Cães & Companhia #224 PDF

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Nº 224 | Janeiro 2016 | 3€ (Cont.

Sabe se o seu gato


é hipertenso?

Criação dE CãEs obEsidadE

Consanguinidade Mantenha o seu


Anjo ou demónio? gato na linha
invErno nutrição

Os cães também Alimentação


sentem frio dos gatinhos
em crescimento
vEtErinária
Intoxicação por
plantas
e vegetais

GroominG
Métodos

Basset Hound
e auxiliares de
contenção

Um cão inconfundível
Ter um cão na nossa vida dica felina do mês BarBado da Terceira
o ursinho da terceira
Cães, prendas e ano novo a importância dos esconderijos
ExposiçõEs Caninas da Ribeira Grande e Santarém | Gatos em Santarém
Nº 224
Janeiro 2016
Nesta edição
04 Cães, prendas e Ano Novo
08 Notícias 58 Alimentação dos gatinhos
em crescimento
12 Os cães também sentem frio
60 Exposições e Eventos
16 Basset Hound
24 Barbado da Terceira 78 Passatempo
32 Consanguinidade: Anjo ou demónio? 79 Horóscopo
80 Clube de Leitores
40 Truques para que seja limpo em casa
44 Grooming: Métodos e auxiliares 84 Adota-me
de contenção 86 Montra
04 8dck^k„cX^V

8a{jY^V:hiVc^haVj
crianças crescerem com cães são inúmeras e mais
que comprovadas. Sou totalmente a favor de que
beneficia ambas as partes se feito com cabeça,
tronco e membros. No entanto, o cão tal como
não é uma prenda, nunca pode ser dado a uma
criança como se esta fosse ser a única responsá-
vel pelo mesmo.

O meu primeiro cão


48 Intoxicação por plantas e vegetais 90 Biblioteca
Cães, prendas
Tinha cerca de 10 anos quando os meus pais
trouxeram o primeiro cão para casa. Até à data,

52 Sabe se o seu gato é hipertenso?


tinha pedido um em todos os Natais, aniversários,

92 Guia Comercial
Páscoas, Halloweens e festas da cidade. No en-
tanto, e felizmente, os meus pais sabiam que por
mais que eu quisesse, seriam eles os verdadeiros

e Ano Novo
responsáveis pelo cão e só quando eu já era mais
capaz de entender certas coisas e eles capazes de
abraçarem essa responsabilidade, é que aconte-
ceu e tive a minha primeira cadelita, a Lira.
Apesar de ser uma criança muito responsável e
gostar tanto dos cães (passeava-a, dava-lhe co-
mida, dava-lhe banho quando necessário, etc.),
os meus pais sempre entenderam que eles eram Bj^idhXZhfjZVXVWVbcVgjVdjZbVWg^\dh

98 Em Fevereiro
verdadeiramente os responsáveis pela Lira.
:hZYZgZeZciZcVhjVbZ^V No final de tudo, se ela precisava de cuidados [dgVbWZb"^ciZcX^dcVYVh!bVhbVaeZchVYVh!
VeVgZXZhhZVXVWZVYZjb médicos eram eles que a levavam e pagavam; se
egZcYVhYZCViVaeVgVVYjaidhZXg^VcVh

54 Dica felina do mês: Esconderijos


ela precisava de ser passeada e eu tinha saído
XVX]dgg^c]dXdbdegZcYV4 com amigos ou estava no meu submundo adoles-
>hhdhZg^VVbdg4 cente fechada no quarto, eram eles que tinham Por isso, ter cães porque as crianças querem é uma A raça de um cão determina cada vez menos a
de ir; se eu me esquecia de lhe dar comida, eram péssima ideia. Devemos adotar um cão porque personalidade do mesmo. O que quero dizer com
eles que tinham que tratar disso. queremos e com isso a criança pode também be- isto é que a raça de um cão dá-nos informação

C
ães não são objetos utilitários que devem neficiar dessa interação e vivência, mas somos nós sobre aspetos como a cor, o tamanho em adulto,
ser dados como prenda. O pressuposto A responsabilidade dos pais como família, e em especial os adultos, que devem o tipo de pelo, etc., mas não exatamente a ideia
da prenda é ser uma surpresa e o proble- A criança pode muito querer compartilhar a vida arcar com essa decisão e responsabilidade. do que um (coloque aqui a raça) é.
ma está mesmo aqui. Um cão sendo um animal com um cão e isso é ótimo, mas colocar nas mãos
senciente que envolve muita responsabilidade em das crianças, a responsabilidade inerente a ter Comprar ou não comprar Raças e rótulos
variadas partes da nossa vida (social, financeira, um cão é uma receita para desastre, e quando Agora que ficou claro que os animais dados como Os Retriever do Labrador não são todos pacatos e
tempo, etc.) não deve ser uma surpresa, porque a criança falhar, e vai falhar porque é, pois claro, prendas não são a melhor ideia, festeje o Natal sabem não puxar na trela. Nem todos os Golden

56 Obesidade em gatos
no final vamos fazer sofrer o cão e, potencialmen- uma criança, os adultos não podem levantar as e depois pense cuidadosamente em adquirir um Retriever adoram crianças e vão buscar bolas. Se
te, a pessoa e/ou família a quem o demos. mãos e dizer “foste tu que quiseste” esquecen- amigo novo. acha que todos os Chihuahuas ladram sem parar
do-se que pelo meio existe um animal que sente Antes de decidir que raça adquirir, deixe-me dar- a tudo engana-se e nem todos gostam de andar
Cães como prendas fome, frio, precisa de carinho, amor, atenção e -lhe a perspetiva de alguém que trabalha há 10 sempre dentro de malas. Os Dogue Alemão não
Compreendo o ideal romântico por detrás do fac- não pode ser negligenciado porque a criança é anos com cães de todas as raças possíveis e ima- são todos lentos e mexem-se pouco. Nem todos
to de oferecer um animal fofinho e bebé no Natal, uma criança e as adultos “nem queriam o cão”. gináveis. os Pastores Alemães vão comer ladrões e lamber
mas quando falamos de animais sencientes, como a vizinha, alguns lambem todas as pessoas de tão
cães e gatos, temos de ser mais realistas do que amigáveis que são. E os Border Collies não são
românticos. todos cães fáceis de ensinar.
A pessoa quer realmente um cão ou gato? Ela Isto são tudo rótulos que nos levam a uma ideia
pensou cuidadosamente nesta decisão? Ela pon- errada dos cães, porque cada cão tem a sua per-
derou todos os fatores? Todas as pessoas que irão sonalidade e que o que fazemos com ele a nível
contactar diariamente com o cão ou gato estão de de treino e educação vai ter a maior influência
acordo? Pensaram em todos os cenários que en- de todas, na forma como o cão se comporta e se
volve ter um cão, tais como, férias, escapadinhas relaciona connosco. Por isso, seja qual for a ideia
de fim-de-semana e saídas à rua às 22 h com uma que tenha de uma determinada raça, pense de
temperatura de 5ºC e a chover a potes? novo, pode sair totalmente ao lado daquilo que
Se considera radical a minha visão, visite o canil espera.
ou Associação de ajuda aos animais mais perto
de si e verá que radical é o número de cães que Comprar um cão de raça
acabam nestes locais pelos mais variados moti- Cães de raça definida, se adquiridos em criadores
vos. Cresceram demais, por exemplo, é um deles, responsáveis, são caros. Pessoalmente, custa-me
como se o cachorro não tivesse permissão para se pensar que podemos estar a gastar tanto dinhei-
tornar adulto. Ladram, destroem, comem cocós e ro num cão específico, quando existem tantos
largam pelos, em suma, são cães. Muitos cães que fantásticos a precisar de uma casa.
acabam na rua ou em abrigos foram bem-inten- Tenho um Border Collie e, apesar de o amar pro-
cionadas, mas mal pensadas, prendas de Natal. fundamente, foi o primeiro e último cão que al-
guma vez comprei. Ele é um cão fantástico, mas
Os meus filhos não param tem Border Collie Collapse Syndrome e Displasia
de pedir um cão da Anca em grau D, e garanto-vos que procurei
Crianças e cães são uma das imagens mais ro- afincadamente e só em criadores responsáveis
mânticas da nossa sociedade. As vantagens de e conscientes. Mesmo assim, não me livrei de
GVV BVgiVBVciV

Será assim tão boa ideia oferecer um cão?

24 GVV 8ajWZEdgij\j„hYd7VgWVYdYVIZgXZ^gV

O
Barbado da Terceira descende dos cães
levados para a ilha Terceira pelos primei-
ros colonos vindos de toda a Europa, com
o objetivo de ajudar no acompanhamento, condu-
ção e recolha do gado que aí existia.
A geografia da ilha e a cultura local, deram ori-
Basset Hound JbXd^cXdc[jcY†kZa
gem a uma população de cães com características
muito próprias conhecida hoje como o Barbado da
Terceira.

Barbado da Terceira
Nos dias de hoje, para além da sua função como
cão de gado, é também muito apreciado como cão
de guarda e companhia. A sua aparência de porte
médio, garupa arredondada, passo bamboleante, Dh7VhhZi=djcYh
pelo ondulado, de orelha levantada e tipicamente XVgVXiZg^oVb"hZeZaVhhjVh
arredondada, faziam com que se assemelhasse a
um pequeno urso, daí serem muitas vezes apelida-
eViVhXjgiVhZbgZaVd
VjbXdgedYZiVbVc]d

Djgh^c]dYVIZgXZ^gV
dos de “ursinhos da Terceira”.
cdgbVa!VheZidYZh^\cVYd
Fixação da raça edg¹7VhhZi^hbdº#
Foi na década de 70 que começou o interesse por
esta população de cães, criados pelos ganadei-
D7VgWVYdYVIZgXZ^gVYZhiVXV"hZYVhdjigVhgVVhedgij\jZhVhedg[VoZgaZbWgVgjbeZfjZcdjghd# ros da ilha, primeiro para o trabalho com o gado

A
9ZedgiZb‚Y^d![dgiZ!{\^aZWg^cXVa]d#HdXZhbj^idZmegZhh^kdh![{XZ^hYZZch^cVg! bravo, posteriormente para guardar, começando
XdbeZghdcVa^YVYZ[dgiZZbj^idYZY^XVYdhVdYdcd# assim a haver um aumento desta população e um lém da sua aparência cativante e dis- tado em público foi na 1ª Exposição Canina de
crescente interesse também.
No fim da década de 80, já se fazia criação de Bar- tintiva, o Basset Hound possui um ca- Paris em 1863.
bado da Terceira para vender. D7VgWVYdYVIZgXZ^gVYZhXZcYZYdhXZh ráter bondoso, carinhoso e fiel, embora Três anos depois, em 1866, o inglês Lord Galway
Em 1997, um grupo de trabalho liderado pelo Dr.
Deocleciano Silva, fez o levantamento da raça com aZkVYdheVgVV^a]VIZgXZ^gVeZadheg^bZ^gdh um pouco teimoso. Originário do Reino Unido, comprou em França, ao Conde de Le Coutleux de
parâmetros biométricos, sendo assim constatada a
homogeneidade da raça. Foram realizados vários
Xdadcdhk^cYdhYZidYVV:jgdeV este cão de caça, com um olfato apuradíssimo, Cantelou, um casal de cães, o “Basset” e a “Bel-
estudos sobre comportamento, biometria e carac- tornou-se num cão de companhia de excelência le”, que levou para Inglaterra e de onde nasceu
terização molecular da população de cães, que cães foram inicialmente classificados por “linhas” Principais aptidões da raça
levaram a concluir, que reunia condições capazes e a homogeneidade entre estas ainda não era a A evolução do Barbado aconteceu pela necessida- em todo o Mundo. uma ninhada. Em 1872 todos estes cães foram
de definir uma raça.
Em 2003, teve início o processo de reconhecimento
desejada, mas atualmente, com o trabalho que os
criadores têm vindo a desenvolver, a homogenei-
de que o Homem teve de ter um ajudante eficaz
na condução do gado bravo, que chegasse com
vendidos a Lord Onslow.
oficial como raça pelo Clube Português de Canicul- dade entre os cães melhorou significativamente. facilidade e rapidez a zonas em que o pastor difi- Os Basset Sem conhecer a existência deste casal de cães,
tura e, em 2004, foi elaborado o estalão provisório, Notou-se também uma tendência para um ligeiro cilmente chegaria.
que ficou aprovado oficialmente em novembro do aumento no tamanho/corpulência dos cães, possi- Hoje em dia, para além da condução de gado, é Etimologicamente, “basset” é um termo francês Sir John Everett Millais importou para Inglaterra,
mesmo ano, data a partir da qual o Barbado da
Terceira passou a ter o estatuto de Raça Portugue-
velmente devido à influência de fatores ambientais
(clima, alimentação e cuidados sanitários melhora-
também um bom cão de guarda, um companhei-
ro exímio do seu dono e de tal forma versátil, que
que deriva de “bas”, ou seja, baixo. A palavra em 1873, um cão chamado “Model” destinado a
sa, a 10ª reconhecida oficialmente. dos) com condições mais favoráveis à expressão está apto a praticar diferentes modalidades para Basset começou a ser utilizada em França no ser o iniciador da raça nesse país. Foi o primeiro
genotípica destes cães. além daquelas para as quais foi talhado.
A raça atual Em termos de temperamento, o Barbado é hoje
séc. XVI para designar um tipo de cão de patas Basset Hound a ser apresentado em Inglaterra
Desde o seu reconhecimento oficial, a raça teve um cão menos tímido, mais afável e sociável, do A raça em Portugal curtas. Pensa-se que nesta época existiam cerca na Exposição de Wolverhampton em 1875. Este
uma grande evolução, como seria de esperar que o era quando se iniciou o processo de reco- A popularidade do Barbado na ilha Terceira é gran-
numa raça que ainda não está estabilizada. Os nhecimento da raça. de, mas antes do seu reconhecimento, era difícil de doze variedades, mas só quatro chegaram aos ficou muito dececionado por não ter uma cadela
nossos dias: o Basset Artésian Normand, o Bas- para cruzar com o seu macho pelo que decidiu
set Bleu de Gascogne, o Basset Griffon Vendéen utilizar uma Beagle.
e o Basset Fauve de Bretagne, não tendo os dois Entretanto, Lord Onslow e Sir Millais conhece-
últimos, de pelo cerdoso, nenhuma relação com ram-se, e a partir de 1878, este último começou
o Basset Hound. a criar Basset Hound puros (sem sangue Beagle)
com “Garenne”, uma cadela da propriedade de
6eg^bZ^gVhZchVdfjZd As suas origens Lord Onslow.
O Basset Hound foi criado com grande reputação Depois de sucessivos cruzamentos durante qua-
7VhhZi=djcYYZheZgiV‚YZ pelos monges franceses durante a Idade Média se 20 anos Sir Millais achou necessário introduzir
iZgcjgV!eZaVhjVÄ\jgVgdWjhiV! para a caça em terrenos densos, sendo capaz de novo sangue e decidiu utilizar o Bloodhound,
WV^md!YZeViVh\gdhhVh!dgZa]Vh manter o seu nariz colado ao solo. Muito relacio- de modo a obter cabeças parecidas com esta
nado com toda a família de Bassets franceses a raça. No primeiro cruzamento decidiu utilizar um
Xdbeg^YVhZeZaZhdaiV#Edhhj^ raça desenvolveu-se no Reino Unido. É um cão macho Basset Hound, “Nicolas”, e uma fêmea
jchegd[jcYdhda]dhZhXjgdh! capaz de caçar a sua presa natural, a lebre, com Bloodhound. De destacar que dada a diferença
Xdbjbda]VgY^[†X^aYZZmea^XVg! persistência e uma passada relativamente lenta de tamanhos, este cruzamento foi efectuado por
durante grandes distâncias. inseminação artificial. Deste cruzamento nasce-
edgfjZb^hijgVV^cdX„cX^VYZ ram doze cachorros anatomicamente muito pa-
jbXVX]dggdXdbVbZaVcXda^V Apuramento da raça recidos aos Basset Hound, mas de cor parecida
YZjbXdkVY^d# A raça teve a sua origem em França no séc. XVIII, à da mãe (Bloodhound).

Conheça melhor a 10ª Raça Portuguesa.


resultante de sucessivos cruzamentos entre al- O 2º cruzamento foi entre um Basset
guns dos vários tipos de Basset. Pelo que se sabe, Hound “Ch. Forest” e uma fêmea da
a primeira vez que um Basset Hound foi apresen- ninhada anterior, do qual nasceram
S

&+ Cães&Companhia

48 KZiZg^c{g^V
to com a idade, a raça ou o sexo dos animais
afetados.
Quando a exposição é aguda, os danos renais
podem ocorrer em 24 horas, causando azote-
mia (elevação dos valores de ureia e creatinina
16 Saiba mais sobre esta raça de olhar meigo
e orelhas compridas.
no sangue). Os vómitos são dos primeiros sinais
da intoxicação por uvas e podem ocorrer nas
8a{jY^VGdYg^\jZh
primeiras 2 horas. Diarreia, letargia e polidip-
sia (aumento da ingestão de água) são outros
sinais iniciais e podem ocorrer nas primeiras
5 a 6 horas. Outros sinais clínicos que podem
ser observados nos cães afetados são anorexia,

Intoxicação
depressão e oligúria (diminuição da produção
vremente e, por isso, entram facilmente em con- de urina).
tacto com elas sem supervisão. Infelizmente, os O diagnóstico de toxicidade provocado pelas
cães podem desenvolver reações perigosas de- uvas é baseado na história clínica de exposição,
vido à ingestão de uvas e de uvas passas. nos tipos de sinais clínicos e na evidência de

A
principal via de intoxicação é a via Recentemente, têm sido identificados alguns falência renal aguda. A condição do animal na
oral, isto é, por ingestão do vegetal ou casos de falência renal aguda devido à inges- apresentação, o sucesso da descontaminação
planta. No entanto, podem ocorrer in- tão de uvas e uvas passas por cães. O meca- e a progressão dos sinais clínicos são fatores
toxicações por contacto (absorção dérmica pela nismo pelo qual a falência renal se desenvolve que podem ajudar a determinar o resultado do

Adeus 2015… Olá 2016


pele) ou inalação (compostos voláteis). ainda não é conhecido. Esta síndrome parece prognóstico.
A curiosidade inata dos cães e gatos levam a que só afeta determinadas populações de cães, Quando o cão se torna anúrico (não produz

por plantas e vegetais


que estejam sujeitos a este tipo de intoxica- mas não foi encontrado nenhum relacionamen- urina), o prognóstico é reservado.
ções, principalmente o cão. O gato é um animal
mais seletivo em tudo o que ingere e, como tal,
está menos sujeito a este tipo de problema, no DhXZhedYZbYZhZckdakZggZVZh
entanto, aparecem com alguma frequência in-
toxicações nesta espécie, quer pela curiosidade eZg^\dhVh!Xdbd[Va„cX^VgZcVa!YZk^Yd|
8ZgXVYZ'*YdhXVhdhYZ^cidm^XVZhigViVYdhZb8a†c^XVhKZiZg^c{g^VhhdXVjhVYdhedgeaVciVh#
que os caracteriza, quer pelos seus hábitos de
higiene.
^c\ZhidYZjkVhZYZjkVheVhhVh
;Za^obZciZ!VbV^dg^VcdgZhjaiVcVbdgiZYdVc^bVa!bVhV^cYVVhh^b‚^bedgiVciZYVg"a]ZVXdc]ZXZgVh
eg^cX^eV^heaVciVhZkZ\ZiV^hfjZedYZb^cYjo^gidm^X^YVYZcdhZjVc^bVaYZZhi^bVd# Vegetais tóxicos
Alguns dos vegetais tóxicos mais frequentes fa-
zem parte da dieta do Homem, nomeadamente,
as uvas, o tomate, a cebola, o alho e a maçã.
Geralmente, não é o alimento como um todo
que é tóxico, mas alguns dos seus componen-
tes.

Começamos o ano com a presença da nossa revista


Os nossos animais comem fruta porque lhes é
administrada, porque têm livre acesso a elas no
quintal ou porque a “roubam”.
Muitos dos donos quando estão a comer fruta
e o cão está ao lado a pedir acabam por recom-
pensá-lo com um pedaço, um gomo ou mesmo
uma peça de fruta inteira. A intoxicação, geral-
mente, é causada pela ingestão de quantidades
consideráveis do produto, mas não se pode es-

em dois eventos: Expozoo e Pet Festival.


quecer que, se no humano o peso de um adulto
não é muito variável, nos cães existem diferen-
ças consideráveis entre os pesos em adulto nas
diferentes raças.
Se um cão de raça Pinscher comer a mesma
quantidade de uvas que um Retriever do Labra-
dor adulto, o Pinscher pode desenvolver uma
falha renal aguda e o Labrador não apresentar
nenhum sinal de doença. Por vezes, as pessoas
esquecem-se que o facto de nós comermos X
quantidade de um alimento ser normal para um
humano, a mesma quantidade pode ser tóxica
ou prejudicial para o nosso cão.
Um gesto carinhoso de partilha pode ser pe-
rigoso para o seu animal se for diário ou em
exagero.

Uvas (Vitis spp.)


Os cães podem estar expostos às uvas de vá-
rias maneiras. As uvas crescem geralmente em
quintas onde os cães se podem movimentar li-

Plantas e vegetais que podem ser tóxicos Em janeiro contamos com a sua visita ao nosso stand nos dias 23 e 24 na Expozoo
para o cão e gato. (Exponor, Porto) e à Vila da “Cães & Companhia” nos dias 29, 30 e 31 no Pet Festival (FIL,
Lisboa), onde vamos ter vários criadores convidados e Encontros de Raça.
52 KZiZg^c{g^V

EVig†X^VE^bZciV!
IVaXdbd
cVheZhhdVh
V]^eZgiZchd‚jb
^c^b^\dh^aZcX^dhd
ZVhjVbZY^dedg
Acompanhe as novidades destes eventos na nossa página de Facebook.
gdi^cV‚ZhhZcX^Va

Este mês escolhemos para a capa o Basset Hound, um cão de aparência inconfundível, com
afetado são muito variáveis e inespecíficos e,
geralmente, dependentes da causa inicial e não

Sabe se o seu
do aumento da pressão arterial em si.
6]^eZgiZchdYZÄcZ"hZeZadVjbZcid Em muitos casos, não são observáveis quais-
quer sinais de hipertensão até que esta esteja

gato é
YVegZhhdVgiZg^VaZZhi{gZXdc]ZX^YV avançada ao ponto de provocar cegueira agu-
ZcigZ\Vidh!|hZbZa]VcVYdfjZ da. Desta forma, o diagnóstico precoce assume
VXdciZXZXdbhZgZh]jbVcdh# particular importância na minimização de da-

admiradores em todo o Mundo, conquistados pela doçura do seu olhar e longas orelhas.
nos graves e geralmente irreversíveis.
I^e^XVbZciZ!V[ZiV\VidhbV^hkZa]dh!

C
cdZciVcid!edYZdXdggZg!V^cYVfjZhZ_V ontrariamente ao que acontece Consequências Tratamento
edjXd[gZfjZciZ!Zb\Vidh_dkZch# no Homem, cuja hipertensão é ge- A hipertensão provoca danos no organismo. Os Felizmente existe tratamento para esta condi-

hipertenso?
ralmente primária (sem qualquer tecidos ocular, nervoso, cardíaco e renal são os ção, quando o controlo do fator predisponente
causa predisponente), no gato, na mais vulneráveis, podendo desencadear as se- não é suficiente para restabelecer os valores
maioria das vezes, esta condição é secundária. guintes complicações: normais!
t Olhos: hemorragias e alterações da retina, Na maioria das vezes o médico veterinário irá
Diagnóstico

A raça nacional é o Barbado da Terceira que veio dos campos açorianos para as cidades,
como edema ou descolamento, o que pode prescrever uma medicação oral. O tipo de ali-
A hipertensão felina é diagnosticada de forma afetar a visão do gato (podendo mesmo causar mentação, o controlo da obesidade e promover
semelhante à humana, através da utilização de cegueira), normalmente de forma permanente. o exercício físico são fatores adjuvantes de
uma braçadeira (ainda que convenientemen- t Cérebro e tecido neuronal: hemorragias, tratamento muito importantes. Gatos afetados
te adaptada), colocada geralmente numa das com consequências neurológicas, como altera- podem manter uma boa qualidade de vida e ter
patinhas da frente ou na base da cauda do ções de comportamento, alterações da marcha, uma esperança média de vida semelhante à de
gato, seguida da leitura dos valores indicados convulsões, demência e coma. gatos não afetados.
pelo medidor de pressão arterial. Por norma, tCoração: com o passar do tempo, a parede
os valores de pressão arterial são ligeiramente de uma das câmaras cardíacas (ventrículo es-

como cão de companhia.


superiores em gatos quando comparados com querdo) torna-se mais espessada, uma vez que
humanos. o coração tem de contrair de forma mais inten-
sa quando a pressão arterial está elevada. Em
Um resultado fiável casos graves, pode levar a insuficiência cardía-
Existem muitos gatos que sofrem do chamado ca congestiva.
síndrome da bata branca, o que significa que o tRins: ao longo do tempo, a hipertensão
médico ou enfermeiro que esteja a realizar este vai provocando danos nos rins, aumen-
procedimento tem de ter em atenção vários tando o risco de desenvolvimento de
fatores para minimizar o stress do gato. Estes insuficiência renal. Em gatos com
fatores vão desde a saída de casa, a viagem, doença renal instalada, pode pro-
tempos de espera na receção e cheiros e ruídos vocar agravamento do quadro.
estranhos que têm de ser minimizados. Todas as
medidas de práticas “cat friendly” têm de estar Causas
presentes. Em determinados casos é mesmo ne- O diagnóstico de hipertensão exige
cessário fazer esta medição em casa de modo a que a sua causa seja investigada,
evitar o stress da deslocação. pelo que será necessário recorrer a

Nos artigos dedicados aos gatos falamos de hipertensão, a importância de ter esconderijos
Por vezes, são necessárias várias medições ao métodos laboratoriais. Por vezes, o
longo do dia para que o médico veterinário pos- tratamento da doença predisponente é
sa diagnosticar hipertensão. suficiente para restabelecer os níveis nor-
mais de pressão arterial.
Valores “normais” Entre as principais causas de hiperten-
Os valores “normais” nos gatos são em média são secundária, destacam-se a doença
120 mmHg de pressão sistólica (vulgarmente renal e o hipertiroidismo.
chamada de “máxima”) e 80 mmHg de pres- Se não for encontrada qualquer causa

em casa, obesidade e alimentação de gatinhos em crescimento.


são diastólica (a “mínima”). No entanto, devido para o aumento da pressão arterial,
às particularidades desta espécie e dos efeitos esta poderá ser primária, sendo classi-
que o stress lhes provoca, por vezes, o médico ficada como congénita ou idiopática.
veterinário pode considerar “normais” valores
superiores aos mencionados. É pois muito im- Sinais clínicos
portante realizar este procedimento por rotina, Como a hipertensão é geralmente um
pois os valores de cada gato devem ser tidos efeito secundário de outra patologia,
como barómetros da sua própria evolução. os sinais apresentados por um gato

Até ao próximo mês!


A medição por rotina é essencial, Marta Manta
pois é uma doença silenciosa.
Foto da capa: ShutterStock

Cães&Companhia 3
Convivência

Cláudia Estanislau
Treinadora da It's All About Dogs
(www.itsallaboutdogs.net)
Fotos: IAAD

Cães, prendas
e Ano Novo E se de repente na sua meia
aparecesse a cabeça de um
cachorrinho como prenda?
Isso seria amor?

C
ães não são objetos utilitários que devem
ser dados como prenda. O pressuposto
da prenda é ser uma surpresa e o proble-
ma está mesmo aqui. Um cão sendo um animal
senciente que envolve muita responsabilidade em
variadas partes da nossa vida (social, financeira,
tempo, etc.) não deve ser uma surpresa, porque
no final vamos fazer sofrer o cão e, potencialmen-
te, a pessoa e/ou família a quem o demos.

Cães como prendas


Compreendo o ideal romântico por detrás do fac-
to de oferecer um animal fofinho e bebé no Natal,
mas quando falamos de animais sencientes, como
cães e gatos, temos de ser mais realistas do que
românticos.
A pessoa quer realmente um cão ou gato? Ela
pensou cuidadosamente nesta decisão? Ela pon-
derou todos os fatores? Todas as pessoas que irão
contactar diariamente com o cão ou gato estão de
acordo? Pensaram em todos os cenários que en-
volve ter um cão, tais como, férias, escapadinhas
de fim-de-semana e saídas à rua às 22 h com uma
temperatura de 5ºC e a chover a potes?
Se considera radical a minha visão, visite o canil
ou Associação de ajuda aos animais mais perto
de si e verá que radical é o número de cães que
acabam nestes locais pelos mais variados moti-
vos. Cresceram demais, por exemplo, é um deles,
como se o cachorro não tivesse permissão para se
tornar adulto. Ladram, destroem, comem cocós e
largam pelos, em suma, são cães. Muitos cães que
acabam na rua ou em abrigos foram bem-inten-
cionadas, mas mal pensadas, prendas de Natal.

Os meus filhos não param


de pedir um cão
ShutterStock

Crianças e cães são uma das imagens mais ro-


mânticas da nossa sociedade. As vantagens de

4 Cães&Companhia
Joel, o meu Border Collie,
o primeiro e último cão
que comprei.
crianças crescerem com cães são inúmeras e mais
que comprovadas. Sou totalmente a favor de que
beneficia ambas as partes se feito com cabeça,
tronco e membros. No entanto, o cão tal como
não é uma prenda, nunca pode ser dado a uma
criança como se esta fosse ser a única responsá-
vel pelo mesmo.

O meu primeiro cão


Tinha cerca de 10 anos quando os meus pais
trouxeram o primeiro cão para casa. Até à data,
tinha pedido um em todos os Natais, aniversários,
Páscoas, Halloweens e festas da cidade. No en-
tanto, e felizmente, os meus pais sabiam que por
mais que eu quisesse, seriam eles os verdadeiros
responsáveis pelo cão e só quando eu já era mais
capaz de entender certas coisas e eles capazes de
abraçarem essa responsabilidade, é que aconte-
ceu e tive a minha primeira cadelita, a Lira.
Apesar de ser uma criança muito responsável e
gostar tanto dos cães (passeava-a, dava-lhe co-
mida, dava-lhe banho quando necessário, etc.),
os meus pais sempre entenderam que eles eram Muitos cães que acabam na rua ou em abrigos
verdadeiramente os responsáveis pela Lira.
No final de tudo, se ela precisava de cuidados foram bem-intencionadas, mas mal pensadas,
médicos eram eles que a levavam e pagavam; se
ela precisava de ser passeada e eu tinha saído
prendas de Natal para adultos e crianças
com amigos ou estava no meu submundo adoles-
cente fechada no quarto, eram eles que tinham Por isso, ter cães porque as crianças querem é uma A raça de um cão determina cada vez menos a
de ir; se eu me esquecia de lhe dar comida, eram péssima ideia. Devemos adotar um cão porque personalidade do mesmo. O que quero dizer com
eles que tinham que tratar disso. queremos e com isso a criança pode também be- isto é que a raça de um cão dá-nos informação
neficiar dessa interação e vivência, mas somos nós sobre aspetos como a cor, o tamanho em adulto,
A responsabilidade dos pais como família, e em especial os adultos, que devem o tipo de pelo, etc., mas não exatamente a ideia
A criança pode muito querer compartilhar a vida arcar com essa decisão e responsabilidade. do que um (coloque aqui a raça) é.
com um cão e isso é ótimo, mas colocar nas mãos
das crianças, a responsabilidade inerente a ter Comprar ou não comprar Raças e rótulos
um cão é uma receita para desastre, e quando Agora que ficou claro que os animais dados como Os Retriever do Labrador não são todos pacatos e
a criança falhar, e vai falhar porque é, pois claro, prendas não são a melhor ideia, festeje o Natal sabem não puxar na trela. Nem todos os Golden
uma criança, os adultos não podem levantar as e depois pense cuidadosamente em adquirir um Retriever adoram crianças e vão buscar bolas. Se
mãos e dizer “foste tu que quiseste” esquecen- amigo novo. acha que todos os Chihuahuas ladram sem parar
do-se que pelo meio existe um animal que sente Antes de decidir que raça adquirir, deixe-me dar- a tudo engana-se e nem todos gostam de andar
fome, frio, precisa de carinho, amor, atenção e -lhe a perspetiva de alguém que trabalha há 10 sempre dentro de malas. Os Dogue Alemão não
não pode ser negligenciado porque a criança é anos com cães de todas as raças possíveis e ima- são todos lentos e mexem-se pouco. Nem todos
uma criança e as adultos “nem queriam o cão”. gináveis. os Pastores Alemães vão comer ladrões e lamber
a vizinha, alguns lambem todas as pessoas de tão
amigáveis que são. E os Border Collies não são
Logan um Border Collie que
aprende bem mas é mais rápido
todos cães fáceis de ensinar.
que a própria sombra! Isto são tudo rótulos que nos levam a uma ideia
errada dos cães, porque cada cão tem a sua per-
sonalidade e que o que fazemos com ele a nível
de treino e educação vai ter a maior influência
de todas, na forma como o cão se comporta e se
relaciona connosco. Por isso, seja qual for a ideia
que tenha de uma determinada raça, pense de
novo, pode sair totalmente ao lado daquilo que
espera.

Comprar um cão de raça


Cães de raça definida, se adquiridos em criadores
responsáveis, são caros. Pessoalmente, custa-me
pensar que podemos estar a gastar tanto dinhei-
ro num cão específico, quando existem tantos
fantásticos a precisar de uma casa.
Tenho um Border Collie e, apesar de o amar pro-
fundamente, foi o primeiro e último cão que al-
guma vez comprei. Ele é um cão fantástico, mas
tem Border Collie Collapse Syndrome e Displasia
da Anca em grau D, e garanto-vos que procurei
afincadamente e só em criadores responsáveis
e conscientes. Mesmo assim, não me livrei de

Cães&Companhia 5
Os cães não devem ser dados às
crianças para que estas fiquem
responsáveis pelos mesmos.

O Justino foi tirado


da rua, é um cão
sem raça definida
(SRD), mas único.

Adotar é tudo de bom


Os cães idosos têm o maior defeito de todos, Adotar um cão é outra decisão importante, mas
extremamente satisfatória. Saber que salvámos
uma vida mais curta que um cachorro, um cão de uma vida miserável, ou até mesmo
mas as vantagens são infindáveis da morte, e que estamos a dar-lhe uma nova
oportunidade é algo difícil de descrever por pa-
lavras.
pagar muito por ele, ver a saúde dele deteriorar-se lhe partirão o coração e esvaziarão a sua car- Procure nas Associações ou canis perto de si,
e sentir-me algo culpada pela decisão que tomei. teira; e faça perguntas sobre os cães. Muitas vezes,
Se mesmo depois de ler isto, pensar “mas eu • Conheça os pais do cão, interaja com eles, per- as pessoas que lá trabalham, conhecem melhor
quero mesmo um cão da raça x” deixo alguns gunte tudo o que quiser sobre a sua saúde e os cães que têm dentro das Associações do que
conselhos: comportamento. Exija ver os testes médicos nós, por isso ouça-as e não seja movido ape-
• Tente saber se não existe nenhum cão da raça x e informe-se sobre as doenças mais comuns nas por um determinado aspeto como: aquele é
disponível para adoção, pois hoje em dia quase dentro da raça. Conheça vários exemplares da lindo, aquele é sossegado, etc. Tente saber mais
qualquer raça pode ser adotada; mesma raça e fale com os tutores, pergunte sobre a personalidade do cão e se ele será um
• Nunca compre um cão numa loja ou na Inter- como são, para perceber se é realmente o que bom companheiro para si.
net; procura. É um trabalho de casa extenso, mas
• Procure extensivamente por criadores, se quer do qual nunca se vai arrepender. O “seu” cão perfeito
evitar dar muito dinheiro e acabar com um cão Se a raça e/ou proveniência do cão não é o prin- Para cada adotante existe mais do que um cão
com problemas de saúde graves que diminui- cipal, então parabéns! Acabou de salvar a vida perfeito. Pode não ser aquele que está ali, mas
rão a qualidade de vida do seu companheiro, de um cão. pode ser o outro ao lado e, muitas vezes, as pes-

Os cachorros são lindos,


mas dão muito trabalho.
soas que estão na Associação são as melhores
a responder às suas dúvidas.
Não se apresse, leve o seu tempo a decidir. Peça
para passear com o cão, pode mesmo fazer isso
mais do que uma vez caso esteja com dúvidas.
Passar algum tempo com o cão vai apenas dar-
-lhe certezas e evitar surpresas.

Adotar um cachorro
Se decidir adotar um cachorro saiba que, por
vezes, é difícil saber o tamanho que vai ter em
adulto ou o aspeto físico exato. Pessoalmente
gosto do fator surpresa e das características úni-
cas, mas caso isso não o motive, tente perguntar A Safira, adotada
em adulta,
às pessoas mais experientes dentro da Associa- transformou-se
ção quais os cachorros mais fáceis de identificar numa linda cadela
em termos de aspeto físico, etc. que se adaptou
lindamente a
nós e nós a ela
Adotar um cão adulto
Se decidir por um cão adulto as coisas facilitam-
-se em termos do aspeto físico. Ali está o que é: agradável surpresa. Usualmente são cães no”, difícil de explicar, impossível de provar, mas
peludo, carequinha, pretinho ou colorido, barbu- que surpreendem pela sua capacidade de que quem adota, acaba sempre por descrever e
do ou com orelhas espetadas. adaptação, procuram coisas que nunca, reconhecer como existente, quase como se “eles
Questione o comportamento do cão, mas saiba raramente ou já não têm há muito tempo, soubessem que os ajudamos”.
que nem sempre as pessoas da Associação po- como contacto humano, cama seca e quente
dem garantir nada em termos de comportamen- e comidinha sem falta. Pondere adotar um cão para si, no caso de
to, pois os cães comportam-se de forma diferen- Os cães idosos têm o maior defeito de todos, ter pensado em ter um, e esse será verda-
te em ambiente de canil do que em casa. uma vida mais curta que um cachorro, mas deiramente um bom começo de ano! n
as vantagens são infindáveis, a começar pela
Adotar um cão sénior carga de trabalhos que os cachorros dão e
Se decidir adotar um cão idoso, terá uma que os cães idosos não vos vão dar.
Usualmente, cães idosos são mais previ-
A Yorkshire Terrier síveis no seu comportamento pelo que é
Paula, apesar da mais fácil saber lidar com um. Um cão
raça, não ladra a
tudo, adora dar
idoso apesar de
longas caminhadas ter uma vida
e não faz ideia mais limita-
o que é andar da, continua
numa carteira.
a ser um cão
que irá passar vários anos
ao seu lado e, por experiên-
cia, estes cães rejuvenescem sempre que são
adotados e acabam por viver bastante mais
tempo que o esperado.

“Eles sabem que os ajudamos” A Nina Simone foi


Quando adota um cão, seja de que tirada em adulta
idade for, está sem dúvida a dar a um da rua por nós, uma
patudo que merece uma nova casa. Es- sem raça definida
(SRD) ideal para
tes cães muitas vezes vêm acoplados a qualquer família.
um sentimento de “agradecimento eter-

Cães&Companhia 7
Notícias

Campanha “Abraços Felizes” da Purina


doa 120 mil refeições a animais Comunicado
do CPC
A Purina Portugal lançou
a Campanha “Abraços
Felizes” e contou com
De acordo com a alteração ao
o apoio da atriz Sara
Regulamento de Exposições e
Prata para divulgar a
ação. Durante um mês
Concursos de Beleza (Eventos
os portugueses puderam de Morfologia Canina) realizada
partilhar fotografias na Assembleia Geral do Clube
abraçados aos seus pets, Português de Canicultura,
no Facebook da Purina de 8 de dezembro de 2015, a
Portugal, com o objetivo partir de 1 de janeiro de 2016
de angariar refeições para é proibida a inscrição
os animais da Liga Protetora e participação em Exposições
dos Direitos dos Animais e Concursos de qualquer cão que
(LPDA) e Animalife. No final apresente amputação do tecido
da campanha, os portugueses das orelhas.
mostraram a paixão que têm www.cpc.pt
pelos seus animais e a Purina irá
doar mais de 120 mil refeições
para animais das duas instituições.
Acompanhada da sua cadela Chica, Sara Prata, juntou-se à
Aquisição da
causa apelando a participação a todos os portugueses, fazendo
um balanço muito positivo da campanha: “Aceitei o convite para
luso-espanhola
me associar ao Movimento Abraços Felizes, da Purina, e apelar
à solidariedade dos portugueses para os animais que não têm o Núter pela
conforto dos nossos pets. No final da campanha não podia estar
mais satisfeita e emocionada com a participação que tivemos.” Royal De Heus
Para a Purina “a adesão a esta campanha demonstra a paixão dos Royal De Heus, empresa
portugueses pelos seus pets e salienta o país solidário que somos. holandesa líder internacional do
Este contributo é muito importante para ajudar estas duas associações
setor de nutrição animal, chegou
a continuarem com a sua missão de apoiar várias instituições que
a acordo para a aquisição da
cuidam de animais”, realça Pierre Durand, Country Business Manager
Núter, que opera em Portugal sob
da PURINA.
a designação Saprogal e tem na
Biona e CUF as principais marcas.

Nasceram os primeiros “cachorros proveta”


Em Espanha, as principais marcas
são Biona e Passaranda.
A Núter, com a Saprogal Portugal,
Desde os anos 70 do século passado que os nasceram nos EUA os primeiros sete cachorros
é a segunda maior empresa de
cientistas tentavam, em laboratório, replicar os concebidos através de fertilização in vitro, mas
nutrição animal da Península
procedimentos da fertilização in vitro, tal como foi decidido esperar cinco meses até anunciar
Ibérica. A empresa produz e
é usada para humanos, mas para cães. Este ano, o feito.
finalmente, tiveram sucesso: em julho passado, Os cachorros pertencem à mesma ninhada, mas
comercializa uma gama completa
têm três pares diferentes de pais biológicos. de rações para diferentes
Foram implantados embriões congelados numa categorias de animais: bovinos
cadela, a “mãe de aluguer”, através de uma de carne, bovinos de leite, aves,
técnica semelhante àquela que é usada nas suínos, coelhos, ovinos, caprinos,
clínicas de fertilidade para humanos. cavalos e animais de estimação.
O líder da investigação, Alex Travis, da
Faculdade de Medicina Veterinária de Cornell,
garantiu à BBC que os sete cães são saudáveis
e completamente normais, sublinhando que
o sucesso desta técnica permitirá conservar a
genética das espécies em vias de extinção. “A
Em janeiro
fertilização in vitro também é importante para a • Dia 23: 82ª E. C. Internacional
saúde dos nossos animais de estimação porque do Norte – Porto Winner 2016,
na Exponor
abre a possibilidade de conseguirmos identificar • Dia 24: 83ª E. C. Internacional
determinados genes que causam doenças e do Norte, na Exponor
corrigi-los”, sublinhou. • Dia 30 e 31: Exposição Internacional
A investigação foi acompanhada e publicada na de Gatos de Lisboa, Prova do
Imagem dos cachorros divulgada pela Universidade.
Campeonato Nacional de Agility,
EPA/Jefrey Macmillan/Cornell University revista científica PLOS|One.
integrada no Pet Festival, na FIL

Mais informações (data de inscrições,


Juízes e horários) no website do Clube
8 Cães&Companhia Português de Canicultura: www.cpc.pt
Notícias

Expozoo 2016
A Exponor recebe a Expozoo – Cão do Barrocal Algarvio
10ª Exposição do Mundo Animal
nos dias 23 e 24 de janeiro,
Foi aprovado na Assembleia Geral do Clube Português
que inclui duas Exposições de Canicultura, de 8 de dezembro de 2015, o estalão
Internacionais de cães e gatos. provisório do Cão do Barrocal Algarvio que é desta
www.expozoo.exponor.pt forma a nossa 11ª Raça Portuguesa.
Para ficar a conhecer melhor esta raça pode consultar
Pet Festival 2016 o website da Associação de Criadores do Cão do
Visite a Vila da “Cães & Barrocal Algarvio.
Companhia” no Pet Festival
www.caodobarrocalalgarvio.com
2016, que decorre de 29 a 31
de janeiro na FIL, Parque das
Nações, em Lisboa. Vamos ter

Criação da 1ª equipa cinotécnica


uma Mostra Canina e vários
Encontros de Raça.
www.petfestival.fil.pt

Pós-Graduação
de deteção de venenos em Portugal
em Comportamento A Guarda Nacional Republicana participa, até dezembro de 2018, no projeto Life Imperial: Conservação
e Bem-Estar Animal da Águia-imperial ibérica, com a criação da 1ª equipa cinotécnica de deteção de venenos, pioneira em
Lançada pelo ISPA com direção Portugal. O projeto tem como objetivo promover o aumento da população de Águia-imperial ibérica
de Rui Oliveira (Doutorado em em Portugal, sétima ave de rapina mais ameaçada do mundo pela ação humana, nomeadamente pelo
Biologia, Professor Catedrático, abate a tiro e envenenamento, sendo este último método uma das principais causas de mortalidade
ISPA) e Leonor Galhardo
não natural da espécie em Espanha.
(Doutorada em Ciência Animal,
Especialista em Bem-Estar Animal,
As três equipas cinotécnicas especializadas na deteção de venenos criadas neste projeto (com sete
Professora Auxiliar, ISPA). A Pós- cães de raça Cão de Pastor Belga Malinois), em conjunto com militares do Serviço de Proteção da
-Graduação terá início a 22 de Natureza e Ambiente (SEPNA) irão intervir nas Zonas de Proteção Especial (ZPE) da Rede Natura 2000
janeiro e funcionará aos sábados. de Castro Verde, Vale do Guadiana, Mourão/Moura/Barrancos e Tejo Internacional, Erges e Pônsul.
Esta pós-graduação conta com o A criação de binómios detetores de venenos irá aumentar a capacidade de vigia e controlo da ameaça,
apoio da Universities Federation onde o despiste de casos de envenenamento na natureza será efetuado por patrulhas cinotécnicas
for Animal Welfare. Candidaturas
até 15 de janeiro.
regulares nas áreas de intervenção do Projeto que terão um carácter:
www.fa.ispa.pt • Preventivo: com o intuito de detetar situações de uso ilegal de venenos, nomeadamente a presença
de iscos envenenados. Nestas situações, a utilização de cães permite fiscalizar áreas muito extensas e,
Mais de 300 gatos por vezes, de difícil acesso;
adotados em Oeiras • Reativo: com o intuito de verificar situações com cadáveres ou animais selvagens ou domésticos, com
O ano de 2015 terminou com indícios de envenenamento;
a adoção de mais de 300 gatos • Criminal: facilitando a abertura de processos criminais com uma maior quantidade e qualidade
que estavam à guarda da Câmara de provas obtidas, num processo conduzido pelo mesmo órgão (deteção, recolha e processamento,
Municipal de Oeiras, através investigação), aumentando a probabilidade de determinação e culpabilização dos responsáveis.
do Centro de Apoio Animal
A este patrulhamento intensivo, concretamente direcionado à proteção da Águia-imperial ibérica, está
(CAA, 211 947 147) e Centro de
Recolha Oficial do Município de associado um efeito preventivo e dissuasor decorrente desta presença cinotécnica constante e regular
Oeiras (CROAMO, 214 408 280). no terreno.
A quem adotar um animal de
companhia é oferecida a respetiva
esterilização.

Estetoscópio digital sem fios


A empresa eKuore, com
base em Valência, lançou um
estetoscópio digital sem fios que
pode ser utilizado em humanos
e em animais. Permite gravar a
auscultação realizada e enviar
para smartphones e tablets
para que possa ser guardada e
editada, através de uma App
criada pela empresa.

Congresso de Ornitologia
O IX Congresso de Ornitologia
da SPEA e VI Congresso Ibérico
de Ornitologia decorre de 23
a 25 de abril, em Vila Real na
Universidade de Trás-os-Montes
e Alto Douro. O prazo para
submissão de resumos é 15 de
dezembro.
http://congresso.spea.pt

10 Cães&Companhia
Convivência

Cláudia Estanislau
Treinadora da It's All About Dogs
(www.itsallaboutdogs.net)
Fotos: IAAD

Os cães também
sentem frio
Apesar de estarmos em 2016 ainda existem muitas pessoas que mantém
os seus cães nos jardins, pátios e/ou varandas durante o inverno
acreditando que o cão não sente frio.

O Gyzmo com casaco para o proteger


do frio, pois tem 13 anos e precisa
de cuidados extra.

12 Cães&Companhia
Os cães dormem juntos muitas vezes
para se aquecerem. O Bill, a Alice e o
Tiny adoravam dormir na mesma cama.

A
senciência significa “aquele que sente,
que experiencia sensações”.
A senciência dos animais, nomeada-
mente dos cães, não foi sempre admitida. Du-
rante muitas décadas pensava-se que os animais
não tinham sentimentos. Este “conhecimento
popular” não é assim tão distante, sendo que
ainda quando era uma criança, ouvia muitas
pessoas dizerem que os cães não sentiam frio ou
dor, por exemplo.
Muitas pessoas fazem caudectomias (cortam
as caudas dos cães) e dizem que “os cães não
sentem dor” ou porque “são bebés não sentem”
ou “porque não têm nervos na cauda”, estas ex-
pressões são indicativas, mais uma vez, da nega-
ção da senciência do cão.
Os animais sentem. Estudos científicos, como por
exemplo o trabalho fabuloso de Jan Pankseep,
já avançaram no sentido de comprovar que os
animais não só sentem frio, calor, dor ou medo,
como já exploram a sua capacidade de senti-
mentos mais “complexos”, tais como, saudade,
depressão, felicidade, etc. Disponibilize para o seu cão cobertas quentes,
Mas eles têm pelo, nós não! polares ou um edredon velho, para que se possa
A grande maioria dos cães vem “equipado” com
pelo que os protege contra muitas coisas, nomea- aquecer e enrolar-se, protegendo-se do frio
damente, do frio. No entanto, se pensar bem nem
todos os cães têm o mesmo tipo de pelo, nem aquece e fá-los sentir bem, e quem vive com cães
a mesma quantidade. O tamanho e tipo de dentro de casa (onde eles pertencem) descreve
pelo influencia o frio que o cão sente. imensas situações nas quais os cães são vistos a
Os cães procuram os raios de sol para procurar locais quentes como: aquecedores, larei-
se deitarem, precisamente porque os ras, cobertores ou encostados uns aos outros.
A procura de uma fonte de calor, em dias ou noite
O Gyzmo passeia no inverno frias, deve ser não um privilégio, mas sim uma
connosco, quando fica cansado obrigação de quem tem um cão. A responsabili-
e com frio, vai dentro dade da pessoa que decide ter um companheiro
do meu casaco.
de quatro patas é garantir o seu perfeito bem-
-estar e isto não é alcançável sem o básico – um
abrigo adequado que evite que sinta frio.
Ter o cão lá fora, num pátio, numa garagem e
colocar uma casota, não é suficiente para alguns
cães. Existem imensas casotas no mercado, no
entanto, as mais vendidas, têm como intuito pro-
teger mais do vento e da chuva do que propria-
mente isolar o frio.
Existem cães com pelo comprido e volumoso,
com muito subpelo e cães que quase não têm
pelo nenhum. Quanto menos pelo, menos subpe-
lo ou mais fino for o pelo mais frio sentirá o cão.
Por isso, muitas vezes vestem os seus cães com
casacos, e até mesmo botas, para os protegerem
do frio.

Cada cão é um caso diferente


Dizemos que existem pessoas mais friorentas
que outras e este conceito aplica-se na perfei-
ção aos cães. Cada cão é o seu próprio indivíduo,
como tal, cada um sente mais ou menos frio, de
acordo também com a sua fisiologia, ambiente,
biologia, etc.
Os cães sentem frio e, usualmente, a regra diz: se
está frio para si, está frio para ele.
Obviamente que se tem um Alaskan Malamute
dificilmente ele sentirá muito frio em Portugal,
uma vez que estes cães têm uma estrutura e
constituição que os permite aguentar as tempe-
raturas geladas do local de onde veem.
No entanto, tirando cães que possuem um lindo,
farto e quente casaco de pelo (e que mesmo

Cães&Companhia 13
O Óscar de casaco O Joel adormece
vestido, pois em frente à
apesar do sol lareira procurando
fazia muito frio. claramente
o calor.

assim podem ser friorentos) a maioria dos cães


tem um pelo que lhes permite aguentar algum frio, Nos meses de inverno pense no bem-estar
mas não por muito tempo seguido, nem tempera-
turas muito baixas. e conforto do seu cão e lembre-se que ele
Camas e mantinhas
também sente frio, especialmente se já for senior
Os cães devem aprender a ter camas e cobertas
sem as roerem, este é um processo que faz parte Vestir cães é aberrante só não é aberrante, como indica um tutor preocu-
do ensino de boas maneiras que começamos logo Vestir cães de bananas, morcegos, cachorros quen- pado e bem informado acerca das necessidades do
quando são cachorrinhos. Aqui em casa tanto o tes, pintar o pelo só porque achamos lindo ou sim- seu cão. A primeira vez que calcei botas a um cão
Joel como a Safira usam todo o tipo de cobertas e plesmente por motivos estéticos é de facto aberran- foi um Jack Russell Terrier no Canadá com 10 cm de
todas sobrevivem. te. Eles não são objetos de decoração que vamos neve. Obviamente que aqui em Portugal, pouco pen-
Aliás, quando adotei a Safira esta era conhecida enfeitando conforme a nossa vontade. samos nisso, mas para mim tornou-se óbvio que o
por comer todos os cobertores que as protetoras No entanto, vestir cães para os proteger do frio, não pequenote não podia andar com as patitas na neve
lhe arranjavam e quando veio para minha casa mais do que 5 minutos sem começar a coxear e a
veio junto com um grande cobertor castanho que demonstrar desconforto e sem que as patas come-
me foi entregue dizendo: “não deve du- çassem a criar gretas.
rar muito, mas tenta”. Eu prometi que A mesma coisa se passou quando tive de lhe
ela nunca mais roeria nenhuma manta e A Safira vestida colocar um casaco (com capuz) e inclusive ti-
até hoje esse cobertor existe e ela usa-o, com uma roupa nha que passar um creme nas patas para evi-
isto foi há 7 anos. que a mantém tar frieiras e feridas provocadas pelo frio.
quente.
O que fiz foi ensinar a Safira a redirecio- Portanto, a roupa, pode ser no melhor interes-
nar a vontade de roer para itens apro- se do cão e não existe absolutamente nada de
priados e ensinar-lhe a usar as cobertas errado se temos que vestir o nosso patudo, que
para se tapar. Ela adora estar coberta, é usemos o nosso estilo para tal, mas lembre-se
uma cadela que sente muito frio e agora que a função principal da roupa para cães é
pode usufruir das condições que tenho proteger os mesmos do frio, antes da estética
para a manter quente. vem a utilidade.

Cães idosos Isso do frio é só para os cães pequeninos


Quanto mais velhotes, é como nós, mais O tamanho nada tem a ver com o frio que o
resmungões, quer dizer mais friorentos! cão sente. Cães de porte pequeno com pelo
Os cães idosos, tal como as pessoas, com avolumado existem muitos, pensem nos Shiba
o frio sofrem mais, das articulações, dos Inu, por exemplo, dos poucos cães no Mundo
ossos, etc. As maleitas típicas da idade que têm pelo até na barriga.
podem ser minoradas com acompanha- Os cães de porte grande não estão livres de
mento médico veterinário, os músculos sentir frio simplesmente pelo seu tamanho, as-
bem exercitados e mantendo-os quen- sim como os cães pequenos não estão imunes
tes. de sentir calor só porque são mais pequenos. É
A Safira no inverno torna-se mais len- sim, no entanto, mais fácil aquecer um cão de
ta a mover-se e claramente sofre dores porte pequeno do que um de porte grande.
maiores por causa da humidade e do
frio, e, como tal, além de ter sempre Independentemente da dificuldade ou es-
uma fonte de calor perto dela, chego a tranheza que possa causar, pense primeiro
colocar-lhe casacos para ajudar a man- e antes de tudo no bem-estar do seu cão, e
tê-la quente. lembre-se que ele também sente frio! n

14 Cães&Companhia
Raça Marta Manta

Basset Hound Um cão inconfundível

A primeira sensação que o


Basset Hound desperta é de
ternura, pela sua figura robusta,
baixo, de patas grossas, orelhas
compridas e pele solta. Possui
uns profundos olhos escuros,
com um olhar difícil de explicar,
porque mistura a inocência de
um cachorro com a melancolia
de um cão vadio.

16 Cães&Companhia
Os Basset Hounds
caracterizam-se pelas suas
patas curtas em relação
a um corpo de tamanho
normal, aspeto designado
por “Bassetismo”.

A
lém da sua aparência cativante e dis- tado em público foi na 1ª Exposição Canina de
tintiva, o Basset Hound possui um ca- Paris em 1863.
ráter bondoso, carinhoso e fiel, embora Três anos depois, em 1866, o inglês Lord Galway
um pouco teimoso. Originário do Reino Unido, comprou em França, ao Conde de Le Coutleux de
este cão de caça, com um olfato apuradíssimo, Cantelou, um casal de cães, o “Basset” e a “Bel-
tornou-se num cão de companhia de excelência le”, que levou para Inglaterra e de onde nasceu
em todo o Mundo. uma ninhada. Em 1872 todos estes cães foram
vendidos a Lord Onslow.
Os Basset Sem conhecer a existência deste casal de cães,
Etimologicamente, “basset” é um termo francês Sir John Everett Millais importou para Inglaterra,
que deriva de “bas”, ou seja, baixo. A palavra em 1873, um cão chamado “Model” destinado a
Basset começou a ser utilizada em França no ser o iniciador da raça nesse país. Foi o primeiro
séc. XVI para designar um tipo de cão de patas Basset Hound a ser apresentado em Inglaterra
curtas. Pensa-se que nesta época existiam cerca na Exposição de Wolverhampton em 1875. Este
de doze variedades, mas só quatro chegaram aos ficou muito dececionado por não ter uma cadela
nossos dias: o Basset Artésian Normand, o Bas- para cruzar com o seu macho pelo que decidiu
set Bleu de Gascogne, o Basset Griffon Vendéen utilizar uma Beagle.
e o Basset Fauve de Bretagne, não tendo os dois Entretanto, Lord Onslow e Sir Millais conhece-
últimos, de pelo cerdoso, nenhuma relação com ram-se, e a partir de 1878, este último começou
o Basset Hound. a criar Basset Hound puros (sem sangue Beagle)
com “Garenne”, uma cadela da propriedade de
As suas origens Lord Onslow.
O Basset Hound foi criado com grande reputação Depois de sucessivos cruzamentos durante qua-
pelos monges franceses durante a Idade Média se 20 anos Sir Millais achou necessário introduzir
para a caça em terrenos densos, sendo capaz de novo sangue e decidiu utilizar o Bloodhound,
manter o seu nariz colado ao solo. Muito relacio- de modo a obter cabeças parecidas com esta
nado com toda a família de Bassets franceses a raça. No primeiro cruzamento decidiu utilizar um
raça desenvolveu-se no Reino Unido. É um cão macho Basset Hound, “Nicolas”, e uma fêmea
capaz de caçar a sua presa natural, a lebre, com Bloodhound. De destacar que dada a diferença
persistência e uma passada relativamente lenta de tamanhos, este cruzamento foi efectuado por
durante grandes distâncias. inseminação artificial. Deste cruzamento nasce-
ram doze cachorros anatomicamente muito pa-
Apuramento da raça recidos aos Basset Hound, mas de cor parecida
A raça teve a sua origem em França no séc. XVIII, à da mãe (Bloodhound).
ShutterStock

resultante de sucessivos cruzamentos entre al- O 2º cruzamento foi entre um Basset


guns dos vários tipos de Basset. Pelo que se sabe, Hound “Ch. Forest” e uma fêmea da
a primeira vez que um Basset Hound foi apresen- ninhada anterior, do qual nasceram
Pr. Eduardo Pina

7 cachorros, anatomicamente parecidos a Bas- apresentada pela primeira vez na Exposição de


set Hound, sendo 6 tricolores. O 3º cruzamento Paris, que foi importado de Inglaterra para Por-
foi entre “Boxman”, um Basset Hound, e uma tugal, o primeiro Basset Hound, “Ch. Beachcroft
cadela da ninhada anterior, do qual nasceram 4 Nobleman”.
cachorros, 3 tricolores e um bicolor que não se Mas foi mais tarde, em Fevereiro de 1979, que
distinguiam dos Basset Hound puros. Finalmen- a primeira impulsionadora da raça em Portugal,
te, o 4º cruzamento foi feito entre uma fêmea da Miss Elizabeth Harcourt West com o Afixo “Wes-
ninhada anterior e um Basset Hound, “Guignol”. terra” criou a sua primeira ninhada com uma
Nasceram 7 cachorros, 4 tricolores, 2 bicolores e cadela importada de Espanha, “Ch. Westerras
um preto e fulvo que trouxeram o novo sangue Cooper de los Madroñales” de linhas inglesas.
necessário, pois eram indistinguíveis dos Basset Logo após, no princípio dos anos 80, sediou-se
Hound puros. em Portugal uma nova criadora, Sandra Lobão
Efetivamente Sir Millais foi um entusiasta da raça Cruz, de nacionalidade brasileira, que tinha cães
e sem dúvida uma das grandes autoridades do de linhas americanas e criou várias ninhadas com
Basset Hound. o Afixo “de Nova Phoenix”.
O interesse pela raça crescia em Portugal, tendo
Reconhecimento da raça os seus criadores e entusiastas fundado em 1982
A raça foi reconhecida pelo Kennel Club de Ingla- o Basset Hound Clube de Portugal com o objetivo
terra em 1880, sendo fundado em 1884 o Basset de divulgar, melhorar e desenvolver a raça Basset
Hound Club. Dois anos mais tarde, Sir Millais jul- Hound no nosso país.
gou em Westminster a primeira Exposição do Clu- A raça começou então a ter bastante populari-
be, com uma entrada de 120 exemplares. A raça dade no nosso país e o número de exemplares
teve em declínio desde os finais do século XIX até apresentados em Exposições, passou a ser bas-
ao fim da II Guerra Mundial, a partir da qual a sua tante significativo. Este aumento veio fazer com
popularidade aumentou. que houvesse mais competitividade em ringue,
Como curiosidade, o Basset Hound era a raça obrigando os criadores a empenharem-se em
favorita do Rei Eduardo VII e da Rainha Alexan- produzir exemplares cada vez mais perfeitos e,
dra. E existe uma prestigiada marca de sapatos, portanto, mais próximos do estalão.
a Hush Puppies, que tem esta raça como imagem Em 2015, o título de “Melhor Cão do Ano”, atri-
de marca. buído pelo Clube Português de Canicultura, foi
para a Basset Hound “Multi Ch. Youra dos Sete
A raça em Portugal Moinhos” do criador e juiz José Homem de Mello,
Em Portugal, o Basset Hound é uma raça que um amante da raça, cujo Afixo “Dos Sete Moi-
se pode considerar recente pois foi em 1963, nhos”, criado em 1984, é reconhecido em todo
curiosamente 100 anos depois da raça ter sido o Mundo.

18 Cães&Companhia
ção a um corpo de tamanho normal, como se o
Bassetismo crescimento das suas extremidades tivesse pa-
rado enquanto o resto do corpo se desenvolveu
A Canicultura define o “bassetismo” como normalmente. Este aspeto é conhecido na Cani-
a diferenciação de um tipo de raça canina cultura como “Bassetismo”, mas de facto, a raça
em função de as suas extremidades apresenta acondroplasia (ver caixa).
terem diminuído. Cientificamente, O Basset Hound é um cão grande e sólido com
mais osso para o seu tamanho que qualquer ou-
um Basset Hound é um cão afetado
tra raça. Mas apesar de ser um cão baixo não é
pela acondroplasia, um defeito de pequeno. O seu peso varia entre 25 a 35 kg, e
desenvolvimento na cartilagem dos ossos mede 33 a 38 cm de altura ao garrote. Um dono
mais largos, que faz com que as patas de estatura normal terá dificuldade em pegar
apareçam atrofiadas, mas a cabeça e o num adulto ao colo.
resto do corpo mantenham a sua estrutura
normal. Mas tal não significa que sofra de Aparência geral
uma enfermidade de qualquer tipo. O seu estalão foi revisto em 2011, com o princi-
pal objetivo de evitar o hipertipo. Um dos aspetos
que realça é a importância de se ter em conta que
Um caçador de excelência se trata de um sabujo de trabalho e que deve es-
O Basset Hound é uma excelente companhia para tar adequado a este, por isso deve ser forte, ativo
o caçador e um bom cão de matilha. Tem um olfa- e ter uma grande resistência no campo. Apresen-
to fabuloso, equiparável ao do Bloodhound (raça tando um movimento uniforme, fluido e podero-
considerada por muitos estudiosos a melhor a so, sem esforço.
nível de olfato), além disso é persistente e pos- A cabeça pode ter algumas pregas, sendo a pele
sui uma grande resistência. No entanto, alguns suficientemente elástica para se enrugar leve-
caçadores consideram-no demasiado lento para mente para a frente quando o cão anda ou baixa
perseguir uma presa. a cabeça. As suas orelhas são de inserção baixa,
Atualmente, a raça quase não desempenha esta logo abaixo da linha dos olhos. São compridas,
função e é apenas vista em algumas provas de mas não em excesso, e esticadas chegam um
Field Trial. Por exemplo, para um Basset Hound ser pouco mais à frente que a ponta de um focinho
Campeão de França ou Campeão Internacional de tamanho correto.
(título atribuído pela FCI) tem de obter pelo me- A distância entre a parte mais baixa do peito e
nos a classificação de Muito Bom numa prova de o solo deve permitir que se mova livremente em
trabalho. Um dos aspetos mais importantes para todo o tipo de terreno. Pode apresentar algumas
um exemplar se destacar nestas provas é possuir pregas na pele dos membros anteriores e poste-
um temperamento muito equilibrado. riores, mas não devem ser excessivas.

Um cão inconfundível Cores da pelagem


A aparência do Basset Hound é inconfundível, há A sua pele é suave e elástica, sem exageros. O
quem o considere lindo e não resista ao seu olhar pelo é liso, curto e denso, sem ser muito fino. Sem
meigo, digno e pedinchão de mimos, de olhos a presença de franjas. O pelo comprido e suave,
escuros profundos. Possui pregas de pele solta e com franjas, é altamente indesejável.
orelhas compridas. Normalmente é branco, preto e fogo (tricolor),
Caracteriza-se pelas suas patas curtas em rela- limão e branco ou laranja e branco (bicolor),

As orelhas, macias
e aveludadas,
são de inserção baixa,
logo abaixo da linha
dos olhos e muito longas.

ShutterStock Cães&Companhia 19
mas qualquer cor reconhecida nos sabujos (nos tivos. Teimoso, pode fazer-se de surdo quando lhe
“hound”) é aceitável. convém.
De facto, prima por tentar levar as coisas à sua ma-
Temperamento neira, e para isso vale tudo, desde pedir uma gulo-
De natureza dócil, sociável e leal, é um excelente seima à mesa, até tentar com os seus 30 kg pôr-se
companheiro sempre disposto a apoiar o seu dono. ao seu colo ou subir para o sofá ou cama.
Acostumado a viver em matilha, não é um cão agi- É muito sensível, por isso um castigo ou uma re-
tado, agressivo ou tímido. Possui um temperamen- primenda tocam-lhe, sendo essencial que a sua
to calmo, tranquilo e amável, é muito afetuoso e educação que seja paciente e firme, sem o deixar
apegado, mas também atento e brincalhão com levar a sua avante.
toda a família, especialmente no que diz respeito
às pessoas de mais idade e às crianças, a quem é Aprendizagem
extremamente dedicado. Adora ser mimado e ad- Aprender a andar à trela é um ponto importante da
mite as suas travessuras, como puxões de orelhas sua educação, por causa das suas limitações físicas,
e das suas pregas. Inteligente, mas teimoso, tem ou seja, para o ensinar a não tirar a coleira (algo
de ser tratado com suavidade se quisermos obter que faz de forma instintiva) se recorrermos aos tra-
alguma coisa dele. Dotado de uma voz profunda dicionais passeios de ida e volta, corremos o risco
e melodiosa. de ao fim de 10 minutos ficarmos sem cão. Em vez
disso, devemos fazer uma combinação equilibrada
Agressividade, o que é isso? entre a utilização da trela, sensibilidade do dono e
Normalmente, é carinhoso com toda a família, o uso de guloseimas.
crianças e até com estranhos, há até quem diga Nesta raça também são muito contraindicados os
que para o Basset Hound não existem estranhos. esticões na trela, que poderão afetar a sua delicada
Como tal, não é seguramente um bom cão de coluna. Por isso, a questão da chamada deve ser
guarda. Há casos de Basset Hound que quando bem trabalhada.
são agredidos preferem correr e esconder-se, em
vez de se defender e morder. Além disso, convive
Os seus olhos são Em relação à ordem de “senta”, “deita” e “fica”,
estas não se revelam muito úteis em casa, pois
em harmonia com outros cães e animais domés-
ticos.
escuros e possui são as suas posições habituais na maior parte do
dia. No entanto, se o dono insistir em ensinar um

Um aluno teimoso
um olhar meigo Basset Hound a sentar, após a resistência inicial à
ordem, verá que não há forma de conseguir que
De aparência preguiçosa e bonacheirão, o Basset
Hound é muito inteligente e o que nos pode, por
e pedinchão o faça corretamente, ou seja, o mais comum é
que este se sente meio de lado, com as patas di-
vezes, parecer teimosia, poderá ser atribuída a uma
ingenuidade propositada, para atingir os seus obje-
de mimos reitas à frente. De facto, a sua fisionomia não é a
indicada para fazer os exercícios de Obediência.
A escolha certa?
De acordo com José Homem de Mello, juiz e criador da raça com o afixo “Dos Sete Moinhos”,
para saber se um Basset Hound é a sua raça ideal deve ter em conta as seguintes questões.
Mas a título de curiosidade, é surpreendente ver Se responder afirmativamente a todas elas o Basset Hound poderá ser o cão certo.
como um Basset Hound sedentário e molengão • Se está habituado a cães com muita energia, ficará contente com o calmo e até
fica subitamente ativo e rápido quando se encon- temperamental Basset Hound?
tra livre ou na companhia de outros cães. • Os Basset Hound não são companheiros para jogging não sendo o melhor cão para jogar à
apanhada. Adaptar-se-á o Basset Hound ao seu estilo de vida?
Maturidade • Devido às suas orelhas compridas e estatura baixa, temos que ter alguns cuidados
O Basset Hound atinge o seu desenvolvimento especiais com eles, tais como, limpar-lhes as orelhas 3 ou 4 vezes por mês. Está disposto a
físico por volta dos 18 meses, podendo variar de ter esse cuidado?
indivíduo para indivíduo. Normalmente, as cade- • Devido ao seu instinto de caçador, os Basset Hound têm tendência a vaguear devendo
las têm o primeiro cio por volta dos 6 meses. O portanto ser mantidos numa área segura ou vedada. Pode ter este tipo de ambiente para
número de cachorros por ninhada é muito variá- ele?
vel, mas normalmente são formadas por 4 a 8 • Um Basset Hound poderá não se dar bem quando deixado sozinho por grandes períodos
cachorros, os quais nascem com uma média de de tempo. Terá tempo para dar-lhe o afeto e a atenção que ele merece?
350 gramas. • A simpatia e meiga personalidade do Basset Hound fazem-no um mau cão de guarda. Isto
é para si aceitável?
Escolha do cachorro
O Basset Hound é uma raça muito especial, espe-
cialmente em cachorro, quando a sua aparência é
quase irresistível. É fácil ficar cativado pelo olhar as visitas aos criadores, para ver as ninhadas e os especiais até ao ano de idade, por exemplo, não
meigo, rugas e orelhas compridas e aveludadas. seus progenitores. O criador deve preocupar-se devem subir ou descer escadas, nem saltar para
Mas a escolha de um cachorro é muito mais do em selecionar exemplares saudáveis, com bom cima de móveis altos, tais como, sofás ou camas.
que ficar encantado com um cachorrinho Basset. temperamento e movimento, e que se aproxi- As articulações desta raça, com ossos fortes, ain-
Se estiver interessado num Basset Hound deve mem o mais possível ao estalão da raça. Assim da estão em formação e um esforço pode causar
tentar obter o máximo de informação sobre a como mostrar-se preocupado em obter informa- uma lesão permanente. Depois do ano de idade,
raça, contactando criadores e proprietários de ções sobre os futuros donos e condições que irão estas atividades não são nocivas desde que se-
cães desta raça. Se chegar à conclusão que é a proporcionar ao cachorro. jam feitas com moderação.
escolha certa para o seu estilo de vida e expecta-
tivas, está na altura de procurar o seu cachorro. Desenvolvimento do cachorro Em casa
Pode começar por pedir informações ao Clube Devido à sua morfologia existem alguns aspec- Muito apegado aos donos, não gosta de estar so-
Português de Canicultura (www.cpc.pt) e ao Bas- tos a ter em conta, especialmente durante a zinho. Em virtude de ser essencialmente um cão
set Hound Clube de Portugal. Deve iniciar então fase de crescimento. Os cachorros têm cuidados de matilha, o Basset Hound poderá não se dar

Cães&Companhia 21
O “Melhor Cão do Ano” de 2015,
atribuído pelo Clube Português de
Canicultura, foi para a Basset Hound
“Multi Ch. Youra dos Sete Moinhos”
de José Homem de Mello.

bem quando deixado sozinho por grandes perío-


dos de tempo. É essencial que tenha a companhia É muito inteligente e o que parece teimosia
de pessoas ou de outro animal.
pode ser uma ingenuidade propositada
Necessidades de exercício
O Basset Hound adapta-se perfeitamente a uma para atingir os seus objetivos
vida sedentária e de ócio, no sofá da sala. Adora
ShutterStock

dormir uma sesta ao sol e esta tendência natural


para o descanso torna-o um excelente cão de com-
panhia.
No entanto, o seu baixo nível de atividade, torna-o
propenso à obesidade. Por isso, é importante pelo
menos meia hora de passeio diário. Além disso, o
exercício, moderado, também é importante para
desenvolver a sua musculatura, que sustenta a es-
trutura vertebral, muito longa, típica da raça.
É da responsabilidade do dono motivá-lo a movi-
mentar-se e a exercitar-se, estimulando por exem-
plo a sua aptidão inata para seguir rastos. Devido
às suas origens, é muito resistente e consegue fa-
zer grandes caminhadas no campo, ao seu ritmo.

Nos passeios
O Basset Hound foi criado para seguir caça e o seu
faro apurado faz com que este instintivamente co-
mece a seguir pistas, se tiver oportunidade, o que
pode levá-lo a situações perigosas, tais como, atra-
vessar uma estrada movimentada, cair numa pis-
cina ou perder-se. Como tal, não devemos deixá-lo
passear-se sozinho na rua sem ser à trela. Retirar
a trela apenas se nos encontrarmos numa área ve-
dada e segura.

Guloso e pedinchão
Não sobrealimente o seu Basset Hound, porque a

22 Cães&Companhia
Clube da Raça
Basset Hound CluBe de Portugal
Tv. Visconde Moreira de Rey, 6
2790-163 Carnaxide
Tel: 214 181 239
Email: [email protected]

obesidade irá prejudicar-lhe o coração, a coluna


vertebral e as articulações. É responsabilidade do
dono controlar a quantidade de alimento diário,
resistindo ao seu olhar “pedinchão”.

Higiene e banhos
Em relação à higiene, esta raça pode produzir mui-
ta gordura nas glândulas sebáceas da pele, o que
ShutterStock

favorece o aparecimento de um cheiro intenso “a


cão”, exalando cheiro. Além disso, alguns exem-
plares têm dermatite seborreica, vulgarmente co-
nhecida como caspa.
É recomendável dar-lhe banho mensalmente, uti- Cuidados de saúde tação interna, e verificar regularmente se não tem
lizando para isso um champô adequado. Se for Os olhos do Basset Hound, com as pálpebras caí- parasitas externos. Se notarmos qualquer proble-
escovado regularmente ajuda a controlar os pelos das, são propensos a ter problemas como conjun- ma devemos contactar imediatamente o seu Mé-
espalhados pela casa e a manter a pelagem mais tivites, ectrópio (as membranas internas dos olhos dico Veterinário. A esperança de vida de um Basset
limpa. viram-se para fora) e entrópio (as membranas Hound é a normal de um cão, cerca de 10 anos. n
Devido às suas orelhas grandes e pendentes, os viram-se para dentro da córnea), causando infla-
ouvidos devem ser limpos uma vez por semana, mações e até úlceras locais. Devemos limpar os
para evitar otites. Além disso, devemos manter as olhos regularmente com soro e evitar que o cão Nota de agradecimento:
unhas cortadas e lavar os dentes regularmente, fique muito exposto a vento e pó. Agradecemos a José Homem de Mello do afixo
“Dos Sete Moinhos”, por nos ter cedido fotografias
para evitar a formação de tártaro. Devemos seguir o plano de vacinação e desparasi- de exemplares da sua propriedade para ilustrar este artigo.
Raça Clube Português do Barbado da Terceira

Barbado da Terceira
O ursinho da Terceira
O Barbado da Terceira destaca-se das outras raças portuguesas por fazer lembrar um pequeno urso.
De porte médio, forte, ágil e brincalhão. São cães muito expressivos, fáceis de ensinar,
com personalidade forte e muito dedicados ao dono.
Quinta dos salgueiros ©ana Catarina

24 Cães&Companhia
O

Quinta de Belém | monte de magos


Barbado da Terceira descende dos cães
levados para a ilha Terceira pelos primei-
ros colonos vindos de toda a Europa, com
o objetivo de ajudar no acompanhamento, condu-
ção e recolha do gado que aí existia.
A geografia da ilha e a cultura local, deram ori-
gem a uma população de cães com características
muito próprias conhecida hoje como o Barbado da
Terceira.
Nos dias de hoje, para além da sua função como
cão de gado, é também muito apreciado como cão
de guarda e companhia. A sua aparência de porte
médio, garupa arredondada, passo bamboleante,
pelo ondulado, de orelha levantada e tipicamente
arredondada, faziam com que se assemelhasse a
um pequeno urso, daí serem muitas vezes apelida-
dos de “ursinhos da Terceira”.

Fixação da raça
Foi na década de 70 que começou o interesse por
esta população de cães, criados pelos ganadei-
ros da ilha, primeiro para o trabalho com o gado
bravo, posteriormente para guardar, começando
assim a haver um aumento desta população e um
crescente interesse também.
No fim da década de 80, já se fazia criação de Bar-
bado da Terceira para vender. O Barbado da Terceira descende dos cães
Em 1997, um grupo de trabalho liderado pelo Dr.
Deocleciano Silva, fez o levantamento da raça com levados para a ilha Terceira pelos primeiros
parâmetros biométricos, sendo assim constatada a
homogeneidade da raça. Foram realizados vários
colonos vindos de toda a Europa
estudos sobre comportamento, biometria e carac-
terização molecular da população de cães, que cães foram inicialmente classificados por “linhas” Principais aptidões da raça
levaram a concluir, que reunia condições capazes e a homogeneidade entre estas ainda não era a A evolução do Barbado aconteceu pela necessida-
de definir uma raça. desejada, mas atualmente, com o trabalho que os de que o Homem teve de ter um ajudante eficaz
Em 2003, teve início o processo de reconhecimento criadores têm vindo a desenvolver, a homogenei- na condução do gado bravo, que chegasse com
oficial como raça pelo Clube Português de Canicul- dade entre os cães melhorou significativamente. facilidade e rapidez a zonas em que o pastor difi-
tura e, em 2004, foi elaborado o estalão provisório, Notou-se também uma tendência para um ligeiro cilmente chegaria.
que ficou aprovado oficialmente em novembro do aumento no tamanho/corpulência dos cães, possi- Hoje em dia, para além da condução de gado, é
mesmo ano, data a partir da qual o Barbado da velmente devido à influência de fatores ambientais também um bom cão de guarda, um companhei-
Terceira passou a ter o estatuto de Raça Portugue- (clima, alimentação e cuidados sanitários melhora- ro exímio do seu dono e de tal forma versátil, que
sa, a 10ª reconhecida oficialmente. dos) com condições mais favoráveis à expressão está apto a praticar diferentes modalidades para
genotípica destes cães. além daquelas para as quais foi talhado.
A raça atual Em termos de temperamento, o Barbado é hoje
Desde o seu reconhecimento oficial, a raça teve um cão menos tímido, mais afável e sociável, do A raça em Portugal
uma grande evolução, como seria de esperar que o era quando se iniciou o processo de reco- A popularidade do Barbado na ilha Terceira é gran-
numa raça que ainda não está estabilizada. Os nhecimento da raça. de, mas antes do seu reconhecimento, era difícil

Hoje em dia, para além da condução


de gado, é também um bom cão
de guarda e um companheiro exímio
do seu dono.
monte de magos
encontrar um Barbado para além das fronteiras da
ilha. A pouco e pouco, o número de exemplares fora
da ilha foi crescendo, e hoje, a raça já começa a ter
alguma popularidade em Portugal continental, mas
também noutros países.
No ano do seu reconhecimento oficial, foram rea-
lizados 45 Registos Iniciais por exame (RI) no Livro
de Origens Português (LOP).
Em 2015, até novembro foram registados 100
exemplares, perfazendo um total de 1.316 Barba-
ArAdik ©AnA CAtArinA Alves

dos registados no Livro de Origens Português desde


o reconhecimento oficial (últimos dados oficiais do
Clube Português de Canicultura).

Divulgação da raça
Nos últimos anos, para dar a conhecer o Barbado
da Terceira, têm vindo a ser realizadas algumas
campanhas de divulgação da raça em Portugal, Es-
panha, França, Holanda e Gibraltar. Essa divulgação
tem sido feita em Exposições Caninas, em eventos
dedicados a animais, em feiras e em outros eventos
populares.
No stand do Barbado da Terceira o público tem a
possibilidade de lidar de perto com a raça e de me-
xer e interagir com os cães. O stand já foi visitado
por algumas pessoas mais conhecidas da rádio e
televisão, como a Ana Isabel Arroja e o Nuno Guer-
reiro, mas há um senhor conhecido do grande pú-
blico, que depois de ter contactado de perto com
esta raça, se rendeu aos seus encantos e tem hoje
por companheiro canino, entre outros, um Barbado
da Terceira, falamos de Piet-Hein Bakker.
Na ficção portuguesa, na novela “Sol de Inverno”,
da SIC, o Scooby, um Barbado da Terceira teve um
QuintA dos sAlgueiros

pequena participação. Também a marca coreana


KIA usou um Barbado para apresentar o novo
modelo Carnival. A televisão russa também se inte-
ressou pela raça, dedicando um programa da série
“Planet of Dogs” ao Barbado da Terceira que pode-
rá ser visto na internet dentro de meses.

O Barbado da Terceira é um cão rústico, Aparência geral


de corpo forte e bem musculado, coberto O Barbado da Terceira é um cão rústico, de corpo
forte e bem musculado, coberto de pelo comprido,
de pelo comprido, abundante e ondulado abundante e ondulado. O comprimento do corpo
é ligeiramente superior à altura ao garrote. A sua
cabeça é forte, sólida e proporcional ao corpo, com
Pr. nuno serrAno

o “stop” pouco pronunciado e trufa bem pigmen-


tada. O chanfro é forte, cilíndrico e reto na parte
superior.
Os olhos são de tamanho médio, formato oval e
muito expressivos, variando a sua cor entre o mel e
o castanho-escuro.
As orelhas, quando não são cortadas, têm inserção
média a alta, triangulares, de tamanho médio, pen-
dentes, quebradas e bem revestidas de pelo. O pes-
coço é médio, sólido e bem musculado, suportando
a cabeça com altivez. A linha superior do tronco é
reta e horizontal, garrote largo, garupa robusta e
ligeiramente descaída. O peito é largo e profundo,
com boa capacidade torácica. A linha inferior é as-
cendente e o ventre ligeiramente recolhido.
A cauda tem implantação média a baixa, pode ser
cortada ou inteira de tamanho médio e em repouso
cai e encurva na parte inferior. Admitem-se anuros.
Os membros anteriores são verticais, de osso largo,
bem musculados e aprumados. Os membros poste-
riores são robustos, bem musculados e angulados,
denotando grande capacidade de impulso, sendo a
coxa bem desenvolvida e musculada.
Os seus andamentos são ágeis e com boa impul-
são, permitindo bruscas mudanças de direção e
O meu Balú
transição de movimentos. O passo é ligeiramente
bamboleante, o trote elástico com bom alcance e Lá em casa temos a Manga, Golden Retriever;
suspensão e o galope é enérgico e rápido. a Poppy, raça indefinida e o Balú, um
A altura ao garrote nas fêmeas varia entre os 48 a Barbado da Terceira. Amamos os 3 de igual
54 cm, nos machos varia entre os 52 a 58 cm. forma, são os nossos filhos caninos.
O Balú é o único rapaz da família canina e
Corte de trabalho cabe-lhe a responsabilidade de tomar conta
Originalmente, por esta ser uma raça de trabalho da nossa enorme família, é isto que lhe está
a atuar, na maioria das vezes, em condições mui- no DNA: cuidar!
to adversas, e pela sua funcionalidade e defesa do O Balú toma conta de cada membro da
bem-estar era usual o corte de cauda até à terceira família de uma forma específica.
vértebra e a amputação das orelhas em forma de Quando as nossas filhas mais novas vão
meia-lua, proporcional ao tamanho da cabeça. Am- andar de bicicleta, a Manga e a Poppy
bos para evitar ferimentos graves e problemas que continuam na vida delas, sem grande
afetassem o bem-estar dos cães. atenção para com as miúdas, mas, para
o Balú este simples passeio significa um
Pelagem mundo de trabalho.
A pelagem é comprida, farta, ondulada, com
subpelo abundante em todo o corpo. O pelo é ligei-
Como Barbado que é, o seu instinto de cão queria estar na situação dessa pessoa,
ramente grosseiro, abundante na cabeça, focinho e pastor emerge imediatamente: corre em quando o Balú o encontrasse...
sobre os olhos, caindo para a frente. Bastante farto círculos grandes à volta delas, marcando o O Balú tem um feitio específico com outros
na mandíbula, originando as barbas de onde lhe limite do território das suas meninas. Quando cães, defende a sua matilha, o seu território
advém o nome. Também abunda nos membros, en- o Tomás (13 anos) tem amigos em casa, e às vezes não gosta do comportamento dos
tre os dedos e em toda a cauda. o Balú verifica se nenhum dos miúdos se outros cães. Não provoca os outros, mas tem
comporta mal ao pé do Tomás. dificuldade em tolerar provocações. Não é um
Cores da pelagem Brincadeiras demasiado brutas são corrigidas Labrador, precisa de uma educação diferente,
Todas as pelagens podem ter nos membros, no com uma focinhada nas calças, sem nunca não se trata apenas de “mão firme”, creio
peito, na cabeça, pescoço e ponta da cauda zonas morder. À noite quando todos dormem, que o mais importante na educação dele é
de branco. Dos vários tons da pelagem amarela, a o Balú escolhe o local onde vai dormir ser claro, não deixar dúvidas, é ele perceber
amarela clara é a mais luminosa, logo, muito visto- consoante o número de pessoas que estejam exatamente os limites. Uma vez que ele
sa. A pelagem totalmente negra é muito rara, ge- em casa. Quando todos os miúdos estão em tenha assimilado uma determinada regra, ele
ralmente surge com manchas brancas e/ou diluição casa, opta por dormir em frente da porta de obedece, mesmo se for dada em voz baixa.
da cor até atingir o cinza prateado. entrada principal. Quando eu vou dormir, ele Nunca estragou nada em casa, o mesmo não
Por fim, temos o lobeiro e o fulvo, que oferecem acompanha-me, mantendo-se sempre ao se pode dizer das nossas queridas cadelas...
uma grande diversidade de tons, com mescla de meu lado, sempre a tomar conta. O Balú é extremamente meigo, se não
Mas, o ponto máximo de honra do Balú é a pesasse 37 Kg era um cão de colo ideal.
defesa da minha mulher, a “dona” Patrícia. Adora festinhas, mas só de algumas

©Victor GundareV
Basta a Patrícia usar uma voz mais aflita, pessoas. Não é muito dado aos que não
para o Balú entrar em ação, chega ao pé da são próximos da família e mesmo com estes
dona e posiciona-se à sua frente. Se algum é criterioso.
dia um intruso invadisse a nossa casa, não Piet-Hein Bakker
Monte de MagoS
Temperamento
O Barbado da Terceira é um cão de forte perso-
nalidade, é dominante e, por isso, precisa de ter
um dono líder. É muito alegre e brincalhão, fácil
de ensinar, muito dedicado ao dono e família coa-
bitante, protegendo-os instintivamente. É um cão
meigo com a família, mas não dá muita confian-
ça a quem não pertence ao seu clã. Necessita da
atenção do dono e de algum exercício. É versátil,
adaptando-se com facilidade a diferentes circuns-
tâncias. Pode ser um pouco teimoso.

Educação e treino
O treino começa no ninho, com a manipulação
dos cachorros. A mãe ensina-lhes as regras da
matilha. Connosco, vai aprender a ter limites, a
conhecer as nossas regras e a ter um líder que
aceita e respeita. O dono tem de ser firme, tem de
ser um líder, não pode ceder à teimosia do cachor-
ro, mas deve ser coerente e paciente na educação
deste.

Os comentários
Quando surgiu, o Barbado da Terceira era muitas
É muito alegre e brincalhão, fácil de ensinar, vezes confundido com raças como o Pastor de
muito dedicado ao dono e família Brie, o Cão da Serra de Aires, o Cão de Água Por-
tuguês e até com o Caniche, mas 10 anos após
coabitante, protegendo-os instintivamente o reconhecimento da raça, as pessoas já pergun-
tam: “É um Barbado?”.
O público em geral gosta muito do aspeto fofo
cores (brindle) tornando cada pelagem quase ex- Deve ser feita cuidadosamente, com uma escova e do ar de “urso”. Quem tem um Barbado, apai-
clusiva, sendo estas últimas muito apreciadas exa- apropriada. xona-se pela sua personalidade. A dedicação aos
tamente por esta particularidade muito típica no Não precisam de banhos regulares, só quando es- donos, o instinto de proteção da família da qual
Barbado da Terceira. tritamente necessário. Deve ser usado um champô faz parte, a astúcia e rapidez de aprendizagem,
adequado para o pelo e pele. O tempo de banho e a esperteza destes cães torna-os simplesmente
Cuidados com a pelagem secagem varia com o comprimento do pelo e de- únicos.
O pelo é de crescimento contínuo, por isso, a esco- mora no mínimo uns 30 minutos. Devem limpar-se
vagem regular elimina o pelo velho e a sujidade, os ouvidos regularmente, com produtos adequa- Maturidade e reprodução
ajudando a manter a pelagem limpa e saudável. dos, para evitar otites. Em geral, a maturidade sexual é entre os 9 e os 12

Monte de MagoS
Cachorros com 8 meses e 2 meses.
Para um Barbado
Monte de MAgos ©viCtor gundArev

da Terceira
acompanhar
o dono nas diversas
atividades será
sempre um prazer

Monte de MAgos
©AnA CAtArinA Alves

Pr. Andre Heuzer

A praticar Mushing.

meses de idade. O primeiro cio das fêmeas tende ção, a cor dos olhos vai escurecendo até aos 12 A educação de base, tem de ser feita desde cedo.
a ocorrer entre os 9 e os 10 meses, tal como a meses. A alimentação do cachorro deve ser mais É a altura em que eles aprendem os limites, como
maturidade sexual dos machos. A idade que pode cuidada no primeiro ano de vida, uma vez que as devem/podem comportar-se. Os erros na educa-
ser considerada ideal para o primeiro cruzamento suas necessidades nutricionais são mais exigentes ção e ensino cometidos agora serão muito mais
é os 2 anos ou terceiro cio da cadela. neste período para que cresça saudável. Pode fa- difíceis de solucionar no futuro.
Sendo esta raça ainda muito jovem não há despis- zer suplementos alimentares, tem de ser vacinado
tes obrigatórios associados à raça. Os cruzamen- e desparasitado. Escolha do cachorro
tos são de monta natural e os partos não costu- Antes de adquirir um cachorro é conveniente
Pr. nuno serrAno

mam ser muito complicados, nascendo em média informar-se sobre a raça. Deve ter em conta: a
entre 6 a 8 cachorros por ninhada. personalidade forte, o temperamento dominante,
o instinto de pastor, a força física que eles natural-
Cachorros mente têm e as suas necessidades de uma forma
O peso dos cachorros à nascença pode variar con- geral, como a atividade física necessária, cuidados
soante o tamanho da ninhada. Em geral ninhadas de higiene e saúde, a manutenção da pelagem e
mais pequenas tendem a ter cachorros mais fortes o tamanho em adulto, sendo que, varia um pou-
entre as 240 a 300 g à nascença, enquanto uma co entre machos e fêmeas, o Barbado é um cão
ninhada muito grande tende a ter cachorros mais de porte considerado médio. A esperança de vida
pequenos que podem pesar entre 170 a 240 g. será aproximadamente 12 anos.
O aumento de peso é muito rápido nos primei- O Barbado da Terceira não é um cão para qual-
ros dias, podendo ganhar cerca de 10 a 30 g/dia. quer pessoa, o dono tem de ser o líder e tem de
Com 6 meses os pesos podem variar entre 16 a ser firme na educação, pois se assim não for, pode
20 kg, aproximadamente, com 1 ano 20 a 30 kg vir a tornar-se um problema com manifestações
consoante é fêmea ou macho. Teoricamente, em de dominância, rebeldia e indisciplina.
adulto uma fêmea pesa entre 21 a 26 kg e um Na procura do criador deve contactar vários, pro-
macho entre 25 a 30 kg. Estes pesos podem ser curar conhecer a sua criação, critérios usados para
superiores mediante a condição física do animal e selecionar os progenitores, cuidados sanitários
a quantidade de músculo que tem. que tem, as suas prioridades na criação dos ca-
Os cachorros quando nascem têm os olhos azuis chorros e as garantias que lhe dão, assim como o
ou cinzentos, ao iniciar uma alimentação com ra- acompanhamento que lhe dará no futuro.

Cães&Companhia 29
O Clube Português do Barbado da Terceira
foi fundado em junho de 2014 e filiado ao
Clube Português de Canicultura em março
de 2015.
Sendo o Barbado da Terceira uma raça
que está em grande crescimento fora do
seu solar, houve necessidade de criar
uma organização que possa dar o apoio
necessário ao contínuo crescimento e à
divulgação do Barbado da Terceira não
só em Portugal, mas também além-
fronteiras. Neste sentido, o CPBT tem
por objetivo dar continuidade e apoio a

Monte de Magos ©ana Catarina alves


todas as ações que, de forma positiva
e construtiva, envolvam e divulguem o
Vivenda ou apartamento? o som de um boneco de chiar apertado insisten- Barbado da Terceira. O CPBT pretende
É uma raça muito versátil, por isso a adaptação ao temente ou a euforia de uma corrida com os ele- também apoiar e colaborar com criadores,
meio envolvente vai depender sobretudo da maior mentos mais jovens da família ou com semelhan- proprietários e simpatizantes da raça,
ou menor disponibilidade do dono. tes seus, mas, também apreciam um osso de pele naquilo que entendam necessitar, bem
Uma casa com quintal é o ideal, excelente para ele para roer tranquilamente... como com outras entidades e instituições
se exercitar sozinho, mas esta raça tem também
interessadas pela raça.
uma grande necessidade de estar perto do dono, Saúde e dia a dia
do convívio e do afeto dele, logo é necessário que o Esta raça é muito rústica, logo só se queixam Contactos: 914 714 782 | 933 779 202
dono ou a família, tenham diariamente tempo para quando há realmente razões para isso. www.cpbt.pt
dedicar ao cão com brincadeiras, mimos mas tam- Não há propriamente doenças associadas à raça, www.facebook.com/ClubePBT
bém para dar alguma educação. mas por ser uma raça de porte médio poderá haver e-mail: [email protected]
Pode viver perfeitamente num apartamento, desde alguma predisposição para a ocorrência de displa-
que possa fazer vários passeios diários. Além das sia da anca. O meio envolvente pode ter uma par-
saídas para as necessidades fisiológicas, ele vai ticipação muito considerável no surgimento e/ou ter uma rotina diária para alimentação, necessida-
precisar de um pouco de exercício. Um cachorro, agravamento do problema, mas através de uma des fisiológicas e higiene em geral.
obviamente, tem muito mais energia para gastar alimentação equilibrada, da suplementação com
diariamente do que um adulto, logo, as necessi- protetores articulares, exercício físico adequado, Necessidades de exercício
dades também vão variando com a idade e com o evitando os pisos muito escorregadios, pode ten- Sendo um cão pastor de condução, tem necessi-
temperamento do próprio animal. tar minimizar-se a incidência do problema. dade de manter uma rotina física que lhe permita
Dentro de casa, estão quase sempre perto do dono, Aconselha-se que seja feito o despiste, que cos- gastar energia e sentir-se equilibrado: “Mente sã,
o líder da sua “matilha”. Gostam de um cantinho tuma ser por volta do ano de idade, mas fale com em corpo são”. Começam a sua prática de exercí-
confortável quando está frio, mas também de um um médico veterinário ortopedista. cio logo no ninho brincando com os irmãos. Quan-
chão fresquinho quando o calor aperta. É uma raça que aguenta razoavelmente bem o do retirados da ninhada, devem continuar a fazer
Adoram água! Como são brincalhões, uma bola frio, devido à camada de subpelo que tem. No ca- exercício, sempre adequado à sua condição física
pode ser muito divertida de atirar ao ar, bem como lor é preciso ter cuidado com a desidratação. Deve e idade.
Diariamente, deve fazer uma caminhada maior,
Monte de Magos ©ana Catarina alves

Uma casa com quintal onde possa correr um pouco e brincar para gastar
é o ideal, mas pode a energia acumulada. Uma ou duas vezes por se-
viver perfeitamente em
apartamento, desde
mana, deve permitir-lhe que se exercite com mais
que possa fazer vários intensidade. Adoram água, por isso cuidado com
passeios diários. piscinas e tanques de saída difícil.

Que atividades pode fazer com o seu


Barbado da Terceira?
O Barbado é naturalmente um cão ágil, enérgico,
brincalhão e dedicado.
Gosta de desafios e, por isso, pode praticar com
prazer modalidades como Agility, Mushing, Obe-
diência, corrida, caminhadas, passeios na praia ou
no campo, atividades que envolvam água, apa-
nhar objetos, busca ou outras.
A diversão é sempre bem recebida por um Barba-
do da Terceira, por isso, acompanhar o dono nas
diversas atividades será sempre um prazer. n
Nota de agradecimento: Agradecemos aos proprietários e
fotógrafos por nos terem cedido fotografias para ilustrar este
artigo.

30 Cães&Companhia
Criação

Carla Cruz
Bióloga, Mestre em Produção Animal
e Doutoranda em Ciência Animal
(www.aradik.net)
Fotos: Shutterstock

Consanguinidade
Anjo ou demónio?
A consanguinidade é das ferramentas mais mal-entendidas na criação de animais.
Idolatrada por uns, abominada por outros, será que tem assim tantos benefícios ou tantos
malefícios como se crê? É o que vamos ver este mês.

32 Cães&Companhia
F
ala-se em consanguinidade e, normal-
mente, tem-se uma de duas respostas,
em pontos diametralmente opostos de O cruzamento de pais e filhos é consanguíneo, mas nem
um espectro. Por um lado, temos criadores (seja
de que espécie for) que apenas juram por ela,
todos estes cruzamentos são assim tão apertados
que foi assim que conseguiram elevar e man-
ter a qualidade da sua criação. Por outro lado, (ou raça) pode não o ser necessariamente noutra
temos, por exemplo, membros do público geral – tudo depende das relações gerais de parentes-
que acham que a consanguinidade é uma coisa co que existam nessas populações. Se tivermos
demoníaca, que deve ser evitada a todo o custo, uma população em que a maioria dos animais
que se trata de incesto, cruzamentos entre pais, são bastante relacionados, um cruzamento en-
filhos, irmãos, que é a causa para todo o tipo de tre, por exemplo, primos em 2º grau pode não
problemas. ser considerado consanguíneo, enquanto numa
Normalmente, são respostas com uma elevada população em que poucos animais estão relacio-
cota-parte de emoção associada, devido a todos nados entre si, já poderá ser classificado como
os tabus culturais e biológicos existentes relati- consanguíneo.
vamente a cruzamentos entre indivíduos estrei- Quando se cruzam progenitores aparentados
tamente aparentados. entre si, alguns dos alelos transmitidos aos des-
Mas vejamos objetivamente em que consiste a cendentes por cada parente serão cópias dos
consanguinidade e o seu interesse na criação de mesmos alelos encontrados nos ancestrais co-
animais. muns que levaram a que os progenitores fossem
aparentados. À medida que a relação genética
Consanguinidade entre os progenitores aumenta, aumenta a pro-
Antes de mais, o que é, exatamente, a consan- babilidade que pares de alelos nos indivíduos
guinidade? Será que é mesmo isso de cruzar sejam cópias de um único alelo num ancestral
pais com filhos ou irmãos? há várias gerações; diz-se que são “idênticos por
Tecnicamente, a consanguinidade é descri- descendência”. Logo, se os indivíduos apresen-
ta como sendo um sistema de acasalamento tam alelos iguais porque são herdados de um
em que se produzem descendentes através mesmo ancestral que partilham, isso significa
de progenitores que estão mais intimamente que há menos variabilidade genética do que se
aparentados do que a média da população da não houvesse partilhas.
qual provêm. Ou seja, os indivíduos usados no Usando um exemplo simples, imagine que os
acasalamento possuem algum parentesco en- dois potenciais progenitores que quer usar têm
tre si (possuem um ou mais antepassados em um avô em comum. Como cada indivíduo tem 4
comum), superior ao parentesco médio entre os avós (2 por via materna e 2 por via paterna), isso
indivíduos da sua raça. significa que em vez de apresentarem a poten-
Uma implicação disto é que o que é considerado cial variabilidade genética de 8 ancestrais, esses
um cruzamento consanguíneo numa população dois animais apenas apresentam a potencial
Um estudo incidindo
sobre uma colónia
de Beagles revelou um
grande aumento na taxa
de mortalidade neonatal
quando o nível de
consanguinidade subiu
acima dos 25%.

variabilidade de 7 ancestrais – ocorre perda de A consanguinidade não cria problemas permitir realçar os pontos fortes e os problemas
variabilidade nesse grupo relativamente a um ou- Pelo facto de a frequência de ocorrência dos alelos já existentes na população original sob a forma
tro grupo que não tenha ancestrais em comum; a não ser alterada, a consanguinidade não vai au- heterozigótica – porque sob a forma homozigóti-
perda é tanto maior quanto maior for o número mentar o número de alelos recessivos com efeitos ca, os traços dominantes são transmitidos a toda
de ancestrais em comum. Neste exemplo, se os 4 negativos, como por vezes se pensa. A consangui- a descendência e os traços recessivos tornam-se
avós fossem iguais tanto no potencial pai como nidade, em si, não cria nada (bom ou mau) que visíveis.
na potencial mãe, a variabilidade genética desses não exista já na população. Porém, ao aumentar Como os alelos dominantes têm, na maioria dos
8 ancestrais irá corresponder apenas à variabili- a homozigotia, os efeitos dos alelos recessivos casos, um efeito favorável sob o ponto de vista
dade de 2 ancestrais deixam de estar “ocultos” nos indivíduos hetero- fisiológico, enquanto vários recessivos têm fre-
A nível genético, a consequência da consangui- zigóticos, pelo que se tornam visíveis, e em mais quentemente um efeito não favorável, a remoção
nidade é o aumento da homozigotia, ou seja, o animais. da reprodução dos animais que apresentem ca-
aumento da probabilidade de, em cada gene, os Da mesma forma, a consanguinidade não vai racterísticas indesejáveis irá levar ao aumento da
dois alelos que o indivíduo possui serem iguais (e aumentar os alelos dominantes. Tanto os indi- frequência dos alelos dominantes – é a seleção
transmitidos pelo mesmo ancestral), independen- víduos homozigóticos como os heterozigóticos associada à consanguinidade a atuar.
temente do seu efeito fenotípico. expressam o efeito desse alelo. Neste caso o que No entanto, para tal, o criador que recorra a este
irá ocorrer é a probabilidade de os indivíduos por- método deve estar preparado para remover da re-
A consanguinidade não afeta tadores de alelos dominantes serem homozigóti- produção uma grande quantidade de animais. O
as frequências génicas cos em vez de heterozigóticos. E, possuindo duas que significa, deve estar preparado para encontrar
É importante realçar que a consanguinidade, por cópias desse alelo num dado gene, naturalmente um destino adequado a animais que apresentem
si, não vai alterar a frequência de ocorrência de apenas têm esse alelo para transmitir a toda des- características indesejáveis, ou cuidar deles e dar-
cada alelo. O que acontece é que, ao aumentar-se cendência, enquanto os indivíduos heterozigóticos lhes qualidade de vida; a criação de animais de
a frequência de ocorrência de indivíduos homo- passam 2 alelos diferentes aos seus filhos. companhia é diferente da de espécies pecuárias,
zigóticos, diminui-se a frequência dos exempla- em que se pode mais facilmente refugar os indiví-
res heterozigóticos, mas a proporção global de Consequências genéticas duos com características indesejáveis
ocorrência de cada alelo mantém-se. Apenas no Através do aumento da homozigotia, a consan- Adicionalmente, para alguns alelos dominantes,
caso de ocorrer seleção (por exemplo, reprodução guinidade irá ajudar a fixar mais rapidamente os independentemente do nível de consanguini-
preferencial, ou afastamento da reprodução, de caracteres numa população – quer eles sejam be- dade praticado, não será possível obter animais
indivíduos com um determinado genótipo) asso- néficos ou não. A consanguinidade não vai “criar” homozigóticos. Por exemplo, nos Cães Sem Pêlo
ciada é que as frequências dos alelos se alteram, problemas genéticos. O que vai ocorrer é simples- Chinês, Mexicano e Peruano, a ausência de pelo é
porque aí vai-se estar ativamente a favorecer cer- mente um aumento dos indivíduos possuindo codificada por um único gene; o alelo dominante
tos alelos e a rejeitar outros. dois alelos iguais em determinado gene, que irá determina a ausência de pelo, o recessivo permite

34 Cães&Companhia
A consanguinidade não cria nada de novo,
apenas revela o que já existe na população
que o cão tenha pelo. No entanto, a homozigotia se criar-se tipos distintos (devido à fixação
do alelo dominante é letal in utero, pelo que es- de diferentes alelos em diferentes indivíduos
ses exemplares tipicamente não chegam sequer a ou linhas), mas quando analisada no seu todo
nascer; todos os indivíduos sem pelo são heterozi- (e não apenas dentro da linha consanguínea), a
góticos. Assim, mesmo que se fizesse consangui- população acaba por ser menos uniforme do que
nidade ao longo de várias gerações, nestas raças a população original mais heterozigótica.
não seria possível obter uma linha pura de cães É quando se associa a consanguinidade e a se-
sem pelo (que apenas produzisse cães sem pelo). leção (eliminando os animais com o tipo que
Uma vez que a consanguinidade leva a um au- não se deseja) que se pode obter um rápido
mento da homozigotia, logo a que os progenitores progresso relativamente à uniformidade
consanguíneos tenham uma maior probabilidade fenotípica dos animais, devido à menor
de ter, em cada gene, os 2 alelos iguais, relativa- variabilidade genética.
mente ao caso de progenitores não consanguíne-
os, os seus descendentes têm maior probabilidade Mas não é sempre assim simples
de ter, em cada gene, a mesma combinação alélica O atrás exposto é claro no caso de carac-
que os seus pais (enquanto que nos indivíduos não terísticas discretas, características com
consanguíneos poderá haver diferentes combina- categorias facilmente identificadas e
ções, em virtude de os seus progenitores terem codificadas por apenas um ou pou-
maior probabilidade de ter alelos diferentes em cos genes, como, por exemplo, a pre-
cada gene). Logo, os indivíduos provenientes de sença ou não de cornos em algumas
cruzamentos consanguíneos terão maior probabi- espécies pecuárias, o comprimento
lidade de se assemelharem aos seus progenitores, do pelo (ou é curto ou comprido) ou
nomeadamente no caso dos alelos dominantes. É cores da pelagem.
por esta razão que se diz que os reprodutores con- No entanto, não é assim tão
sanguíneos tendem a ser mais prepotentes que os simples no caso de característi-
não consanguíneos. cas quantitativas, que têm uma
variação gradual em vez de
Consequências fenotípicas serem de tipo tudo-ou-
Frequentemente diz-se que a consanguinidade nada, como por exemplo
cria uniformidade fenotípica, mas não é bem as- a altura do indivíduo.
sim. Ao aumentar-se a homozigotia, conseguem- Este tipo de traços são

Cães&Companhia 35
para o cruzamento entre espécies diferentes, ou
mesmo raças diferentes, em menor grau poderá
também ser observado entre linhas diferentes.
Designa o aumento de vigor da descendência re-
lativamente ao dos pais, devido à heterozigotia
em genes de efeitos não aditivos – ou seja, em
genes com ação de dominância, sobredominância
e epistasia.
No entanto, é preciso ter em atenção que não
se observa em todos os caracteres, e não afe-
ta os diferentes caracteres da mesma forma. Os
que parecem ser mais influenciados são os que
se manifestam logo após o nascimento, como a
sobrevivência das crias e o ritmo de crescimento
até ao desmame. Influi pouco nos caracteres com
alta heritabilidade, tendo maior efeito nos que a
têm baixa.
A heterose depende do grau de diversidade ge-
Animais consanguíneos tendem a ser mais
homozigóticos, pelo que tendem a transmitir
nética dos progenitores que são cruzados; quanto
mais fortemente as suas características. maior for a diferença entre ambos, maior a sua in-
fluência – é maior no cruzamento de raças do que

Os problemas da consanguinidade são devidos


à perda de variabilidade genética
afetados por vários genes, cada um contribuindo a reduzir algumas das variações devidas ao am-
um pouco para a manifestação desse traço. Ora, biente, que poderiam ser confundidas com as de
esses genes podem ter diferentes modos de ex- natureza genética.
pressão, uns contribuírem de forma dominante e
outros de forma recessiva, ocorrerem efeitos epis- Produção de reprodutores
táticos, etc., pelo que se torna mais lento encon- A consanguinidade é utilizada principalmente na
trar a combinação homozigótica certa através da produção de reprodutores, pois a maior homozi-
consanguinidade – quando tal é sequer possível. gotia destes indivíduos confere-lhes uma maior
Além disso, há também características que são prepotência, são capazes de transmitir de forma
mais desejáveis quando estão em heterozigotia mais marcada as características que têm. No en-
do que quando são homozigóticas – como ocorre, tanto, há que não esquecer que, como veremos
por exemplo, com alguns traços comportamentais a seguir, com isto advém um “custo”, a nível da
ou em aspetos relacionados com o sistema imu- fertilidade, viabilidade e vitalidade dos indivíduos
nitário –, pelo que tentativas de aumentar a sua consanguíneos.
homozigotia vão na realidade ter efeitos negati-
vos nesses traços. Heterose ou vigor híbrido
Porém, quando depois se utilizam esses repro-
Vantagens da consanguinidade dutores em cruzamentos com outras linhas não
A consanguinidade é dos métodos tipicamente relacionadas, pode potencialmente beneficiar-se
mais utilizados para a fixação das características da heterose (também chamada de vigor híbrido).
que se pretende promover num animal, como se- Apesar deste termo ser normalmente aplicado
jam o tipo, capacidade de produção, etc., por ser
um dos métodos que permite obter os resultados
desejados mais rapidamente.
Da mesma forma, permite fixar e fazer seleção
contra características indesejáveis transmitidas
de forma recessiva (e para as quais não há tes-
tes genéticos disponíveis; estes testes evitam a
necessidade de fazer cruzamentos procurando de-
tetar se o problema em questão ocorre na linha).
Recorrendo à consanguinidade, aumenta-se a
proporção de indivíduos homozigóticos, pelo que
mais facilmente se detetam os animais afetados e
portadores, eliminando-os da reprodução.

Criação de famílias dentro de uma raça


Uma das suas principais utilizações é a criação de
famílias dentro de uma raça, sobretudo quando
se recorre simultaneamente à seleção. A seleção
efetuada nas famílias em características de baixa
heritabilidade será mais eficaz que a basea-
da num só indivíduo, até porque tende

36 Cães&Companhia
no cruzamento de linhas dentro da mesma raça; não se pode mudar nada, não
é maior entre raças de constituição genética dife- há capacidade para ocorrer
rente do que entre raças geneticamente similares. melhoramento, exceto o que
é influenciado pelas condi-
Problemas da consanguinidade ções ambientais em que o
Se o recurso à consanguinidade tem as suas van- animal é criado e mantido
tagens no estabelecimento e fixação de um dado – que não é transmitido
tipo ou característica, ou na deteção alguns pro- geneticamente às ge-
blemas genéticos, tem também desvantagens, que rações seguintes.
devem ser conhecidas. Os problemas são devidos Adicionalmente, um
à perda de variabilidade genética. fator frequentemente
A variabilidade genética é importante, porque é a pouco considerado é
“habilidade genética para variar” que permite a que a perda de variabi-
resposta a variações ambientais ou a alterações lidade genética a nível do
nos objetivos de seleção, e é a base para o progres- sistema imunitário vai com-
so genético. Se não houver variabilidade genética, prometer seriamente a capa-

cidade do indivíduo em lidar com novas agressões


ao seu organismo – com combinações genéticas li-
mitadas, diminui-se a probabilidade de se ter uma
que permita fazer face a um patogéneo novo.
Estudos efetuados em espécies pecuárias têm
demonstrado que o aumento da homozigotia por
consanguinidade está associado a diversos pro-
blemas a nível da produtividade e aptidão física
Para cada cão
saudável que (o que poderá mesmo parecer paradoxal, uma vez
encontrar com um que o objetivo inicial é normalmente tentar melho-
elevado coeficiente rar esses traços), saúde, longevidade, maior inci-
de consanguinidade,
pergunte-se quantos
dência de defeitos e menor vigor nos animais con-
não terão “ficado sanguíneos relativamente aos não consanguíneos.
pelo caminho”. Os indivíduos consanguíneos têm frequentemen-
te menor capacidade de adaptação ao ambiente,
como resultado de uma menor variabilidade gené-
tica. Este fenómeno é denominado por depressão
consanguínea.

Problemas em espécies animais


Os efeitos da consanguinidade dependem da
espécie e população considerada, mas têm
sido descritos efeitos negativos do aumento
da consanguinidade em diversas espécies pe-
cuárias (bovinos, suínos e ovinos) – nomea-
damente a diminuição da produção lei-
teira, da fertilidade, do peso, número
de crias, etc.
Tem sido demonstrado que com
até cerca de 20% de consan-
guinidade apenas ocorrem
efeitos mínimos em bovinos
leiteiros, enquanto em suínos
ocorrem dificuldades bem
abaixo deste nível.
O cavalo Sorraia é notável
devido ao facto de apesar de
ter um elevado nível de consan-
guinidade média (acima dos 30%),
sendo uma população fechada e baseada em
poucos animais fundadores, mas não aparentar
ter problemas significativos.
Algumas linhas de ratos criadas em laboratório
Os indivíduos consanguíneos
têm frequentemente menor
capacidade de adaptação
ao ambiente, como resultado de mais com níveis de consanguinidade até 20%
uma menor variabilidade genética. eram altamente satisfatórios, não se notando
efeitos deletérios.
Um estudo incidindo sobre a relação entre a lon-
gevidade e o nível de consanguinidade no Cani-
che Standard revelou uma diminuição na dura-
ção de vida de aproximadamente 10 meses por
cada aumento de 10% na consanguinidade. Um
outro abordando o Leão da Rodésia (Rhodesian
Ridgeback) evidenciou um aumento da taxa de
mortalidade a meio da vida com o aumento da
consanguinidade.
Assim, para cada cão saudável que encontrar
com um elevado coeficiente de consanguinidade,
pergunte-se quantos não terão “ficado pelo cami-
nho”.

Cálculo da consanguinidade
O nível de consanguinidade é tipicamente indi-
cado através do coeficiente de consanguinidade,
que indica a proporção de genes para os quais é
provável que o animal consanguíneo seja homozi-
gótico para os genes idênticos por descendência,
ou seja, indica a probabilidade de um indivíduo
ser homozigótico para alelos provenientes do
mesmo ancestral, que ocorre na sua ascendência
apresentam também elevados níveis de consan- Problemas em cães tanto por via paterna como materna.
guinidade sem problemas aparentes; porém para Os cães, naturalmente, não são imunes aos pro- O coeficiente de consanguinidade é assim uma
se obterem essas linhas viáveis, numerosas outras blemas devidos a níveis elevados de consangui- medida do decréscimo na proporção de genes he-
linhas foram perdidas no processo, devido a pro- nidade. Por exemplo, um estudo incidindo sobre terozigóticos relativamente à que se tinha quando
blemas vários relacionados com o aumento da uma colónia de Beagles revelou um grande au- se começou a praticar a consanguinidade.
consanguinidade. mento na taxa de mortalidade neonatal quando o Existem vários métodos para avaliar este coefi-
Ou seja, para cada linha altamente consanguínea nível de consanguinidade subiu acima dos 25%. ciente numa população, baseados em informação
e aparentemente saudável que existe, numerosas Também no desenvolvimento da linha Boveagh genealógica, análises demográficas, polimorfis-
outras apresentaram problemas que levaram ao de Border Collies de trabalho, notou-se que os mos genéticos, genética quantitativa, etc. O cál-
seu desaparecimento. E mesmo nas viáveis, mais cruzamentos que resultariam num nível de con- culo do coeficiente de consanguinidade de um
cedo ou mais tarde acabam por se manifestar pro- sanguinidade superior a 25% eram inférteis ou indivíduo com base em informação genealógica
blemas de viabilidade e fertilidade. produziam cachorros fracos, enquanto que ani- (pedigrees) é um método bastante fiável, relati-

Um estudo abordando
a raça Leão da Rodésia
evidenciou um aumento
da taxa de mortalidade
a meio da vida com
o aumento da
consanguinidade.
vamente rápido graças à informática e de fácil nar o valor exato do nível de consanguinidade
utilização pelos criadores. de uma população. Normalmente, esse valor é Glossário
No entanto, é altamente sensível à qualidade e indicado comparativamente ao que existe numa
quantidade da informação genealógica disponí- população inicial. Recapitulando alguns termos de genética
vel e é afetado pelo facto de as populações de Essa população base é normalmente um con- que são importantes:
animais domésticos não estarem fechadas por junto de indivíduos que se assume não estarem • Alelo – Variante do gene que codifica
períodos de tempo consideráveis. O número de relacionados entre si (ou seja, que se assume
para uma variante dessa característica.
gerações conhecidas no pedigree do animal e a não apresentarem qualquer consanguinidade);
presença ou não de lacunas a nível do seu pre- quando se faz análise de pedigrees, serão os
Cada indivíduo apenas tem 2 alelos, um
enchimento vão influenciar o resultado obtido. indivíduos para os quais não se dispõe de mais herdado do pai, outro da mãe, mas na
Os pedigrees emitidos pelos clubes de canicul- informação genealógica. população total, o gene pode possuir
tura normalmente apenas exibem 3-4 gerações, Assim, o valor do coeficiente de consanguinida- vários alelos. Por exemplo, o gene do
mas para um cálculo fiável deste coeficiente a de não é um valor absoluto, mas sim relativo. comprimento do pelo tem 2 alelos, um
norma é considerarem-se 10 gerações. codifica para pelo curto, outro para pelo
Todos estes fatores tornam as estimativas de Prós e contras comprido; o gene da cor base do pelo tem
consanguinidade difíceis de interpretar, uma A utilização da consanguinidade é um método 4 alelos, um codifica para fulvo, outro para
vez que pedigrees incompletos levam a uma su- comum para a produção de reprodutores em lobeiro, outro para afogueado, outro para
bestimação da consanguinidade, e a introdução espécies pecuárias. No entanto, o sistema de preto ou castanho recessivo.
de animais de outra origem numa população criação destes animais é significativamente di- • Dominância – Quando basta que o
imediatamente reduz o coeficiente de consan- ferente do dos animais de companhia. Em pe- indivíduo tenha um alelo para que o seu
guinidade calculado – ao não se conhecer a sua cuária, uma grande parte dos animais criados efeito seja visível.
origem, o seu nível de consanguinidade é assu- são refugados, poucos acabam por ter uma vida
mido como sendo nulo. longa e ainda menos se irão reproduzir. • Epistasia – Quando um gene afeta a
No entanto, esta análise tem a vantagem de não Nos animais de companhia, todos os animais expressão de um gene diferente.
requerer pressupostos relativamente ao método criados são mantidos, implicando o seu cuidado • Fenótipo – O que consegue observar
de acasalamento utilizado (que frequentemente e manutenção adequadas durante 10 ou mais da expressão dos genes.
não ocorrem em animais domésticos), ao con- anos. Logo, a opção de “descartar” os animais • Gene – Porção do ADN que codifica para
trário de outros baseados em dados genéticos. que não cumpram os objetivos pretendidos ou alguma característica.
que apresentem problemas de índole diversa
• Genótipo – Conjunto dos genes de um
Nível de consanguinidade não é normalmente considerada, exceto no caso
de uma população de problemas sérios que afetem a própria so- indivíduo.
É muito difícil, ou mesmo impossível, determi- brevivência e qualidade de vida do indivíduo. • Heritabilidade – Proporção da variação
de uma característica na população que é
devida a base genética.
O recurso à
consanguinidade deve • Heterozigotia – Quando, no indivíduo,
assim ser muito bem os 2 alelos do gene são diferentes.
ponderado, com os prós
e contras devidamente • Homozigotia – Quando, no indivíduo,
analisados e os riscos os 2 alelos do gene são iguais.
assumidos.
• Recessividade – Quando é necessário
que o indivíduo tenha os dois alelos iguais
para que que o seu efeito seja visível.

O recurso à consanguinidade para obter indi-


víduos de qualidade superior (de acordo com
o critério que se esteja a utilizar) tem a gran-
de vantagem de tornar o processo muito mais
rápido, mas tem também inconvenientes que
afetam o indivíduo e a própria população. O
recurso a esta ferramenta deve assim ser muito
bem ponderado, com os prós e contras devida-
mente analisados e os riscos assumidos.
A consanguinidade não é o único sistema de
acasalamento a que se pode recorrer para ten-
tar obter animais com as características deseja-
das. No próximo mês, irei abordar que sistemas
de acasalamento existem e como podem ser
utilizados na criação de animais. n
Cachorros Javier Rodríguez Batallé
Fotos: Shutterstock

Truques para que seja


limpo em casa
A maioria dos cães aprende rápido a fazer as suas necessidades nos lugares indicados.
Com paciência e um certo controlo dos hábitos do nosso animal de companhia é muito fácil
ensiná-lo a fazer as suas necessidades na rua. Mas, às vezes, a conduta de eliminação do cão
pode ser problemática e a causa pode ser uma má aprendizagem.

40 Cães&Companhia
Todos os cachorros evacuam
imediatamente depois de acordar,
depois de brincar e depois
de comer e beber.

E
nsinar um cachorro exige paciência e
controlo. Quando chega um cachorro ao
nosso lar, normalmente devemos esperar
Ensinar um cão a ser limpo não é uma tarefa difícil,
um tempo de prevenção para o levar à rua, até a forma mais rápida de ensinar um cachorro
que tenha o programa de vacinação completo e,
assim, não correr risco de contrair algum vírus. a ser limpo em casa é controlar a sua rotina diária
Temos de o manter em casa e devemos ensiná-
-lo a fazer as suas necessidades no lugar que
escolhemos. que faça as suas necessidades, não temos de O melhor método: controlo da informação
Os cachorros com menos de 4 ou 5 semanas não nos preocupar em demasia e, sobretudo, não o A forma mais rápida de ensinar um cachorro a
controlam a sua bexiga, nem o seu intestino, e devemos castigar. O cachorro está num proces- ser limpo em casa é controlar a sua rotina diá-
evacuam em qualquer lugar onde se encontram. so de aprendizagem e não ia entender porque ria. Para isso é necessário controlar os horários
Depois deste período, todos os cães tendem a nos chateámos por ele estar a fazer algo tanto de saídas, refeições, momentos de jogo, tempo
fazer as suas necessidades num lugar concreto. natural, como aliviar-se. O castigo poderia inci- de descanso, etc. Temos de ter em conta que os
Mas estes não nos conseguem perguntar: “Onde tar o cão a fazer as suas coisas escondidas, por cães necessitam de uma rotina para viver tran-
é a casa de banho?”. Seria demasiado fácil. temer ser repreendido, e o seu treino seria mais quilos.
Então onde se dirigem quando têm de evacuar? complicado. Se fizermos um gráfico com os dados possíveis
O treino para o que o nosso cachorro faça as sobre os seus hábitos, podemos conhecer em
suas necessidades no lugar adequado, seja na que momento evacuará e ter preparado o que
rua ou em uma zona dentro de casa com jornais é necessário para que aprenda onde o fazer. É
ou absorventes, é muito simples. fácil. Só temos de anotar num papel ou ficheiro
Excel o seguinte:
A ter em conta! • Na coluna vertical colocar as diferentes horas
Em primeiro lugar temos de ter em conta duas do dia. Por exemplo: 7 h, 8 h, etc.
coisas: • Nas linhas horizontais escrever, por exemplo:
• Um cachorro de 2 meses necessita de evacuar xixi em casa, cocó em casa, xixi da rua, xixi no
em cada 2 a 4 horas, se está acordado; jornal, refeição, saída à rua, jogo, dormir, etc.
• Todos os cachorros evacuam imediatamente Deste modo, e com uma folha diária, em uma ou
depois de acordar, depois de brincar e depois duas semanas podemos saber qual é o padrão
de comer e beber. de conduta de eliminação do nosso cão e agir
O tempo que pode passar até que urine depois em conformidade.
de cada uma destas ações não ultrapassa os 15
minutos. Por isso, devemos estar atentos, levá-lo Donos com falta de tempo
à rua ou dirigir o cachorro até aos jornais que Mas o que podemos fazer quando não temos
colocámos no chão, e recompensá-lo por ter fei- tempo para o controlar em todos os momentos?
to as suas coisas no lugar indicado. Muitas vezes, por falta de tempo ou de paciên-
Se não nos dá tempo de o levar onde queremos cia, não podemos estar todo o dia dependen-

Cães&Companhia 41
Um cachorro de 2 meses
necessita de evacuar
em cada 2 a 4 horas,
se está acordado.
donos ficam muito contentes. Não devo fazer
em outro lugar”.
A causa desta conduta é que durante os primei-
ros passeios pela rua, o cachorro está tão excita-
do que não se lembra de fazer as suas necessi-
dades. Além disso, sente-se inibido: normalmente
vai preso à trela e todos os cães gostam de estar
livres para fazer as suas necessidades. Quando
chega a casa, relaxa, lembra-se das recompen-
sas que teve por fazer as suas coisas no sítio e
alivia-se.

Um truque!
Um truque para evitar este problema é simular o
regresso a casa: entramos em casa e voltamos a
sair imediatamente. Seguramente, o cão estava
a aguentar até chegar a casa para fazer as suas
necessidades, e relaxa quando voltamos. Se o le-
vamos de novo, não vai conseguir aguentar mais
e fará na rua. É então que o devemos premiar
para que perceba o que queremos realmente.

Se encontramos um xixi fora do lugar e não apanhámos O que não devemos fazer
Os cães não são vingativos, se encontramos um
o cão em flagrante, nunca o devemos repreender, xixi fora do lugar e não o apanhámos em flagran-
pois ia associar o castigo a outra ação mais recente te, nunca o devemos repreender. Não o entende-
ria. Ia associar o castigo a outra ação mais recen-
te, como por exemplo, ir cumprimentar-nos.
É importante não cair em erros que só iriam com-
plicar a aprendizagem do nosso cachorro para
que seja limpo em casa. Damos alguns exemplos
de seguida.

Erro 1: Castigar o cachorro com jornal


Se queremos que o cachorro faça as suas ne-
cessidades em cima do jornal. Este nunca deve
associar este material com algo perigoso. Se
ameaçamos o cão com um jornal ou lhe batemos
com ele, só vamos conseguir que tenha medo de
jornais e não se aproxime destes.

Erro 2: Lavar com lixívia onde fez xixi


A lixívia, embora seja um produto muito desinfe-
tante, tem um odor forte e vai atrair o cão a voltar
a esse lugar e, inclusive, a tentar tapar o odor des-
ta urinando sobre a zona que foi lavada.

Erro 3. Colocar os jornais junto


do comedouro ou bebedouro
tes do nosso animal de companhia e uma boa seu espaço (transportadora ou parque) deve ser Como dissemos antes, os cães são muito limpos
forma de controlar os seus hábitos de eliminação lento e progressivo. Não o deve associar como e nunca fazem as suas necessidades no seu lugar
é o que normalmente se chama de “treino com um lugar de castigo, mas um local onde gosta de de descanso (na sua caminha), nem onde está a
caixa”. descansar. sua comida e água.
Este método consiste em manter o cão tranquilo
e cómodo numa transportadora ou parque para Ensinar a ir à rua Erro 4: Esfregar o focinho do
cachorros enquanto não o temos sob o nosso O nosso cachorro já está vacinado e pode sair à cão no cocó ou xixi
olhar. Não é um castigo e o cachorro não o vai rua. Conseguimos que faça sempre xixi no jornal Isto é algo muito habitual. Pode levar o cão a
ver como tal. Devemos acostumá-lo que quando e chega o grande dia de o levar ao parque. O que comer a suas fezes (coprofagia) para as fazer de-
não estamos a brincar com ele, não o levamos pode acontecer? Podemos passear mais de uma saparecer e a esconder-se quando urina. Muitas
à rua ou, simplesmente, quando queremos estar hora e quando, já cansados, voltamos a casa, o pessoas pensam que é um sistema que funciona,
tranquilos a ver televisão ou a ler um livro, ele nosso cachorro relaxa e faz um grande xixi dentro mas na maioria dos casos é o contrário. O cão
relaxa na sua “caixa”. de casa. Porquê? pode entender que quando o dono, muito chate-
Os cães são limpos (à sua maneira) e não fazem Nem todos os cães o fazem, mas é um proble- ado, lhe esfrega o focinho nas suas fezes é para
as suas necessidades no seu lugar de descanso. ma muito habitual. Convencemos o cachorro que as coma. E, além disso, se o dono não vê, não
Para eles isso seria muito sujo. A única coisa que que fazer as necessidades no jornal ou absor- há castigo, pois não à “prova do crime”.
devemos fazer é tirá-lo quando achamos que deve vente é o que desejamos, e ele levou isso mui-
evacuar, e depois deixá-lo solto durante o tempo to a sério. O nosso cachorro pensa que está a Problemas com cães adultos
em que prevemos que não o fará de novo. fazer o correto: “A minha casa de banho está Todos os cães devem aprender a fazer as suas ne-
O processo para acostumar o cachorro a ficar no em casa e quando faço xixi no jornal os meus cessidades no lugar adequado antes dos 6 me-

42 Cães&Companhia
ses de idade. Se tal não acontece, é provável que
a eliminação inadequada tenha outras causas.
Entre elas destacamos a marcação com urina por
parte dos cães machos, a incontinência urinária
e a micção por submissão ou excitação.

Marcação com urina


No primeiro caso, a marcação pode terminar
com a castração do macho, pois é uma conduta
territorial que desaparece com a eliminação da
testosterona em circulação no corpo do cão.

Incontinência urinária
A incontinência urinária é um problema mais
habitual em fêmeas adultas, com mais incidên-
cia nas esterilizadas. Muitas vezes, é temporária,
mas quando é crónica, a única coisa que pode-
mos fazer é levar o nosso cão mais vezes à rua.

Micção por submissão ou excitação


A micção por submissão ou excitação é um
problema que afeta tanto os machos como as
fêmeas e tem muito a ver com a incontinência
urinária. Nunca devemos castigar um cão por
fazer xixi quando se excita ao ver-nos chegar, e
devemos ter em conta que o ato de urinar de um
cão muito submisso é uma forma de comunica-
ção que nos quer dizer que se rende a qualquer
ameaça.

Afinal… até é fácil


Não é difícil ensinar o cão a fazer as suas neces-
sidades em lugares concretos. Com paciência e,
sobretudo, com disponibilidade de tempo para
o levar à rua a passear, conseguimos treiná-lo
rapidamente. A prova está no facto de muitos de
nós nem nos lembrarmos de como ensinámos o
nosso cão a ser limpo dentro de casa. n
Grooming

Isabel Nobre
Groomer Profissional

Métodos e auxiliares
de contenção
Este artigo é direcionado tanto para profissionais, como para o dono comum.
Como muitos de vós saberão, muitos animais não sabem quando têm de estar quietos.

Q
uantos de vós não conseguem sequer
cortar as unhas ao vosso animal de
estimação, porque ele não para quieto
ou porque têm medo que ele se mova e o ma-
goem. Bom, connosco não é diferente, apesar
de conhecermos algumas técnicas que podem
ajudar. Apesar disso, por vezes, temos mesmo
de pedir ajuda a alguém para controlar o ani-
mal.

Trabalhar sozinho
Muitos médicos veterinários têm auxiliares
que os ajudam não só a efetuar tratamentos,
como a segurar nos animais. Mas em Grooming
raramente temos auxiliares, muitos de nós tra-
balhamos sozinhos e, por muito boa vontade
que o dono tenha, normalmente não é um bom
assistente.
Não sabe, segura o animal nos sítios onde preci-
samos de mexer ou que acabamos de escovar, o
animal porta-se mal e o dono enerva-se, o ani-
mal sente o dono enervado e entra em stress,
estão com certeza a ver onde quero chegar.
Raro é o animal que se porta bem com o dono
presente. E mesmo com o dono presente, não
é de todo seguro para o animal, nem para nós,
confiar num auxiliar inexperiente.

A “ajuda” dos donos


Aqui há muitos anos, estava a trabalhar numa
Clínica e tinha um Retriever do Labrador marca-
do para tomar banho. A dona insistiu em estar
presente para ajudar.
Rapidamente entendi que o animal não estava
minimamente habituado a ser manipulado ou
manejado e, posteriormente, a dona assumiu
que nem ela, nem o marido lhe conseguiam
dar banho. Após alguma luta, lá conseguimos
colocar o cão na banheira, coloquei um laço de
grooming no pescoço do animal e prendi-o a
um gancho na banheira. Fi-lo para evitar que
o cão saltasse da banheira e se magoasse. As
nossas banheiras têm sensivelmente 90 cm a

44 Cães&Companhia
Prender o cão é
importante, porque
parece que estão
constantemente a
1 m de altura, pelo que a possibilidade de um ver quando é que nos
apanham distraídos
animal saltar, cair mal e magoar-se, é elevada. para tentar escapar,
Quando estava a colocar o champô no cão, sin- podendo cair mal e
to-o a querer saltar, mas pensei que estava preso. magoar-se a sério.
Não estava nada à espera que saltasse por cima
de mim, mas ele fê-lo. Quando saltou apanhei-o
no ar, mais de 30 kg em pleno voo, mas como
estava ensaboado, escorregou, aterrou na minha
mesa de grooming, a mesa caiu em cima dele e
ele só não se magoou a sério por milagre.
No entanto, eu ganhei dois discos colados na
lombar e mais uma hérnia, tudo isto porque a
dona resolveu retirar o laço que coloquei para
segurança do cão dela e minha. Quando ela viu o
que aconteceu, respondeu: “Mas ele estava tão
sossegadinho que pensei que não era preciso”.
Nós não colocamos laços nos animais por capri-

cho, nem os prendemos por crueldade. Existem quando estamos a fazer as patas ou a cortar as
métodos e meios de contenção, que se utili- unhas. Que para quem não sabe, são as zonas
zam e devem ser sempre utilizados, para nossa em que a maioria dos cães pode morder.
segurança, mas acima de tudo para segurança
dos nossos clientes. Sozinho em cima da mesa
A primeira regra de segurança é: nunca deixar
Auxiliares de contenção um animal sozinho. Mas temos sempre de ir
Dito isto, existem no mercado diversos auxilia- buscar qualquer coisa ou baixar-nos para apa-
res de contenção. Existem os comuns braços de nhar a escova ou o pente, por exemplo, e é aí
mesa, onde se prende um laço que é ajustável que o simples laço é extremamente útil.
ao pescoço do animal. Existem braços duplos, Parece que eles estão constantemente a ver
tipo arco, que permitem prender ou- quando é que nos apanham distraídos para
tro laço para segurar pelo ventre, para tentar escapar. E, nesse momento, podem cair
aqueles que não querem ou não se mal e magoar-se a sério. Daí ser bastante im-
conseguem manter de pé (geriátricos portante o uso do braço de grooming, sempre.
ou com problemas de locomoção). São laços O tipo de braço varia de acordo com as nos-
largos e forrados para dar o maior suporte e sas possibilidades financeiras e necessidades.
Os braços de mesa
duplos, tipo arco, conforto possível ao animal. Se temos muitos cães de grande porte, é im-
permitem prender Dentro dos arcos, também existem braços fle- portante ter um braço duplo que nos permita
um laço ajustável xíveis, que se adaptam à altura e à forma do utilizar o laço para o abdómen, pois ajuda a su-
no pescoço e outro
na zona do ventre,
animal, proporcionando um maior controlo de portar o peso. Se temos cães de pequeno porte,
para os cães que não todos os ângulos de um cão, impedindo-o de um braço normal é suficiente.
querem ou não se se virar.
conseguem manter
de pé.
Não posso deixar de falar do sistema “Groo- Como colocar o braço?
mers Helper”, que é muito mais que um braço, É importante que coloquemos o braço de acor-
é um sistema de controlo total. Completamen- do com o sítio onde temos a nossa mesa, para
te adaptado à altura e diversas necessidades, que o cão que está na mesa não consiga, de
conseguindo em muitos casos anular a neces- forma nenhuma, atirar-se da mesa abaixo e
sidade de um açaime, pois impede que o cão sufocar. Ou seja, se temos a nossa mesa en-
vire a cabeça em momentos críticos, tais como costada à parede, há pelo menos um lado
Se por qualquer
motivo o olhar ou
linguagem corporal
do animal não lhe
inspirar confiança,
use um açaime.

para o qual ele não consegue sair, o lado da Mais seguro para todos
parede. Podemos colocar o braço no canto da Os métodos e meios de contenção são para pro-
parede, para que ele não consiga cair para o mover a nossa segurança, mas acima de tudo
lado oposto. a segurança deles. Muitos animais, infeliz-
Pondo o animal em cima da mesa, regulamos mente, não estão habituados e podem
a altura do braço para que o laço fique estica- magoar-se a tentar fugir. Para evitar
do, mas com um pouco de folga, e nenhuma acidentes desnecessários é muito
das quatro patas chegue às extremidades da importante usar o auxiliar de
mesa, independentemente de quanto ele se contenção indicado para a si-
mova. tuação que temos em mãos
no momento.
Uso de açaime Como dona, compreendo
O açaime é um instrumento funda- que visualmente alguns
mental em qualquer estabelecimen- dos métodos possam pare-
to de serviços a animais. É um dos cer estranhos, mas lembre-se
instrumentos de contenção mais que eles foram desenvolvidos
vulgares. E é, de facto, bastante especificamente para este fim
importante. e, acima de tudo, para manter os
Se por qualquer motivo o olhar animais seguros. n
ou linguagem corporal do animal
não lhe inspirar confiança, use-o.
Nem que seja só por um breve momento ou
porque está a fazer algo naquele momento que O braço de mesa
sabe que o cão não gosta. Se não conhece o
cão, se ele não lhe der confiança, não arrisque
simples permite
e ponto final. Os cães não gostam, os donos
detestam, mas a nossa segurança e a seguran-
prender um laço
ça do animal que temos em mãos, é o mais ajustável ao pescoço
importante.
Uma dentada de um cão pode ser insignifican- do animal
te, mas também pode ser muito grave.
Além disso, pode dar-se o caso de termos a
tesoura na mão e o cão se magoar a sério se
nos morder na hora errada. É preferível ter um
cliente aborrecido porque usamos um açaime,
do que ter um cliente muito aborrecido porque
o cão se magoou.

Cães muito difíceis


Mesmo assim, há casos em que precisamos
de ajuda para conter um animal. Consiste em
mantê-lo deitado, com alguém a segurar nas
quatro patas e com um braço por cima do pes-
coço. Mas é sempre em última instância, pois
para o cão é um método muito mais violento
a nível psicológico que um braço de grooming,
porque fica completamente incapacitado e ex-
posto, sem se conseguir mexer. No entanto, em
casos extremos, por vezes é necessário.

46 Cães&Companhia
Artigo gentilmente cedido por
Veterinária Hospital de Referência Veterináraia Montenegro

Fotos: Shutterstock

Cláudia Rodrigues
Médica Veterinária

Intoxicação
por plantas e vegetais
Cerca de 25% dos casos de intoxicações tratados em Clínicas Veterinárias são causados por plantas.
Felizmente, a maioria não resulta na morte do animal, mas ainda assim é importante dar-lhe a conhecer as
principais plantas e vegetais que podem induzir toxicidade no seu animal de estimação.

48 Cães&Companhia
to com a idade, a raça ou o sexo dos animais
afetados.
Quando a exposição é aguda, os danos renais
podem ocorrer em 24 horas, causando azote-
mia (elevação dos valores de ureia e creatinina
no sangue). Os vómitos são dos primeiros sinais
da intoxicação por uvas e podem ocorrer nas
primeiras 2 horas. Diarreia, letargia e polidip-
sia (aumento da ingestão de água) são outros
sinais iniciais e podem ocorrer nas primeiras
5 a 6 horas. Outros sinais clínicos que podem
ser observados nos cães afetados são anorexia,
depressão e oligúria (diminuição da produção
vremente e, por isso, entram facilmente em con- de urina).
tacto com elas sem supervisão. Infelizmente, os O diagnóstico de toxicidade provocado pelas
cães podem desenvolver reações perigosas de- uvas é baseado na história clínica de exposição,
vido à ingestão de uvas e de uvas passas. nos tipos de sinais clínicos e na evidência de

A
principal via de intoxicação é a via Recentemente, têm sido identificados alguns falência renal aguda. A condição do animal na
oral, isto é, por ingestão do vegetal ou casos de falência renal aguda devido à inges- apresentação, o sucesso da descontaminação
planta. No entanto, podem ocorrer in- tão de uvas e uvas passas por cães. O meca- e a progressão dos sinais clínicos são fatores
toxicações por contacto (absorção dérmica pela nismo pelo qual a falência renal se desenvolve que podem ajudar a determinar o resultado do
pele) ou inalação (compostos voláteis). ainda não é conhecido. Esta síndrome parece prognóstico.
A curiosidade inata dos cães e gatos levam a que só afeta determinadas populações de cães, Quando o cão se torna anúrico (não produz
que estejam sujeitos a este tipo de intoxica- mas não foi encontrado nenhum relacionamen- urina), o prognóstico é reservado.
ções, principalmente o cão. O gato é um animal
mais seletivo em tudo o que ingere e, como tal,
está menos sujeito a este tipo de problema, no Os cães podem desenvolver reações
entanto, aparecem com alguma frequência in-
toxicações nesta espécie, quer pela curiosidade perigosas, como falência renal, devido à
que os caracteriza, quer pelos seus hábitos de
higiene.
ingestão de uvas e de uvas passas
Vegetais tóxicos
Alguns dos vegetais tóxicos mais frequentes fa-
zem parte da dieta do Homem, nomeadamente,
as uvas, o tomate, a cebola, o alho e a maçã.
Geralmente, não é o alimento como um todo
que é tóxico, mas alguns dos seus componen-
tes.
Os nossos animais comem fruta porque lhes é
administrada, porque têm livre acesso a elas no
quintal ou porque a “roubam”.
Muitos dos donos quando estão a comer fruta
e o cão está ao lado a pedir acabam por recom-
pensá-lo com um pedaço, um gomo ou mesmo
uma peça de fruta inteira. A intoxicação, geral-
mente, é causada pela ingestão de quantidades
consideráveis do produto, mas não se pode es-
quecer que, se no humano o peso de um adulto
não é muito variável, nos cães existem diferen-
ças consideráveis entre os pesos em adulto nas
diferentes raças.
Se um cão de raça Pinscher comer a mesma
quantidade de uvas que um Retriever do Labra-
dor adulto, o Pinscher pode desenvolver uma
falha renal aguda e o Labrador não apresentar
nenhum sinal de doença. Por vezes, as pessoas
esquecem-se que o facto de nós comermos X
quantidade de um alimento ser normal para um
humano, a mesma quantidade pode ser tóxica
ou prejudicial para o nosso cão.
Um gesto carinhoso de partilha pode ser pe-
rigoso para o seu animal se for diário ou em
exagero.

Uvas (Vitis spp.)


Os cães podem estar expostos às uvas de vá-
rias maneiras. As uvas crescem geralmente em
quintas onde os cães se podem movimentar li-

Cães&Companhia 49
taquipneia (aumento da frequência respirató-
ria), taquicardia (aumento da frequência car-
díaca), náuseas, vómitos, choque, convulsões
e morte. Os sinais evoluem rapidamente. É
característico um odor a amêndoas na respi-
ração ou no conteúdo gástrico do animal.

Tomate (Solanum lycopersicum)


A ingestão de fruta verde pode causar pro-
blemas clínicos nos cães e gatos, e é precisa-
mente isso que acontece no caso dos tomates.
A tomatina, um alcalóide relacionado com a
solanina, é um agente que está em elevada
concentração na fruta e nas plantas novas,
enquanto que nas plantas maduras, a toma-
tina é metabolizada. Consequentemente, os
tomates maduros têm uma menor proba-
bilidade de serem problemáticos para os
animais.

Cebola e alho (Allium spp.)


Existem diversas espécies dentro do género Curiosamente, as três espécies de Allium mais
Allium, sendo as seguintes as mais conhecidas:
Allium sativa, Allium cepa e Allium porrum, que tóxicas são as mais frequentes em casa:
são, respetivamente o alho, a cebola e o alho-
porro. No entanto, existem mais de 80 espécies
o alho, a cebola e o alho-porro
estando muitas delas em contacto com huma-
nos e animais. É importante referir que não se sabendo se o Os sinais clínicos podem incluir distúrbios gas-
Estas plantas são utilizadas na culinária há mui- quadro clínico se deve mesmo a intoxicação e trointestinais, distúrbios cardíacos e sinais ao
to tempo e a presença destas em casa permite o que a provocou, é necessário realizar diag- nível do sistema nervoso central (por exemplo:
que animais de companhia tenham acesso a nósticos diferenciais uma vez que intoxicações ataxia, fraqueza muscular e tremores). Devido
elas e as possam, eventualmente, consumir. por cobre e zinco, e mesmo anemia provocadas à fraca absorção da tomatina, os efeitos sis-
Todas as espécies de Allium são potencialmente por infeções bacterianas e por parasitas, podem témicos são muito raros. Como em todas as
tóxicas, porém apenas algumas apresentam um apresentar um quadro clínico semelhante. intoxicações, a severidade dos sinais clínicos
verdadeiro interesse toxicológico, sendo curio- depende da quantidade que foi ingerida. Ge-
samente as três espécies referidas as mais tóxi- Maçã (Malus spp.) ralmente o tratamento nestes casos é sintomá-
cas e também as mais frequentes em casa. A maçã não é em si tóxica, mas sim as suas tico e de suporte.
A causa da toxicidade destas plantas é devido à sementes e, possivelmente, folhas. A toxicidade
presença de uma quantidade grande e variada deve-se a um composto cianogénico – a ciani- Não existem antídotos!
de organossulfoxidos, mas particularmente o da – que provoca uma alteração na respiração Não existe um antídoto para este tipo de in-
n-propil dissulfido que apresenta os seus efei- celular. toxicação, logo o prognóstico é reservado
tos oxidativos apenas nos eritrócitos (glóbulos Os sinais clínicos incluem palidez das mucosas, dependendo da quantidade ingerida (sempre
vermelhos). Os efeitos estão relacionados prin-
cipalmente com a hemólise (destruição dos gló-
bulos vermelhos) que causa anemia. A hemólise
oxidativa é provocada devido ao aumento da
concentração de oxidantes nos eritrócitos que
excede a capacidade das vias metabólicas an-
tioxidantes. Este processo ocorre nos cães devi-
do à baixa capacidade antioxidativa da catalase.
Além do processo de oxidação anterior, ocorre
também a oxidação de cadeias de hemoglobina.
Estes dois processos provocam uma fragilidade
dos eritrócitos e consequente hemólise. A direta
oxidação da membrana dos eritrócitos também
promove a hemólise.
Os sinais clínicos podem ocorrer passado uns
dias após a ingestão do tóxico, normalmente
não aparecem logo após a ingestão e incluem
marcada anemia, hemoglobinemia, hemoglobi-
nuria, lesões secundárias à hemólise nos órgãos
parenquimatosos e transporte reduzido de O2
para as células (hipóxia).
Relativamente ao diagnóstico, é necessário uma
boa história clínica de potencial exposição ao
agente tóxico, aliada à observação dos sinais
clínicos e confirmação de anemia hemolítica re- A maçã não é em si tóxica,
mas sim as suas sementes
sultante da intoxicação por plantas do género e, possivelmente, folhas.
Allium.

50 Cães&Companhia
A ingestão de fruta
verde pode causar
problemas clínicos
nos cães e gatos,
e é precisamente
isso que acontece
no caso dos
tomates.

Todas as partes da palmeira Cycas revoluta


são tóxicas, mas as sementes apresentam
maiores concentrações de cicasina
tendo em consideração g/kg de animal), do relada das mucosas), coagulopatias (altera- sintomático e de suporte. Não há antídoto para
tempo decorrido entre a ingestão e o início do ções de coagulação) e encefalopatia. qualquer toxina derivada da palmeira.
tratamento, e da sintomatologia que o animal A bioquímica sanguínea revela aumento dos O prognóstico é favorável se o tratamento for
apresenta à entrada no Hospital. níveis séricos das enzimas hepáticas. Cerca instituído logo após a ingestão. No entanto, se
A melhor estratégia é evitar a ingestão destes de 50% dos cães intoxicados também de- à entrada no Hospital o animal já apresentar si-
alimentos pelos nossos animais. senvolvem sinais neurológicos como ataxia, nais clínicos, o prognóstico é reservado. A taxa
défices propriocetivos e convulsões. O hemo- de mortalidade relatada em cães com sinais
Plantas em casa grama pode revelar diminuição dos linfócitos clínicos é de 32,1%.
Relativamente às plantas, algumas delas são e das plaquetas. Se tem esta planta ornamental em sua casa e
vulgarmente usadas como plantas ornamen- A intoxicação é diagnosticada com base tem um cão, tenha cuidado e em caso de in-
tais no interior das nossas casas e nos nossos numa história de exposição à planta e com os gestão contacte de imediato o seu médico ve-
jardins: Lírios, Tulipa, Aloé vera, Palmeira cica, sinais clínicos. O tratamento da intoxicação é terinário. n
Oleandro, Hera, Rodendro, Ricino, Folha da for-
tuna e também a Marijuana (cuja plantação
em Portugal é proibida).

Atenção às palmeiras O gato é um animal


As plantas do género Cycas, família cicada- mais seletivo em
ceae, são plantas rústicas que crescem em tudo o que ingere
e, como tal, está
regiões quentes. Estas palmeiras são plantas menos sujeito
ornamentais que existem na maioria das casas a sofrer uma
e, por isso, neste artigo vamos dedicar especial intoxicação.
atenção a esta planta tóxica que já causou a
morte a muitos cães de raça média e grande.
A palmeira Cycas revoluta produz três toxinas:
cicasina, beta-metilamino-Lalanina, e uma to-
xina não identificada. A Cicasina é convertida
à metilazoximetanol, podendo causar necrose
(morte das células) hepática, distúrbios de co-
agulação e irritação gastrointestinal. É atribuí-
da à Cicasina ação cancerígena, mutagénica e
teratogénica.
Todas as partes da planta são tóxicas, sendo
que as sementes apresentam maiores concen-
trações de cicasina. É palatável e os cães geral-
mente ingerem as sementes.
Os sinais clínicos mais comuns em cães são os
distúrbios gastrointestinais, hepáticos e neuro-
lógicos e podem durar de 1 a 9 dias. Surgem
vómitos, diarreia e dor abdominal persistentes
nas 12 primeiras horas após a ingestão das se-
mentes. Pode ocorrer icterícia (coloração ama-

Cães&Companhia 51
Artigo gentilmente cedido pelo
Veterinária Hospital do Gato

Fotos: Shutterstock

Patrícia Pimenta,
Médica Veterinária

Sabe se o seu A hipertensão define-se pelo aumento

gato é
da pressão arterial e está reconhecida
entre gatos, à semelhança do que
acontece com seres humanos.
Tipicamente, afeta gatos mais velhos,
no entanto, pode ocorrer, ainda que seja
pouco frequente, em gatos jovens.

hipertenso?

52 Cães&Companhia
Tal como
nas pessoas
a hipertensão é um
inimigo silencioso
e a sua medição por
rotina é essencial
afetado são muito variáveis e inespecíficos e,
geralmente, dependentes da causa inicial e não
do aumento da pressão arterial em si.
Em muitos casos, não são observáveis quais-
quer sinais de hipertensão até que esta esteja
avançada ao ponto de provocar cegueira agu-
da. Desta forma, o diagnóstico precoce assume
particular importância na minimização de da-
nos graves e geralmente irreversíveis.

C
ontrariamente ao que acontece Consequências Tratamento
no Homem, cuja hipertensão é ge- A hipertensão provoca danos no organismo. Os Felizmente existe tratamento para esta condi-
ralmente primária (sem qualquer tecidos ocular, nervoso, cardíaco e renal são os ção, quando o controlo do fator predisponente
causa predisponente), no gato, na mais vulneráveis, podendo desencadear as se- não é suficiente para restabelecer os valores
maioria das vezes, esta condição é secundária. guintes complicações: normais!
• Olhos: hemorragias e alterações da retina, Na maioria das vezes o médico veterinário irá
Diagnóstico como edema ou descolamento, o que pode prescrever uma medicação oral. O tipo de ali-
A hipertensão felina é diagnosticada de forma afetar a visão do gato (podendo mesmo causar mentação, o controlo da obesidade e promover
semelhante à humana, através da utilização de cegueira), normalmente de forma permanente. o exercício físico são fatores adjuvantes de
uma braçadeira (ainda que convenientemen- • Cérebro e tecido neuronal: hemorragias, tratamento muito importantes. Gatos afetados
te adaptada), colocada geralmente numa das com consequências neurológicas, como altera- podem manter uma boa qualidade de vida e ter
patinhas da frente ou na base da cauda do ções de comportamento, alterações da marcha, uma esperança média de vida semelhante à de
gato, seguida da leitura dos valores indicados convulsões, demência e coma. gatos não afetados. n
pelo medidor de pressão arterial. Por norma, • Coração: com o passar do tempo, a parede
os valores de pressão arterial são ligeiramente de uma das câmaras cardíacas (ventrículo es-
superiores em gatos quando comparados com querdo) torna-se mais espessada, uma vez que
humanos. o coração tem de contrair de forma mais inten-
sa quando a pressão arterial está elevada. Em
Um resultado fiável casos graves, pode levar a insuficiência cardía-
Existem muitos gatos que sofrem do chamado ca congestiva.
síndrome da bata branca, o que significa que o • Rins: ao longo do tempo, a hipertensão
médico ou enfermeiro que esteja a realizar este vai provocando danos nos rins, aumen-
procedimento tem de ter em atenção vários tando o risco de desenvolvimento de
fatores para minimizar o stress do gato. Estes insuficiência renal. Em gatos com
fatores vão desde a saída de casa, a viagem, doença renal instalada, pode pro-
tempos de espera na receção e cheiros e ruídos vocar agravamento do quadro.
estranhos que têm de ser minimizados. Todas as
medidas de práticas “cat friendly” têm de estar Causas
presentes. Em determinados casos é mesmo ne- O diagnóstico de hipertensão exige
cessário fazer esta medição em casa de modo a que a sua causa seja investigada,
evitar o stress da deslocação. pelo que será necessário recorrer a
Por vezes, são necessárias várias medições ao métodos laboratoriais. Por vezes, o
longo do dia para que o médico veterinário pos- tratamento da doença predisponente é
sa diagnosticar hipertensão. suficiente para restabelecer os níveis nor-
mais de pressão arterial.
Valores “normais” Entre as principais causas de hiperten-
Os valores “normais” nos gatos são em média são secundária, destacam-se a doença
120 mmHg de pressão sistólica (vulgarmente renal e o hipertiroidismo.
chamada de “máxima”) e 80 mmHg de pres- Se não for encontrada qualquer causa
são diastólica (a “mínima”). No entanto, devido para o aumento da pressão arterial,
às particularidades desta espécie e dos efeitos esta poderá ser primária, sendo classi-
que o stress lhes provoca, por vezes, o médico ficada como congénita ou idiopática.
veterinário pode considerar “normais” valores
superiores aos mencionados. É pois muito im- Sinais clínicos
portante realizar este procedimento por rotina, Como a hipertensão é geralmente um
pois os valores de cada gato devem ser tidos efeito secundário de outra patologia,
como barómetros da sua própria evolução. os sinais apresentados por um gato
Artigo gentilmente cedido pelo
Gatos Hospital do Gato

Fotos: Shutterstock

Maria João
Dinis da Fonseca
Dica felina do mês Médica Veterinária

Esconderijos
“A importância de não saberem onde estou!”
Iniciamos neste número a rubrica “Dica felina do mês”.
De um modo simples e divertido queremos ajudar a aumentar ainda
mais os seus conhecimentos felinos. São temas que podem parecer
óbvios, mas que por vezes são negligenciados, sendo no entanto
essenciais para o bem-estar do seu gato.

M
Mesmo que saiba qual é o
uitas vezes ouço nas consultas O que devemos fazer esconderijo secreto do seu
gato, não lhe diga, deixe
que a razão pela qual o gato • Proporcionar esconderijos, como por exem- que continue secreto!
deve ter um guizo na coleira é plo, caixas de cartão. A própria transportadora
porque “deste modo sabemos pode constituir um bom esconderijo. Se conse-
sempre onde está”. Vamos refletir um pouco guir um esconderijo num local alto o seu gato depois do gato entrar. Os esconderijos têm de
sobre isto. vai adorar. ser seguros.
Imagine que não está nos seus dias, sente-se • Permitir que o seu gato vá para debaixo da
mais irritadiça(o) e apetece-lhe… Vamos mes- cama ou para dentro do roupeiro. Será normal?
mo ser sinceros: Não quer ser chateada(o)!!! • Retirar o guizo da coleira sempre que ele está Embora a necessidade de estar só seja um
Já lhe aconteceu querer estar sozinha(o), verda- em casa. comportamento normal, se o seu gato muda
de? O seu gato, devido à sua natureza de caça- o comportamento para se isolar mais do que
dor solitário, pode ter esta necessidade várias O que não devemos fazer é habitual, isto deve ser atendido como um
vezes! Este comportamento deve ser respeita- • Não devemos perturbar o gato nos seus mo- isolamento por desconforto e o gato deve ser
do. Desde que a casa esteja preparada para o mentos de descanso. observado pelo médico veterinário.
gato e, como tal, seja segura, não precisa de
saber sempre onde ele está. Evite os acidentes Um gato que é respeitado, é um gato mais se-
Os gatos adoram companhia e estar horas a Devido à sua natureza exploradora, os gatos guro e mais feliz!
dormir ao nosso lado ou mesmo literalmente correm o risco de se aventurarem em locais me- A próxima dica será em relação às caixas de
em cima de nós, mas também gostam da sua nos seguros. Cuidado com a máquina de lavar areia.
privacidade. roupa e com os armários que se possam fechar Até lá, bons momentos felinos! n
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Gatos
Fotos: Shutterstock

Obesidade em gatos
São cada vez mais os casos de animais que se apresentam à consulta e cujo principal problema
é o excesso de peso ou consequências diretas deste, apesar de muitas vezes os próprios donos
não terem consciência desta realidade.

P
or obesidade entende-se a excessiva
acumulação de gordura corporal pe-
riférica, na grande maioria dos casos
associada à fraca atividade física. Quando
a quantidade de energia ingerida é superior
àquela que é gasta, ou seja, quando os ani-
mais consomem mais calorias do que aque-
las que utilizam estão reunidas as condições
necessárias para o aumento de peso e con-
sequente obesidade. De um modo geral, um
animal pode ser considerado obeso quando o
seu peso está cerca de 15 a 20% acima do
peso ideal.
Um bom método para avaliar o estado corpo-
ral implica a observação e palpação do corpo
do animal. O peso ideal no gato pressupõe
que a cintura esteja bem definida atrás das
costelas, e que estas sejam palpáveis estan-
do revestidas apenas por uma fina camada de
gordura.
No caso dos gatos obesos, as costelas não são
palpáveis, sendo apreciada uma clara acumu-
lação de gordura na zona lombar, cabeça e
membros, com abdómen francamente disten-
dido não sendo possível visualizar a cintura ou
ancas do animal.

Causas da obesidade
Para além da predisposição genética, a die-
ta e as alterações hormonais apresentam-se
como as principais causas de obesidade nos
animais.
A dieta, mais precisamente a alimentação e
exercício inadequados, são a principal causa
de obesidade em gatos. Conforme referido
anteriormente, o ganho de peso é o resultado
de uma ingestão de calorias superior àquelas
que são gastas pelo animal. Se o dispêndio de
calorias igualar a ingestão das mesmas, então

56 Cães&Companhia
De um modo geral, um animal pode ser
considerado obeso quando o seu peso está
cerca de 15 a 20% acima do peso ideal

o animal manterá o seu peso normal. Se, pelo principalmente associado a uma di-
contrário, a ingestão de calorias for superior minuição do consumo de água.
àquelas que são despendidas, então haverá
uma acumulação de gordura e consequente Prevenção da obesidade
aumento de peso. Mais do que tratar a obesidade
Os desequilíbrios endócrinos ou hormonais é importante a sua prevenção.
são também uma causa importante de obesi- Evitar um ganho excessivo
dade nos animais domésticos, como é o caso de peso constitui a me-
das alterações do funcionamento da glândula lhor forma de controlar o
tiróide, a maior interveniente na produção de peso do seu gato. Para
hormonas responsáveis pela regulação do me- o efeito, existem rações
tabolismo. comerciais com valores
Também a castração ou esterilização provo- elevados de proteína e
cam alterações ao nível da secreção hormo- diminuição dos valores
nal e do metabolismo, ficando o animal mais de hidratos de carbono
sedentário e com tendência para comer mais, e gordura, promovendo
apesar das suas necessidades energéticas a manutenção de uma
decrescerem em mais de 30% nesta fase da condição corporal ótima
vida. e prevenindo o aumento
Convém acrescentar que com o envelheci- de peso.
mento surge uma diminuição na atividade do
animal, aumentando também o risco para o Tratamento da
aparecimento do excesso de peso. obesidade
Uma vez instalada a
Complicações da obesidade obesidade, é necessário
Uma das principais complicações da obesida- recorrer a programas de
de nos gatos é o desenvolvimento de Diabetes redução de peso, que de-
Mellitus. Esta doença endócrina caracteriza-se verão ser implementados
por uma produção insuficiente ou ausente de sob supervisão veteriná-
insulina, hormona esta produzida pelo pân- ria. Estes programas con-
creas e responsável pelo transporte da glicose templam sempre a neces-
(açúcar) do sangue para as células. Quando a sidade de exercício físico
produção de insulina está comprometida sur- regular e a alteração dos
ge um aumento do nível de açúcar no sangue hábitos do animal, desem-
(hiperglicémia). penhando o dono um papel
No entanto, a obesidade pode trazer outras fundamental para o suces-
complicações importantes como problemas so na perda de peso. n
hepáticos (lipidose hepática), problemas car-
díacos e respiratórios, problemas articulares A alimentação e
(artrites), problemas cutâneos (queda de pelo exercício inadequados
acentuada e seborreia) e uma consequente di- são as principais
minuição da esperança média de vida. causas de obesidade
em gatos.
Outra situação importante é o facto de um
gato com excesso de peso apresentar um risco
superior para a formação de cálculos urinários,
Rita Silva, médica veterinária
Nutrição Artigo gentilmente cedido por Royal Canin (Portugal)

Fotos: Royal Canin

Alimentação
dos gatinhos
“Proteínas, lípidos, hidratos
de carbono, vitaminas,

em crescimento
minerais e oligoelementos”.
Cada nutriente da
alimentação desempenha
um papel específico.

O
Tanto os excessos como crescimento é um período delicado que Nesta fase o crescimento dos gatinhos é muito
as carências são prejudiciais condiciona o equilíbrio e a saúde do fu- rápido: aumentam aproximadamente 10 a 15 g
para a saúde do gatinho. turo gato adulto. São inúmeros os fatores por dia e em 10 dias podem duplicar o seu peso à
que influenciam o crescimento, desempenhando a nascença. É fundamental pesar as crias diariamen-
Como tal, é importante alimentação um papel fundamental. te e à mesma hora. Uma eventual estagnação ou
conhecer qualitativa perda de peso deve implicar o recurso a um leite
e quantitativamente Após o nascimento de substituição.
Quando nasce, o gatinho possui um tubo diges- O leite de vaca é completamente inadequado para
as necessidades deste tivo adaptado à digestão do leite. O período de este efeito, porque é demasiado rico em lactose e
pequeno felino, bastante amamentação dura entre 5 e 7 semanas, após este possui um teor energético insuficiente.
diferentes das do homem período o gatinho vai perdendo gradualmente a
capacidade para digerir o principal açúcar do leite, 1ª fase de crescimento:
e do cão. a lactose. das 4 semanas aos 4 meses
Nas primeiras horas de vida os gatinhos devem A partir da 4ª-5ª semana de vida, o gatinho pode
consumir o colostro (primeiro leite materno) que começar a comer uma alimentação sólida. Para
é rico em anticorpos, essenciais para uma defesa facilitar a transição da alimentação líquida (leite)
imunitária precoce contra doenças infeciosas. para a alimentação sólida, poderá optar por rehi-

58 Cães&Companhia
dratar o alimento sólido com água té- O alimento deve ser Favorecer o bom
pida ou com leite de substituição para composto por uma desenvolvimento
gatinhos. Pode ainda optar por ofere- diversidade de nutrientes
que satisfaçam as
neuro-sensorial
cer uma mistura de um alimento seco necessidades do gatinho. Todas as células nervosas contêm uma
com um alimento húmido de elevada quantidade considerável de ácidos
qualidade e indicado para gatinhos gordos Ómega 3 (nomeadamente EPA
nesta fase da vida. e DHA), indispensáveis para o correto
Esta primeira fase caracteriza-se desenvolvimento do sistema nervoso
por um ritmo de crescimento muito central. Naturalmente presente no lei-
intenso. Quando atingem as 7 ou 8 te materno, o DHA está presente em
semanas de idade, os gatinhos pesam elevadas quantidades no cérebro, por
cinco a sete vezes mais do que ao isso, é importante que tanto a alimen-
nascimento. tação da mãe como a dos gatinhos
De um modo geral, o alimento indi- seja rica em ácidos gordos Ómega 3.
cado para esta fase da vida deve ser
muito palatável, para atrair o gatinho, Promover o crescimento ósseo
e deve ser especificamente desen- Nos gatinhos a prevalência dos pro-
volvido para corresponder às neces- blemas associados à carência em cál-
sidades nutricionais destes animais. cio é praticamente inexistente, graças
Procure oferecer ao seu gatinho um à generalização de alimentos comple-
alimento nutricionalmente equilibra- tos para a fase de crescimento.
do, completo, com um elevado teor Em contrapartida, o excesso de cálcio
energético e com um teor de vitami- pode originar distúrbios: atrasos de
nas e minerais que permita um bom crescimento, aumento patológico da
desenvolvimento ósseo. densidade óssea que se traduz por um
abrandamento da estruturação nor-
2ª fase de crescimento: mal do esqueleto.
dos 4 aos 12 meses Assim, é essencial uma contribuição
Após os 4 meses de idade a veloci- correta de cálcio, que acompanhe as
dade de crescimento diminui (fase necessidades dos gatinhos que variam
de consolidação) e o gatinho atinge ao longo do período de crescimento.
gradualmente o seu tamanho adulto.
Desta forma é necessário oferecer-lhe um alimento Um alimento adaptado
com um teor energético adequado e de elevada di-
gestibilidade, uma vez que as suas aptidões diges-
A partir da 4ª-5ª semana à fase de crescimento
Se o animal for saudável e o alimento escolhido
tivas só atingem a maturidade ao ano de idade. de vida, o gatinho pode for completo, equilibrado e adaptado à fase de
Esta fase da vida caracteriza-se pelo aparecimento crescimento, é inútil fazer suplementações nutri-
dos dentes definitivos. O alimento deve começar a começar a comer uma cionais e variar frequentemente a alimentação. O
ter em consideração a higiene oral, através de um
croquete com um tamanho adaptado que estimu- alimentação sólida importante é que o alimento seja composto por
uma diversidade de nutrientes que satisfaçam as
le a mastigação, e da incorporação de substâncias necessidades do gatinho.
que captem o cálcio salivar - o principal interve- na E, C, luteína e taurina), fruto-oligossacarídeos
niente na formação do tártaro. (fibras fermentescíveis que exercem um efeito Cuidado com as alterações!
benéfico sobre a imunidade do tubo digestivo), Nesta fase tão importante da vida do animal, de-
Objetivos nutricionais mano-oligossacarídeos (fibras não-fermentescíveis verá evitar alterações bruscas na alimentação para
Os objetivos nutricionais da alimentação durante que limitam o desenvolvimento de bactérias pato- não provocar perturbações digestivas.
todo o crescimento são reforçar as defesas imu- génicas a nível intestinal). Quando adquirir um gatinho, informe-se sobre o
nitárias, favorecer o bom desenvolvimento neuro- modo de alimentação (número de refeições por
sensorial e promover o crescimento ósseo. dia, fracionadas ou à descrição) e qual o alimento
fornecido. Se pretender alterar o alimento, deve
Reforçar as defesas imunitárias respeitar uma transição alimentar com uma sema-
No decurso das primeiras semanas de vida a imu- na de duração. Esta transição permite minimizar os
nidade que é transmitida ao gatinho pela mãe de- riscos de alterações gastrointestinais, muito preju-
cresce progressivamente. diciais ao correto desenvolvimento do gatinho. n
A alimentação deve dar resposta a todas as ne-
cessidades essenciais do gatinho, uma vez que
um défice nutricional iria agravar a sua fragilidade
imunitária. Existem alguns nutrientes que podem
ajudar a estimular a eficácia das defesas imunitá-
rias (70% das células imunitárias estão lo-
calizadas a nível digestivo), como por
exemplo antioxidantes (vitami-
Resultados gentilmente cedidos pelo
Exposições Clube Português de Felinicultura
Fotos: Pedro Cardoso

7ª Exposição Internacional
de Santarém
Decorreu nos dias 5 e 6 de dezembro a 230ª e 231ª Exposições Internacional de Gatos, no CNEMA, com 141
exemplares inscritos no catálogo do fim de semana, tendo como tema o Natal. Estiveram presentes 7 Domésticos,
24 exemplares de pelo longo (Categoria I), 59 exemplares de pelo semi-longo (Categoria II), 51 exemplares de pelo
curto (Categoria III) e 2 exemplares Oriental (Categoria IV). Os exemplares foram julgados pelos juízes Britta Busse
(Alemanha), Jöelle Pillonel (Suíça), Jorge Redondo (Espanha) e Minna Krogh (Dinamarca).

230ª Exposição Internacional 231ª Exposição Internacional


1 Doméstico 6 Doméstico
• BIS pelo curto: “Tigresa”, de Maria Manuela Santos Sabino • BIS pelo curto: “Tigresa”, de Maria Manuela Santos Sabino
• BIS pelo longo: “Tobias”, de Joana Inês Guapo Pereira dos Santos Mota • BIS pelo longo: “Tobias”, de Joana Inês Guapo Pereira dos Santos Mota
2 Oriental 7 Best Jovens
• Best Fêmea Neutro: “Annie Oakley De Vill*ES”, Oriental Pelo Curto Azul – OSH a, • Pelo curto: “Apfelstrudel Bonjour L’Amour, Abissínio Fawn – ABY p, de Ana Cristina Madeira
de Fátima Sehn Guerra Gonçalves
• Best Macho Neutro: “Wild Bill De Vill*ES”, Oriental Pelo Curto Preto Silver Tabby Spotted • Pelo semi-longo: “S*Just Catnap’s Vilda Sunset”, Bosques da Noruega Gr. 6 – NFO Gr. 6,
– OSH ns 24, de Fátima Sehn de Jorge Miguel da Silva Barbosa
• Pelo longo: “Fare Niente Glamour”, Persa Tartaruga - PER f, de José Luís Correia Ribeiro
3 Pelo curto
• Best Jovem: “Apfelstrudel Bonjour L’Amour, Abissínio Fawn – ABY p, de Ana Cristina Madeira 8 Best Juniores
Guerra Gonçalves • Pelo curto: “Gwenevere Z Windsoru*PL”, Cornish Rex Gr. 4 – CRX Gr. 4, de Vera Cristina dos Santos Silva
• Best Junior: “Felinus Amicus Naked Odalisca”, Sphynx - SPH Gr. 4, de Maria de Fátima • Pelo semi-longo: “DK Scarlett-Sandra’s Thor”, Bosques da Noruega Gr. 6 – NFO Gr. 6,
Oliveira Pires de Maria Manuela Mariais
• Best Fêmea Neutro: “Caprice Pyramid’s Gold*ES”, Sphynx Grupo 4 – SPH Gr. 4, de Maria • Pelo longo: “PT*Kiyoko Kats BB-King”, Exótico Preto – EXO n, de Diogo Sardinha & Maria do Céu
de Fátima Oliveira Pires Sardinha
• Best Macho Neutro: “King Claudio D’Vialle*PT”, British Azul – BRI a, de Irina Vibranets
• Best Fêmea: “Bailey of Caramel Kiss*PT”, British Tartaruga Azul – BRI g, de Kathy Lin Gago 9 Best Fêmeas Neutro
Nunes Brito • Oriental: “Annie Oakley de Vill*ES”, Oriental Pelo Curto Azul – OSH a, de Fátima Sehn
• Best Macho: “Brocolo Bonjour L’Amour”, British Preto Silver Tabby Blotched – BRI ns 22 64, • Pelo curto: “Caprice Pyramid’s Gold*E”, Sphynx Grupo 4 – SPH Gr. 4, de Maria de Fátima
de João Noronha Oliveira Pires
• Pelo semi-longo: “PT*Finis Place Watchekee”, Bosques da Noruega Gr. 9 – NFO Gr. 9,
4 Pelo semi-longo de Fabiana Marisa da Silva Dias Costa
• Best Jovem: “S*Just Catnap’s Vilda Sunset”, Bosques da Noruega Gr. 6 – NFO Gr. 6,
de Jorge Miguel da Silva Barbosa 10 Best Machos Neutro
• Best Junior: “DK Scarlett-Sandra’s Thor”, Bosques da Noruega Gr. 6 – NFO Gr. 6, • Oriental: “Wild Bill de Vill*ES”, Oriental Pelo Curto Preto Silver Tabby Spotted – OSH ns 24,
de Maria Manuela Mariais de Fátima Sehn
• Best Fêmea Neutro: “Nina Ricci de Miming Star’s*PT”, Bosques da Noruega Gr. 6 – NFO • Pelo semi-longo: “PT*Fini’s Place Litle Prince”, Bosques da Noruega Gr. 9 – NFO Gr. 9,
Gr. 6, de Maria do Rosário Santos Costa Silva de Maria Manuela Mariais
• Best Macho Neutro: “PT*Fini’s Place Litle Prince”, Bosques da Noruega Gr. 9 – NFO Gr. 9,
de Maria Manuela Mariais
11 Best Fêmeas
• Best Fêmea: “Ragville Prada of Malattodolls”, Ragdoll Azul Bicolor - RAG a 03, • Pelo curto: “ES*Cancion de Cuna (II) Resala”, British Lilás – BRI c, de Sofia Margarida
de David Hernandez Martin da Silva Rodrigues Bulhosa
• Best Macho: “Félix Vendellek*PL”, Bosques da Noruega Gr. 6 – NFO Gr. 6, de Hugo Duarte • Pelo semi-longo: “Ragville Prada of Malattodolls”, Ragdoll Azul Bicolor - RAG a 03,
Marques Bernardo de David Hernandez Martin
• Pelo longo: “PT*Fare Niente Amaluna”, Persa Tartaruga – PER f, de José Luís Correia Ribeiro
5 Pelo longo
• Best Jovem: “Fare Niente Majestic”, Persa Branco Olhos Cobre – PER w 62, de José Luís
12 Best Machos
Correia Ribeiro • Pelo curto: “Brocolo Bonjour L’Amour”, British Preto Silver Tabby Blotched – BRI ns 22 64,
• Best Júnior: “PT*Kiyoko Kats BB-King”, Exótico Preto – EXO n, de Diogo Sardinha & Maria de João Noronha
do Céu Sardinha • Pelo semi-longo: “Félix Vendellek*PL”, Bosques da Noruega Gr. 6 – NFO Gr. 6, de Hugo Duarte
• Best Fêmea Neutro: “PT*Kiyoko Kats Lenka Baresa”, Persa Tartaruga Tabby Blotched Marques Bernardo
– PER f 22, de Maria de Fátima Salsinha Murcho • Pelo longo: “Genasaqua’s Prince-of-White ‘R’Us”, Persa Branco com olhos ímpares – PER w 63,
• Best Fêmea: “PT*Fare Niente Amaluna”, Persa Tartaruga – PER f, de José Luís Correia de José Manuel Monteiro Dias
Ribeiro
• Best Macho: “Genasaqua’s Prince-of-White ‘R’us”, Persa Branco com olhos ímpares
– PER w 63, de José Manuel Monteiro Dias
230ª Exposição Internacional
1 2

Para conhecer o Calendário de Exposições


de Gatos, consulte o website do CPF:

www.cpfelinicultura.pt

3 4 5

231ª Exposição Internacional


6 7 8

9 10 11 12
Resultados gentilmente cedidos pelo
Exposições Clube Português de Canicultura
Fotos: Dogs on Top (www.facebook.com/DogsOnTop)

Melhor da Exposição – Best in Show (Juiz: José Homem de Mello, PT)


1º “Boston Style Choice The Best PPW14 LW14 JWW14 PW15 LW15 JCH (PT ES GI HU) CH (PT GI IT CZ) GrCH (PT)”, Boston Terrier, de Juan Manuel Lopez Rodriguez (ES)
2º “Dorian Spring Charleen Lumiere de la Vie LW14 MW15 PW15 JCH (UA) CH (PT GI UA IBER ES CIB)”, Samoiedo, de Pedro Miguel Silva Brito
3º “G D R Iris TS PPW13 JP13 LW14 BOB14 BOG14 MW15 LW15 JCH (PT GI) CH (GI PT) GrCH (PT)”, Bullmastiff, de Ricardo Manuel Miranda Silva

14ª E. C. Nacional da Ribeira Grande


Boston Terrier
foi o vencedor
A 14ª Exposição Canina Nacional da Ribeira
Grande decorreu a 14 de novembro no Pavilhão
da Associação Agrícola de São Miguel.
Organizada pela Câmara Municipal da Ribeira
Grande contou com 185 exemplares inscritos
em catálogo. O Melhor Exemplar da Exposição
(BIS) foi o Boston Terrier “Boston Style Choice Melhor Bebé da Exposição (Juiz: M. Gabriela Veiga, PT)
1º “Charlie da Praia Azul”, Podengo Português Pequeno de pelo cerdoso, de Alexandra Dionísio Morgado
The Best” de Juan Manuel Lopez Rodriguez. 2º “A’vigdors Garibaldina”, Bouledogue Francês, de Revaz Khomasuridze (RU)
3º “Nilo II da Mata do Eucalipto”, Cão de Fila de São Miguel, de António Luís Vasconcelos Amaral Pimentel

Melhor Cachorro da Exposição (Juiz: Adolfo Martinez Noguera, ES)


1º “Cusco dos Makuas”, Jack Russell Terrier, de Pedro José Vitoriano Gonçalves Melhor Veterano da Exposição (Juiz: M. Gabriela Veiga, PT)
2º “Sforza Gandhi”, Cane Corso Italiano, de Ana Cristina Castanheira Figueiredo André 1º “Br Summer Storm Ap Lex JCH (BR) CH (BR PANAM) GrCH (BR)”, Labrador Retriever,
3º “Variety Show S Lipetskih Ozer”, Chihuahua de pelo comprido, de M. João Gaspar Lopes Pereira Sarabando de Bruno Sérgio Barbosa Almeida

62 Cães&Companhia
Melhor Exemplar de Raça Portuguesa da Exposição (Juiz: António José Amaral, PT)
1º “Peter’s da Quinta dos Salgueiros JCH (PT)”, Barbado da Terceira, de Rui Manuel Franco Fernandes Grupo 4
2º “Banana Split da Casa da Praia LPW14 JE14 JMW15 LW15 JP15 JCH (PT) CH (PT)”, Cão de Fila de São Miguel, MELHOR EXEMPLAR (Juiz: Adolfo Martinez Noguera, ES) – 1º “Irresistible Du Grand Baronnet”, Baixote
de Amadeu Manuel Ferreira Pereira de pelo comprido, de Marie-anne Bernard (FR)
3º “Eva II CH (PT)”, Podengo Português Médio de pelo liso, de Carlos Alberto Pascoal Vieira Costa

Grupo 5
MELHOR EXEMPLAR (Juiz: Adolfo Martinez Noguera, ES) – 1º “Dorian Spring Charleen Lumiere de la Vie LW14
MW15 PW15 JCH (UA) CH (PT GI UA IBER ES CIB)”, Samoiedo, de Pedro Miguel Silva Brito; 2º “Patriota de Viamonte
Grupo 1 JMW15 JP15 JCH (PT) CH (PT)”, Podengo Português Pequeno de pelo cerdoso, de Miguel Ângelo Conde Sabino;
MELHOR EXEMPLAR (Juiz: José Homem de Mello, PT) – 1º “Sissy-II CH (PT)”, Cão de Pastor Alemão 3º “Silver Side Up de Omni’s JP15 JE15 JCH (PT)”, Siberian Husky, de Carla M. Santos Soares
de pelo curto, de Ilídio Manuel Raposo Medeiros; 2º “Peter’s da Quinta dos Salgueiros JCH (PT)”, Barbado da
Terceira, de Rui Manuel Franco Fernandes; 3º “Riveredge A Queen Forever”, Cão de Pastor Australiano, de
Mallissa Brown & Lindsay Guntner (US)

Grupo 6
MELHOR EXEMPLAR (Juiz: Adolfo Martinez Noguera, ES) – 1º “Et Pour Le Dessert da Terra Quente JE14
LW14 JP14 BOB14 JMW15 PW15 JCH (PT) CH (PT) LW15”, Grand Basset Griffon Vendéen, de Pedro António
Grupo 2 Ribeiro Café; 2º “Shaka-III”, Leão da Rodésia, de Marco António Nunes Guerreiro Inácio
MELHOR EXEMPLAR (Juiz: José Homem de Mello, PT) – 1º “G D R Iris TS PPW13 JP13 LW14 BOB14 BOG14 MW15 MELHOR CACHORRO (Juiz: Adolfo Martinez Noguera, ES) – 1º “Oliver Moon do Casal da Vinha”,
LW15 JCH (PT GI) CH (GI PT) GrCH (PT)”, Bullmastiff, de Ricardo Manuel Miranda Silva; 2º “Brilliant Ot Zenitsa Oka JCH Beagle, de Elisabete M. Silva Pinhão Teixeira Leça Neves
(PT) CH (PT) PW14”, Terrier Preto Russo, de Jose Larios Garcia (ES); 3º “Dogsxles Mitchell de Little Fighter PMW15 JCH
(GI)”, Bulldog Inglês, de Fernando Jorge Morgado Félix
MELHOR CACHORRO (Juiz: Adolfo Martinez Noguera, ES) – 1º “Sforza Gandhi”, Cane Corso Italiano,
de Ana Cristina Castanheira Figueiredo André

Grupo 3
MELHOR EXEMPLAR (Juiz: José Homem de Mello, PT) – 1º “Arisco Rabisco dos Makuas LPW13 JE13
JP13’14 PW14 LW14 BOG14 BOB14 JCH (PT GI LU) CH (PT GI) GrCH (PT)”, Jack Russell Terrier, de Pedro José
Vitoriano Gonçalves; 2º “YMCA of Padawi’s LPW11 BOB14 MW15 JCH (PT) CH (GE AZ ME FI MD CY BG PH MK
CR SM PT DE DK ME CIB) GrCH (AZ ME BG PT)”, Yorkshire Terrier, de Alda M. Oliveira Coutinho;
3º Staffordshire Bull Terrier Grupo 7
MELHOR CACHORRO (Juiz: Adolfo Martinez Noguera, ES) – 1º “Cusco dos Makuas”, Jack Russell Terrier, MELHOR EXEMPLAR (Juiz: Adolfo Martinez Noguera, ES) – 1º “Francisquinha do Berço do Basalto TAN
de Pedro José Vitoriano Gonçalves CH (PT)”, Perdigueiro Português, de Francisco Medeiros Teixeira

Cães&Companhia 63
Grupo 8
MELHOR EXEMPLAR (Juiz: António José Amaral, PT) – 1º “Thevenet Piquenbauer”, Golden Retriever,
de Óscar Miguel Ferraz Alves Araújo; 2º “Hollivera’s Unbreakable LPW14 JE14 JP14 JP15 JCH (PT GI IBER ES)”,
English Springer Spaniel, de Tiago & Nuno Rafael; 3º “Bellum Sine Bello de Brumary”, Labrador Retriever, Melhor Par da Exposição (Juiz: António José Amaral, PT)
de Bruno Sérgio Barbosa Almeida 1º “Silver Oscar Leminiscatus” & “Primiere Cindy do Sol d’Arena”, Labrador Retriever, de Bruno Sérgio Barbosa
Almeida

Grupo 9
MELHOR EXEMPLAR (Juiz: Adolfo Martinez Noguera, ES) – 1º “Boston Style Choice The Best PPW14
LW14 JWW14 PW15 LW15 JCH (PT ES GI HU) CH (PT GI IT CZ) GrCH (PT)”, Boston Terrier, de Juan Manuel Lopez Melhor Reprodutor da Exposição (Juiz: Adolfo Martinez Noguera, ES)
Rodriguez (ES); 2º “Le Nain Adorable Gold Little Prince”, Bouledogue Francês, de Vanessa Freitas Monteiro; 3º 1º “Koisinha Katita do Berço do Basalto”, Perdigueiro Português, de Francisco Medeiros Teixeira
“Sasha de Alterrial”, Cavalier King Charles Spaniel, de Vasco Silva Jorge
MELHOR CACHORRO (Juiz: Adolfo Martinez Noguera, ES) – 1º “Variety Show S Lipetskih Ozer”, Chihuahua
de pelo comprido, de M. João Gaspar Lopes Pereira Sarabando

Grupo 10 Jovem Promessa Macho (Juiz: José Homem de Mello, PT)


MELHOR EXEMPLAR (Juiz: M. Gabriela Veiga, PT) – 1º “Night Raven da Roseira Brava”, Whippet, 1º “Dogsxles Mitchell de Little Fighter PMW15 JCH (GI)”, Bulldog Inglês, de Fernando Jorge Morgado Félix
de M. Manuela Martins Silvério Jorge 2º “Claircreek Lusitano São Julião JCH (GI)”, Cão de Água Português, de Donna Gottdenker & Hugo Oliveira
3º “Fidalgo da Casa da Praia”, Cão de Fila de São Miguel, de M. Helena Franco Pereira Costa Santos

Jovem Promessa Fêmea (Juiz: Adolfo Martinez Noguera, ES)


1º “Night Raven da Roseira Brava”, Whippet, de M. Manuela Martins Silvério Jorge
Melhor Grupo de Criador da Exposição (Juiz: António José Amaral, PT) 2º “Ina de la Xixa”, Bulldog Inglês, de Marta Blanco & J. Ramon Mosquera (ES)
1º “Quinta dos Salgueiros”, Barbado da Terceira, de José Armando Rocha da Silva 3º “Bellum Sine Bello de Brumary”, Labrador Retriever, de Bruno Sérgio Barbosa Almeida

64 Cães&Companhia
Resultados gentilmente cedidos pelo
Exposições Clube Português de Canicultura
Fotos: Dogs on Top (www.facebook.com/DogsOnTop)

Melhor da Exposição – Best in Show (Juiz: Adolfo Martinez Noguera, ES)


1º “Boston Style Choice The Best PPW14 LW14 JWW14 PW15 LW15 JCH (PT ES GI HU) CH (PT GI IT CZ) GrCH (PT)”, Boston Terrier, de Juan Manuel Lopez Rodriguez (ES)
2º “Ina de la Xixa JCH (PT)”, Bulldog Inglês, de Marta Blanco & J. Ramon Mosquera (ES)
3º “Arisco Rabisco dos Makuas LPW13 JE13 JP13’14 PW14 LW14 BOG14 BOB14 JCH (PT GI LU) CH (PT GI) GrCH (PT)”, Jack Russell Terrier, de Pedro José Vitoriano Gonçalves;

6ª E. C. Internacional da Ribeira Grande


Boston Terrier
foi o vencedor
A 6ª Exposição Canina Internacional da
Ribeira Grande decorreu a 15 de novembro no
Pavilhão da Associação Agrícola de São Miguel.
Organizada pela Câmara Municipal da Ribeira
Grande contou com 168 exemplares inscritos
em catálogo. O Melhor Exemplar da Exposição
(BIS) foi o Boston Terrier “Boston Style Choice Melhor Bebé da Exposição (Juiz: Adolfo Martinez Noguera, ES)
1º “Charlie da Praia Azul”, Podengo Português Pequeno de pelo cerdoso, de Alexandra Dionísio Morgado
The Best” de Juan Manuel Lopez Rodriguez. 2º “A’vigdors Garibaldina”, Bouledogue Francês, de Revaz Khomasuridze (RU)
3º “Nilo II da Mata do Eucalipto”, Cão de Fila de São Miguel, de António Luís Vasconcelos Amaral Pimentel

Melhor Veterano da Exposição (Juiz: António José Amaral, PT)


Melhor Cachorro da Exposição (Juiz: M. Gabriela Veiga, PT) 1º “Br Summer Storm Ap Lex JCH (BR) CH (BR PANAM) GrCH (BR)”, Labrador Retriever,
1º “Cusco dos Makuas”, Jack Russell Terrier, de Pedro José Vitoriano Gonçalves de Bruno Sérgio Barbosa Almeida
2º “Sforza Gandhi”, Cane Corso Italiano, de Ana Cristina Castanheira Figueiredo André 2º “Tela da Praia do Ribatejo”, Podengo Português Pequeno de pelo liso, de Carlos Alberto Pascoal Vieira Costa
3º “Variety Show S Lipetskih Ozer”, Chihuahua de pelo comprido, de M. João Gaspar Lopes Pereira Sarabando 3º “Marysa”, Cão de Fila de São Miguel, de Antero Manuel Couto Silva

Cães&Companhia 65
Grupo 4
Melhor Exemplar de Raça Portuguesa da Exposição (Juiz: Adolfo Martinez Noguera, ES) MELHOR EXEMPLAR (Juiz: José Homem de Mello, PT) – 1º “Irresistible Du Grand Baronnet”, Baixote de
1º “Claircreek Lusitano São Julião JCH (GI)”, Cão de Água Português, de Donna Gottdenker & Hugo Oliveira pelo comprido, de Marie-Anne Bernard (FR)
2º “Patriota de Viamonte JMW15 JP15 JCH (PT) CH (PT)”, Podengo Português Pequeno de pelo cerdoso, de
Miguel Ângelo Conde Sabino
3º “Dragão do Mar da Casa da Praia CH (PT PL)”, Cão de Fila de São Miguel, de Rui Jorge Medeiros Teixeira

Grupo 1 Grupo 5
MELHOR EXEMPLAR (Juiz: Adolfo Martinez Noguera, ES) – 1º “Sissy-II CH (PT)”, Cão de Pastor Alemão de MELHOR EXEMPLAR (Juiz: José Homem de Mello, PT) – 1º “Dorian Spring Charleen Lumiere de la Vie LW14
pelo curto, de Ilídio Manuel Raposo Medeiros; 2º “Sportinfield Ruffian At Heronwood”, Border Collie, de Mallissa MW15 PW15 JCH (UA) CH (PT GI UA IBER ES CIB)”, Samoiedo, de Pedro Miguel Silva Brito; 2º “Patriota de Viamonte
Brown & Ana Marta Carvalho; 3º “Riveredge A Queen Forever”, Cão de Pastor Australiano, de Mallissa Brown JMW15 JP15 JCH (PT) CH (PT)”, Podengo Português Pequeno de pelo cerdoso, de Miguel Ângelo Conde Sabino; 3º
& Lindsay Guntner (US) “Silver Side Up de Omni’s JP15 JE15 JCH (PT)”, Siberian Husky, de Carla M. Santos Soares
MELHOR CACHORRO (Juiz: M. Gabriela Veiga, PT) – 1º “Allanis de Meritis”, Cão de Pastor Branco Suíço, MELHOR CACHORRO (Juiz: M. Gabriela Veiga, PT) – 1º “Jasper”, Podengo Português Médio de pelo liso, de Carlos
de Cláudia Abrunhosa Fernandes; 2º “Brisa Vom Haus Atlantis”, Cão de Pastor Alemão de pelo curto, Alberto Pascoal Vieira Costa; 2º “Crossoak Merenda Mista”, Podengo Português Pequeno de pelo cerdoso, de Jatta
de André Filipe Ferreira Vieira Glad-Vaistola (FI)

Grupo 2
MELHOR EXEMPLAR (Juiz: Adolfo Martinez Noguera, ES) – 1º “Ina de la Xixa JCH (PT)”, Bulldog Inglês, de Marta Grupo 6
Blanco & J. Ramon Mosquera (ES); 2º “G D R Iris TS PPW13 JP13 LW14 BOB14 BOG14 MW15 LW15 JCH (PT GI) CH (GI MELHOR EXEMPLAR (Juiz: José Homem de Mello, PT) – 1º “Et Pour Le Dessert da Terra Quente JE14
PT) GrCH (PT)”, Bullmastiff, de Ricardo Manuel Miranda Silva; 3º “Brilliant Ot Zenitsa Oka JCH (PT) CH (PT) PW14”, LW14 JP14 BOB14 JMW15 PW15 JCH (PT) CH (PT) LW15”, Grand Basset Griffon Vendéen, de Pedro António
Terrier Preto Russo, de Jose Larios Garcia (ES) Ribeiro Café; 2º “Shaka-III”, Leão da Rodésia, de Marco António Nunes Guerreiro Inácio
MELHOR CACHORRO (Juiz: M. Gabriela Veiga, PT) – 1º “Sforza Gandhi”, Cane Corso Italiano, de Ana Cristina MELHOR CACHORRO (Juiz: M. Gabriela Veiga, PT) – 1º “Oliver Moon do Casal da Vinha”, Beagle,
Castanheira Figueiredo André de Elisabete M. Silva Pinhão Teixeira Leça Neves

Grupo 3
MELHOR EXEMPLAR (Juiz: Adolfo Martinez Noguera, ES) – 1º “Arisco Rabisco dos Makuas LPW13 JE13
JP13’14 PW14 LW14 BOG14 BOB14 JCH (PT GI LU) CH (PT GI) GrCH (PT)”, Jack Russell Terrier, de Pedro José
Vitoriano Gonçalves; 2º “YMCA of Padawi’s LPW11 BOB14 MW15 JCH (PT) CH (GE AZ ME FI MD CY BG PH MK Grupo 8
CR SM PT DE DK ME CIB) GrCH (AZ ME BG PT)”, Yorkshire Terrier, de Alda M. Oliveira Coutinho; 3º “Cruz de MELHOR EXEMPLAR (Juiz: José Homem de Mello, PT) – 1º “Thevenet Piquenbauer”, Golden Retriever,
Lunas Fantastica Monalissa”, Bull Terrier Standard, de Ana Raquel Fonseca Moreira Santos de Óscar Miguel Ferraz Alves Araújo; 2º “Claircreek Lusitano São Julião JCH (GI)”, Cão de Água Português,
MELHOR CACHORRO (Juiz: M. Gabriela Veiga, PT) – 1º “Cusco dos Makuas”, Jack Russell Terrier, de Donna Gottdenker & Hugo Oliveira; 3º “Silver Oscar Leminiscatus”, Labrador Retriever, de Bruno Sérgio
de Pedro José Vitoriano Gonçalves Barbosa Almeida

66 Cães&Companhia
Melhor Reprodutor da Exposição (Juiz: António José Amaral, PT)
Grupo 9 1º “Dragão do Mar da Casa da Praia CH (PT PL)”, Cão de Fila de São Miguel, de Rui Jorge Medeiros Teixeira
MELHOR EXEMPLAR (Juiz: M. Gabriela Veiga, PT) – 1º “Boston Style Choice The Best PPW14 LW14 JWW14 2º “Alfar”, Cão de Pastor Alemão de pelo curto, de André Filipe Ferreira Vieira
PW15 LW15 JCH (PT ES GI HU) CH (PT GI IT CZ) GrCH (PT)”, Boston Terrier, de Juan Manuel Lopez Rodriguez (ES);
2º “Le Nain Adorable Gold Little Prince”, Bouledogue Francês, de Vanessa Freitas Monteiro; 3º “Jastify S Lipetskih
Ozer”, Chihuahua de pelo curto, de M. João Gaspar Lopes Pereira Sarabando
MELHOR CACHORRO (Juiz: M. Gabriela Veiga, PT) – 1º “Variety Show S Lipetskih Ozer”, Chihuahua de pelo
comprido, de M. João Gaspar Lopes Pereira Sarabando

Jovem Promessa Macho (Juiz: Adolfo Martinez Noguera, ES)


Grupo 10 1º “Claircreek Lusitano São Julião JCH (GI)”, Cão de Água Português, de Donna Gottdenker & Hugo Oliveira
MELHOR EXEMPLAR (Juiz: José Homem de Mello, PT) – 1º “Night Raven da Roseira Brava”, 2º “Dogsxles Mitchell de Little Fighter PMW15 JCH (GI)”, Bulldog Inglês, de Fernando Jorge Morgado Félix
Whippet, de M. Manuela Martins Silvério Jorge 3º “Silver Side Up de Omni’s JP15 JE15 JCH (PT)”, Siberian Husky, de Carla M. Santos Soares

Melhor Grupo de Criador da Exposição (Juiz: António José Amaral, PT)


1º “Quinta dos Salgueiros”, Barbado da Terceira, de José Armando Rocha da Silva
2º “Casa da Praia”, Cão de Fila de São Miguel, de Rui Jorge Medeiros Teixeira
3º “Von Haus Atlantis”, Cão de Pastor Alemão de pelo curto, de André Filipe Ferreira Vieira

Jovem Promessa Fêmea (Juiz: José Homem de Mello, PT)


1º “Ina de la Xixa”, Bulldog Inglês, de Marta Blanco & J. Ramon Mosquera (ES)
2º “Amy Amanda Allen Tripple A de Boscardini PLW15”, Golden Retriever, de Óscar Miguel Ferraz Alves Araújo
3º “Night Raven da Roseira Brava”, Whippet, de M. Manuela Martins Silvério Jorge

Melhor Par da Exposição (Juiz: M. Gabriela Veiga, PT)


1º “Silver Oscar Leminiscatus” & “Primiere Cindy do Sol d’Arena”, Labrador Retriever,
de Bruno Sérgio Barbosa Almeida Jovem Apresentador (Juiz: M. Gabriela Veiga, PT)
2º “Bala Dentro da Casa da Praia JMW15 JCH (PT)” & “Banana Split da Casa da Praia LPW14 JE14 JMW15 LW15 1º Raquel Gonçalves; 2º Frederica Craveiro;
JP15 JCH (PT) CH (PT)”, Cão de Fila de São Miguel, de Amadeu Manuel Ferreira Pereira 3º Francisco Pimentel
3º Podengo Português Pequeno 4º Fernandes Henriques & Ricardo Teixeira

Cães&Companhia 67
Resultados gentilmente cedidos pelo
Exposições Clube Português de Canicultura
António Eloy (www.pets-days.com)

Melhor da Exposição – Best in Show (Juiz: Manuel Loureiro Borges, PT)


1º “Golden Boy du Bois de Villiers”, Cavalier King Charles Spaniel, de Karina Lhonore Schnisa
2º “Fiuza Merlot da Casa Amarela”, Baixote Standard de pelo cerdoso, de Alípio Silva Canaverde
3º “Noz II do Casal da Vinha”, Cão da Serra de Aires, de José Emanuel Perpétua Rodrigues

22ª E. C. Nacional de Santarém


CKCS
foi o vencedor
A 22ª Exposição Canina Nacional de Santarém
decorreu a 5 de dezembro no Centro Nacional
de Exposições. Organizada pelo Centro
Nacional de Exposições contou com 660
exemplares inscritos em catálogo. O Melhor
Exemplar da Exposição (BIS) foi o Cavalier King
Charles Spaniel “Golden Boy du Bois de Villiers” Melhor Bebé da Exposição (Juiz: Ilona Ostenk-Schenk, NL)
1º “Bianca da Soc Port”, Cão de Pastor Alemão de pelo curto, de Diogo Ferreira Pinto
de Karina Lhonore Schnisa. 2º “Quarteto Fantástico de Paio Pires”, Rafeiro do Alentejo, de Helena & João Costa
3º “Charlie da Praia Azul”, Podengo Português Pequeno de pelo cerdoso, de Alexandra Dionísio Morgado

Melhor Cachorro da Exposição (Juiz: Ferdinando Asnaghi, IT) Melhor Veterano da Exposição (Juiz: Rafael Espigares, ES-)
1º “Castlemops Aris”, Carlin, de Joao Luis Quesado & Ana Framcisca Rocha 1º “Cory Canin do Valle da Fonte”, Golden Retriever, de Paula Alexandra Coelho Dias Santos
2º “Raki’s Place Filodemo”, Braco Italiano, de Elsa & Miguel Colaço 2º “Tibkis Marilyn”, Spaniel do Tibete, de Sandaunet Vigdis Kjell-Ivar
3º “Lusaviva’s Silent Lucidity”, Shar Pei, de Paula Santso Jorge & Luís Varela Carpinha 3º “Tess da Soc Port”, Cão de Pastor Alemão de pelo curto, de Susana Isabel Crua Ladino Nogueira Chaves

68 Cães&Companhia
Melhor Exemplar de Raça Portuguesa da Exposição (Juiz: Maria Amélia Taborda, PT) Grupo 4
1º “Noz II do Casal da Vinha”, Cão da Serra de Aires, de José Emanuel Perpétua Rodrigues MELHOR EXEMPLAR (Juiz: Hans Boelaars, NL)
2º “Fascínio Fatal do Berço do Basalto”, Perdigueiro Português, de Tiago Jorge Lucas Fortuna 1º “Fiuza Merlot da Casa Amarela”, Baixote Standard de pelo cerdoso;
3º “Obelix de Paio Pires”, Rafeiro do Alentejo, de Helena & João Costa 2º “Rapatachos da Casa dos Quadros”, Baixote Miniatura de pelo raso;
3º “Fly to P. di Mar de Porto Village”, Baixote Miniatura de pelo comprido

Grupo 5
MELHOR EXEMPLAR (Juiz: Rafael Espigares, ES)
Grupo 1 1º “Aspenmyst Kabluna I Have A Dream”, Alaskan Malamute;
MELHOR EXEMPLAR (Juiz: Ilona Ostenk-Schenk, NL) 2º “Primitive Style Born To Be A Traveler”, Basenji;
1º “Noz II do Casal da Vinha”, Cão da Serra de Aires 3º “Glabrous Pugnacious Aztec Princess”, Cão Sem Pêlo do México Miniatura
2º “X Paris By Night Vom Sutumer-Grund”, Cão de Pastor Branco Suíço
3º “Just For De Chester”, Bearded Collie

Grupo 6
MELHOR EXEMPLAR (Juiz: Ferdinando Asnaghi, IT)
Grupo 2 1º “Et Pour Le Dessert da Terra Quente “, Grand Basset Griffon Vendéen;
MELHOR EXEMPLAR (Juiz: Ferdinando Asnaghi, IT) 2º “Topsfield-Sanchu Pizza Pizza”, Basset Hound;
1º “Mojaka Burogog Fflwiaw For Crofthorn”, Bulldog Inglês 3º “Absolutely Spotless Zippo”, Beagle
2º “Lusaviva’s Italian Stallion”, Shar Pei
3º “Pride of Russia Plamenka”, Dobermann

Grupo 3 Grupo 7
MELHOR EXEMPLAR (Juiz: Paul Scanlon, IE) MELHOR EXEMPLAR (Juiz: José Cabral, PT)
1º “Karballido Staffs Alessandria”, American Staffordshire Terrier; 1º “Raki’s Place Nikolaos The One & Only”, Braco Italiano;
2º “Arisco Rabisco dos Makuas”, Jack Russell Terrier; 2º “Fascínio Fatal do Berço do Basalto”, Perdigueiro Português;
3º “YMCA of Padawi’s”, Yorkshire Terrier 3º “Bono de Lobão da Beira”, Epagneul Bretão

Cães&Companhia 69
Grupo 8
MELHOR EXEMPLAR (Juiz: Paul Scanlon, IE)
1º “Thevenet Piquenbauer”, Golden Retriever;
2º “Westridge Like A Tattoo”, Cocker Spaniel Inglês; Melhor Par da Exposição (Juiz: Rafael Espigares, ES)
3º “Time Is Love de Lomo Ancho”, Labrador Retriever 1º “Absolutely Spotless Zippo” & “Zarah do Casal da Vinha”, Beagle, de Manuel Eduardo Mendes P. Ribeiro
Correia; 2º “Hit Iz Doma Bss” & “Guardian de Jade Follow Me If You Can”, Shar Pei, de Susana Areas Vidales e
Jesus Antonio Urbina; 3º “Oliver do Vale do Lethes” & “Lis Flower de Sand”, Boxer tigrado, de Frederico Jorge
Barros Pereira Antunes

Grupo 9
MELHOR EXEMPLAR (Juiz: Hans Boelaars, NL)
1º “Golden Boy du Bois de Villiers”, Cavalier King Charles Spaniel;
2º “Boston Style Choice The Best”, Boston Terrier;
3º “Zhemchuzhina Sibiri Ciceron”, Caniche Grande preto
Melhor Reprodutor da Exposição (Juiz: Hans Boelaars, NL)
1º “Firework do Porto Village”, Boxer fulvo, de Ana Sottomayor Alves Pimenta

Grupo 10
MELHOR EXEMPLAR (Juiz: Ferdinando Asnaghi, IT)
1º “New Tricks da Roseira Brava”, Whippet Jovem Promessa Macho (Juiz: Juiz: Paul Scanlon, IE)
2º “Islay D’Harcourt”, Galgo Irlandês; 1º “Szephegyi-Szimat Monty”, Beagle
3º “Delta Dea Blu da Quinta D’Além”, Galguinho Italiano 2º “Valley Bulls Little Boy Yoyo”, Bulldog Inglês
3º “Hit By Lightning de Carlimops Canes”, Boston Terrier

Melhor Grupo de Criador da Exposição (Juiz: Rafael Espigares, ES) Jovem Promessa Fêmea (Juiz: Rafael Espigares, ES)
1º “Quinta dos Salgueiros”, Barbado da Terceira, de José Armando Rocha Silva; 1º “Gabriela I De Gilthov’s”, Schnauzer Miniatura preto
2º “Soc Port”, Cão de Pastor Alemão de pelo curto, de Alexandre Miguel Maia Nogueira Chaves; 2º “Mara de Vall du Paço”, Cão de Pastor Alemão de pelo curto
3º “Valle du Paço”, Cão de Pastor Alemão de pelo curto, de Margarida Pereira Galvão Samões. 3º “Oolum’s Princess Ivy Fairytale”, Cão da Terra Nova

70 Cães&Companhia
Resultados gentilmente cedidos pelo
Exposições Clube Português de Canicultura
Fotos: António Eloy (www.pets-days.com)

16ª E. C. Internacional de Santarém


Samoiedo foi o vencedor
A 16ª Exposição Canina Internacional de Santarém decorreu a 6 de dezembro no Centro Nacional de Exposições.
Organizada pelo Centro Nacional de Exposições contou com 695 exemplares inscritos em catálogo.
O Melhor Exemplar da Exposição (BIS) foi o Samoiedo “Dorian Spring Charleen Lumiere De La Vie”
de Pedro Silva Brito.

Melhor da Exposição – Best in Show (Juiz: Ferdinando Asnaghi, IT)


1º “Dorian Spring Charleen Lumiere De La Vie”, Samoiedo, de Pedro Silva Brito
2º “Golden Boy du Bois de Villiers”, Cavalier King Charles Spaniel, de Karina Lhonore Schnisa
3º “Arisco Rabisco dos Makuas”, Jack Russell Terrier, de Pedro José Vitoriano Gonçalves

Melhor Bebé da Exposição (Juiz: Ferdinando Asnaghi, IT)


1º “Last Russian Imperor de Sanna Gourska”, Samoiedo, de Nadege Dubois Melhor Veterano da Exposição (Juiz: Rafael Espigares, ES)
2º “Maria Gorda da Quinta da Nascente”, Baixote Miniatura de pelo cerdoso, de Kevin Maurício Rocha Rodrigues 1º “Dom Quixote de São Barão”, English Springer Spaniel, de José António Carvalho Martins
3º “A’vigdors Garibaldina”, Bouledogue Francês, de Revaz Khomasuridzes 2º “Cory Canin do Valle da Fonte”, Golden Retriever, de Paula Alexandra Coelho Dias Santos
3º “Laika”, Cão de Fila de São Miguel, de Amadeu Manuel Ferreira Pereira

Melhor Cachorro da Exposição (Juiz: Paul Scanlon, IE) Melhor Exemplar de Raça Portuguesa da Exposição (Juiz: José Cabral, PT)
1º “Raki’s Place Filodemo”, Braco Italiano, de Elsa & Miguel Colaço 1º “Pizon’s Helga Honoris Causa”, Podengo Português Pequeno de pelo liso, de Andraz Valentic & Gabriela Veiga
2º “Vannila Sky de Villa Cayna”, Schnauzer Gigante preto, de Luís Fernando Gaudêncio Marques 2º “Noz II do Casal da Vinha”, Cão da Serra de Aires, de José Emanuel Perpétua Rodrigues
3º “Gabriela De La Villarense Kennel”, Bouledogue Francês, de Juan Antonio Cabo Hidalgo 3º “Obelix de Paio Pires”, Rafeiro do Alentejo, de Helena & João Costa

Cães&Companhia 71
Grupo 1 Grupo 5
MELHOR EXEMPLAR (Juiz: José Cabral, PT) MELHOR EXEMPLAR (Juiz: José Cabral, PT)
1º “Lexie de Vall du Paço”, Cão de Pastor Alemão de pêlo curto 1º “Dorian Spring Charleen Lumiere De La Vie”, Samoiedo
2º “Noz II do Casal da Vinha”, Cão da Serra de Aires 2º “Winter Melody You Will Live Forever”, Siberian Husky
3º “Just For De Chester”, Bearded Collie 3º “Pizon’s Helga Honoris Causa”, Podengo Português Pequeno de pelo liso

Grupo 2 Grupo 6
MELHOR EXEMPLAR (Juiz: Ilona Ostenk-Schenk, NL) MELHOR EXEMPLAR (Juiz: Hans Boelaars, NL)
1º “G D R Iris”, Bullmastiff 1º “Youra dos Sete Moinhos ”, Basset Hound
2º “Vulcans Bull Did It May Way”, Bulldog Inglês 2º “Hanka do Casal da Vinha”, Beagle
3º “Luigi da Pedra Verde”, Dobermann 3º “Quico do Falcate”, Cão da Dalmácia

Grupo 3 Grupo 7
MELHOR EXEMPLAR (Juiz: José Cabral, PT) MELHOR EXEMPLAR (Juiz: Paul Scanlon, IE)
1º “Arisco Rabisco dos Makuas”, Jack Russell Terrier 1º “Raki’s Place Nikolaos The One & Only”, Braco Italiano
2º “Irmin des Vicklands”, Terrier Escocês 2º “Akira Von Godzilla Haus”, Braco Alemão de pelo curto
3º “YMCA of Padawi’s”, Yorkshire Terrier 3º “Fascínio Fatal do Berço do Basalto”, Perdigueiro Português

Grupo 4 Grupo 8
MELHOR EXEMPLAR (Juiz: Rafael Espigares, ES) MELHOR EXEMPLAR (Juiz: Hans Boelaars, NL)
1º “Fiuza Merlot da Casa Amarela”, Baixote Standard de pelo cerdoso 1º “Tajmadoran Orlando”, Cão de Água Português
2º “I’m Julya D’Harcourt”, Baixote Miniatura de pelo cerdoso 2º “Perchwater Moves Like Jagger”, Cocker Spaniel Inglês
3º “Tango da Horta Primeira”, Baixote Standard de pelo raso 3º “Freixenet’s Ad Astra”, Cocker Spaniel Americano

72 Cães&Companhia
Grupo 9
MELHOR EXEMPLAR (Juiz: José Cabral, PT)
1º “Golden Boy du Bois de Villiers”, Cavalier King Charles Spaniel Melhor Reprodutor da Exposição (Juiz: Rafael Espigares, ES)
2º “Beckford Tommy”, Carlin 1º “Firework do Porto Village”, Boxer fulvo, de Ana Sottomayor Alves Pimenta
3º “Rania Isabella del Susheta”, Chihuahua de pêlo curto

Grupo 10 Jovem Promessa Macho (Juiz: Rafael Espigares, ES)


MELHOR EXEMPLAR (Juiz: Rui Valente Araújo, PT)
1º “Soukistan Flower Power”, Galgo Afegão 1º “Coronel Hannibal Smith de Boscardini”, Golden Retriever
2º “Islay D’Harcourt”, Galgo Irlandês 2º “Kennedy Ivory de Valmosqueiro”, Carlin
3º “Barnesmore Celtic Star”, Whippet 3º “Szephegyi-Szimat Monty”, Beagle

Melhor Grupo de Criador da Exposição (Juiz: Maria Amélia Taborda, PT)


1º “Monte dos Matos”, Barbado da Terceira, de Patrícia Ágata N. Fernandes Oliveira Sousa Jovem Promessa Fêmea (Juiz: Paul Scanlon, IE)
2º “Casal da Vinha”, Beagle, Manuel Eduardo Mendes P. Ribeiro Correia 1º “Nightingale da Roseira Brava”, Whippet
3º “Soc Port”, Cão de Pastor Alemão de pelo curto, de Alexandre Miguel Maia Nogueira Chaves 2º “Amy Amanda Allen Tripple A de Boscardini”, Golden Retriever
3º “Dogsxles Sneezy”, Bulldog Inglês

Melhor Par da Exposição (Juiz: Maria Amélia Taborda, PT)


1º “Itachi de Omni’s” & “Hiyouton the Only Flower to Bloom”, Siberian Husky, de Yoan Moreira Marques
2º “Miguelito da Casa da Tanny” & “Maria Amêndoa da Casa da Tanny”, Bulldog Inglês, de Helena Margarida
Vicente Teixeira Lopes Jovens Apresentadores (Juiz: Maria Amélia Taborda, PT)
3º “Absolutely Spotless Zippo” & “Zarah do Casal da Vinha”, Beagle, de Manuel Eduardo Mendes 1º Raquel Gonçalves; 2º Catarina Santos; 3º Tânia Gomes Rosa
P. Ribeiro Correia 4º Inês Jerónimo; 5º Joana Matos Correia; 6º Miguel Coelho

Cães&Companhia 73
Eventos Marta Correia
Fotos: Mabília Diamantino e Jorge Nunes

CÃOgumelo, um passeio muito especial!


A 7ª edição do Festival do Cogumelo – MÍSCAROS2015, decorreu no Alcaide, aldeia do
concelho do Fundão, este ano com a inovação de os tradicionais três dias do fim de semana
de 13, 14 e 15 de novembro serem precedidos de dois dias preenchidos com palestras,
workshops, passeios micológicos, demonstrações e todo um conjunto de atividades didáticas
e de divulgação da temática e áreas relacionadas.

T
ambém nesses dois dias participou a equipa d’ Alpetratínia inte- tes até à sua quinta Vale d’Encantos onde foram recebidos pelo tam-
grando nas duas sessões de palestras e sob um pano de fundo bém anfitrião António Baptista e por quatro soberbos Cães da Serra da
que se revelou comum a todas as intervenções – o respeito pela Estrela.
natureza e a preservação de conhecimentos – dois temas relacionados Falou-se de cogumelos e de cães em todo o espetro de subtemas pos-
com os cães: alimentação natural para animais em que a oradora con- síveis quer durante o passeio quer durante o magnífico piquenique, re-
vidada foi a médica veterinária holística Dinora Xavier e expectativas e pleto de sabores deliciosos e muita animação, com que terminou este
diferenças no comportamento de cães pelo canicultor João Silvino. ano o passeio, na Quinta Vale D´Encantos.
No sábado, decorreu a 2ª edição do passeio CÃOgumelo, uma orga- O CÃOgumelo contou com apoio da revista “Cães & Companhia”,
nização d’Alpetratínia em parceria com a Liga dos Amigos do Alcaide dos fotógrafos Carlos, Mabília e Adriana Diamantino e teve também
e na sequência do enorme dinamismo da sua direção presidida pelo o apoio da empresa gumelo que nesta edição surpreendeu todos com
nosso amigo Fernando Tavares. a sua surpresa e a Beiradog com as novidades para os nossos amigos
Com uma participação que superou todas as expectativas, as mais de caninos e mochila já para o próximo piquenique.
duas dezenas de cães e 80 “donos” foram recebidas pelo anfitrião Já estamos a pensar no próximo passeio com outro tema, mas por
Míscaro, um Dálmata que foi há ano e meio adotado pela Liga dos agora vamos dedicar-nos ao programa caniCULTURA no Fundão (pro-
Amigos do Alcaide, e desfrutaram de um magnífico percurso cheio de grama que antecede a 7ª Exposição Canina Nacional do Fundão) dedi-
cogumelos e da partilha de conhecimento micológico promovida pelo cado aos mais pequeninos na sua maioria, mas também aos adultos,
amigo e conhecedor da temática José Matos que guiou os participan- com a exibição do Filme “A Hora do Lobo”.
Exposições Associação Portuguesa do Cão da Serra da Estrela
Fotos: Ana Catarina Alves

XXV Exposição Canina Monográfica


Cão da Serra da Estrela
C
om o inestimável apoio da empresa A Associação Portuguesa do Cão da Serra da Estrela (APCSE)
Bio2 e da FIL, contámos com o belíssi-
mo número de 82 cães inscritos, vindos
realizou a 21 de novembro a XXV Exposição Canina Monográfica
de vários pontos do país e de Inglaterra, sendo do Cão da Serra da Estrela em Lisboa, inserida na Portugal-Agro
69 da variedade de pelo comprido e 13 da varie- que se realizou na Feira Internacional de Lisboa.
dade de pelo curto. Estiveram os julgamentos a
cargo da juíza Ilona Ostenk-Schenk, da Holanda,
apoiada pelos comissários Helena e João Costa.
Um dia em cheio, com muito público a apreciar
o nosso fantástico Cão da Serra da Estrela e
que terminou com o já habitual jantar de con-
fraternização.
A APCSE quer agradecer a todos os expositores
que inscreveram os seus cães, sem eles a Mo-
nográfica não seria um sucesso.

Melhor Exemplar da Exposição


BIS:“Nikita da Casa de Lôas” (pelo comprido)
de Fátima Almeida & José Almeida
RBIS: “Canela da Ponta da Pinta” (pelo curto)
de Manuela Paraíso & Rui Garção

Melhor Bebé
1º “Copper do Casal do Lethes” (pelo compri- Melhor Exemplar da Exposição e Reserva.
do) de Susana Lima
2º “Viriato da Quinta Moinhos das Almas”
(pelo curto) de Monika Zwesken

Melhor Cachorro
1º “Rainha da Casa de Lôas” (pelo comprido)
de Louise Bermingham & Susan Kendrick

Melhor Veterano da Exposição


1º “Mesopotania da Ponta da Pinta” (pelo
comprido) de Manuela Paraíso & Rui Garção
2º “Quasar” (pelo curto) de João Silvino Ve-
nâncio Costa A juiza Ilona Ostenk-Schenk a avaliar um exemplar. Uma cabeça bonita.

Melhor Reprodutor
1º “Trovão II” (pelo comprido) de Hugo Dias
2º “Tudor da Quinta da Liria” (pelo comprido)
de João Amorim & Alexandra Correia

Melhor Par
1º “Onix da Casa de Lôas” & “Quikka da Casa
de Lôas” (pelo comprido) de Fátima Almeida &
José Almeida
2º “Bisconde do Casal do Lethes” & “Gaia das
Terras D’Cister” (pelo comprido) de João Amo-
rim & Alexandra Correia

Melhor Grupo de Criador


1º “Casa de Lôas” (pelo comprido) de Fátima
Almeida & José Almeida
2º “Casal do Lethes” (pelo comprido) de João
Amorim & Alexandra Correia n Entrega do CAC-QC de Fêmeas pelo Dr. Nuno Vieira de Brito (Ex-Secretário de Estado da Agricultura, aqui ainda em funções).

Cães&Companhia 75
Exposições Associação dos Amigos da Raça Bulldog

18ª Exposição Canina Monográfica


da Raça Bulldog
Realizou-se a 5 de dezembro a 18ª Exposição
Canina Monográfica da Raça Bulldog, em Santarém,
organizada pela Associação dos Amigos da Raça
Bulldog com a presença de 72 exemplares.

A
AARB agradece a todos os que fizeram da nossa Monográfica
um evento tão bonito e divertido. Agradecemos especialmente
aos que colaboraram com o seu trabalho para a realização da
Monográfica, porque sem eles teria sido impossível. Agradecemos a todos
os que nos honraram com a sua participação e que assim fizeram deste
evento um momento muito especial para a raça que todos amamos. Final-
mente, agradecemos à juíza Carol Newman que aceitou o nosso convite
e com o seu prestígio internacionalmente reconhecido dignificou ainda Melhor da Exposição
BIS: “Mojaka Burogog Fflwiaw For Crofthorn LW15”, Cr. Mojaka e Pr. Diego Esteban Conejero
mais a nossa Monográfica. Contámos com o patrocínio das marcas Royal & Jose Esteban Conejero
Canin, Healthy Hounds (óleo de Salmão) e Horácios. n BOS: “De Lemavos Bull Mrs Rose MW15”, Cr. Alipio Martinez Estrada e Pr. Alipio Estrada & Laura La Fuente

Melhor Bebé Melhor Cachorro


1º “Clear Hope De Oro Graso”, Cr. e Pr. Maximo Dominguez Lavado 1º “Angelbulls Jon Snow”, Cr. Ângelo Manuel Rocha Silva e Pr. Bruno Miguel Marques Alves Silva
2º “Angelbulls Denise”, Cr. e Pr. Ângelo Manuel Rocha Silva 2º “Our Way das Estrelas do Montado”, Cr. José Paulo Cardoso Lopes e Pr. Pedro Miguel Ramos Ferreira

Melhor Par Melhor Reprodutor


1º “Hot Dog das Estrelas do Montado” & “Englands Sweetie das Estrelas do Montado” de José Lopes 1º “Capitan Jack Sparrow de Os Toliños do Ferrol JCH (PT)” de Juan Lopez Rodriguez
2º “Miguelito da Casa da Tanny” & “Maria Amêndoa da Casa da Tanny” de Helena Lopes 2º “That’s The Way Bulls Gipsy Kings JP14 JCH (PT)” de João Seabra
3º “That’s The Way Bulls Gipsy Kings JP14 JCH (PT)” & “Sweet Dolly Dolly do Vale de Leão” de João Seabra 3º “Rembombory Miguelita PBW12” de Helena Lopes

Melhor Grupo
de Criador
1º “DOGSXLES”
de Fernando Félix
2º “Vale de Leão”
de João Seabra
3º “Casa da Tanny”
de Helena Lopes

76 Cães&Companhia
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Conheça as Raças Caninas numa viagem à volta do Mundo!
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34
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E O TIPO DE PELO
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Chihuahua

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Jack Yorkshire
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Terrier Highland B déus
de Bordéu
us Napolitan
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kg, seendo
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e a partir dooss 45 kg””

Revista Quant. Preço Unit. Preço total Envie este cupão devidamente preenchido para: Cães & Companhia -
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Números atrasados: 1 a 3 revistas €0,75 – 4 a 6 revistas €1,25
Nome.................................................................................................................................Morada..........................................................................................................................................
Localidade........................................................................................................................Cód.Postal ....... ....... ....... .......-....... ....... ...... Tel. ....... ....... ....... ....... ....... ....... ....... .......
Passatempo

Vencedores
do Passatempo

“Boas Festas
de 4 patas”
No mês de dezembro pedimos uma fotografia
do seu cão a comemorar o Natal. As 5 fotografias
A Eva (3 anos) deseja Boas Festas.
publicadas vão receber um cachecol, Patrícia Santos, Barreiro
um comedouro natalício e uns snacks Fish
Chicken Stars, oferta da Trixie.

O Leopoldo (3 anos) e a Elizabeth (2 anos) adoram ajudar na decoração de Natal.


Festas Felizes a todos os patudos!
Paulo Morais, Braga

“Espero que este ano se lembrem que tenho 4 patas” A Vegas (8 meses) curiosa em relação A Vita (1 ano) a sentir-se “brilhante”
Estrelinha (8 anos) ao seu presente de Natal. Bruno e Cristiana Torres, Barcelos
Luís Cruz Um feliz Natal para todos!
Ivo Carvalho, Odivelas

Passatempo “Adeus 2015… Olá 2016”


Nesta edição de janeiro pedimos que nos envie uma fotografia do seu cão a
comemorar o Ano Novo. Indicando o nome do Passatempo, o nome e idade do cão,
legenda para a foto, nome do dono e localidade, até ao dia 8 de janeiro, para
[email protected]
Os autores das 5 fotografias mais originais recebem um Beco Pockets, da Beco
Pets. Um dispensador em bambu que se prende na trela, que inclui um rolo de sacos
biodegradáveis. Oferta da Citânia Animall.
www.citaniaanimall.pt

Nota: Os premiados devem reclamar o seu prémio através do número: 218 310 932.
Horóscopo | janeiro Dra. Maria Helena Martins

Carneiro Touro Gémeos


21 de março – 20 de abril 21 de abril – 20 de maio 21 de maio – 20 de junho
O seu cão ou gato de signo Carneiro Neste mês o seu amigo de quatro patas Mantenha a calma se o seu amiguinho
poderá andar mais cansado e mostrar-se um andará um tanto agitado. O cansaço que do signo Gémeos não o deixar sossegar nem por um
tanto apático, sem vontade de muitas brincadeiras. sente fará com que se mostre ainda mais instável, segundo. Estará muito carente e brincalhão, e como
Preste mais atenção ao que ele lhe procura transmitir, ao contrário do que é habitual nele. As corridas pela resultado não quererá estar longe dos donos em
pois andará carente e a precisar de mimos e carinhos casa serão uma constante, mas alternarão com longas momento algum. Leve o seu cão a passear consigo,
em dose reforçada. Pode também notar uma certa sestas que não interromperá nem sequer para comer. deixe o seu gato sentar-se ao seu colo: dê-lhe todo o
falta de apetite da parte dele, fale com o seu médico Se chamar por ele e ele nem pestanejar não estranhe, carinho e cuidado de que ele precisa. Tenha atenção à
veterinário e pondere fazer algumas variações na está mesmo a precisar de descanso. sua saúde, poderá sofrer de problemas de circulação
sua dieta alimentar. Neste mês mantenha-o sempre Deixe-o dormir o tempo que quiser, este mês convida sanguínea, por isso é importante que ele ande bastante
bem quentinho. mesmo à preguiça! diariamente. Mesmo que esteja sempre em casa, arranje
brincadeiras novas que estimulem a sua atividade.

Caranguejo Leão Virgem


21 de junho – 21 de julho 22 de julho – 22 de agosto 23 de agosto – 22 de setembro
O cão ou gato de signo Caranguejo Demonstre ao seu pequeno Leão Passará momentos muito felizes com
irá mostrar-se especialmente guloso todo o afeto e dedicação que tem por ele, o seu pequeno amigo do signo Virgem.
neste mês, e por isso deverá ter alguma atenção, e verá como o deixará de focinho sorridente. Aproveite para passear com ele e fazer programas
pois é bastante provável que o encontre a petiscar É muito importante para o animal de estimação deste diferentes e divertidos. Se tem filhos ou crianças
aquilo que não deve. Seja rigoroso com ele e evite signo sentir-se admirado e apreciado pelos donos, em casa, o seu cão ou gato deste signo estará
dar-lhe guloseimas sempre que ele as pede, e por isso presenteie-o com muitos mimos e carinhos, particularmente afetuoso para com eles.
pois de contrário poderá vir a ter problemas de longas sessões de massagens e escove Vigie bem as portas e janelas abertas, não vá o seu
obesidade. Para distrair a sua atenção brinque com ele, cuidadosamente o seu pelo sedoso. Ele sentir-se-á pequeno Virgem resolver dar um passeio sem avisar
inventem juntos uma nova brincadeira. todo orgulhoso e feliz, e você também. os donos.

Balança Escorpião Sagitário


23 de setembro – 22 de outubro 23 de outubro – 21 de novembro 22 de novembro – 21 de dezembro
O seu doce Balança andará dinâmico O seu cão ou gato do signo Escorpião O seu animal de estimação do signo
e cheio de vitalidade durante este mês, estará cheio de vontade de fazer Sagitário poderá mostrar-se amuado
por isso quererá marcar presença em todos os convívios coisas novas, e pedir-lhe-á com olhos meigos que se você o repreender por algum disparate que tenha
sociais dos donos, mesmo que isso implique passar o leve consigo para todo o lado ao longo do mês. feito. Seja justo e procure manter-se firme, pois é
longos serões deitado no tapete da sala enquanto O seu temperamento um tanto possessivo poderá fazer bastante importante que ele compreenda os limites
os donos conversam animadamente com os amigos. com que tenha algumas cenas de ciúme se alguém daquilo que pode e não pode fazer. Evite castigá-lo
Elogie-o e recompense-o quando ele o surpreender disputar com ele a sua atenção. Tenha paciência de forma exagerada, mas não o deixe fazer tudo
com uma nova habilidade, pois notará a sua astúcia com ele e mostre-lhe que o adora. o que lhe passa pela cabeça.
especialmente apurada.

Capricórnio Aquário Peixes


22 de dezembro – 20 de janeiro 21 de janeiro – 19 de fevereiro 20 de fevereiro – 20 de março
Este mês o seu pequeno Capricórnio A curiosidade do seu amiguinho O amor poderá bater à porta na vida
andará um tanto comilão e isso pode de signo Aquário poderá levá-lo a pôr a pata de um animal de estimação do signo
provocar-lhe alguns distúrbios digestivos. onde não deve, por isso esteja muito atento e redobre Peixes durante este mês. É uma fase favorável
Dê-lhe comida em menores quantidades às horas a vigilância para com ele. Assegure-se de que deixa para acasalamentos e também para fazer criação, pois
habituais das refeições, várias vezes ao longo do dia. as portas e janelas devidamente fechadas quando sai o seu amiguinho deste signo estará particularmente
Se lhe oferecer uma nova caminha ou um tapete fofinho de casa. A vontade de fazer novas amizades levará sensível a tudo o que o rodeia, e o seu faro apurado
para dormir as suas sestas verá como o deixará o seu cão deste signo a estabelecer contacto com irá ajudá-lo a encontrar o seu parceiro ideal.
muito contente. outros animais durante os seus passeios.

Cães&Companhia 79
Clube de Leitores

"Mas dona, tu disseste que


desta vez ia haver massagem."
Aika (5 anos)
Maria Santos, Esposende

"Nem na casa
de banho
estou bem...
paparazi!",
diz a Caline
(8 meses).
Mafalda Tomaz, Eiras

Kimi
com 2 anos. O Gaspar fez
Ana Gomes, Viseu 7 aninhos e teve
direito a bolinho.
José Manuel de Sousa
Martins, Entroncamento

Fénix.
Ana Anjos

Miau (1 ano)
e o seu charme!
Maria Teixeira Ferreira,
Amarante
A Daisy
(1 ano)
linda e
vaidosa
como
sempre!
Vânia Brenhas,
Odivelas

Tito, os
momentos
são tantos
que nem me
recordo de
alguns.
Nunca
me vou
esquecer
de ti.
Amo-te
milhões para
sempre!
Débora Duarte,
Radha na Amiais de Baixo
Arrábida.
Célia Silva,
Paio Pires
O Gourmet
com 1 ano.
Maria do Rosário Pereira,
Porto

Foto a
Premiad

“Sou tão
fofo, não
Carinho entre sou?” diz
Cuca e Bud. o Sylar.
Nádia Bastos, Sintra Filipa Santos,
Porto

O Eddy com o Yuki.


Bruna Meira, Argoncilhe

“Sou ou não sou


giro!” diz o Kiko
Miguel (7 meses).
Helena Machado,
Póvoa de Santa Iria
Clube de Leitores

O Bichon Maltês Tiki


em modo relax.
António Pedro, Portalegre

Foto a
Premiad A Íris
com 1 ano.
Joana Rosa,
Almargem do Bispo

Que bem se
está ao sol!
Milka (1
ano) e Vicky
(6 meses)
Mónica Ferreira,
São Domingos
de Rana

O Matheus
com 6 meses.
Carmen Dias, Feijó

Chico
Larico
A Lisa (1 ano) (3 anos)
adora o outono na caixa.
e rebolar nas folhas. Maria Teresa,
Patricia Sofia Vasconcelos, Sobral de
Baguim do Monte Monte Agraço
A Pastor Branco
Suíço Sasha
(4 meses)
na Marina de
Vilamoura.
Paulo Santos, Montijo

A Princesa Foto a
Nala
(5 meses).
Premiad
Andreia
Castro, Póvoa
de Varzim

Ninja
(1 Ano)
com o
seu totó!
Sandra Santos,
Aveiro

Vamos
ter saudades
do sol.
Bonnie
(3 anos)
e Clyde
Carinho entre (5 anos)
Cuca e Bud. Ana Cruz Costa,
Nádia Bastos, Sintra Rio Tinto

O Eddy com o Yuki.


Bruna Meira, Argoncilhe

Nota aos leitores: Recebemos fotografias Envie uma fotografia do seu animal de estimação e habilite-se a
novas todos os dias! Muito obrigado! ganhar uma Água de Colónia da Dixie para o seu cão ou gato, oferta
Sabemos que todos querem ver as suas fotos da Patinhas Verdes.
nestas páginas da revista, mas atualmente existe Para participar deve enviar uma fotografia com legenda
um grande intervalo de tempo entre a receção e os seus dados (Nome e idade do animal, nome do dono, localidade
das mesmas e a sua publicação. No entanto, e telefone), para: [email protected] Com o apoio:
todas as fotografias são publicadas, seguindo a Nota: Os premiados têm de reclamar
sua ordem de chegada à nossa redação. o seu prémio através do telefone: 218 310 932.
Esta rubrica está aberta para as Associações e particulares que queiram enviar apelos de animais para adoção.
Adota-me Envie uma descrição do animal, a fotografia e contacto para: [email protected]

Valentim Vasquinho
O Valentim nasceu em setembro O Vasquinho é um pequenote.
de 2015. Extremamente meigo e Calmo, asseado e muito meigo.
sossegado. É um animal muito medroso. Está em FAT.
Dá-se preferência a adotante experiente Ao cuidado da associação “Os
e paciente, que consiga transmitir-lhe Canitos”.
confiança. Ao cuidado de Patinhas de Lã.
Local: Alcochete
Local: Moita Contacto: 212 348 630
Contacto: 912 968 801 (após as 19h)
[email protected]

www.facebook.com/causapatinhasdela www.facebook.com/oscanitos

Lenny Nocas
A Lenny foi acolhida com a mãe com A Nocas é uma menina jovem
cerca de 4 semanas. de porte pequeno.
Será de porte médio. Ao cuidado da Associação
Ao cuidado da Associação Quatro Protetora dos Animais
Patas e Focinhos. Domésticos de Ovar.
Local: Mealhada Local: Ovar
Contacto: 918 570 448 Contacto: 962 017 438
ou 918 315 185

www.facebook.com/4patasefocinhos www.facebook.com/apado.ovar

Arisca Tito
A Arisca está para adoção no Canil O Tito tem cerca de 3 anos.
Municipal do Seixal. De porte pequeno, com cerca de 6 kg.
O Movimento Movido a 4 Patas Ao cuidado do Cantinho dos Animais
pode fazer a ponte se quiser de Beja.
adotá-lo.
Local: Beja
Local: Seixal Contacto: 966 594 799
Contacto: 916 696 449 [email protected]
[email protected]

www.movidoa4patas.com www.facebook.com/pages/Cantinho-
www.facebook.com/4PatasEv dos-Animais-de-Bejas

Joy Gastão
O Joy já teve tudo, mas perdeu tudo. O Gastão tem 9 meses.
Jovem, simpático e muito meigo. De porte pequeno/médio.
Ao cuidado da União para a Ao cuidado da CãoViver – Associação
Proteção dos Animais.
Local: Vila do Conde
Local: Sintra [email protected]
Contacto: 916 620 370
[email protected]

www.associacaocaoviver.org
www.uppa.pt www.facebook.com/
www.facebook.com/uppa.uniao associacaocaoviver

Canela Kiddo
A Canela tem cerca de 8 meses. O Kiddo estava na Terrugem.
Muito dócil e brincalhona. Tem cerca de 5 meses.
Desparasitada e esterilizada. Só quer mimos.
Está em FAT. Ao cuidado da Associação Entre Gatos.
Ao cuidado da Animais de Rua.
Local: Sintra
Local: Faro Contacto: 936 171 857
Contacto: [email protected] [email protected]

http://assoc-entregatos.blogspot.pt/
www.facebook.com/ www.facebook.com/
animaisderuanucleodefaro AssociacaoEntreGatos

84 Cães&Companhia
ADIVINHA
QUEM É QUE
JÁ APADRINHOU
UM ANIMAL?
AGORA É A TUA VEZ…
OU EU FICO
DE TROMBAS!

No ZOO, tudo é possível.


Até tornar os seus pequenotes
padrinhos dos nossos.
Ajudam na conservação
das espécies e ainda têm
direito a várias atividades
para acompanharem de perto
os afilhados, enquanto
crescem juntos.

www.zoo.pt
Montra

Colchões e camas JK Animals


Nova coleção de colchões e camas da JK Animals, com diversos modelos
confortáveis e quentes para esta época. Para mais informações, contacte a
Alimento Vivo com nova imagem Bio2: 212 137 630 ou [email protected].
A Alimento Vivo mudou a imagem da marca, apresentando um novo logótipo,
embalagem e mascote, assim como um website renovado. A marca definiu
para o ano de 2016 a revolução na forma como a alimentação de répteis,
anfíbios, aracnídeos, entre outras espécies insetívoras, é feita. A ideia
é simplificar e tornar acessível a todos uma alimentação viva e fresca,
bem como todo um manancial de informação sobre os vários alimentos e
espécies. Na fase de relançamento, o alimento vivo estará disponível para
venda exclusivamente no próprio website, sendo a distribuição brevemente
alargada às lojas da especialidade e clínicas veterinárias, em todo o território
nacional.
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www.facebook.com/alimentovivo.pt

Manual do Cão
Tudo o que é preciso saber para tratar do fiel amigo, desde o material necessário, aos
cuidados diários, saúde, treino e comportamento.
Este manual exaustivo contém conselhos de especialistas sobre nutrição, cuidados
com o pelo, exercício, brincadeiras e tudo o que é preciso saber para compreender o
comportamento canino.
Encontrará ainda nestas páginas informação detalhada sobre saúde, que ajudará a manter o
cão Com dicas de especialistas, indicações passo a passo e práticas listas de consulta.

Schesir para gatos


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apresentações: Kitten, Hairball,
Sterilized & Light e Mature.
Para mais informações,
contacte o importador VETin –
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dar uma preciosa ajuda aos mais pequenos, ensinando-os a cuidar na perfeição do seu melhor amigo. gama com uma fórmula avançada para tornar o seu
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e as melhores dicas para o educar. Os livros, cheios de ilustrações divertidas e cheias de cor, trazem, de extrato de yuca que reduz significativamente
ainda, muitas páginas para colarem fotografias e apontarem tudo sobre o seu novo amigo, incluindo: os odores dos dejetos dos animais. Disponível em
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88 Cães&Companhia
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“Não basta ser Retriever”


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Tipos de cruzamentos
A consanguinidade não é o único sistema de acasalamento a que se pode recorrer para tentar obter animais
com as características desejadas. No próximo mês, vamos abordar que sistemas de acasalamento existem
Nº 224 – Janeiro 2016 e como podem ser utilizados na criação de animais.
Diretora: Marta Manta
[email protected]

Redação: Inês Ribeiro Sequeira


Tel. 218 310 933
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Publicidade: Ana Rei Lobo


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Tel. 218 310 932

Gestão de Assinaturas e Distribuição:


Eduarda Leal
[email protected]
[email protected]
Tel. 218 310 937

Colaboram neste número:


Carla Cruz, Cláudia Estanislau (It’s All About Dogs),
Nome do medicamento veterinário Seresto, coleira 1,25 g + 0,56 significativamente a duração da eficácia de 8 meses para as de síntese. De acordo com o conhecimento atual os piretróides de
Cláudia Rodrigues (Hospital Veterinário g para gatos e cães ≤ 8 kg. Número de autorização: carraças após a redistribuição das substâncias ativas no pelo, síntese interferem com os canais de sódio das membranas
de Montenegro), Clube Português de Canicultura, 365/03/11DFVPT. Data da autorização: 8 de Agosto de 2011. enquanto que a eficácia do medicamento veterinário contra as celulares nervosas, retardando a repolarização do nervo e
Clube Português de Felinicultura, Clube Português Espécies-alvo Felinos (gatos), caninos (cães ≤ 8 kg). Para cães > pulgas diminui gradualmente a partir do 5º mês. Precauções resultando na morte do parasita. Em estudos sobre a relação
8 kg utilizar Seresto, coleira 4,50 g + 2,03 g para cães > 8 kg (ver especiais a adoptar pela pessoa que administra o medicamento estrutura-atividade observou-se como resultado a interferência de
do Barbado da Terceira, Isabel Nobre, Maria João Dinis “Posologia e via de administração”). Indicações Gatos: aos animais Manter o saco com a coleira dentro da embalagem um número de piretróides com os recetores de uma certa
da Fonseca (Hospital Veterinário de Montenegro), Tratamento e prevenção de infestações por pulgas exterior até à utilização. Como para qualquer medicamento configuração quiral causando uma atividade seletiva sobre os
(Ctenocephalides felis) durante 7 a 8 meses. Protege o ambiente veterinário, não deixar as crianças pequenas brincar com a coleira ectoparasitas. Com estes compostos não foi observada nenhuma
Patrícia Pimenta (Hospital do Gato), Rita Silva envolvente do animal contra o desenvolvimento das larvas de ou colocá-la na boca. Os animais que usam a coleira não devem atividade anti-colinesterase. A flumetrina é responsável pela
(Royal Canin) pulga durante 10 semanas. O medicamento veterinário pode ser dormir na cama com os seus donos, especialmente as crianças. As atividade acaricida do medicamento veterinário, impedindo
utilizado como parte de uma estratégia de tratamento para o pessoas com hipersensibilidade conhecida aos componentes da também a produção de ovos férteis pelo seu efeito letal sobre as
controlo da Dermatite Alérgica a Picada de Pulga (DAPP). O coleira devem evitar o contacto com a mesma. Deitar fora carraças fêmeas. Num estudo in-vitro 5 a 10 % das carraças
Produção gráfica: medicamento veterinário tem uma eficácia acaricida (mata) imediatamente quaisquer restos ou pedaços cortados da coleira Rhipicephalus sanguineus expostas a uma dose subletal de 4 mg
Fernando Paiva [email protected] (Ixodes ricinus, Rhipicephalus turanicus) e repelente (impede a (ver “Posologia e via de administração”). Lavar as mãos com de flumetrina/L depositaram ovos com um aspeto alterado
alimentação) persistente contra infestações por carraças (Ixodes água fria após a colocação da coleira. Posologia e via de (enrugado, baço e seco) indicando um efeito esterilizante. Para
ricinus) durante 8 meses. É eficaz contra larvas, ninfas e carraças administração Uso cutâneo. Uma coleira por animal que deve ser além das espécies de carraças referidas na secção “Indicações”
Fotografia: adultas. As carraças já presentes no gato antes do tratamento colocada à volta do pescoço. Para gatos e cães pequenos até 8 kg foi demonstrada em gatos atividade contra Ixodes hexagonus e a
podem não morrer nas 48 horas após a colocação da coleira, de peso corporal utilizar uma coleira de 38 cm de comprimento. espécie de carraça não encontrada na Europa Amblyomma
António Eloy, Shutterstock podendo permanecer fixadas e visíveis. Assim, é recomendada a Cães com mais de 8 kg utilizar uma coleira Seresto para cães > 8 americanum, e em cães contra I. hexagonus, I. scapularis e as
remoção das carraças presentes no gato no momento da kg de 70 cm de comprimento. Apenas para uso externo. Antes da espécies de carraças não encontradas na Europa Dermacentor
colocação. A prevenção de novas infestações por carraças inicia-se utilização retirar diretamente a coleira do saco. Desenrolar a coleira variabilis e I. holocyclus, a carraça Australiana que causa paralisia.
Impressão: Litofinter nos dois dias após a colocação da coleira. Preferencialmente, a e verificar que não há restos das tiras de ligação de plástico O medicamento veterinário tem atividade repelente (impede a
Distribuição: VASP coleira deve ser colocada antes do início da época das pulgas ou agarrados à parte interna da coleira. Ajustar a coleira à volta do alimentação) contra as carraças indicadas, prevenindo assim a
Distribuidora de Publicações carraças. Cães: Tratamento (Ctenocephalides felis) e prevenção de pescoço do animal sem apertar demasiado (como orientação, ingestão de sangue pelos parasitas repelidos, e deste modo ajuda
infestações por pulgas (Ctenocephalides felis, C. canis) durante 7 deve deixar-se uma folga suficiente de modo a que entre o indiretamente a reduzir o risco de doenças transmitidas por
Média Logistics Park a 8 meses. Protege o ambiente envolvente do animal contra o pescoço e a coleira caibam 2 dedos). Puxar a coleira pela presilha vetores. Para os gatos, proteção indireta contra a transmissão de
Quinta do Grajal - Venda Seca desenvolvimento das larvas de pulga durante 8 meses. O e cortar o excesso do comprimento deixando 2 cm a seguir à Cytauxzoon felis (transmitido pelas carraças Amblyomma
medicamento veterinário pode ser utilizado como parte de uma presilha. A coleira deve ser usada continuamente durante o americanum) foi demonstrada num estudo laboratorial com um
2735-511 Agualva Cacém estratégia de tratamento para o controlo da Dermatite Alérgica a período de proteção de 8 meses e deve ser removida após o pequeno número de animais, 1 mês após o tratamento, reduzindo
Picada de Pulga (DAPP). O medicamento veterinário tem uma período de tratamento. Verificar periodicamente e ajustar se assim o risco de doenças causadas por este agente patogénico,
Tiragem: 10.000 exemplares eficácia acaricida (mata) contra infestações por carraças (Ixodes necessário, principalmente quando os gatinhos/cachorros crescem nas condições do estudo. Para os cães, em adição aos agentes
ricinus, Rhipicephalus sanguineus, Dermacentor reticulatus) e uma rapidamente. Esta coleira foi desenhada com um mecanismo de patogénicos referidos na secção “Indicações”, proteção indireta
Periodicidade: Mensal eficácia repelente (impede a alimentação) persistente contra fecho de segurança. Na remota possibilidade de um gato ficar contra a transmissão de Babesia canis canis (por carraças
Preço (IVA inc.) para Portugal: 3€ cont. infestações por carraças (Ixodes ricinus, Rhipicephalus preso, a própria força do gato é suficiente para alargar a coleira Dermacentor reticulatus) foi demonstrada num estudo de
sanguineus) durante 8 meses. É eficaz contra larvas, ninfas e permitindo a rápida libertação. Propriedades farmacodinâmicas laboratório no dia 28 após tratamento, e proteção indireta contra a
Depósito Legal: M. 15.759-1997 carraças adultas. As carraças já presentes no cão antes do O imidaclopride é um ectoparasiticida que pertence ao grupo dos transmissão de Anaplasma phagocytophilum (por carraças Ixodes
ERC: nº 120617 tratamento podem não morrer nas 48 horas após a colocação da compostos cloronicotinilos. Quimicamente, pode ser classificado ricinus) foi demonstrada num estudo de laboratório aos 2 meses
coleira, podendo permanecer fixadas e visíveis. Assim, é como uma nitroguanidina cloronicotinilo. O imidaclopride é ativo após tratamento, reduzindo assim o risco de doenças causadas
recomendada a remoção das carraças presentes no cão no contra as pulgas adultas e seus estadios larvares e piolhos. A por estes agentes patogénicos, nas condições destes estudos. Os
Liderança Ibérica momento da colocação. A prevenção de novas infestações por atividade contra C. felis começa imediatamente após a colocação dados de dois ensaios clínicos de campo realizados em áreas
A Editorial Grupo V possui mais de trinta carraças inicia-se nos dois dias após a colocação da coleira. O da coleira, enquanto que a eficácia adequada contra C. canis endémicas de Leishmania infantum indicam uma redução
medicamento veterinário oferece proteção indireta contra a começa na primeira semana após a colocação da coleira. Para significativa no risco de transmissão de Leishmania por flebótomos
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com uma circulação mensal superior a 800.000 Ehrlichia canis pela carraça vetor Rhipicephalus sanguineus, demonstrada uma ação contra as pulgas Ctenocephalides canis e de não ter sido estabelecida a eficácia do medicamento veterinário
reduzindo assim o risco de babesiose canina e erliquiose canina Pulex irritans. O imidaclopride possui uma elevada afinidade para na prevenção da picada por flebótomos. A influência de banho
revistas.Os nossos títulos na área dos animais durante 7 meses. Tratamento de infestação por piolhos os recetores nicotinérgicos da acetilcolina da região pós-sináptica com champô ou imersão em água não foi determinada
de companhia lideram os mercados ibéricos. mastigadores (Trichodectes canis). Preferencialmente, a coleira do sistema nervoso central (SNC) da pulga. A subsequente relativamente à transmissão da leishmaniose canina. Na
deve ser colocada antes do início da época das pulgas ou inibição da transmissão colinérgica nos insetos, resulta em infestação por Sarcoptes scabiei, as coleiras foram capazes de
carraças. Precauções especiais para utilização em animais O paralisia e morte do parasita. Devido à fraca natureza da interação promover uma melhoria em cães pré-infestados, levando à cura
NOTA: As opiniões, notas e comentários medicamento veterinário é resistente à água; mantém-se eficaz se com os recetores nicotinérgicos dos mamíferos e à postulada fraca completa após três meses. Medicamento não sujeito a receita
são da exclusiva responsabilidade dos o animal se molhar. No entanto, deve evitar-se a exposição intensa passagem através da barreira hemato-encefálica dos mamíferos, médico-veterinária. Leia cuidadosamente as
autores ou das entidades que forneceram e prolongada à água ou numerosos banhos com champô, porque não tem virtualmente efeito sobre o SNC dos mamíferos. informações constantes do acondicionamento secundário e do
os dados. A reprodução de artigos, a duração da atividade pode ser reduzida. Estudos mostraram que Imidaclopride exerce uma atividade farmacológica mínima nos folheto informativo e, em caso de dúvida ou persistência dos
o banho mensal com champô ou a imersão em água não reduz mamíferos. A flumetrina é um ectoparasiticida do grupo piretróide sintomas, consulte o médico veterinário.
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