Fluidos de Corte
Fluidos de Corte
Fluidos de Corte
Fluidos de corte
Fluido
Fluidode
decorte
corte
A utilização de fluido de corte na usinagem dos materiais para aumentar a produtividade e/ou reduzir
custos deve ser considerado como uma das estratégias mais eficazes na usinagem. Sua utilização foi
introduzida no ano de 1894 por Frederick Winslow Taylor, que observou que ao aplicar agua e uma mistura de
água com soda ou água com sabão (para evitar a oxidação da peça e/ou da ferramenta), observou um
aumento de 33% na velocidade de corte sem prejuízo para a ferramenta. Desde então grandes avanços
tecnológicos foram obtidos no que diz respeito a fluidos de corte.
Fluido
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corte
Fatores importantes intensificaram a pesquisa sobre fluidos de corte, fluido de refrigeração ou ainda
lubrificante de corte, tais fatores incluem procedimentos operacionais de produção, questões ecológicas
como exigências legais para a preservação do meio ambiente e a preservação do ser humano. Para
minimizar a utilização do fluido de corte, três técnicas estão sendo experimentadas:
• Corte a seco utilizando ferramentas com cobertura de DLC (Diamond Like Carbon), por PVD (Physical
Vapor Deposition) onde o atrito reduz a quase zero, porém não é eficiente em aços por haver uma
grande afinidade química entre o carbono da cobertura.
• Corte com quantidade mínima de fluido (MQL – minimun quantity lubrification), onde uma quantidade
mínima de óleo é pulverizada em um fluxo de ar comprimido.
• Corte com refrigeração criogênica, onde é utilizado CO 2 ou nitrogênio como fluido resfriador.
Corte a seco Corte com fluido de corte pulverizado (névoa) Refrigeração Criogênica
Funções
Funçõesdo
dofluido
fluidode
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corte
Durante a usinagem é gerado uma grande quantidade de calor devido a energia necessária para a
separação do cavaco do material, a energia decorrente do atrito entre a ferramenta e a peça e cavaco-
ferramenta. A fim de minimizar o calor produzido: (reduzir – lubrificação) ou (extrair – refrigeração)e e
principalmente diminuir o desgaste da ferramenta, a dilatação ( para obter medidas precisas) e dano ao
acabamento superficial da peça, deve-se utilizar um fluido de corte adequado. Como observado temos
como principais funções do fluido de corte as seguintes:
• Lubrificação: diminui o atrito da usinagem melhorando a fluidez da interface peça-cavaco-ferramenta;
• Refrigeração: retira o calor gerado do atrito na interface peça-cavaco-ferramenta;
• Retira o cavaco da região do corte: em algumas furações profundas o fluido de corte serve como fluxo
de direção da retirada do cavaco de dentro do furo;
• Proteção contra corrosão: uma das funções do fluido de corte também é criar uma micro película de
óleo para a proteção contra afinidades químicas provenientes da interação termoquímica entre o
material da peça e a cobertura das ferramentas;
Tipos
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defluidos
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decorte
corte
Os requisitos que um fluido de corte deve possuir para retirar eficientemente o calor da região de corte, da
peça e da ferramenta são:
• Baixa viscosidade, para uma boa fluidez;
• Capacidade de “molhar” o metal para estabelecer uma boa retirada de calor;
• Alto calor especifico e alta condutividade térmica;
• Resistência a pressões e temperaturas elevadas sem evaporar;
• Boas propriedades antifricção e antisolantes;
Tais são as propriedades de um fluido de corte típico de ação refrigerante, pois trabalha no sentido de
realmente aumentar a vida útil da ferramenta durante a usinagem. Um bom exemplo se da quando a ferramenta é
de aço rápido que perde a sua capacidade de corte em temperaturas baixas, (em torno de 600°C).
Além dessas propriedades também são exigidas do fluido que durante o processo de usinagem ele não
desenvolva o seguinte:
• Odores desagradáveis;
• Corrosão;
• Sólidos que entupam os tubos de circulação de refrigeração da máquina;
• Danos a pele humana ou outro risco a saúde;
Tipos
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defluidos
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decorte
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Tipos
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defluido
fluidode
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Tipos aquosos (Miscíveis em água):
•Emulsões: são emulsões de óleo em água, são compostos por óleo mineral ou vegetal,
emulsificadores e outros ingredientes, dispersos em pequenas gotículas de água. Geralmente são
substancias que reduzem a tensão superficial da água e, com isso facilitam a dispersão do óleo na
água, portanto não são soluções de óleo em água, (água e óleo não se misturam), mas sim água com
partículas de óleo dispersas no seu interior. A proporção óleo-agua nesses compostos varia de 1:10 a
1:100. Pelo fato das emulsões serem essencialmente água, elas possuem alto poder refrigerante, por
outro lado a presença de óleo mineral ou vegetal, emulsificam e inibem a corrosão superando as
desvantagens da água. Para reduzir os efeitos nocivos da água, são empregados aditivos
anticorrosivos como nitrito de sódio e ainda biocidas para inibir o crescimento de bactérias e fungos
compatíveis com a pele humana e não tóxicos.
•Micro emulsões (fluidos semissintéticos): são também formadores de emulsões se caracterizam
por apresentarem de 5 a 50% de óleo mineral no fluido concentrado, aditivos e compostos químicos
que dissolvem-se na água , formando moléculas individuais. Tem uma grande quantidade de
emuladores, em relação aos óleo sintéticos, propicia um fluido de coloração menos leitosa e mais
transparente. A menor quantidade de óleos minerais em relação as emulsões e a presença de biocidas
aumentam a vida útil do fluido e reduzem os riscos a saúde.
Tipos
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•Soluções químicas (fluidos sintéticos): são compostos monofásicos de substâncias químicas
dissolvidas completamente na água. Nesse caso não há necessidade da atuação de elementos
emulgadores , pois reagem quimicamente formando fases únicas. Consistem de sais orgânicos e
inorgânicos, aditivos de lubricidade, biocidas, inibidores de corrosão entre outros. Apresentam uma
vida útil maior, uma vez que são menos atacados por bactérias. Formam soluções transparentes
resultando uma boa visibilidade do processo de corte, possuem agentes umectantes que melhoram
muito as propriedades refrigerantes das soluções. Os óleos sintéticos mais comuns oferecem uma boa
proteção anticorrosiva e refrigeração, já os mais complexos são de uso geral, e com boas
propriedades lubrificantes e refrigerantes.
Tipos
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Óleos integrais: são óleos puros (integrais) minerais ou vegetais ao invés de fluidos aquosos. Esses
óleos puros tem calor especifico de cerca de metade do da água, por isso tem a capacidade de
refrigeração muito menor que dos fluidos aquosos, por outro lado suas propriedades lubrificantes são bem
melhores, o que resulta em menor quantidade de calor gerado. Quanto mais baixa a viscosidade destes
óleos maior é seu poder de refrigeração, estes óleos são indicados para usinagens de alta velocidade, já
os óleos de alta viscosidade são indicados para usinagem onde a velocidade de corte é menor e a
profundidade de corte (ap) é maior, onde a taxa de remoção de cavaco e a geração de calor são bem
maiores.
Tipos
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Aditivos:
• Antiespumante: evita formações de espuma que poderiam impedir a visibilidade. No controle das
espumas, geralmente se utiliza ceras especiais ou óleos a base de silicone;
• Anticorrosivos: protegem a peça, a ferramenta e a máquina de corrosões, são a base de nitritos de
sódio ou óleos sulfurados ou sulfonados.
• Detergentes: reduzem a formação de lodos, lamas e borras. São compostos contendo magnésio,
bário, cálcio entre outros e ainda álcoois.
• Emulsificantes: são responsáveis pela formação de emulsões de óleo na água e vice-versa. São
utilizados ácidos graxos, gorduras sulfatadas, sulfonatos de petróleo e emulsificantes não iônicos.
• Surfactantes: em conjunto com os emulsificantes, tem a função de garantir a uniformidade das
emulsões. Normalmente são ésteres fosfatos, sulfonatos e álcoois etoxilados.
• Biocidas: são substancias ou misturas que inibem o desenvolvimento de microrganismos,
especialmente fungos e bactérias, que reagem com o enxofre do fluido.
• Aditivos de extrema pressão (EP): em operações mais severas, em que a lubricidade adicional é
necessária, se utilizam aditivos de extrema pressão. Geralmente são sais (fosfato de ferro, cloreto de
sódio, cloreto de ferro e sulfeto de ferro), podem atacar o cobalto presente nas ferramentas.
Seleção
Seleçãodo
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Os principais fatores de escolha do fluido adequado são o material da peça, a severidade da
operação (condições de usinagem), o material da ferramenta e a operação de usinagem.
• Material da peça: aconselha-se usinar alumínio, latão, bronze, cobre, magnésio a seco ou com óleos
inativos sem enxofre, principalmente na usinagem de magnésio e suas ligas, não se pode utilizar
fluidos com água devido ao risco de combustão. Na usinagem do níquel e suas ligas usa-se
geralmente, emulsões.
Na usinagem do aço carbono, qualquer tipo de óleo é adequado (a escolha se baseia em outros
fatores que não o material), para o aço inoxidável austeníticos é bom que se utiliza óleos do tipo EP
(extrema pressão) que são compostos sulfurados e clorados para dificultar o empastamento do cavaco
na ferramenta. Aços endurecidos onde a usinagem é feita com insertos de CBN ou cerâmicas é
preferível não utilizar fluido de corte a fim de que o calor possa diminuir a dureza da peça e com isso
facilitar o corte.
• Condições de usinagem: para usinagem em condições severas como operações de desbaste com
alto avanço, profundidades de corte alta e velocidade de corte baixa se utiliza óleo puro, pois os
esforços do corte são elevados sendo necessária a extrema lubrificação entre a interface peça–
cavaco–ferramenta. Enquanto fluidos aquosos são preferidos em condições onde a usinagem é mais
branda, avanço e profundidade de corte mais baixos e velocidade de corte mais alta.
Seleção
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• Operação de usinagem: em operações lentas e pesadas, como geração de dentes de engrenagem
os melhores fluidos são os óleos ativos e viscosos e em brochamentos os melhores são os óleos
integrais com alta viscosidade ambos devido a baixa velocidade dos processos. Na furação profunda
o mais utilizado são fluidos aquosos com baixíssima viscosidade e com aditivos de alta pressão para
facilitar a expulsão dos cavacos da parte interna dos furos.
• Material da ferramenta: ferramentas de aço rápido tem um grande problema com fluidos a base de
água devido a corrosão, assim fluidos aquosos utilizados em operações com ferramentas de aço
rápido devem possuir aditivos antiferruginosos eficientes. O metal duro suporta qualquer tipo de fluido
de corte a escolha do fluido quando a operação utiliza ferramentas de metal duro deve seguir os
critérios citados anteriormente. E por final ferramentas de cerâmica a base de óxidos, cermet, CBN e
ferramentas de diamante policristalino dispensam a utilização de fluido de corte, pois são ferramentas
muito resistentes ao calor, nestas operações, a utilização do fluido de corte visa evitar danos a peça,
sujeito a interferência na usinagem devido ao choque térmico.
Usinagem
Usinagemsem
semfluido
fluidoe/ou
e/ouMQL
MQL(Minimum
(MinimumQuantity
QuantityLubrification)
Lubrification)“Névoa”
“Névoa”
Duas técnicas tem se mostrado eficientes para minimizar a utilização de fluidos de corte na
usinagem. Uma delas é o corte a seco ou sem fluido. Para que não haja uma queda drástica na vida útil
das ferramentas ou perda da qualidade das peças é fundamental que tanto material e ferramentas tenha
condições adequadas para o processo de corte sem fluido. Em relação as ferramentas de corte, o
desenvolvimento de materiais como o metal duro e as coberturas mais duras utilizadas, temos como
principal utilização o TiCN (Carbonitreto de Titânio), TiAlN (Nitreto de Titânio Alumínio), AlTiN (Nitreto de
Alumínio Titânio) e o DLC (Diamond Like Carbon). Também temos o CERMET e o material cerâmico que
dispensam a utilização de fluido de corte. Porém em alguns processos a usinagem sem fluido de corte
não é possível ou não é econômica. Então uma das alternativas mais utilizadas no âmbito da usinagem é
a Mínima Quantidade de Fluido (MQF) que é o procedimento de se pulverizar uma névoa em quantidade
mínima de óleo (menos de 60ml/h) em um fluxo de ar. É uma mistura de ar + agua + fluido de corte,
apesar de não ter alta capacidade de refrigeração do processo, muitas vezes tem alta capacidade de
lubrificação da região do corte. As desvantagens da utilização do MQF são: poluição ambiental (a névoa é
muito dispersa no ambiente atmosférico), consumo (menos de 50 ml/hora geram 5 litros de fluido a cada
3 meses) e barulho (normalmente acima dos 80dB permitidos para audição humana.
Usinagem
Usinagemcom
comRefrigeração
RefrigeraçãoCriogênica
Criogênica
A usinagem criogênica não chega a ser uma novidade em termos de pesquisa. Desde a década de
1950, métodos de utilização de nitrogênio líquido e dióxido de carbono são testados como forma de
refrigeração nos processos de usinagem. Testes realizados indicam que o maior potencial para a
usinagem criogênica foi observado em operações de desbaste com pastilhas intercambiáveis de metal
duro, especialmente em materiais de difícil usinagem como os aços inoxidáveis austeníticos e
martensíticos com alta remoção de material. A aplicação com os melhores resultados é a usinagem de
pás de turbinas com CO2 em combinação com MQL, com aumento de 70% da velocidade do processo
em relação à usinagem a seco.
O uso de CO2 para usinagem dispensa a necessidade de uma máquina especial e podem ser feitas
adaptações na máquina convencional. Já o uso do nitrogênio líquido requer uma máquina especial, já que
o fornecimento deve ser isolado devido às baixas temperaturas. A usinagem criogênica está atualmente
sendo testada em diferentes indústrias como a médica, de energia, aeroespacial, petróleo e gás, bem
como a automotiva. A aplicação é determinada pelo material usinado. O foco de todos os testes é
aumentar a vida útil da ferramenta e a produtividade em materiais de difícil usinagem, como os HRSA
(Heat Resistent Steel Alloy), titânio e aços inoxidáveis.
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• https://www.youtube.com/watch?v=GFOXbb7P2jc