Kely Cristina Mendes Dasilva
Kely Cristina Mendes Dasilva
Kely Cristina Mendes Dasilva
VITÓRIA
2004
1
VITÓRIA
2004
2
BANCA EXAMINADORA
Aprovada em____de____________de___
______________________________
Prof.° Carlos Alberto Dias
Orientador
______________________________
Prof.º
______________________________
Prof.º
3
Hermann Graf-Keyserling
6
RESUMO
LISTA DE ABREVIATURAS
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO................................................................................................ 09
2 O TURISMO.................................................................................................... 11
2.1 ATIVIDADE TURÍSTICA.............................................................................. 13
2.2 BREVE HISTÓRICO DO TURISMO............................................................ 14
2.2.1 O turismo no Brasil................................................................................. 17
2.3 SEGMENTAÇÃO OU TIPOS DE TURISMO................................................ 18
2.4 SISTEMA TURÍSTICO................................................................................. 20
2.4.1 Demanda Turística.................................................................................. 20
2.4.2 Produto Turístico..................................................................................... 21
2.4.3 Oferta turística......................................................................................... 24
2.4.3.1 Oferta turística natural............................................................................ 24
2.4.3.2 Oferta turística artificial .......................................................................... 25
2.5 O TURISMO E SEU ESPAÇO..................................................................... 27
2.5.1 Zona Turística.......................................................................................... 27
2.5.2 Área Turística........................................................................................... 27
2.5.3 Centro Turístico....................................................................................... 28
2.5.4 Complexo Turístico................................................................................. 28
2.5.5 Unidade Turística.................................................................................... 29
2.5.6 Núcleos turísticos................................................................................... 32
2.5.7 Corredores turísticos..............................................................................
5 CONCLUSÃO................................................................................................. 56
6 REFERÊNCIAS............................................................................................... 58
9
1 INTRODUÇÃO
A sua importância vem sendo reconhecida tanto pelos países desenvolvidos como
pelos que ainda estão em via de desenvolvimento. Estes últimos apostam que o
incremento da atividade pode alçá-los ao primeiro mundo, em conseqüências das
vantagens econômicas que lhes são atribuídas, notadamente quanto à geração de
empregos e à captação de divisas.
cidades com chalés e outras construções tipicamente européias, com ruas estreitas
calçadas com pedra. Seus habitantes são, na maioria, descendentes de italianos e
alemães. Quando entramos na região serrana do Espírito Santo, a impressão que
dá, é que estamos em outro país, pode-se sentir o frio e as influências européias.
Nas fazendas e sítios desta região desenvolve-se também o Agroturismo, que tem
atraído significativos contingentes turísticos, transformando numa nova opção para o
desenvolvimento de um turismo sustentável em terras capixabas, proporcionando a
disseminação da educação ambiental e a preservação dos ecossistemas da região.
Este extraordinário potencial turístico pode ser realmente aproveitado, como de fato
já acontece, representando uma das mais importantes atividades econômicas do
Espírito Santo, podendo nos próximos anos alcançar níveis ainda maiores, em
virtude dos substanciais investimentos realizado pela iniciativa privada e poder
público, no sentido de ampliar a rede de transportes, hospedagem e serviços
turísticos, de modo a proporcionar um maior conforto e opções de lazer ao turista
nacional e estrangeiro.
2 O TURISMO
A mais antiga das definições conceituais aproveitadas sobre o turismo data de 1910
e tem sua autoria atribuída ao economista austríaco Herman von Schullard, citado
por Andrade (1995, p. 32-33) que compreende o turismo como "[...] a soma das
operações, especialmente as de natureza econômica, diretamente relacionadas com
a entrada, a permanência e o deslocamento de estrangeiros para dentro e para fora
de um país, cidade ou região.”
Seguindo a mesma linha de Von Shullard, Picard (citado por ANDRADE, 1995, p.
33) afirmou que:
Depois desses conceitos, muitos outros surgiram com a evolução do turismo, mas o
mais completo e o que melhor explica suas finalidades, a diversidade de sua
natureza e considerações a respeito do receptivo é o de Marhiot (apud
JACHINOSKI, 1975, p.4) que conceitua o turismo como:
Para o turismo, também há conceitos estruturais, nos quais ele não passa de um
produto composto ou uma combinação de bens e serviços, cuja funcionalidade
depende de conhecimentos operacionais e de dedicações para atendimento dos
requisitos da oferta e das exigências da demanda.
12
Andrade (1995, p.38) define ainda o turismo de forma estrutural como sendo:
Toda pessoa, sem distinção de raça, sexo, língua e religião, que ingresse
no território de uma localidade diversa daquela em que tem residência
habitual e nele permaneça pelo prazo mínimo de 24 horas e máximo de
seis meses, no decorrer de um período de 12 meses, com finalidade de
13
Diversas denominações são usadas para caracterizar essa atividade, como, por
exemplo, o termo “Indústria Turística”, que é utilizado por muitos autores e
principalmente nos discursos, livros, manuais e pela mídia. Reforçando o caráter de
produção do turismo, como um bem que pode ser produzido em grande escala de
forma impessoal.
Segundo Boullón (2002, p. 31) “uma das formas mais difundidas para referir-se ao
turismo é aquela que o denomina “indústria sem chaminés”.
A esta definição não se adapta a proposta da atividade turística, uma vez que sua
matéria-prima na maioria das vezes depende da existência dos recursos naturais,
como por exemplo, no caso das praias que devem ser utilizadas pela atividade
turística e não transformadas, o que a médio e longo prazo certamente causará a
extinção deste recurso.
o turismo é uma forma de consumir, algo assim como um canal para o qual
conflui uma demanda especial de muitos tipos de bens e serviços
elaborados por outros setores, além do consumo de alguns serviços
1
Segundo LEMOS (1999, p. 22) os setores da economia são: “Setor Primário – que envolve a
agricultura, a pecuária, a pesca, a extração de minérios e de vegetais, a horticultura e outros; Setor
secundário – que engloba as empresas industriais, por exemplo: máquinas e equipamentos,
automóveis, autopeças, plásticos, móveis, construção civil, alimentos industrializados, tecidos e
diversos outros; Setor terciário – que envolve atividades de serviços como: educação, transporte,
comunicação, saúde, bancos, lazer e entretenimento, serviços de hospedagem, eventos,
fornecimento de energia, água, esgoto e outras.”
14
O "turismo" como palavra surgiu no século XIX, mas como atividade, certas formas
de turismo existem desde as mais remotas civilizações.
Para Andrade (1995), o turismo é um fenômeno social que antecede as viagens que
os jovens aristocratas ingleses realizavam, acompanhados de seus competentes e
ilustrados preceptores, às principais cidades européias dos séculos XVIII e XIX. O
grand tour, sob o rótulo de "viagem de estudo", assumia o valor de um diploma,
conferindo-lhes status social, embora, na realidade, a programação se
fundamentasse em grandes passeios de qualidade e com atrativos prazerosos, que
denominam de turísticos, nomenclatura assumida para expressar a realização de
viagem através de regiões e países diversos, ou para significar a realização de "volta
ao mundo conhecido" ou possível à sociedade mais evoluída da época.
Verifica-se que antes da II Guerra Mundial (1939- 1945) o turismo foi uma
atividade amplamente desenvolvida, não só na Europa como também no
continente Americano, porém somente depois da guerra que o turismo
transforma-se em um fenômeno de massa e desperta interesse da maioria
dos países do mundo. Seu crescimento se dá pela conquista da paz,
melhoria dos meios de comunicações, disponibilidade de tempo livre,
mudanças tecnológicas, e outras mais que somente são verificadas a partir
desse momento (ACERENZA, 1984, p. 58).
16
A nova ascensão ocorreu no fim da década de 30 e atingiu seu auge em 1937. Mas
com a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), o turismo ficou paralisado em todo o
mundo. Seus efeitos foram tão profundos, que somente em 1949 o turismo
renasceu, com características crescentes de "turismo de massa". Esse tipo de
turismo teve seu marco inicial quando as tecnologias desenvolvidas na Segunda
Guerra, tais como radares e sistemas de navegação aérea e marítima, sonares e
novas cartas marítimas e terrestres, telecomunicações, etc. foram aproveitadas para
fins pacíficos.
Para Ignarra (2001) em 1808, D. João VI se instala com sua corte no Rio de Janeiro,
acarretando um grande desenvolvimento urbano, crescendo, portanto a demanda
por hospedagem na cidade, provocada pela visita de diplomatas e comerciantes,
iniciando assim a hotelaria brasileira. Na metade do século XIX, existiam no Rio de
Janeiro entre hotéis, hospedarias e restaurantes cerca de 200 estabelecimentos.
Para Ignarra (2001, p. 20): “Em 1908 era inaugurado o Hotel Avenida no Rio de
Janeiro, com 220 quartos, o maior do Brasil, marcando o início da hotelaria moderna
no pais.”
Club do Brasil. Alguns anos depois inicia-se o turismo de águas termais no estado
de São Paulo, e o turismo cultural no estado do Rio Grande do Sul.
2
A EMBRATUR foi criada através do decreto-lei n.º 55 de 18 de novembro de 1966.
19
• Turismo da melhor idade (3ª Idade): Com o aumento da média de vida das
pessoas, o turismo destinado as pessoas da 3ª Idade, se transformou em um
ótimo investimento. Com mais tempo de vida e através de recursos
provenientes de suas aposentadorias, eles podem viajar mais e conhecer
novos lugares.
Tanto o Turista de Negócios como o de Eventos tem um poder aquisitivo maior, pois
normalmente, quem paga as contas de suas viagens, são as empresas ou
instituições que eles representam. Chegam a gastar mais que o dobro de um turista
comum. Esses turistas fazem crescer também o número de hotéis e flats, destinados
a essa clientela, criando comodidades (aparelhos de fax, linhas exclusivas para
Internet, mesas de reuniões etc.) que cativam os clientes, os fazendo esticar um
pouco mais sua permanência ou os fazendo voltar a esses locais em outras
oportunidades.
20
A demanda pode ser medida ou contabilizada pelo total de turistas que entram em
um destino turístico, podendo ser um local, região, zona, país, centro ou atrativo
turístico. Pode ser verificada por meio de uma análise mais profunda, identificando
como se distribuem esses gastos nos destinos turísticos, e os tipos de serviços
utilizados.
Boullón (2002, p.40-41) aborda que para realizar um estudo completo sobre a
demanda, deve-se analisar os seguintes tipos de demanda: real, turista real -
consumidor potencial, histórica, futura e potencial.
b) turista real – consumidor potencial: se refere aos gastos adicionais que podem
realizar a demanda real durante sua estadia, e o consumo de bens e serviços que
não estavam previamente programados antes do deslocamento do turista;
O produto turístico é formado pelos bens e serviços que servem a atividade turística,
em um primeiro momento, o produto turístico é abstrato. Durante o planejamento de
uma viajem ou na compra de um pacote turístico, torna-se difícil ver ou tocar o
produto desejado. Cria-se desta forma algumas imagens produzidas a partir das
informações que são divulgadas principalmente por meio dos materiais publicitários.
As atrações são elementos do produto turístico, que fazem com que o turista escolha
uma destinação, ao invés de outra. Sua importância é fundamental, pois constituem
a matéria-prima sobre a qual o núcleo se organiza. Referem-se ao ambiente natural,
cultural e também aos eventos do núcleo.
23
As facilidades são elementos que por si só não geram fluxos turísticos. A falta dela,
porém, pode impedir o turista de visitar as atrações. Elas são partes integrantes das
atrações, porém, dificilmente são as causas do direcionamento para determinada
região; elas são seus complementos. Assim, a falta de facilidades de acomodações
constitui um empecilho óbvio para o turismo, enquanto que um hotel, favoravelmente
localizado, pode valorizar ao máximo um espaço com recursos paisagísticos
consideráveis. Da mesma forma, a existência ou não de áreas de campismo também
influi no fluxo turístico para determinada região ou localidade. Como facilidades são
consideradas também, por exemplo, a existência de barcos para alugar, pranchas de
surf e windsurf, roupas e equipamentos de mergulho, em áreas de que permitem
esportes deste tipo.
Cada destinação tem um ou vários produtos para oferecer aos turistas. O Brasil
oferece, em toda sua costa, o sol e o mar, além das cidades históricas e as
industrializadas. Na região Norte apresenta a selva inexplorada, cortada pelo Rio
Amazonas, e, na região Centro-Oeste, o Pantanal, com fauna e flora
exuberantes.Em cada uma das destinações (país, região, local) o turista escolhe o
que pretende ver, as atividades e os serviços de que se utilizará durante sua estada.
A matéria-prima da oferta natural são os recursos para cuja criação não houve
interferência humana, nem concurso desta para capacitação e configuração deles. O
25
potencial natural é o fator principal para que uma localidade seja considerada
possuidora de vocação turística.
Esse potencial natural caracteriza-se pela posse de pelo menos alguns dos
seguintes elementos da natureza: Clima (temperatura, chuvas, umidade, ventos, sol,
etc.); Configuração geográfica e paisagens (montanhas, grutas, rios, rochedos, etc.);
Elementos silvestres e da saúde; Fauna e flora.
Segundo Andrade (1995, p.106), a oferta artificial também pode ser chamada de
recurso artificial e por recursos artificiais entendem-se:
Uma zona turística deve contar com um número mínimo de dez atrativos turísticos
suficientemente próximos, sem importar a que tipo e a que categoria pertençam.
Além destes, para funcionar adequadamente uma zona turística deve contar, em seu
território, com equipamentos turísticos e dois ou mais centros turísticos, e estar
provida de uma infra-estrutura de transportes e comunicações. Se carece parcial ou
totalmente desses últimos requisitos, ela deve ser qualificada como zona potencial.
São as partes em que se pode dividir uma zona turística. Sua superfície é menor que
a do todo que as contém; no entanto, como as zonas podem chegar a ter tamanhos
diferentes, é possível que uma área da zona maior resulte maior que a outra zona
menor (BOULLÓN, 2002).
Ainda para Boullón (2002) de acordo com a função que desempenham como praças
receptoras de turistas, os centros turísticos podem ser de quatro tipos:
Os impactos têm origem num processo de mudança e que não constituem eventos
resultantes de uma causa específica. Eles são conseqüência de um processo de
interação entre turistas, comunidade e meios receptores. Às vezes, tipos de turismo
parecidos causam diferentes impactos.
Segundo Lemos (1999) o turismo é compreendido cada vez mais como uma
atividade econômica no Brasil. No mundo, alguns países, há muito tempo,
perceberam o seu potencial como gerador de emprego e de renda. Os dados mais
recentes mostram seu extraordinário crescimento e sua tendência incontestável
como alternativa de crescimento social na virada do século, ocupando, no presente,
uma posição que oscila entre a terceira e a quarta atividade econômica de maior
geração de empregos no mundo.
TABELA 1
NÍVEL DE EMPREGO NO MUNDO E NO BRASIL (MILHÕES DE EMPREGOS)
BENEFÍCIOS PREJUÍZOS
• Geração de Empregos • Especulação Imobiliária
• Geração de Rendas • Aumento da Economia Informal
• Aumento de Divisas em Moeda • Aumento do Custo de Vida
Estrangeira • Inflação
• Aumento da Arrecadação de Impostos • Privilégio de Benefícios Econômicos
• Criação e Desenvolvimento de Empresas
• Descentralização de Riquezas
• Diversificação da Economia
• Maior Distribuição e Circulação de Renda
• Aumento da Renda "Per Capita"
• Expansão das Oportunidades Locais
• Atração de Investimentos diversificados
QUADRO 1 - IMPACTOS ECONÔMICOS DO TURISMO: BENEFÍCIOS E PREJUÍZOS
Fonte: EMBRATUR (1996).
Tais diferenças levam a destacar que, do ponto de vista econômico, é possível medir
o efeito multiplicador turístico de duas maneiras distintas: uma enfocando a venda
35
Três tipos de empregos são gerados pelo turismo: o emprego direto, que resulta dos
gastos do visitante nas plantas turísticas; o emprego indireto que deriva desses
gastos iniciais, sendo criado no setor de abastecimento turístico; e o emprego
induzido, que é o efeito restante do multiplicador de empregos, já que, com os
gastos dos residentes em estabelecimentos não ligados ao setor, também serão
criadas novas oportunidades de emprego.
A maior parte dos empregos gerados exige pouca qualificação profissional, fato que
possibilita a absorção de mão de obra local em regiões subdesenvolvidas. Por outro
lado, a remuneração paga é baixa e o caráter sazonal da atividade pode gerar
flutuações no nível de empregos entre a alta e a baixa estação.
37
5.SALDO DO
3.TRANSAÇÕES
1.BALANÇA 2.BALANÇA DE 4.MOVIMENTO BALANÇO DE
CORRENTES ( 1 +
COMERCIAL SERVIÇOS DE CAPITAIS PAGAMENTO (3
2)
+ 4)
Viagens
internacionais
Fretes Capital de firmas
Seguros estrangeiras
Exportações Lucros remetidos (multinacionais)
Superávit / Déficit
Importações ao exterior Empréstimos
Juros externo
Serviços diversos Amortizações
(assistência
técnica, royalties)
Os efeitos secundários não se referem ao gasto turístico original mas aos gastos que
são realizados a partir dele pelos hotéis, companhias aéreas, agências de viagens,
restaurantes e demais equipamentos na compra de mercadorias necessárias à
prestação dos serviços junto aos fornecedores ou no pagamento de salários,
comissões e dividendos.
Como o Turismo é uma atividade econômica, ele esta sujeito à tributação e por isso
contribui para as receitas fiscais do Estado e outras entidades autônomas, como os
órgãos locais e regionais de turismo.
TABELA 2
GERAÇÃO DE IMPOSTOS NO MUNDO E NO BRASIL (US$ BILHÕES)
Num mercado cada vez mais globalizado e altamente competitivo, deixar de planejar
torna-se suicídio para as organizações envolvidas no turismo (KOTLER, 1994).
Boullón (2002) vai mais adiante nessa enumeração, determinando onze funções
básicas para os órgãos oficiais de turismo:
41
Além dos índios, os colonizadores tiveram ainda que enfrentar constantes incursões
de piratas franceses, holandeses e ingleses na região. A partir do século XVII, com a
criação dos primeiros engenhos de açúcar, o interior do Estado começou a ser
povoado, desenvolvendo-se a atividade agrícola e o comércio. No início do século
XVIII, porém, a economia local entrou em processo de estagnação e a capitania, até
então subordinada à Bahia, foi reintegrada à Coroa.
Como foi visto, o turismo pode gerar expressivo número de postos de trabalhos, com
a necessidade menor de investimentos.
• Duplicação da BR-101
• Duplicação da extensão da BR-101 no contorno de Vitória;
• Ampliação do Aeroporto de Vitória
• Recuperação e melhoria da BR-262
• Recuperação e ampliação da Rodovia do Sol, que ligará a capital do
Estado ao litoral norte;
• Construção da ferrovia litorânea sul;
• Centro de Eventos.
A atividade turística possui uma clara vocação para a criação de empregos diretos e
indiretos.
Segundo a Rais Caged (apud SEDETUR, 2004, p. 23), o setor turístico do Espírito
Santo gerou 23.407 empregos diretos, representando 4,54% da mão-de-obra formal
do Estado.
49
TABELA 3
NÚMERO DE ESTABELECIMENTOS E EMPREGADOS POR ATIVIDADE TURÍSTICA NO
ESPÍRITO SANTO
N° Estabelecimentos N° Empregados
Alojamento 461 3.836
Alimentação 2.177 10.952
Agência de Viagens 145 425
Atividades Recreativas 443 2.993
Aluguel de Automóveis 68 379
Transporte Rodoviário Regular 152 4.736
Transporte Aéreo Regular 5 77
Transporte Aéreo não Regular 3 9
Total 3.454 23.407
Vale ressaltar que esse número leva apenas em consideração os trabalhadores com
carteira assinada. Tendo em vista que na maioria dos setores econômicos do Brasil,
o número de trabalhadores empregados que não possuem vínculo empregatício é
considerável, podemos inferir que há um número elevado de empregos informais
gerados pelo turismo.
TABELA 4
NÚMERO DE EMPREGOS TOTAL E DO SETOR TURÍSTICOS POR ESTADOS
Quando comparado com os outros estados, o Espírito Santo ocupa a 12ª posição
em relação ao número absoluto de empregos gerados no turismo.Contudo,
somando-se os empregos indiretos, este número, segundo dados do Espírito Santo
Conventions & Bureau, chega a 44.134 empregos.
construção civil e outros) que são computados nos seus devidos setores e ramos..
com toda dificuldade, o turismo é computado no setor de serviços, da produção
nacional de todos os países.
TABELA 3
RANKING DO PIB GERADO PELO TURISMO INTERNO NO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO E
OUTROS ESTADOS (2002)
ESTADO RANKING
Ceará 1°
Rio Grande do Norte 2°
Piauí 3°
Para 4°
Paraíba 5°
Espírito Santo 6°
Alagoas 7°
Maranhão 8°
3
O turismo de eventos tem se expandido em todo o Brasil mobilizando uma massa de recursos em
torno de R$ 37 bilhões, segundo dados do I Dimencionamento Econômico da Indústria de Eventos no
Brasil, realizada pelo Sebrae Nacional e Federação Brasileira dos Conventions Bureau (apud
ESPÍRITO SANTO VISITORS & CONVENTIONS, 2004, p.1).
52
Ainda segundo o Espírito Santo Conventions & Visitors Bureau (2004b), a previsão
de receita gerada pelos turistas de negócios no mês de agosto de 2004 é de cerca
de R$ 13,7 milhões, considerando que cada pessoa gasta, por dia, uma média de
R$ 320 e a sua permanência é de três dias, em média
53
40
31 30
30 25
20
8
10
0
Vitória Vila Velha Guarapari Serra
4
O Agroturismo surgiu no Espírito Santo por volta de 1986, na Fazenda Providência, de propriedade
da família Carnielli no município de Venda Nova do Imigrante e expandiu entre 1986 e 1990 por
meios de comunicação, despertando nas pessoas o interesse na fabricação dos produtos, na
visitação às propriedades, seus afazeres diários e outros atrativos, gerando um fluxo de turistas e o
desenvolvimento da atividade agroturística.Pioneiro no Brasil neste bem sucedida atividade, o Espírito
Santo integra com o Agroturismo, o potencial turístico da região serrana capixaba às atividades
agropecuárias do pequeno produtor rural, como a cultura de frutas, cereais e hortaliças; o cultivo de
flores, a fabricação artesanal de doces, geléias, vinhos, licores, queijos, criação de aves, bovinos e
suínos.
54
Os Apart-Hotéis também vêm suprir uma outra necessidade: atender aos executivos
que participam de eventos de negócios, que movimenta cifras milionárias em todo o
país. Quase 100 mil pessoas estiveram no Espírito Santo em 2001, participando de
feiras, congressos e seminários. Em 2002, uma dezena de eventos foram
realizados, com quase 40 mil visitantes.
O novo terminal de passageiros será erguido junto à Avenida Adalberto Simão Nader
e o terminal atual será exclusivo para prestação de serviços, ou seja, atenderá a
usuários das empresas de táxi aéreo, de transporte em helicópteros e de cargas.
Com o novo Aeroporto, o comércio instalado em área da INFRAERO vai ter que ser
remanejado. São cerca de 30 estabelecimentos que ocupam a área em regime de
concessão de uso.
5 CONCLUSÃO
O turismo é uma atividade que tem uma grande inter-relação com os outros
segmentos da economia. Quanto mais diversificada e desenvolvida for a base
econômica o turismo trará para a sua atividade empresarial.
Por sua oferta de recursos naturais, culturais e humanos, o Espírito Santo vive um
momento considerado histórico para o incremento da atividade turística, o que se
pode traduzir em grandes investimentos governamentais e privados.
Nesse cenário definido por novos fluxos turísticos e com a retomada de crescimento
a partir deste ano, o Espírito Santo emerge como um dos destinos com maior
vocação para a gestão sustentável daquele segmento da economia que se configura
em forte alternativa social e econômica, por suas características de facilitar a
geração de empregos e reduzir desigualdades.
O turismo é capaz, de fato, de trazer grandes benefícios para o Brasil, como foi e
tem sido com outras nações, mas somente baseado em um processo lento e
planejado. Não se pode esperar que o turismo, como setor da vida social, traga a
solução de todos os problemas de emprego do país ou a tão sonhada justiça social.
58
6 REFERÊNCIAS
BENI, Mário Carlos. Análise estrutural do turismo. São Paulo-SP: Ed. SENAC São
Paulo, 1998.
MELLO, H p. et. al. O Setor Serviços no Brasil: Uma visão Global. Rio de Janeiro:
IPEA, 1998.
60
RIBEIRO, G.L e BARBOS, F.L. A Corrida por Paisagens Autênticas: Turismo, Meio
Ambiente e Sustentabilidade no Mundo Contemporâneo. Viagens a Natureza:
turismo, cultura e ambiente. São Paulo: Papirus, 1997.
ANEXOS
63
ANEXO A
PRINCIPAIS ATRATIVOS TURÍSTICOS DO ESPÍRITO SANTO
CENTROS
ATRATIVOS TURÍSTICOS PAISAGENS INFRA-ESTRUTURA
TURÍSTICOS
− Shopping Vitória
− Praia de Camburi
− Praia do Canto
− Maciço Central de
− Praça dos Namorados
Vitória
− Palácio Anchieta
− Pedra dos Olhos Aeroporto de Vitória
− Catedral Metropolitana
VITÓRIA − Ilha do Boi BR-101
− Parque Moscoso
− Ilha do Frade
− Parque Pedra da Cebola
− Praia de Camburi
− Morro da Fonte Grande
− Enseada do Sua
− Horto Municipal