Nifedipina
Nifedipina
Nifedipina
Adalat® Retard
nifedipino
USO ADULTO
Uso Oral
Adalat® retard 10 e 20 são formulados em comprimidos revestidos com 10 mg e 20 mg de nifedipino,
apresentados em embalagens com 20, 30 ou 60 comprimidos.A concentração de 20 mg também é
apresentada em embalagem com 40 comprimidos.
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido contém:
Adalat® retard 10...........10 mg de nifedipino
Adalat® retard 20...........20 mg de nifedipino
Componentes inertes: hipromelose, lactose, polietilenoglicol, estearato de magnésio, amido,
celulose microcristalina, polissorbato, óxido de ferro e dióxido de titânio.
ADVERTÊNCIAS
Adalat® retard deve ser usado com precaução nos seguintes casos:
· Pacientes que sofrem de pressão muito baixa ou de mau funcionamento do coração, o que os
médicos chamam de insuficiência cardíaca, ou pessoas que tenham estreitamento da artéria aorta,
conhecido pelos médicos como estenose aórtica grave.
· Doença no fígado, pois neste caso poderá ser necessário reduzir a dose do medicamento.
PRECAUÇÕES
Nota: O nifedipino pode ser a causa de insucesso na fertilização artificial em homens que estejam
tomando o medicamento e não apresentem outras causas que justifiquem esse insucesso.
Dirigir veículos e trabalhar com máquinas: reações à droga, que variam em intensidade de
indivíduo para indivíduo, podem reduzir a capacidade de dirigir veículos ou de controlar máquinas.
Isso pode ocorrer, sobretudo no início do tratamento, na mudança de medicação ou sob ingestão
alcoólica simultânea.
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INFORME AO MÉDICO O APARECIMENTO DE REAÇÕES INDESEJÁVEIS.
INFORME O SEU MÉDICO SE VOCÊ ESTIVER UTILIZANDO OU SE UTILIZOU RECENTEMENTE
OUTROS MEDICAMENTOS, INCLUSIVE MEDICAMENTOS SEM RECEITA MÉDICA.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Medicamentos que podem ter seu efeito alterado se tomados com nifedipino:
Outros medicamentos para o tratamento da pressão alta, como diuréticos, beta-bloqueadores,
inibidores da ECA, antagonistas do receptor AT-1, outros antagonistas de cálcio, bloqueadores alfa-
adrenérgicos, inibidores da PDE5 e alfa-metildopa, podem ter o seu efeito aumentado;
betabloqueadores, usados para tratar a pressão alta e algumas doenças do coração, podem provocar
queda muito forte da pressão e piorar o funcionamento do coração;
digoxina, usada para tratar doenças do coração, pode ter seu efeito aumentado;
quinidina, usada para o tratamento das alterações das batidas do coração: pode ser necessário
ajustar sua dose ao se iniciar ou terminar o tratamento com nifedipino;
tacrolimo, usado em doentes transplantados: junto com nifedipino poderá ser necessário reduzir a
dose de tacrolimo.
Interação com alimentos: não se deve tomar suco de toronja, conhecida também como grapefruit,
enquanto estiver em tratamento com nifedipino, pois poderá ocorrer uma queda maior da pressão.
NÃO USE MEDICAMENTO SEM O CONHECIMENTO DO SEU MÉDICO. PODE SER PERIGOSO
PARA A SUA SAÚDE.
DOSAGEM
Geralmente o médico receita 2 comprimidos de Adalat® retard por dia.
COMO USAR
Os comprimidos devem ser tomados com um intervalo de 12 horas, não devendo esse intervalo ser
menor que 4 horas. O comprimido deve ser engolido com um pouco de líquido, podendo ser tomado
com uma refeição ou não.
ESTE MEDICAMENTO NÃO DEVE SER PARTIDO OU MASTIGADO.
Adalat® retard destina-se a tratamentos prolongados. O seu médico dirá exatamente durante quanto
tempo você deverá tomar Adalat® retard.
Se você se esqueceu de tomar uma ou mais doses, não tome outra dose para compensar a dose
esquecida. Aguarde até o momento da próxima dose e continue normalmente o tratamento.
Fale com o seu médico se tiver impressão de que Adalat® retard é demasiado forte ou demasiado
fraco. Não tome mais comprimidos do que aqueles que o médico receitou.
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NÃO USE MEDICAMENTO COM PRAZO DE VALIDADE VENCIDO. ANTES DE USAR, OBSERVE
O ASPECTO DO MEDICAMENTO.
CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Propriedades farmacodinâmicas
O nifedipino é um antagonista do cálcio do tipo 1,4-diidropiridina. Os antagonistas do cálcio reduzem
o influxo transmembranoso de íons de cálcio para o interior da célula através do canal lento de cálcio.
O nifedipino age particularmente nas células do miocárdio e nas células da musculatura lisa das
artérias coronárias e dos vasos de resistência periférica.
No coração, o nifedipino dilata as artérias coronárias, especialmente os vasos de grande condutância,
mesmo no segmento da parede livre de áreas parcialmente acometidas de estenose. Além disso, o
nifedipino reduz o tônus da musculatura lisa vascular nas artérias coronárias e evita vasoespasmos.
O resultado final é o aumento do fluxo sangüíneo pós-estenótico e maior suprimento de oxigênio.
Paralelamente a isso, o nifedipino reduz a necessidade de oxigênio com a redução da pós-carga. Em
uso prolongado, o nifedipino também pode prevenir o desenvolvimento de novas lesões
ateroscleróticas nas artérias coronárias.
O nifedipino reduz o tônus da musculatura lisa das arteríolas, diminuindo desta forma a resistência
periférica excessiva e, conseqüentemente, a pressão arterial. No início do tratamento com nifedipino,
pode haver aumento reflexo transitório da freqüência cardíaca e, portanto, no débito cardíaco. No
entanto, este aumento não é suficiente para compensar a vasodilatação. O nifedipino aumenta
também a excreção de sódio e água tanto no tratamento de curto prazo como no prolongado. O efeito
de redução da pressão arterial do nifedipino é particularmente pronunciado em pacientes hipertensos.
Propriedades farmacocinéticas
Absorção
O nifedipino é absorvido imediata e quase completamente após administração oral. A disponibilidade
sistêmica de nifedipino de administração oral é de 45 – 56%, devido ao efeito de primeira passagem.
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®
Atingem-se as concentrações séricas e plasmáticas máximas em 1,5 a 4,2 h com Adalat retard 20
mg. A administração com alimentos retarda, mas não reduz a absorção.
Distribuição
O nifedipino liga-se em 95% às proteínas plasmáticas (albumina). A meia-vida de distribuição após
administração intravenosa varia de 5 a 6 minutos.
Biotransformação
Após administração oral, o nifedipino é metabolizado na parede intestinal e no fígado, sobretudo por
meio de processos oxidativos. Esses metabólitos não apresentam atividade farmacodinâmica.
Excreta-se o nifedipino na forma de metabólitos, predominantemente através dos rins, e cerca de 5 –
15% através da bílis nas fezes. Na urina recuperam-se somente traços da substância intacta (menos
de 0,1%).
Eliminação
®
A meia-vida terminal de eliminação de Adalat retard é de 6 a 11 horas, por causa da absorção
retardada. Não há relatos de acúmulo da substância após tratamento prolongado com as doses
habituais. Não se detectaram alterações substanciais nos pacientes com disfunções renais
comparados com voluntários sadios. A meia-vida de eliminação é nitidamente prolongada e reduz-se
a depuração total nos casos de disfunção hepática. Poderá ser necessário diminuir as doses se a
disfunção for grave.
Toxicidade reprodutiva
Comprovou-se que o nifedipino é teratogênico em ratos, camundongos e coelhos por induzir
deformidades digitais, malformações das extremidades, fendas palatinas, fendas esternais e
malformações das costelas.
As deformidades digitais e as malformações das extremidades são provavelmente resultado do
comprometimento do fluxo sangüíneo uterino, mas também se observou entre os animais que
somente haviam recebido nifedipino após o término do período organogenético.
A administração de nifedipino foi associada a diversos efeitos embriotóxicos, placentotóxicos e
fetotóxicos, como atrofia fetal (ratos, camundongos e coelhos), placentas pequenas e vilosidades
coriônicas pouco desenvolvidas (macacos), mortes embrionárias e fetais (ratos, camundongos e
coelhos) e prolongação da gestação/diminuição da sobrevivência neonatal (ratos; não se avaliou
outra espécie). Todas as doses associadas a efeitos teratogênicos, embriotóxicos ou fetotóxicos em
animais produziram toxicidade materna e eram muitas vezes superiores à dose máxima recomendada
aos humanos (veja “Gravidez e Lactação”).
RESULTADOS DE EFICÁCIA
Coronariopatia
Observações em 3.668 pacientes de 23 estudos clínicos com duração de tratamento de 14 dias até
mais de 3 anos e doses diárias de 10 – 60 mg mostraram eficácia do medicamento em 77% dos
casos, em média. Outros estudos em 7.400 pacientes com angina de peito estável apresentaram
sucesso terapêutico em 80% dos casos.
De forma correspondente, demonstrou-se eficácia bastante satisfatória do nifedipino nos casos de
espasmo coronário em 439 pacientes com angina de Prinzmetal (angina variante), com 87% de êxito.
O tratamento durou de 30 dias até mais de 5 anos; a dose diária preferida foi de 30 – 40 mg; em
casos isolados chegou-se a 80 e até um máximo de 120 mg. No caso da angina de peito instável, o
êxito terapêutico foi de 76% e na angina de peito com infarto agudo do miocárdio, de 70%.
Hipertensão
Em vários estudos clínicos com duração entre uma semana e 14 meses adotaram-se na maioria dos
casos doses diárias de 30 até 60 mg. A ação terapêutica manifestou-se claramente após
aproximadamente uma semana de tratamento e permaneceu inalterada durante todo o período de
observação. Globalmente comprovou-se uma queda de pressão sistólica entre 25 e 48 mmHg e de
pressão diastólica entre 12 e 33 mmHg - dependendo da pressão arterial inicial e da dose
administrada.
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Num estudo randomizado duplo-cego avaliou-se a ação anti-hipertensiva do nifedipino em
comparação com placebo em 16 pacientes. O tratamento durou 4 semanas em cada grupo e os
resultados constam da tabela abaixo.
Pressão arterial
Placebo Nifedipino
(posição deitada)
122 ± 5
mmHg sistólica 141 ± 9
p < 0,05
80 ± 3
diastólica 95 ± 4
p < 0,0025
75
batimentos/min freqüência cardíaca 73 ± 4
±3
INDICAÇÕES
· Hipertensão arterial.
· Doença arterial coronária. Angina do peito crônica estável (angina de esforço).
O nifedipino retard 10 mg é destinado sobretudo para o tratamento de doenças cardiovasculares mais
leves, e em geral aos pacientes que, à margem da gravidade de sua doença, respondem de forma
particularmente intensa ao nifedipino. Além disso, o nifedipino retard 10 mg permite iniciar o
tratamento de forma gradual e um acurado ajuste na posologia.
CONTRA-INDICAÇÕES
Choque cardiovascular e hipersensibilidade ao nifedipino ou a qualquer dos excipientes. Antes da 20ª
semana de gravidez e na amamentação (veja “Gravidez e Lactação”). O nifedipino não deve ser
usado em associação com a rifampicina, pois, devido à indução enzimática, o nifedipino pode não
atingir níveis plasmáticos eficazes (veja “Interações Medicamentosas”).
POSOLOGIA
Sempre que possível, o tratamento deve ser individualizado de acordo com a gravidade da doença e
a resposta do paciente.
Dependendo do quadro clínico em cada caso, a dose deve ser introduzida gradualmente. Em
pacientes com disfunção hepática, deve-se fazer monitoração cuidadosa; em casos graves pode
haver necessidade de redução da dose.
Adalat® retard 10 é particularmente adequado para titulação da dose, sobretudo para pacientes
hipertensos com doença cerebrovascular grave e para pacientes que, por seu baixo peso corpóreo ou
por múltiplas terapias com drogas anti-hipertensivas, sejam mais propensos a apresentar reação
excessiva ao nifedipino. Além disso, pacientes com reações adversas decorrentes do tratamento com
nifedipino, que demandem ajuste de dose, devem ser estabilizados individualmente com Adalat®
retard 10.
Salvo prescrição médica em contrário, recomendam-se a adultos as seguintes doses:
1. Doença arterial coronária:
angina do peito crônica estável (angina de esforço)
1 comprimido de Adalat® retard 10 mg, 2 x por dia (2 x 10 mg/dia)
1 comprimido de Adalat® retard 20 mg, 2 x por dia (2 x 20 mg/dia)
Se não houver resultado terapêutico adequado após 14 dias de tratamento com Adalat® retard deve-
se mudar para a formulação de liberação imediata de Adalat® cápsulas.
2. Hipertensão:
1 comprimido de Adalat® retard 10 mg, 2 x por dia (2 x 10 mg/dia)
1 comprimido de Adalat® retard 20 mg, 2 x por dia (2 x 20 mg/dia)
Caso necessário, a dose pode ser aumentada até o máximo de 60 mg por dia.
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O intervalo recomendado entre as administrações de Adalat® retard é de 12 h e não deve ser inferior
a 4 h.
Na co-administração com inibidores ou indutores de CYP 3A4 pode caber a recomendação de
adaptar a dose de nifedipino ou de não usá-lo (veja “Interações Medicamentosas”).
Duração do tratamento
O médico determinará a duração do tratamento.
Em decorrência de sua pronunciada ação antiisquêmica e anti-hipertensiva, Adalat® retard deve ser
retirado gradualmente, particularmente quando forem empregadas doses mais elevadas.
ADVERTÊNCIAS
Cuidados adicionais devem ser dispensados a pacientes com níveis muito baixos de pressão arterial
(hipotensão grave, com pressão sistólica inferior a 90 mmHg), em casos de insuficiência cardíaca
manifesta e em caso de estenose aórtica grave.
Não há dados de estudos adequadamente controlados sobre a segurança e eficácia deste
medicamento em mulheres grávidas (veja “Gravidez e Lactação”). Constatou-se nos estudos em
animais uma série de efeitos tóxicos para o embrião, a placenta e o feto (veja “Dados Pré-Clínicos de
Segurança”) após administração do medicamento durante ou após o período organogenético.
De acordo com os dados clínicos, não se identificou nenhum risco pré-natal específico, embora haja
relatos de aumento de asfixia perinatal e partos por cesárea, assim como prematuros e retardamento
do crescimento intra-uterino. Não está claro se estes relatos são devidos à hipertensão subjacente,
ao seu tratamento ou a um efeito específico do medicamento.
As informações disponíveis são insuficientes para descartar possíveis efeitos adversos do
medicamento ao feto e ao recém-nascido. Por isso, todo uso após a 20ª semana de gestação exige
uma avaliação individual muito cuidadosa do risco-benefício e somente se considerará se nenhuma
das outras opções de tratamento for indicada ou se elas foram ineficazes.
Deve-se monitorar cuidadosamente a pressão arterial, inclusive ao se administrar o nifedipino com
sulfato de magnésio por via intravenosa, pela possibilidade de uma queda excessiva da pressão
arterial, que poderá ser prejudicial a mãe e o feto.
Deve-se efetuar monitoração cuidadosa em pacientes com disfunção hepática e, em casos graves,
pode ser necessário reduzir a dose.
O nifedipino é metabolizado pelo sistema citocromo P450 3A4. Os fármacos que inibem ou induzem
esse sistema enzimático podem modificar a primeira passagem ou a depuração de nifedipino (veja
“Interações Medicamentosas”).
Os fármacos que inibem o sistema citocromo P450 3A4 de forma leve ou moderada e podem
aumentar as concentrações plasmáticas de nifedipino são, por exemplo:
- antibióticos macrolídeos (p.ex. eritromicina),
- inibidores da protease anti-HIV (p.ex. ritonavir),
- antimicóticos azólicos (p.ex. cetoconazol),
- antidepressivos nefazodona e fluoxetina,
- quinupristina/dalfopristina,
- ácido valpróico,
- cimetidina.
Na co-administração com algum desses fármacos deve-se monitorar a pressão arterial e, se
necessário, considerar a redução da dose de nifedipino.
Como este medicamento contém lactose em sua formulação, os pacientes com problemas
hereditários raros de intolerância à galactose, deficiência de lactase Lapp ou má absorção de glicose
e galactose não devem tomar este medicamento.
A eficácia deste medicamento depende da capacidade funcional do paciente.
GRAVIDEZ E LACTAÇÃO
Gravidez
O nifedipino é contra-indicado antes da 20ª semana de gravidez (veja “Contra-Indicações”). Não há
estudos adequados e bem controlados em mulheres grávidas. Sua administração em animais foi
associada a efeitos embriotóxicos, fetotóxicos e teratogênicos (veja “Dados pré-clínicos de
Segurança”).
Fertilidade
Em casos isolados de fertilização in vitro , o uso de antagonistas do cálcio como o nifedipino
associou-se a alterações bioquímicas reversíveis do núcleo do espermatozóide, que podem resultar
em disfunção espermática. Nos homens que, repetidamente, não têm sucesso em gerar uma criança
por fertilização in vitro , e quando não há outras causas que justifiquem o insucesso, o nifedipino deve
ser considerado como causa da falha.
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Lactação
O nifedipino é eliminado no leite materno. Como não há experiência dos seus efeitos sobre o lactente,
a amamentação deverá ser suspensa se o tratamento com o nifedipino se tornar necessário.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Fármacos que alteram o nifedipino
O nifedipino é metabolizado por meio do sistema citocromo P450 3A4, localizado tanto na mucosa
intestinal quanto no fígado. Drogas conhecidas por inibir ou induzir esse sistema enzimático podem,
portanto, alterar o efeito de primeira passagem (após a administração oral) ou a depuração do
nifedipino (veja “Advertências e Precauções”).
Deverão considerar-se a extensão e a duração das interações quando se administrar nifedipino junto
com os seguintes fármacos:
A rifampicina induz acentuadamente o sistema citocromo P450 3A4. Quando administrada
simultaneamente com rifampicina, a biodisponibilidade do nifedipino é reduzida e, portanto, sua
eficácia diminui. O uso de nifedipino em associação com a rifampicina é, portanto, contra-indicado
(veja “Contra-Indicações”).
Na co-administração de alguns dos seguintes inibidores leves a moderados do sistema citocromo
P450 3ª4 deve-se monitorar a pressão arterial e, se necessário, considerar a redução da dose de
nifedipino (veja “Posologia”).
fluoxetina
Não há ainda estudos clínicos sobre a possível interação farmacológica entre nifedipino e fluoxetina.
Sabe-se que a fluoxetina inibe in vitro o metabolismo de nifedipino pelo citocromo CYP3A4. Portanto
não se pode excluir um aumento das concentrações plasmáticas de nifedipino na co-administração
de ambos os fármacos (veja “Advertências e Precauções”).
nefazodona
Não há ainda estudos clínicos sobre a possível interação farmacológica entre nifedipino e
nefazodona. Sabe-se que a nefazodona inibe o metabolismo de outros fármacos pelo citocromo
CYP3A4. Portanto não se pode excluir um aumento das concentrações plasmáticas de nifedipino na
co-administração de ambos os fármacos (veja “Advertências e Precauções”).
quinupristina/dalfopristina
A administração simultânea de quinupristina/dalfopristina e nifedipino pode aumentar as
concentrações plasmáticas de nifedipino (veja “Advertências e Precauções”).
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ácido valpróico
Não há estudos formais sobre a possível interação entre nifedipino e ácido valpróico. Sabe-se que o
ácido valpróico aumenta por inibição enzimática as concentrações plasmáticas de um antagonista de
cálcio de estrutura semelhante, o nimodipino; portanto não se pode excluir um aumento das
concentrações plasmáticas de nifedipino e, em conseqüência, de sua eficácia (veja “Advertências e
Precauções”).
cimetidina
A cimetidina inibe o citocromo P450 3A4, elevando as concentrações plasmáticas de nifedipino, e
pode potencializar seu efeito anti-hipertensivo (veja “Advertências e Precauções”).
Outros estudos
cisaprida
A administração simultânea de cisaprida e nifedipino pode aumentar as concentrações plasmáticas
de nifedipino.
Fármacos antiepilépticos indutores do sistema citocromo P450 3A4, como fenitoína, carbamazepina e
fenobarbital
A fenitoína induz o sistema citocromo P450 3A4. A co-administração com fenitoína diminui a
biodisponibilidade de nifedipino e reduz sua eficácia. Ao administrar simultaneamente ambos os
fármacos, deve-se monitorar a resposta clínica ao nifedipino e, se necessário, considerar o aumento
de sua dose. Se a dose for aumentada durante a co-administração de ambos os fármacos, ela deverá
ser reduzida ao se suspender o tratamento com a fenitoína.
Não há estudos formais sobre a possível interação entre nifedipino e carbamazepina ou fenobarbital.
Esses dois últimos reduzem por indução enzimática as concentrações plasmáticas de um antagonista
de cálcio de estrutura similar, o nimodipino, portanto não se pode descartar uma queda nas
concentrações plasmáticas de nifedipino e, em conseqüência, de sua eficácia.
digoxina
A administração simultânea de nifedipino e digoxina pode reduzir a depuração desta última e
aumentar suas concentrações plasmáticas. Portanto, deve-se monitorar com cautela os sintomas de
sobredose de digoxina e, se necessário, diminuir a dose do glicosídeo, levando-se em consideração a
concentração plasmática da digoxina.
quinidina
Ao se administrar simultaneamente nifedipino e quinidina, as concentrações plasmáticas desta
diminuem. Quando se suspende o nifedipino, observa-se em alguns pacientes um aumento
significativo das concentrações plasmáticas de quinidina. Por esse motivo, sempre que se adicionar
ou suspender o nifedipino, recomenda-se monitorar as concentrações plasmáticas de quinidina e, se
necessário, ajustar sua dose. Alguns autores relatam um aumento das concentrações plasmáticas de
nifedipino após a co-administração de ambos os medicamentos, enquanto outros não observaram
nenhuma modificação na farmacocinética de nifedipino.
Portanto, deve-se monitorar cuidadosamente a pressão arterial ao adicionar quinidina ao tratamento
com nifedipino. Se necessário, deve-se reduzir a dose de nifedipino.
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tacrolimo
Sabe-se que o tacrolimo é metabolizado por meio do sistema citocromo P450 3A4. Os dados recém
publicados indicam que às vezes é necessário reduzir a dose de tacrolimo quando é administrado
junto com nifedipino. Quando co-administrar ambos os fármacos, deve-se monitorar as
concentrações plasmáticas de tacrolimo e, se preciso, considerar a redução de sua dose.
Interações fármaco-alimentos
Suco de toronja (grapefruit): inibe o citocromo P450 3A4. A ingestão concomitante de suco de toronja
e nifedipino resulta em concentrações plasmáticas elevadas e prolonga a ação do nifedipino devidas
à redução no metabolismo de primeira passagem. Como conseqüência, o efeito hipotensor pode
aumentar. Após a ingestão regular de suco de toronja, esse efeito pode permanecer por até três dias
após a última ingestão. Portanto, evitar a ingestão de toronja durante o tratamento com nifedipino
(veja “Modo de Usar”).
Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas: reações à droga, que variam
em intensidade de indivíduo para indivíduo, podem reduzir a capacidade de dirigir veículos ou de
controlar máquinas. Isso pode ocorrer sobretudo no início do tratamento, na mudança de medicação
ou sob ingestão alcoólica simultânea.
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Distúrbios Vasculares
Sintomas vasculares Edema Hipotensão
inespecíficos Vasodialatação Síncope
Distúrbios Respiratórios, Torácicos e Mediastínicos
Sintomas das vias Epistaxe Dispnéia
respiratórias superiores Congestão nasal
Distúrbios gastrintestinais
Sintomas gastrintestinais Constipação Dor abdominal e Hiperplasia Vômito
gastrintestinal gengival
Náusea
Dispepsia
Flatulência
Secura bucal
Distúrbios hepatobiliares
Reações hepáticas leves Aumento transitório
a moderadas de enzimas
hepáticas
Lesões da pele e do tecido subcutâneo
Reações cutâneas Eritema
inespecíficas
Distúrbios músculo-esqueléticos, ósseos e do tecido conjuntivo
Alterações inespecíficas Câimbras
de articulações e musculares
músculos Tumefação articular
Distúrbios nefrourológicos
Distúrbios urinários Poliúria
Disúria
Distúrbios do sistema reprodutivo e glândulas mamárias
Disfunção sexual Disfunção erétil
Distúrbios gerais e no local de administração
Sensação geral de mal- Sensação de Dor inespecífica
estar mal-estar Calafrios
* pode resultar em complicação potencialmente fatal.
Nos pacientes em diálise, com hipertensão maligna e hipovolemia, pode ocorrer queda significativa
da pressão arterial decorrente da vasodilatação.
SUPERDOSE
Os seguintes sintomas são observados nos casos de intoxicação grave por nifedipino: alterações da
consciência até coma, hipotensão, taquicardia, bradicardia ou arritmias, hiperglicemia, acidose
metabólica, hipóxia e choque cardiogênico com edema pulmonar. No tratamento, a eliminação da
droga e o restabelecimento das condições cardiovasculares são prioritários.
No caso de ingestão oral, indica-se lavagem gástrica com ou sem irrigação do intestino delgado.
®
Particularmente nos casos de intoxicação com formulações de liberação lenta, como a de Adalat
retard, a eliminação deve ser a mais completa possível, incluindo o intestino delgado, para impedir a
absorção subseqüente da substância ativa. A hemodiálise não se aplica aqui, uma vez que o
nifedipino não é dialisável; contudo, a plasmaférese é aconselhável (alta ligação às proteínas
plasmáticas e volume de distribuição relativamente baixo).
Alterações da freqüência cardíaca (bradicardia) podem ser tratadas sintomaticamente com beta-
simpatomiméticos e, nos casos em que tais arritmias envolvam risco de vida, é aconselhável o uso
temporário de marca-passo.
A hipotensão resultante do choque cardiogênico e da vasodilatação arterial pode ser tratada com
cálcio, 10 ml a 20 ml de solução de gluconato de cálcio a 10, EV, administrado lentamente e repetido,
se preciso. Como resultado, os níveis séricos de cálcio podem atingir os limites superiores da faixa
normal ou mesmo mostrarem-se ligeiramente elevados. Se a elevação da pressão sangüínea com a
administração de cálcio for insuficiente, podem ser administradas drogas vasoconstritoras
simpatomiméticas (dopamina ou noradrenalina). As doses dessas drogas são determinadas pelo
efeito obtido.
A reposição de volume ou de líquidos deve ser feita considerando a sobrecarga cardíaca.
ARMAZENAGEM
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Conservar os comprimidos na sua embalagem original, em temperatura ambiente, entre 15° e 30° C.
Proteger da luz e da umidade.
CCDS 21
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