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Engenharia de Avaliações
por Inferência Estatística
Aplicada à Avaliação de Imóveis Urbanos
( versão atualizada para a NB-14.653-2, vigência 03/03/2011)
Engenharia de Avaliações por Inferência Estatística Carlos Humberto Maciel
Engº Civil e de Segurança do Trabalho
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ÍNDICE
1 Prefácio .................................................................................................................................................................. 4
3 CONCEITOS....................................................................................................................................................... 16
4.2.2 Método dos mínimos quadrados / algoritmo básico para ajustamento ............................. 64
TABELA 2 – (Pontos críticos da distribuição de Snedecor - nível de significância 5%) ......................... 114
TABELA 3 – (Pontos críticos da distribuição de Snedecor – nível de significância 1%) ......................... 115
1 Prefácio
metodologia para elaboração de laudos de avaliação de bens (em especial bens imóveis – casas,
apartamentos, lotes residenciais, glebas, etc.) ocorreu em 1993 quando alguns engenheiros e
marcou um divisor muito claro entre métodos empíricos que, embora considerados consagrados,
inegavelmente deixavam a desejar no que diz respeito à isenção do profissional que elaborava o
trabalho. Os fatores utilizados, embora possam ter sido eficazes para as épocas e locais para os
Poderiam, em função do tempo decorrido desde sua elaboração, não refletir nem
mesmo a realidade do mercado para o qual foi desenvolvido afinal, o mercado imobiliário, como
tudo hoje em dia, é muito dinâmico e susceptível às mudanças econômicas que temos
experimentado nos últimos tempos em nível mundial e que gera reflexos na economia nacional.
científicas evoluíssem muito no que diz respeito aos softwares de avaliação. Na época em que
conheci o primeiro software de avaliação por inferência estatística1, a plataforma utilizada ainda
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SISREG – desenvolvido por profissionais do quadro de engenharia e arquitetura da CAIXA
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estatística através de modelos de regressões múltiplas. Esta variedade de opções permite que o
profissional procure por softwares que atendam as suas necessidades. Particularmente tenho
observado que existem softwares que, além da qualidade técnica propriamente dita, conseguem
ser mais agradáveis aos usuários em função de suas telas de entrada e saída de dados (telas ou
relatórios impressos), em especial aos profissionais que se propõem a ter um primeiro contato com
a metodologia.
ENGENHARIA e que utilizaremos tanto no desenvolvimento desta apostila quanto nas aulas
Por último, quero ressaltar que não existe conhecimento pleno sobre nenhum assunto,
matéria. Em razão disto, os conhecimentos adquiridos em cursos teóricos, por melhores que sejam
e por mais que contenham um módulo prático, não terão valor se não vierem acompanhados de
Espero que os conhecimentos adquiridos com esta apostila e com o curso sejam
tomados como motivação para que cada profissional procure ampliar seus conhecimentos sobre o
tema e, quando se sentirem em condições, se proponham a repassar este conhecimento aos demais
profissionais.
“concorrentes”, ou seja, aqueles que atuam na mesma região. Os concorrentes sempre existirão,
capacitados ou não, melhor então concorrer com profissionais que partilhem o mesmo nível de
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2.1 Histórico
Embora tenha sido após Berrini (ao se utilizar fatores que procuravam ‘traduzir’ os
efeitos dos atributos de valor tais como: frente, profundidade, relevo, entre outros) que a
‘achismos’, do ‘bom senso’ e da ‘minha experiência diz que ...’ ”2, foi após 1970 que a engenharia
sendo também desta época a elaboração de normas para outras tipologias tais como
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Engenheiro André Maciel Zeni
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1979 – publicada a NB 613/79, 2ª Norma Brasileira que trata sobre Avaliações, mais
2001 – lançada a primeira parte da NBR 14653 que trata especificamente da parte de
partes, sendo utilizável somente em conjunto com cada uma delas, razão pela qual não
Até 1980, a maior parte dos trabalhos publicados se baseava na utilização de fatores de
homogeneização que eram adotados sem que houvesse comprovação científica (matemática ou
específicos e que depois eram utilizados como sendo verdadeiros para outros municípios ou outras
regiões nas quais, muitas vezes, não apresentavam a mesma realidade do local onde as fórmulas
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foram desenvolvidas o que, obviamente, não traduzia um procedimento técnico correto, confiável
quando adotamos coeficiente de 1,20, por exemplo, para corrigir qualquer distorção
Sabóia Barbosa Filho, mestre com tese em Engenharia de Avaliações, sendo esta a primeira tese de
mestrado sobre o assunto defendida em uma Universidade brasileira. Este processo culminou com
a publicação da NBR-5676 que foi substituída pela NBR 14.653 (Avaliação de Bens), norma esta
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lógica que fazia de engenheiros e arquitetos que se dedicavam a outros segmentos da engenharia e
que tivessem vários anos de atividade, profissionais habilitados para o exercício da Engenharia de
Avaliações. Isto permitia que as avaliações fossem realizadas por profissionais cuja formação não
agregava qualquer metodologia científica válida em seus trabalhos, ficando adstrito à sua
primeiras empresas de prestação de serviços neste ramo e, mesmo atualmente, várias são as
faculdades/universidades que não possuem em sua grade uma disciplina própria de avaliações.
habilitados para realizar laudos de avaliação e perícias técnicas de engenharia, não são todos que
recebem, na própria graduação, conhecimento técnico suficiente para fornecer capacitação para
desempenhar esta função com qualidade. A estes profissionais resta buscar este conhecimento fora
da academia, nos diversos cursos que são ministrados ou mesmo por institutos de Avaliações
Esta situação tende a se alterar uma vez que nos dias atuais além do engenheiro de
avaliações (Engenheiro, arquiteto ou agrônomo) ter ampla formação nos vários segmentos da
profissional), esses conhecimentos devem convergir para aplicação conjunta com técnicas de
valoração de bens.
A norma de avaliações de bens (NBR 14.653 – Parte 1) definiu este profissional como
sendo o engenheiro de avaliações que, pela definição da norma é o “profissional de nível superior,
com habilitação legal e capacitação técnico-científica para realizar avaliações, devidamente registrado no
Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia – CREA”. Cabe aqui registrar que o termo
engenheiro de avaliações, em nossa opinião, não é exatamente correta posto que não faz jus aos
colegas arquitetos, também habilitados ao desempenho desta função, de tal modo que poderia ser
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Além disto, é necessário que o profissional de avaliações detenha ainda algumas outras
qualidades tais como: autodidatismo, espírito de pesquisador, criatividade e senso crítico uma vez
que, no desempenho de suas funções, estão sujeitos a enfrentar diversos tipos de situações que
dependem destas características para obter a melhor fundamentação técnica através de critérios
em fórmulas empíricas e subjetivas e cujo resultado de seu trabalho não esteja associado à
Este mercado deve estar ocupado por profissionais capacitados, éticos, conscientes,
criteriosos e firmes em suas conclusões, firmeza esta possível somente com a utilização de técnicas
esteja habilitado legalmente, mas não esteja capacitado para o exercício desta função, será nocivo
à classe de profissionais que se dedicam a este ramo da engenharia, e da sua atuação resultará uma
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principalmente no que diz respeito à revisão de muitos conceitos que estavam impregnados no
especial os imóveis urbanos; conceito este que perdeu força na medida em que se começou a
questionar a validade dos diversos procedimentos empíricos adotados nos processos de avaliação
corretor de imóveis uma vez que este último desempenha sua atividade num mercado delimitado
e restrito.
por vários anos para poder extrair desse mercado as informações que necessita. A ferramenta de
regressões múltiplas pelo método dos mínimos quadrados permite ao profissional extrair do
modelo inferido.
conhecimento do espaço urbano, de suas limitações e tendências relativas a aspectos físicos, legais
Este conhecimento irá permitir aferir, com base nas informações do próprio mercado,
os fatores influenciantes na formação do valor, pelo menos os mais relevantes, e terá condições de
ferramentas matemáticas e estatísticas consagradas no meio científico, condições que não possui o
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não porque não houvesse metodologia científica disponível (a regressão ou inferência estatística
não é uma técnica recente), mas em função de que não havia tecnologia que pudesse fazê-las
seu maior dificultador no seu estudo e compreensão, mas o que dificultava a adoção da técnica
eram os inúmeros e repetitivos procedimentos de cálculo, em especial nos modelos que possuam
capacidade de processamento cada vez melhores e custos mais acessíveis. Isto possibilitou a
técnicas empíricas e subjetivas e permitindo uma interpretação do mercado local e não mais de um
está fora do alcance dos profissionais de engenharia de avaliações, principalmente aqueles que não
trabalham nos grandes centros urbanos. Esta confusão fundamenta-se na aparente dificuldade de
procedimentos tão complexos que não seriam facilmente assimilados pelo profissional. A
complexidade se resume aos cálculos, problema que é resolvido com a utilização de um bom
algumas vantagens em relação aos colegas de cidades menores, tais como a maior disponibilidade
melhores condições de discussão sobre o assunto em fóruns constantes e, por isso, mais
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Estes diferenciais não impedem os profissionais que desempenhem suas funções nas
mais variadas regiões deste país de usar esta metodologia, afastando-se do subjetivismo que toma
conta dos métodos empíricos ditos outrora “consagrados” e que, em geral, se afastavam das reais
indicativos, deixando para trás o autoritarismo que durante muito tempo tomou conta dos
regras de mercado, mas para uma posição oposta, mais passiva em relação ao mercado, a posição
valor, não de uma forma arbitrária e autoritária, mas através de comprovação técnico-científica
Para o êxito nesta empreitada, há alguns passos que são imprescindíveis, quais sejam:
b) possuir aplicativo que permita uma correta análise científica dos modelos obtidos
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mercadológicos que nele interferem alterando valores, para cima ou para baixo;
da economia local;
questionamentos ou respondendo-os de forma a ficar evidente que o valor obtido está adstrito aos
elementos amostrais traz informações que vão muito além do preço, traz consigo o que mais
interessa ao profissional de avaliações que é a explicação do preço, isto significa que as diversas
características dos elementos amostrais, sejam elas qualitativas ou quantitativas, comporão o que se
denomina variáveis independentes e que servirão para fundamentar o valor de mercado (variável
dependente).
A função obtida pela modelagem, que demonstre atender aos diversos testes
dos regressores, etc.), fornecerá o modelo matemático de explicação do mercado através dos
elementos amostrais coletados que, considerada a hipótese de que o mesmo contenha todos os
É importante ressaltar que o atendimento a todos estes testes de validação não está na
extremo, para um opinamento sobre o valor, mas mesmo neste caso, com melhor fundamentação.
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“Esta parte da NBR 14653 e as demais partes se aplicam a situações normais e típicas do mercado.
Em situações atípicas, onde ficar comprovada a impossibilidade de utilizar as metodologias previstas
nesta parte da NBR 14653, é facultado ao engenheiro de avaliações o emprego de outro
procedimento, desde que devidamente justificado.” (item 8.1.2 da ABNT NBR 14653-1; grifo
nosso)
“A especificação de uma avaliação está relacionada tanto com o empenho do engenheiro de avaliações,
como com o mercado e as informações que possam ser dele extraídas. O estabelecimento inicial pelo
contratante do grau de fundamentação desejado tem por objetivo a determinação do empenho no
trabalho avaliatório, mas não representa garantia de alcance de graus elevados de fundamentação.
Quanto ao grau de precisão, este depende exclusivamente das características do mercado e da amostra
coletada e, por isso, não é passível de fixação a priori.”(item 9.1.1 da ABNT NBR 14653-2)
“Todos os trabalhos elaborados de acordo com as prescrições desta Norma serão denominados laudos
de avaliação. O grau de fundamentação atingido deve ser explicitado no corpo do laudo. Nos casos
em que o grau mínimo I não for atingido, devem ser indicados e justificados os itens das Tabelas
de especificação que não puderam ser atendidos e os procedimentos e cálculos utilizados na
identificação do valor” (item 9.1.2 da ABNT NBR 14653-2; grifos nossos)
O texto da NBR 14.653, parte 2, não cita o parecer técnico como sendo a classificação a
ser utilizada para classificação dos trabalhos nos quais as informações sejam insuficientes para a
utilização dos métodos previstos em Norma, conforme 8.1.2 da ABNT NBR 14653-1:2001. Questões
como estas deverão ensejar a necessidade de ajustes da parte 1 da NBR 14.653 para que se
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3 CONCEITOS
A definição de avaliação pode ser dada como o conjunto de operações técnicas que leva
a formação de juízo sobre o valor mais provável de um bem, de seus frutos ou de um direito sobre
ele. Neste sentido a Norma NBR-14653 (Parte 1), em seu item 3.5, define avaliação de bens como
sendo:
“Análise técnica, realizada por engenheiro de avaliações, para identificar o valor de um bem, de seus
custos, frutos e direitos, assim como determinar indicadores da viabilidade de sua utilização
econômica, para uma determinada finalidade, situação e data” (grifo nosso).
A publicação das partes 1 e 2 do conjunto de Normas que compõem a NBR 14653, que
recebe o título geral de Avaliação de bens, fortalece o conceito de valor único de um bem, o que
plurivalente, que correlaciona o valor de um bem com a finalidade para o qual é avaliado,
podendo o mesmo atingir diversos tipos de valor. Veja que a definição dada pela Norma,
conforme transcrevemos acima, indica a obtenção “do valor” (no singular) e não “dos valores” (no
plural).
dificuldade maior reside em conceituar valor, posto que este conceito se reveste de caráter
subjetivo, atrelado a circunstâncias diversas e o ponto de vista sob o qual estejamos examinando.
embora a Parte 1 da NBR 14653 indique também valor em risco, patrimonial e residual. Não parece
pretender a norma indicar que existam vários tipos de valores para um mesmo bem, mas valores
No caso de uma avaliação para seguro, por exemplo, é natural que o bem que se deseja
segurar seja a edificação e, por vezes, bens que estejam abrigados pela mesma (móveis,
equipamentos, etc.), não se cogitando o valor do terreno, para o qual não se faz necessária ou
adequada a cobertura securitária; temos então o valor em risco: “valor representativo da parcela do
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pessoa, física ou jurídica, que se pretende avaliar. Não se trata, portanto, de valores diferentes, mas
de um valor único correspondente à “totalidade dos bens”, ou seja, o valor patrimonial daquela
Por último, o valor residual que informará uma “quantia representativa do valor do bem ao
O valor mais usual no campo de avaliação de bens é o de mercado, que será extraído de
um intervalo de valores prováveis cuja amplitude, por sua vez, será diretamente decorrente da
O “valor de mercado” de um bem está relacionado com a sua utilidade, ou seja, com a
entretanto, o valor advindo desta relação estará diretamente ligado às condições do mercado ao
prescreve, em seu item 3.44, que valor de mercado é a “quantia mais provável pela qual se negociaria
Esta situação colocada pela Norma atual, em contrapartida com a definição da Norma
anterior (NBR 5676), é mais adequada ao mercado imobiliário real, pois não existe mercado de
caracterizada pelo desafio de, a partir das imperfeições do mercado e utilizando-se das
Esta homogeneização deve ser, preferencialmente, por inferência estatística e, uma vez
identificado os intervalos de confiança e campo de arbítrio, adotar o valor que considera mais
momento.
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norma anterior, nem por isso pode o profissional de avaliações entender impossível avaliar um
bem, mas através da amostra do mercado, mesmo que reduzida, deve o avaliador procurar
norma anterior, seria ignorar o que de mais comum existe na essência humana tais como
necessidades, caprichos, desejos, ansiedades, incertezas, entre tantas outras características próprias
adequada que permita adequado tratamento dos dados, através de “operações que expressem, em
bem seria como pensar o médico que, para um diagnóstico adequado, exigisse dos pacientes que
tivessem conhecimento absoluto sobre o seu próprio corpo. Ora, se as pessoas fossem tão
conhecedoras sobre o bem, sobre o mercado e as tendências destes, não haveria razão para
Por último, a NBR 5676 colocava como sendo necessária a perfeita mobilidade, a
liberdade plena de entrada e saída do mercado. Ora, ninguém venderia se não precisasse, por
algum motivo, vender e ninguém compraria se não necessitasse, por alguma razão, comprar; logo,
não há e nunca haverá uma liberdade plena. Atrás de toda negociação imobiliária sempre está uma
pode levar o comprador a pagar um preço extremamente alto ou o vendedor a entregar o bem por
valor ínfimo.
que possam provocar condições anômalas, os chamados outliers, a partir das condições médias
apontadas pelos demais dados e, se for o caso, não considerá-lo em seu trabalho, apresentando a
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clara a distinção entre custo, valor e preço. O valor não deve ser confundido com preço ou custo.
uma operação de transição de propriedade sobre um determinado bem (inclusive imóveis), seus
frutos ou direitos. Nessa operação, logicamente, devem ser considerados outros fatores, que
podem aumentar ou diminuir o preço, como por exemplo, uma necessidade urgente de parte do
procura ou ainda outros que impossibilitem o equilíbrio necessário entre as partes envolvidas.
Assim, o preço pode ser inferior, igual ou superior ao valor. A NBR 14.653, Parte 1, define preço
como sendo a “quantia pela qual se efetua, ou se propõe efetuar, uma transação envolvendo um bem, um
Custo, por sua vez, é o preço acrescido de todas as outras despesas em que incorre o
reformas, ampliações, etc.). Ressalte-se que algumas regularizações físicas podem estar
dentre outras. A NBR 14.653 define custo como sendo o “total dos gastos diretos e indiretos necessários
peculiaridades do mercado imobiliário, poderia ser definido como sendo a estimação do “preço
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analisado; estaríamos de posse do que chamamos população, sendo que poderíamos tomar como
Amostra: na prática, por uma série de fatores entre os quais podemos destacar o
“tempo”; o “fator econômico” bem como a disponibilidade das informações, não é viável a
obtenção da população (conjunto de todos os dados que formam o segmento de mercado que
desejamos analisar), motivo pelo qual trabalhamos com uma parcela desta população que constitui
a amostra.
geralmente, por letras gregas ou por uma letra maiúscula (por exemplo θ ou B). Dentre os
pois esta fornece os parâmetros “estimados” da população da qual foi extraída. Geralmente são
representados por uma letra grega com circunflexo ou por uma letra latina minúscula.
meta é obter um valor representativo para toda a população de bens assemelhados ao que
queremos avaliar, entretanto, como os dados da população é, regra geral, de difícil obtenção,
utilizamos os recursos das amostras, cujos valores médios nos fornecerão estimativas do valor
médio da população.
A média aritmética é uma das medidas de posição ou de tendência central que orienta
quanto a posição da distribuição em relação ao eixo x (abscissa). A sua obtenção é dada através da
equação abaixo:
∑
n
− xi
x= i =1
(Equação 18)
n
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Onde:
−
x = média aritmética
xi = elementos amostrais
diferença entre cada valor observado e a média aritmética é nula, ou seja, os valores positivos
O desvio padrão é uma medida de dispersão dos dados em relação à média, isto
porque podem existir conjuntos de valores observados que possuem a mesma média, mas cuja
dispersão dos valores em relação a esta última pode ter valores diferenciados, assim é o caso de
média de valores constantes (100,100) e de valores distintos (50, 150), ambos os conjuntos
apresentam a mesma média (100), mas o primeiro tem flutuação nula em relação à média,
− 2
n
∑ xi − x
i =1
se = (Equação 19)
(n − 1)
Onde:
3
A fórmula para obtenção do desvio padrão da população é diferente da amostra em função dos graus de liberdade.
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probabilidade, que o verdadeiro valor do parâmetro populacional está nele contido. O cálculo
1-α
α/2 α/2
Li Ls
Figura 1
− se
I = x ± t1−(α / 2 );n−1 ⋅ (Equação 21)
n
Onde:
−
x= média aritmética
t1−(α / 2 );n −1 = ponto crítico da distribuição t de Student, que deixa uma área de 1-α/2 à
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Para ”traduzir” o que os elementos amostrais “querem nos dizer” podemos lançar mão
da teoria das regressões que pressupõe o estudo das causas (variáveis independentes) e de seu
conseqüente efeito (variável dependente). As variáveis independentes podem ser:
Quantitativas: Variáveis que podem ser medidas ou contadas (Ex.: área privativa, número de
quartos; vagas de garagem)
Dicotômicas: Variável que assume apenas dois valores (sim ou não, com ou sem). Podem
ocorrer de forma isolada ou em grupos. Também conhecidas como “binárias”, ”dummies”, “de
estado”, “zero - um”.
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Qualitativas: Variáveis que não podem ser medidas ou contadas, mas apenas ordenadas ou
hierarquizadas, de acordo com atributos inerentes ao bem (Ex.: padrão construtivo e estado de
conservação):
Códigos ajustados: Escala extraída dos elementos amostrais originais por meio de
modelo de regressão, com a utilização de variáveis dicotômicas, para diferenciar as
características qualitativas dos imóveis
verifica-se que as variáveis apresentam relação entre si, ou seja, podemos tomar como exemplos o
peso das pessoas que estará relacionado com a altura e o sexo; a produtividade agrícola estará
Nos casos em que o valor da variável desconhecida (variável dependente) for calculado
com base apenas em uma única variável conhecida (variável independente) teremos o caso de uma
regressão simples; já nos casos em que o quantitativo de variáveis independentes for igual ou
É de se pressupor que, na prática, serão raros os casos em que o valor seja determinado
apenas por uma variável, pois vários serão os fatores influenciantes do valor, entretanto, por
motivos de ordem didática, convém que se inicie o estudo da inferência estatística através da
análise de regressão simples o que permitirá que trabalhemos com fórmulas não tão complexas,
mas abrirá caminho para tratarmos das situações de regressão dupla que, por sua vez, darão toda a
comportamentos distintos na variável influenciada (dependente), sendo assim, vamos imaginar que
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Gráfico 01 Gráfico 02
Gráfico 03 Gráfico 04
fornecidas pelos dados: a tendência, a intensidade, a forma funcional da curva e a sua dispersão.
relação à distância, ou seja, à medida que o valor da variável independente (distância ao pólo
entretanto, a distribuição dos pontos do gráfico 04 não sugere o mesmo. Neste último caso o
mercado estaria indicando que o pólo não exerce influência sobre o preço (o que, para o exemplo
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dada pelo ângulo de inclinação desta, ou seja, quanto maior for o ângulo, maior a intensidade da
pelo avaliador, caso sejam verificadas situações como as representadas nos gráficos 01, 02 e 03, ou
demonstrar que não eram procedentes ou relevantes, se o resultado fornecer situação similar a do
gráfico 04.
extremamente relevante visto que para os casos dos gráficos 01, 03 e 04 podemos obter o
Finalmente, a quarta e última informação, a dispersão dos dados ao longo da curva que
aparentemente constante (variância constante de erros), nos casos dos gráficos 01, 02 e 04 ou
homocedasticidade e com intensidade alta, ou seja, retas que possuam coeficiente angular de valor
absoluto significativo e, obviamente, diferente de zero, além de outras qualidades, não menos
A análise gráfica é uma das ferramentas mais simples, mas não menos importante da
modelagem que visa promover o ajustamento do modelo de regressão. Permite, além das
informações já citadas que, em certos casos, como os demonstrados pelo gráfico 5, verifiquemos a
ocorrência de disposições em que, embora seja possível estabelecer uma reta entre os pontos como
representado no gráfico 6, não poderíamos assegurar que a equação matemática desta reta fosse
representativa do comportamento de mercado no intervalo entre X 2 e X 3 e ao realizarmos
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y2
y
1
xi
Gráfico 05 Gráfico 06
^
A estimativa de valor ( y ) do imóvel avaliando é dependente da variável “x”
Se o imóvel avaliando possui valor “Xi” situado entre os valores dos diferentes “xi”
contidos no intervalo compreendido entre X2 e X3, o valor de “y chapéu” será definido através de
interpolação. Quando o valor de “x” estiver fora da amplitude dos “Xi ” amostrais (Xi < X1 ; Xi > X4),
informações de mercado (pontos vermelhos do gráfico 06) de que o valor projetado “Y1“ não reflita
enquadrado na equação de regressão obtida para os dados contidos no intervalo [a,b], conforme
indica o gráfico 07. Quando a variável “x” do imóvel avaliando estiver situada fora do intervalo
[a,b] definido pela amostra, pode ocorrer que o valor de “y chapéu” não se enquadre na linha de
regressão que seria obtida se fossem coletados elementos para o intervalo [b,c] conforme pode se
observar no gráfico 07, pois para aquele intervalo a forma funcional da curva pode sofrer
alterações.
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Gráfico 07
Situações como esta não são difíceis de ocorrer. O gráfico 07 pode, por exemplo,
representar a variação do valor unitário de terrenos (y) em função da distância dos lotes a um
determinado pólo valorizante. É normal que, a partir de uma determinada distância, a influência
deste pólo sofra diminuição e até mesmo aproxime-se de zero mantendo o preço estável.
Por este motivo, a utilização do recurso de extrapolação deve ser feito de forma
criteriosa e, principalmente, dentro dos limites normativos, pois, caso contrário, o avaliador pode
A NBR 14.653-2 estabelece vários itens para que seja definido o grau de fundamentação
da avaliação, tanto no caso de utilização de modelos de regressão linear como no caso de utilização
de tratamento por fatores, e a extrapolação (sua ausência ou limites de utilização) é um dos itens
A classificação quanto ao uso das extrapolações são as descritas abaixo (sendo Grau III
a) as medidas das características do imóvel avaliando não sejam superiores a 100% do limite
amostral superior, nem inferiores à metade do limite amostral inferior ;
b) o valor estimado não ultrapasse 20% do valor calculado no limite da fronteira amostral, para
as referidas variáveis, de per si e simultaneamente
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a) as medidas das características do imóvel avaliando não sejam superiores a 100% do limite
amostral superior, nem inferiores à metade do limite amostral Inferior;
b) o valor estimado não ultrapasse 15% do valor calculado no limite da fronteira amostral, para
a referida variável.
Além desta situação, outras poderão surgir que, se não analisadas corretamente pelo
profissional avaliador, poderão fazer com que este cometa erros “graves e grosseiros” como a
situação representada no gráfico 08. A tendência é que no ajustamento a reta de regressão (reta 1),
buscando minimizar o erro total, passe pela média do conjunto de pontos e pelo “ponto isolado”
Gráfico 08 Gráfico 09
(gráfico 09), mas devido a um ponto totalmente fora do conjunto de pontos o ajustamento ficou
influenciantes e como, possivelmente, não constarão como outliers, que serão tratados adiante,
somente uma análise gráfica poderá identificá-los (a definição de pontos outliers, ou pontos
vezes trata-se de erro de coleta ou digitação e, desde que identificada a falha, basta corrigi-la e,
quem sabe, ainda considerar o dado amostral em questão. Neste aspecto, cabe ressaltar que o
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distintas como, por exemplo, dados de oferta e transação que, em não sendo observados
comportamento de mercado deve ser explicado pela reta 2, conforme gráfico 11. Isto poderia ser
resolvido incluindo-se uma variável dummy ou dicotômica (variáveis que apresentam apenas uma
Gráfico 10 Gráfico 11
Considerando o exposto acima, torna-se imperioso promover o que denominamos de
ajustamento da curva que nada mais é do que a escolha da equação matemática que melhor
retrate o relacionamento entre as variáveis, ou seja, aquela que apresente o menor erro total. A
metodologia que iremos discorrer adiante permite este ajustamento de forma matemática e
estatisticamente fundamentada.
Todo bem que tenha a capacidade de atender a uma necessidade, a um desejo e até
mesmo um capricho, pode ter atribuídas a estas qualidades uma quantidade de unidades
monetárias que represente o montante pelo qual possa ser objeto de transação ou troca, ou seja, ou
30
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da comparação, ou seja, obtém-se o valor do bem avaliando comparando-se o preço de outros bens
probabilidade de que as amostras coletadas possuam valores próximos à média aritmética uma
vez que os preços praticados são atrelados diretamente ao valor de aquisição junto ao fornecedor o
que aumenta a confiabilidade sobre a obtenção de uma média amostral muito próxima da média
populacional.
heterogêneas que podem gerar acréscimo ou decréscimo do valor do bem em função de fenômenos
(2002) entende que qualquer amostra tomada ao acaso, contém elementos amostrais com valores
distantes da sua média aritmética sendo que as diferenças que geram estas variações podem ser
2) fatores sócio-econômicos;
3) aleatoriedade do mercado.
31
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Caberá ao avaliador, então, através da modelagem dos dados, eliminar a maior parte
possível desta variação existente em torno da média em particular no que diz respeito às
diferenças físicas existentes entre os dados e a influência de fatores sócio econômicos sobre a
formação dos preços praticados.
Gráfico 14
O melhor ajustamento será definido pela curva em que a soma dos quadrados dos
desvios dos diversos pontos em relação à mesma seja mínimo, conforme abaixo:
n
∑ D i 2 = D 1 2 + D 2 2 + D 3 2 + L D n 2 = mínimo (Equação 23)
i =1
32
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Esta curva será designada como a curva de mínimos quadrados e ainda, para os casos
melhor aderência;
(variável dependente ou explicada) em função do relacionamento desta com outras variáveis cujos
ou explicativa, estaremos diante de uma regressão simples, cujo ponto de partida será aquela de
mais simples relacionamento que é a relação linear entre as variáveis sendo representada pela
Onde:
y = a + b.x y = variável desconhecida (dependente);
x = variável conhecida (independente);
a, b = constantes
A constante “a” define o ponto em que a reta corta o eixo das ordenadas, ou seja, o
valor de “y” quando “x” é igual a zero sendo denominado, portanto, de “intercepto”. Já a
constante “b” é o coeficiente angular da reta e também representa o incremento de “y” quando o
33
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∆y
b=
∆x
Gráfico 15
As constantes “a” e “b” também são denominadas estimadores da regressão, sendo “b”
desta e o que faremos é estimar ou inferir o valor de avaliação, logo, temos que considerar uma
diferença entre o verdadeiro valor de “Y” e o estimado através da equação de regressão obtido
Onde:
^
y = chamado “y chapéu”, corresponde ao valor “estimado” para a variável “Y”;
a = parâmetro estimado para o intercepto α ou “estimativa” de α ;
b1 = valor estimado para o coeficiente de regressão β1 , ou “estimativa” de β1 ;
x 1 = variável independente, também chamado “regressor”;
e = erro total da regressão amostral em relação à verdadeira equação de regressão,
também conhecido como desvio ou disturbância da regressão;
34
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O erro tem papel fundamental nas conclusões que são obtidas sobre o modelo
termo referente ao erro quando necessário, ficando o mesmo subentendido nas demais situações.
promoverá o melhor ajustamento para a reta é aquele em que “a soma dos quadrados dos desvios, em
2
n ^
∑
i =1
(
iy − y i ) = mínimo ou
(Equação 29)
n ^ 2 n [(
∑ ( y i − y i ) = mín ∑ y i − a − b 1 . x i
i =1 i =1
)2 ] (Equação 30)
∂y ∂y
= 0 ( zero ) e = 0 ( zero)
∂a ∂b1
35
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∂y n
[
= ∑ ( 2 ). (− x i ). (y i − a − b 1 . x i )] = 0 (Equação 32)
∂b i =1
∑ (x i . Yi ) = a . ∑ x i + b 1 ∑ (x i 2 )
n n n
(Equação 34)
i =1 i =1 i=1
mínimos quadrados” e formam um sistema de duas equações com duas incógnitas (“a” e “b”) que,
Para simplificarmos o cálculo dos parâmetros “a”e “b” podemos utilizar uma tabela
n n n n
∑ X ; ∑Y ; ∑ (X i .Yi ) e ∑X
2
com todos os valores inclusos no sistema, quais sejam: i i i :
i =1 i =1 i =1 i =1
Tabela 5
Variável Variável
Operações
Evento explicativa explicada
xi yi xi2 (x i . y i )
1
2
3
...
n
∑ (x i . y i )
n n n n
Somas ∑ xi ∑ yi ∑ xi2
i =1 i =1 i =1 i =1
36
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A princípio, tomemos uma coleta de sete terrenos que se situam próximos uns aos
Tabela 1
Terreno Valor Total *
700 70
300 40
500 55
400 50
500 60
800 80
600 65
* Valores em R$ 1.000,00
A estimativa do valor médio de mercado para a população em estudo seria dada pela
Onde:
−
n y = média aritmética da amostra;
− ∑y i
yi = os terrenos da amostra (1 ≤ i ≤ n);
y= i =1
n n = número de elementos amostrais
Logo:
− 70 + 40 + 55 + 50 + 60 + 80 + 65 420
y= = = 60
7 7
fossem exatamente iguais, o valor médio de mercado seria de R$ 60.000,00 e as diferenças seriam
homogeneidade de características, os terrenos, assim como casas, apartamentos, salas, lojas, etc.,
divergem entre si, em função de suas características físicas tais como frente, profundidade, índices
legais de ocupação e aproveitamento, etc. e isto gera uma variação dos valores em torno da média
aritmética que é definida como Variação Total (Vt) sendo que nela estarão contidas tanto as
aleatoriedade do mercado.
37
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A variação total, no que diz respeito à aleatoriedade de mercado, não será reduzida
uma vez que esta variação não pode ser explicada, mas poderá ser reduzida através da redução
dos efeitos que dizem respeito a outras influências presentes no mercado (diferenças físicas e
fatores sócio-econômicos).
Total (Vt). Para isto, não basta tomarmos o somatório das diferenças entre os valores dos
elementos amostrais e a média aritmética obtida posto que o resultado será nulo em razão de que
um dos princípios da média aritmética é que as diferenças positivas são anuladas pelas diferenças
Tabela 2
− −
Terreno Valor Total ( yi )* Valor médio ( y )* Diferença ( yi − y )*
1 70 60 10,00
2 40 60 -20,00
3 55 60 -5,00
4 50 60 -10,00
5 60 60 0,00
6 80 60 20,00
7 65 60 5,00
TOTAL 420 0
* Valores em R$ 1.000,00
Assim, iremos optar pelo método que utiliza elevar as diferenças ao quadrado, como
forma de eliminar o efeito do sinal, obtendo uma representação mais correta da Variação Total
Tabela 3
Valor Total Valor médio Diferença (Diferença)2
Terreno − − −
( yi ) * (y)* ( yi − y ) * ( yi − y )2 **
1 70 60 10,00 100
2 40 60 -20,00 400
3 55 60 -5,00 25
4 50 60 -10,00 100
5 60 60 0,00 0
6 80 60 20,00 400
7 65 60 5,00 25
TOTAL 420 420 0 1.050
* Valores em R$ 1.000,00 / ** Valores em R$ 1.000.000,00
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Assim, a Variação Total (Vt) dada pela soma dos quadrados das diferenças entre os
valores dos elementos amostrais e a sua média aritmética, teremos que o valor, para este exemplo,
será de Vt = R$ 1.050.000.000,00.
valor, influência esta que não será passível de redução, existem também interferências das
diferenças físicas e dos fatores sócio-econômicos, iremos tratar, num primeiro plano, das
de metodologia técnica que a maior parte das variações em torno da média aritmética são
O foco inicial deve ser na identificação das variáveis que sejam facilmente obtidas e que
tenham maior grau de influência na formação do valor, é neste momento que tem peso a
Total (At) dos lotes como sendo uma das características físicas que tem influência na formação do
Valor Total, o que é natural posto que, em geral, os terrenos apresentam diferenças de área e esta
é, geral, uma variável de grande peso na formação do valor total fazendo com que terrenos de
Tabela 4
Terreno Área (m²) Valor Total*
1 700 70
2 300 40
3 500 55
4 400 50
5 500 60
6 800 80
7 600 65
* Valores em R$ 1.000,00
4
cabe ressaltar que esta conclusão pressupõe a inexistência de outras variáveis influenciantes no valor, pois no mercado de
imobiliário poderá ocorrer a situação em que mesmo possuindo área maior um terreno valha menos do que outro com área menor em
função da influência de outras características, em especial a localização e infra-estrutura urbana.
39
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90 Gráfico 12
6
80
1
70 7
5
60
Valor Total
(R$ 1.000,00)
50 3
4
40
2
30
20
10
0
0 200 400 600 800 1000
este que não se altera independentemente do fato de que os terrenos possuam áreas diferentes,
sendo que a Variação Total (Vt) em torno da média aritmética é obtida através do somatório do
quadrado das diferenças entre os valores totais dos elementos amostrais e a média aritmética,
−
portanto adicionando-se ao gráfico 1 a reta representada pela média aritmética ( y ) e as diferenças
“ d i ” existentes entre os valores totais de cada elemento amostral , teremos o gráfico 13:
90 Gráfico 13
6
80
d1 = 10
70
1 d6 d 2 = −20
7
d 3 = −5
Valor Total
(R$ 1.000,00)
− d1
y = média 5 d7
60 d 4 = −10
d4 d3 d5 = 0
3
50 d2
4 d 6 = 20
40
d7 = 5
2
30
0 200 400 600 800 1000
40
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diversos elementos amostrais e x representa a área total de cada um deles, sendo A o coeficiente
linear da reta (ponto de interseção com o eixo dos y) e B o coeficiente angular da reta (tangente do
ângulo que a reta faz com a abscissa), teremos para o caso da reta que representa a média, um
coeficiente B=0 (nulo)uma vez que a reta é paralela ao eixo das abscissas e um coeficiente linear
Quando utilizamos a média como uma reta de regressão, embora o valor dos terrenos
não se altere (em função do coeficiente angular nulo), a Variação Total quadrática em torno de sua
média é grande (1.050). Para reduzir esta variação devemos identificar uma outra reta, diferente da
reta dada pela média aritmética, que se aproxime o máximo possível de todos os elementos da
amostra. A reta inclinada representada no gráfico 16 é uma estimativa da média populacional cuja
variação quadrática deve ser inferior aos 1.050 obtidos em relação à média aritmética.
90 Gráfico 16
^
yi = A + B.xi
80
y6
70 y7 y1
Valor Total
−
(R$ 1.000,00)
y = 60 (média) y5
60
y3
50 y4
40
y2
30
0 200 400 600 800 1000
41
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^ ^
A equação desta reta é dada pela fórmula y = A + B.x , onde y será o novo valor
médio do terreno no segmento de mercado, neste caso não mais um valor constante, mas variando
dos pontos que representam cada um dos elementos amostrais até a mesma e o somatório dos
quadrados destas distâncias fornecerá uma Variação Residual dos elementos amostrais em torno
da média estimada em função da nova reta e cuja expectativa é de que seja inferior à Variação
Total obtida considerando-se a reta data pela média aritmética que foi de 1.050.
Fica claro que poderão existir infinitas retas que permitam uma Variação Residual
inferior a Variação total, entretanto, irá nos interessar, em particular, aquela que fornecer a menor
Variação Residual e que será aquela que passa, ao mesmo tempo, o mais próximo de todos os
amostrais y i até a reta de regressão (reta inclinada) por ei sendo que 1 ≤ ei ≤ n, onde n é o
número de elementos amostrais (no nosso caso, sete elementos), poderemos escrever as seguintes
equações:
e7 = y7 − ( A + B.x7 )
Onde ( A + B.x ) fornece os valores médios estimados pela reta de regressão para os
( )
residual é dada pelo somatório dos quadrados destas distâncias ei2 , podemos escrever a seguinte
equação:
7
Vr = e12 + e22 + e32 + e42 + e52 + e62 + e72 ou ainda Vr = ∑e
i =1
2
i (Equação 35)
42
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A reta que procuramos, ou seja, aquela que estará o mais próximo possível de todos os
elementos amostrais é aquela que resultar no menor somatório para a fórmula acima, portanto, de
acordo com a lei dos mínimos, os coeficientes A e B que irão permitir a obtenção deste somatório
mínimo serão aqueles para os quais as derivadas parciais de cada um dos coeficientes em relação a
equação de Vr seja igual a zero (valor nulo). Portanto, a derivada parcial em relação a A é:
N
∂ ∑ ( y i − A − B.xi )
2
∂Vr N n
= I =1
= ∑ 2( y i − A − B.xi ) ⋅ (− 1) = −2∑ ( y i − A − B.xi ) = 0
∂A ∂A I =1 i =1
Assim,
n n
∑ yi − n ⋅ A − B ⋅ ∑ x = 0
i =1 i =1
(Equação 37 – primeira equação de regressão )
i
N
∂ ∑ ( yi − A − B.xi )
2
∂Vr
( )
N n
= I =1
= ∑ 2( yi − A − B.xi ) ⋅ (− xi ) = −2∑ xi ⋅ yi − A ⋅ xi − B.xi2 = 0
∂B ∂B I =1 i =1
Logo,
n n n
∑ xi ⋅ yi − A ⋅ ∑ xi − B ⋅ ∑ xi2 = 0
i =1 i =1 i =1
(Equação 38 – segunda equação de regressão )
∑ yi − n ⋅ A − B ⋅ ∑ x = 0
i =1 i =1 i
n n n
∑ xi ⋅ yi − A ⋅ ∑ xi − B ⋅ ∑ xi2 = 0
i =1 i =1 i =1
Para solução deste sistema, cujas incógnitas são A e B, uma vez que n é conhecido
∑ yi , ∑ xi ; ∑ xi ⋅ yi e ∑ xi2
i =1 i =1 i =1 i =1
43
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Tabela 5
Área Total Valor Total
Elemento xi2 xi ⋅ y i
xi ( yi )
1 700 70 490.000 49.000
2 300 40 90.000 12.000
3 500 55 250.000 27.500
4 400 50 160.000 20.000
5 500 60 250.000 30.000
6 800 80 640.000 64.000
7 600 65 360.000 39.000
Somas 3.800 420 2.240.000 241.500
Médias 542,86 60
equações:
420 − 7 ⋅ A − 3.800 ⋅ B = 0
241.500 − 3.800 ⋅ A − 2.240.000 ⋅ B = 0
A = + 18,62903226 e B= + 0,07620967742
variação quadrática (variação do somatório dos quadrados das distâncias dos pontos à reta de
regressão) reduzindo ao máximo a Variação Residual (Vr), podemos finalmente escrever a equação
das diferenças entre os valores dos dados e a média estimada para cada um deles, é necessário
calcularmos o valor médio fornecido pela reta de regressão para cada um dos terrenos (elementos
44
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^
y1 = +18,62903226 + 0 ,07620967742 ⋅ 700 = 71,98
^
y 2 = +18,62903226 + 0 ,07620967742 ⋅ 300 = 41,49
^
y3 = +18,62903226 + 0 ,07620967742 ⋅ 500 = 56,73
^
y 4 = +18,62903226 + 0 ,07620967742 ⋅ 400 = 49,11
^
y5 = +18,62903226 + 0 ,07620967742 ⋅ 500 = 56,73
^
y 6 = +18,62903226 + 0 ,07620967742 ⋅ 800 = 79,60
^
y 7 = +18,62903226 + 0 ,07620967742 ⋅ 600 = 64,35
^
Obtida a média estimada pela reta de regressão ( y i ), podemos calcular, para cada
elemento da amostra, a Variação Residual (Vr), aquela dada pelo valor coletado e o valor
∑
7
i =1
420 420 0,00 21,17 (*)
(*) Variação Residual Vr
45
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Gráfico 17
− ^ − ^
y i − y = y i − y + y i − y i (Equação 39)
−
O que equivale dizer que o desvio total ( y i − y ) é obtido pela soma do desvio
^ − ^
explicado pela regressão ( y i − y ) com o desvio residual não explicado pelo modelo ( y i − y i ) de
onde:
n − n ^ − n ^
∑ yi − y = ∑ yi − y + ∑ yi − yi (Equação 40)
i = 1 i = 1 i = 1
n − 2 n ^ − 2 n ^ 2
∑ yi − y = ∑ yi − y + ∑ yi − yi (Equação 41)
i = 1 i = 1 i = 1
Sendo que:
n − 2
∑ y i − y = variação total
i = 1
n − 2
^
∑ yi − y = variação explicada
i = 1
n ^ 2
∑ y i − y i = variação não explicada
i = 1
46
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variação total:
2 2
^ − ^ −
n n
∑ y − y
variação explicada de y i =1 i =
∑ yi − y
i =1
r =
2
= n 2
(Equação 42)
− − 2 2
variação total de y n ^ n ^
∑ yi − y
i =1
∑ y i − y + ∑ yi − y i
i =1 i =1
O coeficiente de determinação (r²) varia de zero a um e representa a porcentagem de
ajustamento (aderência dos pontos coletados na pesquisa com a equação de regressão) do modelo.
Para o exemplo que estamos utilizando, a variação residual (Vr) calculada através do
somatório dos quadrados das diferenças entre os valores totais dos elementos amostrais e os
∑
n 2
respectivos valores estimados através da reta de regressão ( e ) é 21,17, o que demonstra que
i =1 i
a reta de regressão conseguiu reduzir significativamente a Variação total (Vt = 1.050) que é dada
pela soma dos quadrados da diferença entre os valores totais de cada elemento e a reta
A variação explicada pode ser obtida pela diferença entre a Variação Total (1.050) e a
variação residual (21,17) do que obtemos que a variação explicada é de 1.028,83 e fazendo uso da
O grau de relação entre as variáveis expressa o nível de influência que uma exerce
(-1) ≤ r ≤ (+1)
47
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Coeficiente de correlação nulo (r=0) indica que não há relacionamento entre as duas
variáveis analisadas enquanto que “r” igual a unidade (-1 ou +1), define um relacionamento
Como verificamos acima, o coeficiente “r” pode possuir sinal positivo ou negativo. O
sinal positivo significa que as variáveis alteram-se no mesmo sentido, ou seja, o acréscimo da
decréscimo na variável dependente irá significar uma diminuição do valor da variável dependente
(Gráfico 18).
Gráfico 18 Gráfico 19
(correlação positiva) (correlação negativa)
O nível de relacionamento, segundo o módulo do valor numérico obtido para “r” pode
Tabela 6
48
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do modelo utilizado no trabalho avaliatório, cabe ressaltar que não é o único e, por si só, não
quadrada do coeficiente de determinação (r²) cuja fórmula geral é dada pela Equação 43 e pode ser
n ^ − 2
∑ yi − y
i = 1
r = r2 = (Equação 43)
n − 2
∑ yi − y
i = 1
para o caso de regressão linear simples, pode ser calculado através da seguinte fórmula:
n − −
∑ x i − x . y i − y
i = 1
r = (Equação 44)
n − 2 n − 2
∑ xi − x . ∑ yi − y
i = 1 i = 1
única variável independente (x) e a variável dependente (y) e, assim, o quadrado da correlação
49
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2
n
^
∑ yi − y i
i =1
se = (Equação 45)
(n − p )
Como se trata de regressão linear simples temos que p=2 e podemos reescrever a
Equação 45:
2
n
^
∑ i
i =1
y − y i
se = (Equação 46)
(n − 2)
este é o que permitirá estimativas mais precisas e menor distância entre os limites do intervalo de
confiança.
É relevante também destacar que uma determinada variável é importante para explicar
a variabilidade dos preços se a sua inclusão gerar uma redução na variância residual e será tanto
mais importante quanto maior for a redução verificada, ou seja, se a redução for insignificante, não
H 0 : β j = 0 ,
H : β ≠ 0 Hipótese 1
1 j
Testar a hipótese acima para uma parâmetro β1 , correspondente a uma variável X1, é
semelhante a testar:
50
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Assim, o que se pretende é rejeitar a hipótese nula (H0), já que o avaliador presume que
a variável em teste influi na formação dos preços. Uma vez verificada e aceita a normalidade dos
bj − β j
t *j = (Equação 47)
s (b j )
Onde s(bj) é obtido pelo quociente do desvio-padrão do modelo pela variância total da
variável independente a que se refere o parâmetro bj.
Demonstra-se que ‘t*‘ tem distribuição “t” de Student com “n-p” graus de liberdade
onde “n” é o número de dados amostrais e “p” é o número de parâmetros estimados. Isto é, para o
bj
t *j =
()
onde: (Equação 48)
s bj
()
s b j = se .
n
1
− 2
e (Equação 49)
∑ Xi − X
i = 1
n ^ 2
∑ Yi − Y i
i =1
se = (Equação 50)
n − 2
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Como t(1-α/2;n-2) é um valor tabelado, se t* for superior a t(1-α/2;n-2), rejeita-se H0, indicando
A significância dos regressores, segundo a NBR 14.653, Parte 2, será utilizada para
linear, conforme contido no item 5 da tabela 1(item 9.2.1), que transcrevemos abaixo:
Grau de fundamentação
Descrição
III II I
Nível de significância á (somatório
do valor das duas caudas) máximo
10% 20% 30%
para a rejeição da hipótese nula de
cada regressor (teste bicaudal)
individual visto que o modelo tem somente um parâmetro a ser testado, qual seja (Hipótese 2):
Gráfico 20
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− 2
n
−
(n-1) para ∑ y i − y pois conhecemos somente parâmetro estimado que é y ;
i =1
2
n ^
(n-2) para ∑ y i − y i pois envolve os parâmetros estimados “a” e “ b 1 ” que são
i =1
^
os coeficientes da reta de regressão definida por y ;
n ^ − 2
1 (um) para ∑ y i − y , resultado da diferença entre (n-1)-(n-2).
i = 1
n − 2
∑ yi − yi
i = 1
Variância Total = (Equação 51)
(n − 1)
n ^ 2
∑ yi − yi
i = 1
Variância não explicada = (Equação 52)
( n − 2)
2
^ − n
∑ yi − yi
i =1
Variância explicada = (Equação 53)
1
A partir disto podemos montar uma tabela de análise de variância, também conhecida
como tabela da ANOVA que, para o caso de regressão linear simples é dada por:
Graus de
Variação Soma dos Quadrados Variância
Liberdade
n ^ − 2 n ^ − 2
Explicada SQR = ∑ y i − y 1 ∑ yi − y 1
i = 1 i = 1
2 2
Não n ^ n ^
SQE = ∑ y i − y i n-2 ∑ yi − yi (n − 2 )
explicada i = 1 i = 1
n − 2 n − 2
Total SQTO = ∑ y i − y i n-1 ∑ yi − yi (n − 1)
i = 1 i = 1
53
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Através da análise do gráfico 20 podemos verificar que a situação ideal será aquela
onde a variância explicada seja grande e a variância não explicada pequena. Assim, para se testar
a significância global do modelo, analisa-se a razão entre essas duas variâncias, pela estatística:
n ^ − 2 n ^ 2
−
∑ y i − y 1 ∑ yi − y
Fc = i = 1 =
i = 1 . (n − 2 ) (Equação 54)
n ^ 2 n ^ 2
∑ i y − y (n − 2 ) ∑ yi − yi 1
i i = 1
i = 1
Quanto maior o fator Fc maior a probabilidade de o modelo ser aceito para explicar o
fenômeno em estudo e, conforme demonstrado estatisticamente, o fator Fc , sob a hipótese H0, tem
que, para o caso específico da regressão linear simples representa “um” grau de liberdade no
numerador e “n-2” graus de liberdade no denominador, sendo que, através do tabelamento feito
por Fischer, os pontos críticos para um nível de significância α é simbolizado por F(α ; k ; n − k − 1) que
no caso da regressão linear simples é dado por F(α ;1; n − 2 ) . Estes pontos estão nas tabelas 2 e 3 para
os níveis 5% e 1% (vide APÊNDICES), onde o número dos graus de liberdade do numerador (√1=k)
indica a coluna e o número dos graus de liberdade no denominador (√2=n-k-1) indica a linha onde
Isto implica dizer que, para rejeitar a hipótese nula de não haver regressão do modelo
ao nível de significância α, é necessário que Fc (F calculado) seja superior a F(α ;k ;n −k −1) , caso
contrário, dentro do percentual de significância adotado, há indícios de que a reta inclinada não
explica o fenômeno melhor que a reta horizontal, devendo esta última ser a escolhida.
Parte 2, determina, no item 6 da tabela 1 (item 9.2.1), para os demais testes estatísticos realizados (o
abaixo:
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Grau de fundamentação
Descrição
III II I
Nível de significância máximo admitido
para a rejeição da hipótese nula do 1 2% 5%
modelo através do teste F de Snedecor
^
O intervalo de confiança para um nível de (1-α), em torno de um ponto x 0 ; y 0 , sobre
− 2
x0 − x
+
^ 1
Y = y 0 ± t1−α / 2;(n− k −1) ⋅ s e (Equação 55)
n − 2
n
∑ xi − x
i =1
Onde:
t 1 − α / 2 ; ( n − k − 1 ) = coeficiente de Student
α = significância adotada
n = número de dados amostrais;
− 2 −
= desvio do valor da variável x0 em relação à média x .
x0 − x
n − 2 −
= desvio do valor da variável xi em torno de sua média x .
∑ xi − x
i = 1
quanto a sua precisão, conforme tabela 5 do item 9.2.3 e que transcrevemos abaixo:
55
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Grau de precisão
Descrição
III II I
Como se pode observar na Equação 55, a menor amplitude do intervalo ocorre quando
o bem avaliando possui características iguais à média das características dos dados amostrais, isto
−
é, x 0 = x . As maiores amplitudes ocorrem na fronteira do campo amostral.
características médias dos dados de referência e as mais imprecisas, nas extremidades conforme a
-x
Gráfico 21
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4.1.13 Auto-Regressão
valores da variável dependente, o que poderá ter impacto quanto ao procedimento de mínimos
as fórmulas de aplicação dos mínimos quadrados não tem mais validade, nem os
que os erros são não-correlacionados e, portanto, independentes. Para isto utilizamos o Quociente
^ Resíduos Diferença
xi yi
yi Δ Δ² ei 2
(ordenado) ei ei −1
(estimado) ei − ei − 1
∑ ∑Δ² ∑ ei 2
Sendo que a Estatística de Durbin-Watson é dada pela Equação 56, cujo resultado
deve ser cotejado com um valor tabelado (crítico), identificado pelo número de elementos da
∑∆ 2
d= i =2
n
(Equação 56)
∑e
i =1
i
2
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f (d)
e onde se tem:
Gráfico 22
estabelecido;
observar que os pontos estão distribuídos de forma aleatória revelando que não há auto-regressão.
Gráfico 23
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denotem algum tipo de tendência como o apresentado na no gráfico 24, indicando a não
Gráfico 24
ajustamentos de modelos com 06 até 100 observações, com até cinco variáveis independentes,
4.1.14 Homocedasticidade
^
Um gráfico de resíduos ( e i ) versus os valores ajustados pelo modelo de regressão ( y i ),
apresentando pontos distribuídos aleatoriamente em torno de uma reta horizontal, sem nenhum
hipótese da variância constante para o erro; em caso contrário, se os pontos apresentarem alguma
tendência, como podemos verificar no gráfico 24 (acima), conclui-se que a variância do erro não é
constante.
heterocedástico. Os modelos homocedásticos são os mais desejáveis, pois indicam a não existência
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destes. Este histograma é formado pelos resultados do quociente entre os resíduos e o desvio-
se os mesmos não constituem erros de coleta ou até mesmo de digitação. Pontos outliers não
devem, sumariamente, serem eliminados sem a devida análise do conjunto de pontos e seu
equilíbrio.
A regressão linear simples ajusta retas aos pontos observados no mercado. Assim, a
reta somente terá confiabilidade para explicar o fenômeno se a tendência de distribuição dos
Na prática nem sempre se observa este tipo de tendência, entretanto, alguns modelos
não lineares podem ser linearizados através da simples transformação das escalas de medição das
variáveis. Considere, por exemplo, os dados sobre lotes residenciais cujos pares de valores “valor
Fica visualmente claro que há uma tendência de decréscimo do valor unitário à medida
que o valor da área aumenta, mas não de forma linear e sim de forma hiperbólica. O ajustamento
de uma reta aos pontos, conforme graficamente demonstrado no gráfico 25, mostra-se inadequado.
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1
Vu
Gráfico 25 Gráfico 26
linear possível e esta transformação tem que, necessariamente, linearizar os dados que, para o
caso apresentado é a transformação inversa (Z=1/Vu) nos dados do gráfico 25 que resultará em
1 1
= a + b1 .Área ∴ Vu = (Equação 58)
Vu a + b1 .Área
Que é a equação de uma hipérbole, desta forma, na escala Vu temos pontos com
Avaliações e que estão disponíveis nos softwares de modelagem por regressão linear.
61
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Assim, para a equação transformada dada por Y = A + B.X temos, entre outras:
Hiperbólica b 1 1
y = a + y = a + b. y a b a b
1 x x x
Hiperbólica 1 1 1
y = = a + b.x x a b a b
2 a + b.x y y
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Até o presente momento, descrevemos o estudo apenas para a regressão simples, isto é,
representada por:
Onde:
Y = valor da variável dependente
estimativa.
Para efeitos deste estudo, em razão das dificuldades adicionais decorrentes da maior
complexidade dos cálculos, estaremos desenvolvendo a regressão dupla com os mesmos métodos
acrescendo-se um teste que diz respeito a colinearidade das variáveis independentes cujo efeito é
denominado de multicolinearidade.
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4.2.1 Multicolinearidade
A regressão linear exige como pressuposto que as variáveis independentes não estejam
multicolinearidade, mas se esta “é” ou “não” característica da população, pois se for, não há danos
na estimação desde que observadas algumas regras conforme bem exemplificado pelo engenheiro
“... seria como investigarmos o valor unitário de uma gleba, observando-se a área
superficial e a distância a importante estrada (as áreas aumentam à medida que se
afastam da estrada). Não haveria danos de estimação, caso propuséssemos avaliar
uma gleba de pequeno porte próximo à estrada ou vice-versa. A colinearidade
provoca distorções no termo variância e no intervalo de confiança, além de outros
danos, caso desejemos avaliar gleba de elevada área junto à estrada ou vice-versa.”
uma função direta sobre a outra tais como área x profundidade, área x coeficiente de
O método dos mínimos quadrados que descrevemos para regressão simples prevê que
o modelo matemático que promove o melhor ajustamento para a reta é aquele em que “o valor da
soma dos quadrados dos desvios em relação à reta de regressão é mínimo”. Para a regressão dupla não é
diferente, assim:
^
y i = a + b1 .x1 + b 2 .x 2 = estimativa regressão de y em x 1 e x 2 (Equação 61)
64
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i =1
{
i =1
[
∑ ( y i − y i ) = mín ∑ (y i − a − b1 .x1 − b 2 .x2 )
^ 2 n 2
]} (Equação 63)
∂y ∂y ∂Y
= 0 ( zero) ; = 0 ( zero) ; = 0 ( zero)
∂a ∂b1 ∂b 2
∂Y
∂a
n
i =1
[
= ∑ ( 2 ).( − 1).(Yi − a − b 1 .x1i − b 2 .x 2 i ) = 0 ] (Equação 64)
∂Y
∂b1
n
i =1
[
= ∑ ( 2 ).(− x1i )(
. Yi − a − b1 .x1i − b 2 x 2 i ) = 0 ] (Equação 65)
∂Y
∂b 2
n
i =1
[
= ∑ ( 2 ).(− x 2 i )(
. Yi − a − b1 .x1i − b 2 x 2 i ) = 0 ] (Equação 66)
n n n
∑ Yi = a.n + b1 ∑ x1i + b2 ∑ x2i (Equação 67)
i =1 i =1 i =1
2
∑ (x1i.y i ) = a. ∑ x1i + b1 ∑ (x1i ) + b 2 ∑ x1i.x2 i
n n n n
(Equação 68)
i =1 i =1 i =1 i =1
2
∑ (x2 i.y i ) = a. ∑ x2 i + b 2 ∑ x1i.x2 i + b 2 ∑ (x 2 i )
n n n n
(Equação 69)
i =1 i =1 i =1 i =1
uma vez solucionado o sistema acima, obteremos o valor dos três parâmetros.
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Uma forma de resolver o sistema é através do teorema de Crammer de onde temos que
“se o determinante ∆ de um sistema for diferente de zero, o sistema é possível e determinado”. Para uma
a 2 x1 + b 2 x2 + c 2 x 2 = k 2
a 3 x1 + b 3 x2 + c 3 x2 = k 3
∆1 ∆ ∆
cuja solução é dada por: x1 = ; x 2 = 2 e x 3 = 3 sendo:
∆ ∆ ∆
a1 b1 c1 k1 b1 c1 a1 k1 c1 a1 b1 k1
∆ = a2 b2 c2 ∆1 = k2 b2 c2 ∆2 = a2 k2 c2 ∆3 = a2 b2 k2
a3 b3 c3 k3 b3 c3 a3 k3 c3 a3 b3 k3
regra de Sarrus que consiste em repetir as duas primeiras linhas e somar os produtos obtidos pelas
a1 b1 c1
a2 b2 c2 paralelas à diagonal secundária
∆ = a3 b3 c3
a1 b1 c1
a2 b2 c2 paralelas à diagonal principal
ser mantidos (+) e as paralelas à secundária fornecem produtos cujo sinal deve ser trocado (-).
∆ = a 1 b 2 c 3 + a 2 b 3 c 1 + a 3 b 1 c 2 − (a 3 b 2 c 1 + a 1 b 3 c 2 + a 2 b 1 c 3 )
66
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O cálculo dos determinantes também poderia ser obtido através do aplicativo EXCEL,
Figura 2
(r²) é obtido pelo quociente da variação explicada e a variação total, conforme fórmula abaixo:
n ^
− 2
∑ yi − y
variação explicada de y i = 1
r2 = = 2
(Equação 70)
variação total de y n −
∑ yi − y
i = 1
ajustamento (aderência dos pontos coletados na pesquisa com a equação de regressão) do modelo.
coeficiente de determinação (r²) cuja fórmula geral é dada pela Equação 71 e pode ser utilizada
67
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n ^ − 2
∑ yi − y
i = 1
r = r2 = (Equação 71)
n − 2
∑ yi − y
i = 1
O coeficiente de correlação entre duas variáveis (xm e xp) é dado pela fórmula:
n − −
∑ xm i − xm i . xp i − xp i
i =1
r = (Equação 72)
n − 2 n − 2
∑ xm i − xm i . ∑ xp i − xp i
i = 1 i = 1
− −
Onde os termos xp i e xm i representam a média aritmética dos “n” termos coletados
n ^ 2
∑ yi − yi
i = 1
se = (Equação 73)
(n − p)
Equação 73:
n ^ 2
∑ yi − yi
i = 1
se = (Equação 74)
(n − 3)
68
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No caso de mais uma variável independente, o cálculo do erro padrão dos parâmetros
“b” apresenta maiores dificuldades, uma vez que os cálculos tornam-se cada vez mais complexos,
bj
t *j =
()
onde: (Equação 75)
s bj
s (b 1 ) = s e .
1
(Equação 76)
n − − 2
n − 2 ∑ X 1 i − X . X 2 i − X
i =1
∑ X 1i − X − 2
i = 1 n −
∑ X2i − X
i = 1
s (b 2 ) = s e .
1
(Equação 77)
n − − 2
n − 2 ∑ X 1 i − X . X 2 i − X
i =1
∑ X2i − X − 2
i = 1 n −
∑ X 1i − X
i = 1
significância “α“ indicando que a variável correspondente ao parâmetro testado é importante para
explicar o fenômeno.
A significância dos regressores, segundo a NBR 14.653, Parte 2, será utilizada para
linear, conforme contido no item 5 da tabela 1(item 9.2.1), que transcrevemos abaixo:
Grau de fundamentação
Descrição
III II I
Nível de significância á (somatório
do valor das duas caudas) máximo
10% 20% 30%
para a rejeição da hipótese nula de
cada regressor (teste bicaudal)
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modelo de regressão linear dupla ajustado a uma amostra de n dados, temos que:
n − 2 n ^ 2
n ^ − 2
= ∑ y i − y i + ∑ y i − y
∑ yi − y (Equação 78)
i = 1 i = 1 i = 1
n − 2 −
(n-1) para ∑ y i − y pois conhecemos somente parâmetro estimado que é y ;
i = 1
n ^ 2
(n-3) para ∑ y i − y i pois envolve os parâmetros estimados “a”; “ b 1 ” e “ b 2 ”
i = 1
^
que são os coeficientes da reta de regressão definida por y ;
n ^ − 2
2 (dois) para ∑ y i − y , resultado da diferença entre (n-1)-(n-3).
i = 1
n − 2
∑ yi − yi
i = 1
Variância Total = (Equação 79)
(n − 1)
n ^ 2
∑ yi − yi
i = 1
Variância não explicada = (Equação 80)
( n − 3)
n ^ − 2
∑ yi − yi
i = 1
Variância explicada = (Equação 81)
2
A partir disto podemos montar uma tabela de análise de variância, também conhecida
como tabela da ANOVA que, para o caso de regressão linear simples é dada por:
70
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Graus de
Variação Soma dos Quadrados Variância
Liberdade
n ^ − 2 n ^ − 2
Explicada SQR = ∑ y i − y 2
∑ yi − y 2
i = 1 i = 1
2 2
Não n ^ n ^
SQE = ∑ y i − y i n-3
∑ yi − yi (n − 3)
explicada i = 1 i = 1
n − 2 n − 2
Total SQTO = ∑ y i − y i n-1 ∑ yi − yi (n − 1)
i = 1 i = 1
explicada seja grande e a variância não explicada pequena. Assim, para se testar a significância
global do modelo, analisa-se a razão entre essas duas variâncias, pela estatística:
n ^ − 2 2
∑ y i − y 2
n
^ −
i =1 ∑ yi − y
i =1 . (n − 3)
Fc = = (Equação 82)
n
2
n
^
2
2
(n − 3) ∑ yi − y i
^
∑ yi − y i
i =1 i =1
O fator Fc terá um resultado tanto maior quanto maior for a variação explicada. O fator
“F” , sob a hipótese H0, tem distribuição de Snedecor com “k” graus de liberdade no numerador e
“n-k-1” no denominador que, para o caso específico da regressão linear dupla representa “dois”
grau de liberdade no numerador e “n-3” graus de liberdade no denominador, sendo que, através
do tabelamento feito por Fischer, os pontos críticos para um nível de significância α são
simbolizados por F(α ; k ; n − k − 1) que no caso da regressão linear dupla é dado por F( α ; 2 ; n − 3 ) .
Estes pontos estão nas tabelas 2 e 3 para os níveis 5% e 1% (vide APÊNDICES), onde o
número dos graus de liberdade do numerador (√1 = k) indica a coluna e o número dos graus de
liberdade no denominador (√2 = n-k-1) indica a linha onde se localiza o ponto crítico
correspondente.
Isto implica dizer que, para rejeitar a hipótese nula de não haver regressão do modelo
ao nível de significância α, é necessário que Fc (F calculado) seja superior a F(α ;k ;n −k −1) , caso
contrário, há indícios de que a reta inclinada não explica o fenômeno melhor que a reta horizontal,
71
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Parte 2, determina, no item 6 da tabela 1 (item 9.2.1), para os demais testes estatísticos realizados (o
abaixo:
Grau de fundamentação
Descrição
III II I
Nível de significância máximo
admitido para a rejeição da
1% 2% 5%
hipótese nula do modelo através do
teste F de Snedecor
apresenta grau de dificuldade bem maior na elaboração dos cálculos, demandando a utilização de
cálculo de matrizes que somente será eficiente, dado à quantidade de cálculos, se devidamente
sistematizados.
resumida, a linha de cálculo para o intervalo de confiança global do modelo, ressaltando que, para
^ ^
y − t ( 1 − α / 2 ; n − k − 1 ) . s ^ < INTERVALO < y + t ( 1 − α / 2 ; n − k − 1 ) . s ^
y y
Onde:
M = d. (x , .x ) −1 . d . Vres
Sendo que:
1 2 3
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Matriz 1:
^ − ^ − ^ ^
d = 1 x 1 − x 1 x 2 − x 2 onde x 1 e x 2 são os parâmetros estimativos
Matriz 2:
n − 2
s 11 = ∑ x 1 − x 1
i = 1
1 0 0
n n −
2
−1 s 22 s 12 onde: s 22 = i∑ x2 − x2
x , .x = 0 −
=1
W W n − −
s 12 = ∑ x 1 − x 1 . x 2 − x 2
s 12 s 11 i =1
0 − n − n − n − −
W W W = ∑ x 1 − x 1 . ∑ x 2 − x 2 − ∑ x 1 − x 1 . x 2 − x 2
i = 1 i = 1
i =1
Vres n ^ 2
− ∑ yi − yi
^
i = 1
d .Vres = x1− x1.Vres Onde: Vres =
(n − p)
−
^
x 2− x 2 .Vres
Da mesma forma que no caso de regressões linear simples, na prática nem sempre se
observa este tipo de tendência, entretanto, alguns modelos não lineares podem ser linearizados
Para o caso da regressão dupla bem como nos casos de regressões múltiplas valem as
73
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Exercício 1.1: A partir de pesquisa com foco em terrenos comerciais, obteve-se, para 10 eventos
^
amostrais, os preços unitários e áreas abaixo. Calcule o valor de y para um lote de 450,00 m².
reta de regressão – vide equações 33 e 34 ou 37 e 38). Para isto montamos a tabela abaixo, segundo
o modelo da tabela 5:
a = 79,4830018
b = (-) 0,0470599679
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^
y = 79,4830018 − 0 , 0470599679 . x i
^
Assim, podemos calcular a estimativa y para o imóvel avaliando, bastando substituir
“X” na equação de regressão acima pelo valor da área do imóvel avaliando que é de 450,00 m²,
conforme abaixo:
^
y = 79,4830018 − 0,0470599679 . 450,00 = R$ 58,31
^
O valor unitário estimado y para o lote avaliando com área de 450,00 m² é de R$ 58,31
o que permite concluir que o valor total estimado para o terreno avaliando é de R$ 26.23,50.
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i =1
i − y + ∑
i =1
y i − y i
^
O coeficiente de determinação calculado significa que 75,19% do valor estimado y é
explicado pelo modelo de regressão utilizado, restando 24,81 atribuídos a perturbações aleatórias
Exercício 1.3: Utilizando-se os dados e valores calculados nos exercícios anteriores, calcule o
150 ,25
se = = 4 ,3337
(10 − 2 )
Exercício 1.4: Utilizando-se os dados e valores calculados nos exercícios anteriores, calcule a
“b1” conforme a fórmula da equação 48, mas para isto é necessário, também, o cálculo das
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2
n
^
∑ Yi − Y i
i =1 150,25
se = = = 4,333734
n−2 10 − 2
Em seguida:
s (b1 ) = s e .
1 1
= 4,333734. = 0,00955741
2
n
−
205.610,00
∑
i =1
X i − X
= (− ) 4 ,92
b1 (-) 0,04705996 79
t 1* = =
s (b1 ) 0 , 00955741
De posse do t calculado (4,92), nos dirigimos à Tabela 1 (ANEXO) e na coluna n-2 (10-
2) graus de liberdade (√) verificamos que o mesmo está situado entre os níveis de 0,1% (5,041) e
Exercício 1.5: Calcule a significância do modelo ajustado contido a partir dos dados fornecidos no
exercício 1:
n ^ − 2
∑ yi − y
Fc =
i = 1 . (n − 2 ) = 455,35 . (10 − 2)) = 24 ,25
n ^ 2
∑ yi − yi 1 150 ,25 1
i = 1
Para rejeitar a hipótese nula de não haver regressão do modelo ao nível de significância
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F(1%;1; 8 ) = 11,3
Assim, como Fc (24,25) > F(1%;1;8 ) (11,3) , podemos concluir que o modelo possui
significância menor que 1% o que equivale dizer que a hipótese nula de não haver regressão foi
Exercício 1.6: Para o modelo ajustado utilizado nos exemplos anteriores, calcule o intervalo de
confiança para o valor médio do lote avaliando, considerando um nível de confiança de 80%.
Utilizando-se dos valores calculados nos exercícios anteriores e da equação 55, temos:
1 (450 − 567 )2
Y = 58 ,30 ± 1,397 . 4 ,3337 . + ou
10 205.610 ,00
Y = 58 ,30 ± 2 ,47 ∴ Ymáx = 58 ,30 + 2 ,47 = 60 ,77 e Ymín = 58 ,30 − 2 ,47 = 55,83
Exercício 1.7: Para o modelo ajustado utilizado nos exemplos anteriores, calcular a estatística de
Durbin-Watson para a variável área analisando quanto à existência ou não de auto-regressão.
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nível de significância de 2,5%, encontramos os seguintes pontos críticos para n=15 (menor valor
^
Exercício 1.8: A partir dos dados fornecidos nos exemplos anteriores, calcule o valor de y ,
considerando um lote de 450,00 m², para a transformação potencial.
Tabela de Cálculos
Valor
Área
Unitário Y X Operações
Evento (m²)
(R$/m²)
Yi Xi ln y ln x Yi 2 Xi2 (X i .Yi )
1 60,00 450,00 4,09434 6,10925 16,76366 37,32291 25,01336
2 52,00 500,00 3,95124 6,21461 15,61233 38,62135 24,55543
3 61,00 420,00 4,11087 6,04025 16,89928 36,48468 24,83073
4 48,00 580,00 3,87120 6,36303 14,98620 40,48813 24,63256
5 55,00 600,00 4,00733 6,39693 16,05872 40,92071 25,63463
6 52,00 680,00 3,95124 6,52209 15,61233 42,53769 25,77038
7 38,00 800,00 3,63759 6,68461 13,23203 44,68403 24,31585
8 42,00 720,00 3,73767 6,57925 13,97017 43,28655 24,59107
9 57,00 620,00 4,04305 6,42972 16,34626 41,34129 25,99569
10 63,00 300,00 4,14313 5,70378 17,16557 32,53313 23,63154
Somas 528,00 5.670,00 39,54768 63,04353 156,64655 398,22047 248,97123
Médias 52,80 567,00 3,95477 6,30435
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∑ (x i . Yi ) b 1 ∑ (x i 2 )
n n n
= a. ∑ x i +
i =1 i =1 i=1 248,97123 = 63,04353.a + 398,22047. b1
a= 6,824084453
b = (-) 0,4551325820
^
ln y = 6 ,824084453 − 0 , 455132582 . ln (450 , 00 ) = 4 , 043567
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Exercício 2.1
Sisreg (Figura 03) ou dê um duplo clique no ícone do TS-SISREG na área de trabalho (Figura 04):
Figura 04
Figura 03
Na seqüência a tela que se abrirá deverá ser semelhante a Figura 05, selecione o botão CANCELAR
Figura 05 Figura 06
5
direitos autorais da TECSYS Engenharia – Porto Alegre/RS – www.tecsysengenharia.com.br
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Na tela seguinte (semelhante a da Figura 07), na paleta Criação, proceda às ações indicadas abaixo:
Figura 07 Figura 08
1) Na caixa denominada Variável, adicione no campo Nome o texto Área do Terreno e clique no
botão Adicionar (a variável Área do terreno deverá aparecer na caixa Variáveis do Modelo - à
3) Na seqüência, dentro da caixa denominada Sobre o Modelo clique no campo Autor e escreva o
seu nome (este procedimento servirá para identificar o profissional que elaborou o modelo);
5) no campo Criação informe a data que preferir ou, por padrão, será inserida a data atual;
6) no campo Observações informe detalhes sobre o modelo, tais como o objetivo do modelo, a área
de abrangência, o nome do cliente, etc. (este procedimento será útil em consultas futuras para
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Após o correto preenchimento da paleta Criação, clique na paleta Definição das Variáveis e a tela
Área do Terreno.
padrão).
Unitário diminui à medida que aumenta a Área do Terreno (esta hipótese será testada pelo modelo
e caso não seja aceita o modelo indicará que a previsão original não se confirmou – veremos isto
mais adiante)
O campo Variável Dependente não deverá ser assinalado posto que este não é o caso da variável
No campo Aparência deverá ser assinalado o número de dígitos que se pretende para a variável
em estudo, no caso manteremos a opção padrão de 2 (duas) casas decimais. Quando se tratar de
variável que possa sofrer variações do tipo ln, 1/x ou qualquer outra que possa levar a números
muito pequenos, é recomendável aumentar o número de casas decimais para que os resultados
No campo Descrição, como o próprio nome indica, descreva a variável em destaque. No caso
específico da variável Área do terreno podemos identificar com sendo: variável quantitativa,
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Na seqüência, faça mesmo procedimento para a variável Valor Unitário, conforme Figura 10 e
instruções abaixo:
Unitário.
padrão).
(manteremos a opção padrão de 2 casas decimais). Quando for o caso de variável que possa sofrer
variações do tipo ln, 1/x ou qualquer outra que gere números muito pequenos, é recomendável
aumentar o número de casas decimais para que os resultados não sejam indicados como zero.
No campo Descrição, como o próprio nome indica, descreva a variável em destaque. No caso
específico da variável Valor Unitário podemos identificar com sendo: Variável quantitativa,
A paleta Informações Gerais, que não iremos detalhar aqui, permite a opção de inserção de senha
para proteção de acesso indevido ao modelo. O risco deste procedimento é esquecer a senha e não
conseguir mais acessar o modelo. Esta paleta também contém opções de escolha do tipo de
para cada um dos resultados obtidos. Em certos casos, para evitar que obtenhamos valores
“aparentemente” nulos, cabe reprogramar a precisão das variáveis, maior número de dígitos
depois da vírgula.
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Finalizado todo o processo de inclusão das variáveis e suas características clique no botão “OK”.
Definidas as variáveis que serão utilizadas no modelo, vamos agora inserir as informações
referentes aos elementos amostrais que serão utilizados para obtenção do modelo estatístico. Para
isto, caso a tela de Edição não se abra automaticamente, devemos acionar, no menu suspenso, a
Figura 11
A tela que se apresentará deverá ser semelhante à Figura 12 (Editar Dados) sendo que o cursor
estará posicionado na primeira célula no canto superior esquerdo da tabela que é a partir de onde
Observação: para cada informação inserida deverá ser acionada a tecla ENTER do teclado,
transferências de células executadas através da tecla TAB ou se pressionarmos a tecla ESC fará com
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Após a inserção dos campos e das informações relativas a cada um dos elementos amostrais o
Inseridas as informações, clicar sobre os botões e depois . A tela que aparecerá deve
ser semelhante à Figura 14 (caso não apareça, clicar no menu suspenso Modelo>Calcular) . Na tela
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Em nosso caso, mesmo que haja alguma opção assinalada, o cálculo não será afetado porque na
Método Simplificado: esta opção, se assinalada, fará com que o programa teste apenas algumas
processamento do computador utilizado seja pequena ou nos casos de modelos muito complexos
que exijam muito tempo de processamento (conjunto de elementos amostrais e variáveis elevados).
Mesmo assim, recomendamos que esta opção seja utilizada apenas nos procedimentos
intermediários de análise, mas, ao final, recomendamos utilizar a opção Geral, que é a forma de
cálculo utilizada quando a opção Método Simplificado não estiver acionada. Em nosso caso, como
iremos realizar cálculos sem transformação, esta opção não gera resultados práticos.
Seleção: esta caixa permite escolher se iremos obter os resultados na escada direta (Linear) ou na
escala transformada (Não Linear). Nos modelos nos quais houver transformações, existirá mais do
que uma equação possível, nestes casos o programa irá ordenar as equações pelo coeficiente de
determinação. A opção assinalada no campo seleção (Linear ou não linear) irá indicar ao
programa se este ordenamento irá ocorrer pelos coeficientes obtidos na escala linear
(transformada) ou na escala não linear (não transformada), visto que os valores poderão ser
diferentes face a alteração da grandeza original das variáveis em função das transformações
utilizadas.
Equações: esta caixa permite indicar o número máximo de equações que o sistema irá guardar,
Analisar consistência: se esta opção estiver ativada, o aplicativo TS-SISREG irá promover análise
dos valores de cada uma das variáveis e, se houver inconsistências (Ex.: correlação exata entre
variáveis; não atendimento do número mínimo de dados – micronumerosidade, etc.), o programa irá
A tela Opções de Cálculo> Rede Neural não é objeto do estudo deste curso.
A tela que deverá aparecer sobreposta sobre as demais deverá ser semelhante à Figura 15:
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Figura 15
Começaremos a análise desta tela a partir do canto superior esquerdo e, a partir dos resultados
obtidos, identificaremos os resultados que buscamos obter neste exercício bem como outras
1) Coluna Variável: nesta coluna estão indicadas todas as variáveis que compõem o modelo em
estudo. As variáveis desabilitadas não aparecerão nesta tela, apenas na tela principal.
ou seja, linearizações visando buscar a adequação dos pontos daquela variável a uma
distribuição mais próxima possível de uma reta. No nosso exemplo não há transformações,
parâmetro é fonte de cálculo para a significância do regressor. Dentre os valores obtidos para
as variáveis consideradas no modelo, a variável que possuir o maior T. Observado (em valor
absoluto) será aquela que terá o maior peso na formação do valor da variável dependente (y).
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0,12%, ou seja, abaixo de 1% e encontra-se, neste item, no maior grau previsto pela NBR-14.653
nos traz a idéia de algo que tem importância, contrariamente ao sentido da palavra
significância em estatística que, quanto maior, indica que é menor a probabilidade de que esta
5) Campo Variáveis, coluna Total: esta coluna indica o número total de variáveis inseridas no
6) Campo Variáveis, coluna Consideradas: esta coluna indica o total de variáveis considerando
apenas as que foram efetivamente utilizadas no modelo para realização dos cálculos. No nosso
exemplo, como não foi excluída nenhuma variável, os valores são iguais, ou seja, 2.
7) Campo Dados, colunas Total e Considerados: situação semelhante a que ocorre com as
variáveis (vide itens 5 e 6). No exemplo considerado, como não foi excluído nenhum dado, os
porque é necessário considerar a perda do número de graus de liberdade para se fazer esta
comparação.
10) Campo Desvio padrão: no campo relativo ao desvio padrão se obtém o valor de 4,33.
11) Campo Normalidade dos resíduos: este campo indica a distribuição dos resíduos e deve ser
igual, ou pelo menos próxima, da distribuição normal que é um gráfico obtido pelos
resultados dos quocientes entre os resíduos de cada elemento e o desvio-padrão do modelo.
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exemplo didático que estamos utilizando, pelo pequeno número de elementos utilizados (10
elementos), este resultado fica comprometido. A tendência é que, modelos com maior número
de elementos tenham melhor aderência a distribuição de ( e i s ) mais próximo da curva
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15) Campo Cálculo: neste campo estão informações sobre o tipo de cálculo efetuado. A
informação de que o tipo de cálculo é Geral, significa que não foi utilizada a opção método
nosso exemplo, como efetuamos escolha dirigida para cálculo direto – sem transformações –
esta questão não faz diferença uma vez que só há uma equação possível). A informação de que
o critério foi linear indica que os resultados apresentados consideram a equação em seu
modelo linear. Caso tivéssemos optado pela opção Não linear os resultados apresentados
16) Campo Equação: indica, dentre as várias equações possíveis, a equação que foi utilizada
Para análise dos resíduos, devemos clicar sobre o botão ou, através do menu suspenso, clicar
Figura 19
A tela que surgir deverá ser semelhante a da Figura 20 (vide próxima página)
Observações:
a) para que os dados sejam numerados no gráfico, é necessário clicar sobre o campo à esquerda
b) ao clicar sobre qualquer uma das colunas podemos ordená-las em ordem crescente ou
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Figura 20
Na primeira coluna, identificada como Valor Observado, que são os valores coletados em campo.
Na segunda coluna (Valor Calculado) temos as projeções de valores, para cada um dos elementos
amostrais calculados através da equação de regressão, utilizando-se todas as características
inerentes a cada um dos elementos (no caso em questão, apenas a variável Área Total, em função
de que é uma regressão simples).
Na terceira coluna (Resíduo), temos a diferença, em valor absoluto, entre a primeira coluna e a
segunda. Enquanto que, na quarta coluna (Resíduo Relativo) temos o resultado percentual desta
diferença. Esta última informação é mais consistente por considerar a proporção do resíduo em
relação ao seu valor original.
Na quinta coluna (Resíduo sobre DP) temos o resultado que indica a quantos desvios padrão está
distante o valor coletado da reta de regressão. Valores superiores a 2 serão considerados outliers
ou pontos errantes (nem sempre estes pontos devem ser eliminados, pois a própria distribuição
normal prevê um percentual de 5% para estas ocorrências).
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Se observarmos a Figura 20, veremos que a coluna Resíduo sobre DP está em ordem crescente de
valores. Desta forma, podemos observar que no intervalo [-1;+ 1] temos oito de dez elementos, ou
seja, 80% dos dados. Além disso, podemos também verificar que os outros dois elementos estão no
intervalo de [-1,64;+1,64], totalizando 100% dos dados já no segundo intervalo, e por conseguinte,
também no intervalo [-1,96;+1,96]. Estas informações conferem com a tela apresentada na Figura
15, no campo Normalidade dos Resíduos.
Pela análise gráfica dos resíduos, em que pese a pouca quantidade de elementos, há indicativo de
que os erros são aleatórios e que não existe auto-regressão. Esta informação é corroborada pelos
resultados da estatística de Durbin-Watson (vide figura 15) de 95% de confiança da não existência
de auto-regressão.
A Figura 21 traz o campo que indica qual análise de resíduos está sendo efetuada (no caso a
variável Valor Unitário - dependente). A análise pode ser estendida às demais variáveis
independentes, basta clicar sobre o combo no campo Variável (parte central do quadro) e escolher
qual variável queremos analisar (vide figura 21):
Figura 21
Um gráfico cuja análise também é importante é o gráfico de Aderência, para acessá-lo podemos
clicar o botão apropriado (Figura 22) ou acessar através do menu suspenso, conforme Figura 23:
Figura 22
Figura 23
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O quadro a ser exibido será semelhante ao da Figura 24. Neste gráfico podemos observar, através
do gráfico localizado à direita, o grau de ajustamento dos pontos coletados. Considerando que os
pontos são marcados na intersecção dos valores projetados com os valores observados no
mercado, se tivéssemos um ajuste perfeito, onde o valor coletado fosse igual ao valor projetado,
teríamos uma reta com ângulo de inclinação de 45 que é representada pela linha verde do gráfico.
Pontos muito distantes da reta podem configurar elementos amostrais com algum tipo de
Figura 24
Outra tela interessante para é a que indica os Testes de Hipóteses que podemos acessar através do
Figura 25
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Na tela seguinte (vide Figura 26) podemos avaliar se a hipótese inicial foi validada. Se tivéssemos
Unitário seria “positivo” em relação ao aumento da variável Área total (quanto maior a área,
maior o valor unitário); o índice de crescimento indicado na quinta coluna estaria destacado em
vermelho (como na Figura), indicando que a hipótese não foi aceita e que o comportamento é
Destaque em vermelho:
significa que a hipótese
inicial não foi aceita
Figura 26
Projeção de valores
Uma vez feitas todas as análises e escolhida a equação que foi considerada mais apropriada, deve-
se clicar sobre o botão Aplicar para que a equação seja efetivamente considerada e os seus cálculos
Para simularmos o valor do lote com área de 450 m², devemos clicar sobre o botão projetar valores
Figura 16
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A tela que deverá aparecer será semelhante à tela que consta da Figura 17. Na coluna valor, da
linha correspondente à variável Área do Terreno deverá ser inserido o valor de 450,00 (área do
Figura 17
Neste momento os cálculos dos valores de projeção serão realizados (vide Figura 18): valor médio,
mínimo e máximo tanto do intervalo de confiança, quanto de predição e campo de arbítrio. Cabe
destacara que o intervalo de predição foi inserido quando da revisão da NBR 14.653, parte 2, em
março de 2011.
que se destacar que o intervalo de confiança é construído para um parâmetro que é constante,
enquanto para o intervalo de predição o mesmo é construído para uma variável aleatória o que,
considerando que uma variável aleatória obviamente apresenta amplitude de variação maior do
que um parâmetro constante, nos leva a esperar um intervalo de predição que seja maior do que o
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Segundo a NBR 14.653, parte 2 (março/2011), o “intervalo de confiança será utilizado se o objetivo for
estimar o valor de mercado. Se o objetivo for estimar preços, utiliza-se o intervalo de predição”.
Além dos valores, serão mostrados também um gráfico com a variação dos valores unitários em
relação à variação da Área Total e uma tabela com a projeção calculada destacada em vermelho.
Figura 18
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^
Exercício 3.1: A partir dos dados fornecidos abaixo, calcule o valor de y , considerando um lote de
i =1 i =1 i =1 i =1 i =1 i =1 i =1 i =1
Preço Área
Área Operações
Evento Unitário Edificável
2 2
yi x1i x2 i x1i. y x1i x1i .x 2 i x2 i. y x 2i yi
2
Somas 528,00 5.670,00 12.408,00 289.700,00 3.420.500,00 7.344.960,00 645.116,00 16.272.544,00 28.484,00
Médias 52,80 567,00 1.240,80 28.970,00 342.050,00 734.496,00 64.511,60 1.627.254,40 2.848,40
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A partir do que podemos concluir a equação de regressão (vide equação 61) de onde
^
poderemos estimar o valor da variável dependente, y (valor unitário), para cada valor de “X1” e
“X2” .
^
y = 75,19843 − 0,06373 . x 1 i + 0,01107 . x 2 i
^
Assim, podemos calcular a estimativa y para o imóvel avaliando, bastando substituir
os valores de “X1” e “X2” na equação de regressão acima pelos respectivos valores da área do
terreno avaliando (450,00 m²) e da área máxima que se pode construir sobre o mesmo (950,00 m²).
^
y = 75,19843 − 0,06373 . 450,00 + 0,01107 . 950,00 = R $ 57 , 04
Preço Área
Área Operações
Unitário Edificável
Evento 2 2
y x1 x2
^ ^ −
y − y
−
y^ − y− y − y−
y y− y
1 60,00 450,00 1.080,00 58,48 5,68 7,20 32,22 51,84
2 52,00 500,00 1.200,00 56,62 3,82 -0,80 14,58 0,64
3 61,00 420,00 1.040,00 59,95 7,15 8,20 51,06 67,24
4 48,00 580,00 1.160,00 51,08 -1,72 -4,80 2,97 23,04
5 55,00 600,00 1.200,00 50,25 -2,55 2,20 6,53 4,84
6 52,00 680,00 1.360,00 46,92 -5,88 -0,80 34,60 0,64
7 38,00 800,00 1.600,00 41,93 -10,87 -14,80 118,22 219,04
8 42,00 720,00 1.188,00 42,46 -10,34 -10,80 106,83 116,64
9 57,00 620,00 1.860,00 56,28 3,48 4,20 12,10 17,64
10 63,00 300,00 720,00 64,05 11,25 10,20 126,57 104,04
Somas 528,00 5.670,00 12.408,00 505,67 605,60
− − −
y x1 x2
Médias
52,80 567,00 1.240,80
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n ^ − 2
∑ yi − y
variação explicada de y i = 1 505 , 67
r2 = = = = 0,83499
variação total de y n −
2 605 , 60
∑ yi − y
i = 1
^
O coeficiente de determinação calculado significa que 83,50% do valor estimado y é
explicado pelo modelo de regressão utilizado, restando 16,50% atribuídos a perturbações aleatórias
− 2
n ^
∑ yi − y
i = 1 505 , 67
r = r2 = = = 0,9137779
n −
2 605 , 60
∑ yi − y
i = 1
Exercício 3.3: calcule o desvio padrão do modelo com base nos resultados dos exercícios anteriores
n ^ 2 n − 2 n ^ − 2
Da equação 41 temos que ∑ y i − y i = ∑ y i − y − ∑ y i − y o que
i = 1 i = 1 i = 1
n ^ 2
∑ yi − yi
i = 1 99 , 93
se = = = 3 , 7783
(n − p) ( 10 − 3 )
101
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Exercício 3.4: Calcule, a partir das informações obtidas nos exemplos anteriores, a significância dos
Preço Área
Área Variável x1 Variável x2
Unitário Edificável
Evento x 1 − x−1 . x 2 − x−2
− 2 − 2
y x1 x2 x1 − x1 x 1 − x−1
x2 − x2 x 2 − x−2
1 60,00 450,00 1.080,00 -117,00 13.689,00 -160,80 25.856,64 18.813,60
2 52,00 500,00 1.200,00 -67,00 4.489,00 -40,80 1.664,64 2.733,60
3 61,00 420,00 1.040,00 -147,00 21.609,00 -200,80 40.320,64 29.517,60
4 48,00 580,00 1.160,00 13,00 169,00 -80,80 6.528,64 -1.050,40
5 55,00 600,00 1.200,00 33,00 1.089,00 -40,80 1.664,64 -1.346,40
6 52,00 680,00 1.360,00 113,00 12.769,00 119,20 14.208,64 13.469,60
7 38,00 800,00 1.600,00 233,00 54.289,00 359,20 129.024,64 83.693,60
8 42,00 720,00 1.188,00 153,00 23.409,00 -52,80 2.787,84 -8.078,40
9 57,00 620,00 1.860,00 53,00 2.809,00 619,20 383.408,64 32.817,60
10 63,00 300,00 720,00 -267,00 71.289,00 -520,80 271.232,64 139.053,60
Somas 528,00 5.670,00 12.408,00 0,00 205.610,00 0,00 876.697,60 309.624,00
− − −
y x1 x2
Médias
52,80 567,00 1.240,80
s ( b 1 ) = 3 , 7783.
1
= 0 , 012177941
309.624 , 00 2
205.610 , 00 −
876.697 , 60
s (b1 ) = 3,7783.
1
= 0,005897542
309.624,00 2
876.697,60 −
205.610,00
(valores tabelados de t de Student) na coluna n-3 (10-3) graus de liberdade (√) verificamos que:
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- considerando que o valor do tcalculado(5,23) para regressor área (x1) está muito próximo
do valor tabelado de t 0 ,9995 (5,408), o que permite concluir que a significância deste regressor é de
aproximadamente 0,1%;
- considerando que o valor do tcalculado(1,88) para regressor área edificável (x2) está
muito próximo do valor tabelado de t 0 ,95 (1,895), é possível concluir que a significância deste
Exercício 3.5: Calcule, a partir dos dados obtidos nos exercícios anteriores, a significância do
modelo ajustado.
n ^ − 2
∑ yi − y
i = 1 (n − 3) 505 , 67 7
Fc = 2
. = . = 17 , 7108
n ^ 2 99 , 93 2
∑ yi − yi
i = 1
Para rejeitar a hipótese nula de não haver regressão do modelo ao nível de significância
significância menor que 1% o que equivale dizer que a hipótese nula de não haver regressão foi
103
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Exercício 3.6: a partir dos dados fornecidos e resultados obtidos nos exercícios anteriores, calcule o
intervalo de confiança ao nível de 80% de confiança, considerando um lote de 450,00 m² com área
^ ^
y − t ( 1 − α / 2 ; n − k − 1 ) . s ^ < INTERVALO < y + t ( 1 − α / 2 ; n − k − 1 ) . s ^
y y
Onde:
M = d. (x , .x ) −1 . d . Vres
Sendo que:
A B C
Matriz “A”:
d = 1 ( 450 − 567 ) ( 950 − 1.240 , 80 ) ou d = 1 ( − 117 ) ( − 290 , 80 )
Matriz “B”:
1 0 0
10 1 0 0
10
−1 876.697 , 60 309.624 , 00
x , .x = 0 − = 0 1 , 038854815 − 5 − 3 , 668931947 − 6
− 10 − 10
8 , 9341 8 , 9341 0 − 3 , 668931947 − 6 2 , 436403824 − 6
309.624 , 00 205.610 , 00
0 − − 10
− 10
8 , 9341 8 , 9341
Matriz “C”:
n ^ 2
14 , 27571429
∑ yi − yi
i = 1 99 , 93
d . Vres = ( 450 − 567 ) .14 , 27571429 Onde: Vres = = = 14 , 27571429
( 950 − 1.240 , 8 ) .14 , 27571429 (n − p) 7
Assim:
14 , 27571429
d . Vres = − 1.670 , 258572
− 4.151 , 377716
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Matriz “A”:
d = A 11 A 12 A 13
Matriz “B”:
B 11 B 12 B 13
−1
x , .x = B 21 B 22 B 23
B 31 B 32 B 33
Matriz “C”:
C 11
d . Vres = C 21
C 31
M = [(A 11 . B 11 ] [(A 11 . B 12
+ A 12 . B 21 + A 13 . B 31 ). C 11 + + A 12 . B 22 + A 13 . B 32 ). C 21 + ]
[(A 11 . B 13 + A 12 . B 23 + A 13 . B 33 ). C 31 ]
s = M = 2 , 834898494 = 1 , 683715681
^
y
^
Uma vez conhecido o valor s y , podemos obter o valor de t ( 0 , 90 ; 7 ) na tabela 1 do
APENDICE (Distribuição “t” de Student) que se refere ao nível de significância de 20% com 7 (n-k-
Assim, podemos concluir que há uma probabilidade de 80% de que o valor de mercado
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^
Exercício 4.1: A partir dos dados fornecidos abaixo, calcule o valor de y , considerando um lote de
450,00 m², com possibilidade de construir uma área de 950,00 m² (sem transformação de variáveis).
Este exercício é uma seqüência do exercício anterior onde foi incluída mais uma variável (Área
Edificável), com este exercício aprenderemos como incluir informações no TS-SISREG importando
diretamente de uma planilha EXCEL (um dos aplicativos muito utilizados para armazenamento de
conforme Figura 27. O quadro que se abrirá deverá ser semelhante ao da Figura 28:
Figura 28
Figura 27
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clicarmos sobre este botão seremos direcionados a um ambiente do Windows Explorer onde
Uma vez selecionado o arquivo EXCEL (no caso específico o arquivo Exercicio 4.1.xls) teremos
Note que os campos destacados no quadro vermelho acima estão sem as informações de
Figura 29
importação dos dados. Para importação, iremos preencher os campos com os valores da Figura 30:
Após o preenchimento dos campos, pressionaremos o botão de comando Importar que se localiza
Figura 30
na parte superior direita do quadro e teremos aberto o quadro Propriedades do modelo, cujo
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construir uma área de 950,00 m² (sem transformação de variáveis), temos que efetuar o cálculo da
equação de regressão, conforme já exemplificado no Exercício 2.1. Para isto devemos acionar a
Figura 32.
Figura 32
A tela que irá aparecer será semelhante à Figura 33, abaixo, que é semelhante a que já vimos no
exercício 2.1, apenas que, agora, há mais uma variável (Área Edificável). Lembrando que iremos
considerar apenas a equação de regressão em escala direta, ou seja, sem transformações. Par isto é
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Figura 33
Figura 34
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As análises que deverão ser efetuadas seguem o mesmo padrão da análise que efetuamos no
exercício 2.1, mas podemos, aqui, realizar alguns comentários adicionais, quais sejam:
b) uma análise que não foi efetuada no exercício 2.1 refere-se ao sinal dos coeficientes de
T.Observado. Estes sinais auxiliam na identificação do crescimento da variável dependente
em função do crescimento das variáveis independentes. No caso da variável Área temos que o
valor da estatística T.Observado é de -5,23, o sinal negativo indica que a taxa de crescimento
da variável independente Preço Unitário é inversamente proporcional ao crescimento da
variável Área, ou ainda, quanto maior o valor da área menor será o valor unitário do terreno.
Isto não quer dizer que terrenos maiores valem menos do que terrenos menores, uma vez que,
mesmo com a diminuição do valor unitário, o terreno maior será mais caro em função de sua
área maior. O que isto quer dizer é que o valor unitário tem uma tendência de queda quanto
maior for o valor do terreno que estiver sendo vendido. Já no caso da variável Área
Edificável, temos que o valor da estatística T. Observado é de +1,88, o sinal positivo indica
que, quanto maior puder ser o aproveitamento do terreno, maior valor ele terá que é uma
tendência esperada porque, ao permitir uma maior área de construção, estes terrenos tornam-
se mais atraentes que os demais.
c) no que diz respeito ao coeficiente de Durbin Watson, ainda temos um percentual de 90% de
confiança, mas houve uma pequena redução no nível de 95% que tínhamos anteriormente;
d) quanto à normalidade dos resíduos a concentração de dados no intervalo [-1;+1] ficou menor
(6 dados em 10), portanto, 2 dados migraram para os demais intervalos. Considerando que é
um exemplo didático e com poucos elementos amostrais, não havia que se esperar resultados
melhores que este. A tendência é que em modelos com maior número de elementos, a
conformação seja mais próxima da curva normal;
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O próximo passo é adotarmos a equação de regressão calculada pelo programa acionando o botão
Aplicar e, para projetarmos o valor, acionarmos a opção Modelo>Projetar, procedimento que já
efetuamos anteriormente no exercício 2.1. O resultado deverá ser semelhante à figura 35:
Figura 34
É possível avaliar também o gráfico e resultados de projeção a partir da variável Área Edificável.
Para isto, basta selecionar esta variável no campo Variável do quadro acima.
Verificar também que os resultados apresentados conferem com o exercício 3.1, cujos cálculos
foram processados manualmente.
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APÊNDICES
112
APÊNDICES TABELA 1 – (Distribuição “t” de Student)
Distribuição ‘t’ de Student
α – Nível de significância
t 0 ,9995 t 0 ,999 t 0 ,995 t 0 ,99 t 0 ,975 t 0 ,95 t 0 ,90 t 0 ,80 t 0 ,75 t 0 ,70 t 0 ,60 t 0 ,55
N.C 99,9% 99,8% 99% 98% 95% 90% 80% 60% 50% 40% 20% 10%
α 0,1% 0,2% 1% 2% 5% 10% 20% 40% 50% 60% 80% 90%
√
1 636,619 318,310 63,657 31,821 12,706 6,314 3,078 1,376 1,000 0,727 0,325 0,158
2 31,598 22,326 9,925 6,965 4,303 2,920 1,886 1,061 0,816 0,617 0,289 0,142
3 12,924 10,213 5,841 4,541 3,186 2,353 1,638 0,978 0,765 0,584 0,277 0,137
4 8,610 7,173 4,604 3,747 2,776 2,132 1,533 0,941 0,741 0,569 0,271 0,134
5 6,869 5,893 4,032 3,365 2,571 2,015 1,476 0,920 0,727 0,559 0,267 0,132
6 5,959 5,208 3,707 3,143 2,447 1,943 1,440 0,906 0,718 0,553 0,265 0,131
7 5,408 4,785 3,499 2,998 2,365 1,895 1,415 0,896 0,711 0,549 0,263 0,130
8 5,041 4,501 3,355 2,896 2,306 1,860 1,397 0,889 0,706 0,546 0,262 0,130
9 4,781 4,297 3,250 2,821 2,262 1,833 1,383 0,883 0,703 0,543 0,261 0,129
10 4,587 4,144 3,169 2,764 2,228 1,812 1,372 0,879 0,700 0,542 0,260 0,129
11 4,437 4,025 3,106 2,718 2,201 1,796 1,363 0,876 0,697 0,540 0,260 0,129
12 4,318 3,930 3,055 2,681 2,179 1,782 1,356 0,873 0,695 0,539 0,259 0,128
13 4,221 3,852 3,012 2,650 2,160 1,771 1,350 0,870 0,694 0,538 0,259 0,128
14 3,140 3,787 2,977 2,624 2,141 1,761 1,345 0,868 0,692 0,537 0,258 0,128
15 4,073 3,733 2,947 2,602 2,131 1,753 1,341 0,866 0,691 0,536 0,258 0,128
16 4,015 3,686 2,921 2,583 2,120 1,746 1,337 0,865 0,690 0,535 0,258 0,128
17 3,965 3,646 2,898 2,567 2,110 1,740 1,333 0,863 0,689 0,534 0,257 0,128
18 3,922 3,610 2,878 2,552 2,101 1,734 1,330 0,862 0,688 0,534 0,257 0,127
19 3,883 3,579 2,861 2,539 2,093 1,729 1,328 0,861 0,688 0,533 0,257 0,127
20 3,850 3,552 2,845 2,528 2,086 1,725 1,325 0,860 0,687 0,533 0,257 0,127
21 3,819 3,257 2,831 2,518 2,080 1,721 1,323 0,859 0,686 0,532 0,257 0,127
22 3,792 3,505 2,819 2,508 2,074 1,717 1,321 0,858 0,686 0,532 0,256 0,127
23 3,767 3,485 2,807 2,500 2,069 1,714 1,319 0,858 0,685 0,532 0,256 0,127
24 3,745 3,467 2,797 2,492 2,064 1,711 1,318 0,857 0,685 0,531 0,256 0,127
25 3,725 3,450 2,787 2,485 2,060 1,708 1,316 0,856 0,684 0,531 0,256 0,127
26 3,707 3,435 2,779 2,479 2,056 1,706 1,316 0,856 0,684 0,531 0,256 0,127
27 3,690 3,421 2,771 2,473 2,052 1,703 1,314 0,855 0,684 0,531 0,256 0,127
28 3,674 3,408 2,763 2,467 2,048 1,701 1,313 0,855 0,683 0,530 0,256 0,127
29 3,659 3,396 2,756 2,462 2,045 1,699 1,311 0,854 0,683 0,530 0,256 0,127
30 3,646 3,385 2,750 2,457 2,042 1,697 1,310 0,854 0,683 0,530 0,256 0,127
40 3,551 3,307 2,678 2,403 2,009 1,676 1,299 0,851 0,681 0,529 0,255 0,126
60 3,460 2,232 2,639 2,374 1,990 1,664 1,292 0,848 0,679 0,527 0,254 0,126
120 3,373 3,160 2,618 2,351 1,98 1,657 1,289 0,845 0,677 0,526 0,234 0,126
∞ 3,291 3,090 2,576 2,326 1,96 1,645 1,282 0,8452 0,674 0,524 0,233 0,126
113
TABELA 2 – (Pontos críticos da distribuição de Snedecor, tabelados por Fischer)
APÊNDICES Nível de significância de 5% - [F0,05; √1; √2]
9 5,12 4,26 3,86 3,63 3,48 3,37 3,29 3,23 3,18 3,14 3,07 3,01 2,94 2,90 2,86 2,83 2,79 2,75 2,71
10 4,96 4,10 3,71 3,48 3,33 3,22 3,14 3,07 3,02 2,98 2,91 2,85 2,77 2,74 2,70 2,66 2,62 2,58 2,54
11 4,84 3,98 3,59 3,36 3,20 3,09 3,01 2,95 2,90 2,85 2,79 2,72 2,65 2,61 2,57 2,53 2,49 2,45 2,40
12 4,75 3,89 3,49 3,26 3,11 3,00 2,91 2,85 2,80 2,75 2,69 2,62 2,54 2,51 2,47 2,43 2,38 2,34 2,30
13 4,67 3,81 3,41 3,18 3,03 2,92 2,83 2,77 2,71 2,67 2,60 2,53 2,46 2,42 2,38 2,34 2,30 2,25 2,21
14 4,60 3,74 3,34 3,11 2,96 2,85 2,76 2,70 2,65 2,60 2,53 2,46 2,39 2,35 2,31 2,27 2,22 2,18 2,13
15 4,54 3,68 3,29 3,06 2,90 2,79 2,71 2,64 2,59 2,54 2,48 2,40 2,33 2,29 2,25 2,20 2,16 2,11 2,07
16 4,49 3,63 3,24 3,01 2,85 2,74 2,66 2,59 2,54 2,49 2,42 3,35 2,28 2,24 2,19 2,15 2,11 2,06 2,01
17 4,45 3,59 3,20 2,96 2,81 2,70 2,61 2,55 2,49 2,45 2,38 2,31 2,23 2,19 2,15 2,10 2,06 2,01 1,96
18 4,41 3,55 3,16 2,93 2,77 2,66 2,58 2,51 2,46 2,41 2,34 2,27 2,19 2,15 2,11 2,06 2,02 1,97 1,92
19 4,38 3,52 3,13 2,90 2,74 2,63 2,54 2,48 2,42 2,38 2,31 2,23 2,16 2,11 2,07 2,03 1,98 1,93 1,88
20 4,35 3,49 3,10 2,87 2,71 2,60 2,51 2,45 2,39 2,35 2,28 2,20 2,12 2,08 2,04 1,99 1,95 1,90 1,84
21 4,32 3,47 3,07 2,84 2,68 2,57 2,49 2,42 2,37 2,32 2,25 2,18 2,10 2,05 2,01 1,96 1,92 1,87 1,81
22 4,30 3,44 3,05 2,82 2,66 2,55 2,46 2,40 2,34 2,30 2,23 2,15 2,07 2,03 1,98 1,94 1,89 1,84 1,78
23 4,28 3,42 3,03 2,80 2,64 2,53 2,44 2,37 2,32 2,27 2,20 2,13 2,05 2,01 1,96 1,91 1,86 1,81 1,76
24 4,26 3,40 3,01 2,78 2,62 2,51 2,42 2,36 2,30 2,25 2,18 2,11 2,03 1,98 1,94 1,89 1,84 1,79 1,73
25 4,24 3,39 2,99 2,76 2,60 2,49 2,40 2,34 2,28 2,24 2,16 2,09 2,01 1,96 1,92 1,87 1,82 1,77 1,71
30 4,17 3,32 2,92 2,69 2,53 2,42 2,33 2,27 2,21 2,16 2,09 2,01 1,93 1,89 1,84 1,79 1,74 1,68 1,62
40 4,08 2,23 2,84 2,61 2,45 2,34 2,25 2,18 2,12 2,08 2,00 1,92 1,84 1,79 1,74 1,69 1,64 1,58 1,51
60 4,00 3,15 2,79 2,53 2,37 2,25 2,17 2,10 2,04 1,99 1,92 1,84 1,75 1,70 1,65 1,59 1,53 1,47 1,39
120 3,92 3,07 2,68 2,45 2,29 2,18 2,09 2,02 1,96 1,91 1,83 1,75 1,66 1,61 1,55 1,50 1,43 1,35 1,25
∞ 3,84 3,00 2,60 2,37 2,21 2,10 2,01 1,94 1,88 1,83 1,75 1,67 1,57 1,52 1,46 1,39 1,32 1,22 1,00
114
TABELA 3 – (Pontos críticos da distribuição de Snedecor, tabelados por Fischer)
APÊNDICES Nível de significância de 1% - [F0,01; √1; √2]
9 10,6 8,02 6,99 6,42 6,06 5,80 5,61 5,47 5,35 5,26 5,11 4,96 4,81 4,73 4,65 4,57 4,48 4,40 4,31
10 10,0 7,56 6,55 5,99 5,64 5,39 5,20 5,06 4,94 4,85 4,71 4,56 4,41 4,33 4,25 4,17 4,08 4,00 3,91
11 9,65 7,21 6,22 5,67 5,32 5,07 4,89 4,74 4,63 4,54 4,40 4,25 4,10 4,02 3,94 3,86 3,78 3,69 3,60
12 9,33 6,93 5,95 5,41 5,06 4,82 4,64 4,50 4,39 4,30 4,16 4,01 3,86 3,78 3,70 3,62 3,54 3,45 3,36
13 9,07 6,70 5,74 5,21 4,86 4,62 4,44 4,30 4,19 4,10 3,96 3,82 3,66 3,59 3,51 3,43 3,34 3,25 3,17
14 8,86 6,51 5,56 5,04 4,70 4,46 4,28 4,14 4,03 3,94 3,80 3,66 3,51 3,43 3,35 3,27 3,18 3,09 3,00
15 8,68 6,36 5,42 4,89 4,56 4,32 4,14 4,00 3,89 3,80 3,67 3,52 3,37 3,29 3,21 3,13 3,05 2,96 2,87
16 8,53 6,23 5,29 4,77 4,44 4,20 4,03 3,89 3,78 3,69 3,55 3,41 3,26 3,18 3,10 3,02 2,93 2,84 2,75
17 8,40 6,11 5,19 4,67 4,34 4,10 3,93 3,79 3,68 3,59 3,46 3,31 3,16 3,08 3,00 2,92 2,83 2,75 2,65
18 8,29 6,01 5,09 4,58 4,25 4,01 3,84 3,71 3,60 3,51 3,37 3,23 3,08 3,00 2,92 2,84 2,75 2,66 2,57
19 8,19 5,93 5,01 4,50 4,17 3,94 3,77 3,63 3,52 3,43 3,30 3,15 3,00 2,92 2,84 2,76 2,67 2,58 2,49
20 8,10 5,85 4,94 4,43 4,10 3,87 3,70 3,56 3,46 3,37 2,23 3,09 2,94 2,86 2,78 2,69 2,61 2,52 2,42
21 8,02 5,78 4,87 4,37 4,04 3,81 3,64 3,51 3,40 3,31 3,17 3,03 2,88 2,80 2,72 2,64 2,55 2,46 2,36
22 7,95 5,72 4,82 4,31 3,99 3,76 3,59 3,45 3,35 3,26 3,12 2,98 2,83 2,75 2,67 2,58 2,50 2,40 2,31
23 7,88 5,66 4,76 4,26 3,94 3,71 3,54 3,41 3,30 3,21 3,07 2,93 2,78 2,70 2,62 2,54 2,45 2,35 2,26
24 7,82 5,61 4,72 4,22 3,90 3,67 3,50 3,36 3,26 3,17 3,03 2,89 2,74 2,66 2,58 2,49 2,40 2,31 2,21
25 7,77 5,57 4,68 4,18 3,86 3,63 3,46 3,32 3,22 3,13 2,99 2,85 2,70 2,62 2,53 2,45 2,36 2,27 2,17
30 7,56 5,39 4,51 4,02 3,70 3,47 3,30 3,17 3,07 2,98 2,84 2,70 2,55 2,47 2,39 2,30 2,21 2,11 2,01
40 7,31 5,18 4,31 3,83 3,51 3,29 3,12 2,99 2,89 2,80 2,66 2,52 2,37 2,29 2,20 2,11 2,02 1,92 1,80
60 7,08 4,98 4,13 3,65 3,34 3,12 2,95 2,82 2,72 2,63 2,50 2,35 2,20 2,12 2,03 1,94 1,84 1,73 1,60
120 6,85 4,79 3,95 3,48 3,17 2,96 2,79 2,66 2,56 2,47 2,34 2,19 2,03 1,95 1,86 1,76 1,66 1,53 1,38
∞ 6,63 4,61 3,78 3,32 3,02 2,80 2,64 2,51 2,41 2,32 2,18 2,04 1,88 1,79 1,70 1,59 1,47 1,32 1,00
115
TABELA 4 – Pontos de Significância de DL e DU - 5%
APÊNDICES DURBIN-WATSON
116
TABELA 5 – Pontos de Significância de d L e dU - 1 %
APÊNDICES
DURBIN-WATSON
117
Engenharia de Avaliações por Inferência Estatística
APLICADA À AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS URBANOS REFERÊNCIAS
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118