Dto Proc Civil III Casos Praticos Resolvidos
Dto Proc Civil III Casos Praticos Resolvidos
Dto Proc Civil III Casos Praticos Resolvidos
CASO PRÁTICO 1
Factos:
1. temos uma sentença condenatória.
2. a sentença não fixa o montante, apenas diz que houve danos patrimoniais e
não patrimoniais.
3. C dá entrada de uma ação executiva apresentando como titulo executivo a
sentença condenatória e conclui que o valor é de 12.500€.
Resolução:
1º Titulo executivo: condição formal de excussão
2º Obrigação certa exigível: condição material da execução
3º Legitimidade: credores e devedores constam do titulo
4º Competência do tribunal: interna, em razão da hierarquia, forma do processo, etc. ou
internacional
5º Forma de processo
1º Pergunta
Tinha Celeste Titulo executivo?
Estamos perante uma ação executiva, art. 10º, pois C pretende que a quantia apurada
seja paga pelos executados.
O 703/1 c) diz que qualquer sentença condenatória é titulo executivo. Qualquer decisão
judicial que imponha um comando de atuação.
Problema:
Só a sentença condenatória ou também a que reconhece um direito ou a
sentença constitutiva?
Por regra, na ação declarativa e na executiva não se podem fazer pedidos genéricos,
incertos ou ilíquidos.
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Baixado por Ariana Oliveira ([email protected])
lOMoARcPSD|2710594
É certa: Quantia certa qualitativa: nestes caso o que se pede é que respeite a
obrigação pecuniária (em moeda), art. 550º e ss.
Será que a sentença condenatória, por não ter um valor liquido apurado constitui
um titulo executivo?
É liquida: segundo art. 609/2 parte final, o tribunal condena no que deve ser liquidado
sendo o que se depreende do texto na parte em que diz “de acordo com os valores que
se viessem a apurar em execução de sentença”. Logo depreendemos que se trata de
uma sentença genérica, possível através do art. 556/1.
Podemos chegar á ação executiva com uma sentença condenatória genérica. Mas o
704/6 exige que se tenha que saber qual é o valor para ser possível fazer penhoras.
A lei prevê que a todo o tempo da ação declarativa e mesmo depois do transito em
julgado da sentença condenatória a lei prevê um incidente que serve para liquidar a
sentença – Incidente de Liquidação da sentença – 358. A todo o tempo, na ação
declarativa, podemos fazer um pedido adicional complementar, na posse de todos os
documentos, concretizar o pedido. Inclusive é possível, depois da sentença
condenatória, pedir a reabertura da ação declarava para se poder concretizar o pedido.
A decisão de liquidação vai completar a decisão inicial, não podendo revoga-la, 358/2 –
incidente de liquidação póstumo.
A lei quer que o calculo seja feito no processo delativo e só depois disto é que temos
verdadeiramente um titulo executivo.
Assim,
Segundo art. 704/6 e 609/2, a doutrina diz que só haverá titulo executivo após a
liquidação em processo declarativo. O autor tem o ónus de deduzir o processo
declarativo através do Incidente de Liquidação.
NOTA:
A forma de processo da sentença é o processo sumário.
2 situações:
O 550/1 diz que poderá ser ordinária ou sumaria. Segundo 550/2 a) parece ser forma
sumaria.
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Baixado por Ariana Oliveira ([email protected])
lOMoARcPSD|2710594
Mas não é este o artigo que utilizamos porque diz “sentença que não deva ser
executada no próprio processo”.
Assim,
O art. 85 diz que a execução de sentença decorre nos próprios autos da ação
declativa. A ação executiva não é uma ação á parte, decorre por apenso ao processo
declativo, mesmo que haja um juízo de execução, o que se faz é juntar o requerimento
de execução de sentença em anexo ao processo declativo e enviado para o juiz de
execução.
O art. 550/2 a) diz que se aplica-se a forma sumaria a sentença cuja execução não
decorra dos próprios autos. Que é o oposto ao art. 85.
Há expões,
Nos casos em que há intervenção de um juiz, não há forma sumaria, há uma garantia
de forma ordinária, 550/3. Em casos como incidente de liquidação, incidente de
acertamento da obrigação, incidente de comunicação da divida, execução contra o
fiador, segue sempre forma ordinária, mesmo que, em principio, devesse seguir forma
sumaria. O próprio 626/2 ressalva estas situações.
Na forma sumaria:
Aplicam-se os art. 855 e ss, vai diretamente para o agente de execução, não havendo
em principio despacho liminar do juiz. Quem faz o controlo do processo é o agente de
execução
Se o AE verificar que não há titulo executivo deve remeter o caso ao juiz para que
este profira um despacho de indeferimento liminar.
Concluindo:
A competência e a forma de processo é determinada pelo titulo executivo e pelo valor
da divida.
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Baixado por Ariana Oliveira ([email protected])
lOMoARcPSD|2710594
e 647 (efeito da apelação). A apelação tem efeito meramente devolutivo, êxito nos
casos presentes neste artigo.
Em Portugal temos um paradoxo, parecendo que em regra não se pode executar uma
sentença pendente de recurso, mas pode. Porque o recurso de apelação, salvo
algumas exceções, tem efeito meramente devolutivo, assim, a interposição da
apelação não suspende a exequibilidade.
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Baixado por Ariana Oliveira ([email protected])
lOMoARcPSD|2710594
Poemos começar por referir o art. 609/2 onde a sentença condenatória refere que,
“será condenado no que se liquidar na execução da sentença”, tal como consta do
texto do caso prático “de acordo com os valores que se viessem a apurar em
execução de sentença”, ou seja, num momento posterior.
Problemática:
704/6 vs. 716/4 - A liquidação deverá ser feita em sede da Ação Declarativa ou e sede
da Ação Executiva?
Neste caso pratico devia ter havido incidente prévio de liquidação de sentença, não
havendo o que vai acontecer não sabemos.
Quanto à obrigação de pagar juros de mora à taxa legal. Anteriormente a esta revisão
do código havia jurisprudência que dizia que não pois se o juiz da ação condenatória
não condenou em juros de mora e eles também não foram pedido, não se podia
executar, outra parte da doutrina dizia que se podia executar porque eram juros que
decorreram da lei. Como tudo decorre da lei, isto só não basta. Assim a lei desde 2003
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Baixado por Ariana Oliveira ([email protected])
lOMoARcPSD|2710594
tomou uma posição, dizendo que estão incluídos no titulo os juros de mora à taxa legal.
Pode-se pedir juros de mora nos termos do CC ou de leis uniformes, mesmo que não
tenham sido pedidos na decisão condenatória. Que se consideram abrangidos pelo
título executivo, art.703/2. Mesmo que Celeste não pedisse, não teria que pedir, há
uma tolerância no principio do dispositivo.
Ao contrario se são pedidos juros comerciais, estes tem que ser pedidos, pois
não decorre da lei. Resposta diferente seria, se se tratassem de juros que continuem a
vencer-se. Nestes casos a sua liquidação é feita a final, pelo Agente de Execução,
art.716/2.
O 805 CC data para contar os juros de mora, nas obrigações puras, nas obrigações
sujeitas a prazo, etc.
O 805/3 CC, o crédito vence desde a data da citação do réu na ação declarativa. Neste
caso pratico a obrigação esta liquida.
Perguntas da Semana
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Baixado por Ariana Oliveira ([email protected])
lOMoARcPSD|2710594
CASO PRÁTICO 2
1. Pode Josefina propor ação executiva contra Mimi para forçar a entrega da
chave da casa ou deve recorrer a uma nova ação declarativa?
No caso importa saber se é necessário uma nova ação condenatória contra uma ação
ilícita sobre o direito já declarado, ou se aquela constituição chega.
Para a maioria da doutrina, no caso a sentença constitutiva, visto já ter criado o direito
que serve como titulo executivo pode ser movida uma ação executiva para fazer valer o
seu direito à casa, mesmo que não se condene a simples declaração de um direito,
esta pode ser imposta coactivamente pela outra parte (condenações implícitas). A
doutrina minoritária não concorda, Rui Pinto diz que não esta no titulo literalmente, o
credor não pedido e vai beneficiar, sendo o problema o fato de que como o credor não
pedido o devedor não se pode defender na ação de processo declarativo. O resultado
da condenação implícita, será conforme á CRP, este procedimento? Será proporcional?
A resposta de RP é que, perante algumas obrigações, parece proporcional,
nomeadamente a de juros de mora, que decorre da própria lei.
Está implícito que quem receber a primeira decisão da ação constitutiva tem que
cumprir com a decisão.
Desde que não haja surpresas e inesperados direitos, que assim tem que se propor
nova ação declarativa.
Imaginemos que o juiz acha que já tem um titulo executivo. O RP entende que quem já
tem titulo executivo, não tem necessidade aparentemente de propor ação, o juiz tem
que decidir de mérito na mesma e condena o autor nas custas.
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Baixado por Ariana Oliveira ([email protected])
lOMoARcPSD|2710594
decidir e quem paga as custas é o credor, 535, a não ser que o réu conteste e ai há
controversão, neste caso é o réu que paga as custas.
Caso prático 4
A prestação é certa e líquida. O ser exigível vamos presumir, vamos supor que sim.
Mas porque é que na oposição à execução, o devedor (ou devedores) poderiam vir
dizer que este título não era válido? Porque este testamento está viciado de duas
formas:
- Aquele que não sabe ler nem escrever é inábel para fazer testamento cerrado
(2208.ºCC);
- O beneficiário não podia escrever as normas que o beneficiam no testamento
(2197+2199CC).
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Baixado por Ariana Oliveira ([email protected])
lOMoARcPSD|2710594
Outra questão: nós estamos a partir do cenário - e não sabemos - que o testamento foi
ao notário. Se for verdade, no plano formal não há nada a dizer. Se o testamento nem
sequer for ao notário, aí é completamente diferente - seria uma nulidade formal e não
era válido como testamento nem como título executivo porque estava fora do art. 703/1
b). Podiam então dizer-me: mas cabe no art. 703/1 c). Talvez, mas não podemos
esquecer que as alíneas a) a c) do 703/1 supõem que os documentos são formalmente
válidos. Não pedem que os documentos sejam 100% válidos mas exigem que, pelo
menos, sejam formalmente válidos. Se for uma anulabilidade o título ainda pode manter
alguma força executiva mas se for uma invalidade formal o agente de execução não
pode executar aquilo.
Em suma, em princípio talvez os vícios materiais em causa não seriam de
conhecimento oficioso - não impediriam a execução, os vícios formais não sabemos -
só existiriam se o testamento não tivesse ido ao notário.
(Um parêntesis: Que forma seguiria este processo? Aplica-se a nova alínea c) do 550/2
- é processo sumário, o valor da dívida não interessa.)
Outra hipótese de título executivo: Podiam dizer-me que isto era uma partilha e que se
tivesse havido inventário, a lei Lei 23/2013 - art. 20.º diz que a certidão do inventário do
notário tem força executiva. É um título executivo avulso. Isto não está no caso prático.
Outra hipótese de título: o título executivo ser a hipoteca. A hipoteca enunciava a dívida
e foi assinada pelo Osvaldo reconhecendo assim a dívida.
Outra hipótese de título (mais afastada): Pode ser aqui colocada uma injunção? Não
faz parte da matéria mas é importante falar nisto - DL 269/98. A lei permite, através de
um procedimento administrativo, que o requerimento preenchido eletronicamente, se
não for contestado, passa a ter força executiva. Mas há um limite de valor - 15000€ a
não ser que seja obrigação emergente de uma transação comercial (art. 7.º do Anexo
deste DL). Ou seja se o Osvaldo não fosse o cliente final até podia haver aqui um título
executivo por esta via.
E como é que o credor comprava que Leopoldo aceitou a herança? Pela habilitação de
herdeiros?
54.º/1 CPC. Das duas uma, ou Leopoldo aceitou a herança depois da ação executiva,
ou na pendência da ação executiva. No nosso caso aceitou antes da ação. Então o
credor vai juntar o título executivo e, se for necessário prova complementar (715.º por
analogia) que comprove a aceitação da herança. Tem que demonstrar que há
reconhecimento de dívida e que houve aceitação da herança.
E se ação for colocada contra a herança jacente e na pendência da ação o Leopoldo
aceitasse a herança? Aí teria que se abrir um incidente de habilitação na ação - 351.º.
Mas isto não acaba aqui. Neste caso há um pormenor que é a garantia real. O que é
que muda?
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Baixado por Ariana Oliveira ([email protected])
lOMoARcPSD|2710594
Se o Osvaldo fosse vivo, víamos o 697.º CC + 752.º CPC - benefício da excussão real.
O problema é que, falecido o Osvaldo a garantia passa para um 3.º (Leopoldo) sobre
um bem que não é seu (é de Nandinha) - não se aplica o 697.º CC. Então o credor
pode executar quem quiser, ou executa o Leopoldo ou executa a garantia real, não há
benefício da excussão real neste caso.
Então podem perguntar: mas se a Nandinha não é devedora, como é que ela tem
legitimidade executiva. Porque é que é possível por vezes executar quem não é o
devedor? É o 54/2 que o permite, portanto a Nandinha tem legitimidade! Mas aí o
credor tem que trazer o título executivo e a hipoteca porque tem que demonstrar essa
legitimidade complementar da Nandinha.
Doutrina:
Prof. RP: A minha opinião é que há aí um putativo Litisconsórcio voluntário
conveniente. O credor pode demandar só o Leopoldo, só a Nandinha ou os dois ao
mesmo tempo.
Mas há Profs. que têm uma leitura mais restritiva, entendem que tem que ser a
Nandinha a ser demandada primeiro.
Em suma, podia executar (também) a Nandinha mas esta não tinha benefício da
excussão real.
NOTA: a lei não refere expressamente este caso, a lei fala muito do caso contrário de a
ação decorrer contra a Nandinha e depois responde à pergunta se se pode por a ação
contra o Leopoldo. É a essa também a questão da pergunta seguinte do caso.
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Baixado por Ariana Oliveira ([email protected])
lOMoARcPSD|2710594
Cá está. Sim, é possível e está expressamente previsto na lei - 54/3 CPC. Uma nota
para dizer que os incidentes de intervenção de terceiros estão “desenhados” para a
ação declarativa (311 ss). São incidentes para produzir uma sentença e não para a
executar. A ação executiva é rígida e, por isso, só nos casos expressamente previstos
na lei é que se pode modificar subjetivamente a instância (no nosso caso temos
previsão expressa – 54/3).
E quanto ao facto de Miquelino ter apresentado o testamento? Se demandasse só o
devedor tinha que juntar a aceitação da herança para execução do testamento. Sendo
um terceiro garante tem o título executivo (o testamento) mas tem que haver depois um
documento que comprove que há garantia real sobre a propriedade daquela pessoa
concreta (o contrato de hipoteca). Mas podemos juntar também o facto de ela ter
aceitado o legado. São 3 elementos: hipoteca, aceitação e título executivo
propriamente dito. Mas se me disserem que o título não era válido, então poderíamos
dizer que se usaria como título a própria escritura de constituição da hipoteca (ver
resposta à pergunta 1) mas de qualquer forma teria sempre que se provar que houve
aceitação.
Uma nota final: há uma relação estreita entre o art. 54 do CPC e os arts. 817 e 818 do
CC.
Patrícia não é devedora, não tem garantia real mas é proprietária dos bens. Vejamos o
818 2ª parte CC. De que ação é que estamos aqui a falar? Da impugnação pauliana
(610 + 612 CC). Não é uma ação fácil, é preciso provar que o 3º estava de má fé.
Conseguindo provar também que o devedor estava a esvaziar a garantia geral das
obrigações que é o património (601 + 817 CC) das duas uma: ou destrata o negocio ou
executa diretamente o terceiro (818 2ª parte CC). Este é um caso de legitimidade que
não está claramente expresso no CPC. Podemos perguntar se cabe no 53 ou no 54/2
do CPC. Eu (Prof) penso que cabe no 54/2 mas não está expressamente previsto no
CPC. Ou seja o 818 1ª parte está expressamente previsto no 54 mas o 818 2ª parte
não está.
Veja-se o 744 CPC que diz que só certos bens respondem. A esta dívida que advém da
herança só correspondem os bens que também advieram da herança, não se podem
penhorar outros bens neste caso. Os bens da herança funcionam como património
autónomo. Então como é que o Leopoldo se pode defender? Através do mecanismo do
744/2 (e /3 se vier a ser necessário). Em regra, quando há uma penhora ilegal, quando
se penhoram bens do devedor que não podem ser penhorados o meio de oposição
normal é um incidente declarativo de oposição à penhora. Este seria o meio normal e
não é normal no CPC prever-se um meio de oposição por simples requerimento mas tal
é o caso no 744/2. É um procedimento mais simples porque vai para o agente de
execução e não para o juiz.
Então e se o agente de execução indeferir o requerimento? (e o exequente não se
opuser porque se o exequente se opuser o executado terá que fazer um requerimento
ao juiz pelo 744/3)
Nesse caso recorremos ao 723 e reclamamos para o juiz de um erro do agente de
execução que viola a lei.
Uma nota para dizer que em meu (do Prof) entendimento se houver um erro no
processo (reclamação em vez de requerimento no caso do 744/3) não devemos
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Baixado por Ariana Oliveira ([email protected])
lOMoARcPSD|2710594
defender que o juiz deva indeferir liminarmente. Tem que haver alguma flexibilidade
nestes casos.
Isto é matéria de cumulação e não vale a pena ver com muita atenção. Vou apenas
deixar algumas notas. A ação executiva está tendencialmente feita para se executar
cada dívida de cada vez mas autoriza que se executem várias dívidas ao mesmo
tempo. A pergunta é: em que condições é que o mesmo credor, se tiver vários créditos
contra o mesmo devedor pode juntar tudo num só processo. A resposta é – depende.
Se o título executivo for sentença temos que invocar o art. 710 CPC, se for cumulação
de títulos diferentes é o 709.
Portanto, a resposta é, poderá ser possível a cumulação, neste caso através do 709. E
ficamos assim, não vale a pena complicar mais e ver os requisitos do 709.
(Este regime levanta um outro problema que é o de saber como resolver um caso onde
há sentença e outro título – é o problema de ter dois regimes separados – 709 e 710.
Penso que será no 709 mas temos que ver a forma do processo (seria a ordinária), o
tribunal competente (seria o da sentença). Mas não vou responder mais aqui, vamos
ver isso na aula teórica).
Caso prático 5
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Baixado por Ariana Oliveira ([email protected])
lOMoARcPSD|2710594
Rui Pinto: nega o valor executivo do cheque. É abusivo afirmar que há uma vontade
negocial de reconhecimento de divida subjacente na assinatura de um cheque. Não
podendo um cheque prescrito continuar a tutelar a obrigação originaria em
consequência de esvaziar o conteúdo da prescrição. O titulo prescrito não é suficiente
para provar a obrigação subjacente. Ao contrario da opinião da doutrina maioritária,
credor, e não o devedor, tem o ónus de provar tal existência.
Esse ónus não pode ser cumprido na ação executiva, só na ação declarativa
autónoma.
A emissão de um cheque a favor de terceiro apenas enuncia uma ordem de pagamento
ao estabelecimento bancário, não constitui qualquer fonte de obrigações nem meio de
as reconhecer.. de um cheque não consta expressamente o motivo da emissão.
O exequente não pode basear a execução no titulo prescrito e mais tarde alterar para a
execução de reconhecimento de divida da relação subjacente, pois a causa de pedir é
diferente. A alteração apenas pode ser feita com o acordo do executado (art. 265/1 CC
– impede o uso da réplica nos casos em que o autor é o executado???)
Uma coisa é a relação cambial outra coisa é a relação que lhe deu causa. Nos títulos
de crédito esta incorporada a obrigação cambiaria. É principio geral do direito cambiário
que a posse do titulo é condição do exercício do direito nele incorporado. Quanto á
obrigação subjacente, uma copia pode servir como titulo executivo. Assim prescrita a
obrigação cartolar constante do cheque, pode esta ainda valer como titulo executivo da
obrigação subjacente (segundo prof. Lebre de Freitas).
Posso executar o cheque porque foi sacado (assinado) e porque o mesmo esta em
meu nome, sendo eu o beneficiário.
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Baixado por Ariana Oliveira ([email protected])
lOMoARcPSD|2710594
Para que o cheque possa ser apresentado como titulo na ação executiva, art. 40
LUC deve:
- o cheque ser apresentado em tempo útil de 8 dias
- se não tiver havido pagamento
- se houve protesto (ato formal) da falta de provisão no prazo de 6 meses.
(Se faltar protesto por falta de pagamento o cheque não vale como titulo executivo).
O vício deste cheque é o da prescrição. Nem juiz pode indeferir liminarmente nem o AE
recusar a execução baseado num cheque prescrito porque este facto não é de
conhecimento oficioso, 303 CC. Assim cabe ao devedor, na dedução da oposição à
execução que deve alegar a prescrição.
Se for invocada a prescrição pelo devedor, pode o credor, perante um cheque prescrito
invocar a possibilidade de ser visto como mero quirografo?
Doutrina:
Mesmo que prescreva a obrigação cartolar, pode o cheque valer como documento
particular de reconhecimento de divida assinado pelo devedor? “Não, quem assina um
cheque esta a confessar uma duvida” (prof. Rui Pinto discorda) pois enquanto houver
divida subjacente nem que fosse 20 anos de prazo de prescrição, ainda podia ser
utilizado o cheque.
Posição minoritária, defendida, nomeadamente, pelo Prof. Dr. Rui Pinto, vai no sentido
da não admissibilidade do cheque como título executivo considerando que este não
passa de uma mera ordem de pagamento ao banco, não cabendo na previsão do artigo
46º/1 c) do CPC. Esta última parece-nos ser a posição mais correta não só pelo
argumento literal atrás exposto mas também pela ratio do preceito em questão: não
parece ter sido a intenção do legislador abranger o cheque como título executivo. É
abusivo retirar de uma assinatura a vontade segundo as regras gerais de interpretação
do negocio Jurico.
Prazo para pagamento do cheque, art.29 da LUC são 8 dias depois da data posta no
cheque e dia 3 abril já se encontra fora do prazo. o cheque foi passado a 3 de Abril,
sendo que Pedro podia levá-lo a pagamento no prazo de 8 dias (Artigo 29º Lei
Uniforme Cheque). Findo este prazo o cheque não prescreve, sendo que a única
consequência que daí advém é a possibilidade de revogação pelo devedor.
Passados seis meses a contar dos oito dias, aí sim, o cheque prescreve, art. 52 da
LUC. No caso em apreço, Pedro só levou o cheque a pagamento a 20 de dezembro,
querendo isto dizer que passaram mais de 6 meses, ou seja, o cheque prescreveu.
Se passar 6 meses (letras é 3 anos) aquela obrigação cambiaria prescreve mas não a
obrigação subjacente.
Cabe-nos, então, analisar os pressupostos da exequibilidade intrínseca previstos no
artigo 713º do CPC:
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Baixado por Ariana Oliveira ([email protected])
lOMoARcPSD|2710594
Coloca-se, então, a questão de saber se este pode ou não continuar a valer como título
executivo: a doutrina maioritária defende que o cheque prescrito continua a valer como
título, mas já não como título cambiário e sim como reconhecimento particular da dívida
(ainda ao abrigo do artigo 703º/1 c) do CPC). Para que isto aconteça devem ser
respeitados os seguintes pressupostos:
- Formal: Cheque pode valer como título executivo desde que satisfaça os
requisitos previstos no artigo 703º/1 c) do CPC;
- Material objectivo: título de crédito tem que mencionar a causa jurídica
subjacente à obrigação de pagamento;
- Obrigação/negócio em causa não pode ser solene (se for negocio solene
compra e venda, podia não valer, prof. Lebre de Freitas diz que se a causa estiver nas
costas do cheque dá para ser titulo executivo);
- Reconhecimento de dívida só vale nas relações imediatas entre sacador e
beneficiário, ou seja, entre Pedro e Raquel, respectivamente.
Suponha que Pedro tinha endossado o seu cheque a Quina, e que esta, no dia 20
de Dezembro do mesmo ano, apresentou o cheque a pagamento no Banco X, que
lhe comunicou a falta de provisão de Raquel. Quina poderia usar o cheque como
título executivo?
Nota: Uma coisa é executar o cheque pela divida cambial outra coisa é executar o
quirografo na relação subjacente. Imaginemos que eu utilizo a prescrição do cheque
(quirografo) na execução da obrigação subjacente.
A causa de pedir (da causa executiva é o direito à obrigação) não pode alterar a causa
de pedir sem a autorização da outra parte. Dado o principio do dispositivo as partes
podem acordar a alteração da causa de pedir.
Nos casos que eu não consigo alterar a causa de pedir, tenho que colocar nova ação
executiva com o titulo de quirografo. Desistindo da primeira. Não podendo entrar na
ação executiva da compra do barco (divida a 20 anos) com o titulo executivo (cheque)
perante uma divida que prescreve ao fim de 6 meses.
CASO PRATICO 6
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Baixado por Ariana Oliveira ([email protected])
lOMoARcPSD|2710594
O titulo executivo em causa seria um titulo de credito nos termos do 703/1 c). O titulo
executivo é condição formal da acçao executiva. Ja quato á certeza, exigibilidade e
liquidez, sao condicoes materiais da ação executiva. No caso, como nada é dito sobre
o prazo em concreto, a obrigação é em principio exigida atodo o tempo pelo credor,
777/1 CC. Nas obrigacoes puras o devedor so entra em mora depois de interpolado
para pagar, 804/1 CC e 610/2 – b) CPC. Sendo a obrigação pura e tendo Bento sido
interpolado pelo telefone e nao citado no seu domicilio, 610/2- b), a obrigação nao se
venceu, logo não é exigivel. Nao sendo exigivel, falta a condição material para a
execução. Para elem disso, nos termos do art. 45 da LULL, o portador deve avisar o
seu endossante da falta de aceite ou de pagamento, nos 4 dias uteis que se seguirem
ao dia do protesto. Nos termos do art. 70 LULL as açõe dos endossantes uns contra os
outros e contra o sacador prescrevem ao fim de 6 meses a contar do dia em que o
endossante pagou a letra. No caso a letra encontrava-se prescrita. Nao podendo valer
como titulo de credito, pode ainda valer como mero quirografo. Podendo o credor
executar, nao a obrigação cartolar, mas a obrigacao subjacente, fazendo uso do
mesmo documento mas agora como reconhecimento de uma divida. Daqui podia haver
ainda um titulo pelo 703/1 c) 2ª parte, nos termos do 458 CC. Ou seja, uma vez
prescrito, o credor pode excutar a obrigacao subjacente, fazendo uso do mesmo
documento. Os requisitos saõ: assinado pelo devedor, apresente um acto juridico pela
qual alguem se obriga a pagar certa quantia a outrem, natureza nao formal da relação
subjacente, so podendo valer nas relações imediatas. Neste caso nao se encontrava
prenchido o ultimo requesito, logo não existe titulo excutivo. Para alem deste facto, na
opiniao de RP ao se atribuir a vontade de reconhecimento de divida à assinatura ad
eternrum é o mesmo que ultrapassar a segurança do titulo e os seus limites temporais,
pelo que para o professor, o credor perde o titulo com a prescrição do mesmo.
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Baixado por Ariana Oliveira ([email protected])
lOMoARcPSD|2710594
ii) Que considerava um ultraje esta ação executiva, pela evidente má-fé do
exequente;
Por outro lado, o 762/2 CC diz que, no cumprimento das obrigacoes devem as partes
proceder de boa-fe, 7 e 8 CPC. Assim, segundo 542/1 e 2 a) CPC, tendo litigado de
má-fé, a parte é condenada em multa a uma indeminização à parte contraria, se a
mesma for solicitada.
iii) Que não entendia por que razão a ação executiva não tinha sido apenas
proposta contra Carlos.
Nos termos do art. 30 da LULL, o pagamento de uma letra pode ser garantido por aval.
No 32 LULL preve-se uma responsabilidade solidaria, nao gozando o avalista de
beneficio da excussão previa. 47 LULL. Significa que qualquer um ou os dois em
conjunto podiam ser citados a pagar. Podendo exigir-se de qualquer um dos devedores
o montane integral da divida.
CASO PRÁTICO 8
Se passar o prazo e Nuno não pagar nada sobre os 30 000 pedidos o banco?
O banco propõem ação executiva para satisfazer o seu crédito, utilizando como título
executivo o contrato de abertura de crédito, embora não incorpore a obrigação
exequenda, porque a obrigação exequenda (obrigação de pagar juros de reembolso de
capital) só se constitui a partir do momento em que o banco empresta os 30 000, ou
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seja quando o banco cumpre a sua prestação. Assim, com o contrato de abertura de
crédito constituiem-se obrigações futuras (durante a vida do contrato) e não quando
este se celebra. Estas obrigações serão as obrigações exequendas. Assim, se
apresentasse como título executivo o contrato de abertura de crédito, este apenas
incorporaria o pagamento da comissão de imobilização, pois esta é a devida existente
a partir do momento em que celebra o contrato, art. 707.
Estamos perante uma cláusula "o presente documento constitui título executivo"
que não vale de nada, apenas valendo como título executivo para a obrigação que
incorpora, que é o pagamento da comissão de imobilização. Por fim, não é pelo
contrato mencionar este tipo de cláusula que pode ser considerado título executivo,
porque a exequibilidade lua falta dela não pode ser convencionada.
Podendo, no entanto, haver cláusulas de não execução, ou seja, "eu obrigo-me a não
propor ação executiva contra ti", mas estas convenções de não execução tem que ser
limitadas no tempo, para evitar estarmos perante uma renúncia antecipada de direitos,
que podem levar à nulidade da própria cláusula contratual.
O art. 707 e 715, tanto um como outro reportam a situações em que o documento
apresentado como título executivo não chega. No 707, sem o documento
complementar não temos título executivo, o documento complementar vai determinar a
exequibilidade extrínseca. No 715 temos a exequibilidade intrínseca em que a
obrigação exequenda se tornou certa, líquida e exigível.
Assim, o contrato tem que ter sempre uma cláusula que remeta para a forma como se
vai provar documentalmente a constituição da obrigação, ou seja do crédito exequente.
É necessário que o contrato tenha força executiva, 703/1-b)
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Só se pode, compensar créditos já constituídos mas podem ainda não ser totalmente
exigíveis (oposição a execução).
O documento complementar tem que ter força executiva (como as lideranças) ou
passado em conformidade com as cláusulas do documento originário.
Estamos perante uma declaração antecipada de não cumprimento, assim para a ação
executiva, existe um vencimento antecipado na data da declaração antecipada. O AE
pode dizer que as obrigações do mutuário ainda não estão vencidas e é necessário
provar que antes da prepositura da ação executiva houve uma causa antecipada de
exigibilidade (exequibilidade intrínseca). Para determinar se há titulo executivo
aplicamos o 707, mas para saber como provar se a obrigação se tornou certa, liquida e
exigível no 2 momento, aplicamos o 715. O 715 opera da mesma forma que o 707, o
exequente tem que provar que a obrigação exequenda constituída em face do titulo
executivo, no 2 momento se tornou exigível ou liquida. Tem que provar, não que existe
titulo executivo, mas que a obrigação emergente do titulo se tornou certa, exigível e
liquida entre a elaboração do titulo e a prepositura da ação executiva. Assim, temos um
contrato de abertura de crédito, temos o documento complementar que ira integrar o
próprio titulo, temos uma causa de vencimento antecipada da obrigação, este
vencimento tem que ser provado porque não consta do próprio titulo (se fosse depois
da data que consta do titulo não era necessário provar nada), mas neste caso estamos
a querer executar o crédito antes da data prevista no titulo, logo temos que provar a
causa que nos leva á exigibilidade antecipada.
A doutrina aplica o 715 nos casos em que a obrigação se torne liquida, certa e exigível,
no momento antes da prepositura da ação executiva, por analogia. O banco teria que
provar que houve uma declaração antecipada de não cumprimento. É possível haver
prova testemunhal segundo 715. Contudo, segundo 715, se a prova apresentada for
não documental, ela devera ser apreciada por um juiz e não pelo AE. O juiz aprecia a
prova e pode eventualmente chamar o executado para ser ouvido. Se o executado
nada disser temos um efeito cominatório pleno, 715/4, considerando que os factos
apresentados são verdadeiros e estão provados.
CASO PRÁTICO 10
1. Poderá Fernando intentar, no final do 4.º mês, uma cação executiva contra
Mara? Determine a obrigação exequenda.
Uma nota inicial acerca das três prestações que foram pagas. Pagou três e certamente
havia título executivo para 30.000EUR. Bom, ao fim do 4º mês, havia um mês que
estava em mora (10.000EUR). Para estes 10.000EUR que estão em dívida não há
dúvidas.
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Para já sabemos que 10.000EUR são exigíveis porque já se venceram por decurso do
prazo (a obrigação exigível é aquela que se vence e esta venceu). A obrigação dos
10.000EUR é certa, é pecuniária e é líquida. E consideram-se também os juros legais
(703/2).
Mas agora vamos para uma zona mais cinzenta. Uma prestação não pagou e pode
haver ação executiva relativamente a essa mas se a Mara diz que já não vai pagar as
prestações seguintes (as restantes 6!) pode haver já ação executiva relativamente a
essas?
Vejam o 781 CC. Se víssemos o 781 CC diríamos: “cá está, venceram-se todas!”. Mas
atenção, no caso estamos num cenário especial da própria venda a prestações. Então
vejamos agora o 934.º CC porque é o 934.º que responde ao nosso caso. Em princípio
no nosso caso não havia reserva de propriedade, a coisa foi entregue e o que o 934 diz
na 2ª parte é que até à oitava parte do preço total da coisa não há perda do benefício
do prazo em relação às prestações seguintes. Então, e desde que haja entrega do
imóvel, Fernando só poderá executar a 4ª prestação. Mas tudo muda de figura na
segunda pergunta.
2. Poderá Fernando intentar, no final do 8.º mês, uma cação executiva contra
Mara? Determine a obrigação exequenda.
Assim,
Quanto à certeza do valor: o 716/1 o titulo executivo não diz 70 000 euros mas diz
10+10+10...
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Caso prático 11
Estamos pente um titulo que é o contrato de compra e venda autenticado onde fazem
parte Gualdino e Fausto, não tendo Helga legitimidade segundo o art. 53 pelo principio
da literalidade.
Segundo art. 10 estamos perante uma ação executiva que tem por base um titulo
executivo que corresponde ao contrato compra e venda entre fausto e Gualdino
autenticado por notário, art. 703/1 b) (a C/V esta nos art. 874 e ss CC).
Este contrato de compra e venda esta sujeita a uma condição suspensiva, art. 270 CC,
que só se concretiza após o casamento de Helga. Temos então um facto constitutivo
complementar que é a tramitação da condição suspensiva, a exigibilidade da condição
de precedência do pedido segundo o 713, que no nosso caso seria o casamento da
Helga.
- Nos termos do art. 715, o exequente deveria juntar no requerimento executivo, como
prova complementar, a certidão de casamento da filha ou a revista cor-de-rosa onde
aparece a reportagem do casamento.
Estamos perante uma execução de entrega de coisa certa. O 550/4 diz que quando
estamos presente a execução para entrega de coisa certa a forma de processo é única,
que digamos que é a forma ordinária como diz prof. Lebre de Freitas e RP.
A forma única é a forma que resulta do 724 e ss combinada com as regras especiais
para entrega de coisa certa, 859, sendo certo que se o titulo for sentença (que não é
o caso) teríamos que ter em conta o 626/3, é como se fosse forma sumaria, ou seja a
citação para oposição do executado é feita após a entrega da coisa.
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Forma única é um mix: não é em bom rigor a forma ordinária, pois é a forma supletiva
geral, 724 e ss conjugada com as regras para entrega de coisa certa, com as
especialidades do 859 e ss (como o caso de ser citado após a entrega da coisa).
O exequente pode pedir para que não seja logo citado o devedor para que não
desapareça com os bens (despensa judicial de citação previa).
Como em principio no processo executivo para entrega de coisa certa se NÃO FOR DE
SENTENÇA CONDENATORIA 626/3, a citação é anterior á execução, é possível
aplicamos o 727 dizendo que não se notifique a pessoa senão ela vai desaparecer com
o bem.
Com a reforma de 2003 a entrega de coisa certa passou a ter forma única, 550/4. O
727 que respeita a uma espécie de forma sumaria, falamos de penhora e no caso de
processos para entrega de coisa certa não há uma penhora mas sim uma apreensão
do bem. Assim, na generalidade da doutrina é aceite a entrega de coisa certa anterior à
citação, não sendo incompatível porque mesmo que a execução proceda pode haver a
restituição do bem nos termos do art.8??/5.
Outras justificação para aplicação do 727 nos casos de forma única onde não temos
penhora mas sim apreensão é o facto do art. 861/1 manda aplicar subsidiariamente a
regra da penhora.
no caso estamos perante uma obrigação que não é certa, falta a escolha ou
determinação de uma formalidade que é exigido no art. 400 CC e à a necessidade de
um ato acessório de especificação da qualidade da prestação, o objeto tem que ser
determinado. A indeterminação qualitativa pode acontecer nos casos das obrigações
genéricas, 539 e ss CC ou alternativas, 543 CC. Neste caso falta a determinação do
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Estamos perante uma escolha de terceiro, de uma obrigação alternativa, 549 CC que
remete para 542/2CC (genéricas) se o terceiro não escolhe devolve-se a escolha ao
devedor, com prejuízo do credor.
Caso prático 14
Contudo, nos casos em que se trata de sentença proferida em tribunal superior, como é
o nosso caso, o processo declarativo tem que baixar ao tribunal de 1ª instancia,
conforme nos diz o art. 86 – 2ª parte, sendo competente para a execução o tribunal do
domicilio do executado, art. 86 – 1ª parte. No nosso caso, como o domicilio de Olga é
Évora, o tribunal competente para a execução seria, igualmente, o Tribunal da
Comarca de Évora. Contudo saliento que, nestes casos, ainda que o tribunal seja o
mesmo, o processo de execução não decorre nos próprios autos, regra que é
excecionada pelo facto de estarmos perante uma decisão proferida por um tribunal
superior. Consubstancia numa incompetência absoluta em razão da hierarquia, art. 96,
seguindo-se um despacho de indeferimento liminar, culminando na absolvição do réu
na instancia, no caso deste já ter sido citado
NOTA1:
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Esta é uma sentença que vem de um tribunal superior, ou seja por um lado não é
estrangeira, esta cá e por outro não me parece que possa pedir para que a sentença
seja executada nos próprios autos como decorre do art. 85, pois baixa a outro tribunal,
sendo uma sentença que não cabe no 626/2 mas sim no 550/2 a).
O art. 85 só se aplica em
NOTA 2:
O art. 86 é de competência hierárquica porque diz que tem que baixar à baixa à 1ª
instancia e é territorial porque refere o local do tribunal competente para executar a
sentença.
O titulo executivo é uma sentença portuguesa e é executada dentro dos próprios autos,
típica do art. 85. Há um principio de coincidência territorial entre a competência
declarativa e executiva, a sentença é executada na comarca onde foi proferida e em
principio no próprio tribunal que a proferiu no mesmo processo declarativo. Se virmos
na LOFTS vimos que as competências centrais e locais elas tem competência para
executar as suas próprias decisões. À partida os tribunal declarativo tem competência
executiva, a não ser que haja juízo de secção de execução, que neste caso, por
forca da lei orgânica o processo é remetido com carácter de urgência oficiosa para a
secção de execução, 85/2.
O requerimento da ação declarativa não serve para a ação executiva. Mas não se
coloca um requerimento ex novo mas sim mete-se um novo processo como se fizesse
parte do processo inicial mas com tramitação autónoma.
Assim, não sendo colocada na secção de execução do Porto, parece resultar de uma
competência absoluta, resultando um indeferimento liminar do juiz.
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No nosso caso como estamos perante matéria comercial, e sendo por sentença
condenatória da 1ª instancia do tribunal judicial de Lisboa, a ação executiva devia ter
sido instaurada na 1ª secção de comercio da comarca de Lisboa, DL 49/2014 art. 84/1
e) e não na 1.ª Secção de execução do Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa
como foi. Daqui resulta uma incompetência absoluta, 96 e como tal consubstancia
numa exceção dilatória segundo art. 577 a) é de conhecimento oficioso, 97/1 e 578,
mas é in susceptivel de sanação. O tribunal deve indeferir liminarmente o pedido, mas
como neste caso estamos perante um processo sumário, execução de sentença
condenatória 626/2, logo o AE não podia proferir o impedimento liminar do
requerimento executivo, pois o 855/2 diz que quando o agente de excussão verificar
que há falta de pressupostos processual, ele não pode decidir sobre essa matéria,
deve enviar o processo para o juiz para despacho liminar ou rejeitar oficiosamente a
execução, segundo, 754??
Nos juízos de execução o que interessa é o tipo de processo, nos juízos de comercio o
que interessa é a matéria em causa.
Caso prático 15
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Segundo o art. 712 manda que o requerimento seja entregue de forma electrónica. A
não ser que houvesse um caso de justo impedimento previsto no art. 144, poderia a
parte suprir e entregar por via electrónica. O processo e electrónico, o 144/1. Há
exceções 144/7 se for até 5000 euros pode ser em suporte papel desde que não haja
constituição de mandatário, caso contrario sempre que há constituição de mandatário o
suporte tem que ser o da via electrónica.
A secretaria recusaria com base no 725/1 a). Que diz que reusa se não houver sido
entregue em modelo próprio. Sempre que a secretaria recuse eu posso reclamar para o
juiz, 725/2. O juiz ou me da razão ou não.
Se o juiz disser que não, e se eu meter processo nos 10 dias o requerimento fica com
data da primeira e apresentação, 725/3, se não apresentar em 10 dias não se pode
sequer apresentar, 725.
O titulo pode ser referido mas não acompanha ação, 725/1 d) A secretaria vai notificar o
requerente, e conjugando com o 724/4 a). Vai dispor o prazo de 10 dias para entregar o
titulo executivo (se for titulo de crédito não pode ser copia), a recusa da secretaria é a
falta de titulo executivo.
Na forma sumaria, o 855/2 a) o processo vai para o AE sem passar pela secretaria. O
AE faz as vezes da secretaria, usando as competências do 725. Se não houver AE
designado, 719 designa AE, fazendo a secretaria a verificação, nesse caso quando
chega ao AE este já não volta a verificar.
Até 2000 se for sentença a forma é a sumaria, 626/2. Se for um cheque é sumaria por
causa do valor, 550. Mas podia ser ordinária se fosse o caso do 550/3. Neste caso não
há despacho liminar.
Se eu estou a pedir 4000 e só tenho titulo para 2000 quem vai verificar este abuso é o
AE, suscita a intervenção do juiz 855/2 b). Provoca o despacho liminar do próprio juiz,
726/3 O juiz neste caso profere um despacho de indeferimento parcial, indeferindo o
excesso em relação ao que consta no titulo.
Se o AE dissesse que estava tudo bem e prosseguisse para a penhora de 4000 euros,
teria que ser o devedor na oposição à execução invocar que não havia divida de 4000
mas sim 2000.
(v) Acção executiva em que o título executivo é uma sentença judicial que
condenou o executado no pagamento de um montante de 5.000,00 EUR;
considere agora, nesta hipótese, as seguintes sub-hipóteses autónomas: forma
sumaria 626/2
a) O exequente requer a citação prévia do executado;
Por regra não há citação previa. Mas neste caso o credor quer a citação previa – se
fosse forma ordinária a citação pedir a dispensa da citação previa, 727 – mas aqui é o
oposto, a lei não prevê esta situação. No novo código há o dever de ...formal 547 e 6
gestão processual, quando for o melhor para a causa adaptar a forma processual. O
principio da atuação formal o juiz ad hoc pode decretar atos processuais inovatórios,
logo seria possível pois o credor esta a renunciar à forma sumaria..
b) É executado apenas o fiador;
Executado só o fiador, como tem o beneficio da excussão previa, este pode chamar o
devedor principal, 745.
O 550/3 d) estamos perante a forma sumaria 626/2, pode seguir a forma ordinária se
for executado apenas o devedor subsidiário que não haja renunciado ao beneficio da
excussão previa. A lei quer proteger o fiador e por isso chama um juiz ao processo.
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Algumas notas relacionadas ainda com os dois últimos pontos do caso 14 antes de
avançarmos para o caso seguinte: é possível cumular a execução de várias dívidas da
mesma pessoa contra uma mesma pessoa ou várias pessoas coligarem-se contra uma
mesma pessoa.
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Baixado por Ariana Oliveira ([email protected])
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certa com a forma única, sendo que as duas são sem citação prévia. Esta é a minha
opinião (Prof).
Mas a coisa complica-se ainda mais quando os títulos não são todos iguais porque o
710 só resolve a questão quando o título é a sentença. Se não for sentença responde o
709. O art. Diz que se podem sumular execuções baseadas em títulos diferentes desde
que se cumpras alguns requisitos:
- as execuções têm que ser materialmente compatíveis (a compatibilidade
substantiva é um requisito implícito que não está expresso na lei);
- tem que haver compatibilidade processual – 709/1 a) e c);
- tem que haver uma conexão teleológica – 709/1 b). (este requisito não se
verifica no 710 como vimos há pouco).
Logo, parece que se podem executar devedores baseado em títulos diferentes, com
alguma facilidade. OK mas então qual é o tribunal competente? O 709 também
pretende responder à chamada “extensão da competência por razão da cumulação”.
Até porque a lei não admite cumulações com incompetência absoluta mas admite com
incompetência relativa (709/1 a) a contrario). É preciso ver o 709/2 que diz que nos
cassos da sua previsão prevalece o local do procedimento de valor mais elevado. Já o
709/3 diz que nos casos da sua previsão prevalece o título judicial. Já o 709/4 para
resolver os casos da sua previsão faz uma remissão para o art. 82. Quanto à forma
responde o 709/5.
Então e se for cumulação de sentença e outro título diverso? A lei não responde
diretamente. Há dois entendimentos:
- a lei já não quer (como queria anteriormente) que se cumule sentença com
título diverso de sentença;
- aplicamos o 709 e onde se refere “título de formação judicial diferente da
sentença” podemos também incluir a sentença.
Eu (Prof) continuo a aplicar o 709 mas é altamente duvidoso porque o 709 mistura tudo
mas é como se não quisesse misturar-se com os casos do 710, isto é, deixa a
sentença sozinha. Eu (Prof) não sei a resposta definitiva mas continuo a aplicar o 709
salvo outra opinião que me parece também válida.
Notas prévias: Execução para entrega de coisa certa é forma única (mas atenção que
se o título for sentença há a especialidade do art. 626); se for execução para
pagamento de quantia certa a forma pode ser ordinária ou pode ser sumária (550).
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Na execuçãoo com citação previa á penhora (ordinária) a citação é feita nos termos
gerais que devera ser realizada pelo AE, 719/1, por via postal, 228. Se a citação se
frustrar, a mesma é feita mediante contacto pessoal do AE com o executado, 249. Se
no prazo de 30 dias nao se concluir a citação, o AE deve informar o exequente e
decorridos mais 30 dias se informe o juiz de execução, 266/2 e 3. Pode haver lugar á
citação por edital electronica, art. 11 e 12 portaria 282/2013 de 29/08.
CITAÇÃO
Efeitos da citaçãoo:
- efeito processual principal qie é o da constituiçõ da realação jurídica processual
entre o excutado e o tribunal, 259/2
- efeito processual secundário é o da litispendência: o credor esta impedido de
colocar uma nova execuçãoo contra o autor com o mesmo objeto processual, ainda
que o titulo seja diferente.
- Efeito material: colocar o reu devedor em mora no caso das obrigações puras,
805CC e 610/2 al b). É com a citação que se vence a obrigaçãoo.
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Baixado por Ariana Oliveira ([email protected])
lOMoARcPSD|2710594
OE
A- Dedução de execepção dilatória: 729 al. C) por remissaõ do 730, 731 e 857/1:
o incompetência do tribunal quer absoluta quer relativa
o nulidade de todo o processo
o falta de personalidade ou capacidade jurídiciaria de alguma das partes
o ilegitimidade de alguma das partes
o coligaçãoo indevida: quando entre os pedidos nao exista conexão exigida, 56/1
o falta de constituiçãoo de advogado, 58
o a litispendência 564/1 c), 577 i), 580 e 582/1 e 2.
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lOMoARcPSD|2710594
Alguns deste vícios sao sanáveis, &7” (principio da oficialidade), devendo o juiz
promover oficiosamente a sua correção.
Se for uma sentença esta sera inexequível se nao conter uma condenaçãoo, nao
estiver assinada pelo juiz, esteja pendente de recurso com efeito suspensivo, 704/1 e
647/2 a 4., tenha sido revogada em recurso, sendo estrangeira nao tenha sido revista
pela relação, 978/1, 979.
Vícios que se podem alegar referentes à ação declativa que da origem ao titulo:
- excepcoes dilatórias, 727/f)
- nulidades originarias como a falta de citação para a ação declarativa, quando o
reu nao tenha intervindo no processo, 729 d);
- falsidade do processo ou sentença, 729/b) – 1ª parte que influenciem no
processo executivo;
- nulidades ou anulabilidades de confissão na sentença homologatória, alínea h);
- anulabilidade da sentença arbitral, 730
estes vícios nao podiam ter ser alegados na ação declarativa ou na injunção, por isso,
a lei admite que seja exepcionado o Principio da Preculsão ou da Imutailidade do caso
julgado.
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Efeitos da Sentença:
I – Sentença de forma
II – Senteça de Merito
CASO PRATICO 18
Maria propôs acção executiva contra Nuno, munida de sentença que condenava
este a pagar àquela a quantia de 15.000 EUR.
Citado para a acção executiva, Nuno deduziu oposição à execução trinta dias
depois, com os seguintes fundamentos:
(i) A dívida fora parcialmente perdoada (no montante de 5.000 EUR) por
Maria já antes da propositura da acção declarativa, numa festa em que ambos se
encontravam, embora Nuno se tenha lembrado desse facto apenas agora. Nuno
afirma que a dívida foi parcialmente extinta, arrolando dez testemunhas que
também se encontravam na festa, apesar de não ter qualquer prova documental
para apresentar em oposição à execução;
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DAVID REIS
Na execução com citação previa á penhora (ordinária) a citação é feita nos termos
gerais que devera ser realizada pelo AE, 719/1, por via postal, 228. Se a citação se
frustrar, a mesma é feita mediante contacto pessoal do AE com o executado, 249. Se
no prazo de 30 dias não se concluir a citação, o AE deve informar o exequente e
decorridos mais 30 dias se informe o juiz de execução, 266/2 e 3. Pode haver lugar á
citação por edital electrónica, art. 11 e 12 portaria 282/2013 de 29/08.
CITAÇÃO
Efeitos da citação:
- efeito processual principal que é o da constituição da relação jurídica
processual entre o executado e o tribunal, 259/2
- efeito processual secundário é o da litispendência: o credor esta impedido de
colocar uma nova execução contra o autor com o mesmo objeto processual, ainda que
o titulo seja diferente.
- Efeito material: colocar o réu devedor em mora no caso das obrigações puras,
805CC e 610/2 al b). É com a citação que se vence a obrigação.
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OE
A- Dedução de exceção dilatória: 729 al. C) por remissão do 730, 731 e 857/1:
o incompetência do tribunal quer absoluta quer relativa
o nulidade de todo o processo
o falta de personalidade ou capacidade judiciaria de alguma das partes
o ilegitimidade de alguma das partes
o coligação indevida: quando entre os pedidos não exista conexão exigida, 56/1
o falta de constituição de advogado, 58
o a litispendência 564/1 c), 577 i), 580 e 582/1 e 2.
Alguns deste vícios são sanáveis, &7” (principio da oficialidade), devendo o juiz
promover oficiosamente a sua correção.
Se for uma sentença esta será inexequível se não conter uma condenação, não estiver
assinada pelo juiz, esteja pendente de recurso com efeito suspensivo, 704/1 e 647/2 a
4., tenha sido revogada em recurso, sendo estrangeira não tenha sido revista pela
relação, 978/1, 979.
Vícios que se podem alegar referentes à ação declativa que da origem ao titulo:
- exceções dilatórias, 727/f)
- nulidades originarias como a falta de citação para a ação declarativa, quando o
réu não tenha intervindo no processo, 729 d);
- falsidade do processo ou sentença, 729/b) – 1ª parte que influenciem no
processo executivo;
- nulidades ou anulabilidades de confissão na sentença homologatória, alínea h);
- anulabilidade da sentença arbitral, 730
estes vícios não podiam ter ser alegados na ação declarativa ou na injunção, por isso,
a lei admite que seja excecionado o Principio da Preclusão ou da Imutabilidade do caso
julgado.
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forma a potencializar a tutela e não a reduzi-la. Assim devemos lançar mão do principio
da adequação forma, 547 por a tramitação processual prevista na lei não se adequar
as especificidades da causa.
Efeitos da Sentença:
I – Sentença de forma
II – Sentença de Mérito
ANA LEAL
Fundamentos da OE.
Devemos saber se o fundamento poderia em abstrato ser invocado, e se o fundamento
é admissível no caso concreto.
Nos títulos judiciais temos uma taxividade de fundamentos e não mais do que os que
estão previstos no 729. Na alínea g e h deste artigo, temos causas de restrição de um
titulo judiciário. Na alínea g) temos uma limitação temporal. O legislador diz que se o
executado já teve a oportunidade de se defender na ação declarativa uma vez que
temos o principio da concentração de defesa e o respeito pelo caso julgado, não nos
podemos defender na ação executiva com factos que já nos devíamos ter defendido na
ação declarativa.
Temos um limite temporal, o executado apenas pode invocar fatos extintivos,
modificativos ou impeditivos em OE quando os factos sejam supervenientes, ou seja,
na superveniência objetiva, que são os factos ocorridos depois do encerramento do
processo na ação declarativa (audiência final) – POSICAO DO RUI PINTO, LEBRE DE
FREITAS SOBRE ADMISSIBILIDADE DA SUPERVENIENCIA SUBJETIVA.
A particularidade da alínea h), face à alínea g) do 729 é que a alínea h) nada refere
quanto à temporalidade (superveniência dos factos). O prof. LEBRE DE FREITAS diz
que a compensação de créditos deve ser admissível até ao limite de tempo que é
admitida a reconvenção, pelo principio da concentração da defesa, tem assim um limite
diferente da alínea g). A ideia subjacente a esta limitação é o respeito pelo caso
julgado, pois se não se defendeu na ação declarativa, tendo os factos já ocorridos, não
poderá agora defender-se na ação executiva, com base nesses factos.
Citado para a acção executiva, Nuno deduziu oposição à execução trinta dias
depois
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Se aparecer “ nulidade de citação para a ação executiva porque não foi previa à
penhora”. Aqui temos que ver se há problemas na OE, as consequências da nulidade
de citação e saber se devia ter sido citado previamente. Ou seja, analisar a tramitação
inicial da ação executiva. Por exemplo se for processo sumário não existe qualquer
nulidade na falta de citação antes da penhora, mas mesmo que houvesse nulidade da
citação, não existia fundamento para a oposição á execução, 851 e ss, na verdade só a
nulidade para a ação executiva é que é fundamento para OE.
3 fundamentos
- perdão da divida
- compensação
- nulidade da citação
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resulta que, sendo possível executar uma sentença que tem pendente um recurso de
revisão (exequibilidade provisória), o executado pode em alternativa ou
cumulativamente interpor recurso de revisão e OE, utilizando os mesmos fundamentos.
No entanto o recurso de revisão tem como particularidade não suspender o processo
de execução, 696/3. O prof. TEIXEIRA DE SOUSA faz ainda uma leitura alargada da
equiparação da OE com o recurso de revisão, fundamentando com recurso ao 728/2,
donde é feita uma cedência à superveniência subjetiva mas apenas para alargamento
de prazos e não para alargamento de fundamentos.
O prof. RUI PINTO entende que, se há um facto superveniente subjetivo, deve ser
interposto recurso de revisão e não se deve aplicar a situação presente no 729/g.
Quanto á prova documental, Nuno não tinha um documento mas sim o testemunho de
10 pessoas (atualmente no NCPC o numero de testemunhas não seria um problema,
ao contrario do antigo CPC donde a OE era processo sumário, logo na poderiam ser 10
as testemunhas. Atualmente este problema do n. De testemunhas não se coloca
porque é exigido prova documental). O prof. TEIXEIRA DE SOUSA critica a exigência
de prova documental, exceto para os casos da usucapião e prescrição porque são
factos de ocorrem pelo passar do tempo, ainda assim o prof. entende que não estamos
a falar de documentos que obrigatoriamente tenham que ser revestidos de forca
executiva. Contrariando a posição do prof. LOPES CARDOS que dizia que o
documento probatório do facto teria que revestir os mesmos requisitos que o titulo de
crédito, ora isto não faz qualquer sentido porque o âmbito da OE é o de uma ação
declarativa. De igual forma, o prof. LEBRE DE FREITAS diz que, nestes casos, o
documento a utilizar na OE não tem que ter força executiva. Apenas salientando a
necessidade de se admitir apenas prova documental, pois estamos perante a
manifestação do principio da autonomia da obrigação exequenda face ao titulo
executivo, não interessando a obrigação exequenda mas sim a existência de titulo
executivo, sendo certo que este titulo executivo só pode ser destruído com um meio de
prova igual ao do próprio titulo, ou seja, um documento, fazendo algum sentido a
posição do prof. Lopes Cardoso, ou seja que o documento probatório tivesse que
revestir os mesmos requisitos que o titulo de crédito, no entanto, esta exigência de
forma no documento probatório do facto não faz qualquer sentido, porque, como já
referi, o âmbito da OE é um processo declativo e não executivo.
Por fim, o prof. TEIXEIRA DE SOUSA afasta a exigência da prova documental,
questionando a constitucionalidade desta norma, pelo facto de estarmos perante uma
limitação ao direito de ação que se encontra constitucionalmente consagrado no art.
20. No entanto o prof. Faz um acrítica dupla pois critica o 729/g e o 696/1 c), porque o
696/1 c) exige igualmente prova documental. No entanto quando se trata de factos
instintivos da obrigação, o prof. TEIXEIRA DE SOUSA admite uma limitação no recurso
á prova testemunhal (exemplo do 395 CC em que o cumprimento não deve ser provado
com testemunhas).
Por fim, no nosso caso, o Nuno por não ter prova documental e não adotando a
posição do prof. TEIXEIRA DE SOUSA, o Nuno teria que pagar e depois recorrer a
uma ação declativa para restituição do indevido (LEBRE DE FREITAS), ou seja, para
que exista uma declaração do que foi prestado indevidamente, pois na ação declativa
já podia utilizar como prova as suas testemunhas.
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Caso Julgado
A sentença da decisão da OE faz caso julgado material, 732/5.
Quanto ao aproveitamento da decisão da OE, de um executado para outro, segundo o
Prof. RUI PINTO, se o fundamento alegado for comum aproveita-se, se o fundamento
não for comum, por exemplo impugnar a autenticidade de uma assinatura dizendo que
a mesma é falsa, esta será a assinatura apenas de um e não do outro que quer
aproveitar, logo nestes casos não aproveita. Pro exemplo se for um fiador e um
devedor principal, sendo os dois executados, se proceder a oposição do devedor
principal também aproveita ao devedor subsidiário.
A oposição á execução é o meio processual pelo qual o executado exerce o seu Dto de
defesa ou de contradição perante o pedido do exequente.
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contrato, p.e. ou que o tribunal não é competente para colocar essa ação, logo o que
se pretende quando se alega incumprimento de pressupostos processuais o que se
pretende é a extinção da ação executiva, através do reconhecimento da falta de um
pressuposto ou da inexistência de um direito do exequente.
A oposição á execução configura por parte do tribunal uma atividade do tipo cognitivo,
sendo qualificada como uma ação declativa. Sendo uma ação declarativa ela corre por
apenso à ação executiva em que o executado poderá levantar questões que sejam de
conhecimento oficioso, poderá alegar fatos novos, poderá apresentar novos meios de
prova, poderá levantar questões de direito. A possibilidade que é dada ao executado na
oposição á execução obriga a uma apreciação cognitiva material ao tribunal, assim já
não estamos na lógica da ação executiva, mas sim uma apreciação de uma ação
declarativa com vista a aferir se a pretensão do executado tem ou não cabimento,
porque tendo culminara com a extinção da ação executiva.
A forma da oposição à execução é a forma única declarativa que pode ser deduzida no
prazo do 728/1 e 856, ou seja, no prazo de 20 dias. A OE é formalmente uma PI e
substancialmente uma contestação, constituindo o momento oportuno para deduzir
toda a defesa, 573.
No caso pratico, a OE foi deduzida fora do prazo do 728/1 tendo como consequência o
indeferimento liminar segundo 732/1-a), 590/1 e 6/2.
Recebida a OE a regra segundo o art. 733/1, é que não suspenda a marcha do
procedimento executivo, pois para que se suspenda é necessário preencher uma das
alíneas do 733/1.
O exequente será notificado para contestar no prazo de 20 dias, 732/2 e 225/2 ex vi
250. Na contestação o exequente pode impugnar exceções perentórias ou alegar os
factos contraditórios.
Caso não conteste, aplica-se o art. 567/1 e 485, considerando-se confessados os
factos articulados pelo opoente. Não se tem por confessados os factos que estiverem
em oposição com os expressamente alegados pelo exequente no requerimento
executivo.
Após a contestação seque-se os termos do processo sumário sem mais articulados,
732/2. Os bens são penhorados na mesma.
O prazo para a sentença ser proferida é de no máximo 3 meses, 723/1 b), sendo
impugnável nos termos gerais, podendo haver recurso de apelação segundo art 922/1
c) e 853/1.
As consequências da procedência da OE é a absolvição do executado na instancia
executiva ou a absolvição do pedido executivo inicial.
1) o exequente não é condenado no pedido, paga as custas da execução e da
oposição. 2) a execução extingue-se total ou parcialmente, 723/4. 3) a procedência
deve ser definitiva após o transito em julgado da decisão de embargos.
i) quanto á natureza:
A natureza da OE é declarativa,
há doutrina que entende que se trata de um processo declarativo constitutivo, porque a
procedência da mesma determina automaticamente a extinção de uma situação
jurídica, ou seja, da própria ação executiva. Donde, a própria sentença da procedência
produz efeitos jurídicos. O prof. LEBRE DE FREITAS entende que se trata de uma
ação decorativa de simples apreciação negativa, porque o que se reconhece é a
inexistência de um direito, neste caso de pretensão da exequenda. O prof. RUI PINTO
diz que é necessário saber qual o fundamento. Se o fundamento for de mérito, faz
sentido a posição do prof. Lebre de Freitas e igualmente considera que estamos
perante uma ação declarativa de simples apreciação negativa, uma vez que se diz que
“este direito não existe”. Mas quando a OE se fundamenta em critérios formais, como a
falta de um pressuposto processual, o prof. RUI PINTO, diz que ainda assim pode
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haver uma sentença de simples apreciação negativa, mas que não é reportada à
exequenda é reportada à falta de pressupostos processuais.
Quando o titulo é extrajudicial aplicamos o art. 731, que não tem uma limitação
temporal, porque não houve uma ação declarativa previa, assim é possível na OE
deduzir qualquer defesa que poderia ter sido deduzida no processo declarativo, 731.
Em regra, o que se faz é, se um fundamento estiver incluído n 729 fazemos referencia
ao art. 729/1 c) ex vi 731.
ii) possibilidade de produzi caso julgado:
Posição positiva do prof. Castro Mendes:
- a sentença de procedência por inexequibilidade do titulo executivo, por
incerteza o iliquidez da obrigação exequenda determina a absolvição da instancia
executiva.
- Outros fundamentos (ex. factos modificativos, impeditivos ou extintivos) levam
à absolvição do pedido executivo com valor de caso julgado material.
Posição negativa:
- a sentença que julgar os embargos do executado improcedentes não pode
atribuir força de caso julgado material.
- O caso julgado material dos embargos diz apenas respeito à sua precedência e
não aos fundamentos (existência de crédito).
- Os fundamentos não fazem caso julgado.
Posição do prof. RUI PINTO:
- concorda com Castro Mendes no sentido de se poder isolar alguns
fundamentos, pelo que a sentença alcança valor de caso julgado, 619/1.
- A decisão respetiva conhece qualidade de caso julgado formal enquanto
pronuncia sobre , se aquela execução, conhece das condições que permitem a sua
admissibilidade, sendo o executado absolvido da instancia.
- A decisão sobre a existência e validade da obrigação exequenda também pode
alcançar valor de caso julgado material, caso seja declarada inexistente a divida (o
próprio objeto da decisão da divida) ganha força de caso julgado material.
A coisa julgada que se estabelece com a sentença que julga os embargos fica restrita
aquele processo (eficácia preclusiva da coisa julgada9 não impede a discussão e
apreciação das mesmas questões. Ou seja por regra não faz caso julgado, a não ser
que a lei o indique, 732/5. Porque É uma aço acessória e tem o prazo de 3 meses,
seria muito discutível que podíamos executar o exequente em 3 meses, também por
ser um processo acessório por regra não faz caso julgado material, só vale dentro da
própria ação, logo não podíamos obter um título executivo contra o credor. A oposição e
uma ação de defesa e de contra ataque. Nem tão pouco o exequente pode na sua
contestação reconversão contra o executado.
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Pelo contrario, se Nuno deduzisse OE e nada contestasse, aplica-se o art. 732/3 que
remete para os art. 567/1 e 568. A aplicar-se o 567/1 (estabelece os casos de revelia
operante) considerar-se-iam admitidos os facto alegados na petição de OE, com
exceção dos factos que estivessem em oposição com os expressamente alegados pelo
exequente no requerimento executivo, de acordo com o 732/3. No entanto este artigo
remete igualmente para o 568 (que prevê os atos de revelia inoperante), neste caso
poderá ter aplicação o art. 568 d), na medida em que estão em causa factos alegados
pelo executado na OE, que como prova se exige documento escrito.
Este é um dos casos em que não é necessário produzir prova. Por exemplo, o
exequente engana-se nas contas. Assim, quando estamos perante uma liquidação mal
feita, o que se faz é um requerimento para o juiz, não é uma OE. Não há necessidade
de uma ação declarativa visto não ser necessário produzir prova, 723/1 d).
Não obstante o 729 ser taxativo, tal não significa que não possam existir outros vícios
não revistos neste artigo em que o executado possa se basear para alegar a sua
defesa.
O prof. LEBRE DE FREITAS identifica como exemplo as situações de erro na forma de
processo ou a falta de indicação do valor da causa no requerimento executivo.
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Em relação á culpa, esta consiste no facto de o exequente não ter atuado com a devida
providencia na prepositura da ação, nomeadamente quando o exequente sabia ou não
podia ignorar que a execução em causa era ilegal. A existência de culpa caracteriza a
responsabilidade aqui em causa como responsabilidade civil subjetiva, ou seja,
extracontratual, não bastando assim, a mera procedência parcial ou total da OE. Terá
sempre que se provar a culpa do exequente.
Neste caso tenho algumas duvidas em considerar que Maria agiu com culpa. Poderia
haver culpa se o 1º fundamento da oposição tivesse procedido ou se a divida já tivesse
sido compensada.
Quanto a esta questão o prof. RUI PINTO remete para o AC. Da Relação do Porto de 2
de fevereiro 2007, segundo o qual a lei não determina expressamente que o direito do
executado, à reparação dos danos deva ser exercido na própria OE ou em ação
autónoma., ou seja, não há qualquer indicação na lei quanto a esta questão.
Já no AC da Relação de Lisboa de 17 setembro 2009 é referido que o executado pode
formular o pedido de indeminização nos autos de OE.
Não obstante este entendimento jurisprudencial, segundo o prof. RUI PINTO, o fato de
ser formulado o pedido de indeminização na própria OE leva a que se perlongue o
processo executivo que, neste caso, se deve extinguir por falta de causa.
Caso prático 20
Em acção executiva proposta por Rita contra Sofia, com base num requerimento
de injunção ao qual foi aposta fórmula executória, Sofia opõe-se à execução com
base nos seguintes fundamentos:
(i) Não fora notificada em sede de processo de injunção;
Fundamentos das OE injunções, 857/1 remete para 729/d. 191 (nulidade da citaçãoo)
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Neste ponto é necessário ter em atenção que há muitas situações em que, mesmo não
sendo de conhecimento oficioso, o juiz pode notificar o executado para se prenunciar
sobre algum dos factos alegados, como por exemplo os prazos de prescrição que não
são de conhecimento oficioso.
Caso prático 23
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Meios de tutela de Zito: na hipótese a execução foi movida apenas contra Zito, devedor
subsidiário, podendo este invocar o beneficio da excussão previa, e obter a suspensão
da execução até que a Wortin requeira a citação do devedor principal que consta do
titulo executivo extrajudicial, cheque, de forma a poder excutir primeiro o seu
património.
Quanto á forma de fazer valer o beneficio da excussão previa, Zito pode faze-lo através
de requerimento, no prazo para embargos de executado do art. 745/1.
2. Considere agora que a Wortin, não tendo título executivo contra Zito,
intentou uma acção declarativa apenas contra este, e que este, enquanto fiador,
foi condenado a responder pela dívida contraída por Vasco. Mudaria alguma
coisa na sua resposta à questão anterior?
Se na ação declarativa não tiver intervindo o devedor principal, e assim resulte uma
sentença onde só aparece Zito como devedor, o beneficio da excussão previa não
pode ser invocado, porque o réu, na ação declarativa não chamou o devedor principal
Vasco, nos termos do 316/3 a), a menos que na ação declarativa, Zito tenha declarado
expressamente que não pretendia renunciar ao beneficio da excussão previa, art. 641/2
CC.
5. Imagine ainda que, para garantia da dívida de 50.000,00 EUR, Urraca, mãe
de Xica, hipotecou o seu T0 dois dias depois da constituição da fiança. Esta
hipoteca favorece, de algum modo, Zito?
As regras da penhorabilidade subsidiária também podem ser aplicadas em
execução de dívida com garantia real que onere bens pertencentes ao devedor?
Na execução de divida com garantia real (hipteca da casa feita por Urraca), a penhora
de bens pertencentes a terceiros só pode valor apos se verificar a insuficencia dos
bens do devedor principal, 752/1. A regra da penhorabilidade subsidiaria nao tem lugar
quando, incindido a garantia sobre bens de terceiro, a prepositura da execução tenha
lugar so contra o devedor principal. Assim no caso de garantia real constituida no
proprio processo executio, 887/3 com as consequencias do n. 4.
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