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Apostila

Tratamento de Esgoto

Estao de Tratamento de Mulemb - Vitria

Revisada em Julho de 2013


MISSO

"Prestar servios de abastecimento de gua e esgotamento sanitrio de forma


sustentvel, buscando a satisfao da sociedade, dos clientes, acionistas e
colaboradores."

VISO

"Ser uma excelncia no setor de saneamento do Brasil"

VALORES

Respeito
Responsabilidade
Comprometimento
tica
Transparncia
Competitividade
Qualidade
Inovao

Revisada em Julho de 2013


Sistema de Esgotamento Sanitrio

A maior parte da gua tratada que abastece uma residncia retornar do imvel
na forma de gua servida, cujo nome esgoto.
Essa gua foi utilizada para diversos fins, como por exemplo: tomar banho, lavar
louas e roupas, escovar os dentes, dar descarga etc.; e teve suas
caractersticas alteradas, por isso muito importante que o esgoto passe por um
processo de tratamento para que se devolva natureza um lquido que no
polua ou contamine o meio ambiente.

O esgoto uma mistura de gua e matria orgnica (fezes, urina e gua do


servio domstico), 99 % do volume do esgoto pode ser gua e 1% ou mais,
pode ser de matria orgnica e o objetivo principal do tratamento de esgoto
desfazer essa mistura.
Quando o imvel no possui rede coletora de esgoto comum a populao
utilizar fossa sptica ou ligar direto na rede pluvial (que coleta apenas gua de
chuvas) ou descartar o esgoto diretamente em vales, crregos, rios e praias,
porm esta ao contribui para agravamento e contaminao do meio ambiente
e da sade. As fossas spticas so unidades de tratamento primrio de esgoto
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domstico nas quais so feitas a separao e a transformao fsico-qumica da
matria slida contida no esgoto. uma maneira simples e barata de disposio
dos esgotos indicada, sobretudo, para a zona rural ou residncias isoladas.
Todavia, o tratamento no completo como numa estao de tratamento de
esgotos.
A destinao adequada dos esgotos se inicia dentro de nossa casa, quando esta
construda com as instalaes hidrosanitrias, que compreende a rede de
tubulao interna da casa e as peas sanitrias (bacia, chuveiros e pias) que
recebem as guas servidas e as levam at a tubulao de sada do ramal
predial.

Todas as vezes que por algum motivo no seja possvel, sob o ponto de vista
tcnico e econmico, o escoamento dos esgotos pela ao da gravidade,
necessrio o uso de Estaes Elevatrias de Esgoto Bruto (EEEB), para elevar
o esgoto de um ponto para outro de cota normalmente mais elevada.

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Estaes Elevatrias

Redes Coletoras de Esgoto


Quando a Cesan constri nas ruas as redes coletoras de esgoto, deixa na
calada um ramal chamado caixa de ligao, onde o morador dever interligar a
rede interna do seu imvel rede coletora pblica.
Para que isso ocorra, o morador orientado a desativar a fossa sptica/filtro
biolgico, quando existir, e a construir caixa de gordura.
Por que deve existir a caixa de gordura?
Os resduos gordurosos tm a capacidade de se solidificar com o passar do
tempo. Quando isso acontece, o dimetro interno do tubo comea a diminuir at
o ponto de causar entupimento das instalaes internas do imvel, das redes
coletoras e consequentemente o retorno dos dejetos. Lembre-se: rede coletora
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de esgoto no deve ser interligada a de gua de chuva, esse dever seguir outro
caminho, por exemplo: boca de lobo e rede pluvial.

Instalaes corretas da rede de esgoto de uma residncia

Para que serve o Poo de Visita?

Os Poos de Visita so compartimentos por onde se tem acesso s


redes e esto situados no meio da rua protegidos por tampes de ferro onde se
l: Cesan Esgoto.
Servem como pontos de apoio para manuteno das redes coletoras e
no devem ser utilizados para escoamento de gua de chuva mesmo em caso
de alagamentos na rua.

A importncia do Tratamento do Esgoto

Segundo a Organizao Mundial de Sade (OMS), cada unidade


monetria investida em obras de saneamento, faz com que se economize em
at cinco unidades monetrias com tratamento de doenas que tenham origem
na falta desse servio.

Revisada em Julho de 2013


As principais doenas causadas pela falta de saneamento so:

Diarreia infecciosa: pode ser provocada por micrbios, que


so adquiridos por meio da ingesto de comida ou gua
contaminada. Os grupos mais afetados pelas diarreias so as
crianas e os idosos que, se no tratados a tempo, podem vir a
falecer em virtude da desidratao.

Clera: originria da sia uma doena infecciosa que ataca


principalmente o intestino dos seres humanos. A bactria que
a provoca recebe o nome de Vibrio cholerae e transmitida
principalmente pela gua. Seus sintomas so: diarreia
abundante, cibras, clicas abdominais, nuseas e vmitos.

Leptospirose: doena bacteriana transmitida pela gua e por


alimentos contaminados pela urina de animais, principalmente
o rato. Seus sintomas incluem febre alta, calafrio, dor
muscular, vmito e dor de cabea forte.

Hepatite: inflamao no fgado causada por vrios tipos de


vrus. Seus sintomas so parecidos com os da gripe, alm da
ictercia;
Esquistossomose: tambm conhecida como doena do
caramujo, provocada pelo verme esquistossomo. Sintomas:
diarreia, dores e problemas em vrios rgos internos do corpo
humano.

Tecnologias utilizadas pela Cesan para Tratamento de Esgoto

Uma Estao de Tratamento de Esgoto tambm conhecida como ETE e a


Cesan utiliza trs tipos de sistemas para tornar eficiente o tratamento do esgoto
preservando assim a natureza e promovendo a qualidade de vida da populao

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Lagoa de Estabilizao

ETE em Nova Almeida Serra

Reatores UASB

ETE em Itanas Conceio da Barra

Estao de Tratamento de Esgoto (ETE) tipo Lodo Ativado

ETE em Manguinhos - Serra


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Etapas do Tratamento de Esgoto na ETE

O esgoto bruto para atender as exigncias legais passa por diferentes nveis de
tratamento: preliminar e biolgico. Em algumas situaes especficas pode ser
realizado o tratamento fsico-qumico e a desinfeco do esgoto tratado.

Durante o processo de tratamento de esgoto ocorre a formao de lodo e de


gases que podem ser submetidos a tratamentos especficos.

TRATAMENTO PRELIMINAR:

Tem por objetivo a remoo de slidos grosseiros e em suspeno tipo areia,


papis, plsticos, cabelos, e outros resduos que seguem pelas tubulaes
devido ao uso incorreto do vaso sanitrio e redes coletoras de esgoto. Para
separar esse material o tratamento preliminar constitudo de tanques
desarenadores e gradeamento.

Gradeamento na ETE Mulemb Vitria

TRATAMENTO BIOLGICO:

Existem vrios tipos de tratamento de esgoto domstico. Processos biolgicos,


aerbios e anaerbios so aplicados com uma srie de aspectos positivos e
negativos. Esses processos utilizam organismos que se proliferam na gua,
otimizando o tratamento e minimizando custos, para que se consiga a maior
eficincia possvel. A seguir so apresentadas algumas modalidades utilizadas
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pela CESAN:

a) Lagoa de Estabilizao:

Os Sistemas de Lagoas de Estabilizao constituem-se na forma mais simples


para o tratamento dos esgotos. H diversas variantes dos sistemas de lagoas de
estabilizao com diferentes nveis de simplicidade operacional e requisito de
rea.
O tempo de deteno hidrulica do esgoto, que o tempo de passagem do
esgoto pelo sistema, pode variar de 15 at 25 dias para remoo da matria
orgnica e devoluo do efluente natureza.
Lagoa de estabilizao trata-se de uma tecnologia simples, mas que precisa de
grandes reas para sua implantao, o que em muitos casos difcil de
encontrar dentro de grandes cidades muito urbanizadas.

O esgoto chega lagoa onde h uma grande quantidade de micro-organismos


aerbios (que dependem de oxignio) e permanecem ali at que o processo de
decomposio da matria orgnica termine e o esgoto tratado (efluente) possa
ser devolvido a um corpo receptor: crrego, rio ou praia.

b) Reator Anaerbio de Fluxo Ascendente (RAFA) ou Reator UASB

um reator fechado onde o tratamento biolgico ocorre por processo anaerbio,


isto , sem oxignio. O esgoto entra pela base do reator, passa por uma manta
de micro-organismos anaerbicos onde ocorre a decomposio da matria
orgnica. O esgoto tratado e coletado pelas calhas na parte superior.

Trata-se de uma tecnologia que ocupa pouco espao, sendo indicada para
centros urbanos, bairros, vilas etc.

Por se tratar de um sistema fechado, h liberao de gs que coletado e


queimado.

c) Lodo Ativado:

O esgoto ao chegar estao encaminhado para um tanque onde


submetido aerao. A quantidade de oxignio introduzido na mistura atravs
dos aeradores propicia o desenvolvimento de bactrias aerbias que iro digerir
a matria orgnica carboncea e a nitrificao do nitrognio orgnico total
remanescente do afluente bruto.

A atuao de micro-organismos especficos, forma flocos denominados lodo


ativado ou lodo biolgico. Parte do lodo retorna ao processo e a outra parte
enviada para desague e destinao em aterro ou outro tratamento especfico. O
efluente tratado enviado para o rio.
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uma tecnologia que no requer grandes reas para sua construo, porm
necessita de mo de obra especializada e tcnicos treinados para sua operao.

DESINFECO DO EFLUENTE (ESGOTO TRATADO)

Para devoluo do esgoto tratado natureza, a Cesan precisa atender a


Legislao Ambiental por isso o efluente submetido ao processo de
desinfeco atravs de lmpadas ultravioleta (UV).

Quando o efluente entra em contato com a radiao UV os micro-organismos


so esterilizados impedindo sua reproduo.

Sistema UV

LODO DE ESGOTO

O lodo resultado do processo de decomposio da matria orgnica presente


no esgoto. Este processo realizado pelos micro-organismos, principalmente
bactrias. Visando reduzir a umidade do lodo de esgoto este submetido ao
processo de desgue e dependendo da tecnologia utilizada ele pode apresentar
caractersticas semisslida/pastosa ou slida.

Em funo de suas caractersticas, ser orgnico e rico em nutrientes, o lodo de


esgoto pode ser utilizado na agricultura uma vez que traz diversos benefcios
como o aumento da fertilidade e teor de matria orgnica no solo, contribuindo
para o aumento da produtividade.

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Lodo de Esgoto ETE Mulemb.

TRATAMENTO DE EMISSES DE COMPOSTOS ORGNICOS VOLTEIS E


ODORES

As instalaes de tratamento de esgotos sanitrios podem gerar odores em


funo dos processos adotados e das condies operacionais empregadas.
Neste caso faz-se necessrio a implementao de solues sustentveis.

O sistema Biofiltro uma das solues utilizadas para tratar as emisses. Neste
os gases componentes das emisses so degradados biologicamente por micro-
organismos presentes em um leito de biomassa.

Utilizao Eficiente de um Sistema de Esgotamento Sanitrio

O lixo e a gordura so os principais problemas que afetam o sistema de coleta


de esgoto.

Lixo:
Materiais como plsticos, papis, restos de comida, p de caf, areia de
praia e outros slidos costumam provocar o desgastes de equipamentos de uma
ETE, Estaes Elevatrias e entupimento da rede de esgoto causando
alagamento em ruas e at retorno dos dejetos para dentro do imvel.
O cabelo e o fio dental so responsveis por danos aos aeradores (
equipamentos que fazem a aerao do esgoto), nas lagoas de estabilizao
provocando a reduo da eficincia do tratamento.

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Lixo retirado de uma rede coletora de esgoto.

Manuteno de Poo de Visita (PV) para retirada de lixo.

Gordura:
A gordura resultante de frituras e restos de alimentos quando
despejado pelo ralo da pia, seguem pelas tubulaes das residncias e redes
coletoras podendo com o tempo se solidificar reduzindo o dimetro da tubulao
provocando o entupimento e retorno dos dejetos.
Por isso a importncia de uma caixa interna no imvel, conectada a
pia, chamada caixa de gordura que deve ser limpa de tempo em tempo
conservando assim as instalaes do imvel e da rede de esgoto.

Revisada em Julho de 2013


Manuteno em rede de esgoto para remoo de gordura.

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Mapa do Saneamento no Esprito Santo

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