Como Preparar Um Carro de Emergência
Como Preparar Um Carro de Emergência
Como Preparar Um Carro de Emergência
CARRO DE EMERGÊNCIA
NPAM/07/2018
Versão 1.0
2018
PROTOCOLO ASSISTENCIAL MULTIPROFISSIONAL
Carro de Emergência
NÚCLEO DE PROTOCOLOS ASSISTENCIAIS
MULTIPROFISSIONAIS/07/2018
Versão 1.0
2018
® 2018 Ebserh. Todos os direitos reservados
Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares – Ebserh
www.ebserh.gov.br
Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (HC-UFTM), administrado pela Em-
presa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) – Ministério da Educação
EXPEDIENTE
Divisão de Enfermagem
Núcleo de Protocolos Assistenciais Multiprofissionais
(Produção)
HISTÓRICO DE REVISÕES
Elaborado por:
(12/2017)
Thaís Santos Guerra Stacciarini Responsável Técnica do Serviço de Educação em Enfermagem
/Divisão de Enfermagem (SEE/DE). Membro do Núcleo de Pro-
tocolos Assistenciais Multiprofissionais (NPAM).
Luana Barbosa Zago Boscolo Presidente do Comitê de Terapia Infusional. Membro do NPAM.
Graziela Ângelo Alves Enfermeira da Residência Multiprofissional da Saúde do Adulto.
1. DEFINIÇÃO................................................................................................................................. 7
2. OBJETIVOS................................................................................................................................. 7
3. PÚBLICO ALVO......................................................................................................................... 7
4. ÂMBITO DE APLICAÇÃO........................................................................................................ 7
5. RESPONSABILIDADES............................................................................................................ 8
6. NORMA INSTITUCIONAL........................................................................................................ 9
O carro de emergência é uma estrutura móvel constituída por gavetas providas com materiais, medi-
camentos e equipamentos necessários para o atendimento do cliente em situações de urgências ou emer-
gências médicas.
2 - OBJETIVOS
3 - PÚBLICO ALVO
Clientes hospitalizados ou ambulatoriais que necessitem de atendimento emergencial, tais como: pa-
rada cardiorrespiratória; comprometimento nas vias aéreas/ventilação; instabilidade hemodinâmica
progressiva; choque; hemorragia intensa, erupções cutâneas com comprometimento de vias aéreas,
perda súbita do nível de consciência; convulsões; entre outros.
4 - ÂMBITO DE APLICAÇÃO
Equipe Multiprofissional
Conhecer o conteúdo e a disposição de materiais e de medicamentos contidos no carro de emergência;
Realizar educação permanente junto a equipe;
Fazer notificação de qualquer evento adverso ou near miss (quase erro) no Vigihosp (Aplicativo de
Vigilância em Saúde e Gestão de Riscos Assistenciais Hospitalares).
Médico
Prescrever os medicamentos utilizados no atendimento, para a reposição do carro de emergência.
Enfermeiro
Organizar o carro de emergência e seus componentes acessórios;
Elaborar escala de serviço para limpeza do carro de emergência e de seus componentes acessórios;
Monitorar o cumprimento das atividades pelos técnicos/auxiliares de enfermagem, conforme escala
de serviço;
Realizar a testagem funcional do laringoscópio e do desfibrilador;
Conferir os lacres do carro de emergência (conferência diária dos medicamentos e dos materiais);
Listar, quantificar e repor os medicamentos e materiais do carro de emergência que foram utilizados;
Controlar periodicamente os materiais contidos no carro quanto a sua presença, quantidade e validade.
Técnico/Auxiliar de Enfermagem
Realizar a limpeza do carro de emergência e do desfibrilador (monitor, cabos e acessórios), conforme
escala de serviço e/ou após o atendimento emergencial;
Auxiliar o enfermeiro na organização do carro de emergência.
Escriturário Hospitalar
Providenciar os medicamentos utilizados no atendimento emergencial, junto a Unidade de Farmácia.
O carro de emergência deverá constituir-se de um armário móvel com gavetas suficientes para a
guarda de medicamentos, materiais e de equipamentos a serem utilizados em situações de emergên-
cia e de urgência. A composição do carro de emergência quanto a estrutura e componentes deverá
seguir a seguinte sequência:
Base superior: desfibrilador; caixa com os laringoscópios; caixa com materiais de intubação
(opcional); impressos de controles;
Lateral: Tábua de compressão, suporte de soro e cilindro de oxigênio;
Gavetas
Superior - Medicamentos (Medicações) (tarja vermelha)
Figura 1. Tipo de carro de emergência Figura 2. Modelo de identificação das gavetas por cores
O carro de emergência equipado deverá estar posicionado em local estratégico e de fácil acesso e
mobilidade;
A quantidade de carro de emergência por unidade variará de acordo com o número e nível de com-
plexidade dos clientes assistidos e da estrutura física do local;
As gavetas do carro de emergência deverão estar identificadas com tarjas de cores padronizadas,
com a descrição de suas respectivas composições;
O carro de emergência e seus componentes acessórios deverão ser checados periodicamente quanto
à sua integridade/funcionamento:
Unidades do carro
Atividade Periodicidade
de emergência
Conferência dos lacres (controle Início de cada plantão (matutino, ves-
diário de medicamentos e materiais) pertino e noturno) - Enfermeiro
Controle periódico dos medica- Mensalmente ou Trimestralmente, a
Carro de emergência depender da pactuação das unidades *
mentos (quantidade e validade) (Responsabilidade da Farmácia)
Controle periódico dos materi-
Mensalmente (1x/mês) - Enfermeiro
ais (quantidade e validade)
1 vez por dia (turno definido pelo Res-
Teste funcional do desfibrilador
ponsável Técnico de Enfermagem)
Desfibrilador
1 vez por ano (1x/ano), em data pré-es-
Revisão técnica
tabelecida pela assistência técnica
Não conformidades: Caso a Unidade de Dispensação Farmacêutica não possua outros lotes de medi-
camentos disponíveis, manter os medicamentos até o prazo de validade – Con-
trole deste Serviço.
Caso haja um desabastecimento de materiais, manter os materiais até o prazo
de validade – Controle da Enfermagem da referida unidade
O modo de teste funcional do desfibrilador variará de acordo com a marca do equipamento. Seguir
as recomendações do fabricante. O desfibrilador deverá estar conectado à rede elétrica, continua-
mente;
Não conformidades: Se houver algum erro no teste, informar a Central de Equipamentos, para con-
tato com serviço de manutenção técnica.
O teste funcional do laringoscópio deverá considerar: lâmpada com boa iluminação; ajuste perfeito
do cabo e da lâmina e limpeza;
Não conformidades: Caso seja detectado falhas, verificar se a causa está relacionada ao ajuste do
cabo com a lâmina; à pilha ou à lâmpada (queimada ou mau ajustada).
Os laringoscópios com mau funcionamento estrutural e lâmpada queimada de-
verão ser encaminhados ao Serviço de Engenharia Clínica, para reparos.
O carro de emergência deverá ser submetido as rotinas de limpezas concorrente e terminal, nos prazos
definidos:
Unidades do Carro de Limpeza/Desinfecção Limpeza/Desinfecção
Emergência Concorrente Terminal
Carro de emergência - 1 vez por dia (externamente) - 1 vez por mês (externo e interno)
Desfibrilador - 1 vez por dia -
Laringoscópios - 1 vez a cada plantão -
A desinfecção concorrente do laringoscópio (diária) deverá ser realizada com compressa embebida
com álcool 70%, concomitantemente, a sua testagem funcional;
Os laringoscópios testados e desinfetados deverão ser armazenados em uma caixa limpa e seca, situ-
ada sobre a base superior do carro de emergência.
A listagem dos itens (descrição e quantidade dos medicamentos e materiais) presentes no carro de
emergência, assim como os impressos de controle e testagem, deverão estar em uma pasta, localizada
em sua base superior.
Não conformidade: Caso não seja possível toda a reposição dos materiais/medicamentos antes da
passagem de plantão, o enfermeiro responsável deverá lacrar as gavetas, re-
gistrar os materiais e medicamentos repostos e não repostos, e informar ao
enfermeiro do plantão subsequente, que se responsabilizará pela reposição.
Cada item retirado e reposto do carro de emergência (materiais e medicamentos) deverá ser registrado
em formulário específico;
CE – Central de Equipamentos
1. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Medidas de prevenção de infecção relacionada à assistência
à saúde. Série Segurança do Paciente e Qualidade em Serviços de Saúde. 2017, 201p.
2. BRUNA, C. Q. M., SOUZA, R. Q., ALMEIDA, A. G. C. S et al. Processamento de cabos de laringoscópio: revisão
integrativa. São Paulo: Rev. Sobecc., v. 21, n. 1, p. 37-40, 2016.
4. EBSERH. Ministério da Educação POP: Prescrição Verbal– SVS-SP. Hospital de Clínicas da UFTM. p.01-12.
EBSERH – Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, Uberaba- MG, 2015.
5. FILHO, C. M. C.; SANTOS, E. S., SILVA, R. C. G.; NOGUEIRA, L.S. Fatores que comprometem a qualidade da
ressuscitação cardiopulmonar em unidades de internação: percepção do enfermeiro. São Paulo. Rev Esc Enferm
USP., v. 49 n. 6, p. 908-14, 2015.
6. STACCIARINI, T.S. G.; CUNHA, M.H. Procedimentos operacionais padrão em enfermagem. Atheneu: São
Paulo, 2014, 442p.
7. CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO (COREN). Parecer COREN-SP Ementa: Carro
de emergência: composição, responsabilidade pela montagem, conferência e reposição. COREN, São Paulo, 2013.
8. DA SILVA, H. C.; DA SILVA A. K. M.; DANTAS R. A. N.; PESSOA R. L.; MENEZES, R. M. P. Carros de
emergência: disponibilidade dos itens essenciais em um hospital de urgência norte-rio-grandense. Rev Enfermeria
Global., n. 12, v. 31, p. 187-93, 2013.
10. BRASIL, Ministério da Saúde. Organização do material de emergência nos serviços de unidades de saúde.
Orientação da direção geral de saúde, n. 8, p. 1-11, Brasília, 2011.
11. PASTI, M. J.; VENDRUSCOLO, A. C. S. Carro de emergência: ferramenta para qualidade assistencial segura para
qualidade assistencial segura em parada cardiorrespiratória. Revista Qualidade HC, n. 2, v. 32, p.25-34, Ribeirão
Preto, 2011.
12. PONTES, V. O.; FREIRE, I. L. S.; MENDONÇA, A.; E.; O.; SANTANA, S.I.S.; TORRES, G.V.; Atualização
bibliográfica sobre protocolos para instituição dos carros de emergência. FIEP BULLETIN., v. 80, n. 2, Natal/RN,
2010.
13. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Infecções do trato respiratório: orientações para
prevenção de infecções relacionadas à assistência à saúde. Unidade de Investigação e Prevenção das Infecções e
os Eventos Adversos. Brasil, 2009. 27p.
Finalidades Indicações
Remover sujidades; Limpeza e desinfecção do laringoscópio contaminado
Reduzir carga microbiana; utilizado na intubação traqueal.
Prevenir infecções relacionadas a assistência à saúde.
Contraindicações/Restrições
Limpeza da lâmina do laringoscópio com a lâmpada;
Limpeza dos cabos em água corrente ou imersão;
Limpeza dos cabos com as pilhas.
Materiais
Equipamentos de Proteção Individual – EPI - (avental, luvas de procedimento (2), máscara cirúrgica e óculos de
proteção)
Bandeja com o laringoscópio (cabo e lâmina) contaminado lâmpada
Compressas limpas (4)
Sabão líquido
Álcool a 70%
lâmina cabo
Água corrente
Referências
1. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Medidas de prevenção de infecção relacionada à assistência à
saúde. Série Segurança do Paciente e Qualidade em Serviços de Saúde. 2017, 201p.
2. BRUNA, C. Q. M., SOUZA, R. Q., ALMEIDA, A. G. C. S et al. Processamento de cabos de laringoscópio: revisão
integrativa. São Paulo: Rev. Sobecc., v. 21, n. 1, p. 37-40, 2016.
3. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Infecções do trato respiratório: orientações para
prevenção de infecções relacionadas à assistência à saúde. Unidade de Investigação e Prevenção das Infecções e
dos Eventos Adversos. Brasil, 2009. 27p.
APROVAÇÃO
Elaborado por: Revisado por: Aprovado por:
10/2017 10/2017 10/2017
Thaís Santos Guerra Stacciarini Luana Barbosa Zago Boscolo Mara Danielle P. Rodrigues Felipe
COREN-MG: 106.386 Comitê de Terapia Infusional NPM Chefe substituta da Divisão de En-
Serviço de Educação em Enfermagem
fermagem HC/UFTM
(SEE) / Divisão de Enfermagem (DE) Rosana Huppes Engel
Núcleo de Protocolos Multiprofissionais SEE/DE
(NPM)
Luciana Paiva Romualdo
Graziela Ângelo Alves Unidade de Gestão de Risco Assis-
COREN-MG 481647 tencial
Residente Saúde do Adulto