Aula Eletroerosao

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FEPI

Seu amigo pediu sua ajuda porque não sabe qual o


melhor processo para fabricar esta medalha.
Na sua opinião qual dos processos de usinagem que
você conhece é o mais adequado

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PROCESSO DE USINAGEM
POR
ELETROEROSÃO
Electrical Discharge Machining
EDM

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ELETROEROSÃO
Por
Penetração

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O processo de eletroerosão iniciou no século XVIII
para a obtenção de pó metálico mediante descargas
elétricas. Mas era pouco utilizado.

Durante a segunda guerra mundial , a necessidade de


acelerar a produção industrial e a escassez da mão de
obra, impulsionaram a pesquisa de novas tecnologias,
visando tornar possível o aumento da produção com um
mínimo de desperdício.
Esse esforço marcou o início, entre outras realizações,
da era da eletroerosão
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Este processo teve início por volta dos anos 30 num
laboratório na Rússia.

As primeiras máquinas de utilização industrial sugiram em


1953.

Desenvolveu-se então a tecnologia da eletroerosão por


penetração.
Em 1967, aparece uma segunda aplicação desta tecnologia:
a eletroerosão a fio também descoberta na Rússia.

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O processo de eletroerosão é um processo não
tradicional de usinagem que vem ganhando espaço
ultimamente.

Por que ?
Pense nos novos materiais que tem surgidos:
-os carbonetos metálicos
Materiais
-as superligas;
-os cerâmicos duros
Dificuldades
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de usinagem
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Imagina a dificuldade que teria para usinar a peça abaixo
usando os processos convencionais de usinagen

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Além disso, os processos tradicionais de usinagem geram:
-Calor e Tensões na superfície usinada;
-Enormes cavacos;
-Mudança estruturais.

É práticamente impossível usinar uma peça tradicionalmente


sem gerar distorções ou alterações microestruturais

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Já na usinagem por eletroerosão a peça fica submersa
em um líquido e portanto há dissipação rápida de calor.

Na eletroerosão não há força de corte pois, não há


contato entre a ferramenta e a peça.
Por isso não se formam as tensões comuns dos processos
convencionais de usinagem.

Também na eletroerosão é possível um controle rigoroso da


ação da ferramenta sobre a peça, graças a um servo
mecanismo que reage rapidamente às pequenas variações
de intensidade de corrente.
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Tudo isso torna a eletroerosão um processo adequado para
atender as exigências atuais de qualidade e produtividade,
com grande aplicação na confecção de:
-Matrizes para estampos de corte;
-Moldes de injeção;
-Forjaria etc.

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Mas então FEPI
O QUE É ELETROEROSÃO ?

É um processo de usinagem não convencional complexo em


grande parte não visível. Portanto para entender este
processo, terá que por sua imaginação para funcionar.

Para que a eletroerosão ocorra, é necessário que os materiais


envolvidos (ferramenta e peça) sejam bons condutores de
Eletricidade como o cobre ou o grafite.

A ferramenta que produz a erosão é um eletrodo


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Usinagem por eletroerosão
(EDM)

Conhecendo a maquina de eletroerosão

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Usinagem por eletroerosão
(EDM)

Painel de comando e gerador – e o cerebro da


maquina, onde sao determinados os
parametros de usinagem

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Usinagem por eletroerosão
(EDM)

Cabecote – e o local onde fica fixado o eletrodo.


Ele fica preso a coluna da maquina e tem
movimentacao vertical

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Usinagem por eletroerosão
(EDM)

Tanque de usinagem – e o recipiente onde


peca e eletrodo permanecem submersos
durante o processo de eletroerosão

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Usinagem por eletroerosão
(EDM)

Mesa de usinagem – e o local onde a peca e


apoiada. Apresenta movimento transversal
e longitudinal.

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Usinagem por eletroerosão
(EDM)

Reservatorio do dieletrico e sistema de

filtragem – e o reservatorio onde se

armazena e filtra-se o dieletrico

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USINAGEM POR ELETROEROSÃO
FEPI

CABEÇOTE PAINEL DE COMANDO E


GERADOR DE POTÊNCIA

MANDRIL
TANQUE DE USINAGEM

ELETRODO

FIXADORES/
MORÇA

RESERVATÓRIO DE DIELÉ-
MESA TRICO E SISTEMA DE FIL-
TRAGEM

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Revisão
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Toda a matéria é constituída de átomos que são formados de
partículas carregadas eletricamente: os prótons com carga positiva
e os elétrons com carga negativa.

Os elétrons estão sempre se movimentando em torno do núcleo do


átomo.

Nos materiais metálicos, os elétrons mais distantes do núcleo choque

podem “escapar” e se deslocar entre os átomos vizinhos.

Quando em presença de uma tensão elétrica, esses elétrons,


chamados de elétrons livres, assumem um movimento ordenado ao
qual se dá o nome de corrente elétrica (corrente contínua ou
alternada).

Os elétrons livres que formam a corrente elétrica percorrem o espaço de ar entre a


peça e o eletrodo a uma velocidade tal que acontece um choque violento entre os
elétrons e os íons.
Este choque ioniza o ar, facilitando a passagem da corrente elétrica, e produz o arco
elétrico.
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Usinagem por eletroerosão
(EDM)
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Ao elevar a tensão elétrica entre os pólos, os íons


livres aceleram-se e criam um canal de descarga
que se torna condutor
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Usinagem por eletroerosão
(EDM)

Ocorrem colisões entre os íons (+) e os elétrons


(-), formando-se então um canal de plasma.

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Usinagem por eletroerosão
(EDM)

Sob o efeito dos choques, criam-se altas temperaturas em torno


do canal de plasma, formando uma bola de gás crescente
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Usinagem por eletroerosão
(EDM)

As altas temperaturas nos pólos vão fundindo e


vaporizando parte do material da peça

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Usinagem por eletroerosão
(EDM)

Nesta situação (bola de gás grande e mate- rial fundido


em ambos os pólos), corta-se a corrente elétrica. O canal
de plasma des-faz-se e a centelha desaparece
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Usinagem por eletroerosão
(EDM)

O líquido dielétrico rompe a bola de gás fazendo-a implodir. O


material fundido solidifica-se e é arrastado em forma de grãos
pelo líquido dielétrico, formando o que podemos chamar de
"aparas do processo de eletroerosão".
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A peça e o eletrodo são FEPI
mergulhados num
recipiente que contém um
fluído isolante, isto é, não
condutor de eletricidade,
chamado dielétrico.

Tanto a peça quanto o


eletrodo são conectado em
uma fonte de corrente
contínua por meio de cabos
Ao ligar o interuptor forma-se uma tensão entre a peça e o eletrodo.
Quando o espaço entre a peça e o eletrodo é diminuida a
uma distância determinada, o dielétrico passa a atuar como
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POLARIDADE FEPI
Em geral a polaridade do eletrodo é
positiva e a da máquina negativa mas
dependendo do material do eletrodo e
das características da peça pode ser
necessário inverter a polaridade.
Outro caso de inversão de polaridade ocorre quando não é possível fixar a peça na mesa.
Neste caso ela deve ser fixada na porta eletrodo que tem uma polaridade positiva.

Eletrodo
Polaridade
Cobre Grafite Cobre Tungstênio Aço
Aço + + + +

Peça Metal duro -

Cobre - - +

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O DIELÉTRICO
FEPI
O fluído dielétrico (faz oposição à passagem
da corrente elétrica) é necessário à operação
devendo cobrir inteiramente a peça.

Vários fluídos podem ser utilizados em


geral são utilizados o óleo mineral e
o querosene.

Dentre as características que têm influência decisiva estão:


rigidez dielétrica, viscosidade, ponto de fulgor, estabilidade à
oxidação e limite de fluidez.
Outras características com pouca ou nenhuma influência no
desempenho do processo são: odor, cor e ponto de fluidez

O querosene requer cuidados especiais pois é inflamável e


exala um odor forte, prejudicial à saúde.
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O DIELÉTRICO FEPI
Água deionizada apesar de proporcionar
uma alta taxa de remoção de material e
um aumento da capacidade de
refrigeração, ela é pouca utilizada
porque gera uma alta taxa de desgaste
do eletrodo.

No entanto a água deionizada é


bastante utilizada para abrir furos de
pequenos diâmetros utilizado no
eletroerosão a fio.

- Isenta de íons
- é a água que teve sua carga elétrica neutralizada pela remoção ou adição de elétrons
- água quimicamente pura e, entretanto fácil de ser contaminada
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O DIELÉTRICO FEPI
Independentemente do tipo de dielétrico
usado ele tem que cumprir as seguintes
funções:
- Isolante
- Refrigerante
- Removedor das partículas

A Limpeza é crítica
Uma limpeza deficiente gera:
- estagnação do fluído
- retém resíduos de partículas no gap
provocando curtos circuitos e baixa taxa de remoção.
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O DIELÉTRICO FEPI
A circulação do dielétrico entre o
eletrodo e a peça usinada, é muito
eletrodo
importante por que durante a usinagem Liquido
as partículas erodidas tendem a se dieletrico
acumular em pontos da superfície do peça
eletrodo e da peça

Para obter maior rendimento, melhor


acabamento e melhor desgaste do
eletrodo, o sistema de limpeza deve
remover essas partículas na zona de
trabalho
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O DIELÉTRICO FEPI
No início da operação, o dielétrico é limpo
isento de partículas ou resíduos.
eletrodo
Liquido
A resistência do dielétrico limpo é maior dieletrico
do que quando ele estiver carregado de peça
partículas.

Portanto para romper esta resistência de


modo a permitir que a primeira descarga
ocorra, é necessário um tempo maior.

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O DIELÉTRICO FEPI
As partículas criadas pelas primeiras
descargas, diminuem a resistência do
eletrodo
dielétrico, melhorando as condições de
Liquido
usinagem. dieletrico

peça
Por isto a pressão não pode ser nem
muito leve nem muito potente pois o
melhor rendimento da máquina é obtido
com uma certa contaminação do
dielétrico.

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O DIELÉTRICO FEPI
Existem vários métodos de circulação do fluído:
- pressão ou injeção;
- sucção ou aspiração.
- jato

O fluído pode fluir pelo eletrodo ou pela peça.


O fluxo através o eletrodo é o método mais fácil

Sucção através Pressão através Pressão através Sucção através


da peça da peça do eletrodo do eletrodo
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O DIELÉTRICO FEPI

Jato

Este é o método menos desejável


porque:
- é menos eficiente
- reduz a taxa de remoção de material

É utilizado quando não for possível


fazer pelo menos um orifício na peça
ou no eletrodo.
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O DIELÉTRICO FEPI
Existem outros métodos com:
- Limpeza combinada
Combina o processo de aspiração e injeção.

- Limpeza por agitação do dielétrico


É obtido por meio de pulsação do eletrodo. Quando o
eletrodo se afasta da peça, o volume de dielétrico
aumenta rapidamente provocando a entrada de líquido
limpo que se mistura ao contaminado. Então quando o
eletrodo se movimenta, as partículas são eliminadas.

- Limpeza por fluxo transversal


Usado quando o eletrodo for rígido e a situação permitir
a realização de vários furos para limpeza

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O ELETRODO FEPI
O eletrodo é a ferramenta que determina a
forma do furo ou da cavidade gerada.

Em principio todos os materiais condutores


de eletricidade podem ser usados como
eletrodo.

Mas tendo em vista que na fabricação de uma


ferramenta por eletroerosão, o preço da
confecção do eletrodo representa uma parcela
significativa dos custos do processo, é
importante escolher com cuidado o material do
eletrodo e o processo de fabricação (Torneamento,
Fresamento, Aplainamento, Conformação, Moldagem etc.)

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O ELETRODO FEPI
Os melhores materiais para produção de
eletrodos são aqueles que:
- fáceis de encontrar.
- têm ponto de fusão elevado;
- são bons condutores de eletricidade;
- geram um bom acabamento superficial.

É necessário levar em consideração uma série de


apectos, tais como:
- Precisão;
- Acabamento;
- Limitações técnicas;
- Custo

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Tecnologia Mecânica II
O ELETRODO FEPI
A escolha correta do eletrodo é aquela que conjuga
todos os itens citados anteriormente.

Vejamos alguns exemplos.

 Resistência ao desgaste (Temperatura de fusão,


condutividade elétrica entre outros.)

 Promover alta taxa de remoção;

 Para trabalhos de grande precisão, proporcionar


uma boa estabilidade dimensional, o que implica
num baixo coeficiente de dilatação térmica.
 Usinabilidade, se o eletrodo possuir forma complexa.
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Tecnologia Mecânica II
O ELETRODO FEPI
De modo geral os materiais para eletrodo
podem ser agrupados em duas categorias:
- Metálicos
- Não metálicos

Materiais metálicos
Os mais utilizados são o cobre eletrolítico, o
cobre tungstênio e o cobre sinterizado.

Eletrodos feitos desses materiais caracterizam-


se por apresentarem ótimo acabamento e
mínimo desgaste durante o processo de
eletroerosão

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Tecnologia Mecânica II
O ELETRODO FEPI
Materiais não metálicos

Entre os não metálicos, o grafite é o principal.


É um material de fácil usinagem porém é
muito quebradiço.

Os eletrodos de grafite são insensíveis a


choque térmicos, conservam suas qualidades
mecânicas em alta temperatura, praticamente
não se deformam e são leves.

Entretanto são abrasivos, não podem ser


moldados ou conformados e não aceitam
redução por ácido.
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O ELETRODO FEPI
A temperatura de vaporização do grafite é
muito maior do que qualquer metal de tal
maneira que a taxa de desgaste do grafite é
extremamente baixa.

O tamanho do grão é a mais importante


propriedade de um eletrodo de grafita pois ele
governa a taxa de desgaste, o acabamento
superficial e a taxa de remoção.

O Grão menor proporciona um melhor


acabamento, um desgaste menor e um
aumento da taxa de remoção.

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Usinagem por eletroerosão
(EDM)

Eletrodo de cobre

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Usinagem por eletroerosão
(EDM)

Eletrodo de cobre

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Usinagem por eletroerosão
(EDM)

Eletrodo de grafite

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Usinagem por eletroerosão
(EDM)

Eletrodos de grafite

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Tecnologia Mecânica II
FEPI
+
eletrodo + eletrodo
Liquido

- dieletrico - Liquido
dieletrico
peça
peça

Produz-se faíscas que superaquecem o material


provocando a fusão.
A temperatura pode variar de 2.500ºC a 50.000ºC
dependendo da intensidade da corrente aplicada.

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Tecnologia Mecânica II
FEPI
+
eletrodo + eletrodo
Liquido

- dieletrico - Liquido
dieletrico
peça
peça

A erosão ocorre simultaneamente na peça e no eletrodo.


Com ajuste conveniente da máquina, é possível obter
99,5% de erosão na peça e 0,5% no eletrodo.

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Tecnologia Mecânica II
FEPI
gap
A ferramenta não toca a
eletrodo peça. Existe então um
folga entre a ferramenta e
Liquido
a peça chamada de Gap.
gap

dieletrico

peça

O gap é determinado de acordo com a corrente e a voltagem e


varia de 0,012 a 0,050 mm
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Tecnologia Mecânica II
FEPI
gap

eletrodo

Liquido
gap dieletrico

peça

O tamanho do gap pode determinar a rugosidade da peça.


Gap alto = Tempo de usinagem menor
Rugosidade maior
Gap baixo = Tempo de usinagem maior
Rugosidade menor
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eletrodo
FEPI
Liquido
dieletrico
peça

As partículas fundidas, desintegradas na forma de minúsculas


esferas, são removidas da região por um sistema de limpeza e no
seu lugar fica uma pequena cratera ou cavidades ou bolsa de
erosão.

O dielétrico além do seu papel de isolante ainda participa como:


- Refrigerante
- Limpador
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eletrodo eletrodo
FEPI
Liquido Liquido
dieletrico dieletrico
peça peça

O fornecimento de corrente é interrompido pelo afastamento do


eletrodo da peça. O ciclo recomeça com a aproximação do
eletrodo até a distância gap, provocando uma nova descarga.

A duração da descarga e o intervalo entre uma descarga e a


outra são medidas em microssegundos e controlados por
comandos eletrônicos.

Descargas sucessivas ao longo de toda a superfície do eletrodo,


promove a usinagem da peça.
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Tecnologia Mecânica II
O ELETRODO FEPI
Todos os eletrodos geram um sobrecorte na peça seja para fazer
um furo redondo ou quadrado.
Este sobrecorte pode ser controlado através da peça, do eletrodo
ou dos parâmetros de usinagem
Sobrecorte
Overcut

peça peça

eletrodo eletrodo

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Tecnologia Mecânica II
DESGASTE DO ELETRODO FEPI
O desgaste relativo do eletrodo é definido como sendo a relação
entre a quantidade de material removido pelo eletrodo e da peça.

V= V v
e

V p
Vv = Desgaste relativo em %
me o
Ve = Quantidade de material perdido pelo eletrodo lu
Vo gata
d
s
de
Vp = Quantidade de material removido da peça
Baixa desgate: 100:1
Alta desgate : 0,05:1
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PARÂMETROS DO PROCESSO FEPI
CORRENTE
A corrente usada situa-se na faixa de 0,5 a 400 amp.
Quando se aumenta a corrente, aumenta-se a taxa de
remoção do material e consequentemente a rugosidade.

1 - AMP
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2 - AMP 3 - AMP 4 - AMP
Tecnologia Mecânica II
PARÂMETROS DO PROCESSO FEPI
CORRENTE
A tabela a seguir traz os coeficientes para cálculo de
amperagem de acordo com o material do eletrodo e o
material a ser usinado.

Eletrodo Material a ser usinado Coeficiente para amperagem


Cobre eletrolítico Aço 0,07 A/ mm2
Grafite Aço 0,01 A/mm2
Cobre e Tungstênio Aço 0,14 A/mm2
Cobre Cobre 0,07 A/mm2
Cobre e Tungstênio Pastilha de metal duro 0,05 A/mm2
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PARÂMETROS DO PROCESSO FEPI
CÁLCULO DA CORRENTE

I = área erodida x coeficiente de amperagem

Os fabricantes de máquinas de eletroerosão fornecem tabelas


práticas que permitem identificar os parâmetros de usinagem a
partir da intensidade de corrente aplicada na usinagem do aço usando eletrodo
de cobre

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Tecnologia Mecânica II
PARÂMETROS DO PROCESSO FEPI
TENSÃO
A tensão usada situa-se na faixa de 40 a 400V DC.
Quando se aumenta a frequencia da centelha, diminui-se
a rugosidade por que a energia disponível durante um
dado periodo para remover o material é dividida.

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eletrodo
FEPI
Liquido
dieletrico
peça

A frequência das descargas pode alcançar até 200 mil


ciclos por segundos.

Na peça fica reproduzida uma matriz que é uma cópia


fiel do eletrodo porém invertida.

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FIXAÇÃO DO ELETRODO FEPI

eletrodo

Dispositivo de
fixação da peça

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Tecnologia Mecânica II
PRECAUÇÕES FEPI
Antes de ligar a máquina algumas
precauções devem ser tomadas:

- O eletrodo deve ser afastado


verticalmente
- O tanque deve ser fechado. Mas
antes, deve-se remover todas as
peças ou ferramentas
desnecessárias
Dispositivo de para evitar curtos
fixação da peça
circuitos
- Manter o nível do dielétrico de
50 a 70 mm acima da superfície da
peça para evitara combustão dos
gases do dielétrico.
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APLICAÇÃO: FEPI
- Matrizes para estampagem
- Matrizes para molde de injeção
- Matrizes para forjaria
- Fieiras para Trefilação, Extrusão
- Usinagem de ferramentas de metal duro

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FEPI

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Vantagens do processo FEPI

- Não há esforços de corte


- Não há rebarbas
- Boa precisão
- Geração de superfícies complexas
- Não afeta a dureza do material
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Tecnologia Mecânica II
Desvantagens do processo FEPI
- Baixa taxa de remoção
- Eletrodo é consumido
- Peça deve ser condutora de eletricidade
- Eletrodos complexos podem requerem
maior tempo de fabricação
- Falta de flexibilidade para aproveitamento
de setup
- Gera uma camada de refundido (recast) na
superfície (0,0025 a 0,05 mm) extremamente duro e frágil 65HRc.
Because of the poor physical properties of these surfaces, recast is often mechanically and eletrochemical
removed from the surfaces of critical products that require high levels of fatigue resistence.
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FEPI

Porque no processo de eletroerosão,


a fonte de energia deve fornecer uma
corrente contínua e não alternada?

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Tecnologia Mecânica II
FEPI
Na fonte geradora de corrente contínua tem dois pólos:
- um pólo positivo
- um pólo negativo
Os elétrons se movem do pólo negativo para o pólo
positivo gerando uma corrente contínua.

Na fonte geradora de corrente alternada, a intensidade


da corrente é variável gerando inversões de polaridades
(o mesmo pólo ora é positivo ora é negativo) podendo
levar a um desgaste maior da ferramenta do que da
peça.

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FEPI

EXERCÍCIO
DE
APLICAÇÃO

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Tecnologia Mecânica II
Calcular:
1. o diâmetro do eletrodo para Desbaste e Acabamento
10,7
+0,1
FEPI
2. A intensidade da corrente
3. Que método de limpeza adotará.

10

30

Desbaste: mf = mn – (2 x gap + 2 x r + cs) 30

Acabamento mf = mn – (2 x gap + 2 x r)
Onde:
mf = medida final
mn = medida nominaL
r = rugosidade da peça em mm
cs = coeficiente de segurança (gira em torno de 10% do valor da tolerância dimensional da peça)
Dados: gap = 30 microns material a ser usinado: aço
rugosidade = 13 microns
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Tecnologia Mecânica II
FEPI

ELETROEROSÃO
A
FIO
Electrical Discharge Wire Cutting
EDWC

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Tecnologia Mecânica II
FEPI
Os princípios básicos da eletroerosão a fio são semelhantes
aos da eletroerosão por penetração.

A diferença é que neste processo não se usa um eletrodo e


sim um fio de latão ionizado, isto é, eletricamente carregado.
O diâmetro do fio pode variar de 0,03 a 0,30 mm de diâmetro.

Este fio atravessa a peça submersa em água deionizada, em


movimento constante, provocando descargas elétricas entre o
fio e a peça promovendo o corte do material.

O corte é programado por computador e algumas máquinas


possuem um simulador que permite a conferência do
programa antes de executá-lo.
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Tecnologia Mecânica II
PROCESSO FEPI
Sua alta precisão de corte aliada com o acabamento fino que
ele permite obter fazem com que a eletroerosão a fio seja
utilizada para a fabricação de peças de precisão com perfis
muito complexos.

No entanto é um processo carro e envolve ciclos


relativamente longos.

O fio é utilizado uma única vez pois num único passe ele se
arredonda e não pode ser reutilizado. Também ele perde suas
propriedades devido à grande quantidade de eletricidade que recebe.
Ele se torna quebradiço.
Ainda bem que o seu custo é barato. Como referência o custo é de
US$ 1.00 / Hora.

O fio pode ser encontrado em pequenos carretéis de


aproximadamente 3.63 Kg e é em media consumido a uma
taxa de 28.3 g / Hora.
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Tecnologia Mecânica II
PROCESSO FEPI

Gap = 0,025 a 0,05. É controlado por computador


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Tecnologia Mecânica II
MÁQUINA FEPI
Usinagem por eletroerosão
(WEDM)

Maquina de eletroerosão a fio

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MÁQUINA FEPI

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Tecnologia Mecânica II
MÁQUINA FEPI

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Tecnologia Mecânica II
FEPI
Hoje a eletroerosão a fio é bastante utilizada na industria para
a fabricação de placas de guias, porta punção e matriz,
engrenagens e perfis muito complexos.

O equipamento comporta basicamente 4 subsistemas:

1. O sistema de posicionamento
2. O sistema de alimentação do fio
- rolos / guias de alimentação
- alimentação constante, tensão constante
3. O sistema dielétrico
4. O sistema de fornecimento de potência.

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Tecnologia Mecânica II
1. O sistema de posicionamento
FEPI
O comando ou a regulagem das mesas é feito via CNC que
detecta todas as inconsistências com o gap entre a peça e o
Fio e faz as correções ou o restabelecimento das condições
normais de operação.

A taxa de corte é baixa, menor que 100 mm / hora por isto os


tempos de processamento levam de 10 a 20 horas sem
interrupção.

Normalmente a máquina é equipada de sistema auxiliar de


fornecimento de energia por bateria que garanta a
continuidade de fornecimento de energia em caso de falta de
energia sem a intervenção do operador.
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Tecnologia Mecânica II
2. O sistema de alimentação FEPI
A função do sistema de alimentação é promover uma
alimentação contínua de fio sob a tensão desejada durante a
operação. O fio deve ser mantido em tensão constante para
evitar problemas como vibração, riscos, quebra do fio, desvio
do perfil etc.

Para manter o fio sob tensão são utilizados rolos


tensionadores e para evitar desvios são utilizados guias. Este
sistema permite tensionar e guiar a fita até a região de corte.
Também se o fio não é bem tensionado, ele pode se curvar e
tocar a peça provocano um curto circuito e consequentemente
o rompimento do material.

Fio de Cobre e Bronze são utilizados quando o diâmetro é


grande (0.15 a 0.30 mm) e para pequenos diâmetros (0.03 a
0.15 mm) usa-se aço molibdênio.
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Tecnologia Mecânica II
2. O sistema de alimentação
FEPI
Para ganhar produtividade novos sistemas
de alimentação automática foram desenvolvidos
par evitar a interrupção da alimentação do fio
em caso de quebra.

A realimentação é feita automaticamente sem


a intervenção do operador.Vários métodos
computacionais são utilizados para controlar
os ângulos de inclinação do fio quando se
deseja executar formas complexos.

O comando CNC faz a combinação dos


movimentos das mesas (direção U,V,Z) que
resulta a obtenção do ângulo e conseqüentemente
da forma desejada.
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Tecnologia Mecânica II
FEPI

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Tecnologia Mecânica II
FEPI

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Tecnologia Mecânica II
FEPI
Usinagem por eletroerosão
(WEDM)

Exemplo de peca obtida por WEDM


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Tecnologia Mecânica II
3. O sistema de fornecimento de potência
FEPI
A grande diferença entre a eletroerosão por penetração e
a eletroerosão a fio é a frequência dos pulsos e a
corrente.

Para garantir um acabamento liso a freqüência dos


pulsos devem ser elevadas na ordem de 1 MHz.

Devido ao diâmetro do fio ser muito pequeno, a capacidade


de carregamento de corrente é limitada.
Por isto em eletroerosão a fio a corrente fornecida
raramente ultrapassa 20 A.

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4. O sistema dielétrico
FEPI
O líquido utilizado é diferente do líquido utilizado em
eletroerosão por penetração pelas seguintes razões.
A água é deionizada que tem que ter:

- baixa viscosidade para facilitar a limpeza (escoamento eficiente).


- Alta taxa de refrigeração
- Alta taxa de remoção de material (mas aumenta a taxa de desgaste
- que não é um problema pois o fio não é reutilizável).
- Não inflamável

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Tecnologia Mecânica II
PARÂMETROS DE PROCESSO
FEPI
- Taxa de corte linear varia entre 38 e 115 mm / hora para
espessura de aço de 25 mm e 20 mm / hora para aço de
76 mm de espessura.

- A velocidade linear (através da peça) varia de 8 a 42


mm / segundo dependendo das condições de corte.
Ela depende da espessura do material a ser cortado e
não da geometria.

- É possível obter precisão de até 0.0025 mm

- É possível fazer raios de 0.038 mm


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Tecnologia Mecânica II
VANTAGENS DO PROCESSO DESVANTAGENS
FEPI
- Não necessidade de fabricar eletrodo - Custo elevado do equipamento

- Não há esforços de corte - Formação de cratera (recast)

- Unmanned machining - Eletrolise pode ocorrer em certos mat.

- Corte de materiais duros - Baixa taxa de corte

- Aplicação limitada

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FEPI

Preço médio:
US$ 150.000
A
US$ 200.000

MÁQUINA ELETROEROSÃO A FIO


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