Iso 14031 PDF

Norma
aNP
EN ISO 14031
Portuguesa
2004
5 de Dezembro de 2004
Gestão ambiental
Avaliação do desempenho ambiental
Linhas de orientação
(ISO 14031:1999)
Management environnemental
Évaluation de la performance environnementale
Lignes directrices
(ISO 14031:1999)
Environmental management
Environmental performance evaluation
Guidelines
(ISO 14031:1999)
CDU HOMOLOGAÇÃO
DESCRITORES
CORRESPONDÊNCIA ELABORAÇÃO
Versão portuguesa da EN ISO 14031:1999 CT 150 (IA)
EDIÇÃO
CÓDIGO DE PREÇO
 IPQ reprodução proibida
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Rua António Gião, 2
PT – 2829-513 CAPARICA PORTUGAL
Tel. (+ 351) 21 294 81 00 E-mail: [email protected]
Fax. (+ 351) 21 294 81 01 URL: www.ipq.pt
Preâmbulo nacional
Ao longo da presente Norma são utilizados os seguintes termos:
- "deve" ou "devem" quando se pretende dar um cariz de exigência (traduz "shall");
- "deverá" ou "deverão" quando se pretende dar um cariz de aconselhamento/conveniência (traduz "should");
- "pode" ou "podem" quando se pretende dar um cariz de capacidade para (traduz "can");
- "poderá" ou "poderão" quando se pretende dar um cariz de alternativa a (traduz "may").
em branco
NORMA EUROPEIA EN ISO 14031
EUROPÄISCHE NORM
NORME EUROPÉENNE
EUROPEAN STANDARD Novembro 1999
ICS: 13.020
Versão portuguesa
Gestão ambiental
Avaliação do desempenho ambiental
Linhas de orientação
(ISO 14031:1999)
Umweltmanagement Management environnemtal Environmental management

Umweltleistungsbewertung Evaluation de la performance Environmental performance
Leitlinien environnementale evaluation
(ISO 14031:1999) Lignes directrices Guidelines
(ISO 14031:1999) (ISO 14031:1999)
A presente Norma é a versão portuguesa da Norma Europeia EN ISO 14031:1999, e tem o mesmo estatuto
que as versões oficiais. A tradução é da responsabilidade do Instituto Português da Qualidade.
Esta Norma Europeia foi ratificada pelo CEN em 1999-11-15.
Os membros do CEN são obrigados a submeter-se ao Regulamento Interno do CEN/CENELEC que define
as condições de adopção desta Norma Europeia, como norma nacional, sem qualquer modificação.
Podem ser obtidas listas actualizadas e referências bibliográficas relativas às normas nacionais
correspondentes junto do Secretariado Central ou de qualquer dos membros do CEN.
A presente Norma Europeia existe nas três versões oficiais (alemão, francês e inglês). Uma versão noutra
língua, obtida pela tradução, sob responsabilidade de um membro do CEN, para a sua língua nacional, e
notificada ao Secretariado Central, tem o mesmo estatuto que as versões oficiais.
Os membros do CEN são os organismos nacionais de normalização dos seguintes países: Alemanha,
Áustria, Bélgica, Dinamarca, Espanha, Finlândia, França, Grécia, Irlanda, Islândia, Itália, Luxemburgo,
Noruega, Países Baixos, Portugal, Reino Unido, Suécia e Suíça.
CEN
Comité Europeu de Normalização
Europäisches Komitee für Normung
Comité Européen de Normalisation
European Committee for Standardization
Secretariado Central: rue de Stassart 36, B-1050 Bruxelas
 1999 Direitos de reprodução reservados aos membros do CEN
Ref. nº EN ISO 14031:1999 Pt

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Índice Página
Preâmbulo ................................................................................................................................................ 6
Introdução ................................................................................................................................................ 7
1 Campo de aplicação.............................................................................................................................. 7
2 Termos e definições............................................................................................................................... 8
3 Avaliação do desempenho ambiental .................................................................................................. 10
3.1 Apresentação geral .............................................................................................................................. 10
3.1.1 Modelo do processo da ADA ........................................................................................................... 10
3.1.2 Indicadores para a ADA ................................................................................................................... 11
3.1.3 Utilização da ADA ........................................................................................................................... 12
3.2 Planeamento da ADA (Planear)........................................................................................................... 13
3.2.1 Orientações gerais............................................................................................................................. 13
3.2.2 Selecção de indicadores para a ADA................................................................................................ 15
3.3 Utilização de dados e informação (Executar) ...................................................................................... 20
3.3.1 Apresentação geral ........................................................................................................................... 20
3.3.2 Recolha de dados .............................................................................................................................. 21
3.3.3 Análise e conversão de dados ........................................................................................................... 22
3.3.4 Avaliação da informação .................................................................................................................. 22
3.3.5 Relato e comunicação ....................................................................................................................... 22
3.4 Revisão e melhoria da ADA (Verificar e Actuar) ............................................................................... 24
Anexo A (Informativo) Orientações complementares para a ADA .................................................... 26
A.1 Apresentação geral ........................................................................................................................... 26
A.2 Orientações para a identificação dos pontos de vista das partes interessadas no contexto da
ADA .......................................................................................................................................................... 26
A.2.1 Partes interessadas potenciais .......................................................................................................... 26
A.2.2 Preocupações e pontos de vista das partes interessadas................................................................... 27

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A.2.3 Métodos para a identificação dos pontos de vista das partes interessadas ....................................... 28
A.3 Orientações complementares para a selecção de indicadores para a ADA.................................. 28
A.3.1 Considerações para a selecção de indicadores para a ADA ............................................................. 28
A.3.2 Exemplos de abordagens para a selecção de indicadores para a ADA............................................. 29
A.4 Exemplos de indicadores para a ADA ............................................................................................. 31
A.4.1 Generalidades ................................................................................................................................... 31
A.4.2 Indicadores de desempenho de gestão.............................................................................................. 31
A.4.3 Indicadores de desempenho operacional .......................................................................................... 33
A.4.4 Indicadores de estado do ambiente................................................................................................... 37
Bibliografia ............................................................................................................................................... 42
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Preâmbulo
O texto da Norma ISO 14031:1999 foi elaborado pelo Comité Técnico ISO/TC 207, ”Environmental
management”, em colaboração com o CEN/CS.
A esta Norma Europeia deve ser atribuído o estatuto de Norma Nacional, seja por publicação de um texto
idêntico, seja por adopção, o mais tardar em Maio de 2000 e as normas nacionais divergentes devem ser
anuladas o mais tardar em Maio de 2000.
De acordo com o Regulamento Interno do CEN/CENELEC, a presente Norma deve ser implementada pelos
organismos nacionais de normalização dos seguintes países: Alemanha, Áustria, Bélgica, Dinamarca,
Espanha, Finlândia, França, Grécia, Irlanda, Islândia, Itália, Luxemburgo, Noruega, Países Baixos, Portugal,
Reino Unido, República Checa, Suécia e Suíça.
Nota de endosso
O texto da Norma Internacional ISO 14031:1999 foi aprovado pelo CEN como Norma Europeia sem
qualquer alteração.
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Introdução
Muitas organizações estão a procurar formas de compreender, demonstrar e melhorar o seu desempenho
ambiental. Tal pode ser atingido através da gestão efectiva dos elementos das suas actividades, produtos e
serviços que podem ter impactes significativos no ambiente.
A Avaliação do Desempenho Ambiental (ADA), objecto desta Norma Internacional, é um processo e um
instrumento de gestão interna, concebido para proporcionar à Gestão informação fiável e verificável, numa
perspectiva de continuidade, para determinar se o desempenho ambiental de uma organização cumpre os
critérios estabelecidos pela Gestão da organização.
Uma organização com um sistema de gestão ambiental em funcionamento deverá avaliar o seu desempenho
ambiental em comparação com a sua política ambiental, objectivos, metas e outros critérios de desempenho
ambiental. Quando uma organização não possui um sistema de gestão ambiental, a ADA pode auxiliar a
organização a:
− identificar os seus aspectos ambientais;
− determinar quais os aspectos que serão tratados como significativos;
− estabelecer critérios para o seu desempenho ambiental; e
− avaliar o seu desempenho ambiental em comparação com estes critérios.
Esta Norma Internacional (ISO 14031) apoia os requisitos da ISO 14001 e as orientações da ISO 14004 (ver
Bibliografia), mas poderá também ser utilizada de forma independente.
A ADA e as auditorias ambientais auxiliam a Gestão de uma organização na avaliação de estado do seu
desempenho ambiental e na identificação de áreas para melhoria, conforme necessário. A ADA é um
processo contínuo de recolha e avaliação de dados e informação para proporcionar uma avaliação actualizada
do desempenho, bem como as tendências de desempenho ao longo do tempo. Por outro lado, as auditorias
ambientais são conduzidas periodicamente de modo a verificar a conformidade com os requisitos definidos.
Nas ISO 14010 e ISO 140111 (ver Bibliografia), são fornecidas outras orientações em auditorias ambientais.
Constituem exemplos de outros instrumentos que a Gestão pode utilizar para fornecer informação adicional
para a ADA, as revisões ambientais e a avaliação do ciclo de vida (ACV). Enquanto a ADA se centra em
descrever o desempenho ambiental de uma organização, a ACV é uma técnica para avaliação dos aspectos
ambientais e potenciais impactes associados a sistemas de produtos e serviços. Nas ISO 14040, ISO 14041,
ISO 14042 e ISO 14043 são fornecidas orientações complementares sobre ACV (ver Bibliografia). A
implementação de uma ADA, bem como a implementação de outros instrumentos de gestão, pode ser
apoiada por informação relevante proveniente destas e de outras fontes de dados.
1 Objectivo e campo de aplicação

A presente Norma Internacional fornece orientações para a concepção e utilização da avaliação do
desempenho ambiental numa organização. É aplicável a todas as organizações, independentemente do tipo,
dimensão, localização e complexidade.
A presente Norma Internacional não estabelece níveis de desempenho ambiental, nem se destina a ser
utilizada como norma de especificação para fins de certificação ou registo, ou para estabelecer quaisquer
outros requisitos de conformidade para sistemas de gestão ambiental.
1
As normas ISO 14010 e ISO 14011 foram revogadas com a publicação a 01-10-2002 da ISO 19011:2002 – Guidelines
for quality and/or environmental management systems auditing
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2 Termos e definições
Para os fins da presente Norma Internacional, aplicam-se os seguintes termos e definições:
2.1 ambiente
Envolvente na qual uma organização opera, incluindo o ar, a água, o solo, os recursos naturais, a flora, a
fauna, os seres humanos e suas inter-relações.
NOTA: Neste contexto, a envolvente estende-se do interior da organização ao sistema global.
2.2 aspecto ambiental

Elemento das actividades, produtos ou serviços de uma organização que pode inter agir com o ambiente.
NOTA: Um aspecto ambiental significativo é um aspecto ambiental que tem, ou pode ter, um impacte ambiental significativo.
2.3 indicador de estado do ambiente

IEA
Expressão específica que fornece informação sobre o estado do ambiente a nível local, regional, nacional ou
global.
NOTA: “Regional” poderá referir-se a uma região, concelho, ou um grupo de regiões num país, ou poderá referir-se a um grupo
de países ou a um continente, dependendo da escala de estado do ambiente que a organização opta por considerar.
2.4 impacte ambiental

Qualquer alteração no ambiente, adversa ou benéfica, resultante, total ou parcialmente, das actividades,
produtos ou serviços de uma organização.
2.5 sistema de gestão ambiental

SGA
Parte do sistema global de gestão, que inclui a estrutura organizacional, actividades de planeamento,
responsabilidades, práticas, procedimentos, processos e recursos para desenvolver, implementar, alcançar,
rever e manter a política ambiental.
2.6 objectivo ambiental

Finalidade ambiental geral, decorrente da política ambiental, que uma organização se propõe atingir e que é
quantificada, sempre que possível.
2.7 desempenho ambiental

Resultados da gestão dos aspectos ambientais de uma organização.
NOTA 1 Nesta Norma Internacional, desempenho ambiental é definido de forma diferente comparativamente com a ISO
14001:1996 e com a ISO 14004:1996.
NOTA 2 No contexto dos sistemas de gestão ambiental, os resultados poderão ser medidos em função da política ambiental,
objectivos e metas da organização.
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2.8 critério de desempenho ambiental

Objectivo ambiental, meta, ou outro nível de desempenho ambiental estabelecido pela Gestão de uma
organização e utilizado na avaliação do desempenho ambiental.
2.9 avaliação do desempenho ambiental

ADA
Processo destinado a auxiliar as decisões da Gestão relativamente ao desempenho ambiental de uma
organização através da selecção de indicadores, recolha e análise de dados, avaliação de informação em
função dos critérios de desempenho ambiental, relato e comunicação, e da revisão e da melhoria periódica
deste processo.
2.10 indicador de desempenho ambiental

IDA
Expressão específica que fornece informação sobre o desempenho ambiental de uma organização.
2.10.1 indicador de desempenho de gestão

IDG
Indicador de desempenho ambiental que fornece informação sobre os esforços da Gestão para influenciar o
desempenho ambiental de uma organização.
2.10.2 indicador de desempenho operacional

IDO
Indicador de desempenho ambiental que fornece informação sobre o desempenho ambiental das operações
de uma organização.
2.11 política ambiental

Declaração da organização relativa às suas intenções e seus princípios relacionados com o seu desempenho
ambiental global, que proporciona um enquadramento para a actuação e para a definição dos seus objectivos
e metas ambientais.
2.12 meta ambiental

Requisito de desempenho detalhado, quantificado quando possível, aplicável à organização ou a partes desta,
que decorre dos objectivos ambientais e que deverá ser estabelecido e concretizado de modo a que sejam
atingidos esses objectivos.
2.13 parte interessada

Indivíduo ou grupo interessado ou afectado pelo desempenho ambiental de uma organização.
2.14 organização
Companhia, sociedade, firma, empresa, autoridade ou instituição, ou parte ou combinação destas, de
responsabilidade limitada ou com outro estatuto, pública ou privada, que tenha uma estrutura funcional e
administrativa própria.
NOTA: Para as organizações com mais de uma unidade operacional, poderá ser definida como uma organização, uma única
unidade operacional.
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3 Avaliação do desempenho ambiental
3.1 Apresentação geral
3.1.1 Modelo do processo da ADA

A avaliação do desempenho ambiental (ADA) é um processo interno de gestão que utiliza indicadores para
fornecer informação comparativa do desempenho ambiental passado e presente de uma organização com os
seus critérios de desempenho ambiental. A ADA, tal como detalhado nesta Norma Internacional, segue um
modelo de gestão do tipo “Planear-Executar-Verificar-Actuar”. Os passos deste processo contínuo são os
seguintes:
a) Planear
1) Planeamento da ADA;
2) Selecção de indicadores para a ADA (o processo de selecção de indicadores poderá incluir a escolha
entre indicadores existentes, o desenvolvimento de novos indicadores, ou ambas as opções).
b) Executar
Utilização de dados e informação que inclui:
1) Recolha de dados relevantes para os indicadores seleccionados;
2) Análise e conversão dos dados em informação que descreva o desempenho ambiental da
organização;
3) Avaliação da informação que descreva o desempenho ambiental da organização em comparação com
os seus critérios de desempenho ambiental;
4) Relato e comunicação da informação que descreva o desempenho ambiental da organização.
c) Verificar e Actuar
Revisão e melhoria da ADA.
A Figura 1 apresenta um esquema geral de ADA, com referência aos números e títulos das cláusulas
relevantes desta Norma Internacional. O Anexo A fornece orientações suplementares para suporte da ADA.
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PLANEAR
3.2 Planeamento da avaliação do desempenho ambiental
3.2.2 Selecção de indicadores para a avaliação

do desempenho ambiental
EXECUTAR
3.3 Utilização de dados e informação
3.3.2 Recolha de dados
Dados
3.3.3 Análise e conversão de dados
Informação
3.3.4 Avaliação da informação
Resultados
3.3.5 Relato e comunicação
VERIFICAR E ACTUAR
3.4 Revisão e melhoria da avaliação do desempenho ambiental
Figura 1: Avaliação do desempenho ambiental
3.1.2 Indicadores para a ADA

Esta Norma Internacional descreve duas categorias gerais de indicadores para a ADA:
− Indicadores de desempenho ambiental (IDA);
− Indicadores de estado do ambiente (IEA).
Existem dois tipos de IDA:
− Indicadores de desempenho de gestão (IDG), que são um tipo de IDA que fornecem informação sobre os
esforços da Gestão para influenciar o desempenho ambiental das operações da organização;
− Indicadores de desempenho operacional (IDO), que são um tipo de IDA que fornecem informação sobre o
desempenho ambiental das operações da organização.
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Os IEA fornecem informação sobre o estado do ambiente. Esta informação pode auxiliar uma organização a
melhor compreender os impactes, reais ou potenciais, dos seus aspectos ambientais e assim auxiliar o
planeamento e a implementação da ADA.
As decisões e acções da Gestão de uma organização estão estreitamente relacionadas com o desempenho das
suas operações. A Figura 2 ilustra as inter-relações entre a gestão e as operações de uma organização e o
estado do ambiente, referenciando o tipo de indicador para a ADA relacionado com cada um destes
elementos.
ESTADO DO
A ORGANIZAÇÃO (IDA)
ESTADO DO A GESTÃO DA
AMBIENTE E PARTES
ORGANIZAÇÃO (IDG) INTERESSADAS
OUTRAS FONTES
AS OPERAÇÕES DA
ORGANIZAÇÃO (IDO)
ENTRADAS INSTALAÇÕES E SAÍDAS

EQUIPAMENTOS DISTRIBUIÇÃO
FORNECIMENTO
AMBIENTE (IEA)
Legenda
Fluxos de informação
Fluxos de entrada e saída relacionados com as operações da organização
Fluxos de decisão
Figura 2: Inter-relações da gestão e operações da organização com o estado do ambiente
3.1.3 Utilização da ADA

O compromisso da Gestão é essencial para a implementação da ADA. A ADA deverá ser apropriada à
dimensão, localização e tipo da organização, assim como às suas necessidades e prioridades. A ADA deverá
ser economicamente eficaz e fazer parte das funções e das actividades correntes da organização. A
informação produzida pela ADA pode auxiliar uma organização a:
− determinar quaisquer acções necessárias para atingir os seus critérios de desempenho ambiental;
− identificar os aspectos ambientais significativos;
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− identificar oportunidades de melhoria da gestão dos seus aspectos ambientais (p.e. prevenção da poluição);
− identificar tendências no seu desempenho ambiental;
− aumentar a eficiência e a eficácia da organização;
− identificar oportunidades estratégicas.
O relato e comunicação internos de informação que descreva o desempenho ambiental da organização são
importantes para auxiliar os empregados no cumprimento das suas responsabilidades, permitindo, deste
modo, que a organização atinja os seus critérios de desempenho ambiental. A Gestão poderá também relatar
ou comunicar essa informação a outras partes interessadas.
A ADA de uma organização deverá ser revista periodicamente para se identificarem oportunidades de
melhoria.
3.2 Planeamento da ADA (Planear)
3.2.1 Orientações gerais

Uma organização deverá basear o seu planeamento da ADA (incluindo a selecção de indicadores para a
ADA) no seguinte:
− os aspectos ambientais significativos que pode controlar e sobre os quais pode ser expectável ter
influência;
− os seus critérios de desempenho ambiental;
− os pontos de vista das partes interessadas.
NOTA: A cláusula A.2 desta Norma Internacional fornece orientações para a identificação dos pontos de vista das partes
interessadas, no contexto da ADA.
Ao planear a ADA, a organização pode também considerar:

− o conjunto global das suas actividades, produtos e serviços;
− a sua estrutura organizacional;
− a sua estratégia global de negócio;
− a sua política ambiental;
− a informação necessária ao cumprimento dos requisitos legais e outros;
− acordos ambientais internacionais relevantes;
− os custos e benefícios ambientais;
− a informação necessária à análise dos efeitos financeiros relacionados com o desempenho ambiental;
− a necessidade de informação consistente relacionada com o seu desempenho ambiental de ano para ano;
− a informação sobre o estado do ambiente ao nível local, regional ou global;
− factores sociais e culturais.
Os recursos financeiros, físicos e humanos necessários à condução da ADA deverão ser identificados e
fornecidos pela Gestão.
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Dependendo das capacidades e recursos da organização, o âmbito inicial da ADA poderá ser limitado aos
elementos das suas actividades, produtos e serviços que a Gestão tenha considerado de mais elevada
prioridade. Ao longo do tempo, o âmbito inicial da ADA pode ser alargado para incluir os elementos das
actividades, produtos e serviços de uma organização que não tenham sido previamente considerados.
A identificação dos aspectos ambientais de uma organização é um elemento importante no planeamento da
ADA. Esta informação é tipicamente desenvolvida no contexto de um sistema de gestão ambiental. Nas
Normas Internacionais ISO 14001 e ISO 14004 podem ser fornecidas orientações para a identificação dos
aspectos ambientais significativos no contexto de um sistema de gestão ambiental (ver Bibliografia). Uma
organização com um sistema de gestão ambiental implementado deverá considerar o seu desempenho
ambiental relativamente à sua política ambiental, objectivos, metas e outros critérios de desempenho.
Uma organização que não possua um sistema de gestão ambiental, poderá usar a ADA para apoio à
identificação dos aspectos ambientais que irá tratar como significativos e estabelecer critérios para o seu
desempenho ambiental. Para determinar os aspectos ambientais significativos, a organização deverá
considerar:
− a escala e a natureza da utilização de materiais e de energia;
− as emissões;
− os riscos;
− o estado do ambiente;
− a possibilidade de incidentes;
− os requisitos legais, regulamentares e outros que a organização subscreva.
Para a maioria das organizações, a revisão dos aspectos ambientais irá focalizar-se nas suas operações, tal
como descrito na Figura A.1.
Caixa n.º 1 – Apoio prático

Exemplos de abordagens para a identificação dos aspectos ambientais e da sua significância relativa, no
contexto da ADA, para as organizações que não possuam um sistema de gestão ambiental
− Identificar as actividades, produtos e serviços da organização, e os aspectos ambientais específicos e
significância relativa associada a estes, assim como os potenciais impactes relacionados com os aspectos
ambientais significativos;
− Utilizar a informação sobre o estado do ambiente para identificar as actividades, produtos e serviços da
organização que poderão ter impacte em condições específicas;
− Analisar os dados existentes da organização sobre entradas de materiais e energia, descargas, resíduos e
emissões e avaliar estes dados em termos de risco;
− Identificar os pontos de vista das partes interessadas e utilizar esta informação para auxiliar o
estabelecimento dos aspectos ambientais significativos da organização;
− Identificar actividades da organização que estão abrangidas por regulamentação ambiental ou outros
requisitos, para os quais dados poderão ser recolhidos pela organização;
− Considerar a concepção, desenvolvimento, fabricação, distribuição, prestação de serviços, utilização,
reutilização, reciclagem e destino final dos produtos da organização e dos respectivos impactes ambientais;
− Identificar as actividades da organização que representam os custos ou benefícios ambientais mais
significativos.
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Quer tenha ou não um sistema de gestão ambiental, uma organização deverá planear a ADA em conjunto
com o estabelecimento dos seus critérios de desempenho ambiental, por forma a que os indicadores
seleccionados para a ADA sejam apropriados para a descrição do desempenho ambiental da organização face
àqueles critérios.
Constituem exemplos de fontes a partir das quais se podem obter critérios de desempenho ambiental, os
seguintes:
− o desempenho actual e passado;
− requisitos legais;
− códigos, normas e boas práticas reconhecidas;
− dados e informação sobre o desempenho, desenvolvidos por organizações industriais e de outros sectores;
− revisões pela Gestão e auditorias;
− os pontos de vista das partes interessadas;
− investigação científica.
3.2.2 Selecção de indicadores para a ADA
3.2.2.1 Orientações gerais

Os indicadores para a ADA são seleccionados pelas organizações como um meio de apresentação de dados
ou informação quantitativos ou qualitativos numa forma mais compreensível e útil. Estes indicadores
auxiliam a converter dados relevantes em informação concisa relativa aos esforços da Gestão para
influenciar o desempenho ambiental da organização, o desempenho ambiental das operações da organização
ou o estado do ambiente. Uma organização deverá seleccionar um número suficiente de indicadores
compreensíveis para avaliar o seu desempenho ambiental. O número de indicadores para ADA deverá
reflectir a natureza e a escala das operações da organização. A selecção dos indicadores para a ADA irá
determinar quais os dados que deverão ser utilizados. Para facilitar este esforço, as organizações poderão
pretender utilizar dados já disponíveis e coligidos por si ou por outras entidades.
A informação transmitida pelos indicadores para a ADA, pode ser expressa em medições directas ou
relativas ou como informação indexada. Os indicadores para a ADA poderão ser agregados ou ponderados,
conforme apropriado, à natureza da informação e respectiva utilização pretendida. A agregação e ponderação
deverão ser cuidadosamente realizadas de forma a assegurar a sua verificabilidade, consistência,
comparabilidade e compreensão. Deverá existir uma clara compreensão dos pressupostos considerados para
o processamento dos dados e sua transformação em informação e indicadores para a ADA.
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Exemplos de características dos dados para os indicadores para a ADA
− Medições ou cálculos directos: dados ou informação de base, quantidade de poluentes emitidos, expressa
em toneladas;
− Medições ou cálculos relativos: dados ou informação, comparados ou relacionados com outro parâmetro
(p.e. nível de produção, período de tempo, localização ou condições de referência), tais como toneladas de
poluentes emitidos por tonelada de produto fabricado, ou toneladas de poluentes emitidos por unidade de
vendas;
− Informação indexada: que descreve dados ou informação convertidos a unidades ou a uma forma que
relacione a informação com uma determinada referência ou unidade de base, tais como emissões poluentes
no ano corrente expressas como percentagem daquelas emissões relativas a um ano de referência;
− Indicadores agregados: que descrevem dados ou informação do mesmo tipo, mas provenientes de
diferentes fontes, coligidos e expressos como um valor combinado, tal como toneladas totais de poluentes
emitidos pela produção de um produto num dado ano, determinado pela soma das emissões das múltiplas
instalações que produzem aquele produto;
− Indicadores ponderados: que descrevem dados ou informação, modificados pela aplicação de um factor
relacionado com a sua significância.
Uma organização poderá ter em conta diversas considerações ao seleccionar os indicadores para a ADA,
assim como poderá utilizar diversas abordagens para seleccionar os seus IDA (IDO e IDG) e IEA. Em A.3.1
são fornecidas algumas considerações para a selecção dos indicadores para a ADA. Em A.3.2 fornecem-se
alguns exemplos de abordagens para selecção de indicadores para a ADA.
Alguns aspectos ambientais poderão ser complexos, pelo que poderá ser vantajoso seleccionar uma
combinação de IDA e de IEA que proporcione uma avaliação exaustiva do desempenho relacionado com tais
aspectos.
Os indicadores de ADA seleccionados deverão fornecer à Gestão informação suficiente; esta informação
serve para avaliar o efeito dos progressos realizados para cumprir um critério de desempenho ambiental
sobre os outros elementos do desempenho ambiental.
As organizações poderão considerar útil seleccionar diversos indicadores para a ADA, obtidos a partir de um
conjunto comum de dados, em função do público-alvo pretendido para cada um deles.

Exemplos que ilustram a selecção, por uma organização, de diversos indicadores para a ADA derivados
de um conjunto comum de dados, em função do público-alvo pretendido
Uma organização que descarrega águas residuais tratadas num lago, selecciona os seguintes indicadores para
a ADA:
− quantidade total de um poluente específico descarregado por ano (possível público-alvo pretendido: a
comunidade local);
− concentração de um poluente nas águas residuais (possível público-alvo pretendido: autoridades legais e
regulamentares);
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− quantidade de poluente descarregado por produto produzido (possível público-alvo pretendido: Gestão e
consumidores);
− alteração na quantidade de poluente descarregado por ano, relativa a investimentos em tecnologias menos
poluentes ou em melhorias no processo (possível público-alvo pretendido: Gestão e investidores).
Têm vindo a ser desenvolvidos indicadores regionais, nacionais e globais relacionados com o desempenho
ambiental ou com o desenvolvimento sustentável, por entidades governamentais, organizações não
governamentais e instituições científicas e de investigação. Ao seleccionar os indicadores para a ADA e ao
recolher dados, as organizações poderão pretender considerar os indicadores desenvolvidos por estas
entidades e compatibilizar-los com a informação que lhes é fornecida.
3.2.2.2 Selecção de IDG

No contexto da ADA, a gestão de uma organização inclui as políticas, as pessoas, as actividades de
planeamento, as práticas e os procedimentos em todos os níveis da organização, assim como as decisões e as
acções associadas aos aspectos ambientais da organização. Os esforços e as decisões da Gestão poderão
afectar o desempenho das operações da organização e poderá, consequentemente, contribuir para o
desempenho ambiental global da organização (ver Figura 2).
Os indicadores de desempenho de gestão (IDG) deverão fornecer informação sobre a capacidade e os
esforços da organização na gestão de temas tais como formação, requisitos legais, afectação e utilização
eficiente de recursos, custos de gestão ambiental, compras, desenvolvimento do produto, documentação ou
acções correctivas, que tenham ou possam ter influência no desempenho ambiental da organização. Os IDG
deverão auxiliar a avaliação dos esforços, decisões e acções de melhoria do desempenho ambiental
realizados pela Gestão.
Os IDG podem, por exemplo, ser utilizados para acompanhamento de:
− implementação e eficácia de diversos programas de gestão ambiental;
− acções de gestão que possam influenciar o desempenho ambiental das operações da organização e,
possivelmente, o estado do ambiente;
− esforços de particular importância para uma gestão ambiental bem sucedida da organização;
− capacidade de gestão ambiental da organização, incluindo flexibilidade para lidar com estados variáveis,
cumprimento de objectivos específicos, coordenação efectiva ou capacidade de resolução de problemas;
− conformidade com os requisitos legais e regulamentares e conformidade com outros requisitos que a
organização subscreva;
− custos ou benefícios financeiros.
Adicionalmente, IDG eficazes podem auxiliar a:
− prever alterações no desempenho;
− identificar as causas de base das situações nas quais o desempenho ambiental excede, ou não cumpre,
critérios relevantes de desempenho ambiental;
− identificar oportunidades para acções preventivas.
No Anexo A.4.2.2 desta Norma Internacional são fornecidos exemplos de IDG.
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3.2.2.3 Selecção de IDO

Os indicadores de desempenho operacional (IDO) deverão fornecer à Gestão informação sobre o
desempenho ambiental das operações da organização. Os IDO relacionam-se com o seguinte:
− entradas: materiais (p.e. materiais processados, reciclados, reutilizados ou matérias-primas; recursos
naturais), energia e serviços;
− fornecimento de entradas para as operações da organização;
− concepção, instalação, operação (incluindo situações de emergência e operações não-rotineiras) e
manutenção das instalações e do equipamento da organização;
− saídas: produtos (p.e. produtos principais, sub-produtos, materiais reciclados e reutilizados), serviços,
resíduos (p.e. sólidos, líquidos, perigosos, não perigosos, recicláveis, reutilizáveis), e emissões (p.e.
emissões gasosas, efluentes para a água ou para o solo, ruído, vibrações, calor, radiações, luminosidade)
resultantes das operações da organização;
− distribuição das saídas resultantes das operações da organização.
A Figura 3 ilustra as operações de uma organização, que se apresentam com maior detalhe na Figura A.1.
Quando múltiplas actividades ou instalações físicas fornecem um determinado produto ou serviço, deverá a
organização que as tenha em conta ao avaliar o seu desempenho ambiental.
No Anexo A.4.3.2 desta Norma Internacional são apresentados exemplos de IDO.
ENTRADAS SAÍDAS
• Materiais • Produtos
• Energia • Serviços
INSTALAÇÕES E
• Serviços • Resíduos
EQUIPAMENTOS • Emissões
FORNECIMENTO DISTRIBUIÇÃO
Figura 3: Operações de uma organização (esquema geral)
3.2.2.4 Selecção de IEA

Os indicadores de estado do ambiente (IEA) fornecem informação sobre o estado do ambiente a nível local,
regional, nacional ou global. O estado do ambiente poderá variar ao longo do tempo ou em função de
eventos específicos. Apesar dos IEA não quantificarem o impacte ambiental, as suas alterações podem
fornecer informações úteis sobre as relações entre o estado do ambiente e as actividades, produtos e serviços
de uma organização.
As organizações são encorajadas a considerar IEA na sua ADA. Os IEA fornecem à organização um
contexto ambiental de suporte à:
− identificação e gestão dos seus aspectos ambientais significativos;
− avaliação da adequação dos critérios de desempenho ambiental;
− selecção de IDA (IDG e IDO);
− estabelecimento de uma situação de referência em relação à qual se meçam as alterações;
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− determinação das alterações ambientais ao longo do tempo, em relação ao programa ambiental em curso;
− investigação de possíveis relações entre o estado do ambiente e as actividades, produtos e serviços de uma
organização;
− determinação das necessidades de actuação.
O desenvolvimento e a aplicação de IEA é frequentemente função das entidades governamentais locais,
regionais, nacionais ou internacionais, das organizações não-governamentais e das instituições científicas e
de investigação, e não das organizações económicas individuais. No entanto, as organizações que possam
identificar uma relação entre as suas actividades e o estado de algum dos componentes do ambiente, poderão
optar por desenvolver os seus próprios IEA como um auxiliar à avaliação do seu desempenho ambiental,
conforme apropriado às suas capacidades, interesses e necessidades.
Uma organização que tenha identificado uma situação específica no estado do ambiente que resulte
directamente das suas próprias actividades, produtos e serviços, poderá pretender seleccionar IDA (IDG e
IDO) que relacionem os esforços da Gestão e o desempenho operacional com alterações no estado do
ambiente.
No Anexo A.4.4.2 desta Norma Internacional, são apresentados exemplos de IEA.

Exemplos ilustrativos de um problema ambiental identificado com indicadores seleccionados para a ADA
EXEMPLO 1:
Uma organização prestadora de serviços localizada numa área na qual a qualidade do ar é reconhecida como
não satisfatória, utiliza informação sobre a qualidade do ar para seleccionar indicadores apropriados para a
ADA, consistentes com o seu objectivo de reduzir as suas emissões de veículos a motor.
IEA:
− concentração de poluentes no ar, associados a emissões de veículos a motor.
IDO:
− redução das emissões de veículos a motor atribuída à utilização de combustíveis alternativos;
− quantidade total de combustíveis consumidos;
− eficiência do combustível por veículo a motor;
− frequência de manutenção dos veículos;
− número de veículos equipados com tecnologias de controlo ambiental.
IDG:
− montante gasto na promoção de transportes públicos e no seu uso;
− número de horas de formação dos colaboradores sobre os benefícios da utilização dos transportes públicos;
− eficácia dos esforços para reduzir o consumo de combustível, melhorias na manutenção de veículos e
eficiência do combustível, e utilizar combustíveis alternativos.
EXEMPLO 2:
Numa região geográfica onde a informação ambiental indica a diminuição das reservas de água, uma
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organização poderá seleccionar indicadores para a ADA relacionados com medidas de conservação da água,
que não seriam seleccionados na ausência dessa informação.
IEA:
− nível freático;
− taxa de reposição.
IDO:
− quantidade de água utilizada por dia;
− quantidade de água utilizada por unidade de produção.
IDG:
− quantidade de dinheiro gasto na investigação de métodos de redução de consumo de água.
3.3 Utilização de dados e informação (Executar)
3.3.1 Apresentação geral

A Figura 4 ilustra os passos de utilização de dados e informação para avaliar o desempenho ambiental. Estes
passos são seguidamente descritos (3.3.2 a 3.3.5).
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3.3 UTILIZAÇÃO DE DADOS E INFORMAÇÃO (EXECUTAR)
ENTRADAS SAÍDAS
Fonte
3.3.2
de
Recolha de dados
dados
DADOS
Técnicas e
3.3.3
considerações
Análise e conversão
de analise
de dados
de dados
INFORMAÇÃO
Critérios de
desempenho 3.3.4
ambiental para Avaliação da informação
comparação
RESULTADOS
INTERNA
3.3.5 (empregados
Relato e comunicação e sub-contratados)
EXTERNA
(partes
interessadas)
Figura 4: Sub-cláusula 3.3
3.3.2 Recolha de dados

Uma organização deverá recolher dados regularmente, de modo a fornecer elementos para o cálculo dos
valores dos indicadores seleccionados para a ADA. Os dados deverão ser recolhidos sistematicamente a
partir de fontes apropriadas e com uma frequência consistente com o planeamento da ADA.
Os procedimentos de recolha de dados deverão assegurar a fiabilidade dos dados, dependendo de factores
como disponibilidade, adequabilidade, validação científica e estatística, e verificabilidade. A recolha de
dados deverá ser suportada por um controlo de qualidade e práticas de garantia de qualidade que assegurem
que os dados obtidos são do tipo e qualidade necessários ao uso na ADA. Os procedimentos de recolha de
dados deverão incluir a identificação, preenchimento, arquivo, recuperação, e disposição adequados dos
dados e informação.
Uma organização poderá utilizar os seus dados ou dados provenientes de outras fontes. Por exemplo, podem
ser recolhidos dados a partir de:
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− monitorização e medição;
− entrevistas e observações;
− relatórios de avaliação regulamentar;
− registos de inventários e de produção;
− registos financeiros e contabilísticos;
− registos de compras;
− relatórios de revisão, auditoria ou avaliação ambiental;
− registos de formação em ambiente;
− relatórios e estudos científicos;
− entidades governamentais, instituições académicas e organizações não governamentais;
− fornecedores e sub-contratados;
− clientes, consumidores e partes interessadas;
− associações empresariais.
3.3.3 Análise e conversão de dados

Os dados recolhidos deverão ser analisados e convertidos em informação que descreva o desempenho
ambiental da organização, expressa em indicadores para a ADA. Para evitar erros de interpretação dos
resultados, todos os dados relevantes e fiáveis recolhidos deverão ser considerados.
A análise de dados poderá incluir considerações sobre a qualidade, validade, adequabilidade e exaustividade
dos dados necessárias para produzir informação fiável.
A informação que descreve o desempenho ambiental da organização pode ser desenvolvida utilizando
cálculos, melhores estimativas, métodos estatísticos e/ou técnicas gráficas, ou por indexação, agregação ou
ponderação.
3.3.4 Avaliação da informação

A informação proveniente da análise de dados, expressa em termos de IDA e, se possível, de IEA, deverá ser
comparada com os critérios de desempenho ambiental da organização. Esta comparação poderá revelar
progressos ou deficiências no desempenho ambiental. Os resultados desta comparação poderão ser úteis para
compreender a razão pela qual os critérios de desempenho ambiental foram ou não atingidos. A informação
descrevendo o desempenho ambiental da organização e os resultados da comparação, deverá ser relatada à
Gestão, para suportar as acções de gestão adequadas, no sentido de melhorar ou manter o nível de
desempenho ambiental.
3.3.5 Relato e comunicação
3.3.5.1 Orientações gerais

O relato e comunicação do desempenho ambiental fornecem informação útil para descrever o desempenho
ambiental de uma organização. Esta informação poderá ser relatada ou comunicada às partes interessadas
dentro e fora da organização, com base numa avaliação das necessidades da Gestão e do seu público-alvo.
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Os benefícios de relatar e comunicar o desempenho ambiental podem incluir:

− auxiliar a organização a atingir os seus critérios de desempenho ambiental;
− melhorar a sensibilização e o diálogo sobre as políticas ambientais, critérios de desempenho ambiental e
resultados relevantes da organização;
− demonstrar o compromisso e os esforços da organização para melhorar o desempenho ambiental;
− fornecer mecanismos para dar resposta às preocupações e questões sobre os aspectos ambientais da
organização.
3.3.5.2 Relato e comunicação interna

A Gestão deverá assegurar que a informação apropriada e necessária que descreva o desempenho ambiental
da organização é comunicada internamente, de uma forma periódica e atempada. Tal poderá auxiliar
empregados, sub-contratados e outros relacionados com a organização, a dar cumprimento às suas
responsabilidades, bem como auxiliar a organização a atingir os seus critérios de desempenho ambiental. A
organização poderá considerar esta informação na revisão do seu sistema de gestão ambiental.
Exemplos de informação que descreve o desempenho ambiental da organização podem incluir:
− tendências no desempenho ambiental da organização (p.e. redução da produção de resíduos);
− conformidade legal e regulamentar;
− a conformidade da organização com outros requisitos que subscreva;
− redução de custos ou outros resultados financeiros;
− oportunidades ou recomendações para melhorar o desempenho ambiental da organização.
3.3.5.3 Relato e comunicação externa

Uma organização poderá optar por elaborar, ou serem-lhe exigidos, relatórios ou declarações ambientais que
forneçam informação que descreva o seu desempenho ambiental a partes interessadas externas. A ADA
fornece informação que uma organização poderá pretender incluir nos seus relatórios ambientais ou noutras
comunicações externas.
Existe um conjunto de factores que poderão influenciar a decisão de uma organização de relatar
voluntariamente informação sobre o seu desempenho ambiental. Estes factores poderão incluir o interesse da
organização em melhorar a sua posição de negócio e as relações com as partes interessadas, incluindo as
comunidades onde opera.
A comunicação externa deverá ser representativa do desempenho ambiental da organização. A informação
que descreve o desempenho ambiental da organização deverá ser substancial e apresentada de forma
adequada ao nível de conhecimento técnico do público-alvo. Quando uma organização opta por proceder a
comunicações externas, os métodos de relato e comunicação seleccionados deverão encorajar a comunicação
entre a organização e as partes interessadas.
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Exemplos de informação que uma organização pode optar por incluir no relato ou comunicação com as
partes interessadas externas:
− uma declaração de compromisso da organização com a ADA, como parte da gestão ambiental;
− uma descrição das suas actividades, produtos e serviços;
− uma declaração dos seus aspectos ambientais significativos e dos indicadores para a ADA relacionados;
− informação sobre o desempenho face aos seus critérios de desempenho ambiental;
− acções resultantes da ADA;
− a contribuição da gestão ambiental e da ADA para o sucesso global da organização.
3.4 Revisão e melhoria da ADA (Verificar e Actuar)

A ADA de uma organização e os seus resultados deverão ser revistos periodicamente para se identificarem
oportunidades de melhoria. Tal revisão poderá contribuir para a realização de acções de gestão destinadas a
melhorar o desempenho de gestão e das operações da organização, podendo igualmente resultar em
melhorias de estado do ambiente.
Os passos para rever a ADA e os seus resultados podem incluir a revisão de:
− eficácia de custos e benefícios alcançados;
− progresso para o cumprimento dos critérios de desempenho ambiental;
− adequabilidade dos critérios de desempenho ambiental;
− adequabilidade dos indicadores para a ADA seleccionados;
− fontes de dados, métodos de recolha de dados e qualidade dos dados.
Caixa n.º 6 – Apoio prático (Verificar)

Exemplos de questões para auxílio na revisão da ADA
A ADA da organização:
− fornece informação adequada para medir alterações no desempenho ambiental da organização?
− fornece informação apropriada e útil à Gestão?
− está a ser implementada de acordo com um plano?
− utiliza fontes de dados e frequências de recolha de informação apropriadas?
− analisa eficazmente e avalia a recolha de dados?
− está suportada por fontes de informação adequadas?
− é relevante para os critérios de desempenho ambiental da organização?
− fornece informação para reportar e comunicar a informação da ADA?
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− considera ou solicita o contributo das partes interessadas, quando apropriado?

− acrescenta valor à organização?
− responde a alterações na organização e na envolvente?
− tem em consideração novos requisitos ambientais?
− integra-se adequadamente noutras medições reconhecidas de desempenho organizacional?
Caixa n.º 7 – Apoio prático (Actuar)

Exemplos de acções para melhorar a ADA
− Melhorar a qualidade, fiabilidade e disponibilidade dos dados.
− Melhorar as capacidades de análise e avaliação.
− Desenvolver ou identificar novos indicadores, ou outros mais apropriados, para a ADA.
− Alterar o âmbito da ADA.
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Anexo A
(Informativo)
Orientações complementares para a ADA
A.1 Apresentação geral

Este anexo tem por objectivo complementar os conceitos apresentados no texto principal desta Norma
Internacional, através de exemplos e ilustrações. A Tabela A.1 ilustra as ligações entre elementos do texto
principal e do Anexo A.
Tabela A.1: Ligações entre elementos do texto principal e elementos do Anexo A
Texto do corpo principal Elemento relacionado do Anexo A

3.2 Planeamento da ADA (Planear) A.2 Orientações para a identificação dos pontos de
vista das partes interessadas no contexto da
ADA
3.2.2 Indicadores seleccionados para a ADA A.3 Orientações complementares para a selecção de
indicadores para a ADA
A.3.1 Considerações para a selecção de indicadores
para a ADA
A.3.2 Exemplos de abordagens para a selecção de
indicadores para a ADA
A.4 Exemplos de indicadores para a ADA
3.2.2.2 Selecção de IDG A.4.2 Indicadores de desempenho de gestão
3.2.2.3 Selecção de IDO A.4.3 Indicadores de desempenho operacional
3.2.2.4 Selecção de IEA A.4.4 Indicadores de estado do ambiente
A.2 Orientações para a identificação dos pontos de vista das partes interessadas
no contexto da ADA
O planeamento da ADA deverá incluir o estabelecimento de meios para que a organização identifique e
obtenha informação das partes interessadas relevantes.
A.2.1 Partes interessadas potenciais

As partes interessadas diferem largamente no seu relacionamento com a organização, na sua posição na
organização, nos seus potenciais contributos para o planeamento da ADA e na forma como transmitem e
comunicam os seus interesses.
Exemplos de partes interessadas:
− representantes da Gestão;
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− empregados;
− investidores e potenciais investidores;
− clientes e fornecedores;
− sub-contratados;
− instituições de crédito e seguradoras;
− entidades legisladoras;
− comunidades vizinhas e regionais;
− meios de comunicação social;
− organizações empresariais, administrativas e instituições académicas e de investigação;
− grupos ambientalistas, grupos de defesa do consumidor e outras organizações não governamentais;
− público em geral.
Esta lista de partes interessadas é somente ilustrativa. Nem todas as partes interessadas poderão ser
relevantes para todas as organizações. Dependendo da natureza, localização e especificidade da organização,
poderão ser identificadas outras partes interessadas.
A.2.2 Preocupações e pontos de vista das partes interessadas

As relacionadas com interesses financeiros podem incluir:
− gestão e montante dos custos ambientais;
− impactes financeiros relacionados com responsabilidades ambientais passadas e presentes;
− iniciativas ambientais positivas;
− investimentos que melhoram o desempenho ambiental;
− vantagens comerciais provenientes de requisitos ambientais;
− custos de conformidade ou não conformidade, com regulamentação e legislação ambiental;
As preocupações relacionadas com interesses ambientais ou com o desenvolvimento de políticas públicas
podem incluir:
− higiene e segurança;
− riscos reais ou potenciais para o ambiente resultantes das actividades da organização, incluindo tendências
futuras;
− impactes na qualidade de vida (p.e. ruído, odor, impacte visual);
− incidentes e reclamações ambientais;
− evidências de que as organizações estão a cumprir com os seus compromissos ambientais;
− impactes ambientais;
− cargas ambientais (p.e. emissões, descargas, destino final de resíduos), incluindo a sua evolução ao longo
do tempo;
− biodiversidade;
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− sustentabilidade;
− poluição transfronteiriça e outras questões ambientais globais;
− impactes do comércio no ambiente;
− harmonização de regimes regulamentares;
− características ambientais de produtos e serviços;
− conformidade com requisitos ambientais, legais e regulamentares;
− consumo de recursos.
A.2.3 Métodos para a identificação dos pontos de vista das partes interessadas
Exemplos de métodos para identificar os pontos de vista das partes interessadas:
− inquéritos e questionários;
− sugestões dos empregados;
− reuniões e seminários;
− grupos consultivos de cidadãos e reuniões públicas;
− entrevistas;
− revisão de declarações públicas, programas internos e iniciativas de partes interessadas;
− estudos de mercado;
− acompanhamento da regulamentação e suas tendências;
− guias e normas voluntárias;
− troca de informação por via electrónica;
− participação em grupos de interesse públicos e industriais;
− comunicações directas com vizinhos, entidades reguladoras, clientes e fornecedores;
− informação da comunicação social e outras fontes de informação pública.
As organizações deverão ter em conta as especificidades e características das suas partes interessadas na
selecção e utilização de métodos para aceder, directa ou indirectamente, aos seus pontos de vista e
contribuições.
A.3 Orientações complementares para a selecção de indicadores para a ADA
A.3.1 Considerações para a selecção de indicadores para a ADA

Ao seleccionar indicadores para a ADA, as organizações deverão considerar se os mesmos são:
− consistentes com a política ambiental expressa da organização;
− apropriados ao esforço da Gestão da organização, ao seu desempenho operacional ou ao estado do
ambiente;
− úteis para a medição do desempenho face aos critérios de desempenho ambientais da organização;
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− relevantes e compreensíveis para as partes interessadas internas e externas;

− alcançáveis em tempo útil e a custos não excessivos;
− adequados para a utilização pretendida, com base no tipo, qualidade e quantidade dos dados;
− representativos do desempenho ambiental da organização;
− medidos em unidades adequadas ao desempenho ambiental;
− sensíveis às alterações do desempenho ambiental da organização;
− capazes de fornecer informação sobre o desempenho ambiental em termos actuais e das tendências futuras.
Um indicador para a ADA não necessita obrigatoriamente de satisfazer todas estas considerações para ser
útil à organização.
A.3.2 Exemplos de abordagens para a selecção de indicadores para a ADA
A.3.2.1 Abordagem causa/efeito

Uma organização poderá desejar desenvolver indicadores que considerem as causas directas ou indirectas
dos seus aspectos ambientais significativos. Poderá realizar uma análise para identificar as causas e
seleccionar os indicadores baseados nesta análise.
Por exemplo, uma organização poderá determinar que a elevada emissão de determinadas partículas é devida
a uma manutenção preventiva inadequada e esporádica. Consequentemente, a organização poderá
seleccionar um IDO adequado, tal como a quantidade de emissão de determinadas partículas por dia e IDG
apropriados, tais como a verba atribuída à manutenção preventiva e a frequência destas operações. É
expectável que, ao realizar uma manutenção preventiva mais adequada e mais frequente, a organização
poderá diminuir a emissão de partículas.
A.3.2.2 Abordagem baseada na análise de risco
A.3.2.2.1 Geral
Poderá seleccionar-se indicadores para a ADA com base na consideração do risco que a Gestão da
organização determina estar associado a actividades, produtos ou serviços específicos.
Apresentam-se de seguida alguns exemplos de abordagens baseadas na análise de risco.
A.3.2.2.2 Abordagem baseada na análise de risco probabilístico

Uma organização preocupada com os riscos de danos ambientais sérios causados pelas suas operações
poderá utilizar uma abordagem de análise de risco probabilístico para determinar qual o processo específico
que é mais susceptível de provocar uma explosão ou uma libertação de poluentes para o ambiente. Um
possível IDG é o número de horas de formação em segurança de processo, dirigida a trabalhadores afectos ao
processo específico identificado.
A.3.2.2.3 Abordagem baseada na análise de risco para a saúde humana

Uma organização preocupada com os efeitos a longo prazo na saúde poderá identificar uma determinada
substância como tendo maior risco de provocar uma ameaça significativa para a saúde dos seus
trabalhadores.
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Um exemplo de IDO é a quantidade de uma determinada substância emitida a partir das operações da
organização.
A.3.2.2.4 Abordagem baseada na análise de risco financeiro

Uma organização poderá identificar os parâmetros relacionados com o seu desempenho ambiental que
apresentam os custos mais relevantes e, consequentemente, seleccionar os indicadores mais pertinentes para
a ADA. Possíveis indicadores para a ADA:
− custo do material mais oneroso utilizado nas operações da organização;
− quantidade deste material consumido nas operações da organização;
− custo da recuperação e reutilização deste material a partir dos resíduos;
− percentagem deste material em determinada quantidade de resíduo.
A.3.2.2.5 Abordagem baseada na análise de risco para a sustentabilidade

Uma organização poderá estar consciente que determinado aspecto ambiental, o qual poderá ameaçar o
ambiente ou a competitividade da organização. Um exemplo de IDG é o investimento da organização
atribuído à substituição de clorofluorocarbonos.
A.3.2.3 Abordagem do ciclo de vida

Uma organização poderá seleccionar os seus indicadores tomando em consideração entradas e saídas
associadas a um determinado produto e os aspectos e impactes ambientais significativos em qualquer fase do
seu ciclo de vida.
EXEMPLO 1: A organização verificou que a eficiência do combustível de um produto durante a sua utilização pode ser
melhorada. Possíveis indicadores para a ADA podem ser o número de unidades de energia consumida durante a
utilização do produto, e o número de alterações na concepção do produto para aumentar a eficiência do
combustível.
EXEMPLO 2: A organização verificou que o uso de um material não renovável no fabrico de um produto é o aspecto ambiental
mais relevante do mesmo. Possíveis indicadores para a ADA podem ser a quantidade de material não renovável
utilizado por unidade de produto, e a alocação de recursos para estudar possíveis substitutos para o material não
renovável.
EXEMPLO 3: A organização verificou que a embalagem utilizada para transporte do produto pode ser recuperada dos clientes e
devolvida ao fabricante para reutilização. Um possível IDO pode ser a percentagem de material de embalagem
recuperado dos clientes e reutilizado sem qualquer processamento complementar.
EXEMPLO 4: A organização verificou que um produto não permite uma fácil desmontagem de componentes para reutilização ou
reciclagem. Consequentemente, possíveis indicadores para a ADA, são:
− percentagem de componentes do produto que podem ser reciclados ou reutilizados;
− percentagem de componentes do produto que não podem ser reciclados ou reutilizados;
− número de alterações na concepção do produto com vista a facilitar a desmontagem.
A.3.2.4 Abordagem baseada em regulamentos ou em iniciativas voluntárias

As organizações poderão concentrar a selecção de indicadores para a ADA sobre as áreas em que
identificaram requisitos de desempenho regulamentados ou voluntários. Em muitos casos, as medições de
desempenho ou os dados necessários para desenvolver as medições de desempenho associadas, foram já
desenvolvidos ou coligidos pela organização. Consequentemente, uma organização solicitada a reportar a
quantidade de emissões de rotina ou acidentais de um determinado poluente para o ambiente pode usar esta
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medição como indicador para a ADA. Possíveis IDO são o número de derrames por ano de um poluente
regulamentado e a quantidade emitida por ano do poluente regulamentado.
Uma organização que subscreva uma iniciativa voluntária (p.e. Actuação Responsável, a Sustainable
Forestry IniciativeSM, a Carta Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável da Câmara de Comércio
Internacional (ICC) ou os princípios da Coligação de Economias Ambientalmente Responsáveis (CERES)),
pode seleccionar indicadores para a ADA relacionados com tais iniciativas voluntárias. Por exemplo, uma
organização envolvida como participante numa iniciativa voluntária para implementar um programa
específico de prevenção de poluição, poderá pretender acompanhar o número de actividades relevantes
desenvolvidas pela organização durante um determinado ano.
A.4 Exemplos de indicadores para a ADA
A.4.1 Generalidades
A Gestão poderá considerar útil criar grupos de trabalho por temas ou por funções para auxiliarem a selecção
de indicadores para a ADA.
Quaisquer exemplos de indicadores para a ADA apresentados abaixo são puramente indicativos. Os grupos
temáticos, listagens e exemplos apresentados não pretendem ser exaustivos e não deverão ser considerados
como necessários ou apropriados para todas as organizações. As estratégias, objectivos e estruturas das
organizações são variáveis. Cada organização deverá seleccionar indicadores para a ADA que considere
importantes para alcançar os seus critérios de desempenho ambiental.
A maioria dos exemplos que se apresentam reportam-se a medições directas, acontecimentos ou números
para ilustrar o tipo de factores que pode ser útil controlar. A organização poderá considerar mais útil que as
necessidades de informação da Gestão e a utilização pretendida de alguns indicadores para a ADA sejam
expressos em termos de resposta de fracções ou percentagens, valores por unidade de tempo, por trabalhador,
por unidade de vendas, por unidade de produção ou em outros termos relativos.
A.4.2 Indicadores de desempenho de gestão
A.4.2.1 Generalidades
Os esforços da Gestão para melhorar o desempenho ambiental poderão incluir a implementação de
estratégias e programas, a conformidade com requisitos ou expectativas, o desempenho financeiro e as
relações com a comunidade. Em função dos seus aspectos ambientais significativos e dos seus critérios de
desempenho ambiental, a organização poderá optar por utilizar ou não os exemplos de IDG abaixo
apresentados.
O parágrafo que se segue apresenta alguns exemplos de IDG que podem ser seleccionados para medir os
esforços da Gestão da organização.
A.4.2.2.1 Exemplos de IDG

Caso o interesse da Gestão seja o de avaliar a implementação de políticas e programas em toda a
organização, incluir-se como possíveis IDG:
− número de objectivos e metas alcançados;
− número de unidades organizacionais que alcançam objectivos e metas ambientais;
− grau de implementação de códigos de gestão ou práticas operacionais específicas;
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− número de iniciativas de prevenção da poluição implementadas;

− número de níveis de gestão com responsabilidades ambientais específicas;
− número de empregados que incluem actividades ambientais no âmbito das suas funções;
− número de empregados que participam em programas ambientais (p.e. sensibilização, reciclagem,
actualização, ou outras);
− número de empregados que alcançaram reconhecimento ou prémio relativamente ao universo de
empregados que participaram nos programas;
− número de empregados com formação relativamente ao número de empregados que necessitam de
formação;
− número de pessoas contratadas com formação;
− níveis de qualificação alcançados pelos participantes na formação;
− número de sugestões dos trabalhadores conducentes à melhoria ambiental;
− resultados de inquéritos aos trabalhadores sobre o reconhecimento das áreas ambientais da organização;
− número de fornecedores e contratados avaliados sobre o tema ambiental;
− número de prestadores de serviços contratados com um sistema de gestão ambiental implementado ou
certificado;
− número de produtos com instruções de utilização pormenorizadas;
− número de produtos concebidos para desmontagem, reciclagem ou reutilização;
− número de produtos com instruções relativamente ao seu uso e destino final ambientalmente seguro.
A.4.2.2.2 Conformidade
Caso o interesse da Gestão seja o de avaliar a eficácia dos sistemas de gestão em assegurar a conformidade
com requisitos ou expectativas, incluir-se como possíveis IDG:
− grau de conformidade com os regulamentos;
− grau de conformidade dos prestadores de serviços com os requisitos e expectativas especificados nos
contratos da organização;
− tempos de resposta ou de correcção de incidentes ambientais;
− número de acções correctivas identificadas que foram implementadas ou não implementadas;
− número e custos das multas e penalidades;
− número e frequência de actividades específicas (p.e. auditoria);
− número de auditorias realizadas versus as planeadas;
− número de factos auditados por período;
− frequência da revisão dos procedimentos operacionais;
− número de exercícios de emergência realizados;
− percentagem de planos de emergência e de exercícios de resposta demonstrativos da implementação do
plano de resposta.
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A.4.2.2.3 Desempenho financeiro

Caso o interesse da Gestão seja o de avaliar a relação do desempenho ambiental com o desempenho
financeiro, incluir-se como possíveis IDG:
− custos (operacionais e de capital) associados aos aspectos ambientais dos produtos ou processos;
− retorno do investimento de projectos de melhoria ambiental;
− poupanças alcançadas através de redução de meios, prevenção de poluição ou reciclagem de resíduos;
− valor das vendas emergentes de um novo produto ou subproduto concebido no sentido de alcançar
objectivos de desempenho ambiental ou de concepção;
− fundos de Investigação e Desenvolvimento aplicados em projectos ambientais relevantes;
− responsabilidades ambientais que poderão ter impacto material no equilíbrio financeiro da organização.
A.4.2.2.4 Relações com a comunidade

Caso o interesse da Gestão seja o de avaliar programas orientados para as comunidades locais, no que
respeita a questões ambientais, incluir-se como possíveis IDG:
− número de questionários ou intervenções relativas a temas ambientais;
− número de artigos de imprensa respeitantes ao desempenho ambiental da organização;
− número de programas educacionais ambientais ou materiais (conteúdos) fornecidos à comunidade;
− recursos atribuídos ao apoio de programas ambientais na comunidade;
− número de locais com relatórios ambientais;
− número de locais com programas de conservação da natureza;
− evolução de actividades locais de recuperação;
− número de iniciativas locais de limpeza ou de reciclagem apoiadas ou autónomas;
− taxa de opiniões favoráveis obtida por inquéritos à comunidade.
A.4.3 Indicadores de desempenho operacional
A.4.3.1 Generalidades
Esta sub-cláusula apresenta exemplos de IDO que poderão ser adequados à medição do desempenho
ambiental das operações da organização. As operações de uma organização poderão ser agrupadas de uma
forma lógica, com base nas entradas e saídas das instalações físicas e equipamentos da organização. As
operações da organização incluem também as instalações físicas e equipamentos da mesma, bem como os
respectivos fornecimentos e distribuição.
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ENTRADAS SAÍDAS
MATERIAS PRODUTOS
INSTALAÇÕES E
• Processados, EQUIPAMENTOS • Produtos principais
reciclados, • Sub-produtos
• Concepção
reutilizados ou • Materiais reciclados
• Implementação
matérias-primas e reutilizados
• Operação
• Recursos naturais
• Manutenção
• Uso do solo
ENERGIA SERVIÇOS
PRESTADOS PELA
• Quantidade ou ORGANIZAÇÃO
tipo de energia
utilizada
SERVIÇOS DE RESÍDUOS
APOIO ÀS
OPERAÇÕES DA • Sólidos/líquidos
ORGANIZAÇÃO • Perigosos/não perigosos
• Recicláveis/reutilizáveis
• Limpeza, recepção
e conservação
• Manutenção, EMISSÕES
transporte e
distribuição • Emissões para o ar
• Informação e • Efluentes para a água
comunicações ou solo
• Segurança • Ruído, calor, vibração,
• Alimentação e luz, radiação
catering
• Eliminação de
resíduos
• Outros serviços
contratados
FORNECIMENTO DISTRIBUIÇÃO
Figura A.1: As operações da organização (com detalhe adicional)
A.4.3.2 Exemplos de IDO
A.4.3.2.1 Materiais
Caso o interesse da Gestão incida no desempenho ambiental relacionado com os materiais utilizados nas suas
operações, possíveis IDO incluem:
− quantidade de materiais utilizados por unidade de produto;
− quantidade utilizada de materiais processados, reciclados ou reutilizados;
− quantidade de materiais de embalagem descartado ou reutilizado por unidade de produto;
− quantidade de materiais auxiliares reciclados ou reutilizados;
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− quantidade de matéria prima reutilizada no processo produtivo;

− quantidade de água por unidade de produto;
− quantidade de água reutilizada;
− quantidade de matérias perigosas utilizadas no processo produtivo.
A.4.3.2.2 Energia
Caso o interesse da Gestão incida no desempenho ambiental relacionado com a energia total ou o tipo de
energia utilizada, ou a eficiência do uso da energia nas operações da organização, possíveis IDO incluem:
− quantidade de energia utilizada por ano ou por unidade de produto;
− quantidade de energia utilizada por serviço ou cliente;
− quantidade de cada tipo de energia utilizada;
− quantidade de energia gerada com subprodutos ou cadeia de processo;
− quantidade de unidades de energia poupadas devido a programas de conservação de energia.
A.4.3.2.3 Serviços de apoio às operações da organização

Caso o interesse da Gestão incida no desempenho ambiental relacionado com os serviços de apoio às suas
operações, possíveis IDO incluem:
− quantidade de matérias perigosas utilizadas pelos fornecedores de serviços contratados;
− quantidade de reagentes de limpeza utilizados pelos fornecedores de serviços contratados;
− quantidade de materiais reciclados ou reutilizáveis utilizados pelos fornecedores de serviços contratados;
− quantidade ou tipo de resíduos gerados pelos prestadores de serviços contratados.
A.4.3.2.4 Instalações físicas e equipamento

Caso o interesse da Gestão incida no desempenho ambiental relacionado com as instalações físicas e
equipamentos da organização, possíveis IDO incluem:
− número de peças de um equipamento com componentes concebidos para fácil desmontagem reciclagem ou
reutilização;
− número de horas de operação de um equipamento específico por ano;
− número de ocorrências de emergência (p.e. explosões) ou operações não previstas (p.e. suspensão de
funcionamento) por ano;
− área total de terreno utilizado para produção;
− área de terreno utilizada para produzir uma unidade de energia;
− número de veículos da frota com tecnologia de redução da poluição;
− número de horas de manutenção preventiva do equipamento por ano.
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A.4.3.2.5 Fornecimento e distribuição

Caso o interesse da Gestão incida no desempenho ambiental relacionado com o fornecimento necessário às
operações da organização e à distribuição dos produtos finais, possíveis IDO incluem:
− consumo médio da frota de veículos;
− número de entregas por modo de transporte por dia;
− número de veículos da frota com tecnologia de redução de poluição;
− número de deslocações de trabalho eliminadas através de outros meios de comunicação;
− número de deslocações de trabalho por meio de transporte.
A.4.3.2.6 Produtos
Caso o interesse da Gestão incida no desempenho ambiental relacionado com os seus produtos ou
subprodutos (p.e. materiais distintos dos produtos principais, incluindo materiais reciclados ou reutilizados,
que sejam gerados e retidos para posteriores fins comerciais), possíveis IDO incluem:
− número de produtos introduzidos no mercado com características de perigosidade reduzida;
− número de produtos que podem ser reutilizados ou reciclados;
− percentagem do conteúdo dos produtos que pode ser reutilizado ou reciclado;
− taxa de produtos defeituosos;
− número de unidades de subprodutos gerados por unidade de produto;
− número de unidades de energia consumida durante a utilização do produto;
− duração da utilização do produto;
− número de produtos com instruções relativamente ao seu uso e destino final ambientalmente seguro.
A.4.3.2.7 Serviços prestados pela organização

Caso a organização preste um determinado tipo de serviço e o interesse da Gestão incida no desempenho
ambiental relativamente aos serviços, possíveis IDO incluem:
− quantidade de reagentes de limpeza utilizados por metro quadrado (para organização de serviços de
limpeza);
− quantidade de combustível consumido (para uma organização cujo serviço seja transporte);
− quantidade de licenças vendidas para melhoria de processos (para uma organização de licenciamento
tecnológico);
− número de incidentes ou insolvências em créditos de risco ambiental (para uma organização de serviços
financeiros);
− quantidades de materiais utilizados em período de serviços pós-venda de produtos.
A.4.3.2.8 Resíduos
Caso o interesse da Gestão incida no desempenho ambiental relacionado com os resíduos produzidos pelas
suas operações, possíveis IDO incluem:
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− quantidade de resíduos por ano ou por unidade de produto;

− quantidade de resíduos perigosos, recicláveis ou reutilizáveis produzidos por ano;
− total de resíduos para destino final;
− quantidade de resíduos armazenados localmente;
− quantidade de resíduos controlados por autorização;
− quantidade de resíduos convertidos em material reutilizável por ano;
− quantidade de resíduos perigosos eliminados por substituição de material.
A.4.3.2.9 Emissões
Caso o interesse da Gestão incida no desempenho ambiental relacionado com as emissões para a atmosfera
das suas operações, possíveis IDO incluem:
− quantidade de emissões específicas por ano;
− quantidade de emissões específicas por unidade de produto;
− quantidade de energia desperdiçada para a atmosfera;
− quantidade de emissões para a atmosfera que contribuem para a redução da camada de ozono;
− quantidade de emissões para a atmosfera com potencial de causar alterações climáticas globais.
Caso o interesse da Gestão incida no desempenho ambiental relacionado com os efluentes das suas
operações, descarregados no solo ou na água, possíveis IDO incluem:
− quantidade de determinada substância descarregada por ano;
− quantidade de determinada substância descarregada na água por unidade de produto;
− quantidade de energia desperdiçada, libertada na água;
− quantidade de resíduos enviados para aterro por unidade de produto;
− quantidade de efluentes por serviço ou cliente.
Caso o interesse da Gestão incida no desempenho ambiental relacionado com outras emissões resultantes das
suas operações, possíveis IDO incluem:
− medição de ruído em determinados locais;
− quantidade de radiações libertadas;
− quantidade de calor, vibração ou luz emitidos.
A.4.4 Indicadores de estado do ambiente
A.4.4.1 Avaliação geral

Esta sub-cláusula fornece exemplos de IEA.
O desenvolvimento e aplicação de IEA é uma função dos organismos governamentais, a nível local, regional,
nacional ou internacional, das organizações não governamentais e das instituições científicas e de
investigação, e não uma função de uma organização individual. Para fins como a investigação científica, o
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desenvolvimento de normas e de regulamentos ou a comunicação com o público, esses organismos,

organizações e instituições poderão recolher dados e informação sobre:
− propriedades e qualidade das principais massas de água;
− qualidade do ar a nível regional;
− quantidades ou qualidade dos recursos;
− temperaturas dos oceanos;
− concentrações de poluentes nos tecidos dos organismos vivos;
− empobrecimento da camada de ozono;
− alterações climáticas globais;
− e muitos outros parâmetros.
Alguma desta informação poderá estar na forma de IEA, o que pode ser útil à organização para a gestão dos
seus aspectos ambientais ou para incluir questões específicas que a organização deverá considerar na
implementação da ADA.
Algumas organizações, que possam identificar uma relação entre as suas actividades e o estado de alguns
componentes do ambiente local, poderão decidir elaborar os próprios IEA como um auxílio na avaliação do
seu desempenho ambiental, ajustado às suas capacidades, interesses e necessidades.
A.4.4.2 Exemplos de IEA
A.4.4.2.1 IEA regionais, nacionais ou globais

Caso o interesse da Gestão incida no contributo da organização para o estado do ambiente a nível regional,
nacional ou global, essa organização pode utilizar indicadores que estejam a ser investigados e desenvolvidos
por organismos governamentais, organizações não governamentais e por instituições científicas e de
investigação. Exemplos destes indicadores incluem a densidade da camada de ozono, temperatura média
global e a dimensão da população de peixes nos oceanos.
A.4.4.2.2 IEA locais ou regionais

Exemplos de áreas nas quais os IEA podem desenvolver-se são: o ar, a água, o território, a flora, a fauna, o
homem, a paisagem, o património e a cultura.
a) Ar
Caso o interesse da Gestão incida na informação sobre a qualidade do ar, de nível local ou regional, os
possíveis IEA incluem:
− concentração de um poluente específico no ar ambiente em locais de monitorização seleccionados;
− temperatura ambiente em locais a uma dada distância das instalações da organização;
− níveis de opacidade a sotavento e a barlavento das instalações da organização;
− frequência de eventos de smog fotoquímico numa área definida, a nível local;
− níveis de ruído médio ponderado no perímetro das instalações da organização;
− odor medido a uma dada distância das instalações da organização.
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EXEMPLO:
a) Uma situação específica

Uma organização situada numa área não industrializada remota poderá pretender monitorizar odores, numa área residencial
adjacente, como um indicador do seu sucesso no controlo de emissões atmosféricas.
b) Um possível IEA relacionado

Odor medido a uma dada distância das instalações da organização.
b) Água
Caso o interesse da Gestão incida na informação sobre a qualidade da água subterrânea ou de superfície, por
exemplo, rios e albufeiras, a nível local ou regional, os possíveis IEA incluem:
− concentração de um poluente específico na água subterrânea ou de superfície;
− turvação medida num curso água adjacente às instalações da organização, a montante e jusante do ponto de
descarga de águas residuais;
− oxigénio dissolvido no meio hídrico receptor;
− temperatura da água à superfície da massa de água adjacente às instalações da organização;
− alteração do nível piezométrico;
− número de bactérias coliformes por litro de água.
EXEMPLO:

Uma autoridade local que gere uma estação de tratamento de águas residuais (ETAR) poderá pretender monitorizar as bactérias
coliformes a montante e a jusante do seu ponto de descarga para determinar se existe um risco para a saúde que exija uma acção.

Número de bactérias coliformes por litro de água.
c) Território
Caso o interesse da Gestão incida na informação sobre o território, a nível local ou regional, os possíveis IEA
incluem:
− concentração de um poluente específico nos solos superficiais em locais seleccionados da área envolvente
das instalações da organização;
− concentração de determinados nutrientes nos solos adjacentes às instalações da organização;
− área reabilitada numa área local definida;
− área dedicada para aterro, turismo ou zona húmida num espaço definido, a nível local;
− área pavimentada e não fértil num espaço definido, a nível local;
− áreas protegidas numa área local definida;
− medição da erosão do solo numa área local definida.
EXEMPLO:

Uma organização poderá estar preocupada com a perda de solo no seu território.
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Medição da erosão do solo numa área local definida.
d) Flora
Caso o interesse da Gestão incida na informação sobre o estado da flora, a nível local ou regional, possíveis
IEA incluem:
− concentração de um poluente específico nos tecidos de uma dada espécie vegetal encontrada numa
determinada área, a nível local ou regional;
− produção agrícola, ao longo do tempo proveniente dos campos na área envolvente;
− população de uma espécie vegetal particular numa dada distância das instalações da organização;
− número total de espécies de flora numa dada área, a nível local;
− número e variedade de espécies agrícolas numa área definida, a nível local;
− medições específicas da qualidade do habitat para determinadas espécies na área, a nível local;
− medições específicas da quantidade de vegetação numa determinada área, a nível local;
− medições específicas da qualidade da vegetação numa determinada área, a nível local.
EXEMPLO:

Uma organização cujas emissões atmosféricas incluem fluoretos poderá realizar estudos de vegetação na vizinhança das suas
instalações, para monitorizar melhorias no controlo das emissões atmosféricas.

Medições específicas da qualidade da vegetação numa área definida, a nível local.
e) Fauna
Caso o interesse da Gestão incida na informação sobre o estado da fauna, a nível local ou regional, possíveis
IEA incluem:
− concentração de um poluente específico nos tecidos de uma dada espécie animal existente numa
determinada área, a nível local ou regional;
− população de uma espécie animal particular dentro de uma distância definida às instalações da
organização;
− medições específicas da qualidade do habitat para determinadas espécies na área, a nível local;
− número total de espécies animais numa área definida, a nível local.
EXEMPLO:

Uma empresa de gestão do território poderá pretender avaliar a relação entre as suas operações e a biodiversidade dentro da sua
região de influência.

Número total de espécies animais numa área definida, a nível local.
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f) Homem
Caso o interesse da Gestão incida na informação sobre o estado da população humana, a nível local ou
regional, possíveis IEA incluem:
− dados da longevidade para populações específicas;
− incidência de doenças específicas, particularmente entre populações sensíveis, a partir de estudos
epidemiológicos na área, a nível local ou regional;
− taxa de crescimento populacional na área, a nível local ou regional;
− níveis de chumbo no sangue da população local.
EXEMPLO:

Uma organização que utiliza chumbo nos seus produtos poderá pretender monitorizar a influência da descarga de chumbo nas
suas emissões na população local.

Níveis de chumbo no sangue na população local.
g) Paisagem, património e cultura

Caso o interesse da Gestão incida na informação sobre os factores paisagísticos ou no estado das estruturas
ou lugares mais significativos, de carácter histórico ou cultural, na área a nível local ou regional, possíveis
IEA incluem:
− medição do estado das estruturas sensíveis;
− medição do estado dos lugares considerados sagrados na proximidade das instalações da organização;
− medição da degradação superficial das paredes dos edifícios históricos na área, a nível local.
EXEMPLO:

Uma organização poderá estar preocupada com o efeito das suas emissões atmosféricas sobre os edifícios históricos na área, a
nível local.

Medição da degradação superficial das paredes dos edifícios históricos na área, a nível local.
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EN ISO 14031
2004
p. 42 de 42
Bibliografia
[1] ISO 14001:1996, Environmental management systems – Specification with guidance for use.
[2] ISO 14004:1996, Environmental management systems – General guidelines on principles, systems and
supporting techniques.
[3] ISO 14010:1996, Guidelines for environmental auditing – General principles.
[4] ISO 14011:1996, Guidelines for environmental auditing – Audit procedures - Auditing of environmental
management systems.
[5] ISO/TR 14032:1999, Environmental management – Examples of environmental performance evaluation
(EPE).
[6] ISO 14040:1997, Environmental management – Life cycle assessement – Principles and framework.
[7] ISO 14041:1998, Environmental management – Life cycle assessement – Goal and scope definition and
inventory analysis.
[8] ISO 14042:2000, Environmental management – Life cycle assessement – Life cycle impact assessement.
[9] ISO 14043:2000, Environmental management – Life cycle assessement – Life cycle interpretation.
[10] ISO 14050:2002, Environmental management – Vocabulary.

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 IPQ reprodução proibida

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Umweltmanagement Management environnemtal Environmental management

Secretariado Central: rue de Stassart 36, B-1050 Bruxelas

 1999 Direitos de reprodução reservados aos membros do CEN

Ref. nº EN ISO 14031:1999 Pt

3 Avaliação do desempenho ambiental .................................................................................................. 10

3.1 Apresentação geral .............................................................................................................................. 10

3.1.1 Modelo do processo da ADA ........................................................................................................... 10

3.1.2 Indicadores para a ADA ................................................................................................................... 11

3.1.3 Utilização da ADA ........................................................................................................................... 12

3.2 Planeamento da ADA (Planear)........................................................................................................... 13

3.2.1 Orientações gerais............................................................................................................................. 13

3.2.2 Selecção de indicadores para a ADA................................................................................................ 15

3.3 Utilização de dados e informação (Executar) ...................................................................................... 20

3.3.1 Apresentação geral ........................................................................................................................... 20

3.3.2 Recolha de dados .............................................................................................................................. 21

3.3.3 Análise e conversão de dados ........................................................................................................... 22

3.3.4 Avaliação da informação .................................................................................................................. 22

3.3.5 Relato e comunicação ....................................................................................................................... 22

3.4 Revisão e melhoria da ADA (Verificar e Actuar) ............................................................................... 24

Anexo A (Informativo) Orientações complementares para a ADA .................................................... 26

A.1 Apresentação geral ........................................................................................................................... 26

A.2.1 Partes interessadas potenciais .......................................................................................................... 26

A.2.2 Preocupações e pontos de vista das partes interessadas................................................................... 27

A.3 Orientações complementares para a selecção de indicadores para a ADA.................................. 28

A.3.1 Considerações para a selecção de indicadores para a ADA ............................................................. 28

A.3.2 Exemplos de abordagens para a selecção de indicadores para a ADA............................................. 29

A.4 Exemplos de indicadores para a ADA ............................................................................................. 31

A.4.1 Generalidades ................................................................................................................................... 31

A.4.2 Indicadores de desempenho de gestão.............................................................................................. 31

A.4.3 Indicadores de desempenho operacional .......................................................................................... 33

A.4.4 Indicadores de estado do ambiente................................................................................................... 37

1 Objectivo e campo de aplicação

2.2 aspecto ambiental

2.3 indicador de estado do ambiente

2.4 impacte ambiental

2.5 sistema de gestão ambiental

2.6 objectivo ambiental

2.7 desempenho ambiental

2.8 critério de desempenho ambiental

2.9 avaliação do desempenho ambiental

2.10 indicador de desempenho ambiental

2.10.1 indicador de desempenho de gestão

2.10.2 indicador de desempenho operacional

2.11 política ambiental

2.12 meta ambiental

2.13 parte interessada

3 Avaliação do desempenho ambiental

3.1 Apresentação geral

3.1.1 Modelo do processo da ADA

3.2 Planeamento da avaliação do desempenho ambiental

3.2.2 Selecção de indicadores para a avaliação

3.3.2 Recolha de dados

3.3.3 Análise e conversão de dados

3.3.4 Avaliação da informação

3.3.5 Relato e comunicação

3.4 Revisão e melhoria da avaliação do desempenho ambiental