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ESCOLA SO DOMINGOS

BATERIA DE EXERCCIOS 1 TRIMESTRE

LITERATURA 2 ANO

1. (UFPA) Gonalves Dias, no prlogo aos Primeiros c) trata-se de um poema intensamente autobiogrfico.
cantos, dentre outras coisas, afirma: ... adotei todos os d) desenvolve o forte amor platnico de Lindia.
ritmos da metrificao portuguesa e usei deles como e) trata-se de um poema pico, no qual o indianismo
me pareceram quadrar melhor com o que eu pretendia exaltado.
exprimir...

Esta afirmao demonstra: 4. (FMU-FIAM-FAAM-SP) Qual destas obras tem sido


considerada a inauguradora do
a) a formao clssica do autor. Romantismo brasileiro?
b) que as leis poticas referentes forma, em poesia,
devem governar a inspirao. a) Primeiros cantos
c) a importncia que o autor dava forma, em poesia, b) A moreninha
a ponto de submeter a ela todos os outros c) Juiz de paz na roa
elementos da estrutura de um poema. d) O guarani
d) que o autor ainda no se havia libertado dos e) Suspiros poticos e saudades
princpios rgidos que governavam a inspirao,
caracterstica de sua iniciao literria.
e) que a forma potica deve surgir em decorrncia do 5. (MACK-SP) Todas as afirmaes a respeito dos
contedo e no condicion-Ia. estilos de poca na produo literria em lngua
portuguesa so corretas, exceto:

2. (Cesgranrio-RJ) Dei o nome de Primeiros cantos s a) O Romantismo foi um dos mais importantes
poesias que agora publico, porque espero que no sero as movimentos literrios do Ocidente.
ltimas. b) O Humanismo apresentou grandes cronistas, tendo
Muitas delas no tm uniformidade nas estrofes, porque como centro de interesse o prprio homem, voltado
menosprezo regras de mera conveno; adotei todos os para si mesmo.
ritmos da metrificao portuguesa e usei deles como me c) No Romantismo, a razo comea a tomar o lugar
pareceram quadrar melhor com o que eu pretendia exprimir. dos sentimentos como instrumento de anlise do
No tm unidade de pensamento entre si, porque foram mundo.
compostas em pocas diversas - debaixo de cu diverso - e d) O Classicismo foi um movimento cultural em que se
sob a influncia de impresses momentneas. imitavam os autores clssicos gregos e romanos da
Antiguidade.
Assinale a afirmativa falsa: e) No Arcadismo, combatiam-se os rebuscamentos da
linguagem, o jogo de palavras vazias de significado
a) O segundo pargrafo do texto expressa o e as construes de difcil entendimento.
individualismo da potica romntica.
b) O segundo pargrafo do texto reivindica a relao
dinmica entre a forma e o significado do discurso 6. (FMU-FIAM-FAAM-SP) O homem de todas as
potico. pocas se preocupa com a natureza.
c) O segundo pargrafo do texto apresenta Cada perodo a v de modo particular. No
proposies cujo contedo ser repudiado no Romantismo, a natureza aparece como:
sculo XX pelo Modernismo.
d) O terceiro pargrafo do texto rejeita implicitamente a) um cenrio cientificamente estudado pelo homem;
a potica clssica e sua concepo da validade a natureza mais importante que o elemento
absoluta e universal dos critrios estticos. humano.
e) O terceiro pargrafo do texto expressa a potica b) um cenrio esttico, indiferente; s o homem se
romntica e sua convico da relatividade dos projeta em busca de sua realizao.
conceitos estticos, sujeitos a circunstncias de c) um cenrio sem importncia nenhuma; apenas
espao e tempo. pano de fundo para as emoes humanas.
d) confidente do poeta, que compartilha seus
sentimentos com a paisagem; a natureza se
3. (UFPE) A respeito de I-Juca Pirama, o poema de modifica de acordo com o estado emocional do
Gonalves Dias, podemos afirmar que: poeta.
e) um cenrio idealizado onde todos so felizes e os
a) trata-se de um poema lrico em que no se poetas so pastores.
percebem momentos de intensa dramaticidade.
b) no h multiplicidade de ritmos e metros,
caracterizando a monotonia formal.
7. (Fuvest-SP) Aponte a alternativa incorreta sobre o texto acima.

No permita Deus que eu morra / Sem que eu a) Todos os versos em redondilha menor recriam, por
volte para l; / Sem que desfrute os primores / meio do ritmo, o canto de guerra.
Que no encontro por c; / Sem qu'inda aviste as b) Ao interlocutor dado um tratamento respeitoso,
palmeiras, I Onde canta o Sabi. no s pelo vocativo guerreiros, mas tambm por
vs, sujeito implcito na forma verbal ouvi.
a) Aponte um aspecto temtico da poesia lrica de c) O primeiro verso, constituindo o objeto direto de
Gonalves Dias que ressalta no texto. ouvi, tem a sua definio detalhada nos versos 3, 4,
b) Onde l? E c? 5 e 6.
d) Trata-se de um grito herico do eu, sem relao
com o outro, o que est expresso nos verbos, todos
8. (MACK-SP) em primeira pessoa do singular.
e) A reiterao das rimas em i, mais a repetio da
figura das selvas ajudam a criar, nesse contexto, o
No me escutas, Jatir! nem tardo acodes
efeito de uma fala marcada pelo ritmo solene.
voz do meu amor, que em vo te chama!
Tup! l rompe o sol! do leito intil
A brisa da manh sacuda as folhas! 11. (FESP-SP) As poesias de lvares de Azevedo
(Gonalves Dias) desenvolvem atmosferas variadas, que vo do lirismo
mais ingnuo ao erotismo, com toques de ironia,
I. Trata-se de um lamento por um amor no-cor tristeza, zombaria, sensualidade, tdio e humor. Estas
respondido, que se expressa em figuras de caractersticas demonstram:
rejeio, como leito intil.
II. O adjunto adverbial relacionado ao verbo chamar a) carga de brasilidade do seu autor.
atenua a ideia da inutilidade da espera amorosa, b) a preocupao do autor com os destinos do pas.
que subsidia todo o texto. c) os aspectos neoclssicos que ainda persistem nos
III. O nome do amado apresentado em tom de versos desse autor.
queixa por meio do vocativo do verso I. d) o ultrarromntico, marcante nesse autor.
IV. No verso 4, h a sugesto de que a espera intil e) o aspecto social de seus versos.
durou um dia inteiro.

Aponte a alternativa correta quanto relao do texto 12. (PUC-RS)


com as afirmaes acima.
Era a virgem do mar! na escuma fria
a) Todas as afirmaes esto corretas. Pela mar das guas embalada!
b) Todas as afirmaes esto incorretas. Era um anjo entre nuvens d'alvorada
c) Apenas I e II esto corretas. Que em sonhos se banhava e se esquecia!
d) Apenas I e III esto corretas.
e) Apenas IV est incorreta. A estrofe demonstra que a mulher aparece frequentem
ente na poesia de lvares de Azevedo como figura:

9. (MACK-SP) Os versos: a) sensual.


b) concreta.
Um amigo no tenhas piedoso c) prxima.
Que o teu corpo na terra embalsame, d) natural.
Pondo em vaso d'argila cuidoso e) inacessvel.
Arco e flecha e tacape a teus ps!

Pertencem ao movimento: 13. (FMABC-SP) Mal-do-sculo a expresso que


designa:
a) rcade indianista.
b) realista indianista. a) o pessimismo realista que substitui a fantasia
c) parnasiano indianista. romntica.
d) romntico indianista. b) a angstia modernista em face da necessidade de
e) simbolista indianista. renovao de uma literatura nacional.
c) o escndalo em que consistiu o cientificismo
naturalista.
10. (MACK-SP) d) a irreverncia da poesia de Gregrio de Matos, o
Boca do Inferno.
Meu canto de morte, e) os mrbidos excessos do sentimentalismo
Guerreiros, ouvi: romntico.
Sou filho das selvas,
Nas selvas cresci;
Guerreiros, descendo
Da tribo Tupi.
(Gonalves Dias)
14. (PUC-MG) S no se pode dizer sobre o poema de 17. (UFRS) A produo de lvares de Azevedo , no
lvares de Azevedo que: Brasil, a maior expresso:

a) a fuga da realidade marca o egocentrismo do eu- a) do culto natureza.


potico. b) do cientificismo.
b) a tristeza e o fastio existencial expressam a c) da arte pela arte.
inadaptao ao mundo real. d) do culto ao "bom selvagem".
c) a morte aparece como forma de escapar ao e) do "mal-do-sculo".
desespero e solido.
d) o "eu" est no centro de tudo, em dilogo que no
se abre para o outro. 18. (PUC-RS) O poeta que explorou praticamente
e) o negativismo bomio, a desiluso adolescente, a todos os temas do Romantismo, inclusive o
dvida no so caractersticas do mal-do-sculo. indianismo, e que foi autor da elegia em versos,
Cntico do calvrio, :

15. (Fuvest-SP) a) Gonalves Dias.


b) lvares de Azevedo.
Em frente do meu leito, em negro quadro c) Fagundes Varela.
A minha amante dorme. uma estampa d) Casimiro de Abreu.
De bela adormecida. A rsea face e) Castro Alves.
Parece em visos de um amor lascivo
De fogos vagabundos acender-se...
19. (PUC-RS) O poeta romntico brasileiro mais
Esses versos de lvares de Azevedo, da Lira dos vinte contaminado pelo byronismo, cuja obra apresenta as
anos, apoiam a seguinte afirmao sobre o conjunto caractersticas essenciais do mal-do-sculo :
Ideias ntimas, de onde foram extrados:
a) Gonalves Dias.
a) Em versos brancos e em ritmo fluente, o discurso b) lvares de Azevedo.
potico combina notaes realistas e fantasias c) Fagundes Varela.
amorosas. d) Casimiro de Abreu.
b) A lascvia, combinada com a stira, elimina a e) Castro Alves.
possibilidade de lirismo amoroso, reservado para a
segunda parte do livro.
c) No espao do quarto, o poeta vinga-se das 20. (FMU-FIAM-FAAM-SP) Das imagens satnicas que
frustraes amorosas, satirizando a imagem de sua povoaram a fantasia do adolescente do exemplos os contos
amada. macabros de Noite na taverna.
d) Imaginando-se pintor, o poeta vai esboando num
quadro as figuras da virgem romntica e da amante Este trecho se refere ao escritor ultra-romntico:
calorosa.
e) Os decasslabos e o lirismo intimista so traos que a) lvares de Azevedo.
j fazem antever as tendncias poticas da gerao b) Fagundes Varela.
seguinte. c) Castro Alves.
d) Junqueira Freire.
e) Laurindo Rabelo.
16. (MACK-SP) Aponte a alternativa correta sobre o
texto abaixo.
21. (MACK-SP) Cantei o monge, porque ele escravo,
no da cruz, mas do arbtrio de outro homem.
Eu deixo a vida como deixa o tdio
Cantei o monge, porque no h ningum que se ocupe de
Do deserto, o poento caminheiro. cant-lo.
(lvares de Azevedo) E por isso que cantei o monge, cantei tambm a morte.
ela o eplogo mais belo de sua vida: e seu nico triunfo.
a) O poeta compara-se ao empoeirado caminheiro do
deserto em relao de inferioridade de cansaos. O autor do trecho acima um poeta da segunda
b) A morte vista com repdio, pois representa a gerao romntica brasileira.
evaso obrigatria para o nada, para o tdio. Pelo fato de no utilizar frequentemente um tipo de
c) A vida pressupostamente apresentada como algo linguagem prpria da gerao em que se encaixa,
doce e bom, apesar dos momentos de tdio. oscila, muitas vezes, entre a tradio clssica e o
d) O poento caminheiro e eu, respectivamente, sujeito pessimismo.
da orao subordinada e sujeito da orao
principal, equiparam-se no significado de quem Trata-se de:
deixa um estgio de tdio.
e) O tdio do deserto e a vida, respectivamente, a) Castro Alves.
objeto direto da orao subordinada e objeto direto b) Casimiro de Abreu.
da orao principal, equiparam-se no significado de c) Junqueira Freire.
um valor desejado mas lamentavelmente d) Gonalves de Magalhes.
abandonado. e) Gonalves Dias.
22. (MACK-SP) 24. (Mapofei-SP)

Soneto Deus! Deus! onde ests que no respondes?


Em que mundo, em qu'estrela tu t'escondes
Plida, luz da lmpada sombria Embuado nos cus?
Sobre o leito de flores reclinada, H dois mil anos te mandei meu grito,
Como a lua por noite embalsamada, Que embalde desde ento corre o infinito...
Entre as nuvens do amor ela dormia! Onde ests, Senhor Deus?...
Era a virgem do mar! na escuma fria
Pela mar das guas embalada! a) De quem so esses versos?
Era um anjo entre nuvens d'alvorada b) Que contexto social revelam?
Que em sonhos se banhava e se esquecia:
Era mais bela! o seio palpitando...
Negros olhos as plpebras abrindo... 25. (UFPA) Castro Alves, uma das figuras que melhor
Formas nuas no leito resvalando... interpretou e expressou o lirismo do povo brasileiro,
No te rias de mim, meu anjo lindo! defendeu, atravs de suas poesias, principalmente:
Por ti - as noites eu velei chorando,
Por ti - nos sonhos morrerei sorrindo! a) as excelncias da vida campestre em
(lvares de Azevedo) contraposio vida urbana.
b) a necessidade econmica do trabalho escravo.
c) o direito de liberdade para o negro.
I. Em todas as estrofes, sem exceo, a amada d) a independncia do Brasil.
e) a necessidade de domar a inspirao.
apresenta-se intocavelmente linda na sua etrea
beleza de virgem adormecida.
II. No primeiro terceto, o poeta ousa mostrar o
26. (Fatec-SP)
erotismo da mulher amada, em movimentos
suaves, expressos em verbos no gerndio.
III. Nas duas primeiras estrofes, com as figuras de Ontem plena liberdade...
embalsamada e escuma fria, j se prenuncia um A vontade por poder...
erotismo disfarado que explode na quarta Hoje cm'lo de maldade!
estrofe. Nem so livres pra... morrer!
IV. O ltimo terceto constitui uma retomada da virgem Prende-os a mesma corrente
inacessvel, muito bem expressa no vocativo do Frrea, lgubre serpente
seu primeiro verso. Nas roscas da escravido...
V. A anfora dos dois ltimos versos, seguida da
anttese, chorando/sorrindo, aponta para a Sobre esse texto no correto afirmar que:
entrega sem limites ao nico centro da vida do
poeta, a mulher amada. a) mostra o trao romntico do inconformismo.
b) d tratamento eloquente linguagem para tratar do
Aponte a alternativa correta sobre a relao do texto tema da escravido.
com as afirmaes acima. c) pode ser identificado com a poesia abolicionista de
Castro Alves.
a) Todas as afirmaes esto corretas, com exceo d) pelo tema que explora, classifica-se na corrente
social da poesia romntica.
da II.
e) traduz o pessimismo e o egocentrismo do poeta
b) Apenas II e IV esto corretas.
romntico diante da impossibilidade de mudar o
c) Apenas lI, IV e V esto corretas.
mundo.
d) Todas as afirmaes esto corretas, com exceo
da I.
e) Todas as afirmaes esto incorretas, com exceo 27. (Unifor-CE)
da I.
Basta, Senhor! De teu potente brao
Role atravs dos astros e do espao
23. (FCC-SP) O condoreirismo ("Andrada! Arranca Perdo p'ra os crimes meus!...
esse pendo dos ares' Colombo! Fecha a porta de H dois mil anos ... eu soluo um grito ...
teus mares!") e o byronismo ("Eu deixo a vida como Escuta o brado meu l no infinito,
deixa o tdio / Do deserto, o poento caminheiro") so Meu Deus! Senhor, meu Deus!...
aspectos particulares de uma mesma corrente literria
- a corrente: Na estrofe acima, o poeta empresta sua voz frica,
utilizando inflamada retrica em defesa das causas
a) barroca.
abolicionistas. So versos de:
b) arcdica.
c) romntica. a) Raimundo Correia.
d) parnasiana. b) Gonalves Dias.
e) simbolista. c) Castro Alves.
d) Alphonsus de Guimaraens.
e) Gonalves de Magalhes.
28. (UFPE) Faa a associao, numerando os Estes versos de Castro Alves ilustram bem a seguinte
parnteses: afirmao:

1) Gonalves Dias a) O poeta explorou com percia a poesia narrativa,


2) lvares de Azevedo apoiando-se tanto em vultos histricos quanto em
3) Castro Alves figuras da mitologia clssica.
b) O estilo de sua poesia condoreira ganha um
( ) Primeiro grande poeta romntico, autor de Os
timbiras. mximo de grandiloquncia quando o poeta fala do
( ) Poeta da dvida e do amor, mas sobretudo da direito que temos todos vida em liberdade.
morte - tema frequente em sua poesia - que lhe c) Na expanso da sensualidade juvenil - por vezes
adveio prematuramente. contrastada com fnebres pressentimentos - o
( ) Inovador pela utilizao da temtica indianista, poeta representava a fora criativa que sentia em
com a valorizao do nacionalismo. seu ntimo.
( ) Alia a sensualidade de sua poesia lrica d) Por vezes o poeta se afasta dos temas amorosos
preocupao social, compondo belos poemas
ou das causas de seu tempo, para retratar com
picos.
( ) Culto, vive a contradio entre o saber livresco e tintas fortes a beleza natural, suficiente em si
a inexperincia existencial. Em Noite na taverna, mesma.
livro de contos, "finge conhecer a vida". e) H momentos em que sua linguagem leve,
delicada, graciosa, aplicando-se a temas mundanos
A associao correta, de cima para baixo, : como um baile, uma festa - ou cantando a
inocncia das flores e dos pssaros.
a) 2, 3, 1, 2 e 1;
b) 1, 2, 1, 3 e 2;
c) 2, 1, 3, 1 e 3; 31. (Cefet-MG) Classifique os versos seguintes de
d) 1, 2, 3, 3 e 1; acordo com as diversas fases do Romantismo
e) 2, 3, 1, 1 e 2. brasileiro.

FASES
29. (UFMT) A poesia romntica no Brasil tem sua
trajetria tradicionalmente dividida em trs geraes de
1) Condoreirismo.
poetas. Com base nos principais poetas, suas obras e
sua temtica, julgue os itens a seguir. 2) Mal-do-sculo.
3) Idealizao da mulher.
a) Gonalves Dias, em I-Juca Pirama, exalta o ndio 4) Indianismo.
como smbolo da nacionalidade. 5) Mitificao do passado.
b) A gerao byroniana, impregnada de negativismo,
dvida, desiluso, teve na obra de Castro Alves sua VERSOS
maior representatividade.
c) Tambm Gonalves de Magalhes, com ( ) Ah! Vem, plida virgem, se tens pena
sentimentalismo e religiosidade, fez parte da De quem morre por ti, e morre amando
gerao do mal-do-sculo. Eu quero ao p de ti sentir o mundo;
d) lvares de Azevedo e Casimiro de Abreu [nos teus suspiros.
apresentaram as tenses tpicas da segunda Sentir as viraes do paraso
gerao, o primeiro de forma mais acentuada, o Beijar-te nos cabelos soluando
segundo de forma mais amena. E no teu seio ser feliz morrendo.
e) Nas poesias O navio negreiro, Vozes d' frica, ( ) Tu choraste em presena da morte?
Saudao a Palmares, o poeta dos escravos usou Em presena de estranhos choraste?
um estilo vigoroso em favor do negro oprimido. No descende o cobarde do forte;
Pois choraste, meu filho no s!
Possas tu, descendente maldito
30. (Puccamp-SP) De uma tribo de nobres guerreiros,
Implorando cruis forasteiros,
Oh! eu quero viver, beber perfumes Seres presa de vis Aimors.
Na flor silvestre, que embalsama os ares; ( ) Oh! Que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Ver minh'alrna adejar pelo infinito, Da minha infncia querida
Qual branca vela n'amplido dos mares. Que os anos no trazem mais!
No seio da mulher h tanto aroma ... ( ) Enfim a terra livre! Enfim l do Calvrio
Nos seus beijos de fogo h tanta vida ... A guia da liberdade, no imenso itinerrio,
- rabe errante, vou dormir tarde Voado Calpe brusco as cordilheiras grandes,
Das cristas do Himalaia aos pncaros dos
sombra fresca da palmeira erguida. [Andes!
Mas uma voz responde-me sombria: Quebraram-se as cadeias, livre a terra
Ters o sono sob a ljea fria. [inteira,
A humanidade marcha com a Bblia por ( ) Um dos traos marcantes de sua poesia a
[bandeira: fora oratria, que os versos seguintes
So livres os escravos... quero empunhar a exemplificam: ...L do campo deserto da batalha
[lira, / Uma voz se elevou clara e divina: Eras tu -
Quero que est'alma ardente um canto liberdade peregrina! / Esposa do porvir - irm do
[audaz desfira, sol!..."
Quero enlaar meu hino aos murmrios ( ) ( ) Empregando linguagem extremamente
[dos ventos, inovadora, transportou uma lenda latino-
As harpas das estrelas, ao mar, aos americana para o cenrio de Wall Street, no
[elementos! poema Guesa errante.
( ) Eu deixo a vida como deixa o tdio
Do deserto, o poento caminheiro a) 1, 2, 4, 3, 6.
- Como as horas de um longo pesadelo b) 3, 5, 2, 4, 1.
Que se desfaz ao dobre de um sineiro. c) 1, 2, 5, 3, 4.
d) 3, 2, 5, 4, 1.
A sequncia correta encontrada para a classificao : e) 1, 5, 2, 3, 6.

a) 2, 1, 5, 4, 3
b) 3, 4, 1, 5, 2 34. (Fuvest-SP) Tomadas em conjunto, as obras de
c) 3, 4, 5, 1, 2 Gonalves Dias, lvares de Azevedo e Castro Alves
d) 2, 4, 5, 3, 1 demonstram que, no Brasil, a poesia romntica:
e) 2, 5, 1, 3, 4
a) pouco deveu s literaturas estrangeiras,
consolidando de forma homognea a inclinao
32. (UFRS) Sobre O navio negreiro, de Castro Alves, sentimental e o anseio nacionalista dos escritores
correto afirmar que: da poca;
b) repercutiu, com efeitos locais, diferentes valores e
a) denuncia o trfico escravista, opondo o passado de tonalidades da literatura europeia: a dignidade do
liberdade na frica ao presente degradante do homem natural, a exacerbao das paixes e a
cativeiro no navio. crena em lutas libertrias;
b) discute o carter de marinheiros, cuja ambio os c) constituiu um painel de estilos diversificados, cada
levaria a abandonar a pesca de baleias para se um dos poetas criando livremente sua linguagem,
dedicar ao trfico de escravos. mas preocupados todos com a afirmao dos ideais
c) denuncia a violncia da escravido em uma srie abolicionistas e republicanos;
de cenas cujo personagem central Zumbi, o lder d) refletiu as tendncias ao intimismo e morbidez de
do quilombo de Palmares. alguns poetas europeus, evitando ocupar-se com
d) elogia os esforos intervencionistas da Gr- temas sociais e histricos, tidos como prosaicos;
Bretanha, que se dispunha at mesmo a apreender e) cultuou sobretudo o satanismo, inspirado no poeta
e afundar navios brasileiros envolvidos no trfico. ingls Byron, e a memria nostlgica das
e) defende a abolio da escravatura, o fim do Imprio civilizaes da Antiguidade clssica, representadas
e a declarao da Repblica, numa narrativa por suas runas.
libertria.

35. (MACK-SP) Assinale a alternativa em que aparece


33. (PUC-PR) Correlacione os poetas romnticos s um trecho de poema com claras caractersticas
afirmativas que caracterizam suas obras: condoreiras.

1) Gonalves Dias a) Auriverde pendo de minha terra,


2) lvares de Azevedo Que a brisa do Brasil beija e balana,
3) Castro Alves Estandarte que a luz do sol encerra,
4) Fagundes Varela E as promessas divinas da esperana ...
5) Casimiro de Abreu b) Oh! ter vinte anos sem gozar de leve
6) Sousndrade A ventura de uma alma de donzela!
E sem na vida ter sentido nunca
( ) Autor do poema I-Juca Pirama, deu voz ao Na suave atrao de um rseo corpo
lamento acovardado de um indgena aprisionado Meus olhos turvos se fechar de gozo!
e maldio de seu pai, que esperava dele c) Corao, por que tremes? Vejo a morte,
maior bravura. Ali vem lazarenta e desdentada ...
( ) Poeta dos mais populares, autor dos seguintes Que noiva!... E devo ento dormir com ela? ..
versos: Minh'alma triste como a rola aflita / Se ela ao menos dormisse mascarada!. ..
Que o bosque acorda desde o albor da aurora". d) Era a virgem do mar! na escuma fria
( ) Representante da segunda gerao romntica, Pela mar das guas embalada!
te matizou o amor e a morte, influenciado pelo Era um anjo entre nuvens d'alvorada
extremo subjetivismo de Byron. Tambm Que em sonhos se banhava e se esquecia!
escreveu narrativas.
e) Minha terra tem macieiras da Califrnia c) Estes versos terminam assim:
Onde cantam gaturanos de Veneza.
Os poetas da minha terra ( ) Andrada! arranca esse pendo dos ares!
so pretos que vivem em torres de ametista, Colombo! fecha a porta dos teus mares!
os sargentos do exrcito so monistas, ( ) Estou cansado de vencer o mundo
[cubistas, Quero vencer o inferno
os filsofos so polacos vendendo a ( ) Pouco a pouco, entre as rvores, a lua
[prestaes. Surge trmula, trmula ... Anoitece
( ) Uma iluso gemia em cada canto
chorava em cada canto uma saudade
36. (MACK-SP) ( ) Cobrai-a: e no queirais, Pastor Divino,
Perder na vossa ovelha a vossa glria
Existe um povo que a bandeira empresta
Pra cobrir tanta infmia e cobardia!... d) Observe:
E deixa-a transformar-se nessa festa
Em manto impuro de bacante fria!... "Que a brisa do Brasil beija e balana"
Meu Deus! meu Deus! mas que bandeira esta,
Que impudente na gvea tripudia?! A repetio da consoante b expressiva. Sugere o
Silncio, Musa ... chora, e chora tanto agitar da bandeira, fenmeno a que chamamos:
Que o pavilho se lave no teu pranto!...
Auriverde pendo de minha terra, ( ) aliterao.
( ) assonncia.
Que a brisa do Brasil beija e balana,
( ) solecismo.
Estandarte que a luz do sol encerra
( ) hiprbato.
E as promessas divinas da esperana...
( ) silepse.
Tu, que da liberdade aps a guerra,
Foste hasteado dos heris na lana,
Antes te houvessem roto na batalha, 38. (MACK-SP) Sobre o Romantismo no Brasil,
Que servires a um povo de mortalha!... incorreto afirmar que:
O trecho acima no apresenta: a) j se verificam traos condoreiros na obra de
Fagundes Varela, embora tal tendncia apresente
a) linguagem condoreira. seu ponto mais alto na poesia de Castro Alves.
b) versos decasslabos. b) Suspiros poticos e saudades, de Gonalves de
c) aliterao. Magalhes, considerado seu marco inicial.
d) versos brancos. c) o indianismo se verificou tanto em prosa como em
e) caractersticas romnticas. verso.
d) os poetas ultrarromnticos como Casimiro de Abreu
e lvares de Azevedo pertencem segunda
37. (FEI-SP) Leia o texto e responda as alternativas de gerao.
a at d. e) Jos de Alencar, seu maior prosador, dedicou-se
exclusivamente a romances indianistas e urbanos.
Auriverde pendo de minha terra,
Que a brisa do Brasil beija e balana,
Estandarte que a luz do sol encerra 39. (Uniju-RS) O gacho, publicado em 1870,
E as promessas divinas da esperana...
narra, em terceira pessoa, a histria de um
Tu, que da liberdade aps a guerra,
menino, Manuel Canho, que admira muito seu
Foste hasteado dos heris na lana,
Antes te houvessem roto na batalha, pai. O pai assassinado, mas o filho nunca o
Que servires a um povo de mortalha!... esquece. Odeia o padrasto e, aps a morte
deste, busca vingar o assassinato do pai. Na
a) O autor desses versos execuo desse projeto de vingana, o gacho
Manuel Canho vive peripcias ligadas guerra
( ) Gonalves Dias. dos Farrapos, mais particularmente a Bento
( ) Olavo Bilac. Gonalves.
( ) lvares de Azevedo.
( ) Manuel Bandeira. Seu autor :
( ) Castro Alves.
a) Simes Lopes Neto.
b) O trecho que voc leu foi escrito b) Jos de Alencar.
c) rico Verssimo.
( ) na segunda metade do sculo XVIII. d) Luiz Antnio de Assis Brasil.
( ) na primeira metade do sculo XIX. e) Domingos Gonalves de Magalhes.
( ) na segunda metade do sculo XIX.
( ) na primeira metade do sculo XX.
( ) na segunda metade do sculo XX.
40. (FUVbst-SP) Sobre o romance indianista de Jos incumbe seu tutor, Lemos, de propor a Fernando,
de Alencar, pode-se afirmar que: atravs de negociaes secretas, o casamento com
uma rica jovem, que poderia oferecer-lhe um
a) analisa as reaes psicolgicas da personagem dote; em troca, exige que ele assine um contrato
como um efeito das influncias sociais. aceitando a condio de vir a conhecer a noiva
b) um composto resultante de formas originais do apenas alguns dias antes do casamento.
conto.
c) d forma ao heri, amalgamando-o vida da As informaes anteriores referem-se importante
natureza. obra da prosa romntica brasileira. Assinale a
d) representa contestao poltica ao domnio alternativa em que aparece o nome da mesma.
portugus.
e) mantm-se preso aos modelos legados pelos a) A Moreninha
clssicos. b) Inocncia
c) Memrias de um sargento de milcias
d) Senhora
41. (Fuvest-SP) O crtico Alfredo Bosi, em sua Histria e) Cinco minutos
concisa da literatura brasileira, tece algumas
consideraes sobre o romance Senhora, de Jos de
Alencar: 44. (MACK-SP)

Se admitimos que a [mola do enredo] o fato de o Um ndio


jovem Seixas casar-se pelo dote, em virtude da um ndio descer
educao que recebera, damos a Alencar o crdito de de uma estrela colorida brilhante
narrador realista, capaz de pr no centro do romance de uma estrela que vir
no mais heris (...) mas um ser venal, inferior. O numa velocidade estonteante
que seria falso, pois o fato no passa de um recurso. e pousar no corao do hemisfrio sul na
[amrica num claro instante
a) Cite uma passagem de Senhora que permita (...)
considerar Seixas como um "heri" e no como um vir
"ser inferior. impvido que nem Muhammad Ali
b) "O fato no passa de um recurso". Considerando vir que eu vi
esta afirmao de A. Bosi, explicite as caractersticas apaixonadamente como Peri
do romance Senhora que permitem consider-lo uma vir que eu vi tranqilo e infalvel como Bruce Lee
obra romntica. vir que eu vi
o ax do afox filhos de Ghandi
vir
42. (ITA-SP) A moa agitou ento a fronte com uma (Caetano Veloso)
vibrao altiva:
O trecho mostra, com uma viso contempornea,
Mas o senhor no me abandonou pelo amor de determinado tipo de tratamento dado ao ndio brasileiro
Adelaide e sim pelo seu dote, um mesquinho dote de em certo perodo de nossa literatura.
trinta contos! [...] Desprezasse-me embora, mas no
descesse da altura em que o havia colocado dentro da Assinale a alternativa em que aparecem os nomes de
minha alma. Eu tinha um dolo; o senhor abateu-o de dois autores que manifestaram tal tendncia.
seu pedestal, e atirou-o no p. Essa degradao do
homem a quem eu adorava, eis o seu crime. a) Santa Rita Duro e Casimiro de Abreu
b) Gonalves de Magalhes e lvares de Azevedo
O excerto acima do romance , cujas personagens c) Castro Alves e Tobias Barreto
principais so e . d) Fagundes Varella e Visconde de Taunay
e) Gonalves Dias e Jos de Alencar
a) Memrias de um sargento de milcias - Luisinha e
Leonardo
b) A escrava Isaura - Isaura e lvaro 45. (MACK-SP) Na segunda metade do sculo XIX,
c) Senhora - Aurlia e Seixas surgiu um romance considerado de transio entre o
d) A Moreninha - Carolina e Augusto Romantismo e o Realismo. Tal obra documenta, com
e) Memrias pstumas - Virglia e o narrador (Brs boas doses de humor, os usos, os costumes e a
Cubas) linguagem popular do Rio de Janeiro da poca do
reinado de D. Joo VI.

43. (MACK-SP) ...com a morte do av, Aurlia Trata-se de:


recebe inesperadamente uma grande herana e
torna-se muito rica da noite para o dia. a) Senhora.
Movida pelo despeito, resolve tentar comprar seu b) Memrias de um sargento de milcias.
ex-noivo; est disposta, no entanto, a confessar- c) Inocncia.
lhe que ainda o ama e o quer, se ele mostrar d) A Moreninha.
e) Helena.
dignidade, recusando a proposta degradante. Ela
46. (PUC-SP) Em relao obra de Manuel Antnio de d) Este heri de folhetim se d a conhecer sobre tudo
Almeida, Memrias de um sargento de milcias, pode- nos dilogos, nos quais revela ao mesmo tempo a
se afirmar que: malcia aprendida nas ruas e o idealismo romntico
que busca ocultar.
a) uma autobiografia que relata, na primeira parte, e) Nele, como tambm em personagens menores, h
as diabruras infantis do romancista e, na segunda, o contnuo e divertido esforo de driblar o acaso
suas faanhas de adolescente. das condies adversas e a avidez de gozar os
b) um texto biogrfico que se concentra nas intervalos da boa sorte.
proezas, especialmente amorosas, do protagonista,
e tambm relata, com rigor histrico, os
acontecimentos do Segundo Reinado. 49. (Puccamp-SP) Considere as seguintes
c) um texto baseado em memrias alheias sobre as afirmaes, referentes a Dom Casmurro:
quais o narrador exercita a sua imaginao, sem
deixar de relatar cenas e costumes da realidade do I. O ttulo do romance indica o temperamento que o
Segundo Reinado. protagonista conserva ao longo de sua vida.
d) uma biografia romntico-idealista, que relata as II. O narrador vale-se de sua velhice e experincia
memrias sentimentais de um sargento de milcias, para relativizar as certezas de seus cimes juvenis.
vivenciadas nas camadas baixas do Rio de Janeiro. III. Os cimes do protagonista so indiscutveis;
e) uma autobiografia que relata as memrias do discute-se a imparcialidade do narrador na
protagonista sem ocultar os defeitos de seu carter avaliao do que os gerou.
e os costumes do grupo social da poca do rei D.
Joo VI. Das afirmaes anteriores, APENAS:

a) II est correta.
47. (Fuvest-SP) Era este um homem todo em propores b) III est correta.
infinitesimais, baixinho, magrinho, de carinha estreita e c) I e II esto corretas.
chupada, e excessivamente calvo; usava de culos, tinha d) I e III esto corretas.
pretenses de latinista, e dava bolos nos discpulos por d c e) II e III esto corretas.
aquela palha. Por isso era um dos mais acreditados na
cidade. O barbeiro entrou acompanhado pelo afilhado, que
ficou um pouco escabreado vista do aspecto da escola, que 50. (UFSM-RS) A partir da leitura de Dom Casmurro,
nunca tinha imaginado. de Machado de Assis, correto afirmar que:
(ALMEIDA, Manuel Antnio de. Memrias de um sargento de
milcias) a) a mulher, na viso do narrador, constitui-se em
perigo porque interfere nos domnios do homem.
Observando-se, neste trecho, os elementos b) se trata de um romance em que o narrador se faz
descritivos, o vocabulrio e, especialmente, a lgica da autor para criticar os valores morais de seu tempo.
exposio, verifica-se que a posio do narrador frente c) Dom Casmurro um narrador pessimista, porque
aos fatos narrados caracteriza-se pela atitude fracassa no seu relacionamento com Capitu.
d) a relao entre Bentinho e sua me desprovida
a) crtica, em que os costumes so analisados e de afetividade, porque ela se dedicava,
submetidos a julgamento. demasiadamente, s atividades religiosas.
b) lrico-satrica, apontando para um juzo moral e) a possibilidade do adultrio anula-se em face do
pressuposto. trgico desfecho da narrativa.
c) cmico-irnica, com absteno de juzo moral
definitivo.
d) analtica, em que o narrador onisciente prioriza seu 51. (Unicamp-SP) Capitu era Capitu, isto , uma
afastamento do narrado. criatura mui particular, mais mulher do que eu era
e) imitativa ou de identificao, que suprime a homem. Se ainda no o disse, a fica. Se disse, fica
distncia entre o narrador e o narrado. tambm. H conceitos que se devem incutir na alma do
leitor, fora de repetio.
(Machado de Assis, Dom Casmurro)
48. (Fuvest-SP) Indique a alternativa que se refere
corretamente ao protagonista de Memrias de um No trecho acima, o narrador, Bentinho, apresenta uma
sargento de milcias de Manuel Antnio de Almeida. interessante comparao ao leitor: "Capitu era (...)
mais mulher do que eu era homem". Considerando tal
a) Ele uma espcie de barro vital, ainda amorfo, a comparao, responda:
que o prazer e o medo vo mostrando os caminhos
a seguir, at sua transformao final em smbolo a) Que caractersticas do comportamento das duas
sublimado. personagens quando crianas permitem entender a
b) Enquanto cnico, calcula friamente o carreirismo afirmao de Bentinho?
matrimonial; mas o sujeito moral sempre emerge, b) Qual a diferena fundamental entre o Bentinho-
condenando o prprio cinismo ao inferno da culpa, narrador, que est escrevendo a histria de sua vida,
do remorso e da expiao. e o Bentinho-menino, que se surpreendia com o
c) A personalidade assumida de stiro a mscara de comportamento de Capitu?
seu fundo lrico, genuinamente puro, a ilustrar a
tese da "bondade natural", adotada pelo autor.
52. (PUC-SP) A respeito de Machado de Assis conta a definio do ertico contida no texto acima,
incorreto afirmar que: aponte os elementos que do origem a tal atmosfera

a) retrata, em seus contos e romances, a sociedade a) no comportamento da personagem Conceio;


urbana do Rio de Janeiro poca do segundo b) na tcnica narrativa do conto.
reinado e comeos da Repblica.
b) apresenta, no romance Memrias pstumas de
Brs Cubas, pela primeira vez, a teoria do 55. (MACK-SP) Sobre Machado de Assis, incorreto
humanitismo desenvolvida posteriormente em Dom afirmar que:
Casmurro.
c) um escritor ainda bastante comprometido com o a) antes de Memrias pstumas de Brs Cubas
iderio romntico em Ressurreio, lai Garcia, A publicou romances que ainda apresentavam
mo e a luva. algumas caractersticas romnticas.
d) um crtico mordaz dos valores burgueses ao b) seu teatro, embora menos conhecido, atinge o
mesmo tempo que subverte as tcnicas narrativas mesmo nvel de grandiosidade alcanado por
romnticas em Memrias pstumas de Brs Cubas. Martins Pena.
e) em Quincas Borba, constri um anti-heri - Rubio - c) sua poesia madura encontra-se em Ocidentais, em
que se movimenta num universo onde no h lugar que se revelam caractersticas parnasianas.
para o louco e o pobre. d) nos romances de sua segunda fase que se
encontram seus traos mais marcantes, como o
aprofundamento psicolgico dos personagens, o
53. (PUC-PR) Estabelea a sequencia numrica pessimismo e o ceticismo.
correta: e) Pginas recolhidas uma coletnea de crnicas,
motivadas por matrias jornalsticas e
1) A mo e a luva desenvolvidas com o apoio de aluses literrias.
2) Memrias pstumas de Brs Cubas
3) Dom Casmurro
4) Quincas Borba 56. (Fuvest-SP) Com essa histria enjoada de traiu
5) Memorial de Aires ou no traiu, de Capitu ser anjo ou demnio, o
leitor de Dom Casmurro acaba se esquecendo do
( ) O protagonista Rubio um provinciano ingnuo fundamental: as memrias so do velho narrador,
que se deixa envolver por um casal ambicioso. no da mulher, e o autor Machado de Assis, e
( ) Pela riqueza de tcnicas narrativas, o romance no um escritor romntico dividido entre
mais experimental de Machado de Assis. mistrios.
( ) Trata-se de um dos primeiros romances do
autor. Sua esttica o aproxima dos folhetins Aceitas as observaes acima, o leitor de Dom
romnticos do perodo. Casmurro dever:
( ) A principal personagem feminina desse romance
caracterizada por seus olhos de cigana a) identificar o ponto de vista de Capitu, considerando
oblquos e dissimulados. ainda o universo prprio da fico naturalista.
( ) ltimo romance do autor, em que no b) reconhecer os limites do tipo de narrador adotado,
abandonada a atitude cinicamente realista subordinando-o ao peculiar universo de valores do
diante da vida, mas que tematiza a perfeita autor.
felicidade conjugal. c) aceitar os juzos do velho narrador, por meio de
quem se representa a ndole confessional de
a) 4, 1, 2, 3, 5. Machado de Assis.
b) 1, 2, 4, 3, 5. d) rejeitar as acusaes do jovem Bentinho,
c) 4, 3, 5, 2, 1. preferindo-Ihes a relativizao promovida pelo
d) 1, 3, 5, 2, 4. velho narrador.
e) 4, 2, 1, 3, 5. e) relativizar o ponto de vista da narrao, cuja
ambiguidade se deve personalidade oblqua de
Capitu.
54. (Fuvest-SP) O lugar mais ertico de um corpo
no o ponto em que o vesturio se entreabre?
(...) a intermitncia como muito bem o disse a 57. (MACK-SP) "A narrativa mais preocupada com
psicanlise, que ertica: a da pele que cintila anlise psicolgica, fazendo crtica sociedade a partir
entre duas peas (as calas e a camisola), entre do comportamento de determinados personagens" foi
duas margens (a camisa entreaberta, a luva e a cultivada por:
manga); essa prpria cintilao que seduz, ou
ainda: a encenao de um aparecimento- a) Jos de Alencar, em Iracema.
b) Machado de Assis, em Memrias pstumas de Brs
desaparecimento.
(Roland Barthes) Cubas.
c) Bernardo Guimares, em O garimpeiro.
Costuma-se reconhecer como fato capital na d) Joaquim Manuel de Macedo, em A Moreninha.
composio de Missa do Galo, de Machado de Assis, e) Jos Lins do Rego, em Menino de engenho.
a criao de uma atmosfera ertica. Levando em
58. (PUC-RS) O Ateneu, de Raul Pompia, c) Em O mulato, de Alusio Azevedo, as personagens
praticamente no tem enredo; compe-se de uma so tipos sociais e o autor no se detm em sua
tessitura onde se acumulam situaes, experincias, anlise psicolgica.
reflexos de caracteres e intenes selecionadas e d) A obra naturalista de Alusio Azevedo pretendeu ser
comunicadas do ponto de vista subjetivo do narrador uma interpretao de camadas marginalizadas da
personagem. sociedade brasileira.
e) A obra de Machado de Assis limita-se expresso
Estas caractersticas vinculam a obra ao: de costumes cariocas.

a) Romantismo.
b) Realismo. 62. (ITA-SP) Assinale a alternativa em que se
c) Naturalismo. completa erradamente a seguinte proposio:
d) Impressionismo.
e) Modernismo. Do romance O cortio pode-se dizer que:

a) um romance urbano.
59. (UFMA) b) o autor admite a influncia do meio no
comportamento do indivduo.
Jernimo soltou um mugido e caiu de borco, c) alcana a poca da escravido.
segurando os intestinos. d) Romo tudo, menos um ingrato.
e) o protagonista no se contenta com a ascenso
Matou! Matou! Matou! exclamaram todos, com econmica, quer a social tambm.
assombro.

So caractersticas do Naturalismo que se destacam 63. (MACK-SP) ...enfatiza o aspecto materialista da


no trecho acima: existncia, vendo o homem como um produto
biolgico, cujo comportamento resultado da presso
a) Ironia, viso pessimista. do ambiente social e da hereditariedade
b) Crtica burguesia, anlise psicolgica. psicofisiolgica. O homem passa a ser encarado como
c) Dissimulao humana, preconceito racial. um ser impulsionado pelos instintos (so frequentes as
d) Reduo do homem condio animal, linguagem comparaes com animais), que, por sua vez, so
crua, despida de eufemismos. despertados pelas condies do meio social.
e) Amenizao dos fatos, preocupao com a
explicao cientfica das atitudes das personagens. O trecho acima expe claras caractersticas da
esttica:

60. (MACK-SP) Assinale a alternativa incorreta a a) romntica.


respeito de O Ateneu: b) simbolista.
c) naturalista.
a) Devido a apresentar uma estrutura bastante d) barroca.
ecltica no se trata de um romance que tem uma e) modernista.
classificao rigorosa como representante de uma
ou outra tendncia literria.
b) Tem um narrador em 1 pessoa, Srgio, que relata Gabarito
fatos ocorridos com ele no passado.
c) A ao deste romance transcorre no ambiente 1. E
fechado de um internato onde convivem crianas,
adolescentes, professores e empregados. 2. E
d) A maioria dos personagens do romance
apresentada de uma forma caricatura I, realando 3. E
seus aspectos negativos.
e) Em funo de uma narrativa mais dinmica, o autor 4. E
abre mo da anlise pscolgica de personagens.
5. C
61. (Puccamp-SP) Um dos postulados bsicos da 6. D
escola realista-naturalista a funo social da arte.
Sobre autores deste perodo, no Brasil, no vlido 7.
afirmar que: a) nacionalismo
b) l Brasil
a) Em Machado de Assis, acima da imagem exterior c exlio (Portugal)
da nacionalidade, existe a preocupao com o
homem visto como um ser contraditrio. 8. D
b) Em O cortio, de Alusio Azevedo, critica-se a luta
cruel e desumana pelo poder econmico e pela 9. D
ascenso nos quadros sociais.
10. D 40. C

11. D 41.
a) Seixas um heri quando, por exemplo, trabalha
12. E para saldar sua dvida com Aurlia.
b) uma obra romntica porque, em ltima anlise,
13. E temos um par amoroso s voltas com problemas que
impedem a concretizao do seu relacionamento.
14. E Superados esses problemas (financeiros), o amor
pode concretizar-se.
15. A
42. C
16. D
43. D
17. E
44. E
18. C
45. B
19. C
46. C
20. A
47. C
21. C
48. E
22. C
49. B
23. C
50. C
24.
a) Castro Alves 51.
b) Os versos revelam a escravido no Brasil do sculo a) Permitem entender a afirmao, as certezas de
XIX. Capitu e sua determinao, bem como as dvidas de
Bentinho e sua necessidade de opinies.
25. C b) O Bentinho narrador tornou-se um velho amargo;
o Bentinho menino era um adolescente encantado
26. E com a beleza e a magia de Capitu.

27. C 52. B

28. B 53. C

29. VFFVV 54.


a) A atmosfera de erotismo construda pela
30. C personagem Conceio ao aparecer com os braos
nus diante do rapaz.
31. C b) A atmosfera de seduo se constri pela forma
indireta como se apresentam as intenes da mulher e
32. A as impresses do rapaz diante dela.

33. E 55. B

34. B 56. B

35. A 57. B

36. D 58. D

37. 59. A
a) lvares de Azevedo
b) Na segunda metade do sculo XIX 60. C
c) Andrada! arranca esse pendo dos ares!
Colombo! fecha a porta dos teus mares 61. E
d) Aliterao.
62. A
38. E
63. A
39. B

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