Comunicação e Expressão 14

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29/05/2018 Unidade de Aprendizado

Argumentação Baseada em
Provas e Raciocínio Lógico

APRESENTAÇÃO

Olá!

Para persuadir um auditório de uma ideia, um orador pode usar várias estratégias. Dentre elas,
destacamos a argumentação e a retórica. Por meio da argumentação, u lizamos argumentos
comprobatórios e o raciocínio lógico ou demonstra vo. Por meio da retórica, além desses ar cios,
podemos usar outros, que não estejam comprome dos com a verdade.

O tema que vamos explorar nesta Unidade de Aprendizagem é a argumentação comprobatória,


baseada em provas e raciocínio lógico. Veremos as suas caracterís cas e como podemos explorá-la.

Bons estudos!

Ao final desta unidade você deve apresentar os seguintes aprendizados:

• Diferenciar a argumentação da retórica;

• Construir raciocínios baseados em provas e demonstração;

• Iden ficar os pos de argumentos comprobatórios.

DESAFIO

A Retórica nasceu na Grécia An ga, com o surgimento da Democracia e a necessidade de preparar


lideranças capazes de intervir na opinião do povo. É a arte de falar bem, que para se realizar pode

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lançar mão de ar cios variados. Por outro lado, para desenvolver a argumentação, o locutor deve se
dedicar à demonstração e às provas.

O seu desafio é: dadas as teses a seguir, apresente no mínimo um argumento comprobatório que
sustente cada uma delas.

a) Uma sociedade desenvolvida acredita na educação como mola propulsora.

b) As drogas destroem o indivíduo e as pessoas com quem ele convive.

INFOGRÁFICO

Observe o infográfico elaborado e compreenda melhor a argumentação baseada em provas e


raciocínio lógico.

CONTEÚDO DO LIVRO

Para aprofundar os seus conhecimentos sobre a argumentação, leia atentamente o trecho do material
a seguir.

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DICA DO PROFESSOR

Assista ao vídeo a seguir referente aos assuntos abordados nesta unidade.

Conteúdo disponível na plataforma virtual de ensino. Con ra!

EXERCÍCIOS

1) Mais escolas, menos presídios

É indiscu vel o aumento da quan dade de jovens brasileiros que seguem a trajetória da
criminalidade. Entretanto, os estudos vinculados à Criminologia têm constatado que a adesão dos
jovens ao mundo do crime é potencializada pelas condições precárias de moradia, educação,
remuneração, entre outros fatores.
É também visível que o sistema penal no Brasil não apresenta um viés de ressocialização. Em crise,
tal sistema encontrava-se em 2009 com 446 mil presos, segundo o Conselho Nacional de Jus ça
(CNJ), provocando a superlotação das cadeias, além de um déficit carcerário de 156 mil vagas. O
interior dos presídios é uma escola para novos crimes, provoca o embrutecimento do sujeito, a falta
de perspec va de vida (dentro e fora da cadeia) e jus fica o elevado índice de reincidência. Se o
sistema penal não é efe vo em relação aos adultos, por que o seria em relação aos adolescentes?
É urgente que se estabeleçam prioridades mais sábias e que o inves mento nos direitos básicos,
como a educação de qualidade, por exemplo, seja o foco principal das nossas lideranças. Somente
assim, em vez de pensarmos em punir e reabilitar os criminosos, ou em reduzir a maioridade penal,
poderemos pensar na formação integral de nossas crianças.

(Ada Magaly Ma as Brasileiro)

A tese principal que pode ser construída pelo leitor deste texto é:

a) Os presídios brasileiros não ressocializam.


b) Os presídios brasileiros são escolas para novos crimes.
c) Em vez de priorizar a construção de presídios, o Brasil deveria inves r em escolas.
d) A adesão dos jovens à criminalidade se deve às condições precárias em que vivem.
e) As condições dos presídios brasileiros jus ficam a elevação da criminalidade brasileira.

2) Mais escolas, menos presídios

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É indiscu vel o aumento da quan dade de jovens brasileiros que seguem a trajetória da
criminalidade. Entretanto, os estudos vinculados à Criminologia têm constatado que a adesão dos
jovens ao mundo do crime é potencializada pelas condições precárias de moradia, educação,
remuneração, entre outros fatores.
É também visível que o sistema penal no Brasil não apresenta um viés de ressocialização. Em crise,
tal sistema encontrava-se em 2009 com 446 mil presos, segundo o Conselho Nacional de Jus ça
(CNJ), provocando a superlotação das cadeias, além de um déficit carcerário de 156 mil vagas. O
interior dos presídios é uma escola para novos crimes, provoca o embrutecimento do sujeito, a falta
de perspec va de vida (dentro e fora da cadeia) e jus fica o elevado índice de reincidência. Se o
sistema penal não é efe vo em relação aos adultos, por que o seria em relação aos adolescentes?
É urgente que se estabeleçam prioridades mais sábias e que o inves mento nos direitos básicos,
como a educação de qualidade, por exemplo, seja o foco principal das nossas lideranças. Somente
assim, em vez de pensarmos em punir e reabilitar os criminosos, ou em reduzir a maioridade penal,
poderemos pensar na formação integral de nossas crianças.

(Ada Magaly Ma as Brasileiro)

Para defender a tese do texto, a autora usou vários argumentos. Assinale a opção em que o po de
argumento esteja erroneamente iden ficado.

a) “Estudos vinculados à Criminologia têm constatado que a adesão dos jovens ao mundo do crime é
potencializada pelas condições precárias de moradia, educação, remuneração, entre outros fatores.”
Uso da ilustração.
b) “O sistema penal no Brasil não apresenta um viés de ressocialização.” Uso de um fato.
c) “O sistema encontra-se hoje com 446 mil presos, segundo o Conselho Nacional de Jus ça (CNJ)”.
Uso de dados e autoridade.
d) “provocando a superlotação das cadeias”. Uso de fato.
e) “... um déficit carcerário de 156 mil vagas.” Uso de dados.

3) Leia o fragmento a seguir:

"A maioridade penal, durante o período colonial de 1830, foi instaurada no Brasil com o advento do
primeiro Código Criminal do Império, uma tradição Europeia a fim de que haja rigor na legislação
brasileira, bem como punição aos infratores de delitos. Essa sistemá ca estendeu-se por décadas,
até que, com o advento do Decreto nº 847, promulgado em 11 de outubro de 1890, sob o comando
do Chefe de Governo Provisório da República dos Estados Unidos do Brasil - General Manoel
Deodoro da Fonseca, houve o reconhecimento e a urgente necessidade de reformar o regime penal,

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incluindo uma preocupação específica à maioridade penal quanto à inimputabilidade. Diante desse
contexto, o código Republicano determinava a inimputabilidade absoluta aos menores de nove anos
completos cujo obje vo principal estava centrado na garan a e proteção do menor."

(Sidnei Bonfim da Rocha. A redução da maioridade penal)

Para apresentar a origem legal da maioridade penal no Brasil, o autor:

a) Explicita fatos.
b) Apresenta dados.
c) Seleciona exemplos.
d) Dialoga com argumentos de autoridade.
e) Explora ilustrações.

4) Leia o fragmento de texto a seguir:

"A maioridade penal, durante o período colonial de 1830, foi instaurada no Brasil com o advento do
primeiro Código Criminal do Império, uma tradição Europeia a fim de que haja rigor na legislação
brasileira, bem como punição aos infratores de delitos. Essa sistemá ca estendeu-se por décadas,
até que, com o advento do Decreto nº 847, promulgado em 11 de outubro de 1890, sob o comando
do Chefe de Governo Provisório da República dos Estados Unidos do Brasil - General Manoel
Deodoro da Fonseca, houve o reconhecimento e a urgente necessidade de reformar o regime penal,
incluindo uma preocupação específica à maioridade penal quanto à inimputabilidade. Diante desse
contexto, o código Republicano determinava a inimputabilidade absoluta aos menores de nove anos
completos cujo obje vo principal estava centrado na garan a e proteção do menor."

(Sidnei Bonfim da Rocha. A redução da maioridade penal)

Com base na leitura do fragmento acima, o argumento “em 11 de outubro de 1890, sob o comando do
Chefe de Governo Provisório da República dos Estados Unidos do Brasil - General Manoel Deodoro da
Fonseca, houve o reconhecimento e a urgente necessidade de reformar o regime penal,” baseia-se em:

a) Um raciocínio lógico dedu vo.


b) Um raciocínio lógico indu vo.
c) Um fato histórico.
d) Um exemplo de legislação.

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e) Um argumento de autoridade.

5) Leia o fragmento a seguir:

"A maioridade penal propicia ques onamentos que vão muito além da redução da idade do menor.
A criança e o adolescente que atualmente ingressam no mundo do crime perdem mais do que sua
própria liberdade, perdem sua infância, seus sonhos, enfim, vivem num mundo sem des no. Nesse
sen do, cria-se um ciclo onde ingressa no vício como se algo normal fosse, encara o mundo do
crime, depara-se com a prisão considerada centro de internação para menores e, muitas vezes,
acaba com a morte, num sistema de represálias sociais. Caberá ao Estado oferecer dois papéis
clássicos para melhoria de qualidade desses jovens: a estrutura e oportunidades para os
adolescentes brasileiros. É rar os jovens da rua e inves r em sua formação cidadã."

(Sidnei Bonfim da Rocha. A redução da maioridade penal)

Para ques onar a redução da maioridade penal, o autor sinaliza para outros aspectos que estão
diretamente envolvidos no problema. A opção que NÃO aponta um desses aspectos é:

a) Ao ingressar na criminalidade, a criança e o adolescente perdem a própria liberdade, a infância e


os sonhos.
b) O ingresso na criminalidade tem sido considerado algo normal para a criança e o adolescente.
c) Muitas vezes, a criança e o adolescente internados em centros para menores acabem morrendo.
d) O Estado deve oferecer estrutura e oportunidades aos menores brasileiros.
e) A formação cidadã é a qualidade de vida esperada pelos menores brasileiros.

NA PRÁTICA

Veja como a argumentação se faz presente em nosso dia a dia:

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SAIBA +

Para ampliar seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo a(s) sugestão(ões) do professor:

Argumentação e retórica.
Conteúdo disponível na plataforma virtual de ensino. Con ra!

Argumentação e persuasão.
Conteúdo disponível na plataforma virtual de ensino. Con ra!

Texto exposi vo-argumenta vo.


Conteúdo disponível na plataforma virtual de ensino. Con ra!

Redução da maioridade penal.


Conteúdo disponível na plataforma virtual de ensino. Con ra!

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