Introdução Ao Ensino Da Ginastica
Introdução Ao Ensino Da Ginastica
Introdução Ao Ensino Da Ginastica
Introduo ao
Ensino da
Ginstica
Histria da Ginstica
Ginstica na Pr-Histria
claro que a expresso "Ginstica" aplicada ao homem pr-histrico um
tanto forada, pois o exerccio fsico no estava sistematizado, regulamentado,
metodizado, estudado cientificamente, etc.. Mas tudo isso que ns hoje procuramos
atingir cientificamente (bem estar fsico, sade, fora, velocidade, resistncia,
aperfeioamento das funes fisiolgicas, etc.), o homem primitivo atingiu e
ultrapassou em muito. que, pelas condies de vida, um dia na pr-histria, era uma
contnua e completa aula de educao fsica. Para sobreviver ao perigo das feras e
inimigos, para fugir as intempries, para conseguir o alimento, para homenagear os
deuses, para festejar vitrias, etc., o homem, em pleno contato com a natureza,
precisava correr, saltar, marchar, arremessar, na dar, mergulhar, lutar, levantar e
transportar ,equilibrar, trepar, danar, jogar, etc.
A Ginstica na Grcia
A Ginstica em Roma
Com a derrota militarista da Grcia (145 a.C), passa a combater a ginstica
grega, pois achavam imoral e repulsiva a nudez dos atletas e ginastas gregos
(MARINHO 1981). TUBINO (1992) descreve que as atividades fsicas romanas
possuam caractersticas militaristas bem marcantes, porm com a decadncia do
imprio Romano foi aos poucos elo cruis espetculos circenses de gladiadores,
pugilatos, luta livre e naumaquias.
Guerreiros, e de esprito prtico, os romanos viam na educao fsica apenas o
instrumento para adestrar suas aguerridas legies. A educao fsica tinha, portanto,
um carter eminentemente militar. Como em Esparta e Atenas, o pai tinha plenos
poderes sobre a famlia, podendo aceitar ou recusar e filho recm-nascido. Se aceita,
a criana ficava aos cuidados da me at 7 anos. Dos 7 anos aos 12, o menino era
entregue ao "Ludus Magister", ou a um preceptor particular se a famlia tivesse
maiores posses. Nessa fase a educao limitava-se a rudimentos de ler, escrever,
contar e jogar, e pequenas tarefas agrcolas ou militares. Dos 12 aos 16 anos ia
para a escola do "grammaticus" onde avanava mais na literatura, na gramtica e
estudava um pouco de cincias. Dos 16 aos 18 anos ia para a escola de "Retrica",
ande aprendia direito, filosofia, retrica e uma esmerada educao militar; Aos 18 anos
tornava-se cidado, trocando a Toga Pretexta pela Toga Viril em bela cerimnia
pblica.
A Naumaquia consistia na luta entre barcos cheios de escravos armados. Cada
barco era embandeirado com cores diferentes do outro.
Tambm realizavam jogos e festas em homenagem aos deuses e em
comemorao s datas significativas na vida da cidade. Os imperadores, na nsia de
agradar o povo para se manter no poder, aumentavam cada vez mais o nmero de
jogos e dias feriados, e distribuam alimento para a populao. Houve um tempo em
que o ano tinha mais dias feriados que dias teis. Juvenal, o clebre poeta satrico,
sentindo a decadncia de sua Ptria, publica, no sculo II, as suas "Stiras, onde
crtica a educao e a vida romana.
Ginstica Alem
O seu desenvolvimento foi dirigido por intelectuais e mdicos, mas o impulso
decisivo para a implantao dos alicerces da Escola Alem veio da pedagogia.
Inicialmente, podemos citar os alemes Basedow e Salzmann, que, com suas
instituies escolares denominadas "Philantropinum", abriram as portas para a
implantao da educao fsica escolar. Foi tambm decisiva a influncia sobre os
autores citados do suo Jean Jacques Rousseau que, ao escrever o Emlio, em 1762,
muito acentuou a tendncia humanista do "Philantropinum" do pedagogo Johann
Bernhard Basedow (1723-1790) e, posteriormente, do de Salzmann.
Basedow dava grande importncia sade e educao fsica, e sua escola
iniciou o primeiro programa moderno de Educao Fsica (Van Dalen & Bennet, 1971).
Este programa compreendia corridas, saltos, arremessos e lutas semelhantes s que
se praticavam na Antiga Grcia: jogos de peteca, de bola, de pinos e pelota; natao;
arco e flecha; marchas; excurses no campo, caminhada e suspenso em escadas
oblquas e transporte de sacolas cheias de areia (Marinho, s.d.a; Van Dalen & Bennet,
1971).
Em 1784 foi fundado um instituto educacional semelhante ao Philanthropinum
tambm colocando em prtica ideias educacionais naturalistas, onde Cristoph
Friedrich GutsMuths (1759-1839), assumindo as aulas de ginstica, experimentou
novas atividades e aparatos e elaborou um sistema de trabalho que ficou conhecido
como "ginstica natural" ou "mtodo natural". Ele dividiu as atividades em trs
classes: exerccios ginsticos, trabalhos manuais e jogos sociais (Van Dalen & Bennet,
1971). Admirador de Rousseau, sua ginstica compreendia todas as variaes de
exerccios corporais, sem nunca ir contra a natureza.
A nova ginstica alem - Jahn havia substitudo a palavra ginstica por
Turnkunst, em 1811 - ia ao encontro das necessidades do povo, pois Jahn no teve,
"durante toda sua existncia, outra aspirao seno despertar o sentimento
nacional e a realizao da unidade alem" (30, pg. 56). Jahn somente queria
formar o forte. "Viver quem pode viver", era o seu lema. Para ele, os exerccios
fsicos no eram meios de educao escolar, mas sim da educao do povo. Inventou
aparelhos como a barra fixa, barras paralelas e o cavalo, sendo, portanto o precursor
do esporte que hoje se chama ginstica olmpica. Registramos que, at a I Guerra
Mundial, o sistema nacional de ginstica adotado na Alemanha foi o de Jahn.
Nas escolas alems, a Educao Fsica foi introduzida na forma do sistema
ginstico de Adolph Spiess (1810-1858). Em 1842, o governo prussiano reconheceu
oficialmente a Educao Fsica como uma funo do Estado, e aps o fracasso em
introduzir a ginstica de Jahn, Spiess foi convidado a implantar o seu sistema.
Spiess estudou e trabalhou em escola suas que sofreram a influncia de
Pestalozzi. L , criou um sistema de ginstica adaptado a objetivos pedaggicos e
integrado no currculo escolar. Ele dava bastante nfase disciplina, e embora seu
sistema buscasse um desenvolvimento eficiente e completo de todas as partes do
corpo, tais objetivos eram alcanados atravs de submisso, treino da memria e
respostas rpidas e precisas ao comando.
evidente, que assim, na Alemanha, a ginstica no pode ter, neste perodo,
outro endereo seno aquele militar, com fundo nacionalista, mesmo se no faltaram
interessantes e valiosas alternativas. Outras naes europias condividiram com a
Alemanha as mesmas paixes nacionalsticas, o dio pela opresso estrangeira e o
mesmo desejo de renascer, assim que a difuso do pensamento e das idias da
escola alem encontrou um terreno favorvel nas condies histricas do sculo XIX.
O endereo gmnico da escola alem teve, portanto, origens patritico-militar
com Jahn, assumiu com Spiess um carter escolstico-educativo, com Rothstein
racional-higinico influenciado pela escola sueca, inclinando-se ento ao ecletismo
com Jager, por sua vez inspirado pelas origens clssicas do exerccio fsico, mas
sempre com escasso sucesso.
A nica diferena entre a ginstica da escola alem e aquela das demais
escolas (suecas, inglesas, francesas), que a primeira tinha limitadas capacidades de
difuso pelas prprias condies histricas ambientais da Alemanha antes de 1870,
enquanto que as outras no conheceram tais limitaes ou obstculos para os fins
universais que se tinham prefixadas.
Mtodo Austraco
O Mtodo Natural Austraco, pela prpria nomenclatura, prope uma
pedagogia de desenvolvimento natural e ativa, valorizando atividades prximas da
natureza. Dessa forma, as atividades devem ser executadas ao ar livre e englobar
atividades como marchar, correr, saltar, lanar, arremessar, quadrupedar e outros.
Na execuo dos exerccios do Mtodo Natural Austraco, busca-se a
execuo de movimentos globais e naturais, buscando com os mesmos atingir a
grande maioria dos grupos musculares do corpo humano, tendo por principais
objetivos desenvolver de forma harmnica as qualidades fsicas do organismo
humano, buscando de forma paralela tambm a otimizao das caractersticas
scio-psquicas e morais do indivduo e aperfeioar o indivduo na dosagem da
fora e da resistncia, treinando-o no sentido de utilizar as suas energias na
execuo das atividades.
Para finalizar, percebe-se uma grande utilidade na execuo desse mtodo
para treinamento de militares, onde muitas caractersticas so utilizadas nos
treinamentos atuais das academias e quartis. Para sua efetiva aplicao nas
escolas, existe a natural necessidade de adaptaes no volume e na intensidade dos
exerccios propostos.
a) Parte Educativa: Que consiste na execuo de exerccios e atividades que
venham a produzir bons efeitos sobre o organismo, tais como:
Correo postural;
Melhora da capacidade cardiorrespiratria;
Desenvolvimento muscular como um todo e em especial da musculatura
abdominal;
Ampliao do volume e da mobilidade da caixa torcica;
b) Parte Aplicativa: que consiste na execuo de exerccios e atividades que
venham a desenvolver as aptides gerais, sendo composta por atividades e
exerccios, tais como:
Movimentos bsicos dos membros superiores (braos), membros inferiores (pernas)
e tronco, como as elevaes frontais e laterais, as flexes e as extenses.
Elevao do corpo (suspenso) com a utilizao das mos.
Movimentos diversos do corpo com equilbrio em apenas um dos membros inferiores.
Execuo de grandes e pequenos saltos sobre um ou dois ps de forma estacionria e
com progresso frontal e lateral.
Movimentos de inspirao e expirao realizados de forma contnua e progressiva.
Execuo de exerccios naturais (locomoo), onde os mesmos devem ser
executados em ordem progressiva de dificuldade.
Exerccios utilitrios como a natao, a escalada, os lanamentos e os movimentos
bsicos de defesa pessoal.
Ginstica Nrdica
Foi nos pases nrdicos que mais frutificaram as idias de Guts Muths.
Inicialmente na Dinamarca - considerada na poca a metrpole intelectual dos pases
nrdicos -, com Franz Nachtegall (1777-1847), fundador da ginstica no seu pas. O
pioneirismo a marca fundamental de seu currculo. Em 1799 funda o seu prprio
instituto de ginstica; em 1801 consegue que se inclua a ginstica na escola primria;
em 1804 o responsvel pela fundao de um instituto militar de ginstica, o mais
antigo instituto especializado do mundo; em 1808 inaugura um instituto civil de
ginstica, para formao de professores de educao fsica; em 1828, como
coroamento de seu trabalho, implanta-se obrigatoriamente a ginstica nas escolas,
fazendo com que a Dinamarca adiante-se de alguns decnios a outros pases
europeus. Sua obra identifica-se com a de Spiess, na Alemanha, pois alm de ser o
responsvel pela criao da educao fsica escolar dinamarquesa, a educao fsica
feminina foi outra de suas grandes preocupaes.
Ling voltou Sucia em 1804 e, neste momento, tem incio, efetivamente, a
histria da ginstica sueca. A Sucia encontrava-se arrasada em virtude da guerra
com a Rssia e, assim como Jahn na Alemanha, Ling era possudo de um enorme
sentimento patritico. Pretendia que a ginstica colaborasse para elevar o moral do
povo sueco. Alm disso, "esperava obter, atravs de uma ginstica racional e
cientfica, uma raa liberta do alcoolismo e da tuberculose" (7, pg. 6). Em 1813, Ling
conseguiu autorizao do Rei Carlos XIII para fundar o Real Instituto Central de
Ginstica de Estocolmo (hoje Escola Superior de Ginstica e Esporte), instituio que
dirigiu at o fim da vida. Ling preocupou-se com a execuo correta dos exerccios,
emprestando-lhes um esprito corretivo, como j o havia feito Pestalozzi. Com esta
idia de conferir uma finalidade corretiva aos exerccios, Ling acaba por cimentar as
bases da ginstica sueca.
Seu principal seguidor foi o filho Hjalmar Ling (1820-1886). Sistematizou a obra
do pai e distinguiu-se como o verdadeiro criador da educao fsica escolar sueca,
pois seu pai no havia includo as crianas nos seus estudos. At a I Guerra Mundial,
nenhuma outra influncia fora da rbita lingiana acrescenta algo significativo
educao fsica sueca.
Ginstica Francesa
A GINSTICA ARTSTICA
Solo: o solo feito em material elstico, que amortece eventuais quedas e ajuda ao
impulso dos saltos e das passadas. Este aparelho tem a dimenso de 12x2m, no qual
o ginasta procura usufruir do espao para executar movimentos predominantemente
acrobticos, combinados com outros movimentos de fora, de flexibilidade e de
equilbrio, com combinaes coreogrficas, formando um todo harmonioso. Os
ginastas masculinos dispem de um total de 70 segundos para executar a prova, ao
passo que as mulheres tm 90 segundos, com a particularidade de incluir msica
instrumental.
Elizabeth Tweddle (GBR) - Medalha de Ouro nos JO
Barras assimtricas: este aparelho fabricado com fibras sintticas e por vezes de
material aderente. As barras esto dispostas paralelamente, mas com
posicionamentos de altura distintos. A mais alta tem 2,36m e a mais baixa tem 1,57m.
Esta diferena permite s ginastas executar uma grande variedade de movimentos
alternados, sem limitaes, mas com elementos gmnicos obrigatrios. Os exerccios
devem ento conter movimentos de impulso, vo e estticos, ligados com rotaes e
transies. Na eventualidade de um atleta cair ter apenas 30 segundos para retomar
a sua posio.
He Kexin (CHN) - Medalha de Ouro nos JO
CDIGO DE PONTUAO DA GINSTICA ARTSTICA
Concurso I (CI): o objetivo deste concurso a qualificao para o CII, CIII e CIV e na
qual participam todos os atletas inscritos.
O CM que antecede os JO define as equipas e os ginastas individuais que vo
participar nos JO, considerando os resultados obtidos no CI.
Concurso III (CIII): a competio II a final por provas, onde definida a classificao
individual de cada uma das provas. Estaro qualificados para esta competio os oito
ginastas que obtiveram as pontuaes mais altas ca CI, em cada uma das provas,
sendo assim uma final por aparelhos.
Tal como temos vindo a dizer, a Ginstica Artstica uma modalidade complexa
pelo fato de englobar vrios aparelhos que pressupem movimentaes bastante
diferenciadas e de elevado grau de execuo. Estes pressupostos implicam requisitos
motores elevadssimos, tais como a agilidade, a flexibilidade, a harmonia, o equilbrio,
o ritmo, etc.
A Ginstica implica uma fora de vontade, de entrega e de motivao extrema. Assim
sendo, um verdadeiro ginasta deve iniciar a sua atividade desde muito cedo. A
preparao dura e normalmente a sua iniciao dada at aos 10 anos de idade, na
qual o atleta trabalha os seus nveis de flexibilidade e desenvolve os requisitos
motores de base. Aps esta fase d incio ao treino especfico consoante a
especialidade que escolheu. Por volta dos 15 anos de idade inicia um treino de alto
nvel procurando autonomia e fora psicolgica, de forma a desenvolver a sua
performace.
Em Portugal existe uma grande aposta cultural no desporto. O problema incide no
desequilibrado e diferenciado investimento que fazemos em prol do futebol masculino.
tpico e frequente ouvirmos do nosso povo, aps os Jogos Olmpicos, que os nossos
atletas so muito "fracos", mas como podemos ns exigir resultados internacionais
relevantes e dignificantes aos atletas portugueses se durante todo o ano so
esquecidos? Como se podem fazer atletas de elite se no apostamos na formao?
Sendo este um documento efetuado no mbito da disciplina de Ginstica sob a
responsabilidade da ex-campe nacional, treinadora de formao na Ginstica, juza
internacional de Ginstica e ainda Professora de Educao Fsica da Escola de
Educao Superior de Fafe apelo sensibilidade, para que todos os futuros
profissionais da Educao Fsica e Desporto no faam da Ginstica uma modalidade
esquecida.
ORGANIZAO DA GINSTICA
construda a pirmide
- Pega de punhos: usada para manter ou para puxar o colega, principalmente quando
os ginastas se agarram com uma s mo;
lanar o colega;
- Pega de p/mo: usada para suportar o volante pelo p. Serve para suportar e para
dar impulso ao volante. O agarre feito pelo base entre o calcanhar e a face plantar
do p do volante;
- Suporte na posio de p sobre os ombros: o base segura o volante abaixo dos
joelhos, sendo que o volante mantm os calcanhares unidos atrs da cabeado base;
- Pega de cotovelos: como o prprio nome indica, o agarre realizado nos cotovelos.
Normalmente utilizada quando os ginastas esto de frente um para o outro;
- Pega de dedos: pega pouco utilizada devido pouc eficcia e fora que temos nos
dedos. Usada apenas para situaes estticas;
- Pega facial-transversa: no h um agarre mtuo e utiliza-se quando o base est de
frente para o volante;
- Suporte para estafa: realizada pelo base para impulsionar o volante. Este suporte
consiste em colocar as mos sobrepostas uma sobre a outra.
FIGURAS BSICAS NA GINSTICA ACROBTICA
Este tem refere-se unicamente a figuras bsicas, geralmente aprendidas nas
escolas, mas que o ponto de partida para qualquer ginasta.
Assim temos:
1-Exerccios de pares
2 - Exerccios de grupo
Trios
Quadras
Pirmides (5 ou 6 elementos)
3-Coreografia
Aps o conhecimento de todos os fundamentos bsicos necessrio procurar
executar uma combinao de exerccios, a pares ou trios, com fundo musical e um
tempo mximo de 2min. a seguir so demonstradas algumas sesses coreogrficas.
Os Juzes so os seguintes:
-1 chefe de mesa dos Juzes;
-2 Juzes de dificuldade;
-4 Juzes de execuo;
-4 Juzes de Artstica.
Ginstica Ritmica
Elementos corporais
Saltos
O elemento corporal salto apresenta-se com trs possibilidades de
execuo:
1. - salto com impulso sobre um p com abordagem ao solo com o mesmo p;
2. - salto com impulso de dois ps e abordagem ao solo com os dois ps,
3. - salto com o impulso de um p s e abordagem ao solo com o outro p.
Nedialkova & Barros (1986) estabelecem que O salto um movimento
explosivo com equilbrio dinmico, com perda total de contato com o solo e
acentuada fase de permanncia do corpo no ar (p.11).
Para determinar as capacidades especficas necessrias para a
execuo satisfatria de um salto, fundamental que se analise estes pelas
diversas formas, e variaes, e exigncias tpicas de cada famlia de saltos. O
Cdigo de pontuao da FIG (2001) apresenta uma tabela onde determina as
famlias e as dificuldades de cada elemento.
Equilbrio
Segundo Tubino (1985), o equilbrio a qualidade fsica conseguida por
uma combinao de aes musculares com propsito de assumir e sustentar o
corpo sobre uma base contra a lei da gravidade (p. 180).
Existem trs tipos de equilbrios citados nas bibliografias, sendo que
todos so utilizados na prtica da GR, conceitualizando cada um deles
possvel identificar alguns exemplos referentes a sua utilizao dentro do
esporte.
Equilbrio esttico: em determinada posio (Elemento corporal equilbrio Ex:
Pass).
Equilbrio dinmico: durante o movimento (Elemento corporal pivot Ex: 360
em Arabesque)
Equilbrio recuperado: aps uma ao, recuperar determina posio
(recuperao aps um salto)
A GR est intimamente ligada a dana, ficando claro a influncia desta
sobre sua execuo, fazendo com que treinadores tragam para seus ginsios,
tcnicas oriundas da dana clssica, moderna, contempornea, jazz, entre
outras.
Para o treinamento dos equilbrios muito utilizado principalmente as
tcnicas do ballet.
Tibeau (1994) alerta que a influncia sofrida pela GR por parte da dana est
caracterizada na semelhana dos movimentos corporais envolvidos neste
esporte e nesta arte. A incluso do exerccio do Ballet Clssico no treinamento
da GR Desportiva, parecem contribuir nos movimentos que requerem
amplitude, equilbrio, sustentao (p. 18).
Nas composies de GR, os equilbrios so executados com um p s,
em meia ponta ou sobre um joelho. Como nos saltos, o Cdigo de Pontuao
(2001) tambm apresenta uma tabela com suas famlias e variaes, e nvel de
dificuldade respectivamente.
Pivots
A forma bsica dos pivots so os giros, considerados por Pallars (1979) como:
o movimento em crculo em torno do prprio corpo, no lugar ou em torno do
eixo do corpo, em deslocamento. A progresso do giro pode ser realizada em
retas ou em curvas (p. 114).
A base motora para a execuo dos pivots o equilbrio.
Manejo de aparelhos
A Corda
A Corda considerada como o primeiro aparelho a ser trabalhado com
os alunos de iniciao, j que um material do costume infantil, e at, pode-se
dizer, que todas as crianas um dia j pularam corda. Peuker (1973) ressalta
que a utilizao deste aparelho muito importante na educao corporal, e
resgata a histria da GR lembrando que ela um dos mais antigos aparelhos
ginstico.
Arco
Assim como a corda, o arco tambm um aparelho muito conhecido das
crianas, j que possui uma similaridade ao bambol, material presente nas
brincadeiras infantis, principalmente das meninas. Sendo este tambm uma
possibilidade alternativa de trabalho, pois mais fcil de ser adquirido e no
trabalho de iniciao pode substituir perfeitamente o arco oficial.
Bola
A bola facilita a execuo das ondas (elementos corporais baseados em
movimentos ondulantes), pois sua forma arredondada permite combinaes de
movimentos de contrao e relaxamento corporal com as tcnicas de manejo
do aparelho.
As maas
Fita
A fita de todos os aparelhos da GR o mais vistoso, que chama mais
ateno. O seu manejo possibilita desenhos contnuos e fluentes do aparelho,
tornando sua explorao uma constante descoberta de novas formas.
Gaio (1996) acredita que A fita sempre uma atrao especial para as
crianas e at mesmo para as pessoas que gostam de assistir as
apresentaes ou competies de ginstica rtmica desportiva (p. 176).
Pelo seu comprimento oficial (6 metros) se torna um aparelho difcil de ser
manipulado, exigindo movimentos amplos dos braos e um trabalho contnuo e
fluente. Mas no se deve desconsiderar a utilizao de fitas mais curtas, papel
crepom, papel higinico, faixas, e para a confeco do estilete pode-se utilizar
bambu ou uma varinha de madeira. Segundo Rbeva & Ranklova (1991),
A fita exige movimentos de maior destreza e de maior amplitude. Ela
deve estar sempre longe do corpo, para dar a impresso de amplitude, de
afastamento, de liberdade da mo, e tambm da mo livre. Exige ainda
movimento ininterrupto. Os movimentos das mos devem estar perfeitamente
assimilados, criando um movimento visvel da fita no ar, com o efeito de
particular beleza (p. 71)
.
Acompanhamento musical
BIBLIOGRAFIA
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