FARMACO - Resumo - Anti-Hipertensivos
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LIVRO
HIPERTENSÃO
Condição causada por múltiplos fatores e que é caracterizada pelo aumento sustentado dos níveis de pressão acima ou igual de 140mmHg e/ou 90mmHg.
FATORES DE RISCO
CONSEQUÊNCIAS
CLASSIFICAÇÃO
Com base nos valores das pressões sistólica (maior) e diastólica (menor), a pressão arterial de uma pessoa pode ser classificada da seguinte forma:
RECOMENDAÇÕES
Pré-hipertensão
o Mudanças no estilo de vida para um mais saudável
o Nova medida em 3-6 meses
Hipertensão estágio 1
o Mensurar o risco cardiovascular*
o Se o risco for menor do que 10%
Mudança de estilo de vida
Nova medida em 3-6 meses
o Se o risco for maior do que 10%
Mudança de estilo de vida
Medicação
Acompanhamento mensal da pressão até que ela esteja controlada
Hipertensão estágio 2
o Mudança de estilo de vida
o Associação de 2 classes de medicamento
o Acompanhamento mensal até que a pressão esteja controlada
A regulação da pressão arterial é importante de modo que ela seja intensa o suficiente para ser capaz de fazer a perfusão tecidual, mas não tão
intensa de modo que promova lesão na parede do endotélio.
A pressão é diretamente proporcional ao débito cardíaco e à resistência periférica. Eles dois, por sua vez, são controlados por 2 sistemas
principalmente: sistema de barorreceptores e sistema renina-angiotensina-aldosterona. Os fármacos utilizados agem principalemente alterando
a resistência e/ou o débito cardíaco.
o Sistema barorreceptor
Constituído por neurônios sensíveis a pressão, localizados majoritariamente no arco aórtico e no seio carotídeo. Se a pressão
diminui, ele diminui a sua frequência de disparos ao SNC, diminuindo a atividade do parassimpático e aumentando a do
simpático que, através dos receptores adrenérgicos α1 nos vasos causa vasoconstrição, o que aumenta a resistência, e β1
no coração aumenta a força e frequência de contração, o que aumenta o débito cardíaco.
o Sistema renina-angiotensina-aldosterona
Os rins também possuem barorreceptores, que respondem tanto à detecção de alterações na pressão quanto ao estímulo
simpático pelos receptores β1. Se perceberem que a pressão está baixa ou se forem estimulados pelo simpático, liberam
renina, que clivará angiotensinogênio a angiotensina 1, que será clivada a angiotensina II pela enzima ECA, produzida nos
pulmões. Angiotensina II é vasoconstritora (age principalmente na arteríola eferente do glomérulo) e promove liberação de
aldosterona, que leva à maior reabsorção de Na+ nos rins.
o Muitos fármacos agem na inibição dessa via de renina-angiotensina-aldosterona.
TRATAMENTO
O tratamento da hipertensão inclui medidas não-medicamentosas (exercícios físicos, melhora da alimentação, perda de peso) e medicamentosas
através dos fármacos anti-hipertensivos. O tratamento tem como objetivo proteger os desfechos cardiovasculares ou renais.
O tratamento tem metas a serem alcançadas e se isso não ocorrer deverá haver um ajuste no tratamento.
1. Diuréticos
a. Inibidores da anidrase carbônica
b. Diuréticos de alça
c. Diuréticos tiazídicos
d. Diuréticos osmóticos
e. Poupadores de K+
i. Antagonistas de aldosterona
ii. Inibidores de canais de Na+
2. Inibidores adrenérgicos
a. De ação central (agonistas α2)
b. Alfabloqueadores
c. Betabloqueadores
3. Vasodilatadores diretos
4. Bloqueadores de canais de Ca2+
5. Inibidores da ECA
6. Inibidor direto da renina
7. Antagonistas do receptor AT1 da angiotensina II
Esses fármacos podem ser utilizados em associação:
DIURÉTICOS
Essa é a classe mais utilizada devido à sua eficácia e ao baixo custo, sendo, por isso, a classe de primeira linha em várias diretrizes.
A ação anti-hipertensiva se dá pelo fato de diminuírem o débito cardíaco através da diminuição da volemia. Fazem isso através da diurese e da
natriurese.
São classificados de acordo com a parte do túbulo renal em que atuam.
Locais de transporte de solutos e água ao longo do néfron.
O conceito de reabsorção isosmótica diz que quando houver a reabsorção de um soluto, haverá, para manter a osmolaridade, a reabsorção de soluto,
nesse caso, água. Isso só não acontecerá em locais impermeáveis à água, como no ramo espesso da alça de Henle e na primeira parte do ducto
contorcido distal.
o Ocorre transporte pelo transportador Na+/K+/2Cl-, o que deixa o lúmen com cargas positivas e contribui para a absorção de íons como
Ca2+, Mg+
o Reabsorção de 25% do Na+
o Impermeável à água
o É onde agem os diuréticos de alça
o Porção proximal
o Cotransporte Na+/Cl-
o Impermeável à água
o Porção final
o Parecido com ducto coletor
o Onde agem os diuréticos tiazídicos
DUCTO COLETOR
Mecanismo: A anidrase carbônica catalisa a conversão de ácido carbônico (H2CO3) em água e CO2. Esses dois vão entrar na célula e se
recomporão a ácido carbônico, que dessa vez será convertido a bicarbonato (HCO3-) e H+. O H+ será trocado, via transportador, por Na+ que está
no túbulo para ser excretado. Ele entra na célula e através do transporte com K+ passa para o sangue, sendo assim reabsorvido. O HCO- fruto da
decomposição do ácido carbônico também vai para o sangue, onde serve como tampão. Sendo assim, a conversão de ácido carbônico em CO2 e
água é necessária para a reabsorção de Na+ e a sua inibição impedirá esse processo. Também diminuem a reabsorção de Cl- e K+.
Uso: Não são mais tão utilizados, porque são menos eficientes do que os outros diuréticos.
Podem ser usados para o glaucoma na medida em que diminuem a quantidade de humor aquoso
Atenua os sintomas da doença das montanhas
Anticonvulsivante
Exemplos: Acetazolamida, Metazolamida e Diclorfenamida.
Efeitos colaterais: podem gerar acidose metabólica, pois impedem a reabsorção de bicarbonato, um importante tampão sanguíneo e também por
diminuírem a excreção de H+ (tornam a urina mais básica)
Pode haver hiperpotassemia
Formação de cálculos renais
Sonolência
Parestesia
Pode levar à diminuição da excreção de NH4+ e isso é perigoso em pacientes com cirrose hepática.
DIURÉTICOS OSMÓTICOS
Mecanismo: São componentes hidrofílicos que são filtrados livremente pelo glomérulo, indo para o túbulo. Lá, eles não são muito reabsorvidos,
permanecendo nos túbulos e agem aumentando a osmolaridade do líquido tubular, o que promove um gradiente osmótico que leva a água do
interstício em direção ao túbulo para ser excretada pela urina. A ação deles ocorre principalmente no túbulo contorcido proximal e no ramo
descendente da alça de Henle.
Efeitos colaterais: Eles podem causar perda indiscriminada de eletrólitos: Na+, K+, Ca+2, Mg 2+, Cl-, HCO3-, fosfato.
A ureia pode causar trombose
A glicerina pode causar hiperglicemia
Podem causar edema pulmonar e ICC.
Exemplos: Manitol, ureia, glicerina, isossorbida.
O manitol só age como diurético osmótico quando usado por via parenteral (IV). Senão, servirá como diarreico. A ureia também
é administrada via IV.
Uso: principal tratamento para aumento da pressão intracraniana (que leva a edema cerebral)
Insuficiência renal aguda
Toxicidade por drogas
Crise aguda de glaucoma
Síndrome do desequilíbrio dialítico (é capaz de manter a fluxo urinário em pacientes e diálise, preservando a função renal).
DIURÉTICOS DE ALÇA
São os mais potentes dos diuréticos, porque essa área é responsável pela reabsorção de 25 a 30% do NaCl e o restante da porção final do néfron
não consegue compensar essa perda do íon.
Mecanismo: atuam na porção espessa da alça de Henle, inibindo o trocador Na+/Cl-/K+, responsável pela reabsorção desses íons. Ao contrário
dos tiazídicos, promovem a secreção tubular de Ca+, diminuindo a concentração desse íon no sangue.
Uso: são os fármacos de escolha em emergências, como para reduzir o edema pulmonar agudo e o edema periférico agudo ou crônico causado
por insuficiência cardíaca ou renal. Esse uso é ainda mais rápido quando a administração é intravenosa.
São usados em pessoas com insuficiência renal, situação em que não é possível o uso de tiazídicos
Usados no tratamento de hipercalcemia e da hiperpotassemia.
Efeitos adversos: desidratação e hipotensão (causada por hipovolemia aguda, que pode levar também a choque e arritmias cardíacas),
Hipocalemia (a associação de poupadores de K+ pode diminuir essa depleção)
Hipocalcemia
Hipomagnesia (corrigido com suplementação)
Hiperuricemia (não indicados em propensão a gota; furosemida e ácido etacrínico; por causa da competição pelos sistemas
secretores renais)
Alcalose metabólica
Ototoxicidade (perda auditiva permanente ou reversível)
Depressão de medula óssea
Fotossensibilidade,
Distúrbios do TGI
Podem aumentar os efeitos adversos dos digitálicos cardiotônicos e antiarrítmicos.
Exemplos: Furosemida (Lasix ®), bumetamida, piretanida. Ácido etacrínico (não é usado muito por causa dos efeitos adversos, como ototoxicidade).
A furosemida pode aumentar o fluxo de sangue nos rins, possivelmente pela síntese de prostaglandinas e, por isso, é muito
boa para emergências como edema agudo do pulmão. Como os AINES diminuem a síntese dessas prostaglandinas, eles podem
diminuir a ação desses diuréticos.
São secretados na urina.
TIAZÍDICOS
Mecanismo: Inibem a reabsorção de Na+ no túbulo contorcido distal por inibição do cotransportador Na+/Cl-. Precisam de uma função renal
preservada, pois para agirem na membrana luminal, que é onde está o cotransportador, têm de ser excretados para o lúmen tubular.
Eles, além de diminuir a volemia, agem diminuindo a resistência vascular periférica através do relaxamento do músculo
liso das artérias (o mecanismo pelo qual fazem isso não é conhecido). Isso permite que mesmo quando ocorrerem os
mecanismos compensatórios, a diminuição da pressão ainda é observada.
Uso: são a classe de diuréticos de escolha na hipertensão, mas só são utilizados para pacientes com funções renal e cardíaca preservadas.
Utilizados para o edema grave da cirrose e da insuficiência cardíaca (mas não são a droga de escolha nesse último caso; são os de alça),
hipercalciúria (principalmente pacientes com cristais de C+2 no trato urinário). Diabetes insípido.
Efeitos colaterais: hipocalemia
Hipomagnesemia
Hiperuricemia
Hiponatremia
Hiperlipidemia
Disfunção erétil
Tolerância à glicose diminuída devido à diminuição da liberação de insulina.
Exemplos: hidroclorotiazida (HCZ), clortalidona, indapamida
A clortalidona tem se mostrado com melhores resultados do que a hidroclorotiazida, mas ainda não é amplamente
utilizada na saúde pública.
O uso de AINES (ex: indometacina), que diminuem o fluxo de sangue renal pela inibição da produção de protaglandinas, pode diminuir a eficácia
desse grupo.
Geram excreção de Na+ e Cl- na urina, gerando uma urina hierosmolar. As outras classes não fazem isso.
Não alteram o equilíbrio ácido-base do sangue.
Ao contrário dos diuréticos de alça, os tiazídicos diminuem a excreção na urina de Ca2+. Há indícios de que o uso deles preserve a densidade
mineral óssea nas costelas e coluna, diminuindo o risco de fraturas.
POUPADORES DE POTÁSSIO
Mecanismo: atuam no túbulo contorcido distal e/ou túbulo coletor promovendo a natriurese (de pequena intensidade). Eles podem fazer isso de 2
maneiras, o que diferencia 2 classes de poupadores de potássios: os antagonistas de aldosterona e os inibidores dos canais de Na+
Lembrar que o ducto coletor é impermeável. Só com a ação da aldosterona é que há a expressão de canais de Na+ neles.
Esses canais promovem a entrada de Na+ na célula e a Na+/Cl- ATPase jogará esse íon no sangue. Sem os canais, Na+ não
entrará na célula.
O nome deles deve-se à capacidade única entre os diuréticos de diminuir a excreção de potássio, já que eles não conseguem criar um gradiente
eletroquímico para proporcionar a excreção. Isso permite uma grande associação com os fármacos das outras classes, antagonizando a perda de
potássio deles.
Antagonistas de aldosterona
Exemplo: espironolactona
Usos: São usados no edema da insuficiência cardíaca
Hiperaldosteronismo secundário (na doença de Addison, na qual não há níveis suficientes de aldosterona, eles não funcionam)
Hipertensão resistente
Ascites (comuns na cirrose)
Síndrome do ovário policístico extrabula, já que bloqueia receptores de androgênios, cuja concentração está elevada nessa
afecção.
Efeitos colaterais: hiperpotasssemia (devem, por isso, ser evitados em pessoas com insuficiência renal)
Disfunção erétil, ginecomastia, hisrsutismo, galactorreia e ciclos menstruais irregulares (esses por causa da sua estrutura
parecida com hormônios esteroides, que permitem a ativação de receptores dos hormônios sexuais)
Impotência (não bem compreendido)
Letargia e confusão mental.
Exemplo: amilorida
Mecanismo: Inibem os canais de Na+ das células principais. Ao fazerem isso, diminuem a excreção de K+, mas também de Mg+2.
Efeitos colaterais: cefaleia
o Fadiga
o Hipercalemia
o Hiponatremia
o Ginecomastia
o Disfunção erétil
o Dspneia
o Arritmias
o Alopécia
o Hemorragia
o Poliúria
o Hipotensão ortostática.
OUTROS ANTI-HIPERTENSIVOS
INIBIDORES ADRENÉRGICOS
AGONISTAS α2
Mecanismo: São fármacos de ação central que agem estimulando os receptores pré-sinápticos α2, que têm efeito modulatório sobre o sistema
adrenérgico, diminuindo a liberação de noradrenalina e, com isso, a atividade vasoconstritora e estimulante cardíaca do sistema adrenérgico.
Preferíveis para gestantes, porque os seus efeitos são conhecidos e, além disso, eles não incluem teratogênese.
Exemplos: clonidina, guanabenzo, Alfa-metildopa (mais conhecido).
Efeitos adversos: sonolência
Hipotensão postural
Boca seca
Disfunção sexual
ANTAGONISTAS α1
Mecanismo: agem inibindo os receptores α1 presentes nos vasos e com isso promovem vasodilatação e, por isso, diminuem a resistência
periférica, cursando com diminuição da pressão arterial.
Tolerância: A ativação do sistema renina-angiotensina-aldosterona promove um mecanismo compensatório para a ação desses fármacos, o que
leva ao aparecimento de tolerância.
Exemplos: Prasozina. Doxazosina, Terazosina.
Não possuem efeito cardioprotetor grande.
Usos: hiperplasia prostática benigna, onde agem gerando uma dilatação da uretra e melhorando o desconforto da micção.
Efeitos:
o Tontura, hipotensão ortostática e síncope
o Fraqueza, sonolência e cefaleia
o Palpitação
o Congestão nasal, porque causam vasodilatação dos vasos da face.
o Ejaculação retrógrada, porque a dilatação da uretra causa perda parcial dos mecanismos esfincterianos.
ANTAGONISTAS β1 (β BLOQUEADORES)
Mecanismo: Atuam diretamente na musculatura da parede vascular, mais especificamente em canais de Ca2+ ou K+, inibindo a contração e
gerando relaxamento. O efeito é rápido e mantém-se por um tempo, mas por ser rápido pode gerar uma taquicardia reflexa, o que faz com que o
uso deles seja restrito ao ambiente hospitalar. Hidralazina não tem mecanismo conhecido. Minoxidil age hiperpolarizando a célula ao abrir canais
de K+.
Exemplos: minoxidil e hidralazina.
Efeitos adversos: taquicardia reflexa
Retenção de Na+
Usos: Minoxidil é utilizado extra-bula para o crescimento de pelos, já que a vasodilatação que promove gera um maior aporte para os pelos,
culminando no seu crescimento.
Mecanismo: Inibem o influxo de Ca2+ para dentro do músculo liso. A inibição seletiva de músculo liso é possível porque enquanto que a fonte desse
íon nos músculos esqueléticos é preponderantemente do meio extracelular e no cardíaco há uma fonte mista de meio externo e meio interno, no
músculo liso a fonte é quase exclusivamente do meio extracelular.
São divididos em 3 famílias de acordo com a predileção por um tipo de canal de Ca+:
Fenilalquilaminas:
Têm predileção pelo coração.
Possuem efeitos crono e inotrópicos negativos, ou seja, diminuem a força e a frequência de contração
Além disso, a diminuição da velocidade de condução pode causar bradicardia, bloqueio atrioventricular e
insuficiência cardíaca.
Outros efeitos adversos: hipotensão, bradicardia, constipação intestinal.
Por outro lado, inibem a formação de focos arrtitmogênicos supraventriculars.
Verapamil
Benzotiazepinas
Podem causar bradicardia e hipotensão.
Diltiazem
Diidropiridínicos:
Têm maior predileção por canais vasculares e, por isso, os que têm maiores efeitos vasodilatadores. Causam
vasodilatação coronariana também.
Como podem causar ativação simpática reflexa, o uso deles é geralmente de liberação prolongada.
Por causa da vasodilatação excessiva, podem causar tonteira, hipotensão, cefaleia, rubor, náusea, tosses, sibilos,
edema periférico e pulmonar, hiperplasia gengival.
Anlodipino
Nifedipino
Mecanismo: Agem inibindo a ação da enzima conversora de angiotensina no pulmão, de modo a interromper o sistema renina-angiotensina-
aldosterona a reter água no organismo e aumentar o débito cardíaco e a pressão arterial.
Diminuem a retenção de sódio e água
Diminuem tanto a resistência periférica (diminuem a estimulação do sistema nervoso simpático) quanto o retorno venoso
São os melhores cardioprotetores a longo prazo, pois diminuem a remodelação cardíaca.
Efeitos adversos:
o Hipotensão
o Tosse irritativa (as bradicininas, importantes para a iniciação da inflamação, são degradadas no pulmão; a inibição da ECA pode diminuir
a degradação dessas bradicininas e causas tosse seca).
o Hiperpotassemia
o Elevação da renina e da angiotensina
o É raro, mas podem gerar angioedema (por causa do acúmulo de bradicinina) e insuficiência renal aguda (por causa da contração da
arteríola eferente dos néfron proporcionada pela diminuição de angiotensina II, o que pode diminuir a filtração glomerular e gerar
insuficiência).
Contraindicados na gestação, porque a angiotensina é importante na organogênese.
Possuem efeitos néfron-protetores.
Terminação –PRIL
Exemplos: Captopril e Enalapril.
ANTAGONISTAS DE ANGIOTENSINA
Mecanismo: Bloqueiam o receptor AT I da angiotensina II. Esse é o principal receptor responsável pelos efeitos hipertensivos
Receptor ATI: vasoconstrição, aumento de noradrenalina, reabsorção de Na+, secreção de aldosterona, proliferação celular
no coração.
Receptor ATII: anticrescimento, antiproliferativo, vasodilatador.
Efeitos adversos: tonteira, fadiga, mialgia, cefaleia, tosse seca raramente, hipotensão, hiperpotassemia, IRA.
Não devem ser usados na gravidez também.
Não são associados com IECAs porque agem muito próximos.
Usados muito em negros, pois há uma chance maior da hipertensão ser causada por desregulação do sistema renina-angiotensina-aldosterona.
Exemplo: Losartana.
USO NA AMAMENTAÇÃO
USO NA HIPERTENSÃO ARTERIAL CRÔNICA PEDIÁTRICA
Anlodipino, Nifedipino XL, Captopril (criança e neonato), Enalapril, LOsartana, Propanolol, Atenolol, Furosemida, Hidroclorotiazida, Espironolactona,
Clonidina (≥ 12 anos), prazosina, Hidralazina, MInoxidil.
RESPOSTAS COMPENSATÓRIAS
Geralmente acontecem e isso exige revisão dos resultados a longo prazo para ajuste.