Tipos e Hierarquia Dos Atos Legais
Tipos e Hierarquia Dos Atos Legais
Tipos e Hierarquia Dos Atos Legais
Lei - (do verbo latino ligare, que significa "aquilo que liga", ou legere, que significa "aquilo que
se l") uma norma ou conjunto de normas jurdicas criadas atravs dos processos prprios do
ato normativo e estabelecidas pelas autoridades competentes para o efeito.
Podemos dizer que lei a regra de carter geral que exprime a vontade do homem atravs do
Estado, e por ele imposta a todos. Ningum pode deixar de cumprir uma norma dizendo no
conhec-la; ao contrrio, o Estado presume que todos tm conhecimento das leis que cria,
exigindo o seu cumprimento. Existem diversos tipos de lei, geralmente editadas pelo Poder
Legislativo federal, estadual ou municipal. H, porm, algumas normas que so criadas fora do
mbito do Poder Legislativo.
LEI
d) Sano - no sentido de coao, do verbo latino sancire, que significa reforar o preceito,
torn-lo inviolvel, assegurando o cumprimento de seu comando e compelindo o indivduo
observncia da ordem.
CRIAO DE UMA LEI
No regime bicameral, que o vigente no Brasil, o projeto de lei deve ser submetido s duas
Casas do Congresso - Cmara dos Deputados e Senado.
Logrando aprovao em uma e outra, com observncia das normas especficas, todo projeto (pois
que ainda no lei) ser submetido ao Presidente da Repblica, que nesta oportunidade realiza a
outra modalidade de colaborao na feitura da lei, com o veto, promulgao e publicao.
A lei, no seu processo de formulao, passa por vrias etapas, estabelecidas na Constituio.
Neste processo temos
a iniciativa da lei;
discusso;
votao;
aprovao;
sancionamento ou veto (total ou parcial);
promulgao (declarao de sua existncia);
publicao;
vigncia da lei.
Encerrada a fase de elaborao da lei, depois de votada, promulgada e publicada, merece ateno
a sua vigncia. Com a publicao da lei, fixa-se a sua existncia, passando a ser identificada pela
numerao que recebe e pela data da promulgaco. Mas a sua vigncia, a sua qualidade
impostiva, est sujeita a regras especiais.
A fixao do incio da vigncia de uma lei - deve ser buscada primeiramente nela prpria,
quando em disposio especial o estipula, ora fazendo coincidir a data da publicao (momento
em que se inicia o seu vigor), produzindo os seus efeitos no mesmo dia em que estampada no
Dirio Oficial, ora estabelecendo uma data especialmente designada como o momento inicial da
sua eficcia. A escolha do legislador normalmente recai na segunda opo quando se trata de leis
que, pela sua importncia, pela alterao sobre o direito anterior, pela necessidade de maior
estudo e mais ampla divulgao, reclamam que se estenda no tempo a data de incio da eficcia,
como ocorreu com o Cdigo de Proteo do Consumidor (Lei n 8.078, de 11/09/1990), o qual
s entrou ,em vigor 180 dias a contar de sua publicao.
QUANTO HIERARQUIA, AS LEIS DIVIDEM-SE EM:
As leis ordinrias so as que emanam dos rgos que a Constituio investiu da funo
legislativa. Em nossa organizao poltica, compete ao Poder Legislativo fazer as leis, com a
colaborao do Poder Executivo.
As leis so
federais,
estaduais
e municipais.
Leis federais so as votadas pelo Congresso Nacional, com aplicao normal a todo territrio da
nao, salvo aquelas que por motivo especial se restringem a uma parte dele (como as que se
referem proteo especial aos habitantes do "polgono das secas").
Leis estaduais so as que votam as Assembleias Legislativas de cada Estado da Federao, com
aplicao restrita circunscrio territorial respectiva.
A lei magna a Constituio Federal, a lei fundamental, a lei primeira. Depois, vm as leis
federais ordinrias; em terceiro lugar, a Constituio Estadual; em seguida, as leis estaduais
ordinrias e, por ltimo, as leis municipais. Surgindo conflito entre elas, observar-se- essa
ordem de precedncia quanto sua aplicao.
A ANALOGIA
O ordenamento jurdico no pode ter falhas, devendo conter a normao completa da vida social.
O legislador, quando vota a lei, pode deixar de abranger uma disposio que regule
especialmente determinada matria, ou, depois de iniciada a vigncia da lei, possvel que a
complexidade do convvio social sugira situaes no-previstas. Surge assim a analogia, com
carter secundrio, verdade, mas como subsdio certo, preenchendo o que faltou na norma para
resolver o problema no diretamente referido. A analogia consiste no processo lgico pelo qual o
aplicador do direito estende o preceito legal aos casos no diretamente compreendidos em seu
dispositivo. Pesquisa a vontade da lei, para lev-la s hipteses que a literalidade de seu texto
no havia mencionado. Para que tenha cabimento, necessrio que se verifique uma omisso,
um vazio no texto legal, e que a hiptese guarde relao de semelhana com aquela que o
legislador previu.
O COSTUME
Historicamente, o costume a forma primeira de elaborao da norma jurdica. Consiste no
hbito que adquirem os indivduos de se submeterem observncia de certas regras, revestidas
de autoridade e que o tempo consolida em princpio de direito. A anlise do costume acusa dois
elementos constitutivos, um externo e outro interno. O elemento externo a constncia da
repetio dos mesmos atos, a observncia uniforme de um mesmo
comportamento, capaz de gerar a convico de que da nasce uma norma jurdica. O elemento
interno a convico de que a observncia da prtica costumeira corresponde a uma necessidade
jurdica. Por mais que se repitam, no chegam os usos e prticas a se converter em costume
jurdico, seno quando a autoridade judiciria deles toma conhecimento para aplic-los.
Medida Provisria (antigo decreto lei). Dentre as atribuies do Presidente da Repblica, est a
de editar medidas provisrias com fora de lei (Art 84, Inciso XXVI da Constituio Federal). A
medida provisria poder ser expedida em caso de relevncia e urgncia, devendo ser submetida
ao Congresso Nacional e convertida em lei no prazo de 30 (trinta) dias, sob pena de perder
eficcia, podendo ser renovada (Art 62 da Constituio Federal).
Decreto, que ato emitido pelo poder executivo, de acordo com as suas competncias definidas
na constituio; So atos administrativos normativos, originrios do Poder Executivo, estando
sempre em posio inferior lei e, portanto, no podem contrari-la. O Decreto ato
administrativo de competncia privativa do Chefe do executivo Federal, Estadual e Municipal.
Portarias. So atos administrativos ordinatrios internos. Como esclarece Hely Lopes Meirelles
(1991), "so atos pelos quais os chefes de rgos, reparties ou servios expedem
determinaes gerais ou especiais a seus subordinados, ou designam servidores para funes e
cargos secundrios. So atos administrativos que no produzem efeitos externos, isto , no
obrigam os particulares. No entanto, vm sendo utilizados estranhamente pela Administrao
Pblica.
Atividade: Apresentar pesquisa identificando o significado e as diferenas sobre os termos
- Dolo e Culpa;
- Negligncia, Imprudncia e Impercia;
- Deteno e Recluso;
- Calnia, Injria e Difamao.