Riscos Ocupacionais Pratica Odontologica
Riscos Ocupacionais Pratica Odontologica
Riscos Ocupacionais Pratica Odontologica
CORINTO/MINAS GERAIS
2011
TATIANA DE CSSIA VIANA PEREIRA OLIVEIRA
Especialista
2011
TATIANA DE CSSIA VIANA PEREIRA OLIVEIRA
Especialista
Banca Examinadora
Prof.
Prof.
de minha formao.
AGRADECIMENTOS
In his condition of health area worker, the dentist is submitted the process of illness
due to occupational causes and harms of diver natures which have their etiology
straightly related to the professional practice. In this study; we aimed to search for
evidences published in the scientific literature about the occupational risks to which
dentists are exposed, focusing the intrinsic characteristics of the dental activity in its
physical, mechanical, ergonomical and psycho-social aspects, as well as discussing
the health labor in Dentistry; its characteristics and reflexes in the daily labor activity.
LISTA DE QUADROS
QUADRO 1 - NVEL DE RUDO x CONSEQNCIAS __________________________ 16
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1: EXERCCIOS ELABORADOS PORCALDEIRA-SILVA et. al. (2000) ________ 26
SUMRIO
RESUMO ___________________________________________________________ 06
ABSTRACT __________________________________________________________ 07
I - INTRODUO _____________________________________________________ 09
II - METODOLOGIA ___________________________________________________ 11
IV CONSIDERAES FINAI_____________________________________________ 26
V - REFERNCIAS _____________________________________________________ 27
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I - INTRODUO
Este trabalho visa a explanao dos agentes ocupacionais em odontologia mais conhecidos.
Na primeira parte deste estudo, haver uma descrio dos principais agentes das doenas
dentistas.
das pessoas, sendo fator nuclear na construo da identidade, bem como na insero social
movimento para o homem recriar o mundo a seu favor e se sentir til, tambm, conforme
mostram Caldeira et. al.(2000), lcus causador de desgastes fsicos e psquicos e constitui-
(BRASIL,2002).
De acordo com Gomes et. al. (2001), doena profissional qualquer manifestao mrbida
despontando nesse contexto como uma das mais insalubres profisses, segundo a
Organizao Mundial de Sade (OMS) (MEDEIROS, SOUZA & BASTOS, 2003), podendo
metais pesados; contato com radiao, com drogas farmacolgicas e agentes alergnicos
Colocam-se em evidncia inmeros riscos potenciais para o cirurgio-dentista, uma vez que
ele trabalha com movimentos precisos, delicados e com foras concentradas, com o foco da
viso voltado para reas diminutas, com chances reduzidas de conseguir uma postura ideal
condio a constante exposio tenso apresentada por grande parte dos pacientes frente
dentista, observamos por vrias oportunidades colegas sendo acometidos por problemas
suas atividades. Como de nosso interesse a sade coletiva, e tendo especial enfoque a
trabalho visa fazer uma reviso bibliogrfica, por meio da escolha detalhada da literatura
cientfica, tomando como variveis a etiologia e etiopatogenia dos fatores de risco, as leses
pessoal.
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II - METODOLOGIA
cada vez mais nos estudos relativos melhoria das condies de trabalho e a qualidade de
vida do cirurgio-dentista. O avano tecnolgico e a globalizao, assim como as mudanas
sociais econmicas ocorridas em nosso pas nas duas ltimas dcadas repercutem no
mercado de trabalho e nas expectativas dos trabalhadores, que devem adaptar-se nova
realidade. Como resultados deste processo de adaptao, surgem novas exigncias e
condies para o exerccio profissional (KOSMANN, 2000).
A Perda Auditiva Induzida por Rudo - PAIR, tambm conhecido como Perda Auditiva
Ocupacional, Surdez Profissional, Disacusia Ocupacional, constitui-se em doena
profissional, de enorme prevalncia nas comunidades urbanas industrializadas, decorrente
da exposio contnua a nveis elevados de presso sonora (PARAGUAY, 1999).
O rudo, classificado como agente fsico, considerado um risco de doena profissional que
atinge um considervel nmero de trabalhadores no meio odontolgico. O cirurgio-dentista
exposto a nveis de rudos produzidos por equipamentos odontolgicos ou pelo meio
ambiente externo est vulnervel a alteraes patolgicas que podem afetar tanto fsica
quanto psicologicamente, resultando na queda da produtividade e desgaste progressivo da
sade (MEDEIROS, SOUZA &BASTOS, 2003).
A preocupao com a perda de audio com a prtica odontolgica surgiu com o uso de
motores de alta rotao no final da dcada de 50. difcil definir com preciso o rudo.
Qualquer som pode molestar, ser desagradvel ou irritante se o ouvinte se encontrar
mal preparado fsica ou emocionalmente. Explicando a inter-relao da agresso sonora
em atividades que exigem habilidade e concentrao, Grandjean (1998) afirmou que os
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QUADRO 1 -
16
Segundo Gomes et. al., os rudos de 80db so os limites tolerveis para uma
salvaguarda da audio do cirurgio-dentista.
Existem, entretanto, variveis que podem alterar esse limite como: freqncia da
vibrao, intensidade, durao da exposio, intervalos entre uma e outra exposio,
susceptibilidade individual.
Canetas de alta rotao podem emitir sons de intensidade entre 74 e 84 dB, podendo
chegar acima de 90 dB, dependendo do modelo, da idade, da conservao da turbina,
da distncia do ouvido do operador e da circunstncia da broca odontolgica estar ou
no cortando material duro ou mole.
As brocas pequenas produzem rudos na freqncia mdia de 5.000 a 6.000Hz. Brocas
gastas podem registrar freqncias de at 12.500Hz e, brocas de dimetro maior, at
25. 000Hz. A partir de 4.000 a 9.600Hz j so consideradas freqncias perigosas para
o ouvido humano. Equipamentos odontolgicos so potencialmente perigosos pela
possibilidade de provocar uma eventual reduo da audio.
- O equipamento de alta rotao deve ser mantido em timas condies de uso, a fim de
minimizar os perigos dos rudos das turbinas.
- Instalao do compressor fora do ambiente clnico, em local construdo para o fim,
onde haja circulao do ar e proteo contra chuva, sol, etc. barrar rudos; renovar o ar
saturado por substancias qumicas volatilizadas, poeiras e microrganismos em
suspenso.
De acordo com Gomes et. AL. (2001)Para evitar a fadiga visual, o cirurgio-dentista
deve fazer um cuidadoso planejamento da iluminao de seu ambiente de trabalho,
assegurando a focalizao do objeto de trabalho, no caso a cavidade bucal de seu
paciente, a partir de uma postura confortvel, sendo que o uso de um bom refletor
odontolgico item indispensvel.
A luz do consultrio deve ser planejada tambm para no criar sombras, ofuscamento
ou dando reflexos indesejveis. A posio da cadeira odontolgica deve ser tal que
receba a maior quantidade de iluminao natural possvel.
A iluminao do fundo deve permitir um descanso visual durante as pausas e aliviar o
mecanismo de acomodao. Se alguns dos problemas acima mencionados no
puderem ser evitados, deve-se, pelo menos, diminuir o impacto deles, evitando que uns
no ocorram simultaneamente a outros.
A iluminao dos locais de trabalho deve ser cuidadosamente planejada desde as
etapas iniciais de projeto do edifcio, fazendo-se aproveitamento adequado da luz
natural e suplementado-a com luz artificial, sempre que for necessrio.
Durante a prtica odontolgica, segundo com Pietrobon et. AL. (2006), o cirurgio-dentista
deve sempre preocupar-se com uma postura sentada ergonicamente correta: aquela que
permite a altura popltea, ou seja, a que vai do plano do piso dobra posterior do joelho, de
forma a que o longo eixo do fmur esteja paralelo ao piso, formando um ngulo de 90 na
relao coxa-perna.
As conseqncias de uma postura sentada inadequada so vrias como complicaes
cardiovasculares, respiratrias e do aparelho digestivo; dores lombares e nas costas;
perturbaes na coluna vertebral e na circulao sangunea das pernas; varizes.
Outra definio para as Leses por Esforo Repetitivo que vem sendo bastante utilizada
DORT Distrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho. O termo DORT foi adotado
pelo INSS em 1998 e mais preciso para se referir a esse tipo de doena ocupacional, j
que abrange um nmero maior de casos, no s os que j se transformaram em leso por
apresentarem um estgio avanado.
DORT e LER no so sinnimos. Os DORT referem-se a qualquer distrbio ocasionado pelo
trabalho, so mais brandos que as LER e, se diagnosticados na fase inicial, possuem
grandes chances de serem curados. Caso no sejam tratados, os DORT podem evoluir para
uma LER, que j mais difcil de ser tratada devido sua severidade.
As Leses por Esforo Repetitivo costumam atingir os profissionais das mais diversas reas.
Com relao ao sexo, as mulheres costumam sofrer mais com as doenas ocupacionais.
Uma das possveis causas seria o fato das mulheres apresentarem uma menor densidade e
tamanho dos ossos e uma musculatura mais frgil, alm de utilizarem anticoncepcionais e
realizarem tarefas domsticas aps o trabalho. Entre as classes mais afetadas esto os
odontologistas.
So vrios os motivos que levam o cirurgio-dentista a fazer parte do grupo de risco de LER
e, entre os principais, pode-se citar o alto nmero de horas de trabalhadas por dia. No
difcil encontrarem-se profissionais que trabalham 9 a 12 horas por dia, executando sempre
os mesmos movimentos e permanecendo na mesma posio. Isso causa um desgaste dos
msculos e articulaes, levando a alguns distrbios que, caso no sejam tratados, podem
evoluir a uma LER.
Outro problema no dia-a-dia do dentista a m postura. Primeiramente, no so todos os
profissionais que tm o cuidado em escolher equipamentos ergonomicamente apropriados.
E mesmo os que possuem uma preocupao com o lado ergonmico do consultrio podem
sofrer com dores nas costas, mos, punhos e braos por adotarem uma postura incorreta.
Estudos mostram que praticamente 70% dos profissionais da odontologia queixam-se de
algum tipo de dor. As reas mais afetadas so o pescoo, as costas e o ombro.
A utilizao de instrumento rotatrio tambm pode levar ao surgimento de distrbios
ostemusculares ou at mesmo leses. A Constante vibrao realizada pelo micro motor
pode gerar micro leses a partir do momento que as vibraes se propagam pelos tendes,
msculos e ossos.
O fator psicolgico tambm influi muito no desgaste muscular e das articulaes. A presso
em atender um nmero cada vez maior de pacientes em um curto espao de tempo e as
metas a serem cumpridas deixa o CD sob tenso, atingindo ainda mais os msculos e
articulaes.
De incio, aparece um problema no muito grave, apenas uma dor constante no pescoo,
nas mos e costas. Com o passar do tempo, a dor comea a incomodar, chegando a
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uma posio neutra, com os membros prximos a corpo. Tambm importante que o
profissional execute paradas, mesmo que curtas, com uma certa freqncia.
Durante o tratamento de um paciente, no se devem usar luvas que apertem a regio dos
pulsos, e a fora compressiva e velocidade de instrumentos manuais devem ser diminudas.
Tambm importante evitar a aplicao de fora em excesso ao longo do tratamento ou
movimentos repetitivos.
importante que o cirurgio-dentista procure intercalar a execuo de procedimentos, que
no marque seguidamente em sua agenda pacientes com o mesmo procedimento, para no
ser obrigado a realizar os mesmos movimentos.
Outra simples ao que repercute excelentes resultados a realizao de exerccios de
alongamento e relaxamento antes, durante e aps o expediente. Esses exerccios tm como
objetivo aliviar a dor e a tenso muscular, aquecendo os msculos e articulaes para a
jornada de trabalho.
Alguns exerccios bsicos podem conforme Figura 1 (pgina 25), ser feitos no prprio local
de trabalho, sem requererem muito tempo:
IV CONSIDERAES FINAIS
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V - REFERNCIAS
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1. ANDRADE, M. Dores do ofcio. ANRev.abo Nac., So. Paulo, v.8, n.1, fev./mar 2000.
10. CARVALHO, V.A. Cuidados com o cuidador. O mundo da Sade, So Paulo, v.27,
n.1, jan./mar. 2003.
15. GOMES, A.C.I.; BURICHEL, M. L.; BUREGIO, R.; MUZZI, M.T.; Manual de
biossegurana no atendimento odontolgico. Secretaria Estadual de
Sade/Pernambuco. Recife: Diviso Estadual de Sade Bucal de Pernambuco,
126p., 2001. Disponvel em < http://www.cro-
rj.org.br/biosseguranca/BIOSSEGURAN%C7A%20EM%20ODONTOLOGIA%20%20-
%20%20ANVISA.pdf > Acesso em 14/03/2011.
18. LAZERIS, A. M. et al. Leses por esforos repetitivos. IAO. Jornal de Assessoria e
Prestao de Servio Odontologista, v.3, n.16, p.3-9, 1999. MEDEIROS, V.U.;
SOUZA, M.I.C.; BASTOS, L.F. Odontologia do trabalho; riscos ocupacionais do
cirurgio-dentista. RBO, v.60, n.4, jul./ago. 2003.
23. OLIVEIRA, C. R. de et. AL., Manual prtico de LER. 2. Ed. Belo Horizonte: Health,
1998. 403p.
25. PARAGUAY, A.T.T. Perda auditiva induzida por rudo em consultrio odontolgico.
Recife: CEFAC, 25p.,1999.
32. SHINOHARA, E.H. & MITSUDA, S.T. Trauma acstico na odontologia. Revista do
CROMG. V. 4, n. 1, p. 42-45, jan.-jun., 1998.
33. TAGLIAVINI, R. L.; POI, W. R. Preveno de doenas ocupacionais em odontologia.
So Paulo: Santos, 1998. 105