Segredos Do Solo
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12 Anexos
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Anexos
Entrevista
Resumo
O presente trabalho apresenta breves descries e comentrios gerais
sobre procedimentos adotados na avaliao de desempenho de fundaes
profundas. Estes procedimentos na sua grande maioria normalizados e de
domnio geral, so ilustrados com casos de obras da Regio Sul do Brasil.
Atravs de procedimentos de avaliao de desempenho existe a possibilidade
de aferir efeitos de interao estrutura - solo. O assunto est muito bem
apresentado por Hachich, W. et al [1].
Palavras chave: fundao profunda, avaliao de desempenho,
interao estrutura - solo.
Introduo
A necessidade da avaliao de desempenho devida a um certo grau
de incerteza que existem em todas as fases (investigao geotcnica, projeto e
execuo) de uma fundao. So fatores que contribuem para esta incerteza:
a) a heterogeneidade e variabilidade do material de construo natural (
solo) no qual os elementos so instaladas,
b) a quase impossibilidade de inspecionar visualmente a totalidade dos
elementos executados,
c) o comportamento do binmio Formao Geolgica x Soluo de
Fundao , com raras excees, pouco entendido e aferido.
Os novos cdigos, normas e as atuais demandas da sociedade exigem
que a atvidade Fundaes certifique a qualidade L*O produto que est sendo
entregue comunidade. Esta certificao possvel atravs da verificao de
desempenho.
No Estado do Paran a prtica de avaliao de desempenho recente e
tomou impulso decisivo a partir do ano de 1998 com <: implantao do Stio
Experimental de Geotecnia da UFPR [2] e do Campo Experimental de
Engenharia Geotcnica da UEL [3]. Tambm, na mesma poca, a chegada de
Prova de carga
Os procedimentos adotados nas provas de carga visam determinar a
solicitao que conduz um elemento isolado de fundao ruptura, os quais
podem ser estticos ou dinmicos. Permitem definir por meio de amostragem,
a variabilidade de comportamento devida a:
a) heterogeneidade do macio de solo,
b) procedimentos executivos,
c) grau de interveno ("controle") empregado na execuo do conjunto
de estacas de uma dada obra.
Figura 3 - (a) Grfico fora (linha cheia) e velocidade (linha tracejada) (b) Grfico
fora ascendente (linha cheia) e deslocamento (linha tracejada), ao longo do tempo,
na seo instrumentada. OBRA: Terminal porturio Regio Metropolitana de Porto
Alegre
Ensaio de integridade
A norma brasileira NBR-6122 [9] recomenda o uso do ensaio de
integridade para estacas escavadas com lama bentontica. Existem as
seguintes normas internacionais sobre o ensaio: Alemanha (Recomendao da
DGGT para futura incluso na norma DIN); Austrlia (AS2159-1995); China
(JGJ 93-95); Estados Unidos (ASTM D-5882-96); Frana (Norme Franaise
NFP 94-160-2; NFP 94-160-4); Inglaterra (Specification for Piling - Institution of
Civil Engineers -captulo 11.2). Este tipo de ensaio ainda no objeto de norma
tcnica brasileira. Consiste na aplicao de um golpe de pequena intensidade
(aplicado com martelo de mo de peso menor que l kgf) no topo da estaca. No
topo da estaca fixado, com cera a base de petrleo, um acelermetro (foto 3)
Monitoramento de recalques
Este procedimento consiste na realizao de nivelamento geomtrico de
preciso em pontos fixos (pinos) e previamente definidos na estrutura,
tomando-se como base uma referncia de nvel indeslocvel, normalmente
uma referncia de nvel profunda (foto 5 bench-mark). O deslocamento vertical
(recalque) obtido pela diferena de posio entre leituras sucessivas.
Utiliza-se nvel tico (foto 6) munido de placa micromtrica ou placa
plano paralela em conjunto com mira de invar (foto 7). Normalmente adota-se
visadas em circuito fechado, com distncias inferiores a 50 m. Sob estas
condies a preciso das medidas de recalque inferior a 0,3 mm.
Monitoramento de cargas
Um novo equipamento vem sendo desenvolvido pelo autor, sob a
orientao do Professor Nelson Aoki no Departamento de Geotecnia da Escola
de Engenharia de So Carlos e visa medir com preciso a variao de
comprimento de um pilar de concreto. Atravs desta variao de comprimento
medida entre dois pontos de referncia fixos ao pilar e distantes 1,5 m
possvel pela aplicao da lei de Hooke obter indiretamente a variao de
tenso ou de carga no pilar. Maiores detalhes do instrumento e de um
experimento de validao sero apresentados no XIICOBRAMSEG [10].
O sistema constitudo por trs fios de invar de 6 mm de dimetro,
solidarizados entre si a intervalos regulares com pastilhas de acrlico denso,
formando um elemento cilndrico de 30 mm de dimetro. As medidas so
efetuadas por relgio comparador digital fixado em uma extremidade da haste.
A foto 9 apresenta detalhe da haste.
O grfico da figura 12 apresenta resultado de ensaios de validao do
sistema em estudo, realizado sob condies controladas de laboratrio o qual
apresenta tenses aplicadas contra deformao, em cada uma das quatro
faces do pilar, conforme medidas efetuadas pelo sistema em desenvolvimento.
Referncias Bibliogrficas
[1] Hachich, W.; et ai (1996). Fundaes Teoria e Prtica. So Paulo : Pini.
[2] Chamecki, P.R; A.C.M. Kormann; N.A. Nascimento; Dyminski, A.S. (1998).
Stio experimental de geotecnia da UFPR - objetivos e dados preliminares.
Proc. of XICOBRAMSEG, ABMS, Braslia, Brasil: 819-826.
[3] BrancOjC. J. M. C., Miguel, M. G. & Teixeira, R. S. (1998) Implantao do
campo experimental de engenharia geotcnica no campos da UEL.
In:COBRAMSEG,v.2,pp.l015-1022.
[4] ABNT Estacas - Prova de carga esttica (1991). NBR 12131. Rio de
Janeiro.
[5] ABNT Estacas - Ensaio de carregamento dinmico (1994). NBR 13208. Rio
de Janeiro
FUNDAES - BIBLIOGRAFIA
1) FUNDAES TEORIA E PRTICA - Pini - ABMS/ABEF.
2) FUNDAES - CRITRIOS DE PROJETO, INVESTIGAES DO SUB-
SOLO E FUNDAES SUPERFICIAIS - D. Velloso e F. Lopes - COPPE-
UFRJ. Vol 1.
3) FUNDAES EM SOLOS COLAPSVEIS - J. C. Cintra - EESC/USP.
4) CARGA ADMISSVEL EM FUNDAES PROFUNDAS - J. C. Cintra e N.
Aoki - Publicao EESC/USP.
5) DIMENSIONAMENTO DE FUNDAES PROFUNDAS - Urbano
Rodriguez Alonso - Editora Edgard Blucher Ltda.