Apostila de Temas Teológicos I - DOUTRINA de DEUS
Apostila de Temas Teológicos I - DOUTRINA de DEUS
Apostila de Temas Teológicos I - DOUTRINA de DEUS
O QUE O INFERNO?.....................................................................................................120
I O uso da palavra inferno no V.T................................................................................120
II O uso da palavra inferno no N. T. ...........................................................................120
O DESEJO DE PAULO DE PARTIR................................................................................124
Problema.............................................................................................................................124
Anlise do texto...................................................................................................................124
Deixar Este Corpo Para Habitar Com O Senhor (II Corntios 5:1-10).............................129
Vestido, despido (nu), revestido..........................................................................................129
Estado da morte versus o estado ressurrecto.......................................................................131
Nada desejvel na morte.....................................................................................................132
Sempre de bom nimo (v.6)................................................................................................134
Resumo................................................................................................................................135
Fala de casa terrestre e casa celestial..................................................................................135
PARBOLA DO RICO E LZARO.................................................................................138
Objeo...............................................................................................................................138
O PEDIDO DO LADRO..................................................................................................142
Objeo...............................................................................................................................142
ESPRITOS EM PRISO...................................................................................................145
Objeo...............................................................................................................................145
A FEITICEIRA DE ENDOR..............................................................................................148
Objeo...............................................................................................................................148
SE NO CORPO OU FORA DO CORPO... NO SEI........................................................151
Objeo...............................................................................................................................151
MUDANA DE CALENDRIO.......................................................................................153
Objeo...............................................................................................................................153
Uma s mudana.................................................................................................................154
A Semana Nunca Foi Abandonada....................................................................................155
Inconcebvel........................................................................................................................155
SBADO NUM MUNDO ESFRICO..............................................................................157
Objeo...............................................................................................................................157
S Aparente.........................................................................................................................157
Senso Comum, Apenas.......................................................................................................158
Todos Concordam...............................................................................................................158
TENTAO.......................................................................................................................160
I Definio........................................................................................................................160
II Numa tentao h trs partes envolvidas......................................................................160
III Conscincia.................................................................................................................160
IV Estgios da Tentao...................................................................................................160
V Concluso.....................................................................................................................162
PECADO.............................................................................................................................164
I A Origem do Pecado......................................................................................................164
II As Conseqncias da Rebelio.....................................................................................166
III Tentao e Queda do Homem.....................................................................................167
IV A Maldio.................................................................................................................169
V Os Resultados do Pecado.............................................................................................170
VI A Natureza Humana Antes do Pecado........................................................................171
3
Essa
etapa
caracterizada
pela
observao
Por outro lado, muitas realidades esto alm do alcance da razo humana,
simplesmente porque esta finita. Sendo Deus infinito impossvel que Ele seja
alcanado por mentes e mtodos ou instrumentos finitos.
2 Misticismo: atribui grande importncia ao sentimento. Duas formas:
a SOBRENATURAL: atravs dos sentimentos (experincia) diretamente
que Deus se revela. Tendem a rejeitar a revelao especial (Bblia) pois
defendem a comunicao direta de Deus ao homem.
b NATURAL: eliminam o sobrenatural e Deus no mais transcendente,
mas imanente ao homem. O prprio sentimento no homem ento a
fonte da verdade. Colocam o sentimento (experincia) acima da
autoridade da Bblia. Isto subjetivismo. Schleiermacher (1768-1834),
telogo alemo, muitas vezes citado como um racionalista, mas ele
realmente um subjetivista. para ele, religio
no reside no
LEITURA EXIGIDA: C. C. P. E. 11-17; 379-418; O.E. 98-100; 147-152; 249-253; 271272; M. J. 245-284; C. S. (CAP. 37) Nossa nica Salvaguarda; V. C. 104-113 (Que Fazer
com a Dvida?).
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NECESSIDADE
A REVELAO DE DEUS
Pascal falou de Deus como um Deus Absconditus (um Deus escondido); mas ele
tambm manteve que este Deus escondido Se revelou, e portanto pode ser conhecido. Isto
verdade. Certamente ns jamais poderamos conhec-Lo se Ele no tivesse Se revelado. O
que revelao? Revelao significa o ato de Deus pelo qual Ele Se revela a Si mesmo ou
comunica verdade para a mente; pelo qual Ele manifesta ou revela aquilo que no poderia
ser conhecido de outra maneira. De uma maneira geral existem dois tipos de revelao:
Geral e Especial.
1 A REVELAO GERAL DE DEUS Esta encontrada na natureza,
histria e conscincia. Ela comunicada atravs do fenmeno natural da
natureza ou do curso da histria, e dirigido a todos os seres racionais.
a A Revelao de Deus na Natureza. todos os naturalistas que rejeitam a
idia de Deus e que declaram que a natureza auto suficiente, eles
negam ou no vem nenhuma revelao de Deus na natureza. alguns
deles identificam a Deus com o Tudo, o Universum, e a
Natureza. Nem os telogos modernos admitem revelao de Deus na
natureza. Barth, por exemplo, mantm que o homem perdeu to
completamente a imagem de Deus que sem um ato sobrenatural de Deus
em cada indivduo, ele no ter nenhum conhecimento de Deus. Deus
deve criar a capacidade para a revelao e tambm comunic-la ao
homem. Brunner advoga que apesar do homem ter perdido a imagem de
Deus, ele percebe alguma coisa de Deus na natureza. Os destas
advogam que a natureza um meio suficiente da revelao de Deus.
Eles dizem que ela nos fornece com algumas simples verdades
imutveis acerca de Deus, virtude, imortalidade e recompensa do futura,
de uma maneira to clara que nenhuma revelao especial necessria.
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Ver no Esprito de Profecia tudo sobre revelao de Deus. Ver os captulos no livro
Educao sobre a revelao de Deus na natureza e na histria. Tambm no DTN o captulo
que fala de Jesus quando criana.
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Tels = alvo, desgnio, propsito. todas as coisas criadas tem um telos e perpetuam
este telos. E se existe o telos, ento deve tambm existir o idealizador ou planejador. O
telos das coisas criadas indica inteligncia, vontade, poder, perfeio, etc. Mas tudo aquilo
que revelado pelo telos no est no objetivo criado. Por exemplo, a inteligncia (mente)
revelada pelo livro, no est no livro mas no autor do livro. A mente est fora das coisas
criadas. A mente esto fora e acima das coisas criadas (Leia Salmos 84: 9-10).
Todas as coisas criadas revelam inteligncia, ordem, harmonia, propsito, poder, etc.
e tudo isto implica na existncia de um Ser inteligente.
ARGUMENTO ONTOLGICO
o argumento de nossas idias abstratas e necessrias. Se sou capaz de conceber
Deus, ento Ele deve existir. A necessria existncia da idia de Deus na nossa mente
implica que devemos conceber esta idia como tendo existncia. Se h o pensamento, h
tambm a realidade.
Anselmo escreveu o Monologium (onde desenvolve o argumento cosmolgico) e o
Proslogium (razo, idia). Na ltima obra seu argumento o seguinte: ns temos a idia de
um ser absoluto perfeito; mas a existncia um atributo da perfeio; logo um ser
absolutamente perfeito deve existir. No se pode imaginar um tringulo sem imaginar-se na
existncia de 3 ngulos. Assim no se pode pensar em Deus sem imaginar-se que Ele
existe.
Samuel Clarke: no podemos conceber a transitoridade (a no existncia) do tempo
e do espao. Portanto, tempo e espao so necessrios e eternos. Tempo e espao no so
substncias, portanto, deve haver uma substncia da qual o tempo e o espao so atributos.
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NOMES DE DEUS
NOMES EM GERAL
Para os povos da antigidade o nome tinha um significado mais profundo do que
hoje. No oriente, ainda hoje em muitos lugares um nome escolhido de acordo com uma
ocasio particular ou para expressar o carter do indivduo.
Num sentido geral da palavra, o nome de Deus uma revelao de Si mesmo.
especialmente uma revelao de Si mesmo em Suas relaes com o homem. Os muitos
nomes de Deus so expresses ou revelaes de vrios aspectos do Seu carter. A
diversidade dos nomes de Deus indicam uma revelao progressiva de Deus.
H uma ntima relao entre Deus e Seu nome. Seu nome idntico com o Seu
carter, com as virtudes que Deus revela em Sua relaes com Suas criaturas. O nome
contm Sua glria (Sl 8:1; 29:2), Sua honra (Lv 18:21; Sl 86:11; 102:15), Seu poder
redentor (Sl 54:1; Is 47:4; 50:10), Sua misericrdia (Is 48:9; Ez20:44).
Na realidade, o nome de Deus Deus na maneira como Ele se revela a ns de uma ou
de outra qualidade. Por esta razo Seu nome grande (Ez 36:23), Santo (Sl 11:9), Terrvel
(Sl 99:3), Uma Torre Forte (Sl 8:1).
Pelos Seus nomes, Deus procurou revelar-Se a Si mesmo ao homem. Os nomes de
Deus no so inveno humana, mas so de origem divina embora todos os nomes so
emprestados da linguagem humana.
Cada nome divino adequado ocasio e ao especfico aspecto de Sua relao com o
homem.
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Assim como ns conhecemos Davi pelos ttulos de pastor, msico, poeta, guerreiro,
rei, e profeta ttulos estes que refletem realizaes em sua vida assim tambm ns
podemos conhecer o trato de Deus para conosco e Seu carter pelos nomes de Deus.
NOMES DO VELHO TESTAMENTO E SEU SIGNIFICADO
Embora a Bblia registre vrios nomes de Deus, ela tambm fala no nome de Deus no
singular como em x 20:7,; Sl 8:1; 48:10; Sl 76:2; Pv 18:10.
Encontramos tais nomes como:
Elohm, l Elyn, l Adonai, l Shaddai, l Olm, Yahweh (Jeov) seus compostos:
Yahweh Ropheka, Yahaweh Megaddishken; Yahweh Sebath, Yahaweh Ro, Yahweh
Sidegn.
ELOHM Vem de alah que quer dizer jurar, isto , fazer um juramento, fazer um
concerto. Assim ELOHM descreve a Deus como algum que faz um concerto, um
juramento. Ele est ligado a ns por concerto e podemos confiar que Ele cumprir ou
manter o concerto.
Este o nome pelo qual Deus Se introduz em Gnesis: Aquele que criou o mundo e
declarou ser tudo muito bom. As leis da natureza foram estabelecidas, dia e noite, bem
como o ciclo anual, se sucedem em ordem, e ELOM jurou conservar todas as coisas assim
e restaur-las se necessrio. este o concerto, feito na forma de juramento, que sustm o
mundo e que assegurou o plano da salvao quando o homem caiu no pecado. Ele est
ligado ao homem e sua criao por um concerto. Ele garante nunca abandon-los, embora
cados at a sua restaurao. Leia 1Sm 12:22. Que segurana nos d o nome ELOHM !
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L ELYN este nome ocorre em Gn 14:18, 19,22, onde ele aparece em relao
com a experincia de Abrao com Melquisedeque. Este um nome composto L e
ELYN. L aparece sozinho pela primeira vez em Gn 16:13. L a palavra comum para
deus, e empregado tambm para os deuses pagos. L significa poder. LYN
significa Deus e Altssimo, o mais Exaltado. Implicitamente est dizendo que h os que
esto debaixo ou abaixo de Deus, dos quais Ele se lembra. Isto enfatizado no primeiro uso
do nome em relao com Abrao (Gn 14:19), onde ele modificado ou acrescido das
palavras possuidor dos cus e da terra. Assim os homens, cristos e no cristos, esto
todos sob o Seu cuidado e proteo. Ele tem o controle em Suas mos e a Deus pertence
tudo. E somente quando o homem se une a Deus e O reconhece como o mais exaltado
que o homem ter paz e felicidade. Foi neste contexto e reconhecimento que Deus
introduziu o nome ELYN. Abrao compreendeu que Deus havia dado a vitria sobre os
invasores da Mesopotmia e ele deu o dzimo de tudo. Por causa deste reconhecimento (que
Deus o proprietrio de tudo), Deus abenoou a Abrao, lembrando-se que Abrao e tudo
o que possua, pertencia ao Deus Altssimo. Os 4 reis que ele havia vencido com seu
pequeno exrcito eram grandes, mas Deus era maior. Deus est acima dos reis e domnios.
Melquisedeque era um tipo de Cristo.
O nome ELYN ocorre novamente na profecia involuntria de Balao acerca do
Messias e o relato da morte de Moiss. Nmeros 24:16 e Deuteronmio 32:8
respectivamente. Balao tentou em vo se opor contra Deus em troca de dinheiro, mas Deus
estava no controle. Em Dt 32:8, Moiss lembra ao povo de que o Altssimo estava
controlando as naes e separou uma parte aos Israelitas. O nome tambm ocorre, em 2Sm
22:14.
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Deus Altssimo, e este nome uma garantia de grande bno aos que reconhecem
sua dependncia de Deus (Gn 22:18). Lcifer tentou ser igual ao Altssimo; este foi o ser
grande pecado. (Is 14:14). Seu agente revelado em Daniel 7:25, fala grandiosamente
contra o altssimo. Ambos so destrudos. Em cada passagem onde este nome ocorre, ele
expressa de Deus a relao com toda Sua criao. (Sl 97:9).
ADONAI o nome que Abrao emprega depois da entrevista com Melquisedeque.
o pural de Adn, que significa senhor, mestre; contudo, o Velho Testamento reserva
esta forma Adonai exclusivamente para Deus. A palavra derivada do verbo Dn, que
significa governar, dirigir, ou julgar. O nome expressa uma relao pessoal Esta
relao entre Deus e Suas criaturas claramente declarada em Salmos 123:2. Abrao,
Moiss, Samuel, Davi, Paulo, e outros escritores bblicos chamam-se de servos ou escravos
de Deus. Adn sinnimo de baal, que significa igualmente senhor proprietrio,
possessor, e freqentemente traduzido por marido. Em Is 54:5 e Jr 31:32, Deus
declara que Ele nosso baal (marido).
L SHADDAI este nome ocorre primeiro em Gn 17:1, e quer dizer Todopoderoso. Este nome aponta para Deus como Aquele que tem o poder nos cus e na terra.
Shaddai descreve poder, no o poder destruidor ou violento, mas o poder mantenedor;
poder como fonte de bno e conforto. Com este nome, Deus se apresentou a Moiss em
x 6:2.
L-LAM quando Abrao fez um concerto com Abimeleque com respeito ao
poo que ele cavara, Abrao invocou o nome do Senhor L-LAM, o eterno Deus (Gn
21:33). Este nome ocorre somente uma vez mais (Is 40:28), e ento LAM ocorre com
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assim como a obedincia s Suas leis espirituais trar sade espiritual e restaurao. A
cincia est provando que as leis que Deus deu so vlidas.
YAHWEH MEGADDISHKEN este nome ocorre em Levtico 20:8 e quer dizer,
Deus o santificador. Somente um ser que inerentemente santo pode santificar a outros.
Tal a revelao do nome. Deus separado de todos os seres como inerentemente santo, e
quando ns nos unimos a Deus em obedincia, Ele nos tornar santos tambm.
YAHWEH SEBATH o nome significa Yahweh dos Exrcitos e era usado
geralmente nas circunstncias de derrota ou grande necessidade. Este nome ocorre primeiro
em 1Sm 1:3,11. usado em seguida quando os israelitas so vencidos e a arca tomada
(1Sm 4:4). usado de novo quando Saul foi ungido rei e ordenado a derrotar os
amalequitas (cap. 15:2), quando Davi enfrentou Golias (17:45), quando Davi devia tomar
Jerusalm dos jebusitas (2Sm 5:10), quando ele traz a arca para Jerusalm (6:2,18), quando
Nat apresentou-lhe as promessas de Deus (7:8,26,27), quando Elias enfrentou Acabe (1Re
18:15), quando Elias fugiu ao Monte Horebe (19:10), quando Eliseu foi trazido presena
de Jeoaquim (2Re 3:14). nos Salmos, o nome ocorre nos cnticos de angstia ou juzo
antecipado, em oraes por misericrdia, ou em hinos da grandeza e poder de Deus.
YAHWEH SEBATH caracteriza a Deus como Aquele capaz de trazer auxlio,
como no caso de Eliseu que orou a Deus para que abrisse os olhos de seu servo. Quando os
seus foram abertos, ele viu a montanha rodeada de carros de fogo (2Re 6:17). Este nome
caracteriza a Deus como Rei na plenitude de Seu poder e glria, rodeado, por todos os
exrcitos do cu, recebendo honra e glria pronto para dar auxlio ao mais fraco dos
santos. (Sl 34:7). O ministrio dos anjos descrito de uma maneira ainda melhor no Novo
Testamento. Quando a igreja est em dificuldades e em desnimo, ou quando um dos seus
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santos depara-se diante de uma necessidade extrema ou diante de uma derrota, ele pode
lembrar-se de que Deus tambm Yahweh Sebath, o Princpe das legies dos cus, que
vir em auxlio do mais fraco dos santos.
YAHWEH RO este nome significa Jeov ou Senhor meu Pastor e encontrase em Sl 23:1. A palavra raah significa alimentar, pastorear, ou dirigir um rebanho.
Leia Salmos 23:1-20. Este nome caracteriza a Deus como um provedor do alimento
espiritual. Havendo se alimentado, o santo deitar-se- e dirigir o alimento. Deus mesmo se
interessa pelos que se extraviaram e os procurar. (Is 53:6). Este nome revela a Deus como
um provedor fiel e abundante, motivado pelo seu amor desprendido.
YAHWEH SIDEQNO Jeremias 23:6 usa este nome que quer significar, Jeov
Justia Nossa. Ele santo e tambm deseja que o sejamos. (Veja Lv 11:44; 19:2; 20:7,26).
para enviar em auxlio de algum em necessidade. Como Yahweh Ro, Jeov o meu Pastor,
Ele o provedor do alimento espiritual. Como Yahweh Sideqn, Jeov Justia nossa, ele
imputa e comunica a justia e o direito para a vida eterna. Estes nomes do-nos certeza que
Deus nunca nos deixar, e revelam que Ele trar cada alma sincera ao seu aprisco.
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A TRINDADE
A A DOUTRINA DA TRINDADE NA HISTRIA
1 Perodo Anterior da Reforma
Os judeus dos dias de Jesus enfatizaram a unidade de Deus e isto foi transferido para
a igreja crist. O resultado, foi que alguns anularam as distines pessoais da Divindade e
outros que faziam-nas no fizeram justia a Segunda e terceira pessoas da Trindade por
afirmarem que no eram co-substanciais, co-eternos, co-iguais ao Pai.
Tertuliano foi o primeiro a usar a palavra Trindade e a formular a doutrina, mas sua
formulao era defeituosa, porque subordinava o Filho ao Pai. Orgenes foi alm desta
distino em ensinar que o Filho era subordinado ao Pai no que diz respeito essncia, e
que o Esprito Santo subordinado ao Filho. Isto prepara o caminho aos Arianos, que
negavam a divindade do Filho e do Esprito Santo por afirmarem que o Filho era a
primeira Criatura do Pai e o Esprito Santo, a primeira criatura do Filho. Assim a coeternidade e a co-essncia do filho e do Esprito com o Pai foi sacrificada, a fim de
preservar a unidade de Deus; e conseqentemente as trs pessoas da Trindade divergiam de
graduaes.
Os arianos ainda retinham uma aparente trindade, mas as 3 pessoas na Trindade
foram sacrificadas inteiramente pelo Monarquianismo, em parte para preservar a unidade
de Deus e em parte para manter a Divindade de Jesus. O monarquianismo Dinmico, para
salvaguardar a idia de Deus como um, viam em Jesus um homem somente, e no Esprito
Santo uma influncia. O monarquianismo Modalstico querendo salvar a divindade de Jesus
consideravam o Pai, o Filho e o Esprito Santo meramente como 3 modos de manifestaes
sucessivas da divindade. Em outras palavras, o M. M. afirmava que a Trindade consistia
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apenas de uma pessoa, e que os termos Pai, Filho, Esprito Santo, simplesmente denotavam
esta uma Pessoa em diferentes ofcios. Ex. Joo em casa conhecido como Pai, no
comrcio como gerente, e no clube como jogador. Mas esta corrente satisfazia apenas um
ponto em reconhecimento ou reconhecer a Divindade de Cristo. Seus defeitos eram visveis
se as fases eram sucessivas ento Deus cessou de ser o Pai, quando Ele tornou Filho, e
cessou de ser Filho quando Ele se tornou Esprito. Esta corrente conhecida tambm de
Sabelianismo.
O Monarquianismo tambm conhecido como Socianismo, e como j foi dito, o M.
D. afirmava que Jesus era somente humano, um homem muito bom, na verdade o melhor
dos homens porque Ele era inteiramente animado ou controlado pelo poder de Deus. Ele
no existiu antes de Belm. Desta maneira eles salvaguardam a unidade da Divindade.
Tambm houve aqueles que perdendo a unidade da Divindade caram no Tri-tesmo
(trs pessoas separadas, com vontade e ao diferentes).
No Conclio de Nicia, a igreja declarou o Filho como sendo co-essencial com o Pai
(325 A. D.), enquanto o Conclio de Constantinopla (318 A. D.), afirmou a Divindade do
Esprito. Quanto a inter-relao dos trs, foi oficialmente declarado que o Esprito Santo
procede do Pai e do Filho (Filioque).
2 O Perodo da Reforma
No temos novas formulaes da doutrina da Trindade, mas apenas temos repeties
dos erros verificados antes da Reforma.
B DEUS COMO TRINDADE EM UNIDADE
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A palavra Trindade tecnicamente quer dizer no somente o estado de serem trs, mas
tambm de uma unidade dos trs. quando falamos em Trindade em Teologia queremos
dizer ou referir-nos sobre a Trindade em unidade, e a uma unidade que trinal.
Provas Escritursticas da Doutrina da Trindade A doutrina da Trindade
decididamente uma doutrina da Revelao. verdade que a razo humana pode sugerir
alguns pensamentos para substanciar a doutrina, mas se no fosse a Revelao Especial ns
no teramos tido conhecimento dela. Devemos pois ir s Escrituras para uma verdadeira
doutrina da Trindade.
a Intimidaes do Velho Testamento Embora o Velho testamento fale
explicitamente na unidade de Deus (Dt 6:4; Is 44:6; 1Re 8:60; Zc 14:9),
existem numerosas intimidaes de uma pluralidade na Divindade, e
algumas indicaes que esta pluralidade uma Trindade. Quanto
pluralidade, podemos citar: Gn 1:2,26; 3:22; 11:7; 20:13; 48:15; Is 6:8.
Indicaes mais ntidas da Trindade, ns encontramos em Gnesis
1:1-2, onde o Esprito distinguido de Deus. Em Gnesis 6:3, esta
distino feita tambm. O Novo Testamento declara que Jesus Cristo
o agente da criao. (Ef 3:9). H passagens em que Deus fala e ao
mesmo tempo so mencionados o Messias e o Esprito; ou o Messias
quem fala e menciona Deus ou Esprito. (Is 48:16; 61:1; 63:9,10).
b Provas no Novo Testamento Embora no exista no Novo Testamento
uma passagem que, defina a Trindade, ns temos passagens que
mencionam claramente as trs Pessoas de tal maneira que no somente a
sua distino percebida como tambm a Sua unidade. 1) Mt 28:19
na Grande Comisso, Jesus distingue as 3 Pessoas; 2) 2Co 13:13
Bno Apostlica uma orao que dirigida a Jesus por Sua graa,
ao Pai por Seu amor, e ao Esprito pela comunho; 3) Mt 3:16-17 no
batismo de Jesus, o Pai fala dos cus e o Esprito desce em forma de
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e ao mesmo tempo completamente um, no nos foi revelado e est alm de nossa
compreenso. No temos base de comparao com nada que conhecemos. A Trindade
compreensvel em alguns aspectos ou manifestaes, mas incomparavelmente em Sua
essncia. Os esforos feitos para explicar o mistrio, foram especulativos na maioria dos
casos no teolgicos. Eles resultaram no desenvolvimento de concepes tri-testica ou
madalstica de Deus, em detrimento da unidade de Deus ou da distino pessoal da
Trindade. A Igreja nunca tentou explicar este mistrio, mas apenas procurou formular uma
doutrina de tal maneira que evitasse os erros que a ameaaram.
D INCOMPREENSO JUDAICA
A doutrina da Trindade no tem sido compreendida entre os judeus a ponto de
dizerem que ns cristos adoramos trs Deuses. A fim de compreendermos o problema dos
judeus, desejamos citar um trecho dos escritos do ex Rabbi Leopold Cohn, The Trinity in
the Old Testament, pp. 3,4. Ele declara:
A razo dos judeus serem desviados da doutrina de um Deus Trino acha-se
fundamentado nos ensinos de Moiss Maimonides. Ele compilou 13 artigos de f que os
judeus citaram e incorporaram em sua liturgia. Um deles , Eu creio verdadeiramente que
o Criador, santificado seja o Seu nome, nico (Um s, hebraico, Yachid... Esta expresso
de nico ou um s diametralmente oposto Palavra de Deus que ensina com grande
nfase que Deus no Yachid, que significa nico ou um s, mas achid que significa
um (unidade). Em Deuteronmio 6:4, Deus declarou um princpio de f para o Seu povo
que certamente superior ao de Moiss Maimonides, mormente porque Deus quem diz:
Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus UM. A nfase da frase est no UM, no no sentido
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de Yachid (nico) como Moiss Maimonides usa, mas Achid que significa um, aquele
que est unido.
Desejamos agora mencionar onde estas duas palavras: Yachid e Achid ocorrem
no Velho Testamento e em que contexto e com que significado, para ento declarar o seu
verdadeiro significado.
Em Gnesis 1. n lemos que houve tarde e manh, o que formava um dia. Aqui a
palavra Achid usada, que sugere que a tarde e a manh, duas partes separadas, so
chamadas de um, mostrando que a palavra Achid no significa nico mas um no
sentido de unido. Ento em Gnesis 2:24, ns lemos: Portanto deixar o varo o seu pai e a
sua me, e apegar-se- sua mulher, e sero ambos uma carne. Aqui tambm a palavra
Achid usada, mostrando que ela significa um, unido, e referindo-se a duas pessoas
distintas.
Vejamos onde a expresso Yachid (nico) empregada. Em Gnesis 22:2, Deus
diz a Abrao: Toma agora o teu filho, o teu nico. Aqui aparece a palavra Yachid e ela
repetida em Gnesis 22:12. Em Salmos 25:16, Yachid aplicado a uma s pessoa, e o
mesmo ocorre em Jeremias 6:26. A mesma palavra dando a idia de nico ocorre em
Zacarias 12:10 e Salmos 68:6.
Assim ns vemos que Moiss Maimonides, com toda a sua grande sabedoria e muito
estudo, fez ou cometeu um grande engano em prescrever aos judeus a confisso de f na
qual declarou que Deus Yachid, uma declarao que se ope Palavra de Deus...
Esta portanto a verdadeira crena crist. Ele no tem trs deuses, mas UM, um no
sentido Escriturstico, que Achid no hebraico, e que consiste em trs personalidades
distintas. (Leopold Cohn, The Trinity in the Old Testament, pp. 3,4).
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DEUS
subordinada em relao ao Pai. Mas no sentido mais profundo, os termos apontam para
uma relao nica de participarem de uma mesma natureza e substncia que nenhuma
criatura pode ter.
A idia dos termos expressa claramente por Dr. Warfield quando diz: O que o
conceito de filiao nas Escrituras encerra verdadeiramente semelhana; o que quer que
o Pai , isto o Filho tambm. O termo enftico de Filho aplicado a Jesus Cristo, uma
das Pessoas da Trindade, afirma acertadamente Sua igualdade com o Pai e no
subordinao ao Pai... Da mesma maneira a expresso Esprito de Deus ou Esprito de
Jeov, que ocorre freqentemente no Velho Testamento, certamente no d a idia de
derivao e nem de subordinao, mas
terceira Pessoa da Trindade para mostrar a correta identidade que o Esprito Santo tem com
Deus o Pai. (Warfield, Biblical Doctrines, p. 163).
H passagens no Novo Testamento em que ocorrem os termos Filho e Esprito, e
a nfase posta na idia de igualdade ou semelhana com o Pai, e conseqentemente entre
as 3 Pessoas da Trindade. Em Joo 5:18, ns lemos: Por isso os judeus ainda mais
procuravam mat-lo, porque no s quebrantava o Sbado, mas tambm dizia que Deus era
Seu prprio Pai, fazendo-Se igual a Deus. Jesus foi corretamente entendido de chamar
Deus de Seu prprio Pai, isto , os judeus entenderam o que Jesus reclamou quando disse
que Ele era o Filho de Deus. Os judeus entenderam que Jesus no estava usando o termo
figuradamente e que Jesus estava reclamando ser tudo o que Deus . Ser Filho de Deus
queria dizer que Ele era igual a Deus.
Igualmente ns lemos em 1 Corntios 2:10-11 que o Esprito Santo igual a Deus.
Aqui o Esprito Santo apresentado como o substrato da conscincia prpria de Deus, o
princpio do conhecimento de Deus. O Esprito Deus mesmo na mais ntima essncia do
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Seu ser. Assim como o esprito do homem a sede da vida humana, a vida do homem,
assim o Esprito de Deus Seu elemento de vida. Como pode Ele ento ser considerado
subordinado a Deus, ou derivado de Deus?
Vimos que os termos Pai e Filho no so adequados para expressar uma relao
completa e perfeita que existe entre as duas primeiras Pessoas da Trindade. Entretanto, eles
so os melhores que temos. So termos usados nas Escrituras, e alm de expressar a idia
de semelhana de natureza, estes termos so recprocos, expressando, idia de amor,
confiana, honra, unidade, harmonia. Quando lemos que Deus deu o Seu Filho para
redeno do mundo, ns somos levados a entender que a situao era em muitos aspectos
idntica quela de um pai humano que envia seu filho como missionrio ou em defesa de
sua ptria. algo que envolve sacrifcio da parte do pai bem como privao e sacrifcio da
parte do filho.
Que os termos Pai e Filho so usados de uma maneira peculiar em relao s
duas Pessoas da Trindade pode ser visto do variado uso destes termos em outras partes das
Escrituras, e uso dirio. Por exemplo: Gn 4:20-21; 17:4; x 4:22; 2Sm 7:14.
Alm disso, muitos dos ensinos das Escrituras so dados em linguagem figurada.
Cristo chamado como o Cordeiro (Jo 1:29); o bom Pastor (Jo 10:11); a Porta (Jo 10:7); a
Videira (Jo 15:1-5); a Luz (Jo 1:9); etc...
Assim de acordo com o acima exposto, era prprio que os termos Pai e Filho
fossem escolhidos para expressar uma relao especial que existe entres as Pessoas da
Trindade.
G SUBORDINAO
DE
38
De todas as doutrinas crists, esta talvez a mais difcil de ser entendida. Que Deus
existe como uma Trindade tem sido claramente revelado; mas o modo particular de como
as 3 Pessoas existem no tem sido revelado. A maravilhosa personalidade de Deus, Pai,
Filho, e Esprito Santo, permanece em mistrio. Em cada esfera ns somos obrigados a crer
sem compreender ou explicar a realidade. O que por exemplo a luz? O que d ou produz a
fora da gravidade e como atua?
H muitas coisas no mundo que so verdadeiras mas que no sabemos explicar. o que
eletricidade? O que a vida? O que capacita o corpo humano de transformar o alimento
em sangue, cabelo, ossos e pele? Estas so apenas algumas das perguntas que no tem
explicao, no entanto, este fato no invalida a verdade. Elas existem e sua existncia no
dependem de ns a compreendermos. Da mesma maneira a Trindade existe e Sua existncia
no depende de compreenso dos mistrio de Sua natureza.
Mas, apesar da doutrina da Trindade apresentar um mistrio, ela no apresenta uma
contradio. Ela afirma que Deus um em respeito essncia ou substncia e que Deus
Trs em um aspecto diferente nas distines pessoais, Assim a posio Unitariana, que
afirma que Deus nico (uma pessoa) mas nega a divindade de Jesus Cristo, e a posio
Trinitariana, que afirma que h 3 deuses, so refutadas. A doutrina da Trindade est acima
40
da razo e nunca, poderia ser descoberta se no tivesse sido revelada por Deus ao homem.
Entretanto ela no contrria a razo e nem inconsistente com outras verdades da Bblia.
41
OS ANJOS
I O NOME ANJO
O nome Anjo veio do grego aggelos que significa mensageiro. Malak, o
equivalente de aggelos no Velho Testamento traduzido por mensageiro to
freqentemente como anjo. Tanto no hebraico como no grego, o termo traduzido ou
aplicado para mensageiros humanos, bem como para mensageiros celestiais. (veja 1Re
19:2; Ag 1:13; Ml 2:7; Mt 11:10; Lc 7:24; 9:52).
H passagens em que o uso de anjo expressa a idia de mensageiro e no a
categoria de anjo. Por exemplo: Anjo, Meu Anjo, Anjo do Senhor, ou expresso
parecida, so usadas com referncia Divindade e no a anjos. (Gn 48:15,16; Is 63:9; Ap
22:16). A expresso Arcanjo, que comumente traduzido por Anjo principal, que pode
ser traduzido por mensageiro principal. Ns cremos que Cristo o Arcanjo. (Veja o
S.D.A. Bible Comentary sobre Dn 10:13; 1Ts 4:16; Jd 9; Ap 12:7). Reconhecendo o
significado mais amplo para anjo, ajuda-nos a eliminar o problema em descrever a Jesus
como Anjo. (Veja Patriarcas e. Profetas, p. 381).
II A ORIGEM DOS ANJOS
Que os Anjos existem de toda eternidade evidente das Escrituras que fala de sua
criao.(Ne 9:6; Sl 148:2,5; Cl 1:16).
Que os anjos so criaturas, est implcito em 1Timteo 6:16, onde nos dito que
somente Deus tem a imortalidade.
42
DOS ANJOS
Sl 103:20
2Pe 2:11
Mt 28:2 (uma pedra de 2m de dimetro por 30cm de espessura, pesaria
cerca de 4 toneladas)
2Sm 14:20
Mt 24:36
43
44
45
obra dos Anjos estarem unidos aos que so provados, aos sofredores e tentados.
Trabalham incansavelmente a favor daqueles por quem Cristo morreu. Quando os
pecadores so levados a entregar-se ao Salvador, os anjos levam as novas ao Cu, e h
regozijo entre as hostes celestiais. (A.A., 153-154).
Precisamos conhecer melhor do que conhecemos a misso dos Anjos. Convm
lembrar que cada verdadeiro filho de Deus tem a cooperao dos seres celestiais. (A.A.,
154).
Sempre que algum toma um passo em direo a Jesus, Jesus est tomando nossos
passos na direo dEle. O trabalho dos Anjos de afastar os poderes de Satans. (E.G.W.,
B.C., 7:922).
6 Conservam um registro de todas as aes humanas. (Mt 18:10; Ml 8:16; Ec
12:14, Mt 12:36).
Um registro levado ao Cu, de todo o esforo bem sucedido de nossa parte para
dissipar as trevas e propagar o conhecimento de Cristo. Ao ser a ao referida diante do Pai,
fremente alegria toma posse de todo o exrcito celestial. (A. A., 154).
Ao lado de cada nome, nos livros do Cu, esto escritos, com terrvel exatido, toda
m palavra, todo ato egosta, todo dever no cumprido, e todo pecado secreto, juntamente
com toda artificiosa hipocrisia. Advertncias ou admoestaes enviadas pelo Cu e que
foram negligenciadas, momentos desperdiados, oportunidades no aproveitadas, influncia
exercida para o bem ou para o mal, juntamente com seus resultados de vasto alcance, tudo
historiado pelo Anjo relator. (C.S., 521-522).
No livro memorial de Deus toda ao de justia se acha imortalizada. Ali, toda
tentao resistida, todo mal vencido, toda palavra de terna compaixo que se proferir,
46
48
49
50
segundo alguns, ao cu do nosso planeta, quer as nuvens ou estrelas porque elas foram
criadas no 2 e 4 dias da semana da criao. Ento, em Gn 1:2, o autor descreve a condio
original da terra (comp. Sl 104:5,6). uma pergunta debatvel, se a criao original da
matria fez parte da obra realizada no 1 dia da criao, ou se esteve separada da obra do 1
dia da semana da criao por um perodo de tempo breve ou longo. Seja qualquer a posio,
uma coisa certa: Deus o criador de tudo, e em ltima instncia Ele criou todas as coisas
do nada. Antes de considerarmos as obras da semana da criao, a questo da durao dos
dias da criao deve ser considerada.
2 A Teoria de que os dias da criao so longos perodos Alguns afirmam que os
dias de Gnesis 1 so longos perodos de tempo, afim de harmoniz-los com os perodos
geolgicos. Esta opinio no era ausente na igreja primitiva. Alguns pais da igreja que
admitiam que os dias da criao no eram literais, expressavam a opinio de que toda a
obra da criao foi obra de um momento, e que os dias meramente constituam uma
estrutura que facilitava a descrio da obra da criao de uma forma ordenada, para facilitar
a sua compreenso por mentes finitas.
A opinio de que os dias da criao so longos perodos de tempo ressurgiu nos
ltimos sculos, no pelo estudo exegtico, mas surgiu sob a influncia do progresso
cientfico. Antes do sculo XIX, os dias de Gnesis eram de um modo geral considerados
como dias literais. E se as interpretaes tradicionais conflitam com a cincia e com os
fatos bem estabelecidos, ento, uma reviso das interpretaes necessria. Entretanto, as
eras geolgicas, que motivaram a reinterpretao dos dias de Gnesis de dias literais para
longos perodos, no so reconhecidas pela cincia e nem so fatos bem estabelecidos.
ARGUMENTOS USADOS PARA SUSTENTAR
LONGOS PERODOS
52
1 A Palavra dia (heb. Yom) usada de vrias maneiras, e nem sempre quer dizer um
perodo de 24 horas. [a] usado para o perodo diurno em contraste com a noite (12
horas). (Gn 1:4,16,18). [b] Para dia e noite juntos (24 horas). (Gn 1:5,8,13, etc). [c] Para
todos os dias da criao juntos. (Gn 2:4). [d] Como longos perodos e indefinidos perodos,
exemplos: dia da calamidade (Dt 32:35); dia da batalha (1Sm 13:22); dia da ira (Ap 6:17);
dia da salvao (2Co 6:2); dia do Senhor (Sf 1:7,14). [e] Algumas vezes a palavra Yom
quer dizer tempo. (Gn 26:8; 38:12; Nm 13:20; Js 3:15). Adiante veremos como refutar
este argumento.
2 Considerando que o sol foi criado somente no 4 dia, os dias anteriores ao 4 dia
no puderam ser determinados, pela relao da terra com o sol. Isto verdade, mas no
prova o ponto. Deus, evidentemente, tinha mesmo antes do 4 dia, estabelecido uma
mudana rtmica da luz em trevas, e no h base alguma para se dizer que os dias anteriores
ao 4 dia eram maiores do que os que sucederam ao 4 dia. Porque iremos assumir que
Deus aumentou grandemente a velocidade da rotao da Terra depois que a luz foi
concentrada no sol?
3 Os dias mencionados em Gnesis 1 so dias de Deus, dias prototpicos (originais)
dos quais os dias do homem so apenas cpias; e para Deus mil anos so como um dia. (Sl
90:4; 2Pe 3:8). Mas este argumento baseado numa confuso de tempo com eternidade.
Deus, em essncia, no tem dias, mas habita na eternidade, acima de qualquer tempo
comensurvel. Esta tambm a idia expressa por Salmo 90:4 e 2 Pedro 3:8. Os nicos
dias dos quais Deus tem conhecimento so os dias deste mundo temporal e espacial
(limitado ao tempo e espao). Como podemos concluir do simples fato que Deus est acima
das limitaes do tempo, do tempo que existe neste mundo, onde o tempo medido por
53
dias, semanas, meses, e anos, que um dia pode tanto ser um perodo de 100.000 anos como
um perodo de 24 horas?
4 O 7 dia, o dia em que Deus descansou, dito continuar at hoje, e deve portanto,
ser considerado como um perodo de milhares de anos. E o Sbado de Deus e este Sbado
(sabbath = descanso) nunca finda. Este argumento apresenta idntica confuso anterior. A
idia de que iniciou a obra da criao num certo ponto do tempo, e ento cessou a Sua obra
depois de um perodo de 6 dias, no se aplicam a Deus em Si mesmo (essncia), mas
apenas se refere Sua atividade temporal ou aos Seus resultados temporais de Sua
atividade criadora. Deus imutvel, o mesmo de eternidade eternidade. Por outro lado, o
Sbado da criao, foi um dia igual aos outros dias. Deus no somente descansou naquele
dia, como tambm abenoou-o e santificou-o, colocando-o a parte para descanso do
homem. (x 20:11). Isto dificilmente se aplicaria todo o perodo de tempo da criao at
o dia de hoje.
3 A Teoria de que os dias da criao so literais A idia predominante acerca dos
dias de Gnesis 1 sempre foi de que eles eram dias literais. Foi somente depois que as
novas cincias da geologia e paleontologia surgiram, com as suas teorias da enorme idade
da Terra, que telogos comearam a mostrar uma inclinao para identificar os dias da
criao com os longos perodos ou eras geolgicas. A interpretao literal dos dias da
criao favorecida pelos seguintes argumentos:
a No seu significado primrio, a palavra Yom denota ou significa um dia
natural; e uma regra muito boa de exegese, a gente no se deve desviar do
significado primrio da palavra, a no ser que o contexto o exija. Muitos
telogos salientam o fato de que a palavra Yom em Gnesis 1, no significa
outra coisa seno dia natural tal como conhecido na Terra pelo homem.
54
DIA:
DIA:
104:8). Alm disso o reino das plantas e dos vegetais foi estabelecido. A
expresso segundo a sua espcie que ocorre 3 vezes nos versos 11-12
favorece a idia de que as diferentes espcies de plantas foram criadas por
Deus, e no evoluram de uma para a outra. Cada uma produziu segundo a
sua espcie e somente podia produzir sua espcie.
d 4 DIA: Sol, lua, estrelas foram criados para vrios propsitos. Veja o texto.
58
e 5
DIA:
espcies.
f 6 DIA Homem e animais domsticos.
59
60
universo que Satans estava errado. A soluo seria dar oportunidade a Satans para
demonstrar que tipo de governo ele iria fazer.
Ansiedade e desgraa foi a sorte do homem. Desapontamento, tristeza, dor, e
finalmente a morte foram os resultados de sua ao. Alm disso, sob a maldio do
pecado, toda a natureza devia testemunhar ao homem acerca do carter e resultados da
rebelio contra Deus. (P.P., 59).
bom compreendermos as limitaes de Satans bem como o seu poder. Ns lemos,
O prncipe do mal, embora possuindo toda a sabedoria e poder de um anjo cado, ele no
tem o poder de criar, ou dar vida; esta uma prerrogativa de Deus apenas. (P.P., 264). Isto
deve confortar-nos. Entretanto, devemos lembrar-nos que Satans era o mais elevado e
poderoso anjo no cu. Ele pode realizar milagres (IT., 302) e ele est atuando nos acidentes
e calamidades em terra e mar, nas grandes conflagraes, tempestades e saraivadas,
enchentes, ciclones e terremotos. Ele cura o doente quando para a sua vantagem. Satans
um se de grande inteligncia, e estudou os segredos dos laboratrios da natureza para
descobrir como trazer maior deteriorao e morte. Ele causa fomes, e espalha os germes da
doena. (GC, 589, 590).
Satans o autor de todas as nossas aflies. Ele (Deus) nunca fez o espinho, um
cardo, ou uma erva daninha. Estes so obra de Satans, o resultado da degenerao
introduzida por ele entre as coisas preciosas. (T 6:186). Nenhuma planta nociva foi
colocada no grande jardim do Senhor, mas depois de Ado e Eva terem pecado ervas
venenosas surgiram... Todas as ervas daninhas so semeadas pelo maligno. Cada erva
nociva de sua sementeira, e pelos seu mtodos engenhosos de amalgamao ele polui a
terra com ervas daninhas. (Manuscritos 65, 1899).
61
grande Criador. Embora, criado do p, Ado foi o filho de Deus. (P.P., 45). Alguns tm
dito que preferem ser um bugio exaltado a um homem cado, mas nesta escolha eles
ignoram o fato que Cristo morreu no para salvar uma besta exaltada, mas antes, Ele
morreu para tornar possvel a recuperao da famlia de Deus. S h redeno para aqueles
que caram, os perdidos.
Para um homem evoludo no h esperanas de escapar da escravido de seus
ancestrais bestiais. Sua futuras realizaes sero pela natureza do seu passado, limitadas.
Mas para cada homem cado que se arrepende e aceita a redeno oferecida, brilha a
radiante esperana de uma completa restaurao ou restabelecimento na Casa de Deus.
Na aceitao da histria da criao de Gnesis, combinado com uma compreenso da
controvrsia que h na natureza hoje entre o Criador e Satans, ns temos uma filosofia que
explica o verdadeiro significado da natureza. Logo, muito logo, esta demonstrao do bem
de Deus e do mal de Satans terminar, e o maravilhoso matiz da vida novamente revelar
somente as maravilhosas obras de um Deus de amor.
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A PALAVRA DE DEUS
LEITURA SUGESTIVA: Mensagens Escolhidas, cap 1; O Testemunho de Jesus, pp. 7-26; 5989; Testemunhos para Ministros, pp 105-119; Mensagens aos Jovens, pp 253-268.
A INSPIRAO
DAS
ESCRITURAS
I Definio de inspirao
a Descrio bblica de inspirao: 2Tm 3:16 Causador ou originador = Deus;
Theos-pneustos = soprado, inspirado por Deus; Processo: inspirao;
Produto: As Escrituras. 2Pe 1:21 Causador = Deus, pelo Esprito Santo;
Meio ou processo: homens santos movidos; Produto: a profecia ou
Escrituras. O processo da inspirao, no sentido amplo, inicia com a
revelao divina.
1 Primeiro, Deus falou aos profetas. Isto foi feito de vrias maneiras. (Hb
1:1).
a Deus falou por Anjos Gn.
b Em sonhos Dn 7:1; Nm 12:6.
c Em vises Is 1:1; Ez 1:1; 8:3; 11:24.
d Por milagres Sara ardente, x 3:2 (veja Jz 6:37; Jn 1:1).
e Pela natureza Sl 19:1.
f Em voz audvel 1Sm 3.
g Pelo Urim e Tumim x 28:30; Nm 27:21.
h Pela revelao de outros escritos profticos Dn 9:1-2.
65
PRODUTO FINAL
66
COMUNICAO
DE
(2Pe
67
realidade, a encarnao de Cristo oferece uma boa ilustrao dos dois aspectos das
Escrituras divino e humano, Jesus e as Escrituras tm uma natureza terrena e celestial. E
em ambos a parte humana verdadeira assim como o a parte divina. Com est errado
tentar eliminar o lado divino da natureza de Jesus para tentar explicar o lado humano de
Jesus ou vice-versa, assim tambm no podemos eliminar um desses aspectos das
Escrituras. errado negar que as palavras das Escrituras no so divino-humanas.
Na questo de modus operandi da inspirao, um equilbrio deve ser procurado entre
os extremos da falibilidade humana e de que as Escrituras foram ditadas por Deus.
69
70
homem certamente errar e levar outros ao erro. Esta teoria que mantm
que a intuio a nica fonte da verdade religiosa, apresenta uma sria
contradio se a teoria certa, ento um homem inspirado para dizer
algo que um outro inspirado a declarar como falso. Faz a verdade ser
algo subjetivo uma questo de opinio prpria no tendo nenhum ponto
de referncia fora do homem para julg-la. Esta teoria nega a existncia
de um Deus pessoal que a Verdade, que revela a Verdade e faz o homem
ser a maior inteligncia no universo.
71
palavras, a casca (mito) deve ser rejeitada, mas o miolo (a verdade) deve
ser preservada.
72
73
A BBLIA E A RELIGIO
INTRODUO
Religio inerente ao homem. Religio uma necessidade.
I QUAL A NATUREZA DA RELIGIO? O QUE RELIGIO?
a religio primariamente um conjunto de crenas, doutrinas? Qual o lugar do
conhecimento ou intelecto na religio? Alguns tem interpretado religio como sendo
crena. evidente que o elemento eu creio importante na religio. Religio deve ser
racional ou do contrrio perder o apelo. Entretanto, alguns que tem podido explicar os
credos e teologia no tm sido considerados religiosos, e outros que no tem sido capazes
de explicar as suas convices ou formular as doutrinas tem sido considerados religiosos.
Intelecto embora desejvel e essencial para a religio no o suficiente. Religio no s
crer, no s filosofia.
b religio um assunto de emoo? Qual a parte do sentimento na religio?
Religio sentimento ou uma experincia? Schleiermacher, um telogo alemo, surgiu com
esta interpretao que religio pura um sentimento puro, uma experincia. O sentimento
um elemento importante na religio, contudo, no suficiente. Sentimentos ou
experincias so enganosos a menos que sejam acompanhados e guiados pelo intelecto.
c Religio a reao do homem todo. Religio no seu melhor equilbrio do
intelecto e os sentimentos, o equilbrio entre a doutrina e experincia. Religio verdadeira
aquela que satisfaz no somente os reclamos do intelecto mas tambm as necessidades
bsicas da personalidade do homem. A religio verdadeira prov uma teologia e uma
experincia genuna.
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75
DAS
DAS
ADVM DA
ESCRITURAS
SUA
INSPIRAO DIVINA:
76
contingncias
da
vida
humana
(contingncias
PERMEIA TODA A
3 PROFECIA
em outras palavras, o
80
81
DAS
CONSEQNCIAS
Se a alma imortal e no pode morrer, tem de estar viva em alguma parte. Onde esto
os milhes e milhes de almas que saram desta vida deste mundo? Onde esto elas e em
que estado?
A velha teologia popular ensinava que as almas bem-aventuradas, por ocasio da
dissoluo do corpo, voavam para o cu, ao passo que as almas condenadas iam para o
Hades, para ali sofrerem os tormentos dos perdidos.
A primeira proposio nos ocupar a teno mais adiante. Agora trataremos da
segunda.
Evidencia-se pela Bblia que nem todos sero salvos. Muitos se perdero. Estes
perdidos, em conformidade com a teologia popular, esto agora no inferno, sofrendo tortura
de toda espcie. ali permanecero todo o tempo. Sua agonia no cessa, no h interrupo
no seu sofrimento nem mesmo depois do juzo. E segundo esta teoria o inferno existe
mesmo agora.
Esta doutrina de um inferno infindvel levou muitos a duvidarem da justia divina.
Nada mais justo que cada um seja punido segundo as suas obras; mas por o homem em
torturas infindveis por maior ou menor que seja a culpa, no parece justo.
Os homens na Terra avaliam a pessoa segundo a natureza do crime. Algumas culpas
merecem e recebem punio capital. A outras so dadas sentenas mais leves.
Embora achemos que certas punies se afiguram hediondas, achamos que a justia
tem que ser cumprida. A justia humana pode exigir que a pessoa criminosa morra, ou pode
ir at ao exagero de torturar o criminoso antes de mat-lo. Diante de um crime hediondo, o
82
povo poderia esquartejar o criminoso, tortur-lo, espica-lo a faca, queim-lo com ferros
em brasa, etc., mas dentro em pouco estariam satisfeitos. No concebemos que algum
fizesse o castigo interminvel. Se algum possusse a faculdade milagrosa de manter com
vida o criminoso, apesar das torturas, cansados da cena, os homens, depois de algum tempo
gritariam: basta! matem esse desgraado!.
Certamente se devessem imaginar o contrrio, estaramos profundamente desiludidos
da humanidade.
A doutrina do castigo eterno nos fogos do inferno leva os homens a crerem que Deus
faria exatamente, aquilo que os seres humanos, ainda que sob as maiores provocaes,
recusar-se-iam de fazer. Quando lanados no lago de fogo os homens, naturalmente,
morreriam, deixariam de existir. Entretanto, se verdadeira a doutrina da imortalidade, Deus
a organizou de tal maneira que no podem morrer. Dotou-os de alma imortal. Tem que
sofrer eternamente. So mantidas vivas com a finalidade de tortura. Pelo poder de Deus,
concedida vida aos homens, mas para que sejam atormentados interminavelmente. Dia e
noite, por toda a eternidade, seus gritos ressoam nas abbadas do inferno. Amaldioam a
Deus, retorcem-se em agonia; mas Deus no Se decide a por fim ao tormento deles. Tem
que sofrer eternamente Essa a crena dos que ensinam a infernal doutrina do inferno, que
tem como base a doutrina da imortalidade natural (inerente) da alma.
I CONCLUSO
J declaramos anteriormente que a doutrina da alma imortal no tem base na Bblia,
e, portanto, deve ser rejeitada.
Agora desejamos acrescentar o argumento das conseqncias necessrias como razo
de rejeitar a doutrina da imortalidade da alma.
83
assim
isenta Deus da
romanos, admitem isto, e citam os livros apcrifos como prova de sua crena num estado
intermedirio, pois so sabedores de que ela no pode ser encontrada na parte cannica.
III PORQUE
Rejeitamos estas duas doutrinas por serem antibblicas. Elas no esto em harmonia
com o que a Bblia ensina quanto:
1 Ao juzo futuro
2 Ao estado do homem na morte,
3 A punio
85
86
88
volta para Deus que a deu. Como no princpio esse flego de (mais o barro) fez com que
Ado se tornasse alma vivente. Assim agora, quando tirado, deixa a pessoa sem vida,
inerte , sem conscincia, sem personalidade. Que feito da alma? Deixou de existir. Assim
como a msica cessa quando o arco do violino fica paralisado sobre as cordas, assim como
a luz se apaga quando a corrente eltrica desligada, tambm a alma conscincia,
personalidade, vontade deixa de existir quando Deus retira o Seu esprito. Ento repousa
o homem em paz at manh da ressurreio (Isa 57:2)
A morte comparada a um sono (Dan 12:2; Atos 7:60; I Cor 15:20; I Tes 4:13,14).
Num sono imperturbvel existe perfeita inconscincia. Para todos esses o tempo
inexistente. Tambm o na morte. Perecem os seus pensamentos (Sal 146:4). No tem
lembrana (Sal 6:5). No louvam a Deus (Isa 38:18). Os mortos no sabem coisa
nenhuma (Ecl 9:5). Descem ao silncio (Sal 115:17).
Este pois estado do homem na morte. A sepultura a sua casa (J 17:13). Ali
repousa ele em paz at vir o chamado. Ento, todos os que esto nos sepulcros ouviro a
Sua voz e... sairo
NAS
ESCRITURAS
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A A morte comparada a um sono (Dan 12:2; Atos 7:60; I Cor 15:20; I Tes
4:13,14; Joo 11:11-14; I Cor 15:8; Sal 17: 15).
B Num sono:
1 H inconscincia: Sal 6:5; 30:9; 115:17; 146:4; Ecl 9:5,6; Isa 38:18,19; I Cor
15:17,18.
2 No h noo do tempo. O tempo inexistente. Quando perante o
sindrio, Jesus disse-lhes: ...vereis em breve o Filho do Homem ... vindo
sobre as nuvens do cu (Mat 26:64). Isto s pode ser explicado se na morte
o tempo aniquilado. Ao subirem da sepultura, retornam o fio de seus
pensamentos exatamente onde ele cessou (na morte). So movidos pelo
mesmo desejo de vencer, que os governava quando tombaram. (O Grande
Conflito, 661).
3 No h perda das caractersticas (identidade). A ressurreio de Cristo
era um smbolo da final ressurreio de todos quantos Nele dormem. O
semblante do Salvador ressuscitado, sua maneira, Sua linguagem, tudo era
familiar aos discpulos. Como Jesus ressurgiu dos mortos assim ho de
ressuscitar os que Nele dormem. Reconheceremos os nossos amigos, da
mesma maneira que os discpulos a Jesus. Talvez hajam sido deformados,
doentes, desfigurados nesta vida mortal, ressurgindo em plena sade e
formosura; no entanto, no corpo glorificado, ser perfeitamente mantida a
identidade. Ento conheceremos assim como tambm somos conhecidos.
No rosto glorioso da luz que irradia da face de Cristo, reconheceremos os
traos daqueles que amamos. D.T.N ,768. Ate a estatura ser preservada.
Todos saem do tmulo com a mesma estatura que tinham quando ali
enterraram. O Grande Conflito, p.642.Quo pouca mudana traz o sono da
morte!
4 No h sofrimento no sono. J 17:13; Ecl 9:5,6.
92
93
homem depois da morte, era de se esperar que alguma coisa os ressuscitados dissessem se
formos crer que a alma imortal e consciente depois da morte.
Mas, nenhuma informao deram!
Da morte de lzaro uma coisa podemos aprender! A probabilidade que ele no tinha
nada para revelar. Jesus disse: Vou despert-lo do sono. Se ele tivesse aprendido alguma
coisa durante o sono da morte, sem dvida ele teria dito. um segredo que todos querem
saber, e, certamente iriam arrancar alguma informao. Mas, nada!.
Sua ressurreio foi como se acordasse de um sono pesado. No sabia o que estava
acontecendo! Tropeando em suas prprias roupas, perguntava a multido o que havia
acontecido. Dentre a multido ele avista Maria e Marta. Ele sorri para elas, vai em direo
delas e as abraa alegremente. Marta e Maria, talvez to preocupadas quanto uma me que
aguarda seu filho voltar dum estado de choque, apreciam ver o seu irmo que em nada
mudou. Elas aprendem quo pouca mudana traz a morte Lzaro era o mesmo carinhoso
irmo!
VI OS JUSTOS NO ESTO
NO CU
95
96
99
100
estiverem preparadas, quando o pecado estiver finalmente removido. Ele chamar os Seus.
Limpar Ele, ento, toda lgrima e no mais haver tristeza nem sofrimento.
Quanto melhor o plano de Deus do que o do homem! No atenderia aos propsitos
divinos transportar almas diretamente para o Cu por ocasio da morte. Essas almas seriam
infelizes ao saberem das condies existentes na Terra, e no obstante estarem
impossibilitadas de prestar ajuda; e igualmente infelizes seriam se fossem mantidas em
ignorncia. Em qualquer dos casos, para elas o Cu deixaria de ser Cu. Deus, portanto, d
aos Seus amados o sono. Pacificamente repousam eles at que ouam a voz do arcanjo,
chamando-os.(I Tessalonicenses 4:16). E ao serem chamados, a obra est acabada. Melhor
que assim seja.
Existe uma divina harmonia em todas as coisas que Deus faz. Seria desairoso, pelo
menos, Ter alguma espcie de julgamento por ocasio da morte e colocar as pessoas no Cu
ou no inferno imediatamente, e ento, depois, Ter uma ressurreio e um juzo. Por que
uma ressurreio e um juzo quando o seu caso j est decidido, e encontram-se no lugar
que lhes fora destinado? Por que deveria a alma que j est no Cu que j despiu esta
carcaa mortal e est gozando a libertao das retries embaraantes do corpo, ser
convidada a descer para a Terra para aqui passar por uma ressurreio e ser novamente
posta num corpo? Pode ver qualquer razo plausvel para uma ressurreio, nessas
condies? Uma ressurreio pareceria no somente suprflua mas pura perda. No entanto,
tais absurdidades so inerentes doutrina da imortalidade natural.
No pretendemos deixar a impresso de que o Cu seja um lugar de ansiedade e
tristeza, apenas. H no Cu alegria por um pecador que se arrepende. E muitos h que se
arrependam. Mas, inversamente, h tambm tristeza pelos muitos que no se arrependem, o
prprio Cristo que chorou por Jerusalm est agora chorando por nossas cidades pequenas e
101
grandes. Sim, existe, tristeza no Cu. H choro. E ao atingirmos a ltima grande crise,
aumenta de intensidade. Bom que os que so postos a repousar realmente repousem t
que passe a ira. Esse o plano divino, e melhor.
Apaguemo-nos, pois, doutrina bblica da imortalidade em Cristo somente; que os
perdidos sero punidos segundo o que tiverem feito por meio do corpo; que todos, quer
bons quer maus, dormem placidamente at ressurreio, e que, ento, ocorre a grande e
final separao. Cumpre-nos, agora, considerar o juzo vindouro, e como ele se processar.
Quem ser o juiz ou juizes? E como se cumprir a sua deciso?
102
UM JUZO JUSTO
J abordamos anteriormente a necessidade de um julgamento. Que diremos do juzo
por vir? Quem ser o juiz ou juizes e como ser administrado a justia?
Um julgamento necessrio e fundamental. E a justia divina tem que ser tal que
satisfaa o homem.
O homem estabelece diferenas e ajusta a punio ao crime. Nem todas as
informaes da lei so de igual gravidade, por isso as punies no so as mesmas. Isto lhe
parece justo, e est evidentemente em harmonia com a mentalidade divina.
I NO JUZO DIVINO TODOS OS FATORES ENVOLVIDOS SERO CONSIDERADOS
Para ser justo o julgamento divino, todos os fatores envolvidos em cada caso devem
ser considerados. No seria justo apresentar um lado apenas e deixar fora de cogitao
outros assuntos vitais, Por amor da justia, pois, reconfortante saber que Deus h de
trazer a juzo toda a obra, e at tudo o que est encoberto, quer seja bom quer seja mau.
(Ecl 12-14). Isto nos assegura que nada relacionado com o caso, quer seja bom quer seja
mau, ser deixado fora. No haver sonegao das testemunhas. Se houver algumas
circunstncias atenuantes, elas sero tomadas em considerao. Isto se avizinha da justia
ideal.
II O JUZO DIVINO BASEADO NUM FIEL REGISTRO ANOTADO
NOS LIVROS
Se os fins da justia tem que ser atingidos, o testemunho dado tem que ser
irrepreensvel. Os homens s vezes esquecem. Segundo a Bblia, no tribunal divino no
existir desvirtuamento da justia por motivo de memria deficiente ou opinio
desvirtuada.
103
Os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros. (Apoc 20:12)
Aparentemente feito um fiel registro da vida de cada pessoa, e toda transao
fielmente anotada. De toda a palavra ociosa que os homens disserem ho de dar conta no
dia do juzo. (Mat 12:36) Se temos que dar conta de toda a palavra, e se temos que ser
julgados pelas coisas que esto escritas nos livros.
Isto se harmoniza com a declarao de Malaquias 3:16 referente aos justos, de que o
Senhor atenta e ouve; e h um memorial escrito As palavras so anotadas tal como foram
proferidas, e esse registro escrito apresentado no juzo. Isto torna o assunto seguro. No
h dvida quanto ao testemunho.
III NO JUZO DIVINO OS RUS CONCORDAM COM O REGISTRO ESCRITO. ISTO TORNA O
ASSUNTO DUPLAMENTE SEGURO
estranhos, ou ser
Este princpio aceito pela Bblia e nela salientado. O homem ser julgado segundo
as suas obras; segundo o fruto de suas aes; segundo o fruto de suas obras; segundo
as suas obras; segundo a sua obra (Mat 16:27; Jer 17:10; 32:19; Rom 2:6; Apoc 22:12).
Consequentemente, o servo que soube a vontade de seu Senhor, e no se aprontou,
nem fez conforme a Sua vontade, ser castigado com muitos aoites. Mas o que a no
soube, e fez coisas dignas de aoites, com poucos aoites ser castigado. (S. Lucas 12:4748).
Isto parece correto e em conformidade com as regras comuns da justia. A aplicao
deste princpio, evitaria naturalmente, qual quer condenao em massa das almas s torturas
do inferno.
VI BUSCAI
A VIDA
O evangelho oferece aos homens a vida. Eu vim, diz Cristo, para que tenham vida,
e a tenham com abundncia. (S. Joo 10:10). Esta a prpria essncia da mensagem do
Cu. Leia S. Joo 3:16.
Ao rejeitarem os homens este oferecimento, rejeitam o mais precioso Dom do Cu.
Ser privado da vida a maior punio.
A vida que aqui vivemos nos concedida para que decidamos se queremos ou no
prosseguir vivendo na eternidade. Apenas provamos um pouco da vida aqui, e verificamos
por contraste o que poderia ela ser se o pecado estivesse excludo.
106
Deus se prope tirar da vida tudo quanto a prejudica e ench-la inteiramente de boas
coisas, muito alm de nossa capacidade e compreenso, e pergunta-nos se aceitaremos esse
oferecimento. H para isso certas condies. Cumpriremos ns essas condies?
O juzo de que tratamos aplica-se aos que rejeitaram o divino oferecimento da vida.
Eles em realidade j decidiram o seu caso. A vida foi-lhes oferecida. Eles a rejeitaram
(Atos 13:46). Foram imperfeitos, pecaram, e esto agora a ponto de receber o salrio do
pecado, que a morte. (Rom 6:23).
Por mencionarmos a morte como sendo a punio final dos mpios, bem sabemos que
alguma espcie de punio deve preceder a sentena final. Deve ser dada ateno aos atos
cometidos por meio do corpo e retribuies justas precisam ser aplicadas. Quem
conscientemente procedeu impiamente tem de ser castigado com muitos aoites. Quem
inadvertidamente procedeu mal escapar com poucos aoites. No fim, porm, e neste
ponto que precisamos discordar dos que crem no castigo infindvel, vir o salrio do
pecado que a morte. Morte eterna e perptua. Esta , a um tempo, a mais severa, mais
misericordiosa e mais justa sentena. A este aspecto do assunto daremos agora ateno.
107
AGORA EXISTE
109
O efeito deste fogo sobre os mpios visto de Mal 4:1. Quando alguma coisa
queimada no fogo no resta mais nada seno cinzas, e isto dito dos mpios: Mal 4:3.
Claramente nos revelado que o mpio no ser perpetuado neste fogo mas ser
consumido. E isto no se refere ao corpo apenas como alguns, que defendem o tormento
eterno, defendem Ezeq 18:4-20.
Pelo fato do pecador ser destrudo completamente que a Bblia usa tais expresses
como eterno. para sempre em conexo com o destino dos mpios. Estas expresses
desejam salientar que o aniquilamento do pecador completo, que no haver esperana de
uma recuperao deste destino, pois eterno. O seu tormento no ser eterno, sua tristeza e
angustia no sero eternas; mas sua destruio ser eterna.
VI A PUNIO CHAMADA ETERNA PERDIO
O pensamento de uma completa destruio dos mpios apresentado em II Tes 1:9. O
que dito ser eterno o castigo, a destruio. A questo a ser indagada no a durao do
castigo, mas, do que consiste o castigo. Se o castigo do pecado for a morte, ento a morte
eterna. Ningum duvidar do fato que a Bblia ensina que o salrio do pecado a
morte. (Rom 6:23), e no declara que vida eterna no tormento.
VII EXPRESSES QUE DESCREVAM
Muitos crem que os mpios existiro por todo o sempre em torturas infindveis no
inferno. Exista algum fundamento para essa crena? Notemos o que diz a Bblia no tocante
sorte dos mpios. O que constitui o castigo dos mpios? Eis algumas expresses:
110
A Eles perecero Leia S.Joo 3:16; 10:28; Rom 2:12; Sal 37:20; 92:9. A
definio de perecer : cessar de vicer ou deixar de existir: ser destrudo; tornar-se nada;
consumir-se; expirar; morrer.
B Sero destrudos Sal 145:20; 92:7; Prov 29:1; Luc 17:27-29; I Tes 5:3; II
Tes 2:8,9; Fil 3:19. A definio de destruir : demolir; aniquilar; exterminar; matar.
C Morrero Ezeq 18:4; 26; Rom 8:13; Tiago 1:15; Apoc 21:8. A definio de
morrer : cessar de viver; ficar morto; perecer; passar desta vida; expirar; deixar de existir.
D Sero desarraigados Sal 37:28; 37:22; 38; 94: 23. Desarraigar : por fim;
destruir; causar morte prematura.
E Sero consumidos Sal 21:9; II Tes 2:8; Deut 32: 22; Isa 5:24. Consumir :
destruir gradualmente, como pelo fogo ou por decomposio; gastar.
F No mais existiro Salm 37:10; 104:35; Obadias 16.
G Sero exterminados Prov 2:22; Sal 52:5; Isa 5:24; Mal 4:1. Exterminar :
aniquilar; destruir; fazer perecer totalmente.
H A vida lhes ser tirada Prov 22:23.
I Tornar-se-ao em cinza Mal 4:3.
J Desfar-se-o em fumo Sal 37:20.
Deduz-se, destes textos, que Deus pretende incutir a idia de que tempo vir em que
os mpios no mais existiro. D-Se Ele ao trabalho de selecionar palavras e ilustraes que
no apenas subentendem a cessao da vida e da atividade, mas a aniquilao. E ser
interessante saber que Deus escolhe as palavras mais fortes que podem ser achadas para
comunicar Seus pensamentos quanto a esse assunto. Os mpios no somente se queimaro
111
em chamas (ou abrasaro), uma palavra muito mais forte, Katakaio (S.Lucas 3:12; Sal
97:3).Semelhantemente, eles no somente sero destrudos, mas totalmente destrudos,
que expresso muito mais forte (Atos 3:23).
No meramente a palavra consumir, a usada, mas desaparecer (Sal 37:20).
Tambm no lhes suficiente perecer Eles perecero totalmente (II Ped 2:12). No
sero meramente comidos pelos vermes, mas rodos, devorados (Isa 51:8; Apoc
20:9).
Se fosse dito de uma pessoa, que ele morreu, fora privada da vida, houvesse sido
exterminada; que fora totalmente destruda, abrasada, consumida: se houvesse tornado em
cinza; transformada em fumaa; houvesse cessado de existir to completamente como se
nunca houvesse existido se tudo isso houvesse sido dito, sem dvida pareceria indicar que
a pessoa que o diz pretendesse comunicar a idia de que a pessoa estivesse morta, e no na
posse de vida. Se esse no o sentido das palavras, estaramos na impossibilidade de
transmitir qualquer pensamento por meio de palavras.
De todas estas expresses podemos extrair uma nica concluso: salrio do pecado
a morte, consequentemente os mpios no vivero eternamente, mas por fim deixaro de
existir.
VIII FOGO ETERNO
Alguns diro que a Bblia no fala apenas da eterna destruio, e punio eterna,
mas fala tambm do fogo eterno (Mat 25:41). Perguntar-se porque a necessidade de fogo
eterno, se o tormento no continuao.
Em Judas 7 nos dito que Sodomo e Gomorra no apenas foram destrudas mas
tambm sofreram a pena do fogo eterno. (Cf.Deut 29:23; Gn 19:29; Lucas 17:29).
112
Assim como Sodoma e Gomorra no esto mais queimadas hoje, no obstante terem sido
destrudas pelo fogo eterno, assim tambm evidente que o fogo eterno, que destruir os
mpios, no um fogo que perpetua o que ele queima e no quer dizer que nunca cessar de
queimar.
De II Ped 2:6 evidente que o fogo eterno consome completamente o que ele ataca.
A linguagem : E condenou subverso as cidades de Sodoma e Gomorra, reduzindo-as a
cinza e pondo as como exemplo aos que vivem impiamente.
Que o fogo eterno leva pouco tempo para reduzir a cinzas o que ele ataca deduz-se de
Lam 4:6, onde dito que a destruio de Sodoma foi num momento.
Destes versos se deduz que o efeito do fogo eterno no o de perpetuar a existncia
daquilo que o fogo eterno se alimenta, mas consumi-lo, torn-lo em cinzas. O fogo eterno
pode conseguir isto em um momento. O efeito (resultado) eterno, e no o processo
interminvel. um fogo eterno, perptuo, em seus resultados.
IX FOGO INAPAGVEL (INEXTINGUVEL)
Outros diro que S. Marcos, falando do fogo que destruir o mpio, diz se tratar de
um fogo que nunca se apagar. Mas o fogo inapagvel no o fogo que nunca cassa mas
um fogo que no pode ser apagado.
Jerusalm foi queimada com fogo que nunca se apagar (Jer 17:19-27; ro 36:1921), mas no est mais queimado hoje. Por este fogo que nunca se apagar a cidade foi
consumida e tornada em cinzas exatamente como o fogo (que nunca se apagar) do
ltimo dia ir consumir os mpios e reduzi-los cinzas.
113
consumidas.
A imagem apresentada nos textos acima a inteira destruio, extino completa,
completa insuficincia diante do fogo inapagvel
114
DO
115
fim quando o pecado for apagado. (O trabalho de um sacerdote lidar com o pecado. Vejase Heb 2:17 e 5:1).
Paulo, escrevendo a Filamon, referindo-se volta do seu servo Onsimo, disse: O
retivesse (para sempre) (aionos), no j como servo, etc. Filemon 15e16. (Temos aqui o
adjetivo que derivado de aion.)
H.C.G. Moule, no erudito comentrio The Cambridge Bile for Schools and Colleges,
faz a seguinte anotao sobre este texto: O adjetivo tende a marcar a durao enquanto a
natureza da matria o permite. E no uso geral tem intima relao com as coisas espirituais.
Para sempre neste texto significada, portanto, permanncia de restaurao tanto natural
como espiritual; para sempre na terra, e depois dela; uma volta definitiva casa de
Filemon, com vistas companhia de Filemon no Cu.
No precisamos levantar a questo sobre se Moule apanhou o sentido exato das
palavras de Paulo. Apenas perguntamos: Como poderia Filemon reter Onsimo para
sempre na Terra, e tambm depois sem que o para sempre terrestre tivesse um fim?
Lemos de Sodoma e Gomorra e as cidades circunvizinhas... sofrendo a pena do fogo
(aionios). S. Judas 7.Essas cidades, que h tanto tampo fora incendiadas em virtude do
julgamento divino, estaro ainda ardendo? No, respondereis, suas runas jazem submersas
no mar Morto. A prpria Bblia com preciso relata que Deus reduziu Sodoma e Gomorra
a cinzas. (II Ped 2:6). Ora, o destino dessas cidades, como est escrito, uma advertncia
para os mpios sobre o destino que lhes est preparado. Portanto, se o fogo eterno (aionios)
daquele juzo ocorrido h tanto tempo, reduziu a cinzas aqueles sobre os quais recaio, e os
matou sob a sua ao, podemos razoavelmente concluir que o fogo aionios do ltimo dia
igualmente o far.
116
117
eternidade... 3. Mais tarde, um espao de tempo claramente definido e demarcado, uma era,
idade,... a vida presente, este mundo.
Alexandre Gruden, em sua Concordncia, que por muitos anos foi a nica
concordncia importante na lngua inglesa, anota sob a palavra eterno: As palavras
eterno, perptuo, para sempre, so algumas vezes tomadas no sentido de um longo epao de
tempo, e no devem sempre Ter estritamente esse sentido.
O douto arcebispo Trench, D.D., em seu trabalho reconhecido como uma autoridade:
Sinnimos do Novo Testamento, escreve relativamente significado da palavra aion: Aion
primeiramente significa tempo, pouco ou muito em sua durao continuada; algumas vezes,
em grego clssico, a durao de uma vida inteira. p. 208 e 209.
Nos ltimos anos foram feitas muitas descobertas de escritos gregos do primeiro
sculo A D Esses escritos, chamados papiri, permitem-nos saber hoje exatamente como era
escrita a lngua grega e quais os verdadeiros sentidos dados s palavras ao tempo em que os
autores do Novo Testamento as escreveram. Os estudiosos do grego, J.H. Moulton e
George Milligan, em seu monumental trabalho intitulado Vocabulrio do Testamento
Grego, citam vrias referncias aos papyri onde aion equivalente simplismente ao perodo
da vida de uma pessoa. Relativamente a aionios fazem eles os seguintes comentrios ao
estudarem as evidncias do seu uso por parte dos que falavam o grego no primeiro sculo
do Imprio Romano: Em geral, a palavra representa aquilo cujo horizonte se no v, quer
o horizonte esteja a uma distncia infinita,... quer no esteja seno a um palmo da vida de
um Csar. (O grifo nosso.)
Ora, havendo provado pela Bblia e pelos sbios e estudiosos do grego que aion e
olam so termos elsticos, e freqentemente significam apenas um espao de tempo muito
limitado, removemos a prpria base sobre a qual repousavam a objeo que estamos
118
refutando. O caso, porm, torna-se mais claro ainda quando notamos a regra que os
comentadores do para ser metido em qualquer texto, o tempo representado pelas palavras
aion e olam.
Ado Clarke, o grande doutor metodista, comentando o caso da lepra de Geazi (II
Reis 5:27) observa: O para sempre compreende tanto tempo quanto vivesse qualquer dos
descendentes de Geazi. essa a significao da palavra le-olam. Ela abrange todo o
perodo ou durao de uma coisa a que aplicada. O para sempre de Geazi ia at que a sua
gerao se extinguisse. Esta assero concorda com a referncia de Moule feita acima, ao
tratar de Filemon 15: O adjetivo (aionios) tende a marcar a durao de tempo, tanto quanto
a natureza da matria o permita.
A Bblia em parte nenhuma declara que a alma imortal. Ao contrrio, ela usa
palavras que do claramente a idia de que, no caso dos mpios, a natureza da matria
obriga concluso de que ter lugar um completo e rpido aniquilamento. Os mpios so
descritos como palha. cera. gordura, etc. (Vejam-se S.Mat 3:12; Mal 4:1; Sal 68:2;
37:20). Somos informados de que aquele fogo os abrasar e lhe no deixar nem raiz
nem ramo, de tal modo que ser faro cinza debaixo das plantas dos ps dos justos. Mal
4:1-3.
Ora, se bem que possamos assim tirar a concluso inequvoca de que o tormento
eterno dos mpios no seno um perodo limitado, poderemos de igual forma concluir
logicamente que a recompensa eterna dos justos ser de natureza sem fim, porque somos
informados clara e explicitamente de que os justos se revestiro da imortalidade por
ocasio do advento de Cristo *(veja-se I Cor 15:51-55). Sendo imortal a natureza da
matria, claro que a imortalidade ou vida eterna sem fim.
119
O QUE O INFERNO?
I O USO DA PALAVRA INFERNO NO V.T.
No V.T., inferno sempre traduzido da palavra hebraica Sheol, a qual significa
simplesmente o estado invisvel (Concordncia Analtica de Young). A idia de fogo ou
punio no se encontra na palavra. Lemos: E orou Jonas ao Senhor, seu Deus, das
entranhas do peixe... do ventre do inferno (sheol) gritei. Jonas 2:1e2. Seria difcil imaginar
alguma coisa anloga ao fogo, em conexo com um feio monstro marinho. A nota marginal
de algumas verses d a traduo de sepultura para a palavra inferno ou sheol.
Sheol, muito freqentemente traduzido por sepultura. tanto bons como maus vo
para l. Que homem h, que viva, e que no veja a morte? ou que livre a sua alma do poder
do mundo invisvel (Sheol)? Sal 89:48. J, o homem de Deus diz: se eu olhar a sepultura
(Sheol) como a minha casa... J 17:13. o salmista escreveu: os mpios sero lanados
(Sheol)... Sal 9:7.
II O USO DA PALAVRA INFERNO NO N. T.
No N. T. a palavra inferno traduzida das trs seguintes palavras gregas:
A Tartarus uma vez da radical Tartaros, a qual significa um abismo
escuro (Lxico Grego de Liddell e Scott). Esta palavra usada em conexo
com a espulso de anjos maus do cu para a escurido. No existe na
palavra a idia de fogo ou tormento. A passagem declara especificamente
que os anjos reservados para o juzo, isto , para um acontecimento
futuro. (ver II S.Pedro 2:4; Apoc 12:17-10).
B Hades dez vezes de hades que significa um inferno, a sepultura, a
morte. (Lexico Grego de Liddell e Scott.) Hades descreve o mesmo lugar
que Sheol isso torna-se evidente de dois fatos:
120
123
PROBLEMA
Das palavras, Mas de ambos os lados esto em aperto, tendo desejo de partir, e estar
com Cristo, alguns tem conhecido que partida por ocasio da morte, num espirito
desencarnado, para entrar imediatamente na presena de Cristo.
ANLISE DO TEXTO
A Significado
1 Desejo de partir. Analuo (partir) = desfazer, desmanchar, desamarrar.
usando para levantar ncora do navio, enrolar, (desmontar) a tenda,
levantar acampamento. Portanto, partir. Aqui partir = morrer.
2 Estar com Cristo = estado glorificado
124
125
mesmo, iriam estar com Cristo, se ele acreditasse que iria por ocasio da
morte?
3 S.Joo 14:3 Porque haveria Cristo mesmo dizer a seus discpulos que
estaria outra vez com Ele quando Ele cumprisse Sua Promessa: ...
virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver
estejais vs tambm? Porque iria Cristo focalizar a ateno dos
turbados discpulos totalmente em Sua Segunda vinda se fosse verdade
que todos eles iriam estar com Cristo imediatamente aps a morte?
de tempo. Exemplos:
126
de haver
ouvidos.
Um exame
ano
aceitvel do
no se contradiz porque:
diz
aos
ser
lhe
coisa
mais promovida pelo seu martrio do que pela sua pregao, Paulo estava
convencido que sua vida na carne seria de maior proveito aos crentes
de Flipos e de outras igrejas (v.24).
DEIXAR ESTE CORPO PARA HABITAR COM O SENHOR (II CORNTIOS 5:1-10)
Paulo est analisando trs estados ou condies. O primeiro, onde ele se
encontra, este tabernculo, esta vida (a vida presente). Esta ser brevemente desfeita.
No h nada nela a ser grandemente desejado, pois, nela ns gememos. Nem to pouco
deseja Paulo o segundo estado, ao qual ele se refere como ser despido ou ser achado
nu. No h nada de atrativo neste estado e ele tambm no o deseja.
Seu desejo vai para alm do segundo estado, o ser despido ou nu se fixa
com intensidade no terceiro estado, que no temporrio, mas eterno, o edifcio no cu.
VESTIDO, DESPIDO (NU), REVESTIDO
H trs estados: vestido, despido, revestido. Esta vida, morte e o estado imortal. O
primeiro temporrio (por isso comparado a uma tenda); o segundo, no desejado; o
terceiro, eterno (comparado a um edifcio, algo permanente) desejado intensamente.
Usando as expresses bblicas, este o esquema: (1) Nossa casa terrestre. Estar no
corpo. Ausente do Senhor. Esta casa pode ser desfeita. Neste gememos. (2)
Despido. Nu. (3) Um edifcio de Deus. Uma casa no feita por mos, eterna, nos
cus. Habitar com o Senhor.
O primeiro ponto a ser examinado, e que possivelmente dar a chave para se entender
a passagem toda, descobrir qual o significado Paulino sobre o estado da morte, o qual
ele chama de dissoluo desta casa terrestre. (v.1).
129
muitos diro que a expresso Paulina. Porque sabemos que, se a nossa casa terrestre
deste tabernculo se desfizer, significa um ato momentneo, o ato de morrer, que segundo
eles, o momento quando a alma parte (se desliga) do corpo. Isto um grave engano.
O que Paulo est considerando aqui, o estado da morte, no meramente o seu incio
(o ato de morrer). O morrer meramente o entrar no estado da morte. Paulo est se
referindo aqui (v.21) a todo o perodo da morte, desde o incio (ato de morrer) at o fim (o
ato de acordar = ressurreio). O estado da morte comea com o ato de morrer, continua
talvez por sculos, e termina somente na ressurreio. O estado da morte no um ponto do
tempo (pontiliar). Ele cobre todo o perodo de tempo durante o qual o corpo permanece na
sepultura (linear).
Este o ensino das Escrituras. E tambm o ensino de Paulo. Veja I Cor 15:54,55.
O reino da morte um reino inesquecvel (invencvel) durante todo o seu perodo
desde o ato de morrer at o ato da ressurreio. a este perodo que Paulo se refere no v.1.
(Se a nossa casa terrestre deste tabernculo se desfizer). Paulo no est pensando aqui no
momento quando a pessoa morre, mas; no perodo todo durante o qual ela permanece
morta. O ato de morrer, que est longe de ser todo o perodo da morte, apenas a entrada
no domnio da morte.
A casa terrestre deste tabernculo desfeita (dissolvida) e continua neste estado de
dissoluo at que o Senhor a despertar do sono por ocasio de Seu prometido regresso. O
estado de morte o estado intermedirio entre o estado presente (esta vida) e o estado
futuro.
130
RESSURRECTO
Paulo est aqui contrastando o estado da morte com o estado ressurrecto, que
eterno. Ele contrasta esta vida presente (que dia a dia se aproxima mais da dissoluo, e
depois de alguns anos, dissolvida, permanece neste estado de dissoluo at a ressurreio),
com a vida gloriosa que iniciar quando o Doador da Vida ressuscitar o Seu povo. Este
estado, Paulo declara, ser eterno. Este o edifcio de Deus, a casa no feita por mos de
homens, eterna, nos cus.
Mesmo que Paulo no tivesse claramente falado em outras partes dos seus escritos
sobre este assunto, os prprios termos, que ele usa aqui em sua descrio do estado o qual
ele contrasta com a dissoluo da casa terrestre, estabeleciam o fato. Ningum poderia
reclamar, que o estado intermedirio o eterno nos cus. Seja QUAL for o ponto de vista
sobre o estado intermedirio, ningum o consideraria como algo eterno, mas apenas como
um estado temporrio.
Duas coisas ficam ento estabelecidas: (1) que o estado de morte, ou a dissoluo da
casa terrestre, o estado que compreende todo o perodo intermedirio; e, (2) o estado que
Paulo contrasta com o estado intermedirio, o estado eterno, que comea no momento
quando as sepulturas devolvero os seus mortos diante do chamado do Doador da Vida por
ocasio da Sua vinda.
Paulo descreve suas emoes ao contemplar este estado glorioso. Seu corao
projetou-se ansiosamente ao futuro. Ele desejou ardentemente o dia quando isto se
concretizaria e ele entraria neste estado. Ningum pense que Paulo estava desejando
morrer. Ele explicitamente declarou que ele no desejava morrer. Ele no queria ser
despido (v.4), dissolvido, que o estado intermedirio o estado da morte. O que ele
131
desejava era passar desta vida para vida futura sem experimentar o ponto nu (o estado
intermedirio). E como poderia ele passar desta vida para a vida imortal? Somente de duas
maneiras: (1) pela transladao; ou (2) pela ressurreio.
O que Paulo desejava era o estado ressurreto ou de translado. Aqui ele se projeta para
alm do inteiro perodo intermedirio. No perodo intermedirio no havia nada que ele
desejasse. Ele projeta o olho de sua mente para alm da regio escura e triste. Seu desejo se
fixa no estado que comea somente quando o estado intermedirio terminar para sempre.
Quando estes trs estados, analisados por Paulo, so conservados em mente, fcil de
se entender o significado de II Cor 5:1-10. Estes trs estados so: o da vida presente, o
estado intermedirio, e o eterno estado glorificado.
Desta vida presente Paulo diz: nos que estamos neste tabernculo gememos estando
carregado (v.4). Este o presente estado mortal. A luta contra o mundo, e o diabo, torna
este estado presente um estado de dores (cargas). Mas, ele breve transitrio. Contudo,
todas as cargas e todos os gemidos do estado presente, pesados como possam ser, no so
suficiente para fazer desejvel o segundo estado o estado intermedirio (v.4).
NADA DESEJVEL NA MORTE
Este estado descrito como o estado de ser despido ou estar n (vs. 3,4). Este o
estado intermedirio da dissoluo, Aqui no presente estado os homens gemem, mas, no
estado intermedirio, os homens so despidos e achados nus. No h nada a ser
desejado neste estado. Os mortos no sabem coisa alguma... O seu amor, o seu dio, e sua
inveja, pereceram. (Ecl. 9:5,6).
O que ns cristos desejamos no o estado de dissoluo, mas o estado futuro de
ser revestido com a casa celestial (v.4) por ocasio da ressurreio (I Cor 15:52-54; I Tes.
132
4:13-16; II Tim 4:6-8; Heb 11:39-40). O que ns carregados e atribulados nesta vida
desejamos, no a morte, no o inferno (hades), no a sepultura, no o estado de
dissoluo, no o estado intermedirio, mas, desejamos que o mortal seja absorvido pela
vida. (v.4; cf. I Cor 15:52-54).
Viver na presente vida estar constantemente sob a sombra da morte. o estar sob a
ameaa de morte. O ir ao estado intermedirio a morte que veio. O que desejamos, no
isto. Por ns, a morte seria abolida. Ns gostaramos que o estado intermedirio fosse
aniquilado e que a vida eterna iniciasse.
Acima de tudo, quem para isso mesmo nos preparou (para esta casa eterna) foi Deus
o qual nos deu tambm o penhor do Esprito (v.5).
Somos assegurados de espirar por este 3 estado porque temos o penhor do
Esprito. mas como o Esprito Santo nos levar finalmente a alcanar este estudo? Paulo
responde em Rom 8:11.
O erudito Dr. H.C.G. Moule bem diz: O mesmo Esprito, que, ao nos unir a Cristo,
garante a nossa redeno, ir certamente, de maneira a ns desconhecida, levar o processo
ao seu glorioso fim, o ser de alguma maneira a Eficiente Causa da redeno do nosso
corpo. The expositors Bible, comentrio sobre Rom 8:11.
Se o cumprimento para ns da garantia do Esprito a mudana que ter lugar nos
nossos corpos mortais na ressurreio ento devemos concluir que a transferncia ao 3
estado ser por ocasio da ressurreio e ser a mudana de nossos corpos mortais. Paulo
desenvolveu isto em Rom 8:22,23. evidente que aqui Paulo est tratando do mesmo
problema que em II Cor 5:
133
Rom 8:22,23
II Cor 5:1-8
Gememos em ns mesmos.
Gememos
Principio do Esprito
Penhor do Esprito
Esperando...
Ansiamos... desejamos.
E CASA CELESTIAL
Casa Terrestre
a Igual ao corpo corruptvel (mortal);
b Comparado tenda (II Ped. 1:13-14);
135
Paulo se possvel gostaria de passar de um lado para o outro sem passar pela morte.
Ele gostaria de unir-se Enoque ou Elias que foram transladados sem passar pela morte.
Se no houvesse um estado intermedirio (um perodo ou estado da morte. No me
refiro ao simples ato de morrer, mas ao estado da morte), Paulo no teria tido o desejo de
avit-lo (v.4).
Paulo mostra que os homens no so revestidos da imortalidade individualmente
por ocasio da morte (embora alguns foram), mas simultaneamente na ressurreio do
justo. Ambos, os mortos ressuscitados e os vivos transformados, estaro simultaneamente
com o Senhor, e nenhum grupo preceder ao outro (cf. I Cor 15:51-54; I Tes 4:15-17; II
Tim 4:6-8; Heb 11:39,40).
137
OBJEO
A histria contada por Cristo, do rico e de Lzaro, prova a imortalidade da alma.
(Veja-se S Lucas 16:19-31)
Esta histria nada diz sobre almas imortais partindo do corpo dos mortos. Ao
contrrio, o rico aps a morte tinha olhos e Lngua, isto partes muito reais do corpo.
Ele pedira que Lzaro molhasse na gua a ponta do seu dedo. Se a narrativa deve ser
tomada literalmente. Ento os bons e maus, aps a morte, no se transforma em espritos
intangveis, mas vo para lugares da sua recompensa como seres reais, na posse de seus
membros. No entanto, como poderiam eles ir para l em corpo, uma vez que este havia sido
inumado na sepultura?
Ainda, se isto um relato literal, ento o cu e o inferno se encontram bastante
prximos para permitir uma conversao entre os habitantes de ambos os lugares situao
um tanto indesejvel, pelo menos. Se os que crem na imortalidade inerente pretendem que
esse seja um quadro literal da geografia do Cu e do inferno, devem ento aceitar tambm
literalmente o texto referente as almas debaixo do altar clamando por vingana contra
seus perseguidores. (Veja-se Apocalipse 6:9-11.) Se os justos podem ver os mpios em
tortura, que necessidade tm de clamar por vingana?
Quando o rico pediu que Lzaro voltasse terra a fim de avisar a outros quanto ao
inferno, Abrao respondeu: Tm Moiss e os profetas: ouam-nos. E: Se no ouvem a
Moiss e aos profetas, tampouco acreditaro, ainda que algum dos mortos ressuscite. (v.
29 e 31). A narrativa, portanto, em parte nenhuma fala de espritos desincorporados, nem
138
que voltem para avisar os homens. Ao contrrio. quando fala nessa volta usa o termo
ressuscitar.
A fim de evitar a crena de que os espritos tm corpos e que o Cu e o inferno esto
realmente bastante prximos para permitir uma conversao, porventura deseja o argente
considerar agora essa narrativa uma mera parbola? Neste caso lembr-lo-amos de que os
telogos unanimemente concordam em que no se podem alicerar doutrinas sobre
parbolas ou alegorias. Uma parbola, como outras ilustraes, geralmente usada para
tornar claro um determinado assunto. Procurar formar doutrinas de qualquer poro da
narrativa resultaria em absurdo, ou mesmo perfeita contradio. fora de dvida que
procurar na ilustrao a prova para uma crena que seja o extremo oposto da que defende o
prprio autor da ilustrao, seria viclar os mais rudimentares princpios que regem o
assunto. Ns afirmamos que o argente, ao usar esta parbola para provar que os homens
recebem sua recompensa ao morrer, coloca Cristo em situao de contradizer-se a Si
prprio.
Em outra parte Cristo declara explicitamente qual o tempo em que os justos recebero
sua recompensa a os mpios sero lanados no fogo consumidor: E quando o filho do
homem vier em Sua glria... todas as naes reunidas diante dEle;... ento dir o Rei aos
que estiverem Sua direita: Vinde, benditos de Meu Pai, possu por herana o reino...
Ento dir tambm aos que estiverem Sua esquerda: Apartai-vos de Mim, maldito, para o
fogo eterno. S. Mateus 25:31-41.
No h necessidade de que volte algum para dar aviso sobre o destino depois da
morte, os vivos tem Moiss e os profetas; ouam-nos. Ns, os vivos, somos portanto
certamente justificados em compreender a parbola em harmonia com o que os profetas
tm dito. Malaquias, por exemplo, declara que aquele dia vem ( um acontecimento
139
futuro) em que os mpios sofrero os tormentos do fogo abrasador. (Veja-se Malaquias 4:13). Os escritos do velho Testamento so muito explcitos em afirmar que os mortos, justos
ou mpios, descansam em silncio e inconscincia na sepultura at o dia da ressurreio.
(Vejam-se J 14:12-15, 20 e 21; 19: 25-27; Eclesiastes 9:3-6 e10).
Portanto, se o argente passa a declarar ser a histria uma parbola ou alegoria, isso
no vem mais em seu auxlio do que se a tomasse como sendo literal, a no ser que queira
manter a pretenso insustentvel de que uma determinada poro de um relato figurado
deve ser tomada literalmente, embora represente isso uma contradio direta s afirmaes
literais de Moiss e os profetas e Cristo (em S. Mateus 25).
Ns cremos que a histria uma parbola, tendo sido este o mtodo usualmente
empregado por Cristo nos Seus ensinos, muito embora aqui, como em vrios outros
exemplos, ele no afirma isso especificamente. Por isso procuramos saber justamente qual a
lio que Cristo pretendia ensinar, e no tentamos fazer com que a parbola prove qualquer
coisa alm disso. Evidentemente, Cristo estava desejoso de repreender os fariseus, que
eram avarentos. S. Lucas 16:14. Eles, em verdade bem como muitos dos judeus,
mantinham a crena de que as riquezas eram um sinal do favor de Deus, e a pobreza um
indcio do Seu desagrado. Cristo ministrou-lhes a importante lio de que a recompensa
que aguarda os ri cos avarentos os quais nada mais reservam para os pobres do que
migalhas de po justamente o oposto ao que os judeus acreditavam.
Isto o que a parbola pretende ensinar. Seria to incoerente pretendermos que Cristo
ensinasse por ela que os justos fossem literalmente para o seio de Abrao, e que o Cu e
o inferno estivessem a uma distncia ao alcance da voz, como deduzirmos que Ele
ensinasse ser a recompensa concedida imediatamente aps a morte. Cristo protegeu esta
140
lio que estava ministrando aos judeus, contra a deduo de concluses errneas,
apresentando-a em forma de uma histria.
Ao empregar a linguagem alegrica bem podia Ele apresentar os inconscientes
mortos mantendo uma conversao, sem forar a concluso de que os mortos estivessem
conscientes. Em outra parte da Bblia encontramos a vvida parbola das rvores que
foram uma vez a ungir para si um rei e mantiveram entre si uma conversao. (Vejam-se
Juizes 9:7-15; II Reis 14:9) Porque no tentar provar por essa parbola que as rvores falam
e que elas tem reis? No, direis, isso seria querer faze-la provar mais do que era a inteno
do autor. Concordamos. A mesma regra aplica-se parbola do rico e Lzaro.
141
O PEDIDO DO LADRO
(S. Lucas 23:43)
OBJEO
Cristo disse ao bom ladro que este no mesmo dia estaria com Ele, no Paraso.
(S.Lucas 23:43).
O texto diz o seguinte: E Jesus lhe disse: Em verdade te digo: hoje estars comigo
no Paraso. (Trad. do Dr. Jos Baslio Pereira).
Os crentes na doutrina da imortalidade da alma, ou do esprito, apresentam
ousadamente I S.Pedro 3:118-20 numa tentativa de provar que quando Cristo morreu na
cruz, Ele desceu a pregar a certas almas perdidas no inferno. No entanto, esses mesmos
pretendem, ao explicar S.Lucas 23:43, que Cristo, depois de morrer na cruz, foi
imediatamente para o paraso. Ora, sabemos que tal no se deu, pelas razes seguintes: Se o
leitor comparar Apocalipse 2:7 com Apocalipse 22:1e2, ver que Paraso onde se acha o
trono de Deus. Logo, se Cristo tivesse ido ao Paraso naquela tarde de Sexta-feira, teria
chegado a prpria presena de Deus. Entretanto, Cristo mesmo, na manh da ressurreio,
declarou a Maria, quando ela se rojou aos Seus ps para ador-Lo: No Me detenhas,
porque ainda no subi para Meu Pai, Meu Deus e vosso Deus. S.Joo 20:17. Quo
perfeitamente concorda essa declarao de Cristo com as palavras do anjo s mulheres
junto ao sepulcro: Vinde, vede o lugar onde o Senhor jazia! S.Mateus 28:6. Ele jazera no
tmulo e por isso que disse, na manh da ressurreio: Ainda no subi para Meu Pai.
Devemos, pois, colocar-nos na embaraosa posio de ter de decidir se devemos
aceitar as declaraes feitas s mulheres por Cristo e pelo anjos, no Domingo de manh. ou
a declarao feita por Cristo ao ladro, na Sexta feira de tarde? No. Cristo jamais Se
142
Em vez de ser
meridianamente clara: Na verdade te digo hoje, que sers comigo no Paraso. Toda a
questo se resolve, pois, num simples caso de traduo e pontuao.
144
ESPRITOS EM PRISO
(I Ped. 3:18-20)
OBJEO
Cristo, no tempo que decorreu entre Sua crucifixo e ressurreio, foi pregar aos
espritos em priso. 1 S. Pedro 3:18-20.
Diz a passagem: Tambm Cristo morreu uma s vez pelos pecados, o justo pelos
injustos, para nos levar a Deus, sendo na verdade, morto na carne, mas vivificado no
Esprito, no qual tambm, foi pregar aos espritos em priso os quais noutro tempo foram
desobedientes, quando a longanimidade de Deus esperava nos dias de No, enquanto se
fabricava a arca na qual poucas pessoas, isto , oito almas, se salvaram atravs das guas.
de admirar que os crentes na imortalidade da alma citem esta passagem. Se ela lhes
proporciona auxlio e conforto quanto a essa doutrina, d-lhes, por outro lado, grande
desconforto relativamente a duas outras doutrinas, ou antes, heresias, a saber: o purgatrio e
um segundo perodo de graa. Se Cristo foi pregar a determinados pecadores aps a morte
deles, a concluso que se tira que Ele lhes ofereceu uma segunda oportunidade, um
segundo perodo de graa. E se houve esse segundo perodo de graa ento o lugar de
tortura ao qual se achavam confinados no era de modo a nunca dele poderem escapar
idia que se aproxima bastante da idia do purgatrio.
Demais, se Cristo por ocasio de Sua crucifixo pregou mesmo aos espritos, por que
teria Ele escolhido unicamente os espritos dos que foram desobedientes nos dias de
No? No tinham outros igual direito de uma segunda oportunidade? No apoiemos
semelhante interpretao das palavras de Pedro, a qual o representaria abonando grandes
heresias!
145
a mesma que no tempo de Cristo a pregao aos que eram prisioneiros do pecado,
oferecendo-lhes um meio de escape.
Uma questo, apenas, permanece ainda. Perguntar-se- por que eram chamadas
espritos as pessoas s quais No pregava, se eram homens que viviam na Terra.
Deixemos responder um eminente comentarista, Dr. Ado Clarke. O fato de acreditar ele na
doutrina da imortalidade da alma torna seu testemunho a esse respeito especialmente
valioso. Depois de declarar que a frase foi pregar deve ser compreendida como
significando pelo ministrio de No, observa ele:
A palavra pneumasi, espritos, supe-se tornar improvvel este ponto de vista acerca
do assunto, porque isto tem de significar espritos incorpreos; isto, porm, certamente no
procede, pois que os espritos de simples homens aperfeioados (Heb. 12:23) significa,
certamente, homens justos, e homens que se encontram ainda na igreja militante; e o Pai
dos espritos (Heb. 12:9) refere-se a homens ainda no corpo; e o Deus dos espritos de toda
carne (Nm. 16:22 e 27:16), refere-se a homens, no em estado incorpreo. Comentrios
sobre 1 S. Pedro 3:19 (O grifo do comentarista).
O Dr. Joo Pearson, em sua Exposio do Credo, obra clssica da Igreja Anglicana,
observa: certo, pois, que Cristo pregou quelas pessoas que nos dias de No eram
desobedientes, em todo o tempo em que a longanimidade de Deus esperava e,
consequentemente, enquanto era oferecido o arrependimento. E igualmente certo que Ele
nunca pregou depois de haverem morrido. Pg. 163.
Por que se nos deveria pedir que explicssemos esta passagem em harmonia com
nossos pontos de vista, se eminentes telogos, que crem na imortalidade da alma, admitem
que a dita passagem no ensina tal doutrina?
147
A FEITICEIRA DE ENDOR
(1Sam. 28:7-19)
OBJEO
Como harmonizais com vossa crena na inconscincia do homem na morte, o registro
bblico da feiticeira de Endor, que invocou Samuel, para que falasse com o rei Saul. (Ver
1Sam. 28:7-19).
Poderamos igualmente perguntar: Como harmonizam com a sua crena esta narrativa
bblica, os que crem subirem os justos para o Cu ao morrer, e descerem os mpios para o
inferno?
Examinemos a narrativa em questo. Saul ordenou aos seus servos: Buscai-me uma
mulher que tenha o esprito de feiticeira, para que v a ela e a consulte. Verso 7.
Encontraram tal mulher em Endor. A mulher indaga: A quem te farei subir? E disse ele
(Saul): Faz-me subir a Samuel. Verso 11. Um momento depois, declarou a mulher: Vejo
deuses que sobem da terra... Vem subindo um homem ancio, e est envolto numa capa.
Versos 13 e 14. Samuel disse a Saul: Por que me desinquietaste fazendo-me subir?... O
Senhor entregar tambm a Israel contigo na mo dos filisteus, e amanh tu e teus filhos
estareis comigo. Versos 15-19.
Esta narrativa no diz coisa alguma acerca de ter o profeta Samuel descido do Cu
nessa ocasio. Saul usa a palavra subir, sobem da terra, subindo. E a Samuel so
atribudas palavras equivalentes: Fazendo-me subir. Se h quem possa alegar essa trgica
narrativa para apoiar seus pontos de crena, so-no justamente os que, como ns, crem que
os mortos, ao voltarem existncia, sobem da terra. Mas, ao buscar provas relativamente
ao estado dos mortos, no achamos seguro confiar nos acontecimentos e conversaes de
148
uma sesso condenada por Deus e infestada de demnios. Todavia, como os crentes na
imortalidade da alma apelam para essa sesso, desejaramos perguntar-lhes como
harmonizam todas essas afirmaes com a sua crena. Como pode subir ter o sentido de
descer?
Voltando narrativa, vemos que ela assim descreve o pretenso Samuel: Um homem
ancio,... envolto numa capa. Seria este o aspecto de um esprito imortal? Assumiria ele
forma corprea? Em caso afirmativo, onde obtm o corpo? Se se responder que houve
ressurreio, replicaremos que tal alegao prejudica o caso, em vez de prov-lo. Cremos,
sim, que os mortos ho de ressurgir. No cremos, entretanto, que o diabo tenha poder para
tal, e certo que Deus no estava com essa feiticeira, que alis se achava sob o divino edito
de morte, em virtude de praticar a arte mgica. Dizer, pois, que houve uma ressurreio, to
somente aumenta o embarao. (Ver as seguintes passagens, relativamente divina sentena
de morte contra as feiticeiras: Lev. 20:27; Deut. 18:10 e 11. O esprito que as dirigia no
vinha, pois de Deus, mas do diabo.)
Ora, diz-nos o registro, mais adiante, que Saul culminou com o suicdio, o seu
procedimento pecaminoso. (Ver 2 Sam. 31:4). Entretanto, o suposto Samuel, predizendo a
morte de Saul, declarou: Amanh tu e teus filhos estareis comigo. Onde, pois, estava
Samuel, se o suicida Saul iria estar com ele? Efetivamente, de admirar-se a gente de que
os que crem na doutrina da imortalidade inerente ao homem, se abalancem a referir-se a
esse relato bblico, porquanto assim procedendo, fazem Samuel subir da terra quando,
segundo o ponto de vista deles mesmos, ele deveria estar no Cu; e fazem o mpio Saul
habitar com o santo Samuel, quando ele deveria, segundo ainda o seu ponto de vista, estar
com os demnio no inferno.
149
Por que, no entanto, fala o relato em Samuel, se ele ali no se achava de fato? O
registro nodiz que Saul viu a esse suposto Samuel, pois quando a feiticeira gritou, ele
perguntou: Que o que vs? e um momento depois: Como sua figura? Se Samuel
tivesse realmente estado ali, por que no o teria visto Saul? Porventura unicamente os
olhos da bruxa eram capazes de ver o homem ancio... envolto numa capa? Lemos que
Saul entendeu que era Samuel. Quer dizer que Saul percebeu, concluiu, em resultado da
descrio dada pela feiticeira, que Samuel estava presente.
Era o maligno o inspirador das atividades da feiticeira, e o maligno o embusteiro
por excelncia. Conclumos, pois, que essa mulher estava enganando a Saul. E, iludida
tambm pelo diabo, provavelmente pensou que via Samuel. Saul, por sua vez, aceitou sua
sua explicao.
A narrativa bblica simplesmente descreve, pois, essa sesso esprita em termos das
suposies da feiticeira e de Saul. Temos no relato uma linguagem de aparncia, recurso
empregado em literatura. Quando a narrativa diz Samuel, podemos compreender
significar simplesmente aquela apario produzida pelo diabo, a qual sem dvida se
verificou, e que eles supunham ser Samuel.
150
OBJEO
Paulo diz claramente que lhe era possvel estar fora do corpo. Isto prova que o
homem real uma alma imaterial, ou esprito, independente do corpo. (Ver 2 Cor. 12:2,3).
A passagem, em seu contexto, reza assim: Em verdade que no convm gloriar-me;
mas passarei s vises e revelaes do Senhor. Conheo um homem em cristo que h
catorze anos (se no corpo no, sei, se fora do corpo no sei: Deus o sabe) foi arrebatado at
ao terceiro Cu. E sei que o tal homem (se no corpo, se fora do corpo, no sei; Deus o sabe)
foi arrebatado ao paraso; e ouviu palavras inefveis, de que ao homem no lcito falar. II
Cor 12:1-4.
O primeiro fato que desejamos tornar claro este: De acordo com os crentes na
doutrina da imortalidade da alma, o abandono da alma ao corpo tem lugar no instante da
morte, o que forosamente deve resultar na morte do corpo. Dos textos que usam para
provar sua idia, dois h que sustentam o fato de que a morte marca o abandono da alma ao
corpo: E aconteceu que, saindo-lhe a alma (porque morreu)...Gen 35:18. E a alma do
menino tornou a entrar nele, e reviveu. I Reis 17:22.
Portanto, seguindo tal raciocnio, se Paulo esteve fora do corpo, ele morreu! Mas
est qualquer crente na imortalidade da alma realmente desejando admitir que Paulo est
dizendo que no sabe se morreu ou no em certo tempo, isto , h quatorze anos? E, se
com efeito ele morreu, ento deve ter ressuscitado posteriormente, quando voltou do
terceiro Cu. Haveria aqui, sem dvida, alguma coisa muito importante acerca da qual
151
Paulo escreveu, mas ele no faz aluso em qualquer lugar de seus escritos quanto a ter
morrido e sido ressuscitado.
Obviamente, deve haver alguma coisa errada na interpretao das palavras de Paulo
que poderiam produzir to surpreendentemente concluso.
Mas no se requer que sigamos tal raciocnio. Paulo est falando de vises e
revelaes. O que ele viu e ouviu foi to real e vvido que no estava certo se Deus no o
teria na realidade transportado ao Cu pelo breve perodo da revelao. Ele no o afirma
como um fato. Obviamente, a outra alternativa era que ele tivera simplesmente uma viso, e
ouvira nessa viso a revelao de coisas que lhe no era licito repetir. Mas se ele no foi
literalmente arrebatado para o Cu no corpo, parecera-lhe no obstante estar ali, e podia
naturalmente descrever esse estado como sendo fora do corpo. De fato, de que melhor
maneira poderia algum expressar o pensamento de estar num lugar distante sem
literalmente ter estado ali?
Escrevendo igreja de Colossos Paulo usa esta mesma espcie de linguagem: Ainda
que esteja ausente quanto ao corpo, contudo em esprito estou convosco, regozijando-me. e
vendo a vossa ordem, e a firmeza da vossa f em Cristo. Cl 2:5.
No temos dificuldade em compreender essas palavras de Paulo. Ningum encontra
nelas qualquer prova de uma entidade area, imortal, chamada alma. Com efeito, podemos
escrever a um amigo com quem no nos ser possvel estar em determinada ocasio de
importncia: Estarei contigo em esprito. Mas nenhum de ns, inclusive nossos objetos,
crem que assim falamos queremos significar que uma entidade imortal nem ns voar em
certo momento para estar com o amigo. Ento por que achar que Paulo em II Cor 12:2,3
est falando de espritos desencarnados?
152
MUDANA DE CALENDRIO
OBJEO
A contagem do tempo perdeu-se. Devido s mudanas do calendrio que tem havido,
j no se pode mais dizer qual na verdade o stimo dia.
Parece ser este um ponto no qual os oponentes do Sbado s pensam depois de haver
descoberto que as demais objees no tem fundamento. um argumento que traz grande
dificuldade ao defensor da observncia do primeiro dia da semana, como veremos.
Se certo que se perdeu a contagem do tempo, que dizer ento da santidade do
Domingo o dia que o oponente do Sbado geralmente defende com grande vigor?
evidente que, ento, o Domingo se perdeu juntamente com o Sbado. Nenhuma outra
concluso possvel. Ora, se o observador do Domingo no pode precisar rigorosamente
qual esse dia (o que se d forosamente se verdade que se perdeu a contagem dos dias
da semana), como pode ento ligar importncia ao dia que agora guarda como Domingo?
Bem se poderia dar por encerada a questo neste ponto, pois desde j evidente que
esse argumento no foi apresentado com inteira iseno de nimo e que na verdade o
oponente do Sbado no lhe pode dar crdito sem se demonstrar hipcrita na defesa do
Domingo.
A pessoa que faz uma declarao qualquer, tem a responsabilidade de apresentar
provas em seu apoio, Ora, que provas se podero apresentar em abono dessa declarao da
parte na contagem do tempo? Nenhuma! Ento, como se espera refutao de nossa parte?
Nada h a refutar! O que mais se aproxima de uma prova a declarao de que, desde os
tempos bblicos, o calendrio sofreu vrias mudanas. como se essas mudanas fossem to
153
1852 aD
Dom Seg
17
24
31
1
18
25
Outubro
1582 aD
Sab
2
19
26
16
23
30
3
20
27
4
21
28
15
22
29
Quinta-feira, 4 de outubro, foi seguindo por Sexta-feira, dia 15. Da resultou que,
embora tivessem sido removidos certos dias do ms, a ordem dos dias da semana no se
alterou. E o ciclo da semana o que nos traz os dias de Sbado. Ao passarem os anos, em
lugar do Juliano, como se chama o antigo. E cada nao, ao fazer a mudana, empregou a
mesma regra de saltar dias do ms, sem tocar na ordem dos dias da semana.
154
estender a sua objeo! Pois fato que os judeus, que mantiveram atravs dos sculos o seu
155
prprio calendrio, se encontram em exata harmonia com os povos cristos, no que respeita
aos dias de semana.
Considerai a questo de outro ponto de vista ainda. Perguntai ao astrnomo se
verdade que se perdeu a contagem dos dias, ou se foi alternado o ciclo semanal Ele vos
responder simplesmente: No. Cogita-se hoje numa reviso do calendrio a qual nos
haveria de levar a perder ordem dos dias, quanto semana, e portanto tambm dos sbados,
por isso que introduziria cada ano um dia em branco, quebrando assim a absoluta
continuidade das semanas. Por esse motivo, vrios astrnomos tm feito vigorosa oposio
a essa proposta. Eis uma amostra delas, na declarao de M. Edward Baillaud, diretos do
Observatrio de Paris: Tenho sempre hesitado em sugerir a interrupo da continuidade da
semana qual sem dvida, a mais antiga instituio cientifica que nos legou o passado.Relatrio da Liga das Naes sobre a Reforma do Calendrio, pg. 52.
No, no h incerteza alguma em traar o correr das semanas at aos tempos bblicos;
e, ali chegados, lemos na Escritura Sagrada que o Sbado estava passado quando chegou
o primeiro dia da semana- a manh da ressurreio. (S. Marcos 16:1e2.) Se esperardes at
o Domingo para ento repousar e adorar, tereis perdido o Sbado, pois a Palavra de Deus
declara ento passado o Sbado.
156
OBJEO
O Sbado no pode ser guardado num mundo esfrico, pois quem viaja ao redor da
Terra, ou perde ou ganha um dia.
D-se com esta objeo o mesmo que se d com aquela de que o dia se perdeu atravs
dos sculos. Pois, se o Sbado no pode ser observado num mundo esfrico, tampouco o
pode o Domingo. Isto mais evidente. Mas vemos, porventura os observadores do
Domingo de todos os recantos da Terra em perplexidade, sem poder conciliar a esfericidade
da Terra com a observncia do Domingo?
S APARENTE
A chamada perda ou ganho de um dia, para a pessoa que viaja ao redor do mundo,
nico aparente e nunca real. Do contrrio veramos tornar-se possveis os maiores absurdos.
Por exemplo, poderia uma pessoa diminuir a idade pelo simples viajar ao redor do mundo
do oriente para o ocidente, perdendo assim dias! Ou gmeos deixariam de s-lo pelo
simples expediente de viaja em direo oposta em torno do globo um deles ganhando um
dia e o outro perdendo! E se um perdesse um dia e o outro ganhasse um, e claro que um
deles seria dois dias mais velho que o outro. E tudo isso em resultado de uma viagem em
torno do mundo em direo oposta. E suponhamos que fosse ambos comandantes de navio
e a rota de seus respectivos vapores os obrigasse a circundar o mundo em direo oposta!
No seria ento apenas questo de tempo ser um deles to mais velho que o outro que
poderia ser seu pai?
157
TODOS CONCORDAM
Ademais, mostramos em nosso exame da questo do tempo perdido que tempo
algum se perdeu; que, ao contrrio, os ciclos semanais nos vieram ininterrupta sucesso
atravs dos sculos, de maneira que podemos estar certos quanto ao stimo dia da semana.
E isto significa, naturalmente que podemos ter essa mesma certeza quer nos achemos em
Hong-Kong ou no Cairo quer no Rio de Janeiro ou em Londres, pois que o ciclo semanais
se mantiveram intactos tanto num lugar como noutro.
A qualquer pais que cheguemos em nossas viagens, encontramos todas as pessoas
dali (cientistas e leigos, judeus, cristos e ateus) de perfeito acordo quanto aos dias da
158
semana. Com efeito, este provavelmente um dos poucos fatos da vida cotidiana em que
to misto grupo de pessoas esto de acordo, to certos e to definitivamente fixos se acham
os dias. Perguntai-lhes, individual ou coletivamente, quando chega o stimo dia da semana,
e todos daro a mesma resposta. Quo simples, pois, o mandamento de Deus para se
guardar o stimo dia ! As objees contra a observncia do Sbado provm, no de viajar
longe pela terra afora, mais sim de se afastar para longe de Deus.
159
TENTAO
I DEFINIO
A persuaso para pecar o que nos induz para pecar. uma influncia que nos
levar, se permitirmos, ao pecado. O propsito da tentao fazer-nos pecar.
a) Deus
b) Satans
c) Voc
III CONSCINCIA
Informa a pessoa do tipo da tentao. Quando a tentao vem, a conscincia diz: Esta uma proposio arriscada; melhor no me meter nesta; ou dizer, est OK, vamos
adiante. Em outras palavras, a conscincia nos informa aquilo que mau como aquilo que
bom. (veja C.S. cap. 30)
IV ESTGIOS DA TENTAO
A Introduo: Antes de discutimos os estgios da tentao, isto , entre a tentao e
pecado, gostaramos de salientar que muitos no mais precisam passar por tais estgios.
Eles tm cedido tanto que a nica coisa necessria o estmulo, o pecado segue quase
automaticamente. Alguns tm acariciado o pecado por muito tempo, e tudo o que
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Ns podemos dirigir nossos desejos. Se algum sabe que algo est errado, ele deve
educar-se para no desejar aquilo. Esta a maneira de desenvolver o carter. Se o Cristo
sabe que algo errado, ele no devia gostar daquilo.
A Escola do sofrimento: Tentao, se resistida, um meio de fortalecimento do
carter. Assim, a oportunidade para resistir uma ocasio para o desenvolvimento de uma
maturidade espiritual mais profunda. Porque podem ser usadas desta maneira, tentaes no
deviam ser condenadas como uma maldio, mas como uma Beno.
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PECADO
I A ORIGEM DO PECADO
LEITURA: Apocalipse 12; Ezequiel 28; Isaas 4; Patriarcas e Profetas (Cap. I); O Grande
Conflito (Cap. 29); Histria da Redeno (Cap. 1).
a Lcifer foi o primeiro a pecar, mas, no teve nenhuma cauda (GC, 492). No
houve nenhuma razo para o pecado, mas houve um ocasio para isso. A
ocasio foi o livre-arbtrio de Lcifer.
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b Deus criou seres livres. Nossos primeiros pais, se bem que criados
inocentes e santos, no foram colocados fora da possibilidade de praticar o
mal... Deus poderia Ter criado o homem sem a faculdade de transgredir a
Sua lei;... neste caso, porm, o homem teria sido, no uma entidade moral,
livre, mas um simples autmato. Sem liberdade de opo, sua obedincia
no teria sido voluntria, mas forada. No poderia haver desenvolvimento
de carter. Tal maneira de agir seria contrria ao plano de Deus... e teria
apoiado a acusao, feita por Satans, de governo arbitrrio por parte de
Deus (PP, 32). A mesma liberdade dada aos primeiros pais, foi dada
tambm a Lcifer.
c Deus criou a Lcifer (perfeito) e no o Diabo. Lcifer quer dizer uma luz
flamejante. Ele foi o portador da luz ao redor do trono de Deus, isto , o
mensageiro dos conclios de Deus aos outros mundos. Mas devido sua
livre escolha ele tornou-se o Diabo. Diabolo (diabo) que quer dizer lanar,
isto , ele comeou a lanar nas mentes dos outros anjos a dvida sobre o
carter de Deus.
d Perguntas cujas respostas se encontram na leitura indicada:
1 Como descrito Lcifer pela Bblia e Esprito de Profecia, antes de sua
rebelio?
2 Noconclio, em que foi conferida uma honra especial a Jesus, houve
uma mudana na autoridade ou posio de Deus?
3 Por que, na sua opinio, Deus conferiu uma honra especial a Jesus?
4 Quando foi Lcifer rebaixado de sua posio?
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DA
REBELIO
LEITURA: Apocalipse 12; Ezequiel 28; Isaas 14; Histria da Redeno (Cap. 3).
1 Como descreve a sra. Ellen G. White a condio de Lcifer e dos anjos aps a sua
expulso dos cus?
2 Teriam eles a possibilidade de voltarem a ser como eram antes da rebelio?
3 Ao passar um anjo do cu perto de Satans, o que Satans lhe pediu?
4 Na entrevista que teve com Cristo, o que Satans falou a Cristo?
5 Qual foi a emoo de Jesus ante o infortnio de Satans e o que Jesus lhe disse?
6 Quais foram as razes da dor de Satans?
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III TENTAO
QUEDA DO HOMEM
LEITURA: Gnesis 3 (Na Bblia e no SDABC); Patriarcas e Profetas (Cap. 4); Histria da
Redeno (Cap. 4).
IV A MALDIO
1 Que maldio foi pronunciada sobre a serpente?
2 Que maldio foi pronunciada sobre a mulher?
3 Segundo PP que trs coisas as inquietas Evas modernas perderam?
4 O livro Lar Adventista ao descrever a funo da me faz trs comparaes com outras
categorias de trabalho. Quais so?
5 Qual a passagem bblica que oferece o padro de relacionamento entre os cnjuges
uma vez que aps o pecado a pura democracia acabara?
6 Que maldio foi pronunciada sobre Ado?
7 Que maldio foi pronunciada sobre a Terra?
8 Como se originaram os cardos e espinhos?
9 Qual foi a reao de Ado e Eva ao testemunharem os primeiros sinais de decadncia
na natureza?
10 At quando o jardim do den permaneceu sobre a Terra?
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V OS RESULTADOS DO PECADO
1 Decepo
a Em vez de serem como Deus, Ado e Eva apenas perceberam que estavam
nus.
b Pecado enganoso (Hb 3:13; Pv 14:13)
c O gzo do pecado dura s um momento (Hb 11:25; J 20:5)
2 Senso de culpa, temor, doena
a PP, 49
b Gn 3:7,8 esconderam-se da presena do Senhor...
c Os perversos no tm paz (Pv 28:1)
d Muitas das doenas sofridas pelos homens so o resultado da depresso
mental.
Desgosto,
ansiedade,
descontentamento,
remorso,
culpa,
c Ap 21:8
4 Separao de Deus
a Is 59:2; 64:7; Sl 66:18
5 Mudana e escravido natureza pecaminosa
a 2Pe 2:19; Jo 8:34; Rm 3:9,10; 7:5,14; 8:6-8,20; Gl 5:19,24; 6:8; Ef 2:2-4.
b Veja o Esprito de Profecia nos itens VI, VII, VIII, XI.
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X A ESSNCIA DO PECADO
1 Consideramos que o pecado uma condio do corao (natureza inclui externo e
interno; o homem inteiro traz a tintura do pecado) e universal (extenso). Mas qual a
condio? Em outras palavras qual a essncia? A essncia do pecado ou a condio
caracterizada pelo amor prprio ou egosmo. O pecador aquele que se escolhe a si
mesmo como fim supremo em vez de escolher a Deus. Este foi o pecado de Lcifer e o
pecado de Ado e Eva (Veja Isaas 14:12-14; 2Ts 2:3,4; PP, 49).
2 Antes do Pecado (PP, 28,29,32,33)
DEUS
AMOR
ADO
DEUS
AMOR
AMOR
AMOR
EVA
ADO
AMOR
EGOSTA
AMOR
EVA
AMOR
EGOSTA
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purificado... Cristo Deu o Seu Esprito como um poder divino para vencer toda a
tendncia hereditria e cultivada para o mal, e gravar Seu prprio carter em sua
igreja.
e Evangelismo, 192 Sem o processo transformador que s pode advir atravs do
divino poder, as propenses originais para o pecado permanecem no corao com
toda a sua fora, para forjar novas cadeias, para impor uma escravido que nunca
pode ser desfeita pela capacidade humana.
f CS, 506 a graa que Cristo implanta na alma, que cria no homem a inimizade
contra Satans. Sem esta graa que converte, e este poder renovador, o homem
continuaria cativo de Satans, como servo sempre pronto a executar-lhe as ordens.
Mas o novo princpio na alma cria o conflito onde at ento houvera a paz. O poder
que cristo comunica, habilita o homem a resistir ao tirano e usurpador. Quem quer
que se ache a aborrecer o pecado em lugar de o amar, que resista a estas paixes que
tem dominado interiormente e as vena, evidencia a operao de um princpio
inteiramente de cima.
XII OS ARDIS DE SATANS
1 Leia CS, 518-530 (cap. 32).
2 Enumere os ardis ali descritos.
XIII O PIOR INIMIGO DO HOMEM E COMO VENC-LO
1 Leia CS, 505-510 (cap. 30).
2 Anote alguns meios poderosos que Deus proveu para vencermos o pecado e Satans.
176
O HOMEM
I A IMAGEM DE DEUS
Texto Principal: Gnesis 1:26,27
Textos Anlogos: Gnesis 5:3; 9:6
1 Exposio do Tema
O tema do homem feito imagem de Deus no aparece alm do livro de Gnesis (gn
1:26,27; 5:3; 9:6). Mas em que consiste a imagem ou semelhana? Consiste num corpo
parecido com o corpo de Deus? No seria porventura no que se refere inteligncia,
palavra e liberdade? Ou consiste naquilo que os helenistas do sculo II a.C. afirmaram,
dizendo que o homem a imagem de Deus pelo fato de possuir alma imortal?
texto hebreu existiu o Waw copulativo, e que desapareceu pela influncia da Waw com que
termina o vocbulo anterior (besalmenu). Ou seja, que tanto o substantivo imagem como o
termo semelhana, originalmente esto separados por uma conjuno
copulativa,
3 A Pergunta Fundamental
Agora vem a pergunta principal: Em que se manifesta no homem a imagem divina?
a Imagem de Deus quanto ao corpo? Alguns eruditos rejeitam a opinio dos
que sustentam que o homem a imagem de Deus quanto ao corpo, porque segundo estes
estudiosos, Moiss resistiria, conscienciosamente, a todos os antropomorfismos que podem
fazer lembrar a presena de Deus como se fosse uma figura corprea, desprezvel, Alm
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disso, acrescentam esses escritores, o texto diz ter Deus criado "macho e fmea" (v.27).
Com este texto poder-se-ia afirmar que a mulher tambm a imagem de Deus. Pois bem,
no se admite em deus, reafirmam tais escritores, a existncia de dois sexos, nem se
mencionam na teologia hebraica monotesta as divindades femininas. Logo, concluem estes
eruditos, a opinio dos que sustentam que o homem a imagem de Deus cairia por terra.
Nem todos os eruditos aceitam esta opinio.
O erudito alemo Gerhard Von Rad pergunta a si mesmo e a si mesmo responde: "Se
a imagem interpretada somente do ponto de vista fsico, que diramos do espiritual? Em
Gnesis o homem apresentado como um todo. No se deve, portanto, separar a parte
fsica da idia de semelhana, apesar de a imagem de Deus estar espiritualizada. A
semelhana de tal modo que representa a Deus na criao mediante a superioridade e a
soberania fsico-espiritual com que Deus distinguiu o homem (Enciclopdia da Bblia, Vol.
4, p. 110). Como pode ser visto, esta opinio de Von Rad penetra fundo no pensamento
hebreu acerca do homem. No Antigo Testamento no podemos notar, falando do homem,
incompatibilidade entre a alma e o corpo (teoria dicotmica), ao estilo da filosofia grega;
tampouco havemos de notar a idia tricotomista (alma, corpo e esprito). O homem,
segundo o Antigo Testamento, forma uma unidade psicofsica indissolvel. O israelita
monista.
As funes psquicas esto ligadas a tal ponto natureza fsica, que todas se
encontram localizadas nos rgos do corpo. Estes rgos, por sua vez, recebem vida das
foras que o animam. No h uma justaposio de rgos diferentes, seno um organismo
animado por uma vida nica em que cada um dos rgos pode ser a expresso de todos os
outros em conjunto. Pois bem, a opinio de Von Rad genial, porque j que o Antigo
Testamento concebe o homem como um todo, podemos consider-lo imagem e semelhana
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imagem (Sabedoria 2:23). Este conceito, influenciado pelas idias platnicas que
distinguem a alma do corpo (dicotomia), totalmente alheio aos conceitos doutrinrios do
Antigo Testamento sobre o homem que , eminentemente, monista. Sem dvida este
conceito que ensina ser o homem a imagem de deus, em virtude de possuir uma alma
imortal, exerceu influncia no s nas comunidades judaicas como tambm,
principalmente, em muitos escritores da igreja primitiva, sendo como eram quase todos
eles, de origem grega.
d Interpretao de Ellen G. White. Aqui esto as interpretaes da pena que foi
dirigida pelo Esprito de Profecia: O deveria ter a imagem de Deus, tanto na aparncia
externa como no carter. Cristo somente a expressa imagem do Pai (Hb 1:3); mas o
homem foi formado semelhana de Deus. Sua natureza estava em harmonia com a
vontade de Deus. A mente era capaz de compreender as coisas divinas. As afeies eram
puras; os apetites estavam sob o domnio da razo. Ele era santo e feliz, tendo a imagem de
Deus e estando em perfeita obedincia Sua vontade (Patriarcas e Profetas, p. 28).
No princpio o homem foi criado semelhana de Deus, no somente no carter,
mas na forma e aspecto. O pecado desfigurou e quase obliterou a imagem divina; mas
Cristo veio para restaurar aquilo que se havia perdido (O Grande Conflito, p. 642).
Quando Deus fez o homem Sua imagem, a forma humana estava perfeita em todo
o seu aparelhamento, mas jazia inanimada. Ento um Deus pessoal, de existncia prpria,
inspirou naquela o flego da vida, e o homem tornou-se um ser vivo, inteligente (A
Cincia do Bom Viver, P. 415).
O Senhor criou o homem do p da terra e o fez compreender a natureza de sua vida.
Sendo-lhe inspirado o sopro do Todo-poderoso tornou-se ele alma vivente. Ado foi
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perfeito em sua forma. Forte, gracioso e puro, trazia consigo a imagem de seu Criador
(Manuscrito 102 de 1903).
Concluses
1 O tema do homem como imagem de Deus no deixa de ser um problema.
2 A exegese textual de Gnesis 1:26 deixa claro:
a Que quando Deus criou o homem empregou a forma enftica faamos,
expressando com isto a dignidade e a superioridade do homem sobre todos
os seres criados.
b Que os termos imagem (Selem) e semelhana (Damut), esto claramente
separados por uma conjuno copulativa, significando com isto que cada
termo tem um valor especial.
c Que o homem no em si imagem de Deus, seno um ser conforme ou
segundo esta imagem, tal como afirma a Segunda parte do texto: Conforme
a nossa semelhana, ou seja uma imagem mais ou menos semelhana de
Deus.
3 Que embora haja eruditos que no aceitam a opinio de que o homem a imagem de
Deus, em seu corpo, visto Moiss no aceitar o antropomorfismo ao tratar da divindade,
nem todos os estudiosos se obrigam a pensar da mesma forma. Von Rad, por exemplo,
afirma que no se deve excluir o fsico da idia de semelhana, uma vez que no se
desvirtue o carter espiritual de Deus.
4 A teoria de e. Jac ajusta-se Segunda parte do texto (Gn 1:26), afirmando que o
homem a imagem e semelhana de Deus por sua funo de domnio que lhe foi dado
exercer sobre toda criatura.
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III RESTAURAO
DA IMAGEM DE
DEUS
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6 Apenas uma lembrana permanece (Hc 3:4) Apenas uma lembrana permanece:
nosso Redentor sempre levar os sinais de Sua crucifixo. Em Sua fronte ferida, em Seu
lado, em Suas mos e ps, esto os nicos vestgios da obra cruel que o pecado efetuou
(GC, 670).
7 Aleluia! Deus amor! Deus reina! O grande conflito terminou. Pecado e pecadores
no mais existem. O universo inteiro est purificado. Uma nica palpitao de
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harmonioso jbilo vibra por toda a vasta criao. Daquele que tudo criou emanam vida,
luz e alegria por todos os domnios do espao infinito. Desde o minsculo tomo at ao
maior dos mundos, todas as coisas, animadas e inanimadas, em sua serena beleza e
perfeito gozo, declaram que Deus amor (GC, 675). AMM!
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O QUE O HOMEM
(Gnesis 2:7)
I SALMOS 8:3-9
A feito por Deus o fizeste...
B pouco inferior aos anjos pouco menor o fizeste do que os anjos.
C Foi feito rei, dominador das criaturas irracionais De honra e glria o coroaste.
Fazes com que ele tenha domnio sobre as obras das Tuas mos.
D digno da ateno divina e feito com a possibilidade de comunicar-se com Deus
que o homem mortal para que Te lembres dele e o visites? Deus se lembra do
homem e o visita.
II GNESIS 1:26-28 CRIADO IMAGEM E SEMELHANA DE DEUS
A Nenhuma outra criatura foi feita nessa forma.
B Isso destaca a diferena existente entre o homem e a criao inferior.
C J estudamos o significado dessa expresso.
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Elemento / % no Corpo
Oxignio: 66,0
Carvo: 17,5
Hidrognio: 10,2
Nitrognio: 2,4
Clcio: 1,6
Fsforo: 0,9
Potssio 0,4
Sdio: 0,3
Cloro: 0,3
Enxfre: 0,2
Magnsio: 0,105
Ferro: 0,005
Iodo: Traos
Fluor: Traos
Outros Elementos: Traos
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I PROBLEMA
o homem imortal? Subsiste alguma parte dele aps a morte e vive eternamente? Se
assim , que parte subsiste e sob que condies? Deve notar-se que a pergunta no diz
respeito futura vida imortal que a herana de todos os fiis. Nada poderia ser mais claro
do que a promessa da vida eterna feita aos crentes (S. Joo 3:16; Rm 2:7; 2Tm 1:10). O
assunto , porm, se Deus criou o homem imortal; se na criao foi algum princpio imortal
incorporado ao ser humano, que o tornasse incapaz de morrer; se ele tinha de continuar
vivendo, se no no paraso, ento na perdio eterna (inferno). Da resposta a estas
perguntas depende o problema do tormento eterno, com todas as suas conseqncias. Se o
homem no pode morrer, ento possvel o sofrimento eterno. Se pode morrer e morre, o
sofrimento (castigo) nalgum tempo ter fim.
15/ Mente
15/ Corao
11/ Cadver
5 / Morto (Lv 19:28; 21:1; 22:4; Nm 5:2; 6:11)
4 / Vontade
2 / Apetite
2 / Lascvia
2 / Coisa
B ESPRITO
Ruahh a palavra hebraica para esprito. Ocorre 442 vezes no Antigo
Testamento. Ao todo, est traduzida em 16 diferentes palavras:
Ocorrncias / Traduo:
232 / Esprito
97/ Mente
28/ Flego
* / Cheiro
* / Vento
* / Ar
* / Ira
* / Coragem (nimo)
* / Sopro
* / Esprito de Deus
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Ocorrncias / Traduo:
381 / Esprito
2 / Fantasma
1 / Vida
1 / Vento
Esprito
Fantasma
Vida
Vento
III CONCLUSES
Do que antecedeu, viu-se que as palavras alma e esprito derivam de 3 palavras
hebraicas e de duas gregas, e so traduzidas em mais de 60 diferentes maneiras. Isto sugere
as seguintes concluses:
A Que os tradutores da Bblia criam serem essas palavras de sentido amplo,
incapazes de serem traduzidas por uma ou duas equivalentes em portugus. E esse, em
verdade, o caso.
B Que o contexto e o sentido do texto devem ser, sobretudo, o guia na escolha da
palavra correta em portugus.
C Que todo aquele que quiser corroborar a sua prpria opinio, pode achar apoio
bblico, por meio de interpretao facciosa ou restrita. Se por exemplo, algum insistir que
alma realmente significa corao pode encontrar 15 textos no Antigo Testamento em
que assim traduzida. Se outra insistir que mente a significao correta, tambm
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poderia encontrar 15 textos como prova. E assim com esprito. Poderia algum insistir
que o esprito apenas vento, e, outra poderia insistir que esprito fantasma.
Ambas encontrariam textos para provar sua posio. Nestas circunstncias, que devemos
crer? claro, nenhum ponto de vista restrito ou faccioso bastar como explicao.
Nenhuma das 60 ou mais diferentes palavras isoladas d a significao total. Todos os
textos em que as palavras ocorrem devem ser examinados. S assim se chegar a uma
compreenso correta. Mas isso tarefa enormssima. Envolve o exame escrupuloso de 1700
textos e de seu contexto. Muito mais fcil tomar apenas uns poucos textos, que
corroborem a nossa prpria idia, e desprezar os restantes. Mas, a concluso atingida no
seria a mais acertada do que a dos cegos incumbidos de examinar e relatar o tamanho e a
forma de um elefante. Levados para junto do animal, um lhe apanhou a cauda, e nessa
conformidade fez o seu relatrio de que o elefante se assemelhava a uma corda. Outro
pegou a perna, e relatou que o elefante era como uma rvore. Um tocara a orelha e, para si
o elefante era chato e mole como uma panqueca, entretanto, que examinou as presas,
relatou que o elefante era duro, liso e feito de osso. Cada um desses relatrios era em si
mesmo verdadeiro, mas nenhuma apresentava uma concepo correta. So mtodos tais
como estes que originam opinies bblicas divergentes.
IV A DEFINIO DE ESPRITO E ALMA EM RESULTADO DO EXAME MINUCIOSO DE
TODOS OS TEXTOS
Seria impossvel examinar aqui minuciosamente cada um dos textos em que ocorre
esprito ou alma. Alm disso, isto j foi feito por outros estudiosos da Bblia. Tudo
quanto precisamos fazer apresentar os resultados:
195
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VI EXAME
DO
QUE ALMA
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