Teoria Dos Contratos
Teoria Dos Contratos
Teoria Dos Contratos
Existem alguns autores pós- modernistas, como Paulo Nalin, que desvinculam as
relações contratuais com as relações patrimoniais. O Paulo Nalin descreve : “a relação
jurídica subjetiva, nucleada na solidariedade constitucional, destinada à produção de
efeitos jurídicos existenciais e patrimoniais, não só entre os titulares subjetivos da
relação, como também perante terceiros”
--> Para existir o contrato, seu objeto ou conteúdo deve ser lícito, não podendo
contrariar o ordenamento jurídico, a boa-fé, a sua função social e econômica e os bons
costumes.
Classificação contratos
*QT. ao aperfeiçoamento
-- consensual: são negócios que aperfeiçoa pela simples manifestação de vontade das
partes
QT ao riscos
-- Contrato aleatório = a prestação de uma das partes não é conhecida com exatidão no
momento da celebração do negócio jurídico pelo fato de depender da sorte, da álea,
que é um fator desconhecido a prestação de uma das partes não é conhecida com
exatidão no momento da celebração do negócio jurídico pelo fato de depender da sorte,
da álea, que é um fator desconhecido
Princípios
Este princípio caracteriza que contrato deve ser interpretado visualizando a realidade
social. Nesse sentido, o contrato deverá ser visualizado com função coletiva, o
estado deverá interferir se for notório um excesso de uma das partes ou abuso de uma
partes contratuais, dirigismo contratual. Como explicita o artigo 2.035
Esse princípio simboliza que o contrato terá força de lei. Desse modo, as obrigações
estabelecidas, no contrato, deverão ser seguidas como as leis do ordenamento jurídico.
Ainda vale destacar que principios, como a função social dos contratos e boa fé
objetiva, trazem influência para esse pacto
Frise-se, por fim, que o princípio da obrigatoriedade merece análise cuidadosa, pois, se,
por um lado, o Direito não imprime força obrigatória aos contratos que ferem a
dignidade humana, pelo que o dirigismo permite sua revisão judicial, por outro lado não
aceita que as pessoas contratem de forma irresponsável e, posteriormente, pretendam se
socorrer do princípio para se esquivar das obrigações que assumiram.
“os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua
execução, os princípios de probidade e boa-fé”.
Ainda sobre o tema da autonomia privada, impende destacar algumas alterações
promovidas no Código Civil pela Lei nº 13.874/2019, a qual instituiu a Declaração dos
Direitos de Liberdade Econômica.
O art. 421 do Código, que teve sua redação ligeiramente alterada – suprimiu-se a
expressão “em razão” – ganhou um parágrafo único, segundo o qual:
As relações contratuais devem seguir com lealdade e respeito desde das tratativas, as
relações pré contratuais, até o fim da relação contratual. O artigo 422 do Código Civil,
traduzi que: “os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato,
como em sua execução, os princípios da probidade e boa-fé”.
Os deveres anexos a boa fé são essenciais para os contratos. Sem elas, é formado uma
espécie de inadimplemento, independente de culpa do violador. É como está descrito
no Enunciado 24 da I Jornada de Direito Civil promovida pelo Conselho da Justiça
Federal, acerca do art. 422 do Código Civil: “em virtude do princípio da boa-fé,
positivado no art. 422 do novo Código Civil, a violação dos deveres anexos constitui
espécie de inadimplemento, independentemente de culpa
O principio da boa fé objetiva deve entendido de forma distinta do principio da boa fe
subjetiva. A subjetiva tem caráter mais interno, pessoal, está relacionada com a moral,
já o objetivo se relaciona com comportamento do sujeito.
Rui e Pontes celebram contrato de fornecimento mensal de frutas. Todos os meses, Rui
arca com as despesas do envio das frutas, embora tal obrigação não houvesse sido
ajustada. Passados meses de reiterada conduta, não permite a surrectio que Rui queira, a
partir de determinado momento, exigir que Pontes cubra os custos da remessa.
1. Vedação do to quoque --> Você não pode exige o cumprimento de uma lei ou
contrato, se você não a seguiu, se você a violou
ETAPA DA NEGOCIAÇÃO
Esse é o momento das tratativas, de conhecer como será o contrato, quais os benefícios,
os prejuízos, quem irá contratar, o objeto
Por exemplo, Lai vai comprar no mercado. Ela pergunta o preço do pão delícia ,
pergunta quantos vem, se existe uma porção menor ou maior.
Apesar de não existir vinculo, poderá fazer responsabilidade civil. Se, no momento das
tratativas, uma das parte geras uma confirmação, uma expectativa no outro e, por meio,
dessa confirmação, expectativa, gera um prejuízo nesse outro, existe uma
responsabilização extracontratual
é possível se imaginar um dano causado, na fase das tratativas, tanto pelo abuso do
direito de não contratar quanto pela violação de um dever de conduta imposto pela
boa-fé. Em qualquer dos casos, restará configurado o ato ilícito (arts. 187 e 186 do
Código), que fundamenta a responsabilidade civil por culpa (art. 927).
Proposta
Essa fase é diferente da última, pois aqui é feito um pedido. Na última, é apenas feito
diálogos entorno de como será o contrato, entorno dos agentes, do objeto, da forma...
a proposta vincula o proponente, que passa a ser obrigado a contratar nos termos
propostos. Nesse sentido, dispõe o art. 427 do Código que “a proposta de contrato
obriga o proponente, se o contrário não resultar dos termos dela, da natureza do
negócio, ou das circunstâncias do caso”.
Claro, existe algumas ressalvas da proposta não ser vinculante. 1 - Salvo se consta na
proposta. 2 - das circunstâncias do caso . 3 - Da natureza de cada contrato
I – se, feita sem prazo a pessoa presente, não foi imediatamente aceita. Considera-se
também presente a pessoa que contrata por telefone ou por meio de comunicação
semelhante;
(Entre Presentes se refere aqueles que conseguem dar resposta imediata. A pessoa não
precisa está presencial, pode está por zap, google meet, life sife...)
II – se, feita sem prazo a pessoa ausente, tiver decorrido tempo suficiente para chegar a
resposta ao conhecimento do proponente;
III – se, feita a pessoa ausente, não tiver sido expedida a resposta no prazo dado;
ACEITAÇÃO
--> Se não aceitar, o proponente se desvinculará. Se aceitar fora do prazo, com adições,
modificações ou restrições, fará, na verdade, nova proposta (art. 431 do Código).
--> Se simplesmente aquiescer com os termos da proposta, então terá lugar a aceitação.
E, configurando-se a aceitação, reputar-se-á celebrado o contrato, se consensual. Se
formal ou real, dependerá seu aperfeiçoamento da forma estipulada pela lei ou da
tradição da coisa, respectivamente.