Envelhecer Oriental e Ocidental
Envelhecer Oriental e Ocidental
Envelhecer Oriental e Ocidental
Este trabalho bibliogrfico objetivou abordar o envelhecimento, partindo de reflexes filosficas da histria universal. Na
civilizao Oriental, Lao-Ts correlacionou a velhice santidade e Confcio defendeu a piedade filial. Na civilizao Ociden-
tal, Scrates afirmou que a velhice no apresentava peso aos prudentes; Plato direcionou a velhice paz e a libertao e
Aristteles afirmou serem os idosos no confiveis. Ccero aconselhou encontrar o prazer na velhice e Sneca defendeu a
velhice enquanto processo natural. Estas reflexes filosficas apontam para a elaborao necessria, difcil, pertinente e
individual do prprio processo de envelhecimento dos profissionais que trabalham com os idosos.
Este trabajo bibliogrfico objetiv abordar el envejecimiento, partiendo de reflexiones filosficas de la historia universal. En
la civilizacin Oriental, Lao-Ts correlacionaba la vejez con la santidad e Confucio defenda la piedad filial. En la civilizacin
Occidental, Scrates afirmaba que no representaba la vejez peso para los prudentes; Platn, direcion la vejez para la paz y
liberacin y Aristteles afirmaba que los ancianos no son confiables. Cicern aconsejaba encontrar el placer en la vejez e
Sneca defenda la vejez mientras proceso natural. Estas reflexiones filosficas apuntan a la elaboracin necesaria, difcil,
pertinente y individual del propio proceso de envejecimiento de los profesionales que trabajan con los ancianos.
This bibliographical work objectived to approach the aging, leaving of the universal history philosophical reflections. In the
Oriental civilization, Lao-Ts correlated the age with the sanctity and Confcio defended the filial pity. In the Occidental
civilization, Socrates affirmed that the age didnt to present any weight for the careful; Plato directioned the age to the peace
and liberation and Aristotle affirmed that the elderly are not reliable. Cicero advised to find the pleasure in the age and Seneca
defended the age as while the natural process. These philosophical reflections point for the necessary, difficult, pertinent and
individual elaboration of the own aging of what work with the elderly.
3 Mudana na pirmide populacional a partir de alteraes de faixas etrias na populao geral, verificada principalmente quando o pas passa
a envelhecer.
Refletir acerca do envelhecimento humano a partir CONFCIO. Vida e doutrina. Os analectos. Traduo de
de opinies de personagens importantes aponta para uma Mcio Porphyrio Ferreira. So Paulo: Pensamento, 1999.
elaborao individual do prprio processo de envelheci-
mento, e essa elaborao necessria, difcil e pertinente, LEME, L. E. G. A gerontologia e o problema do envelheci-
direciona a um cuidar de um ser humano que passa por mento: viso histrica. In: Gerontologia. So Paulo:
um processo especfico e singular, mesmo que universal. Atheneu, 1997, p. 13-25.
Cuidar do idoso no tarefa simples, fcil, tcnica,
pois para cuid-lo necessrio que o outro ser humano LAO-TZY. Tao-te King. O livro do sentido da vida. Traduo
seja capaz de escut-lo, e para isto preciso ter conscin- de Margit Marticia. So Paulo: Pensamento, 1999.
cia da sua prpria concepo de velhice. Por outro lado,
na definio dos cuidados, h necessidade de considerar- PLATO. A repblica. Traduo de Elza Moreira Marcelina.
se a multidimensionalidade e a especificidade do idoso e Braslia: UnB, 1985. Livro 7.
tais cuidados precisam corresponder s reais necessida-
des identificadas no idoso. PIETTRE, B. Plato A Repblica: Livro 7. Braslia: UnB, 1985.
Para cuidar dos idosos com qualidade, considerando a
conservao da sade em bom estado, integrando os aspectos SNECA, L. A. Da tranqilidade da alma. Traduo de Giulio Davide
fsico, mental, social e sexual, inseridos em um ambiente fsi- Leoni. In: So Paulo: Nova Cultura, 1982. (Os Pensadores)
co, social e econmico favorvel, baseado em conhecimentos
variados e na criatividade, o enfermeiro necessita elaborar a SCRATES apud PLATO. A Repblica. Trado de Elza
sua prpria filosofia de vida, partindo das suas crenas e dos Moreira Marcelina. Braslia: UnB, 1985. Livro 7.
seus valores pessoais; procurando, criar um elo da sua filoso-
fia pessoal com a filosofia da Enfermagem, disciplina que tem VERNANT, J. P. As origens do pensamento grego. 7.ed. Rio
no cuidado, no respeito pelo ser humano e na competncia de Janeiro: Bertrand Brasil, 1992.
RECEBIDO: 27/7/2000
ACEITO: 17/9/2001