TAUHATA Radioprotecao e Dosimetria - Fundamentos - Ed. 2014
TAUHATA Radioprotecao e Dosimetria - Fundamentos - Ed. 2014
TAUHATA Radioprotecao e Dosimetria - Fundamentos - Ed. 2014
FUNDAMENTOS
Luiz Tauhata
Ivan Salati
Renato Di Prinzio
Antonieta R. Di Prinzio
RIO DE JANEIRO
ISBN: 978-85-67870-02-1
e-mail:
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
ii
APRESENTAO
Os autores
iii
NDICE
CAPTULO 1
RADIAES ................................................................................................................ 1
iv
1.5.4. Decaimento da atividade com o tempo ............................................................. 17
1.5.5. Unidades de atividade - o becquerel e o curie .................................................. 17
1.5.6. Mltiplos e submltiplos das unidades de atividade ........................................ 18
1.5.7. Meia-vida do radioistopo T1/2 ......................................................................... 18
1.5.8. Vida-mdia do radioistopo, .......................................................................... 18
CAPTULO 2
v
2.1.4. As famlias radioativas ..................................................................................... 42
2.1.5. O radnio e o tornio ........................................................................................ 44
2.1.6. A radiao csmica ........................................................................................... 47
vi
CAPTULO 3
vii
3.6.2. Atenuao das partculas beta ........................................................................... 99
3.6.3. Alcance das partculas beta ............................................................................. 100
3.6.4. Poder de freamento para eltrons de alta energia ........................................... 101
3.6.5. Valor efetivo de (Z/A) de um material ........................................................... 102
CAPTULO 4
viii
4.3.3. Efeitos biolgicos ........................................................................................... 121
4.3.4. Efeitos orgnicos - Doenas ........................................................................... 122
ix
CAPTULO 5
x
5.5.2. Campo expandido ........................................................................................... 174
5.5.3. Campo expandido e alinhado.......................................................................... 174
5.5.4. Grandezas operacionais para monitorao de rea ......................................... 174
5.5.4.1. Equivalente de dose ambiente (Ambient dose equivalent) H*(d)................. 174
5.5.4.2. Equivalente de dose direcional (Directional dose equivalent), H(d,) ...... 174
5.5.5. Grandeza operacional para monitorao individual ....................................... 175
5.5.5.1. Equivalente de dose pessoal (Individual dose equivalent), Hp(d) ............... 175
5.5.5.2. Equivalente de dose para ftons (Photon dose equivalent), HX ................... 175
5.5.6. Relaes entre as grandezas limitantes e operacionais ................................... 176
CAPTULO 6
xi
6.2.4.1. Monitorao pessoal de radiao X e gama ................................................. 187
6.2.4.2. Uso em raio X diagnstico ........................................................................... 188
6.2.4.3. Gamagrafia ................................................................................................... 189
xii
6.7. DETECTORES UTILIZANDO MATERIAIS SEMICONDUTORES ... 216
6.7.1. Formao de pulsos em materiais semicondutores ......................................... 216
6.7.1.1. Materiais isolantes, condutores e semi-condutores ...................................... 216
6.7.1.2. Pares eltrons-buracos .................................................................................. 216
6.7.1.3. Criao de doadores e receptores em um material ....................................... 217
6.7.1.4. Interao da radiao com o material semicondutor .................................... 217
6.7.1.5. Juno p-n..................................................................................................... 218
6.7.1.6. Regio de depleo ....................................................................................... 218
6.7.1.7. Polarizao reversa ....................................................................................... 218
6.7.2. Detectores de diodos de silcio ....................................................................... 218
6.7.3. Detectores de germnio .................................................................................. 219
6.7.3.1. Blindagem do detector.................................................................................. 219
6.7.3.2. Blindagem do Dewar .................................................................................... 220
6.7.4. Detector de barreira de superfcie ................................................................... 220
6.7.5. Detectores de silcio-ltio ................................................................................ 220
6.7.6. Detectores de telureto de cdmio .................................................................... 222
6.7.7. Detectores de telureto de zinco e cdmio - CZT ............................................ 222
xiii
CAPTULO 7
xiv
7.7.3. Procedimentos operacionais ........................................................................... 258
7.7 4. Gerncia de rejeitos ........................................................................................ 258
7.7.5. Segurana e acidentes ..................................................................................... 259
CAPTULO 8
CAPTULO 9
xv
9.3.1. Materiais radioativos em forma especial ........................................................ 273
9.3.2. Material radioativo em outras formas ............................................................. 273
9.3.3. Embalados para transporte de material radioativo .......................................... 273
9.3.4. Limite da atividade para transporte de material radioativo ............................ 273
9.3.4.1. Limite para embalados exceptivos ............................................................... 274
9.3.4.2. Limite para embalados do Tipo A ................................................................ 274
9.3.4.3. Limite para embalados do Tipo B ................................................................ 274
ANEXO A
ANEXO B
xvi
B.1. INTRODUO............................................................................................. 290
B.1.1. Aspectos histricos ......................................................................................... 290
B.1.2. Atividades com radiaes ionizantes na CLT ................................................ 291
B.1.2.1. Normas regulamentadoras as radiaes ionizantes ....................................... 292
B.1.2.2. Aposentadoria especial para IOE na CLT .................................................... 292
B.1.2.3. Acidente de trabalho e doena profissional na CLT .................................... 293
B.1.3. Atividades com radiaes ionizantes no Regime Jurdico nico ................... 293
ANEXO C
xvii
C.3.1. Estabelecendo a dose para a rea ocupada (dose semanal) para a rea
ocupada ........................................................................................................... 314
C.3.2. Clculo das doses de radiao na rea ocupada, sem a blindagem................. 315
C.3.3. Atenuao do feixe de radiao pela blindagem ............................................ 316
C.3.4. Transmisso da radiao primria .................................................................. 318
C.3.4.1. Fator de transmisso da barreira primria .................................................... 318
C.3.4.2. Largura da barreira primria......................................................................... 319
C.3.5. Transmisso da radiao espalhada - Barreiras secundrias .......................... 320
C.3.6. Transmisso da radiao pela porta da sala - labirinto ................................... 329
C.3.6.1. Aceleradores com energia menor ou igual a 10 MeV .................................. 329
C.3.6.2. Consideraes para produo de nutrons em aceleradores de partculas
de alta energia ............................................................................................... 333
C.3.6.3. Aceleradores com energia maior ou igual a 10 MeV ................................... 334
C.3.7. Otimizao das barreiras ................................................................................. 339
xviii
RELAO DE FIGURAS
xix
Figura 2.4 - Exposio do homem radiao ionizante. ............................................ 44
Figura 2.5 - Variao da concentrao do radnio e tornio com a altura em
relao ao solo. ........................................................................................ 45
Figura 2.6 - Variao da concentrao de radnio e tornio durante o dia ................ 45
Figura 2.7 - Variao da concentrao de radnio e tornio durante o ano. .............. 46
Figura 2.8 - Concentrao de 222Rn no Rio de Janeiro, no vero de 1997. ................. 46
Figura 2.9 - Concentrao de 222Rn no Rio de Janeiro, no inverno de 1997. ............. 47
Figura 2.10 - Esquema de uma mquina geradora de raios X. ..................................... 48
Figura 2.11a - Esquema de um acelerador linear de eltrons. ...................................... 49
Figura 2.11b - Acelerador de eltrons usado em terapia de cncer em hospitais. ........ 50
Figura 2.12 - Esquema de um acelerador eletrosttico do tipo Van de Graaff: (1)
Fonte de tenso contnua; (2) Fita de isolamento; (3) Terminal de
alta voltagem; (4) Tanque pressurizado com gs isolante; (5) Fonte
de ons; (6) Tubo de acelerao e anis de equalizao do campo; (7)
Feixe de ons acelerados; (8) Bomba de vcuo; (9) Magneto para
reflexo e anlise do feixe; (10) Sistema de disperso do feixe
conforme a energia; (11) Amplificador de sinal; (12) Pontos de
efeito corona ............................................................................................ 51
Figura 2.13 - Esquema de um cclotron e equipamento instalado no Instituto de
Pesquisas Energticas e Nucleares - IPEN - utilizado para a produo
de radioistopos....................................................................................... 52
Figura 2.14 - Esquema do Grande Colisor de Hadrons (Large Hadron Collider) -
LHC - e vista interna com um segmento do tubo de acelerao de 3
m de dimetro. Quatro grandes experimentos so realizados nos
pontos: ALICE, ATLAS, CMS e LHCb ................................................. 53
Figura 2.15 - Coliso dos feixes de prtons para a possvel produo do Boson de
Higgs ....................................................................................................... 54
Figura 2.16 - Esquema de uma fonte de nutrons de Pu-Be de um medidor de
nvel. ........................................................................................................ 54
Figura 2.17 - Corte de um cabeote de uma bomba de 60Co - modelo Theratron 780
usado em radioterapia.............................................................................. 55
Figura 2.18 - Foto de um irradiador de 192Ir e esquema de guarda da fonte no
irradiador e respectiva blindagem ........................................................... 56
Figura 2.19 - Esquema de um irradiador industrial ...................................................... 57
Figura 2.20 - 543 testes nucleares atmosfricos e 1876 testes subterrneos
realizados nos perodos de 1945 a 1980 e 1955 a 1998
respectivamente, por diversos pases (UNSCEAR 2000). ...................... 58
Figura 2.21 - Concentraes de 137Cs e 90Sr na dieta alimentar dos habitantes dos
hemisfrios Norte e Sul. .......................................................................... 59
Figura 2.22 - Dose efetiva anual per capita para os indivduos da populao
mundial no perodo de 1945 a 2005. ....................................................... 59
Figura 2.23 - Esquema de um reator de potncia do tipo PWR .................................... 61
Figura 2.24 - Reator nuclear do tipo de Angra 2. ......................................................... 61
Figura 2.25 - Esquema do ciclo do combustvel. .......................................................... 64
Figura 2.26 - Elemento combustvel ............................................................................. 67
Figura 2.27 -Tipos de instalaes radiativas no Brasil ................................................. 72
Figura 3.1 - Modos de interao da radiao com a matria ...................................... 78
Figura 3.2 - Representao do efeito fotoeltrico ....................................................... 79
Figura 3.3 - Valores de seco de choque para efeito fotoeltrico para o chumbo,
em funo da energia da radiao. .......................................................... 81
xx
Figura 3.4 - Representao do efeito Compton........................................................... 82
Figura 3.5 - Valores de seo de choque para espalhamento Compton (e) em
funo da energia do fton; ea a seo de choque de absoro e es
de espalhamento da radiao no Efeito Compton. .................................. 83
Figura 3.6 - Representao do efeito de produo de pares. ....................................... 84
Figura 3.7 - Importncia relativa dos diversos processos de interao dos ftons
com a matria em funo da energia do fton e do nmero atmico
do material. .............................................................................................. 85
Figura 3.8 - Probabilidade relativa de diferentes efeitos para ftons de diferentes
energias no carbono e no chumbo. .......................................................... 85
Figura 3.9 - Atenuao de um feixe de ftons por um material de espessura X. ........ 86
Figura 3.10 - Contribuio relativa dos diversos efeitos produzidos pela interao
da radiao num material para o coeficiente de atenuao linear total. .. 87
Figura 3.11 - Representao da fisso em cadeia autossustentvel induzida pela
absoro de nutrons, num reator nuclear. .............................................. 93
Figura 3.12 - Variao do stopping power com a energia de partculas incidentes
no silcio e germnio. .............................................................................. 95
Figura 3.13 - Definio do alcance Re e Rm para partculas alfa e eltrons .................. 97
Figura 3.14 - Espalhamento de eltrons em um material. ............................................. 97
Figura 3.15 - Alcance de eltrons monoenergticos. .................................................... 98
Figura 3.16 - Relao alcance x energia para eltrons absorvidos no silcio e no
germnio. ................................................................................................. 98
Figura 3.17 - Alcance de eltrons no silcio ( = 2,33 g.cm-3) e no iodeto de sdio
( = 3,67 g.cm-3), materiais muito usados em detectores. ....................... 99
Figura 3.18 - Atenuao de partculas beta no alumnio, cobre e prata. ..................... 100
Figura 3.19 - Alcance de partculas beta em vrios materiais (com densidade, ,
em g.cm-3): (1) Ferro = 7,8; (2) Pirex = 2,60; (3) PVC = 1,38; (4)
Plexiglass = 1,18; (5) Ar = 0,0013. ...................................................... .101
Figura 3.20 - Perda de energia de eltrons na matria ................................................ 101
Figura 3.21 - Taxa de perda de energia de partculas alfa na interao com um
meio material. ........................................................................................ 103
Figura 3.22 - Alcance de partculas alfa em vrios materiais (com densidade, , em
g.cm-3): (1) Ar = 0,0013; (2) Tecido = 1,0; (3) Alumnio = 2,70; (4)
Cobre = 8,96. ......................................................................................... 103
Figura 3.23 - Processos integrados de interao. ........................................................ 106
Figura 4.1 - Diagramas tpicos de clulas animal e vegetal. ..................................... 108
Figura 4.2 - Representao das fases do ciclo celular e detalhamento da fase
Mittica ................................................................................................. 109
Figura 4.3 - Fases da mitose celular .......................................................................... 111
Figura 4.4 - Modelo de extrapolao linear (curva a) para a correlao entre dose-
efeito biolgico, onde no so contabilizados possveis efeitos de
aumento da probabilidade de ocorrncia na regio de doses baixas
(curva b) ou da existncia de limiares ou de fatores de reduo da
incidncia dos efeitos at ento desconhecidos (curva c). .................... 112
Figura 4.5 - Transformao de clulas expostas radiao do 60Co e nutrons do
espectro de fisso, com exposies nicas e fracionadas. ..................... 113
Figura 4.6 - Quadro representativo dos diversos processos envolvidos na
interao da radiao ionizante com as clulas do tecido humano e o
tempo estimado para sua ocorrncia. .................................................... 115
Figura 4.7 - Alguns tipos de alteraes no cromossoma que podem ser induzidos
xxi
por radiao ionizante. .......................................................................... 115
Figura 4.8 - Tipos de aberraes cromossomiais que podem ser induzidos pela
radiao ionizante. ................................................................................. 116
Figura 4.9 - Curvas de sobrevivncia para clulas de mamferos. ............................ 117
Figura 4.10 - Fases do efeito biolgico produzido pela radiao ionizante. ............... 122
Figura 4.11 - Visualizao do processo de transferncia de energia (dE) por uma
partcula carregada (eltron) em funo da distncia percorrida (dx)
num meio material. ................................................................................ 125
Figura 4.12 - Formas de curvas dose-resposta, para radiaes de baixo e alto LET,
para induo de efeitos estocsticos. ..................................................... 127
Figura 4.13 - Curva de resposta: probabilidade de induo de cncer versus dose
absorvida, do tipo Linear - quadrtica, p = D + D2 .......................... 128
Figura 4.14 - Tempo de latncia para aparecimento de cncer aps irradiao. ........ 129
Figura 4.15 - Relaes tpicas entre dose e gravidade do dano (severidade), para
efeitos determinsticos numa populao. .............................................. 130
Figura 4.16 - Variao da incidncia do cncer de pulmo em trabalhadores de
minas de urnio, fumantes e no fumantes. .......................................... 133
Figura 4.17 - Incorporao preferencial de radioistopos nos tecidos e rgos do
corpo humano, em funo do tipo de composto qumico utilizado,
para produo de imagens em gama-cmaras para diagnstico em
Medicina Nuclear. ................................................................................. 137
Figura 4.18 - Frequncia de cromossomos dicntricos para clulas submetidas
radiao gama do 60Co e a nutrons de vrias energias. ....................... 138
Figura 4.19 - Evoluo mdia de pessoas irradiadas em relao ao tempo e em
funo da dose ....................................................................................... 141
Figura 4.20 - Induo de cncer na tireide na Bielorrssia devido ao acidente
nuclear de Chernobyl, em 1986............................................................. 142
Figura 4.21 - Faixas aproximadas de dose aguda letal para vrios grupos
taxonmicos (UNSCEAR, 2008). ......................................................... 143
Figura 5.1 - Representao esquemtica do procedimento de definio das
grandezas e as relaes entre elas estabelecidas no ICRP 26 e
CNEN-NE-3.01 e ICRP 60 e Norma CNEN NN-3.01 de 2011 ............ 149
Figura 5.2 - Valores do fator de converso dose no ar para dose na gua e no
tecido muscular em funo da energia do fton. ................................... 157
Figura 5.3 - Geometria de irradiao da esfera ICRU e o ponto P na esfera, no
qual H*(d) determinado num campo de radiao expandido e
alinhado. ................................................................................................ 174
Figura 5.4 - Geometria de irradiao da esfera ICRU e o ponto P na esfera, no
qual o equivalente de dose direcional obtido no campo de radiao
expandido, com a direo de interesse. ............................................. 175
Figura 6.1 - Disposio dos filtros metlicos e do filme no monitor individual
utilizado pelo IRD ................................................................................. 188
Figura 6.2 - Emisso de luz na termoluminescncia ................................................. 190
Figura 6.3 - Esquema e fotografia de uma leitora TLD ............................................ 191
Figura 6.4 - Regies de operao para detectores gs ............................................ 193
Figura 6.5 - Esquema da cmara de ionizao tipo free-air ...................................... 195
Figura 6.6 - Caneta dosimtrica ................................................................................ 195
Figura 6.7 - Cmara de ionizao, porttil, tipo babyline, com faixa de medio
de 0,1 mR.h-1 a 50 R.h-1 (1 Sv.h-1 a 500 mSv.h-1), para deteco de
radiaes X, gama e beta, em instalaes nucleares, clnicas de
xxii
medicina nuclear, radiodiagnstico e radioterapia. ............................... 196
Figura 6.8 - Cmara de ionizao pressurizada, porttil, para medio de nveis
baixos de radiao X e gama, provenientes da radiao de fundo,
fugas de aparelhos usados em radiodiagnstico e radioterapia e
radiao espalhada................................................................................. 196
Figura 6.9 - (a)Vista interna da cmara de ionizao Centronic IG-11, do
LNMRI, (b) foto da cmara NPL-CRC-Capintec fabricada pela
Southern Scientific plc, do LNMRI ...................................................... 197
Figura 6.10 - Cmara de extrapolao modelo PTW 23391 ....................................... 197
Figura 6.11 - Dosmetro Farmer modelo 2570A da Nuclear Enterprise ..................... 198
Figura 6.12 - Esquema de um detector proporcional cilndrico. ................................. 198
Figura 6.13 - Detector proporcional porttil para medio de contaminao
superficial. ............................................................................................. 199
Figura 6.14 - Detectores G-M utilizados para medio de taxa de contagem ou
convertidos para .................................................................................... 200
Figura 6.15 - Detector Geiger, tipo pancake, para medio de contaminao
superficial com janela de mylar aluminizado, para radiao alfa, beta
e gama. .................................................................................................. 200
Figura 6.16 - Sonda G-M para deteco beta e gama, com janela metlica muito
fina ......................................................................................................... 200
Figura 6.17 - Estrutura de bandas de energias em um cintilador cristalino ativado ... 202
Figura 6.18 - Elementos bsicos de uma vlvula fotomultiplicadora ......................... 203
Figura 6.19 - Cintilmetro porttil Rad Eye PRD, de alta sensibilidade, utilizado
em atividades de triagem e localizao de fontes emissoras de
radiao gama. ....................................................................................... 203
Figura 6.20 - Espectrmetro gama, com NaI(Tl)+GM e analisador multicanal,
porttil, que permite determinar a energia da radiao, obter o
espectro e identificar o radionucldeo. .................................................. 203
Figura 6.21 - Gama-cmara de duas cabeas, com detector de NaI(Tl) planar de
grandes dimenses, utilizado em diagnstico com radiofrmacos em
rgos e corpo inteiro, em medicina nuclear......................................... 204
Figura 6.22 - Sondas de sulfeto de zinco para medio de contaminao superficial
(alfa). ..................................................................................................... 205
Figura 6.23 - Nveis de energia em uma molcula orgnica ....................................... 206
Figura 6.24 - Processo de formao do sinal no cintilador lquido ............................ 212
Figura 6.25 - Estimativa do nmero de fotoeltrons formados a partir da interao
de um eltron de 5 keV com o cintilador lquido .................................. 212
Figura 6.26 - Cintilador lquido .................................................................................. 214
Figura 6.27 - Diagrama de blocos do um cintilador lquido. ...................................... 215
Figura 6.28 - Estrutura de bandas em um material (Ei energia do intervalo). ............ 216
Figura 6.29 - Impurezas doadoras e receptoras em uma estrutura cristalina. ............. 217
Figura 6.30 - Detector de germnio de alta pureza, resfriado a nitrognio lquido,
utilizado em tcnicas de espectrometria X e gama, em medies de
laboratrio. ............................................................................................ 219
Figura 6.31 - Vista interna de um detector de barreira de superfcie e espectro das
radiaes alfa emitidas pelo 241Am ....................................................... 221
Figura 6.32 - Monitor individual com detector de diodo de silcio para radiao X
e gama, com leitura direta da dose equivalente, taxa de dose,
equivalente de dose pessoal Hp(10), com memria para estocagem
de dados, alarme sonoro e luminoso e identificao do usurio. .......... 221
xxiii
Figura 6.33 - Espectro das radiaes de baixa energia do 241Am obtido com o
CdTe ...................................................................................................... 222
Figura 6.34 - Dosmetro gama de terlureto de zinco e cdmio ................................... 223
Figura 6.35 - (a) Pulsos analgicos ou lineares, com seus parmetros de formato e;
(b) Pulso lgico (quadrado) de comando ou de sada, por exemplo,
de um gate ou discriminador ................................................................. 225
Figura 6.36 - Esquema do funcionamento da unidade de coincidncia para dois
pulsos de entrada ................................................................................... 227
Figura 6.37 - Esquema de operao de um ADC ........................................................ 229
Figura 6.38 - Diagrama de blocos de uma cadeia de medio utilizando o mtodo
de coincidncia 4- ............................................................................ 229
Figura 6.39 - Arranjo experimental do sistema TDCR e foto do mdulo MAC3 ...... 230
Figura 6.40 - Representao da hierarquia e rastreabilidade metrolgica das
medies realizadas pelos instrumentos dos usurios at aos padres
internacionais para cada tipo de grandeza ............................................. 231
Figura 7.1 - Descrio esquemtica do mtodo de anlise custo-benefcio para a
otimizao da proteo radiolgica ....................................................... 238
Figura 7.2 - Grandezas bsicas e derivadas utilizadas para a limitao da
exposio individual .............................................................................. 241
Figura 7.3 - Bandas de Dose Efetiva Individual, em mSv, que podem ser
utilizadas em situaes de operao normal ou de emergncia ............ 244
Figura 7.4 - Detectores portteis apropriados para uso em triagem de pblico
quando da ocorrncia de acidentes com disperso de material
radioativo no ambiente. Os detectores mostrados so: (a)
identFINDER, (b) Electronic Personal Dosemeter, (c) Thermo
RadEye PRD ......................................................................................... 246
Figura 7.5 - Valores dos parmetros a e b em funo da energia da radiao
da frmula de Berger para o clculo do fator de build up ..................... 255
Figura 7.6 - Triflio - Smbolo da radiao ionizante............................................... 260
Figura 9.1 - Etiquetas padronizadas para embalados. ............................................... 279
Figura 9.2 - Placa para tanques e contineres. A palavra RADIOATIVO pode ser
substituda pelo nmero de classificao de materiais da ONU,
conforme tabela 9.5 ............................................................................... 280
Figura B.1 - RJU e Legislao relativa s radiaes ionizantes ................................ 295
Figura C.1. - Esquema simplificado de uma sala de tratamento de radioterapia
com um acelerador linear de eltrons. O equipamento pode girar em
torno do isocentro, a 1 m do alvo (linha pontilhada). A figura
superior mostra o corte da sala passando pelo cinturo primrio
(paredes A, C e teto). Na figura inferior possvel visualizar as
barreiras A, B, C, D e D .................................................................... 314
xxiv
Figura C.5 - Esquema da sala onde est instalado o acelerador de exemplo,
mostrando os pontos utilizados para o clculo das espessuras das
barreiras secundrias. Note-se que os pontos calculados situam-se a
0,3 m da parede ..................................................................................... 325
Figura C.6 - Esquema do labirinto da sala onde est instalado o acelerador do
exemplo, mostrando as reas definidas para a determinao da dose
equivalente na porta devida ao espalhamento do feixe primrio na
parede A ................................................................................................ 329
Figura C.7 - Esquema do labirinto da sala onde est instalado o acelerador do
exemplo, mostrando as reas definidas para a determinao da dose
equivalente na porta devida ao espalhamento nico da radiao de
fuga do cabeote na parede A ............................................................... 331
Figura C.8 - Esquema do labirinto da sala onde est instalado o acelerador do
exemplo, mostrando as reas definidas para a determinao da dose
equivalente na porta devida ao espalhamento da radiao pelo
paciente na parede A ............................................................................. 332
Figura C.9 - Esquema do labirinto da sala onde est instalado o acelerador do
exemplo, mostrando as reas definidas para a determinao da dose
equivalente na porta devida radiao de fuga que atravessa a
parede interna do labirinto..................................................................... 333
Figura C.10 - Esquema geral para definio dos parmetros usados na blindagem
da porta do labirinto (NCRP, 2005). ................................................... 335
xxv
RELAO DE TABELAS
xxvi
Tabela 5.1 - Valor de Q em funo do poder de freamento de coliso (L) .......... 152
Tabela 5.2 - Valores de Q(L) em funo do LET, na gua ..................................... 152
Tabela 5.3 - Valores do fator de qualidade efetivo (Effective quality fator) - Q -
para os diversos tipos de radiao - ICRP 26 (1977), CNEN-NE-
3.01 (1988). ......................................................................................... 152
Tabela 5.4 - Valores do fator de peso, wT, para tecido ou rgo definido na
ICRP 26 e ICRP 60 ............................................................................. 153
Tabela 5.5 - Valores de para alguns radionucldeos emissores gama em
(R.m2)/(h.Ci) ....................................................................................... 158
Tabela 5.6 - Valores da constante de taxa de exposio, , e do fator de
converso f de dose absorvida no ar para dose absorvida no tecido ... 159
Tabela 5.7 - Valores do fator de converso para a obteno da dose efetiva (em
mSv) devida exposio a uma fonte puntiforme (atividade em
kBq) para um tempo t (em h). ............................................................. 165
Tabela 5.8 - Fator de converso da atividade por unidade de rea para dose
efetiva E, em funo do perodo de permanncia no solo
contaminado ........................................................................................ 166
Tabela 5.9 - Fator de converso de atividade por unidade de rea (concentrao)
para dose absorvida na pele de radionucldeo emissor beta ............... 168
Tabela 5.10 - Coeficientes de dose efetiva comprometida e(g) por unidade de
incorporao ........................................................................................ 171
Tabela 5.11 - Uso das grandezas de acordo com o tipo de radiao monitorada ..... 176
Tabela 5.12 - Profundidade de determinao de dose efetiva em alguns tecidos. .... 176
Tabela 5.13 - Valores do fator de peso da radiao wR ............................................ 177
Tabela 5.14 - Coeficiente de probabilidade de mortalidade numa populao de
todas as idades por cncer aps exposio a baixas doses.................. 178
Tabela 5.15 - Estimativas das probabilidades de efeitos biolgicos induzidos
pelas radiaes ionizantes ................................................................... 179
Tabela 5.16 - Probabilidade de incidncia e mortalidade de cncer de pele
induzido por radiao ionizante .......................................................... 179
Tabela 6.1 - Energia mdia para formao de pares de ons em alguns gases ........ 191
Tabela 6.2 - Solues cintiladoras comerciais tpicas. ............................................ 208
Tabela 6.3 - Fases do processo quantitativo de deteco com cintilao lquida. .. 211
Tabela 6.4 - Componentes da expresso que calcula a amplitude do pulso de
tenso produzido em sistema de deteco com cintilao lquida. ..... 212
Tabela 7.1 - Limites primrios anuais de dose efetiva - CNEN-NN-3.01 (2011)
e BSS 115. ........................................................................................... 239
Tabela 7.2 - Coeficientes de probabilidade de detrimento fatal e fatores de peso
para vrios tecidos............................................................................... 240
Tabela 7.3 - Nveis de registro e de investigao para monitorao individual,
de indivduos ocupacionalmente expostos (IOE), estabelecidos pela
Posio Regulatria 3.01/004:2011 da CNEN.................................... 242
Tabela 7.4 - Comprimento de relaxao aproximado de alguns materiais, para
nutrons rpidos .................................................................................. 248
Tabela 7.5 - Camadas semi-redutoras (HVL) e deci-redutoras (TVL). .................. 250
Tabela 7.6 - Valores da camada semi-redutora (HVL) de vrios materiais, para
vrios radionucldeos emissores de radiao gama, numa condio
de boa geometria, onde a contribuio da radiao secundria de
espalhamento no importante. Ref. IAEA - TECDOC - 1162,
Vienna (2000). .................................................................................... 251
xxvii
Tabela 9.1 - Valores bsicos de limites de concentrao e atividade, para alguns
radionucldeos, em embalados Tipo A................................................ 275
Tabela 9.2 - Limites de atividade para embalados exceptivos ................................ 276
Tabela 9.3 - Fatores de multiplicao do IT para embalados de grandes
dimenses ............................................................................................ 278
Tabela 9.4 - Categoria de embalados ...................................................................... 279
Tabela 9.5 - Resumo da classificao da ONU para nomes apropriados ao
transporte de materiais radioativos e respectiva numerao ............... 281
Tabela B.1 - Definio de adicional de irradiao ionizante constante do Decreto
877/93 ................................................................................................. 305
Tabela C.1 - Valores tpicos para o fator de uso ...................................................... 317
Tabela C.2 - Valores sugeridos para o fator de ocupao (NCRP, 2005). .............. 317
Tabela C.3 - Propriedades de materiais usados em blindagem (Profio, 1979). ....... 319
Tabela C.4 - Camadas deci-redutoras para concreto, ao e chumbo com as
densidades mdias dadas na Tabela C.3 (NCRP, 2005). .................... 319
Tabela C.5 - Fator de espalhamento (a) a 1 m de um fantoma com dimenses
humanas, distncia alvo-superfcie de 1 m e tamanho de campo de
400 cm2 (McGinley, 2002; Taylor et al., 1999). ................................. 324
Tabela C.6 - Camada deci-redutora em concreto para radiao espalhada pelo
paciente em vrios ngulos (NCRP, 2005). ........................................ 325
Tabela C.7 - Valores sugeridos para camada deci-redutora em concreto para
radiao de fuga (NCRP, 2005). ......................................................... 326
Tabela C.8 - Valores sugeridos para o coeficiente de reflexo na parede A
(Figura C.6) para concreto (NCRP, 2005) Incidncia a 0 e 45 para
ftons de bremsstrahlung e monoenergticos. Cada valor
apresentado abaixo deve ser multiplicado por 10-3 ............................. 330
xxviii
CAPTULO 1
RADIAES
Uma substncia como a gua pode se apresentar sob a forma de lquido, de gelo
ou de vapor, conforme sua temperatura. Da mesma maneira, muitas outras substncias.
Outra caracterstica notvel das substncias o estado de organizao em que se
apresenta, ora de forma catica, amorfa, ora sob a forma de cristais regulares.
1
1.1.5. A aceitao do tomo
71 g de Cl2 + 16 g de O2 = 87 g Cl2O
71 g de Cl2 + 48 g de O2 = 119 g Cl2O3
2
O valor do raio depende da fora de atrao entre o ncleo e os eltrons e
expresso em angstron (1 A = 10-8 cm) ou em picmetro (1 pm=10-12m). Assim,
aumentando-se Z, o raio diminui; aumentando-se o nmero de camadas eletrnicas, o raio
aumenta. Para tomos com a ltima camada de eltrons completa, o raio tende a ser menor
devido alta energia de ligao das partculas. Assim, os raios do 40Ca, 222Rn e 207Pb
medem 2,23, 1,34 e 1,81 A , respectivamente, enquanto que o raio do 39K vale 2,77 A e o
raio do 127I, 1,32 A .
3
Ncleo
Eltrons
Cada eltron est vinculado ao tomo pela atrao entre a sua carga negativa e
a carga positiva do ncleo e pelo acoplamento atrativo do seu momento magntico (spin)
com eltrons da mesma camada. A fora atrativa sofre uma pequena atenuao devido
repulso eltrica dos demais eltrons. A energia consumida neste acoplamento se
denomina energia de ligao. Para elementos de nmero atmico elevado, a energia de
ligao dos eltrons prximos ao ncleo bastante grande, atingindo a faixa de 100 keV
(ver Tabela 1.2), enquanto que a dos eltrons mais externos da ordem de alguns eV. Os
eltrons pertencentes s camadas fechadas possuem energia de ligao com valores bem
mais elevados do que os das camadas incompletas e, portanto, so os mais estveis.
A Figura 1.2 mostra a variao da energia de ligao dos eltrons da ltima
camada, ou energia potencial de ionizao, com o nmero atmico Z do elemento
qumico. Quanto maior o raio atmico, mais distante os eltrons estaro do ncleo e,
portanto, mais fraca ser a atrao sobre eles. Assim, quanto maior o raio atmico, menor
o potencial de ionizao. Os valores mximos correspondem a de elementos com a ltima
camada eletrnica completa.
4
1.2.7. Estrutura nuclear
5
Figura 1.4 - Energia de ligao nuclear por partcula. Os valores mais
proeminentes correspondem aos ncleos com camadas nucleares completas
de prtons ou de nutrons (nmeros mgicos).
6
Seccionando-se perpendicularmente a regio onde se distribuem os nucldeos na
superfcie (Z,N) da Figura 1.5, tem-se uma situao mostrada na Figura 1.6. Ou seja, a
superfcie (N,Z) no plana, mas apresenta um formato de um vale, onde se distribuem
nucldeos nas encostas da esquerda e da direita, e no fundo se situam os nucldeos
pertencentes linha de estabilidade beta.
Pela Figura 1.6, percebe-se que os nucldeos da encosta da esquerda decaem para
a linha de estabilidade, reduzindo o nmero de prtons por meio de decaimento + e, os
da encosta da direita por decaimento -, para reduzir o excesso de nutrons.
Z +
+
A
( - ) ENERGIA DE LIGAO
XN
-
Z
+ A
Y
Z-1
A
20
Y -
+ Ncleos - Z+1 N-1 A
estveis
Z
X
+
Linha de estabilidade beta
-
N
7
Figura 1.7 - Segmento da Tabela de Nucldeos mostrando istopos, isbaros
e istonos.
8
Atualmente existem mais 8 elementos com Z = 113 at 118, com smbolos ainda
no definidos pela Unio Internacional de Qumica Pura e Aplicada (IUPAC), mas que
em algumas tabelas so designados por: Uut, Fl, Uup, Lv, Uus e Uuo. Estes elementos
so metais sintticos obtidos por reaes nucleares com ons pesados, so radioativos e
os seus ltimos eltrons preenchem os subnveis 5f, 6d e 7s. Alm destes, existem mais
12 elementos pesados com Z = 104 at Z = 118, todos radioativos, cujas propriedades
qumicas e fsicas ainda no esto bem definidas.
Na Tabela 1.1 so apresentados os nomes, os mtodos de obteno e algumas das
caractersticas dos elementos Z = 97 a 115, todos radioativos.
9
Tabela 1.1 - Denominao, smbolo e caractersticas dos elementos de Z
= 97 a 118. (ver: IUPAC 2010, Pure Appl.Chem. v.83, pp.359-396,2011).
http://www.chem.qmvl.ac.uk/iupac/
10
eltron, varia com o inverso do quadrado da distncia (d) entre elas. Como esta fora deve
ser equilibrada pela fora centrfuga do eltron com determinada velocidade, a distncia
(d) fixa o valor de sua energia cintica, no estado estacionrio. Os valores de n so: 1, 2,
3, 4, 5, 6 e 7, e correspondem aos denominados nveis energticos K, L, M, N, O, P e Q.
n=1 l=0
n=2 l=0e1
n = 3 l = 0, 1 e 2
Spin
11
Figura 1.9 - Diagrama de Linus Pauling para distribuio dos eltrons
segundo os nveis de energia.
1.3. TRANSIES
12
Figura 1.10 - Representao de uma transio eletrnica, resultando na
emisso de um fton de luz ou raio X caracterstico.
13
transio eletromagntica. Em geral, seu valor muito pequeno, variando entre 10-6 a 10-
15
segundos, principalmente para eltrons. Os estados excitados nucleares so de durao
semelhante, mas alguns ncleos possuem estados excitados com meia-vida bastante
longa e podem, em alguns deles, funcionar como estados isomricos. A meia-vida do
estado excitado no apresenta ligao direta com a meia-vida do ncleo.
Elem. K K K K 1 2 Elem. K K K K 1 2
20 Ca 3,69 3,69 4,01 50,6 19,8 65 Tb 43,74 44,48 50,38 51,72 55,8 31,9 8,3
21 Sc 4,09 4,09 4,46 50,7 20,1 66 Dy 45,21 46,00 52,12 53,51 56,0 32,0 8,3
22 Tl 4,50 4,51 4,93 50,8 20,4 67 Hg 46,70 47,55 53,88 55,32 56,2 32,2 8,4
23 V 4,94 4,95 5,43 50,8 20,6 68 Er 48,22 49,13 55,68 57,21 56,3 32,4 8,4
24 Cr 5,41 5,41 5,95 50,9 20,2 69 Tm 49,77 50,74 57,72 59,09 56,5 32,6 8,5
25 Mn 5,89 5,90 6,49 51,0 20,9 70 Yb 51,35 52,39 59,37 60,98 56,7 32,7 8,5
26 Fe 6,39 6,40 7,06 51,1 21,0 71 Lu 52,97 54,07 61,28 62,97 56,9 32,9 8,7
27 Co 6,92 6,93 7,65 51,2 21,1 72 Hf 54,61 55,79 63,23 64,98 57,1 33,1 8,8
28 Ni 7,46 7,48 8,26 51,2 21,2 73 Ta 56,28 57,53 65,22 67,01 57,4 33,2 9,0
29 Cu 8,03 8,05 8,90 51,3 20,9 74 W 57,98 59,32 67,24 69,10 57,6 33,4 9,1
30 Zn 8,62 8,64 9,57 9,66 51,4 21,4 75 Re 59,72 61,14 69,31 71,23 57,8 33,5 9,3
31 Ga 9,22 9,25 10,26 10,37 51,5 21,8 76 Os 61,49 63,00 71,41 73,40 58,0 33,7 9,4
32 Ge 9,86 9,89 10,98 11,10 51,5 22,3 0,5 77 Ir 63,29 64,90 73,56 75,62 58,3 33,8 9,6
33 As 10,51 10,54 11,73 11,86 51,5 22,8 0,9 78 Pt 65,12 66,83 75,75 77,88 58,5 34,0 9,7
34 Se 11,18 11,22 12,50 12,65 51,6 23,3 1,3 79 Au 66,99 68,80 77,98 80,19 58,7 34,1 9,9
35 Br 11,88 11,92 13,29 13,47 51,8 23,7 1,8 80 Hg 68,90 70,82 80,25 82,54 59,0 34,3 10,0
36 Kr 12,60 12,65 14,11 14,32 51,9 23,8 2,4 81 Tl 70,83 72,87 82,58 84,95 59,2 34,4 10,2
37 Rb 13,34 13,40 14,96 15,19 52,0 24,2 2,8 82 Pb 72,80 74,97 84,94 87,36 59,5 34,6 10,4
38 Sr 14,10 14,17 15,84 16,08 52,1 24,6 3,2 83 Bi 74,81 77,11 87,34 89,86 59,8 34,7 10,6
39 Y 14,88 14,96 16,74 17,02 52,2 25,0 3,5 84 Po 76,86 79,29 89,81 92,39 60,1 34,9 10,8
40 Zr 15,69 15,78 17,67 17,97 52,3 25,4 3,7 85 At 78,95 81,52 92,32 94,97 60,3 35,0 11,1
41 Nb 16,52 16,62 18,62 18,95 52,4 25,8 3,9 86 Rn 81,07 83,79 94,87 97,61 60,6 35,2 11,3
42 Mo 17,37 17,48 19,61 19,97 52,5 26,2 4,0 87 Fr 83,23 86,11 97,47 100,30 60,9 35,3 11,5
43 Tc 18,25 18,37 20,62 21,01 52,6 26,5 4,2 88 Ra 85,43 88,47 100,13 103,04 61,2 35,5 11,7
44 Ru 19,15 19,28 21,66 22,07 52,7 26,8 4,4 89 Ac 87,68 90,89 102,84 105,83 61,5 35,6 11,9
45 Rh 20,07 20,22 22,72 23,17 52,8 27,1 4,5 90 Th 89,96 93,35 105,60 108,68 61,8 35,8 12,1
46 Pd 21,02 21,18 23,82 24,30 52,9 27,4 4,7 91 Pa 92,28 95,86 108,42 111,59 62,1 35,9 12,2
47 Ag 21,99 22,16 24,94 25,46 53,1 27,8 4,8 92 U 94,65 98,43 111,30 114,56 62,5 36,1 12,3
48 Cd 22,98 23,17 26,10 26,64 53,2 28,0 5,1 93 Np 97,07 101,06 114,23 117,58 62,8 36,2 12,5
49 In 24,00 24,21 27,28 27,86 53,3 28,3 5,4 94 Pu 99,53 103,73 117,73 120,67 63,2 36,4 12,6
50 Sn 25,04 25,27 28,49 29,11 53,4 28,6 5,6 95 Am 102,03 106,47 120,28 123,82 63,5 36,5 12,8
51 Sb 26,11 26,36 29,73 30,39 53,6 28,8 6,0 96 Cm 104,59 109,27 123,40 127,03 63,9 36,7 12,9
52 Te 27,20 27,47 31,00 31,70 53,7 29,1 6,3 97 Bk 107,19 112,12 126,12 130,31 64,2 36,8 13,0
53 J 28,32 28,61 32,29 33,04 53,8 29,3 6,6 98 Cf 109,83 115,03 129,82 133,65 64,6 38,0 13,2
54 Xe 29,46 29,78 33,62 34,42 54,0 29,5 7,0 99 Es 112,53 118,01 133,14 133,06 65,1 37,2 13,3
55 Cs 30,63 30,97 34,99 53,82 54,1 29,7 7,3 100 Fm 115,29 121,06 136,52 140,55 65,4 37,3 13,4
56 Ba 31,82 32,19 36,38 37,26 54,3 30,0 7,6 101 Md 118,09 124,17 139,97 144,10 65,8 37,3 13,5
57 La 33,03 33,44 37,80 38,73 54,4 30,2 7,7 102 No 120,95 127,36 143,51 147,74 66,2 37,6 13,7
58 Ce 34,28 34,72 39,26 40,23 56,4 30,4 7,7 103 Lr 123,87 130,61 147,11 151,45 66,7 37,7 13,8
59 Pr 35,55 36,03 40,75 41,77 54,8 30,6 7,8 104 126,85 133,95 150,80 155,25 67,1 37,8 13,9
60 Nd 36,85 37,36 42,27 43,33 54,9 30,9 7,9 105 129,88 137,35 154,56 159,12 67,5 38,0 14,1
14
Ex [keV] Ir* Ex [keV] Ir*
Elem. K K K K 1 2 Elem. K K K K 1 2
61 Pm 38,17 38,72 43,83 44,94 55,1 31,1 8,0 106 132,94 140,80 158,37 163,04 68,0 38,1 14,2
62 Sm 39,52 40,12 45,41 46,58 55,3 31,3 8,1 107 136,09 144,37 162,30 167,08 68,4 38,2 14,3
63 Eu 40,90 41,54 47,04 48,26 55,4 31,5 8,1 108 139,30 148,01 166,31 171,21 68,9 37,3 14,5
64 Gd 42,31 43,00 48,70 49,96 55,6 31,7 8,1 109 142,58 151,75 170,42 175,43 69,4 38,5 14,6
*Ir K = 100
EX
K: E ( K-LII ) K: I ( K-LII )
K: E ( K-LIII )K: I ( K-LIII )
K : E ( K-MIII ) 1: I ( K-MIII) + I ( K-MII) + I ( K-MIV+V)
1 ~0,5 < 0,05
: E ( K-NIII ) 2: I ( K-NIII) + I ( K-NII) + I ( K-NIV+V) + I ( K-O + ...)
1 ~0,5 < 0,05 ~0,2 - 0,4
(Z ~50 - 109)
1.4.1. Ftons
15
carregadas pelas diferenas de energia (E) e frequncia () da transio, ou seja, por uma
onda eletromagntica ou fton (E=h).
1.4.2. Raios X
1.5. RADIOATIVIDADE
dn(t )
A(t ) n(t )
dt
n(t ) n0 e t
A(t ) n(t ) n0 e t
16
A0 n0
e, portanto:
A(t ) A0 e t
.
0 =
= constante de decaimento
T1/2 = meia-vida
= vida-mdia
17
A unidade antiga, ainda em uso em equipamentos antigos ou produzidos em
alguns pases (como os EUA.) o curie (Ci). Por sua definio inicial, equivale ao nmero
de transformaes por segundo em um grama de 226Ra, que de 3,7.1010 transformaes
por segundo. Portanto, 1 Ci equivalente a 3,7.1010.Bq.
A ttulo de informao, nos rtulos das garrafas de gua mineral, a radioatividade
expressa numa unidade denominada de mache. O mache equivale a uma concentrao
de 12,802 Bq L-1 associada, em geral, ao 226Ra.
A meia-vida pode ter valores muito pequenos como os do 20F e 28Al, com 11 s e
2,24 min respectivamente, grandes como 90Sr (28,5 a), 60Co (5,6 a) e 137Cs (30 a), e muito
grandes como os do 232Th (1,405.1010 a) e 238U (4,46.109 a).
1 1/2
= =
0,693
18
1.6. RADIAES NUCLEARES
1.6.2. Radiao
19
1.6.2.1. Emisso -
0
1n 1p 0e
1.6.2.4. Emisso +
1p 10n 0e
A energia da transio bem definida, mas como ela repartida entre eltron e o
neutrino, a energia da radiao beta detectada ter um valor variando de 0 at um valor
mximo, denominado de Emax. Assim, o espectro da radiao beta detectada ser contnuo,
iniciando com valor 0 e terminando em Emax como mostrado na Figura 1.14.
36
Ar
A paridade da transio beta obtida pelo produto das paridades dos estados
inicial do ncleo-pai e final do ncleo filho, podendo ser positiva ou negativa, ou seja,
trocar ou no de paridade.
A paridade de um estado de uma partcula est associada ao formato de sua
descrio pela funo matemtica que o descreve, denominada de funo de onda. Se, na
sua representao grfica, ela seccionar o eixo dos X um nmero par de vezes, ela possui
a paridade par ou positiva. Se seccionar um nmero mpar, paridade mpar ou negativa.
21
Por exemplo, as transies com diferena de momento angular (J = 0 ou 1) e que
no mudam a paridade dos estados inicial do ncleo-pai e final do ncleo-filho, so
denominadas de Permitidas. As transies com valores de J = 1 ou 2 e que mudam a
paridade, so denominadas de 1 proibida ou 1 proibida nica. As com valores de J=2,3
que no trocam a paridade so denominadas de 2 proibida e 2 roibida nica, e assim
por diante. (ver: E. de Almeida e L. Tauhata, Fsica Nuclear, Ed. Guanabara 2 - 1981).
As transies permitidas tm maior probabilidade de emisso que as proibidas.
22
casos ocorre somente a emisso e o nucldeo emissor denominado de emissor puro.
A tabela 1.3 traz exemplos de alguns desses nucldeos.
1p 0e 10n
23
1.6.3. Radiao
A 4
A
ZX Z 2Y 24He energia
239
94 Pu 235
92 U 24He 5,2 MeV
24
1.6.3.2. Energia da radiao
Figura 1.18 - Espectro das radiaes alfa, com energias entre 5,389 MeV e
5,545 MeV, emitidas pelo 241Am, e obtido com detector de barreira se
superfcie.
Como a maior parte das partculas so emitidas com energia entre 3 e 7 MeV, a
sua velocidade da ordem de um dcimo da velocidade da luz. Obs.: a energia da partcula
chega a 11,65 MeV no 212Po.
Na Tabela 1.4 esto relacionadas as energias das radiaes alfa emitidas por
alguns radionucldeos, muito deles escolhidos como padres para calibrao de sistemas
de deteco.
25
Tabela 1.4 - Radionucldeos alfa emissores, com energias bem conhecidas,
utilizados como padres para calibrao de detectores.
(ver: www.nucleide.org/DDEP_WG/DDEPdata.htm)
Intensidade
Fonte Meia-vida Energia (keV)
Relativa (%)
241Am 432,6 0,6 a 5485,56 0,12 0,8445 0,0010
5442,86 0,12 0,1323 0,0010
242Cm 162,86 0,08 d 6112,72 0,08 0,7406 0,0007
6069,37 0,09 0,2594 0,0007
210Po 138,3763 0,0047 d 5304,33 0,07 0,9999876 0,0000004
26
1.6.4.1. Caractersticas da emisso gama
A energia da radiao gama bem definida e depende somente dos valores inicial
e final de energia dos orbitais envolvidos na transio, ou seja:
E Ei E f h
b) Paridade da transio
A paridade de uma transio gama definida pelo produto das paridades dos
estados nucleares, inicial e final, podendo ser positiva (+) ou negativa (-). A paridade de
um estado depende do seu momento angular orbital (l), ou seja, = (1) .
27
Quanto mais semelhantes as caractersticas dos estados envolvidos, mais provvel
ser a transio. Como a soma das probabilidades de transio 1, o percentual de
emisso de cada radiao gama diretamente proporcional probabilidade de transio
envolvida.
60
Assim, por exemplo, para a transio de 1,17321 MeV do Ni, a intensidade
relativa ser:
1173 keV
1332 keV
Figura 1.20 - Espectro das radiaes gama do 60Co obtido com o detector de
germnio puro.
28
Tabela 1.5 - Valores padres recomendados para radiaes gama de alguns
radionucldeos (Marie-Martine B, Valery P. Chechev - Nuclear Intr. Meth., A,
728 (2013) p. 157-1712).
E Iabs E Iabs
Nucldeo T1/2 Nucldeo T1/2
(keV) (%) (keV) (%)
7 99m
Be (53,22 0,06) d 477,6035(20) 10,44(4) Tc (6,0067 0,0010) h 140,511(1) 88,5(2)
22 108
Na (2,6029 0,0008) a 511,00 180,7((13) Ag (2,382 0,011) min 632,98(5) 88,5(2)
1.274,547(7)
108m
Ag (439 9) a 79,131(3) 6,9(5)
24
Na (14,9574 0,0020) h 1.368,626(5) 99,9935(5) 433,938(5) 90,1(6)
2.754,00(11) 99,872(8) 614,276(4) 90,5(16)
722,907(10) 90.8(16)
40
K (1,2504 0,003).109 a 1.460,822(6) 10,55(11)
110m
Ag (249,78 0,2) d 446,812(3) 3,65(5)
620,3553(17) 2,72(8)
46
Sc (83,788 0,022) d 889,271(2) 99,9833(5) 657,7600(11) 94.38(8)
1.120,537(3) 99,986(36) 677,6217(12) 10,56(6)
687,0091(18) 6,45(3)
51
Cr (27,703 0,003) d 320,0824(4) 9,87(3) 706,6760(15) 16,48(8)
744,2755(18) 4,71(3)
763,9424(17) 22,31(9)
54
Mn (312,13 0,03) d 834,838 99,9746(11) 818,0244(18) 7,33(4)
884,6781(13) 74,0(12)
937,485(3) 34,51(27)
59
Fe (44,495 0,008) d 192,349(5) 2,918(29) 1.384,2931(20) 24,7(5)
1.099,245(3) 56,59(21) 1.475,7792(23) 4,03(5)
1.291,590(6) 43,21(25) 1.505,028(2) 13,16(16)
1.562,2940(18) 1,21(3)
56
Co (77,236 0,026) d 511,00 39,21(22)
123
846,7638(19) 99,9399(23) I (13,2234 0,0037) h 158,97(5) 83,31(20
977,363(4) 1,422(7) 528,96(5) 1,25(3)
1.037,8333(24) 14,03(5)
125
1.175,0878(22) 2,249(9) I (59,388 0,028) d 35,44925 6,63(6)
1.238,2736(22) 66,41(16)
131
1.360,196(4) 4,80(13) I (8,0233 0,001) d 80,1850(19) 2,607(27)
1.771,327(3) 15,45(4) 284,305(5) 6,06(6)
2.015,176(5) 3,017(14) 364,489(5) 81,2(8)
2.034,752(5) 7,741(13) 636,989(4) 7,26(8)
2.598,438(4) 16,96(4) 722,911(5) 1,96(20)
3.009,559(4) 1,038(19)
124
3.201,930(11 3,203(13) Sb (60,208 0,011) d 602,7260(23) 97,775(20)
3.253,402(5) 7,87(3) 645,8520(19) 7,442(15)
3.272,978(6) 1,855(9) 709,33(2) 1,363(5)
713,776(4) 2,273(7)
57
Co (271,80 0,05) d 14,41295(31) 9,15(17) 722,782(3) 10,708(22)
122,06065(12) 85,51(6) 968,195(4) 1,887(10)
136,47356(29) 10,71(15) 1.045,125(4) 1,852(14)
1.325,504(4) 1,587(7)
60
Co (5,2711 0,0008) a 1.173,228(3) 99,85(3) 1.355,20(2) 1,0412(38)
1.332,492(4) 99,9826(6) 1.368,157(5) 2,620(8)
1.436,554(7) 1,234(8)
65
Zn (244,01 0,09) d 511,00 2,842(13) 1.690,971(4) 47,46(19)
1.115,539(2) 50,22(11) 2.090,930(7) 5,493(24)
88 134
Y (106,626 0,021) d 898,036(4) 93,90(23) Cs (2,0644 0,0014) a 475,365(7) 1,479(7)
1.836,052(13 99,32(3) 563,246(3) 8,342(15)
569,330(2) 15,368(21)
95
Zr (64,032 0,006) d 724,193(3) 44,27(22) 604,720(3) 97,63(8)
756,729(12) 54,38(22) 795,86(1) 85,47(9)
801,950(6) 8,694(16)
99
Mo (2,7479 0,0006) d 40,58323(17) 1,022(27) 1.167,967(4) 1,791(5)
140,511(1) 89,61(17 1.365,194(4) 3,019(8)
181,068(8) 6,01(11)
137
366,421(15) 1,194(23) Cs (30,05 0,08) a 661,657(3) 84,99(20)
739,500(17) 12,12(15)
144
777,921(20) 4,28(8) Ce (284,91 0,05) d 80,120(5) 1,36(6)
133,515(2) 11,1(1)
29
E Iabs E Iabs
Nucldeo T1/2 Nucldeo T1/2
(keV) (%) (keV) (%)
152 182
Eu (13,522 0,016) a 121,7817(3) 28,37 Ta (114,61 0,13) d 65,72215(15) 46,31
244,6974(8) 7,51 67,7497(1) 14,23
344,2785(12) 26,58 84,68024(26) 6,95
411,1165(12) 2,234 100,10595(7) 3,09
443,965(3) 2,80 152,42991(26 3,64
778,9045(24) 1,70 156,3864(3) 35,30
867,380(3) 12,96 179,39381(25 16,44
964,079(18) 4,21 198,35187(29 27,17
1.085,837(10 14,62 229,3207(6) 11,58
1.089,737(5) 10,16 264,0740(3)
1.112,076(3) 1,710 1001,6856(12
1.212,948(11 13,56 1.121,290(3)
1.299,142(8) 1,397 1.189,040(3)
1.408,13(3) 1,626 1.221,395(3)
20,85 1.231,004(3)
1257,407(3)
170
Tm (127,8 0,6) d 84,2547(8) 2,48(9) 1289,145(3)
198
Au (2,6944 0,0008) d 411,80205(8) 95,54(7)
192
Ir (73,827 0,013) d 205,79430(9) 3,34(4)
203
295,95650(15 28,72(14) Hg (46,594 0,012) d 279,1952(10) 81,61(5)
308,45507(17) 29,68(15)
207
316,50618(17) 82,75(21) Bi (32,9 1,4) a 569,698(2) 97,7(3)
468,0688(3) 47,81(24) 1.063,656(3) 74,58(22
484,5751(4) 3,189(24) 1.770,228(9) 6,871(26
588,5810(7) 4,517(22)
226
604,41105(25) 8,20(4) Ra (1600 7) a 186,211(13) 3,555(19
612,4621(3) 5,34(8)
241
Am (432,6 0,6) a 26,3446(2) 2,31(8)
59,5409(1) 35,92(17
30
Figura 1.21 - Esquema de decaimento do radionucldeo X, indicando os
valores das probabilidades de emisso das radiaes beta e gama.
A cps /( I 3 3 t )
Uma mistura de radionucldeos com atividades A1, A2, A3, ... , An com respectivas
constantes de decaimento 1, 2, 3, ... , n ter como atividade total AT, num certo instante
t0 :
n
AT Ai
i 1
n
AT Ai e i t
i 1
31
1.6.7. Esquema de decaimento de um radionucldeo
Quando ocorre a captura eletrnica (EC) ou outro processo que retira eltrons da
eletrosfera do tomo, a vacncia originada pelo eltron imediatamente preenchida por
algum eltron de orbitais superiores. Ao passar de um estado menos ligado para outro
mais ligado (por estar mais interno na estrutura eletrnica), o excesso de energia do
eltron liberado por meio de uma radiao eletromagntica, cuja energia igual
diferena de energia entre o estado inicial e o final. A denominao caracterstico se
deve ao fato dos ftons emitidos, por transio, serem monoenergticos e revelarem
detalhes da estrutura eletrnica do elemento qumico e, assim, sua energia e intensidade
relativa permitem a identificao do elemento de origem.
Os raios X caractersticos so, portanto dependentes dos nveis de energia da
eletrosfera e, dessa forma, seu espectro de distribuio em energia discreto.
Como a emisso de raios X caractersticos um fenmeno que ocorre com energia
da ordem da energia de ligao dos diversos nveis da eletrosfera, as energias de emisso
dos raios X caractersticos variam de alguns eV a dezenas de keV.
32
1.7.2. Eltrons Auger
Nota: A emisso de eltrons Auger permite observar, por outra via, a ocorrncia do
processo de captura eletrnica.
33
Na converso interna, a energia e o momento angular da radiao gama prevista,
so transferidos para um eltron orbital. A energia cintica do eltron expelido igual
diferena de energia entre os estados inicial e final (Ei - Ef) menos a energia de ligao
do eltron ao orbital, por exemplo, a camada K, ou seja,
= ( )
Esta competio entre tipos de transio, pode ser expressa pela relao entre as
probabilidades de transio por segundo de converso interna (e) e emisso gama (),
denominada de Coeficiente de Converso Interna (), ou seja,
= + + + = = .
2
=
=
1+
Da mesma forma,
1 + 2 + 3
=
1+
( )
=
1+
= (1 + )
34
Os valores dos coeficientes de converso interna podem ser obtidos teoricamente
ou em tabelas ou grficos que fornecem valores em funo de Z, E e tipo de transio
gama (E1, M1, E2, M2, etc) (ver Table of Isotopes - Lederer e Hollander, ou Lederer e V.
Shirley, apndice 26). Tambm podem ser encontrados em tabelas que fornecem o
esquema de decaimento, as probabilidades de transio gama e os valores dos diversos
coeficientes para as vrias camadas eletrnicas.
35
Raio X
Caracterstico
Intensidade da radiao
Energia Mxima
e e energia cintica
Quando um psitron, aps perder sua energia cintica, interage com um eltron,
a matria toda transformada em energia, sendo emitidos dois ftons, em sentidos
opostos, com energia de 0,511 MeV (2 0,511 MeV= 2mec2). Seu espectro de
distribuio de energia , portanto, discreto.
e e 2 (0,511 MeV )
36
Tabela 1.6 - Caractersticas das radiaes em funo de sua origem.
ENERGIA
TIPO DESIGNAO EVENTO GERADOR
Valores Distribuio
Fton Raios X Desexcitao da eletrosfera, alterada por eV a Discreta
caractersticos captura eletrnica dezenas de
Desexcitao da eletrosfera, alterada por keV
interao com partculas carregadas externas
Desexcitao da eletrosfera, alterada por
converso interna
Desexcitao da eletrosfera, alterada por
interao com ftons externos
Raios X de Interao de eltron externo com campo eV a Contnua
freamento eltromagntico nuclear ou eletrnico centenas de
MeV
Raios gama Desexcitao nuclear keV a MeV Discreta
Aniquilao de psitron em interao com 0,511 MeV Discreta
eltron
Eltron Foto-eltron Eltron arrancado da camada eletrnica por eV a MeV Discreta
interao com fton, com transmisso total de (hv - B)
energia
Eltron-Compton Eltron arrancado da camada eletrnica por keV a MeV Contnua
interao com fton, com transmisso parcial
de energia
Radiao - Decaimento em ncleo instvel por excesso de keV a MeV Contnua
nutrons.
Eltron de Transmisso de energia de excitao nuclear Dezenas de Discreta
converso diretamente para a camada eletrnica; concorre keV a MeV (E - B)
com emisso gama.
Eltron Auger Desexcitao da eletrosfera por transmisso de eV a dezenas Discreta
energia a eltrons mais externos (menos de keV
ligados); concorre com raios X caractersticos.
Raios Eltrons arrancados da eletrosfera de tomos eV a MeV Contnua
por interao com partculas carregadas com os
tomos.
Eltron de Transformao de energia em matria por eV a MeV Contnua
formao de par interao de um fton de alta energia (> 1,022
MeV) com o campo eletromagntico do ncleo.
Psitron Radiao + Decaimento em ncleo instvel por excesso de eV a MeV Contnua
prtons
Psitron de Transformao de energia em matria por eV a MeV Contnua
formao de par interao de um fton de alta energia (> 1,022
MeV) com o campo eletromagntico do ncleo
Partcula Radiao Decaimento em ncleos pesados instveis MeV Discreta
Nutrons Nutrons Fisso espontnea MeV (pode Contnua
Reaes nucleares ser moderado
a eV)
37
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
C. Michael Lederer, J.M. Hollander, I. Perlman, Table of Isotopes, Sixth Ed. John Wiley
& Sons, Inc., 1978.
K.C. Chung, Introduo Fsica Nuclear, Ed. UERJ, Rio de Janeiro, RJ, 2001.
E. de Almeida e L. Tauhata, Fsica Nuclear, Editora Guanabara Dois, Rio de Janeiro, RJ,
1981.
J.M. Eisenberg e W. Greiner, Nuclear Models, Vol. 1 de Nuclear Theory, North Holland
Publishing Company, Amsterdam-London, 1970.
38
CAPTULO 2
39
Figura 2.1 - Concentrao mdia dos elementos qumicos componentes da
crosta terrestre.
40
Tabela 2.1 - Composio qumica do Homem Referncia, que possui massa
total de 70 kg e densidade de 1,025 g.cm-3.
41
Tabela 2.2 - Composio qumica de materiais tecido-equivalentes e do
msculo utilizada em proteo radiolgica, para clculos por simulao,
utilizando Mtodos de Monte Carlo, e para teste de equipamentos de
medio.
TECIDO TECIDO
MSCULO
ELEMENTO EQUIVALENTE EQUIVALENTE
(ICRP 1962)
QUMICO (DOSE EXTERNA) (DOSE INTERNA)
(%)
(%) (%)
Hidrognio 10,2 10 10
Carbono 12,3 14,9 18
Nitrognio 3,5 3,49 3
Oxignio 72,9 71,4 65
Sdio 0,08 0,15 0,15
Magnsio 0,02 - 0,05
Fsforo 0,2 - 1
Enxofre 0,5 - 0,25
Cloro - 0,1 0,15
Potssio 0,3 - 0,20
Clcio 0,007 - 1
42
Radionucldeos de meia-vida curta
estvel
43
2.1.5. O radnio e o tornio
44
Figura 2.5 - Variao da concentrao do tornio e do radnio com a altura
em relao ao solo.
12
10
45
Figura 2.7 - Variao da concentrao de radnio e tornio durante o ano.
47
Na rea mdica so 595 instalaes sendo 225 de radioterapia e 370 de medicina
nuclear. Nos servios de radioterapia esto instalados 260 aceleradores lineares, 78
equipamentos de braquiterapia de alta taxa de dose e 57 equipamentos de cobalto. Nos
servios de medicina nuclear alm das fontes como 131I, 99mTc, 67Ga, 201Tl, 153Sm, 92
servios do pas j contam com equipamentos de tomografia por emisso de psitrons
(PET/CT) que utilizam o 18F associado uma molcula de glicose (2[18F] fluoro-2-deoxi-
D-glicose) para o diagnstico ou mapeamento de tumores. Atualmente o 18F produzido
em 13 cclotrons instalados em diversas cidades brasileiras.
Quando eltrons, acelerados por um campo eltrico intenso, colidem com um alvo
metlico, eles reduzem sua energia cintica, mudam de direo e, alguns deles, emitem a
diferena de energia sob a forma de ondas eletromagnticas, os raios X. Os eltrons
sofrem espalhamento e reduo da velocidade devido atrao da carga do ncleo e
repulso dos eltrons dos tomos do material alvo. Por isso, esse tipo de radiao
tambm denominado de radiao de freamento (bremsstrahlung).
Num tubo de raios X, o feixe de eltrons gerado por emisso termoinica num
filamento aquecido. O campo eltrico obtido aplicando-se uma alta voltagem entre os
terminais do tubo de raios X, onde o alvo metlico, anodo, polarizado positivamente e
o filamento, catodo, negativamente. A emisso de raios X s ocorre, obviamente, quando
estiver ligada a alta tenso. Quanto maior a tenso aplicada ao tubo, maior ser a energia
dos raios X gerados e maior tambm o seu poder de penetrao. Aumentando-se a
corrente, aumenta-se a intensidade do feixe. A Figura 2.10 mostra o esquema bsico de
uma mquina de raios X.
Ampola de Vidro
Feixe de Eltrons
Alta Tenso Filamento
Catodo
Anodo
Copo focalizador
Alvo de Tungstnio
Janela
Feixe de Raios X
Magneto quadripolar
Bob ina defletora Bobina defletora
Seletor de energia
Canho
de eletrons
Guia de onda
Sistema de
transporte do feixe
Janela de sada
Grade Anodo
Bobina focalizadora Bobina Alvo Colimador primrio
Bobina defletora
defletora
Carga
Janela
de cermica
F iltro achatador
Circulador Sistema de
pressurizao
Janela Cmara de
Modulador de cermica ionizao dual
de pulso
Colimador superior
F onte de alimentao
Unidade Mesa
de controle
de tratamento
50
Figura 2.12 - Esquema de um acelerador eletrosttico do tipo Van de Graaff:
(1) Fonte de tenso contnua; (2) Fita de isolamento; (3) Terminal de alta
voltagem; (4) Tanque pressurizado com gs isolante; (5) Fonte de ons; (6)
Tubo de acelerao e anis de equalizao do campo; (7) Feixe de ons
acelerados; (8) Bomba de vcuo; (9) Magneto para reflexo e anlise do
feixe; (10) Sistema de disperso do feixe conforme a energia; (11)
Amplificador de sinal; (12) Pontos de efeito corona.
2.2.6. Cclotrons
Os cclotrons ganharam grande importncia nos ltimos anos pela sua capacidade
de produo de radionucldeos de meia-vida curta, de uso crescente na medicina nuclear
diagnstica, principalmente nos dispositivos de tomografia por emisso de psitrons.
(PET). A diminuio de custo e de instalao desses equipamentos pelo uso de materiais
supercondutores e de geradores de campo magntico de grande intensidade, permitiu sua
rpida difuso para colocao em hospitais e centros mdicos.
So dispositivos que aceleram partculas carregadas, utilizando a diferena de
potencial eltrico, associada a campos magnticos para defletir o feixe. constitudo de
duas partes em forma de D separadas por um intervalo, conforme mostra a Figura 2.13.
O feixe de partculas injetado no centro da mquina e acelerado eletricamente
por uma voltagem alternada, quando atravessa o intervalo entre os D. Sob a ao de um
campo magntico, sincronizado, o feixe defletido at cruzar e ser novamente acelerado
no intervalo do outro lado do D. medida que a velocidade da partcula vai crescendo,
o raio do feixe vai aumentando, numa trajetria em espiral, at que atinja a energia final
e, ento, um extrator, desloca o feixe na direo do alvo a ser bombardeado. A condio
para o bom funcionamento destas mquinas o sincronismo entre a velocidade da
partcula e os campos de acelerao e deflexo. Todas as regies, no interior da mquina,
de percurso e acelerao do feixe, devem ser providas de alto vcuo para no perturb-lo.
51
As energias obtidas chegam a 15 MeV para prtons, 25 MeV para duterons e 50 MeV
para partculas alfa.
52
Em Campinas, estado de So Paulo, est instalado o Laboratrio Nacional de Luz
Sincrotron (LNLS) que utiliza um sincrotron para acelerar eltrons que vo gerar feixes
de ftons de alta energia e diferentes comprimentos de onda. O sincrotron existente
acelera eltrons com energia de at 1,37 GeV que vo gerar os feixes de ftons utilizados
em diversos ramos de pesquisa e estudo de materiais como estruturas moleculares,
cristalografia e em desenvolvimentos de materiais para a indstria.
Est prevista a construo de um novo sincrotron no mesmo local, com energia
de at 3 GeV. O novo projeto denomina-se Sirius.
53
nominal de 7 TeV. A seguir um feixe jogado contra o outro (acelerado em sentido
contrrio) produzindo uma energia de coliso de 14 TeV.
54
2.2.8. Irradiadores com radioistopos
55
2.2.8.3. Irradiadores para gamagrafia
192
Fonte de Ir Tubo em S
Tubo guia
Blindagem
de Urnio
exaurido
Cabo Condutor
Engate
e
Chave Engate
Rabicho flexvel
56
2.2.8.4. Irradiador industrial
57
periodicamente liberam concentraes, permitidas por normas especficas, para o
ambiente em operao rotineira, ou se dispersam descontroladamente, numa situao de
acidente. Estas liberaes normalmente so constitudas de efluentes lquidos ou gasosos.
Os rejeitos slidos que so dispersos no ambiente so quase sempre de forma acidental.
Outros materiais radioativos, dispersos na atmosfera e em ambientes aquticos,
so os produtos dos testes nucleares (Fallout) realizados na atmosfera, principalmente os
realizados entre 1945 a 1980. Eles precipitaram em grande quantidade por ocasio dos
testes, mas at hoje, podem ser medidos em qualquer localidade do mundo.
Nos 543 testes realizados na atmosfera, com 189 megatons (Mt) por artefatos
fisso e 251 megatons por fuso, a atividade de trcio produzida foi estimada em: 251 Mt
(fuso) 7,4.1017 Bq Mt-1 =1,8.1020 Bq. Nos 1876 testes subterrneos realizados, foram
injetados na Terra 90 Megatons de material radioativo. Um Megaton (Mt) corresponde a
exploso de 1 milho de toneladas de dinamite (TNT).
58
Figura 2.21 - Concentraes de 137Cs e 90Sr na dieta alimentar dos habitantes
dos hemisfrios Norte e Sul.
Figura 2.22 - Dose Efetiva anual per capita para os indivduos da populao
mundial no perodo de 1945 a 2005.
59
Quanto ao seu uso, os reatores nucleares podem ser divididos em dois grandes
grupos: os reatores de potncia, utilizados para a gerao ncleo-eltrica em usinas
nucleares ou como mecanismos de propulso naval, e os reatores de pesquisa, usados para
experimentos e ensino. A esses ltimos poderiam ser adicionados os que so utilizados
para a produo de radioistopos, denominados de reatores de multipropsito, e os para
testes de materiais.
60
Vaso de
Conteno
Torre de
Alta Tenso
Pressurizador Gerador
Vaso de de
Presso Vapor Turbina
Barras de Gerador
Controle Eltrico
Ncleo Condensador
Tomada
do dgua
Reator gua
Bomba Descarga
Bomba
Circuito Primrio Circuito de
Tanque de Alimentao Refrigerao
Circuito Secundrio
61
em fase de construo. Embora sejam usinas relativamente antigas, principalmente Angra
1, so atualizadas sistematicamente com os desenvolvimentos de segurana, como ocorre
normalmente com os reatores de potncia em todo o mundo.
A Tabela 2.3 mostra os reatores de potncia utilizados para gerao nucleo-
eltrica em operao e em construo no mundo. Alm desses, existem os reatores
planejados.
Em operao Em construo
% Gerao Eltrica
Pas No o
Total MWE N Reatores Total MWE (em 2011)
Reatores
frica do Sul 2 1.800 - - 5,2
Alemanha 9 12.003 17,8
Argentina 2 935 1 745 5,0
Armnia 1 376 33,2
Blgica 7 5.943 54,0
Brasil 2 1.901 1 1.405 3,2
Bulgria 2 1906 32,6
Canad 19 13.553 15,3
China 173 13.955 28 30.550 1,8
Eslovnia 1 696 41,7
Emirados rabes 1 1.400
Espanha 79 7.002 19,5
Estados Unidos 103 101.570 3 3.618 19,2
Finlndia 4 2.741 1 1.700 31,6
Frana 58 63.130 1 1.720 77,7
Holanda 1 485 3,6
Hungria 4 1.755 42,2
ndia 20 4.385 7 5.300 3,7
Ir 2 2.111
Japo 50 44.396 3 3.036 18,1
Coreia do Sul 23 20.787 4 5.415 34,6
Mxico 2 1.600 3,6
Paquisto 3 725 2 680 3,8
Reino Unido 16 10.038 17,8
Rep. Checa 6 3.766 33,0
Romnia 2 1.310 19,0
Rssia 33 24.169 10 9.160 17,6
Sucia 10 9.399 39,6
Sua 5 3.252 40,8
Ucrnia 15 13.168 47,2
TOTAL 435 374.524 66 68.309
62
2.3.1.2. Reatores de pesquisa
O reator IEA-R1 tem 5 MWe de potncia e alm de ser usado para pesquisa,
usado para a produo de radioistopos. Os reatores Triga e Argonauta tem a potncia da
ordem de centenas de kWe. O reator IPEN-MB-01 usado principalmente para testes de
materiais e combustveis.
63
A minerao do urnio pode ser feita a cu aberto ou em minas subterrneas. No
Brasil, Poos de Caldas iniciou-se com minerao subterrnea, passando posteriormente
para minerao a cu aberto. A mina de Caetit, na Bahia, utiliza a minerao a cu aberto.
reas
Selecionadas
Corpos
Mineralizados Minrio bruto
Produo de
Mina Concentrado de Urnio
Prospeco de Urnio Pesquisa
(Yellow-Cake)
Yellow-Cake
U3 O8
Converso
para UF6
Urnio
Natural
Enriquecimento
(Resende -INB) (Exterior)
Urnio Enriquecido
UF6
Urnio
recuperado
Centrais Nucleares
(Angra - Eletronuclear)
Fabricao do
Elemento Combustvel -FEC
(No realizado)
Elemento
Combustvel
gasto
Armazenamento
de
Rejeitos
64
lixiviado com cido para ser extrado do minrio. A soluo obtida, denominada licor,
depois purificada por mtodos qumicos comuns. O produto final um concentrado de
urnio (U3O8), slido, de cor amarela, conhecido por yellow-cake, que contm
aproximadamente 70% do urnio do minrio.
Ainda que uma planta de minerao consuma uma quantidade razovel de gua
para sua operao, seu funcionamento no precisa se constituir em algo prejudicial para
os lenis de gua da regio, bastando somente o manejo adequado. Os acidentes
potenciais considerados na minerao so aqueles relacionados minerao convencional
de minrios com metais pesados. Os maiores cuidados so relacionados contaminao
ambiental. Em relao ao trabalhador, a maior preocupao para minas a cu aberto a
inalao de poeira e, para minas subterrneas, alm da poeira, a presena de radnio
acumulado no ambiente.
65
depletado. Esse urnio, em funo de sua alta densidade especfica, tem sido usado como
blindagem para radiao gama e tambm na indstria blica, em blindagem pesada e em
pontas perfurantes de projteis.
O acidente potencial associado com o processo de converso e com o de
enriquecimento o vazamento de hexafluoreto de urnio. A toxidade qumica do urnio
e do flor so os principais eventos neste tipo de acidente. A liberao de hexafluoreto
resulta na formao de cido fluordrico e compostos de flor e urnio, mais pesados que
o ar. O efeito da radioatividade menos significativo que o efeito txico do cido
fluordrico e que o efeito qumico do urnio como metal pesado.
66
Figura 2.26 - Elemento combustvel.
67
Os acidentes potenciais previstos em uma planta de reprocessamento so os de
vazamento e de criticalidade, alm de exploses qumicas e incndio. As plantas de
reprocessamento merecem maior ateno em funo da quantidade de material altamente
radioativo que manipulam.
Caetit-BA
Resende
68
O urnio, aps o processo de enriquecimento, recebido nas instalaes da INB
ainda na forma de hexafluoreto de urnio e processado para a obteno do p e para a
confeco das pastilhas. Essas pastilhas so montadas em varetas, com sistemas de molas,
para pressionar as pastilhas e guardar espao para os gases radioativos e inertes, gerado
em seu interior.
As varetas so montadas em grades e cada conjunto constitui um elemento
combustvel para o reator. Parte do urnio enriquecido utilizado nas usinas Angra 1 e
Angra 2 produzida nas instalaes de Resende onde esto sendo construdas as cascatas
para enriquecimento em escala industrial, que utiliza a tecnologia nacional de
ultracentrifugao transferida pela Marinha do Brasil. No ano de 2014 est previsto a
concluso do Mdulo 2 da Usina de Enriquecimento, que ampliar a capacidade nacional
de enriquecimento de urnio. Nos anos de 2015 e 2016 est prevista a entrada em
operao dos Mdulos 3 e 4 da Usina de Enriquecimento.
Poos de Caldas
IPEN-SP
69
tcnicas nucleares na rea ambiental, alm de pesquisas em outras reas correlatas, como
clulas de combustvel.
O IPEN o centro de preparao e distribuio de Molibdenio-99, que produz o
Tecncio-99m, radiofrmaco mais utilizado em medicina no Brasil e no mundo.
O IPEN tambm o responsvel pela coordenao do Projeto do Reator
Multipropsito Brasileiro - RMB, em desenvolvimento com o apoio de outros institutos
da CNEN, com o objetivo de produzir radioistopos para uso diverso (principalmente
Molibdnio-99), de permitir o testes de materiais e de disponibilizar feixe de nutrons
para atividades de pesquisa e desenvolvimento.
CTMSP
CDTN-BH
IEN-RJ
70
O reator, ainda em funcionamento, utilizado principalmente para atividades de ensino,
de radioqumica e de estudo de interao de nutrons com a matria.
No incio de sua existncia, o IEN dedicou a pesquisas na rea de reatores rpido.
Possui tambm looping de gua para estudos de tubulaes em reatores.
O IEN foi o pioneiro na implantao bem como na produo de radionucldeos
com cclotron no Pas.
Na fase de desenvolvimento do Programa Autnomo para o Ciclo do
Combustvel, o IEN participou principalmente do desenvolvimento de substncias
qumicas essenciais e estratgicas para as diversas etapas da produo do combustvel
nuclear e no desenvolvimento de instrumentao nuclear, sendo responsvel pela
atualizao de mesas de controle de vrios equipamentos de grande porte no prprio IEN
e em outras instalaes nucleares. Desenvolveu tambm pesquisas sobre o processo de
enriquecimento de urnio utilizando colunas de resina de troca inica. Atuou tambm na
rea de caracterizao do combustvel de reatores de pesquisa produzido com urnio
metlico.
Atualmente desenvolve trabalhos na rea de interao homem-sistema, com
estudos de simuladores e desenvolvimento de ambientes de trabalho.
IRD-RJ
LAPOC-Poos de Caldas-MG
71
Combustvel. Fornece tambm apoio analtico e suporte tcnico para as atividades de
inspeo e avaliao na rea mineral e de processamento do urnio.
INSTALAES RADIATIVAS
Controle de Manuteno de
Radioterapia Agricultura Radionucldeos
Processos Equipamentos
Produo de
Istopos
72
de Radioterapia no pas operaram 78 fontes radioativas de braquiterapia de alta dose, 57
equipamentos de 60Co e 260 aceleradores lineares.
73
2.4.2 Instalaes industriais
ATIVIDADE
INSTALAO LOCAL/ESTDO
(kCi)
Unidade de Esterilizao de
Cotia/SP 780
Cotia (Embrarad I)
Unidade de Esterilizao de
Cotia/SP 2.060
Cotia (Embrarad II)
Companhia Brasileira de
Jarinu/SP 2.700
Esterilizao
So Jos dos
Johnson& Johnson 380
Campos/SP
IPEN So Paulo/SP 1.000
74
Tabela 2.5 - Aceleradores de eltrons industriais em operao no Brasil, em 2013.
ENERGIA
INSTALAO LOCAL/ESTADO FUNO
(keV)
Irradiao de
Aceltrica Rio de Janeiro/RJ 10.000
turfas
Reticulao de
Acome Irati/PR 550 polmero (cabos
eltricos)
Fazenda Rio Reticulao de
Sumitomo 500
Grande/PR polmero (pneus)
Reticulao de
Michelin Rio de Janeiro/RJ 600
polmero (pneus)
Reticulao de
IPEN So Paulo/SP 1.500 polmero (cabos
eltricos)
75
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
E. de Almeida e L. Tauhata, Fsica Nuclear, Editora Guanabara Dois, Rio de Janeiro, RJ,
1981.
Ya.B. Zeldovich and I.D. Novikov, Relativistic Astrophysics, Vol. I, Stars and Relativity,
The University of Chicago Press, USA, 1971.
NCRP REPORT No.160, Ionizing Radiation Exposure of the Population of the United
States, National Council on Radiation Protection and Measurement - 7910 Woodmont
Avenue, Suite 400, Bethesda, MD 20814-3095, 2009.
UNSCEAR, Report, Exposures to the public from man-made sources of radiation, Vol.
I, Annex C, 2000. http://www.unscear.org/unscear/publications.html.
76
CAPTULO 3
3.1.2. Ionizao
77
Figura 3.1 - Modos de interao da radiao com a matria.
3.2.1. Interao
E c h Be
79
Nota: Como a transferncia de energia do eltron de ionizao para o meio material
produz uma ionizao secundria proporcional, a amplitude de pulso de
tenso ou a intensidade de corrente proveniente da coleta dos eltrons ou
ons, no final do processo, expressam a energia da radiao incidente.
80
Figura 3.3 - Valores de seco de choque para efeito fotoeltrico para o
chumbo, em funo da energia da radiao.
No efeito Compton, o fton espalhado por um eltron de baixa energia de ligao, que
recebe somente parte de sua energia, continuando sua sobrevivncia dentro do material
em outra direo e com menor energia. Como a transferncia de energia depende da
direo do eltron emergente e esta aleatria, de um fton de energia fixa podem resultar
eltrons com energia varivel, com valores de zero at um valor mximo.
Assim, a informao associada ao eltron emergente desinteressante sob o
ponto de vista da deteco da energia do fton incidente. Sua distribuio no espectro de
contagem aleatria, aproximadamente retangular. A energia do fton espalhado E
depende da energia do fton incidente E e do ngulo de espalhamento , em relao
direo do fton incidente, dada pela expresso,
=
1 + (1 )
onde
=
2
2
= =
1 + 2
81
1) O fton incidente E = hvo totalmente absorvido pelo eltron, que ento atinge
um estado intermedirio de momento hvo/c. Na transio para o estado final, o
eltron emite o fton E = hv.
2) O eltron que emitiu o fton hv, atinge um estado intermedirio com momento (-
hv/c), ficando ento presentes, dois ftons hvo e hv. Na transio para o estado
final, o fton hvo ento absorvido pelo eltron.
82
Com esta descrio do processo de espalhamento Compton, a seco de choque
total de coliso c, fica composta de uma seco de choque de espalhamento (emisso)
da radiao gama sc e uma seco de choque de absoro de energia da radiao
eletromagntica ac. Na Figura 3.5 so mostrados os valores da variao da seco de
choque para espalhamento Compton em funo da energia da radiao.
Em interaes de ftons de baixa energia com eltrons muito ligados, pode ocorrer
uma interao onde o tomo todo absorve o recuo e o fton praticamente no perde
energia, mudando simplesmente sua direo. Esse tipo de interao denominado
espalhamento Compton coerente ou efeito Rayleigh, e a direo de espalhamento
predominante para a frente.
O efeito Rayleigh tem maior probabilidade de ocorrncia para baixas energias dos
ftons e para valores altos de Z. Para o carbono, o efeito Rayleigh ocorre na regio dos
20 keV de energia dos ftons e contribui com um mximo de 15% de participao na
atenuao total.
O efeito Rayleigh pode ser considerado como um caso particular do espalhamento
Compton.
83
As duas partculas transferem a sua energia cintica para o meio material, sendo
que o psitron volta a se combinar com um eltron do meio e d origem a 2 ftons, cada
um com energia de 511 keV.
84
Figura 3.7 - Importncia relativa dos diversos processos de interao dos
ftons com a matria em funo da energia do fton e do nmero atmico do
material.
onde
o coeficiente de atenuao linear Compton total (espalhamento e absoro),
que a probabilidade do fton ser espalhado para fora da direo inicial do feixe
pelo material absorvedor;
o coeficiente de atenuao devido ao efeito fotoeltrico; e
o coeficiente de atenuao linear devido formao de par.
86
Figura 3.10 - Contribuio relativa dos diversos efeitos produzidos pela
interao da radiao num material para o coeficiente de atenuao linear
total.
Efeito Fotoeltrico:
1
(cm 2 / g ) f N A
A
87
Efeito Compton:
Z
(cm 2 / g ) e N A
A
Formao de Par:
1
(cm 2 / g ) p N A
A
i wi
i i
tr tr tr tr
tr a 2mc2
1 1
h h
onde
88
a/ a frao de energia do efeito que efetivamente transferida, isto , que no
levada pelo fton espalhado;
/.(1-2mc2/h) a frao que resta no efeito de formao de pares, subtraindo-se a
energia dos dois ftons de aniquilao; e
h a energia do fton incidente.
A energia transferida dos ftons para a matria sob a forma de energia cintica de
partculas carregadas no necessariamente toda absorvida. Uma frao g dessa energia
pode ser convertida novamente em energia de ftons pela radiao de freamento. A
energia absorvida dada pelo coeficiente de absoro en dada por:
en tr
(1 g )
O nutron possui grande massa e carga nula e por isso no interage com a matria
por meio da fora coulombiana, que predomina nos processos de transferncia de energia
da radiao com partculas carregadas para a matria. Por isso bastante penetrante e, ao
contrrio da radiao gama, as radiaes secundrias so frequentemente ncleos de
recuo, principalmente para materiais hidrogenados, com alto poder de ionizao. Alm
dos ncleos de recuo, existem os produtos de reaes nucleares tipo (n, ), altamente
ionizantes.
A atenuao de um feixe de nutrons por um material do tipo exponencial,
I I 0 etot x
tot N
onde
89
= seco de choque microscpica do elemento do material para energia E do
nutron (em barn = 10-24 cm2);
NA = nmero de Avogadro (6,02.1023 tomos/tomo grama ou mol);
= densidade do material (em g.cm-3); e
A = nmero de massa expresso (em g).
= 1 1 + 2 2 + + = (1 1 + 2 2 + + )
90
Tabela 3.1 - Denominao dos nutrons de acordo com sua energia.
Denominao Energia
Trmico 0,025 eV
Epitrmico 0,025 eV E 0,4 eV
Lento 1 eV E 10 eV
Lento 300 eV E 1 MeV
Rpido 1 MeV E 20 MeV
As reaes (n,) ocorrem com quase todos os elementos qumicos, as (n,) com
poucos elementos, as (n,p) com poucos elementos e com massa pequena e, as (n,f) com
os elementos fsseis.
Desta forma, a seco de choque total, medida em cm2 ou em barns, pode em
primeira aproximao, ser expressa por:
= + +
91
3.4.2.1. Ativao com nutrons
= . . 0
Ento,
(1 )
() = . . 0 .
= . () = . . 0 . (1 )
onde,
= fluxo de nutrons (nutrons.cm-2.s-1);
= seco de choque microscpica (em cm2);
n0 = nmero de tomos da amostra = m.NA/AM;
m = massa da amostra (em g);
AM = nmero de massa do elemento da amostra
constante de decaimento do ncleo formado (s-1) =0,693/T1/2; e
T1/2 = meia-vida do ncleo formado (s).
= . () = . . 0
Pois,
(1 ) = 1
92
O nutron, aps ser absorvido pelo ncleo de 235U, forma o ncleo composto que
instvel e inicia um processo de vibrao coletiva, assumindo formas de elipsides com
excentricidades crescentes, at a atingir o formato de um oito, quando ento se fissiona
em dois fragmentos, na maioria das vezes, com massas atmicas diferentes.
A separao dos fragmentos ocorre devido crescente vibrao da massa nuclear
em crescente deformao, onde a repulso coulombiana entre as cargas dos futuros
ncleos exerce um papel fundamental, at que o potencial nuclear atinja o denominado
ponto de sela, quando a recomposio do formato inicial pela tenso superficial e foras
atrativas nucleares se torna fisicamente invivel.
Os fragmentos, denominados de fragmento leve com uma massa atmica da
ordem de 90 e o fragmento pesado da ordem de 140, so gerados sempre na forma esfrica
ou elipsoidal, nunca no formato hemiesfrico. Esta tendncia causada pela busca, pelos
fragmentos, por uma maior estabilidade nuclear, que seria alcanada com um nmero de
partculas prximo de um dos nmeros mgicos de camadas nucleares.
Alm dos fragmentos, so emitidos de 2 a 3 nutrons prontos, radiaes gama
prontas. Esta denominao de pronta est associada s partculas emitidas juntamente
com os fragmentos. As demais partculas emitidas, denominadas de partculas retardadas
so emitidas pelos fragmentos (j separados) que so altamente instveis.
No caso em que os nutrons originados numa fisso, aps apropriada moderao,
atingir outros ncleos de 235U, e fission-los, pode dar origem ao fenmeno denominado
de criticalidade e, ento, gerar uma reao nuclear de fisso em cadeia, numa quantidade
de urnio, denominada de massa crtica conforme mostrado na figura 3.11.
n
144
Ce
FISSO NUCLEAR n
236
REAO EM CADEIA U 89
Sr n
n
137
Cs
n
n n 120
Sb
235 236 n
U U 236
U
96
Nb n 113
Ag n
n
236
U 134
Cs
MODERADOR n
99
Tc n
93
Tabela 3.2 - Componentes da energia liberada na fisso nuclear dos ncleos 233U,
235
U e 239Pu.
94
3.5.2. Poder de freamento
dE 4e4 z 2
S N B
dx m0v 2
onde
m v2
B Z ln 0 ln(1 2 ) 2
I
= v/c;
c = velocidade da luz;
e = carga do eltron;
v = velocidade da partcula;
N = tomos/cm3 do material absorvedor = NA./A;
z = carga da partcula incidente;
Z = nmero atmico do material absorvedor;
I = potencial de excitao e ionizao, mdio [ I=18 eV (H), 186 eV (ar) e 820
eV (Pb)]; e
m0 = massa de repouso da partcula.
95
3.5.3. Poder de freamento de coliso e de radiao
dE dE dE dE E ( MeV ) Z
S com /
dx C dx R dx R dx C 700
96
3.5.5.2. Alcance extrapolado
Na Figura 3.13, pode-se tomar o valor Re obtido no eixo X como o valor para o
alcance R, uma vez que a posio final da partcula no bem definida. O valor obtido
dessa forma denominado alcance extrapolado.
Eltrons
retro-espalhados
Eltrons Eltrons
incidentes transmitidos
e espalhados
Eltrons
absorvidos
97
3.6.1. Alcance para eltrons monoenergticos
O conceito de alcance menos definido para eltrons rpidos que para partculas
pesadas, uma vez que o caminho total percorrido pelos eltrons consideravelmente
maior que a distncia de penetrao na direo do seu movimento incidente.
Normalmente o alcance para os eltrons obtido pelo alcance extrapolado, prolongando-
se a parte linear inferior da curva de penetrao versus espessura, at interceptar o eixo
das abscissas. Essa distncia suficiente para garantir que quase nenhum eltron
ultrapasse a espessura do absorvedor. A Figura 3.1 mostra o alcance de eltrons em
materiais usados como detectores, como o iodeto de sdio e o silcio.
98
Quando o alcance expresso em distncia x densidade (densidade superficial ou
espessura em massa), os seus valores, para a mesma energia do eltron, praticamente no
se alteram, apesar da grande diferena entre os materiais, como mostra a figura 3.17, para
o alcance de eltrons no Si e no NaI, com densidades de 3,67 e 2,33 g/cm3,
respectivamente.
I
e x
I0
99
Figura 3.18 - Atenuao de partculas beta no alumnio, no cobre e na prata.
100
Figura 3.19 - Alcance de partculas beta em vrios materiais (densidade em
g.cm-3): (1) Ferro = 7,8; (2) Pirex = 2,60; (3) PVC = 1,38; (4) Plexiglass =
1,18; (5) Ar = 0,0013.
101
3.6.5. Valor efetivo de (Z/A) de um material
Z 1 Z1 Z Z
a1 a2 2 a3 3 ...
A ef (a1 a2 a3 ...) A1 A2 A3
onde ai a frao, em pso, de tomos com nmero atmico Zi e massa atmica Ai.
a. A partcula , inicialmente com grande velocidade, interage por pouco tempo com
os eltrons envoltrios dos tomos do meio e, assim, a ionizao pequena e quase
constante;
b. medida que a partcula vai perdendo velocidade, ela passa a interagir mais
fortemente com os eltrons envoltrios dos tomos do meio e o poder de ionizao
vai aumentando at chegar a um mximo, quando captura um eltron do meio, e
passa do on +2 para um on +1;
c. A carga da partcula caindo de +2 para +1, faz o seu poder de ionizao cair
rapidamente at chegar a zero, quando o on +1 captura um outro eltron e se torna
um tomo de hlio, neutro.
102
Figura 3.21 - Taxa de perda de energia de partculas alfa na interao com
um meio material.
R 0,318 E 3 / 2
onde <R> o valor mdio do alcance (em cm) e E a energia da partcula alfa (em MeV).
Esta relao vlida para a faixa de energia de 3 a 7 MeV, que abrange quase a
totalidade dos valores de energia das partculas alfa emitidas
Na Figura 3.22 so apresentados os valores de R e R para diferentes meios
absorvedores.
103
exponencial, dependente da sua energia e das caractersticas do material. A Tabela 3.4
mostra o alcance em (cm) ou o percentual de atenuao das radiaes em 100 cm de Ar e
1 cm de Tecido Humano.
Tabela 3.4 - Exemplo de interao das radiaes ionizantes com o ar e tecido humano.
Material de interao
Ar Tecido humano
Tipo de Energia
radiao (MeV) Atenuao Atenuao
Alcance Alcance
(%) (%)
(cm) (cm)
X=100 cm X=1 cm
Alfa 5,5 4 - 0,005 -
Beta 1 300 - 0,4 -
Gama 1 - 0,8 - 6,9
0,030 - 7,7 - 30
Raio X
0,060 - 4,2 - 17,5
O tempo requerido para uma partcula carregada parar num meio absorvedor pode
ser obtido do alcance e da velocidade mdia, usando
R R mc 2 mA
t 1,2 10 7 R
v Kv 2E E
onde R o alcance (em m), v a velocidade inicial da partcula (em m.s-1), K a constante
de proporcionalidade (= 0,5 ou 0,6), mA a massa da partcula em unidade de massa
atmica e E a energia da partcula incidente (em MeV).
Quando uma radiao muito energtica interage com a matria, ela desencadeia
um nmero grande de processos que envolvem a transferncia de energia para outras
partculas assim como a criao de outros tipos de partculas que, por sua vez, tambm
vo interagir com a matria.
Dessa forma, um fton muito energtico pode dar origem a um par eltron-
psitron, que pode gerar raios X de freamento, e assim por diante. A Figura 3.22 procura
esquematizar a descrio desses processos. A energia finalmente dissipada sob a forma
de calor e de alteraes no estado de ligao da matria.
105
Figura 3.23 - Processos integrados de interao.
106
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
K.C. Chung, Introduo Fsica Nuclear, Ed. UERJ, Rio de Janeiro, RJ, 2001.
107
CAPTULO 4
109
S= fase de sntese do DNA. Cada cromossomo duplicado
longitudinalmente, passando a ser formado por 2 cromatdeos ligados
pelo centrmero.
G2 = fase que conduz mitose e que permite formar estruturas a ela
diretamente ligadas; sntese de biomolculas essenciais mitose
Fase Mittica = fase de reproduo da clula.
Fases da clula
Interfase 12 a 30 h
Prfase 1a2h
Metfase 5 a 15 min
Mittica
Anfase 2 a 10 min
Telfase 10 a 30 min
110
Figura 4.3 - Fases da mitose celular.
111
certos efeitos, ou minimizando a ocorrncia de alguns outros efeitos, devido a influncia
e comportamento de outros fatores nesta regio de baixas doses.
112
Figura 4.5 - Transformao de clulas expostas radiao do 60Co e nutrons
do espectro de fisso, com exposies nicas e fracionadas.
A grande maioria das prticas com radiao ionizante envolve ftons provenientes
de fontes de radiao gama ou geradores de raios X como as de radiodiagnstico,
radioterapia, radiografia industrial e medio de nvel e densidade. Nas instalaes
nucleares, nos reatores, alm dos ftons, existem fluxos de nutrons gerados na fisso
dentro dos elementos combustveis e que atingem as reas de manuteno e operao da
113
mquina. Alguns medidores de nvel, de densidade e instrumentos para prospeco de
petrleo, utilizam fontes e geradores de nutrons. Os feixes de partculas carregadas tm
nos aceleradores lineares de eltrons, nos cclotrons com feixes de prtons e nos
radionucldeos emissores beta e alfa, os principais representantes.
Os ftons e nutrons constituem as radiaes mais penetrantes e causam danos
biolgicos diferentes conforme a taxa de dose, energia e tipo de irradiao. Os feixes de
eltrons tm um poder de penetrao regulvel, conforme a energia estabelecida na
mquina aceleradora. A radiao beta proveniente de radionucldeos em aplicadores
oftalmolgicos e dermatolgicos tem alcance de frao de milmetro no tecido humano.
As radiaes alfa so muito pouco penetrantes, mas doses absorvidas devido a
radionucldeos de meia-vida curta incorporados nos sistemas respiratrio ou digestivo de
uma pessoa podem causar danos 20 vezes maiores que iguais valores de doses de
radiao X, gama ou beta.
114
Figura 4.6 - Quadro representativo dos diversos processos envolvidos na
interao da radiao ionizante com as clulas do tecido humano, e o tempo
estimado para sua ocorrncia.
115
As aberraes cromossmicas so o resultado de danos no DNA, principalmente
devido s quebras duplas, gerando os dicntricos ou os anis, conforme ilustra a Figura
4.8.
As clulas danificadas podem morrer ao tentar se dividir, ou conseguir realizar
reparos mediados por enzimas. Se o reparo eficiente e em tempo curto, o DNA pode
voltar sua composio original, sem consequncias posteriores. Num reparo propenso
a erros, pode dar origem a mutaes na sequncia de bases ou rearranjos mais grosseiros,
podendo levar morte reprodutiva da clula ou a alteraes no material gentico das
clulas sobreviventes, com consequncias a longo prazo.
ANEL COM
FRAGMENTO
ACNTRICO
DICNTRICO
COM
FRAGMENTO
ACNTRICO
TRICNTRICO
COM
FRAGMENTO
ACNTRICO
4.2.3. Mutaes
116
As mudanas na molcula de DNA podem resultar num processo conhecido como
transformao neoplsica. A clula modificada, mantendo sua capacidade reprodutiva,
potencialmente, pode dar origem a um cncer. O aparecimento de clulas modificadas,
pode induzir o sistema imunolgico a elimin-las ou bloque-las. Entretanto, as clulas
sobreviventes, acabam por se adaptar, devido a modificaes estimuladas por substncia
promotora. A multiplicao deste tipo de clula d origem a um tumor, num estgio
denominado de progresso.
Aps perodo de latncia, se as clulas persistirem na reproduo, superando as
dificuldades de diviso celular, os possveis desvios de percurso devido a diferenciaes
e mecanismos de defesa do organismo, originam o tumor cancergeno.
Utilizando radiaes de alto e baixo LET, com altas e baixas taxas de dose, pode-
se obter o percentual de sobrevivncia de clulas de um tecido ou rgo. Os pontos
experimentais podem ser ajustados matematicamente e, as diversas expresses obtidas
so denominadas de curvas de sobrevivncia. A Figura 4.9 mostra que, para o mesmo
valor da dose de radiao, as radiaes de alto LET (alfa, nutrons, ons pesados) resultam
em menor percentual de sobrevivncia que as de baixo LET (eltrons, beta, ftons).
117
4.2.7. Detrimento
O risco total R pode ser obtido aproximadamente como sendo a soma dos riscos
de cada efeito induzido pi,
= =
= = .
118
4.2.9. Detectabilidade epidemiolgica
Detectabilidade epidemiolgica
Cncer na tireoide em crianas Efeito hereditrio
Nmero de
Dose Absorvida Dose efetiva Nmero de pessoas
crianas
(mGy) (mSv) (N)
(N)
1 10.000 1 >1.000.000.000.000
10 1.000 10 >10.000.000.000
100 100 100 >100.000.000
1.000 >1.000.000
Quando uma pessoa exposta radiao ionizante, nos locais atingidos aparecem
muitos eltrons e ons livres, radicais produzidos na quebra das ligaes qumicas e
energia cintica adicional decorrentes da transferncia de energia da radiao ao material
do tecido, por coliso. Uma significativa frao desta energia produz excitao de tomos
e molculas, que pode ser dissipada, no processo de de-excitao, sob a forma de ftons.
Para radiaes, do tipo raios X e gama, estes efeitos ocorrem de uma maneira mais
distribuda devido ao seu grande poder de penetrao e modo de interao. Para radiao
beta, os efeitos so mais superficiais, podendo chegar a vrios milmetros, dependendo
da energia da radiao. J as radiaes alfa no conseguem penetrar nem um dcimo de
milmetro na pele de uma pessoa. Seus efeitos provocados por exposies externas so
pouco relevantes. Porm, no caso de inalao ou ingesto de radionucldeos alfa-
119
emissores, elas podem danificar seriamente clulas de alguns rgos ou tecidos, pelo fato
de serem emitidas em estreito contato ou no seu interior. Esta fase fsica tem uma durao
da ordem de 10 -13 segundos.
Esta energia adicional transferida pela radiao para uma certa quantidade de
massa de tecido atingido, permite definir algumas grandezas radiolgicas como, Dose
Absorvida e Kerma. A relao entre a parte da energia absorvida e a massa do tecido
denominada de Dose Absorvida, enquanto que a relao entre a quantidade de energia
cintica adicional e a massa de tecido define o Kerma (ver definio mais exata no
Captulo 7). Se o material irradiado for o ar, e se a radiao for ftons X ou gama, a
relao entre a carga adicional, de mesmo sinal, e a massa permite definir a Exposio.
Esta grandeza s definida para o ar e para ftons. Ela pode ser relacionada com as
demais grandezas mediante fatores de converso que levam em conta a energia necessria
para criar um par de ons e a influncia da diferena de composio qumica no processo
de transferncia e absoro de energia.
Como os tomos e molculas atingidos pela radiao esto dentro de clulas, que
possuem um metabolismo e uma grande variedade de substncias, a tendncia seria a
neutralizao gradual dos ons e radicais, no decorrer do tempo, ou seja a busca do
equilbrio qumico. Esta fase fisicoqumica dura cerca de 10-10 segundos, e nela, os
radicais livres, ons e os agentes oxidantes podem atacar molculas importantes da clula,
inclusive as substncias que compem o cromossomo.
Algumas substncias, como a gua, H2O, ao serem ionizadas podem sofrer
radilise:
radiao => H 2O H 2O e
H 2O H OH
H 2O e H 2O H OH
H 2O H 2O H OH
120
H OH H 2O
H H H2
OH OH H 2O2
H O2 HO2
MH + Ho MH20
MH + OH0 MHOH0
MH + H0 M0 + H2
MH + OH0 M0 + H2O
121
Quando a quantidade de efeitos biolgicos pequena, o organismo pode se
recuperar, sem que a pessoa perceba. Por exemplo, numa exposio radiao X ou
gama, pode ocorrer uma reduo de leuccitos, hemcias e plaquetas e, aps algumas
semanas, tudo retornar aos nveis anteriores de contagem destes elementos no sangue.
Isto significa que houve a irradiao, ocorreram efeitos biolgicos sob a forma de morte
celular e, posteriormente, os elementos figurados do sangue foram repostos por efeitos
biolgicos reparadores, operados pelo tecido hematopoitico.
122
4.4. RADIOSSENSIBILIDADE DOS TECIDOS
Dosereferncia
RBE ( A)
DoseradiaoA
123
4.4.2. Transferncia linear de energia - LET
124
Figura 4.11 - Visualizao do processo de transferncia de energia (dE) por
uma partcula carregada (eltron) em funo da distncia percorrida (dx) num
meio material.
Por outro lado, o fator de qualidade Q da radiao como funo do LET, com
seus valores mdios estabelecidos pela ICRP podem constituir guias administrativos de
importncia prtica, mas no de utilidade cientfica, pois muitas incertezas e
aproximaes foram embutidas. por isso que a ICRP, em seu lugar, estabeleceu um
fator de peso wR, obtido de uma reviso de uma grande variedade de tipos de exposio
e informaes biolgicas. Consequentemente, com a introduo do wR foi necessrio a
definio do Dose Equivalente (Equivalent Dose), em substituio ao Equivalente de
Dose (Dose Equivalent).
125
com taxas de doses muito altas, fazem-se extrapolaes das curvas de dose-resposta, para
a regio de doses baixas.
Dentre as frmulas matemticas para explicitar tais hipteses, a mais utilizada a
linear-quadrtica (E = D + D2). A denominao linear-quadrtica matematicamente
incorreta, pois, se for linear no pode ser quadrtica. Entretanto, ela muito usada, devido
ao fato de que, para doses baixas, o efeito proporcional dose, ou seja, responde
linearmente e, para doses elevadas, o efeito aumenta com o quadrado da dose.
O comportamento dos efeitos biolgicos que resultam em tumores cancerosos
descrito, matematicamente, da seguinte forma:
126
Figura 4.12 - Formas de curvas dose-resposta, para radiaes de baixo e alto
LET, para induo de efeitos estocsticos.
L
DDREF
1
127
onde L a inclinao da reta de ajuste dos dados experimentais dos pontos de altas doses
ou altas taxas de dose (DDREF tem valores altos) e 1 a inclinao da reta de ajuste dos
dados experimentais dos pontos (poucos pontos) de baixas doses ou baixas taxas de dose
(DDREF com valor prximo de 1).
128
Figura 4.14 - Tempo de latncia para aparecimento de cncer aps irradiao.
129
Figura 4.15 - Relaes tpicas entre dose e gravidade do dano (severidade),
para efeitos determinsticos numa populao.
130
Tabela 4.5 - Limiares de dose para efeitos determinsticos nas gnadas,
cristalino e medula ssea.
LIMIAR DE DOSE
Dose Equivalente Total Taxa de Dose Anual
Dose Equivalente Total
TECIDO E EFEITO recebida numa exposio recebida em exposies
recebida em uma nica
fracionada ou fracionadas ou
exposio
prolongada prolongadas por muitos
anos
(Sv)
(Sv) (Sv)
Gnadas
- esterilidade temporria 0,15 ND 0,40
- esterilidade 3,5 - 6,0 ND 2,00
Ovrios
- esterilidade 2,5 - 6,0 6 > 0,2
Cristalino
- opacidade detectvel 0,5 - 2,0 5 > 0,1
- catarata 5,0 >8 > 0,15
Medula ssea
- depresso de hematopoiese 0,5 ND > 0,4
Os primeiros efeitos biolgicos causados pela radiao, que ocorrem num perodo
de poucas horas at algumas semanas aps a exposio, so denominados de efeitos
imediatos, como por exemplo, a radiodermite. Os que aparecem depois de anos ou mesmo
dcadas, so chamados de efeitos retardados ou tardios, como por exemplo, o cncer.
Se as doses forem muito altas, predominam os efeitos imediatos, e as leses sero
severas ou at letais. Para doses intermedirias, predominam os efeitos imediatos com
grau de severidade menor, e no necessariamente permanentes. Poder haver, entretanto,
uma probabilidade grande de leses severas a longo prazo. Para doses baixas, no haver
efeitos imediatos, mas h possibilidade de leses a longo prazo.
Os efeitos retardados, principalmente o cncer, complicam bastante a implantao
de critrios de segurana no trabalho com radiaes ionizantes. No possvel, por
enquanto, usar critrios clnicos porque, quando aparecem os sintomas, o grau de dano
causado j pode ser severo, irreparvel e at letal. Em princpio, possvel ter um critrio
biolgico e espera-se algum dia ser possvel identificar uma mudana biolgica no ser
humano que corresponda a uma mudana abaixo do grau de leso. Por enquanto, utilizam-
se hipteses estabelecidas sobre critrios fsicos, extrapolaes matemticas e
comportamentos estatsticos.
4.6.1. Reversibilidade
A clula possui muitos mecanismos de reparo, uma vez que, durante sua vida,
sofre danos provenientes de substncias qumicas, variao da concentrao inica no
processo de troca de nutrientes e dejetos junto membrana celular, danos fsicos
produzidos por variaes trmicas e radiaes. Mesmos danos mais profundos,
produzidos no DNA, podem ser reparados ou compensados, dependendo do tempo e das
condies disponveis. Assim, um tecido atingido por uma dose de radiao nica e de
131
baixo valor, tem muitas condies de recuperar sua integridade, mesmo que nele haja um
certo percentual de morte de suas clulas. Em condies normais, ele repe as clulas e
retoma o seu ritmo de operao. Nestas condies, pode-se dizer que o dano foi reversvel.
Entretanto, para efeito de segurana, em proteo radiolgica, considera-se que o efeito
biolgico produzido por radiao ionizante de carter cumulativo, ou seja, despreza-
se o reparo do dano.
4.6.2. Transmissividade
4.6.3.1. Idade
132
de reposio ou reparo celular de pouca eficincia e a resistncia imunolgica menor
que a de um adulto normal.
4.6.3.2. Sexo
As mulheres so mais sensveis e devem ser mais protegidas contra a radiao que
os homens. Isto porque possuem rgos reprodutores internos e os seios so constitudos
de tecidos muito sensveis radiao. Alm disso, existe o perodo de gestao, onde o
feto apresenta a fase mais vulnervel radiao e a me tem seu organismo bastante
modificado em forma, composio hormonal e qumica.
Alm destes fatores, normalmente a mulher possui concentrao dos elementos
qumicos em menor quantidade que os homens, organismo mais delicado e complexo,
ciclos e modificaes hormonais mais frequentes e intensas.
14
12
10
0
0 300 600 900 1200 1500 1800 2100
133
4.7. EFEITOS BIOLGICOS PR-NATAIS
Para uma melhor compreenso dos efeitos pr-natais induzidos pelas radiaes
ionizantes, a evoluo de um feto descrita simplificadamente na Tabela 4.6, onde o
perodo de avaliao de semanas.
134
a) efeitos letais no embrio;
b) mal-formaes e outras alteraes estruturais e no crescimento;
c) retardo mental;
d) induo de doenas, incluindo a leucemia; e
e) efeitos hereditrios.
A Publicao No.88 da ICRP de 2001, intitulada: Dose to the Embryo and Fetus
from Intake of Radionuclides by the Mother, apresenta um estudo aprofundado sobre a
questo, levando em conta a transferncia de radionucldeos pela placenta, distribuio e
reteno no tecido fetal.
So apresentados os modelos Biocinticos e Dosimtricos para o clculo das doses
no embrio, no feto e recm-nascido resultantes da ingesto ou inalao de radionucldeos
pela me, antes ou durante a gravidez. So exibidas as tabelas para cada radionucldeo,
rgo ou sistema do corpo humano.
Para a avaliao das doses, foram considerados trs perodos: o perodo de pr-
implantao, com durao de 0 a 8 dias; o perodo embrionrio de organognese, com
durao de 9 a 56 dias e; o perodo fetal de crescimento, com durao de 57 a 266 dias.
Exposio Pr-natal
Risco de efeito
(semanas)
At 3 No resulta em efeitos estocsticos ou deletrios aps nascimento
4-14 M-formao e efeitos determinsticos (0,1 a 0,5 Gy)
Sistema nervoso central muito sensvel radiao D>100 mGy, inicia
8 a 25
o decrscimo do QI
8 a 15 Alta probabilidade de retardo mental severo
16 a 25 Menor sensibilidade do sistema nervoso central.
135
4.8. USO DE EFEITOS BIOLGICOS NA TERAPIA
4.8.1. Radioterapia
136
Figura 4.17 - Incorporao preferencial de radioistopos nos tecidos e rgos
do corpo humano, em funo do tipo de composto qumico utilizado, para
produo de imagens em gama-cmaras para diagnstico em Medicina
Nuclear.
137
radiao, cada um contribuindo com um centro. Os anis aparecem quando um mesmo
cromossomo cortado nas duas extremidades, e elas se ligam formando um anel. A
frequncia relativa de dicntricos e anis depende da dose, da energia da radiao e do
tipo de radiao. Na Figura 4.18 so apresentadas curvas que expressam a variao do
nmero de aberraes com o tipo e energia da radiao.
As leses mais severas produzidas por exposies localizadas e de altas doses so,
resumidamente:
a. Leses na pele
- eritema precoce 3 < D < 10 Gy
- epiderme seca 10 < D < 15 Gy
- epiderme exudativa 15 < D < 25 Gy
- queda de pelos e cabelos
- radiodermite
- necrose D > 25 Gy
b. Leses no olho
- ocorre para D > 2 Gy
- catarata D> 5 Gy
138
c. Leses nas gnadas
- Homem
-esterilidade temporria D > 0,15 Gy
- esterilidade definitiva 3,5< D > 6 Gy
- Mulher
- alteraes provisrias na fecundidade D > 2,5 Gy
- esterilidade 3 < D < 6 Gy
d. Leso no Feto
- efeitos em funo da dose e idade do feto
139
4.9.4. Sindrome de irradiao aguda
DOSE
FORMA ABSORVIDA SINTOMAS
(Gray)
Infra-clnica <1 Ausncia de sintomas, na maioria dos indivduos
Reaes leves Astenia, nuseas e vmitos de 3 a 6 horas aps a exposio.
1a2
generalizadas Efeitos desaparecendo em 24 horas
Depresso da funo medular (linfopenia, leucopenia,
Sndrome
2a4 trombopenia, anemia). Mximo em 3 semanas aps a
Hematopoitica Leve
exposio e voltando ao normal em 4 a 6 meses.
Sndrome
4a6 Depresso severa da funo medular
Hematopoitica Grave
Sndrome do Sistema
6a7 Diarreia, vmitos, hemorragias
Gastrointestinal
Sndrome Pulmonar 7 a 10 Insuficincia respiratria aguda
Sndrome do Sistema
>10 Coma e morte. Horas aps a exposio.
Nervoso Central
A dose letal mdia fica entre 4 e 4,5 Gy. Isto significa que, de 100 pessoas
irradiadas com esta dose, metade morre.
Na Tabela 4.11 so apresentados a chance de sobrevivncia, o tempo de
manifestao e os sintomas.
TEMPO DE SOBREVIVNCIA
MANIFESTAO PROVVEL POSSVEL IMPROVVEL
(semanas) 1 - 3 Gy 4 - 7 Gy > 8 Gy
Nusea, vmito, diarreia,
Fase latente, nenhum garganta inflamada, lcera,
1 Nusea, vmito
sintoma definido febre, emagrecimento
rpido, morte
Depilao, perda de apetite,
indisposio, garganta
2
dolorida, diarreia,
emagrecimento, morte.
Depilao, perda de
3
apetite, indisposio
Garganta dolorida,
diarreia,
4
emagrecimento
moderado
140
A Tabela 4.12 apresenta, em ordem aproximada de gravidade crescente, os
sintomas e sinais no estgio prodrmico e sndrome da irradiao aguda.
Fase 25
10 Fase crtica
precoce
5
y)
e (G
3
Dos
1,5
0,5
2 1530 2 4 6 12 2 3 4 5 6 2 3 4 5
minutos horas dias semanas
Tempo aps a exposio
141
Na Figura 4.19 os sintomas so caracterizados por trs parmetros: a dose
absorvida, a gravidade (severidade) do dano e o tempo de manifestao aps a exposio.
Assim, por exemplo, para um indivduo exposto a uma dose de 5 Gy, sua fase
Prodrmica se inicia quase 15 minutos aps a exposio e desaparece em torno de 8 horas.
Sua fase crtica esperada aps 3,5 dias, devendo-se ter um cuidado extremo com
ele aps 3 semanas, quando o indivduo corre srio risco de morrer.
Em decorrncia do acidente de Chernobyl, 1986, vrias pessoas foram fortemente
irradiadas, principalmente as ligadas ao atendimento da situao de emergncia. Na
Tabela 4.13, so mostrados alguns dados das pessoas que foram atendidas nos hospitais
de Moscou e de Kiev. Na Figura 4.20 mostrado o nmero de casos por 100.000 pessoas
de cncer na tireoide na Bielorrssia, induzidos em crianas, adolescentes e adultos.
Pacientes tratados
Dose em Falecimentos Sobreviventes
(Gy)
Moscou Kiev
Mdia 0,8 2,1 23 18 0 (0%) 41
Moderada 2,2 4,1 44 6 1 (2%) 49
Severa 4,2 6,4 21 1 7 (32%) 15
Muito severa 6,5 - 16 20 1 20 (95%) 1
Total 0,8 - 16 108 26 28 106
12
Casos por 100 000 pessoas
10
0
1986
1987
1988
1989
1990
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
Perodo
142
4.9.5. Dose letal para componentes da fauna e flora
Vrus
Moluscos
Protozorios
Bactrias
Insetos
Crustceos
Rpteis
Anfbios
Peixes
Plantas superiores
Pssaros
Mamferos
Figura 4.21 - Faixas aproximadas de Dose Aguda Letal para vrios grupos
taxonmicos (UNSCEAR, 2008).
143
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
UNSCEAR, Genetic and Somatics Effects of Ionizing Radiation, Report of the United
Nations Scientific Committees on the Effects of Atomic Radiations, 1986.
http://www.unscear.org/unscear/en/publications
UNSCEAR, Sources, Effects and Risks of Ionizing Radiation, Report of the United
Nations Scientific Committees on the Effects of Atomic Radiations, Annexes, United
Nations Publications - New York, 2008.
http://www.unscear.org/unscear/en/publications/
ICRP 88, Dose to the Embryo and Fetus from Intake of Radionuclides by the Mother,
Annals of ICRP, Bethesda, 2001.
ICRP 89, Basic Anatomical and Physiological Data for Use in Radiological Protection -
References Values, Annals of ICRP, Bethesda, 2001.
144
CAPTULO 5
Uma das questes iniciais na utilizao da radiao ionizante como realizar uma
medio de quantidades utilizando a prpria radiao ou os efeitos e subprodutos de
suas interaes com a matria.
As dificuldades de medio esto associadas s suas propriedades, pois elas so
invisveis, inodoras, inspidas, inaudveis e indolores. Alm disso, elas podem interagir
com os instrumentos de medio modificando suas caractersticas. Outra dificuldade
que nem todas as grandezas radiolgicas definidas so mensurveis.
145
Como o conceito de dose equivalente no utiliza somente as grandezas bsicas
na sua definio pode surgir uma variedade de grandezas limitantes dependendo do
propsito de limitao do risco. Assim, definem-se a Dose equivalente no rgo, Dose
equivalente efetiva, Dose equivalente comprometida, Dose efetiva, etc.
146
A International Commission on Radiation Units and Measurements, ICRU,
fundada em 1925, cuida especialmente das grandezas bsicas e das operacionais.
147
5.2.2. Concepes estabelecidas pelas ICRP 26 e ICRP 60
148
Figura 5.1 - Representao esquemtica do procedimento de definio das
grandezas e as relaes entre elas estabelecidas no ICRP 26 e CNEN-NE-
3.01, de 1988), e ICRP 60 e Norma CNEN NN 3.01 de 2011.
dN
A ( Bq s 1 )
dt
149
Na prtica, devido a hbitos estabelecidos, uma desintegrao/segundo
equivalente a uma transformao/segundo e ao becquerel. A razo bsica que o tempo
de ocorrncia da transformao nuclear to curto, de 10-9 a 10-13 segundos, que no
existe ainda detector capaz de discriminar radiaes emitidas neste intervalo de tempo,
de modo que tudo resulta numa contagem ou num pulso. Por outro lado, mesmos que as
radiaes sejam emitidas em todas as direes e sentidos, possvel conhecer a atividade
da fonte comparando-a com uma fonte de referncia, de mesma geometria e matriz fsico-
qumica.
Para facilitar a compreenso, muito comum em garrafas de gua mineral, a
radioatividade ser expressa numa unidade antiga denominada mache. Ela corresponde a
12,802 Bq L-1.
A atividade medida de forma absoluta em um sistema de coincidncia 4-,
onde um dispositivo detecta a radiao beta em coincidncia com pelo menos uma
radiao gama coletada num outro detector, emitidas pelo mesmo ncleo em
transformao (ver 6.10.16).
o quociente entre dQ por dm, onde dQ o valor absoluto da carga total de ons
de um dado sinal, produzidos no ar, quando todos os eltrons (negativos e positivos)
liberados pelos ftons no ar, em uma massa dm, so completamente freados no ar, ou
seja,
dQ
X (C kg1 )
dm
150
1 R 2,58 104 C kg1
d
D ( J kg 1 gray Gy)
dm
onde a energia mdia depositada pela radiao no ponto P de interesse, num meio
de massa dm.
A unidade antiga de dose absorvida, o rad (radiation absorved dose), em relao
ao gray, vale,
H D Q ( J kg 1 sievert Sv)
151
Biological Effectiveness) - RBE - dos diferentes tipos de radiao, na induo de
determinado tipo de efeito biolgico.
Na equivalncia, as diferenas entre as radiaes foram expressas pelos diferentes
valores do LET (Linear Energy Transfer), ou seja, o valor de Q foi obtido em funo do
LET (ver Cap. 4 - Efeitos Biolgicos da Radiao).
A relao de Q em funo do poder de freamento de coliso (L) (Collision
stopping power) na gua em (keV.m-1) no ICRP 26 dada na Tabela 5.1,
L na gua
Q
(keV m-1)
< 3,5 1
7 2
23 5
53 10
> 175 20
L irrestrito na gua
Q (L)
(keV m-1)
L < 10 1
10 < L 100 0,32L - 22
L >100 300/L
Na prtica, por simplicidade, utiliza-se o valor mdio do Fator de Qualidade Q,
com valores efetivos conforme a Tabela 5.3. Estes valores no devem ser usados para
avaliar os efeitos de exposies acidentais com altas doses e at mesmo experimentos em
Radiobiologia.
TIPO DE RADIAO Q
Raios X, Radiao e eltrons 1
152
5.3.6. Dose equivalente num tecido ou rgo (Dose equivalent in a tissue or organ),
Dose HT (ICRP 26) e CNEN- NE-3.01 (1988)
= . (. 1 = = )
= = (. 1 = = )
Tabela 5.4 - Valores do fator de peso, wT, para tecido ou rgo definido na
ICRP 26 e ICRP 60.
153
5.3.8. Kerma, K
O kerma (kinectic energy released per unit of mass) definido pela relao,
dEtr
K ( J kg 1 gray Gy)
dm
K Kc K r
154
5.3.11. Dose efetiva comprometida (Committed effective dose), HE( ) (ICRP 26)
() = () (. 1 = = )
5.3.12. Dose equivalente coletiva num tecido (Collective equivalent dose in a tissue),
ST
A diferena entre kerma e dose absorvida, que esta depende da energia mdia
absorvida na regio de interao (local) e o kerma, depende da energia total transferida
ao material.
Isto significa que, do valor transferido, uma parte dissipada por radiao de
freamento, outra sob forma de luz ou raios X caractersticos, quando da excitao e
desexcitao dos tomos que interagiram com os eltrons de ionizao.
Para se estabelecer uma relao entre kerma e dose absorvida preciso que haja
equilbrio de partculas carregadas ou equilbrio eletrnico que ocorre quando:
D Kc
155
5.4.2. Relao entre kerma de coliso (Kc) e fluncia ()
Kc E (en / ) (en / )
onde (W/e)ar a energia mdia para formao de um par de ons no ar/carga do eltron =
0,876.
D m ( en / ) m
Dar ( en / ) ar
Portanto,
( en / ) m ( / )m
Dm Dar 0,876 X en fm X
( en / ) ar ( en / ) ar
156
Na Figura 5.2 so apresentados os valores de fm para gua/ar e tecido muscular/ar
em funo da energia do fton. Para efeito de proteo radiolgica, onde se utiliza um
procedimento conservativo, este fator pode ser arredondado para um, em muitos casos.
A Taxa de Exposio pode ser associada atividade gama de uma fonte pela
expresso:
A
X
d2
onde
157
Tabela 5.5 - Valores de para alguns radionucldeos emissores gama em
(R.m2)/(h.Ci). (ver: NCRP Report 49,1976).
1 en
.Yi .Ei
4 i i
onde
158
Tabela 5.6 - Valores da constante de taxa de exposio, , e o do fator de
converso f de dose absorvida no ar para dose absorvida no tecido.
f f f
Nucldeo . Nucldeo . Nucldeo .
( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )
. . .
Ac-223 0,12 0,956 Al-26 13,4 0,965 At-209 12,7 0,961
Ac-224 1,84 0,955 Al-28 8,37 0,876 At-210 15,2 0,962
Ac-225 0,126 0,952 Al-29 6,93 0,965 At-211 0,214 0,951
Ac-226 1,05 0,957 Am-237 2,87 0,955 At-215 0,00096 0,876
Ac-227 0,0635 0,921 Am-238 5,65 0,956 At-216 0,0133 0,953
Ac-228 5,31 0,958 Am-239 2,53 0,954 At-217 0,00126 0,962
Ac-230 3,08 0,957 Am-240 6,73 0,954 At-220 2,5 0,960
Ac-231 2,7 0,960 Am-241 0,749 0,932 Au-186 8,15 0,962
Ac-232 6,12 0,959 Am-242 0,476 0,937 Au-187 5,44 0,956
Ac-233 2,88 0,965 Am-242m 0,392 0,921 Au-190 11,3 0,960
Ag-99 12,6 0,964 Am-243 0,597 0,944 Au-191 3,28 0,956
Ag-100m 15,3 0,965 Am-244 5,78 0,950 Au-192 9,43 0,959
Ag-101 9,1 0,962 Am-244m 0,263 0,930 Au-193 0,871 0,950
Ag-102m 9,83 0,962 Am-245 0,273 0,953 Au-193m 1,05 0,960
Ag-102 18,3 0,963 Am-246 6,02 0,949 Au-194 5,31 0,958
Ag-103 5,65 0,963 Am-246m 5,6 0,959 Au-195 0,409 0,947
Ag-104 15,8 0,969 Am-247 1,02 0,955 Au-195m 1,07 0,960
Ag-104m 10 0,961 Ar-41 6,58 0,965 Au-196 2,64 0,957
Ag-105 4,38 0,947 Ar-43 7,6 0,965 Au-196m 1,21 0,955
Ag-105m 0,00904 0l942 Ar-44 9,29 0,965 Au-198 2,3 0,965
Ag-106 4,54 0,958 As-68 19,5 0,965 Au-198m 2,71 0,959
Ag-106m 16,6 0,958 As-69 6,42 0,965 Au-199 0,471 0,959
Ag-108 0,138 0,949 As-70 22,5 0,965 Au-200 1,45 0,965
Ag-108m 10,4 0,56 As-71 3,13 0,965 Au-200m 11,1 0,964
Ag-109m 0,644 0,920 As-72 9,9 0,965 Au-20 0,195 0,960
Ag-110 0,175 0,963 As-73 0,0403 0,876 Au-202 0,93 0,965
Ag-110m 15 0,965 As-74 4,33 0,965 Ba-124 3,66 0,947
Ag-111 0,15 0,964 As-76 2,3 0,965 Ba-126 3,68 0,946
Ag-111m 0,361 0,923 As-77 0,0452 0,964 Ba-127 4,38 0,953
Ag-112 3,59 0,965 As-78 6,83 0,965 Ba-128 0,868 0,929
Ag-113m 1,32 0,960 As-79 0,19 0,965 Ba-129 2,26 0,943
Ag-113 0,404 0,964 At-204 13,2 0,963 Ba-129m 9,06 0,954
Ag-114 1,35 0,965 At-205 6,24 0,960 Ba-131 3,29 0,946
Ag-115 2,43 0,965 At-206 13,8 0,963 Ba-131m 0,659 0,942
Ag-116 10,3 0,964 At-207 10,6 0,961 Ba-133 3,04 0,943
Ag-117 6,18 0,962 At-208 16,4 0,962 Ba-133m 0,707 0,932
Ba-135m 0,663 0,931 Cd-119 8,1 0,964 Cs-124 6,59 0,964
Ba-137m 3,43 0,962 Cd-119m 11,5 0,964 Cs-125 4,61 0,953
Ba-139 0,254 0,957 Ce-130 3,26 0,945 Cs-126 6,64 0,963
Ba-140 1,14 0,953 Ce-131 9,25 0,957 Cs-127 3,01 0,945
Ba-141 4,99 0,963 Ce-132 1,91 0,947 Cs-128 5,24 0,960
Ba-142 5,75 0,959 Ce-133 3,72 0,944 Cs-129 2,38 0,937
Be-7 0,286 0.876 Ce-133m 9,78 0,951 Cs-130m 0,963 0,932
Bi-197 9,07 0,961 Ce-144 0,579 0,923 Cs-130 3,18 0,952
Bi-200 13,4 0,962 Ce-135 5,08 0,951 Cs-131 0,679 0,921
Bi-201 8,92 0,960 Ce-137 0,645 0,923 Cs-132 4,6 0,947
Bi-202 15 0,962 Ce-137m 0,59 0,930 Cs-134 8,76 0,965
Bi-203 12,1 0,961 Ce-139 1,27 0,943 Cs-134m 0,338 0,933
Bi-204 15,6 0,962 Ce-141 0,453 0,953 Cs-135m 8,91 0,965
Bi-205 8,58 0,960 Ce-143 1,85 0,944 Cs-136 11,6 0,963
Bi-206 17,6 0,962 Ce-144 0,135 0,945 Cs-137 3,43 0,962
Bi-207 8,33 0,961 Ce-145 4,94 0,946 Cs-138m 2,44 0,946
Bi-208 11,1 0,959 Cf-244 0,137 0,921 Cs-138 11,7 0,965
Bi-210m 1,43 0,963 Cf-246 0,0947 0,921 Cs-139 1,44 0,965
Bi-211 0,265 0,962 Cf-247 2,96 0,938 Cs-140 8,45 0,965
Bi-212 0,556 0,961 Cf-248 0,114 0,921 Cu-57 6,48 0,965
Bi-213 0,728 0,963 Cf-249 2,14 0,959 Cu-59 8,1 0,965
Bi-214 7,48 0,965 Cf-250 0,129 0,929 Cu-60 19,8 0,965
Bi-215 1,39 0,962 Cf-251 1,22 0,921 Cu-61 4,68 0,965
Bi-216 4,23 0,965 Cf-252 2,31 0,960 Cu-62 5,78 0,965
Bk-245 2 0,953 Cf-253 0,522 0,921 Cu-64 1,05 0,965
Bk-246 5,66 0,953 Cf-254 82,3 0,963 Cu-66 0,525 0,965
Bk-247 0,969 0,956 Cl-34 5,87 0,876 Cu-67 0,574 0,962
Bk-248m 0,723 0,944 Cl-34m 10 0,965 Cu-69 2,86 0,965
159
f f f
Nucldeo . Nucldeo . Nucldeo .
( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )
. . .
Bk-250 5,39 0,957 Cl-36 0,000816 0,976 Dy-148 4,22 0,950
Bk-251 1,78 0,944 Cl-38 6,6 0,965 Dy-149 8,63 0,951
Br-72 15,9 0,965 Cl-39 7,37 0,965 Dy-150 1,69 0,949
Br-73 8,12 0,912 Cl-40 17,7 0,964 Dy-151 7,5 0,953
Br-74 21,2 0,964 Cm-238 0,87 0,951 Dy-152 1,71 0,949
Br-74m 20,7 0,965 Cm-239 1,93 0,956 Dy-153 5 0,945
Br-75 6,77 0,965 Cm-240 0,179 0,921 Dy-155 3,74 0,949
Br-76 14 0,965 Cm-241 3,93 0,953 Dy-157 2,11 0,948
Br-76m 0,297 0,930 Cm-242 0,161 0,921 Dy-159 0,443 0,929
Br-77 1,76 0,965 Cm-243 1,36 0,951 Dy-165m 0,115 0,941
Br-77m 0,0665 0,976 Cm-244 0,138 0,921 Dy-165 0,158 0,944
Br-78 5,93 0,965 Cm-245 1,23 0,950 Dy-166 0,315 0,936
Br-80 0,431 0,965 Cm-246 0,118 0,922 Dy-167 3,03 0,959
Br-80m 0,257 0,923 Cm-247 1,81 0,964 Dy-168 2,27 0,955
Br-82m 0,0152 0,949 Cm-248 6,51 0,962 Er-154 0,914 0,930
Br-82 14,4 0,965 Cm-249 0,117 0,921 Er-156 0,647 0,930
Br-83 0,0393 0,965 Cm-250 6,5 0,963 Er-159 5,31 0,952
Br-84m 14,5 0,965 Cm-251 0,797 0,956 Er-161 5,52 0,950
Br-84 8,07 0,964 Co-54m 21 0,965 Er-163 0,336 0,931
Br-85 0,355 0,965 Co-55 11 0,965 Er-165 0,319 0,931
C-10 9,94 0,965 Co-56 17,9 0,965 Er-167m 0,526 0,955
C-11 5,86 0,976 Co-57 0,563 0,961 Er-171 2,08 0,956
Ca-47 5,43 0,965 Co-58 5,44 0,965 Er-172 3 0,952
Ca-49 12,4 0,961 Co-58m 0,000636 0,876 Er-173 4,52 0,957
Cd-101 13,6 0,959 Co-60 12,9 0,965 Es-249 3,75 0,951
Cd-102 5,84 0,951 Co-60m 0,0237 0,942 Es-250 13,1 0,944
Cd-103 11,5 0,954 Co-61 0,0237 0,942 Es-250m 4,42 0,949
Cd-104 3,07 0,937 Co-62 7,94 0,965 Es-251 2,51 0,941
Cd-105 7,57 0,952 Co-62m 13,6 0,965 Es-253 0,0686 0,922
Cd-107 2.03 0,922 Cr-48 2,32 0,963 Es-254 2,28 0,921
Cd-109 1,89 0,922 Cr-49 5,95 0,962 Es-254m 3,45 0,951
Cd-111m 2,15 0,954 Cr-51 0,178 0,876 Es-256 0,333 0,921
Cd-113m 0,00109 0,936 Cr-55 0,00278 0,876 Eu-142 6,71 0,964
Cd-115 1,16 0,961 Cr-56 1.02 0,943 Eu-142m 19,1 0,964
Cd-115m 0,175 0,965 Cs-121 6,76 0,962 Eu-143 6,21 0,961
Cd-117 5,68 0,963 Cs-121m 6,76 0,962 Eu-144 6,11 0,963
Cd-117m 10,1 0,965 Cs-123 6,47 0,957 Eu-145 6,11 0,963
Eu-146 13,1 0,957 Ge-78 1,53 0,965 I-130 12,1 0,965
Eu-147 2,84 0,944 Hf-167 3,53 0,957 I-131 2,2 0,963
Eu-148 12,6 0,958 Hf-169 3,71 0,954 I-132 12,5 0,965
Eu-149 0,626 0,930 Hf-170 2,49 0,950 I-132m 2,28 0,949
Eu-150 8,92 0,957 Hf-172 0,943 0,938 I-133 3,47 0,965
Eu-150m 0,296 0,947 Hf-173 2,14 0,952 I-134m 2,31 0,943
Eu-152 6,44 0,952 Hf-175 2,04 0,950 I-134 14,1 0,965
Eu-152m 1,68 0,949 Hf-177m 12,6 0,959 I-135 8,04 0,965
Eu-152n 0,44 0,948 Hf-178m 12,5 0,961 In-103 14,5 0,964
Eu-154 6,69 0,959 Hf-179m 5,12 0,957 In-105 10,8 0,961
Eu-154m 0,524 0,940 Hf-180m 5,54 0,959 In-106 20 0,964
Eu-155 0,351 0,947 Hf-181 2,98 0,960 In-106m 14,7 0,964
Eu-156 6,21 0,961 Hf-182 1,3 0,961 In-107 8,67 0,957
Eu-157 1,8 0,944 Hf-182m 5,08 0,956 In-108 22 0,961
Eu-158 6,87 0,959 Hf-183 4,32 0,957 In-108m 13,9 0,960
Eu-159 1,9 0,940 Hf-184 1,29 0,954 In-109 4,62 0,949
F-17 5,86 0,965 Hg-190 0,985 0,954 In-109m 3,53 0,963
F-18 5,68 0,876 Hg-191m 7,97 0,960 In-110 18,3 0,958
Fe-52 4,12 0,965 Hg-192 1,44 0,954 In-110m 9,08 0,961
Fe-53 4,12 0,965 Hg-193 4,35 0,956 In-111 3,46 0,951
Fe-53m 16 0,965 Hg-193m 5,46 0,958 In-111m 2,83 0,961
Fe-59 6,2 0,965 Hg-195 1,05 0,950 In-112 1,93 0,950
Fe-61 7,18 0,965 Hg-195m 1,08 0,955 In-112m 1,02 0,29
Fe-62 7,18 0,965 Hg-197 0,349 0,947 In-113m 1,85 0,953
Fm-251 2,05 0,946 Hg-197m 0,461 0,955 In-114 0,0175 0,937
Fm-252 0,187 0,921 Hg-199m 0,926 0,956 In-114m 0,977 0,937
Fm-253 2,25 0,935 Hg-203 1,3 0,963 In-115m 1,42 0,946
Fm-254 0,218 0,924 Hg-205 0,026 0,961 In-116m 12,6 0,965
Fm-255 1,99 0,921 Hg-206 0,672 0,961 In-117 4,01 0,962
Fm-256 60,9 0,963 Hg-207 13,3 0,964 In-117m 0,793 0,948
Fm-257 2,51 0,943 Ho-150 10,7 0,964 In-118m 14,7 0,965
160
f f f
Nucldeo . Nucldeo . Nucldeo .
( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )
. . .
Fr-212 6,06 0,961 Ho-153 5,83 0,957 In-118 0,404 0,965
Fr-219 0,0198 0,963 Ho-153m 6,08 0,057 In-119 4,57 0,959
Fr-220 0,0719 0,951 Ho-154m 13,8 0,962 In-119m 0,473 0,942
Fr-221 0,158 0,962 Ho-154 10,4 0,962 In-121 5,09 0,965
Fr-222 1,51 0,956 Ho-155 3,48 0,949 In-121m 0,839 0,930
Fr-223 0,788 0,937 Ho-156 11,2 0,958 Ir-180 8,92 0,962
Fr-224 3,16 0,960 Ho-157 3,45 0,946 Ir-182 7,77 0,961
Fr-227 2,86 0,956 Ho-159 2,32 0,945 Ir-183 6,11 0,955
Ga-64 16,7 0,965 Ho-160 9,52 0,954 Ir-184 10,4 0,960
Ga-65 6,53 0,963 Ho-161 0,837 0,929 Ir-185 4,28 0,952
Ga-66 11,6 0,965 Ho-162 1,03 0,936 Ir-186 8,73 0,959
Ga-67 0,803 0,961 Ho-162m 3,14 0,946 Ir-186m 6,52 0,958
Ga-68 5,43 0,965 Ho-164 0,252 0,931 Ir-187 1,82 0,950
Ga-70 0,0388 0,965 Ho-164m 0,406 0,930 Ir-188 10,1 0,958
Ga-72 13,4 0,965 Ho-166 0,16 0,942 Ir-189 0,414 0,945
Ga-73 1,94 0,962 Ho-166m 9,05 0,961 Ir-190 8,3 0,960
Ga-74 15,1 0,965 Ho-167 2,08 0,959 Ir-190n 0,312 0,943
Gd-142 5,83 0,958 Ho-168 4,84 0,961 Ir-191m 0,364 0,950
Gd-143m 11,7 0,958 Ho-168m 0,0531 0,931 Ir-192 4,5 0,964
Gd-144 4,87 0,955 Ho-170 9,28 0,959 Ir-192m 0,000127 0,876
Gd-145m 3,91 0,960 I-118m 21,1 0,964 Ir-192n 0,00305 0,946
Gd-145 11,7 0,956 I-118 11,2 0,964 Ir-193m 0,00156 0,944
Gd-146 1,73 0,941 I-119 5,56 0,958 Ir-194 0,493 0,964
Gd-147 7,92 0,954 I-120 13,7 0,962 Ir-194m 13,3 0,965
Gd-149 3,18 0,948 I-120m 19,4 0,963 Ir-195 0,296 0,948
Gd-151 0,639 0,932 I-121 2,94 0,948 Ir-195m 2,09 0,958
Gd-153 0,847 0,936 I-122 5,65 0,962 Ir-196 1,28 0,964
Gd-159 0,342 0,942 I-123 1,78 0,942 Ir-196m 14 0,964
Gd-162 2,4 0,963 I-124 6,59 0,953 K-38 15,5 0,965
Ge-66 3,87 0,958 I-125 1,75 0,921 K-40 0,779 0,965
Ge-67 7,84 0,965 I-126 2,88 0,950 K-42 1,37 0,965
Ge-69 5,15 0,965 I-128 0,44 0,953 K-43 5,48 0,965
Ge-75 0,192 0,965 I-129 0,692 0,922 K-44 11,2 0,965
Ge-77 5,82 0,965 I-130m 0,766 0,943 K-45 8,68 0,965
K-46 12,8 0,964 Mo-93 2,06 0,921 Os-183 3,46 0,953
Kr-74 5,94 0,963 Mo-93m 12,7 0,962 Os-183m 5,35 0,955
Kr-75 7,15 0,964 Mo-99 0,917 0,959 Os-185 3,9 0,955
Kr-76 2,38 0,960 N-13 5,86 0,876 Os-190m 8,97 0,964
Kr-77 5,78 0,964 N-16 14,2 0,949 Os-191 0,404 0,950
Kr-79 1,4 0,965 Na-22 11,8 0,965 Os-191m 0,0311 0,943
Kr-81 0,0045 0,876 Na-24 18,2 0,964 Os-193 0,364 0,955
Kr-81m 0,658 -,876 Nb-87 8,39 0,960 Os-194 0,027 0,927
Kr-83m 0,00413 0,876 Nb-88m 22,4 0,965 Os-196 0,441 0,956
Kr-85 0,0128 0,976 Nb-88 24,6 0,962 P-30 5,87 0,965
Kr-85m 0,79 0,964 Nb-89 7,65 0,962 Pa-227 0,533 0,940
Kr-87 3,81 0,965 Nb-89m 7,,93 0,963 Pa-228 8,94 0,955
Kr-88 8,97 0,964 Nb-90 21,9 0,960 Pa-229 0,953 0,948
Kr-89 9,25 0,965 Nb-91 2,26 0,921 Pa-230 4,67 0,954
La-128 15,7 0,964 Nb-91m 1,87 0,923 Pa-231 1,24 0,951
La-129 5,48 0,957 Nb-92 10,5 0,955 Pa-232 5,96 0,957
La-130 12,3 0,932 Nb-92m 7,48 0,948 Pa-233 1,98 0,953
La-131 4,19 0,950 Nb-93m 0,368 0,921 Pa-234 9,44 0,956
La-132 10,7 0,959 Nb-94m 1,42 0,921 Pa-234m 0,0816 0,958
La-132m 4,01 0,953 Nb-95 4,29 0,965 Pa-236 5,24 0,958
La-133 1,33 0,933 Nb-95m 1,71 0,938 Pa-237 3,42 0,965
La-134 4,26 0,958 Nb-96 13,6 0,965 Pb-194 5,66 0,958
La-135 0,672 0,923 Nb-97 3,77 0,965 Pb-195m 9,16 0,961
La-136 2,63 0,948 Nb-98m 15,1 0,965 Pb-196 2,68 0,957
La-137 0,593 0,922 Nb-99 2,01 0,952 Pb-197 7,91 0,960
La-138 6,55 0,953 Nb-99m 3,69 0,960 Pb-197m 6,43 0,960
La-140 11,7 0,965 Nd-134 3,32 0,951 Pb-198 2,36 0,957
La-141 0,13 0,965 Nd-135 7,43 0,955 Pb-199 5,4 0,959
La-142 10,9 0,964 Nd-136 2,05 0,938 Pb-200 1,04 0,954
La-143 1,31 0,965 Nd-137 6,83 0,950 Pb-201 4,12 0,959
Lu-165 5,98 0,953 Nd-138 0,597 0,926 Pb-201m 2,07 0,960
Lu-167 8,74 0,952 Nd-139 2,76 0,947 Pb-202m 11,1 0,964
Lu-169 6,91 0,951 Nd-139m 9,06 0,951 Pb-203 1,68 0,957
Lu-170 12,2 0,954 Nd-140 0,504 0,923 Pb-204m 11,4 0,965
161
f f f
Nucldeo . Nucldeo . Nucldeo .
( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )
. . .
Lu-171m 0,00184 0,940 Nd-141 0,765 0,927 Pb-210 0,0923 0,926
Lu-171 4,03 0,945 Nd-141m 3,92 0,963 Pb-211 0,36 0,964
Lu-172 10,5 0,955 Nd-147 0,931 0,943 Pb-212 0,792 0,958
Lu-173 1,11 0,941 Nd-149 2,12 0,956 Pb-214 1,43 0,961
Lu-174 0,673 0,937 Nd-151 4,57 0,959 Pd-96 8,98 0,957
Lu-174m 0,395 0,936 Nd-152 1,1 0,957 Pd-97 12,9 0,962
Lu-176 2,61 0,960 Ne-19 5,86 0,965 Pd-98 3,9 0,945
Lu-176m 0,073 0,946 Ne-24 3,09 0,965 Pd-99 7,69 0,958
Lu-177 0,181 0,957 Ni-56 9,35 0,965 Pd-100 3,07 0,935
Lu-177m 5,47 0,957 Ni-57 9,93 0,965 Pd-101 4.38 0,935
Lu-178 0,635 0,955 Ni-65 2,83 0,965 Pd-103 1,41 0,921
Lu-178m 5,8 0,959 Np-232 7,75 0,957 Pd-109m 1,05 0,950
Lu-179 0,155 0,962 Np-233 1 0,951 Pd-109 0,649 0,924
Lu-180 7,95 0,962 Np-234 6,4 0,955 Pd-111 0,263 0,959
Lu-181 3,22 0,957 Np-235 0,538 0,922 Pd-112 0,718 0,876
Mg-27 4,89 0,965 Np-236 2,95 0,944 Pd-114 0,152 0,960
Mg-28 7,64 0,951 Np-236m 0,628 0,949 Pm-136 15,4 0,964
Mn-50m 24,8 0,965 Np-237 1,2 0,932 Pm-137m 10,2 0,958
Mn-51 5,73 0,965 Np-238 3,67 0,954 Pm-139 5,4 0,958
Mn-52 18,4 0,965 Np-239 1,72 0,952 Pm-140m 16,9 0,963
Mn-52m 12,8 0,965 Np-240 7,19 0,954 Pm-140 6,01 0,964
Mn-54 4,63 0,876 Np-240m 2,22 0,953 Pm-141 4,22 0,955
Mn-56 8,54 0,965 Np-241 0,409 0,951 Pm-142 4,93 0,961
Mn-57 0,51 0,963 Np-242 1,44 0,960 Pm-143 2,08 0,938
Mn-58m 12,4 0,965 Np-242m 6,49 0,952 Pm-144 9,2 0,955
Mo-101 7,74 0,964 O-14 15,9 0,965 Pm-145 0,476 0,925
Mo-102 0,107 0,962 O-15 5,86 0,876 Pm-146 4,46 0,953
Mo-89 6,92 0,965 O-19 4,76 0,965 Pm-148 3,01 0,965
Mo-90 7,23 0,952 Os-180 0,929 0,942 Pm-148m 11,3 0,964
Mo-91m 7,65 0,964 Os-181 7,29 0,956 Pm-149 0,0659 0,962
Mo-91 5,72 0,965 Os-182 2,4 0,954 Pm-150 7,68 0,965
Pm-151 1,9 0,955 Ra-227 1,77 0,944 Rn-211 10,1 0,962
Pm-152m 8,07 0,960 Ra-228 0,487 0,921 Rn-212 0,00191 0,876
Pm-152 1,53 0,957 Ra-230 0,638 0,952 Rn-218 0,00432 0,876
Pm-153 0,527 0,946 Rb-77 8,63 0,962 Rn-219 0,327 0,964
Pm-154 8,82 0,958 Rb-78m 16,9 0,965 Rn-220 0,00359 0,876
Pm-154m 9,34 0,958 Rb-78 18,9 0,965 Rn-222 0,00223 0,876
Po-203 8,73 0,960 Rb-79 8,09 0,965 Rn-223 1,96 0,960
Po-204 6,49 0,957 Rb-80 6,82 0,965 Ru-92 14,4 0,954
Po-205 8,49 0,960 Rb-81 2,86 0,965 Ru-94 4,65 0,947
Po-206 6,69 0,959 Rb-81m 0,148 0,954 Ru-95 8,2 0,955
Po-207 7,01 0,960 Rb-82 6,33 0,965 Ru-97 3,07 0,946
Po-209 0,0322 0,960 Rb-82m 16 0,965 Ru-103 2,87 0,965
Po-211 0,0455 0,965 Rb-83 2,78 0,965 Ru-105 4,44 0,961
Po-212m 0,349 0,964 Rb-84 5,02 0,965 Ru-107 1,88 0,964
Po-214 0,000462 0,876 Rb-84m 2,11 0,965 Ru-108 0,443 0,956
Po-215 0,00101 0,876 Rb-86m 3,13 0,876 S-37 11,6 0,962
Pr-134 17,5 0,963 Rb-86 0,495 0,876 S-38 7,76 0,965
Pr-134m 12,4 0,963 Rb-88 3.02 0,965 Sb-111 8,64 0,962
Pr-135 5,26 0,952 Rb-89 11,1 0,965 Sb-113 7,59 0,961
Pr-136 11,7 0,961 Rb-90 8,3 0,962 Sb-114 14,4 0,963
Pr-137 2,36 0,945 Rb-90m 14,9 0,964 Sb-115 5,74 0,955
Pr-138 4,76 0,961 Re-178 8,38 0,958 Sb-116 12,3 0,959
Pr-138m 14 0,958 Re-179 5,78 0,957 Sb-116m 17,8 0,956
Pr-139 1,08 0,931 Re-180 6,56 0,956 Sb-117 2,05 0,943
Pr-140 3,32 0,954 Re-181 4,46 0,954 Sb-118 4,85 0,860
Pr-142 0,283 0,965 Re-182 9,43 0,955 Sb-118m 15,6 0,950
Pr-144 0,14 0,965 Re-182m 6,36 0,952 Sb-119 1,36 0,921
Pr-144m 0,206 0,924 Re-183 0,847 0,945 Sb-120 3,17 0,950
Pr-145 0,0994 0,953 Re-184 4,91 0,954 Sb-120m 14,3 0,954
Pr-146 5,18 0,965 Re-184m 2,06 0,953 Sb-122m 1,29 0,932
Pr-147 3,02 0,943 Re-186 0,103 0,952 Sb-122 2,57 0,964
Pr-148 5,13 0,964 Re-186m 0,0997 0,937 Sb-124 9,57 0,965
Pr-148m 5,21 0,964 Re-188 0,316 0,960 Sb-124m 2,51 0,965
Pt-184 3,93 0,954 Re-188m 0,359 0,945 Sb-125 3,03 0,948
Pt-186 3,82 0,955 Re-189 0,294 0,960 Sb-126 15,6 0,965
Pt-188 1,08 0,951 Re-190 7,45 0,964 Sb-126m 8,79 0,965
Pt-189 2,64 0,952 Re-190m 5,17 0,961 Sb-127 3,96 0,963
162
f f f
Nucldeo . Nucldeo . Nucldeo .
( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )
. . .
Pt-191 1,61 0,950 Rh-94 19,7 0,965 Sb-128 17,4 0,965
Pt-193m 0,0535 0,945 Rh-95 13,8 0,963 Sb-128m 10,7 0,965
Pt-195m 0,374 0,947 Rh-95m 4,68 0,962 Sb-129 7,81 0,965
Pt-197 0,115 0,952 Rh-96 21,9 0,964 Sb-130m 14,8 0,964
Pt-197m 0,432 0,949 Rh-96m 7,37 0,958 Sb-130 18 0,964
Pt-199 1,12 0,963 Rh-97 8,6 0,960 Sb-131 10,8 0,965
Pt-200 0,302 0,951 Rh-97m 11,9 0,956 Sb-133 13,6 0,965
Pu-232 0,712 0,951 Rh-98 10,3 0,964 Sc-42m 22,2 0,965
Pu-234 0,84 0,950 Rh-99 5,31 0,945 Sc-43 5,65 0,965
Pu-235 1,22 0,948 Rh-99m 5,08 0,950 Sc-44 11,7 0,965
Pu-236 0,209 0,921 Rh-100m 2,04 0,925 Sc-44m 1,49 0,965
Pu-237 0,891 0,945 Rh-100 15,1 0,956 Sc-46 10,8 0,965
Pu-238 0,192 0,921 Rh-101 3,21 0,949 Sc-47 0,534 0,876
Pu-239 0,079 0,921 Rh-101m 3,13 0,945 Sc-48 17,7 0,965
Pu-240 0,181 0,921 Rh-102 3,83 0,951 Sc-49 0,00494 0,965
Pu-242 0,155 0,921 Rh-102m 13,6 0,957 Sc-50 16,5 0,965
Pu-243 0,292 0,946 Rh-103m 0,15 0,921 Se-70 4,11 0,958
P-244 0,22 0,935 Rh-104 0,0755 0,960 Se-71 8,88 0,965
Pu-245 2,42 0,960 Rh-104m 1,56 0,927 Se-72 0,265 0,876
Pu-246 1,36 0,947 Rh-105 0,44 0,964 Se-73 6,2 0,960
Ra-219 0,95 0,962 Rh-106 1,15 0,965 Se-73m 1,49 0,964
Ra-220 0,0267 0,965 Rh-106m 15,5 0,965 Se-75 2,03 0,963
Ra-221 0,246 0,956 Rh-107 1,78 0,964 Se-77m 0,425 0,876
Ra-222 0,0509 0,965 Rh-108 1,82 0,965 Se-79m 0,0411 0,876
Ra-223 0,77 0,958 Rh-109 1,84 0,960 Se-81 0,0444 0,961
Ra-224 0,0557 0,963 Rn-207 5,52 0,962 Se-81m 0,0621 0,959
Ra-225 0,415 0,924 Rn-209 6,42 0,961 Se-83m 5,1 0,965
Ra-226 0,0394 0,962 Rn-210 0,341 0,960 Se-83 5,1 0,965
Se-84 2,4 0,965 Tb-146 18,4 0,963 Te-131 2,36 0,960
Si-31 0,00456 0,876 Tb-147m 9,75 0,956 Te-131m 8,1 0,960
Sm-139 8,18 0,961 Tb-147 11,7 0,957 Te-132 1,93 0,944
Sm-140 3,32 0,948 Tb-148m 17,7 0,961 Te-133 6,29 0,964
Sm-141 7,82 0,959 Tb-148 12,5 0,961 Te-133m 10,2 0,961
Sm-141m 10,7 0,958 Tb-149m 7,84 0,956 Te-134 5,13 0,958
Sm-142 0,875 0,932 Tb-149 7,27 0,955 Th-223 0,81 0,951
Sm-143 3,15 0,953 Tb-150m 14,5 0,960 Th-124 0,174 0,958
Sm-143m 3,86 0,962 Tb-150 12,2 0,957 Th-226 0,181 0,944
Sm-145 0,837 0,926 Tb-151 5,71 0,951 Th-227 1,58 0,947
Sm-151 0,000614 0,876 Tb-151m 0,534 0,940 Th-228 0,192 0,930
Sm-153 0,481 0,938 Tb-152m 4,44 0,952 Th-229 1,63 0,945
Sm-155 0,541 0,953 Tb-152 7,84 0,955 Th-230 0,157 0,923
Sm-156 0,673 0,953 Tb-153 2,02 0,944 Th-231 1,39 0,927
Sm-157 2,26 0,958 Tb-154 11,1 0,952 Th-232 0,143 0,922
Sn-106 7,81 0,953 Tb-155 1,17 0,942 Th-233 0,362 0,945
Sn-108 5,05 0,951 Tb-156 10,5 0,954 Th-234 0,206 0,941
Sn-109 12,1 0,953 Tb-156m 0,297 0,876 Th-235 0,31 0,963
Sn-110 2,7 0,946 Tb-156n 0,0309 0,933 Th-236 0,29 0,953
Sn-111 3,44 0,947 Tb-157 0,0499 0,927 Ti-44 0,698 0,948
Sn-113 1,21 0,922 Tb-158 4,56 0,947 Ti-45 5 0,965
Sn-113m 0,759 0,921 Tb-160 6,09 0,960 Ti-51 2,06 0,965
Sn-117m 1,69 0,945 Tb-161 0,571 0,930 Ti-52 1,16 0,955
Sn-119m 0,898 0,921 Tb-162 6,1 0,962 Tl-190 7,29 0,963
Sn-121m 0,219 0,921 Tb-163 4,5 0,963 Tl-190m 13,8 0,963
Sn-123 0,0364 0,965 Tb-164 13 0,962 Tl-194m 14,1 0,962
Sn-123m 0,823 0,959 Tb-165 4,3 0,963 Tl-195 6,16 0,957
Sn-125m 1,95 0,964 Tc-91 12,,6 0,964 Tl-196 9,59 0,961
Sn-125 1,76 0,965 Tc-91m 8,13 0,965 Tl-197 2,42 0,954
Sn-126 0,753 0,940 Tc-92 20,8 0,963 Tl-198 10,1 0,960
Sn-127m 3,18 0,965 Tc-93 9,63 0,951 Tl-198m 6,84 0,961
Sn-127 9,99 0,964 Tc-93m 5,15 0,955 Tl-199 1,33 0,954
Sn-128 5,15 0,940 Tc-74 16,5 0,959 Tl-200 7 0,960
Sn-129 5,51 0,965 Tc-94m 11,1 0,962 Tl-201 0,45 0,957
Sn-130 5,81 0,954 Tc-95 6,35 0,948 Tl-202 2,61 0,957
Sn-130m 5,16 0,953 Tc-95m 5,71 0,951 Tl-204 0,0059 0,948
Sr-79 6,8 0,961 Tc-96 15,8 0,957 Tl-206m 13,4 0,964
Sr-80 2,47 0,965 Tc-96m 1,13 0,926 Tl-206 0,000231 0,949
Sr-81 7,78 0,965 Tc-97 1,88 0,921 Tl-207 0,0128 0,876
Sr-82 0,0298 0,921 Tc-97m 1,3 0,921 Tl-208 15,2 0,964
163
f f f
Nucldeo . Nucldeo . Nucldeo .
( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )
. . .
Sr-83 4,54 0,964 Tc-98 7,99 0,965 Tl-209 10,8 0,963
Sr-85 2,86 0,965 Tc-99m 0,795 0,959 Tl-210 14,2 0,965
Sr-85m 1,15 0,964 Tc-101 1,91 0,964 Tm-161 6,88 0,946
Sr-87m 1,87 0,964 Tc-102m 12,6 0,965 Tm-162 9,65 0,956
Sr-91 3,86 0,965 Tc-102 0,438 0,965 Tm-163 7 0,948
Sr-92 6,77 0,965 Tc-104 11,1 0,965 Tm-164 4,25 0,954
Sr-93 11,9 0,965 Tc-105 4,57 0,959 Tm-165 3,24 0,948
Sr-94 7,16 0,965 Te-113 11,9 0,964 Tm-166 10,1 0,954
Ta-170 5,98 0,960 Te-114 7,8 0,948 Tm-167 0,903 0,942
Ta-172 9,04 0,958 Te-115 12,3 0,962 Tm-168 6,98 0,955
Ta-173 3,13 0,948 Te-115m 14,1 0,961 Tm-170 0,0224 0,943
Ta-174 5,15 0,956 Te-116 1,98 0,931 Tm-171 0,00403 0,936
Ta-175 5,78 0,951 Te-117 8,73 0,954 Tm-172 2,4 0,958
Ta-176 11 0,955 Te-118 0,917 0,921 Tm-173 2,23 0,962
Ta-177 0,398 0,940 Te-119 5,14 0,947 Tm-174 9,71 0,962
Ta-178 0,678 0,941 Te-119m 8,73 0,953 Tm--175 6,02 0,962
Ta-178m 6,44 0,956 Te-121 4,2 0,946 Tm-176 9,9 0,961
Ta-179 0,154 0,937 Te-121m 1,71 0,948 U-227 1,16 0,953
Ta-180 0,289 0,939 Te-123 0,00159 0,921 U-228 0,222 0,933
Ta-182 6,75 0,957 Te-123m 1,24 0,948 U-230 0,25 0,924
Ta-182m 1,38 -,952 Te-125m 1,44 0,921 U-231 2,23 0,939
Ta-183 1,6 0,952 Te-127 0,0287 0,961 U-232 0,234 0,921
Ta-184 8,67 0,962 Te-127m 0,448 0,921 U-233 0,108 0,921
Ta-185 0,801 0,954 Te-129 0,523 0,939 U-234 0,212 0,921
Ta-186 7,86 0,963 Te-129m 0,497 0,927 U-235 1,36 0,957
U-236 0,192 0,921 Xe-129m 1,25 0,923 Yb-162 1,41 0,948
U-237 1,66 0,946 Xe-129m 1,25 0,923 Yb-163 3,99 0,951
U-238 0,154 0,921 Xe-131m 0,521 0,923 Yb-164 0,374 0,934
U-239 0,471 0,944 Xe-133 0,568 0,935 Y-165 1,93 0,942
U-240 0,449 0,928 Xe-133m 0,639 0,928 Yb-166 0,593 0,935
U-242 0,272 0,949 Xe-135 1,38 0,963 Yb-167 1,53 0,944
V-47 5,7 0,965 Xe-135m 2,54 0,959 Yb-169 1,94 0,943
V-48 15,5 0,965 Xe-137 1,04 0,965 Yb-175 0,22 0,957
V-50 7,05 0,965 Xe-138 5,46 0,963 Yb-177 1,03 0,956
V-52 7,21 0,965 Y-81 6,77 0.963 Yb-178 0,218 0,962
V-53 5,57 0,965 Y-83 7,82 0,961 Yb-179 5,55 0,963
W-177 5 0,953 Y-83m 4,85 0,965 Zn-60 8,73 0,963
W-178 0,0888 0,939 Y-84m 21,8 0,965 Zn-61 8,34 0,965
W-179 0,442 0,936 Y-85 6,26 0,965 Zn-62 2,59 0,956
W-179m 0,305 0,944 Y-85m 7,13 0,964 Zn-63 6,24 0,965
W-181 0,236 0,939 Y-86 18,9 0,965 Zn-65 3,07 0,965
W-185m 0,127 0,950 Y-86m 1,17 0,964 Zn-69m 2,38 0,965
W-185 0,000231 0,943 Y-87 2,82 0,962 Zn-71 1,76 0,965
W-187 2,52 0,958 Y-87m 1,8 0,964 Zn-71m 8,83 0,965
W-188 0,0101 0,958 Y-88 13,5 0,963 Zn-72 0,97 0,959
W-190 0,776 0,949 Y-89m 4,94 0,965 Zr-85 8,31 0,965
Xe-120 3,59 0,937 Y-90m 3,57 0,965 Zr-86 2,25 0,953
Xe-121 7,96 0,955 Y-91 0,0163 0,876 Zr-87 5,31 0,965
Xe-122 1,08 0,928 Y-91m 3,04 0,965 Zr-88 2,49 0,961
Xe-123 4,07 0,947 Y-92 1,34 0,965 Zr-89 6,59 0,963
Xe-125 2,4 0,941 Y-93 0,488 0,965 Zr-89m 3,66 0,964
Xe-127 2,28 0,946 Y-94 4,09 0,965 Zr-95 4,12 0,965
Xe-127m 1,23 0,948 Y-95 4,96 0,964
164
Assim, em qualquer divergncia entre valores, deve-se optar pelo que se acredita
ser de maior credibilidade e atualidade. No caso da dose equivalente, definida pela ICRP
26, obtida com o uso do , diferir do valor obtido para a Dose Efetiva, definida pela ICRP
60, deve-se optar por este valor, uma vez que a tabela de valores do Fator de Converso
foi incorporada no Generic Procedures for Assessment and Response during an
Radiological Emergency, pela Agncia Internacional de Energia Atmica, na publicao
IAEA TECDOC-1162 de 2000.
Para uma boa geometria de medio, com fonte considerada puntiforme e
distncia maior que um metro, tem-se a equao:
A FC p t
Ep
d2
onde
165
FCp FCp FCp
Radionucldeo (mSv.m2) Radionucldeo (mSv.m2) Radionucldeo (mSv.m2)
(kBq.h) (kBq.h) (kBq.h)
Zr-95 7,6 E-08 Cs-137+Ba-137m 6,2 E-08 Pu-236 3,4 E-10
Nb-94 1,6 E-07 Ba-133 4,1 E-08 Pu-238 3,0 E-10
Nb-95 7,9 E-08 Cs-138 3,0 E-09 Pu-239 1,2 E-10
Mo-99 1,6 E-08 Ba-140 2,0 E-08 Pu-240 2,8 E-10
Tc-99m 1,2 E-08 La-140 2,3 E-07 Pu-242 2,3 E-10
Rh-103 2,1 E-08 Ce-141 7,2 E-09 Am-241 3,1 E-09
Ru-103 5,0 E-08 Ce-144+Pr-144 3,1 E-09 Am-242 8,5 E-10
Ru-105 8,1 E-08 Pr-144m 2,9 E-09 Am-243 5,4 E-09
Ru-106 1,4 E-09 Pr-144 1,2 E-09 Cm-242 3,1 E-10
Ru-106+Rh-106 1,4 E-09 Pm-145 3,6 E-09 Cm-243 1,3 E-08
Ag-110m 2,8 E-07 Eu-152 1,2 E-07 Cm-244 2,8 E-10
Cd-109+Ag-109m 1,6 E-07 Eu-154 1,3 E-07 Cm-245 7,5 E-09
In-114m 1,0 E-08 Eu-155 5,3 E-09 Cf-252 2,1 E-10
Sn-113 3,4 E-09 Gd-153 1,1 E-08
5.4.7. Relao entre dose efetiva (E) e atividade (A) por unidade de rea (ICRP 60)
A dose efetiva que uma pessoa recebe, devido sua permanncia por um perodo
de tempo, num solo contaminado por determinado radionucldeo pode ser estimada por
meio de um Fator de Converso. Este fator obtido por um modelo de clculo que leva
em conta a exposio externa e a dose comprometida devido inalao do radionucldeo,
em resuspenso, que permanece no solo contaminado, durante o perodo de tempo
considerado. Assim,
E Csolo FCsolo ,t
Tabela 5.8 - Fator de converso da atividade por unidade de rea para dose
efetiva E, em funo do perodo de permanncia no solo contaminado.
166
Fator de Converso Fator de Converso
Radionucldeo [(mSv)/(kBq/m2)] Radionucldeo [(mSv)/(kBq/m2)]
1o ms 2o ms 50 anos 1o ms 2o ms 50 anos
Ti-44+Sc-44 4,0 E-03 3,9 E-03 5,9 E-01 Pm-145 6,0 E-05 5,7 E-05 5,8 E-03
V-48 2,8 E-03 7,1 E-04 3,7 E-03 Pm-147 4,4 E-06 4,1 E-06 1,0 E-04
Cr-51 3,8 E-05 1,7 E-05 6,9 E-05 Sm-151 3,5 E-06 3,3 E-06 5,9 E-04
Mn-54 1,4 E-03 1,2 E-03 1,4 E-02 Eu-152 2,0 E-03 1,9 E-03 1,6 E-01
Mn-56 1,5 E-05 0,0 E+00 1,5 E-05 Eu-154 2,1 E-03 2,0 E-03 1,3 E-01
Fe-55 9,1 E-07 8,5 E-07 2,2 E-05 Eu-155 1,1 E-04 1,0 E-04 4,2 E-03
Co-58 1,6 E-03 9,4 E-04 3,9 E-03 Gd-153 1,8 E-04 1,6 E-04 1,5 E-03
Co-60 4,2 E-03 3,9 E-03 1,7 E-01 Tb-160 1,7 E-03 1,2 E-03 5,8 E-03
Ni-63 5,3 E-07 5,0 E-07 9,1 E-05 Ho-166m 3,1 E-03 2,9 E-03 6,1 E-01
Cu-64 8,6 E-06 0,0 E+00 8,6 E-06 Tm-170 1,6 E-05 1,3 E-05 8,5 E-05
Zn-65 9,4 E-04 8,2 E-04 8,0 E-03 Yb-169 4,0 E-04 2,0 E-04 7,9 E-04
Ge-68+Ga-68 1,6 E-03 1,4 E-03 1,4 E-03 Hf-181 7,7 E-04 4,5 E-04 1,8 E-03
Se-75 6,2 E-04 4,9 E-04 3,1 E-03 Ta-182 2,0 E-03 1,6 E-03 9,7 E-03
Rb-86 1,0 E-04 3,2 E-05 1,5 E-04 W-187 4,1 E-05 0,0 E+00 4,1 E-05
Sr-89 1,1 E-05 6,6 E-06 2,8 E-05 Ir-192 1,2 E-03 8,9 E-04 4,4 E-03
Sr-90 1,7 E-04 1,6 E-04 2,1 E-02 Au-198 9,4 E-05 3,9 E-08 9,4 E-05
Sr-91 3,4 E-05 7,5 E-08 3,4 E-05 Hg-203 3,3 E-04 2,0 E-04 8,5 E-04
Y-90 1,7 E-06 6,7 E-10 1,7 E-06 Tl-204 4,0 E-06 3,8 E-06 1,2 E-04
Y-91 1,7 E-05 1,1 E-05 4,9 E-05 Pb-210 1,9 E-03 2,2 E-03 5,9 E-01
Y-91m 1,6 E-06 6,5 E-09 1,6 E-06 Bi-207 2,6 E-03 2,5 E-03 3,4 E-01
Zr-93 2,2 E-05 2,1 E-05 4,8 E-03 Bi-210 1,2 E-04 1,1 E-04 7,3 E-04
Zr-95 1,4 E-03 1,3 E-03 6,8 E-03 Po-210 3,5 E-03 2,9 E+03 2,0 E-02
Nb-94 2,7 E-03 2,6 E-03 5,5 E-01 Ra-226 9,2 E-03 9,2 E-03 1,9 E+00
Nb-95 1,0 E-03 5,2 E-04 2,1 E-03 Ac-227 4,6 E-01 4,4 E-01 5,1 E+01
Mo-99+Tc-99m 6,1 E-05 3,1 E-08 6,1 E-05 Ac-228 3,6 E-05 1,4 e-05 3,0 E-04
Tc-99 4,1 E-06 3,9 E-06 8,2 E-04 Th-227 7,7 E-03 3,7 E-03 1,3 E-02
Tc-99m 2,7 E-06 1,2 E-14 2,7 E-06 Th-228 4,2 E-02 3,9 E-02 7,7 E-01
Ru-103 6,4 E-04 3,6 E-04 1,5 E-03 Th-230 3,7 E-02 3,5 E-02 7,5 E+00
Ru-105 1,4 E-05 1,8 E-12 1,4 E-05 Th-232 1,9 E-01 1,8 E-01 4,6 E+01
Ru-106+rH-106 4,2 E-04 3,8 E-04 4,8 E-03 Pa-231 1,2 E-01 1,1 E-01 6,7 E+01
Ag-110m 4,5 E-03 3,9 E-03 3,9 E-02 U-232 3,2 E-02 3,1 E-02 1,2 E+01
Cd-109+Ag-109m 6,4 E-05 5,8 E-05 8,6 E-04 U-233 8,0 E-03 7,6 E-03 1,7 E+00
Cd-113m 1,1 E-04 1,1 E-04 9,2 E-03 U-234 7,9 E-03 7,4 E-03 1,6 E+00
In-114m 4,5 E-04 3,5E-04 2,2 E-03 U-235 7,4 E-03 7,00E-03 1,5 E+00
Sn-113+In-113m 2,2 E-05 1,7 E-05 1,2 E-04 U-236 7,3 E-03 6,9 E-3 1,5 E+00
Sn-123 3,2 E-03 3,2 E-03 7,0 E-01 U-238 6,80E-03 6,4 E-03 1,4 E+00
Sn-126+Sb-126M 2,6 E-03 1,0 E-03 7,8 E-03 U Dep e Natural 6,8 E-03 6,4 E-03 1,4 E+00
Sb-124 2,4 E-03 4,2 E-04 2,9 E-03 U Enriquecido 7,9 E-03 7,4 E-03 1,6 E+00
Sb-126m 2,3 E-04 1,1 E-06 2,3 E-04 UF6g (U-234) 7,9 E-03 7,4 E-03 1,6 E+00
Sb-127 2,3 E-05 4,9 E-08 2,3 E-05 Np-237 2,6 E-02 2,5 E-02 5,3 E+00
Sb-129 3,7 E-06 3,6 E-08 3,7 E-06 Np-239 3,4 E-05 6,4 E-09 3,4 E-05
Te-127 1,8 E-07 0,0 E+00 1,8 E-07 Pu-236 1,6 E-02 1,5 E-02 8,0 E-01
Te-127m 3,4 E-05 2,7 E-05 1,6 E-04 Pu-238 3,9 E-02 3,7 E-02 6,6 E+00
Te-129 2,5 E-07 9,7 E-16 2,5 E-07 Pu-239 4,2 E-02 4,0 E-02 8,5 E+00
Te-129m 1,1 E-04 5,4 E-05 2,2 E-04 Pu-240 4,2 E-02 4,0 E-02 8,4 E+00
Te-131 1,2 E-06 3,8 E-08 1,2 E-06 Pu-241 7,6 E-04 7,2 E-04 1,9 E-01
Te-131m 2,0 E-04 3,3 E-06 2,0 E-04 Pu-242 4,0 E-02 3,8 E-02 8,8 E+00
Te-132 6,9 E-04 1,1 E-06 6,9 E-04 Am-241 3,5 E-02 3,3 E-02 6,7 E+00
I-125 7,8 E-05 5,2 E-05 2,4 E-04 Am-242m 3,2 E-02 3,0 E-02 6,3 E+00
I-129 1,7 E-04 1,6 E-04 3,4 E-02 Am-243 3,5 E-02 3,3 E-02 7,0 E+00
I-131 2,5 E-04 1,8 E-05 2,7 E-04 Cm-242 4,2 E-03 3,5 E-03 5,9 E-02
I-132 1,9 E-05 0,0 E+00 1,9 E-05 Cm-243 3,5 E-02 3,3 E-02 4,3 E+00
I-133 4,5 E-05 0,0 E+00 4,5 E-05 Cm-244 2,9 E-02 2,7 E-02 2,8 E+00
I-134 8,1 E-06 0,0 E+00 8,1 E-06 Cm-245 5,0 E-02 4,7 E-02 1,0 E+01
I-135+Xe-135m 3,7 E-05 0,0 E+00 3,7 E-05 Cf-252 1,7 E-02 1,5 E-02 3,9 E-01
5.4.8. Relao entre dose absorvida na pele (DT) e atividade (A) por unidade de rea
de emissor beta
(Baseado em: DELACROIX, D., GUERRE, J.P., LEBLANC, P., HICKMAN, C.,
Radionuclide and Radiation Protection Data Handbook, 1988, Radiation Protection
Dosimetry, V.76, No.1-2, 1998).
167
A dose absorvida na pele devida radiao beta muito difcil de ser medida
diretamente e usualmente estimada. A taxa de dose beta, expressa em funo da
concentrao superficial mdia de um radionucldeo sobre a pele, apresenta estimativas
mais confiveis para esta via de exposio, uma vez que os dados da literatura variam em
muitas ordens de grandeza. A dose aqui calculada para a camada basal da pele (70 m
de profundidade) devido aos raios beta e eltrons.
A contribuio gama para a taxa de dose na pele percentualmente muito
pequena. A contaminao suposta ser uniformemente dispersa sobre a pele. A Dose
Absorvida no tecido da pele pode ser estimada pela expresso:
CFbeta-skin CFbeta-skin
Radionucldeo Radionucldeo
(Gy.h-1)/(Bq.cm-2) (Gy.h-1)/(Bq.cm-2)
H-3 0 S-35 0,35
C-14 0,32 Cl-36 1,8
F-18 1,9 K-40 1,5
Na-22 1,7 K-42 2,2
Na-24 2,2 K-43 1,9
Al-26 1,8 Ca-45 0,84
P-32 1,9 Ca-47/Sc-47 3,5
P-33 0,86 Sc-46 1,4
Sc-47 1,5 Sb-124 2,2
Cr-51 0,015 Sb-126 1,8
Mn-52 0,761 Te-123m 1,1
Mn-54 0,062 Te-132 0,78
Mn-56 2,4 I-123 0,38
Fe-52 1,1 I-124 0,52
Fe-55 0,016 I-125 0,021
Fe-59 0,97 I-131 1,6
Co-56 0,55 Cs-131 0,01
Co-57 0,12 Cs-134 1,4
Co-58 0,30 Cs-137 1,6
Co-60 0,78 Ba-133 0,13
Ni-63 0 Ba-140/La-140 3,8
Ni-65 2,2 La-140 2,1
Cu-64 1,0 Ce-139 0,49
Cu-67 1,3 Ce-141 1,8
Zn-65 0,076 Ce-143 2,0
168
CFbeta-skin CFbeta-skin
Radionucldeo Radionucldeo
(Gy.h-1)/(Bq.cm-2) (Gy.h-1)/(Bq.cm-2)
Ga-66 1,6 Pr-143 1,7
Ga-67 0,35 Pm-147 0,6
Ga-68 1,8 Sm-153 1,6
As-76 2,1 Eu-152 0,92
Se-75 0,14 Eu-154 2,1
Br-77 0,01 Eu-156 1,2
Br-82 1,5 Er-169 1,1
Rb-87 1,9 Yb-169 1,0
Sr-85 0,06 Re-186 1,8
Sr-89 1,8 Re-188 2,3
Sr-90/Y-90 3,5 Ir-192 1,9
Y-90 2,0 Au-198 1,7
Zr-95/Nb-95 1,6 Hg-197 0,092
Mo-99/Tc-99m 1,9 Hg-203 0,89
Tc-99m 0,25 Tl-201 0,27
Tc-99 1,2 Tl-204 1,6
Ru-103/Rh-103m 0,78 Pb-210 0,0084
Ru-106/Rh-106 2,2 Po-210 6,90E-07
Ag-110m 0,68 U-235 0,18
Ag-111 1,8 U-238 2,30E-03
Cd-109 0,54 Pu-238 3,70E-03
In-111 0,38 Pu-239 1,40E-03
In-113m 0,73 Am-241 0,019
In-115m 1,3 Cm-244 2,20E-03
Sn-125 2,3 Cf-252 3,2E-03
Sb-122 2,2
Exemplo
Qual a dose absorvida no tecido da pele de uma pessoa cuja contaminao mdia
foi de 1250 Bq.cm-2 de 99Mo/99Tcm e 250 Bq.cm-2 de 131I por 2 horas? Considerar o fator
de blindagem SFbeta igual 1.
Dados:
99
Mo/99Tcm; CFbeta-skin = 1,9 (Gy.h-1)/(Bq.cm-2)
SFbeta = 1
T= 2 h
Substituindo na expresso:
169
5.4.9. Relao entre dose efetiva (E) e atividade (A) de radionucldeo incorporada
170
a) Classe SR-1: insolvel e no reativo, com deposio insignificante no trato
respiratrio, como por exemplo, 41Ar, 85Kr e 133Xe;
b) Classe SR-1: solvel ou reativa, quando a deposio Pode ocorrer em todo o
trato respiratrio, como por exemplo, 3H, 14CO, 131I vapor e 195Hg vapor;
c) Classe SR-2: altamente solvel ou reativa, quando a deposio total nas vias
reas, como, por exemplo, a HTO (gua triciada) e OBT (trcio organicamente
ligado).
67
F 6,80E-11 1,10E-10 0,01 1,90E-10 1,20E-10
Ga
M 2,30E-10 2,80E-10
85
F 3,90E-10 5,60E-10 0,3 5,60E-10 1,10E-09
Sr
S 7,70E-10 6,40E-10 0,01 3,30E-10
89
F 1,00E-10 1,40E-09 0,3 2,60E-09 3,10E-09
Sr
S 7,50E-09 5,60E-09 0,01 2,30E-09
90
F 2,40E-08 3,00E-08 0,3 2,80E-08 8,80E-08
Sr
S 1,50E-07 7,70E-08 0,01 2,70E-09
F 2,50E-09 3,00E-09 0,002 8,80E-10 1,00E-08
95
Zr M 4,50E-09 3,60E-09
S 5,50E-09 4,20E-09
95
M 1,40E-09 1,30E-09 0,01 5,80E-10 2,10E-09
Nb
S 1,60E-09 1,30E-09
99
F 2,90E-10 4,00E-10 0,8 7,80E-10 8,70E-10
Tc
M 3,90E-09 3,20E-09
99
F 1,20E-11 2,00E-11 0,8 2,20E-11 1,90E-11
Tcm
M 1,90E-11 2,90E-11
F 8,00E-09 9,80E-09 0,05 7,00E-09 3,00E-08
106
Ru M 2,60E-08 1,70E-08
S 6,20E-08 3,50E-08
171
Inalao Ingesto Injeo
Radionucldeo Tipo/forma AMAD AMAD e(g)ing e(g)inj
f1 f1
= 1 um = 5 um (Sv/Bq) (Sv/Bq)
125
F 1,40E-09 1,70E-09 0,1 1,10E-09 5,40E-09
Sb
M 4,50E-09 3,30E-09
123
F 7,60E-11 1,10E-10 1 2,10E-10 2,20E-10
I
V 2,10E-10
124
F 4,50E-09 6,30E-09 1 1,30E-08 1,30E-08
I
V 1,20E-08
125
F 5,30E-09 7,30E-09 1 1,50E-08 1,50E-08
I
V 1,40E-08
131
F 7,60E-09 1,10E-08 1 2,20E-08 2,20E-08
I
V 2,00E-08
134
Cs F 6,80E-09 9,60E-09 1 1,90E-08 1,90E-08
137
Cs F 4,80E-09 6,70E-09 1 1,30E-08 1,40E-08
144
M 3,40E-08 2,30E-08 5,00E-04 5,20E-09 1,70E-07
Ce
S 4,90E-08 2,90E-08
153
F 2,10E-09 2,50E-09 5,00E-04 2,70E-10 8,60E-09
Gd
M 1,90E-09 1,40E-09
201
Tl F 4,70E-11 7,60E-11 1,0 9,50E-11 8,70E-11
210
Pb F 8,90E-07 1,10E-06 0,2 6,80E-07 0,2 3,50E-06
210
F 6,00E-07 7,10E-07 0,1 2,40E-07 2,40E-06
Po
M 3,00E-06 2,20E-06
226
Ra M 3,20E-06 2,20E-06 0,2 2,80E-07 1,40E-06
228
Ra M 2,60E-06 1,70E-06 0,2 6,70E-07 3,40E-06
228
M 3,10E-05 2,30E-05 5,00E-04 7,00E-08 5,0E-04 1,20E-04
Th
S 3,90E-05 3,20E-05 2,00E-04 3,50E-08
232
Th M 4,20E-05 2,90E-05 5,00E-04 2,20E-07 5,0E-04 4,50E-04
S 2,30E-05 1,20E-05 2,00E-04 9,20E-08
F 5,50E-07 6,40E-07 2,00E-02 4,90E-08 2,30E-06
234
U M 3,10E-06 2,10E-06 2,00E-03 8,30E-09
S 8,50E-06 6,80E-06
F 5,10E-07 6,00E-07 2,00E-02 4,60E-08 2,10E-06
235
U M 2,80E-06 1,80E-06 2,00E-03 8,30E-09
S 7,70E-06 6,10E-06
F 4,90E-07 5,80E-07 2,00E-02 4,40E-08 2,10E-06
238
U M 2,60E-06 1,60E-06 0,002 7,60E-09
S 7,30E-06 5,70E-06
237
Np M 2,10E-05 1,50E-05 5,00E-04 1,10E-07 5,0E-04 2,10E-04
239
Np M 9,00E-10 1,10E-09 5,00E-04 8,00E-10 5,0E-04 3,80E-10
238
M 4,30E-05 3,00E-05 5,00E-04 2,30E-07 5,0E-04 4,50E-04
Pu
S 1,50E-05 1,10E-05 1,00E-05
M 4,70E-05 3,20E-05 5,00E-04 2,50E-07 5,0E-04 4,90E-04
239
Pu S 1,50E-05 8,30E-06 1,00E-05 9,00E-09
1,00E-04 5,30E-08
M 4,70E-05 3,20E-05 5,00E-04 2,50E-07 5,0E-04 4,90E-04
240
Pu S 8,30E-06 8,30E-06 1,00E-05 9,00E-09
1,00E-04 5,30E-08
241
Pu M 8,50E-07 5,80E-07 5,00E-04 4,70E-09 5,0E-04 9,50E-06
172
Inalao Ingesto Injeo
Radionucldeo Tipo/forma AMAD AMAD e(g)ing e(g)inj
f1 f1
= 1 um = 5 um (Sv/Bq) (Sv/Bq)
S 1,60E-07 8,40E-08 1,00E-05 1,10E-10
1,00E-04 9,60E-10
241
Am M 3,90E-05 2,70E-05 5,00E-04 2,00E-07 5,0E-04 4,00E-04
242
Cm M 4,80E-06 3,70E-06 5,00E-04 1,20E-08 5,0E-04 1,40E-05
244
Cm M 2,50E-05 1,70E-05 5,00E-04 1,20E-07 5,0E-04 2,40E-04
ICRP (1979) - Limits for Intakes of Radionuclides by Workers: Part 1, Publication 30, Pergamon Press, Oxford
and New York.
IAEA (2004) - Methods for Assessment Occupational Radiation Doses due to Intakes of Radionuclides - Vienna.
173
5.5.2. Campo expandido
174
Figura 5.4 - Geometria de irradiao da esfera ICRU e o ponto P na esfera,
no qual o equivalente de dose direcional obtido no campo de radiao
expandido, com a direo de interesse.
Para ftons com energia menor que 3 MeV, HX igual leitura de um dosmetro
de rea que, calibrado na cmara de ar-livre com as radiaes gama do 60Co para a
medio da Exposio X, em Roentgen, multiplicada pelo fator C1= 38,76 Sv C-1= 0,01
Sv R-1.
= 1. ()
175
Na monitorao individual para ftons, o equivalente de dose Hp(10) pode ser,
provisoriamente, substitudo pelo equivalente de dose HX, na superfcie do trax, com o
dosmetro calibrado em kerma no ar, multiplicado pelo fator f = 1,14 Sv Gy-1.
(10) = . ()
Profundidade d
Tecido Direo especfica
(mm)
Pele 0,07
Cristalino 3
176
5.6. GRANDEZAS DEFINIDAS NA ICRP 60, EM SUBSTITUIO S DA
ICRP 26, E INCLUDAS NA NORMA CNEN-NN-3.01 (2011).
A dose equivalente num tecido ou num rgo, HT, expressa em sievert, o valor
mdio da dose absorvida, DT,R, obtida sobre todo o tecido ou rgo T, devido radiao
R, multiplicada pelo fator de peso da radiao wR.
= , ()
E wT HT
T
Obviamente que,
E wR wT DT , R wT wR DT , R
R T T R
177
5.6.3. Outras grandezas que mudaram de denominao
R = F E para o indivduo
Coeficiente de Probabilidade de
Tecido ou rgo Detrimento Fatal (10 -4 Sv-1)
ICRP 26 ICRP 60
Bexiga - 30
Medula ssea vermelha 20 50
Superfcie ssea 5 5
Mama 25 20
Clon - 85
Fgado - 15
Pulmo 20 85
Esfago - 30
Ovrio - 10
Pele - 2
Estmago - 110
Tireoide 5 8
Restante 50 50
Total 125* 500+
* Este total usado para trabalhadores e pblico geral.
+ Este total s vale para pblico geral. O risco total de cncer fatal para a populao
trabalhadora estimado em 400.10-4Sv-1.
178
Resumindo alguns valores das estimativas das probabilidades de efeitos
biolgicos induzidos pela radiao ionizante, divulgados pela ICRP 60, Anexo B, tem-se
a Tabela 5.15.
Probabilidade (10-2.Sv-1)
Risco de cncer de pele
Incidncia Mortalidade
Modelo de risco absoluto 2,3 0,005
Modelo de risco relativo 9,8 0,08
179
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
ICRP 30, Limits for intakes of radionuclides by workers, Annals of ICRP, vol. 2, No.3/4,
Pergamon Press, Oxford, 1979
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and Measurement, 7910 Woodmont Avenue, Washington, D.C. 20014, USA, 1980.
ICRU 47, Measurement of Dose Equivalents from External Photon and Electron
Radiations, International Commission on Radiation Units and Measurement,
Bethesda, 1992.
ICRU 60, Fundamental Quantities and Units for Ionizing Radiation, International
Commission on Radiation Units and Measurement, Bethesda, 2001.
DELACROIX, D., GUERRE, J.P., LEBLANC, P., HICKMAN, C., Radionuclide and
Radiation Protection Data Handbook, Radiation Protection Dosimetry, vol. 76, No. 1-
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David S. SMITH, Michael G. STABIN, Exposure rate constants and lead shielding
values for over 1,100 radionuclides, Health Physics 102(3), p.271-291, 2012.
180
CAPTULO 6
DETECTORES DE RADIAO
182
6.1.4. Fatores que definem a escolha de detectores
183
exemplo, dentro do circuito primrio de um reator, somente detectores especiais tm
condies de operar. Essas condies de operao do detector iro muitas vezes
determinar os materiais utilizados em sua construo. Detectores muito sensveis a
choques mecnicos ou que sofrem influncia significativa de fatores ambientais, no so
recomendados para medies em unidades mveis.
184
Existem monitores individuais, monitores de rea e monitores ambientais. Dentre
os monitores individuais mais utilizados constam o filme dosimtrico, o dosmetro
termoluminescente (TLD), o de silcio e o de albedo. Alguns destes dispositivos, alm de
alarmes para valores de taxa ou de dose acumulada, apresentam a facilidade de leitura
direta, possibilidade de transmisso de dados para um sistema ou estao de monitorao.
Os monitores de rea podem ser fixos ou portteis. Dentre os monitores fixos,
existem os tipo portal, de mos e ps, ou de medio constante da taxa de dose em
determinada rea. J os monitores utilizados na monitorao ambiental, podem ser
estaes de monitorao, contendo diversos dispositivos de deteco, como filtros,
detectores de trao, TLD, detectores ativos.
6.1.5.2. Dosmetro
185
Dentre os sistemas de calibrao mais conhecidos em metrologia de
radionucldeos destacam-se: o sistema de coincidncia 4-, o sistema de ngulo slido
definido, o de cintilao lquida e os sistemas relativos, tipo cmara de ionizao tipo
poo e espectrometria gama. Na dosimetria de feixes de radiao, existem os arranjos
experimentais padronizados para calibrar aparelhos usados em proteo radiolgica,
radiodiagnstico e radioterapia. Os sistemas para calibrao em dose absorvida no ar,
kerma no ar e dose equivalente na gua, compem as facilidades dos laboratrios
nacionais de metrologia das radiaes ionizantes.
Nota: A emulso fotogrfica foi, de certa forma, o primeiro detector utilizado para
radiao, pois, foi atravs de chapas fotogrficas guardadas junto com
material radioativo, que Becquerel descobriu, em 1896, a radioatividade
natural.
186
6.2.2. Mecanismo de interao da radiao com as emulses fotogrficas
187
acondicionados em envelopes prova de luz. Para a monitorao, um ou mais filmes so
colocados em monitores (ou badges), normalmente feitos de plstico, com algumas partes
das reas sensveis cobertas por filtros de cobre e chumbo. Normalmente so colocadas
em um monitor dois tipos de emulso, uma mais sensvel (para baixas doses) e outra
menos sensvel (para altas doses), para ampliar a capacidade de deteco dos ftons em
quantidade e em energia.
Os filtros metlicos so necessrios para a determinar a energia efetiva dos ftons,
utilizada nas curvas de calibrao de densidade tica x dose absorvida. Isto porque a
densidade tica pode variar para a mesma dose absorvida, para diferentes valores de
energia dos ftons. Alm disso, durante o perodo de monitorao (um ms), o IOE recebe
ftons de origem e energia variveis, cujo modo e tempo de exposio, normalmente so
desconhecidos, para cada tipo de radiao. Como os ftons que atingem o filme exposto
possuem a mesma energia efetiva que os que atravessam os filtros metlicos de diferentes
naturezas e espessuras, as razes entre as vrias densidades ticas das partes recobertas
do filme permitiro determinar o seu valor, devido dependncia dos diferentes
coeficientes de atenuao lineares totais de cada filtro com a energia.
Na figura 6.1 mostrada um dos modelos utilizados, com o posicionamento
devido dos filtros e filmes.
A avaliao da dose utilizando dosmetros fotogrficos feita comparando-se a
densidade tica do filme aps a revelao com a densidade tica de outros filmes que
foram irradiados com doses conhecidas com feixes padronizados. O equipamento
utilizado um densitmetro tico, e consiste basicamente na medida da opacidade tica
do filme transmisso da luz. A densidade tica uma medida da atenuao da luz
transmitida pelo filme em relao intensidade da luz incidente.
Normalmente o monitor substitudo a cada ms. O filme substitudo ento
processado e a dose acumulada no perodo avaliada.
56
2 34
1baixa sensibilidade
Al alta sensibilidade
Nota: Apenas alguns anos aps terem sido inventados, os aparelhos de raios X j
eram utilizados nos hospitais juntos aos campos de batalha para auxiliar na
retirada de fragmentos de metal em ferimentos causados por balas e
granadas.
6.2.4.3. Gamagrafia
189
Figura 6.2 - Emisso de luz na termoluminescncia.
190
Pr-
Amplificador DC Fonte de
Amplificador
alta tenso
Fotomulti-
Display plicadora
ou
registrador
Filtros ticos
Luz TL
Nitrognio TLD
6.4. DETECTORES GS
Tabela 6.1 - Energia mdia para formao de pares de ons em alguns gases.
191
Nota: Para o ar seco, que constitudo de uma mistura de gases, irradiado
com raios X com energia at 50 MeV, o valor mdio recomendado para
W de (33,97 0,006) J/C.
E
N M
W
Nos detectores gs, a carga gerada pelos pares de ons coletada por meio do
campo eltrico criado de forma conveniente por um circuito eltrico. A carga, ao atingir
o eletrodo, produz uma variao na carga do circuito, que pode ser detectada e
transformada em um sinal eltrico. Essa carga coletada no intervalo de tempo de medio
corresponde a uma corrente, que pode ser avaliada utilizando-se eletrmetros. O modo de
operao que mede a corrente mdia gerada em um intervalo de tempo denominado
modo de operao tipo corrente.
Outra forma de operar o detector registrar o sinal gerado pela radiao, criando
um pulso referente variao de potencial correspondente. Esse modo denominado
modo de operao tipo pulso. Nesse caso, o nmero de pares de ons gerados e coletados
corresponde tambm intensidade (ou amplitude) do pulso gerado (V) para o detector.
Para gerar o pulso de tenso necessria uma resistncia R de carga, para que V = R.I,
onde I o pulso de corrente proveniente da coleta da carga eltrica no anodo do detector.
192
Figura 6.4 - Regies de operao para detectores a gs.
Nessa regio, os pares de ons so formados, mas como o campo eltrico muito
fraco, ocorre um processo de recombinao dos ons e somente parte das cargas geradas
coletada. medida que a diferena de potencial cresce, os ons so atrados para os
polos eltricos e no tm condies de se recombinar. Nessa regio gerada uma carga,
mas a amplitude do pulso pode variar sem proporcionalidade com a quantidade ou a
energia da radiao incidente. Essa regio no conveniente para a operao de
detectores.
193
6.4.4.4. Regio de proporcionalidade limitada
Se a voltagem aplicada for suficientemente alta, a carga espacial criada pelos ons
positivos passa a ser to grande que a perturbao que cria no campo eltrico interrompe
o processo de multiplicao. Nesse caso o nmero de pares de ons criados passar a ser
sempre da mesma ordem, independentemente do nmero de pares criados originalmente
e, portanto o sinal ser independente da energia da radiao. Esta regio utilizada para
operar os detectores do tipo Geiger-Mller.
194
Figura 6.5 - Esquema da cmara de ionizao tipo free-air.
Caneta dosimtrica:
Muito utilizada em monitorao pessoal, consiste em uma cmara de ionizao onde
um fio de quartzo serve como cursor para indicar a exposio (ou dose) acumulada.
Utilizando um carregador, insere-se, sob presso, a caneta para ser zerada. Na prtica
significa que lhe foi fornecida uma carga eltrica mxima, que vai se esvaindo com o
surgimento dos eltrons e ons formados pela radiao, dentro do volume da cmara.
Assim, o fio de quartzo vai se aproximando do eletrodo de carga de mesmo sinal e,
pela lente, observa-se a leitura da exposio ou dose absorvida, conforme mostra a
Figura 6.6.
195
Figura 6.7 - Cmara de ionizao, porttil, tipo babyline, com faixa de
medio de 0,1 mR.h-1 a 50 R.h-1 (1 Sv.h-1 a 500 mSv.h-1), para deteco de
radiaes X, gama e beta em instalaes nucleares, clnicas de medicina
nuclear, radiodiagnstico e radioterapia.
196
Cmara de Ionizao
Eletrmetro mais
eletrnica associada
Suporte das Amostras
Blindagem dos
Padres
(a) (b)
Figura 6.9 - (a) Vista interna da cmara de ionizao Centronic IG-11, do LNMRI;
(b) Foto da cmara NPL-CRC - Capintec fabricada pela Southern Scientific plc e
pertencente ao LNMRI.
Cmara de extrapolao:
Cmara de ionizao equipada com um micrmetro que permite variar a distncia
entre os eletrodos, que denominada de profundidade da cmara, utilizada
principalmente pelos laboratrios de calibrao para calibrar fontes emissoras de
radiao beta, utilizando a tcnica de extrapolao (Figura 6.10).
197
Figura 6.11 - Dosmetro Farmer modelo 2570A, da Nuclear Enterprise.
198
Figura 6.13 - Detector proporcional porttil para medio de contaminao
superficial.
199
Figura 6.14 - Detectores G-M utilizados para medio de taxa de contagem
ou convertidos para taxa de exposio e equivalente de dose ambiente.
Figura 6.16 - Sonda G-M para deteco beta e gama, com janela metlica
muito fina.
200
6.5.1. Caractersticas importantes de materiais cintiladores
Embora seja difcil encontrar um material que rena todas essas condies ideais,
alguns materiais apresentam boas caractersticas para sua utilizao.
201
Figura 6.17 - Estrutura de bandas de energias em um cintilador cristalino ativado.
202
Figura 6.18 - Elementos bsicos de uma vlvula fotomultiplicadora.
203
6.5.5. Materiais cintiladores
Nota: Aps quatro dcadas sem nenhum destaque entre os materiais disponveis
para cintilao, em 1948 foi demonstrado por Robert Hofstadter que o
NaI(Tl) tinha um rendimento excepcional na produo de luz em relao aos
outros materiais utilizados na poca. Seu emprego praticamente inaugurou
uma nova era na espectrometria gama.
O iodeto de csio ativado com tlio ou com sdio [CsI(Tl) e CsI(Na)] outro
material bastante utilizado como detector de cintilao. Sua principal qualidade em
relao ao iodeto de sdio seu maior coeficiente de absoro em relao radiao
gama, permitindo a construo de detectores mais compactos. Alm disso, tem grande
resistncia a choques e a vibraes, em funo de ser pouco quebradio.
204
6.5.5.3. O germanato de bismuto
Nota: As telas de sulfeto de zinco foram utilizadas por Rutherford em suas experincias
clssicas sobre a estrutura da matria.
205
Um processo de excitao, como o causado pela radiao, ir fazer com que esses
nveis mais elevados de energia sejam povoados por eltrons em seus vrios subnveis. O
equilbrio dentro dos subnveis faz com que os eltrons caiam, aps um intervalo de tempo
desprezvel, dentro do nvel para os subnveis mais baixos, atravs de um processo sem
emisso de radiao. Em um segundo passo, a molcula tende a voltar ao seu estado no-
excitado. O retorno do eltron do nvel excitado para um dos nveis do estado fundamental
ir ocasionar a emisso da energia excedente em forma de fton.
206
6.6. DETECTORES CINTILAO LQUIDA
207
resistncia extino luminosa. o cintilador primrio que apresenta as
melhores caractersticas.
INSTAGEL
Permitem adicionar dissolues orgnicas e inorgnicas, com incorporao
E
de at 20% de fase aquosa
AQUASOL
HISAFE
Permitem manter a homogeneidade com a incorporao de at 25% de fase
E
aquosa, proporciona maior eficincia de contagem que os dois anteriores e
ULTIMA
utiliza o Diisopropil-Naftaleno como solvente
GOLD
208
6.6.2.1. A migrao de energia no solvente
209
Apresentam alta probabilidade de fluorescncia, 90%;
A distribuio espectral dos ftons deve se ajustar mxima sensibilidade dos
fotocatodos;
As vidas-mdias dos ftons so muito curtas, 1 a 2 ns; e
Por serem pouco concentrados, os ftons possuem baixa probabilidade de
serem reabsorvidos.
Aps serem excitadas pelo solvente, as molculas do soluto primrio sofrem uma
desexcitao vibracional que as deixa sem energia suficiente para excitar outras
molculas do solvente, fazendo com que a excitao remanescente fique retida at que a
molcula do soluto encontre outra forma de desexcitao. Portanto, ao contrrio do
processo bidirecional existente na transferncia solvente-solvente, a transferncia de
energia solvente-soluto primrio irreversvel.
Em solues cintiladoras com concentraes muito baixas, 10-2 molar, cada
molcula do solvente transfere sua excitao para uma molcula do soluto e se esta
concentrao diminuir, a eficincia na emisso de ftons tambm diminuir.
Y Y h
h Z Z
210
Tabela 6.3 - Fases do processo quantitativo de deteco com cintilao lquida.
T Q( E) s t q c p k M E
211
Tabela 6.4 - Componentes da expresso que calcula a amplitude do pulso de
tenso produzido em sistema de deteco com cintilao lquida.
A formao do sinal num cintilador lquido conforme descrita nos itens 6.6.1. e
6.6.2. pode ser ilustrada na Figura 6.24 bem como a do sinal eletrnico na Figura 6.25.
Fotoeltrons
Fotoeltrons
Fotocatodo
Fotocatodo
Solvente
Pulsos de luz ~10 ns
Luz azul
Cintilador
Cintilador ~UV
primrio
primrio
Cintilador
secundrio
Radiao
Radiao Ionizao
ionizao
beta
beta Fotomultiplicadora
Fotomultiplicadora
212
6.6.4. Agente extintor
213
Figura 6.26 - Cintilador lquido
Seu princpio de funcionamento, ilustrado na figura 6.27, pode ser descrito pelos
tpicos seguintes:
214
sua vez so proporcionais energia da radiao. Este mdulo tambm trabalha
chaveado pela unidade de coincidncia.
O ltimo mdulo representado pelo analisador de altura de pulsos, que
produz o espectro de altura de pulsos correspondente ao espectro de energias
detectadas, e os diferentes tipos de sadas possveis que um sistema
microprocessado pode fornecer.
Uma das grandes aplicaes dos materiais cintiladores em meio lquido, o seu
uso nos sistemas de calibrao absolutos para medio de radionucldeos. Quando
adaptados apropriadamente nos sistemas de coincidncia ou anti-coincidncia eles podem
substituir os detectores proporcionais com muitas vantagens metrolgicas, inclusive
operacionais. Por exemplo, nas calibraes de radionucldeos emissores beta puros ou
que possuem estados metaestveis.
Outra propriedade importante que eles podem ser utilizados em sistemas de
calibrao de radionucldeos do tipo CIEMAT-NIST ou Razo entre Coincidncias Tripla
e Dupla, denominado de TDCR, presentes nos principais laboratrios nacionais de
metrologia de radionucldeos do mundo.
215
6.7. DETECTORES UTILIZANDO MATERIAIS SEMICONDUTORES
216
6.7.1.3. Criao de doadores e receptores em um material
Uma juno p-n a regio de juno entre materiais tipo n e tipo p. Na prtica
obtida pela adio de impurezas doadoras (tipo n) a uma regio tipo p (que tem buracos
em excesso) ou adio de impurezas receptoras (tipo p) a uma regio tipo n. A principal
propriedade de uma juno p-n que prontamente conduz corrente quando a tenso
aplicada na direo correta, mas deixa passar muito pouca corrente quando a tenso
aplicada na direo incorreta.
218
6.7.3. Detectores de germnio
219
radioativas, principalmente as provenientes de precipitaes de testes nucleares (fallout),
realizados no perodo de 1944 a 2000.
Para blindagens com alto fator de atenuao, principalmente em relao s
radiaes do meio ambiente (background) deve-se usar trs camadas metlicas na sua
composio. A primeira camada externa, constituda de chumbo (blocos ou pea
fundida) com 5 a 10 cm de espessura, uma segunda camada de revestimento interno com
espessura cerca de 5 mm de cdmio e uma terceira, de cobre ou alumnio, com cerca de
2 mm de espessura.
A funo da camada de cobre de atenuar os raios X caractersticos emitidos pela
fluorescncia do chumbo, com energias entre 72 a 87 keV, devido s interaes com as
radiaes externas. A camada de cdmio para atenuar estas radiaes do chumbo que,
por sua vez, emite raios X caractersticos com energias entre 22 e 27 keV. O cobre atenua
tais radiaes, mas emite raios X caractersticos de 8 keV, com muito baixa intensidade.
220
cermica
superfcie sensvel
com camada de ouro
silcio
encapsulamento
metlico
conector microdot
221
6.7.6. Detectores de telureto de cdmio
241
Figura 6.33 - Espectro da radiaes de baixa energia do Am obtido com
CdTe.
Por causa de sua baixa eficincia na coleta dos buracos gerados, a resoluo do
CdTe pobre quando comparada s obtidas com germnio e silcio. Quando no
necessria a informao para espectroscopia, o CdTe pode ser utilizado em uma grande
variedade de aplicaes onde suas caractersticas so importantes. Alm disso, pode
operar at 30C em modo pulso e at 70C em modo corrente.
O maior problema com o detector de CdTe o fenmeno da polarizao que, em
certos casos, leva diminuio de sua regio de depleo com o tempo, com consequente
perda de eficincia de deteco. Essa polarizao causada pela captura de eltrons em
regies do detector.
Atualmente existem vrios novos detectores que utilizam materiais diferentes dos
conhecidos. Um prottipo bem ilustrativo o dosmetro para radiao gama de Telureto
de Zinco e Cdmio, CZT, desenvolvido pelo Korea Atomic Energy Research Institut
(KAERI), mostrado na Figura 6.34. Este equipamento capaz de medir a dose absorvida,
identificar o radionucldeo emissor gama e determinar a direo de incidncia da radiao.
222
Figura 6.34 - Dosmetro gama de telureto de zinco e cdmio.
223
Esta descontinuidade no meio material denominada de cavidade. Deste modo, o
registro do detector ser a dose absorvida nele e no no meio material que se pretendia
medir.
Para medies corretas, necessrio introduzir fatores de correo que dependem
das diversas densidades, da relao entre os coeficientes de absoro de energia dos
ftons, do alcance dos eltrons no meio material, da relao dos valores dos stopping
power, entre outros. Alm disso, devem ser obedecidos os seguintes requisitos:
224
=0,5 s
Amplitude (V)
V
Vo
0,9 Vo
=largura Amplitude
0,5Vo Amplitude=
% de pulso
5a7V
0,1Vo
Tempo
tR=rise time= tD=decay time= Tempo
tempo de subida tempo de descida
(a) (b)
225
Outra funo importante que o pr-amplificador exerce normalmente em alguns
sistemas a de fornecer um meio de alimentar a tenso do detector. Um cabo nico
providencia usualmente tanto a voltagem para o detector como o pulso de sinal para a
entrada do pr-amplificador. No estgio inicial na maioria dos pr-amplificadores atuais
utilizado um transistor de efeito de campo (Field Effect Transistor - FET). Os FET so
utilizados pelas suas propriedades de operar com sinais de baixa amplitude gerados pelos
detectores do tipo GMX, com baixo rudo. Entretanto, eles so conhecidos por sua
sensibilidade a transientes abruptos de carga e podem ser danificados pela variao rpida
na escala do detector ou seu desligamento em funcionamento. Para evitar esse efeito,
muitos FET so construdos com circuitos de proteo e fontes so dotadas de dispositivos
que impedem variaes bruscas (circuito de shutdown).
a. Amplificao de sinal;
b. Escolha da polaridade do sinal de sada;
c. Conformao de pulso para medida da carga;
d. Conformao do pulso para melhorar desempenho em altas contagens;
e. Conformao de pulso para melhor relao sinal-rudo; e
f. Para aplicaes especficas, circuitos de eliminao de empilhamento e de
restaurao da linha de base.
Alm de converter o sinal de linear para lgico, tem dois nveis de discriminao,
superior e inferior, o que permitem selecionar uma faixa de amplitudes. Essa seleo
chamada tambm de janela (window).
uma unidade que permite que o seu sinal de sada, alm do tempo normal de
processamento, tenha um retardo adicional estabelecido de acordo com a necessidade do
circuito, para compatibilizar os tempos de chegada numa unidade de coincidncia ou num
sistema de contagem com gatilho (gate).
226
Para retardos pequenos, da ordem de nanosegundos, o mdulo constitudo
simplesmente de um conjunto de cabos coaxiais, com comprimentos proporcionais aos
tempos gastos para o sinal percorr-los. Para retardos maiores, da ordem de
microsegundos, pode ser constitudo de bobinas com ferrites ou circuitos mais
sofisticados.
uma unidade que tem um sinal lgico de sada, com amplitude de 5 a 7 volts e
largura de 0,5 microsegundos, para comandar uma unidade de processamento de sinal
posterior, aps o sinal de entrada, tipo analgico, ter passado por critrios de seleo em
amplitude ou em tempo.
um dispositivo que produz um sinal lgico de sada, quando dois ou mais sinais
de entrada, provenientes de outros mdulos, chegam dentro de um intervalo de tempo
pr-estabelecido. Este intervalo, denominado de resoluo da coincidncia, pode ser fixo
ou varivel Seu valor da ordem de frao de microsegundo. Assim, pode-se ter
coincidncia dupla, tripla ou mltipla.
Sada C
Entrada A
Tempo
Entrada B
Unidade de coincidncia
Tempo
Resoluo da coincidncia
227
6.10.13. Temporizador (timer)
228
Amplitude (V) Amplitude (V)
Rampa linear
Contagem
Canal
229
6.10.17. Sistema de calibrao absoluta (Triple to Double Coincidence Ratio) -
TDCR
Conforme foi citado no tem 6.6.5, com o uso do cintilador lquido, mdulos
comerciais de instrumentao nuclear acoplados a um mdulo MAC3 especialmente
construdo pelo Dr. Philippe Cassete do Laboratoire National Henri Becquerel (LNHB)
da Frana e vrios programas de computao, construiu-se um dos mais sofisticados
mtodos de calibrao absoluta de radionucldeos.
O mtodo utiliza um sistema de coincidncia com trs fotomultiplicadoras
coletando as cintilaes produzidas por uma soluo de radioistopo, a ser calibrada,
diluda numa soluo de cintilao lquida. Usando as razes das coincidncias tripla e
duplas, obtm a atividade da soluo radioativa. As Figuras 6.39a e 6.39b ilustram o
arranjo experimental utilizado e a foto do mdulo MAC3 utilizado.
Unidade de
Frasco B Coincidncia
C e de
Fotom. Tempo-morto
F
PA AB AC T F
BC D F
Base de tempo contadores
(a) (b)
Figura 6.39 - Arranjo experimental do sistema TDCR e foto do mdulo MAC3.
230
Incerteza
de medio Unidades do SI
Padres Internacionais
BIPM Padres dos Institutos Nacionais
de Metrologia
Padres
Nacionais
Padres de referncia dos laboratrios
de calibrao credenciados
Calibrao
Em todas as medies de uma grandeza o resultado deve ser expresso pelo valor
obtido, com sua respectiva unidade, acompanhado do valor da incerteza expressa com um
determinado intervalo de confiana. Isto significa que, um resultado de medio sem a
sua incerteza no possui valor e nem qualidade metrolgica.
A origem da incerteza est acoplada preciso dos equipamentos, repetitividade
e reprodutibilidade das medies e, quando comparada com um padro, exatido e
rastreabilidade.
Para cada tipo de aparelho e aplicao tcnica existe uma faixa apropriada ou
aceitvel do valor da incerteza da grandeza medida. Por exemplo, numa determinao da
taxa de dose efetiva obtida num programa de monitorao ambiental, um valor entre 10%
e 20% considerado muito bom, enquanto que numa calibrao absoluta da Atividade,
com valor de 0,5% pode ser considerado elevado para determinado radionucldeo.
Assim, em todas as medies, principalmente as mais complexas e importantes,
alm dos registros dos valores das medies, uma planilha contendo os diversos
componentes de incerteza, com seus respectivos valores, deve acompanhar os resultados.
Os componentes da incerteza total so classificados como sendo do Tipo A e Tipo
B, cada um associado a um determinado tipo de distribuio estatstica e forma de
obteno, sendo compostos quadraticamente na maioria dos casos. Alm do valor total
obtido, este deve ser multiplicado pelo fator de abrangncia (k) proveniente do intervalo
de confiana estabelecido, para se obter a incerteza total expandida.
Para determinar, propagar, classificar e compor os diversos tipos de incerteza, os
operadores devem seguir os procedimentos do Guia para a Expresso da Incerteza de
Medio estabelecido pela Associao Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT) e Instituto
Nacional de Metrologia, Normalizao e Qualidade Industrial (INMETRO) no Brasil,
aps padronizao internacional pela International Organization for Standardization
(ISO), na publicaoGuide to the Expression of Uncertainty in Measurement em 1995.
Alm das incertezas determinadas para cada ponto de medio, existem as
231
contribuies das incertezas devidas aos ajustes, extrapolaes e interpolaes, com
incluso das incertezas experimentais, propostos pelos mtodos de medio utilizados.
(Consultar: E. Almeida, L. Tauhata, Estatstica, Teoria de Erros e Processamento de
Dados - IRD, 1982).
232
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233
CAPTULO 7
234
Brasil, os procedimentos, os critrios cientficos e metodolgicos esto bem detalhados
na Posio Regulatria 3.01/008:2011 da CNEN que trata do Programa de Monitorao
Radiolgica Ambiental.
A partir da publicao 91, a ICRP j faz proposta sobre a proteo radiolgica do
meio ambiente. Em 2007, no captulo 8 de sua publicao 103, ela estabeleceu claramente
como objetivos para a Proteo Radiolgica do Ecossistema, a necessidade global e
esforo para:
1) manter a diversidade biolgica;
2) assegurar a conservao das espcies; e
3) proteger a sade e o status do habitat natural, das comunidades e ecossistemas.
Nesta publicao, a ICRP no prope definir qualquer forma de limites de dose
para o meio ambiente. Ela pretende usar alguns animais e plantas como referncias, para
estabelecer aes de proteo em diferentes situaes de exposio radiao.
Na publicao das Naes Unidas, UNSCEAR 2008 Report Vol.II, ANNEX E,
existe um longo texto dedicado a Effects of Ionizing Radiation on Non-Human Biota, (ver:
http://www.unscear.org/)
235
individual, ou seja, para cada tipo de radionucldeo deve ser feito um procedimento
especfico para verificar se sua concentrao no material pode ser considerada incua ou
necessita de uma interveno para reduzir a exposio radiao dos trabalhadores ou
membros do pblico.
As recomendaes regulatrias e de estudo destes dois campos so feitas em
vrias publicaes da Agncia Internacional de Energia Atmica (IAEA), como por
exemplo, na International Basic Safety Standards for Protection against Ionizing
Radiation and for the Safety of Radiation Sources, BSS-115, IAEA, Vienna (1996),
Regulations for the Safe transport of Radioactive Materials - Safety Series No.ST-1
(1996).
236
Para evitar tumultos, ocorrncias no programadas ou desagradveis, as pessoas
participantes passam por um processo de triagem ou revista, porque algumas delas podem
estar portando armas, explosivos, objetos que podem causar ferimentos em outrem e,
inclusive, material inflamvel ou radioativo.
Este procedimento de segurana se torna cada vez mais crtico em pases e locais
onde podem se reunir pessoas de diferentes ideologias, concepes religiosas e polticas
e, principalmente, em conflitos regionais ou internacionais. Assim, os denominados
grandes eventos, como Copa do Mundo e Olimpadas, necessitam do cuidado de
assegurar a integridade dos atletas, pblico assistente, instalaes de hospedagem,
estdios e a realizao da programao.
7.2.1. Justificao
7.2.2. Otimizao
237
significantes do que os esforos necessrios. A aplicao desse princpio requer a
otimizao da proteo radiolgica em todas as situaes onde possam ser controladas
por medidas de proteo, particularmente na seleo, planejamento de equipamentos,
operaes e sistemas de proteo.
Os esforos envolvidos na proteo e o detrimento da radiao podem ser
considerados em termos de custos; desta forma uma otimizao em termos quantitativos
pode ser realizada com base numa anlise custo-benefcio. Na Figura 7.1 faz-se uma
representao esquemtica desta anlise, utilizando como parmetro a dose coletiva.
HT , lim HT , L
E H E wT H T H WB,L
T
238
onde wT o fator de peso para o tecido T, HT a dose equivalente anual no tecido T e
HWB,L o limite de dose equivalente anual recomendado para irradiao uniforme do
corpo inteiro HWB, ou dose efetiva E.
O fator de peso, wT, para efeitos estocsticos no tecido T, definido como sendo
a razo entre o coeficiente de probabilidade de detrimento fatal para esse tecido (fT),
levando em conta a severidade do efeito e o coeficiente de risco total para o corpo, para
irradiao uniforme de corpo inteiro. Os valores de wT para vrios tecidos so mostrados
na Tabela 7.2.
Cristalino 150 15 50
Dose
Equiva-
Extremidades
lente
(mos e ps)
Pele 500e 50e 150e
a
Em circunstncias especiais, a CNEN poder autorizar temporariamente uma mudana na limitao
de dose, desde que no exceda 50 mSv em qualquer ano, o perodo temporrio de mudana no
ultrapasse 5 anos consecutivos, e que a dose efetiva mdia nesse perodo temporrio no exceda 20
mSv por ano.
b
Mulheres grvidas (IOE) no podem exceder a 1 mSv por ano.
c
Em circunstncias especiais, a CNEN poder autorizar um valor de dose efetiva de at 5 mSv em um
ano, desde que a dose efetiva mdia em um perodo de 5 anos consecutivos no exceda a 1 mSv por
ano.
d
Por perodo (diagnstico + tratamento).
e
Valor mdio numa rea de 1 cm2 da parte mais irradiada.
239
Na Tabela 7.1 que resume os limites estabelecidos pela Norma NN-3.01 e pelo
BSS 115, percebe-se a preocupao social com os aprendizes, estudantes e
acompanhantes de pacientes em hospitais.
Em condies de exposio rotineira, nenhum IOE pode receber, por ano, doses
efetivas ou equivalentes superiores aos limites primrios estabelecidos pela Norma
CNEN-NN-3.01 de 2011, mostrados na Tabela 7.1.
240
7.2.4.2. Nveis de referncia
241
Tabela 7.3 - Nveis de registro e de investigao para monitorao individual
dea indivduos ocupacionalmente expostos (IOE), estabelecidos pela Posio
Regulatria 3.01/004:2011 da CNEN.
Tipo de Grandeza
Nvel Valor/perodo*
Exposio limitante
Dose Efetiva
Registro Corpo Inteiro 0,20 mSv/ms
E
Dose Efetiva 6 mSv/ano ou
Corpo Inteiro
E 1 mSv/qualquer ms
a) rea Controlada
rea sujeita a regras especiais de proteo e segurana, com a finalidade de
controlar as exposies normais, prevenir a disseminao de contaminao
radioativa e prevenir ou limitar a amplitude das exposies potenciais.
b) rea Supervisionada
rea para a qual as condies de exposio ocupacional so mantidas sob
superviso, mesmo que medidas de proteo e segurana especficas no sejam
normalmente necessrias.
c) rea Livre
rea que no seja classificada como rea controlada ou supervisionada.
As reas controladas devem ter controle restrito, estar sinalizadas com o smbolo
internacional das radiaes ionizantes, os trabalhadores devem estar individualmente
identificados e monitorados e, na maioria das vezes, portando equipamento de proteo
individual (EPI).
Uma rea para ser considerada controlada, sob o ponto de vista radiolgico, deve
apresentar, em mdia, um nvel de exposio maior que 3/10 do limite mximo permitido
pela norma da CNEN.
Em algumas instalaes, as reas controladas podem ter requisitos adicionais de
proteo e segurana visando, por exemplo, a guarda de segredos industriais ou militares.
As reas supervisionadas devem possuir monitores de rea, controle de acesso e
nvel de exposio maior que 1 mSv/ano. As reas consideradas livres devem apresentar
um nvel de exposio menor do que 1 mSv/ano.
242
7.2.4.4. Exposio crnica do pblico
243
BANDAS DE DOSE EFETIVA INDIVIDUAL
EXPOSIO BANDA
SRIA 6
100
10
NORMAL 4
(devido Radiao de Fundo)
1
BAIXA 3
0,1
TRIVIAL 2
0,01
DESPREZVEL 1
Figura 7.3 - Bandas de Dose Efetiva Individual, em mSv, que podem ser
utilizadas em situaes de operao normal ou de emergncia.
244
6) prevenir, na medida do possvel, a ocorrncia de efeitos no radiolgicos adversos
sobre indivduos e entre a populao;
7) proteger, na medida do possvel, o ambiente e os bens; e
8) levar em conta, na medida do possvel, a necessidade de retomada das atividades
sociais e econmicas.
245
Estes detectores so apropriados para ser utilizados no sistema de segurana
durante a realizao dos grandes eventos, como Jogos Pan-americanos, Copa das
Confederaes, Copa do Mundo e Olimpadas.
7.4.1. Tempo
246
7.4.2. Distncia
Para uma fonte puntiforme, emitindo radiaes em todas as direes, o fluxo, que
proporcional taxa de dose numa determinada distncia r da fonte, inversamente
proporcional ao quadrado dessa distncia.
Cabe lembrar que essa relao somente verdadeira para uma fonte puntiforme,
um detector puntiforme e absoro desprezvel entre a fonte e o detector. Isto porque ela
se baseia no ngulo slido definido pela fonte (puntiforme) e a superfcie de uma calota
esfrica definida pela distncia r, entre fonte e objeto alvo, durante o tempo t de
exposio. A lei do inverso do quadrado dada por:
D1 (r2 ) 2
D2 (r1 ) 2
onde D1 a taxa de dose na distncia r1 da fonte e D 2 a taxa de dose na distncia r2 da
fonte.
Note-se que duplicando a distncia entre a fonte e o detector, reduz-se a taxa de
dose a 1/4 de seu valor inicial. Dessa forma, o modo mais fcil de evitar exposio s
radiaes ionizantes ficar longe da fonte.
7.4.3. Blindagem
247
7.4.5. Blindagem para diferentes tipos de radiao
x
x
( x) (0) e (0) e
Comprimento de
Densidade
Material Relaxao
(g.cm -3)
(cm)
gua 1 10
Grafite 1,62 9
Berlio 1,85 9
xido de berlio 2,3 9
Concreto 2,3 12
Alumnio 2,7 10
Concreto baritado 3,5 9,5
Concreto com ferro 4,3 6,3
Ferro 7,8 6
Chumbo 11,3 9
Partculas carregadas dissipam energia nas colises com as partculas dos tomos
do material de blindagem, at que sua velocidade entra em equilbrio com a das demais
248
partculas do meio. O espao percorrido desde sua entrada no material at sua parada
denominado de alcance da partcula (range).
Se a massa da partcula pequena, como no caso da partcula beta, a forma da
trajetria pode ser bastante irregular, tortuosa, com mudanas significativas de direo de
propagao, principalmente perto do ponto de parada. Se a partcula tem massa elevada,
como no caso da partcula alfa ou fragmentos de fisso, a trajetria quase retilnea, s
mudando de direo quando ocorre uma coliso com um ncleo pesado, o que raramente
acontece.
Devido a esse comportamento, ou seja, de existir um alcance para cada tipo de
partcula carregada em funo da energia e do material, pode-se chegar absoro total
de um feixe de partculas. Isso permite construir uma blindagem com muita eficincia,
desde que a espessura de material seja superior ao alcance, ou poder de penetrao da
partcula, e sua natureza seja tal que minimize as interaes com emisso de radiao de
freamento.
Para blindar essas partculas utiliza-se material de baixo Z que possua consistncia
mecnica, como acrlico, teflon, PVC, polietileno e, algumas vezes, o chumbo e concreto.
O chumbo no deve ser utilizado para blindagem de feixes de eltrons, devido produo
de radiao de freamento que agravaria a situao em termos de nveis de radiao e
penetrabilidade.
/ (i / i ) wi
i
249
Para o clculo de blindagens de instalaes mais complexas, como por exemplo,
as de radioterapia com ftons ou eltrons, o procedimento de clculo bastante diferente
da determinao de blindagem de uma fonte puntiforme ou feixe colimado paralelo. Para
isso, foi adicionado nesta apostila, o Anexo C, que trata da Determinao de Blindagens
em Radioterapia.
0,693
HVL
0, 693
x
I I0 e HVL
Material atenuador
kV
Chumbo (cm) Concreto (cm) Ferro (cm)
Pico
HVL TVL HVL TVL HVL TVL
50 0,006 0,017 0,43 1,5
70 0,017 0,052 0,84 2,8
100 0,027 0,088 1,6 5,3
125 0,028 0,093 2 6,6
150 0,03 0,099 2,24 7,4
200 0,052 0,17 2,5 8,4
250 0,088 0,29 2,8 9,4
300 0,147 0,48 3,1 10,4
400 0,25 0,83 3,3 10,9
250
Material atenuador
kV
Chumbo (cm) Concreto (cm) Ferro (cm)
Pico
HVL TVL HVL TVL HVL TVL
500 0,36 1,19 3,6 11,7
1.000 0,79 2,6 4,4 14,7
2.000 1,25 4,2 6,4 21
3.000 1,45 4,85 7,4 24,5
4.000 1,6 5,3 8,8 29,2 2,7 9,1
6.000 1,69 5,6 10,4 34,5 3 9,9
8.000 1,69 5,6 11,4 37,8 3,1 10,3
10.000 1,66 5,5 11,9 39,6 3,2 10,5
251
Camada Semi-redutora (cm)
Radionucldeo
Chumbo Ferro Alumnio gua Concreto
Y-91 0,96 1,62 4,57 10,74 5,09
Zr-95 0,6 1,26 3,58 8,61 4
Nb-94 0,64 1.3 3,7 8,84 4,13
Nb-95 0,62 1,28 3,63 8,72 4,06
Mo-99+Tc- 0,49 1,11 3,16 7,6 3,54
99m
Mo-99 0,49 1,11 3,16 7,6 3,54
Tc-99 0,05 0,25 0,73 1,73 0,82
Tc-99m 0,07 0,39 1,13 2,68 1,27
Ru-103 0,4 1,06 2,97 7,53 3.4
Ru-105 0,48 1,16 3,28 7,98 3,69
Rh-106 0,49 1,17 3,29 8,16 3,73
Ag-110m 0,71 1,38 3,91 9,36 4,38
Cd-109 0,01 0,06 0,18 0,43 0.2
In-114m 0,23 0,75 2,14 5,18 2,41
Sn-113 0,02 0,09 0,27 0,65 0,31
Sn-123 0,88 1,53 4,36 10,16 4,83
Sn-126+Sb- 0,48 1,15 3,27 7,99 3,68
126m
Sn-126 0,04 0,19 0,55 1.3 0,62
Sb-124 0,83 1,55 4,39 10,49 4,9
Sb-126 0,52 1,19 3,37 8,21 3,79
Sb-126m 0,48 1,15 3,27 7,99 3,68
Sb-127 0,47 1,14 3,24 7,92 3,65
Sb-129 0,72 1.4 3,98 9,45 4,43
Te-127m 0,01 0,08 0,23 0,54 0,26
Te-129 0,33 0,93 2,63 6,53 2,99
Te-129m 0,38 0,82 2,33 5,65 2,61
Te-131m 0,65 1,31 3,74 8,88 4,17
Te-132 0,10 0,53 1,54 3,66 1,73
I-125 0,01 0,08 0,23 0,54 0,26
I-129 0,02 0,09 0,25 0,6 0,28
I-131 0,25 0,93 2,67 6,5 3,02
I-132 0,63 1,31 3,7 8,91 4,14
I-133 0,47 1,15 3,23 8,05 3,67
I-134 0,72 1,4 3,98 9,43 4,43
I-135+Xe- 0,98 1,66 4,7 11,06 5,23
135m
I-135 0,98 1,66 4,7 11,06 5,23
Xe-131m 0,02 0,1 0,29 0,7 0,33
Xe-133 0,03 0,16 0,47 1,11 0,53
Xe-133m 0,05 0,25 0,73 1,72 0,82
Xe-135 0,14 0,72 2,1 4,99 2,36
Xe-135m 0,41 1,07 2,99 7,54 3,41
Xe-138 0,9 1,64 4,79 11,09 5,26
Cs-134 0,57 1,24 3,5 8,5 3,93
Cs-136 0,65 1,32 3,76 8,86 4,18
Cs-137+Ba- 0,53 1,19 3,35 8,2 3,77
137m
Ba-133 0,16 0,67 1,92 4,63 2,17
252
Camada Semi-redutora (cm)
Radionucldeo
Chumbo Ferro Alumnio gua Concreto
Ba-137m 0,53 1,19 3,35 8,2 3,77
Ba-140 0,33 0,96 2,69 6,72 3,06
La-140 0,93 1,64 4,63 11,04 5,19
Ce-141 7,00 0,37 1,07 2,52 1,2
Ce-144+Pr- 0,05 0,28 0,82 1,95 0,93
144m
Pr-144m 0,02 0,1 0,28 0,67 0,32
Pm-145 0,02 0,11 0,31 0,74 0,35
Pm-147 0,06 0,34 0,99 2,35 1,12
Sm-151 0,01 0,03 0,09 0,21 0,1
Eu-152 0,66 1,32 3,73 8,84 4,17
Eu-154 0,74 1,38 3,91 9,24 4,35
Eu-155 0,04 0,23 0,66 1,56 0,74
Gd-153 0,03 0,18 0,51 1,21 0,57
Tb-160 0,68 1,35 3,84 9,01 4,26
Ho-166m 0,45 1,09 3,1 7,46 3,48
Tm-170 0,03 0,18 0,51 1,21 0,57
Yb-169 0,06 0.3 0,87 2.05 0,97
Hf-181 0,27 0,86 2,41 6,02 2,75
Ta-182 0,8 1,39 3,94 9,26 4,39
W-187 0,43 1,03 2,91 7,17 3,29
Ir-192 0,24 0,92 2,64 6,42 2,98
Au-198 0,29 0,97 2,74 6,77 3,11
Hg-203 0,14 0,73 2,13 5,04 2,39
Tl-204 0,03 0,18 0,53 1,27 0.6
Pb-210 0,01 0,05 0,15 0,35 0,17
Bi-207 0,65 1.3 3,68 8,79 4,11
Po-210 0,65 1,31 3,73 8,88 4,15
Ra-226 0,09 0,48 1,4 3,32 1,58
Ac-227 0,01 0,08 0,22 0,52 0,25
Ac-228 0,67 1,35 3,84 9,05 4,27
Th-227 0,11 0,58 1,69 4,01 1,9
Th-228 0,02 0,13 0,37 0,88 0,42
Th-230 0,01 0,05 0,14 0,34 0,16
Th-232 0,01 0,04 0,12 0,28 0,13
Pa-231 0,09 0,46 1,35 3.2 1,51
U-232 0,01 0,04 0,12 0,29 0,14
U-233 0,01 0,06 0,16 0,39 0,18
U-234 0,01 0,04 0,12 0,28 0,13
U-235 0,09 0,46 1,35 3,19 1,51
U-238 0,01 0,04 0,11 0,27 0,13
Np-237 0,03 0,12 0,41 0,98 0,46
Pu-236 0,01 0,04 0,11 0,27 0,13
Pu-238 0,01 0,04 0,11 0,27 0,13
Pu-239 0,01 0,04 0,12 0,29 0,14
Pu-240 0,01 0,04 0,11 0,27 0,13
Pu-242 0,01 0,04 0,11 0,27 0,13
253
Camada Semi-redutora (cm)
Radionucldeo
Chumbo Ferro Alumnio gua Concreto
Am-241 0,02 0,12 0,35 0,82 0,39
Am-242m 0,01 0,04 0,13 0.3 0,14
Am-243 0,03 0,18 0,52 1,24 0,59
Cm-242 0,01 0,04 0,12 0,28 0,13
Cm-243 0,08 0,43 1,26 2,98 1,41
Cm-244 0,01 0,04 0,12 0,28 0,13
Cm-245 0,05 0,27 0,79 1,86 0,88
Cf-252 0,01 0,04 0,12 0.3 0,14
FR I 0 / I 10n 2m
254
onde o fator B(x) depende de e da espessura x, podendo ser estimado, com boa
aproximao por frmulas semi-empricas, como a de Berger:
B( x) 1 a x eb x
Toda instalao que opera com material radioativo deve preparar um documento
descrevendo as diretrizes de proteo radiolgica que sero adotadas pela instalao. Tal
documento, que recebe o nome de Plano de Proteo Radiolgica, deve descrever:
255
g. A descrio do sistema de gerncia de rejeitos radioativos, estando a sua
eliminao sujeita a limites estabelecidos em norma especfica;
h. A estimativa de taxas de dose para condies de rotina;
i. A descrio do servio e controle mdico dos IOE, incluindo planejamento
mdico em caso de acidentes;
j. O programa de treinamento dos IOE e demais trabalhadores da instalao;
k. Os nveis de referncia, limites operacionais e limites derivados, sempre que
convenientes;
l. A descrio dos tipos de acidentes admissveis, do sistema de deteco
correspondente e do acidente mais provvel ou de maior porte, com detalhamento
da rvore de falhas;
m. O planejamento de interferncia em situaes de emergncia at o
restabelecimento da normalidade; e
n. As instrues de proteo radiolgica e segurana fornecidas, por escrito, aos
trabalhadores.
256
d. Treinar, reciclar, orientar e avaliar a equipe do Servio de Proteo Radiolgica e
demais IOE envolvidos com fontes de radiao; e
e. Designar um substituto capacitado e qualificado em seus impedimentos.
257
e. Manipular o material radioativo em local adequado e com sistema de exausto
apropriado: capelas, clulas quentes, caixas de luvas, etc.;
f. Utilizar os instrumentos de manipulao adequados: pinas, porta-fontes, castelos,
etc.;
g. Manipular fontes abertas (p, lquido) sobre bandejas de material liso (ao inox,
teflon) forradas com papel absorvente;
h. Proteger as bancada com material apropriado e de fcil remoo, como papel
absorvente sobre plstico impermevel ou folha de alumnio, caso haja
possibilidade de uma contaminao superficial;
i. Trabalhar em lugar com iluminao e ventilao adequadas.
258
b. Separar, embalar e identificar, conforme sua categoria, o material classificado
como rejeito;
c. No jogar material radioativo nas vias de esgoto normal, a no ser que atenda aos
limites definidos pelas normas especficas;
d. Se um material estiver contaminado, avaliar se o custo e o esforo para
descontamin-lo compensam ou se melhor consider-lo como rejeito;
e. Os recipientes devem portar de maneira visvel, o smbolo da presena de
radiao;
f. O armazenamento provisrio deve ser em local includo no projeto da instalao;
g. A segregao de rejeitos deve ser feita no local em que foram produzidos;
h. Os rejeitos devem ser identificados em categorias segundo o estado fsico, tipo de
radiao, concentrao e taxa de exposio;
i. Rejeitos eliminados devem ser registrados em formulrio prprio;
j. Os recipientes devem ser adequados s caractersticas fsicas, qumicas, biolgicas
e radiolgicas dos rejeitos e condies asseguradas de integridade;
k. Os recipientes destinados ao transporte interno devem atender aos limites
mximos para contaminao externa;
l. Os veculos para transporte interno devem ter meios de fixao adequada para as
fontes de radiao;
m. Aps cada servio de transporte devem ser monitorados e se necessrio,
descontaminados;
n. O transporte externo regulado por norma da CNEN;
o. O local de armazenamento deve dispor de barreiras fsicas e radiolgicas para
conter com segurana os rejeitos, evitar sua disperso para o ambiente e minimizar
a exposio de trabalhadores;
p. O tratamento e a eliminao esto sujeitos s normas da CNEN; e
q. Os registros e inventrios devem ser mantidos atualizados.
259
vez que o azul no recomendado para ser utilizado em sinais de aviso e semelhantes,
visto que degrada com o tempo, principalmente se usado no exterior. O uso do amarelo
como fundo foi provavelmente padronizado pelo Oak Ridge National Laboratory no
comeo de 1948.
No incio dos anos cinquenta foram feitas modificaes no desenho original como,
por exemplo, a adio de setas retas ou ondulantes entre ou dentro das hlices propulsoras.
No meio dessa dcada, uma norma ANSI e regulamentaes federais finalizaram a verso
atual.
No est claro porque este smbolo foi escolhido. Uma hiptese a de que este
smbolo era utilizado no dique seco da base naval perto de Berkeley, para avisar sobre
propulsores girando. Outra, de que o desenho foi concebido imaginando o crculo
central como uma fonte de radiao e que as trs lminas representariam uma lmina para
radiao alfa, outra para radiao beta e outra para gama.
Existe ainda uma forte similaridade com o smbolo comercial de aviso de radiao
existente antes de 1947, que consistia de um pequeno ponto vermelho, com quatro ou
cinco raios irradiando para fora. O smbolo inicial era muito semelhante aos sinais de
advertncia de perigo eltrico.
Outra verso de que o smbolo foi criado um ano aps a II Guerra Mundial e que
teria certa semelhana com a bandeira japonesa de guerra, a qual havia se tornado familiar
populao da costa oeste americana.
De qualquer forma, a escolha do smbolo foi uma boa escolha, uma vez que
simples, fcil e prontamente identificvel e no similar a outros, alm de ser
identificvel a grande distncia (Ref. - Paul Frame, Ph.D., CHP - Programa de
Treinamento Profissional - Oak Ridge Institute for Science and Education -
[email protected] - Trifoil or Radiation Warning Symbol).
260
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
ATTIX, F.H., ROESCH, W.C., Radiation Dosimetry, Ac. Press, NY, 1968.
ICRU, Radiation Quantities and Units, Nat. Bur. Stand, U.S., Handbook 84, 1962.
KNOOL, G.F., Radiation Detection and Measurement, J. Wiley and Sons, N.Y., 1979.
PROFIO, A. E., Radiation Shielding and Dosimetry, J. Wiley and Sons, Inc., 1979.
IAEA, International Basic Safety Standards for Protection against Ionizing Radiation
and for the Safety of Radiation Sources, BSS-115, IAEA, Vienna, 1996.
IAEA, Regulations for the Safe transport of Radioactive Materials, Safety Series No. ST-
1, 1996.
UNSCEAR, Effects of Ionizing Radiation on Non-Human Biota, Report Vol. II, Annex
E, 2008. www.physics.nist.gov/PhysRefData/XrayMassCoef/ - Table 3 e Table 4.
261
CAPITULO 8
262
8.2. CLASSIFICAO DOS REJEITOS RADIOATIVOS
d) Classe 3: Rejeitos de Alto Nvel de Radiao (RAN): Rejeitos com potncia trmica
superior a 2kW.m-3 e com concentraes de radionucldeos de meia-vida longa que
excedam as limitaes para classificao como rejeitos de meia-vida curta.
263
Aps a segregao, os rejeitos devem ser acondicionados em embalagens que
atendam aos requisitos constantes da Norma NE- 6.05. As embalagens destinadas
segregao, coleta, ao transporte e ao armazenamento de rejeitos devem portar o
smbolo internacional da presena de radiao, fixado de forma clara e visvel. As
embalagens para armazenamento inicial devem ter suas condies de integridade
asseguradas e, quando necessrio, devem ser substitudas. As embalagens destinadas
ao transporte no devem apresentar contaminao superficial externa em nveis
superiores aos especificados na Norma NE-6.05.
Os volumes contendo rejeitos radioativos devem possuir vedao adequada para
evitar derramamento do seu contedo. Os volumes de rejeitos devem portar o
smbolo indicativo de presena de radiao e devem apresentar fichas de
identificao, afixadas externamente, informando:
264
8.4. DISPENSA PARA REJEITOS
265
8.4.3. Rejeitos gasosos
266
s) permitir, a qualquer momento, acesso para inspeo visual e identificao dos
volumes;
t) dispor de meios para proteo e combate a incndio; e
u) ter capacidade de armazenamento adequada, de modo a minimizar riscos de
acidentes durante o manuseio de rejeitos pelo tempo que se fizer necessrio.
268
A instalao deve manter registros sobre os rejeitos, em conformidade com a
Norma, contendo, em particular, os dados sobre os rejeitos, a localizao dos
respectivos volumes, procedncia e destino, transferncias e eliminaes
realizadas. Esses registros devem ser descritos no Plano de Gerenciamento de
Rejeitos. Deve ser realizado o controle de variao de inventrio de todo o
material radioativo do laboratrio, inclusive rejeitos.
269
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
270
CAPTULO 9
9.1. INTRODUO
272
9.3.1. Material radioativo em forma especial
Os materiais radioativos em forma especial devem ter pelo menos uma dimenso
no inferior a 5 mm, no podem quebrar ou estilhaar sob os ensaios de impacto,
percusso e flexo, e no podem se fundir ou dispersar quando submetidos a ensaios
trmicos, conforme descrito na Norma CNEN-NE-5.01. Uma cpsula selada com
material radioativo s pode ser aberta por meio de sua destruio.
273
determinada levando-se em considerao que:
274
a) atividades superiores s autorizadas;
b) radionucldeos distintos daqueles autorizados; e
c) contedo em estado fsico ou qumico ou em forma diferente dos autorizados.
275
Tabela 9.2 - Limites de atividade para embalados exceptivos.
Esse tipo de embalado deve ser submetido aos ensaios abaixo, na ordem indicada:
1. Ensaio de jato dgua: a amostra deve ser submetida a um jato dgua que simule
chuva com precipitao de 50 mm.h-1, durante uma hora.
2. Ensaio de queda livre: a amostra deve sofrer um queda livre sobre um alvo rgido,
de modo a sofrer um dano mximo com relao aos aspectos de segurana, sendo
a altura de queda funo da massa do embalado. Para massas menores que 5.000
kg, a distncia de queda livre 1,2 m e, medida que a massa aumenta, a distncia
de queda diminui para at 0,3 m.
3. Ensaio de empilhamento: a amostra deve ser submetida a uma carga de
compresso igual ou superior a 5 vezes a massa do embalado.
4. Ensaio de penetrao: a amostra deve ser fixada sobre uma superfcie rgida,
plana e horizontal. Uma barra de ao de 6 kg, com extremidade hemisfrica de 3,2
cm de dimetro, deixada cair de uma altura de 1 m, com o seu eixo verticalmente
orientado, para atingir o centro da parte mais frgil da amostra.
276
a) satisfazer os requisitos para embalados do Tipo A;
b) conservar, aps os ensaios, blindagem suficiente para assegurar, mesmo estando
com o mximo contedo radioativo que possa comportar, que o nvel de radiao
a um metro de sua superfcie no exceda 10 mSv.h-1;
c) impedir que o calor gerado pelo contedo radioativo afete adversamente a
embalagem;
d) evitar que as superfcies externas atinjam temperaturas superiores a 50C;
e) garantir a eficcia da proteo trmica durante o transporte, seja em condies
normais, seja em situaes acidentais previstas;
f) restringir vazamento ou disperso do contedo a 10-6.A2 por hora, quando
submetido aos ensaios para embalados Tipo A; e
g) restringir o vazamento acumulado do contedo radioativo durante uma semana,
no mximo a 10.A2 para 85Kr e a A2 para os demais radionucldeos.
Todo embalado deve exibir uma etiqueta indicativa do material radioativo em seu
interior, com exceo do embalado exceptivo que possui quantidade limitada de material
radioativo.
So utilizadas trs tipos de etiquetas para identificar os materiais radioativos.
Todas estas etiquetas exibem o smbolo internacional de radiao ionizante (triflio). As
informaes contidas na etiqueta de um embalado so suficientes para determinar o risco
associado, sem o uso de um detector de radiao.
277
b) os limites de contedo radioativo;
c) as categorias para rotulao
d) os requisitos para uso exclusivo do meio de transporte;
e) os requisitos de espaamento durante armazenamento em trnsito;
f) as restries de mistura durante o transporte realizado mediante aprovao
especial de transporte e durante armazenamento em trnsito; e
g) o nmero de embalados permitido em um continer ou em um meio de
transporte.
O IT expressa a taxa mxima de dose, em mrem.h-1 (se a taxa de dose for medida
em mSv.h-1, multiplica-se o valor por 100), a um metro da superfcie externa do
embalado. Deve-se arredondar o nmero encontrado para cima, at a primeira casa
decimal, (e.g. 1,13 deve ser considerado 1,2). Quando o IT for igual ou inferior a 0,05
pode ser estimado como zero.
Para tanques, contineres ou material BAE-I ou OCS-I desembalado, o valor
determinado acima deve ser multiplicado pelo fator apropriado, com base na Tabela 9.3.
Quando for utilizado um pacote de embalados, seu IT ser igual soma dos IT de
cada um de seus embalados.
Para um embalado, ou pacote de embalados, o IT no deve exceder a 10 e o nvel
mximo de radiao em qualquer ponto de sua superfcie externa no deve ultrapassar 2
mSv.h-1. Excetua-se o caso de expedies de Uso Exclusivo, quando o transporte feito
para um nico expedidor de forma exclusiva, utilizando um nico meio de transporte.
Quando o expedidor garantir que medidas adicionais ou restritivas sero adotadas
no sentido de compensar o no cumprimento de alguns itens da Norma CNEN-NE-5.01,
poder ser efetuado o transporte na modalidade de Arranjo Especial. Neste caso o
transporte no pas requer a aprovao especfica da CNEN, ou aprovao multilateral, no
caso de transporte internacional.
Para facilitar o reconhecimento dos riscos potenciais dos embalados eles devem
apresentar em suas etiquetas de rotulao a categoria do embalado, conforme apresentado
na Tabela 9.4. O tipo de etiqueta indica, rapidamente, para qualquer pessoa informada do
pblico ou para autoridades, a taxa de dose prxima ao embalado, se o embalado no
estiver danificado. Caso contrrio, este valor deve ser avaliado.
As cores das etiquetas so padronizadas internacionalmente, conforme ilustrado
na figura 9.1. A cor do texto e do smbolo de radiao preta e a cor dos numerais I, II
ou III deve ser vermelha.
278
Tabela 9.4 - Categoria de Embalados.
279
2. O nmero de srie que identifica cada embalagem em conformidade com o
projeto.
3. A marca Tipo B(U), para embalados cujo projeto atende aos requisitos para
aprovao unilateral ou Tipo B(M) para embalados cujo projeto exige aprovao
multilateral.
4. O smbolo do triflio, em alto relevo.
Figura 9.2 - Placa para tanques e contineres. A palavra RADIOATIVO pode ser
substituda pelo nmero de classificao de materiais da ONU, conforme tabela 9.5.
Caso o veculo rodovirio tenha carroceria sem paredes, as placas de aviso podem
ser afixadas diretamente nos embalados, pacotes, tanques ou contineres, desde
que sejam claramente visveis.
Durante o transporte normal, o veculo deve possuir cobertura que previna ou
280
impea o acesso de pessoas no autorizadas ao seu interior.
Durante o transporte normal, devem ser tomadas medidas para fixar o embalado,
de modo que o mesmo no sofra deslocamento dentro do veculo.
Entre o incio e o final do transporte no devem ocorrer quaisquer outras
operaes de carga ou descarga.
No veculo rodovirio transportando embalados, pacotes, tanques ou contineres
das categorias Amarela II e Amarela III, no deve ser permitida a presena de
outras pessoas alm do motorista e seus ajudantes autorizados.
Nmero da
Nome Apropriado para Transporte e Descrio
ONU
2912 Material Radioativo - Baixa Atividade Especfica (BAE-I) no fssil ou fssil isento
3321 Material Radioativo - Baixa Atividade Especfica (BAE-II) no fssil ou fssil isento
3322 Material Radioativo - Baixa Atividade Especfica (BAE-III) no fssil ou fssil isento
Material Radioativo - Objeto Contaminado na Superfcie (OCS-I e OCS-II) no fssil ou
2913
fssil isento
2915 Material Radioativo, Embalado Tipo A outras formas, no fssil ou fssil isento
a) Envelope de Transporte;
b) Ficha de Emergncia;
c) Declarao do Expedidor; e
d) Ficha de Monitorao da Carga e do Veculo.
281
A Norma CNEN-NE-5.01 apresenta em seus Anexos C e D, respectivamente, a
Ficha de Monitorao da Carga e do Veculo e a Declarao do Expedidor de Materiais
Radioativos (ONU-Classe 7).
Tipo de embalagem.
Forma qumica e fsica do material.
Radiotoxicidade.
Quantidade de material.
Modo de transporte.
Severidade do acidente.
Localizao do acidente.
Condies atmosfricas.
282
da ONU.
As palavras material radioativo.
Notao apropriada para BAE ou OCS.
Nome e smbolo de cada radionucldeo.
Uma descrio da forma fsica e qumica do material, ou a notao de que
se encontra sob forma especial.
Atividade mxima do contedo radioativo.
Categoria do embalado.
ndice de transporte.
Marca de identificao de cada certificado de aprovao emitido pela
Autoridade Competente.
c) fornecer ao transportador os seguintes documentos:
Declarao do expedidor.
Envelope de transporte, padronizado pela NBR 7504.
Ficha de emergncia, padronizada pela NBR 7503.
Ficha de monitorao do veculo.
d) fornecer ao transportador:
Nome do destinatrio, endereo completo e rota a ser seguida.
e) informar o transportador sobre:
Equipamentos e requisitos especiais para manuseio e fixao da carga.
Requisitos operacionais suplementares para carregamento, transporte,
armazenamento, descarregamento e manuseio de embalado ou uma
declarao que tais requisitos no so necessrios.
Quaisquer prescries especiais de armazenamento para dissipao segura
de calor do embalado, especialmente quando o fluxo de calor na superfcie
do mesmo exceder 15 W.m-2.
Restries impostas ao modo ou meio de transporte.
Providncias a serem tomadas em caso de emergncia.
283
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
IAEA, Regulations for the Safe Transport of Radioactive Material, ST-1, International
Atomic Energy Agency, Vienna, 1996.
IAEA, Safe Transport of Radioactive Material, Training Course Series, Fourth Edition,
International Atomic Energy Agency, Vienna, 2006.
A.M. Xavier, J.T. Moro, P.F. Heilbron, Princpios Bsicos de Segurana e Proteo
Radiolgica, UFRGS, 2006.
284
ANEXO A
NORMAS DA CNEN
As Normas da CNEN so constantemente atualizadas, assim, recomenda-se a
consulta ao site www.cnen.gov.br/seguranca/normas/normas.asp
285
NE-1.18, Conservao Preventiva em Usinas Nucleoeltricas, D.O.U. de 04/09/1985.
NE-1.24, Uso de Portos, Baas e guas sob Jurisdio Nacional por Navios Nucleares,
D.O.U. de 16/12/1991.
286
Posio regulatria 3.01/001:2011, Critrios de Excluso, Iseno e Dispensa de
Requisitos de Proteo Radiolgica.
287
Resoluo CNEN N 03/65, Fixa Normas no que se Referem aos Minerais, Minrios
Nucleares e de Interesse para a Energia Nuclear, D.O.U. 20/01/1975.
Resoluo CNEN N 08/77, Esclarece a Regra para o Exportador (Na Resoluo 04/69),
Caso no Seja Possvel a Aquisio no Mercado Externo, D.O.U. de 29/09/1977.
Port. 279/97, Define Regras para a Importao de Produtos Base de Ltio, D.O.U. de
01/12/1997.
288
NN-1.17, Qualificao de Pessoal e Certificao para Ensaios no-Destrutivos em Itens
de Instalaes Nucleares, D.O.U. de 01/12/2011.
NN-6.01, Requisitos para Registro de Pessoas Fsicas para o Preparo, Uso e Manuseio
de Fontes Radioativas, D.O.U de 01/03/1999.
289
ANEXO B
B.1. INTRODUO
290
compensar os danos sade dos trabalhadores, provocados por agentes mesolgicos
nocivos, atenuando seus impactos e/ou indenizando-os.
Voltada para as atividades concernentes radiao ionizante ou substncia
radioativa e calcada em recomendaes internacionais, a lei 1.234/50 refletia o carter de
duplo risco para ocorrncias normais e no usuais que poderiam atingir o trabalhador
[1,2,3,4].
291
B.1.2.1. Normas regulamentadoras e as radiaes ionizantes
292
administrativas, alm de resultados de monitorao radiolgica, e atestado por
engenheiro de segurana ou por mdico do trabalho conforme versa a legislao. feito
mediante o preenchimento, pela empresa ou representante, de formulrio denominado
Perfil Profissiogrfico Previdencirio, prprio do Instituto Nacional do Seguro Social e
vlido a partir de 01/01/2004 (antes se denominava DIRBEN 8030, muito antes, SB40,
ambos vlidos at 31/12/2003). No documento histrico-laboral, PPP, devem tambm ser
registrados dados e informaes sobre planos de proteo radiolgica, que visem
reduo dos nveis de radiao a limites tolerveis, e que constem recomendaes sobre
a adoo destas prticas pela empresa. A anlise e a veracidade destes registros, essenciais
concesso da referida aposentadoria, ocorre atravs da inspeo de cada local de
trabalho, e conduzida exclusivamente por peritos vinculados ao INSS. Uma vez
concedida, a aposentadoria especial torna-se irreversvel e somente ser cancelada pelo
INSS, caso o segurado retorne atividade que deu origem ao benefcio.
[www.previdencia.gov.br/conteudoDinamico.php?id=14].
293
e estatais, cujas atividades esto caracterizadas como de risco potencial atinente a
radiaes ionizantes ou substncias radioativas, persiste o adicional de periculosidade
discorrido no pargrafo 1 do artigo 193 da CLT. A condio exclusiva de trabalhadores
do servio pblico envolvidos com atividades nucleares na manipulao ou prximos s
fontes radioativas, ou operando os equipamentos de raios X e as correspondentes
compensaes por riscos sade e vida so formuladas nos pargrafos 1 (adicional de
irradiao ionizante) e 2 (gratificao por atividade com raios X ou substncias
radioativas), respectivamente, no mesmo artigo 12. O esprito da lei, aqui materializado
nos pargrafos 1 e 2 e no Decreto 877/93 [13] que regulamenta a concesso do adicional
de irradiao ionizante, prevaleceu ante a lei 1.234/50 ainda vigente. Com todas as
restries para enquadramento, este Decreto tornou extensivo o benefcio a maior nmero
de servidores, os quais no foram includos no Decreto 81.384/78.
294
Figura B.1 - RJU e Legislao relativa s radiaes ionizantes
295
seu valor histrico. Como se nota, parece que os nmeros percentuais 5, 10 e 20 no
surgiram por acaso.
Enfim, cumpre destacar que os adicionais de insalubridade e de periculosidade
no so acumulveis. Isto vale tanto para os trabalhadores do universo celetista regidos
pela NR16 como aqueles do RJU, segundo o artigo 68, pargrafo 1, o que se adota na
prtica a assinatura do termo de opo por um dos adicionais, cuja escolha feita pelo
interessado. Contudo, nada se pode afirmar sobre a cumulatividade entre o adicional de
irradiao ionizante (que no insalubridade) e a gratificao por atividade com raios X
e substncias radioativas (que no pode ser confundida com periculosidade). Esta
discusso ainda no foi dirimida e atualmente encontra-se sob a apreciao judicial, no
aguardo de sentena definitiva (sub judice).
296
Esta concesso retirada com a eliminao das condies ou riscos que
originaram a sua percepo.
297
ocorrncia em funo de falhas humanas ou tcnicas; (c) avaliao da dose resultante; (d)
comparao dos resultados com alguns critrios de aceitao. Em seguida, o autor
exemplifica alguns cenrios tpicos, que compreendem exposies externas para fontes
de radiao fixas e mveis: entrada insegura em uma rea de radiao, como salas de
irradiadores industriais, aceleradores, reatores; blindagens insuficientes ou
inadvertidamente removidas; fontes afastadas do seu local apropriado; perdas ou furtos
de fontes, acidentes durante o transporte. Tambm se consideram os acidentes decorrentes
de problemas administrativos como perda de informao sobre o proprietrio ou
responsvel, desinformao sobre a localizao ou caractersticas da fonte, falta de
controle e perda de contabilidade.
Em outro trabalho que prope o clculo do adicional devido irradiao [17], a
dose potencial definida como a dose possvel de ser acumulada por ano de trabalho na
rea de risco, e que pode ser decomposta em: (a) doses ocupacionais esperadas
decorrentes de exposio radiao e de incorporao de radionucldeos em condies
normais de operao; (b) doses decorrentes de uma atuao anormal (situao de
emergncia), levando-se em conta a probabilidade de ocorrncia de tal evento. O risco
potencial (R) foi estabelecido, assim, em termos de frao de dose:
R = (Eoperacional + pi Eacidente)/Eefetiva
em que,
Este critrio assim postulado tratou o risco potencial como uma combinao linear
de dois termos. Um, decorrente de um suposto risco operacional previsto no plano de
proteo radiolgica da instalao (condies normais) e o outro, de um risco para
situao de emergncia. Ambos definidos como uma funo da dose. Outro postulado
para clculo de dose potencial devida s fontes de radiao existentes no ambiente de
trabalho o que define um modelo simplificado de exposio que possibilita construir
um cenrio [22]. Este modelo representaria um encadeamento de eventos no-usuais,
desprezando-se sua probabilidade de ocorrncia, e apenas considerando o clculo da dose
resultante que seria recebida pelo trabalhador para o caso de uma situao anormal. Os
resultados dos clculos de doses, consequentemente, serviriam de base para o
enquadramento dos servidores em 5, 10 ou 20%.
Em resumo, a eleio de um modelo simplificado, como proposto, seria o caminho
obviamente mais pragmtico entre os trs, pois, para os outros postulados exigia-se o
conhecimento de todos os fatores complexos que concorrem em um evento emergencial,
alm de dados para se determinar a probabilidade de ocorrncia do acidente.
Apesar disso, deve ser observado que os critrios acima propostos, embora
estejam calcados em fundamentos tericos slidos, apresentam-se intrincados e difceis
de serem aproveitados na prtica, de acordo com o que pede a legislao. O principal
298
obstculo para disciplinar a concesso de vantagens ainda persiste: em nenhum deles foi
estabelecida uma relao direta de vnculo entre a dose anual (ou fraes dela) assim
calculada para cada servidor e os percentuais de radiao ionizante a que os mesmos
servidores, que estejam desempenhando efetivamente suas atividades em reas sujeitas a
riscos potenciais advindos das radiaes, fariam jus.
Ainda que, para cada postulado, a situao de risco em ambientes reais seja
reconhecida como contnua ou fixa, de um perodo para outro poder haver variaes nos
valores atribudos s doses, em virtude de variaes nas condies geomtricas de
exposio, quais sejam: mudanas nos dispositivos de proteo, na localizao das fontes
de radiao, na otimizao de procedimentos tcnicos. Isto exigiria uma anlise acurada
e peridica da dose atribuda a cada servidor na rea sujeita a riscos, ensejando como
consequncia mudanas na sua faixa de enquadramento arbitrada pela lei. Como o risco,
em se tratando de vantagem pecuniria, depende tambm das aes e omisses dos
trabalhadores, isto poderia induzi-los a buscar ou permanecer em uma faixa percentual
mais favorvel, atitude que fere em cheio as recomendaes bsicas de proteo
radiolgica, refletidas no princpio ALARA, ao afirmar que:
299
ser considerada como instalao radiativa. E, como tal, regulamentada e sujeita a
normas de proteo radiolgica;
b. Seja delimitado um tempo para permanncia na rea em funo da jornada
semanal de trabalho; e
c. Seja estabelecida uma dose potencial por ano de trabalho na rea de risco.
300
radiativa, mesmo que no manipule ou se encontre afastado das fontes - que no existe
uma probabilidade de ser exposto a doses anuais iguais ou abaixo de 1/50 do limite
estipulado. Doses estas consideradas baixas, mas que em rea livre ou restrita qualquer
trabalhador pode estar sujeito. Ademais, as normas utilizam o conceito de doses
equivalentes efetivas, enquanto o Anexo nico faz uso da dose potencial, embutida na
dose anual acumulada que, por sua vez, dever prever tambm possveis incorporaes
de radionucldeos pelo organismo do indivduo.
Consequentemente, a partir da argumentao desenvolvida e tendo em conta os
obstculos de ordem tcnica, legal e administrativa que impedem a aplicao eficaz e
criteriosa do adicional de irradiao ionizante, deve-se optar pela
301
tecnicamente o mesmo que rea de risco. Descuidando-se, contudo, ser corriqueira a
manipulao de material radioativo em rea supervisionada, igualmente contida na rea
restrita, segundo normas de proteo radiolgica. Esta prtica comum tem como alvo
reduzir significativamente a dose, pois, evitando-se o acesso desnecessrio de
equipamentos, materiais ou mesmo de indivduos s reas controladas, as substncias
radioativas de interesse podem ser diretamente manipuladas em reas supervisionadas.
Em seguida, quanto ao certificado de habilitao para se desenvolver atividades
com raios X ou manipular substncias radioativas, este indispensvel para a categoria
de Indivduos Ocupacionalmente Expostos s radiaes (IOE), ou queles que vierem a
ter acesso a reas restritas. Relativamente obrigatoriedade de trabalho habitual com raios
X ou substncias radioativas numa jornada mnima de 12 horas semanais, para se fazer
jus gratificao, esta condio temporal ao estimular exposies desnecessrias,
compromete em cheio os servios de higiene e segurana ocupacionais. A obsolescncia
contida na orientao, legada pelos regulamentos prprios lei 1.234/50, colide com os
preceitos universais de proteo radiolgica, tendo como norte a vigncia do princpio
ALARA. Ressalte-se que a lei 1.234/50 previa apenas uma jornada mxima de 24 horas
semanais junto s fontes, e no mnima.
Desse modo, sugerido como critrio geral para fundamentar o enquadramento
de servidores que faro jus gratificao por atividade
e, no menos significativo,
302
cuidados exigidos pela presena de substncias radioativas ou materiais nucleares
culminam numa srie de esforos extenuantes empreendidos para se reduzir ou impedir a
exposio; e em situaes de acidente ou incidente, atribudo ao temor que a radiao
venha ao longo do tempo causar um dano sade.
Esta situao se manifesta com mais intensidade em populaes atingidas por
acidente radioativo ou em indivduos residentes em regies circunvizinhas s instalaes
radiativas. Neste ltimo caso, recebe a denominao de tenso situacional. Um quadro
completo das causas e sintomas ainda depende da realizao de mais pesquisas, porm
sabe-se que, a depender do nvel acumulado, a tenso ocupacional pode evoluir e provocar
at o aparecimento de enfermidades que atualmente no esto relacionadas aos efeitos
biolgicos radioinduzidos, como doenas do aparelho digestivo, sistema nervoso e
molstias assemelhadas [27].
Assim, a legislao, ao fixar frias inacumulveis de vinte dias por semestre,
pretende recompensar o servidor exposto fsica e mentalmente a uma atividade
extenuante. Em consequncia, a lei 8.112/90, no seu artigo 79, estabelece especificamente
que:
303
mantm similaridades com respeito, por exemplo, a: aposentadoria por invalidez;
parmetros de tempo de contribuio e idade.
B.4.4.2. Requerimento
A fim de que o direito seja reivindicado junto aos rgos da administrao pblica
ou via judicial, torna-se necessrio em primeiro lugar que o IOE entre com Requerimento
Administrativo junto ao setor de Recursos Humanos.
Em caso de indeferimento ou mesmo omisso, deve-se ajuizar a causa de maneira
que a administrao seja obrigada a cumprir a deciso do Supremo. Representaes de
carter coletivo podem ser conduzidas por sindicatos e associaes de classe.
De todo modo, a comprovao da efetiva exposio do servidor em condies
especiais de riscos devidos presena de radiaes ionizantes feita mediante
preenchimento de formulrio prprio do setor de RH, cujas informaes a constantes
subsidiaro o laudo tcnico de condies ambientais do trabalho (LTCAT), o qual deve
ser assinado por mdico ou engenheiro do trabalho e profissional que atua em proteo
radiolgica. Este laudo pea essencial para a concesso da aposentadoria.
B.5. CONCLUSES
304
Homogeneizar a aplicao do decreto 877/93 em todas as unidades do servio
pblico que lidam com radiaes ionizantes, constituindo-se, para tal, comits de
peritos com atuao autnoma. Estes comits tambm se encarregariam de
acompanhar o sistema de registro de doses e a realizao de exames mdicos
peridicos dentre outros, inibindo-se, assim, possveis transgresses aos critrios
e normas;
Regulamentar a aposentadoria especfica para trabalhador sujeito s radiaes no
universo da previdncia social;
Estabelecer, enfim, vnculos entre o conjunto de leis voltadas para trabalhadores
sob regime da CLT e sob o RJU, no exerccio de atividades equivalentes.
305
B.6. GLOSSRIO DE TERMOS BSICOS UTILIZADOS EM PROTEO
RADIOLGICA [25,27]
306
que a severidade do dano aumenta com a dose, e para os quais possvel estimar uma
dose limiar(deficincias hematolgicas, cataratas, infertilidades).
Emergncia
Ocorrncia de situaes identificadas como anormais devido perda de controle de
fonte radioativa, as quais podem ocasionar danos ou exposies desnecessrias ao
trabalhador, membro do pblico ou meio ambiente.
Equipamentos de Proteo Individual
Dispositivos ou meios utilizados nos locais de trabalho por uma pessoa para prevenir
ou evitar possveis riscos que possam afetar a sua sade ou integridade fsica, durante
o desenvolvimento de uma determinada atividade.
Equipamentos de Raios X
Dispositivos que empregam a radiao do tipo X para produzir imagem em emulses
fotogrficas. Uma parte dos raios X atravessa o objeto, enquanto outros raios so
parcialmente ou completamente absorvidos pelas partes mais opacas do alvo, de
forma a se moldar uma sombra no filme.
Exposies Externas
So oriundas de fontes radioativas dispersas no ambiente. As radiaes X, e
nutrons, por penetrarem com facilidade no tecido humano, constituem o maior
perigo nesta exposio.
Exposies Potenciais
Exposies susceptveis de se realizarem em presena das radiaes ionizantes.
Fonte Radioativa
Aparelho ou material que emite ou capaz de emitir radiao ionizante.
Gratificao por Atividade com Raios x ou Substncias Radioativas
Vantagem pecuniria atribuda transitoriamente ao trabalhador que est prestando
servios comuns da funo em condies anormais de salubridade ou de segurana,
pondo em risco a prpria vida ou a sade. Exige habilitao e desempenho das
atividades em rea Restrita.
Indivduo do Pblico
Qualquer membro da populao no exposto ocupacionalmente s radiaes,
inclusive queles ausentes das reas restritas da instalao.
Indivduo Ocupacionalmente Exposto
O mesmo que Trabalhador Sujeito s Radiaes, segundo a definio adotada na
Norma da CNEN: Diretrizes Bsicas de Proteo Radiolgica - CNEN-NN-3.01
de 2011. Indivduo que, em consequncia do seu trabalho a servio da instalao,
possa vir a receber anualmente doses superiores aos limites primrios para indivduos
do pblico.
Insalubridade
Qualidade inerente ao agente qumico, fsico ou biolgico que pode causar danos
sade. Relativamente s radiaes ionizantes, est vinculada s manifestaes
nocivas tardias.
Instalao Radiativa
Instalao aonde o material radioativo ou nuclear produzido, utilizado, manuseado,
pesquisado, reprocessado, ou estocado em quantidades relevantes.
Irradiadores
Equipamentos que submetem uma determinada substncia ou material ao de um
feixe de partculas ou radiaes.
Istopos
So nucldeos com mesmo nmero de massa, mas com diferentes nmeros de
nutrons.
307
Limite Mximo Permissvel
Em se tratando de dose, o valor acima do qual o efeito da radiao pode se tornar
observvel ou nocivo. Ao longo do tempo est havendo uma diminuio progressiva
desses limites.
Limite Primrio Anual
Limites bsicos estabelecidos, em normas, para a dose equivalente anual em tecidos
e rgos, e para a dose equivalente efetiva anual.
Material Radioativo
Material que contm substncias emissoras de radiao ionizante.
Modelo Matemtico
Analogia descritiva usada para auxiliar a visualizao de cenrios, ou realizao de
estimativas, baseada em relaes funcionais simples, dos fenmenos fsicos que no
podem ser direta ou facilmente observados.
Parmetro
Medida de grandeza calculada a partir de todas as observaes de uma populao.
Periculosidade
Complexo de circunstncias que indicam a possibilidade de um agente qumico,
fsico ou biolgico pr em perigo vida; qualidade ou estado do agente cuja atividade
em uma instalao oferece risco potencial vida. Est associada aos efeitos imediatos
provocados por contaminaes com, e/ou exposies s radiaes ionizantes em
condies no-usuais.
Plano de Proteo Radiolgica
Documentos exigidos para fins de licenciamento de instalao, que estabelecem o
sistema de proteo radiolgica a ser implementado por servios especficos e
independentes em cada unidade, de acordo com a Norma CNEN-NN-3.01 Diretrizes
Bsicas de Proteo Radiolgica publicada no D.O.U em 01/09/2011.
Postulado
Proposio no "provada" no sistema de uma teoria e da qual se deduzem, por regras
de inferncia, outras proposies.
Princpio ALARA
Preceitos para proteo radiolgica, adotados internacionalmente, os quais
recomendam serem mantidas as exposies em nveis to baixos quanto exequveis,
respeitando-se as condies scio-econmicas.
Proteo Radiolgica
Legislao, regulamentao e procedimentos tcnicos para proteger o meio
ambiente, o pblico em geral, os pacientes e queles que trabalham em indstrias,
usinas, mineradoras, clnicas, hospitais e laboratrios dos efeitos das radiaes.
Tambm se relaciona com as medidas tomadas para reduo da exposio radiao.
Radiao Ionizante
Qualquer partcula ou radiao eletromagntica que, ao interagir com a matria,
ioniza direta ou indiretamente seus tomos ou molculas.
Radionucldeo
Istopo radioativo, ou radioistopo.
Reatores Nucleares
Dispositivos nos quais uma reao de fisso nuclear em cadeia ocorre. Ou seja, neste
processo um ncleo de combustvel fssil absorve um nutron e se fissiona,
produzindo mais nutrons que, de sua parte, ao serem absorvidos, provocam outras
fisses, liberam mais nutrons, produzindo energia. Os radionucldeos 233U, 235U e
239
Pu so os mais empregados como combustveis. No reator uma reao em cadeia
iniciada, mantida e controlada.
308
Risco Potencial
Condio de perigo virtual inerente s atividades com radiaes ionizantes, existente
como faculdade ou possibilidade mediante a sua prvia avaliao.
Substncia Radioativa
Componente da matria que emite radiao ionizante, podendo ser natural ou
artificial.
Trabalhador Sujeito s Radiaes
Antiga denominao para IOE. Indivduo que, em consequncia do seu trabalho a
servio da instalao, possa vir a receber anualmente doses superiores aos limites
primrios para indivduos do pblico.
Vantagem Pessoal
Qualquer vantagem, na forma de adicional ou de gratificao que, uma vez
consideradas extintas pela administrao, foram substitudas por uma nova
modalidade de compensao.
309
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
[12] Artigo 12, Lei 8.270, de Dezembro de 1991, Adicional de Irradiao Ionizante,
Gratificao por Trabalhos com Raios-X ou Substncias Radioativas, Vantagem
Pessoal.
[17] Gonalez, O.L. e Rigolon, L.S., O Trabalho com Radiao Ionizante no RJU,
Segundo a Lei 8.270 e Respectiva Regulamentao, III Congresso Geral de
Energia Nuclear, Junho de 1994".
310
[18] Parecer CONJUR/SAF N 404, de Julho de 1994, Sec. de Adm. Federal.
[22] ICRP Publication 64, de 1994, Protection from Potential Exposures: A Conceptual
Framework, Pergamon, Oxford.
311
ANEXO C
1) Estabelecer um valor da dose de radiao (ver Cap. 5, 5.3.7) a ser obtido para a
rea ocupada.
2) Estimar o valor da dose de radiao na rea ocupada, caso no houvesse
blindagem.
3) Obter o fator de atenuao necessrio para reduzir o valor da dose em (2) para o
valor da dose de radiao em (1).
Exemplo
Como exemplo da metodologia do clculo de barreiras, ser apresentado
juntamente com o texto deste anexo o clculo das barreiras de uma sala de radioterapia
onde funcionar um acelerador linear de eltrons produzindo dois feixes de ftons (raios
X), com energias de 6 MeV de 15 MeV, e feixes de eltrons, com energias de 4, 6, 9, 12,
16 MeV. Os clculos apresentados servem apenas como ilustrao, para o clculo de uma
sala real deve ser consultada a bibliografia recomendada no final deste anexo. As figuras
313
esquemticas da sala do irradiador utilizadas no exemplo foram gentilmente cedidas pela
fsica Dbora Maria Brando Russo.
Esse acelerador ser utilizado para tratamento de radioterapia em 3 dimenses
(3D) e de intensidade modulada (IMRT). O acelerador possui um cabeote com rotao
de 360o em torno de um ponto (isocentro) que fica, em geral a 100 cm do alvo,
colimadores independentes e colimadores secundrios do tipo multilminas, fornecendo
o campo mximo de radiao primria de (40 x 40) cm no isocentro. O rendimento (taxa
de dose absorvida) no isocentro, no centro do campo, de 800 cGy.min-1. A radiao de
fuga do cabeote, atestada pelo fabricante, de 0,1% do rendimento mximo no isocentro.
A sala de tratamento fica no andar trreo de uma instalao de radioterapia,
sendo um lado vizinho a um estacionamento (barreira A), um lado ocupado por uma sala
de espera (barreira B), um lado ocupado pelo comando do equipamento (barreira C) e um
lado vizinho outra sala de tratamento, onde estar operando outro acelerador (barreira
D). Sobre o teto ser projetado o sistema de refrigerao da instalao de radioterapia.
A localizao da sala do acelerador e sua circunvizinhana so mostradas na
figura 1. Nessa figura est apresentada a classificao das reas da instalao.
314
superestimar a carga de trabalho e os fatores de uso e ocupao para a rea;
considerar que as necessidades de blindagens para os feixes de ftons suplantam
as necessidades para feixes de eltrons; e
considerar que as necessidades de blindagens para os feixes de ftons de maior
energia suplantam as necessidades para os de menor energia (aceleradores duais).
Uma reviso crtica dos itens supramencionados deve ser realizada na elaborao
de cada projeto, para se tomar uma deciso balanceada e evitar o acmulo de medidas
conservativas que podero resultar em blindagens superdimensionadas.
O uso de um limite derivado de H = 0,02 mSv.semana-1 faria com que a rea a ser
blindada pudesse vir a ser considerada como livre, com ocupao permanente por
membros do pblico. Em comparao com reas controladas, as espessuras dessas
barreiras seriam bem mais elevadas. Para reas controladas, o limite derivado para
restrio de dose de H = 0,4 mSv.semana-1. As reas projetadas para atender a esse
limite so reas ocupadas exclusivamente por trabalhadores como, por exemplo, a regio
do comando dos equipamentos.
Nos clculos de blindagens em radioterapia, geralmente se considera que a dose
de radiao calculada ou medida uma aproximao conservativa da dose efetiva para
um indivduo naquele mesmo ponto.
Exemplo
A carga de trabalho total do acelerador ser determinada a partir das cargas de
trabalho de cada tipo de tratamento e dos testes de controle da qualidade e manuteno
do acelerador. Para um clculo conservativo pode-se assumir que o feixe utilizado o de
mais alta energia de ftons como, por exemplo, um feixe de 15 MeV. Nesse acelerador,
sero tratados 40 pacientes por dia, durante 5 dias por semana com a tcnica de
radioterapia formatada tridimensional (3D), com uma mdia de 1,5 isocentros por
315
paciente. Cada paciente receber a dose mdia de 2 Gy por isocentro. Nesse caso, a carga
de trabalho clnica ser dada por:
Tambm sero tratados 6 pacientes por dia, durante 5 dias por semana com a
tcnica de radioterapia com intensidade modulada (IMRT). Nesse tratamento, cada
paciente receber a dose mdia de 2 Gy por dia de tratamento. Assim, no exemplo tem-
se que:
WIMRT 6 5 2 60 Gy.semana 1
Ao se usar um fator de ocupao baixo para uma regio adjacente a uma sala de
tratamento, deve-se ter o cuidado de considerar o uso futuro do local, pois poder vir a
ter um fator de ocupao maior, passando a ter maior importncia na determinao da
blindagem.
Os feixes de raios X e gama so atenuados de forma exponencial atravs dos
materiais. A intensidade do feixe diminui a cada espessura de blindagem adicionada e,
teoricamente, nunca se torna zero. Portanto, necessrio determinar o fator de
transmisso (B) da barreira pelo qual se obtm o nvel de dose desejado. Sem a blindagem,
a taxa de dose a uma distancia d da fonte, no eixo central do feixe, dada por:
317
WUT
Da (2)
d2
BWUT
D (3)
d2
P P(d pri ) 2
B pri
(4)
D WUT
onde
Por exemplo, se o limite de dose para uma regio adjacente sala de tratamento
de 1 mSv.ano-1 e a dose estimada para aquele mesmo ponto de 10 mSv.ano-1, ento
necessria uma blindagem que proporcione uma atenuao por um fator 10, ou seja, B =
0,1. A espessura da blindagem correspondente ao valor de Bpri determinado acima pode
ser obtida utilizando-se curvas de atenuao.
A camada semi-redutora (HVL) e a camada deci-redutora (TVL) so as espessuras
de material atenuador que reduzem a intensidade do feixe para 50% e 10% do valor
original, respectivamente. Pode-se calcular o nmero de camadas deci-redutoras (NTVL)
do material de blindagem necessrias para atingir o nvel de proteo desejado atravs da
relao:
318
A Tabela C.3 apresenta propriedades de alguns dos materiais mais utilizados para
construo de blindagens primria e secundria. A Tabela C.4 apresenta os valores da
primeira camada deci-redutora (TVL1) e das subsequentes (TVL2) ou de equilbrio
(NCRP, 1977) para concreto, ao e chumbo para algumas energias de feixes de radiao.
Alguns dados para valores de camadas deci-redutoras para concretos de alta densidade
tambm esto disponveis na literatura (Facure e Silva, 2007). A espessura da barreira
pode ser dada por:
Concreto Concreto
Propriedades Chumbo Ao Polietileno
Comum Pesado
-3
Densidade (g.cm ) 2,2 2,4 3,7 4,8 11,35 7,87 0,95
Nmero atmico efetivo 11 ~ 26 82 26 5,5
Concentrao de hidrognio* 1022
0,8 2,4 0,8 2,4 0 0 0
tomos cm-3
Ativao por nutrons Pequena Grande (*) Moderado Nulo
Custo relativo (concreto comum =
1 6 20 2 20
1)
(*) O grau de ativao depender primariamente das impurezas no chumbo.
319
da barreira, x (m), obtida utilizando-se o maior tamanho de campo de radiao na
distncia de isocentro do acelerador, com os colimadores rotacionados em 45,
acrescentando-se, por segurana, 0,3 m de cada lado. Para o parmetro x, geralmente
adota-se o valor de 40 cm. Como a maioria dos aceleradores possui campo de radiao
mximo de (40 x 40) cm no isocentro de 100 cm, o semi-ngulo da abertura do feixe
de aproximadamente 14. Dessa forma, a largura de uma barreira, LC (m), posicionada a
uma distncia dpri (m) entre a fonte de radiao e o ponto protegido, ser dada por:
320
Figura C.3 - Esquema da sala onde est instalado o acelerador do exemplo,
mostrando os pontos utilizados para o clculo da espessura da barreira primria
(cinturo). Note-se que os pontos calculados situam-se a 0,3 m da parede.
a) Barreira primria - A
321
4.104 6,7
P(d pri ) 2 2
BC 7,18 105
WUT 1000 (1/ 4) (1)
322
Figura C.4 - Distncias utilizadas para se determinar as barreiras
secundrias (NCRP, 2005).
O fator de transmisso devido radiao espalhada pelo paciente (BP) dado pela
expresso:
P 400
BP (d sec ) 2 (d esp ) 2 (8)
aWT F
onde
Feixes com energia menor do que 0,5 MeV: igual ao feixe incidente,
Feixes com energia at 10 MeV: usar 0,5 MeV para reflexo de 90o.
P
BL 3
(d L ) 2 (9)
10 WT
323
espao em questo fosse ocupado por duas fontes de intensidades aproximadamente
iguais), a adio de uma camada semirredutora ao maior valor fornece uma avaliao
conservativa. Caso os dois valores difiram por mais de uma camada deci-redutora, a maior
espessura deve ser utilizada. Em casos intermedirios, pode ser necessrio calcular a
transmisso considerando a soma das contribuies para os dois feixes.
Exemplo
a) Barreira secundria - A
P 400 2 10 5 400
BP (d sec ) 2 (d esp ) 2 4
(1) 2 (7,17) 2 0,0394
aWT F 2,61 10 1000 (1 / 40) 1600
324
Figura C.5 - Esquema da sala onde est instalado o acelerador do
exemplo, mostrando os pontos utilizados para o clculo das espessuras
das barreiras secundrias. Note-se que os pontos calculados situam-se a
0,3 m da parede.
Para a fuga de radiao pelo cabeote, o fator de transmisso da barreira A dado por:
P 2 10 5
BL (d sec ) 2 (7,17) 2 0,0411
0,001 WT 0,001 1000 (1 / 40)
325
Tabela C.7 - Valores sugeridos para camada deci-redutora em concreto para
radiao de fuga (NCRP, 2005).
Ento,
b) Barreira secundria - B
P 400 2 10 5 400
B (d sec ) 2 (d esp ) 2 4
(1) 2 (5,25) 2 0,00053
aWT F 2,61 10 1000 (1) 1600
326
dadas na Tabela C.6, so iguais a 18 cm e a espessura da barreira secundria C :
Para essa barreira, o fator de transmisso devido fuga de radiao pelo cabeote
dado por:
P 2 105
BL (dsec )2 (5,25)2 0,000551
0,001 WT 0,001 1000 (1)
Como essa diferena maior do que valor do TVL para a fuga do cabeote adota-
se como espessura da blindagem secundria o maior valor encontrado, que devido
fuga do cabeote, de 1,2 m.
c) Barreira secundria - D
P 400 2 10 5 400
B (d sec ) 2 (d esp ) 2 4
(1) 2 (8,08) 2 0,00250
aWT F 2,61 10 1000 (1 / 2) 1600
327
Sesp NTVL TVL1 2,60 0,18 0,5m
Para essa barreira, o fator de transmisso devido fuga de radiao pelo cabeote
dado por:
P 2 105
BL (dsec )2 (8,08)2 0,0026
0,001 WT 0,001 1000 (1 / 2)
Como essa diferena maior do que valor do TVL para a fuga do cabeote adota-
se como espessura da blindagem secundria o maior valor encontrado, que devido
fuga do cabeote, de 0,9 m.
Essa barreira secundria forma o labirinto e, portanto, constituda de duas
blindagens. Assim, pode-se construir uma das paredes do labirinto com parte da largura
e a outra parede com a outra parte, conforme mostra a Figura C.6. Como o labirinto se
delimita com outra sala de tratamento, deve-se considerar tambm o clculo da blindagem
da outra sala para se definir a frao da espessura das paredes do labirinto.
Para se fracionar a espessura determinada acima, deve-se atentar para a passagem
interna do labirinto para a sala, pois nessa regio h somente a parede externa. Deve-se
ainda lembrar o fato de que a espessura da parede D influi no clculo da espessura da
porta da sala e, portanto o valor adotado para essa parede ser levado em conta no clculo
da espessura final da porta, a fim de no torn-la muito pesada.
328
Figura C.6 - Esquema do labirinto da sala onde est instalado o acelerador
do exemplo, mostrando as reas definidas para a determinao da dose na
porta devido ao espalhamento do feixe primrio na parede A.
WU A 0 A0 z Az
HS (10)
dh d r d z 2
onde
329
dr a distncia (m) entre o centro do feixe at a primeira reflexo, passando pelo final
da parede interna do labirinto, e o ponto b na linha central do labirinto; e
dz a distncia (m) da linha central do ponto b porta do labirinto.
Esse clculo se restringe a salas nas quais a razo entre a altura e a largura do
labirinto fica entre 1 e 2 (McGinley, 2002) ou quando o valor de [dz/(altura X largura)1/2]
estiver entre dois e seis (NCRP, 1977). Essa condio pode ser obtida na prtica com a
colocao de uma travessa (viga) na entrada do labirinto.
Na Tabela C.8 so apresentados os valores sugeridos para o coeficiente de
reflexo (NCRP, 2005) em concreto para diferentes ngulos de reflexo - 0, 30, 45, 60
e 75 - em duas direes de incidncia da radiao - 0 e 45 - para feixes de raios X de
diferentes energias e feixes monoenergticos.
L f WLU A1 A1
H LS (11)
dsecd zz 2
onde
330
Figura C.7 - Esquema do labirinto da sala onde est instalado o acelerador
do exemplo, mostrando as reas definidas para a determinao da dose na
porta devido ao espalhamento nico da radiao de fuga do cabeote na
parede A.
A radiao espalhada no paciente (Figura C.8) que atinge a porta, contribui com
a dose da seguinte forma (McGinley, 1997):
F
a( )WU A 1 A1
400
despdsecd zz 2
H pS (12)
onde
331
Figura C.8 - Esquema do labirinto da sala onde est instalado o acelerador
do exemplo, mostrando as reas definidas para a determinao da dose na
porta devido ao espalhamento da radiao pelo paciente na parede A.
L f WLU A B
H LT (13)
d L 2
onde
HLT a dose semanal (Sv.semana-1) na porta devida radiao de fuga transmitida pela
parede interna do labirinto;
Lf a razo de fuga de radiao pelo cabeote a 1 m do alvo (em geral igual a 10 -3, de
acordo com a maioria dos fabricantes);
WL a carga de trabalho (Gy.semana-1) para a radiao de fuga do cabeote (pode ser
diferente do valor de W, em situaes especiais de tratamento, como o IMRT);
UA o fator de uso para a parede A;
B o fator de transmisso da parede interna do labirinto; e
dL a distncia (m) do alvo linha central do labirinto no centro da porta.
332
Figura C.9 - Esquema do labirinto da sala onde est instalado o acelerador
do exemplo, mostrando as reas definidas para a determinao da dose na
porta devido radiao de fuga que atravessa a parede interna do labirinto.
A dose total (HA) na porta do labirinto pode, ento, ser dada por:
H A fH S H LS H pS H LT (14)
333
radioatividade no ar produzida nas salas de tratamento pode ser removida por um eficiente
sistema de ventilao. Uma ventilao que executa de 6 a 8 trocas por hora do ar da sala,
tambm facilita a remoo de oznio e outros gases nocivos.
As barreiras primrias e secundrias determinadas para proteo contra a dose
devida a ftons protegem tambm contra a dose devida a eltrons e contaminao de
nutrons. Entretanto, os nutrons podem chegar porta da sala tendo perdido pouca
energia ao longo do labirinto e podem apresentar um nvel de dose inaceitvel na rea
externa da sala, necessitando, assim, de uma porta especialmente projetada.
Um valor de camada deci-redutora recomendado para nutrons presentes na regio
de entrada de uma sala de radioterapia de 45 mm de polietileno borado, acrescida de
uma camada de chumbo (6 a 12 mm) necessria para absorver os raios gama produzidos
pela reao de captura dos nutrons nos ncleos do boro.
Uma alternativa para uma porta especialmente blindada para nutrons o uso de
um labirinto duplo, que pode eliminar a necessidade da porta blindada.
A dose para ftons espalhados no labirinto de uma sala com um acelerador que
produza feixe de ftons de energia maior ou igual a 10 MeV pode ser estimada de acordo
com a metodologia do item C.3.6.1. No entanto, como a energia mdia dos raios gama
produzidos pela captura de nutrons no concreto 3,6 MeV (NCRP, 2005), a blindagem
projetada para essa componente , em geral, tambm suficiente para blindar os ftons
espalhados.
A dose (h) devido a radiao gama de captura na entrada do labirinto, por unidade
de dose absorvida no isocentro dada por:
d
2
h K A10 TVD
(16)
onde
K a razo da dose da radiao gama de captura (Sv) pela fluncia total de nutrons
no ponto A (Figura C.11). O valor mdio geralmente utilizado para esse parmetro
de 6.9 x 10-16 Sv. m2;
A a fluncia total de nutrons (m-2) no ponto A por unidade de dose (Gy) de raios X
no isocentro;
d2 a distncia (m) entre o ponto A e a porta; e
TVD a distncia deci-redutora (m) cujo valor de aproximadamente 3,9 para raios X
com energia de 15 MeV e de 5,4 m para raios X com energia entre 18 e 25 MeV.
334
Qn intensidade da gerao de nutrons em unidades de nutrons emitidos do cabeote
por gray de dose absorvida no isocentro; e
Sr a rea (m) total da superfcie da sala de tratamento (paredes + teto + piso).
H cg WL h (18)
S0 2
d d
2
H n, D 2,4 10 A
15
1,64 10 1, 9
10 TVD (19)
S1
onde
Hn,D a dose de nutrons (Sv) na entrada da sala por unidade de dose absorvida (Gy) no
isocentro;
A a fluncia de nutrons (m-2) por unidade de dose absorvida (Gy) de raios X no
isocentro;
S0/S1 a razo entre a rea da seco de entrada do labirinto pela rea da seco ao longo
do labirinto (Figura C.10); e
TVD a distncia deci-redutora (m) que varia na raiz quadrada da rea da seco
transversal ao longo do labirinto (S1):
335
A dose semanal (Sv.semana-1) na porta devida aos nutrons (Hn) dada por:
H n WL H n, D (21)
HW HTOT H cg H n (22)
Para muitos labirintos HTOT uma ordem de grandeza menor do que a soma de
Hcg e Hn, podendo ser desprezada.
Exemplo
3 3
WU A 0 A0 z Az 1000 4 3,4 10 3,0 8,0 10 9,0
1
HS
dh dr d z 2 4,6 5,2 7,32
0,18
HS 6,3 108 Sv/sem
2,9 10 6
onde os valores dos parmetros utilizados esto relacionados abaixo (Figura C.7):
W 1000 (Gy.semana-1);
UA para a parede A;
0 3,4 x 10-3, coeficiente de reflexo para incidncia normal e reflexo a 450, interpolado
para 15 MV;
A0 3,0 (m);
z 8,0 x 10-3, coeficiente de reflexo para incidncia normal e reflexo a 750, para 0,5
MeV;
AZ 9,0 (m);
dh 4,6 (m);
dr 5,2 (m); e
dz 7,3 (m).
336
b) a radiao de fuga do cabeote espalhada pela parede secundria A, HLS
0,0054
H LS 1,1 10 6 Sv/sem
5,1 103
onde os valores dos parmetros utilizados esto relacionados abaixo (Figura C.7):
Lf 10-3;
WL 1000 (Gy.semana-1);
UA para a parede A;
1 4,8 x 10-3, coeficiente de reflexo para incidncia a 450 e reflexo normal, interpolado
para 15 MV;
A1 4,5 (m);
dsec 7,3 (m); e
dzz 9,8 (m).
F
a( )WU A 1 A1 2,85 10 3 1000 1 4,8 103 4,5
400 4
despdsecd zz
H pS 2
1,0 6,5 9,82
1,5 102
H pS 3,7 106 Sv/sem
4,110 3
337
d) a radiao que atravessa o labirinto, HLT
onde os valores dos parmetros utilizados esto relacionados abaixo (Figura C.9):
Lf 10-3;
WL 1000 (Gy.semana-1);
UA para a parede A;
B 0,0002 (2 TVLs); e
dL 6,7.
A dose total (HA) na porta da sala ser ento, de acordo com a equao (14):
H A fH S H LS H pS H LT
0,25 6,3 108 1,1 10 6 3,7 10 6 1,1 10 6
6,0Sv / sem
Portanto, de acordo com a equao (15), a dose total (HTOT) na porta ser:
S0 2
d d
2
H n, D 2,4 10 A 15
1,64 10 1, 9
10 TVD
S1
9, 0
9, 0
15
H n, D 2,4 10 6,5 10 1,1 1,64 10
9 1, 9
10 5,9 1,7 105 3,0 10 2
5,1 10 7 Sv/Gy
d2 = 9,0 m;
A= 6,5 x 109 n/m2;
S0/S1= (9,0/8,2) = 1,1; e
TVD= 5,9 m.
A dose semanal (Sv.semana-1) na porta devida aos nutrons (Hn) dada pela
equao (21):
338
H n WL H n,D 5,1104 Sv/sem
d
2 -9
h K A10 TVD
6,9 x 10-16 6,5 x 109 10 5,9
1,3 10 7 Sv / Gy
onde
A dose semanal (Sv.semana-1) na porta devida aos raios gama de captura (Hcg)
dada pela frmula (18):
H cg WL h 1,3 104 Sv / sem
Finalmente, a dose semanal total na porta do labirinto dado pela equao (22):
HW H TOT H cg H n
15,8 10 6 1,3 10 4 5,1 10 4
6,6 10 4 Sv / sem
onde somente a dose de nutrons contribui com 77% para a dose total.
339
2) Calcular a barreira mxima correspondente ao nvel de iseno de otimizao,
dado pelo organismo regulador (CNEN, 2011), de 1 mSv.ano-1 para indivduos
ocupacionalmente expostos e 10 Sv.ano-1 para indivduos do pblico. O valor
timo da barreira deve estar entre esse valor mximo e o valor mnimo obtido no
item 1.
3) Estimar os custos incrementais para vrias barreiras nessa faixa, por exemplo,
acrescentando uma camada semi-redutora ou deci-redutora. Deve-se levar em
conta o custo dessa reduo, que , aproximadamente, o custo da mo de obra e do
concreto adicionado (entre US$ 200 a 600 por m). Recomenda-se a consulta ao
engenheiro responsvel pela construo.
4) Para cada valor de espessura incremental, calcular a reduo da dose coletiva (S),
considerando-se o tempo de vida da instalao (Tv) e o nmero de pessoas (n)
protegidas durante o esse perodo. A reduo na dose coletiva dada por:
S H n Tv (23)
Note-se neste exemplo que quatro IOE em tempo integral correspondem a oito
IOE em meio perodo ou a cem pessoas ocupando a mesma rea em dez dias teis
por ano. Recomenda-se assim fazer uma estimativa realista da ocupao da rea,
mas, na ausncia de garantias desses valores, devem-se usar valores
superestimados. Considerar ainda que as doses individuais possam ser diferentes
devido localizao e permanncia dos indivduos, pois a dose coletiva a soma
das doses de todos os indivduos expostos, aps a barreira.
5) Para cada incremento da barreira, dividir o custo calculado para a obra pela dose
coletiva evitada. O valor timo ser atingido quando se obtiver 10.000,00
US$.(homem.sievert)-1 (CNEN, 2011).
A C TVLmat
Botim (24)
(ln 10) n T vidaH tot
onde
340
Note-se que no clculo da otimizao no se deve levar em considerao o custo
inicial da barreira, ou seja, antes da otimizao.
Exemplo
Barreira primria C
A parede C delimita a sala de tratamento e o painel de comando do acelerador.
Nessa regio, 2 tcnicos atuam durante o horrio de trabalho do acelerador, em tempo
integral durante uma semana. Em geral, 3 tcnicos trabalham em regime de 2 turnos, 2
tcnicos por turno (n = 4 *(1/2) = 2).
Considerando o cinturo primrio com largura L de 4,8 m (veja exerccio 4) e
altura h de 3,5 m, a rea da barreira deci-redutora dada por:
W U 1000 1 / 4
H tot 2
5,57 Sv semana1
d pri 6,72
C.4. EXERCCIOS
1. Mostre que, para feixes de raios X e radiao gama, a transmisso pode ser dada, a
partir da lei de atenuao [I = Io.exp(-.x)] em termos do nmero de camadas deci-
redutoras (NTVL) do material de blindagem necessrias para atingir o nvel de proteo
341
desejado, por:
342
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
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344