RDC 17 Resumo

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TTULO II

GERENCIAMENTO DA QUALIDADE NA INDSTRIA DE


MEDICAMENTOS: FILOSOFIA E ELEMENTOS ESSENCIAIS

Art. 6 O gerenciamento da qualidade determina a implementao da "Poltica da


Qualidade", ou seja, as intenes e diretrizes
globais relativas qualidade, formalmente expressa e autorizada pela administrao
superior da empresa.
Art. 7 Os elementos bsicos do gerenciamento da qualidade devem ser:
I - infra-estrutura apropriada ou "sistema de qualidade", englobando instalaes,
procedimentos, processos e recursos
organizacionais; e
II - aes sistemticas necessrias para assegurar com confiana adequada que um
produto (ou servio) cumpre seus requisitos
de qualidade. A totalidade dessas aes chamada de "garantia da qualidade".
Art. 8 Dentro de uma organizao, a garantia da qualidade utilizada como ferramenta
de gerenciamento. Em situaes
contratuais, a garantia da qualidade tambm serve para gerar confiana em seus
fornecedores.
Art. 9 Os conceitos de garantia da qualidade, BPF e controle de qualidade esto inter-
relacionados e contemplados no
gerenciamento da qualidade. Eles esto descritos nesta resoluo de forma que sejam
enfatizadas as suas relaes e sua importncia
para a fabricao de medicamentos.

CAPTULO I

GARANTIA DA QUALIDADE

Art. 10. A "Garantia da qualidade" um conceito muito amplo e deve cobrir todos os
aspectos que influenciam individual ou
coletivamente a qualidade de um produto.
1 Abrange a totalidade das providncias adotadas com o objetivo de garantir que os
medicamentos estejam dentro dos
padres de qualidade exigidos, para que possam ser utilizados para os fins propostos.
2 A Garantia da Qualidade incorpora as BPF e outros fatores, incluindo o projeto e o
desenvolvimento de um produto, que no
esto contemplados no objetivo desta resoluo.
Art. 11. O sistema de garantia da qualidade apropriado fabricao de medicamentos
deve assegurar que:
I - os medicamentos sejam planejados e desenvolvidos de forma que sejam consideradas
as exigncias de BPF e outros
requisitos, tais como os de boas prticas de laboratrio (BPL) e boas prticas clnicas
(BPC);
II - as operaes de produo e controle sejam claramente especificadas em documento
formalmente aprovado e as exigncias
de BPF cumpridas;
III - as responsabilidades de gesto sejam claramente especificadas nas descries dos
cargos;
IV - sejam tomadas providncias para a fabricao, distribuio e uso correto de
matrias-primas e materiais de embalagem;
V - sejam realizados todos os controles necessrios nas matrias- primas, produtos
intermedirios e produtos a granel, bem
como outros controles em processo, calibraes e validaes;
VI - o produto terminado seja corretamente processado e conferido em consonncia com
os procedimentos definidos;
VII - os medicamentos no sejam comercializados ou distribudos antes que os
responsveis tenham se certificado de que cada
lote de produo tenha sido produzido e controlado de acordo com os requisitos do
registro e quaisquer outras normas relevantes
produo, ao controle e liberao de medicamentos;
VIII - sejam fornecidas instrues e tomadas as providncias necessrias para garantir
que os medicamentos sejam
armazenados pelo fabricante, distribudos e subseqentemente manuseados, de forma
que a qualidade seja mantida por todo o prazo
de validade;
IX - haja um procedimento de auto-inspeo e/ ou auditoria interna de qualidade que
avalie regularmente a efetividade e
aplicabilidade do sistema de garantia da qualidade;
X - os desvios sejam relatados, investigados e registrados;
XI - haja um sistema de controle de mudanas; e
XII - sejam conduzidas avaliaes regulares da qualidade de medicamentos, com o
objetivo de verificar a consistncia do
processo e assegurar sua melhoria contnua.
Art. 12. O fabricante responsvel pela qualidade dos medicamentos por ele fabricados,
assegurando que sejam adequados aos
fins a que se destinam, cumpram com os requisitos estabelecidos em seu registro e no
coloquem os pacientes em risco por
apresentarem segurana, qualidade ou eficcia inadequada.
1 O cumprimento deste objetivo responsabilidade da administrao superior da
empresa e exige a participao e o
compromisso dos funcionrios em todos os nveis da organizao, das empresas
fornecedoras e dos distribuidores.
2 Para que o objetivo seja atingido de forma confivel, deve haver um sistema da
Garantia da Qualidade totalmente estruturado
e corretamente implementado, que incorpore as BPF.
3 O sistema da Garantia da Qualidade deve estar totalmente documentado e ter sua
efetividade monitorada.
4 Todas as partes do sistema de Garantia da Qualidade devem contar com pessoal
competente e habilitado, alm de possuir
espao, equipamentos e instalaes suficientes e adequadas.

CAPTULO II

BOAS PRTICAS DE FABRICAO PARA MEDICAMENTOS (BPF)

Art. 13. Boas Prticas de Fabricao a parte da Garantia da Qualidade que assegura
que os produtos so consistentemente
produzidos e controlados, com padres de qualidade apropriados para o uso pretendido
e requerido pelo registro.
1 O cumprimento das BPF est orientado primeiramente diminuio dos riscos
inerentes a qualquer produo farmacutica,
os quais no podem ser detectados somente pela realizao de ensaios nos produtos
terminados.
2 Os riscos so constitudos essencialmente por contaminao- cruzada,
contaminao por partculas, troca ou mistura de
produto.
3 As BPF determinam que:
I - todos os processos de fabricao devam ser claramente definidos e sistematicamente
revisados em funo da experincia
adquirida. Alm disso, devem ser capazes de fabricar medicamentos dentro dos padres
de qualidade exigidos, atendendo s
respectivas especificaes;
II - sejam realizadas as qualificaes e validaes necessrias;
III - sejam fornecidos todos os recursos necessrios, incluindo:
a) pessoal qualificado e devidamente treinado;
b) instalaes e espao adequados e identificados;
c) equipamentos, sistemas computadorizados e servios adequados;
d) materiais, recipientes e rtulos apropriados;
e) procedimentos e instrues aprovados e vigentes;
f) armazenamento e transporte adequados; e
g) instalaes, equipamentos e pessoal qualificado para controle em processo.
IV - as instrues e os procedimentos devam ser escritos em linguagem clara,
inequvoca e serem aplicveis de forma especfica
s instalaes utilizadas;
V - os funcionrios devam ser treinados para desempenharem corretamente os
procedimentos;
VI - devam ser feitos registros (manualmente e/ou por meio de instrumentos de registro)
durante a produo para demonstrar que
todas as etapas constantes nos procedimentos e instrues foram seguidas e que a
quantidade e a qualidade do produto obtido
estejam em conformidade com o esperado. Quaisquer desvios significativos devem ser
registrados e investigados;
VII - os registros referentes fabricao e distribuio, que possibilitam o rastreamento
completo de um lote, sejam arquivados
de maneira organizada e de fcil acesso;
VIII - o armazenamento seja adequado e a distribuio dos produtos minimize qualquer
risco sua qualidade;
IX - esteja implantado um sistema capaz de recolher qualquer lote, aps sua
comercializao ou distribuio; e
X - as reclamaes sobre produtos comercializados devam ser examinadas, registradas e
as causas dos desvios da qualidade,
investigadas e documentadas. Devem ser tomadas medidas com relao aos produtos
com desvio da qualidade e adotadas as providncias no sentido de prevenir
reincidncias.
Seo VI

reas de Controle de Qualidade

Art. 135. Os laboratrios de controle de qualidade devem ser separados das reas de
produo.
Pargrafo nico. As reas em que so empregados ensaios biolgicos, microbiolgicos
ou de radioistopos devem ser
separadas umas das outras.
Art. 136. Os laboratrios de controle de qualidade devem ser adequados s operaes
que se destinam.
1 Deve existir espao suficiente para evitar misturas e contaminao cruzada.
2 Deve haver espao para armazenamento adequado de amostras, padres de
referncia (se necessrio, com refrigerao),
solventes, reagentes e registros.
Art. 137. As reas onde forem realizados os ensaios microbiolgicos, biolgicos ou com
radioistopos devem ser independentes
e separadas e contar com instalaes independentes, especialmente o sistema de ar.
Art. 138. Pode ser necessria a utilizao de salas separadas para proteger determinados
instrumentos de interferncias
eltricas, vibraes, contato excessivo com umidade e outros fatores externos.

Seo X

Padres de Referncia

Art. 187. Devem ser utilizados padres de referncia oficiais, sempre que existirem.
Pargrafo nico. Na ausncia desses, devem ser utilizados padres de referncia
devidamente caracterizados.
Art. 188. Um padro de referncia no adquirido de uma farmacopia reconhecida deve
ser do mais elevado grau de pureza
possvel de ser obtido e cuidadosamente caracterizado a fim de garantir sua identidade,
teor, qualidade, pureza e potncia.
1 Os procedimentos analticos qualitativos e quantitativos empregados para
caracterizar um padro de referncia devem ser
mais extensos do que os utilizados para controlar a identidade, teor, qualidade, pureza e
potncia do frmaco ou medicamento.
2 Os procedimentos analticos utilizados para caracterizar um padro de referncia
no devem se basear apenas em testes
de comparao a um padro de referncia anteriormente caracterizado.
3 A documentao de caracterizao deve estar disponvel e ser mantida sob a
responsabilidade de uma pessoa designada.
Art. 189. Os padres de referncia oficiais devem ser utilizados somente para o
propsito descrito na respectiva monografia.
Art. 190. Os padres de referncia devem ser armazenados de acordo com as
recomendaes do fabricante.
Pargrafo nico. Devem ser seguidas as recomendaes do fabricante quanto correta
utilizao, incluindo o pr-tratamento
(dessecao, correo de teor etc.) dessas substncias.
Art. 191. Todos os padres secundrios ou de trabalho devem ser padronizados em
relao a um padro de referncia.
Art. 192. Caso necessrio, devem ser realizadas verificaes apropriadas em intervalos
regulares com a finalidade de assegurar
a padronizao dos padres secundrios.
Art. 193. Todos os padres de referncia devem ser armazenados e utilizados de forma
que no afetem negativamente a sua
qualidade.

CAPTULO XV

DOCUMENTAO

Art. 197. A documentao constitui parte essencial do sistema de Garantia da Qualidade


e deve estar relacionada com todos os
aspectos das BPF.
1 A documentao tem como objetivo definir as especificaes de todos os materiais
e os mtodos de fabricao e controle,
a fim de assegurar que todo pessoal envolvido na fabricao saiba decidir o que fazer e
quando faz-lo.
2 A documentao tem a finalidade de garantir que a pessoa designada tenha todas as
informaes necessrias para decidir
acerca da liberao de determinado lote de medicamento para venda, possibilitar um
rastreamento que permita a investigao da
histria de qualquer lote sob suspeita de desvio da qualidade e assegurar a
disponibilidade dos dados necessrios para validao,
reviso e anlise estatstica.
3 Todos os documentos devem estar facilmente disponveis, reunidos em uma nica
pasta ou separados.

Seo III

Especificaes e Ensaios de Controle de Qualidade

Art. 209. Os mtodos de controle de qualidade devem ser validados antes de serem
adotados na rotina, levando-se em
considerao as instalaes e os equipamentos disponveis.
Pargrafo nico. Os mtodos analticos compendiais no requerem validao, entretanto
antes de sua implementao, devem
existir evidncias documentadas de sua adequabilidade nas condies operacionais do
laboratrio.
Art. 210. Todas as especificaes de matrias-primas, materiais de embalagem e
produtos terminados devem estar devidamente
autorizadas, assinadas e datadas, bem como mantidas pelo Controle de Qualidade ou
Garantia da Qualidade.
Art. 211. Devem ser realizados ensaios nos produtos intermedirios e no produto a
granel, quando couber.
Pargrafo nico. Devem tambm existir especificaes relacionadas gua, aos
solventes e aos reagentes (cidos e bases)
utilizados na produo.
Art. 212. Devem ser realizadas revises peridicas das especificaes para que sejam
atualizadas conforme as novas edies
da farmacopia nacional ou outros compndios oficiais.
Art. 213. As farmacopias, os padres de referncia, as referncias de espectrometria e
outros materiais de referncia
necessrios devem estar disposio no laboratrio de controle de qualidade.

CAPTULO XVII

BOAS PRTICAS DE CONTROLE DE QUALIDADE

Art. 281. O Controle de Qualidade responsvel pelas atividades referentes


amostragem, s especificaes e aos ensaios,
bem como organizao, documentao e aos procedimentos de liberao que
garantam que os ensaios sejam executados e que
os materiais e os produtos terminados no sejam aprovados at que a sua qualidade
tenha sido julgada satisfatria.
Pargrafo nico. O Controle de Qualidade no deve resumirse s operaes
laboratoriais, deve participar e ser envolvido em
todas as decises que possam estar relacionadas qualidade do produto.
Art. 282. A independncia do controle de qualidade em relao produo
fundamental.
Art. 283. Cada fabricante (detentor de uma autorizao de fabricao) deve possuir um
departamento de Controle de Qualidade.
1 O Departamento de Controle de Qualidade deve estar sob a responsabilidade de
uma pessoa com qualificao e experincia
apropriadas, que tenha um ou vrios laboratrios de controle sua disposio.
2 Devem estar disponveis recursos adequados para garantir que todas as atividades
de controle de qualidade sejam
realizadas com eficcia e confiabilidade.
3 As exigncias bsicas para o controle de qualidade so as seguintes:
I - instalaes adequadas, pessoal treinado e procedimentos aprovados devem estar
disponveis para amostragem, inspeo e
anlise de matrias-primas, materiais de embalagem, produtos intermedirios, a granel e
terminados. Quando necessrio, devem
existir procedimentos aprovados para o monitoramento ambiental;
II - amostras de matrias-primas, materiais de embalagem, produtos intermedirios, a
granel e terminados devem ser coletadas
por meio de procedimentos aprovados e por pessoal qualificado pelo Controle de
Qualidade;
III - devem ser realizadas qualificaes e validaes necessrias relacionadas ao
controle de qualidade;
IV - devem ser feitos registros (manual ou por meio eletrnico) demonstrando que todos
os procedimentos de amostragem,
inspeo e testes foram de fato realizados e que quaisquer desvios foram devidamente
registrados e investigados;
V - os produtos terminados devem possuir a composio qualitativa e quantitativa de
acordo com o descrito no registro; os
componentes devem ter a pureza exigida, devem estar em recipientes apropriados e
devidamente rotulados;
VI - devem ser registrados os resultados das anlises realizadas nos materiais e produtos
intermedirios, a granel e terminados;
VII - nenhum lote de produto deve ser aprovado antes da avaliao da conformidade
com as especificaes constantes no
registro por pessoa(s) designada(s); e
VIII - devem ser retidas amostras suficientes de matriasprimas e produtos para permitir
uma anlise futura; o produto retido deve
ser mantido em sua embalagem final, a menos que a embalagem seja excepcionalmente
grande.
Art. 284. O controle de qualidade tem como outras atribuies estabelecer, validar e
implementar todos os procedimentos de
controle de qualidade, avaliar, manter e armazenar os padres de referncia, garantir a
rotulagem correta dos reagentes, padres e
outros materiais de sua utilizao, garantir que a estabilidade dos ingredientes ativos e
medicamentos seja monitorada, participar da
investigao de reclamaes relativas qualidade do produto e participar do
monitoramento ambiental.
Pargrafo nico. Todas essas operaes devem ser realizadas em conformidade com
procedimentos escritos e, quando
necessrio, registradas.
Art. 285. O pessoal do controle de qualidade deve ter acesso s reas de produo para
amostragem e investigao.

Seo I

Controle de Matrias-Primas e Produtos Intermedirios, a Granel e Terminados

Art. 286. Todos os ensaios devem seguir procedimentos escritos e aprovados.


Pargrafo nico. Os resultados devem ser verificados pelo responsvel antes que os
materiais ou produtos sejam liberados ou
reprovados.
Art. 287. As amostras devem ser representativas do lote do material do qual foram
retiradas, segundo procedimentos escritos e
aprovados.
Art. 288. A amostragem deve ser realizada de forma a evitar a ocorrncia de
contaminao ou outros efeitos adversos sobre a
qualidade do produto amostrado.
Pargrafo nico. Os recipientes amostrados devem ser identificados e cuidadosamente
fechados aps a amostragem.
Art. 289. Durante a amostragem deve ser tomado o cuidado de evitar contaminaes ou
misturas do material que est sendo
amostrado.
1 Todos os equipamentos utilizados na amostragem e que entrarem em contato com
os materiais devem estar limpos.
2 Alguns materiais particularmente perigosos ou potentes requerem precaues
especiais.
Art. 290. Os equipamentos utilizados na amostragem devem estar limpos e, se
necessrio, esterilizados e guardados
separadamentedos demais equipamentos laboratoriais.
Art. 291. Cada recipiente contendo amostra deve ser identificado e conter as seguintes
informaes:
I - o nome do material amostrado;
II - o nmero do lote;
III - o nmero do recipiente do qual a amostra foi retirada;
IV - o nmero da amostra;
V - a assinatura da pessoa responsvel pela coleta; e
VI - a data da amostragem.
Art. 292. Os resultados fora de especificao obtidos durante os testes de materiais ou
produtos devem ser investigados de
acordo com um procedimento aprovado.
Pargrafo nico. As investigaes devem ser concludas, as medidas corretivas e
preventivas adotadas e os registros mantidos.

Seo II

Ensaios Necessrios Matrias-Primas e Materiais de Embalagem

Art. 293. Antes que as matrias-primas e os materiais de embalagem sejam liberados


para uso, o responsvel pelo Controle de
Qualidade deve garantir que esses foram testados quanto conformidade com as
especificaes.
Art. 294. Devem ser realizados ensaios de identificao nas amostras retiradas de todos
os recipientes de matria-prima.
Art. 295. permitido amostrar somente uma parte dos volumes quando um
procedimento de qualificao de fornecedores tenha
sido estabelecido para garantir que nenhum volume de matriaprima tenha sido
incorretamente rotulado.
1 A qualificao deve levar em considerao ao menos os seguintes aspectos:
I - a natureza e a classificao do fabricante e do fornecedor e o seu grau de
conformidade com os requisitos de Boas Prticas
de Fabricao;
II - o sistema de garantia da qualidade do fabricante da matria-prima;
III - as condies sob as quais as matrias-primas so produzidas e controladas; e
IV - a natureza da matria-prima e do medicamento no qual ser utilizada.
2 Com tal qualificao, possvel a iseno do teste de identificao em amostras
retiradas de cada recipiente de
matriaprima nos seguintes casos:
I - matrias-primas oriundas de uma planta mono produtora; ou
II - matrias-primas adquiridas diretamente do fabricante, ou em recipientes lacrados no
fabricante, no qual haja um histrico
confivel e sejam realizadas auditorias regulares da qualidade no sistema de garantia da
qualidade do fabricante.
3 A iseno prevista no pargrafo anterior no se aplica para os seguintes casos:
I - matrias-primas fornecidas por intermedirios, tais como importadores e
distribuidores, quando o fabricante desconhecido
ou no auditado pelo fabricante do medicamento;
II - matrias-primas fracionadas; e
III - matrias-primas utilizadas para produtos parenterais.
Art. 296. Cada lote de material de embalagem impresso deve ser examinado antes do
uso.
Art. 297. Em substituio realizao de testes de controle de qualidade, o fabricante
pode aceitar o certificado de anlise
emitido pelo fornecedor, desde que a sua confiabilidade seja estabelecida por meio de
avaliao peridica dos resultados apresentados
e de auditorias s suas instalaes, o que no exclui a necessidade da realizao do teste
de identificao.
1 Os certificados emitidos pelo fornecedor devem ser originais e ter sua autenticidade
assegurada.
2 Os certificados devem conter as seguintes informaes:
I - identificao do fornecedor, assinatura do funcionrio responsvel;
II - nome e nmero de lote do material testado;
III - descrio das especificaes e dos mtodos utilizados; e
IV - descrio dos resultados dos ensaios e a data em que tenham sido realizados.

Seo III

Controle em Processo

Art. 298. Devem ser mantidos registros de controle em processo, os quais devem fazer
parte da documentao do lote.

Seo IV

Produtos Terminados

Art. 299. Para a liberao dos lotes deve ser assegurada a conformidade com as
especificaes estabelecidas mediante ensaios
laboratoriais.
Art. 300. Os produtos que no atenderem s especificaes estabelecidas devem ser
reprovados.

Seo V

Amostras de Referncia

Art. 301. As amostras retidas de cada lote de produto terminado devem ser mantidas
por, pelo menos, 12 (doze) meses aps o
vencimento, exceto para Solues Parenterais de Grande Volume (SPGV), que devem
ser conservadas por, no mnimo, 30 (trinta) dias
aps o vencimento.
1 Os produtos terminados devem ser mantidos em suas embalagens finais e
armazenados sob as condies recomendadas.
2 Se o produto for embalado em embalagens grandes, excepcionalmente as amostras
podem ser guardadas em
recipientesmenores com as mesmas caractersticas e armazenadas sob as condies
recomendadas.
3 As amostras de substncias ativas devem ser retidas por, pelo menos, um ano aps
o vencimento dos prazos de validade
dos produtos finais aos quais tenham dado origem.
4 Amostras de outras matrias-primas (excipientes), exceto solventes, gases e gua,
devem ser retidas pelo perodo mnimo
de dois anos aps seu respectivo prazo de validade, se assim permitirem os respectivos
estudos de estabilidade efetuados pelo
fabricante da matria-prima.
5 As quantidades de amostras de materiais e produtos retidos devem ser suficientes
para possibilitar que sejam
realizadas,pelo menos, duas anlises completas.

Seo VI

Estudos de Estabilidade

Art. 302. O Controle de qualidade deve avaliar a qualidade e a estabilidade dos produtos
terminados e, quando necessrio, das
matrias-primas, dos produtos intermedirios e a granel.
Art. 303. Devem ser estabelecidas datas e especificaes de validade com base nos
testes de estabilidade relativos a condies
de armazenamento.
Art. 304. Deve ser desenvolvido e implementado um programa escrito de estudo de
estabilidade, incluindo os seguintes
elementos:
I - descrio completa do produto envolvido no estudo;
II - todos os parmetros dos mtodos e dos ensaios, que devem descrever os
procedimentos dos ensaios de potncia, pureza,
caractersticas fsicas, testes microbiolgicos (quando aplicvel), bem como as
evidncias documentadas de que os ensaios realizados
so indicadores da estabilidade do produto;
III - previso quanto incluso de um nmero suficiente de lotes;
IV - cronograma de ensaio para cada produto;
V - instrues sobre condies especiais de armazenamento;
VI - instrues quanto reteno adequada de amostras; e
VII - um resumo de todos os dados obtidos, incluindo a avaliao e as concluses do
estudo.
Art. 305. A estabilidade de um produto deve ser determinada antes da comercializao e
deve ser repetida aps quaisquer
mudanas significativas nos processos de produo, equipamentos, materiais de
embalagem e outras que possam influir na
estabilidade do produto.

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