(M2) Renda Fixa II
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Renda Fixa II
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CFP® - Certified Financial Planner
1.6 Precificação dos Títulos de
Renda Fixa
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Precificação de títulos de Renda Fixa
Conceito
A precificação de títulos de renda fixa (principalmente os negociados no mercado
secundário), baseia-se em calcular o valor presente de todos os recebimentos e soma-los,
ou seja, trazer a valor presente os juros e as amortizações!.
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Precificação de títulos de Renda Fixa
Fórmula
Como dissemos anteriormente, o cálculo para mensurar qual o valor justo atual de um
título de renda fixa, basta trazer a valor presente, todos os fluxo de caixa, conforme
fórmula abaixo. É desta forma, que avaliamos o quanto devemos pagar em um título que
já foi emitido. Mas não se preocupe, a HP-12c fará esse cálculo para nós através das teclas
(n, i, PV, PMT, FV)
Onde:
VP = valor presente
Fc = cupom do título, ou seja, fluxo de caixa para o período n
i = taxa de desconto
n = número de fluxos de caixa a serem avaliados
P = principal
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Precificação de títulos de Renda Fixa
Passo a Passo
Desta forma, o passo a passo para se calcular um título de renda fixa é:
(1) Estimar o fluxo de caixa da vida do título:
Cupom de pagamentos (PMT). Este valor é definido no momento da emissão
do título e não no mercado secundário.
Retorno do principal (FV)
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Medidas de Retorno de Renda Rixa
Conceitos
Cupom: Equivale aos juros financeiros pagos periodicamente pelo título. Para a prova,
poderá ser informado na questão através de uma taxa. Esta taxada deverá ser convertida
para o período do cupom e multiplicada por R$ 1.000,00, encontrando assim, o Cupom de
pagamento.
Yield to Maturity (YTM): É a taxa interna de retorno (TIR) dada ai ano dos fluxos de
caixa do título, incluindo o valor da compra, os cupons e o valor no vencimento,
considerada a taxa de mercado do título negociado. Esta metodologia é mais precisa que
o Current Yield.
Current Yield: Corresponde a soma de todos os recebimentos em dinheiro pagos pelos
juros do título ao credor em um ano em relação ao preço do título. Esta metodologia não
considera a hipótese de reinvestimento e nem o recebimento final da dívida
(desconsidera o ágio ou deságio da compra de um ativo). Sua fórmula é:
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Valor Presente, Valor Futuro e YTM
Exemplo
Um título com face igual a R$ 1.000,00, vencimento em 5 anos, cupom 6%aa. Qual Será o
valor presente do título, caso o YTM (retorno do ativo) seja de 4%, 6% e 8%?
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Títulos com Ágio ou Deságio
Definição
ÁGIO (ACIMA DO PAR): O título está “mais caro” do que quando foi emitido, portanto:
Preço de mercado maior que o valor nominal;
YTM menor que a taxa do cupom do título;
Principais motivos: (1) A taxa livre de risco está MENOR atualmente em relação a
data de emissão do título; e/ou (2) o Rating da empresa melhorou.
DESÁGIO (ABAIXO DO PAR): Ele está “mais barato” em relação a sua emissão, assim:
Preço de mercado menor que o valor nominal
YTM maior que a taxa do cupom do título
Principais motivos: (1) A taxa livre de risco está MAIOR atualmente em relação a
data de emissão do título; e/ou (2) o Rating da empresa piorou.
AO PAR:
Preço de mercado igual ao valor nominal
YTM igual a taxa do cupom do título
Principais motivos: nada se alterou na economia ou na empresa.
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Precificação de Ativos
LTN: Exemplo de Cálculo
O Banco Central decide fazer um leilão de uma LTN com vencimento em 55 dias úteis e
73 dias corridos. Qual o valor que este título será adquirido caso a taxa anual esteja em
15% ao ano? Calcule o preço para cada R$ 1.000,00 de resgate.
SOLUÇÃO: Para resolvermos este problema, devemos trazer a LTN a valor presente.
Desta forma, na HP 12C:
i = 15 ao ano
n = (55 ÷ 252) = 0,218254 ano
PMT = 0;
FV = R$ 1.000,00
PV = ? = - R$ 969,96
Como a LTN não possui cupom (PMT), podemos escolher se transformamos a taxa dada
em ano para dias, ou o prazo dado em dias em ano (o que é mais fácil). Outro ponto que
deve ser salientado é que os cálculos de remunerações no Brasil são sempre em DIAS
ÚTEIS. Os dias corridos são utilizados somente para definir a tributação do IR que a
operação teve.
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Precificação de Ativos
LFT: Exemplo de Cálculo
A taxa Selic projetada para um período de 504 dias úteis é de 12% ao ano. Sabendo que
o valor de atualização entre o valor nominal (R$ 1.000,00) e a data-base (data atual) é de
1,1885, qual o valor que um investidor deve comprar uma LFT para se ter 13% ao ano?
SOLUÇÃO: As LFTs também podem ser negociadas com ágio ou deságio. Podemos
notar que como o novo investidor deseja uma rentabilidade acima da taxa Selic projetada,
ele deve adquirir o título comprando com desconto. Para resolvermos este problema,
tratamos em 3 partes: (1) valor atual corrigido do título; (2) calcular qual seria o valor
final da LFT pela taxa Selic Projetada; (3) trazer a valor presente este valor pela taxa que
o investidor deseja.
(1) Valor Atual da LFT: (2) LFT corrigida a 12%: (3) Valor da LFT com deságio:
o 1000 [ENTER] o n = 504 ÷ 252 = 2 o n = 504 ÷ 252 = 2
o 1,1885 [x] o i = 12 o i = 13
R: R$ 1.188,50 o PV = 1.188,50 [CHS] o PMT = 0
o PMT = 0 o FV = R$ 1.490,8544
o FV = ? = 1.490,8544 o PV = ? = R$ 1.167,5577
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Precificação de Ativos
YTM: Exemplo de Cálculo 1
Uma debênture com vencimento em 10 anos, está sendo negociada no mercado por
R$ 1.040,00. Sabendo que sua taxa do cupom é de 12% ao ano, com pagamento anual,
calcule qual é seu YTM.
SOLUÇÃO: Primeiramente, devemos saber que as debêntures são títulos que são
emitidas por R$ 1.000,00. Assim, o cupom será a multiplicação da taxa de cupom por
R$ 1.000,00 e o valor recebido na última prestação, será o cupom mais os R$ 1.000,00.
Desta forma:
YTM na HP 12C:
o PV = - R$ 1.040,00 [CHS];
o FV = R$ 1.000,00;
o PMT = R$ 120,00 → 1.000 × 12%
o n = 10 anos;
o i (YTM) = ? = 11,31% ao ano
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Precificação de Ativos
YTM: Exemplo de Cálculo 2
Uma debênture com vencimento em 10 anos, está sendo negociada no mercado por
R$ 1.040,00. Sabendo que sua taxa do cupom é de 12% ao ano, com pagamento
SEMESTRAL, calcule qual é seu YTM.
SOLUÇÃO: Desta vez, o cupom é pago semestralmente. Assim, devemos encontrar esta
taxa semestral, para multiplicarmos por R$ 1.000,00 e achar o PMT. Não podemos
esquecer também que o YTM é sempre dito em ano! Desta forma, faremos em 3 etapas:
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Precificação de Ativos
CY: Exemplo de Cálculo 1
Uma debênture com vencimento em 10 anos, está sendo negociada no mercado por
R$ 1.040,00. Sabendo que sua taxa do cupom é de 12% ao ano, com pagamento anual,
calcule qual é seu Current Yield?
SOLUÇÃO: Como o Current Yield é somente a relação entre “os juros recebidos
anualmente” pelo preço pago pelo título, devemos primeiramente saber qual o cupom
que o investidor irá receber. Sendo assim, o cupom será a multiplicação da taxa do cupom
por R$ 1.000,00 e não pelo valor pago no mercado. Lembre que o cupom é pago pelo que
a empresa pegou emprestado (para as debêntures, o valor sempre é R$ 1.000,00) e não
por quanto estão negociando seus títulos no mercado secundário.
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Precificação de Ativos
CY: Exemplo de Cálculo 2
Uma debênture com vencimento em 10 anos, está sendo negociada no mercado por
R$ 1.040,00. Sabendo que sua taxa do cupom é de 12% ao ano, com pagamento
semestral, calcule qual é seu Current Yield?
SOLUÇÃO: Desta vez, o cupom é pago semestralmente. Assim, devemos encontrar esta
taxa semestral, para multiplicarmos por R$ 1.000,00. Como são dois semestres por ano,
ele receberá o cupom duas vezes, sem ser considerado o valor do dinheiro no tempo.
R/S 𝑅$ 116,60
R = 5,830% ao semestre 𝐶𝑌 =
𝑅$ 1.040,00
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Precificação de Ativos
Títulos Híbridos: Exemplo de Cálculo
João aplica em R$ 100 mil em um CDB que está remunerando TR + 10% a.a. Após dois
meses (60 dias corridos e 42 dias úteis), ele decide resgatar sua aplicação. Qual foi a sua
remuneração, sabendo que a TR foi de 1,38% e 0,27% em cada mês?
SOLUÇÃO: Quando os títulos são híbridos (remuneração fixa MAIS uma taxa), como por
exemplo Poupança e NTN-B, aparecerá o sinal +. Porém, já vimos que este MAIS significa
vezes por ser de juros compostos. Assim, devemos (1) descobrir o retorno de cada variável
no período desejável e depois; (2) multiplicar os resultados, conforme ensinado em
Módulo I - Fundamentos de Finanças. Desta forma:
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1.7 Riscos em Aplicações de
Renda Fixa
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Principais Riscos do Investidor
Tipos de Risco
Os investimentos de renda fixa possuem diversos tipos de riscos financeiros, sendo seus
principais:
Risco de Mercado
Risco de Taxa de Juros
Risco de Liquidez
Risco de Crédito
Risco de Reinvestimentos
Risco de Resgate Antecipado
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Risco de Mercado
Conceito
MERCADO, também conhecido como RISCO SISTÊMICO, se caracteriza pela oscilação dos
valores de um ativo durante um período de tempo, gerando possíveis ganhos ou perdas
ao investidor. Esta variação dos preços é chamada de VOLATILIDADE, e quanto maior a
volatilidade, maior o risco de mercado de um ativo. Já levando para o lado matemático,
podemos mensurar de duas formas:
Volatilidade HISTÓRICA: Medida estatística que se baseia nos preços do passado
ativo. Neste caso, é utilizado o cálculo de desvio padrão dos retornos do
investimento; ou
Volatilidade IMPLÍCITA: Estimada através da variação futura de um ativo adotada
pelo mercado financeiro. Ela é obtida por meio de modelos de avaliação de preço do
derivativo Opção. Dentre destes modelos, o mais conhecida é o Black & Scholes.
Iremos falar mais sobre esse risco, no Módulo II - Capítulo 7. Gestão de Carteiras.
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Risco de Taxa de Juros
Conceito
Pode ser definido como o efeito de mudanças na taxa de juros, causando perdas no valor
do ativo ou no portfólio de ativos. Podemos mensurar este risco através de medidas de
sensibilidade de um título em relação a variações nas taxas de juros (Duration de
Macaulay ou Duration Modificada).
Por exemplo, Rafael possui dois ativos prefixados com rentabilidade de 10% ao ano:
(1) LTN com vencimento em 10 anos;
(2) LTN com vencimento em 20 anos.
Caso o COPOM aumente em 1%a.a. a taxa de juros SELIC (de 10% para 11%), os títulos
acima terão impactos diferentes. Como a alteração foi de 1% POR ANO, a LTN (1) será
impactada negativamente 10 vezes de 1% (pois durante 10 anos, você receberá 10%,
enquanto o mercado estará rendendo 11%) e a LTN (2) terá um impacto de VINTE VEZES,
sendo muito mais prejudicial por causa do seu prazo. Este impacto negativo é visto
diretamente na marcação a mercado do ativo.
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Risco de Taxa de Juros
Duration de Macaulay
A Duration de Macaulay (DMac), chamada simplesmente de “Duration”, surgiu para
estimar sensibilidade do preço de um título prefixado a mudanças nas taxas de juros. Ela
veio para substituir o conceito de “maturidade média”, que nada mais era do que fazer a
média ponderada de uma carteira de renda fixa, baseado no vencimento dos seus títulos.
Seu grande problema era que não considerava os efeitos do pagamento dos cupons e
amortizações intermediárias de um título. Assim, o que o financista Macaulay fez na sua
fórmula foi considerar o valor presente de todos os recebimentos, conforme passo-a-
passo e sua fórmula baixo:
(1) Trazer a valor presente todos fluxos , multiplicando-os pelo seu período;
(2) Somar estes resultados;
(3) Dividir este (2) somatório pelo valor presente (negociado) do ativo.
Sendo que:
Fct = cada fluxo de caixa
t = período
i = YTM (taxa de desconto)
VP = valor presente do título
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Risco de Taxa de Juros
Duration: Exemplo
Qual a Duration da carteira abaixo de duplicatas no valor total de R$ 100.000,00 na data
de hoje, sendo que a taxa de desconto dos títulos é de 3,00% a.m?
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Risco de Taxa de Juros
Duration de Macaulay - Passo a Passo
Para calcularmos a (2) Duration de Macaulay da carteira de R$ 100.000,00 com 4 títulos
dados no problema, devemos seguir os seguintes passos:
Etapa 1: Calcular o valor presente de cada recebimento;
Etapa 2: Multiplicar cada valor presente calculado pelo seu prazo;
Etapa 3: Somar todos os resultados da Etapa 2;
Etapa 4: Utilizar o Valor Presente da Carteira (soma do Valor Presente de cada
recebimento, portanto, soma da ETAPA 1) ou, se for dito, será o seu valor de mercado.
Etapa 5: Dividir o resultado da ETAPA 3 pelo resultado da ETAPA 4. Este será o
resultado da Duration de Macaulay!
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Risco de Taxa de Juros
Duration de Macaulay - Passo a Passo
ETAPA 2: Multiplicar cada valor presente calculado pelo seu prazo
Duplicata (1): Duplicata (1): Duplicata (3): Duplicata (4):
PV × n PV × n PV × n PV × n
R$ 9.708,74 × 1 R$ 18.851,92 × 2 R$ 27.454,25 × 3 R$ 35.539,48 × 4
9.708,74 37.703,84 82.362,75 142.157,92
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Risco de Taxa de Juros
Duration: Limitações
A Duration é uma boa aproximação da mudança de preço de um título de renda fixa para
pequenas variações na taxa de juros, mas não para grandes variações, pois pressupõe que
as taxas de juros de mercado são flat (para qualquer prazo, as taxas de juros serão
sempre as mesmas). Porém, como ela é uma estimativa linear de alteração de alteração
de preço, não possibilita estimativas adequadas por não modelar precisamente a
curvatura existente entre a variação porcentual do valor de um título prefixado e a
variação percentual da taxa de juros de mercado. Sendo assim, a Convexidade é utilizada
como medida correção!
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Risco de Taxa de Juros
Duration Modificada
A Duration Modificada (DM) visa apresentar em termos percentuais a sensibilidade do
preço do título a variações nas taxas de juros, ou seja, o quanto o preço dos ativos de
renda fixa irão mudar em função da elevação ou redução dos juros no mercado. Para
calcularmos a DM, devemos aplicar a seguinte fórmula:
(𝑫𝑴𝒂𝒄)
𝐃𝐌 =
(𝟏 + 𝒀𝑻𝑴)
Com isso, podemos agora confirmar o impacto da mudança da taxa de juros no exemplo
das LTN de 10anos e 20 anos, no qual houve um aumento de 1% na taxa SELIC.
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Risco de Taxa de Juros
Duration de Carteiras
Para calcularmos a Duration de diversas carteiras de renda fixa, podemos aproximar seu
resultado através da média pondera destas carteiras. Importante salientar que neste
caso, estamos fazendo a média ponderada das durations dos títulos de renda fixa que a
compõem e não da maturidade dos títulos (como foi feito anteriormente). Com isso, o
erro gerado no cálculo é ainda menor:
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Risco de Taxa de Juros
Duration: Gráfico
Preço
Erro de Precificação
Preço Correto do
1.100 Titulo com a mudança
na taxa (YTM)
∆p
1.000
∆p Erro de Precificação
900 Preço estimado
baseado na
Duration
Y*
8% ∆i=-1% 9% ∆i=+1% 10%
YTM
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Risco de Taxa de Juros
Duration: Relações Diretas e Indiretas
A duration de um título ZERO-CUPOM (sem pagamentos de juros, como uma LTN) é
IGUAL ao seu prazo de vencimento.
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Risco de Taxa de Juros
Imunização
Como vimos, o risco de taxa juros é a quantidade de impacto na flutuação da Selic no
Brasil, sendo que, quanto maior o prazo de vencimento (Duration) uma carteira de
investimentos, maior o seu risco. Desta forma, uma estratégia para imunização desse
risco, seria o de investir em títulos com pagamento de cupom, pois com isso há a
diminuição da Duration.
Isso ocorre por que se temos uma carteira com retorno fixo de 10% ao ano e a taxa de
juros sobe, os cupons recebidos serão reinvestidos a taxa de juro mais elevada porém com
desvalorização dos títulos. Já com uma diminuição da taxa de juros, os títulos ganham
valor, mas os cupons recebidos serão aplicados em uma taxa mais baixa. Portanto:
Aumento da taxa de juros: é negativa para o preço do título, porém positiva para
os reinvestimentos;
Redução da taxa de juros: é positiva para o preço do título, porém negativa para
os reinvestimentos.
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Risco de Liquidez
Conceito
Trata-se da DIFICULDADE DE VENDER um determinado ativo pelo preço e no momento
desejado. A realização da operação, se ela for possível, implica numa alteração substancial
nos preços do mercado. Portanto, caracteriza-se quando o há poucos compradores, ou
seja, uma dificuldade de encontrar um comprador pelo preço justo de mercado.
Um investidor pode criar este risco propriamente, quando ele possui uma fatia
(percentual) considerável de um ativo específico. Por exemplo, ter 20% de uma empresa,
já que se ele desejar vender sua posição, precisará de muito tempo para conseguir os
recursos desejados (ou terá que vender a um preço menor que o ofertado pelo mercado).
Por isso, é muito importante um planejamento das necessidades de caixa, para que, caso
se necessite recursos, não seja necessária a venda de um ativo por um preço menor do
que o de valor de mercado, simplesmente por não haver liquidez.
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Risco de Crédito
Conceito
RISCO DE CRÉDITO é a possibilidade de perdas associadas ao não cumprimento pelo
tomador ou contraparte de suas respectivas obrigações financeiras nos termos pactuados,
à desvalorização de contrato de crédito decorrente da deterioração na classificação de
risco do tomador, à redução de ganhos ou remunerações, às vantagens concedidas na
renegociação e aos custos de recuperação. Em resumo, O RISCO DO DEVEDOR DAR UM
CALOTE (NÃO PAGAR SUAS DÍVIDAS).
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Risco de Crédito
Impactos na Mudança de Rating
Quando uma empresa tem sua nota de crédito piorada (por exemplo A para BB), os
investidores novos exigirão um maior prêmio para investir nos títulos de dívida desta
companhia. Caso ocorra o contrário, a empresa tenha seu rating melhorado, os
investidores novos exigirão um retorno menor para investir nos mesmos tipos de dívidas.
O ponto central é que existem os títulos já emitidos pela empresa negociados no mercado
secundário (com uma taxa já definida) e existe também a possibilidade da empresa emitir
novas dívidas. Desta forma, precisamos compreender o que ocorre em cada um dos casos
e para isso, criamos uma tabela para você compreender esses impactos!
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Risco de Reinvestimento
Conceito
Definimos estes risco como o risco de não conseguir reinvestir o dinheiro, em taxas
melhores ou iguais que as atuais, na eventualidade de liquidação financeira da aplicação
(resgate, vencimento, venda ou pagamento de juros). Desta forma, títulos que não
possuem cupom (zero-cupom), seu risco de reinvestimento é ZERO, como por exemplo,
as LTN e os CDBs.
Vimos até agora que quanto maior a Duration, maior o risco de taxa juros e que uma das
formas de diminuição deste risco, é realizar investimentos em títulos com pagamento de
cupom. Porém, quanto maior o pagamento do cupom, maior o risco de Reinvestimento.
Desta forma, devemos sempre analisar qual tipo de risco que desejamos correr.
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Risco de Resgate Antecipado
Conceito
O risco de resgate antecipado ocorre de duas formas:
Se a taxa de juros cair, os títulos com opção de Call embutida, podem ser
resgatados antecipadamente pelo emissor. Com isso, os recursos do investidor
possam ser reinvestidos em títulos com retornos mais baixos; ou
Os títulos de renda fixa possuem prazo de vencimento e muitas vezes a
rentabilidade contratada só é garantida se o investidor mantiver o título até o final
do prazo. Assim, a rentabilidade paga pode não ser exatamente aquela que foi
contratada. Isso ocorre quando se vende um título no mercado secundário (o que
pode gerar prejuízos ou retornos acima do esperado, já que se trata de oferta e
demanda) ou, por exemplo, quando uma instituição financeira aceita pagar 100% do
CDI, mas se o investidor resgatar antes do prazo, a rentabilidade é menor (90% do
CDI).
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