Nefro - Glomerulopatias
Nefro - Glomerulopatias
Nefro - Glomerulopatias
Nefro
Estrutura macroscópica
O eixo longitudinal do rim tem 11-12 cm de comprimento: um USG pode mostrar rins com 6 cm ou 20 cm;
assim, precisamos saber as causas de IR que cursam com rim aumentado (IR pelo HIV; hidronefroma;
câncer) e com rim reduzido (HAS).
Porção cortical do rim: onde se localizam os glomérulos; estes exercem a filtração (mandam embora as
substâncias tóxicas, oriundas do metabolismo de proteínas... o metabolismo de gordura e carboidratos
fornece CO2 e H2O apenas... os glomérulos mandam embora o nitrogênio derivado das proteínas); pelos
glomérulos passam bastante coisa: proteínas; glicose; fosfato; ácido úrico. Então, o filtrado glomerular cai
nos túbulos.
Porção medular do rim: onde se localizam os túbulos; respondem pelo EHEAB; os túbulos também produzem
hormônio (EPO).
Pirâmide renal de Malphigi: estrutura medular onde estão os túbulos renais; no ápice da pirâmide existe a
papila, de onde cai a urina formada; a papila entrega a urina para o cálice menor.
3 cálices menores formam um cálice maior.
A união dos cálices maiores forma a pelve renal.
Coluna de Bertin (pouco importante) é quando o córtex penetra na medula.
A pirâmide de Malphigi e o córtex associado a ela formam o lobo renal; importante em nefrectomias.
A cápsula renal é inervada; quando ela distende, dói; isso responde por que o paciente com pielonefrite
sente dor... a inflamação gera edema e distende a cápsula.
Envolta da cápsula existe uma camada de gordura chamada de Fáscia de Gerota.
Vascularização renal
Aorta Artéria renal hilo renal artérias interlobares (passam entre as pirâmides de Malphigi) faz a
curva e formam artérias arqueadas ou arciformes artérias interlobulares (dentro dos lóbulos) arteríolas
aferentes enovelam-se formam os glomérulos arteríolas eferentes vasa reta.
Este circuito leva sangue para ser filtrado no glomérulo, mas não nutre o rim.
Veja bem: o sangue vai para o córtex antes de ir para a medula.
O córtex é a região mais vascularizada do rim.
A papila está na região final da medula... na região menos privilegiada do ponto de vista de vascularização.
A parte menos nutrida é a papila renal.
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Raniê Ralph Nefro
Néfron
É a unidade morfofuncional do rim.
Formado pelo glomérulo e túbulos por onde passam os filtrados.
Os glomérulos filtram 140 litros de sangue por dia... urinamos só 2 litros porque os túbulos reabsorvem mais
de 90% disso.
Envolta do glomérulo existe a Cápsula de Bowman... ela recebe o filtrado glomerular... este filtrado vai para
o túbulo que é responsável por reabsorver... o folheto parietal da Cápsula de Bowman é o que vemos
normalmente... o folheto visceral está encostado no glomérulo (são os podócitos)... os podócitos emitem
prolongamentos que funcionam como uma barreira mecânica impedindo a saída de substâncias de dentro
dos glomérulos (por exemplo, proteínas de alto peso glomerular, como gamaglobulinas).
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Raniê Ralph Nefro
As lesões glomerulares
Só existem 5 formas de o glomérulo ser atacado...
1) Síndrome Nefrítica
Hematúria, oligúria, edema e HAS.
2) Alterações assintomáticas
Hematúra + oligúria + assintomático.
3) Síndrome nefrótica
Edema + proteinúria + hipoalbuminemia.
4) GNRP
É a Síndrome Nefrítica matando o rim do paciente em semanas ou meses.
É uma Síndrome Nefrítica que não tem a evolução benigna que é esperada desta entidade.
5) Trombose glomerular (SHU)
Representada (protótipo) pela Síndrome Hemolítico-Urêmica: há anemia hemolítica microangiopática e
Síndrome Urêmica (insuficiência renal aguda).
Shigella ou E. Coli toxina faz lesão vascular (endotelite) endotelite glomerular plaquetas se agregam
ao colágeno exposto obstruem a circulação fim da filtração síndrome urêmica... qualquer coisa que
obstrua a microcirculação impede a passagem adequada das hemácias anemia hemolítica
microangiopática (BI e LDH aumentado).
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Raniê Ralph Nefro
Laboratório (GNDA)
Hematúria dismórfica
Piúria
Há leucócitos na urina.
Rim inflamado leucócitos migram caem na urina.
Piúria não é patognômico de pielonefrite.
Cilindros celulares
Pode dizer que há síndrome nefrítica sem precisar de hematúria dismórfica...
A alça de Henle produz uma glicoproteína constantemente... ela parece uma cola... é a proteína de Tamm-
Horsfall... esta proteína começa a se agregar no túbulo e adquire formato cilíndrico... uma hemácia pode
passar pela proteína e se colocar nela... então, essa proteína sai pela urina sob a forma de cilindro
hemático... quem faz cilindros hemáticos? Quem tem hematúria glomerular.
A presença de cilindros hemáticos na prova = Síndrome Nefrítica.
o Cilindros hemáticos ou eritrocitários = hemácia + proteína de Tam-Horsfall.
o Cilindros piocitários = piócitos + proteína de Tam-Horsfall.
o Cilindros hialinos = sai só a proteína... pode ser fisiológico... se for em grande quantidade pode
indicar Síndrome Nefrótica.
o Cilindros granulosos = proteína de Tamm-Horsfall + células que descamam do próprio epitélio
(de uma NTA, por exemplo).
Cilindro é tão importante que é critério para Lúpus.
Proteinúria (<3,5g/24h ou <50 mg/kg/24h para crianças)
Pelos glomérulos passam muitas proteínas, mas são eliminadas até 150 mg/24h porque os túbulos
reabsorvem o resto... o paciente com Síndrome Nefrítica perde muita proteína e os túbulos se saturam a
ponto de não conseguir reabsorver...
É uma proteinúria menor do que 3,5 g/24h. Do contrário, é Síndrome Nefrótica.
Uréia e creatinina se elevam
Há retenção azotêmica.
Tríade
Hematúria, edema e hipertensão.
Oligúria congestão volêmica edema + HAS.
E as causas?
1. Infecciosas
GN pós-estreptocócica.
GN não pós-estreptocócica.
Bacterianas.
Virais.
Parasitárias.
2. Sistêmicas
LES.
Púpura de Henoche-Scholein (anafilactóide; não trombocitopênica).
Vasculites.
Síndrome de Goodpasture (costuma dar a Síndrome Nefrítica que mata o rim rápido, ou seja, a GNRP).
Tumores.
Crioglobulinemia.
3. Primária dos glomérulos
Doença de Berger.
Glomerulonefrite membranoproliferativa.
Proliferativa mesangial “pura”.
Nefrite por IC idiopática.
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Raniê Ralph Nefro
Período de incubação
PI de faringoamigdalite purulenta: 10 dias (1-3 semanas)... é uma região de mucosa; bem vascularizada; a
resposta é mais rápida...
PI de piodermite: 21 dias (2-4 semanas)... a infecção tem que vencer a pele ainda... por isso demora mais...
Epidemiologia
População de 2-15 anos... doença de pré-escolar e escolar.
Pré-escolar: pico da piodermite.
Escolar: pico da faringoamigdalite.
Clínica
Protótipo da Síndrome Nefrítica.
Diagnóstico
1. Houve faringite ou piodermite recente?
2. O período de incubação é compatível?
3. A infecção foi estreptocócica?
O principal motivo de infecção de VAS é vírus.
Swab de orofaringe com cultura não confirma infecção: existe a possibilidade de ser apenas colonização.
Não faça cultura para confirmar... pode significar infecção ou não...
Anticorpos
Marca que houve inflamação e infecção estreptocócica.
o Anti-estreptolisina O (ASO ou ASLO).
o Anti-DNAase B.
o Anti-hialuronidase.
o Anti-estreptoquinase.
o Anti-NADase.
Sensibilidades:
Via faríngea: ASO = 90% e anti-DNAse B = 75%.
Via cutânea: anti-DNAse B = 70% e ASO = 50%.
Ou seja, em 50% das piodermites estreptocócicas ASLO vai ser negativo.
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Raniê Ralph Nefro
Prognóstico
95% de chance de o indivíduo nunca mais ter nada... sem sequelas... raramente a infecção volta (ao
contrário da FR... em que os episódios aumentam a chance de novos episódios).
História natural
Olígúria: até 7 dias.
Queda do complemento até 8 semanas.
Hematúria até 6 meses - 1 ano.
Proteinúria leve até 2-5 anos (para alguns livros até 10 anos).
Biópsia ao MO
Padrão proliferativo-difuso (inflamação acomete todo o glomérulo).
Biópsia a ME
Conceito: GIBA (humps) ou corcova = GNPE.
Biópsia à Imunofluorescência (acende anticorpos)
Padrão granular: não atinge só a MBG.
Tratamento
1. Restrição hidrossalina.
2. Diuréticos (especialmente furosemida)
3. Vasodilatadores (hidralazina)
Aumenta a capacitância do vaso... o líquido não transuda... não faz EAP... melhora a resposta à
hipervolemia.
4. Diálise (se necessário)
EAP refratário.
Hipercalemia refratária.
Encefalopatia hipertensiva refratária.
5. Antibióticos?
A antibioticoterapia precoce previne o aparecimento de GNPE?
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Raniê Ralph Nefro
Não.
Na FR previne.
Existe benefício do uso de antibióticos para um quadro de GNPE?
Não.
O ATB não muda a história natural da GNPE (não cura a Síndrome Nefrítica... não cura a GNPE... não salva o
glomérulo).
Está indicado o uso de ATB para os pacientes que desenvolvem GNPE?
Sim.
O estreptococo nefritogênico pode ser transmitido para os contactantes.
O ATB erradica o estreptococo capaz de causar a Síndrome Nefrítica.
O Harrison fala para tratar toda a família.
Está indicado o uso profilático de ATB nos pacientes que já desenvolveram GNPE?
Não.
Na FR sim... fazemos ATB periódico...
Obs:
Ciclofosfamida é o imunossupressor do rim.
Síndrome Nefrítica
5% dos casos evoluem com Síndrome Nefrítica franca.
Não consome complemento e não tem período de incubação.
Diagnóstico
Hematúria macro ou micro ou Síndrome Nefrítica + complemento normal + IgA sérica alta (50%) + IgA na
biópsia cutânea (50% dos casos; faça biópsia do cotovelo; veja se há IgA no vaso).
Diagnóstico de certeza
BX renal mostra imunocomplexos com IgA no mesângio (imunofluorescência).
Tratamento
Macete do glomérulo:
Glomérulo trabalha bem, mesmo lesado? Deixa quieto.
Doença glomerular caminhando mal? Corticóide.
Doença glomerular caminhando muito mal? Corticóide + imunossupressor (ciclofosfamida).
Fodeu, o rim vai acabar mall? Corticóide + imunossupressor (ciclofosfamida) + plasmaférese.
Hematúria recorrente macro/micro assintomática
Acompanhamento ambulatorial apenas.
Somente 20% em 20 anos de doença evoluem com IR.
Proteinúria > 1g/dia; HAS; creatinina > 1,5 mg/dL; há indicação de biópsia (mal prognóstico)
Corticóide com ou sem imunossupressor (ciclofosfamida).
Glomérulo inflamado... sob pressão... perde proteína... vamos tratar com o que?
IECA (pril) ou BRAT1... drogas que relaxam a pressão do glomérulo e diminuem a HAS... são drogas que não
tratam a inflamação... quem faz isso é o corticóide.
Histopatologia
Lesão inflamatória do endotélio migração de macrófagos migração de fibroblastos inflamação às
custas de fibrina a inflamação sai para fora e ocupa o espaço de Bowman formam-se crescentes.
>50% de glomérulos com crescentes = GNRP.
A fibrosa ocupa tudo e impede o funcionamento do glomérulo... não há como filtrar... não podemos deixar
isso acontecer... do contrário, não adianta fazer IECA ou corticóide (eles não vão atuar sobre a fibrose).
Em tese, qualquer doença pode evoluir para isso (Berger; GNPE; etc)... mas, em prova eles cobram quem
caracteristicamente faz isso com o rim, ou seja, a Doença de Goodpasture.
Plasmaférese: igual fazer hemodiálise; filtro retira anticorpos; o cidadão fica todo dia na máquina; chato
para caramba; ele tem que ter todos os anticorpos anti-MBG retirados.
Diagnóstico
Imunofluorescência da biópsia mostra padrão linear.
Tratamento
É rim... é gravíssimo...
Corticóide + imunossupressão + plasmaférese (é fundamental nesses casos; decore isso).
As lesões glomerulares
Quais doenças lesam os glomérulos?
Independente da doença, ela lesa o glomérulo de cinco formas principais.
1. Síndrome Nefrítica
O grande exemplo é a GNPE.
2. GNRP
O paciente perde a função renal de forma súbita.
3. Síndrome Nefrótica
4. Alterações urinárias assintomáticas
Paciente jovem, do sexo masculino, que apresenta episódios isolados de hematúria (Berger).
5. Trombose glomerular
Conceito mais associado à pediatria.
O grande exemplo é a SHU: lactente que faz infecção intestinal (diarréia por E. coli O157:H7 que produz a
verotoxina que lesa o endotélio plaquetas se grudam e são consumidas trombocitopenia; as hemácias
tem dificuldade para passar por ali hemólise anemia hemolítica microangiopática com esquizóticos
trombo obstrui o fluxo renal e impede filtração uremia com IRA e aumento das escórias nitrogenadas.
Síndrome Nefrótica
Vamos falar das doenças primárias que lesam os rins e depois das doenças sistêmicas (DM e HAS) que
causam Síndrome Nefrótica.
Síndrome Nefrótica é uma síndrome dispensa um conjunto de sinais e sintomas (apesar de ter o nome de
síndrome). Ela existe a partir do momento em que há proteinúria > 3,5 g/24h.
1. Proteinúria maior 3,5g/24h
Em crianças: >50mg/kg/dia.
Lembre-se sempre de que existe proteinúria de origem não-glomerular.
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Raniê Ralph Nefro
Normalmente apresentamos até 150 mg/dia de proteína na urina... pelo glomérulo podem passar 2-3-4g/dia
de proteína... proteínas passam pelo glomérulo; grande parte delas são reabsorvidas pelos túbulos. Assim,
doenças tubulares impedem reabsorção de proteínas e há proteinúria; nestes casos, geralmente é uma
proteinúria mais leve... até 1-3 g/dia.
Mieloma múltiplo: uma doença hematológica que produz cadeias leves de imunoglobulinas em grande
quantidade; há a famosa proteinúria de Bence Jones; nestes casos, há proteinúria porque há proteína em
excesso no sangue; os túbulos não dão conta de reabsorver tudo aquilo que foi filtrado.
A proteinúria também pode ocorrer ocasionalmente em: ortostase; exercícios... sem apresentar algum
significado patológico.
2. Hipoalbuminemia
A perda de proteína implica na perda da principal proteína sérica: a albumina.
Na realidade, há uma hipoproteínemia.
2. Hipoproteínemia
2.1. Hipoalbuminemia
2.2. Outras
É isso que permite detectar a Síndrome Nefrótica
o Antitrombina III: importante cofator da heparina (prova): o organismo possui um equilíbrio
entre fatores pró e anti-coagulantes... a perda de fatores anti-coagulantes favorece o
aparecimento de episódios de trombose (venosas e arteriais); podem surgir TVP de panturilha,
Trombose de veia renal, entre outros.
Vamos fazer um adendo aqui: suponha que uma paciente lúpica dê entrada com uma TVP de
panturrilha... a sua primeira conduta seria prescrever heparina para ela... e isso está correto...
mas você já pensou que essa paciente pode estar fazendo TVP como primeiro sinal de uma
Nefrose? Desse modo, ela estaria perdendo o principal cofator da heparina (Anti-trombina III)
pela urina. Nesta situação, seria muito importante que você trabalhasse com doses mais altas de
heparina e monitorasse o PTTK com mais regularidade. Além disso, deveria iniciar o Cumadin
(Warfarin; anti-vitamina K; cumarínico) mais precocemente. Lembre-se sempre... essa paciente
pode ser resistente à heparina.
o Imunoglobulinas
O paciente perde principalmente IgG pela urina e passa a apresentar predisposição a infeccções,
especialmente por germes capsulados. Destaque para o pneumococo.
o Transferrina:
A transferrina é uma proteína que vai no delgado, capta o ferro e transporta até a MOV para
síntese hemoglobina e hemácias. Deste modo, o paciente com Síndrome Nefrótica faz anemia
ferropriva refratária a sulfato ferroso.
3. Edema
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Raniê Ralph Nefro
O paciente tem perda de proteína na urina; assim, há perda de pressão oncótica dentro do vaso; há pouco
fluxo renal ativação do SRAA reabsorção de água e sódio edema.
Quanto mais ele perde de proteína, mais hipovolêmico ele fica uma vez que perde volume para o terceiro
espaço.
É diferente na Síndrome Nefrítica: a lesão diminui filtração oligúria hipervolemia HAS e edema.
Na Síndrome Nefrótica: o paciente pode estar com edema e hipovolêmico.
O edema se forma frequentemente onde o tecido é mais frouxo (pressão tecidual é mais baixa): área
palpebral; peripamelolar (até pela gravidade).
Pode haver anasarca com ascite, inclusive.
Assim, vale uma observação: na Síndrome Nefrítica, o paciente está congesto, cheio de volume... por isso há
hipertensão e edema... é extremamente razoável utilizar diuréticos (Lasix ou HTCZ)... mas, na Síndrome
Nefrótica, o líquido do paciente está fora do vaso... você usa diurético... ele faz hipotensão... hipoperfusão...
choque... e óbito...
Complicações
1. Trombose venosa profunda
Na clínica é rara.
Há um lugar muito específico: veia renal (é a primeira veia que o sangue encontra com pouca anti-trombina
III, logo após perdê-la no rim).
Quadro clínico da trombose de veia renal: o sangue chega via artéria renal mas não sai pela obstrução da
veia renal o rim começa a aumentar de tamanho distende a cápsula de Gerota dor lombar;
pequenos vasos túrgidos se rompem hematúria; mais pressão nos glomérulos aumenta o proteinúria.
Será que esse paciente não está piorando a doença de base (Síndrome Nefrótica)? O que diferencia entre
uma exacerbação da doença e uma TVR? Doppler de veia renal.
Macete: do lado direito a veia gonadal é tributária direta da veia cava; do lado esquerdo, a veia gonadal
drena primeiro para a veia renal e depois para a veia cava; numa trombose da veia renal esquerda o
sangue da veia gonadal esquerda não sobe e o paciente faz varicocele súbita à esquerda.
Será que não pode também ser um hipernefroma? Ele pode crescer e obstruir veia renal e até a veia cava.
Ainda assim, é um T3 e é operável.
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Raniê Ralph Nefro
Nefropatia membranosa.
GN mesangiocapilar ou membranoproliferativa.
Amiloidose.
2. Aterogênese acelerada
Pela dislipidemia.
3. Infecções
Principalmente por germes capsulados (pneumococo).
Obs:
Não inicie diurético animal... ou vai vai precipitar uma trombose...
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Raniê Ralph Nefro
Vínculo cerebral
Causa mais comum de SN em crianças.
Doença associada: Doença de Hodgkin.
Precipitada pelos anti-inflamatórios.
Períodos de proteinúria – nada – proteinúria.
Dramática resposta ao corticóide.
Peritonite primária por pneumococo.
Achado histológico: fusão com retração dos processos podocitários (queimou a alça capilar).
Há consumo de complemento?
Não.
Obs
As crianças com DLM tem forte predisposição a infecções: PBE > pnemonias, celulites, sinusites...
Tem mais chance de infecção do que de evento trombo-embólico.
Analisando um glomérulo...
Global x Segmentar
Segmentar: apenas uma parte do glomérulo é acometida.
Global: acomete o glomérulo inteiro.
Epidemiologia
No paciente adulto com Nefrose esperamos encontrar a GESF.
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Raniê Ralph Nefro
Durante muito tempo a principal forma de Síndrome Nefrótica foi a Nefropatia Membranosa e a segunda
seria a GESF. Já se sabia na época que em negros a GESF vinha em primeiro lugar.
O Harrison já trás essa mudança... GESF responde a 33% e membranosa a 30% das nefroses...
Ou seja, GESF é a primeira colocada em Síndrome Nefrótica em adultos.
GESFsecundária
Grave a tabela das causas de GESF...
Macete
Se não lembrar da tabela das causas de GESF use o seguinte macete:
Membranosa é a segunda mais frequente no adulto e está associada a: neoplasias sólidas (ca de mama,
cólon, rim) + hepatite B + drogas (captopril + sais de ouro + D-penicilamina).
Mesangiocapilar (ou GNMP) está associada a hepatite C.
Doença de lesão mínima está associada a AINES e DH.
Não é nenhuma dessas, é GESF: AF; heroína; obesidade mórbida; pré-eclâmpsia.
O macete final fica assim: é AINES, DH (DLM), neoplasia sólida, hepatite B, captopril, sais de ouro, d-
penicilamina (Membranosa), hepatite C (GNMP)? Não? É GESF.
Há consumo de complemento?
Não.
3. Proliferativa mesangial
Nunca caiu na prova e não vai cair.
Só para entender... tem gente que diz que não existe e não descreve...
Apresenta um comportamento semelhante a GESF... quando biopsiamos “áreas normais” encontramos
áreas que parecem DLM.
Toda vez que o mesângio é lesado há hematúria... por isso o paciente pode ter Nefrose + Hematúria
eventual.
4. Nefropatia membranosa
Epidemiologia
É a segunda causa de Síndrome Nefrótica em adultos.
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Raniê Ralph Nefro
Lesão
Há um espessamento da membrana basal.
Pode ser a lesão inicial do LES (existem 6 classes de lesão; a mais comum e a mais grave é a tipo IV –
proliferativa difusa) e da DM (também foge da regra); existem uma caralhada de lesões em LES e DM.
Qual a grande característica da nefropatia membranosa? Não há nenhuma; o paciente pode perder o rim (IR
terminal); ou pode haver resolução espontânea; ou pode haver melhora parcial volta com proteinúria
melhora e fica nesse ciclo...
Tratamento
Por isso não há como falar sobre o tratamento: alguns evoluem mal (precisamos de corticóide); outros
evoluem bem (e não precisamos); não há como prever a evolução.
Vínculo cerebral
Segunda causa mais comum de SN em adultos.
Sinal inicial de uma neoplasia oculta.
Sinal inicial do LES.
Complica com TVR.
É precipitada hepatite B + captopril + sais de ouro + D-penicilamina.
Há consumo de complemento?
Não... na primária...
Depende da causa... LES vai consumir.
5. GN mesângiocapilar (membranoproliferativa)
Manifestação
Criança com hematúria + oligúria + edema + HAS... pensei em GNPE... tem tudo compatível... mas o
complemento fica positivo por mais de oito semanas. Além disso, a proteinúria costuma ser nefrótica.
Condição associada
Hepatite C: associada à vasculite dita crioglobulinemia mista tipo II... crioglobulinas, anticorpos que se
precipitam a frio, se junto com antígenos do vírus da Hepatite C (RNA vírus) e se depositam nos rins...
Anti-HCV positivo não significa muita coisa... a maioria das pessoas que entram em contato com o vírus C
realmente desenvolve hepatite C crônica, mas precisamos documentar a infecção crônica solicitando carga
viral (cópias de RNA) e genotipagem do vírus.
Lesão
Duplo contorno.
O mesângio começa a crescer e invade as alças capilares.
Descrita como a lesão do duplo contorno: o mesângio cresce e separa o capilar da membrana basal.
Obs:
Pode haver hematúria... o paciente tende a ficar mais hipervolêmico... a expansão do mesângio comprime
os capilares e impede a filtração... como na GNPE.
Há consumo de complemento?
Sim.
Po... lembra? É o diagnóstico diferencial da GNDA/GNPE que consome a via alternada (C3) e total (CH50) do
complemento... e que não sobe depois de 8 semanas. C4 – via clássica.
4. Nefropatia membranosa
Não.
5. GNMC ou GNMP
É a única Síndrome Nefrótica primária que consome.
Glomerulopatias secundárias importantes para a prova
Diabetes Mellitus.
LES.
HAS.
HIV.
Nefropatia por refluxo.
Amiloidose renal.
Diabetes Mellitus
É a principal causa de IRC no mundo: no Brasil, a HAS ganha.
As duas formas de DM podem cursar com IRC:
Tipo 1: 20-40% de chance.
Tipo II: 10-20% de chance.
Classicamente a chance do tipo I é maior. Mas, a cada dia o tipo II eleva a possibilidade de fazer IRC.
Veja bem, existe uma epidemia mundial de DM tipo II. Assim, em números absolutos há muito mais
pacientes com Diabetes tipo II com IRC.
Se você for num centro de diálise vai encontrar muitos pacientes com DM tipo II.
Tempo de lesão renal: 10 anos (até 20 anos)... para evoluir para rins terminais.
Existem fases de evolução da lesão renal. De acordo com a fase podemos retardar ou impedir o
desenvolvimento da lesão renal. Depois de determinado evento, conseguimos no máximo retardar a
progressão da doença.
Evolução...
1. Hiperfluxo
Sobrecarga glomerular.
Espessamento da membrana basal.
Expansão mesangial (glicosilação protéica / genética)
O mesângio cresce sobre as alças capilares.
Não há lesão renal específica ainda... não há lesão renal declarada...
Não há marcador de lesão renal.
Se o paciente só tem hiperglicemia...
Qual o objetivo terapêutico?
Controle da glicemia.
Além do mecanismo hemodinâmico (aumento da volemia), começa a haver uma glicosilação protéica:
proteínas glomerulares são alteradas... fatores genéticos entram em ação (o cidadão nasce com
predisposição).
Diabetes lesa glomérulo; túbulo; lesa o rim todo... mas, devemos lembrar sempre da glomerulopatia
diabética.
Aumento do tamanho dos rins
O paciente faz IR com rins de tamanho aumentado... geralmente o USG do paciente renal crônico mostra
um rim pequeno cheio de fibrose... atrofiado... hipotrófico... e a DM está entre as causas de IRC com rins de
tamanho normal ou aumentado.
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Raniê Ralph Nefro
Note... os valores são os mesmos para urina de 24 horas e para a relação albumina/creatinina em amostra
de urinária isolada coletada pela manhã:
<30: normoalbuminúria.
30-300: microalbuminúria.
>300: macroalbuminúria.
Não se esqueça das seguintes relações com a microalbuminúria: evidência de lesão renal; sinal de
comprometimento vascular generalizado; HAS; síndrome metabólica.
Dentro de 3-6M precisamos fazer 3 exames e pelo menos 2 devem vir positivo: o paciente pode ter feito
exercício; ter tido uma ITU prévia... tudo isso pode falsear o resultado da relação albumina/creatinina.
Neste momento, podemos fazer uma droga que diminui a pressão dentro do glomérulo e, assim, reduz a
proteinúria: IECA (PRIL)... diminui a pressão da arteríola eferente.
Independente da PA do cidadão, diminuímos a chance de o paciente evoluir para a lesão renal definitiva. O
paciente pode evoluir bem.
Se eu deixo passar dessa época, não tem volta... fodeu...
Captopril: facilidade de acesso; posologia difícil (50 mg 8/8h).
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Raniê Ralph Nefro
Retinopatia diabética – FO
O endotélio é lesado... formam-se microaneurismas... aumento da permeabilidade vascular exsudatos...
na fase final a isquemia predispõe à proliferação de neovasos retinopatia proliferativa.
Enfim: microaneurismas exsudatos proliferação de neovasos.
Retinopatia hipertensiva – FO
PA alta lesão de vaso estreitamento arteriolar como proteção cruzamento AV exsudato
papiledema.
4. Aumento de creatinina
Mortalidade elevada.
Diabético em diálise = complicação + morte.
Solução é transplante renal.
Glomerulopatia do DM
1. Espessamento da membrana basal
2. Expansão do mesângio
Colapso
Esclerose
o Focal: mais específica - Glomeruloesclerose nodular (Kimmelstiel-Wilson).
o Difusa: mais sensível (mais comum) - Glomeruloesclerose difusa.
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Raniê Ralph Nefro
Veja bem... esses objetivos são utópicos... ninguém vai parar de comer proteína, lipídeo... fazer tudo...
devemos levá-los para a vida real.
Rim x DM
IRC com rins de tamanho aumentado.
Necrose de papila.
Acidose tubular renal tipo IV (hipoaldosteronismo hiporreninêmico).
HAS e o rim
“Nefroesclerose hipertensiva”
Lesa o rim de forma muito próxima do que acontece com a idade... só que a HAS faz isso de forma mais
grave e acelerada.
Ninguém sabe por que: o rim passa a reter mais sódio retém água DC aumenta aumenta débito na
aorta.
O aumento da PA dentro dos órgãos pode fazer os vasos se romper sangrar... os vasos distais se contraem e
espessam a parede para agüentar a pressão mais elevada. O paciente idoso tem sua artéria se enrijecendo
ao longo do tempo (HAS sistólica isolada)... na HAS, a pressão aumenta rápido e de forma precoce... os
vasos se hipertrofiam... a constricção das arteríolas aumenta... o paciente tem que trabalhar contra PA
maior... e isso dá origem a um ciclo vicioso.
SIDA e o rim
A AIDS pode lesar vários compartimentos renais: sepse hipovolemia NTA; nefrite intersticial aguda (por
drogas); nefropatia obstrutiva (drogas predispõem a cálculos renais: indinavir e sulfa; ou ainda o ácido úrico
depositado se o paciente com HIV tiver um linfoma - sofreu QTX e não recebeu volume + bicarbonato;
fibrose retroperitoneal (obstrui o rim e também faz nefropatia obstrutiva).
Alterações características
Histológicas
Glomérulos: GEF colpaso capilar.
Túbulos: dilatação (compensatório) / cilindros pálidos.
Macroscópicas
IR com rins de tamanho aumentado (pela dilatação dos túbulos).
Tratamento
Terapia anti-retroviral.
Amiloidose renal
Doença de depósito... proteína doente, amilóide, defeituosa... se deposita em tudo que é órgão... ao se
depositar no rim faz síndrome nefrótica.
Síndrome Nefrótica com proteinúria intensa.
Primária: às vezes, associada a mieloma múltiplo.
Secundária: ...
Identificação do mieloma múltiplo (AL) ou de inflamação crônica
Observações
Ninguém entra com ATB sem coletar material para diagnóstico... hemocultura, paracentese, entre outros...
mesmo que o paciente tenha risco de vida (infecção potencialmente letal – PBE; Endocardite), isso não
atrasa ninguém.
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Raniê Ralph Nefro
Podemos ter quadros que mesclam síndrome nefrítica com nefrótica... hematúria com proteinúria...
Relação alb/creatinina em amostra urinária isolada é bem representativo do que acontece em 24 horas...
isso porque normalmente excretamos exatamente 1 grama de creatinina por dia... essa divisão funciona
como uma regra de três: 0,2g de creatitina – 40mg de albumina por exemplo... em 1g de creatinina (ou
seja, em 1 dia) quanto teremos de albumina...
Leptospirose dá IRA com hipocalemia: acomete TCP não reabsorve sódio mais sódio no TCD sódio é
reabsorvido às custas da secreção de potássio (célula principal) e hidrogênio (célula intercalada).
Nitroprussiato de sódio (Nipride) é hoje o antihipertensivo mais potente que existe... ele tem ação
vasodilatadora venular e arteriolar... ele tem meia vida muito curta... é utilizado em encefalopatias
hipertensivas (cefaléia; náuseas; vômitos) e EAP... devemos ter cuidado com a intoxicação pelo tiocianato e
pelo tiocianeto (quando há hálito de amêndoas).
A Nifedipina sublingual também é um antihipertensivo potente.
Em crises hipertensivas costumamos associar com Lásix (furosemida).
Nefropatia na gestação
A proteinúria tem relação com o prognóstico fetal, mas não materno.
A lesão típica da pré-eclâmpsia é a Endoteliose capilar glomerular.
A presença de crescentes em > 50% dos glomérulos aponta para GNRP... na prática, é o paciente que tem
uma GNPE e evolui com insuficiência renal (azotemia – elevação de escórias de maneira muito rápida)....
pulsoterapia com metilprednisolona (solumedrol) + plasmaferese (diálise que retira AC) é o tratamento.
Proteinúria normal: até 150mg/dia... o que não aparece no EAS... no EAS aparece a partir de 500 mg/dia.
Ou seja... quando vemos proteína no EAS já há macroalbuminúria... e olha o seguinte:
1. Se o cidadão tem proteinúria no EAS você não precisa solicitar dosagem de microalbuminúria... exame
caro que é feito por radioimunoensaio.
2. Se o paciente tem Diabetes Melitus e tem hipertensão OU microalbuminúria ele merece receber
IECA/BRA. Mas se ele tem DM e não tem nem HAS, nem microalbuminúria... não há porque dar IECA/BRA
pra ele.
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Raniê Ralph Nefro
Lembra? O normal da TFG é 80-120 mL/min... ela é estimada pelo clearance de creatinina... e é um
parâmetro muito mais sensível do que a creatinina sérica... quando a creatinina já se elevou a TFG já caiu
razoavelmente...
Lembra da classificação de DRC
Estágio Descrição TFG mL/min/1,73m²
0 Risco de IRC ≥ 90 com fatores de risco
1 Lesão renal estabelecida... TFG ≥ 90
normal ou aumentada
2 Lesão renal estabelecida... 60-89
discreta perda da função renal
3 Lesão renal estabelecida... perda 30-59
moderada da função renal
4 Lesão renal estabelecida.... perda 15-29
severa da função renal
5 Falência renal < 15
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Raniê Ralph Nefro
Mieloma múltiplo
Aquela historinha do velhinho que chega com dor no ombro + anemia (não existe MM sem anemia) +
proteínas totais mostrando inversão do padrão globulina-albumina (mais globulina) é uma doença
hematológica em que há produção exagerada de cadeias leves de imunoglobulinas... elas podem se
depositar nos tecidos e dar origem à Amiloidose AL (doença de depósito de material amilóide... proteína
anômala; é detectada pelo corante Vermelho do Congo que em luz polarizada mostra uma substância verde-
maçã; lembra? é uma das causas de Síndrome Nefrótica que predispõe à TVR – junto com membranosa e
membranoproliferativa ou mesangiocapilar)..
A causa mais comum de IR no MM é a hipercalcemia.
O diagnóstico do MM é simples:
BX de MO mostra mais de 10% de plasmócitos (quem produz as imunoglobulinas) + 1/3 critérios:
Eletroforese de proteínas da urina mostra pico M (monoclonal): é a proteína de Bence Jones.
Eletroforese de proteínas do plasma mostra pico M (monoclonal): excesso de globulinas.
RX mostrando lesões líticas.
Na síndrome Nefrótica há perda de IgG, mas inexplicavelmente as outras Ig podem estar aumentadas.
Isso predispõe o paciente a infecções, especialmente PBE por pneumococo.
Proteinúria seletiva (como a que ocorre na Síndrome Nefrótica por Doença de Lesão Mínima)
O cidadão perde a barreira de carga (defeito na MBG) e perde mais albumina.
SHU x PTT
Parece ser muito semelhantes... na SHU uma verotoxina produzida pelas bactérias atacam o endotélio do
capilar glomerular e ocasiona trombose intraglomerular.... plaquetas se acumulam ali plaquetopenia...
hemácias têm dificuldade de passar por ali anemia hemolítica microangiopática (aumenta reticulócitos
porque é hemolítica... tem esquizócitos porque é microangiopática... mas não tem Coombs direto positivo
porque não é auto-imune e o Coombs direto flagra o AC ligado diretamente na hemácia)... o rim não
consegue funciona IRA oligúrica (com elevação da escórias nitrogenadas – azotemia).
Assim fica a tríade da SHU: anemia hemolítica microangiopática + IRA + plaquetopenia.
Note... é normal o paciente pediátrico apresentar azotemia (elevação das escórias – uréia + creatinina)...
mas não é esperado que ele tenha uremia (sintomas).
A uremia pode ocorrer e pode ser necessária a diálise: para tratar a uremia e DHEAB graves... nessas
situações damos preferência para diálise peritoneal porque na hemodiálise utilizamos heparinização e esses
pacientes já apresentam tendência a sangramento.
A PTT parece ser um processo generalizado.
Lembra da relação de SHU com E. coli enterohemorrágica O157:H7 e Shigella?
Na DM também damos preferência a diálise peritoneal porque mexe menos com a hemodinâmica do
paciente... um paciente que já pode ter lesão em órgão alvo (coronariopatia predispondo a IAM quando
houver hipotensão postural, por exemplo).
Anemia típica da IRC – Anemia da doença crônica... também anemia ferropriva porque perde ferro no
circuito de hemodiálise.
Drogas no DM
IECA é a droga de escolha se houver microalbuminúria ou hipertensão. Não é mesmo?
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Raniê Ralph Nefro
Sim.
Mas, lembre-se de que o IECA/BRA dilata a arteríola eferente e com isso diminui a pressão intra-
glomerular... é bom porque você diminui a proteinúria... mas é esperado que você tenha uma elevação da
creatinina.
Assim... não começa Pril se a creatinina for maior do que 3 e suspenda se após a introdução houver uma
elevação superior a 30% do valor basal.
Outra coisa sobre HAS + DM...
Evite os bloqueadores de canal de cálcio dihidropiridínicos (amlodipina + nifedipina)... eles são
vasodilatadores direto... dilatam a arteríola aferente preferencialmente e facilitam o afluxo de sangue para o
glomérulo.
Agora veja bem... é comum pacientes diabéticos terem dificuldade no controle pressórico... entramos com
IECA... depois com betabloqueador... e se precisarmos entrar com os bloqueadores do cálcio... entramos e
foda-se... porque o objetivo principal é diminuir a pressão do cidadão... podemos utilizar qualquer uma das 5
classes de drogas antihipertensivas que constam das diretrizes.
O ideal é pedirmos o EAS e se não vier a proteinúria... aí sim rastreamos a microalbuminúria... porque se
vier proteína no EAS... fodeu... já é macroalbuminúria...
O paciente com DMI tem mais chance de morrer de nefropatia... o DMII morre mais de DCV.
O paciente com diabetes sente a uremia com clearance de creatinina maior do que os demais pacientes. O
alvo da uremia é o mesmo do DM.
Lembra ae...
Sintomas de VAS (sinusite) + renais + C-ANCA positivo no soro
Granulomatose de Wegener.
Uma síndrome edemigênica pode ser causada por problemas: renais; cardíacos; hepáticos...
IVD turgência jugular; hepatomegalia; anasarca; refluxo hepatojugular positivo.
Até 1,5 mg/dL de creatinina podemos fazer metformina... do contrário, corremos o risco de acidose lática...
DM lesa o glomérulo.
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