Kammell Last Descritve
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Kammell Last Descritve
0 Introdução
O presente trabalho cujo tema é alguns aspectos da morfologia no Elomwe, ira numa primeira
fase apresentar a língua, quanto a sua localização geográfica e número de falantes a nível da
província da Zambézia. E numa segunda fase, a discussão dos dados.
O presente ensaio, possui em 6 capítulos, a saber: introdução, revisão da literatura, discussão dos
dados quanto a (morfologia nominal no Elomwe, diminutivização, nominalização), conclusão e
as respectivas referências bibliográfica.
1.2 Objectivos
Gerais:
Específicos:
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1.3 Metodologias
A morfologia é vista como uma disciplina da linguistica que tem a palavra por objecto e que
estuda, por um lado a sua estrutura interna, a organização dos seus constituintes e, por outro, o
modo como essa estrutura reflecte a relação com outras palavras, que parecem estar associadas a
elas de maneira especial. (Azuaga, 1996) in Faria et all (1996). Também, a morfologia pode ser
entendida como o estudo dos morfemas, das regras que regem a sua combinação na formação de
palavra, e da sua função no sintagma e na frase (Ngunga, 2004). Os dois autores convergem na
mesma ordem de ideia em considerar a palavra por objecto de estudo da morfologia. Por sua vez,
a palavra em Azuaga, (1996) constitui-se na associação do sentido que expressa com os sons que
a formam e conhecer uma palavra implica saber o seu significado e como é pronunciada.
As palavras são constituídas por unidades mais pequenas do que elas. Unidades estas que são
chamadas de morfemas (Azuaga op.cit). E, em Ngunga (2004) tais morfemas podem ser radicais
e afixos dependendo da sua função e da sua localização na palavra.
Radical, segundo Xavier e Mateus (1992;221) citados por Ngunga (op cit.) é o núcleo desprovido
de afixos flexionais ou é o constituinte da palavra que contem o significado lexical e não inclui
afixos de flexão mas pode incluir afixos de derivacionais.
Nesta ordem de ideias, podemos dizer: radical é um morfema preso, mas que tras consigo o
significado da palavra. Sendo morfemas presos aqueles que precisam de associar-se a outras
palavras para terem sentido.
Por sua vez, afixos referenciados acima são morfemas que trazem a informação gramatical
como: marca da pessoa, numero, tempo, modo, aspecto, voz, e etc. (Ngunga, 2004).
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Conceitos da morfologia vistos acima como: palavra, radical e sufixos vao facilitar a compreesao
do tema em estudo. Assim, passa-se a seccao subsequente do ensaio que ira tartar sobre a
morfologia nominal e tentara elucidar os dados com reforço de exemplos na língua Elomwe.
Nesta sessão ira discutir-se conceitos como; classes nominais, prefixo nominal, e a integração de
empréstimos lexicais na língua em estudo.
Classes nominais – conjunto de nomes que ostentam o mesmo prefixo ou seja, apresentam o
mesmo padrão de concordância (Ngunga, 2004) e já para Olden (1996) in Alfandega (2009)
define como sendo o conjunto de números convencionais de um a vinte e dois (1-22) que servem
para ordenar os prefixos nominais. Contudo, no nosso entender classes nominais seria o conjunto
de nomes que ostentam mesmos caracteres ou têm características similares ou ainda
características comuns. Por exemplos:
Os exemplos acima representados, a esquerda temos a classe 3 cuja esta possui o prefixo mu- que
referencia o singular. E a directa esta patente a classe 4 com um prefixo mi- plural da classe 3.
Na língua Lomwe existem 14 classes e seus respectivos prefixos nominais. Atente-se ao quadro a
seguir:
mu-raci ‘rio’ (3) i-maca ‘machambas’ (8) o-fulu ‘em cima’ (16)
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O quando a cima apresenta a ocorrência de classes no Elomwe, organizadas em prefixos por
ordem cresceste das classes. Deste modo, as classes aparem representadas em números na
respetiva coluna. A partir da classe 1-8 há oposição de singular e plural. E as restantes não. A
classes 14 nomeia substancias e a 15 verbos no infinitivo. Sendo as classes 16,17e 18 prefixos de
locativização situacional, direccional e de interioridade respectivamente. Veja-se a seguir que
tipo de estratégias de integração de empréstimos adopta nas linguas Bantu e em particular na
ligua Lomwe.
No Elomwe, tal como variadas línguas Bantu, os falantes integram novos léxicos através da
adopção e adaptação de palavras de outras línguas. Este processo ocorre na maior das vezes pelo
uso de critérios como: semântico, fonético e de prefixo zero (Ngunga, 2004). Veja –se como se
comportata o processo em cada caso:
Computador konputatori
Missa misa
Este critério esta associado a palavras, que vem sem prefixo na língua de origem, mas acabam
recebendo prefixo na língua receptora. Portanto os prefixos são enquadrados nas classes
nominais correspondentes da língua de chegada.
papaia mi-papahie
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professor ma-prufesori
4.0 Diminutivizacao
Processo morfologico – este processo ocorre em: o morfema que marca adiminutivizacao ou o
morfema que aumenta a qualidade do nome vem incluso neste ou seja, vem aglutinado no nome
em causa. Vejamos os exemplos ilucidativos abaixo:
mwanamwane ‘criancinha’
nos exemplos apresentados acima, adoptam a estrategia de reduplicacao feita atarves do processo
morfologico. Assim sendo, vejamos o comportamento do segundo processo.
Processo lexical - ocorre atraves de um morfema unico, cujo este marca adiminutivizacao ou
aumentativizacao. Por exemplo:
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apresentar a seccao que ira referenciar a o correncia de sintagma nominal simples e sintagma
nominal composto, e as estrategias de concordancia adoptadas nestes.
Em Laga (2009) é entendido como sendo aquele constituido por um unico nome. E este concorda
ou seja, rege aconcordancia com o verbo atraves de um prefixo dependente. Por exemplo:
olhando os exemplos a cima, podemos recorrer ao enunciado que diz « possuem uma estrututa de
sintaxe simples onde o verbo recebe a marca do único SN/suj.» (Sitoe,1999) Assim, nas duas
frases temos um nome que concorda com o verbo atarves do elemento sublinhado prefixado ao
verbo. Nessa ordem de ideias pode-se dizer: em SN simples na lingua em estudo, tambem nao
levanta problema crise de concordancia (Ngunga, 1987). Vejamos o caso adiante de SN
composto tido « gerador de conflito de que alingua deve resolver uma vez a estrutura verbal tem
apenas uma unica posicao para acomodar a marca de objeco» (Meeussen, 1967) citado por Langa
(2009)
É aquele constituido por mais de um nome (Langa op. cit) e, para tal, o verbo deve conter um
prefixo dependente que marca a concordancia de acordo com os nomes seja SN/suj/F ou SN/SV
Por exemplo:
Deste exemplo, podemos ver que Paulo e Maria constituem um SN composto, com o verbo no
plural concordando com estes. O criterio para a selecao da particula de concordancia é efectuado
atraves de certas extrategias que as linguas naturais adoptam, cujo aseguir passamos a tratar.
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Estudo efectuado por sitoe (1999) sobre lingua Xangana constatou 4 estrategias. No entanto, a
lingua Lomwe adopta tambem algumas. Atente-se aos exemplos a baixo:
Os dados acima, são compostos por dois nomes ligados por um prefixo independente (ni) que o
segundo com prefixo sublinhado prefixado ao verbo deve concordar com este. Assim, temos a
estratégia que diz: “quando os nomes que constituem o composto pertencessem a classe I, o
prefixo de concordância é da classe 2” e não só, obedecendo a padrões socioculturais e
linguísticos (Langa, 2009)
Os dados apresentados ainda não mostram o conflito género, olhemos os seguintes exemplos:
As frases acima, mostram a presença de seres de classes naturais diferentes, gerando “conflito
género’’ és razao da agramaticalidades nas frases. Desta forma, a língua Lomwe justifica-se
através de enunciados da estratégia de restrição apresentada por Sitoe (1999) segundo a qual «os
SNs representando seres com traços +hum e –hum ou –animado, não podem constituir suj.
composto continuo, pertençam ou não à mesma classe nominal»
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produtiva no SN/SV visto que se mantém o dilema de selecção de prefixos a ser cliticizados
(Langa op.cit.) Veja-se o exemplo a seguir:
mwana on'ne enowa ni mwalaku ewanaka ‘a criança viu a cobra e a galinha lutando’
Outra estrategia adoptada no Elomwe é a que Sitoe (1999) chama de animacidade; marginal que
advoga “membros do SN complexo em posicao de sujeito com tarco +anim, pertencao ou nao a
mesma classe nominal fazem a concordancia com a classe 2, se um deles tiver o tarco + hum”
comforrme mostram os exemplos que se seguem:
Mostradas algumas estrategiaas de concordancia na lingua, passamos a seccao seguinte que ira
tratar da nominalizacao e ira explicar como ocorre a derivacao nominal diverbal.
5.0 Nominalizacao