Confeitaria Italiana

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É impossível falar sobre confeitaria italiana e se esquecer de Catherine de

Médici, Filha de II de 'Medici Lourenço (1492-1519), Duque de Urbino e de


Madeleine de la Tour d'Auvergne (1495-1519), o sangue em suas veias francês e
italiano.
Catarina chegou a França, apenas 14 anos, Henri d'Orleans casados sob o
comando do Papa Clemente VII, certamente casamento político para resolver
algumas operações no Estado do Vaticano, Florença e os relatórios dos médicos
com a Orleans.
A jovem Catherine levou com ele em Paris sua governanta, alguns
confeiteiros, cozinheiros de Mugello e um sorveteiro de Urbino. Introduzindo os
sabores da Itália na cozinha e confeitaria francesa. Muitos falam que a cozinha
francesa só é o que é hoje, por causa do “toque” italiano.

A Itália possui sobremesas famosas no mundo todo, e algumas delas são:

O zabaione creme usado pelos sicilianos como um grande estimulador, feito


a base de gemas de ovos e açúcar.
A gianduia usada pelos piemonteses como alimento energético que curava
resfriados. No começo os piemonteses não apreciaram muito o cacau, mas em
1850 surge o primeiro bombom, e durante o carnaval, surge a Gianduia, uma
afortunada variação que nasceu da união do chocolate com o delicado creme de
avelã, inventado pelo piemontês Langhes, levando primeiramente o nome de
“gianduitto”.
O cannoli, que vem tradicionalmente da Sicília. É uma massa doce frita,
enrolada e preenchida com um creme que é composto de ricota, açúcar, baunilha,
pistache, chocolate, e outros ingredientes. Pode ser preenchido também com
Mascarpone.
Struffoli são pequenas bolas de massa fritas, crocantes por fora e suaves
por dentro, e são acompanhadas de mel e laranja. São originais de Napoli.
Pignolata é um doce Siciliano. É uma massa leve coberta com chocolate e
limão, meio a meio. É grande e pode servir muitas pessoas.
Tiramisu é um doce tradicional da italia. É composto por biscoitos
(savoiardi) mergulhados em café, distribuídos numa forma e alternados com umas
mistura de mascarponi e gema de ovo, e depois polvilhado com chocolate em pó.
Em certos lugares da Europa, principalmente no Sul da Itália,o dia de San
Giuseppe, dia 19 de março, é sempre festejado, pois é considerado o santo
protetor da família. Neste dia todas as pessoas que se chamam Giuseppe, são
homenageadas com uma sobremesa chamada “Zeppole” que só é feita neste dia,
este costume de presenteá-los, surgiu há muito tempo, e ficou marcada na
tradição italiana e de seus descendentes.
A “Zeppole” é um doce consumido desde o Império Romano, ela é frita em
óleo quente e mel, ao decorrer dos milhares de anos essa sobremesa sofreu
grandes alterações e hoje é acrescentado o creme e o açúcar de confeiteiro,
assim substituindo o mel e três cerejas.
O pão, doce ou salgado, ocupou muito espaço na alimentação italiana. O
pão "romagnola", inchado e doce, muito consumido antigamente pelos
camponeses, foi substituído pelo urbanizado panetone, considerado antigamente
como o "pão de Natal" dos bolognesis rurais, juntamente com os "pans di zucca"
(pão de abóbora), o "pão de uva", o "panine", cozido no forno e composto de ovos,
fermento, açúcar e sal, mais popularmente conhecidos por "ciambelle" e
"ciambelloni".
A real história do panetone, no entanto, se perdeu no tempoA segunda
versão é de que o panetone teria sido confeccionado pela primeira vez por um
certo Ughetto, no tempo de Ludovico, o mouro, na padaria Della Grazia, em Milão,
e passou a se chamar no início de "Pani de Toni", nome do padeiro que o criou.
No entanto, o panetone começou a ser conhecido no mundo todo a partir do ano
de 300.
O pintor holandês Jan Albert Rootins (1615 - 1674) representou no centro
de seu quadro "Natureza morta com frutas", um magnífico panetone.
Com a evolução da técnica de cozimento, surgiu o primeiro bolo, um bolo
simples de amêndoas, sem recheio ou cobertura, mas sua inovação logo se
espalhou por toda Europa.
Os bolos passaram a ser a atração principal dos banquetes grandiosos e
vivaz, principalmente quando o assunto era a sua decoração.
O processo de adicionar manteiga em diversas camadas de massa fina era
muito utilizado no Egito Antigo e no Império Romano em suas tortas.
A origem das tortas assadas surgiu há 600 anos, mas o ponto “massa
folhada” é um termo bem recente.
Em uma cerimônia do Conselho de Veneza, que condenava o luxo nas
cerimônias nupciais é mencionada entre os alimentos e bebidas proibidas.
Um ingrediente que está presente em diversas receitas é o Mascarponi, que
é um queijo obtido através da adição de acido ao creme de leite. É bem cremoso e
tem um sabor adocicado.
A castanha foi, por muito tempo, considerada o alimento dos pobres, bem
mesmo antes da criação do “Marrons Glacês”, mas, certamente, este fruto nativo
das montanhas de Piemonte e Toscana também era delicado pelos nobres.
Na Itália, em 1854, Giovanni Vialardi, mestre de cozinha e confeiteiro de
Charles Alberto e Vittorio Emanuele II, publica “II Trattato di cucina, pasticceria
moderna, credenza e relativa confettureria”. O grande mérito de Vialardi é de ter
sistematizado, de modo rigoroso, a gastronomia Piedmontese, além de ter
unificado o sistema de medida, transformando onças, libras, pesando trigos em
gramas e quilogramas.
A “Granita” e o “Sorbetto”, versões primitivas do sorvete, foram introduzidos
pelos árabes. As receitas que os sorveteiros italianos empregavam secretamente
foram finalmente, plagiadas por um cozinheiro francês chamado Clement no fim
do século XVII, e este, emigrando para os Estados Unidos, abriu uma indústria de
sorvetes, com bastante sucesso.
Na Itália, as refeições da semana são encerradas com frutas ou sorvetes.
Já aos domingos, as refeições são encerradas com uma sobremesa do tipo torta
ou um doce de colher. As tortas são feitas de geléia, frutas, creme ou até mais
nutritiva como a pastiera di grano, feita com ricota, trigo em grãos e frutas
cristalizadas. Os doces de colher podem variar desde o Creme de leite cozido ao
famoso Tiramisu, também conhecido como “levanta - defunto” por ser nutritivo.
Nos feriados e nas datas comemorativas como casamentos, aniversários, e
batizados, a sobremesa que encerra as refeições é o famoso bolo decorado.

Referências:
Livros:
Barghini, Laura . O Grande livro da cozinha Italiana. Editora Melhoramentos.
Perella, Angelo Sabatino. História da Confeitaria no Mundo. Editora Livro Pleno,
1999. Pgs 41, 67, 73, 76, 81, 86, 107, 108, 137

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