Guia Metodológico Dos Processos Participativos

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Revisão Participativa do Marco Regulatório do Desenvolvimento Urbano

GUIA METODOLÓGICO DOS


PROCESSOS PARTICIPATIVOS
A participação como método de governo
e sua dimensão formativa.

Uma contribuição da Assessoria de Participação


Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano
Guia Metodológico dos processos participativos
A participação como método de governo e sua dimensão formativa.

Sumário

APRESENTAÇÃO.......................................................................................04
INTRODUÇÃO...........................................................................................06
CONTEXTUALIZAÇÃO...............................................................................07
PARTICIPAÇÃO COMO MÉTODO DE GOVERNO...........................................09
INOVAÇÕES METODOLÓGICAS NA REVISÃO DO MARCO REGULATÓRIO......12
1 CMPU como Núcleo Gestor da Revisão do Marco
2 Oficinas Territoriais e Capacitação de Mediadores
2.1 Técnica de visualização por cartelas e a composição coletiva de
propostas
2.2 Especificidades das Oficinas na Revisão da LPUOS
2.3 Oficinas com Conselhos Participativos na Revisão dos Planos
Regionais
2.4 Estações de Trabalho: Oficina com CMPU na discussão da OUC BT
2.5 Capacitações de Mediadores para operar as oficinas
3 Plataforma Eletrônica
4 Diálogos Sociais
5 Conferencias da Cidade
6 Audiências Públicas e Devolutivas
7 Método para Sistematização das Contribuições
8 Desafios
REFERÊNCIAS COMPLEMENTARES............................................................46
ANEXOS....................................................................................................47

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Guia Metodológico dos processos participativos
A participação como método de governo e sua dimensão formativa.

Apresentação

Ao iniciar a revisão do Marco Regulatório, a equipe de Assessoria Técnica de


Participação e Comuniciação realizaou uma extensa pesquisa metodologias
participativas, contando inclusive com o apoio da Secretaria Municipal e
Secretaria Nacional de Direitos Humanos. Há vasto material a respeito, mas
em grande parte relacionado a experiências dirigidas a grupos pequenos e
homogêneos. Tendo como principio a participação como método de governo e
entendendo que estes processos participativos devem contribuir também para
formação do cidadão, ampliando o seu entendimento com relação à legislação
urbanística da cidade, a Assessoria de Participação de SMDU preocupou-se
em construir uma metodologia que pudesse ser aplicada em toda a cidade,
envolvendo grupos muito extensos – em média 450 pessoas - , para tratar de um
conteúdo de natureza abstrata: planejar o desenvolvimento da cidade, definir
regras que impactarão no cotidiano de cada cidadão mas que por si só não são
automaticamente entendidos na sua praticidade. .
A elaboração deste guia metodológico teve como base os relatórios elaborados
em todas as etapas – de revisão do marco regulatório e cumpre a função de
compartilhar as metodologias elaboradas por inúmeras e dedicadas mãos, de
técnicos de diversas secretarias e principalmente aqueles que compõe os quadros
das subprefeituras que assumiram a importante tarefa de compor a metodologia
e operar as atividades participativas realizadas de forma descentralizada, nos
territórios de todas as 32 subprefeituras; atividades essas que implicaram em
uma complexa logística de distribuição de material, organização de escalas de
trabalho organização da locomoção dos técnicos agendamento e preparação
dos espaços, dentre tantas outras ações que exigiam a mesma dedicação que a
elaboração do método de consulta à sociedade..
Registramos um agradecimento especial aos servidores de SMDU que
compartilharam com a APPC muitas destas ações. Agradecemos também
a todos que disponibilizaram os equipamentos públicos e privados, em sua
maioria Centro de Educação Unificado /CÉUS para a realização das reuniões,
conferências e oficinas.

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Assessoria de Participação Popular e Comunicação
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Importante registrar que um dos méritos da metodologia adotada na revisão do


marco regulatório foi possibilitar a explicitação de diferentes projetos de cidade
em disputa no interior da própria sociedade, colocando em cheque uma falsa
dicotomia entre Estado e sociedade. Mas uma metodologia diversificada em si
não é suficiente para que o produto do processo participativo seja um conjunto
de diretrizes e regras que visem uma cidade mais justa e inclusiva. Para tanto,
é fundamental que haja o diálogo com margem de alteração da proposta
inicialmente elaborada pelo poder publico, o envolvimento da sociedade e
dos quadros técnicos da prefeitura, e a publicização de dados e propostas. Em
resumo, com esse conjunto de elementos, reafirmamos nosso compromisso
com a ampliação e constante aperfeiçoamento da democracia e dos processos
que a refletem no cotidiano.
A todos envolvidos direta e indiretamente neste processo, nosso agradecimento!

Assessoria de Participação e Comunicação de SMDU

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Guia Metodológico dos processos participativos
A participação como método de governo e sua dimensão formativa.

Introdução

Trata o presente documento da descrição da metodologia participativa


utilizada na Revisão do Marco Regulatório da Política Urbana que englobou, a
partir de jan/2013, a Revisão do Plano Diretor Estratégico de São Paulo, da Lei
de Parcelamento Uso e Ocupação do Solo (LPUOS) e os Planos Regionais das
Subprefeituras.
O registro das estratégias, procedimentos e instrumentais utilizados tem a
finalidade de apoiar as equipes técnicas no desenvolvimento das atividades
participativas, oferecendo a experiência desenvolvida como referência
para composição de novos processos participativos, envolvendo as frentes
de mobilização, organização e operação das atividades participativas,
sistematização das contribuições recepcionadas e devolutivas.
Este Guia Metodológico apresenta a opção metodológica que direcionou o
conjunto de atividades presenciais e não presenciais operadas durante as
referidas revisões, bem como todo o material estruturado para organização do
trabalho e para suporte da atividade participativa.

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Contextualização

Ao tomar posse, a nova direção de SMDU deu início ao planejamento do


processo de revisão, em conjunto com os técnicos dos diversos departamentos
da Secretaria - Departamento de Urbanismo, Departamento de Uso e Ocupação
do Solo, Departamento de Informações Técnicas, Assessoria Jurídica - e
sob a coordenação da recém criada Assessoria de Participação Popular e
Comunicação.
Logo de inicio, o corpo diretivo de SMDU foi chamado a participar de inúmeras
atividades promovidas por alguns importantes atores sociais, resultado do
intenso interesse da sociedade por participar do processo de revisão do Plano
Diretor. Foram atividades organizadas ao mesmo tempo para ouvir da nova
gestão de que maneira pretendia empreender o desafio da revisão e, de outro
lado, para expressar a enorme expectativa de que o processo efetivamente
permitisse a interlocução da sociedade com o poder público. Havia uma
grande expectativa, pois nas gestões imediatamente anteriores, os processos
participativos não se efetivaram
como processos ativos de consulta e tomada de decisão, mas como estratégias
de legitimação de propostas previamente definidas, com reduzida possibilidade
de ajuste ou modificação. As demandas e reivindicações encontravam-
se represadas, o que tornava os coletivos organizados ao mesmo tempo
exigentes e reticentes em relação à perspectiva dos processos participativos se
efetivarem como exercício democrático de construção do marco regulatório do
desenvolvimento urbano. Havia ainda um sentido de urgência - pois o Plano
em vigor já deveria ter sido ajustado há 07 anos - e um forte sentimento de
insatisfação em relação às dinâmicas da cidade, em especial a imobiliária.
Dentre essas atividades, em março de 2013 a Secretaria foi convidada a
participar de Audiência Pública organizada pelo Ministério Publico Estadual,
sobre Participação Popular e Gestão Democrática da Cidade e também foi
convidada a participar de um Ciclo de Debates e Diálogos, promovidos pelo
“Fórum Suprapartidário por uma São Paulo Saudável e Sustentável “, sobre
“Temas Urbanos e a Revisão do Plano Diretor da Cidade de São Paulo”.

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Em resposta a essa conjuntura, e partindo do principio da participação como método de governo, a


gestão 2013/2016 optou por abrir radicalmente as informações da máquina pública, e SMDU, de seu
lado, adotou um ambiente e um conjunto de estratégias articuladas que ampliaram e diversificaram
as frentes de consulta e construção da politica urbana, em ativo diálogo com a sociedade. Podemos
relacionar as seguintes ações nesse sentido:

1.Incorporação à nova estrutura da secretaria a Assessoria de Participação, de modo a garantir a


coordenação unificada dos processos participativos e a incorporação das dinâmicas participativas
por todos os departamentos de SMDU;

2.Ampliação da composição do Conselho Municipal de Politica Urbana/ CMPU, e reforço ao


planejamento conjunto de pautas e reuniões mensais - ordinárias e extraordinárias, bem como
publicização de datas, pautas, atas e material de apoio ás reuniões. O CMPU passou a ser Núcleo
Gestor da Revisão Participativa, participando ativamente tanto da composição de conteúdos como
da definição e posterior avaliação das atividades participativas.

3.Estruturação da plataforma eletrônica de comunicação e interação: O gestãourbana.sp.gov.br


passou a ser uma referência para o acesso às informações relacionadas aos projetos em andamento na
Secretaria, com divulgação do calendário de atividades, material de apoio às discussões, mecanismos
interativos de discussões temáticas, programáticas e territoriais, em formatos abertos.

4.Inovação no formato das atividades consultivas presenciais. Tradicionalmente apenas audiências


públicas eram utilizadas como formato das consultas à sociedade. SMDU procurou tornar cada
atividade um processo ao mesmo tempo informativo e formativo, que explicitasse conflitos presentes
na própria sociedade e na estrutura do poder publico, mas também permitisse a pactuação
democrática de consensos: oficinas, seminários, diálogos sociais.

5.Organização de experiências transitórias de ocupação urbana: o Centro Aberto (implantação


de mobiliário urbano por tempo limitado) e os Ensaios Urbanos (concurso de ideias para uso e
ocupação do solo) permitiram refletir sobre a possibilidades de ocupação dos espaços públicos e
redirecionamento de usos, que permitiu novos formatos de debate sobre o desenvolvimento urbano.

6.Construção da Politica e do Sistema de Participação. A SMDU envolveu-se ativamente na


construção do Sistema, garantindo a implantação e operação de todas as medidas acordadas pelo
Comitê Intersecretarial de Participação, como a criação dos links PARTICIPAÇÃO SOCIAL na pagina
eletrônica da secretaria e a compatibilização de agendas de processos participativos e articulação
de atividades, visando tanto superar a compartimentalização de processos como a economia e
potencialização dos recursos investidos. Exemplo da compatibilização de agendas e recursos foi a
estruturação da eleição conjunta do Conselho Municipal de Politica Urbana (CMPU) e do Conselho
da Criança e Adolescente (CEDECA).

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Participação como
Método de Governo

A participação social nas decisões relacionadas às políticas de desenvolvimento


urbano, desde o Estatuto da Cidade de 2001, deixou de ser uma opção e passou
a ser uma obrigação a ser cumprida por toda e qualquer gestão administrativa,
em todos os níveis de governo; portanto, podemos afirmar que tornou-se uma
politica de Estado: não se discute se haverão ou não processos participativos
de consulta, mas como serão organizados, com qual periodicidade, sobre quais
aspectos das politicas, planos e programas, quem será o publico envolvido,
como garantir um maior e mais representativo envolvimento dos vários atores
sociais que discutem e reivindicam uma cidade mais democrática, humana e
reequilibrada. E foi essa premissa que direcionou toda a construção do marco
regulatório da politica urbana de São Paulo, desde o inicio de 2013, quando
a participação além de ser política de Estado, foi assumida como método de
governo.
A participação como método de governo pressupõe assumir a garantia da
transparência a todas as ações de governo e a devida consulta à sociedade.
Transparência é pressuposto para a participação. Se não há informações claras
e de qualidade, dificilmente a sociedade poderá analisar, avaliar e apoiar
ativamente propostas, sugerir alterações ou fazer novas proposições. Por isso,
transparência e participação se entrelaçam.
Outro elemento que caracteriza a participação como método de governo é o
constante esforço em deixar claro qual o ponto de vista do poder publico, que
possui uma estrutura de técnicos, acúmulo de experiência e acesso a dados que
torna sua obrigação formular propostas, que não devem ser encaradas como
definitivas, mas como uma primeira elaboração resultado desse conjunto à sua
disposição. Por isso, como método, deixar claras as suposições e as hipóteses
exprime maturidade democrática e respeito para com o interlocutor. Não se
trata de legitimar uma proposta inicialmente formulada pelo poder publico,
mas construir um produto final que seja legítimo.
Como método de governo, pressupõe ainda deixar claras as “regras do jogo
democrático”. O respeito às diferenças de posição pressupõe que sejam definidas
e respeitadas as regras para o debate. Pactuar regras para o recebimento das
propostas, para a sistematização e devolutivas e o correlato respeito a esse
pacto, é fundamental para a legitimidade do processo de consulta.
Quando se assume a participação como método de governo, há uma preocupação
constante com a qualidade do processo participativo: da mobilização, da
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organização e também com o formato das atividades. Estruturas tradicionais como as audiências
públicas, não articuladas com outros formatos de consulta, podem reforçar uma visão de que o conflito
se dá entre poder publico (presente na mesa que conduz os trabalhos da audiência) e sociedade
(presente na plenária), quando na verdade existem várias visões de cidade que coexistem e estão
em disputa no interior da sociedade; e que também se reproduzem no interior da máquina pública.
Como método de governo, a participação pressupõe ampliar os espaços e formatos de consulta,
que permitam emergir os conflitos de fato existentes e pactuar saídas conjuntas, qualificando esses
espaços, garantindo devolutivas claras onde os critérios de inclusão ou rejeição de propostas sejam
explicitados.
Ter a participação como método também pressupõe enfrentar o desafio de promover processos
internos ao governo, de reflexão e pactuação envolvendo secretarias, subprefeituras e seus quadros
técnicos.
Importante registrar aqui que, tendo assumido a participação como método de governo, a Coordenação
de Participação Social da Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania, organizou um Grupo de
Trabalho Intersecretarial ( que posteriormente seria estruturado como Comitê Intersecretarial)
e realizou um levantamento analítico a respeito das instâncias, mecanismos e demais canais de
participação existentes. Esse levantamento gerou um extenso Plano de Ação, a ser implementado de
forma articulada por todas as secretarias municipais e, dentre os seus produtos mais importantes, a
elaboração da Minuta do Projeto de Lei (PL) do Sistema e Política Municipal de Participação Social,
levada a consulta pública de agosto a dezembro de 2015. Em 29.07 de 2016, o PL que institui a Politica
e o Sistema de Participação Social, foi oficialmente entregue á Câmara Municipal que, por sua vez,
promoverá nova rodada de consultas antes da sua aprovação.
Tendo participado ativamente da composição da Política e do Sistema de Participação Municipal
desde 2013, SMDU tomou como referencia todo o acumulo reflexivo alcançado na composição do
Sistema como referência para desenvolvimento da revisão participativa do marco regulatório do
desenvolvimento urbano.

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Inovações Metodológicas
na Revisão do Marco
Regulatório

Podemos destacar um conjunto de estratégias que somadas imprimiram


um caráter inovador aos processos participativos desenvolvidos por SMDU
durante a Revisão do Marco Regulatório do Desenvolvimento Urbano: a
explicitação e pactuação de regras claras para recepção e sistematização das
propostas; a associação dos mecanismos presenciais com mecanismos virtuais
de participação; a incorporação de Oficinas como espaços para composição
coletiva de propostas e a capacitação de mediadores para realização da
atividade; a garantia de acesso público a todas as propostas recebidas em cada
um dos espaços presenciais e virtuais de consulta e a garantia de devolutivas
qualificadas, evidenciando os critérios de incorporação ou não de propostas
advindas da sociedade.

A pactuação das “Regras do Jogo” democrático


Desde o inicio do processo de revisão, foram explicitadas as Regras para
a Entrega de Propostas, o que foi considerado um elemento fundamental
para tornar mais transparente o processo participativo. Tais regras foram
amplamente divulgadas juntamente com o processo de mobilização e na
plataforma eletrônica, sendo reforçadas a cada evento participativo.

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REGRAS PARA A ENTREGA DE PROPOSTAS

Para que todos possam participar de forma produtiva é necessário pactuar algumas regras.
De um lado, a Prefeitura se compromete em analisar e dar a devolutiva de cada proposta
apresentada, mas de outro, é necessário que todos participem respeitando os demais grupos e
agentes da cidade e construindo propostas consistentes com os objetivos do PDE. Dessa forma,
a Prefeitura se compromete a analisar e fazer a devolutiva das propostas desta 2ª etapa que
respeitem o exposto abaixo:

1. Só serão aceitas contribuições identificadas, inclusive com um endereço eletrônico


(e-mail) para possível confirmação;
2. As contribuições devem ser encaminhadas em formulários próprios, devidamente
preenchidos. Os formulários serão distribuídos nas oficinas participativas realizadas nas
Subprefeituras e também estarão disponíveis online até o término da 2ª Etapa de Revisão
Participativa (30 de julho de 2013);
3. Só será aceita uma contribuição por formulário. Quando o formulário possuir mais
de uma contribuição, só a primeira será considerada. Não há limite de formulários por pessoa;
4. Serão desconsideradas contribuições com mensagens ofensivas a quem quer que seja.
Não serão aceitas contribuições com citações sem as fontes.

Atenção:
Faça um texto enxuto com a ideia de sua proposta, evite textos longos com várias argumentações
em uma mesma contribuição (lembrando que, em contribuições com mais de uma ideia, só a
primeira será considerada);Ler um texto sem pontuação gera desconforto aumenta as chances
de ele ser mal interpretado. Portanto, confira se o texto está de acordo com sua intenção; Não
use abreviações e evite o uso da linguagem de Internet.

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A associação dos mecanismos presenciais com mecanismos virtuais de participação

A SMDU procurou pesquisar formatos diferenciados de consulta pública, que permitissem ao mesmo
tempo uma participação mais ampliada da sociedade e espaços de debate para que a sociedade
pudesse conhecer e reconhecer os posicionamentos, interesses e propostas defendidas pelos diversos
segmentos e/ ou grupos sociais interessados em incidir na composição da nova lei.
O site gestaorubana.sp.gov.br foi peça fundamental para a divulgação e mobilização para as
atividades. A plataforma www.gestaourbana.sp.gov.br foi construída para permitir que a população
entendesse a revisão participativa e suas etapas de maneira simples, acompanhasse as últimas notícias
e a agenda de atividades, assistisse transmissões ao vivo ou os vídeos das atividades presencias,
acessasse facilmente documentos úteis para a revisão (como leis e apresentações) e participasse
online, enviando propostas e sugestões para a revisão do Plano Diretor de São Paulo, da LPUOS e dos
Planos Regionais.
Foram disponibilizados no site da prefeitura e no Gestão Urbana, antecipadamente à realização das
atividades participativas presenciais, o cronograma das atividades, um caderno sobre o processo de
revisão e o conteúdo dos estudos técnicos a serem apresentados nas diversas atividades.
Na revisão do Plano Diretor, a Secretaria de Comunicação (SECOM) definiu a estratégia e o Plano de
Comunicação, que previa a divulgação em equipamentos públicos como escolas, postos de saúde,
subprefeituras, casas de cultura e bibliotecas públicas; publicação de encartes, informes e pequenos
textos (relesse) em jornais de bairro e de grande circulação. Na revisão da LPUOS e dos Planos
Regionais, a comunicação passou a ser operada unicamente pela Assessoria de Comunicação de
SMDU.
Segue abaixo o descritivo das experiências realizadas e no anexo deste Guia Metodológico, os
instrumentais e materiais utilizados.

1. As reuniões com o CMPU, núcleo gestor da Revisão do Marco Regulatório.

Em todos os processos relacionados à revisão participativa do marco regulatório do desenvolvimento


urbano, o Conselho Municipal de Politica Urbana foi investido do papel de Núcleo Gestor, como prevê
o Estatuto da Cidade, assumindo esse papel tanto em relação ao processo de construção do conteúdo
como da definição das dinâmicas e formatos das atividades participativas. Durante a revisão do PDE,
cujo escopo organizou-se em torno da definição das grandes diretrizes de qualificação, preservação
e transformação da cidade, foi estruturado o “GT Conteúdo” e “GT Processos Participativos”, além da
agenda de reuniões ordinárias e extraordinárias no Pleno do Conselho. Na revisão do Zoneamento e
dos Planos Regionais, extensa agenda de reuniões envolveu o Pleno do Conselho em todas as etapas
de revisão – discussão da proposta inicial formulada pelo poder publico, discussão da proposta revista
com as contribuições recebidas da sociedade e devolutiva para apresentação do produto consolidado
a ser encaminhado como Projeto de Lei à Câmara Municipal. A mesma dinâmica foi repetida quando
da revisão dos Planos Regionais das Subprefeituras.
As reuniões ordinárias e extraordinárias seguiram o rito das reuniões formais do conselho, com
convocação em prazo definido pelo Regimento Interno, elaboração de ata e publicação do sumário
executivo em DOM.
Já em relação aos GTs - compostos apenas na revisão do Plano Diretor Estratégico - o cronograma e as
pautas foram definidas no inicio dos trabalhos. Os produtos pactuados no GT Processo Participativo,
como regra, eram apresentados para ciência no Pleno do Conselho. Já os produtos produzidos no GT
Conteúdo, via de regra, forma levados para discussão ampliada do Pleno do Conselho. As reuniões
dos GTs foram registradas em formato “Ajuda Memoria”, ao invés do formato ata.

2. Oficinas Participativas Territoriais.

As oficinas são um método já bastante desenvolvido para trabalho com pequenos grupos, que
pressupõe a definição de um plano de trabalho que orientará a dinâmica, a interação entre os
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participantes e a construção coletiva de algum produto ao término da dinâmica. A produção coletiva


como resultado é o que diferencia essa atividade de outras dinâmicas de grupo.
No caso da Revisão Participativa do Marco Regulatório de Desenvolvimento Urbano, o enorme desafio
que se apresentou às equipes técnicas foi a aplicação desse método de trabalho a um contingente
grande de participantes, que deveria ser mobilizado e incentivado a participar da construção coletiva
de propostas.
Para planejamento da atividade, a equipe técnica organizou o trabalho da seguinte forma:
1. O primeiro passo foi a constituição de Grupo de trabalho com um representante/ interlocutor
por subprefeitura.
2. Na sequencia foi definida a expectativa de público presencial a ser mobilizado para cada
etapa da revisão.
Havia uma expectativa de envolvimento presencial de 450 pessoas por evento, tanto na 1.a
como na 2.a etapa de revisão do PDE e na 1.a e 2.a Etapas de revisão da LUOS.
3. Definição do desenho geral da atividade.
Na Etapa de Revisão do Plano Diretor, como trabalhávamos com um cronograma muito curto,
não foi possível envolver os representantes das subprefeituras no desenho das atividades, o que foi
corrigido e aprimorado na etapa seguinte, ou seja, na revisão do zoneamento, com a constituição dos
Grupos de Trabalho de Conteúdo e Participativo, que se reuniam periodicamente para discussão da
metodologia participativa e conteúdo da lei.
As oficinas participativas foram planejadas tendo como estrutura básica: realização de uma
apresentação inicial a todos os participantes – para equalizar as informações – divisão em salas de
até 50 pessoas e, nas salas, subdivisão em grupos de até 10 pessoas. A subdivisão visava garantir que
todos tivessem tempo para fala e troca de impressões, bem como pudessem trabalhar sobre mapas,
no caso da revisão da LPUOS.
4. Reserva de espaços compatíveis com a atividade (com auditório, som, projetor, cadeiras,
salas e demais itens de infraestrutura necessárias ao desenvolvimento da atividade), definição de
calendário e vistoria prévia nas semanas que antecederam o evento.
Os locais indicados pelas Subprefeituras foram vistoriados previamente, observando as condições de
adequação dos espaços para a realização das atividades programadas. As avaliações produzidas nas
visitas de vistoria foram documentadas em registros fotográficos e descritivos sobre as instalações,
equipamentos disponíveis e acessibilidade ao público em geral (modelo anexo), que possibilitaram
encaminhar sugestões de adequação nas situações em que se verificou esta necessidade.
5. Estruturação da dinâmica da oficina (detalhamento da programação, materiais a serem
utilizados, simulação da dinâmica, preparação da Apresentação Geral por subprefeitura, definição
do material a ser utilizado – instrumentais, formulários) e preparação do evento em si (envolvendo
técnicos de SMDU, das subprefeituras e governo local, bem como conselheiros do CMPU)
6. Capacitação de mediadores
7. Vistoria e checagem da infra estrutura nas semanas que precediam o evento.
Em paralelo à organização do evento, as equipes técnicas da Secretaria de Desenvolvimento
Urbano, em parceria com CMPU e subprefeituras, realizaram a mobilização popular de cidadãos e
coletivos, com atuação local e ou municipal ao mesmo tempo em que era estruturada a Plataforma
Eletrônica de Participação.

Estratégias de Mobilização:
Foram privilegiadas (3) estratégias de mobilização durante a revisão do Plano Diretor:
1. Mapeamento dos atores ativos, tanto em cada região/subprefeitura, como na cidade e na
região metropolitana, nos segmentos de movimentos sociais (de moradia, da população em situação
de rua, de ambulantes, indígenas, mulheres, LGBT, entre outros), empresarial (construção civil e setor
imobiliário), segmento acadêmico, segmento de organizações não governamentais, de associações
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de moradores, de conselhos (conselhos de saúde, conselhos tutelares, da assistência, e outros),


segmento de categorias profissionais e de trabalhadores, representados por suas entidades sindicais.
De posse desse mapeamento, realizado em conjunto pelas subprefeituras e SMDU, a mobilização foi
desencadeada através do envio de cartas-convite por meio eletrônico, contendo o calendário e temas
das atividades, bem como com a informação do link para acesso aos estudos.
2. Mobilização de massa, a partir da publicação dos calendários e encartes sobre os assuntos
objeto das avaliações, em jornais de grande circulação e jornais de bairro (estratégia de comunicação
organizada por SECOM).
3. Ampla divulgação junto aos conselhos setoriais de habitação (CMH), politica urbana (CMPU)
e meio ambiente (CADES) já estruturados.
A partir das listas de presença de cada um dos encontros, SMDU estruturou um banco de correios
eletrônicos para o qual passou a enviar informativos e respectivos convites das atividades participativas
em curso, passando esse mailing a ser usado também como estratégia para mobilização da revisão da
Lei de Parcelamento Uso e Ocupação do Solo.
Quando da revisão da LPUOS e dos Planos Regionais, além das estratégias acima relacionadas,
também foram mobilizados os Conselhos Participativos das Subprefeituras, recém eleitos.

Dinâmica das Oficinas:


Todas as oficinas regionais foram precedidas de uma apresentação geral em auditório, para
uniformizar os participantes em relação aos conteúdos a serem trabalhados.
Ao final da apresentação no Auditório, os participantes foram encaminhados para salas preparadas
pela equipe regional e equipes de SMDU designadas para a coordenação do processo participativo
(na revisão do PDE, a assessoria de participação contou com apoio de 03 consultoras contratadas que
desempenharam essa função; na revisão do Zoneamento, contou com apoio de empresa contratada
e na Revisão dos Planos Regionais das Subprefeituras, com a equipe de residentes em arquitetura no
apoio a realização das atividades).
Para participar das oficinas, cada munícipe poderia optar em se dirigir para as salas acompanhado ou
não de seus pares, evitando apenas que fosse ultrapassada a ocupação máxima de 50 pessoas por sala.

2.1. As Oficinas na Revisão do Plano Diretor: Técnica de visualização por cartelas e a


composição coletiva de propostas.

Na revisão do PDE, a apresentação no auditório relacionou os (12) doze objetivos do PDE, definidos
pela SMDU a partir dos resultados das Oficinas e Seminários de Avaliação, realizadas na primeira
etapa de revisão do PDE. A apresentação contemplou dados, informações e imagens que buscaram
traduzir os conceitos e facilitar o debate.
Os doze objetivos foram agrupado em (4) conjuntos, mas não foi exigida a formação de subgrupos
nas salas para todos os conjuntos de objetivos, de tal modo que, em algumas salas os participantes
optaram por discutir apenas um ou dois dos conjuntos. Foram eles:

Conjunto A: temas relacionados à Transporte e emprego


Conjunto B: temas relacionados à preservação do meio ambiente e do patrimônio cultural.
Conjunto C: Habitação e equipamentos sociais
Conjunto D: Gestão, participação e controle social.

Desde o momento inicial dos trabalhos, os coordenadores designados pela SMDU e pela Subprefeitura
percorreram as salas para apoiar as equipes responsáveis pela condução dos grupos. Cada sala contou
com ao menos dois moderadores.
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Os participantes que chegaram atrasados, após o início das atividades nos grupos, foram acolhidos
por dois moderadores em uma sala preparada para atender este público específico. Os participantes
receberam as informações e orientações da mesma forma que os demais, obedecendo às mesmas
orientações para o debate e a elaboração de propostas.
Optou-se por utilizar a técnica de visualização por cartelas. O roteiro metodológico unificado,
produzido para orientar a atuação das equipes das Subprefeituras nas 31 Oficinas Propositivas, e o
trabalho de treinamento das equipes assegurou a uniformidade na condução dos trabalhos, naqueles
aspectos considerados fundamentais para os objetivos desta etapa da revisão do PDE. Do mesmo
modo, a adoção e padronização de instrumentos comuns como as listas de presença, formulários para
atas, apresentação de propostas e avaliação, permitiram o registro sistematizado de cada atividade
realizada com a população.

Cada sala foi ambientada com cartazes que explicitavam:


1. Os doze objetivos da revisão do PDE
2. Os acordos:
Pedir a palavra para falar:
Falar baixo para não atrapalhar a sala ao lado;
Respeitar o tempo da atividade;
Permanecer na atividade até o fim.
3. As Orientações para a escrita nas cartelas.
Utilizar o máximo de 04 linhas por cartela;
Registrar apenas uma ideia por cartela;
Escrever na horizontal;
Não utilizar o verso das cartelas

Foi solicitado a cada participante, uma vez escolhido o tema de maior interesse, que anotasse em cada
cartela uma proposta em resposta à seguinte questão norteadora: A partir da avaliação apresentada
e da sua vivência a atuação na cidade, o que deve ser feito para alcançar os objetivos do PDE? Cada
pessoa recebia pelo menos uma cartela e poderia solicitar novas cartelas.
Na seqüência, os componentes de cada subgrupo (até 10 pessoas) deveriam trocar entre si as propostas,
comparar as semelhantes e as divergentes e compor até duas propostas para serem apresentadas à
sala. Essas propostas deveriam ser transcritas em formulário específico ( Anexo X), que seria afixado
na lousa quando da leitura a mesma para sala, por um porta-voz do subgrupo. A ficha de proposta foi
afixada junto com uma Ficha de Indicação de Prioridade.
Depois de cada subgrupo expor suas principais propostas, todos os participantes da sala eram
convidados a indicar, com bolinhas coloridas, (3) três dentre todas as afixadas que considerassem
mais importantes. As bolinhas eram coladas na Ficha de indicação de Prioridades ( Anexo X) ; o
mediador contava o numero de bolinhas de destaque, de tal modo que as (5) mais votadas seriam
lidas na Plenária por um outro porta-voz indicado pela sala. Os painéis eram fotografados e todo o
material das sala guardado no envelope para entrega à equipe de sistematização.
Essa dinâmica permitiu ao conjunto dos participantes ter uma visão geral de todas as propostas de sua
sala e muitas vezes optar por indicar como mais importante uma proposta diferente daquela que havia
inicialmente defendido. Isso ocorreu frequentemente, pois todos tinham a segurança, estabelecida
pelas normas do processo, de que sua proposta também seria computada e sistematizada.
Na plenária, a leitura das propostas mais votadas permitiu ao conjunto dos participantes daquele
evento regional, perceber várias propostas convergentes entre as salas, e também reconhecer
propostas que não tinham sido discutidas pelo seu grupo. Findada a atividade em plenária, as
próximas etapas do processo participativo eram informadas a todos os presentes.
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Guia Metodológico dos processos participativos
A participação como método de governo e sua dimensão formativa.

O formato “Oficina”, definido pela SMDU para o debate público e levantamento de propostas,
distinguiu-se das tradicionais atividades regidas por listas de inscritos, em que poucos participantes
conseguem fazer uso da palavra e apresentar suas opiniões e propostas. A Oficina teve boa
receptividade do público participante, que pôde expor suas ideias e opiniões em pequenos grupos,
conhecer os argumentos de outros participantes e juntos produzirem propostas que atendessem
demandas e necessidades comuns. Ao mesmo tempo em que as diferenças de opiniões e os conflitos
tiveram espaço para explicitação, a metodologia possibilitou o acolhimento de todas as propostas.
Desta forma, superando as tradicionais formas de contraposição de propostas, evitaram-se os embates
centralizados na disputa de posições, que pouco favorecem um debate democrático.

2.2 Oficinas para construção coletiva de propostas e as especificidades da Revisão da


LPUOS

Nas Oficinas de Revisão da Lei de Uso e Ocupação do Solo, diferentemente das Oficinas do Plano
Diretor, a especificidade da matéria exigiu que os mediadores fossem técnicos com domínio da lei
vigente e das propostas inicialmente desenhadas para sua reformulação. Também foram utilizados
mapas impressos do território, onde constavam as alterações de zoneamento inicialmente propostas
pelo poder publico, a partir da qual se organizou o debate nas salas. Além disso, utilizaram-se
formulários e não cartelas para registro das propostas, de tal modo a organizar o registro e facilitar o
processo de sistematização e estudo das propostas. Além dos formulários construídos coletivamente e
os apresentados individualmente na mesa de recepção de propostas (assinadas por coletivos, grupos,
ou indivíduos, mas que não foram produtos da discussão havida nas salas), a equipe de sistematização
também se apoiou nas anotações realizadas nos mapas de sala.
Nas Oficinas da LPUOS, não houve retorno para uma plenária final ao término da atividade nas salas.
A atividade em sala foi organizada da seguinte maneira:

1ª parte – Aquecimento:
Mediador fazia o “reconhecimento “ do mapa plotado da região: pontos principais, onde
estava sendo realizada a oficina, referências reconhecidas pela sala. Solicitava aos participantes que
se dividissem em subgrupos de até 10 pessoas, escolhessem um RELATOR, um EXPOSITOR e um
GUARDIÃO DO TEMPO; rodada de apresentação.
Na sequencia, entregava a ficha de destaque e propunha que COLETIVAMENTE no subgrupo
os participantes apontassem pontos interessantes na apresentação inicial, algo que concordam.
(Marcava um tempo para essa atividade: 15’).
Ao relator caberia registrar no instrumental de destaque o que chamou atenção do subgrupo.

2ª parte – Construção de propostas.


Após solicitar que os subgrupos localizassem no CADERNO DE PROPOSTAS o mapa da sua
subprefeitura – a página do mapa correspondente propunha a seguinte pergunta norteadora: A
proposta da PMSP atende as expectativas de futuro da cidade e da sua região?
Na sequencia, mediador solicitava que os presentes construíssem até três propostas com pontos
convergentes. Caberia ao relator o registro no instrumental, assinado por todos que concordassem
com a mesma. (Tempo: 60 ‘)

3ª parte
Porta voz / expositor lia para a sala os destaques e as 3 propostas. Mediador marcava no mapa
a proposta, afixava no painel o instrumental e depois de todas as exposições fazia um resumo do que
foi colocado pela sala.

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Guia Metodológico dos processos participativos
A participação como método de governo e sua dimensão formativa.

4ª parte
Como não houve plenária de encerramento, em cada sala os participantes receberam as
informações relacionadas às próximas etapas do processo de revisão. Todas as propostas recepcionadas
foram organizadas junto com o mapa plotado e encaminhadas para a equipe de sistematização. O
envelope com o material continha ainda uma Ata Sintética, com numero de participantes e numero
de propostas construídas.

Para a revisão da LPUOS, SMDU pode contratar empresa que realizou todo o apoio ao processo
participativo, incluindo a sistematização com georreferenciamento das propostas recepcionadas
da sociedade. A Empresa ( Consorcio Diagonal JW) recebeu de SMDU um Guia Metodológico como
parâmetro e, a partir do qual, pode aprimorar e organizar os produtos a serem entregues ao longo do
contrato. ( anexo X)

2.3 Oficinas com Conselhos Participativos na Revisão dos Planos Regionais

O Novo Plano Diretor Estratégico estabeleceu que os Planos Regionais das Subprefeituras integrariam
o Sistema Municipal de Planejamento Urbano e deveriam ser revistos com ampla participação e
acompanhamento dos Conselhos Participativos. Em reconhecimento a representatividade dos
conselheiros eleitos e no reforço ao papel institucional que desempenha essa instância, optou-se
por realizar as oficinas de discussão das primeiras formulações do poder publico com os Conselhos
Participativos.
A primeira proposta levada a debate foi resultado de um conjunto de reuniões com técnicos das
secretarias e representantes das subprefeituras, reunidos em Grupos de Trabalho por macrorregião.
Os Grupos de Trabalho, em conjunto com DEURB/SMDU, registraram no território os equipamentos
existentes e as metas de novas implantações, a partir das informações fornecidas pelas secretarias. Na
sequencia, buscaram desenhar no território os perímetros de problematização, ou seja, as partes do
território que poderiam gerar futuros projetos de intervenção urbana, projetos esses que articulassem
ações de várias secretarias na melhoria do espaço publico, superação de barreiras e qualificação dos
trajetos que interligam os equipamentos públicos existentes ou projetados. Essa proposta inicial de
perímetros para futuros projetos, com respectivas diretrizes e objetivas (que poderiam relacionar-se
com transformação, qualificação ou preservação daquele território) foi levada para debate em oficinas
com os Conselhos Participativos. Para condução da dinâmica, SMDU contou o grupo de Residentes
em Arquitetura e Urbanismo, que passaram a compor a equipe de SMDU/DEURB em uma condição
especial, definida no Convenio de Residência em Arquitetura e Urbanismo, firmado entre SMDU e
FAU/USP.
A oficina, realizada no espaço da reunião dos Conselhos Participativos, foi dividida em três momentos:
1: Formativo: Apresentação inicial e discussão (Plenária: 40 minutos)
2: Dinâmica Mapa 1: Mapa falado (Em grupo: 40 min)
3: Dinâmica Mapa 2 e Fichas: Discussão sobre perímetros de ação (Em grupo: 40 min)
Para cada Conselho Participativo foi estimada participação de 25% a mais de participantes do que
a quantidade de conselheiros titulares. O total de participantes foi dividido em mesas com até 06
integrantes, sendo cada mesa mediada por um arquiteto residente. Além dos mediadores, cada
evento regional contou com um técnico de SMDU responsável pela subprefeitura, um coordenador
de dinâmica e um apresentador.
Para cada mesa de trabalho foi disponibilizado 01 mapa da subprefeitura, 02 fichas ilustradas de cada
Perímetro de Ação, um Caderno da Subprefeitura (DataSubs) a cada conselheiro participativo titular,
canetas e post-its.
Nas primeiras oficinas, os participantes recebiam aleatoriamente ao chegar um crachá/cartão a parti
do qual se organizava a divisão dos subgrupos; porém, tal dinâmica se mostrou pouco eficiente no
momento de reorganizar as mesas para a discussão do Mapa 2, de tal modo que passou-se a adotar
um movimento mais livre dos participantes entre as mesas.
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A participação como método de governo e sua dimensão formativa.

1. Momento Formativo:
Apresentação inicial e discussão (Plenária: 40 minutos)
A apresentação inicial visava instruir os participantes a respeito da revisão das leis urbanísticas
(semelhante à apresentação das Conferências Regionais) e sobre os Planos Regionais das Subprefeituras
neste contexto. Foram apresentados os mapas referentes à subprefeitura, esclarecendo como foi
realizada a problematização do território até aquele momento.
Tópicos da apresentação:
• Apresentação institucional (SMDU)
• Revisão da legislação urbanística (PDE/LPUOS/PRS)
• Da natureza dos Planos Regionais
• Da abrangência e limites dos Planos Regionais
• Apresentar a situação da subprefeitura com gráficos e mapas principais do DataSub
• Desafios da subprefeitura
• Trabalho realizado até o momento
• Do espaço público
• Regra da participação da oficina
A apresentação foi dialogada, de tal sorte que os participantes puderam formular duvidas e alinhar
expectativas.

2: Dinâmica Mapa falado


Para que os conselheiros se apropriassem do mapa, da temática dos Planos Regionais e começassem
a mapear questões da subprefeitura, foi realizada uma dinâmica formativa sobre espaços públicos
sobre mapa base apenas com arruamento e equipamentos públicos.
Em todas as mesas deviam ser marcados os principais equipamentos e espaços livres públicos,
principais caminhos e barreiras, problemas e potenciais da subprefeitura. Todas estas informações
podiam ser marcadas no mapa da forma como os participantes da mesa desejassem, com canetas e
post-its. Foram propostas as seguintes questões direcionadoras:
Sobre o mapa da subprefeitura, marcar e nomear:
•Quais seus principais equipamentos públicos?
•Quais os principais espaços livres públicos?
•Quais os principais caminhos e trajetos usados?
•Quais as principais barreiras?

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2.3 Dinâmica sobre Mapa 2 e fichas/ Discussão sobre perímetros de ação

Entre a primeira e a segunda dinâmica sobre mapas, estruturou-se uma breve pausa onde o
coordenador da dinâmica explicava como seria organizado o trabalho a seguir. Novo mapa com
perímetros de ação era apresentado juntamente com as fichas ilustradas de cada Perímetro de Ação,
contendo caracterização, objetivos, diretrizes e questões específicas (de 2 a 4 questões) sobre cada
perímetro a serem respondidas nas mesas.
Neste momento eram distribuídas entre 2 a 3 fichas diferentes por mesa, lembrando que cada
subprefeitura possui por volta de 15 perímetros. Essa distribuição era realizada por chamada oral,
anunciando o nome do perímetro – que normalmente é o nome de um bairro ou de um elemento
marcante no território. A distribuição das fichas na mesa seguia a manifestação de interesse por parte
das pessoas nas mesas estabelecidas, que normalmente já refletia grupos de conselheiros de porções
específicas do território ou distritos, ou eram distribuídas por proximidade territorial com outros
perímetros.
Cada mesa devia selecionar um redator, mas em vários casos as mesas se dividiam em grupos menores
para preencher fichas simultaneamente. Os participantes podiam rodar de mesas caso quisessem
comentar em outras fichas ilustradas em outras mesas, mas, caso a discussão em grupo já tivesse sido
realizada e a ficha assinada pelo grupo, o participante solicitava uma ficha de contribuição individual
ao coordenador da oficina que era juntada à ficha correspondente.
Ao final do tempo de discussão, os mapas e fichas extras permaneciam com o coordenador do
conselho, e uma copia da lista de presença era providenciada, assim como foto de todos os mapas
trabahados.

2.4. Estações de Trabalho: Oficina com CMPU na discussão da OUC BT

Durante a elaboração da Lei da Operação Urbana Consorciada Bairros do Tamanduateí, uma vez
realizadas as audiências publicas e consulta por meio da plataforma eletrônica, a versão que resultou
desse processo foi amplamente discutida com o Conselho Municipal de Politica Urbana, em uma
Oficina organizada por Estações de Trabalho.
Antecedendo a atividade, para preparar todos os conselheiros para a referida oficina, a Minuta do PL
foi apresentada numa reunião ordinária ao Pleno do Conselho e uma versão impressa foi oferecida a
cada um dos conselheiros. Como apoio, a Minuta e os mapas relacionados à lei, bem como os demais
estudos que subsidiaram a elaboração da Minuta, permaneceram disponíveis na plataforma www.
gestão urbana.
No dia da atividade, foram montadas 4 estações de trabalho, que agruparam os títulos da Minuta do
PL(Sala 1 - Cap. I e Cap. III , Sala 2 - Cap. II , Sala 3 - Cap. IV e VI e Sala 4 - Cap. V). Os conselheiros
titulares foram divididos aleatoriamente, em lista de presença, por cores. Na recepção, ao assinarem
lista de presença, recebiam um crachá com a cor do grupo a que pertenciam e dirigiam-se para as
Estações de Trabalho, de acordo com uma escala previamente preparada, de tal modo que cada grupo
passaria por todas as estações de trabalho e, portanto, discutiriam todos os títulos do PL ao longo do
dia.
Em cada Estação, os conselheiros poderiam apresentar propostas de supressão, alteração ou nova
proposta, anotando em cartelas fornecidas pelo mediador de cada estação, cada qual com uma cor
definida previamente (supressão – verde; alteração – amarela; nova proposta – branca), de modo a
facilitar a visualização no painel. As cartelas forma afixadas em um painel, de modo que cada grupo
poderia visualizar as propostas elaboradas pelos grupos que anteriormente haviam passado pela
“estação”. Apoios às propostas já afixadas no painel eram registrados anotando o nome do conselheiro
diretamente na própria cartela afixada.
Cada estação de trabalho contou com um mediador e um relator, responsáveis por organizar as
propostas por “nuvens” (mesmo tema, semelhança) no próprio painel e depois no registro síntese
apresentado na plenária final. No total foram consolidadas 74 propostas, que obtiveram apoio do
conjunto dos Conselheiros na plenária final e constituíram um documento (Informação 001/2015/
21
Guia Metodológico dos processos participativos
A participação como método de governo e sua dimensão formativa.

CMPU) oferecido pelo CMPU para aprimoramento da Minuta do PL.

2.5 Capacitação de Mediadores para operar as Oficinas.

A inovação do método de consulta exigiu empenho de SMDU na preparação de um contingente grande


de funcionários públicos, envolvidos na mediação e apoio às Oficinas Territoriais: na Revisão do
Plano Diretor Estratégico foram capacitados aproximadamente 700 funcionários, numa ação inedita
da articulação entre capacitação do quadro funcional e execução de processos participativos; na
Revisão da LPUOS, a especificidade do tema exigiu a preparação de técnicos das subprefeituras como
apoiadores e a organização de escala dos técnicos de DEUSO/SMDU para operar como mediadores.
Ambas as experiências impulsionaram a equipe técnica da Assessoria de Participação de SMDU a
estruturar, em parceria com as secretarias que compunham o Comitê Intersecretarial de Participação
( coordenado pela SMDHC) e a Escola Municipal de Administração Pública ( EMASP), um Curso de
Formação em Processos Participativos, cuja primeira turma envolveu cerca de 100 funcionários, na
troca de conhecimentos acumulados e disseminação na cultura de participação entre os quadros da
PMSP.
Pela magnitude do quadro de pessoal capacitado para operar a primeira experiência de oficinas
participativas para construção coletiva de propostas, é importante registrar o processo de Capacitação
das Equipes das Subprefeituras e de SMDU ocorrido quando da revisão do Plano Diretor Estratégico
(2013). A capacitação de mediadores foi concebida de modo a assegurar a unidade metodológica e
transparência na condução dos trabalhos dessa etapa de construção presencial de propostas.
Para subsidiar a atuação destas equipes e orientar as atividades nas 31 Subprefeituras, foram
produzidos os seguintes instrumentos metodológicos: Roteiro Metodológico de Capacitação para
as Equipes das Subprefeituras, Roteiro Metodológico das Oficinas de Revisão Participativa do PDE,
formulários para o registro das Oficinas (Lista de Presença, Formulário para Propostas e Títulos, Ata,
Ficha de Avaliação), cartazes para visualizar as informações nos trabalhos em grupos, Regras para a
Apresentação de Propostas, Documento de Orientações aos/às Subprefeitos/as.
Ao organizar esta atividade, SMDU tinha clareza do desafio de, num prazo absolutamente curto e
restrito, preparar para a atividade de moderação funcionários com pouca ou nenhuma experiência
anterior em dinâmicas de grupos; porém, vislumbrou a possibilidade de constituir, a partir desta
capacitação, um quadro permanente de pessoas qualificadas para apoiar as atividades participativas
promovidas pela Prefeitura. Desse modo, foi concebido um processo de capacitação com aprovação da
unidade de gestão de pessoal, o que permitia a dispensa do funcionário de suas atividades cotidianas
para se dedicar à formação e ofertava a cada participante um Certificado de Formação, importante
para a carreira publica do mesmo.
Foram realizadas 08 Oficinas de Capacitação para os técnicos/as e funcionários/as indicadas/os pelas
subprefeituras e secretarias que atuavam no território e 01 Oficina para os técnicos da SMDU. Buscando
facilitar a participação das equipes, as atividades de capacitação foram regionalizadas, exceto as
duas primeiras, realizadas na sede da SMDU, dada a possibilidade de contar com a infraestrutura
da Secretaria para atender possíveis necessidades de ajustes na programação. A responsabilidade
de preparar a infraestrutura necessária para o desenvolvimento das capacitações ficou a cargo das
Subprefeituras, que sediaram os encontros.
As atividades foram desenvolvidas pela Assessoria de Participação de SMDU, apoiada por consultoras
contratadas e sempre com antecedência mínima de duas semanas em relação à Oficina Territorial.

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A participação como método de governo e sua dimensão formativa.

Data Horário Local Subprefeituras

03/06 14:00 SMDU Jaçanã/Tremembé, Santana/Tucuruvi, Vila Maria/Vila


Guilherme

06/06 09:00 SMDU Casa Verde, Freguesia do Ó, Perus, Pirituba/Jaraguá

13/06 09:00 Santo Amaro Cidade Adhemar, Jabaquara, Santo Amaro, Vila Mariana

20 e 23/06 09:00 Capela do Socorro Campo Limpo, Capela do Socorro, M’Boi Mirim,
Parelheiros

27/06 09:00 V. Prudente Aricanduva, Ipiranga, Mooca, Vila Prudente/Sapopemba

04/07 09:00 São Mateus Cidade Tiradentes, Guaianases, Itaquera, São Mateus

11/07 09:00 Penha Ermelino Matarazzo, Itaim Paulista, Penha, São Miguel

18/07 09:00 SMSP Butantã, Lapa, Pinheiros, Sé

A capacitação também utilizou o método de Oficina, de modo a familiarizar os funcionários e permitir


que os mesmos vivenciassem a dinâmica que, posteriormente, mediariam na sua região

PROGRAMA DA OFICINA DE CAPACITAÇÃO

1. Apresentação dos participantes, dos objetivos e programa da Oficina.


2. Alinhamento das compreensões e informações sobre participação.
3. Apresentação de orientações gerais para a preparação e realização da oficina nas
subprefeituras e condução do roteiro da Oficina Participativa da Etapa Propositiva da Revisão
do PDE.
4. Vivência da Oficina.
5. Leitura e roteiro resumido e apresentação de dúvidas e esclarecimentos.
6. Avaliação.
7. Encerramento.

A elaboração do roteiro metodológico adotado na capacitação tomou como ponto de partida a


necessidade de preparar as equipes para a organização e mediação das oficinas nas Subprefeituras. A
principal ênfase da atividade foram as orientações para a condução do roteiro de trabalho em grupos.
Neste sentido, os/as Subprefeitos/as foram orientados/as pela SMDU a indicar prioritariamente
pessoas com perfil para a condução de grupos de trabalho de até 50 pessoas e condição de esclarecer
as orientações gerais estabelecidas para o processo, sem necessariamente possuir domínio ou
conhecimento técnico sobre o Plano Diretor, dada a previsão de apoio de técnicos da SMDU em todas
as Oficinas Propositivas.
No início da capacitação, as equipes das Subprefeituras receberam, em material impresso, o roteiro
metodológico detalhado e o roteiro resumido da Oficina Participativa Propositiva. Após o momento
inicial de apresentação dos participantes, dos objetivos e programa da Oficina de Capacitação, foi
realizada a apresentação dialogada dos conceitos sobre participação, problematizando os vários
significados presentes no debate atual sobre o tema e reafirmando a concepção adotada pelo governo.
Nas orientações para subsidiar a atuação das equipes, os conceitos que fundamentam a metodologia
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Guia Metodológico dos processos participativos
A participação como método de governo e sua dimensão formativa.

adotada nas Oficinas Participativas Propositivas foram apresentados por meio de exposição dialogada
com os participantes, articulando os aspectos teóricos às referências práticas vivenciadas pelas
equipes no seu cotidiano de trabalho. Estas referências e conceitos foram retomados na apresentação
das informações técnicas sobre o processo de revisão do PDE, para explicitar a dimensão participativa
implicada na metodologia adotada pela SMDU, conforme os conteúdos tratados na capacitação, aqui
sintetizados:

PARTICIPAÇÃO (popular, social, cidadã)

A participação popular e o controle social das políticas públicas foram conquistados


a partir das lutas dos movimentos sociais e de outros setores da sociedade, organizados em
torno da luta por direitos e melhores condições de vida.
A Constituição Federal de 1988 estabeleceu os princípios de participação da sociedade
na elaboração, gestão e controle das políticas públicas, que não existiam da forma como
conhecemos atualmente. O Estatuto da Cidade aprovado em 2001, fruto das regulamentações
de artigos constitucionais, prevê a participação social como forma de gestão das cidades e é a
principal referência para a revisão participativa do PDE.
A participação e o controle social estão previstos em lei por meio de canais institucionais
tais como Conselhos, Conferências e Audiências Públicas, possibilitando que os interesses
e propostas de todos os atores sociais sejam apresentados publicamente, favorecendo a
negociação e a busca de soluções de forma democrática nos espaços públicos. O direito à
participação é fiscalizado e defendido pelo Ministério Público.
É importante ressaltar que a participação se dá como processo continuo e pedagógico,
e não como um evento. O exercício da participação cidadã e do controle social favorece a
construção de uma cultura democrática e é fundamental para romper com os privilégios
para poucos, pois qualifica as ações de governo e favorece a correlação de forças em favor de
políticas transformadoras e a realização de direitos.
Há uma demanda reprimida de participação social nas ações e decisões da prefeitura
de São Paulo. Nos últimos anos os movimentos sociais, cidadãs e cidadãos tiveram pouco
ou nenhum espaço de diálogo e participação nas decisões do poder público municipal.
Considerando esta demanda, o governo deve estimular e apoiar iniciativas de organização e
mobilização da sociedade civil, sempre respeitando a independência dos movimentos sociais,
e apoiando-se no diálogo.
A Gestão 2013/2016 declarou o compromisso de governar com participação social.
Assim, a exemplo das Audiências realizadas sobre o Plano de Metas, as Subprefeituras devem
continuar propiciando espaços para o exercício da ampla participação da sociedade nas
Oficinas Participativas Propositivas para o PDE e em todos os processos participativos que
serão realizados neste e nos próximos anos

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Guia Metodológico dos processos participativos
A participação como método de governo e sua dimensão formativa.

Após o diálogo sobre o conceito de participação, as equipes foram informadas sobre o programa
do processo de revisão dos instrumentos de planejamento urbanístico, contextualizando a etapa
de revisão participativa do PDE, para a qual foram chamados a contribuir, e as orientações para a
entrega de propostas:

ORIENTAÇÕES PARA OS/AS MODERADORES DAS OFICINAS PARTICIPATIVAS


REALIZADAS NAS SUBPREFEITURAS

INFORMAÇÕES GERAIS
ETAPAS DE REVISÃO PARTICIPATIVA DO MARCO REGULATÓRIO QUE SERÃO CONDUZIDAS
PELA SMDU - 2013 A 2015
Plano Diretor Estratégico - PDE
Define as regras para a organização de grandes áreas da cidade.
Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo
Planos Regionais Estratégicos
Leis Urbanísticas Específicas

A REVISÃO PARTICIPATIVA DO PDE


O Plano Diretor Estratégico, que define as regras para as grandes áreas da cidade, está sendo
revisado pela prefeitura de São Paulo com participação da sociedade civil.
A 1ª Etapa - Avaliação, foi realizada nos meses de abril a maio, com 7 encontros participativos
A 2ª Etapa – Elaboração participativa e coletiva de propostas para o PDE será realizada de 08 de
junho a 31 de julho de 2013.
Na 3ª Etapa as propostas apresentadas nas 31 oficinas nas Subprefeituras serão sistematizadas e
consolidadas pela SMDU.
A 4ª Etapa será o momento da devolutiva e discussões públicas da Minuta do Projeto de Lei do
PDE, preparada pela SMDU.

INFORMAÇÕES E TRANSPARÊNCIA DO PROCESSO


Para subsidiar, informar e garantir a transparência do processo de revisão do PDE, todas as
notícias, informações, subsídios, documentos, mapas e formulários são publicados no site
criado e alimentado pela SMDU. www.gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br

ENTREGA DE PROPOSTAS
Qualquer cidadãos ou cidadã, entidade, movimento, segmento, grupo poderá apresentar a sua
proposta por meio de um formulário.
Este formulário está disponível em meio eletrônico, no site www.gestaourbana.prefeitura.
sp.gov.br ou em papel, que é distribuído e recolhido nas Oficinas Participativas realizadas pela
SMDU nas Subprefeituras.
Para preencher o formulário há algumas regras.
Todas as propostas apresentadas estarão publicadas no site Gestão Urbana assim como as
devolutivas.

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A participação como método de governo e sua dimensão formativa.

No momento seguinte, na apresentação das orientações referentes à organização e preparação


das Oficinas Participativas nas Subprefeituras, foi destacada a importância dos cuidados com a
organização prévia dos locais de realização das atividades e com a recepção à população, garantindo
assim as condições necessárias ao processo participativo.

OFICINAS PARTICIPATIVAS DE DISCUSSÃO DO PDE

QUAIS AS RESPONSABILIDADES NA ORGANIZAÇÃO E REALIZAÇÃO DESTA ETAPA?


SMDU - Definição de objetivos, metodologia e materiais e a equipe técnica e dirigente
das oficinas participativas. Subprefeituras - A realização das oficinas participativas; escolha
e organização do local onde será realizada, equipes responsáveis para o funcionamento da
oficina e moderação dos grupos de trabalho, divulgação e mobilização dos participantes.

QUAL O OBJETIVO DESTA ETAPA?


Promover o debate para a apresentação e elaboração coletiva de propostas para o PDE.

POR QUE ELABORAÇÃO COLETIVA?


Para que possa haver o debate entre os participantes, a identificação de propostas
comuns, de convergências e também dos conflitos.
O principal momento das Oficinas Participativas são as atividades em grupos, onde
serão debatidas e formuladas coletivamente as propostas para o PDE.

QUANDO SERÁ?
Aos sábados, de 08 de junho até o dia 27 de julho/13, das 9 às 15h, nas Subprefeituras.

QUAL O PROGRAMA DO DIA?


8h – Reunião entre os moderadores/as e responsáveis da SMDU pela Oficina, para
repassar as orientações e receberem os envelopes com os formulários e materiais e depois
organizarem as salas de trabalho.
9h às 10h – Plenária de abertura.
10 às 13h – Oficina em grupos.
13 às 13h30 – Reunião entre os moderadores/as e responsáveis da SMDU pela Oficina
para avaliação do trabalho desenvolvido, entrega e conferência dos materiais, formulários,
atas e fichas de avaliação.
13 às 14h – Lanche para todos/as os/as participantes das oficinas.
14 às 15h – Plenária de encerramento.

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Guia Metodológico dos processos participativos
A participação como método de governo e sua dimensão formativa.

Considerando a possibilidade de serem entregues propostas individuais até o dia 31 de julho,


por meio do site Gestão Urbana SP, buscou-se reforçar a importância de valorizar a presença dos
participantes na Oficina Propositiva e estimular o debate e a elaboração coletiva de propostas para
o PDE. O programa da Oficina foi apresentado detalhadamente, anunciando as responsabilidades e
providências a serem tomadas pelas equipes:

O QUE ACONTECERÁ NA PLENÁRIA DE ABERTURA?


(na mesa: Subprefeito/a, representante da SMDU, conselheiro/a do CMDU e convidado/a –
quando houver)
Saudação do/a Subprefeito/a.
Saudação do representante da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano –
SMDU.
Saudação do conselheiro/a do CMDU e de outros convidados/as, quando houver.
Apresentação do objetivo da Oficina, da programação, dos horários e dos objetivos do
PDE que serão debatidos nos grupos (pelo representante da SMDU).
Apresentação dos moderadores/as que irão atuar nas salas (pelo/a responsável da
Subprefeitura)
Orientação e condução dos participantes para as salas onde serão realizadas as oficinas
(pelo/a responsável da Subprefeitura).

O QUE ACONTECERÁ NAS OFICINAS EM GRUPOS?


( ver a seguir OFICINAS EM GRUPOS)

O QUE ACONTECERÁ NA PLENÁRIA DE ENCERRAMENTO?


(na mesa: Subprefeito/a, representante da SMDU).
Informar que serão lidas 5 propostas apresentadas pelos participantes de cada uma das
salas de trabalho (responsável da Subprefeitura).
Chamar o porta voz de cada uma das salas para fazer a leitura (responsável da
Subprefeitura).
Comentários sobre as propostas (representante da SMDU).
Saudação final (subprefeito/a e representante da SMDU).

QUAL A INFRAESTRUTURA NECESSÁRIA PARA REALIZAÇÃO DESTA ETAPA?


Em cada ESCOLA haverá:
Salas para até 50 pessoas em número suficiente para acolher o número de pessoas
previsto para a oficina naquela subprefeitura.
2 moderadores/as por sala.
2 técnicos da SMDU por ESCOLA, eles são os responsáveis por acompanhar o trabalho
nas salas, respondendo questões técnicas relacionadas ao PDE e ajudando no
preenchimento do formulário de envio de propostas.
1 técnico da SMDU para receber os formulários com propostas de participantes, que
ficará na mesa de credenciamento.
1 coordenador/a da SMDU e 1 coordenador/a da Subprefeitura

NO LOCAL TAMBÉM HAVERÁ


Mesa de credenciamento (lista de presença, entrega de informativos e orientações).
Lanche (na chegada e às 13h).
Um responsável da SMDU para receber os formulários com propostas entregues por
participantes, que ficará na mesa de credenciamento.

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Guia Metodológico dos processos participativos
A participação como método de governo e sua dimensão formativa.

OFICINAS EM GRUPOS

QUEM CONDUZIRÁ OS TRABALHOS EM GRUPO?


A condução dos grupos é feita por MODERADORES (pessoas que foram indicadas para
atuarem na condução das Oficinas), que trabalham nas Subprefeituras e nas secretarias que
atuam no território, tais como saúde, educação, assistência social, esporte entre outras.
Os MODERADORES devem ter experiência ou habilidade de conduzir grupos com até
50 pessoas.
A condução da Oficina pelos MODERADORES é orientada por um roteiro metodológico,
que descreve o passo a passo do trabalho em grupos.
O roteiro metodológico tem como objetivo garantir condução uniforme a este processo
participativo.
Não é necessário dominar os temas do PDE. Haverá técnicos da SMDU para esclarecer
dúvidas dos participantes.
Os MODERADORES participam de uma capacitação conduzida pela SMDU e que é
realizada às quintas feiras, duas semanas anterior à data da realização da oficina para conhecer
e aplicar o roteiro metodológico.

O QUE DEVE TER EM CADA SALA


Identificação da sala na entrada.
Cartazes fixados na parede:
Programa do dia, Acordos de trabalho, Objetivo da Oficina, 12 Objetivos do PDE,
Pergunta orientadora para os trabalhos em grupos.
Envelope contendo:
Lista de presença da sala, Formulários para propostas, Folha para título, Ata, Formulário
para 5 propostas do grupo, Roteiro da condução do grupo, adesivos bolinha, clips, cartelas.
Fita crepe, grampeador e caixa de pincel atômico.

DOCUMENTOS RESULTANTES DAS OFICINAS


Após a finalização do trabalho das salas, o/a moderador a de cada sala irá organizar e
entregar para o/a responsável da SMDU:
Ata preenchida e assinada,
Formulários de propostas preenchidos pelos subgrupos, grampeados na folha de título
preenchida (duas de cada subgrupo da sala).
Lista de presença da sala preenchida,
Folha preenchida com as 5 propostas escolhidas pela sala.
Todos estes formulários preenchidos são documentos e deve-se ter cuidado para que
não se percam ou tenham rasuras.

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Assessoria de Participação Popular e Comunicação
Guia Metodológico dos processos participativos
A participação como método de governo e sua dimensão formativa.

A definição e publicização das regras e procedimentos organizativos garantem a uniformidade na


dinâmica das Oficinas em toda a cidade e são uma exigência aos processos democráticos. A formalização
dos processos, dos procedimentos, das discussões, dos encaminhamentos e das propostas por meio
de registros sistemáticos é instrumento para formalizar os mecanismos de participação, legitimando
as tomadas de decisão e assegurando a democracia do processo.

ORIENTAÇÕES GERAIS

Manter o número da sala e o nome dos/as 2 moderadores/as na porta de cada sala.


Deixar 2 moderadores/as e 1 sala para acolher os participantes que chegarem após o
início dos trabalhos das oficinas nas salas.
NÃO ENTREGAR os formulários preenchidos para o porta voz levar para ler. Estes
formulários são documentos.
Em cada local onde serão realizadas as Oficinas Participativas, haverá uma equipe
da SMDU para auxiliar os moderadores nas salas para esclarecer dúvidas e responder
perguntas dos participantes e moderadores sobre o plano diretor e auxiliar os subgrupos no
preenchimento dos formulários.

Qualquer pessoa que estiver na Oficina Participativa pode entregar formulários com a
sua proposta. Para isso, deverá retirar o formulário e entregá-lo preenchido para a pessoa da
SMDU que estará no local para entregar e receber os formulários de propostas.

Concluída a fase de apresentação de informações e orientações detalhadas acerca da preparação


da Oficina Propositiva e a indicação de responsabilidades das Secretarias envolvidas no processo,
os participantes da capacitação vivenciaram na íntegra a dinâmica da oficina para a qual estavam
sendo capacitados, obedecendo ao roteiro das atividades em grupos. Para adequar a programação
da atividade de capacitação, a duração dos tempos previstos para cada momento do roteiro original
foi reduzida, sem prejuízo para o objetivo pedagógico da atividade. No decorrer do exercício foram
destacados, pelas consultoras, os aspectos e cuidados metodológicos a serem observados durante a
condução da atividade e nos trabalhos em grupos da Oficina Participativa.
Após a vivência, para reforçar as orientações, destacar aspectos de fragilidade identificadas durante o
exercício e esclarecer dúvidas dos participantes, foi realizada a leitura atenta do roteiro resumido do
trabalho nas salas e, em seguida, a avaliação e encerramento da capacitação.
A vivência do roteiro metodológico foi a opção de estratégia pedagógica adotada com o intuito de
atingir o objetivo de preparar as equipes para conduzirem o roteiro das Oficinas Propositivas, com
especial atenção para os aspectos do desenvolvimento das dinâmicas participativas.
O exercício visou ainda, dar visibilidade aos participantes à legitimidade da diversidade de interesses
e expectativas, convergentes ou não, em relação ao Plano Diretor, conforme se explicitou nos debates
internos aos grupos formados pelas equipes durante a vivência proposta. O pano de fundo destas
dinâmicas foi promover a compreensão que identidades e diferenças fazem parte do convívio
democrático na Oficina e nas relações cotidianas entre a população, organizada ou não, e destas com
os poderes públicos constituídos.
Realizadas as primeiras atividades de capacitação e também a observação do desempenho das equipes
durante as Oficinas Propositivas promoveu-se alterações no roteiro metodológico da capacitação,
adequando-o à diversidade do público participante. As mudanças impactaram especialmente no
tempo de duração da atividade. Inicialmente prevista para ser realizada em quatro horas, optou-
se por ampliar a duração para seis horas, garantindo assim melhores possibilidades de preparar as
equipes para a condução das Oficinas Participativas e o apoio aos participantes nos trabalhos em
grupos.

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Guia Metodológico dos processos participativos
A participação como método de governo e sua dimensão formativa.

3. Plataforma eletrônica

A alimentação da plataforma eletrônica de comunicação (gestãourbana.sp.gov.br) foi fundamental


para garantir a transparência do processo participativo e o envolvimento da sociedade em geral nos
processos de revisão. SMDU se esforçou para publicizar logo na semana seguinte de cada evento
presencial as apresentações realizadas em cada atividade, lista de presença, fotos e quadro com todas
as propostas recepcionadas digitadas.
Além disso, a Minuta Participativa foi disponibilizada para recepção on line de propostas, com
entradas para comentários e novas proposições, a cada parágrafo. A cada entrada na plataforma, era
possível a visualização de todas as contribuições com respectiva identificação nominal do proponente.
Durante a revisão do Plano Diretor, também foi testado o primeiro Mapa Colaborativo, onde o
munícipe poderia indicar no mapa observações e ainda anexar fotos que exemplificassem problemas
a serem enfrentados pelo PDE. O Mapa Colaborativo foi posteriormente reativado, num formato mais
simples, para indicação de imóveis para aplicação da função social da propriedade. A experiência da
plataforma eletrônica compõe um conjunto de iniciativas do Governo Aberto, programa implantado no
conjunto das secretarias da PMSP e coordenado pela Secretaria Municipal de Relações Internacionais
e Federativas.

4. Diálogos Sociais

Os Diálogos Sociais também foram utilizados por SMDU, tanto na revisão do PDE, quanto no
Zoneamento e na elaboração dos PRS. Trata-se de momento estruturado para um publico específico,
seja por demanda de formulada por coletivos sociais ou entidades de representação de segmentos,
seja por iniciativa da própria secretaria, por entender a necessidade de aprofundar determinados
aspectos das leis em discussão.
Foram organizados Diálogos Sociais com o segmento dos empresários, movimentos populares,
ONGs e entidades acadêmicas e de categorias profissionais, em diversas etapas da revisão do marco
regulatório, porém intensamente durante a revisão do Plano Diretor, justamente pelo entendimento
de que o grau de abrangência da lei e a relevância dos seus dispositivos para as leis que a sucederiam
na revisão programada do marco regulatório, bem como para todos os projetos urbanos desenvolvidos
a partir de sua aprovação - como as Operações Urbanas Consorciadas, PIUs, AIUs, - exigiam um
exercício intenso de diálogo para construção de pactos.
Destaca-se a importância de publicizar data, horário e local dessa atividade - e modo a que possa
eventualmente ser acompanhada por outros interessados – e ou garantir o registro das principais
questões discutidas e da lista de presença, dando transparência também para esse procedimento
de consulta, ainda que ele se caracterize por não seguir a formalidade dos demais eventos ou uma
método padrão de organização. Em relação à revisão do marco, essa atividade se configurou da
seguinte forma:
1. Organização dos presentes em torno de uma mesa (quando não foi possível, representantes
de cada entidade presente compuseram a mesa de abertura do diálogo);
2. Rodada de fala de todos; e novas rodadas, de acordo com o numero de presentes.
3. Síntese do encaminhamento acordado (quando houver) ou do conteúdo geral das falas e
informe quanto as próximas etapas.

5. Conferencias da Cidade

As Conferencias da Cidade são realizadas no contexto do Sistema Nacional, precedendo as etapas


de Conferencias Estaduais e a Conferencia Nacional das Cidades, em períodos e com temática
previamente definidas pelo ConCidades - Conselho Nacional das Cidades. No período de 2013-2016
realizamos duas Conferencias da Cidade, e cada uma delas associou a discussão do desenvolvimento
urbano no município com a temática nacional.
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Guia Metodológico dos processos participativos
A participação como método de governo e sua dimensão formativa.

A 6a Conferencia da Cidade de São Paulo ocorreu em junho de 2013. O Plano Diretor foi tema da
politica municipal no Texto Base e orientou as discussões em todas as salas temáticas. Foi uma
Conferencia com números gigantescos de participação (9... participantes), o que levou a Comissão
Preparatória a redimencionar o formato da Conferencia seguinte.
A 7.a Conferência da Cidade, ocorrida nos dias 1,2 e 3 de julho de 2016, teve uma meta ambiciosa:
ao realizar 32 Conferencias Regionais, a intenção foi permitir uma ainda maior participação de
munícipes e coletivos na discussão da Função Social da Cidade e da Propriedade - temática nacional
- e ao mesmo tempo aprofundar a discussão de cada um dos Planos Regionais das Subprefeituras.
Entretanto, a Comissão Preparatória da Conferencia avaliou que, em relação a temática municipal, as
Conferencias Regionais deveriam se ater a apontar os desafios territoriais a serem enfrentados pelos
Planos Regionais e o esforço de desenho dos Planos deveria ser delegado aos Conselho Participativos
das Subprefeituras, reforçando dessa forma o papel que lhes foi definido no novo Plano Diretor
Estratégico.
Ambas Conferencias, entretanto, conseguiram de fato conjugar a pauta municipal e a pauta nacional,
o que não teria ocorrido sem a preocupação substantiva com o encadeamento dos processos
participativos e com a combinação dos conteúdos. Novamente, tendo como parâmetro a participação
como método de governo, foi possível construir pontes entre os dois processos participativos, um
vinculado ao Sistema Nacional e outro que se referenciava unicamente aos prazos de revisão definidos
no nível municipal.
Outra preocupação que direcionou a realização das 32 Conferencias Regionais dizia respeito a
aproximar da temática nacional todos os munícipes que indicariam seus representantes regionais
para a Conferência Municipal; ao mesmo tempo, permitir que a diversidade regional pudesse estar
representada naquele evento municipal. De fato, as inquietações apresentadas nas Conferências
Regionais - a questão de gênero nas politicas urbanas, a importância da articulação de políticas
municipais com políticas metropolitanas, as novas demandas trazidas por refugiados e novos
migrantes, entre outras - apontaram os subtemas que deveriam ser aprofundados em cada uma
das Mesas de Debate e das Rodas de Conversas da 7.a Conferencia Municipal. Os conselheiros
participativos estiveram presentes nas Conferencias Regionais e na Conferencia Municipal, de tal
modo que puderam também aproveitar o conteúdo e os debates desses encontros para qualificar sua
participação na elaboração dos planos regionais das subprefeituras.
Em relação à estrutura da 7.a Conferencia, além da realização das Conferencias Regionais como etapa
preparatória, foram incorporadas outras duas inovações. Em primeiro lugar, as Mesas de Debate
nas quais, de um lado, um representante do poder publico apresentou um balanço dos avanços
relacionados ao tema já incorporados nas politicas municipais e, em contraponto, um debatedor
convidado apontou os limites dessas iniciativas e os desafios ainda a serem enfrentados. Esse formato
permitiu enriquecer o debate em torno das propostas contidas no Texto Base. Em segundo lugar, as
Rodas de Conversa, organizadas de forma autônoma e autogerida pelos participantes da Conferencia
e seus convidados. Mesas de Debate e Rodas de Conversa inscreveram a Conferencia Municipal
da Cidade como um importante processo formativo de cidadãos e coletivos, no debate da politica
urbana.
Não havia documentação organizada nos arquivos da PMSP afetas às Conferencias anteriores. Para
tornar o processo transparente, foi criado um link para acesso a todas as informações na plataforma
eletrônica gestãourbana.com e também abertos dois processos administrativos (PA n.o X e XX), com
o registro de toda a organização da 6.a e 7.a Conferencias da Cidade de São Paulo, de tal modo que
poderão ser futuramente consultados e servirão como subsídio para a construção de novos eventos.
Sinteticamente, seguem as etapas de organização das 6ª e 7ª Conferencias da Cidade de São Paulo:
1. Preparação e publicação de decreto do Prefeito convocando a Conferencia, com definição
da secretaria que organiza e coordena a Comissão Preparatória, bem como o prazo para composição
da mesma.
2. Composição da Comissão Preparatória e das subcomissões, com cronograma de reuniões,
pautas e produtos.
3. Definição de data e local da Conferencia e dos eventos que a precedem, quando for o caso.

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A participação como método de governo e sua dimensão formativa.

Principais produtos da Comissão Preparatória:


1. Elaboração e publicização do Regulamento do processo de preparação da Conferencia
Municipal, com objetivos e produtos de cada evento que a preceder;
2. Elaboração do Regimento Interno da Conferencia a ser aprovado pelos participantes no 1.o
dia o evento;
3. Elaboração do Texto Base dos eventos, com divulgação previa à realização dos mesmos;
4. Planejamento da estrutura dos eventos que precedem e da própria Conferencia Municipal –
horários, mesas e temas, convidados externos, infraestrutura.

No papel de coordenação da preparação das Conferencias Regionais e Conferencia Municipal,


SMDU ofereceu à Comissão Preparatória para cada produto a ser elaborado uma pré-proposta para
discussão, alteração e aprovação. Esse método foi fundamental para objetivar as reuniões e otimizar
o tempo de dedicação dos membros da Comissão na organização da Conferencia.

6. Audiências Públicas e Devolutivas

No contexto da revisão do marco regulatório da politica urbana, as Audiências Públicas foram


operadas como mecanismo de participação complementar aos demais, pois havia uma avaliação de
que o formato dessa atividade imprimia um limite significativo ao dialogo entre poder publico e
sociedade, além de dificultar a identificação de proposições contraditórias ou em disputa, no interior
mesmo da sociedade.
As Audiências foram realizadas na etapa de devolutiva, ou seja, depois da etapa de construção de
propostas e sistematização por parte do poder publico. As devolutivas foram primordiais à atividade
participativa e, juntamente com a divulgação das contribuições e sistematização, inauguraram uma
prática em que o poder publico deve explicitar os critérios utilizados para incorporar ou não as
sugestões oferecidas pela sociedade.
As audiências publicas seguiram o rito convencional, sendo garantida:
• Convocação em Diário Oficial, no site gestãourbana.com e no site da PMSP, 10 dias antes da
realização.
• Disponibilização no site de material de subsidio para discussão, na data da convocação.
• No dia do evento: Gravação da audiência (com transmissão ao vivo); apresentação da nova
versão produzida a partir do processo participativo, destacando as contribuições incorporadas;
abertura para falas; comentários da mesa; finalização com a informação dos próximos passos do
processo participativo.
• Produção de ata e divulgação em até 20 dias da realização, juntamente com lista de presença
e outros registros (fotos, vídeo).
Para organização das falas na audiência, na maioria dos encontros foi utilizado o critério de ordem
de inscrição, até um limite de falas pactuado no inicio da atividade. Os interessados recebiam dos
funcionários que apoiavam o evento, uma filipeta de identificação com nome e entidade ou local de
moradia, caso o munícipe não fosse vinculado a nenhuma organização. Quando da Revisão da Lei de
Parcelamento Uso e Ocupação do Solo, como havia um numero muito grande de inscritos e entidades,
optou-se por organizar as inscrições por blocos de organizações (ONGs, entidades empresariais,
universidades, associações de moradia, associações de bairro, etc) e no caso dos inscritos sem
vinculação a uma entidade, por blocos de bairros/território, alternando os inscritos de acordo com
os blocos, de tal sorte que todas as entidades inscritas e ao menos alguns moradores de um mesmo
bairro/território pudessem fazer uso da fala.
Importante destacar que as audiências tiveram um caráter de devolutiva, apresentando o produto
síntese de todo o conjunto de mecanismos participativos presenciais e eletrônicos, porém admitiu a
possibilidade de recepcionar ajustes e correções propostas pela sociedade durante a própria atividade,
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A participação como método de governo e sua dimensão formativa.

tanto através das falas quanto nos formulários específicos entregues na recepção do evento, o que
representou mais uma possibilidade de registro de proposições para aqueles que não quisessem ou
não pudessem fazer uso da fala durante o evento.

7. Método para Sistematização das Contribuições

Como atividade pioneira, a organização de um método para analise das proposições oferecidas
pela sociedade foi sendo projetado ao longo do processo de construção da própria metodologia
participativa de revisão do Plano Diretor de São Paulo.
O processo de revisão participativa do Plano Diretor Estratégico (PDE) partiu da análise da aplicação
do PDE de 2002. Essa avaliação concluiu que alguns desafios relacionados ao desenvolvimento da
cidade, postos desde a elaboração daquele Plano, ainda estavam presentes e exigiam novas proposições
do poder público – e portanto aprimoramento do marco legal - no sentido de equacioná-los. Esses
desafios foram traduzidos em 12 objetivos, que fundamentam a revisão participativa de todo o marco
regulatório da política urbana, a começar pelo próprio PDE.
Os objetivos foram inicialmente propostos para organizar as discussões e a construção de propostas
pela sociedade, tanto nas atividades presenciais, especialmente nas oficinas de construção coletiva,
como para coleta de sugestões via plataforma eletrônica (http://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/).
Conforme previam as regras do processo, quando registrada no instrumental impresso mais de uma
proposta, para efeito de sistematização só seria computada a primeira delas.
A primeira camada do processo de sistematização foi a classificação das propostas, em pertinentes e
não pertinentes ao PDE.
As propostas não pertinentes foram direcionadas às politicas setoriais correspondentes ou registradas
para retomada quando da Revisão da Lei de Parcelamento Uso e Ocupação do Solo ou dos Planos
Regionais.
As pertinentes receberam então uma segunda classificação, dentro de uma matriz de grandes eixos
de discussão e, dentro de cada eixo, classificadas em “nuvens”, a partir das palavras-chaves ( palavras
mais recorrentes). Foram considerados eixos de discussão:
• Diretrizes e Objetivos;
• Instrumentos Urbanísticos;
• Investimentos Prioritários;
• Gestão, participação e controle social.

No eixo Diretrizes e Objetivos, foram muito recorrentes as seguintes palavras-chaves


• Geração de emprego nas áreas periféricas / emprego
• Comércio informal
• Grandes projetos
• Reconhecimento da desindustrialização e acolhimento de novas formas produtivas
• Proximidade da Habitação e os corredores de ônibus
• Proximidade a Equipamentos Urbanos e Sociais e corredores de ônibus

No eixo Instrumentos Urbanísticos


• Incentivos à instalação de indústrias, médias e pequenas empresas,
• Instrumentos de controle do impacto urbanístico e ambiental.
• Parâmetros urbanísticos - impactos da verticalização
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A participação como método de governo e sua dimensão formativa.

• Vagas de garagem
• Controle (do uso e ocupação do solo)
• Uso do solo;
Uso misto
Parâmetros urbanísticos para áreas próximas às rodovias e avenidas
Usos não residenciais em zonas exclusivamente residenciais,
Usos não residenciais em ZEIS.
Permissão de atividades de baixo impacto
Revisão do modelo de permissão de uso atrelado à categoria de via
•Zoneamento
Novas centralidades
ZEIS, HIS e HMP
Manutenção de áreas industriais existentes
Áreas industriais
• Zonas Especiais de Preservação Cultural (ZEPEC)
Pólos Culturais
Transferência de Potencial Construtivo de bem tombado
• Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) Progressivo no Tempo
• Regularização fundiária

No eixo Investimentos Prioritários


• Mobilidade e Transporte
Mobilidade
Sistema Viário Estrutural
Proximidade aos eixos de transportes
Plano Municipal de Mobilidade Urbana e Sistema de Transporte Coletivo
Corredores de Ônibus, Trem e Metrô,
Transporte Não Motorizado
Sistema Cicloviário
• Proteção Ambiental
Reciclagem e resíduos sólidos:
Áreas verdes
Pagamento pelos serviços ambientais”,
Proteger e recuperar o patrimônio ambiental
Parques lineares, “caminhos verdes” e parques.
Recuperação e conservação de rios, córregos e nascentes
• FUNDURB
Plano Municipal de redução de riscos
Soluções dos problemas em áreas de risco
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Usos para áreas de risco


Obras de infraestrutura urbana/ intervenção em áreas de risco
Fiscalização
• Política Setorial de Habitação
Urbanização de favelas
Regularização fundiária
• Outras políticas específicas
Esporte e lazer
Manutenção de calçadas

Gestão, participação e controle social.


• Gestão Democrática gestão participativa,
• Demanda por processos formativos para o cidadão
• Conselhos de Representantes
• Sistema de Informações,
• Papel das subprefeituras
• Orçamento Participativo
• Planos de Bairro

Semanalmente, as propostas eram encaminhas aos 04 Grupos de Trabalho Intersecretariais (GT


Macrozoneamento, GT Habitação, GT Meio ambiente e GT Mobilidade). Os estudos produzidos por
cada grupo, compatibilizados com as propostas, formavam a matéria sobre a qual um quinto grupo,
composto por técnicos da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (SMDU), apoiados por
técnicos das secretarias de meio ambiente, transporte e habitação, elaboraram a primeira minuta do
PL.
A Figura a seguir demonstra o fluxo do processo de sistematização organizado para a analise das
propostas recepcionadas durante as atividades participativas presenciais e na plataforma do
gestãourbana.sp.gov.br.

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Guia Metodológico dos processos participativos
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Convém registrar que a única regra que previa exclusão da proposta relacionava-se a existência de
mensagem ofensiva no corpo da proposta.
Na etapa seguinte, de apresentação de contribuições dentro da Minuta Participativa, onde os
munícipes poderiam contribuir apontando suas contribuições diretamente nos títulos e respectivos
artigos do texto de lei, a classificação das contribuições já se dava no momento de input das mesmas
e relacionadas necessariamente aos títulos, capítulos e parágrafos da lei, gerando relatórios sintéticos
em excel (onde constavam as propostas recepcionadas nas audiências e na plataforma eletrônica)
e analisados diretamente pelos grupos de trabalho e grupo de técnicos de SMDU responsáveis pela
redação final do PL.
Na revisão da Lei de Uso e Ocupação do Solo, o processo de sistematização exigira mais precisão no
registro das contribuições, uma vez que parte do objeto da revisão gerava representação das propostas
em mapas georreferenciados. Assim, também foi construído um agrupamento de propostas, porém
com recorte direto no território.
SMDU contratou o Consórcio Diagonal – JW para apoiar todo o processo participativo, inclusive
para a composição do banco de dados e analise preliminar das proposições advindas do processo
participativo (Sistema Banco de Dados transacional - Sistema BD).
O procedimento de classificação das propostas utilizou um conjunto de critérios definidos
previamente pela SMDU. Tais critérios permitiram a elaboração de um formulário no Sistema BD
e assim, a padronização do processo de classificação de todas as contribuições. Como método, a
sistematização compreendeu o registro, a classificação, a espacialização e a análise de cada proposta,
o que pressupunha a realização das tarefas de digitação e revisão de texto ( no caso das propostas
advindas dos processo presenciais) , conferência, definição de divisão de propostas, classificação das
subpropostas, espacialização e análise, elaboração de comentário urbanístico, produção de subsídios
cartográficos e, consequentemente, tabulação da classificação e análise dos dados. A figura a seguir
detalha o fluxo de sistematização.

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Fluxo de registro, classificação e análise de propostas das oficinas e audiências

Fonte: REGISTRO DO PROCESSO PARTICIPATIVO Revisão da Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo da cidade de São Paulo. Prefeitura
Municipal de São Paulo Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano Agosto / 2015)

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No caso das propostas registradas em formulário eletrônico, exceto a digitação, revisão de texto e
conferência (da proposta digitada com o original impresso), o processo de sistematização seguiu o
mesmo fluxo descrito acima.
Uma parte do processo de sistematização (lista de proposta e autores associada a um mapa com o
registro da localização das propostas) foi divulgada na semana seguinte da realização das Oficinas
Participativas Territoriais. As propostas recepcionadas via plataforma eletrônica eram visualizadas
logo depois de verificada a existência de palavras ofensivas, único critério que impedia a aceitação
da contribuição. O material restante, produto da sistematização, foi entregue as equipes de SMDU/
DEUSO para análise e composição da 1.a versão da minuta do PL.
Para permitir o rastreamento das propostas das oficinas, as mesmas foram codificadas, na sequência
digitadas no formulário do banco de dados e vinculadas aos seus respectivos autores.
Um processo similar ocorria com o material produzido pela internet: todas as propostas eram
codificadas e transferidas diretamente para a tabela do banco de dados. Na etapa Minuta a publicação
das contribuições elaboradas via internet era feita diretamente na página da Minuta, no site
gestaourbana. Ressalta-se que nos dois casos, todas as propostas eram publicadas conforme redigidas
originalmente, contando apenas com uma breve revisão do texto (gramática e ortografia).
A revisão do texto original das propostas identificou que, em alguns casos, os munícipes registravam
mais de uma proposta em um mesmo texto/instrumental. Com o objetivo de garantir precisão ao
trabalho, o texto original foi revisado e, quando necessário, deu origem a duas ou mais propostas.
Para a divisão do texto foram utilizados dois critérios: indicação de mais de uma ideia ou de mais de
uma zona de destino.
Ainda na etapa de registro, as propostas eram geocodificadas, objetivando dar agilidade no tratamento
das informações para serem publicadas no site gestaourbana
A geocodificação, ou geocoding, consiste no processo de obtenção de coordenadas geográficas
(latitude e longitude) a partir de outros dados geográficos. Trata-se de uma das funcionalidades das
ferramentas ArcGIS ou somente GIS. No caso dos endereços e dos locais de referência (como bairros,
parques, entre outros) essa identificação foi realizada no Sistema BD durante a fase de revisão das
propostas, momento no qual os endereços eram vinculados às propostas por meio de app do Google
Maps, que automaticamente disponibilizava as coordenadas geográficas do local inserido.

Tela para inserção de ruas, Google Maps, Sistema BD

Fonte: REGISTRO DO PROCESSO PARTICIPATIVO Revisão da Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo da cidade de São Paulo. Prefeitura
Municipal de São Paulo Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano Agosto / 2015)

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A participação como método de governo e sua dimensão formativa.

Outra informação utilizada para indicação dos locais das propostas foram os quadrantes dos mapas
do zoneamento disponibilizados pela SMDU. Neste caso, a geocodificação ocorreu a partir das
coordenadas geográficas obtidas a partir do centroide de cada quadrante.
Como resultado deste processo, era gerado um arquivo tabular contendo o conjunto de coordenadas
relacionadas às propostas por meio de um indexador comum (denominado CHAVE_GEO). Este arquivo
era, então, trabalhado em um ambiente GIS, sendo gerado um mapa onde cada ponto representava a
localização territorial de cada proposta. A possibilidade de indicação de mais de um local para uma
mesma proposta demandou a extração de um ponto central, com vistas a permitir que cada proposta
pudesse ser representada por apenas um ponto, conforme demonstrado na Figura 86. Destaca-se que,
no caso de propostas em que não foi indicada nenhuma referência territorial, utilizou-se o centroide
da Subprefeitura ou do município, a depender da origem da proposta.

Processo de geocodificação das propostas

Fonte: REGISTRO DO PROCESSO PARTICIPATIVO Revisão da Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo da cidade de São Paulo. Prefeitura
Municipal de São Paulo Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano Agosto / 2015)

Ainda em ambiente GIS, ao ponto central de cada proposta foram associadas as demais informações
do registro como: origem, descrição, autores etc. O resultado final do processo de geocodificação das
propostas foi representado em mapa, disponibilizado em formatos shapefile, KMZ (para visualização
no Google Earth) e PDF, conforme observado na Figura 87 e na Figura 88.

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Mapa com propostas geocodificadas, audiência pública de 14 jan. 2015

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APPC/SMDU
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Visualização de proposta geocodificada a partir de consulta no Google Earth

Fonte: REGISTRO DO PROCESSO PARTICIPATIVO Revisão da Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo da cidade de São Paulo. Prefeitura
Municipal de São Paulo Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano Agosto / 2015)

Classificação das propostas

Construído de forma conjunta entre os técnicos da SMDU e do Consórcio Diagonal – JW, o procedimento
de classificação das propostas obedeceu a métodos distintos para as etapas Pré-Minuta e Minuta.
Enquanto na etapa Pré-Minuta a classificação das propostas ocorreu exclusivamente a partir da
leitura e interpretação das propostas pelos técnicos envolvidos, na etapa Minuta o formato de input
das propostas permitiu uma primeira organização das contribuições, posteriormente validada ou
reenquadrada pelos técnicos, quando fosse o caso, a partir da interpretação da contribuição redigida
pelo(s) munícipe(s).
No caso das propostas recebidas na etapa Pré-Minuta, a classificação obedeceu a estrutura
demostrada na figura a seguir. Essa categorização permitiu, além da estruturação do Sistema BD,
leituras quantitativas sobre os temas gerais e específicos das propostas recebidas.

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A participação como método de governo e sua dimensão formativa.

Fonte: Fonte: REGISTRO DO PROCESSO PARTICIPATIVO Revisão da Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo da cidade de São Paulo.
Prefeitura Municipal de São Paulo Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano Agosto / 2015)

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A participação como método de governo e sua dimensão formativa.

Na etapa seguinte, da Minuta Participativa, na qual a população pode contribuir na proposta de texto
da Lei, apontando suas contribuições diretamente nos títulos e respectivos artigos – que incluía em
sua estrutura o conjunto de mapas do zoneamento das 32 Subprefeituras da cidade de São Paulo –
configurou-se a possibilidade de uma pré-classificação das contribuições já no momento de input das
mesmas.
Essa pré-classificação foi estruturada a partir da vinculação de uma classificação para cada
parágrafo da Minuta, para os quais também foram associados seu tema específico, seu respectivo
encaminhamento e sua relação com os quadros que compõem a Lei. Essa estrutura foi indexada ao
Sistema BD, possibilitando a automatização do processo de pré-classificação das contribuições.
Na sequência, as propostas eram analisadas e, se necessário, reenquadradas em outro parágrafo com
vistas a garantir precisão à classificação das contribuições. Parte da estrutura de classificação da
etapa Pré-Minuta foi incorporada à análise das contribuições da etapa Minuta, especificamente o
primeiro nível da classificação – relativa à pertinência – e o nível 2 – este apenas para as propostas do
tipo “mapa” (propostas que, por se referirem a uma localidade específica, indicavam a produção de
um mapa).
Diferentemente do processo de geocodificação, que objetivou agilidade no tratamento das
informações para a divulgação ao público das contribuições recebidas, o processo de vetorização das
propostas respondeu a uma fase posterior, referente à avaliação das propostas pela SMDU. Portanto,
era imprescindível que uma maior precisão, tanto na localização quanto na abrangência territorial da
proposta, estivesse à disposição dos técnicos da Secretaria. O detalhamento do método para vetorização
e analise esta registrado no produto elaborado pelo Consorcio Diagonal JW, sob orientação de SMDU/
DEUSO e pode ser consultado na biblioteca do setor e no processo administrativo do contrato.

8. Desafios

Ainda restam muitos desafios a serem enfrentados na estruturação dos processos participativos.
Resumidamente, poderíamos relacionar alguns cruciais para consolidar os avanços, corrigir e
aprimorar o que foi até aqui conquistado em forte aproximação e diálogo entre os cidadãos, coletivos
e poder público.
Em primeiro lugar, para que os processos participativos se tornem efetivamente formativos, há que
se garantir o continuo investimento na capacitação técnica e na mudança na linguagem tecnicista
ainda muito presente nas publicações e na forma de comunicação do poder publico, de tal modo
a conseguirmos de fato traduzir conhecimentos especializados em “vida real”, ou seja, conseguir
associar regramentos, diretrizes e objetivas da política publica com as conseqüências para nosso
cotidiano; traduzir mapas e projeções em linguagem acessível a todos os que não dominam esses
instrumentos.
Precisamos aprofundar o que foi iniciado durante a revisão do marco regulatorios: dinâmicas
participativas em que as pessoas não se intimidem com o linguajar técnico (por vezes hermético)
mas, ao contrário, sintam-se a vontade para perguntar, tirar suas dúvidas, questionar.
Poderíamos acrescentar a esse aspecto formativo da participação, também o exercício democrático
da escuta do outro, do respeito ao tempo de fala acordado, da disputa dentro dos acordos firmados,
aspectos esses que também tendem a se consolidar quanto mais exercícios de participação sejam
partilhados por cidadãos e coletivos. Em outras palavras, quanto mais exercícios democráticos, mais
espaços de acesso a informação - e sua constante alimentação - menor a possibilidade de retroceder
para um tipo de participação instrumental ou utilitária. É um processo cumulativo de engajamento e
ampliação dos procedimentos democráticos de consulta que podem impedir esse retrocesso.
Nesse mesmo sentido, é também desafio permanente tornar a participação um mecanismo de troca
de conhecimentos, de saberes com qualificações diferentes, por vezes advindo de estudos ou tempo
de trabalho sobre determinado assunto, às vezes advindo apenas da vivência cotidiana.
Outro desafio que deve ser enfrentado é a avaliação da legitimidade do processo participativo em
uma cidade com as dimensões territorial e populacional como São Paulo. O parâmetro que temos
adotado é qualitativo: o da participação dos segmentos sociais, conforme define a estrutura nacional
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de participação no Ministério das Cidades, ou seja, empresários, trabalhadores, entidades acadêmicas


e categorias profissionais, organizações não governamentais, poder publico e movimentos sociais,
segmentos estes que historicamente estão ativamente envolvidos com as pautas do desenvolvimento
urbano. O que confere legitimidade ao processo participativo é o envolvimento de atores coletivos
qualificados e pertencentes a esses segmentos, e não a quantidade de pessoas envolvidas, ainda
que a ampliação quantitativa da participação e envolvimento dos cidadãos mesmo não vinculados a
coletivos, também tenha sido perseguida e torna-se hoje possível com a incorporação das plataformas
eletrônicas de interação.
Mesmo envolvendo cidadãos não vinculados a coletivos, é importante lembrar que quando o mesmo
se empenha na discussão sobre o marco regulatório da política urbana, naquele momento ele é
incentivado a refletir de maneira menos individual pois os temas tratados impactam na construção
da cidade e portanto vão além do universo da vida de um indivíduo ou um grupo considerado
isoladamente. Esse é mais um desafio permanente para qualquer processo participativo: promover
dinâmicas que permitam a indivíduos e coletivos perceberem o conjunto da cidade e o impacto das
suas reivindicações para a qualidade de vida de todos e, ao mesmo tempo, compreenderem que o
planejamento do desenvolvimento urbano envolve regras, incentivos e ações que somente articuladas
permitirão construir a cidade que queremos.
Há necessidade ainda de melhorar os indicadores que permitam avaliar a qualidade do processo
participativo: concluída a discussão sobre o Plano Diretor, foi perceptível a mudança na postura de
determinados coletivos que não apoiavam as estratégias adotadas ( construção coletiva de propostas,
composição de diferentes atividades e não apenas audiências, forma de coleta de propostas por
meio eletrônico e formato do instrumental para registro presencial de propostas, etc) e que, frente
a determinadas evidências no transcorrer da revisão (respeito às regras pactuadas, publicização de
resultados, devolutiva qualificada com os critérios de incorporação ou não das propostas) passaram
a declarar apoio e defender os mecanismos participativos adotados, inclusive controlando para que a
etapa seguinte - revisão da LPUOS - seguisse o mesmo padrão.
Outro indicador da qualidade do processo de revisão participativa, foi a recusa de apoio do CMPU à
ação levada a cabo por uma Organização Não Governamental junto ao MP, solicitando a suspensão da
revisão e alegando para tal a não efetivação do procedimento participativo. Essa recusa foi inclusive
acompanhada da solicitação formal - registrada em ata, e reiterada por representantes de todos os
segmentos que compunham à época aquele Conselho - no sentido de que a referida ONG desistisse
daquela ação civil.
Atitudes como essa demonstram que esses coletivos assimilaram os procedimentos e atividades
como democraticamente adequadas e esse talvez seja um indicador da positividade do processo
participativo adotado. Porém, há que se estabelecer critérios e formatos mais perenes de avaliação
qualitativa dos processos participativos, que permitam o constante aprimoramento de cada um dos
mecanismos e estratégias de participação popular nas decisões de políticas públicas.

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Referências Complementares

1. Cadernos da Revisão Participativa dos Instrumentos de Planejamento e


Gestão Urbana (volumes de 01 a 06). PMSP/SMDU, 2013. Disponível em www.
gestaourbana.sp.gov.br

2. Revisão Participativa da Lei de Uso e Ocupação do Solo. Produto elaborado


pelo Consorcio Diagonal JW. PMSP/SMDU, 2014. (Biblioteca e arquivos SMDU/
DEUSO)

3. Processo Participativo de Revisão do Marco Regulatório”. (publicação 2016)

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Anexos

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ANEXO 1 - Guia Metodológico da Revisão Participativa dos instrumentos de


Planejamento Urbano e Gestão da Cidade.

A revisão dos instrumentos de planejamento urbano e de gestão da cidade iniciou-se em janeiro de


2013 e deverá se estender até o final de 2015. Estes instrumentos definem um conjunto de princípios
e regras orientadoras da ação de agentes públicos e privados que constroem e utilizam o espaço
urbano. Para que a revisão destes instrumentos seja de fato participativa, com o compartilhamento
das avaliações sobre a aplicação desses dispositivos legais e a pactuação dos ajustes e alterações
necessárias, será fundamental o envolvimento consciente e ativo de todos os segmentos da sociedade:
movimentos sociais, trabalhadores, empresários, organizações não governamentais, universidades,
associações profissionais e poder publico.
O processo está sendo conduzido pelo Poder Executivo e a coordenação dos trabalhos está sob
responsabilidade da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano/ SMDU, que aciona as demais
secretarias municipais para realização do levantamento de dados, informações, composição das
avaliações preliminares, realização das atividades participativas, sistematização das contribuições e
preparação das minutas dos Projetos de Lei, a serem encaminhados à Câmara Municipal.
A revisão participativa do marco regulatório do desenvolvimento urbano esta prevista para ocorrer
em três grandes etapas: a primeira, que teve como foco a lei 13.430 / Lei do Plano Diretor Estratégico,
ocorreu de fevereiro a setembro de 2013; a segunda etapa avaliará a Lei de Parcelamento, Uso e
Ocupação do Solo e teve inicio com a aprovação do novo Plano Diretor Estratégico ( Lei 16 050/14) e
será seguida pela revisão dos Planos Regionais Estratégicos e Planos de Bairro – terceira etapa.
Este GUIA METODOLÓGICO registra as estratégias utilizadas pela SMDU para Revisão Participativa
da Lei de Parcelamento Uso e Ocupação do Solo (Lei 13.885/04), e divide-se em três conjuntos de
ações:

1. Preparação do processo participativo;


2. Execução das atividades de discussão e recepção de propostas, com a sistematização e devolutivas
parciais;
3. Consolidação da minuta.
Diretrizes gerais da revisão participativa
1. Inovar o formato das atividades participativas prevendo oficinas, diálogos sociais, além do formato
tradicional de audiências publicas.
2. Garantir divulgação previa de material a ser discutido nas atividades participativas
3. Discutir a revisão da lei atual, a partir de uma pré-proposta elaborada pela Prefeitura.
4. Garantir a ampla divulgação de todas as propostas apresentadas pela sociedade.
5. Garantir devolutivas parciais concomitantes às atividades e uma devolutiva geral que permita à
sociedade compreender quais as propostas absorvidas e quais as não incorporadas, bem como o
motivo da não incorporação.

Preparação do processo participativo

Diretrizes da Etapa de Preparação:


1. Envolver subprefeituras e secretarias nos estudos de avaliação da aplicação da lei atual e adequação
ao novo PDE.
2. Envolver subprefeituras e secretarias na definição da estruturação da metodologia participativa e
na organização dos eventos.
3. Mobilizar os diversos segmentos sociais para participar do processo de revisão.

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4. Elaborar materiais que permitam a compreensão do conteúdo tratado pela lei e proposta de revisão
da prefeitura, em formatos e diferentes graus de profundidade, possibilitando atingir públicos com
diversos níveis de conhecimento sobre o tema.
5. Divulgar as propostas de revisão desenhadas pela Prefeitura, com antecedência mínima de 10 dias
da 1ª atividade participativa.
6. Capacitar rede de colaboradores/ mediadores das atividades participativas, a partir de Curso de
Capacitação de Mediadores e Apoiadores, validado para pontuação do funcionário publico. .

Em dezembro de 2013, SMDU realizou encontro com os Coordenadores de Politica Urbana e reunião
com todos os subprefeitos – no gabinete da Coordenação das Subprefeituras - de modo a envolvê-los
desde o início em todas as etapas da revisão. Na continuidade desse encontro, constituiu em abril de
2014 dois Grupos de Trabalho Intersecretariais, para realizar estudos e analise da lei atual e preparar
o processo participativo.
• GT Conteúdos: coordenado por DEUSO, conta com representantes de todas as 32 subprefeituras
e das seguintes secretarias municipais:...É responsável pela avaliação da lei atual, proposição de
ajustes e alterações; desenho do zoneamento no território.
• GT Participação: coordenado pela APPC, conta com representantes de todas as subprefeituras e das
secretarias de Cultura, Habitação, CET, Direitos Humanos. É responsável por definir a metodologia da
participação e as regras para recepção de propostas, além de organizar toda a estrutura administrativa
dos eventos.
Nessa etapa o Conselho Municipal de Politica Urbana acompanhará a revisão em discussões
específicas pautadas nas reuniões ordinárias e extraordinárias. Além disso, foram formadas duas
Comissões Internas – Comissão Conteúdo e Comissão Processo Participativo, das quais participam
conselheiros e técnicos indicados pelos segmentos. Essas comissões se reúnem periodicamente para
discutir os assuntos específicos relacionados aos conteúdos em revisão e metodologia participativa.
A etapa de preparação engloba também os processos de Mobilização dos Segmentos Sociais,
atividade pactuada com as subprefeituras. Trata-se de aproveitar espaços já existentes de diálogo das
subprefeituras com o público regional para informa-los do cronograma e metodologia da recepção de
propostas. Cada subprefeitura levantou os fóruns locais e segmentos sociais envolvidos e apresentou
um Plano de Mobilização, que pressupunha, no mínimo, pautar a revisão da LPUOS junto aos
Conselhos Participativos. As subprefeituras enviarão relatório e ata de todos os eventos realizados.
Na etapa preparatória, serão realizados processos de capacitação de mediadores e apoiadores
das atividades participativas regionais. Serão duas etapas de capacitação: a primeira refere-se
à socialização de entendimento mínimo de todos os responsáveis pela condução ou pelo apoio às
atividades participativas, em relação ao objeto da revisão , ou seja, o que é o zoneamento, o que
pretende-se com a revisão da lei, o que significa realizar a revisão de forma participativa. Na segunda
fase, os moderadores das atividades serão capacitados para a condução das oficinas participativas;
e os apoiadores, para realizar as tarefas de infraestrutura necessárias para o bom desempenho do
evento.

A) Atividades realizadas nessa etapa


1. Reuniões nos GTs e na Comissão Interna do CMPU.
2. Apoio eventual a atividades de mobilização organizadas pelas subs
3. Capacitação da rede de colaboradores - mediadores e apoiadores
4. Preparação de Caderno Síntese da proposta de revisão da LPUOS em linguagem adequada ao
publico das oficinas.

B) Recursos materiais e de pessoal, necessários para essa etapa


Mobilização dos Segmentos Sociais
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1. Plano de Mobilização – preparado pelas subs


2. Relatórios e registros das atividades de mobilização realizadas pelas subs
Capacitação de Mediadores e Apoiadores
1. Apresentação para capacitação – 1.a etapa (ppt)
2. Apresentação capacitação – 2.a etapa
3. Manual de orientação aos mediadores
4. Mapas e Caderno Síntese ( mesmo material a ser usado na própria oficina)

Execução das atividades participativas


Diretrizes da Etapa de Recepção de Propostas
1. Garantir uniformidade no formato das atividades participativas – diálogos, oficinas e audiências.
2. Garantir ampla divulgação da realização das oficinas, a partir da definição de um Plano de
Comunicação, a cargo da SECOM.
3. Divulgar o Caderno de Propostas no site gestaourbana.sp.gov.br, 10 dias antes da 1.a oficina
4. Elaborar apresentações especificas para cada atividade de oficina, fazendo referencia à proposta
de revisão no território da subprefeitura, como foco na proposta de futuro que a lei deve fomentar.
5. Divulgar da Minuta do Projeto de Lei no inicio de dezembro e manter em consulta publica no site
durante 30 dias.
6. Garantir o registro de todas as atividades participativas, em formato padrão, a ser reproduzido em
todos os encontros.
7. Garantir transparência ao processo de revisão, com publicizações parciais das propostas
apresentadas pela sociedade nas oficinas e apresentação de Relatório Analítico Síntese acompanhando
o PL que será enviado à Câmara.

A) Atividades realizadas nessa etapa


Na fase de recepção de propostas, esta programada a realização de
• 32 oficinas regionais;
• Recepção de propostas em canal eletrônico tendo como base o caderno de propostas e, a partir de
dezembro, a minuta colaborativa;
• Realização de diálogos com grupos locais nos territórios das subprefeituras;
• Realização de duas Audiências Públicas, em local central, de fácil acesso.

B) Recursos materiais e de pessoal, necessários para essa etapa:


1. Mapas plotados para cada oficina de até 50 pessoas
2. Caderno Síntese de Propostas – com mapas – impresso.
3. Lista de presença
4. Registro fotográfico das oficinas.
5. Transmissão ao vivo das audiências.
6. Gravação das audiências
7. Projetores e telas para apresentação de ppt sobre a proposta, relacionado á região.
8. Auditório com capacidade mínima de 250 pessoas e mínimo de 7 salas preparadas para oficinas
de até 50 pessoas, podendo chegar a um total previsto de 500 pessoas, de acordo com estimativas da
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subprefeitura.
9. 2 mediadores por sala de até 50 pessoas em cada oficina regional
10. 3 coordenadores de conteúdo para cada oficina regional (SMDU + Subprefeituras)
11. 1 coordenador geral das oficinas por Subprefeitura
12. 1 expositor do Conteúdo ( SMDU) – oficinas e audiências

C) Dinâmica Prevista para a atividade de Oficina


TAREFA RESPONSÁVEL ATRIBUIÇÃO

Organizar o evento, providenciar infraestrutura, escalar funcionários para


COORDENADOR
Subprefeitura apoiar a organização do evento (lista de presença, MC da oficina, cartazes com
GERAL
indicação das salas, etc) – é o participante do GT Participação.

SMDU com O coordenador do conteúdo deverá ter como “parceiro” preferencialmente o


COORDENADOR
apoio do GT coordenador de CPDU da Sub para a apresentação dos principais conflitos da
DE CONTEÚDO
Conteúdo região.

Responsável técnico pela atividade em sala vai conduzir a atividade /dinâmica


Subprefeitura +
MEDIADORES (governo local) poderá ser um funcionário sem conhecimento técnico sobre o
Governo Local
zoneamento. Serão necessários dois.

APOIADOR - Organizar lista de presença, inscrição de fala, fila, etc.


Subprefeitura
ADMINISTRATIVO

DESCRIÇÃO DA OFICINA

ETAPA DURAÇÃO DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE RESPONSÁVEL

Apresentação Apresentação de vídeos-minuto (PDE) que esta sendo Coordenador de


10’
Vídeo elaborado sob coordenação do Túlio. Conteúdo

Apresentação Inicial da proposta no Auditório: conceitos, a Coordenador de


Apresentação 20’
aplicação e rebatimento no território. Conteúdo

Divisão em grupos de 10 pessoas que trabalharão com os


mapas do Caderno. Respondendo a pergunta: A proposta
proposta
Divisão de até 50
1 hora da PMSP atende as expectativas de desenvolvimento da Mediadores
pessoas por sala
sua região? Se não atende, onde e como deve ser
alterado?
alterado?

Relator do subgrupo apresenta para a sala as 03 propostas


Divisão em
30’ selecionadas – pode fazer referência ao mapa. Total Mediadores
subgrupos
máximo de 15 propostas

Durante a As duvidas que surjam nos grupos e não puderem ser Coordenador de
Esclarecimentos atividade esclarecidas pelo mediador serão tiradas com este técnico conteúdo e GT
em sala. que irá circular entre as salas. Conteúdo.

Apresentação das Mediador organiza as propostas (por quadrante) no painel.


propostas dos 15’ Mediadores
subgrupos

Mediador sintetiza quantas propostas vieram, para qual


Fechamento 15’ Mediadores
quadrante/para qual bairro/ propostas conflituosas entre si.

Recolhimento do Mediador recolhe todas as propostas elaboradas pelo


15’ Mediadores
material grupo.
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D) Dinâmica prevista para as reuniões regionais pós- oficinas – Preparar Orientações Gerais para as
subs

E) Dinâmica prevista para as Audiências


• Apresentação inicial da Minuta de Projeto de lei
• Abertura para falas ( gravação, transmissão ao vivo, registro das falas e recebimento de propostas
por escrito)
• A cada 5 falas retorna a mesa para considerações.
• Fechamento da Audiência.

Consolidação da minuta

Diretrizes para sistematização das propostas e consolidação da Minuta


Especificações técnicas para a construção da sistematização

Anexo 1: ROTEIRO E ORIENTAÇÕES PARA OS/AS MODERADORES QUE IRÃO ATUAR NAS OFICINAS
PARTICIPATIVAS REALIZADAS NAS SUBPREFEITURAS

INFORMAÇÕES GERAIS
1. ETAPAS DE REVISÃO PARTICIPATIVA DO MARCO REGULATÓRIO QUE SERÃO CONDUZIDAS PELA
SMDU - 2013 A 2015
Plano Diretor Estratégico - PDE: Define as regras para a organização de grandes áreas da cidade.
Planos Regionais Estratégicos
Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo
Leis Urbanísticas Específicas : Definem a regras para a organização de áreas menores.
Código de Obras: Define regras para a construção das edificações dentro dos lotes.

2 A REVISÃO PARTICIPATIVA DO PDE


O Plano Diretor Estratégico, que define as regras para as grandes áreas da cidade, foi revisado pela
prefeitura de São Paulo com participação da sociedade civil.
-A 1ª Etapa - Avaliação, foi realizada nos meses de abril a maio de 2013, com 7 oficinas participativas.
-A 2ª Etapa – Elaboração participativa e coletiva de propostas para o PDE ocorreu nos meses de junho
e julho de 2013.
-Na 3ª Etapa as propostas apresentadas nas 31 oficinas nas Subprefeituras e na plataforma on line
foram sistematizadas e consolidadas pela SMDU.
-A 4ª Etapa foram realizadas devolutivas e discussões públicas da Minuta do Projeto de Lei do PDE,
preparada pela SMDU.

3. INFORMAÇÕES E TRANSPARÊNCIA DO PROCESSO


-Para subsidiar, informar e garantir a transparência do processo de revisão do PDE, todas as notícias,
informações, subsídios, documentos, mapas e formulários são publicados no site criado e alimentado
pela SMDU. www.gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br

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4. ENTREGA DE PROPOSTAS
-Qualquer cidadãos ou cidadã, entidade, movimento, segmento, grupo poderá apresentar a sua
proposta por meio de um formulário.
-Este formulário está disponível em meio eletrônico, no site www.gestaourbana.prefeitura.sp.gov.
br ou em papel, que é distribuído e recolhido nas Oficinas Participativas realizadas pela SMDU nas
Subprefeituras e nas Audiências Públicas.
-Para preencher o formulário há algumas regras.
-Todas as propostas apresentadas estarão publicadas no site Gestão Urbana assim como o Relatório
Final, com analise de todas as propostas incorporadas e não incorporadas.

5. REGRAS PARA A ENTREGA DE PROPOSTAS PARA A REVISÃO DO PDE.


Para que todos possam participar de forma produtiva é necessário pactuar algumas regras. De um lado,
a Prefeitura se compromete em analisar e publicizar todas as proposta apresentadas, mas de outro,
é necessário que todos participem respeitando os demais grupos e agentes da cidade e construindo
propostas consistentes com os objetivos do PDE. Dessa forma, a Prefeitura se compromete a analisar
e sistematizar as propostas desta etapa de recepção de propostas, que respeitem o exposto abaixo:
• Só serão aceitas contribuições identificadas, inclusive com um endereço eletrônico (e-mail) para
possível confirmação;
• As contribuições devem ser encaminhadas em formulários próprios, devidamente preenchidos. Os
formulários serão distribuídos nas oficinas participativas realizadas nas Subprefeituras e também
estarão disponíveis online e estarão relacionados ao Caderno de Propostas e à Minuta do PL.
• Só será aceita uma contribuição por formulário. Quando o formulário possuir mais de uma
contribuição, só a primeira será considerada. Não há limite de formulários por pessoa;
• Serão desconsideradas contribuições com mensagens ofensivas a quem quer que seja.
• Não serão aceitas contribuições com citações sem as fontes.

ATENÇÃO
• Faça um texto enxuto com a ideia de sua proposta, evite textos longos com várias argumentações em
uma mesma contribuição (lembrando que, em contribuições com mais de uma ideia, só a primeira
será considerada);
• Ler um texto sem pontuação gera desconforto e aumenta as chances de ele ser mal interpretado.
Portanto, confira se o texto está de acordo com sua intenção;
• Não use abreviações e evite o uso da “linguagem de Internet”.

OFICINAS PARTICIPATIVAS DE DISCUSSÃO DA LUOS

6. QUAIS AS RESPONSABILIDADES NA ORGANIZAÇÃO E REALIZAÇÃO das OFICINAS?


-SMDU - Definição de objetivos, metodologia e materiais; apoio de equipe técnica e dirigente;
divulgação dos eventos para a cidade como um todo( com apoio de SECOM); Preparação dos materiais
a serem utilizados nas oficinas, nas audiências e aqueles complementares, disponibilizados na
internet.
-Subprefeituras - A realização das oficinas participativas; escolha e organização do local onde será
realizada, escala das equipes responsáveis para o funcionamento da oficina ( apoio) e moderação dos
grupos de trabalho ( mediadores), divulgação das oficinas na região e mobilização dos participantes.

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7. QUAL O OBJETIVO DAS OFICIANS?


Promover o debate sobre a proposta de revisão da LPUOS e permitir a elaboração coletiva de propostas
para a nova lei.

8. POR QUE ELABORAÇÃO COLETIVA?


-Para que possa haver o debate entre os participantes, a identificação de propostas comuns, de
convergências e também dos conflitos.
-O principal momento das Oficinas Participativas são as atividades em grupos, onde os participantes
poderão comparar suas propostas com as propostas dos demais participantes, apoiar ou rejeitar
propostas que surgirem nas oficinas e construir propostas coletivas.

9. QUANDO SERÁ?
Aos sábados, pela manhã, em locais com infra adequada para atender um publico de 250 a 500
pessoas, com um auditório e pelo menos 5 salas de trabalho..

10. QUAL O PROGRAMA DO DIA?


8h – Reunião entre os moderadores/as e responsáveis da SMDU pela Oficina, para repassar as
orientações e receberem os envelopes com os formulários e materiais e depois organizarem as salas
de trabalho.
9h às 10h – Plenária de abertura.
10 às 12:30 h – Oficina em grupos.
12:30 as 13:30 – Plenária de Encerramento ( a definir)
13:30 as 14:00 Reunião entre os moderadores/as e responsáveis da SMDU pela Oficina para avaliação
do trabalho desenvolvido, entrega e conferência dos materiais, formulários, atas e fichas de avaliação.

11. O QUE ACONTECERÁ NA PLENÁRIA DE ABERTURA?


(na mesa: Subprefeito/a, representante da SMDU, conselheiro/a do CMPU e convidado/a – quando
houver; Conselheiro representantes do conselho participativo )
-Saudação do/a Subprefeito/a.
-Saudação do representante da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano – SMDU.
-Saudação do conselheiro/a do CMPU e de outros convidados/as, quando houver.
-Exposição do Conteúdo – SMDU
-Apresentação do objetivo da Oficina, da programação, dos horários e dos objetivos do PDE que serão
debatidos nos grupos (pelo representante da SMDU).
-Apresentação dos moderadores/as que irão atuar nas salas (pelo/a responsável da Subprefeitura)
-Orientação e condução dos participantes para as salas onde serão realizadas as oficinas (pelo/a
responsável da Subprefeitura).

12. O QUE ACONTECERÁ OFICINAS EM GRUPOS?


(o detalhamento deste momento está nas páginas a seguir)

13. O QUE ACONTECERÁ NA PLENÁRIA DE ENCERRAMENTO?

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2. Ficha De Avaliação Dos Locais Reservados Para A Realização Das Oficinas Nas Subprefeituras

3. ORIENTAÇÃO PARA APOIADORES E MEDIADORES SOBRE AS OFICINAS DE REVISÃO


PARTICIPATIVA DOS INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO URBANO E GESTÃO DA CIDADE
AS RESPONSABILIDADES NA ORGANIZAÇÃO E REALIZAÇÃO
1.0 DAS OFICINAS
-SMDU - definição de objetivos, metodologia e materiais; apoio de equipe técnica e dirigente; divulgação
dos eventos para a cidade como um todo (com apoio de SECOM); preparação dos materiais a serem
utilizados nas oficinas, nas audiências e aqueles complementares, disponibilizados na internet.

-SUBPREFEITURAS - escolha e organização do local onde será realizada a oficina, escala das equipes
responsáveis para o funcionamento da oficina (apoio administrativo e moderação dos grupos de
trabalho), divulgação das oficinas na região e mobilização dos participantes.

2.0 ATRIBUIÇÕES DAS FUNÇÕES


Tarefa Responsável Atribuição
Coordenador Geral Subprefeitura Organizar o evento, providenciar infraestrutura, escalar
funcionários para apoiar a organização do evento (lista de presença, MC da oficina, cartazes com
indicação das salas, etc.) – é o participante do GT Participação.
Coordenador de conteúdo SMDU com apoio do GT Conteúdo O coordenador do
conteúdo deverá ter como “parceiros” o titular e o suplente do GT Conteúdo
Acompanhar uma ou duas salas para orientação e verificar quais foram as principais questões
apontadas pelos grupos.
Mediadores Subprefeitura + Governo Local DOIS POR SALA
Responsável técnico pela atividade em sala vai conduzir a atividade/dinâmica (governo local);
PERFIL: CONHECER O TERRITÓRIO, NECESSÁRIO QUE UM TENHA CONHECIMENTO TÉCNICO
SOBRE A LEI DE ZONEAMENTO.

Apoiador - Administrativo Subprefeitura Organizar lista de presença, inscrição de fala, fila,


etc.

2.0 O PROGRAMA DO DIA


8h Reunião entre os moderadores/as e responsáveis da SMDU pela Oficina, para repassar as
orientações e receberem os envelopes com os formulários e materiais e depois organizarem as salas
de trabalho.
8h30 Abertura do credenciamento
9h às 10h Plenária de abertura.
10 às 12:30 h Oficina em grupos.
12:30 as 13:00 Reunião entre os moderadores/as e responsáveis da SMDU pela Oficina para avaliação
do trabalho desenvolvido, entrega e conferência dos materiais, formulários, atas e fichas de avaliação.

3.0 O QUE ACONTECERÁ NA PLENÁRIA DE ABERTURA

55
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A participação como método de governo e sua dimensão formativa.

(na mesa: Subprefeito/a, representante da SMDU). a definir

TAREFA RESPONSÁVEL ATRIBUIÇÃO


14. QUAL A INFRAESTRUTURA NECESSÁRIA PARA REALIZAÇÃO DESTA ETAPA?
Em cada local (dar preferência para ESCOLAS) haverá:
Organizar o evento, providenciar infraestrutura, escalar funcionários
Coordenador para apoiar a organização do evento (lista de presença, MC da oficina,
Subprefeitura
-Salas para atéGeral
50 pessoas, em número de suficiente deindicação
cartazes com cadeirasdaspara acolher
salas, etc) todos os presentes.
– é o participante do GT
Participação.
-2 moderadores/as por sala.
SMDU com o coordenador do conteúdo deverá ter como “parceiro”
-1 a 2 técnicosCoordenador
da SMDU por ESCOLA, responsáveis por acompanhar o trabalho nas salas, respondendo
apoio do GT preferencialmente o coordenador de CPDU da Sub para a
questões técnicas relacionadas
de conteúdo ao
Conteúdo PDE e ajudando
apresentaçãonodospreenchimento do
principais conflitos da formulário de envio de
região.
propostas.
Responsável técnico pela atividade em sala vai conduzir a atividade
-2 Coordenadores de Conteúdo
Mediadores
- 1 a 2 técnicos
Subprefeitura + da Subprefeitura ( responsável por por acompanhar o
/dinâmica (governo local) poderá ser um funcionário sem
trabalho nas salas, respondendo questões
Governo Local técnicas relacionadas ao PDE e ajudando no preenchimento
conhecimento técnico sobre o zoneamento. Serão necessários dois.
do formulário de envio de propostas)
Apoiador -
-1 Coordenador Participativo
Administrativo
1 técnico daOrganizar
Subprefeitura SMDUlista de presença, inscrição de fala, fila, etc.
para receber os formulários com propostas de
participantes, que ficará na mesa de credenciamento.
-1 Coordenador/a geral da Subprefeitura

PARTICIPANTES SALAS MODERADORES

200 4 8

250 5 10

500 10 20

NO LOCAL TAMBÉM HAVERÁ


-Mesa de credenciamento (lista de presença, entrega de informativos e orientações).
-Café (depende de cada sub).
-Um APOIADOR para receber os formulários com propostas entregues por participantes, que ficará na
mesa de credenciamento e entregará o envelope com os formulários preenchidos pelos participantes
para o Coordenador Participativo de SMDU.

OFICINAS EM GRUPOS

15. QUEM CONDUZIRÁ OS TRABALHOS EM GRUPO?


-A condução dos grupos é feita por MODERADORES (pessoas que foram indicadas para atuarem na
condução das Oficinas), que trabalham nas Subprefeituras e nas secretarias que atuam no território,
tais como saúde, educação, assistência social, esporte entre outras.

-Os MODERADORES devem ter experiência ou habilidade de conduzir grupos com até 50 pessoas.
-A condução da Oficina pelos MODERADORES é orientada por um roteiro metodológico, que descreve
o passo a passo do trabalho em grupos.
-O roteiro metodológico tem como objetivo garantir condução uniforme a este processo participativo.
-Não é necessário dominar os temas da lei de Zoneamento. Haverá técnicos da SMDU para esclarecer
dúvidas dos participantes.
-Os MODERADORES participam de uma capacitação conduzida pela SMDU para conhecer e aplicar
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o roteiro metodológico.

16. O QUE DEVE TER EM CADA SALA


-Identificação da sala na entrada.
-Cartazes fixados na parede:
1. Acordos de trabalho
2. Objetivo da Oficina
3. Mapa plotado da cidade e da subprefeitura.
4. Pergunta para os grupos
-Envelope contendo:
1.Lista de presença da sala
2. Formulários para propostas
3. Fichas de avaliação da atividade
4. Ata da atividade
-Fita crepe.
-Grampeador.
-Caixa de pincel atômico.
-Painel para colar as propostas.

17. DOCUMENTOS RESULTANTES DAS OFICINAS


Após a finalização do trabalho das salas, o/a moderador a de cada sala irá organizar e entregar para
o/a responsável da SMDU:
-Ata preenchida e assinada, grampeada com os Formulários de Propostas preenchidos pelos subgrupos
-Lista de presença da sala preenchida

IMPORTANTE: Todos estes formulários preenchidos são documentos e deve-se ter cuidado para que
não se percam ou tenham rasuras.

18. ROTEIRO DETALHADO DAS OFICINAS PARTICIPATIVAS.


1. Apresentar (ler cartazes que estarão fixados nas paredes das salas):
-Os objetivos da oficina, o programa com horários e o acordo de trabalho. (todos estão visualizados
na parede).
-Destacar que esta metodologia será adotada em todas as oficinas de revisão Da LPUOS, a fim de
garantir condução uniforme a este processo participativo.
-Informar que os participantes devem assinar a lista de presença que está passando na sala.
-Os/as moderadores/as informam que o objetivo da oficina é Promover o debate para a apresentação
e elaboração coletiva de propostas para a LPUOS (objetivo visualizado na parede) e que todos irão
trabalhar em subgrupos para debaterem e formularem propostas.
2. Ler a pergunta: A proposta da PMSP atende as expectativas de desenvolvimento da sua região? Se
não atende, onde e como deve ser alterado? .
3. Solicitar que os participantes se dividam em grupos de até 10 pessoas para trabalhar no mapa da
sua subprefeitura – localizar no caderno Sintese a pagina do mapa correspondente.
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4. Mostrar o mapa plotado com as principais referências da região. Perguntar se falta alguma
referencia importante ( hospital CEU parque cemitério etc). Marcar om pincel atômico a localização
– se houver dificuldade chamar um dos coordenadores de conteúdo que estarão nos corredores.
5. Orientar o trabalho para os subgrupos( aprimorar esse item )
-No subgrupo, fazer uma apresentação dizendo nome e de onde são.
-Escolher um guardião do tempo e um porta voz do grupo.
-Formular propostas para responder a pergunta, buscando refletir que é comum e o que não é comum
entre eles (identificar concordâncias, conflitos etc.).
-Escolher três propostas do subgrupo para apresentar para a sala.
-Esclarecer que os moderadores estarão rodando a sala para auxiliar os subgrupos e quem tiver
alguma dúvida, chamar os moderadores. Os técnicos da SMDU também estarão auxiliando para
esclarecer as dúvidas de conteúdo.
6. Entregar os formulários para cada participante.
7. Solicitar aos participantes que se dividam nos subgrupos escolhidos e iniciem os trabalhos.
8. Iniciado os trabalhos, percorrer os subgrupos, e verificar se estão trabalhando conforme as
orientações e fazer ajustes se necessário.
9. Entregar o formulário das propostas. Orientar que deve ser preenchida apenas uma proposta por
formulário e para que todos assinem se concordarem com a proposta. Caso tenham duas propostas
diferentes ou pessoas que concordem com uma e não com outra, assinam desta forma.
10. Quando os subgrupos já estiverem com as propostas preenchidas nos formulários, orientar para
que escolham as três propostas prioritárias.
11. Percorrer os subgrupos e verificar se os formulários estão preenchidos corretamente: identificação
da subprefeitura e da sala, com os nomes dos proponentes, e apenas uma proposta pro formulário
12. Solicitar que os participantes sentem voltados para o painel, para dar sequencia aos trabalhos da
sala.
13. Solicitar que cada porta voz de subgrupo vá até a frente da sala e leia as 3 propostas indicadas pelo
seu subgrupo.
14. Após a apresentação de cada subgrupo, o/a moderador/a pergunta se a formulação da proposta
foi entendida pelos demais, verifica se está somente uma proposta por formulário, verifica se o título
está de acordo com a proposta e ajusta se necessário.
15. Fixar a proposta com o título no painel, agrupando por tema ou quadrante. (aprimorar a proposta)
16. Após todos os porta-vozes terem exposto a propostas, o mediador:
• Faz uma síntese das propostas apresentadas
• Pergunta se todos assinaram lista de presença
• Agradece a participação de todos
• Reforça que todas as propostas, mesmo as que não foram escolhidas pela sala, serão sistematizadas.
17. Informar que há uma FICHA DE AVALIAÇÃO para aqueles que quiserem, possam fazer a sua
avaliação sobre a oficina. Entregar uma ficha de avaliação para aqueles solicitarem. Recolher as
fichas preenchidas.
18. Agradecer a todos/as, pedir que se encaminhem para o local onde está sendo servido o lanche e
para que voltem para o plenário às 14h.

Organização das propostas, antes de os moderadores/as saírem da sala


19. Anotar o nome do/a porta voz da sala.

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20. Aguardar que uma pessoa designada fotografe os painéis.


21. Recolher todos os formulários de propostas que estão no painel, grampeando os formulários
como foram agrupados, após terem sido fotografados no painel.
22. Contar o número de propostas.
23. Anotar na ata o número da sala e de presentes de acordo com a lista de presença e o número
de formulários com propostas recolhidos. ASSINAR A ATA COM NOME LEGIVEL E TELEFONE DE
CONTATO.
24. Guardar todos os formulários e atas no envelope, mantendo as propostas ESCOLHIDAS PELOS
SUBGRUPOS GRAMPEADAS, e entregar o envelope para o responsável da SMDU.

19. ORIENTAÇÕES GERAIS


-Manter o número da sala e o nome dos/as 2 moderadores/as na porta de cada sala.
-Deixar 2 moderadores/as e 1 sala para acolher os participantes que chegarem após o início dos
trabalhos das oficinas nas salas.
-SE HOUVER PLENÁRIA : NÃO ENTREGAR os formulários preenchidos para o porta voz ler na
Plenária. Estes formulários são documentos e deverão ser grampeados à ata. .
-Em cada local onde serão realizadas as Oficinas Participativas, haverá uma equipe da SMDU para
auxiliar os moderadores nas salas para esclarecer dúvidas e responder perguntas dos participantes e
moderadores sobre o plano diretor e auxiliar os subgrupos no preenchimento dos formulários.
-Qualquer pessoa que estiver na Oficina Participativa pode entregar formulários com outras
propostas alem daquelas produzidas coletivamente.. Para isso, deverá retirar o formulário e entregá-
lo preenchido NA PROPRIA SALA OU MESA DE RECEPÇÂO DE PROPOSTAS NA RECEPÇÃO DO
EVENTO.

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ANEXO 2 : Ficha Vistoria Locais Reservados para as Oficinas

Ficha De Avaliação Dos Locais Reservados Para A Realização Das Oficinas Nas Subprefeituras

Data da visita:
Subprefeitura:
Local:
Endereço:
Equipe que fez a visita:
Previsão de participantes:
Total necessário de salas para grupo:

Acesso para pessoas com mobilidade reduzida – Sim ou Não


Rampa? Elevador? Escada?
Entrada do local
Auditório
Salas grupos

Sim ou Não Auditório Sala grupo


Cadeiras fixas
Cadeiras soltas
Capacidade para acomodar 200 pessoas sentadas com conforto?
Capacidade para acomodar até 50 pessoas com conforto?
Palco
Parede para fixar cartazes/plotagens?
A iluminação é adequada para evento com leitura de textos?
A iluminação é adequada para projeção (fechar janelas, apagar parte das luzes?)
Há no local projetor multimídia?
Há no local computador para projeção?
Há local adequado na entrada para credenciamento de 200 pessoas?
Há ruído que possa incomodar a realização da oficina?
Há local adequado para distribuição de lanches?
Há banheiros suficientes para atender 200 pessoas?

Acesso com transporte público

( ) metrô ( ) ônibus ( ) trem

Observações

Fotos do local

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ANEXO 3: Guia para Oficinas

ORIENTAÇÃO PARA APOIADORES E MEDIADORES SOBRE AS OFICINAS DE REVISÃO PARTICIPATIVA


DOS INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO URBANO E GESTÃO DA CIDADE

AS RESPONSABILIDADES NA ORGANIZAÇÃO E REALIZAÇÃO


1.0 DAS OFICINAS
-SMDU - definição de objetivos, metodologia e materiais; apoio de equipe técnica e dirigente; divulgação
dos eventos para a cidade como um todo (com apoio de SECOM); preparação dos materiais a serem
utilizados nas oficinas, nas audiências e aqueles complementares, disponibilizados na internet.

-SUBPREFEITURAS - escolha e organização do local onde será realizada a oficina, escala das equipes
responsáveis para o funcionamento da oficina (apoio administrativo e moderação dos grupos de
trabalho), divulgação das oficinas na região e mobilização dos participantes.

2.0 ATRIBUIÇÕES DAS FUNÇÕES

TAREFA RESPONSÁVEL ATRIBUIÇÃO

Organizar o evento, providenciar infraestrutura, escalar funcionários para


COORDENADOR
Subprefeitura apoiar a organização do evento (lista de presença, MC da oficina, cartazes
GERAL
com indicação das salas, etc.) – é o participante do GT Participação.

O coordenador do conteúdo deverá ter como “parceiros” o titular e o


SMDU com suplente do GT Conteúdo
COORDENADOR
apoio do GT
DE CONTEÚDO Acompanhar uma ou duas salas para orientação e verificar quais foram as
Conteúdo
principais questões apontadas pelos grupos.

DOIS POR SALA

Responsável técnico pela atividade em sala vai conduzir a atividade/dinâmica


(governo local);
Subprefeitura +
MEDIADORES
Governo Local PERFIL: CONHECER O TERRITÓRIO, NECESSÁRIO QUE UM TENHA
CONHECIMENTO TÉCNICO SOBRE A LEI DE ZONEAMENTO.

APOIADOR -
Subprefeitura Organizar lista de presença, inscrição de fala, fila, etc.
ADMINISTRATIVO

2.0 PROGRAMA DO DIA


8h Reunião entre os moderadores/as e responsáveis da SMDU pela Oficina, para repassar as orientações
e receberem os envelopes com os formulários e materiais e depois organizarem as salas de trabalho.
8h30 Abertura do credenciamento
9h às 10h Plenária de abertura.
10 às 12:30 h Oficina em grupos.
12:30 as 13:00 Reunião entre os moderadores/as e responsáveis da SMDU pela Oficina para avaliação
do trabalho desenvolvido, entrega e conferência dos materiais, formulários, atas e fichas de avaliação.

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3.0 O QUE ACONTECERÁ NA PLENÁRIA DE ABERTURA

ATIVIDADE RESPONSÁVEL TEMPO


1. Abertura - Projeção vídeo 1 min. sobre PDE SMDU 10’

Mestre de Cerimônia:
Chama as autoridades para composição da mesa: Subprefeito/a,
2. representante da SMDU, conselheiro/a do Conselho Municipal SUB 5’
de Política Urbana - CMPU, vereadores e demais convidado/as –
quando houver;

Saudações:
3 Subprefeito/a,SMDU,CMPU, vereadores, outros convidados/as, SUB e SMDU 10’
quando houver.

Mestre de Cerimônia:

4 Após as saudações, desfaz-se a mesa para início da exposição SUB 5’


do conteúdo sobre a Revisão da Lei de Parcelamento, Uso e
Ocupação do Solo.

5 Exposição do Conteúdo SMDU 40’

Apresentação do objetivo da Oficina e do que será debatido


6 SMDU. 5’
(pergunta) nos grupos

Mestre de Cerimônia: Apresentação dos moderadores/as que


7 SUB 5’
irão atuar nas salas e indicação da localização das salas

Orientação e condução dos participantes para as salas onde Moderador e


8 5’
serão realizadas as oficinas apoiador
Realização das Oficinas: Discussão e construção de três Moderador e
9 90’
propostas por subgrupo apoiador

4.0 O QUE ACONTECERÁ NAS OFICINAS


APENAS PARA OS MEDIADORES
1.Apresentar os objetivos da oficina:
a) Objetivo: Promover o debate para a apresentação e elaboração coletiva de propostas para a revisão
da Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo (LPUOS)
2 Falar dos acordos
• PEDIR A PALAVRA PARA FALAR;
• FALAR BAIXO PARA NÃO ATRAPALHAR A SALA AO LADO.
• COLOCAR O CELULAR NO SILENCIOSO E ATENDER FORA DA SALA.
• Respeitar o tempo da fala do outro

3. O que faremos ( EXPLICAR A METODOLOGIA _ destacar que ela será adotada em todas as oficinas
,a fim de garantir condução uniforme a este processo participativo em toda a cidade)
Os participantes vão se dividir em grupos de até 10 pessoas.
Vão escolher um guardião do tempo
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A participação como método de governo e sua dimensão formativa.

Vão escolher um relator


Vão fazer um aquecimento e depois construir 3 propostas de alteração
Explicar que todos poderão registrar propostas – individuais e ou coletivas – na MESA de RECEPÇÂO.
O momento da oficina é para discussão, debate geral e depois construção coletiva de propostas.
Na oficina há limite de 3 propostas , mas não há limite para apresentação de outras propostas na
recepção.
Além disso, avisar que todos podem acessar o site gestão urbana e registrar quantas propostas
quiserem. (Endereço esta no caderno)

4. VAMOS COMEÇAR.
1. Pedir a todos para localizar o mapa da região no caderno de propostas.
2. Resumir o que foi apresentado para a região na apresentação inicial – Mostrar que o mapa plotado
na parede é igual ao apresentado no plenário e ao mapa do caderno. ( mediador que conhece o
conteúdo)
a) Mostrar o mapa plotado com as principais referências da região. (hospital, CEU, parque, cemitério,
etc), sempre fazendo referencia ao mapa que está no caderno de propostas.. SE HOUVER NECESSIDADE
Marcar com pincel atômico se houver algum comentário relevante sobre o mapa (ex.: identificação de
algum ponto de referencia não adotado)

3. Solicitar que os participantes se dividam em subgrupos de até 10 pessoas;


a) Façam uma rodada de apresentação dizendo NOME, PROFISSÃO e ORGANIZAÇÃO/Movimento a
qual pertence.
b) Tirar um relator para o subgrupo (que tenha letra legível)
c) Escolher um guardião do tempo

E entregar a ficha de destaque e propor QUE COLETIVAMENTE no subgrupo apontem pontos


interessantes na apresentação inicial, algo que concordam.
Marcar um tempo para essa atividade 15’.
O relator registra no instrumental de destaque.

4. Após, solicitar que nos subgrupos olhem para o mapa da sua subprefeitura – localizar no CADERNO
DE PROPOSTAS a página do mapa correspondente..
E propor que formulem propostas para responder a pergunta: A proposta da PMSP atende as
expectativas de futuro da cidade e da sua região?
Refletir os aspectos convergentes/concordantes e as diferenças. (utilizar folhas de rascunho se
necessário para elaborar as propostas).

• Solicitar que construam até três propostas que avaliem relevantes, com pontos convergentes. A
proposta será escrita pelo relator e acrescentado o nome e assinatura de todos que concordam com
ela.
• Pode haver propostas que nem todos concordem. Só não pode haver proposta que apenas um
concorde. Neste caso, a proposta dever ser feita no instrumental que pode ser pego na recepção e
entregue como proposta individual.
• Se as propostas forem de mudança de determinado zoneamento da região, pedir para os presentes
localizarem no MAPA DO GRUPO – com uma caneta – para onde esta sendo proposta a mudança. Se
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A participação como método de governo e sua dimensão formativa.

tiverem dificuldade para localizar, pedir ajuda ao orientador de CONTEUDO.


• Percorrer os subgrupos e verificar se os formulários estão preenchidos corretamente: identificação
da subprefeitura e da sala, com os nomes dos proponentes, e apenas uma proposta por formulário.
• Quando os subgrupos já estiverem com as propostas preenchidas nos formulários, orientar para
que cada porta voz leia cada uma para o subgrupo, para que todos tenham clareza das três propostas.
Obs.:Os técnicos da SMDU também estarão auxiliando para esclarecer as dúvidas de conteúdo.

2. Os mediadores precisam lembrar-se de:


• No envelope só irão as três propostas apresentadas, os instrumentais de DESTAQUE e o MAPA DO
GRUPO trabalhado coletivamente por cada subgrupo.
• Iniciado os trabalhos, percorrer os subgrupos, e verificar se estão trabalhando conforme as
orientações e reorientar sempre que necessário.
• Mediador orienta a todos que anotem o numero da sala e do grupo na folha de proposta e no mapa.

3. Quando finalizado o tempo para o trabalho em subgrupo:


• Solicitar que os participantes sentem voltados para o painel, para dar sequência aos trabalhos da
sala.
• Solicitar que cada porta voz de subgrupo vá até a frente da sala e leia os destaques e as 3 propostas (
até 3) construídas pelo seu subgrupo.
• Após a apresentação de cada subgrupo, o/a moderador/a anota no mapa da sala se a proposta tem
referência ao território (colocar uma marcação) e, em caso de dificuldade, pode chamar o coordenador
de conteúdo.
• O MEDIADOR afixa a proposta no painel, agrupando por quadrante ou assunto. E fica com o mapa
do subgrupo devidamente identificado ( subgrupo 1, 2 , 3

4. Após todos os porta-vozes terem exposto as propostas, o mediador:


• comenta o conjunto de propostas apresentadas, tendo como referência o território (tivemos propostas
em todos os quadrantes ou apenas nos quadrantes do norte, etc.);
• lembra que quem quiser fazer propostas individuais ou os grupos que quiserem fazer mais p opostas
poderão preencher o formulário de propostas na MESA DE RECEPÇÃO.

5. Oferecer FICHA DE AVALIAÇÃO para aqueles que quiserem fazer a sua avaliação sobre a oficina.
Recolher as fichas preenchidas.

6. Informa dos próximos passos:


• Todas as propostas recebidas na oficina – coletivas e entregues na recepção – serão sistematizadas
e estudadas por SMDU.
• Continua a recepção de propostas pela internet. Site www.gestaourbana.sp.gov.br.
• Informa que será elaborado uma MINUTA da nova lei e que estará disponível no começo de dezembro
para consulta publica no mesmo site
• SMDU fará 2 audiências públicas em dezembro para discutir a MINUTA
• Final de janeiro – haverá atividade publica de apresentação da VERSÂO FINAL a ser encaminhada
á Câmara.
• Agradece a todos a participação . ENCERRA A ATIVIDADE.
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Depois que todos saírem da sala:


1. Organizar as propostas – tirar do painel e juntar cada 3 propostas com o mapa correspondente ao
subgrupo.
2. Anotar no envelope os nomes dos moderadores da sala
3. Contar o número de propostas.
4. Preencher e assinar a ata com nome legível e telefone de contato.( 2 vias)
5. Guardar todos os formulários, mapas, atas e propostas no envelope e entregar o envelope para o
responsável da SMDU.

5.0 ORIENTAÇÃO PARA OS APOIADORES


1. Organizar mesa de credenciamento com lista de presença.
2. Orientar munícipes sobre a dinâmica do dia
3. Organizar o café
4. Orientar munícipes no momento da distribuição nas salas para a atividade em grupo.
5. Ajudar na distribuição dos materiais nas salas para a atividade em grupo.
6. Colaborar na organização das salas para as atividades em grupo.
7. Receber e protocolar (com carimbo que SMDU IRÁ FORNECER) os formulários com propostas
entregues por participantes. Ao término do evento, colocar as propostas em envelope, contar e
registrar no instrumental, já grampeado no envelope, e entregar para um representante de SMDU.

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ANEXO 4: Síntese do dia para os mediadores

Revisão Participativa da Lei de Parcelamento Uso e Ocupação do Solo

SINTESE DO DIA PARA OS MEDIADORES


1. Apresentar os objetivos da oficina:
a) Objetivo: Promover o debate para a apresentação e elaboração coletiva de propostas para a
revisão da Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo (LPUOS)
2 Falar dos acordos
• PEDIR A PALAVRA PARA FALAR;
• FALAR BAIXO PARA NÃO ATRAPALHAR A SALA AO LADO.
• COLOCAR O CELULAR NO SILENCIOSO E ATENDER FORA DA SALA.
• Respeitar o tempo da fala do outro
3. O que faremos ( EXPLICAR A METODOLOGIA _ destacar que ela será adotada em todas as
oficinas ,a fim de garantir condução uniforme a este processo participativo em toda a cidade)
Os participantes vão se dividir em grupos de até 10 pessoas.
Vão escolher um guardião do tempo
Vão escolher um relator
Vão fazer um aquecimento e depois construir 3 propostas de alteração

Explicar que todos poderão registrar propostas – individuais e ou coletivas – na MESA de


RECEPÇÂO. O momento da oficina é para discussão, debate geral e depois construção
coletiva de propostas. Na oficina há limite de 3 propostas , mas não há limite para
apresentação de outras propostas na recepção.
Além disso, avisar que todos podem acessar o site gestão urbana e registrar quantas
propostas quiserem. (Endereço esta no caderno)

4. VAMOS COMEÇAR.
1. Pedir a todos para localizar o mapa da região no caderno de propostas.
2. Resumir o que foi apresentado para a região na apresentação inicial – Mostrar que o mapa plotado na
parede é igual ao apresentado no plenário e ao mapa do caderno. ( mediador que conhece o
conteúdo)
a) Mostrar o mapa plotado com as principais referências da região. (hospital, CEU, parque,
cemitério, etc), sempre fazendo referencia ao mapa que está no caderno de propostas.. SE
HOUVER NECESSIDADE Marcar com pincel atômico se houver algum comentário relevante
sobre o mapa (ex.: identificação de algum ponto de referencia não adotado)

1ª parte da atividade – aquecimento: Solicitar que os participantes se dividam em subgrupos de até 10


pessoas ESCOLHAM RELATOR, EXPOSITOR E AGURADIÃO DO TEMPO; rodada de apresentação.
Entregar a ficha de destaque e propor QUE COLETIVAMENTE no subgrupo apontem pontos
interessantes na apresentação inicial, algo que concordam.
Marcar um tempo para essa atividade 15’.
O relator registra no instrumental de destaque.

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2.a parte da atividade Após, solicitar que nos subgrupos olhem para o mapa da sua subprefeitura –
localizar no CADERNO DE PROPOSTAS a página do mapa correspondente.
E propor que formulem propostas para responder a pergunta: A proposta da PMSP atende as
expectativas de futuro da cidade e da sua região?

Solicitar que construam até três propostas que avaliem relevantes, com pontos convergentes. A proposta
será escrita pelo relator e acrescentado o nome e assinatura de todos que concordam com ela.
Tempo: 60 minutos

3.a parte da atividade: Porta voz / expositor lê para a sala aos destaques e as 3 propostas. Mediador
marca no mapa a proposta, afixa no painel e depois de todas as exposições faz um resumo do que foi
colocado pela sala.
MEDIADOR FICA COM O MAPA TRABALHADO PELO GRUPO – devidamente identificado.

4.a parte
1. lembra que quem quiser fazer propostas individuais ou os grupos que quiserem fazer mais
propostas poderão preencher o formulário de propostas na MESA DE RECEPÇÃO.
2. Oferecer FICHA DE AVALIAÇÃO para aqueles que quiserem fazer a sua avaliação sobre a oficina.
Recolher as fichas preenchidas.
3. Informa dos próximos passos:
• Todas as propostas recebidas na oficina – coletivas e entregues na recepção – serão
sistematizadas e estudadas por SMDU.
• Continua a recepção de propostas pela internet. Site www.gestaourbana.sp.gov.br.
• Informa que será elaborado uma MINUTA da nova lei e que estará disponível no
começo de dezembro para consulta publica no mesmo site
• SMDU fará 2 audiências públicas em dezembro para discutir a MINUTA
• Final de janeiro – haverá atividade publica de apresentação da VERSÂO FINAL a ser
encaminhada á Câmara.
• Agradece a todos a participação. ENCERRA A ATIVIDADE.

Depois que todos saírem da sala:

1. Organizar as propostas – tirar do painel e juntar cada 3 propostas com o mapa


correspondente ao subgrupo.

2. Anotar no envelope os nomes dos moderadores da sala

3. Contar o número de propostas.

4. Preencher e assinar a ata com nome legível e telefone de contato.( 2 vias)

5. Guardar todos os formulários, mapas, atas e propostas no envelope e entregar o envelope para o
responsável da SMDU.

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ANEXO 5: Instrumental Destaques

Revisão Participativa da Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo (LPUOS)

DESTAQUES

Data ___/___/_______ Subprefeitura_____________________________________________________________

Sala: ___________________________________________ Grupo: ___________________________________________

Destaques:

68
Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano
Assessoria de Participação Popular e Comunicação
Guia Metodológico dos processos participativos
A participação como método de governo e sua dimensão formativa.

ANEXO 6. Proposta Coletiva - Construída na Oficina

Revisão Participativa da Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo (LPUOS)

Data ___/___/____ Subprefeitura______________________________


Sala:________ Grupo:_________

PROPOSTA CONSTRUÍDA NA OFICINA


Nome: |__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__|
E-mail: |__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__|
Entidade: ______________________________________________Assinatura: ___________________________

Nome: |__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__|
E-mail: |__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__|

Entidade: ______________________________________________Assinatura: ___________________________

Nome: |__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__|

E-mail: |__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__|
Entidade: ______________________________________________Assinatura: ___________________________

Nome: |__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__|
E-mail: |__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__|

Entidade: ______________________________________________Assinatura: ___________________________

Nome: |__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__|
E-mail: |__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__|

Entidade: ______________________________________________Assinatura: ___________________________

Nome: |__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__|
E-mail: |__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__|
Entidade: ______________________________________________Assinatura: ___________________________

Nome: |__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__|
E-mail: |__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__|
Entidade: ______________________________________________Assinatura: ___________________________

Nome: |__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__|
E-mail: |__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__|
Entidade: ______________________________________________Assinatura: ___________________________

Nome: |__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__|
E-mail: |__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__|
Entidade: ______________________________________________Assinatura: ___________________________

Nome: |__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__|

E-mail: |__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__|
Entidade: ______________________________________________Assinatura: ___________________________

69
Guia Metodológico dos processos participativos
A participação como método de governo e sua dimensão formativa.

A proposta é para: toda a Cidade OU Subprefeitura

Se for para a Subprefeitura, tente localizar:

1. Zona: ____________ 2. Quadrante: Número________ Letra_____

Referência de Ruas:________________________________________________________________

_________________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________________

Local de referência:_________________________________________________________________

_________________________________________________________________________________

Qual o tema?

( ) Parcelamento ( ) Uso ( ) Ocupação


( ) Parâmetros de incomodidade ( ) Parâmetros Urbanísticos
( ) Classificação de Usos ( ) Cota ambiental
( ) Condições de instalação ( ) Gestão de Impactos
( ) Outros ( ) Outros

( ) Tipo de Zonas

Descreva a sua proposta:

70
Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano
Assessoria de Participação Popular e Comunicação
Guia Metodológico dos processos participativos
A participação como método de governo e sua dimensão formativa.

ANEXO 7. Proposta Recepção

Revisão Participativa da Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo (LPUOS)

Data ___/___/____ Subprefeitura______________________________

PROPOSTA
Nome: |__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__|
E-mail: |__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__| CEP: ____________________
Entidade: ______________________________________________Assinatura: ___________________________

Nome: |__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__|
E-mail: |__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__| CEP: ____________________
Entidade: ______________________________________________Assinatura: ___________________________

Nome: |__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__|

E-mail: |__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__| CEP: ____________________


Entidade: ______________________________________________Assinatura: ___________________________

Nome: |__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__|
E-mail: |__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__| CEP: ____________________

Entidade: ______________________________________________Assinatura: ___________________________

Nome: |__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__|
E-mail: |__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__||__| CEP: ____________________

Entidade: ______________________________________________Assinatura: ___________________________


A proposta é para: toda a Cidade OU Subprefeitura

Se for para a Subprefeitura, tente localizar:

1. Zona: ____________ 2. Quadrante: Número________ Letra_____

Referência de Ruas:________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

Local de referência:_________________________________________________________________

Qual o tema?

( ) Parcelamento ( ) Uso ( ) Ocupação


( ) Parâmetros de incomodidade ( ) Parâmetros Urbanísticos
( ) Classificações de Uso ( ) Cota ambiental
( ) Condições de instalação ( ) Gestão de Impactos
( ) Outros ( ) Outros

( ) Tipo de Zonas

71
Guia Metodológico dos processos participativos
A participação como método de governo e sua dimensão formativa.

Descreva a sua proposta:

72
Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano
Assessoria de Participação Popular e Comunicação
Guia Metodológico dos processos participativos
A participação como método de governo e sua dimensão formativa.

ANEXO 8. Oficinas dos Planos Regionais com os Conselhos Participativos

EXEMPLO DE FICHA ILUSTRADA DE UM PERÍMETRO DE AÇÃO

Verso

Frente
Verso
73
Guia Metodológico dos processos participativos
A participação como método de governo e sua dimensão formativa.

ROTEIRO
ROTEIRO DE CONDUÇÃO
DE CONDUÇÃO Oficinas
Oficinas Planos Regionais
Planos Regionais com os Conselhos
com os Conselhos Participativos
Participativos

SMDU / DEURB – 08/09/2016

74
Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano
Assessoria de Participação Popular e Comunicação
Guia Metodológico dos processos participativos
A participação como método de governo e sua dimensão formativa.

75
Guia Metodológico dos processos participativos
A participação como método de governo e sua dimensão formativa.

Secretário Municipal de Desenvolvimento Urbano


Fernando de Mello Franco
Secretária Adjunta
Tereza Beatriz Ribeiro Herling
Chefe de Gabinete
Priscila Specie
Coordenadoria de Administração e Finanças (CAF)
Francinaldo da Silva Rodrigues
Departamento de Produção e Análise de Informação (DEINFO)
Tomás Wissenbach
Departamento de Urbanismo (DEURB)
Fabio Mariz
Departamento do Uso do Solo (DEUSO)
Daniel Todtmann Montandon
Assessoria Jurídica
Heloisa Toop Sena Rebouças
Assessorias Digital/Comunicação
Vinícius Russo
Assessorias de Imprensa/Comunicação
Larissa de Pieri Grizoli
Assessoria de Participação Popular e Comunicação
Luzinete Ramos Borges
Assessoria de Pesquisa Aplicada e Fomento
Carolina Heldt D’Almeida
Conselho Municipal de Política Urbana (CMPU)
Fernando Túlio Salva Rocha Franco

Equipe Técnica e Administrativa de SMDU: Garofalo Cavalcanti, Fernanda Gonçalves Coimbra da Silva,
Fernanda Passos Vieira, Fernando Bizarri Requena, Fernando
Accacio Gomes de Mello Junior, Adilson Panunto Castelo, Henrique Gasperini, Filomena Galvani Amoroso Lopes Gloder,
Akinori Kawata, Alice Cruz Antunes, Alice da Conceição Flavia Taliberti Pereto, Francinaldo da Silva Rodrigues,
Oliveira Benedetti, Aline Salamanca, Amanda de Brito Francisco de Assis Santana, Frank Olav Whitton Junior,
Pólo,Amanda Hansen Cortez, Ana Karolina de Souza Braga, Gabriela Brito Fernandes, Gabriela Nunes Machado, Geiza
Ana Paula de Araújo Vieira, Andre Kviatkovski, Andre Luis Cristini Marins Cardoso Ferreira, Genair Soares Fernandes,
Gonçalves Pina, Andrea Oliveira Villela, Andreia Caroline Glauco Blasco ,Guilherme de Carvalho Pereira, Guilherme
Santos da Silva, Andrelina Martins Lopes, Andrew Seymour Filocomo, Guilherme Pedroso Nascimento Nafalski, Gustavo
Burt, Anna Kaiser Mori, Aparecida Candido, Aparecido Anello Campos, Gustavo Fernandes Camargo, Gustavo Oliveira
Roberto de Lima, Aristeu Zensaburo Nakamura, Aymar Mota, He Nem Kim Seo, Heliana Lombardi Artigiani, Helio
Mendes Soares, Bárbara Fernandes Bueno, Beatriz Laurindo Florentino da Silva, Henrique Sugaya, Igor Cortinove, Inae
de Sousa, Bianca Marques de Brito Ferreira, Bruna Oliveira Egle Santos Gadelha, Ingrid Jesus Costa, Irene Shizue Iyda,
Domingos, Camila Antunes Silva, Camila Nastari Fernandes, Isabel da Silva Rego, Isabella Gonçalves Ferreira, Janaina
Carimie Romano, Carla Garcia de Oliveira, Carla Montanheri Pacheco Cortinove, Jeane dos Santos Almeida, Jessica Costa
Andrade Madureira, Carlos Alberto de Nubila, Carlos Augusto de Jesus, Jessia Ferreira Barbosa Luchesi, Joao Bosco Pereira
Miguel Monteiro, Carlos Eduardo Silverio Barbosa, Carlos Bom, Joao Davi de Souza, Joao Ricardo Passarella Coelho, Joel
Previato de Oliveira, Carolina Baptista Suzuki Silva, Carolina Marques de Sousa, José Benedito de Freitas, Jose Cabral Neto,
Heldt D’Almeida, Caroline Lima da Silva, Caroline Maderic José Luiz Inácio, José Marcos Pereira de Araújo, José Marinho
Riquino, Cassia Aparecida Quachio, Catia Lacerda Ferras Nery da Silva Junior, Jose Pereira da Silva Filho, Joyce Almeida
da Silva, Chiara Scotoni Mendes da Silva, Clarice de Fátima dos Santos, Joyce Carvalho da Silveira, Joyce de Souza Santos,
Francisco, Clarice Sacchi Correia, Claudenice Jorge Lago Juliana Colli Munhoz, Juliana Furlanetto Pereira, Juliana
Silvino, Cláudia Calazans Cardoso, Claudio Thomaz de Paula Gilardino, Juliana Gonçalves de Azevedo, Juliana Maria
Ribeiro, Cristiane Aparecida Cosmo da Silva Aciole, Daisy Vitorino das Chagas Santos, Juliana Oms, Karina Veglione
Regina Pena, Dalva Maria de Araujo, Daniel Borges Sombra, , Lara Cavalcanti Ribeiro de Figueiredo, Larissa de Santis
Daniel Henrique Caires Marques de Araújo, Daniel Ventura, Candro, Larissa Gomes de Lima, Laura Belfort de Andrade
Daniela Bortolozzo, Daniela Fernandes Sobrinho, Danilo Fernandes, Letícia Araújo Santos, Letícia Ciquini Castro,
Mizuta, Débora Grama Ungaretti, Débora Samelo Mischiatti, Leticia da Silva Patrocínio, Leticia Figueiredo Collado, Leticia
Debora Sotto, Deidevani Liberatti Pinheiro Pimenta, Denise Galan Garducci, Leticia Silva Pontes, Liane Lafer Schevz,
de Campos Bittencourt, Denise Gonçalves Lima Malheiros, Ligia Maria Coelho Nieto, Liliane Pereira Campos, Lisandro
Diego Luciano da Silva Faria, Diogo Dias Lemos, Dione Barros Frigério, Lucas Pimenta Alves, Luci Neves Soares, Luciana
de Farias, Dirce Harumi Matuzaki, Eduardo Abramowicz Chakarian Kuada, Luciana Correia Gaspar Souza, Luciana de
Santos, Eduardo Augusto Arteiro de Faria, Eduardo Donizete Sá Roncada, Luciana Pascarelli Santos, Luis Antonio Oliveira
Pastrelo, Edwin Cruz Cavino, Elaine Cristina Melgaço Dias Batista, Luis Fernando Villaça Meyer, Luis Oliveira
Paladini, Elaine do Carmo Bueno Pereira Dias, Eliana Costa Ramos, Luisa Marujo Ibrahim, Luiz Augusto Lima de Oliveira,
Simões, Eliane Ferrara, Erminia Mukuno, Fabiana Cristina Luiz Felipe do Nascimento, Luiz Fernando de Moraes Vecchia,
da Luz, Fabio Custodio Costa, Fabio Mariz Gonçalves, Felipe Luiz Guilherme Silveira Monteiro
76
Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano
Assessoria de Participação Popular e Comunicação
Guia Metodológico dos processos participativos
A participação como método de governo e sua dimensão formativa.

Agradecemos as Secretarias e órgão públicos, que participaram dos Grupos


de Trabalhos Intersecretariais e que apoiaram o processo participativo:

Secretaria Municipal de Assistência Social


Secretaria Municipal de Comunicação
Controladoria Geral do Município
Secretaria Municipal de Cultura
Secretaria Municipal de Coordenação das Subprefeituras
Secretaria Municipal de Desenvolvimento, Trabalho e Empreendedorismo
Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania
Secretaria Municipal de Educação
Secretaria Municipal de Esportes
Secretaria Municipal de Finanças e Desenvolvimento Econômico
Secretaria Municipal de Governo
Secretaria Municipal de Habitação
Secretaria Municipal de Igualdade Racial
Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana
Secretaria Municipal de Licenciamento
Secretaria Municipal de Negócios Jurídicos
Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência
Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão
Secretaria Municipal de Políticas para Mulheres
Secretaria Municipal de Relações Governamentais
Secretaria Municipal de Relações Internacionais e Federativas
Secretaria Municipal de Saúde
Secretaria Municipal de Serviços
Secretaria Municipal de Transportes
Secretaria Municipal de Verde e meio Ambiente.

Companhia do Metropolitano de São Paulo


SP Urbanismo

77

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