Neoclassicismo para Alunos
Neoclassicismo para Alunos
Neoclassicismo para Alunos
Principais caractersticas:
- Valorizao de temas e padres estticos da arte clssica antiga. Heris e seres da mitologia
grega, por exemplo, foram temas recorrentes nas pinturas e esculturas neoclssicas.
- Forte influncia das ideias filosficas do iluminismo, principalmente as ligadas razo.
- Na pintura, o uso de cores frias e a valorizao da perspectiva foram recursos muito utilizados.
- Valorizao da simplicidade e pureza esttica (principalmente na pintura) em contraste com os
rebuscamentos, dramaticidades e complexidades do Barroco e do Rococ.
- Na Literatura, os textos apresentam como caractersticas principais a sntese, clareza e perfeio
gramtica.
- Na escultura, forte influncia das formas clssicas do Renascimento. Ao contrrio dos escultores
barrocos, que pintavam suas obras, os artistas neoclssicos optaram pela cor branca natural do
mrmore (como os escultores gregos e romanos).
ARQUITETURA
Tanto nas construes civis quanto nas religiosas, a arquitetura neoclssica seguiu o modelo dos
templos greco-romanos ou o das edificaes do Renascimento italiano. Exemplos dessa arquitetura
so a igreja de Santa Genoveva, transformada depois no Panteo Nacional, em Paris, e a Porta do
Brandemburgo, em Berlim.
Algumas caractersticas deste movimento artstico na arquitetura so: Materiais nobres
(pedra, mrmore, madeiras, granitos), processos tcnicos avanados, sistemas construtivos
simples, esquemas mais complexos, a par das linhas ortogonais, formas regulares, geomtricas e
simtricas, volumes corpreos, macios, bem definidos por planos murais lisos, uso de abbada
de bero ou de aresta, uso de cpulas, com frequncia marcadas pela monumentalidade, espaos
interiores organizados segundo critrios geomtricos e formais de grande racionalidade, prticos
colunados entablamentos diretos, frontes triangulares, a decorao recorreu a elementos
estruturais com formas clssicas, pintura rural e ao relevo em estuque, valorizou a intimidade
conforto nas manses familiares.
Panteo de Paris, Frana
Escultura Neoclassicista
A Escultura Neoclssica vem unir diversos elementos baseados na escultura clssica, donde o uso
do mrmore sua mais forte caracterstica.
Busca-se a harmonia das propores e das formas com a explorao de temas relacionados a
mitologia e personagens heroicos.
Roma foi o grande e importante centro irradiador desse estilo com destaque para o escultor italiano:
Antnio Canova (1757-1822).
Literatura Neoclassicista
O principal movimento literrio alinhado aos ideais neoclassicistas foi o Arcadismo.
A literatura nesse perodo revelada pela simplicidade na linguagem. Isso acontece atravs do uso
de um vocabulrio simples, bem como pela escolha dos temas associados ao cotidiano, natureza
e mitologia.
Exemplos de obras e artistas
Pintura
Escultura
- Perseu com a cabea da Medusa (1800) obra do escultor italiano Antonio Canova.
- Espartacus (1830) esttua feita pelo escultor francs Denis Foyatier.
- Lucrcia Morta (1803) obra do escultor francs Dami Campeny.
Literatura
Arquitetura
No Brasil, o neoclassicismo teve incio em 1816, com a chegada da Misso Artstica Francesa e a
fundao da Escola Real de Artes e Ofcios. Portanto, podemos dizer que o movimento teve grande
impulso com as aes de D. Joo VI, que buscavam incentivar o desenvolvimento cultural no Brasil.
Ainda que no tenha tido tanta representatividade no pas, alguns monumentos, artes plsticas e
obras literrias demostram sua influncia.
Na literatura, o arcadismo que buscava retratar a vida simples do campo e aspectos da natureza.
No Brasil teve como marco inicial a publicao de Obras Poticas, de Cludio Manuel da
Costa (1729-1789), em 1768.
Alm dele destacam-se os escritores: Santa Rita Duro (1722-1784), Baslio da Gama (1741-1795)
e Toms Antnio Gonzaga (1744-1810).
Anlise da obra:"O Juramento dos Horcios", de Jacques -Louis
David
Le Serment des Horaces ( O Juramento dos Horcios) de Jacques-Louis David foi concludo em
1784, tem 3,3 por 4,25 metros, e foi encomendado pelo rei de Frana, Lus XVI. Encontra-se no
Museu do Louvre, em Paris.
A pintura uma representao de uma passagem da pea Horcio, do dramaturgo francs Pierre
Corneille. Verdadeira ou lendria a luta entre Horcios e Curicios foi registada, no sculo I a. C.,
pelo historiador Tito Lvio na obra "Ab Urbe Condita" . A cena representada refere-se s guerras
entre Roma e Alba Longa, em 669 a.C. No reinado de Tullus Hostilius, deflagrou uma guerra
entre Roma e Alba Longa para disputarem o domnio da Itlia Central. Decidiu-se ento, para evitar
o derramamento de muito sangue e para salvar vidas de ambas as cidades, que a disputa se
resolveria num combate mortal entre trs irmos romanos - os Horcios, e trs irmos albanos - os
Curicios, cujas famlias tinham relaes familiares muito prximas. Da luta travada entre os dois
grupos resultou a morte de dois irmos Horcios. Os albanos festejavam j a vitria, quando o
terceiro romano, Publius Horacius fingiu fugir. Os Curicios partiram em sua perseguio,
decidindo a dada altura separar-se, seguindo cada um para seu lado, no encalce do
adversrio. Publius Horacius conseguiu engan-los, voltando atrs e surpreendendo-os quando
estavam separados. Apanhando-os a ss, eliminou-os um a um.
Publius retorna a Roma, atravessa as portas da cidade em triunfo, entre a aclamao do povo, mas
ao chegar praa principal encontra, entre a populao, a sua irm Camila, que tinha ficado noiva
de um dos irmos Curicios. Esta ao reconhecer o manto que o irmo trazia aos ombros, como
sendo um que ela tinha feito para o seu amado, apercebeu-se da terrvel verdade e comea a
chorar.
Publius Horacius enfurece-se por a irm derramar lgrimas por um inimigo, precisamente no
momento em que comemorava a vitria de Roma. Ento, de imediato desembainha a espada e
mata-a, exclamando: "Assim morra todo aquele que chora um inimigo de Roma!".
As aces dos Horcios tornaram-se um smbolo do patriotismo romano, segundo o qual o Estado
estava acima do indivduo.
Jacques-Louis David pretendeu mostrar com a obra "O Juramento dos Horcios" que o
cumprimento do dever est acima de qualquer sentimento pessoal, tal como o fizeram os trs
irmos Horcios que juraram derrotar os inimigos ou morrer por Roma.
Na obra aparecem trs homens vestindo trajes de luta, com os braos levantados em direco a
outro homem, que levanta trs espadas ao alto. No lado direito da obra esto trs mulheres
sentadas, de olhos fechados, com gestos e expresses de consternao. Os trs homens so os
irmos Horcios, prestando juramento de lealdade e solidariedade a Roma. O homem que segura
as espadas e que toma o juramento o pai Horcio, e atrs deles est Camila Horcio, de branco.
No centro da pintura verifica-se a aco principal, o ritual de juramento, os homens apresentam
expresses enrgicas. A atmosfera de virilidade e de robustez expressa-se nas quatro
personagens, sob a frieza das colunas dricas ao fundo. Estas esto em contraposio s
mulheres representadas, inertes e passivas.
A obra, encomendada pelo rei Lus XVI, foi concluda em 1784 e exposta pela primeira vez em
1785. A obra considerada o paradigma da pintura neoclssica, convertendo-se em modelo a ser
seguido por pintores posteriores. Revela aspectos do final do perodo moderno, como a inteno
da nobreza e monarquia em resgatar valores da Roma Antiga, como o civismo e a virtude, e o bem
colectivo sobre os interesses individuais.
Fontes:http://www.bc.edu/
http://smarthistory.khanacademy.org/
http://pintaraoleo.blogspot.pt
O Juramento dos Horcios - Jacques -Louis David
A 123 obra homenageada hoje pelo projeto Um Pouco de Arte para sua Vida do artista francs Jacques-
Louis David
O projeto Um Pouco de Arte para sua Vida homenageia hoje a pintura A Morte de Marat, do pintor
francs Jacques-Louis David. Neste quadro despojado, porm comovente, David lamenta a morte de seu
amigo prximo, o revolucionrio Jean-Paul Marat.
A vtima foi um dos principais membros da Conveno Nacional - rgo que governou a Frana na poca do
Terror, Revoluo Francesa. Sua orientao poltica extremista fez com que reunisse muito inimigos, em
especial aps a queda dos girondinos.
Em 13 de julho, uma jovem chamada Charlotte Corday, uma adversria poltica de Marat, obteve uma
audincia com ele em sua sala de banho. Algo comum, j que ele sofria de uma doena de pelo que o
forava a tomar banhos frequentemente. Por isso, o revolucionrio usava seu banheiro como escritrio.
Durante a reunio, Corday esfaqueou Marat at a morte. Em seu julgamento, ela declarou: "Eu matei um
homem para salvar cem mil vidas". Trs dias aps, ela foi mandada para a guilhotina.
Jacques-Louis David foi convidado pela Conveno a pintar um memorial a Marat. Ele era uma boa escolha,
porque compartilhava dos mesmos ideais revolucionrios e tinha um estilo neoclssico rigoroso, adequado
situao.
Depois da Revoluo, o quadro se tornou constrangedor para o novo regimo e em 1795 foi devolvido a
David. Sua reputao s foi ser restaurada com o poeta e crtico de arte Charles Baudelaire que, sobre ela,
comentou: "Esta obra contm algo ao mesmo pungente e terno; uma alma ala voo no ar frio do aposento,
entre estas paredes frias, em volta desta fria banheira funerria".
1. Face de Marat
Durante a Revoluo, Marat foi um dos homens mais poderosos da Frana. Ele foi um jornalista radical,
editor da publicao L'Ami du Peuple (O Amigo do Povo). David alterou a aparncia do amigo para ajust-
la de um heri martirizado. Removeu suas marcas de pele e o rejuvenesceu, embora Marat realmente
usasse esta espcie de turbante molhado de azeite devido a sua doena.
2. Faca do crime A faca de Charlotte est no cho, como se ela estivesse fugido e deixado-a no cho.
Segundo alguns relatos, porm, a faca ficou alojada no peito de Marat. Mas David excluiu todo elemento
que prejudicasse a imagem de mrtir do revolucionrio. Ele tambm "limpou" a imagem, deixando-a com
pouco sangue e mudando o fundo ornamentado do banheiro.
3. Moblia Para enfatizar que Marat era um "homem do povo", David pintou este caixote velho como uma
escrivaninha improvisada. Foi nesta superfcie em que o artista assinou sua dedicatria "Ao Marat, David".
O projeto Um Pouco de Arte para sua Vida homenageia hoje a obra A Banhista de Valpinon,
do pintor francs Jean-Auguste Dominique Ingres. No quadro, um gracioso nu, apresentada
uma das maiores "costas" da histria da arte, com seu equilbrio perfeito de intimidade e
grandiosidade.
A obra, originalmente chamada de A Mulher Sentada, acabou por receber o nome do
colecionador a quem pertencia quando foi comprada pelo Louvre, em 1879. A obra foi pintada em
Roma, onde Ingres esteve de 1806 a 1810. A imagem transmite uma sensao de contemplao
distrada e encanto sensual.
Existe na obra uma preocupao maior com os contornos fluidos do corpo da mulher do que com
a sugesto de estrutura ssea da mesma. Isso especialmente evidente na perna direita,
desenhada com graa. No entanto, se observada de perto possvel perceber que essa parece
ter sido enxertada nos panos acima dela, ao invs de conectar-se de modo convincente ao corpo.
Apenas uma parte do rosto da banhista visvel, o que destaca ainda mais o seu turbante
listrado. Alguns outros nus de Ingres seguem essa tradio orientalista.
2. COSTAS:
A vasta rea das costas da banhista cria um conjunto de formas abstratas, mas ao mesmo
tempo transmite a suavidade da carne viva.
3. OMBRO:
O contorno liso do ombro esquerdo sintetiza a filosofia idealista do artista sobre a
representao do corpo feminino. Todas as angulosidades e irregularidades reais que
indicam ossos e tendes sob a pele foram substitudos pela perfeio.
4. P E SANDLIA:
Ingres concebeu as formas da banhista de modo amplo, em especial quando comparadas
s delicadas rendas da sandlia. Isso passa a impresso de que a mulher no tem ossos
nem tornozelos.
FICHA TCNICA - A BANHISTA DE VALPIN ON: