Constituicoes Arcebispado Da Bahia
Constituicoes Arcebispado Da Bahia
Constituicoes Arcebispado Da Bahia
DO
CONSTITUIES
DO
PROPOSTAS, E ACEITAS
s. PAULO.
NA TYPOGRAPHIA 2 de Dezembro
DE
ANTONIO LOUZADA A TUNES.
1853.
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via nas nos. E no tardou muito tempo que o no fossem todos deseortinando, e vendo-a
avultar_ Viro logo crescer um cerro de frma arredondada, ao qual o Capito, aUen-
dendo fi festa, que acabava de solemnisar, deo o nome de-l\1oNTE PAscoAL-Ero horas
de Vesperas, e com o reUexo do Sol que se escondia, se enxergavo distinctamente serras
mais baixas para o sul, e a final se via o terra ch, e vestida de sombrios arvoredos.
O leitor que julgue, j que o no pode experimentar, qual seria o alvoroo e assom-
bro, que esta viso produzio, desde o Capito-mr at o infimo grumete naqucllos mil e
tantos portuguezes, suspensos sobl'e as agoas nos Castellos ambulantes do madeira, que
depois dero leis ao mundo. Aproro terra, e tondo na vogado varios relogios foro
ancorar a seis legoas da Costa. E viro o pr do Sol elfectuar-se entre as serras. Cedo
voio a noite de 22 de Abril de 1500 em que se realizou oste descubrimento, segundo a
narrao illgenua e circunstanciada, foi ta a El-Rei por Pero Vaz de Caminha, que ia por
Escrivo para a feitoria de Calecut, e que sendo testemunha ocular, tem tambem a seu fa-
vor ser esta sua na nao uma Carta particular a El-Rei, em que at lhe falia em negfJcios
domesticos. E sendo escrita no mesmo local, e occazio em que se passavo os factos, e
no depois de decorridos tempos em que algumas miudezas poderio ter escapado, de
to poderosa autoridade, que estando demais em harmonia com a narrao do piloto por-
tuguez cm Ramusio, deve em nossa opinio supplan tar as dos mais acreditados escripto-
res, que no foro eoevos, incluindo nestes Castanheda, Darros, Ges, e at o mesmo Gas-
par Corra, a quem seguiremos em muitos outros pontos, por ser eseriptor verdadeiramen-
te original dos factos da India nos primeiros doze annos. ,
Deste documento de Pero Vaz, ja impresso, conserva-se o veneravel original na Tor-
re do Tombo. E' o primeiro eseripto de penna portugueza no Novo Mundo, e nesta bisto-
ria o seguimos por vezes textualmente.
Quanto pois data do descobrimento diremos afoitamente. que erro os que seguindo
a iUarco, Gaspar Corra, Darros, e Soares querem, deduzindo-a do nome dado terra,
que fosse ii 3 de Maio, em qne a Igreja solemnisa a festa de Santa Cruz. Esta opinio er-
ronea produzio um anachronismo de consequencia, que at em actos publicos voga indivi-
damente pelo Drasil....
A pago 43:
A FESTA DA PASCOELA.
Com toda ajueunidade dos climas tropicaes amanheceo o dia 26 de Abl'il, que no
auno de 1500 acertou ser do mesmo modo que neste de 1840, em que isto escrevemos, o
Domingo da l'ascoella............ " .........
....................................................... .
Pedro Alves deo ordens para que no ilbeo se fosse armar um esparavel, e incumbio
aos Padres, e Riligiosos, que ero por todos des?ito, preparassem dentro um altar decente"
servindo-se do retabulo da Piedade, que levavao na armada............ , .
J no altar luz io accezas as vellas e tochas: pouco tardro os padres que se estavo
revestindo. Coube a honra de celebrante a quem devidamente competia... Ao Padre
FI'. Henrique Soares, varo de vida mui reli"'iosa e extremada prudeneia, que ia por cus-
todio, e guardio dos Franciscanos da armada. A ordem de S. l?rancisco no esquecer
tal facto na suas ehronicas, e annaes, e ainda que ali no prosegnio, foi incontestavelmente
um dos seus filhos, quem entoou esta nomeada Missa, tendo por acompanhamento, em vez
de sons do orgo sonoro, o ruido do mar quehrando-se na Costa...... O Sol brilhava
com raios "ivificadorcs, o dia estava claro, e sereno, e nem que prevenido para suprir a
falta d'um templo abrigador. E que sumptuoso templo ha abi, que infunda mais religio,
do que o grande templo da natureza? .. ali se via o indispensavel para a practica das ce-
remonia religiosas, sem m(lis imagens que distrubissem a atteno. Era um s6 altar, com
um retabulo, e a symbolica e consoladora Cruz! Nem mais era pel'ciso, nem ento pos-
sivel.
IX:
(1) Quando esereviamos estas linhas ellegou. nos a mto umas consideraes, acerca da
catequese dos Indios, do nosso benemerilo patricio Sr. Henriqne de Beanrepaire Bohan,
impressas nesla Capital na Revista mensal do Ensaio Philosophico Paulislano 2.0 serie,
outubro deste anno. Esta memoria, digna de ser lida, e meditada, coinciuindo com nos-
sas idas nos parece opporluna para transcrever delta alguns trechos.-Na 1.0 parle diz
-Depois dos Jesuitas, cujo empenho catequisador tinha reunido em sociedade regular as
tribus dispersas dos habitantes primitivos do Drasil, tuuo quanto se tem posto em prae-
tica, no louva\"el intento de a-ttrahir para a grei commum os nos os selvagens, teQl infeliz-
mente contribuido para o exterminio dessa raa. Mais valeria deixar-se essa pobre gente
ir-se multiplicando no silencio das mallas, at que um minislerio, que tomasse peito
o estudo das nossas coisas, lanasse em fim uma vista d'olhos creadora sotire cita.
Quem julgar os nossos aborigen~s por esses miseraveis, que por ahi vivem abandona-
dos no meio das nossas povoaes, cheios de vicios, e alfeitos 11 toda a sorte de crimes po-
der talvez, reputai-os indignos de qualquer cuidado; mas quem, como cu os ohservou
nos seus alojamentos selvagens, c teve oeeasio de estudar sua aptidiio industrial, sua
indole pacifica c sua natural propenso para a vida social, reconhecer por certo sua ina-
preciavellmporlaneia para o futuro en~rantleeimento do Brasil. Enwetanto julga o nos-
so governo, que muito faz a favor de1les, quando os brinda com um lIARDAnl"NHO! Por
sua parte, entende o llARDADINllO, que desempenha cabalmenle a sua missiio pregando 11
essa genle simples ojejum e a castidade! so factos estes, que mil vezes me terio feito rir,
se se no apoderasse de mim o sentimento penoso das miserias do meu paiz!. .
IJa pessoas que enlevadas pelos servios que preslro os Jesuitas na redueo dos
seh'a"ens americanos, julgo em boa f, que s cites novamente instaurados no Brasil, eou-
seguiro completar o que to gloriosamenle iniciro seus anlecessores.
E' um erro contra o qual me devo pronunciar,
Filbos d'um pensamento ambicioso, os primeiros discipulos de Loyola procurro dis-
pOr, em pro\"cilo da Companhia. o.s .elem~lJlos de ror~, que lhes ?fr~l'C.cia a America.
!cnnatizados pela esperana do dommlo universal, submiSSOS a essa dlsclplma, que se fnu-
dilva lia SA~TA ODEDml'iCrA, ero ento bem naturaes essessacrifieios, esses l11artyrios, qus
e expunllo, para tomar posio ral1lajosa no 'o\"o Coutineute.
Mas hoje?
Hoje tem a America seus legitimos, e bem consLiwidos senhores; e no por cerl
XI
em presena da nova ordem de coisas, que viro os Jesuitas, -AD ~IAJORml DEI GWRIAM-
representar o papel secundario de meros catequisadores. Essa honra elles de boamente
cedem a estes pobres barbadiuhos que por ahi andno a g!Hlbar a \'ida sombra da creduli-
dade publica.
PrescillJamos pois dos Jesuitas de agora, e procuremos imitar os de outr'ora, traba-
Ibando ns em proveito nos o corno elles o fizero em proveito seu.
Como procedro elles, como procedemos ns na conquista, e catequese, e civilisano
dos aborigenes?
Na conquista nunca emprega\'o a violellci3, sabendo perfeitamcnte, que o primeiro
tiro disparado contra urna tribulhes faria perder todo o prestigio uo conceito dos selva.
gens. Estes meios pacillcos, de que lana vo mo, produziro ento, como ainda hoje p-
delll produzir, os mais satisfatorios resultados .
Em rela 'o a catequese, em pela pompa do culto, e nunca por insulsas predic.1s,
que os Jesuitas aLtrubirno os selvagells parti o gremio da Igreja. Ainda boje se observo
nas antigas misses estrangeiras essas festas ruidosas, que encanto, que enthu iasmo
o povo. E ns, que em catequese uamos diariamente provas d'uma falta de tino sem
igual, enviamos a essas tribus um lIARIlADIXIlO, que sem conhecer nem a primeira sylla-
ha de qualquer palavra brasilica, lhes vo explicar em lingoagem macarroncll a metd-
phisica do El'angelbo! Desttuidos em geral das qualidades, que derem distinguir os mis-
sionarios, no servem os 11'\nnAD~UOS nem se quer pam arremedar os pndres da Compa-
nhia de Jesus. l\fuito J11aiores servios tem pl'Ostado a catef]uese alguns illustrados
membros do nosso clero nncional, Os nossos padres lem ,I inapreciavel vllnLagcm de
amurem de cor:lno seu paiz, ede serem religiosos sem superstio. No so elles, qne fa-
ro consistir o segredo da catequese em malldar decorar os seus cathechumenos oraes
inintelligivcs pura espil'itos incultos, como os selvagens.
Erll pelo atracti\'o do bem estar material, que os Jesuitas dcmonslravno practicamentc
aos ahorigelles as vant,lgells da civilisa~o. Nunca attentavo contra uquelles de sous
oostnmes, que emhoru oppostos i1s nossas I,ois, ero todavia toleral'eis ate certo ponto; e
para essas rcfl'lnas que conl'illha introduzir, serl'iiiose iutelligentemcnte do intermedio
dos seus ~IOROBlXAlIAS ou maiores, Com esse methado couseguiro formur povoaes re-
gulares, que ainda hoje furio a admirao de todos, se os crimes dessa ordem tenebrosa
no tive sem occa ionado o seu xtOl'minio. E ns e po e corda, que os obrigamos a
trabalhar, c para illudil-os sobre sua miserllvel sorte, pagamos lbes em llgoardente e fumo,
abusando immoraltnonte da tendencia, que pura taes vi cios se manifesta entre a gente sei
vagem e miseravel.
Em summll, to judiciosamente procedro os Jesuitas para com os aborig'enes, que
eu seria o primeiro a propr o restabelecimento desses padres, se, pondo de parte o odio
tradiccional, que lhos vota a nossa populao, clcsasse a me convencer, de que outros
meios no temos para obter o mesmo resultado, que elles cOllseguiro. Mas certo de que,
sem l'eOOl'rermos a compunhiu de Jesus, podemos com uma administrao adequada, fazel'
a felicidade de nossos selvagells, regei to inteiramente a ida da ingereucia de toda e qual.
quer corporao religiosa neste mister, aceitando toJaviu os Sacerdotes na parte puramen-
te espil'itual, como empl'egados indispensoveis a cateque e. &c. &te. &c,
XII
sil falleceo, e jaz na Igl'eja da Cl'a da mesma Villa Velha. Por or-
dem dEI-Rei D. JoTIo III D. Pedro Fel'nanues foi nomeado Prelado,
"igario Geral da India: seu bom goyerno rnoveo a EI-Rei a nomeai-o
primeiro Bispo do Brasil, aonde chegou no dia 1. ue Janeiro de 1552.
li'oi incunavel no servio da Igreja, c na catequese dos Indigenas.
El-Rei o mandou chamar a Portugal, talvez para o reconrpensar com
Dignidade maior, ou para saber melhor, e de viva "oz do estado do
Brsil. Em sua yolla, depois de U dius de viagem deo a costa na en-
seada chmada cnlo-dos Francezcs-foi morto, e deyomuo pelos
gentios.
Succedeo aeste virtuoso Prelado D. Pedro LeitO, C!erigo tambem
do Habito de S. Pedro, e tomou posse aos I, de Dezemhro de 1559.
Seu zelo foi admil'a,'el, ajudado pelo do Governador Mero de S. Em
seu tempo povoou- se a Ilha de ltaparica, e onze numerosas alcleus, que
foro elevadas Freguezias. Visitou por vezes no s esta T1ba, para
assistir a mais de 500 baptismos, corno os paizes mais longiqllos. Veio
ao Hio de Janeiro, e Bertioga (boje da Provincia de S. Paulo). Para
recommendUl' seu nome basta ser elle, quem conferio On]ens ao Padre
Jos d Anchieta, este ornamento dos Jesuitas, este que devia mnito
ser canonisado como Santo.
o terceiro Bispo foi D. Antonio Barreir.os. Chegou dia da Ascen-
so do Senhor de 1576. Pela ignorancia do dia da morte do segundo
Bispo no se sabe Qllanto tempo esteve a S da Bahia "Vaga: nem deste
Bispo se nota o anno de sua morte. Mas consta, que governou 18 an-
nos, e com o Governador D. Fr:1l1cisco de Souza fundro o Convento
de S. Francisco, segundo no Brasil por tel' sido o primeiro cm Olinda,
dedicado a Nossa Senhora das Neves. Foi este Prelado, quem dco
Ordens ao Venel'3vel FI'. Cosme de S. Damio, Varo de conhecida vir-
tude, e como Pai da Provincia Heligiosa no BI'asi!.
Succedeo a este Prelado D. Constantino Barradas, que, no cons-
tando o dia de sua posse, governou igualmente como seu antecessor
18 annos, e morreo no dia 1.0 de Novembro de 1618. Foi o primei-
ro, que intentou fazer Constituies, e fez alguns Capitulos, que man-
dou guardar no anuo de 1605: e como no foro impressas, "icil'o-
se. No seu tempo mandou Filippe III, que ento reinava em POI'!ugaf,
por Proviso de 1608 acrescentar os ordenados ao Deo, Dignidades,
Conegos, e Vigarios; e por essa Proviso se colhe, que em seu tempo,
e nos de seus dous immediatos antecessores se erigro varias Fregue-
zias, e se contavo j iA Parochias, alem da S. Mas certo, que no
tempo deste Prelado foro erectas as Vigararias de Cayr, Boypeba, e
Sergipe d'Ei-Rei.
(i) Veja ~IeOJorjus Historicas da Pl'oyiucia da Bahia por Ignacio Accioli Tom. 4. pag.
i2, e seguintes. -
Xl
(1) Assim o rcfcl'c mais /llrgamenLc o Paul'c lIInnoel dll Silvi!, Ui! companhia de Jesus
na suu Silvu ConciOl1l1Lol'iu delliculllloa II esle lI!usLl'issimo Prelado.
XVI
S. ARCEBISPO DA BAIlIA.
Do~ 'J.'ltuIOI!l, flue se contenl nos cinco liv.'os elas
COllstUedes elo l\l.cebi!jlluulo ela Bahla,
LIVRO PRUIEIl\O.
LiVRO SEGUNDOo
LIVRO TERCEIRO.
LIVRO QUARTO.
Titulo 1.. Da immunidade, e i;seuo das lfles entremem casa, nem tomem seus
pessoas Ecclesiasticas, n 639. bens, n 652.
Tit. 2. Que nem-uma pessoa usurpe, Tit.7. Que se,no fao Leis, Ordena-
impida, ou prohiba a nossa jUl'isdi- es, Acordos, ou Estatutos con-
o Ecclesiastica, n ........ 642., tra a liberdade Ecclesiastica, n.653.
TiL. 3. Como as Justicas seculares no Til. 8. Que se no ponho tl'ibutos
pdem prender as pessoas EcclesiasLi- nem fin tas pelos seculares s Jgrejil '
.cas, salvo em Oagrantedelicto, n. 646. e pessoas EcclesiasLicas, n 658:
TIL 4. Que ninguem cite, ou demande, TiL. 9. De alguns privilegios concedi-
as pessoas Ecclesiasticas peran te os dos aos Clerigos, e pessoas Ecclesias-
.Juizes seculares, Jl 64.7. ticas, n............... ..... 662.
Ttt. . Que ningUm usurpe os bens das Til. 10. Que os assignados, e procura-
Igrejas, lugares pios, ou pessoas Ec- es dos Clel'igos tenho forca de es-
oclesiasLicas, n.o o...650.
criptUl'a publica, n : 668.
TIt. 6. Que os Ministros da Justia se- Til. 11. Que os Clerigos no pdem ser
cular no penhorem os Clcrigos. nem o Pl'(sos. nem excommungado l)Qr
-6-
dividas civeis, no tendo por onde hn, durma, bailJe, ou fao Novenas,
pagar, n , 669. n ........................ 7\2.
Tit. 12. Que os Clerigos, no posso ser Til. 31. Que nas Igrejas, e seus Adros
constrangidos a (azerem citaes, e se no faco fortalezas, CasteBos, ou
notificaes, salvo em alguns casos cOllsas semelhantes, n 746.
particulares, 0 .............. 672. TiL. 32. Como, e em que Igrejas, e lu-
TiL. 13. De como os Clerigos elevem ser gares Sagrados os delinquenles gozo
citados, e em que tempos, e lugares da immllllidade da Igreja, n .... 7!~7.
o no pode(o ser, n 674. Til. 33. Das pessoas, e casos, em que
Til. H. Que n.o proceda contra os I no v.ale a immunidade da Igreja,
Clerigos que forem Curas d'almas no . n .......................... 7M.
tempo da Quaresma, n ....... 677. TiL. 34. Da frma, que se ha de guar-
Tit. 15. Que os Clerigos no sejo pre- dar qu.ando nlgum delinquente se
sos no aljube seno por casos muilo acoutar Igreja, para se resolver se
graves, n. . . .. . ............ 679. vale, ou no.a immunidade, n ... 762.
Tit. 16. Das Igrejas, CapeIlas, e Mos- Tit. 35. Que os delinquentes acoula-
teiros. Que neste Arcebispado se no dos igreja estejo nella honesta, e
edilhTuem 19rejn, CapeIla, ou Mos- decentemente, n 770.
teiro sem licena nossa, n 683. Til. 36. Que os nossos Ministros fao
Tit. 17. Da edificao, e reparao das guardar inleiramente a immunidadc
Igrejas Parochiaes, n 687. da Igreja, e como se havero os .Pa-
TiL. 18. Dos l\Iosteiros, e Igrejas dos rochos, e Clerigos oeste particular,
llegulares quanto fundao, e erec- . 0 772.
co, n ................... ' . 690. TiL. 37. Dos testamenlos. Como os Cle-
Tit. 19. Da edificao das Capellas, pdem lestar livremente de seus bens,
ou Ermidas, e o que se far com as ainda que sejo adquiridos por razo
que estiverem damnificadas, 0.692. desuas Igrejas, n 77!~.
TiL. 20. Das Sanlas Imagens, o ... 696. Til. 38. Que nem uma pessoa impid a
Tit. 21. Que a Imagem da Cruz se no . por fora, ou engano aos Testadores
pinte, nem levante em lugares incle- disporem livremente de seus bens,
Genles; e que envelhecidas se refor- n. . . . . . .. . ................ 780.
roem, n 702. Tit.. 39. Da frma que ho de ler os
Tit. 22. Dos ornamentos das Igrejas, e Parocho~, e outros quaesquer Clerigos
moveis della, o .............. 706. em fazerem os teslamentos das pessoas
Tit. 23. Das Igrejas, Altares, e Vasos, que lh'os requerem, n 783.
que devem ser sagrados, cdos que de- Tit.40. Que se cumpro os testamen-
vem ser bentos, o ........... 708. tos, c legados pios, ainda dos filhos
Tit. 24. Como se guardaro os orna- familias, tendo as solemnidacles de
mentos, e moveis das Igrejas, e que direilo Canonico, o 787.
se oo emprestem, nem sirvo em Til. 4:J. Dentro em que tempo elevom
outros usos, n ............... 711'1 os Te~tamenteiros cumprir o testa-
Tit.25. Que haja inventario da prala, mento, e elar conla; e quando pdem
moveis, e cousas elas Igrejaa, e lam- recnsar o cargo, n .. , 790.
bem livro do tombo das noticias mais Til. 42. Quando, e como se ho ele cum-
essenciaes a ella pertencentes, n..715. prir os legados pios, e fazer os sufl'ra-
Til. 26. Do que se far dos ornamentos gios, quo os defuntos em seus testa-
velhos das Igrejas, o da macleira, pe- mentos ordenarem, ou deixarem cm
dra, e lelha, qlle delI as se tirar, arbtrio los Testamenteiros, o ...798.
n ...................... 725. Tit. 43. A quem pertence tomar contas
Tit.27. Da reverencia uevida as Igre- aos Testamenteiros, ou aos herdeiros
jas, e lugares sagrados, n .... .728. elo eumprime.nto dos testamentos; do
Til. 28. Que nas Igrejas, se no asseo- que neIles se deve guardar; e Gomo os
tem em cadeira d espalc1as, ou tam- Testamenteiros no pdem comprar
boretes' nem os I igos estejo senta- os bens dos defuntos, n 803.
dos na Capella mr em quaoto se J- Til. 44. Das commutaes das ultimas
zem os Oflicios Divinos, n ..... 731. vontades, e pOl' quem se devem fazer,
Tit.29. Q le' nas Igrejas, c seus Adros, n '" 809.
se oo fao feira, mercados, contra- Til. "5. Dos entelTamentos, exequias,
tos, ou escripturas, nem a('.lo a.lgum e sulTragios dos defuntos. Como os
dejurisdio secular, n 738. defuntos ho de ser encommendados
Til. 30. Quenas Igrejas se no fao far- pelo seu Parocho, antes que vo a rn-
as e jogos prOfa\lO , nem se coma, be- terrar, n.............. . . .. . 812.
7
Til. 4.6. Da ordem que se ha 'de guardar se concedo na Capell a mr sem nos-
, nos acompanhamcntos dos dcfuntos, sa licena; e do modo que havera com
e que os Parochos os acompanhem os que se en teno nas Ca pellas fra
sepu1tma, n ................ 820. das Igrejas Matrizes, n 852.
Til. 47. Como ho de ser levados ase- Tit.57. Daspessoas, a quem sedevene-
pullura., e enterrados os Sacerdotes, gar a sepultura Ecc1esiastica, n. 857.
e Clerigos,. n 827. Tit. 58. Das diligencias, que primeiro
Til. 48. Dos signaes que se ho de. fa- se devem fazer nos casos, em que o
zer pelos defuntos, n 828. Dil'eito denega a sepulLura Eccle-
Til. ~.9.. Como se.liu,o os assentos dos siastica, n... .. . . 859.
defunt9s, n 831. Til. 59. Que na nossa S Cathedral, e
Til. 50. Dos Omcios que se ho de. fa- nas Ig.rejas Parochiaes de nosso Arce-
zer pelos defuntos, fi . 834. bispado se fao procisses pelos .d;.-
Til. 51. Como se faro os sufi'ragios .aos funtos, e se reze por el1es, n ... 86.~.
que morrem ab intestado, aos meno- Tit. 60. Das Confrarias, Capel1as, e
res, e aos escravos, n 836. Hospitaes, e da frma que devem.ter
Tit. 52. Que se no fao Ollicios em os Compromissos das Con frarias su-
Domingos, ou dias Santos, nem haja geitas nossa Jurisdio .Ecc1esias-
Sermo de exequias; e como se re- tica, n , .............. 8.67.
parLir as Missas que os defuntos Tit. 61. Como sel'o visitadas as Con-
mandarem. dizer, sendo enterrados fl'arias, Capellas, e Hospitaes; e das
fra da sua freguezia, n 839. contas, que se ho de tomar aos Ad-
TiL. 53. Das sepulturas. Que os corpos ministradores, n 870.
dos fieis se enterrem em lugares Sa- TiL. 62. Da eleico dos Officiaes de cada
grados, e na sepultura que escolhe- Confraria, e qe cada anno dem canta
rem, n .................... 843. com entrega; e das Missas, que se de-
Til. 54.. Que nem-um Parocho, Cleri- vem dizer nas diLas.Confrarias, n. 872.
go, ou Religioso induza, ou obrigue Til. 63. Das esmolas, questores, e pe-
a pessoa. alguma a eleger sepultura didores de esmolas, e como se pro-
em sua Igreja, ou.l\fosteiro, ou aque ceder contra eBes, n 876.
no mude a que tiver eleita, n... 846. Tit. 64. Que ningnem pea esmolas
TiL. 55. Que se no abra sepulLura na sem licena, e como se conceder,
Igreja, ou Adro sem se fazer a saber n.,., ......... _ , .879.
ao Parocho, nem se desenterrem os TiL. 65. Da execuco dos mandados.dos
corpos, ou ossos dos defuntos sem li- Superjores. Qundo, ecomo se devem
cena nossa, n ............... 8l~9. cumprir nossos mandados, e de nos-
TiL. 56. Da deoencia das sepulturas; sos Minist1:os, e dos outros Superio-
e que se no vendo perpetuas, nem res, e Prelados, n ............. 883.
LIVRO QUINTO.
DO
---=="">~""===----
TITULO 1.
DA SAriTISSBL\. TRINDADE, .E SANTA F CA'lHOLIC.\.
~
8) Mallb. 1. 21.
9) Abreu de Paroeh. lib. 7. e. 2. sess. 40. n. 66.
10) D. Damaseen.lib. 3. de Fide cap. 7. Symb. D. Atbanas. Suar. lom. L
dispo 2. seel. 1. 2. et 3.
(11) 1. ad Corintb. 140, 11. Trid. sess. 15. de Reform. e. 2. Faeit. lexl in c.
ln SeripLuris Quies ilaque 80. q. 1. Solorz. de Indiar. gubern. tom. 2. lib.
1. e. 25. n. 34.
(12) Joan. 3. ad Tbessal. 2. D. 'fbom. 2. 2. q. 1. PaI. p. 1. trael. ~-. dispo
1. punet. 2. n. 1. D, August. lib. 11. de Civit. Dei cap. 2. Cassiano lib. 40. de In-
cam. e. 6.
(13) um. cap. 23. D. Ambros. Episl. 27. D. Aug. lib. 22. de Civilat<'.
cap. 215.
(14) Paul. 1. ad Timolh. 3. Malth. 26. D. August. Ep. 11. D. Hieron. dia-
logo adverso Lueifer. e. 4.
(1) Cap. Vos aute omnia. deConseeral. dist 4. cap. Omnis retas 12. q.1. 50-
lorz. de Indiar. gubcrn. tom 2. lih. 1. C. 25.n. 19.
DO ARCEBISPADO DA BARIA. 3
milia, (2) e especialmente a seus escravos, (3) que SO os mais neces-
ilados desta instruo pela sua rudeza, mandando-os Igreja, para
que o Parocho (h) l11es el1 ine os (5) At,t1'gos da F, para saberem bem
crer; o Padre 1'osso, e Ave l/aria, para saberem bem pedir; os Man-
damentos da Lei ele Deos, c da Santa Madre Ig'reja, e os peecados
mortaes, para saberem bem obrar; as virtudes, lJara que as sigo; e os
sete Sacramentos, rara que d1'gnamente os recebo, e eom elles a graa
que do, e as matS oraes da Doutrina Christ, para que seJrw Ui-
tntidos em tudo, o que importa a sua sa1t'ao. E encarregamos gra-
"emente as consciencias das sobreditas pessoas, para que assim o ta~
~:o, attendendo conla, (6) que de tudo dar Deos nosso Senhor.
t 5 E para que os Mestres dos meninos, e Meslras das meninas
lio falLem obrigao do ensino (7) da Doutrina Christa. ma11l1a-
mos a nossos 'lsitadores inquiro com grande cuidado, se elles Cu-
zem, o que devem, para que, sendo descuidados, sejo amoc lados,
c pnnidos, e llies revogarmos as licenas, que de J6s lirerem, em
<1S quacs no podero ensinar.
TITUI.O III.
DA ESPECL~L OBRIGAO DOS PAROCFlOS PARA E:ssn'iAREM A not;'rnlN.~
CHRIST A SECS FREGCEZFS.
(2) 1. ad Timolh. 5.8. Abr. de Paroeh. lib. 8. e.7. seel. 2. n. 369. Navar.
in manual. cap. H. n. 17. Palau p.1. lrael. [~. d.1. punel. 11. n. 2. Conslit.
Ulyssipon. lib. 1. lil. 3. decret.i. 1-
(3) A]Jr. d. lib.8. cap. 7. seeL 5. n. 393. Naval'. d. cap. U. n. 21. Benci.
Econom. Chrisl diseurs. 2. 1. n. 62. eum sequenlib. usq. ad num. 71.
(4) .Eenei d. diseurs. 2. 2. n. 72. Abreu d. lib. 7. cap. 2. n. H. 15. 1!}..
(5) Abreu iib. 7. cap. i. num. i. usc[. ad num'!~. cl e. 2. n. i6. t7. ~arb. de
Paroch. p. 1. cap. 15. n. [~. PaI. p. 1. tmcl. [~. d. i. punel. 9. ct 10. Conslll. U1ys-
sp. d. deere!. 1. in principio. el 1.
(6) 1. ado Timolh. 5. 8. Abr. d. lib. 8. n. 393. PaI. d. p. 1. trael. 4. d. 1.
punel. 11. n. 2. el3. Benei d. clise 2. 2. n. 73. in fine.
(7) TI'id. se S. 23. de Reform. eap.i8. Gavant. verbo Ludimagisl. llum. (I. el
in manuali p. 2. in prax. vsit. Episc. 5. 11. 32.
(1) Cone. Trid. sess. 5. de Reform. e. 2. vers. Arehipresbyleri, el sess. 24. de
Reform. e. [~. verso Idem eliam. Texl. in e. Ul quisque 3. de Vila, el honesto Cler.
Abr. de Paroeh. Iib.2. e. 1. n. 1.
(2) ConeiJ. Trid. loeis. eit. Zerol in prax. Epise. p. 1. verbo Doclrin. Chri -
tian. Barb. de Offie. et poles. Par. e. 15. A]Jreu de Paroch. I. 2. C. 5. n. 37.
(3) Abreu de Par. lih: 7. C. 2. D.16. Barbos. de Olr. el polesl Par. p. -t. . -t5. n. 7.
(4) Abr. ubi prox. Consl. lEgit. Iib 1. lil. 2. foI. iS. PortuenS. Iib 1. lil. 1. Consl. 2.
~ 2. vers.1.
(iS) Abreu de Par. Iib. 7. e. 2, n. 16.
CO~STITUIES
aos Pais, quc mandem aos lugares, e horas determinadas scus (6) fi-
lhos' e aos Senhores seus (7) escravos: e se algumas das sobredi-
tas pessoas, csquecidas da obrigao Christ, a no forem ouyir,
e Do mandarem as pcssoas, que esto a scu cargo, para a omirem
sejo certos, que se fazem reos de quantos 'peccados, se commetterem
pOI' falia de Doutrina, de que Deos nosso Senhor lLes far rigoroso
juizo. E aos padres Capelles encommendamos, quc nas suas Capel-
la Jllo a mesma diligencia, principalmente com os escrayos.
8 E porque os escravos do Brasil so os mais necessitados ria
lJoulrilla Chrisl, sendo l:'l.IItas as naes, e wversidades de lngua ,
(8) que passo do gentilismo a cste Eslado, deyemos de buscar-Ibes
lodos os meios, para serem instruidos na F, ou por quem lhes fallc
nos seus idiomas, (9) ou no nosso, quando elles j o posso entendei'.
E no ha oulro meio mais proveitoso, que o de uma instruo accom-
modalla S\la rudeza (10) ele entender, e barbaridade do faUar. Por
l:lUlo sero obrigados os Parochos a mandai' fazer (11) copias, (se no
ba tarcm as que mandamos impriml') da breve [rma do Cathecismo,
que Yai no titulo 33 para se repartirem por casas dos freguezes, em
ordcm a clles instruirem aos seus escrayos nos mystcrios da F, c
OontrulU Chrisl, pcla frma da dita instruo, e as suas pergunlas,
c re poslas sero a ex.aminadas, para ellcs se confessarem, e com-
mllngarem Chrisl}mcnlc, e mais facilmenle do que estudando de mc-
moria o Crer] ; . .outras, que aprendem, os que so de mais capaci-
dade.
TITULO IV.
D.\.S PESSO.\S, QUE so OBRiGADAS A FAZER A PROFiSSO D.\. F.
(fi) Cap. Ul quisque 3. de Vil. ct bones. Cleric. Barb. de Orne. et potest. Par. p. 1. c.
10. n. 7. PaI. I). 1. de Fide lract. 4. punel. ti. 0.2. et 3.
(7) Conslit. Iyssip. !Ib.1. lil. 3 decreto 1. Si 4. Beoc. d. discurso 2. Si 1. n. 69. et Si 2
o. 72.
(8) Testnlur Benci d. disco 2. 1. n. 62. et 615.
(9) Puul. ado COl"nlb. 1. C. H. Y. :10. :11. :12. Trid. sess. 24. de Reform. C. 7. teII.
io cap. ln scripluris Si Quies ilaque 80. q. t.
(10) Abreu lib. 2. cap.!>. u. 36. Beuc. d. disco 2. Si 2. n. 78. foI. 74.
(I I) Ad ea qUal Abr. de Par, lib. 7. C. 2. u. :17. fatil ConsL 1Egilanens. lib. 1. tit. 2.
e. 2. foI. 7.
(1) Trid. sess. 24. de Reform. c. 12. Barb. de Potest. Episcoporum 3. p. aUegat. 93.
11.17. COIISl. Ulyssipo. lib. 1. til. 3. decr.1. in principio.
(2) Tlid. sess. 24. de Reform. c. 12. Barb. de Canon. et Dignil. e. 17. et de Paroch.
C. 4. Garcia de Benef. p. 3. cap. 3. Tambur. de Jur. Abbat. tom. 1. d, 8. q. 3. U. 9.
DO ARCEBISPADO DA BARIA. 5
tomarem posse: isto se entende alem da profisso, que os providos em
Dignidades, ou Conesias da nossa S Metropolitana so (3) obrigados
a fazei' em Cabido, como tudo dispoem o sagrado Concilio Triden-
tino. E no fazendo quaesquer dos ditos juramento de profisso da F
110 termo assignado pelo sagrado Concilio, no vencem os frutos de
seus Beneficios, e Igrejas, nem lhes podero ser remittidos por Ns,
on pelo nosso Cabido, e tendo-os recebido, so obrigados aos restituir,
e podem no foro exterior a isso ser compeUidos.
t 11 Conforme ao Breve (h) do Summo Pontifice Pio IV. so
tambem obrigados a fazer o dito juramento da profisso da F os Pre-
lados das Religies, (que Ns suppomos fazem ajustada ao uzo dos
seus institutos) os Doutores, (5) Mestl'es Clericos seculares, ou Re-
gulares, <Jlle lerem Theologia, Filosophia, Grammatica em Universi-
rlade, e Escolas pulJlicas, ou particulares. Pelo que conformando-nos
com a disposio do dito Breve, e declaraes dos Eminentissimos
Cardeaes, mandamos a todos os nossos subditos, que assim o cum-
pl'o sob as penas impostas no dito Breve.
. t 12 Tambem na frma do mesmo BI'eve, e na mesma supposio
pertencente aos Regulares, tem obrigao de fazer a dita profisso da
F todos aquelles, que quizerem licena para confessar, (6) e pregar,
ainda que sejo Regulares isentos: e tendo-a feito a primeira vez no
sero cOID.pellic1os a fazer outra, (7) quando se lhe houver de reformar
a liena, depois de acabado o tempo da primeira.
FORMA (8) DO JURAMENTO, E PROFISSO DA F.
13 c( Ego N. firma fide credo, et profiteor omnia, et singula,
qme continentur in Symbolo Fidei, quo Sancta Romana Ecclesia
cc utitur, videlicet.
Credo in Ullum Deum Patrem Omnipotentem, facLorem creli,
I' et terrre visibilium omoium, et iovisibilium. Et in unum Domi-
num Jesum Christum Filium Dei unigenitllm, et ex Patre natllm
ante omnia srecula. Deum dp Deo, lumen de lumine, Deum vernm
c( de Deo vero. Genitum, non facLum, consubstantialem Patri, per
quem omnia facta sunt. Qui propLer nos homines, et propter nos-
CI Iram salulem descendit de Crelis. Et incarnatus est de Spiritu San-
cto ex Maria Virgine, et homo factus est. Crucifixus eLiam pro nobis
( sllb PonLio Plato, passus et sepultus est. Et resllrrexit tertia die
cc secuudurn Scripturas, et asccndit in Crelum. Sedet ad dexteram
Patris. Et iterum venturus est cum gloria judicaI'e vivos, et mor-
cc luos, Cl~US l'egni non erit .Gnis. Et in SpiriLum Sanctum Dominum
(3) Trid. ub. prox. verso Provisi autem, et ibi Rarb. n.21>. et de Polest. Episcop.
p. 3. alleg. 61.. et de Canonic. et Dignit. c. 17. n. 1. Ricc. de Jur. person. extra gremi-
um Ecclcs. existo 1. c. 33.
(4) Dlllla Pij IV, edita anno 11>64. qnro ncipit. Illjunctum. Fi'. Emmanllel q. Regul.
tom. 2. q. 72. arl. 1. Ledcsm. n Sumo tom. 2 tract. t cap. 4. in line. Naval'. lib.2. Con-
iJ. et de Jurcjurando consl.iO.
(o) Pai. p. 1. traet. 4. d. 1. punet. 19. n. G. Darb. de Potest. Fpisc. p.3. alleg.61
n,2.
(6) Cone. Pl'Ovinc. J\[cdol. V. Gavant. in manual. yerh. Concio fllcra n. 20. et verbo
Filiei prof'essio D. 26. Dulla Pij IV. supmdicta.
(7) C~nsl. Ulyssip. lib. 1. til. 3. decreto 1. Si 4. foI. 12.
(8) Vide apud Darb. de Canon. et Dignit. 0.17 post numero 32.
t"
CONSTITUIES
/{ et vivificantem, qui ex Patre, Filioque procedit. Qui cum Patre;
et Filio simul adoratur, et conglorificatur. Qui locutus est per Pro--
phetas. Et unam Sanctam Catholicam, et Apostolicam Ecelesiam.
(I Confiteor unum Baptisma in remissionem peccatorum. Et expecto
resurrectionem mortuorum, et vitam venturi sreeuli, Amen.
Apostolicas, et Eeclesiasticas traditiones, reliquasque ejusdem
Ecclesire observationes, et constitutiones firmissime admitto, et am-
/{ plector. Item Sacram Scripturam, juxta eum sensum, quem tenuit,
et tenet Saneta MateI' Eeclesia, cujus est judcal'e de veI'O scnsu, et
interpretatione Sacrarum ScripturarUID, admitto; nec eam tmquam,
nisi juxta unanimem consesum Patrum aecipiam, et interpretabor.
l( Profiteor quoque septem esse vere et proprie Sacramenta novre legis,
01' eliam sub alter tanLiun specie totum atgue integl'Um Christum
verumque Saeramentum sumi. Constanter teneo Purgatorium esse,
( animasque ibi detentas fidelium sulfragiis juvari. Similiter et San-
l( ctos un cum Christo regnantes venerandos, atque invoeandos esse,
eosque orationes Deo pro nobis offerre atque eorum Reliquias esse
venerandas. Firmiter assero imagines Christi, ac Dei-parre semper
l( Vil'ginis, nec non aliorum Sanctorum babendas, et retincndas esse,
licam Fidem, extra quam nemo salvus esse potest quam in prresen-
ti sponle profiteor, et veraciter teneo; eamdam integram, et invio-
latam usque ad extl'emum vitre spiritum constantissime ( Deo adju-
l( vante) retinere, eL contiteri, alqne meis subditis, vel i1lis, quorum
DO ARCEBISPADO DA BARLL 7
cc cura ad me ill munere meo spectabit, teneri, docm'i, et prredicari,
quantum in me erit CUl'aturum.
(C Ego idem N. spondeo, voveo, ac juro, sic me Deus adjU\'et
( et brec Sallcla Dei Evangelia.
TITULO V.
COMO os LEIGOS NO DEVElIl DISPUTAR SOBRE lIL>\TET\lAS DE NOSSA F.
TITULO VI.
C01l1O SE HA DE DENUNCIAR DOS HEREGES, E DE SEUS FAUTORES B D.\
PROBJDJO DOS LIVROS DEFEZOS.
(1) Cap. Quicumque Si 1. de Hroret. in 6. et ibi Da rbos. num. 13, et 17. A Cnnha ad
texto io c. ln rnandatis 2~3. disto
(2) Diet. texto io cap. Quicumque Si 1. de HmreL.
(3) De pama dispuwotis de lide in caso prohibito vidcDeciao. in LI'. crim. lib.Q. cap.
42. n. . Sancho in Decalog. ilh. 2. c. 6 D. 10 Latissime Fariuat. iu tract. de Hrores. lJ 178.
n. fi6. et seq.
(1) Call. Excommunicamus. Si Adjicimu 13. de H:.cret. Cap. Quapropter 2. q. 7. Con-
st. lonoc. IV. edito aono 1254. incip, Licct ex omnib. Caren. de Olr. Sanct. iII quisit. ,2.
p. tit. 9. de Obligat. denuotiandi Si 1. o. 4. PaI. p. 1. tratcl. 4. d. 3. punt. <I et . Sancho lih.
2. iD Decalog. cap. 32 iDo line. Simancas tit.19. Barb. de !'otes. Episcop alleg. 96. n. 1S1.
(2) Coneil. Lnteran sub Leon. X. sess. 10. Trid. se s. 18. in Proremio. et sess. 4. de
Edil. ct usu aeror. libr. et ibi Darh. n. 3. et dc Potest Episcop. p. 3. al/cg. 90. 0.12. Castro
Iib.1. de Potest. legis pamal. C. 8. verso E Letim qumdam lex.
(3) Decret. Concil. LaLer. rela tum per Barbos. d. aJleg. 90. n. H. verso Extat.
8 CO~STIT rES
t 17 E mandamos que, (ft) chamados os estre , ou Capitaens
tlos navios pejo nosso Vigario Geral, se inquira delles a noticia, que
po .o dar dos livros, que na viagem se lero, ou venbo embarca.dos,
e remeUidos a alguem: e que na Alfandega aonde forem, e se VIrem
quaesquer linos, se no entreguem a seus donos sem primeiro se re-
melterem ao nosso Yigario Geral, que, depois de examinar as suas ma-
terias lhos poder dar. E para que llo deixem de ii' os ditos livros
;'t \lfandega, se intimar aos ditos Mestres ou Capilaens dos Navios a
ohrigao de os fazerem l ir. Tambem se inquirir delles, se nos seus
lia vias vem alguma pessoa suspeita de F.
t 18 E o ql1e vender, ou tiver livros que tratem de cousas sagra-
das em nome de Autbor, no sendo primeiro revistos, e approvados
pelo Oroinario, (5) incon;e em pena ele excommunho maior, e paga-
d cem cruzados applicados na frma sobredita. E as mais penas have-
n\ o que commnicar, ou divulgar os taes 111"1'os, posto que no sejo
impressos. E o que liver estes livros escritos de mo em seu poder.
ou se lhe proyal', que os l, se no descrubrir os AUlhores, ser trata-
uo como se eUe o fosse.
TITULO VII.
DA ADORAO QUE SE DEVE A DEOS NOSSO SEl'BOR, VIRGE1I1
MARIA NOSSA SENHORA, E AOS SA1'(TOS.
TITULO nu.
DO CtLTO DE\ IDO A SA~US P,ELlQ 'IAS E SAGRAD.\S mAGE~s.
(8) Barb. de Potest. Epi cap. 3. p. alleg. 97. n. 11. et a Trid. diet. sess. 20. c.
2. 1'1, \l. Consl. UI~'ssipon. <!. Iib. 1. til. 5. deerel. 2. 3. Porluens. Jib. 1. liL 1. eon-
sUL. 7. ~ .". rers. 1. rol. 13.
(9) Texl. in <!. c. u11. de Reliq. et renerat. Sanet. el ibi Glos. Suar de Relig. tra-
d. 3. Iib. 4. C. H. n. 24. SyII'CSl. verbo Reliquia: n. 1. l)alao diel. punel. 6. n. 17.
'ers. Oelava difficullas.
(10) Greg. XIll. in sua eonst. qnro incipil, Omni certe sludio. edil 8. Ralen. Jul.
1072. Barb. de Polest. Epis\;. 3. p. allcg. 50. n. 150. Quarl. de saeri llenedicl. lit. 2
seet. 8. dub. 4. 11. H2.
(Li) Texl. in cap. Venerabile de consee. disl. 3. cap. Pcrlalum. eod. til. Trid. sess,
~;j. C. 2. Azar. 1. p. lib. 9. c. 6. lJ 1/. Va 'q. tal. lib. 2. de VeneraI. Suar. 3. p. q.
iii. d. ii.',. per septem secl. Bellarm. in dispo Fid. CaLhoI. controverso 7. lib. 2
(12) TriJ. dicl. sell. 20. e. 2. PaI. d. puneL. ii. n. 1. el 1/. vers. llespondeo. Consto
1:ly. 'ipou. d. lib 1. til. IS. deCl'. 1. .\. JEgilall. Iib. 1. til. 3. C. 2. num. 1.
[1) Trid. sess. 7. dI) Sanam. in gen. ean. 1. D. TlIol11. p. 3. q. 65. arl. 1. ubi.
Va que arl. 2. Henriq. in Sumo lib. 1. c.7. Valen!. p. 3. q. 6. punel. 2. SaFo de Sa-
eram. in "fll. lib. 6. c. 1. q. 2. Bonac. de Sacram. d. 1. q. 1. punel. 2. 'PaI. [1.2. Lrael.
1ti. d. unic, pUllct. 16. n. 1.
DO ARCEBISPA.DO DA BARIA. 11
, cm clu"ida causo (2) graa nos que os recebem dignamente, e no
poem (3) impedimento a ella; a qual graa por excellencia se chama
cousa sagl'ada, e dom sagrado, pois nos santifica com Deos.
29 A Santa Madl'C Igreja declara, e manda, que para se celebl'a-
rem os Sacramentos nlidamenLe, (!~) haja materia, frma e Ministro
com teno de fazer Sacramento, a qual teno se chama actual, (5) .
IS a que se ba de procurar sempre, c faltando esta, necessal'io ao me-
nos, que baja teno (6) virtual, que resulta da actual; e necessaria-
mente ha de preceder ao Sacramento: a (7) habitual s no basta. Pe-
lo que exhorLamos a nossos subditos, que assim na teno, com que
ho de administrar os Sacramentos, como na materia, e palavras ela
frma lenMo grande cuidado, e vigilancia: pOl'que faltando qualquer
Ilestas tl'cs cou 'as, no se faz Sacramento, nem os adultos o reccb .m,
se lhes falta a (8) teno necessaria.
30 E posto que no perteniio : essepcia dos Sacramentos a. cc-
rcmonias santas, com que se celebl'o, e ad ninistro; o Sagrado (9)
Concilio Tridentillo manda, que na administrao solemne dos Sael'a-
mentos se guardem todas inleiramente: e declara que nem-uma e p-
de deixai' por despreso, ou pOI' vontade, sem (10) peccado, nem mu-
dar-se em outra de novo por allctoridatle do Prelado, qualquer qlle seja,
salvo do Summo Pontifice. E para qne se gllarclem com toda a perfei-
o, m::mr'amos, que em cada Igreja Parochial de nosso Arcebispado
haja ao menos um (11) Ceremonial ou Manual dos Sacramentos, e
nossos Visitadores o fao assim cumprir.
31 Para que os Ministros na administrao dos Sacramentos no
posso ser notados de alguma suspeita de simonia, ou avareza, mau-
damos a todos os Parochos, e mais Sacerdotes, que nem d'l'eCle, ou
ind'ecle, nem por q' alquer occasio, ou causa, peo, nem I'ecebo
cousa alguma pelos (12) administrar: e fazendo o contrario, sero ca -
tigados como simoniacos com as penas de Direito, e com as mais que
nos pai'eCeI', segundo a qualidade, e circunstancias das culpas. POl'm
(2) Joan. 3. Actor. 8. Joan. 20 Jacob 5.2. ad. Timotb. 2. nd Ep'hes. 5, Trident. sess.
7. cano 8. ct 9. D. Thom. p. 3. q. 62. art. 1. Bonae. de ~ncrnm. d. 1. q..t. punet.
i. HUl11. 4, Torreblanc. de Jur. spir. lib. 2. c. 2. n . .19,
(3) Trid. sess. 6. c<ln.6. Barb. ibi n.7. Sayr. de Sacral11.ingen.lib.1S. c. . q. unie.
Bouac. de Sacram. d. 1. q. 4. punet. 1. n. 6. et d. 2. C. 2. punet. 7. n. 4, Valent. t. t. d.
3. q. 3. punct. 1. .iEgid. de Coninrb. q. 62. art. 1. dub. 1.
(.1) Condi Florent. in decr. Eug. ad armo de Doclr. Saeram. D. Tbom. 3. p. q.
6. art. 8. PaI. p. 4. de Sacram. in com. tract. 18. d. unic. punct. 3. n. :I.
(iS) Suar. d.:l3. seet. 3. Vasq. 3. p. d.138. c. 6. Bonae. d. 1. q. 3. p. 2. ~ 3. n. H.
(6) D. Thomaz p. 3. q. 64. art. 9. Suar. d. 13. sect. 3. JEgid. de Conine, art. 8. dub.
2. Sa)'r. Iib, 2. e. 4. q. 4. art. 2. Bonae ut supro LaJ'm. lib. 5. traet. 1. C. o, conel. 2. PaI.
11. troct. 18. d. unic. punct. o, n. 3. ct 6.
(7) Palao d. puet. 5. n. 4. in fine. ct 5. Laym. d. c. 0, q. 5. n.11. Bonae. de Sarram.
in gano d.1. q. 3. p. 2. 3. n. 3. .iEg-id. de Conineh. q, 64. art. H. dub. 2. n. 71.
(8) D. TUom. q. 68. art. 7. Suar. d.14. cct. 2. concl. 1. .iEgid. lIe Coniu. d. art. .
dub. 5. n. 98. Bon. disp.:I. q. 6. pumt. 2. n.1. Laym. d. lrac.1. C. 6. n. 4. PaI. dict. d.
unie. punet. 12. n. 4.
(9) Tril!. scss. 7. de Saeram. in gcn. cano :13. ct ib. Barb. n. :Ui. Burtad. de Saeram.
Iract. de Confirmo dime. 14. Vnler. Heginald. in prax. fori prenit. I. 26. n.10. et 28. cum
,eq. Donar. Lrncl. de Sncram. d.:I. q. ult. Abr. lio. 9. seel. 6, D. 98.
(to) Trid. dicl. e:ln. :13. PaI. d. d. unir:. puncL. 16. n. 5. Soar. d. 16. ect. 2.
Benr. li.b. t. C. 11. Donac. d. q. ultim. puneL. unic.
(11) ConsLL. LEgitan. I. :I. LL. 4. C. 2 n. 1. foI. :19.
(12) Cap. Cum in Ecclesim de Sirnoni. Consto Vly sip. Iib.1S. tit. 8. decret.:I.", 3. foI,
~29. lEgil. lib. 1. til. 4. c. 2. II. 2. DD. nd lext. in c. Plneuit. ut uuusquisque:l. q. 1.
L" CO~STl1'UIE f
(13) C. Placuil ulJi sup. ConsLiL. t:iIJ'ssip. Joc. ciLuL. iEgiLun. d. e. 2. n. 3. ad ea quro
Burh. de Orne. eL poLest. l'a roch. p. 2. e. 18. lJ. 42.
(H) Cap. Ad Apostolicaru. de Sim. c. Omnis, et ib. gloso ,crb. Vucuus de Con~ee.
di L. 1. fucil Trid. se. S, 21. C. 4. Less. Lom. 'J. de Jusl. Iib 2. de Decimis eup. 39. duu. O.
(15) Cap. Siqui Episeopi Si Eece 1. q.1. Trid. sess. 13. tle Sacril'. Miss,e C. 7.
(16) }'ul. d. Irucl. '18. d. unie. punet. 5. n. 9. lEgiu. de Coninch. q. 64. arL. 6. dub.
1, n. 22. LaJm. lib. . Sumo tI'. 1. e. 5. n. 8.
(17) Trident. d. cap. 7. et cun. 11. e. Qui seeleralc de Consce. disto 2. Solo in4. di'L.
12. q.5. arL. 4. coI. 14. Azor. ln tiL. moral. p.1.lib. 10. cap. 3t. Suar. 1001.3. de Sa-
eram. tlisl. 66. scct. 3. vers. Seu qUiCres. Cano dcLocis Theolog./ib 3. coI. 189. ad [lll.
eum equcnlibu .
('18) Cone. Carlagin. 3. canon. 29. reral. in cap. Sacramenla Allaris disL. 1. Va~q.
disp.211. 'uur. d. 68. seet. 3. et seq. D. Tbom. q. 8. urL. 8. Div. Aug. EpisL. H8. e.9.
(19) Cup. Ex parL. de Celcbl'. J\1isslC. Suur. d. 68. seet. 4. D. Thom. Joc. cil.
(1) C. Pronler verso eiendum 32. disL, C. ulL. dc Presb. nou baptizo Abr. dc l'ar.
Iib. 9. c. 2. n. 61. PaI. p. 4. traeL.19. d. unic. punct. 1. 11.1. in. fino
(2) l\Iall,U. ul(. ud Ephes. . PaI. p. 4. truel. '19. d. un. punet. 4. n. 1. Abr. d. C. 2.
ect.1. n. 6~.
(3) Trid. se S. 7. de Baptism. cano 2. C. penult. de Baptism. Joan. c. 3. C. firmiLer. dc
sumo Trillilot. COlle. ]<'Iorcnl. in decl. Eugen. IV. Puluo. ubi sup. punct. 3. II. '1.
(4) D. Tbom. q. 6. arL. 3. Frut. EmmulI. in Sum p. 1. Lroet. de Samam. llupLism.
art. 3. Donae. de Sucranl. d. 2. q. 2. punet. 3. Yjctor. de Baptism. n. 12. Barh. de 011'. el
post. Par. p. 2. C. 1R. n. 43.
(5) MuLlh. e. ult. C. penull. de Baptism. Trid. ubi. sup. cano 4. TexL. in cap. f. de
Baptlsm. CondI. l/Iorent. in decreto Eugcn. Pulo p. 4. trueL. 10. d. unie. PUllct. 1\. n. 1.
DO \.RCEBISPDO D1 BARIA. 1.:J'-)
a paIaHas, ou em Latim: Ego te bapl1'::;o t nomine Palris, et F1'lii, et
SpirilUS Sanet1'; ou em yulgar: Eu le bapt'izo em nome do Padre, e do
Ft77w, e do Esp'ilO Santo. O Ministro o Parocho, (G) a quem de
olicio compete baptizar a seus fregu zes. Porm em caso (7) de nc-
cessidade qualquer pessoa, ainda que seja mulher ou infiel, (8) pdc
validamente adminiSlrar esle Sacramento, com tanto, que n~o falte al-
guma das cousas essenciaes, (9) e tenlJo inteno de fazer, o que l7.
a Igreja Catholica.
3ft. Causa o Sacramento do Bnptismo c[-los mara\'ilbosos, por
que por elle se perdoo todos os (10) reccados, assim original, como
acluaes, ainda que sejo muitos, e mui graves. E' o haptizado adop-
tado (11) em filho de Deos, e feilo herdeiro da Gloria, e do fi ino uo
Cco. Pelo Baptismo professa o baptizado a F (12) Calholica, a qual
se obriga (13) a guardar e pde, e dere a isso sr.r (H) constrangido
pelos Minislros da Igreja. E por este Sacramento de tal maneira FC
abre (15) o Ceo aos baptizados, que se depois do Baptismo i'CCcbido
morrerem, certamente se saho, (1 G) no tendo antes da morte algum
peceado morlal.
35 Qi1anto a llecessidade, e imporlallcia deste Sacramento dere-
mos crer, e saber, que totalmenle necessal'io (11) para a salrao, C
cm lal frma que sem se recehel' n:) realidacle, ou quando no possa
ser na realidade, ao menos (18) no desejo arrependendo-se com Yel'-
dadeira contrio de seus peccados, com proposilO firme de se baptizar
lendo occasio para isso, ninguem se (1.9) pde salvar, conforme o tex-
(G) Text. in c. IntercJieim.16. fi. 1. Bonae. dict. q. 2. punet. 2. ex Laxm. in Theolog.
:MOral. lih. 1. traeL. 2. e. 7. n. 2. Abr. de Pai'. d. e. 2. seet. 3. n. 77. ltIachad. em seu
Perfeito Confessor &e. lib. 3. p. 'L tract. 2. docum. , Hum. 1.
(7) TexL. in c. ln neee silale 21 de Consee disL, 4. e. ConslaL. 19. cad. disl.
cl ibi gloso verbo Saeerd. Abr. de Paroe. ubi sup. n. 79.
(8) C. Romalllls 23. de Conseer. disto !~.
(9) C. l<irmiler de Sumo Trin. e. Ad. limina 30. q. i. D. Tbom. q. 67. art.
3. PaI. p. 4. Lraet. 19. d. unie. punel. 9. n. 1.
(10) C. Regenerante de Conseer. dist. 4. e. Maiores . 1. in fino de Bapl.
CleDl. uno de Sumo Trin. . Ad hoe bapLism. TI'id. Sess. 7. de Saeram. in gen.
cano 6. eL sess. 6. ean. 7. eL sess. 5. in deereL. de Peeealo orig.
(II) Trid. sess. 6. de JustificaI. e. 4. Paul. ap Til. 3. eL ad G-alal. 4.
(12) Trid. sess. 14. de Sacram. Pam. e. 2. tJabr. Ii.. disl. 13. q. 2. art. 1.
verso noto 3. Si mancas de CalhaI. til. 31. n. 'J. PaI. p. 2. traeL. 4.. d. 3. punet. 2.
n. 20. ,ers. At lieeL. Azar Lom.i. 1. 8. e. 9. q. 1.
13) Texl. in e. !\Iaiores 3. de Bapl. lexl. in e. Conlra Chrisliano , de II<:e-
ret. hb. 6. Azar llbi sup. q. 3. Simane. ubi prox. n. 6. Suar. 5. Lom. de Censo d.
21.seel. 2. num. 4. Sancho lib. 2. e.7. n. 3li.
(14) Texl. in diel. e.l\Iaiore . Nunc aul. de Bapl. Simane. d. tiL 31. eL
n. J. Alphons. de Castro I. 1. de JusLa hrorelieor. puniLion. e. 8. Varino de Hro-
res. q. 178. 6. n. 135. 141. eL 142. l1eporl. InquisiL. rerb. Cogeudi. Yer~.
Nune aulem.
(15) C. Per a([uam de Conseer. disto li.. Barb. ad lexl. in cap. Uaiores ele
Bapl. n. 1. Joan. 3.
(16) Coneil. Florenl. indeer. Eug. D. mbros. ad Rom. 11. D. Chryso tom.
Uom. 2l~. ln Joan. Baplisl. GoneL in lUanuali lom. 6. Irael 3. de Bapl. .8. n. 2.
(J7) Joan. 3. 5. Mare. 16. Trid. ses. 6. cap. !~. eLsess. 7. eanon. 5. Ahren
de Par. d. C. 2. eeL. 2. n. 70. Bellarm. lib. 1. de Bapt. e. !~. Ya q. d. 1i'!~. c. 1.
(18) Trid. se S. 6. e. 4. Texl. in C. 3. de Bapt. el e. 2. de Pre b. non bapliz.
D. \ugusL lib. li.. de Dapl. eap. 22. eLlib. 8. de Civil. Dei. D. Bernard. Ep. 77.
ad Rngon. de S. YieLor. Palao p. !~. lracl. 10. d. unie. punet. 8. n. 2.
(19) Joan. 3. Cap. PlaelliL de Consecr. diFl. !~. Cap. Maiores de Bapl. Trid.
sess. 5. deerel. de Peeeal. origino eL se". 7. cano 5. de Daal. el omnes DU.
o 2-1<
CO~STITUlES
lO de Chri to Senhor ~os~o. Por tanto deyem os pais tcr muito cui-
dnll0 cm no dilntarcm o BaJlb mo a seus filhos, porque lhes no suc-
rrdo sahircm desta vida sem Ue, e pcrdercm para sempre a salyao.
F,jl QlE 'IEjIPO POR QUE PESSOAS, E EM Q 'E LCG,\R SE DEVE ADl\l1~JSTRAR o
SlCRAjIE",TO DO Bll'TISjIO .
TITULO XII.
DO ~10DO, COlll QUE SE DEVE AD:lIINISTR..m o S.I.CP..AlIillN'fO no BAPTISMO.
TITULO XIII.
DOS CASO , EM QUE SE PDE ADMlN1STR1R o SACRA!lfil\TO DO BAPTISMO POR AS-
PERSO, Fn,~ DA IGREJA, EM QUALQUER LUGAR, E POR QUALQUER PESSOA.
TITULO XIV.
DO BAPTIS~10 DOS ADULTOS, E DlsPoslIo QtE DEYE~I TER, PARA SE LFfES fU-
\'ER DE CONFERIR.
TITULO XV.
DOS CASOS, EM QUE O BAPTTS)IO SE PDE FAZER CONDIClONAL1fENTE.
([~4) Text. in e. Maiores de Baptism. Suar. d. 24. scel. 1. PaI. p. r,.. tra I..
19. punct. 7. n. 2. LaJ'm.lib. 5. Sumo trael. 2. e. 6. q. 2. eol. 1-
(45) Ritual. Rom. til. de Baptism. adullorum verso Amentes. Rit. Roman.
til. de Bapl. foI. 199.
(46) Cap. Maiores 3. Item qureritur de Eaptismo.
(1) Paui. ad Ephef. 4. n. 5. e. Non lieet107. de Cseer. disl. li.. Tl'id. sess.
7. de Sael'um. in genel. ean 9. e. fin. de Baptism. cap. "cnicos de PresbJ'l. llOIl
baptizo Pal.4. p.traet.1S. d. unica punct. 11. n. 3.et4. Abr. lib. 9. seet. 7. e. ~.
n. 109.
(2) Abr. elicl. seet. 7. n.108 Aluys. Rice. in deeis. Curj,c Arehicpise. l'iCllJlOI.
p.1. dceis. 127. num. 7. Barb. de fi". et Potcsl. Par. c. 18. n. 42.
(3) Cap. Veniens de Presbyt. non baptizato. Abr. lib. 9. seel. 7. e. 2. n. lOS.
et 109.
(4) Cap. Si nuna eum seq. de Consecr. disl. 4. Abr. d. n. 109. Ledesm. in
Sumo l?' 1. ubi ele Baptism. C. 5. S verbo Baptismus n. 3.
(5) Tcxt. in e. De quiJ). 2. de Baptismo, ct ibi Barbos. n. 1. el. 2. e. Pal'-
vulos itO de Consceral. disto l~. Abr. diet. n. 109. et 111. cum seq. Henl'iq.
Sumo lib. 2. cap. 31. 2. lIIasehard. de Probo coneI. 163.. n .. 6. et7.
(6) Abr. d. n. 109. Rit. Roman. tituI. de Forma Baptlsml.
24 CONSTITUIES
levados 3 Igreja para lhes fazerem os exorcismos, e prem os Santos
Oleos, ento faro a mesma (7) diligencia, para saberem se o Baptismo
foi validamente feito.
60 Mandamos outro-sim, que as crianas, que se acharem engei-
latias nesta Cidade, e Arcebispatlo, sejo condicionalmente (8) baptiza-
uas, posto que com ellas se achem escritos, em que se declare, que fo~
TO baptizadas, porque se no sabe de certo, se a tal criana foi valida-
mente baptizada; salvo sendo os (9) escritos de Parochos, ou de outros
Sacerdotes conllccidos, ou de pessoa fidedigna, ou por outra via cons-
te legitimamente (10) com certeza moral, quP foro recta, e validamen-
te l>aptizadas. Tambem mandamos se baptizem' condicionalmente (11)
as crianas, a que em casa se baptizou um membro, ou parte do corpo,
por no terem sahido perfeitamente do ventre: o que no ter lugar,
4uanrlo a parte, p-m que foi baptizada, foi cabea, (12) porque neste
caso foi valido o Baptismo sem duvida.
61 E porque os escravos, e outras pessoas, que costumo vir de .
terras de infieis, pde acontecer, que venlJo das ditas terras sem se-
rem baptizados, 0\1 que estejo cm duvida se o foro, ou no, manda-
mos se faa muita deligencia por averiguar a verdade. E se no constar
IJe seu Baptismo com certeza moral, (13) e bastante, os Parochos n05
clem conta, ou a nosso Provisor, declarando, que certeza, prova ou
presumpes ha para se haverem, ou no por baptizados, para que se
lhes ordene, o que devem fazer. E no dando o perigo lugar a dilatar-se
o Baptismo at se fazer esta diligencia, os Parochos, ou qualquer ou-
tra pessoa, que souber fazer o Baptismo, os baptize (H) condiciOl'lal-
mente depois de instruidos na F, quanto o aperto do tempo der lugar,
guardando-se o que dissemos no titulo U. num . .&8. usque ad num.
5 j . Mas constando, que os sobreditos so filhos de Christos, (15) e
se criaro entre Christos, e foro tidos, e havidos por esses, no de-
(7) Abr. dict. fect. 7. n.108. Consl. UIyssip. Iib. 1. tiL. 7 decr. 7. ~ 4. in fino
Conslit. LEgitan. lib. 1. til. ti. c.8. n. 1. fo\. 27.
(8) Cap. 2. de Baplism. c. Pal'vulos 90. c. Placuil9L de Consecr. disl. 4.
Abr. loco cil. n. 110. llarbos. de Offic. et Polesl. Paroch. p. 2. C. 18. n. 42. verso
Baplismi.
(9) Cap. Placuit 91 de Consec. disl. 4. c. Sinulla ed. disto Abr. d. n.110.
in fino Conslit. U1yssip. lib. 1. Lil. 7. decl'. 7. ~ 1-
(tO) Texl. in dicl. cap. VIacuit de Consecr. disl. 4. Consto Ulyssipon. ubi
proxim. LEgilan. lib. 1. Lil. ti. C. 8. n. 2.
(11) Rilua\. Rom. lil. de Baptism. parvu\. verso Nemo. Abr. dicl. secl. 7.
\11. 113. Sylv. verbo Baptism. 4. n. 2. f
. .(t2) D. Th?m. in.4. disl: 6. arl. 1. Constil. Lamecens. lib. 1. tiL. 4. cap. 4-.
Si 1. 111 fine. LEgllal1. Ilb. 1. LIl. ti. C. 8. n. 3. l)ortuens. lih. 1. til. 3. ConsLil. 7.
verso 4. fo\. 32. .
(13) Ad Texl. in cap. Pnvulos. de Consec. disto 4. C. Placuit ead. causo et
qu. PaI. dict. p. [~. Iruct. 19. d. unic. pune.l. 13. n. 8. verso Terlius caso Constit.
Ulyssip. lib. 1. Lil. 7. decreto 7. ~ 2. foI. 31.
(14) Cnsl. U1yssip. ubi parox. et decrct. 6. SI 2. LEgitan lib. 1. Lit. 5. C. 8.
num.4.
(15) Cap. ult. in fin. de Presbyt. non baplizulo, et ibi Barb. n. 1. et 6. et
a.d l~xt. in C. De quib. n. 5. de Baptism. Suar. d. 22. sect. 2. in fine . .1Egid. de
t:omIlch. q. 66. art. 9. PaI. p.4. \ract. 19. d. unic. punct. 13. num. 8. verso
Secus.
DO ARCEBISPADO DA BARIA. 25
vcm, nem ainda con(licionalmente, ser outra vez baptizados, salvo se
constaI' que o no foro pOI' claras, (16), e evidentissimas provas.
TITULO XVI.
QUE OS PAROCHOS ENSINEM A SEUS FREGUEZES, C01\10 HO DE BAPTIZAR EIII C.\~
SO DE NECESSIDADE, PARTICUL.~Ri'tIEN'rE AS PARTEIRAS.
TITULO XVII.
D;\ DILIGENCIA, COM QUE SE DEVE ADlIIINISTRAR o BAPTISMO, E PENAS, QUE
HAVERO os PAROCHOS, CLERlGOS, E OUTRAS PESSOAS NEGLIGENTES.
TITULO XVIII.
DE QUANTOS, E QUAES DEVEM SER os PA.DRINHOS DO BAPT1SlllO, E DO PARENTE -
CO ESPIR1TUAL, QUE CONTRAmm.
TITULO XIX.
D.\ PIA BAPTISMAL, QUE DEVE HVER EM TODAS AS IGREJAS CURADAS, E COMO
DEVE ESTAR GUARDADA, E os SANTOS OLEOSo
TITULO XX.
COMO EM CADA IGREJA HA DE HAVER LIVRO, EM QUE SE ESCREYo os ASSEi'iTOS
DOS BAPTIZADOS: E COMO SE HA DE EVITAR o DAMNO DE l'ODERElIl SER
FALSIFICADOS: E QUE DOS DITOS ASSENTOS SE NO DEVEM PASSAR
CERTIDES SElII LICENA.
(3) ConsL. Braeh. til. 2. ConsL. 8. n. 3. Porluens. Jib. 1. til. 3. ConsL. 12.
in fine prine. 1'01. 36.
('I) Ad ea qUi.'C Barb. de Ome. el rolest. Par. p. 'I. e. 7. n. 2. Consto l'orlu-
cns. Jib. 1. tiL 3. Const. 12.
(5) Consto lEgitan. Jib. 1. lit. 5. e. 13. n. 1. Porluens. lib. 1. til. 3. Consl.
12. verso 2. foI. 37.
(6l Faeit. text. in Authent. de Testam. impub. SI No omnia eollal. 8.
(7) Con liL Pl1rluens. lib. 1. til. 3. ConsliL 12. verso 3.1'01. 37.
(8) Conslit. Porluensis ubi sup. verso 4,. ffi:gitan. Jib.1. til:. 5. cap. 13. n. :l.
foI. 33.
(9) Ex qua non 1]L proba tio ad ea, qure Gregor. deei .359. n. 5. Bcltarm. ln
AnnoL ad deeis. 359. ejusd. numeri. Conslit. lEgilan. llbi proxime.
(!O) Quia solum ex Allesl<ltionc Paroehi baplizanlis vcl sueec5soris eum
Iranseriptione partitre de verbo ad vcrbum, sieut jaeet, tit probalio. Barb. de 01'-
Jie. et PolesL. Paroeh. p. 1. e. 72. n. 21.
(ll) Barb. de Ome. ct Potest. Paroeh. n. 2. Consto .iEgilan. lib. 1. til. 5.
l'~p. 13. n. 3. foI. 33.
COXSTITUIES
Ilhos. (cm C:Jso que os houvesse) por quanto neste caso (12) se nM
('ontf:J1Je com elles parentesco espiritnal, como temos dito no titulo
18. num. 66 .
... 73 E quando o baptizado no for haviuo de legitimo matrimonio,
lamhem se declarar no mesmo assento do livro o nome de seus pais
:' for cousa notoria, (13) e sabida, e no houver escandalo; porm ha-
rendo escandalo em se declarar o nome do pai, s se declarar o nome
da mi se tambem no houver escandalo, nem perigo de o haver. E
llal'endo algum engeilado, (U) que se llaja de baptizar, a que se no
:;aiba pai, ou mi, tamhem se far no assento a dita declarao, e do
lugar, e dia, e por quem foi achado. E o Paroeho, ou quem tiver em
.eu poder o dito livro, no o dar (15) nem tirar da Igreja, nem
mostrar a pessoa alguma sem nossa licena, ou de quem nosso poder
til'er e fazendo o contrario ser castigado com penas pecuniarias, e
{jc priso arbitrariamente .
... 7.'" E constando que o Parocho pOI' si, ou por outrem fez algum
termo falso em parte, ou em todo, ou que accrescentou, mudou, ou
por outro qualqner modo falsificou os venladeiros, ou tirou, rasgou,
IJU accrescentou alguma folha ou parte della, incorra em excommll-
llho (16) maior ipso facto, e havel' as mais penas jmpostas nesta (17)
Constituio e pOI' direito (18) aos falsarios. E achando-se no dito
liYfo alguma falsidade, ou faltando folha, se lhe imputar o delicto, e
..er castigado, como se eIle o commettessc. Tambem lhe prohibimos
(J 9) que no d certidO alguma do dito livro sem nossa licena por-
e cripto, ou de nosso Provisor, ou Viga.l'io Geral, e fazendo o contra-
rio pagar pela pl'imea vez dez cruzados, e pela segunda, e mais ve-
ze se lin-ar ordinariamente, e ser castigado gravemente com as mais.
pena , que nos parecer.
~ 5 E pelas certides, que com a dita licena passar, no levar
(20) dinbeiro, nem outra c.onsa, e lhe encarregamos, que as passe sem
Ililaiio. E havendo costume (21) de levar alguma cousa pelas ditas
t'ertides, o 11ao repro 'amos, com tanto, que no exceda o valei' de
um3 pataca; nem poder tambem levar busca (22) dos ditos livros, nem
pedir cousa alguma pelos assentos, ~ue nelles fizer. E acabado de en-
(12) Trid. sess. 21-. de Reform. C. 2. Solo in 4. disto 42. q. 1. art. 2. San-
ch. de Malrim. lib. 7. d. 62. n. 14. PaI. p. 4. tract. 19. punet. 11. 2. n. 12.
(.;avanl. verb. Baplismos n. 15.
(13) Coosl. U1yssipon. lib. 1. liL. 7. deerel. 8. ~ 1.
(lI~) Uilual. Rom. til. de Form. scrib. Conslil. Porluens. dieta COllsl. 12.
,ers. G. fuI. 37.
(15) Earb. de Orne. el poleslal. Faroe. p. 1. C. 7. n. 19. verso Qoaloor ma-
Il'ieoli seu libris. Constit. Iyssip. lib.1. til. 7. deeret. 8. S) 3. ~gilan. lib. 1.
til. '.e. 13. n. 6.
(16) Coo lil. Ulyissp. lib. 1. til. 7. deerel. 8. S) 3. Portuensis lib. 1. til. 3.
ton l. 12. verso 7. foI. 38.
(li) Lib. 5. Lil.12. n. 933.
(IS) Texl. in e. Ad audientiam de Crimin. fals. cap. Ad falsariorum eod. IiI.
Salzcd. in Prax. cap. 117. n. 2. Clar. lib. 5. S) Falsum n. 19. C. Si quis Epis-
copo disto 50. Consl. U1yssip. lib. 5. lil. 7. deer. 1. in prineip.
(19) Consl. Ulysipon. lib. 1. til. 7. deeret. 8. S) 2. Portuens. lib. 1. til. 3.
Consl. 12. vers. S. lEgilan. lih. L til. 5. C. 13. n. 7. foI. 33.
(20) Barb. de Orne. el polesl. Paroe. p. 1. e. 7. n. 20.
(21) Barb. ibid. n. 19.
(22) Constil. Ulyssip. lib. 1. til. 7. deerel. 8. ~ 2. foI. 33.
DO ARCEBISPA.DO DA BARIA. 31
cher o dito livro, o manrlar o Pal'ocho entregar ao nosso Vigario Ge-
raI, (o qual ser obrigado a mandal-o mettm' logo no Cartorio da nos-
sa (23) eamara -rcbiepiscopal) e cohrar delle (24) recibo, no qual e
declare como fica meuido no dito Cartorio, e o dito recibo se ajuntar
no principio uo livro, que de novo houver de servir, para que a todo o
tempo conste; e o Pal'ocho, que assim o no cumpril', ser castigado
com as penas, que parecer.
TITULO XXI.
DO SA.CRAMENTO DA. CONFIRMAO, DE SUA MATERlA, FlHIA, ~ll 'ISTIt , E
EFFEITOS, E DA IDADE DOS QUE o RECEBml.
(11) ConciI. Provo Mediol. [~. Barb. alleg. 30. num. U. PaI. diet. d. unie.
llUnet. 9. num. 7. Abr. 1ib. 9. num. 134-.
(12) An suffieiat lieentia, sive voll1ntas pl'resumpla propr. Episeop. vid. PaJ.
dieL punel. 9.n. 7.
(13) Conslil. myssp. lib. 1. tt 8. decrelo 3. SI 1. lJ:tmeeens. lib. 1. tiL. !l. c.
2. JEgilan. lib. 1. lil. 6. cap. 2. Pontifical. Rom. 1. p. til. de Confirmando verso
'ullus 3.
(14) Salubre eon silium csl, non ver prreeeptllm. Sic DD. ad texlo in cap.
Ut Jejnni deCollfec. disto 5. Div. Thom. Ueceptus ab omnib. q. 72. allo 7.
(15) PaI. dicL. d. uie. punel. 6. n. 1. et traeL.18. d. unie. punct. 13.n. 3. D.
Thom. in 4. disl. G. ql1resl. 1. art. ~. Suar. d. 7. seet. lj.. verso Oeeurrebat. \ asq. 3.
p. d. 158. c.lj,. Donae. d.1. q. 6. punel. 2. num. 10. el sequenti. Laym. lib. 5.
Sumo trael. 1. C. G. n. 3. et 5.
(iIi) D. Aug. lib. 1). de Baptism. e. 3. el. in fs. 77. Henriq. lib.1. e. 22. n.
!'l. Vasq. 3. p. d. H8. cap. [lo. Abr. I. 9. n. 138. Conslit. Braeh. til. 3. eonsl. 1. n.
1. foI. 27. Portuens. lib. 1. til. '~. eunstit. 2. vers. 1. prope finem.
(li) Cap. Ut .1ejuni de Con ceI'. dist. 5. Ponlir. Rom. sup. verso Proinde.
l~arb. de Polesl.. Episeop. p. 2. alleg. 30. num. 24. Consli[. Iyssip. Ilb. 1. til. 8.
dceret. 3. ~ 2.
(18) Pontif. Rom. ubi proxime. .
(19) Gav. verb. Confirmatio nnm. 16. Constil. 1yssip.lib. 1. lil. 8. deer t.
3. SI 1. .
(20) CnnstiL Portucns lilJ. to til. '~. Gonstil. 2. ver. 3. lEgitan. lib. 1. til. G.
c. 2. n. I. foI. 35.
(21) Cap. Dietum. e. De homilie. de Cseer. disl. 5. Trid. sess. 7. cano 9.
de Saeram. in genele. PaI. p. 1.. trael. 20. d. uuie. punel. 6. n.3.
(22) Gav. de verbo Coufirmatio u. 13. Conslit. U1yssip.1ib. 1. tiL. 8. decr.1.
in princip. 1Egil. lib. 1. lil. 6. C. 2. n. 2.
DO ARCEBISPADO DA. BARIA. 33
no podem r cebCl' este Sacramcnto da mo de outro Bispo, sem licen-
a nossa, por csta ConsLitnio (23) a damos a todos, os que sc acha-
rem fra dcstc Al'cebispado, sem ser cl1l'ismados, para o poderem re-
ecJjer de qualquer Catbolico Bispo, que fra delle o administrar.
TITULO XXII.
DO. ['ADRl '!:lOS, QUE !:lA DE HAVER i'\0 CHRISMA, E DAS PESSOAS, QUE o !'i.o
PODE~l SER, E COMO E DEYE~I FAZER OS ASSENTOS DOS CHRISliADOS.
, (23) Argum. tcxL in cap. InLerdicimus 16. q. 1. Const. Braeh. til. 3. Cons-
tiL 1. n. 2.fo1. 27.
(1) Cap. Non plures de Conseer. disl. q.. c. ln Catechismi 100. eod. til. et
disl. c. ulL. de Cognal. spirituaIi lib. 6. Fal. p. 4. tl'ael.20. d. unic. puncl. 10. II.
2. posL meuium.
(2) Font,ir. Roman. sup. verso Infanles. Conslil. U1yssipon. lib. 1. til. 8.
decr. 4. in fiueprincip. foI. 38. Lameeens. lib. 1. til. 5. ConsLit. 2. \li 1. in fine
101. 33. iEgitan. lib. 1. Lil. 7. e. 3. in principio.
(3) CousLL. U1 ssipon. lib. 1. tiL. 8. decr. q.. in princip. ConsLit. J<ameeens.
lib. 1. til. 15. cap. 2. foI. 32.
('}) Texl. in e. Yenicns 10. de Baptismo, eL ibi Barb. n. 2.
Ui) Cap. ln Baptismate '102. de Conscel'. c1isl. [~. c. 2. de CognaL. spirilual.
Ilenriq. lib. 3. Cilp. 3. n. 3. ToleL. lilJ. 2. e. 2'1. lJal. p. [~. traet. 20. puncl. 10.
llum.2. .
(fi) Gav. verbo Confirmalio n. 21. PaI. d. n. 2.
(7) Cap. ln Catechism. de Conseer. dist. q.. Zambran. de Casib. in artie.
morlis e. 2. dub. 6. n. 1. Heuriq. Iib. 3.e. 3. n. 3. Barb. de PolesL. Episc. 2. p.
alleg. 30. u. 5J. Laym. lib. 5. Sumo lracl. 3. e. 7.
(8) S Ircst. verh. Confirmalio uum. Ij. in fino poulir. Rom. sup. vers. 'uI-
lu' 3.
(:J) Cap. in Cat chismo de ConseCl'. d, !~.
(10) Cap. Flacuil. e. ~on licel de ConseCl'. dist. 4. e. Pervenil. 18. q. 2.
Gal'. verbo Conl'mal. nllm. 5. Pa]ao dieto punel. 10. n. 2. verso Deinde.
(11) Cunslil. U1yssip. Iib. 1. liL. 8. dcer. 4. '1 . .iEgilan. lib.1. til. 7. C. 3.
n.3.
(12) Consl. sup. dicl<c ubi proximc.
(13) C<:cremon. l~oJDan. de 'aeram. Conl'm. in pl'incip. verso Nullus Pl'iC-
entel. Tamb. de E'acram. Confirmo Iib. 3. e. [~. n. 4. Pa], dict. punet. 10. n. 2,
3. CONSTITUIES
for Clel'igo (U) de Ordens Sacras, que poder apresentar mais. E
quando o que for padrinho, ou madrinha apresentar o afilhado, por a
sua mo direita (15) sobre o hombro direito do afilhado estando de joe-
lhos, e o padrinho em p, em quanto o chrismarem; porque se requer
tacto algum em razo do parentesco (16) espiritual, que se contrahccn-
tre o Bispo, que chrisma, e o chrismado, e seu pai, e mi, c entre o
padrinho, ou a madl:inha, e o chl'ismado, e seu pai, e mi, do qual re-
sulta impedimento Canonico, que impede, (17) e dirime o Matrimonio,
e no se extende o dito impedimento as mais pessoas, quc s nomca-
das.
-\< 81 Para constar a todo tempo das pessoas que esto cbrismauas,
c do pal'enlesco espiritual, que em razo deste Sacramento se contra-
he conformando-nos com a disposio do SagraJo Concilio Tridenti-
no, (18) mandamos, que no livro, que em cada Igreja 11a de h~ver para
os baptizados, se fao os assentos dos que se chrismarem por lettra, e
.
11o por algarismo, (19) ou abreviatura, na frma seguinte:
Aos tantos de tal mr.z, e de tal anno nesta Igt'eia de N. admi-
ntmndo nella o Sacramento da Confirmao o Reveren(lissimo
Senh01' D. N. A1'cebispo, ou de stta lice.na o Reverendissno Se-
nhor D. N. Arceb'ispo, ou Bispo de N. foro chn"smadas as pes-
soas seguintes.
N. filho de N. e N. freguez de tal I,qt'eia, 01~, morador em tal
parte: (oi paclt'inho N. ou madrinha N. casado, viuvo, 0'1.'
solte'o, morador em tal pct1'te.
E se far de cada pessoa assento {listillctO, e depois de feitos os ditos
assentos, no fim da lauda, ou na parte dcHa, em que se acahar, se as-
signar o Parocbo. E quanrlo o chrismado no for havido de legitimo
Matrimonio, se ohservar o que fica dito no numero 73. E succedendo
mudar algum dos chrismados o nome, que lhe foi posto no Baptismo,
o Parocho declare assim, dizendo:
N. que at agora se chamaw N. filho de N. e N. etc.
E tambem far a mesma declarao da mudana do nome margem do
assento do seu Baptismo, se o hOllver no li"l'o dos lJaptizaclos da tal
Igreja.
-\< 82 E os Parochos das Igrejas, Gnde se adminisll'nr este S::lcra-
(14) PaI. diet. puncl. 10. 11. 2. in fine. Marc. Ant. Genuens. in Manual.
11 as tor. _cap. 5~. nU111. 6. ~arb. de Potesl. Episc. p. 2. d. alleg. 30. n. 25.
(t5) PonlJf. nom. tlbl suv. verso Infanles. Darb. de Poles!.. Epi c. d. alI g.
ao. n. 4,7.
.. (16) .Cap. 1. ~,Ex C011firm~t.. ubi glos. verbo Eisde111 l110dis de Cognal. . pi-
ntual. Tnd, sess. 2/" cavo 2. et lUl Darb, num. 38.
(17) Sancho de ~alrim. lib. 7. d. 54. n. 1. ConsLil. U1yssip. lib. 1. tiL 8.
decreto 4. ~ 3.
(1~) Trid. sess. 24. C. 2. Gav. in Manual. verb. Confirmal.io num. 25. Barb.
de Ofihe. ct poLesl. Par. p. 1. e. 7. n. 16. Possev. de Orne. ClIrali e. 12. num. !~3.
(19) Faeit. texto in Alllhente. de Testam. impubc.r. Nos omnia e !ln!. 8.
Faci!. Constit. Drneh. til. 2. ConsL. 8. n. 2. foI. 2/~.
no ARCEB1SPADO DA BAHI!. 35
mento, sero obrigados sob pena de dous mil ris por cada falta para a
fabrica da Igl'eja, e meirinho geral, a escrever (20) os ditos assentos no
mesmo dia, em que se administrai' o dito Sacramento: isto no s6mcn-
te tios seus frcguezes, mas tambem dos de outras Freguezias, que alJi
se vierem chl'ismar, e no tiverem presente o seu Parocho, ou outro Sa-
cerdote cm seu lugar, posto que sejo de fra do Arcebispado, decla-
r:H1do-o assim nos taos assentos, para que deHes posso ao depois os
seus Purochos tirar certides, e os posso pr em lcmbl'ana nos livros
de suas Igrejas, referindo-se aos assentos feitos no livro da Igreja, em
que foro chrismados. E tambem sero os Parochos obrigados, antes
que o nosso Visitador chegue s suas Fl'eguezias, a se informal'em do
numero das pessoas, que nenas ha por chrismar, para o informarem: e
a mesma diligencia ordenamos fao os nossos Visitadores em cada Fre-
guezia, que visitarem, e achando que em alguma dellas necessario
que se administre este Sacramento, nol-o faro a saber, para acudirmo
a administrai-o, como somos obrigados. E com estes livros dos assen-
tos dos chl'ismados acerca de sua gual'da, fidelidade, e dar certides, se
observal' o mesmo, que se ordena nos numeros 73, e 7.4 dos livros dos
baptizados.
TITULO XXIII.
DO .WGl;STISSHIO SACRAMENTO DA EUCHAnISTIA, DE SUA INSTITUIO, lIUTEnr,
FRIIIA, EFFEITOS, E l'tIlNISTRO DELLE.
TITULO xxn.
ms PESSOAS, QUE so OBRIGADAS A RECEBER o SA.:'lTISSmO SACR..u rE:;TO D.\ ElI-
CHAmSTIA., E EJll QUE TEMPO, E A QUE PESSOAS SE NO PDE i'di;~1
DEVE D.\R.
(5) Palao loco cito Abr. dict. sect. 5. n. 632. in fino et lib. 9. c. 4. sect. 5.
1. n. 182. DD. ad texto in cap. J.luberes. c. uIt. de Despons. impub.
(6) Cap. omnis utriusque sexus de pamit. et remission. ConeiI. Trid. sess.
13. can 9. et sess. 21. cap. 4.
(7) Abr. dict. sess.5. et n. 632. verso apud "os. PaI. clicL d. unic. punct.
10. n. 2. ,Egid. de Coninch. q. 80. art. 11. dub. 4. Fagund. de 3. Eccles. prre-
cept. lib. 1. C. 5. Azor lib. 7. C. 41. q. l~. S verbo Eucharistia n. 8.
(8) Ad ea qure 11 aI. dicL d. unic. puncL '10. n. 3. et lI--. argum. tcxt. in C.
oJnnis. 12. de prenil. et remisso Yers. nisi.
(9) Facit Consto ,E<>it. lib. 1. til. 8. cap. 3. n. 2. et Naval'. C. 21. n. 57.
(10) Texl. in c. Quid in te. de prenit. et remisso Trid. sess. 13. de Sacram.
Eucharist. C. 6. Vasq. d. 179. c. 4. D. Thom. q. SO. arl. 11. Suar. d. 69. sect. 3.
],aym. lib. 5. sumo tract. 4. c. 5. n. 2.
(11) Cap_ Quod in te. de prenit. et remisso TricT. sess. 13. C. 6. Ritual. Ro-
mano de Sacram. Eucharisl. til. de- Communione infirm. Abr. lib. 9. num. 190.
(12) Psalm. 44. in fine. texto in dict. C. quod in te. C. quid decedunt. 26.
q. 6.
(13) Trid. clict. sess. 13. C. 6. Palo p. 4. clict. tracL 21. d. unica. punct. 14.
n. [~. in fine Conslit. U1yssipon. lib. 1. tit. 9. decret. 3. S) 1. foI. 4'1.1?acit ido
VaI. p. 4. puncl. 23. d. uuic. punct. 20. 1. n. 2.
(14) Constit. JEgilan. lib. 1. tit. 8. C. 2. in prineip. Iamccens.lib. 1. til. 3.
c. 3. 1. Ulyssip. clict. S)1. Portuens. lib. 1. til. 5. constit. 4. Yers. !~. foI. 48.
DO ARCEBISPADO DA BARIA. 39
(18) excommungados, interdictos, (19) feiticeiros, (20) magicos, (21)
blasfemos, (22) usurarios, (23) e publicas (24) mCI'etrices, e os que
esto publicamente (25) em odio, e outros quaesquer (26) publicos
peccadores, se no constar (27) publicamente de sua emenda, e al're-
pendimento, e que tem primeiro satisfeito ao publico escandalo, que
com seu mo viver tiverem dado. E quando secretamente (28) constaI'
de sua emenda, secretamente se lhes administrar o Santissimo Sacra-
mento, porqne tambem ento secretameute no ha escandalo. Porm
no 31tigo (29) da morte se administrar aquelles, que estavo antes
em peccado puhlico, posto que publicamente no conste de sua emen-
da, tendo-se primeiro confessado (30) com a devida disposiO. De~
clal'amos, que para este effeito sero havidos smente por peccadores
(31) publicos aquelles, cujos peccados consto pOI' sentena, que pas-
sou em cousa julgada; ou confisso feita em juizo, ou cuja iufamia foi
to notoria, que se no pde encubrir, nem desculpar. Tumbem man-
damos, se denegue aos peccadores (32) occultos, quando consta no
estarem emendados, se o pedirem occultamente: mas pec1indo-o (33)
publicamente se lhes admliistrar, (ainda que secretamente conste,
que nelles no ha emenda) para se evitar o escandalo de lhes ser ne-
gado.
(1) Tridento sess. 23. de Reform. cap. 14,. et ibi Barb. n. 4. PaI. p. [~. tract.
22. d. unic. pllnct. 12. n. 5.1Egid. de Coninch. q. 83. art. 2. dub. 1. n. 204.
Laym. lib. 5. Sumo lracL 5. e. 3. n. 5.
(2) Facit PaI. d. pllnct. 12. n. 1. et 2. posl medium. Bouac. de SaCl'am. d.
4. q. Ullim. p. 7.
(3) Trid. loco clato.
([~) Conslit. Ulyssipon. lib. 1. til. 9. decr. 4. ~ 1.
(5) 1;'lVant. vcrb. Eucharislia n. 32.
(6) Argum. tex.l. jn cap. Dolcntcs de celebro Miss. Const. Ulyssipon. lih.
1. til. 9. decret. 4. 2. Conslit. Portuens. )ib. 1. til. 5. consL 5. verso 2.
(7) Cap. Episcopns de consecr. disto t. Dionys. elc Ecc1esiast. Hieral'ch. C. 3.
PaI. p. 4. tracl. 21. el. unic. puncL 15. n. 1.
(8) Cap. Quotidie. 13. c. Si quotiescumque. 14. de consecr. dist. 2...
(9) Decrelum circa qnolidianam Cmunionem Romre 12. Februarn 1679.
approlJalum S. P. Innocenlio XI. Nogueira iu Buna CTucialre dispo H. sect. 18.
sub num. 14,2.
(10) Trid. sess. 14. de Sacro Prenit. C. 5. et ibi Barb. n. [~. 6. el7. verso Re-
lquia. Heriq. lib. 5. C. 3. 1," Suar.lom. [~. d. 7. q. 9. punct. 4. etd. 35. sect.
42 CONSTITUIES
culpas; encarregamos (11) as consciencias aos Parochos do Nosso Ar-
cebispado, que aos taes no admiUo : Sagrada Commuobo em o mes-
mo dia, que se confessarem, saho se virem nelles lal disposi~o, e fer-
vor, que julguem devem ser admittidos. Tambem se limita, o que aqui
mandamos, nos casos em que algum penilente se lio pde desobrigar
seno em Quinta-Feira maior, porque este no pde commungar no dia
seguinte.
TITULO XXVII.
EM QUE IGREJAS HA DE HAYER SACRARIO PARA ESTAR o SANTISSl!liO SACRAME~
TO: E ElIl QUE MODO HA DE ESTAR: E QU EM DA DE TER ACHAYE DO SACTIAR !o?
(15) Cap. Eucharist. 11. dist. 13. Concil. Brach. cano 3. c. Sane verso Quam
de Celebr. Miss. ubi Goncal. Telles n. 7.
(6) Coneil. Provinc. Mediol 4. G'lvant. verbo Euchar. n. 33.
(7) Conc. Provinc. Mediol 5. Gavant. ubi sup. n. 36. Conslit iEgiLan. lib.
L lil. 7. c. 6.11. 2. Brachar. tiL. 5. con LiL. 3. foI. 77.
(8) Cooslil. lEgiL. loc. cilaLo. CoostiL. U1ys ip. iib. 1. til. 9. decreto 5. ~ 5.
(9) ConsliL. U1yssipon. dict. ~ 5.
(10) ConsLil. JEgiLan. dict. C. 6. o. 2. Brachar. Lit. 5. consLil. 3. foI. 77. pl'O-
pc medium.
(11) Constit. lEgitan. dicL. c. G. n. 2.
(12) ConsL. iEgilan. lib. 1. til. 7. n. 3.
(13) Consl. Brach. IiI. 5. Conslil. 3. n. 2. verso Acabada.
DO ARCEBISPADO DA BAHIA. 45
la, ou a Hostia, se estiver na ambula, a levantar sobre a ambula, ou
patena, e yirado para o povo dir:
Ecce (U) Agnus Dei qui tollit peccata mundl:.
E logo immediatamente dil' ;
11'nlos: este o C01]JO de nosso Senhor Jesus Christo, to l1erefa-
deira, e realmente como est no Ceo: adorai-o, e pedi-lhe del)o-
lamente vos perdoe vossos peccados pela morte, e paixo, que por
ns padeceo, e dizei comigo t1'es vezes, batendo no peo :
Senhor: (15) ett no SOlt digno que T6s entreis em minha.nto-
mda to peccadora, mas elita a vossa setnta palm;ra a mmlla
alma ser salva. .
E uccessivamente dir com elles uma s vez:
Senhor: em vossas Santissimas mos encommelldo a minha alma:
Vs me remiste, Deos de verdade, de infinita misericol'el1"a, e pie-
dade.
E logo administrar o Sacl'ameilto, comeando pela parte da (16) Epis-
tola, e fazendo com cada uma das particulas o sinal da Cruz sohre a
ambula, ou patena dizendo:
Corpus Domini nostri Jesu C/wis{,i wslod-iat a:nna'l1l t/.lam in l'i-
tam aJtemam. Amen.
E depois de dar o S:mtissimo Sacramento dar o JcolilO o la\"atorio
por Yaso de pl'ata, ou de vidro limpo, que pal'a isso harer cm cada
19l'eja, e no pelo calix, (17) nem vaso sagrado, excepto ao Sacerdo-
(es.
-l< 100 Acabada a Communbo, o Saccrdote purificar os dedo . c
tomar o layalOrio, e Yiramlo-se outra vez p:lI'a o povo dil' :
irmos: dai rn:uas graas (18) a Deus nosso Senhm' pela merce,
que 'vos fez, em vos trazer a estado de receber seu Santissno Cor-
po sacmmentado: queira elle sejet para salvao de vossas almas.
Dize'i um Padre N. e ttma Ave "Ma'ria honra, e louvO?' do San-
tissimo Sacramento, pedldo a Deos vos consel"'ve em sua gma.
E logo, feita a genuflexo ao Santissimo Sacramento dal' (19) a \teno
aos quc commungarem, dizendo:
E logo dir:
Irmo: este o COllJO de nosso Senhor Jesus Chn'sto, Deos e IIo-
ntem verdadeiro: adorai-o, e pedi-lhe perdo de vossas culpas.
E fallanuo com o enfermo, dir tres ':ezes de salte, que o enfermo pos-
sa tambem ir dizendo: (12)
Senhor, ett no SOtt digno, nem mereo, que Vs entreis em mlha
morada, mas dita vossa Santa palavra, a minha alma ser salva.
E bastar que o enfermo diga estas palavras uma s vez, e quando dei'
a particula ao enfel'mo dir: (13)
AccilJe Fraler (vel Soror) viatiwm Corp0/"1's Domini noslri Jesu
Chrl'i, qui le wstod~'at ab hoste maligno, et lJerd-ucat l vitam
a'temam. Amen.
105 Se a Communho se no der ao enfermo por modo de viati-
CD, dir: (H) Corpus Domini nostri etc. E se a necessidade do enfer-
mo no der lugar para se dizel'em todas as preces, dito blisereatur ves-
(ri. deixadas todas, ou pal'le das preces, logo d o viatico (15) ao enfer-
1110. E dada aCommunho, purificados os dedos, e dado o lavatorio ao
enfermo, dir: Domws vobiscum, e a orao Domine SanctePatel'etc.,
c feitas as mais ceremonias. que manda o nitual Romano, se voltar
para a Igreja com o mesmo acompanhamento, aonde posto () Santissi-
mo Sacramento sobre o Altar, o incensar tres vezes, e dita a orao,
DeliS qui nob1's sub Sacramento, virando-se para o povo dir:
A todas as pessoas, que acompanhl'o o Sa-ntissno Sacramento
. -o concedidas muitas indulgencias pelos Summos Pontifices: e o
nosso Prelado lhes concede os seus (16) q'uarenla d'ias.
106 E se pela distancia, difficuldade do caminho, ou por no ha-
,er Sacrario na Igreja, o Sacerdote no lerar mais, que a particnla OH
p:ll'licula necessarias para commnngar o enfermo, ou enfermos; o mes-
mo Saceruote, dada (17) a Communho ao ultimo enfermo, reciladas
as dilas preces, e declal'adas ao POYO as indulgencias, como fica dito,
c apagados os lumes, tirando o pluvial, e estola se recolha sem solcm-
nidadl', nem acompanhamenlo Igreja, e os mais a suas casas.
107 Por viatico (18) se administrar ao enfermo a sagrada. Eu-
rhal'istia, quando pl'ova\'el, que a no poder receber outra vez: e se
(12) l\Iallh. 8. 8.
(13) Hilual. Rom. VCIS. Deindc fa.:la.
(L4) Jl.ilual. Rom. sup. verso Si ycro Communio.
(15) Ritual. Uom. sup. verso Quod si mors immineat.
(16) C. Cum ex eo de Pcenil. el remission. et ihi Barbos. n. 5. el de Polesl.
Episcop. p. 3. alleg. 88. D. H. Gav. in Manual. "erb. Indulgenliro D. 10.
(17) CODSl. lEgilan. lib. 1. lil. 7. C. 8. n. 9. Ui!. Uoman. IiI. dc Cmun.
infirm. verso Quod si oh difficullalem. Concil. Provinc. Medial. 1. Gavant. vcrl.h
Euchar. D. 47. Barb. de Olf. el polesl. 11 ar. p. 2. alleg. 20. n. 33.
(18) Abr. lib. 9. c. 4-. secl. 5. 2. n, 190
DO ARCEBISPADO DA BARIA. 49
o uoentc depois de commungar por ...-iatico rircr (19) alguns dias, ou,
depois de harer melhorado, tOl'oar a perigo de morte, c quizer com-
mungar (20) mais vezes por viatico: manuamos a cada um dos Paro-
chos lhes le....e a casa o Santis imo Sacramento todas as vezes, que oc-.
correr tal necessidade. E posto que a no haja, se os enfermos por sua
deyoo (21) quizerem commungar mais vezes na doena, por 'ser di-
I:ltada, O Parocho lhes levar o Santissimo Sacraqlento as vezes, que
lhe pal'ecer, segundo seu prudente arbitl'io; de maneira que nem lhes
fal te na necessidade, nem fra della os pri ve desta consolao espiritual;
nem tambem se lhe administre o Senhor imprudentemente, e com in-
decencia~
10S Prohibimos cstreitamente aos Parochos, quc tcndo informa-
o, que o enfermo tem yomito, ou outro impedimento, em razo do
qual no possa sem pcrigo commungar, lhe no levem o Santissimo Sa-
cramcnto smente para (22) o adorar. Porm se o dito impedimcnto,
ou noticia delie lhe sobt'erier, cstando j cm casa do enfermo, neste
caso lhe mostrr (23) o Santissimo Sacramento, e o consolar: dccla-
ralll..lo-lhe como com o dczejo, que tinha de receber o Scnhor, o ficare-
eebendo espiritualmente. E porque por estas, e outras cousas pde
succeder, que o enfcrmo no commungue, e, no havendo na Igrcja
Sacrario, neccssario que se consuma a particula consagrada, que ia
para o enfermo, por taDto, mandamos ao Parocho, ou Sacerdote, que
rol' administrar a Sgrada Communho, de Igreja onde no houver Sa-
crario, r em jejum (24) natural, acabando a Missa sem tomar lavato-
rio, para podcr consumir a particula depois de tomar Igreja, e enl o
tomar o la.. . atorio.
'" 109 Pde-se administrar o Santissimo Sacramento por datico
:lOS enfermos, posto que no eslejo em jejum oatUl'al, se deoulra ma-
neira (25) no puderem commungar: porm harendo de commungar
em casa por devoO, se lhes no administrar o Santissimo Sacramen-
to seno estando em jejum (26) natural. E se alguma pessoa em nos-
so Arcebispado morrer sem o Sacramento da Eucharistia por culpa, ou
negligencia do Parocho, cujo fl'eguez for, ou em cuja Freguczia se achar,
cnelo o tal Parocho requcrido, ou constaudo-Ihc l27) da necessidade,
po to que requerido no fosse, ou pOl' outra . . ia for comellcido de cul-
pa ser preso, l2S) e suspenso do Omeio, e Beneficio por tempo de
um anno, e haver as mais penas, que nos parecer livrando-se do alju-
TITULO XXXI.
DA OBRIGAO, QUE TE~I os QUE NAVEGAO 'o TE~[PO DA QUARESMA PARA COI\1-
l\lUNGAR, ANTES DE SE EMBARCAREM, E os ENFERMOS PELO TEMPO
PASCHAL.
TITULO XXXII.
COMO SE EXPOR o SANTISSl1l10 S.\CRAMENTO El\1 QUINTA FEIRA DA SEl\IA 'A SAN-
TA, E QUE SE NO Ex.POftA' Enf OUTRO TEllPO SEM LICENA; E COliJO SE
ADMINISTRARA' AOS ENFER~IOS NAQUELLE TRIDUO.
(3) Joan. 6. dict. Clero. unic. de Reliq. et venerat. Sanctor. Chryso t. Ho-
mil. 6'1. ad populum Antioehen. D. Damasc. lib. 4. Fidei c. 1'f.. D. August. E-
pist. 120. c.9:1.
(4) D. B~rnard. in Apoca1. e. 22. D. Cyril. Alex. lib. 4. in Joan. cap. 2,
D. lrenreus. lib. 4. adverso Hreres. cap. 34. Joan. de Lug. de Sacram. tom. 1.
lract. de Vcnerab. Eucar. Sacram. d. 12. sect. 4. n. 89.
(5) D. Thom. Opu se. 57. offie. inCra octav. fest. Corpor. Chrisli. Clem.
unie. de Reliq. et venerat. Sanetor.
(6) Cilem. llOie. de Reliq. et vencrat. Sanct. vers ln die namque.
(7) Consto U1yssip. lib. 1. tit. 9. decreto 7. Si 4. foI. 38.
(8) Conslit. U1yssipon. ubi supro lEgitan. lib 1. tit.7. constit. 10. in fine
prineip. Const. Laroec. lib. 1. til. 6. C. 5. 1.
. (9) Constit. U1yssipon. ubi supro lEgitan. consto 10. n. 1. T.amecens. loco
ciLato.
(10) Ad ea qure Trid. sess. 23. de Reform. e. 1. Abr. de Par. lib. 2. c'. 8.
n. 68. cum seq.
(11) ConstiL. Braehar. tit. 5. Consto 9. U1yssip. lib. 1. tit. 9. dccret. 7. !~.
(12) Constit. Braehar. loco citat.
no ARCEBISPADO Dr BAHIA. 53
consentir, e officiacs do Senhor, ou fr guczes, que COllCO],l'Crcm com o
necessal'io, para que o Sell/101' fique scm nossa licena, sero castiga-
dos a nosso arbitrio.
120 Pl'obibimos quc O Santissimo acramento se exponha em
cofres de pessoas particulares, que l1ajo de servil' para outros ministe-
rios profanos; mas ou se ex.por em custodias, ou em cofrcs (13) da:
mesmas Igrejas pa!'a isso deputados; os quaes, depois de senirem para
este ministcrio sagrado, no serviro mais para usos profanos.
-l< 121 E pal'a que se possa acudi L' s necessidades dos enfermos,
mandamos a cada 11m elos Purochos de nosso A1'cebispado, sob p na de
dons mil ris para a S, e Meirinho, e mais penas (lue no pa!'ccel',
que Quinta Feil'a da Cea (14) do Senhol' dehe HosLia, e pa1'ticula bas-
tante , as quaes gua!'da1' no mesmo cofre, em que se expuzcl' o San-
tissimo Sacramento, en em alguma ambula. E sendo exposto em cu -
lodia, por a ambula com a llos[ia, e parLiculas consagradas uetraz da
cl1storHa, para dahi o le"ar aos enfermos: e nestes dias d Quinta Feiril
Sexta Fcira, e SalJbado Santo se n50 lc"ar o SoollOr (15) aos enfermos,
alro havcndo to grande (16) necessidadc, ou perigo, que se no pos-
sa dilatai' para a Dominga de PascLoa da Hesurreio: e sendo lcrado
o Senhor nestes Ires dias fora, il';1 com a mesma solemnidadc, l~ PI'O-
(',isso com a Cruz bai~a :lle a Sexta Feira antes da adora.o' da CnlZ, c
sem (17) camlJainl13; nem se dar sigrl3l, ou repique (18) nos sinos,
depois de terem cessado na Quinta Feira, at queno C'abbauo (19) ~an
to se comece o Gloria t excelsis Deo.
122 E po!'que to nccessal'ia, e pi ecisa licena nossa para se
cxpor o Senhor ao povo fra do Sacrario em qualquel' dia, que nem
ainda os Regulares (20) o podem expor sem ella, e lhes appl'oyarmos
as causas, como repelidas vezes o tem declarado a Sagrada (21) Con-
gregao, prohibimos que nas Igl'ejas de nosso Arcebie.pado se lJo ex-
ponua o Santssimo Sacramento ao poro fra do Sacrario em ouLro uia
Oll tempo do anno sem priyjlegio Apostolico (22) por l\s Yisto, e exa-
minado, ou licena (23) nossa por escl'ipto. E o Parocho queeXpllZel'~
OH consentir e:por-se o Senhor contra a rrma dest, Constituio, ser
castigado a nosso arbtrio.
(12) Trid. sess. 14. de Sacro Pecnit. c. 3. el ibi Barb. n. 1. YalenLLom. 4,. d.
7. q. 1. punct. 3. verso ad illud IEgid. de Coninch. de Sacram. lom. 2. d. 4. de
Prenit. dub. 8. a n. 49. Hurtat. de Sacro tract. de Prenit. d. 5. difficulL. 4. et d.
4. dilficull. 1. vers. ad ralionem.
(13) ConciI. Trid. sess. 14. de Sacram. Pren. C. 3. et can. 7. in fine. PaI. p.
4. tract. 23. d. unic. punct. 5. n. 2. verso sedo oIDnino.
Cll.) Diximus n. 125.
(15) Joan 20. Trid. sess.14. C. 3. cl6. etcanon. iO.Barb. dict. cano 10. n.
14. verso Sacerdotes. Valer. Reginald. lib. 1. C. 1. Fagund. in 5. Eccl. prreceplis
prreccpL. 2 ..lib. 7. c. 1. n ..1. . .
(16) Tncl. sess. 6. clcJustlfic. c. 14. el sess. 14. de Sacram. POOI1lt. cano 2.
D. Hieron. tom. 1. in Episl. ad DemeL quC incipit, inter omnes. Bellarm. p.
2. lib. 5. C. 1.
(17) Joan. 20. Tricl. sess. 14. cano 6. Hcnriq. lib. 2. de Baplism. C. 3. n. 3.
Suar. 10m. 3. p. 3. d. 69. arl. !t.. et d. 31. sect. 1. concl. 1. et d. 40. secl. 1.
concl. 3.
(t8) 1. Pelr. 4. D. Aug. tract. 5. in EpisL. Joann. D. Leo Papo Epist. 91.
ad Theod. Pal. dict. d. unic. punct. 4. n. 13.
(19) GuilherID. Parisiens: de Sacram. Prenit. C. 14. Auge], verbo Coufcssio
1. !\l 3. D. 'fhom. in Supplem. q. 6. art. 5. Sol. in 4. disto 18. q.1. art. 4. La-
ym. lib. 5. Sumo lract. 6. C. 5.
(20) C. Omnis utriusq. sell.'llS de Pren. et remisso Trid sess. 14. do Sacram.
Pecnit. cap. 5. et cano 8. Darb. acl dict. C. omnis n. 5. et ad d. Trid. n. 9. et de
offic. et potesL. Paroc. p. 2. cap. 19. num. 17. D. Thom. q. 90. art. 3. dub. I.
n. 5. et 15.
(21) Abr. de Par. lib. 8. c. 14. sect. 4. n. 628. et n. 631. prope. meclium.
CO ~STlTTJ1ES
TITULO =-r;,XIY.
1l.\ CO'i'I'RI . CO:\FISSO, E SATISFA~O, QUE SE REQ{;ER PARA O SACRAME:'i-
TO DA PE,'ITE:'iCI.\ E DOS EFFEITOS QUE ELLE CAUSA.
O) Alma inslruid. tom. 3. c. 3. docum. 2. n. 152. cum seq. foI. 59i. Prre-
'u1 Zambrana Desperlador lom. 4. Sermon. 50. cl56.
(2) Trid. sess. 14. de Sacram. Prenit. C. 3.
(3) Trid. ubi supro C. l~. Barb. ibi D. 2.
(4) Trid. dict. C. /j.. verso et si contrilionem hanr. Barb. ib. n. 3. ,ers. ali-
quando. Abr. lib. 9. c. ii. secl. 2. n. 226. curo seq.
(5) Suar. lom. 4. d. 5. Joan. de Lug. de Sacram. lrac!. de Pcenil. d. o. sec!.
!lo ii n. 130. J,aym. in TheoJog. Moral. lib. 5. lrac!. 6. cap. /j. Torre Blanc. de
Jure ~pirjl. Jib. 4. C. 7. cum seq. Abr. d. C. 5. sccl. 2. 2.
(6) Ad Trid. dict. sess. 1 :~. C. 4. P aI. 146. Isai. 61. t. Alma inslruda lom.
~. C. a. Dum 93. usq. ad num. 113. Paradis. animm secl. 3. de Pam. 9.
(7) A ea qll~ Gonet. in l\Ianual. lract. 5. ~ 4. cap. 3. el /j,.
DO ARCEBISPADO DA BARIA.. 57
132 EnLI'e estes dous Actos de Contrio, e Attl'io ha grande
llifl'ereoa, e , que o primeiro de Contrio feito de Yeras, e de C01'3-
<;o. como se deve fazer, aioda antes do Sacramento da Confisso, nos
poem em graa, (8) e amizade de Deos: porm a Altri.o (9) no
llssimj porque fra do Sacramento da Confisso no basta para nosjns-
liDear, e pr em graa de Deos' mas ajuntando-se a Attrjo com eslr.
.,acramento, C havendo TCTdadeiro proposilO de no peccar, e esperan-
a de alcanar perdo de Doas, basta pal'll (10) a justificao. Por tan-
to deve o penitente, para qne a sua Confisso seja boa, ter (11) algum
(1cstes dous Actos de Contrio, ou Atlrio: e para melhor ambos, ou
o (12) primeiro, que mais seguro.
133 A segunda cousa, que deve fazer o penitenle a Conllsso
(13) Toca1, e inteira (H) de todos os seus peccados com ascireunstan-
eias (15) necessarias: e para que esta sna ConfiSSO seja inteira, e \'el'i-
dica, dere tomar tempo bastante para ex.aminar com diligencia, e cui-
dado a eOlJsciencia antes da Confisso, discol'I'endo (16) pelos Manda-
mentos da Lei de Deos, e da Santa Madre Igreja, e pelas obrigaes de
eu cSlado, Yicios, companhias, tratos, e inclinaes que tem; vendo
como pencou por pensamentos, palanas, e obras, e fazendo quanto pu-
der por distinguir, e averiguar as especies, e numero- dos receados. O
qual exame feito. procuraro Confessol', a quem hO de dizer todos os
seus pcceados, (17) e os mais que depois do exame lhe lembrarem. E
reque ernos a todos os nossos subdilos da parte de Deos nosso Senhor,
que no deixem de confessar peccado algum por pejo, e vergonha, ou
temor dos Confessores, ainda que o pcccado seja o mais graTO, e enor-
me, que so pde considerar, porque so muitas as almas, qne por este
principio se condernno.
13h A terceira, e llItimn cousa, que deve fazer o penitente, a
satisfaao das culpas, que o Confessor lbe poem em penitencia de seus
(8) Earb. ad diet. Cone. Trid. sess. 1 '1-. e. 4. n. 3. versie. ali quando Abr.
dict. C. 5. secL 2. SI 1. Dom. 235. Dian. 10m. 1. traelo 3. rcsoI. to7. n. 108. Go
neto dict. tracL. 5. e. 4. SI 1. Dom. 4.
(9) Trid. loco ciL verso et quamvis. PaI. p. !~. tract. 23. d. unic. puncl. 7.
n. 1. Barb. ad elietllm Trident. n. 3.
(to) Triel. loc.. cil. Abr. d. e. 5. secL. 2. 2. D. 2'~1.
(11) TridenL. sess. 1 l. ele Saeram. PomiL. e. 3. et 4. et ean. 3.
(12) Trid. loc. cito Constil. 110rlocns. lib. 1. til. 6. consto 2. S\ 3.
(13) Text. in cap. quem preoiL. de PO)l)iL. d. i. 1\avar. e. 21. D. 35. Vasq. q.
!H. art. 4. dub. 4. Suar. d. 21. scet. 3. O. 6. Laym. lih. !l. Sumo traet. 6. e. 6. n. 3.
Uonae. d. . de Saeram. q. !l. seeL. 2. punelo 2. 2. n. 24. PaI. p. !I. traeL. 23. d.
unie. punet. 8.
(H) Tl'iclent. scsS. 14. de Saeram. Pcenit. e. 5. et ean. 7. D' Thomas in 4.
dist. 17. q. 3. art. 4. Adrian. in 4. de Confesso q. 4. SI quoael peecata. PaI. diet.
d. unie. punct. 9. n. 1. el2.
(J 5) Trid. de Saeram. Pcenilo e. o, De eireunstaliis mutanL. spceiem vide
Barbos. ad prredict. Cone. n. 7. eum Henriq. Ledesm. Zerol. Sarro VaI. Regin.
JEgiel. Donae. Joan. de Lug. Torreblanea, Hurlado, Galet. Tambor. Homobon.
Fagll!1d. Laym. ab. eo eilatis. De notabililer aggravantiblls inter eamdeJ?l s~eei
em Vide pro parle affirmaL. Suar. d. 22. seelo 3. n. 5. TiJom. Sancho lib. ~. de
1'010 e.ii. num. 24. Salaz.1. 2. IraeL. 8. d. uno deeonsee. seeL. 3. U. 5. Caiet. in
~llm. ,erb. Confessio condito 15. Solo in 4. disL. i8. q. 2. art. 4. col. 5. el6. ALI'.
1Ib. 9.. e. 5. seeL. 3. 2. n. 270. et pro negali.a DU. cilalos PaI. p. ~. lract. 23.
d. lime. punet. 11. n. !~.
(16) Abr. lib. iO. C. L seet. 3. n. 37. et sec!. !j. SI 1. usque ad 12.
(i7) Trid ubi supro Naval'. in Manual. e. 21. n. 35.
58 CONSTITUIES
peccados: e posto que faltando esta parte no fique nulIo (18) o Sacl'a-
menta da Penitencia; com tUllo devem ir os penitentes (19) dispostos
para receber a penitencia, que o Confessor lhes impuzer por snas cul-
pas, e ter depois grande diligencia em a satisfao: e se a deixarem de
cumpr' pOl' sua culpa, sendo a penitencia (~O) grave, peccado mor-
tal, de que se devem accusar na Confisso seguinte.
135 Estas so as tres partes da Confisso, que o penitente tem
obrigao de fazer, para alcanar perfeita remisso de seus peccados, a
amisade, e paz com Deos, socego, e serenidade da consciencia, e con-
solaO de espirita com antros innumeraveis lucros, que causa o Santo
Sacramento da Penitencia nas almas que dignamente se confesso.
TITULO XXXV.
DO PRECEITO DIVINO, QUE TODOS TEM DE SE CONFESSAR: E QUE POR DE\'OO
SE CONFESSElIl FREQUEN'rEMENTE.
TITULO XXXVI.
DA OBRIGAO, Q'E TODOS TEM DE SE CONFESSAR NO TEMPO DA QUARESMA: E
CUMO SE HAYERO OS PAROCHOS NAS CONFISSES DOS DE lIlENOR IDADE.
-l' 139 POI' preceito da Santa Igreja Catholica todo o Gel Chl'isto
assim homem, como mulher, tanto que chegar aos allllOS ela discrio,
que regularmente so OS (1.) sete annos, e antes de1les, tanto que tiver
malicia, e capacidade (2) para peccar, obrigado, sob pelia de peceado
mortal, a se confessar inteiramente, ao menos uma yez (3) cada anno a
seu proprio Parocho. E porque pOI' saudavel costume da Igreja Ca-
tllOlica, pia, e santamente iotl'oduzido, e approvado pelo Sagrado Con-
cilio (h) Trrlentino, se observa que esta obrigaO se cumpra no tempo
da Quaresma: pela presente Constituio, que queremos tenha fora, e
vigol' de carta monitoria, admoestamos, e mandamos em virtude de obe-
diencia, e sob pena de (5) excommunbO maior 1'pSO facto inClI1Tenda,
cuja absolvio resel'vamos a s, ou nosso Provisor, ou Vigario Geral,
TIT LO X.XXVII.
CO~O SE FARA ROL DOS CONFESSADOS, E QUANDO SERA' ENTREGuE AO 1\0 50
PROVISOR: E DA F6R?tLl. QUE SE GLI.RDAR..\. CO:lI OS Al;SENTES, E SE PRO-
CEDERA COi'\TR.-I. os DECLARADOS.
(8) l\Iallb. 5. 24. 1'\avar. in Manual. cap. 14. n.25. vers. quadragesimo-
quarto. Abr. lib. 8. sect. 5. c. 3. n. 82.
(9) Ad text. in c. J;leccatum de Regul. juro in 6. Consto Lamecens. lib. 1.
riL. 7. c. 8. ~ 7.
(10) Conslit. Portuens. lib. 1. til. 6. constit. 5. n. 8. SI E os fl'eguczes.
(11) Facil PaI. dict. d. unic. punct. 13. n. 12. S 'erb. Confe SOl' num. 2.
taym. lih.,5. Sumo tract. 6. c. to. n. 9.
('12) Constil. Ulyssipon. lib. 1. til. 10. decr. 2. ~ 2. rol. 69, .iEgilan. lib. 1.
IiI. 8.
(13) Conslit. POI'luens. lib. 1. til. 6. constit. 5. E os freguezes pust num. 8.
Gavant. verbo Parochor. munera n. 16.
(14.) FaciL PaI. d. unic. C. 20. 2. n. 11. verso SeeI inquires. COl1slit. ..: i-
lan. lib. 1. tt. 8. C. 4. n. 5.
(15) Conslil. Ulyssipon. lib. 1. til. 10, e1ecr. 1. 5. ct ~ 7. 1'01. fi6. et 67.
('16) Facit Solorz. de guberu. Tudiar. tom. 2. lib. 3. C. 7. n. ""..
(17) Barb. de Offic. et potest. Par. p. 2. C. 19. n, 15. in fino IIomobou. de
Examin. Eccl. ll'act. 8. C. 11. q. l~. et in respons. qurest. Moral. p. 2. vesp. 1~9.
(18) Constit. JEgilan. Iib. 1. til. 8. C. 4. n. 5. Ulyssiponens. lib. 1. til. 10:
decreto 1. '7.
(19) Texl. in L. Relegati !T. de Pamis. Barb. iu Reportor. "erb. Con-
tumacia.
(20) Gavanl. "eru. Excommunicaliol1um. 4i. G nuens. in Manual. l'a tor.
cap. fi5. n. 6. ab ipso Gavant. citaI.
64 CO STITUIES
dahi por diante por cada dia um viotem para a S, e ser castigado com
as mais penas, que merecer sua rebeldia: e no ser absolto da eXCOffi-
munho sem pagar (21) a pena, em que tiver incol'J'ido, e o recurso que
. e lhe passar s r remettillo ao seu mesmo Parocho (22).
149 Ordenamos, e mandamo a cada um dos Parochos do nosso
Arcebispado, que da dita Domioga do Bom Pastor at quinze dias (23)
primeiros seguintes, aos que distarem desta Cidade dez legoas; e at
um mez aos que distarem vinte legoas, e at dons mezes aos mais dis-
tantes, tl'ago, ou mandem por pessoa fidedigna o Rol dos Confessados,
e Commuogados senado, e seJlado, declarando por certidO cada um
(los sobreJitos, (que ser assignada, (2ft) e jurada por elle) que aquel-
les so todos os seus fl'eguezes; e que no so mais de ConHsso, e
Communho' e que todos se confessaro, e commungaTo. 'ir tam-
bem no dito Rol certido jurada de Confessor approvado por Ns, como
o dito Pal'ocho (25) se desobrigou. E no estando desobrigados todo
os conlhcudos no Rol, far expressa meno dos que t\'erem faltado,
dizendo, se faltro por rebeldes c as causas que houve pal'a os have-
rem (26) pOI' taes, sendo publicas, e fl'a (27) da Confisso, ou por
ausentes, ou impedidos: e uar olltl'o-sim conta dos que dilatl'o a
Confisso, e Communbo, e de como os Clerigos de sua Freguezia se
confessl'50, e commungrO na Parocbia.
"" 150 E com o dito H.ol Yir ontro (28) dos declarados, e certido
( a declarao: o que ludo os Parochos cumpriro sob pena de dous mil
mil reis para a S, e Meirinho geral.
-l< 151 E tanto que o dito Rol fOI' entregue ao nosso Provisor, o
mandal' (29) registar logo pelo Escrivo da Camara em um lino, que
pal'a is o hayel', sem por isso leyar cousa alguma, e ao p de cada Rol
por, que: fica registado a folhas tantas, e tanto que forem registados,
os tornara aos Pal'ochos para d31'em conra delJes em (30) visita. E o
Rol com a certido dos declarados ficar em poder do (31) Escrivo da
Camara, o qual passar logo carta (32) de Participantes contra eJles,
que ser publicada pelo Parocho estao no primel'o (33) Domingo,
depois que lhe for dada, e passar neJla certido (3ft) ue publicao,
TITULO XXXVIII.
DO AlODO, COnI QUE SE HAYERO os PAROCROS NO TElIIPO DA QUARESlll... \, ou DO-
ENA COl\l os PRESOS DA CADEA, E DOENTES DOS HOSPITAES, E COlll os VA-
GABUNDOS, TRATANTES, E PEREGRINOS.
(6) Suar. d. 25. scct. 2. n. 7. Sylv. vcrb. Confessor 1. q. i. SoL. in .'j clisL
18. q. 4. art. 2. Medina Condic. de Confesso q. 35. Farin. lib. 1. prax. q. 7. n.
15.
(7) Glos. final. in L 1. codic. Ubi de crimine agi oporlet. Pal. 1. p. tract.
3. d. t. punct. 24. ~ 4. n. 3. Sancho de l\'Iatrim. lib. 3. d. 25. n. 5.
(8) Barb. de ame. eL polest. Par. p. 2. c. 19. n. 16. Pal. p. 4. dicL. LracL 23.
d. unic. punct. 13. n. 13. dummodo non vagenLur, ut evadanL judiciuID proprii
11 arochi. SoL. in 4. (list. 18. q. 4. a1'L. 2. Cardo Tolct. InsLruet. Sacerdot. lib. 3. c.
13. n. 12. llossel'. de ame. Cm'aLi c. 7. n. 11.
(9) l"acit Spino de TesLam. Glos. 15. n. [~3.
(10) FaciL Const. Portuens. lib. 1. tit. 6. const. 7. verso E vindo.
(11) ConsLiL Portnens. loco ciLat. et JEgilan. lib. 1. LiL. 8. c. 6. n. 7.
(12) Gavant. verbo Parochor. munera n. 14,. Correi!. Provinc. l\IecIiol.7.
PaI. p. 4. Lract. 23. d. unic. punct. 11. n. 12. in principio.
(13) Ad ea qllro Naval'. in C. Placuit dc prenit. disto 6. n. 80. Vasq. C).93.
art. 1. n. 4. T"aym. lib. 5. Sumo Lract. 6. e. 10. n. 7. Barb. de ame. eL polesL.
Paroch. p. 2. c. 19. n. 15. Sancho de MaLrim. lib. 3. d. 23. n. 17. PaI. dicl.
puncL. 13. n. '13. ,"ers. Sed placel.
(U) Sil verbo Confessorn. 2. elo verb.Parocbusn. 7. Barb. ubi sup. Const.
JEgilan. lib. 1. liL 8. C. 6. n. 8. POTluens. lib. L Lil. 6. contil. 7. vers. ullim.
DO UtCEBISPADO DA BARIA. G7
TITUJ..O L1'.XIX.
no ~roDO, COM QUE OS CLERlCOS SE DEVEM COi\""EESSAR, E DO CeJDADO QuE DE-
"Bill 1'ER OS PAROCHOS co')! OS ENFERMOS SEUS FREGUEZES.
(1) D. Antonin. 3. p. tit. H. e. 19. 3. eL seq. PaJ. p. l~. llact. 23. d. unir..
punet. 8. n. 1.
(2) Rit. Roman. de Saeram. Pamit. LiL de Ord. admin. verso PreniLen .
ConsLit. Ulyssip. lib. 1. LiL. 10. deer. 1. 9.
(3) Lale Abr. lib. 11. C. 1. per Lalum. et e. 2. n. 8. Barb. de Orne. et
poLest. Par. p. 1. cap. 7. num. 27. ELiam. non vocaLus, uL colgilur ex c. 1. de
Celebro Miss. Laym. Eb. 5. Sumo Lract.4. e. 5. n. 6. ConsLiL. llraehar. liL. 4.
conslil. 9.
(4) Abr. di t. lib. 11. e. 7. per toLum. D. Carol. llorrom. aelion. 1. p. 4.
de visilandis. infirmis pago 931>.
(5) Paul. ad Rebr. 13. 17. Barb. de Par. p. 1. e. 3. n. 8. eL )lo 2. cap. t7
n. 43. UO'oliu. de Orne. Epise. e. 15. 12. n. 1~.
(6) FaciL. e. Si l)resbyL. eum. seq. 26. q. 6. e. Olncium de ame. Arehi-
prc brL. FaeiL in rragm. verbo Clerieus. n. ~37. Gama de Sael'al11. prresland.
q. 1. n. 2. Themuc1. p. 2. deeis. 23'1. num. 2. eL !~.
(7) J". 1. iI. de Jure deliberando eL C. de eausis de Offie. de] 0'. Cun l.
iEgilan. lib. 1. liL. 8. e. 10. !\\ 1. r,onst. Braehar. tiL. 4,. COIl til. 9. n. 3.
(8) Ugolin. ele ame. Episeop. clicL. Si 12. Il. U. Barb. de Par. c1. p.2.
cap. '17. n. [~3. Con LiL. PorLllens. lib. 1. liL. 6. ConsL. 11. ~ 2.
(9) Consl. lEgitall. loco ciLato.
68 CONSTITUIES
seu, ou pessoa, que em sua Freguezia se achai', fallecer sem Confisso
pusto que o dito Cura, ou Coadjutor (10) tambem tenha culpa, e seja
por elle castigado.
159 E no ser o ParodIo escuso da dita pena, antes com mais
rigor castigado pela dita culpa, por ser o tempo de peste, (11) ou de ou-
tra doena contagiosa; por quanto obrigado a administrar este Sacra-
mento a seus pal'ochianos, ainda qllC seja (12) com perigo de villa. E
fallecendo o enfermo sem Confisso por culpa dos que o cmro, ou ti-
nllo em casa, ou a seu cargo, por no avisarem em tempo cotn'ernen-
te ao ParodiO, (13) sero castigados arbitrariamente, segundo a quali-
dade da culpa.
TITULO XL.
COMO os ~fEDICOS, E CIRURGiES DEVEM AmlOEsTAR AOS DOENTES, Qt;E E
CONFESSEM, E CO,m\lUNGUlm
(lO) Conslit. EgiLan. lib. 1. lit. 8. cap. 10. 2. Consto Porluens. lib. 1. lit.
6. Consto 11. Si 2.
(11) 'lide Soar. tom. l~. de Sacram. d. l~r,.. sect. 3. per. lolam. Abr. lib.9.
c.1. secl. 7. n. 53. VaI. tom. 1. de charit. lraet. 6. d. 1. puncl. 9. n. 13. et p.
lL tom. 2. tract. 23. d. unic. puncl. 18. SI 1. num. 5. Laym. lib. 5. Sumo tract.
6. c. 13. q. 3. Joan. Maio. in 4. disto 13. q. 1.
(12) Joan. 10. Abr. loco cital. Dian. tom. 2. lTacl. 4. refoI. 26. ~ 2. el re-
solllL. 27. SI 1. D. Thom. 2. 2. q.26. art. 5. Valent. d. 3. q. 43. Suar. d. 9.
n. 4. Bonac. d. 3. q. l~. de chariL. punct. 4. n. 5. PaI. dict. punelo 9. n. 12.
el dicl. puncl. 18. dict. num. 5.
('~3) Extravag. 3. Pii V. illCipil, Super gregem Domini. ConsLiL. lEgitani-
ells. llb. 1. til. 8. Con tiL. 10. num. final. Bracbal'. liL l~. Conslit. 9. foI. 60.
Porlnens. lib. 1. til. 6. ConsL 11. 2. post num. 3.
(I) .T oan. 5. 14. D. CbrysosL. HomiI. 28. in c. 8. 1\1alth.
(2) C. Cum infirmitas de Prenit. elremiss. gloso in C. Qua fronle de Ap-
pell. Seba t. Medic. in lracl. Mors omnia solviL p. 1. n. 172.
(3) Pii V. Conslit. edila anno 1566. Quarant. verbo Medic. in Sumo BulIar.
Barb. ad texl. in d. C. Cum inlirmitas 13. n. 3. el babelur in 2. lom. Bu1lar. et
esl Conslit. 3. hujus Pontifici .
(!~) Con tiL lEgilan. lib. 1. tiL. 8. c. 11. UJys ip. lib. 1. tit. 10. d crel. :lo
. 3. foI. 79. Brachar. lil. l~. Consto 10.
(5) Naval'. in Manual. 25. n. 61. vers. Terlio peccaL IiI. b.
DO ARCEBISPADO DA BARIA. 69
c se ao terceiro lhes no constar, que esto confessados, os no visitem
'mais soh as mesmas penas,
161 E outro-sim mandamos aos ditos Medicos, eCil'Urgies, sob
pena de excommunho maior, e ue dez cl'Uzados applieados na frma
sohredita, que no aconselhem ao enfermo p<n respeito da saude do
corpo, cousa que seja perigosa para (6) a alma. E exhortamos a todos
os f~lmiljares, e parentes do enfermo, que tanto que adoecer, dem logo
recado (7) ao Parocho, e persuado ao doente, a que com efTeito faa
confisso de seus peccados.
TITULO XLI.
DOS CONFESSORES, E SUAS QUALIDADES.
TITULO XUL.
DE ALGU?\US AD"ER'fE:\CIAS P.I.R.I. os CO.. FESSORES.
('J9) Suar. d. 28. sect. 2. Yasq. de PlEnil. g. 93. art. 3. Laym. lib. 1>. Sumo
~racl. 6. cap. 13. q. L Constil. DraelIar. til. 4. Consto 2. rol. 39. Lamecens. lib.
1. til. 7. cap. 8. ~ 4. PorLnens. Hb. 1. til. 6. Constil. 13. verso Pelo que. Bll-
semb. Medu\. lract. 4. dub. 6. resp. 2.
(20) C. 1. Si CaveuL de PlEnil disto 6. c. QlHe ipis disl. 38. gloso verbo Aligua-
lem in Clemenl. 1. verso Nos defure juram}. Consto U1yssipon. lib. 2. til. 10. de-
CI. !~. Si 1. Brachar. til. 4. Con t. 2. n. L
(21) ConsLit. Brachar. til. 4. consl. 2. n. 2. U1yssipon.lib.1. Lil. 10. decr. 4. Si 1 ~
(22) Ad ea qUe Abr. lib. 13. C. H. num. iIi2. Con t. fi ssipon. di.ct. decr.
!~. Si f. Brachal'. dicla consto 2. n. 2. rol. 40.
(23) Tridr.nt. secl. 14. C. 7. Abr. lib. 9. num. 29!~. Pu1. p. 4. tract. 23. d.
unic. punct. 13. n. 5. Quod articulus, et proJJabile periculum idem fil, tenent
'Palaus toco cital. num. 7. Sylvesl. verb. Confessio 1. q. fi. art. 7. Nayar. cap.
26. n. 31. Suar: d. 26. sect. 4. num. 3. LEgid. de Con.in h. d. 8. dub. 2. n. 16.
Barb. de OlHe. etl'olest. Episcop. p. 2. alleg. 25. n. 81.
(24) Trir1. dict. sess. '14. C. 7. Suar. tom. 4. ele I'lEnil. d. 26. sect. 4. Gulier.
Canon. lib. 1. C. 1. n. 58. Lcdesrn. in Sumo p. 1. d Sacro ubi de Pum. C. 15'.
Yasg. lom. Ii. q. 93. art. 1. dub. f~. cllm seq.
. (25) Barb. dcpolest. Eriscop. p. 2. alleg. 25. n. 80. in princip. Abr.. de Par.
}Ih. 11. C. 4. n. 41. Sancho lU 2. Decal. C. 13. n. 2[~.
(26) Cap. Eos de Senl. cxcomm.in 6. C. Quamvis de Senl. excmun. TOI'-
reblanc. lib. M. C. 10. D. 16. llossiu disc pl. '1. n. 337. cum seg. Suar. tom. 4.
r1. 30. secl. 3. n. 6. et de censuro d. 22. secl. 1. n. 62. Sancho in prLcccpl. Dcca-
log. tom. 1. lib. 2. C. 13.n. 21-.
(27) C. Eos de Sent. excom. in 6. cl ib. Barb. n. 4. Sayr. rle f.cns. lih. 2. r.
2~. n. 26. Ronac. ill simili Lract. el. 1. q. 3. punct. 3. n.11. Awvedo lib. 1. nUI11.
l.tlJ. cum eCI. lil. 5. lib. 8. noy<.C rccopilalioni . Abreu lib. 1. cap. Ii. num. 43'.
72 CO~STITUI.ES
cramento da Penitencia, considerar, que naquelle acto J'epresento (1)
a pessoa de Christo nosso Senbor: e que esto constituidos pOI' el-
le Ministros da Divina Justia, e Misericordia, para que como al'bitros
entre Deos, e os homens, attendo assim honra de Deos, como sal-
vao das almas: considerando que a grandeza do seu officio os obriga
a se comporem no smenLe no interior (2) da alma, mas tambem no
exterior do corpo. E para isso, quando administrarem este Sacramen-
to na Igreja, estaro Gom habo (3) Clerical decente,e honesto, e rece-
bero os penitentes com grande benignidade, (4) e affabilidaue; e sem
intrometterem palauas de cumprimento, (porque no so daquelIe lu-
gar) trataro de inquirir (5) delles o estado, se lhes no for ootorio, o
tempo que ha, que se confessro; se cnmprro a penitencia; e se tem
casos reservados, ou censuras tambem reservadas, e tendo-as os no
ouviriio de coufisso sem primeiro (6) recorrerem ao Superior, atten-
dendo ao lugar, e tempo para este recurso, em ordem a se evitar algum
(7) reparo, que al se possa fazer.
171 E em quanto o penitente for confessando os peccados, Ih'05
no (8) estranhem, nem criminem: 11em por pala\Ta, signal, (9) ou ges-
lo mostrem, que se espanto delles, por graves, e enormes que sejo,
(10) antes lhes vo dando confiana, para que sem o pejo com que o
Demonio faz muitas vezes, que a Confisso no seja verdadeira, e sem
aquelJe temor, que tambem perturba, fao, como convm, inteiraCon-
fisso. E se os penitentes no disserem o numero, especies, ecircuns-
tancias dos peccados, necessarias para a Confisso ser bem feita, as vo
(11) perguntando, e examinando com prudencia; fugindo de curiosas,
inuteis, e indiscretas perguntas, principalmente nas Confisses de geute
moa, ou sejo homens, ou mulheres, para que com ellas lhes no dcm
occasio a 110VOS peccados.
172 Ouvida a Confisso, considerando os Confessores a gravida-
de, e multido (los peccados, estado, e condio do penitente, com pa-
ternal cbaridade lhes fao as admoestaes, e dem (13) as reprehenses
necessal'ias. E advirto os Confessores, a quem devem conceder, ne-
(1) Text. in e. 2. de ame. ordinal'. e. Si Saeerdos in fino eod. til. Abr. lib.
10. e. 1. sect. 1. n. 2.
(2) PaI. d. lracl. 23. d. unic. puncl. 16. n. 2. et lract. 18. de Sacram.
in comm. puncl. 5.
(3) Conc. Provinc. Mediol. 5. Gav. verbo Confessarius n. 34. Conslit. La-
meco lib. 1. lil. 7. e. 8. 5.
(4) Naval'. e. 10. n. 1.
(5) Consl. J.amec. lib. 1. lil. 7. e. 8. !\\ 6.
(6) Consl. Lamec. loco cil. lEgilan. lib. 1. til. 8. C. 13. n. 2.
(7) Faeit texl. in c. De crolero de Senl. excom. e. Eos qui eod. til. in 6.
Consl. Ulyssip. lib. 1. lit. 10. decI', 7. !\\ 1. verso E no podendo. Lamec. lib. 1.
liL 7. e. 9. !\\ 3. lEgilan. lib. 1. lit. 8. e. 14. n. 16.
(8) Abr.lib.l0. cap. 1. scct. 2. n. 22. Naval'. inManuaI. e.l0. n. 6.
(9) Abr. dict. n. 22. et Consl. lEgilan. lib. 1. lil. 8. C. 13. n. 3.
(10) Abr. lib. 10. cap. 1. sect. 3. num. 34. Naval'. dict. C. 10. num. 1. vcrs.
JiPsumque animare. D. Thom. in 4. lib. Sento d. 17. ln exposilione lext. in fino
(11) Abr. lib. 9. secl. 5. !\\ 2. n. 309. Busemb. l\Iedul. tract.!h de Prenit.
dub. 6. resp. 2.
(12) Constit. lEgilan. dicl. C. 13. n. !~. Abr. ubi proxim. in fine. Buscmb.
ubi supra.
(13) .<\br. dict. n. 3~,. post medium. Naval'. dicl. c. to. n. 6. ,Naval'. in Ma-
nual. cap. 26. n. 'I. vels. Secundo pro varielalc.
no ARCEBISPADO DA BARIA. 73
gar, ou delel'' a absolviO, para que no absolvo os que esto inca-
pazes ele beneficio delIa: quaes so os que nem-um signal do (14) de
vel'dadeira dor, e arrependimento; os que no querem depol' o odio,
(15) e inimizade, nem restituir (16) a honra, fama, e fazenda, podendo;
os que no quel'em deixar a occasio (17) pl'oxima do peccado, nem
satisfazer ao escandaIo publico, que tem dado, nem finalmente deixai'
as culpas, e emendar a vida,
173 E antes que dem as penitencias, devem considerar (18) o es-
tado, condio, sexo, idade, disposio dos penitentes, culpas, e pec-
cados, que confessro, e fazendo prudencial conferencia entl'e uma, e
outra cousa lhes appliquem as peniLencias, que mais commodas (19) pa-
recerem: e por nem-um modo por peccados occultos, por mais graves,
e enormes que sejo, ponho (20) penitencias publicas. Finalmente se
hajo de tal maneira, (21) que no imponho penitencias to graves,
que sejo desiguaes s foras dos penhentes, e incompativeis com seus
estados, e officios; nem to leves, que se desestimem, e sejo despro-
porcionadas aos peccados. Estas, e outras muitas advertencias ho
de encaminhar aos Confessol'es, quando administrarem o Sacramento
da Penitencia, e por isso devem elles ler por (22) livros doutos, onde
as estudem, para que, quando o tempo, e occasio o pedir, se aprovei-
tem dellas.
TITULO XLIII.
COMO NAS IGREJAS HO DE HAVER CONFESSIONARIOS PUBLICOS, E os CONFESSO-
RES NO DEVEM CONFESSAR FRA DESTES LUGARES, NEM RECEBER N'ELLES
COUSA ALGUMA DOS PENITENTES.
(14) Abr. lib. 9. sec L 5. ~ 2. n. 311. Facit Consto IDyssipon. lib. i. til. iO'
decreto 5. 10 princip. et SI i.
(i5) LeVlt. c. 19. i. Joan. 2. Abr. ubi proxime. Eleg. Dess. verbo Confessio
O. 4. Palaos p. i. tracl. 6. d. 4. punct. 1. n. 4.
(16) C. Peccatum de Regul. juris lib. 6. D. Thom. 1.2. q. 62. art. fino Na-
val'. 10 Manual. cap. 26. n. 5. et c. 17. n. M. et 59. Dusemb. l\1edul. tract.l\.
dePrenit. dub. 5. . n. 4.
(17) Act. Eccl. Mediol. p. 4. foI. 64,7. verso Confessores Abr. dicl. SI 2. n.
311. Naval'. ubi proxime. Dusemb. loco citato.
(18) C. Consideret de Preoit. disto 5. cano Deus qui de Prenit. et remisso lext.
io c. Omllis eod. tit. C. Ab infirmis 26. q. 7. Trid. sess. i4. C. 8. et ibi Darh.
num. 2. Naval'. in Manual. C. 26. 0.19. Lug. de Preoit. d. 25. sess. 4. n. 60.
(19) Trid. sess. 14. c. 8. c. Mensuram de PreniL. dist. i. PaI. tract. 23. d.
unic. punct. 21. SI 3. n. 8. et 9. Laym. lib. 5. tract. 6. c. 15. n. ii.
(20) Ritual. Rom. de Sacram. Prenit. verso Pro peccatis occullis. Naval'. c.
8. num. 10. verso Neque obstat. Sylvest. verbo PreoiLentia n. i .
. (21) Text. in c. AlLigant 26. q. 7. Abr. lib. 9. sect. 4. n. 283. Eleg. Ress. in
Oonb. Theolog. practic. verbo SatisfacLio n. 9.
(22) Abr.lib. i3. sect. 14. n. 11~2. 146. el i49. ConsLit. Drachar. til.!h
consto 2. in fio. foI. 1~0. Actor. pars l~. instrucl. Confessio Eccl. Mediol. foI. 6'14.
verso Omnes Confessores.
(1) Consto Ulyssipoo.lib. 1. tit. 10. decreL. 6. io princip. Rrach.ar. tiL. 4.
const. 4. n. 4.
74 CONST[TllIES
Confisses de quaesquer penitentes, especialmcnte de mullleres, as
quaes nunca omiro de Confisso no Cro, (2) Sacristia, Capellas, Tri-
hunas, ou Baptisterio, nem outro lugar secreto da Igrcja. E quando
fOI' gl'ande o concurso ela gente para se confessal'em, os homens se COll-
rassaro onde puderem, ficando reservados os (3) Confessionarios para
as Confisscs das mulheres.
175 Os Confessores no podero confessar pessoa alguma na
rua, ou no campo, ou em outro qualquer lugar fra (11) da Igreja, (5)
salvo havcndo justa causa, e sendo os penitentes enfermos, que no
podem "' a ella, ou em tempo (G) de peste, ou de doenas contagiosas.
E os que obrarem contra o que nesta Constituio se ordena, sero cas-
tigados a nosso arhtrio. .
176 E outro-sim malldamos, que nem-um Confessor, de qual-
quer qualidade que seja, imponba aos penitentes.penitencias pecuniarias
para si (7) applicadas. nem pel' si, nem por outrem na Igreja, on casa,
cm que por necessidde confessar, recella dinheiro, (8) ou cousa que o
-ralha, de pessoa, 011 pessoas que ouvir de Confisso, aiuda que 111'0 (9)
ofTereo de sua vontade, e sem elles o pedirem, soh pena de illcol'l'e-
rC'm em suspenso divinis.
TITULO xur.
DOS CASOS RESERVADOS.
(I) Conslit. I'yssipon. lib. 1. lil. to. decl'. 8. in princip ..'Egilan, lib. I.
til. 8. cap. 15. in pl'inc. Naval" inl\1an lal. c. 26. n. 10.
no ARCEBISPADO DA BARIA. 77
pelo Confessor, a quem for comm~ttida a absolvio .de alguma excolU-
munbo, ou outra censura sentellClada no foro extenor, guardar-se-ha
o seguinte. Se no mandado lhe for dada certa frma, (2) essa deve ob-
servar: mas quando nelle se disser, que seja ahsolto in f1'ma Ecclesim
consuela, deve o penitente antes de tudo (3) satisfazer, ou dar cauo
ao menos juratoria de o fazer, e jurar de obedecer aos mandados da
JgI'eja, e prometter de no tornar a reincidir nos mesmos peccados, por
que foi excommungado, ou incorreo a censura: e feita esta promessa,
e dada a dita satisfao, ou cauo ao Confessor, guardar (li) este na
frma da absolvio a ordem do Ritual Romano.
182 Por virtude de alguma Bulia, ou Privilegio geral, ou parti-
cular, ou Juhileo, que der liccna pal'a escolller Confessores, se no p-
de escolher seMo aquelle, que for Cura (5) de almas, ou seja appI'ovado
actualmente por Ns, ou por quem nosso poder tiyer, para ouvir Con-
fisses. E nem-uns Outl'OS Confessores podem ser escolhidos, se as
mesmas Bulias, ou Jubileos expI'essamente no disserem (6) o contl'a-
rio: e a ahsolvio das censuras dada pelos taes Confessores por virtu-
de da Bulia, Jubileo, ou Pri\'ilegio, aprovei to smellte no foro interior
(7) da consciencia, e no no exterior para os excommungaclos no se-
rem evitados.
-l< 183 E em virtude deste poder concedido aos Confessol'es nas Bul-
Ias, Privilegios, ou Juhileos para poderem absoher aos penitentes das
censuras, e penas, no podero os taes Confessores (confessando os pe-
nitentes, ou julgando do que elles conlessro, terem incort'ido irregu-
lariuades) dispensar (8) nellas, ou em outras penas postas por direito,
ou sentena de algum (9) Juiz. E as im, se o penitente tiver incorrido
em alguma irregulal'iuade, no pde ser disp nsado neBa, mas pde ser
al)sollo do peccado, ou censma, porque incorreo irregularidade. E se
estiver o peniteute casado em gro prohibirlo, posto que o posso ab-
solver da censura, e do peceado do incesto, estando emendado delle,
no podem dispensai' com elIe. E os Confessores que, sem as Bul-
(1) Text. in cap. Omnis ulriusq. sexus de Preoit. et remisso Barb. ibi n. 11>:.
cum seq. usq. ad num. 21. Suar. tom. 4. d. 33. et 34. Henriq. in Sumo Iib. 6_
cap. 10. cum sex seq. iEgid. Coninch. de Sacram. et censo tom. 2. d. 9. Laym. lih.
5. Sumo (ract. 6. C. 11t. D. Thom. in 4. Iib. SenLeo.t; d. 22. q. 3. arL. 1. q. 3
ad 3.
(2) Proverb. 11. C. Qui ambulaL 5. q.. 5.. c. Sacerdos d~Pamit. dist. 6. DicLus,
texL. in C. Omms uLriusque de Prenil. eL remisso PaI. p. 4. Lract. 21. d. unic_
punct. 19. n. 2. NaVal'. C. 8. n. 2. ct 3.
(3) Naval' in dict. C. Sacm'dos n. 39. PaI. loc'. citaL. n. 3. Fagund. c. 1. n. 7_
Suar. Lom. !~. de Preuit. dispo 33. secL. 2. Abr. Iib. 9. secL. 5. n. 3'12. cum du--
ob. sel{o Barb. ad dict. LexL. in e.1p. Omnis n. 16. Zero!. de Prenit. C. 20. q. 12.
Guticr. Canonic. Iib. 1. c. 11. n. 74.
(ln aval'. in dict. C. Sacerdos num. 11.'1. et seq. l\'1ascard. de Probat. in
prrefaL. q. 5. n. !:i1. Ant. Gom. 10m. 3. Variar. C. 13. n. 9. Bonac. de Sacram. d.
5. q. 6. secL. il. punct. 4. lL 31. Suar. de Prenit. d. 33. secL. 6. n. 6.
(o) Barb. ln d. C. Omnis n. 16. Henriq. Iib. 6. cap. 19. Valer. Reginalcl.
in Prax. fori Preuit. Iib. 3. n. 12.1aym. Iib. 5. Sumo Lract. 6. cap. 14..Fagund.
cap. 1. num. 7. Suar. tom. l~. de Prenit. dispo 33. sect. 2. Pa!. {lo 4. tract. 23.
d. unic. punct. 19. n. 3.
(6) Abr. Iib. 9. SI 2. n. 312. Nav-ar. in Manual. C. 8. n. 9. Const.1Egi-
tan. lib. 1. til. . c. 19~ in princip. verso Nem poder foI. 85. UJyssip. Iib. 1. tiL.
10. decreto 10. in fine principii.
(7) D. Thom. ln ".. disto 21. q. 1. Scot. in ".. disto 17. q. 1. et dist. 18. q.
l~. art. il. concI. 5. SUai'. dispo 33. sect. 2. num. 8. Donacin. dispo 5. de PceniL.
q. 6. secL. 5. punct. 2. n. 2. Zerol. de Pcel1.t. cap. 20. q. 12. PaI dicL. puncL. j9~
num. 1.
(8) Pal. dict. puncL. 19. SI l~. n. 3. Suar. ilisp. 33. sect. 4. n. 4. Laym. lib.
5. Sumo tract. 6. C. 14. n. 16. verso Secundo. Donac. d. 5, de Pcenit. q. 6. secL. 5.
punct. 3. n. 6. Naval'. in lVfanuaL C. 8. n. 7. Busemb. Mcdlll. LracL. l~. de
Prenit. n. 6. respons. 2.
80 ONSTlTUIES
postas aos Confessol'es. E os que casualmente, ou com iJldustria (9)
omi1'em algum peccado da Confisso, SO obrigados ao ter em inviola-
vel segredo, e ao no descubrir por alguma via d'i'recte, ou indiTecte,
sob pena (10) de excommunho maior 1'11SO facto, e serem gravemente
castigados a nosso arbitrio. E se ao Confessor sobrevier algum caso,
em que para remedio do penitente, convenha aconselhar-se, ou prati-
caI-o com nosco, OH nosso Provisor, o far em geral, (11) e com tanta
cautela, que se no possa entender por algum modo quem o commet-
teoi e por esta causa convm, que se acon elbe com pessoa fra (12)
da Freguezia, e que deHa tenha pouca noticia, e dos freguezes.
-l' 188 E se algum Confessor directa, ou indirectamente descu-
bri1' o que lhe foi dito em Confisso, incorra (13) em excommunho
maior ipso (aclo, e ser condemnado em carcere perpetuo, e depo to
do Officio Sacerdotal, e Beneficios, que tiver. E mandamos aos Con-
fessores, que no consinlo, que pessoa alguma esteja junta ao Confes-
sionario, ou lugar onde estiverem ouvindo de Confisso, antes a man-
daro affastar, (iA) em f6rma, que no possO ouvir, nem entender o
que na Confisso se diz.
189 E se alguma pessoa maliciosamente se chegai' aos djtos lu-
gares para effeito de ouvir o que se confessa, ou se fingi!' Confessor sem
o ser, para assim saber os peccados alheios, incorra (15) em excom-
munbo maior ipso facto, e sendo-lhe provado haver as mais penas,
que merecer nosso (16) arbtrio.
190 E admoestamos aos Pregadores, que na reprehenso dos pec-
cauos, qne fizerem em seus Sermes, se bajo com tal advel'tencia, que
usem sempre de palavras (17) gemes, no particularizando circunstan-
cias de pessoas, culpas, ou lugar, por onde se 'ven]la a entender, quem
os eommetteo, nem suspeitar, que dizem nos pulpitos, o que ouvem
nas Confisses: e fazendo o contrario, sero (18) suspensos de pregar,
e havero as mais penas, que segundo suas culpas mCI'ecerem.
(9) Ila VasC[o Laym. iEgil. Coninch. Ronac. cil:i Pal. dicl. 4.. num. 4.
el 5. Adrian. in 4,. de Confesso q. de Sigillo Secunda pal'S; Naval'. in Manual.
ubi prorime, et n. 4,. Rusemb. ubi supra.
(10) Conslil. U1yssipOll. lib. 1. lit. 10. c1ecret. 10. 3. JEgitan. lib. 1. lil.
8. cap. 19. n. 5. Porluens. li]). 2. lil. 6. Conslil. 17. verso Equando. Lamecen .
lib.1. til. 7. cap. 1 t. 2.
(11) Conslit. JEgitaniens. Iib. 1. til. 8. cap. 19. num. 2. Facit. PaI. c1ict.
punct. 19. 4.. num. 8. verso l?enique vix.. .
(12) Conslll. Lamecens. dlCt. !tb. 1. lIt. 7. cap. 11. 1. Porluens. lIb. 1.
til. 6. ConsLiI. '17. verso in fine.
(13) Diclum .c. qmnis ulrius.que SCX~lS ?e Pren.it. el remisso et diclum cal~'
Sacerdos. de Pccmt. dlsl. G. ConslIt. U1ysslp. IIb. 1. tlt.10. decret. 10. ~ 10. lEgI-
tan.lib. 1. Lil. 8. cap. 19. n. 3. Lamec. lib. 1. lit. 7. cap.12. Porluens. lib. 1. lit.
G. Conslil. 17. n. 7. verso Ese algum. Rrachar. liL !~. Conslit. 12. foI. 68. et 69.
(14) Constil. U1yssipon. loco citat. 1. J_amecens. ubi supra 2. JEgitan.
ubi proxim. n. !~. .
(15) ConsliL .iEgilan. dicl. C. 19. n. Ii..
(16) Naval" in cap. Sacerdos de Prenit. disto 6. n. 50. Henriq. lib. 6. cap.
19. n. 9. el cap. 20. n. 2. Suar. d. 33. secl. 4. n. 4. Conslit. Portuens. lib. 1.
LiL 7. Conslit. 6. verso E se alguma.
(17) Constil. U1yssip.lib. 1. lil. 10. decrel. 10. 4. FI'. Anton. Spirilu
Sanclo de Sacram. Prenil. lracl. 5. dispo 19. secl. 6. n. 1565.
('18) Cunslil. U1yssipon. lib. 1. lil. 10. dec. 10. 4,. foI. 92. Porluens. lib.
1. L. 6. Conslit. 17. verso !C" in fine foI. 102.
no ARCEBISPADO DA BAI-HA. 81
TITULO XL II.
DO SACRAlIIENTO DA EXTREMA Ur O: DA INSTITUiO, lIIATERIA, FRlIIA, 1111-
NlSTRO, E EFFElTOS DESTE SACRAlIillNTO, E A QUEM SE DEVE AD!llINIS'rRAR.
(9) Constilulion. Paul. IV. et Gregor. xrn. de quib. agit OIiv. de for. Eeel.
p. 3. q. 14. num. 55. eum seq. ConsL. Ulyssipon. lib. 1. lil. 12. deerel. 2. 1.
vers. E alem.
(10) Trident. sess. 23. de Reform. cap. 5. Consto U1yssip. dieL ~ 1. vers. E
com a sobredila.
(11) Gav. verb. Orelines Minores n. 6. in prineip. et verso fino
(12) ConsL. U1yssipon. lib. 1. til. 12. deerel. 3. in prineip.
(13) Trid. sess. 23. ele Reform. e. 6. 11. et 16.
(U) Trid. diet. cap. 11. Ugolin. de Orne. Epise. e. 26. ~ 27. n. 4. Marcel.
Vulp. in prax. judie. e. 7. num. 7. Barb. ad dielum Cone. n. 3. et de Polest.
Epise. alleg. 11. n. 18. Mare. Ant. variar. resoI. lib. 1. resoI. fino easu 26.
('1) Text. in e. Nullus in Episeopum 4. 60. disto et ibid. D. Cunha n. 2.
Text. in e. A multis Verum de .iEtale. et qualitate. Bcllarm. de Saeram. Ord.
IiI.>. 1. cap. 7. Marlin. Ledesm. seeund. [~. q. 36. art. 3. foI. 409. coI. 2.
(2) Cap. unie. de Voto IiD. 6. e. Anle lriennium e. uIl. disto 31. e. Erubes-
eanl. disto 32. 'frid. sess. 23. ele Reform. e. 13. D. Thom. in [~. dist. 37. q.1.
art. 1. in corpore. Suar. tom. 3. ele Religion.lib. 9. e. 6. eum seq.
(3) Trident. sess. 23. de Reform. e. 11 et 13. e. Quando disto 24. et ibi
Cunha n. 2. el ael text. in cap. Tales n. 2. et ad e. Quamquam dist. 23. n. 2.
Ponlif. Rom. Clem. VilI. p. 1. lil. 2. de Ord. eonferendo.
(4.) Trid. sess. 23. Co. 13. et 14. Barb. ele Orne. et polest. Epise. p. 1. alleg.
18. n. 1. usque ad num. 10. Gavant. verbo Ordo in genere n. 20.
(5) Trident. sess. 23. de Roform. e. 12. Tenent Henriq. GuLier. Franc. Leo,
Reginald. et alii, quos citaI. Barb. ad diet. Trid. n. 2. et de Polest. Epise. p.
2. alleg, 16. D. 1 D. Cunha in eomment. ad lext in e. SubdiaeoDus n. 1. 77 dist.
(6) Gavant. verbo Orclines Minores n. 6. verso De mlat. Cardos. verbo .iElas
D. 4. verso Alia tamen.
(7) "am Prm byter idem est, alque senior. A Cunha ad lexl. in e. Cleros 1.
21. disl. n. 9. el ad texl. in cap. Presbyler 8. 25. disto n. 1. Tridenl. sess 23. de
DO ARCEBISPADO DA BARIA. 89
moo nos anuos, e ter conentes a inquirio de genere, as diligen-
cias de vida, e costumes, como fjca dito no num. 213., e o Patrimonio
(8) feito, como se dit' no num. 229, em que se declro os requisitos,
.que ha de ter; ajuntar folha corrida do juizo Ecclesiastico, e secular da
terra, ou lugar onde residir, ou tiver residido consideravel tempo, e
certido da visita daquelle anno, para cOQstar como nella no tem cul-
pa, se j estiver visitada a sua Freguezia, eno estiverem remettidas as
devasas Camara; e outra certido do Parocho, porque oonste que oon-
tinuou na Igreja; se houve sido applicado ao servio de alguma, c da
frequcncia com que se confessa, e communga.
216 Diacono (9) ,'alo mesmo que Ministro, pOl'que ainda que se-'-
jo Ministros os mais Clerigos, com tudo o nome de Ministro propria-
mente s pertence ao Diacono, (10) cujo officio ler publicamente na
Igreja o Evangelho, (11) administrar ao Sacerdote nos Sacrincios, e fi-
nalmente pregar ao povo a palavra Divina. Todo o que pretendeI' ser
promovido a esta ordem, deve ser (12) examinado no Latim, Casos de
Consciencia, Reza, e Canto; ter (13) exercitado com bom exemplo a
Ol'dem de Subdiacono, ser passado o anno (U) depois de a ter recebi-
do, (salvo quando nos parecer (levemos dispensar nos intersticios) ter
entrado nos vinte e tres annos (15) de idade, e feitas a3 diligencias (16)
de vida, e costumes, como se dir uo num. 22ft, ajuntar folha conida
do nosso juizo Ecclesiastico, certido da visita daquelIe anno, e do Pa-
I'ocho, que vir inclusa no summario da "ida, e costumes, porque cons-
te de sua frequcncia no serVIo da Igreja; e finalmente apresentar as
Cartas de Ordens, que tiver recebido, e Sentena de genere.
217 Como a Ordem do Sacerdocio seja a maior, e o Oflicio Sa-
cerdotal fazer, (17) e administrar os Santos Sacramentos, e instruir os
fieis (18) nos mysterios da F, e cousas necessarias para a salvao,
importa muito que aquelle, que houver de ser Presbitero, seja de ex-
emplal' vida, e costumes, e que tenha tal sciencia, que possa ensinar
aos fieis os mysterios da F, e os Divinos preceitos. Pelo que ser exa-
Reform. e. 14. Benediet. Fernand. in e. 18. Genes. Barb. de PoLest. Epise. p. 2.
alleg. 14. n. 7. .
(8) Trid. sess. 21. de Reform. e. 2. UgoI. de Orne. Epise. e. 26. Si 9. n. 3.
toler. de Re benef. lib. 1. q. 2. n. 32. Navar. eonsil. 14. n. 2. de Lempor. ordin.
in novo Barb. de PoLest Fpise. alleg. 19. n. 53.
(9) Cap. Cleros 21. disto
(to) C. Diaeoni sunt 93. disto Barb. de PoLest. Epise. p. 2. alleg. 14. n. 6.
verso Solus tamen.
(1 t) Barb. ubi proxime verso Cujus OlIieium.
(12) Trid. sess. 23. de Reform. e. 13. Barb. de polest. Epise. p. 2. alleg. U.
n. 9. PaI. p. 4. IraeL. 27. el. unie. puneL. 8. n. 12.
(13) Trid. loe. cito GavanL. verbo Ordin. maiores n. 36.
(14) Trid. ubi supro et ib. Barb. n. 5.6. eL 7. Gavant. ubi proxime n. 37.
(15) Trident. sess. 23. de Reform. e.12. Fr. Eman. q. RegulaI'. Lom. 3. q.
23. arL. 6. Bonae. de Saeram. d. 8. q. uno punet. 5. Ugolin. de Orne. Epise. e.
26. Si 6. 11. 4. et 5. Leo in Thesaur. fori Eeel. p. 1. e. 4. 11. 31. Naval'. lib. 1. lit.
2. de reLaLe in declarat. n. 4.
(16) Consto Ulyssipon. lib. 1. til. 12. deer. 3. Si 1.
(17) C. Presbyter 8. 23. disto e. Perleetis 1. 25. disL. Pal. diet. traet. 27.
punet. 8. n. 2. in fine. D. Roderie. Cunho in eommentar. ad diet. Lext. in e.
Perleetis 1. n. 9. et ad text. in c. Presbyter 8. 23. disto
(18) Trident. sess. 23. de Reformat. e. 14. Pal. d. n. 2. Barbos. de Poles!.
Epise. p. 2. alleg. 14. n. 7.
no CO ~ST1TUIES
minado (19) com mais rigor no Latim, Moral, Reza, e Canlo, como fi-
ca dilo Das 011tras Ordens: ter entrauo em vinte e cinco (20) anuos de
idaue; e no ser admittido a esta Ordem seno passado nm anno (21)
depois de 1'cc01)o1' a de Diacono, (salvo quando por necessidade, ou uti-
lidade da Igl'eja dispensarmos) e de se haver exercitado nella (22) com
louvor; e trar folha cOITida~ (23) e os mais papeis, como fica dito.
TITUI,o LU.
DOS EXAAUNADORES, E EXAl\tE DAS ORDENS, E QUE SE FAO EM NOSSA
RRESENA.
(19) Tl'id. sess. 23. dc Reform. c. i[~. PaI. dict. punct. 8. n. 13 Vasq. d.
2~6. c. 6. n. 53. Barbos. de Polesl. Episcop. p. 2. alleg. H. n. 9. Sancho in
Opuscul. l\'IC'ral. lib. 7. c. 1. dub. !~5. n. 16. Gav. dict. vcrb. Ordines maiores
n. 38.
(20) Tridcnt. sess. 23. ele Relarm. c. 12. Naval'. c. 2'.i. n. 69. cum scq. Zc-
rol. il1 prax. Episc. verbo Ordo ~ 1. Gulier. Canonic.lib. 1. cap. 26. n. 8. cnm
scq. Gavanl. vcrb. Ordines maiorcs n. 39. verso elc relate. Conslil. UJyssip. lib.
i. tit. 12. decreto 3. i 2.
(2J) Trid. sess. 23. de Reform. C. 14. Gavant. verb. Ordines maior. n. 37.
Consto UJyssip. ubi proxim.
(22) Eadem Conslit. cl Gavanl. loco cito 11. 39. et41.
(23) Conslit. U1yssipon. lib. 1. lil. 12. decr. 3. 2.
(1) Consto Portuens. lib. 1. lil. 8. Consl. 3.
(2) Trident. scsS. 23. ele Reformat. cap. 7.
(3) Gavant. verbo Examinalores n. 21. Concil. Provinc. Mediol. 5.
(4) Gevanl. loco proxime cital. n. 22. Concil. Provo 4.
DO ARCEBISPADO DA BRIA. !H
e ter-se-ha granue vigilancia, em que se no venha examinar uma pes-
soa (fl) por outra. E prohibimos aos dilos Examinadores, que nem antes,
nem depois do ex.ame rece1.Jo per si, ou por outrem cousa alguma (6)
dos examina1os: e o que fizer o contrario, inconer nas penas impos-
tas aos Examinadores Synodaes pelo Santo Concilio. E o Ordenando,
que per si, ou interposta pessoa direcle, ou incl1'?'ecte, por respeito cio
exame, der peitas, ou dadivas, alem das penas impostas em direito, e
nestas Constituies aos Simniacos, ficar inltabil para as Ordens, que
quizer receber, e suspenso das que tiver recebido.
EXAME DA PRIMEIRA TOi'SURA, E ORDEi'iS l\IEl.'iORES.
(!l) ConstiL Portuens. liLJ.1. til. 8. consL 3. U1yssipon. lib. 1. til. 12. decr.
li. et !;) 1. 2. 3.
(6) Trident. sess. 21. de Reform. c. 1-
(7) Ad primam tonsu.ram requiritur Scientia, de qua Trid. sess. 23. de ne-
formo cap. li. Leo in Thesaur. fori Eccles. p. 3. c. 8. n. 6. nico in prax. fori Ec-
eles. decis 390. in primo edilione, et resolut. 329. num. 9. in secunda edilione.
Ad Minores Ordines Tridenl. sess. 23. rlict. til. de llcform. C. 11. Sol. in 4.
dist. 25. q. L art. li. verso Terlia conclusio. l\Ielloch. de Arbitr. casu 5:25. n. 58.
. . (8) 'frident. sess. 23. de Reform. cap. 7. 12. el13. C. Quando !l. 2~. djsl. et
Ib! Cunha n. 2. Barbos. de Potest. Episc. p. 2. alle.g. 14. n.9. Sol. in I-. c1ist.
2h. q. 1. art. 1/.. conclus. 3. Sancho in Opusc. l\Ioralia Iib. 7. c. I. \lU. liii. Me
I~och. de Arbitr. casn ".2!l. n. 50. PaI. dict. punel. 8. n. 12. COllstit. Ulyssi[ on.
Ilb. 1. tiL. 12. Ice.I',3. Consl. Uracharcn . til. 8. ('onsl. 2. foI. tIO.
92 CONSTITUIES
(9) no Latim, Casos de Consciencia, Reza, e Canto, como fica dito no
antecedente, e em particular, se sabe cantar um Evangelho, [te Missa
est, e fazer o omcio de Diacono na Missa solemne, e do mais que per-
tence dita Ordem.
EXAME DE PlillSBITERO.
(1) Trident. sess. 21. de Reform. C. 2. Text. in C. Diaconi 23. verso Mell'
dical infelix 93. disto Barbos. de Po(esl. Episc. aUeg. 19. num. 2. et de univ.
jul'. Ecclesiasl. lib. 1. C. 33. n. 153. eum seq. Gavant. verb. Ordines maiores
num. 2. Gare. de Benefic. p. 2. C. 5. n. t. 'fhom. Vas aUeg. 35. num. 1.
(2) Trid. loco proxime cHalo, el ibi Barb. 11. 21. eL de Polest. Episcop.
allegat. 19. n. 15.
(3) Idem Tridenl. eod. loco. Facit texl. in cap. Sanclorum 70. disl.
(4.) Trid. dicla sess. 21. cap. 2.
(5) Secundm consueLudinem hujus Archiepiscopalus, ut sic Clerici sus-
tenlari possint honesle, ad menlem Tid. sess. 21. C. 2. Tenet Barb. de Polest.
Episc. p. 2. alleg. 19. n. 8. 11. et 12.
(6) Barb. dicl. alleg. 19. n. 55. Gavant. verbo Ordines maiores in addil.
num. 1.
(7) Barb. llicl. alleg. 19. n. 81. Gal'e. de Benefic. p. 2. cap. 5. n. 186.
(8) Conslil. U1yssipon. lib. 1. til. 12. decr. 2. ~ 2. verso E pra, foI. 101.
Porluens. lib. 1. lit. 8. Conslil. 4. 1. vel's. 2. foI. 118. LEgilan. lib. 1. til. tO.
e. ~. n. 4. Lamecrns. lib. 1. IiI, 10. cap, 3. ~ G. Brachal'. til. 8. Consto !t. foI,.
~ 17. el .118.
DO ARCEBISPADO DA BA.HIA. 97
o Provisor, e mais Ministros a que tocar, vejo, e examinem com par-
ticular cuidado, se os ditos beus tem as qualidades acima ditas: e sen-
do pOl' Yia de doao, ou dote, se saber, porque titulo pertencio aos
doadores, ou dotallores, e se os podiO dar, ou dotai' sendo casados
sem prejuizo dos seus filhos, (9) e consentimento de suas mulheres. E
finalmente se o Ordenando est realmente de posse dos ditos bens, ou
se ha nisso algum engano, sobre que se informaro os nossos Ministros
publica, e secretamente; e se perguntaro testemunhas, e daro jura-
mento aos mesmos doaJores, ou llotadores, para que declrem se ha
nos ditos Patrimonios algum pacto, dolo, simulao, ou fingimento: e
na mesma f6rma jurarao os dotados. E de todas estas diligencias se
dar 'vista ao Promotor da justia Ecclesiastica, para ver se tem que
dizer contra elles, e requerer se fao as mais diligencias, que pat'ece-
rem necessarias.
231 E o nosso Provisor mandar passar um edital para a Paro-
chia d'onde for o Ordenando, e estiverem os bens do Patrimonio, em
que se dcclare, que o Ordenando se quer ordenat' a titulo dos bens de-
clal'adosneUe, especificando cada um de per si com suas confrontaes,
para que tolla a pessoa que souber, que os taes bens tem algum foro,
censo, obrigao, ou vinculo, ou que no dito Patrimonio ha algum con-
certo, engano, fingimento, ou simulao, o declarem sob pena de ex-
communho: e para que se houver alguma pessoa, que tenha direito aos
taes be11s, ou ella, ou outra qualquel', que o souber, o declare ao Paro-
CllO dent.ro de oito dias. O qual edital publicar (iO) o Parocho es-
tao, e depois de publicado o fixal' nas portas da Igreja, aonde esta-
r lixado os ditos oito dias, para que venha noticia de todos, e nin-
guem possa allegal' ignorancia, e passados elles se remetter ao nosso
Provisor por carta cerrada, com certido, de que se publicou, e fixou,
e se hoO\'e, ou no impedimento: e em outra f6rma se no approvro
os Patl'imonios.
232 E para que a todo o tempo possa constar do titulo a queca-
da um se ordena, mandamos, que o 110SS0 Escrivo da Camara o decla-
l:e no livro da Matricula das Ordens no assento de cada um; e em outro
hno, que para esse effeito ter, far termo (11) jurado, e assignado
pelo Ordenando de no renunciar, demitlir, nem alhear o Beneficio,
Penso, ou Patrimonio, a cujo titulo se ordena, sem nossa licena, e
ahi mesmo se registar, para que, fazendo o contrario, se possa proce-
deI' contra elle com as penas de perjuro.
~ 233 E aquelle que se ordenar sem (12) titulo de Beneficio, Pen-
o, ou Patrimonio do valor sobredito, ou fingindo, falsificando) ou si-
mulando os taes titulos; on fazendo coneerlo, ou promessa de no usar
delles, e os tornar a restituir, alem de inconer em suspenso, e ou-
tras penas de direito, seja preso, e degradado para fra do Arcebispa-
do pelo tempo, que 110S parecer.
(9) PI'opter lego reg. lib. 4.. lit. 48. Ord. eliam eod. lib. lil. 82. el 97. ~ 3.
ad finem. Conslilulion. supradiclre locis cilalis.
(tO) Gavant. verbo Ordines n. 'Us.
(ti) Conci!. Provinc. Brachar. act. 2. cap. 6. !\\ Quoad palrimonium.
(12) Text. in C. Neminem, el in c. Sanctorum 70. disto Contslil. Pii V. sub
dal. Ilonis Januarii 1588. Barbos. ad Trd. I. c. 2, n. (18. el de Pote L Episc, a1-
lego 1.9. n. 57.
98 ,O~STTT TE<;;
TITULO LV.
DO MODO QUE SE G .\RDARA' CO~l OS RELIGIOSOS, QUE TO'L\REM ORDENS NO
NOSSO ARCEBISPADO.
TITULO LVI.
DAS MATRICULAS, E CARTAS DE ORDENS.
(i) Trident. sess. 23. dc Rcform. c. 12. vers. Regularcs. et ibi Barbos. 11.
10. Gavant. vC\b. Ordo n. 30. Tambur. de jure Abbat. tom. 3. d. 5. q. 16. n. 73.
(2) Barb. de Potest. Ep. alleg. 7. n. 31. et ad Trid. sess. 23. de Reform.
cap. 10. n. 11. Molfes. in Sumo Theolog. Moral. tract. 2. c. 2. n. 23. Lcsan. in
Sumo qurost. Regular. C. 14. n. 8.
(3) Trindent. sess. 23. de Reform. cap. 7. et 12. et sess. 7. de Reform. c.
11. PaI. p. 4. lract. 27. d. unic. punct. 8. n. 15. Yasques, Villa-Lob. ct Rodri-
gu. ab co citati.
(4) Glos. in C. Nullus 2. 24. disto et ibi. D. Roclericus Cunha n. 2. et 3. ct
ad text. in C. De Petro 4.. num. 6. [~7. dist.
(5) Barb. de Potest. Ep. 2. p. al1eg. 19. n. 4. et ad Trident. sess. 21. lle Re-
formo C. 2. n. 4. Garcia de .I:lenefic. p. 2. C. 5. n. 10. J"auret. de Franch. in con-
trovo inler Episcop. et Rcgul. pago 89. Nald. verbo Ordo num. 28.
(6) Gavant. verbo Ordines maiores num. 28. Cone. Provinc. l\fediolan. 1.
Const. myssip. lib. 1. lit. 12. decr. 4. 1.
(7) Consto mys ipon. dict. ~ 1. in fine.
DO AnCEBl PADO DA BA tiL\.. 99
o tempo das pessoas, que se ordeno, e de que Ordens, mandamos,
(1) que quando se bouverem de celehrar Ordens nesta nossa Diocese, o
Escrivo da Camara della tenha um caderno das folbas, que lhe parecer,
numerado, e rubricado pelo nosso Provisor, para nelle escrever todos
os que houverem de receber as Ordens. Este caderno se dividir em
quatro partes: na primeira assentar o Escrivo os de Ordens Menores:
na segunda os de Epistola: na terceira os de Evangelho: na quarta os
de Missa: e nella se far tambem declarao, depois de examinados os
Ordenandos, de seus nomes, sobrenomes, pais, e pau'ias, e se so or-
denados a titulo de Beneficio, ou Patrimonio, e esto djspensados em
alguma inhabilidade, illegilimidade, ou intersticios. E sendo Regular,
declarar a Religio em que professo, a patente por cuja virtude for
ordenado, com as mais declaraes, que della constarem. E no ma-
tricular pessoa alguma sem lhe entregar despacllO nosso, (2) ou de
nosso Pro'~sor, pelo qual o mandamos matricular, o qual despacho
guardar para sua descarga, e para depois os conferir o Provisor com o
caderno: e o Escrivo lla Camara os conferir com o Provisor (3) para
os assignar.
237 O mesmo Escrivo da Camara ter um livro de Matricula bem
encadcl'l1ado, e de bom papel, tambem numerado, e rubricado pelo nos-
so Provisor, no qual dentro de quinze dias depois de dadas as Ordens,
lI'3sladar o dito caderno item por item, e concertar o traslado com o
dito nosso Provisol', e no fim de cada Matricula das Ordens se far ter-
mo POI' ambos assignallo, em que se declare o numero dos que foro
ordenados em cada Ordem, as laudas em que foro escriplos, e quan-
tos em cada Jauda. E tudo o dito escrivo da Camara cumprir, sob pe-
na de suspenso de seu officio at nossa merc: e achando-se que neI-
Ie commeUeo nesta materia algum (11) erro, ou falta por sna culpa, ou
negligencia, sel' privado do officio. E acabado o dilo caderno, e Iino,
o levar, e metter no archivo de nosso Arcebispado.
-l< 238 O dito Escrivo da Camara ser obrigado dai' aos Ordenan-
dos Cartas de Ordens, que recebero, selladas, e assignadas por Ns,
do dia das Ordens a dez dias (5) seguintes, e no levar autes, nem de-
pois mais qne dous (6) vintens, (que a decima parle de um cruzado)
por cada uma das Cartas de Ordens, que fizer, e nem per si, nem por
interposta pessoa levar mais algnma cousa, ainda que as partes 111'a
uem por Slla vontade; e se o contrario fizel', perca, (7) o officio. E
acontecendo ter perdido o Ordenando a Carla de Ordens, que uma vez
selhe passou, e pedir outl'a, e Ns, OllllOSSO Provisor lh a mandarmos
(1) Consto ffiyipon. lib. 1. til. 12. ueer. 6. ~.. lEgitan. lib. 1. til. 10. c.
8. Portuens. lib. 1. Lit. 8. ConsLiL 6. Lamccens. lib. 1. til. 10. c. 7. Brachar. tit.
8. ConsLit. 12.
(2) ConstiL Portucns. dicta constiL 6. UJ)'ssip. Iih. 1. til. 12. dccrt. 3. et
Si 1. et 2. ct decr. 6. Si 1.
(3) Constit. UJyssipon. dict. rlcer. 6. Si 2. Portuens. dieta constit. 6. verso
1. JEgiLan. dicL c. 8. n.1. Lamecens. dict. cap. 7.
([~) Ordin. Iib. 1. til. 23. Si 2. et til. 58. 54. et til. 96. ~ 1. Noguerol. al-
lego 8. Giurba consil. 4[~. per Lo tum, et 45. Reynos. obscrv. 8.observ. 27.
et 38.
(5) ConstiL. Porlucns. dict. eOllsLiL. 6. vers.2. U1yssipoll. dicL. decrL. 6. 3.
(6) Trid. sess. 21. de Rcform. c. 1. "crs. -olurii vcro; et ib. lltlrbos. II. 11.
(7) 01'([. lib. 5. tiL. 7:l.. vcrs. E em lodos.
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100- CONSTlTUIE
passai', ol'(lenamos que (\ Escrivo no possa levar pOI' elb feita, e as-
signada, e pela busca, mais (8) que duzentos, e quarenta ris, sem em-
bargo de qualquer costume em contl'ario; e se levar mais, perder o
omcio.
TITULO LVII.
(lO) Trid. diet. e. 8. in finl}. Bulia Pii Seeundi, quam referl Barbos. de 1'0-
lestaL. Epise. alleg. 8. n. 10. et allcg. 17. n. 1'1. Ledesm. iu Sumo ubi de Sa-
eram. Ord. e. 8. eone1. 3. Barb. ad dietum Trillent. n. 35. et 38.
(H) Trident. diel. e. 8. Texl. in cap. Eos qui de tcmporibus ordinal. lib.
6. Su)'r. de Censo lib. 4. e. 12. Bonac. etium de Censo d. 3. q. 1. p. 11. n. 6. Ma-
io!. de Trregu1. lib. 4, cap. 2. num, 6. Barb. de llolesl. Episc. p. 2. alleg. S. num.
1. Suar tom. 5. de Ceus, d, 31. sect. 5.
(12) Consl. U1yssipon. lib. 1. lit. 12. decreto 7. ~ 2. Portuens lib. 1. til. 8.
consl. 7. "crs. 2. lEgitaniens. lib. 1. lil. 10. cap. 9. n. 1.
(13) Trident. sess. 7. de Reform. C. H. et ibi Barbos. n. 5. Bonae. de Sa-
CIam, d. 8. q. unie. Gutim.Canou.lili. l.c. 26.1?ral. Emman. iII Sumo 4. c. 62.
n. 5. Campan. in diverso juro Canon. rub. 9. C. 8. 11. 31.
(14) Trident. sess. 7. C. H. FI'. Emman. Bonae. Barb. Iocis proxime cilalis.
(15) Trit1ent. sess. 23. de Reform, C. 10. et ibi 'Barbos. n. 10. et de Polest.
Episc. p. 2. alleg. 7. n. 7.
(t6) Trid. sess. 23. de Reform. cap. 10. et ibi Barb. n. 2. Suar. tom. 4. de
Religione traeL. 8. lib.~. C. 29. n. 1D. Naval'. in singul. Cunon. cou1. 105, D.
Rodcric. u Cunha in CommenL ur] . Jl. 6. 90. c1isl.
1;
CO~STlTUIES
TITULO J.VJII.
DO EXAME DOS QUE HIo DE DIZER 1I11SSA NOVA, E DAS DEmSSORIAS DOS QUE
VEM DE FRA DO ARCEBISl'ADO.
(17) Trident. sess. 7. de formo C. 10. FI'. Emman. in Sumo tom. 2. C. 14. n.
6. Grac. de Benef. p. 5. C. 7. n. 95. Ric. in prax. resolut. 106.
(18) Trid. loco proxime citat. et ibi Barbos. n. 15. Gare. dict. C. 7. a num.
96. Zerol. in prax. Episcop. p. 1. verbo Capitnlum in princip. Monet. de Com-
mutat. nlt. volunt. C. 10. 11. 180.
(1) Gavant. verbo Missa n. 5. Concil. Provincial. Mediol. 1. Const. U1yssi-
pon. lib. 1. tit. 12. deer. 8. in prineip.
(2) Conslit. U1yssipon. uhi proxime decr. 6.
(3) Constit. U1yssipOll. dict. decr. 6. in fine principii. Portuens. lib. 1. til.
S. eonstit. 8.
(4) Texl. in cap. Exlraneo 71. disto
(5) Trident. sess. 23. de Reform. cap. 16. vers. Nullus; et ihi Barb. n. 6. et
de Potest. Ep. p. 2. alleg. 21. II. 1. Azor. Instit. Moral. p. 2. lib. 3. e. 49. q. 1.
(6) Trid. sess. 22. c1ecret. de Observado in eelebration. Miss. Azor. Instil.
Moral. p. 1. lib. 12. cap. 18. q. 9. Sanches in Opusc. Moral. lib. 7. c. 1.
dnb. 47. num. 1.
(7) Conslil. Brachul'. lil. 8. cOllsll. 11. 11. 1. lEgilan. Iih. 3. til. 2. c.7.
Porlurus. Iib. 1. tit. 8. conslil. 8.
DO ARCEBISPADO DA BAnIA.. 10:3
dem guizamelltos sem lhes constar da dita nossa licena. E isto mes-
mo devem fazer os Prelados Regulal'es (8) cm suas Igrejas, se soube-
rem, que os taes Sacerdotes vo a ella dizei' Missa sem a sobredita nos-
sa licen.a, c approvao neccssaria para elles celebrarem no nosso Ar-
cebispado.
TITULO LIX.
(8) Aloys. Ri<:. in prax. fori Eccles. decis. 750. in prima edilione, et resol.
635. in secunda editione. Deeisum refert Galet. in sua margar. casuum conseient.
verbo Miss. Barbos. de Polest. Episcop. p. 2. aDego 11. n. 8. et ad Trid.
sess. 23. C. 16. n. 11.
(1) Trideut. sess. 23. de Reform. C. 6. et ibi Barb. n. 29, et de Potest.
Epise. p. 2. alleg. 12. n. 12. cum seq.
(2) l\fenoch. de Prresumpt. lib. 6. prres. 7:6. n. 41. Cened. Canon. lili. 1. q.
4. D. 24. et 26. Barbos. dict. aHeg. 11. n. 13.
(3) Uian. p. 4. tract. 1. refol. 2. Castro PaI. ln Opere Moral. tom. 2. tract.
12. q. unie. punct. 2. n. 8. in fine.
(4) Tl'id. dict. C. 6. et ibi Barb. n. 21. Bellet. disq. Cleric. p. 1. til. de fa-
vore Cleric. personal. SI 8. n. 7. D. Barbos. in L. Titia n. 34. tr. Solut. M:atl'im.
Ricc. in decis. Cm'ire Archiep. Neapol. p. 4. decis. 154.
(5) Barbos. dict. alleg. 12. n. 4. et ali Trid. dicl. C. 6. n. 40. Galet. in Mal'-
ga. casunm consC. verbo Clericns p. 42. coI. 2.
104 CO"\fSTJT '[L
Ordem, tem iugular s elieilos, e significaes (1) mystel'iosas. Delles
se 1hz menso na Epistola do (2) Apostolo Sant'Iago, nos Sagrados Ca-
nones, c Concilio Tridentino.
21,8 No Sacramento da Confirmao matel'ia remota (3) oChris-
mai no da Uno o (lt) Oleo infirmorum. Nos Sacramentos do Bap-
tismo, e Ordens as Ulles, qIre se fazem com o Cbrisma, e com o Oleo
Catechumenorum no pertencem suhstancia destes Sacramentos, nem
materia dellesi s pertencem aos ritos, (5) e ceremonias, ordenadas
pela Santa Madre Igreja na administrao dos Sacramentos sobredilos.
2/,9 Aos Bispos (6) pertence benzeI' os Santos Oleos: e por di-
reito ordenado, que em cada um anno na Quinta Feira (7) da Cea do
SenhOl' se benzo os novos Oleos. E conformando-nos com esta dis-
posio ordenamos, que quando Ns em nossa S fizermos estes om-
cios, sejo presentes a elles as Dignidades, Conegos, e Capelles della,
sob pena de ser rlesconlado ])0 merecimento daqllelle dia, sem remis-
so, o que faltai' a esla obrigao: e mandamos ao Apontador sob pena
de desobediedcin, e de o restitui I" lhe ponha o Lal dia de perda.
-\' 250 E o nosso Provisor (9) mandar chamar aos Clel'igos para
os ministerios necessarios na frma do Pontifical, e os obrigar com
priso, e as mais penas, que lhe parecer. E quando os benzermos em
oull'a Igreja do Arcebispado, sero presentes (10) os Parochos, e os
mais Clerigos do lugar, ou dos ,'isinhos, que para esse effeito forem
chanlados por nossa ordem.
251 E quando Ns por algum impedimento no possamos fazei'
e te officio, havendo outro Bispo, que de nossa licena o faa na nossa
S, lhe assistiro (11) as Dignidades, e Conegos, e nas outras Igrejas
os Parochos, (12) e mais Clerigos, como fica dito sob as mesmas penas.
252 Tanto que os Santos Oleos forem bentos em nossa S. ou
em outra Igreja, aonde se I1zCl' este offieio, no se usar mais dos velhos,
(13) antes se queimaro, deitando-se nas alampadas do Santssimo Sa-
cramento, ou nas pias baptismaes. POI'm uas outras Igrejas do Ar-
cebispado se no queimaro logo, mas conservar-se-hfo al sel'em le-
(1) Cap. Deinde. c. Venisti de Consecr. dist. fs.. c. unic. dc Sanam. Uncti-
on. Trid. sess. 14. c.2.
(2) Jacob. 5. et jura proximc citata.
(3) Trid. sess. 7. de Cfinll. can 2. C. 1. de Sacro Unction. Pcr frontes. C.
1. de Sacram. non itcrand.
(4.) Trid. sess. 14-. ele Extrema Unct. c. 1. cano 1. de Sacro UncL. in princ.
(5) Trid. sess. 7. de Sacram. cano ulL. et sess. 23. cano 5.
(6) G. Te refercnte 12. dc Cclebr. Miss. Tndent. sess. 7. cano de Confirmo
Barb. de Potest. Episc.) p, 2. a.llef 31. num. 2. Azor Inslit. Moral. p. 1. lib. 2.
C. 9. collat. 106. et 108. Soto 111 ~. d. 7. q. 1. art. 2.
(7) C. Si quis C. Omni tempo dc Consecrat. (ust. 4. Barb. dicL. alleg.31.
n. 5.
(8) Gavant. vcrb. Olea Sacra n. 3. Conc. Provo Mediol. 1. ConsL. Ulyssipon.
lib. 1. tiL. 13. in princip. ctHb. 3. tit. 12. dccr. 1. 5.
(9) Gavant. yerb. Olca Sacra n. 3. Concil. Provinc. Mediol. L Constit.
U1yssipon. lib. 1. tiL. 13. in principio.
(10) Dicta CUllstitut. U1yssipon. loco citat. in fine principii.
(11) Dicta Constitut. Ulyssipon. dicto tiL. 13. in prinrip.
(12) Dicta. Constit. ubi proxime.
(13) Cap. Si quis de alio rle Consec. dist. 4. ConsL. U1yssipon. c1icL. lib. 1-
tiL. 13. tleCieL. 'I. iII prinrip. GayallL. verbo Olea Sacra n. 11.
DO ARf..E13r'PADO DA RHnA. 10;:;
"ados a c]Jas os no"os, e em quanto no chegarem, se poder usaI' dos
velhos, havendo (1.4) necessidade urgente de se ungir algum en/ermo, de
se chrismar alguma pessoa, ou baptizar alguma criana solemnemcnte,
!lOS quaes casos se p6de usar dos 01eos velhos, como est declarado pela
Sagrada Congregao. Pelo que mandamos, que fra da tal necessida-
de urgente, nem-um Parocho, ou outro qualqu81' Sacerdote use dos
Oleos "elhos, depois de serem bentos os novos, sob pena de ser cas-
tigado gravemente a nosso al'bitrio.
TITULO LXI.
COMO, E POR QUEM os S.H\TOS OLEOS SERO TR-tZIDOS A '088:\ s, NO SE
BENZENDO NELLA; E SE DISTRIBUIRO PELAS ICHEJAS DO ARCli:BISPADO, E
SE REL'iOYA.RO SEi'\DO NECESSARIO.
253 Ordenamos, que quando os Santos Oleos se no benzerem
nesta nossa S, se mandem buscar ao Bispado, d'onde mais facilmente
possO "ir, na frma que at agora se costumou (1) neste Arcebispado:
e vindos qne sejo, sero postos na Igreja de Nossa Senbol'a da Ajuda,
aonde il'50 as Dignidades, Cone~os, e Cabido da dila nossa S, para os
trazerem para ella em fl'ma (2) de ProciSSO, nas tres amhulas para
este efeito determinadas. O O\eo do C1u'isma ba de trazer o Deo, ou
a maior (3) Dignidade, que ento residil'. O 01eo Catcchumenomm ha
de trazei' o Chantre, ou a segunda Dignidade que residi I'. O Oleo in-
firmorum trar o Mestre-Escola, ou a terceira Dignidade que residir, e
no havendo Dignidades os traro OS Conegos mais antigos. E vil'O
em Procisso at a S cantaudo o hymno (1.) Veni creato1' Spil"itus, e
os Psalmos, ou Rcsponsorios costumados.
25h E os que troux.erem as amblllas ho de vir em ordem no um
da Procisso, e em tal frma, (5) qne vindo o que trouxer o Santo
Chl'isma no ulLimo lugar, se sigilo diante delle os que trouxerem os
Oleos dos Catechumenos, e enfermos, trazendo todas as ambulas dian-
te dos peitos com ambas as mos, com uma loalha ao pescoo. E as
Dignidades, e Conegos, que mta ProciSSO no forem, (6) perdero
na frma dos seus Estatutos.
255 . E para que todos se movo a acompanhar esta Procisso,
lhes concedemos quarenta dias (7) de indulgencia a todas as pessoas,
assim Ecclesiasticas, como seculares, que assim nesta Cillade, como
nas Villas, e Lugares deste Arcehispado acompanharem a dila Procis-
so, e os Parochos (8) assim o publiquem no Domingo, ou dia Santo
antes da PI'ocisso.
(1l~) Gavant. verbo Olea Sacra n. 12. Barb. Apostol. decis. coIlecl. 535. n
G. COllsLit. U1yssip. ubi proxime.
(1) Ad ea qUilJ Barbos. de Polesl. Episc. p. 2. allcg. 31. n. 19.
(2) Conslit. Ulyssip. lib. :I. lil. 13. deeret. 1. ~ 1.
(3) Constil. .iEgitan. lib. 1. til. 11. c. 2. n. 2.
(!~) Dicta Consl. ubi proximc.
(5) Consl. Portuens. lib. 1. til. 9. Constit. 2. verso 1.
(6) Conslit. U1yssipon. dicl. tit. 13. decr. 1. 1. in fine .
. (7) Cap. CUIll ex eo de Prel1it. et remisso et ibi Barb. n. 5. el lle Pole l.
Erlse. p. 3. alleg. 88. n. 14. Gavanl. in Manual. verh. Indulgenli<e n. 10.
(8 IYal'3nl. "erh. T'urorllorum ml.lnera n. 9.
106 CO~STITUIES
l' 256 Ol'denamos, e mandamos que os Pal'ochos desta Cidade, e os
uas Villas, e Lugares deste Arcebispado, e quaesquer oull'as pessoas, a
que por costume esta obrigao pertencer, que em cada um anno, de-
pois que os Oleos novos forem bentos, os venho buscar nossa S,
ou mandem um Sacerdote (9) para os levar: de maneira que das Igre-
jas desta Cidade, e seus suburbios se vo buscar at Sabbado (10) San-
to; e das que estiverem menos distantes desta Cidade dentro de um (11)
mez, e da5 mais distantes dentro em dous mezes, sob pena de quatro
mil l'is para as despezas, e Meil'inho geral. E o nosso Provisor os
mandar levar custa de quem os devia mandar buscar, e ueixou de o
fazer. E para melhor constar do que ordenamos, mandaro os Pal'o-
chas com o Rol dos Confessados certido (12) de como j l esto, ou
no esto os Santos Oleos. E os Clerigos que os vierem bUSCai' nos-
sa S, os levaro com muito resguardo, e certido do Padl'e (13) CUl'a
da mesma nossa S, porque conste que aquelles so os Santos Oleos
novos, e o dia em que lh'os entregro, (a qual lhe passar ue graa)
sob pena de' serem presos a nosso arbitl'io: e a certido mostraro os
Parochos aos nossos Visitadores, que serao obrigados a procurar (14)
por ella.
257 Por quanto muitas vezes os Santos Oleos se vo consumin-
do, e gastando, mandamos aos Parochos tenbo grande cuidado dever,
se necessario (15) reformaI-os. E havendo esta necessidade, os re-
formem com bom azei te e claro, deitando sempl'e menos (16) quantida-
de de azeite, do qno for o leo Sagrado, e no o cumprindo assim, se-
ro castigauos arbitrariamente.
258 Porque temos ordenado, se guardem os Santos Oleos ve-
lhos at chegarem os novos, necessacio, que haja em cada Igreja cai-
xas, (17) e ambulas duplicadas: por tanto ordenamos, que haja em ca-
da Igreja uma caixa de po fechada com cOl'des,dentl'o da qual.este-
jo tres ambulas de prata, (18) ou estanho fino, e nunca de vidro, pal'a
que nella se ,o buscar os Santos Oleos novos. E assim mais outl'a
caixa com outras tres ambulas, nas quaes estaro sempre os Santos
OIeos para uso, e administrao dos Sacl'amentos. E alem destas cai-
xas haver tambem outl'a de metal, ou po, em que sempre estar uma
:lmbula com parte do Oleo infil'morum, pal'a se levar, (19) quando se
TITULO LXII.
DO SACRA!lIEN'fO DO lIlATRI!lIONIO: DA Il'STlTUIO, !lUTERlA, FRMA, E !lIlNIS-
TRO DESTE SACRAlIl"EN'fO; DOS FINS PARA QUE FOI INSTITUIDO, E nos
EFFEI'fOS QUE CAUSA.
(20) Rit. Roman. Lit. de Sacris Oleis verso Chrisma. GavanL. verbo Olea
Sacra n. 16.
(1) Trident. sess. 7. cano 1. eL sess. 2!~. cano 1. PaI. p. 3. tracL. 18. d. unic.
pUIlCt. 16. n. 1. et 2. Bass. verb. Matrimonium 1. num. 5.
(2) Trident. in doctr. de Sacram. MaLrim. sess. 2!~. C. Iex divina! 27. q. 2.
(3) MatLh. 19. c. Ad abolendam de Ha!ret. Tri,'\cnt. sess. 24. de Reform. in
fine princip. et cano 1. et ibi Barhos. PaI. p. 5. tract. 28. d. 2. puncL. 2. n. 1-
Henriq. lib.11. c. 2. Reginald. lib. 31. n. 9.
(!~) Cap. 2. de Converso conjugal. c. Lex 27. q. 2. Paul. ad Ephes. 5.
(5) Trid. dict sess. 24. in princ. et sess. 7. de Sacrament. in gencrc cano 8.
l)aI. p. 3. tracl. 18. d. uno punct. 7. n. 1. Sayr. lib. 5. de SacramcnL. c. 1.
art. 3.
(6) Sanches. de l\faLrim. lib. 2. d. 5. n. 6. Suar. tom. 1. de Sacram. q. 60.
art. 8. d. 2. sect. 1. PaI. dict. tract 28. d. 2. punct. 3. n. 2. D. Thom. 4. disL.
26. q.2. ar!. 1.
(7) DD. supra titati.
(8) Lcdesm. de l\iatrim. q. 42. art. 1. dillicult. 4. Sanches lib. 2. d. 6. D.
2. PaI. dict. tract. 28. d. 2. punct. 4. n. 2.
(9) Concil. }<'Iorent. in decret. Eugen. Papo ad armo de Sacram. l'IIatrim.
Calechism. Roman. de Saeram. l\Iatrim.
(10) 1. Ad Corinlh. 7. PaI. loc. cilal. puncl. 10. num. 1.
i08 CONSTITUIE
este Sacramento, para qne celehrem com fim santo, (11) e honesto,
e se disponho para rcceber seus effeitos, que SO catlsm' gra,3, (12)
como os mais Sacramentos, e elar espcciaes auxilias para satisfazcr
Christmente as obrigaes de seu estado, -E adviJ'to os contrahentes,
que quando recebem este Sacramento, devem estar em graa, porque se
I) recebem em peceado, pceco (13) mortalmente.
TITULO LX.III.
DOS DESPOSORIOS D 'FUTURO, E IDADE, QUE PARA ELLES SE REQUEIl: DOS QUE
SE DESPOSO DUAS VEZES, ou CASO Es'rANDO DESPOSADOS, OU COHABITO:
E DE COllIO OS PAROCHOS SE NO HO DE ACHAR PRESENTES AOS TAES
DESPOSORlOS, NEM ES'rES SE DEVEM FAZER HAVENDO lllIPEDlillEl'i'fO.
TITULO LXIV.
DA ImDE, E CAPAClDADE QUE SE REQUER KOS QUE 1I0UVEREM DE CO~TRAlIIR
iUA'fRBIONIO, E DAS DENUr'CIAES, QUE DEYElI PRECEDER A ELLA.
-li 267 O, aro para poder contrabir Matrimonio, deve ter quator-
(9) Sancho ele Matrim. lib. 1. (]. 2. n. 2. Navar. in Manual. e. 21. n. 14.4.
(10) C. Sicul verso Poslulationi, C. penul. de Sponsal.
(11) ConsL. Ulyssipon. lib. '1. liL M. decr. 1. ~ 2. jJ~gitan. lib. 1. til. 12.
c. H. n. 2.
(12) Zerol. in prax, Epise. p. 1. verbo l\'Ialrimonium verso Dicimoqninto.
S verbo Sponsalia num. 12. Conslit. U1yssipon. lib. 1. tiL. 1!~. deer. 1. !ii 2.
(13) Const. UJyssipon' loe. proximc eitato. J"alllecens. lib. 1. e. 12. SI 3.
(H) Diet. ConsL U1yssipon. loco eitat. Portuens. lib. 1. til. 10. eonslit. 2.
Vers. !~.
(15) Consto Ulys ipOD. et Portuens. loeis eitatis.
(16) PaI. lraet. 28. de Spons. d. 1. puncl. 6. n. 1 Themud. p. 1. cleeis. 66.
n, 9.
(17) Sancho de Matrim. lib. 1. d.S. num. 12. Rasil. Ponee de 1\Ialrim. lilJ.
3. e. 11. n. 1. Consto UlyssipOll. lib. 1. liL H. deer. 1. 3.
('!8) L. Apucl Julianum COllslal. {l'. de Lc~atis.
(19) ConsL. Ulyssipon. c1icL. !li 3. jEgilull. lib. 1. tit, J2. c. 15. in priJJcip.
(:..0) ConsliL. JEgililIJ. c1irl, '. 10. iu HIJe priIJc.
111
110 CO~STlTUIOE
TITULO LXVI.
QUE SE NO CELEBRE o MA:I'RTMONJO NO DIA, EM QUE s~ FIZER A ULTIlIfA DE-
NUNCIAO: E DAS PENAS QUE J 'CORRERO os QUE CASAR~M SEM ELLAS
PRECEDERElIJ, E o PAROCRO, E TESTElIIUNHAS QUE AO TAL CASAlIIEN-
1'0 ASSISTIREM.
(20) Per regul. Plus caulionis iI} rem esl, qum in personam. Facit. Ore],
lib. 5. lil. 23. in princip.
(21) Ad ea qure Ord. lib. 1. lil. 28, el ibi Darb. Fragos. de Regim. Reipub.
p. 1. lib. 7. d. 22.
(22) Quia requiritur mandatum Judicis ad deposilum reddendum. Barbos.
voto 126. n. 89.
(23) C. 1. cum seq. 30. q. 5. Sanch.lib. 3. d. 11. per lolam Tambur. lib.
8. de l\'Iatrim. til. 6. c. 3. 1. n. 13. Regin. lib. 31. c. 32. n. 237. Pa], p. 5.
tracl. 2-8. d. 2. punct. 13. ~ 5. n. 6.
(2) Consto Ulyssipon. lib. 1. tiL 14. decr, 2. 7. Porlueos. lib. 1. liL to
Consto 5. 2.
(25) Diximus n, 277.
(26) Dix.imus dict. n. 277.
(1) Constil. Ulyssipon. lib. 1. lil. U, decr, 2. 8. Por(uens. lib. 1. til.
10. Coostit. 5. 3.
(2) Gavant. verbo mall'imonii celebrat. 11. 15. Concil. Provincial. }\fediol.
3. cons!. Ulyssip. loco citalo.
DO AB.CEBI PADO DA BUIIA. 115
denunciaes, (3) ou ter licena nossa (.&) para sem ellas se fazer o re-
cebimento, ou maliciosamente para esse e/I'eito chamarem, ou constran-
gerem o Parocho a ser presente, ou usarem de qualquer outro modo,
(5) ou engano contra a disposio, e teno do Sagrado Concilio (6)
Tridentino, sejo hm'idos por (7) incorridos em excommunho maior,
e alem disso sendo nobres, ser coudemnado cada um em cem cruza-
dos, e em dous annos de degredo para o Bispado de Pernambuco, ou
do Rio de Janeiro, e sendo de menor qualidade, em cincoenta cruza-
dos, e dous annos de degredo para um dos ditos Bisp.ldos.
-l< 282 E as testemunhas, que sabendo-o, emalieioRamente se acha-
rem presentes, e as terceiras pessoas, que C'onstrangerem ao Farocho,
ou maliciosamente o chamarem para esse efeiLo, sero (8) condemna-
das em dous annos de degredo, e na pena pecuniaria, ql,le parecercon-
forme a qualidade das pessoas. E o Pal'ocho (9) que sabendo-o se
achar presente ao tal Matl'imonio, ser preso, e do aljul)e pagar cin-
coenta cruzados, e alem disso ser suspenso pelo tempo, que nos pa-
recer. E as ditas penas (10) se podero accrescenLar, ou diminuir se-
gundo a qualidade e circunstancias da culpa, advertinrlo que o degredo
das mulheres ser para mais perto.
283 E os noivos, que receberem as benos (11) de outro Pa-
rocha, que no seja o seu proprio, ou tiyer licena sua, on nossa para
Ih'as dar, sero arbitrariamente castigados. E o Parocho, ou Sacer-
dote secular, que receber, ou der as henos a freguez alheio sem li-
cena do proprio Parocho, ou nossa, conforme ao Sagrado Concilio (12)
Triuentino, fica ipso j~tre, suspenso (13) a arbitrio do Ordinario do Pa-
rocho: que devia assistir ao Matrimonio. E sendo Sacerdote Regular,
CH) alem da dita suspenso, incol'l'e lambem pena fIe excommuulJo
i1)SO facto, e uns, e outros sero castigados com as mais penas, que sua
culpa merecer.
TITULO LXYII.
DOS DIf>EDJ!lIEN'fOS no 1\u:rm1l10NIOi DA PRO' AQUE PAP..\ ELLES I::1STA, E DOS
QUE so OBRIGADOS A DESCOBP,lL-OS.
-l' 28.& Para 11 11e nossos subditos tenho bastante noticia tanto dos
impedimentos, que impeJem o conlrahir o l\Jatrimonio, como dos que
l1o s impedem, mas o dirimem depois de contrahido, para seerilarcm
(1) os damnos, que podem resultai' de sua ignorancia, nos pareceo mui-
to importante ao servio de Deos e bem das almas de nossos Diocesa-
nos, declaraI-os na presente ConstituiO. E mandamos a cada um dos
PaI'ochos, ou Capelles, soh pena de mil ris, a leio (2) ao povo es-
lao das Missas Conventuaes <luas vozes no anno, a sabeI', uma no pri-
meiro Domingo depois da Epiphania, e outra no primeiro depois da
Paschoa da Resurreio.
285 E os ditos Parochos, Oll Capelles declararo (3) ao povo,
que commettem grave peceado os c[ue encobrem os impedimentos sa-
bendo-os, ou denunciando-os maliciosamente, quando os no hUi e que
todos soo ohrigados adenul1cial-os, !linda que (lj) sejo pai, ou mi, ou
il'mos dos contrahentes, e ainda qne o saibo debaixo de ;.:egredo (5)
natural, (como no seja o da Conllsso Sacramental) ou no haja mais
pro,'a que a fama publica, (6) de que sabem muitas pessoas, ou uma
testemunha de cerleza. E porque o determinaI' a proYa, que bastan-
te, pertence ao Juiz, tem obrigao toda Upessoa, que por qualquervia
tireI' nOlicia de algum impedimento, de o manifestar (7) ao Parocho,
que denunca, e elle ao nosso (8) Yigario Geral.
os IUPEDJ:IIENTOS DIRIMENTES so os SEGUrnTEs.
1. Erro (9) da pessoa: como se algum dos contrahelJles quer re-
cebeI' a outro, cuiilanclo, que a tal pessoa certa, e foi oull'a di Jfel'Co te.
2. Condio: (10) comm a saber, se algum dos contrubentes
captiyo, e o outro o no sabe, aotes trata de casar com elle, tendo para
si, que livre.
(1) Cap. QmcriLur ele Csaoguinit. eL alfinit. c. LiLeras ele ResLiL. spoliaL'
(2) ConsLiL. Lameccns. lib. 1. liL. 11. cap. 7. in princip.
(3) Basil. Ponce lib. 5. c. 3r~. n. 3. Hel1l'iq. lib. 11. c. il-. n. 5. Sanches
ele l\JalrimOD. lib. 3. el. 13. n. 2. PaI. p. 5. lracL. 28. d. 2. punclo 13. 6.n. 5.
(li) ConsliL. UJyssipon. lih. 1. liL. 14-. elecr. 4. 3.
(5) Text. in c. 1. 29. g.1. Suar. lom. [~. in 3. p. d. 13. srct. 7. n. 10. San-
ch. de l\falrim. el. 1(j. num. J..'' ' Coninch. el. 27. dub. 7. n. 70. PaI. p. 5. lracL.
28. d. 2. pnncLo 13. 7. n. 5. Abr. lih. 9. n. [.64.
(6) C. CUlll in Lua. 27. eliJ Spons. c.2. de Csang. el afIiniL. C. Cum ex eo
22. de Tcslib.
(7) Sancho lih. 1. dispo 71. Abr. lib. 9. n. lj."2.
(8) C. 1. de Coosang. el a!Iin. Sancho dispo ii). n. 3. Gulier. C. 60. D. 2.
Palo dict. punct. 13. 7. n. 2. eL 6.
(9) Cap. 1. 29. q. 1. ArgumcnL. J. Si per errorem IT. de Jurisd. omn. ju-
dic. L. -on idcirco Cad. de Jur. et facli ignoro Sanches ele i\Talrim. lil . 7. d.
18. per Lolam.
('10) Cap. 2. el C. fino de Conjngio serl'or. Sancho ele l\Tall'im. lih. 7. ll.
i!). PaI. ]1.5. rI. 4. punel. 5. FI'. Anloll. a Spil'iL. SanrLo iII Dil'<'clor. Coufessor.
lrael. 11. (I. 7, secl. ti.
no UlCEBL:iP\.DO D\ BUlIA. 117
3. Voto: se fOI' solemnc (11) feito na pl'ofisSO, que se faz em
Hcligio approvada, ou no l'ecehimento das Ol'dens SaCl'as, porque es-
tes smente so yotos solemnes.
h. Cognao: esta de tres maneiras, natural, espiritual, e legal.
'aturaI, se os conlrahentes so parentes por consanguinidade dentro
no quarlo (12) gro. Espiritual, (13) que se contrahe nos SacI'amen-
tos do Baptismo, e da Confirmao, entre o qne baptiza, e o baptizado,
e seu pai, e mi; e entre os padrinhos, e o baptizado, e seu pai, c mi;
e da mesma maneira no Sacramento ua Conflrmao. Legal, (U) que
provm da perfeita adopo, e se conlrahe este parentesco entre o per-
filhante e o perfilhado, e os filh05 do mesmo, que perl1lha, em quanto
esto dehaixo do mesmo poder, ou dura a perfilhao. E bem assim
entre a mulher do adoptado, e adoptante, e entre a mulher do adoptan-
le, e adoptade.
5, Crime: convm a saber, se um doscontrahentes maquinou (15)
com efeilo a morle da mulher, ou marido com quem verdadeiramente
era casado, ou a do outro complice com animo de contrahir Matrimo-
nio com elle, tcndo commeUido adulterio salJido, e conhecido por am-
bos; ou se am]los (16) os coulrahentes maquinro a morte do defunto,
01] defunta casada, para casarem ambos, ainda que no liyesscm adul-
terado: ou (17) quando os conlrahentes scndo um delles casado com-
mellro adullerio, e se fizaro externa promessa de casal', se a mu-
Ihcr, ou mal'ido do conlrahente morresse primeiro, ou se casro de
faclo, seudo eUa (18) vivn.
6. Disparidade (19) da Religio: Forque nem-Uln inuel pdc
contrahil' Matrimonio com pessoa nel, e cOlllrahindo-o nullo, c de
nem-um eJl'eilo.
7. Forn, (20) ou medo: quando os contralJenles, ou algum del-
Ics foi constrangido a casar por medo, tal, que puuesse c.ahir em varo
constante.
(11) Cap. i\iemiomus, cap. ult. Oui Clcrici, ycl vovenles, c. unic. de Vo-
lo.lib.o. Triel. sess. 2!~. cano 9. Sancho de Malrimon. lib. 7. d. 26.27. el28.
(12) Cap. Nou debel de Coosanguill. el affiuil. Sanches ele l\Ialrim.lilJ. 7.
d.1>3. n. L .
(13) Cap. 1. el fere per lolum ele Cogua!. spirit. C. 1. eod. lil.lib. 6. Sancho
lib. 7. d. 53. i1. L el el. 54.
(14) C. nnic. de Cogoal. legal. Sancho lib. 7. d. 63. Abr. lib. 9. n. 433.
PaI. de Spons. cI. 4. puncl. 9. a nUIll. 3,
. (t5) Cap. Signilicasli, de eo qui cluxil in l\Ialrimoniulll, C. 1. ele Converso
lIIfidel. C. Tanla qui filii sillllegiL. Sanch lib. 7. el. 78. n. 2.
(16) C. 1. de Converso iofidel. c. Super hoc. c. Signillcasli, de co qui duxit.
ancho dicl. cI. 78. n. 9.
(17) C.lklalulll 31. q.1.Siqllis liXorem. c.Superdeeoqllicluxilinl\fall'im.
Sanches lib. 7. d. 79.
(18) C. Si quis vivenle 31. q. 1. e. Signilicasli, C. CUIl1 ha!Jerel de eo, qui
duxit. 1\lJr. lib. 9. sccl. 3. n. r,34..
(19) C. Cave, C. Non opol'lel, C. Si quis Judaicm 28. q. 1. Abr. lib. 9. seet.
3. 11. !~S;j. PaI. dicl. d. 4. pund. 11. Sancho lib. 7. d. 7J,
. (20) Cap. Veniens H. C. Consll!lalioni de p'OlIsalib. c. 2. de eo qui tluxil
lI1l\hlrim. Abr. did. sc1. 3, 11. /i36. Sancho tib. 'I. d. 12. I seq llonac. lom.
1. q. 3, plIucL 8.
1
118 CONSTlT IES
8. Ordem: (21) entende-se Sagrada, aillua que seja smeote tle
Subdiacono.
9. Ligame: (22) quel' dizer, que se algum dos contrahentes
casado por palavras de presente com outra mulher, ou marido, ainda
que o Matrimonio seja smente rato, e no consummado, vivendo o tal
marido, ou mulher, no pode contrah Matrimonio com outrem, e se
de facto o contrabir nullo.
10. Publica (23) honestidade: nasce este impedimento dos despo-
sorios de futuro validos, e no passa hoje, depois do Sagrado Concilio
Trjdentino, do primeiro gro. D'onde se algum <1oscontrabentes tinha
celebrado validos desposorios de futuro com o irmo, irm, filho, ou
111ha daquella pessoa, com quem quer casar, ainda que sejo fallecidos,
ou lhe remittissem a obrigao, no podem casar com seu pai, ou mi,
irmo, ou irm. Nasce tamlJem este impedimento do Matrimonio (24)
rato no consummado, aiuda que seja nulIo, com tanto que no pro-
venha a l1ullidade da falta do consentimento, e impe<1e, e dirime o Ma-
trimonio at o quarto gro. Pelo que quando algum dos contrahentes
foi casado por palavras de presente com parente do outro dentro do
quarto gro, posto que no chegassem a consummar o Matrimonio, lia
entre elles este impedimento dirimente ele publica honestidade.
11. Affinidade: (25) convm a saber, que o marido pelo ivJatl'i-
monio consummado contrahe affinidade com todos os consanguineos de
sua mulllar at o quarto gro, e assim, mOI'ta elIa, no pde (26) COI1-
lrabir Matrimonio com alguma sua consanguinea dentro nos ditos gros.
E da mesma maneira a mulber contrahe alTInidade com to<1os os con-
sanguineos de seu marido at o quarto gro. Tambemacontraheaquel-
le que tiver copula iWcita perfeita, e natural com alguma mulher, Oll
mulher com algum varo; e por esta cansa no plle contrahir Matrimo-
Jlio com parente do outro por consangniuidade dentro do segundo gro.
12. Impotencia: (27) ha este impedimento, quando algum dos
contrahentes, j antes de contl'ahir Matrimonio, no era capaz de gera-
o por falta, ou impraporo dos instrumentos da copula, ou a falt
provenha da naturesa, arte, ou enfermidade, com tanto que sej.a perpe-
lua.
13. Rapto: (28) d-se est~ impedimento, quando aIguem furta
(21) Cap. 1. qui Cterici, vcl vivenles. Triu. sess. 24. cano 9. Sancho lib.7.
d. 28. Abr. eliclo lib. 9. seclo 3. n. 438.
(22) Cap. ]~iccL, C. fino ele Spons. eluor. Triclenl. scss. 2'~. elc Reform. 1\Ia-
lrim. canon. 2. eL 7. Abr. eliclo scsS. 3. n. 439. Sancho diclo lib. 7. d. 80.
(23) Cap. 3. el4. ele Spons. Trid. sess. 2'~. de Reform. l\1atrim. cap. 3.
Sancho lib. 7. el. 68. n. 10.
(24) Cap. Si quis uxorem, cap. Si quis desponsaV'erit 27. q. 2. Abr. lib. 9.
secL. 3. n. 440. Sancho lib. 7. el. 70. n. 5. .
(2") Texl. in C. Non elebel de Consanguin. el affiniL. Trid. sess. 24. de Re-
formo C. 4. el ibi Barb. n. 7. Sancb. de 1\IaLrim. lib. 7. d. 67. n. S. Abl'. dicta
sccL. 3. n. Md.
(26) Trid. loco cilal. el ibi Barbos. n. t. Sane.h. dicL. d. 67. n. 4. Abr. elicl.
scclo 3. n. 441.
(27) Cap. 2. cap. 3. cap. Lauclabilem de frigid. el malcr. Abr. dicla secl.
3. llum. 4~2. Dian. lom. 2. lmcL. G. resol. 1'12. Sanches ele l\1alrim. eli L. lib. 7.
d. 93. per lolam.
(~8) Cap. fina\. de Haplorih. Trid. scsS'.21. dc Heform. 1\Iatrim. cap. 6.
DO ARCEBISPADO DA BARIA. 110
alguma mulhel' contra sua vontade; ou, ainda que ella consinta, con-
tradizendo-o os pais, ou pessoas que a tem em seu poder, com animo,
e teno de casar com ella; porque o tal roubador no pde casar com
a mullJcr roubada, em quanto a tem em seu poder.
1h. Ausencia (29) do Parocllo, e duas testemunhas: porquecon-
forme o Sagrado Concilio Tridentino no valido o Matrimonio, seno
fOI' contrahido em presena do proprio Parocho, ou outro Sacerdote,
dando-lhe o mesmo Parocho licena para isso, ou tendo-a nossa, e de
duas testemunhas ao menos.
286 Alem destes impedimentos, os qunes no s impedem, mas
dirimem o Matrimonio depois de contrabido, ha outros, os quaes s-
mente impedem o Matrimonio, que ainda se no celebrou, e estes con-
f()J'me a direito er:1o muitos, porm pelo costume esto tirados, e dero-
gados os mais delles, e os que existem em seu vigor, so os seguintes.
11\II'EDInffiNTOS QUE s6 11\1PEDEM o MATRIMONIO.
Ric. in pras. 4. p. resoI. 436. usq. ad resol. 456. Sancho dicL.lib. 7. d. 13. Abr.
diclo lib. 9. seclo 3. n. 443.
(29) 'Irid. sess. 24. de Reform. l\'IaLrim. c. 1. Sancho de MaLrim. lib. 3. d.
2. eL 4,. Abr. dict. sess. 3. n. 1~44.
(30) 'Irid. sess. 24. de Reform. Matl'im. C. 10. Sancho de 1\fatrim. lib. 7.
d. 7. n. 2. Molfis iu Sumo 'Iheolog, l\foral. tract .. l~. e. 11. n. H. Abr. lib. 9.
n. 419.
(31) Cap. l'IIeminimus, cap. Rursus. cap. Consuluil. c. Clerici, vel voven-
leso Sancho de l\laLrimon. lill. 7. d. i1. n. 4. Abr. ubi proxim. n. 420.
(32) Cap. Sicut. cap. penull. de Spons. Sanch. de Malrim. lib. 1. d. 27. n.
2. ellib. 7. d. 6. n. 7. Abr. ubi pl'axime num. 421.
(1) Rit. Roman. tiL. de RiUb. celebl. l\Ialrim. in princip.
(2) fuL. Rom. ubi proximc. Cons!. Lamecens. lib. 1. tiL 11. cnp. 5. in fi-
ne )1l'incipii,
120 co~ STIT ]ES
(9) Conslit. f-amec. Ilb. 1. lil. 11. c. 5. Si 4. JEgilan. lib. 1. lil. 12. c. 6. n.
3. Ul ssip. lib. 1. til. 14. decI'. 3. Si 2.
(10) ProodicllC Consliluliones loeis cital. ftavanl. verbo iUalrim. celebraLio
11. 17.
(11) Consl. Lamecens. Ioe. eit. ConsL. Portuens. lib. 1. Lil. 10. Consl. 7.
(12) Consl. JEgilan. loe. eilalo. eilal. Lamecens. dict. 4.
(13) Const. l)orLuens. diet. Consl. 7. in principio verso Eaioda
(14) Trident. sess. 24. de Reform. C. 10. Henriq. in Sum. lib. 1'1. e. 16..
~ 2.1lossevin. de ornc. Curali e.10. num. 25. Sanches de MaLrim. lib. 7. d. 7.
Blubos. de Polesl. Episc. p. 2. alleg. 32. n. 193.
(15) Glos. in C. Capellanus. de fel'iis. Francisc. I.eo in Thesam. for. Ec-
eles. p. 2. cap. 9. num. 57. Ric. iu decis. Curire Archiep. Neapol. deeis. 9. p.
4. Barbos. dict. alleg. 32. n. 194. Saneh. diet. d. 7. n. 12.
(16) Abr. de InsLil. Paroe. lib. 9. seeL. 10. C. 8. n. 527. Consto JEgil. lib.
1. til. 12. C. 7. n. 2. Ulyssip. lib. 1. tit. U. deer. 5. Si 1.
(17) Consto Ulyssipon. et iEgilan. loeis eiLaLis.
(18) C. 1. e. Vir de Secundis nupLiis. Constil. Ulyssipon. lib. 1. til. U. de-
er. . ~ 2. Abr. de InsLil. Paroe. lih. 9. n. 529.
. (l9) Tl'idcnt. sess. 2!~. ele Heform. l\Jairim. cap. 1. Barbos. de Polesl.
Eplse. p. 2. alleg. 32. n. 107. Saneh. Ii!). 3. d. 3. n. 6. et di p. per toL.
CO~STITUIES
presena de duas, ou ll'es testemnnhas. E 3S pCSS03S quc cm outl'a
fOrma se quizerem casal', so pelo mesmo Concilio havidas por inhabeis
para assim contrallirem, c os taes contractos julgados, e declarados pOl'
nullos, e de nem-um (20) vigor. E declar3mos quc para este effeito
se entende por proprio (21) Parocho o de qualquer dos contral1entes,
posto que (22) no seja Sacerdote. Porm o que assistir de licena sua,
ou nossa, deve ser (23) Sacerdote, e a assistencia que fizer, deve ser
moral, e humanamente, (2/') de modo, que elle, c as testemunhas en-
tendo o mutuo consentimento dos contrahentes, em frma que com
certeza testifiquem deJle, para o que sc requer tcnho uso de razo, e
cntcndo o acto a quc assistem.
TITULO LXIX.
DAS PENAS, QUE HAVERO os QUE SE CASO TENDO IMPEDIMENTO DlRumNTE, E
o PAROCIlO E TESTEMUNHAS QUE ASSISTEnl.
'" 29/, Grave peccado commeLtem, (1) e dignos so ue exempIal'Cas-
tigo, os que sem o devido temor de Deos, em grande prejuizo de SU3S
almas se caso, sabendo que ha entre elles impedimento dirimente, com
o qual no vaI o Matrimonio, e os contrahentes {leo em estado de con-
demnao: Pelo que conformando-nos com a disposio ue ilireito,
mandamos, que qualquer subdito nosso, que casar por palavras de pre-
sente com a pessoa, com a qual esteja dentro no quarto gro de con-
sanguinidade, ou affinidade, sahendo do tal impedimento, (3Iem do Ma-
trimonio ser nuHo, e sc haverem de separar) fique incorrendo cm sen-
tena de (2) de excommunho maior, e ser preso no (3) aljuhe, e COJ1-
demnado em cincoenta cruzados, e nas mais pen3s, que parecerem jus-
las.
'" 295 E os que contrahirem Matrimonio sabendo, que ha entre elles
outro impedimento dirimente, incono nas mesmas penas (4) de priSO,
pecuniaria, e arbitrarias, excepto a de excommunho. E demais, pelo
(20) Trid. ubi proxim. Nayar. Salsed. ledesm. Sancho Gulier. Ceyall. Ce-
ned. Hurlad. el alii, quos citat. Barb. ad Trid. Dum. 127. PaI. p. 5. d. 2. pun-
ct. 13. 8. n. 2. et 13. D.1.
(21) Sancho lib. 3. d. 19. n. 4. Nayar. C. 20. in fine. Henriq.lib. 11. de
Malrim. C. 3. n. 2. Zero!. in prax. Episcop. p. 2. yerb. Parocbus 1. PaI. dict.
punct. 13. 9. n. 1. Barb. de Polest. Episcop. p. 2. aIleg. 32. n. 65.
(22) Sancho Iib. 3. d. 20. n. 2. Garc. de Hene!'. p. 9. c.2. n. 295. Barb. de
Polest. Episc. p. 2. aUeg. 32. n. 1015.
(23) TI'ideDt. sess. 2~. de Reform. l\falrim. cap. 1. verbo VeI alio Sacerdo-
te. PaI. p. 5. de SpODS. d. 2. punet. 13. 10. n. 5, Sancho de l\'Ialrim. Iib. 3.
dispo 20. D. 10.
(2!~) Trid. sess. 2!~. de Reform. J\Ialrim. cap. 1. PaI. ubi supra 8. n. jf.
Ledesm. de Malrim. q. !~5. art. 15. Gulier. eodem Iract. C. 69. Sancho sim iii
lract. lib. 3. d. 39. n. 1.
(1) Clem. unic. de Consanguinit. el affinilat.
(2) Dict. Clem. uDic. Sancho lib. 7. d. !~8. n. 1. Salzed. in prax. C. SO. n.
3. Suar. de Censo d. 23. sect. 5. n. 1 t.
(3) Consl. iEgilan. lib. 1. lil. 12. C. 10. n. 2. Porluens. lib. 1. lit. 10.
consli L S. foI. 1!~8.
(4) Barb. in Collecl. ar! Clem. un. de Consang. el amnilal. n. 11. Sanches
del\1alrim. lib. 7. d. !IS. n. 14.
DO B.CEJ3ISrADO DA BARU. 1'23
. .
Sagrado Concilio (5) Tridentino, os que se caso sem alcanarem dis-
pensao, estando dentro dos gl':lOS do parentesco pl'Ohihido por direi-
to, Hco sem esperana alguma de alcanarem dispensao, principal-
mente quando no smente contrahirem, mas secretamente conSllmma-
rem o Matrimonio.
296 E os que ignorantemente contrahirem, porm sem pl'oeede-
rem as diligencias, que se requerem, fiCO sugeitos s mesmas (6) penas.
Se com tudo precederem (7) antes do casamento as denunciaes, e de-
pois de casados se descubl'1' algum impedimento, c houver probabili-
dade, que o ignoro, no havero as ditas penas.
-l< 297 E qualquer Religioso, ou Religiosa, ou Clel'igo de Ordens
Sacras, que se casar, alem da pena de excommunbo maior, em que
incorre, fico suspeitos (8) na F: por tanto sero remellidos ao Tribu-
nal do Santo Officio, a quem pertence o conhecimento de semelhantes
culpas. E os qne casarem segunda vez (9) durante o primeiro Matri-
mouio, porqne tambem fico suspeitos na F, sero da mesma mane'a
remeLtidos ao Tribunal do Santo Ofl'icio, onde por breve particular, que
par3 isso ha, pertence o conhecimento deste caso.
-l< 298 E para que por todos os meios se evitem to escandalosos,
e abominayeis peccados, mandamos aos Parochos, Sacerdotes, e subdi-
tos do nosso Arcebispado, que sabenuo dos impedimentos no assisto
ao Matl'monio. E os P3rochos, e Sacerdotes, que tendo noticia de al-
gum dos impedimentos dirimentes, assistirem aos taes casamentos, se-
ro condemnauos (10) em trinta cruzados, presos, e suspensos a 110SS0
al'bitrio: e as testemunhas, e pessoas, que soul)erem do tal impedimen-
to, pagaro (11) vinte cruzados do aljube, sendo pess03s de qualida,le,
e dez sendo de inrel'ior condio. E os que se casarem sahendo que
ha ent.le elles impedimento impedien.te smente, e o Paroeho, S3cerdo-
te, ou testemunhas, qne se acharem presentes aos taesMaLI'Dlonios, se-
ro castigados com as penas arbitrarias, (12) que merecer sua culpa.
(5) Tridenl. Sess. 24. de Berorm. 1\Ialrim. cap. 5. Sanclarel. variar. resoI.
Jib. 1. q. 54. n. 3. Ledesm. de l\Iall'im. q. 55. arl. ult. c\ulJ. 20. disL. 1. con-
clus. 1. Sancho de l\Iatl'im. lib. 3. d. 42. n. 7. el lib. 8. rI. 25. II. 2f~.
(6) Trid. dicl. sess. 24. c. 5. cap. HnaI. 1. de ClandesL. despons. c. uno
de Consallg. et affinit.
(7) Trid.loc. ciL. verso Si vero. Sanches de l\Ialrim. lib. 2. d. ljO. n. !~.
(8) Clcm. uno de Con ang. et aITiniL. c. Ad aboledam. 9. de HcereL. Farinac.
de Breres. q. 187. n. 72. Carena tle Olicio S. Inquisilionis p. 2. til. 17. 3.
n. 10. el seq. PaI. tom. 1. tract. 4. d. 9. puncL. 16. 8. n.lj.
(9) Carena dicL p. 2. liL o. 2. num. 13. Barb. aeI Ord. lib. 5. tiL 19.
n. 2. Themud. p. 1. decis. 7. n. 10. Farin. q. 16 '. n. 68. Simanc. Catholic. ins-
lilul. tiL. [~O. PaI. dicL. 10m. 1. tracL 4. dis(). 9. puncL. 16. 8. n. 1.
(LO) Cap. fin. de Clantle L cl spons. el ibi Harb. n. 16. ancho de l\Ialrim.
lib. 3. d. 4.H. num. 3. cum duobus. s q.
(t t) ConsLit. JEgilan. lib. 1. til. 12. C. 10. 11. 4. Porluens. lib. 1. tiL 10.
Constil. 8. velS. 3.
(12) Constil. lEgilan, tilJ. 1. IiI. 12. cap, 10. ,n. 4.
r.Ol\:STlT' [ES
TITULO tx.,.
DO 1I1Arrn1510~IO
DOS VAGAlll'iDOS, E DOS QUE SE [l1~GEl\I C..\SADOS COl\lllIULIlE-
RES, QUE TR.\ZEM CO)!SIGO, E DOS Q E l'i.:\.0 )'AZE51 VIDA C01\1 AS S .I.
('I) Cap, 1. cap. 2. cap. Si quis ingenuus Ij,. cap. Si [(Emina 15.29. q. 2, c-
L de Conjugo fel'vol'. D. Thom. in 4. dist. 36. g. unic. al'l. 2. in corpore. San.
ch. de MaLl'im. lib. 7. d. 21, n. 3.
(2) Barb. ad lext. in c. 1. de conjugo servor- n. 2. TelJes ae! lext. in C. Ad
nosLram codem liL. Fragos. de Regim. ReipubI. p. 3. lib. 10. d. 22. Si 3. n. 28.
(3) Sanch.lib. 7. d. 22. n. 9. 11. eL 12. Cum declaratione n. 15. el16.
({~) ArgllmenL. JJ. Posscssion. 11. Codic. commun. ulriusque judo Sanches
ele J\Jalrim. lib. 7. d. 22. ll. 1.
(1)) Sanches loco citalo n. 1>. 6. 1]. et 12. LedcslD. de .M:alrim. q. 52. art.
2. in Corollario, guod inferl ex 2. conclus.
, (6) Cap. 1. de Conjugio servorum, et ibi Glos. verbo Senilia. Barb. ad
dlCluill texl. n. 4. Sancho d. lib. 7. dispo 21. n. 11.
(7) D. Thom. 2. 2. q. 65. art. 3. ad 3. Sancho de l\Ialrim. lib. 3. d. 15.
II .. 1.9. CO~lC. Pl'o~'inc. MedioI. 5. Consl. U1yssip. lib. 1. til. H. decr. 8. Si L
Jl~gllall. IIb. 1. lJt. 12. cap. 11.
(8) Con l. U1yssipon. loco citat. Brachal'. lil. 9. Conslil. 18. n. 2.
16
CO -STl'rmES
receMo, posto qu seus (9) Senhores o contradigo, tendo primeu'o as
diligencias necessarias, e as denunciaes correntes, ou licena nossa
para os receber sem cllas, a qual lhe daremos, constanuo que se Ibes
impedir o Matrimonio, (10) fazendo-se as denuncia es antes de se re-
cebe~m. E conformando-nos com a Bulia do Papa GregorioXIrI, dada
em 25 deJalleiro de 1585, mandamos, que todos os Pal'ochos, quando
receberem alguns escravos dos novamente convertidos, em que haja
suspeita de (lHO eslo casados na sua terra, (pOSlO que no sacramental
menle) com elles dispensem no dito antigo Malrimonio.
TITUt tXXII.
DOS CASOS EM QUE SE PDE DISSOLVER o MATRIlIlONIO QUANTO AO VINCULO, E
SEPARAR QUANTO AO TORO, E lIlUTUA COBAm'fAo DOS CASADOS.
305 E' Lei Evangelica, disposio dos Sagrados Canones, e Con-
cilio Tl'dentino, que o vinculo do Matrimonio cousummado pela copu-
la carnal totalmente indissoluvel, (1) por ser signifieativo da unio de
Christo Senhor nosso com sua Igreja, de sorte, que por nem-uma ou-
tra causa se pde dissolver, que pela morte de um dos casados: e da
mesma sorte o tambem de alguma maneira o vinculo do Matrimonio
(2) ralo, qual o que de presente legitimamente se contrahe antes de
ser consummado.
306 POI'm este por interpretao da mesma Lei Divina definida
pelos Sagrados Canones, e Concilio Tridenlino, se pde em algum caso
(3) dissolver: como; se os casadoll professassem em Religio appronda
ambos, ou algum dclIes contra vontade do outro: e de tal sorte se dis-
solve, que o que i1car em o seculo, pde valida, e licitamente contrahir
ou tro Matrimonio.
307 Pelo que conformando-nos com a mesma jnterpretao de-
claramos, que querendo a mulhel" ou marido depois de celebrarem o
Matrimonio, e autes de consummado professar em Religio Jentl'O do
termo de dous mezes, que para oingresso lhe pel'mittido (A) no ser,
o que assim quer sei' Religioso, compellido a cohabiLar com o outro,
nem consummal' o tal Matrimonio, nem ao depois por espao de um
(9) Cap. 1. ele Conjugio servorllID, et ibi Barb. n. 2. Sancho ele MaLrim.
lib. 7. d. 21. num. 3. D. Tbom. 4. el. 36. q. unic. art. 2. Fragos. de Regim.
Reip. p. 3. lib. 10. d. 22. ~ 3. n. 28.
(10) Trielent. sess. 2l~. de Reform.l\IaLrim. C. 1. cL ibi Barb. n. 67. eL de
Polest. Episc. p. 2. alleg. 32. n. 41.
(1) Mallh. 19. Mare. 10. cal). Licet de Spous. dl1ol'l1m, cap. de Iuficlelibus
4. de consang. et affinit. cap. Gaudcmus 6. ele Divorliis. TrielcnL. sess. 24. l\Ia-
lrim. iu princ. el canon 5. eL 7.
(2) l\IaLLh. 19. Paul. ael Rom. 7. cap. Licel 3. c. ult. de Spous. eluorllm, C.
Ex: parLe 1!~. de Converso conjugator. c. unic. de VOlo lib. 6. Sanches cle l\IaLri-
mon.lib. 2. d. 13. u. 7.
(3) Cap. Ex publico, C. Ex parLe 14. verso Nos Lamen de Converso conju(l'a-
Lomm. Exrav. anliq. de 70 lo. Trid. sess. 24. can 6. llarbos. p. 2. nub. ff. Solu-
lo l\lall'im. n. 73. Sanc!l. lib. 2. d. 18. n. 3.
(4) C' p. Ex publico 7. elc Cu r rs conjuga(or. SmIth. el ~lalrim. lih. 2. (1.
2~. [lcr lo amo
DO t RCEInSPADO DA BAUI. . 127
,1100, (5) (Jue pelo Sagrado Concilio precisamente se requcr para a ap-
provao. Porm se, passados os ditos doos mezes, no entrar em
HcligiO, ou passado o dilo anno no professar, ser obrigado a coha-
bitar com o outro, pois permanece o vinculo, ,-isto que no entrou, nem
professou em o tfmpo, que por direito lhe concedido.
308 E se o marido tiver quatorze anuos smcnte, e a mulher do-
ze lle idade, (a qual conforme o dil'eito, e estas nossas Constituies
basta para contl'ahil' Matrimonio) e dentro dos ditos dous mezes entra-
rem cm Heligio, se esperar, alem do anno do Noviciado, o mais (6)
tempo, que vai at a idade de <1csaseis annos, cm a qual smente con-
('arme ao Sagrado Concilio (7) podem professar.
309 E ontro-sim declaramos, que o volo do recebimento das
Ordens Sacras uo basta para dissolvCl' (8) o vinculo do Matl'imonio ra-
to, por quanto ainda que seja igualmente solemne ao de Religio; e um
e outro estado mais (9) per{ito que o dos casados, com tudo no ao
,roLo das Ordeos, mas ao da profisso solemne concedido este eifeito.
Pelo que se o mal'ido se ortlemll', observal'-se-ha neste caso o que abai-
xo dit'emos, quando se ordena depois do Matrimouio consummado, (W-
lre o qual, e o rto para este elfeito se no acha (10) diffel'Cua.
310 E aiuda que pela conlraco do Matrimonio fiquem tambem
o marido, e a mulher (11) obrigados de direito Divino, e natural ao to-
ro, e mutua eohabitao, pois a natureza do Matl'jmonio pede, que a
vida entre os casados seja individua, e iuseparavel, com ludo muitas
causas ba approvadas pela Igreja, pelas quaes um se p6de (12) separar
do outl'O ainda depois do Matl'imonio consummado, ou perpetua, ou
temporariamente, quanto ao toro, e a esta muLua cohabilao.
311 A primeira causa da separao perpetua , quando ambos,
maril1o, c mulher, de mutuo consentimento professo (13) em Religio
approvada, ou a mulher smenle, ordenando-se o marido de Ordens
Sacras. Pelo que querendo em a sobredita frma alguns casados pro-
fessar, ou o marido ordenar-se, valida, e licitamente o podem fazeI', e
neste caso fico separados (H) para sempre. E se um s quizcr pro-
(5) Trident. sess. 25. de Regularibus c. 15. Sanches dict. lib. 2. d. 2~.. n.
4. eL 7. Henriq. lib. 12. de l\'I<ltrim. cap. IS. n. 8. Ledesm. de l\'Ialrim. du-
bio 64.
(6) Hel1l'iq. lib. 12. de l\'lalrim. c. 5. n. 8. Sancho dc Matrim. lib. 2. d.
2!1-. num. 8.
(7) Trid. sess. 2D. de Regul. e. .1D. Hcnriq. ubi proximc. FI': Emm. C(.
Reglll. lom. 3. q. 15. arl. 3. Sancho lU preccpt. Decalog. tom. 2. hb. 5. C. r~.
num. 2.
(8) Extravag. antiq. de voL. Glos. in cap. uno de VOlo Sancho lib. 2. d. 18.
n. 9. Gutier. de Malrim. C. 54. n. 6.
. (9) TridenL. sess. 24. de Reform. canon. 10. cap. Cmissum i6. de Sponsa-
hbus Gutier. ele l\1atrim, c 4,. n. 6. Paul. Fusc. de Visito lib. 2. cap. 18.
(10) 11al. p. 5. lract. 28. d. 3. punct. 6. ~ 11. n. 7. Sancho de l\Ial!'m. lib.
7. d. 35. n. 7.
l (11) Genes. 2. Matlh. 5. TexL in C. Lileras de rcslituL spoliat. Glos. de cap.
Nan est de Sponsal. PaI. de Spons. p. IS. [mct. 28. d. 3. puncL 5. !li 1. num. 1.
(12) Trid. sess. 2r~. de Sacram. lVfalrim. canon. 8. Ilurlael. de l\Ialrim. d,
11. disl. 5. n. 17. Sancho lib. 10. d. 15. n. 1. et 3.
(13) Cap. 1. c. CUOl sit. cap. Conjl1gatus 5. ele Comrers. conjllg. PaI. d. p.
IS. lrae\;. 28. d. 3. punCL. 6. !\i 11. n. 9. Saneh. de ~Ialrjm. lilJ.7. d. 32. 11.2.
(14.) GuLicr. dc 1\1aLrimon. cap. 9ti. Laym. lih. 5. Sum, LracL. 10. p. 3. C.
7, n, 2. Basil. 11 0nc. lib. 9. cap. 12. n. 1.
128 CONSTITlnES
fessal', e o no consentir o outro, antes impugnai' a profisso, ou fOI'
constrangido a dizer, que consente por dolo, ou medo grave, que se
lhe faa, em este caso (15) ser nuHa, e o tal professo podel' ser repe-
tido para.o lISO matrimonial, ainda que da sua parte fica obrigado (16)
castidade compalivel com o Matrimonio em quanto dmar, e absoluta
depois de acabada por faUccimento do outro consorte, ou conjugado. E
desta maneira pde ser repetido (17) o marido, que se ordenar de Or-
dens Sacras contra a "Vontade da mulher, ou aiuda no consentindo ella
expressamente, mas as Ordens (18) fico validas.
312 A outra causa da sepal'ao perpetua a fornicao (19) cul-
pavel de qualquer genero, em a qual algum dos casados se deixa cahil'
ainda pOl' uma s vez, commettendo formalmente adultcrio carnal ao
outro. Pelo que se a mulher commetter este adulterio ao marido, ou
o marido mulher, por esta causa se podero apartar para sempl'e,
quanto ao toro, e mutua cobabilao. E se o adulterio for to publico,
e notorio, que de nem-uma maneira se possa encllbrit', poder (20) o
que padeceo, a11da por autoritlade pl'opria, sepal'ar-se, sem para isso
ser necessaria sentena; e separando-se no ser obrigado a se restituil'
ao que o commetteo, nem este se poder dizer esbulbado para eITeito
de sei' restituido posse, que tinha antes, da cohabilao, e uso matri-
monial.
313 No se podero porm separar, se depois de um haver com-
mettido adulterio, o outro o commetter semelhante, pai' quanto, como
ambos delinquem, se fica compensando para este cffeito um (21) adul-
terio com o outro. E se for j dada a sentena de sep.arao, que pas-
sasse em causa julgada sohre o primeiro adulterio, havendo perigo de
esc:llldalo manifesto de que ,rivo dissolutamente, o Prelado (22) ex-
ameio os obrigar a que se reconciliem um com o outro. Eda mesma
sorte se no separaro, se o que padeceo o adulterio (23) perdoar ao
culpado, no s expressa, mas ainda tacitamente, se sabendo qne o
aduJterio lhe foi commetlido, ao depois cobabilar, ou tirer copula com
o outl'O conjuge.
31ft Finalmente se no podero separar, se um dos casados COI11-
(15) Cap. Quidam 3. el cap. Placel 12. de Converso conjugat. PaI. did.
pnnct. 6. ~ U. n. 1. Sancho lib. 7. d. 34. per lotam, el clisp. 35.
(16) Cavo QlIidam, el cap. Placel de Converso conjugo Pal. dict. punct. 6.
~ 11. el n. 2. Sancho dict. lib. 7. d. 3'~. n. 2. et disp.35. n. 2.
(17) Exlravag. antiq. de Vot. cap. Conjugalus de Converso conjugaL PaI.
dict. punc!. H. n. 7. et 8. Sancho lib. 7. d. 38. cum 3. seC[.
(18) Lance L. JnsliLlIt. Jur. Canon. lib. 2. til. de Divol't. ~ Bis exceplis,
verbo, Ad Sacros Ordines. Sancho lib. 7. d. 38. n. 24. Henriq. lib. 11. cap. 15.
n. 9.
(19) l\Iatlb. 5. C. Significasli 4. C. Ex lileris 5. C. Gaudernus 8. ele Divort.
C. penult. de Adlllteriis. Gulier. de Matl'imon. cap. 129. Sancho de Malrim. lib.
10. d. 3. n. 2. Themud. p. 1. decisione 38. n. 1.
(20) C. Significasl, e. Ex parte 9. de Sponsalib. Sancho did. lib. 10. disp,
12.11. 13. et 25. TiraC[ueI. in L. Si unquam, verbo, Revertatur num. 137. PaI.
p. 5. d. 3. punel. 6. ~ 4, n. 3.
(2\) Cap. Intelleximus 6. rap. Ture Fraternit. 7. de Adull. C. 5. de Divorl.
Sancho lib. 10. d. 5. n. 2. eld. 8. n. 29.
(22) Sancho dict. lib. 10. dispulat. 9. n. 31. ibi: Quia Prrelatus ut Paslor
animarllm.
(23) Sancho dic!. lib. 10. d. U,
DO ARCEBISPADO DA BAHIA. 129
melter o tal adullerio (211) por culpa, e consentimento do outro, dando
a eIle causa proxima: como se o marido entregar a mulher, ou concor-
reI' de alguma maneira para o tal acto, ou podendo o no impedir
315 lIa oulro adullerio, e fornicao chamada. (25) espiritual,
pela qual se pde tamhem separar o Malrimonio quanto ao toro, e mu-
tua cohabitao, e se contrahe quando algum dos casados cahe em cri-
me de heresia, e apostasia de nossa Santa F Catholica, e ne1le presis-
te contumaz. Pelo que declaramos, que cahindo algum, e perseveran-
do em o tal erro se possa o outro separar de1le, aiuda por autoridade
propria, sem que deva restituir-se ao herege, nem este dizer-se esbu-
Ihado. Mas se antes de ser conJemnado se emendar totalmente da he-
resia, em que cahio, ser o outro (26) obrigado a admittil-o, e co11ahi-
Lar com e1le, como se no tivera commeltido o tal crime.
316 Alem das sobreclitas causas ha outra temporal, pela qual os
casados se podem tambem separar, a saber, as sevieias graves, (27) e
culpayeis, que um delles commeLte. Pelo que conformando-nos com os
Sagrados Canones, declaramos, que se algum delles com odio capital tra-
tar to mal ao outro, que vivendo junto corra perigo sua "ida, ou pa-
de.a molestia grave, se possa este justamente separar, e se o tal peri-
go for imminente, ele sorte que havendo dilao se possa seguir, se po-
der separai' (28) ainda por autol'dade propria, e no ser restitudo ao
outro, ainda que elle o pretenda. E no havendo o tal risco, ento se-
r necessario recorrer a Ns, ou a nosso Vigario Geral, para a tal sepa-
rao, a qual se arbitrar pejo tempo, que parecer conveniente.
317 E se o que faz as sevicias der cauo segura, e abonada de
no tratar mal dahi por diante ao outro, cessar a separao (29) e po-
dero ser restituidos mutua cohabitao, como dantes. POl'm se
ainda for to grande o (30) risco, que se tema, que llem com a tal cau-
o fica segura a vida do que padece as sevicias, se far a separao
sem determinao de tempo, at que totalmente cesse a suspeita do
dito perigo.
(1) Tridcut. sess. 24, dc ReCorm . .l\falrim. cap. 1. verso HalJeal Parochus,
cl ibi Barb. D. 162. et de Polest. Episc. p. 2. alleg. 32. n. 1H. Sancho lib. 3. d.
15. n. 22.
(2) Facil1ext. in c. Iegum 9. 2. q. Possev. de omc. Cural. c. 6. num. 4/j,.
&c. 12. n. 42. Barb. dc ame. ct Polcst. Paroc. c.7. n. 6. et 9. Gavanl. ,"crbo
l\Iatrimonii celcbralio Jl. 50.
(3) ConsLil. U1yssipon.lJ. 1. til. U. decr. 11. ~ 1. BrachaT. til. 9. conslit.
20. verso E tudo. Portucns. lib. 1. til. to. conslit. 12.
(!~) Rit. Roman. de Forma scribendi conjl1galos. TIarbos. de Polest. "Parochi
c. 7. D. 9.
(5) Consto Ulyssipon. di t. 1. verso E ao pc. Bracbar. dict. coos!. 20,
Porluens. tlicl. consl. 12.
no ARCEBI PDO DA BAIlIA. 131
r no me mo dia, em que os casamentos se celebrarem, e antes de sa-
da Igreja em razo de assignarem logo as testemunhas, sob pena (6)
IIi!'
de duas palacas por cada termo, que se no fizer.
319 E quando o Matrimonio se fizer por dispensao se far tam-
bem meno (7) da sentena della no assento. E quando outro Sa-
cm'dote de licena do ParodIo, ou nossa assistir ao Matl'imonio, o Pa-
rocho (8) fal' o assento, e termo no livro, declal'ando nelle a licena,
com (JllC o tal Sacerdote assistio; e neste caso, alem do Parocho, e tes-
temunhas que assistirem, assignar tambem o Sacerdote (9) que fez o
recehimento. E na mo do Pal'ocho ficaro as certides, sentenas, e
despachos que 11Ouver.
TITULO Lx.,~IV.
COMO AO NOSSO VIG.\.RJO GEU,U, PERTENCE CO 'HECER DAS CAUS.\.S, QUE SE nIO-
VE}I sonnE DESPOSOPJOSDE FU'fURO, E nIA'l'RmONlo DE PRESENTE, E SOBRE
DIVORCIOS; E conro DEVE PROCEDER 1'lELLAS PARA SE EVl'fARElII OS
C:iLUIOS E FRAUDES, QUE COSTUMO HAVER.
(6) Consl. Algnrbiens. in Rcgim. c. 36. verso 1. PorLucns. lilJ. 1. lil. 10.
conslit. 13. verso 1.
(7) Sperel. 2. p. drcis. 138. n. ti. Gulicl'. de i\Ialrim. cap. 129. num. 11.
Conslit. Algarbiens. in Regim. cap. 26. v rs. 2. eL 3.
(8) Consl. Porlucns. dicL lil, lO. couslil. 13. verso 2.
LlV o SEGUNDO
DAS
DO
ARCEBISPADO DA BAnIA.
TITULO I.
(1) frid. sess. 22. de Sacrificio Missre c. 2. Valer. Regin. in prax. fori Pre-
nit. IiI.>. 29. n. 11~9.
. (2) Psalm. 109. verso 5..Paul. ad Rebr. 9. Palo de Sacram. lracl. 22. de Sa.
criL quod CbrisLus &c. d. uno pltnCt. 3. num. 2. eL 3.
(3) Trid. sess. 22. de Sacrifico Missre cap. 1.
(r~) Triclen. dict. cap. 2. verso Sacrificium, el cano 3. Ambl. lib. 1. Omcior.
cap. 48. Hieron. Episl. 1'1-6. al! Damasum n. 16. D. Thom. in 4. disL. 12. q. 2.
tlrL. 2. q. 2. acll~.
17
134 CONSTITUIES
mos; e finalmente por elle alcanamos remedio para nossas necessida-
des; e no s aproveita este sacl'itlcio aos vivos por quem se applica,
mas tambem aos fieis (5) defuntos, por virtude do qual so livres do
Purgatorio. O que tudo devemos saber para assistl'mos com reveren-
cia, e respeito a este santo sacrificio, quando ouvirmos (6) Missa.
TITULO II.
DA PREPARAO INTERIOR, E EXTERIOR, QUE SE REQUER NOS SACERDOTES PA-
R,\ DJZERE~I MISSA.
TITULO V.
DE COMO UM SACERDOTE NO PDE DlZER 1I1AIS QUE UMA s ~nss CADA DIA,
EXCEPTO NO DE NATAL, E~I QUE PODERA DIZER TRES.
(10) Cap. 1. cap. Nullus de Consecr. dist. 1. Trid. sess. 22. de Oserval1d.
et vtand. in celebrat. Missar. PaI. dict. p. 4. lracl. 22. d. unic. punct. 8. n. 1-
(11) Barbos. de Potest. Episc. p. 2. alleg. 28. n. M. Conslit. IDyssipon.
lib. 2. li t. 1. decreto 1. Si 7.
(12) Sylvest. verb. Consecratio 2. q. 9. Suar. d. 81. secl. 4. Azor. lib. to.
c.26. q. 13.
(13) Trid. sess. 22. cap. 8. ln decr. de Observando verso Neve. Gavant.
verbo Missa. n. 18.
(U) Cap. Sic.ut de Consecr. dist. 1. Consto Ulyssipon. lib. 1. til. 9. decr.
6. Si 8.
(15) Ex privilegio concessis. Paulo ln. et Gregorio XIII. ul conslal ex
compend. privilcg. verbo AlLare. Emman. Rodrig. tom. 1. q. regular. q. 43.
art. 4.
(1) Cap. ln Chrislo 53. de Consecr.
(2) D. Thorn. q. 83. art. 2.
(3) Cap. Consuluisli 3. e. Te referente 12. de Celebrat. Missar. cap. Suffi-
cil 53. de Consecr. disto 1.
(f~) Text. iu c. Nocle Sancta de Consec. dist. 1.
(5) Naval'. in Sum cap. 21. n. 2. ellib. 3. Concilior. consi\. de Celebro
Miss. edil. 2.
DO ARCEBISPADO DA BtHH.
ullima Missa, e se o tomar em qualquer dai> outras, no poder (6) con-
tinuaI' em dizei-as.
341 Em Quinta Feira da Cea do Senhor est recebido por costu-
me (7) geral, que se no diga mais que uma s Missa em cada Igreja
Conventual, ou Parochial: portanto encommendamos, que assim se
laa.
3h2 Porm na Sexta Feira da Semana Santa probibe o direito (8)
dizer-se Missa, porque o Celebrante desse dia communga a Hostia, que
ficou consagrada do dia d antes. Pelo que mandamos, que a dita pro-
llibio se guarde inviolavelmente, sob as penas acima impostas.
3h3 No Sabbado Santo se no deve dizer mais que uma Missa
Conventual, como declarou a Sagl'ada Congregao de Ritos no decreto
approvado pelo Summo Pontifice em 11 de Maro (9) de 1690. Este
mandamos se guarde, e que succedendo cabir liO tal dia, ou no antece-
dente a festa da Annunciao de Nossa Senhora, se transfira o Omcio, e
Missa, e a obrig3o de se ouvir, e de se no trabalhar, pal'a a Segunda
Feira immediata depois da Dominga in Albis, como se determina no
mesmo decreto.
TITULO VI.
DA ESMOLA QUE SE PDE LEVAR POR CADA lIUss.V E QU.HiDO SE PODERA' PE
DIR; E .\.ONDE SE HADE DIZER.
(5) (~avant. dict. verbo Missa n. 48. Declaralum rcferl Barbos. p. 3. dc 1'0-
lesto Episc. in Constit. Ponlific. foI. 55. vel's. 4. S)'I"csl. verbo Missa q. 10. in
finco Laym. lib. 5. Sumo lracl. 5. C. 1. q. 4.
(6) Cone. Provinc. Mcdiol. 1. rclalum a Gavanl. verbo Missa n. 59. vcrs.
Tcrlio quoque mcnse.
(1) Gavant. in Rub-ic. Missal. p. 3. lil. 11. n. 7. Sylvcst. verbo Missa l.
~ 4.
(2) Conslil. POl'lucns. lib. 2. lil. 1. Constil. 7. VCl'S. 1-
(3) Dicla ConsL. Porlucn . eaclem CQnslL. 7. 2. vers. 2, foI. 175.
DO ARCEBISPADO DA BAHIA. 143
seu Coadjutol', para que no fique sem ouvir Missa quem vier mais
tarde; e o mesmo se observar (Iuando se acabar o Sermo, havendo-o.
359 Como as Sachris~ias sejo dedic3das, pam que nella se vis-
to os Sacerdotes dos ornamentos para di7.erem Missa, e tambem pal'a
que antes della se preparem como convm, e depois de a dizer dem
graas a Deos nosso Senhol" como fica dilo a num. 327 e seg., mui-
to conveniente, que nellas se guarde silencio, e haja quietao: pOJ'tan-
lo mandamos, sob pena de obediencia, (l~) que nellas se no tratemais
do que do necessal'io para a Missa,.e que no haja conversao pOl'
tempo consideravel, o que se observar na Sachristia da nossa S, e
se proceder contl'a os culpados com o rigor devido.
360 No se pouer dizer Missa sem Cah, de prata, (5) ao me-
nos a copa, e patena tambem de prata consagrados, nem com vestidu-
ras Sacerdotaes, no sendo bentas, (6) e no sero rolas, nem inde-
centes, e quando a possibilidade das Igrejas pel'mitlir, sero na cor con-
formes com o Omcio de que se rezar. E no Altar havel' pedra d'Ara
sagrada, (7) s, e em que commodamente caibo Rostia, e Calix, e
COl'poraes sagl'ados, (8) sos, e limpos com suas guardas; e alem dis-
so duas toallJas, (9) que cubl'o todo o Altar, com aqueUa limpesa,
que convm ao ministerio de que sen em: o Missal no seja roto, (10)
nem as Hostias sero de farinha, sen[lo de tl'igo, (11) e se renovaro
ao menos de quinze em quinze dias, e vinho de uvas (12) bom, c
limpo, que no seja vinagre, ou mosto.
-l' 261 E finalmente ha,er DO Allar frontal decente, (13) e quan-
to fOI' possivel tambem acommodado na cor, com a que usa a Igl'eja
naquelle dia. E o Sacerdote que faltar em qualquer destas cousas,
ser preso, e castigado com aquellas penas que sua culpa merecer.
362 E nas Sachl'istias haver caixo (14) com gavetas para se
recolhel'em os ornamentos, Calices, Patenas, e o mais necessario, e as
p~ssoas a cujo cargo estiverem, os tero com muita limpesa, e decen-
Cla. E em cada Igreja haver ferro de Hostias, (15) as quaes sero
feitas (16) por Sacerdotes, Oll por quem tenha ao menos Ordens Meno-
res, e se luro muito alvas, e perfeitas para nellas se consagrar o Co.l'~
po de Christo Senhor nosso.
(1) Trid. sess. 22. decreL de Observando eL vitand. cap. S. Azor. JnsLit.l\Io-
ralo p. 1. lib. 12. c. 18. q. 9. Barb. ad dicLum. Trid. n. 14.
(2) Sacra Congregalio in Iimina 29. JanuariJ 1633. Barbos. Aposlol. dccis
collccl. 474. verb. Missa n. 18.
(3) Trid. sess. 23. de Reform. c. 16. ver. Nullus prrelerca. Henriq. in Sumo
lib. 10. c. 3li.. 6. in fine. Frat, Bmman. q. regulo tom. 2. q. '121. art. 1. .Barb.
de Polesl. Episcop. p. 2. alleg. 21. n. 1.
(!~) ConstitUI. Gregorii XIII. eL Clement. VlIl. Carena de omc. SancLro Tn-
quisition. p. 2. til. H. de Celebrantib. et atlmini.strant. ~ L per totum, eL p.
3. tiL. 13. 1. n. '19, Tbemuc1. p. 2. deis 197. n. 8.
(5) Cap. De homine 7. Ilbi DD. de Celebrat. l\'!iss. Deh'io disquisit. magico
liq. 5. secL. 16.
(6) Carena loco cilaL til. 12. 8. n. 1:)3.
no ARCEBISPtlDO DA BAlHA. 145
TITULO X.I.
DA OBRIGAO 'DE OUVJn MISSA NOS DOlJlNGOS, E DIAS SANTOS DE GUARDA, E
DO MODO COM Q E ~\ ELLA SE DEVE ASSISTIP..
(f) Cap. Omnes Gdeles 62. cap. ]\fissas 64. cap. Qui die 66. de Consecr. disL
1. c. 2. de Parochiis.
(2) Naval'. cap. 2J. n. 1. He1ll'iq. Iib. 9. c. 25. n. 1. Sanches Iib. 1. Sumo
cap. 12. n. 10. Suares d. 88. sect. 4.
(3) Azor. !ib. 7. c. 7. SoL. in 4. disL 13. q. 2. art. 2. Suar. d. 88. sect. 6.
(Ii.) Cap. Missas. cap. Omnes Gdeles de Consecr. dist. 1. PaI. p. 4. tracL 22.
d. unic. puucL 16. n. 1. el2.
(5) Cilp. Missas, cap. Omues (ideIes de Consccr. disto 1. Bt qUal sil pars
nolabilis, vide apud "PaI. dict. Ioc. n. 5.
(6) Palo loco citalo n. G. verso QuiLm dignitalis rei omissir.
(7) GavanL verbo Vesti dies n. 3iS. vers. Non excusentUl'.
(8) Tambmin. Moral. tom. 1. lib. l~. C. 2. 2. n. 9.
(9) PaI. dicL. IracL 22. d. unie. puncL 16. num. 1. el2.
(10) 'frid. sess. 22. de Observando eL viland. in celebralion. 1\-lissre ,"ers.
Moneant, uhi Darbos. Suar. 10m. 3. d. 87. secL. 2. Ferdinancl. Paez 1_\1 iL in rc-
peL cap. 1\1issas de ConseCl'. disL 1. n. 133. Azor. Instit. Moral. lib. 7. cap. 6.
q. '~. Zerol. in prax. Episc. p. 2. vcrb. Parochia, cl p. 1. verbo 1\1issa 6. Theo-
phyl. Parochor. p. 2. art. 13. Pereir. p. 2. lract. 38. q. 3. n. 1130. ,"ers. Addit.
11 aI. c1ict. pun t. 16. n. 12.
(11) S}'ll'est. verbo Miss. 2. q. 1. Naval'. C. 21. n. 9. D. Ambros. Homil.
33. ele Quadrages. relaLus in cap. An pulati 86. distincL Paul. 1. ad COl'inth.
5. PaI. dict. p. Ii. tracl. 22. d. unie. punct. uH. 11. 6. Abr. de Paroc. Iib. 8.
sec I. 5. C. 7. n. 393.
(12) llarbos. de Poles!. Eplscop. p. 2. alll'g. 24. num. 18.
146 CONSTITUIES
'" 368 E se ~Ignns se descuidarem desla ohl'igao, o Pat'ocho os
poder mult~r (13) em um Yinlem pOI' cada falta; e havendo alguns muito
descuidados, que se no emendem com eslas multas,far delles 1'01, e o
mandar ao nosso Provisor, ou Visitadores, ou ao' igario da Val'a pam
procederem (14) com admoestaes, aggl'avao das penas e oull'os meios
accommodados para se emendarem. Porm as multas dos que no as-
sistirem a Missa Conventual, se no enlendem nos mOI'adol'es desta Ci-
. dade, nem nos das Villas, e Lugal'es, onde baConventos de Religiosos,
ou mais Igrejas em que se digno Missas, se constar (15) que os taes
mOl'adores as vo ouvi!' aos ditos Conventos, ou Igl'ejas: nem tambem
bavel'o lugar nos homens menores de dez annos, nem nas mulheres de
doze, porque posto que antes dessa idade tenbo a discrio, que fica
dita, e sejo obl'igados a ouvil' Missa, sob pena de peccado mortal,
(16) no se proceder (17) contm elles com penas. E todas os multas
assim as que fizel'em os Parochos, como as que aggravarem os ditos
nossos Ministros, applicamos a fabrica do corpo da IgI'eja, (18) para
se gaslar no que for da obrigao dos freguezes .
-l< 369 Para que os Parochos saibo os freguezes, que falto a Mis-
sa, far 1'01 delles, ou pelo dos confessados perguntar no os nomes
de lodos, porque se no gaste muito tempo, mas principalmente aqu 1-
les, que coslumo no vir a M.issa, multando-os como fica dito, salvo
constando-1l1e, que esto ausenles da Freguezia, ou doentes, ou impe-
(lidos de oulro legitimo (19) impedimento. E pal'a incitarmos mais
aos fieis a que ouo Missa Conventual em suas Parochias, e os Paro-
chos, que, os exbortem, concedemos quarenta dias de indulgencias,
(28) assim aos fieis, que assistirem a ella, como aos Parochos, ou Sa-
cerdotes que a disserem.
370 Porque desejamos (21) muito guiar pelo caminho das vir-
tudes, e boas obras a nossos subditos para as felicidaues eternas da
gloria, e sejo grandes os fl'Uctos (22) espil'ituaes dos que frequenlo
o Santo Sacrificio da Missa, com entranlws palernaes, exhortamos em
Deos nosso Senhor a todos nossos subditos, que no s nos dias de
(23) Trid. diet. sess. 22. e. 2. Tenenl S. Augusl. S. Greg. S. Ambr. Azor,
ct alii, quos citai Barb. ad dielum Trid. n. 2.
(2l~) D. Joan. Chrysost. Homil. 60. ad pop. Anlioch. ibi: Quol nune dieunl:
vellem ipsius formam aspicere, figuram, vestimenla, ea1ceamenlal Eeee, eum
vides, ipsum langis, ipsum manducas.
("1) PaI. p. 2. lract. 9. d. 1. punet. 1. n. 1. el5.
(2) PaI. loe. eilal. n. 5. et puoet. 3. 4. el 5.
(3) C. Pl'onuneiand, e. Sabbalo de Conscel'. dist. 3. cap. Conqneslus de
fcriis.
(4) DU. in C. 1. de Cooseer. clisl. 3. el cap. nH. de feriis. PaI. loe. cil. pun-
cl. 1. n. 6. el7. Abr. de Paroe. lib. 8. cap. 6. secl. 1. n. 336. SuaI". lib. 2. de
lcstis cap. 9.
. (o) PaI. p. 2. de Observai. feslor. Irael. 9. punel. 5. DD. ad lexl. in cap.
LICel. de fel'iis. D. Thomas 1. 2. q. 122. al'l. !~.
(6) Cap. de ferii ; :el Conslal ex lrib. cap. W. q. 4.
(7) Cap. Consuluil2 k de Ome. clPolesl. judo delegal. Gons, ad reg. 8.
CallecI. Glos, J 1. n. 10. el 11,
14.8 cu NSTlTU IES
DIAS SANTOS ~lOVEIS, QUE NO 'rE~[ DIA FIXO '0 ALENDARIO.
JA lEIRO.
Ao 1. o a Circulllciso (H) dc nosso Senhor Jesus Cluislo.
Aos 6 a Epiphanja, (15) que se diz dia de Reis.
FE ERElRO.
Aos 2 a Purificao (16) dc Jossa Scnhora.
Aos 21, S. Mathias (17) Apostolo, e no anno bissexto aos 25.
MARO.
Aos 19 S. Jos, (18) Esposo da Virgem ossa Senhora.
Aos 25 a Annunciao (19) de Nossa Senhora.
MAIO.
Ao 1. S. Fclippe, (20) e Santiago Apostolos.
0
(8) Cap. Pronunliadum. cap. Sabbalo de Consecr. disl. 3. cap. Ornnes, eap
Con.queslus ele reriis.
(9) Cap. Conqueslus de redis, Gavanl. in Manual. yerb. Festi Llies n.7.
(10) Diel. e. Pl'ollunlianclurn 1. de Conseer. elist. 3. Abr. ele Inlil. Paroe.
lib.8. e. 6. n. 333.
('li) Diel. e. Pronnnliandum. Gavanl ubi supra. Abr. cliel. n. 333. S~lresl.
in Sumo verbo Dominica n. 3.
(12) Clern. unic. de reliq. el veneral. Sanclor. Gavanl. dil'l. n. 7.
(13) Abr. ele Tnslil.l?aroc. lib. 8. cap. 6. n. 332.
(H) C.ll11. ele Fel'iis, c. 1. ele Consecl'. disl. 3.
(15) Cap. 1. de Consecl. disto 3. C. ult. de Feriis.
(16) Cap. 1. ele ConsCCl'. di t. 3.
(l7) IJicl. e. 1. de Conse!'!'. ead. disL. 3.
(18) Gregor. XV. anno 1621. Gavanl. Yel'b. Fesli die ll. 1 in Manual.
(lV) C. ull. ele Fel'iis.
(20) C. ull. de Fel'iis, c'. 1. de C011se\:l'. disl. 3.
DO AltCElUSPADO DA B.\.lllA. 149
Aos 3 a 1m 'n(;o (21) da Sanla Cruz.
J :\BO.
AGOSTO.
Aos 10 S. Lout'cn~o (27) Mat'tyr.
Aos 'J 5 a AS"11l11p~o (28) da Virgem \:0 'sa Senhora.
Aos :?'c S, I artltOlomeo (29) Apostolu.
SILTE~1J3RO .
377 Porque no bem que nos poucos dias, que Deos l'eSenl
para seu cullo, e venerao, se occupem os fieis em obras sens, ne-
gando-lhe com ingralido esla pequena parle do tempo, que p:ll'a si to-
mou, dirigido ao espiritual remedio de nossas almas, trabalhando, ou
consentindo que trabalhem os que tem debaix.o de sua administrao,
ajuntando aos peccados commetlidos esles novos peccados, dezejando
Ns em satisfaO de nosso pastoml officio remediar (quanto em Ns
101' possivel) os abusos, (1) e descuiJos que ha, e se tem introduzido
nesta materia, mandamos a todos os nossos suLJilos se abstenho nos
Domingos, e dias Santos de guarda de todo o trabalho, obras scrvs,
(36) l~acit lext. in dict. c. ult. de Feriis, el quod 8i.xLus IV. in cxlravag.
Cum priEcxcclsa de Heliq. el vcnerat. 8anclor.
(37) ArguID. texl. in c. 1. ad fino de Conscm'. disl. 3. el c. ull. de Feriis.
(38) Text. in dicl. cap. PronunlianduID, el lexl. in C. Conqueslus.
(39) Texl. in dict. cap. Pronunliandum, et lext. iu c. Conqueslus.
(fiO) Dicl. c. COJl([llCSlUS, et ibi Barb. n. 6.
(!~1) Dicla. cap. Conqueslus, el ibi TelIes J). 3.
(!~2) Dict. C. Conqueslus, et ibi Barbos. n. 8.
(43) Dicl. c, Pronunliandum, el dicl. cap. Conqueslu , ubi Barb. u. 7. cl
Gavaul. ubi supra n. 9.
(44) Com'il. Pl'ol'inciale l\Icdiul. 3. Ga,yanL. yerh. Fc li dir n. !t,j,
(45) Trid, sess. 25. ill decrcl. de lelcclu. cibor. jcjuniis, et rli 'bus feslis, el
i bi Barb. in fillc. cl rlc 1Iaroo. cap. I li, 11. tj,. Gavunl. "erb, licsti dics num. lli.
(I) Tamb. 1\101'<11. [om, !. lilJ. !l., c, 2. 2. n. 9. .
DO ARCElH..rADO DA BARU. 151
(2) r. mecanicas: e aos Parochos (3) que lenho nesle pal'liculal' tod
a vigiJancia, adverlindo sobre elle a seus fl'cguezes; c contl'a os que as-
sim o no cumprirem, procedero nosso Vigario Geral, Visitadores, Vi-
garios da Val'a, e Pal'ocbos com as penas adiante declaradas.
'" 378 E pOl'que o mais notayel abuso, qne pde haver Desta mate-
J~a, a publicidade com que os Senhores de Engenho mando lanai' a
moer C) aos Domingos, e dias Santos, mandamos a todos nossos. sulJ-
ditos ue qualquel' qualidade que sejo, se absteuho de toda a obra ser-
vil per si, ou pOI' ontrem, guardando inteiramente o preceito da Lei de
Deos, (rue prohibe trabalhar nos laes dias; o que se entende da meia
noite do Sabbado at a ontra meia noite do Domingo, e do mesmo mo-
do nos dias Santos. E supposto que havendo alguma necessidade pl'e-
cisa como offerecer-se alguma cana queimada, ou em tal estado, que
provavelmente se pel'Clel'ia com a dilao, ou outra semelbante necessi-
dade, se permitta (5) em tal caso t1'abalbar; isto se entende, pedindo
(6) primeiro licena ao Superjor, o qual declaramos, que em nossa an-
sencia, (7) ou de nosso Provisor, o Pal'ocho (8) da Fregnezia, a quem
damos poder, e faculdade pal'a dar a dila licena, constando-lhe da ne-
cessidade OCCUl'l'ente. E o que fizer o contrario, o Parocho o condem '
nal' (9) pela primeira vez em dez tostes (10) pela segunda em dous
mil ris, e pela terceira em quatro mil ris applicados para a fabrica do
corpo da IgI'eja; e perseyerando na contumacia, (11) far logo aviso ao
nosso' igal'io Geral para proceder como for justia: e contra o Paro-
cho, que niio der execuo este decreto, se proceder com todo o rigor.
379 No he menos para estranhar o deshumano, e cruel abuso,
e cOl'fuptela muito prejudicial ao servio de Deos, e bem das almas,
que em muitos senhores de escravos se tem introduzido: porque apro-
vcitando-se toda a semana do servio dos miseraveis escravos, sem lhes
darem consa alguma para seu sustenlo, Jlem vestido com que se cabro,
lhes satisfazem esta divida, (12) funda(la em direito natural, com lhe
deixarem liHes os Domingo , e llias San los, para que 11elle ganhem o
(2) C. Licet 3. de Feriis ibi: Ab omui actu serrili cessamlum: et ibi Bar-,
bos. n. 3. Pa!. dict. d. 2. puncl. 5. n. 1. Suar. lib. 2. de Feriis e. 17. Abr. de
Paroe. lib. 8. e. 6. sect. 2.
(3) Ex prredict. Trid. loc. cil. n cfeer. de Del'eclu ciborum, jejnniis, et die-
bus Cestis. Ezech. c. 3. 18. Si non annuntiaveris ei, neque loquulu' Cueris, sau-
guinem ejus de mallll tua requiram.
(4) RoseI. ,-erb. Feria ! 9. Naval'. cap. 13. n. 9. in fine.
(i) C. Licet 3. de Feriis ibi: urgente neeessitalc. Zerola iu prax. Episeop. p,
t: vcrb. Festa. !\\ 3. Quarant. in Sumo Bular. v.rb. Dies Cesl.us. Mart. de j.uris-
dlct. p. 1. c. 48. ex num. 27.
(6) Barbos. de Potesl. Episc. p. 3. alleg. 105. n. 40.
(7) Barbos. loe. cito "CI'S. Epi copu .
(8) Barb-. loe. cilat. Ga 'anlo verbo Fcsti dies D. 46. Sacl". COllgrt'gat. Ei:Jis-
copo 18. Junii 1594.
(9) Ex Bulia Pii , . ano 1566. Gavant. \"oc. cita\. num. 48:
(10) Puma in hoc casu imponitw' al1lilrio Ordinarii. Pius V.loe. cilal. Ga-
vanl. verbo l"csli <li s n. 51}.
(U) L. Quid rgo Si Pccna gr,wior tr. de Es qui nolallt. inCam. Glos. verbo
Polerit in C. Archiepi copatrrs de Raploribus.
(t2) L. Item si servi lf. de lEtlil. edic\. L Servos lI. de Alimo legal. AblT'.
rle Par. lib. 8', C. 7. seel. 5. n. 393. in l'iue. Henei E onom. Chrislo discws. L
~1.iln,13.
J52 CO- STJT IE.'
sustClO, e vestido neccssal'io. D1 0ude nasce, que o~ misenl\'eis ser-
vos no ouvem Miss3, nom gtlflnlio o preceo da Lei dc Dcos, qncpro-
hibe trabalbai' nos taes dias. Pelo que para destcl'I'al' to pCl'llicioso
ahuso contra Ocos, e contra o homem, eXhOI'l::l1l10s a lodos os nossos
sl'Ihdjtos, (13) e lhes pedimos pelas chagas de Ou'isto nosso SenlHlr, e
Rel1cmptOl', quc daqui em diante acudo com O necessario aos seus cs-
cravos, para qHe assim posso observar os dilos preceitos, e vher co-
mo (H) Christi:tos. E mandamos aos Parochos, que com todo o cui-
dado se i'uformem, e yejo se cOl1tinLa este ahuso, e achando algnl1s
culpados, e que no guardo esta Constitui o, procedero contl'a elles
Jla I'rma do decreto antecedente no num. 378 em ludo, o qne neUe se
ordena.
380 As mesmas penas havero, e se proceder do mesmo modo
conlra os Lauadores dc canas, mandiocas, e tal)acos, consentll1do qne
seus negros, e servos tl'abalbem nos Domingos, e dias Santos publica-
mente, fazendo roas para si, ou pal'a outrem, pesc3nuo, ou cal'l'egan-
do, ou descarregando harcas, ou qualquer OUlra obra dc sel'yjo prohi-
1>il1o nos tacs djas, salvo havendo U1'gente necessidade, e pedindo-so
pal'a isso (camo dizemos (15) em outro lugaL') licCJla.
-li 381 Se alguma pessoa por olficio, (16) e para vender caar, ou
l)eSC31', senlo antes da lVfissa, })agal': quatro "intens; mas isto no ha-
ver:.lugat, no quc por Suo. recreao (17) nos ditos dias caar, ou pes-
C:H' depois de (}11\~C Missa. E eslas mesmas penas havcro o Barquei-
ras (18) e carregadores de canas, trabalhando nos taes dias: o que se
no ententc contra os Bal'quc'iros de harcas de passagem, (19) porque
e tes em todo a tempo, e hora podcl'o passal' os caminhante& com o
Pato, e bcslas se as tl'ouxercm.
~ 382 Os Canriceiros, (20) qne matarem, esfol:1rem, ou venderem
canae !'!OS ditos dias, sendo antes de Missa, pagaro oito "intens, e de-
pois de Nrissa quatro vintens. Porm sendo uia Santo de guarda, e11a-
vendo cOSll1me, (21) e necessidade dc se fazerem nelle esles servios,
os poder:io J'a7.cr depois de OllYirem Missa, e com as porlas cenadas,
aonde for possivel. E deste mesmo modo com as pOI'tas fcchatlas em
qnalquel' Domingo, ou dia Santo podero render a carne, que lhes so-
b(lj:lI', mas depoi's de ouvirem Missa.
383 A mesma pena pagar loda a pessoa, que tiver loja, ou tcn-
(13) 2. ad Tmot. !~. 2. iliti: Argue, osc~l'a, incrcpa. Gal. 4,. 12. 1. Pelri
2. 11.
('l!~) Pereira in Prompluar. Maral. p. 1. I.ract. 7. q. 9. n. 152. verso Ex di-
clis. Abl'. de Paroe. lib. 8. c. 7. seet. 5. n. 393..
(15) Supra n. 378.
(16) Angelus, Sylv. Rosella, Tabiem. et ali.l, quose citat Azor I). 2. lib. 1.
c. 27. q. 7. Suar. de Relig. lib. 2. de Fesl.is c. 28. el. 3. lfagund. ele ql1inq. Ecc.
pneeept. lib. 1. enp. 11. n. '16.
(17) Palao dcbo loco puncL. 5. n. 8.
(18) Pal. loco cilt. n. 12. verso At si passim onera: Naval'. in :Manual. C. '13.
n.7-. Caiet. 2. 2. q'. 122. arl. !~. Ahr. lih. 8. cap. 6. ect. 2. n. 3'~3.
(19) Consl. .I1l:gilan. lib. 2. tit. 1. C. !~. n. 3.
(20) 1I0nac. in tel'tium pneempl.. Dccalog. d. 5. q. unic. punct. 3. nonl. 9.
C.onstiL Uyssip. lib. 2. liL 2. (lecr. 2. Si 1. vers. Nem lambelll, verb. E quanto.
(_t) Abr. dict. lib. 8. seeL. 3. n., 35~. Consli,t. POl'll1Cl , lib. 2. L.L.~.
Consl. 3. Yers. ,'I"
DO ARCEBl, 'PADO TU DA lIT \.
da nlJrJ't~ (22) de qllaesqnel' mCJ'callol'ia., ainda que srja de officiae!\
m nnicos para render: mas depois da Missa do dia da Fl'egue7.in lodc-
J' cada um dos dilos vcnuer com a pOI'[a cerrada.
-l' 38.4 Es[a prohibiiio no harer lugal' nos Boticarios, (23) (jur.
podero, fcehadas as portas yeJlder a' toda a 1101'a mel1ir,an1 ntos para
os enfermos. E lodo o omcial, que Ozcr obra (2f,) senil das que ~()
pr6hibidas em llireilo llOS dilos dias, pagal' qualro yintens: 'o Fel'-
rador (25) que ferrai' cavalgaduras sem conhecida neces ~dadc, pagar:i
por cada yez a dita pena. Os CUI'lidorcs (26) no podero nos diLo,-
dias pela manh ob pena de oiLo Yintens, enchugal' Jlublieamenlr os
couros curtidos, 011 layados; nem as Lavandeiras (27) Iaral' publjen-
mente nem de manh, ncm de tarde, sob a mesma pena, a flual, sendo
eSCl'avas, pngaro seus enhores.
-l' 385 Os Barbeiros, (28) e Cirurgies, que sangl'arem enfel'mo. ,
curarem ferida , lanarem yentosa , ou Ozerem ontra obra em ordem ii
saude dos (Ioentes, nuo incorrero pena alguma mas no podeJ';)o fazer
cabeJlo, Dem baruear, especialmente nos ditos dias pela manh ~lI)tes da
i\lis a, sem embargo de fjualquel' costume em ontrario, que reprol'a-
mos POI' abuso, e ornrptela; e os que forem comprehcnlliJos prrgariio
quatro yintens e sendo pela manh ar.tes da Missa, a dila pena (29)
em dobro.
386 E cm todos os casos pro]lihielos havendo justa causa pode-
ro dar li cna (30) pura trabalhar o nosso Pl'oYisor, 'igal'io Geral, c
os da Val'a em seus distl'ictos, c fal Lando el1es, os Pal'ocllo': porm
lhe encalTegamos muiLo a consciencia ,no demasclitasliccn.as sem
jnsta cansn, e ao fl'cguczes que no usem das licenas sem cansas
1"C'I'<iadeil'Us pOl' uma, e outra cousa ser materia de peccado mor[al.
TTTlLO XIV.
-r cmlO E POR QUE)[ no m;: SER EXrrCUT,\JUS .\S PF.K\S DOS Q 'E TIU1ULIlO
NOS DOi\[J~GOS, E DIAS S,\iWOS.
387 Porque i01pol'la pouco constituir leis, se no hoyer quem
(1) as c;ccute, manueunos ao Meirinho geral, tenha particular cuidado
de sabcl' os que trabalhO nos Domingo, e dias Santos ele gual'(la, e rlc
(22) Ga\'anl. "crb. Fesli dics n. 25. cL n. 52. Farin. Icei. 707. Lom. 11.
Fagn. ar! LcxL in e. 1. Nc Clcrici, "cl Monaehi n. 5'1-. Dal'bos. ad tcx!. in e. 1.
de Ji'el'iis n. 5.
(23) Bonac. dicL punct. 3. n. 10. PaI. p. 2. tra t. 9. d, unie. punet. 10. n.
3. ConsLit. lyssip. diel. SI 1. vcrs. Salvo.
(2!~) Con L. Uly sipon. lib. 2. tiL. 2. dccr. 2. g; 2. in principio.
(23) Di L COD L Ulys ipou. ubi supro 1. avaro in Man. e. t3. n. G. llo-
nacin. dict. pl1ncL. 3. D. 12.
(26) DicL. Conslil. ubi pl'o".;im. I'CI'S. Ncm os COl'tidorcs 101. iiI.
(27) Eadcm. Con tiLl1L dieL foI. 17 J.
(2 ) 13onac. dieL. puncL. 3. n. 10. Constit. IDyssipon. dict. foI. 171.
(29) Con L. Ulys ipoD. ubi pl'oxime.
(30) Ga\'ant. verbo Fe ti dics Du'm. 46. Hie. in pra,. in 4. p. rc olnl. 3 1.
Saora Congrego 18. ,lulii 1594. Abr. ]ib. 8. 11. 31i '. Cnn. tiL.' lr~~ipon. dict. :ii 1.
"erg. E porem, cL verso Illt.
(1) Cap. P('riculoso de Statu Rrgn1. lib, 6,
154, co:;rSTITUlES
os denunciar, e fazer com efl'eito (2) condemnal~: c lhe pl'ohibimos o
coneerUlI'-sc, e dissimular com os cllilpado.s, sob pena de ser suspenso
pOI' seis mezes do officio pela pl'i~neil'a vez, e pl'i\'ado delle pela segun-
da, alem de haver de pagar em dobro para as despezas da justia as pe-
l\ilS, que dissimula!', e a que levar por avenas. E esta mesma dispo-
sio se estende tambem aos Meh'inhos dos Vigarios em seus districtos.
388 E por qnanto o nosso Meirinho geral no pde salleT os que
tl'abalho aos Domingos, e dias San los na Comarca desta Cidade, nem
os ditos Meirinhos em seus distl'ictos, mandamos a todos os Vigarios,
e Curas elejo cada anno por \'olos {la sua Freguzia uma, ou duas pes-
soas tementes a Deas, de s conscicllcia, que seja Juiz, ou Procurador
da Igreja, em que no houver Meirinho, ao qual poderO ohrigar, que
aceite o dito omcio, pois ordenado ao servio de Deos; c o dito Juiz,
(3) ou Procl1l'ador da Igreja ter cuidado de saber os que trabalho, e
mandr'O trahalhar nos Domingos, e dias Sanlios, e os dar em r(ll ao
Vigado. 011 Cura; e o dito Vigario, 01l Cura os mandar 3. Ns, ou a
nosso Provisor, ou Visitadores, e nas Comarcas aos Vigal'os da Val'a
em seus distl'ictos, para que sendo os delinquentes convencidos, se cas-
tiguem como mel'eeerem. E onde houver Meirinho, elle fal' o dito rol,
e pagar-se-lhe-ha ao dito Juiz, ou PI'ocurador da Igl'eja a diligencia,
que fizerem, e o trabalho, que tiverem, .das penas, que ao nosso Meil'i-
Ilho vierem das ditas condemnaes.
389 E posto que nesta Constituio est determinada pena certa
contra os que trahalbo nos Dom~ngos, e dias Santos de gUaI'da, com
tudo assim o nosso Vigario Geral, como os da Vara, podero aCI'escen-
taI' a pena (4) segundo pedirem aIS circunstancias do tempo, lugal" e
escalldalo, que resultar, e confiumacia dos culpados, e tombem as po-
dero diminui!" pedindo-o tambem assim as mesmas circunstancias.
390 E ainda que aos Principes seculares no pertence mandar,
que alguns dias se guardem, por ser cousa pertencente pl'vativamente
jurisdio espiritual, (5) com tudo, conforme a direito, (6) podem pu-
nir 03 subditos, que no guard'arem os dias Santos dados peja Igreja de
preceito, e assim lhes est encommendado, e encarregado pela Extra-
vagante do Santo Papa Pio V, (7) com que fica sendo este crime rnixti
fori, e ba Jugal' a pl'eVellao. Por tanto encommendamos muito aos
MInistros de S. Magestade attentem por isso, e castiguem os que no-
cumprem este preceito.
(2) Sacro Congro Conei!. in Hoslullens. 3i. Julii 1627. Gavallt. verbo Festi
dies n. !~8. Barb. de Posto Episc. p. 3. alleg. 10i:;" n. 41. Fius Y. in sua Conslit.
5. ~ Cum vero, verso ln aliis autem. Solo de JustiLia lib. 2. q. 4. post mediulU.
(3) Const. JEgitaniens. lib. 3. tit. 10. C. 3. foI. 287.
(4) L. Aut festa verso Sed h,cc ff. de P~nis. L. Quid ergo . Prena gravior
Ir. de Iis, qui notanl. infamo Glos. verbo Poterit iu C. Arcbiep.iscopatu de Ra-
ptoribus.
(5) Suar. de Relig. tom. 1. lib. 2. C. 12. n. 6.
(6) L. ult. ff. de Fers. Cabcdo p. 1. deei . 87. Congrego Episcop.. 21. Au-
gusti 1613 Gavant. verbo Festi dies n. 49.
(7) Anu. 1566.
DO ALlCElllSPADO DA RUfIA.
TITULO XV.
P.\lU QUE l'OS UOJl1~GOS, E DIAS SA.:WOS DE GU.\RD. SE NO BO A.CTOS
J};DJCIAES DE JURISDIO CO."iTENCIOSA.
-l' 391 Como nos llias lledicados pela Igreja em revel'encia, e Lon-
I'a de Dcos seja com'eniente, que cesse todo o estrondo, e figura de
juizo contencioso, pal'a que os fieis fiquem mais habeis para se occllpa-
rem tOllos em divinos louvores, (J) assim por direito, como por mui-
tos Concilios so prohibidos nos ditos dias todos os actos judiciaes de
.jlll'sdi o (2) conlcnciosa. E confol'mando-nos com a dila disposio,
estl'citamente pl'o!Iibimos: que nos Domingos, e dias Santos dc gnarda
sc fao audiencias processos, dcvassas, summarios, citaes, C.Outl'OS
semeUlantes aclos, e diligencias de jl1l'isdico conlenciosa: e o Juiz,
Ministro, ou Omcial de Juslia, que fizcr o conlralio do disposto nesla
Constituio, pagar pela primeira vez dous cl'Uzados, c sendo mais
vezes comprchenditlo, sc proceder contra elle como sua culpa merc:-
ceI', alem dos ditos actos ficarcm nullos, ainda que sejo feitos de con-
seutim nto das partes. Porm esta Constiluio no haver lugar, se
a causa <Juc se tratar nos taes'dias for (3) pia, ou necessari-a, (L) das
que, conforme a lureito, U') se potlem tratar, e processar nos ditos dias,
TITULO XVI.
DA INS'l'IT I.'iO, E EP1'EITOS DO JEJ nJ, E DOS Q};E so OmUGADOS A JEJU.\R.
(16) Paludan. disto 15. q. l~. art. 4. Sylv. verbo Jejunium, q. 3. Les.lib./-.
cap. 2. dub. 2. n. 10. Laym.Iib. 4. tract. 8. Cilp. 1. num 7.
(17) Pill. loco citat. dict. SI 3. n. 10.
(18) Abr. de Paroc. Iib. 8. C. 14. sect. 3. n. 618. in fine.
(19) Villalob. tract. 23. diffic. 7. n. 4. Bonac. de Quinq. Eccles. prrecept
d. uIl' q. 1. punct. 3. n. 2. Fagund. de Jejun. c. 4. n. 18. Elig. Bass. tom. 2. je-
jun. 2. n. 11.
(20) Azor, p. 1. Iib. 7. c. 8. q.8. ad finem. Fagund. de Jej"un. C. 40 n.19.
PaI. p. 7. tract. L d, 3. punct. 2. 2. n. 7. Elig. Bass. tom. 2. jejUl}o n. 2.11.
BarL. ad text. in C. Ex parle 3. de Observ. jej unior. fi. 3. Diana Resol. Moral. p. f.
tracl. de Jejunio r.esol. 35.
o 0(1) Cap. Rogaliones de Consecr. disto 3. Polest enim Episcopus nova jeju-
D.la mdicere. Elig. Bass. tom. 2. jejun. 2. in SuppIcmenlo n. 7. Barbos. ad Con-
~1I. oTrid. sess. 25. de Reform. in decr. de Delectucibor. n. !~. Imo transferreje-
Jun~~m Eccles. data justa causa, Bonac. Fagund. SyIv. Naval'. cum Bass. tom.
2. JeJun. 2. n. !~. verso Ex diclis.
(2) Trid. sess. 25. in decreto de Delectu cibor. Barb. de omc. et potest. Par.
p. 1. C. 16. &. 2. Ugohn. de Olr. Epise-. eo. 6. Sl 3. n. 3. Gavant. verbo Parocho-
rum mUnera n. 7. verso Jejunfa.
Pa (3). Ex Ca~on. 68. Apos~oF. Coneil. Gangr. ~an. 19. }l', Ambl'. Sermo 25.
normlt. RubI. de Observo J Jun. n. 11. Coval'. lIb. 4. vallal. c.20. n. 10. A-
201' p. 1. Tn lil. Moral. c. 8. CI.. 2. Le S. Iib. l~. c. 2. dub. 5. n. 33.
1GO CO TITUIES
pena de se procedeI' contra elles confol'me mcreer sua culpa, 011 seu
descuido: e os dias em que 11a obrigao de jejuai' so os seguintes.
Das MO"E1S EM QUE HA OBRIGAO DE JEJ AR.
FEVEREfiO.
Ao 1 a Vespera da Purificao de nossa Senhol'a.
Aos 23 a Viglia de S. Mathias Apostolo, e sendo bissexto aos 2.4.
JU HO.
Aos 23 a Vigilia do Nascimento de S. Joo Baptista.
Aos 28 a Vigilia de S. Pedro, e S. Paulo Apostolos.
JULHO.
Aos 2!t a Vigilia de Santiago Apostolo.
AGOSTO .
.(\.os 9 a Vigilia de S. Loureno Martyr.
Aos 14 a Viglia da Assumpo de Nossa Senllol'a.
Aos 23 a Vigilia de S. Bartbolomeo Apostolo.
SETEMBRO.
A.os 7 Vespera do Nascimento de Jossa Senhora.
ao 20 a Vigilia de S. MatLheosApostolo.
OUTUBRO.
Aos 27 a Viglia de S. Simo, e S. Judas Apostolos.
o.s 3.1 a Vigilia de Lodos os Santos.
00 ARGE13J. PADO DA BARIA. 161
NO EMBRO.
Aos 29 :l Vigilia de Santo Andl' Apostolo.
DEZEMBRO.
Aos 20 a Vigilia de S. Thom Apostolo.
Aos 21, a Viglia (10 Nascimento ue nosso Senhor JESUS Ou'isto.
h7 E porque o jejum indica penitencia, e aIDio, (h) e no <.lia
de Domingo celebramos o prazer, e gosto (5) da Resurreio de Christo,
cseria diminui!' a alegria deste dia o involver-senelle a tristeza, (6) e mor-
tificao do jejum, e tambem para condemnar a heresia, e erro dos Ma-
nicheos, que dizio sei' introduzido o jejum do Domingo em despreso
(7) da Resurreio de Chl'isto, tirou a Igreja Calholica o jejum dos Do-
mingos da Quaresma, e dispoz, que occol'l'endo a Vigilia de algum San-
lo em Domingo, se jejuasse no Sabbado (8) antecedente. Por tanto de-
claramos, que cahindo algum dos sohreditos dias, que a Igreja manda
jejuar, em Domingo, se ha de jejuar no Sabbado immediatamente pre-
cedenle: porm se cahi!' nos dias de qualquer Santo de guarda, no
cessa ne1les a obrigao do jejum, sa1Yo se a vespera de S. Joo Bap-
lista cahl' em dia de Corpo de Deos, (9) porque pOI' ser dia de tanta
solemnidade se no jejuar neste dia, mas na Quarta Feira antecedente,
como declarou o Papa Leo X.
TITULO XIX.
DA PROHInlO DE co~mR CARNE NO 'rEMPO DA QUARES~L\, E MAIS DIAS
PRoHlBmos.
408 E prohibido por direito Canonico (1) comer carne em todos
os dias da Quaresma, que comeo de Quarta Feira de Cinza at Sab-
bado vespera da Paschoa, e em todas as Sextas Feiras, e Sabbados de
cada (2) semana. Tambem prollibido comeI-a na Segunda Feim, Ter-
a, e Quarta das Ladainhas (3) de Maio, em as quatro Temporas (/,) do
TIT LO XXIII.
(2) Cap. 1\011 csL 22. c. Nunlios G. e. Ex parle 10. e. 1'arochianos 14. de
Decimis.
(3) .Ialach. 3. c. RcvcrLimini 6.':;' 16. q. 1. cl. iui mos vcru. 1'crdidiSl.is, el.
"erb. Aut <:crugo. Conslil.. iEgitan. lib. 2. til. 3. c. i, 11.1.
(Ij.) Clem. (:upicnLcs 3. de 1'amis, cl. ibi Barbos. n. 1. cl 2. cap. DisCl:CtiOJ
1. de Dccimis lib, 6. el. ibi Barb. n. 1. Vivian. in Ral.ion. lib. 3. pago 27:6. DD
ad texL. io cap. 1. de Decimis Jiu. 6. tco X, in Concil. Lateran.
(5) Barb. de Ofl'. aL PotesL. 1'aroch, p. 3. cap. 28. ~ Ij.. D. 22. ConsLiL. ft:gi-
I.an. lib. 2. tiL. 3. cap. 2.
(6) Clement. Cupienl.es de Pcenis. RebuL lracL. de Deeimis q. 13. num.
109. ]11'. Emman. qu<:csl.. re~u1. tom, 2. q./j.Ij.. urL. 8. "
(7) Barb. in Clem. Cuplenle' de Pmnis n. 1. et de 01I. et Poles!. 1'aroe. p.
3. cap. 28. ~ /~. 11. 22.
(8) Clem. CupienLes de Pmnis. Con L. iEn-ilal1. lib. 2. IiI. 3. cap. 2. Portu-
ClI lib. 2. tiL. Ij.. con L 3. verso 2. foI. 202.
(J) Paul. I. \d Corint. 3. cap. Cum 110\1 siL in bomine 33. de Deeimis.
(2) c,ap. Gurn non sinl in homine 33. cap. Tua nos 26. ele Decimis. Reuuf.
de Decimis q, 2. num. I. Barb. ad Tricl. sess. 21.>. cap. 12.
(3) Cap. Ex parl 21. de Dr 'inli~1 cap. OIllI1CS deeimID 5.16. rr. 7. ..
('I.) Cap. KOIl r~l' Cilp. K' parlo 1. c, "encnil 'il(', Frequrl1li de DCClIms,
21
Hi6 CO~STIT IES
yidade : como so mandioca, milho, arroz, assuc:lI', tabaco, bananas,
aipins, baLatas, faras, feijes, e antros legumes; laranjas, limes, ci-
dras, hortali,as, e cousas semelhantes.
1,19 Das maueiras, (5) e lenhas se deve tambem pagar a decima
parte, havendo pal'::l isso ol'dem de S. Magestade como Gro Mestre: c
universalmente de todos os fructos da telTa, (6) ou naso naturalmen-
te, ou por il1(lustria (7) dos homens: e isto ou os ditos fructos se gas-
Lem logo, ou se guardem, ou rendo. E quantlo se colherem, e gas-
tamm pelo miutlo, como succede em alguns fructos, se poder pagara
di7.imo a respeito do que rendcrio, (8) se se vendessem; pai' se evi-
tarem os inconvenientes, que do contrario se seguem. E (las madeiras,
e lenhas que certamente se venderem, se pagar a decima pal'te do pre-
o (9) cm que se venderem, hayendo a dila Real ordem, como dizemos.
1,20 E qualquer costume em contrario, pelo qual se pretcndallo
se haver de pagar o dizimo de algum frucLo ou novidade condemna-
mos por abuso, (10) e cOl'J'llptela, aiuua que seja de tempo antiquissi-
mo: pai' quanto nesLes dizimas se no pde isemptar alguem cm parte,
ou em Lodo por cosLume algum, ou prescripo (11). POl'm no pro-
hibimos, que se homer costume de longo tempo, pelo qual cm lugar
(le dizimo se pague conliecena, (12) assim se observe, e guarde; de
Salte, que no Gear isemplo de todo algum fructo, sem com elle fazer
reconhecimento a Deos nosso SenhO!': o que cada um arbitrar segundo
o seu zelo, e e 'aco Christ.
421 E porque o melhor frucLo da lerra na estimaiio dos ho-
mens so as pedras preciosas, mineraes de ouro, prata, e cobre, e ou-
tl'OS, por esta mesma cansa de,e ser mais esacto o reconhecimento, e
paga do. dizimo a Deos, dando-se inteiramente no de dez peul'as pl'e-
eiosas uma, mas a deeima parte do preo, (13) porque qualquel' dellas
for vendida, e avaliada. E nesta mesma confol'miade se de"e pagar
dizimo do ouro, que se tirai', (1/,) ou seja de beLa, ou de lavagem, e dos
outros metaes: salvo se S. Magestade como Gro Mestre o recehe nos
cap. Nemo 11. q. 3. Suar. de Religion. tom. 1. Lract. 2. lib. 1. cap. 34,. n. 3. eL
4. Barb. de Paroc. p. 3. cap. 28. 1. Hum. 1. cum rnulLis.
(5) Barb. de omc. et PolesL. Paroch. p. 2. cap. 28. 1. n. u.. cum Re-
bufo et l'Ionet. ab eo ciLaLis.
(6) Cap. 1.'1'011 est, cap. i\'untio , cap. Ex parLe, 1. de Decimis. Suar ubi pro-
ximc. 1\Ionel. de Decimis cap. 4.
(7) Ex jnrib. supradiclis. Barb. de omc. eL Poteslo Paroe. p. 3. cap. 2.
n. 1.
(8) ConsLit. Portuens. lib. 2. tiL. 4. consLiL. 4. \'ers. 1. /'01. 203.
(9) Bonac. ill pra'ceplo Eccles. dispo uU. q. 15. punct. 3. n. 9. ver. Addo
Consto PorLnen .lib. 2. liL. l~. conslit. 1( vnrs. 2.
(iO) Cap. 1. de Consuelud. Glos. ull. in cap. ln aliquibus de Deeimjs. Cons-
tit. iTlgitan. lib. 2. tiL. 3. cap. 4. n. 1.
(11) Cap. 1. de ConsueLud. Glos. nU. in cap. ln aliquibus deDecimis. Cons-
tit. Ulyssip. lib. 2. LiL/j,. decr. 2. in princp. verso E qualqner.
(12) ConsL. Ulysipon.locociLaLO.
(13) Barb. J nr. Ecclesiast. lib. 3. C. 26. L. n. 22. eL de OlT. et Polest. Pa-
roe. p. 3. C. 28. ~ t. n. 22. l\cbuf. q. 8. n. 23. Monelo de Decimis cap. 4. n. 33.
(14.) L. Cuncli Cod. de 1'1ela1l0r. lib. '11. lJarb. dieL. cap. 28. 1. n. 22. ct
c1ict. cap. 26. n. 23.l\IoneL. de Dccimis. dist. cap. ".. 34,. Solorzan. de Jndiar. jul'.
tum. 2. lib. 3. cap. 21. it n. lO. cum CJq. ellib, 15. cap. 1. n, 23. uSCJu alI.
n. 215.
DO ARCEBT. 'PADO DA nARIA. 1G7
quinlos. E ;1cl\>el'limo , que o' dizimo a Deos se deye salisfazer pri-
meiro, (15) do que se pague qualquel' outro tributo, foro, ou penso,
pOI' sei' assim conforme : disposiO de direito: a qual mandamos guar-
dai' III virtude de obediencia, e sob pena de cxc.ommunho maior, e de
se pagar o dizimo em dobro. Do uizimo se no dcre tirai' nem a se-
mente, que se semeou, nem o custo que se fez na laroura, cultUl'a,
adubio, e pI'eparao da terra, nem outras algumas despezas de qual-
lJuer gencro que sejo, (16) sem cmbargo de qualquer costume que em
contl'ario haja, o qual reprovamos, e condemnamos pOl' erro, e abuso
rcprovado por direito Canonico, (17) prejudicial s Igrejas, e conscien-
cias dc nossos subditos.
TI1' LO XXI\.
(L5) Cap. Tua nobis 26. et ibi Barb.,. 6. cap. Cum nON sil in homine 33'
de Decimis, et ibi Barb. D.1. Coval'. variar. lib. 1. c. 17. n. 13. coI. 1. Caldas-
de Empl. cap.. 9. n. 7. Themud. 1>,2. decis. 1l~2. Gama decis. 150. n. 1. Valasc..
de Jur. emphyl. p. 1. q. 17. D. 10.
(Hi) C. Tua lIollis 26. de DeciJllis ibi; Non quidem dcduclis sumplibus, aut
f<'mine separalo. Monet de Decimis cap. 6. num. 30. Abc. de Paroc. )i.b. 8. cap.
H. secl. 6. n. 639. verso Secundum es!. 'iv. decis. "'.. II. 14. DD. ad lC;I;t. in
I,ap. Non esl 22. de Decimis. Sol. de Justil. Iib. 9,. q. !~. aft. 2. Suar. tom. 1. de
nelig. lib. 1. de Divino cullu cap. 35. n. 3. el !~.
(L7) Cap. 1. de Consuelud. Glos. uI!. in C:lp. Tn al-iqU'ib. de Deei-rnis, cap.
Cum homines, cap. Non esl, cap. Ex parte, cap. Tua, cap. Pastoralis de Decimis.
Cnsl. JEgilan. lib. 2. til. 3. c. 7. in prillcip. ct n. 1.
(1) Cap. ulllio 6. q. i'on cst 22. de Decimis. Glos. in cap. Ad Aposlolicre
20. c~ texl. in cap. Cum homines 7. ct ibi Barbos. n. 5. eod. til. de Decimis.
(2) Ad ea qUIe tcxt. in cap. Omne decim;:c 16. q. 7. ZeroI. in prax. Epis-
copo verbo Decimre SI 9. Tondl1t. 1. p. rcfol. Benefic. cap. 67. n.4. et !l.
(3) Ad cu qUiC Con til. Ulyssip. lib. 2 til. "'" decrel. 3. 1. ,-ers. E a for-
ma. Cou til. Portuens. lib. 2. tit. I. Con t. !l.
(!~) GLo . 1. llI. cap. Cum ill lua 30. de Decimi-. Conslil. lilyssip. lib. 2. tiL
"". decl'. :~. ,S. I. ill pl'il.ll'ip. rol. 189.
168 CO:'{STIT IE.
idade, em que j posso manlet'-se, e Cl'ear-se sem as miiis, (5) orde-
namos lambem, e mandamos, sob as mesmas penas, que as bestas, e
gado se no dizimem, nem avaliem para uellas se pagar dizimo, seno
sendo de um anno. E, havendo costume acerca do tempo, em que se
llOuverem de dizimar, mandamos se guarde, sendo de longo tempo, e
legitimamente (6) prescl'ipto.
h2!~ Deve-se finalmente confol'me a dil'eito Canonico dizimo in-
teiro sem diminuio alguma dos fl'uctos, e ganhos dos engenhos de
assucar, (7) moinhos, azenhas, fornos de po, telha, tijolo, e cal: edos
pombaes, pesqueiras, agoas-ardentes, e cousas semelhantes; como das
mais novidades. POI' tanto mandamos, que o dizimo das ditas COl1sas
se pague na frma, que por direito est ordenado, sob as penas impos-
tas nos titulos pl'eCedenles. E onde houver costume legitimamente
prescripto de se no pagar de dez um, (8) mas certa quautia, se guar-
dar, assim nos engenhos, como nas mais consas sobl'editas feitas an-
tes desta Constituio. Porm o tal costume se no estender (9) a al-
guma das ditas cousas, que de novo se fizerem, posto que se fao nas
mesmas Freguezias, e sejo dos mesmos donos das antigas, porque
confol'me a direito se no estende o costume de uma pl'opriedade a ou-
ira' pelo que das que de no\'o se fizerem, se pagar o dizo de dez um.
TIT LO L~V.
(5) Cap. Cum homines 7. eL ibi Rarb, n. 5. cap. Non esL 22. eL ibi Rarb. n.
4. eL aeI lexL in cap. Ad AposLoliee 20. n. 5. de Deeimi . Pel'el'. Lom. 2. Lrae!.
28. de Deeimis n, 133. PaI. de Deeim. d. uno puneL. 8. n. 4. Rebuf. de Decimis
q. 6. n. 30. Suar. Lom. 1. de Relig.lib. 1. de Divino ulLu e. 37. n. 6. Less. de
.lusLit. Lom. 1. lib. 2. de Decimis cap. 39. dub. 3.
(6) Consto lEgitan. lib. 2. LiL 3. oap. 12, n. 1. fol. 158. Ulyssip. lib. 1-
LiL. f~. deeret. 3. 1. veIS. nH.
(7) Cap. Ex ll'ansmissa 23. cap. Pervenit 5. de Deeimis. Rebuf. de Deeimis
q. 8. n. 7. Gulier. FraeL lib. 1. q. 18. n. 19. Suar. d Relig. lib. 1. e. 16. eL
cap. 31. n. 2. eL 7. eL cap. 3[~. n. 1. lUonet. de Deeimis cap. 4. n. 36.
(8) GuLier. lib. 2. Canonic. oap. 20. n. 64. Coval'. lib. 1 C. 17. n. 8. Suar.
lib. 1. cap. 12. n. 7. Fagundes de 5. Ecel. pl'lEeepL. lib. 3. e. 1. l'ereir. Lom. 2.
de Deeimis t.racL. 28. seeL. 5. q. 2. eL q. 3. num. 1M.
(9) Cap. Tua ~ uH. cap. Cum eonLingaL de Decimis. ConsL. jT~gilan. lib. 2'
Lil. 3. cap. 16. n. 1. in fine. PorLuens. lib. 2. tiL. f~. Conslit. 5. ~ 3. in fine
foI. 2f1.
. (1) C. Non ~st22. cap. Ex Lraosmissa 23. e. Pasloralis C. Ad ApLoliere de
Deelmls, C. Declmm 66. q. 1. e. fino de Paroc. Rebuf. de Deeimis q. 8. num.
19. Moneta sim iii LraeL. e. 4. n, 2f~. Barb. de Offie. eL polesl. Paroe. c.
28. ~1. n. 18. eum seq.
DO ARCEDISrADO DA BAHIA. 16~
gastos, c dcspczas (2). E porque o costume tem alterado (3) esta obri-
gaao, de maneira, que em algumas partes se paga smente uma co-
nhecena de certa quantia em dinheiro segundo o trato de cada um, e
assim se usa neste nosso Arcebispado, sobre que tem bavido "arios
pleitos, e sentenas em juizo conLt'aditorio: ordenamos, e mandamos
se guarde o costume de muitos annos introduzido neste nosso Arcebis-
pado, e que em obsel'vancia deUe pague cada cabea de casal quatro
vintens, e cada pessoa solteira sendo de Communho dons vintens, e
sendo somente de Confisso llm violem de conhecena, a que vulgar-
mente se chama Alleluia, por se costumar pagUl' pela Pascl10a da He-
surreio, e se pagar no tempo da desobrigao Igreja Pnroehial,
onde cada llm receber os Ecclesiasticos Sacramentos, e for ou\il' os
Omeios Divinos, por ser morador na mesma Parochia, ainda qne o ga-
nho (h) seja fl'a della.
TITULO X, J.
(2) C. Non est, ubi DD. el e. Pasioralis, ubi Glos. verbo Dedueendas, et Ab-
bas n. 1. el2. de Deeimis Suar. lib. 1. de Deeimis e. 33. Fagund. de 5. Eecl.
prrecepl. lib. 1. e. 2. n. 18. Barb. juro Eeeles. univ. lib. 3. cap. 26. Si 1. n. 37.
(3) PaI. p. 2. tract. 10. d. unie. punct. 6. n. 10. S verbo DecimC n. 1. l'a-
norro. in e. Cum homines de Deeimis. DD. acllexl. in e. Tn aliquibus. JIIa
quippe, ubi Glos. fino de Dec.imis, et Glos. verbo Deeimarum, ubi Joan. Anel.
hnol. cLAre\!. ~n e. 1. de Deeimis lib. 6.
(l~) Cap. Quesli sunt. Glos. ull. '16. q. 1. C. Ad Aposloliere de Deeimis. Bar-
bos. de 011'. el polesl. Paroe. p. 3. c. 28. ~ 2. n. 32. PaI. p. 2. lract. 10 d. unie.
puncL 6. n. 9.
. (1) Cap. Novum genus 2. de Deeimis. D. Thom. 2. 2. q. 87. arl. 4. Sol.
llb. 9. de Jllslil. q. l~. arl. l~. PaI. 10m. 2. lmel. 10. d. unie. }Juncl. 11. n. 3. et
I~. Barb. de Paroe. p. 3. cap. 28. 3. n. 6. 7. ct 8.
(2) C. ovum genus 2. el ibi Glo . de Deeimis. D. Thom. 2. 2. q. 87. art.
4. Coval'. lib. 1. Variar. e. 17. n. 8. Sol. de JustiL lib. 9. q. 4. art. 4. Cardoso
verbo Deeima n. 8. Themlld. p. 1. deeis. 2. n. 7.
(3) C. Ex parle 10. de Deeimis, c. Quesli sunt, &e. Deeimas 16. q. 1. Barb.
de orr. et poleslat. Paroe. p. 3. e. 23. 3. n. 27. el univ. juro Eecles. lib. 3.
cap. 26. ~ 3. n. 17. Rebuf. de Deeimis q. H. n. 45. Moneta imi1. trucl. e. l~.
n. 46. Lesana in Sumo 3. verbo Decima n. 2. cum seq.
170 COo STIT [E
ma fl'ma Cl'earcm, c ti" rem, mandamos que se gUaJ'dl'm, e o1Jscl'vem
como pOI' dil'eito merecerem.
1,28 Os Commendadores, Cavalleiros, e Freires, das Ordens Mi-
litare so obrigados a pagaI' dizimos de todas aquellas terras, proprie-
dades, e fazenda, que forem sua pl'opria (/,) patl'imoniaes, ou here-
ditarias, ou por qualquer via adquiridas; e assim declaramos, que de -
tas ho de pagar dizimo dos fnletos, e novidades, que nenas colherem,
e tiverem. E aiuda que alguns pretel1dro isemptal'-se desta obriga-
o por virtude de seus pri"ilegios, movendo sohre este ponlo grandes
demandas, com tudo est julgado por sentenas, que os ditos privile-
gios no tem lugar nas ditas fazendas, (5) e propriedades.
/,29 Os Hospitaes, (6) Albergarias, Confrarias, e quaesquCl' ou-
tl'OS lugal'es pios, que tivel'em tenas, e propriedades, so obriga/los a
pagar inteiramente o dizimo dellas, no mostrando privilegio, que des-
ta obrigao os isemple, por se no achal'em privilegiados nesta parte
por direito Canouieo.
/,30 E findando esta mate!'ia de dizimos, prohibimos sob pena
de excommulllJo maior, (7) ipso {acto (8) incwnnda, e de cincoenta
cruzados para as despezas da justia, c accusador, que nem-uma pes-
soa em nosso Arcebispado per si nem por ontrem directo, ou ind'ecte
ue facto ponha impedimento a pagar-se o dizimo inteiramenle a quem
for devido, que a S. Magestade; uem persuada a que se no pague,
nem intimide as pessoas a que pertencer a cobl'ana, e al'l'ecadao do
dilo dizimo. E o que lhel' o contrario, no ser absollo (9) emqual1lo
no satisl1zel' inteiramente o dizimo, e as perdas, e daml10s que caUSal'
esla sua omisso culpareI, e at no pagar a llena pecunial'ia, em que
for condemnado.
TITULO XXVII.
(Li.) Barb. juro Eccl. lib. 3. c. 26. i\\ 3. 1], 37. Thcmudo p. 1. de i . 2. n. i.
el27. ct p. 2. disl.143. n. 19. ct dccis. H4.. n. 11. Constit. Ulyssip. lib. 2. tiL.
IL dccr. 7. i\\ 3.
(5) Cap. 2. dc Decimis, junclo c. Ex parlc 10. de Dccimi . Thcmub. loco
cifalo.
(6) Barb. juro Eccl. lib. 3. c. 26. i\\ 3. n. Li.8. Moncl. ele Dceimi .5. n.
35. Uebur. dict. lracl. q. 1>. n. 21. Hispan. in lmcl. Ucgul. decimal'. q. 12. n.
2. Conslil. Iys ip. loco cil. il~gilan. lib. 3. lil. 3. C. 19. n. 3.
(7) Pcr lexl. in cap. Slaluimus 16. q. 1. Tridenl. se s. 20. de Uerorlll. c,
12. ibi: Qui c1ecimassubLrabunt, aul impedillnl, excoffimuniccnLur.
(8) Ha Const. U1yssip.lib. 2. lil. 4. clecrel. 1. 1. 1Egitan. lib. 3. lil. 3.
cap. 20. foI. 166.
(9) Consto iEgiLan. dict. cap. 20. n. 2.
(1) Exod. C. 20. cl 26. DcuL c. 18. el26. Text. in C. Decimas ,"ers. Opor-
let autem 16. q. 7. Azor InsLit. Moral. p. 1. lib. 7. cap. 27. q. 1, VaI. lrael. 20,
d. unic. puncl. n. n. 1.
DO ARCE.Bl~rAOO DA BAHLA. 171
des por preceito particular, (2) e quinto Manuamento da Sauta l\Iadl'C
Igreja, e so o me mo que os primeiros fruclOs (3) que antes da Lei da
Gru.a se ofTerecio a Deos nosso Sel111ol. E posto quc nos dizimas
hOI1\'e quantia certa de dez um, nas pl'imicias a no houve (,.) e assim
se devem pagar conforme ao costume, (5) que houver nos lugares do
nosso Alcebispado. E por quanto esto impostas em preceilo da Sall-
la Marlre Igreja, exhol'tamos a nossos subclitos a obsel'vancia dellas,
pagando ainda pl'imeiro que (6) o dizimo, (de que no fico desobriga-
dos) as primicias Paroehia (7) em que morarem, e onde recehel'cm os
Ecc!esiasticos Sacramentos, a maior parte do al1no: e cstcjo certos,
que por cste limitado rcconhecimento, que fazem a Deos em signal de
seu universal tIominio, recehero tIo mesmo Senhor no s muitos be-
neficios espirituaes, mas ainda temporaes na abundancia dos fructos de
que a Deos nosso Senhor oUerecem as primicias.
1132 As oblaes (8) e ofTcrtas so tudo aquilJo, que os fieis
Chl'islo ofTel'ccem a Deos nosso Senhor, e a seus Santos nas Igrejas
para ol'l1ato, e fabrica dellas, ou para sustentao de seus Ministros.
E tas o[ertas se ft'equeutro muito (9) no principio da Tgl'eja Militan-
le, e foro muito encommenuadas pelos Santos Padres. E posto que
sejo "oluntarias, e pl'ocedo da deyoo dos fieis, encommendamos mui-
to a nossos subdilos (10) usem desta 10uvavcl devoo: porque com el-
la se mostro I'econhecirlos a Deos nosso Sanhol' c a seus Santos dos
henel1cios, e mercs que de sua Divina Mo, e por sua iutel'cesso I'e-
cchcm. POI'm se estas oblaes (11) ou ofi'cl'tas forem promeLtidas,
ou IciLas por voto, ou c(lnlraeto, ou deixadas em testamento, ou ultima
"outade, nestes casos, e cm outros em que de direilo houver obrigao
(2) Suar. ele Relig. tom. 2. lib. 1. e. S. n. 16. 'iIlalob. in Sumo tom. 2.
Lraet. 36. DD. in e. Qui 13. q. 2. ctin e. 1. de Deeiruis, eL in Glos. vcrs. ln pri-
miliis. eL in cap. 6. eL in cap. ReverLimini 16. q. t. el in e. Deeimas 16. q. 7.
(3) Num. e. 18. S '\1'. in Sumo verbo Deeima n, 1. in fine. PaI. p. 2. LraeL
10. dispo unie. puncL. 16. n. 1. Abl'. lib. 8. e. 14. seet. 6. n. 610.
(4-) C.1. ubi bb. n. 8. de Decimis. Suar. tr<lcL. 2. de Relig. lib. 1. C. 8. n.
16. Cardoso vcrb. Deeima n. 17.
(ii) C. Ad AposLolicre, e. ln ali'luibllS. de Decimis. Suar. de Relig. lib. le
Divino cullu C. 8. InnoeenL. eL alii in C. 1. de Decimis. Sylveslo verbo Decima q.
1. cirea finem. llal. p. 2. LraeL 10. d. uno PUDCL. 16. n. 2. Pereir. Lom. 2. Lract.
28. secL. 6. num. 160. Naval'. ill Manual. C. 2.t. D. 3:2.
(fi) Si'luidem unL primi frue,tus. Ad ea C\1lie Sylv, in Sumo verbo Decima D.
1. Barb. de Orne. el pote lo Paroeh. p. 3. C. 27. n. 1.
(7) Consl. .tEt'fitan. lib. 2. LiL 4. foI. 178. PorLuens.lib. 2. lit.. 4. constl. 9.
foI. 211:i. c
(8) Deuter. 23. l\Ialach. 1. l\Iallh. 5. C. Cum inter de Yrrb. significo cap.
Qni oblaliones, C. Cleriei 13. q. 2. D. 'fbom. 2. 2. q. 86. n. 1. Azol'. tom. 1.
lih. 7. e. 28. q. 8.
(9) Genes. !~. cL8. Num. 16. Ba'rb. de om '. l Pule L. Paroc. p. 3. e. 24.
n. !~. DD. ad Lext. in cap. Omnis Chl'i Lianu de Con,s er. dist. t. rL in_c.-1p. C~u.
sa ele Verb. si"'nific. Con LiL. Brachar. Lil. 31. Con LIL. t. n. 1. fol'l. 39'/. lyssl1?'
lib. 2, LiL. 4. decrcL 10. .
.., (10) Cap. Omnis Christi~nus 69. de Conscer. di.L 1. Glos. in . StaLullllls
aa. '16. 'l.i. Solorzan. dermllar. guh'l'naL. lOIlI. 2. III). 'I. e. 22. n. 3:
. (11) C. Omnis Chrislia1l11 , cl ibi CIo, ,"cru. YilCUUS dr. Consc 1'. dlsL. 1. Fa-
rll Cap. Cansa de \crIJ. signif. D. Tbom. _. 2. q. 86. urL 1. Burl!. de Parol'o p.
a. C. :H. u. 10.
172 CONSTITUIES
de se pdg:ll'em, podero a isso ser consll'angidus os freguez;es pelos
meios legitimos de direito.
/,33 As oblaes, e offel'Las que os fleis oJferecem s Igrejas siio
de direito Parochial, e por isso confol'me a direito Canonico liO de ser
offel'ecidas Das proprias Igrejas Parochiaes, ou nas Capellas, e Ol'aLo-
rios sitos nos limiLes dcllas, e pertencem aos Parochos, (12) que admi-
nistl'o os Sacramentos, c no a nem-uma outra pessoa, (13) salvo se
POI' contracto (U) legitimamenle ce1elll'ado constar que pertencem a
outras pessoas; ou forem dadas, ou deixadas as ditas offertas determi-
nadamenle a algumas Confrarias, exprimindo-o assim os olferentes, ou
constando pOI' outro modo legitimoi porque estas lhe pertencero a c1-
las, e se podero arrecadai' pOl' seus Mordomos, Confrades, e OJficiaes.
.1,3.4 Ainda que as offel'tas pertcni.io aos Parochos, (16) como fi-
ca dito, e sendo de dinheiro, as 'ucar, ou fructos, e cousas s rnelhantes,
as podem convcrter em seus proprios usoSi com tudo se as taes Igl'e-
ja', CnpeJlas, ou Oratorios no tiverem alguma renda deputada para a
fabrica, ou os l'reguezes, ou Outl'3S pessoas no tivel'cm obrigao de
fabricar por costume, fnudao, ou outra via legitima, sero obrigados
os Parochos a gastaI-as em fabricar as mesmas Igrejas, (17) Capellas,
ou Oralorios, conforme o que Ule for necessal'io.
/'35 E quando as cousas que se offel'ecerem, forem ornamentos,
vestidos, ou coras pal'a as Imagens dos Santos, calices, lampadal'io ,
Cruzes, ou peas semelhantes, as no podero gastar os Pal'ochos, (18)
nem convel'ter em seus usos, sou pena de excommunho maior ipso
(acto, e ficaro s mesmas Igrejas pal'a seu servio, (19) pOI' seI' assim
conforme a direito, segundo o qual se no podem converter em usos
profanos as cousas dedicadas a Deos.
/,36 POl'm offerecendo-se ps, braos, ollJOS de ouro, de prata)
ou de cel'a, mortalhas, cirios, e outras cousaR deste g nel'O, em memo-
ria dos milagres, que Deas fez por intercesso de seus Santos, as taes
offel'tas pertencem aos Parochos, (20) e as podem applical' a si, ou dis-
tribuir em usos pios, que os que os olTel'ccem declararem. Mas m311(la-
(12) C. Quia Sacerdos 13. e. Sancloruill 14. 10. q. 1. Host. ln Sum. lil. de
Paroe. n. 3. "ers. Et brec Presbyt. Homan. cons. 356. n. 3. vcrs. Idem in obla-
tionibus. Hol. in Hispalens. Primiliar. 13. Maii 1622. Themud. p. 1. iceis. 12.
n. 24.
(13) Ric. in prax. p. !~. resol. 265. n. 1). DD. ad lexl. in C. Causam qn<c, de
prI!script. Barbos de OII. eL PotesL. Paroc. p. 3. c. 24. n. 6. ct ju\'. Eccl. univ.
lib. 3. c. 23. n. 6.
(1!~) Const. U1yssipon. lib. 2. tiL. 4. decr. 10. 1.
('11S) Const. iEgilan. lib. 2. til. 1>. C. 2. n. 2. Ulyssip. clicl. 1. I'ers. Nem
lambem.
(16) C. Quia Sacerdotes 13. cap. Sanctorum H. 10. q. 1. eL jura supra a!-
legala num. 433.
(17) Cap. Pastoralis, de iis, qUI! fiunl a PrrelaL cap. Ad audienliam eL ibi
<aos. verbo Obventioncs de Eccl. redific. EXlravag. Atexand. III. de qua Rebur.
d Dccimis q. 1. n. 30. COl1sLit. U1yssip011. dicl. dccret. 10. 2.
(18) Clcm. Quia cOlltingit de religioso domib. eL ibi Barb. n. 11, et ad lexl.
in cap. Quia Sacel'uoles 10. q. 1. n. 4. GavanL. vcrb. OIJlalioncs n. 12.
(19) Regll!a seme] Deo lib. 6. Glos. yerb. Obventione~ in C. Ad audienl.ialll
1. de Eccl. redificaud. J~eh\lr. de Decimi q. 1. 11. 29.
(_O) Ex jurr supro allcgalo. Consto 'Iysslp. lib. 2. til. 'to ucrl'el. 1. 27" 1'5.
E f)uaudo. C:oustil. "Egitan. lib. 2, til. 5. c. 3, BUIll, J.
DO ARCEBISPADO DA BARIA. 173
mos aos Pal'ochos no tirem todas as ditas oblaes das Igrejas, mos
deixem nellas algumas para memol'ia dos milagres, e afervorar a devo-
o dos fieis; o que nossos Visitadores faro guardar, ordenando (21) o
que os Parocllos devem levar, e deixar das taes oITertas, e donativos.
.&37 E se as olfertas se offerecerem em alguma Capella, ou OI'a-
tario, que seja de pessoa particular, no poder o Senhor delle tomaI-as
para si, (22) antes as deve entregar (23) todas ao Parocho da Fregue-
zia a quem pertencer, (2h) sem embargo de qualquer costume, que ba-
ja em contrario, o quallleste particular havemos (25) por reprovado.
DO
TIT LO L
DA OBRIGAO QUE TE~I OS CLERIGOS DE VIVER VIRTUOSA, E EXEMPLARME~TE.
(1) Trident. sess. 22. de RefOl'm. c. i. c. SacerduLes 7. 93. disL. c. Quis du-
hiLeL. 9. 96. disto c. SaLis 7. 96. disto
(2) C. Cleros 21. disL. et ibi Glos. verbo Psalmista. Rebuf. cons. 193. Aiciat.
lib. 5. Parergon. C. 22. in principio. Azor. p. 2. lib. 8. Instit. Moral. c. 2. Va-
lasco alleg. 3. n. 1.
(3) C. AnLe omnia 40. dist. C. Primum itaque 6. 25. dist. c. Clericorum 13.
de Vila, cl honesto CICl;icor.
(4) Trid. dicL. sess. 22. C. 1. ibi: Vitam, moresque !;uos omnes omponere,
ul habitu, gestu, incessu, sermone &c. Clem. 2. S Dignitatem de Vila, el ho-
ncsL. Clericol".
(5) Maluch. 2. l ibi D. Hiernyll. D. Chrysost. Bomil. 2. super i. ad Ti-
molho
(6) De Vila, eL honesto CIedc. in Decrelal. 6. et element.
(7) Trid. sess. 1!~. c. 6. eL sess. 22. c. 1.
(8) Isai. 52. cap. OporteL 81, disl.
176 CONSTITUIES
te, (9) que o Sacel'docio, assim a no ha mais misel'avel do que com-
metter um Sacerdote qualquer culpa; pois quanto de mais alto a que-
da, tanto maior a ruina, e no o cumprindo assim, alem de estreita
conta que Deos lhes ha de pedir, sero castigados com as penas dos
Sagrados Canones, e das nossas Constituies.
TITULO 11.
DOS VESTIDOS DE QUE os CLER1GOS PODERO US.\R, E DOS QUE LHES so
PROlIlBlDOS.
TITULO III.
DA TO~S RA, E CORA DOS CLERfCOS.
(20) Idem Trid, verso Nee non, si semel correpti denuo in hoe deliquerint.
(21) L Relegati !T. de Prenis.
(22) Trid. sess. 14. de Reform. e 6. Barbos. de Poleslat. Episcop. alleg. 9.
n. 5. Cone. Provine. Braehar. p. 2. aetion. 4. e. 8. Constit. Portuens. lib. 3. til.
1. eonsti t. 3.
(23) TI'ident. sess. 23. de Reform. e. G. Ord. Reg. Ib. 2. til. 1. SI 27. Cabe-
do p. 1. decis. 59. n. ult. Valase. eonso 131. num. 32. Thom. Valasc. alleg. 10.
n.2. et alleg. 44. n. 2. Pereira de Man. Reg. p. 2. e. 26.
(24) Barbos de Potesl. Epise. diel. alleg. 9. n. 7. Villar. deI Goviern. Ec-
eles. 1. p. q. 10. art. 6. n. 70. Vela ue Prenis delielor. e. 13. Conei!. Mediol. 3.
ann. 1573.
(25) Conslit. Porluens. lib. 3. til. 1. Consto 3. verso 9. foI. 224.
(1) Cap. Prohibete 21. 2:1. disto et ibi Cunha n. 2. e. Duo sunl. 12. q. 1.
c. Clerici 15. c. Si quis de Vita, et honesto Clerie. Bulia Sixti V. de habitu, et
tonsura 1588.
(2) Cap. Clerieus 5. de Vita, et honesl. Clcric. et ibi Barb. num. 3. cl ad
text in cap. Clel'ieus 7. cod. tit. n. 2.
(3) Quia eliam inviti compellendi sunt. Glos. Invili in C. Clericus 7. de Vi-
ta, et hones!. Clerie. et ibi Barh. n. 20 el3. Bellel. disqllisit Clerical. p. 10 til. de
uisciplino Clerical. 17.11.11.
DO ARCEBISPADO D.\. BlllA. 179
admoestados, e conuemnauos (h) em um cruzado par3 a S, (5) e
Meirinho, e pela segnnda faro lel'mo, e ha\-ero a pena em dobro, C
perseverando em sua contumacia se proceder contl:a elles, como for
justia.
h53 E os Clerigos de Ordens Menores, que gozarem do privile-
gio Clerical, na frma do Sagrado Concilio TrirJentino, no incorr.ero
Ilas penas pecuniarias, pai' quanto podem livremente renunciar (6) o
privilegio, e deixar o habito Clerical. Porm se depois de tres vezes
admoestados perseverarem na culpa de no trazerem tonsura, e cora,
perdero de todo o dito privilegio Clerical nafl'ma de direito, e Sagrado
Concilio (7) Tridentino. E se commetterem algum delicto por onde
mereao ser presos, ou se haja de proceder a livramento, se ao tempo
da prisao, ou citao forem achados sem habito, e tonsura, no gosa-
ro no tal caso do privilegio Clerical, posto que no fossem ainda ad-
moestados, e costumassem antes andai' em habito, e tonsura.
TITULO IV.
COMO os CLERIGOS NO PODEM TRAZER ARMAS, E QUE PENAS HAVERO SE
AS TROUXEREM.
(If~)
Consl. U1yssipon. ubi supro lEgilan. lib. 3. lil. 1. C. 5. n. 3.
(tiS) Cap. Non Pila 23. q. 8. Ord. UCI?' diet. til. 80. in prineip. Cardo in
prax. erh. Homieidium n. 27, Consl, U1ysslpon. dieL. decr. 1. Si 1. foI. 232.
(16) Conslit. Porluens.lib. 3. lil. 1. eonsliL 4. verso 4. foI. 228.
(17) Conslil. Porluens. ubi proxime verso 5. lEgitaniens. lib. 3. til. 1. c. 15.
n. 8. 101. 191.
(l) Ord.lib. 5. tiL. 79. el ibi Barbos. foI. 240. BobaJ. in sua Politico Eh.
1. c.13.
(2) Trid. sess. 14. c. 6. cl ses. 22. de Reform. e. 1. Facillext. in C. Perni-
co~a jll. q. 2. e. Consuluit de OlHe. delegat. Gavanl. verbo Clericus num. 69.
Ohv. de for. Ecc!. 1. p. q. 35. num. 3. Pereir. de Man. lleg. 2. p. cap. 43.
n. !~.
(3) Carol. Peregrino in pl'ax. vicar. L. seeL 3. n. 6. verso Alii lradunt. Consl.
Ulyssip. lib. 3. Lil. 2. d~cr, 2. in principio.
(!~l Dida '011 tiL. llbi pro.\im.
23
CO~STlTUI E.
TlTllLO \'T.
-li liGA E' cousa indecente ao estado Clerical (que I'eqner to gran-
de perfeio, que no haja nem a menor falta, ou defeito que o possa
macular) andarem os Clel'igos por tayemas, e comel'em, c beberem
lIeHas, quando os mesmos seculares se injurio de as yer m frequentar.
Pelo que conformando-nos com a di posio de direito, (1) ordenamos,
e mandamos a todos os Clerigos de Ordens Sacras, que no entrem em
vendas, estalagens, tavernas, e outras casas publicas a comer, ou be-
I)er, excepto quaudo forem de caminho e no tiverem oull'a casa, por
que nestes termos os releva a necessidade e podero pousai' em esta-
lagens, e comer nellas' e lhes encarregamos, que no como com mu-
lheres mesa, ainda que eslejo pousadas na mesma estalagem, Dem
com outras pessoas, de que possa haver escandalo; e fazendo algum o
contrario do disposto nesla Constituio, (2) pagar pela primeira vez
quinhentos r ~is, e sendo mais yezes comprebendido, ser castigado
com maior pena a arl)ildo do nosso' igario Geral.
-li 1.65 Se alguns Clerigos de Ordens Sacras forem muito destempe-
rados em seu comer, e heber, de maneira que se turvem do juizo (3)
com o yjulio, ou seja em tay mas, estaI3gens, casas publicas, ou fra
dellas, ou em suas proprias casas, sel'o pela primeira vez admoesta-
dos, e castigados com a pena pecuniaria, qne parecer justa. E no se
emendando sero snspensos do Omeio, (II) e Beneficio, que tiverem, por
seis mezes, e, se ainda se no emendarem, se proceder contra eJles
com maiores penas, como pareceI' justi a.
h66 E outro-sim (5) lhes prohibimos, que em suas casas no fa-
o banquetes, Oll yodas illicitas, saho sendo de seus (6) parenLes. E
lhes encommendamos muiLo, que uas liciLas, honestas, e gr:lyes em que
'" /,67 Porque lodas as aces dos C1erigos (1) devem sei' aparta-
das do comrnum exercicio dos homens vulgares, e ordinarios, inde-
cente ordem, e estado Clerical entr31'em os Clel'igos cm comedias,
festas, e jogos publicos, usar de mascaras, e outros trajes deshonestos.
Pelo que, conformando-nos com a uisposio de dil'eito, (2) estreita-
mente prolJibimos (3) aos Clerigos de Ordens Sacras de qualquer gro
ou condio que sejo, entrar em danas, bailes, entremezes, comedias,
ou semelhantes festas publicas de p ou de cavallo, ou andarem emas-
carados. E qualquer Clerigo que for comprehendido, 00 cOTl\'encido
de fazer as consas acima prohibidas nesta ConstituiO, se for Dignida-
de, Conego da nossa S, ou 'igario coofil'mal1o, o havemos por con-
demnado (A) por esse mesmo feito em "lrlte cruzados, e aos mais Cle-
rigos em dou5 mil ris pela primeira vez; e pela segunda pagaro uns
e outros a pena em dohro do aljuLe, amelade para o Meirinho, e a ou-
tra pal'a a nossa Chancellaria. E se ainda se no emendarem, se pro-
ceder conlra elles com mais rigor.
TITULO VIII,
CO~IO os CLERIGOS NO DEVEM JOGAR JOGOS PRflIBIDOS, i'iEM DAR CASA
DE JOGo.
'" 468 E' o jogo indigna occllpao dos CI rigos, pois alem dos
muitos males, e peccados que delle se seguem, (1) penle-se nelle o tem-
po, que se podia gastar em occnpao mais lieita, e juntamente os bens
que se podio melhor distribuir em esmolas, e obras pias. E porque
'(7) Cap. Quands 8, ~'~" disto et ibi A Cunha n. 3. Gnlier. lib. 2. Canon. e,
4,. n. 1>3. Consto UJyssipon . .&gitan. ct Portuens. loeis eilalis.
(1) Tridenl. sess. 22. de Reform. o. 1. e. Clerici 11>. de Vila, et honesto
Clerie.
(2) C. Clerici 11>. de Vil. et honesl. Clerie. c. Prcsbylcri 3'1. disl. cap. f.
de Vila, el honesto Cleric. lib. 6. Concil. Trid. de Reform. sess. 22. c. 1. el sess.
23. C. 12. muslr. A Cunha in c. 19. disl. 34. n. 1. cum seq. llarbos. ad diel.
texto in cap. Clerici 15. et ad 'Irid. sess. 22. de Refol'll1. c. 1. num. f~. cl univ.
juro Eccles. lib. 1. O. 40. n. 61.
(3) C. Decorem 12. de Vila, el honest. Clerie. Greg. topes lib. 3. verb. 'es"
tiduras til. 12. p. 5. Bellel. rlisquisit. Clerie. p. 1. til. de Disciplina Clericor.
23. n. 7. Peres in libell0 quem scripsil conlra las mascaras. Cardos. in pras:.
verbo Clericus n. 80. Barb. universo juro EccI. C. 40. n. 61.
(f~) Constit. Ulyssipon. llb. 3. lil. 2. decret. 6. 1. el 4. Brachal'ens. lit.
12. Constit. 10. foI. 193. Facit. LT~gitan. llb. 3. lil. 1. c.8. in fine. POl'lt;ens.
lib. 3. lil. 1. Constit. 7. in fine foI. 232.
(1) Mala ex ludo provenientia referl Barbos. ad texl. in c. Clerici 15. n. 6,
lIoslicn.s. in Sumo til. de exce sib. Prrelal. S5 C\criell ,
DO ARCETnSPADO DA RAlHA. 185
o dil'eito Canonico, e Sagrado Concilio Tl'identino (2) pro\libe aos C\e-
rigos jogar cal'las, e dados, conformando-nos com a sua disposio 01'-
tlenamos, (3) e mantlamos, que nem-um Clerigo de Ordens Sacras jo-
gue dados, cartas, ou outro algum jogo de parar, ou imite, nem quaes-
quer outros probibidos por direito, ou Leis tio Reino, (/c) sob pena (5)
de pagar pela primeira vez seis tostes para o Meirinho geral, e perder
o dinheiro, que lhe for achado no jogo, o qual se repal'tir em obras
pias a nosso arbitrio, ou do 110SS0 Vigario Geral: e pela segunda have-
r a pena em dobl'O: e pela terceil'a, e mais vezes ser preso, e castiga-
do com mais rigor, conforme merecer a continuao da culpa.
~ 469 Porm no lhes prohibimos que para sua recl'eao, e alivio
POSSO jogar qualquer jogo licito, (6) e honesto com outras pessoas Ec-
clesiaslicas, (7) ou leigos homados, e bem acostumados em suas casas,
as quaes no devem ser publicas de jogo, nem os mesmos Clerigos fre-
quentes neste exercicio; e o dinheo que se jogar, no ser quantia
considel'ayel. E na rua, roas, quintas, ou outros lugal'es publicos (8)
no podero jogar em publico, ainda os jogos licitos: nem o da pla,
bola, toque-cmboque, la1'Unginha, pos, e outros semelhantes, porque
so jogos publicos. E fazendo o contrario (9) inCOl'l'erO nas penas
acima postas. E os que forem nisso devaos, indo a hortas, e lugares
publicos jogar a bola com seculares, sero presos, e condemnados em
maior pena que a dos seis tostes acima ditos .
.j< 1,70 Muito estl'citamente prollibimos a todos os Clerigos de Or-
dens Sacras darem casa de jogo; (10) que consiste em dar cartas, da-
dos, tabolas, mesa) e casa para jogarem, e com maiol' razo se por isso
leyarem interesse. E fazendo o contrario sero pela primeira vez ad-
moestados da priso, e condemnados em dez cruzados: e pela segunda
havero a pena pecuniaria em dobro, e estaro vinle dias no aljube: e
sendo mais vezes comprehendidos, se proceder conlra elles com on-
(2) C. penuIt. de Vil. et honesto Cloens 1. Intel'. dileelos verso Nos igilur
de Exeessib. Prrolator. e. Episcopus 1. disCsu. Conci!. Trid. sess. 22. de Re-
formo C. 1. ad finem, et sess. 24. de Ueform. c. 12. ad finem. Illuslriss. A ClI-
nha arI lext. in c. Episcopus 1. dist. 35. n. 1. Bernard. Dias in prax. C. 70. verbo
Alealores, ubi Salzed. liler. A, Farinat. in prax. crimin. 10m. 3. q. 109. 11.92.
. (3) Constil. Ul)'ssip. lib. 3. til. 2. decr. 3. in princip. foI. 234. Brachat'.
III. 12. Const. 12. foI. 194.1Egit. lib. 3. til. 1. c. 7. foI. 193. Portllens. lib. 3. til.
1. Consto 8. foI. 232. curo seq.
('~) Ord. lib. 5. tit. 82. -
. (5) RebeI. de Oblig. jusl. lib. 12. q. uIt. n. 2. et 3. A Cunho ad dict. C.
EpIscopus 1. 35. dist. n. 2. in fine, eL n. 11. explical qui dicantllr publici alea-
10l'es cum l\Ielloch. Molina, et Fariu.
. (6) Ex doctor. D. Thom. 2. 2. q. 168. art. 2. Barb. univ. juro EccI. p. 1.
lib. 1. C. 4. n. 67. NaVal'. in ManllI. C. 20. ConsLil. Ul)'ssip. dicl. decr. 3. SI t. foI.
234.1Egitao. dict. c. 7. n. 1.
I (7) C. ConLinebaLur, C. Lator ubi omnes Doct. de Homicid. Clem. Digni, uhi
moI. Joan. And. et omnes de celeb. Miss. Cardo verbo Clericus n. 108.
B (8) BelleL. disquisil. Clerical. cap. 1. Lil. de Disciplina Cleric. SI 4. n. 15.
uruos. ad lcxt. in cap. Clerici 15. de Vila, eL honesto ';lericOl. numero 7.
(9) J"lldi prona est arbitraria. Jul. Clar. ad SI, Ludlls n. 6. Cardos. in prax.
vcrb: Ludus n. 3. Bernard. Dias in prax. C. 70. n. 2. vers. Ego vero. Caccialu-
pus JI1 Lract. de Iudo n. 60.
I'b (tO~ Ord. lib. 2. til. 9. in princip. eL lih. 5. tiL. 82. SI 5. Conslit. rnyssip.
1 3. Lll. 2. decr. 3. Brachar. liL. 12. consLil. 13. foI. 195. Cardoso iu prax.
verh. Lur~us n. 4.
1G COo TSTITUIES
Lras penas mais graves de degredo, suspenso de 01'11el1s, omo pUl'C~
ceI' justia.
TITULO IX.
E~f QUE SE PROTIlEE AOS CLEnIeOS, QUE NO SEJO OFFTCIAES, E nIl;'iISTROS DE
JUSTIA SECULA.R, NEill 1'\0 1'AL JUIZO SEJO TESTEMUr liAS, OU TmJElIl
J "RAlIIENTO.
(4) Cap. 2. ne Clcl'ici, vcl Monachi, c. Credo 21. q. 3. cap. 1 disto 88. Burh.
.ad lext. in c. SacerdoLibus 2. ne Clcrici, vcl l\1onachi, cllib. 3. VoL. 89. n. 62.
Bernard. Dias in Pract. c. 57. alis 60. in nDvissima editionc. Gcnuens. in pracl.
Archiepisc. Neapol. c. 62. n. 20. in addit.
(:;) Consl. JEgilan. lib. 3. c. 12. lil. 'l. in principio.
(6) Gavant. verb. Clericus n. 67. Concil. Provincial. Mediol. 1.
(1) Paul. 1. ad Tim. 6. C. EjicicDs 1'l. 88. -disto cL ibi llluslris. A Cunha
n. 2.
(2) Paul. 2. ad Tim. 2. 4. c. Conscqucns 2. 88. disl. et ibi nIusLris. A Cu-
uha n. 1. verso Ralio aulem.
(3) C. Consequens 2. c. Tegolialorcrn 9.88. disto C. Sccundum 6. ne Clerici,
ycl Manachi.
(4) C. CJeric. de Vil. el honesL. Clcrie. cap. l'\on IiccL 9. 86. rlisl. c. Dccrc
it., C. Conscquells. C-ilp. Bpi (;OPUS 88. dis!. c. PI~(;Uil ii. 21. q. 3. Barb. Jur. Ec-
DO ARCEBISPADO DA BAHlA. i8U
de qualquel' especie de trato, nem compre fruclos, e mercadorias para
as tomar a yendcr, tratar, ou regateai' com ellas, nem seja fiauol' pOI'in-
tercssc, ou ganho, e os CJue fizerem o contrario, pagaro pela primeira
vez dous mil ris, e pela segunda a pena em dobro paga do aljube, e se
dcpois da lerceira admoestao se no emendarem, se proceder contra
cllcs com mais rigor.
TITULO xn.
mr QuE SE OIlDE 'A QuE os CLERIGOS N.O l'OSSO TER DE PORTAS ADE 'TRO
MULHERES, mr Q E POSSA BA"ER S SPElTA, NE~[ FREQUENTAR A nlOS-
'rEIRO DAS FIlEIRAS.
c1~s. lib. t. e. '.0. n. 114. Ugolin. de Ome. el Polest Epise. e. 13. S) 15. et
16. Pereir. de Manu reg. p. 2. cap. 24. sub n. 34.
(1) D. PeLr. EpisL. 1. e. 5. D. Cyprian. lib. 1. Epist. 1.
(2) Cone. Uemens. ean. 22. e. 1. de CohabiL. Clerie.
(3) C. Inhibendum 1. e. A nobi' 9. c.ap. Clerievs 20. e. OporleL23. 81. disto
e. Jnlcrdixil 16. e. HospiLioluID 17. 32. disto I:;oncil. 'Idd. sess. 25. de Uero1'ln.
c. 1'.. aval'. in Manual. e. 25. num. 109. Azeved. lib. 8. Reeopilat. liL. 19.
I!b. 1. n. 78. Avendanh. lib. 2. pra'tor. ei1p. 211. n. 9. Menoeh. d PrrosumpLion.
!tb.5. prresumpl. 17. Ilum. 1. Paul. l'useus de Visit. lib. 2. e. 15. n. 88.
(4) Ad Barbos. jul'. Eeel S. e. -1-0. n. 39.
(5) AcI Glos. Ex evitlenLia ad lext. in e. Tua nos 8. de Cohabit. Clerie. et
ibi Barb. D. 7. _
(6) Tllom. Yalase. allegal. 34. u. 10. eum seq. Pereir. de mano r g. c.
310. n. 10.
(7) Trid. cliet. sess.25. de Rcrorm. e. H,.
(8) L. ElIm qui Cod. cle Epise. el Clerie. e. A nobis. 9. tle Cohabil. Clerie.
c. Inlcruixil32. dd. c. VOIUlUlI 21. cap. CUI1l olUnibus27. 81. disto
2~
HlO
pre o diabo nos est insligando, mandamos que no consinlo, que as
taes parentas suns tenho em seu servio mulheres moas (9) nem ou-
tras de que possa haver ruim suspeita; e contl'a os que no guardarem
esta Constituio se proceder com penas arbitrarias, como parecer jus-
tia, e a prudel1cia em tal caso ensinar.
/,85 E outro-sim mandamos, que as ditas pessoas EcclesiasLicas
no ensinem mulheres a ler, (10) eSCI'ever, langel" ou canlar sem nos-
sa licena, ou do nosso Provisor, sob pena ue se proceder com penas
arbitrarias contTa quem fizer o contrario.
-l< 1.86 Por quanto pertence muito ao bom exemplo uos Ecclesias-
ticos, e conservao da bonestidade uos Mosteiros de Religiosas no
serem frequentados pelos Clerigos, e pOI' essa razo o proltibro o rli-
reiLo Canonico, (11) e os .fotus proprios dos Summos Pontifices o
Santo Pio V, (12) e Gregorio XIIT, (13) mandamos a todos os Clerigos
de nosso Arcebispado, que no frequentem o Mosteiro ele Freil'as, Yi-
sitando-as, fallanrlo com ellas, nem escrevendo-lhes sem justa causa,
salvo se forem parentas suas at Osegundo gro. E no se entender
frequentarem o Mosteiro, (U) sentio indo fallar com alguma Freira
uma vez cm cada mez, e detendo-se nas grades, e dando algum escan-
dal0. E os que fizerem o contrario, sero pela primeira vez admoesta-
dos, e pela segunda pagaro dous mill'is para a no sa Chancellaria, e
Meirinho. E pela terceira vez pagaro do aljube quatro mil ris. E se
perseverarem na culpa, se proceder contra elles com as censuras, c
penas de direito (15) que justas pat'ccel'em at suspenso de Officio, e
Beneficio.
/,87 E quanto aos leigos que frequentarcm o 'Mosteiro das Frei-
ras, declaramos, que inconero em pena de cxcommunho imposta pe-
lo mesmo direito Canonico, (16) e assim sero declarados por eXCOD]-
mungados, se depois das tres admoestaes se no emendarem, e po-
dero ser condemnados nas penas, que nos parecerem; o que se no en-
tende nos que forem falial' com parentas suas at o segundo gro, (17)
C<lm tanto que com esta occasio no fallem com outras Freiras nem
haja escanualo. E dos que enteal'em na c1aul'L1l'a sem legitima licena,
e jusla causa trataremos no quinto liwo.
i
, H rec eOlm
cipiO(l~) . f I'cqueo(ta . .J1lf1"J(:I~ arI" ..
)1f.1"I0 rcmlLLJLnr.
nar I105. Jur.
. ECC.I
lib. 1. C. 4f~. n. 154. cum Noy. Cam pc, et Sancho ab eo ciLatis, eL ia Collccl.
ad lext. in cap. J.\.IooasLeria 8. D. 8. de ViL. cL honesl. Cleric.
(15) Trid. sess. 25. de Regu!. c. 5. c. l\Ionastcria 8. de YiLa, eL hOllCSl.
Cleric. eL ibi Barb. et de PoLe L. Episc. p. 3. alleg. 102. n. 71.. Ga'anL. verb. Mo-
nialium collocuLio n. 5. eL 6.
(16) Cap. l\Ionasleria 8. de ViL. eL ltonest. Cleric. eL ilJi Barb. 11. 1. Ycrs.
laicus vera, eL de PolesL. Epise. diela alleg. 102. II. 71.
(t7) Gavant. dicL. vel'b. l\Ionialium eollucuLio n. 7. ConSLiL. Porluens. lih.
3. lil. 1. ConsL. 12. yers. 2.
DO ARCEBISPADO DA BAH[A. 191.
TITl;LO XIII.
(1) Pelru Greg. lib. i. ParlilionuID Juris Canonici lit. 2Q. cap. l~. Gavant.
vcrb. Pl"Ocessio pcr tol. Barb. de Potest. Episcop. p. 3. alleg. 78. n. 1.
(2) l\Iallh. c.18. verso HJ. Aclor. 1. 21. Trid. se S. 13. de Sancliss. Euchar.
Sacram. C. 5.
(3) Consl. UJyssip. lib. 2. lil. 6. in princip. foI. 213. JEgilan. lIb. 3. lit.
3. c. 1. foI. 213.
('t.) Concil. Trid. sess. 13. C. 5. de Sancls. Euchar. SacmID. el sess. 7. G.
5. el cano 6. Clem. unic. de Reliqllii , el veneral. Sauclorum, C. Rogatiopcs disL
3. de Cosecrat. Ord. nego lib. 1. tit. 66. Si lrR. 1 golin. de Pof.r t. Epl C. p. 1.
C. 20. SI 2. n. 6.
. (1) Bellet. disquisit. Cleric. p. 1. IH. ele Favore Cleri i re~li SI 2. n. 5. Leo
~n Thesallr. fori Eccles. p. l~. e. 2. n. 142. Barb. de Polest. Epl~cop. P: 3. alleg.
18~ n: 3. el de uoiv. juro Eccles. cap. !l3. n. 161. el AposlolIc. deCIS. collect.
2Oti. a n. 1, usque ad 4 .
.(2) Aulhro. de Sanctiss. Episc. SI. Omoib. collat. 9. Conslil. UJyssip. lib.
~. tIL. 6. in fine princip. foI. 213. JEgilan. lib. 3. til. 3. C. 1. n. 12. Porlllens.
lih. 3. til. 2. Const. 2. in prllcip. el '~ers. 2.
192 COl TITUIES
Pa!'ochos, Vigal'ios, Communiuaues, e mais pessoas Ecdesiasticas, (J
secula!'es <1e nosso Arcebispa<1o, que no ordenem, nem fao Procis-
ses publicas geraes, ou particulares, por qualquer causa que seja, sem
licena nossa porescripto, (3) em que seassignar o tempo, parte, e por
onde hO de ir, e se tornaro a recolhei" excepto aquellas que mandar-
mos, e permiLtirmos se fao nestas nossas Constituies: na qual nos-
sa prol)ibio se comprehendem tambem os Regulares, (/,) os quaes
conforme a direito e declaraes da Sagraua Congregao no podem
fazer Procisses puhlicas por fra uo ambito de snas Igrejas sem liccll-
a dos Bispos.
i' 1.91 E smente os Religiosos da Companhia de Jesus podero fa-
Z!' nesta Cidade as Procisses, que no dia das onze mil Virgens, no
dia da Santissima Trinuade, e na Tera Feira das quarenta boras cos-
tumo fazer. E os Religiosos de Nossa Senbora do Monte do Carmo
em Sexta Feira ua Paixo. E os de S. Francisco em Quarta Feira de
Cinza. E o Senado da Camara em dia de S. SebastiO; em dez de Maio
dia do Padroado de S. Francisco Xavier; cm dia dos Apostolos S. Fi-
lippe, e Santiago, e em dia do Anjo Custodio, e a da Acclamao no
primeiro de Dezembro, e a de Santo Antonio de Arguim. E a da Ir-
mandade da Misel'icordia em Quinta Feira de Endoellas e em dia dc
todos os Santos. E a Irmandade dos Passos na segunda Sexta Feira
da Quaresma; com tanto que umas, e outras se fao com toda a decen-
cia, (5) e nellas no iro Imagens de antos que no esti,erem canoni-
zados, nem cousas probihidas nestas nossas COllstiLuies. E sem a
dita nossa licena S no pod~ro fazer outras Procisses, soh pena de
excommuDl1o maior 11JSO {acto incwTel1da, e ue dez cruzados para as
despezas da justia, e Meirinho.
TITULO XV.
(1) Clemet. llnic. de Reliqlliis, et veneral. SancLor. Trid. sess. 13. ele Sa-
cram. Euchar. cap. 5. Ord. Regia li\). 1. til. 66. . 48. Rit. Homan. LiL de Pro-
cesso in fesLo COI'poris CbrisLi. Lara de Capellan. eL annivers. lib. 1. c. 24. Quar-
La de Processione seet. 2. punct. 11.
(2) Trid. dicL. c. 5. vers. JEquissimulD. Facit D. Thom. in 0PUSClll. 57. eL
Eccles. feria sexta iofra ocLavam COI'poris ChrisLi.
(3) Creremonial. Episc. li\). 2. e. 33. Rit. Roman. ele Procession. in feslo
Corporis Chrisli.
(4) SeI. in Selecl. Canonie. e. 11. num. 2. Saera Congrego Rit. in Tu ca-
nens. 19. AllgllSL. 1619. Cone. 'Provine. Mediol. 1. GavanL. verbo Processio n. 16.
ConsLit. myssipon. lib. 2. LiL. 6. deer. 1. ~ 2.
(5) Creremoo. Episcop.lib. 2. cap. 33. Gavaot. verbo Processio num. 34.
Consto Ulyssip. ubi proxime. ..
(6) Trielenl. sess. 25. de Regular. C. 13. Sacra Congregal. Concil. 17. lulll
1597. GavanL. verbo Processio 11.6. Consto Ulvssip. lib. 2. til. 6. decrel. 1. 2.
(7) Tridenl. sess. 25. ele Regular. C. 13. Gavant. verbo Processio n. 7. Ric.
in prax. p. 1. resol. 319. n. 1. cL 2. Barbos. ele Polesl. Episcop. p. 3. alleg. 78.
n. 26.
no ARCEBISPADO DA BAUIA. 195
Provisol' (8) nesta Cidade mal1dal' dous dias antes fixar um edital nas
portas da nossa S, porque mande s pessoas, que a isso sO obrigadas,
se achem na tal Procisso, declarando-lhes que se assim o no cum-
}JI'irem, incorrem Das ditas penas de excommunho, e dinheiro.
500 E mandamos outro-sim a todos os nossos suhditos, que no
dia em que se fizer esta solemne PI'ocisso tenbo as ruas, e lugares
pOI' onde homer de passai' limpos, (9) e ornados com ramos, e 11ores,
c as janellas, e paredes concertadas, c armadas com sedas, panos, al-
catifas, tapearias, cjuadros, imagens de Santos, e outras pinturas ho-
nestas, f(uau to I !les ror possi ve1.
501 E outro-sim mandamos, que nem-um homem, (no tendo
legitima causa) em quanto a Procisso passar pelas ruas, esteja s ja-
ueIlas ('10) ou sentados em cadeiras de espaldas com a cabea cuberLa,
e tanto que avistarem o Senhor se poro de joelhos sob pena de ex-
communbo maior.
TlTULO xvn.
DAS Il'DULGENCIAS Q E SE GANHO K\ PROCiSSO DE CORl'O DE DEOS, E S ,\
of'rAVA, E DE CO~lO SE no DE PUBLICAR PELOS PAROCHOS.
504 Todo o Clerigo lanlo ql1e toma Ol'uens Sacras, fica logo
obrigado arezar (1) as floras Cononicas e OmcioDivioo lodososdias, e
esta obrigao tem lodo o Clel'igo que liver Beneficio Ecc1esiaslico ain-
da sem Ordens Sacras, (2) porque por isso se lhe d o Beneficio; e as-
sim conforme a direito, e' arias Constituies dos Summos Pontifices,
lodos os Clerigos de Ordens Sacras, e Beneficiados, posto que as no
Lenho, que sem justa causa, e legitimo impe.Jimento deixarem de re-
zar o Ollieio Divino em quaesquer dias, alm do reccado mortal que
commettem tendo Beneficios, tenho, ou no Cura do almas, se depois
de seis mezes de estarem de posse (le1les no I'Czarem, pel'{lem os fru-
ctos dos ditos Beneficias pro rata do tempo que deixaI'em de rezar, e
so obrigados a os restituir fabrica das Igrejas, onde so obrigados,
ou tem os Beneficios ou aos pobres conforme as Constituies do Con-
cilio Lateranense, (3) e do Santo Papa Pio V cuja forma e t!leor manda-
mos se guarde.
505 E yem a ser (J.) o que HelIe se dispoem, que deixando os Sa-
cC!'dotes de rezaI' Matinas, perdem a metade dos frllctos, CJue vencio
naquelle dia: e faltando em rezar todas as oMtras Horas, perdem ou-
lra meLade; e n;o rezando uma s hora das mcnores, pcrdem a sexla
parle do que pro rala Ihcs podia cabcr, repartidos pelos dias os fruclos
dos Beneficios.
506 E sc alguns Clerigos, ou Beneficiados forem to esquecidos
fie sua ohrig.ao, que contnmazmcnte pel'scyercm, d pois de passar o
dilo tempo de scis mezes na negligencia de no rezar sem justa causa
ou legitimo impedimento, (5) sero primeiro admoestados; e contra os
Beneficiados com Cura de almas, 01\ sem ella, se proceder at final
scntena de provao de sens (6) Beneucios. E para cITcito de serem
Vl'ivudos dellcs entender-se-ha que no rcza, o que por quinze<liasn50
(o) D. 'fhom. 2. ,2. q. 83. al't. 13. Suar. lib. 3. de Oral. c. 4,. Pal. dict. dispo
1. punct. 7. n. 2. et dispo 2. punct. 3. n. 4.
(6) Gavant. verbo Canonicor. munera in choro n. 27. Barbos. dict. c. 34,. n.13.
(7) Constit. Ulyssip. lib. 2. til. 5. decret. 3.
(8) Cap. Preshitcr 91. disto C. 1. de Celebro J\Iissar. Azor. c.1. q. 2. Paul.
Fusc. de Visitat. c. 20. n. 11. 'avar. de Horis Canorueis C. 25. sub n. 5. CaieI.
in Sumo verbo Horre Canonic. verso Quoarl secundum.
(1) Trid. sess. 5. de ReForm. C. 2. et sess. 21-. de ReForm. C. 4. et ibi Bar-
bos. et de Poleslat. Episcop. p. 3. alleg. 76. n. 1. Campan. in diverso juro Ca-
nono rubrico 12. C. 13. num. 13.
(2) PrredictlllD Tl'id. locis cilalis, C. Inler crelera de Orne. ordin. Conslil.
Ulyssip.lib.2. tit. 7. in principio. J'Egitan. lib. 3. liL 4. C. L in principio. Bra-
charens. lit. 2l~. COllSt. 2. Fol. 313. Donat. 10m. 3. traet. 6. q. 13. n. 8.
(I) Ad I\.omun. 10. 15. cap. Excommullicamus Quia vel', de 11rerel.
DO ARCEBISPADO DA BARIA. 199
aulol'iuade, sem lhe sei' commeUido, e mt1udado por legitimo Superior.
E assim prohibimos, que nem-um Pregador secular, sob pena de excom-
munbo maior, e de suspen o das Ordens, c priso, e das mais penas
que nos parecer, pregue neste nosso AI'cebispado, sem ler para isso es-
pecialliccna nossa (2) passada in scriplis, pC'la qual se no ICYarcou-
53 alguma em nossa ChanceUaria.
511 E mandamos ao nosso Cabido, e aos Parochos das Igl'ejas.
e a cada uma das mais pessoas, que as tiverem a seu cargo, sob ames-
ma pena de excommunho, e de se lhes dar em culpa, que no consin-
to (3) na uossa S, nem nas outras Igrejas, ou Capellas Pregador al-
gum seculal', ou Regular sem a dita licena nossa. E o mesmo encom-
mendamos aos Prelados dos Convenlos deReligiosos, que nas suas Igre-
jas no admilto Pregadorcs seculares, nem os deixem pregai', se lhes
faltar licena nOS8a.
515 Os Regulares, e Heligiosos de qualquer Oruem, que sejo
Jlo podero pregar, ainda nas Igrejas de suas Ordens, sem terem ap-
pl'ovao de seus Superiores, e sem serem examinados por elles na sci-
eneia, e terem especial licena sua, com a qual sero tambem obrigados
a primeiro sc apresentarem (A) ante Ns, e pedirem nossa beno, an-
tes que comecem a exercitar o omcio de prcgar. E nas outras JgI'ejas,
que no forem de suas Ordens, alem da dila approvao, e lieena de
~eus Superiores, haero licena nossa por escripto, (5) que lhes con-
cedel'emos gratis, e sem ella no podero pregar. E prohibindo s
(6) a alguns Pregadores, posto que sejo Regulares isemptos, que nao
preguem, o no podero fazei', nem nas Igrejas de suas proprias Or-
dens.
-l< 516 Procurando Ns, c desejando muilo que os Pregadores, que
neste nosso Arcehispado houverem de pregar, tenho as leUras, vida,
e costumes que se requer, (7) mandamos que para se lhes passar licen-
a sejo primeiro examinados da sciencia por Ns, ou nosso Provisor,
ou pelas pessoas s quaes o commellermos, e achando-os idoneos, len-
do Ordens Sacras, e havendo boa informao de sna vida, e costumes,
(8) Coneil. taleran. sl1b lnnoeenlio ln. cap. Exeommunieamus ~ Quia ve-
r nonnulli de hrerel. Tridenl. sess. 2l. de Reform. e. 4.
(9) Gavanl. verbo Exequire n. !l8.
(10) SeI. in Seleel. r.anon. e. 23. n. 19. Barbos. ad Coneil. Trid. sess. 24.
e. 4. n. !l. et de Paroe. p. 1. e. 11. n. 2. el 3.
(1) C. Cuquerenle de Olieio Ordinarii, e. Ex frequenlib. de Tnslit. ~.
Omnes Basilicre, e. Nu]]us 16. q. 7. e. Exigenda 10. q. t. e. Ex injl1nelO de Hre-
rel. in fine. Gare. de Benefio. p. !l. e. 1. n. 52. eum mullis eilalis ab AuguSl.
Barbos. de Potesl. Epise. p. 3. alleg. !l7. n. 2. Felin. in e. Venerabilis de Ex-
eeptionibus.
(2) Cap. Tobis de Jure "Patronatus. Trid. sess. H. cap. 12. de Reform.
Barbos. de PolesL. Epise. p. 3. alleg. 72,
(3) Ex Bulia Leon. X.
(4) C. Deeernimus 16. q. 7. Glos. in Summa, ubi notanl DD. deJure Pa-
tronalus lib. 6. Clem. 1. de Jur. Patronal. Cabed. de Patronal. Eeel. Reg. Co-
ronre e. 1. n. 3. el 6. et e. 19.
(5) Trid. sess. 2'~. de Reform. cap. 18. el ibi Barhosa n. 50. cum seq. el
de Polesl. Epise. p. 3. alego 60. n. 40. Gare. de Bener. p. 9. e. 2. n, 278. PaI.
tom. 2. lraet. de Bener. dispo 3. punel, 2.
(6) Trid. ubi proxime.
DO ARCEBISPADO DA BARIA. 2L
te, ol'den:lInos, e mandamos, que em qualquer tempo que vagarem as
Igrejas Parochiaes por qualquel' modo, e via que seja, se ponho em
cOllcurso por edicto publico para serem providas, e que em termo de
(7) trinta dias (attendelldo aos longes, e distancias deste nosso AI'-
cebispado, e pouca commnnicao que ha de umas Freguezias a ou-
tras) se apresentem todos os que quizel'em ser oppositores, (8) e tire-
rem as partes neccssflrias, (9) os quaes sero examinados ao menos por
tres Examinadores (10) Sinodaes; (11) (o que ser sempre, sendo pos-
siveI, em nossa presena, (12) ou de nosso Provisol" (13) e dos nossos
Desembargadores) Das materias necessarias para (1lt) a cura uas almas:
e no se escusaro deste exame os Doutores, e 1estres, (J 5) e quaes
qner outros sugeitos que forem notoriamente dontos. E dos appro-
rados escolhel'emos o mais digno, (16) cuja idoneidade, (17) e capacida-
de se no dere regular s pela cioneia, mas tambem pelas mais partes,
e requisitos necessal'ios, c a esle proporemos (18) aS. Magestade, para
lhe mandar passar carla de apresentao na frma de suas Reaes Pro-
vises, que costuma conceder aos Bispos Ultramarinos, e pela tal carta
ser conlli'mado, e collado na frma (19) de direito.
522 Ainda que neste nosso Arcebispado (como nos mais ultrama-
rino ) pertence a S. l\Iagestade apresentar Pal'ochos perpetuos, o que
se no pde esecutar com a brevidade que se requeri pal'a que lio fal-
te s almas o Pasto espiritual, somos .Ns obrigados a encommendal'
(1) as Igrejas que ,'agarem fi sugeilos idone03, que satisfao a to pre-
cisa obrigao, durante o tempo da vacatma elellas.
523 Pelo que ordenamos, que tanto que em nosso Arcebispado
vagai' uma Igreja Curada, se nos faa logo a sabei', ou ao nosso Prori-
SOl', e logo que 110uvcr a dita noticia se proveja de Sacerdote idoueo,
(2) o qual Ctll'e, e governe como Parocho encommendado at ser pl'ovi-
da de propl'etario. E se lhe contribuir com a mesma congrua, (3) co-
mo aos demais Pal'ochos, por ser assim conforme a diI'ciLo, e S. l\Ia-
gestade o ter assim determinado, c assim se observar sempre.
524 E o dito Encommendado cumprir com todos os encargos,
e obrigas da Igreja, (4) e durar esta encommendao aL o novo
provido Lomar (5) posse, salvo, (6) se por justas causas tirarmos ao tal
Encommenuado, o que poderemos fazer aehando-o culpado, pondo ou-
tro em seu lugar. E os Vigal'ios das Comarcas, ou o Parocho mais vi-
sinllO sero obrigados, tanto que yagar alguma Igreja Curada, manual'
ao nosso Provisor aviso da vacatura, para sem dilao se executar o so-
bredito, e no estal'em as Igrejas sem Parochos, que as administrcm.
TITlLO XXV.
DO TITULO, E COLLA.O Q E E' NECESSARU PARA os I'ROTlDOS !'iAS IGREJAS
TOlllAREM POSSE DELLAS.
(J) Cap. li-. de Ofl'. judie. Ordin. Trid. sess. 24. de Reform. cap. 18. Arm.
in addit. ad reeopil. lego 'ayarral lib. 1. til. 18. L. 7. de Episeopis n. 86. Gar-
cia de Benef. p. 9. e. 2. n. 1. 2. el128. Barb. de Polest. Episcop. p. 3. alleg.
60. num. 1. PaI. in Opere lUoral. tom. 2. lraet. 13. d. 1. punet. H. n. 6. Azor.
Instit. Moral. p. 2. lib. 6. cap. 31. Cf. 1. in fiue.
(2) Trid. loco proxime eHal. et ibi Barbos. n. 31. Gare. de Benef. p. 9. c. 2.
n. 10. el127. DD. ati texL. in e. Cum YOS de Orne. Ordin. Consto U1yssip. lib.
3. lil. 8. deer. 1. 3. foL 268.
.(3). Ad ea qUal Garcia diel. e. 2. n. 16. et 17. Dieta Conslil. U1yssip, ubi
prOXlffie.
(4) Trid. diet. e. 18. BaTbos. de Orne. et }lotesl. Paroe. p. 1. e. 3. n. 14.
Yers. Qui onera. .
. (5) Trid. loco cHato. Mussob. in pruxi refluis. 1. dub. 26. Consl. Irs ip.
UICl. lib. 3. til. 8. 3.
(6) Faeit. ConsliL. JEgitun. lib. 3. til. 6. e.13. n. 3. in fine. Themud. p.
1. deeis. 7lo n.15 .
. (1) Cup. Ex frequenLih. de inst. cap. Cum "ui senl. de in integro r'.-
LI.l. c.. Eum qui de pri.l?b. lib. 6. cap. A I ames tle exccssib. Proolal. cap. Qm3
Ulvel'sllatem de COlleess. pncbem!.
;204 CO STlTUICE
. .
mandamos que nem-uma pessoa de qualquer qualiuaue, estado, e ('.011-
dio que seja, tome posse de alguma 19l'eja, ou Beneficio, antes de
ser por s collado por imposio de balTete, (2) de que se far termo
pelo nosso Escrivo da Camara: e assim o dito lermo, como o titu-
lo de apresentao, sero registados de verbo ar.! verbum pelo dito nos-
so Escrivo da Camara, no livro que para isso havel' numerado, e ru-
bl'icado pelo uosso Provisor. E a todos os que no cumprirem o dis-
posto Desta Constituio em todo, ou em parle bavemos porcondemna-
tios em dez cl'Uzados para as despezas, e accusador, e sero suspensos
de seus Beneficios at obedecerem. E quando perseverem em SllaCOI1-
tumacia, se poder pl'ocetler at privao dclIe.
TITULO XXVI.
DAS QU.\LIDADES, E SUFFICIE 'CIA QUE HO DE TER os CO.\DJUTORES, E CURAS:
E DO EXA~JE QUE SE LHES DEVE FAZER.
526 E' muito importante salva~o das almas, que os que cu-
I'o dellas sejo scientes, (I) zelosos, de boa vida, costumes, e exemplo.
POI' tanto encal'l'egamos muito a consciencia do nosso Provisor, ou de
qUlll1nel' ontra pessoa, a quem for commeuido daI' licena para curar,
que tenha muito especial cuidado, se no dem as ditas Jicen.as a pes-
soas, em quem no COllCOlTo todas as qualidades necessarias para exe-
cutar o miuisterio de curar almas.
527 E mandamos aos Vigarios, que at o ultimo uia do mez de
JUlllO nos apresentem Coadjutor, que sina por aquelIe anno, qne sem-
pre comear do primeiro de Agosto, e no o apresentando at o tal
dia, o nosso Provisor o nomear. E sempre o dito Coalljutol" ou Cu-
ra ser examinado Das materias de Moral pertencentes administrao
dos Sacrameutos e nas mais que forem necessarias, para com sufficieo-
cia exercitar o Omcio de Parocho: o qual exame se repetir (2) de tres
em tres anuos, altendendo aos longes deste nosso Arcehispado, posto
que j uma, Oll muitas vezes fosse appl'o\'ado. E quando pelo exame
parecer f/lIe se lhe passc carta com limitao de tempo, e depois deHe
tornc a exame, ser obtigntlo a vir, e sem ser segunda vez examinado
e appl'ovado no poder continuar a servil'.
528 E apmsentar folha cOlTida, (3) cerlitlo do Visitador, se
(f~) Gonsal. ad reg. 8. gloso 4. num. 161. Facil. Consto Ulyssip. lib. 3. I.il.
8. ueer. 1. SI 2.
(5) Barb. de pot. Episc. p.2. alleg. 1\3. n. 23 . .!\Iascarel. de Probal. concl.
465. n. 10. DicL. Con t. Ulyssipon. dicl. decr. 2. verso E alem disso. ConsUL. 1101'-
lllcns. IilJ. 3. liL 5. Consl. 13. I'ers. 2.
(G) Barbos. ele Polest. Episcop. p. 3. aIleg. 72. n. 100. el ad Trid. sess. 21-
deRerorm. cap. G. n. 8. Conslit. JEfilan. lib. 3. til. 6. ConsUt. J3. n. 3. foI.
21.1. Fortuens. uui proxiJUc vers. 3. 1'01. 282. lyssip. lib. 3. liL 9. decr. 2. SI
1. I'ers. E tambem.
(7) Dllaren. de BeneGc. lib. !~. C. 1. Barbos. de Polesl. Episcopi p. 3. alleg.
72. II. 11.
(8) Salzed. in prax. cap. 82. n. 3. CODsliL Portuens. Iib. 3. til. 5. COIlSl.
13. vers. !~. lEgilan. lib. 3. til. 6. c. 13. n, :lo Ulyssip. ubi proximc.
(9) C. Omnipolens de AccusalioD. L. Reus. Ir. de ~funerib. L. Reum Cod.
de PI'OCllrat. Naval'. cons. 6. el7. de accusaL Ugolin. de omc. Episc. C. 1. SI
Ln. 8. Garcia de.Bener. p. 7. c. 8. n. 6.
(lO) CousL. PorLuens. ubi proxm vers. 5.
(11) Conslit. Porluens. loco cital.
, (I",) Sel. de Bener. 2. p. qumsL. fin. n. 34. el 35. Coval'. 'Pract. q. 3'5.11.
5. cl G. SOlo lib. 3. de Jusl. l juro q. 7. al't. 2. Cevall. q. 893. commun. conlra
comlJ1nn. lara ele Annircrs. el. CapeIl. lib. 2. C. 3. n. UI.
(13) Conslil. iEgilan. lib. 3. lil. 6. cap. 13. n. G.
(JIj.) Con L Porluells. Iib. 3. til. 5. consLit. 13. verso 11. ruI. 283.
(IS) Tridcl1l. sess. H. lle ReliJl'lIl. cap. J I. Clem. unic. de ncgularilJus.
Quarallt. in SUlllma llul1al'ii rcrb. Canonicus HrguJaris. "ficho in PncccpL. DecaI.
26
206 CONSTITUIOE
com :i sua disposio ordenamos, e mandamos, que os Religiosos Men-
dicantes no POSSO ser Curas, nem Coadjutores das Igrejas Parochia-
es, nem tambem nellas administrem os Sacramentos sem nossa espe-
cial (16) licena.
TIT LO XX, II.
DO Lnno QUE o NOSSO PROVISOR BADE TER, EM QUE ESTEJO ESCRIPTAS 'fODAS
AS JGREJAS c nAD.\S, PARA SABER CADA ANNO, SE ESTO PROVID.\ DE
VIGARlOS, E COADJU'IORES.
532 Para que melhor se acuda ao servio da Igreja, e saiba se
esto providas de Vigarios, e Coadjutorcs idoneos, mandamos que o
nosso Provisor teuha um livro bem encadernado, em que por dices
distinctas estejo escriptas todas as Igreja~. Curadas (1) deste nosso Ar-
cebispado.
'533 E far cada allUO um caderno, cm que v escl'evendo os no-
mes de todos os Coadjutores, que forem providos por carta aqueJle an-
no, e passado o mez de Agosto, conferir o dito caderno com o livro,
e achando alguma IgI'eja sem Coa1ljutor a prover logo (2) de Sacerdo-
te idoneo, que exercite a Cura de almas, pois S. Magestade manda
assistir com salario (3) aos Sacerdotes, que servirem <.Ie Coadjutorcs
em todas as 'igamrias, que pelos longes todas necessito deJles. E
para com efIeito irem pal'a Coadjutores, poder obrigar () a qualqucr
Sacerdote, que no tenha legitima causa pam se escusar, ou impedi-
mento que o desobrigue.
53ft E quando a algum Cura, ou Coadjutor por no mostrm'mui-
ta sufficiencia se passar cal'la com clausula lle que torne a exame den-
tro de certo tempo, ou com limitao para certo lugar, ou pessoas, o
dito Provisor fal' no dito cadel'l1o estas declaraes, (5) e ter cuidado
de fazer vit' a exame (6) o que tiver a sobl'edicta clausula, dentro do
tempo consignado, e no vindo pI'oceder contra elle como parecer jus-
tia; (7) no que tudo lhe encarregamos mnito a consciencia, e quando
assim o no cumpra, o que dellc no esperamos, nos haveremos pOI'
mal sel'vidos.
tom. 2. lib. 7. c. 29. n. 71. Consto Ulyssip. lib. 3. lit. 9. dec!'eL. 2. Si 1. vcrs.
E lambem.
(16) Consto Ulyssipon. dicl. Si 1. Brachar. til. 15. cnnsl. 2. foI. 233.
(1) Consl. JEgilan.1ib. 3. lil. 6. cap. 19. n. 1. foI. 2'1-6. cum seq. Portuens.
lib. 3. tit. I'. consto 5. 1'('1. 287.
(2) Dict. Constil. lEgilan. uvi proximc. Portueus. loco citat. verso 1.
(3) Paul. 1. ad Corinlb. c. 9. Texl. in cap. 2. de Pnnbend.
(4) Jjcet enim Eenefir.ium non con1'ernlu!' in invilllm, altamen proplcr
commodllm animarum con1'erri potesl. L. Solvendo uvi Glos. 2. ct Barlol. n.
1. If. de Negotis gestis Cardos. in praxi verb. Bcneficium n. 65.
(ti) Conslil. .mgilall. dicto c. 19. n. 2. Porlucns. dicl. consl. 5. ver. 2. ..
(6) Ad ea qllre Conslil. UJyssip. lib. 3. lil. 9. dccret. 2. iII fine [ll'iucipll
fbl. 277. Consl. '&gilall. et POl'lllens. loco cilatis.
(7) Diela: Conslilllliones J'EgililU. et llorlueus. loci ciLatis.
DO ARCEBISPA DO DA BAlHA. 207
TITULO XXVIII.
CO~LO, E QUANDO PERTENCE AOS ORDINARJOS PRO",'ER DE ENCOnMENDADOS
AS IGREJAS PAROCH1AES.
535 Entre todos os cuidados de nosso pastoral omcio, (1) o prin-
cipal , que se no falte s o,relbas de nosso Arcebispado, que por dis-
POSiO Divina nos esto commettidas, com o espiritual pasto dos Sa-
cramentos, Doutrina Christ, e Officios Divinos: E assim encommcn-
ua muito o direito, e Sagrado Concilio Tridentino, (2) que todas as ve-
zes que as Igrejas Parochiaes Curadas tem necessidade de serem provi-
das de Eucommendados, pela ausencia, (3) enfermidade, (11) insuilicien-
cia, (5) ou qualqueL' impedimento (6) dos PaL'ochos, os Ordinarios pro-
vejo as Igl'ejas 110s taos Encommendados, assignando-Ihes congL'ua
(7) para sua sustentao dos fl'uctos das mesmas Igrejas.
536 Por tanto conformando-nos com a soa disposio mandamos
e encarregamos moito ao nosso Provisor, que tanto que lhe vier no-
tida, que algum Parocbo em razo de doena, ou muita idade, eu por
cahir em falta de juizo, ou por notavel insu1l1cincia, e remisso no
pde cumpl'r com a obrigao de seu omcio, mande fazer summario de
testemunhas (8) para justificao do impedimento: e alem disso no to-
cante suOlciencia, mandar pel'311te si vil' o dito Parocho, e o exami-
nar, (9) e feita a justificao nol-a communicar, para que constando
delta ser necessal'io provermos as Igrejas de Encommendados, o faa-
mos, (10) pelo tempo que nos parecer mais servio de Deos, e bem Jas
mesmas Igrejas, na frma que o direito dispoem.
(5) Ad illa verba Tridentini: Cunha prills per Episeopllm eognita, el ap-
probata.
(6) Ad verba Tridentini: Viearium idoneum ab ipso Ordinario approbdum.
Possevin. de Oflle. Cmal. cap. 2. n. 13. Abr. deParoc.lib. 3. c. 8. n. 64.
(7) Trid. dict. sess. 23. de Reform. cap. 1. J,ess. lib. 2. cap. 31.. dnb. 29.
Vasq. de Benef. c. [~. I\) 2. Filiue. lom. [~. c. 41. Tolel. lIb. 5. c. 5. n. 9. Gare.
de Benef. p. 3. c. 2. n. 22. 23. et 24. Abr. de Paroc. lib. 3. c. 6. n. 37.
(8) Ad hane exlraordinariam absenLiam qUaJ sinl causro justro, vide Abr.
elicl. lib. 3. c. 7. n. !~O. curo seq.
(9) Trid. dict. sess. 23. de Reform. C. 1. vers. ln scriplis, el ibi Barbos. sub
n. 11.. et n. 65. Abl'. ele lnstil. Parochi. Iib. 3. e. 7. n. 58.
(10) Barbos. ad Triel. loco cilato num. 67. cum Possev. Vasq. Less. Ugolin.
Filiuc. el Sanclarel. ab o allegalis.
(11) Trid. loco supra citalo, el ibi Barb. n. 63. Abr. ele lnslit. Paroc. lib. 3.
C. 8. n. 62.
('12) Barbos. ad Trid. loco c.ilalo num. 63. el 75.
(13) Consl. Porluens. lib. 3. til. G. consl. 2. verso 3.
(14) Trident. sess. 23. de Refolm. C. 1. ct ibi Barb. n. 15. Valenl. lom.3.
el. 10. q. 3. puncl. 5. verso Secundo cCltum cst. Less. de Jusl. Iib. 2. cap. 3~.
dub. 29. n. 15".
(15) .40111'. de Tnstit. Par. lib. 3. C. 6. n. 30. Conslit. U1yssip. lib. 3. lil. 5.
decr. 1. 1. foI. 250. Brachar. til. :14. n. 2. foI. 226.
(16) DiclaJ Consliluliones ubi supra. POl'lurns. lib. 3. (il. 6. consl. 2. 1.
foI. 293.
DO ARCEBISPAD DA BJl1IA. '211
mos por condemnados para a S, e~'leirinho; excepto (17) se eSliverem
enfermos de tal enfermidade, que no posso vil' sem perigo desua saude,
eu estiverem fra do Arcebispado com causa, elicena (18) le.gitima .
.jC 5!c6 E porque no tempo da peste, bexigas, ou doenas contagio-
sas ainda maior a nccessidade de se administrarem os Sacramentos
aos freguezes doentes, e assim fica sendo mais prejudicial, escandalosa,
e digna 4e castigo a ausencia dos Parochos, que SO obrigados aos uo
desamparar neste aperto, (19) e a pI' a vida, senuo necessario, pela
salvao de suas ovelhas, ordenamos, e mandamos, que uem-um Paro-
cho se ausente, posto que hajo doenas contagiosas, de sua FI'egue-
zia, ncm ainda por poucos dias, porque nem por estes lhe permittida
(20) a ausencia no tal tempo; e fazendo algum o contrario, alem de no
fazer os fructos seus nos dias cm que estiver ausente, ser preso esus-
penso a nosso arbtrio, e do aljube pagar dez cl'llzados; e sendo a au-
sCl1cia dilatada, se proceder contra elle na frma de direito.
TITULO :XXXl.
DA OBRIG.\O Q 'E os l'AROCHOS 'rEnI DE DIZER MISSA A SEUS FREGl. EZES.
5'.9 Como uma das principaes obrigaes dos Pastores das almas
(como temos dito) apascentar as ovelhas, que esto commellil1as, com
a saudavel pregao da palana de Deos, e ensinar-lhes a DOlltl'ina
Christ: conformando-nos com o que nesta materia dispoem o Sagl'Udo
Concilio Tridentino, (1) mandamos a todos os Vigarios, Capelliics, e
Curas de nosso Arcebispado collados, ou annuaes preguem pel' si pro-
pl'ios a seus freguezes nos Domingos, e festas solemnes do anno, tendo
sciencia, e approvao (2) nossa.
550 E no tendo sumciencia para pregai' lhes fao praticas es-
pirituaes, (3) em que lhes ensinem o que necessario para fugirem os
vicias, e abraarem as virtudes. E quando nem pam isso tiyerem suffi-
ciencia (o que delles no esperamos) leino a seus fregllezes (l.) alguns
capitulas desta Constituio, que pertence Doutrina Ciu'isl. E para
IJue com mais commodidade a POSsO ensinar, Jh a pomos aqui, e a
que se segue.
FOBMA. DA DOUTnINA cmusTi.
SIGNAL DO CHPdSTO.
(6) Exodi 20. Paul. ad Ephes. 4. Isai. 6. Psal. 32. Mallh. 28. Joan. 5. Sym-
bolum D. Alhanas Trident. sess. 3. decreL. de Symbol. Fidei. C. Firmitcr de
SUtUrn. Trinit. D. C~'ril. lib. 2. Thesaur. c. 1. D. Ambros. lib. 2. de Fide ad
Gralian. c. f~. D. Thom. 1. p. q. 74. arl. 3. ad 3.
(7) C. Firmiler. de sumo Trinilat. Symbol. D. Alhanas. Gonel. lom. 6. p.
1. lracl. G. C. 1. ~ 1. et &c. 6.7. el 8. Alma Inslruida tom. 2. c. 2. num. 11.
eum cC[. fol. 974. et eod. cap. docum. 1. n. 11. foI. 982.
(8) DicL. cap. Firmiler, C. uno de Sumo Trin. lib. 6. Symbol. Dil'. Alhan.
D. Hern. Epist. 90. Leo Papa Episl. 93.
(9) Symbol. D. Alhan. D. Aug. lib. 11>. de Trin. cap, 3. D. Ambros. lib. 5.
de Trinil. D. Tbom. de Trinil. q. 42. art. 6. D. Chrysolog. Sermo 60. Gonet. di-
et. tracl. 6. de l\fyslero Trinitatis C. 10. ~ 1. Alma Instruida ubi supra.
(lO) Psalm. 66. I aire 6. l\Iatlh. 28. Joan. 5. D. Bernard.lib. . de Consi-
clerat. C. 8. D. Ilieron. in Psal. 66. D. Ambros.lib. 2. de Fide ad Gratian. c. 4.
Gonel. dict. lracl. 6. c. 1. ~ 1.
(11) Joan. 1. 14. c. Firmiler de summ. Trinit. Suar. lom. 1. dispo 2. sect.
1. 2. el 3. Symbol. D. Alhanasii.
(12) Ad Rom. 3. 4. Malach. 3. 6. Psalm. 135. ti. Deuter. 6. 4. Psal. 113. 3.
cl95. 5. Luc. 1. 31. 2. 10. l\1allh. 1. 21. 14. 30. 8. 12. Actor. 12. l\1allh. 7.
l>. JOan. t. 14. Isai. 53. 7. Joan. 10. 8. Luc. 23. 4.3. ]~phes. l~. 9. Mallh. 24.
30. Joan. 5. 27. l\Ialh. 25. 31.. Joan. 14.26. Joan. 20. 23. Job.19. 26.1. ad
Corinlh. 15. 42. l\lallh. 25. 21. ad Rom. 8. 18. Concil. icen. Trident. sess. 3.
ele Symb lo lidei. Bellarlll. in declaralione Symboli. Abr. de InsUl. Parocl!. lih.
7. se '. 2. cum eq. c. 3. Calcc. Roman. ~ I. li>. cum seq.
27
CO~STITUlES
OS ARTIGOS DA F.
. _ ('16) Suar. dc Rclig. lib. 3. cap. 9. n. 8. cum sego Catec. de Eusebio 2. p'
hao 25. Jardim espiritual tl'act. 3. cap. 3. Alma Iuslruida tom. j. c. 6. foI. 744.
oum sego
~ ('17) Abr. lib. 8. c. 4. n. 113. curo segucntib. Catcc. de Eusebio p. 1. li-
uo 10. et sego Jardim Espil'ituallract. 4. cap. 1. lIaculo Pasloral C. 8. FI'. Joan.
de S. Thom. 2. p. da explicao da Doutrina Christ foI. 112. in principio D.
FLr: Bartholom. dos Martyres iu suo Calcc. lralado dos Mandamentos da Divina
01 foI. 65.
(18) Baculo Pastoral c. 18. Alma Instl'uida tom. 3. cap. 3. foI. 5'11. cum
~oq. Catec. de Eusebio p. 1. lio '19. Jardim Espiritual tmct. 4. C. 4. Abr. 1i1J
O. ~4. sect. 1. num. 592. cum sego foI. 4/j2. et seq. D. FI'. Barlhol. dos 1\lar-
tyr. dlct. Catec. C. 9. lib. 1. foI. 107.
(19) Abr. lib. 8. c" 15. n. 641. cum sego Pal'adis. auimre sect. 3. c. 3. Ba-
culo Pastoral. C. 2!~. FI'. Joan. a D. Thom. dict. 2. p. foI. 2'15.
216 CO~STl'fUI.ES
PlmGUNTAS. RESPOSTAS.
(Mi) Ad ca qure Trid. sess. 14. de Sacram. PooniL. c. 5. C;Jp. Omuis ulrjuS
que sexus de Pa:nil. cL remiss. i\aVill'. in Manual. cap. 2. pcr loIU1J1.
DO AUCEBISP.\.DO DA BAIITA. 221
I'EIlGUNTAS. nESl'OS'L\S.
582 Men Ocos mCtl Senhol'; o meu corao s vos qUCI., c :1ma;
cu lenho feito muitos peccados, e o mcu corao me doe muilo por lo-
dos os quc fiz. Pcrdoaimc mcu Senhor, no hei de fazer mais jJcc-
cados: todos bolo fra do mcu corao, c da minha alma por amor lle
Ueo. ,
DO ATICEBI 'PADO DA RUIIA. 223
Igrejas, resel'vando isto para o tratar depois da Missa com as pessoas,
a que pertencer, avisando-as para isso lia mesma estaiio.
588 Encommendaro primeiramente aOS seus fl'eguezes a quie-
tao, e silencio (6) com que devem estar na Igreja, e principalmente
Missa. Depois de ensinarem algumas oraes, (7) e as declararem,
ou fazerem outra pratica, na frma que uca dito no titulo precedente,
denunciaro logo os dias Santos de gual'da, e os dejejum (8) que hou-
verem naquella semana. PI'egoaro os que houvel'em de casar, (9)
guardando a frma que fica dito no livro 1, num. 269, c os que hou-
verem de tomai' Oroens, (10) segundo o que est disposto no mesmo
lh'l'o num. 22!~.
589 Admoestaro as cousas flll'taoas, ou perdidas, (11) qnc an-
tes de entrar Missa se lhes dissercm. Encommendaro os pobres da
Freguezia, e os enfermos (12) della, pal'a que' sc lhes faa esmola: e
perguntaro pelos mesmos enfermos se os ha para os Yisitarcm, e ad-
ministrar-lhes os Sacmmcn tos.
590 Admoestaro os que no vem Igreja, ou e no confesso
c commungo, ou no fazem actos de Christos notoriamelJte conheci-
dos, para procederem coutra elles na frma (13) de dil'eito, e nossas
Constituies.
591 Encarrcgaro muito, que em quanto cstivcrem .Miss ro-
guem a Dcos nosso Senhor (H) pelo cstado da Santa l\ladre Igreja
exaltao da Santa F Catholica, extiJ'pao das heresias: pelo Papa nos-
so Senhol', por todos os Prelados da Igreja, e principalmente pelo dcs-
te Al'Ccbispado: por todo o Clero, c Sagradas Heligics: pcla pessoa
deI-Rei nosso Senhor, Rainha, Principe, c mais pessoas Reaes, para que
nosso Senhor os tcnha em sua gl'aa, e guardc, e os defenda, e ajude
a governar cm paz, e justia scus 'assallos: pela paz e concordia entrc
os Principes Christos: pelos que esto cm peccado mortal, pal':l que
Deos 1I0SSO Senhor por sua l\jiscricol'dia lhes d verdadeiro arrepcndi-
mento, e graa para o no offendel'em.
592 O mcsmo Ihcs encommendaro que Ja(;o pclas almas, (15)
qne esto no fogo 00 Purgatorio: pelos que esto em agonia da morte:
pelos qne csto em gucna contl':l os herege, e inDeis: pelos que ancio
no mar nuyegando, c pelos fieis Cht'istos captivos: pelos fructos do
mar, e da tena para que Deos nosso Senhor os d, c conserve para
nossa su tenla o, e pelos bemfeitol'cs da Jgl'eja, pedindo a todos, qnc
Ihcs cnC',afI'cgamos muito que se hajo ni 'to com muita prudencia, mo-
dcstia, e gru"jdade, no usando de palavl'as escandalosas nas rcprehen-
e , antes mostrando amor verda(leiro de Pais, e pastores, e seguindo
a rloutrina do Apostolo, (5) que ensina deve ser al'epreheno rogando,
e incl'epando com hondade, e paciencia.
597 E da mesma maneira encarregamos tamuem aos freguezes,
que reconhco seus Parochos com a devida obediencia, e reverencia,
e que especialmente quando estiverem nas Igrejas s estaes revesti-
rlos, ou com sobrepelizes lhes no fallem seno em p, (7) e descu-
bcrtos. E se, I]uanuo lhes mandarem fazer alguma cousa, tiveremjus-
.tas causas de escusa, Ih'as riem com modestia, e cortesia, e cumpro
(8) o que lhes mandar, quando o puderem fazer.
-l' 598 Quando os freguezes forem culpados em no guardar os Do-
mingos, e festas da Igreja, ou cm no ouvi,'em Missa nos dias que
so obrigados, ou fOI'em desenqnictos nella, de maneira que cansem
perturbao, ou finalmente forem desobedientes aos Parochos em qual-
quer consa pertencente a seu omcio, poderfto pOI' elles ser castigados,
e multados (9) com penas pecnniarias a seu arbtrio, com tanto que
cada multa no passe de quatro "intens, e se podero aggl'ayar, e mul-
tiplicai' at seiscentos e qnarenta ris, segundo a culpa contumacia, e
desobediencia. As I]uaes multas ser50 upplicaclas para as obras, (10)
e fabricas das mesmas Igrejas. E os Varochos as faro escrever nos
Iirros (11) das fahricas, declarando nelles se faro, ou no pagas, para
a todo o tempo conslar.
-l' 599 E quando os multados no pagarem at o Domingo seguin-
te depois da multa, os evital'o das Tgl'ejas, (12) e ameias Divinos sem
poderem estar a clles, nem Missa: e smente podero assistir ao
Sermo, (13) e reecber nas mesmas Igrejas os Sacramentos (U). E
quando as multas pecuniarias no bastarem, podero proceder contra
elles com pena de excomnnmho (15). E se os que Jorem evitados
da [gl'ejas, por no pagarem as penas pccuniarias, no quizcrem ahir
(1) Texl. in cap. [~3. de Sento escom. Text. in c. Is, qui 18. de senl. escom-
munic. lib. 6. Text. in e. Episcoporum 8. de privileg. in 6. Clem. 2. de SenL.
cxcommunieat.
. (2) llal. p. 6. tract. 29. de Ceo'sllris dispo 2. lHll1cl. 9. n. 5. COl1stit. U1ys.
Slp. Itb. 3. tiL. 10. deer. ull. 3.
(3) Extravag. Ad Evitanda l\Iartini V.
([~) Exlrarag. Ad evilanda 1\Iarlini V. in Ccil. Con l. Abr. de Tn til. Paroc.
lib. 10. e.7. ect. 2. n. 465. cum ToleL. clSuar. quus cital.
(5) Argum. texL. in e. 1. de ame. Ordioar. Con til. OIyssip. dicL decreto
ulL ~ 3. foI. 296.
(6) Cap. Is qui 18. de Senl. excoll1. lib. 6. Clem. 2. eOllem lil. el ibi glos.
eL DD. Abr. de Paroch. Iib. 4. c. 11. n. 100. el c. Hl. n. 128.
(7) Gal. toc. eilato n. 5. ConsliL. JEailan. lib. 3. e. 8. lil. 7. n. 1. foI. 262.
'1)' ipon. lib. 3. til. 10. decr. uH. 3. r 1'5. E se nem foI. 296.
(8) Cap. l'iihil. 7. q. 1. Con L CI)' sip. did. 3. 11~gilal1. dicl. C. 8.11. 1.
foI. :26:..
I!)) PaI. loco l:ital. Dicl. Con:lil. nhi prQxim.
128 r.ON 'TlTUIES
no quizerem sahir, ou no forem tirauos pela justil,'a scc.ular, lariiu os
Farochas, ou Sacerdotes de tudo :llltos com te temunha, qne l'emelle-
ro ao nosso Vigario Geral, o qual proccdcd coutra os. culpados com
as pellas de (10) direito.
T11' -LO XXXYf.
DA. OBRIGAO DAS DlG;'ID.\DES, CO;'EGOS, E C.\PELLES D.\. oss.\. t.
605 Como as Diguidades, e Canonicatos das Igrejas Cathedrae'
fossem instituidos (1) para cOllsel'vao, e augmento da Ecclesiastica
disciplilla, e Divino culto, e para ajudarem aos Bispos nos mini terias
ue seu olieio, adveI'timos, que os que uelles forem pro\idos devem Sl'
taes, que bem posso sati fazer s o1Jrj~aes de seu cargo: e por isso
dispoz o Sagrado Concilio Tridentino (2) a fI'ma, que se ueye guardar
assim acerca da on]em annexa a todos os Beneftcios, como da idade,
sciencia, vida, e costumes dos providos.
606 E alem do disposto no dito Concilio, que se deve observar
em tudo imiolavelmcnte, (e assim o encommcnda S. Magestade, que
Doos guarde na faculdade que nos d para nomearmos pessoas idonea
pam os taes Beneficios) mandamos se guardem os Estatutos que fizer-
mos, (3) e confirmamos (h) de cOllsentimento, e aceitao de nosso
Cabido, assim a respeito das cousas pertencentes ao Cabido em geral,
como a cada uma das Digniuades, Conegos, e Capelle em particular.
697 Conformando-nos com a disposio de direito, e do mesmo
Sagrado Concilio, (5) Ceremonia! dos Bispos, (6) Pontifical 110mano,
(7) e declaraes da Sagrada Congregao, (8) ordenamos e manda-
mos, que nos dias em que dissermos Missa, dermos OrJens, ou fizer-
mos qualquer Ol1tI'O Pontifical em a nossa S, se achem presentes todas
as Dignidades, Conegos prebendados, e meio prebendados, e Capellcs
que na Cidade estiverem, e no tiverem legitimo impedimento, e 1150
podero nos dilas dias sei' contados POI' seus dias, nem sahir fl'a da
(10) Clem. 2. de SeDt. exeom. Consl. UJyssip. dicl. 3. Ai:gilan. diet. r.
8. n. 2.
(J) Tridcnt. sess. 21\. de Refol'lll. c.12. Barbos. de (anon. et DigniL. r. 4.
11.1. eLe. o. n. 1. DD. ad text. in c. Ui c[110 cllmque 1. q. 1. Valcllzucla tOIll.
1. cons. 3'1. n. 199. Duaren. Jib. 1. de Sacris Ecclesiro minisLris c. 18. nn. ad
Lexl. i n e. Eeelesire 'J 6. q. 1.
(2) Trid. loe. eitaL. verso Nemo igilUJ', eL sess. 22. e. 2 cap. l'\ol'il, cap.
QuauLo de his quro fiunL ii l)rrelat. Barbos. de Canon. el Dignil. c. J!~. n. I~. el
5. Abb. C. Cum in cuncLis in princip. n. 4. de ElccL. MCllocb. de \rbitr. casu
1\25. n. 2i:i.
(3) Episcopi namqnc possunL faecrc slaLula Glos. 2. n c. 2. elc eonsLiluL
lib. 6. vcrb. SLaLul. cL ibi Barbos. n. 'lo. Azor. ln liL. Moral. p. 2. lib. 3. e. 1.7.
fI. ult.l\Iassob. dc Synod. c. I~. dub. 2. n. 5. I'ers. 18, eL tlu\). 41. II. i. d du\)o
24. n. 1. ubi ampliaL eLialll exLra Synodum.
('.) Die 16. Julii anno 170f~. Ad ea qure Barb. de Canon. eLDignilal. cap.
42. n. 1!~. n'rs. 6. eL verso Post hree.
(5) Trident. sess. 2fj. de neform. cap. J2. et ibi Barbos. n. 116. GaleI. in
Margar. eassuum eOllscient. verbo Canonic. palll.
(6) Crerem. Episcop. lib. 1. c.8. et lib. 2. e. S.
(7) PonliL Rom. liL. dc Ordinib. eonfcrellCli el iII rariis aliis locis.
(8. Sub llie 2. AlIgll L anno 163 f. \lL decis1IlD rrfl'rl Barblls. de C<lll II. ui
Di~lIilal. cap. n. d GaranL. \ 1'11. Callolli 'orum nHllJl'ra 'rga EpiscOllllll II. I.
DO AHCElllSPADO DA BAIlIA. 229
Cirlade: e o quc fizer O contI'ario, no s perder o merecimento da-
quelle dia, mas poderemos proceder contra elle com as mais penas
que nos parecer.
608 E quando Ns celebrarmos, dermos Ol'dens, ou fizermos
qualquer outro acto Pontifical fra da nossa S, em alguma das 19rejas
ou Mosteiros desta Cidade, e seus (9) arrebaldes, se acharo presentes
as Dignidades, c COllcgos que por Ns, ou pelo Presidente do Coro
forcm chamados (' o que faltar ser mulLado (10) na frma acima dita.
TITeLO XXXYII.
(9) Barbos. i1d Trident. sess. 24. de RefonTI. Cill). 12. n. 116.
(10) Gilrcia de 13ener. p. 3. c. 2. 1\. 196. Gavanl. verbo Callonieorum mune-
Ta n. 2.
(1) Texl. in e. Perleelis 1. "ers. ad Thesalll'i1rul11 25. dist. el ibi A Cunba li.
15. Text. in cap. 1. de Orne. Saerist. e. 1. el 2. de ame. Cuslod. Barbos. uni-
verso juro Eeeles. Iib. 1. cap. 27. Gregol'. Lopes part. 1. til. 6. lib. 6. gloso 1-
(2) Cap. 1. de Olnc. Sacrisl. e. I. el 2. de alie. Custod. el ibi DD. cap.
Perleclis 1. verso Ad Thesaurarium 25. disl. el ihi A Cunha n. 10.
(:l) Const. Uly sipou. lih. 3. tit. 11. in prineip. 1. .
. (li.) C. 13.28. disl. cap. Charitatem 12. q. 2. Gal'ant. verp. Bona Ece~eslas
llca n. 36. Cslil. Ulyssip. lib. 3. lil. 11. iu prine. ~ 2. Conslll. Braehar. llt. 26.
COIl t. ti. fuI. 339.
(o) C. 2. de alie. Cu tod. Barbos. diel. e. 27. n. 10. Constit. Braehar. loco
ciLato.
(6) Gavilnt. verbo lIona Eeclesiaslica n. 39. COl1'litul. Ulyssip. diel. SI 2.
COlIslil. Brachar. diet. 339.
(7) Cou lil. Porlll'~n .Iib. . IiI. 9. consl. 1. l. in fine prillcip. foi. 329.
8' Con,l. Porlllcns utJi prnximi.'.
CO~STn 1ES
(9) Con lil. Ulyssip. lib. 3. til. H, 2. el lib. 4. til. 8. deer. 1. I. I'el's.
E para que. Const.llrachar. lil. 26. consL. 6.
(10) C. 1. de omc. CusLodis. Conslit. iEgilan. lib. 3. tit. 10. c. 2. in princ.
(1 J) ConsL, U1yssip. loco cilaL. 3. verso Pela manh. iEgitan. lib. 3. IiI.
10. eonstit. 2. n. 1. foI. 281..
(12) Dicla Consl. loco ci LaLo.
(13) Const, Ulys ipOD. ubi proximc. ConSliL. lEgilan. lib. 3. lil, 10. c, 2.
n. 1.
(111.) Barbos. diL. C. 27. n. 10. Constit. l'Egilan. lib. 3. lil. 10. C. 2. n. 10'
(15) Tclles ad lcxL. in C.1p. 1. de omc. Cuslod. n. 7. Constit. U1yssipon'
dicl. 3. verso Tanger. .lEgiLan, dict. c. 2. n. 14.
(16) Barbos. dicl. C. 27. n. 10. el volor. lib. 3. voto 102. n. 3. eL de poLe.L.
Episeop. p. 2. alleg. 27. n. 45. Coneil. Provinc. Mediol. 2. Gavant. verbo Or8ll0
publica n. 23. eL 26. el verbo l\lissa Parochialis num. 14,. eL verbo Missa Con-
vento n. 32.
(17) C. 1. de Ome. Cuslodis, el ibi Telles n. n. Const, Ulyssip. dicl. 3.
Yers. 'as Procis l's. Portues. lib. 3. llt. 9. con l. 1. ~ 2. yer . 2. foI. 330. .
(18) Consl. U1yssipon. dict. 3. vers, Tero cuidado. lEgilan. lib. 3, III.
10. consLil. 2. n. 2.
(19) ConsLit. 1y sipon. loco proxim. cil. Conslit. .iEgilan. lib. 3. tiL. 10.
'.2. n. 2. foI. 281.
DO AR EBfSPADO DA BAHTA. :31
res para cllcs deputadas nas ruhricas do Missal, c sempre as mudaro
comeando pelas primeiras Vesperas.
618 Faro tcr a 19l'cja bem limpa, e nrrida: (20) sendo de 01'-
dens Sacras lavaro os corporaes, (21) e sanguinbos muitas vezes, e
sendo de Ordens Mcnol'es, (22) os fal'o lavai' por algum C\erigo de
Ordens Sacras.
619 As pias, e caldeirinha tero semprc provid:Js dc agoa benta,
(23) e lembraro, que se benza cada Domingo antes da Missa, e as
mais vezes qne foI' neccssario.
620 Assistiro per si s Missas e O!cios Divinos, c na admi-
nistrao dos Sacramentos (21,) c quando o Senhor for a algum enfer-
mo levaro a pedra (25) de Ara.
621 Tero guardados (26) os omamentos da Igl'eja moveis c
toda arou pa dc linllO do servio della, a qual faro lavar quando for
necessario; e tero os ornamento dobrados, c bem concertados em
seus caixes, ou almarios.
622 No os podcro cmprestar, (27) nem os castiaes, e mais
cOllsas da Igrcja, e muito menos as que fOl'cm sagradas, ou bentas para
liSOS profanos, ainda quc sejo honestos.
623 Tero cuidado que no faltem hostias, (28) quc renovaro
ao menos (29) de ljllillZe em quinzc dias, c que da mesma maneira ha-
ja sempl'e ccra, c "Vinho (30) para as Missas por conta da pessoa (31)
a que pertencer.
62/, A casa da Sacl'istia (32) cOl'1'el' por sua conta, e cuiuado,
c as chaves dos caixes, (33) e almarios, e bem assim a limpcsa da mes-
ma casa, e da fonte do lavatol'io das mos com as toalhas necessarias
para isso.
625 Finalmente cumpI'iriio (311) com todas as mais cousas que
por direito, e estas Constituies eslivcr declarado pertencer a scu offi-
(1) De Er'emitis vide Barbos. de uoiv. juro Eecles. lih. 1. C. 39. S) 1. n. 23.
Zerol. in prax. p. 1. verbo EremiLa.
(2) Consto U1yssip. Iib. 3. til. 15. foI. 307. JEgitan. lih. 1. til. 11. c. unie.
in princip. foI. 288.
(3) Const. UIyssip. diet. til. 1.'i. JEgiLan. loc. cilat.
(4) Consto UJyssip. ubi proxime. JEgitall. dict. til. H. n. 2.
(5) Cons!. UIyssip. loco citato. Portuens. lib. 3. til. 10. C0ost. uno verso 2.
(6) Constit. UIyssipon. eodem loco. .
(7) DicL Coostit. UJyssipon. loco citato JEgiLan. dict. til. 11. C. UUle,
num. 3.
(8) ConstiL UIyssipon. ubi proximc.
(9) lJaul. 1. aeI Corinth. 11. 22. cap. 'ao oportet 4.32. dist. Suar. tom 1.
de Sacram. ,J. 81. sect. 8. artic. 3. verso Secundo ex hoc principio, et tom. 1. rle
Religione lib. 3. de Reverentia debita loco sacro c. 6. n. 7. D. A Cunha ad dicllllD
text. n.2. Gavaul. verb. Ecclesial'l1m revercnlia n. 10. DU. ad lexl. in C. Dccel
de immunitaL Eecles. lib. 6.
DO ARCEBISPADO DA BARIA. 233
TITULO XXXIX.
no MOSTEIRO DAS FREIRAS DESTA CIDADE, E COMO KELLE TEMOS TODA A
JURISDIO ORD1NARlA.
630 O Mosteiro das Freiras desta Cidade pelo breve de sua cl'ea-
o sngeito nossa jurisdiO (1) Ordinaria, e assim o podemos e
devemos 'visitar (2) quando acharmos que assim convm, e na frma,
e tempo que dispoem o Sagrado Concilio Tridentino. E presidiremos
em suas eleies (3) de Abbadea, para as quaes no entraremos den-
tro (/,) na clausura, seno do postigo da grade da Igreja tomaremos os
votos, como manda o mesmo Concilio. E do mesmo luganisitaremos
sem entrarmos na clausura, seno para a \isitar, (5) e nos outros ca-
sos de necessidade, como Jogo declararemos.
631 Mandamos que se no aceite ovia alguma sem especial li-
cena nossa dada por escripto, (6) nem professe sem que primeiro Ns,
() ou nosso Provisor, Oll outra pessoa por Ns deputada, examine
pessoalmente a "ontade da dila Novia, se constrangida a professai',
ou vai a isso enganada, e se sahe o acto que faz, e mostrar certido
fIe seu Baptismo para constar se tem a idaJc completa de dezeseis an-
nos, que a que se requel' (8) para professar. E ser obrigada a Ab-
badea a nos fazer a saber um mez antes (9) da Profisso, e no o fa-
zendo assim a poderemos suspender de seu (10) omcio.
633 E posto que este exame se far ordinariamente s grades,
(11) ou porta do Mosteiro, estanrlo a Noyia da banda de dentro sem
nem-um Religioso, ou Religiosa, nem outra pessoa assistir, para que
tcnha a dita Novia toda a liherdade, e possa com ella responder livre-
menle; com tudo havendo razo justa para haver de sahir fra, o pode-
remos ordenar para lhe fazermos as perguntas, ou na Igl'Cja (12) do
(13) Trillent. sess. 20. de Regularibus. cap. 16. eL Barbos. ibi, et de polesl.
Episcop. al1eg. 99.
(H) Frat. Emm. qurest. regul. tom. 2. C[. l~7. art. 8. Gare. de Benef. p. 1L
C. 9. n. 10. Tambur. de Jur. Abbatiss. d. li. C[. 10. cum seC[. Yalasc. de Par-
litionibus cap. 16. n. 2. cum seC[.
(10) Barb. ad Tricl. dict. c. 16. n. 38. cum Azor. MoI. el Ccnedo ab co
citatis.
(16) Trid. sess. 23. de Regularib. cap. o. Barb. de pOlcst. Episcop. allrg.
102. Gavant. verbo l\Ionialum clausura n. 56. cum seq. Decret. Mediol. lib. 1.
til. 2{~. cap. 40. et lib. 3. tiL. 35. C. 98.
(17) Trid. loco cit. verso Ut in omnibus Monasteriis sibi subjeclis Ordina-
ria. 6avant. dicl. verbo Monalium clausUl'!l n. 3. Darbos. de polest Episc.loc.
cilat. n.3.
(18) Tridcnt. loco cilat. Naval'. Commcnt. 4: de Hegu!. n. 46. ,rers. Ex
quibus. I_eo in Thesauro fOTi Eccles. p. 2. C. 1. n. l7. Bonac. de Clausura, et
pamis eam violanlibus imposilis q. 4.
(19) Tambul'. de juro AbbatissaruOl d. 2l~. q. 9. n.li. Zero!. in prax. Epis-
eop. p. 'I. verbo Moniales !SI 4. eL !SI 8. verso /t.. Barb. ad Tdel. dict. c. 5. n. 13.
et de poLestat. Episcop. alIeg. 102. n. 7.
no Al-tCEBlSPADO DA BAUIA. :235
V, e Crcgorio XIII passados soure esta materia, sempre precetlel' co-
nhecimento das causas, e sero approvadas por J s, como dispoem o
Sagrado Concilio (20) Tridentino.
637 Como do bom instituto da "ioa religiosa, e do caminho se-
guro, pelo qllal se chega ao gro de perfeio, seja a vida commllm,
lIo tendo nada propl'io, (21) nem possuindo dinheiro, declaramos que
as l'reiras pI'ofessas, que escolhro viver vida regular, e fizero voto
de pool'esa, e depois de terem feito Profjsso fazem testamento, ou dis-
jJoelll daquellas cousas que lhes SO assignadas para sells usos, aca-
bo, e morrem proprietarias, (22) e fico sugcitas s penas, ..c censu-
ras estabelecidas, e promulgadas nos Sagrados Canones, e Regra da
sua Ol'dero contra as proprietarias.
638 Ainda que conforme o BI'eve do Papa (23) Sixto V no po-
dem os Iteglllares sem expl'essa licena da Sagrada Congregao ir aos
Comentos de Freiras a faUar, e tratar com cHas, sob pena de incorre-
rem pOI' esse mesmo fcito nas penas de privao de seus omcios, e voz
activa, e passiva, e em outras a arbitl'io da Sagrada Congregao, e que
fazendo o contrario posso tambem, conforme a Bulia de Gregorio XV
ser castigados pejo Bispos (24) como Delegados da S Apostolica;
com tudo, supposta a pratica sabida da licena, que para isso lhes dO
os seus Prelados maiores e prudentes, e ajustadas limitaes, declara-
mos, que pelo drcreto (25) passado pela Sagrada Congregao POl' man-
dado do Papa Urbano VW permittido aos Ordinarios do lugal' onde
estivel'em situados os ditos Comentos, que parecendo-lhes que convm
ao sel'\'io de Deos, POSSO conceder licena a qualquer Regular, para
poder fallar com as Freiras que fOI'em suas parentas em pl'imeil'o, e se-
gundo grflo, ou com outras, ainda que no lenho o dito parentesco,
havendo negocio to preciso que assim o pea: e a dita licena se con-
CCdCl' ao mais quatro vezes no anno. E o Ordinario, que conceder a
dila licena por mais vezes, ser havido por ll'allsgressor do dito de-
creto,
FIM DO LIVRO TERCEIRO.
DO
TIT LO I.
(7) Aulh. Nul1us, Aulh. Slaluimns, cod. ue Epicop. el Clel'e. juncto cap.
nlL. de rebus Ecclcs. non alien.
(8) Tl'ident. sess. 25. de Rc(Orm. cap. 20.
(9) TcxL. in C. Cm (ld verum G. 96. disto c. Nos si competenter li1. 2. q.
7. ;\Iolin, de Just. ct jlll'. tract. 2. dispo 29. in 1. ct 2. cnclu ione. Dccill 11 ,
tom. 1. lib . .'l. c. 11. Olh'a de For. Ecclcs. p. 1. q. 2' n. 23. et 26.
(10) 1\Iatth. 22. 21. Lnc. 21. 1!~. Oliva dicL. q. 2. n. 23.
(11) Cap. ,'ovcrinl de Senl. excom. cap. Non mins, vers. JurisdictionclIl
de immun. Eceles. cap. Qualitcr, et quando de judic. cap. Clericis de senl. ex-
com. lib. 6. 13ulla C~n. Jaus. iS. cum seq. Triu. sess. 22. de Rel'ormal. cap. 11.
(12) Tcxl. in c. Vcncl'(lhil('1!1 de ('\ccL. Clem. Pastoralis d r judie. Ccl'all.
(Ie cognil. prr \'iam viol nl. in Prulogo. iII prillr.ipio
(13) Tcxl. in C. PI'incipes 23. q. S. Se' e IiI!. L. dcc.is. in Epi 101. ati Ue-
gem n, 13. Oll'<I loco cilalo I" 2'1,
DO AHCE13J. 'PADO D ~ nA11 IA.
TITULO II.
t QVE i'iIDI-UlIA PESSOA USUHPE, HIPID.\, OU I'ROIlIB.\ A "OSSA JL"RlSDIO
ECCLESi.\STICA.
(1) Tcxl. in c. Cum ad yerum 6'. 96. di'sl. cap. i\'il. 13. de judie. 'fridenl.
sess. 25. de Reform. cap. 2u.
(2) Text. in cap. Qnoniam de immunil. Ecclcs. lih. 6. Barb. ad c1icl. Lexl. in
cap. Quoniam. n. 1. eL ad LexL. in cap. Prmdia 12. q. 2.
. (3) Consl. JEgiLan. lib. 3. tiL. 12. cap. 2. in une principii. POI'Iuens. lib.
3. li!. 12. con l. 2.
(!~) Bulia CrolHe Domini clausula 16.
(5) TexL. in cap. I)astoraJ:s PrreLereu, de Ofi.c. Ordinarii.
8 (6) Text. in cap. 'ullus 3. cap. Si t1iligllli 12. de foro compeL. cap. C!erici
. cap. Qualiler, et quando 17. de judie.
(7) Cap. Tuam de ordilJe cognil. cap. LaLor. qui filii SillL legilimi.
(S) TcxL. in c. SaLi 7. eL in cap. Sicut 1. 96. disL. D. '[homo 2. 2. q. 101.
31'1.1. cap. uI!. verso Quid IJI'mcipil. 11. q. 1. Duen. reg. 110. Marant. de 01'-
co~, 'TITClES
U;\l13 nomnndnmcnlc contra pessoa alguma Ecclesia lira, (jlle goze (lo
privilegio do 1'01'0 Clel'i ali nem das derassas geraes, ou cspeciaes que
til'al'cm de algum delicto ex-oflicio instancia de parle, ou [lOI' pro\'i-
ses plll'liClllares pergunlem nomeadamente pelas dilas pes 'oas Eccle-
siasLicas, posto que conlra ellas hajo teslemuulJas rcfcridas.
6/,5 Com tudo no lhes prohibjmos, qne perguntando geralmen-
tc (9) pos o tom:l1', ou escre,'er Das Ines derassas o que conll'a algu-
ma pessoa Ecclesiastica disscrcm as testcmnnhas: mas no pOUel'iio
os ditos Juizes secularcs pronulleiar as pessoas Ecdesiaslicas, que 1'0-
rcm cnlpadas, porm feitas as ditas devassas as remeI tero a Nls, ou a
nosso Yigario Geral, nu que locarem s ditas pessoas Eccl siasticas,
IHll'a ql1C se proceda contra 0- culpauos (10) como fOI' jllsli~a,
TITlJLO TIl.
t 00:110 AS JC TI ..\S SEC '{_.\RES !'io PODEiII I'nE:xnEU,\ PES O.\S ECCLE-
SIASTICAS, S.\LYQ E~I FR.\CnA:-lTE DELICTO.
sei' pre o i porq ne nesle caso (3) o podel'flo prender para logo o enlrc-
g:1rem, e remelterem ao 110SS0 "igario Geral. E ljuanto ao que for
achado com armas, e \'eslil!es (lel'rsos, se !I'llat'l];)d o 'lu 11ca dilO 110
Ji\'l'o 3, num, li 55, '
din. jUllicior, /i.. p. disto 11. n, 2. el ((um l. legal. d, 8. Ilum. 1:',1. l~ragos. de Ue-
gim. Heipub. p, ::.2. lilJ. 'l. d. 1:3. ~ 1!1.
(ti) Themufl. p. 2, l1ccis, 19!J. n. 10. el decis. 22. n, 1. ct o. cl3. p. \Iceis.
::140. num. o. SUl'll. cons. 222. ii TI, 'I. COI'ar. io C. Quarnri' in sllmlllario 1'1, _!1.
ele pacto in 6. 'fusco lil. C. COlJel. 387. n. L el 2. Xamar q. 12. p. L n. '12.
(10) Teslibus dcnuo examillali . 'l'hem. dicl. deei . 19\1. II. 20. \'ers, Sen-
lenlia Jul. Clar. ~ I1n, q, 36. n, 49. Guasin. de Dcl'cl~s. rcorU1l1 defenso 1. c.5
D. 'J.
(I) Texl. in cap. Si quis suadenle 17. Cf. 4, cap. Si \'crude senl. excommn-
Tlic. cap. Curo ab !Jomine uc judiciis, cap. Si Canonici de OIfic. Ordin. li\), .6.
Facil cap. JuliaLlLls, Lap. Qui resislil 11. q. 3. cap. Cum inl'erior ue maiol'll.
cl ubed, .
(2) 'friclClll. sess. 23. ue RcCorm, O. 6.
UI) Tnnocelllius ilJ cap, f.li rel'o 1, 1'1. 2, de senl. excommuni . 'ap. TIL ra-
mm de sent. excom. Ord. Regia lib. 2, lil. L ~ 29. Gabriel. l'er ir. de Man, Hei\'.
. ~G, cl43. n. G. cl seq, Farill, Iib. 1. q. 8. 11, 120. Sal"'all0 d !tr"'ia [1rOlccli-
on. lJ. _. c, !r. J1. 3, Dian, 10m. !lo [raeL 2, ]'r'II\, 1J 1. v~,
DO ARCEDISP.~DO DA RA lHA.
TITULO IV.
t Qt:F. :'i1:'iGt:E)1 Cl'I'E, l'iE~f DE~L\;';DE .\ PESSOAS ECCLESIASTIC.\S PEnA:'iTE
OS Jt:IZES SECt;LARES.
(I) Tcx!. in cap. Clelici. c. QualiLer, el quando <le judic. cap. 2. de l~oro
compel. c. i Judex laicu de srllt. excom.lib. 6. cap. SlCcll\arcs de for. compcL.
codcm lih. cap. Inolila, cap. Placllil11. q 1. Barbo. de l1ni,ers. jur. Ecclesi-
a l. c. 39. 2. Oli\'. de l~or. Bccles. p. 1. q. '12.
. (2) Cap. Inolila 1 t. q. 1. cap. Si diligenli de for. compel. cap. Ql10niam de
lIJ1mllnil. lib. G.
(:~) )rOll!s propl'ills 1\Iarlini Y. incipil: Ad reprimcndas, sub dai. ROIDm
Kalcnd. Vebr. alln. 14::28.
(q-) f~. Signil1ca\'crunt de juclic. cap. Si c1i1igenli, cap. Signilicasli de foro
Compel. Zero!. in prax. 1. p. verbo Clericus ~ 12. l\1enoch. de Arbitr. casu '~30.
n. 2.
(iS) Cap. fnollla Cilp. "Placnil2. 11. q. 1.
(6) Cap. Ci\~ll'l'lml ele jndc. cap. 2. de Jl1ul. prlil. cap. Ex ICllol'r, cap. Ve,
rum rir rol'() romprl. Grd. lib. 2. lil. 1, pcr 101nID.
CO~STlTUrES
TITULO VI.
(1) Trident. sess. 22. de Reform. cap. 11. el ibi Barb. n. 2. Bulia Crenre
Domini clausnl. 17.
(2) Cap. Prredia cum seq. 12. q. 2. cap. Omnis, cap. ALlenc1iml1s 17. q. 'f.
(3) Oliva de For. Eecles. 1. p. q. 21. n. 20.
(!f) Bulia Ccenre Domini duns. 18. Suares tom. 5. de Ceusuris d. 21. seelo
2.n.95.
(5) Trirl. clicl. C. 11. ad finem.
(6) Trid. ubi proxime post medium.
(1) ArgumcnL. texto in cap. 1. ele Jnjur. Jib. 6. CiarJin. r.ontrovers. forens.
lib. 1. c. 60.11. 13. el cap. 103. n. 51. Constil. Ulyssip. lib. li.. til. 1. !~.
(2) Oliva de For. Eccles. 2. p. qucst. 6. n. 3.
(3) Constit. POl'tut'ns. lih. 3. til. 12. const. 6. in fine. U1yssip. dicl. ~.
fol. 316.
DO ALlCEIHSPAOO DA BAIHA. 243
TITULO YII.
t QUE SE i'iO FAO LEIS, ORDENAES, ACORDOS, OU ES'fA'l'UTOS CO:'i'fRA
A LIllERDADE ECCLESL\8TlCA.
(1) Text. in cap. lon~rit de senL cxcom. cap. ulL. de rebus Eceles. cap.
Ecclcsia ele Const. 'fridcnl. se" . 25. de Reform. c. 20. Rulla Crente Domini.
Olha de For. Eccles. p. 1. q. 28. el29 . .ruI. Clar., Ernphyleusis q. 28. n. 7.
Caldas de ominat. q. 7. n. 5. Gulier. l)ractic. qUlCSl. lib. 4. q. 38.
(2) Cap. o\-cril de Scnl. cxcomm. cap. Gnll'em !ii Ideoqne' cod. til. cap.
Aci\'crsns ~. CmteruID de lmmulI. Eeeles. lu], Clar. !ii !ln. qllicsl. 77. II. 28.
r.oll~til. iEgitan. lib. 3. til. 12. cap. 6. fuI. 297. Gl)'ssip. lib. 4. lil. 2. 1. vers.
E nuo o cnmprindo.
(3) COIl lil. I)'ssipoll. lib 1(. til. 2. !ii I. vcr . Cum a~ qUiles ccnsul'as fuI.
3:Wi' Egilan. lib. 3. lil. i . C. 6. in filie principii foI. 297.
('~) COJ1'l. firachal'cll . til. 3. rons!. 8. II. 2. cl rOllsl. 9. n. 2. foI. 'll9.
2H CO~STlT 'lES
(5) Gabriel Perl'irade Man. regia c. 3!l. 11.6. et eap. 38. GuLiel. 4. tOIll. Prac-
tir.. q. 38. num. 2:2. lavar. in Manual. cap. 23. n. 88. alzcd. in addit. ati Rcr-
narcl. cap. 55.
(6) tialzccl. dict. cap. oH. vers. 1. foI. 170. Bohaclilha. in Politica lib. 2. c.
18. II. 122. Gabriel Ilcrcir. tlict. cap. 39. n. to. vers. Ego distinguercm.
(I) Tcxt. in c. Non minus tlc immllnit. Ecclcs. cap. Clcrieis Si 1. Eor!f'm
lil. lib. 6. cap. 1. cap. Quamql1am tlc Censib. lib. li. Clrm. 1. coei. tiL J31111a
CLCllie Dumin. claus. 'lS. llarb. dc uuivers. jul'. Eccles. liIJ. 1. cap. 39. Si ti.
Gal'eia de Bcncfie. 2. p. cap. 3. n. U. Cahcd. 1. p. deeis. 'JS!). Thom. Yaz al-
leg. 28. Pcrcir. dc ]\fali. Ucgia 2. p. C. 38. Oliv. dc For. Ecclcs. 1. p. q. 39.
(2) Barbos. tle Universo juro Eccl. lih. 'I. C. 3U. ~ 5. n. Ij:l. Oliva de For.
]~('c1('s. p. L q. 39. it II. ::lo Vcn'irll dc Allln. Urgia 2. p. C. 38. iI n. 31. Tlaom.
\'az allcg. 00. ct allcg. n. n. 'JS. eL19. 1'11<:111. 2. p. dc(;is. 178. ct p. 3. de-
eis. 30S.
(3) Cap. ,'(ln minus rcrs ..\isi C ~d\'ersns, 1'1'1'5. Yerirm dc immnllit. Ecc.!t:.
('t.) Tltl'lllutl. I. p. dc(;is. !>3. n. o. ,t p. 3. dcei 308. num. 10. Fragos. tle 1\('-
gim. l\l'ip. 1. p. lib. 2. d. [k Si [~. n. 33"'-
(5) T xl. in e. Adl'C'l' . "el". Proplcr de immunil. ]~cclr5. Castro PaI. 2. p.
tl'acl. 9. rle Observ. fesl. d. unic. d Hc\'cr. lkb. El'd. IHIIIto n. II. 7. cl8.
(ti) CUlIstil. l'1ysipulI. lilJ. 'f.. IiI. :2. %:!. iII filie 1'I'illcil'ii lid.3:!0.l'urlll-
ell . IiI!. 3. til. 1:2. cU!l~lit .'. crs. J, r'JI. ;j:j3.
1>0 AnCEl3lSl'AlJ DA B.\lllA. ::H5
660 E lJl/alquer pessoa Cjne for comprehcndiua 110 sohrcdito on-
tio particular: ii correr em excommunlIo maior (7) ipso (acto; e sendo
Camara, ou oulra Commuuidarlc, em pena (8) dc interdicto' e assim
uns amo outros havemo-s pOl' condcmnados em cincoenla cl'l1zauos (9)
para a nossa S, e ac.cusador. E nas dilas censul'a3, (10) e penas in-
concro lambem os que al'l'ecadarem os Lacs Iribntos, ou HuLas, ainda
lJlI as dilas pessoas Ecclesiasticas, e 19rejas voluolariameote (11) as
paguem, e todos os mais (12) que para i. so derem ajuda conselho, ou
favor.
661 Ma fJualHl0 o tributos forem postos Llaslel'l'as, ou proprie-
dades sendo ainda dos leigos, (13) que depois viero a ser uas Igrejas,
LILI Clerigos, lhes passaro com clles, e com os mais encargos reaes,
que ue antcs linllo. sem poderem ser escusos de as pagal'cm; como
lambem o l1iio sel'iio de pagarem sizas, (.1") porlagen , e outros tribu-
lOS daquellas mercancias, e fazendas, fjuecomprarem e ycnderem, no
para seu llSO, se no pOl' via de trato, (15) e negociao, por assim ser
eouCorme a dircilo.
TIT LO IX.
t DE ALGC:-;S PRIYILEGIOS CO:-;CEDIDOS ~os CLER!CO', E PE, .'015 ECCLE-
SIA5TICS.
TITULO XII.
QUE os CLEI'.1COS \'io 1'osslo SER CO~S'fRANGIDOS A 11_\ZEREM ClT.\F.S
NOTIFICAES, SALVO mI ALGuNS CASOS l'AR'flCI;LARES.
. (3) Dicla Consl. U1yssipon. tlict. S\ 3. Porluens. lib. 3. til. 13. eonslil. 4.
ln finc pl'ineipii.
. ("l) L. !~. Pl'lelor verso YCl'ccuncla lf. de Damno infecto. Com!. Bl'achar.
1I1. 3L conslil. 3. 3. Ulyssipon. lib. !~. lil. 4. tleerel. 1. 4. fel. 323.
(2) 01'(1. Regia lib. 3. til. 9. S\ ult. Consl. Bl'aehar. til. 31. con t. 3. n. I.
foI. 438. U1yssip. diel. lib. I. til. !~. decl'. j. 4.
(3) A-I'/?umrnt. L. 2. /T. de in jus voeand. Consl. fEgilan. dicl. lib. 3. til.
13. cap. 3. lU principio.
. (4) Dieta L. 2. lf. de illjus ,"ocand. et ibi Glos. verb. Pontificcm. Orrl. Re-
gia Iib. 3. til. 9. 7.
(iS) Consl. JEgilan. diet. cap. 3. foI. 303. U1yssip. dict. ~ 4. foI. 32!~.
(6) Ord. lib. 3. til. 9. ~ 8. COllslil. Braehar. diet. eon!. 3. n. 2. 1'01. 1.37.
(7) Ol'd. c1irl.. lil. 9. 9. L. 2. O'. de in jus voeando.
(8) Con l. Bral'harens. diet. consl. 3. n.2.
(9) Cons!. fll'achar. dieta eonst. 3. n. 4. foI. 43R. POl'lnrus. dict. lib. 3. til.
13. consl. 5. yrrs. 3.
250 CO~ST1TU1ES
. (3) L. Divus ff. de cnstod. reor. L. Si confe sus fI. eod. til. junclo c. Si Cle-
riCOs de enL. excom. lib. 6. Ord. lib. 5. til. 120. Consl. Ulyssip. lib. li. til. ~,.
c1ecrel. 2. !li '1. Farinac. dc Carccrib. et CarecI'. q. 53. n. M .
. (!~) C~nst. U1yssip. nbi proxim. Brachar. til. 3ft. constil. 2. n. 2, foI. 435.
iEgllan. dIC!. C. 6. n. 1. foI. 3U6.
(5) Consl. Brachal'cns. dir.t. consto 2. n. 2.
(6) Themud. 2. p. dccis. 1',6. II. li. Hcynos. obscl'val. 37. 11. 20.
(7) Consl. llrachar. dicl. const. 2. num. 4. foI. 436. Ulyssip. lib. 4. til. 4.
dccrclo 2. 1. foI. 325.
(8) Dict. Cunslo Ulyssipon. ulJi proximc.
6 (9) Al'gllm. cap. Odoardus ele Sululionib. ubi AlilJ. n, 2. et diximus sub n.
69. Cnnslo Ulyssip. ubi proxime.
. (O Tcxl. iII cap. Si quis vull. 16. q. 7. C. l'iemo Ecclesiam dc consccr.
dls~. 1. narb. de POlesla!. Episcop. 2. p. alleg. 26. per tolam. Zerol. io pl'axi
Eplscop. p. 1. vcrb. 1\fonaehi Si 1. et2.
(2) TridCllt. l'SS, 25. dc Hcgularib. C. 3. in line et ibi Barb. n. 27. cl 3!t-
. .(:1) Tcxl. iII C. Cm dilrclus de rcligios. domih. Tcxl. iII c. -'\lIlhorilillc lle
Pl'IIlleg. lih. (j, CiI!!; Quidam ~!ollachorum, cap. Dc Monachi_ 18, q. 2. cap.
CO~STlTlJI(ES
Qlli vere 16. q. 1. Trid. dicL cap. 3. Barbos. dicL. alleg. 26. Talllburill. de Jure
AlJbaLiss. d. 33. q. Ln. 2.
(l~) ConsL. .illgitan. lib. l~. til. 1. O. '1. ill fine.. POI'Luens. lib. 4. tiL. 1. in finco
(5) l\fosLazo de Causis piis Lom. 2. cap. 2. n. ~2. et cap, 7. n. 31. COl1sLil.
Porluens. lib. l~. c.onst. 1. verso TI depois.
(6) ConstiL. PorLuens. ubi pl'oxime vers.2.
(7) Tl'idenL. sess. 2. de Rcgularibus cap. H. c ibi Barbos. !ln. 1.
(I) l'exL. in cap. Ecclcsias 16. q. 7. cL ill cap. I~cclcsias '13. de eonsrcr.
disL. 1. COl1stil. lJlyssip. lib. ~.. til. 5. c1ec.rcL. 1. in priucip. rul. 32G. A~giLan.
lib. 4. Lil. 1. C. 2. foI. '11:;9.
(2) Conc.llrol'inc. Mediol. 1," Gayalll. ill Manual. I'crb. Ecclesia n. 2G. Frall-
cez dc Ecr1cs. c. 12. !l. 71,.
(3) Texl. in C. 1. de Cuslorl. Eu har. COllslil.. Ulyssip. lilJ. I,. IiI. 15. t1e-
("-1'1'1. I. iII prill ip. notLor('s ao Lcxt. in ('''\,. JJ:Cl~le. ias de COllScC'r. di L. l.
(1') COIISI. Uly sip. 11icI. e1rcr. J.
DO AllCEBl 'PADO DA BAilU.
gnl', aonde IJOuver de estar a Capella maior, e demarcar o aml.to oa
Igreja, e adro della.
688 As IgI'ejas Parochiaes (5) tero Capella maior, e cruzeiro, e
se procural'J que a Cnpella maior se funde de maneira, que posto o Sa-
cerdote no Altar fique com o rosto no Oriente, (G) e no podendo ser,
Hque para o Meio dia, ma!> nunca para o Norte, nem para o Occidente.
Tero llias Bflptismacs (7) de pedra, e bem vedadas de todas as partes,
almarios (8) pnra os Santos Oleos pias (9) de agoa benta um pulpito,
(tO) r.oofessiooal'ios (J 1) sinos (12) e casa de Sncristia; (13) e bayer
no amlJilo, e circulll'crencia dellas adros, e cemiterios capazes para nel-
les se enterrarem (U) os defnlltos; os C/uaes adros sero demarcados
por nosso (15) PI'ovisor, ou rigario Geral, como acima uea dito, e os
autos (16) desta demarcao se guardaro no nosso Cartorio, e o trasla-
do no Cartorio de cada uma das Igrejas.
689 E no tratamos aqui do dote que preciso (17) tenha cada
uma das Igrejas Pal'ochiaes: porque como todas as deste Arcebispado
pertencem Ordem e Cavallaria de nosso Seuhor Jesus-Christo, deque
S. Magestarle perpetuo admiuilrador, tem o mesmo Senhor com
!Uuito catholica providencia mandado pagar pontualmente, e vo na fo-
lha os dotes das Igrejas, que seis mil ris a cada Igreja, e oito para
as que esto cm Villas: assim como com mnito liberal mo como to
zeloso, e Catholico Rei manda U:ll' grossas esmolas, assim para a edifi-
ca.no (18) como para a rce1lificao das ditas Igrejas.
TIT LO XVHI.
DUS ~IOSTElIl.08, E IGREJAS DOS R ,GULARES QU.\,'TO .... FUNDA,\'O, E ERECO.
(1) Trident. sess. 25. de Invocat. et venerat. Sacrar. Imagin. !\i. mud ,"cro,
Gavant. in Manual. verbo ImaginesSacrren. 1. et2. ,
(2) Const. Ulyssipon. lib.4. tit. 6. decl'. 1. .lEgitan. lib. 4. til. 2. C. 3. a D.
t. cum seq. .
(3) Consto Ulyssipon. ubi proxirne SI 1. .lEgitau. loco citato n. 5. Bl'aclJar.
til. 25. consl. 6.
(!~) Constil. Ulyssip('n. ubi proximc. JEgitan. loco citato. Regula, Sem el
Dco, de regul. juro lib. 6.
(5) Constit. lTIgilan. dicto C. 3. n. 4. Ul)'ssipon. dict. !\i 1. fol. 333.
DO ARCEBISPADO DA BAHTA. 2:J7
'l'ridcuLino, (6) mandamos, sob pena de excommunho major, e de yio-
te cruzados, que nem-uma pessoa Ecclesiastica, ou secular, de qnal-
quel' estado, ou condio que seja, ponha, ou consinta pr-se em qual-
quer Igreja, Ermida, Capella, ou Altar de nosso Arccbispauo, posto
que seja de H.egulal'es, ou por qualquer outra via isentos, Imagem al-
guma de Deos nosso Senhor, da 'irgem Nossa Senhora, dos Anjos, ou
Santos pintada, ou de 'vulto, sem ser vista, e approvada por Ns, ou
nosso Provisor, e se concedeI' licena, pela qual se nno levar cousa (7)
alguma. Exhorlamos muito, que, quanto for passiveI, primeiro que
se ponho nas Igrejas, e Altal'es as Imagens de vulto, sejo bentas na
frma do Pontifical, ou Ritual (8) Romano.
701 E mandamos ao nosso Meirinho, sob pena de ser suspenso
de seu ollicio a nosso arbtrio, que onde quer fJuc achar uns paineis, a
que cham~o ricos feitios, e em que esto muito mal pintados alguns
Santos, os leve ante nosso", igario Geral, (9) que proceder nesta ma-
teria como lhe parecerjuslo c conveniente, nilo permittindo se rendo
paincis, que cm lugar de exercitar a devoo provoquem a riso.
TITULO XXI.
-l< 702 O Apostolo S. Paulo (1) nos ensina, que todo o Catholico
dere glorificar-se da sagrada arvom da CI'UZ, troplleo, e insignia glo-
riosa dos fieis Christiios, em que nosso Salvador Jesus Christo nos re-
mio com seu precioso sangue, por cuja causa bem que de todos seja
tralada com toda a reverencia. Por tanto mandamos, sob pena de excom-
munho maio]' i1150 (acto inctl1Tenda, e de dous mil ris para as ouras
pias, e Meirinho, que nem-uma pessoa per si, ou por outrem em modo
algum pinte, abra, ou ponha Imagem, e signal da Cruz (2) uo ChilO,
aonde se lhe posso pr os ps, nem tambem debaixo de alguma janel-
la, uem aos ps das p.aredes cm lugares immundos, e indecentes. E
s~ ao presente estiverem postas algumas em semelhantes lugares, so
tll'em pelas pessoas que as puzerno mandro P]', ou a isso tiverem
obrigao, dentro de um mez depois da publicao desta Constituio.
703 E mandamos aos Vigarios Coadjutores, e CUI'as das Igrejas
que tenho cuiua<.lo de assim o fazer cumprir, e guardar em suas Fre-
TITULO XXII.
(1) Cap.. emo de eon ceI'. disto L Suar. tom. 3. in 3. p. d. 81. seelo 6.
~ 4.
(2) l\Iostazo de Causis pi is tomo 2. lib. 15. cap. 9. n. 16.
(3) Cap. Si per negligentiam de eonseer. disto 2. cap. AlLaris palla 39. cap.
N"emo de eonseer. disl. 1.
(l~) Al'gument. text. in cap. AUaris palia de eon eer. disl. L juneto cap.
uH. de cclebrat. Miss.
(5) Cap. AlLaria 31. de consccr. disL. 1. Gavant. in Manual. verbo Alta-
1'0 n. 6.
(6) Miss..L1o Rom. rubI'. 20.
(7) Gavant. in pl'ax. compondo VisilaL. Episcop. 9. n. 9.
(8) Gayaut. ubi proximc.
(9) Argum. lexl. in cap. AlLaris palla de consocl'. dist. 1.
(tO) G'lvanl. ulJi pl'oximc n. H.
(II) Gavant. v rb. Eucharislia 11.13. BarlJ05. de Paroch. cap. 20.11.29.
l'ossevin. de ornc. Curali. .
(12) ConsliL. A<:gilan. lib. 4. tiL. 3. cap. 2. n. 62. cum seq.
(13) Cap. 2. de Custodia Eucharislire.
(11~) Cap. Vasa de conseer. disto I. cap. t Calix 4 de consecr. disto 1.
v.
(3) Conc. l)rovinc. Mediol. 4>. GavanL, verh. Consecralio Ecclesire n. 17..
(!~) Dict. COl1cil. Prov, Medial. 4.. COIISl. Ulyssipon. liJ). 4, liL. 7. in prin-
cipio.
(5) Tex!. in c, unico de Sacram. UncL. c. Sacra Las 25. c. Non liceaL 31. 23.
disto cap. Tn sancta 4,1. ele consecr. disL. 1. .
(6) TexL. in cap. Allaria 32. cap, Nullus Presbytcr 15. de conscc. dlSl, 1-
(7) Constt. U1yssipol1. lib. 4, tiL. 7. r1ecret 1. in princip. jl~gitan. lib. fi,.
til. 3. cap. 4. in princip. ct n. L
(8) Cap. Vasa, cap. Vestimenta de con5~C. c1isl. 1. cap. Consullo de COll-
secl'. disto 1. cap. Sacralas 2il. disto Decrcl. Medial. lib. 3. tiL. 23. cap. 10.
(9) eonsL. Ulyssipoll. lib. l~. LiL. 7. dcct'. 1. 1. A:gitan. lib. 4, tiL. 3. cap.
4. n. 1. verso E posto foI. 27 L
(1) COliSt. Ulyssip. lib. 4. tiL. 8, c1ecreL. 'I. 3. foI. 338. ,_
(21 COllstil. U1'yssiP()I!, d!cl. ~ 3. vers, Sero. (~'l\'al1(. pt'a~. Compeli \. '[-
silo E[.llSCOp. !I. I1L, llc Sat:mtIlI 11. 14-,
DO AUCEBISPADO DA BAllIA. 2Gl
o destas Constitui.es, a ter nas Sacristias das Igrejas (aonde no
hourerem ainda almarios, ou caixes) ou nas mesmas Igrejas em parte
alguma separada os dilas almarios, ou caixes grandes bem fechados, e
limpos para guardarem a prata, Calices, vestimentas, Missaes, e todos
os oull'os ornamentos, que andarem em continuo servio da Igreja. Os
quaes almarios se faJ'ao custa da fabrica das ditas Igrejas; e esla dili-
gencia se faz mais pl'ecisa neste Arcebispado, pois pelo clima da terra
todo o cuidado pouco. E no se cumprindo o sobredito no termo
dos ditos tres mezes, havemos por coudemnados (ainda que se queiro
escusar nlJS pelos outros) aos negligentes em mil ris (3) cada um para
fi fabrica da mesma Igreja, e .Meirinho.
-l< 713 Conformando-nos com a disposio de direito Canonico, (.4)
que das cousas dedicadas ao senio da Igreja prohibe os usos profa-
nos, mandamos, sob pena de excommllnho maior, e dc:z cruzados a
cada um dos Vigari05, Coaujl1tores, Curas, Sacristes, Thesoureiros,
e quaesquer outras pessoas Ecclesiasticas, e seculares, a cujo cargo es-
tiverem as cousas da Igl'eja, no emprestem (5) a prata, ornamentos,
armaes, toalhas, panos de Altares, vestidos das Imagens dos Santos,
e quaesquer outras cousas do servio das Igrejas, para usos seculares,
e pl'afanos, nem ainda para as figuras, que costumo ir lias Procisses,
baptizados, ou enterramentos.
71.4 E prohibimos (6) outro-sim, sob pena de excommunho
maior 11)SO (aclo wurrenda, e de vinte cruzados que nem-um ParocllO,
Thesoureiro, ou qualquer outra pessoa, que em seu poder tiver as di-
tas cousas, se sina de alguma dellas em suas casas, ou em outro lu-
gar em uso profano. Porm (7) no prohibimos que se posso em-
prestar de uma Igreja para outra na mesma Cidade, ou lugar, e para as
anl1exas, e filiaes, sendo para o culto Divino.
TITULO XXV.
QUE HAJA IN"ENTARlO DA. PRATA. ])IOVEIS, E COUSAS DA8 IGREJAS, E U!I1DEl11
LIVRO DO To~mo D.\S NOTICI.\S MAIS ESSENCUES A ELLA8 PERTENCENTES,
-l< 715 Para que a prata, ornamentos, e moveis das Igt'ejas eslejo
a bom recado, e a todo o tempo conste (1) quaes, e quantos tem cada
Igreja, ordenamos, e mandamos, sob pena de dez cruzados, que na nos-
sa S Catbedral, e mais Igrejas Matrizes, ou filiaes de nosso Arcehis-
pado se raa inventario; na nossa S pelo Provisor, e nas Oull'as.Igl'e-
Jas pelos Parochos diante duas testemunhas, de toda a prata, ornamen-
tos, e moveis, que neHas houver paI' titnlos distinctos, c separados,
(2) Argum. L. fin. verlJ. Quanlitalem Cod. de juro delibero Conslil. U1j'ssi-
pon. ubi proximc. -
(3) Argum. L. Quod vendilor, el iIJi Glos. lf. de Dolo. Consto Ulyssip. lo-
co citalo. .
(4) Dicl. Conslit. Ulyssipon. eod. loe.
(5) Cap. nnie. de Orne. Sacrist. .
(6) Faeil Consl. Ulj'ssipon. dict. 1. verso E para que. JEgilan. lib. q. LJt.
3. cal!. 6. n. 3. Ii. ct 6. rorluens. lib. [~. lit. 3. consto 6. verso 2. Braeharens.
tit. 26. consto 6. n. 1.
(7) Consl. LEgilan. dicto C. 6. n. 6. Ulyssipon. dicl. ~ 1. verso E para que,
foI. 337.
(8) Nam culpa laIa dolo roquiparatur. Farin. de Delielis p. 4. consil. 30.
n.52. et ibi addilio liler. K. l?aciL Conslil. Pol'luens. lib. [L til. l~. in fine
principii.
(9) Cap. 1. et 2. de orne. Cuslod. Consl. U1yssip. dict. ~ 1. verso E para
que, foI. 337.
(10) Text. in cap. Exeeptione 12. q. 2. cap. 2. de clonalionib. Eslra v:
Sixti V. qure incipit, Solieiluuo, edila anno 1588. cap. Ad audientiam, ulll
Glos. verbo Censualem de Prrcsel'ipL. c. Cum causam de probalionih.
(11) Const. Ulyssipou.lib. [~. liL. 10. decr. 2. JEgilan. lib. Ii. liL. [~. e. 2. n.
2. Bl'ilChar. lil. 27. COIl 1..1. II. 2.
(12) COIlSI. UJyssipon. uhi .pwxilTlc. JEgitulI. dicL. C. 2. II. 3. cl q..
DO ARCEDTSPAD DA BARIA.
jutOI', (13) ou Cura, o que caua um delles tem de congl'Ua, e o quanto
5. i\Iageslade manda dai' pal'a a fabrica das di las Igrejas Parocbiaes,
por uma slJa Proviso passada em 8 de Novembro de 1608: em que o
dito Senhol' orf1coa. que para recebeuor das dilas fabricas seja e/cito
pelo Prelado, e Cabido uma Dignidade, ou COllego de muita confiana.
721 Pelo que o nosso Re 'erendo Cabido advirtil' todos os ao-
nos ao Capitular, que for eleito no dilo cargo de Recebedor, que no seu
anno no dei' cobrada tOfla a importancia das dilas fabricas, ou no
mostrar que fez a diligencia com os Ministros do dito Senhol', para IJle
mandamm pagar, e como requer~o por escriplo o que fazia a bem das
lIitas Igrejas, pagar ellc dito recebedor por inteiro de sua fazenda (U)
a fabrica das Igrejas que faltar por cobrar. Porque nos mostrou a ex-
periencia, quando tomamos contas, a grandssima perda que lem resulla-
do s Igrejas, da omisso e desatteno dos Recebedores passados; e
pal'ccendo a fabrica limitada temos achado, que o que fallou por cO'
brar importa mui consideravei quantia, (Ie que resulta eslarem as Igre-
jas sem o ornato de\"ido, Gomo yimos na yisita que fizemos de todo nos-
so Arcebispado.
722 Item se escreyem neste livro todos os officios (15) de nos-
so Arcebispado, de qualquer qualidade que sejo cuja pro\'iso nos
pertence, e se declara se so perpetuos, ou temporaes.
723 Item os direitos de nossa Cbaucellal'ia, (16) assim das con-
firmaes dos Beneficios, como de quaesqner outras provises, ou pa-
peis. Item o qne se costuma pagar de Lucluosa (17) por morte de
cada um dos C/erigos deste Arcehispado. Item o que se paga a nos-
sos officiaes (18) Ilas provises dos Beneficios, e officios.
72A Item se trasladaro no (Iito lino em fl'ma autentica, para
flue a todo o tempo conste, toelas as seotenas, (19) escriplUl'as, e do-
cumentos que 110uver sobl'e as dilas consa , ou sobre Ca os dcciuidos'
cm favol' de nossa jurisdi.o.
TITULO _ "'Yl.
DO QUE SE FAR DOS ORi.DIE. 'TOS YELHOS DAS IGIlEHS, E D.\ ~I.\DE)RA,
PEDRA, E TELHA Ql"E DELL.\ SE TIRAR.
(2) Cap. Altaris pana de conscer. disto 1. Barb. de universo juro Eedes. lib.
3. e. 2. n. 40.
(3) Const. Braehar. tit. 26. eonslit. 3.
(4.) Glos. ad texto in cap. Ligoa 38. de ConseCl', disl. 1.
(5) Diet. cap. Ligna, et ibi gloso Const. U1yssip. lih. 4. tit. 9. deer.1. verso
E mandamos. .
(6) Diol. Conslit. U1yssipon. ubi proxime.
(1) Joan. 2.16. text. in e. 2. de Jmm. Eeel.lib. 6.
(2) Cap. Deeet de Immunit Eeel. lib. 6. Trid. sess. 22. in deeret. de ob-
servo el evitando ill eclebrat. Missre.
(3) l\Jolus propl'ius Pii V. ineipit. Cum primum.
(4) Diet. cap. Decet, Psal. 92. Consto Brachar. til. 25. eonslt. 9. Lame-
ens. lib. 4. e. 1. U1yssip. lib. !~. til. 13. decr. 1. foI. 367.
DO ARCEBISPADO Dl BAHJA. 205
zer (5) aos brancos aprendem mais, do que das palanas, e doutrina,
que lhes ensino, porque a sua muita rudeza os no ajuda mais.
729 Mandamos que nas 19mjas no estejo os homens entre as
mulheres, nem ellas entre os llOmens, mas uns, e outros estcjo em
asscntos separados, (6) de modo, que Hquem todos com os rostos para
o Allal'-mr; (7) e em nem-um se poder pessoa alguma encostai', (8)
ncm p!' sobre elles o chapeo, ou outra cousa alguma, que no sirva
para o uso, e ministerio do culto Divino; nem estar com as costas vi-
radas para o Altar, em que estiver o Sacl'ario. Outro-sim os bancos
para os homens se assentarem, se poro das portas tI'avessas para bai-
xo detraz das mulheres, por ser assim mais conveniente; o que se en-
tender nas Igrejas, em que commodamente puder seI', e deixamos is-
to ao arbitrio de nossos Visitadores.
730 Nem-uma pessoa de qualquer qualidade que seja, leve, e
tenha nas Igrejas (9) armas de fogo, nem outras offensivas prohibidas,
de que se receba escanrlalo, excepto os Ministros da justia, e os que
os acompanho; e assim mesmo os Capites, e Soldados em razo de
seus omeios, guardando porm a modcstia, e compostUl'a, que se deve
a lugares sagrados. E outro-sim dentl'O Das ditas Igrejas, ou Capel-
las, ninguem poder estaI' com o cabello atallo, nem tomanuo tahaco
de fumo, nem atar s portas dellas os cavallos, nem ainda dentro do
adro. E se alguem for comprehendido em algumas das cousas aqui
prohibidas, ser castigado a arbitrio de nossos Ministl'os, POI' quanto
so diversas as culpas, e umas merecem maior, e outras menor pena,
salvo se estiveI' taxada pOl' algum capitulo de visita, ou por costume
immemoriai, no ha, endo derogao nossa espccial.
TITULO XXVIU.
QtE i'iAS IGRE.TAS SE NO ASSENTEIII EM CADEIRAS DE ESPALDAS, o TU1-
nORETES, NEM os LEIGOS ESTEJO SEi'iTADOS l'iA CAPELLA-lIIn mi
QUANTO SE FAZEM os OFFIC10S D1YIi\\OS.
(5) Ad Philip. c. 4. 5.
(6) Concil. ProYicial. l\Iediol. 4. Gavanl. yerb. Ecclesiarum reverenlia n.
25. D. Clemens lib. 2. cap. 61. Themud. p. 3. decis. 279. n. 5.
(7) Gavant. verb. Ecclesiar. reverentia n. 19. Dict. Const. Pii V. constit.
Lam ecens. lib. 4.. til. 4. cap. 1. S) 3.
(8) Dict. Constit. Lamec. u bi proxime. Triden t. sess. 22. in decr. de obser-
va~d. el eviland. in celebrat. Miss,C. Conslil. Ulyssipon. lib. 4. lil. 13. decreto
1. ln princip. Brachar. tit. 15. consl. 9. n. 2.
(9) Dicta Consl. Ulyssipon. ubi proximc, verso Prohibimos. Lamecens. dict.
C. 1. Si 6.
(1) Cap. 2. in principio verso Sil itaque de imuDit. Ecc1es. lib. 6.
(2) Conslit. Brachar. til. 25. conslil. 10. foI. 326. lyssipon. lih. 4. til. 13.
dccrel. 1. S) 1. Themud. 1. p. decis. 51. el p. 2. decis. 208. el 3. p. decis. 279.
n.11. et '12. Barbos. yot. 1'15. Sulorz. de Jur. Incliar.lib. 4. c. 3. n 53.
266 COXSTlTUIES
as tlespezas da justia, e accusador, que nem-uma pessoa Ecclcsiasli-
ca, ou secular, de qualquer qualidade, ou condi o que seja, em quan-
to se disser Missa, e se celebrarem os Omcios Divinos, se as. ente nas
Igrejas de nosso Arcebispado, ainda que sejo de Regulares, em cadei-
ras de espaldas, excepto (3) as pessoas seguintes, entre as quaes 110-
meamos algumas para os casos, cm que succeda acharem-se neste nos-
so Ar ebispado.
Os Cardeaes, Patriarchas, Arcebispos, Bispos, e Nuncios Aposto-
licos,
Os Duques, Marquezes, Condes, e Govemadores deste Estado.
Os Inquisiclores quando estiverem em alguma 19l'cja fazendo dili-
gencia, ou acto de seu alicio. .
Os nossos' isitadores quando actualmente estiverem de visita em
algum lugar.
A Camara desta Cidade, e dos outros lugares do Arcebispado, (at-
tendendo ao costume) quando estiverem em corpo Je Camara.
732 Declaramos que as pessoas Ecclesiasticas, aqui nomeadas,
podem estar assenladas em cadeil'as de espaldas dentro da Capella-mr,
mas no podero te1' as dilas cadeiras dos degl'os do Altar para cima,
exceptuando as pessoas, s quaes concedido pelo Ceremonial (A) Ro-
mano dos Bispos.
~ 733 POl'm as pessoas seculares, que em raziio de suas dignida-
de'podem ter cadeiras de espaldas, posto que sejo do habito de qual-
quer das lres Ordens Militares no as podero ter na Capella-mr, nem
em outras quaesquer, quando (5) llcllas se celebrem os Omcios Di\'i-
nos, sob as ditas penas. E insistindo alguma pessoa em ler cadeira
de espaldas na Igreja, ou (lentro ua Capella, no lhe sendo licito con-
forme esta disposiO, mandamos a cada um dos Parochos, e quaes-
quer outros Sacerdotes seculares, ou Regulares, sob pena de eXCOll1-
munh50 maior ipso (aclo lcurrenda, e de rinle cruzados por cada vez,
que no digo l.\Jissa, (6) nem fao os Omcios Diyiuos at com elTeilo
a tal pessoa obedecer, e nos avisc.m com hrevidade, para se pl'ocedel'
conlra os desobedientes.
731, I robibimos a cada um dos Parochos, e a quaesquel' outros
Sacerdotes, sob pena de excommunho maior, e de se lhes dar em cul-
pa, que se no assentem lia Capella-mr, nem rra deIJa na Igreja em
cadeiras de espaldas, salvo (7) para fazer eslaao quando commoda-
mente a no pudcr fazeI' do pulpilO, ou cm p 110 cruzeiro .
.;< 735 Item pl'obibirnos, sob pena de excommunho maior, e dez
cruzados para a fabrica, e accllsadol', que nem-um homem, de qualquer
qualidade que seja, tenba na Igreja assento particulal' (8) appl'0pl,jatlo
vara si, ou para as mulheres, mas os assentos sejo communs, e ignaes
. (3) ConsLil. Ulyssipon. ubi proxim. Lamccens Jib. q.. tiL. 4. c. 3. in principio.
PorLucos. lib. 4. tit. 9. consLiL. 4,. in principio, cL vers. 1. et 2.
(4.) Crerem. Uom.lib. 1. c. 13.
(5) Text. in cap. 1. de ViL. eL boncstal. Cleric. Congrcgalio Bit. 4. Fcbru-
arii 1600. Crerem. Episc. dict. lih. 1. c. 13.
(6) Constit. U1yssipon. dicL. 1. n. 12. PorLucns lib. ,'L til. 9. consLiL. 4.
Yers. 4.
(7) ConsLil. Ulyssipon. dicl. 1. n. 9: iEgitan. clict. c. 3. 2. foI. 315.
(S)' Dic.l. Const. (l]yssipon. t.lict. SI 1. n. 10.
no UtCEBI PADO DA BAJJJL 267
para todos, e havendo alguns estrados, ou assentos pal'Liculares os nos-
sos Visitadores (9) os mandnro tiraI', c lanaI' fra com brcvidade.
-l< 736 Pal'a quc os Omcios Dhinos se posso celebrai' com devo-
o, e menos impedimento, e os Sacerdotes tenho aqueHa preferen-
cia no lugar. que de uireilo lhes dcvida, Ns conformando-nos com
a slla disposio, e da Extravagante do Santo Papa Pio V, ordenamos,
e mandamos, qne em quanto se disscl' Mi sa, e celebrarem os Omcios
Divinos, nem-um leigo esteja na Capella-lDr, sob pena de pagaI' cada
um mil ris para as fabrica das mesmas Igrejas, e accnsador; e que os
Parochos os no consinto, antes os mandem despejaI" sob pena de se
lhes dai' em clllpa. E se algum no quizer sahil' selldo mandado pOl'
elles, pI'ocedero contra o tal com peua de excommunho, (10) e no
obedecendo o declarem por excommnngado, c depois de declarado no
celebrem, nem continuem com os Omcios Divinos, em qnanto o ex-
commnngado no sahi!' da Igreja.
-l< 737 Porm esta nossa Constituio no haver lugal' (11) DOS
leigos, lJue estivel'em nas CapelJas-mres para efI'eilo de cantaI" tanger,
c ajudar aos Omeios Divinos, nem nos que ajudarem Missa, e tiverem
tochas, ou assistil'em ministl'ando em semelhantes funces, nem nos
quc cntrarem para se confessar e commungar. E tambem sendo a
Igl'eja pequena a respeito <.los fregllezes, ou occasio de festa, em que
haja grandc concurso dc gente, seno couherem !lO corpo da Igreja,
podero seI' tolerados alguns leigos na Capella-ml'. E mandamos a
cada um dos Parochos, sob pena ue suspenso <.Ie seus ollicios atl( nossa
merc e serem presos, que no consinlo pessoa alguma !la Capella-
mI' contra a frma desta Constilllic;o, antes a executem inteiramente,
c a leio algumas vezes a seus freguezes estao.
TIT LO XXIX.
QUE i'i.\S IGREJAS, E EUS ADROS SE NO FAO FEIRAS, MERCADOS CON-
TRATOS, OU ESCRll'TUl\AS, l'iEl\I ACTO ALGU~ DE JOHISDlO SEC LAR.
-l< 738 A Casa de Deos, como elle !lOS ensina, casa ele Orao,
(1) e no lugal' de negociao. Por tanto couformando-!los com a dis-
llOSio de direito, mandamos, sob pena de excommunho maior, e de
dcz cl'uzaclos pal'a a fabrica lia Igreja, e accusadol" que nas Igrejas, e
seus adros se no fao feiras, ponbo tendas, nem se compre, (2) e
venda, ou apregoe cousa alguma, posto que seja para comer, ebober: c
que se no fano quaesqncr outros contratos, escambos, ou escljptu-
raso
-l< 739 E ontl'o-sim mandamos, que nem-um Julgadol', 011 qual-
quer outro Ministro de jnstia secular faa aul1icllcia. (3) ou ou,a as
pio, (5) com tudo a malicia humana o veio a perverter, e fazer occa-
siao de abusos, supersties, e ol1ensas de Deos. Por tanto confor-
mando-nos com a disposio de direito, (G) e Leis (7) do Reino, man-
damos, sob adita pena de excommullho (8) maiol', e de dez cl'Uzados,
que nem-uma pessoa faa, nem use uas taes yigiJias, nem durma nas
Igrejas, on Capellas de nosso Arcebispado, nem coma, nem beba den-
tro dellas, nem em seus adl'Os, nem faa jogo em tempo algum ainda
que seja na vespera, 011 dia dos Oragos, ou em outra qualquer festa,
ou novenas.
7!d1. E se alguma pessoa fizer voto de estar certos dias, ou no-
yeuas nas Igl'ejas, ou CapeUas, declaramos, (9) que nD obriga o voto
aestar de noite nellas, nem no tempo cm que ho de comer, e beber.
POl'm as pessoas que esliycrem acoutadas na Igreja em razo da im-
rnunidacle deHa, de que se pel'tendem yalel', podero (10) ahi comer,
bebeI" e dormil' no Illgal', que mais decente fOI'.
7h5 Olltl'o-sim pel'mittimos que na noite de Natal e de Quinta
Peira maiol' da semana Santa, onde o Santissimo Sacl'amento estiver
exposto, posso (11) os fieis estar na Igreja, e assim mais nas noites
ue Sexta Feira, e Sahbado da mesma semana Santa nas Igrejas, em que
o Senhol' se gUaI'dar encerrado com pompa, e cera para o Domingo da
Hcsul'l'eio. E encarregamos muito aos Paroc.lJos, e mais pess03s
que tivel'cm cuidado das Igrejas, sob pena de se lhes uar em graye cul-
pa 3S tenho nas taes noites bem alum:adas, e vigiem que uentro deJ-
las no h3ja materia de escandalo.
(2) Cap. ~Oll Oporlct 2. cap. Nulli disl. 1i.2. cap. 2. verso Cesscnt "ana de
celebr. Missro lib. 6. Tricll'lll. scss. 22. dccr. de observando ct cvitand. ,"ers. Ab
Eeclcsiis. COIl lilutio Pii ' . illcipil. Curo plimum .
. (3) Constil. U1ys ipou. lib. 4. til. 13. dccr. I. ~ 3. foI. 372. Lameccns. lib.
lo til. Ij cap. 6. i fi prinr,ipio. o
-l< 7116 As Igrejas) que sao Casa:> de paz) (1) e Templos do Rei pa-
cifico, (2) edificadas para neHas com socego, e quietao se louvar a
Deos, e celel)J'arem os Omcios Divinos) no devem sel'vir de Castellos,
nem de se exercitar nellas a arte) e cousas militares. Por tanto) man-
damos) sob pena de excommunbo maior (3) ipso (acto incwnnda, e
de cem cruzados para a S) Meirinho, e despezas) a quaesquer Senho-
res de terras, ainda que sejo de titulo) Govel'Oadores das Cidades,
'illas, e Lugares, Capites Generaes, ou particulares, Alcaides-m-
res, Desembargadores, COl'l'egedores, e quaesquer outros Ministros de
guerra, e de justia, de qualquer gro, e qualidade que sejo, que nas
Igrejas, Ermidas, Capellas) adros, e casa de servio dellas no fao
Castellos, Fortalezas, Carccres, Custodias, nem se aposentem, ou in-
casteHem neHas, nem para isso dem conselho) favor, ou ajuda. Eeo-
cOl'l'entlo to urgente causa publica, porque seja necessario fazer-se o
contrario, se nos dar disso (h) conta (se a necessidade pel'mittir alai
dilao) paI'a dispormos o que for mais conforme ao servio de Deos
nosso Senhor.
TITULO XXXlI.
t COMO, E EM Q 'E IGREHS, E LeGARES SAGRADOS os DELIl'iQUEi'iTESGOZO
DA nlM-Ul'iIDADE DA IGREJA.
I', o que indo actualmente preso, sem se soltar (15) das justias qne
o levo, passando pOl' alguma Igreja, Capella, ou EI'mitla, ou adro, ou
pucllando pelos que o levo, se acoular; porque estes no se acouto
cm sua liberdade, como se requer.
753 Tambem goza da dila immuuidade o que se acoula ao San-
tissimo (16) Sacramento, que Imudo em alguma Procisso, ou aos en
fermos, pegando-se, ou chegando-se o delinquente ao Padre que o leva.
T11' LO XXXIII.
t DAS PESSOAS, E CASOS E11 QUE NO VALE A IIDIUNIDADE DA IGREJA.
(10) Ord. dict. til. 5. S\ L et ibi Pegasn. 2. Lo L cad. de bis qui ad Eccl.
confug.
(11) Ord. djcl. S\ 1. et ibi Pegas n. 1. Dian. tom. 9. tract. 1. resol. 4!~. 1.
. (12) Diana ubi proxime 3. Pere~ra de Manu reg. ad diclam OreI. lib. 2.
ltt. 5. cap. 50. n. 5. Rebuf. ad Leges Gallic. tom. 2. foI. 334. n. 22.
(13) SuaI'. de Religioll. tom. 1. de reverentia debita loco cap. 10. n. 8. verso
Uode obiter.
(14) Glos. in cap. Nullus Clericorum 17. q. 4. Coval', lib. 2. c. 20. n. 16.
Suar. dict. cap. 10. n. 6. ct 7.
(15) Ord. dicl. til. 5. in pl'incip.
(16) farinac. de Carcerib. et carcel'1lL q. 28. n. 67.
(I) Ord. lib. 2. til. 5. 7. et ihi Pegas n. 20. Oliva de foro Eccles. 1. p.
q. 27. n. 14.
274 CO~STITT'IE
77 !c inda que pejo direito Canonico (1) era prohihido aos Cleri-
goc, e Henc{jciados testarem dos bens adquiridos em razo das Igrejas,
e Bcnclicios, com tuclo por antigo, e universal costume (2) do Reino, e
de torla a Hespauha, e FI'ana, de consentimento, e sciencia dos Sum-
mos Pontifices, e Prelados, est introduzido que os Clerigos, e Bene-
ficiados posso (3) testar dos fructos, e oens, que adquirro cm l'azo
de suas 19rejas, e Bcncncios, o que mais particularmente se deve ob-
servai' com a qualidade das rendas dos Beneficios deste Arcebispado,
qne SilO C'ongl'llas to tenues, que escassamente basto para a parca
subsisl !leia ue um Clerigo.
775 Pelo que, conformando-llos com este costume universal, e
Constituies dos Bispados do Reino, ordenamos, e mandamos, que
(I) Cap. Inler h;cc 33. q. 2. Suar. lom. 3. de lleligion. cap. 13. n. 4. Ec-
e1esia in feslo S. 'fhom. Episc. et Marlyr. led. G.
. (2) Conslil. U1yssipoll. lib. ~" liL. 13. decl'. :1. ~ 1. "ers. ull. Ord. lib.2.
lit. o. ~ 7. in fine.
(3) Conslit. Uly. sipon. dicl. 1. ult. verso
(r~) Cap. Miror 17. q. 4. Tridenl. sess. 20. de Reform. cap. 20. Conslil.
lllgilan. lib. 4. lil. 11. C. 15. n. I. foI. 460.
(1) 'l.l. 1. cap. ClIm otnciis de leslarnenli., cap. 1. cum seq. de peelllio
Clericorum. Faeil cap. Placuit. et cap. QlIam"is 12. q. 2.
. (2) Ord. lib. 2. til. 18. Si 7. in fine. Authenl. Presbyleros ad finem cod. de
~Plscopis, eL de Cleric. COVill'. in C. Cum omciis ii n. 9. de lestamentis. Tavar.
ln .1lll:nual. cap. 2:>. n. 28. eL de reddililms q. 3. mouiL. 3.5. eliO. Molina de
(ll'lmog. lib. 2. C. 10. n. 56 .
. (3) Oiil'a de For. Eccl. 2. p. q. 31. Garcia de llenef. p. 2. cap. 1. ii num.
8. \'illel1sup]a consil. !J8. n. 30. )l. 1. Vinhe TO de Testam. lom. 1. d. 1. secL.
li. ~ 9. iJ. 3Hl. Gama rlccis. Jj3. II. 8. ct 9. Yalasc. consull. 165. n. l. cl11.
rt de parti!. C. 3D. II. V.
30
278 co~ 'TII 'IE
neste nosso Al'celJispado e guardem, (Il) e cumpro os teslamentos, c
quaesquet' ullimas yontalles, e disposies dos Clerigos, e B oe[jciados
nossos subditos, cm que dispuzerem dos fructos, que tiverem ven-
cirlos de suas Igrrjas, e Beneficios, e de quaesquel' outros bens, quc
pOl' ese motiyo tiverem adquirido, e que os ditos bens, e fruclos se en-
treguem ljyremente a seus hel'llcil'OS, ou a pessoa a que peltencerem,
776 Conformanuo-nos com as Constituies dos Ri pados (5) do
TIeino, e principalmeote do ,\rcebispado de Lisboa, pela qual al agoJ'U
se govemava este nosso Arcebispado, declal'amos que a successo nos
bens do CICl'igo defunto, que pertence a seus herdeiros ah intestado,
no h3 lugar uos bens especialmente l1eputados ao cullo Divino, e ser-
vio da Igreja, que pai' morte dos dilas Beneficiados se acharem; como
so vestimentas, Calices, Missaes, e outras CjuaesCflJei' cousas perten-
centes Igreja, como casas e senzalas, que elles, ou seus antecesso-
res fizero par.a uso das mesmas Igl'ejas, e bemfeitol'ias, que nellas fi-
zessem, porque de todas estas, nem os Clerigos, e Beneficiados podem
testai" nem os hel'deiros ab intestado nelias succcdcr, mas ficar50 pcr-
petuamente s Igrejas, pOI'que se presume, que para o tal servio as
fi7.ero.
777 E se o defunto fez algumas damnificaes (6) nas 19rejas, c
seus bens, ou lbe rOl mandado em visita que puzcssc, ou fizesse algu-
ma cousa, e o no cumpria, tudo se pagar dos ditos bens antes de sc-
rem entregues a seus herdeiros. E da mesma maneira se pagaro uel-
lcs as dividas dos sel'Yios, alimentos neccssarios, e outras quaesql1CI'
que o dito defunto deda; e bem a 'sim as despezas de seu entelTamen-
to, e exc'luias, segundo a qualidade tio defunto, e costume deste Arcc-
bispado,
778 E exhol'lamos aos ditos Beneficiados, que nos testamentos,
que fizerem. se mostrem agradecidos a suas Igrejas, dei!l.ando-lhes P:ll'-
te de seus bens (7) para se gastarem no sel'Vio dellas, c culto Divino:
porque seria especic de ingratido no rleixarem em suas ullimas von-
tades cousa alguma s Igrejas, de cujo dote, e l'Cmda se Ilslentaro.
779 E posto que os le.igos l1evem guardar em seus lestamentos
a solemlliclade, e numero de testemunhs, que por direito Civil, (8) c
Lei (9) do !leiGO sc requerem, e por defeitos dellas sero nnllos, como
as Leis dispoell1; com tudo os Clerigos podcm testar, ainda dos bcn
patrirnoniacs, conforme a disposio do direito Canonico, peranto o
Parocho, e duas ou tres testemunhas; e seus testamentos assim feitos
(4.) Constil. Ulyssipon. lib, !~. til. B. decr. 1. in principio fol. 379. Bra-
chareos. lit, 36. consto 1. o. 1. foI. 446.
(il) Const. LEgitan. lib. 3. til. 1!~. c. 1. n. 2. U1yssipon. lib. !~. til. 14. decr.
1. ,"ers. E no dispondo foI. 379. tamrcens. lib. 3, tiL. 17. J. Text. in cap.
Si quis de pecul. Clericol'. ConsliL. motlls proprii Pii V. publical. ao no 1567.
(G) Consl. iEgitan. lib, 3. til. 14. cap. 1. n. 3. Lamecens. lib. 3. tiL. li.
C. 1. 2. Eborens, lil. 36. constit. 1. n. 2. 1'ul. !~4-7. Barb. Unir. juro Eccles.
lib. 3. c. 17. D. 5i>.
(7) Cap. Cum in ofTiciis de testam. Conslit. lamecens. rlicl. til. 17. rap,
1. SI 4. Ulyssip. lib. ~. til. 1 L vel". E exhorlamos fuI. 380. iEgitan. llict. cap. 1.
n. 4. Bracharells. til. 36. consl. 2. \1. 1.
(8) Texl. in L. Hac consl1ltissima 21. cod. de testam . .t\ut1tenl. I10c iulel'
. Pel' )lllOcupalionem corl. lit.
!/' Onl. lib. 1, til. RO.
no ALlCESfSPADO DA BAnIA.
el'o "aliosos, (10) principalmente sendo o herdeiro institudo (11) lam-
bem Clerigo. E sta dispo io se faz mais precisa ueste 110SS0 Arce-
hispado, aonde os C1erigo::>, c Paroc1lOs Yi\'em nns suas Parochias
dos Sertes, distantes muitas Icgoas uas \ illas, em que assistem os
Tabcllies, que os posso approvar, por cuja causa morrem muitos ab
intestado, desejando, e querendo lazer testamento'
TITULO ~xxvm.
(1) Consto U1yssipon. lib. 4. til. 14. 2. fuI. 381. LEgitan. lib. 3. til. H.
e. 5. n. 1.
(2) L. 3. Cod. de his, qui sibi adseribunL L. Si quis lega tum ff. ad lego
Corneliam de Falsis.
(3) Gam. deeis. H;7. per Lotam. Molina dc JusLil. eL juro tracL 2. d. 125.
([~) L. ue eo cum seq. fI'. ad l,eg. Come]. de Falsis.
(5) ConsLil. U1yssipon. lib. !~. lil. 14. decr. 1. 2. foI. 381. LEgilan. lib.
3. til. 14. C. 5. n. 1. fol. 316.
(6) Consto U1yssipon. dicl. 2. ,"C\'S. E quando. JEgLan. dicl. C. 5. n. 2.
(7) Consl. iEgilan. ubi proximc. Porlucns. lib, 4,. liL 10. conslil. 4.
verso u1l.
no ARCEBIsI'"DO nA lU ITL\.. 28t
gado" Capcllns, ou quacsqllcr outras in truccs, c elle se lio achar
com capacidJde pal'a estas dircc.es, aconselhe aos instituidores, e tes-
tadores, que chamem (8) pessoa doutas, e experimentadas, e t mentes
a Dcos, que as fao, e ordenem; porque, se com sua ignorancia der
cau a s nullidades, cmharaos, ou demandas, ficar na eousciencia en-
clllTc'gado.
TIT 'LO . L.
QUE Sl<~ ClJ~IPn.o OS TEST.\i'dEI''l'OS, E LEGADOS 1'lOS, A1PiDA DOS FILHOS FA.-
nULUs, TE:'mo AS SOLE:Ui'l\D.\ DES DE DIREITO CA,O~iICO .
... 787 Conforme o direilo Canonico, os tcstamentos, que se fazem
para callsas pias, como sno (1) aquelles, em que for inslituido paI' her-
deiro algum ~Iosleiro Igrcja Hospital, Casa de Misericordia, Orphos,
pobres, ou OIlLt'O quallJucr lugar, ou ca a pia (posto que se fa~lo
com menos solemnidade, e numero de tcstemunhas, do que por
direito Ciril e Lei do R ino se requerem nos protano.) so valiosos,
com tudo sempre sero a elles (2) presentes duas, ou tres testemu-
nhas, e assim mandamos se cumpI'o, guardem, e executem; e o mes-
mo se guardar nos 1 gados pios, como SO Missas, suffragios, olfer-
las, e esmolas que se deixo a pobres em test:lmcntos, qlle por defeito
das solcmnidades de clircito Ci"il, e do Reino forem julgados por nul-
los, porque no que toca aos legados pios sero havidos por bons: (3)
e ralioso' .
... 788 E mandamos com pena (li) de excommuuhiio maiol' '11JSO {ac-
lo incln'l'encla, e rle cincoenta cruzados applical10s para o a cu~ador e
clespezas da justi.a que nem-uma pessoa, de qualquer qualidade que
seja, encuol'a, ou esconda testamento algnm, rm que se deixarem algu-
mas obras pias, anles dem o truslado delle s Igl'cjas, ou lugares pios,
ou pr soas, a qnem perlencel'.
S9 E deixando algnm filho familias de mais de qU310rze annos
por ultima vonlad " ou paI' ontra di POSiO entre vivos, s j;\aalguma
C~ll a por sua alma, ou algllm lc o a(10 pio dos bens ca trellses, ou quasi
(;)) castrcn. C', qne tivrr adqllil'ido, se cumprir tudo, o que assim 01'-
dell~l', posto que o faa sem licena de seu pai, em cujo parleI' estiyel'.
E :lInda dos bens que no forem castrenses, (dando-lhe sen pai (o) li-
cena) podera te lar em hem de SU:.l aima, e deixar legados pios.
(I) Ord. lib. 1. lil. 62. Si 2. et ibi PeO'as n. 2. Pereir. de Man. reg. p. 1. c.
16. n. 'I. PinlH:~rr. in Appl'nd. ad lracl. de Teslamenl. 2. num. 167. Tbemud.
decis. 16. n. H. Oliv. de lunere Prol'is. c. 1. 7.
. (2) Pinheyr. ubi supra 4. n. 19J. cum seq. foI. 799. Pegas au Ord. dicl.
Lit. 62. 12. n. 7.
(H) Texl. in c. 3. de Tes[am. Ord. Jib. 1 tiL. 62. 12. Pereir. de !\Jan.
regia p. 1. eap. '15. n. o. verso Tamen contraria. Coval'. ad texL. in c. Si brerc-
des ue teslam. n. 3. el Abb. n. 7. Alexand. cons. 239. in fino lib. 6. iu Aulh.
Hoc amplius. cod. de fideicolllmiss. n. 9. Pinheyr. dict. 4. U. H)i\. Tl:emud.
j. p. rlccis. 98. TI. 8.
([~) Ord. dict. til. 62. 2. et ibi Pegas num. 7. Pinheyr. iu dicl. Appen I.
sC'ct. 3. 2. n. 177. foI. 79!~. Pinel in Authenl. 'isi n. 42. Coval'. in d. cap.
Si hrerrdrs n. 4. Fcreir. de Man. reg. C. 15. n. 35. TheTnud. I. p. Jecis. 98.
II. 35. OJiveir. de Muner. Provisor. cap. 2. 18. n. 1)7.
no AHCEBlSPADO DA BAlllA.. 283
791, E se o testa~or limilar a seus teslamenteiros tl.'mpo certo,
em que se cumpra o que por elle orena~o, duranrl0 o dito tempo
no sero constrangidos (5) a dar conla do que ti\'ercm recebido, e des-
pendido, nem incorrcro 'm pena alguma. Por~m se os testadorcs em
sus IIllimas \'onlafles disserem, que, se os testamenteiro no Tlude-
rem cumprir seus testamentos dentro em 11m anno, lhes do mais o
segundo. e no podendo no segundo o faro no terceiro. sero obri-
gado pas. ado o primeiro a jusliOc:lI' (6) que nelle fiz('ro Ioda o di-
Jigencia. para pod rem 07031' do segundo e ono moslrando lambem a
diligencia eonvcllicnt-mcnte feita, no gozaro do terceiro a11no.
795 E declnramos que se o testadol' no nomeai' testamenleil'os,
ou os nomeados no quizerem aceitar, on aceitando morrerem, fico
os lIerc!cil'OS uccedendo na obrigao de fnzerem cumprir o tc tamen-
to, como se 1'0 s m (7) teslamellteil'os.
796 E posto que, conlol'me a dircito, ningllem regularmente p-
de ser constrangido a aceitai' o cargo de testamenteil'o snh'o fOI" e
quizcr SCI' herdeiro, c legatario com tudo depois de uma vez o aceitar
no p6de arl'f'penuel'-se, e largar, ou deixar o omeio, e pd ,e<lere ser
compeli ido (8) n cOl'rcl' com a execuo d.o testamento: e 'c haver por
aceitado este omeio, e c.argo no smente quando por palavras expl'es-
sas for dec.larado, ma tambem quando pOI' obra o come,al' a cumprii'
por a lo, (9) I]ue se no podia fazcr seno como testamenteiro. E no
tendo ainda jJl'incipiado a rxccu50, ou aceitado a teslameJJlal'ia, no a
querendo aceilal' o 110SS0 Juiz dos Resilluos (10) nomear testamentei-
ro c1ati\'o, que melhol' lhe pareccr, nomeando sempre um dos herdei-
ros de defunto. se o hou\,('r.
97 E declarando o lesladol' em seu teslnmenlo, que quer, e
contente q lC a seus leslamenleiros se no tomc conla, mandamos que
~em emual'go da tal declarao (11) se lhes tome, e elles s jo obriga-
dos a tia! a, por ser assim conforme a direito .
. (o) Onl. diet. til. 62. Si J et ilJi Pegas n. 1. llinheir. in dicl. Aprcnd. d.
ume. seel. 3. ~ 2. fuI. 791. n. 167.
(~) OrU. diel. ~ 1. lJinheyr. dicl. ~ 2. n. 167. posl. merlil1m. Constitl1t.
11'Sslpon. lib. !~. til. 14. deer. 3. vers. E se o testador fl. 3'6.
. (7) Cap. 3. de Testamentis. Pegas ad O\'(!. diet. til. 62. 1. num. 4. Man-
lira d.e Conjecturo ull. olunl. lib. 3. til. 1. D. 23. Pinhe '1'. in dict. Append.
d. lime. scet. I. 5. n. '17. post medillm ad illa vcrbn: Ratio est. _lolina Lom.
1. ue Just. d. 2[~7. Sed limita cum l'inheyr. dicl. 1>, n. 51>.
. .(8) Texl. iII cap. Joalln. de Tcstamcnl. ubi glos. ''c. b. Mandatum. Pinhcyr.
I~~lllel. ~\ppcndiec soel. J. 6. Heynos. obser\'. 5'. n. 2l. Thcml1t1. 1. p. doeis.
6:.. 11. ti.
(9) pjnheyl'. rtiel. G. n. 59.
I (l~) Al'gumenl. texl. in cap. 3. de Testam. l\Iantic. de Conjeet. ull. 1'0-
~u~t. hb. 3. tiL. 1. n. 23. l\Iolin. tom. 1. de Justil. d. 21-7. FaciL. Pinhcyr. cliel.
i\J a. 11. !~7.
(I I) 0\'(1. clicl. til.. G2. rt ihi Prgas n. l.l\Io!inn de Jl1stil. tl'acl. 2. el. 251.
n. S. \';1 las '. con '. ~O!:), JI. 07. Cuustil. l'Iyssil'. liIJ. 'I,. til. H. delT t. 3. I' 1'5. ult.
281 CO:-iSTlT "lK'
TITULO XUT.
t QUAi'iDO, E CO:\lO SE HO DE CUMPnm OS LEGADOS PIOS, E FAZER OS St\?-
FRAGIOS, QUE OS DEFU:'i'fOS E)1 SElS TESTA)m~TOS OI\DElIAnml, O
DEIXAREM E:ll ARBlTRIO DOS TES'I'AlIiE 'fOS.
798 AilHb que o dito tempo de anno, e mez dado aos te 'Iu-
menteiros pal'a os convcncel' de negligenles, e haver lugar a de\'olu-
iio da execl.o ao Supcl'iol', Cal\) tu<./o os aCl'edol'es, c legat:Hios, a
que o lesladol' no paz tempo, podem pedir suas dividas e legados an-
les disso em juizo competente qU311do lhes parecer. E plle (1) o Juiz
dos R sidl10S ex-ameio ou inslancia da parte ohrigal' 30S lestamen-
teiros, e herdeiros, a que cumpro os legados pios, pois no por "ia
ele tomar conta, mas para se executar a ,'ontade do defunto.
799 POl' tanto mane1amos, que havendo nos teslamentos legados,
ou obras pias, que os defunlos deixarem, os testamenteil'os, e pessoas,
a quem tocar o cumprimento do testamento, com a maior brevidade, (2)
que puder ser, (por ser verosimel (3) que assim o querem os lestadores
em todas as suas disposies). cumpl'o todos os elitos Icga(los, e ohras
pias, salvo os testadores !imitare:m tempo, ou as eousas que se moo-
darem fazei' o pedirem largo; porque nc te ca o se o requer rem o
dilas testamellteiros a 1IOSSO .Juiz dos Residnos, (tomando-se primeiro
conhecimento da causa) se IlJes dar tcm po cOlnelliente, para assim c\'i-
tarem o poder-se (pela sua omis<io, c negligencia) pl'ocedel' eontra el-
les na frma ele direilo.
800 1\' andamos aos hel'dciros, c lcstamentciros que com toeia a
hrc\'iuade cumpro o que o defunto em seu testamento ordenai' sohre
as rlissas, e Omcios, que por sua alma manda fazer: e o que mais for
costume da Igreja sobre a Missa de corpo presenle, e 110 dos OJ:licios.
que pOl' cada defunto se coslumo fazer; o que tudo cumpriro elos
hens do Jefunlo, que tiverem cm seu poder, sem que seja uecessario
esperar-se uceitac;o (h) da herana; e no os tendo requei'Cro peran-
le o Juiz (5) competente a entrega rle1les, e ao metlos dos Ilecess:lrios
para darem inteiro cumprimento aos laes legunos, e obras pias, na rrma
que os uefunlos ordenarem, sem q!le o passo vuriar, nem alterar (6)
(1) Tcxl. in cnp. Si hreredes de Testam. Sancb. lib. !~. opusc. c. '1. linho
54. n. 6.1\101in. tom. '1. de .fnslit. d. 251. ~ Dllbium item e L. l'inll{'F. in dicL.
AppcnU. seet. 3. ~ 2. n. 180. 1~l'eg. Lopes in L 6. til. 10. p. 6. Pcreir. de
Mun. reg. C. 11>.11.13. Oliveil'. de Mun r. Provis. c. 1. Si 8. n.37. .
(2) L Cm res (1'. d legal. 1. Lo Si domus Si ln pecunia tr. eorlem III.
Valcnsuel. p. 1. COIl i!. 35. n. 20. lhrbos. de poleSL. Episcop. alleg, 82. n. iS.
ct 19. Pinhryl'. in Appcndic. dicL. 2. n. 17!~. OJiv. de For. Eecles. 3. p. q.
35. n. 3i>'
(3) Arg. text. in Lo l. c. de Sacros. Eeclesiis, t. ln teslamenlis 12. 0'. ele
Brl\'. J uris. FaciL. L. cnm rrs 49. in prine. verb. Varis7llile asl rllm lolusse. fT.
de leg. t. Barb. de poLesL. Episcop. dicl. alleg . 2. n. 5H. veru. Plane.
(!~) O1iya dicL. qUfl'sl. 35. n. 41>. Pinhe)'r. dieL. sceL. 3. 2. n. 196. Darb.
dict. alleg. 82. llum. 22. Constil. Conimbricells. til. 26. consti L. !~. E oull'O-
sim, ct s q.
(5) OJh':! dicl. qurcsL. 35. n. ft.6. Pinheyl'. dicL. sect. 3. ~ 2. n. 170. Pega
ad Ord. lih. l. tiL. 62. gtos. n. 6!). Yntensucl. cons. 3i>. n. 16. .
(6J. C1 'IDcnt. Quia eonlingit. de religios. domiblls. Prgas alI Onl. dicl. IIL.
G:... Si 12, gloso 19. IJ. :1. f'in!tc'yr. iu Appcud, d, Ultic. secL. 2. SI 6, n. 101.
DO AB.CEBI PDO DA BAll1A. 285
cm cou :1 alguma, especialmellte nos legados pios, como so Missa ,
Cal)cllas, Omcios, esmolas, casal' orphas, remir caplivos, e outras se-
mel h:ll1 tcs.
801 E deixando o testador em ar1Jitl'io, ou eleio de seus hcr-
Ilcil'os, ou teslamenteiros, assim a quantidade, ou numero das esmo-
las, e outras obras pias, como tamhem a qualidade, e numero das pes-
soas, dentl'O do lermo, que tem para executar, podero elegei', (7) ou
3rhitrar, conformando-se com o que lhe parecer mais verosimcl von-
tatle do defunto, e ao que elle sendo vivo dispuzera, preferindo sem-
pre os captivos, poures, e orphos, que forem parentes, ou amigos do
defullto, e os tia Freguczia aos lle qualquer ontra, e os tia Cidade, 1,u-
{;:\I', ou Yilla, em que o defunto morrer aos estranhos: e no arbitran-
do, ou elegendo dentro no dito termo se devol"el' a Ns, (8) ou a IIOS-
so Juiz dos Residuos, ou a outro competente o tal arbitrio, e eleino.
802 E dcclaraudo o lestadol' que deixa a sua fazenda a pobres,
011 para captivos, ou pal'a casamento de orphas, on oulras obras pias
semelhantes, sem dar eleio aos hel'lJeil'os, ou testamenteiros, ou no
decl3r311uo quaes ellas sejo, uo podero (9) os testamenteiros, nem
hcrdeil'os dispemler bens alguns do dito defunlo, por DOS pertencer de
direito a declarao das pessoas, a que se ha de dar, c fazendo o COI1-
tl'3rio, se lhe Irval' em conta.
TITULO XLIII.
-r A QUEM PERTEi'\CE 'I'O~lAR. CONTAS AOS TESTA~IEr<TEIROS, ou AUS HERDEIROS
DO cU~rPlmlEriTO DOS TESTA~lENTOS; DO QUE l'iELLES SE DEVI: GlJAnDAl\;
E COlIIO os TESTAmE~TEI ROS :'io 1'0DE~1 COM PR.\R os BEriS DOS DE FU~TOS.
803 Ainda que conforme a direito, a execuno dos testamenlo ,
e ultimas vontades mixLi fOl'i, e perLence assim ao foro Eccle iastico,
como ao ccular, e lia entre elles preveno; com tudo por se e\ il31'm
gl'3ndes duvidas, c inconvenientes se fez concordata approvlHJ.a pelo (1)
P3pa Gl'cgorio XV, pela qllal se ordenou, qne houvesse alternativa en-
Ire os Millistros de um, e ouLro foro, sem haver mais logar a prevcn-
50; e consiste a alLel'l1aLiva, em que os teslamentos da' res oas, que
h\lIecl'o nos meze de Janeiro, l\[ar~,o, Maio, Julho, SclemlJro, e No-
vembro perLclIcem aos Prelados, c seus l\liuistros: (2) e os das pes-
soa" que fullecereOlllos outros 'cis mezes du Fevereiro, Abril, Junho,
~gosto, OUluuro, e Dezembro aos Provedores de S. Magestadc' a qual
Couconlata, c a1Lern:lIiv:l se gnal'lla j nesle Arccuispado, como 1I0S
Ritrh. aL1 Onl. lilJ.1. Lil. G2. u. 4. Coval'. in Cilp. 'fuJ. 7. vers. r\ce Lamen ele
Te tam.
(7) L. Nulli Coel. de Episc. et Clctic. Pinhcyr. dicL. d.lluic. secL. 2. 8.
11: 12? verso Al coolruriulll. Conslil. Ulyssip. lilJ. 4-. lil. H. decr. 3. 1. verso
E dClxando.
. (8) Pinhey\'. t1icl. IIU111. 12:5. vers. Alqui ilu vidcll\.lIr, el secl. 1. 5. ii U.
50. ClI nJ seC[.
(!l) r.ollslil. Iys ipon. dic/. !li 1. H'r". ]o; deixando, )10.1 ll1edillll1.
'> (1.) l?' ql1a Thellllld. 1" ~. c1ecis. 350. Oli\'. de For . .'Secles. dicl. q. 35. n.
-8. Olll'clI'. de MlIlI r. Pro\'l . c. 1. Si II. II. r.L
(2) Thelllud. ubi pl'uximl:. Cou5lil. l!lys ip. Jib.4. lil. H. decl', 3. 2.
36
286 CONSTITUIES
mais do Reino, e mandamos qne daqui cm djante se gnarde inviolavel-
mente, e tudo, o que de outro modo for feito ser nu110, e as contas,
e quitaes, que se derem se no guardaro por serem feitas sem ju-
risdio, e contra a Lei resistente da Concordata.
80h .E o nosso Juiz dos Residuos nesta Cidade, e seu districto,
e os Vigarios da Vara, no que lhes toca, sejo muito diligentes em pro-
curar saber os testamentos, que ha por cumprir, elhe pertencerem pela
alternativa: c sendo l)assado o anno, c mez, logo mandem notificar os
testamenteiros, ou herdeiros para que apresentem os testamentos, c
dem conta do que tem cumprido, e proceda (3) contra elles, aindaqlle
sejo Freires professos de qualquer das Ordens Militares, Oll Hcligio-
sos de qualquer Religio; 1l0rque supposto os aceilro, neste caso
(sem em]largo de sens pl'ivilegios) esto sugeitos (h) jurisdio Ol'di-
naria, e devem perante nossos Ministros dar conta.
805 .E os Parocbos deste Arcebispado sero obl'igados (5) a dar
rol dos defuntos, que fizerem testamentos, dos seis mezes da allel'na-
Liv3, ao nosso Juiz uos Hesiduos, e aos Vigarios da Vara cm sens dis-
lrictos em cada um anno, sob pena de pagarem quinhentos ris, e ha-
verem as mais penas, que justas parecerem, segundo o uescuido, que
llOurer: c dos outros seis mezes da alternativa daro Lambem rol aos
Ministros de S. Magestade.
806 E porqne mui las ,ezcs acontece pedirem os teslamentcil'os
cm fraudc da execuo dos testamentos quitaes antecipadas para da-
rem contas, mandamos (6) com pena de excommunho maiol' ipso {ac-
to incu1'l'enda aos Parochos, c quaesquer outros Clerigos, officiaes de
Confrarias, e mais pessoas destc nosso Arcehispado, quc 11o dem, nem
passem quil.'aes antecipadas ele Missas, Omcios, e quaesquer outros
legados pios, sem com eITeiLo primeiro cstarem cumpl'idos; e se cm
alguma parte o cstivcrcm, dessa s daro quitao. .E soh a mesma
pCHn de cxcommunho maior ipso facto, mandamos (7) a cada um dos
testamenteiros, ou executores dos testamentos, no llco, nem usem
das lltas quitaes antccipadas, mas smente do que tivCI'cm rcal, e
,'erdadeiramente cumprido.
807 E debaixo da mesma pcna de excommunho i11SO (acto man-
dnmos aos tcslamenteiros, e administradores das Capellas (8) dom in-
teiramente as esmolas aos Sacerdotcs, que os defuntos ordenarem em
seus testnmenlos, c instituies, e que os Laos Saccrdotcs, c Capclliies
no fao concertos soLre a esmola, levando ilJJenOS, do que nellas lhes
assignado.
808 E aos testamentcil'os prohihimos estreitamenle, quc per si
ou POI' illterposla pcssoa comprem, (9) OH l13jo hens, ou cousa algu-
(3) ELiam fl'Ueius sequestrando. Thell1ud. 2. p. decis. 168.
(q.) Clemento uuic. de Testment. 131'bos. de potcsl. Epise. a]]eA'. 82. 11. !8.
Pinheyr. de Testament. iIl Append. sccl. 3. SI 8. n. 2:.l3. Pego ad Ord. dicL IiI.
62. glus. 2. n. 21. ]l<tlaus tom. 3. tl'acl. 16. d. q.. punel. 13 .. ~ 1. u. 7.
(5) Esl similis COllslil. Porluells, lib. q.. tit. 10. couslil. 10. vels. 2. rol.
1t5L
(G) Conslit. Ulyssipoll. Jib. 4. til. H. dccr. 3. !\\ 2. verso E P01'quc, fuI. 388.
(7) CUllslit. Uly~sipon. llhi proximc.
(8) COllslit. U1yssipon. loe. citnto,
(V) Orfl. lib. 1. til. 112. Si 7. ct ilJi Pegas. Pinhcyr. de Testam. in AppCllll.
n. unir. sccL. 2, Si 3. n. 8V. ct \lO. Caldas PCl'cil'. de Empliou. c, 17. n. 8.
DO ARCEBISPADO DA B lUA.. 287
ma, qne ficar POI' morte tios testadores para si, nem para outrem; pos-
to qne os taes bens se rendo puhlicamente pOl' mandado da justia, c
fazendo o contrario sel' a compra nulla, e os llcns e tomaro fazen-
da do defunto, e o testamenteiro perder (10) o preo, CJue por elles
dco, ametade pal'a as despezas, e oult'a para o accusador. E encarrega-
mos muito aos nossos Juizcs dos llesid.uos cump!'o, e fao gna!'da
csta Constituio, como nella se contm.
TITULO XLIV.
DAS comlUTA-ES D.\S ULTBUS rO:"TADES, E POR QUEM SE DEVEM FAZER.
809 'Ainda quc as ultimas voutades dos defuntos, pOl' terem for-
a de Lei, se devem cumpri!' inlcil'amente no modo, e frma, que os
testadores dispuzerem, (1) sem aller;lI;o, ou mndana alguma; com
ludo, porqne muitas vezes !ta causas justas, que necessariamente 0111"-
giio a se alterarem, e commularcm, e para isso se impelra commula)io
(lc S. Santidadc; para que no acontecesse Della !taveralguma obrepo,
c suhrepno, ordenou o SagraJo Concilio (2) Tl'idenlino, CJue os Ordi-
n3rios como delegados da S Apostolica, tomassem conhecimento das
ditas commulaes, examinando as causa dellas.
-l< 810 Pelo f)ue mandamos s Communitlades de nosso Arcebispa-
do, e a todos nossos subditos, assim Ecclcsiasticos, como seculares,
de qualquer (jualidade, e condio, flue sejo, com pena de excommu-
nho maior aos parliculal'cs, e de inlerdicto s Communidades, c de
ql1al'enta cl'Uzados para as despezas, c accusadores, que no usem, (3)
ncm aceitem semelhantes commulaes, sem serem primeiro, "islas, e
cxaminadas pOl' Ns, ou nossos SUCCCSSOl'CS, e preceder despacho, e li-
ccna nossa, ou sua.
811 E declal'umos qne nem-uma reduco de Mi sas a menor
numel'o se pde fazcl' sem licena (h) da S ApOslolica: e quanlo aos
outros encargos d.as Capellas, ou Morgados, quando hourei' jusla cau-
sa para se commutal'em, se nos requerer (5) para determinarmos, o
que mais for couforme a direilo.
TITULO XLV.
DOS EN'l'ERRA1\!EN'l'OS, EXEQUJAS, E SUFFRAGIOS DOS DEFUNTOS. COMO os
DEFUNTOS no DE SER ENCOMMENDADOS PELO SE PAROCHO ANTES QUE
vo A ENTERIIAR.
812 Conforme a direi lo, nem-um defunto pue ser enterrado sem
(10) ConsL. Ulyssipon. dicL SI 2. verso E estreilam<'ule foI. 389.
(I) Cap. UlLima vo!unlas 13. q. 2. L. L Cod. de SacrosuncL Eccles. Pegas
ati 01'(1. lib. 1. lil. 62. gloso 2. n. 66.
(2) TridenL sess. 22. de Heform. cap. 6. Barbos. de Polesl. Episeop. 3. p.
allcg. 83. n. L Francisc. leo Thesaur. 2. p. cap. 2. 50.
. (3) Conslil. UJyssipon. lib. [~. tit. 14. decr. 3. SI 2. verso penult. iEgilan.
I1h. 3. liL 15. cap. 10.
(r~) 13arb. ad Trid. sess. 25. de Reform. C. 4. n. 14.
(5) Tridcnl. sess. 25. de Rcfol'ln. C. 4. Barbos. de Pol 'sL Episc. 3. p. alleg.
83. n. 5. ct universo juro Ecclcs. lib. 3. c. 27. n. 56. J.\Ioslaso de Causis piis lib.
1. C. H. n. 15.
288 co~ TnmES
primeiro sei' encommendado (1) pelo seu P:lI'ocho, ou 01111'0 Saccl'flolc
de seu mandado. 1)01' tanto ol'denamos, e mandamo, que assim se
cumpra, e execute em touo nosso Arcehispado, e que pal'a is o, tanto
que alguma pessoa moner, se d com brevidade recado ao Pal'ocho, em
cuja Parochia fallecel', para que acuda ao encoOlmendal' com muita di-
ligencia, e antes de o cncommend:lI' saber, se fez testamento, e aonde
se manda ente1'l'al', e se deixa alguns legados pios, 011 ohrigaes de
Missas, ou se ao tempo de sua morte declarou de palavra alguma cOllsa
destas, p:!ra com IJI'e\'iuade (2) as fazer cumpI'il': e, depois tle saber de
tudo isto, o encommentlar, no lugal' onde estivei' com soll1'epcliz, e
estola pl'eta, ou roxa, guuI'dando frma, que tlispoem o llituat (3)
nomano.
813' E, ainda qlle alguns defuntos se mandem entenar fra dc
suas Fl'eguezias, sempl'e sero acompanhados pelos seus Parochos, (h)
de quem em vitla rccebero os SacI'amentosi aos I")uaes ParocllOS se da-
r a poro, que o dil'eilo dispoem, (que a qualta pal'le (5) das OI1'CI'-
tas, e esmolas de seus Omcios) ou, o que fOI' costume legitimamente
prcscl'ipto.
-\< 8llt E, fallecendo alguma pessoa fra da sua Freguezia se dal'
recado ao Pat'ocho daquella, (6) onde o defunto fallecel', o qual com a
mesma diligeucia, e ordem o ir encommendar pel' si, ou pOl' oullcm.
E o Parochos, que, sendo chamados, no forem encommendal', e
acompanhaI' os defuntos da sua Ii reguezia per si, ou por outro Clerigo,
(que pOllero nome:l1' estando legitimamente impedidos) (7) pagaro
mil I'is por carla vez,
-\< 815. E na mesma pena incorrero as pessoas, a cuja conta esti-
veI' fazei-o saber (8) aos Parochos, sendo nisso negligentes: e tambem
os Clel'igos, que entenarcm o defunto sem ser ellcommendado, c
acompanhatlo ]leIo P31'0cho, na frma sobredita, scro gl'avemenle
castigados a nosso ad)itrio; mas no, se conslar, que, scndo o Pal'o-
cho chamado no quiz ir, (9) ou, que, estando impedido no mandou
Sacerdote em seu lugal', porque neste caso podero encommeudal',
acompnnhal', e entel'l'al' o defunto ~cm assislcncia do Pal'ocho.
816 E manuamos outro-sim, que, nos dias de festa ria primeil'a
classe, (10) nem-um defunto seja enterrado pela manh, excepto dcpoi
(I) Abr. de Tnst. Paroe. lib. 12. e. 6. n. 6J. Darb. de orne. et Polesl. Pilmc.
3. p. c. 26. n. 66. et univ. juro Eccles. lih. 2. C. '10. n. 66.
(2) Conslil. Ulyssipon. Ii]). li-. lil. 15. in prineip. foI. 390.
(3) Uil. Bom. de Exequiis verso Conslillllo (empore. Conslit. U1yssipoll.
l.lbi proxirnc. A~gilan. lib. 3. lit. 15. cap. 1. n. 1. foI. 323.
(4) Cap. Curo \ibm'um de sepu!luris. AIII'. de Tnslit. Parochi lib. 12. c.
6. n. 69. Conslil. U1ys ipon. loco citalo verso E ainda que. .
(5) Cap. 1. cap. Cllll1 super, cap. Ccrlificari, eap. ln noslra de sl'pulLurlS.
Clement. Dudum. Si. Yerum eod. lil. Abr. dicl. lib. 12. e. 7. n. 75. llarb. de
Olr. et Polest. Paroch. p. 3. cap. 25. el de juro EcclesiasL. lih. 3. cap. 2!~. So-
lorz. de .TUI'. Tndiar. lom. 2. lib. 3. e. 22. 1 n. 8.
(6) Conslil. Iyssipon. lib. li-. lil. 15. in prineipio vers. E succedendo,
(7) Faeil. Consto U1yssipon. ubi Jlroxim verso ulLim.
(8) Conslit. U1yssipon. ubi proximc.
(9) Abr. dict. lih. H. cap. 6. n. 65. ]3arbos. de Orne el PolesL. Paroe!),
I). 3. c. 26. n. 22. el 23. el de universo jm. Eccles. diel. cap. 10. n. 66. Consl1(
lEgilan. lib. 3. til. 15. cap. 2. n. 3. foI. 325.
(10) Argum. cap, Alma maler verso Tn fcslidlalibus de SenL CXCODlJU,
DO ARCEBISPADO DA RAlHA. 289
de sCI'em acabado os Omcios Divinos' ncm nos diLos dias, e na Laes
!tol'as sc faa signal, dourando os sinos pclo defunLo, c se faro depois
de acahada a Missa Com cnlual. POI'm nos Domingos, ou dias San-
lOs dc gllal'da podel'o os dcfunlos ser enlcnados pela mauh anles da
Mi sa sendo neccssario; e no occoncndo ueccssiciadc alguma, se tar
o eulerro depois da Missa Conyenlual.
817 E se o ucfunlo houver de ser enLcnado QuinLa, ou ScxLa
Feira ua Scmana Sauta, scr Icvado sepulLura depois dos Omcios Di-
Yinos (1 J) com Cruz haixa, c OOmcio do acompanhameuLOj e enlerro
se far )'czauo.
-l' 8J8 E ncm-uma pessoa, de qllalquel' eslado. e qualidadc que
seja, podel' ser euLcnado anles de nascer o Sol, (12) 011 ao dcpois de
scr poslo, sem espccial licena nossa, ou dc nosso j\Jinistros, qlle para
isso podcr liverem. E o ParocllO, quc no conlrario conscntir, pagal':l
dous milris \JOI' cada vez para a S, e Mcirinho; c os Clcl'igos que no
diLo cnt 1'1'0 sc acharcm scro casligaelos a nosso arbitrio.
8J9 E pOl' atalhal'mos alguns inconvenientes, que poucm succc-
dCI'; mandamos quc fallecendo alguem de morte repenlina, lio seja
enlCI'l'ado seno passadas (13) YinLe c quatro horas, excepto no Lempo
dc doenas conLagiosas; e quando antes disso seja ncccssario clllel'l'al'-
se, no scr scm licena uo nosso PI'ovisOI', Yigal'io Geral, ou (la Vara
cm scus districtos, e antes de passarem as uila yintc c quall'o horas,
no scro os taes defuntos amorlalhados.
TIl' LO XL' J.
D.\ ORDEM, QUE SE 11.\ DE GUARDAR NOS ACOMI'ANlIAMENTOS DOS DEFUNTOS;
E QUE os PAlIocnOS ACOMPANIIEM SEPULTURA.
820 Pat'a que os cntcnos uos defuntos se fao com aqllella dc-
ccncia, e ordcm, qnc convem, e se evitem os inconvcnicntes, quc mui-
la~ vezes acontecem, mandamos (1) aos testamcnlciros, 011 pcssoas, a
~lIJ~ cal'go esli\'cl'em, quc dcm recado aos Clerigos, HeJjgiosos e Con-
"'al'1as, que houvcrem de acompanhar dundo hor3 certa, e determina-
da, para quc todos sc ajuntem no mc mo tempo, e no espercm uns
pclos Ol1lros.
821 No acompanhamcnto iro lodos cm procissiio (2) pam a Igrc-
ja, onde hOI1YCI' de SCI' enlcrrado o defunto, com composllll'a, e gnl\'i-
dade (3) pelo caminho orucnado peJo Parocho, quc scr para i lo o
i~ G. Conslil. U1yssipon. lib. [~. tiL. 15. decret. 1. in principio. lEgilan. lib. 3.
II!.15. cap. I. n. 4.
(11) COIlSI. U1yssipon. uhi proximc ,. 1'5. E e o defunto. Possevin. dc Of-
fie. Curali c. 14. II. 2.
Jl (1~) Consl. U1yssipon. ubi proximiJ decr. 1. Gavant. \'CI b. Exequim n. 2.
ossevlJl. de omc. CuraLi cap. H. n. 2.
(13) Gav;mt. clict. verb. Exequim n.3. Conslit. U1yssip. dict. decrel. 1-
ve~~. ull. Po sevin. de omc. CUl'ati cap. 14. n. 1. Hilllal Roman. til. de Exe-
qUlIs VCI'S. Tull um corpus.
(L) Con Lil. Uly sipon. dict. dccr. 1. ~ 1.
(2) i\bl'. LlieL. C'lp. 6. n. 60. UiL. Roman. til. dc Exequiis vers. Constilulo
lemporc.
, (3) llarbos. de omc. et Polesl. Paroc. p. 3. c. 26. n. 74. Abr. uiJi pruxi-
me n. 65. Con lil. U1y sip. dicl. decl. 1. "Cl'S, Tanto que,
290 CO STITUIES
mais ln'cve, c acommodado que houver: e a Cruz da FI' guczia do de-
funto preceder s outras, excepto da nossa S, porCjuc esta prece-
der (4) sempl'e a toelas as outras de nosso Arcebispado, ainda ni.io es-
tando o nosso Cahido presente.
822 E indo a Irmandade da Misericonlia, (5) sempre preccdcI'
a todas as mais Confrarias e Irmandades, e levar a sua bandeira diantc
das Cruzes das Il'l'eguezias; e as mais Confl'al'ias, c Irmandades se se-
guirO logo dita bandeira, cada uma segundo f!ua antignidade. E ha-
vendo duvida sobre precedenclas entre as pessoas Ecclesiasticas, Oll
Confi'arjas, o nosso I rovisor (6) as compor tle modo, que cesse toda
a desordem, e escalldalo, procedendo contra os culpados, ainda quc
sejo isentos, com penas pecuniarias, e ceo uras, para o que lhe com-
meUcmos nossas vezes, as quaes o Sagrado Concilio Tridentino nos d
nestas matCl'ias como Legados da S Apostolica.
823 E quando o defunto houver de ser entenado em outra Igrc-
ja, que no for da sua Freguczia, ou em Mosteiro de Religiosos, o Pa-
rocho do defunto (7) no s far o Ollicio la eucommendao, como
Dca dito, mas todo o mais Officio de acompanhamento at entrar na
Igreja da sepultura cxclusivamente sem nunca tirm' a estola, ( orno at
agora se fazia, quando o cnteITo passava POl' outra Freguezia) por cyi-
tal' os inconvenientes, quc de se mudarem os Pal'ochos resulto: e cn-
trando na Igreja da sepultura o Parocho, ou Religiosos da tal Igreja,
continuaro com o Omeio, se de outra maneira se no concorJarcrn
entre si. .
824 Os Clerigos, a quc se derem velas, as levem, e ten1Jo ace-
sas (8) no acompanlJamento, e enterro, e assisto at os defuntos fica-
rem enterrados, sob pena de perderem a esmola do acompanhamento;
salvo quando antes do enterramento (lo defunto se houver de l'azeI'OOi-
cio, ou cantar Missa, e no houverem de assistil' todos os Clerigos quc
o acompanhro.
825 Ordenamos, e mandnmos aos P3rochos, e Clerigos, que no
rezem, ou cantem por modo de Communidade (9) em todo, ou em pal'-
te as Vesperas, Nocturnos, ou Laudes dos defuntos })as casas, em que
clles fallecerem, nem no acompanhamento, nem em outra parle fI'3
das Igrejas, onde houverem de ser enterrados, ou se llOUycrem de fa
zer' os Officiosj saho se os defuntos forem Bispos, porque ento sc
guardar o que ordena o Ceremonial Romano.
826 Encommendamos aos Parochos, e mais pessoas, a CJucm
pertence, que para estcs acompanhamentos, e para as excquias, harcl1-
do de chamar lladres de fra, ch:Hnem, e pl'eOro, (10) quando forpos-
sivel, aos Clerigos, que nas obrigaes da Igreja os costumo ajudar,
I (I) .niL. Roman. dict. liL de E:<'quii' rcl'. SaeCldos. Consl. Iys.ip.
Ih. q,. lll. 15. deCl'. 1. 2. ruI. 392. lEgilan. liu. 3. Lil. 15. cap. 3. rol. 327.
(1) Tcxl. in cap. Pro obrunLibll', cap. AlIimaJ '13. q....
I !2) Consli.l.. I ssipon. Iii? (~.}il. 15. decl'. 1. Si a. \"(~I's. I~ para qu' se ai-
la, 101. 393. &gllan. IJu. 3. {lI.. 10. Cilp. 'lo.
2U2 CO TSTITUIES
todo sc uo fao mais signacs quc at no\'c pOl' homcm, eis pOl' mu-
lhct', c trcs pelos dc menor idadc; o qllc sc cutcndc na Igl'Cja ondc
frcgucz, ou sc cntCl'l'al' o defunto smcotc.
829 E no uia das cxcquias (3) sc guardar o me mo; fazcndo-se
nas vcsperas dellas noite uns, pcla manh olltros c no tcmpo dos
Ullicios outros, ele sortc qlle por todos no vCl1ho a er mai , quc os
quc mal1uamos. E os Sacristcs, ou Tbcsourciros, qllc no gUJI't1arcm
csta Constituio sero castigados arbitral'iamcnte' c pelos (lito signaes
no pcdiro mais cstipendio, quc o costumado.
830 E no IS nossa tcno altcl'al' cou a alguma nos signacs, quc
sc fazcm na nossa S por fallecimcnto dos Arccbi 'pos dcstc Al'cebis-
pado, c das Dignidadcs, Coucgos prcbendacJos, e meios Pl'CbC1Hlados
da mesma S, a respcito dos quaes quel'cmos sc guat'uc o costumc, c
o quc temos ordenado nos Estatutos, que fizcmos pal'a o nos o Cahillo.
Nem tambem nossa teno impedir, que na nossa S se fao signaes
pelos dcful1tos da Cidade, como sc costuma.
TITULO XLIX.
COMO SE FAno os ASSEi'i'fOS DOS DEFUNTOS.
831 Em todas as Igrcjas ParoclJiaes dC\fC ha\'er lino, cm qlle
se asscntem os nomes dos dcfuntos, o quc se introduzio por muiws
razcs convenicntes. Por tanto manuamos, que cm todas as Igrejas
Parochiacs haja um liHo, (1) cm que se assentem os nomcs dos flUC
mOITCl'cm, c que cada um dos Parochos de 1I0SS0 Arccbispauo 110 dia
em qne o dcfunto fallcccr, ou ao mais tardai' dentro tIos tres primeiros
segllintes, fa.a no dito livl'o asscnto do seu f'allecimellto, c crcvcndo-o
ao compritlo, e no por abreviatura, ou algarismo, na maneira seguintc.
Aos tantos (2) dias ele tal mez, e de tal anno (alleceo da vida
presente N. Sacerdote Diacono, 01t Subd1'acono; 01t N. marido,
ou mulher de N. ou v'iuvo, ou vtva de N., ou filho, Olt filha d.e
N., do lugar de N., freguez desta, ou ele tal Igreja, O'U {'orastel-
1'0, de ielade ele tantos annos, (se com1Hoelamenl.c se 1JI.tdcr saber)
com todos, ou tal Sacramento, Olt sem elles: f'ui sCJHtltado nesta,
ou em tal Igreja: fez testamento, em que deixolt se dissessem tan-
tas jJlissas por ua alma, e qlte se fizessem, tantos 0lfios; on
morreo ab intestaelo, ou era notoriamente pobre, e1Jor tanto se
lhe {'ez o enterro sem se lhe levar esmola.
-l< 832 E se os uefuntos forcm enterrados cm Igrejas, on Capcllas
de outras Frcguezias, faro os ditos assentos, (3) assim os ParodiO
das Igrejas, de qllc forem f'reguezes, como os Jaquellas cm quc for~J!l
enterrados, o que llllS, e outros cumpriro soh pena dc quinhentos I'Clti
(3) Cun lil. lyssipon. et lEgilan. loci- eilalis.
('J) Uil. Homan. lil. de Forma dcscribcntli t1crun los in . lilJ. /1al'uos. de
orne. et Polcsl. Pal'oc. 1. p, cap. 7. Il. 11. lyssipon. dict. deCl'.1. 3.
ruI. 392.
(2) llal'lJos. dict. cap. 7. II. 12.
(:3) Couslil. fOl'tucns lib. !~. lil. J L cOlJslil. 1>. vers. 6.
DO ARCEBISPADO D BAHIA.
por cada lermo, quc dcixal'em de fazor. E acerca da guan!a deste li-
no, e de se no darcm cerlides dcllcs, c penas do que tirar, viciar,
ou I'alsifical' folhas, ou assenlos, se guardar o que fica dito no livro
1, Ilum. 7h,
833 E mandamos a nossos' isilador<'s, (.&) que na visitaO de
todas as Igrejas Parochiaes ycj50 este livro, c se tem os assentos na
Jorma que fica oito: e acbando quc houve falta, ou negligencia, casti-
guem, e procedo como lues parccer justia, e servio de Deos: e o
mesmo fal' o nosso Provisor, ou, igario Geral, se perante elles se
lmlar do caso.
TIT LO L.
DOS OFFICIOS, QUE SE HO DE: FAZE:R PELO DEF 'NTOS.
83!l E' cousa sanla, louvavel, e pia o SOCCOITO de sum'agios (1)
]leIas almas dos defulllos, para que mais cedo se yejo livres das penas
lemporaes, que no PllI'gatol'io padecem em satisfao de seus reccados,
e aos qllC j gozo de Deos se lues acrescente a gloria accidental. POt'
tanto cxhortamos muito a tocIos nossos snbdilos, que em scns testa-
mentos, e ullimas vontades se lembrcm (2) no s de mandarem dizCl'
Missas, e fazcr os Oflicios costumados, mas alcm disso os mais, que ca-
da um pnrlcl', conformc sua dcroo, e possibilidade.
835 E (lo mesmo modo exbortamos, e admoestamos aos herdei-
ros, e testamenteiros daquelles, que no declaro as Missas, e Ofllcios,
que por suas almas se hO de fazer, que m:1ndem se fao pelas almas
dos ditos defnntos os s11Tragios que for pos ireI. E esta advel'tencia
lem muito maior lugar nos hel'deiros daquelles, que mOl'rerem sem fa-
zeI' testamenlo. E quanto esmola, que se lia tle dat' pOl'c~da01Iicio,
mandamos se guarde o costume.
TITULO LI.
COlUO SI!: FARO os s FFRAGIOS AOS QUE ~lOnRE:~[ AIl [ TEST.\DO, AOS
l\IEi\OnES, E AO liseRAros.
836 })Ol' lJuanto muito conforme a direito, que os Parocltos,
qne cm rida livel'o a seu cargo as almas de seus f'reguezes, tcnho tarn-
hum cuidado (1) dellas depois de sua morte: conformando-nos com a
boa razo, e rerosimil vontade tios deluntos, ordenamos que assim como
os que morrem com testamentos mando fazer Omcios, e cxequias de
corpo presente, mez, e anDo; as im mOI'l'endo alguma pessoa ab intes-
lado, o Pal'ocho d'onde o tal defunto for freguez lhe faa tambem seus
slIll't'agio ele COl'pO presente, mez, e anno, considet'ando (2) a quaJi-
(4) ConsLl. 'PorLlIen . diet. COIISL. 5. vcrs. 7.
(1) 2.l\Iachab. 12. cap. 11 1'0 obellnLiblls, C'lp. Allim<l~. 13. cio 2. Trd. css.
22. dc Sacrifico Miss. cap. 2.
(2) ConSL. UI)'ssi[ on. liLJ. 4. til. 15. decr. 1. Si 4.
(I) Abr. cle JnsLil. I'aroch. lib. 12. C. 8. II. 82.
(2) cI ca qum Percir. de 1\1an. regia cap. 15. n. 1G. Yala c, dc Partit. cap.
19. n. 39. Rebul'. tom. 1. ad Lcg. Gal!. 1'01. ~30. n. 50, lib. 12. til. 13. p. 1.
37
CO NSTITUIES
uade da pesoa, possibilidade da fazenda, e numero dos hcnleiros, que
lhe Dco, obrigmldo-os a que assim o cumpro.
837 E mandamos (3) outro-sim, que fallecendo em nosso Arce-
Li pado alguma pessoa maior de quatol'Ze annos, que esti,er debaixo
do patrio lloder e no tiver ainda legitima, ou fazenda bastante para
todos os suffragios costumados, se diga por sua alma a Missa de corpo
presente, e um Officio de tres lies.
838 E porque alheio da razo (J,) e piedadeChrisL, que o Se-
nhores, que se serviro de seus escravos em Yida, se esqneo clelles
em sua morLe, lhes encommendamos muito, que pelas almas de seus
escravos defuntos mandem (5) dizer Missas, e pelo menos sejo obri-
gados a mandai' dizer por cada l.lm escravo, ou eScraya que lhe morrei',
sendo de qllatorze annos para cima, a Missa de corpo presenLe, pela
qual se dar a esmola cosLumada.
TITULO LH.
QUE SE NO FAIo OFFICIOS Ei\! DO:liINGOS, ou D1~\S SANTOS, NEilJIJAJASER-
lIJo DE EXEQUIAS: E COliJO SE REPARTIRO AS ilJISSAS, QUE os DEFUNTOS
l\JANDAREi\! DIZER SENDO ENTERRADOS FRA DA SUA 1"REClJEZIA.
839 Ordenamos, e mandamos, que nos Domingos, e diasSanLos
de guarda se no fao exequias, nem Ofrlc.ios (1) de defuntos, porem
nos mesmos dias de tarde se podero dizei' as Vespel'as, e NocLurnos
vara os Officios que se houverem de fazcr no dia scguiutc: e os que o
contral'io fizerem, ou consentirem em suas Igrcjas, ou 11isso intervie-
rem, 8el'o casligatlos a nosso arbtrio.
-\< 81.0 Por muito justas razes se prohillem excquias, que mais pa-
recem excessos da vaidade humana, do que elTeitos da ReligioChl'ist.
Por tanto mandamos, que se no fao nas Tgrejas Eas, (2) ou tum-
Las, nem armem as Igrejas, ou Cape!las; nem baja Sermo, (3) Orao,
ou Pratica nas taes exequias, excepto nas do Summo Ponlifice, Reis
tleste Reino e Prelados, sem Jicena nossa, a qual no daremos sem
muita considerao do estado, c qualidade de defunLo.
8H Acontecendo muitas vezes, que alguns defunLos mantlo di-
zer por suas almas Missas, Officios, ou Capellas, e no declaro em que
Igrejas, nem l)Qrque pessoas se diro. Pelo que ordenamos, que em
tal caso se digo as Missas, O(Hcios, c Capellas na Igreja d'onde era ()
1'eguez; salvo se em outra Igreja se mandou enterrar; porque enLo se
(3) Consl. LEgilan. lib. 3. lit. 15. e. 8. Faeit. Ric. in prax. p. II<. refo\. 75.
n. 5.
(!~) Conslil.1Egilan. dieto e. 8. n. 6. Portuens. }ib. 4.. til. 11. eonslil. 6.
1. verso 6.
(5) Faeit. L. Si filius familias ff. de religo et sumpt. fun.
(1) ArguID. cap. Quod die 75. dist. Barbos. in Sumo Apostolie. col\ecl. 533.
num. 9. Duram!. in Ratioua!. lib. 7. cap. 35. n. 1'7. Ga\'aut. verbo Exequilc n.
51. Cone. Provo Medial. 6. Conslil. JEgilan. lib. 3. lit. 15. C. 0.
(2) Paul. Rub. in rcsolut. praeLicab. circa leslamenla C. 39. n. 237.
(3) Gavaul. vcrb. Exequim n. ti8. "
(l~) Argum. L. Qmc celilio 39. Si 1. /T. de condil. t dCIDonstral.. L. ~I
quis ad declinandam eod. de Episc. el Clcl'ic. CUllstit, iEgitan. lilJ. 3. til. 1i>,
~ap. 1:2.
DO ARCEmsrA no D.\ BAUIA.
reparli\'o pelo meio, (5) e amel~dc e diro na ~greja de sua ~aro
chia, e a oull'a amelade ua Igreja tia sepultura, tll'ando se o defunto
outra cousa mandasse, porque enlo se guardar sua disposiO intei-
ramente.
8112 E quando mandar que se digo Responsos sobre sua sepul-
tura, se diro as ditas 1\ issas, Omcios, e Capellas pelos Clerigos, ou
Frades da Igreja, ou Iosteil'o (6) onde se maudou eutenar. E se o
deltmto for entenado em Igreja da Ca a da l\1isericordia, todos os sul:'"
fragios do defunto pertencem, e se daro ao seu Pal'oclto, (7) eelle di-
r, Oll repetir as Missas da obl'igao da Igreja, e as que yolunlaria-
mente deixar o defunto, sem declarar onde se ho de dizer.
TrTULO LIlI.
DAS SEPULTURAS. QUE S CORPOS DOS FIEIS SE ENTERREM E)I LuG.\RES
SAGR.\DOS, E NA SEPl.:LTUR.\, QUE ESCOLHEREll.
-l< 8.&3 E' costume pio, antigo, e 10uYa,el na Igreja Catholica en-
Lermr fi-se os corpos dos fieis ChrisLos defuntos nas Igrejas, (1) e
Cemitel'ios dellas: porque como so lugares, a que lodos os fieis con-
correm pal'a ouyir, e assislir s Missas, e Om"ios Dirinos, e Oraes,
tendo yista as sepulturas, se lembral'o (2) de encommendar a Deos
nosso Senhor as almas dos ditos defuntos, especialmente dos seus,
pal'a que mais cedo sejo lines das penas do Purgatorio, e se no es-
(jl1ecel'o da morte, antes lhes sel' aos vivos mui proveitoso ter memo-
ria della nas seplllturas. POI' tanlo ordenamos, e mandamos, que to-
dos os fieis (3) que neste nosso Arcebispado fallecer m, sejo entelTa-
dos nas Igrejas, ou Cemitel'ios, e no em lugares no sagrados, aiuda
que elles assim o mandem: porque esta sua disposiO como torpe, e
menos rigorosa se no de\'e (li) Clim prir.
-l< 8H E porque na visita, que lemos feito de todo nosso Arcebis-
pado, achamos, (com muito grande magoa de nosso corao) queallTu-
mas pessoas esquecidas no s da alheia, mas da propria humanidade,
mando enternll' os sens escraTOS no campo, e malto, como se foro
1J~'lItos animaes: sobre o que desejando Ns pl'Oyel', e alalhar esta im-
plcrJade, m:lndamos, (5) sob pena de excommllJlho maior ipso facto l-
CU/Tenda, e ue cincoenLa cruzados pagos do aljnue, applicados para o
accusadol', e sufl't'agios do escravo defuuto, que nem-uma pessoa de
qualquer eslallo, condio, e qu~lidade que seja, enterre, ou mande en-
[errar fra do sagrado defunto algum, sendo Clll'jSlo baptizado, ao
(5) FaeiL cap. CerLificari de sepulLuris. Consl. IEgilall. lib. 3. LiL. 15. cap.
12. n.2.
(6) ConsL. iEgilan. dieLo cap. 12. n. 9. foI. 3H.
(7) ConsL. iEgiLaniens. tlicl. cap. 12. n. 3.
(1) Cap. Cum gravia, cap. Cum nullus, cap. Non <:cslirnemus 13. q. 2.
(2) Cap. Cum gravia 13. q. 2.
(3) Cap. 'uUus 13. q. 2.
('~) Fra Lerni tatem de sepulLuris.
. (o) FaciL Glos. LexL. in cap. l-une antem 7. verbo 1\far~e]]inus, ibi:. ~on se-
pcllaL~lr, disL. 21. TexL. in L. Quidam 27. (T. de cOllditionib. insLilllL. Argum.
l~~~. ln cap. 2. ~ StaLl1lo de Conslil. in 6. A Cunha ad fexl. in cap. d Con-
cIIIlS 2. dist. 18. n. 5.
29G CO:\fSTITlaES
qual conforme a dircito se deye dm' sepllllura Ecc1csi3stica, no se ve-
J'ific3ndo nelle algum impedimento dos que ao diante se seguem, pelo
qual se deva negar. E mandamos aos Parochos, e nossos Visitadores,
que com particulat' cuidado inquiro do sobredilo.
845 Conforme a uireilo permiltido a todo o Clll'isto elegcr (6)
scpnllllra, e mandar cntel'l'ar scu corpo na Igreja, ou adro, que bem
lhc pal'eccr, conforme sua vontauc, e deYoljfo. Pelo que ol'denamos,
e manuamos, que caua um seja enterrado na sepultura que escolher,
(7) pOSlO que no seja de seus antcpassados, nem na sua Parochia, E
nfo elegendo sepultura, ser sepultado na de seus ays, (8) e antepas-
sado, se a tiverem propria, e no a tendo, ou no a elegendo, seren-
tel'l'ado na sua Igreja (9) Parochial: e as mulberes casadas, no tendo
sepulturas proprias, nem as elegendo, sero entel'l'adas nas de seus
maridos, (10) e na do ultimo, se forem duas, ou mais yezes casadas.
TITULO Ln.
QUE NE~I-m! P.\ROClIO, CLERlGO, ou RELIGIOSO IND ZA, OU OBRIGUE APES-
SOA ALGU~L\ A ELEGER 8EPUL'I'URA mI SUA IGREJA, OU MOSTEIRO; ou
A QUE NO MUDE A Q ETn'ER ELEITA.
(6) Cap. Cum liberum de Scpu1Lur. cap. Cum quis . Si quis cod. lit.li.b.
6. Cap. Ul privilegia de pl'iviJ. Clemenl. Dudum. . Ycrum de SepullUl'I5.
BarlJos. de univors. juro Ecel S. 10. n. 19.
(7) Texl. in cap. ticCl, Yers. Ql,Iaml'is dc sepult. lib. 6.
(8) Cap. Fralcmilalcm de Sepullur. cap. EbrOl\, cap. Placuill3. q. 2. Bar-
bos. de univ. juro Eccles. C. 10. n. 31. . ,
(9) Tcxt. in cap. Ex parte, cap. Tn nostra dc sepulto Barbos. u1Ji proXlme
n. 33.
(10) Cap. UnaquaJque, cap. Ebron, 13. q. 2. Barbos. ubi proxime n.29.
l IH. de Pre-
(1) C. 1. de cll1lturislib. 6. Clemenl. ClIpienles in princip.
ni . Ric. in prax. 1. p. resol. 583. n. 5. Barbos. dicl. cap. 10. n. o. .
(2) Cap. AnimanllU 1. elc scpullur. lib. 6. Gavant. yerb. Sepl1\luJ'a a n.
2J. BaJ'u. dicl. cap. 10. n. 27.
DO ARCEBISPADO DA BAHU. 207
dias, os ({uaes passados sem restiturem, Dco as das Igrejas, e Cemi-
terios deI/as 1'psoiw'e interdictos, (3) at que plenamente satisfao.
81,8 E declaramos pOl' nullo, (h) e de nem-um vigor o dito ro-
to, juramento, promessa, ou ohrigao, e que o assim induzido perde
a liberdade de eleger sepulturl, e sel' enterrado naquella, em que
confol'me a direito o deria ser, se morresse sem eleger outl'a.
TIr LO U.
QlE SE NO ABRA SEPUL'l'{;RA NA IGREJA, ou ADRO SE~I SE FAZER A SABER
AO PAROCIlO: NEjl SE DESEN'l'Emill~1 os CORl'OS, ou ossos DOS DEl'Ti'iTOS
SEnl LICENA NOSSf...
-l< 8h9 Convm ao bom gove1'll0 das Igrejas, que se no abra se-
Jlultura alguma neJlas, ou em seus Cemiterjos sem licena dos Paro-
chos, porque a elJes pertence "er, (1) e examinar se ha algum impedi-
mento, ou inconveniente, ou se se loma alguma que seja alheia. Por
lanto, ordenamos, e mandamos, que nas Torcjas, CapeI/as, Cemilcrios,
ou qualqner outro lugar sagrado de nosso Arcebispado, se no abra se-
pultura para se enl~rI'al' algum defunlo, po to que seja c1'an.a de pou-
ca idade, sem licena (2) do Parocho da Igreja; (~ o que o contrario fi-
zer, pagar cinco cruzados para a fabrica da mesma Igreja.
-l< 850 E, conformando-nos com a disposio de <.lireilo (3) man-
damos, soh pena de excommullho maiol' ipso (acto incuTl'enda, e de
ccrn cruzados applicados para a fabrica da Igreja ofiendida ametade, e
a Oull'a amelade para accusador, e despezas, que nem-um Minislro de
justia, ou oulra qualquer pessoa Ecclesiastica, ou secular, de qualquer
estado, e condiO que seja, desenterre mande, ou faa desentenal'
defunto algum do lugm', em que estivei' sepultado sem especial licena
nossa, ou de nosso Provisol' Yigario Geral, ou \ligaria da ., ara em
seus districtos, posto que digo, que querem desenterrai' o corpo para
etreitos judiciaes: mas constando, ou requerendo-se que preciso de-
seutel'l'ar-se o corpo para os dilos efeitos judiciaes, allegando-se cau-
as sufllcienles, se concedel' a dita licena com clausula de que, feila
a diligencia, o corpo ser tornado :: sepultura com toda a decencia. E
na mesma pena acima declarada inCOI'I'er o ParodiO (h) que, sem pre-
cedeI' a dita licena, consentir desentelTar-se corpo algum.
~ 851 E mandamos outro-sim, que nem-uma pessoa Ecclesiasli-
ca, ou secular traslade, (5) mude, nem faa trasladaI', ou mudaros 05-
(3) r.ap. 1. de SepuHuris 4.
('n MosLazo IiIJ. 6. c. 9. n. 32.
(J) Bit. Roman. tit. de Exeqlliis verso Ignorare non debet. ConstiL Lame-
ccns. lib. 3. til. 12. cap. 4. in principio.
. (2) Consl. Brachar. til. 20. eon tiL 2. foI. 293 . .iEgitan. Iib. 3. liL 16. cap.
4. 10 princip. Lameeens. llbi proximc.
(3) Cap. COI'pora de conseer. dist. 1. L. 4. eod. d sepnle. violal. L Ossa
fT. de relig. Themud. p. 2. deeis. 131. n. 7. eL 8. A1H'. de Illslil. Paroe. Iib.
12, e. 2. n. IG. ConsliL. U1yssipon. lib. 4. tit. 16. neer. 1. 4.
(4) Conslil. ]Jamccens. ubi supro 1. foI. 2'1-7. Vorluens. lib. 4. lil. 12.
conslJ lo II-. ers. 1. in fi ne.
(ti) Cap. COl'pora de eooseel'. c1ist. 1. Conslil. U1yssipon. uhi proximc Y<.'IS.
E, mandamos. Lamecens. ubi proximc ~ 2. Garanl. vcrb. Sepullul'a u, 26.
298 CO~STJTUI(:ES
sos dos defuntos dc uma Igrcja, 011 Capella para ouU'a ou na mesma
Igreja de uma sepultura, ou lugal' para outro sem liccna nossa, posto
que os defuntos assim o ordenassem em seus testamentos, e pias dis-
posies. E o que o contrario lIzer ser condemnado a nosso :lI'bitrio,
e o Pal'ocho, (6) que o consentir, incol'rcl' em pena de e:communho
maior 1pSO {acto, e de vinte cruzados applicados na frma j dita,
TITULO LVI.
(5) Cap, Ad Apostolicam de Simon. Conslil. lyssipon. lib. 4. lil. 16. de-
~1'CL. 2. in princip. fol. 396. Lameccns. lih, 3. tiL. 12. cap. 6. in principio
101. 24.9.
(6) Con:t. Ulyssipon. dic!. til. 16. decrct. 1. in verso ProbilJimos.
(i) Conslit. lJI 'ssipon. ubi llroxim. Jiorlucns. lib, 4. lil. 12. conslil. G.
Verso 1. Lamcccn , ubi pl'oxim Si 1.
(8) Conslit. U1yssipon. ubi pl'oxim 'l'crs. lIarcndo. Lamcccn . elicL. cap.
6. S.
3 .W) Consto myssipon. ubi pl'oxim. Lamcc ns. elido cap. 6, 5. IEg-ilan, lib.
, 111. t6. C. 6. n. D. fuI. 353.
300 CONSTlT IES
os quaes declaramos tambem nestas nossas Constituies, assim pal'a
que os Parochos (1) os no ignorem, como para que vendo os vivos,
que a Igreja castiga aos que commeurao em vida to graves, e enor-
mes peccados, separando-os depois de mortos da communho, e ajun-
tamento dos fieis, se abstenho de commellcr semelhantes casos, e so
os seguintes.
I. ITo se dar sepultura Ecclesiastica aos J ud os, (2) lleregcs,
Scismaticos, e apostatas da nossa Santa F, que a Igreja tem julgado
pOl' Laes, ou por outra via for notorio que o so: nem aos que o lavo-
recem, ou defendem.
II. Aos blasfemos (3) manifestos de Deos nosso Senhor, da Sa-
cratssima Virgem I ossa Senhora, ou dos Santos, lio constando que
morrro penitentes com manifestos signaes de contrio, e arrepondi-
mento.
m. Aos que estando em sen juizo pel'feito por desesperao, Oll
ira voluntariamente se matarem, (h) on mandarem matai', morrendo
tambcm sem signaes tle arrependimento.
IV. Aos qne entro em desafios (5) publicos, ou particulares, e
monerem nelles, ainda que morro arrependidos, e confessados: e aos
padrinhos, que nos taes desafios morrerem.
V. Aos manifestos usurarios (6) tidos, e havidos por laes, salro
se na hOI'a da morte mostrarem signaes de arrependimento, e )'cslitui-
rem, ou mandarem restituir as onzenas, ou derem cauo snfficiclltc
na frma ue direito.
VI. Aos manifestos roubadores, (7) ou yioladores das Igrejas, e
dc seus bens, que morrerem sem a penitcncia, c satisfao dcvida.
VII. . os publicos excommungados (8) de cxcommuoho maior:
aos notorios percllssorcs de Clerigos (9) declarados por tacs: aos no-
meadamente illterdictos: (10) e aos que est em vida prohibido o in-
gresso da Igreja, (11) salvo (12) na bora dc Slla morte derem siguaes
de contrio, e arrependimento, ou fizerem cessar a cansa, pOl'que cs-
taYi.io censUl'ados, quanto for em sua mo; porque cm tal caso podero
(9) Eecli. 32. 24. Pl'overb. 3. 5. Psalm. 118. 24. D. Basil. in Isaire cap. 1-
ad vers. 26. Simanehus lib. ~. Episl. 7. Barb. de polest. Epise. p. 1. lit. 2. gloso
6. n. 11. Horal. lib. 3. Carmo ode 4. Viseonsilii e"per &c.
(lO) Conslil. U1yssip. d. 2. verso E as mesmas. lEgilan. d. cap. 8. 10.
(11) Text. in cap. 2. de raptorib. Texl. in Cap. SaCl'is de sepulL Consto .1.E-
gilan. d. cap. 8. SI 5. J.amecens. lib. 3. til. 12. cap. 7. 11-
(1) Facit lexl. in Cap. Pro obeunlibus 13. q. 2. Concil. Trid. sess.22. de
Sacrifico l\lissre cap. 2. ad fino et sess. 25. in principio. Consl. Bracharen . til.
19. consl. 7. U1yssip. lib. lj. til. 16. llecr. 2. ~. SI 9. ia principio foI. /~07.
(2) Conslil. U1issip. ulJi proximc.
(3) Consl. Ulyssip. d. Si 9. verso E na mais. Braebar. til. 19. r.onst. 7.
(4) Const. U1yssip. loco pl'oximc citalo.
30-'1 CO NSTITUIES
Igreja. E nossos Visitadores se informaro particularmente nas Visi-
tas, se os Pal'ochos satisfazem a esta obrigao, e achando o contrario,
os castigaro gravemente. E exbol'tamos muito aos Parochos encom-
mendem a seus freguezes assisto nestas pl'ocis'ses, e as acompanhem
explicando-lhes (5) a esmola, e suffl'agio, que fazem s almas dos fieis
defuntos, encommendando-as a Deos.
866 Ordenamos, que na nossa S por DlOl'te dos Arcebispos, Dig-
nidades, Conegos prebendados, e meios prebendadQs, se fao os Ofli-
cios, e digo as "Missas, e mais suffragios que at agora foi costume, (6)
e declaramos nos Estatutos, que fizemos pura a mcsma S. E Das ou-
tras Igrejas Parochiaes ser obrigado o ParocllO perpetuo, que de novo
succ,eder, a dizer uma Missa de Hef)uiem pela alma de seu antecessol'
(7) dentro de oito dias depois (le tomar posse. E os ParocllOs tero
particular cuidado, em fallecendo algum Arcebispo, de admoestar na
primeira estao a seus fregnezes encommendem a Deos a alma do dito
(8) Prelado.
TITULO LX.
DAS CONFRARIAS, CAPELLAS, J!J HOSPITAES: E DA F6RMA, QUE DEVEl\( TER os
COll~PRmnSSos DAS CONFRARIAS SUGEITAS NOSSA J URISDIO ECCLESIASTICA.
867 Por que as Confral'as devem ser institui das para servio de
Deos (1) nosso SenhOl" honra, e venerao dos Santos, e se devem
evitar nellas alguns abusos, e juramentos indiscretos, que os Confra-
des, ou Irmos poem em seus Estatutos, ou Compromissos, obrigando
com el1es a penses onerosas, e talvez iudecentes, de que Deos nosso
Senhor, e os Santos no so sel'vidos, convm muito divertir estes in-
convenientes. POI' tanto mandamos, que das Confrarias deste nosso
Arcebispado, que cm sua creao faro el'igidas por autoridade nossa,
-ou daqui em diaute se quizerem erigil' com a mesma autoridade, que
as faz Ecclesiasticas, (2) se rerneLLo a Ns os Estatutos, e Compro-
missos, que quizerern de novo fazer, ou j estiverem feitos, para se
emendarem alguns abusos, (3) se nelles os houvel', e se passai' licena
(h) 1:n sCl'iptis, para poderem usar delles.
868 E quanto s Confl'arias que forem erigidas sem autoridade
nossa, e que SO seoulares, ordenamos, (Jue os nossos Visitadores, nas
Igrejas, em que esto fundadas, e em acto de Visita posso ver seus
Estatutos, e Compromissos, para que teudo na sohl'ediLa frma alguns
:lbusos, (5) ou obrigaes meJ10S decentes, e pouco convenientes ao
(!l) d ea qure Abr. de instit. Paroe. Iib. 7. scet. 8. n. ~06. usque ad num.
421, eL lib. 12. cap. 8. n. 82. et cap. 9. n. 104. 2. Machabreor. cap. 12.
verso [~6.
(6) Const. U1yssip. lib. 4. tiL. 16. dccr. 2. iO. in prio(;ipio.
(7) Constit. Ulyssip. d. Si iO. verso E Das Igrejas.
(8) Consto UJyssi'fl. ubi proxime. E nossos Visitadores.
(1) Conei!. Trid. sess.22. de reformato cap. 8.
(2) Ordinal. Reg' lib. 1. til. 62. 43. Gabriel Pcveyr. de mano reg. cap.
i7. n. 8. Themud. p. 1. decis. 17. n. 1. et 2.
(3) CODSt. Ulyssip. lib. 4. til. 17. in priocip. fo!. 408.
(4) Consto UJyssip. ubi pJo;xim.e."
(5)' Consl. Ulyssip. loe. cil"lo.
DO ARCEBISPADO DA BAllIA. 3(J;)
D.\ EXECUO DOS ~iA~DADOS DOS SUPERIORES. QUAMO E CO;\lO SE Dl!:VEDI CC)I-
J>nIR nossos l\IA~DADOS, E DE NOSSOS JIlIl'\ISTROS, E DOS OUTROS SUPERIO-
RES, E PRELADOS.
. (7) Consl. Ulys ip. ubi pro:x:mc. Lamee. di L til. 15. 3. LEgilanien.
(licl. c~p. 1. ~ 4.
(I) 'J'exL. in cap. 2. de maioril. eL oiledient. T xl. in cap. omnis anima de
ccnsib. cL ihi TeJ1ez 11. !~. cap. l';lagnum 28. 11. q.1. cap. Qui l'csistit. 97. 11.
q. 3.
(2) ConsLit. POl'tnelJs. lib. IL til. 1".
(3) Texlo in cap. Cum in jure periLus de Ome. de leg. Exll'avaO'. 1l1Yiolal~
de el elion. L. 1. eod. ti mandaI. I'l'inc. 'aI nzuela ron iI. 125. num. 12. Tbe-
mudo p. 3. decis. 2(j'I., n. Ii-, el rI .c:. 2GG. n. 1"..
(1(.) Themtlll0 Llicl. dccis. 266. 11, 17.
(1.;) Thcmud. ubi supra Ilum. 11.
310 - CONSTITUIES
sobl'e causas, que a elle forem por appellao; pOI'que ainda que sem-
pre ser mais conveniente, que se no faa por elles obra, no levando
cumpra-se nosso, ou de nossos Ministros, com tudo se podero cum-
prir, sem que nos sejo, Oll a elles insinuados.
l' 885 E lambem, sob as mesmas penas, se no cumpro (6) as
carlas, e papeis dos Arcebispos, e Bispos de outros Bispados, e de seus
:Ministros, sem terem o oito cumpra-se, ainda qLe digo ofazem, como
Delegados da Santa S Apostolica. E para que melhor se evitem as
vexaes das partes, e alguns inconvenientes, que a experiencia nos
tem mostrado, mandamos, sob as mesmas penas, s sobredilas pessoas,
que no passem certides, nem fs de diligencias, que (l",el'em pelas di-
tas sentenas, cartas, e papeis s partes, se no passadas vinte e qua-
tl'o horas (7) depois de feita a diligencia, para que lendo as partes, a
quem se fazem, que nos requerer, ou a nossos Ministros sobre ellas, o
fao dentl'o no dito termo, e no fiquem impossibilitados para o fazer
por falta delle: e todos os Ministros atalharo todas as dilaes cavilo-
sas, que sobre a materia intentarem as parles, no que muito lhes en-
carregamos a consciencia.
(6) Conslil. POl'lucns. lib l~. til. 11). COIlSt. llllica vers. 2.
(7) Conslil. POl'luens. ubi proximc VCI'S. 3.
3"""~J''OJlil'f')
" .0
~;J:).tiQ~
LIVRO QUINTO
DAS
DO
ARCEBISPADO DA BAIIIA.
=9=
TITULO I.
t no CRIMEDA HERESIA. Q E SE DENUNCIEM AO 'fRIB NAL DO SAN'fO OFFICIO
OS HEREGES, E SUSPEITOS DE HERESIA, OU JUDAIS)IO.
(1) Fl'agos. de regim. Reipub. p. 2. lib. 5. dispo 13. ~. 8. n. 88. PaI. tom.
1. opel'. moml. tmcL. 4,. dispo 8. puncl. 13. n. 13.
(2) Azor. tom. 1. lib. 8. cap. 19. q. 9. Sanchez lib. 2. in Decalog. cap.
32. Simanc. til. 19. Rojas singul. 13. num. 19. eL 20. Barb. de poLest. ]~pis .
alleg. 96. n. 51. in medo Farin. de hreres. q.19'7. 2. num. 36. Palao elicl.
h'aclo l~. d. 3. puncl. IL n. 2.
(3) Consl. lyssip. lib. 5. tiL 1. in princ. foI. 415. Portuen . lib. 5. IiI. 1.
CODsLiL. 1. vel'S. 1.
(4) Dian. lom. . LI'. 10. resol. 30. num. 1. eL2.
(5) Texl. in cap. Excommunicamus 1. Acljicimus ele IIrercl.
312 CO:iSTIT IES
OS seus erros; pOI'qne o castigo ue lodas estas penas p"rlcnce ao llilo
Tribunal da Inquisio.
TITULO n.
t DA nLASFEMLI.. COMO GRWE ESTE cnnlE) E QUAES so AS SUAS rENAS,
(7) COIlSt. iEgilan. ubi supra !l. Braehar. loc. citalo !l.
(8) Argum. t. 1. fI'. de pernis.
. (9) Extl'lV. Pii V. supra. citat. cap. Siquis pc\' eapilIum 22, q. 1. Simanch.
drel. cap. 8. ii num, 1:" Ii:'onslit. Draehal'. diet. Constit. 2, !~. lEgilan, diet.
cap. lluie. 4. 1'01. 481.
(10) Diel. Conslil. Pii V. l\Ienoch. de arbitro casu 375. n. 29. CODeiol. re-
sol. erim. v rbo Blasphemia res. n, 3.
. (11) Extravag. Gre[orii xnf. qnID ineipit: Antiquum. Barbos. ad Ordin.
llh: 15. til. 2. 3. Barbos. de potesl. Episcopi allegat, 51. n. 89. C\arus ~ Hir-
reSIS n. 25.
d' (~2) Ar] ea qum Const.l.amccens. I. 5. til. 6. C. llllie. '3. in fine. Brachar.
.1el. ll.L. 48. constil. 2. 9. yer . E h:l\'cndo prOYl. Prlucns. lib. 5. tit.2. cons-
til. IIllle. ~ 2, n~rs. 2. fuI. 499.
314 CONSTITUI ES
CUI'at' por todos os meios, a conservao, c augmento de nossa Santa
F Catholica, e Religio Christ, assim somos obrigados a trabalhar por
extinguir os peccados, que por algum modo orrendem a sua puresa, c
santidade, entre os quaes USai' de Arte Magica. POI' tanto, em satis-
fao de nosso Pastoral Oflicio, ordenamos, e mandamos, que toda a
pessoa que fizel' alguma cousa C'onhecidamente' pI'ocedida de Arte Ma-
gica, (1) como formar apparencias (2) fantasticas, transmutaes de
corpos, e vozes, que se ollo, sem se ver quem falia, e outras cousas
que excedem a elicacia das cousas natUl'aes, incorrer cm pena de cx-
communho (3) maior 1'pSO (acto a Ns reservadn. E sendo plebeo, em
quem caiba pena vil, (/,) ser posto porta da S em penitencia publi-
ca com uma carocha na cabea, e vela na mo em um Domingo, ou dia
Santo de guarda no tempo da Missa Conventual, e ser degradado para
o lugar que parecer. E cahiodo segunda vez far a mesma penitencia,
e ser degradado para algum lugar de Africa; e se for convencido ter-
ceil'3 ,ez, ser degradado para gals pelo tempo que parecer, conforme
a qualidade da culpa, e mais circunstancias, que cone01'l'erem.
895 E sendo a pessoa nobre, (5) em que no caiha pena vil, pa-
o gar pela primel'a vez, sendo convencido, cincoenta cruzados; pela se-
gunda cem; e pela terceira duzentos, e ser degradado para algum dos
lugares de Africn. E se for Clerigo (6) de Ol'dens Sacras, havel' a
mesma pcna com suspenso de snas Ordc,ns, e ser ultimamente priva-
do de todos os Beneficios, e penses que tiver, e cOlltinuando Das laes
culpas lhes sero accrescentadas as penas na fl'ma que pal'ecer conve-
niente.
TITULO IV.
QUE NEM-UMA PESSOA TENHA PACTO CO~I o DmroNJO, NEM USE DE FEI'FIA-
RIAS: E DAS PENAS E~l QUE INCORREM os QUE o FIZEREM.
l' 896 Fazer (1) pacto com o Demonio contm em si gl'Uve mali-
cia, assim pela inimisade, que Deos no principio do mundo poz enlre
elIe, e os homens, como tambem pOl'que fazei' concerto com um ini-
migo de Deos. Por tanto ordenamos, (2) e mandamos, que o que .fi-
zer pacto com o Demonio., ou o invocar para qualquer eITeito que seja,
ou usar de feitiarias para mal, ou para bem, principalmente se o fizer
(1) Text. in Cap. Non liceat Chl'sliauis. Cap. Siquis ariolos. Cap. Qui di-
vnationes 26. q. 5. Carena de ofic. Sancl. Inquisit. lib. 2. til. 12. Simanc. lt~
Catholc. insto lH. 62. et 63. Barbos. ad Ord. Iib. 5. til. 3. Fal'o. de hrorcsl
q. 181.
(2) DeI Uo de Magia lib. 2. q. 18. TorrcbI. de (agia lib. 2. c. 11). n. 16.
(3) Cap. illuc1, cap. Scd et illULl, cap. qui sin~ :...(. q. 2. Consl. Brachar.
til. 49. cOllslit. 1. Si 6. Ulyssip. lib. 5. til. 3. deer. 1. in principio.
Const. U1yssip. ubi proxim.
(4) .
(5) Const. UlYSSlp. loc. cilalo. A':gilan. lih. 5. til. 3. cap. 1. SI 8.
(6) Dict. Constit. uhi proxim. Brachar. til. /j9. constit. 1. 4. et consto
2. n.1.
(1) De hoc D. Th. 22. q. 95. arl.. 3. ct q. 96. arl. 1. C. lI\ud 26. q. 2. ?lJaI.
tom. 1. de Relig. I. 2. de superslit. cap. 9. ii n. 9. Sancllcs in Dcealog. I;b.2.
cap. 38. num 1. ct 3. Cllm seqq.
(2) Ordinal. lib. 1). tit. :I. et ibi Barbosa.
DO ARCEBISPADO D BUHA. 31ti
com pedl'as tle Ara, Corporaes, e cousas sagradas, ou bcntas, a um de
legar, ou deslegal', (3) conceLer, mover, ou parir, ou para quaesqller
outros cJfeilos bons, Oll mos, incol'l'er em excommunlJo maio)' ipso
{acto. E sendo Clerigo o compreheodido em alguma destas cousas,
ser pela primeira vez suspenso das Ordens, e degradado pelo tempo
que nos pareceI', e condemnado em vinte cruzados para as despezas da
Justia, e accusador; e sendo mais vezes comprebendido.se lhe aggra-
varo as ditas penas conforme a qualidade da pessoa, e circunstancias
da cnlpa. .
t 897 E se for leigo nobl'e, (h) alem da dila pena de excommu-
nbo, c dinheil'o, ser degradado pela primeil'a vez por dous annos para
fra do Arcebispado: e sendo mais vezes comprehendiJo se lhe aggra-
varo as penas conforme sua culpa pedir. E sendo plebeo Jar peni-
tencia publica na Igreja em um Domingo, ou dia Santo Missa Con-
ventual, e pagar dous mil ris, applicados na maneira sobl'edita. E
no podendo pag31' a pena pecuniaria se IlJe commutar na corporaJ que
parece; e se reincidir na eulpa, ser degradado para S. Thom, ou
BengueJla.
t 898 E nas mesmas penas de excommunlJo, pecuniarias, e cor-
poraes respectivamente, incorrero aquelles, que consultarem (5) feiti-
ceiros, ou usarem de feitiarias conhecidas por taes, e tiverem, ou le-
rem seus li\Tos, (6) ou de supersties, e advinbaes, (7) ou usarem
tle cartas de tocar, ou fizerem quaesquer outras cousas semelhantes a
estas: e os que aprenderem, ou ensinarem publica, 011 secretamente
todas, ou cada nma deJlas.
TITULO V.
D.\.S l'BNAS DOS QUE so DE CARTAS DE 'COCAU, E DE PALAVRAS, o BE-
BIDAS A~IATORJAS, ou CO SAS SEMEUUNTUS.
(3) Sanchez de MaLI'. I. 7. dispo 94. ct scqq. Gabriel Pereyr. ue mano regia
~. p. cap. 56. n. 21. consL. Brachar. tit. 1~9. ConsliL. 1. ~ 8. Torrebl. ele Magia
h~ ..2: cap. 42. DD. ad LexL. Si per sorLiarias 33. q. 1. et au Lext. in cap. '1. de
fl'lgldls, et maleficiaLis.
(4) ConsLit. PorLuens. lib. 5. LiL. 3. consL. 2. vers. 1. Erachar. lit:49 cons-
til. 2. n. 2. Grel. lib. 5. IiI. 3, Consto Larneccns. lib. 5. til. . cap. 2. foI. 403.
(5) Text. in cap. Si quis Episcopus 26. q. 5. Conslit. jEgitan. lib. 5. liL. 3.
eap.i. ~ 9. Lamecens. lib. 5. LiL. 8. cap. 2. 4. aval'. in manual. cap. 11.
n. 29.
. (6) MoLus proprius 21. Si xli V. J,. l\Inthemalics cod. de Episcopalt auui-
cntm Del-nio de l\Iagia lib. 5. scct. 17. Conslit. Porluens. dicL. constit. 2. vers.
2. SiOlanc. de CaUloI. tiL. 38. n, 26.
(7) Cap. 1. eL2. 26. q. 3. el 4. per tolam 26. q. . cap, 1.012. do Sorlileg.
L. Culpa cod. de malcric. ,
(1) Consto lJlyssip. Ii!>. 5. tiL. 3. decr. 1. 1. foI. 419.
316 CONSTITUIES
se uca concluindo, que as taes palaHas, e obras procedem ue ;Jlgnm
commercio, familiaridade, e pacto com o Demonio. f'orm se poroulra
vja se mostraI" que as taes palavras se dizem, e as taes obras se luzem
por engano, e fingimento sem algum e11'eito, e s a flm <.Ie ganhar di-
nheiro, sero os delinquentes castigados arbitrariamente (2) com penas
pecuuiarias, e cOl'pomes, de modo, que semelhantes desol'dens se ala-
lhem.
-l' 900 E pelo mesmo modo sertio castigados, e julgados, os qne
advinhal'em consas secrptas, c casos fUluros, ainda que se faa juizo, e
levantem figuras pelos movimentos (3) <10 Sol, Lua, Estrellas, e quaes-
quer outras cousas, salvo se forem aquellas, que pendem tio morimcll-
to dos Ceos, e suas influencias, f'o\'a dos elementos, e etncacia das
cousas llatUl'aeS, como so bom, ou mo tempo para as sementeiras.
fmctos, navegaes, saude, doenas, e outros elTcitos semelhantes, sem
qne se intrometlo nos successos que dependem do livre a!Yedrio, c
conseqnencias delles: porque estas peltencem judiciaria, condem-
nada pelos Summos Pontifices, que suppoem commercio, familiarida-
de, e pacto com o Demonio.
-l< 901 E porque alem destes delictos, 11a outras desordens de algum
modo aelles semelhantes, como so: rezar Lua, c s Estrcltas; Jazcl'
deprecaes aos Santos com certas ceremouias para taes eITeitos, e
ainda bous, assentanuo, que sahiro infalliveis; ter por certas as cousas
lue se represento em sonhos; fazer obscr..ao 110 dias para bons, c
mos successos, pelas vozes, e cncontro dos animaes, ou pelo cantar, ou
voar das aves, e outras supersties semelhautf's, as quacs ainua que rc-
gularmente procetlo de simplicidade, sempre tem algnm genero dcma-
licia, e fraquesa na I eligio. Por tanto mandamos, (/,) que lodos
aquel!es, que as ensinal'em, e usarem com escandalo, sejo caStigados
com as penas, que parecer a nossos jinistros. E encarregamos mui-
to aos Confessol'es l'cpl'chendo este vicio nas Conflsscs, e os Prega-
dores no Jlulpito, P:ll'CI quc dc todo o modo sc extingua este rcsahio do
gentilismo neste nosso Arcebispado, no qual cada dia entro genlios
de varias partes.
-l' 902 E ainda que Deas em sua Igreja deixou gra a pal'a curai',
(5) a qual se pde achar no smenle nos justos, mas ainda nos pcc-
cadores; com tndo, porque no modo com que se costuma lIsar ucsla
graa se podem introt!uzil' pe1'l1iciosas supcrsties, e pcccamino.50s
abusos, (6) estreitamente prohihimos, sob pena de cx.coffimunho mmor,
(7) ipso (aclo incU1Tenda, e de vinte cruzados, que ninguem cm nosSO
J\rcclJispado beoza gente, gado, ou quacsquer animaes, nem use de
(2) Const. Ulyssip. ubi proximc.
(3) Valenl. d. 6. q. 12. puncl. 2. Dcl-Rio lib. 2. q. 8. de :Magic. tcss. cap.
4~. dubio 3. Suar. tom. 1. de Religion. lib. 2. de Superslil. cap. G. Azor 10m.
1. moral. lib. 9. cap. 24. Consto U1yssip. ubi supr verso Pelo mesmo. nrachal'.
llict. const. 1. num. 6.
(-1.) Consto U1yssip. dicl. 1. Ycrs. E porque fol..I19.
(5') Marc. c. ull. Actor. cap. 28. Yal1e de incantat. el insalm. sccl. 2. c. !l.
n. 9. Sanchez lib. 2. in DecaI. cap. 40. n. 46. et srqq,
(6) Suar. tom. 1. ele Religion. lib. 2. ele Supr.rsL. cap. . ii. n. 23. cum scqq,
'ulle r1icl. cap. 9. it n. 10. Sanchez ubi pl'oxirne cum llIulLs. . ,
(7) Consl. Iyssip. dicL. 1. vcrs. Pela mcsma maneira. j]~gilun. III). J.
lil. 3. 'cap. 2. n. I. fuI. ~85.
DO AIlCEBlSPAllO DA BAHlA. 317
ensalmos, e palavras, ou de outra cOllsa pal'a curai' feriuas, e doenas,
ou levantar espinIJela sem pOl' Ns SCI' primeiro examinado, e approva-
do, e havei' licena nossa por escripto. E sob a mesma pena prohihi-
mos, que uem-uma pessoa secular intente (8) deitar Demonios fra
dos corpos humanos.
t 903 E quando as ditas feitiarias, sortilegios, e supersties en-
voll'erem manifestamente heresia, (9) ou apostasia na F, avisaro nos-
sos Ministros com todo o segredo, e recato aos Inquisidol'(;s do Santo
ameio, para que no dilO Trihunal se ordene o que se ha de fazer, pois
a elle perteuce o castigo deste crime. E mandamos a todos os Paro-
chos que ao mcnos tres vezes cada anno leio este titulo a seus fregue-
zcs, para no poderem alleg3l' ignorancia,
TITULO VI.
DA SBlO, 'L\'
(1) Texl. in cap. Kon Nocel. cap. Emcndal'. cap. l'\ullu 1. q. 1. cap. Ne-
mo. cap, ea qurc, cap. Ad nosLram, cap. Cum Ecclesia de Simonia.
(2) Clarus ~ Simonia, cL ibi additionator. Dian. tom. 5. tracl. 7. per to-
tuUl. Ric. in prax. 3. p. refol. 425.
(3) Con l. Ulyssip.lib. 5. til. 8. decr. 1. ~ 4. fol. 429.
. (4) Consl. lyssip. ubi proximc vcrs. E conformando-nos. J.amec. Iib. 5.
ltt. 9. c. 2., 6. Extl'avag. 2. de Simonia inter com mune , vers. EI ut hujusmodi.
(5) Dieta ExLl'avag. 2. verso Pro revolatione.
320 CONSTITUIES
TITULO IX.
DO SACRILEGIO.
(1) Glos. in Cap. Sacrilegium 17. q. 4.. D. Th. 2. 2. q. 99. art 1. et 3. PaI
tom. 3. tracl. 17. dispo 2. punct. 3. 1. n. 4. Bon. de primo DecaI. prrece-
plo d. 6. puncl. unic. n. 1.
(2) Tcxl. in c. Ad hruc de religios. domib. Cap. Proposuisli. cap. uIt. de
consccl'. EccI. cap. unic. cod. til. lib. 6. Navar. in manual. c. 27. n. 98. Suar.
tom. 5. de censo d. 22. secl. 2. n. 13. Regin 1. 19. n. 60. verso Advertc lamen.
(3) TexL in cap. Quisqnis inventus 17. q. 4. C. Conqueslus, cap..Cum
sit gcnerale de for. competenl. Donar.. lom. 1. d. 3. q. 6. n. 13. Ord. hb. 5.
til. 60. ~ 4. . .
(!~) Cap. Si quis suado 17. q. 4. C. l\fonachi, C. Parochianos, C. De Momahb.
cap. TIlorum, C. Religioso de senl. excom. Naval'. cap. 27. n. 79. Sa)'r. lib. 7.
de censo cap. 26. n. 4.
(5) Texl. in cap. Pcrvenit de sento exc. l}aI. de censo d. 3. pnnct. 23. 4.
. n. 4,
(6) ConsL Lamec. lib. 4. til. 10. C. unic. in princip. foI. 410. Brachal'. lil.
50 consto 1. Si 4-. foI. 619. ,
(7) l<arin. in prax. tom. 3. q.105. n. 184. el seq. Suar. de censo d. 22. secl.
t. n. 88. et scqq. Consl. Bracn~bitJroximc. .
(8) Cap. l}roposuisti C. ull. de consecr. Ecclcs. cap. unic. eod. lil. 10 6.
Consl. U1yssipon. lib 5. liL. 14. decr. 1. V. Todos.
(9) Consto U1yssip. ubi pl'ox,. Ord. Iib. 5. til. !~O. Cardoso ill prax. verbo
Deliclum n. 11. Consl. Lamcc. lib. 5. til. 10. C. unic. ~ 2. 1'01. !~10. 'I
('lO) Azor 3. p. C. 27. q. 8. Bon. tom. 1. de Mali" q. 4. puncl. nU. n. 2. FI
liuc. lract. 30. cap. 7. q. 3. Tlum. 122.
DO ARCEBISPADO DA BATllA. 321
gar sagl'llllo incorrel'o em excommunho, e sero castigadas com pe-
nas de dinheiro, e corporaes, conforme a graveza, (11) publicidade, e
cscandalo que no delicto houver.
~ 918 E o que furlal'em Cal ices, (12) Custodias, alampadas, cas-
liaes, e mais cousas desta qualjdade dedicadas ao Divino culto, e pro-
prias das Igrejas, incol'rero em excommunbo maiol', e sero castiga-
dos com penas pecunial'ias, e degredo. E com as mesmas o sero, os
que cm suas casas, ou fra delias usarem das ditas consas (13) em
usos pl'Ofauos. E todos os que derem conselho, (U) tarol" ou ajuda
a se commeltel' o crime de sacrilegio, sero punidos arbitrariamente,
conforme a culpa de cada um.
919 E pOl'que sendo os delinquentes Clerigos ne1les mais de-
testavel este crime, e digno de maior (15) casligo, assim porque s,.,'
pessoas dedicadas ao cullo Divino, e POI' isso mais obrigadas ao I'esn'i-
to, e reverencia que se lhe deve; como tambem porque nelles nr.I se
castiga o sacrilegio, smente como sacrlego, mas como commet.\.ido pOI'
elles; por tanto mandamos, que os Clel'igos, que cmmettell'em saCl'i-
lcgio, sejo mais severamente castigados, que os leigos' -P0l'que mal
lero re"el'encia s pessoas, lugares, e cousas sagradas,. os leigos, ven-
do que a no lem os Ministros da Igreja, ou que comfl'lettendo estes se-
melIJanle crime, no sO mais rigorosamente Pl1ni~l S pOI' razo fie1les,
e de serem Clel'igos, como justo que seja.
920 E lJorque as distancias, e longes desl J10SS0 Arcebispado
do occasio a se guardai' pouca reverenciQ" ugal'es sagrados, pre-
sumindo-se, que no nos chegaro : noti~ia os desacatos, que lhes fi-
zerem, mandamos aos 'igarios, Curas, Capelles de nosso Arcebis-
pado, que se em Sllas Igrejas, se com~etler algum sacri!egio, tanto
que deHe livcrem noticia nos avisem (1lj)) por escl'pto, ou a nosso Vi-
gario Geral, Promotol" ou Meirinho, in/formalldo, ou dando conta do
caso com declarao do lugar, dia, mez, e anM, e testemullIJas, que
se achro pl'Csentcs pal'a se poder prqvar o delicio. E os ditos nossos
Ministros, tanto que I'eceberem o escr:Jlllo, logo ordenaro denunciao
e que se faa summario de testemunl as, e proceda no caso com o cas-
tigo, que convier. E o Vigario, Cm., ou CapelJo, que assim o no
cumprir, ser castigado a 1I0SS0 al'bit o: e nossos Visitadores se infor-
maro se os sobreditos cumprem con esta obrigao.
\
(11) Consto U1yssip.ljb. 5. lil.14. decr. 1. ~ 1. Brachar. dieto lil. 50. consto
1. 5. fol. 619.
('12) Consl. U1yssipon. dicl. ~ 1. verso Aql1el1es ue. lamecens. li1). 5. lil.
10. cap. unic. ~ !~. .... \. .
(13) Daniel c. 5. Coos!. U1ysslp. uln proxlmc. LUplcG. dlcl. cap, UnJC. ~ 5.
(tt~) Argum. cap. Sicul dignum. ~ ulli etiam cUlll' seqq. de homic. Consl.
Lamee. dicl. cap. unic. ~ 6. U/yssip. dict. til. 14. decr.,.'1. 2, verso Eslas pcnas.
. (15) Conslit. PorLllens. lib. 5. LiL 5. consto UnJC. V. 1/. foI. 50. Lamec.
dlCL. cap. unic. in principio.
. (16) Consto lll'achar. dicL til. 50. 6. foI. 620.. Porluens. dicl. tiL 5. cons-
LII, unie. V. 5. foI. 508. J~am. diel. lil. 10. cap. umc. ~ 9. foI. 412.
CONSTITUIES
TrTULO X.
EO RERJURlO.
TITULO Xl.
lHS PENAS, QlJE HAVERO os QUE JURAIIEM F.\LSO FRA DO JUIZO.
930 Como aCluelle que jura falso, ainda que no seja em Juizo,
lambe m commelte o crime de perjuro, e chama a Deos por testemunha
de uma mentira, e por isso no deve ficar sem o castigo que merece,
ol'denamos, e mandamos, que toda a pessoa, ou seja Ecc!esiastica, Oll
secular, que no cumpril' o contracto, instituiO, ou semelhante aclo
corroborado com juramento sem legitima causa, seja julgado, e coo-
demnado (1) por perjuro, com as penas, que no titulo precedente fico
declaradas. '.
931 E porque lambem incorrem o crime de perjuro, os que (2)
por razo de seu omcio, dignidade, ou Bencficio, (como so os Provj-
sores, Vigarios Geraes, Visitadorcs, Promotor, Meirinho, e quaeslJucl'
Delegados, Commissarios, nossos Inquiridores, Distl'ibuillor, cs, Couta-
dores, Notarios Apostolicos, Escrives, e mais Officiacs de justi~a de
nosso auditorio, que juro de fazer bem seu omeio, e todos os que pOI'
razo delle prOmCLtrO gual'dar segredo) ohro alguma cousa cootr3 o
jUl'amento, que lomro, de sorte, que se vcrifique dellcs o no cum-
(18) Ord. 1ib. 5. til. 5~. in priocip. ~ 1. et ibi ciLaLi Barb. Farin. dicl.
lJ. 67. a n.25~. tomo. 2. ubi plenissim.
(19) Fario. ubi proxjm. et melius 255.
(20) L. Si quis maior cad. de transaet. cap. Infames, cap. Quicumquc 6.
q. 1. .
(21) Cap, Tantis 81. disto Cap. bici 33. di lo Cap. Episcopi de accusallO'~.
(22) Cap. Testimonium de testib. cap. Quicllmque 6. q. 1. cap. Si q.U1s
convictus 22. q. 5. c. 2. de Ord. cogllit. }'arinac. dict. q. 160. o. 161. et dlcL.
q. 67. tom. 2.
(I) Suar. de Relig. tom. 2. lib. 3. cap. 15. et 16. Donac. in secundo prilJ
cept. Deca1- lom. 2. d. ~. pllnct. 14. q.1. "
(2) Const. LalOcc. lib. 5. til. 2. c. 3. .1Egitan. Iib. 5. til. 6. cap. 2. .~.
Iyssipon, lib. 5. tiL. 6. c1e'~r. 1. \"ers. Da mesma sorte. Ord. lib. 5. tiL. 2. SI 12.
et lib. 1. tiL. 67. ~ ult. l.lon. loco pro.imc tiLalo n. 2. filliuc. traeL. ...). cap.
10. q.7, .
DO ARCEBISPA.DO DA BAnIA. 325
premi estes tacs sero castigallos com penas dc suspenso, dcgl'cdo, c
peculliarias, segundo a malicia, e qualidadc da materia em ordem ao
bem commum.
932 E contl'a afJuelles, que fOl'cm devassos, c cscandalosos (3)
em scus jUl'amentos, principalmcnte cm prejuizo, e descrediLo de seus
flroximos sc proceder com pcuas na fMma que pareccl' mais convc-
niente. E o Promotor da Justia os deve accusar, para que o scu cas-
tigo no s lhes sirva de cmcnda, mas de cautcla aos mais.
TITULO XLI.
DOS FALSARIOS.
(3) Omnino Placa de delictis lib. 1. cap. 5. per LoLum. Farinac. dict. q. 150'
n. 81. et 85. Const. Ulyssipon. ubi proximc ~ 2,
(4.) Jl!ustrissim. A Cunha p. 1. Dec. ad cap. Si qua mulier 6. 30. dist.
. (5) Orei. lib. 5. til. 34. et ibi Barb. f1!ustrissim. A Cunha ad diclum cap.
S. qna mulier. n. 5. Fal'inac, tom. 5. de falso q. 150. n. 80.
(6) Consl.. Ulyssip. dict. SI 2.
(1) Cap. 1. de usuris lib. 6. cap. 1. cap. Quanto eod. til.
(2) D. Tham. 2. 2. q. 78. art. 1. tess. de justit. Iib. 2. cap. 20. dub. 4.
<) (3) Luc. 6. 31>. 1\IutUlllU date, &c. Cap. 1. cap. Putant 1lj,. q. 3. D. Th.
1,2. q. 78. art. 1. Naval'. in Manual. cap. 17. n. 207. Coval'. lib. 3. vaI', cap.
o' n..ii. Bonac. Lom. 2. til. de contl'acL d. 3. pllncl. 2. a n. 1. ubi multas cit.
rel.hh. 4, til. 67. iu princip. ct ibl Barb.
(!~) Ad ca qure Bobadil. in Polit. lib. 2. cap, 17. n. -H. cl scqq.
]' .(5) Ezechicl M. v. 10. Paul. ad Ilebr. 13. v. 17. PsaI. 18. V. 14. Et ah a-
lenls, &c. et Psal. 124. verso 5. Declinatcs autem, &c.
~28 COX TlTUIES
o grande pl'cjuizo, (6) que causa este reccado da usura dcstruidora (la
I~\zenda dos pobres, e ainda de alguns ricos, e tambem I'ouhadora das
almas dos que a uso, os quaes porque nunca cahalmentc restituem o
mal levado, monem em peccado, e pela Divina Justia so condemna-
dos a fogo do infemo. E a mesma adveltencia lill'o os Parochos (7)
nas Estaes, e no foro (8) da penitencia.
9/,2 E para que no 1'01'0 extcl'DO se possa castigar este crime,
mandamos (9) a todos nossos subditos, que sabcndo que algumas pes-
soas o commellro, o denunciem a Ns, ou a nosso Vigario Geral, ou
Visit:l(lores, aos quaes encommemlamos. e encarregamos muito procc-
do contl'a os culpados com as penas de tlireilo, e destas Constituics.
-l' 9113 E tl'Utando tio castigo deste cl'ime ordenamos, que toda a
pessoa Ecclesiastica, 011 seculal', que ior convencida no crime de usu-
ra, ou onzena, ser condemnada pela primeira vez (10) cm cincocula
cI'uzados, e degradada para fra do Arccbispado POI' tempo de um anno;
pela seguntla se lhe tlobrar a pena pccuniaria, e de degredo; e pela tCI'-
ceil'a ser condemnada em mil cruzados, e em cinco annos de degredo
pal'a um dos lugares de Africa: c destas penas de dinhciro applicamos
tres partes para a fabrica da nossa S, e a quarta para quem accllsa)'; c
na mesma sentena em que forem condemnados os delinquentes sc lhes
mandar rcstituir o que levro dc ganhos de usura aos prejudicados,
deixando-se a cstes o direito reservado para que posso pedil' o lJue
fOI' seu. E para que as partes o saibo, se lel' a sentena na estao
da l\fissa pelo Parocho da Freguezia onde as usuras fOI'o levadas, c o
crime commettitlo.
91,.4 E estas penas havero lugar, (11) alem das quc poem o di-
reito contra os manifestos usurarios: a saber, scndo Clel'igo, iuhabili-
dade (12) para Beneficios; e a Clel'igos, e Icigos denegao (13) da se-
pultura Ecclesinstica, c dos Sacramentos, se no restituirem em ,~da,
ou, no podendo, no derem cauo bastante para se fazer restituio.
TITULO XV.
~ DAS USURAS PALLlAD.\S,
(8) Dicta Constit. Sixti V. Const. Ulyssipon. dict. til. 9. decr. 2. !ii 2. in fine.
(9) Ord. lib. l~. til. 67. SI 8. ubi Barbos. muitos citaI. Gabriel I'el'eyr. de
Man. reg. 2. p. cap. 72. n. 5. cum seqq.
(10) Text. in cap. ln CiviLaLe, cap. Naviganti, de Usuris. Naval'. in rom!al.
cap. 17. n. 210. et 227. et in Commelll. de Usur. n. 20. el seq. Covo variar.
Ilb. 3. cap. 3. n. 6. ver. 4. Molina de Justit. tracl. 2. d. 358. eL seqq. Pereyr.
de Man. reg. dido cap. 72. n. 5. in fine, et n. 6.
(11) Ord. lib, r". til. 20.
(12) Cap. Ad nostram, ubi Abbas n. 4. et alii de Emplione. Ord. lib. 4.
til. 4. ~ 1. t til. 67. Si 2. Honar.. tom. 2. cip. Contrilc,tib. d. 3. (r. 2. pUI1C~.
3. principio, el n. 11. cum seqq. et h. 13. l?illiuc. tracl. 35. cap. 7. q. 5. a
num. 157.
(13) Cap. Significanlem de Pignoribus. L. ull. corl. ele Pact. pign. Ord.
lib. 4. til. 56. Consto I.amec. lib. 5. tiL 23. cap. 2. 4.
(1!~) Dieta Consl. Lamee. ubi proximc.
(15) Cap. 1. et 2. de Usuris, cap. Cum contra de Pignorib. Molin. d. 320.
Azor lib. 7. cap. 9. caso 8. Sal. de US\1fis dnb. 28. lib. 2. cap. 20. n. 16. n~.
naco dicl. cI. 3. q. 3. punelo 9. n. 1. tom. 2. e Contraclib. cl plcnills q, 1 .
puncl:l.n.l0. el seq.
DO AHCEBlSPADO DA BAHIA. 331
o penhor no seja fl'uctifero, se se concertar, que possa usar delle; sem
se descontar (16) na di "ida principal, o que valer o uso do tal penhor.
95!~ Mas pOI' quanto os dotes (los casamentos se do aos mari-
dos para sustentarem os encargos do matrimonio, podero levar os
fructos, (17) e rendimento das cousas, que se lhes derem em penhor
dos taes dotes, em quanto se lhes no pago, sem serem obrigados aos
descontar na sorte principal (lelles, e isto em quanto durar o matrimo-
nio, e encargos delle, por estat' assim ordenado em direito (18) Ca-
nonico.
955 Tambem se d usura palliada, quando no contrato de alu-
guer dos bois, bestas, e outl'OS animaes se poem pacto, e condio, que
se mOl'l'erem, ou houvel'em perigo, seja POI' conta, e risco dos que os
tomo de aluguer, (19) ou arrendamento, posto que os ditos casos
aconteo sem sua culpa. O mesmo succede (20) quando se do cer-
tas cabeas de gado por certo tempo, e que acabado este lhe dem tan-
tas cabeas mais das que Ille dero, ou a creao, e gado, que lhe do,
viva, ou mona, crea, ou diminua, e em outros casos semelhantes.
956 E emprestaudo-se alguns fructos para se tornarem a pagar
na mesma especie, se os que se emprestarem forem somenos, e derem
com condio de se haverem de tornar muito bons, e geralmente fal-
lando nnto melhores do que se recehro, se commette usura, sendo
a melhoda tal, que importe ganho (21) consideravel. Mas fazendo-se
ocmpreslimo simplesmente. sem pacto, obrigao, ou condio, aiuda
que se tornem a pagar melhores do que se dero, se no commeller
USIJI'a, nem ficar o contrato illicito.
957 E para haveI' melhor expediente, quando se moverem de-
mandas sobre este crime, declaramos, que (22) duvidando-se se al-
gum contrato usurario, ou no, e sendo a questo s de direito, a
causa pertellce inteiramente ao foro Ecclesiastico. E sendo a questo
s de facto, no ficanllo duyida cm mais que no no fazer, ou no fa-
zer o contl'ato usnrario, a causa se poder tratar assim no Tribunal Ec-
clesiastico, como secular: e sendo principiada no tribunal secular, o
nosso", igario geral se no intromeLta nella, nem faa deprecao al-
guma,
TITULO XVI.
t DOS DELiCTOS D.\ C.\Rl'IE.
(1) L. Cum juro cad. ad lego Jul de adulter. AuLhent. UI non luxuricnlur.
cap. UI ClerieoTum de viLa. et honesto Cler.
(2) Genes. 19. Judie. 19. leviL. 18. et 20. e. Cleriei de excessibus PrrolaLo-
rum, et ibi glossa. .
(3) Prima Extrav. Pii V. inripit: r.um primum, edila armo 1566. c.L esL 1Il
BulIar. foI. 179. Altera incipiL: Horrendul11 illud, cdiLa anno 1568. eL lO Bul-
lar. foI. 268. Farinue. 10m. l~. q. 148. n. 28. Navur. in manual. cap. 27. II. 2~~.
(4) Bulia Greg. XIII. erliLa 13. AugusLi unn. 1571~. ineipit: Dilcclc fill.
Caren. de OIT. Sanetre lnquisilionis p. 2. tiL. 6. 16. n. 82. .
(5) Salz. in prax. cap. 86. verso Delestandu. 11arb. ad Ord. lib. 5. LII, 13.
v. Constilueram. Cabal. resol. crim. eenL. 1. casu 16. n. 26.
(6) Gomes ad L. Taur. 80. n. 34. l'arinae. de delietis cam. q. 148. n. 41.
(7) rufr tiL. 18. .
(1) Cap.lIIulier. 15. q. 1. Ahr. de in LiL. Paroe. lib. 8. seet. 4. num ..~5.6.
Clarlls~. lrorniratio n. _7. Gomes ad I g. 80. Taur. n. 3ti. BOllue. tom. 1. Lrael.
ucl\1uLrilllonioq.!l.. pllnei. 12. n. t.
(:2) LcviL. e.20. Exod. cap. 22.
DO AJlCEBI 'PADO DA BAllIA. 333
I'o os Sagrallos C:mones, (3) e :Jssim foi muitas vezes julgado, e ex.e-
cutado, (h) p:Jl':J que no fic:Jsse memoria (5) de to detestavel pecc:J-
do: e pelas Leis do Reiuo (6) se m:Jndo queimar, e f:Jzer em p os
que o commeLLem.
961 Como este delicto de foro mixto, (7) orden:Jmos, e man-
damos a nossos Ministros procedo nelle, e c:Jstiguem os delinquentes,
no smente Clel'jgos, m:Js leigos, d:Jndo nestes lugar preveno' e
o Clel'igo que for legitimamente conrencido, ser degl':Jd:Jdo das Or-
dens flor degmrlao re:Jl, e entregues Jusli:J secular, com protesta-
o de se no procedei' :J pena de sangue, como se faz no caso da pro-
jll'iu Sodomia pelo Bre e do P:Jpa o S:Jnto Pio (8) V.
962 E sendo leigo ser n:J mesma frma entregue Justia se-
cular' e se o crime no fOI' to clal'amente provado, que merea pena
ol'din:Jria, sero os delinquentes castigados com pen:J extraordinaria de
degredo. e dinheiro, como parecer, e pedil' a qualidade da prova, e cir-
cUllstancias da culpa; o que tamhem se far .quando se no provar o de-
licto consummado, mas alguns actos, e tocamentos torpes ordenados
(!)) a esse fim.
963 E para que este abomiuavel vicio se atalhe, e se castigue
com mais effeilo, ordenamos, que as denunciaes delle se tomem em
segredo, (10) sem nnnca se tlescobf'ir a pessoa, e nome do denuncia-
dor; e que dando modo como se prove o delicto, tanto quanto baste
para o Ho ser condemnado, leve o denunciante o intet'esse, (11) que
da fazenda do Ro se puder tirar, para elle lic:Jr sulficientemente s:Jlis-
I'eito, e premi:Jdo.
TITULO XVIII.
t DO PEceADo DA 1\I0LLICIE.
(2) Ordin. lib. 5. til. 13. ~. 3. el ibi Barb. Fadn. dieL q. 1!~8. n.3S.
et 39.
(3) Ad Roman. cap. 1. 1. ad Corinlh. C. 6. Gen. cap. 38. Sayr. in c1avi Reg.
lib. 8. e. 5. n. 5. et 6.
(4) Far. dieta q. 148. num. 38. ct seqq. Sayr. dieto cap. 5. et scqq. Cons-
tiL .lEgitan. lib. 5. til. 11. cap. unico ~ 3. Brachar. tit. 59. conslit. unic. 6.
(1) Text. in cap. Quid in omnib. 32. q. 7. DD. ad tcxL. in cap. At si Clcrii
~ de adulLcriis de juuic. Trid. sess. 24. de reformo cap. 8. Tiraq. ad leg. eonU-
biales L 13. n. 26. et n. 1. Menoch. de arbilr. casu !~19. pril1cip. lib.2.
Clar. . Adulle. ium. Farinac. de delieLis cam. q. H1. Barb. ad Ordin. lib.1.
til. 2.'t Themud. 1. p. drcis. 19.
(2) Cap. Si quis Clericus, cap. Romauus 81. disL D. Rodericus Cunha
in dicto cap. ~i quis Clricus n. 2. Dccial1. tract. crimin. lib. 6. cap. 23. n. 11.
Bernard. Dias cap. 83. n. 2. Farin. de dclictis carn. q. 1 a. n. 29. CousL. Ulys-
sipon. lib. 5. lit. tO. decr. 2. 1\\ 1-
(3) Farinac. elicl. q. 1 'l'l. n. 43. Orelin. lib. 5. lit. 25. ~ fL ubi Barb. 0 .. 2.
(4.) ConsL U1yssip. dicl. Si 1. f.amcc. lib. 5. til. 16. C. unic. in Jio. pl"ln-
cipii. Braehar. tit. 60. consto unic. Si 1. .
(5) Trid. sess. 2/.. ele reformo cap. 9. COIISl. Ulyssip. dicl. llecr. 2. III
princip. Ord. lib. 2. llL. 9. in prinl"ip. Farinac. dicL q. H I. n. 41. cl [~2. Pe-
DO ARCEBISPADO DA BAllIA. 33n
pl'oceder contl'a clle, e contra a mulher adu1Lera, como se diz neste li-
vro no Titulo 23, num. 990. Porm no se admittir dennnciao, ou
accusao criminal em nosso juizo contra pessoa leiga para effeito de
ser casLigada, por se dizer, que commetteo adulterio, se juntamente
no houver inl'amia, e perseverana, que induza amancebamento. E
se a denunciao, e accusao fOI' civilmente intentarla para separao
do toro, (6) pal'Lillla, c enlrega dos hens entre marido, e mulhel', en-
Io se proceder nella confol'me a direito, e estilo.
TITULO XX.
-r DO CRIME UE IKCESTO, E PEriAS, QUE HAVERO os CLERIGOS, E LEIGOS,
QCE o CO~I1JETTERE~1.
969 Crime ahominayel a Deos, (1) e aos homens chamno os Sa-
grados Canones ao crime de incesto; por elle se tira a confiana, qne
deve haver entre os parentes; pelo que, se algum Clerigo de Ordens
Sacras, Ou Benellciado 1'01' legitimamente convencido de incesto com
pc soa ascendente, ou descendente por linha direita, em qualquel' gro
que seja, (o que Deos no permitta) ser deposto (2) das Ordens, e
degl'adauo para a Ilha de S. Tl10m por tempo de dez annos, e tambem
para gals para sempl'e, se o escanLlalo o merecer.
970 E se o inceslo for commellido com parenta coHateral no
primeil'o gro de consnnguinidade, sel' deposto, (3) e degradado para
Angola por dez annos. E se commeller o delicto com madrasta, en-
leada, ou cunhada (/c) no pl'imeiro gro de aOinidade, ser preso, sus-
penso, e degmdado pOI' cinco annos para Angola, e pagar cincoenta
cl'llzados. E o que commeLtel' incesto com parentas por consanguini-
oade, ou affinidade nos mais gr<1os, ser castigado em pena pecunial'ia,
c degrcdo arbitral'iamente segundo o gro do parentesco. E o que
commctLel" incesto com afilhada, ou madrinha do Baptismo, ou C111'is-
ma, ser suspenso pelo tempo que parecer, e condemnado gravemen-
le com outras penas arbitrarias.
971 Sendo o incestuoso pcssoa secular, se for .com/cDcido de
rcyr. de mano reg. 2. p. cap. 53. n. H. et 12. Paz in prax. tom. 2. prrehld.
2. n. 31.
(6) Con t. Iyssip. dict. decr. 2. foI. 435. Lamec. lib. 5. tiL. 12. cap. unic.
~ 3. cap. Significasli. cap. Ex litleris, cap. Gaudemus de diverti o C<lp. 1. ull i-
te non constituta. Sanchez de Matrim. lib. 10. d. 3. a. 15. et 16. PaI. 5. p. tract.
28. d. 3. punct. 6. Si 1. cum seqq. Farin. de dil ictis carnis q. H.
(1) Cap. Necenm 35. q. 2. et 3.
(2) Cllp. Ture de pren. Glossa verbo RelUoyellntur in Cap. Maximianus disL.
81. ct gloso yerb. ln corpol'llli ad c. I,ator 2. q. 7. Clarus fuccslus 11.2. i\1e-
lIoch. cle arbitr. I. 2. caSll 502. n. 102. Farin. tom. 4. q. 149. II. 34. cum seqq. et
faniunt. plcnc qllre repreheudiL. n. 3i>. Const. UlIissip.lih. 5. til. to. decr. 3. in'
principio.
(3) Cap. Tere de pum. Const. U1yssip. ubi proximc "ers. E commeLtendo.
COIl L. Brachar. tiL. 61. con L. unic. Si 2.
(4.) Cap. 1. de consang. et alliniL. Cap. 'ullum ia fin. Cap. JEqualiter 35..
q. 2. ct 3. Cap. Lex illa . Cum ergo 36. q. 1. Farinae. tlicL q. 1!~9. n. 41. et
108. cum seqq. Ord. lib. 5. til. 17. 3. Sanchez de Matr. lib. 7. d. 61-. et seqq.
Pctrus Gregor. Syntagm. juro L 36. cap. 7. n. 1. ConsL. U1ys ipon. ubi proximc.
336 CO~STITUIES
(5) Consto Ulyssip. loco cito Si L Dracllar. til. 61. consto unic. Si 3. Porlu-
CQS. 1. 5. til. j 1. consto 2. in prrncipio. .
(6) O\'d. Iib. 5. tu. 17. Si 1. Farinac. dicl. q. 149. n. 79. et seqq. Consll t,
13rachar. ubi proxim Ulyssipon. dicl. 1.
(7) Text. in cap. 1. et per. to tum de oognat. spirit. cap. L ct scq. 30. g.
3. ap. Si qis cum mutrc 33. fi. 2. cnp. 1. de cognat. spjl'it. Jib. Ii. Abb. 10
cap. lin. de purgat. canon. Cabal. resol. OI'im. casu 200. subo num. 68. ct scqq.
Farinue. tom. lh q. B9. n. !~9. ct 50. Consto Ulyssip. ubi proxim verso E
as pessoas. .
(8) L Pater cod. de sponsal. L. L Si penult. cod. rei uxor. action. L. SlCU~,
ibi: ScxiIs fl'agititas cod. de pl'mscrpt. triginta, vaI qundraginta annOl'um. Fan-
naco dicL. q. 149. n. 28. Constit. U1yssipon. ubi proximc verso E porque foI.
436. Brachar. Dict. r.onsliL. unic. !ii 7.
(9) Consto U1yssip. lib. Q. til. 10, decr. 3, 2. ./Egitan. !ib. 5. til. 13.
cap. nnic. Si 9.1'01. 507.
DO ARCEmSPADO DA RAlHA. 337
TIT LO L~I.
t DO ESTUPRO, E RAPTO.
TITULO xxn.
t DO CONCUBINATO.
Dos le1'gos arnancebad{)s, e co/1I0 se proceder contm alTas.
979 O concubin3to, ou amancebamento consiste em uma iIIicila
conversao do homem com mulher continuada pOl' tempo con iderJ-
"el. Confol'me a direito, (1) e Sagrado Concilio Tridentillo, aos Pre-
lados pertence conhecer dos leigos amancebados, quanto correco,
e emenda smente para os til'3l' do peccado, e em ordem a este fim po-
dem proceder contl'U eJ1es com admoestaes, e penas, (2) 3t com
effcilo se emend3rem. E aind3 que deyem preceder 3S tl'es aumoesla-
es elo Sagrado Concilio Tridenlino, para eJfeito dos leigos amanceba-
dos poderem ser censurados, (3) e castigados com as penas de priso,
e degreuo, e outl'3S, isso no impede, para que logo pel3 primeil'a, se-
gUllda, e terceira vez posso ser multados (4) em penas pecuniarias as
quaes os fao temer, e emendai', e tirai' do peccado, o <Jue conforme
a direito, e est ueclarado pela Sagl'ada Congregao do Concilio, e se
usa ne ta Diocesi, e nas mais (5) do Reino.
980 POI' tanto ordenamos, e mandamos, que as pessoas leigas,
qne em Visitas gemes, ou por "la de denunciaes forem culpadas, c
convencidas de estarem amancebadas com inf3mia, escandalo, e perse-
vel'ana no peccado, sejo admoestaclas, que se apal'tem (6) de sua illi-
cita conversao, e fao cessar o escandalo; e se a tiver em caS3, que
a lance fra em termo breve, (7) que se lhe assignar, sob pena de ser
castigado com maior rigor: e sendo ambos solteiros pagar cada um
(8) oitocentos l'is; e sendo ambos, ou algnm delles casado (9) pagar
cada um mil ris.
(10) Trid. sess. 25. de reformo cap. 14. l'ereyr. de mano regia 2. p. cap.
3'f. 11.21. el n. 15. et 16.
(lI) Consto llrach. lil. 65. const. unica n. 4. Lamccens. lib. 5. til. 21. ~ 1.
JEgilan. lib. 5. cap. 1. n. 2. foI. 509. l'ortuens. lib. 5. liL 15. consto 1. v. 1.
(12) Conslitution. proxime cilalre. .
. (J3) Trid. dict. sess. 21.. de reform. cap. 8. el iIJi Barbos. cap. Is qui 34.
~ISI. Pereyr. dicl. cap. 3!f. n. 15. Constit. Brachar. dicL. tit. 65. COllSL. unica n.
5. foI. 676. Ulyssipon. dicl. lit. 11. decr. 1. ~ 2. foI. !f39. .
(14) Cap. Nos in quemquam 2. q. 1. cap. 1. de causo possesso Consto JEgl-
tan. dict. lib. 5. til. 15. C. 1. n. 6. Porlu ns. I. 5. til. 15. COIl L. 1. V. 3. DD.
~d le". Absentem !T. de pccnis. l'ereyr. de mano regia 2. p. cap. 31.. n. 12. Mend.
tn prax, p. 1. lib. 5. cap. 1. ~ 6. n. 75. Vala C. de partit. cap. 7. n.2.
(J:) PereF. rlicL. cap. 3'f. D. 20. Const. 'Egil. dicL. tiL. 15. cap. 1. n. 60.
Lamceens. lih. 5. lil. 21. cap. 1. 4. llorluen ubi proxime ,. rs. 3. DD. ali
lcxL. in cap. 2. de leslihlls.
(IH) ConsL. Lilmeccns. dieL. 1..l'orlllcns. llhi proxilUc.
(i7) ConsL. Portllcn . loco I.:it: Lamec. diclo 'f. fuI. !f50.
340 CONSTiTUIES
tena pass:mdo em cousa .iulgatla tcm a mcsma fora, (18) que se hOIl-
vel'a termo assignado; pelo que s6mente se usar dc tcrmo, quando os
culpados confessarem a culpa, e sc no livrarem.
986 E quando se acharem culpas de concubinato de pessoas lei-
gas, que fossem tres vczes admoestadas com o mesmo, ou diverso c.om-
plice, no sero admoestados sem livramento, (19) mas sempl'e se pro-
nnnciar, quc se livrem, para que sendo convencidas, sejo condemna
das, e se possa proceder contra elles na forma atraz declarada.
987 E achando-se fama puhlica dc alguns estarem amanccbados,
se lhes f~11'o os tcrmos de admoestao, gual'llando-se a ordem solll'e-
dita; pOI'm no havcndo outros inuicios, presumpes, ou cscandalo,
no podero pela fama smente (20) ser condemnados em pena pecu-
niaria, ou outra alguma; mas lio qucl'endo aceitar a admoestao se
livrariio em ordem ao dito fim.
988 E achando-se contra algum homem fama publica com alguns
i Illli cios , qlle no bastem, conforme a direito, para se haver o amance-
bamento por provado, o admoestaro, e lhe mandaro, que com tal mu-
lher no falle, trate, nem tenha communica,o POI' via alguma, (21)sob
peua de se lhe haver o crime por provado (22). E da mcsma maneira
sero admoestados quaesqucl' culpados, que vi, crem das mcsmas por-
tas adentro, estando um dellcs na casa com o titulo de servil" 011 por
outra rnzo semelhante de si honesta, sc alem da dita fama no hOUl'el'
outro indicio mais do que cstar na dita casa, porque muitas vezes es-
to vivendo amancebadas com uns, estanQo vivendo, e servindo a ou-
tros. POI'm se a mulher empl'enhasse na mesma casa, no sendo es-
crava do dono della, se depois deste. ou quem a tem lIella, o saher,
tendo ra~o para isso a no lanou fl'a, mas continuou em a ter, ou
em se servir del!a, no havendo alguma forosa razo cm contl'ario, se-
r havido o concubinato por provado, prcccdendo o tempo DeceSSal'i?,
e sero admoestados com rigor, e condemnatlos na pena pecunial'ia J
dita.
98~ E porque o amancebamento dos cscravos necessita de
pl'ompto rcmedio, por sei' usual, e quasi commum cm todos deixaren~
se andai' em estado de condenlllaiio, a qlle elles por sua rudeza, e nll-
scria no attcndem, ordenamos, e mandamos, que constando na forma
sobrcdita de seus amancel)amentos sejo admoestados, mas no se lhes
ponha pena alguma pecunarja, (23) pOl'm judicialmcnte se far a sll-
bel' (2) a seus Scnhol'es do mo estaLlo, em (lHC ando; advirlintlo-os,
(18) Coust. Lamcccns. ubi proximc 1\\ 5. PorLuens. dict. consl. 1. foI.
53'1. in fine.
(19) Consto Lameccns. ubi proximc ~ 6. fol. 430. PorLuens. lib. 5. Lil. 111.
consto 1. "ers. G. foI. 532.
(20) Giurba cons. 37. . 4!j,. et 45. Farin. cons. 80. n. 53. Thcmud. 2. p.
dccis. '123. n. 25. ct 1). 1. decis. 81. per Lotam, et benc cum P. Molina n.1I
(21) Ad ea qUal A"cnd. de exequendis 2. p. cap. 26. n. 4.
(22) Farinac. de delict. cam. q. 138. n. 86. Salzed. in pl'ax. cap. 79. n,1.
"ers. Quando autem ConsLit. Portuens. ubi sllpr "ers. 8. foI. 532. . '
(23) Sed bcne spil'illlalis, v. g. Uosarium, "c] Corona SancLissimro VII'~':
ris l?acit Orrl. lib. 3. t~L. 8'1.. ~ 10. Num soJis "erbis servus non potesL erud~rt
l'l'ov. 29. 19. l~aciL. Const. Ulyssip. liJJ. 5. liL 11. decr. 1. ~ 3. ves. E seo o
Brach. LiL. ti5. const. unica u. 12.
(24) Ad ca qu<c PJaca l.ib. to del.ictor. cap. 14. n. J.jujiue, rt nUJIl. 3. Du-
DO ARCEBISPADO DA BAlHA. 341
que se no pnzel'em cobro nos ditos seus escravos, fazendo-os apartar
do illicito trato, e ruim estado, ou por meio de (25).casamento, (que
{) mais conforme Lei de Deos, e 111'0 no podem impedir (26) seus se-
nhores, sem muito grave encargo de suas (27) almas) ou pOl' outro
que srja couveniente, (28) se ha de procerler contl'a os clitos escravos
a priso, e degredo, sem se altender pel'da. que os ditos Senhores
porlem ter em lhe faltarcm os ditos eSCI'avos (29) para seu servio; por
que o serem captivos os no isenta (30) da pena, que por seus crimes
merecerem.
TITULO XXIII.
t COMO SE PROCEDER CONTIl.\. AS MULHERES CASADAS, ou SOLTElR.\S REPU-
TADAS POU DO~ZELL.\.S, SENDO CO~lpnEHENDIDAS Ei\1 Ai\IANCEBAMENTO.
(5) Consl. U1yssip. ubi proxime ~ 3. foI. !l.!~0. iEgil. dicl. cap. 1. n. ia.
(6) Consl. Ulyssip. dicl. til. 11. dccr. 1. ~ 3. JEgilan. lib. 5. til. 15. cap. i.
n. 16. Brachar. til. 65. const. unica n. 12.
(7) Consl. Lamccens.lib. 5. til. 21. cap. 1. SI 11. A~gitan. dict.
(1) 'Irid. sess. 25. de rcform. cap. 14. .
(2) f.ap. Ut Cfericorl1m de vil. ct honcsl. Clcrie. cap. Interdixit. 32. d!st.
cap. Prcsbytcl'. 5. 82. cap. Cm omniblls, cap. Volumus 81. disto Trid. dlcl.
cap. 14. .
(3) 'Irid. ubi proximc vcrs. Ul igitur in finc. Conslil. U1yssip. lib. b.
til. 12.
(4) 'Irid. dicL cap. H. "er. Quod si. Gare. dc Ben f. p. 11. cap. 10. n.
186. Consl. lJlyssip. uui proximc ,crs. E c. . ..
(5) Trid. dicl. cap. 14.. VCIS. Sin vcro. ZCI'O!. in prax. verb. COI1CU~ll1al'll
vel's. Ad tCl'liam. Con l. Ulyssip. ubi pl'oximc. Bl'achal'. til. 10. cOllslll. 19.
sub n. 1,
...
.I
DO ARCEBISPADO DA BAHIA.
plicaro na frma do Sagrado Concilio Tridentino fabrica das Igl'ejas,
ou outros lugares pios.
996 E se e mndo suspenso perse\'crar (6) no amancebamento
com a mesma, ou com outra mulher ser privado (7) perpetuamentc
de lodos os Bcneficios, penses, e quaesquer omcios Ecc1esiaslicos, fi-
cando inhabil pam qualqucr das dilas cousas excepto, se conslando-
nos de sua cmenda, mi;;ericordiosameute com elle dispcnsarmo.:;. E
no querendo ainda deixar a COIWel'Saao illicita, alem das ditas penas,
seja excommungado, (8) e declarado por tal, c no seja absolto at no
constar de sua emenda.
997 E se o Clerigo convencido no for Beneficiado, (9) nem ti-
ver penso, ou preslimonio, ser admoestado pela pritlleil'a vez, como
dilo , e pagar mil e quinllentos ris' e pela segunda tr<'8 mil rris, e
estar um mez no aljube' e pela terceira yez dez cruzados, e ser COll-
demnado em degredo (10) para fra do Arcebispado por tempo de dous
annos; e se foI' mais vezes culpado, ser condemnado na pena pecu-
niaria, que parecei', e degradado para um dos lugares de Ali'ica (11) a
nosso arbitrio, e declarado por inhabil (12) para qualquer Beneficio e
officio Ecclesiastico, at ser dispensado, na frma que fica dito, cons-
tando de sua emenda. E setluo o amancebamento com filha espiritual,
ser castigado com mai graves penas. E se o Clerigo, ou seja Bene-
ficiado, ou no, tiver a complice das portas adentro, ainda que no
fosse admoestado ser solto at n[o pagar a condeJlllnao e a lanur
rrn da casa (13) para onde lhe for mandado.
998 E declaramos, que conforme ao Sagrado Concilio Tridenti-
no se pde proceder no castigo ueste peccado summariamente sem es-
lrepito, nem figura UI:: juizo, mas s pela verdade sabida, no smente
contra os Clerigos, mas ainda contra os leigos; e nestes termos se no
deve, nem pde impedir o effeito e execno das ditas penas por appe\-
\arrro, (14 ou iseno algllma: mas quando se proceder por lilJello, e
processo armado, no se impedcm os efl'eitos da appellao, (15) que
se interpuzer das sentenas sendo alaI appellao de materia para se
(16) Trld, sess. 25. de Reform. cap. 14. ot ibi Barbos. n. 21. ,
(17) Consto Lam. lib. !:lo tit. 21. cap, 2. ~ 6. fol. !~33. Portuens. ulJi supra
vers, 5. J'Egitan. dicl. cap. 2. n. 9.
(18) Cap. Si concubin(C de S nt. excommunic. cap. 2. ubi glos., ull. ,de
Cohabil. Cleric. Trid. dicl. sess. 24. C. 8. onst. Ulyssip. lib. 5. lil. 12. 10 prlll-
cipio ~ 2.
(19) Consl. Laro. dicl. til. 11. ~ 7. fol. 434.
(20) Consl. JEgil. dict. cap. 2. n. 12. llar. ele Deliolis carnis q. 138. n. 1~.
cum seqq. Constit. Ulyssip. lib. 5. til. tO. flecr. 5. in prinoip. foI. 438.
(t) Authent. de Leoonibus jn prioc. col1at. 3. .
(2) Dict. Authent. cum aliis, de qui bus Fal'inac. de deliclis carOlS q.
146. n. 6. Thom. Vaz alleg. 13, D, 98. Pererr. de mano reg. 2. .\l' cap. 53.
ii n. t6.
DO ARCEBISPADO DA BARB.. 345
pal'lI fI'a do Arcebispado' (3) e pela segunda (h) se lhe dobrar a pe-
na pecuuial'ia, e do degredo' e pela terceil'U ser degradada por dez an-
1l0S para Angola ou S. Thom, e lhI' penitencia publica (5) com ca-
rocha porta da nossa S, ou da Igreja, em cuja Freguezia houvcl' com-
mettido o delicto' o que se entender, quando o alcouce no tiver ou-
tra qualidade, (6) e que aggrave o delclo.
1003 Porm se a alcoviteira, ou alcoviteiro (7) for convencido
de que deo, ou solicitou mulheres casadas, donzellas, vlwas honestas
de boa reputao, mulheres, a quem senia, (8) ou filhas, ou parentas,
que estiverem nas casas, ou debaixo lia administrao daquellas pes-
soas, a quem senia, ou sob guarda, e adminislrao da dita alcovitci-
ra, ou alcovIteiro' ou de que a!covitou a sua propria mulher, t9) ou
consentio se peccasse com eIla, nos taes casos pela primeira vez ser
preso, e condemnado (10) na dita pena pecuniaria de dez cruzados, e
em dous annos de tlegredo para fI'a do Arcebispado.
100.& E sendo segunda vez comprehendido pagar a pena pecu-
niaria em dobro, e sendo pessoa capaz de pen;l vil lm' penitencia pu-
blica (11) na frma sobredita, e seI' degradado por cinco annos para
Angola. E sendo pessoa de maior qualidade se lhe accrescentar a
pena pecuniaria, e degl'edo, conforme as circunstancias, (12) e escan-
daIo que houver. E senrlo mais vezes comprebendido se aggravaro
a.s penas conforme a qualidade das pessoas, e circunstancias do de-
hcto. POI'm se nos ditos casos, ou em cada um delles se no pro-
var o delicto consummado, e que com effeito as mulheres solicitadas
pcccro com homeus, mas smente se provar, que o alcoviteiro, 0\1
alcoviteira deo os recados, e enganou, ou solicitou da sua parle o que
pde, sero as penas moderadas (13) al'bitmriamcnte.
TI1ULO XXVI.
t
no flOMICIDlO FEPJ!\lEN'fOS, E INJURIAS.
Das P(IlQS com que ser castigado o Clerigo que malm', ferir, ou
espanem" alg'l.una pessoa.
1005 O homicitlio computado entre os mais gl'aves, (1) e hor-
(3) Consto Ulyssip. lib. 15. til. 13. decr. 1. in prillcip. Ord. lib. 5. lil. 32.
(!~) Consto m sip. ubi proxim.
(15) Claro ~ fin. q. 68. n. 23. Gomes ad Leg. 80. Taur. n. 7!~.
(6) Coo t. .iEgitan. lib. 5. til. 16. cap. unic. in principio.
(7) Ordin. lib. 5. til. 32. in principio .
. (S) L. Lenones cod. de spect. lib. 11. Authent. de Lcnonibus coIlaL. 3.
Farmac. dicl. q. 146. n. 52.
~!l1 L. l\Iariti lenocinium . Qui qmestum lT. de adullcriis. Farinac. ubi
Supra a n. 69.
(lO) Cabal. resoI. cl'im. contr. casu 171. 11. 10. Consl. .iEgilan. ubi supdt
n. 1. foI. 5i7. Portuens. lib. 5. til. 16. consl. 1. V. 1.
(Ii) Cabal. ubi proxime Consto Iyssip. ubi supr verso O homem.
(12) Const. Uly sipon. ubi proximc. iEgitan. dict. n. 1. in fine.
(i3) L. 1. ~ fino de extraordin. crimin. Ord. dict. til. 32.!\) ult. Cont. Porfll-
cns. ubi supl' v. 2. foI. 537. Ulyssip. dicl. deCl'. 1. ~ 1. veT>. E senos casos. lEgi-
lan. ubi proximc ~ 2. foI. 517.
I .(1) D. Thom. 2.2. q. 70. art. 3. cap. Mirol'. 50..di~t. cap. fin, de le!U.P?r.
rdln. el ibi llIu {('isso A Cunha : n.1. Gomes de delIclls cap. 2. de homlcH.ho.
34.G CO ~STITUI ES
riveis crimes, e como talo mandava Deos lia Lei E cl'ipta castigar COm
pena de morte, (2) e com esta disposio sc conformro todas as Leis
(3) seculares; e porque tem particular deformiuade nos ClcJ'igos, COI1-
\'()m, que os que commetterem tal crime sejo castigados exemplar-
mente, no s com as penas de direito Canonico, mas com outras que
se accrescentaro neste titulo, para que com o temor delIas se abste-
nMo de tal (lelicto.
1006 Pelo que ordenamos, e mandamos, que se algum Clel'igo
de Ordens Sacras, ou menores, que goze do privilegio do foro neste
nosso Arcebispado, esquecido de sua salvao, se atrever a matat' vo-
luntariamente alguma pessoa, sendo-lhe o delicto provado em frma,
que pelas leis seculares merea pena de morte Datu ral, seja deposto
(h) das Ol'dens, Beneficio, (5) e Omcio Clerical, e declarado por inha-
bit para outros pal'a semprc; C alem disso pagar a pena pecuniaria,
que pUl'eccr, e ser degradado (6) para sempre, para S. Thom, e COII-
demnado a pagar, e satisfazer s partes prejudicadas as (7) perdas e
damnos que pr causa da morte recebro. ..
1007 E no se provando tanto, que pelas leis seculares merc-
a pena de mOI'te, ou pelas escusas, e circunstancias que se provarem
deva ser moderada, ser condemnado em pena extraordinaria, t8) C'Omo
parecer justia. E com as mesmas pcnas deve ser castigado o que mall-
dar fazer o homicidio, mas o que exhortar, incitar, aconselhar, dcl' fa-
vor, ou ajuda, ou por outra via for causa da morte, ser castigado COII-
forme a culpa qlle tiver; porm se a ajuda foi no mesmo acto elo delic-
to, ser o que a der castigado, como o proprio matador, porque fica
sendo como principal autor da morte. E se o morto for Clerigo, alem
das censuras impostas por direito, e comminadas em nos'>as Contitl1i-
es, ser o matador, (9) ou seja Clerigo, ou leigo: gravemente casti-
gado com pena pecuniaria, e as mais que justas parecerem, pelo gl':ll'c
sacriJegio, que commetleo.
1008 E declaramos, que na irreguJaridacle que se incol'l'e pelo
homicidio yoJuntario pde dispensar smente o Summo Pontifice, (10)
posto que o delicto seja occlilto, e o homicida fica perpetuamente inha-
(2) Fxod. cap. 21. Cap. 1. ele homieid. Farinac. tom. 4. q. 1t9. n. 15.
(3) L 3. llaliaturcodic. de episcopal. audienL J,. penult. Qui aliasfl'.
de parricid. ~. Item Lex Cornelia Instil. de publ. judo Ord. lib. 5. tit. 35.
(l~) Cap. cum non ab homine de judic. Cap. Jnquisitiouis de accnsat. cap.
Jlresbyler 81. disto Farinac. de homicid. q. 119. n. 46. l\luslriss. A Cunha au
dictum texto in cap. Presbyler. 81. disto n. 4.
(5) Innoe. in cap. Cum nostris, et ibi Abbas n. 22. de concess. prrobclllI. Trid.
sess. 14. de reformato cap. 7.
(6) Themuel. 2. p. dec. 207. Dum. 7.
(7) Navar. de HesliL lib. 2. cap. 2. n. 51. Farin. dict. q. 119. n. 97. Na-
nr. in manual. cap. 15. Dum. 21~. et 26. Gomes lom. 3. de Delictis cap. 3. n.
37. Clarus ~. Homicidium D. 23.
(8) Fadn. ubi proxim n. 37. .
(9) Conslil. UJ~!issipn. lib. 5. tit. 15. decr. 1. ~ 1. .illgital1. lib. 5. 11t. 18.
cap. 1. n. 3.
(10) Trid. sess. 2~. de Reform. C. 6. et ibi Barbo a n. 30. et de Polest. n-
pisc0r>. 2. p. alleg. 39. n. 1~6. "Farin. dicl. q. 119. n. 58. Suar. d. 47. secl.. 1.
n. 2. de Censuris.
DO AHCEBISPADO DA BARIA. 3.47
bil (11) pal'a receber Ol'dens Sacl'as, e para o"exercicio das que j ther,
c para todos, e quaesquel' Beneficios, e Officios Ecclesiasticos.
1009 Item ordenamos, e mandamos que se algum Clerigo, ou
qualquer outra pessoa Ecclesiastica desta nossa Diocesi fedI', ou espan-
caI' a]glU1H1 pessoa, seja castigado arbitrariamente (12) em pena de di-
nbeiro, c elegl'cdo, segundo a qualidade das feridas, e circunstancias do
deliclo, e nas perdas, (13) e dall1nos, que a parte padeceo, assim em
se CUI'ar, como em sua fazenda: e se do fel'imento, ou pancada resul-
tar perda de membro alejo, ou deformidade, o Ro Clerigo ser con-
dcmuado em suspensUo de Ordens, e Beneficios por quatro aonos.
1010 E se ferir, ou espancar a outrem na Igreja, alem da pena
arlJitraria, que lIa de te I' pelo delicto, sel' gravemente castigado (U)
pelo sacrilegio em pena pccuniaria, SllspensUo, e degl'edo, que nos pa-
recer. E o que ferir, ou espancar, ou por obra afrontar, ou injuriar
alguem dtmtro em nosso Pa:o, (15) ou porta, csperando-o ueHa
para tal effeito, ser preso no aljube por dous ~l1ezes, e conilemnado
cm dez cruzados. E commeLlendo semelhante Insulto dentro da casa
de nosso Provisor, (16) Vigario Geral, Desembargadores, ou Visitado-
res, ou estando de espel'a porta para o tal efIeito, ser preso no al-
jube por um mez, e pagar dous mil ri8.
TITULO XXVII.
i" DAS PENAS, QUE nHERA' o OLERlCO, QUE PCCHAR von. AR1JA CO:STR..\. AL-
GCEill, AINDA QUE NO MATE, NEli! FIIl.A, E DO QUE Ii'iJUntAR ALCUElI
DE PALAYRA.
'" 1013 E' detestavel o uso uos desafios introduzido pelo inimigo
commum, para com violenla morte dos corpos conseguir tambem a
perdio das almas. POI' tanto os Sagrados Canones, Concilio Tl'i-
dentino, e Sllmmos Pontifices em suas Constituies o procurro 10-
talmente exterminaI', e extinguir da Cbrislaudade, impondo-lhe gravis-
simas penas (1). Conforme o direito antigo os que morrem no lal
desafio, ainda que mostrem signaes (le contrio, e se confessem, so
privauos de sepultura Ecclesiastica, e posto que se no seguisse a llIOI'-
te, assim o vencedor como o vencido lem pena de deposiO; e depois
pelo Sagrado Concilio Tridentino, alem das ditas penas de dil'eito an-
ligo, foi posta aos desafiados, e padrinhos excommunho ipso (acto,
confisca~~o de bens, perpetua inJamia, e tambem as penas que tcm os
homicidas por direito Canonico, e privao de sepultura Ecclesiastica:
(2) e a mesma ex.communho aos que derem conselho, ou por qual-
quer via persuadirem; e aos assist.entes que forem ver o tal desafio.
'" 1oa Pelo qlW exhol'tamos muito a todos os nossos subditos se
ahstenho de to detestavel, e prejudicial delicto, temendo a excom-
munho, e graves penas que por elte incol'J'em: alem das quaes se al-
gum Clerigo (3) nosso subdilo desafiar, ou aceita)' desafio, ou pOI' qual-
quer via for medianeiro, 011 interviel' nel1e, ser preso, degradado, e
suspenso, e ainda pl'ivado de seus Beneficios, segundo a qualidade, e
circunstancias da culpa. E quando se no prove o delicto consulll-
mado, mas smente os prcparalorios para o desafio, sero casligados
arlJilral'iamenle, assim os Hos principaes, como os seus medianeiros.
(3) Salzed. in prax:. c. 66. n. 2. Consto U1yssip. ubi supr ~ 4. foI. M~7.
(~,) L. Relegati IT. de Prenit. Consl. UJyssip. ulJi proxim verso To.das.
(1) Cap. 1. de torneamo Cap. 1. de Clericis pugnantib. in dueHo. Tnd. ses.s.
25. de Reform. cap. 19. JIlustriss. A Cunha in p. 1. decrpl. pago 882. n. ~. 111
cauUone ad caput 3. n. 1. !~7. disL U1yssip. lib. 5. til. 16. in prinrip. JEglt,an.
lib. 5. tiL 9. cap. unico. Consl. Crelestini IH. Julii II. Joannis .'. Pii IV. GI'C-
gorii X II r. Vide Ri.:. p. 3. prax. resol. 47. n. 4.
(2) Cap. 2. de torneamentis. Barb. ael Trid. sess. 25. de reformo C. 19.
(3) Con L Ulyssip, lilJ. o. tit. 16. de!;!'. 1. in pl'incipio, et 1.
DO AH.CEBlSPADO UA BAllH. 34G
TITULO XXIx.
t DAS PENAS DOS QUE lIESISTEM, E DESODEDECM AOS l'iIINIS'ffiOS DA JLS1'I.\
ECCLESL\STICA.
(.6) Cons!. U1yissip. lib. 5. til. 4. decr. 1. Si L verso AquclIcs que Curtnre.fi
Cnlices. Orel. J. 5. t. 60. !~. Si Bon. tom. 2. d. 3. q. 6. n. 13. et ulii, quos eit. Ill.
H. Doelores ad text. in cap. Qnisqllis im'entlls 17. q. 4.
(7) Salzed. io prax. cap. 9. lit. B. verso Aliud. Farinae. in Cragm. verbo ele-
riolls n. 32/~.
(8) Snlzed. dicL cap. 9. lil. A. Farin. dicto verbo ClericlIs n. 323.
(1) Cap. Tuter dileclos de Excessibus Prrclalor. Bonac. tom. 2. ti. 2. q. 3.
puneto 1.. n. 5. et scqq. Illustrisss. A' Cunha p. 1. decr. disl. 35. cap. 1. n.1-
(2) Cap. 1. disL. 30. cap. Clerici de vito et honesL. Clerical'. L. fino cad. rle
Religios. ct alem lusu. Or\1. lih. 2. tiL. 9. ill principio. Farinac. dicta q. 10~. per
totam. Const. Ulys ipon. lib. 5. til. H. decrel. 1. in pl'ncipio. Bracl1ar. tIL. 12.
constit. 13. n. 1. CoI. 195.
(il) Consto U1y sip. uui proximc Si 1. i'Egilan. lib. 5. til. ii. cap. unico. .
(4) Pariz de Putco, de ludo n. 12. Farin. ex mllllis tom. 3. pra,'. q. 109, a
n. 135. pt seql"[. Onl. )ih. 5. til. R2. "10.
DO ARCEI3ISPADO DA BARIA. 353
mesma pena haver quem cm sua casa: ou fazenda consentir jogo no
dilO tempo. E enculTegamos ao nosso Provisor, ou Vigario Geral,
e aos da Vara, e Visitadores, quc tenl1o cuidado de inquirir se ha
pessoas comprebendidas no dilO deliclo, para l)l'oceder m contra el1as
na frma desta Constituio. E s Justias seculares (5) encommen-
damos muilo, que tenho cuidado cm prohibir as taes casas de jogo
publicas, como para senio de Deos; e bom goremo da Hepublica se
requcr.
TITULO XXXITI.
t C01l0 SERO CASTIGADOS os MI:'IIS'rnOS DE l'iOSSO AUDITORIO SOBRE OS ERROS
DE SEl:S OFFICIOS.
(n) r.onst. llortuen . lib. 15. til. 21. consl. unic. vers. 2.
(1) SeguI'. in director. judie. Eccles. p. 1. cap. 13. n. 8.
(2) Texl. in L. fin. cod. de jurisd. omn.judie. Tc.-'it. in cap. Saeordolibus ne
Clel'iei, vel Monachi. Tbemlld. p. 2. doeis. Ui. n.IL Thom. Valase. allcg. 21. n.
16. Felln. in eRp. Eec1esia S. Marim II. 68. verso 2. de con L Casan. in consuel.
B~l'g. rub. 1. ~ 15. n. 7L. Bald. in L. uniC<1 eod. in quib. causo milito for. pr<rs-
Cl'Iplo uli 1I0n posse. Pereyr. de mano reg. p. 1. cap. 20. 11.4.
Ui) Th mudo dee. J60. Oli\'. do for. Eecles p. 2. q. 23. n. 115. Durb. do po-
lesl. Ep. alleg. t07. n. 1/i.. Cahed. p. 2. dec. 202. n. 2. Rit:. in pra:c p. 1. refol.
!RlL. n. 10. Dnrb. ad Ord. lib. 3. tit.21-. 2.
. (1.) L. 1. cod. ad lego J111iam repulandarl1m, cap. TlTefragabili ~ Cmlcrum,
~~1 glos. verb. l\[elu pam<r de ome. ordinal'. Dovadil. in polit. lib. 2. cap. 13. n.
()(). et s('qq. tom. 1. .
,1) Ord. Iib. 5. til. 126. in princip. etlib. 2. lit.3. ad filiem prillcipii.
)~J.
0;) l CO~ST1TUTES
tentiam sanguinis ne Cleric.i. vel Monachi. Farin. dict. q. 12. n. 12. verso Li-
mita pl'im.
(19) Cap. fino de Teslih. L. Is qui reus !T. de Publ. judo L. 'eganda cad.
Qui ac~usare non possunl. Clar. dicta q. 14. n. 12.
(20) Cap. Nullus. cap. Si qui 3. q. 4. cap. 1. el 2. !l.. q. 1. C. Exceplionem
de Excepl. cap. cum dilcclus de Accusat. Claro dicl. q. 14. n. 16.
(21) Cap. Difil1imus !~. q. 1. cap. Si hall'elicl1s 2. q. 7.
(22) Cap. Omnibus ~,. q. 6. C. De Crelero de Test. L. Petilioncm cad. de
Advenl. diverso judo ubi Baldus. L. Ri tamen ff, de Accusat. Gomes lom. 3. cap.
1. n. 34.
(23) L. Si plures, el ibi glossa !T. de Accusal.
(24) L 2. Si ~i simu\. ubi 13arlol. !T. dCl Adulter. Dicta L. Si plurcs.
. (1) Text. in cap. Absens. 18.3. q. 9. Text. in cap. ln criminalib. 5. q. 3.
lcxl. in cap. TUal 5. de Procmatorib. Text. in cap. Vcnicns 15. de Accusal.
I.. pc~ult. Si Ad crimen. fl'. de Publico judie_ Ord. \. 3. lil. 7. Si 2. in finc, et
3. cl !lb. 5. til. 12j.. j!~. el15. Caldo iu L. un. cad. ue ex dclicl. deru/lcl. p.
2. n..50. Themud. 2. p. dee. 201. 11. 7. . .
(~) Ad ea qUtC Fariu. q.99. n. 113. el scqq.l\lenoch. de Arbltr. !lb. 'l. q.
SO. n. 83. cl 8'1..
CO~ST1TUIES
1033 Porm S' o cl'ime no for gl'\'e, mas Lal que provado IlIC-
rea smente pena pecmliuria, ou degredo temporal para rra do Ar-
cebispado, ou ouLra semelhante, ou menor, cnUo assim o accu::lador,
como o aCCllsado no sero obrigados a residir em pessoa, mas podc-
ro ser admiLtidos por seus Procuradores, (3) sillvo se desLes deliclos
leves o Reo se livrar com carta de seguro, ou f'ar pronwlciado, que se
livre (J,) como tal, ou com Alnr de fiana, ou prc o sobre homena-
gem pela Cidade, ou ViIJa' porque nestes ca os assim um, como ou-
tl'O sero obrigados a continuar as aucliencias pessoalmenLe, como o
so nos delictos gl'uves (5). E ainda que o fio eSLando actualmente
preso pelo crime de que accusado, possa proseguir o livramenlo pO!'
Procuradol', com ludo o accusador deve proseguir em pessoa a sua ae-
cusao.
103lt E em LOtlos os casos sobreditos em que o accusadol' e
Ro o obrigados a residir, se o no fizerem, o accusador ser lana-
do da accusao, e o nosso Promotor a proseguir at final: porm
se depois de assim li1o.ado \"ier dentro de dez dias conLados do lan-
.amenLo, ser outra vez admittido; e cndo ontra lez lanado pela
mesma causa no ser mais recebido por parLe, posto que Lorne a 3J!-
parecer, ma poder ajudar a JusLia, (6) se quizer: e ao R'o e ha-
ver por quebrada a carta de seguro e se mandar pr ndel', elo que se
far termo pelo Escrivo dos autos; (7) mas se dentro do termo de
quinze dias, contados da primeira audiencia, em que faltou, apparccel'
em juizo, ser admiLLillo sem prisO, corno se a carLa lbe no 1'0 se
quebrada, (8) e no tempo de sua ausenr.il.l correro os autos sua I'e-
vcliu. E se depois de passado o do Lermo de quinze dius, ou dl~
rundo enes, antes de se aprescnLur em jujzo (9) for preso, prosegul-
r o seu livramento lia Cucla, (como o pdem pl'oscguij' os presos)
por seu Procmudor.
1035 Os Hos sero escusos de residir pessoalmente em juizo
em quanLo durarem as dilues (10) das pro\a . e dcstu faculdade
gozaro os accnsadores, <linda que os Ros estejo presos. E na mes-
ma frma sero escusos um, e outro da rcsidcncia no tempo das fe-
rias, (11) se for de tal qualidade o crime, que n~o possa correr no
LaI Lempo. E ouLro-sim ser o acc.usauor escuso de assistir ao tem-
p da public:Jo 12) da sentena.
1036 E porque, conforme a direito, no conrm honestidade
(3) Ord. lib. 3. tiL 7. ~ 2. cl lib. 1>. lil. 124.. ~ 14. et ibi Bill'b. II. 4. Clar.
lib. 5. SI fio. q.32. n. 5. et seqq. }lal'o. diel. q. 99. \l. 66. et scqq.
(l~) Ul in easibus de Quib. Leytiio de Securil. q. 12. ii n. 2.
(5) Ord. Iib. 3. lil. 7. ' 2. cl lib..J. lit. 124. 14. Lcyto de Securit. q. 10.
num. 5.
(6) Ord. IIh.1>. til. EH. ~ 115. Consl. Lamee. lib. 1>. lit. 1. cap. 2. SI 1. Cald.
in L. unie. eod. ne ex deliet. dcl'ullel. p. 1. n. 46.
(7) 0rd. lib. 5. til, 124. 20. I'hmb. 1. p. aresto J07. teyto de Secur. q.
10.0.16. Mellfles in praJ<. 2. p. lib. 1>. cap. 1. II. 28.
(8) Ord. dicl. til. 12~. SI 20. vels. Porem. Leyto diet. q. 10. a n. 17. usq.
acl num. 20.
(9) Faeit. Ord. dir.l. ~ 20. teyto dieta q. 'lO. uum. 19.
(J O) Consl. tarnee. lib. 1>. til. 1. c. 2. Si 3. foI. 381.
(j I) Ord. Iih. 3. lil. 18. U.
(12) Ord. \. .1.. til. 12~. 1:5. et Si 16.
DO AJlCEl3l;.,PADO D\. BAHIA. 337
das Illulhel'es f,'cquentaT (J 3) as alldjencias, ordenamos, e mandamos,
que sendo eUas accu~dol'as o nosso \ igario Geral as escuse de resi-
dir nas audiencias, dando fiana comerriente a seu I'hitrio de appal'C-
cerem prssoalmente todas as vezes que se Ihc mandar (14)' E seudo
accosatlas, c livrando-se com segmo, ou Alvar de fiaua sero obri-
gadas a se apl'csentUl' pessoalmente na primeira audiencia, (15) c dahi
por diantc dando fiana na frma sobredita se lhe conceder, que pos-
sUo proseguir os seus livramentos por ProcUl'ador, (16) Gcando lambem
o~rigadas a apparecer pessoalmente todas as vezes que o Julgador
mandar.
1037 E havendo justa causa poder o nosso' igario Geral dar
licena aos que se (ivl'o com seguro, ou Alvar de fiana, para que
no resido em Juizo pessoalmente por espao de algum tempo, como
se forem pessoas dc qualidade, ou Paroehos que tenllo Cura d'almas,
00 Officiaes que ganhem o sustento por seus oJ'fieios: no poder po-
rm concedel'- Ih a para que deixem de estar presentes ao tempo (17)
ela sentcna.
1038 E porque entre o accusador, e Rl\O de'-e lJaver igualdade
(18) a rcspeito da l'Csidencia em Juizo, mandamos, qne concedendo-se
a algum delles licena pal'ilno residir pessoalmente, goze (19) tambcm
o outro della pelo mesmo tempo, posto que na dita licena lio v as-
sim declarado.
TITULO XXXVI.
t DAS QEEREL.\S.
(13) L. ulL. cod. de Recept. arbil. cap. 2. de Judic. lib. 6. A'.:gid. de Privi-
lego honesto art. 2. n. 1.
(t!~) Grd. lib. 5. til. 12~. Si 16. Phccb. 2. p. aresto 166. Leylo de Securit.
q. H. II. 18. jEgid. dict. art. 2. n. 18.
(15) Facil. OrJ. lib. 5. til. 124-. 16.
(16) tcyto dicL. q. 10. num. H.
(17) Ad ea qu<c Le)'to de Securit. dict. q. U. num. 18.
(18) Cap. Non licet 32. de regul. juro lib. 6.
(H)) Facil. Yalasc. consult. 23. n. 7. Leylo did. q. H. n. 14-. et 15.
(1) Clar. Si fin. q. 10. num. 2.
(2) Onl. lib. 5. tit. tl7. ~ 5. Thcmud. p. 2. decis. 121. n. 2.
(:1) O..d. d. til. 117. ~ l-
I"') COllSl. :Egilau. lib. 5. til. I. cap.:l. in prine. 1'01. 467. Porlllcn . lib. 5.
til. 2:3. cous!. 3.
1.5
35~ CO~sTIT "lES
(8) Ord. dieL lil. 117. SI 10. Const. Lamcc. lib. O. til. 1. cap. 3. SI 8. Por-
tuens. lib. 5. til.. 23. eOIl.lil. 2. \-cr'. 2.
(9) Ord. dicl. tiL 1 J7. 8. el ibi Barb. dicl. SI 8. 11. 3. Plllllh. 2. p. aresl.
101. .
('10) Thrmud. 1. p. lec. 4/. Ral'b. ad lexl. in cap. uI!. (k foro compel GlII1
lib. 6. n. 3.
(11) Con 'lo PO"I"lllcn . dict. const. 3. vers. ~,.
DO ARCEBISPADO DA BAillA.
pois, alem de ser nullo (12) to,10 o processado, e havcr de pagar as
custas, f)l'Oyando-se que o fez com malicia, ser o dito quereloso con-
demnado em outras penas que nos parecerem justas. E lia mesma
frma (13) se pI'oceder contm o que no provar a querela, se constar
que a deu maleio amcnte.
10/,.[, E mandamos, que nem-Ulll querelado seja prcso pela que-
rela smente jurada, (14) que conlra elle se deu, mas dada elIa e r -
ccbida, se o quereloso quizer logo dar algumas testemunhas, ou at
vinte dias depois contados do em que a qnerela se recebeu, se lhe
perguntaro, sem o querelado er para isso citado; e se por el\as cons-
taI' quanto bust para o querelado ser preso, (o que ficar no arhi-
Irio do nosso Yigario Geral) assim o prolllmcie, e fua com toda a di-
ligencia prender.
1045 E conformando-nos com (\ ,li posiro de direito (15) orde-
namos, e mandamos, que nem-uma pessoa que for criminal, ou ciyil-
mente querelada, ou por outm via accusada de algum crime, possa
accusal', ou querelai' criminal ou ci\'ilm0nte a seu accusaclOl', seno
depois da sentena oada e executada, excepto se a accusa('o e quere-
la for de maior delicto, ou injuria feita immediatamente (16) sua
pessoa.
10.&6 Como lambem mandamos, que se no receba querela de
sobol'llo, (17) falsidade, e perju1'o ou de outra maleria semelhante j
deduzida em Juizo, ainda quc os artigos della no fossem recebidos,
sall'o se no despacho ficasse parte rcsenado seu direito sobre a ma-
t('ria delles. E sendo por algum modo recebida a querela, e aCCllsa-
o contra a frma desta Constituio ser nulla, c de nem-um vigor
c o qne assim accusar, e 'InercIar pagar as custas dos autos.
TITULO XXXYll.
D.\ COHRECO FRATERi'iA.
. (3) Consto iEgit. ubi proxime. D. Thom. loco eit. Fragos. de regim. Rei-
publ. p. 2. lib. 2. d. 25. ~ 1. n. 8. Lastr. ad texto in cap. Trrefragabili 13. de
orne. judie. Ordin. q. 1. n. 137.
(4) Mallh. cap. 18. Luc. cap. 17. Cap. Novit. de judie. Naval'. in manual.
e,24. n. H. Palaus tom. 1. trael. 6. de charil. d. 3. punct. 8. n. 1. Diana tom,
7. tracl. f~. resol. 37.
(5) Palaus dicl. d. 3. punct. 11. Dum' 1. et 2. Consto Portuens lib. 5. tiL
23. const. 4. verso 2.
(li) Consl. Brachal'. til. f~1. consto 9. n. 2. in fine. Portuens. ubi proximc,
(7) Consto Bachar. til. f~1. consto 9. n. 1. in fine. lEgit. lib. 5. til. 1. cap.
4. ~ 3, foI. 470.
(1) Text. in cap. "uper his in princil), de aceus. Texl. in cap. Novil. 13. de
judie. Paz in prax. p. 5. tom. 1. cap. 2. Scae. de judie. 1. p. cap. 55. et56. Men-
des in prax. 1. p. Iib. 5. cap. 2, el p. 2. li!>. 5. cap, 2.
DO ARCEnISPADO DA BAlUA. 361
que seja nlqueI1es casos, em que as deyaas tem Jugor; no segundo
coso deve preceder infilmia, t2) e sem el1a no pdeoJuiz inquirires-
pecialmente contra alguma pessoa em particular; ou se requer que se
fao a denunciao de algum cl'ime, e pessoa certa, pelo Promotol', ou
pela pat'te.
1051 Estas demmciaes (3) geraes, ou especiaes se pdem fa-
zeI' por quaesquel' pessoas cm todos os casos, em que se pde accu-
sal', e querelar, e nellas nomear o denunciador as testemunhas de lJue
tiver noticia, declal'ando seus nomes, omcios, e qualidades, e jUl'ar
(.&) outro-sim que as d bem, e verdadeiramente, e assignar: alem
disso sendo leigo, ou pessoa isenta de nossa jurisdiO dar fianl,'a de
pessoa Ecclesiastica de nossa jurisdil,'o, e se a no achar dar um se-
cular abonado, na f6rma, que fica (lito neste livro til. 36, num. 10.&2.
1052 E se o denunciador quizer proseguir as denunciaes, o
poder fazer, porm no querendo, o faa o nosso Promotor (5) at
final sentena: e tendo alguma razo para o no fazeI', nos dar con-
ta, e procurar sempre que as denunciaes dudas por parte da Justia
se dem com a considerao devida, para que no succeda ficarem por
elJas infamadas as pessoas, que d'antes o lio eslavo.
1053 Vindo alguma pessoa informar ao nosso Vigario Geral, ou
Promotor tle algum delicto, e no querendo formar denunciul,'o em
seu nome, se informe do denunciante o dito Promotor', e das testemu-
nhas, que havel' para o provar, e tomada a informao necessaria pe-
las testemunhas nomeadas, ou por outras, proponha a sua denuncia-
o na forma do estilo. E nestes casos encarregamos muito aos nos-
sos Ministros, sob pena de lh o estranbarmos, e procedermos contra
elles, como foI' jnstia, que tenho em grande segredo (6) as pefsoas
que os avisarem, e c1enunciarem de algum deliclo par'a que assim o faro
de boa vontade, e sem lemol' de serem descubertos.
10M E mandamos ao nosso Vigario Geral, que no receba de-
nUllcino, ainda que seja de nosso Promotor, em delictos levcs, (7)
porque nestcs taes podero os cul pados scr citados, e demandados 01'-
tlinuriarnentc: c outro-sim que no admitto por testemunhas os de-
l1ul1ciadores (8) nas denunciaes que derem' salvo no crime de here-
sia, (9) e cm ontros, em gue conforme a direito o p6dem ser.
1055 E achando-se, qne alguma pessoa denunciou maliciosa-
mente, scr a denunciao havida por nulla, e o denunciador condem-
t D.\S DEY.\AS.
(10) Ord. lib. 5. til. H8. 2. Clar. fino q. 7. n. 12. Cabecl. 1. aresto 52.
Mascard. cle probat. concI. 4.
(11) Consl. JEgitan. lib. 5. til. 1. cap. 5. 6. Portuens. I. 5. lil. 23. consl.
5. verso 5.
(1) AngeI. de maler. yerIJo H.CC est. Et IlI'O. n. 3. Farin. tom. 1. tiL l.
de ioquisil. q. 1. n. 3. Clar. fino q. 3. n. 2. Mentles in pl'ax. p.1. lib.5.
cup. 3.
(2) Mendes ubi proJrime n. 2. Nayar. in cap. Inler verba H. q. 3. couc.
6. corol1ar. 62. Salicet. in L Ea quidem cad. de accus. Aret. in cap. Qualiter,
ct quando 2. n. 67. de accusat. Leylo de jur. Lusit. traet. 3. q. 1. n. 1. Peg.
ad Ordio. lih. 1. til. 65. 31. n. 2.
(3) })egas dict. n. 2. DD. ad Text. io cap. Romana Sane, ct scqq. de cc~s.
lib. 6. Mendes ubi proxime. Consto Ulysspon. lib. 5. lil. 20. iII princlp.
fol. l~ii4.
(4.) T,. Tn mandatis lf. cle condit. oh turp. causo Pego dl(l. n. 2.
(5) fonoc. io cap. Bouro Ln. 5. de elect. Farioac. tOIJ1. 1. q. 1. n. 4. CoosL
U1yssipon. ubi proxime.
(6) Text. in cap. nomaoa Saoe 'le censibus lib. 6. cap. Plaeuil 10. q.1.
lonoe. et alii cila[i a Farioac. til. 1. q. 9. n. 18. Uendes dict. lib. 5. cap .. 3.
11.2. DD. ad lext. in L Cougruit. ff. de ofl'. pncsid. ct ad cap. 1. de ofic. Ordll1.
(7) Ord. lib. 1. til. 6). 39. CllID seqq. .
(8) Cap. Qualiter, el (fnando 2. de accusat. cap. Jnquisilionis eodem 111.
Cap. Ad nostram de jUIrjur. Leylo de jur. tusiL 11'.3. q. 9.l\.lcllCl. dicl. cap.
3. 11. 2. Xaral'. ubi sU]Jl'.
DO AHCEBlSPADO DA lHlLIA.
salro nos casos, \9) em que confOl'me a direito se pde dcnuncial" e
proceder a inquiri~:o particular sem in/illnia.
1038 Porm quando alguma pcssoa qucrelar, ou denunciar de
outrn, cm tal caso pde proceder contra o quer lado ou denunciudo
scm preceder (to) infamia; mas o nosso Promotor (11) no pod~l'
denuuciar de pessoa alguma, nem requerer contra ella inquiriO par-
ticular, sem que tenha baslaJlte informao de que est infamada.
1059 E constando ao nosso Vigario Gcral, sem sabcr pessoa
certa, qnc sc commelleo algum delicto grave, em que scja necessario
lazer-se dc\aa J2j geral mandamos, que tanto que tivcr noticia del-
le logo com toda a brc\'idude possirel comece a tirar de"aa, e prosi-
ga dc maneira, que regularmente esteja acabatla dentro cm trinta dias
(J3) depois que comear, ou nos mais que parecer para melhor cons-
tar do delicto, tirando ao menos trinta tcstemunhas; c lhe encommen-
damos muilo, e aos mais Ministros, quc quando fizerem inquiries
as examinem com cuidado, excluindo aqucllas que notoriamentc forem
inlJabeis (1h) para te5te11lunlulI'em, cxcepto nos casos pl'i\j]cgiados em
direito. admoestando sempre que sem afeiTIO, (15) odio, rcspcito
ou temor digo tudo o quc souberem na ycrdade: c nos testCIllunhos
que tirarcm perguutaro scmpre s te.stemunhas a razo (1G) que tcm
de saberem o que tcslcmnnIJo, se de fisla, ccrta sabedoria, ou fa-
ma ou por indicios, c as cil'cunstancias do tempo, lugar, c qualidade
dos indicios, e mais cousas (17) necessnrias para se sahel' a vcrdadc.
10GO E lanto que alguma ou algnmas tcstemunhas dignas de
credito, c sem snspcila, pcrguntads gernlmcntc derem cm alguma
pessoa particular, logo o Juiz po ler (18) pergunlar as mai lestemu-
Ilha~, no smcnle em geral mas lambcm em particular pela tal pes-
soa: com ludo no lhcs declaral'i as particlIlarilJacles (1~) com que as
testemunhas antecedenlCs dcpuzero e s far<1 aqucllas perguntas, que
forem necessaria , p3m viI' em conhcmento <la ycrtlude.
10Gl E depondo as testemunhas de fama, c ouYida, 111es pel'-
(9) Quos I"cfcl'L pIenc FlIrin. dicl. til. L q. 9. ,i num. U. usq. ad finem.
(10) Con lo Ulyssip. Iib. 5. LiL 20. decl. 1. ~ 1. .Egitan. Iib. 5. Lil.i. cap.
6. 3. foI. 472.
(1'1) Diclm ConsLituLiones 10m cit. OnI. I. 1. til. 6il. 31. Claro fin. q.7.
(12) Ad ea qum Ordin. lib. 1. til. 65. 31. cum seq
(13) OnJ. dict. 31. iII fine, et 39. Lcyliio de jure Lu itaD. lrac!. 3. q. 5.
n. 2. Cunst. Ulyssip. dic!. decr. L in principio foI. !~55. iEgitan. dict. cap. 6.
4. foI. 47:>.
. (1!~) Farin. de opposil. contra person. lesto q. 62. n. 19. eLn. 82. Claro
fin. q. 2r~. n. '19.
(lil) Cap. Quotics de lcsliIJ.
(16) Cap. Cum causam, t iIJi "'Iossa H'rb. Tcmpore dc leslibns, ('laLi s-
tal. cap. Testes 3. q. 9. Ol'd. lib. 'I. til. 60. ~ 18. cl til. 85. ~ 1. el ibi Pego
ConeioI. r('sol. crimin. "crb. Testis qlload. dicta it n. 5. cum seq. Far. q. 73. n. 31j.
(17) llartoIus in Lo De millorc Si, Plul'illlll n.2a. l'l 30. !T. de qUal tiOllib.
O.I'(\, lib. S. til. 131. in p!'incil'. DO. ad Dccuriollum ubi gloso ult. codic. de p~
1llS Parin. lib. 1. til. S. q. !~7. a num. 307.
(18) COII t. Ulyssip. lib. 5. til. 20. dccr. 1. . Taulo quc. J\:[('ndcs dicl. cap.
3. n. !~.
(19) Glo S. in cap. r:um causam, "crb. Procuralorc, el gIos . in cap. '.('-
nrrahili vcr. igillalim de lcslih. Gloss. in L. Si qualldo corl. de lcstih. Uiljanl.
ael Clar. Si liu. q. 23. Ii. 2. VaI'. de oJ1J1osiL. contra (,);/llI1in. lesl. (l. 80. ii n. 92.
3G4 CO~STlTUIES
(20) Bartol. ubi SUpril. Farin. de indico et torto q. 47. n. 163. Escobar de
puril. sanguin. p. 1. q. 9. !ii !I-. num. 6. Themud. p. 1. decis. 81. per totam.
ArguID. J,. Decurionum ubi gloss. ultimo eod. de pmnis. .
(2-1) Cap. Qualiter, et quando de aCCllsat. Ord. lib. 5. tit. 13r,.. iII princ'p.
Mascard. de probat. concl. 7!~9. n. 9. Menacb. de pn:csumpl. lib. L q. 1. n.""
Naval'. de accusaL. consil. 7. n. 7. Themud. ubi proximc n. 8.
(22) Argum. L. Decurionum gloss. ulL. cod. de pmnis.
(23) Mascard. de probo conel. 750. Farin. q. lj7. n. 307. euOl seCJ. Escobar.
de )lurit. sanguin. p. 1. q. 9. 4. ii n. 29. l\Ienoch. concil. 701. n. 50. ot 5.4.
Clar. in prax. crim. q. G. 11. 13. Gomes 3. variar. cap. 13. n. 10. Docius COIISl l.
210. in fine tom. 2.
('1) ConsL. J'Egilan. lib. 5. liL. 1. cap. 7. Thcmud. 2. p. dceis. 201. n. 3.
Ordin. lib. 5. tiL. 117. Si J. 21. ct 22. .
(2) ConstiL. Jlortuens. lib. 5. tiL. 23. consl. 7. in prineip. De injurw atrO-
ei vide L. Jlrrelore. dixit ~. Atrocem lf. de injul'. Thernnd. 2. p. decis. 223. n.
12. et 13. Menoch. ue arbitro eslI 263. num. 2. Valcnsuel. COIIS. 1!~2. 11.71. Pe-
reyr. de manu reg. 2. p. cap. 5'~. num. 8.
(3) Consto J'Egitan. dicL enI'.7. 1. foI. !~73. IJortuens lib. 5. til. 23. consto
7. verso I. 1'01. 563. "
(I) Ol'll. lih. 5. tiL. 130. in princip. Leytiio de juro tusitan. tra('L. ~. ~ .. 0.
11. to: l'hom. Vaz allcg. 67. 11. H. ComI. iEgiL.lib. 5. tiL. 1. cap. 8. ill pl'lUClplO.
DO ABCEBlSPADO DA BAilIA. 365
fcridas abcrlas, e ensangnent:ldas, 011 pancadas ncgras, ou jocbadas,
ou dc outras lerid:ls, cm que parecer alguma aleijo, se no passe se-
no depois de trinta (2) dias, contados do dia do delicto, e conceden-
do-se antes dos ditos tempos, sero llulIas, (3) e de nem-um vigol'.
1065 E mandamos aos Escrives sob pena de suspenso de seus
omcios, que ponho nas ditas cartas o dia, mez, e anno, cm que se
passo com a clausula em que dccl:lrem, (li) que nos ditos casos
passado o dito termo de tres mezes, on trinta dias, e que at o lermo
de direito se apresenlem os Ros com cllas em juizo, citadas as par-
les. Porm assim em um, como em ontro caso dos referidos se po-
der logo, sem esperar tempo algum, passar calta de seguro confessa-
liva (5) com defeza, sendo lal, que provada conclua no ler o Rocul-
pa alguma, pOI'que deva ser cOlldemnado.
1066 E conformando-nos com as Consliluies (6) dos Bispa-
dos do Reino, ordenamos, e mandamos, que no dito caso de morte, e
nos sacrilegios graves, c outros crimes, que pelas leis secul~I'es mere-
No pena de mOlte natural, ou civil, ou pelos Sagrados Canones carce-
re perpeluo, gals, degradao perpelua, como so os de lcsa-Mages-
ladc, moeda falsa, tmio, homicidio, lil'lda de presos da cada, resis-
tencia feita aos Minisll'oS da Justia, no passe o nosso Vigario Geral,
nem Ollll'O algum Ministro 1I0SS0 carta de seglll'o coufcssaliva, ou nega-
li,"a, sem liccna nossa, pal'3 vermos se convm concellel'-se. E to-
mando o culpado carla de seguro confcssalira com defesa em qualquer
crime, no poder depois negar (7) na contrariedade, e negaudo, lhe
no valel' a llila carla.
1067 Por evitarmos os damnos que resulLo dc valer o lJasse
para carla dc seguro, ordcnamos, e mandamos, que daqui em diante
no valha (8) passe algum pOI' si s, para ef1'eilo de no ser pl'eso
aqncllc que o houver, mas servil' srnenle pal'a pOI' elle sc lhe fazcl' a
cal'\a de seguro, a qual no valer, seno depois de passada pela Chan-
cellaria: e o Escl'ivo comear sempre a cal'la na mesma folha (9)
d'onde se puzel' o d!)spacho para o passe, sob pena de seI' suspenso at
1I0ssn merc.
1068 Toda a pessoa que Louyer carla de seguro, e a qucbral',
ou no se apresenlando depois della passada al dezoito dias, 011 no
conlinuando pessoalmente nas andiencias podel' impetrar scgunda,
(10) e terceira cal'ta, mas no lhe sero passadas mais sem eSJlecial
_ (2) Consl. JEgiluu. ubi proximc. U1yssip. lib. 5. til. 21. decr. L 1. Lcy-
luo ubi supr num. 6.
(3) Ord. dict. IiI. 130. in principio.
(4) Consl. U1yssip. dict. !\\ 1. lEgit. ubi proxime.
. (5) Ordin. dict. til. 130. Consl. U1yssip. dict. til. 21. decr. 1. iu principio.
lhom. Vaz rlict. n. B. Leylo dicta q. 5. n. 8. el 15.
c (~) Consl. U1yssip. lib. 5. lit. ~l. in princip. JEgilan. diel. cap. 8. 12.
lO\. l~'6. tamee. lib. 5. eap. 5. \;l L foI. 391.
(7) Reform. juSlil. Si 1. f,eylo dejur. Lusilan. [racl. 2. de Securil. q. 9. n.
H. vers. NelJue landem. Thom. Vaz dicta alleg. 67. n. 37. usque ad l~1.
(8) I,eylo de juro Lusil. q. 7. per 101. Phoob. 1. p. arcsto 171. et 2. p.
areslo 107.
(~)) Consl. POl'luens. lib. 5. til. 23. consl. 8. vers. 3. l"Egitan. lilJ. 5. lil. 1.
cap. 8. ~ 10.
(10) Leyt.iio rle juro Lusitan. q. 11. Thom. Vaz aIlegaL 67. n. 22. verso Pos-
SIlUl. PIJoolJ. 1. p. aresl. 165.
.!i 6
366 CONSTITUIES
proviso (11) nossa, ou seja antes de citar a paI'te, ou no discurso do livra-
mento: e quando se pedir a segunda, declarar (12) o que pede, que
quebrou a pr'imel'a, e se lhe passar a segunda com termo de menos
dias, que a primeil'a; e o mesmo se guardar quaudo se pedir terceira,
por se haveI' quebl'ado a segunda; c sempre pagar as custas do retar-
damento, e tomar a citar (13) as partes, posto que as tresse citadas
pelas cartas, que quebrou.
1069 E se alguma pessoa antes de ser dada a querela, ou feito
aulo pedir, e impetrar carta de segUl'o, mandamos, que lhe no apro-
veite, (14) e seja llulJa, e de nem-um vigor; porm havClldo a carta de-
pois da querela, ou denunciao, ou depois de se haveI' feito auto del-
la, lhe valer, e lhe no sel' havida por quebrada, seno passado o
termo della depois da pronuncia{'o, ou culpa feita. E ainda que al-
guma pessoa que se linur com carta de seguro, quebre os termos del-
la e for requerido que o prendo, nem por isso o ser, se dclle no
JlOuver culpas obrigatorias, mas deve ser ouvido, como se nuncaimpe-
ll'ra a dita carta, porque pela impetrar no commetteo culpa, e o que-
brantamento della no obl'iga a pena.
1070 Por evitarmos escandalos, e inconvenientes que rezulto
de andarem os delinquentes nos lugal'es dos delictos, (15) (principal-
mente nos casos de morte) mandamos que os toes delinquentes, ainda
que tenlJo impetrado, e alcauado carta de seguro, no entrem nos
llilos lugares, nem onde os advel'sarios viverem, sem nossa licena,
cm quanto duraI' o livramento, e fuzenuo o contrario lhe ser por esse
mesmo feito a cOIta de seguro havida por quebrada, salvo forem mora-
dOl'es no lal lugar, ou nelle cOl'I'er seu livramento, e neste caso no
passal'o pela rua, onde as pal'les vivel'em, (16) ou o deliCIO foi com-
mettido, no mOl'ando e\les na mesma rua.
1071 E mandamos, que toda a pessoa, que se livrar com carla
de seguro, especialmente sendo Ecclesiaslica, (17) no entl'e na casa
do auditol'io, em quanto se estiver fazendo aulliencia, com armas, posto
que tenha licena para as trazer. E o que se livrar POI' carla de segu-
ro, deve appal'ecel', e residil' nas audiencias, como fica dito, pesseal-
mente: porm quando o feito foI' concluso, sempre o Ro, que tomou
cal'ta de seguro ser preso antes de se daI' a seutena, pl'incjpalmell~e
sendo os crimes gl'aves, que mereo pena corporal; e nunca se publl-
cal' nestes casos a sentena anles do dito Ho estaI' no Aljube, (18)
ainda que esteja posta, e dada em segredo.
(II) Facit Ordin. lib. 1.lL. 58. S) 2. ct lib. 5. lit. 130. S)2. Thom. Vazuhi
proximc.
('12) Consl. lEgit. lib. 5. liL 1. cap. 8.11. 4.
(13) Constit. Portnens. dieta const. 8. vers. li.
(14) teyto ubi Sllpr qnrest. 5. .
(15) Consl. Ulyssipon. tib. 5. tit. 21. decr. 1. Si 6. Le~'lo de Jur. tUSlt. q.
10. n. 27. Phreb. 1. 13. aresto 158. et 2. p. aI'esto 16'1.
(16) Constit. JEgitan. dict. cap. 8. 9. .)
(17) Ord. Ii.b. 5. til. 12~. 24. CunsL. Lamec. lih 5. c. 5. Si . foI. 3?~.
(18) Leyto de Jnr. Lusi!.. dicl. tract. 2. q. 3. n. 3. l)hreb. L p. aresto 1,,6.
el p. ~. arcsL.! 62. Nora I'cl'orm. jUSl. 1.
DO Anr.EBISPA no DA llAHT.l. 3Gi
TITULO XLII.
t DOS ALVARS DE FIAl'iA.
(I) Farinac, tom. 1. q. 33. per totam lu1. Claro fino q.I~6. n. 6, Guasin.
de defenso Reor. defenso 6. cap. 1. it n. 31. cum seqq. et cap. 2. 3. et 4.
(2) Const. UIyssip. lib. 5. til. 22. in principio.
(3) Consto .iEgitan. lib. 5. til. 1. cap. 9. in prillc. Portuens. lih. 5. til. 23.
constiL 9.
(4.) Const. Ulyssip. dict. til. 22. decr. 1. Ord. Iib. 5. tit. 132, Si 3.
. (5) Consto UIyssip. ubi proximc. Lamec. lib. 5. til. 12. cap. 6. Si 1. lEgit.
!lu. 5. til. 1. cap. 9.
(6) Const. U1yssip. ubi proximc.
(7J Const. UIyssip. dict. decr. 1. Si 1. foI. 1~59.
(8) Consto UIyssip. uhi proxime. 1Egilan. dict. cap. 9.
(9) Const. U1yssip. loe. cilaL Ord. diet. lil. 132. Si 1.
(10) Ordio. til. 132. in principio. Coosl. JEgil. diet. cap. 9. fo1. 476.
368 f.O~STlTUIES
(ti) Ord. L1iet. til. 132. SI 1. eL Lil. 124. SI 20. ConsLiL. U1yssip. dir.l. ~ I.
v. Eos Reos.
(12) Const. U1yssipon. diel. Yers. E os Reos foI. 459.
(13) Const. U1yssipon. loe. ciLat.
(t) Ord. lib. 5. til. 120. eL ibi Barb. n. 1. cum seqq. Thom. Vaz alleg.
13. lIum. 2:27. Mendes a CasLro 1. p. lib. 5. cap. 1. append. 1. et p. 2. I. 5. e.
1. apprnd. 1. Consto UlyssipolI. lib. 5. til. 23. in principio, Y. E o mesmo.
(2) Ord. lib. 5. til. 120. fino 'fhom. Vaz alIeg. 13. n. 230. Phoob. 1. p.
aresto 142. Consl. U1yssip. lib. 5. til. 23. decreto 1. in princip.
(3) ConstiL. U1yssip. ubi proximc. ~ 1. Ordin. diet. til. 110. ~ 1.
(4) Facit dicta Constit. Ulyssip. ubl proximc. 2. Lamecens lib. 5. til. 12.
cap. 7. ~ 3. Ol'd. loco ciLal. ~ ultim.
to} Ord. lllJi proximc. COlIstit. l.amue. 3. in fine.
DO ARCEBISPADO DA BAHU. 369
TITULO XLIV.
t A QuE}! SE DEVE}! APPLICAR AS PE1iAS PECUNIARIAS !MPOSTAS NESTAS CO 'S-
TITU IES; E COMO DEPOIS DE DADA A SENTENA, PASSADA E~I CAUSA JUL-
GAM, S .\ lIiS PERTENCE A RE~[Jsslo, E CO~nIUTAO DELLA.
(7) L Respieiendum ff. de pcenis ConsL U1yssipon. lib. 5. til. 57. in princ.
foI. 579. L. Aut faeta verso Persuna ff. de pamis L. nlt. eod. de probaL L. ~
piLalium ~. Solent. et . Grassatores IT. de prenis, cap. Sieut dignum de hOIDICI-
dio Consl. ~git. lib. 5. tiL. 22. cap. L fuI. !~7!~.
(8) Guasin. defenso reOl'um defenso 33. cap. 17. Tiraquel. de pcen. tempe-
rand. in prrefat. L 2. et seq. Clar. ~ fino q. 85. V. U1terius. Coneiol. resol. ?J"1I11.
verbo pama resol. ti. n. 1. et resol. 13. n. 1. et 2. Constitutiones UlYSSlpon.
et h:git. ubi proxime.
(9) L. 1. ~ fin. lI. de prenis. Farin. de deIiet. et pcen. q. 26.
(to) Consto Ulyssipon. lib. 5. til. 57. deer.i. ~ 2. L. Divi ff. de pcenis. T"
Relegali eod. til. Fragos. de regim. Reipuh. p. 1. lilJ. !~. d. '11. 2. n. 263.
Themud. 2. p. deeis. 2~3. n. 2.
(1) Cap. Dileelo de senlenl. exeomm. Iib. 6. ..
(2) Cap. Multi 2. q. 1. Trid. sess. 25. de refonn. cap. 3. in pri.nclp. Sol. ln
4. dist. 1. q. 5. arl. 6. cone], 8. AlphollS. a Castro verbo ExeommnDlcallO. Consto
Brachar. liL. 401. n. 2. foI. 527.
DO ARCEBISPADO DA. BAHIA. 371
luuO ue grande detrimento (3) para o corpo, e para a alma, e a maiol'
pena que ha na Igl'eja pelos gl'andcs bens, de que priva em quanto dma.
Por tanto os Sagrados Canones, (h) e ultimamente o Sagl'ado Concilio
Tridentino (5) encarrego muito, que da excommunho se use com
muita considel'ao, c em casos gl'3ves, que por outra via se no pos-
so commodamente remediai'; p0f(Ille usando-se della inconsiderarla-
mente, e por cousas leves, (6) se no endureo os delinquentes, e
ex.asperem de modo, que venba a sei' despresada, e no temida, e se
conrerta em uamno. e rnina espil'itual, o que a Igreja Catholica orde-
nou pu'a remedio.
1086 Pelo que mandamos aos nossos Miuistl'os que tiverem po-
der de excommungal', o l1o fao em cousas levcs, (7) nem ainrla nas
graves, se por outros meios se puderem commodamcnte cumprir sens
mandados; c assim Ibes encommendamos, que nos casos que se o[e-
I'ccerem, procedo primeiro com penas pccuniarias, (8) e COIl1 outros
meios mais suaves, antcs de chegarem ao da excommunho, no usan-
do nunca della sem pl'eceuel'cm as admoestacs (9) na frma uevida.
TITULO XLVI.
DAS CARTAS DE EXCmIMUNuo, PAIUSE DESCOBRIREM AS COUSAS lIUllTAD.l.S,
ou PERDIDAS.
(3) Cap. N"emo Episcoporum ti. q. 3. cap. Yisis in fin. 16. q. 2. Citp. Corri-
piantur 2!~. q. 3.
(!~) Cap. Episcopi, cap. Nemo Episcoporum 11. q. 3. cap. Sacro "ers. Cave-
anl de Sentent. excommunicat. cap. Dilecto eod. liL lib. 6.
(o) Tric\. Sess. 20. de reformo cap. 3.
. (6) Trid. diet. cap. 3. in prineip. Zero!. in prax. p. 1. verb Excommuniea-
honis causa materialis ~ 1. Consl. U1yssip. lib. o. lil. 24. decr. 1. in princip.
DD. ad cap. 1. de Sentenl. excom. lib. 6.
(7) Constit. U1yssip. ubi proxime. T.amee. lib. o. til. 27. cap. 1. lEgil.lib.
5. lil. 19. cap. 1. Dreh. til. !~4. N. 2. foI. 527 .
. (8) Trid. diet. cap. 3. V. ln eausis verjudicialibus. et v. ln eausis quoque
crnninalib. Palaus p. 6. lracl. 29. d. 2. punet. 3. n. 10. Them. 1. p. dce. 86.
num. 'II.
(9) Cap. Romana, Cap. COllslituLionem de senlenl. elcom. lib. 6. cap. Sacro
podem til. juncla glossa in cap. Rcprchrnsibilis de appeBat. l)aL p. 6. trael. 29.
d. 1. pune!. 5. 11. 8.
(I) Ad ea quro Trid. sess. 2:>. de reformo cap. 3. el ibi Darb. 11. 1. et de
potes!. Epise. 3. p. alleg. 96. per lotam. Gnu7.in. tle defcnsion. reorum clefcns.
18. cap. 1. 'l'ltem. dccis. 86.
(2) Irirl. dict. cap. 3. el ibi Barb. n. 5. el de pole L. Episc. allcg. 96. n. 7.
Gal'anl. verbo Excommunicatio n. 2. Conslil. Ulyssip. lilJ. 5. tiL. 26. in princip.
IJraehi\l". liL. 44. consl. 2. foI. 527.
(3) Sayr. ele censuris lib. 1. eilp. t 1. n. 33. vers. Seeulldum. Consl. Tly si-
lJl'lI. el Draebar. loeis cilalis.
J
37:2 CONSTITUIES
outro meio por onde possrro alcanai' satisfao; e jusLificad:ls as dilas
tres cousas, se passar a carta de excommunho pedida pelas parles: e
declaramos, que a carta no vaI, nem obriga em caso, que as cousas
que faltTIo valerem menos do que a parte informou, e jurou.
1088 Passada a dila carta, os Parochos, a quem for apreselltada,
sero ohrigados (.4) a fazerem a publicao della nas estaes cm voz
clara, e iotelligivel, declarando juntamente ao povo a obrigao que lhes
fica. E por se evitarem inconvenientes, que a esperiencia tem mostra-
do, estas cartas de excommunho passadas em geral se no podero in-
timar a pessoas parliculares, e ficaro s nas puhlica.es communs,
que se fizerem.
1089 Se sahil', lepois da carla publicada, alguma pessoa, ou
pessoas que saibo das ditas consas perdidas, 011 sonegadas, o Paro-
cho lhes tornar em um papel de fra (5) os nomes, e a denullciaoo
em segredo, sem dar a entender cousa alguma, e constando-lhe da pes-
soa denunciada, e culpada, a admoestar, (6) que d a devida satisfa-
o no termo oa carta, advertindo-lhe, tambem em segredo, que fal-
tando se proceder contra ella na frma que for justia. E se a pes-
soa culpada deferir dentro do termo da carta, e lhe pedil' proroga.o
de tempo, allegando a seu parecer justa causa, o dito Parocho lhe po-
der dar mais quinze dias de espao, e neste tempo lio incorrer o
culpado excommunho alguma: e se passado o tel'mo da carta, e jin-
cOl'I'ida a censura, o culpado satisfizer dentro em quinze dias, o poder
absolvei' o Parocho, constando-lhe (7) da verdade.
1090 E no' satisfazendo os culpados em nem-um dos modos,
que fico apoiltados, o Parocho fechar as denunciaes, que lhe fize-
ro, declarando os nomes dos cul pados, e os nomes das pessoas, que
denuncil'O, e dando seu parecer sobre a probabilidade, que tem dos
culpados, as mandar ao nosso Provisor, (8) ou a quem passou a carta
de excommunho por pessoa segura, e em uem-um caso por pessoa,
que tirou (9) a carta de excommunho.
1091 O nosso Provisor, vistas as denunciaes, se julgai" que
ainda se deve fazer maiol' diligencia em segredo com o culpado, alem
da exhortao do Pal'ocho, a (10) far, e no satisfazendo o culpado,
mandar as denunciaes ao Promotor da Justia para o mandar cilar,
e demandar por razo do peccado (11) da reteno, em que est, e da
excommunbo, cm que incorreo, c nesta causa se proceder sem estrc-
pito summariameote, at o culpado satisfazer inteiramente; mas no O
podendo a parte intel'essada conseguir inteiramente pelo Juizo Eccle-
siastic.o, e quize]' autes lIsar do meio de reqnerer no Juizo &eclllar, o
(.<lo) Consto U1yssip. ubi proxime ~ 1. .illgilaIJ. Iib, 5. til. 19. cap. 2. i-
foI. ti25. I~emec. lib. 5. tit. 27. c. 2. 3. foI. [~43.
(5) Consto U1yssip. dict. iii 1. "ers. Se depois. J~amecells. dict. cap. 2. 3,
, (6) Consto U1yssip. dicL 1. iEgitan. lib. 5. tit. 19. cap. 2. 2.
(7) Consto U1yssip. ubi proximc.
(8) Consl. U1yssip. loc. cHat. verso E no salisfazendo. iEgilan. dict. cap.
2. iii 5. fol. 526.
(9) Consl. U1yssipon. et ~gilan. locis cilatis.
(JO) ConsL U1yssipnn. dict. decr .... verso O Provisor foI. 467. ..
(li) Cap. Novil de judiciis. Const. U1yssipoLl. ubi proxime. iEgilan.l1lct. cap.
~ 6.
DO AHCEBl PADO DA BAJ-HA. 373
nossO Provisor, parecendo-lhe, que no !ta incoU\'elliente algum em
que se !.lera rcp:1l'<.JI', mndar dar (12) por certido di ta parte os no-
mes das pessoas dCllunciads, c dos denunciadores, com as causa.', c
particul:lridadcs, que se descohl'ro' mas antes disso se far tCI'llIO,
jurado, e as ignado pela meSll'la parte interessada, pOl'que se obrigue,
que lio accusal' pes oa alguma das que pela carta de es.communho
foro denunciadas, e dcscubcl'tas, criminalmente, c que no usar das
testenllrnhas, que sahro paI'a tambem accusal' criminalmente os au-
tores do damBo, e que quel' e contente, que as taes testemunhas
ulo tenho te em Juizo, nem fora delle, e luzelldo o contrario os tes-
temunhos, e denunciaes se harero por nllllas; e ficaro na nossa
Camara Archicpiscopul as proprias denunciaes.
1092 E e das testemunbas, que denuncil'o no resultar prova
su/liciel1te para o culpado ficar com ncido, no se proceder (13) con-
tra elle no nosso Juizo Ecclcsiastico, sa1Yo se a parte depois acbar mais
pl'Ol'a, e tluizcr corroborar as denU11eiaes, que por via da Cal'ta de ex-
commnu!lo viel'o. E se a parte pedir certido do que se descobl'io
por ria da carta de excommunho, e dos Domes dos denunciado., e
euuncimlles para proseguil' seu direito onde lhe parecer, se em se
lhe dar no homer algum incol1Yeniente, se lhe defirir na torma de-
terminada 110 Ilum. 1091.
1093 E porque acontece algumas v zes pedirem as parles car-
tas, e mandados de excommunho para obrigal'cm a algumas pessoas
a de cobrirem, e testemunhal'em, o que sabem ou entregarem papeis,
que tem cm seu favor, ou de sua aco, e justia; ordenamos, que
daqui cm diante se no passem (1li) semelhantes cartas, ou mandados
S'11l nossa especial licena, e declaraIio cxpressa, e juramento de se
no uIJroveitarem deste meio, seno no Juizo Ecclesiaslieo' porque
corrC'llfJo a cansa no Juizo secular, aos Juizes eculares compele man-
daI' nesta parle a favor dos litigantes o que lhes parecer justia, com a
cOl1llUillaITo das penas que nos seus Tribunaes se costumo pr.
tuas MOi'iITORIOS.
10.9" Como um dos modos, com que se procedc 110 Juizo Ec-
clesiastico por ria (1) de monitorio e esle tenha Juaar sruente m
certos casos, ordenamos, e mandamos que o nosso Yigrio Geral c
~nais Ministros, a que perLencer no procedo por via dc monitorio
lilstancia das partes, (2) seno sobre dizimos, foros, pcimicius, fmclos,
(J2) Const. Ulyssipon. ubi proxime lEgitan. dict. cap. 2. ~ 7. J.amcc. dict
cap. ~. 6. rol. l~q.r~.
(t3)COLlSt. U1yssipon. dicL. dccl'. 1. vcrs. Sc das teslemunhas. JEgifan. clicl.
cap. 2. ~ 8.
. (14) Const. Iyssipon. lib. 5. tiL. 26. SI 2. lEgil. dicl. cap. 2. SI 9. tnmec.
dlela cap. 2, 7.
(I) DI ira dc foro Eccl. 3. p. q. 2. n. 27. ct 40. rt q. 3.. n. 16. clp. 2. q. 25.
~. 19. Thrmllcl. 1. p. dceis. 86. l\lend. in j11'axi p. 1. lib. 2. cap. 5. et p. 2. )ib.
2. cal. !5. Con til. (JJ' SipOLl. Ii\). 5. til. 27. in principio.
r (2) ConsL. U1yssip. ubi pro im. j.amec. lib. 5. lit. 27. cap. 3. in princip.
101. H5..tgiL' Iib. 5. liL. H/. CJp. ". SI 1.
47
3i.! CO:-iSTITUIES
raes, e penes dos bens da Igreja, Bene/ieios, ou lugal'es pjos; ou
sobre cousa em que a parte, que o pede tenha sua teno fundada em
ilil'eito, ou mostre escripta publica, (3) ou sentena; ou sobre esmo-
las de Missas, Olficios, ofl'ertas, estipendios de Vigal'ios, ou Coadjuto-
res, ou CUl'as, custas de officiaes, execuo de ultimas vontades, e
mais cousas tocantes visita, e outras semelbantes; e em totlas as mais
cousas, e causas pel'tencentes ao foro Ecclesiastico se proceder por
"ia de citao, e no de censuras.
1095 Os monitol'ios se no passaro por menos quantia que de
seiscentos e quarenta ris; e sendo a divida menor, se passar man-
daflo para serem evitados da Igreja, e Officios Divinos at satistazerem.
Nunca se passar monitorio sem se declarar expressamente o nome, e
sobrenome da pessoa que ha de ser monida, e a quantidade que se lhe
pede, e sem irem nelles declarados os termos das admoestaes Cano-
nicas, (.&) e citao para aggravao das mais censuras, procedimentos,
e condemnaes das penas comminadas: e devem outro-sim os moni-
tOI'ios passados contra pessoa, que ail)da llo foi ouvida, levar clausu-
la (5) justificativa, que consiste em diZeI', que se tiverem embargos os
venho allegar dentro no termo j assignado, e no levando esta clau-
sula fica o monitorio ullllo, ede nem-um vigor. POI'm quando acar-
ta monitoria for passada em execuao de alguma sentena, ou despa-
cho, sobre cuja materia a parte j fosse ouvida, (6) no necessario
que leve a dita clausula.
1096 Mandamos, que daq ui em diante se no proceda por mo-
nitorio contm os culpados, obl'igando-os (7) a que se venho livrar de
culpas; antes se proceder por citaes, e mandados com penas. Po-
rm quando nos parecer, e aos nossos 'isitadores, e Ministros, que
devemos mandar apparecer alguma pessoa, para bem de sua alma, ~u
da Justia, ou governo espiritual, se poder procedeI' para esse effelto
por monitorjos, (8) e censuras; e outro-sim para olll'igaI'em a quacs-
quel' pessoas a dar seus testemunhos em visita, devaa, summario, ou
em qualquer causa crime, ou civel; e para vir a perguntas matrimoni~~s
qualquer pessoa, que para esse etreito for chamada, e para outras dili-
gencias semelhantes, por se no achar outro remedio mais conveniente.
1097 E conformando-nos com a disposio de direito ordena-
mos, e mandamos, que quando se passar monitorio com clausula jus-
tificativa contra alguma pessoa, se o monido per si, ou por seu Procura-
(3) Argum. cap. ull. SI uH. de oflic. delegal. Suares de censllris d. 3. sect.
10. n. 6.
(4) Cap. Romana. cap. Constilutionem. SI Staluimus, cap. statutum de senl.
excom. lib. 6. cap. Sacro de sent. excom. Barb. de polest. Episc. allegat. 126.
J'al. p. 6. tI'. 29. d. 1. pnnct. 5. n. 8. ' .
(S) Consto Lamec. dict. cap. 3. SI 3. Tbem. dil't. dec. 86. n. 33. Oliv..dlcl.
y. 3. q. 2. n. 27. Facit Barlol. in T". 1. cad. de execut. rei judic. Jason. 1O!-.
Nec ad quam SI ubi decretum n. 6. lT. de olT. proconsul. l\lend. in prax. p. 2. ]Ib.
2. cap. 5. num 1.
(6) Gutier. CanoD. q. cap. 4. II. 18. Barlol. cl Jason. ubi proxime. .
(7) Trid. sess. 25. de reformo C. 3. vels. Tn cansis quoquc. Consto UlYSSI-
pon. lib. 5. lit. 27. decr. 1. ~ 2. foI. 1~69. Lamec. lib. S. til. 9:i. cap. 3. 9.
(8) Cap. 1. el2. de les'. cogend. cap. Ex parlo 2. el cap. Sicut de Spons.
TJ'dent. uhi proxime. Ollslil. U1)ssip. decl'. 1. 2. foI. Hi9. in fine, el-\.70.
iu prillcipio.
DO ARCEUrPAJ)O JU nA~l1A. 375
dOI' appareccr em Juizo dentro do termo que se lhe deo para pagar,
ou satisfazer, e vier com embargos a se cumprir o monitorio, e allegar
cousa, que prorada o desobrigue, no iucorrer em pena alguma, e o
monitorio se resolrer cm simples (9) citao; e os nossos Ministros
mandaro' que quem alcanou o monitorio, contrarie os embargos, e
prosiga a causa conforme o estilo, ou obrigue o monido pela via, e
modo que melhor lhe parecer.
1098 Se a pes oa monida no apparecer per si, ou pel' seu Pro-
curador dentro do termo assignado, logo ser nda por cxcommungada,
(10) e se depOIS oe ter incorrido na censura acodir com os ditos em-
bargos, no ser absolto delta, nem admittido a requereI' em Juizo so-
bre o monitorio, sem primeiro pagar as custas (11) dos procedimen-
tos, que at o tal tempo forem feitos; e depois, se os embargos forem
de receber, se lhe admitlil'o, conforme o que for justia.
1099 Nos casos, em que conforme a direito, e esta nossa Cons-
tituio, se pde passar monitorio, se procurar sempre, quanto for
possivel, que se notifiquem em pessoa (12) os que houverem de ser
monidos' pOI'm no caso em que se escondo por no serem notifica-
dos, constando aos nossos fiuistros, ou ao Official, (levando a carta
monitoria clausula, que achando que se esconde o possa fazer) pode-
ro ser notificados na pessoa de um familiar, (13) ou visiuhos mais che-
gados, e ter o mesmo e[eito a tal notificao como se fosse feita
propria parle. E nem-uma pessoa ser no lificada com monitorio por
carta de \H) edictos.
TITuLO XLVIII.
DOS EXCO:lnlU'iGADOS QUE DEYEM SER EYl'L\DOS.
TITULO XLIX.
t lJ.\S EXCO:llJIUNllES DA BULLA DA CE.\ no SE;';flOR.
(10) Cap. Quod in dubiis. de sent. excom. cap. S!aluimus, cap. Slatulum
cad. til. liu. 6. PaI. dict. punct. 18. n. (l.
(li) Const. Uly sip. I. 5. liL 27. decl'. 1. !~. v. Sendo algucm foI. !.70.
(12) ConsL. U1yssipon. lib. 5. tiL. 27. decl'. 1. !II 5.
6 ('13) Consto -IY5 ipon. dicl., 5. ers. E para que JEgit. lib. 5. til. 1[). cap .
.lamec. Eb. 1>. tiL. 27. cap. 7. Porlllens lib. 1>. liL. 25. con t. 6. v. 1.
(1'1-) Cnn t. I)'ssipon. uui pioxirnc. lEril. loc. cilat. 1.
(.1) De qllihus Naval'. in manuali cap. 27. a n.52. nsq. ad n. n. aF de CCJl-
SUl'. lIb. 3. a cap. 1. usq. ad rapo 2:'>. Suai'. de censuri' d. 21. sccl. 1. eUIlJ 5 q.
378 co~ 'TITurES
(16) fal. dieL d. 3. PUllCl. 13. Sayr. dicl. lib. 3. c. 16. Caiclan. vCl'hoEx-
commllnicalio cap. tiL
(17) PaI. r1icl.l1. 3. punc!. 14. llonac.. de censul'is d.i. ((.1'1. puncl.1. n: l.
Sayr. c1i lo lib. 3. cap. 17. ~a"al'. in manual. dicl. cap. 27. n. 68. Fragas. dlcl.
d. 3. Si 13.
(18) TcxL in cap. Quoniam elc irumunil. lih. 6. c:tp. Qllicnm((nc d.e scnl.
excom. cod. lihro. C',!l. yera de !li , CJlltlJ vi, lU lu \"c lnusa liulIl. al'. 10 ma-
lIaal. cap. 27. num. 70. PaI. .licl. d. 3. PUllcl. tii.
DO AH.CEBlSPAllO DA BAfILL ;j81
vogal' as dilas citacs, inhibics, e leLLras nellas declaradas, e obl'i-
go a consentir, c fazcr que sejo absoltas das censuras, e penas pos-
tas s pessoas, que nellas por esta via incorrro. E contra todos
aqllelles, que por csta via impedem a execuo das lcttras Apostolicas,
cxecntorias, processos, Decretos, ou para isso do seu favor, conse-
lho, ajuda, e consentimento, ainda quc scja com pl'ctexto de tirar al-
guma violencia, e preteno, ou com capa dc reCOITCl' ao Summo Pon-
Lifice, e fazer supplicas at elle ser infol'mado, salvo se com etreito
proscguirclU as taes supplicas diante do Summo Pontifice, e 'S Apos-
lolica; e tudo isto sem embargo das taes pessoas serem Presidcntes
de Cancellarias, Conselhciros ordinarios, ou extraordinarios dc quaes-
qucr Principes scculares, ainda quc tenbo dignidade Imperial, Heal,
Ducal, e qualquer outra desta qualidade, e ainda quc sejo Arcebis-
pos, Bispos, Commendadores, e 'igarios.
1121 Decima quinta: ( Contra todos aquelles, que encontraudo
a ordem dada no direito Canonico com pretexto de seu officio, ou qual-
qucr outra CI' instancia das partes, e de quaesquel' outras pessoas,
lazem trazer a si, (19) ou a seus Tribunacs, Alldiencias, e Chancella-
rias, Conselhos e PaJlameutes direita, ou iudireitamente as pessoas
Ecclesiasticas, Conventos, Cabidos, e Collegios. E contl'il todos os que
ordenarem, \20) fizerem, c publicarem Estatutos, Ordenaes, Cons-
tituies, Pragmaticas, ou outros Decretos geraes, pelos I]uaes com
algum pretcxto, c cr que tivCI'em, offendo, diminuo, abalo, e res-
tl'injo a libel'dade Ecclesiastica, encontrando injustamente os Sagrados
Canones, c Ol'denacs Apostolicas, e fazendo cousas em que direita,
ou indircitarnente pl'ejudiquem aos direitos do Romano POl)tifice, da S
Apostolica, e de qualquer outra Igreja. E contra todos aquelle~, que
IIsarem dos Lae Estatutos j feitos, ainda que seja com pretexto de
qualquer costume, ou pri"ilegio.
1122 Decima sex.la: Contra todos aquelles, que rOI' qualquer
maneira direita ou inr1ireitamente impedem (21) aos AI'cebispos, Bispos,
caos mais Prelados, e Juizes Ecclesiasticos, Ordillarios, Delegados usa-
rem de sua jurisdio contra quaesqucr pessoas, encarcerando, ou
molestando seus Agentcs, Procu radores, familiares, e pessoas chega-
das por sallguinidade, ou aITinidade, encontrando a ordem dos Sagra-
dos Canones, Constituies Ecclesiasticas, Decretos dos Concilios ge-
mcs, principalmente do Concilio Tridentino. E contra todos aquelles,
que depois das sentenas, e Decrctos dos mesmos Ordinarios, e seus
Delegados reco nem s Cbancellarias, e Curias secu!:J.l'CS, illlldindo o
Juizo, e foro Ecclesiastico, procurando, que pelas dilas Chancellarias
se decretem prohibies, e mandados pellaes para os Oruinarios, e De-
Icgados, em quem se executem. E contra todos aquclles, que estas
cousas decrelo, execllto, e 1lt'lIa do ajuda, conselho, patrocinio,
e [(\\'01'.
l)
. (19) PaI. rlicl. d. 3. puncl. 16. Franc, Leo in Thesaur. cap. 7. n. 73. Frag.
dlcl. d. 3. 1\115.
(:20) Cap. Noverit, cap. Gra\'em de scnl. excom. Ba-bos. ad texl. in dicl.
cap. 'ovcrit 11. 2. Allerius de censuro lib. 5. d. 16. cap. 4.
(21) Trid. sess. 25. de reformo cap. 20. ayr. dicl. lib. 3. cap, 20. Nav. in
manual. dic!. cap, 27. II. 70. FuI. dic\. d. 3. lJunct. 17. Frag. dcl. d. 3. SI 16.
!IS
382 CONSTITUIES
sequestro as jurisdies, (22) fructos, rendas, e novidades pertencen-
tes ao Pontifice Romano, S Apostolica, e quaesquer Igrejas, e pes-
soas Ecclesiasticas POI' razo das Igrejas, Mosteiros, e Benetieios, sem
expressa licena do I{omal1O Pontifice, ou de outras pessoas, que para
isso tiverem legitimo poder. )
1124 Decima oitava: Contra todos aquellcs, que sem especial,
e expressa licena do Romano Pontifice impoem (23) contl'ibuies,
decimas, fintas, empl'esLimos, e outros encargos aos Clerigos, Prela-
dos, e outras pessoas Ecclesiasticas, ou aos bens das ditas pessoas,
Igl'ejas, Mosteiros, e Beneficios nos seus fructos, rendas, e novidades.
E contra todos aquclles, que POI' qualquer modo que seja, ainda que
exquisito, recebem, ou al'l'ecado os taes tributos das pessoas, e bens
Ecclesiasticos, ainda que sejo dados por vontade, e sem violencia al-
guma. E contra todos aquelles, que per si, ou por outrem direita, ou
indireitamente fazem executar as ditas cousas, ou Jo a ellas conselho,
ajuda, ou favor, ainda que sejo de gl'i.1Dde proeminenci, dignidade,
ordem, condiO, e estado, ainda que sejo Imperadores, Reis, Prin
cipes, Duques, Condes, Bares, Potentados, Presidentes de Reinos,
Provincias, Cidades, e tenas, Conselheiros, Senadores, e Pontifices.
E para esta excommllllho ter maior eft'eito innoya Sua Santidade to-
dos os Decretos, qlle se fizero pelos Sagrados Canones, assim no Con-
cilio Late\,anense, ultimamente celebrado, como nos outros Conclios
Universaes, com todas as censuras, e penas, que nelles se contm. li
1125 Decima nona: c( Contl' todos aqneUes, que sendo Magis-
trados, (2h) Juizes, Notarios, Escrives, Executores, e sllh-cxccuto-
res se illtromettem por qualquer maneira nas causas capitaes, e crimi-
naes tIas pessoas Ecclesiasticas, fazendo processos contra ellas, banin-
da-as, e prendendo-as, sentenciando-as sem especial, c expressa licen-
a da S Apostolica. E contra todos aqueDes, que havendo a tal li-
cena a estendem aos casos, que nel!a se no comprehendem, ainda
que sejo Conselheiros, Senadores, Presidentes, Callcellarios, 'ice-
Cancellarios, e tenho outros titulos desta qualidade. l)
1126 Vigesima: Contl'a todos aqnelles, que per si, ou pOl' ou-
tros direita, ou indireitamente, debaixo de qualquer titulo, 0\1 cr pre-
sumem commetter, destruir, (25) occnpar, e retel', ou em todo, 011 em
parte a S:mta Cidade de Roma, o Reino de Sicilia, Ilhas ele Sardenha,
e Corcega, as tenas d'aquem de Pharo, o Patrimonio de So Pedro em
Toscaua, o Ducado de Espoleto, o Condado de Venasino, Sahinensc,
da Marca de Ancooa, Masia, Tribaria, HomallCliola, Campania, e as PI:O-
vineias maritimas, e as suas terras, e lugares, e as terras de espeCial
commissTIo dos Arnulphos, e as Cidades de Bononia, Cesena, Arimi-
nio, Benavcnto, Feroza, Avinho, a Cidade de Castello TlIdcrto, Fer-
(22) Cap. Si quis Prcsbylcr. de rcbus Ecclcs. non alicnnnd. cap. Roc consuI-
tissimo eod. til. lib. 6. TI'id. sess. 22. de reformal. cap. 11. Nav. in manual. cap.
27. n. 71. Pal. diel. d. 3. punct. 18. .
(23) Cap. Adversus c. Non rninus de imrnun. Eec1es. cap. 1. cod. til. IIb.
6, Fragas. dicL. d. 3. !li 18. Naval'. in manual. cap. 27. D. 7'1. .
(2'~) Cap. Si L1iligenti rIe foI'. eompeL. Naval'. c1ict. cap. 27. n. 72. Pa'\. dlcl,
d. 3. puncl. 20.
(25) Sayr. dicl. lib. 3. de ccnslll'. cap. 2~" Navtu', dicl. cap. 21. num. 73.
PaI. tlic;L. cl. 3. pune!. 21. .
DO ARClmrPADO DA BAIlIA. 383
rl'3 Clomacho, e as outras tenas, Cidades, e Lugares mediaLos, ou
immedialamente sujeito Igl'eja Romana. E contra todos aquelles,
que de facto, por rarios motlos presumem usurpar, perturbai' rcter, e
yexar a upl'ema jurisdiO, que neHes cOllfm ao Romano Pontifice,
c S Apostolica. E contra to<los aquelles, que se unem, e concor-
rem com estes delinquentes, farorecendo-os, defendendo-os e ajudan-
do-os com conselho, c farol' ue qualquer outra maneira que seja.
TIT LO L.
t DE CO~IO, E QUA~DO, E COM QUE CL.\{;SULAS SEno ABSOLTOS OS QUE I:'COR-
RERlm :'IAS EXCO:U)iU~l1ES D.... BULL.i D.\ CE-... E D.\S PESSO.\S QCE so
OBEIG.\1l.\S A TEr. A llITA BULLA.
(1) Bulia Ccrure lranscl'ipLa ab Ab1". de inslit. Paroc. lib. 10. c. 8. sect. 1.
n: 2'1-. el dicl. cap. 8. srclo 22. ll. 233. Palaus dict. d. 3. punct. 22. ll. 2. Fragos.
dlet. d. 3. 21. n. 3M. Naval'. dicl. cap. 9:1. n. 73.
t2) Blllla Creme ,ers. Creterum. i'iavar. dicl. cap. 27. n. 73. Palaus dido
punct. 22. n. 2. Abr. tlicL cap. 8. sect. 22. n. 233. Sayr. dict. lib. 3. c. 25. n. 4.
(3) i'iaval'. dicl.cap. 27. n. 71~. SaFo dcl.lib. 3. c.25. n. 7. Palausdicl. d.
3. punct. 22. n. 5. Suar. de censuro d. 21. seclo 3. n. 6.
(4) Bulia Ca:nre dicl. \", Declarante ac Prote tantes. PaI. dicl. dispo 3. pun-
el. 22. n. 6.
[5) Bulia Ca:nre dict. V. Declaranles et DD. supra cilati.
(6) Bulia Ccrnre \'. Ou ne-cialll. PaI. ubi supra. Abr. dict. cap. 8. sec I. 23.
n. 251. ~
(7) Hulla Cama: V. non obstanl . .\br. dict. secl. 23. n. 252. Palaus diclo
pUne!. 22. n.7,
384 CO~STlTUIES
(8) Bulla Creme verso Crolerum. Palaus dict. d. 3. punel, 22. n. 9. Abr.
lib, 10. seel. 23. n. 262. Fragas. de regim. Reipubl. dicL. d. 3. ~ 21. verso obser-
valia clausu1. u Ilim.
(1) Cap. Signifieavil de sen!. exeom. et ibi Barbos. n. 1. el de polest. Epise.
alleg. 50. n. 88. p. 3. Palaus dict. d. 3. pune!. 2.L num. 3. .
(2) Clero. 1. de privilcgiis. Nav. diet. cap. 27. n. 101. el102. Abr. dICl.
lib. 10. sect. 2. cap. 9. n. 290. Palaus dict. dispo 3. punet. 26. n. 3. cum se9q
(3) Clement. Cupicnles ~. Sane de prenis. Palaus dict. 26. n. 20. Nav. dct.
c. 27. n. 103.
(4) Extravag. Marlini V. de Regularib. Abr. dict. lib. 10. cap. 9. see~. 3.
n.297. Palaus dicl. d. 3. punel. 27. n.6. Naval'. diet. C. 27. n. 106. v. Vlge-
sima secunda.
DO ARCEBISPADO DA BARIA. 385
C011tra pessoas publicas, e senhores de terras.
t 1135 Primeira: II Contl'a os Inquisidores, (5) e os Deputados
por elles, ou pelos Bispos pat'a o Offtcio da InquisiO, que por odio,
amor, ou pl'Oveito temporal contra Justia, c suas consciencias deixo
de proceder contra alguma pessou em caso de heresia: e os que pelas
mesmas causas, e pelo mesmo modo presumem molestar algum, im-
pondo-lhe falsamente, que herege, ou que Ibes impedem li execu-
o de seus omeios da InquisiO. l)
1136 Segunda: (I Conh'a todos os nobres, (6) e Senhores tempo-
raes, que nas IgI'cjas de suas tenas, eslando os lugares interdictos, com-
pelem a algum Sacerdote, que celebre Missa, ou outros Divinos OITicios
em lugaI' interclicto; e os que com voz de pregoeiro, ou sino tangido
fazem ajuntar o povo pal'a ouvir Missa no tallugal', maiormentc fazen-
do, que a Ollo os excommungados, ou interdictos; e assim tamhem
os que pro]jibem, que os excommungados, ou interdiclos denunciados
pOl' taes, no saio da Igreja quando se diz Missa, sendo pelo SacCl'-
dote admoestados por seus nomes proprios que se saio' e os eXCOI1\-
mongados, ou interdictos, que sendo assim arlmoestados pelo Sacer-
dote nUo quizerem sahir.
Contra todos em geral.
1137 Primeira: Contra os que poem mos violentas em Clc-
rigos (7) de Ordens Sacras, ou menores, ou outra qualquer pessoa se-
eulal', ou Regular, que conforme a direito goze do privilegio do Ca-
none; o que se entende sendo a percusso graye, ou mediocre, (8)
porque sendo leve os pdem absolvei' (9) os Bispos.
1138 Segunda: Contl'a os que acouselllo (10) ajudo, ou do
favo I' para isso, e os approYo, e ralifico (11) depois de ser feilo em
se~ nome, ou POI' sua contemplao, e os que por malicia (leixl'o de
o Impedil', (12) podendo-o fazer sem difl1cuhlade, e damno seu o que
(5) Clcrn. L Si verum, de hrereLicis. Abr. dicL lib, 10. cap. 9. sect. 2, n.
239. Naval'. dicL cap. 27. n. 110. Palaus dict. d. 3. punrL. 26. a num. L
(6) ClemenL. Gravis de senL cxcommunic. Nav. dict. cap. 27. num. 104.
Abr. dicL. lib. 10. cap. 9. secL. 2. n. 293. PaI. dicL. d. 3. punct. 27. n. 23.
(7) Cap. Si quis suadcnLe diabolo 17. q. 4. cap. Monachi, cap. Parochianos.
cap. De monialibus, cap.l\lorum, cap. Religioso cap. PcrveniL, cap. Mulicrcs dc
senLent. cxcommun. Nav. dict. cap. 27. n. 76. Abr. dict. lib. 10. cap. 9. sect. L
PaI. dict. d. 3. punct. 23. per LoLum. Barbosa de polest. Episcop. p. 3. alleg. 50.
n. 8'~. Ronac. de censuro d. 2. q. 4. puncL 5. principio.
. (8) Cap. Pervcnit dc senL. cxcom. Abr. dict. cap. 9. secL. 1. n. 280. PaI.
d!CL. punc.L. 23. 4. n. 4. ct n. 2. ubi dcclaraLur qmc sit pcrcussio alrox, gra-
1'15, eL lcl'l5.
(9) Cap. Pcrvcnit de senL. excom. PaI. dicL. n. 4. Abr. dicL n. 280. cum
Sayr. et ToleL. .
(10) Argum. cap. Quautro 47. de seuL. excom. Abr. dict. cap. 9. sect. 1. II.
273. llal. dict. puncL. 23. 2. n. 6. DD. ad texl. in cap. Mulieres de senL ex-
com. Coninch d. H. dub. 5. n. 175.
. (11) Cap, Cum quis 23. de sent. cxcom. Abr. dir:L. sect. L 11.273. PaI.
lllct. puncL. 23. 2. 11.5. G. ct H. 1'\alar. dicL. cap. 27. n. 78. J,aym. lib.1. sumo
IracL. 5. p. 2. cap. 5. n. 5. J\folin. tr:lcl. 3. d. 52. Suar. d. 22. srcl. 1. n. 55.
(12) Cap. QuanLro de senLent. excom. cap. El'l'or. cum seqq. 83. dic!. cap.
:386 CO_ STITUlES
lambem se entende se a pel'cnsso for grave, ou mediocl'C', porque
sendo leve (13) os podem ausoher os Bispos.
1139 Terceira: Contra os que foro excommuugados pel De-
legado (14) do Papa, se se dcixr50 estar na cxcommunho mais de
um anDO.
1140 Quarta: Contra os que tem em seu podeI' letLI'as falsas
do Papa, (15) e sendo mandados pelos Bispos, que desisto delias,
ou as l'ompo, se o no fizerem dentro de yinte dias depois que lhes
foI' mandado.
11h 1 Quinta: Contra os incendiarios, depois que forem excom-
mUl1gados, e declarados (16) pelos Ol'dinal'ios, ou por quem para isso
podcl' li \701'.
1142 Sexta: Contra os que commetlercm saerilcgio quebrando
(17) com Yolencia, c juntamente I'oubando (18) as Igrejas, olllugares
edificados por autoridade dos Prelados.
1U3 Setima: Contra aquelles, que derem licena (19) pnl'3
maltar, prendei', ou fa7.Cl' damno, ou aggraYo na pessoa, ou bens ue
quaesqller Juizes, ou de sens parentes, ou familiares, por haverem pro-
mulgado sentena de excommunho, suspeno, ou interdicto conlra
alguns Reis, Principes, Bares, obl'es, Balios, ou contra quae quer
seus Ministros, ou outra qualquel' pessoa, ou derem a dita licena para
se fazerem os mesmos damnos nas pessoas, ou hens daquelles, POI' res-
peito dos quacs as ditas scntencias foro dadas, ou daquelles, que a'
gual'darem, ou no quizel'em communical' com os assim excommunga-
dos, salvo se antcs de fazerem os dilos damnos I'evogarem (20) a dila
sentena. J;
1U!, Oitava: Contra os que estirerem excommungados de ex-
communho rescrvada ao Papa, sendo ausoltos della por estarem no
artigo da mOI'le, 011 por outro legitimo impedimento, pelo qual no
Faeienlis 3. 8G. dist. cap. 1. de oll'. el poLeslo judie. delrgat. Earb. ad Lex!. .in
C<lp. Quanla? n. 4. PaI. dielo punet. 23. .2. a n. 1 L Abr. dieL. n. 273. Sarro hb.
3. cap. 26. n. 2~. Caict. verbo Excommunicalio cap. 10.
(13) Diximus supr sub num. 1t37.
(14) Cap. QUiNcnli de offie. delegaI. eL ibi Darb. n.i. Bonae. de eeu ur. d.
1. q. 3. pUDeI. 1. n. 2. vers. Addo, Suar. de ceusur. d. 22. seclo 2. n. 1. . .
(15) Cap. Dura de crimin. falso eL ibi Barb. n.1. Farinae. in prax. ertIDIl1.
p. G. de falsit. q. 151. n. 7. . . . .
(IG) Cap. Tua nos '19 de senlo cxeom, et Ibl Barb. n. 2. Abl. dtel. lIb.1O.
seet. 2. n. 286. Y. Tneendiarii. Palaus diet. d. 3. punet 2!~. n, 7. Suar. dio!. srcl.
2. n. 21. Jlonae. d. 2. q. 3. pUTlet. 43. n. !~. Sayr. diet. lib. 3. cap. 29. n. 11.
(17) Cap. ConquesLi 22. de senl. exeom. et ibi .Barb. n.2. PaI. dio!. d. 3.
punet. 24. n. 9. EOl1acin. tom. 3. de eensur. d. 2. q. 3. pUllelo 12. n. 11, Suar.
dict. seet. 2. n. 11. Barb. de poleslo Epise. p. 3. alleg.50. n. 9. Abr. dicL. secl.
2. n. 286. Nav. diet. cap. 27. 11.94. V. odava.
(18) Faoit L. Si quis ita stipulatus lf. de verbor. obligat. 11111aus dict. d. 3,
punet. 2!~. 11.11. Bon. diel. d. 2. q. 3. punel.12. n. 9.Barb. diet. alleg. ?O.n.
!>O. Suar. diel. d. 22. seet. 2. n. 11. TaleI. lib. 1. cap. 35. n. G. Sa}'r. hb. 3.
cap. 29. n. 14.
(19) Cap. Quieumque de sent. exeom. lib. G. eL ibi Barb. n. 1. etde paL.
Episc. p. 3. allegat. 50. n. 94,. Donac. de censo exlr. 13ull. d. 2. q. 3.'pu~eL.15.
Abr. Jiet. sect. 2. n. 287. Filliuc. lrael. H. n. 53. v. 2. eL n. 60. H I1rlq. mSII ID .
lib. 13. cap. !j.:}. 3. til. I? Suar. tom. 5. d. 2. secL, 3. n. 2. enOl seg. . T
(20) Barbos. diet. allrg. 50. n. !H. V. Nola. Abr. diel. n. 287. vers. SUDlI-
Ler pl'OpC unem.
DO AB.CEBlSPADO DA BAlill. 387
pos o recorrer Pal'3 impcll'arem ab olvio da S Aposlolica, SE> dcpois
de cessar o tal perigo, ou impedimenlo no sc apresentarem ao Papa,
tanto quc commodamente pudercm; porque enlo tOl'Do a reincidir
(21) em excommunlJo reservada ao Papa.
1U5 ona: C( Conlra os quc til'o as entl'anhas (22) aos corpos
dos defuntos para os conservar, ou os despedao, ou cozem para se
apal'tal' a carne dos ossos, c os lerarem a enterrar a outra parte: e os
que ordenarem, ou mandal'em que assim se faa. II
1U6 Decima: (C Contra os que do, ou recebem (23) alguma
cousa tcmporal pela entl'ada para professar, ou pela profis o em al-
gum :lIoslcil'O dada ou promettida POI' pacto, ou coudio e no libe-
rai, c gl'atuitamenlc: exceplo o quc se d, e recebe para dote, (2I,) c
sustentao, especialmente da Religiosas. J)
(21) Cap. Eos qui 2-2. de senl. exeom. Iib. 6. el ihi Barb. n. 1. el de po-
testo Epise. p. 2. alleg. 25. n. SO. Abr. dicl. seel. 2. n. 288. Suar. lom. 4. d. 30.
n. 6, et de censur. d. 22. seet. 1. n. 62. SaFo deeens. lib. 2. e. 20. n. 26.
(22) Ex Lrava cr . 1. de epult. ioler commun. 'a"ar. diel. e<lp. 27. n. 105.
S~I~. verbo Excommuniealio 7. n. 79. Barb. de pote t. Epise. alleg. 50. n.103.
Fllhuc. tract. 15. n. 72. Yers. 3. el n. 77.
(23) EXlravag. 1. dc Simonia ''''"ar. in manual. cap. 27. n. 106. Barb. ubi
proximc n. 104. SaFo Iib. 3. cap. 36. num. 7.
(21.) Ex Buli. Clement. VII. uL habelur in eompendio pri,'. verbo :Moniales
~. ull. -arar. dict. cap. 27. !l. 10G. verso Deelaralio prima Sol. dejusl. lib. 9. q.
6. art. _. ad 4.
(25) Extray. grave nimis de reliq. el ,"CDrral. Sanclor. Trid. sess. 5. in deer.
lIe peee. oricrin. ~ utl. Pius ". io ExLraru cr 119.lJui:C ineipit, Super speeula. "a-
'ar. dicl. e. =.n. U. 107. Suar. tom. 5. d. 2:2. seel. 5. n. 30. "arr. lib. 3. cap. ::\0.
n. 10. Memor. Clericorum c.1p. 5. eseom. l~. et cap. 9. excom. 11. Barb. dicl.
alleg. 50. num. 110. Raiuer. iII Calalog. ceo urar. extra Buli. cap. 5. exeom ..1-.
Cl. cap. 9. exeom. H.
. (26) Extra\". 1. de scnt. e:'Ceam. iono,ata a Grc"orio \. Irl. prr Extrav. qu<c
Incil'il. b ip o, de qlla" "aval'. did. cap. :.7. n. 106. Moliua dejustit. tom. 1.
li. 92. Quarallt. iu um. l3ulJarii ,crIJ. Dal<l, el promissa.
388 CO NSTlTUIES
1149 Decima terceira: ( Contr3 os que prcsllmil'em publicar
(27) Iibellos infames em qualquer linguagem, ou fazem, ou tem, ou
publico versos, trovas, ou cantigas de illfamia, ou detraco do esta-
do das Ordens dos Menores, e Pregadores. E os que presumirem pre-
gar, ensinar, ou defendCl', que os ditos Religiosos no esto em esta-
do lle pel-feio, ou que lhes no licito vivei' de esmolas, ou (Iue no
pdem pregar, nem ouvir Confisses, :linda que tenho licena do Papa,
ou dos Bispos, se a no tiverem dos Parochos. E contra os que pre-
sumirem fazei' alguma damnosa violencia nos Jugares dos uitos Prega-
dores, e Menores. E contra os que tem em suas Igrejas, ou Mostei-
ros os A postatas das ditas Ordens, se os no lanal'em rra, lanto que
pelos Frades das ditas Ordens lhes for denullciado, que os uo lcu-
ho. ))
1 150 Decima qual'la: Contra os homens, ou mulheres, (28)
que cntro nos Mosteiros de Freiras de qualquel' neligio que sejo,
segundo a execuo, e declarao do Papa Gregorio XI LI. ))
1151 Decima quinta: Confra as pessoas Ecclesiasticas 011 secu-
lares, que commettcrem Simonia (29) sobre administrar, e I'cceber as
Ordens, ou pl'oviso de qualqnel' Beneficio, ou omcio Ecc1esiastico; c
contra os que nisso so metlianeiros, ou participantes. ))
1152 Decima sexta: Contra as mulheres, (30) qlle com anec-
lados pretextos de quaesquer licenas, e faculdades cntro nos Mostei-
ros de quacsqucr Ucligiosos. ))
1153 Decima selima: ( Contra qualquer pessoa Ecclesiastica,
ou Religiosa de qU:llqner Ordem, (31) posto que sejo Patriarchas, Ar-
cebispos, Bispos, Abbades, ou de qualquel' outra dignidade, que tl'OU-
xel'cm ao Juizo, e foro secular por razo de qualquer pacto, posto que
seja jurado, Oll por ontm via direila, ou iudireit3menLe a outl'a pessoa
Ecclcsiaslica, Collegio, ou Convento em qualquel' aco, ou seja civil,
Oll crime, real, Oll pesso::t1, Oll mixta, cujo conhecimento, conforme adi-
reito, costume, ou por outra via perten.a ao foro Ecclesia ,tico. E na
mesma excommunho de direito reservada incol'l'em os .Juizes secula-
res, que obrigal'Cm are ponder os Ecclesiasticos em seus juizos, d~
)lois que se viel' com excepo de incompetencia, 011 por outra via
constar della: e bem assim os que a isso derem conselho, favor, 011
ajuoa, ou o manuarem f'azCl', ou ratil1carem, e o 110uverem pOI' bom,
sendo Jeito em seu nome, 011 por sua contemplao. ))
115ft Decima oitava: COIlLl'a todas as pessoas de qualquer.~s
tado, condio, e dignidade Ecclesiastica, (32) ou secular, (Jue seJ3o,
(27) Nav. dict. cap. 27. n. 109. Palaus dicl. d. 3. puncl. 30. n. 5. Bon. tom.
3. de censuro d. 2. q. 3. puncl. 3G. 11. li. .
(28) Exlravag. Pii V. qUal incipil: Regularium, junela Edrav. ~rc~or.
XTTI. qure illcipil: Ubi gralire, el alia eju dem Grcgorii XIII. qure incipll: Du-
lJiis. Barb. de polesl. Epise. p. 3. alleg. 10:2. n. 33. eum seqq. , .
(29) Exlrav. Pauli. H. qU<I1 illCipil, Cum deleslabile. Consl. Pii V. qure lOel-
pil, Cum primum. .
(30) Exlrav. Pii V. qU<I1 incipit, Hegularium. Barbos. de polesl. Eplseop.
allgal. 50. num. 235. et alleg.102. n. 85. cum seq. .
(31) Cap. Tnolila, cap. Placuil 11. q. 1. cap. Si diligenli, de foro ~om.p~l,
cap. Quoniam, de immunil. Eccles, lib. 6. 1\Iolus proprius Malini V. qui IIl e1 plt,
Ad reprimenda, sub daI. llomre Kal. Februar. ilnn. H28. .
(32) Molus proprius Pauli IV. qui incipil: Inler treleras, sub dala dlo 2a
DO ARCEBISPADO DA BA WA.
posto que tellhTIo dignidade Episcopal, 0\1 outra maior, qne para alcan-
arem Benelicio fingirem, e siroufarcm que so outras pessoas, c como
ta s se apresentarem tiOS cxames, 011 procur:H'em alcanar Beneficios
em nome de outl'OS, que no sabem disso: ou se per si ou per outrem
oO'crrcerem alguma penso annua, ou seja esla pal'a outros, com espe-
rana de ha\"cl'em delles alguma peoso, ou qualquer outra commodi-
dade temporal por pequena que seja, ou para si mesmos, principalmen-
lO com animo, e teno de renunciarem depois em favor de outras pes-
oas, posto que muilo idoneas, c beoemeritas com penso, 0\1 sem
ella. )
1155 Decima nona: ( Contl'a os senhores tcmpomes, (33) ou
quaesquer outros Ministros de Justia de qualquer diguidade, e pree-
minencia que sejio, que paI' qualquer via impedirem, ou perturbarem
aos Bispos, ou inquisidores nos negocias tocantes ao Santo OIllcio, ou
se intrometLel'ern a julgaI" ou conheceI' do crime da heresia, posto que
o fao com pretexto de assistirem, ajudarcm, ou favorecerem aos di-
tos Bi pos, e Inquisidores, salvo naquillo em que por finc vontade
delles forem requerido, e cllamados. E contra aqueJles que no re-
vogarem logo quaesqucr Leis, Ordenaes, e Provises que tcnlJo feito
sobre o conhecimento deste crime, que eucontl'em os Sagrados Cano-
nes, ou impido a jurisdicO Ecclesiastica. E contra os que sahendo
i'Io uel'Clll para o sol.>redito, conselho, ajuda, ou favor. E conlra os
Onlinal'ios, ou lnquisidol'cs, que permiltircm que os leigos por qual-
quel' via qu seja julguem jUlltamente do crime da heresia,
1156 "' igesima: ( Contra os que matarem, espancarem, (3.")
intimidarem, ou maltratarem IllquisitloreR, Achogauos, Promolores,
Comissarias, Olarias, ou outros quaesquer Minisll'os do Santo Ollicio,
ou dos Bispos, qne em suas Dioceses, 011 PI'ovincias fizerem os nego-
cios tocante ao Santo Offieio, ou aos accusadores, denunciadores, ou
testemunhas dadas Bas causas da F, ou chamadas pal'a testemunhar
nellas.
1157 Vigesima pl'ma: ( Conlra os que commelterem, (35) dCI'-
1'1Iburcm, ou I'ouharem as Igrejas, e casas publicas elo Santo Omeio,
as particularcs dos Ministros deHe, ou quaesqucr outras cou as eom-
muns, ou particulares. E contra os que queimal'em, furtarem le
varem, 011 por qualquer outra via tomarem os livros cartas, es-
Cl'iptlll'aS, papeis rq,~isloS, e quacsquer Outl'OS documentos tocantes
ao Sunto OTieio, ou scjo puhlicos, ou particulares postos ou guar-
dados cm qualquer lugar. E coutra os que se acharem nos incendios,
r?lIbos ou dCSll'lli{'O com al'mas, ou sem ella~, cooperando nas sobre-
dilas cousas, ou impedindo, que seno salvem as pessoas, ou cousas so-
lt~cditas. Contra os que romperem os carceres, ou quaesquer outras pl'i-
soes do Saolo Olheio ou ejITo publicas, ou parficulares, ou tirarem, ou
oy. 107!~. Palans dicl. puncl. 30. n. 8. Bonacin. d.2. q. 3, pUDCI. 28. n. 6,
~atncr. in Calalog. censurar. exlra Buliam cap. 9. excom. 20. Barb. dict. allcg.
50. n. 12'1..
(33) Exlra"ag. Pii \. qm:c incipiL Sanclissimus. Cap. l1l luquisilioJlis, ele
htcrcl. I. 6. jl1nCla clausul. "BulI. Ca:n. lla .. b. ael diel. cap. Ul InqllisiLionis 11.11.
(3'~) Exlrav. Pii V. in OIdine 83. qure incipil, Si ele {Jl'o[egcmlis. Ual'b, do
pul. Episc. c1icL. p. 3. allcg. 50. n. 121.
;35) Dicl. Extra\ag. Si de pl'olcgcndis.
390 co. STITUlES
lanarem del1as, ou do poder dos Ministros algum preso, ou prohibi-
rem, ou lhe derem azo para fugir, ou mandarem, que se fa{'o as so-
brediLas cousas, ou fizerem concursos, ou ajuntamentos. E contra os
que para isso derem conselho, ou ajuda, ou fa\'or, posto que se no si-
ga effciLo de qualquel' das sobrcclitas cousas, c ainl1a que os sobl'editos
scjo Bispos, Duques, Marquczes, Condes, ou de outro titulo, e digni
dade maior. E contra os que tentarem interceder pelos laes delin-
quentcs, ou pOI' el1es pcdirem perdo da culpa incorrerem ipso (acto
na excommunllo posta contra (36) os faotores.
1158 Yigesima segunda: Contra tuda a pessoa, que usurpar a
jurisdico Ecc.lesiastica, bens, uizimos, (37) fructos, I'editos proventos,
offertas, ou quaesquer outras rendas, que pertenro a algum Clerigo,
pessoa, ou Communidade Ecclesiaslica por razo da Igreja ou Bene-
licio. E bem assim contra os que poem sequestro, sendo Ministros se-
culares, ou pOI' qualquer "ia embargo bens, dizimas, fl'uctos ou ren-
das sobreditas.
1159 Vigesima lel'cel'a: Contra todos aquelles, que entro
em desafio, (38) e que se provoco a isso por <JualquCl' modo, que /01',
ou conCOl'l'em ao tal desafio, e nelle servem de padrinhos, ou de assis-
tentes, ou de iutel'lluucios, lenndo recado por palavl'a, ou por escriplo:
ou derem cOl1selho, ajuda, ou favor para o tal elTeito, ou derem cam-
po, ou o assegUl'arem, ))
TITULO LII.
DAS Exc01n1U~HEs POSTAS EM DIREITO SE~I P.ESERYAO ALGDU..
(36) Extrav. Pii. V. in ordinc 106. qUil) incipil: Durum nimis, juncla E~
lrav. 2. dc clect. Extlav. unica, nc Sedc vacanle. Cambar. dc casibus rescrl'allS
cap. 7. n. 23. Barbos. dicl. allegat. 50. n. 121. in fine.
(37) Trid. sess. 22. c. ti. ct ibi Barbos. n. 8.
(38) Bulia Pii V. qUil) incipit, Ea qure an110 1560. Tdibus Novcmb. r1e qlla
Filliuc. tract. 15. n. 95. verso Scplima, cl n. 103. Ciarlin. COllll'Ol'crs. for.clls. !Ih.
1. cap. 1H. n. 2. Conslit. Gregorii xllr. qure incipit: Ad lo\lcnc1um, c(1Il.a ~n~.
1582. Trid. sess. 2:;. dc rcform. cap. 19. Conslit. Clemcnlis' JIJ. qme IllClp~l:
nlins "ices, rdila anno 1592. Quaranl. in Summ. Bullar. vcrbo Ducllum. ~r.
Emman. qUil)sl. rcgul. tom. 3. q. 6J. art. 1. \crs. 12, Sancho in prrecrpl. De-
calog. 1ib. 2. C. 39. n. 19. Jlon. de CCllsnl'. u. 2. 6. punct. 1. num. 1. C)
(1) Cap. Clcrici, vcrs. Jubemns nc Clero vcl !lIol1achi Suar. d. 23.secl....
n. 23. Sayr. lib. 3. cap. 32. n. 6. llalaus dict. d. 3. puncl. 32. n. 3.
DO ARCEBISPADO DA B\IIIA. :391
l'iamente deixTIo (2) o habito de sua Rcligio. E contra. os que scm le-
gitima licena (3) de seus l)relados se vo a cstudal' a alguma Ut'-er-
sitiade, ou a alguns estudos de leltras.
1163 Terceira: cc Contra os Sacerdotes, que ouvirem Leis, (4)
ou Medicina. E contra quaesquer Clerigos, que tiverem (]jgnidade
EcclcsiasLica, se em espao de dous me7.CS no desistirem de ouvir as
dilas 5ciencias. ))
116!~ Quarta: cc Contra os Religiosos, que no (5) guardo o
inlerdicto, ou cesso a Divinis, que virem ou souberem que, guarua a
Catbedral, ~]atl'iz, ou Parocbial do lugar.
1165 Quint:l: cc Contra os Religiosos, (6) que de novo f:lzem
Mosteiros, Convcntos, ou casas para morar, ou mudo as antigas, ou
as transferem em outros com titulQ de alienao sem licena do Sum-
mo l)onlillce, ou privilegio da S Apostolica, e consentimento do Ol'di-
IlUdo.
"1166 Sexta: cc Contra quaesquer Religi(lsos, que presumem
appropriar para si os dizimos (7) dcvidos s Igrejas das teITas nOV3-
mcutc lauadas, e cultivadas, ou de outras, no lhes pertencendo. E
contra os que com fraudes, e outras esquisitas cres os usurpo. E
contra os que defeudem, e no permiLtem pagarem-se os dizimos de
seus familiares, ou de outros que misturuo com o gado dos Religiosos
o seu. E contra os que impedem, que se paguem os dimos das ter-
ras, que eJles do a outros para as culti, aI" se sendo requeridos pela
parle nuo desistem dentro de um mez, ou no reslituem dentro de
dous, o que pelos ditos modos llouvel'cm usurpado. )
1161 Selima: (C Contra os Religiosos, que nas pregaes, (8)
ou cm outras parles presumem dizer alguma cousa, que seja occasio
para di rel'tir alguma, ou algumas pessoas, e dissuadil-as, que no pa-
guem o dizimo, que se deve Igreja. ))
11 G8 Oilava: cc Conlra os Religiosos, que sabendo a for~a desta
obrigao deis.o de fazer (9) cOllsciencia aos seus peniLeutes sobre a
paga dos dzimos, que devcrem. l)
(1'7) Cap. 2. de hrereLicis lib. 6. eL ibi Barb. n. 1. PaI. <liet. dispo 3. punet.
33. n. 10. Donae. tom. 3. de eensuris el. 2. q. 2. punet. 3. n. 6.
(18) Cap. Torerit. d sent. excom. Barb. de polest. Episeop. dict. alleg. 50.
n.200. Hainer. in CalaJog. cen U1'ar. exLra Buliam rapo 7. excom. 8. Lavor.de
Inllulg. p. 2. cap. 23. n. 11. Filliuc. in qurest. moral. LracL. H. n. li3. vers.
Quinla, el n. 160.
. (19) C. Sciant cuncli de clcet. in 6. eL ibi Barb. n.1. et de pole t. Episc.
llIel. allcgat. 00. n. 20:2. Naval'. dicL. cap. 27. n. 123. PaI. diet. 3. punct. 33. n,
3. Bonac. <liel. <lo 2. q. 2. pUllel. 19. ii n. 1.
. (20) Cap. unic. 0<' his qUi\' vi lib. 6. l)al. cliet. cI. 3. punet. 33. n. 7. 'Kav.
dlct. .e, 27. 11. 125. Hegina1<l. lib. 9. prax. num. 3'~6. Caiel. verbo Excommu-
nlcallo cap. 4'1.
(21) Cap. ult. verso Par vel'o de orne. et polest. judie. delcgat. lilJ. 6. Barb.
de polest. Epise. aIlegal. 106. n. 49. Na\'. dict. e. 27. n. 125. PaI. diet. d. 3'
pllnct. 33. n. 6.
(22) Clem. unie. de consanguinilat. eL aITinit. ralo dieL d. 3. punet. 34.
n. 8. 1-;'V. diel. e. 27. n. 1!d. Cai t. verb. ExeomJDuDlCalio cap. !~7. Suar. d.23.
seel. 5. n. 20
(23) Clem. 1. de sepulluJ's. PaI. Jiet. punel. 34. n. 2. CaieI. dict. rerbo
394 CO NSTlTUlES
tos, fra dos casos cm dircito permiLtiJos. E contra os que entcrro
cm lugar sagrado os excommungados declarados, on interdictos nomea-
damenle, ou notorios percussores de Clerigos, ou onzenciros mani-
festos.
1183 Oitava: Contra os que impl'imem, (2.4) ou fazem impri-
mir livros, qne tralo de consas sagradas sem nome de Aulhor. E
contra os que venderem, ou tem em seu poder taes livros, sem primei-
ro serem e~aminados e approrudos pelo Ordiu3rio.
118A Nona: Contra os ([ue prcsumil'em pregar, (25) ensinar,
affirmar, ou defender em disputa publica, que aquelles, que tcm cons-
ciencia de peccudo mOI'tal, e copia de Confesso I', pdem, sem prece-
der confisso Sacramental, I'eceher o Santissimo Sacramento da Eucha-
ristia, por mais conlrictos, que lhes parea que esto.
1185 Decima: cc Contl'a os roubadores das mulheres, (26) que
as tomo por fora para casarem; e os que l!.Jcs do para isso conselho,
favor, ou ajuda.
1 186 Umlccima: cc Contra todas, e quaesquer pessoas de qual-
quer estado, e condio que seja, que compellem, ou constrangem por
medo, ou por injuria a qualquer pessoa, ou seja seu subdito, ou cscra-
VO, ou no, a que se case, (27) ou no case livremente. ')
1187 Duodccima: c( Contra os que constrangem (28) por fora
a alguma mulhel', (exceplo nos casos expressos em direito) quc receba
habito de alguma Religio, ou faa proGsso, ou que enll'c em Mos-
tciro; e contra os que para isso derem conselho, ajuda, ou favor. E
contra o quc sahe, que a mulhel' faz qualquel' destas cousas contra sua
vOlldade, e interpoem para isso sua presena, consentimento, ou aulO-
ridade. E contra os que pOI' qualquer maneira sem causa justa impe-
direm (29) a alguma mulher lomar Yo, ou fazcr voto contra sua
vontade.
1188 c( Alem destas cxcommunhes referidas nesta Constitui-
o, e nas precedentes, lia muitas em c1ircito;motus pl'oprios, e Extra-
vagantes dos Summos Pontices, das quaes Ilo fazemos cxpressa meu-
(30) Na\'. dicl. eap. 27. n. 1M. Sayr. de ccns. lib.L cap. 12. CUIl1 lribus
cqq. Suar. d. ecn UI'. tI. 31. secl. 1. per lolam.
396 C.O~STlTUL.ES
qualiuade, ou condiuo que scja, que pel' si, ou por outrem usurpar,
ou tomar a nossa jurisdio Ecc1esiastica: e os Juizes secularcs, que
procurarcm trazer a seu Juizo as pessoas Ecc1esiasticas, ou tomarem
I]uerella dada nomeadamente contra pessoa alguma Ecc1esiastica, Dum,
GJ,2, ().J,3, e 6H. )
E todo o Ministro da J uslca seculal', que prender algum Clc-
rigo fra de fragrante delicto, Dum. 6h6. ))
Em excommunlJo illcol'1'e toda a pessoa que demandar as pes-
soas Ecclesiasticas perante os Juizes seculares: e a iucolTem tambem
as pessoas Ecclesiasticas que o consentirem, num. 6!t7, e 6h8. ))
Em excommunlJo ipso (acto incorrem os Miuistros ue Justia,
que mandarem penhoraI' os Clerigos, Dum. 652.
E quem fizer Estatutos, ou Acordos coutra a immunidade
Ecc!esi:lstica, ou os no revogaI': e os que os escreverem, e publica-
rem, 11um. 653, 65/', e 655. E qualquer pessoa secular que puzel' tl'i-
butos, ou fintas s pessoas Ecclesiasticas, num. 660.
(C Em es-commuuho incol'1'e qualquer pessoa, que neste nosso
ArceLJispado edificar 19reja, ou Mosteiro, &c. sem liceua nossa, e
quem mandar dizer Missa na Lal Igreja sem preceder a Uita licena,
num. 683, 68!t, e 685.
E qualqucl' pessoa que puzer escudos u'armas nas Igrejas, ou
Capellas, num. 695. \
E qualquel' pessoa, quc puzer Imagcns nos Altares sem serem
approvadas por Ns, Dum. 700. ))
Incol'l'c cm excommunho ~lJSO (acto qualquer pessoa, que ].lu-
zer lm,wcns, ou I1nal da Cl'UZ no cho, nnm. 702. )
Em cx.coml1lunho incorre qualqucr Clcl'igo, que disscr i\Jissa
cm Alt:u' nua sagrauo, e om patena, ou Cnlix uo consagrauos, num.
709.
E Loda a pc, soa, a cujo encargo e tiverem as cousas da Igl'cja,
u lindo clcllas cm actos profanos, 011 em sua casa, num. 713 e 71A.
(C E toda a p ssoa, que der, ou ycnllel' maueira, pedra, e telha
d'alguma Igreja em licena nossa, num. 727.
( Em excommunho ipso (acto incorrc toda a pessoa, quc nas
19l'cja::; se sent:lr em cadeira de e pai das, exceptuand.o as nomcada ,
nUIll. 731. )
cc li quallJucr SaccruoLe lIue disser !\'Ii sa estalldo alguma pessoa
senlada Ilas lac::; cadeil'a , llUIn. i33, c 73h. ))
. cc Em excommullho incorre quem pUZCl' assento propl'io na Igre-
ja, num. 735. II
cc E lj\u'm nas Igrejas, e Auras fizer feiras) ~col1lprar, ou vend 1',
&c. num. 73 . ))
(C b os Julgadores e ~iil1istros da .lu t.ia .ecular, que fizerem
3lldlencia. OLl outro a Lo (10 jurisdicTto nas Igr ja , ou cxecuo, 'm
(Jue huja pena ue morLc, HUlIl. 739, c 7110.
50
3US CO NSTlTUIES
II E quem ncllas fizer danas, ou nos Adl'os jogos profanos, num,
7112. I)
TITULO LlV.
DA SUSPEiSO, A QUAL CEiSSURA ECCLESIAST1C.~, E EM QUE CONSISTE
A SUBSTANCL~ DELLA.
(IS) Dicl. Extrav. Ad vitanda. Nav. ubi pl'oximc Pal. dicl. dispo Li-. pun-
el. 6.
(I) Texl. iu cap. Is cui, de entenl. excom. lib. 6. ubi Darb. n.7. AlieI',
deeenslll'. 10m. 2. d. 6. C. 3. \'l?I'S. Seclluclo diximus.
(2) Copo Is cui ~O. de enl. excom. lib. 6. et ibi na1'b. n. 7. Alter. de cen-
SUl'. 10m. 2. dispo 6. cap. 3. vcrs. ccundo clixtmus.
. (3) AlieI'. dict. cap. 2. V. Qnid dicendum. llarb. ubi proximc n.4. Abr.
dleI. 11. 473.
(1.) Barb. uhi supr n. o.
(5) Aller. dict. cap. 3. V. Respondct. Darbos. 11bi supr num. 5.
I: (6) Clem. CUpiCDI V. Qui vel'o scienler, de prenis, Nav. dict. cap. 27. n.
lu3. Vcrs. OClavo inferlur. Barhos. ad dictam Clcm. Cupientes num. 1.
(7) Sylv. in Sumo verbo Suspensio n. 5. Aller. dicL. cap. 3. V. Sccl di cre-
panl.
.4.02 CON TITUIE '
TIT LO LVI.
DAS PENAS, ElI! Q E lNCORREM OS SUSPEl'iSOS, E QUEM rDE LEYAl'iTAR
A SUSPENSO.
(I) Cap. 1. de senl. et re judicata lib. 6. cap. Cum medicinalis de senl. e1-
comm. eod. Iib. Exlav. Pii II. qure incipiL. Cum ex Sacrorum. Nav. dict. cap.
27. n. 163.
(2) Consl. Ulyssip. lib. 5. liL. 32. dccr. L
(3) Glossa in cap. Quia soope, "erho Doncc, cle elecL. lib. 6. el in Clcm. 1.
verbo Donce, de decimis. Palaus dicL. cI. 4. puncL. 9.11. 1. Abr. dicL. 1. 10. secl.
2. n. 477. Na\'. dict. cap. 27. n. 161.
(4) Palaus dict. pllncL. 9. n. 10. Naval'. ubi proximc Syl"esL. verb: SllspeD-
sio q. 8. Ugolin. lab. 4. de censo cap. 16. ~ 1. Sayr. lilJ. 4. Thesaul'l cap. 17.
n. 3~.
(5) Palo dict. n.10. cum Sayr. 'av.al. el Ugolo uI i proxime. .
(6) Rlt.. Rom. de_Sacrament. Prenlt. ,:ers. De modo absol"endl suspcnsi-
lIe. Naval'. cllcl. cap. 2/. n. 161. V. Sexto dlco. .
(7) Argum. cap. Cum infrior de maiorit. et obedient. tale StJaI'e~ dc.cc~
Sur. d. 29. sect. 1. n. 15. llonac. simi1. tracL. punct. ulL. n. 5. Sayr. hlJ. o. c
censo cap. 17. n. 11. . b fi 5
(8) Gloss. communitel' recepla in cap. Cupienlcs lI.-
C. lerum, vel: o. 111 5
pensos de elecl. lib. G. el in Cl m. 1. ~ Vcrnm, verb. Excom m.ll I1Ica I10
senl. de hrereL. Sylvesl. verbo ~uspcJlsio q. 8. VCl'S. Tcrlium. Covar. I~ 4fc;.~.
2. p. C. 6. U. ilL PaI. dict. d. 4. pUl1cL. 9. n. 2. Sancho lib. 3. de Malrlm. . -'
DO ARCEBlSPAl)O DA BAJIIA. ,f03
solver ueHa os Bispos, mas se perpeLua nos casos, e circunsLancias,
que o direito ordena, pdem os Bispos (9) absolver della. E quanllo
a suspenso se poem com algnma condiao, ou cit'cUllsLancia, guardada
a frma della, e sJtisfeita a condio, pdem (10) os Bispos absoh-er,
como tambem quando posta a beneplacito do Prelado. E as suspen-
ses postas ab hOln'ine se podem levantaI', e ausolver pelos Juizes, que
as puzero, (11) ou por seus legitimos Superiores.
1207 E posto que nesta materia pde haver oecasio em que os
PJ'elados, e mais Confessorlls ordinarios Lenhfto para si, que pdem ab-
solver da suspenso posta em direito sem reservao alguma, assim
como por permisso do mesmo direito pdem absolver da excommu-
uMo, que no reservada, declaramos (12) que no milita a mesma
razilo na suspenso; porque como a excommunho traz muito prejuizo
cm impedir a commUlliea'o dos suffragios, e particjpa~o dos Sacra-
mentos, que a suspenso de ordinario no tira, sempre a Igreja quiz
que as exeommunhes, que no so reservadas, tivessem o remedio
mais faeil; e fazendo algum Pal'ocho, ou Confessor o contrario ser cas-
tigado gravemente como parecer.
TITULO LVrI.
D.\S SUSPENSES POSTAS EM DIREITO, QUE SE HiCORRE~I-Il'SO FACTO.-
cap. 5. el ibi Barb. n. 3r~. Eonac. lomo 3. de eell UI". dispo 3. q. 1. )JUIlCt. 1.2. II.
1. l'alal1s dicl. d. !~. pUlleto 10. n. 1:>. Hebuf. in prax. bener. tiL. de Oel'lc. ad
Sacros Ordines male promotis 10105. 1. n. 4.
(1: 'Irid. sess. 7. de reformato copo 10. el ibi Barbos. U. 2.
(6) 'Irid. sess. 7. de reformo C. 10. et ibi Barbosa n. 2. o.'
(7) Cap. Solicitudo 1:>2. disL eap. 1. de Cleric. per saHum promoLo. Ind.
sess. 23. de r formo cap. 'l4. eL ibi llarbos. n. 5. Palaus. dicL. PUllct, 10. n.~.
Svhest. verh. Irregl1laritas q. 1 I. Sol. in 4. disl. 25. q. 1. 3rl. 3. ~al'. cap. 2a.
n~ 71. el. cap. 27. n. 2'14. Suar. de censuro d. 31. scct. Ln. 85. BOIl. Lom.3.
de censuro d. 3. q. 1. punct. 2. n. 1.
(8) EXLral'ag. AnLiquin Joann. ,XII. devoto. P,I!. dicl. puncL. 10 n. 10.
Bon. tom. 3. de censuro d. 3. q. 1 . punct. 7. n. 1. Gaspar. Hurtad. de suspenso
dilficlllt. 13. n. 40. Coninch. d. 15. dub. 1:>. n. H.
(9) 'IcxL. iu cap. Cum illorum 32. de senl. cxcomm. el ihi Barb. n. L
(tO) Cllp. (luod quidam SI. Quamvis, SI. SeicndlllJ1, cap. (;ratiaru, cap, SIJ.-
luimus i. q. 1. cap. 1. el2. de Sehismat. Pa\alls. dicl. PUl1cL. 10.11.2. Sal'"
lib. !~. 'Ihesauri. C. J4.. n. 4. Sllar. d. 31. secL L n. G!~. Uonac. elid. d. 3. q. I.
l)unct. '10. n. 2. . . 'I
(11) Cap. Tanta, cap. l'enUlL de Simollia. Exllal'a". 2. eoel. 11l. .P<l1. g.J;i~
pllllCt. 10. 1. n. 12. Suar. I. 31. sec I. 1. n. 34. Hurlad. de Susp 1151011. I
eulL 13. n. 37. Conille.]. rI. 15. dub. 5. n. 18. .
('121 Cap.. Quia i.C~ '~~. de cl~cl. lib. 6. Clel~1. Slallltllm ~Ofl. rlt. r~:
pra:: nll ele olhe. OnJ. Iii). ti. PaI. dlL. Pnnd. 10. 3. li. 8. Suai. U. 31. se
3. 11. 3. Dome. d\;L U. 3. q. 'I,. puncL 15. pel' lolum.
DO ARCEBiSPA.DO DA BAHIA. 405
ao Prelado defunto, ou que se auquircllI no tempo dd vacalm', e se
lJajuo, e devo reServaI' ao futuro successol', ou di pender em utilid"ue
da mesma 19l'eja, est imposta suspenso do omcio, e Beneficio, at
que plenariamente rcstituo o que muI Icvl'TIo, gastro, on dilapid-
ruo na forma sobl'edita.
1220 Decima terceira: Aos que oppuzerem crimes, (13) ou de-
feitos, e os no provarem, aos providos cm dignidades, ou Conezias,
e t imposta suspellso dos Beneficios, que tiverem naquella Igreja por
tres auoos.
1221 Decilll1 quarta: Aos Juizes (1h) Ecclesiusticos, Ordinarios
ou Delegados, que por fUVOI', ou peita fazem em Juizo alguma cousa
em damno de uma das pm'tes contra justia, e conscicncia est impos-
ta suspenso tio Omcio Sacerdotal, e do de julgar por um anno.
1222 D cima quinta: Aos Juizes Consenadores, (15) que co-
nhecerem de outras causas fra as de notorias injurias', Oll violellcias,
ou e tenderem sua jll1'isdio a oulras causas, que requererem plcnario
coohecimento, est imposta suspenso do omcio Sacerdotal, e do de
Coo ervador por um anno.
12:.,3 Dccima sexta: Aos Pal'ochos, (16) ou quaesquer outl'OS
Sacerdotes, seculares, ou Hegulures, que como Pal'ocho assisliTelll
aos Matrimonios de presente, ou derem as benos nu pciaes a fregue-
zo. de outra Prochia sem licena dos proprios l);ll'ochos, est imposta
suspensITo, a qual dlll'a at que sejrro absoltos della pelo Ol'dinurio da-
queIJe PUl'ocho, a qu"m compelia assistir ao Matrimonio.
1221, Decillla selima: Aos AbJ aues Rrgulal'es, (17) e quaesqucr
outras pessoas, posto que isentas, que ordenarem de prima tonsura,
ou de Ordens Menores; e bem assim as sobreditas pessoas, Cabidos, ou
CommulliLladcs, posto que isentas, que concedel'em dimissol'ias, ou
rcverendas para serem ordenu<.las das Sacras quaesqller pes oas qlle
no sejo seus subditos, est imposta suspenso do omcio, e Beneficio
por um anilo.
1225 Decima oitava: s \.bbadessas, (18) e Prioressas, e ql1aes-
qucr outras Superioras dos Mosteiros das Relcgiosas, que um mrz an-
t<~ti da profisso de qualquel' HeJigiosa no fizerem. sabedor dclla ao
Bispo, ou em sua ausencia tiO seu ProYsor; est imposta suspenso de
seu omeio at o heneplacilo do Bispo.
1226 Dccima nona: Aos Religiosos, que presumirem levar, (19)
. (J3) C~p. 'I. vcrs. Qui ycro de cleet. lib. 6. Cilp. Si Compromis arius v. TIl
Idcm cod. lil. cllib. cl ibi gloss. verb. ln illiu bcncl1ciis.l)a1. diet. 3. n. 5.
Bonac. dicl. d. 3. q. 4. punct. 9. n. 8. Suarcs d. 31. scel. 3. n. iI. in I1n. }fil-
Ilue. lrael. 17. e. 6. q. 8.
, (1I) Cap. Cm relerni 1. dc scnl. elrcjuc!ie. lib. 6. eL ibi Barb. n. i./.. ct
S. PaI. diel. 3. II. 10. Nayar. eliet. cap. 27. n. 157. Sayr. lib. / Thcsauri cap.
13. n. 3. Suar. d. 31. ele cen UI'. scel. 3. n. 16. 13ooae. dieLa r\' 3. q. 5.
(15) Cap. Uae eonstilulionc de 00'. cl putesl. judic. deleg. lib. 6. cl ibi Bar-
bo . n. 17. PaI. dicl.. 3. n. 9.
(16) TrirI. sess. 2q dc rerorm. malrim. cap. 1. Yers. Quod Si quis farochllS
~al. dicl. C\. 4. puncl. 10. 2. n. 2. Bonac. diel. d. 3. q. 3. puneL. 5. n.7. Fil-
IIIIC. lmcL 17. cap. 6. q. 4. n. 101.
~ (17) Cup. ullusdc lemporih. Ordinal. lib. 6. juncLo Trid. sess. 23. ele ('c-
orm. ('.10. Barb. ael dict. Trid. TI. 20. el ac1 tcxt. III dicl. cap. l'ullus num. H.
(11)) Trid. scsS. 25. d Uegulal'ih. <'tl\lonialib. cap. 17. cl ihi Barh. [10m. Hi.
(19) Clcm. I. de LI cmis Pai. diel. d. /.. puncL. iO. ~ 6. n. 4. 5(1)'1'. lib. 4.
51
4.06 CONSTITUIES
e usurpar os dizimos, que lhes no pertencem, ou prohibirem que se
no paguem dos gados de seus familiares, ou de outras pessoas, que
misturo o seu gado com Odos Religiosos, ou sobre isto usarem de
fl'aude, ou engano, e sendo requeridos 11o desistirem dentro de um
mez, ou no restitll'em dentro em dous, est imposta suspenso dos
officios, Beneficios, e administraes, que tiyerem, e no os tendo, ex-
commun1lo ipso (acto.
1227 Vigesima: Aos que contra a ordem, que a Igreja manda
guardar, celebro em lugares interdictos, -(20) est posta suspenso do
olficio, e Benel1cio, e pOl'-oulra via ab ingressu, Ecclesiro, em quanto no
derem satisfao a arbitrio do Prelado.
1228 Yigesima primeira: Aos que celebro diante de excommUD-
gado, (21) ou de inderdicto, e o admittell1 aos Officios Divinos, ou se-
pultura Ecclesiastica, est posta suspen o ab ingressu Ecclesire e s
pdem ser dispensauos pelo Bispo, depois ue darem a djyida satis-
fao.
1229 Vigesima segunda: Os Juizes Ecclesiasticos, que promul-
go sentena de excommunho (22) contra alguma pessoa sem preceder
admoestao Canonica, e sem e tarem presentes pessoas idoneas que
posso testemunhal' do acto, flco ipso jure suspensos por um anDO ab
lgressu Ecclesiro.
1230 Vigesima terceira: Os Juizes Ecclesiasticos, que do sen-
tena de excommunho, suspenso, ou interdicto, sem a prem Jlor
escripto, (23) 1pSO iure fico suspensos ab ingressu Ecclesire, por um
mez, e se dentro dene celebrarem, fico ilTegulares com reservaro
S Apostolica.
1231 Vigesima quarta: Os Clerigos, que vi"em em publico con-
cubinato, (2") ou em estado de notoria fornicao, tanto que o crime
chega a ser notorio ipso jttl'e, fico suspensos do offieio, e Beneficio; c
se celebrarem, sem primeiro serem absoltos da censura por nossa or-
rlem, contrahem irregularidade. E para os Clerigos de Ordens Sacras
incorrerem esta censura, (25) basta ser o delicto notorio, ou dejllre ou
por sua proJ1ria confisso, e sentena, ou to divnlgado, que se no
possa encobrir, nem por razo, nem pOJ' negao, ou eSCllsa pJ'o\~ve!.
1232 Alem destas suspenses oa outl'as muitas postas em ~lIr~l
to, e nas Extravagantes dos Summos Pontifices, das quaes aqUI nao
fazemos meno, porque umas dellas pertencem aos Bispos, e Prclados,
e assim no so necessul'ias para o go"Cl'l10 <1os subdiLOS; outras se
no ptlem applical' neste nosso Arceblspado; e outras pertencem a
cap. 13. n. 10. Suar. d. 31. scct. 6. n. 9. Bonac. dict. d. 3. q. 8. punct. 8. Fil-
liuc. (ract. 17. cap. 9. n. 169. .
(20) Cap. Tanta de excessib. Pn:clalor. cap. Is, ql;i in Ecclcsia, Is vcru
de sento excomm. in 6. cap. Episcop0J'llm de privilcg. eod. lib. 6. D
(21) Jura proximc alleg. Suar. de cens. d. 12.5 cl. 1. n. 9. el 10. D .
ad elemento 2. de sent. excomm.
(22) Cap. Sacro descnt. excomm. cap. 1. desent. excom.lib.6.
(23) Cap. 1. de sento excom. lib. 6.
(24.) Cap. 'ul1us, cap. "Prreler 32. disto C. Sciscilanlibus, el cap. ulL. de co-
habit. Clcr. aval'. in manual. cap. 21>. n.7(J. o
(21)) COlIslit. U1yssipon. lib. 1>. lil. 36. deCl'. 1. ln principio. SerI a.l~enr~_
jure novo Concilii Tridenl. ('ss. 25. d reformo crlp. 14. Qllid dicenl1um slL.
de Ila1. da censuro dicl. d. 4. puul. 10. I\) fL n. 5. VClS. Ve~'l1l c lo.
'1
DO ARCEBISPADO DA BAlIIA. 407
pessoas, e lugares pal'ticularcs, e se pdem ver nos textos, e (26) Dou-
lores, que tleHas trato'.
TITULO LVllI.
-r DA DEPUSIO, E DEGRAD,\O,
TITULO LX.
TIT LO LXr.
DAS COUSAS, QUE SE l'ROHIBE:M !'iO TEMPO DO J1'iTERDlC'fO.
(1) Cap. Quod in le de pO'nit. el remisso c. "on esl de sponsal. Suar. d. 33.
sec lo 1. n. 38. Bonac. de InLerdicto 3. Si 3. a num. !~. ubi cit. Avi!. Ugolin.
eL llemiq. .
(2) Cap. Non esL de sponsa!. Sayr. dict.lib. 1>. cap. 7. a n. 34. Suar. uhl
proxirne n. [14. Donac. ubi supm n. 3. Henriq. cap. 45. n. [~. Avi!. p. 5. d. 4. se-
cl. 1. dub. 8.
(3l Cap. PermitLimus 57. de senL excom. cap. Quod in le in priocip. de
pO'nit. et remisso Suares dicta sect. 1. a n. 21. lJonac. dict. pUDeI. 3. Si 2. a o.i.
na!. dict. d. 5. punet. 4. Si 1. n. 9. et 1'1.
(4) Cap. Noo est de sponsal. cap. Ex rescripto dejurejur. De privo coocesso
a Donil'acio vnr. iorra dicemus sub num. 1214.
(5) Cap. Episcoporum de privileg. in 6. Clem. 1. de Sepultur. Pal dict.
3. D. 10.
(6) Cap. Quod iu le de pO'lJil. et remisso cap. Cum planlare de privilcg.
cap. Episcoporum eod. Lil. )ib. 6. cap. Si clvilas de senl. excom. eod. lib. 6. PaI.
dicl. d. 5. pUDCt. 4. Si 3.
(7) DedueiLur ex cap. Alma maLer Si Adjieimus, et ibi DD. de sento excomID.
lib. 6.
(8) Argum. cap. Quod in te de peenit. et remisso ibi: Quod exterins, &c. Su-
ar. dict. dispo 34. sect. 1. num. 19.
(9) D. Antonin. 3. p. til. 27. de ln Lerdict. cap. 4. Nav. cap. 27. n. 177.
(10) Sayr. lib. 5. cap. 9. n. 7. et 13. Consl. U1yssipon. lib. 5. LiL. 40. decr.
1. Si 2. foI. 5~4.
(11) D. Anlonio. eL 'aval'. ubi proximc Suar. dic!. loco n. '17.
(12) ConsL U1yssip. ulJi proximc Drach. til. "6. consl. 4. n. 10. foI. 585.
Portuens. lib. o. til. 28. cunsl. 3. verso 5. foI. 627.
(13) Cap. Permittimus de senl. excomm. junclis traditis ii Sayr. el au eo
cilaLis dicl. lilJ. 5. cap. 5. n. 6. eL7. Nav. rlicl. cap. 27. n. 173. Darb. ad lexl.
in cap. Alma mateI' de seut. excomm. lib. 6.
('14.) ld dietum cap. PermiLlimus de senl. excomm. Sayr. uLi supra Suar.
dict. r1. 31~. sect. 2. a num. 1. . .
(W) Sayr. dict. lib. 5.e. 5.11. 33. cumCo\'. a\'. eLaliis ab eocllaLJS.
(16) Cap. Quod in Le de pomit. el remisso PaI. dict. Si 3. n. 2.
DO ARCEBISPADO DA BAHIA. 411
cm lugal' sagrado, e o mesmo sendo Icigo se tivcI' Bulia, (17) ou algu-
ma concessuo, que IIJe d este privilegio; e nestes casos ser~l o cntcrro
sem pompa, e sem se trangerem sinos, e as excquiasquc se lhe fizerem
sero s portas fecharias, e sem concurso do povo. No sendo o de-
funto Clerigo, nem tendo privilegio, ser enterrado lora de lugar sa- _
grado, (18) e lio sc lhe faro Omcios Diyinos; e os que a sim forem
eutenado , lerautando-se o intenlicto, sero trazidos, e enterrado (19)
emlogar sagrado com pompa, e ento se lhe faro os Omeios costu-
mados.
TITm~o LXII.
DAS CAUSAS CO:'iCEDIDAS l'O 'fE~IPO DO INTElIDlCTO, E SUA AnSOLVlO.
LivilaLib. deseoL. exeom. lib. 6. eLibi gloss. verbo A sumpLionis,juncLa reg. cap.
Quod die 75. disL. Eugenius IV. in. ExLrav. ExcellenLissimi. liloss. verbo Rel'c-
laLulll in Ctern. 1. de rcliq. eL veneraL. SallrLor. J.eo X. uL hahelur iII comp.en~.
privilegior. Orei. l\Icndieant. verbo ConrcpLio ~ 1l. Bulia l\IarLini. V. qll mCI-
piL, Tneffabile. PaI. dict. d. 5. pUlleL. Ij.. Si 1. ii n. J8. .
(12) Gloss. verbo AssumpLionis in dieL. . ln l'csLiviLaLib. llarh. ad LexL. II!
rapo Alma maLer n. t7. Sol. in 4. d. 22. q. 3. arL. 1. po L. jIj.. eonel.
(13) {la!. uhi proximc n. 20. verso l'iniulILllr. Henriq. lib. 13. Cllp. 17.n.
3. SaFo lib. f:. cap. '13. num. 8. Suar. d. 3[~. seeL. 3. n. 22. l\Ietlin. in Sumo hb.
1. cap 11: Si 13.
(H.) Cilp. Alma maLer ele sento exeom. lib. G. Si Aeljieimlls.
(15) Hcnriq. lih. J3. Cilp. 47. n. 2. Sayr. dieL. lih. 5. cap 5. n. G. cL7. CulU
mullis i1b eo eiLatis.
(16) Silyr de eensur. 1. 5. e. 15. n. 6. UiL. Horn. de Saeram. llreniL. LiL. de
modo ahlolvendi ii suspenso vel inLerdiL. PaI. d. 5. de eensur. pUllel. 7.. 2. n.
li.
(17) TIL LeoeL PaI. ubi proximc. Suar d. 36. secL. 4. et d. 38. seel. 3. de
censuris.
(18) Gloss. verbo Donee in cap. Non e Lde sponsal.
(J9) Cap. Cum <tb Eeclcsia\'lJm de Offic. Ord. Sylv. verbo InterdieLlIlI 3.lI.
16. q. 10. Suar. d. 3 . de eenSIlr. secL. 2.
(20j yJv. uhi. pr'(imc.
(2t) Cap. Nupcr de senl. cxeom. Sylv. t1ieto ll. 16.
DO ARCEBlSPA.DO DA BAHl Id3
TITULO LXIJI.
DO Ii'iTERDIGTOS POSTOS EM DIREITO, QUE PERTEi'iGEM MAIS AO GOVERl"O
DE [';OSSO ARCEBISPADO.
TnULO LXY.
DOS EFFE1TOS DA CE.SSAO-A OIVH\lS.-
TITULO LX' L
D.\ Rli:LAXAO DA CESS.\O-A UIYli'iIS,-E PENAS QUE INCOIl.RE:U os
Q 'E A NO GUA1\DO.
(20) Laym. ubi proximc vcrs. Dc Sacramcnto. Sayr. dicl. cap. 7. n. 33. PaI.
dicl. pnnct.~. 1. n. 20. verso Si infirmus nullum aliud Sar:rarnc.nlum ..
(21) Suar. Llict. scct. 2. num. 28. ctseqq. AlLcl". tom. 2. de Intcrdlcto c..1po
S. pago 323. et scqq. Donacino dict. pllncL. 3. proposit. 3. n. 8. Filliuc. dict.
tracl.1S. cap. 7. II. 179.
(22) FillillC. ubi proximc n. 18 l. Avila de censuro d. L dub. '10. Donac.
dicL. n. 8.
(23) Consto U1issip. lib. 5. til. li9. drcr. 2. ~ 1. Dr::.char. til. 47. con t. 4. n.
6. fol. 600.
(2'~) Quos. rcfcrl. AlLcr. pago 317. coI. 2. in principio.
(25 Suar. dicta scct. 2. num. '11. Altcr. dict. cap. 3. pagino 317. lilcr. D. et
scqq. coI. 1. ubi optimc.
(1) Suar. dict. do 39. sect. ft.. no 1. Henrq. lib. 13. cap. 52. Sa)';,. ue cen-
suro cap. 18. n. 7. li'illiuc. dicot.lract. 18. cap. 70 n. 186. Rcginald.lib. 32. tracL.
3. n. 82. Dou dicL propos. 3. n. L. PaI. d. 6. de ccns. puncL. lo ~ .5. n.l.
_ .(2) Pa!. ubi proximc. Henriq. tib. 13. cap 52. n. 3. Sayr. (ltct. cap. 18. n.
lo FI\llUc. dict. lract. 18. n. 18 oBono tom. 1. d. Go d ccssat. punct. 3. posto
num. "12.
n) Capo Quamvis de oiT. 01"(]. libo 6. Aller. d. 2. cap. G. ycr . D cimo.
418 co~. TlTUrIS
quer dar lugar a esta composio, (4) pOl' e-vilar um damoo to gl'an-
de, como o que cau a a cessa{:o D-iV1.
1263 As pessoas que no guardo a cessao Divin pec.co
gravemente, (5) conforme a qualidade da materia elO que llLo; e os
Religiosos que a no gual'do, guardando-a a S Cathedl'al, latriz,Oll
Pal'ochial dos lugares em que moro, incorrem (6) cm pena de eXCOtn-
munho: porm se a S, Igreja Matriz, ou Parochial a no guardarem,
lio illCOl'l'ero na dita pena, mas sendo ena legitimamente p03la, selll-
pl'C deycm ser castigados pelos Prelados, ou pc oas, que puzero a
cessao D-ivirn's, pelo peccado da desobedi ncia que commellcm,
porque conforme o Sagl'ado Concilio TridcnLino (7 J lhes lico sujeitos
neste caso, ainda que pOI' outra "ia sejo isentos.
1264 E porque a cessao Divin regularmente se poem so-
bre o interdicto, como nestes casos aquelles, que quebro a cessaTIo,
qllebro tambem o intcrdicto, todos eltes fico incorrendo naqllellns
penas que o interdicto traz com sigo. E quantlo fOI' })OsLl per si s,
sem preceder interdicto, sero os transgressores deDa castigados por
Ns, ou nossos Ministros com as penas arhitrarias, (8) que merecei'
Slla culpa, visto no l1aveJ' pena particular imposta em di reitoj e por
esta l'zo o CI(~rigo que quebrantar a cessao Divinis, sendo vosta
per si s, no incorre irregularidade (9) por se no achar expres nem
direito.
1265 Conforme o direito Canonico, os que pocm a cessao li
Divlis sem legima causa, lico obrigados (10) a dar sutisfao Igre-
ja da injuria, que lhe fizero, conforme ao que se julgar; e tem lambem
obrigaO de restitul'em aos Clerigos, e Beueficiados as perdas, que lhe
dero, e as distribuies (11) de que ficro defraududos. Porem se
puzero a cessao D;inis legitimamente, os delinquentes que de-
ro causa a ella fico com este encargo (12) todo, e os Prelados, Jui-
zes, ou Communidailes, que pllzero cessao, os pilem, e deYl'1l1
obrigar a fazer restituio retardando-ll1es a absolvio at salisl;\zc-
rem, ou ao menos darem sulficiente cauro, e serem condemoados
(13) cm pena pecuuiaria a seu 31'bitrio em compensa.o do devido oh-
sequio, que se tirou Igt'eja, applicada em augmCJ~to do Divino culto,
.
DA VIOLAO DA IGREJA
. (to) Est similis Cnst. J"Egitan. lib. 5. tiL 12. c. 2. foI. ~.62. Porlucns. lib,
5. til. 30. Consl. 3. v. 1. foI. 645.
(11) Cap. ult. de con ccr. Eccles. Eccles. Constlluciones proximc cil al !ll9
(12) COIlSt. lEgil. dicL cap. 2. 2. foI. 463. PorL ubi proximc verso ~
fol. 6~6.
(13) Cap. Si Ecclcsia de consccl'. Ecclcs. Const. UI~'ssip. lib, 5. tit. 50. deel'.
7. 3. foI. 556.
(1) PaI. ueccn UI'. d. 6. punct. 1. a li. 2. Sayr de cen uris. lib. 6. cap. 1. n.
16. ct seqq. Naval'. in manual cap. 27. n. 191. Ugolin. de irregular. c. 1. d ~.
Suar. de ccnsUl'. d. !lO. secl.. 3. li mip. I. 1f~. cap. 1. n. 2. FI'. Emman. Bo n-
gues qUlI!Sl. regul. tom. 1. q. 24. art. 1.
no ARGEmSPAno DA BUHA.
to, (2) ou nbahilidade imposta por direito Canonico, que inhalJilita o
homem para recelJer Ordeu , e administrar asj recebidas: no tem lu-
gar seno nos sugeitos capazes ue as tomar, e assim no incor-
rem Tlel/a as mulheres, (3) nem os homens, que no forem baptizados:
(h) uo se incorre irregularidade seno nos casos expressos, (5) e de-
clarados em direito e s pde ser posta (6) pelo Summo Pontifice.
1286 Este impedimento, (7) ou nasce por razo de algum defei-
to ou por razJo de algum delicto: o que nasce de defeito, puzero os
Summos Pontifices, \8) considerando a perfeiO, e decencia, que se
requer nos Ministros do Altar, e cousas DivJ1<Js, para que nuo bou-
vessc nenes cousa que 1'0 se occasiJo de escandalo, ou diminusse a
autoridade e respeito que se lbes deye.
1287 A que nasce de delicto suppoem (9) culpa extemil, e ain-
~a depois de perdoada, e feita pr-nitencia contina esta irregularidade;
porque se no tira em quanto (10) se no alcana dispensao della. A
irregularidade, que nasce de defeito cessa (11) com o mesmo defeito, e
algumas vezes (12) no impede o e-sercicio das Ordens, ainda que sem-
pre impedimento .para que se tomem; e a que nasce d delicto, sem-
pre impede (13) assim o tomar, como o exercitar as Ordens.
1288 O irregular fica tambem incapaz de rece]Jer (1ft) Beneficio,
quantlo a irregularidade de qualidade, que tira todo o exercicio das
Ordens, mas no quando s01ente impede algum exercicio dellas; e POI'-
isso o CI rigo, que perdeo parle da mo (15) necessal'ia para celebrar e
ficou habil para todos os mais OJncios, se julga por capaz de BeneHcio,
que no r queira celebrao de Missa' e ainda que seja eITeito tia irre-
gularitlade a inhabiljdade para Beneficio, no se entende na conlral1ida
por delicto' porque esta no priYa (16) de Beneficio, que de antes se ti-
nb a 1'pSO.7u1'e .
1289 Do mesmo modo que a irre~ularidaee impedirneto para
Bcnelicios, o tambem para PreJazias, (17) ainda que sejJo Regulares,
(2) PaI. dict. d. 6. punct. 1. n. 2. Reginald. lib. 30. tract. 2. c. 1. n. 2. et
DD. proximc citati.
(3) PaI dicL d. 6. llunct. 2. n. 3.
(4) Cap. 1. cap. Veniens de Presbyt. non baptizat. PaI. dicto n. 3.
(5) Cap. Is, qui. descnt. excom. lib. 9. et ibi. Barbos. n. 4. PaI. dielo
punclo 2. n. 1. in principio.
(6) Suar. de eensuris. d. 40. sect. [~. n. 7. Avila p. 7. dispo 1. in fine. Bon.
tom. 1. d.. 7. p. 1. pllnclo 2. num.1 et 2. PaI. dieto punct. 2. n. 1.
(7) PaI. diclo punelo 1. num. 3.
(8) Cou t. IDyssip.lib. 1>. til. 52. in principio.
(9) Coval'. in Clem. Si furiosus. 2. p. 11.1>6. PaI. d. 6. punct. 3. n. 1. vcrs.
Quocirca. Abr. dicl. seet. 4. n. [~91.
(10) Tambur. lib. 10. tract. [~. de irregularilo cap. 23. ~ 3. n.1.
(11) Suares. de ilTcgularit. d. 7. q. 5. punct. 2. n. 1>. Tamb. ulli proximc.
(12) PaI. dict. d. 6. punct. 5. n. 3. DD. ado cap. 2. de Clerico rogrotanle .
. (13) Cap. fino de temporib. Ordin. cap. Inqui itionis. 21. de aecu alo PaI.
ubl Jll'oximc.
(1li,) Cap. 2. de Clerico pngnante ia duello. Trindenlo sess. 14. de reformato
cap. 7. PaI dicl. d. 6. pUllet. 5. num. 5.
.(15) Cap. 2. de Clerico regrotante. llonaein. d. 7. punct. 4,. CJ..1. n. 2. Pala-
us dlct. pllnct. 5. n. 3. et 1:. DD. ad texlo in cap. 7. de cOl'pore vltlalo. .
(16) PaI. dicto pllncto 5. n. to. BOl1acin. dicto pll.1Ct. 4. n. 8. Covar. 1I1
Clcm. Si fUl'iosus de homicid. 2. p. 3. n. 6. Suares dieta. sec I. q.. n. 32.
(17) BOllac. diet. punet. 4. n. 12. Pal. dirlo punct 5. n. 8. Suares d. 40.
sect. 2. 11.12. 28. 42. ct 45.
COi\~STITUIES
(11) Cap. Nuper, Cap. DcbiLum de bigamis. c. Cognoscamus cum aliis. 34.
disL. Paul. L ad Tim. 3. Sayr. lil.J. 6. Thesau.i. cap. 3. n. 3. Ila!. dict. d. 6.
lJunct. 8. o. 2. Abr. clict. O. [~94.
(12) Cap. Nuper, cap. DebiLuill de bigamis, c. Prrecipimus, cap. Cognos-
camus 31i. clis!. Pa!. dicl.ll. 2.
('13) Cap. PrrecipiillllS 34. disto cap. Si qui yiduam .50. disl. cap. Del.JiLum
de bigamis. Abr. c1ict. n. 494. Saochezde l\ialrim. lib. 7. d. 84. n. 7. Sayr. dic!.
lib. 6. C. [~. n. 10. Pa!. dicL. punct. 8. n. 4.. Barb. de poLest. Episcop. 2. aIlcg.
49.0 . .5. Henriq.lib.12. cap. 6. li) 10. Nal'. consi!.1. D. 2. de bigam.
(14) Cap. 'uper dehigami, eL ibiJoan.Andr.n. 3. eL ibitl. AnLon. n. 8.
Ange!. yerb. Bigamia 0.8. Sancbez dict. d. 8{~. n. .5. Suar. d. !~9. n. 8. PaI. dict.
pllncL. 8. n. 9.
(1.5) Cap. Qllotquot.27. q.1.1lonac. dicL. q. 2. punct. 5. l'. Bigamia. Re-
ginalrl. dict. lib. 30. cap. 8. n. 87.
(16) Cap. 1. cap. fin. de filiis. Presbit. cap. 1. eodcm tiL. lib. 6. cap. Pcr
l'enerabilem, qui fil. sioL. ll'giL. Abr. ubi supr n. MJ5. l' al. d. 6. puncL. 9. n.
'\: Co\'o in ClelD. Si fllriosus. 2. p. Si 3. n. 4. Henriq. lib. 14. C. 8. li. 10. Sayr.
Ilb. 6. Thesauri. cap. 10. il princir .
(17) Cap. 1. M. r]isl. cap. 1. et 2. rL f('ro per toLnm do servo non ordinant.
PaI. dict. d. 6. puncLo 13. per LollUll. Abr. dicL. n.I~95. Bonac. dict. d. 7. pancL.
4. n. 3.
(18) Cap. ult. de tcmpor. Onlin. Abr. dict. 11. [~95. Donac. dict. puncL. 4.
n.1.
. (19) Cap. fnfamcs. G. q. 1. Regul. Tnfamibus 87. de l'cgu!. juro io 6. PaI.
(hl~L. e\. 6. puncL. zO Suar. cI. !~8. scd.1. n. 7. l\al'ar. dict. cap. 27. n. 248. JIco-
I'Jq. lih. 13. cap. 36. eL lil.J. 1 I,. cap. 5. n. 2.
(20) Cap. Aliquanlos 51. di t. cap. ln Archiepiscopalll de raptorilJ. cap.
Ex liLLPri de excrssib. J)ri.clalorum. ('ap. cnLculiam. sallguis ne Clcriei \cl
,\louacbi. Al.Jr. dicL. n. '195. Pa!. licL. c\. 6. pUBcL. 14. . 1. ~. 3. cl{~.
128 CO NSTlTUIES
quacs sUo os denunciadores, Accusadorcs, Promotores, Advogados,
e Solicil.adol'cs della, os Escrives, Tabellies, c Escrc\'t:Dtes, quc nos
autos escrevro, as testcmunhas, que jur::I'UO, os ai ozcs ~.leil'iulJos,
e hclegllins, e mais pessoas qu servem uc guardas em semelhantes
actos. Nesta mesma il'regulariuade inCOrl'Clll todos aqueHes que en-
trilo cm batalha (21) justa, c licita matando os inimigos, tirando os
UCl'igo , e Rcligiosos, quc eshorto a pclejar.
1299 Finalmentc ha il'l'egulal'idade, quc pl'occdc por defcito de
deliherao, (22) e nquella porque lko il'l'cgulares os que no tem
pel'f'eiLo dominio de si me mos; uquellcs a qucm o dircito chama ClI-
riaes, e so Juizcs, Advogados, Solicitadorcs, Notario , Meirinhos, e
'oldallos e todos os que na Rcpublica c tUo ohrigados a conta, em
quanto nilo tcm sati (cito, como so Tutores, Cw'adol'cs, Procurado-
res, Administradores dc cousas publicas, c ainda particularcs, COIU
quem seus donos pdcm enteullcr.
1300 Os Procuradores, c Solicitadores dc causas pias, (23) llo
incorrem nesta irrcgularidade, mas nclla incorrcm todos os quc [ln I c
publica tem afficios, qu~ trazem com sigo nota, (2.&) e infamia, como
so comediantcs, algozes, belcguins, e magard s: cstes ainda depois
ue largarem csta occupa,o Dco inhahcis' e pelo conl.l'll'io os Illai
acima nomeados' porque lanto que deixarem os oilleios,eiio capaze
(25) de tomarcm, e cxcrcitarem as Ordens, sul o nos ditos oflicios pOI'
outra via tivercm contruhido di[crcnte impcdimellto.
TITULO LXXI.
DA IRP,EGULAP.JDADE QUE i'\ASCE DE DILIC'fO.
(24) Cap. 1. de Clerico non ordin. minislrant. Nav. dict. c. 27. n. 241.
verso .Septimo dico. D. 'fhom. in 4. disL. 2'1-. D. Antonin, 3. p, tit. 28. argum.
lexL. 1Il cap. mudo 15. p. 1.
(25) Cap. Si quis Episcopus 11. q. 3. cap. 1. cap. Is cui de sent. excom. I.
6. Naval'. dict. cap. 27. n. 2M. Sylvcst. verbo Irregularilas q.i3.
(26) Cap. Si celebraI. 10. de Clerico excomm. ministro Naval'. dict. n. 244.
\'. 'Primo dico, ad iIIa verba, Dixi scicns.
(27) Abr. dict. lih. 10. cap. 7. sect. 4. n. 492. Naval'. dicL. n. 244.
(28) Cap. Js, cui, de sent. excomm. in 6. ConsL. U1yssip.lib. 5. IiI. M. dccr.
3. SI 1. foI. 568.
(29) ConsliL. U1yssipon. ubi proximc.
(1) Abr. lib. 10. cap. 7. sccl. [~. num. 497.
(2) I,aslr. ad texto in cap. Tuam q. 1. n. 75. Barb. ad Trid. sess. 2[~. de re-
formo C. 6. n. 24. Nav. dict. C. 27. n. 19[~. vrrs. Septim colligitur. Coust. U1ys-
sip. lib. 5. til. M. decr. 5. PaI. d. 6. puncL. 7. 11.4. in fine.
. (3) Texl. in cap. 1. de filiis Pl'esbyt.lib. 6. Gloss. in rapo Re~uiritis SI Nisi
rIgor. 1. q. 7. Laler. ele re henefic. lib. 2. q. 48. Sayr. de ceusur. llb. 6. cap, 1'I.
n. 8. Azor. insto moral. p. 2. lib. 3. cap. 50. q. 8. (~al'c. de benefic. p. 7. cap. 2.
n. 48. Ea}'?: de polcsl. Epise. p. 2. allegat. [~5. n. 19. .. ,..,
. (4) Ind. sess. 24,. de reform. cap. 6. PaI. de censo <...6. puncl. I. n. 4. Fran-
Cl~C . .Lco in Thesauro p. 3. cap. 9. n. 57. Abr. dict. lib. 10. c. 7. ecl. [~. n. 497.
RIC. 111 prax. 1.1). resol. 4,55. n. 1.
CONSTITUIES
mais Bispos dispensar, excepto (5) llas que nascem.] homicdio vo-
luntal'io, ou nas que j so deduzidas ao 1'01'0 contencioso. Aos Bis-
pos Ultramarinos costuma o Summo Ponlifice ordinariamente oe dez
em dez annos conceder-nos poder para dispensarmos mais largamen-
te em muitos outros casos, do qual porler usamos quando entendemos
sei' necessal'io pam melhor servio de Deos nosso Senhor,
TITULO LXXIII,
TITULO LXXIV.
DAS CONSTITUI ES QUE os PAROCHOS DEVEM LER A SEUS FREGUEZES.
(5) Trid. dicl. secl. 24,. cap. 6. et ibi Barb. n. 30. Pa1. dict. n. [~. Ric. ubi
proximc Const. U1yssip.lib. 5. til. M. decr. 5. in princip. et 1. foI. 575.
(1) Cap. 1. cum ibi notatis de Consltl1tionib.
(2) Cap. 2. ubi glossa verbo Ante probibitionem de Constitutionibus.
(3) Consl. .Brachar. til. 70. Const. 1. n. 2. A!:git. lib. 5. til. 23. cap. 1. Porto
lih. o. til. 33. const. 1.
(4) Cap. nU. ad Onem disto 18. Ball. ia L. omnes populi n. 37. cum seqq. /T.
de jusl.et jure.
DO ARCEBISPADO DA BRIA. 433
Parochos ue nosso Arcebispado, assim das Igrejas Matrizes, como das
Capellas, que em voz alta, e intelligireJ Jeio a seus freguezes e appli-
cados Estao da Missa do dia as Coustituies apontadas nestas, uos
dias ahaixo declarados, sob pena de duzentos ris por cada vez que fal-
tarem para a S, e Meirinho.
1313 Primeiramente, tanto que o volume destas ConsLluies
"ier a seu poder, no primeiro Domingo logo seguinte lero, e publica-
ro o Prologo dellas, e o Titulo primeiro da F Catbolica. E quando
llOuvermos de ir Chrismal'lero os Ttulos 21, e 22, do livro primeiro,
que tralo do Sacrumento da Confirmao.
1314 E nos lI'es Domingos antes rIa Quaresma declararo ao
povo, o que est disposto no num. 1!13, e no num. U5.
1315 o primeiro Domingo da Epifania, e no primeiro depois
da Pascltoa da Resurreio lero o Titulo 67, do primeiro liHo. E no
Domingo antes da Quaresma lero o Titulo 16, do livro segundo, e no
Domingo antes do Natal o que est disposto no Dum. h05.
1316 Nos pl'ime'os Domingos do mez de Abril, de Agosto, e de
Dezembro lel'50 o Titulo 21 do segundo livro, e faro o que se manda
no Titulo 22 do mesmo livro. E no Domingo antecedente festa do
Corpo de Deos lero o Titulo 17, do terceiro JiHo.
1317 Em alguns Domingos do anno lero a seus fl'eguezes o
Titulo 28, do livro quarto. Ao menos tl'es vezes cada anno leio os
Titulos h e 5, do quinto liHo, e tambem o Tituio /'8, do mesmo quinto
livro.
1318 E encal'l'egamos muito a todos nossos subditos cumpro,
gUal'dem, e se conformem com o que ordenamos nestas Constituies;
pois o fim, e intento dellas foi s a atteno do bem, e salvao das
almas de todos. E esperamos na l'lIisericordia de Deos nosso Senhor,
a qLH:m se deve a honra, e gloria de tudo, que por sua infinita bonda-
de se conseguir o fim, que pertendemos, fazendo Constituies Syno-
daes neste Arccbi pado, aonde nunca as hom-e.
AS
Aos oito dias do mez de Julho demil, e setecentos, e sele annos, nesta Cida-
de da Bahia, cm o Palacio Arclliepiscopal, estando congregados o TIlustrissimo e
Revel'Cndissimo Senhor D. Sebastio Monteiro da Vide por merc de Deos, e da
Santa Se Apostolica Arcebispo da Babia, e os Ueverendos Capitulares, Procuradores
do Ueverendo Cabido da S desta Cidade, e os mais Procuradores do Clero desLe
Arcebispado, (que Canonicamente foro eleiLos aos Lreze de Junho pl'oxim passa-
do, e publicados aos quatorze do mesmo mez, na lerceira sesso do Synodo Diocesa-
no, que se celebrou na mesma Se) se aca1.Jro de ler, e conferir as Constiluies,
que o dito Illustrissimo, e Ueverendissimo Senhor fez para o governo deste Ar-
cebispado, precedendo o conselho do Reverendo Cabido por seus Procuradores; e
pelos do Clero deste Arcebispado em seu nome, e de seus constiLuinLes, e pelos
do Reverendo Cabido foro acceitas as ditas ConsLiLuies, que se comprehendem
em cinco livros: o primeiro consta de setenta, e quatro Titulos: o segundo de vin-
Lc, e sete: o terceiro de trinta, e nove: o quarto de sessenla, e seis: o quinto de se-
tenla, e quatro: e todas as ditas ConstiLnies se conferiro na frma de direitO,
c as conferencias se deo principio aos vinle do dito mez de Juuho. E de tudo
mandou o dito Illuslrissimo Senhor fazer este Termo, que assignou com os Ucve-
rendos Procuradores. O Conego Gaspar Marques Vieira Commissario do Santo
Omcio, Secrelario elo SYIlOelO o subscrevi.-S. Al'eebi~po-Joode Passos da Sil-
va.-Fmlteiseo Pi'llheil'o Banelo.-Joo Cavalleil'o ele Passos.-Anlolt'io .nIar-
Uns Soares.
DAS
CONSTITUIES
DO
c nas licitas se hajo com gravidade, e Clerigos, como se lhes prohiba o fl'C-
modestia, n. o .1~66.
o o o o o o quentarem Mostcil'OS de l?reiras, e
Clel'igos no entrem em comedias, fes- com que penas, n o. o 486. o .....
tas, jogos publicas, danas, bailes, ou Clerigos, como, e em que frma devem
semelhantes festas, nem andem mas- ir acompanhar a procisso do Corpo
carados, e com que penas, n. 0467. o de Deos, e com que penas, n... 498.
Clerigos, que jogos lhes sejo prohibi- Clerigos de ordens Sacras, e Beneficiados
dos, e quaes permittidos, e com que so obrigados a rezarem o Omeio Di-
pessoas, e a que parte no devo ir vino, e os que a isso faltarem, alem do
jogar, e com que penas, n.. Ml8 e469. peccado que oommettem, o que per-
Clcrigos, que derem casa de jogo, ou ta- dem sendo Beneficiados, n. 504 e 505.
bolagem, como sero castigados, n. CIerigos de Ordens Sacras, ou Benefi-
170 e 102[~, e seq,q. ciados que deixarem de rezar o OlIicio
Clerigos, como lhes sejo prohibidos Divino, que penas havero, e como se
oflicios seculares, e quaes sejo os ex- proceder con tra os Beneficiados,
ceptuados, n 471. n ... o o" o.' o'
o" 1)06 e 507.
o' o
Clerigos llo sejo Advogados, ou Pro- CIerigos devem recitar o Officio Divi-
curadores em auditorio secular, sal- no conforme o Breviario Romano,
vo nos casos expressados, n... 472 e n .. o.. o, oo0'0 o 0'0 .508.
o , , o" o
Clerigos, que viverem de porta a dentro CIerigos, como devo cOl'l'esp~nder aal-
com sua l\f.i, Irms, Sobrinhas, Tias, tissima dignidade que logrou, cO~3
e Primas no consinto que ellas te- bom procedimento, il 6 .-
nho em seu servio D1ulhd'cS moas, Ckrigos, as injurias que lhes forem fel-
DO ARCEBI PADO D BAUI. .
tas scjo havidas por 3 trozes, n .. 667. Clerigos no canLem, nem rezem nas
Clerigos, que os seus as i!mallos, e pro- casas dos defuntos por modo de com-
curaes tenho fora de escriptura IDunidade, fora da encomendao,
puhliea, n " 668. salvo se for o defunto Bispo, n.. 825.
Clerigos no sejo prezos, ou excom- Clerigos, quaes devo ser chamados
mungados por dividas civeis, e como pelos Parochos, assim para os enLer-
se proceder nestecaso, n 669. ros, como para as exequias, n .. 826.
Clerigos podem ser pre os por dividas Clerigos defuntos como sero levados
que procedem de delicto, ou quasi sepultar, ................... 827.
delicto, n ................ 670. Clerigos seculares, ou Regulares que
Cleriaos no podem ser constrangidos induzirem a pessoa alguma a que ele-
a fazerem citaes, ou notificaes, ja sepultura nas suas Igrejas ou Mos-
salvo cm algum caso particular, teiros, ou que no mude da que ti-
n ...................... 672. ver escolhido, que pena incorrem,
CI C1'igos, como, e por quem devem ser n ..................... 81~6.
citados, e em que tempo, e occasies Clerigo de Ordens Sacras, que der se-
o no podero ser, n 674, pultura Ecde iastica aus que por di-
e eqq. reito a devia negar, que penas incor-
Cl~rigos, que liverem Cura de almas re, D 858.
no se proceda nos seus feitos na Clerigos, que commetterem o crime de
Quare ma, salvo nos feitos crimes blaslcmia, como sero castigados,
cm que forem Uos, n 677, n ...... " .......... 89J.
e seqq. Clerigos, que tiverem pacto com o De-
Clerigos, quae delles gozo a homena- monio, ou usarem de feitiarias, ou
gem, e em que casos, n 679. lerem livros dellas, ou consultarem
Clerigos, porque crimes podero ser feiticeiros, que penas havero, n. 896,
presos nas cadeas publicas, e que os e seqq.
carcereiros lhes dem lorlo o bom tra- Clerigos sendo culpados por Simonia-
Lamento, n 681. I:OS, logo fico impedidos para usa-
Clerigos presos por crime, no sejo rem de sua Ordens, n 905.
embargados por divida civel, n .. 682 Clerigo reincidindo no crime de Simo-
Clerigos, como se havero no fazer nia, como sero castigados. n... 913.
guardar a immunidade Ecclesiastica Clerigos, quem neIles puzer mos vio-
aos delinquentes, que se acoularem lentas, corno ser castigado, n ... !H5
Jareja, n 772, e 773. Clerigos que commetlerem os crimes
Clerigos, e Beneficiados como podem de Sacrilegio apontados nesta Cons-
te tal' livremente de seus bens, ainda Lituio, que penas havero, n.919.
que scjo adquiridos por razo de Clerigos que jurarem falso cm Juizo,
Suas Jgrejas, e Benefieios, n..... 774, que penas harero, n ... 921, e seqq.
e seqq. Clerigos que jurarem falso, ainda que
Clel'iaos, que no deixarem dispor aos no seja em Juizo, que penas have-
Te tadores de seus bens ljvremente, ro, n.............. 930, e seqq.
enganando-os, que penas incorrem, Clerigos que fal ificarem Provises,
n 782. despachos, e outros papeis, e livros
Cleriaos como e llavero no fazer dos publicos, e judiciaes, como sero cas-
tcstamen Los daqueIlas pessoas, que tigados, n ..... '" ... 933, e seqq.
para esse fim os chamarem, n... 783, Clerigos que se ve tirem em trajes ele
cseqq. secular, que penas havero, n.. 938.
Clel'igo no pa em quitaes anlici- Cleri170s que se vestirem em trajes de
palias de ri a, e mais suITragios, mulh r que penas havero, n...939.
em com eITeito e tarem cumpridos Clcrigos que commetlerem o crime ria
e com que pena n 8 6. usura, ou onzena, que p na havel'iiu,
Cleriaos no entenem defunto algum n !H.3, e seqq.
sem ser encommendado, e acompan- Clerigos que commetterem o crime de
hado pelo Parocho n 815. hestialidade como se proceder con-
Cleri"OS quando podero encommendar, tra elles, n 961.
acompanhar, e enterrar os defuntos Cleriaos comprehendidos no peccado da
sem a ist ncia do Parocho, iirlcm. mollicie, como sero ca tigados,
Clerigos, que nos acompanhamentos n 965.
dos d funlo ti erem vela, a levl'm CI ri~os denunciado por :ldullel'Os,
<lcosa, e lhes a si to at ficarl'm ~e- coml'~ proc cler contra elles, c (file
pultados, n 82~. pena navel'iio II...... !:J66, e scqq.
456 INDICE DAS CONSTITUIES
Clerigos comprchendidos no crime de Clerigos no retenho 05 bens, que os
incesto, como sero castigados, defuntos depositaro em suas mos
n ................. 969, e seqq. para se restituirem, c com que pena,
Clerigos que commeLterem o crime de n 1023.
estupro, ou rapto, ou derem ajuda pa- Clerigo que exercitar Ordem, estando
ra elIe, como sero castigados, delIa suspensos, incorre cm irregula-
n ........... 976, e seqq. dade, n ................... 1196.
Clerigos que commetterem o crime de Clerigo que incorrer em suspellso, ain-
estupro, ou rapto, no se lhes passe da que no esteja deelnrado, tem
carta de seguro, e s dando penhores ob igao de se abster de tudo o que
se podero livrar como seguros, por ena lhe prohibido, n .... 1198
n ................... 978. Clerigo suspenso, e por tnI declarado,
Clerigos infamados de concuhinados pde administrar o Sacramento da
sem outros indicios, ou com os que l'eniLencia no artigo da morte, ibi-
no bastem, como se proceder en- demo
to, n ................ 988 e 999 Clel'igos, alem do peecado que commel-
Clerigos Beneficiados concubinados, tem, seno guardarem o interdicto
como se proceder contra elles, quando se puzer, que penas havero,
n . . . . . . . . ...... 994, e seqq. n ....................... 1239.
Clerigos que no tiverem Beneficias, e Clerigo que estiver eelebrand, c nesse
forem concubinados, como se proce- tempo se violar a Igreja, como se ha-
der contra elles, n..... 997, e seqq. ver, n .................... 1278.
Clerigos incontinentes, escandalosos, c Clerigos acerca da administrao do Sa-
fOI'r1carios, como se proceder contra cramento da Extrema Uno, Vide
eHes, n .................. 100i. ver bum Extrema Unco.
Clcrigos que matarem, ferirem, ou es- Clerigos, acerca dos qu pdem, ou no
pancarem a outrem, como sero cas- assistir ao l\Iatrimonio, e ao mais a
tigados, n ........ 1006, e seqq. elle pertencente, Vide vel"bU1n Matri-
Clerigos que concorrerem com ajuda, ou monio.
conselho para se eommetter, algum Clero, ou estado Eeclesiastico, contra
homicidio, como sero castigados, ene se no fao leis, Estatutos, ou
n .. : ................... 1007. Acordos, e os ja feitos se revoguem,
Clerigos que commetterem homicidio e com que penas, n ..... 653, e seqq.
voluutario incorrem em irregularida- Coadjutores, que sufficienca, e quali-
de reservada a Sua Santitade, n. 1008. dade ho de ter, n 526, e seqq.
Clerigo que ferir, ou espancar a outrem Coadjutores, que exame se lhes devefa-
na Igreja, ou fra della, ou nos Pa- zer para o erem, e como de tres em
cos do Senhor Arcebispo, ou sua tres annos sero examina los, n.. 527.
porta, ou de seus Ministros, ou por Coacljutores devem ser apresentados
obra em algum desses lugares afron- at o ultimo de Julho para servirem
tar, ou injuriaI' a alguem, como ser at outro tal dia, c a sim se lhes pas-
castigado, n ........ 1010, e seqq. saro as cartas, ibidem.
Clerigo que arrancar, ou apontnr com Coadjutorcs, os qne o houverem de ser
alguma arma contra alguem, aindn que documentos devo aprese~t~r, e
que com ella no m:lle, ou fira, como que pes ons no ero admlllldas,
ser castigado, n 1011 n ..... '" ..... 528, e 529.
Clerigo que fizer desnfio, ou o aceitar, Coarljutores, qne servirem som carta
ou delle for medianeiro, e por. qual- passada prla chanc Ilaria, 011 contra
qner via intervier nisso, ou para esse n rrma da Consti tuio que penas
eITeito se preparar, que penas have- h verRO, n : .?30.
ro, n 10M.. Coadj u tores, no o sejo RehglOSOS
Clerigo que fizer resisteneia aos Minis- Mendicantes, n '" 5~1.
tros, e Omeiaes Eeclesiasticos, ou do Coadjutores para que o sejo, podera o
poder delles tirar presos, que penas Provisor obrigar a qualquer Sacer-
haver, n ................. 1018. elo te, n ' 533.
Clerigo, que oll'ender, ou injuriar al- Coadjutores, de todos elles lenha.~ Pro-
gum Ministro, ou OlJieial Ecclesias- visor um caderno, cm que esteJao .e~
tico, como ser castigado, n... 1019, crilos os seus nomes, e para que, tbl-
e seqq. demo
Clerigos comprehendidos no c.;rime do Coadjulores, servindo com clausula rle
furto, que castigo havero, n .. 1022, que tornem a r. ame d nlro d: ce.rto
~. seqq. t '01pO, como passado esse, e nao nn-
DO ARCEBISPADO DA BAIUA. 457
do, proceder o Provisor contra elIes, Cognao espiritual no a contrahe o
n ...................... 534. marido com a mulher, quando qual-
Coadjutores, a que fim so obrigados a quer delIes em caso de necessidade
fazer em suas Igrejas continua, e pes- baptiza seu filho, n 67.
soal re idencia, n ......... 537. Cognao espil'itual contrahem os pais
r.oadjutores devem viver, e morar den- da criana entre si, quando algum
tl'O nos limites de suas freguezias, e delles a baptizar, ainda em extrema
sendo a Igreja no campo, no fique a necessidade, no sendo os ditos pais
casa distante delIa mais de um quarto casados, ibidcln.
de legoa, n 538. Cognao espiritual se contrahe no Sa-
Coadjutores, so para ajudarem aos Pa- cramento do Chrisma, e entre que
rochas, c no para os livrarem da pessoas, n............ . . . .. ..80.
obrigao Parochial, n 539. Collaes das Igrejas deste Arcellspado,
Coadjutores, aiuda que tenho feito pa- e mais cODC[uistas, pertencem aos 01'-
cto com os Parochos de servirem aos dinarios Ultramarinos, n. 518, e seqq.
dias, ou semanas, nem por isso deixa- Collaes das Igrejas, ou llenelicios,
ro de ser culpados ambos, quando qual deva ser o titulo, e mais requi-
succedcr algum caso por omisso, e sitos para os providos se collarem, e
negligencia de ambos, n MO. poderem tomar posse, n ...... 521.>.
Coadjutores, tendo noticia de alguns ColJecta se diga nas l\lissas, que se no
Estatutos, Acordos, ou leis, contra disserem de Requiem, e os Uegulares
a liberdade EccIesiastica, a quem de- nomeem nella o nome do Senhor Ar-
vem logo dar parte, n ......... 61.>6. cebispo, que existir, n ... 334, e 335.
Coadj utores, nos seus fei tos se no pro- Col1egios no se edifiquem, ou reedifi-
ceda no tempo da Quaresma, salvo quem de novo sem licena do Ordina-
nos crimes em que forem Ros, rio, e com que penas, n....... 683,
n 677, e seqq. Comer nos dias de jejum, quando, que
Coadjutores tenho cuidado de que se manjares, e em que quantidade se po-
no pinte, ou levante Cruz em luga- der, sem se quebrar o jejum, n.402,
res indecentes das suas Freguezias, e seqq.
n ........................ 703. Comer carne na Quaresma probibido,
Coadjutores, a cuja conta estiver o go- e em que dias mais, n 408.
verno das Igrejas, e guarda dos seus Comer carne se pde na sexta feira, ou
bens, os devem ter limpos, e guarda- no Sabbado, cahindo nesss dias o Na-
dos, n 711, e 712. tal, tirados os que por voto em Reli-
Coadjutores no emprestem os moveis gio esto obrigados a jejuar, n. [~O!).
das Igreja, no sendo para outras, ComeI' carne nos dias de peixe no po-
nem se sirvo delles cm usos profa nos, dero os que passarem de sete annos,
n .... " ............. 713, e 714. nem os que passarem de sesseuta,
Cofre, e ambuJa em que estiver a Sagra- ainda que a estes no obrigue o pre-
da Eucharistia no Sacrario, esteja so- ceito de jejuar, TI 410.
bre a pedra de Ara, n ......... 96. Comer lacticinios na Quaresma no se
Cofre em que se houver de expor o San- prohibe onde bouver co tume legiti-
tissimo Sacramento, seja para isso mamente prescripto de os comer, e
destinado, e no de pessoas particu- nos lugares longe dos portos cio mar,
lares, qne se bajo de servir delle, n 41i.
n ...................... 120, Comer nas tavernas, e em semelhantes
Cogna1io espiritual como se contrahe casas prohibido aos Clcrigos, n. 1~64.
, no llaptismo, e entre que pessoas, Comei', e beber nas Igrejas, eseus Adros
n , 65. prohibido, n 71~2.
Cognao espiritual do Baptismo feito Commungar ou Communbo. Vidc VCl'-
c.m 'asa se contrabe entre o que bap- bum ]~ucbaristia.
tl~a, e o baptizado e seu pai, e mi Communidades Ecclesiasticas, ningu m
somente, n 66. lbes usurpe os seus bens, e frutos,
Cognao espiritual no se contrahe en- n 650.
tre os padrinho do Baptismo feito em Commutaces das ultimas vontades dos
casa, l1em com os que depois as istem Testadores por quem se devo fazer,
, ao pr dos Sntos Oleos, ibidem.. n., .................... , ... 809.
Cognao espiritual no a contrahe o Commntaces ias ultimas vontades no
qne toca a criana, como Proclll'ilclor seaceite'm sem tel'em pl'iml'iro vistas,
de outrem, sl'niio aqnclle cm 'ujlJ no- e examinadas pelo Urdinal'io, e com
m, se toca, -ibidcm, que pena II , . . . . . ,810.
lNDICE DAS CONSTITUIES
Compras, e vendas no se fa.1.o nas neste crim""e to pobres, qne no le-
Igrejas, e seus Adros, n ....... 738. nbo por onde pagar a pena pecllllia-
Compras no pdem fazer os testamen- ria, o que se obrara com elle, ibielll.
teiros dos bens dos defuntos, ue quem Concubinato, sendo comprehendido
ficaro por [esta men teiros, n .... 808. nolle algum Clerigo que tiver, ou no
Compromissos das (;onfrarias que fo- BeDeficio como se proceder, n .. 994,
rem, e houverem de ser erectas com e seqq.
autoridade Ecclesiastica, scjo appro- CODcubiDato, contra os culpados neste
vados pelo Ordinario, n ....... 867. crime, ou sajo Ecclesiasticos, ou 50-
Compromissos, e Estatutos das Confra- culares, se pde proceder summaria-
rias, ainda seculares, quando os Visi- mellte, TI 998.
tadores os podero ver, e para que Concursos Vide vel'buln Igrejas Parochi-
n _................. 808. aes, ou Provimento de Igrejas.
Concubina de Clerigo, como ser casti- Comlemnaes, como se faro conlra os
gada, n ............. _..... 1000. que trabalharem os .Domingos, e dias
Concubinato, que jurisdio tem os Pre- Santos, fazeDdo, ou mandando fazer
lados Ecclesiasticos para o castiga- neHes obras de servio, n...... 3i8.
rem, n ... _................ 979. Condemnaes que se fizerem aos que
Concubinato, como se proceder contra trabalbarem DOS dias de preceito, por
os leigos comprehendidos neHe, ou quem devo ser executadas, D.. 388.
sejo casados, ou solteiros, n.... 980, CODdemnados morte por justia, um
e seqq. dia antes de padecerem receho a Sa-
Concubinato, como se proceder contra grada Eucharistia, e quando hajaim-
os que no confessarem a culpa, e pedimeDto, se faa a saber ao Prelado
della no assignarem termo, li .. 983. para acodir a isso, D 90.
Concubinato, como se havero os Visi- Condemnar, ou mnlLar, como, porque
tadores, e Viga rio geral, quando os cousas, e at que quaDtia o podero
culpados nelle no quizerem fazer fazer os Parochos a seus (reguezes,
termo, e se quizerem livrar, ou nem n ...................... , .. 598.
uma, nem outra cousa quizerem, Conegos, quando, e diante de quem de-
n ................ _._ 984. vo fazer a profiss.o da F, para que
ConcuJJinato, os que nelle forem con- posso vencer os fru tos, n .... , .1~.
demnados por sentena sejo nella ad- CODegos, quaDdo devo celebrar di-
moestados, e passando em cousa jul- zendo Missa, n 91.
gada tem a mesma fora, que se hou- Conegos acompanhem na frma de seus
vera termo assignado, n .985. Estatutos ao Santissimo Sacramento,
Concubinato, como deBe devo fazer quando se for administrar a algum
termo os que o confessarem, e no os enfermo n 102.
que se quizerem livrar, ibiclem. Conegos assisto a beno dos OIeos, e
Concubinato, sendo entre pessoas leigas faltando algum se lhe ponba aquclle
que por esta culpa fossem j tres vezes dia de perca, TI , 2ff9.
admoestadas, se proceda contra ellas Conegos que no acompanharem a pro-
a livramento, e para que, n..... 986. cisso dos Santos Oleos, quando de
Concubinato de fama publica sem mais Jra vierem para a Cathedral, u que
indicios, como ento se proceder, perdero, TI 253,.e soqq.
n 987, e 999. Conegos com que silencio, qUlClaaO,
Concubinato de fama publica com al- altenco e habito devem eslar no
guns indicios, ainda que no sejo os Coro cm' quanto rezo o Omcio Dil'i-
que bastem, como nesse caso se pro- DO, n 510.
ceder, n ....... '. _.. _ 998. ConeO'os devem assistir aos actos de 110n-
Concubinato dos escravos, como se pro- lin~l, que fizer o Senhor Arcebispo
eder nesta culpa, n 989. na Catheural, n 607, oso~q.
Concubinato de mulher casada, como Conegos, quando houverom de ser ~~a
se proceder contra ella, e o delin- dos por quem o sero,n.. 674, e 6/5.
quente, n .................. 990. Conegos que forem eleitos para recebe-
COllcllbinato de mulher solteira tida dores da fahrica das Igrejas, de qu1e
cm boa reputao, como se deve pro- deItem ser advertidos, n 72 .
cedor contra ella, n 991. Conego crue falecer, que sull'l';)gios se
Concubinato, quando os que forem COII- faro por elle na Calhelll'al..n ..866.
prehendidos neste crime quizercm Conezias, a que tempo os pI'lJI'I(I~s nrl:
casar, oque enl.iio se jilril, n .... 992. las deviiu fazei' a prulisso de Fc, e;~
Concubinato. sOllllo os compl'clJellllidos ante uo quem, II . . . . . . . . . . . . . . .
DO ARCEBISPADO 'DA BAHIA. 4.5U
Coufe ados pela obrigao da Quares- ,houverem de ir desobrigar do precei-
ma, corno, quando, e at que tempo to annual aos presos da cadea, n.152.
se fara o rol deUes neste Arcebispado, Confessores, que pela desobriga da Qua-
n .... , ........... 1!14'. resma ouvirem de confisso, e derem
Confessados, quando, e em que frma a communhiio aos vagabundos, e peri-
rcmeLler o Parocho o rol delles, e grinos, dem-lhes escripto disso assi-
como com o mesmo rol vir outro dos gnado,ejurado, n 155.
I1cclarados, e que casLigo haver o Confessores, que approvao, e licena
Paroc!lo, que a isto faltar, n ... 149, liro do Ordinario, para poderem
e 150. eonfessar, n 162, e 168.
Confes ados, o rol delles se deve regis- Confessores regulares para ouvirem con-
tar na Camara Ecelesiastiea, e entre- fisses a seculares, ainda a SacCl'do-
gar-se depois ao Parocho, ficando o tes, que licena, e approvao tero,
rol dos declarados em poder do Es- 11 163.
crivo da Camara, e para que, n. 151. Confessores Uegulares sem approvao
Confessar-se por preceiLo Divino dere do Ordinario no podero coo fessar os
toda a pessoa, que houver de receber penitentes, que forem subditos da-
o Santissimo Sacramento, tendo cons- quelle Bispo, por quem j tiverem sido
ciencia de peceado mortal, n ... 136. approvados, ibidcm.
Confessar-se ele' oiLo em oito dias devem Confessores regulares, ainda sendo ge-
os Sacerdotes, que frequentemente ralmente approvados para confessa-
celcbro, ainda que no tenho cons- rem seculares, nem por isso sem es-
Cil'ocia de peccado mortal, n .... 138. peciallicena podero confessar F rei-
Confessar-se devem os Clerigos de joe- ras, n .................... 164.
lhos, e no em p, nem revestidos, e Confessores, queem uma occasio foro
faUando-se a isso sero castigados e o deputarlos para confessarem Freiras,
penitente, e o Confessor, o .... , 156. passada e1la, no o podero fazer mais,
Coufessar devem mandar os Medicas, e sem no"a licena do Prelado, ibidem.
Cirurgies aos doentes que curarem, Confessores regulares sem licena do
e deixar de curar aos que ao terceiro Ordinario no podero confessar aos
(lia da curase no tiverem confessado, serventes dos Mosteiros, ou Collegios,
alias que penas havero, n ..... 160. que no forem familiares seus, e s a
Confessar no artigo da morte pde o quaes delles o podero fazer, n .. 165.
Clel'igo suspenso, e por tal uecJarado, Confessores, alem do poder da ordem,
li .... _ . . . . . . . . . . . 1198. e jurisdio, que mais requisitos de-
Coufessionarios deve haver em todas as vo ter, n 167.
Igrejas Parochiaes em lugares publi- Confessores, corno, e por quem devo
cas. onde se confessem todos, e com ser examinados, e que diligencias pre-
especialidade as mulheres, n ... 174. cedero cerca da idoneidade, n.168.
Confessionarios, qnem a elIes maliciosa- Confessores, por quanto se lhes dar li-
mente chegar para effeito ue ouvir o cena para conre sarem, e acabada es-'
que se confessa, que penas incorre, la como se lhes conceder outra,
n , 189. ibidem.
Confessor pam poder admini trai' o Sa- Conlessores de mulheres tenbo mais de
cramento da Penitencia "alidamente, quarenta annos de idade, ibidem.
com que coneorrer, e que jurisdio Confessores; no artigo da morte qual-
ter, n, . , ................ " 125. quer Sacerdote o pde ser, e absolvei'
Confessor, porque s o pode ser o Sa- de todos os peecados, e censura, ain-
cerdote, n ".. ..127. da dos reservados, e vivendo o peni-
Confessor, quando o no haja, o que se tente, que obrigao ter, n .... 169.
deve lilzer para se alcancarem os eF- Confessores quando administrarem o
feitos da Confisso, 11 : 128. Sacramento da Penitencia, o que de-
Coure SOl', que approvao bastara que vem considerar, e eom que habito, e
tenha para ouvir de Coufisso aos Sa- compostura estaro, n, 170.
cerdotes, e de que casos os podera Confessores em quanto os penitentes
absolvnr, ou no, n , .. 138. forem confessando us peccarlo , niio
Confes ores, quaes sejo o que podero , lb'os e trallhem; antes os animem, e
~bsolver da excommunho em que para que, n ' 171,
Incurrero aquelles, que por sua cul- Confessores, quando os penitentes niio
pa se confessro nullamellte pelo disserem os llumeros, cspecies, e ci 1'-
pr ccito daJgreja, 11 H,7. cunstancias dos peceados, como se ha-
COllfessores, qUiles uCl'iiu ser os que vero com rUes, j/;idcm.
460 I'NDICE DAS CONSTlTUIOES
Confessores, depois de ouvirem aos pe- n ........................ 183.
nilenles, o que taro, e o que devem Confessores, como se havero com os
advertir acerca de conferir, dilatai', Penitentes, que csto em artigo, ou
ou ne....ara absolvio, n .... 172. perigo de morte, e tem m que Do
Confessores, o que devem considerar acabem a confi so, ou com os que
antes que dem as penitencias, e que perdero a lalla, n. . 18ff.
juizo devem formar pam que sejo Confessorcs, como se havero com ospe-
proporcionadas, II, ' 173. nitentcs, que no artigo, on perigo
Confessores por peccados occullos, ainda de morte perdero o juizo, e no do
que sejo enormes, no dem penilen- signal algum lTIas o drriio anles, n.185.
cias publicas, ibidem. Confe orcs, qual seja o sigillo que de-
Confe sores teollo lico de livros dou- vem guardar das confis es c com
tos, para se saberem haver com os pe- que penas, n 186.
nilentes, ibidcm. Confcssores quanrlo houv rem de soa-
Confessores no ouco de confisso a conselhar com o Prelado, ou seu Pro-
mulheres em luga'res secretos, e reti- visor soure algum caso ouvido na con-
rados, n .................. t74. fisso, ou pratico, como o faro,
Confessores no confessem a pessoa al- n ......................... 187.
gllma fra da Igreja, salvo havendo Confessores, que directa ou indirecta-
justa causa de enfermidade, e obrando mente descobrirem o sigillo, que pe
o contmrio, como sero castigados, nas havero, n , 188.
n 175. Confessores no consintfo, que pessoa
Confessores no imponho aos peniten tes alguma estejajunto aO confessionario,
penitencias pecuniarias para si appli- ou lugar em que estiverem confessan-
cadas, n .................... 176. do, ibidem.
Confessores no recebo dinheiro, ou Confessores, os que maliciosamente se
cousa alguma dos penitente, ainda fingirem no sendo, s a fim de sabe-
que lhe olTereo voluntariamente, rem peceados, em que penas incor-
sob pena de suspeno Dvinis ibid. rem, n .................... .189.
Consfessores, que casos lhes sejo reser- Confessore como se havero nos pu/pi-
vados neste Arcebispado, n. .. 177. tos acerca da rcprehenso dos pecca-
Confessores, que absolverem dos casos dos, u 190.
reservados do Arcebispado sem terem Coufes ores reprehendo nas confisses
licena para isso, que penas havero, o agouros, e superstices queseusa-
n t78. rcm, n .......... : 901
Confessores pdem absolver aos peniten- Con fessore so obrigados a saber, e ler
tes, que tiverem pagos os dizimos o translado das excommunhes da
quando se confessarem, ainda que an- Cea n..................... 1130.
tes os reLiI'essem, n........... 179. Confirmaco do Sacramen to. Vide J'er-
Coufes ores, como se havero com os pe- bum Chrisma.
nitcntes, que ao tempo da confisso Confisso ao menos em cada oito dias, a
tiverem distribuido legitimamente o deycm fazer todos os Sacerdoles, que
alheio, cujo dono se no sabe, no eoslumo dizer Missu empre, ainda
passando a quantia de dous milrcis, que no tenho peccado mortal, 11.91
e se passar, o que se far, ibidem. Confisso, uos que a fazem sumentc de
Confessores absolvo primeiro das cen- anno cm anno, no se de a Sagrada
sur,IS ad oautclam, e depois dos pec- Eucharistia no mesmo dia cm que ~e
cados, n .................. 180. confessarem, e quando se lhes adnu-
Confcs ores a quem for commetLida a nistrar no m smo dia, n 9~.
absol vio de alguma excomunho, ou Confis o annual, que para se desolm-
outra censura reduzida ao foro exte- gar della fizer, ou der escriptos falos,
rior, como se havero, n 18t. e ainda os houver verdadeiros para esse
Con fessorcs escolhidos por virtude da elI'eito com dlo do l'arocho, ou C~n
Bulia, ou de outro privilegio, ou Ju- fessor, que pena tem, n ..... , ... 99.
hi.leo, quaes posso ser, ecomo a al- Confis o acramcntal f<lco todos uS
solvio das censuras p01' elles dada s que no tempo da QuareslDascem uar-
aprovcita no foro int rno, n .... 1 2. carem I ara partes remotas, c COIUO
oJllessores, que cm virtude forem es- se proccder contra os que ubrarc.1Il
colhirlos, de que s poderlo absolver, .. , n
o con t (.1l10, , - . . . . . . .. W.I
e no dispensar, e fazendo o contra- Conlisso em quanto Sacl',lIncnto (a
rio sem authoridade, qu para is u Pl'nitcllcia, o que ndla teJ1I05, c <i~al
lhes de a.BulIa, que penas incorrem, seja a sua importancia para asall'aao.
DO ARCEBISPADO. DA BARIA. 461
n : ..............123. sejo declarados; porm que pena te-
Confissiio quem instituio este Sacramen- ro, e quem a satisfar, n..... 141.
to, c quando. li 124. Confisso annual, que cuidado deviio
Confisso Sacramental para ser valida, ter os Parochos dos de menor idade,
. e fructuosa, que requisitos ha de ha- para os fazerem eumprir com este
\'er, assim da parte do penitente, preceito, n ............. 142.
como do Confessor, n ......... 125. Confisso lIullamente feita por culpa do
Confisso um Sacramento to preciso penitente, no satisfaz ao preceito da
para se perdoarem os peceados com- Igreja, e assim o deve o Parocho ad-
metlidos depois do Baptismo, que de vertir a seus freguezes n .......143.
direito Divino se deve ella fazer, e se Confisso pela desobriga da Quaresma,
no houver copia de confessor, o que eomo a cumprir os que antes da
ento se far, n ............. !8. Quaresma se ausentar de suas Fre-
Confisso Sacramental procede de direito guezias, ou tivero justo impedimen-
Divino, e a fgreja determinou que ao to para se confessarem, e depois tor-
menos se faca uma vez cada anno, naro a ellas; e como neste easo pro-
noo ....... : ........... oo .129. ceder' o Parocho, n....... 146.
Confisso Sacramental, para por ella o Confisso pela desobriga, como a ella
penitente alcanar remisso dos pec- satisfaro os que na Quaresma se au-
cados, que cousas ou actos deve fa- sentro de suas Freguezias, e como
zer, TI 130, e seqq. procedera contra elles o l'arocho.
Conlisso j unta com attrio poem em n .......... , .. 147.
graa ao penitente, ainda que para Confisso annual, os que a no satisfi-
isso no baste a atlrio per si s zer'em passados quinze dias depois de
n .......................... 132. declarados na Dominga do Bom Pas-
Confisso, antes que a ella se chegue, tor, que penas havero, e corno se
que exame proceder, n ...... 133. proceder contra elles, n 148.
Con fisso vocal de todos seus peccados Confisso annual, como, e quando satis-
deve fazer o penitente ao Confessor, faro a ella os presos em cadas pu-
ibidem. blicas, c como os Parochos os devem
Confisso, o penitente que a fizer. deve avisar alguns dias antes, para que se
satisfazer a penitencia, que nella se aparelhem, 1\ 152.
lhe impoz; e posto que no annulle o Confisso annual, quando algum prezo
Sacramento se depois a no cumprir, faltar a ella, sera o Parocho obrigado
com tudo se o fizer maliciosamente, a dar disso conta, antes que o declare.
peecado mortal, e que obrigao ibidem.
lhe fica, n ..... , ........... 134. Confisso annual dos doentes dos Hos-
Confisso de seus peccados, quando seja pitaes, quando ira o Porocho desobri-
um Christiio obrigado a fazei-a por gaI-os della, n 153.
preceito Divino, n 136. Confisso dos vagabundos, como acerca
Confisso, a todos se encommenda que della se havero os Parochos com elles
a fao, no s pela desobriga da na desobriga d\l Quaresma, e com os
Quaresma, e nos easos de necessidade, que depois apparecem, e no mostra-
mas em que festas do armo, n ... 137. rem que tem cumprido com este pre-
Confisso, pedindo-a os freguezes a seus ceito, n .................... 154.
Parochos, estes os ouo ao menos Confisso dos peregrinos, caminhantes,
de oito em oito dias, e nas festas, e tratantes, e officiaes, como se ha\'e-
dias de Jubileo, n ........ , .. 138. ro os Parochos sobre ella na desobri-
Confisso pelo preceito da Quaresma a ga da Quaresma posto que elles tenho
que pessoas obriga, e como, e quando os domicilios em outras Parochias; e
deva ser, e a que Confessores, n.139. corno procedero com os que falta-
Confisso pelo preceito da Quaresma, rem ao preceito, n 155.
quem a elle fallar, que penas incor- Confisso, se fallecer alguma pessoa sem
re, ibidem. ella por culpa, ou negligencia do Pa-
Confisso, quem a no fizer no tempo rocho, como sera castigado, n...158,
determinado pela desobriga da Qua- e 159.
resma, como, e quando ser declara- Confisso, obrigado o Parocho a admi-
do n ...................... 140. nistraI-a a seus Parochianos, ainda
Confisso pela desobriga da Quaresma, que seja com perigo de vida, e em
se a no fizerem a tempo os homens doenas contagiosas, n ...... 159.
menores de quatorze annos, e as mu- Confisso, fallecendo sem ella algum
lhe.res menores de doze, nem por isso enfermo por culpa, e negligencia dos
58
INDICE DA' CONSTITUIES
pessoas que lhe assistirem, como se- VClllOS da Confrarias, aos que de
ro castigadas, ibirlcm. novo en trarem, n, " 873
Confisso, o Sacerdote que sem ser ap- Contas das Confrarias erelas Ilor ordem
provado a ouvir ftJ!'a dus casos permit- Eec1esiastica os Visi tadores as tomem,
tidos por direito, que penas incorrer, n 87(f.
e sendo Regular, como se procedcr, ContcnLIas, ou LIuvidas que se moverem
n , .166. sobre a precedencia lias procisses,
Confisso, ou o Eu peccador, como se como se comporo, II . . . . . . Q,9/i c If9.
deva ensinar, n ti63. Contrahcntes. Vide Verbn. Desposorios,
Confisso da lr. Vide Verbwn. Profis- Esponsaes, Matrimonio.
so da 1"':. Contrio verdadeira, e perfeita qucha
Confrarias que se erigirem com autori- de preceder ao Saeramcnto da Peni-
dade Ecclesiastica, os seus Estatutos, teneia, que cousa seja, e qual o scu
e Compromissos sejo approyados pelo acto, n ................... 131.
Ordinnrio, n " 867. Contriuo perfeita e verdadeira, que
Cnfrarias, que com autoridade Ecclcsi- em~ito causa ainda antes da confisso,
astica, s erigirem, pllcm os Visita- n.. . . . . 132,
dores ver em acto de Visita os seus Contrio, que diU'crena tenha da al-
Estatutos, o Compromissos, sem que triC(lO, ibidelll.
101' isso levem sal rio algum, n .. 8G8. ConLI:io. nde Verbwn. Acto de Cou-
Confrarias do Santissimo Sacramento, tio. . ,
do Nome de JESU$, de NOS)l Senho- Convenes, ou avenas, que pena ha-
ra, e elas Almas do Purgatorio, bem ver o Meirinho Eeclesiastico, que as
que as baja em todas as 19rejas, fizer cOJU os que trabalho nos Do-
n ..................... . 8(W. mingos, e dias S<lnt.os, 1)., ... 3B7.
Confrarias, como os "isitadores toma- Convento de Freiras prohibido aus
r r.ontas clellas, n...... 870, e 87'1. Ecelesiasticos, e secularcs o frequen-
Confrarias, como se elegero cada anno taI-o, e com que penas, n. 486, e487.
os Officiaes para as servirem, n.. 872. Convento de lfreiras. Vide Verb'Um, ~fos
Conli'arias, os Olficiaes d lias dem con- teil'o de Freiras.
ta com entrega aos OJIiciaes novos, Convcrll.os no se edilJqucm de novoscOl
qu entrarem, e como o faro, n. 878. licenco. do Ordinario, e com que pe-
Confl'arias, sem embargo de que os Offi- nas, 1:\ 683.
.ciaes dellas tenho tomado con tas aos Conventos que se hOllverem de edifi-
Thesoureiros, os Visitadores lh'as to- car, que rliligencias precedcro, nules
mem tambem, n 874,. que se lhes conceda para isso licena.
Confrarias, acllando os Visitallores que II 690, c scqq,
lleUas ba alguma obrigao de Mis- Com'en tuaes Missas. Vide Vel'ou/Il. lUis-
sas pelos Confrades vivos, e defuutos, sa.
o que elevem ordenar, n 875. Copias da Doutrina Chrisl so obrign-
Coufrarias das Freguezias, nellas pdl)lll dos os Parochos a mandar fazer, pal'a
. tirar esmolas sem licena, com t.ant.o sc repartirem por casas dos fl'cgllczcS,
- que sejo ereetas com autoridade em ordem a se instruirem nella oses-
Ecclesiastica, n ............. 881. cravos, n ........ , ..... 8, e 578.
Conhocena que consa seja, e como se Cupula, ainda ql1e a bn:ia DOS desposO'
pagar em lugar de dizimas pessoaes, rios, lIem por isso passio esLes a ma-
. n, 4,25. trimonio de prcsente, 11 2.6~ .
ConstuiLies dest.e Arcebispado, que Coro da S, lIelle se reze o omeio DIVI-
pessoas sero obrigadas ateI-as, no, conforme o Breviario l'\01ll II II 0,
11 1310 e seqq. n , 508,
Constituies deste Areebispaclo, qUiles Coro da S, em quanto neUe reznrCl~ llS
sejo as que os Paroellos devem ler Digni lades, Conegos, e Capcllil~s,
a seus Freguezes, e cm que dias, que moelestio., silencio, e allenno
fi 1312, e ~cqq, guardar e como cslarl vestidos,
C;onsulLar feiticeiros, que pcnas incorre il , ~ 5~O,
quem o fizer, 11, 898. Coro ela S', nelle se rezem todos os dlilS
Contas dos testamentos quando se dCl'o asscte Horas Cllnonicas, scm embar-
tomar, n .... '" ...... 792, e seqq. go de qualquer impedimento, ,que
Contas, de quese devo tomar aos d- 11 c'1]"1 '1
1(,' ~
.. 511.
:
Juri dio EccJesia tica, os que a im- I.eigos no e intromello a lanar de-
pedirem, ou usurparem dil'ccl, ou monios fl'a dos corpos humanos, e
inrlil'ecl, que penas incorrem, n. 612. com que penas, n 902.
JUl'isrlieao Ordinaria tem o Senhor 1\.1'- leigos, contra elles se no reccbo dr
c.ebi 'po nos Conventos das Freiras nnnciaes de adullerios. c quando
desta Cidade. Vide vcrbwn Freiras. s se podero estas receber, n... 968.
Justiados ii morte, um dia mlles de se leis se no faco contra a liberdadeEc-
executar ii seutenca lhes auministre clesiastica, iJ ...... , ' .653, e seq.
o Parocllo a Eucl;aristia, e havendo letreiro se no ponha nas Igrejas sem
algum impedimento o que far n.90. ordem expressa do llrelado, n ... 695.
Lihl'l'llarle Ecelesiaslica, Yida VI'l'b1l1ll
Immnnirladc.
INDICE DAS CONSTITUIES
Licena, sem ella se niio aceitem encar- acerca das certides se observe o mes-
gos, e obrigaes de JIlissas perpetu- . mo que com os dos Baptizados, n. 81,
as, n o, 352. e seq.
Licena, quando se conceder a algnm l.ivros doutos leo os Confessores, e
Clerigo, para. tra.zer arllJ'!s para sua de- para que, n 73.
fena, em que frma ser, n.... 455. Livro haver na Camara Ecr.lesia tica
Licena., em que .cMI> s.e conceder aos pal'a os termos de se no alhearem os
Religiosos para irem fallar com Frei- patrimonios, alem do livro da matri-
ras ao seu ConventoJ n , . 638 cula das Ordens, n 232.
J~icena, sem ella se no edifiquem, ou Livro da matricula dos Ordenandos
reedifiquem Igrejas, Mosteiros, ou deve haver na Camara Ecclesiastica,
Collegios, n 683 n u 236, e eq.
Licena da S Apostolica, sem ella se Livro dos casados, em que frma faro
no pdem reduzir a menos numero os Parochos nelle os assentos, n. 318,
as l:lissas que forem deixadas em al- e319.
gum testamento, n... O" 811 Livro haver em cada Igreja para se es-
J~icena para se desenviolar a Igreja sen- creverem nelle as obrigaes de l\Iis-
do benta, a que pessoas se conceda, sas perpetuas. n ..... 352.
n .. " ........ , .... 1282 Livro haver na Camara Ecclesiastica
Limpesa, qual deva ser a dos omamen- em que se registem os Titulos dos Be-
tos. e mais cousas pertencentes Igre- neficios, e termos das collaees del-
ja, n 711, e 712 les, n ................ : .. 525.
Livramento se devem pl'oseguir pessoal- Livro em que estejo escritas todas as
mente, ~ quando podero as partes ser Igrejas Curadas deste Arcebispado
escusas de residir, e admiLlidas por deve ter o Provisor, e para que,
seus Procuradores, n .... 1032, e seq. n .................. 532, e seq.
Livros defesos, quem os tiver, ou usar Livro haver em cada Igreja para o in-
delles, que penas incorre, n .... 16 ,'entario dos moveis, e ornamentos,
Livros, os Capites, e Mestres, que os que nellas houver, n ..... , ... 715.
trouxerem nos seus navios, so obri- Livro do tombo, assim das Igrejas, co-
gados a mandaI-os ir Alfandega, e mo dos beneficios, e mais cousas per-
o Vigario Geral examine as matedas tencentes ao Ecclesiastico deve haver,
delles, antes de se entregarem a seus e guardar-se no Cartorio da S,
donos, n..................... 17 n 718, e seq.
Livros que trato de materias Sagradas, Livro para os assentos dos defuntos ha-
e ando sem nome de Autor, quem os ver em cada Igreja l?arochial, e co-
tiv.er, ou, vender ,sem primeiro serem mo se faro os assentos, n. 831, e seq.
approvados pelo Ordiuario, que penas Li 1'1"0 destas Consti tuics, que pessoas
tem, n ... o 18. so ohrigadas ateI-o, n .. 1310, e scq.
Livro dos Baptizados como estar guar- Lobas de Clerigo. Vidc vel'bullt Habito
dado, e neHe se faro os assentos, e Clerical.
. com que licena se passaro deHe cer- LugaFes Sagrados, com que reverencia,
tides, n " 70, e seq. e respeito se deva estar nelles, n.728,
Livro dos Baptizados no se tire da e sq.
Igreja, nem se mostre a pessoa algu- Lugares Sagrados. Vidc vCl'bulIl Igrejas.
ma sem licenca, n ..... o ..... 73.
Livro dos Baptiiados, quem o falsifi- M
car, ou passar certido delle sem li-
cena, que penas haver, n 74. Madeira das Igrejas no sirva seno par.a
Livro dos Baptizados, depois de acaba- outras Igrejas, ,e no servindo se quei-
do de encher todo, se deve entregar me, n ................. 727.
ao Vigario geral, e para que, n ..75. Malefieios. Vida 1Jcrbmn l"eiticarias.
Livro, dos Baptizados, pelos assentos, Mllndados de llrelado, de seus Minis-
que nelles se fizerem, no se leve tros, e de outros Superiores. quando,
cousa alguma; e quanto se levar das e como se devem cumprir, n .... 883,
oertides que delle se til'arem, ibidcm. e seq.
Livro que de novo houver de servir para Mandamenlosda Lei de Deos, e da Santa
os assentos !los Ba.ptizados, no prin- Madre Igreja, os Parochos os ensi-
cipio delle se ajunte o reciho, que se nem a seus freguczes, n.. 51)8, e 5~9.
ordena, ibidcm. Mos violenlas em pessoa Ecolesiastlca
Livro dos Baptizados, como nelle se fa- caso reservado, e que penas harer
ro os assentos dos Chrismados; e quem as puzer, alem da excommn-
DO A.HCEBISPADO DA. BARIA.. 491
nho cm que incorre, n.. 177, c915. mento, que penas havero os que o
1\Iarchantes, ou outras pessoas que ma- celebrarem, e o Paroeho, e testemu-
tarem, ou venderem carne publica- nhas, que sabendo delle assistirem ao
mente na Quaresma fra da necessa- c.,samento, 294, e seq.
ria para os doentes, que penas bave- Matrimonio, o Religioso, ou Religiosa,
ro, n ............... 413. ou Clerigo de Ordens Sacras, que o
Matar nas Igrejas, e seus Adros, quem contrahir, como se proceder contra
o fizer como ser castigado, li ... 916. elles, n 297.
]\fatal', O Clel'go que de algum modo Matrimonio, quem o contrahir segunda
para isso concorrer, como ser casti- vez durando o primeiro, a que tribu-
gado, n 1006, e seq. nal ser remeLtido, ibillem.
Matriculas para Ordens, como se faro l\1atrimonio dos vagahundos se oo fa-
no livro do Escrivo da Camara, a sem liceoa do Ordinario, e que
n .................. 236, e seq. penas hayer o Parocho que sem ella
1IIatrimonio de futum. Vide verliUm assistir, n .......... " .... 299.
Desposorios, ou Esponsaes. Matrimonio, os que o tiverem cootra-
Matrimonio Sarramento; sua materia, hido fao vida marital, e no a fa-
frma, Ministro, fins para que foi zendo, como se havero os Parochos
instituido, e elTeitos que causa n. 259, com eIles, n.:.... . . 301, e 302.
c seq. JlIatimonio dos escravos, seus Senhores
l\fatrimonio, os que o contrabircm, de- o no impido, e ainda que o contradi-
vem ir em graa, e oo indo ~egro go, nem por isso se deixar de cele-
mortalmente, n.. ...... . ..... _6t. brar, n ............ 303, e 30!~.
1IIatrimonio de presente, que idade, e Matrimonio rato, cm que casos se porle-
capacidade seja necessaria nos que o r, ou no dissol \'er, 0 ... 305, e seq.
houverem de contrahir, n .... 267. Matrimonio eonsummado, em que casos
1IIall'imonio, dilatando-se o seu recebi- se pudero os contrabentes separar
mento mais de dous mezes depois de quanto ao toro, c mutua cohabitao,
feitas as denuociaes, se repito ou- D 310, eseq.
tra vez, o .......'. '" ...... 274. l\Iedicos admoestem aos doentes que cu-
Matrimonio, os que o contrahirem re- rarem, que se coofessem, e no secoo-
meUidos os banhos, devem viver se- fessando at o terceiro dia da doena,
parados. n .......... 277, e 279. no os curem mais, n ........ 160.
Matrimonio oo se celebre no mesmo Medicos no aconselhem aos enfermos
dia em que se fizer a terceira, e ulti- por respeito da sande do corpo eonsa
ma denunciao, o ....... ' .280. contra a alma, o 161.
Matrimonio celebrado sem precederem Meirinho Ecclesiastico no faca aven-
, as denunciaes, que penas havero os as com os que trabalho aos Domin-
que o celebrarem, e o Parocho, e tes- gos, e dias Santos, e que rol far del-
temun.has que a eUe assistirem, 0.281, les, n 387, e 388.
e 282. Meirinho no pde ir s casas dos Cle-
Ma trimonio, os que o celebrarem rece- rigos a buscar armas niio tendo "]lara
bendo as bencos de outro Parocho, isso licena; e s II elle pertence o
que no seja oseu, sem preceder licen- prender, e accusar aos que acbar com
a para isso, que penas havero, ellas, e sem habito Clerical, n. 457,
n ..................... 283. e 463.
Matrimonio, quaes sejo os seus impe, ~feirinho que fizer convenas, ou con-
dimentos dirimentes, e impedientes, e certos sobre as armas que se acharem
como so obl'igados a descobri l-os os aos Clerigos,que penas haver, n. 458.
que delles souberem, n ... 285, e 286. Meirinho geral deve atalhar que se no
~Iatrimonio, como se deva celebrar, e vendo paineis, a que chamo ricos
assistir a ene o 11arocho, n. 287, 288, feitios. TI 701.
e 293. Meirinho, os que de suas mos Ibe tira-
Matrimonio se deve celebrar de dia, rem algum preso, como sero castiga-
e .no de noite na Jgreja Parochial; do , e que obriO'ao tenha de denun-
e sendo por procurao, que licena ciar deIles, e fazer auto, n. 1016,
preceder, II................ 289. e seq.
Matrimonio, em que tempo se poder l\Ieirinho geral no denunciando os de-
celehrar solemnelllente, ou no: e em linquentes dentro do tempo que SI! lhe
qne cUllsiste a solemnidal!e, n. 290, e ord lia, perde as pellas que lhe podio
291. tocar, II . . . . . . . . . " . . . . . . . . 1081.
lIlatrimoniu celcbrando com impedi- iUeirinho Ecclesiastico puder accusar
492 l~DlCE D.\.S CO~ TITUIES
aos q ue por ma is rle lres mezes se elar m ojuramenlo que del'o acerca
deixarem andar declarados pur excom- da obrigao de seus omeios, que pe-
mUllgados, n 110'~. nas ha vero, n ............... 931.
Meirinho geral obrigado a ter um 1'0- ~Iiuistros Eecle iastieos, que mostrarem
IlIme destas ConsliLuiees, n... 1311. s partes as inquiries, e papeis ria
l\lendicantes Religiosos: Vide vc,.{mm Justia, que estiverem cm segredo,
Hegularcs. que penas havero, n...... . .. 937.
l\Jeniuos de mcnor iclatle, como se have- l\Iini 'Iros Ecclesiasticos como precede-
ro os Parochos nas suas Cou llsses, ro no crime de bestialidade, n. 960,
n ........................ 142. e seq.
Menores rle quatorze anno falecell lo, l\Iinistros Ecclcsiaslicos, quem lhe lirar
que sufl'r<I1:ios sc lhe faro, n. 83(j, algum preso, COIDO seri! castigado,
c seq. n ................ 1006, e seq.
Mercadores que tivercm logca aberta Ministros Ecclcsiastieos, quem os olren-
1I0S Domingos, e dias San Los, que pe- der, ou injuriar, como se procederil.
nas hal'ero, n 383. contra elle, n 1019, e seq.
J\1ercallcias se no fao nas 19rejas, seus Ministros Ecclesiasticos como sero cas-
Adros, n 738. tigados por crros de seus olTicios,
J'I1ereLrices publicas, ql.ando, e como II 1026, e seq.
podero receber a EueharisLia, n. 88. Ministros Ecelesiasticos pdem accres-
l\lestres, e Mestras de meninos, no os seu tal', ou moderar as pcuas conforme
ensinem sem liccnca do Ordinario, e as ciscunslancias do delicto, n. 108:3.
sio obrigados a ensinar-lhes a Dou- Ministro Ecclesia ticos no lJdem mo-
. trinaChrist, n 5 derar, ou commular' penas algumas
McsLres de Theologia, lrilosolla. e liralD- seno por via de embargos, que, e
maLica fao a profisso tia Fc, n. H. allcguem, n 108!~.
MesLres ele navios manllem ir Alrand- Mini 'Lros EcclesiasLicos no proecdio
ga os livros que trouxerem embarcados com pcna de excommunho por cau-
IIclles, TI 17. sas lel'e , n 1086.
MesLre de ceremonias, a eUe toeu exa- Mi nistros Ecclcsiasticos se hajo com
minar dellas, D ~H4. brandura com os declarados, n.1105.
Ministros da justia secular. T'ide VCl"- Ministros EcclesiasLicos qllando usarcm
blt'1It Juizes seculares. de suspenso, seja com muita conside-
1\Jinistros EeclesiasLicos como se have- rao, n ................... 1197.
ro n:lS diligencias acerca dos pal.ri- iUinisLros Ecclesiasticos, carla um tenha
monios, n .. .. . . . . .. 230. um volume desLas Coustitllices.
l\linistrlls Ecclesiasticos inquiro, se os n 1311.
desposados telD delinquido por coha- 2\Iissa, quando a devo dizcr os Parochos,
bitantes, quando sc lhes ordena o con- Conegos, e mais Sacerdotes, D... Df.
trario, II ....... , .' 265. Missa, eonsagrantlo-se nella algumas
.Ministros Ecclesiasticos tcnhiio cuidado particulas para depois o ParodIO as
cm que se guarde a immunidade, e atlminisLrar, ou recolhcr, comose ha-
como se havero para que se guartle vcr o Sacerdote que a di ser, n. 101.
ao delinquentes, n.. 6M, 772, e 773. Missa, quando os Parochos a bajo de
MinisLros EecIesia ticos tratem aos Cle- dizer fra das 19rejas, que circunstan-
rigos com brallclura, c corLezania, cias concorrer, e a que altenrlcr,
n .................... ' .. 66!~. D 1JO.
1\1 in isLros Ecclcsiasticos nno obriguem Missa Nova no sedirit scm preceder exa-
aos Clerigos a fazer citaes, n .. 672. me de ceremonias, e licena n. 24$.
l\Jinislros Ecclesia Licos quando houve- Missa, os 1'arochos Das sua Igrejas mio
rem de negar aos corpos epullura dem "'uizamenLo a Sacenlotes de rra
EeclesiasLica, que tliligencias prece- do Arcebispado para a dizerem, sem
dero, n 859, esq. primeiro haverem licena do Ordina-
l\1inisLros Ecdesiasticos devem iDquirir rio, e com que penas, 11 245, e 363.
do crime ela hlasfemia, n 889. J\fissa, sua instituio, frutos, e errei!~s,
l\linislros EcclcsiasLicos derem dar con- e que disposio, c prcparao dCl'no
la ao Santo Officio das reilicarias, sor- ler os Sacerdotes pa ra a dizerem,
tilc"'ios, e supersties, qu'e involre- n .... , .. , ............ 325, e scq.
rem maniresLa heresia, n 903. i\lissa, qne Oraes se dCl'50 dizer aIlL~S,
Ministros EccJcsia 'licllS, que pl'na ha- e ri pois della, e com qlle modpsLl?,
I'l'rio eommeLLelldo Simonia, II .. 907. e compustura s cclebrara, n. 3:21,
MillisLros .Ecdcsiu~licus, que nlu gual'- e seC{.
DO AllCEBISPAOO DA BAUIA. 193
Missa,1I lIa se nu IIsedo outrasceremo- confurme a reza do di:l; (l nos DOlDiu-
fli<ls ftra elas <I pI'ovadas; flem se diga gos, e tIias Santos ser canLada a da
li'lra da Igreja, o lugal'es approvados, Calhedral, n 356, 0358.
flo eSLando estes interdictos, ou vio- Missas, que chamamos de defuntos,
lados, n .............. 333, e 338. corno a diro os Sacerdote obrigados
?tli'sa, uo se diga de Santo, OH festa quuLidiana, n 357.
que no esl ivor appl'ol ado, ]Il'm sem Missa, nos dia de preceilo deve dizeI-a
vlas acee as, e Acoli lO, flem c m o Cura, ou Coadjutor depois do offer-
mais Oraes das que mando as ltu- torio da Conyentual, n , .. 358.
bricas, n 33!~, e357. Missa, que ornamentos sejo nccessarios
Mis a, quando a tlis ercm os Uegulares, pa1'l se dizcr, e que pellas !taver o
deyem dizer nella as collectas, no- Sacerdote que a celebrar com orna-
ll1eillldu o 1I0me do Senhor Arcebis- menlos indecentes, ou no bentos,
po, n .................. a35. n , 360, e 361.
Missa, niio se diga antes dc romper a Missa, o que a disser no sendo Sacerdo-
mallh, nem depois do meio dia, ex- te, que pellils 1Iavor, n 365.
cepLo a da noite tio 'atal, ou por pri- iUissa, o Sacerdote que a debrar sobre
vilegio da Blllla, n 336, e 337. cousas accommodadas para malefi-
Missa quando a podcro dizer os neli- eio , que penas haver, ibiclem.
giosos da Companhia de JESUS [ra Missa, que ohrigao haja de ii OUVil'
das 19r ja, n 338. 110S Dumiurros, e dias Santos, e como
Mi sa, uiio se diga cada dia, mis que se bavera o 1)aro(;1I0 eom os lJeO'ligen-
uma, rxee\to no dia do 1 alai, que e tcs, II . . . . . . . . . . . . 366, e eq.
poderiio dizer tres. n ..... 339, e 3:'i0. i\lissa Conventual da Pal'ochia, os que a
~Iissa, qllantas, ecumo s poderiiu diz I' ouvirem, e o S<lC relate que a disser
no Tridllo tia semilna 'aula, e uo tIia ganho illdulgencias, n ....... 360.
da Annullciaiio lIa Sellhora, qualldo :lliss~, os Sacerdotes que por seu graos,
llcl1e cahir, n . . . . .. . .... 3'~1, esq. e diglJidal1 s uso ele aoel, no a di-
Uissa, que esmola se deva dar por ella, go eom ell " n 4.!~G.
e que penas haver o SacrrdoLe, que Missa, que obrigao lenho os Parochos
a p dir mais avrnlaj<lda, [I. 3M, e3!~5. r]e a ri izer a sellS [reguczes nos dias de
Mi"sas, a esmola .lellas lio se altera com guarda, n 1'~7, e M8.
as que por instiluiessot1 'ixar com Mi sa, se ao tcmpo della estiverem na
llleflOS, ou maiur; nem com as que. e Igreja exeollllDungados, como se ha-
,liz lU por Estatutos parLiculal'es das yer co m-ell , J1 . 602, e seq.
Igrcjas, e Confrarias, n 3'~5. ~Iissa no se diga nas fgrejas, que de
Mis'us, em que Igrejas se diro, quando n 1'0 se edil] -arem sem preeeder li-
os defuntos no declararem onde se cena, n 68~, e seq.
(Iigo, 11, . 3'tli, e 841. l\lissas, d lia se no pa cm quildes
ilijssa, n~o se (Iirra anticipadarnenle por anl.icipadas, sem estarem ditas com
c]ul'm prim iro olTer ceI' a c mola n III (feito, Jl............... .,. 806.
e mande diz r por outro Sacerdote Missas niio se reduz10 a m"11 s numero
]lar mcnose mol:J da r cebida, n. 3!~7. das deixadas nos teSL<llUelllos, n. 81J.
Missa, no se relluzo a menor numero Mi -as se digo p los que falecerem aI>
por el' meno congruente a esmola, intestado, e pelos menores, e eseravos,
aC<'i tada, Oll Cl'es er esta depoi de n 836, e seq.
cleixado o Legado, n 3'1-8. l\Iissas, a qllem tora dizei-as quando o
.fissas ohrigando-se o Sacer tot a di- (Irflllllo for enterrado na Igreja da
zeI-as por menos esmola que a taxada, J\1isericordia, n _.84-2.
no eleve falta r a isso, n. .... .: 349. l\'lissa diro na Cathedral por morte
Mi sa' prl'p tnas no se aceitem sem au- do Prelado. e COl1ego , n 866.
loridade do Prelado, nem por menos Missas, Ii<lja nas Conrl'arias olJrirrao de
e mola que a taxada, pur dia se niio se dizerem pelos Confrades vivos, e
aceite penhor n ..... - .. 350, o srq. defuntos, 11 875.
Missa perpetuas, haja livro em que se Mi sa, estalido-se dizeudo, se nesse tem-
lancem, n 353. po se violal' a Jgrej<l, corno se haver
Mi' as, nom-um SacerdoLe acei te mais o Sacerdole, n.... . ....... 1278.
que aquclta que puder dizer em trcs Iysterio da San tis ima Trindade, os
meze, no a lenelo quotilliana, e Pal'oehos 'ensinem a seus fregl!ezes.
obrandu-se o coutrari ,como se proee- n..... . 552.
drr;) , n ........ _...... 3M, e 355. l\f vsterio doa F. Vide ve,.bullt Dou Lri-
MiSS tia Tera, ou Conventual, se diga 1M Christ.
I~ DICE DAS CONSTlT lES
Moer cana nos engenhos, prohibido N
nos dias de guarda, salvo precedendo
licena, n 378. Nalal, que Missas se devo dizer nesse
M"ollicie, como ser castigado quem a dia, n 339, e 340.
commeller, n .......... 96!., e 965. Natal, da sua yespera at dia daCircum-
l\fonitorios como, e quando se devo ciso, no se devem ler, nem passar
passar, n 1094, e seq. carta de excommunho, n.... 1105.
Moribundos. Vide verbum Doentes, ou Navegantes, havendo de partir no tem-
Eufermos. po da Quaresma, primeiro devem sa-
Mosteiro de Freiras, prohibido aos tisfazer ao preceito da desobriga,
Clerigos, e seculares o frequcntal-o I) , , .113.
I
DO ARCEBISPADO DA BAHIA. .H17
\'a, nem depois das Ave Marias, n. 42. alem da obrigao eta' Quaresma,
Parochos, qlle diligencias devo fazer n 137.
com os aduHos antrs de os baptiza- ParocllOs. como, quando, e at qlle tem-
rem, li ......... ~7, 1~8, M, () 55. po faro o rol da desobriga da Qua-
Parocllos, quando administmrem o Sa- resma, e admoeslaro a seus frcgue-
cra''lento do Baptismo sub condiliona, zes, para que satisfao ao preceito,
que informao preceder e como n .......................... 145.
proferiro a frma, n 8, e 59. ~arochos, como, e em que tempo, c f\'-
Pnrochos, como se havero com os es- ma devo trazer, ou mandar ao Pro-
cravos, que vierem de terras de inflo visor o rol da desob,riga da Quares-
eis, no sendo baptizarlos, ou baven- ma, e com e][e o dos declarados,
do duvida (Ie que o scjo, n 61. n 149. e seq.
Parochos, nas Estaes que fizerem aos Parochos como se havero com os pre-
frcgllczes, lhes ensinem como se ad- sos da Cadca acerca da desobriga da
mini tra o Baptismo; e examinem se Quaresma, e com os doenles dos Bos-
as Parteiras o sabem, n 62. pitacs, n, ............. 152, e 153.
Parochos expliquem aos padrinhos do Parochos como se haver40 COlJl. QS vaga-
Baptismo a obrigao, c parentesco bundos na desobriga da Quaresma,
cm que fico, n 65. 11 1M, \)155.
Parochos quc nio guardarem o disposlo Pal'ochos, acerca de visitar os enfermos
pcla Constituio acerca dos padri- das suas l~reguezias para os confcs ar.
nbo , e madrinhas, que penas hare- rida varbwn Confessor, Confisso,
rlio, n 6. Doenles.
Pal'Ochos no dem, ou passem certides, Parochos, acerca dos Santos Olcos. Vide
elo lilTo do Baptismo, sem que para vel'bum Oleos Santos.
isso preceda licena. 11 ... 71. Pal'Ochos, que pena hav.ero falecendo
Parochos no levem cousa alguma dos algum freguez por culpa ou negl i-
asselltos que fizerem no livro do llap- gencia sua sem o Sacramento ela Ex-
tismo, n 95. trema-Uno, 11 204.
Vide varbU11t Baptismo. P<lrochos acerca da administraco do
l)arochos, quaJ1do se administrar \la sua Sacramento da Exlrema-Unc..'1. Vide
Fregllezia o Sacramento da Coufirma- ve1'bul1~ Extrema-Unco. "
o, o que far, e adverlir anLece- Parochos no recebo" a contrahentes
dentemente aos frell'uezes, n ..... 78. que no forem naturaes elo Arcebis-
Parochos, como, e cm que frma elevo pado, ou houverem residido em outro
fazer os assentos dos cbrismaelos, por mais de seis mezes, n ..... 273.
n 81 e 82. Parochos que receberem, ou derem as
Purochos s;> obrigarias a se informar benes a freguez alheio sem licena
elas pessoas que esto por chl'ismar, elo proprio ParodiO, ou Prelado, que
pal'a o dizerem aos Visitado,'e , n, 82. penas tem, n 2 3.
Parochos quando devlo celebrar, n. 91. Parochos declarem aos freguezc.s os im-
l'arochos dev'm renovar o Sacramento peelimentos do m:tlrimonio, pam qu'
da EUl<haristia de quinze em quinze os saibo, e a obrigao que tem de
dias ao menos, n 95. os noticiar, sabendo que algum coo-
Parochos, antes de administl'Dr a Sagra- lrahente os tenha. n..... 284, e 281>.
da Ellch"rislia pela elesobriga da Qua- Parochos como se havero acerca da as-
re ma, que diligencias faro acerca sistencia, e celebracio do malrimo-
dos que ho de commung'lI', n ... 97. nio, e no mais a elle" perlencenle. Vide
Parochos que penas ha\'ero, quando vel'bum l\!atrimonio.
por culpa elelles faleccr alguma pes- Parochos como se havero no casamento
soa na slla Frcgnezia sem o Sacra- elos escravos. Vida verbwn l;;scravos,
mento ela Euchari tia, n..... ,109. ou Matrimonio.
Parochos qu.ando podero leranlar AI- P;\I'OCI105 silo obrigados noticiar ao Pro-
lar na casa dos enfermos, I ara nella visor ela vacatura de alguma Igreja
se lhes dizer Missa, e administrar a Parochial que lhes ficar vizinha,
Eueharistia, n , j 10. 11 " 52J~.
Purochos acerca de expor a Sagrada Parochos, quI' por velhice, doena, ou
Ellchal'stia. Viria ter/; ~m Eucha- oulra in ufficicncia no poderem eum-
ristia. prir com o seu ameio, elllllO ento se
Purllchos I'ncoU1111Plldcm a ells l'regue- haver O Provisor, n..... 535, e seq.
zes, q\ie se confessem ao menos nas Parochos elevem viver, e 0101'<11' dentro
qualro festas pl'incipaes do anilO, I dos limiles de suasFl'eguezias, n. 538.
498 INDICE DAS COi STITUlES
Parochos, ainda que lenho Coarljuto- defuntos, que falecerllO com testa-
res, nem por isso fico desobrigados mento, ao Juiz dos Residuos, assim
da I'e idencia, e administrao dos Ecclesia lico, como secular, conforme
Sacramentos per si a seus freguezes, a alternaliva, n 805.
n 539. Parochos, que sulfragios procuraro fa-
Parochos que se ausentarem de suas zer pelos que falecel'em ab intestado,
Igrejas por mais tempo do que lhes e pelos escra\'os, e menores sem idade,
permillido, e no deixarem nellas Sa- n 836, e seC[.
cerdotes idoneos, que penas havero, Parochos acerca das sepulturas. Vide
n , 5'~4. verbw/1 Sepulturas.
Parochos so o1Jrigados a residir toda a Parocbos que entrarem ele novo tligo
Quaresma. at a Dominga do Bom uma Missa pela aI ma do Pal'('cho seu
Pastor nas suas Parochias, n ... M5, antecessor; e falecenrlo o Parocho, o
Parochos que se ansentarem de suas que ad \'erlro aos freguezes, n.. 866,
Freguezias por causa das doenas Parochos quando, e que tiLulos das
contagiosas, que penas harero, Constituies sejo obrigados ler a
n ................... 5\6. seus freguezes, n 1312 e seq.
Parochos qne obrigao tenho de dizer Parteiras quando podero baptizar a
Missa a seus freguezes em todos os criana que perigar com o parto, c
Domingus, e dias Santos de guarda, em que parte cio corpo, n 44.
c de lhes fazer pregaes, n ..... M7, Parteirras, os J>aroehos lhes ensinem o
eseq. modo com qne ho de lJaptizar no
Parochos, quando, e em que frma de- caso de necessidade, n ......... 62.
vo fazer Estao aos freguezes: e an- Paschoa, ou tempo Pascohal, como se re-
les della vejo os papeis que ho de pute em ordem ao preceito da deso-
publicar, n...... . ..... 585, e seq. briga, n ..................... 86.
Paroehos quando reprehenderem, ou Patrirnonios qual deva ser, para que a
multarem os freguezes, o fao pater- titulo delle se possa um sugeilo orde-
nalmente, e no com palavras escan- nar, e como depois se no poder
dalosas, e como dero ser reconheci- alhear, e que diligencias se del'o fa-
dos, e tratados del1es, n .. 596, e 597. zeI' para elle, n 228, e seq.
Parochos como applicaro as multas que Peccados, por mais enormes que sejo,
fizerem aos freguezes, e se havero no se occullem na Confisso, n. 132.
contra osqne no satisfizerem, n, 599. Peccatlos reservados do Arcebispado,
Parochos so obrigados a dar certides del1es pdem ser absoltos os Sacerdo-
aos freguezes que quizerem recorrer tes pela licena que se concede aos
acerca das multas que lhes fizerem, e Confessores, excepto o da eXCOIDIl1U-
cmo ento se havero, n 600. nho maior, n ............. , .138.
Parochos que aceitarem Thesoureiro, Peecados ainda que sejo reservados, no
ou Sacristo sem fiana, e assim lhe arligo da morte pde qualquer Con-
fizerem entrega dos bens da Igl'eja, fessor absolver delles, n 169,
e sem ser por inventario, que penas Peccados resel'vados do Arcebispado,
havero, n .................. 612. quaes, e quantos sejo, n ... , . ,177.
Paroehos em que tempo podero ser ci- Peccados morlaes, quantos, e quaes se-
tados, e proceder-se nas suas causas, jo, n '" 560,
n 677, e seq. Peccados contra o Espirilo Santo, quan-
Parochos nas suas Freguezias tenbo Los, e quues sejo, n 572.
cuidado em que se no pinte, ou le- Peccados que b,'ado ao Ceo, quanlos,
vante Cruz em lugares immundos, e e quaes sejo, n ~7_3,
indecentes, n 703. Peecados, como se dar a absolvlao
Parochos so obrigados a fazer inventa- delles. Vide vel'bU1n Absolvico.
rio dos moveis de suas Igrejas, e das Peccadores publ icos no sejo' admill i-
que lhes forem filiaes n. 715, e 717. dos a commungar, n, 88.
Parochos como se havero com as pes- Peecadores occu1tos quando se lhes ne-
soas que quizerem usar de cadeiras gar a Eucharistia, e quando se lhes
de espaldas nas Igrejas, e que tam- administrar, iblem. .
bem elles no usem delias, n ... 733, Pedidores de esmolas, ou Pcrlitol'JOs.
e 734. Vide Vel'Ull11t Esmolas.
Parochos como se havero no fazer dos J>edra de Ara como a hal'er nas Igre-
testamen tos, sendo para isso chama- jas, e Sacra;ios. Vic/c'vel'bllm Igrejas,
dos, n " 783, e seq, e Sacrarios.
Pat'Orh()s dem em cada anno o rol dos Penas prcuniurius imposta ne tas Cons-
DO ARCEBISP illO DA BAHIA. .&.99
tituies, a quem se devo applicar, dos Ordenandos, como se passar,
n 1079, e seq. n ...................... 227.
l)enas siio a\'bilrarias ao Juiz para as Pregadores exhortem ao povo a paga
accrescentar, ou moderar, conforme a dos L1izimos. n 417.
prova, e circunstancias dos delictos, Pregadores no devem pregar neste Ar-
n .................. 1083. cebispado sem licena do Ordinario,
Penas pdem moderai-as os Juizes por n ..................... 513.
via de embargo, e passando essas em Pregadores Regulares, nem ainda ..as
cousa julgada. s o Prelado as pde snas Igrejas podero pregar, prohi-
commutar, ou perdoar, n ..... 1081.. bil1llo-lhe o Ordinario, n ..... 515.
Penas de excommunhes impostas nes- Pregadores antes que comecem a pre-
tas Oonslituiccs. Vide verbmn Ex- gar, devem fazer a profisso da }', e
communhes: que qualidades tero) e por quem se-
llcnas imposf.as nos crimcs, e casos con- ro examiuados, n 516.
tcudos nestas Con tituics. ejo-se Pregar sem licena do Ordinario; as
os nomcs dos ~itos crimes. pessoas a cujo cargo estiver alguma
Penhores a Clengos se no fao pelos Igreja, conseutindo-o nella, que pe-
Minislros da Justia secular, e com nas haverio, n 514.
que penas, n ............... 61>2. Pregar no se deve, no mesmo lempo
Penitencia Sacramento, sna materia, que prega o Prelado, n 5l7.
frma, Ministro, e o mais a ella per- Prelado no pde remittir os frutos da-
tencente. Vide verbum Confisso e quelle, que devendo fazer a profis o
Co nfessores. da }' a tempo, a no fez, n.... .10.
Penso de Beneficio, qual, e como de- Prelado como seja obrigado a pregar
va ser. para que a titulo della se pos a per si ou por outrem ao povo, n. 512.
alguem ordenar, n .......... 229. Prelado dos Regulares no consinto,
Penso, ou foro de fru los, e novidades que nas suas Igrejas prgue Pregadol'
no se tire primeiro que o r\izimo do secular, no tendo licena do Ordina-
monte, de que se houvel' de dizimar, rio, n 514.
n .......................... 421. Prelado em fillecendo, que suffragios se
Perigo de morte. Yidc verbmn Artigo faro pO'r elle na Cathedral, e que en-
de morte. commendmaro os Parochos aos rre-
Peljuros, como sero castigados. Vide guezes, n . . . . . . . . .. . 866.
vcrbum Juramento falso. Prelaliva correco qual seja, e em que
Pesqueiras, e pessoaes dizimos. como de casos se poder usar della, n.. 101~7,
uma, e outra cousa se deva pagar o e seq.
dizimo, 11 J~24. e 421>. Prender Clerigos quando podero, ou
Pessoas da Sanlissima Trindade so tres, no as Jus ticas secula res, n ... 462,
e como se entenda este l\'Iysterio, !~63, e 646.
n 552. Presos no devem ser os Clerigos por di-
Pia baptismal, como a deva haver em virtas civeis, e como se procedera para
todas as J~rejas Paroc!laes, e Cape~ a satisfao delIas, n 669.
las, que ti verem appltcados, 11 3 I, Presos pdem ser os Clerigos por divi-
68, e 688. das, que procedem dedeliclo, ou qua-
Pia baptismal, nella se lancem os San- si delicto, n 670.
tos Oleos, depois que os novos forem Presos sobre homenagem, que pessoas o
bentos, n " 21>2. devo ser, ou no) n 679.
Ponlifical quando o Prelado o fizer na Presos em Ca la publica quando o po-
Calhedral, ou fra dena, que obriga- I dero ser os Clerigos. e nellas lhes d
o tcnho as Dignidades, e Conegos o Carcereiro bom tratamento, n. 681.
de lhe assistir, n 607, e srq. Presos os Clerigos por crime. no sojo
Porio ou congrua qne devem ler os Yi- embargados por dividas civeis,
garios encomendados qual sera, n .......................... 682.
11 " 523. Primicias, que cousa sejo, e a que
Potencias d'alma quantas, e quaes sejo, Igrejas se deviio pagar, n ...... 431.
n 568. Pricipes seculares no fao leis, nom
Prata das Igreja como estar limpa. e Orclenaces contra a liberbade Eccle-
guarda~a, e no se deve emprestar, siastica; e com que penas, n.....653,
nem usar delta para usos particula- e seq.
r s. e profanos. n 711. escq. Privilegio quando por vir ude rle algum
llrl'henda los. Vide verbullt Conegos. se escolher Confessor. qual possa ser;
Precatorio, ou carla precatoria acerca e a absolvio das censuras dada por
GOO INDICE DS C()~SnTUlj~S
lle, s aproveita no foro interno, Proc[lradorcs, ou Juizes da rgreja em
n .. ' ' 182. que Do houver Mdrinho IkclesiasLi-
Pril'legio, cm virtude delle escolhido co, como os elegero os PUI'oclIOS, ou
Confessor, .de que poclcor s absolver, Curas e para que, n 388.
e no dispensar, e dispensando sem Procuradores, no se prosigo POI' elles
lhe dar a BulJa faculdade, que penas as accusaes,' e Jil'ram0Iltos, mas a'
ha ver, n ............. , .... 183. me mas parLes pessoalmente as pl'O-
Prociss.o do Enterro do SenhOl' depois sigo, n o 1032.
para se notarem as que nem per si, nem por sens Procuradores assisti-
ro. E que os que tivessem procuraes apparecessem perante o dito
Senhor no seu Palacio Quinta FeiTa de tarde, que e contavo 16 de J u-
nho, para se verem as ditas procuraes, e eJles dal'em a razo porque
no assistro seus constituintes.
Lero-se as listas dos Reverendos Capilulares, Parocbos, e Curas
elo Arcebispado, e os que estavo presentes per si, ou por Procuradores
respondero: Adsurn. E por um dos Notarios foro tomados a rol o
que faltro, contra os quaes requereo o Promotor a Sua illustrissima
carta de Editos para serem citados, e o dito Senhor mandou se satisfi-
zesse ao seu requerimento. Porm attendendo Sua I1Iustrissima a vi-
verem distantes os que faltro, e que alguns delles lio tinho a quem
cncommendar as suas Igrejas, foi servido de os haver por escusos, e
relevados por esta Tez.
Como as listas se acabro de ler; o l1lustrissimo Senhor Arcebis-
po, instancia do Promotor, mandou publicar um Decreto al>siguado
pelo dito Senhor, pejo qual, (visto que os congregados tinho feito Pro-
curadores, que em seus nomes assistissem s congregaes, em que se
havio de conferir as Con Litles, e tratar de materias mui importan-
tes para o servio de Deos, bem das Igreja , e das almas, as quaes de-
pendio de plena deliberao e maduro conselho) ordenava que os
ditos congregados com a beno de Deos, e sua se recolhessem logo a
suas Igrejas a aclministrar o pasto espiritual, para que POI' causa de sua
ausencia no resultasse algum grave damno no bem espiritual de suas
ovelhas.
E por outro Decreto, que logo immediatamente se lco declarava
o dito IIJustrissimo Senhor os dias, e horas, em que ba\"ia de dai' no
seu Palacio audieucia publica aos Procuradores eleitos pelos congrega-
dos no Synodo, para em sua presena se conferirem as Constituies,
que o dito Senhor tinha feito para dil'eco, e govemo deste Arcebispa-
do, e se difIerl' aos seus requerimenLos, e tratar tudo o mais que fosse
conveniente, e Oppol'tuno. E immediatamente mandou pelo Notal'o
~lanoel Ferreira de Maltos declarar, que sem embargo de que os Sa-
grados Canones obl'igavuo aos congregados nos Synodos Diocesanos,
atisfao do Synodatico, ou Cathedratico, elle pOI' aquella vez lhes re-
mellia li dita satisfao, fazendo-lhe della doao.
Seguio-se admoestar, e exhortar o Illustrissimo Senhor Arcebispo
aos congregados com a pratica, que aponLa o Pontifieal Romano, para
~e dizei' no dia terceiro do Synodo, a qual comea: