) dx   6 x dx    5dx  6.  x dx   5dx  5.3  5.(2) 
3) 2 2 2
2 2 2 2 2

 (3) 3 (2) 3   8
 6.    5.3  5.(2)  6. 9    (15  10 )  54  16  25  70  25 
 3 3   3

45.

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Resumo

Na aula 16, foi realizada uma revisão com todo o conteúdo da V2.

Você reviu os seguintes assuntos:

 Aplicações das derivadas;


 Integral definida e indefinida;
 Método de integração de mudança de variável (substituição).

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Referências Bibliográficas

Básica:
RABAH, F. A. Apostila de cálculo 2. Notas de aula da disciplina de Cálculo
II. Universidade de Marília, 2009.

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Exercícios
AULA 16

EXERCÍCIOS PROPOSTOS POR RABAH (2009).


1. Estima-se que daqui a t anos a circulação de um jornal local será de
C(t) = 100t² + 400t + 5000.
(a) Deduza a expressão da taxa de variação da circulação do jornal daqui a t
anos.
(Resp. C’(t) = 200t + 400)
(b) Qual será a taxa de variação da circulação daqui a 5 anos? A circulação
aumentará ou diminuirá? (Resp. crescendo com uma taxa de 1 400 por ano)
(c) Qual será a variação da circulação durante o 5º ano? (Resp. 1 300)

2. Suponha que x e y são funções diferenciáveis de t, relacionadas pela


equação y = 5x2 + 1. Encontre dy/dt quando x = 2, sabendo que dx/dt = 3 quando x =
2.
(Resp. 60)

3. Uma pedra é jogada em um laguinho de águas calmas, gerando ondas em


forma de círculos concêntricos. O raio r da onda exterior aumenta a uma taxa
constante de 0,3 metro por segundo. A que taxa a área da água perturbada está
aumentando quando o raio exterior é de 1 metro? (Resp. 0,6m2/s)

4. Bombeia-se ar em um balão esférico a uma taxa de 75 centímetros cúbicos


por minuto. Encontre a taxa de variação do raio quando seu valor é de 5
centímetros. (Resp. 0,24cm/min)

5. Um avião está voando a uma altitude de 10 quilômetros em uma trajetória


que o levará a passar diretamente acima de uma estação de radar. Seja s a
distância (em quilômetros) entre a estação de radar e o avião. Se s está
decrescendo a uma taxa de 650 quilômetros por hora quando s é 16 quilômetros,
qual é a velocidade do avião? (Resp. 833km/h)

6. Cascalho está sendo empilhado em uma pilha cônica a uma taxa de 3


metros cúbicos por minuto. Encontre a taxa de variação da altura da pilha
264

quando a altura é 3 metros. (Suponha que o tamanho do cascalho é tal que o


raio do cone é igual à sua altura.) (Resp. 0,106m/min)

7. Determine onde a função dada é crescente e onde é decrescente, calcule


seus extremos relativos e construa o gráfico correspondente.
x2
(a) f(x) = x3 + 3x2 + 1 (b) f(x) =
2x  5

8. Determinar as dimensões de um retângulo de área máxima, a ser


construído com arame de 100 cm de comprimento. (Resp. l = 25 cm)

9. Calcule o máximo e o mínimo absolutos (se existentes) da função dada no


intervalo especificado.
(a) f(x) = x2 + 4x + 5; [-3, 1] (b) f(x) = 2x3 + 3x2 – 12x – 7; [-3, 0]

10. Calcule as seguintes integrais:

a)  1  2 x 4 .2 dx b)  5 x 2  4.10 x dx

x 1 x2
c)  dx d)  dx
2 2
( x  2 x  3) 2
x  4x  3

e)  sen( x  4) dx 2
f)  ( x  sec 3x) dx

2 2 4
g)  sen x. cos x dx h)  x  2 x dx

dx x2
i)  2 j)  dx
x  6 x  13 x 1

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Anexo A

Principais regras de Derivação


(Neste quadro, u e v são funções deriváveis de x. Por outro lado, k, a, m e n
são constantes).

.
Quadro 1: Principais regras de derivação.
FUNÇÃO DERIVADA

1. y  k com k   y ' 0
2. yx y ' 1
3. y  k  u com k   y ' k u '
4. y uv y '  u 'v '

5. y  u1  u2  u3  ...  um com y '  u1 ' u2 ' u3 '...  um '


m N*

6. y  un com n  y '  n  u n1  u '


7. y  uv y '  u 'v  u  v '

8. y  u1  u2  u3  ...  um com m  N *
y '  u1 'u2 u3  ... um  u1 u2 'u3  ... um  ...  u1 u2 u3  ... um '

u u'v  u  v'
9. y ( v  0) y '
v v2
y '  u 'a u  ln a
10. y  au com (a  0 e a  1)

11. y  eu y '  u 'eu


12. y  log au com (a  0 e a  1, u  0) y'
u'
u  ln a
13. y  ln u com (u  0) u'
y'
u
14. y  u
v com (u  0) y '  v  u v - 1  u '  v '  u v  ln u
15. y  sen u y '  u ' cos u
16. y  cos u y '  u 'sen u
17. y  tg u y '  u ' sec2 u
18. y  cot g u y '  u ' cos sec 2 u
19. y  sec u y '  u ' sec u  tg u
20. y  cossec u y '  u ' cos sec u  cot g u
21. y  arc sen u y '
u'
1- u2
22. y  arc cos u y ' 
u'
1- u2
23. y  arc tg u u'
y '
1+ u2
 Definição de Derivada geral:

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266

dy df y f ( x  x)  f ( x)
y '  f ' ( x)    lim  lim
dx dx x 0 x x 0 x

f ( x )  f ( p)
 Definição de Derivada em um ponto p: f ' (p)  lim
x p xp

 Equação da reta tangente: y  f ( p)  f ' ( p)  ( x  p)

1
 Normal: y  f ( p)    ( x  p)
f ' ( p)

 Regra da Cadeia:
dy dy du
 
dx du dx

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Anexo B

Fórmulas e propriedades das integrais

1)  k  f ( x) dx  k  f ( x) dx
2)  [ f ( x)  g ( x)] dx  f ( x) dx   g ( x) dx (sendo válida para mais de duas

funções)

3) xn 1 (para n  1 )
 x dx 
n k
n 1

1
4) x
-1
dx  dx  ln | x |  k (para x  0 )
x
 xn 1
5) x dx  n  1  k , se n  -1 (resumindo as fórmulas (3) e (4))

n
ln | x |  k , se n  -1

6)  dx  x  k (caso particular da fórmula (3))

u' 1
7)  u
du  ln | u |  k (extensão da fórmula (4)  u du  ln u  k )
e dx  e x  k ou  e u du  eu  k
x
8)

e .x
9)  e  .x
dx  
 k (consequência da fórmula (8))

ax
10)  a dx   k (caso geral da fórmula (8))
x

ln a

e  u' du  e u  k (extensão da fórmula (8))


u
11)

12)  sen u du  - cos uk

13)  cos u du  sen u  k


14)  tg u du  - ln | cos u |  k
15)  cotg u dx  ln | sen u |  k
 sec u du  tg u  k
2
16)

 cossec u du  - cotg u  k
2
17)

18)  sec u  tg u dx  sec u  k


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268

19)  cossec u  cotg u du  - cossec u  k

1
20)  1 u 2
du  arc tg u  k

1 1 u
21) a 2
u 2
du  arc tg  k (extensão da fórmula (20))
a a
1
22)  1 u2
du  arc sen u  k

1 u
23)  a2  u2
du  arc sen  k (extensão da fórmula (22))
a
1
24)  x  a dx  ln | x  a | k
25)  sec u du  ln | sec u  tg u |  k
26)  sec3 u du = 1 sec u  tg u  ln | secu  tg u |  k
2

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Anexo C

Definições e formulário de revisão

 Definição de Derivada geral:


dy df y f ( x  x)  f ( x)
y '  f ' ( x)    lim  lim
dx dx x 0 x x 0 x

f ( x )  f ( p)
 Definição de Derivada em um ponto p: f ' (p)  lim
x p xp

1) Equação da Reta Tangente: y  f ( p)  f ' (p)  (x - p)

1
 Equação da Reta Normal: y  f ( p)    ( x  p)
f ' (p)

s ds
 Velocidade Instantânea: vi  lim   s ' (t )
t 0 t dt

v dv
 Aceleração Instantânea: ai  lim   v ' (t)  s ' ' (t )
t 0 t dt

Função crescente  f ' (x)  0



 Variação da Função: Função constante  f ' (x)  0
Função decrescente  f ' (x)  0

Voltada para cima  f ' ' (x)  0


 Concavidade da Função: 
Voltada para baixo  f ' ' (x)  0

 Ponto de máximo local: f ' ( x)  0 e f ' ' ( x)  0

 Ponto de mínimo local: f ' ( x)  0 e f ' ' ( x)  0


 Ponto de inflexão: f ' ' ( x)  0 e f ' ' ' ( x)  0

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270

[ f g ( x) ]'  f '  g ( x)   g ' ( x)


 Regra da Cadeia:  dy dy du
  
 dx du dx

0 
ou
f ( x) 0  f ' ( x)
 Regra de L’Hospital: lim  lim
x  p g ( x) x  p g ' ( x)

dy 1
 Derivada da função inversa: 
dx dx
dy

 Primitivas ou Antiderivadas:

 f ( x) dx  F(x)  k  F ' (x)  f(x) x  Dom( f )


 Teorema Fundamental do Cálculo (TFC):
b
 a
f ( x) dx  [ F ( x)]ba  F (b)  F (a) onde F ' ( x)  f ( x), a  x  b

A integral definida significa, geometricamente, a medida da área da superfície


limitada pelo gráfico da curva, pelo eixo dos x e pelas retas x = a e x = b.
b
Área   f ( x) dx
a

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Anexo D

Identidades Trigonométricas

1. sen 2 x  cos 2 x  1 .

2. 1  tg2 x  sec2 x .

3. 1  cotg2 x  cosec2 x .

4. sen 2 x  1  cos 2 x .
2

5. cos2 x  1  cos 2 x .
2
6. sen 2 x  2 sen x cos x .

7. 2 sen x cos y  sen  x  y   sen  x  y  .

8. 2 sen x sen y  cos  x  y   cos  x  y  .

9. 2 cos x cos y  cos  x  y   cos  x  y  .

 
10. 1  sen x  1  cos   x  .
2 

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