Apostila de Libras

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APRENDENDO LIBRAS COMO SEGUNDA

LÍNGUA

O QUE É LIBRAS?

Língua Brasileira de Sinais

A estrutura da Língua Brasileira de Sinais é constituída de parâmetros

primários e secundários que se combinam de forma seqüencial ou simultânea.

Segundo Brito (1995, p. 36 – 41) os parâmetros primários são:

a) Configurações das mãos , em que as mãos tomam as diversas formas na


realização de sinais. De acordo com a autora, são 46 configurações de
mãos na Língua Brasileira de Sinais;

b) Ponto de articulação , que é o “espaço em frente ao corpo ou uma região do

próprio corpo, onde os sinais são articulados. Esses sinais articulados no

espaço são de dois tipos, os que articulam no espaço neutro diante do corpo

e os que se aproximam de uma determinada região do corpo, como a

cabeça, a cintura e os ombros”; (BRITO, 1995).

c) Movimento, que é um “parâmetro complexo que pode envolver uma vasta

rede de formas e direções, desde os movimentos internos da mão, os

movimentos do pulso, os movimentos direcionais no espaço até conjuntos

de movimentos no mesmo sinal. O movimento que as mãos descrevem no

1
espaço ou sobre o corpo pode ser em linhas retas, curvas, sinuosas ou

circulares em várias direções e posições”. (BRITO, 1995)

Quanto aos parâmetros secundários tem-se:

a) Disposição das mãos , em que as “articulações dos sinais podem ser feitas

apenas pela mão dominante ou pelas duas mãos. Neste último caso, as duas

mãos podem se movimentar para formar o sinal, ou então, apenas a mão

dominante se movimenta e a outra funciona como um ponto de

articulação”; (BRITO, 1995)

b) Orientação da palma das mãos , “é a direção da palma da mão durante o

sinal: voltada para cima, para baixo, para o corpo, para frente, para a
esquerda ou para a direita. Pode haver mudança na orientação durante a
execução do movimento”; (BRITO, 1995)

c) Região de contato , “refere-se à parte da mão que entra em contato com o


corpo. Esse contato pode-se dar de maneiras diferentes: através de um
toque, de um risco, de um deslizamento etc.” (BRITO, 1995)

d) Expressões faciais “muitos sinais, além dos parâmetros mencionados acima,

têm como elemento diferenciador também a expressão facial e/ou corporal,

traduzindo sentimentos e dando mais sentido ao enunciado e em muitos

casos determina o significado do sinal” (SILVA, p. 55, 2002). Ou seja, podem

expressar as diferenças entre sentenças afirmativas, interrogativas,

exclamativas e negativas.

2
Quem são os Surdos e
Quem são os Ouvintes?

Antes de começarmos nossa caminhada para o aprendizado da Língua


Brasileira de Sinais é importantíssimo que você compreenda que esta língua
não é a língua de um país mas, é a língua de um povo que se auto-denomina de
3
Povo Surdo. Os surdos deste povo são pessoas que se reconhecem pela ótica
cultural e não medicalizada, possuem uma organização política de vida em
função de suas habilidades, neste caso a principal é a habilidade visual, o que
gera hábitos também visuais e uma língua também visual.

No entanto, a palavra – surdo – possui vários sentidos. O mais usado é


aquele ligado à idéia de doença, de falta, de incapacidade, de deficiência. Nem
todos os surdos se identificam como surdos, há aqueles que ouvem pouco e/ou
usam a oralidade indentificando-se como deficiêntes auditivos, outros com o
mesmo histórico preferem indentificar-se como surdo, logo não se tem uma
definição exata do termo.

Nesta aula quando nos referimos aos surdos, estamos nos referindo
àqueles que utilizam a Libras assim como você utiliza a Língua Portuguesa.
O surdos para identificar aqueles que não são surdos costumam
perguntar: _ Você é ouvinte?, assim o termo ouvinte é uma forma de reconher o
não-surdo.

Talvez não tenha ficado claro o suficiente quem são os surdos e quem são
os ouvintes, mas com certeza gradativamente com o decorrer Da aula você
compreenderá o significado tais termos.

3
Culturas e Identidades em Questão

Quando falamos sobre cultura muitas coisas podem vir a nossa mente,
há diferentes culturas e diferentes modos de conceituar cultura, depende do
espaço onde ela é discutida. Aqui, neste espaço lingüístico, usamos o termo
cultura para expressar “jeitos de ser e estar no mundo”, e ressaltaremos a
todo momento os jeitos de ser e estar no mundo do povo surdo, ou seja, a
Cultura Surda.
Sobre Cultura Surda podemos dizer com as palavras de Sá (p.01, 2006) 4
que ““Cultura”, neste texto, é definida como um campo de forças subjetivas que
dá sentido(s) ao grupo”. No século XXI, mais do que nunca, tem-se dado
extremo valor à estética do corpo e da linguagem, mesmo que ocultamente tem-
se mantido o paradigma da alta e da baixa cultura. O discurso que ecoa é que
surdos são pessoas deficientes, que precisam entrar na linha da normalização,
precisam urgentemente ser iguais a maioria, precisam falar, ver, ouvir, andar
fazer parte de uma cultura dita padrão para então serem considerados incluídos
na sociedade.
O embate acontece exatamente porque existe um campo de forças subjetivas
que dá sentido(s) ao grupo,u seja, existe a Cultura Surda e é a língua de sinais a
marca subjetiva que dá sentido(s) a esta cultura.
Os surdos são organizados social e politicamente, possuem um estilo de
viver que é próprio de quem usa a visão como meio principal de obter
conhecimento. A cultura surda é também híbrida e mestiça, pois não se
encontra isolada no mundo, está sempre em contato direto com outras culturas
e evolui da mesma forma que o pensamento humano. Há narrativas
normalizantes que põem os surdos como pessoas sub-culturais relatando que:

Acho que os surdos não têm uma cultura própria, têm apenas algumas
adequações. (...) Os surdos interagem com outros surdos, porque eles se

4
entendem na sua linguagem, e se afastam dos ouvintes pela falta de
5
compreensão, dando a ilusão de ter uma cultura própria .

A contradição acontece nas narrativas surdas, elas revelam que pessoas


surdas não vivem de adaptação ou reabilitação, vivem em evolução, criam
meios de ser e de estar no mundo, como qualquer ser humano faz. Possuem a
necessidade de estar em permanente contato com outros surdos, não porque os
ouvintes não os compreendem, mas pela força da identificação cultural, pela
força da subjetividade que os atrai como um imã da mesma forma que
acontece com outros grupos sociais.

Para compreender por que existe uma cultura surda é fundamental entrar
em contato com esta cultura deixando de lado pré-conceitos que se costuma
fazer antes de conhecer, seja aberto ao novo e torne-se um ser plural.

Sistema de Transcrição em Libras

Já sabemos que a Libras uma língua viso-espacial, logo o melhor meio de


reproduzi-la tem sido pelo registro de imagem (vídeo), a escrita da língua de
sinais está ainda em fase de pesquisas e aceitação, no decorrer do curso você
saberá mais sobre esta escrita. Sendo assim, para transcrever a libras
utilizaremos um sistema de transcrição, que também é usado por

1) Os sinais em Libras serão representados por uma glosa (sistema de


anotação) da Lingua Portugeuesa em letras maiúsculas.

Exemplos: TRABALHAR, QUERER, NÃO-TER

2) A datilologia (alfabeto manual) que é usada para expressar nome de


pessoas, de localidades e outras palvras que não possuem um sinal, está
representada pela palavra separada, letra por letra, por hífen.

5
Exemplos: HOTEL I-T-A-G-U-A-Ç-U

3) Na Libras não desinencias para gênero(maculino e feminino). O sinal,


representado por palavra da língua portuguesa que possui marcas de gênero,
está terminado com o símbolo @ para reforçar a idéia de ausência e não haver
confusão.

Exemplos: EL@ (ela, ele), AMIG@S (amigos ou amigas)

6
Principal Características
das Línguas de Sinais

O que você vê?

VISUALIDADE – A atenção do olhar

Obviamente a atenção do olhar é imprescindível para comunicação com


pessoas Surdas já que a língua de sinais é principalmente visual se você não
olhar não entenderá o que estão dizendo. Então mesmo que você não saiba
nada sobre a língua de sinais o olhar continua sendo o ponto principal de
comunicação, poucas pessoas sabem como se comunicar com pessoas surdas, a
grande maioria fala por trás ou de costas não mostrando sua expressão facial e
com movimentos limitados do corpo.
Então o primeiro passo para a comunicação com pessoas surdas é
demonstrar pela expressão facial, pela fala pausada (sem exageros), pelo

apontar e pela comunicação escrita o que se quer informar. É importante você


saber também que nem todos os surdos fazem leitura labial assim como nem
todos utilizam a língua de sinais para comunicação, cada um tem suas
especificidades.

7
Observe a figura abaixo e note ângulo do olhar quando se utiliza a
Libras ou se pretende comunicar com pessoas surdas.

A visualidade implica também no momento da criação de sinais para


representar objetos e pessoas, assim como o som implica no momento de criar
novas palavras. É claro que há ainda o processo de significação que se encontra
embutido na historia do que se quer representar, mas isto é uma longa
trajetória.
Agora vamos saber como é a identificação pessoal em Libras.

ESTUDO DA LÍNGUA
Apresentação Pessoal: _ Oi! Seu sinal?

Comumente quando conhecemos alguém lhes perguntamos logo o


nome, como se chama, para que todas as vezes que quisermos nos referir àquela
pessoa temos um signo que a representa. O nome que estamos falando é o que
costuma-se dizer que se trata de um nome visual, um batismo, para dar início à
na Língua Brasileira de Sinais denominamos de sinal pessoal ou somente sinal,
8
participação na comunidade surda.
Um nome visual, como o próprio nome diz se trata de uma marca, um
traço visual próprio da pessoa. Quando tal pessoa ainda não tem um sinal
(nome visual) usa-se o alfabeto manual que compõe o quadro das configurações
de mãos usadas na Libras. O alfabeto manual teve origem pela necessidade de
representar as letras de forma visual e era usado principalmente para ensinar
pessoas surdas a ler e escrever, na Libras o uso do alfabeto manual é
caracterizado como um Empréstimo Lingüístico7.
Assim como todas as línguas a Libras tem seu léxico criado a partir de
unidades mínimas que junto a outros parâmetros formam o sinal (vocábulo),
estas unidades mínimas denominamos de CONFIGURAÇÕES DE MÃOS,
ou seja, são as formas utilizadas para formação de sinais.
Através de algumas dessas configurações de mãos é possível representar o
alfabeto de outras línguas orais como a língua portuguesa, por exemplo.
CONFIGURAÇÕES DE MÃO

9
ALFABETO MANUAL

NÚMEROS

10
ATIVIDADE - 1

QUÉM É QUEM?

(1) JOÃO ( ) ( )

(2) PELÉ ( ) ( )

(3) MARA ( )
( )
(4) CARLOS

(5) FÁBIO
( )

(6) JOSÉ
( )
(7) ZICO
( )
(8) ROSA

(9) SÉRGI ( )
(10) PEDRO

( )
(11) SILVIA

(12) ELZA ( )

(13) EVA
( )
(14) VALDIR

(15) RAFAEL ( )

(16) IGOR ( )

( )
11
Qual o seu nome?

Agora pense no seu sinal...

PRATICANDO...
Observe as pessoas famosas e dê um sinal para elas:

VEJA NO MATERIAL ONLINE – “Meu Sinal”

12
Pronomes Pessoais / Possessivos

Pronomes Pessoais

Na Língua Brasileira de Sinais também há uma forma de


representar pessoas no discurso, ou seja, um sistema pronominal, para
tanto se usa as seguintes configurações de mão.

Singular – Todas as representações têm a mesma configuração, mudando somente a


orientação.

EU
Plural – A configuração muda conforme o número de participantes, mudando também
a orientação conforme a pessoa do discurso.

Þ Note que a direção da


mão e do olhar é
NÓS VÓS / VOCÊS ou EL@S determinante na
significação do sinal.

Pronomes Possessivos

Os pronomes possessivos em Libras estão relacionados às pessoas do


discurso e aos objetos de posse, também não possuem marca de gênero.
Mais uma vez a direção do olhar e da mão são importantíssimos.

Þ Note que para sinalizar


pronomes possessivos
plurais usam-se os
ME@ TE@ / SE@ - DEL@ pronomes pessoais
apropriados.

VEJA NO MATERIAL ONLINE – “Pronomes”

13
Sinais em Foco:
Formas de Cumprimento / Identificação

_ Tudo Bem? _ Bem!! _ Eu sou Ouvinte. _ Eu uso Libras.

VEJA NO MATERIAL ONLINE – Vocabulário - Cumprimentos

14
Verbos em Libras:
LEMBRAR / ESQUECER

Pratique o diálogo abaixo:

Um amigo encontra outro que não via há muito tempo...

A – OI!!!!!
B – HUMM!! NÃO LEMBRAR VC...

A – ESQUECER MIM
B – NOME?

A – U-B-I-R-A-J-A-R-A R-A T-A-N-T-A M-O-R-E-I-R-A


B – U-B-I-R-A-J-A-R-A R-A T-A-N-T-A M-O-R-E-I-R-A

A – LEMBRAR?
B – LEMBRAR!!!!

15
CURIOSIDADES

PRIMEIRA PUBLICAÇÃO DO ALFABETO MANUAL

Juan Pablo Bonet


1579-1620
Publicou o primeiro livro sobre surdos com o título
“ Reduccion de las letras y arte para ensenãr a hablar a los mudos”,
onde apresenta a ilustração de alfabeto manual. Disponível em
http://www.cervantesvirtual.com/portal/signos/index.html

16
Expressões Faciais ou
Não-maunais

Observe as expressões faciais abaixo e dê significados para elas:

17
Expressões faciais são formas de comunicar algo, um sinal pode mudar
completamente seu significado em função da expressão facial utilizada.
Quadros e Pimenta (2006) explicam que existem dois tipos diferentes de
expressões faciais: as afetivas e as gramaticais (lexicais e sentenciais).
As afetivas são as expressões ligadas a sentimentos / emoções. Veja
os exemplos:

As expressões faciais gramaticais lexicais estão ligadas ao grau dos


adjetivos:

BONIT@

BONIT@O
BONITINH@
LIND@

18
E as expressões faciais gramaticais sentenciais estão ligadas às sentenças:

INTERROGATIVAS

COMO? O QUE? QUERER? PODE?

POR QUÊ? ONDE?

AFIRMATIVAS / NEGATIVAS

SIM NÃO

EXCLAMATIVAS

19
ATIVIDADE - 2

Qual a Expressão?

Cerrados

- sobrancelhas levantadas e boca


aberta em A

- sobrancelhas abaixadas e dentes


cerrados

- sobrancelhas levantadas, olhos


arregalados e lábios cerrados

- olhos cerrados boca aberta

- testa franzida e boca torta para o


lado

- boca em O, olhar de espanto

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Visualize no MATERIAL ONLINE as expressões faciais que correspondam a uma
das alternativas abaixo:

1 – DÚVIDA ( ) MEDO ( ) RAIVA ( )

2 – ESPANTO ( ) ADMIRAÇÃO ( ) ESTRANHEZA ( )

3 – ALEGRIA ( ) SATISFAÇÃO ( ) PENSATIVO ( )

4 – TRISTEZA ( ) DESANIMO ( ) ZANGADO ( )

SINALIZANDO:
Quem? De Quem É? Quem É?

As expressões, QUEM – DE QUEM É – QUEM É, são feitas com a mesma


configuração de mão, a principal diferenciação você irá perceber no contexto,
na expressão facial e no sinal auxiliar.

21
Sinais em Foco:
Pessoas, objetos e animais.

22
CALENDÁRIO

23
36
24
Na Língua Brasileira de Sinais os advérbios também expressam
circunstâncias como: lugar, tempo, modo, dúvida, afirmação, negação e
intensidade; porém, deve-se ter cuidado com os enunciados e seus sentidos que
muitas vezes a sinalização varia em apenas um parâmetro (movimento, locação,
configuração de mão, orientação da mão e expressão facial).
Os mais comuns são:

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EXPRESSÕES COM RELAÇÃO DE TEMPO

 SEMANA QUE-VEM
 SEMANA PASSADA
 SEMANA AGORA
 1 SEMANA
 2 SEMANAS
 3 SEMANAS
 4 SEMANAS

 MÊS QUE-VEM
 MÊS PASSADO
 MÊS AGORA
 1 MES
 2 MESES
 3 MESES
 4 MESES
 5 MESES

 
ANO QUE-VEM
  
ANO PASSADO
  
ANO AGORA
 
1 ANO

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CORES EM LIBRAS

27
ATIVIDADE - 4

Responda em Libras :

1- Que dia da semana é hoje?


2- Em mês você nasceu?
3- Quais os dias que você trabalha?
5- Qual o ano do seu nascimento?
7- Que dia da semana você mais gosta?
8- Quantos meses têm um ano?
10- Uma semana tem quantos dias?
11- Qual o primeiro dia da semana?
12- Qual o último dia da semana?
13- Qual o terceiro dia da semana?VEJA NO MATERIAL ONLINE – “Dia de Prova”

CURIOSIDADES
A Primeira Escola para Surdos no Brasil...

No Brasil o primeiro espaço destinado à educação de surdos foi cedido


pelo Imperador Dom Pedro II o qual convidou o professor surdo francês
Hernest Huet (conhecido também como Ernest) para ensinar a alguns surdos
nobres. Depois de aproximadamente um ano, em 26 de setembro de 1957, foi
fundado o Instituto dos Surdos-Mudos do Rio de Janeiro, atualmente
denominado Instituto Nacional de Educação de Surdos – INES.
O instituto atendia surdos de várias partes do Brasil, funcionava como
um internato, onde somente eram aceitos surdos do sexo masculino. Lá
aprendiam de tudo um pouco, inclusive eram preparados para o trabalho.
Para o público feminino somente em 1931 foi criado o externato
com oficinas de costura e bordado.
Foi do Instituto que surgiram os primeiros líderes surdos que ao
terminarem seus estudos retornaram aos seus Estados de origem e divulgaram
a Língua Brasileira de Sinais, reuniram outros surdos e fundaram associações,
escolas e grupos de luta pelos direitos dos surdos.

28
Números em Libras

A sinalização dos números na língua brasileira de sinais acontece


de quatro formas dependendo do significado do número.

1 - Números Cardinais

Usado como código representativo é sinalizado da seguinte forma:

Exemplo: número do telefone, número da caixa postal, número da casa, número


da conta no banco...etc.

2 - Números Cardinais

Usado para quantidades . Também são sinalizados sem adição de movimento,


porém há diferenças na configuração de mão e no posicionamento dos
números de 1 a 4, observe:

Exemplo: quantidade de canetas na mesa, quantidade de pessoas


presentes, quantidade de ônibus....etc.

29
3 - Números Ordinais

São sinalizados com movimento trêmulo (veja no MATERIAL ONLINE).

4 - Valores monetários

São sinalizados com movimentos rotacionais (veja no MATERIAL ONLINE) do 1 ao 9, seguindo


a configuração de mão dos números cardinais. Do número 10 em diante acrescentasse o sinal da
moeda (REAL).

Tecnologias / Caro / Barato

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Verbos em Libras:
COMPRAR, PAGAR,
VENDER, TROCAR

Pratique o diálogo abaixo e assista o MATERIAL ONLINE:

Paulo caminhando na feira procura por um computador bom e barato...(P -


Paulo / V - vendedor)

P – BOA TARDE! QUERER COMPRAR COMPUTADOR BOM E BARATO.


V – OK. TEM DOIS BOM UM R$ 2.000,00 OUTRO R$ 1.500,00 P – CARO!

P – EU TER COMPUTADOR EM CASA, VC TROCAR PREÇO MENOS?


V – HUMMM...TROCAR SIM, MAS VC PAGAR HORA OK?
P – OK ! IR BUSCAR COMPUTADOR
V – OK !
TESTE A SUA LEITURA LABIAL.

1- ANA ( ) AMA ( ) ADA ( )

2- BIA ( ) BICA ( ) BIO ( )

3- MALU ( ) MARLI ( ) MILA ( )

4- ZELI ( ) ZENI ( ) ZILI ( )

5- NINA ( ) NANI ( ) NICO ( )

O professor irá escolher objetos e perguntar aleatoriamente aos alunos quanto


custa e apontando para outro aluno que deverá dizer se é caro ou barato?

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Em Libras as horas são sinalizadas de formas diferentes dependendo
do que se quer expressar.

Para sinalizar as horas do relógio é importante saber que:

Þ Não se sinaliza as horas com dois algarismos a partir das 13h até às
24h. Acrescentasse o substantivo manhã, tarde, noite e madrugada
quando necessário;

Þ Os números de 1 a 4 são sinalizados como cardinais de quantidade;

Þ As horas são sinalizadas como quantidade enquanto os minutos


são sinalizados com cardinais como código representativo;

Þ Para a fração 30 minutos a configuração varia de acordo com região da


comunidade surda.

Para sinalizar as horas com sentido de duração é importante saber que:

Þ A partir do número 5 são usadas duas configurações (horas-quantidade +


cardinal como código representativo).

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