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Fobias

A informação clínica correta e disponível exatamente onde é necessária

Última atualização: Mar 13, 2017


Tabela de Conteúdos
Resumo 3

Fundamentos 4
Definição 4
Epidemiologia 4
Etiologia 4
Fisiopatologia 4
Classificação 5

Prevenção 6
Prevenção primária 6

Diagnóstico 7
Caso clínico 7
Abordagem passo a passo do diagnóstico 7
Fatores de risco 9
Anamnese e exame físico 10
Exames diagnóstico 11
Diagnóstico diferencial 12
Critérios de diagnóstico 12

Tratamento 14
Abordagem passo a passo do tratamento 14
Visão geral do tratamento 17
Opções de tratamento 18
Novidades 22

Acompanhamento 23
Recomendações 23
Complicações 23
Prognóstico 24

Diretrizes 26
Diretrizes de tratamento 26

Recursos online 27

Nível de evidência 28

Referências 29

Aviso legal 35
Resumo

◊ Uma das doenças psiquiátricas mais comuns e tratáveis.

◊ Marcada por medo ou ansiedade na presença de um objeto ou situação específica.

◊ As avaliações baseiam-se em autorrelatos, entrevistas clínicas e observações comportamentais.

◊ A terapia cognitivo-comportamental (TCC) com exposição especificamente gradual é considerada o


tratamento de primeira linha para pacientes com sintomas frequentes.

◊ A terapia também pode ser realizada por meio de autoajuda e modalidades assistidas por
computadores e terapeutas.

◊ Ao analisar as opções de tratamento, é importante considerar a motivação do paciente e os


recursos disponíveis.
Fobias Fundamentos

Definição
As fobias envolvem medo intenso de objetos ou situações específicas e são desencadeadas pela exposição
real ou antecipada a estímulos fóbicos. Situações que apresentam estímulos fóbicos costumam ser evitadas
BASICS

ou enfrentadas com grande ansiedade. Medos excessivos podem causar comprometimentos funcionais ou
prejudicar o estilo de vida.

Epidemiologia
As fobias estão entre os transtornos psiquiátricos mais comuns e tratáveis.[2] Nos EUA, a prevalência
ao longo da vida é entre 9% e 13%, e a prevalência de 12 meses é entre 7% e 9%, fazendo das fobias o
transtorno de ansiedade mais comum.[2] [3] [4] Taxas de prevalência de 5-8% são relatadas em crianças[5]
[6] e 16% em adolescentes.[7] As taxas são menores entre os idosos, variando de 2-5%.[7] [8]

No Reino Unido, a prevalência total para homens e mulheres é de 18 por 1000.[9]

As mulheres têm 2 a 3 vezes mais chances de desenvolver fobias que os homens;[2] [3] porém, a
prevalência de fobia do tipo sangue-injeção-ferimentos é igualmente distribuída entre os sexos.[1] [10] [11]

As chances de desenvolver fobias são significativamente menores entre hispânicos e asiáticos e maiores
entre pessoas brancas.[2] Fobias específicas da cultura são possíveis entre pessoas de diferentes raças e
etnias.[12] [13] Descobriu-se que o medo de animais é mais prevalente no Japão e em Hong Kong.[14]

Cerca de 70% dos pacientes com fobia específica relatam mais de um medo clinicamente relevante.[2]
Animais e altura tendem a ser os estímulos mais comuns, seguidos por voos de avião, espaços fechados e
sangue-injeção-ferimentos.[2]

Etiologia
Respostas de ansiedade intensa ou de pânico inesperado na presença de objetos ou situações específicas
podem marcar o início de fobia, mas não são necessariamente a única via causal da aquisição fóbica.[15]
O nojo, isolado ou combinado com o medo, pode estar envolvido no início e na manutenção de várias
fobias de animais (por exemplo, aranhas, cobras, vermes) e de sangue-injeção-ferimentos.[16] O início
também pode ocorrer por meios indiretos, como observar outras pessoas reagindo com medo ou receber
informações negativas.[15] No entanto, nem sempre é possível identificar um evento passado ou motivo
específico para o início de uma fobia.

Alguns estímulos podem induzir mais fobias que outros (por exemplo, animais mais que tomadas elétricas)
em função de sua relevância como ameaça evolucionária.[17] Os índices de concordância familiar entre
parentes biológicos de primeiro grau tendem a ser moderados. Estudos sugerem que fobias de animais e de
sangue-injeção-ferimentos têm os maiores índices de herdabilidade.[18] [19] [20] Gêmeas do sexo feminino
têm herdabilidade de 46% a 59%; porém, a pesquisa nessa área ainda é muito limitada.

Fisiopatologia
Acredita-se que a hiperatividade da amídala, do córtex cingulado anterior e da ínsula seja o mecanismo de
ação subjacente. Essa teoria baseia-se em pesquisas que indicam reduções significativas, nessas áreas, da
atividade neural específica do local após tratamentos de exposição baseados em evidências.[21] Estudos

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Fobias Fundamentos
de neuroimagem também mostraram um aumento na ativação da amígdala durante a exposição a estímulos
fóbicos relevantes e uma maior atividade nas regiões do tálamo, ínsula e córtex cingulado anterior.[22]
[23] [21] [24] [25] Metanálises sugerem que, durante exposições a estímulos fóbicos relevantes, as regiões
da amígdala esquerda/globo pálido, ínsula esquerda, tálamo direito e cerebelo são todas mais ativas em

BASICS
fóbicos que em não fóbicos. A terapia de exposição causa a desativação no córtex frontal direito, córtex
límbico, gânglios da base e cerebelo, com atividade aumentada no tálamo.[26] Observou-se, em uma
amostra pequena e mista de pacientes fóbicos, uma redução na disponibilidade dos receptores neurocinina
1 da substância P.[27]

Estudos de neuroimagem funcional identificaram padrões específicos de substratos neurais que diferenciam
transtornos fóbicos de outros transtornos de ansiedade, incluindo padrões únicos de ativação que
discriminam entre os vários subtipos de fobias.[28]

Acredita-se que a atividade aguda e exagerada do sistema nervoso parassimpático durante a exposição a
estímulos seja subjacente à síncope vasovagal que ocorre em até 80% das pessoas com fobia de sangue-
injeção-ferimentos.[29] [30]

Classificação
Estímulos fóbicos[1]
Animais

• Mais comumente cães, cobras e insetos.


Situacionais

• Mais comumente dirigir, voar e estar em espaços fechados (claustrofobia).


Ambientes naturais

• Mais comumente tempestades, altura e escuro.


Sangue-injeção-ferimentos

• Mais comumente injeções, coletas de sangue e procedimentos médicos.


Outros

• Por exemplo, sufocamento, vômitos e palhaços.

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Fobias Prevenção

Prevenção primária
Não se conhecem medidas de prevenção primária.
PREVENTION

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Fobias Diagnóstico

Caso clínico
Caso clínico #1
Um homem de 40 anos demonstra intensa preocupação muitas semanas antes de uma viagem de avião
programada. No entanto, o seu trabalho exige que ele viaje várias vezes ao ano. Ele desenvolveu o
medo há 2 anos após um voo extremamente turbulento. Ele tem imagens vívidas e recorrentes dele
morrendo em uma colisão aérea com o avião em chamas. Ele fica hiperalerta em relação a qualquer som
ou movimento inesperado do avião.

Caso clínico #2
Uma mulher de 25 anos apresenta uma reação fisiológica aumentada ao ser exposta a aranhas e
experimenta medo intenso na presença de qualquer coisa que lembre aranhas. Seus sintomas existem
desde sempre. Ela raramente vai à garagem ou ao ático, e, antes de dormir, seu marido precisa
inspecionar detalhadamente o quarto. Ela admite que nunca foi picada por uma aranha, tem vergonha de
suas reações e sabe que nem sempre aranhas são perigosas; porém, acometem-lhe pensamentos de
que todas as aranhas são agressivas e ameaçadoras.

Outras apresentações
As fobias podem se desenvolver em relação a quase qualquer objeto ou situação. Outras apresentações
comuns incluem pacientes com diabetes mellitus que não aderem ao monitoramento de glicose
sanguínea e evitam coletas de sangue agendadas. Esse comportamento pode se dever ao medo de
sangue, agulhas e/ou injeções e pode estar associado a tonturas, náuseas e/ou desmaios. Outras fobias
médicas podem incluir medo de ser sedado ou de ficar preso dentro de um scanner durante exames de
imagem. Fobias menos incomuns incluem medo de sufocamento, causando mudanças significativas
nos hábitos alimentares; medos irracionais de tocar em plásticos, causando significativa aversão tátil e
comportamento de evitação; e medo de vômitos, ocasionando pânico intenso em caso de náuseas ou ao

DIAGNOSIS
ouvir outros vomitando.

Abordagem passo a passo do diagnóstico


O diagnóstico pode ser feito por meio de autorrelato, entrevista clínica e observação comportamental de
resposta aos estímulos.[1] Muitos questionários de autoavaliação empiricamente validados estão disponíveis
para a avaliação do funcionamento basal e para o monitoramento da resposta ao tratamento ao longo do
tempo.[39]

A identificação de marcadores fisiopatológicos por meio de exames laboratoriais não é indicada.

Fatores na história
Os sintomas costumam ter início entre a segunda e a terceira infância; porém, as fobias podem se
desenvolver em qualquer idade. A idade média de início é entre os 7 e 10 anos, com um declínio nas
probabilidades de início ao longo da vida adulta.[1] [2] [3] A maioria das fobias de animais desenvolve-se
geralmente antes dos 8 anos de idade.

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Fobias Diagnóstico
Muitos pacientes não se lembram de eventos específicos relacionados ao desenvolvimento de suas
fobias, buscando, muitas vezes, tratamento anos após a manifestação de comportamento intenso de
evitação. As descrições dos sintomas incluem experiências de ansiedade intensa ou pânico durante a
exposição direta ou antecipada a situações ou objetos específicos. Perturbações do sono, depressão
e/ou extrema ansiedade antecipatória podem coexistir. Oitenta por cento dos pacientes com fobias de
sangue-injeção-ferimentos têm síncope vasovagal.[29] As estratégias de enfrentamento muitas vezes
incluem evitação, busca de segurança ou uso indevido de substâncias. Esses comportamentos podem
acarretar manutenção da fobia ao longo do tempo.

A história social geralmente revela comprometimentos funcionais nos campos pessoal, social e
ocupacional. A história familiar pode revelar parentes de primeiro grau sintomáticos, especialmente em
pacientes com fobias de sangue-injeção-ferimentos, que, muitas vezes, descrevem síncope vasovagal na
família. A história médica geralmente não traz nada digno de nota.

Questões de rastreamento
Para identificar pistas, sintomas e comportamentos fóbicos, podem-se fazer as seguintes perguntas:

• Você sente medo ou ansiedade intensa ao deparar-se com certos animais, objetos ou situações?
• Você evita esses animais, objetos ou situações em função de seu medo?
• De que maneiras essa ansiedade ou medo interferiu na sua vida?
• Como você reagiria se fosse exposto ao animal, objeto ou situação agora mesmo?
• Você já desmaiou ou quase desmaiou na presença de sangue, ferimentos ou agulhas?

Entrevista com a família e/ou amigos próximos


A avaliação pode ser expandida por meio de entrevistas com informantes-chave ou membros da família.
Elas são particularmente importantes na avaliação da fobia em crianças.

Exame físico
Geralmente, não há achados objetivos, embora pacientes possam ficar visivelmente ansiosos ou
DIAGNOSIS

nervosos ao discutirem suas fobias. Pode haver sinais de atividade elevada do sistema nervoso
simpático (por exemplo, taquicardia, hiperventilação, sudorese e rubor). O desmaio vasovagal também
pode ocorrer, especialmente quando pessoas com fobia de sangue-injeção-ferimentos são expostas
a situações ou procedimentos médicos. Esses pacientes podem ser avaliados para outras condições
clínicas associadas ao risco de desmaios (incluindo níveis glicêmicos e hipotensão ortostática).

Tarefas de abordagem comportamental


Avaliações utilizando tarefas de abordagem comportamental envolvem observar o quanto o paciente
está disposto a entrar em contato direto com estímulos fóbicos. Mede-se, por exemplo, o quanto um
aracnofóbico se aproxima de um recipiente vedado contendo uma aranha viva.

Crianças
Medos na infância são comuns e, geralmente, transitórios. Os medos que persistem são considerados
fobias caso se observem comprometimentos funcionais no desenvolvimento (por exemplo, recusar-
se a brincar fora de casa por medo de cachorros; recusar-se a desligar as luzes ao deitar por medo
do escuro). Ansiedades fóbicas em crianças podem se manifestar como choros, acessos de raiva,
imobilidade ou apego a objetos (clinging), mas as crianças podem não achar que seus medos sejam

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Fobias Diagnóstico
irracionais. Os pais descrevem inícios agudos e traumáticos (por exemplo, mordidas de cachorro) ou
graduais na ausência de experiências aversivas (por exemplo, medo do escuro).

Fatores de risco
Fortes
experiências aversivas
• O início das fobias pode ser precipitado por experiências prévias com objetos ou situações
específicas. Experiências traumáticas de aprendizado, diretas e indiretas, com situações ou objetos
circunscritos, são comuns.[15] Aproximadamente 25% dos pacientes não recordam experiências
negativas ou aversivas no início de suas fobias.[31] 1[A]Evidence

estresse e eventos de vida negativos


• O início das fobias pode ser precipitado por culminações de estressores e por eventos de vida
negativos, como dificuldades em relacionamentos, relocações, perda de emprego e dificuldades
econômicas.

transtornos de ansiedade
• O início da fobia pode ser simultâneo ou posterior a transtornos de ansiedade.[2]

transtornos de humor
• O início da fobia pode ser simultâneo ou posterior a transtornos do humor, comumente transtorno
bipolar do tipo II.[2]

transtornos relacionados ao uso de substâncias


• O início da fobia pode ser simultâneo ou posterior a transtornos relacionados ao uso de
substâncias.[2] Com o tempo, o uso indevido de substâncias pode contribuir para a manutenção da
fobia.

DIAGNOSIS
Fracos
parente de primeiro grau com fobia
• A genética pode contribuir para a vulnerabilidade ao início dos sintomas. Estima-se que a
herdabilidade familiar entre parentes de primeiro grau seja de 30% a 40%. Ela chega a 60% entre
parentes com fobia de sangue-injeção-ferimentos.[29] [32]

gêmeos com fobia


• Gêmeos do sexo feminino demonstraram herdabilidade entre 46% e 59% para fobias situacionais,
de animais e de sangue-injeção-ferimentos.[33] 2[B]Evidence A herdabilidade da hematofobia é
aproximadamente 7.5 vezes maior entre pares de gêmeas monozigóticas que entre dizigóticas.[34]

sexo feminino
• Fobias são aproximadamente 2 a 3 vezes mais comuns em mulheres que em homens. Porém, a fobia
de sangue-injeção-ferimentos é igualmente distribuída entre homens e mulheres.

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etnicidade branca
• As fobias são mais comuns em pessoas brancas que em pessoas hispânicas ou asiáticas.

ansiedade e superproteção parentais


• Os comportamentos de ansiedade e superproteção parentais podem desempenhar um importante
papel no desenvolvimento e manutenção de transtornos de ansiedade e fobias específicas em
particular.[35]

afetividade negativa e inibição comportamental


• As pessoas com afetividade negativa e inibição comportamental apresentam risco mais elevado de
desenvolvimento de fobias específicas.[36] [37]

viés cognitivo/de atenção


• Um número crescente de literatura sustenta que vários vieses cognitivos estão associados ao
desenvolvimento e à manutenção de fobias específicas.[38]

Anamnese e exame físico


Principais fatores de diagnóstico
ansiedade antecipatória (comum)
• A antecipação do contato com estímulos fóbicos pode estar associada a pensamentos catastróficos e
a medos da incapacidade de enfrentamento.

comportamento de evitação (comum)


• Maiores níveis de evitação são tipicamente associados a níveis aumentados de comprometimento
funcional. Os pacientes podem enfrentar as situações com sofrimento acentuado.

Outros fatores de diagnóstico


DIAGNOSIS

início na infância (comum)


• A faixa etária média para o início de fobias é dos 7 aos 10 anos. A maioria das fobias de animais
desenvolve-se antes dos 8 anos de idade.

início na fase adulta jovem (comum)


• Fobias situacionais e de sangue-injeção-ferimentos geralmente se iniciam em jovens adultos.

náuseas (comum)
• As náuseas podem ser provocadas pela exposição a certos estímulos fóbicos, especialmente os que
envolvem sangue-ferimentos.

tontura (comum)
• As tonturas podem ocorrer com a exposição real ou antecipada a estímulos fóbicos.

nojo (comum)
• O nojo de objetos ou situações, isolado ou combinado com medos, pode estar envolvido no início e
na manutenção de várias fobias de animais e de sangue-injeção-ferimentos.[16]

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Fobias Diagnóstico
desmaios (comum)
• Até 80% das pessoas com fobia de sangue-injeção-ferimentos podem ter episódios de desmaios.[27]

taquicardia (comum)
• A frequência cardíaca pode aumentar diante da exposição, real ou antecipada, a estímulos fóbicos.
No entanto, as respostas fisiológicas variam. Embora os indivíduos com fobias situacionais,
ambientais naturais e animais provavelmente apresentem estimulação no sistema nervoso simpático,
aqueles com sangue-injeção-ferimentos frequentemente demonstram uma resposta de desmaio
vasovagal marcada por aceleração breve inicial na frequência cardíaca e na pressão arterial, seguida
por desaceleração na frequência cardíaca e queda na pressão arterial.[11]

hiperventilação (comum)
• A hiperventilação pode ocorrer diante da exposição, real ou antecipada, a estímulos fóbicos.

resposta de sobressalto exagerada (comum)


• Podem ocorrer sobressaltos exagerados diante da exposição, real ou antecipada, a estímulos fóbicos.

perturbações do sono (incomum)


• Perturbações do sono podem se desenvolver em função de altos níveis de ansiedade antecipatória e
preocupação: por exemplo, a antecipação de uma viagem de avião.

Exames diagnóstico
Primeiros exames a serem solicitados

Exame Resultado
autorrelato descrições de ansiedade
intensa/pânico ao contato
• Suficientes para estabelecer o diagnóstico.

DIAGNOSIS
com estímulos fóbicos

entrevista clínica do Manual Diagnóstico e Estatístico de preenchimento dos


Transtornos Mentais, 5a edição (DSM-5) critérios de diagnóstico
do DSM-5
• Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, quinta
edição.
• Suficiente para estabelecer o diagnóstico.
observação comportamental e testes de aproximação ansiedade intensa e
evitação ao discutir ou
• As tarefas com abordagem comportamental podem ser usadas
aproximar-se de estímulos
para medir o quanto os pacientes estão dispostos a ter contato com
fóbicos
estímulos fóbicos.
• Suficientes para estabelecer o diagnóstico.

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Fobias Diagnóstico

Diagnóstico diferencial

Doença Sinais/sintomas de Exames de


diferenciação diferenciação
Agorafobia • Medo de situações sociais • Entrevista clínica
das quais a saída parece estruturada.
ser difícil ou pode não haver
ajuda disponível caso eles
se tornem incapacitados
pela sua ansiedade.

Transtorno do pânico • Alta ansiedade antecipatória • Entrevista clínica


em várias situações em estruturada.
que o paciente teme a
recorrência de um ataque.
• Ataques de pânicos
inesperados e recorrentes
na ausência de estímulos
fóbicos.
• Os pacientes podem
interpretar seus sintomas
físicos intensos como
ameaçadores ou perigosos.

Transtorno da ansiedade • Os medos envolvem • Entrevista clínica


social (fobia social) preocupações com passar estruturada.
vergonha ou ser julgado
negativamente pelos outros.
• O DSM-5 (Manual
Diagnóstico e Estatístico de
Transtornos Mentais, quinta
edição) introduziu o rótulo
diagnóstico alternativo de
transtorno da ansiedade
DIAGNOSIS

social para ajudar a reduzir a


confusão a respeito do termo
'fobia'.

Transtorno de estresse • Inicia-se após um fator • Entrevista clínica


pós-traumático estressor com potencial estruturada.
risco de vida. A anestesia
emocional é comum.
• A revivência de traumas é
comum.

Transtorno de ansiedade • Os medos envolvem • Entrevista clínica


de separação separações percebidas de estruturada.
membros da família.

Critérios de diagnóstico
Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, quinta
edição (DSM-5)[1]

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Fobias Diagnóstico
As fobias podem ser diagnosticadas quando os seguintes critérios da American Psychiatric Association são
preenchidos:

• Medos persistentes e intensos estimulados pela presença ou antecipação de objetos ou situações


específicas.
• A exposição a estímulos fóbicos provoca, quase que invariavelmente, respostas imediatas de
ansiedade, incluindo reação fisiológica aumentada. Nas crianças, as ansiedades podem se manifestar
como choro, acessos de raiva, imobilidade ou apego a objetos (clinging).
• Situações fóbicas são evitadas ou enfrentadas com ansiedade ou sofrimento intensos.
• O medo ou ansiedade é desproporcional ao perigo real apresentado pelo objeto ou situação temida.
• A evitação, a ansiedade por antecipação e/ou sofrimento devidos às situações temidas interferem
significativamente nas rotinas, ocupações ou funções acadêmicas normais, atividades sociais e/ou
nos relacionamentos.
• Sintomas presentes por pelo menos 6 meses tanto em crianças quanto em adultos.
• Os sintomas não são justificados por outros transtornos mentais.

Os subtipos são especificados com base nas seguintes categorias de fobia.

• Animais: cães, cobras, insetos, etc.


• Situacionais: dirigir, viajar de avião, espaços fechados, etc.
• Ambientes naturais: tempestades, altura, escuro, etc.
• Sangue-injeção-ferimentos: injeções, coletas de sangue, procedimentos médicos, etc.
• Outros: sufocamento, vômitos, palhaços, etc.

Classificação internacional de doenças e problemas relacionados à


saúde, versão 10: transtornos mentais e comportamentais[40]
As fobias específicas (isoladas) podem ser diagnosticadas quando os seguintes critérios da Organização
Mundial da Saúde são preenchidos:

DIAGNOSIS
• Sintomas psicológicos ou autonômicos são manifestações primárias de ansiedade, e não secundárias
a outros sintomas como delírio ou pensamentos obsessivos.
• A ansiedade é restrita à presença de objetos ou situações fóbicas particulares.
• As situações fóbicas são evitadas sempre que possível.

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Fobias Tratamento

Abordagem passo a passo do tratamento


A terapia cognitivo-comportamental (TCC) é a terapia de primeira linha para fobias.[41] [42] [43] [44] [45]
Tratamentos em curto prazo costumam ser suficientes, e podem-se obter melhoras significativas em apenas
1 a 5 sessões.[41] [42] [45] Tratamentos com uma sessão que envolvem exposição sistemática são efetivos
tanto para crianças quanto para adultos fóbicos.[46] [47] Os objetivos primários são reduzir a ansiedade
fóbica, eliminar os comportamentos de evitação e de segurança excessiva e melhorar as capacidades
funcionais. É importante considerar os tratamentos passados, a motivação dos pacientes, a presença de
transtornos comórbidos, as disponibilidades de tratamento e quaisquer barreiras ao tratamento.

Terapia cognitivo-comportamental
O tratamento de primeira linha para todos os pacientes com sintomas frequentes é a TCC, uma
intervenção baseada no treinamento de habilidades.[41] [42] [43] [45] A TCC combina educação,
automonitoramento, controle de estilos de pensamento negativo, exposição gradual e treinamento de
técnicas de relaxamento. A exposição gradual é geralmente vista como o elemento mais importante
da TCC durante o tratamento de fobias.[45] Evidências sugerem que a terapia de exposição é efetiva
para fobias de animais,[48] situacionais,[49] ambientais naturais,[50] de sangue-injeção-ferimentos[51] e
atípicas[52].

O tratamento terapêutico de exposição envolve a exposição a objetos ou situações reais temidas;


a exposição a estímulos fóbicos em intensidade gradual porém crescente, de maneira previsível e
controlável; exposição contínua por períodos prolongados para certificar-se de que a redução do
medo e os comportamentos de aproximação ocorram na presença de estímulos fóbicos; e exposições
frequentes e repetitivas seguidas de tentativas menos frequentes. Pacientes com sintomas associados
de claustrofobia (fobia situacional que envolve medo de espaços fechados) podem se beneficiar da
exposição gradual, feita de forma repetida e controlada, a sensações físicas desconfortáveis (como
hiperventilação e taquicardia). Isso pode reduzir as crenças fóbicas e aumentar a tolerância. A exposição
envolve aumentar a tolerância a aproximações sucessivas de objetos fóbicos (palavras, desenhos,
vídeos, situações reais, etc.). Os objetivos gerais são redução do medo ao longo do tempo sem
comportamentos de escape ou evitação. Em alguns casos, pode-se indicar, inicialmente, a exposição na
imaginação de situações temidas.

Intervenções de sessão única, baseadas em exposição maciça, de duração aproximada de 3 horas,


também se mostraram eficazes e eficientes no tratamento de fobias específicas em adultos e
crianças.[46] [47] 3[B]Evidence

A terapia de exposição gradual pode ser realizada através de materiais adequados de autoajuda,
programas assistidos por computador e encaminhamento a especialistas em saúde mental.

Situações e estímulos fóbicos podem ser criados utilizando-se tecnologias avançadas de computação.
A terapia de realidade virtual é mais útil para o tratamento de fobias de avião e de altura, especialmente
quando combinada com elementos de TCC.[53] [54] A eficácia da exposição à realidade virtual continua
crescendo, mas é vista como uma opção de tratamento viável para ansiedade fóbica, se disponível.[45]
TREATMENT

[55] [56] [57]

A terapia de exposição de inundação pode ser indicada para pacientes com sintomas que interferem
em atividades mais súbitas e inesperadas, como viagens ou procedimentos médicos. Esse tratamento
envolve a exposição prolongada e frequente a apresentações mais intensas dos estímulos fóbicos ao

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Fobias Tratamento
mesmo tempo em que elimina comportamentos de escape e evitação. A terapia pode ser modificada
para incluir exercícios de exposição de rápida gradação ao longo de períodos muito curtos de tempo.
Os potenciais benefícios incluem redução rápida do medo e conclusão de atividades ou tratamentos
necessários com prazos imediatos. Algumas potenciais desvantagens incluem maiores sensações de
ansiedade intensa e potencialmente incontrolável; abandono prematuro do tratamento; e recidiva dos
ganhos do tratamento.

Recomenda-se encaminhamento a profissionais de saúde especializados em TCC independentemente


da gravidade da fobia.

Terapia de tensão aplicada


Pacientes com fobias de sangue-injeção-ferimentos associadas a desmaios são inicialmente tratados
com técnica da tensão aplicada. Ela envolve o tensionamento e relaxamento frequentes de grandes
grupos musculares do braço, abdome e perna, a fim de promover o aumento da pressão arterial e da
circulação sanguínea.[58] Consequentemente, os pacientes participam da terapia de exposição gradual.
São necessários ensaios clínicos randomizados adicionais para avaliar a efetividade da técnica da
tensão aplicada em hematofóbicos com e sem história de desmaios.[59]

Farmacoterapia
Benzodiazepínicos foram utilizados por curto prazo em pacientes com sintomas não frequentes que
interferem em uma atividade necessária ou em um tratamento urgente (por exemplo, pacientes com
fobia de agulhas que necessitam de quimioterapia, pacientes com claustrofobia submetidos a exames
de imagem e pacientes com fobias relacionadas a viagens que interferem em suas ocupações); porém,
nenhum estudo demonstrou eficácia prolongada.

Benzodiazepínicos foram usados como coadjuvantes à TCC em pacientes com ansiedade antecipatória
extrema; porém, há uma preocupação de que o uso de benzodiazepínicos possa afetar a eficácia das
exposições graduais.

Outros coadjuvantes farmacoterapêuticos à TCC incluem inibidores seletivos de recaptação de


serotonina para pacientes com comorbidades com depressão ou outros transtornos de ansiedade, como
transtorno do pânico, e agentes hipnóticos para pacientes com insônia.

Manuais de autoajuda
Os manuais de autoajuda baseados em princípios da TCC, bem como a terapia de exposição
autoguiada, demonstraram ser eficazes e, às vezes, preferidos pelos pacientes.[60] Sugere-se um
manual de autoajuda de base empírica.[61] Os manuais de autoajuda baseados na TCC são mais
eficazes em comparação ao padrão de cuidados, lista de espera ou intervenções de relaxamento,
embora sejam necessárias mais análises de acompanhamento e custo-efetividade em longo prazo.[62]

Tratamentos assistidos por computador


A terapia assistida por computador também pode ser usada como um meio eficaz de conduzir
tratamentos baseados em exposição.[63] Estudos meta-analíticos costumam confirmar a maior eficácia
TREATMENT

das intervenções de exposição assistidas por computador se comparadas às condições de controle de


lista de espera.[64] [65] Um ensaio clínico randomizado e controlado demonstrou que tanto a exposição
guiada por internet quanto uma sessão única de exposição in vivo são eficazes para o tratamento
de aracnofobia, embora o tamanho do efeito e a proporção de fóbicos que alcançaram mudanças

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clinicamente significativas em um teste de abordagem comportamental tenham sido maiores no grupo de
exposição in vivo.[66]

No Reino Unido, o programa FearFighter é recomendado pelo National Institute for Health and Clinical
Excellence. [FearFighter panic & phobia treatment] Tratamentos assistidos por computador estão sendo
investigados na América do Norte, mas não estão sendo distribuídos comercialmente.

Outras modalidades de tratamento


Envolver os membros da família ou os amigos nos tratamentos pode aumentar a adesão às intervenções
recomendadas. O envolvimento familiar é particularmente importante no tratamento de crianças.

Encaminhamento
É importante consultar profissionais de saúde mental antes de iniciarem-se tratamentos baseados em
evidências, pois o monitoramento da progressão e da segurança do tratamento costuma ser feito por
especialistas. A colaboração e o contato regular entre o médico responsável pelo encaminhamento
e os profissionais de saúde mental são essenciais em todos os casos encaminhados. Os pacientes
com comprometimento mais grave ou sintomas mais complexos exigem que uma revisão seja feita por
especialistas com experiência em TCC.

Discutir as opções de encaminhamento com pacientes relutantes em ver profissionais de saúde


mental é útil. Nesses casos, quando indicado, podem-se fornecer informações corretivas e incremento
motivacional. O uso de livros de autoajuda adequados ou de programas de computador que enfatizem
os princípios de exposição autodirecionada podem ser aceitáveis para pacientes que recusam-se a ver
profissionais de saúde mental.

Crianças
Para transtornos de ansiedade na infância, recomenda-se o encaminhamento a profissionais de saúde
mental especializados em TCC, independentemente da gravidade da fobia.

O envolvimento dos pais é importante para estimular a orientação durante sessões de exposição dentro
de casa. Algumas crianças se beneficiam de programas de manejo de contingências para estimular
comportamentos de aproximação. Programas de manejo de contingências envolvem recompensar
reações positivas a situações ou objetos temidos. As recompensas podem incluir encorajamento verbal
positivo, doces e sistemas de pontuação (por exemplo, levando à aquisição de um brinquedo desejado).
As recompensas são obtidas apenas mediante a conclusão dos comportamentos de aproximação. O
manejo de contingências pode ser considerado em situações agudas ou quando as crianças resistem
ou têm dificuldades em participar das intervenções padrão baseadas em exposição. Os pais podem
ser treinados em métodos de manejo de contingências para facilitar os exercícios de exposição. Os
programas de manejo de contingências não são tão eficazes com adolescentes e adultos quanto com
crianças mais jovens.

Os tratamentos de primeira linha com TCC são essencialmente iguais para adultos e podem incluir
terapia de exposição gradual, terapia de inundação e/ou técnica da tensão aplicada para crianças com
TREATMENT

síncope. Formatos individuais ou grupais de TCC, com envolvimento dos pais, são abordagens eficazes
para o manejo de fobias da infância.[67] 4[A]Evidence As fobias da infância também podem ser tratadas
com intervenções de exposição maciça de sessão única.[47] [68] 3[B]Evidence

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Fobias Tratamento
Um ECRC sugeriu que o tratamento com foco na criança e o tratamento com uma sessão com a
participação dos pais são eficazes. Não se constatou que a participação dos pais contribui para ganhos
superiores, mas é necessário realizar mais pesquisa.[69]

Em crianças com transtornos de ansiedade primários, incluindo aquelas com fobias específicas, a
administração de tratamento auxiliado por computador foi associada a uma redução significativamente
maior da ansiedade e a uma capacidade funcional melhorada em comparação a um grupo de apoio
educacional auxiliado por computador.[70]

Assim como na literatura para adultos, há dados limitados sobre o benefício da farmacoterapia no
tratamento de fobias específicas em crianças e adolescentes.

Visão geral do tratamento


Consulte um banco de dados local de produtos farmacêuticos para informações detalhadas sobre contra-
indicações, interações medicamentosas e posologia. ( ver Aviso legal )

Em curso ( resumo )
adultos com sintomas subclínicos
que raramente interferem nas
atividades cotidianas

1a educação e monitoramento

adjunto terapia cognitivo-comportamental (TCC)


com terapia de exposição gradual

síncope vasovagal mais técnica da tensão aplicada


coexistente

adultos com sintomas frequentes que


interferem em atividades cotidianas

1a terapia cognitivo-comportamental (TCC)


com terapia de exposição gradual

2a benzodia zepínico

síncope vasovagal mais técnica da tensão aplicada


coexistente

crianças com sintomas contínuos


que interferem nas atividades
cotidianas

1a terapia cognitivo-comportamental (TCC)


com manejo de contingências
TREATMENT

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Fobias Tratamento

Opções de tratamento

Em curso
adultos com sintomas subclínicos
que raramente interferem nas
atividades cotidianas

1a educação e monitoramento

» Os objetivos do tratamento para esses grupos


de pacientes são normalizar o sofrimento e
ajudar a identificar os estímulos e gatilhos da
ansiedade. Os pacientes devem ser avaliados
para sintomas físicos e cognitivos de ansiedade,
avaliando também como os comportamentos de
evitação interferem nas atividades cotidianas.
É essencial, também, educar os pacientes
sobre as opções de tratamentos baseadas em
evidências e discutir quaisquer apreensões
quanto ao tratamento ou ao encaminhamento.

» Devem-se oferecer recursos de autoajuda


(por exemplo, o programa Living with Fear)
ou baseados na internet, como a Anxiety and
Depression Association of America [Anxiety
and Depression Association of America] ou o
Anxiety Disorders Treatment Center [Anxiety
Disorders Treatment Center] .

» Deve-se agendar uma consulta ou uma


ligação de retorno a fim de monitorar o
progresso e reforçar a resolução do problema.
adjunto terapia cognitivo-comportamental (TCC)
com terapia de exposição gradual

» Intervenção baseada no treinamento


de habilidades, para o aprendizado de
técnicas de manejo da ansiedade através de
educação, automonitoramento, treinamento
de relaxamento, manejo da preocupação e
exposição gradual. Aproximações repetidas,
frequentes, controláveis e previsíveis de
objetos fóbicos (palavras, desenhos, vídeos,
realidade virtual, situações reais, sensações
físicas desconfortáveis, etc.). Pode-se indicar,
inicialmente, a exposição imaginária a situações
temidas.

» Intervenções com uma sessão única de TCC


podem ser eficazes.3[B]Evidence
TREATMENT

» Pode ser realizada através de materiais


adequados de autoajuda, programas assistidos
por computador e encaminhamento a
profissionais de saúde mental especializados
em TCC.

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Fobias Tratamento

Em curso
síncope vasovagal mais técnica da tensão aplicada
coexistente
» Envolve o tensionamento e relaxamento
frequentes de grandes grupos musculares a fim
de aumentar a pressão arterial e promover a
circulação sanguínea.

» Recomendada para pacientes com desmaios


vasovagais durante a exposição a estímulos
relacionados a sangue-injeção-ferimentos.

» À medida que a proficiência se desenvolve,


pode-se iniciar a terapia de exposição gradual
a estímulos fóbicos relevantes (por exemplo,
sangue, agulhas, hospitais).

» Recomenda-se o encaminhamento a um
profissional de saúde mental especializado em
terapia cognitivo-comportamental.
adultos com sintomas frequentes que
interferem em atividades cotidianas

1a terapia cognitivo-comportamental (TCC)


com terapia de exposição gradual

» Intervenção baseada no treinamento


de habilidades, para o aprendizado de
técnicas de manejo da ansiedade através de
educação, automonitoramento, treinamento
de relaxamento, manejo da preocupação e
exposição gradual. Aproximações repetidas,
frequentes, controláveis e previsíveis de
objetos fóbicos (palavras, desenhos, vídeos,
realidade virtual, situações reais, sensações
físicas desconfortáveis, etc.). Pode-se indicar,
inicialmente, a exposição imaginária a situações
temidas.

» Intervenções com uma sessão única de TCC


podem ser eficazes.3[B]Evidence

» Pode ser realizada através de materiais


adequados de autoajuda, programas assistidos
por computador e encaminhamento a
profissionais de saúde mental especializados
em TCC.
2a benzodia zepínico
Opções primárias

» alprazolam: 0.25 a 0.5 mg por via oral


TREATMENT

(liberação imediata) três a quatro vezes ao


dia inicialmente, aumentar gradualmente de
acordo com a resposta, máximo de 4 mg/dia

OU

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Fobias Tratamento

Em curso
» clonazepam: 0.25 mg por via oral duas
vezes ao dia inicialmente, aumentar
gradualmente de acordo com a resposta,
máximo de 4 mg/dia

OU

» lorazepam: 2-3 mg/dia por via oral


administrados em 2-3 doses fracionadas
inicialmente, aumentar gradualmente de
acordo com a resposta, máximo de 10 mg/dia

OU

» diazepam: 2-10 mg por via oral duas a


quatro vezes ao dia

» O uso em curto prazo pode ser considerado


em casos muito particulares, como a fobia
de agulhas que interfere na quimioterapia,
a claustrofobia que interfere na imagem
diagnóstica ou as fobias relacionadas a viagens
que interferem nas ocupações profissionais.

» Podem afetar negativamente a eficácia da


terapia de exposição gradual. Embora esses
medicamentos sejam indicados para ansiedade,
não há estudos focados exclusivamente no
paciente com fobia específica que mostrem
eficácia nesses pacientes.

» É preciso cautela no uso em longo prazo.

» O encaminhamento a um especialista pode


ser indicado.
síncope vasovagal mais técnica da tensão aplicada
coexistente
» Envolve o tensionamento e relaxamento
frequentes de grandes grupos musculares a fim
de aumentar a pressão arterial e promover a
circulação sanguínea.

» Recomendada para pacientes com desmaios


vasovagais durante a exposição a estímulos
relacionados a sangue-injeção-ferimentos.

» À medida que a proficiência se desenvolve,


pode-se iniciar a terapia de exposição gradual
a estímulos fóbicos relevantes (por exemplo,
sangue, agulhas, hospitais).
TREATMENT

» Recomenda-se o encaminhamento a um
profissional de saúde mental especializado em
terapia cognitivo-comportamental.

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Fobias Tratamento

Em curso
crianças com sintomas contínuos
que interferem nas atividades
cotidianas

1a terapia cognitivo-comportamental (TCC)


com manejo de contingências

» Intervenção baseada no treinamento


de habilidades, para o aprendizado de
técnicas de manejo da ansiedade através de
educação, automonitoramento, treinamento
de relaxamento, manejo da preocupação e
exposição gradual.

» Recompensam-se os comportamentos de
aproximação gradual de objetos e situações
temidas e a demonstração de habilidades de
manejo da ansiedade.

» Ela é mais eficaz com crianças jovens que


com adolescentes.

» Os pais podem ser treinados em métodos


de manejo de contingências para facilitar os
exercícios de exposição dentro de casa.

» Formatos individuais ou grupais de TCC, com


envolvimento dos pais, são abordagens eficazes
para o manejo de fobias da infância.[67]
4[A]Evidence

» Intervenções com uma sessão única de TCC


podem ser eficazes.[68] 3[B]Evidence

» A administração de TCC auxiliada por


computador foi associada a uma redução
da ansiedade e a uma capacidade funcional
melhorada em comparação a um grupo de apoio
educacional auxiliado por computador.[70]

» Para transtornos de ansiedade na infância,


recomenda-se o encaminhamento a
profissionais de saúde mental especializados
em TCC, independentemente da gravidade da
fobia.

» Há dados limitados sobre o benefício da


farmacoterapia no tratamento de fobias
específicas em crianças e adolescentes.
TREATMENT

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Fobias Tratamento

Novidades
D-cicloserina
Tratamentos baseados em exposição podem ser melhorados através da consolidação da memória,
utilizando-se doses baixas do agonista parcial N-metil-D-aspartato, D-cicloserina.[71] São necessários
ensaios randomizados adicionais. Dentre uma amostra de ofidiofóbicos submetidos à terapia de exposição,
os que receberam D-cicloserina durante a exposição demonstraram maior ativação do orbitofrontal medial e
cingulado anterior subgenual, bem como desativação normalizada do cingulado perigenual em relação aos
fóbicos recebendo placebo.[72]
TREATMENT

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Fobias Acompanhamento

Recomendações
Monitoramento

FOLLOW UP
A avaliação indefinida e em longo prazo em situações de atenção primária é importante, uma vez que
os medos fóbicos e os comportamentos de evitação podem retornar a qualquer momento. Podem ser
necessárias sessões de exposição de reforço e autodirecionadas ou o reencaminhamento para uma
terapia breve cognitivo-comportamental.

Instruções ao paciente
É importante normalizar o sofrimento e avaliar como a ansiedade e os comportamentos de evitação
interferem nas atividades cotidianas. Também pode ser útil orientar os pacientes sobre as opções de
tratamentos baseados em evidências e discutir quaisquer apreensões quanto ao tratamento ou ao
encaminhamento.

Complicações

Complicações Período de Probabilidade


execução
transtorno de ansiedade variável média

Os transtornos de ansiedade podem preceder, coexistir com ou suceder o início das fobias. Embora
os pacientes possam se apresentar para o tratamento de fobias específicas, talvez seja necessário
considerar o tratamento de outros transtornos de ansiedade.

Transtornos de ansiedade comórbidos podem ser tratados com terapia cognitivo-comportamental (TCC).

Níveis leves a moderados de ansiedade podem ser tratados com farmacoterapia baseada em evidências.

Recomenda-se o encaminhamento a especialistas para níveis mais intensos de ansiedade.

depressão variável média

Os transtornos depressivos podem preceder, coexistir com ou suceder o início das fobias. Os sintomas
depressivos podem interferir na capacidade do paciente de realizar exposições graduais.

Os transtornos depressivos comórbidos podem ser tratados com TCC e psicoterapia interpessoal.

Níveis leves a moderados de depressão podem ser tratados com farmacoterapia baseada em evidências.

Recomenda-se o encaminhamento a especialistas para níveis mais intensos de depressão.

não adesão aos esquemas clínicos variável média

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Fobias Acompanhamento

Complicações Período de Probabilidade


execução
FOLLOW UP

As respostas fóbicas podem interferir com os tratamentos clínicos necessários. Por exemplo, pacientes
com fobia de sangue-injeção-ferimentos têm maior risco de não aderir ao esquema de tratamento para
diabetes.[74]

É importante considerar a disponibilidade e as preocupações/preferências dos pacientes, bem como


educá-los sobre as opções de tratamentos baseados em evidências.

apreensão/estigma quanto ao encaminhamento a variável média


profissionais de saúde mental

É importante normalizar as preocupações dos pacientes e fornecer informações corretivas. A discussão


sobre preocupações, resistência e técnicas motivacionais costuma ser útil.

Podem-se consultar profissionais de saúde mental locais para obter orientações ou opções de
encaminhamento adicionais.

É aceitável recomendar livros ou programas computadorizados de autoajuda a pacientes que recusam o


encaminhamento a profissionais de saúde mental.

Os pacientes podem beneficiar-se de materiais educativos via internet, como os disponibilizados pelo
National Institute of Mental Health e pela Anxiety and Depression Association of America. [National
Institute of Mental Health: anxiety disorders] [Anxiety and Depression Association of America]

resistência à terapia de exposição variável média

É importante normalizar as preocupações dos pacientes e fornecer informações corretivas. A discussão


sobre preocupações, resistência e técnicas motivacionais costuma ser útil.

Profissionais de saúde mental locais podem oferecer orientações ou opções de encaminhamento


adicionais.

É aceitável recomendar livros ou programas computadorizados de autoajuda a pacientes que recusam o


encaminhamento a profissionais de saúde mental.

Os pacientes podem beneficiar-se de materiais educativos via internet, como os disponibilizados pelo
National Institute of Mental Health e pela Anxiety and Depression Association of America. [National
Institute of Mental Health: anxiety disorders] [Anxiety and Depression Association of America]

Prognóstico

Um estudo prospectivo com jovens adultas mostrou uma evolução variável na intensidade das fobias e nos
comprometimentos associados, com saúde mental positiva e maior qualidade de vida preditivas das taxas
de remissão.[73] Até 90% dos pacientes alcançam níveis clinicamente significativos de melhora após o
tratamento com terapia de exposição.[43] [41] [42] Muitos dos ganhos de tratamento mantêm-se após 1 ano
do tratamento; porém, mais pesquisas são necessárias para determinar os ganhos após a terapia em longo
prazo.[41] [63] As probabilidades de recidiva podem ser reduzidas com sessões periódicas de exposição de
reforço e com o envolvimento contínuo em exposições autodirecionadas.

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Fobias Acompanhamento
As razões para o abandono de ensaios randomizados de terapia de exposição permanecem obscuras.[63]

FOLLOW UP

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Fobias Diretrizes

Diretrizes de tratamento

Europa

Evidence-based pharmacological treatment of anxiety disorders, post-


traumatic stress disorder and obsessive-compulsive disorder: a revision of
the 2005 guidelines from the British Association for Psychopharmacology
Publicado por: British Association for Psychopharmacology Última publicação em:
2014

Generalised anxiety disorder and panic disorder in adults: management


Publicado por: National Institute for Health and Care Excellence Última publicação em:
2011

Computerised cognitive behaviour therapy for depression and anxiety


GUIDELINES

Publicado por: National Institute for Health and Care Excellence Última publicação em:
2006

América do Norte

Canadian clinical practice guidelines for the management of anxiety,


post traumatic stress, and obsessive compulsive disorders
Publicado por: Anxiety Disorders Association of Canada; McGill Última publicação em:
University 2014

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Fobias Recursos online

Recursos online
1. FearFighter panic & phobia treatment (external link)

2. Anxiety and Depression Association of America (external link)

3. Anxiety Disorders Treatment Center (external link)

4. National Institute of Mental Health: anxiety disorders (external link)

ONLINE RESOURCES

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Fobias Nível de evidência

Nível de evidência
1. Experiências negativas no início da fobia: há evidências de alta qualidade de que cerca de 25% dos
pacientes fóbicos não recordam quaisquer experiências negativas ou aversivas no momento do início
da fobia.[31]
Nível de evidência A: Revisões sistemáticas (RSs) ou estudos clínicos randomizados e controlados
(ECRCs) de >200 participantes.

2. Herdabilidade das fobias: há evidências de qualidade moderada de que gêmeos do sexo feminino
têm herdabilidade de 46%, 47% e 59% para fobias situacionais, de animais e de sangue-injeção-
ferimentos, respectivamente.[33] Outros estudos com gêmeos sobre fobias são limitados.
Nível de evidência B: Estudos clínicos randomizados e controlados (ECRCs) de <200 participantes,
ECRCs de >200 participantes com falhas metodológicas, revisões sistemáticas (RSs) com falhas
metodológicas ou estudos observacionais (coorte) de boa qualidade.

3. Melhora dos sintomas: há evidências de qualidade moderada de que intervenções de sessão única,
baseadas em exposição maciça, de duração aproximada de 3 horas, são eficazes e eficientes no
tratamento de fobias específicas em adultos e crianças.[46] [47]
Nível de evidência B: Estudos clínicos randomizados e controlados (ECRCs) de <200 participantes,
ECRCs de >200 participantes com falhas metodológicas, revisões sistemáticas (RSs) com falhas
metodológicas ou estudos observacionais (coorte) de boa qualidade.

4. Melhora dos sintomas em crianças: há evidências de alta qualidade de que formatos individuais ou
grupais de terapia cognitivo-comportamental (TCC), com envolvimento dos pais, são abordagens
eficazes para o manejo de fobias da infância.[67]
Nível de evidência A: Revisões sistemáticas (RSs) ou estudos clínicos randomizados e controlados
(ECRCs) de >200 participantes.
EVIDENCE SCORES

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Fobias Referências

Artigos principais
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REFERENCES
results from the National Epidemiologic Survey on Alcohol and Related Conditions. Psychol Med.
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• Pull CB. Recent trends in the study of specific phobias. Curr Opin Psychiatry. 2008;21:43-50. Resumo

• Davey GC. Classical conditioning and the acquisition of human fears and phobias: a review and
synthesis of the literature. Adv Behav Res Ther. 1992;14:29-66.

• Gros DF, Antony MM. The assessment and treatment of specific phobias: a review. Curr Psychiatry
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• Antony MM, Barlow DH. Specific phobias. In: Barlow DH, ed. Anxiety and its disorders: the nature and
treatment of anxiety and panic. 2nd ed. New York, NY: Guilford Press; 2002:380-417.

• Wolitzky-Taylor KB, Horowitz JD, Powers MB, et al. Psychological approaches in the treatment of
specific phobias: a meta-analysis. Clin Psychol Rev. 2008;28:1021-1037. Resumo

• Katzman MA, Bleau P, Blier P, et al; Anxiety Disorders Association of Canada; McGill University.
Canadian clinical practice guidelines for the management of anxiety, posttraumatic stress and
obsessive-compulsive disorders. BMC Psychiatry. 2014;14(suppl 1):S1. Texto completo Resumo

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phobia. Behav Res Ther. 1996;34:101-112. Resumo

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NOTA DE INTERPRETAÇÃO: Os numerais no conteúdo traduzido são exibidos de acordo com a


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menores que a unidade são representados com pontos decimais. Consulte a tabela explicativa na Tab 1. O
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padrão especificado para separadores numéricos.Esta abordagem está em conformidade com a orientação
do Serviço Internacional de Pesos e Medidas (International Bureau of Weights and Measures) (resolução de

DISCLAIMER
2003)

http://www1.bipm.org/jsp/en/ViewCGPMResolution.jsp

Estilo do BMJ Best Practice

Numerais 10,000
de
5
dígitos

Numerais 1000
de
4
dígitos

Numerais 0.25
<
1

Tabela 1 Estilo do BMJ Best Practice no que diz respeito a numerais

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Colaboradores:

// Autores:

Eve Khlyavich Freidl, MD


Assistant Professor of Psychiatry at CUMC
Columbia University Clinic for Anxiety and Related Disorders, Columbia University Medical Center, New
York, NY
DIVULGAÇÕES: EKF declares that she has no competing interests.

E. Blake Zakarin, PhD


Instructor of Medical Psychology in Psychiatry
Child and Adolescent Psychiatry, Columbia University Clinic for Anxiety and Related Disorders, Columbia
University Medical Center, New York, NY
DIVULGAÇÕES: EBZ declares that she has no competing interests.

// Reconhecimentos:
Dr Eve Friedl and Dr E. Blake Zakarin would like to gratefully acknowledge Dr Craig N. Sawchuk and Dr
Bunmi O. Olatunji, previous contributors to this monograph. CNS is a co-author of one reference cited in this
monograph. BOO is a co-author of one reference cited in this monograph.

// Colegas revisores:

Jeffrey M. Lohr, PhD


Professor
Clinical Training Program, Department of Psychology, University of Arkansas, Fayetteville, AR
DIVULGAÇÕES: JML declares that he has no competing interests.

David F. Tolin, PhD


Associate Professor
Institute of Living, Yale University, New Haven, CT
DIVULGAÇÕES: DFT declares that he has no competing interests.

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