Tumores Benignos e Malignos

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Rogério Gozzi

Todo o conteúdo deste Anatomy Book® é a transcrição de alguns tópicos do site do


Instituto Nacional do Câncer (INCA). Caso você queira encontrar mais informações sobre
vários tipos de tumores acesse www.inca.gov.br

O que é o câncer?

Câncer é o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum o
crescimento desordenado (maligno) de células que invadem os tecidos e órgãos,
podendo espalhar-se (metástase) para outras regiões do corpo.

Dividindo-se rapidamente, estas células tendem a ser muito agressivas e incontroláveis,


determinando a formação de tumores (acúmulo de células cancerosas) ou neoplasias
malignas. Por outro lado, um tumor benigno significa simplesmente uma massa localizada
de células que se multiplicam vagarosamente e se assemelham ao seu tecido original,
raramente constituindo um risco de vida.
Os diferentes tipos de câncer correspondem aos vários tipos de células do corpo. Por
exemplo, existem diversos tipos de câncer de pele porque a pele é formada de mais de
um tipo de célula. Se o câncer tem início em tecidos epiteliais como pele ou mucosas
ele é denominado carcinoma. Se começa em tecidos conjuntivos como osso, músculo ou
cartilagem é chamado de sarcoma.

Outras características que diferenciam os diversos tipos de câncer entre si são a


velocidade de multiplicação das células e a capacidade de invadir tecidos e órgãos
vizinhos ou distantes (metástases).

Melanoma

O que causa o câncer?

As causas de câncer são variadas, podendo ser externas ou internas ao organismo,


estando ambas inter-relacionadas. As causas externas relacionam-se ao meio ambiente e
aos hábitos ou costumes próprios de um ambiente social e cultural. As causas internas
são, na maioria das vezes, geneticamente pré-determinadas, estão ligadas à capacidade
do organismo de se defender das agressões externas. Esses fatores causais podem
interagir de várias formas, aumentando a probabilidade de transformações malignas nas
células normais.
De todos os casos, 80% a 90% dos cânceres estão associados a fatores ambientais.
Alguns deles são bem conhecidos: o cigarro pode causar câncer de pulmão, a exposição
excessiva ao sol pode causar câncer de pele, e alguns vírus podem causar leucemia.
Outros estão em estudo, como alguns componentes dos alimentos que ingerimos, e
muitos são ainda completamente desconhecidos.

Carcinoma de células escamosas (Pulmão)

O envelhecimento traz mudanças nas células que aumentam a sua suscetibilidade à


transformação maligna. Isso, somado ao fato de as células das pessoas idosas terem
sido expostas por mais tempo aos diferentes fatores de risco para câncer, explica em
parte o porquê de o câncer ser mais freqüente nesses indivíduos.Os fatores de risco
ambientais de câncer são denominados cancerígenos ou carcinógenos. Esses fatores
atuam alterando a estrutura genética (DNA) das células.

O surgimento do câncer depende da intensidade e duração da exposição das células


aos agentes causadores de câncer. Por exemplo, o risco de uma pessoa desenvolver
câncer de pulmão é diretamente proporcional ao número de cigarros fumados por dia e
ao número de anos que ela vem fumando.
Fatores de risco de natureza ambiental

Os fatores de risco de câncer podem ser encontrados no meio ambiente ou podem ser
herdados. A maioria dos casos de câncer (80%) está relacionada ao meio ambiente, no
qual encontramos um grande número de fatores de risco. Entende-se por ambiente o
meio em geral (água, terra e ar), o ambiente ocupacional (indústrias químicas e afins) o
ambiente de consumo (alimentos, medicamentos) o ambiente social e cultural (estilo e
hábitos de vida).

As mudanças provocadas no meio ambiente pelo próprio homem, os 'hábitos' e o 'estilo


de vida' adotados pelas pessoas, podem determinar diferentes tipos de câncer. Os
principais fatores de risco ambientais são:

Tabagismo
Hábitos Alimentares
Alcoolismo
Hábitos Sexuais
Medicamentos
Fatores Ocupacionais
Radiação solar

Câncer Renal
Hereditariedade

São raros os casos de cânceres que se devem exclusivamente a fatores hereditários,


familiares e étnicos, apesar de o fator genético exercer um importante papel na
oncogênese. Um exemplo são os indivíduos portadores de retinoblastoma que, em 10%
dos casos, apresentam história familiar deste tumor.

Alguns tipos de câncer de mama, estômago e intestino parecem ter um forte


componente familiar, embora não se possa afastar a hipótese de exposição dos
membros da família a uma causa comum. Determinados grupos étnicos parecem estar
protegidos de certos tipos de câncer: a leucemia linfocítica é rara em orientais, e o
sarcoma de Ewing é muito raro em negros.

Sarcoma de Ewing na Tíbia


Como surge o câncer?

As células que constituem os animais são formadas por três partes: a membrana celular,
que é a parte mais externa; o citoplasma (o corpo da célula); e o núcleo, que contêm
os cromossomas, que, por sua vez, são compostos de genes. Os genes são arquivos
que guardam e fornecem instruções para a organização das estruturas, formas e
atividades das células no organismo. Toda a informação genética encontra-se inscrita
nos genes, numa "memória química" - o ácido desoxirribonucleico (DNA). É através do
DNA que os cromossomas passam as informações para o funcionamento da célula.

Uma célula normal pode sofrer alterações no DNA dos genes. É o que chamamos
mutação genética. As células cujo material genético foi alterado passam a receber
instruções erradas para as suas atividades. As alterações podem ocorrer em genes
especiais, denominados protooncogenes, que a princípio são inativos em células normais.
Quando ativados, os protooncogenes transformam-se em oncogenes, responsáveis pela
malignização (cancerização) das células normais. Essas células diferentes são
denominadas cancerosas.

Fonte

Instituto Nacional do Câncer (INCA)


www.inca.gov.br

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