Teoria Dos Circulos Concentricos Artigo II
Teoria Dos Circulos Concentricos Artigo II
Teoria Dos Circulos Concentricos Artigo II
FEPODI
Diretoria FEPODI
Presidente - Yuri Nathan da Costa Lannes (UNINOVE)
1 vice-presidente: Eudes Vitor Bezerra (PUC-SP)
2 vice-presidente: Marcelo de Mello Vieira (PUC-MG)
Secretrio Executivo: Leonardo Raphael de Matos (UNINOVE)
Tesoureiro: Srgio Braga (PUCSP)
Diretora de Comunicao: Vivian Gregori (USP)
1 Diretora de Polticas Institucionais: Cyntia Farias (PUC-SP)
Diretor de Relaes Internacionais: Valter Moura do Carmo (UFSC)
Diretor de Instituies Particulares: Pedro Gomes Andrade (Dom Helder Cmara)
Diretor de Instituies Pblicas: Nevitton Souza (UFES)
Diretor de Eventos Acadmicos: Abimael Ortiz Barros (UNICURITIBA)
Diretora de Ps-Graduao Lato Sensu: Thais Estevo Saconato (UNIVEM)
Vice-Presidente Regional Sul: Glauce Cazassa de Arruda (UNICURITIBA)
Vice-Presidente Regional Sudeste: Jackson Passos (PUCSP)
Vice-Presidente Regional Norte: Almrio Augusto Cabral dos Anjos de Castro e Costa (UEA)
Vice-Presidente Regional Nordeste: Osvaldo Resende Neto (UFS)
COLABORADORES:
Ana Claudia Rui Cardia
Ana Cristina Lemos Roque
Daniele de Andrade Rodrigues
Stephanie Detmer di Martin Vienna
Tiago Antunes Rezende
ET84
tica, cincia e cultura jurdica: IV Congresso Nacional da FEPODI: [Recurso eletrnico on-line]
organizao FEPODI/ CONPEDI/ANPG/PUC-SP/UNINOVE;
coordenadores: Livia Gaigher Bosio Campello, Mariana Ribeiro Santiago So Paulo:
FEPODI, 2015.
Inclui bibliografia
ISBN: 978-85-5505-143-2
Modo de acesso: www.conpedi.org.br em publicaes
Tema: tica, cincia e cultura jurdica
www.fepodi.org
IV CONGRESSO NACIONAL DA FEPODI
DIREITO CIVIL E PROCESSO CIVIL
Apresentao
Na quarta edio destes anais, como resultado de um trabalho desenvolvido por toda a equipe
FEPODI em torno desta quarta edio do Congresso, se tem aproximadamente 300 trabalhos
aprovados e apresentados no evento, divididos em 17 Grupos de Trabalhos, nas mais
variadas reas do direito, reunindo alunos das cinco regies do Brasil e de diversas
universidades.
A participao desses alunos mostra comunidade acadmica que preciso criar mais
espaos para o dilogo, para a reflexo e para a trota e propagao de experincias,
reafirmando o papel de responsabilidade cientfica e acadmica que a FEPODI tem com o
direito e com o Brasil.
O Formato para a apresentao dos trabalhos (resumos expandidos) auxilia sobremaneira este
desenvolvimento acadmico, ao passo que se apresenta ideias iniciais sobre uma determinada
temtica, permite com considervel flexibilidade a absoro de sugestes e nortes, tornando
proveitoso aqueles momentos utilizados nos Grupos de Trabalho.
Esses anais trazem uma parcela do que representa este grande evento cientfico, como se
fosse um retrato de um momento histrico, com a capacidade de transmitir uma parcela de
conhecimento, com objetivo de propiciar a consulta e auxiliar no desenvolvimento de novos
trabalhos.
Assim, com esse grande propsito, que nos orgulhamos de trazer ao pblico estes anais
que, h alguns anos, tm contribuindo para a pesquisa no direito, nas suas vrias
especialidades, trazendo ao pblico cada vez melhores e mais qualificados debates,
corroborando o nosso apostolado com a defesa da ps-graduao no Brasil. Desejamos a
voc uma proveitosa leitura!
Resumo
Analisa os limites dos meios de informao em face dos direitos da personalidade do
indivduo, notadamente aqueles atinentes privacidade. Apresenta brevemente o panorama
brasileiro de responsabilizao, em que no h um modelo terico definido. Discorre sobre a
abordagem dada matria no Direito Comparado, especificamente na Alemanha e Estados
Unidos, e demonstra seus principais referenciais tericos e jurisprudenciais, inclusive no que
tange s celebridades em geral e polticos. Ao final, faz apanhado geral do contedo
demonstrado, acentuando os principais pontos e convergncia e divergncia entre os regimes
objeto do estudo.
Abstract/Resumen/Rsum
Examines the limits of the media when facing individual's personality rights, especially those
relating to privacy. Briefly presents the Brazilian panorama of accountability, where there isn
t a theoretical model defined. Discusses the approach to the matter in comparative law,
specifically in Germany and the US, and demonstrates its main theoretical and jurisprudential
references, including those related to celebrities in general and politicians. In the end, it
makes general overview of the content shown, highlighting the main points and convergence
and divergence between the law systems.
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OS LIMITES DOS MEIOS DE INFORMAO E A PRIVACIDADE:
A DICOTOMIA NAS EXPERINCIAS GERMNICA E NORTE-
AMERICANA
ABSTRACT: Examines the limits of the media when facing individual's personality
rights, especially those relating to privacy. Briefly presents the Brazilian panorama of
accountability, where there isnt a theoretical model defined. Discusses the approach to
the matter in comparative law, specifically in Germany and the US, and demonstrates its
main theoretical and jurisprudential references, including those related to celebrities in
general and politicians. In the end, it makes general overview of the content shown,
highlighting the main points and convergence and divergence between the law systems.
INTRODUO
156
subsidiar o julgador na definio do direito aplicvel ao caso concreto acaba por criar
uma situao instvel em nosso cenrio, sem que se saiba a metodologia a ser adotada
pelos tribunais, ou ao menos o resultado do jogo. A falta de previsibilidade quanto aos
limites da exposio da vida privada coloca tanto os meios de informao em geral
quanto os particulares em uma saia-justa, trazendo implicaes diretas ao
desenvolvimento da atividade econmica, ou, de outro lado, uma situao de invaso
indevida em sua esfera privada.
DESENVOLVIMENTO
1
BARRETO, Wanderlei de Paula. Os Direitos da Personalidade na Jurisprudncia Alem
Contempornea. Conferncia proferida pelo professor no IV Congresso Nacional de Direito Civil. 2009,
p. 7-8.
157
A nova dinamicidade das relaes sociais, justificada principalmente pelas
recentes tecnologias e seu alto potencial de alcance, compeliu os tribunais adoo de
um mtodo a fim de regulamentar os limites da atuao privada, especialmente no que
tange invaso indevida na esfera particular do indivduo. Surge da a denominada
teoria das esferas da personalidade, que no resistiu s crticas por parte de reforada
doutrina e acabou dando lugar teoria das camadas, adotada no clebre caso
Princesa Carolina de Mnaco2.
158
dentre os crculos, possvel visualizar os graus em que se consideraria tolervel ou no
sua invaso.
5
RODRIGUES JUNIOR, Otvio Luiz. op. cit, loc. cit.
159
A liberdade de expresso foi consagrada na Constituio americana em 1791,
pela primeira emenda, e teve sua efetividade concretizada pela jurisprudncia aps a
Primeira Grande Guerra. A influncia burgus-liberal refora o carter individualista
predominante na ideologia estadunidense, qualidade que se desdobra, inclusive, ao
sistema decisrio do pas, dentre outras reas do Estado e da cincia.
Embora haja discusso doutrinria inclusive para saber-se a qual das vertentes se
filia, Ronald Dworkin trouxe significativas contribuies ao estudo da liberdade de
expresso e seus reflexos na vida privada nos Estados Unidos, reconhecendo seu carter
de direito coletivo e seus efeitos benficos sociedade como um todo (carter
instrumental), alm de afirmar no caber ao Estado calar as convices do indivduo,
visto por ele como um agente moral responsvel7.
CONCLUSES
6
FIDALGO, Alexandre. O Estado no tem poder para interferir na liberdade de imprensa. Revista
Eletrnica Consultor Jurdico.
7
DWORKIN, Ronald. O Direito da Liberdade: a leitura moral da Constituio Norte-Americana. So
Paulo: Martins Fontes, 2006. p. 318-319.
8
V. ROSENFELD, Michel. Spreading Liberal Constitutionalism: an inquiryy into the fate of the free
speech in new democracies. In The Migration of Constitutional Ideas. Cambridge University Press,
2005, Working Paper 144,apub OLIVEIRA TAVEIRA, Christiano de. Democracia e Pluralismo na
Esfera Comunicativa: proposta de reformulao do papel do Estado na garantia da liberdade de
informao. Tese de doutoramento. Universidade Estadual do Rio de Janeiro, 2010. p. 48.
160
A ampliao do leque de direitos tutelado pelo Estado permitiu doutrina e
jurisprudncia promover debates acalorados sobre os limites da proteo dos direitos da
personalidade ligados imagem. A ausncia de critrios bem definidos acerca da
postura a ser adotada pelos meios de informao torna a tarefa do julgador de promover
uma adequada responsabilizao por eventual ato ilcito cometido contra o indivduo
uma tarefa complexa dificuldade que pode se tornar ainda mais latente quando diante
de celebridades e pessoas integrantes da classe poltica.
9
RODRIGUES JUNIOR, Otvio Luiz. op. cit., loc. cit.
161
Ainda que as diretrizes da Alemanha e dos Estados Unidos indiquem um regime
diferenciado no tratamento da matria, ora mais protetivo, ora mais liberal, diversos so
os pontos de convergncia de ambos entre si e com o adotado pelo ordenamento
jurdico brasileiro. No se pode dizer, porm, que possumos aqui um modelo terico
prprio para o enfrentamento da matria, seno algumas poucas equaes para a
facilitao dos limites do caso concreto.
REFERNCIAS
162
SCHREIBER, Anderson. Direitos da Personalidade. 3 Ed. So Paulo: Atlas, 2014.
163