(Modelo) Contestação em Ação de Manutenção de Posse
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Manuteno de Posse
Com Pedido de Medida Liminar
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Processo n 5144-87.2017.8.06.0089/0
I DA GRATUIDADE DE JUSTIA
Ainda nesse particular, vale destacar que, a posteriori, o Sr. MANOEL REBOUA
DE SOUZA vendeu o referido lote ao seu filho JOO REBOUAS DA SILVA,
conforme se comprova pela Escritura de Transferncia de Cesso de Direitos
Possessrios, registrada em Cartrio (cpia em anexo).
Deve-se dizer que, nesse contexto, por diversas vezes, os autores tentaram se
apossar do restante do imvel, gerando muitas confuses, inclusive com a
interveno do Poder Judicirio, que j reconheceu, anteriormente, a legtima
posse do terreno sub judice ao Sr. FRANCISCO REBOUAS DE SOUZA.
Emps disso, insta destacar que o Sr. FRANCISCO REBOUAS DE SOUZA vend
o restante do seu terreno aos seus dois filhos, JOS NASCIMENTO DE SOUZA
PEDRO NASCIMENTO DE SOUZA, conforme tambm se comprova pelas
Escrituras de Transferncia de Cesso de Direitos Possessrios, registradas em
Cartrio (cpias em anexo).
Assim, o Sr. ROBERTO REBOUAS, filho dos Autores, alm de ameaar os dono
do terreno, foi at a Secretaria de Obras do Municpio, denunciar e requerer o
embargo da construo, conforme se verifica no Boletim de Ocorrncia registrad
na Delegacia de Polcia desta Cidade de Icapu, em 26 de dezembro de 2016 (cp
anexa).
Nos termos do inciso IV, do artigo 337, do atual Cdigo de Processo Civil, ao ru
incumbe alegar, antes de discutir o mrito, preliminar de inpcia da petio
inicial, in verbis:
I - a sua posse;
Igualmente, alegam ainda que, no terreno em questo foi construda uma casa,
onde eles residem at hoje, o que no condiz com a verdade, pois h muitos
anos eles no moram mais na casa, portanto, tal afirmativa tambm
inverdica.
Assim sendo, pelo que se afere dos documentos juntados com a exordial, tem-se
que os autores nunca desfrutaram da posse (no sentido ftico do termo) sobre o
bem que pretende desptica e injustamente se assenhorear.
Ora, Excelncia, a posse dos Autores deve resultar induvidosa, para merecerem
tutela possessria, sob pena de ser recusada ab initio. Tal entendimento
sufragado pelo festejado doutrinador, SERGIO SAHIONE FADEL, o qual em
formulando a exegese do artigo 927 do Cdigo de Processo Civil, em sua
obra CDIGO DE PROCESSO CIVIL COMENTADO, Rio de Janeiro, 1983, volum
III, 4 edio, a pginas 62/63, preleciona:
Por conseguinte, porque no se extrai dos elementos colhidos nos autos exercci
efetivo e exclusivo da posse pelos autores cuja alegao, despida de demonstra
robusta, no autoriza a tutela vindicada, a improcedncia do pedido
consequncia que se impe, luz dos artigos 373, I, e 561, do CPC/20
A manuteno na posse se presta a manter a posse quele que dela est sendo
turbado, ameaado. Como j assinalado, ao cuidar dos requisitos necessrios pa
se fazer jus proteo possessria, assim dispe o artigo 561, do CPC/2015:
Ora, Excelncia, a turbao caracteriza-se pela prtica de ato que configure ame
posse.
Este ato, conforme definio de Tito Lvio Pontes, o que contradiz, por fato d
fora, a posse de outrem impedindo ou embaraando a sua atuao normal de
possuidor, criando-lhe obstculos disposio livre do que possui, do que tem
direito a permanecer na coisa. (grifou-se)
(...) para ser um ato considerado turbao de posse, mister que seja uma via d
fato ilcito, a dizer que o seu autor tenha agido ilegalmente. No o diz
expressamente o nosso Cdigo, como faz o alemo (art. 858), mas do sistema.
autoriza ao possuidor a defesa privada de sua posse como dos seus direitos em
geral, e a busc-las nas mos do espoliador, que no se pode queixar de turbao
ou esbulho, se no verificou algum excesso do possuidor, tornando ilegtima a
defesa. (grifou-se)
Alegam que adquiriram o terreno h mais de 20 anos, que nesse terreno foi
construda uma casa, onde eles residem at hoje, apresentando como prova,
apenas e to somente, cpias de fatura da Companhia Eltrica (Enel).
Enfim, aps narrar tal estria, mediante a suposta turbao, teriam ajuizado a
presente Ao de Manuteno de Posse, onde pleiteiam a concesso initio litis d
proteo possessria, requerendo competente mandado judicial de reintegrao
Dito isso, passemos aos fatos que demonstraro de maneira pujante as inverdad
lanadas em juzo pelos Autores.
Tanto verdade que, esta MM. Juza, com muita percucincia, no despacho
inicial, designou a audincia de justificao prvia, exatamente por considerar,
no haver provas suficientes do alegado pela parte autora.
Ato contnuo, tambm alegam que no referido terreno foi construda uma
casa, onde eles residem at hoje.
Art. 556. lcito ao ru, na contestao, alegando que foi o ofendido em sua
posse, demandar a proteo possessria e a indenizao pelos prejuzos resultan
da turbao ou do esbulho cometido pelo autor.
Nesse contexto, nota-se que, ao contrrio das alegaes dos autores na inicial, n
verdade, so estes que esto dificultando o exerccio da posse dos Requeridos, qu
vm sofrendo verdadeira turbao em seu direito de legtimos possuidores, com
propositura da presente ao.
Assim sendo, com fulcro no artigo 556, do CPC/2015, formula-se neste moment
requerimento expresso de proteo possessria, em pedido contraposto,
consistente na determinao deste r. Juzo, via liminar de Manuteno de Posse
imvel "sub judice" em favor dos ora Peticionrios, ante manifesta turbao qu
est sendo praticada pelos autores.
Ex positis, diante ao todo acima exposto e pelos documentos ora juntados, vem o
ora Peticionrios presena de Vossa Excelncia requerer:
a) Seja DEFERIDO o pedido de Justia Gratuita aos Requeridos, eis constiturem
se em pessoas pobres e carentes (vide declaraes de hipossuficincia em anexo
f) Por derradeiro, postula pela condenao dos Autores nas verbas derivadas do
princpio da sucumbncia, inclusive, em honorrios advocatcios, fixados, estes,
em 20% (vinte por cento) sobre o valor estimado na causa.
Protesta, outrossim, por provar o alegado, por todos os meios de provas em dire
admitidas, mxime pelo depoimento pessoal do autor, na pessoa de seu
representante legal, inquirio de testemunhas de rol a
ser oportunamente apresentado, percias, alm de outras que porventura
entender-se ou se fizerem necessrias.
Pedem P R O V I M E N T O.
Icapu - Cear, 02 de maio de 2017.
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Advogado
OAB/CE n 31.517