Gauss E Stokes
Gauss E Stokes
Gauss E Stokes
Faculdade de Matemtica
TEOREMAS DE GAUSS E DE STOKES
DIVERGENTE E ROTACIONAL
Para entender os teoremas de Gauss e de Stokes, precisamos definir dois operadores para campos
vetoriais que so bsicos nas aplicaes do clculo vetorial. Cada operador lembra uma diferenciao, mas um
produz um campo escalar enquanto que outro produz um campo vetorial.
Introduziremos o operador diferencial vetorial V (del) como:
z
k
y
j
x
i
c
c
+
c
c
+
c
c
= V
Ele tem a propriedade de , quando aplicado a uma funo escalar f, produzir o gradiente de f:
z
f
k
y
f
j
x
f
i f
c
c
+
c
c
+
c
c
= V
=
c
c
+
c
c
+
c
c
k
z
f
j
y
f
i
x
f
.
Consideremos, agora, uma campo vetorial
+ + = k P j N i M F em IR
3
. Se pensarmos em V como
um vetor de componentes c/cx, c/cy, c/cz, podemos escrever, simbolicamente, o produto escalar de V por
F ,
obtendo, assim, o escalar chamado divergente de
F :
div
F = V .
F =
z
P
y
N
x
M
c
c
+
c
c
+
c
c
Exemplo 1: Se
+ = k y j xyz i xz ) z , y , x ( F
2
, ache div
F .
div
F = V .
F =
z
P
y
N
x
M
c
c
+
c
c
+
c
c
= z + xz 0 = z (1 + x)
Considerando o produto vetorial formal de V por
F , temos o vetor V X
F = rot
F , chamado
rotacional de
F :
rot
F = V X
F =
c
c
c
c
+
c
c
c
c
+
c
c
c
c
= c c c c c c k )
y
M
x
N
( j )
x
P
z
M
( i )
z
N
y
P
(
P N M
z / y / x /
k j i
Exemplo 2: Se
+ = k y j xyz i xz ) z , y , x ( F
2
, ache rot
F .
rot
F = V X
F =
) yz , x ), x 2 ( y ( k ) 0 yz ( j ) 0 x ( i ) xy y 2 (
y xyz xz
z / y / x /
k j i
2
+ = + + =
c c c c c c
TEOREMA DA DIVERGNCIA (DE GAUSS)
Seja Q um slido simples e seja o a superfcie que limita Q (o = fronteira de Q), orientada
positivamente (para fora). Se
F = 0 + 1 + 0 = 1
Exemplo 4: Calcule
}}
o
dS n . F , onde
+ + + = k ) xy sen( j ) e y ( i xy ) z , y , x ( F
2
xz 2
e o a
superfcie do slido Q limitado pelo cilindro parablico z = 1 x
2
e pelos planos z = 0 , y = 0 e y + z = 2.
usaremos o teorema de Gauss para transformar a integral de superfcie em integral tripla.
Escreveremos o slido Q como: Q = {(x, y, z) | -1 s x s 1, 0 s z s 1 x
2
, 0 s y s 2 z }.
Assim, temos:
}}} }}
o
=
Q
dV F div dS n . F =
}}}
Q
ydV 3 =
} } }
1
1
2
x 1
0
z 2
0
dx dz ydy 3 =
} }
1
1
2
x 1
0
2
dx dz
2
) z 2 (
3
=
}
1
1
2
x 1
0
3
dx
3
) z 2 (
2
3
= | |
}
+
1
1
3 2
dx 8 ) 1 x (
2
1
=
}
+ +
1
1
2 4 6
dx ) 7 x 3 x 3 x (
2
1
=
35
184
TEOREMA DE STOKES
Deve ser extremamente difcil calcular a integral de
superfcie dada diretamente. (Teramos que calcular quatro
integrais de superfcie, correspondentes aos quatro pedaos de o.)
Como o divergente de muito menos complicado que o
prprio :
div =
= y + 2y = 3y,
Seja o uma superfcie orientada com um nmero finito de arestas (suave por partes), cuja fronteira
formada por uma curva C simples, fechada, suave por partes, com orientao positiva. Seja
F um campo
vetorial cujos componentes tm derivadas parciais contnuas em uma regio aberta do IR
3
que contm o.
Ento:
}} }
o
= ndS . F rot r d . F
C
Exemplo 5: Calcule
}
C
r d . F , onde
+ + = k z j x i y ) z , y , x ( F
2 2
e C a curva da interseco do
plano y + z = 2 com o cilindro x
2
+ y
2
= 1. ( Oriente C para ter o sentido anti-horrio quando olhada de cima).
Dentre as muitas superfcies com fronteira C, a escolha mais conveniente a regio elptica o no
plano y + z = 2 cuja fronteira C. Se orientarmos o para cima, ento a orientao induzida em C ser positiva.
A projeo D de o sobre o plano xy o disco x
2
+ y
2
s 1 e, assim, fazendo z = 2 y , temos:
( )
s + e
=
=
=
o 1 v u : T v , u ,
v 2 z
v y
u x
:
2 2
VPF =
) 1 , 1 , 0 (
1 1 0
0 0 1
k j i
=
rot
F . VPF = 1 + 2y e
= u
(
u + = u u + = + = =
} } } }} }} }
t t
o
2
0
1
0
3 2 2
0
1
0 D C
d sen
3
r
2
2
r
rdrd ) sen r 2 1 ( dA ) y 2 1 ( ndS . F rot r d . F
= t = + t = u |
.
|
\
|
u +
}
t
0 2
2
1
d sen
3
2
2
1
2
0
o
n
C
O teorema de Stokes pode ser olhado como uma verso em
dimenso maior do Teorema de Green. Enquanto o Teorema de
Green relaciona uma integral dupla sobre uma regio plana D com
uma integral de linha ao redor de sua curva fronteira, o Teorema de
Stokes relaciona uma integral de superfcie sobre uma superfcie o
com uma integral ao redor da fronteira de o, a curva no espao C. A
figura ao lado mostra uma superfcie orientada o e seu vetor normal
n. A orientao de o induz a orientao positiva da curva fronteira
C. Isso significa que, se voc andar na direo positiva ao redor de
C, com sua cabea na direo de n, ento a superfcie estar sempre
a sua esquerda.
A curva C (uma elipse) est mostrada na figura ao
lado. Apesar de poder ser calculada
diretamente, mais simples usar o Teorema de Stokes.
Vamos, inicialmente calcular:
rot = (0, 0, 1 + 2y)
Exemplo 6: Use o Teorema de Stokes para calcular a integral
}}
o
ndS . F rot =
}
C
r d . F = =
}
t
2
0
dt ) t ( ' r . )) t ( r ( F ( )
}
t
+
2
0
2 2
dt t cos 3 t sen 3 =
}
t
=
2
0
0 tdtdt 2 cos 3
Exerccios:
1) Calcule
}}
o
ndS . F rot se
+ + = k y 5 j x 3 i z 2 ) z , y , x ( F e o a poro do parabolide z = 4 x
2
y
2
,
com z > 0 e com o vetor normal unitrio n acima da superfcie.
R.: 12t
2) Determine o trabalho realizado por
+ + = k x j z i y ) z , y , x ( F
2 2 2
para deslocar uma partcula ao longo
do contorno da parte do plano x + y + z = 2, no 1 octante, no sentido anti-horrio, olhando de cima.
R.: -8
Para complementar os estudos, leia os captulos:
8.7 (pg 531) e 8.8 (pg 539) e faa os exerccios mpares de n 1 17 da pgina 538 e de n 1 15 da pgina
545 do vol. 2 do livro Clculo um novo horizonte de Howard Anton
ou
18.6 (pg 615) e 18.7 (pg 623) e faa os exerccios mpares de n 1 15 da pgina 622 e de n 1 7 da
pgina 633 do vol 2 do livro Clculo com geometria analtica de Earl Swokowski.