Aprendendo A Terapia Cognitivo-Comportamental
Aprendendo A Terapia Cognitivo-Comportamental
Aprendendo A Terapia Cognitivo-Comportamental
Origens
Como já dizia o grego Epíteto: “os homens não se perturbam pelas coisas que
acontecem, mas sim pelas opiniões sobre as coisas”. Dalai lama afirma que “se pudermos
reorientar nossos pensamentos e emoções e reorganizar nosso comportamento, então
poderemos não só aprender a lidar com o sofrimento mais facilmente, mas, sobretudo e em
primeiro lugar, evitar que muito dele surja”.
Zorastro, antigo filósofo persa, baseou seus ensinamentos em três pilares: pensar bem,
agir bem e falar bem. Kant, Heidegger, Jaspers, Frankl e outros filósofos europeus continuaram
desenvolvendo a ideia de que os processos cognitivos conscientes têm um papel fundamental
na existência humana.
Como observado, diversos filósofos já se basearam na ideia exposta nos dois princípios
centrais citados acima. Contudo, somente Aaron T. Beck que desenvolveu, completamente,
teorias e métodos para aplicar as intervenções cognitivas e comportamentais a transtornos
emocionais. Embora tenha partido de conceitos psicanalistas, Beck observou que suas teorias
cognitivas eram influenciadas pelo trabalho de vários analistas pós-freudianos como Adler,
Horney e Sullivan. A teoria dos construtos pessoais de Kelly e a terapia racional-emotiva de
Ellis contribuíram para o desenvolvimento das teorias cognitivo-comportamentais.
O Modelo Cognitivo-Comportamental
A TCC enfatiza técnicas usadas para ajudar os pacientes a detectar e modificar seus
pensamentos profundos especialmente os associados com sintomas emocionais, como
depressão, ansiedade ou raiva. A TCC ensina a “pensar sobre o pensamento”, trazendo as
cognições autônomas à atenção e ao controle consciente.
Pensamentos automáticos
Todas as pessoas têm pensamentos automáticos, não ocorrendo apenas em pessoas com
depressão, ansiedade ou qualquer outro transtorno emocional. Ao reconhecer os pensamentos
automáticos e empregar outros processos cognitivo-comportamentais, os terapeutas podem
aprimorar seu entendimento de conceitos básicos, aumentando a empatia com os pacientes e
aprofundando a consciência de seus padrões cognitivos e comportamentais que poderiam
influenciar a relação terapêutica.
Erros cognitivos
Esquemas
Bowlby e outros observaram que os seres humanos precisam desenvolver esquemas para
lidar com as informações diárias e para tomar decisões oportunas e apropriadas. Por exemplo,
se uma pessoa tem uma regra básica de sempre planejar com antecedência, é improvável que
ela passe muito tempo debatendo os méritos para entrar em uma nova situação, sem previa
preparação. Ela automaticamente preparará o terreno para lidar com a situação.
As atribuições podem ser distorcidas na depressão e a TCC pode ser útil para reverter
esse tipo de processamento cognitivo tendencioso.
Quando começam a aprender a TCC, os terapeutas podem cometer o erro de ver essa
abordagem como um conjunto de técnicas/intervenções. Dessa forma, passam diretamente para
a implementação das técnicas, como registro de pensamentos, programação de atividades ou
dessensibilização. É fácil cair nessa armadilha, pois a TCC é bastante conhecida por suas
intervenções eficazes, e pelo fato de os pacientes geralmente gostarem de se envolver com
exercícios específicos. Contudo, se você se focar prematuramente na implementação das
técnicas, perderá a essência da TCC.
Conceitualização de caso
Relação terapêutica