Canções Para Milomaqui Em Flautas De Paxiúba
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Canções Para Milomaqui Em Flautas De Paxiúba - José Cyrino Jr.
SOB O SOM DA PAXIÚBA
Marcos Frederico*
Neste livro, cujo ponto de partida é a referência a um mito indígena, o leitor se deparará com duas vozes líricas, vozes que se interpenetram e se misturam à medida que os poemas vão se sucedendo.
A primeira voz é a de um ser que se expressa através do discurso poético de índios e caboclos. A segunda é a de um homem urbano, que se identifica umas poucas vezes ou se mantém afastado
do texto, sendo este último o procedimento mais comum observável no gênero lírico.
Começa o livro com uma versão poética do mito de Jurupari, o herói-civilizador que deu aos homens o domínio da música, através das flautas de paxiúba, e instituiu o patriarcado. Salientemos que Jurupari é o nome genérico desse herói demonizado pelos missionários cristãos. Ele se chama Izi, entre os tarianas, e Guramũye entre os dessanas, ambas etnias do rio Negro. José Cyrino Jr. nos apresenta a versão kamayurá, a qual explica mais detalhadamente na Palavra do autor
.
Inicia-se o livro, portanto, com a voz telúrica do eu lírico, num texto em que revela a sua poética
. Ele se propõe a cantar porque, afinal, o mundo não muda / sem a ajuda da poesia
. Esse procedimento – o de declarar-se de posse de uma flauta (Vou fazer a minha flauta / da mais alta paxiúba
) – lembra o início do clássico Frauta de barro, livro de 1963, cujo autor é Luiz Bacellar (1928-2010). Diz o poeta em tal ocasião: "Em menino achei um dia / bem no fundo de um surrão / um frio tubo de argila / e fui feliz desde então; rude e doce melodia / quando me pus a soprá-lo / jorrou límpida e tranquila / como água por um