Analise: Leitura e Suas Multiplas Faces
Analise: Leitura e Suas Multiplas Faces
Analise: Leitura e Suas Multiplas Faces
faces
GERALDI, João Wanderley. A leitura e suas múltiplas faces. ______. A aula como
acontecimento. São Carlos: Pedro e João, p. 103-112, 2010.
INTRODUÇÃO
● LER: construir uma compreensão com significações, fazendo emergir um sentido concreto,
específico e único, que é produto da leitura.
● O campo do enunciado;
● O campo do texto;
● O campo do intertexto;
A propósito da materialidade discursiva e das condições sociais
● Para discutir a leitura, é preciso também se perguntar sobre as condições sociais do contexto
desta leitura.
● Neste sentido, as múltiplas faces do leitor, passam pelas condições sociais, pelos saberes e
conhecimentos com que opera.
● Sociedades de exclusão:
○ imposição de leituras;
○ fixação de um significado único;
● Neste cenário, a escola incentiva a formação do leitor que repete leituras do professor, e este
repete leituras de comentaristas, que repete de outro, que repetiu de outro, e assim por
diante…
● O aluno traz para a leitura sua experiência discursiva, carregada de toda suas relações.
● O grande questionamento da autora neste tópico: qual é a imagem de leitor que a escola produz?
O CONHECIMENTO RECUSADO
● A autora coloca em questão o conhecimento prévio do aluno como algo desvalorizado.
● Orlandi critica a imposição e o controle da autoridade escolar sobre a leitura, e o que ele propõe é
uma relação dialética entre o professor e o aluno para a construção de conhecimento e a produção
de sentido ao que se refere à leitura.
Método/História
● Fenômenos de variação;
● Orlandi cita 2 exemplos de elementos que determinam a previsibilidade das leituras de um texto:
○ O que Orlandi propõe com essa reflexão, é que se defina a compreensão de um texto
levando-se em conta as histórias da sua leitura, considerando o contexto histórico-social,
cultural, ideológico, bem como as relações entre o texto e o leitor.
○ Sugestão pedagógica: propor uma organização curricular que fosse capaz de provocar o aluno
a trabalhar em sua própria história de leitura, colocando desafios e proporcionando condições
para o aluno gerar a compreensão.
Método/História
● O aluno-leitor não para de aprender a ler num momento dado, assim como não há como dizer
quando ele "começou a ler".
● Sujeito-leitor livre para determinar os sentidos da leitura mas ao mesmo tempo é submetido às
regras das instituições;
Sujeito/Sentido
A heterogeneidade
Na AD, as marcas (ou pistas) que atestam a relação entre sujeito e linguagem, no texto, não
são detectáveis mecânica e empiricamente;
O discurso não é um conjunto de textos, é uma prática. Para se encontrar sua regularidade
não se analisam seus produtos mas os processos de sua produção; produz a aparência da
unidade do sujeito
Há uma dispersão de textos, mas o seu modo de inscrição histórica permite defini-la como
um espaço de regularidades discursivas (Maingueneau)
Sujeito/Sentido
O discurso não tem como função constituir a “representação fiel da realidade mas assegurar a
permanência de uma certa representação”(Vignaux)
Ideologia: produz a aparência da unidade do sujeito e da transparência do sentido. Para exercer uma
função crítica, é preciso levar em conta o processo de constituição do sujeito e a materialidade do sentido;
De acordo com a AD, o sentido não existe em si mas é determinado pelas posições ideológicas
colocadas em jogo no processo sócio-histórico em que as palavras são produzidas.
Formação discursiva: determina o que pode e deve ser dito; as palavras recebem aí seu sentido (salário);
É nela que todo sujeito se reconhece.
Texto X discurso; Texto se constitui de enunciados, tem início meio e fim; Discurso são os efeitos de
sentido entre locutores.
Um tipo de discurso (jornalístico, por ex.) é constituído de uma pluralidade de textos efetivos marcados
por formações discursivas diferentes No entanto, há uma relação de dominância de uma formação
discursiva sobre as outras;
● Para que o sujeito se coloque como autor, ele tem de estabelecer uma relação exterior e interior,
ao mesmo tempo, e assim ele constrói a sua IDENTIDADE como autor.
● Não é tarefa da escola formar escritores, mas para formar autores, sim, a escola é necessária.
Sujeito/Sentido
"[...] cabe ao professor, que está diretamente comprometido com a atividade pedagógica, a elaboração
de uma etapa crucial da divisão de trabalho: propiciar, pela ação pedagógica, a sua própria
transformação e a do aprendiz, assim como da forma de conhecimento a que tem acesso. Nesse sentido,
esse texto que escrevi, e que se coloca como um produto na circulação do saber, também não está
'pronto'. É só parte do processo."
Gratos pela atenção!