Galatas
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O contexto histórico
O apóstolo Paulo foi um missionário plantador de igrejas.
Depois de abrir uma igreja e deixar a região, continuava a
orientar as novas congregações por intermédio de cartas. Uma
delas é esta epístola às igrejas cristãs da região da Galácia, na
Ásia Menor. A maioria dos estudiosos concorda que Paulo a
escreveu por volta de 50 d.C. (de 15 a 20 anos apenas depois
da morte de Cristo). É útil identificar os três dados seguintes
no cenário histórico, que nos ajudarão a entender a epístola:
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1. A SINGULARIDADE
DO EVANGELHO
Talvez o que mais chame a atenção na abertura de Gálatas
seja o tom usado por Paulo e o estado de espírito por trás dele.
Paulo está surpreso. Ele também parece zangado. Sua lingua-
gem, quase desde o início, é extraordinariamente incisiva. Se,
como é comum, as cartas de Paulo, após a saudação, dão espaço
para uma ação de graças por aqueles para quem ele está
escrevendo (veja, por exemplo, Fp 1.3-8, Cl 1.3-8 e 1Co 1.4-9),
aqui ele se limita a dizer: “Estou admirado...” (v. 6a). O que
despertou sentimentos tão intensos nele?
Desvio
Em primeiro lugar, Paulo fica admirado porque aqueles
cristãos recém-convertidos estão se deixando levar por um
evangelho que não é evangelho de fato (v. 7), expondo-se a
um enorme perigo. Eles estão perturbados (v. 7b).
Em segundo lugar, o alvo principal de sua fúria são aqueles
que estão desencaminhando os convertidos da igreja, ou seja,
aqueles que “querem perverter o evangelho” (v. 7b). Paulo in-
voca maldição sobre eles (v. 9). De uma forma mais secundária,
ele também está zangado com os próprios cristãos da Galácia,
e os adverte de que estão se desviando do Deus que os chamou
(v. 6b)... uma acusação grave!
Ao percorrermos a carta de Paulo, veremos que seu acesso
de raiva na introdução foi causado por um grupo de mestres