Introdução À Lógica
Introdução À Lógica
Introdução À Lógica
CM
MY
CY
CMY
K
Universidade do Sul de Santa Catarina
Lógica I
Disciplina na modalidade a distância
Palhoça
UnisulVirtual
2011
Lógica I
Livro didático
Design instrucional
Ana Cláudia Taú
1ª edição revista
Palhoça
UnisulVirtual
2011
Design Instrucional
Ana Cláudia Taú
Flavia Lumi Matuzawa (1ª ed. rev.)
Diagramação
Rafael Pessi
Marcelo Neri da Silva (1ª. ed. rev.)
Revisão
Letra de Forma (1ª. ed. rev.)
ISBN
978-85-7817-329-6
511.3
S46 Sell, Sérgio
Lógica I : livro didático / Sérgio Sell, Renato Machado, Leandro Kingeski
Pacheco ; design instrucional [Ana Cláudia Taú], Flavia Lumi Matuzawa. – 1.
ed. rev. - Palhoça : UnisulVirtual, 2011.
165 p. : il. ; 28 cm.
Inclui bibliografia.
ISBN 978-85-7817-329-6
Apresentação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
Palavras dos professores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
Plano de estudo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
Equipe UnisulVirtual
Caro(a) estudante,
Bom estudo!
o livro didático;
o Sistema Tutorial.
Ementa
História da Lógica e os princípios fundamentais da
Lógica formal. Silogismo. Diagramas de Euler e Venn. A
argumentação e suas regras. As categorias. A interpretação.
Objetivos
Geral:
Esta disciplina busca desenvolver no(a) acadêmico(a) sua
capacidade de abstração e raciocínio lógico, instrumentalizando-
o(a) a perceber a estrutura básica da argumentação racional
através da familiarização com o uso de linguagens formalizadas.
Específicos:
Entender o conceito de Lógica e sua relação com a
Filosofia.
12
Carga Horária
A carga horária total da disciplina é 60 horas-aula.
Conteúdo programático/objetivos
Veja, a seguir, as unidades que compõem o livro didático desta
disciplina e os seus respectivos objetivos. Estes se referem aos
resultados que você deverá alcançar ao final de uma etapa de
estudo. Os objetivos de cada unidade definem o conjunto de
conhecimentos que você deverá possuir para o desenvolvimento
de habilidades e competências necessárias à sua formação.
Unidades de estudo: 5
13
Agenda de atividades/Cronograma
14
Atividades obrigatórias
15
Objetivos de aprendizagem
Conhecer a Lógica.
Seções de estudo
Seção 1 Qual é a origem e o que é a Lógica?
Seção 2 A proposição
18
Atenção!
Essa definição de Lógica é suficiente e pertinente
aos nossos estudos introdutórios e, certamente, não
atende a todos os filósofos e teóricos – pois existem
vários tipos de Lógica, como, por exemplo Lógica
Tradicional, Lógica Clássica, Lógica Não Clássica,
Lógica Difusa etc., com particularidades e focos de
estudo específicos.
Seção 2 – A proposição
Nesta seção, você estudará o que é a proposição e qual a relação
dela com o raciocínio.
Viva.
Sentenças imperativas Faça.
Ajude-me.
Amor!
Sentenças exclamativas Justiça!
Paz!
Unidade 1 21
Por outro lado, veja que não tem sentido avaliar como verdadeiro
ou falso as outras sentenças, interrogativas, imperativas ou
exclamativas. Ninguém atribui um juízo sobre uma sentença
quando se diz “Não!”. Ninguém avalia uma sentença interrogativa
“Que horas são?” como verdadeira ou falsa.
22
Unidade 1 23
Todos os catarinenses
O sujeito da proposição é tomado em sua totalidade.
Totais, gerais são brasileiros.
ou universais Observe que as proposições universais podem ser Nenhum homem é
negativas. imortal.
Sócrates é
O predicado é expresso como uma condição necessária
Necessárias do sujeito. necessariamente
mortal.
24
Premissas
Você sabe o que é uma premissa?
Unidade 1 25
Conclusão
Você sabe o que é uma conclusão em um raciocínio?
26
Relação de consequência
A relação de consequência é considerada o principal objeto
de estudo dos lógicos. Tal estudo investiga como fazemos a
passagem, no raciocínio, das premissas para a conclusão. Veja a
seguinte definição.
Unidade 1 27
Atenção!
Em nossa linguagem
cotidiana, filosófica ou
científica, podemos encontrar
raciocínios de todos os
tipos e tamanhos, com, por
exemplo, uma premissa e uma
conclusão; muitas premissas
e dez conclusões; infinitas
premissas e uma conclusão;
a conclusão antes das
premissas etc.
O modo como esse raciocínio é Figura 1.3 – Compreendendo os raciocínios
Observe que não existe
apresentado pode nos causar Fonte: Henri Fuseli e William Blake (2000).
estranheza, mas, no dia a
um número predefinido de
dia, é comum encontrarmos quantas premissas e quantas
raciocínios assim. O ideal conclusões deve ter o raciocínio e nem em que ordem devem aparecer.
seria que todas as pessoas
pensassem e se expressassem Para compreender os raciocínios você precisa identificar que
de forma sistemática: primeiro sentenças são proposições (ou seja, que sentenças podem ser avaliadas
apresentando as premissas como verdadeiras ou falsas); que proposições exercem a função de
para depois propor a conclusão. premissas no raciocínio; e que proposição(ões) exerce(m) a função de
Mas nem sempre é o caso. Veja conclusão em um raciocínio.
um exemplo de raciocínio com
conclusão antes das premissas: Lembre-se que, nesse sentido, você já estudou a distinção das
“Eu existo. Eu penso. Todo
sentenças e a identificação das sentenças declarativas como
aquele que pensa, existe.”.
Observe que a conclusão “Eu
proposições, quando presentes no raciocínio. Embora você também já
existo.” foi disposta antes das tenha estudado a identificação das premissas e das conclusões, fique
premissas “Todo aquele que atento aos indicadores lógicos, nosso próximo assunto.
pensa, existe.” e “Eu penso.”.
Indicadores lógicos
Os indicadores lógicos podem facilitar a identificação das
premissas e da conclusão de um raciocínio.
28
Veja um exemplo:
Atenção!
Pode haver raciocínios em que não existam indicadores de premissas
nem um indicador de conclusão. Nesses casos, devemos procurar
entender o sentido do raciocínio, para distinguirmos as premissas da
conclusão. Veja este exemplo de raciocínio sem indicadores lógicos.
Joaquim é português.
Todo português é bigodudo.
Joaquina, esposa de Joaquim, também é bigoduda.
Unidade 1 29
30
Unidade 1 31
32
Unidade 1 33
Atenção!
O raciocínio indutivo é considerado válido em função
de certa verossimilhança, de certa probabilidade, em
relação à realidade.
Se novos indícios, elementos, amostras, forem
encontrados e indicarem que uma premissa precisa
ser revista, então corremos o risco de que nosso
raciocínio seja inválido. Você deve ficar atento a esses
indícios ao interpretar uma indução.
34
Unidade 1 35
Atenção!
Observe que a diferença entre os sofismas e as falácias
reside no fato de que as falácias representam o
uso inocente, ignorante, de raciocínios inválidos,
enquanto os sofismas representam o uso
intencional de raciocínios inválidos.
36
Falácia da divisão
A falácia da divisão é um raciocínio inválido em que atribuímos,
distribuímos uma propriedade de um conjunto determinado para
os membros desse conjunto.
Unidade 1 37
Falácia da composição
A falácia da composição é um raciocínio inválido em que
atribuímos para o conjunto uma propriedade que pertence a todos
os elementos do conjunto.
Atenção!
A pergunta complexa não é um raciocínio, mas
implica uso desproposital do conhecimento lógico.
38
Atenção!
Lembre-se que tanto o sofisma quanto a falácia representam
um tipo de raciocínio inválido. Para especificarmos tal raciocínio
como um sofisma ou uma falácia, precisamos sempre identificar,
respectivamente, se há um uso intencional ou um uso inocente do
raciocínio inválido.
Paradoxos
Os paradoxos são proposições tais que, ao atribuirmos um
valor de verdade verdadeiro (V) ou falso (F), caímos em uma
contradição.
Atenção!
Os paradoxos não representam um raciocínio, mas também
representam um uso desproposital do conhecimento lógico.
Unidade 1 39
Dilema
O dilema é um raciocínio que nos impõe duas escolhas
indesejáveis. O dilema é um truque retórico, mas diferente dos
outros tipos de falácias ou sofismas, pois ele é um raciocínio
válido dedutivo.
Ou eu estudo ou eu trabalho.
Se eu estudo, passo fome.
Se eu trabalho, ganho pouco.
Logo, ou passo fome ou ganho pouco.
40
Síntese
Unidade 1 41
Atividades de autoavaliação
Ao final de cada unidade, você realizará atividades de autoavaliação. O
gabarito está disponível no final do livro didático. Mas esforce-se para
resolver as atividades sem ajuda do gabarito, pois, assim, você estará
estimulando a sua aprendizagem.
42
V
I VIII
III
II
IV
VII
IX
XII
VI
XV
XI XIII
XVI
XIV
Unidade 1 43
44
I)
II)
III)
IV)
Unidade 1 45
Saiba mais
46
Aristóteles e a Sistematização
da Lógica
Renato Machado
Sérgio Sell
Objetivos de aprendizagem
Entender o conceito de Lógica.
Compreender a relação entre Lógica e Filosofia.
Entender por que se diz que Aristóteles é o pai da Lógica.
Identificar alguns aspectos teóricos fundamentais
da Lógica aristotélica (como a noção de categoria
e as relações entre discurso, juízo e proposição).
Compreender a proposição categórica.
Identificar as formas proposicionais básicas.
Identificar as relações lógicas fundamentais
entre proposições categóricas.
Seções de estudo
Seção 1 Aprofundando o conceito de Lógica
48
Unidade 2 49
50
Unidade 2 51
1. definição;
2. propriedade;
3. gênero;
4. acidente.
52
Unidade 2 53
A Interpretação
Em Perí Hermeneias (Da Interpretação), encontramos um estudo
da proposição. Nessa obra, Aristóteles discute a relação entre
as palavras (que compõem a linguagem) e os pensamentos.
Definindo a palavra como um símbolo de um pensamento, a
proposição é apresentada como a expressão verbal de um juízo.
54
Unidade 2 55
1. Pedrinho
2. Sócrates
3. Platão
4. Aristóteles
E uma qualidade:
a) ser inteligente
b) ser mortal
c) ser pré-socrático
56
Unidade 2 57
58
Unidade 2 59
60
Unidade 2 61
62
Todo S é P Nenhum S é P
contrárias
subalterna
subalterna
contraditórias
subcontrárias
Algum S é P Alguns S não é P
Unidade 2 63
Síntese
Concebida dessa forma, você viu que a Lógica teve sua origem
com a analítica aristotélica, na qual, entre outros temas, ganha
destaque a análise da proposição, que possibilita, indiretamente,
analisar o juízo.
Atividades de autoavaliação
Ao final de cada unidade, você realizará atividades de autoavaliação. O
gabarito está disponível no final do livro didático. Mas esforce-se para
resolver as atividades sem ajuda do gabarito, pois, assim, você estará
promovendo (estimulando) a sua aprendizagem.
1) Qual é a importância da Lógica para a Filosofia?
64
Unidade 2 65
e. Alguns membros de famílias que são ricas e famosas não são pessoas
distintas e abastadas.
66
Unidade 2 67
Saiba mais
68
O Silogismo Categórico
Renato Machado
Sérgio Sell
Objetivos de aprendizagem
Definir silogismo.
Identificar a estrutura básica do silogismo.
Estabelecer a ordem canônica do silogismo.
Identificar as regras de formação e as
formas válidas do silogismo.
Identificar as figuras e os modos do silogismo.
Seções de estudo
Seção 1 O que é um silogismo?
70
Unidade 3 71
A) Exemplo 1:
Todo argumento bem formado é argumento válido.
Todo silogismo é argumento bem formado.
∴Todo silogismo é argumento válido.
72
B) Exemplo 2:
Nenhum poema é obra do acaso.
Toda elegia é poema.
∴ Nenhuma elegia é obra do acaso.
C) Exemplo 3:
Toda aprendizagem é desenvolvimento cognitivo.
Alguma recreação é aprendizagem.
∴ Alguma recreação é desenvolvimento cognitivo.
D) Exemplo 4:
Nenhum cidadão bem intencionado é corrupto.
Algum político é cidadão bem intencionado.
∴Algum político não é corrupto.
Unidade 3 73
AA EA IA AO
AE EE IE OE
AI EI II OI
AO EO IO OO
74
Unidade 3 75
76
M= termo médio
P = predicado
S= Sujeito
Todo M é P
Todo S é M
∴Todo S é P
Unidade 3 77
Agora olhe para esses esquemas e preste atenção apenas aos símbolos
que convencionamos (S, P e M). Comparando as duas figuras acima, é
possível notar que a conclusão tem sempre a mesma estrutura, ou seja:
S—P
Mas, antes de ver quais são essas formas, você precisa conhecer
algumas regras sobre a estrutura formal do silogismo. É o que fará
na próxima seção.
78
Unidade 3 79
Aplicando essas regras ao Quadro 3.1, vemos que uma boa parte
das possíveis combinações de premissas é eliminada, uma vez que
contrariam pelo menos uma das oito regras. Observe:
AA EA IA AO
AE EE IE OE
AI EI II OI
AO EO IO OO
80
Quadro 3.7 – Versos com palavras em latim criados pelos lógicos medievais.
Unidade 3 81
82
Unidade 3 83
84
Boa diversão!
Síntese
Unidade 3 85
Atividades de autoavaliação
86
e) O céu é azul.
O mar é azul.
∴O mar é o céu.
Premissa Maior
Premissa Menor
Conclusão
Unidade 3 87
Premissa Maior
Premissa Menor
Conclusão
Premissa Maior
Premissa Menor
Conclusão
Premissa Maior
Premissa Menor
Conclusão
e. Não basta ser erudito para ser democrático, pois há professores que não
são democráticos embora sejam eruditos.
Premissa Maior
Premissa Menor
Conclusão
88
Saiba mais
Unidade 3 89
Aprofundando o Estudo do
Silogismo
Renato Machado
Sérgio Sell
Objetivos de aprendizagem
Compreender a noção de perfeição através
da análise das figuras do silogismo.
Entender o significado das letras usadas
nos nomes dos modos do silogismo.
Identificar as estratégias de redução das
demais figuras à primeira figura.
Desenvolver a habilidade de lidar
com esquemas de silogismo.
Estudar diagramas de Venn na análise lógica.
Ampliar e aprofundar o domínio do
vocabulário técnico da Lógica.
Seções de estudo
Seção 1 A ideia de perfeição aplicada ao silogismo
92
Unidade 4 93
94
Unidade 4 95
1 - A inicial “C” indica que ele deve ser reduzido para Celarent.
A letra “s” indica que a maior deve ser convertida simplesmente.
O resultado, portanto, é:
Nenhum A é B Nenhum B é A
Todo G é B → Todo G é B
Nenhum G é A Nenhum G é A
96
Todo A é B Nenhum B é G
Nenhum G é B → Todo A é B
Nenhum G é A Nenhum A é G
Nenhum A é B Nenhum B é A
Algum G é B → Algum G é B
Algum G não é A Algum G não é A
Nenhum A é B Nenhum A é B
Todo A é G → Algum G é A
Algum G não é B Algum G não é B
Nenhum A é B Nenhum A é B
Algum A é G → Algum G é A
Algum G não é B Algum G não é B
Todo A é B Todo A é B
Todo A é G → Algum G é A
Algum G é B Algum G é B
Unidade 4 97
Todo A é B Todo A é B
Algum A é G → Algum G é A
Algum G é B Algum G é B
Algum A é B Todo A é G
Todo A é G → Algum B é A
Algum G é B Algum B é G
98
Todo A é B
Algum G não é B
Algum G não é A
A letra inicial indica que ele deve ser reduzido para o modo
Barbara. A divisão silábica para a palavra Baroco, como vimos,
é Bar/oc/o, o que significa que a premissa menor deve ser
substituída pela contraditória da conclusão. Sendo assim, conclui-
se que esta é uma premissa do tipo O (particular negativa), sua
contraditória é uma proposição do tipo A (universal afirmativa).
Temos então:
Unidade 4 99
(BAROCO) (BARBARA)
100
S P
Unidade 4 101
S P
S P
102
S P
Unidade 4 103
M P
Figura 4.5 – Diagrama das classes M (termo médio) e P (predicado da conclusão), que compõem a
premissa maior de um silogismo em Barbara.
Fonte: Elaboração do autor (2008).
S M
Figura 4.6 – Diagrama das classes S (sujeito da conclusão) e M (termo médio), que compõem a
premissa menor de um silogismo em Barbara.
Fonte: Elaboração do autor (2008).
104
M P
S P
Unidade 4 105
Síntese
106
Atividades de autoavaliação
Cesare:
Camestres:
Festino:
Baroco:
Darapti:
Felapton:
Disamis:
Datisi:
Bocardo:
Ferison:
Unidade 4 107
Todo A é B
Todo G é A
∴ Todo G é B
Darii Ferio
Cesare Camestres
108
Festino Baroco
Darapti Felapton
Disamis Datisi
Bocardo Ferison
Unidade 4 109
110
Unidade 4 111
Saiba mais
112
Objetivos de aprendizagem
Conhecer aspectos históricos da evolução da Lógica.
Estudar as noções de símbolo lógico, operador lógico,
fórmula bem formada, tautologia, inconsistência,
contingência funcional-veritativa e semântica.
Entender a interpretação semântica dos operadores
lógicos fundamentais.
Desenvolver a habilidade de interpretar e de construir
tabelas de verdade para fórmulas complexas.
Compreender a noção semântico-formal de argumento
válido.
Determinar a validade de argumentos, usando tabelas de
verdade
Seções de estudo
Seção 1 Aspectos históricos
114
Unidade 5 115
116
Formalização simbólica
A Lógica matemática é uma Lógica formal. Isso significa que ela
não lida diretamente com proposições e raciocínios, e sim com
A Lógica matemática não
esquemas. é a única Lógica formal.
O estudo do silogismo,
usando esquemas,
Para a Lógica formal, o que interessa é a forma, e não identificando as figuras
o conteúdo. e os modos possíveis,
também é um exemplo de
Lógica formal.
Unidade 5 117
Operadores lógicos
A Lógica aristotélica, baseada em proposições categóricas, é aplicável
exclusivamente às relações de inclusão e exclusão, total ou parcial, entre classes
de objeto. A Lógica matemática amplia as possibilidades de lidar formalmente
com as relações entre objetos e entre proposições. Para isso, ela recorre à noção
de operador lógico (ou conectivo lógico). Tal noção pode ser assim definida:
118
Unidade 5 119
120
Unidade 5 121
a) M
É uma fbf, de acordo com a regra 1.
b) Q
É uma fbf, de acordo com a regra 1.
c) ¬M
É uma fbf, obtida a partir da aplicação da regra 2 a (a).
d) (M v ¬M)
e) (M ∧ Q )
f) ((M v ¬M) ∧ (M ∧ Q ))
g) (MM)
Não é uma fbf.
h) (MM∧)
Não é uma fbf.
i) (→M)
122
A questão é:
Unidade 5 123
φ ¬φ
V F
F V
124
φ Ψ φ∧Ψ
V V V
V F F
F V F
F F F
φ Ψ φv Ψ
V V V
V F V
F V V
F F F
Unidade 5 125
φ Ψ φ↔Ψ
V V V
V F F
F V F
F F V
Fonte: Elaboração do autor (2008).
126
Unidade 5 127
P Q ((P ∧ Q) → P)
V V V V V V
V F V F F V
F V F F V F
F F F F F F
P Q ((P ∧ Q) → P)
V V V V V V
V F V F F V
F V F F V F
F F F F F F
128
P Q ((P ∧ Q) → P)
V V V V V V V
V F V F F V V
F V F F V V F
F F F F F V F
Unidade 5 129
P Q ((P → (Q v ¬Q)
V V V V V V F
V F V V F V V
F V F V V V F
F F F V F V V
Fonte: Elaboração do autor (2008).
P Q ((P ∧ Q) ∧ ¬Q)
V V V V V F F
V F V F F F V
F V F F V F F
F F F F F F V
Fonte: Elaboração do autor (2008).
P Q ((P ↔ (Q v P)
V V V V V V V
V F V V F V V
F V F F V V F
F F F V F F F
Fonte: Elaboração do autor (2008).
130
Unidade 5 131
C: Chove.
P: Vou à praia.
(C → ¬P)
∴¬P
132
C P (C → ¬ P) C ¬P
V V V F F V F
V F V V V V V
F V F V F F F
F F F V V F V
Fonte: Elaboração do autor (2008).
Unidade 5 133
C P (C → ¬P) ¬C P
V V V F F F V
V F V V V F F
F V F V F V V
F F F V V V F
134
T: Carlos trabalha.
Unidade 5 135
D M P T T, (T → D) , (D → (¬P ∧ M) M
V V V V V V V V V F F F V V
V V V F F F V V V F F F V V
V V F V V V V V V V V V V V
V V F F F F V V V V V V V V
V F V V V V V V V F F F F F
V F V F F F V V V F F F F F
V F F V V V V V V F V F F F
V F F F F F V V V F V F F F
F V V V V V F F F V F F V V
F V V F F F V F F V F F V V
F V F V V V F F F V V V V V
F V F F F F V F F V V V V V
F F V V V V F F F V F F F F
F F V F F F V F F V F F F F
F F F V V V F F F V V F F F
F F F F F F V F F V V F F F
Bom trabalho.
136
Síntese
Nesta unidade, você pôde estudar que a Lógica matemática foi ideal-
izada por Leibniz, no século XVII, mas só se concretizou com Frege
(fim do século XIX) e com Whitehead e Russell (início do século
XX).
Você também estudou que as noções fundamentais da Lógica
matemática são a formalização simbólica de enunciados e o uso de op-
eradores lógicos (símbolos que possuem uma interpretação fixa). Viu
que os operadores lógicos fundamentais são a negação, a conjunção,
a disjunção, o condicional e o bicondicional, sendo que cada um deles
possui uma interpretação semântica predeterminada, a qual pode ser
representada sob a forma de uma tabela de verdade.
Unidade 5 137
Atividades de autoavaliação
Caça-palavras:
M Q E A I A A I F O S O L I F F
R K S Z H O I G R E S F O R P P
L O G I S M O R L R L S C V N D
L G T F R A F A I D L I S O D E
C O L O X V I I P O T S R R E E
I C G L Z A A L E X A N U R E L
N L A I I D L U Q E A P S Z L O
G E R A I C A I A S Z M S F O J
G I A A F M Z A E R I P E O J M
X B M U E O H I F E O A L R M A
I N O M L R F R E G E T L M A D
P I F F I U A F E Z D T W A P E
X Z X E C O C F F N A L H L R E
K O E S I X Z N E D R K I Z O L
L O G I C A M A T E M A T I C A
C E M H A A I S T A L I E I A E
H O U L D A X Q E M E D H I D E
A D A P E D E D A L N O E F O L
T A R M R I I R K I Q H A U I O
E R I W H I T W I C O S D E R J
N O S Z O D E T E E K S Z Z T M
A R T I E L X E T U R R I R E A
S I A N T E M L U P D T F M I P
Q N A O C O N F R E D I K A O R
E I R K A N T L U I D O D M E E
138
→ ∧ ¬
v ↔
b) fórmula atômica:
c) fórmula molecular:
Unidade 5 139
h) (L → M)
i) (N ↔ O)
j) ¬(A ∧ B)
k) ((A ∧ B) ∧ C)
l) (C v (A ∧ B))
m) (A ∧ B) ()
n) ¬ ¬ A
o) ¬ ¬ ((A ∧ B) ∧ C)
p) A ¬
q) ¬ A ¬
r) (((A ∧ B) ∧ C) ↔ ¬ A)
s) (¬ A ↔ ((A ∧ B) ∧ C))
t) ¬ (A ↔ ((A ∧ B) ∧ C))
u) ((A ∧ B) ∧ (A ∧ B))
v) (((A ∧ B) ∧ (A ∧ B)) ∧ (A ∧ B))
w) ((A ∧ B) ¬ ∧ (A ∧ B))
140
Unidade 5 141
142
Saiba mais
Unidade 5 143
Um grande abraço!
146
148
Sérgio Sell
Renato Machado
150
Unidade 1
1)
V
I VIII P R E M I S S A S
L N
Ó III T
II G R É C I A I
I R G
C IV R A C I O C Í N I O
A S
T
Ó
T
E VII
L P IX
E R XII C
VI S I L O G I S M O
P N N
O D C
S U L
I T U
Ç I S
XV Ã V Ã
P XI D E D U T I V O O O XIII
A F
X R E L A Ç Ã O D E C O N S E Q U Ê N C I A
A L
XVI D I L E M A Á
O C
X I
O XIV S O F I S M A
3)
I) D II) I III) D IV) I
4) a) Resposta pessoal.
b) Resposta pessoal.
c) Resposta pessoal.
d) Resposta pessoal.
5) Resposta pessoal que depende de pesquisa livre sobre um exemplo de
falácia ou de sofisma. Não esqueça de publicar sua resposta no Espaço
UnisulVirtual de Aprendizagem (EVA), através da ferramenta exposição.
Unidade 2
1) A Lógica possibilita a compreensão dos aspectos formais dos raciocínios
utilizados na reflexão filosófica. Dessa forma, contribui para que essa
reflexão se torne mais crítica, rigorosa, metódica e sistemática.
2) 5, 3, 2, 6, 1, 4
3)
a. S: Alguns historiadores; P: escritores talentosos. I
b. S: Nenhum atleta que tenha aceitado pagamento para participar em
competições; P: amador. E
c. S: Nenhuma mulher que seja ou tenha sido casada; P: aceita em
concurso de beleza. E
d. S: Todos os satélites que estão atualmente em órbita a menos
de 30.000 metros de altura; P: equipamentos muito delicados e
extremamente caros. A
e. S: Alguns membros de famílias que são ricas e famosas; P: pessoas
distintas e abastadas. O
f. S: Algumas pinturas produzidas por artistas que são universalmente
reconhecidos como mestres em sua atividade; P: obras de qualidade
que mereçam estar em museus ou serem disponibilizadas ao público. O
g. S: Todos os motoristas que são imprudentes no trânsito; P: pessoas
desesperadas que colocam em risco a vida de seus semelhantes. A
h. S: Alguns candidatos que não conseguiram um número suficiente
de votos para serem eleitos; P: funcionários de alto escalão do atual
governo. I
152
Unidade 3
1)
153
2)
a. Alguma droga é benéfica, pois tudo o que reduz o sofrimento é
benéfico e há drogas que reduzem o sofrimento.
154
ou
e. Não basta ser erudito para ser democrático, pois há professores que não
são democráticos embora sejam eruditos.
3)
a) primeira, darii.
b) primeira, barbara.
c) segunda, festino.
d) segunda, camestres.
e) terceira, bocardo.
155
Unidade 4
1)
Cesare: Celarent
Camestres: Celarent
Festino: Ferio
Baroco: Barbara
Darapti: Darii
Felapton: Ferio
Disamis: Darii
Datisi: Darii
Bocardo: Barbara
Ferison: Ferio
2)
Letra inicial: indica o modo para o qual a figura pode ser reduzida. B; C;
D; F.
Vogais: indicam a quantidade e a qualidade de cada proposição do
silogismo, seguindo a ordem canônica. A; E; I; O.
Consoantes: indicam operação que deve ser feita para reduzir os modos
imperfeitos a modos da primeira figura. S; P; M; C.
3)
Todo A é B Nenhum A é B
Todo G é A Todo G é A
∴ Todo G é B ∴Nenhum G é B
Darii Ferio
Todo A é B Nenhum A é B
Algum G é A Algum G é A
∴Algum G é B ∴Algum G não é B
156
Cesare Camestres
Nenhum B é A Todo B é A
Todo G é A Nenhum G é A
∴Nenhum G é B ∴Nenhum G é B
Festino Baroco
Nenhum B é A Todo B é A
Algum G é A Algum G não é A
∴Algum G não é B ∴Algum G não é B
Darapti Felapton
Todo A é B Nenhum A é B
Todo A é G Todo A é G
∴Algum G é B ∴Algum G não é B
Disamis Datisi
Algum A é B Todo A é B
Todo A é G Algum A é G
∴Algum G é B ∴Algum G é B
Bocardo Ferison
4)
a) 1ª figura: Barbara. (Mas é preciso reescrever o silogismo na ordem
canônica, alterando a ordem das premissas.)
b) 1ª figura: Darii.
c) 1a figura: Ferio.
d) 2a figura: Festino. Deve ser reduzida a Ferio. Nenhum covarde é herói.
Alguns soldados são covardes. Logo, alguns soldados não são heróis.
e) 4a figura: Bamalip. Deve ser convertida para Barbara, invertendo a
ordem das premissas (e efetuando o ajuste necessário na conclusão)
e fazendo a conclusão passar de I para A. Todo cantor é músico.
Todo coralista é cantor. Todo coralista é músico.
157
Unidade 5
1)
M Q E A I A A I F O S O L I F F
R K S Z H O I G R E S F O R P P
L O G I S M O R L R L S C V N D
L G T F R A F A I D L I S O D E
C O L O X V I I P O T S R R E E
I C G L Z A A L E X A N U R E L
N L A I I D L U Q E A P S Z L O
G E R A I C A I A S Z M S F O J
G I A A F M Z A E R I P E O J M
X B M U E O H I F E O A L R M A
I N O M L R F R E G E T L M A D
P I F F I U A F E Z D T W A P E
X Z X E C O C F F N A L H L R E
K O E S I X Z N E D R K I Z O L
L O G I C A M A T E M A T I C A
C E M H A A I S T A L I E I A E
H O U L D A X Q E M E D H I D E
A D A P E D E D A L N O E F O L
T A R M R I I R K I Q H A U I O
E R I W H I T W I C O S D E R J
N O S Z O D E T E E K S Z Z T M
A R T I E L X E T U R R I R E A
S I A N T E M L U P D T F M I P
Q N A O C O N F R E D I K A O R
E I R K A N T L U I D O D M E E
2)
→ ∧ ¬ v ↔
158
3)
a) fórmula: qualquer símbolo ou sequência de símbolos de uma
linguagem.
b) fórmula atômica: fórmula constituída por um único símbolo.
c) fórmula molecular: fórmula constituída por mais de um símbolo.
d) fórmula bem formada: uma sequência de símbolos que respeita as
regras de formação estabelecidas em um dado sistema formal.
4)
a) É uma fbf.
b) É uma fbf.
c) É uma fbf.
d) Não é uma fbf.
e) É uma fbf.
f) É uma fbf.
g) Não é uma fbf.
h) É uma fbf.
i) É uma fbf.
j) É uma fbf.
k) É uma fbf.
l) É uma fbf.
m) Não é uma fbf.
n) É uma fbf.
o) É uma fbf.
p) Não é uma fbf.
q) Não é uma fbf.
r) É uma fbf.
s) É uma fbf.
t) É uma fbf.
u) É uma fbf.
v) É uma fbf.
w) Não é uma fbf.
159
5)
a) A
b) (A ∧ S)
c) (S ∧ A)
d) (T → A)
e) (A ∧ F)
f) (¬A → ¬ S)
g) (T ∧ E)
h) (A ↔ S)
i) (¬A ↔ ¬S)
j) ¬¬A
k) (L ∧ F)
l) (¬¬S ∧ ¬¬A)
m) S
n) (A v ¬A)
o) ((T ∧ A) v ¬ A)
p) ((A v ¬A) ∧ ¬ (A ∧ ¬A))
q) (S → (A ↔ T))
r) (A ↔ T)
s) ¬E
t) ¬¬A
u) ((T ∧ A) ∧ (L ∧ F))
v) ((T ∧ A) ↔ (L ∧ F))
w) (T ∧ (T → A))
160
6)
a) (A ∧ B)
A B (A ∧ B)
V V V V V
V F V F F
F V F F V
F F F F F
b) (C v D)
C D (C v D)
V V V V V
V F V V F
F V F V V
F F F F F
c) ¬ (A ∧ B)
A B ¬ (A ∧ B)
V V F V V V
V F V V F F
F V V F F V
F F V F F F
d) ¬ ¬ A
A ¬ ¬ A
V V F V
F F V F
e) ¬ (L → M)
L M ¬ (L → M)
V V F V V V
V F V V F F
F V F F V V
F F F F V F
161
f) (H v ¬H)
H (H v ¬ H)
V V V F V
F F V V F
g) ((A ∧ B) ∧ C)
A B C ((A ∧ B) ∧ C)
V V V V V V V V
V V F V V V F F
V F V V F F F V
V F F V F F F F
F V V F F V F V
F V F F F V F F
F F V F F F F V
F F F F F F F F
h) (C v (A ∧ B))
A B C (C v (A ∧ B)
V V V V V V V V
V V F F V V V V
V F V V V V F F
V F F F F V F F
F V V V V F F V
F V F F F F F V
F F V V V F F F
F F F F F F F F
162
j) ((A ∧ B) ∧ ¬ (A ∧ B))
A B ((A ∧ B) ∧ ¬ (A ∧ B))
V V V V V F F V V V
V F V F F F V V F F
F V F F V F V F F V
F F F F F F V F F F
7)
a) Contingência funcional-veritativa.
b) Contingência funcional-veritativa.
c) Contingência funcional-veritativa.
d) Contingência funcional-veritativa.
e) Contingência funcional-veritativa.
f) Tautologia.
g) Contingência funcional-veritativa.
h) Contingência funcional-veritativa.
i) Contingência funcional-veritativa.
j) Inconsistência funcional-veritativa.
8)
a) Válido.
b) Válido.
c) Inválido.
d) Válido.
e) Inválido.
f) Válido.
g) Válido.
h) Válido.
i) Válido.
j) Válido.
k) Inválido.
163
l) Válido.
m) Inválido.
n) Válido.
164
CM
MY
CY
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