Classificação Do Produto
Classificação Do Produto
Classificação Do Produto
Neste ponto, convém também fazer um balanço entre os benefícios associados à utilização de
produtos fitofarmacêuticos, os riscos para a saúde humana/animal e o impacto no meio ambiente.
A opção deverá sempre passar por uma minimização
destes riscos. A escolha do produto deve atender não só à eficácia do produto como à biologia das
culturas e seus inimigos e ainda ao impacto que a sua utilização irá ter sobre o Homem, auxiliares
e ambiente.
Nas mercadorias classificadas como perigosas para efeitos de transporte rodoviário inclui-se a
maioria dos Produtos Fitofarmacêuticos, distribuídos por nove classes principais de acordo
com a perigosidade das propriedades e características de tais mercadorias, que em caso de
acidente, poderem causar danos em pessoas, animais e meio ambiente.
VIATURAS devem:
- ter cabine separada da caixa de carga que deve ser fechada ou com cobertura e estar em bom
estado, limpa e seca.
- ser submetidas a inspecções de verificação regulares;
- ter os seguintes equipamentos de sinalização, protecção e segurança:
1. sinalização do veículo com painéis retro-reflectores de fundo cor de laranja liso,
colocados de forma bem visível, um à frente e outro à rectaguarda do veículo;
2. 2 extintores no exterior da viatura e um na cabine, inspeccionados periodicamente para
um bom funcionamento;
3. EPI - Equipamento de Protecção Individual - em conformidade com o material
transportado;
4. Equipamento de contenção de derrames - pá, recipiente com serradura ou
areia, sacos vazios para recolha de derrames;
5. Estojo de 1ºs socorros com frasco lavador de olhos com água limpa;
6. Equipamentos diversos: pelo menos um calço com dimensões apropriadas ao peso do
veículo e ao diâmetro das rodas; 2 sinais de aviso portáteis para sinalização em caso de avaria ou
acidente;1 colete fluorescente apropriado e uma lanterna portátil de bolso.
- Isolar a área afectada tentando manter pessoas e tráfego afastados eliminar riscos de incêndios
cortando a ignição.
- Alertar Bombeiros, autoridades policiais, empresa expedidora e 112, caso seja necessário.
- Utillizar Equipamento de Protecção Individual.
- Em caso de incêndio, tentar extinguir o fogo com os extintores portáteis existentes no veículo,
actuando a favor do vento e evitando inalar o fumo.
- Em caso de derrame (com ou sem fogo) proceder à sua contenção, absorvendo o produto
derramado com terra, areia ou serradura, para evitar a contaminação do ambiente.
- Eliminar, de forma segura, o produto recolhido.
- Proceder à descontaminação do veículo e à eliminação dos materiais contaminados de forma
segura e em local apropriado.
Documentação e formação
Guia de remessa ou documento de transporte - é emitida pelo expedidor, nela devem figurar
as seguintes informações para cadamercadoria perigosa (Classificação ADR/RPE) transportada:
- Número ONU precedido da sigla UN;
- Designação oficial ADR/RPE da mercadoria - nome do produto e da(s) substância(s) activa(s);
- Nº da etiqueta correspondente à classe de perigo ( 9 classes);
- Quantidade transportada (em Kg ou L);
- Número e descrição das embalagens;
- Nome e endereço do expedidor e destinatário
CONSELHEIROS DE SEGURANÇA
As empresas cuja actividade inclua transportes de mercadorias perigosas por estrada devem
dispor de um conselheiro de segurança, cuja missão é supervisionar as condições de realização do
transporte de Produtos Fitofarmacêuticos (e respectivas operações de carga e descarga) em
segurança, colaborando na prevenção de riscos
para pessoas, bens e meio ambiente relacionadas com aquelas operações.
Armazenagem - Regras básicas de segurança
Embalagem e rótulo
As informações contidas nestes rótulos são resultado de uma investigação rigorosa, sendo
essencial que na aplicação dos produtos fitofarmacêuticos se sigam os princípios nele expressos no
sentido de promover não só uma optimização da produção mas também da satisfação de critérios
de segurança e qualidade alimentar.
Gestão do risco
Os Produtos Fitofarmacêuticos são produtos químicos que têm inerentes a si próprios uma certa
toxicidade, sendo necessário avaliar os riscos associados à sua utilização ao nível dos aplicadores,
consumidores, ambiente e espécies não visadas.
Essa informação deverá ser transmitida com o máximo rigor no rótulo do produto.
Actualmente, há uma forte orientação para uma criteriosa avaliação e gestão do risco da utilização
dos produtos fitofarmacêuticos; procura-se também, uma melhoria na comunicação dos riscos
através de um reforço ao nível das frases de risco e
segurança que constam nos rótulos destes produtos.
Com a nova DPP, surgiu uma nova informação no rótulo que permite melhor identificar e prevenir
os riscos potenciais, para o utilizador e meio ambiente, de uma eventual má utilização dos
produtos fitofarmacêuticos.
Esta nova directiva determinou que até 30 de Julho de 2004, em Portugal (e paísesda CE) fosse
obrigatória a elaboração de novos rótulos, de acordo com a reclassificação feita. Todos os
produtos fitofarmacêuticos, com embalamento a partir dessa data deverão estar conformes com
as normas expressas nessa directiva, no que diz respeito a normas de classificação,
embalagem, rotulagem e fichas de segurança.
Aplicação do produto
As instruções para a preparação da calda encontram-se nos rótulos dos produtos fitofarmacêuticos e são função
do tipo de formulação.
Aplicação
CONCENTRAÇÃO E DOSE
A concentração/dose de produto a utilizar deverá ser calculada com grande rigor.
Concentração de uso - quantidade de produto fitofarmacêutico para 100 litros de calda.
Esta concentração é indicada para pulverizações de alto volume, tomando como referência a
aplicação de 1000 litros de calda por hectare. Quando se pretende utilizar volumes de calda
diferentes, a concentração de produto deve ser ajustada, de forma a distribuir a mesma dose
indicada no rótulo.
Dose - quantidade de produto fitofarmacêutico a aplicar num hectare.
Expressa em kg ou l/ha.
Concentrações (kg ou l por 100 l) recomendadas (a utilizar):
TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO
A utilização de uma tecnologia de aplicação correcta (boa identificação dos alvos, equipamento
adequado e em bom estado de manutenção, tipo de bicos... ) é fundamental para um tratamento
seguro e eficaz.
A técnica de aplicação está fundamentalmente interligada com o tipo de formulação do produto a
utilizar, sendo a pulverização, provavelmente, a técnica mais utilizada.
Alto Volume - Calda distribuída sob o efeito de pressão hidráulica provocada por um êmbolo,
característico de pulverizadores de jacto projectado.
Médio ou baixo Volume - Calda distribuída através de uma forte corrente de ar fornecido por
uma ventoínha. É característico dos atomizadores ou turbinas.
Limpeza
LIMPEZA E ELIMINAÇÃO
Após utilização dos produtos deverá ser feita uma limpeza das embalagens de acordo com as
indicações expressas no rótulo.
Embalagens rígidas de produtos fitofarmacêuticos até 25 L / 25 kg têm obrigatóriamente que ser
submetidas à tripla lavagem. Após a lavagem as embalagens deverão ser inutilizadas, a fim de
não ser reutilizadas.
Embalagens não rígidas de qualquer capacidade e embalagens rígidas de 25 L / 25 kg até 250 L /
250 kg devem ser devidamente esgotadas do seu conteúdo, sem lavagem prévia.
As embalagens vazias e inutilizadas deverão ser armazenadas em locais adequados para posterior
entrega e recolha por uma autoridade competente.
TRIPLA LAVAGEM
1 - O conteúdo da embalagem deverá ser completamente vazado no tanque de pulverização/
recipiente de preparação da calda, de seguida:
2 - Encher a embalagem com água até um quarto da sua capacidade;
3 - Tapar e agitar vigorosamente durante alguns segundos;
4 - Deitar água no tanque de pulverização/ recipiente de preparação da calda;
Tripla lavagem...
O Sistema VALORFITO, já foi licenciado pelo INR -Instituto dos Resíduos, estando
autorizado a exercer a sua actividade de Gestão de Embalagens Vazias de Produtos
Fitofarmacêuticos.
O VALORFITO - Sistema Integrado de Gestão de Embalagens e Resíduos em Agricultura - tem
como objectivo a recolha periódica dos resíduos de embalagens primárias de produtos
fitofarmacêuticos e sua gestão final, vindo dar resposta às necessidades dos produtores agrícolas
de encontrarem um destino adequado para os resíduos de embalagens de produtos
fitofarmacêuticos gerados nas suas explorações.
anos;
-colocar nos rótulos dessas embalagens, o símbolo do Valorfito.
A embalagem vazia deverá ser lavada 3 vezes, inutilizada, fechada, e colocada em sacos de recolha; as águas
de lavagem deverão ser usadas na preparação da calda. Esta embalagem vazia, sendo um resíduo perigoso,
deverá ser entregue num centro de recepção do sistema Valorfito.