Lei Orgânica de Belo Horizonte - MG
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LEI ORGÂNICA
Nós, representantes do povo de Belo Horizonte, inves dos pela Cons tuição da República na atribuição
de elaborar a lei basilar da ordem municipal autônoma e democrá ca, que, fundada no império de jus ça
social e na par cipação direta da sociedade civil, instrumentalize a descentralização e a desconcentração
do poder polí co, como forma de assegurar ao cidadão o controle do seu exercício, o acesso de todos à
cidadania plena e a convivência em uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, promulgamos,
sob a proteção de Deus, a seguinte Lei Orgânica:
TÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1ºO Município de Belo Horizonte integra, com autonomia polí co-administra va, a República
Federa va do Brasil e o Estado de Minas Gerais.
Parágrafo Único - O Município se organiza e se rege por esta Lei Orgânica e demais leis que adotar,
observados os princípios cons tucionais da República e do Estado.
Art. 2º Todo o poder do Município emana do povo, que o exerce por meio de seus representantes
eleitos, ou diretamente, nos termos da Cons tuição da República e desta Lei Orgânica.
§ 1º O exercício indireto do poder pelo povo no Município se dá por representantes eleitos pelo sufrágio
universal e pelo voto direto e secreto, com igual valor para todos, na forma da legislação federal, e por
representantes indicados pela comunidade, nos termos desta Lei Orgânica.
§ 2º O exercício direto do poder pelo povo no Município se dá, na forma desta Lei Orgânica, mediante:
I - plebiscito;
II - referendo;
§ 3º A par cipação na administração pública e a fiscalização sobre esta se dão por meio de instâncias
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Art. 3º São obje vos prioritários do Município, além daqueles previstos no art. 166 da Cons tuição do
Estado:
II - assegurar o exercício, pelo cidadão, dos mecanismos de controle da legalidade e da legi midade dos
atos do Poder Público e da eficácia dos serviços públicos;
IV - promover o bem de todos, sem dis nção de origem, raça, sexo, cor, credo religioso, idade, ou
quaisquer outras formas de discriminação;
V - proporcionar aos seus habitantes condições de vida compa veis com a dignidade humana, a jus ça
social e o bem comum;
VI - priorizar o atendimento das demandas da sociedade civil de educação, saúde, transporte, moradia,
abastecimento, lazer e assistência social;
VII - preservar a sua iden dade, adequando as exigências do desenvolvimento à preservação de sua
memória, tradição e peculiaridades;
VIII - valorizar e desenvolver a sua vocação de centro aglu nador e irradiador da cultura brasileira.
Parágrafo Único - O Município concorrerá, nos limites de sua competência, para a consecução dos
obje vos fundamentais da República e prioritários do Estado.
TÍTULO II
DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS
Art. 4º O Município assegura, no seu território e nos limites de sua competência, os direitos e garan as
fundamentais que a Cons tuição da República confere aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no
País.
§ 1º Nenhuma pessoa será discriminada, ou de qualquer forma prejudicada, pelo fato de li gar com órgão
ou en dade municipal, no âmbito administra vo ou judicial.
§ 2º Todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente
de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local,
sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente, que, no Município, é o Prefeito ou aquele a
quem ele delegar a atribuição.
§ 3º Nos processos administra vos, qualquer que seja o objeto e o procedimento, observar-se-ão, entre
outros requisitos de validade, a publicidade, o contraditório, a defesa ampla e o despacho ou a decisão
mo vados.
§ 4º Todos têm o direito de requerer e obter informação sobre projeto do Poder Público, ressalvada
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aquela cujo sigilo seja, temporariamente, imprescindível à segurança da sociedade e do Município, nos
termos da lei, que fixará também o prazo em que deva ser prestada a informação.
§ 7º Será punido, nos termos da lei, o agente público que, no exercício de suas atribuições e
independentemente da função que exerça, violar direito previsto nas Cons tuições da República e do
Estado e nesta Lei Orgânica.
§ 9º O Poder Público coibirá todo e qualquer ato discriminatório, nos limites de sua competência,
dispondo, na forma da lei, sobre a punição dos agentes públicos e dos estabelecimentos privados que
pra quem tais atos.
III - criar dis nção entre brasileiros ou preferência de uma em relação às demais unidades da federação.
TÍTULO III
DA ORGANIZAÇÃO DO MUNICÍPIO
Capítulo I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 6º São Poderes do Município, independentes e harmônicos entre si, o Legisla vo e o Execu vo.
Parágrafo Único - Salvo as exceções previstas nesta Lei Orgânica, é vedado a qualquer dos Poderes delegar
atribuição e, a quem for inves do na função de um deles, exercer a de outro.
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II - legislar sobre assuntos de interesse local e suplementar as legislações federal e estadual no que
couber;
Art. 10Depende de lei a criação, organização e supressão de distritos ou subdistritos, observada, quanto
àqueles, a legislação estadual.
Capítulo II
DA COMPETÊNCIA DO MUNICÍPIO
Art. 11 Compete ao Município prover a tudo quanto respeite ao seu interesse local.
I - manter relações com a União, os Estados Federados, o Distrito Federal e os demais Municípios;
VI - ins tuir e arrecadar os tributos de sua competência e aplicar as suas receitas, sem prejuízo da
obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes trimestralmente;
VII - organizar e prestar, diretamente ou mediante delegação, os serviços públicos de interesse local,
incluído o de transporte cole vo, que tem caráter essencial;
X - administrar seus bens, adquiri-los e aliená-los, aceitar doações, legados e heranças, e dispor sobre sua
aplicação;
XI - desapropriar bens, por necessidade ou u lidade pública, ou por interesse social, nos casos previstos
em lei;
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XII - estabelecer servidões administra vas necessárias à realização de seus serviços, inclusive os prestados
mediante delegação, e, em caso de iminente perigo ou calamidade pública, ocupar e usar de propriedade
par cular, bens e serviços, assegurada indenização ulterior, se houver dano;
XIII - estabelecer o regime jurídico único de seus servidores e os respec vos planos de carreira;
XIV - cons tuir guarda municipal des nada à proteção de seus bens, serviços e instalações, nos termos da
Cons tuição da República;
XVI - cooperar com a União e o Estado, nos termos de convênio ou consórcio previamente aprovados pela
Câmara, na execução de serviços e obras de interesse para o desenvolvimento local;
XVII - par cipar, autorizado por lei, da criação de en dade intermunicipal para a realização de obra, o
exercício de a vidade ou a execução de serviço específico de interesse comum;
XVIII - fiscalizar a produção, a conservação, o comércio e o transporte de gênero alimen cio e produto
farmacêu co des nados ao abastecimento público, bem como de substância potencialmente nociva ao
meio ambiente, à saúde e ao bem-estar da população;
XXV - licenciar e fiscalizar, nos locais sujeitos ao seu poder de polícia, a fixação de cartazes, anúncios e
quaisquer outros meios de publicidade e propaganda;
XXVI - regulamentar e fiscalizar, na área de sua competência, os espetáculos e os diver mentos públicos;
I - zelar pela guarda da Cons tuição, das leis e das ins tuições democrá cas e conservar o patrimônio
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público;
II - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e da garan a das pessoas portadoras de deficiência;
Capítulo III
DO DOMÍNIO PÚBLICO
Art. 14 Cons tuem bens municipais todas as coisas móveis e imóveis, direitos e ações que, a qualquer
tulo, pertençam ao Município.
Capítulo IV
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
§ 1º A moralidade e a razoabilidade dos atos do Poder Público serão apuradas, para efeito de controle e
invalidação, em face dos dados obje vos de cada caso.
§ 2º O agente público mo vará o ato administra vo que pra car, explicitando-lhe o fundamento legal, o
fá co e a finalidade.
Art. 16 A administração pública direta é a que compete ao órgão de qualquer dos Poderes do Município.
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I - à autarquia;
IV - à fundação pública;
Art. 20 Funcionará junto a cada sistema administra vo uma instância, com atribuições de:
II - par cipar da elaboração de planos e programas para o setor e do levantamento de seus custos;
III - analisar e manifestar-se sobre o plano diretor, o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e o
orçamento anual;
Parágrafo Único - Admi r-se-á o funcionamento de instâncias junto a sistema administra vo ou a órgão
ou en dade da administração pública, nos termos do art. 23 e seus parágrafos, voltados para as áreas de
interesse específicos da criança, do adolescente, do idoso, do portador de deficiência, do negro e da
mulher.
Art. 21 Administração Regional é a unidade descentralizada do Poder Execu vo, com circunscrição,
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Parágrafo Único - As diretrizes, metas e prioridades da administração municipal serão definidas, para cada
Administração Regional, nas leis de que trata o art. 125.
Art. 22 Funcionará junto a cada Administração Regional uma instância, com atribuições de:
I - relacionar as carências e reivindicações regionais, nas áreas, entre outras, de saúde, educação,
habitação, transporte, saneamento básico, meio ambiente, urbanização, cultura, esporte e lazer e nas
rela vas à criança, ao adolescente e ao portador de deficiência, e hierarquizar as prioridades;
II - par cipar da elaboração de planos de obras prioritárias para a região e do levantamento de seus
custos;
III - analisar e manifestar-se sobre o plano diretor, o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e o
orçamento anual;
§ 2º A par cipação nas instâncias não acarretará qualquer ônus para o Município. (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 11/1996)
Art. 24 O Poder Público garan rá a par cipação da sociedade civil na elaboração do plano diretor, do
plano plurianual, das diretrizes orçamentárias e do orçamento anual.
II - a autorização para ins tuir e ex nguir sociedade de economia mista e empresa pública e para alienar
ações que garantam, nessas en dades, o controle pelo Município;
III - a criação de subsidiária das en dades mencionadas nos incisos anteriores e sua par cipação em
empresa privada.
§ 1º Ao Município somente é permi do ins tuir ou manter fundação com a natureza jurídica de direito
público.
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Art. 26 Para o procedimento de licitação, obrigatório para contratação de obra, serviço, compra,
alienação e concessão, o Município observará as normas gerais expedidas pela União.
Art. 27As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos
responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, sendo obrigatória a
regressão, no prazo estabelecido em lei, contra o responsável, nos casos de dolo ou culpa.
Art. 28 A publicidade de ato, programa, projeto, obra, serviço e campanha de órgão público, por
qualquer veículo de comunicação, somente pode ter caráter informa vo, educa vo ou de orientação
social, e dela não constarão nome, cor ou imagem que caracterizem a promoção pessoal de autoridade,
servidor público ou par do polí co.
§ 1º É vedado ao Município subvencionar ou auxiliar, com recursos públicos e por qualquer meio de
comunicação, propaganda polí co-par dária ou com finalidade estranha à administração pública.
Art. 29 A lei definirá os atos decisórios de relevância que deverão ser publicados para produzir efeitos.
Art. 30Para registro dos atos e fatos administra vos, o Município terá livros, fichas ou outro sistema,
convenientemente auten cados, que forem necessários aos seus serviços.
Parágrafo Único - O Município terá um livro especial para o registro de suas leis.
Art. 31Cabe ao Prefeito a administração dos bens municipais, respeitada a competência da Câmara
quanto àqueles u lizados em seus serviços.
Art. 32 A aquisição de bem imóvel, por meio de compra, permuta ou doação com encargo, depende de
autorização legisla va e, nos dois primeiros casos, também de prévia avaliação. (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 11/1996)
Art. 33 A alienação de bem imóvel público edificado depende de avaliação prévia, licitação e autorização
legisla va.
Parágrafo Único - A alienação aos proprietários de imóveis lindeiros de áreas urbanas remanescentes,
resultantes de obras públicas, e inaproveitáveis para edificação ou outra des nação de interesse público,
bem como de áreas resultantes de modificação de alinhamento, dependerá de prévia avaliação e
autorização legisla va.
Art. 34 A alienação de bem imóvel público não edificado depende de interesse público, avaliação prévia,
autorização legisla va e licitação, observadas, quanto a esta, as exceções previstas em Lei. (Redação dada
pela Emenda à Lei Orgânica nº 22/2010)
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§ 1º São inalienáveis os bens imóveis públicos, edificados ou não, u lizados pela população em a vidades
de lazer, esporte e cultura, os quais somente poderão ser u lizados para outros fins se o interesse público
o jus ficar e mediante autorização legisla va. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 22/2010)
Parágrafo Único - O tulo de domínio e o de concessão do direito real de uso serão conferidos ao homem
ou à mulher, ou a ambos, independentemente do estado civil, nos termos e condições previstos em lei.
Art. 36 Os bens imóveis públicos de interesse histórico, ar s co ou cultural somente podem ser
u lizados por terceiros para finalidades culturais.
Art. 37 A alienação de bem móvel é feita mediante procedimento licitatório e depende de avaliação
prévia.
§ 1º Para os fins do ar go, o órgão competente expedirá laudo técnico que comprove a obsolescência ou
exaustão, em razão de uso, do bem.
II - permuta;
§ 3º O disposto no inciso III do parágrafo anterior depende de prévia autorização legisla va.
§ 4º Nos casos em que for dispensada a Autorização legisla va, o Execu vo encaminhará à Câmara
relatório explicando a alienação feita, par cularmente sobre o preço, se for o caso, e os critérios de
escolha do adquirente. (Redação acrescida pela Emenda à Lei Orgânica nº 11/1996)
Art. 38 O uso especial de bem patrimonial do Município por terceiro será objeto, na forma da lei, de:
I - concessão, mediante contrato de direito público, remunerada ou gratuita, ou a tulo de direito real
resolúvel;
II - permissão;
III - cessão;
IV - autorização.
§ 1º O uso especial de bem patrimonial por terceiro será sempre a tulo precário, condicionado ao
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§ 2º O uso especial de bem patrimonial será remunerado e dependerá de licitação quando des nado a
finalidade econômica.
§ 3º O uso especial de bem patrimonial poderá ser gratuito quando se des nar a outras en dades de
direito público, en dades assistenciais, religiosas, educacionais, espor vas, desde que verificado
relevante interesse público. (Redação acrescida pela Emenda à Lei Orgânica nº 4/1993)
Art. 39 Os bens do patrimônio municipal devem ser cadastrados, zelados e tecnicamente iden ficados,
especialmente as edificações de interesse administra vo, as terras públicas e a documentação dos
serviços públicos.
§ 1º O cadastramento e a iden ficação técnica dos imóveis do Município, de que trata o ar go, devem ser
anualmente atualizados, garan do o acesso às informações neles con das.
§ 2º Os imóveis não-edificados deverão ser murados ou cercados e iden ficados com placas indica vas da
propriedade municipal.
Art. 40É vedado ao Poder Público edificar, descaracterizar ou abrir vias públicas em praças, parques,
reservas ecológicas e espaços tombados do Município, ressalvadas as construções estritamente
necessárias à preservação e ao aperfeiçoamento das mencionadas áreas.
Art. 43É vedada a contratação de empresas, inclusive as locadoras de mão-de-obra, para a execução de
tarefas próprias e permanentes de órgãos e en dades da administração pública, salvo as situações de
emergência, bem como as a vidades sazonais ou para as quais a manutenção de pessoal técnico e
operacional e de equipamentos e instalações seja inconveniente ao interesse público, nos termos da lei.
Capítulo V
DOS SERVIDORES PÚBLICOS
I - em qualquer dos Poderes do Município, nas autarquias e nas fundações públicas, por servidor público,
ocupante de cargo público, em caráter efe vo ou em comissão, ou de função pública;
II - nas sociedades de economia mista, nas empresas públicas e nas demais en dades de direito privado
sob o controle direto ou indireto do Município, por empregado público, ocupante de emprego público ou
função de confiança.
Art. 45 Os cargos, empregos e funções são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos
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estabelecidos em lei.
§ 1º A inves dura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de
provas, ou de provas e tulos, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de
livre nomeação e exoneração.
§ 2º O prazo de validade do concurso público é de até dois anos, prorrogável, uma vez, por igual período.
§ 5º Ao servidor público municipal são garan dos, nos concursos públicos, cinco por cento da pontuação
total dos tulos, por ano de serviço prestado, mediante subordinação, à administração pública do
Município, até o máximo de trinta por cento.
Art. 46 A lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado, para atender a necessidade
temporária de excepcional interesse público.
§ 2º É vedado o desvio de função de pessoa contratada na forma autorizada no ar go, bem como sua
recontratação, sob pena de nulidade do contrato e responsabilização administra va e civil da autoridade
contratante.
Art. 47Serão exercidos por servidores ou empregados públicos municipais os cargos em comissão e as
funções de confiança da administração direta, inferiores, no Poder Execu vo, ao terceiro nível hierárquico
da estrutura organizacional e, no Poder Legisla vo, ao primeiro nível.
Art. 49 A revisão geral da remuneração do servidor público, sob um índice único, far-se-á sempre no mês
que a lei fixar, sendo, ainda, assegurada a preservação mensal de seu poder aquisi vo, desde que
respeitados os limites a que se refere a Cons tuição da República.
§ 1º A lei fixará o limite máximo e a relação entre a maior e a menor remuneração dos servidores
públicos, a qual não poderá exceder a percebida, em espécie, a qualquer tulo, pelo Prefeito.
§ 2º Os vencimentos dos cargos do Poder Legisla vo não podem ser superiores aos percebidos no Poder
Execu vo.
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§ 4º Os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem acumulados,
para o fim de concessão de acréscimo ulterior, sob o mesmo tulo ou idên co fundamento.
§ 5º Os vencimentos do servidor público são irredu veis, e a remuneração observará o disposto nos §§ 1º
e 2º deste ar go e os preceitos estabelecidos nos arts. 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I, da Cons tuição da
República.
§ 7º É assegurado aos servidores públicos e às suas en dades representa vas o direito de reunião nos
locais de trabalho, após prévia comunicação à chefia imediata, e desde que o atendimento externo ao
público, se houver, não sofra interrupção.
§ 1º Incorrem na mesma proibição de que trata este ar go os detentores de mandato ele vo declarados
inelegíveis por renunciarem a seus mandatos desde o oferecimento de representação ou pe ção capaz de
autorizar a abertura de processo por infringência a disposi vo da Cons tuição Federal, da Cons tuição
Estadual ou da Lei Orgânica do Município ou do Distrito Federal.
§ 2º Fica o servidor nomeado ou designado obrigado a apresentar, antes da posse, declaração de que não
se encontra na situação de vedação de que trata este ar go. (Redação acrescida pela Emenda à Lei
Orgânica nº 23/2011)
Não poderão prestar serviço a órgãos e en dades do Município os trabalhadores das empresas
Art. 49 B -
contratadas declarados inelegíveis em resultado de decisão transitada em julgado ou proferida por órgão
colegiado rela va a, pelo menos, uma das seguintes situações:
I - representação contra sua pessoa julgada procedente pela Jus ça Eleitoral em processo de abuso do
poder econômico ou polí co;
Parágrafo Único - Ficam as empresas a que se refere o caput deste ar go obrigadas a apresentar ao
contratante, antes do início da execução do contrato, declaração de que os trabalhadores que prestarão
serviço ao Município não incorrem nas proibições de que trata este ar go. (Redação acrescida pela
Emenda à Lei Orgânica nº 23/2011)
Art. 50 É vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, permi da, no entanto, se houver
compa bilidade de horários:
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I - tratando-se de mandato ele vo federal ou estadual, ficará afastado do cargo, emprego ou função;
II - inves do no mandato de Prefeito ou de Vereador, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-
lhe facultado optar por sua remuneração;
III - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato ele vo, seu tempo de serviço
será contado para todos os efeitos legais, exceto para a promoção por merecimento;
IV - para o efeito de bene cio previdenciário, no caso de afastamento, os valores serão determinados
como se no exercício es vesse.
Art. 52 A lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para pessoas portadoras de deficiência
e para ex-presidiários recém-colocados em liberdade e definirá os critérios de sua admissão. (Redação
dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 14/1999)
Art. 53 Os atos de improbidade administra va importam suspensão dos direitos polí cos, perda de
função pública, indisponibilidade dos bens e ressarcimento ao erário, na forma e na gradação
estabelecidas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.
Art. 54É vedado ao servidor público desempenhar a vidades que não sejam próprias do cargo de que
for tular, exceto quando ocupar cargo em comissão ou desempenhar função de confiança.
Art. 55 Os servidores dos órgãos da administração direta, das autarquias e das fundações públicas
sujeitar-se-ão a regime jurídico único e a planos de carreira a serem ins tuídos pelo Município.
III - cons tuição de quadro dirigente, mediante formação e aperfeiçoamento de administradores públicos;
IV - sistema de mérito obje vamente apurado para ingresso no serviço e desenvolvimento na carreira;
V - remuneração compa vel com a complexidade e a responsabilidade das tarefas e com a escolaridade
exigida para o seu desempenho.
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§ 2º Ao servidor público que, por acidente ou doença, se tornar inapto para exercer as atribuições
específicas de seu cargo, serão assegurados os direitos e vantagens a ele inerentes, até seu defini vo
aproveitamento em outro cargo, de atribuições afins, respeitada a habilitação exigida, ou até a
aposentadoria.
Art. 56 O Município assegurará ao servidor os direitos previstos no art. 7º, incisos IV, VI, VII, VIII, IX, XII,
XV, XVI, XVII, XIX, XX, XXII, XXIII e XXX da Cons tuição da República e os que, nos termos da lei, visem à
melhoria de sua condição social e à produ vidade no serviço público, especialmente:
I - duração do trabalho normal não-superior a oito horas diárias e quarenta semanais, facultada a
compensação de horários e a redução da jornada nos termos em que dispuser a lei;
III - férias-prêmio, com duração de 6 (seis) meses, adquiridas a cada período de 10 (dez) anos de efe vo
exercício na administração pública, admi da a sua conversão em espécie, a tulo de indenização, por
opção do servidor, ou, para efeito de aposentadoria, a contagem em dobro das não-gozadas;
III - Revogado. (Revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2006) (Emenda à Lei Orgânica nº 19
declarada incons tucional pelo Tribunal de Jus ça de Minas Gerais, conforme ADI nº 1.0000.07.467.202-
3/000)
V - atendimento gratuito, em creche e pré-escola, aos filhos e dependentes, desde o nascimento até seis
anos de idade;
VI - licença a gestante, com duração de cento e vinte dias e, nos termos da lei, a adotante, sem prejuízo
da remuneração;
VII - auxílio-transporte;
§ 1º Cada período de cinco anos de efe vo exercício dá ao servidor o direito ao adicional de dez por cento
sobre seu vencimento e gra ficações, o qual se incorpora ao valor do provento da aposentadoria. (§ 1º
Declarado incons tucional pela ADIN nº 159, do TJMG)
§ 2º Para os fins do inciso II, é assegurado o cômputo integral do tempo de serviço público.
§ 4º O servidor público, incluído o das autarquias e fundações, detentor de tulo declaratório que lhe
assegure direito à con nuidade de percepção da remuneração de cargo de provimento em comissão, tem
direito aos vencimentos, às gra ficações e a todas as demais vantagens inerentes ao cargo em relação ao
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qual tenha ocorrido o apos lamento, ainda que decorrentes de transformação ou reclassificação
posteriores.
§ 6º O bene cio de que trata o § 5º se estenderá ao servidor do Poder Legisla vo, na hipótese de ex nção
de outro bene cio previsto na respec va legislação que implique, com ou sem conversão em espécie,
concessão de período de fruição remunerada de descanso em razão de tempo de serviço parecido com o
previsto no inciso I do mesmo parágrafo. (Redação acrescida pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2006)
(Declarado incons tucional pela ADIN nº 1.0000.07.467.202-3/000, do TJMG)
Art. 57A lei assegurará ao servidor público da administração direta isonomia de vencimentos para cargos
de atribuições iguais ou assemelhados do mesmo Poder, ou entre servidores dos poderes Execu vo e
Legisla vo, ressalvadas as vantagens de caráter individual e as rela vas à natureza ou ao local de trabalho.
Art. 58É livre a associação profissional ou sindical dos servidores públicos, nos termos da Cons tuição da
República.
Parágrafo Único - É garan da a liberação de servidor ou empregado público para o exercício de mandato
ele vo em diretoria execu va de en dade sindical, sem prejuízo da remuneração e dos demais direitos e
vantagens de seu cargo ou emprego, exceto promoção por merecimento.
Art. 59 É garan do ao servidor público o direito de greve, a ser exercido nos termos e limites definidos
em lei complementar federal.
Art. 60 É estável, após dois anos de efe vo exercício, o servidor público nomeado em virtude de
concurso público.
§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado
ou processo administra vo em que lhe seja assegurada ampla defesa.
§ 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor público estável, será ele reintegrado no cargo
anteriormente ocupado, com ressarcimento de todas as vantagens, sendo o eventual ocupante da vaga
reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em
disponibilidade.
Art. 61 A administração fazendária e seus servidores fiscais terão, dentro de suas áreas de competência e
jurisdição, precedência sobre os demais setores administra vos municipais, na forma da lei.
Art. 62 O Município manterá plano de previdência e assistência sociais para o agente polí co e o servidor
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§ 1º O plano de previdência e assistência sociais visa a dar cobertura aos riscos a que estão sujeitos os
beneficiários mencionados no ar go e atenderá, nos termos da lei, a:
I - cobertura dos eventos de doença, invalidez, velhice, acidente em serviço, falecimento e reclusão;
§ 4º Os bene cios do plano serão concedidos nos termos e nas condições estabelecidos em lei e
compreendem:
a) aposentadoria;
b) auxílio-natalidade;
c) salário-família diferenciado;
d) licença para tratamento de saúde;
e) licença-maternidade, licença-paternidade e licença-adoção;
f) licença por acidente em serviço;
II - quanto ao dependente:
§ 5º Nos casos previstos nas alíneas "d", "e" e "f" do inciso I do parágrafo anterior, o servidor perceberá
remuneração integral, como se em exercício es vesse.
§ 6º Incumbe ao Tesouro Municipal o custeio e pagamento dos bene cios referidos nas alíneas "a", "d",
"e" e "f" do inciso I do § 4º. (§ 6º declarado incons tucional pelo Tribunal de Jus ça de Minas Gerais (ADI
Nº 1477918-64.2000.8.13.10000)
§ 7º O Poder, o órgão ou a en dade a que se vincule o servidor público ou o agente polí co terá, após os
descontos, o prazo de dez dias para recolher as respec vas contribuições sociais, sob pena de
responsabilização do seu preposto e pagamento dos acréscimos definidos em lei.
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I - por invalidez permanente, com proventos integrais, quando decorrente de acidente em serviço,
molés a profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, especificadas em lei, e proporcionais nos
demais casos;
II - compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo de serviço;
III - voluntariamente:
a) aos trinta e cinco anos de serviço, se homem, e aos trinta, se mulher, com proventos integrais;
b) aos trinta anos de efe vo exercício em funções de magistério, se professor, e aos vinte e cinco, se
professora, com proventos integrais;
c) aos trinta anos de exercício, se homem, e aos vinte e cinco, se mulher, com proventos proporcionais a
esse tempo;
d) aos sessenta e cinco anos de idade, se homem, e aos sessenta, se mulher, com proventos proporcionais
ao tempo de serviço.
§ 1º As exceções ao disposto no inciso III, alíneas "a" e "c", no caso de exercício de a vidades
consideradas penosas, insalubres ou perigosas, serão as estabelecidas em legislação federal. (Redação
dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 1/1992)
§ 4º Os proventos da aposentadoria e as pensões por morte, nunca inferiores ao salário mínimo, serão
revistos, na mesma proporção e na mesma data, sempre que se modificar a remuneração do servidor em
a vidade.
§ 6º O bene cio da pensão por morte corresponderá à totalidade dos vencimentos ou proventos do
servidor falecido, até o limite estabelecido em lei, observado o disposto nos §§ 4º e 5º.
§ 7º A pensão de que trata o parágrafo anterior será devida ao cônjuge ou companheiro e aos demais
dependentes, na forma da lei.
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§ 10 Nenhum bene cio ou serviço da previdência social poderá ser criado, majorado ou estendido sem a
correspondente fonte de custeio total.
Art. 64 O servidor público que retornar à a vidade após a cessação dos mo vos que causaram sua
aposentadoria por invalidez terá direito, para todos os fins, salvo para o de promoção, à contagem do
tempo rela vo ao período de afastamento.
Art. 65 Incumbe a en dade da administração indireta gerir, com exclusividade, o sistema de previdência
e assistência sociais dos servidores públicos e agentes polí cos.
§ 1º Os cargos de direção da en dade serão ocupados por servidores municipais de carreira dela
contribuintes, a vos e aposentados, observada a habilitação profissional exigida quando se tratar de
diretoria técnica.
§ 2º Um terço dos cargos de direção da en dade será provido por servidor efe vo, eleito pelos filiados
a vos e aposentados, para mandato de dois anos, vedada a recondução consecu va.
§ 3º Homologado o resultado da eleição, o Prefeito, nos vinte dias subseqüentes, nomeará o eleito e lhe
dará posse.
§ 4º Caso o Prefeito não o nomeie ou emposse, no prazo do parágrafo anterior, ficará o eleito inves do no
respec vo cargo.
Capítulo VI
DOS SERVIÇOS E OBRAS PÚBLICOS
Art. 66 No exercício de sua competência para organizar e regulamentar os serviços públicos, o Município
observará os requisitos de eficiência do serviço e conforto e bem-estar dos usuários.
Parágrafo Único - O Poder Público dará prioridade às obras em andamento, não podendo iniciar novos
projetos com obje vos idên cos sem que seja concluído o projeto em execução.
Art. 67 A lei disporá sobre a organização, o funcionamento, a fiscalização e a segurança dos serviços
públicos de interesse local, prestados mediante delegação, incumbindo aos que os executarem sua
permanente atualização e adequação às necessidades dos usuários.
II - haja ocorrência de paralisação unilateral dos serviços por parte dos delegatários;
§ 2º A retomada será feita sem indenização nos casos previstos nos incisos I e II do parágrafo anterior,
bem como, salvo disposição em contrário do contrato, ao término deste.
§ 3º A permissão de serviço público, sempre a tulo precário, dar-se-á por decreto, após edital de
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§ 4º A concessão só será feita com autorização legisla va e mediante contrato, observada a legislação
referente à licitação e contratação.
I - o regime dos delegatários de serviços públicos, o caráter especial do contrato e de sua prorrogação,
bem como as condições de caducidade, fiscalização e ex nção dos serviços delegados;
Parágrafo Único - Na fixação das tarifas dos serviços públicos, ter-se-á em vista a justa remuneração.
III - a execução de quaisquer outras obras des nadas a assegurar a funcionalidade e o bom aspecto da
cidade.
§ 1º A obra pública poderá ser executada diretamente por órgão ou en dade da administração pública e,
indiretamente, por terceiros, mediante licitação.
§ 2º A construção de edi cios e obras públicas obedecerá aos princípios de economicidade, simplicidade,
adequação ao espaço circunvizinho e ao meio ambiente, e se sujeitará às exigências e limitações
constantes do código de obras.
§ 3º A Câmara manifestar-se-á sobre a execução de obra pública pela União ou pelo Estado, no território
do Município, observada a legislação específica.
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TÍTULO IV
DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES
Capítulo I
DO PODER LEGISLATIVO
SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 70 O Poder Legisla vo é exercido pela Câmara Municipal, composta de representantes do povo
eleitos em pleito direto, pelo sistema proporcional, para mandato de quatro anos.
SEÇÃO II
DA CÂMARA MUNICIPAL
Art. 72 No primeiro ano de cada legislatura, cuja duração coincide com o mandato dos Vereadores, a
Câmara reunir-se-á no dia primeiro de janeiro para dar posse aos Vereadores, ao Prefeito e ao Vice-
Prefeito e eleger a sua Mesa Diretora para mandato de dois anos, vedada a recondução para o mesmo
cargo na eleição subseqüente.
Parágrafo Único - A eleição da Mesa se dará por chapa, completa ou não, inscrita até a hora de eleição por
qualquer Vereador.
II - pelo Prefeito, pelo Presidente da Câmara ou a requerimento de um terço dos membros da Câmara, em
caso de urgência ou interesse público relevante. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 8/1995)
Parágrafo Único - Na sessão extraordinária, a Câmara somente delibera sobre a matéria objeto da
convocação.
Art. 74A Câmara e suas comissões funcionam com a presença, no mínimo, da maioria de seus membros,
e as deliberações são tomadas por maioria de votos dos presentes, salvo os casos previstos nesta Lei
Orgânica.
§ 1º Quando se tratar de matéria rela va a emprés mos, concessões de isenções, incen vos, bene cios
fiscais e gratuidades nos serviços públicos de competência do Município, além de outras referidas nesta
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Lei, as deliberações da Câmara são tomadas por dois terços de seus membros. (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 7/1995)
§ 2º Quando es verem sendo apreciadas proposições, o Presidente somente votará em caso de escru nio
secreto ou se ocorrer empate nas demais modalidades de votação. (Redação dada pela Emenda à Lei
Orgânica nº 8/1995)
Art. 75 As reuniões da Câmara são públicas, e somente nos casos previstos nesta Lei o voto é secreto.
Parágrafo Único - É assegurado o uso da palavra por representantes populares na tribuna da Câmara
durante as reuniões, na forma e nos casos definidos pelo Regimento Interno.
Art. 76A Câmara ou qualquer de suas comissões, a requerimento da maioria de seus membros, pode
convocar, com antecedência mínima de dez dias, Secretário Municipal ou dirigente de en dade da
administração indireta, para prestar, pessoalmente, informações sobre assunto previamente determinado
e constante da convocação, sob pena de responsabilização.
§ 1º O convocado, três dias úteis antes de seu comparecimento, enviará à Câmara exposição referente às
informações solicitadas.
§ 3º O Secretário pode comparecer à Câmara ou a qualquer de suas comissões, por sua inicia va e após
entendimento com a Mesa, para expor assunto de relevância de sua Secretaria.
§ 4º A Mesa da Câmara pode, de o cio ou a requerimento do Plenário, encaminhar, por escrito, pedido
de informação a secretário, a dirigente de en dade da administração indireta e a outras autoridades
municipais, e a recusa, ou o não-atendimento no prazo de trinta dias, ou a prestação de informação falsa
cons tuem infração administra va, sujeita a responsabilização.
SEÇÃO III
DOS VEREADORES
Art. 77O Vereador é inviolável por suas opiniões, palavras e votos proferidos no exercício do mandato e
na circunscrição do Município.
a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, fundação pública,
empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa delegatária de serviço público municipal,
salvo quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes;
b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerados, inclusive os de que seja demissível ad
nutum, nas en dades indicadas na alínea anterior;
II - desde a posse:
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a) ser proprietário, controlador ou diretor de empresa que goze de favor decorrente de contrato com
pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada;
b) ocupar cargo, função ou emprego de que seja demissível ad nutum nas en dades indicadas no inciso I,
alínea "a";
c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das en dades a que se refere o inciso I, alínea "a";
d) ser tular de mais de um cargo ou mandato público ele vo.
II - que se u lizar do mandato para a prá ca de atos de corrupção ou de improbidade administra va;
III - que proceder de modo incompa vel com a dignidade da Câmara ou faltar com o decoro na sua
conduta pública;
VII - que deixar de comparecer, em cada sessão legisla va, à terça parte das reuniões ordinárias da
Câmara, salvo licença ou missão por esta autorizada;
§ 1º É incompa vel com o decoro parlamentar, além dos casos definidos no Regimento Interno, o abuso
de prerroga va assegurada ao Vereador.
§ 2º Nos casos dos incisos I, II, III e VIII, a perda de mandato será decidida pela Câmara por voto nominal e
maioria de seus membros, mediante provocação da Mesa ou de par do polí co devidamente registrado.
(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 25/2012)
§ 3º Nos casos dos incisos IV, V e VII, a perda será declarada pela Mesa da Câmara, de o cio ou por
provocação de qualquer de seus membros ou de par do polí co devidamente registrado.
§ 4º No caso do inciso VI, a perda será decidida, se culposo o crime, na forma do § 2º, e declarada, se
doloso o crime, nos termos do § 3º.
§ 5º O Regimento Interno disporá sobre o processo de julgamento, observado o disposto no art. 4º, § 3º,
e, no que couber, no art. 110 e parágrafos.
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II - inves do em outro cargo do setor público, na esfera federal ou estadual, considerado de importância
para o Município, desde que, neste caso, tenha sido autorizado por três quintos dos membros da Câmara;
III - licenciado por mo vo de doença ou para necessários cuidados sicos, aí incluídos os de maternidade,
sendo indispensável, em todos os casos, a respec va comprovação médica por profissional da Câmara,
sob pena de responsabilização;
IV - licenciado para tratar, sem remuneração, de interesse par cular, desde que, neste caso, o
afastamento não ultrapasse 60 (sessenta) dias por sessão legisla va. (Redação dada pela Emenda à Lei
Orgânica nº 9/1995)
§ 1º O suplente será convocado nos casos de vaga, de inves dura em cargo mencionado no ar go ou de
licença superior a sessenta dias.
§ 2º Se ocorrer vaga e não houver suplente, far-se-á eleição para preenchê-la, se faltarem mais de quinze
meses para o término do mandato.
Art. 81A remuneração do vereador será fixada pela Câmara, em cada legislatura, para ter vigência na
subseqüente, por voto da maioria de seus membros, observados os limites cons tucionais, vedado o
pagamento de jetons por comparecimento a sessão extraordinária. (Redação dada pela Emenda à Lei
Orgânica nº 8/1995)
Parágrafo Único - Na hipótese de a Câmara deixar de exercer a competência de que trata o ar go, ficarão
man dos, na legislatura subseqüente, os valores de remuneração vigentes em dezembro do úl mo
exercício da legislatura anterior, admi da apenas a atualização dos mesmos.
SEÇÃO IV
DAS COMISSÕES
Art. 82 A Câmara terá comissões permanentes e temporárias, cons tuídas na forma do Regimento
Interno e com as atribuições nele previstas, ou conforme os termos do ato de sua criação.
§ 1º Na cons tuição da Mesa e na de cada comissão é assegurada, tanto quanto possível, a par cipação
proporcional dos par dos polí cos ou dos blocos parlamentares representados na Câmara.
I - discu r e votar projeto de lei que dispensar, na forma do Regimento Interno, a competência do
Plenário, salvo se houver recurso de um décimo dos membros da Câmara;
III - realizar audiência pública em regiões do Município, para subsidiar o processo legisla vo;
IV - convocar, além das autoridades a que se refere o art. 76, § 4º, servidor municipal para prestar
informação sobre assunto inerente às suas atribuições, cons tuindo infração administra va a recusa ou
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V - receber pe ção, reclamação, representação ou queixa de qualquer pessoa contra ato ou omissão de
autoridade ou en dade públicas;
VIII - acompanhar a implantação dos planos e programas de que trata o inciso anterior e exercer a
fiscalização dos recursos municipais neles inves dos.
SEÇÃO V
DAS ATRIBUIÇÕES DA CÂMARA MUNICIPAL
Art. 83 Cabe à Câmara Municipal, com a sanção do Prefeito, não exigida para o estabelecido no art. 84,
dispor sobre todas as matérias de competência do Município, especificamente:
I - plano diretor;
II - plano plurianual;
IV - orçamento anual;
VIII - criação, transformação e ex nção de cargo, emprego e função públicos na administração direta,
autárquica e fundacional, e fixação de remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de
diretrizes orçamentárias;
IX - fixação do quadro de empregos das empresas públicas, sociedades de economia mista e demais
en dades sob controle direto ou indireto do Município;
X - servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, seu regime jurídico único,
provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria;
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IV - dispor sobre criação, transformação ou ex nção de cargo, emprego e função de seus serviços e
fixação da respec va remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes
orçamentárias;
V - aprovar crédito suplementar ao orçamento de sua Secretaria, nos termos desta Lei Orgânica;
X - autorizar o Prefeito a ausentar-se do Município e o Vice-Prefeito, do Estado, por mais de dez dias, e
ambos, do País, por qualquer tempo;
XI - processar e julgar o Prefeito, o Vice-Prefeito e o Secretário Municipal, bem como ocupante de cargo
de mesma hierarquia deste, nas infrações polí co-administra vas;
XII - des tuir do cargo o Prefeito, após condenação por crime comum ou de responsabilidade ou por
infração polí co-administra va, e o Vice-Prefeito, o Secretário Municipal e ocupante de cargo de mesma
hierarquia deste, após condenação por crime comum ou por infração polí co-administra va;
XIII - proceder à tomada de contas do Prefeito não apresentadas dentro de sessenta dias da abertura da
sessão legisla va;
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XIV - julgar, anualmente, as contas prestadas pelo Prefeito, e apreciar os relatórios sobre a execução dos
planos de governo;
XV - eleger, pelo voto de dois terços de seus membros, após argüição pública, o Defensor do Povo;
XVI - autorizar celebração de convênio pelo Governo do Município e ra ficar o que, por mo vo de
urgência e de interesse público relevante, for efe vado sem essa autorização, desde que encaminhado à
Câmara nos dez dias úteis subseqüentes à sua celebração; (Inciso XVI Declarado incons tucional, de
acordo com a ADIN nº 117, do TJMG)
XIX - suspender, no todo ou em parte, a execução de ato norma vo municipal declarado, incidentalmente:
a) incons tucional, por decisão defini va do Tribunal de Jus ça do Estado, quando a decisão de
incons tucionalidade for limitada ao texto da Cons tuição do Estado;
b) infringente desta Lei Orgânica, por decisão defini va do órgão competente do Poder Judiciário;
XX - sustar os atos norma vos do Poder Execu vo que exorbitem do poder regulamentar;
XXI - fiscalizar e controlar os atos do Poder Execu vo, incluídos os da administração indireta;
XXII - dispor sobre limites e condições para concessão de garan a do Município em operações de crédito;
XXIII - autorizar a contratação de emprés mo, operação ou acordo externo, de qualquer natureza, de
interesse do Município, regulando as suas condições e respec va aplicação, observada a legislação
federal;
XXIV - zelar pela preservação de sua competência legisla va em face da atribuição norma va do Poder
Execu vo;
§ 1º Compete também à Câmara manifestar-se, por maioria de seus membros, a favor de proposta de
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§ 2º O não-encaminhamento à Câmara de convênio a que se refere o inciso XVI, nos dez dias úteis
subseqüentes à sua celebração, implica nulidade dos atos já pra cados em virtude de sua execução,
aplicando-se o disposto no art. 91, no que couber. (§ 2º Declarado incons tucional, de acordo com a ADIN
nº 117, do TJMG)
§ 3º A representação judicial da Câmara é exercida por sua Procuradoria-Geral, à qual cabe também a
consultoria jurídica do Poder Legisla vo.
SEÇÃO VI
DO PROCESSO LEGISLATIVO
II - lei;
III - resolução;
IV - decreto legisla vo. (Redação acrescida pela Emenda à Lei Orgânica nº 13/1998)
Parágrafo Único - São também objeto de deliberação da Câmara, além de outras proposições previstas no
Regimento Interno:
I - a autorização;
II - a indicação;
III - o requerimento;
IV - a representação.
II - do Prefeito;
§ 1º As regras de inicia va priva va per nentes à legislação ordinária não se aplicam à competência para
a apresentação da proposta de que trata o ar go.
§ 2º A Lei Orgânica não poderá ser emendada na vigência de estado de sí o ou estado de defesa, nem
quando o Município es ver sob intervenção do Estado.
§ 3º A proposta será discu da e votada em dois turnos, com o inters cio mínimo de dez dias, e
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considerada aprovada se ob ver, em ambos, dois terços dos votos dos membros da Câmara.
§ 5º A Emenda à Lei Orgânica será promulgada pela Mesa da Câmara, com o respec vo número de
ordem.
§ 6º O referendo à emenda será realizado, se requerido antes da data da promulgação, por dois terços
dos membros da Câmara, ou por, no mínimo, cinco por cento do eleitorado do Município.
§ 7º A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser
representada na mesma sessão legisla va.
Art. 87A inicia va de lei cabe a qualquer membro ou comissão da Câmara, ao Prefeito e aos cidadãos, na
forma e nos casos definidos nesta Lei Orgânica.
§ 1º São matéria de lei, dentre outras previstas nesta Lei Orgânica, que dependem de voto favorável:
a) o plano diretor;
b) o parcelamento, a ocupação e o uso do solo;
c) o código tributário;
d) alteração das regras per nentes ao estatuto dos servidores. (Alínea "d" Declarada incons tucional,
conforme ADIN nº 1.0000.07.467.202-3/000, do TJMG)
a) o código de obras;
b) o código de posturas;
c) o código sanitário;
d) o estatuto dos servidores públicos; (Revogada pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2006) (Emenda à Lei
Orgânica nº 19/2006 Declarada incons tucional, de acordo com a ADIN nº 1.0000.07.467.202-3/000, do
TJMG)
e) a organização da Defensoria do Povo e da Guarda Municipal;
f) a organização administra va;
g) a criação de cargos, funções e empregos públicos.
§ 2º Será dada ampla divulgação aos projetos de Lei Orgânica, estatuto e código previstos no parágrafo
anterior ou em outros disposi vos desta Lei, facultado a qualquer cidadão, no prazo de quinze dias da
data de sua publicação, apresentar sugestão sobre qualquer um deles ao Presidente da Câmara, que a
encaminhará à comissão respec va, para apreciação.
Art. 88 São matéria de inicia va priva va, além de outras previstas nesta Lei Orgânica:
I - da Mesa da Câmara:
a) o regulamento geral, que disporá sobre a organização da Secretaria da Câmara, seu funcionamento, sua
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polícia, criação, transformação ou ex nção de cargo, emprego e função, regime jurídico de seus
servidores e fixação da respec va remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de
diretrizes orçamentárias e o disposto nos arts. 49, §§ 1º e 2º, e 57;
b) a autorização para o Prefeito ausentar-se do Município;
c) a mudança temporária da sede da Câmara;
II - do Prefeito:
Art. 89 Salvos nas hipóteses previstas no ar go anterior, a inicia va popular em matéria de interesse
específico do Município, da cidade ou de bairros pode ser exercida pela apresentação à Câmara de
projeto de lei subscrito por, no mínimo, cinco por cento do eleitorado do Município, em lista organizada
por en dade associa va legalmente cons tuída, que se responsabilizará pela idoneidade das assinaturas.
Art. 91 O Prefeito pode solicitar urgência para apreciação de projeto de sua inicia va, salvo o de Lei
Orgânica, estatutária ou equivalente a código, ou que dependa de "quorum" especial para aprovação.
§ 1º Se a Câmara não se manifestar sobre o projeto em até quarenta e cinco dias, será ele incluído na
ordem do dia, sobrestando-se a deliberação quanto aos demais assuntos, para que se ul me a votação.
Art. 92 A proposição de lei, resultante de projeto aprovado pela Câmara, será enviada ao Prefeito, que,
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I - se aquiescer, a sancionará; ou
II - se a considerar, no todo ou em parte, incons tucional ou contrária ao interesse público, a vetará, total
ou parcialmente.
§ 2º A sanção, expressa ou tácita, supre a inicia va do Poder Execu vo no processo legisla vo.
§ 3º O Prefeito publicará o veto e, dentro de quarenta e oito horas, comunicará seus mo vos ao
Presidente da Câmara.
§ 5º A Câmara, dentro de trinta dias, contados do recebimento da comunicação do veto, sobre ele
decidirá, em votação nominal, e sua rejeição só ocorrerá pelo voto:
I - de três quintos de seus membros, quando a matéria objeto da proposição de lei depender de
aprovação por dois terços;
II - da maioria de seus membros, quando a matéria depender de aprovação por quórum idên co ou
inferior. (Redação dada pela Emenda nº 25/2012)
§ 6º Se o veto não for man do, será a proposição de lei enviada ao Prefeito para promulgação.
§ 7º Esgotado o prazo estabelecido no § 5º, sem deliberação, o veto será incluído na ordem do dia da
reunião imediata, sobrestadas as demais proposições, até votação final, ressalvada a matéria de que trata
o § 1º do art. 91.
§ 8º Se, nos casos dos §§ 1º e 6º, a lei não for promulgada pelo Prefeito dentro de quarenta e oito horas,
o Presidente da Câmara a promulgará, e, se este não o fizer em igual prazo, caberá ao Vice-Presidente
fazê-lo.
Art. 93A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá cons tuir objeto de novo projeto
na mesma sessão legisla va mediante proposta da maioria dos membros da Câmara ou de pelo menos
cinco por cento do eleitorado.
Art. 94A requerimento de vereador, aprovado pelo Plenário, os projetos de lei, decorridos sessenta dias
de seu recebimento, serão incluídos na ordem do dia, mesmo sem parecer.
Parágrafo Único - O projeto somente pode ser re rado da ordem do dia a requerimento do autor,
aprovado pelo Plenário.
SEÇÃO VII
DA FISCALIZAÇÃO E DOS CONTROLES
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SUBSEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 95A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial do Município e das
en dades da administração indireta é exercida pela Câmara, mediante controle externo, e pelo sistema
de controle interno de cada Poder e en dade, observado o disposto nos §§ 1º, 2º e 3º do art. 74 da
Cons tuição do Estado.
§ 1º O controle externo, a cargo da Câmara, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas do Estado.
I - avaliar o cumprimento das metas previstas nos respec vos planos plurianuais e a execução dos
programas de governo e dos orçamentos;
III - exercer o controle de operações de crédito, avais e garan as, e o de seus direitos e haveres;
Art. 96 Qualquer cidadão, par do polí co, associação legalmente cons tuída ou sindicato é parte
legí ma para, na forma da lei, denunciar irregularidade ou ilegalidade de ato de agente público.
Parágrafo Único - A denúncia poderá ser feita, em qualquer caso, à Câmara e à Defensoria do Povo, ou,
sobre o assunto da respec va competência, ao Ministério Público ou ao Tribunal de Contas.
Art. 97 As contas do Prefeito, referentes à gestão financeira do ano anterior, serão julgadas pela Câmara
mediante parecer prévio do Tribunal de Contas, nos termos da Cons tuição do Estado, o qual somente
deixará de prevalecer por decisão de dois terços dos membros da Câmara.
§ 1º Para efeito de exame e apreciação, as contas do Município ficarão, durante sessenta dias,
anualmente, à disposição de qualquer cidadão, que poderá ques onar-lhes a legi midade, nos termos da
lei.
Art. 98 Anualmente, dentro de sessenta dias do início da sessão legisla va, a Câmara receberá, em
reunião especial, o Prefeito, que informará, por meio de relatório, o estado em que se encontram os
assuntos municipais.
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Parágrafo Único - Sempre que o Prefeito manifestar propósito de expor assunto de interesse público, a
Câmara o receberá em reunião previamente designada.
Art. 99 A Câmara, após aprovação da maioria de seus membros, convocará plebiscito para que o
eleitorado do Município se manifeste sobre ato polí co do Poder Execu vo ou do Poder Legisla vo, desde
que requerida a convocação por vereador, pelo Prefeito ou, no mínimo, por cinco por cento do eleitorado
do Município.
SUBSEÇÃO II
DA DEFENSORIA DO POVO
Art. 100 A Defensoria do Povo é órgão público dotado de autonomia administra va e financeira e com
funções de controle da administração pública, e suas atribuições, organização e funcionamento serão
definidos em lei, aprovada pela maioria dos membros da Câmara.
§ 1º A Defensoria é dirigida pelo Defensor do Povo, com mais de trinta anos de idade, notável
experiência, reputação ilibada e reconhecido senso de jus ça, eleito por dois terços dos membros da
Câmara, para mandato, não-renovável, de quatro anos, e nomeado pelo Presidente desta.
§ 2º O Defensor do Povo se sujeita, no que couber e na forma da lei, às proibições, incompa bilidades e
perda do mandato aplicáveis ao Vereador.
I - apurar os atos, fatos e omissões de órgãos e en dades da administração pública ou de seus agentes,
que impliquem exercício ilegí mo, inconveniente ou inoportuno de suas funções;
II - apurar:
III - divulgar, para conhecimento do cidadão, os direitos deste em face do Poder Público, incluído o de
exercer o controle direto dos atos administra vos;
IV - divulgar informações e avaliações rela vas à sua ação, com o direito de publicá-la em órgão oficial de
imprensa;
Capítulo II
DO PODER EXECUTIVO
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SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 102 O Poder Execu vo é exercido pelo Prefeito Municipal, auxiliado pelos Secretários Municipais.
Art. 103 A eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito, para mandato de quatro anos, se realizará até noventa
dias antes do término do mandato de seus antecessores, mediante pleito direto e simultâneo realizado
em todo o País, e a posse ocorrerá no dia primeiro de janeiro do ano subseqüente, observado, quanto ao
mais, o disposto no art. 77 da Cons tuição da República.
Parágrafo Único - Perderá o mandato o Prefeito que assumir outro cargo ou função na administração
pública direta ou indireta, ressalvada a posse em virtude de concurso público e observado o disposto no
art. 51, I, II e III.
Art. 104 A eleição do Prefeito importará, para mandato correspondente, a do Vice-Prefeito com ele
registrado.
§ 2º O Vice-Prefeito subs tuirá o Prefeito nos seus impedimentos e lhe sucederá na vacância do cargo.
§ 3º O Vice-Prefeito auxiliará o Prefeito, sempre que por ele convocado para missões especiais.
Art. 105 No caso de impedimento do Prefeito e do Vice-Prefeito ou no de vacância dos respec vos
cargos, será chamado ao exercício do Governo o Presidente da Câmara.
§ 1º Vagando os cargos de Prefeito e de Vice-Prefeito, far-se-á eleição noventa dias depois de aberta a
úl ma vaga.
§ 2º Ocorrendo a vacância nos úl mos quinze meses do mandato governamental, a eleição para ambos os
cargos será feita trinta dias depois da úl ma vaga, pela Câmara, na forma de lei, aprovada pela maioria
dos membros desta.
Art. 106Se, decorridos dez dias da data fixada para a posse, o Prefeito ou o Vice-Prefeito, salvo mo vo de
força maior, reconhecido pela Câmara, não ver assumido o cargo, este será declarado vago.
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SEÇÃO II
DAS ATRIBUIÇÕES DO PREFEITO MUNICIPAL
II - exercer, com o auxílio dos Secretários Municipais, a direção superior do Poder Execu vo;
V - iniciar o processo legisla vo, na forma e nos casos previstos nesta Lei Orgânica;
VII - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis e, para sua fiel execução, expedir decretos e
regulamentos;
IX - remeter mensagem e planos de governo à Câmara, quando da reunião inaugural da sessão legisla va
ordinária, expondo a situação do Município, especialmente o estado das obras e dos serviços municipais;
XI - prestar, anualmente, dentro de sessenta dias da abertura da sessão legisla va ordinária, as contas
referentes ao exercício anterior;
XII - ex nguir cargo desnecessário, desde que vago ou ocupado por servidor público não-estável, na
forma da lei;
XIV - contrair emprés mo, externo ou interno, e fazer operação ou acordo externo de qualquer natureza,
mediante prévia autorização da Câmara, observado os parâmetros de endividamento regulados em lei,
dentro dos princípios da Cons tuição da República;
XV - convocar extraordinariamente a Câmara, na forma e nos casos previstos nesta Lei Orgânica;
Art. 108-A O Prefeito apresentará, no prazo de até 120 (cento e vinte) dias, a contar de sua posse, o
programa de metas de sua gestão, que conterá as prioridades, as ações estratégicas, as metas
quan ta vas e qualita vas e os indicadores de desempenho por órgão e programa de governo,
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observando-se as diretrizes de sua campanha eleitoral e os obje vos, as diretrizes, as ações estratégicas e
as demais normas do plano diretor do Município de Belo Horizonte.
§ 2º O Poder Execu vo promoverá, nos 30 (trinta) dias seguintes ao término do prazo de que trata o caput
deste ar go, audiências públicas com a finalidade de debater sobre o programa de metas.
III - atendimento das funções sociais da cidade, com melhoria da qualidade de vida urbana;
V - promoção e defesa dos direitos fundamentais individuais e sociais de toda pessoa humana;
VI - promoção de meio ambiente ecologicamente equilibrado e combate à poluição sob todas as suas
formas;
VII - universalização dos serviços públicos municipais, com observância das condições de regularidade,
con nuidade, eficiência e equidade.
§ 6º - Ao final de cada ano, o Prefeito divulgará o relatório da execução do programa de metas, o qual será
disponibilizado integralmente nos meios de comunicação previstos no § 1º deste ar go. (Redação
acrescida pela Emenda à Lei Orgânica nº 24/2012)
SEÇÃO III
DO PROCESSO E JULGAMENTO DO PREFEITO MUNICIPAL
Art. 109 São crimes de responsabilidade do Prefeito os definidos em lei federal especial, que estabelece
as normas de processo de julgamento.
Parágrafo Único - Nos crimes de responsabilidade, e nos comuns, o Prefeito será subme do a processo e
julgamento perante o Tribunal de Jus ça do Estado.
Art. 110 São infrações polí co-administra vas do Prefeito, sujeitas ao julgamento pela Câmara, além de
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II - impedir o exame de livros, folhas de pagamento e demais documentos que devam constar dos
arquivos da administração pública, bem como a verificação de obras e serviços municipais, por comissão
de inves gação da Câmara, pelo Defensor do Povo ou por auditoria regularmente ins tuída;
III - desatender, sem mo vo justo, os pedidos de informação da Câmara, quando feitos a tempo e em
forma regular;
VII - pra car ato administra vo contra expressa disposição de lei ou omi r-se na prá ca daquele por ela
exigido;
VIII - omi r-se ou negligenciar na defesa de bens, rendas, direitos ou interesses do Município, sujeitos à
sua administração;
IX - ausentar-se do Município por tempo superior ao permi do nesta Lei Orgânica, ou afastar-se do
exercício do cargo, sem autorização da Câmara;
X - deixar de remeter à Câmara, até o dia vinte de cada mês, um duodécimo da dotação orçamentária
des nada ao Poder Legisla vo, salvo se por mo vo justo, fundamentado ao Presidente da Câmara em
tempo hábil;
XI - deixar de declarar seus bens, nos termos do art. 215, parágrafo único;
§ 1º A denúncia, escrita e assinada, poderá ser feita por qualquer cidadão, com a exposição dos fatos e a
indicação das provas.
§ 2º Se o denunciante for Vereador, ficará impedido de votar sobre a denúncia e de integrar a comissão,
processante, e, se for o Presidente da Câmara, passará a presidência ao subs tuto legal para os atos do
processo.
§ 3º Será convocado o suplente do vereador impedido de votar, o qual não poderá integrar a comissão
processante.
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§ 5º A comissão, no prazo de dez dias, emi rá parecer, que será subme do ao Plenário, opinando pelo
prosseguimento ou arquivamento da denúncia, podendo proceder às diligências que julgar necessárias.
§ 6º Aprovado o parecer favorável ao prosseguimento do processo, por dois terços dos membros da
Câmara, o Presidente determinará, desde logo, a abertura da instrução, citando o denunciado, com a
remessa de cópia da denúncia, dos documentos que a instruem e do parecer da comissão, informando-
lhe o prazo de vinte dias para o oferecimento da contestação e a indicação dos meios de prova com que
pretenda demonstrar a verdade do alegado.
§ 7º Findo o prazo estabelecido no parágrafo anterior, com ou sem contestação, a comissão processante
determinará as diligências requeridas, ou as que julgar convenientes, e realizará as audiências necessárias
para a tomada do depoimento das testemunhas de ambas as partes, podendo ouvir o denunciante e o
denunciado, que poderão assis r pessoalmente, ou por seu procurador, a todas as reuniões e diligências
da comissão, interrogando e contraditando as testemunhas e requerendo a sua reinquirição ou
acareação.
§ 8º Após as diligências, a comissão proferirá, no prazo de dez dias, parecer final sobre a procedência ou
improcedência da acusação e solicitará ao Presidente da Câmara a convocação de reunião para
julgamento, que se realizará após a distribuição do parecer.
§ 10 Terminada a defesa, proceder-se-á a tantas votações nominais quantas forem as infrações ar culadas
na denúncia.
§ 11 Considerar-se-á afastado defini vamente do cargo e inabilitado, por oito anos, para o exercício de
função pública, sem prejuízo das demais sanções legais cabíveis, o denunciado que for declarado, pelo
voto de dois terços dos membros da Câmara, incurso em qualquer das infrações especificadas na
denúncia.
§ 13 O processo deverá estar concluído dentro de noventa dias, contados da citação do acusado, e,
transcorrido o prazo sem julgamento, será arquivado, sem prejuízo de nova denúncia, ainda que sobre os
mesmos fatos.
I - nos crimes comuns e de responsabilidade, se recebida a denúncia ou a queixa pelo Tribunal de Jus ça
do Estado; e
II - nas infrações polí co-administra vas, se admi da a acusação e instaurado o processo, pela Câmara.
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SEÇÃO IV
DOS SECRETÁRIOS MUNICIPAIS
Art. 112O Secretário Municipal será escolhido dentre brasileiros, maiores de vinte e um anos de idade e
no exercício dos direitos polí cos, e está sujeito, desde a posse, aos mesmos impedimentos do Vereador.
Parágrafo Único - Além de outras atribuições conferidas em lei, compete ao Secretário Municipal:
I - orientar, coordenar e supervisionar as a vidades dos órgãos de sua Secretaria e das en dades da
administração indireta a ela vinculadas;
V - comparecer à Câmara, nos casos e para os fins previstos nesta Lei Orgânica;
VI - pra car os atos per nentes às atribuições que lhe forem outorgadas ou delegadas pelo Prefeito.
O Secretário é processado e julgado perante a Câmara, nas infrações polí co-administra vas,
Art. 113
observado, no que couber, o disposto nos arts. 110 e 111.
SEÇÃO V
DA PROCURADORIA DO MUNICÍPIO
Art. 114A Procuradoria do Município é o órgão que o representa judicialmente, cabendo-lhe também as
a vidades de consultoria e assessoramento jurídicos ao Poder Execu vo, e, priva vamente, a execução de
dívida a va.
§ 1º O ingresso na classe inicial da carreira de Procurador Municipal far-se-á mediante concurso público
de provas e tulos.
TÍTULO V
DAS FINANÇAS PÚBLICAS
Capítulo I
DA TRIBUTAÇÃO
SEÇÃO I
DOS TRIBUTOS MUNICIPAIS
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I - impostos sobre:
II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela u lização, efe va ou potencial, de serviços
públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos à sua disposição;
§ 1º O imposto previsto na alínea "a" do inciso I poderá ser progressivo, nos termos da lei, de forma a
assegurar o cumprimento da função social da propriedade.
§ 2º O imposto previsto na alínea "b" do inciso I não incide sobre a transmissão de bens ou direitos
incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica, em realização de capital, nem sobre a transmissão de
bens ou direitos decorrentes de fusão, incorporação, cisão ou ex nção de pessoa jurídica, salvo se, nestes
casos, a a vidade preponderante do adquirente for a compra e venda desses bens ou direitos, a locação
de bens imóveis ou o arrendamento mercan l.
§ 3º As alíquotas dos impostos previstos nas alíneas "c" e "d" do inciso I obedecerão aos limites fixados
em lei complementar federal.
§ 4º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade
econômica do contribuinte, facultado à administração municipal iden ficar, respeitados os direitos
individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as a vidades econômicas do contribuinte.
III - o produto da alienação de bens imóveis ou móveis, ações e direitos, na forma da lei;
Art. 117Somente ao Município cabe ins tuir isenção de tributo de sua competência, por meio de lei
aprovada por dois terços dos membros da Câmara, prevalecendo o estatuído para o exercício seguinte.
Art. 118 A lei determinará medidas para que os consumidores sejam esclarecidos acerca dos impostos
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municipais que incidam sobre vendas e serviços, observadas as legislações federal e estadual sobre
consumo.
SEÇÃO II
DAS LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR
Art. 119 É vedado ao Município, sem prejuízo das garan as asseguradas aos contribuintes e do disposto
no art. 150 da Cons tuição da República e na legislação complementar específica, estabelecer diferença
tributária entre bens e serviços de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou des no.
Parágrafo Único - O perdão da multa, o parcelamento e a compensação de débitos fiscais poderão ser
concedidos por ato do Poder Execu vo, nos casos e condições especificados em lei.
SEÇÃO III
DA PARTICIPAÇÃO DO MUNICÍPIO EM RECEITAS TRIBUTÁRIAS FEDERAIS E ESTADUAIS
II - cinqüenta por cento do produto da arrecadação do imposto sobre a propriedade territorial rural,
rela vamente aos imóveis situados no Município.
II - vinte e cinco por cento do produto da arrecadação do imposto sobre operações rela vas à circulação
de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de
comunicação, a serem creditados na forma do disposto no art. 158, parágrafo único, incisos I e II, da
Cons tuição da República e no art. 150, § 1º, da Cons tuição do Estado.
I - a respec va quota no Fundo de Par cipação dos Municípios, como disposto no art. 159, inciso I, alínea
"b", da Cons tuição da República;
III - a respec va quota do produto da arrecadação do imposto de que trata o inciso V do art. 153 da
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Art. 124Ocorrendo a retenção ou qualquer restrição à entrega e ao emprego dos recursos decorrentes
da repar ção das receitas tributárias, por parte da União ou do Estado, o Poder Execu vo adotará as
medidas judiciais cabíveis, à vista do disposto nas Cons tuições da República e do Estado.
Capítulo II
DO ORÇAMENTO
I - o plano plurianual;
II - as diretrizes orçamentárias;
Parágrafo único - As ações estratégicas do programa de metas de que trata o art. 108-A serão
incorporadas às leis orçamentárias previstas no caput deste ar go. (Redação acrescida pela Emenda à Lei
Orgânica nº 24/2012)
Art. 126A lei que ins tuir o plano plurianual de ação governamental, compa vel com o plano diretor,
estabelecerá, por administrações regionais, as diretrizes, obje vos e metas da administração municipal
para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as rela vas a programas de duração
con nuada.
Art. 127 A lei de diretrizes orçamentárias, compa vel com o plano plurianual, compreenderá as metas e
prioridades da administração pública municipal, incluindo as despesas de capital para o exercício
financeiro subseqüente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual e disporá sobre as alterações na
legislação tributária.
Parágrafo único - As diretrizes do programa de metas de que trata o art. 108-A serão incorporadas à lei de
diretrizes orçamentárias do Município antes do vencimento do prazo legal definido para sua apresentação
à Câmara Municipal de Belo Horizonte. (Redação acrescida pela Emenda à Lei Orgânica nº 24/2012)
I - o orçamento fiscal referente aos Poderes Públicos, seus fundos, órgãos e en dades da administração
direta e indireta, inclusive fundações ins tuídas e man das pelo Município;
II - o orçamento de inves mento das empresas em que o Município, direta ou indiretamente, detenha a
maioria do capital social com direito a voto;
Parágrafo Único - Integrarão a lei orçamentária demonstra vos específicos com detalhamento das ações
governamentais, em nível mínimo de:
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IV - fontes de recursos;
VII - iden ficação, de forma regionalizada, dos efeitos, sobre as receitas e as despesas, decorrentes de
isenções, remissões, subsídios e bene cios de natureza financeira, tributária e credi cia.
Art. 129A lei orçamentária anual não conterá disposi vo estranho à previsão da receita e à fixação da
despesa, não se incluindo na proibição autorização para abertura de créditos suplementares e
contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.
Art. 130A lei orçamentária assegurará inves mentos prioritários em programas de educação, saúde,
habitação, saneamento básico e proteção ao meio ambiente.
Parágrafo Único - Os recursos para os programas de saúde não serão inferiores aos des nados aos
inves mentos em transporte e sistema viário.
Art. 131Os projetos de lei do plano plurianual, das diretrizes orçamentárias e do orçamento anual serão
enviados pelo Prefeito à Câmara, nos termos e prazos fixados pela legislação específica.
Art. 132 Os projetos de lei rela vos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual
e aos créditos adicionais serão apreciados pela Câmara, na forma regimental.
§ 2º As emendas serão apresentadas na comissão permanente, que sobre elas emi rá parecer, para
apreciação na forma regimental pelo Plenário.
§ 3º As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não podem ser aprovadas quando
incompa veis com o plano plurianual.
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§ 4º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou a projeto que a modifique somente podem ser
aprovadas caso:
I - sejam compa veis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;
§ 5º O Prefeito poderá enviar a mensagem à Câmara para propor modificação nos projetos a que se refere
o ar go enquanto não iniciada, na comissão permanente, a votação da parte cuja alteração é proposta.
§ 6º Rejeitado pela Câmara o projeto de lei orçamentária anual, prevalecerá, para o ano seguinte, o
orçamento do exercício em curso, aplicando-se-lhe a atualização dos valores.
§ 7º Se a Câmara não devolver, para sanção, o projeto de lei do orçamento anual no prazo consignado na
legislação específica, o Prefeito promulgá-lo-á como lei.
§ 8º Aplicam-se aos projetos mencionados no ar go, no que não contrariar o disposto neste Capítulo, as
demais normas rela vas ao processo legisla vo.
Art. 133 Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária
anual, ficarem sem despesas correspondentes poderão ser u lizados, conforme o caso, mediante créditos
especiais ou suplementares, com prévia e específica autorização legisla va.
a) sem autorização legisla va em que se especifiquem a des nação, o valor, o prazo da operação, a taxa
de remuneração do capital, as datas de pagamento, a espécie dos tulos e a forma de resgate, salvo
disposição diversa em legislação federal ou estadual;
b) que excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos
suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pela Câmara, por maioria de seus
membros;
IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a des nação de recursos
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para a manutenção e desenvolvimento do ensino, como determinado pelo art. 160, e a prestação de
garan as às operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 129;
V - a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legisla va e sem indicação dos
recursos correspondentes;
VIII - a u lização, sem autorização legisla va específica, de recursos do orçamento fiscal e da seguridade
social para suprir necessidade ou cobrir déficit de empresas, fundações e fundos;
IX - a ins tuição de fundos de qualquer natureza, sem prévia autorização legisla va.
§ 1º Nenhum inves mento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado sem
prévia inclusão do plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de
responsabilidade.
§ 3º Admi r-se-á a abertura de crédito extraordinário, "ad referendum" da Câmara, para atender a
despesas imprevistas e urgentes, decorrentes de calamidade pública.
Art. 136A despesa com pessoal a vo e ina vo do Município não poderá exceder os limites estabelecidos
em lei complementar federal.
I - se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de despesa de pessoal e
aos acréscimos dela decorrentes;
Art. 137À exceção dos créditos de natureza alimen cia, os pagamentos devidos pela Fazenda Municipal,
em virtude de sentença judiciária, far-se-ão exclusivamente na ordem cronológica de apresentação dos
precatórios e à conta dos créditos respec vos, proibida a designação de casos ou de pessoas nas dotações
orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para esse fim.
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TÍTULO VI
DA ORDEM SOCIAL E ECONÔMICA
Capítulo I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 138 A ordem social tem como base o primado do trabalho e como obje vo o bem-estar e a jus ça
sociais.
Parágrafo Único - São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, o lazer, a segurança, a previdência
social, a proteção à maternidade e à infância e a assistência aos desamparados, na forma da Cons tuição
da República e desta Lei Orgânica.
III - na fiscalização da qualidade dos bens e dos serviços produzidos e comercializados em seu território;
VI - na proteção dos trabalhadores em face da automação. (Redação acrescida pela Emenda à Lei
Orgânica nº 16/2000)
Art. 140 A empresa pública, a sociedade de economia mista e outras en dades que explorem a vidade
econômica sujeitam-se ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto às obrigações
trabalhistas e tributárias.
Parágrafo Único - As empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar de
privilégios fiscais não-extensivos às do setor privado.
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Capítulo II
DA SAÚDE
Art. 141 A saúde é direito de todos e dever do Poder Público, assegurado mediante polí cas econômicas,
sociais, ambientais e outras que visem à prevenção e à eliminação do risco de doenças e outros agravos e
ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação, sem
qualquer discriminação.
III - acesso às informações de interesse da saúde individual e cole va, bem como sobre as a vidades
desenvolvidas pelo sistema;
Art. 142As ações e serviços de saúde são de relevância pública, e cabem ao Poder Público sua
regulamentação, fiscalização e controle, na forma da lei.
Art. 143 As ações e serviços públicos de saúde integram o Sistema Único de Saúde, que se organiza, no
Município, de acordo com as seguintes diretrizes:
I - comando polí co-administra vo único das ações pelo órgão central do sistema, ar culado com as
esferas estadual e federal, formando uma rede regionalizada e hierarquizada;
III - integralidade da atenção à saúde, entendida como o conjunto ar culado e con nuo das ações e
serviços preven vos, cura vos e de recuperação individuais e cole vos, exigidos para cada caso e em
todos os níveis de complexidade do sistema, adequado às realidades epidemiológicas;
IV - integração, em nível execu vo, das ações originárias do Sistema Único com as demais ações setoriais
do Município;
VI - distritalização dos recursos, dos serviços e das ações, segundo critérios de con ngente populacional e
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de demanda;
a) respeito aos direitos e garan as fundamentais do doente mental, inclusive quando internado;
b) estabelecimento de polí ca que priorize e amplie a vidades e serviços preven vos e extra-
hospitalares.
Parágrafo Único - Na distribuição dos recursos, serviços e ações a que se refere o inciso I, serão
observados o disposto nos planos diretor e plurianual e na lei de diretrizes orçamentárias e o princípio da
hierarquização, compreendidos, para tal fim, os seguintes equipamentos:
II - policlínicas;
V - hospitais especializados.
Art. 144 Compete ao Município, no âmbito do Sistema Único de Saúde, além de outras atribuições
previstas na legislação federal:
VI - o oferecimento aos cidadãos, por meio de equipes mul profissionais e de recursos de apoio, de todas
as formas de assistência e tratamento necessárias e adequadas, incluídas a homeopa a e as prá cas
alterna vas reconhecidas;
VII - a promoção gratuita e prioritária, pelas unidades do sistema público de saúde, de cirurgia
interrup va de gravidez, nos casos permi dos por lei;
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VIII - a norma zação complementar e a padronização dos procedimentos rela vos à saúde, pelo código
sanitário;
XIII - a prevenção do uso de drogas que determinem dependência sica ou psíquica, bem como seu
tratamento especializado, provendo aos recursos humanos e materiais necessários;
XIV - a informação à população sobre os riscos e danos à saúde e medidas de prevenção e controle,
inclusive mediante a promoção da educação sanitária nas escolas municipais;
XVII - a implementação, em conjunto com órgãos federais e estaduais, do sistema de informa zação, na
área de saúde;
Art. 145 O Poder Público poderá contratar a rede privada, quando houver insuficiência de serviços
públicos, para assegurar a plena cobertura assistencial à população, segundo as normas de direito público
e mediante autorização do órgão competente.
§ 2º Terão prioridade para contratação as en dades filantrópicas e as sem fins lucra vos.
Art. 146 O Sistema Único de Saúde, no âmbito do Município, será financiado com recursos do orçamento
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municipal e do orçamento da seguridade social da União, além de outras fontes, os quais cons tuirão o
fundo municipal de saúde.
§ 1º As dotações orçamentárias oriundas da União e do Estado serão des nadas diretamente ao fundo.
§ 2º É vedada a des nação de recursos do fundo para auxílios e subsídios, bem como a concessão de
prazos ou juros privilegiados às en dades privadas.
As pessoas sicas ou jurídicas que gerem riscos ou causem danos à saúde de pessoas ou grupos
Art. 147
assumirão o ônus do controle e da reparação de seus atos.
Capítulo III
DO SANEAMENTO BÁSICO
Art. 150 Compete ao Poder Público formular e executar a polí ca e os planos plurianuais de saneamento
básico, assegurando:
II - a coleta e a disposição dos esgotos sanitários e dos resíduos sólidos e a drenagem das águas pluviais,
de forma a preservar o equilíbrio ecológico e prevenir as ações danosas à saúde;
§ 1º As ações de saneamento básico serão precedidas de planejamento que atenda aos critérios de
avaliação do quadro sanitário da área a ser beneficiada, obje vando a reversão e a melhoria do perfil
epidemiológico.
§ 2º O Poder Público desenvolverá mecanismos ins tucionais que compa bilizem as ações de
saneamento básico com as de habitação, desenvolvimento urbano, preservação do meio ambiente e
gestão dos recursos hídricos, buscando integração com outros municípios nos casos em que se exigirem
ações conjuntas.
§ 3º As ações municipais de saneamento básico serão executadas diretamente ou por delegação, visando
ao atendimento adequado à população.
Art. 151 O Município manterá sistema de limpeza urbana, coleta, tratamento e des nação final do lixo,
observado o seguinte:
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III - os resíduos recicláveis serão acondicionados para reintrodução no ciclo do sistema ecológico;
IV - os resíduos não-recicláveis serão acondicionados e terão des no final que minimize o impacto
ambiental;
VI - os terrenos resultantes de aterros sanitários serão des nados a parques ou áreas verdes;
VII - a coleta e a comercialização dos materiais recicláveis serão feitas preferencialmente por meio de
coopera vas de trabalho.
Capítulo IV
DO MEIO AMBIENTE
Art. 152 Todos têm direito ao meio ambiente harmônico, bem de uso comum do povo e essencial à
saudável qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à cole vidade o dever de defendê-lo,
preservá-lo e manter as plenas condições de seus processos vitais para as gerações presentes e futuras.
§ 1º Para assegurar a efe vidade desse direito, incumbe ao Poder Público, entre outras atribuições:
I - promover a educação ambiental mul disciplinar nas escolas municipais e disseminar as informações
necessárias à conscien zação da população para a preservação do meio ambiente;
II - assegurar o livre acesso às informações ambientais básicas e divulgar, sistema camente, os níveis de
poluição e de qualidade do meio ambiente no Município;
III - prevenir e controlar a poluição, a erosão, o assoreamento e outras formas de degradação ambiental;
V - criar parques, reservas, estações ecológicas e outras unidades de conservação, mantê-los sob especial
proteção e dotá-los da infra-estrutura indispensável às suas finalidades;
VI - es mular e promover o reflorestamento com espécies na vas, obje vando especialmente a proteção
de encostas e dos recursos hídricos;
VIII - sujeitar à prévia anuência do órgão ou en dade municipal de controle e polí ca ambiental o
licenciamento para início, ampliação ou desenvolvimento de a vidades e construção ou reforma de
instalações que possam causar degradação do meio ambiente, sem prejuízo de outras exigências legais;
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XII - promover ampla arborização dos logradouros públicos, a subs tuição de espécimes inadequados e a
reposição daqueles em processo de deterioração ou morte.
§ 2º O licenciamento de que trata o inciso VIII do parágrafo anterior dependerá, no caso de a vidade ou
obra potencialmente causadora de significa va degradação do meio ambiente, de prévio relatório de
impacto ambiental, seguido de audiência pública para informação e discussão sobre o projeto,
resguardado o sigilo industrial.
§ 3º Aquele que explora recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente degradado, de
acordo com a solução técnica exigida pelo órgão ou en dade municipal de controle e polí ca ambiental.
§ 4º A conduta e a a vidade consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão o infrator, pessoa sica ou
jurídica, a sanções administra vas, inclusive a interdição temporária ou defini va, sem prejuízo das
cominações penais e da obrigação de reparar o dano causado.
III - a emissão de sons, ruídos e vibrações que prejudiquem a saúde, o sossego e o bem-estar públicos.
Art. 154 É vedado ao Poder Público contratar e conceder isenções, incen vos e bene cios fiscais a quem
es ver em situação de irregularidade diante das normas de proteção ambiental.
II - fiscalizar, por meios técnicos específicos, a qualidade dos combus veis distribuídos no Município e a
emissão de poluentes por veículos automotores, máquinas e equipamentos, bem como es mular a
implantação de medidas e uso de tecnologias que venham minimizar seus impactos;
III - implantar medidas corre vas e preven vas para recuperação dos recursos hídricos;
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permeabilidade do solo;
V - implantar e manter áreas verdes de preservação permanente, em proporção nunca inferior a doze
metros quadrados por habitante, distribuídos eqüita vamente por Administração Regional;
VI - es mular a subs tuição do perfil industrial do Município, incen vando indústria de menor impacto
ambiental;
VII - controlar os níveis de poluição sonora, visando a manter o sossego e o bem-estar públicos;
VIII - manter sistema de atendimento de emergência para casos de poluição acidental, em ar culação
com ins tuições públicas e privadas;
Capítulo V
DA EDUCAÇÃO
Art. 157A educação, direito de todos, dever do Poder Público e da sociedade, tem como obje vo o pleno
desenvolvimento do cidadão, tornando-o capaz de refle r sobre a realidade e visando à qualificação para
o trabalho.
I - ensino de primeiro grau, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não veram acesso na idade
própria, em período de oito horas diárias para o curso diurno;
II - atendimento obrigatório e gratuito em creche e pré-escola às crianças de zero a seis anos de idade, em
horário integral, bem como acesso automá co ao ensino de primeiro grau;
IV - acesso aos níveis mais elevados de ensino, da pesquisa e da criação ar s ca, segundo a capacidade
de cada um;
V - atendimento à criança em creche, pré-escola e no ensino de primeiro grau, por meio de programas
suplementares de material didá co-escolar, de assistência à saúde e de alimentação, inclusive, para a
carente, nos períodos não-le vos;
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equipamentos adequados;
VII - preservação dos aspectos humanís cos e profissionalizantes do ensino de segundo grau;
VIII - atendimento educacional especializado ao portador de deficiência, sem limite de idade, na rede
regular de ensino, bem como vaga em escola próxima a sua residência;
XII - supervisão e orientação educacional em todos os níveis e modalidades de ensino nas escolas
públicas, exercidas por profissional habilitado;
XIII - passe escolar gratuito ao aluno do sistema público municipal que não conseguir matrícula em escola
próxima à sua residência, observado os requisitos da lei.
Art. 158 Na promoção da educação pré-escolar e do ensino de primeiro e segundo graus, o Município
observará os seguintes princípios:
III - pluralismo de idéias e de concepções filosóficas, polí cas, esté cas, religiosas e pedagógicas, que
conduza ao educando à formação de uma postura é ca e social própria;
V - valorização dos profissionais do ensino, com a garan a de plano de carreira para o magistério público,
com piso de vencimento profissional, pagamento por habilitação e ingresso exclusivamente por concurso
público de provas e tulos, realizado periodicamente, sob o regime jurídico único adotado pelo Município
para seus servidores;
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X - gestão democrá ca do ensino público, mediante, entre outras medidas, a ins tuição de:
a) Assembléia Escolar, como instância máxima de deliberação de escola municipal, composta por
servidores nela lotados, por alunos e seus pais e por membros da comunidade;
b) direção colegiada de escola municipal;
c) eleição direta e secreta, em dois turnos, se necessário, para o exercício de cargo comissionado de
Diretor e de função de Vice-Diretor de escola municipal, para mandato de três anos, permi da uma
recondução consecu va, mediante eleição, e garan da a par cipação de todos os segmentos da
comunidade; (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 20/2007)
XI - garan a e es mulo à organização autônoma dos alunos, no âmbito das escolas municipais.
Art. 159 Para o atendimento de crianças de zero a seis anos de idade, o Município deverá:
II - atender, por meio de equipe mul disciplinar, composta por professor, pedagogo, psicólogo, assistente
social, enfermeiro e nutricionista, às necessidades da rede municipal de creches;
IV - estabelecer normas de construção e reforma de logradouros e dos edi cios para o funcionamento de
creches, buscando soluções arquitetônicas adequadas à faixa etária das crianças atendidas;
§ 2º A gestão democrá ca das creches públicas observará o disposto no art. 158, X, no que couber.
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Art. 160 O Município aplicará, anualmente, nunca menos de trinta por cento da receita orçamentária
corrente exclusivamente na manutenção e expansão do ensino público municipal.
§ 1º As verbas municipais des nadas a a vidades culturais e recrea vas, bem como aos programas
suplementares de alimentação e saúde previstos no art. 157, § 1º, V, não compõem o percentual, que
será ob do levando-se em conta as datas de arrecadação e aplicação dos recursos, de forma que não se
comprometam os valores reais efe vamente liberados.
§ 2º O Poder Execu vo publicará no diário oficial, até o dia dez de março de cada ano, demonstra vo da
aplicação de verbas na educação, especificando sua des nação. (Art. 160, em sua redação original,
Declarado incons tucional, de acordo com a ADI Nº 2669059-58.2000.8.13.0000)
Art. 160 O Município aplicará, anualmente, pelo menos trinta por cento da receita resultante de
impostos, compreendida a proveniente de transferências cons tucionais, em Educação.
VI - amor zação e custeio de operações de crédito des nadas a atender ao disposto nos incisos deste
ar go;
VIII - outras despesas realizadas com vistas à consecução dos obje vos básicos das ins tuições
educacionais, nos termos da legislação federal.
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deste ar go que exceder os limites mínimos previstos no art. 212 da Cons tuição da República e na
legislação federal per nente.
§ 4º Entende-se por educação inclusiva aquela des nada a garan r as pré-condições de aprendizagem e
acesso aos serviços educacionais, a reinserção de crianças e jovens em risco social no processo de ensino,
a erradicação do analfabe smo digital, a educação profissionalizante e a provisão de condições para que
o processo educa vo u lize meios de difusão, educação e comunicação.
§ 5º Considerar-se-ão como despesas rela vas à educação inclusiva, para fins do disposto no § 4º deste
ar go:
I - programas voltados à educação de jovens e adultos que não veram acesso ou con nuidade de
estudos no ensino fundamental e médio na idade própria;
V - programas que permitam o uso, pela comunidade, do prédio escolar e de suas instalações durante os
fins de semana, as férias escolares e os feriados, na forma da lei;
Art. 161 Fica assegurada a cada unidade do sistema municipal de ensino, inclusive às creches, a
des nação de recursos necessários à sua conservação, manutenção e vigilância e à aquisição de
equipamentos e materiais didá co-pedagógicos, conforme dispuser a lei orçamentária.
Art. 162 O Município elaborará plano bienal de educação, visando à ampliação e à melhoria do
atendimento de sua obrigação de oferta de ensino público e gratuito.
Parágrafo Único - A proposta do plano será elaborada pelo Poder Execu vo, com a par cipação da
sociedade civil, e encaminhada, para a aprovação da Câmara, até o dia trinta e um de agosto do ano
imediatamente anterior ao do início de sua execução.
Art. 163As escolas municipais deverão contar, entre outras instalações e equipamentos, com laboratório,
biblioteca, auditório, can na, sanitário, ves ário, quadra de esportes e espaço não-cimentado para
recreação.
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§ 2º Cada escola municipal aplicará pelo menos dez por cento da verba referida no art. 161 na
manutenção e ampliação do acervo de sua biblioteca.
§ 3º As unidades municipais de ensino adotarão livros didá cos perduráveis, possibilitando seu
reaproveitamento.
§ 4º É vedada a adoção de livro didá co que dissemine qualquer forma de discriminação ou preconceito.
Art. 164 O currículo escolar de primeiro e de segundo grau das escolas municipais incluirá conteúdos
programá cos sobre prevenção do uso de drogas, educação para a segurança no trânsito, educação do
consumidor e formação polí ca e de cidadania. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 15/2000)
§ 1º A formação religiosa, sem caráter confessional e de matrícula e freqüência faculta vas, cons tui
disciplina das escolas públicas de ensino fundamental.
§ 2º A história e a geografia do Município cons tuem matérias obrigatórias nas classes de 1º a 4º séries
do primeiro grau.
Art. 165 O quadro de pessoal necessário ao funcionamento das unidades municipais de ensino será
estabelecido em lei, de acordo com o número de turmas, turnos e séries existentes na escola.
Capítulo VI
DA CULTURA
Art. 166 O acesso aos bens da cultura e às condições obje vas para produzi-la é direito do cidadão e dos
grupos sociais.
§ 1º Todo cidadão é um agente cultural, e o Poder Público incen vará, por meio de polí ca de ação
cultural democra camente elaborada, as diferentes manifestações culturais do Município.
§ 2º O Município protegerá as manifestações das culturas populares e dos grupos étnicos par cipantes do
processo civilizatório nacional e promoverá, nas escolas municipais, a educação sobre a história local e a
dos povos indígenas e de origem africana.
Art. 167 Cons tuem patrimônio cultural do Município os bens de natureza material e imaterial, tomados
individualmente ou em conjunto, que contenham referência à iden dade, à ação e à memória do povo
belo-horizon no, entre os quais se incluem:
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I - as formas de expressão;
§ 2º A lei disporá sobre a fixação de datas comemora vas de fatos relevantes para a cultura municipal.
Art. 168 O Município, com a colaboração da sociedade civil, protegerá o seu patrimônio histórico e
cultural, por meio de inventários, pesquisas, registros, vigilância, tombamento, desapropriação e outras
formas de acautelamento e preservação.
Parágrafo Único - O Poder Público manterá sistema de arquivos públicos e privados com a finalidade de
promover o recolhimento, a preservação e a divulgação do patrimônio documental de organismos
públicos municipais, bem como de documentos privados de interesse público, a fim de que possam ser
u lizados como instrumento de apoio à administração, à cultura e ao desenvolvimento cien fico e como
elemento de prova e informação.
Art. 169 O Poder Público promoverá a implantação, com a par cipação e cooperação da sociedade civil,
de centros culturais nas regiões do Município, para atender às necessidades de desenvolvimento cultural
da população.
Parágrafo Único - Serão instalados, junto aos centros culturais, bibliotecas e oficinas ou cursos de
formação cultural.
Capítulo VII
DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA
Art. 170O Município promoverá e incen vará o desenvolvimento cien fico, a pesquisa, a difusão e a
capacitação tecnológicas, voltados preponderantemente para a solução de problemas locais.
Parágrafo Único - O Poder Execu vo implantará polí ca de formação de recursos humanos nas áreas de
ciência, pesquisa e tecnologia e concederá meios e condições especiais de trabalho aos que dela se
ocupem.
Art. 171 O Município criará e manterá en dade voltada ao ensino e à pesquisa cien fica, ao
desenvolvimento experimental e a serviços técnico-cien ficos relevantes para o seu progresso social e
econômico.
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Art. 172O Município criará núcleos descentralizados de treinamento e difusão de tecnologias de alcance
comunitário, de forma a contribuir para a sua absorção efe va pela população, prioritariamente a de
baixa renda.
Capítulo VIII
DO DESPORTO E DO LAZER
Art. 173 O Município promoverá, es mulará, orientará e apoiará a prá ca despor va e a educação sica,
inclusive por meio de:
II - proteção às manifestações espor vas e preservação das áreas a elas des nadas;
I - exigir, nas unidades escolares públicas, e para aprovação dos projetos urbanís cos e de novos
conjuntos habitacionais, reserva de área des nada a praça ou campo de esporte e lazer comunitários;
II - u lizar-se de terreno próprio ou cedido, para implantação de áreas de lazer e praças de esporte,
necessárias à demanda do esporte amador nos bairros da cidade;
III - incluir a Educação Física como disciplina nos estabelecimentos oficiais de ensino;
IV - manter o funcionamento das instalações despor vas por ele criadas, no que se refere a recursos
humanos e materiais.
§ 4º O Município, por meio da rede pública de saúde, propiciará acompanhamento médico e exames ao
atleta integrante de quadros de en dade amadorista carente de recursos.
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Art. 174 O Município apoiará e incen vará o lazer e o reconhecerá como forma de promoção social.
Parágrafo Único - Os parques, os jardins, as praças e os quarteirões fechados são espaços privilegiados
para o lazer.
Capítulo IX
DA ASSISTÊNCIA SOCIAL
SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 175A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à
seguridade social, e tem por obje vos:
III - par cipação da sociedade civil na formulação das polí cas e no controle das ações em todos os níveis.
§ 2º O Município poderá firmar convênios com en dade beneficente e de assistência social para a
execução do plano.
SEÇÃO II
DA FAMÍLIA, DA CRIANÇA, DO ADOLESCENTE, DO IDOSO E DO PORTADOR DE DEFICIÊNCIA
Art. 176 O Município, na formulação e na aplicação de suas polí cas sociais, visará a dar à família
condições para a realização de suas relevantes funções sociais.
Art. 177 É dever da família, da sociedade e do Poder Público assegurar à criança e ao adolescente, com
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IV - o aquinhoamento privilegiado de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à infância
e à juventude, notadamente no tocante ao uso e abuso de tóxicos, drogas afins e bebidas alcoólicas.
§ 2º Será punido na forma da lei qualquer atentado do Poder Público, por ação ou omissão, aos direitos
fundamentais da criança, do adolescente, do idoso e do portador de deficiência.
Art. 178 O Município, em conjunto com a sociedade, criará e manterá programas sócio-educa vos e de
assistência jurídica des nados ao atendimento de criança e adolescente privados das condições
necessárias ao seu pleno desenvolvimento e incen vará os programas de inicia va das comunidades,
mediante apoio técnico e financeiro, vinculado ao orçamento, de forma a garan r-se o completo
atendimento dos direitos constantes desta Lei Orgânica.
I - desconcentração do atendimento;
II - priorização dos vínculos familiares e comunitários como medida preferencial para a integração social
de crianças e adolescentes;
III - a par cipação da sociedade civil na formulação de polí cas e programas, bem como no controle de
sua execução.
I - es mulo e apoio à criação de centros de defesa dos direitos da criança e do adolescente, geridos pela
sociedade civil;
I - casas abertas, que ficarão à disposição das crianças e dos adolescentes desassis dos;
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II - quadros de educadores de rua, compostos por psicólogos, pedagogos, assistentes sociais, especialistas
em a vidades espor vas, ar s cas e de expressão corporal e dança, bem como por pessoas com
reconhecida competência e sensibilidade no trabalho com crianças e adolescentes.
Art. 179 O Município promoverá condições que assegurem amparo à pessoa idosa, no que respeite à sua
dignidade e ao seu bem-estar.
§ 2º Para assegurar a integração do idoso na comunidade e na família, serão criados centros diurnos de
lazer e de amparo à velhice.
II - casas transitórias para mãe puérpera que não ver moradia, nem condições de cuidar de seu filho
recém-nascido nos primeiros meses de vida;
III - casas especializadas para acolhimento da mulher e da criança ví mas de violência no âmbito da
família ou fora dele;
V - centros de apoio e acolhimento à menina de rua que a considerem em suas especificidades de mulher.
§ 1º O Poder Público es mulará o inves mento de pessoas sicas e jurídicas na adaptação e na aquisição
de equipamentos necessários ao exercício profissional do trabalhador portador de deficiência, conforme
dispuser a lei.
§ 2º Os veículos de transporte cole vo deverão ser equipados com elevadores hidráulicos e demais
condições técnicas que permitam o acesso adequado ao portador de deficiência.
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Capítulo X
DAS POPULAÇÕES AFRO-BRASILEIRAS
Art. 182Cabe ao Poder Público, na área de sua competência, coibir a prá ca do racismo, crime
inafiançável e imprescri vel, sujeito à pena de reclusão, nos termos da Cons tuição da República.
I - a criação e a divulgação, nos meios de comunicação públicos, ou nos privados de cujos espaços se
u lize a administração pública, de programas de valorização da par cipação do negro na formação
histórica e cultural brasileira e de repressão a idéias e prá cas racistas;
II - a inclusão, na propaganda ins tucional do Município, de modelos negros em proporção compa vel
com sua presença no conjunto da população municipal;
III - a reciclagem periódica dos servidores públicos, especialmente os de creches e escolas municipais, de
modo a habilitá-los para o combate a idéias e prá cas racistas;
IV - a punição ao agente público que violar a liberdade de expressão e manifestação das religiões afro-
brasileiras;
V - a proibição de prá cas, pelas unidades da administração pública municipal, de controle demográfico e
de esterilização de mulheres negras, salvo as necessárias à saúde das pacientes;
VII - o cancelamento, mediante processo administra vo sumário, sem prejuízo de outras sanções legais,
de alvará de funcionamento de estabelecimento privado, franqueado ao público, que cometer ato de
discriminação racial.
Art. 183 É considerado data cívica e incluído no calendário oficial do Município o Dia da Consciência
Negra, celebrado anualmente em vinte de novembro.
Capítulo XI
DA POLÍTICA URBANA
SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 184O pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade, a garan a do bem-estar de sua
população e o cumprimento da função social da propriedade, obje vos da polí ca urbana executada pelo
Poder Público, serão assegurados mediante:
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III - integração e complementaridade das a vidades urbanas e rurais, no âmbito da região polarizada pelo
Município;
IV - par cipação da sociedade civil no planejamento e no controle da execução de programas que lhe
forem per nentes.
Art. 185 São instrumentos do planejamento urbano, entre outros previstos em legislação federal e
estadual:
I - Plano Diretor;
V - operações urbanas;
XI - tombamento;
XII - desapropriação;
XIII - fundos des nados ao desenvolvimento urbano. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº
29/2016)
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V - urbanização, regularização e tulação das áreas ocupadas por população de baixa renda;
VII - garan a do acesso adequado da pessoa com deficiência aos bens e serviços cole vos, aos
logradouros e edi cios públicos, bem como a edificações des nadas ao uso industrial, comercial e de
serviços, e ao residencial mul familiar;
a) a adoção de estratégias e metas para a redução da emissão de gases causadores do efeito estufa;
b) a criação de medidas voltadas à adaptação aos efeitos das mudanças climá cas e sua mi gação;
c) o uso de meios sustentáveis para obtenção de água e energia;
d) criação de polí cas que privilegiem modais de transporte e construções que possuam maior eficiência
e sustentabilidade. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 29/2016)
Art. 187 A implantação de edificação que resultar em coeficiente de aproveitamento superior ao índice
básico definido no Plano Diretor dependerá de contrapar da correspondente à concessão do direito de
criação de solo.
Parágrafo único. A contrapar da será prestada e aplicada segundo os critérios definidos no Plano Diretor
ou em legislação dele decorrente. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 29/2016)
SEÇÃO II
DO PLANO DIRETOR
I - conceitos, definições, ações e medidas des nadas a assegurar o cumprimento das funções sociais da
cidade e da propriedade;
a) à promoção do equilíbrio entre a ocupação, o uso do solo, a distribuição das a vidades econômicas e
das densidades no território e a disponibilidade de infraestrutura;
b) à produção de moradia a preços acessíveis a toda a população;
c) à melhoria da mobilidade urbana, com prioridade ao deslocamento não motorizado e ao transporte
cole vo, privilegiando a des nação de inves mentos e espaços aos modais de transporte
proporcionalmente à sua eficiência e sustentabilidade;
d) ao incremento da qualidade do meio ambiente do Município, em especial mediante preservação e
recuperação das áreas ambientalmente relevantes, inclusive as degradadas, gestão sustentável dos
recursos naturais e qualificação ambiental dos espaços urbanos, com destaque para os de uso público,
des nados à apropriação cole va;
e) à promoção e à preservação do patrimônio histórico, ar s co e paisagís co e definição de áreas
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III - a previsão de instrumentos de polí ca urbana ins tuídos pela legislação estadual e federal, observada
a sua compa bilização com o interesse local expresso nos instrumentos de planejamento do Município.
Art. 189 As diretrizes e metas do Plano Diretor devem estar ajustadas às definidas para a Região
Metropolitana de Belo Horizonte, especialmente no que se refere às funções públicas de interesse
comum metropolitano. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 29/2016)
Parágrafo único - As áreas de que trata o caput deste ar go serão objeto de regulamentação pelo Plano
Diretor e legislação dele decorrente. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 29/2016)
Art. 191 A transferência do direito de construir poderá ser autorizada ao proprietário de imóvel
considerado de interesse de preservação ambiental ou cultural, de imóvel des nado à implantação de
programa habitacional ou para a viabilização de projetos urbanos, conforme dispuserem o Plano Diretor e
a legislação dele decorrente.
Art. 192 A operação do plano diretor dar-se-á mediante implantação de sistema de planejamento e
informações, obje vando o controle das ações e diretrizes setoriais.
Parágrafo Único - Além do disposto no art. 39, o Poder Execu vo manterá cadastro atualizado dos imóveis
dos patrimônios estadual e federal, situados no Município.
Capítulo XII
DO TRANSPORTE PÚBLICO E SISTEMA VIÁRIO
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§ 1º Os serviços a que se refere o ar go, incluído o de transporte escolar, serão prestados diretamente ou
mediante delegação, nos termos da lei.
§ 2º À en dade da administração indireta, que será criada pelo Poder Público, caberão as atribuições,
entre as referidas no ar go, fixadas em lei.
§ 3º A exploração do serviço de transporte cole vo que o Poder Público seja levado a exercer, por força de
con ngência ou conveniência administra va, será empreendida por en dade da administração indireta.
Art. 194As diretrizes, obje vos e metas da administração pública nas a vidades setoriais de transporte
cole vo serão estabelecidos em lei que ins tuir o plano plurianual, de forma compa vel com a polí ca de
desenvolvimento urbano, definida no plano diretor do Município, e com a de desenvolvimento
metropolitano.
Art. 195 A lei disporá sobre a organização, o funcionamento e a fiscalização dos serviços de transporte
cole vo, escolar e de táxi, devendo fixar diretrizes de caracterização precisa e proteção eficaz do interesse
público e dos direitos dos usuários.
§ 3º O Poder Público promoverá permanente vistoria nas unidades de transporte cole vo, determinando
a re rada de circulação dos veículos não-apropriados ao uso e sua imediata subs tuição.
§ 4º O sistema de transporte cole vo fornecerá, para aquisição antecipada pelo usuário, bilhete-
transporte.
Art. 196 O planejamento dos serviços de transporte cole vo deve ser feito com observância dos
seguintes princípios:
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Art. 197As tarifas de serviços de transporte cole vo, de táxi e de estacionamento público serão fixadas
pelo Poder Execu vo, conforme dispuser a lei.
Art. 198O equilíbrio econômico-financeiro dos serviços de transporte cole vo será assegurado por uma
ou mais das seguintes condições, conforme dispuser a lei:
§ 1º O cálculo das tarifas abrange o custo da produção do serviço definido pela planilha de custos e o
custo de gerenciamento das delegações do serviço e do controle de tráfego, levando-se em consideração
a expansão do serviço, a manutenção de padrões mínimos de conforto, segurança e rapidez e a justa
remuneração dos inves mentos.
§ 2º A fixação de qualquer po de gratuidade no transporte cole vo urbano só poderá ser feita mediante
lei que indique a fonte de recursos para custeá-la.
Art. 199 A permissão do serviço de táxi será feita, proporcionalmente, observada a seguinte ordem de
preferência:
I - a motoristas profissionais autônomos e a suas coopera vas;
II - a pessoa jurídica.
Parágrafo Único - É vedada mais de uma permissão a motorista profissional autônomo. (Art. 199
Declarado Incons tucional, de acordo com a ADI Nº 1.000.16.046005-1/000 – Procedência do pedido)
Art. 199 - A permissão, a concessão ou a autorização do serviço de táxi será feita, proporcionalmente,
observando-se a seguinte ordem de preferência:
I - a motorista profissional autônomo e a suas coopera vas;
II - a pessoa jurídica.
§ 1º - É vedada mais de uma outorga de serviço de táxi a motorista profissional autônomo.
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Art. 200 As vias integrantes dos i nerários das linhas de transporte cole vo terão prioridade para
pavimentação e conservação.
Parágrafo Único - O alargamento das ruas principais de penetração de favelas, necessário à viabilização da
oferta de transporte cole vo, será compa vel com a polí ca de desenvolvimento urbano.
Art. 201 O Poder Execu vo analisará solicitação de alteração no trânsito do Município, podendo aprovar,
negar ou embargar atos a seu critério, e dará ciência de sua decisão ao Poder Legisla vo no prazo máximo
de trinta dias.
Art. 202 Em quarteirão fechado, o mobiliário urbano será disposto de forma a facilitar o trânsito eventual
de veículos, especialmente em situação de emergência.
Art. 203 Nenhuma tecnologia nova no sistema de transporte cole vo poderá ser implantada no
Município sem prévia autorização legisla va.
§ 2º A Câmara poderá autorizar o Poder Execu vo a delegar a exploração de serviço de transporte público
de passageiros em nova tecnologia a órgão ou en dade da administração pública federal, estadual ou
intermunicipal, desde que o interesse público o jus fique.
§ 3º A alocação de recursos para inves mentos em pesquisa e nova tecnologia de transporte e tráfego
será definida na lei que ins tuir o plano plurianual.
Capítulo XIII
DA HABITAÇÃO
Art. 204Compete ao Poder Público formular e executar polí ca habitacional visando à ampliação da
oferta de moradia des nada prioritariamente à população de baixa renda, bem como à melhoria das
condições habitacionais.
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§ 2º A lei orçamentária anual des nará ao fundo de habitação popular recursos necessários à implantação
da polí ca habitacional.
Art. 205 O Poder Público poderá promover licitação para execução de conjuntos habitacionais ou
loteamentos com urbanização simplificada, assegurando:
III - a des nação exclusiva àqueles que não possuam outro imóvel.
Art. 207 Na desapropriação de área habitacional decorrente de obra pública ou na desocupação de áreas
de risco, o Poder Público é obrigado a promover o reassentamento da população desalojada, que será
ouvida.
Art. 208Na implantação de conjuntos habitacionais com mais de trezentas unidades, é obrigatória a
apresentação de relatório de impacto ambiental e econômico-social, e assegurada a sua discussão em
audiência pública.
Art. 209 A polí ca habitacional do Município será executada por órgão ou en dade específicos da
administração pública, a que compete a gerência do fundo de habitação popular.
Art. 210 O Município deverá discriminar e manter cadastro atualizado de habitações em áreas de risco,
efetuando trabalho permanente de prevenção e realocação.
Capítulo XIV
DO ABASTECIMENTO
Art. 211 O Município, nos limites de sua competência e em cooperação com a União e o Estado,
organizará o abastecimento, com vistas a melhorar as condições de acesso a alimentos pela população,
especialmente a de baixo poder aquisi vo.
Parágrafo Único - Para assegurar a efe vidade do disposto no ar go, cabe ao Poder Público, entre outras
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medidas:
II - dimensionar a demanda, em qualidade, quan dade e valor de alimentos básicos consumidos pelas
famílias de baixa renda;
IV - ar cular-se com órgão ou en dade executores da polí ca agrícola nacional e regional, com vistas à
distribuição de estoques governamentais prioritariamente aos programas de abastecimento popular;
VI - incen var a criação e a manutenção de granja, sí o e chácara des nados à produção alimentar
básica;
Capítulo XV
DA POLÍTICA RURAL
Art. 212 O Município efetuará os estudos necessários ao conhecimento das caracterís cas e das
potencialidades de sua zona rural, visando a:
II - preservar a cobertura vegetal de proteção das encostas, das nascentes e dos cursos d`água;
Capítulo XVI
DO TURISMO
Art. 213O Município, colaborando com os segmentos do setor, apoiará e incen vará o turismo como
a vidade econômica, reconhecendo-o como forma de promoção e desenvolvimento social e cultural.
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Art. 214 Cabe ao Município, observadas as legislações federal e estadual, definir a polí ca municipal de
turismo e as diretrizes e ações, devendo:
I - adotar, por meio de lei, plano integrado e permanente de desenvolvimento do turismo em seu
território;
III - es mular e apoiar a produção artesanal local, as feiras, exposições, eventos turís cos e programas de
orientação e divulgação de projetos municipais, bem como elaborar o calendário de eventos;
IV - regulamentar o uso, ocupação e fruição de bens naturais e culturais de interesse turís co, proteger o
patrimônio ecológico e histórico-cultural e incen var o turismo social;
V - promover a conscien zação da população para preservação e difusão dos recursos naturais e do
turismo como a vidade econômica e fator de desenvolvimento;
VI - incen var a formação de pessoal especializado para o atendimento das a vidades turís cas.
TÍTULO VII
DISPOSIÇÕES GERAIS
Todo agente público, qualquer que seja sua categoria ou a natureza do cargo, e o dirigente, a
Art. 215
qualquer tulo, de en dade da administração indireta, obrigam-se, ao serem empossados e exonerados,
ou demi dos, a declarar seus bens, sob pena de nulidade, de pleno direito, do ato de posse.
Art. 216 Quando a execução de função pública de interesse comum da Região Metropolitana couber ao
Município, na forma de lei complementar estadual, observar-se-á a distribuição de competências entre os
poderes Legisla vo e Execu vo previstas nesta Lei Orgânica.
Art. 217 Os órgãos e en dades da administração direta e indireta publicarão anualmente, até o dia trinta
de abril, relatório concernente aos cargos, empregos e funções de seus respec vos quadros que, no ano
anterior, verem vagado ou sido providos.
Art. 218 Ao servidor nomeado em virtude de concurso público e exonerado durante o período de que
trata o art. 60 é assegurado o direito a indenização calculada pelo somatório de um duodécimo de sua
remuneração, por mês de efe vo exercício, e do valor de uma remuneração mensal, sem prejuízo de
outros direitos previstos em lei.
Art. 219 Além do previsto nos arts. 56 e 158, V, a lei que dispuser sobre o estatuto do pessoal do
magistério público atribuirá, entre outros, os seguintes direitos ao profissional de educação:
I - adicional de, no mínimo, dez por cento sobre o vencimento e gra ficação inerente ao exercício de
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cargo ou função, a cada período de cinco anos de efe vo exercício, o qual se incorpora ao valor do
provento de aposentadoria;
III - adicional por regência de turma, enquanto no efe vo desempenho das atribuições específicas do
cargo;
IV - recesso escolar;
V - período sabá co, com duração de cento e vinte dias, a cada período de sete anos de efe vo exercício
do magistério, para aprimoramento profissional devidamente comprovado;
VI - vencimento fixado a par r de valor que atenda às necessidades básicas do servidor e às de sua
família, respeitado o critério de habilitação profissional;
VII - jornada de trabalho especial, nela computadas as lacunas existentes no horário fixado;
VIII - liberação da regência de aulas em número equivalente a metade da carga horária, para o exercente
da função de coordenador de ensino a par r da 5ª série, escolhido anualmente pelos professores do
mesmo conteúdo curricular e de conteúdos afins;
IX - liberdade de afixação e divulgação de materiais e temas de interesse da categoria ou escola, nas salas
des nadas aos servidores.
§ 1º Para fins do inciso II, o professor de 1ª a 4ª séries do primeiro grau detentor de curso superior que o
habilite para o magistério terá seu vencimento definido conforme a nível e a forma de cálculo do
vencimento do professor de 5ª a 8ª séries e do segundo grau, em jornada equivalente. (Parágrafo Único
transformado em § 1º pela Emenda à Lei Orgânica nº 18/2004)
§ 2º O Educador Infan l atuará unicamente na formação de crianças de 0 a 5 (zero a cinco) anos e 8 (oito)
meses, nos moldes da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, conforme parâmetros específicos
de carreira. (Redação acrescida pela Emenda a Lei Orgânica nº 18/2004)
Art. 220 Compete ao Conselho Municipal de Defesa dos Direitos Humanos propagar os direitos e
garan as fundamentais, assegurados na Declaração Universal dos Direitos do Homem e na Cons tuição
da República, inves gar-lhes as violações, encaminhar denúncias a quem de direito e zelar para que sejam
respeitados pelo Poder Público.
II - por um representante de cada en dade situada no Município e voltada, exclusivamente ou por meio
de setor próprio, para defesa desses direitos e garan as.
Art. 221 Comemorar-se-á, anualmente, em doze de dezembro, o Dia do Município, como data cívica.
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Art. 222 Para os fins do art. 204, § 2º, fica man do o fundo de habitação popular, de que trata o Decreto
nº 4.539, de 12 de setembro de 1983.
Art. 223Fica man do o fundo Municipal de Defesa Ambiental, ins tuído pela Lei nº 4.253, de 4 de
dezembro de 1985, sendo-lhe des nados para despesas de inves mentos, entre outros, recursos
provenientes de:
II - reembolso dos custos de serviços prestados pelo Poder Execu vo no licenciamento ambiental de
a vidades e obras;
Art. 224 Ficam tombados para o fim de preservação e declarados monumentos naturais, paisagís cos,
ar s cos ou históricos, sem prejuízo de outros que venham a ser tombados pelo Município:
I - o alinhamento montanhoso da Serrado Curral, compreendendo as áreas do Taquaril ao Jatobá;
II - as áreas de proteção dos mananciais;
III - os parques urbanos;
IV - o Jardim Zoológico;
V - a área do Aeroporto Carlos Prates;
VI - o conjunto arquitetônico e paisagís co da Igreja São José;
VII - o conjunto arquitetônico e paisagís co do Mosteiro Nossa Senhora das Graças, na Vila Paris;
VIII - o conjunto paisagís co e as fachadas do prédio do Hospital Raul Soares;
IX - a mata da Baleia e as fachadas do prédio do Hospital Maria Ambrosina;
X - a mata e o conjunto arquitetônico do an go seminário do campus da Pon cia Universidade Católica
de Minas Gerais;
XI - a mata do campus da Universidade Federal de Minas Gerais;
XII - o Viaduto Floresta;
XIII - o edi cio original do Colégio Arnaldo e seu terreno com testadas para as Ceará e Timbiras;
XIV - o conjunto arquitetônico original da Escola Estadual Governador Milton Campos - Colégio Estadual
Central;
XV - o Parque de Exposição da Gameleira;
XVI - o prédio e a área adjacente da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais;
XVII - as fachadas do prédio do Hospital Militar;
XVIII - as fachadas do conjunto de edificações da Indústria de bebidas Antarc ca Minas Gerais S.A.,
situada na Av. Oiapoque, nº 78;
XIX - o edi cio do Cine México, situado na Av. Oiapoque, nº 194;
XX - o conjunto arquitetônico original do Centro Mineiro de Promoções Israel Pinheiro - Minascentro,
situado na Av. Augusto de Lima, nº 758;
XXI - o conjunto arquitetônico e paisagís co do reservatório d` água do Cruzeiro;
XXII - o Parque Florestal do Jatobá;
XXIII - O Jardim Botânico e o Museu de História Natural da Universidade Federal de Minas Gerais;
XXIV - o conjunto arquitetônico da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal de
Minas Gerais e o quarteirão onde está localizado, nas interseções das ruas Carangola, Primavera,
Professor Magalhães Drumond e Desembargador Alfredo de Albuquerque;
XXV - o prédio da Escola de Arquitetura da Universidade Federal de Minas Gerais, localizado no quarteirão
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compreendido pelas interseções das ruas Gonçalves Dias, Paraíba, Cláudio Manoel e Rio Grande do Norte;
XXVI - o conjunto arquitetônico do Minas Tênis Clube I e o quarteirão onde está localizado, compreendido
pelas interseções das ruas da Bahia, Antônio Albuquerque, Espírito Santo e Antônio Aleixo;
XXVII - o edi cio sede da Prefeitura Municipal, situado na Av. Afonso Pena, nº 1.212;
XXVIII - a estátua do Cristo Redentor, situada no Bairro Milionários;
XXIX - As edificações, com suas fachadas, do Conjunto Residencial São Cristóvão (IAPI), situado entre as
avenidas Presidente Antônio Carlos, José Bonifácio e a Rua Araribá. (Redação acrescida pela Emenda à Lei
Orgânica nº 12/1996) (Art. 224 Declarado incons tucional, conforme ADI nº 40.647-0, do TJMG)
Art. 225 O Poder Público promoverá a implantação de ciclovias e bicicletários como forma de incen vo e
segurança dos ciclistas.
Art. 226 É vedada nova localização de a vidades concentradoras de tráfego, prejudiciais a função de
circulação, em lotes lindeiros a vias arteriais, de acordo com o plano municipal de classificação viária.
Art. 227 Os logradouros e estabelecimentos públicos municipais não poderão ser designados com nome
de pessoa viva.
Art. 228A lei disporá sobre a organização, a composição,a competência e o funcionamento de junta, com
duplo grau de jurisdição, na estrutura do órgão central do sistema administra vo de saúde, rela vamente
aos processos administra vos decorrentes da fiscalização e da vigilância sanitária do Município.
Art. 229Estendem-se aos doentes mentais, no que couber, os direitos assegurados por esta Lei Orgânica
ao portador de deficiência.
Art. 230 Para exercer a vidades auxiliares e complementares de prevenção de incêndio e de defesa civil,
o Município poderá criar organizações de voluntários, cuja orientação e treinamento serão efe vados, de
preferência, mediante convênio com o Estado.
Art. 231 Esta Lei Orgânica terá vigência a par r de sua publicação.
Art. 1ºFica criada a autarquia Ins tuto Municipal de Previdência e Assistência Social, com a incumbência
prevista no art. 65 da Lei Orgânica.
§ 1º À autarquia criada serão transferidos todo o a vo e passivo, pessoal, patrimônio, atribuições, verbas
e saldos da Beneficência da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, que se ex nguirá
concomitantemente, na forma da lei.
§ 2º O Poder Execu vo promoverá, no prazo de cento e vinte dias da promulgação da Lei Orgânica,
regulamentação da autarquia criada.
§ 3º Os servidores públicos e agentes polí cos municipais ficam compulsoriamente filiados ao Ins tuto
Municipal de Previdência e Assistência Social, ressalvados aqueles que, nesta data, sejam contribuintes da
previdência social urbana, os quais poderão ser faculta vamente filiados, na forma em que dispuser a lei.
A autarquia municipal Hospital Municipal Odilon Odilon Behrens absorverá o pessoal a área de
Art. 2º
saúde do quadro de servidores da Beneficência da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, após a
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Parágrafo Único - O Hospital mencionado no ar go, na prestação direta dos serviços de saúde que lhe
compe rem, dará prioridade ao atendimento dos servidores públicos municipais.
Art. 3º A contratação de novos leitos psiquiátricos só será permi da na medida da demanda e da plena
u lização da atual capacidade pública instalada.
A Município ins tuirá regime jurídico único e planos de carreira para os servidores dos órgãos da
Art. 4º
administração direta, das autarquias e das fundações públicas.
Parágrafo Único - A lei ins tuidora de regime jurídico único dos servidores públicos municipais dependerá
de voto da maioria dos membros da Câmara.
Fica assegurado ao servidor público municipal que ver tempo de serviço prestado antes de 13 de
Art. 5º
maio de 1967 o direito de computar esse tempo para efeito de aposentadoria, proporcionalmente ao
número de anos de serviço a que estava sujeito, no regime anterior áquela data.
Art. 6º Dentro de cento e oitenta dias da data da promulgação da Lei Orgânica, proceder-se-á à revisão
dos direitos do servidor público municipal ina vo e do pensionista e à atualização do provento ou pensão
a eles devidos, a fim de ajustá-los ao disposto na Lei Orgânica.
Art. 7º Enquanto não editada a lei prevista no art. 49 da Lei Orgânica, a revisão da remuneração do
servidor público se fará no mês de maio de cada ano.
Art. 8º A administração pública municipal tem cento e oitenta dias para se adaptar ás normas dos arts.
43, 47 e 48 da Lei Orgânica.
Art. 10A Município promoverá a ampliação, a recuperação e o aparelhamento das unidades municipais
de ensino, no prazo máximo de doze meses posteriores à promulgação da Lei Orgânica.
Art. 11 A elaboração do primeiro plano bienal de educação será iniciada em abril de 1990, e dela
par cipação en dades representa vas dos profissionais municipais de ensino, en dades representa vas.
Comissão Paritária instalada no prazo máximo de trinta dias da promulgação da Lei Orgânica,
Art. 12
composta por representantes do Poder Execu vo, do Poder Legisla vo e de en dades representa vas dos
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Parágrafo Único - O Poder Execu vo enviará os projetos de lei, elaborados com base nos anteprojetos
mencionados, à apreciação da Câmara, no prazo máximo de trinta dias, contados do recebimento das
propostas.
Art. 13 A primeira eleição para diretor e vice-diretor de estabelecimento municipal de ensino, após a
vigência da Lei Orgânica, será realizada até março de 1991.
Art. 14 Será gradual a implantação da jornada de ensino de oito horas e do horário integral, previstos nos
inciso I e II do § 1º do art. 157 da Lei Orgânica.
§ 2º Para efeito do disposto no parágrafo anterior, terão prioridade as escolas e creches situadas em
regiões carentes do Município.
Art. 15 O Poder Execu vo, dentro de noventa dias contados da promulgação da Lei Orgânica, criará e
instalará comissão, com a par cipação das en dades do setor cultural, para elaborar o plano de
instalação de centros culturais a que se refere o art. 169 de Lei Orgânica, o qual definirá, também, os
critérios rela vos aos acervo das bibliotecas.
O organismo previsto no art. 181, § 3º, da Lei Orgânica será implantado no prazo de seis meses,
Art. 16
contados da promulgação desta.
Art. 17 A lei definirá a implantação progressiva, compa vel com o sistema, dos equipamentos
mencionados no art. 181, § 2º da Lei Orgânica.
Art. 18 Até que a rede pública possa absorver a demanda existente, o Poder Público poderá firmar
convênios com ins tuições par culares para atendimento ao aluno excepcional.
Art. 19 Em caso de convênio com ins tuições par culares para atendimento ao aluno excepcional, a
cessão de pessoal de magistério para o fim de orientação psicopedagógica ao educando se dará com
todos os direitos e vantagens do cargo, como se em exercício em unidade do sistema municipal de ensino.
Art. 20O Município obriga-se a fornecer apoio técnico, material e financeiro às creches comunitárias
conveniadas, até que possa assumir o atendimento em creches públicas.
Art. 21 O Poder Execu vo reavaliará todas as isenções, incen vos e bene cios fiscais em vigor e proporá
ao Poder Legisla vo as medidas cabíveis.
Parágrafo Único - Considerar-se-ão revogados, após seis meses contados da promulgação da Lei Orgânica,
as isenções, os incen vos e os bene cios fiscais que não forem confirmados por lei.
Art. 22 Serão revistas pela Câmara, nos dezoito meses contados da data da promulgação da Lei Orgânica,
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a doação, a venda, a permuta, a dação em pagamento e a cessão, a qualquer tulo, de imóveis públicos
realizadas de primeiro de janeiro de 1980 até a mencionada data.
§ 3º Fica o Prefeito obrigado, nos primeiros seis meses do prazo referido no ar go, a remeter à Câmara
todas as informações e documentos, bem como, a qualquer tempo, colocar à sua disposição os recursos
humanos, materiais e financeiros necessários ao desempenho da tarefa, sob pena de responsabilização.
§ 4º As despesas previstas para o trabalho de revisão serão consignadas nos orçamentos dos poderes
Execu vo e Legisla vo.
Art. 23Ficam revogadas todas as concessões, permissões, cessões e autorizações de uso, assim como as
locações, os arrendamentos e os comodatos de bem imóvel ou logradouro pertencentes ao patrimônio
municipal, feitos a terceiros sem a licitação legalmente exigida, cabendo ao Poder Execu vo promovê-la,
se houver interesse público relevante.
Art. 24 O Município elaborará, no prazo de seis meses da promulgação da Lei Orgânica, plano plurianual
de proteção e controle ambiental, incluindo diagnós co e programas pormenorizados de preservação,
reabilitação e melhoria da qualidade do meio ambiente.
Parágrafo Único - O percentual mínino de área verde por habitante, previsto no art. 155, V, da Lei
Orgânica, deverá ser a ngido no prazo máximo de cinco anos, sob pena de responsabilização da
autoridade competente.
Art. 25 O plano diretor será aprovado no prazo de doze meses a contar da promulgação da Lei Orgânica.
Parágrafo Único - O sistema de planejamento e informações de que trata o art. 192 da Lei Orgânica deverá
estar implantado no prazo estabelecido neste ar go.
Art. 26 O Município promoverá a descrição perimétrica das áreas indicadas no art. 224 da Lei Orgânica,
no prazo de seis meses da promulgação.
Art. 27 O Poder Público tem cento e oitenta dias para criar a en dade da administração indireta a que se
refere o art. 193, § 2º, da Lei Orgânica.
Art. 30Ao ex-combatente que tenha efe vamente par cipado de operações bélicas durante a Segunda
Guerra Mundial, nos termos da Lei nº 5.315, de 12 de setembro de 1967, é assegurada prioridade na
aquisição de casa própria, para o que não a possua, ou para sua viúva ou companheira.
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Art. 31Os poderes públicos municipais promoverão edição popular do texto integral da Lei Orgânica, a
qual será distribuída aos munícipes por meio de escolas, sindicatos, associações e outras ins tuições
representa vas da comunidade.
ALENCAR DA SILVEIRA
AMÍLCAR VIANNA MARTINS FILHO
ANTÔNIO OSCAR PINHEIRO
ANTÔNIO THOMAZ GONZAGA DA MATA MACHADO
ANTÔNIO VALENTIM GOMES
ARISTIDES JOSÉ VIEIRA
ARUTANA COBÉRIO TERENA
ELI DINIZ
EUGÊNIO FREDERICO MACEDO
FERNANDO VIANA CABRAL
GONÇALO DE ABREU BARBOSA
HELENA GRECO
HENRIQUE HIGÍDIO BRAGA
JAYME GUIMARÃES FERREIRA
JOÃO BATISTA DE OLIVEIRA
JOÃO BOSCO SENRA
JOAQUIM VALENTIM GOMES
JOSÉ CORRÊA BRASIL
JOSÉ DOMINGOS FILHO
JOSÉ LINCOLN CAMPOLINA MAGALHÃES
JOSÉ LINO SOUZA BARROS
JOSÉ MARIA DA LUZ
JOSÉ RAIMUNDO MOREIRA
LUCINDA ROSA DOS SANTOS
MÁRCIO LUIZ DA SILVA CUNHA
MARCO ANTÔNIO BONIFÁCIO DE MENEZES SOARES
MAURO MATIAS DE ALMEIDA
NEUSA APARECIDA DOS SANTOS
OTIMAR FERREIRA BICALHO
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Nota: Este texto disponibilizado não subs tui o original publicado em Diário Oficial.
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