A Dinâmica Do Louvor
A Dinâmica Do Louvor
A Dinâmica Do Louvor
Deus predestinou que a nossa vida cristã deve trazer louvor e glória a Ele (Ef 1:5-6). Devemos louvá-lo agora e eternamente (v. 14). Assim sendo,
nossos lábios e nosso estilo de vida devem constantemente louvar a Deus. Ele se rejubila em nosso louvor. Devemos começar a Sua adoração com
louvor (Sl 100:4; Is 60:18). Devemos louvá-Lo com nossos lábios (Sl 34:1), com cânticos (147:1) e com música (150:3). Devemos vestir-nos de louvor
(Is 61:3), e nossas próprias vidas devem louvar a Deus (1 Pe 2:9).
O que o louvor tem a ver com a oração que prevalece? O louvor tanto prepara para a oração que prevalece como é em si mesmo um meio sagrado
de prevalecer durante a oração.
1. O louvor dirige nosso coração a Deus. O louvor eleva nosso coração a Deus em adoração, culto e amor. O fato mais importante da oração que
prevalece é que ela é feita a Deus. Para que nossa oração tenha valor, precisamos estar supremamente conscientes de Deus. O problema ou
necessidade sobre o qual oramos pode parecer imenso, mas devemos ver Deus infinitamente maior, capaz de satisfazer todas as nossas
necessidades. O louvor concentra todo o nosso ser em Deus.
Hallesby escreve: “Quando agradeço, meus pensamentos ainda giram em redor de mim mesmo, mas no louvor da minha alma ascende em adoração
que esquece de si mesma, vendo e louvando apenas a majestade e o poder de Deus, Sua graça e redenção”.
2. O louvor livra o nosso coração de cuidados, temores e pensamentos centrados na terra. Precisamos entrar na presença de Deus e fechar a porta
que nos separa do mundo exterior. Para prevalecer eficazmente, devemos esquecer todos os outros deveres, atividades, envolvimentos e
preocupações. O louvor fecha a cortina sobre as coisas estranhas. O louvor fecha a porta sobre as idéias intrusas, nossos pensamentos cotidianos e
as sugestões satânicas. Ele nos “tranca” com Deus e com os seus anjos.
3. O louvor produz e aumenta a fé. Quanto mais louvamos a Deus, tanto mais nos tornamos conscientes de Deus e absorvidos na Sua grandeza,
sabedoria, fidelidade e amor. O louvor lembra-nos de tudo o que Deus pode fazer e das grandes coisas que Ele já fez. A fé vem pela Palavra de Deus
e por meio do louvor. A fé cresce à medida que louvamos o Senhor.
O louvor nos dá o espírito de triunfo e vitória. O louvor nos incendeia com zelo santo. Ele nos levanta acima das batalhas, para a perspectiva do trono
de Deus. O louvor reduz as forças inimigas. “Se Deus é por nós, quem será contra nós?” (Rm 8:31). O que o homem pode fazer quando Deus está do
seu lado? (Sl 118:6; Hb 13:6). Os exércitos angélicos de Deus a nosso favor são muito maiores do que todos que se opõem a nós (2 Rs 6:16).
August H. Francke, ministro luterano por volta de 1700 e fundador de um orfanato em Halles, na Alemanha, fala de uma época em que estava
precisando de uma grande soma de dinheiro. Seu tesoureiro foi buscar o dinheiro. Francke pediu que ele voltasse depois do almoço. O tesoureiro
voltou e Francke pediu que retornasse à noite. Nesse intervalo de tempo, um amigo de Francke foi visitá-lo. Os dois homens oraram juntos.
Quando Francke começou a orar, Deus levou-o a recordar a bondade do Senhor para com a humanidade, reportando-se até a Criação. Francke
louvou a Deus repetidamente pela Sua bondade e fidelidade no correr dos séculos, mas sentiu-se impedido de falar de sua urgente petição. Quando
o amigo foi embora, Francke acompanhou-o até a porta. Ali estava o tesoureiro aguardando o dinheiro e a seu lado um homem que entregou então a
Francke uma soma considerável que cobriu perfeitamente as suas dívidas.
4. O louvor invoca a presença, o poder e as forças de Deus. Deus manifesta a Sua presença em meio ao Seu louvor. Deus está entronizado em meio
às criaturas que O louvam. O louvor de Deus parece chamá-Lo de maneira especial para atuar entre o seu povo, invocando a manifestação e o uso
do Seu enorme poder. Nada nos une mais com os anjos de Deus do que nos ajuntar em louvor a Deus, e talvez o nosso louvor e adoração os unam a
nosso favor e na resposta às nossas orações. Os anjos ministram incessantemente a nós (Hb 1:14), mas quando prevalecemos em oração fazem
isso ainda mais, da mesma forma que ministraram a Jesus no Getsêmani.
Huegel conta a respeito de um pastor que desejava um novo despertamento em sua igreja. Ele convocou durante uma semana reuniões só de louvor.
No começo, as pessoas não entenderam e ficaram pedindo e suplicando coisas a Deus. Mas o pastor repetiu que não queria nada além de louvor. Na
Quarta-feira o culto começou a mudar. Quinta-feira, houve muito louvor, que estava ainda mais evidente na Sexta-feira. No Domingo, “um novo dia
tinha raiado. O Domingo foi um dia como a igreja nunca tinha visto. Um verdadeiro reavivamento. A glória de Deus encheu o templo. Os crentes
voltaram ao seu primeiro amor. Os corações se derreteram... Algo maravilhoso acontecera. O louvor conseguira isso”.
5. O louvor confunde, restringe, aterroriza e destrói satanás. O louvor afasta os poderes das trevas, espalha os oponentes demoníacos e frustra as
estratégias de satanás. O louvor tira a iniciativa das mãos de satanás. Ele é um meio eficaz de resistir a satanás e fazê-lo fugir. Um crente cheio do
Espírito, ungido e capacitado, pode atacar as fortalezas de satanás mediante o louvor. Ezequias, Isaías e o povo de Israel da sua época não foram os
únicos que afugentaram o inimigo por meio do louvor. Durante os meus dias de missionário na Índia, os alunos e os professores da escola bíblica
para moças de outra congregação estavam orando e jejuando a fim de que uma estudante possessa pelo demônio fosse libertada. Fui chamado para
ajudar, mas, me senti incapaz. Enquanto orava, senti o impulso de aproximar-me da moça semi-inconsciente, que vários adultos seguravam a fim de
controlar as contorções e os espasmos.
Falei no ouvido dela: “Jai Masih Ki” (vitória para Cristo), a maneira idiomática de dizer “Louvado seja o Senhor” na língua dela. Quando pronunciei
esta frase em seu ouvido, ela começou a responder, como se pudesse ouvir minhas palavras. A seguir, fez um esforço para controlar seus lábios
cerrados e, quando pôde finalmente abri-los, disse em voz alta: “Jai Masih Ki”. Ficou instantaneamente liberta. A oração e o jejum provavelmente
ajudaram a preparar o caminho, mas o louvor foi a arma do Espírito para libertá-la.
Huegel, um experiente missionário do México, disse que muitas vezes em que a oração não traz a resposta o acréscimo do louvor leva à vitória. Ele
afirma: “Existe no louvor um poder que a oração não tem. A distinção entre os dois é naturalmente artificial... A mais alta expressão de fé não é
oração em seu sentido ordinário de petição, mas oração em sua expressão mais sublime de louvor”.