Constituicoes Arcebispado Da Bahia

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CONSTll'UIES

DO
CONSTITUIES

DO

FEl T AS, E ORDENA.DA.S

:PELO ILL1J!!l'rRI!!lSIMO, E RE''ERE1U)I!!l!!lIMO !!lElnIOB

D. SEBASTIO MONTEIRO DA VIDE


5. 0 A,cebispo do dito ibcebis.l~af'O, e do Cotlsellto
fIe Suc, Hlagestc,,'e:

PROPOSTAS, E ACEITAS

EM OSYNODO DIOCESANO, QUE ODITO SENHOR


CELEBROU EM 1'2 DE JUNHO DO AN JO DE 1707.

In1ltI'e!!l!!las "lU LI!!lboa no GnllO de 1;'19, e eUl Coinlbra elu


I;,eo eOlll tmla!!l a!!l Lleena!!l lJeee!!lsarias, e 0.1'
rehultrcSsas nesta Capital.

s. PAULO.
NA TYPOGRAPHIA 2 de Dezembro
DE
ANTONIO LOUZADA A TUNES.

1853.
..
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O""

.
p.
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"~t'o

BIBLlflHCll Du uHJAOD fWERAL


Este voluma cha-S3 registrado I
sob nmero ~.s.Jj. .I
do ano de _ 4S4-~l- ,.
Bcm poucas obras, cm seu genero, tem sido cscriptas com tanta
erudio, como as Constituies do Arcebispado da Babia; c bem pou-
cas so to interessantes todas as classes da sociedade, como estas,
que ora se pretende reimprimir, e apresentar ao Publico.
Em o Synodo Diocesano, que na Bahia celebrou o Muito Respei-
tavel 5. Arcebispo D. Sebastio Monteiro da Vide em 1707, foro ap-
provadas estas Constituies, em que desde 1702 se estava trabalhando.
Mos de Mestre relraro estas paginas, cuja doutrina foi por ento
adoptada: quasi seculo e meio tem servido Igreja Brasileira, e servi-
r sempre naquellas materias, que no tem sido abrogadas pela mu-
dana dos tempos, usos, e costumes, e pelas Leis recebidas em nosso
paiz, vista da Frma de Govemo, que felizmente nos rege.
E inqueslionayel, que as Leis disciplinares da Igreja se mudo,
e se accommodo s circunstancias do tempo, e que a Igreja, embora
seja um Imperio distincto, e separado pelo que pertence ao espiritual
dos fieis, com tudo est subordinada ao Imperio Civil. A Frma de
Governo, as Leis patrias, os diversos Codigos, adoptados por uma
Nao Catbolica, tem colIocado a Igreja na indeclinavel necessidade de
modificar sua antiga disciplina. Eis o que encontramos nas presentes
Constituies. Elias foro feitas em tempo, que um Governo absolu-
to reinava em Portugal; O privilegio do Canon existia em toda a sua
exteno; o foro mixto era uma regalia dos Prelados; o poder de im-
PI' multas, de enviar ao aljnhe os Sacerdotes, e mesmo aos fieis se-
culares, de degradar, ou desterrar a qualquer para a Africa, ou para
fra do paiz estava ao arbitrio do Ordinario Ecclesiastico; finalmente o
horrivel Tribunal da Inquisio traballlava com efficacia no Reino Por-
tuguez. Debaixo deste ponto de vista foro feitas as Constituies do
Arcebispado da Babia.
Mudro-se as epochas; o Brasil de Colonia, que era, passou a ser
um Reino-Unido, e ao depois um Imperio Independente da Metropole
Portugueza; d'um Governo absoluto teve a gloria de ser proclamado
como um Governo Constitucional e livre; e no obstante as difficulUa-
des, que tem encontrado pela falta de illuslrao em que se achava o
paiz, e pela opposio de homens, aJferrados ao antigo systema, o Go-
verno Constitucional tem atl'aveado vinte e nove annos, e passar os
secuIos-graas a indole, e bom senso do Povo Brasileiro I...
Embora as Constituies do Arcebispado da Babia fossem adopta-
das pelos Srs. Bispos do Brasil com as alteraes necessarias, accom-
modadas aos usos, e costumes das Dioceses, j na epocha da Inde-
pendencia Brasileira, innumeraveis de suas disposies tinho cahido
em desuso. Apenas porm appareceo a ConsLituiO Politica do Im-
perio muitas caduc:ro, no obstante serem fundadas em Direito Ca-
nonico:. ninguem ignora que as immunidades da Igreja, e do Clero
ero fundadas nafJueIJe Direito; e como }lodel'io subsistir a vista da
CQl1sliluio do 11l1pel'io;1 Touos sabem o pririlegio do Fol'O; JllflS
VI
duas linhas do Codigo do Processo abolro semelhante privilegio; e
POI' isso cesso todas as regalias que aquelle concediu.
Ora senuo certo, que os Srs. Bispos do Brasil adoptro estas
Constituies com as modificaes competentes, e analogas aos usos,
e costumes de suas Dioceses, devendo por outro lado cada Parochia
possuir este livro indispensavel para que o Parocho soubesse ensinar
a Doutrina Christ, e preencher exactamente seus deveres Parochiaes;
muito numerosa, que fosse a sua impresso, seria pouca para a gran-
de quantidade de Parochos, que ento existio, e que se tem creado
no Brasil. Sendo alem disto necessaria esta obra a todo o Sacerdote,
que deseja mostrar-se digno do seu estado, necessaria aos Advogados
para as diversas questes ecc1esiastieas, que apparecem no Foro; sen-
do Imalmente util a todo o Pai de familia para se saber conduzir, como
Catholico, governar e dirigir seus familiares; esta obra se tornou rara no
BJ'asiJ, e sua acquisio cara e difficiJ.
Ha muito tempo, que se projecta reimprimil-a; e varios emprehen-
dedores se tem feito annunciar: mas a grande despeza, as difficulda-
des na Typograpbia para uma obra volumosa, e de mui dilIicil impres-
so; alem disto os projectos, que havio, de se formalisar uma Cons-
tituio Ecclesiastica, accommodada a nossa Frma de Governo, s Leis
Patrias, e aos costumes actuaesi desanimro os emprehendedores.
Appareceo annullciada, e impressa em 18111 na Cidade da Bahia uma
obra intitulada-Doutrina da Constituio Synodal do A1'cebispado da
Bah1'a, ,'eduzida a um Tractado-Esta obra feita, e apresentada pelo
Meritissimo Conego Joaquim Cajueiro de Campos, Professor de Lingoa
Latina, e Vice-Director do Lyceo na mesma Cidade, pareceo contentar
a falta, que se experimentava da Constituio do Arcebispado da Ba-
11ia. Seu plano era excluir tudo quanto se achava abolido 'na Doutrina
da Synodal, e apresentar o necessario para o bom regimen da Igreja.
Annunciada deste modo nos dava esperana de vermos a ida d'uma
Constituio completa, e tal, que os Srs. Bispos adoptando-as fizessem
regular, e uniforme a disciplina da Igreja Brasileira.
Nossas esperanas porm se desvanecro vista desta obra, alis
digna de todo o louvor. Aponla unicamente a doutrina dos Titulos;
alguns transcreve por inteiroi os que esto abrogados deixa de trans-
crever, declarando o motivo, porque a doutrina no subsiste.
l\fas este plano, segundo nossa maneira de ver, alem de privar o
Leitor da leUra da Constituio, deixa de parte o mais precioso deHa,
quero dizer, as citaes de Direito Canonico, dos Concilios, e Decretos
dos Summos Pontifices, da opinio e doutrina dos Santos Padres, Dou-
tores, e Praxistas, das Ordenaes do Reino, e finalmente das determi-
naes de outras Constituies Portuguezas: citaes estas que fazem
todo o merecimento da Obra, e muito ajuda quem quer estudar o
Direito Canonico.
Por tanto sendo reservado aos Srs. Bispos o direito de formalisar
Constituies a seus Bispados, para serem approvadas em Synodos, uma
pessoa henemerita, estabelecida nesla Cidade de S. Paulo, e que tenho
a bonra de nomeal'-O Dr. Ignacio Jos de Araujo, pensando fazer um
beneficio ao Publico, a Igreja, e ao Foro, determinou mandar reimpri-
mil' as Constituies do Arcebispado da Bahia taes, e quaesi mas para
que se tornasse de alglll11 IlIOUO uteis, l1elilJel'ou, com o conselho ue
VII

muitas pessoas entendidas na materia, que a ellas acompanhasse um


Appendice, em que se dedal'asse os Titulos abrogados, e os numeros
cuja doutrina j no subsiste em parte. Foi por isso adoptado o me-
lhodo de pl' urna-i"-quando a doutrina est abrogada, e um.--l<-
no principio dos J}umeros para designai', que est derogada. Deste
modo se abre um campo a algum dos Srs. Bispos do Brasil para man-
darem formalisar uma Constituio completa, e adoptada ao seculo pre-
sente. Se no satisfatoria a ida do Meritissimo Conego Cajueiro;
se neste Appendice no se der uma ida completa do que j no vale,
{lo que j no subsiste na Doutrina da Synodal, ao menos um soc-
cono, uma senda que se abre para que genios transcendentes, e em-
prehendedores {ormalisem uma Constituio Ecclesiaslica, de que tanto
necessito nossas Igrejas do Brasil. .
Os tempos no so os mesmos, tornamos a repetir, e as dlVersas
phases porque tem passado este Continente; este torro abenoado pela
Providencia, devero conduzir ao homem pensador dar a cada epocha
o que a eHas legitimamante pel'tence.
Quando em 1500 se descobrio o Brasil a Igreja de Roma o cen-
tro da unidade Catholica, estava nas mos de Alexandre VI. E' indis-
putavel, que dos Chefes da Nao, e da Igreja depende em grande
parte a felicidade, e a moralidade dos Povos. Era bem natural que o
Reino de Portugal se resentisse da relaxao, que residia em Roma.
:Mas a Providencia Divina collocou em o Reino de Portugal o Grande
Rei D. Manoel, que abraando com seus longos braos, como diz a
Historia, dous hemispherios differentes, a India e o grande Continen-
te do Brasil, soube reprimir, e at ameaar o Pontifice, que domina-
va em Roma... Daqui partro duas grandes medidas que fizero a
prosperidade do Brasil; quero dizer, sel'em emiados a este solo in-
culto, e habitado pelo Paganismo os Jesutas, e Bispos virtuosos, e
magnanimos.

nnIOS A PRIMEIRA PAR'l'E.

_ . SI} bem. acredItifjlos no que .dizem as ChrQnicas daquella epocha,


llo foro os Jesuitas os primeiros, que pisro neste continente (j).
Os Religiosos Franciscanos, que com Pedro Alves Cabral mm'chavo
para a lndia, desembarcro em Porto-Seguro, e ahi celebrro a pri-
meira Missa aos 26 ele Ahril de 1500. As vozes Santas de FI'. Henri-
que Soares, la~.n~~ retlfmbar-O Gloria in excclsis Deo-e do Diaco-
no, que cantou Evangelho o-Ite "b'lissa est-dero entrada a Lei E,'all-
gelica nestes climas incultos: mas coube em partilha aos Ueligio os da
Companla de Jesus a Misso.

(1) l'ANOn.\3IA Tom. ~ pago 10-diz:


A CIlEGADA.
s doze Vellas navegavo, fazendo diversas singraduras, p<Hm sempre no rumo de'
S. O, As plantas martimas, e aves que tinho encontrado aos 21 de Abril. que era o dia
da segunda oitava da Pascoa, lhes annunciara tel'raj e por isso na m:lIlh seguinte niio
sahio os mais curiosos dos chapJLeus de pra, E estavo j desalentados, e fartos de es-
perai', quando um gajeiro da capitania bradou da gavia-l'ERRA!
E ii. voz terra! terra! to conso!<ldora aos navegantes cru a unica que resoava, e se ou
VIII

loucos anuos dejJois chcgro ao Brasil estes lJregoeiros 110 Evan-


gelho, tendo j sido partilhado o Brasil pelo mesmo Summo Pontifice
Alexandre VI, 100 legoas Cora Portugueza, e outras 100 a de Hes-
pall]la. No somos de opinio, que os Reinos, e os Sceptros, sejo
dados pela Crte de Roma, nem que haja esse poder indirecto dos Sum-
mos Pontifices sobre o temporal dos Principcs. Alguns Theologos
tem querido sustentar este direito, citando para isso exemplos; v. g.:
do Papa Estevo, coroando Pepino em Frana; de Gregorio VII inler-
prehendendo depr a Henrique IV na Allemanha; Gregorio IX, e In-
llocencio IV, excommungando a Frederico II; e ultimamente a Alexan-
dre VI dando essas cem legoas da America Meridional a Cora de Por-

via nas nos. E no tardou muito tempo que o no fossem todos deseortinando, e vendo-a
avultar_ Viro logo crescer um cerro de frma arredondada, ao qual o Capito, aUen-
dendo fi festa, que acabava de solemnisar, deo o nome de-l\1oNTE PAscoAL-Ero horas
de Vesperas, e com o reUexo do Sol que se escondia, se enxergavo distinctamente serras
mais baixas para o sul, e a final se via o terra ch, e vestida de sombrios arvoredos.
O leitor que julgue, j que o no pode experimentar, qual seria o alvoroo e assom-
bro, que esta viso produzio, desde o Capito-mr at o infimo grumete naqucllos mil e
tantos portuguezes, suspensos sobl'e as agoas nos Castellos ambulantes do madeira, que
depois dero leis ao mundo. Aproro terra, e tondo na vogado varios relogios foro
ancorar a seis legoas da Costa. E viro o pr do Sol elfectuar-se entre as serras. Cedo
voio a noite de 22 de Abril de 1500 em que se realizou oste descubrimento, segundo a
narrao illgenua e circunstanciada, foi ta a El-Rei por Pero Vaz de Caminha, que ia por
Escrivo para a feitoria de Calecut, e que sendo testemunha ocular, tem tambem a seu fa-
vor ser esta sua na nao uma Carta particular a El-Rei, em que at lhe falia em negfJcios
domesticos. E sendo escrita no mesmo local, e occazio em que se passavo os factos, e
no depois de decorridos tempos em que algumas miudezas poderio ter escapado, de
to poderosa autoridade, que estando demais em harmonia com a narrao do piloto por-
tuguez cm Ramusio, deve em nossa opinio supplan tar as dos mais acreditados escripto-
res, que no foro eoevos, incluindo nestes Castanheda, Darros, Ges, e at o mesmo Gas-
par Corra, a quem seguiremos em muitos outros pontos, por ser eseriptor verdadeiramen-
te original dos factos da India nos primeiros doze annos. ,
Deste documento de Pero Vaz, ja impresso, conserva-se o veneravel original na Tor-
re do Tombo. E' o primeiro eseripto de penna portugueza no Novo Mundo, e nesta bisto-
ria o seguimos por vezes textualmente.
Quanto pois data do descobrimento diremos afoitamente. que erro os que seguindo
a iUarco, Gaspar Corra, Darros, e Soares querem, deduzindo-a do nome dado terra,
que fosse ii 3 de Maio, em qne a Igreja solemnisa a festa de Santa Cruz. Esta opinio er-
ronea produzio um anachronismo de consequencia, que at em actos publicos voga indivi-
damente pelo Drasil....
A pago 43:
A FESTA DA PASCOELA.
Com toda ajueunidade dos climas tropicaes amanheceo o dia 26 de Abl'il, que no
auno de 1500 acertou ser do mesmo modo que neste de 1840, em que isto escrevemos, o
Domingo da l'ascoella............ " .........
....................................................... .
Pedro Alves deo ordens para que no ilbeo se fosse armar um esparavel, e incumbio
aos Padres, e Riligiosos, que ero por todos des?ito, preparassem dentro um altar decente"
servindo-se do retabulo da Piedade, que levavao na armada............ , .
J no altar luz io accezas as vellas e tochas: pouco tardro os padres que se estavo
revestindo. Coube a honra de celebrante a quem devidamente competia... Ao Padre
FI'. Henrique Soares, varo de vida mui reli"'iosa e extremada prudeneia, que ia por cus-
todio, e guardio dos Franciscanos da armada. A ordem de S. l?rancisco no esquecer
tal facto na suas ehronicas, e annaes, e ainda que ali no prosegnio, foi incontestavelmente
um dos seus filhos, quem entoou esta nomeada Missa, tendo por acompanhamento, em vez
de sons do orgo sonoro, o ruido do mar quehrando-se na Costa...... O Sol brilhava
com raios "ivificadorcs, o dia estava claro, e sereno, e nem que prevenido para suprir a
falta d'um templo abrigador. E que sumptuoso templo ha abi, que infunda mais religio,
do que o grande templo da natureza? .. ali se via o indispensavel para a practica das ce-
remonia religiosas, sem m(lis imagens que distrubissem a atteno. Era um s6 altar, com
um retabulo, e a symbolica e consoladora Cruz! Nem mais era pel'ciso, nem ento pos-
sivel.
IX:

tugal, e oulras cem a do Hespanha. 'Todos estes exemplos, e outms


muitos (1) nada provo, e sOmenle indico a ignorancia, e anarchia
daguelles tempos. E' sabido, que quando o Papa Estevo coroou a
Pepino, elle j tinha sido declarado Hei na Assembla dos Estados Ge-
raes, dous anllos antes; nada se lhe conferio, e a cel'emonia de sua
coroao foi unicamente vara tranql1illisQl' o Povo. Quando Gregorio
'VIl interprehendeo esse absurdo de depr Henrique, elle j sabia, que
melade da Allemanha lhe era opposta, e era detestado em toda a lta-
lia. Este abuso forou a Henrique IV a mandar nomear outro Papa,
e e:peUir a Gregorio da S de Roma. Igual indisposio dos Papas
contra Frederico II animou aos dous Papas a excommungal-o, e liber-
tar seus subditos do juramento de obecliencia... O que se diz de Ale-
xandre VI sobre o Brasil falso; no deo dominio aos Heis de Portu-
gal, e IJespanha, servio apenas de arbitro entre os dous R~is, e de
faclo os conciliou.
Viel'o pois os Jesutas, como Missionarias, ao Brasil. l\1uito se
t.em e~cripto pro, e contm os Jesuitas: mas quem pensa, quem estu-
da, quem reconhece sens trabalhos no descobrimento do Brasil, na ca-
tequese dos indigenas; no pde deixar de confessar, que aos Jesui-
tas deve' muito o solo, em que habitamos. Todas as inslituies, por
mais bellas, que sejo, em seu comeo degenero pelo andamento dos
tempos; por isso sero jnsti'ficaveis as deliberaes dos Reis de Portu-
gal, Hespanha, e ele outros Reinos, Cjuando manelro abolir a Religio
dos Fi[J1os de 1,o)'ola. Nosso p]'OpOSilO neste momento dizer, que
os Jesuitas no descobrimento do Brasil, e no seu progl'esso foruo ho-
mens recommeudaveis, e elevem merecer dos s~bjos o devido elogio,
e dos Brasileiros os mais justos sentimentos de gratido. Suas Chro-
nicas ahi subsistem, e como negar o merito el'um Ancbieta,.d'um Jgna-
cio de Azevedo, de Manoe1 ele Nobrega, e d'outros muitos? Como
desconhecer suas Casas, seus Conventos, obras, que paTecem ainda
<.lisputar com os seculos? Como negar a conyerso, e aldeamento de
tantos centenares e milhures de indigenas, cujos descendentes ainda
at hoje subsistem na F Catholica? ..
- No SOmos pois oem pro, nem contra os Jesuitas; se reconhece-
mos seu merito, no defendemos seu machiavelismo posterior...
Enu'etanto desde Ilue se perdeo a arte, c a maneira particular dos
Jesuitas na catequese dos indigenas, no se tem podido chamar com
proviLo os selvagens Mm ao gremio ela Igreja, Dem mesmo a socie-
dade eh/iI. A19l1ns Sacerdotes tem feito servios, neste genero, dig-
nos da considel'ao do Covemo, (la gl'atido ela poslerillade. Mas
tudo fica cm olvido, t.udo t1espresado, quundo no clirigido por mos
estrangeiras! No comeo do lu'csenle seclllo appareceo nesta Provincia
um g~llio rm:o, um desses ornamentos do Clero de S. Paulo, o virluoso
COl'ililJullo Padre Francisco das Chagas Lima, que estando Capello
da Apparecidd (cm GuaraLnguet) foi mandado a Queluz, hoje Villa ri-
ca e populosa ao p das .Arus para catequisi.\l' os Jndios, que viviIO
naql.lelle lugar. Luclaodo com a pcnUl'ia, com a fome, e com a mise-
i'ia (porque o Governo c!'enUio quasi nada lhe ministrava) conseguio

(I) V. Dupin Trait de !'uutorit Ecclcsiastiquc, c( de la Paissncc Temporellc


T0111. i."
B
x
(graas aos benemeritos seus amigos de Gunratinguet!) aluear os In-
dios, reduzil-os F Catholica, e proporcionar aos Fazendeiros aquel-
les ricos terrenos para a cultura do caf. Ha pussado meio seculo, e
sabemos que ainda existem poucos descendentes dessa horda, ali sub-
sistente.e que a YiJla de Queluz uma das mais 1l0rentesda Provincia.
Poucos aonos depois foi mandado este Apostolo Guarapuava (ao
Sul da Pro,incia), e tendo ontros recursos do Governo, porque j exis-
tia no Brasil a Familia Real Portugueza, conseguio catequisar tres na-
es diversas, cujas lingoas falla,u perfeitamente, contando j innume-
rareis filhos arrancados idolatria, seus trahalhos foro destruidos
pelo Commandante da expedio, que, contra a vontade do Padre Mis-
sionario, queria mistlll'I" e com effeito misturou, os Soldados com os
indigenas, facilitando assim a desemoltura dos Soldados entrc os sel-
vagens, tambem u' clla propensos. Este passo foi bastDnte para que o
Padre enlouquecesse, e assim findou seus tristes dias na Villa da Par-
nahiba, seis legos da Cidade de S. Paulo, em companhia de seu vir-
tuoso Trmo, o Vigario Joo Gonalves Lima, pohre, e sem a menor
gratificao do Governo! ! !
Em 18/,5 appareceo a Lei de 2ft de Julho, e parece, que ia tomar
novo alento a eatequesc dos indigenas tanto alocados, como por al-
dear; lembrou-se mais o Govcrno mandar buscar na Europa os TIeli-
giosos" Capuchinhos para virem catequisar innumerayeis bordas de sel-
vagens, que ainda habito nos sertos. Viero com eJfeito estes Re-
ligiosos com grande despendio da Fazenda Publica; mas nem das me-
didas daquella Lei, nem da presena dos Capuchinhos se tem colhido
o menor pro"cilo (1).

(1) Quando esereviamos estas linhas ellegou. nos a mto umas consideraes, acerca da
catequese dos Indios, do nosso benemerilo patricio Sr. Henriqne de Beanrepaire Bohan,
impressas nesla Capital na Revista mensal do Ensaio Philosophico Paulislano 2.0 serie,
outubro deste anno. Esta memoria, digna de ser lida, e meditada, coinciuindo com nos-
sas idas nos parece opporluna para transcrever delta alguns trechos.-Na 1.0 parle diz
-Depois dos Jesuitas, cujo empenho catequisador tinha reunido em sociedade regular as
tribus dispersas dos habitantes primitivos do Drasil, tuuo quanto se tem posto em prae-
tica, no louva\"el intento de a-ttrahir para a grei commum os nos os selvagens, teQl infeliz-
mente contribuido para o exterminio dessa raa. Mais valeria deixar-se essa pobre gente
ir-se multiplicando no silencio das mallas, at que um minislerio, que tomasse peito
o estudo das nossas coisas, lanasse em fim uma vista d'olhos creadora sotire cita.
Quem julgar os nossos aborigen~s por esses miseraveis, que por ahi vivem abandona-
dos no meio das nossas povoaes, cheios de vicios, e alfeitos 11 toda a sorte de crimes po-
der talvez, reputai-os indignos de qualquer cuidado; mas quem, como cu os ohservou
nos seus alojamentos selvagens, c teve oeeasio de estudar sua aptidiio industrial, sua
indole pacifica c sua natural propenso para a vida social, reconhecer por certo sua ina-
preciavellmporlaneia para o futuro en~rantleeimento do Brasil. Enwetanto julga o nos-
so governo, que muito faz a favor de1les, quando os brinda com um lIARDAnl"NHO! Por
sua parte, entende o llARDADINllO, que desempenha cabalmenle a sua missiio pregando 11
essa genle simples ojejum e a castidade! so factos estes, que mil vezes me terio feito rir,
se se no apoderasse de mim o sentimento penoso das miserias do meu paiz!. .
IJa pessoas que enlevadas pelos servios que preslro os Jesuitas na redueo dos
seh'a"ens americanos, julgo em boa f, que s cites novamente instaurados no Brasil, eou-
seguiro completar o que to gloriosamenle iniciro seus anlecessores.
E' um erro contra o qual me devo pronunciar,
Filbos d'um pensamento ambicioso, os primeiros discipulos de Loyola procurro dis-
pOr, em pro\"cilo da Companhia. o.s .elem~lJlos de ror~, que lhes ?fr~l'C.cia a America.
!cnnatizados pela esperana do dommlo universal, submiSSOS a essa dlsclplma, que se fnu-
dilva lia SA~TA ODEDml'iCrA, ero ento bem naturaes essessacrifieios, esses l11artyrios, qus
e expunllo, para tomar posio ral1lajosa no 'o\"o Coutineute.
Mas hoje?
Hoje tem a America seus legitimos, e bem consLiwidos senhores; e no por cerl
XI

VAMOS A SEGUNDA PARTE,

Alem dos Jesuitas Crte de J;>ortllgal soube enviar naqnolle tem-


po (1552) Bispos rospeitveis, que soubero fazer fl'uctificar nestes
climas a 19l'eja de Jesus Christo, e igualmente o Reinado Portoguez,
O primeiro Bispo, que aportou a Bahia foi D, Pedro Fernandes
Sardinha, Clerigo do Habito de S. Pedro, que concluindo seus estudos
em Pariz, e voltando a Lisboa sua patria, deo noliC'ias particulare.s a
El-Hei D. Joo UI da bondade do Brasil, da bana da Bahia pelo que
tinba ouvido em Pariz a Diogo Alvaro, (a quem attribuem alguns ser
o primeiro povoador da Vilb Velba, onde esteve situada a Cidade da
Bahia) o qual desejoso do voltar a Vianna seu paiz natal, embarcou-se
com uma india Brasileira em um Navio Francez, que foi a Pariz. Ahi
se baptizou a india, tomando o nome de Catharina por terem sido seus
Padrinhos de baptismo e casamento o Rei da }<'rana, e a Rainha Ca-
thul'ina de Medieis, deixando o nome de Paraguass, que tinha no gen-
tilismQ. Voltando ao depois Cathal'ina Alvaro com seu esposo ao Bl'a-

em presena da nova ordem de coisas, que viro os Jesuitas, -AD ~IAJORml DEI GWRIAM-
representar o papel secundario de meros catequisadores. Essa honra elles de boamente
cedem a estes pobres barbadiuhos que por ahi andno a g!Hlbar a \'ida sombra da creduli-
dade publica.
PrescillJamos pois dos Jesuitas de agora, e procuremos imitar os de outr'ora, traba-
Ibando ns em proveito nos o corno elles o fizero em proveito seu.
Como procedro elles, como procedemos ns na conquista, e catequese, e civilisano
dos aborigenes?
Na conquista nunca emprega\'o a violellci3, sabendo perfeitamcnte, que o primeiro
tiro disparado contra urna tribulhes faria perder todo o prestigio uo conceito dos selva.
gens. Estes meios pacillcos, de que lana vo mo, produziro ento, como ainda hoje p-
delll produzir, os mais satisfatorios resultados .
Em rela 'o a catequese, em pela pompa do culto, e nunca por insulsas predic.1s,
que os Jesuitas aLtrubirno os selvagells parti o gremio da Igreja. Ainda boje se observo
nas antigas misses estrangeiras essas festas ruidosas, que encanto, que enthu iasmo
o povo. E ns, que em catequese uamos diariamente provas d'uma falta de tino sem
igual, enviamos a essas tribus um lIARIlADIXIlO, que sem conhecer nem a primeira sylla-
ha de qualquer palavra brasilica, lhes vo explicar em lingoagem macarroncll a metd-
phisica do El'angelbo! Desttuidos em geral das qualidades, que derem distinguir os mis-
sionarios, no servem os 11'\nnAD~UOS nem se quer pam arremedar os pndres da Compa-
nhia de Jesus. l\fuito J11aiores servios tem pl'Ostado a catef]uese alguns illustrados
membros do nosso clero nncional, Os nossos padres lem ,I inapreciavel vllnLagcm de
amurem de cor:lno seu paiz, ede serem religiosos sem superstio. No so elles, qne fa-
ro consistir o segredo da catequese em malldar decorar os seus cathechumenos oraes
inintelligivcs pura espil'itos incultos, como os selvagens.
Erll pelo atracti\'o do bem estar material, que os Jesuitas dcmonslravno practicamentc
aos ahorigelles as vant,lgells da civilisa~o. Nunca attentavo contra uquelles de sous
oostnmes, que emhoru oppostos i1s nossas I,ois, ero todavia toleral'eis ate certo ponto; e
para essas rcfl'lnas que conl'illha introduzir, serl'iiiose iutelligentemcnte do intermedio
dos seus ~IOROBlXAlIAS ou maiores, Com esse methado couseguiro formur povoaes re-
gulares, que ainda hoje furio a admirao de todos, se os crimes dessa ordem tenebrosa
no tive sem occa ionado o seu xtOl'minio. E ns e po e corda, que os obrigamos a
trabalhar, c para illudil-os sobre sua miserllvel sorte, pagamos lbes em llgoardente e fumo,
abusando immoraltnonte da tendencia, que pura taes vi cios se manifesta entre a gente sei
vagem e miseravel.
Em summll, to judiciosamente procedro os Jesuitas para com os aborig'enes, que
eu seria o primeiro a propr o restabelecimento desses padres, se, pondo de parte o odio
tradiccional, que lhos vota a nossa populao, clcsasse a me convencer, de que outros
meios no temos para obter o mesmo resultado, que elles cOllseguiro. Mas certo de que,
sem l'eOOl'rermos a compunhiu de Jesus, podemos com uma administrao adequada, fazel'
a felicidade de nossos selvagells, regei to inteiramente a ida da ingereucia de toda e qual.
quer corporao religiosa neste mister, aceitando toJaviu os Sacerdotes na parte puramen-
te espil'itual, como empl'egados indispensoveis a cateque e. &c. &te. &c,
XII

sil falleceo, e jaz na Igl'eja da Cl'a da mesma Villa Velha. Por or-
dem dEI-Rei D. JoTIo III D. Pedro Fel'nanues foi nomeado Prelado,
"igario Geral da India: seu bom goyerno rnoveo a EI-Rei a nomeai-o
primeiro Bispo do Brasil, aonde chegou no dia 1. ue Janeiro de 1552.
li'oi incunavel no servio da Igreja, c na catequese dos Indigenas.
El-Rei o mandou chamar a Portugal, talvez para o reconrpensar com
Dignidade maior, ou para saber melhor, e de viva "oz do estado do
Brsil. Em sua yolla, depois de U dius de viagem deo a costa na en-
seada chmada cnlo-dos Francezcs-foi morto, e deyomuo pelos
gentios.
Succedeo aeste virtuoso Prelado D. Pedro LeitO, C!erigo tambem
do Habito de S. Pedro, e tomou posse aos I, de Dezemhro de 1559.
Seu zelo foi admil'a,'el, ajudado pelo do Governador Mero de S. Em
seu tempo povoou- se a Ilha de ltaparica, e onze numerosas alcleus, que
foro elevadas Freguezias. Visitou por vezes no s esta T1ba, para
assistir a mais de 500 baptismos, corno os paizes mais longiqllos. Veio
ao Hio de Janeiro, e Bertioga (boje da Provincia de S. Paulo). Para
recommendUl' seu nome basta ser elle, quem conferio On]ens ao Padre
Jos d Anchieta, este ornamento dos Jesuitas, este que devia mnito
ser canonisado como Santo.
o terceiro Bispo foi D. Antonio Barreir.os. Chegou dia da Ascen-
so do Senhor de 1576. Pela ignorancia do dia da morte do segundo
Bispo no se sabe Qllanto tempo esteve a S da Bahia "Vaga: nem deste
Bispo se nota o anno de sua morte. Mas consta, que governou 18 an-
nos, e com o Governador D. Fr:1l1cisco de Souza fundro o Convento
de S. Francisco, segundo no Brasil por tel' sido o primeiro cm Olinda,
dedicado a Nossa Senhora das Neves. Foi este Prelado, quem dco
Ordens ao Venel'3vel FI'. Cosme de S. Damio, Varo de conhecida vir-
tude, e como Pai da Provincia Heligiosa no BI'asi!.
Succedeo a este Prelado D. Constantino Barradas, que, no cons-
tando o dia de sua posse, governou igualmente como seu antecessor
18 annos, e morreo no dia 1.0 de Novembro de 1618. Foi o primei-
ro, que intentou fazer Constituies, e fez alguns Capitulos, que man-
dou guardar no anuo de 1605: e como no foro impressas, "icil'o-
se. No seu tempo mandou Filippe III, que ento reinava em POI'!ugaf,
por Proviso de 1608 acrescentar os ordenados ao Deo, Dignidades,
Conegos, e Vigarios; e por essa Proviso se colhe, que em seu tempo,
e nos de seus dous immediatos antecessores se erigro varias Fregue-
zias, e se contavo j iA Parochias, alem da S. Mas certo, que no
tempo deste Prelado foro erectas as Vigararias de Cayr, Boypeba, e
Sergipe d'Ei-Rei.

Foi o quinto Bispo D. Marcos Teixeira, Clerjgo do Habito de S.


Pedro, a quem coube a gloria de encarregar-se, alem do govemo espi-
ritual, da administrao publica, e da guerra contra os Hollamlezcs que
naquelle tempo invadindo a Bahia, tinho entrado na Cidade, e feito
prisioneiro o Governador Geral Diogo de Mendona Furtado. Fez uma
especie de cruzada; arvorando no Estandarte a Cmz de Christo. Cou-
XIII

seguio grandes progl'essos na gnel'l'a defcnsiva contra os TIollandezes;


durando seu govcl'Oo bellico por espa,o de tres mezes, entregando o
commanuo das anDas antcs de alcanar plena victoria. Fallecco aos 8
de Outubro de 162.4, talvez de sentimento por ver prisioneiros a Arca,
e o povo de Deos. POI'que morreo em Campanha foi sepultado na Ca-
pella de Nossa Senhora da Concci.o de Tapagipe.
O sexto Bispo D. Miguel Pereira, antes Prclado de Thomar, to-
mou posse do Bispado pOl' seu ProcUl'ador aos 19 de Junho de 1G28.
Mas no chegou a vil' para o Brasil, porque moneo em Lisboa aos 16
Ile Agosto de 1630.
Foi nomeado setimo Bispo D. Pedro da Silva Sampaio, que era
Deo da S de Leiria, e 110 ConseUlO Geral do Santo Omcio. Chegou
a Bahia aos 19 de Maio de 163ft concorrendo com o GOYl:ll'Dador Diogo
'Luiz de Oliveira. Seus cuidados foro em reedificar a S CaLhedral,
a custa de esmollas dos particulares, visto que o Estado no pouia pela
penlll'ia, em que se achava. Neste tempo occorl'eo a Acclamao d El~
Rei D. Joo IV, que livrou a Nao Porlugueza do jugo HespanhoI.
Concol'l'eo em grande pl'le para este acto verdadeiramente nacional e
bem que commettesse algumas faltas pelo seu genio arrebatado, (1) de-
cabinda da opiniO, e respeito publico; com tudo em seu tempo se eri-
gia no anno de 1648 a Parochia de Santo Antonio alem do Carmo, e
se fez a celebre Procisso em Aco de Graas pela victoria alcanda
contra os lIollandezes aos 18 de :Maro de 1638.
Para substituir a D. Pedro da Silva Sampaio foi nomeaclo D. Al-
varo Soares de Castro, do Conselho Geral do Santo Omcio. No sen-
do confirmado em Roma pelas desavenas, suscitadas por occasio da
elevaO de D. Joo IV ao Throno Portuguez, morreo cm Lisboa.
D. Estevo dos Santos, Conego Regrante de S. Vicente de Fra,
foi o primeiro Bispo confirmado pai' Clemente X, depois da paz entre
Portugal e Castella. Cbegou a sua Diocese a 15 (le Abril de 1672,
moneo aos 6 de Junho do mesmo anilo.
Em seu lugal' D. FI'. Constantino de Sampaio, Religioso de S.
Bernardo, foi nomeado Bispo desta Diocese; monco porm eli Lisboa
a espera das Bulias de sua confirmao.
Taes so os dez Bispos que primeiramente se noto no Covemo
(la igreja da Babia: a maior parte, ou quasi todos, homens de reconhe-
cida virtuue, e zeld fel'voroso pelo bem da Igreja.
Entretanto crescendo o commercio, e populao do BI'asil, pare-
ce natural, que se erigisse neste Continente uma l\letropo]e. J em
tempo de Filippe III appareceo a sua lletitoria aos 7 de Outubro de
1639, para ser elevada em Bispado a Prelasia do Rio de Janeiro, e no-
meou logo como Bispo a Loureno de Thfendona, que era Prelado Ad-
ministrador, para assim vingar os insultos que soJ.l'reo por querer 1'e-

(i) Veja ~IeOJorjus Historicas da Pl'oyiucia da Bahia por Ignacio Accioli Tom. 4. pag.
i2, e seguintes. -
Xl

formar os costumes lle sellS Diocesanos; ('omo o pal'licipou Mesa ua


Cousciencia e.Ordens em Carta Regia de 22 de Agosto de 16.&0. Os
acontecimentos, que se seguIro a revoluo do 1. de Dezembro des-
se anno parnbsro o resnltado ue lal preteno' at que reconhecen-
do tal necesidade o Rei Pedro II eouseguio do Pontifice Innocencio
XI a elevav do Bispado da Bahin em Metl'opole, passando conseguin-
temente : classe de Bispados as Prelasias de Pernambuco, e Rio de Ja-
l1eiro pela Bulla-Romani Pontificispastoral sollicitudo-expedida aos
16 de Novembro .de 1676. FicrTIo suffraganeos da nova :Metl'opole
aquelles Bis[}ados, hem como os de S. Thom e Angola, encorporan-
do-se-Ihe posteriormente os Bispados de S. Paulo, Marianna, e as Pre-
lasias (entTIo) de Gosaoz e Cuyab, creadas pela Bulia-Condor lucis
reternm-de 6 de Dezembro de 171.5, ficando todavia suITraganeo de
Lisboa o Bispado do Maranho creado em 1677 (1).
Primeiro: D. Gaspar Barata de Mendona foi o primeiro Mcebispo
Metropolita do Brasil.j Sendo antes Juiz de Fra de Thomar, renUll-
ciando a Magistratul'a abraon o estado Clerical, e foi Desembargador
da Relao Ecclesiastica em Lisboa. Em qualidade de Juiz dos Casa-
mentos votou pela l1ul1idade do consorcio entre o llei D. AITouso VI,
e a H.ainha D. Maria Fr~ncisca Isabel de Saboya. Depois de varios
Empregos EccJ.csiasticos, e de importancia, que exerceo, foi tirado de
Abbade de Gestass, no Bispado do Porto pal'a o de Arcebispo da Ba-
hia. Tomou posse por Procul'ador aos 3 de Junho de 1677; mas no
podendo vil' pessoalmente governar pelo seu estado valetudillario, o
fez pelos Governadores que nomeou; falleceo na Villa de Sardoal aos
11 de Dezembro de 1686. Creou a Relao Ecclesiaslica em con-
seqllencia da Proviso de 30 de l\laro de 1678. Em seu tempo eri-
gro-se as Parochias de S. Pedro VellJo, do Desterro, na Cidade, e as
de Santo Amaro (le Itaparica, Santo Antonio da Jacobilla, Santo Anto-
nio da Villa Nova do Rio de S. Francisco.
Segundo: D. Fr. Jo da Madre de Deos, da Ordem de S. Francis-
co em Lishoa, e ali Provincial, foi elevad.o a Arcehispo, pela renuncia
que haYia feito D. Gaspar Barata, e chegou a Ballia no dia 20 ue Maio
de 1683. Lanou a primeira pedra ao novo edilicio do Convento das
Freiras de Santa Clara, e ilahi a tres annos falleceo aos 13 de Junho
de 1686 com sentimento universal.
Terceiro: D. Fr, Manoel du ResUl'reio, DI'. nas Faculdades de
Leis e Canones, e Opposilol' as Cadeiras ela Universidade de Coimbra,
tendo eXf'rcido tambem a Digni(lade de Conego Doutoral da S de La-
mego, e um lugar no Conselho da InquisiO renunciou o seculo, en-
tl'OU na ReligiO de S. Francisco da nova recolta do Val'atojo, adop-
tou a villa de Missionario, quando foi elevado ao Archiepiscpado Me-
tropolitano do Brasil, aonde chegou aos 13 de Maio de 1688 .. Foi
este Prelado o que l'ecolheo, e publicou os suffragios paJ'a a eleio
do Apostolo S. Francisco Xavier, como Padroeiro da Cidade, em Yil'-
tude do voto, tomado em Camara no dia 10 de Maio de 1688, pela

(1) iUemol'ias Historicas citadas li folha 21 do dito tom. 4,


xv

peste, que llagel1ava a Provincia uesdc 1686, o que sendo approvado


por EI-Hei em 20 de Julho de 1686, e concedido em Roma aos 13 de
Maro de 1688, convocando o Clero foi unanimemente approvado (I
voto, e a 10 de Maio se solemuisa com ProcissTIo ao dito Apostolo das
Indias, sem prejuizo do grande Pauroeiro do Bispado o Divino Salva-
<.101'. Foi pelas suas maneiras doceis, que houve a pacificao dos Sol-
daaos, revoltados em 2A de Ontubro de 1687, por falta de pagamen-
to, epocha da morte do Governador Mathias da Cunha, a quem subs-
tituio no Governo Geral, que exereo com admiravel crilel'io por espa-
o de dons p.nnos. Livre deste peso em 1690 pela posse de Antonio
Lllz Goua1Yes da Camara Coutinho, entregou-se ao seu fervoroso genio
apostolico, e passando em visita s Comarcas do Sul, depois de haver
feito ali grandes servi,os a Igreja, e de gozar as doces sensaes do
acolhimento que lhe prestl'O tOcl03 os habitantes, recolhendo-se
VilIa da Caxoeirn falleceo em o sitio de Bethlem a 16 de Janeiro de
1691, e jaz na Capella-mr da Igreja do antigo Seminario do mesmo
nome.
Quarto: Foi o quarto ArcelJispo da Bahia o Sr. D. Joo Franco
de Oliveira, que havendo occupado em Coimbra o lugar de Desembar-
gailor Ecclesiastico, e o de Promotor ua Inquisio, foi eleito Bispo de
Angola, cuja Diocese regeo por espao de quatro.aQuos, e, nome;1o
para succeder ao precedente Arcebispo, cbegou a Bahia aos 5 de De-
zembro de 1692, presidinrlo a Diocese at 1700, partio para Lisboa
por ser transferido para o Bispado de Miranda. Foi este o nnico at
ento, que antepondo as commodiua.des viajou pelo interior, e passou
em visita s l)arocliias do Rio de S. Francisc(}, merecendo o elogio dos
Cardeaes do Concilio de Trento em Homa-Noverunt s1'quidem ampli-
tt~dine'fn tuarn, spreli'S ilinerum incom'lnodis; aspel'iores, ignolasque vas-
tsimce iSlius Dimcesis lJarles, ab (tntecessol'ibus Archiepiscopis nunquam
penetmlis, sancla v-isitatione sanclifiasse (1).-Neste Arcebispo se no-
t varias circunstancias, a primcira de haver recebido o Pal/io pelas
mos do Thesoureiro-mr, quando vinha decretauo para ser dado s-
mente pelo Deo, qtle havia morriuo, o que 11 S de Roma estranhou
pelo Breve-Perinde valere-; a seguuda, a llecessm:ia diviso de San-
to Antouio de Jacobiua pela sua extenso de mais de 300 legoas; sc-
parou della os Curatos de Nossa Senhora do Bom Successo, e Santo
Antonio do Pamb, eregio em Parochias os lugares da Madre de Deos
do Curupeva, S. Gonalo da Vil1a de S. Francisco, Nossa SenllOra da
Villa da Caxoeira, S. Gonalo de Campos, S. Domingos (Ie Saubl'a, S.
Jos dos Itaporcas, No<;sa Senhora de Nazareth de Itapiruc do cima,
Santa Luzia (Ie Piaguy, S. Gonalo de Sergipe d'EI-Rei, e a de Santo
Antonio e A/iDas de Itabayan. A terceira adornar sna fi'onte com tres
Mitras difi'erentes, largando de Metropolita no Brasil para ir ser sufra-
ganco cm Portugal.
Quinto: Vamos aa quinto Arcebispo da Bahia D. Sbastio 1\1on-
leil'a da Viue, nome immemorial nos fustos da Igreja Brasileira. Foi

(1) Assim o rcfcl'c mais /llrgamenLc o Paul'c lIInnoel dll Silvi!, Ui! companhia de Jesus
na suu Silvu ConciOl1l1Lol'iu delliculllloa II esle lI!usLl'issimo Prelado.
XVI

iniciado na Companhia de Jesus, deixou-a para abl'aal' a vida militar


dlU'imte a guerra da Restaura1:o, chegando de soldado ao posto /le Ca-
pilo: .mas renunciando tambem esta cal'f'eil'a, passou a Universidade de
Coimbru, a frequeutar os estudos de Dimito Canonico, findos os quaes
foi admittido ao Sacm'docio, e nomeado Vigal'io do Arcebispo de Lis-
boa pouco tardou a ser elevado a Dignida.:le de Metropolitano do Bra-
sil, a cuja Diocese chegou em 22 de Maio de 1702, comeando a de-
senvolvei' sua habilidade na prcsidcncia da Junta das Misses, confor-
me determinou a Carta Regia de 12 de Abril do mesmo anno, dirigida
ao Governador D. Jorro de Lencastro.
Foi autorisado por Alvar de 10 de Fevereiro de 1702 a prover as
Conesias, 'igaral'ias, e mais Beneficios Ecclesiaslicos que vagassem,
exceptuando a Dignidade de Deo, cuja apresentao ficou reservada
ao Rei; e por Carta daquella mesma data se lhe mandou prestar pela
Fazenda Publica os transportes necessarios para si, e seus Delegados
visitarem a Diocese todas as vezes qne o preteudesse: regulou a Ordem
do uditorio Ecclesiastico com um llegilllento publicado no dia 8 de
Setembro de 1704; e conhecendo ser objecto de no lllenorimporlan-
cia o organisar a Constituio do Arcebispado, da qual at enLUo se ca-
recia redigia-a, e publicou-a em Pasloral de 21 ue Julho de 1707:
depois de acceita, e, approvada em Synodo Diocesano findo a H do rriez
de J linho, tem servido al hoje aos Bispados do Brasil.
Foi este Prelado qilem por Despacho de 15 de Janeiro de 1709
concodeo licena a Irmandade de S. Pedro dos Clerigos, de poder ere-
gir a Igreja ele S. Pedro novo; ediflcou o Palacio Archiepiscopal; mos-
trando-se no menos 11abil para o Governo secular, qne excrceo por
morte do Goyeruador D. Sancho de Faro. Falleceo com geral sen-
simento aos 7 de Outubro de 122. A terra lhe seja leve, e a GIOl'ia
immortal lhe seja c<.mlerida por tantos servios prestados, e por ter dei-
xado esta obl'a singular que transmittio a posteridade, e tem chegado
at ns com notavel admirao, e grande progresso na Igleja Brasilei-
ra. E' esta Obra, que se vae agora reimprimir, e cujos fructos sero
perpetnos, at qne haja um Genio na Igreja Brasileira, erne se anime a
lazer, accommodado as circunstancias do tempo presente, o que o In-
elito, e nunca assz louvado D. Sebastio Monteiro da 'ide fez em
seu seclllo.
Estamos com a peuua na mao, e no duvidamos correr \ serie dos
grandes Arcebispos, (Jue desde este Autor <las Constituies, tem COIl-
servado, e perpetuado o bom regimen da Igreja Brasileira assentados
na Cadeil'a Metropolitana.
Se,'to: D. Luiz Alvares ue Figueiredo, tendo occnpado a "igara-
ria Geral do Arcebispado de Braga de cujo emprego sabio pal'a exer-
cer o de Bispo Coa(ljulor do Arcebispo Primaz D. Rodrigo de Moura
Telles, foi eleito l\Jetropolitano do Brasil em 125. Nesse mesmo an-
110 tomou posse, e regeo at 1735, morrendo aos 19 de Agosto, jaz na
Capel!a de S. Jos lia S Catheural. Em seu tempo passou classe
de Benencio perpetuo o Cmalo da S, que em at ento amovvel; ex-
pedia-se pelo Conselho Ultramarino a Proviso de 19 de Setembro de
'1732, pela Cjual se prorogon por mais dez allnos a prestao allnual de
1.0001P 1's. para as oDras da Igreja Cathcdral, e 200~ rs. para a l'espec-
XVII

tiva Fahl'ica, cotlfonne havia requirido o Arcebispo em 10 de Outubro


de 1728.
Setimo: D. Fr. Jos Fialho, da Ordem de S. Bernardo, eleito Bis-
po de Pernambucp a 25 de Noyembro (le 1722, confirmado a21 deFe-
vereiro de 1725 por Benedicto XIII, tomou posse d'aquelle Bispado a
20 de Junho. Eleva(10 porm a Arcebispo Metropolitano do Brasil em
26 de Julho de 1738, recebendo a Bulia de Contil'mao aos" de De-
zembro do mesmo al1110, chegou a Bahia a 2 de Fevereiro de 1739, e
regeo at 30 de Outuuro por haver sido transferiuo para o Bispado da
Gual'{la. Falleceo em Lisboa a 18 de l\far.o de 17h1.
Oitavo: D. Jos Botelho de Maltos, sendo Sagrado a 5 de Feve-
reiro de 17h1 na B3silica Patriarchal juntamente com o Arcebispo de
Braga D. Jos de Bragana, e o Bispo do Rio de Janeiro D. Jos da
ruz pelo l)atl'iarcha de Lisboa, parti o para a Metl'opole do Brasil, aou-
de chegou aos 3 de Maio do dito anno, entrando logo em suas funces.
Foi eIle o Commissa rio do Patriarcha Saldanba para a reforma dos Je-
sutas, que por esse mesmo tempo foro extinctos. Substituio no &0-
vemo Geral do Conde de Atouguia, em cujo empl'ego se mostrou no
menos !labil que no da Tgreja; entregando a administrao da Diocese
ao COI'PO Capitular a 7 de Janeiro de 1760, retl'ou-se para a Freguezia
de Itapagibe, que erigira, reparando a sua custa a respectiva Igreja Pa-
rochial, junto a qual edificou a casa de residencia, aonde falleceo a 22
de Novembro de 1761; deixaudo mesma Igreja sufficiente patrimo-
nio para se solernnisar annualmente a Padroeira a 15 de Agosto, o que
j no acontece a despeito das grandes recommendaes por elle feitas
aos Pal'ochos no seu testamento.
_ Nono: D. FI'. Manoel de Santa Ignez, <la Ordem dos Carmelitas
descalos, Bispo de Angola, transferido para a Bahia, regeo-a como
Bispo desue 1762 at 1771, cm que tomou posse como Arcebispo.
Substituio na qualidade de Presidente no Governo da Provincia a D.
Antonio (i'Almeida Soares Portugal, Conde d' Azambuja, e fallecendo a
22 de Junho do mesmo allno de 1771, jaz na Igreja do Convento de
Santa Theresa. Foi este Prelado Iluem deo Hegulamento e Estatutos
ao Recolhimento de S. Raymunuoi e por exigelleia sua se concedeo a
Igreja uo Collegio dos Jesutas para servil' ue S Cathedral em Proviso
de 26 de Outubro de 1765.
Decil1lo: D. Joaquim Borges de Figueira, segundo Bispo de Ma-
rianna, cuja Diocese I'egeo de Lisboa, foi nomeado ArcelJispo da Bahia;
entl'ando no govertlo em fins de Outubro de 1773, conservou-se at
1780, anno em que lhe foi eoncedida a demisso que pedira. O Ca-
j)jdo, sabendo que fora demittido, mandou tocar a S vaga, e ficou re-
gendo a Igreja.
Onze: D. FI'. Antonio de S. Jos, da Ordem de Santo Agostinho,
sendo Bispo do Maranho retirou-se para o Convento de sua Ordem em
Leiria, em consequencia (le haver sustentado com tenacidade um ponto
capital ua immullidaue da Lgreja, depois ue dez auuos de rechlso nes-
c
XVIII

se Convento foi nomeado Al'cebispo da Bahiaj mas obstando-lhe sllas


molestias o ser empossado da Diocese, monco em Lishoa no anno de
1779.

Doze: D. FI'. Antonio Corra, da mesma Ordem de Santo Agos-


tinho, e Oppositor na Universidade de Coimbl'a s Caueiras de l'heolo-
gia, eleito Ai'cebispo aos 16 de Agosto de 1779, chegou a Babia aos 2t,
de Dezemb1'O de 1781 j governou o Arcebispado at 1802, tempo de
seu fallecimento. Presidio ao Govel'l1o interino da Provincia por au-
seneia do Marquez de Valena, e de D. Fernando Jos de Portugal.
Treze: D. FI'. Jos (le Santa Escolastica, Monge Benedictino, e
Opposilol' s Cadeil'as da niversidade de Coimbl'a: no havendo assu-
mido o Bispadp de Pel'Oambuco, para o qual fora nomeado, passou a
servir no Bispado d'Elvas, d Olllle obteve a nomeao de Arcebispo da
Bahia a 25 de Outubro de 1803. Foi Sagrado em Lisboa em 1805, e
regeo at 3 de Janeiro de 181.&, em qU<;l falleceo. Por morte do Con-
de da Ponte presidio ao Governo interino, onde verificou a sua capaci-
dade.

Quatorze: Succedeo a D. Fi'. Jos de Santa Escolastica D. FI'.


Francisco de S. Damaso d'Abreu Vieira, da Ordem de S. Francisco,
Oppositol' na UniYersidade de Coimbra, e j ]3ispo de Malaca. Foi de-
signado pam administrai' a Igl'eja A1'chiepiscopal, em qualidade de seu
Governador e Vigario Capitulai' pelo Heverendo Bispo de S. Paulo D.
Matthcos d'Ahl'eu Pereira em razo de ser o Suffraganeo mais antigo,
visto que o Cabido, Sede vacante, no tinha nomeado 'ligario Capitular
dentro dos oito dias depois do fallecimento do Arcebispo como ordena
o Concilio de Trento Sess. 2",Cap. 16.
Este homem, verdadeil'Umente digno, apenas tomou conta do Ar-
cebispado tralou de dar principio ao Seminario Al'chiepiscopal, cuja
creao havia sollicitado o seu predecessor; mas quando se dispunha a
adquiril' edificio para um semelhante estabelecimento, falleceo a 22 de
Dezembl'O daquelle anoo. Graas porm sejo dadas ao Conego The-
someiro-mr Jos TeIles de Menezes, que legou por testamento a casa
de sua residencia na rua do Bispo, e lo~o se fizero as primeiras ac-
commodaes com despeza excedente a A:OOO~ rs. Concluida seme-
lhante obl'a, comel'o a ter logo exercicio em o novo Seminario as
Aulas de Latim, Philosopla, Rhetorica, GI'ego, Historia Ecclesiastica,
'fheologia Dogmatica, e Moral, servindo de Professol'e~ das qualro pri-
meiras os que j existio para a Instl'l1co Publica, confol'me a Carla
Regia de 5 de Abril de 1815, e pal'a as mais os Religiosos de S. Bento,
e S. Francisco aos ql1aes deo o Goremo a Pateote de Pl'egadores Re-
gios.
Quinze: Para snbstitnir ao famoso Prelaclo precedente foi eleito o
Padre Joo Mazonni, da Congregao do Oratorio, e Confessor da Prin-
ceza Viuva D. Maria Francisca Benedicta, homem de virtude exemplar;
mas pl'etextando com a sua idade avanada, molestias, e systema de
vida, em que estava hahiluado renunciou o Arcebispado.
XIX

Dezeseis: D. Fi'. Vicente da Soledafle, Monge Benedictino, e


Lente na Universidarle de Coimbl'a, sendo elevado ao A!'chiepiscopado
Metropolitano do Brasil, e confirmado por Pio VII em 28 de Agoslo de
1820, tomou posse da Diocese por seu ProcUl'udor: envolvido pOl'm
nos negocios poJjticos de Portugal, como Deputado as Cortes CQnsti-
tuintes, deixou de Vil' pessoalmente regei' a sua Igreja, que foi adminis-'
trada pelo Vigario Capitular at que falleceo em Lisboa.
Dezesete: Est finalmente regendo a Igreja, e a Metl'opole da Ha-
llia o SI'. D. Romualdo Antonio de Seixas, natural de Camet, na Pro-
vineia do Par. Arcediago na Cathedral de sua Provincia, tendo ser-
vido por duas vezes de Presidente da Junta Provisoria depois da I'e\"o-
luo de 1821, foi nomeado Conselheiro d'Estado em Lisboa, como um
dos tres de Ultramar, creados pela Lei de 13 de Fevereiro de 1823;
mas no ch.egou a assumil-o por haver caducado a dita Lei com a que-
da tlo Go,erno Constitucional, Voltando ao Par, eleito por vezes De-
putado. a Assembla Legislativa do Imperio, foi nomeado Arcebispo aos
26 de Outubro de 1826, e confirmado pelo Papa Leo XII aos 20 de
Maio do aLUlO seguinte, e Sagrado na Capella Imperial com os Bispos
de S. Paulo, e Maranho aos 28 de Outubro pelo Bispo CapeI1o-mr,
e dous l\'lonsenbores em presena de S. .M. L Pedro I com a Corte, e
muitos membros do COI'PO Legislativo. No dia !~ de Novembro rece-
beo o PaI1io na Capella Episcopal, estando presentes os dous Bispos
seus companheiros, de S. Paulo e Maranho. Tomou posse por seu
Procul'arlol' o Conego Jos CUI'(]oso Pereira de Mello a 31 de Janeiro
de 1828, e a 26 de Novembro do mesmo anno fez sua entl'ada solemne
na Bahia.
Seu reconhecido mel'ilo, sua illustrao, suas virtudes o colloc-
ro na Cadeira Archiepiscopal. Seus escl'iptos cOl'rem impressos; se
sc aumira na TriblUla Nacional, e no Pulpito Sagrado, as suas Pastoracs
mostro todo o fundo de sua alma, a cal'idade 1 e a unco do Ceo. E'
sem ex.aggerao o Ornamento da Igl'cja de JESUS Christo, e pela fa-
ma uc seu Govel'Oo sr.u Nome ser l'epeti,lo sempre com venerao por
toda a Bahia, e por todos aquelles qne tem tido o praser de o conhecei'
de perlo.
Prasa aos Ccos se dilatem seus dias pam a ventura e gloria da
Igreja Brasileira!
: Com a sua enlrada no Govel'llo d Igreja Metl'opolilana foro in-
cluidos como SuffJ'llganeos do Arccbispaelo os dous BispadQs do Par
e Maranho, que perlencio a Lisboa; pela Bulia de 5 de Junho que
princi pia-Romanorwm Pont'ificum vigila1i(~-concedida pero- mesmo
Summo Pontifice Leo XlI instancias de S. M. o Imperador Pedro I.
Temos concluido essa serie de Bispos, e Arcebispos respetayeis,
que tem regido a Igreja na Bahia de todos os Santos, deixando por isso
ue fazer reimprimir o que se acha nas mesmas Constituies. Para o
nosso proposito bem desejaramos consagrar a posleridade os Nomes
de tantos outros Vares insignes, que tem tomado assento nas Cadei-
ras Episcopaes cm as diffel'entes Dioceses deste Impedo, e ento se re-
conheceria quanto elles tem feito, quanto tem concorrido para o aug-
mento da F, ela Moral, e ua Disciplina Evangelica. Mas se ora nos
falta o tempo, e mesmo no temos dados sufficientes para esta empresa
xx
de tio gl'ande importancia, no perderemos filomento em fiue possnmos
dar um tributo "irtude, s sabias "istas do Governo, que tanto se es-
mera em fazer Oorecer, e prosperar a Igreja, e a Religio de JESUS
Christo, onde est principalmente collocada a prosperidade do Imperio
Civil.
Resta, que o Publico acolha benignamente nossos esforos, nossos
trabalhos, que todos tendem a illustrao de nossos Concidados, e
principalmente da Classe Ecclesiastica, a que temos a honra de perten-
cer, e que finalmente ,'ejamos no meio de ns a moralidade, a "il'tude,
fonte de nossa felicidade temporal, e eterna.
S. Paulo, 13 de Agosto de 1853.

Dr. Ildefonso XaV1'er Ferreira.

COllego Prebendado, e l,ente de Theologia Dogmatica.


D. Sehastio Monteiro da Vide, porlnerc deDcos,
e da Santa S Apostolica, Arcebispo da Bahia,
Metropolitano do Estado do Brasil, e do Con-
selho de Sua Magestade, ele.

, Aos Reverendos Deo, Dignidades, Conegos, e Cabido da nossa


S Metl'opolitana, e. mais Beneficiados della; e a todos os Vigarios,
Curas, Beneficiados, e a todas as pessoas Ecclesiasticas, e secula-
res deste nosso Arcebispado, saude, e paz para sempre em JESUS
Christo nosso Senhor, que de todos verdadeiro remedio, e salvao.
Fazemos saber, que reconhecendo Ns o quanto importo as Leis mo-
cesanas para o bom governo do Arcebispado, direco dos costumes,
extirpao dos vicios, e abusos, moderao dos crimes, e recta admi-
nistrao da Justia, depois de havermos tomado posse deste Arcebis-
palio cm 22 de Maio de 1702, e visitado pessoalmente todas as Paro-
chias delle, e cuidando a grande obrigao, com que devemos (quanto
em Ns for) procurar o aproveitamento espiritual, e temporal, e a
quietao de nossos subditos, fizemos diligencia pelas Constituies,
por onde o Arcebispado se governava; e achamos, que pelas do Arce-
bispado de Lisboa, de quem este havia sido sufl'raganeo; porque sup-
posto todos nossos dignissimos Antecessores as procurassem fazer, o
no conseguiro; ou por sobra Jas occupaes, ou por falta de vida.
E considerando Ns, que as ditas Constituies de Lisboa se no po-
dio em muitas cousas acommodar a esta tUo diversa Regio, resul-
tando dahi alguns abusos no culto Divino, administrao da Justia,
vida, e costumes de nossos subditos: e querendo satisfazer ao nosso
Pastoral omcio, e com opportunos remeJios evitar to grandes dam-
nos, fizemos, e ordenamos novas Constituies, e Regimento do nos-
so Auditorio, e dos Oficiaes de nossa Justia, por ser mui necessario
para boa expedio dos negocios, e deciso das causas, que nelle se
houverem de tratar, conferindo-as com pessoas doutas em sciencia, e
versadas na pratica do foro, e governo Ecclesiastico: e foro propostas
no Syno(lo Diocesano, que celebramos na nossa S Metropolitana, dan-
do-lhe principio em dia do Espirito Santo 12 de Junho de 1707, e fo-
ro lidas aos ProcUl'adores do nosso Reverendo Cahido, e Clero para
isso eleitos no dilo Synodo, e por todos aceitas. E parecendo-nos em
tudo conformes aos SagrUllos Canones, Decretos do Sagrado Concilio
TriJentino, Constituies Apostolicas, e as qne convem ao servio de
Deos nosso Senhor, salvao das aln\as de nossos Diocesanos, bom go-
verno espiritual da Igreja, e observancia da Justia, resolvemos man-
daI-as imprimi.!', e publicar. Por tanto auctoritate ord'incwia manda-
mos em virtude de santa obediencia a todas, e a cada uma das sobre-
ditas pessoas, que ora so, e ao diante forem, as cumpro, e gnardem:
e ao nosso Provisor, 'igario Geral, Desembargadores, ViEtadores, e
Vigarios da Comarca, e da Vara, e a todos os mais Ministros de nossa
Justia Ecclesiastica, as fao inteiramente cumprir, e guardar, como
ncll~s se contm, e por e11as julguem, e determinem as causas, e se
governem em toda a administrno da Justia. E revogamos os Ca-
pitulas, Visitas, Regimentos, Provises de nossos Pr.edeccssores, e to-
dos quaesquer costumes, usos, estilos, (por mais antigos que sejo)
que nestas Constituies, e Regimento se no approvarem, ou permit-
tirem expressamente. E haveudo sobre estas Constituies, e Regi-
mento alguma duvida, que necessite de interpretao, a reservamos a
Ns. E para constar de sua fora, e valor, e da obrigao que nos-
sos subditos tem de as guardar, e se lhes uar f em Juizo, e fra del-
le, mandamos passai' a presente. Dada nesta Cidade da Babia sob nos-
so signal, c se110 de nossas Armas aos 21 dias do mez de Julho ue
1707. O Padre Manoel Ferreira de Mattos, Notaria do Synodo, e Se-
cretario de Sua I1Iustl'issima a sobscri"i.

S. ARCEBISPO DA BAIlIA.
Do~ 'J.'ltuIOI!l, flue se contenl nos cinco liv.'os elas
COllstUedes elo l\l.cebi!jlluulo ela Bahla,

LIVRO PRUIEIl\O.

Ti Lulo 1. Da San Lissima Trindade, e caso de necessidade, parLicularmenLe


Santa F Catholica, n .......... . 1. s llarteiras, n 62.
Tit. 2. Como so obrigados os Pais, Til. 17. Da diligencia, com que se deve
Mestres, Amos, e Senhores a ensinar, administrar o 13aptismo, e penas, que
ou fazer en inar a Doutrina Christ havero os Parochos, Clerigos, e ou-
aos filhos, discpulos, criados, e escra- tras pessoas negligentes, n 63.
vos, ri.. .. .. 3. Tit. 18. De qnantos, e quaes del'em
Tit. 3. Da especial obrigao dos Pa- ser os padrinhos do Baptismo, e do
1'0 cllO S para ensinarem a Doutrina parel1tesco espiritual, que contrabem,
Christ a seus freguezes, n 6. n , 64-.
Tit. 4-. Das pessoas, que so obrigadas Til. 19. Da pia Baptismal, que deve
a fazer a profisso ela F, n...... 9. haver em todas as Igrejas Curadas, e
Tit. 5. Como os leigos no devem dis- como deve estr guardada, e os Sall-
putar sobre materias de nossa F, tos Oleos, n 68.
n 14-. Tit. 20. Como em cada Igreja ha de ha-
Tit. 6. Como se ha de denunciar dos he- ver livro, em que se escrevo os as-
reges, e ele seus fautores, e da prohi- sentos dos BapLisados: e como se ha
bico dos liVl'os deCezos, n 15. de evitar o damno de poderem ser fal-
Til. 7 Da adorao, que se devo a Deos sificados; e que dos dit6s assentos se
Nosso Senhor, Virgem Maria Nossa no devem passar certides sem Jicen-
Senhora, o aos Santos, n 19. a, n .......... ; 70.
Tit.8. Do culto devido s Santas Re- Til. 21. Do Sacramento da Confirma-
liquias, e Sagradas Imagens, D. 22. o; de sua maleria, frma, Ministro,
Tit. ~. Dos Sacramentos da Santa Ma- e effeitos, e da idade dos que o reco-
cJro Igreja em geral, o do que neces- bom, n ..................... 76.
sario para a validado deJles, e dos Til. 22. Dos padrinhos, que ha de ha-
eITeitos, quo causo, n. " .... 28. ver no Cbrisma, o das pessoas, que
TiL 10. Do Sacramento do Baptismo, o no pdem ser, e como se devem fa-
de sua matcria, frma, Ministros, e fazer os assenLos dos Cbrismados,
etreitos, n 33. n 79.
Til. 11. Em que tempo, porque pessoas, I Tit. 23. Do Augustissimo Sacramento
e em que lugar se deve administrar o da Eucharistia, de sua instituio,
Santo Sacramento do 'BapLismo, n. 36. maleria, furma, elfcitos, e Ministro
Til. 12. Do modo, com que se deve ad- delle, li . . . . . . . . . . . . . . . 83.
ministral' o Sacramento do Baptismo, Tit. 2!~. Das pessoas, que so obriga-
TI. 41. das a receber o Santissimo Sacramen-
TiL. 13. Dos casos, em que se pude ad- to ela Eucbaristia, e cm quo tempo,
ministrar o Sacramento elo Baptismo e a que pessoas se no pde llem deve
por asperso fura da Igre:ia, em qual- dar, n 86,
quer' lugar, e por qualquer pessoa, TiL. 25. Como os leigos, e Sacerdotes,
TI.. . 43. quo no celebro, s devem roce bel' o
'riL 1!~. Do Baptismo dos adultos, e Santissimo Sacramento na espccie de
disposi.o, quo elevem ter para se lhes po; e que aos condomnados a morte
haver de conl'crir, n 4.7. P la juslia se lhe administre um dia
Til. 15. Dos casos, em que o Baptismo anles de morrer, n. . ......... 89.
se pdo fazer coneliccionalmente, Til. 26. Quando devem celebrar as Di-
n '" 1>8. gnidac1es, Conegos, Parochos, e Sacer-
TiL. 16. Que os Parochos onsinem a seus dotos, o commungar os Diaconos. e
freO'lIezes comu hiio ele baptizai' cm mais Clerigos, o leigos, n 91.
-' :2
Til. 27. Em que Igrejas 1Ia de haver confessem, e communguem, n. 160.
Sacrario, para estar o Santissimo Sa- Tit. 4.1. Dos Confessores, e suas quali-
cramento: e em que modo ha de es- dades, n ................... 162.
tar; e quem ha de ter a chave do Sa- Tit. J.2. De algumas advertencias para
crario, n .............. , .... 94.. os Confessores, n ............. 170.
Til. 28. Do modo, eom que se adminis- Tit. /~3. Como nas Igrejas ho de ha
trara na Igreja o Santissimo Sacra- ver COllfessionarios publicos, e os Con-
men to da Eucharistia, n " 97. fessores no devem confessar fra des-
Tit. 29. Do modo, com que se ha de tes I ugares, nem receber nenes Cousa
levar, e administrar o Santissimo Sa- alguma dos penitentes, n 17!~.
cramento aos enfermos, n 102. Tit. 44. Dos easos reservados, n. 177.
Tit. 30. Como de noHe se no ha de Til. 45. Da absolvio dos peccados, e
administrar a Sagracla Communho, censuras no foro interior, e exterior,
nem levar aos enfermos sem urgen- n ...................... 180.
te necessidade; nem permittir s mu- Til. 46. Do Sigillo da Confisso, a quem
llleres acompanhar ento ao Santissi- obriga, e penas, que havero os que
mo Sacramento, n ........111. o revelarem, n ............... 186.
Til. 31. Da obrigao, que tem os que Til. 47. Do Sacramento da Extrcma-
navego no tempo da Quaresma para Uno; da instituio, materia, frma,
commungar anLes de se embarcarem; Ministro, e effeitos deste Sacramento,
e os enfermos pelo tempo Paschal, e a quem se deve administrar, n. 19L
n ........................ 113. Til. 4.8. Da obrigaoo que o Parocho
Ti t. 32. Como 'se expor o Santissimo tem de administrar o Sacramento da
Sacramento em quinta feira da Sema- Extrema-Uno, e como se adminis-
na Santa; e que se no expor em ou- trar, n .................... 198.
tro tempo sem licena; e como se ad- Til. 49. Do Sacramento da Ordem; da
ministrar aos enfermos naquelle Tri- instituiao, materia, frma, Ministro,
duo, n ....................115. e effeitos deste Sacl'Umento, e quan-
Til. 33. Do Santo Sacramento da Peni- tos gros tem, n .............. 206.
tencia. Em que consista este Sacra- Til. 50. Da primeira Tonsura, e quatro
mento, sua instituio, e importan- Ordens Menores, n ......... 211.
cia, n .. , 123. Tit. 51. das Ordens de Subdiacono, Dia-
Til. 34. Da Contrio, Confisso, e Sa- eono, e Presbytero, n .... 215.
tisfao, que se requer para o Sacra- Til. 52. Dos Examinadores, e exames
mento da -Penitencia, e dos effeitos, das Ordens, e que se fao em nossa
que elle causa, n ............. 130. presena, n ............... 218.
Tit. 315. Do preceito Divino, que todos Tit. 53. Das diligencias, que se reque-
tem de se confessar; e que por devo- rem para todas as Ordens, e da frma
o se confessem frequent~mente, com que se devem fazer, n 224.
n ........... u 136. Tit. 54. Do Beneficio, penso, oupatri-
TiL. 36. Di! obrigao, que todos tem monio, que se requer para os Orde-
de se confessar no tempo na Quares- nandos /le Ordens Sacras, TI 228.
ma; e como se havero os Parochos TiL. 55. Do modo, que se guardar
nas Confisses dos de menor idade, cm os Religiosos, que tomarem Or-
D 139. dens no nosso Arcebispado, n ... 23'1.
Til. 37. Como se far o rol dos con- Til. 56. Das matriculas, e cartas de Or-
fessados, e quando ser entregue ao dens, n 236.
nosso Provisor; e da frma, que se Tit.57. Como se passar Reverendas,
guardar contra os ausentes, e se pro- e se gnardar as que vierem de oulros
cerIer conlra os declarads, n ... 144. Bispados, TI 239.
Til. 38. Do modo, com que se havero TiL. 58. Do exame dos que ho de dizer
os Parochos no temJ?o da Quaresma, Missa nova, e das Dimissorias, dos que
ou doena com os presos da cadca, e vem de fra do Arcebispado. n.244.
doentes dos Hospilaes; e com os va- TiL. 159. Como sero apJ?licados os Cle-
gabundos, tralantes, e pel'egrinos, rigos de Ordens 1\'Ienores ao servio de
n ....................... 152. alguma Igreja, n 24.6.
TiL. 39. Do modo, com qlle os Clerigos TiL. 60. Dos Santos Oleos. Em que
se devem confessar, e do cuidado, que tempo, e por quem elevem ser bentos
devem ter os Parochos com os enfer- os Santos Oleos, eem qne Igreja; e
mos seus freguezes, n 160. at qnando se pde usar dos velhos, (J
Til. 10. Como os Medicos. e Cirurgies como se guardar, ou C(ueimar.
devem mlmucslar aos doentes, que se 1I , 2!~7.
-:3 -
Ti l. 61. Como, e por quem os Santos Tit. 67. Dos impedimentos do malri-
Oleos sero tl'azi los iI nossa Se, no se mobio, da prova, que para elles basta,
henzendo nellaj e se distribuir pe- e elos queso ohrigados a descobril-os,
las Igrejas do Arcebispado, e se re- n ...........................284.
novara sendo necessario, n ..... 253. Tit. 68. Como se ha de celebrar o ma-
Til. 62. Do Sacramento do Matrimonio. trimonio, c que seja de dia, e na Igre-
Da insli tuio, materia, frml, e Mi- ja Paroehial, e presente o proprio Pa-
nistro deste Slcramento: dos fins, rocha, e em que tempo se lJrohiba a
para que foi instituido, e dos elTei- solemnidarle dos casamentos, n .. 287.
tos, que causl, n 259. Til. 69. Das penas, que havero os que
Tit. 63. Dos desposorios de futuro, e se caso tendo impedimenlo dirimen-
idade, que para elles se requer; dos te, e o ParodIO, e testemunbas, que
que se desposo duas vezes, ou caso, assistem, n 294.
estando desposados, ou coabitoj e de Til. 70. Do Matrimonio dos vagabun-
como os Parochos se no ho de achar dos, .e dos que se tingem casados com
presentes aos taes desposorios, nem mulheres, que trazem comsigo, e
estes se devem fazer, havendo impedi- dos que no fazem vida com as suas,
mento, n........ . .... . ..... 262. n .......................... 299.
TiL M,. Da idade, e capat:idade, que se Til. 71. Do matrimonio dos escrav.os,
requer, nos que houverem de contra- n .......................... 303.
hir Malrim.o.llip, e das denunciaes, Tit. 72. Dos casos, em que se pde dis-
que elevem preceder a elle, n... 267. solver. o matrimonio quanto ao vincu-
Til. 65. Como as denullciaces se de- lo, e separar quanto ao toro, e mutua
vem repetir, quando se dilatar o re- cohabitao dos casados, n 305.
cebimento por mais de dous mezeSj Til. 73. Da obrigao de haver em ca-
e cQmo se havero os Parochos sabin- da Igreja Parochial livro, em que se
do algum impedimento, ou remittin- assenlem os casados, e como se faro
do-se as denunciaes, n ...... 27!~. os assenlos dos casamentos, n ... 318.
Tit. 66. Que se no celebre o matrimo- Tito 74. Como ao nosso Vigario Geral
nio no dia, em que se fizer a ultima pertence conhecer das causas, que se
denunciao, c das penas, que incor- moverem sobre desposorios de futuro,
rer, os que casarem seJ1l ellas pre- e matrimonio de presenle; e sobre di-
cederem, e o Parocho, e testemunhas, vorcios; e como deve proceder neHas,
que ao tal casamento assistirem, para se evitarem os conluios, e frau-
n .......................... 280. des, que costumo haver, n .... 320.

LiVRO SEGUNDOo

Titulo L Do Sanlo Sacrificio da-l\Iissa, duas, ou mais esmolas uma s Missa;


sua instituio, frulos, e e!Jeilo, e para que se no posso mandar di-
n ....................... 325. zer por outrem, ficando-se com parle
Til. 2. 'Da preparaiio interior, e exte- da esmola, n 347.
rior, que se requer nos Sacerdoles Til. 8. De como se no devem aceitar
para dizer Missa, n 327. Missas perpetuas por menor esmola,
TiL. 3. De como os celebrantes da Mis- que a acima taxacla, sem noss,! li-
sa hl? de ,gua.rdar as ceremonias do cena; e que os Sacerclotes no acei-
Missal Romano, n 333. tem mais Missas, que as que pude-
Til. 4. Em que tempo, hora, e lugar se rem dizer, n .................351.
deve dizer l\Iissa, n .......... 336. TiL. 9. De como se ho de dizer as Mi as
Til. 5.. De como um Sacerdole no pcle Conventuaes conforme a reza; e quan-
dizer mais, que uma s Missa cada do se diro as dos defuntos, n.... 31)6.
dia, excepto no de 1 alaI, em que po- Til. 10. Para qU.e os Clerigos de outros
der dizer tres, n ........... 339. Bispados se no admiLLo neste Arce-
TiL. 6. J)a est;llOla, que se plie levar por bispado a exercitar suas Orclens sem
cada Missa, e quando se poder pedir, moslrarem Dimis.sorias upprovadas
e aonde se ho de dizer, 11 344.. por Ns, ou nosso Provisor, e niio di-
Til. 7. Da prohibio para se J1O t.Iize- ga :l\J issa q uem no for Sacerdote, c
rem l\I!ssa~ anticipadaruellle. por da pella, que ter se adisscr, n... 363.
quem pl'lmelrO der esmola nem por Til. 11. Da obrigao rle ouvir Missa
D
-4-
nos Domingos, e dias SanLos de guar- carne no Lempo da Quaresma, e nos
da, e do modo com que a ella se deve mais dias em que se prohibe, e das
assisLir, n 366. penas que haver, quem fizer o con-
Til. 12. Da obrigao de guardar os Do- Lrario, n ................... . 1~12.
mingos, e dias Santos, e quaes sejo, TiL. 21. Dos dizimas, primicias, e obla-
n 371. es. Que cousa sejo dizimas, c como
Tit. 13. Das obras, que so prohibidas todos os fieis os devem pagar inteira-
nos dias de guarda, e das penas que mente, e que peccado fazem, e penas
11avero, os queas fizerem, ll .... 377. em que incorrem, se os no pago,
Tit. 14. Como, e por quem ho de ser n ...............414.
. executadas as penas dos que trabalho Tit. 32. De como os Parochos ho de ler
nos Domingos, e dias Santos, n .. 387. na Estao o Capitulo precedenLe; e
TiL. 15. Para que nos Domingos, e dias os Pregadores, e confessores persua-
SanLos de guarda se no fao actos de dir, e aconselhar esta obrigao,
jurisdio contenciosa, n ..... 391. n ..................... 416.
Tit. 16. Da instituio, e etTeiLos do je- TiL. 23. Das novidades, e fl'Utos, e do
jum, e dos que so obrigados a je- . mais de que se deve pagar dizimos,
juar, n 392. n .............. -........ 1~18.
Tit.17. Da diviso do jejum; frma em TiL. 24. Como se devem pagar os dizi-
que se deve guardar o EcclesiasLico; as mas, a que os DD. chamo mixtos.
vezes, a hora, e a quantidade que se n .................. 422.
pde comer, n ............ 400. Tit.25. Dos dizimas pessoaes, e conhe-
. Tit. 18. Dos dias em que obriga o pre- cenas, n ................ 421).
ceito do jejum, e que os Parocbos os Tit. 26. Das pessoas, que so obrigadas
denunciem ao povo, n ..... 406. a pagar dizimas, e dos lugares aos
Til. 19. Da prohibio de comer carne mesmos obrigados, D 426.
no tempo da Quaresma, e mais dias TiL. 27. Das primicias, oblaes, e otTer-
prohibidos, n J~08. tas, que se otTerecem s 19l'ejas,
Tit.20. De se no vender, nem comer n ......... .l~31.

LIVRO TERCEIRO.

Titulo 1. Da obrigao, que tem os Cle- mento, n ............. .. 1~71.


rigos de viver virtuosa, e exemplar- Tit. 10. Em que se manda aos Clerigos,
mente, n .......... , ... t,38. que no exercitem officio de Medico,
Til. 2. Dos vestidos de que os Clerigos e Cirurgio, nem offieios mecanicos,
poderousar, e dos que lhes so pro- nem sirvo cargos indecentes a seu
hibidos, n..... ...... .... ... 440. estado, n ................ , 477.
Tit. 3. Da Tonsura, e Coroa dos Cleri- TiL. 11. Em que se ordena aos Clerigos
gos, n 1~51. que no usem de trato, e mercancia,
TiL. 4. Como os Clerigos no pdem tra- nem fao fianas por ganhos, ou in-
zer armas, e que penas havero se as teresses, n..... .... 481
trouxerem, n ....... " .... 454. Tit. 12. Em que se ordena que os Cle-
Tit. o. Como os Clerigos no pdem an- rigos no posso ter de portas a den-
dar de noite, e por quem poder ser tro mulheres, em que possa haver
presos, n : ...._ :459. suspeita, nem frequentar o Mosteiro
Tit. 6. Como os Clengos nao podem das Freiras, n 483.
comer, nem beber em tavernas, nem Tit. 13. Das procisses. Que cousa seja
ir a vodas illicitas, n 46t,.. procisso, e da sua origem, (' como
TiL. 7. Como os Clerigos no podem se devem fazer neste Arcebispado,
enLrar em omedia, ou danas, nem n .......................... 488.
em festas de cavallo, nem disfarear-se TiL. 14. Do poder que lemos para fazer
com mascaras, n..... , ..... :.467. procisses publicas, e que se no fa-
TiL. 8. Como os Clerigos no devem jo- o neste Arcebispado sem nossa li-
gar jogos prohibidos, nem dar casa cena, n ................... 489.
de jogo, n 468. TiL. 10. Corno 'se comporo as duvi-
TiL. 9. Em que se prohibe aos Clerigos, das que se moverem sobre a prece-
que no sejo OfIiciaes, e Ministros dencia nas procisses, e que estas se
de justia secular, nem no tal Juizo no fao de noite, n ... :. 492.
sejo testemunhas, ou tomem jura- Til. 16. Da solemne procisso do Corpo
de Deos, e que pessoas n devem acom- TiL. 29. Da obrigao de residirem nas
panhar, n ' 496. suas Igrejas todos os Parochos assim
TiL. 17. Das in:lulgencias que se,ganho perpetuos, como annuaes, n .,... 537.
na procisso do Corpo de Deos, e sua Til. 30. Por quanto tempo, e com
Oitava, e de como se ho de publicar que causas, e licena sero os Paro-
pelos Parochos, n .. o 502. ehos escusos da residencia, n .... 541.
Tit. 18. Em que se ordena que os Offi- Tit.31. Da obrigao que os Parochos
cios Divinos, e Horas Canonicas se tem de dizerem 1\[issa a seus fregue-
devem rezar, como dispoem o Brevja- zes, n " 547.
rio Romano, n ............ 504. Til. 32. Da obrigao que os Parochos
Til. 19. Da devoo, habito, e tempo, tem de fazer praticas espirituaes, e
em que se devem rezar as Horas Cano- ensinar. a Doutrina Cbrist aos seus
nicas no Coro, n ............ 507. fregnezes, n ............... 549.
Tit. 20. Da pregao, e Pregadores, Frma da Doutrina Christ, n..... 551.
n 512. Breve instruco dos l\fysterios da li',
Ti L 21. Em que se prohihe aos Prega- acommodada ao modo de fallar dos es-
dores pregar sem licena nossa nes- cravos do Brasil, para serem catequi-
te nosso Arcebispado, n 513. zados por ella, n............. 579.
Tit. 22. Do provimenLo das Igrejas, Til. 33. Como os Parochos so obriga-
n .. , ...... '" ...... , ..518. dos a fazer estao a seus freguezes.
Til. 23. Dos requisitos que ho de Ler os n .......'............... 585.
que houverem de ser propostos para Til. 34. Como se devem portar os Paro-
Igrejas Curadas, n .......... 521. chos com seus freguezes, e proceder
Tit. 24-. Da obrigao de se prcm En- contra os desobedientes, n 596.
commendados nas Parochias que va- Til. 35. Do que pdem, e devem fazer
garem, n .................. 522. os l)arochos, quando nas suas Igrejas
Til. 25. Do titulo, e collao quc ne- ao tempo da Missa, e Omcios Divinos
cessario para os providos nas Igrejas estiverem pessoas excommungadas,
tomarem posse dellas, n... 525. ou nomeadamente interdictas, n. 602.
Til. 26. Das Qualidades, e sufficiencia Til. 36. Da obrigao das Dignidade~,
que ho de ter os CoadjuLores, e Cu- Conegos, e Capelles da nossa Se,
ras: e do exame que se lhes deve fa- n ....................... 605.
zer, n 526. Tit.37. Dos Sacristes, ou Thesourei-
Tit.27. Do livro que o nosso Provisor ros, Juizes e Procuradores das Igre-
ha dc ter, em que estejo escriptas Lo- jas, n .'................. '... 609.
das as rgrejas Curadas, para saber Tit. 38. Dos Ermitesj qualirlades que
cada anno se esto providas de Viga- devem ter, e suas obrigaes, n. 626.
rios, e C;oadjutores, n , .. 532. Til. 39. Do Mosteiro das Freiras desta
Til. 28. Como, e quando pertence aos Cidade, e como neIre temos toda a
Ordinarios prover de Encommenda- Jurisdio ordi~aria, n ..... o 0630.

dos s rgrejas Parochiaes., n, ... 535.

LIVRO QUARTO.

Titulo 1.. Da immunidade, e i;seuo das lfles entremem casa, nem tomem seus
pessoas Ecclesiasticas, n 639. bens, n 652.
Tit. 2. Que nem-uma pessoa usurpe, Tit.7. Que se,no fao Leis, Ordena-
impida, ou prohiba a nossa jUl'isdi- es, Acordos, ou Estatutos con-
o Ecclesiastica, n ........ 642., tra a liberdade Ecclesiastica, n.653.
TiL. 3. Como as Justicas seculares no Til. 8. Que se no ponho tl'ibutos
pdem prender as pessoas EcclesiasLi- nem fin tas pelos seculares s Jgrejil '
.cas, salvo em Oagrantedelicto, n. 646. e pessoas EcclesiasLicas, n 658:
TIL 4. Que ninguem cite, ou demande, TiL. 9. De alguns privilegios concedi-
as pessoas Ecclesiasticas peran te os dos aos Clerigos, e pessoas Ecclesias-
.Juizes seculares, Jl 64.7. ticas, n............... ..... 662.
Ttt. . Que ningUm usurpe os bens das Til. 10. Que os assignados, e procura-
Igrejas, lugares pios, ou pessoas Ec- es dos Clel'igos tenho forca de es-
oclesiasLicas, n.o o...650.
criptUl'a publica, n : 668.
TIt. 6. Que os Ministros da Justia se- Til. 11. Que os Clerigos no pdem ser
cular no penhorem os Clcrigos. nem o Pl'(sos. nem excommungado l)Qr
-6-
dividas civeis, no tendo por onde hn, durma, bailJe, ou fao Novenas,
pagar, n , 669. n ........................ 7\2.
Tit. 12. Que os Clerigos, no posso ser Til. 31. Que nas Igrejas, e seus Adros
constrangidos a (azerem citaes, e se no faco fortalezas, CasteBos, ou
notificaes, salvo em alguns casos cOllsas semelhantes, n 746.
particulares, 0 .............. 672. TiL. 32. Como, e em que Igrejas, e lu-
TiL. 13. De como os Clerigos elevem ser gares Sagrados os delinquenles gozo
citados, e em que tempos, e lugares da immllllidade da Igreja, n .... 7!~7.
o no pode(o ser, n 674. Til. 33. Das pessoas, e casos, em que
Til. H. Que n.o proceda contra os I no v.ale a immunidade da Igreja,
Clerigos que forem Curas d'almas no . n .......................... 7M.
tempo da Quaresma, n ....... 677. TiL. 34. Da frma, que se ha de guar-
Tit. 15. Que os Clerigos no sejo pre- dar qu.ando nlgum delinquente se
sos no aljube seno por casos muilo acoutar Igreja, para se resolver se
graves, n. . . .. . ............ 679. vale, ou no.a immunidade, n ... 762.
Tit. 16. Das Igrejas, CapeIlas, e Mos- Tit. 35. Que os delinquentes acoula-
teiros. Que neste Arcebispado se no dos igreja estejo nella honesta, e
edilhTuem 19rejn, CapeIla, ou Mos- decentemente, n 770.
teiro sem licena nossa, n 683. Til. 36. Que os nossos Ministros fao
Tit. 17. Da edificao, e reparao das guardar inleiramente a immunidadc
Igrejas Parochiaes, n 687. da Igreja, e como se havero os .Pa-
TiL. 18. Dos l\Iosteiros, e Igrejas dos rochos, e Clerigos oeste particular,
llegulares quanto fundao, e erec- . 0 772.
co, n ................... ' . 690. TiL. 37. Dos testamenlos. Como os Cle-
Tit. 19. Da edificao das Capellas, pdem lestar livremente de seus bens,
ou Ermidas, e o que se far com as ainda que sejo adquiridos por razo
que estiverem damnificadas, 0.692. desuas Igrejas, n 77!~.
TiL. 20. Das Sanlas Imagens, o ... 696. Til. 38. Que nem uma pessoa impid a
Tit. 21. Que a Imagem da Cruz se no . por fora, ou engano aos Testadores
pinte, nem levante em lugares incle- disporem livremente de seus bens,
Genles; e que envelhecidas se refor- n. . . . . . .. . ................ 780.
roem, n 702. Tit.. 39. Da frma que ho de ler os
Tit. 22. Dos ornamentos das Igrejas, e Parocho~, e outros quaesquer Clerigos
moveis della, o .............. 706. em fazerem os teslamentos das pessoas
Tit. 23. Das Igrejas, Altares, e Vasos, que lh'os requerem, n 783.
que devem ser sagrados, cdos que de- Tit.40. Que se cumpro os testamen-
vem ser bentos, o ........... 708. tos, c legados pios, ainda dos filhos
Tit. 24. Como se guardaro os orna- familias, tendo as solemnidacles de
mentos, e moveis das Igrejas, e que direilo Canonico, o 787.
se oo emprestem, nem sirvo em Til. 4:J. Dentro em que tempo elevom
outros usos, n ............... 711'1 os Te~tamenteiros cumprir o testa-
Tit.25. Que haja inventario da prala, mento, e elar conla; e quando pdem
moveis, e cousas elas Igrejaa, e lam- recnsar o cargo, n .. , 790.
bem livro do tombo das noticias mais Til. 42. Quando, e como se ho ele cum-
essenciaes a ella pertencentes, n..715. prir os legados pios, e fazer os sufl'ra-
Til. 26. Do que se far dos ornamentos gios, quo os defuntos em seus testa-
velhos das Igrejas, o da macleira, pe- mentos ordenarem, ou deixarem cm
dra, e lelha, qlle delI as se tirar, arbtrio los Testamenteiros, o ...798.
n ...................... 725. Tit. 43. A quem pertence tomar contas
Tit.27. Da reverencia uevida as Igre- aos Testamenteiros, ou aos herdeiros
jas, e lugares sagrados, n .... .728. elo eumprime.nto dos testamentos; do
Til. 28. Que nas Igrejas, se no asseo- que neIles se deve guardar; e Gomo os
tem em cadeira d espalc1as, ou tam- Testamenteiros no pdem comprar
boretes' nem os I igos estejo senta- os bens dos defuntos, n 803.
dos na Capella mr em quaoto se J- Til. 44. Das commutaes das ultimas
zem os Oflicios Divinos, n ..... 731. vontades, e pOl' quem se devem fazer,
Tit.29. Q le' nas Igrejas, c seus Adros, n '" 809.
se oo fao feira, mercados, contra- Til. "5. Dos entelTamentos, exequias,
tos, ou escripturas, nem a('.lo a.lgum e sulTragios dos defuntos. Como os
dejurisdio secular, n 738. defuntos ho de ser encommendados
Til. 30. Quenas Igrejas se no fao far- pelo seu Parocho, antes que vo a rn-
as e jogos prOfa\lO , nem se coma, be- terrar, n.............. . . .. . 812.
7
Til. 4.6. Da ordem que se ha 'de guardar se concedo na Capell a mr sem nos-
, nos acompanhamcntos dos dcfuntos, sa licena; e do modo que havera com
e que os Parochos os acompanhem os que se en teno nas Ca pellas fra
sepu1tma, n ................ 820. das Igrejas Matrizes, n 852.
Til. 47. Como ho de ser levados ase- Tit.57. Daspessoas, a quem sedevene-
pullura., e enterrados os Sacerdotes, gar a sepultura Ecc1esiastica, n. 857.
e Clerigos,. n 827. Tit. 58. Das diligencias, que primeiro
Til. 48. Dos signaes que se ho de. fa- se devem fazer nos casos, em que o
zer pelos defuntos, n 828. Dil'eito denega a sepulLura Eccle-
Til. ~.9.. Como se.liu,o os assentos dos siastica, n... .. . . 859.
defunt9s, n 831. Til. 59. Que na nossa S Cathedral, e
Til. 50. Dos Omcios que se ho de. fa- nas Ig.rejas Parochiaes de nosso Arce-
zer pelos defuntos, fi . 834. bispado se fao procisses pelos .d;.-
Til. 51. Como se faro os sufi'ragios .aos funtos, e se reze por el1es, n ... 86.~.
que morrem ab intestado, aos meno- Tit. 60. Das Confrarias, Capel1as, e
res, e aos escravos, n 836. Hospitaes, e da frma que devem.ter
Tit. 52. Que se no fao Ollicios em os Compromissos das Con frarias su-
Domingos, ou dias Santos, nem haja geitas nossa Jurisdio .Ecc1esias-
Sermo de exequias; e como se re- tica, n , .............. 8.67.
parLir as Missas que os defuntos Tit. 61. Como sel'o visitadas as Con-
mandarem. dizer, sendo enterrados fl'arias, Capellas, e Hospitaes; e das
fra da sua freguezia, n 839. contas, que se ho de tomar aos Ad-
TiL. 53. Das sepulturas. Que os corpos ministradores, n 870.
dos fieis se enterrem em lugares Sa- TiL. 62. Da eleico dos Officiaes de cada
grados, e na sepultura que escolhe- Confraria, e qe cada anno dem canta
rem, n .................... 843. com entrega; e das Missas, que se de-
Til. 54.. Que nem-um Parocho, Cleri- vem dizer nas diLas.Confrarias, n. 872.
go, ou Religioso induza, ou obrigue Til. 63. Das esmolas, questores, e pe-
a pessoa. alguma a eleger sepultura didores de esmolas, e como se pro-
em sua Igreja, ou.l\fosteiro, ou aque ceder contra eBes, n 876.
no mude a que tiver eleita, n... 846. Tit. 64. Que ningnem pea esmolas
TiL. 55. Que se no abra sepulLura na sem licena, e como se conceder,
Igreja, ou Adro sem se fazer a saber n.,., ......... _ , .879.
ao Parocho, nem se desenterrem os TiL. 65. Da execuco dos mandados.dos
corpos, ou ossos dos defuntos sem li- Superjores. Qundo, ecomo se devem
cena nossa, n ............... 8l~9. cumprir nossos mandados, e de nos-
TiL. 56. Da deoencia das sepulturas; sos Minist1:os, e dos outros Superio-
e que se no vendo perpetuas, nem res, e Prelados, n ............. 883.

LIVRO QUINTO.

Titulo 1. Do crime da heresia. Que se TiL. 6. Da Simonja. Como se deve pro-


denunciem ao Tribunal do Santo Offi ceder na denunciao, e prova del1a,
os hereges, e suspeitos de heresia, ou 11 , ..... , 904.
juclaismo, n............. .. .. 886. Tit. 7. r.omo se proceder conLra os c[ue
Tit. 2. Da blasfemia. Como grave es- commeLterem Simonia nas Ordens,
te orime, e cfUaes so as suas penas, Exames, lleneficios Ecclesiasticos,
n 88l:!. e eleico delles, n. ' 906.
Tit. 3. Das feitiarias, upers_ties, ~or TiL. 8.'Como sero castigados os que
tes, e agouros. Como Sel'tlO castlga- commetterem Simonia na adminis-
dus, os que usarem ele Arte magica, traco dos Sacramentos, n ... , ..911,
n., 894. TiL. 9', Do sacrilrgio. Das especies que
TiL. 4. Que nem uma pessoa tenha pa- ha, e penas deBe, n '.' .. 91.5.
cto com o Demonio, nem use de fei- TiL. 10. Do perjurio. Dos juramentos
tiarias; e elas penas em q1le incor- falsos em Juizo, e .venas deli e,
.rem os que o fizerem, n 896. n 921.
TI L. 5. Das penas elos que uso de cartas Ti L 11. Das penas que havero os que
de toc3r, e .de palavras, ou bebidas jurarem falso fra de Juizo, n ... 930.
amatorias, ou cOllsas semelhantes, TiL. 12. Dos falsarios. Como de~'em sei
n, ................... , ..... 899. castigados os que comlI\eltel'em falsi-
-8-
dade em Provises, despachos, 9\1 erros de seus officios, n. '" 1026.
quaesquer oulros papeis publicos, ou Til. 34. Das accusaes, e pessoas que
judiciaes, n ............ 933. pdem a ellas ser admittidas, n.1028.
Til. 13. Dos que abrem cartas nossas, Til. 35. Que as accusaes, e livramen-
ou de nossos Minislros, e se tingem de tos se prosigo pessoalmente, e no
differente estado, e condio, n.937. pOl' Procuradores, n ....... 1031.
Til. 14. Da usura. Da deformidadedes- Tit. 36. Das querelias, n 1039.
te crime, e das penas delle, n 940. Tit. 37. Da correco fraterna, n. 10!~'7.
Til. 15. Das usuras palliadas, n 945. Til. 38. Da denunciao judicial,
Til. 16. Dos delictos da carne. Como n .................. 1050.
se deve proceder no crime da Sodo- Til. 39. Das devassas, n ........ 1056.
mia, n ..... " '" ........ 958. Til. 40. Das injurias verbaes, n. 1062.
Til. 17. Do peecado da bestialidade, e Tit. 41. Das cartas de seguro, n. 1064.
como ser castigado, n ....... 960. Til. 42. Dos Alvars de fiana, n.1072.
Til. 18. Do peccado da mollicie, n. 964. Til. 43. Das homenagens, n .... 1076.
Tit. 19. Do crime do adulterio, e Tit. 44. A quem se devem applicar as
como se proceder contra os adulte- penas pecuniarias impostas nestas
ros, n ...................... 966. Constituies; e como depois de dada
Til. 20. Do crime de incesto, e penas, a sentena, passando em cousa julga-
que havero os Clerigos, e leigos, que da, s a Ns pertence a remisso, e
o commetterem, n .......... 969. commutao delias, n.. .. " .1079.
Tit. 21. Do estupro, e rapto. Da defor- Til. 45. Das penas espirituaes. Da ex-
midade destes crimes, e penas delles, communho, e de como em cousas
n ......................976. leves se no ha deusar della, n. 1085.
Tit. 22. Do concubinato. Dos leigos Til. 46. Das carlas de excommunho
amancebados, e como se proceder para se descobrirem as cousas furta-
contra elles, n 979. das, ou perdidas, n 1087.
Til. 23. Como se proceder contra as Tit. 47. Dos monitorios, n 1094.
mulheres easadas, ou solteiras repu- Til. 48. Dos excommungados que de-
tadas por donzellas, sendo compre- vem ser evitados, n ..........1100.
llendidas em amancebamento, n. 990. Til. 49. Das excommullhes da Bulia
Tit. 24. Dos Clerigos amancebados, da Cea do Senhor, n .... " " 1106.
n .......................994 Til. 50. De como, e quando, e comque
Tit. 25. Da alcovitaria, e alcouce. ,Co- clausulas sero absoltos os que incor-
mo devem ser castigadas as pesso- rem nas excommunhes da Bulia da
as comprehendidas nestes crimes, Cea, e das pessoas que so obrigadas
n ......................... 1002. a ter a dittaBulla, n ....... 1127.
Tit. 26. Do homicidio, ferimentos, e Til. 51. Das excommunbes, que por
injurias. Das penas, com que ser direito commum Canonico so reser-
castigado o Clerigo, que malar, feril', vadas ao SumIDo Pontifice, n. 1131,
ou espancar alguma pessoa, n .. 1005. Til. 52. Das excommunbes postas emdi-
Til. 27. Das penas, que haver o Cle- reito sem reservao alguma, n.1160.
rigo, que puxar por al'ma conlra al- Ti t. 53. Das excommunhes imposlas
guem, ainda que no mate, nem fira, nestas Constiluices, fi ....... 1189.
e do que injul'iar alguem de palavra, Tit. M. Da su penso, a qual c censu-
n '" ................ 1011. ra Ecclesiastica, em que consiste a
Tit.28. Dos desafios, e penas em que substancia della, n .......... 1195.
incorrem os que eommettem esle cri- Til. 55. Da suspenso ab ingresStt Ec-
me, n .................. 1013. clesiaJ, e de pregar, n ........ 1200.
Tit. 29. Das penas dos que resistem, e Tit. 56. Das penas em que incorrem os
desobedecem aos Ministros da Justia suspensos, e quem pde levanlar a
Eeclesiastica, n 1015. suspenso, n.... . ...... 1203.
Til. 30. Das offcnsas, e injurias feitas Til. 57. Das suspenses poslasem direi-
a no sos Ministro"s, n ........ 1019. to que se incorrem ipso {acto, n. 1208.
Til. 31. Do furto, e penas, que have- Til. 58. Da deposio, e degradao,
ro os C)erigos que o commetterem, n .................... 1233.
n ........................ 1022. Til. 59. Do interdiclo, n 1235.
Til. 32. Das tabolagens. Que ninguem Tit. 60. Das causas, porque se por o
d tabolagem em sua casa, nem jo- interdiclo, e da obrigao que todos
guem antes ele ~lissa, .n ..... 102~. tem de o guardar, n , .1238.
Tit. 33. Como serao caslll~ados os MI- Til. 61. Das cousas, que se prohibem
nislros de nos Q Audilorio. sobre os no. tempo do. inlcrdiclo, n .... 1240.
-9-
Til. 62. Das cousas concedidas no lem- \ Til. 68. Que se enlende por nome de
po do inlerdicloj e sua absolvio, Igreja, e quem a pde desenviolar,
n 1243. l n 1279.
Til. 63. Dos inlerdictos posLos em di- Til. 69. Da irregularidade, e de sua di-
reito. que pertencem mais ao govrrno viso, e etTeitos, n 1285.
de nosso Arcebispado, n ..... 1246. Til. 70. Da irregularidade, que nasce de
Til. 64. Da cessao Divi7lis, n. 1252. defeito, TI , 1290.
Til. 65. Dos etTeitos, que tem a cesso Tit. 71. Da irregularidade, que nasce
Divinis, n 1257. de delicto, n 1301.
Tit.66. Da relaxao da cessao Di- TiL. 72. Da dispensao das irregula-
vinis, e penas que incorrem, os que aridades, n ................. 1308.
no guardo, n 126"1. Tit. 73. Que pessoas sero obrigadas a
Til. 67. Da violao da Igreja, c dos ca- ter estas Constituies. n 1310.
sos reservados, em que as Igrejas fi- Tit. 74. Das Constituies, que osPa-
co violadas, e o que Cpl'ohibido, em rochos devem ler a seus freguezes.
quanLo o esto, n 1266. n ......................... 1312.
LIVRO PRI1UEIRO
DAS

DO

AltCEBISP ADO DA BAHIA,


No q nal se trata de nossa Santa F Catlloll~a, e dos sete
Sacl'aJllentos, que Clu'isto nosso Senhor blstitulo
para nleios dc nossa salvao,

---=="">~""===----

TITULO 1.
DA SAriTISSBL\. TRINDADE, .E SANTA F CA'lHOLIC.\.

1 A. Santa F Catholica, sem a qual ninguem se pode sal "ai" (1.)


ncm agradar a Dcos, nos ensina o que devemos crer no mysterio da
.'antis ima (2) Trindade, o conhecimento (3) do qual muito nece -
:-;ario, para o termos dos m3is mysterios. Devemos pois firmemente
t-J'Cl', que ha wn s Deos, (4) infinito, immenso, sabio, e todo lJoclero-
o; e 1J1te sendo Hm s Deos com llma s Dim'nclade, poder, sa.ber,
bondade, e mm's per{es, e att1"l'butos Divinos, o Imne da F nos en-
sina, que ha ne1fe tres (5) Pessoas Divlas 1'ealmentc distwtas entre si,
Padre, Pilho, Espi1"ito Santo. Porm ~tma s, e a mesma Divindadl'
(6) est em todas as trcs Pessoas, e em cada unta dellas. E o mcsmo,
<{ue dissemos da DiYindade, se entende das mais p rfeies e altribu-
lO Divinos: ele maneira, que cada uma das tres Divin3s pessoa
1IJn s, e verdadeiro Deos, eterno, immenso, e no tres eternos, nem
11'1'8 nmensos,
2 Devemos lambem crer, que a segunda pe soa da San sima
(I) Marc. 16. 16. MaIL 28. 19. Concil. Trid. sess. 3. in decl'eL. de Spllbol.
Fidei, el sess. 5. in eler,rp.L. de l)eccat. original. in pl'incip Alhanas. in Symbol.
(2) Mallh. 28. D. Ambros. lib 2. de Fide c. l.. D. Leo Papo Episl. 93. D. Au-
gusl. lib. 7. de Trinit. cap. ult.
(3) Aclor. 4. Paul. ad Rom. 3. Joan. 7. Coninc. 2. 2. di p. 14. dub. 9. ii n.
1.35. Chl'istus enim cognosc.i non polesl, non cognita Trinilale uI ail Palau p.
1. de Fide lracL. 4. dispo 1. pnncL. 9. n. 2. posto medimo.
(4.) Deuler. !~. 35. el 6,4. 1. Reg. 2. 2. Psal. 17. 32. el85. 10. Marc. 12.
:12. D. Damasc.en.lib7. Orlbodoxre fid. C. 1. D. Aug, in Psal. 74.
(5) l\fallh. 28. 19. Joan. 14. 26. Joan. Epist. 1. 5. 7. Rom, 11. 36. CIlI'J" o.
h01l1il 7, io l\Iallb. Clern. 1. de Summ. Trinil.
(6) Alhanas. in S)'mbol.
1.
2 CO -STITUIES
Trindade, que o Filho, se fez Homem, (7) para nos 1'emir (8) do pec-
cado, que todos contrahirnos pela cttlpade nossosprimeiros pa'is; tomando
carne naspu1'issimas entranhas da V'gelltJlaria Nossa Senho-ra, ficcm-
do ella semp,'e Virgem (9) antes do lJa1'{O, no parto, e depo do parto; fi-
cando tambem o mesmo Filho de Deos JES U Ch1"isto Senhor nosso per-
feito (10) Deos, e perfeito Homem. E isto explicamos aqui em nossa
lingua, (11) para que posso nossos subditos aprender, e entendcr
pelo modo, que lhes for possivel, este admirmrel, e profundo artigo
de nossa F, to necessario para a salvao de todos; tendo por ccrto,
e infallivel, que tudo aquillo, que ensina a F, est fundado sobrc a
(12) authoridade da palavra de Deos. E que tudo quanto a Igt'cja San-
ta tem proposto aos Fieis, como objecto da F, da boca do mcsmo
Christo o ha recebido, e impossivel (13) que erre, quem a vcrdade
mesma leva por guia. E assim de parte de Deos nosso Sellhor amoes-
tamos a todos nossos subditos, que firmemente creo, teobo, e con-
fesssem tudo, o que a Santa Igreja (H) Catholica tem confessado,
e ensina.
TITULO II.
CO~IO s.oOBRIGADOS os PAIS, MESTRES, A1\10S E SENHORES A ENSINAR, ou
FAZER ENSINAR A DOUTRINA CHRIST AOS FILHOS, DISCIPULOS,
CRIADOS,.. E ESCR.,wOS.

3 Porque no s importa muito, que a Doutrina Christ e bons


costumes se plantem na primeira idade, (1) e puercia dos pequenos,
mas tambem se conservem na mais crescida dos adultos, aprendendo
uns juntamente com as lies de ler, e escrever, as do bem viycr no
tempo, em que a nossa natmeza logo inclina para os vicios, e conti-
nuando os outros a cultura da F, em que foro instruidos, e crendo
nos seus mysterios aquelles, que novamente os ouvirem, ordcna-
mos o seguinte,
4. Mandamos a todas as pessoas, assim Ecclesiasticas, com
secularcs, ensinem, ou fao ensinar a Doutrina Chrisl sua fa-

(7) Clem. 1. de Summa Tdnitat. et Fid. Calhol. Joann. 1. U, Bernarr!.


sermo 3. de Nativit. Concil. Epbesin. sub Creleslino Papa n. 4030. p. -J. c. r~.
D. Leo Papo serm 7. de Nalivil. Domini.

~
8) Mallb. 1. 21.
9) Abreu de Paroeh. lib. 7. e. 2. sess. 40. n. 66.
10) D. Damaseen.lib. 3. de Fide cap. 7. Symb. D. Atbanas. Suar. lom. L
dispo 2. seel. 1. 2. et 3.
(11) 1. ad Corintb. 140, 11. Trid. sess. 15. de Reform. e. 2. Faeit. lexl in c.
ln SeripLuris Quies ilaque 80. q. 1. Solorz. de Indiar. gubern. tom. 2. lib.
1. e. 25. n. 34.
(12) Joan. 3. ad Tbessal. 2. D. 'fbom. 2. 2. q. 1. PaI. p. 1. trael. ~-. dispo
1. punet. 2. n. 1. D, August. lib. 11. de Civit. Dei cap. 2. Cassiano lib. 40. de In-
cam. e. 6.
(13) um. cap. 23. D. Ambros. Episl. 27. D. Aug. lib. 22. de Civilat<'.
cap. 215.
(14) Paul. 1. ad Timolh. 3. Malth. 26. D. August. Ep. 11. D. Hieron. dia-
logo adverso Lueifer. e. 4.
(1) Cap. Vos aute omnia. deConseeral. dist 4. cap. Omnis retas 12. q.1. 50-
lorz. de Indiar. gubcrn. tom 2. lih. 1. C. 25.n. 19.
DO ARCEBISPADO DA BARIA. 3
milia, (2) e especialmente a seus escravos, (3) que SO os mais neces-
ilados desta instruo pela sua rudeza, mandando-os Igreja, para
que o Parocho (h) l11es el1 ine os (5) At,t1'gos da F, para saberem bem
crer; o Padre 1'osso, e Ave l/aria, para saberem bem pedir; os Man-
damentos da Lei ele Deos, c da Santa Madre Ig'reja, e os peecados
mortaes, para saberem bem obrar; as virtudes, lJara que as sigo; e os
sete Sacramentos, rara que d1'gnamente os recebo, e eom elles a graa
que do, e as matS oraes da Doutrina Christ, para que seJrw Ui-
tntidos em tudo, o que importa a sua sa1t'ao. E encarregamos gra-
"emente as consciencias das sobreditas pessoas, para que assim o ta~
~:o, attendendo conla, (6) que de tudo dar Deos nosso Senhor.
t 5 E para que os Mestres dos meninos, e Meslras das meninas
lio falLem obrigao do ensino (7) da Doutrina Christa. ma11l1a-
mos a nossos 'lsitadores inquiro com grande cuidado, se elles Cu-
zem, o que devem, para que, sendo descuidados, sejo amoc lados,
c pnnidos, e llies revogarmos as licenas, que de J6s lirerem, em
<1S quacs no podero ensinar.

TITUI.O III.
DA ESPECL~L OBRIGAO DOS PAROCFlOS PARA E:ssn'iAREM A not;'rnlN.~
CHRIST A SECS FREGCEZFS.

"" 6 Porque aos Parochos, como Pastores e ~Ieslrcs e pi"iluae ,


t>briga mais o cuidado de apascentar (1) suas 0.W1has com a CathoJica.,
e verdadeira Doutrina, exhortamos a lodos os de nosso Arcebispado,
c a todas quacsquer pessoas, a que nelle esti\"er encarregada a cura
das Almas, ainda que sejo izenlas, que lodos os Domingos (2) do
aliJO, em que no concone alguma festa solernne, ensinem aos me-
ninos, (3) e escravos (h) a Doutrina Christ no tempo, (5) e hora,
que lhe parecer mais conveniente, atlendendo aos lugares, e di lan-
eias das suas Paroc1lias, ou sejo nas Cidades, ou fora dellas.
7 E para se conseguir o fruto desejado, ordenem os Parocho

(2) 1. ad Timolh. 5.8. Abr. de Paroeh. lib. 8. e.7. seel. 2. n. 369. Navar.
in manual. cap. H. n. 17. Palau p.1. lrael. [~. d.1. punel. 11. n. 2. Conslit.
Ulyssipon. lib. 1. lil. 3. decret.i. 1-
(3) A]Jr. d. lib.8. cap. 7. seeL 5. n. 393. Naval'. d. cap. U. n. 21. Benci.
Econom. Chrisl diseurs. 2. 1. n. 62. eum sequenlib. usq. ad num. 71.
(4) .Eenei d. diseurs. 2. 2. n. 72. Abreu d. lib. 7. cap. 2. n. H. 15. 1!}..
(5) Abreu iib. 7. cap. i. num. i. usc[. ad num'!~. cl e. 2. n. i6. t7. ~arb. de
Paroch. p. 1. cap. 15. n. [~. PaI. p. 1. tmcl. [~. d. i. punel. 9. ct 10. Conslll. U1ys-
sp. d. deere!. 1. in principio. el 1.
(6) 1. ado Timolh. 5. 8. Abr. d. lib. 8. n. 393. PaI. d. p. 1. trael. 4. d. 1.
punel. 11. n. 2. el3. Benei d. clise 2. 2. n. 73. in fine.
(7) TI'id. se S. 23. de Reform. eap.i8. Gavant. verbo Ludimagisl. llum. (I. el
in manuali p. 2. in prax. vsit. Episc. 5. 11. 32.
(1) Cone. Trid. sess. 5. de Reform. e. 2. vers. Arehipresbyleri, el sess. 24. de
Reform. e. [~. verso Idem eliam. Texl. in e. Ul quisque 3. de Vila, el honesto Cler.
Abr. de Paroeh. Iib.2. e. 1. n. 1.
(2) ConeiJ. Trid. loeis. eit. Zerol in prax. Epise. p. 1. verbo Doclrin. Chri -
tian. Barb. de Offie. et poles. Par. e. 15. A]Jreu de Paroch. I. 2. C. 5. n. 37.
(3) Abreu de Par. lih: 7. C. 2. D.16. Barbos. de Olr. el polesl Par. p. -t. . -t5. n. 7.
(4) Abr. ubi prox. Consl. lEgit. Iib 1. lil. 2. foI. iS. PortuenS. Iib 1. lil. 1. Consl. 2.
~ 2. vers.1.
(iS) Abreu de Par. Iib. 7. e. 2, n. 16.
CO~STITUIES

aos Pais, quc mandem aos lugares, e horas determinadas scus (6) fi-
lhos' e aos Senhores seus (7) escravos: e se algumas das sobredi-
tas pessoas, csquecidas da obrigao Christ, a no forem ouyir,
e Do mandarem as pcssoas, que esto a scu cargo, para a omirem
sejo certos, que se fazem reos de quantos 'peccados, se commetterem
pOI' falia de Doutrina, de que Deos nosso Senhor lLes far rigoroso
juizo. E aos padres Capelles encommendamos, quc nas suas Capel-
la Jllo a mesma diligencia, principalmente com os escrayos.
8 E porque os escravos do Brasil so os mais necessitados ria
lJoulrilla Chrisl, sendo l:'l.IItas as naes, e wversidades de lngua ,
(8) que passo do gentilismo a cste Eslado, deyemos de buscar-Ibes
lodos os meios, para serem instruidos na F, ou por quem lhes fallc
nos seus idiomas, (9) ou no nosso, quando elles j o posso entendei'.
E no ha oulro meio mais proveitoso, que o de uma instruo accom-
modalla S\la rudeza (10) ele entender, e barbaridade do faUar. Por
l:lUlo sero obrigados os Parochos a mandai' fazer (11) copias, (se no
ba tarcm as que mandamos impriml') da breve [rma do Cathecismo,
que Yai no titulo 33 para se repartirem por casas dos freguezes, em
ordcm a clles instruirem aos seus escrayos nos mystcrios da F, c
OontrulU Chrisl, pcla frma da dita instruo, e as suas pergunlas,
c re poslas sero a ex.aminadas, para ellcs se confessarem, e com-
mllngarem Chrisl}mcnlc, e mais facilmenle do que estudando de mc-
moria o Crer] ; . .outras, que aprendem, os que so de mais capaci-
dade.

TITULO IV.
D.\.S PESSO.\S, QUE so OBRiGADAS A FAZER A PROFiSSO D.\. F.

9 Como um dos fins, para que se cOllvoco os Synodos (1)


, para que as pessoas, a cuja conta est dai' Doutrina ao pOYO, fao
pro{]s~o da F, ordenamos e mandamos, que naquelles, que se cele-
l)l'ar(:'m no nos o Arcebispado, fao publica profisso da F as pes-
soas, que a isso o obrigadas, como se fez neste, que agora celebra-
mo , conforme o moto proprio do Papa Pio IV. de boa memoria.
10 Ta mesma f6rma SO obrigados tambem a fazcr publica pro-
fis o da F em nossas mos, ou do nosso Provisor todas, e quaesquel'
pe soas de qualquer gro, e condio que sej50, e forem (2) providas
em Beneficios, Curados, Dignidades, Concsias, no tempo de suas col-
laes, e instituies, ou ao menos dentro de dous mezes do dia, que

(fi) Cap. Ul quisque 3. de Vil. ct bones. Cleric. Barb. de Orne. et potest. Par. p. 1. c.
10. n. 7. PaI. I). 1. de Fide lract. 4. punel. ti. 0.2. et 3.
(7) Conslit. Iyssip. !Ib.1. lil. 3 decreto 1. Si 4. Beoc. d. discurso 2. Si 1. n. 69. et Si 2
o. 72.
(8) Testnlur Benci d. disco 2. 1. n. 62. et 615.
(9) Puul. ado COl"nlb. 1. C. H. Y. :10. :11. :12. Trid. sess. 24. de Reform. C. 7. teII.
io cap. ln scripluris Si Quies ilaque 80. q. t.
(10) Abreu lib. 2. cap.!>. u. 36. Beuc. d. disco 2. Si 2. n. 78. foI. 74.
(I I) Ad ea qUal Abr. de Par, lib. 7. C. 2. u. :17. fatil ConsL 1Egilanens. lib. 1. tit. 2.
e. 2. foI. 7.
(1) Trid. sess. 24. de Reform. c. 12. Barb. de Potest. Episcoporum 3. p. aUegat. 93.
11.17. COIISl. Ulyssipo. lib. 1. til. 3. decr.1. in principio.
(2) Tlid. sess. 24. de Reform. c. 12. Barb. de Canon. et Dignil. e. 17. et de Paroch.
C. 4. Garcia de Benef. p. 3. cap. 3. Tambur. de Jur. Abbat. tom. 1. d, 8. q. 3. U. 9.
DO ARCEBISPADO DA BARIA. 5
tomarem posse: isto se entende alem da profisso, que os providos em
Dignidades, ou Conesias da nossa S Metropolitana so (3) obrigados
a fazei' em Cabido, como tudo dispoem o sagrado Concilio Triden-
tino. E no fazendo quaesquer dos ditos juramento de profisso da F
110 termo assignado pelo sagrado Concilio, no vencem os frutos de
seus Beneficios, e Igrejas, nem lhes podero ser remittidos por Ns,
on pelo nosso Cabido, e tendo-os recebido, so obrigados aos restituir,
e podem no foro exterior a isso ser compeUidos.
t 11 Conforme ao Breve (h) do Summo Pontifice Pio IV. so
tambem obrigados a fazer o dito juramento da profisso da F os Pre-
lados das Religies, (que Ns suppomos fazem ajustada ao uzo dos
seus institutos) os Doutores, (5) Mestl'es Clericos seculares, ou Re-
gulares, <Jlle lerem Theologia, Filosophia, Grammatica em Universi-
rlade, e Escolas pulJlicas, ou particulares. Pelo que conformando-nos
com a disposio do dito Breve, e declaraes dos Eminentissimos
Cardeaes, mandamos a todos os nossos subditos, que assim o cum-
pl'o sob as penas impostas no dito Breve.
. t 12 Tambem na frma do mesmo BI'eve, e na mesma supposio
pertencente aos Regulares, tem obrigao de fazer a dita profisso da
F todos aquelles, que quizerem licena para confessar, (6) e pregar,
ainda que sejo Regulares isentos: e tendo-a feito a primeira vez no
sero cOID.pellic1os a fazer outra, (7) quando se lhe houver de reformar
a liena, depois de acabado o tempo da primeira.
FORMA (8) DO JURAMENTO, E PROFISSO DA F.
13 c( Ego N. firma fide credo, et profiteor omnia, et singula,
qme continentur in Symbolo Fidei, quo Sancta Romana Ecclesia
cc utitur, videlicet.
Credo in Ullum Deum Patrem Omnipotentem, facLorem creli,
I' et terrre visibilium omoium, et iovisibilium. Et in unum Domi-
num Jesum Christum Filium Dei unigenitllm, et ex Patre natllm
ante omnia srecula. Deum dp Deo, lumen de lumine, Deum vernm
c( de Deo vero. Genitum, non facLum, consubstantialem Patri, per
quem omnia facta sunt. Qui propLer nos homines, et propter nos-
CI Iram salulem descendit de Crelis. Et incarnatus est de Spiritu San-
cto ex Maria Virgine, et homo factus est. Crucifixus eLiam pro nobis
( sllb PonLio Plato, passus et sepultus est. Et resllrrexit tertia die
cc secuudurn Scripturas, et asccndit in Crelum. Sedet ad dexteram
Patris. Et iterum venturus est cum gloria judicaI'e vivos, et mor-
cc luos, Cl~US l'egni non erit .Gnis. Et in SpiriLum Sanctum Dominum

(3) Trid. ub. prox. verso Provisi autem, et ibi Rarb. n.21>. et de Polest. Episcop.
p. 3. alleg. 61.. et de Canonic. et Dignit. c. 17. n. 1. Ricc. de Jur. person. extra gremi-
um Ecclcs. existo 1. c. 33.
(4) Dlllla Pij IV, edita anno 11>64. qnro ncipit. Illjunctum. Fi'. Emmanllel q. Regul.
tom. 2. q. 72. arl. 1. Ledcsm. n Sumo tom. 2 tract. t cap. 4. in line. Naval'. lib.2. Con-
iJ. et de Jurcjurando consl.iO.
(o) Pai. p. 1. traet. 4. d. 1. punet. 19. n. G. Darb. de Potest. Fpisc. p.3. alleg.61
n,2.
(6) Cone. Pl'Ovinc. J\[cdol. V. Gavant. in manual. yerh. Concio fllcra n. 20. et verbo
Filiei prof'essio D. 26. Dulla Pij IV. supmdicta.
(7) C~nsl. Ulyssip. lib. 1. til. 3. decreto 1. Si 4. foI. 12.
(8) Vide apud Darb. de Canon. et Dignit. 0.17 post numero 32.
t"
CONSTITUIES
/{ et vivificantem, qui ex Patre, Filioque procedit. Qui cum Patre;
et Filio simul adoratur, et conglorificatur. Qui locutus est per Pro--
phetas. Et unam Sanctam Catholicam, et Apostolicam Ecelesiam.
(I Confiteor unum Baptisma in remissionem peccatorum. Et expecto
resurrectionem mortuorum, et vitam venturi sreeuli, Amen.
Apostolicas, et Eeclesiasticas traditiones, reliquasque ejusdem
Ecclesire observationes, et constitutiones firmissime admitto, et am-
/{ plector. Item Sacram Scripturam, juxta eum sensum, quem tenuit,
et tenet Saneta MateI' Eeclesia, cujus est judcal'e de veI'O scnsu, et
interpretatione Sacrarum ScripturarUID, admitto; nec eam tmquam,
nisi juxta unanimem consesum Patrum aecipiam, et interpretabor.
l( Profiteor quoque septem esse vere et proprie Sacramenta novre legis,

l( Jesu Cbristo Domino nostro instituta, atque adsalutem humani ge-

( neris, licet non omma singulisnecessaria;.seilicet, Baptismum, Con-


( firmaLionem, Eucharistiam, Pmnitentiam, Extremam unetionen, 01'-
l( dinem, et Matrimonium; illaque gratiam conferre, et ex his BapLis-

mum, Confil'mationem, et Ordinem sine sacrilegio reiterarinon posse.


Receptos quoque, et appro)Jatos Ecclesire CathoJiere ritusin supradi-
f( ctOl'um omnium Saeramentornm solemni administratione recipio, et

/{ admitto. Omma, et singula, qnre de peccato originali, et de justifica-


tione in Sacrosancta Tridentina Synodo definita, et deelarata fuerumt
amplector, et reeipio. Profiteor pal'iter in Miss offeni Deo verum,
( proprium, et propitiatorium saerificum pro vivis, et defulletis, at-
que in Sanctissimo Eucharistire Sacramento esse vel'e, real iter, et
/{ substantialiter corpus, et sanguinem, un cum anima, et divinitate
/{ Domini nostri Jesu Christi, fierique conversionem totius substantire
l( panis in corpus, et totius suhstantire vini in sanguinem, guam con-
l( versionem Catholica Ecclesia Transubstantiationem appellat. Fate-

01' eliam sub alter tanLiun specie totum atgue integl'Um Christum
verumque Saeramentum sumi. Constanter teneo Purgatorium esse,
( animasque ibi detentas fidelium sulfragiis juvari. Similiter et San-
l( ctos un cum Christo regnantes venerandos, atque invoeandos esse,

eosque orationes Deo pro nobis offerre atque eorum Reliquias esse
venerandas. Firmiter assero imagines Christi, ac Dei-parre semper
l( Vil'ginis, nec non aliorum Sanctorum babendas, et retincndas esse,

alque eis debitum honorem, ae venerationem impartiendam. Indul-


gentiarUID etiaID poteslatem Christo in EeclSl relictam fuisse,
ilIarumque usum Christiano populo maxime salutarem esse affirmo.
Sanctam Catholieam, et Apostolicam Romauam Ecclesiam, omnium
( Ecclesiarum Matrem, et Magistram agnosco. Romanoque Pontifici
Beati Petri Apostolorum pl'ineipis Snccessori, ac Jesu Christi
Vicario veram obedientiam spondeo, ae juro. Cretera item omnia
Sacris Canonibus, et meumenicis COlleiliis, ac prrecipue Saero-
.sanct Trindenlin Synodo tradita, definita, et declal'ata indubitan-
ter recipio, atque profiteOl': simulque eontraria omnia, atque hrere-
( ~es quaseumque ab Ecclesi damnalas, et rejectas, ct anathematiza-
I( tas, ego pariter damno, rejicio, et anthematizo. Hane "eram CaLho-

licam Fidem, extra quam nemo salvus esse potest quam in prresen-
ti sponle profiteor, et veraciter teneo; eamdam integram, et invio-
latam usque ad extl'emum vitre spiritum constantissime ( Deo adju-
l( vante) retinere, eL contiteri, alqne meis subditis, vel i1lis, quorum
DO ARCEBISPADO DA BARLL 7
cc cura ad me ill munere meo spectabit, teneri, docm'i, et prredicari,
quantum in me erit CUl'aturum.
(C Ego idem N. spondeo, voveo, ac juro, sic me Deus adjU\'et
( et brec Sallcla Dei Evangelia.

TITULO V.
COMO os LEIGOS NO DEVElIl DISPUTAR SOBRE lIL>\TET\lAS DE NOSSA F.

t 1k Conformando-nos com as disposies dos Sagrados Canones


(1) prohibimos sol) pena (2) de excommunho, e dez (3) cruzado ap-
plicados para Meirinho, e accusador, que nem-uma pessoa secular (ain-
da que seja douta, e de letras) se intl'ometta a disputar em publico, ou
particular sobre os mysterios de nossa Santa F, e Religio Chl'ist.

TITULO VI.
C01l1O SE HA DE DENUNCIAR DOS HEREGES, E DE SEUS FAUTORES B D.\
PROBJDJO DOS LIVROS DEFEZOS.

t 15 Ordenamos, e mandamos a todos os nossos subditos, que


souberem, que alguma pessoa de qualquer qualidade que seja tem,
cr, ou disse o contrario, ou POI' qualquer modo sente mal, ou e
aparta da nossa Santa F Catholica, ou occulta, ajuda, favorece, ou re-
colhe os hereges, com toda a l)l'evidade passiveI o (1) fao saber a
Ns ou ao nosso Provisor, ou Vigal'io Geral, ou a algum Inquisidor
Apostolico, (se acaso o houver lleste Arcebispado) e no o cumprindo
assim, alem do grave peccado que commettem e excommunbo iJa
Bulia da Cea reservada a Sua Santidade, em que incorrem sero cas-
tigados com as penas, que merecer sua culpa.
t 16 Como crescem em grande numel'o os livros, que contm per-
niciosas, impras, e hereticas doutrinas, e importe muito acudil' a to
'venenoso mal com saudavel remedio; conformando-Dos com as di po-
ies (2) rIos Concilios, e Breves Apostolicos, probibimos a todos os
nossos subditos, que no leo, nem ouo ler, nem tenho livros dec-
lOS pelos Catalogos dos Summos Pontifices, c da Inquisio do Reino,
ou por Ns: e o que (3) o contrario fizer, alm da excommunho, em
que incorre, perder os livros, e pagar cem cruzados do aljuhe para
despezas, e accusador.

(1) Cap. Quicumque Si 1. de Hroret. in 6. et ibi Da rbos. num. 13, et 17. A Cnnha ad
texto io c. ln rnandatis 2~3. disto
(2) Diet. texto io cap. Quicumque Si 1. de HmreL.
(3) De pama dispuwotis de lide in caso prohibito vidcDeciao. in LI'. crim. lib.Q. cap.
42. n. . Sancho in Decalog. ilh. 2. c. 6 D. 10 Latissime Fariuat. iu tract. de Hrores. lJ 178.
n. fi6. et seq.
(1) Call. Excommunicamus. Si Adjicimu 13. de H:.cret. Cap. Quapropter 2. q. 7. Con-
st. lonoc. IV. edito aono 1254. incip, Licct ex omnib. Caren. de Olr. Sanct. iII quisit. ,2.
p. tit. 9. de Obligat. denuotiandi Si 1. o. 4. PaI. p. 1. tratcl. 4. d. 3. punt. <I et . Sancho lih.
2. iD Decalog. cap. 32 iDo line. Simancas tit.19. Barb. de !'otes. Episcop alleg. 96. n. 1S1.
(2) Coneil. Lnteran sub Leon. X. sess. 10. Trid. se s. 18. in Proremio. et sess. 4. de
Edil. ct usu aeror. libr. et ibi Darh. n. 3. et dc Potest Episcop. p. 3. al/cg. 90. 0.12. Castro
Iib.1. de Potest. legis pamal. C. 8. verso E Letim qumdam lex.
(3) Decret. Concil. LaLer. rela tum per Barbos. d. aJleg. 90. n. H. verso Extat.
8 CO~STIT rES
t 17 E mandamos que, (ft) chamados os estre , ou Capitaens
tlos navios pejo nosso Vigario Geral, se inquira delles a noticia, que
po .o dar dos livros, que na viagem se lero, ou venbo embarca.dos,
e remeUidos a alguem: e que na Alfandega aonde forem, e se VIrem
quaesquer linos, se no entreguem a seus donos sem primeiro se re-
melterem ao nosso Yigario Geral, que, depois de examinar as suas ma-
terias lhos poder dar. E para que llo deixem de ii' os ditos livros
;'t \lfandega, se intimar aos ditos Mestres ou Capilaens dos Navios a
ohrigao de os fazerem l ir. Tambem se inquirir delles, se nos seus
lia vias vem alguma pessoa suspeita de F.
t 18 E o ql1e vender, ou tiver livros que tratem de cousas sagra-
das em nome de Autbor, no sendo primeiro revistos, e approvados
pelo Oroinario, (5) incon;e em pena ele excommunho maior, e paga-
d cem cruzados applicados na frma sobredita. E as mais penas have-
n\ o que commnicar, ou divulgar os taes 111"1'os, posto que no sejo
impressos. E o que liver estes livros escritos de mo em seu poder.
ou se lhe proyal', que os l, se no descrubrir os AUlhores, ser trata-
uo como se eUe o fosse.
TITULO VII.
DA ADORAO QUE SE DEVE A DEOS NOSSO SEl'BOR, VIRGE1I1
MARIA NOSSA SENHORA, E AOS SA1'(TOS.

-l< 19 Lalria (1) adorao de"vida smente a Deos nosso Senhor,


e um acto de Religio radicado na alma, com o qual devemos (2)
rcconhecer Ua Di"ina excellencia, prostranilo-nos de joelhos em terra
('om a cabea descuberta, e mos juntas, e levantadas, batendo no
I citas, e fazendo OUtl'OS actos extel'iores de venerao, que correspon-
do ao culto interior ele nossos coraes, reconhccendo-o por Deos, e
supremo Seubor. E com a mesma adorao de Latl'ia, com que se
3d ra a Santissima Tl'nllade, c dcre adorar a Chl'isto (3) Redemplor
nosso, por ser Unigenito Filho de Deos verdadeiro: e a sua sacratissi-
ma (ft) l:T umanidade, por estar unida ao Verbo Diyino: e ao Sanlis i-
mo (5) Sacr:lmento da Eucharislia, porque nelle est realmente o mes-
mo Deos: e ao sagrado (6) Lenho da Cruz; em que o mesmo Chris-
to padccco por ns: c as (7) Im:lgens do mesmo Cllristo em quanto o
(4) Argum. ex Trid. sess. 18. in decreL. de libror. delecLll. eL sess. 4. de Edit. et usa
aelor. lih.
(o) Coneil. Lateran. V. Trid. dicL. sess. J. in decreto de Euition. et usu sacror. libr.
et ibi Durb. vers, Se et impresssorihu5 num. 3. et 4. ConsLiL. Portuens. Jib. 1. Lit. 1. con-
st. G vers 2. foI. 10.
(1) Paul. ad Rom. 1.1. ad COl'nLh. c.13. etad Hebr.11, Trid. sess. 13. c. 5. Psal.
~.~, eL 9~. D. Thom. 2; 2. q. 7~. PaI. p. 1. tract. 8. d.1. puneL. 1. n. 2. ConsL. Ulissip'
IIb. 1. LIL. 5. decr.1. 10 prlllelp.
(2) ConsLiL. Ulyssipon. ubi prox.1EgiLao. lib. 1. tit. 3. cap. 1. fol. 15. D. Thom. 2.2.
q. 84. PaI. ubi proxim. D. Joao, Damasc. oraL. de Imag prope ab ioiLio, et oraLion. 3.
relaLus ii Palao dict. puoCL. 1. o. 2.
(3) "faLLh. 2. JOJn. 9. eL 20. Paul. ad Philip. 2. au Hebr.1. Suar. tom. 1. d. 53. seet.
1, Ya q. d. 3. C. 2. eL 3. d. 95. C. 2. Azor 1. parlo lib. 9. c. 5. qurost. 7.
(-~) Joau. 20. Psalm. 98. Vasq. de AdoraL. lib. 2. LoL. dispo 4.
(5) Cone. Tridellt. dicL. ses. 13. C. . etsess.14. caDon. 6. S)lv. ,elh. Latria n.
~. Fusc. de Visito lib. 1. c. 5. n. 8.
(6) Psn!. 131. Sexta Synod. canoo. 73. Syood. 7. et8. acl. nlL. D. Thom. 2. 2:-
q. 211.
(7) Conei!. 'icren. II. Tridenl. sess. 211. de Inrocat. et adoraL. Sanclol'.
DO AR EBI 'PADO DA BARIA. 9
t'epl'C ento. e qualquer oulra (8) Cruz, como sina] que reQre enla-
liro da verdadeira, em que o mesmo Scnhor nos salvou.
20 Hyperdulia (9) outra venerao com que somos obriga-
do a venernr a Virgem Mnria nossa Senhora, por ser Mi de Jesu
Chri to nos o Salvador, e conter em si todas as virtudes. Esla adora..,
o se faz descubrindo a cabea, e fazendo-lhe orao com os joclhos
cm Lerra.
21 Dulia (10) outra venerao, que se faz, rezando em p ou
ue joelhos com a cabea descuberta; e de f que os Anjos e E piri-
to celestiaes, e Sllllos appwracLos por taes pela Igl'eja com ena de-
vcm ser venerados, porque uevemos reconhecer em uns, e OUU'O a
uperioridade, que nos tem por suas perfeies e por estarem reinan-
do com Deos nosso Senhor, e porque rogo, e intercedem conLinuada-
mente por n em nossos 1I'alJalhos, e affiies diante do me. mo
cnhor.

TITULO nu.
DO CtLTO DE\ IDO A SA~US P,ELlQ 'IAS E SAGRAD.\S mAGE~s.

22 Nem-um Catholico pde duvidar, que as Relquias dos San-


tos approndas peja Igreja on sejo parte de seu corpo, ou oull'as cou-
::;as que em rida, ou depois da morte os locassem, devem ser (1) ve-
neradas, porque assim o Jispoem (2) o Sagrado Concilio Tl'identino,
t.ondemnando por erro affirmar-se ocontrario. Por tanto mandamos, que
as im se fua; e guarde, e que estejo poslas em engastes, vasos, ou (3)
relicarios, e guardadas em lugares to decentes, como com'em e quan-
fIo se mostral'em, e expuzerem, seja com "elas (h) accesas 110 Allar,
estalido o Mil1islro com a (5) sobrepeliz yestida.
23 E pOi' quanto o Sagrado (6) Concilio Tridentino dispoem, qUl'
no sejo r cebida (7) fieliquias de novo, sem serem primeiro appro-
vada , e reconhecidas pelos Bispos: conformando-nos com a Llisposi-
o do me mo Concilio mandamos, que cm nem-uma Igreja desle no -
'o Arc bi pado, ainda que seja isenta, sejo recebidas noras Rcliquias
por \'erdadeiras, em que ~ejo examinadas e approradas por Ns, ou
no ,os ucces ores.

(8) D. Thom. 2. 2. q. 20. eL 1. 2. q. 103. ct 10~. Sylv. verb. LaLria n. 2.


(li) Coneil. Ephesill. 6. SYllod. acto 4. cL 1'1. 7. S)'nod. act. 4. CL 7. Filiuc. Lrilct.
23. dc Relig. c. 1. q. 10. n. 33. S~lv. verbo Latrln II. 3.
(iO) COlleil. Nieme. II. aet. 1. cL 2. el6. tiL 6. Trid. ses. 20. de IlIvoenL. Sanel.
Lcnis. lib. O. de n. Virgo e. 14. Vasq. de ArJorat. Iib. t. d. , cap. 2. Suar. tom.
2. in 3. p. d. 42. seet. 1. Pai. 'p. 2. lraet. 8. di pulal. 1. PUUCl. 3.
(I) Cone. Trid. cSS. 25. c. 2. Yasq. de Ador:ll. lib. 3. d.3. Suar. 3. p. liL. 1.
d. 00. Bellarm. lih. 1. de Sanct. C. 1. YalclIl. 2. 2. d. fi. q. 11. PUllct. . ct 6.
(2) CondI. Trident. d. ession. 21>. c. 2.
(3) Gavnnt. iII mallual, verho Reliquiro n. iS. Cone. Pro\". i\Jediolan. 1. ZcroI.
verbo Corpora Sancl. n. 3. Pai. diel. p. 2. tract. 8. d. 1. punel. 6. n. 13.
(I) Ad ea qUal PaI. diet. [lunct. G. n. 'l6. ConsliL. LI)'s ipon. lib. 1. Ululo a. de-
crel. 2. 1.
(o) Consl, UI)' ip. ubi proxim. PorlucDs',lib. 1. lit. 1. Consto 1,. 3. in fin. Ga-
vant verb. Reliquiro n. 29. Coneil. Prl"inc. Medial. 4.
(fi) Trid. d. sess. 2tJ. e. 2.
(7) Tcxt. in cap. ulL. de Reliq. el \'enCrnl. SaneL. N ibi Barb. ct de Potc L. Epic.
3. p. alleg. 97. n. 1. Diall. tom 3. Inlel. 3. resolut. 91. PaI. d. PUIICt. G. n. 1,. vers.
AI si publico cullu. Syll'cst. verb. Reliquire n. t.
2
10 CON "TlTUIES
2k E as Rcliqtas ant.igas, que constar por documentos legiti-
mo serem de antos c.anonisados. e 'enerar daqui em diante com
aqncl1c mesmo culto, com que at o presente cro (8) tidas. E haven-
do algum indicio, ou presuno, de que no sejo yerdadeira , se nos
rlar conta, para mandarmos I'azerinl'ormaojuriclica, e aycriguarmosa
verdade, que se puder alcanc:ar, no que nossos Visitadores tero muito
'llidado nas Yisitas, para nos darem parte.
25 Mandamos tamhem, que se no comprem, ou vendo Reli-
quias, como dispoem os agrados (9') Canones, salro a um de screm
resgatadas, estando em poder de Hereges, ou de Infieis' entendendo--e,
que na compra, e renda dellas se offende muito a Religio Chl'ist, e
l:ommette o grave crime de simonia.
26 E quanlo ao uso da sagrada Reliquia de Agnus Dei, ordena-
mos, que se guarde o moto (10) proprio do Papa Grcgol'io XIII, de boa
memoria, que manda sob pena de excommunho ipso (acto incwnnda,
s no faa, seno eom sua propl'ia cor natural, sem nem-um genero de
ollro pintUl'a, ou illumina,o.
27 O uso das sagradas Imagens de Cbristo nosso Senhor, de sua
:Uai Santissima, dos Anjos, e mais Santos approvado pela (11) Igreja
Catholica, que manda as haja nos Templos, e sejo veneradas; no pOI'
Ilue se creia que nellas ha alguma DiYindacle, porque dero ser venera-
das; mas porque o culto, que se lhes d, se refere smenle, ao que el-
las rcprcscnto. Por tanto conformando-nos com a antiga tradio da
Igreja CatllOlica, e definies dos Sagrados Concilios, ordenamos que
{t ditas Imagens, ou sejo de pintura, ou de esculptura, se faa a mes-
ma venerao, que aos origiuaes, e significados, considerando, que no
culto, que a ellas damos, (12) venel'::lmos, e reverenciamos a Deos nes-
o S:'l1hol', e aos anlos, crne ellas reprcscnto.
TITULO IX.
DOS ..\CIU\lE~TOS DA SAi'iTA :II.\DRE IGREJA E~l GERAL, E no Q'E !'iECESSA-
RIO PARA A VliID.\DE DELLES, E nos EFFElTOS QGE CAusIo.

28 Os Sacramento da Santa _fadre Jgl'eja, como a F Catholica'


nos ensina, sO (1) sete, COllYem a saber: Baptismo, Confi1'mao,
Euclw'l'1'st1'a, Penitencia, Extl'emauno, Ordem, e jJfat1'im01uo. Todos

(8) Barb. de Potest. Epi cap. 3. p. alleg. 97. n. 11. et a Trid. diet. sess. 20. c.
2. 1'1, \l. Consl. UI~'ssipon. <!. Iib. 1. til. 5. deerel. 2. 3. Porluens. Jib. 1. liL 1. eon-
sUL. 7. ~ .". rers. 1. rol. 13.
(9) Texl. in <!. c. u11. de Reliq. et renerat. Sanet. el ibi Glos. Suar de Relig. tra-
d. 3. Iib. 4. C. H. n. 24. SyII'CSl. verbo Reliquia: n. 1. l)alao diel. punel. 6. n. 17.
'ers. Oelava difficullas.
(10) Greg. XIll. in sua eonst. qnro incipil, Omni certe sludio. edil 8. Ralen. Jul.
1072. Barb. de Polest. Epis\;. 3. p. allcg. 50. n. 150. Quarl. de saeri llenedicl. lit. 2
seet. 8. dub. 4. 11. H2.
(Li) Texl. in cap. Venerabile de consee. disl. 3. cap. Pcrlalum. eod. til. Trid. sess,
~;j. C. 2. Azar. 1. p. lib. 9. c. 6. lJ 1/. Va 'q. tal. lib. 2. de VeneraI. Suar. 3. p. q.
iii. d. ii.',. per septem secl. Bellarm. in dispo Fid. CaLhoI. controverso 7. lib. 2
(12) TriJ. dicl. sell. 20. e. 2. PaI. d. puneL. ii. n. 1. el 1/. vers. llespondeo. Consto
1:ly. 'ipou. d. lib 1. til. IS. deCl'. 1. .\. JEgilall. Iib. 1. til. 3. C. 2. num. 1.
[1) Trid. sess. 7. dI) Sanam. in gen. ean. 1. D. TlIol11. p. 3. q. 65. arl. 1. ubi.
Va que arl. 2. Henriq. in Sumo lib. 1. c.7. Valen!. p. 3. q. 6. punel. 2. SaFo de Sa-
eram. in "fll. lib. 6. c. 1. q. 2. Bonac. de Sacram. d. 1. q. 1. punel. 2. 'PaI. [1.2. Lrael.
1ti. d. unic, pUllct. 16. n. 1.
DO ARCEBISPA.DO DA BARIA. 11
, cm clu"ida causo (2) graa nos que os recebem dignamente, e no
poem (3) impedimento a ella; a qual graa por excellencia se chama
cousa sagl'ada, e dom sagrado, pois nos santifica com Deos.
29 A Santa Madl'C Igreja declara, e manda, que para se celebl'a-
rem os Sacramentos nlidamenLe, (!~) haja materia, frma e Ministro
com teno de fazer Sacramento, a qual teno se chama actual, (5) .
IS a que se ba de procurar sempre, c faltando esta, necessal'io ao me-
nos, que baja teno (6) virtual, que resulta da actual; e necessaria-
mente ha de preceder ao Sacramento: a (7) habitual s no basta. Pe-
lo que exhorLamos a nossos subditos, que assim na teno, com que
ho de administrar os Sacramentos, como na materia, e palavras ela
frma lenMo grande cuidado, e vigilancia: pOl'que faltando qualquer
Ilestas tl'cs cou 'as, no se faz Sacramento, nem os adultos o reccb .m,
se lhes falta a (8) teno necessaria.
30 E posto que no perteniio : essepcia dos Sacramentos a. cc-
rcmonias santas, com que se celebl'o, e ad ninistro; o Sagrado (9)
Concilio Tridentillo manda, que na administrao solemne dos Sael'a-
mentos se guardem todas inleiramente: e declara que nem-uma e p-
de deixai' por despreso, ou pOI' vontade, sem (10) peccado, nem mu-
dar-se em outra de novo por allctoridatle do Prelado, qualquer qlle seja,
salvo do Summo Pontifice. E para qne se gllarclem com toda a perfei-
o, m::mr'amos, que em cada Igreja Parochial de nosso Arcebispado
haja ao menos um (11) Ceremonial ou Manual dos Sacramentos, e
nossos Visitadores o fao assim cumprir.
31 Para que os Ministros na administrao dos Sacramentos no
posso ser notados de alguma suspeita de simonia, ou avareza, mau-
damos a todos os Parochos, e mais Sacerdotes, que nem d'l'eCle, ou
ind'ecle, nem por q' alquer occasio, ou causa, peo, nem I'ecebo
cousa alguma pelos (12) administrar: e fazendo o contrario, sero ca -
tigados como simoniacos com as penas de Direito, e com as mais que
nos pai'eCeI', segundo a qualidade, e circunstancias das culpas. POl'm

(2) Joan. 3. Actor. 8. Joan. 20 Jacob 5.2. ad. Timotb. 2. nd Ep'hes. 5, Trident. sess.
7. cano 8. ct 9. D. Thom. p. 3. q. 62. art. 1. Bonae. de ~ncrnm. d. 1. q..t. punet.
i. HUl11. 4, Torreblanc. de Jur. spir. lib. 2. c. 2. n . .19,
(3) Trid. sess. 6. c<ln.6. Barb. ibi n.7. Sayr. de Sacral11.ingen.lib.1S. c. . q. unie.
Bouac. de Sacram. d. 1. q. 4. punet. 1. n. 6. et d. 2. C. 2. punet. 7. n. 4, Valent. t. t. d.
3. q. 3. punct. 1. .iEgid. de Coninrb. q. 62. art. 1. dub. 1.
(.1) Condi Florent. in decr. Eug. ad armo de Doclr. Saeram. D. Tbom. 3. p. q.
6. art. 8. PaI. p. 4. de Sacram. in com. tract. 18. d. unic. punct. 3. n. :I.
(iS) Suar. d.:l3. seet. 3. Vasq. 3. p. d.138. c. 6. Bonae. d. 1. q. 3. p. 2. ~ 3. n. H.
(6) D. Thomaz p. 3. q. 64. art. 9. Suar. d. 13. sect. 3. JEgid. de Conine, art. 8. dub.
2. Sa)'r. Iib, 2. e. 4. q. 4. art. 2. Bonae ut supro LaJ'm. lib. 5. traet. 1. C. o, conel. 2. PaI.
11. troct. 18. d. unic. punct. o, n. 3. ct 6.
(7) Palao d. puet. 5. n. 4. in fine. ct 5. Laym. d. c. 0, q. 5. n.11. Bonae. de Sarram.
in gano d.1. q. 3. p. 2. 3. n. 3. .iEg-id. de Conineh. q, 64. art. H. dub. 2. n. 71.
(8) D. TUom. q. 68. art. 7. Suar. d.14. cct. 2. concl. 1. .iEgid. lIe Coniu. d. art. .
dub. 5. n. 98. Bon. disp.:I. q. 6. pumt. 2. n.1. Laym. d. lrac.1. C. 6. n. 4. PaI. dict. d.
unie. punet. 12. n. 4.
(9) Tril!. scss. 7. de Saeram. in gcn. cano :13. ct ib. Barb. n. :Ui. Burtad. de Saeram.
Iract. de Confirmo dime. 14. Vnler. Heginald. in prax. fori prenit. I. 26. n.10. et 28. cum
,eq. Donar. Lrncl. de Sncram. d.:I. q. ult. Abr. lio. 9. seel. 6, D. 98.
(to) Trid. dicl. e:ln. :13. PaI. d. d. unir:. puncL. 16. n. 5. Soar. d. 16. ect. 2.
Benr. li.b. t. C. 11. Donac. d. q. ultim. puneL. unic.
(11) ConsLL. LEgitan. I. :I. LL. 4. C. 2 n. 1. foI. :19.
(12) Cap. Cum in Ecclesim de Sirnoni. Consto Vly sip. Iib.1S. tit. 8. decret.:I.", 3. foI,
~29. lEgil. lib. 1. til. 4. c. 2. II. 2. DD. nd lext. in c. Plneuit. ut uuusquisque:l. q. 1.
L" CO~STl1'UIE f

podero receber as (13) oITertas, esmola, que o fieis lues Ue!'CJln o~


luntal'iamente em antes nem depoig de administl'ados o Sacramen~
to , moslrarem por palarra, ou signal algum, fJue querem, ou perten-
dem as dita gratificae , nem que por essa causa retardo ou dilli-
culto a ua administrao. E c por costume legilimo antigo se Iheg
deYer oIT' rta, on e mola, depoi a poUer (H) pedir pelos meio dt'
Direito.
32 Exhorlamos, e encarrega.mo a cada um dc nossos subdi-
to , as im Parochos, c Clcrigos como seculares de um, ou outro sexo,
(lU. anle de chegar a aumioj l1'3r, ou recebcI' qualquer Sacramento,
(15) examine a sua consciencia: e se entender, que tem algum pecca-'
do morlal, far acto (1 G) de conlriO' arrependendo-se, tendo dor t'
11nne propo ilO de emenda, e contiando cm Deos alcanar gl'a a, e ['ru-
elo do Sacl'amento, que quer receber: e e quizel', e puder confes ar-:l'
})!'imeil'o, ser melhor. I orm se o Sacramento, que houver de receber,
foI' o da sagrada Eucharislia, primeiro se IJa de confessar, (17) e ir di.-
])08tO, como se co tuma, em (18) jejum (19) natural: e advirta-se, (lU!.'
aquclle que administra,' ou recebe os Sacramentos indignamente, con-
demna a sua alma, e a priva dos meios ordenados para a sua sahao.
TITULO X.
DO .\CR.\~LE~:TO DO lL\Yl'I ')10: DE U.\ lIl.\TERL\., I'RMA, M.lNI TRO, E EFFEITO

33 O Baptismo (1) o primeiro cle todos os Sacramentos, c a


!)orla V0l' onde se entra na Igreja Calholica, e se faz, o que o recebe.
capaz dos mais Sacramento , sem o qual nem-nm dos mais far ncllc o
s u cffeito. Consiste esle Sacnlmento na exlcma (2) abluo do corpo
feita com agoa natural, e com as paJa\T3S, que Cbristo nosso Senhor
instiluio por sua frma. A materia deste Sac.ramento a agoa (3) na-
l'ural, 'ou el mentar, por cuja razo as oulras agoas (lI) artiticiaes no
so materia capaz, para com ellas se fazer o Baptismo. A frma (5) so

(13) C. Placuil ulJi sup. ConsLiL. t:iIJ'ssip. Joc. ciLuL. iEgiLun. d. e. 2. n. 3. ad ea quro
Burh. de Orne. eL poLest. l'a roch. p. 2. e. 18. lJ. 42.
(H) Cap. Ad Apostolicaru. de Sim. c. Omnis, et ib. gloso ,crb. Vucuus de Con~ee.
di L. 1. fucil Trid. se. S, 21. C. 4. Less. Lom. 'J. de Jusl. Iib 2. de Decimis eup. 39. duu. O.
(15) Cap. Siqui Episeopi Si Eece 1. q.1. Trid. sess. 13. tle Sacril'. Miss,e C. 7.
(16) }'ul. d. Irucl. '18. d. unie. punet. 5. n. 9. lEgiu. de Coninch. q. 64. arL. 6. dub.
1, n. 22. LaJm. lib. . Sumo tI'. 1. e. 5. n. 8.
(17) Trident. d. cap. 7. et cun. 11. e. Qui seeleralc de Consce. disto 2. Solo in4. di'L.
12. q.5. arL. 4. coI. 14. Azor. ln tiL. moral. p.1.lib. 10. cap. 3t. Suar. 1001.3. de Sa-
eram. tlisl. 66. scct. 3. vers. Seu qUiCres. Cano dcLocis Theolog./ib 3. coI. 189. ad [lll.
eum equcnlibu .
('18) Cone. Carlagin. 3. canon. 29. reral. in cap. Sacramenla Allaris disL. 1. Va~q.
disp.211. 'uur. d. 68. seet. 3. et seq. D. Tbom. q. 8. urL. 8. Div. Aug. EpisL. H8. e.9.
(19) Cup. Ex parL. de Celcbl'. J\1isslC. Suur. d. 68. seet. 4. D. Thom. Joc. cil.
(1) C. Pronler verso eiendum 32. disL, C. ulL. dc Presb. nou baptizo Abr. dc l'ar.
Iib. 9. c. 2. n. 61. PaI. p. 4. traeL.19. d. unic. punct. 1. 11.1. in. fino
(2) l\Iall,U. ul(. ud Ephes. . PaI. p. 4. truel. '19. d. un. punet. 4. n. 1. Abr. d. C. 2.
ect.1. n. 6~.
(3) Trid. se S. 7. de Baptism. cano 2. C. penult. de Baptism. Joan. c. 3. C. firmiLer. dc
sumo Trillilot. COlle. ]<'Iorcnl. in decl. Eugen. IV. Puluo. ubi sup. punct. 3. II. '1.
(4) D. Tbom. q. 6. arL. 3. Frut. EmmulI. in Sum p. 1. Lroet. de Samam. llupLism.
art. 3. Donae. de Sucranl. d. 2. q. 2. punet. 3. Yjctor. de Baptism. n. 12. Barh. de 011'. el
post. Par. p. 2. C. 1R. n. 43.
(5) MuLlh. e. ult. C. penull. de Baptism. Trid. ubi. sup. cano 4. TexL. in cap. f. de
Baptlsm. CondI. l/Iorent. in decreto Eugcn. Pulo p. 4. trueL. 10. d. unie. PUllct. 1\. n. 1.
DO \.RCEBISPDO D1 BARIA. 1.:J'-)
a paIaHas, ou em Latim: Ego te bapl1'::;o t nomine Palris, et F1'lii, et
SpirilUS Sanet1'; ou em yulgar: Eu le bapt'izo em nome do Padre, e do
Ft77w, e do Esp'ilO Santo. O Ministro o Parocho, (G) a quem de
olicio compete baptizar a seus fregu zes. Porm em caso (7) de nc-
cessidade qualquer pessoa, ainda que seja mulher ou infiel, (8) pdc
validamente adminiSlrar esle Sacramento, com tanto, que n~o falte al-
guma das cousas essenciaes, (9) e tenlJo inteno de fazer, o que l7.
a Igreja Catholica.
3ft. Causa o Sacramento do Bnptismo c[-los mara\'ilbosos, por
que por elle se perdoo todos os (10) reccados, assim original, como
acluaes, ainda que sejo muitos, e mui graves. E' o haptizado adop-
tado (11) em filho de Deos, e feilo herdeiro da Gloria, e do fi ino uo
Cco. Pelo Baptismo professa o baptizado a F (12) Calholica, a qual
se obriga (13) a guardar e pde, e dere a isso sr.r (H) constrangido
pelos Minislros da Igreja. E por este Sacramento de tal maneira FC
abre (15) o Ceo aos baptizados, que se depois do Baptismo i'CCcbido
morrerem, certamente se saho, (1 G) no tendo antes da morte algum
peceado morlal.
35 Qi1anto a llecessidade, e imporlallcia deste Sacramento dere-
mos crer, e saber, que totalmenle necessal'io (11) para a salrao, C
cm lal frma que sem se recehel' n:) realidacle, ou quando no possa
ser na realidade, ao menos (18) no desejo arrependendo-se com Yel'-
dadeira contrio de seus peccados, com proposilO firme de se baptizar
lendo occasio para isso, ninguem se (1.9) pde salvar, conforme o tex-
(G) Text. in c. IntercJieim.16. fi. 1. Bonae. dict. q. 2. punet. 2. ex Laxm. in Theolog.
:MOral. lih. 1. traeL. 2. e. 7. n. 2. Abr. de Pai'. d. e. 2. seet. 3. n. 77. ltIachad. em seu
Perfeito Confessor &e. lib. 3. p. 'L tract. 2. docum. , Hum. 1.
(7) TexL. in c. ln neee silale 21 de Consee disL, 4. e. ConslaL. 19. cad. disl.
cl ibi gloso verbo Saeerd. Abr. de Paroe. ubi sup. n. 79.
(8) C. Romalllls 23. de Conseer. disto !~.
(9) C. l<irmiler de Sumo Trin. e. Ad. limina 30. q. i. D. Tbom. q. 67. art.
3. PaI. p. 4. Lraet. 19. d. unie. punel. 9. n. 1.
(10) C. Regenerante de Conseer. dist. 4. e. Maiores . 1. in fino de Bapl.
CleDl. uno de Sumo Trin. . Ad hoe bapLism. TI'id. Sess. 7. de Saeram. in gen.
cano 6. eL sess. 6. ean. 7. eL sess. 5. in deereL. de Peeealo orig.
(II) Trid. sess. 6. de JustificaI. e. 4. Paul. ap Til. 3. eL ad G-alal. 4.
(12) Trid. sess. 14. de Sacram. Pam. e. 2. tJabr. Ii.. disl. 13. q. 2. art. 1.
verso noto 3. Si mancas de CalhaI. til. 31. n. 'J. PaI. p. 2. traeL. 4.. d. 3. punet. 2.
n. 20. ,ers. At lieeL. Azar Lom.i. 1. 8. e. 9. q. 1.
13) Texl. in e. !\Iaiores 3. de Bapl. lexl. in e. Conlra Chrisliano , de II<:e-
ret. hb. 6. Azar llbi sup. q. 3. Simane. ubi prox. n. 6. Suar. 5. Lom. de Censo d.
21.seel. 2. num. 4. Sancho lib. 2. e.7. n. 3li.
(14) Texl. in diel. e.l\Iaiore . Nunc aul. de Bapl. Simane. d. tiL 31. eL
n. J. Alphons. de Castro I. 1. de JusLa hrorelieor. puniLion. e. 8. Varino de Hro-
res. q. 178. 6. n. 135. 141. eL 142. l1eporl. InquisiL. rerb. Cogeudi. Yer~.
Nune aulem.
(15) C. Per a([uam de Conseer. disto li.. Barb. ad lexl. in cap. Uaiores ele
Bapl. n. 1. Joan. 3.
(16) Coneil. Florenl. indeer. Eug. D. mbros. ad Rom. 11. D. Chryso tom.
Uom. 2l~. ln Joan. Baplisl. GoneL in lUanuali lom. 6. Irael 3. de Bapl. .8. n. 2.
(J7) Joan. 3. 5. Mare. 16. Trid. ses. 6. cap. !~. eLsess. 7. eanon. 5. Ahren
de Par. d. C. 2. eeL. 2. n. 70. Bellarm. lib. 1. de Bapt. e. !~. Ya q. d. 1i'!~. c. 1.
(18) Trid. se S. 6. e. 4. Texl. in C. 3. de Bapt. el e. 2. de Pre b. non bapliz.
D. \ugusL lib. li.. de Dapl. eap. 22. eLlib. 8. de Civil. Dei. D. Bernard. Ep. 77.
ad Rngon. de S. YieLor. Palao p. !~. lracl. 10. d. unie. punet. 8. n. 2.
(19) Joan. 3. Cap. PlaelliL de Consecr. diFl. !~. Cap. Maiores de Bapl. Trid.
sess. 5. deerel. de Peeeal. origino eL se". 7. cano 5. de Daal. el omnes DU.
o 2-1<
CO~STITUlES
lO de Chri to Senhor ~os~o. Por tanto deyem os pais tcr muito cui-
dnll0 cm no dilntarcm o BaJlb mo a seus filhos, porque lhes no suc-
rrdo sahircm desta vida sem Ue, e pcrdercm para sempre a salyao.

F,jl QlE 'IEjIPO POR QUE PESSOAS, E EM Q 'E LCG,\R SE DEVE ADl\l1~JSTRAR o
SlCRAjIE",TO DO Bll'TISjIO .

-l< 36 Como srja muito perigoso dilatar o Baptismo das crianas,


com o qual ])aSSO do estado da clllpa ao da graa, e morrendo sem el-
Ir perdem (1) a salvao, mandamos, conformando-nos com o costu-
me uni 'er al do nosso fieino, qne sejo baptizadas at os (2) oito dias
fi pois de na cidas; e que seu pai, ou mi, ou quem dellas tiyer cuida-
fio, as fa.o haptizaI' ]1aS pias (3) bapLismaes das Parochias, (r onde forem
fl'cguezes: e no o cumprindo assim pagar dez tostes para a fabrica
/la nossa S, e Igreja Parochial. E se em outros oito dias seguintes as
no fizerem baptizar, pa~ar a mesma pena (4) em dobro, e o Parocho
o Cyilara dos Omcios (5) Dirinos aL com eITeito ser a criana bapti-
zada: c persevcrando em sua necrligeneia DOS dar conta para serem
mais gravcmentc (6) castigados. E do mesmo modo se proceder contra
os que no dito tempo no fizerem levar Igreja a criana, quando por
necessidade foi haptizada em asa, para se lhe faberem os (7) exorcismos,
t' se lhe porem os Santos Oleos, excepto o caso (8) de legitimo impe-
flimento.
37 E porque neste Arcebispado pela grande exteno das Fre-
gnczias (pois em algumas l1isto os moradores da sua Parochi:l quinze,
1.inte: e m:lis legoas) se edificar Capellas, s C/uaes se (9) applicar
alguns fr'eguezes, ~ nellas se lhes ac1ministrar os Santos (10) Sacra-
mentos pela difficnlclade que lia em os irem receber propria Parochl.
man~nmos, que nas ditas Capcllas, em que homer allplicados, haja pia
hnptl mal por ser cousa indeccntissima que to Santo Sacramento se
I~o administrc com a c1ecencia, que manda a SaDta Madre Igt'Cja CaLho-
Ilca: r que se guarde o que se dispoem no tit.ulo 19 desle livro.
38 Para que liciLamente se administre o Sacramento do BapLis-

(l) Jan. 3. TexL. in e. Per aquam 9. de. Consee. disto 4.


(2) Suar. tom. 3. de Saeram. q. 7J. d. 3J. scet. 1. verso 3. Cunho ad tcxl.
in cap. Baplizari 3. n. 2. disL. 5. Faeit Trid. scss. 5. in deerel. de Peeeal. orig.
vcrs. Si quis parvuIos.
(3) Clem. unie. de Bapt. cap. Tull us 3. de Paroe. e. Plaeuit 7. q.1. e. Si-
euL. 9. q. 2. e. 1. e. -ullus 7. e. Episeopi. cap. 'on invito 13. q. 1. Barb. de
Ome. t p le L. Par. p. 2. e. t8. n. 7.
('~) Consl. UI)' sip. lib.1. lil. 7. deerel. 3. in prineip. Braehar. tiL 2. eoDS~
tiL. 1. fol. 8. .illgilan. lilJ.l. til. 5. e. 2. in prineip.
(5) Consto lEgilan. ubi pro,imc.
(6) Constil. lyssip. et Braeharcnsis loeis supra eilalis.
{'i) Cap. Anl baptismo e. Po tea 1. ct 2. cum seq. de COflsceral. disL. 4.
tlicl. Con til. LEgitan. d. e. 2.
(8) ConstiL. iEgitan. d. e. 2. n.1. Brachar. d. til. 2. foI. 8.
(Cl) Srr! fine pnejudieiojurium "Paroehial. III etl\ctllr in lil. Erection. ad r;}
qure Cone. Trid. sess. 21. de Ref. cap. !~. Facit Consto ID)'ssip. lib. 3. til. 5. de-
creL. 1. .. 3.
(10) TIoc rnim reIinquilUl' arbitrio Episcopi;ut eum Rebuf.l\Jcnoeh. Rice.
I ncl Barb. ad,dicl. Trid. n. 8.
DO AnCEBISPA.DO DA RillIA.
mo, (excepto o caso de necessidade) <lere ser admini trado pelo pl'O-
Fio (11) J'ul'ocbo, que o legitimo, e n;rdadeiro Mini tI'O delle: e pOI'
tanto prohibimos, que nem-um Sacerdote Secular, ou Retiular, que no
101' o pl'oprio Parocho, baptize cl'iana alguma; o que se no clere n-
tendeI' com os Missionarios, (12) que j leyarcm licena nossa. E Se
algum freguez pOI' justa causa, e ami.sade, ou parellte co quizcl', que
Outl'O Sacerdote Secular lhe haptize a dita criaua, e no o propl'io Pa-
rocho, pedir-lhe-ha licena (13) com a devida humildad', a qual man-
damos (H) llle conceda, e mande daI' os paramentos neccssarios pal'a a
administrao do tal Sacramento no sl'ndo o dito Sacerdote Monge,
(15) nem Frade. E tendo o Parocbo justa causa para negar a tallicell-
,a, nos dar conta, ou ao nosso Provi 01', ou Yigario Geral com a bl'e-
,idade pos il'el, e por escripto, c no entrctanto se no haptize a crian-
a, at no mandarmos, o que for mais senio lle Deos. Porem no 'e
podcndo recorrer com tanta lJreridade, que dentro dos oito dias se po.-
a determinat' a duvida, mandamos, que o haptizado se lio deixe de la-
zer aos oito dias, e que feito se nos d conta, para se procedeI' contm
quem o merccer.
~ 3!) E mandamos ao proprio Parocho esteja (16) presente ao ba-
ptismo, quando este ('01' administrado por outro ,'acenl.ote, I ara r l'
como se faz, e para fazer o (17) assento no livro dos haptizad s. E os
Capel!es, que baptizarem nas Capellas aos applicados a el!as com li-
cena do Parocllo, sero obr;gados a dar-lhe cada mez (18) o 1'01, do'
que baplizl'30, p:l1'a se fazerem os assentos no dito livro, sob pena (10
cinco tostr.s pOl' cada mez, que faltarem: e o mesmo se cntende do
casar10ti (19) ou dcful1tos, se nas ditas Capcnas se recehcl'em. on en-
teITal'em. E as offertas 110 Baptismo n[tO sero paea o Sacerdote, que
baptizaI', mas pal'a o ParocllO, (20) ou pessoa, a qucm conforme (2J)
o costume pel'tellcio. E o Sacerdote secular, que sem a tallicen\u
baptizar, (escrrto o caso cie necessidade) pagar dez cruzados do aljl1-
hei c sendo fieligioso isento se remetlero estas culpas (22) aos seus

(ll) Cap. Inlerr1ieimus 16. q. l. La 'mo in Theolog. Moral. lib. 5. lrae!. 2.


e. 7. n. 2. Abr. de Paroe. lib. 9. e. 2. seeL 3. n. 77. et secL. 7. num. 126. l\Ia-
- ehad. in suo perfeeL. Conr. lib. 3. p. 1. lrae. 2. doeum. 5. n. 1.
(12) Ad ea qure PaI. p. 4. traeL. 19. d. unie. punct. 9. n. 3. verso Pro prLC-
dicli dulJii explicalion. Suar. tom 4. de Relig.1. 9. de soe. c. !L n. 4.
(13) Abr. diet. c. 2 seel. 7. num. 126. Barb. de Ofl'. el Polest. Par. p.2.
c. 18. n. 1. in fino el n. 9. PaI. p. 4. lrael. '19. d. unic. puncL. 9. n. 2.
o,
(I'f) Const. U1yssipon. lib. 1. tiL. 8. decreto 3. 3. Hrach. til. 2. eonsl.
n. 1. fuI. 16. el '17. Lamcc. lib. 1. lil. 4. c. 3. in principio foI. 22.
(15) Ugolin. de amc. Episc. cap. 15. !\\ 6. Dum 7. Laym. in Theolog. i\fo-
r:J1. lib. 5. lrael2. cap. 7. Tambur. de Jure Abbat. 10m 2. d. ~" q. 1.
(16) Constit. Porlucns. lib. 1. lil. 3. consto 3. verso 1. 1'01. 23. el anliqua
r.ouSlil. 3. !\\ 3. U. 3.
(17) Conslil. Porluens. ubi proxim. ad ea qure Barb. de Par. p.1. C. . n.:2.
Paul. Fusc. de YisiL. lib. 2. C. 3. n. 23. Possev. de Orne. eurali e. S. n. 48.
(18) Trid. sess. 2'~. de Rrform. Malri . e. 1. cl ib Barb. n. 162. el 163. et
de Polest. Episc. p. 2. alleg. 32. num. 176. ct d. cap. 7. n. 8. .
(19) Trid. ubi sup. el ibi Barb. D. l:i3. el d. alleg. 32. n. 171.. GulH'r: de
Malrim. cap. 60. n. 9. Naval'. in Manual. e. 6. n. 79. verso 5. Slcphan. Grallan.
(Iiscept. for. . 653. n. 63. cl seq. .
(20) Barb. de OIT. el poleslale Paroch. C. 18. n. 7. Consl. U1yssip. iL l. lil.
8. decr. 3. !\\ '~.
(21) Conslil. lEgilan. Iib. L lil:). r. 3. n. L
(22) TridcDl. ses. 25. dc Rcgul. c;lp. H. el ib Harb. D. '. cl de Polesl. E-
16 CO~STlTUIES

oupcriorcs, como ispoem o Sagl'ndo Concilio Tridentino. E na dita


pClla ue dcz cruzados, e priso incorrera a pessoa, que tiver a seu car-
go a criana, e a fizer baptizar por outro Sacerdote sem licena do
Pm'ocho.
-l<!a0 Quando a criana nasccr em outra Freguezia, .fra do lugar,
em que estiver apropria Pal'ochia, podcr ser baptizada na pia baptis-
mal da Igreja, em cuja Parocbia nascer, (23) e lJelo Parocho della. Por
se evitarem nlguns inconvenientes, mandamos, que constando de certo
e publica noticia, sem preceder inquirio alguma, ser a criana, que
:;e quer ]Japtizal', (2!a) 11lha de Clerigo de Ordens Sacr:ls, ou Beneficia-
<10, se no baptize n:l pia da Igreja, aonde seus p:lis forem Vigarios,
Coadjutol'es, Curas, Capelles, ou freguezes, mas seja baptizada 11a da
Freguezia mais visinha, (no sendo porm a dist:lllcia de m:lis de uma
legoa do lugar, cm que a criana n:lscer) sem pomp:l, nem acompanha-
m 'nto m:lis, que o dos padrinhos. E sendo a distancia maior, que a
sobredita, poder ser baptiz:lda na Igreja d'onde seus pais sao 'egue-
zes, e em tempo que na Igreja no estej:l gente, nem h:lja mais acom-
]"J:lnh:lmento, que o sobredito. E os que no guardarem esta nossa
ConsLitui,o, se for pai da mesma criana, pagar uez cruzados de pe-
na para a S, c Meirinho; e se for o mesmo parocho, lJagar seis cru-
zados applicados na mesma forma.

TITULO XII.
DO ~10DO, COlll QUE SE DEVE AD:lIINISTR..m o S.I.CP..AlIillN'fO no BAPTISMO.

'" !a 1 Mandamos a qualquer Pal'oclJo, ou Sa~erdote, que solemne-


mente houyer de administrar oSacramento uo Baptismo, examine, epu-
riuque sua (1) consciencia: e lavando as mos, yesticlo com sobrepeliz,
e estola rox.a, se (2) informar (no lhe constando) se da sua Paro-
chia, se foi baptizado em casa, por quem, e em que frma, quem ha
ue ser o padrinho, e madrinha, e do nome que La de ter a criana: e
no consentil':1, que se lhe ponha nome de Santo. que no seja (3) ca-
JlOnisado, ou beatificado: e benzer a agoa da pia baptismal na frma,
que dispoem o Ritual (h) 110mano, guardando as mais (5) ceremonias,
que nelle se mando guardar: e usar de estola rox.a (G) at as palayras.:
Cl'edis ?'n Deum e antes de as dizer tomar estola branca, e com ella
continue at o fim; e far o baptismo pOI' immerso, tomando a crian-
,a por debaixo dos braos com as costas yiradas para si; e tendo inten-
o de baptizar, _como manda a Santa Madre Igreja, pronunciando as pa-

IJiscop. <Jleg. 105. num 18. cum seq.


(23) Coo t. U1yssip. lib. 1. lit. 7. decret. 4. io principio.
(24,) Ead. Con t. U1yssipon. loco cito SI L f. 26.
(1) Cap. Siqui EpiscOl~i SI Ecce~. q. L c. Necesse 1. q. 1.Ia)'m. lib.5.
SLlIU. lracl. 1. c. 5. n. 8. lEgad. de Comnch. q. 64. arl. 6. dub.1. n. 22. Palo p. 4.
1.I'act,18. d ..ullic. punc'l. 5. n. 9. Sayr. deSacram. c. 7. q.1. art.1. et 2. Naval'.
c. 22. n. 5.
(2) Abr. de Par. lib. 9. scet. 7. n.10B. eln.100.
(3) Buril. de omc. et Polest. Par. c. 18. n. 20. Gavanl. verbo Baplism. D. 8.
Cone. Pro,". l\Ied ioI. [~. .
(4,) Ritual. Roman. de Baptism.
(5) UI c1iximus supra n. 30.
(6) I il. Rom. de Bapt. lil. de Saeris oleis.
DO ARCEBISPADO DA BARIA. 17
Ja\TU oa forma do Baptismo metler a cl'iana na agoa com a boca
para baixo uma (7) s vez pelo perigo, que pode haver sendo tres as
mmerses.
~ J.2 Porm tendo o Parocho, (8) ou Sacerdote, que houver de
baptizar tal impedimento ou fraqueza, que lio possa sem perigo da
criana tazer o baptismo por immerso, e no homer outro Sacerdote,
que commodamente o possa fazer, ou a criana estiver to debilitada,
e fraca que corra perigo na (9) immerso, ou for to pouca a agoa, que
se no possa fazer o Baptismo nesta frma, nos taes casos se poder
tazer por effuso, dizendo as palavras da frma, e indo juntamente dei-
lando agoa sobre a cabea, rosto, ou corpo da criana em modo de
Cmz, e no sobre os ,estidos: e o Parocho, ou Sacerdote que fizer o
contrario, do que aqui dispomos, pague do aljube dous mil ris para a
fabrica da S, e Meirinho geral. 'em o dito Parocho consinta, que se
celebre o Baptismo antes da Aurora, nem depois das Ave Marias, sob
a mesma pena.

TITULO XIII.
DOS CASO , EM QUE SE PDE ADMlN1STR1R o SACRA!lfil\TO DO BAPTISMO POR AS-
PERSO, Fn,~ DA IGREJA, EM QUALQUER LUGAR, E POR QUALQUER PESSOA.

J.3 Ainda que tenhamos mandado, que o Baptismo se administre


pelo proprio Parocho na Igreja Parochial, e por immerso, nem por is-
so deixa de se poder administrar (1) licitamente fra da Igreja em qual-
quer lugar, (2) e por elfuso, ou (3) asperso, e por qualquer (11-) pes-
soa nos casos de necessidade, e todas as vezes que houver justa, e fU-
cionavel catlsa, que obl'igue a que assim se faa: como so, se alguma
criana ou adulto estiver em perigo, antes de poder receber o Baptis-
mo na Igreja, pde e deve receber fra della, em qualquer lugar, por
efl'uso, ou asperso, e por qualquel' pessoa, l)osto que seja leigo, ou
cxeommungado, (5) herege ou infiel, tendo inteno (6) de baptizar,
'0010 manda a Santa Madre Igreja. E posto que o Baptismo feito por
qualquer das ditas pessoas fica yulioso, concorrendo os mais requisi-
tos de sua essencia, com tudo se deve entre ellas guardar tal ordem,

(7) Cap. de Trina de consccrat. disto 4. Barb. d. c. 18. n.47 et 48. et ad


cap. Propler viLandum eod. tit. et disto
(8) Possev. de omc. Curato C. 6. n. 6. Barb. de OIT. et Potest. Paroch. p. 2.
C. 18. ll. 48.
(9) Dict. capil. Propter, ubi glos. peno de Consecr. disl. 4. D. Thom. 3. p.
q. 66. al'l. 7. ConstiL. Uyssip. lib. 1. tit. 7. dccreL. 6. 1. lEgil. lib.1. til. 5. c.5.
foI. 24. Bracb. til. 2. consL lib. 2. n. 6.
(1) Clementina prmscnH de Baptismo.
(2) DisL. Clementin. de Bapl. PaI. clicL. tracL19. dispo unic:punet. 9. n. 7.
(3) D. Thom. 3. p. q. 66. art. 7. C. Propt. ubi glos. penul. de. Consec.
di t. 4.
(4) C. ConsLaL. 19. C. Mulier 20. C. ln necessitate 21. cap. Quicumque 22.
de Con ecr. disto [~. Rationcm assignat. Abr. de PaT. I. 9. C. 2. secl. 3 n. 79. in
fine.
(5) Text. in C. Roman. 23. C. HmaeLicus cap. Aquoclam Judmo de Consecr.
dist. [~.
(6) D. Thom. q. 67. art. 3. PaI. p. 4. tracL19. cI. unic.punct. 9. n. 1. Vasq.
cI. 174. C. 1. elo 2.
18 CONSTlT IES
(7) que estando presente o Parocho, que for Sacerdote, esle prCl' :1
todos, e logo o Sacerdole simples, e em sua falta o Diacono prefira ao
Subdiacono, o Clerigo ao leigo, o homem mulbel', o liel ao fiel. O
que se entende, sabendo (8) os sobreditos fazer o Baptismo, porque c
no sonberem, aquelle o far, que bem o saiba fazer. ,
/,1l Por que muitas "ezes acontece perigal'em as mulberes ele par-
to, e oulro-sim perigarem as crianas, anles de acaharem de sahir do
rentre de suas mis, mandamos as parteiras, (9) que apparecendo aca-
bea, ou outra alguma parte da criana, posto que seja mo, ou p, ou
dedo, quando tal perigo hOU\'el" a baptizem na parte, que apparccer, c
cm tal caso, ainda que ahi esteja homem, deYe por honestidade bapti-
zar (10) a parteira, ou ontra mulher, que bem o saiba fazer.
/,5 Tambem acontecendo, que alguma mulher prenhe fhllea (1 t)
ue parlo, ou de outl'a causa, sem ler sahido do ventre a cl'iana, ou al-
guma parte della, devem as pessoas da casa da defunta, ha\'endo certe-
za deJla ser morta, e probabilidade da criana estar viva, procurar, que
por auctoridade da Justia se abra a mi com muito resgual'do, para
que no malem a criana, e sendo achada ,iva a baptizem logo pOI' ef-
fuso, ou asperso.
~ la6 Se nascer alguma criana monstruosa, e no tiver fl'ma llU-
mana, no ser baptizada sem DOS (_ 2) consultarem. E tendo rrma
de homem, ou mulher ainda que com grandes defeitos no corpo, a de-
vem (13) baptizar estando em perigo, como ordinariamenle esto, as
que nascem deste modo. Porm se representar duas pessoas com uuas
cabeas e dous peitos (listinctos, cada uma ser baptizada per (H) si,
salvo (15) se o perigo da morte n:1o der a isso lugar; porque ento po-
dem, e devem ser baptizadas ambas juntas, dizendo a {rma em nume-
ro plural, e lanando a agua juntament.e em ambas as caheas. E nes-
tes casos e em outros, em que o Baptismo se fizer fra da Igreja,
mandamos aos pais, e pessoas, que tem a seu cargo os baptizados, soo
pena de dous mil reis para a fabrica da S, e Meirinho Ceral, qne logo
no mesmo dia podendo ser, ou no seguinte o fao (16) a saber aos
Parochos, para fazerem as diligencias necessal'ias, e saberem o mouo,
e por quem foi baptizada a criana.

TITULO XIV.
DO BAPTIS~10 DOS ADULTOS, E DlsPoslIo QtE DEYE~I TER, PARA SE LFfES fU-
\'ER DE CONFERIR.

la7 Posto que nos meninos se nol'equeira disposio (1) alguma,


() PaI. diset. puneL 9. n. 9. D. Thom. ubi supro arL 4. Suar. d. 23. seel. 2.
et u. RI. seet. !~. Vasq. d. 147. e. 5. d. 2. q. 2. punet. 5. n. 11.
(8) PaI. ubisup. Vasq. ubi sup.
(9) Ritual. Rom. til. de Baptizand. parvul. Palo dieL d, uno punet. 6. n. I.
(10) R\tuaI. Rom. til. de Ministr. Baptismi.
(11) Palao 4. p. lraet.19. d. unie. punel. 6. n. 2. et Suar. JEgid Bon. ci La-
ym. ab co eilati.
(12) Abr. de Par.lib. 9. e. 2. seel. 4. num. 88.
(13) PaI. diet. d. uniea pune. 6. n. 4. Abreu diet. num. 88.
(l~) Faeit Abreu ubi supra.
(15) ral. diet. d. unie. puneL 9. n. 15. verso Nunquam.
(16) Ad ea qml? Abr. dieta cap. 2. scet. 7. n, 107. eL 108.
(I) Cap. Parvuli 74. de Consee. disto 4. Trid, sess. 6, ean. 3. PaI. p.l~. traet.
DO ARCEBISPADO DA BARIA, 19
I ara que yalia, e licitamente se lhes administre o Baptismo, porque
ehri to, e a Tgreja supl'e a vontaue, e inteno, que lhes falta; com tu-
do para se hav r de administrar aos adultos, que tem j uso de razo,
<lercm 'lIes ter ao menos inteno (2) habitual de receber o Baptismo,
f'star instruidos (3) na F, c ter contrio, (J,) ou aLtrio dos peccados
da yjcla passada. Por tanto, conformando-nos com o que dispoem os
sagrados Canones, mandamos a cada um dos Parochos do nosso Arce-
hispado, no administrem o Sacramento do Baptismo aos adultos, sem
C/ue primeiro ex.aminem o animo, com que o pedem, e sem que os 1ns-
truo na F, e lhes en inem ao menos o Credo, ou Artigos da F, o
Padre nosso, Ase Maria, e Mandamentos da Lei de Deos; e lhes ensi-
nem como no smente devem crer os mysterios da F Catholica, e
confessaI-os com a boca, mas juntamente ter inteno de receber o ba-
ptismo e dor, e 31Tependimento elos peccados da vida passada com
proposito de emenda: e lhes declarem como pelo lavatorio do Baptis-
mo se lara, (5) e alimpa a alma do peccado ol'iginal, e tambem dos ac-
tuaes, que commeLtro antes do Baptismo, e como deixao de ser (6) fi-
lhos ela ira, e passo a scr herdeiros da Gloria, e cJe escravos do demo-
nio, !le fazem Jilhos adoptivos (7) de Deos .
.48 E estando assim instruidos (8) sero baptisados por effuso,
lIeitando-se-lhe agoa sobre a cabea, rosto, e corpo, e no sobre o ves-
tido. Porm se antes de serem instruidos, e catequisados, acontecer
que chcguem a perigo (9) de morte, podero logo ser baptizados, en-
sinando-os (10) que creio na Santissima Trindade, Padre, Filho, e
Espirito Santo, tl'es Pessoas clislinctas, e um s Deos yerdadeiro, em
cujo nome se ho de baptizar; que o Filho de Deos se fez Homem, e
padeceo, e moneo na Cruz por salvar os homens; que confessem, e
crcio no menos implicitamente tudo o que cl', confessa, e ensina a
Santa Madre Igreja Calholica; e que tenho elOI', (11) e arrependimen-
to das culpas da "illa passada, com proposito de viver (12) conforme
a Lci d no~so Senhor Jesus Christo .
.49 E s nem para csta instruco assim abreyiada der lugar ane-
ccs idade, logo os baptizar qualquer pessoa, que presente se achar,
pcdindo elles o Baptismo POI' si, ou por interprete, (no sabendo a
Bossa lingoa) com allimo conhecido de serem Christos. E os adultos,

19. el. unic. puncl 7. u. 1. rl D. Thom. ab eo cilat.


(2) C. Maiores Si Item qureritur ele Bapl. PaI. loe. eiL 11, 2. Suar. el. 24. seet.
1. Bonae. el. 2. q. 2. p. 6. n. 18.
(3) C. Anlebaplismum, et seq. ele Conseer. elist. 4. c, Jllaeuil10. q. 1. Trid.
soss. u. de Justifie. MaUh. uU. Mare. 11.
('~) C. 2. e. Omnis eum seq rle Conseer. elisl. !~. Actor 2. Concil. Trid. sess.
(j. ean. G. D. 'l'lIom. p. 3. q. 86. arl. l~. 'asq. el. 168. c. 4.
(5) Barbos. aellext. in e. Maiores 3. ele Bapt. 11.7. et 8. el ado Cone. Trid.
se s. 6. cap. 6. et cano 10. eum seq. D. Ihom. 3. p. q. 69. arl. 1. ubi LEgirl.de
Conine. Cardos. in Vrax. "crb. Baplismum. n. 2'~.
(6) Paul. ad. Til. 3. et ad GaIat. 4. cap. Pcr aquam 9. de Consecral, dis. 4.
(I) Trid. ses. G. ele Juslifical. c. 4.
(8) Ezechiel. 36. Barb. oe omc. etpolest. Par p. 2. e. 18. n. 48. verbo Dhi
subdit.
(9) C. de Calhecumcnis 11>. cap. si qui necessilat. cap. Yenerabilis ele Con-
seC.1'. d is!. 4.
(10) PaI. dict. tract. 19. d. unica puncl. 7. n. 1. 2. 34.
(11) Actor. 2. Irid. sess. 6. cano 6. D. Ihom. 3. p. q. 86. arl. 4.
(h!) PaI dict. pllnct. 7. n. 2. verso Non enim.
20 CO~STITUIES
que forem faltos de juizo, (13) ou furiosos, no sejo Ilapliz:1do . al-
vo o fOI'em de nascimento, porque destes se deye fazer o me mo ju~zo
que dos meninos, e se devem baptizar na F da Igreja. E se os dItos
adultos liyerem rlilucidos internl1os, se baptizem em quanto (H) esti-
verem em seu juizo, tendo elles vontade de receber o Baptismo. E se
antes (15) de cabirem no furol' tivessem mostrado desejo, e vontade de
receber este Sacramento, e houver perigo de morte, sejo baptizados,
ainda que, quando se lhe houver de administrar o Baptismo, no estc-
jo em seu perfeito juizo.
50 E para maior segurana dos Rlptismos dos escravos bruto,
e buaes, e de lingoa no sabida, como so os (rUe yem da Mina, e mni-
tos tambem de Angola, se far o seguinte. Depois de terem alguma luz
da nossa (iogoa, ou hayendo interpretes, serYir a instruco dos mys-
terios, (16) que j adverLimos "ai lanada 110 terceil'o livro num. 579.
E s se faro de mais aos SOl)I'editos buaes as pergunta, que se ~e
guem:
Queres (17) lavar a tua alma com agoa santa?
Qneres comer o sal de Deos ?
Botas fra de tua alma LOllos os Leus peccados ?
No bas de fazer mais peccados ?
Queres ser filho de Deos ?
Botas fra da tua alma o demonio ?
51 E pOI' que tem succedido morrerem alguns destes buaes cm
constar da sua yontade, se querem ser baptizados, no primeiro tempo,
em que se lhes puderem fazer as perguntas sobreditas, ou por inter\?re-
tes, ou na nossa lingoa, se t1"ercm alguma luz deHa, importa muiLo pa-
ra a salvao das suas almas, que se lhe fao: porque ento no caso
da morte, como j tem constado, ainda que seja muito tempo ante, do
seu animo (18) e vontade, seguramente se podem baptizar stlb conditio-
ne, ou tambem absolutamente conforme o conceito, que at ento sc fi-
zer de sua apacidade.
52 Mandamos a Lodos nossos subclitos, que se sel'"cm de cap Li-
vos infieis, trabalhem muito, porque se converto (19) nossa ~anta
F Catbolica e recebo o Sacramento do Baptismo, "indo no conheci-
mento dos erros, em que vivem, e e tado de perdio, em que ando,
e que pal'a esse feito os mandem muitas vezes a pessoas doutas e \'l'-

(13) Ritual. Rom. til. ele Bapt. alluHorum, verbo Amenles.


('14.) Ritual. Rom. ubi sup. verso seel si elilueide.
(15) Suar. d. 21~. scct. 1. Bonac d. 2. q. 2. p. 6. n. 18. J"aym. lib. 5. Sumo
lract. 2. e. 6. q. 2. concI. 1.
(16) Ad ea qual Mallh. uU. :Marc. c.1I. PaI. dict. puncl. i. n. 3. Yers. Se-
cunda dispositio. Sancho lib. 2. in Decalog. C. 3. in fino n. 2!1.. Rit. Uom. liL de
Baptism. aelultol'. Calech. Rom. lil. ele BapL. foI. 198.
(17) Ael ea qUal Aclorllm. 2. Paul. ado Til. 3. 5. et ad GalaL 4. Ezcchcl
3 . 25. Texl. in. cap. Ante bapLismum. C. AnLe urgen. cap. Catcchi mi. C. 1 00
liceat de Consecl'. di L l~. Trid. sess. 6. de JlIsLificat. C. 6.ll1anc. in Ps. 50. verso
!I. n. 22. Na,;ar. in Man. C. 1. a n. 38. PaI. ubi prox. cl. n. 3. ct. 4.
(18) Text. in c. Maiores 3. de BapLism. Suar. d. 2'~. scct. 1. Bonacin. el.
2. q. 2. puncL G. Dum. 18. Laym. lib. 5. Sumo trae. 2. C. 6. q. 2. concl. L JE-
".iel. ele Coninch. q. 64. arLic. 8. clllb. 5. PaI. el. tract. 19. el. unie. puncL 7. n. 2.
(19) PaI. p. 1. tract. 4. d. 1. punct \'l. n. 2. Consl. Brach. tiL. 2. con t. 7.
11. 3. r. 22. lEgifan. lib. 1. tit. 5. c'. 6. n. 3. f. 25.
no ARCEBISPADO DA BAlIIA. 21
luosas, que lbes declarem o eITO, em que vivem, e ensinem, o que
necessario (20) para sua salvao.
53 E sendo os taes escravos filhos de infieis, que no passem de
idade de sete annos, ou que lhes nascerem depois de estarem em poder
de seus senhores, mandamos sejo baptizados, ainda que os (21) pais
o contradigo; por quanto ainda queeOs filhos dos infieis no devem
ser baptizados sem licena dos pais, antes de chell;al'em a uso de razo,
ou idade, em que peo o Baptismo, (excepto (22) naquelle caso, em
que s a mi o contradiz, e o pai consente, ou que consente a mi, e
smente o contl'adiz o pai) com tudo s ha lugar o sobredito, quando
os pais so livres, (23) e no cativos. E passaudo de sete anDOS, man-
damos aos senbores os (2A) apartem da conversao dos pais, para qne
mais facilmente posso converter-se, e pedil' o Baptismo: e depois de
serem Christos tero os senhores grande cuidado de os apartarem (25)
dos pais infieis, para que os no perverto, e de lhes mandar ensina L'
tudo, o que necessario para serem bons Cbristos.
5.& Mandamos aos Vigarios, e Curas, que com grande cuidado se
informem dos escravos, e escravas, que em suas Freguezias houver, e
achanrlo que no sabem (26) o Padre Nosso, Avf. Maria, Credo, Man-
damentos da Lei de Deos, e da Santa Madre Igreja, sendo elles capazes
de aprenderem tudo isto, procedo (27) contra seus senhores, para
que os (28) ensinem, ou fao (29) ensinar a Santa Doutrina, e os
mandem (30) Igreja a aprendel-a ao tempo, que a ensinarem, e em
quanto, a no souberem, lhes no administrem o Sacramento do Bap-
t.ismo, (31) nem outro (32) algum, sendo j baptizados.

(20) Argum. lext. in e. Duo 3. q. 4. Paul. 1. ad Timot. 5. Abr.lib. 8. secl.


5. n. 393. Naval'. in Manual. e. 14. 21.
(21) D. Thom. 2. 2. q. 10. arl. 12. Suar. ibid. d. 25. sect. 3. eoncI. 1.
Vasq. d. 155. e. n. 10. .iEgid. de Conineh. q. 68. arl. 10. dub. unie. cone!. 2.
n.69.
(22) Texl. in cap. Judal 28. q. 1. lexl. in e. Ex literis de Converso eonj ll-
gat. Laym. d. I. 5. Sumo trael. 2. e. 6. q. 5. verso 3. PaI. d. punet. 6. n. 11.
Bonae. d. 2. q. 2. }Junet. 6. vers:3. Vasq. d. 155. e. 3. n. 35. Suar. d. 25, seel.
3. verso Duo. S verbo Baptismus n.11.
(23) Suar. d. 25. seet. 4. cone!. 2. .iEgid. de Conineh. q. 68. art. 10. dub.
unie. n. 86. Vasq. d. 155. e. 4. perlotum: PaI. d. pUDel. 6. n. 18. JJaym. lib. 5.
Sumo tracl. 2. e. 6. q. 5. verso 'Porro ead. assertio. Bonae. d. 2. q. 2. punel. 6. II.
12. in fine.
(2(~) Dian. tom. 1. lract. 1. l'efoI. 89. SI 1. Bonae. d. punet. 6. n. 12. PaI.
d. punel. 6. n. 28.
(25) Paludan. in4. dist. ".. q. 4. Azar lom.1. lib. 8. e. 25. q. 3. Palaodiet.
punet. 6. num. 11. prope medium.
(26) Texl. in C. Plaeuit 10 q. te. Anle baptismum de Consec. dist. 4. Consl.
UJyssip.lib. 1 til. 7. deer. 6. SI 2. et tit. 2. deer. 'I. ~ 1. JEgitan. lib. 1. til. 5. c.
6. foI. 24. .
(27) PaI. p. 1. trael. (~. d. 1. punet. 11. n. 3. Faeit Trident. sess. 21j.. de R -
formo e. 4. verso Et si opus sit.
(28) Matlh. ult. Marc. 11. PaI. diet. punct. 11. n.2. et p. H. tract. 18.
punet. 7. n. 3. Benei Eeonom. Chrisl dise. 2. n. 60. foI. 51.
(29) Benei ubi proxim. n. 69. et SI 2. 11. 72.
(30) Abr. ljb. 7. e. 2 n. 16. el'diximus num. 6.
. (31) Cap. Non liceal. de Consecr. dist. (~. e. Plaeuit 1q. q. 1. e. Anle bap-
LJsmum e. Caleehismi eod. til. el disl. Trid. sess. 6. de J astlfie. e. 6.
(32) Conslil. .iEo-it.I. 1. lil. 2. e. 3 UJyssip. lib. 1. lil. H. decr. 8. 1. Abr.
de Inst. Par. lib. 7. g. 1. n. 12. Azor p. 1. lib. 8. c. 7. q. 5.
3
22 CO -STlTUIES
. 55 Porm porque a experiencia nos tem mostrauo, que entre os
mui los escravos, que ha neste Arcebispado, so muitos denes to bua-
c~, (33) e mucs, que pondo seus senhores a diligencia possivel em os
ensinar, calla "ez parece, que sabem menos, compadecendo-nos de sua
rusticidade, e miseria, damos licena aos Vigarios e Curas, para que
constamlo-Ihes a diligencia dos senhores em os ensinar e rudeza (31)
dos escravos em aprender, de maneira que s~ entendfl, que ainda que
o ensincm mais, no podero apI'ender, lhes posso administrar os
Sacramentos do Baptismo, Penitencia, Extremauno, c Matrimonio,
(35) c3tequizando-os primeiro nos mysterios da J< , nas disposies
l36) ncccssarias pam os receber, e ohrigaes em que flco: de manei-
ra, que de suas respostas se alcance, que consentem, (37) tem conhe-
cimento, e tudo o mais que suppoem de necessidade os ditos Sacra-
mentos.
. 56 E sejo advertidos os 'igarios, e Curas, que desta licena
lJo tomem occasio para administrarem os Sacramentos aos escra,'os
(38) com facilidade, pois se lhes no d, seno quando constar, que
precedeo muita diligencia da parle dos senhores, e pela grande rudeza
dos escravos no hastou, (39) nem bastar provavelmente a que ao di-
ante fizerem, antes procedo com atteno examinando-os primeiro
(40) e ensinal1do-os, a ycr se podem aproveitar, porque no dem mo-
tivo aos senhores a se descuidarem da obrigaO, (/,1) que tem de en-
sin:H' a seus escravos, a qual cumprem to mal, que raramente se acha
algum, que ponha a deligeneia que deve: errando tambem no modo de
ensinar, porque no ensino a Doutrina pOI' j'lartes, e com vagar, comO'
necessario a gente (42) rude, seno pOI' junto, e com muita (43)
pressa.
57 E no que respeita aos escravos, que "ierem de Guin, Ango-
la, Costa da Mina, ou outra qualquer parte em idade de mais de sete
(33) Benei dicto disco 2. ~ 1. n. 65. et. ~ 2 n. 78.
(3[~) Abl'. dict. C. 1. n. 6.11.1.2. D.Thom. 22. q. 25. art. o. Tolet. 1. IJ,. c. 2.
!l. 8. Azor diet.lib. 8. c. 8. q. 6.
(3:5) l\faLlh. cap. uIL.lVlare. C. 11. Sancho lib. 2. Decalog. e. 3. in. fine n. 2~.
PaI. p. 4. dict. !rac. '19. d. unic. puncl. 7. n. 3. Facit. Consto Brach. til. 2. Cons-
til. 7. n. 1. et.2.
(36) PaI. p. .1-. tract. 18. d. unica punct. 12 num. 4. usq. ado 8. et punct.
13. per tolum.
(37) Text. in e. Maiores 3. vers. Ilem qUalritnr de l3aptism. Text. in cap.
Cum })1'0 parrolis de Consee. disto 4. D. Thom. q. 68. art. 7. Suar. d. 14. sect.
2. conc!. 1lEgid. de Conioch. q. 6~,. art. 8. dub. 5. n. 98. et seq. Laym. lib. 5.
:um. Irael.1. cap. 6. n. 4l3onac. d.1. q. 6. punct.2. nom. 3. PaI. dicl.p. 4. dispo
es. punct. 12. n. [~. et pllnct. 13. ct tract. 19. ponet. 7.
(38) Ad ea qUal PaI. d. tract. 18. punct. 14. n. 1. et 2. Sol. in 4. dist. 12. p.
1. arl. 6. Henriq. lib. 1. de Sacram. cap. 30. n. 6. Suar. 3. p. d. 18. sect. 2.
cone!. 1. Bonae. d. 1. de Sacram. q. 6. puncl. 4. in fine.
(39) d ca qUal Trid. sess. 5. de Heform. e. 2. ibi, pro sua, et eorum capa-
citatc. Abr. lib. 7. e. 1. n. 6. et J2.
(1.0) Trid. ubi prox. ct sess. 22. de Sacrifico Miss. G. 8. sess. 23. de Ref. c.
1. cl ses. 24. de Rer. e. 7. Abr. lib. 2. e. 5. per tot. et diximus sub n. 6. at 7.
([~1) PuI. 1. ad Tim. 5. Text. in e. Duo sunt 3. q. 4. Fagund. in [~. De-
caI. priCcept. C. 14. n. 2. Naval'. in Manual. C. 14. n. 2J. Banci disco 2. ~ 1. n.
62. usque ad num. 71.
(42) Ahr. d. e. 5. n. 38. S verbo Parochus 2. Benei disco 2. ~ 2.
n. 7 .
(43) Bellci. di "c. 2. ~ 1. n. 70 at 71.
no ARCEBISPADO DA BARIA.
annos, ainda que no passem de doze, declaramos, que no poJem el"
baptizados sem darem para isso seu consentimento, (H) saho (115)
quando forem to buaes, que conste no tcrem entendimento, nem
uso de razo porque no constando isto, a idade de sete annos pa!'a
cima tcm por si a presumpo de ter juizo, quem chega a ena, e por
esta razo os Sagrados (/'6) Canones tem ordenado, que depois de se-
te annos ninguem seja baptizado sem dar para isso seu proprio con5en-
timento.

TITULO XV.
DOS CASOS, EM QUE O BAPTTS)IO SE PDE FAZER CONDIClONAL1fENTE.

58 Como o Baptismo deve ser um s em cada sugeito, e por uem-


uma razo se possa reiterar, (1) por tanto, para se havei' de repetir,
ou aflministrar sub conditione, deve primeiro preceder (2) informao,
se o Baptismo se fez validamente, ou se ha racionavel duvida de SLla
validade. Pelo que mandamos aos Parochos, que quando por necessi-
dade se fizer o Baptismo fra da Igreja, logo no mesmo dia, ou tanto
que tiverem noticia delJe, deligentemente se informem da pessoa, que
fez o Baptismo, e das mais que presentes estivero, se se fez validamell-
te, e confol'me o que temos dito no titnlo 13, e constando, quc est va-
lidamente feito no se tornar a baptizar a criana, ou adulto, nem ain-
da condicionalmente; mas achando que houve falta essencial, c que o
Baptismo no foi nlioso, o tornaro (3) a fazer logo, se a criana, ou
adulto esti,er em perigo, ou aos oito dias na Igreja, como fica dito.
59 E havendo raciona,el duvida da Yalidade (h.) do Baptismo c
far de nOTO, dizendo as palavras da frma condicionalment.e (5) pcla
maneira seguinte: Si non es bapti~atus, veZ baptizata, Ego te bapti~o
in nomine Patris, et Fili1', et Sp'itus Sancti. Amen. A qual frma c
guardar assim no Baptismo solemne, como no particular, sendo a du-
vida publica, porm quando for occulta, ou o Baptismo se fizer sccrc-
tamente (6) bastar ter esta condio smente na inteno. E no tcn-
(lo os Parochos a dita noticia, seno quando as crianas, ou adultos o

([~4) Text. in e. Maiores de Baptism. Suar. d. 24. scel. 1. PaI. p. r,.. tra I..
19. punct. 7. n. 2. LaJ'm.lib. 5. Sumo trael. 2. e. 6. q. 2. eol. 1-
(45) Ritual. Rom. til. de Baptism. adullorum verso Amentes. Rit. Roman.
til. de Bapl. foI. 199.
(46) Cap. Maiores 3. Item qureritur de Eaptismo.
(1) Paui. ad Ephef. 4. n. 5. e. Non lieet107. de Cseer. disl. li.. Tl'id. sess.
7. de Sael'um. in genel. ean 9. e. fin. de Baptism. cap. "cnicos de PresbJ'l. llOIl
baptizo Pal.4. p.traet.1S. d. unica punct. 11. n. 3.et4. Abr. lib. 9. seet. 7. e. ~.
n. 109.
(2) Abr. elicl. seet. 7. n.108 Aluys. Rice. in deeis. Curj,c Arehicpise. l'iCllJlOI.
p.1. dceis. 127. num. 7. Barb. de fi". et Potcsl. Par. c. 18. n. 42.
(3) Cap. Veniens de Presbyt. non baptizato. Abr. lib. 9. seel. 7. e. 2. n. lOS.
et 109.
(4) Cap. Si nuna eum seq. de Consecr. disl. 4. Abr. d. n. 109. Ledesm. in
Sumo l?' 1. ubi ele Baptism. C. 5. S verbo Baptismus n. 3.
(5) Tcxt. in e. De quiJ). 2. de Baptismo, ct ibi Barbos. n. 1. el. 2. e. Pal'-
vulos itO de Consceral. disto l~. Abr. diet. n. 109. et 111. cum seq. Henl'iq.
Sumo lib. 2. cap. 31. 2. lIIasehard. de Probo coneI. 163.. n .. 6. et7.
(6) Abr. d. n. 109. Rit. Roman. tituI. de Forma Baptlsml.
24 CONSTITUIES
levados 3 Igreja para lhes fazerem os exorcismos, e prem os Santos
Oleos, ento faro a mesma (7) diligencia, para saberem se o Baptismo
foi validamente feito.
60 Mandamos outro-sim, que as crianas, que se acharem engei-
latias nesta Cidade, e Arcebispatlo, sejo condicionalmente (8) baptiza-
uas, posto que com ellas se achem escritos, em que se declare, que fo~
TO baptizadas, porque se no sabe de certo, se a tal criana foi valida-
mente baptizada; salvo sendo os (9) escritos de Parochos, ou de outros
Sacerdotes conllccidos, ou de pessoa fidedigna, ou por outra via cons-
te legitimamente (10) com certeza moral, quP foro recta, e validamen-
te l>aptizadas. Tambem mandamos se baptizem' condicionalmente (11)
as crianas, a que em casa se baptizou um membro, ou parte do corpo,
por no terem sahido perfeitamente do ventre: o que no ter lugar,
4uanrlo a parte, p-m que foi baptizada, foi cabea, (12) porque neste
caso foi valido o Baptismo sem duvida.
61 E porque os escravos, e outras pessoas, que costumo vir de .
terras de infieis, pde acontecer, que venlJo das ditas terras sem se-
rem baptizados, 0\1 que estejo cm duvida se o foro, ou no, manda-
mos se faa muita deligencia por averiguar a verdade. E se no constar
IJe seu Baptismo com certeza moral, (13) e bastante, os Parochos n05
clem conta, ou a nosso Provisor, declarando, que certeza, prova ou
presumpes ha para se haverem, ou no por baptizados, para que se
lhes ordene, o que devem fazer. E no dando o perigo lugar a dilatar-se
o Baptismo at se fazer esta diligencia, os Parochos, ou qualquer ou-
tra pessoa, que souber fazer o Baptismo, os baptize (H) condiciOl'lal-
mente depois de instruidos na F, quanto o aperto do tempo der lugar,
guardando-se o que dissemos no titulo U. num . .&8. usque ad num.
5 j . Mas constando, que os sobreditos so filhos de Christos, (15) e
se criaro entre Christos, e foro tidos, e havidos por esses, no de-

(7) Abr. dict. fect. 7. n.108. Consl. UIyssip. Iib. 1. tiL. 7 decr. 7. ~ 4. in fino
Conslit. LEgitan. lib. 1. til. ti. c.8. n. 1. fo\. 27.
(8) Cap. 2. de Baplism. c. Pal'vulos 90. c. Placuil9L de Consecr. disl. 4.
Abr. loco cil. n. 110. llarbos. de Offic. et Polesl. Paroch. p. 2. C. 18. n. 42. verso
Baplismi.
(9) Cap. Placuit 91 de Consec. disl. 4. c. Sinulla ed. disto Abr. d. n.110.
in fino Conslit. U1yssip. lib. 1. Lil. 7. decl'. 7. ~ 1-
(tO) Texl. in dicl. cap. VIacuit de Consecr. disl. 4. Consto Ulyssipon. ubi
proxim. LEgilan. lib. 1. Lil. ti. C. 8. n. 2.
(11) Rilua\. Rom. lil. de Baptism. parvu\. verso Nemo. Abr. dicl. secl. 7.
\11. 113. Sylv. verbo Baptism. 4. n. 2. f

. .(t2) D. Th?m. in.4. disl: 6. arl. 1. Constil. Lamecens. lib. 1. tiL. 4. cap. 4-.
Si 1. 111 fine. LEgllal1. Ilb. 1. LIl. ti. C. 8. n. 3. l)ortuens. lih. 1. til. 3. ConsLil. 7.
verso 4. fo\. 32. .
(13) Ad Texl. in cap. Pnvulos. de Consec. disto 4. C. Placuit ead. causo et
qu. PaI. dict. p. [~. Iruct. 19. d. unic. pune.l. 13. n. 8. verso Terlius caso Constit.
Ulyssip. lib. 1. Lil. 7. decreto 7. ~ 2. foI. 31.
(14) Cnsl. U1yssip. ubi parox. et decrct. 6. SI 2. LEgitan lib. 1. Lit. 5. C. 8.
num.4.
(15) Cap. ult. in fin. de Presbyt. non baplizulo, et ibi Barb. n. 1. et 6. et
a.d l~xt. in C. De quib. n. 5. de Baptism. Suar. d. 22. sect. 2. in fine . .1Egid. de
t:omIlch. q. 66. art. 9. PaI. p.4. \ract. 19. d. unic. punct. 13. num. 8. verso
Secus.
DO ARCEBISPADO DA BARIA. 25
vcm, nem ainda con(licionalmente, ser outra vez baptizados, salvo se
constaI' que o no foro pOI' claras, (16), e evidentissimas provas.

TITULO XVI.
QUE OS PAROCHOS ENSINEM A SEUS FREGUEZES, C01\10 HO DE BAPTIZAR EIII C.\~
SO DE NECESSIDADE, PARTICUL.~Ri'tIEN'rE AS PARTEIRAS.

62 Jmporta muito que todas as pessoas saibo administrar oSan-


to Sacl'ameuto do Baptismo, para que 11o acontea morrer alguma cri-
ana, ou adulto sem elle, por se no saber a frma. Por tanto manda-
mos aos Vigarios, Curas, Coadjutol'es, e Capelles deste nosso Arce-
bispado, sob pena de se lhes dar em culpa nas visitas, que nas estaes
ensinem (1) Ji'equentemente a seus freguezes como ho de baptizar em
caso de necessidade; e as palavras da forma em Latim, e em Portuguez,
especialmente s (2) parteiras, as quaes examinaro exactamente, e
achando que algumas no sabem fazer o Baptismo, (3) se forem par-
teiras por officio, as evitaro da Igreja, e Officios Divinos, at com ef-
feito a saberem. E nas visitas inquiriro os nossos Visitadores, se se
cumpre esta ConstituiO, procedendo contra os eulpados, como lhes
pal'ecer justia.

TITULO XVII.
D;\ DILIGENCIA, COM QUE SE DEVE ADlIIINISTRAR o BAPTISMO, E PENAS, QUE
HAVERO os PAROCHOS, CLERlGOS, E OUTRAS PESSOAS NEGLIGENTES.

't< 63 Mandamos aos Parochos do nosso Arcebispado, sejo muito


diligentes na administrao do Baptismo, e que sendo chamados para
o administrar, (1) se no escusem. E acontecendo sem Baptismo fal-
Jecer alguma criana, ou adnlto por culpa do Pal'ocho, ser prezo no
:Jljube pelo tempo, que parecer, e incorrer em pena de suspens'o do
Omeio, (2) e Beneficio por tempo de dous annos, e nas mais que a sua
ulpa merecer. E o Sacerdote, ou Clerigo de Ordens Sacras, que no
caso de necessidade no for baptizar, sendo chamado, ou tendo outra
lloticia, que o obrigue a acudl', acontecendo fallecer a criana, ou a-
dulto por sua culpa sem Baptismo, encorrer em pena de suspenso
('16) I.aym. lib. 5. Sumo lract. 2. C. 5. circa finem. Barb. ad dicl. text. in c.
Ycnicns 3. n. 6. et ultimo Jacob. CaslelJan. in tract. de Canonizat. Sanct. q. 4.
art. 2. n. 6. cilalus per Barb. ubi proime.
(1) Abr. lib. 9. sect. 7. C. 2. n. 106. Const. .lEgilan. lib. 1. til. 5. c. 9. foI.
28. Porlucns. lib. 1. tilul. 3. consto 8.
(2) Navar. in Manual. cap. 22. n. 7. Vivald. in Candcl. til. de Baplism. n..
!i3. Abr. rliel. n. 106. S verbo Baptism. n. 12.
(3) Facit. Gav. verbo Baplismus n. 26. Abr. loco eilat. adilla verba, Si 00-
luerint obcdire admoneat Episcopum, ut provideat. Const JEgitan. lib. 1. til. 5.
const. 9. Porluens. lib. 1. tit. 3. eonsl. 8. foI. 33.
(1) CaputQuicumque 22. de Conseerat <listo 4. Abr. lib. 2. C. 7. n. 58. eum
.eq. Joan. Sancho in Select. dispo 4'1. n.11. Barb. de Paroe. p. 2. c.. 17. n. t.
(2) Cap. Quicumque ut sup. Ugolin. de omc. Episc. cap. 15. SI, 12. n. 14.
~arb. de Ome. et polest. Par. p. 2. C. 17. n. 43. verso Nam si sine Baptism. Cons-
tIl. UJyssip. lib. 1. til. 7. deeret. 9. ~ 1.
26 CONSTITUIES
~3) a nosso arbitrio, e nas mais penas, que DOS parecei'. E contra os
Clerigos de Ordens Menores, (li) ou pessoas leigas, que encorrerem na
mesma culpa, se proceder com penas arbitrarias, como parecer justi-
a. E nossos Visitadores tero particular cuidado de perguntar pelo
sobredito nas ,'isitas.

TITULO XVIII.
DE QUANTOS, E QUAES DEVEM SER os PA.DRINHOS DO BAPT1SlllO, E DO PARENTE -
CO ESPIR1TUAL, QUE CONTRAmm.

6It. Conformando-nos com a disposio do Santo Concilio Triden-


tino, (1) mandamos, que no Baptismo no haja mais que um s padri-
nho, e uma s madrinha, e que se no admitto juntamente ilous padri-
nhos, e duas machinhas; os quaes padrinhos sero nomeados pelo pai,
(2) ou mi, ou pessoa, a Cl~O cargo estiver a criana; e sendo adulto,
os que elle escolher. E mandamos aos Pal'ochos no tomem outros
padl'inlws s!3no aquelles, que os sobreditos nomearem, e escolherem
sendo pessoas j bapt.izadas, e o padrinho no ser menor de quatorze
(3) anDos, e a madrinha de doze, salvo de especialliceua nossa. E
no podero ser padrinhos (I.) o pai, ou mi do baptizado, nem tam-
hem os infieis, hereges, ou publicos excommungados, os interdictos, os
surdos, ou mudos, e os que ignoro os principios de nossa Santa F
nem Frade, Freira, Conego Regl'ante, ou outro gLlaJquel' Religioso pro-
fesso de Religio approvada, (excepto o das Ordens Milares) por si,
nem por procurador.
65 Mandamos outro-sim, que o padrinho, ou madrinha nomea-
dos toquem (5) a criana, OH a recel)o ao tempo, que o Sacerdote a
tira da pia baptismal feito j o Baptismo, e que o Sacerdote, que bapti-
zar, declare (6) aos ditos padrinhos, como fico sendo fiadores para
com Deos pela perseverana do baptizado na F, e como por serem
seus pais espirituaes, tem obrigao de lhes ensinar a Doutrina Chl'is-
t, e bons costumes. Tambem lhes declare o pal'enfesco espiritual, que
(3) Consto U1yssip. ubi proxime. LEgitau. li]). 1. tiL. . e. 10. POI'Lucus.
Jib. 1. tit. 3. eoustit. 9. verso 1.
(4) Conslitutiones supradic,tre loeis eitatis.
(1) Trident. sess. 2~.. de Reform. e. 2. et ibi Barb. n. 2. DD. ad text. iiI
cap. Nou pl~lres de Conseer. disto 4. Barbos. de Orne. et poLest. Paroe. p. 2. e.
18. n. 22. .
(2) Palo p. l~. traet. 19. d. unie. punet. 11. Si 2. n. 7. Saneb. lib. 7. de i\JIa-
trim. d. 7. n. 12. verso Ergo. Barb. de Orne. et potesl. Paroe. p. 2. e. 18. n.
21. Bonae. de Matl'im. q. 3. punet. . 2. n. 27. Possev. de orne. eurat. e. 6.
D. 43.
(3) CondI. :Mediol. . Gavant. verbo Baplism. n. 18. Anchar. in O. dcci-
mum. n. 7. de Baptismo. Barb. de Offic. et Potest. Par. d. e. 18. u. 28. Possev.
de Offie. Curat. e. 6. n. 29. Naval'. COI1S. 2. iu Nov. tit. de Cognat. spirituali
(4) C:ap. Non licet. 1. c. Mooachi de Csec. disto !~. C. Perveu. 18. q. 2. FI'.
Emm. qurest..Reg. tom. q. 58. art. 3. Possevin. de Offie. Curali cap. 6. n. 27.
verso Secundo Tambur. de Jur. Abbat. tom. 2. d. [~. q. 2.
() C. Venieos de Cognat. spiriLuaI. e. fin. eod. tit. ln 6. Trid. SCS5. 2r~. de
Rer. c. 2. Sauch. lib. 7. de :Matrim. d. 56. n. 3. Basil. Ponce lib. 7. de MaLrim.
cap. 39. n. 9.
(6) D. Tbom. p. 3. q. 67. art. 4. in cOI'pore. Barb. deOme. ct PosteL Par.
p. 2. C. 18. n. 36.
DO ARCEBISPADO DA. BARIA. 27
contraLil'o, do qual nasce impedimento, que no s impede, mas diri-
me o Matrimonio: o qual parentesco conforme a disposio do Sagra-
do (7) Concilio Tridentino, se contrahe smente entre os padrinhos, e
o baptizado, e seu pai, e mii e entre o que baptiza, e o baptizado, e
sen pai, e mlii e o no contrahem os padrinhos entre si, nem o que
baptiza com elles, nem se estende a outra alguma pessoa alem das so-
breditas.
66 Couformando-nos com a opinio mais commum dos Douto-
res, declaramos, que quando a]guem padrinho em nome de outrem,
e toca como seu p 'ocurador, no contrahe l)arentesco seno aquelle,
(8) em cujo nome toca. E quando o Baptismo se faz por necessidade
em casa, se contra1Je parentesco (9) espiritual entre o que baptiza, e o
haptizado, e seu pai, e mi, mas neste caso se no contrahe algum im-
pedimento (10) com os padrinhos, ainda que os hajai nem to bem se
contrabe com os padrinhos, que assistem quando depois se fazem (11)
os exol'cismos, e pem os Santos O]eos na Igreja.
"" 67 E declaramos que em caso de necessidade, quando no hou-
ver outra pessoa, que saiba fazer o Baptismo, poder baptizar o pai, ou
a mi (12) da criana, porque ento no nasce o dito parentesco espi-
ritual, e se podem um ao outro pedir o debito. Porm no sendo C3-
zados legitimamente o pai, e mi, qualquer que fizer o Baptismo, ain-
da mesmo em extrema necessidade, ficar compadre, ou (13) comadre
do outro, e contl'3hindo impedimento dirimente. E o Parocho, ou Sa-
cerdote que no guardar o disposto nesta Constitlo cerca dos pa-
drinhos e madrinhas, incorra na pena de seis mil ris para o Meirinho,
e despezas.

TITULO XIX.
D.\ PIA BAPTISMAL, QUE DEVE HVER EM TODAS AS IGREJAS CURADAS, E COMO
DEVE ESTAR GUARDADA, E os SANTOS OLEOSo

-l< 68 Ontenamos, que em todas as Igrejas Parocbiaes, e Capellas


que tiverem applicados, a quem se administrem os Sacramentos, haja
(1) pias baplismaes de pedra bem laHada, e com capacidade de nellas
se administrar o Baptismo (2) por immerso; e que estejo bem veda-
das, (3) e limpas, em lugar decente, e com grades roda fechadas com
(i) Cone. Trid. scsS. 2/i.. de Rer. Matrim. e.. 2. e. Non plures de Conseer.
disto !~. eap. Parvul. cad. disto c. Ql1amvis de Cognat.. spit. lib. 6.
(8) Pal. p. !~. Iraelo 19. d. unica punet. 11. SI 2. n. 16. Sancho 1Egid. BasiI.
Pane. Rebcllus, Naval'. Frane. Lco, Riee. Calet. Barb. ab eod. eilali.
(9) Saneh. de i'IIalrim. Ilb. 7. d. 62. n. 14. et 15. PaI. 10m. 4. Lraet. 19. d.
unie. punet. 11. SI 2. n. 12. Gavant verbo BapLismus '11. 15.
(10) Sol. in 4. dist. 42. q. 1. art. 2. Saneh. Ilb. 7. d. 62. n. 14. Gaspar.
Hurlad. d. 18. de lHaLrim. difficult. 6. PaI. IDe. eilalo n. 12.
(11) TridcnL. sess. 24.. deReform.l\'IaLrlm. e. 2.
(12) Cap. Ad limina. 30. q. 1. cap. Super quibus 30. qurest. 1.
(13) Cap. 1. ele Cogoat. spirilualilib.6. e. Pcrvenil30. qurest. 1.
(1) Clem. unie. de Baptism. e. Omnis de Consee. disto 4. Barh. de ome. et
Polest. Par. e. 18. n. 38. PaI. d. tract. 19. d. nnle. punet. 12. n.16.
. .(2) Cup. de Trina 80. de Conseer. dist. 4. Ritual. Rom. tit. de Forma Bap-
l1sml. Barb. diet. C. 18. n. 47. Sylvest. verbo Baptismus 5. n. 2.
(3) Coneil. Mediol. 4. Gavant. verbo Baptism. n. 32. Barb. dict. c. 18. n. 38.
28 CONSTITUIES
chave, (4) se a Capclla o permittir, com cobertura com que se tapem,
e fechem; e que dentro das pias haja alguma inveno artificial rara se
destapar, e tapar o sumidouro da agoa, e no ficara dentro agoa de um
dia para o outro, mas tanto que se administl'ar o Baptismo, no se ha-
vendo de baptizar no mesmo dia outra criana, se destapar logo o su-
midouro para a agoa levar juntamente as reliquias, e panos com que se
alimpro os Santos Oleos. E no usem, nem consinto que se use da
dita agoa para as pias de agoa benta, sob pena de serem gravemente
castigados.
69 E os Santos Oleos assim dos meninos, cQmo dos enfermos
e catechumenos estaro em seus vasos (5) distinctos, decentes, e lim-
pos com suas lettras, por d'onde se conheo, para que no suceeda
algum erro de tomar um por outro, os quaes vasos, quando no POSSO
ser de prata, sejo ao menos (6) de estanho, e se guardarO em um al-
mario (7) fechado deputado srnente para elles, o qual podendo ser es-
tar jlmto pia baptismal: e quando ficar separado, no podero ser tra-
zidos para se fazer o Baptismo seno pelo Parocho, (8) ou ontro Sacer-
dote, e no por pessoa seculal'. E nossos Visitadores se informaro de
todas estas cousas, e castigaro a negligencia, que ncllas acharem, co-
mo lhes parecer.

TITULO XX.
COMO EM CADA IGREJA HA DE HAVER LIVRO, EM QUE SE ESCREYo os ASSEi'iTOS
DOS BAPTIZADOS: E COMO SE HA DE EVITAR o DAMNO DE l'ODERElIl SER
FALSIFICADOS: E QUE DOS DITOS ASSENTOS SE NO DEVEM PASSAR
CERTIDES SElII LICENA.

~ 70 Para que cm todo o tempo possa constar do parentesco espi-


ritual, que se contrahe no Sacramento do Baptismo, e da idade dos ba-
ptizados, ordena o Sagrado Concilio (1) Trideutino, que em um livro se
escrevo seus nomes, e de seus pais, e mis, e dos padrinhos. Pclo
que conformando-nos com a sua uisposiO, mandamos que em cada
Igreja do n.osso Arcebispado haja um livro encadernado feito custa da
fabrica da Igreja, ou de quem direito for, o qual livro ser numerado, c
assignado no alto de cada folha por nosso Provisor, Vigario Geral, (2)
ou 'isitadores, e na primeira folha se declarar a Igreja d'onde , e. I

(4) Gavant. loco cil. n. 3l~. Barb. d. C. 18. n. 38.


(5) Gavant. verbo Olea sacra num. 16. Constit. Ulyssip. lib. 1. tiL 13. de-
cret. 2. ~ 1. foI. 117. lEgitan. lib. 1. til. 11. C. 5. Portuens. lib. 1. til. 3. COD t.
11. verso 1.
(6) Conc. Provo Mediolan. 4. Gav. verbo Olea sacra n. 4. Consl. U1yssipon.
lib.1. til. 7. decrel. 9. ~ 3. ct til. 13. decr. 2. 1\\ 1. foI. 117. Portuensis loco ci-
tato rol. 36.
(7) Gav. dict. verbo Olea sacra n. 22. verso Claves oleor. Const. U1yssip.
loco citaI. n. 3. foI. 109. Portuens. ubi supra.
(8) Conc. Provinc. Mediol. 2. Gav. verbo Olea sacra n. 6. Ed. Conslt.
lyssip. loco cilato.
(1) Trid. sess. 24. de ReformaI. Matrim. cap. 2. Barb. de Paroch. C. 7. n.
2. Possev. dcOffic. Curati C. 6. n. H. Gavant. in Manual. verbo Baptismus n. 2!~.
Paul. Fusc. de Visit. lib. 2. C. 3. n. 23.
(2) Consto lEgitan. lib. 1. til. 5. c. 13. in princip. Constit. U1yssipon. Jib.
1. til. 7. decret. 8. in princ.
no ARCEBISPADO DA BAHU.
para o que ha de servir; e na ultima se far termo por quem o num -
rar, em que se dec)aI'e as folhas que tem, e estar sempre fechado na
arca, ou caixes da Igreja debaixo de chave, (3) e os assentos dos bap-
tisados se escrevero na frma (.4) seguinte; -
Aos tantos de tal mez, e de tal anno baptizei, ou baptizon
de minha licena o Pad'fe N. nesta, ou em t'll Igreja, a 1 ". fi-
lho de N. e de sua mttlher N. e lhe puz os Santos Oleos: fa-
ro padrinhos N. e N. casados, viuvos, ou soltei1'os, (reg1le~e
de tal Ig1'eja, e moradores em tal parte.
E ao p de cada assento se assignar o Parocho, ou Sacerdote, que fi-
zer o Baptismo, de seu signal (5) costumado: e este termo faI' logo
antes de sahir da Igreja sob pena de mil ris por cada falta, escrevendo
tudo ao comprido, e no por breves nem pOI' conta, e leUras (6) de al-
garismo sob a mesma pena para a fabrica, e Meirinho. Mas se o Sacer-
dote, que baptizar, no fOI' o pl'orrio Parocho, ou seu Cura, ou Subsl i-
tuto, nao far o assento do Baptismo, porm fal-o-ha o proprio (7) Pa-
rocho no mesmo dia, declarando, que neHe baptizou . de lal pal'te
de licena do Ordinario, ou sua; e se os padrinhos forcm solteiros, d -
claral' os nomcs dos pais.
71 E quando a criana for baptizada em outra Igreja fl'a da Paro-
chia, nos casos atl'az declarados, ser obrigado o Pal'ocho, cm cuja
Igreja for baptizada, a fazer este termo (8) no livro da sua Igreja; o
proprio Parocho (9) dos pais dacl'iana far declarao no li\'l'o dosba-
ptizados da sua Igreja, em que diga:
N. filho de N. e de N. de tal parte (oi baptizado em tal Ig1'e-
ja p01' N. Pa1'oc1w della, ou por N. Sacerdote de sua licena
aos tantos dias de tal mez, e de tal armo, como constaT (10 I
do lim'o dos baptizados da Ig1'eja, em que (ai bapt1zado. E
assignar-se-ha.
72 E se alguma criana pOl' necessidade for baplizada fra daIgrc-
ja, quando depois a levarem a ella, pUl'a se lhe fazel'em os exorcismos,
e pl'em os Santos Oleos, antes rle sahil' da Igreja, far o PaI'ocbo ter-
mo na dila frma declal'anuo nelle (11) quem foi a pessoa que bapti-
zou, e o nome da criana, e de seu pai, c mai, mas no os uos padl'i-

(3) ConsL. Braeh. til. 2. ConsL. 8. n. 3. Porluens. Jib. 1. til. 3. ConsL. 12.
in fine prine. 1'01. 36.
('I) Ad ea qUi.'C Barb. de Ome. el rolest. Par. p. 'I. e. 7. n. 2. Consto l'orlu-
cns. Jib. 1. tiL 3. Const. 12.
(5) Consto lEgitan. Jib. 1. lit. 5. e. 13. n. 1. Porluens. lib. 1. til. 3. Consl.
12. verso 2. foI. 37.
(6l Faeit. text. in Authent. de Testam. impub. SI No omnia eollal. 8.
(7) Con liL Pl1rluens. lib. 1. til. 3. ConsliL 12. verso 3.1'01. 37.
(8) Conslit. Porluensis ubi sup. verso 4,. ffi:gitan. Jib.1. til:. 5. cap. 13. n. :l.
foI. 33.
(9) Ex qua non 1]L proba tio ad ea, qure Gregor. deei .359. n. 5. Bcltarm. ln
AnnoL ad deeis. 359. ejusd. numeri. Conslit. lEgilan. llbi proxime.
(!O) Quia solum ex Allesl<ltionc Paroehi baplizanlis vcl sueec5soris eum
Iranseriptione partitre de verbo ad vcrbum, sieut jaeet, tit probalio. Barb. de 01'-
Jie. et PolesL. Paroeh. p. 1. e. 72. n. 21.
(ll) Barb. de Ome. ct Potest. Paroeh. n. 2. Consto .iEgilan. lib. 1. til. 5.
l'~p. 13. n. 3. foI. 33.
COXSTITUIES
Ilhos. (cm C:Jso que os houvesse) por quanto neste caso (12) se nM
('ontf:J1Je com elles parentesco espiritnal, como temos dito no titulo
18. num. 66 .
... 73 E quando o baptizado no for haviuo de legitimo matrimonio,
lamhem se declarar no mesmo assento do livro o nome de seus pais
:' for cousa notoria, (13) e sabida, e no houver escandalo; porm ha-
rendo escandalo em se declarar o nome do pai, s se declarar o nome
da mi se tambem no houver escandalo, nem perigo de o haver. E
llal'endo algum engeilado, (U) que se llaja de baptizar, a que se no
:;aiba pai, ou mi, tamhem se far no assento a dita declarao, e do
lugar, e dia, e por quem foi achado. E o Paroeho, ou quem tiver em
.eu poder o dito livro, no o dar (15) nem tirar da Igreja, nem
mostrar a pessoa alguma sem nossa licena, ou de quem nosso poder
til'er e fazendo o contrario ser castigado com penas pecuniarias, e
{jc priso arbitrariamente .
... 7.'" E constando que o Parocho pOI' si, ou por outrem fez algum
termo falso em parte, ou em todo, ou que accrescentou, mudou, ou
por outro qualqner modo falsificou os venladeiros, ou tirou, rasgou,
IJU accrescentou alguma folha ou parte della, incorra em excommll-
llho (16) maior ipso facto, e havel' as mais penas jmpostas nesta (17)
Constituio e pOI' direito (18) aos falsarios. E achando-se no dito
liYfo alguma falsidade, ou faltando folha, se lhe imputar o delicto, e
..er castigado, como se eIle o commettessc. Tambem lhe prohibimos
(J 9) que no d certidO alguma do dito livro sem nossa licena por-
e cripto, ou de nosso Provisor, ou Viga.l'io Geral, e fazendo o contra-
rio pagar pela pl'imea vez dez cruzados, e pela segunda, e mais ve-
ze se lin-ar ordinariamente, e ser castigado gravemente com as mais.
pena , que nos parecer.
~ 5 E pelas certides, que com a dita licena passar, no levar
(20) dinbeiro, nem outra c.onsa, e lhe encarregamos, que as passe sem
Ililaiio. E havendo costume (21) de levar alguma cousa pelas ditas
t'ertides, o 11ao repro 'amos, com tanto, que no exceda o valei' de
um3 pataca; nem poder tambem levar busca (22) dos ditos livros, nem
pedir cousa alguma pelos assentos, ~ue nelles fizer. E acabado de en-
(12) Trid. sess. 21-. de Reform. C. 2. Solo in 4. disto 42. q. 1. art. 2. San-
ch. de Malrim. lib. 7. d. 62. n. 14. PaI. p. 4. tract. 19. punet. 11. 2. n. 12.
(.;avanl. verb. Baplismos n. 15.
(13) Coosl. U1yssipon. lib. 1. liL. 7. deerel. 8. ~ 1.
(lI~) Uilual. Rom. til. de Form. scrib. Conslil. Porluens. dieta COllsl. 12.
,ers. G. fuI. 37.
(15) Earb. de Orne. el poleslal. Faroe. p. 1. C. 7. n. 19. verso Qoaloor ma-
Il'ieoli seu libris. Constit. Iyssip. lib.1. til. 7. deeret. 8. S) 3. ~gilan. lib. 1.
til. '.e. 13. n. 6.
(16) Coo lil. Ulyissp. lib. 1. til. 7. deerel. 8. S) 3. Portuensis lib. 1. til. 3.
ton l. 12. verso 7. foI. 38.
(li) Lib. 5. Lil.12. n. 933.
(IS) Texl. in e. Ad audientiam de Crimin. fals. cap. Ad falsariorum eod. IiI.
Salzcd. in Prax. cap. 117. n. 2. Clar. lib. 5. S) Falsum n. 19. C. Si quis Epis-
copo disto 50. Consl. U1yssip. lib. 5. lil. 7. deer. 1. in prineip.
(19) Consl. Ulysipon. lib. 1. til. 7. deeret. 8. S) 2. Portuens. lib. 1. til. 3.
Consl. 12. vers. S. lEgilan. lih. L til. 5. C. 13. n. 7. foI. 33.
(20) Barb. de Orne. el polesl. Paroe. p. 1. e. 7. n. 20.
(21) Barb. ibid. n. 19.
(22) Constil. Ulyssip. lib. 1. til. 7. deerel. 8. ~ 2. foI. 33.
DO ARCEBISPA.DO DA BARIA. 31
cher o dito livro, o manrlar o Pal'ocho entregar ao nosso Vigario Ge-
raI, (o qual ser obrigado a mandal-o mettm' logo no Cartorio da nos-
sa (23) eamara -rcbiepiscopal) e cohrar delle (24) recibo, no qual e
declare como fica meuido no dito Cartorio, e o dito recibo se ajuntar
no principio uo livro, que de novo houver de servir, para que a todo o
tempo conste; e o Pal'ocho, que assim o no cumpril', ser castigado
com as penas, que parecer.

TITULO XXI.
DO SA.CRAMENTO DA. CONFIRMAO, DE SUA MATERlA, FlHIA, ~ll 'ISTIt , E
EFFEITOS, E DA IDADE DOS QUE o RECEBml.

76 O segundo Sacramento da Santa Madre Igreja o da Confir-


mao, (1) que Christo Senhor nosso instituio, para que por meio df'!-
le se fortalecessem na sua graa, e F os j baptizarlos. A matel'ia ,2)
deste Sacramento o Sauto Chrisma, composto do oleo de oliveira. e
balsamo, tudo bento pelo Bispo. A frma (3) so as palavras, que o
Bispo diz, quando com este oleo bento unge na testa aos q~.ecooGrmJ,
fazendo o signal da Cruz, dizendo: Signo te etc. O Ministro 01'-
dinario deste Sacramento s o Bispo, e pOl'que s ene pde er
ex.cede este Sacramento, e o da Ordem a todos os mais Sacramentos.
Os (5) efi'eitos proprios deste Sacramento, alem do caracter, que im-
prime, so augmentar na graa, e roborar na F aos que o recebem.
E posto que no haja preceito (6) grave de receber este Sacramento,
com tudo, deixar de o receber, podendo, culpa, (7) e os queponle-
preso o no recebem, pecco (8) mortalmente.
77 Ordenamos, que quem houver de receber o Sacramento da
Confirmao ten]la ao menos sete annos (9) de idade, salvo (10) antes
deBes houver perigo de morte, ou por alguma justa causa nos pareceI'

(23) Gavant. verbo Baptismus n. 25. Cone. Provincial. Mediol. 1.


(2!~)COllstit. Portuens. lib. f. til. 4. eonstil. 12. verso 10.
(I) Cone. Trid. sess. 7. cnn. 1. de Confirmo Coneil. Floreul. ill deerel. Eug.
de Sae.ram. Confirma!. ad finem. VaI. p. 4. traet. 20. d. unica pune!. 1. n. 1. et2.
(2) Coneil. Flor. sup. ad Armen. PaI. loe. citaI. punel. 2. n. 1.
(3) D. Thom. q. 72. art. !~. diet. I;on,eil. Florcnt. Suar. d. 33. seet. 5. Hen-
riq. lib. 2. e. 2. Laym. lib. 5. Sumo trael. 3. e. 3. n. 8.
(!~) Cap. Omnes Fideles 1. e. Ut Episeopi 7. cap. De homine 9. de C ecl'.
disl. 5. e. Vresbyteros de Cseer. disto 4. e. uanto de Consuelud. Trid. sess. 2:-1.
de Rer. e. 4. Diximus ordinarium, quia ex delega!. solius l)ontifieis simplex S,I-
cerdos polest esse minisler hujus Saeramenli, cap. Pervenit 95. disto
(5) Palao die!. d. unie. punet. 6.
(6) D. 'Ibom. q. 72. ar!. 8. ad 4. et in 4. disto 7. q. 1. art. 1. q. 2. Abh. iu
e. Quanto n. !~. de Con uet. Suar. d. 38. seeL 1. verso Quoeirea. Laym. lib. o,
SU!J'!. tl'ael. 3. C. 5.q.4.
(7) Seilieet venial. Suar. q. 72. art. 8. d. 38. seet. 1. eirca fino lEgid. dub.
unie. eoncl. 3.
(8) PaI. diet. dis!. unie. punet. 8. n. 6. Suar. d. 38. sect. 1. lEgid. de 0-
nineh. q. 72. art. 8. dobo unic. eonel. 2. Abr. lib. 9.0.139. in fine.
(9) ilvest. verbo Confirmalio num. 4. Paludan. n 4. dist. 7. q. li, n.
10. Solo ibi art. 8. Suar. d. 3.'5. seet. 2. coI. 2. Bonae. de Saeram. q. unie. puo t.
4. n. 5. Barb. de Potest. Epise. aBeg. 30. n. 17. ,
(10) PaI. diel. punet. 8. n. 5. versie. Aliquando, eum Suar, JEgld. layOl.
quos citaI, el sequilur.
COXSTITUIES
que :lIltes do septennio o deve recebei'; e que sejn oosso (11) Dioce a-
liO, e no de outro Bispado, salvo (12) se tiver para isso licenn do seu
Dispo; que saiba (13) a Doutl'ina Chrisl, ao menos o Credo, ou Arti-
go da F, o Padre nosso, Ave l\fnria, e Mandamentos da Lei de Deos.
O que for de maior idade, capaz de peccado mOI'tal, deve primeiro con-
f s r-se, (U) ou ao menos ter a devida dor, (15) e arrcpendimento
ue seus pcccndos porque recebendo este Sacramento cm peccado mor-
lal pecca (16) gravemcnte. Trar (17) uma fiLa larga, e limpa dc linho
para se alimpar o Santo Oleo, e no sahil':1 da Igreja (18) nt o Bispo
dar a beno no lim do Chrisma. E ncm-um excommungado, (19) in-
terdicto, ou ligado de algum grave peccado, se intromeller a receber
este Sacl'amenlo. .
-l< 78 Quem tiver duvida se foi chl'ismado, ou no, a conferir com
seu pai, ou mi ou pessoas, que tivcrem razo de o sabei" e procUl'a-
r tambem do Parocho se consLa (le algum livl'o: e quando com esta
diligencia ainda cxistir a duvida, se dar (20) conta ao Bispo, para que,
se lhc pal'ccel" lhe administre o Sacramento condicionalmente, porque
Se lJo pdc dar, nem recebei' scm peccado, mais que UllJa (21) s
yez. Quem o rcceber pde mudar (22) o nome, que se lhe poz no
J3aptismo, ainda qne seja de Santo. E para que todos os nossos sub-
dilos saibo como se devcm pt'epara/' para este Sacramento, e que so
ol)l'igados a I'ccehel-o, mandamos aos Parochos do nosso A.rcebispado
sol) pena de mil ris por cada falta, que tanto, que tiverem recado nos-
"o, que Ns, ou outro Bispo de nossa licena ,'ai c1tl'ismar s slIas
]"Tcjas, lhes IC1o esta Constituio, e as mais que pertencem a este
'acramento em um Domingo, ou dia Santo estao da Missa, decla-
ranJo o dia em que se ha ele administrar. E porque nossos snbditos

(11) ConciI. Provo Mediol. [~. Barb. alleg. 30. num. U. PaI. diet. d. unie.
llUnet. 9. num. 7. Abr. 1ib. 9. num. 134-.
(12) An suffieiat lieentia, sive voll1ntas pl'resumpla propr. Episeop. vid. PaJ.
dieL punel. 9.n. 7.
(13) Conslil. myssp. lib. 1. tt 8. decrelo 3. SI 1. lJ:tmeeens. lib. 1. tiL. !l. c.
2. JEgilan. lib. 1. lil. 6. cap. 2. Pontifical. Rom. 1. p. til. de Confirmando verso
'ullus 3.
(14) Salubre eon silium csl, non ver prreeeptllm. Sic DD. ad texlo in cap.
Ut Jejnni deCollfec. disto 5. Div. Thom. Ueceptus ab omnib. q. 72. allo 7.
(15) PaI. dicL. d. uie. punel. 6. n. 1. et traeL.18. d. unie. punct. 13.n. 3. D.
Thom. in 4. disl. G. ql1resl. 1. art. ~. Suar. d. 7. seet. lj.. verso Oeeurrebat. \ asq. 3.
p. d. 158. c.lj,. Donae. d.1. q. 6. punel. 2. num. 10. el sequenti. Laym. lib. 5.
Sumo trael. 1. C. G. n. 3. et 5.
(iIi) D. Aug. lib. 1). de Baptism. e. 3. el. in fs. 77. Henriq. lib.1. e. 22. n.
!'l. Vasq. 3. p. d. H8. cap. [lo. Abr. I. 9. n. 138. Conslit. Braeh. til. 3. eonsl. 1. n.
1. foI. 27. Portuens. lib. 1. til. '~. eunstit. 2. vers. 1. prope finem.
(li) Cap. Ut .1ejuni de Con ceI'. dist. 5. Ponlir. Rom. sup. verso Proinde.
l~arb. de Polesl.. Episeop. p. 2. alleg. 30. num. 24. Consli[. Iyssip. Ilb. 1. til. 8.
dceret. 3. ~ 2.
(18) Pontif. Rom. ubi proxime. .
(19) Gav. verb. Confirmatio nnm. 16. Constil. 1yssip.lib. 1. lil. 8. deer t.
3. SI 1. .
(20) CnnstiL Portucns lilJ. to til. '~. Gonstil. 2. ver. 3. lEgitan. lib. 1. til. G.
c. 2. n. I. foI. 35.
(21) Cap. Dietum. e. De homilie. de Cseer. disl. 5. Trid. sess. 7. cano 9.
de Saeram. in genele. PaI. p. 1.. trael. 20. d. uuie. punel. 6. n.3.
(22) Gav. de verbo Coufirmatio u. 13. Conslit. U1yssip.1ib. 1. tiL. 8. decr.1.
in princip. 1Egil. lib. 1. lil. 6. C. 2. n. 2.
DO ARCEBISPADO DA. BARIA. 33
no podem r cebCl' este Sacramcnto da mo de outro Bispo, sem licen-
a nossa, por csta ConsLitnio (23) a damos a todos, os que sc acha-
rem fra dcstc Al'cebispado, sem ser cl1l'ismados, para o poderem re-
ecJjer de qualquer Catbolico Bispo, que fra delle o administrar.

TITULO XXII.
DO. ['ADRl '!:lOS, QUE !:lA DE HAVER i'\0 CHRISMA, E DAS PESSOAS, QUE o !'i.o
PODE~l SER, E COMO E DEYE~I FAZER OS ASSENTOS DOS CHRISliADOS.

79 Neste Sacramento Ja Confirmao havel' um s padrinho,


(1) ou uma sl madrinha, e por honestidade (2) no sero admittidos
os homens por padrinhos das mulheres, nem as mulheres por madri-
nhas dos homens. Os padrinhos tero ao menos quatorze (3) anuos
de idade, e as madrinhas doze, e no s devem ser baptizados, (h) mas
lambem chrismados (5). Ho de saber a ])ouLrina (6) Chl'isl, para
llue a ensinem aos al1ll1ados. No sejo admittidos por padrinhos da
Chrisma os que o foro no (7) Baptismo, nem pai, (8) ou midoschris-
mados, nem o marido (9) da mulher, ou a mulher do marido, nem
li'rade, (10) ou Freira, nem qualquer outro Religioso professo de Re-
ligio approvada, (excepto os Cavalleiros, e Freires das Ordens Milita-
res) nem os (11) excommungados, interdiclos, ou ligados com delictos
mais ~I'aYes, ncm os mudos, (12) surdos, e desasisados.
80 E nem-uma pessoa poder apresentar mais que um, ou dous
(13) afilhatlosem cada uma vez, que se administrai' o Chrismu; salvo se

, (23) Argum. tcxL in cap. InLerdicimus 16. q. 1. Const. Braeh. til. 3. Cons-
tiL 1. n. 2.fo1. 27.
(1) Cap. Non plures de Conseer. disl. q.. c. ln Catechismi 100. eod. til. et
disl. c. ulL. de Cognal. spirituaIi lib. 6. Fal. p. 4. tl'ael.20. d. unic. puncl. 10. II.
2. posL meuium.
(2) Font,ir. Roman. sup. verso Infanles. Conslil. U1yssipon. lib. 1. til. 8.
decr. 4. in fiueprincip. foI. 38. Lameeens. lib. 1. til. 5. ConsLit. 2. \li 1. in fine
101. 33. iEgitan. lib. 1. Lil. 7. e. 3. in principio.
(3) CousLL. U1 ssipon. lib. 1. tiL. 8. decr. q.. in princip. ConsLit. J<ameeens.
lib. 1. til. 15. cap. 2. foI. 32.
('}) Texl. in e. Yenicns 10. de Baptismo, eL ibi Barb. n. 2.
Ui) Cap. ln Baptismate '102. de Conscel'. c1isl. [~. c. 2. de CognaL. spirilual.
Ilenriq. lib. 3. Cilp. 3. n. 3. ToleL. lilJ. 2. e. 2'1. lJal. p. [~. traet. 20. puncl. 10.
llum.2. .
(fi) Gav. verbo Confirmalio n. 21. PaI. d. n. 2.
(7) Cap. ln Catechism. de Conseer. dist. q.. Zambran. de Casib. in artie.
morlis e. 2. dub. 6. n. 1. Heuriq. Iib. 3.e. 3. n. 3. Barb. de PolesL. Episc. 2. p.
alleg. 30. u. 5J. Laym. lib. 5. Sumo lracl. 3. e. 7.
(8) S Ircst. verh. Confirmalio uum. Ij. in fino poulir. Rom. sup. vers. 'uI-
lu' 3.
(:J) Cap. in Cat chismo de ConseCl'. d, !~.
(10) Cap. Flacuil. e. ~on licel de ConseCl'. dist. 4. e. Pervenil. 18. q. 2.
Gal'. verbo Conl'mal. nllm. 5. Pa]ao dieto punel. 10. n. 2. verso Deinde.
(11) Cunslil. U1yssip. Iib. 1. liL. 8. dcer. 4. '1 . .iEgilan. lib.1. til. 7. C. 3.
n.3.
(12) Consl. sup. dicl<c ubi proximc.
(13) C<:cremon. l~oJDan. de 'aeram. Conl'm. in pl'incip. verso Nullus Pl'iC-
entel. Tamb. de E'acram. Confirmo Iib. 3. e. [~. n. 4. Pa], dict. punet. 10. n. 2,
3. CONSTITUIES
for Clel'igo (U) de Ordens Sacras, que poder apresentar mais. E
quando o que for padrinho, ou madrinha apresentar o afilhado, por a
sua mo direita (15) sobre o hombro direito do afilhado estando de joe-
lhos, e o padrinho em p, em quanto o chrismarem; porque se requer
tacto algum em razo do parentesco (16) espiritual, que se contrahccn-
tre o Bispo, que chrisma, e o chrismado, e seu pai, e mi, c entre o
padrinho, ou a madl:inha, e o chl'ismado, e seu pai, e mi, do qual re-
sulta impedimento Canonico, que impede, (17) e dirime o Matrimonio,
e no se extende o dito impedimento as mais pessoas, quc s nomca-
das.
-\< 81 Para constar a todo tempo das pessoas que esto cbrismauas,
c do pal'enlesco espiritual, que em razo deste Sacramento se contra-
he conformando-nos com a disposio do SagraJo Concilio Tridenti-
no, (18) mandamos, que no livro, que em cada Igreja 11a de h~ver para
os baptizados, se fao os assentos dos que se chrismarem por lettra, e
.
11o por algarismo, (19) ou abreviatura, na frma seguinte:
Aos tantos de tal mr.z, e de tal anno nesta Igt'eia de N. admi-
ntmndo nella o Sacramento da Confirmao o Reveren(lissimo
Senh01' D. N. A1'cebispo, ou de stta lice.na o Reverendissno Se-
nhor D. N. Arceb'ispo, ou Bispo de N. foro chn"smadas as pes-
soas seguintes.
N. filho de N. e N. freguez de tal I,qt'eia, 01~, morador em tal
parte: (oi paclt'inho N. ou madrinha N. casado, viuvo, 0'1.'
solte'o, morador em tal pct1'te.
E se far de cada pessoa assento {listillctO, e depois de feitos os ditos
assentos, no fim da lauda, ou na parte dcHa, em que se acahar, se as-
signar o Parocbo. E quanrlo o chrismado no for havido de legitimo
Matrimonio, se ohservar o que fica dito no numero 73. E succedendo
mudar algum dos chrismados o nome, que lhe foi posto no Baptismo,
o Parocho declare assim, dizendo:
N. que at agora se chamaw N. filho de N. e N. etc.
E tambem far a mesma declarao da mudana do nome margem do
assento do seu Baptismo, se o hOllver no li"l'o dos lJaptizaclos da tal
Igreja.
-\< 82 E os Parochos das Igrejas, Gnde se adminisll'nr este S::lcra-

(14) PaI. diet. puncl. 10. 11. 2. in fine. Marc. Ant. Genuens. in Manual.
11 as tor. _cap. 5~. nU111. 6. ~arb. de Potesl. Episc. p. 2. d. alleg. 30. n. 25.
(t5) PonlJf. nom. tlbl suv. verso Infanles. Darb. de Poles!.. Epi c. d. alI g.
ao. n. 4,7.
.. (16) .Cap. 1. ~,Ex C011firm~t.. ubi glos. verbo Eisde111 l110dis de Cognal. . pi-
ntual. Tnd, sess. 2/" cavo 2. et lUl Darb, num. 38.
(17) Sancho de ~alrim. lib. 7. d. 54. n. 1. ConsLil. U1yssip. lib. 1. tiL 8.
decreto 4. ~ 3.
(1~) Trid. sess. 24. C. 2. Gav. in Manual. verb. Confirmal.io num. 25. Barb.
de Ofihe. ct poLesl. Par. p. 1. e. 7. n. 16. Possev. de Orne. ClIrali e. 12. num. !~3.
(19) Faeit. texto in Alllhente. de Testam. impubc.r. Nos omnia e !ln!. 8.
Faci!. Constit. Drneh. til. 2. ConsL. 8. n. 2. foI. 2/~.
no ARCEB1SPADO DA BAHI!. 35
mento, sero obrigados sob pena de dous mil ris por cada falta para a
fabrica da Igl'eja, e meirinho geral, a escrever (20) os ditos assentos no
mesmo dia, em que se administrai' o dito Sacramento: isto no s6mcn-
te tios seus frcguezes, mas tambem dos de outras Freguezias, que alJi
se vierem chl'ismar, e no tiverem presente o seu Parocho, ou outro Sa-
cerdote cm seu lugar, posto que sejo de fra do Arcebispado, decla-
r:H1do-o assim nos taos assentos, para que deHes posso ao depois os
seus Purochos tirar certides, e os posso pr em lcmbl'ana nos livros
de suas Igrejas, referindo-se aos assentos feitos no livro da Igreja, em
que foro chrismados. E tambem sero os Parochos obrigados, antes
que o nosso Visitador chegue s suas Fl'eguezias, a se informal'em do
numero das pessoas, que nenas ha por chrismar, para o informarem: e
a mesma diligencia ordenamos fao os nossos Visitadores em cada Fre-
guezia, que visitarem, e achando que em alguma dellas necessario
que se administre este Sacramento, nol-o faro a saber, para acudirmo
a administrai-o, como somos obrigados. E com estes livros dos assen-
tos dos chl'ismados acerca de sua gual'da, fidelidade, e dar certides, se
observal' o mesmo, que se ordena nos numeros 73, e 7.4 dos livros dos
baptizados.

TITULO XXIII.
DO .WGl;STISSHIO SACRAMENTO DA EUCHAnISTIA, DE SUA INSTITUIO, lIUTEnr,
FRIIIA, EFFEITOS, E l'tIlNISTRO DELLE.

83 E' o Santissimo, e Augustissimo Sacramento da Eucharistia


na ordem o terceiro (1) dos Sacramentos; mas nas excellencias (2) o pri-
meiro, e na perfeio o ultimo. Nas excellencias o primeiro; porque
entre todos o mais excellente, Divino. e soberano pois no s6contm
a graa, como os mais Sacramentos, mas encerra em si real, e verda-
deiramente o Autot' (3) da mesma graa, e inslitMidor de lodos os Sa-
cramentos. E' tambem na perfeiao o ultimo; porque a perfeio de _
todos os mais se oro ena c.omo disposio (h) paTa esle, que o com-
plemento da perfeio de lodos os Sacramentos. No se attende aqui
maior excellencia dos Sacramentos da Confll'mao, e Ordem em razo
do Ministro, que os administra. Instituio (5) Chl'isto Senhol' nosso es-
(20) Viva\. in Candelabro de Sacram. Confirmat. n. 39. ad medium. Zerola
in Praxi Episc. ,"erb. Chrism. num.H. Cons!. myssipon. lib.1. tit. 8. ~deeret.
~j. foI. q,j,

1) Tl'il. sess. 7. de Sacram. io gener. cano 1.


(2) Trid. sess. 13. de Sacram. Eucharist. c. 3. c. Sacrificium. cap. ihil d'
Const'cr. disl. 2. C. J\fulli S/j. ~ Sacramentum in fine Barb. ad te:It. in c. Yenien
3. n. 2. de Bap!. Sayr. de Saeram. in geo. lib. G. c. 3. q. unlc.
(3) Trid. dict. t. 3. cano 'I. 3.4. c. Anle 40. c. Nos autem 41. de Conseel'.
ui'!. 2. D. 'fhom. 3. q. 65. art. 3. io eOIpor. ubi Conineh. art. 2. et 3. Valel1l.
tom. 4. d. 3. d. 6. punct. 3.
. (1~) D. Thom. d. art. 3. et q. 73. art. 4. et q. 79. art.1. ad1. Bapt. Gonet.
11l Man. tract./j.. de Eucharist. Sacram. ~ 3. n.16. eum seq. nsq. ad n. 19.
(!l) Mallh. 26. Marc. 14. Luc. 2'2. Joann. 19. G. Paul. ad CorinLb. 10. eL 1 f.
23. Clem. unic. ~ Transilurus de .Reliq. et veneraL Sanct. et ~ Licet verso ln di-
cm namc{. Trident. de Sacram. Enchar. sess.13. C. 2. D. Amb. lib. 4. de Saeram .
. 4,. eL 5. D. Dama c . lib. 4. C. H. D. Thom. in 4. diit. 8. q. 1. art. 3. cIp.
:1. q. 73. ar!. 3.
36 CONSTITUlE
te soberano Sacramento na ,'espera de sua Paixo sagrada, depois da
ultima Cea legal, para que fosse um memorial perenne da mesma Pai-
xo, penhor da gloria, que esperamos, e espiritual alimento (6) de nos-
sas almas.
8t. E pal'a que este Sacramento durasse na Igl'eja Catholica, em
quanto o mun/lo fosse mundo, este mesmo poder de consagrai' o pO,
e vinbo em seu Corpo, e Sangue deo aos Apostolas, e nelles (7) a to-
<1os os Sacerdotes futuros, aos qllles s instituio legitimos r1inistl'os
deste Sacrlmento, mandando que todas as vezes, que elles o celebras-
sem, fosse em seu nome, (8) e memoria. Este mesmo poder de con-
sagrar no penlem nunca (9) os Sacerdotes, posto que estejo suspen-
sos, excommungados, e degradados. A matcria deste Sacramento o
po de trigo, (10) e vinho de vide: e no calix do vinho se ha tambem
lanar uma pouca (11) de agoa como Christo o fez e a sua Igreja Ca-
tbolica o determina, pelos grandes mysterios, que nesta ceremonia rc-
presento. A rl'ma (12) so as palavras da consagrao, que esto no
Canon lia Missa, e so as mesmas, que (13) Christo nosso Senhor dis-
se, quando consagrou o po, e "I .0 em seu Corpo, e sangue.
85 Quanto aos effeitos, que este soberano Sacramento causa nos
que dig amente o recebem, se ha de sabei' que como este Sacramento
'foi in tituido como um sustento, e manjar espiritual, com que se ali-
mento CU) nossas almas, obra nellas, fallando com proporo, aqueI-
les effeitos, que em ns costuma causar o sustento dos cOl1)Os: accres-
centa a vida (15) espiritual da alma, e a sustenta, econforta: a"jva (16)
a F, alenta a Esperana, d novos fervores caridade, reprime os vi-
cias, (17) e apetites desordenados, diminue as tentaes, e vor seu mo-
do preserva (18) de peceados, e tem outros innumeraveis eJfeitos, que
cxpendem os Santos (19) Padres. Porm nem-um destes elTeitos se

(6) C. Inquil. c. Panem. de Consecr. disl. 2. Trid. sess. 13. c. 2.


(7) Mallh. 28. Luc. 22. 19. Paul. 1. ad Corint. 11. Trirlo sess. 23. c. 1. el
cano 1. Hurlad. de Sacram. tom. 2. lract. de Ordin. dificulto 7.
(H) Trid. se s. 13. de Sacram. Euchar. c. 2. Luc. 22. verso 19. C. lleratur
de Const'c. disl. 2. D. Thom. 3. p. q. 73. art. 5.
(9) Conci\. Florenl. decrel. Eug. ad armo de Doelr. Sacram. Euchar. PaI. p.
l~. tract. 21. dispo unic. punct. 17. n. 3.
(10) Cone. Laleran. in C. Firmiler de Sumo Trin. el Fide Calho!. et Flro-
renl. in dccr. Fidei po I ult. session. Terlium esl Sacramenlum: el Trident. ses.
13. c. 1. et colligilllr. ex Malth. 26. Marc. 14. Luc. 22. Paul. 1. ad Corinl. 11.
(11) Trid. sess. 22. C. 7. Vasq. d.176. cap. L Bellarm. lib. [~. de Euchar. C.
10. et 11. S11ar. d. 45. sect. 2. D. Thom. q. 7[~. arl. 6.
(12) C. Cum Martbre. de Celebral. :Miss. in princip. Palo p. 4. lract. 21. d.
unic. punct. 7. cum Suar. .l.Egid. Bonac. Clement. Alexd. Ambros. I_aym. Hen-
riq. ab eo cilatis.
(13) TexL. in dict. cap. Cum :Marlhre 6. de Celebr. Miss. Yalt'oL. 10m. fk d.
6. q. 6. puncl. 1. Suar. tom. 3. d. 69. ccL. 2. D. Thom. p. 3. q. 78. arl3. Palao
dict. punct. 7. n. 4.
(I[~) Cap. Inquit Aposlollls. C. Panem de Consecr. disL. 2. Trid. sess. '13. de
Sacram. EucfJ. C. 2.
(15) Joan. 6.
(16) Trid. dicL. c.~p. 2.
(17) Zaar. 9. D. Bernard. Sermon. in Cama. Domin.
(18) Trid. sess. 13. e. 2. Palo dieL. d. uno punet. 9. S) 2. n.1. Ledesma in
Sumo p. 1. de Saeram. C. 10. conel. 10. "ival in Candelab. aur. e. 11. n. I.
Abr. lib. 9. n. 202.
(19) Cap. Ulrum sub figura C. Si quj.d si! de Conseer. dist. 2. D. Thom.
DO ARCEBISPADO DA BARIA. 37
communica s almas, que no chego dignamente dispostas: pelo que
!levcmos saber, que para este Sacramento, mais que pal'a qualquer ou-
tro, devemos ir em graa (20) de Deos e com conscieucia pura, (21)
e limpa de todo o peccado mortal, lembrando-nos daquellas trcmcnda
palavras de S. Paulo, (22) quando diz: que o que come, c bebe indig-
namente, em peccado este Sacramcnto, come, e bebe o seu juizo, CCOt1-
demnao. Alem desta disposi:.io quanto alma, devem tambem os
que chego a commungar ir em jejum (23) natural sem terem tomado
cousa alguma de sustento, ou bebida pOl' minima que seja, desde a meia
(21) noite, antes do dia, em que ho de commungar' salvo qnando por
doena no pudel'em guardar este jejum, e hou"erem de receber esle
Sacramento por (25) viatico.

TITULO xxn.
ms PESSOAS, QUE so OBRIGADAS A RECEBER o SA.:'lTISSmO SACR..u rE:;TO D.\ ElI-
CHAmSTIA., E EJll QUE TEMPO, E A QUE PESSOAS SE NO PDE i'di;~1
DEVE D.\R.

-l< 86 Posto que este Sacramento no seja necessario como meio


preciso salvao, com tudo, conforme a disposio dos Sagrados (1)
Canones, e Concilio (2) Triclentino, todos os fieis Christos de nm, e
outro sexo, tanto que chegarem aos annos da discrio, que nos ho-
mens regularmente so os quatorze, (3) e Das mulheres os doze, e Lvc-
rem juizo para entender o que fazem e a reverencia que se deve a este
Divino Sacramento, que bem pde ser se 3nlicipe () nos homens, mai~
q. 79. art. l~. et 6. Chrysost. Homil. 61. ad popu1. AnLioch. eL Horn. 46. in .Jo-
an. D. Bernard. Sermo de Cama. Domin. el alii quos ciLaL. el secfuiLur. PaI. p ..1-.
tract. 21. q. 9. per. tolam.
(20) Trid. sess. 13. de Sacram. Euch. c. 7. eL ib. Barb. n. 1.. Laym. Thco-
logo Moral. lib. 5. Lract. !~. c. 6. n. 4. et 5. Henriq. in Sumo lib. 8. c.I~5. ~3.
in commen lo lilera P. el V.
(21) Trid. ubi supro el cano 1'1. Azor. InsLil. Moral. p.1. lib. 10. Laym.
ubi sup. Valer. Regin. in Prax. fori pccnil. lib. 29. n. 48.
(22) Paul. 1. ad Corint. 11. text. in c. Qui scelerale 2!~. Lexl. in C. Timo-
rem 25. lext. in cap. Quid est !t6. lext. in c. SancLa. lexL. in C. Sicul Judas de
Consecr. di L. 2. Trid. d. sess. 13. c. 7. et ibi Barh. sub nnm. 3.
(23) C. Liquido de COllSecr. disL. 2. C. Ex parI. de Celehr. 1Ilis ;no Concil.
Carlhag. 3. canon. 29. relat. in C. Sacramenta Allar. disL. J. Concil. African.
sub :Bonir. 1. cano 8. Cbrysost. Hom. 27. in EpisL. 1. CorinLh. C. 11. D. Aug.
Epist. '118. c. 9. D. Thom. q. 80. art. 8.
(24) Cap. T.iquido cum aliis deConsecr. dist. 2. eL ibi DD. Suar. d. G8. sect.
4. Glos. in C. Nihil 7. q. 1. et e. Si consLilerit. Menoch. de Mb. easu 406.
(25) C. De his vera. C. Si quis de cOl'pore 26. q. 6. C. Prcsb L. ue Consecr.
disto 2.l\1aior in l~. disL. 9. q. 3. ad 5. D. Thom. q. 80. art. 8. uisJl. (;8. sec I. 5.
S verb. Eucharist. num. 2. Abr. lib. 9. sect. r,.. 2. n. 192. Barb. de Paroc. (J.
2. C. 20. n. 37.
(1) Text. in c. Omnis ulrillsque sexus de Pccnilent. et remis.
(2) Trident. scssion. 13. de Sacrament. Euchar. cano 9. eL sess. 21. c. r,..
jEgid. de Coninch. de Sacram. q. 80. n. '102. cum seq. Bonac. de Sacram. d. 1.
q. 7. pllnCt. 2. n. 5.
(3) l'al. p. r,.. LracL 21. dispo unic. puncl. 10. num. iI. in fin, Abr. lib. 8.
cap. H. sect. 5. num. 632. Naval'. cap. 2J. n. 57. Cordllb. in Sumo casu 60.
Calechism. Rom. pago miiJi 279. vers. forantes.
('I.) l'al. dicL. punct.iO. verso 'enun. Barb. de Par. p. 2. C. 20. num. 18. olo
in1k disL. 12. q. 1. art. 9. Catecbism. loc. cilaLo.
5
3 CONSTITUIES
que nas mulhel'e , antes dos quatorze, e dos doze, o que pruclentemen J

le (5) julgar o Parocho, so obrigados ao receber, ao menos uma vez


cada anno pela Pascboa (6) da Resurreio. Pelo que mandamos a
lodos os nossos subditos, que tiyerem a dita idade, e discrio, com-
mllnguem 11a propria Igreja da mo do seu proprio Parocho, ou de ou-
11'0 Sacerdote de licena sua em cada um anno pela Paschoa da Resur-
l'('io, ou por toda (7) a Quaresma at a Dominga in Albis inclusive,
conforme o Priyilegio Apostolico, e costume antigo do nosso Reino.
'iiltO porm ser (8) costume introduzido estender o termo da desobri-
gao aos escravos at o Espirito Santo, em razo do preciso impedi-
mento, que tem nos Engenhos de assucar, o qual no pennitte interpo-
ln ;o, ordenamos, que todos os senhores mandem seus escravos Ma-
triz pam se desobrigarem desde o principio da Quaresma at o Espirito
. 'anto: e no o fazendo assim, havemos por condemnado a cada um,
(jue for remisso em cumpri!' com esta obrigao, em cinco tostes pOI:
(9) calla vez, os quaes applicamos para as obras, e fabrica da S; e a
sua 31'1'eCadao a far o Padre Vigario, sob pena de pagar de sua casa.
87 Tambem so obrigados a commungar todos os fieis, que tem
a tal idade, e discrio todas as vezes que estiverem em artigo, (10)
ou provareI perigo de morte, pela qual causa este ine(favel Sacramen-
to se chama (11) Viatico, que valo mesmo, que mantimento (12) es-
piritual dos que passo desta vida mortal para a eterna. Pelo que man-
damos a cada um dos' Parochos deste Arcebispado admoeste a seus fre-
guezes, que est:mdo enfermos, principalmente de enfermidades (13)
graves, ou lm"cndo fazer largas (iA) nayegaes, ou entrar (15) em ba-
talha, e tambem s mulheres prenhes proximas ao parto, (16) receb()
o Sanlissimo Sacramento, dispondo-se primeiro com as disposies
(17) necessarias para o receber dignamente.
88 Assim como 10uvaveI, e santo, que os Cbristos, verdadei-
ros penitentes, recebo muitas vezes este Divino Sacramento i assim
ju to, e decente, que se no administre aos peccadores publicos. Pelo
que manilamos, que lio sejo admittidos communho os publicos

(5) Palao loco cito Abr. dict. sect. 5. n. 632. in fino et lib. 9. c. 4. sect. 5.
1. n. 182. DD. ad texto in cap. J.luberes. c. uIt. de Despons. impub.
(6) Cap. omnis utriusque sexus de pamit. et remission. ConeiI. Trid. sess.
13. can 9. et sess. 21. cap. 4.
(7) Abr. dict. sess.5. et n. 632. verso apud "os. PaI. clicL d. unic. punct.
10. n. 2. ,Egid. de Coninch. q. 80. art. 11. dub. 4. Fagund. de 3. Eccles. prre-
cept. lib. 1. C. 5. Azor lib. 7. C. 41. q. l~. S verbo Eucharistia n. 8.
(8) Ad ea qure 11 aI. dicL d. unic. puncL '10. n. 3. et lI--. argum. tcxt. in C.
oJnnis. 12. de prenil. et remisso Yers. nisi.
(9) Facit Consto ,E<>it. lib. 1. til. 8. cap. 3. n. 2. et Naval'. C. 21. n. 57.
(10) Texl. in c. Quid in te. de prenit. et remisso Trid. sess. 13. de Sacram.
Eucharist. C. 6. Vasq. d. 179. c. 4. D. Thom. q. SO. arl. 11. Suar. d. 69. sect. 3.
],aym. lib. 5. sumo tract. 4. c. 5. n. 2.
(11) Cap_ Quod in te. de prenit. et remisso TricT. sess. 13. C. 6. Ritual. Ro-
mano de Sacram. Eucharisl. til. de- Communione infirm. Abr. lib. 9. num. 190.
(12) Psalm. 44. in fine. texto in dict. C. quod in te. C. quid decedunt. 26.
q. 6.
(13) Trid. clict. sess. 13. C. 6. Palo p. 4. clict. tracL 21. d. unica. punct. 14.
n. [~. in fine Conslit. U1yssipon. lib. 1. tit. 9. decret. 3. S) 1. foI. 4'1.1?acit ido
VaI. p. 4. puncl. 23. d. uuic. punct. 20. 1. n. 2.
(14) Constit. JEgilan. lib. 1. tit. 8. C. 2. in prineip. Iamccens.lib. 1. til. 3.
c. 3. 1. Ulyssip. clict. S)1. Portuens. lib. 1. til. 5. constit. 4. Yers. !~. foI. 48.
DO ARCEBISPADO DA BARIA. 39
(18) excommungados, interdictos, (19) feiticeiros, (20) magicos, (21)
blasfemos, (22) usurarios, (23) e publicas (24) mCI'etrices, e os que
esto publicamente (25) em odio, e outros quaesquer (26) publicos
peccadores, se no constar (27) publicamente de sua emenda, e al're-
pendimento, e que tem primeiro satisfeito ao publico escandalo, que
com seu mo viver tiverem dado. E quando secretamente (28) constaI'
de sua emenda, secretamente se lhes administrar o Santissimo Sacra-
mento, porqne tambem ento secretameute no ha escandalo. Porm
no 31tigo (29) da morte se administrar aquelles, que estavo antes
em peccado puhlico, posto que publicamente no conste de sua emen-
da, tendo-se primeiro confessado (30) com a devida disposiO. De~
clal'amos, que para este effeito sero havidos smente por peccadores
(31) publicos aquelles, cujos peccados consto pOI' sentena, que pas-
sou em cousa julgada; ou confisso feita em juizo, ou cuja iufamia foi
to notoria, que se no pde encubrir, nem desculpar. Tumbem man-
damos, se denegue aos peccadores (32) occultos, quando consta no
estarem emendados, se o pedirem occultamente: mas pec1indo-o (33)
publicamente se lhes admliistrar, (ainda que secretamente conste,
que nelles no ha emenda) para se evitar o escandalo de lhes ser ne-
gado.

(15) Dict. Constit. ubi sup. PaI. ubi pro::l:ime.


(16) Diclal Conslit. locis. cilaLis.
(17) Paul. 1. ad CorinLh. 11. Trident. sess. 13. c. 7. PaI. dicl. p. 4. (rael.
21. d. unic. PUDCl. 11. eL 12. el diximus sub D. 85.
(18) PaI. ubi proxime punct. 20. D. 9. et 1i. verso ob hanc Pereir. Prompt.
Moral. p. 2. n. 1042. Suar. d. 67. sect. 2. Vasq. d. 209.
(19) Ritual. Romau. de Sacro Euchar. verso Fideles. Const. Portuens. Ilb. L
til. 5. consto !~. verso 6. n. 11. et 12. Constit. Lamccens. IiI.>. i. lil. G.
c. 3. 3. '
(20) Consto IDyssip. lib. i. til. 9. deer. 3. ~ 3.
(21) CODstit. PorLuens. loc. cilalo.
(22) Ead. ConsLit. PorLuens. loco cilaLo.
(23) Abr.ljb. 9. cap. 4. sect. 5. ~ i. n. 187. et 'J98. Naval'. in Manual. cap,
21. num. 55. ~ dixi. PaI. dict. punct.H. verso ob hanc.
~Ij.) Abr. loco cilat. Naval'. d. n. 55. PaI. loc. cit. DD. ad texl. in C. pro di-
'lcction. de consecr. disto 2. Consto Lamec. lib. 1. Lil. 3. C. 3. SI 3.
(25) ConsL. IDyssipOD. tib. 1. Lil. 9. decr. 3. SI 3. Lamec. ubi pl'oxime.
(26) MaLth. 6. Abr. dicl. ~ t. n. 185. Naval'. dict. num. 55. Bass. velb. Eu-
char. 2. n. 10. Prossev. de omc. Curat. cap. 5. n. 14,. Less. dc jus\. lib. 2. C. LI.
dub. 13. n. 73.
(27) C. 1. de Prenit. el remisso Naval'. dic\. num. 55. Cardin. Tolct. in ins-
truc\. Sacerd. lib. 6. cap. 17. num. 5. Bass. in Floribus Theolog. verbo Eucha\'.
2. num. 10.
(28) Dicl. cap. 1. de Prenit. el remisso
(29) Abr. dict. tib. 9. cap. 4. scct. 5. ~2. num. 198. cum seq. r:onslil. Ulys-
~jpOD. lib. 1. til. 9. deeret. 3. SI 3. Lamecens. lib. 1. til. 3. ca}J. 3. in fine.
(30) Abr. loco cilat. Constit. Lamec. lib. 1. LiL. 6. cap. 3. ~ 3. in fino Cons-
til. U1yssipon. uhi proximc.
(31) Tex\. in cap. tua nos, et in C. ultimo de cohabit. Cleric. Abr. dc Par.
dict. sec\. 5. ~ 1. n. 187. Naval'. in Manual. C. 21. n. 56. Barb. de ofl'. el potest.
Par. p. 2.. C. 20. n. 21. PaI. p. Ij. tract. 21. d. unic. PUDCt. 20. n. 8. Conslil'.
UlyssipOll. ubi proxime.
(32) Abreu dirl. 1. num. 186. PaI. dic\. punct. 20. n. 17. .
. (33) Cap. Si Lantum. C. Placuil 6. q. 2. C. Si Sacerdos de omc. ordmar. PaJ.
dlcl. }Junct. 20. num. 13. D. Tbom. q. 80. arl. 6.
CONSTITUIE
TITULO XXV.
(;0110 o LElGOS E S.\CERDOTES QUE 'lo CELEBRO, s DEVEM RECEBER O SAN-
T1SSL'lIO SACRA~lEN1'O NA ESPECIE DE PO: E QUE OS CONDEDINADOSA MOR-
'rE PELA J STI.A, SE LHES AD~lINISTRE mi DIA ANTES DE MORRER.

89 O Sagrado Concilio Tridentino alumiado pelo E pirito (1)


Santo, fonte de Ioda a sabedol'ia, conformando-se com o senlir da Igre-
ja Catholica para extirpar a heresia daquelle , que uegavo estar todo
Chl'isto debaixo de uma, e outra especie: aTirmando, que rlebaixo da
oSI ccie de po estara smente o COI'pO sem sangue' e debaixo da espe-
tie de vinho o sangue sem corpo, e por outras graves razes, e justis-
:imas causas, no s declarou, que no havia preceito de commungar
"ebai.o de ambas as especies, e que bastava commungar debaixo (1" uma
': mas ordenou, que os leigos, e Sacer'dotes, que no celebrassem,
commungassem debaix.o de uma s espec.ie de po; porque nelle esta-
ya o Corpo e tambem o Sangue de Chri~to Senhor nosso. Pelo que,
conformanuo-nos com a sua disposiao, mandamos que a todos os lei-
gos, (2) e Clerigos que no celebrarem, se d a Sagrada Commllnho
debaixo da especie de po smente: e que os Sacerdotes que celebra-
rem se dem a communho a S! mesmos, e commullguem debaixo de
nmhas as aspecies (le po, e vinbo; porque s aos Sacerdotes licito
eommongar em ambas as especies, quando celebro.
-l' 90 Conformando-nos com o motu pl'oprio (3) do Summo Pontifi-
ce o Santo Pio V, e disposies dos Sagrados (h) Canones, m:l1ldamos,
qua aos condemnados morte por Justia se administre (5) o Santissi-
mo Sacramento (la Eucharistia, ao menos um dia (6) natural antes de
pad cerem, tendo-se primeiro confessado, como se requer. E encar-
rl.'gamos ao Padre Cura da nossa S, em cuja Parochia est a Cada da
Uelao, e aos mais Parocbos das Vil las, e Lugares deste Arcebispado,
aonde morrer algum condemnado pOI' Justia, no consinto ql18 elle
padea, sem primeiro lhe ser administrado o Santissimo Sacramento
por' iatico, no dia que fica determinado: e quando, para assim se cum-
prir occoner alguma llI'geote advert.encia, que necessite de recurso,
nol-o lro a sabei' com toda a brevidade, para com a mesma acudir-
mos nossa obrigao. E exhorLamos a todos os Ministros da Justia
ecuJal', que para o expediente destes casos dem todo o favor possivel,
lembr:llldo-se, que assim o dispoem a Ordenao do Reino liv. 5. tiL
138.2.

('I) I ai. 1 J. Tl'id. ses. 21. de Commun. c. 1. et cano 1. e~ 2. Valer. Regi-


na1. in pra'> i I'ori Pcellil. lib. 29. n. 58. eL 59. Filiuc. in qurest. Moral. lom.1.
tracL. 4. cap. 7. n. 201.
(2) I-uc. 22. t;los. in c. Compel'imu de cunscc. disto 2. D. Tbom. 3. p. q.
80. art. 12. arl 'J. llarb. ad dict. Trid. sess. 21. de Communion. c. 1. n. 1. Cons-
lit. Portuens. lib. 1. tiL. 5. consl. Ij.. ii;; 2. rers. 1. foI. 51.
(3) Edil\lsann. 1569. qui incipit. Cum sicut.
(4) C. Super coo 4. de hrrel. lib. 6. qurosiluID 13. q. 2. c. 2. de furlo. Clem.
cum secundum de Pcenit el remisso et ibi Glos. verbo Pcenilenlia.
(5) I-Jrnriq. I. 8. de Euchm'ist. C. 5. n. 4. ~avar. in Manual. C. 25. n. 23.
reI' . undecimo peccat. Tolet. Iib. 2. C. 18.
(6) 1)"1. dicl. puncl. 20. num. 7. Ord.lib. 5. ti(u1. 138. Si 2.
DO ARCEBISPADO DA BARIA. 41
TITULO XX", I.
Ql.:AXDO DEVEM CELEBRA.R AS DIGNIDADES, CONEGOS, PAROCnOS, E SACEPJlOTES:
E CO!lIMUNG.m OS DlACONOS, E lIlAIS CLERIGOS, E LEIGOS.

91 As Dignidades, Conegos, Parochos, e Sacerdotes da nossa


~, e Arcebispado devem celebrar, e dizer Missa em todos os dias, que
tiverem de obrigao em razo de seu oflicio, (1) e Beneficio: e os ou-
tros O devem fazer ao menos em todos os Domingos, (2) e festas solem-
n.es, o que assim lhe mandamos, e encarregamos, para fazermos
que neste pal'ticulal' nos est ordenado (3) pelo Sagrado COllCilio Tri-
dcntino. E alem destes dias lhes encommendamos muito, que se dis-
ponlJo a celebrar os mais, que puderem. E mandamos a cada um dos
Sacerdotes nossos suhditos, que commungando, ou celebrando fre-
quentemente, Oll seja por obrigao, ou devoo, se confessem (.4) ao
menos cada oito dias, posto que no tenho consciencia de peccado
mortal, para com mais pureza receberem o Santissimo Sacramento, e
celebrarem o Santo Sacrificio da Missa. E exhortamos aos Diacooos,
(5) e mais Clel'igos communguem ao menos uma vez cada mez, e em
todo o caso nas quatro festas (6) principaes cIo anno, a saber: Natal,
Paschoa, Pentecostes, e Assumpo da Virgem Nossa Senhora.
92 Posto que os fieis Christos seculares de um, e outro sexo de-
vo frequentar o Santissimo Sacramento da Eucbaristia, e na primitiva
19l'eja o costumassem (7) fazer touos os dias, nem haja prohibio (8)
de direito positivo em contrario; com tudo pela f['aqueza, e varias oc-
cupaes da vida hUlmllla, Do deve cada um chegar a commungar ordi-
nariamente todos os dias, salvo os seus Pal'ochos, ou Confessores, ou

Ns, conhecendo fenol', e disposio dos que querem commungar
com mais frequencia, assim 111'0 permittimos conforme o novo Decreto
da Sagrada Congregao confirmado pelo Summo Pontifice (9) Innoceu-
cio XI.
93 E como os que tem por costume de se no confessarem seno
de anno em anno, e s "ezes mais obrigados do preceito, que por ,Oll-
tade, commumente no vem com a devida disposio, e convem, que
no cheguem a este Dirino S:lCramento sem exacto (10) exame de suas

(1) Tridento sess. 23. de Reform. cap. 14,. et ibi Barb. n. 4. PaI. p. [~. tract.
22. d. unic. pllnct. 12. n. 5.1Egid. de Coninch. q. 83. art. 2. dub. 1. n. 204.
Laym. lib. 5. Sumo lracL 5. e. 3. n. 5.
(2) Facit PaI. d. pllnct. 12. n. 1. et 2. posl medium. Bouac. de SaCl'am. d.
4. q. Ullim. p. 7.
(3) Trid. loco clato.
([~) Conslit. Ulyssipon. lib. 1. til. 9. decr. 4. ~ 1.
(5) 1;'lVant. vcrb. Eucharislia n. 32.
(6) Argum. tex.l. jn cap. Dolcntcs de celebro Miss. Const. Ulyssipon. lih.
1. til. 9. decret. 4. 2. Conslit. Portuens. )ib. 1. til. 5. consL 5. verso 2.
(7) Cap. Episcopns de consecr. disto t. Dionys. elc Ecc1esiast. Hieral'ch. C. 3.
PaI. p. 4. tracl. 21. el. unic. puncL 15. n. 1.
(8) Cap. Quotidie. 13. c. Si quotiescumque. 14. de consecr. dist. 2...
(9) Decrelum circa qnolidianam Cmunionem Romre 12. Februarn 1679.
approlJalum S. P. Innocenlio XI. Nogueira iu Buna CTucialre dispo H. sect. 18.
sub num. 14,2.
(10) Trid. sess. 14. de Sacro Prenit. C. 5. et ibi Barb. n. [~. 6. el7. verso Re-
lquia. Heriq. lib. 5. C. 3. 1," Suar.lom. [~. d. 7. q. 9. punct. 4. etd. 35. sect.
42 CONSTITUIES
culpas; encarregamos (11) as consciencias aos Parochos do Nosso Ar-
cebispado, que aos taes no admiUo : Sagrada Commuobo em o mes-
mo dia, que se confessarem, saho se virem nelles lal disposi~o, e fer-
vor, que julguem devem ser admittidos. Tambem se limita, o que aqui
mandamos, nos casos em que algum penilente se lio pde desobrigar
seno em Quinta-Feira maior, porque este no pde commungar no dia
seguinte.

TITULO XXVII.
EM QUE IGREJAS HA DE HAYER SACRARIO PARA ESTAR o SANTISSl!liO SACRAME~
TO: E ElIl QUE MODO HA DE ESTAR: E QU EM DA DE TER ACHAYE DO SACTIAR !o?

91~ O uso dos Sacl'arios, em que se guarda o Sanlissimo Sacra-


mento da Eucharistia, mui app,'ovado, e eocommendado pelos Sagra-
dos Canones, (1) e Concilios Universaes, e de grande consolao espi-
ritual, e muito importante para se acudir a necessidade dos enfermos.
Pelo que ordenamos, que em todas as Parochias desta Cidade, e do :\.r-
cebispado, em que de presente ha Sacrarios, (ou por justa causa m:m-
darmos o haja em outras) se conservem com todo a deceocia possiyel,
estando sempre no Altar (2) maior, ou em outro, se o houver mais
accommodado para o culto de to Divino Sacramento.
95 Sero os ditos Sacrat'ios (3) dourados por fr3, e muito melhor
se tambemo forem por dentro: e quando no possa ser, sero por dentl'o
forrados de selim, (1) damasco, veludo 1'aso carmesim, ou ao menos
de tafet da mesma cr, para que parea digno aposenlo, em que est
encerrado JESUS Christo nosso Senhor. E no cofi'e que se costl,lma ali
(5) ter, (que ser forrado do modo sobredito) quando no sina em seu
lugar para o mesmo elfeito alguma ambula (6) de prata dourada por
denlro, e por fra, estar a Sagr'ada Hoslia, e as particulas que parece-
rem bastantes, que ho de ser renovadas ao menos cada quinze dias,
cm (7) corporaes de linllOfino, ou de hollanda muito limpos. E para.
se levar o Senhor aos enfermos ha,er outra (8) ambula de prata, po-
dendo ser dourada assim por dentro, como por f]'a.
96 Estaro os ditos cofre, e ambula sobre uma pedra de Ara (9)
e o cofre estar fechado (10) com chave particlllal', e dislincta da cha-
3. n. 6. PaI. p. 4. lTact. 23. d. unic. punct. 30. j. n. 3. propc mediurn. J\a-
vaI'. in :Man. cap. 9. n. 10.
(H) Consto Portuens. anliq. til. 6. const. j. !ii 1. et nova \ib, 1. lil. 1). const,
6. verso 2. foI. 53.
(1) Cap. 1. de Custodia Euchar. C. Sane de Celeb. Miss. Concil. Nicam. c.
H. Trid. sess. '13, de Sacram. Euchar. cap. 6. et cano 7. Paul. Fusc. de Visit. lib.
1. C. 5. D. 9. Durand. in Bation. divino Officior. lib. j. cap. 16. n. 10.
(2) Gavant. verbo Eucharistia n. 4. ConO'reg. Episcop. 6. Decemb. 159.
(3) Conslit. Ulyssipon. lib. 1. til. 9. ~cret. 7. !ii 2. lEgitau lib. 1. til. 7.
COllsLt. 5. !ii 1.
(~) Constit. Ulyssipon. ubi sup.
(1)) Conslit, Ulyssipon. loco citat ~gitan. dict. !ii 1.
(6) Gavanl. verb. Eucharistia n. 6.
(7) Cmstil. Bracharensis IiI. 5. de Sacram. Euchar. constlt. 7. foI. 89. La-
mee. lib. 1. tit. 3. C. 4. !ii 1.
(8) Gavant. verb. Eucharist. n. 6.
(9) Con til. Ulyssipon. Iib. 1. tit 9. decreto 7. !ii 2.
(10) C. Sane de Celebro Miss. cap. 1. de Custodia Eucharist.
DO ARCEBISPADO DA BillIA.
,-e, com que deve estar sempre fechado o Sacrario, e ambas sero dou~
radas; (11) as quaes o Parocho ter sempre em seu poder, (12) tl'l1-
zendo-as com muito aceio, e no juntas com outras chaves; e nunca
as entregar a pessoas leigas, (13) como erradamente fazem algunsPa-
rochos em Quinta-Feira maior at dia de Paschoa. E sempre estar uma
alampada (H) accesa de dia, e de noite diante do Sacrario, em que es-
tiver o Santissimo Sacramento. E o Parocbo tel' muito cuidado em fa-
zeI' observar tudo o que fica dito, sob pena de ser gl'avemente castigado.
TITULO XXVIII.
DO ~IODO CO~r QUE SE ADMINISTRARA NA IGREJA o SANTIssnro SACRAMENTO DA
EUCHARTSTIA.

97 Para que a Sagrada Communho se administre com a venera-


o, respeito, c decencia devida, e no haja na administrao deHa al-
guns abusos, nem se digo palavras indecentes; convm dar certa fr-
ma, e modo, que na administrao de to alto Sacramento se ba de
guardar. Pelo que ordenamos, que quando o Parocho houver de admi-
nistrai' o Santissimo Sacramento da Eucharistia a seus freguezes pela
obrigao da Quaresma, antes de se revestir, saber que pessoas vem
para commungar: e as que se no confessro com elle, e tiverem es-
criptos de outros Confessores, os examinar Il1uito bem para ver se so
de Confessores approvados, e conbecidos, porque de Outl'O modo os
no (1) acceitar. E ao tempo da Communho os receber, e dar as
pessoas, que commungarem outros (2) eseriptos de Communbo, ou
por nos (3) da Confisso o seu signal, para com elles se haverem por
desobri'gados. E sob pena de excommunho maior ipso facto incurren-
da, mandamos, que ninguem faa, llem use de escripto (.4) falso de
Confisso, ou Communho, para effeito de aIguem se desobrigar, nem
para o mesmo elfeito lJaja com dolo dos Parocbos, on Confessores, es-
criptos verdadeiros. E depois de dados os escriptos da Commullbo,
ou signalados os da Confisso, (como fica dito) far o Parocboaexhor-
tao seguinte.
lrmit,os: O Santissimo Sacramento da Eucharistia o mais ex-
cellente de todos os Sacramentos; porque nelle est verdade'1'a, e
1'ealmente nosso Senhor, e Salvador JES as Ch1'isto, verdadeiro

(11.) Consto Lamecens. lib.1. til. 3. C. 4.


(12) Gav. vcrb. Eucharist. n. 8. FlIJc. de Visit. Jib. 1. c. 5. D. 3. Conslit.
Ul)'ssip. lib. 1. lt. 9. decret. 7. 2.
(13) Barb. de Par. p. 2. c. 20. n. 52. in Summa Apost. verbo Claves. coI;
lect. 11>1. n. 3. et yerb. EucharisLia SancLissima conecto 335. D. 13.
(14-) Gav. verbo Eucbarist. n. 13. Concil. Provinc. Mediol. 1. Facit Joan. 1.
9. cL deduciLnr. ex C. Sane ad finem de Celebro Miss, Naval'. in lract. de Horis
Canonic. c. 18. n. 67.
(1) Constit. PorLuens. lib. 1. tiL. 5. Constit. 8. in princip. Ulyssipon. lib.
1. til. 10. decret. !~. 2. in fine fol. 81. Brachar. til. 5. Constit. 3. foI. 77.
(2) ConsaL. UJyssipon. Jib. 1. til. 9. decr. 5. 1.
(3) Argum. texL, in L. Quod si neque ff. de periclIlo, et commodo rei ven-
ditre. Dccis. Genuens. 201. n. 3. Lara de annivers. lib.1. C. 7. n. 37.
(4.) Consto Portuens. lib, 1. LiL 5. ConsLiL. 8. in fine principii.
CONSTITUIES
Deos, e'verdadeiro Homem. Quem dignamente o ,'eceber, alcan-
amttitas graas, e dons esp'ituaes, e celestiaes; e quem indigna-
mente o recebe, cornmeUe g1'(/!vissimo lJeccado mortal de sac'/'1:legio,
e o recebe para sua condemnao. Pelo que vos admoesto, e dapar-
te de Deos vos digo; que se algum dos que vindes para o receber
esti'ver por confessar, ott depois de confessado se lembra de pecca-
do rnortal, que no confessasse 1)01' esquecimento, ott por malicia;
ou qtte d&pois de confessado o commeUesse, obn'gado a se con-
{essa?' p1neiro. E por tanto se deve 1'econci11'ar antes da Cmn-
munho, ou a deixe pam out'ro dia: e os que tem escriptos appro-
vados, podem vi'r COI1Hnttngar mesa.
98 'Os que forem Sacerdotes, e houverem de commungal', iJ'o
om sobrepeliz, (5) e estola, e assim estes como os demais Clerigos
commungaro no degro mais alto do Altar: e (6) os leigos em lugal'
dislincto junto as grades do cruzeiro; e podendo ser as mulberes (7) se-
paradas dos homens, os quaes chegaro mesa sem (8) armas, (sal\'o
sendo Cavalleiros (9) das Ordens Militares) compostos no trage, e pes-
soa, e se poro todos em ordem com os joelhos em terra. O Ministro
lhe chegar a toalha, que ser sempre limpa e de bom pano, a qual te-
ro diante (10) dos peitos, de modo, que se por acaso cabir alguma
particula, ou reliqwa, caia na dita toallJa: e o Parocllo, sob pena de e
lhe dar em culpa, no consentir, que pessoa alguma commungue com
toalha, (11) que trouxer 'de casa.
99 Feito isto, o Acolito que assistir, posto de joelhos junto ao
Altar da parte da Epistola, dir a Confisso, (12) e com elle a iro di-
zendo os que houverem de commungar, e no a sabendo o Acolito, a
(lir o Sacerdote na lrma do livro 3, num. 563. Acabada a Conl1sso
mandar, que digo uma Ave (13) Mada a Nossa Senhora, tomando-a
por advogada, pedindo a nosso Sen110r lhes d graa para o receberem
dignamente, e em quanto elles a disserem wr o Sacerdote:
Misereattt1' vestri omnipotens Deus, et d1:m'isspeccat restr per-
ducat vos ad vit(tln (Clemam. Amen.
E lanando a beno sol)l'e os que hO de commullgar, diJ'<1 :
Indulgentiam, absoltaionem, et Tem-ssionempeccatol'umtestl'OrUIll
tn'blwt vobis omnipotens, et mericoTs Dominlls. Amen.
E vindo ao meio do Altar far gelluflexo: e tomando com a mo es_
quel'da a ambuJa, e com a direita entre o polegar, e index, uma parli_

(15) Cap. Eucharist. 11. dist. 13. Concil. Brach. cano 3. c. Sane verso Quam
de Celebr. Miss. ubi Goncal. Telles n. 7.
(6) Coneil. Provinc. Mediol 4. G'lvant. verbo Euchar. n. 33.
(7) Conc. Provinc. Mediol 5. Gavant. ubi sup. n. 36. Conslit iEgiLan. lib.
L lil. 7. c. 6.11. 2. Brachar. tiL. 5. con LiL. 3. foI. 77.
(8) Cooslil. lEgiL. loc. cilaLo. CoostiL. U1ys ip. iib. 1. til. 9. decreto 5. ~ 5.
(9) ConsliL. U1yssipon. dict. ~ 5.
(10) ConsLil. JEgiLan. dict. C. 6. o. 2. Brachar. Lit. 5. consLil. 3. foI. 77. pl'O-
pc medium.
(11) Constit. lEgitan. dicL. c. G. n. 2.
(12) ConsL. iEgilan. lib. 1. til. 7. n. 3.
(13) Consl. Brach. IiI. 5. Conslil. 3. n. 2. verso Acabada.
DO ARCEBISPADO DA BAHIA. 45
la, ou a Hostia, se estiver na ambula, a levantar sobre a ambula, ou
patena, e yirado para o povo dir:
Ecce (U) Agnus Dei qui tollit peccata mundl:.
E logo immediatamente dil' ;
11'nlos: este o C01]JO de nosso Senhor Jesus Christo, to l1erefa-
deira, e realmente como est no Ceo: adorai-o, e pedi-lhe del)o-
lamente vos perdoe vossos peccados pela morte, e paixo, que por
ns padeceo, e dizei comigo t1'es vezes, batendo no peo :
Senhor: (15) ett no SOlt digno que T6s entreis em minha.nto-
mda to peccadora, mas elita a vossa setnta palm;ra a mmlla
alma ser salva. .
E uccessivamente dir com elles uma s vez:
Senhor: em vossas Santissimas mos encommelldo a minha alma:
Vs me remiste, Deos de verdade, de infinita misericol'el1"a, e pie-
dade.
E logo administrar o Sacl'ameilto, comeando pela parte da (16) Epis-
tola, e fazendo com cada uma das particulas o sinal da Cruz sohre a
ambula, ou patena dizendo:
Corpus Domini nostri Jesu C/wis{,i wslod-iat a:nna'l1l t/.lam in l'i-
tam aJtemam. Amen.
E depois de dar o S:mtissimo Sacramento dar o JcolilO o la\"atorio
por Yaso de pl'ata, ou de vidro limpo, que pal'a isso harer cm cada
19l'eja, e no pelo calix, (17) nem vaso sagrado, excepto ao Sacerdo-
(es.
-l< 100 Acabada a Communbo, o Saccrdote purificar os dedo . c
tomar o layalOrio, e Yiramlo-se outra vez p:lI'a o povo dil' :
irmos: dai rn:uas graas (18) a Deus nosso Senhm' pela merce,
que 'vos fez, em vos trazer a estado de receber seu Santissno Cor-
po sacmmentado: queira elle sejet para salvao de vossas almas.
Dize'i um Padre N. e ttma Ave "Ma'ria honra, e louvO?' do San-
tissimo Sacramento, pedldo a Deos vos consel"'ve em sua gma.
E logo, feita a genuflexo ao Santissimo Sacramento dal' (19) a \teno
aos quc commungarem, dizendo:

(l!~)Ritual. Rom. til. de Ordine a<1minislrandi in rubI'.


(li5) Jalh. 8. 8.
(16) Ril. Rom. Ioe eilal. vers. Post h<re.
(17) Gav. verbo Euehari lo n. 48.
(18) I,ue. 22. el1. ad Corinth. 11. ConsliL Ulyssip. ]ib. 1. til D. deeret. :;.
I\i 4-.
(1 D) Conslit. UJyssip. diel. .r,. verso E logo.
6
CONSTITUIES
Benedictio Dei omnipotent Pat'ris, ffi et Filii, et Spir'Us San-
cti descendat super vos, et maneat semper. Amen.
E o Parocho, ou (20) Sacerdote, que dando a Communho na Igreja
usar de outro modo differente, no guardando a frma do Ritual Ro-
mano, e dada nesta Constituio, pagar duzentos ris pOI' cada vez
para a cel'a da Confraria do Senhor; e se a no houver, sel'o para a
fabrica. E os nossos Visitadores perguntaro na visita, se se guarda o
sobrediLo, para se proceder contra os que o no guardarem, como pa-
recer mais sel'vio de Deos nosso Senhor.
-t01 Se algum Sacerdote disser Missa,'e consagrai' algumas pal'-
ticulas, para o Parocho as vir administrar depois da Missa e dai' Com-
munho a alguns freguezes, advirta, que depois de consumir, acabando'
a,Missa, quando houver de dizei': Dominus vobiscum, Ite missa est, e
deitar a beno, no se vire (21) nunca no meio do Alta!', por no dar
as costas ao Santissimo Sacramento; mas inuo semp!'e ao meio do Al-
tar far genuflexo, e beijando o Altar se virar da parte do Evangelho,
para d'ahi dizer: Domintts vobiscum, [te missa est, e dar a beno; e
quando for a passar p31'a a parte do Evahgelbo para dizer o de S. Joo,
far genufiexo diante do Santissimo. Sacramento, e se ir a parte do
Evangelho, e em o comeando se henzer a si, e no o (22) Altal', por
estar nelJe o Santissimo Sacramento. E acabada a Missa no se tirar
do Altar em nem-um (23) caso, sem primeiro vil' o Parocho adminis-
trar, ou recolher o Santissimo Sacramento.
TITULO XXIX.
DO ~lODO conl QUE SE lIA DE LEVAR, E AD~I1NISTRAR o SANTISSIntO SACRA-
MENTO AOS ENFERMOS.

102 So os Parochos obrigados por obrigao, e razo de seu


olDeio a administrar a Sagrada Encharistia a seus Parochianos (1) en-
fcrmos. Pelo que mandamos, que no s com summa diligencia, ecui-
dado lcvem o Senhor a seus freguezes doentes, sendo chamados, mas
que com o mesmo procUl'em (2) saber se na sua Parochia ha alguns en-
fermos, que estejo em perigo de morte, aos quaes se llaja de adminis-
II'al', para que com tempo se lhes administre, e no succeda que por
sua culpa morro seus freguezes sem receber este espiritual mantimen-
lQ das alma. E assim admoestem aos enfermos, ainda que o no es-
tejo gravcmente, a que tomem a Sagl'ada Eucharistiai e quando hou-
"el' de levar {) Santissimo Sacramento, mandar fazer o signal com o

(20) Conslit. Portucns. lib. 1. tit. 5. const. 8. ~ ultim,


. (21) Campcl. Thcsour. de Ccremon. foi. 27!~. n. 13. Constit. JEgilan. lib. 1.
li!. 7. e. G. n. 2.
(22) Campcl. ubi supra foI. 270. pl'OpC medium.
(23) Cons!. Drachr. til. 5. consto 3. n. 3. fol. 80.
(1) Cap. Cum infirmilas de Pcen. et remisso C. 1. de Celebrat. Miss. Trident.
css. 13. C. 6. de Sanclissimo Euchar. ~aclment. Laym. lib. 5. Sumo tract.!L c'.
5. n. 6. Palo p.4,. tracl. 2. d. unic. punet. 20. n. 1. Uarb. de Off. et polest. Pa-
I'OC. p. 2. C. 20. 11.31. Abreu lib. 2. C. 7. n. 59. curo seq. cllib. 9. cap, 4. scct.
2. n. 193.
(2) PaI. loc. cil. Abr. d. c.7. n. 63.
DO ARCEBISPADO DA l?AHIA.
sino (3) maior da Igreja, e tanger a campainha pelas l'uas; salvo se a
l1ecessirlade rio enfermo for lal, que no d lugal' a isso: e mandar que'
a casa do enfermo esteja limpa, (4) e preparada, e que haja uma mesa
(5) segura com toalhas lavadas, e duas velas accesas, capaz de pr so-
bre ella a ambula do Santissimo Sacramento em cima dos corporaes,
que levar um Clerigo na torma costumada. E encommendamos a todos
os nossos subditos, qMe ouvindo o signal acudo logo, e acompanhem o
Senhol'. E a s Dignidades. e Conegos da nossa S exhortamos, que
tambem o acompanhem na frma de seus Estatutos, para que delles to-
mem todos exemplos.
103 E depois de entrar na casa do enfel'mo diga (6) o Parocbo :
Paa; 1vuic dOI1'l,u. E se responder: Et ornnibus habitanl~'bus -in
ea.
E posta a ambula sobre o corporal, fazendo (7) gellntlexo, a incensa-
r com tres duetos, estando os circunstantes lodos de joelhos: e lenn-
taudo-se lanar agoa benta sobre o enfermo e mais circunstantes, di-
zendo a antiphona: Asperges me etc., e as mais preces, e oraes (8) do
Ritual Romano: e perguntar ao enfermo se est disposto para receber
o Senhor, e se se quer reconciliai'; e o ouvir de Confisso, querendo
o enfermo.
10h Feito isto dir para os circunstantes:
Este (9) nosso irmo como fiel, e verdade'i-ro Cht'isLo quer rece-
ber o Sants1no Corpo de Cftristo nosso Redemptor: pede-'vos
1'ezeis por elle 1tm Padt'e nosso, e 111100 Ave Maria, pcdulo anos-
50 Senhor lhe d gma, pam que dignanwnte o receba. E pelo
amor' de Deos pede perdo a qualquer pessoa, a quem tiver fto
algttma olfensa: e se alguem o tcm olfendido, elle com boa von(a-
de, e chal'idade Christ lhe perdoa.
E logo feita a Confisso geral pelo enfermo, ou por outrem em seu no-
me, quando no esteja capaz de a fazeI', dil' (10) o Sacerdote: Rfise-
1"caiut' vestri etc., e lanar a heno sobl'e o enfermo, dizendo: Indul-
gentia.tn etc., e feita a genuflexo se levante tirando da ambula oSanti -
simo Sacramento, e levantando a Hosla sobre ella dir:
Ecce (11) Agn11s Dei, ecce qui tollit peccata mundi.

(3) Ritual. de Saeram. Euchar. til. de Communionc illfirm. vcrs. Paroehus


igitur. Concil. Provillc. MedioJ. 5, Gavant. verbo Eueharist. n. l~O, Cone. Cons..
lantiens. sess. 13.
(4) Ritual. Roman. de Commun. infirmol'um ver. Paroch. Gav. verbo Eu-
char. n. 43.
(5) llitual. Roman. de Sacramento Euchar. l'ubri de Cmun. infirm. vers
Prremoneat. .
(6) Ritual. Rom, supra in I'Ubr. verso Ingrediens.
(7) Ritual. Rom. supra.
(8) Idem Ritual.
(9) Ccremon. Sacram. do Arcebispad. de Lisb. til. do Sanliss. acram. do
Aliar.
(10) ...Rilual. Rom. supra verso Bis dielis.
(t'J) Consl. U1yssipon. lib. 1. til. 9. dccl'. 6. 4-. et decl'. 5. 3.
CO~STITUIES

E logo dir:
Irmo: este o COllJO de nosso Senhor Jesus Chn'sto, Deos e IIo-
ntem verdadeiro: adorai-o, e pedi-lhe perdo de vossas culpas.
E fallanuo com o enfermo, dir tres ':ezes de salte, que o enfermo pos-
sa tambem ir dizendo: (12)
Senhor, ett no SOtt digno, nem mereo, que Vs entreis em mlha
morada, mas dita vossa Santa palavra, a minha alma ser salva.
E bastar que o enfermo diga estas palavras uma s vez, e quando dei'
a particula ao enfel'mo dir: (13)
AccilJe Fraler (vel Soror) viatiwm Corp0/"1's Domini noslri Jesu
Chrl'i, qui le wstod~'at ab hoste maligno, et lJerd-ucat l vitam
a'temam. Amen.
105 Se a Communho se no der ao enfermo por modo de viati-
CD, dir: (H) Corpus Domini nostri etc. E se a necessidade do enfer-
mo no der lugar para se dizel'em todas as preces, dito blisereatur ves-
(ri. deixadas todas, ou pal'le das preces, logo d o viatico (15) ao enfer-
1110. E dada aCommunho, purificados os dedos, e dado o lavatorio ao
enfermo, dir: Domws vobiscum, e a orao Domine SanctePatel'etc.,
c feitas as mais ceremonias. que manda o nitual Romano, se voltar
para a Igreja com o mesmo acompanhamento, aonde posto () Santissi-
mo Sacramento sobre o Altar, o incensar tres vezes, e dita a orao,
DeliS qui nob1's sub Sacramento, virando-se para o povo dir:
A todas as pessoas, que acompanhl'o o Sa-ntissno Sacramento
. -o concedidas muitas indulgencias pelos Summos Pontifices: e o
nosso Prelado lhes concede os seus (16) q'uarenla d'ias.
106 E se pela distancia, difficuldade do caminho, ou por no ha-
,er Sacrario na Igreja, o Sacerdote no lerar mais, que a particnla OH
p:ll'licula necessarias para commnngar o enfermo, ou enfermos; o mes-
mo Saceruote, dada (17) a Communho ao ultimo enfermo, reciladas
as dilas preces, e declal'adas ao POYO as indulgencias, como fica dito,
c apagados os lumes, tirando o pluvial, e estola se recolha sem solcm-
nidadl', nem acompanhamenlo Igreja, e os mais a suas casas.
107 Por viatico (18) se administrar ao enfermo a sagrada. Eu-
rhal'istia, quando pl'ova\'el, que a no poder receber outra vez: e se

(12) l\Iallh. 8. 8.
(13) Hilual. Rom. VCIS. Deindc fa.:la.
(L4) Jl.ilual. Rom. sup. verso Si ycro Communio.
(15) Ritual. Uom. sup. verso Quod si mors immineat.
(16) C. Cum ex eo de Pcenil. el remission. et ihi Barbos. n. 5. el de Polesl.
Episcop. p. 3. alleg. 88. D. H. Gav. in Manual. "erb. Indulgenliro D. 10.
(17) CODSl. lEgilan. lib. 1. lil. 7. C. 8. n. 9. Ui!. Uoman. IiI. dc Cmun.
infirm. verso Quod si oh difficullalem. Concil. Provinc. Medial. 1. Gavant. vcrl.h
Euchar. D. 47. Barb. de Olf. el polesl. 11 ar. p. 2. alleg. 20. n. 33.
(18) Abr. lib. 9. c. 4-. secl. 5. 2. n, 190
DO ARCEBISPADO DA BARIA. 49
o uoentc depois de commungar por ...-iatico rircr (19) alguns dias, ou,
depois de harer melhorado, tOl'oar a perigo de morte, c quizer com-
mungar (20) mais vezes por viatico: manuamos a cada um dos Paro-
chos lhes le....e a casa o Santis imo Sacramento todas as vezes, que oc-.
correr tal necessidade. E posto que a no haja, se os enfermos por sua
deyoo (21) quizerem commungar mais vezes na doena, por 'ser di-
I:ltada, O Parocho lhes levar o Santissimo Sacraqlento as vezes, que
lhe pal'ecer, segundo seu prudente arbitl'io; de maneira que nem lhes
fal te na necessidade, nem fra della os pri ve desta consolao espiritual;
nem tambem se lhe administre o Senhor imprudentemente, e com in-
decencia~
10S Prohibimos cstreitamente aos Parochos, quc tcndo informa-
o, que o enfermo tem yomito, ou outro impedimento, em razo do
qual no possa sem pcrigo commungar, lhe no levem o Santissimo Sa-
cramcnto smente para (22) o adorar. Porm se o dito impedimcnto,
ou noticia delie lhe sobt'erier, cstando j cm casa do enfermo, neste
caso lhe mostrr (23) o Santissimo Sacramento, e o consolar: dccla-
ralll..lo-lhe como com o dczejo, que tinha de receber o Scnhor, o ficare-
eebendo espiritualmente. E porque por estas, e outras cousas pde
succeder, que o enfcrmo no commungue, e, no havendo na Igrcja
Sacrario, neccssario que se consuma a particula consagrada, que ia
para o enfermo, por taDto, mandamos ao Parocho, ou Sacerdote, que
rol' administrar a Sgrada Communho, de Igreja onde no houver Sa-
crario, r em jejum (24) natural, acabando a Missa sem tomar lavato-
rio, para podcr consumir a particula depois de tomar Igreja, e enl o
tomar o la.. . atorio.
'" 109 Pde-se administrar o Santissimo Sacramento por datico
:lOS enfermos, posto que no eslejo em jejum oatUl'al, se deoulra ma-
neira (25) no puderem commungar: porm harendo de commungar
em casa por devoO, se lhes no administrar o Santissimo Sacramen-
to seno estando em jejum (26) natural. E se alguma pessoa em nos-
so Arcebispado morrer sem o Sacramento da Eucharistia por culpa, ou
negligencia do Parocho, cujo fl'eguez for, ou em cuja Freguczia se achar,
cnelo o tal Parocho requcrido, ou constaudo-Ihc l27) da necessidade,
po to que requerido no fosse, ou pOl' outra . . ia for comellcido de cul-
pa ser preso, l2S) e suspenso do Omeio, e Beneficio por tempo de
um anno, e haver as mais penas, que nos parecer livrando-se do alju-

(19) Barb. de Par. p. 2. e 20. n. 42.


(20) Abr. dict. ~ 2. n. 197. in fine.
(21) Pos ev. de Ome. Curato e. 8. n. 32. Possev. de Paroe. d. ~ 2. n.197.
in prineip.
(22) Deeisum refert pra:ds Episeop. versie. EueharisLia arl qllintum.
(23) Consto l!Iyssipon. lih.1. til.. 9. deeret. 6. ~ 7.
(24) ConsliL. Ut)'S ipon. Tib. 1. tiL. 9. deeret. 6. ~ 8.
(25) Coneil. Constantiens. sess. 13. c. Si quis. e. de his 26. q. G. Earb. de
ome. et polesl. Paroe. p. 2. alleg. 20 n. 41. PaI. p. 4. tI'. 21. d. unie. pnneL. 13.
n. 11. D. 'fhom. q. 80. arl. 8. Abr. lib. 9. c.. !t.. seet. 5. ~ 2. n. 192.
(26) Abr. diet. ~ 2. n. 197.
(27) C. Presbyler. 93. de Conseer. disto 2. e. Si Presbyter. 26. q. G.
(28) Glos. verbo sine Confesso in e. Offieillm de ome. ArchipresbyL. lexl. in
C~ l're byteri 25. q. 6. e. Si Presbyter ead. eans. ct q. Thcmud. p. 2. deei . 231.
Varino in fragm. erimin. verbo Clerieud37. Constit. ~gitan. lib 1. til. 7. e. 7.
11. 13.
50 CONSTITUIES
be. E os nossos Visitadores tero grande cuidado em suas visitas de
perguntar muito particularmente por este caso.
110 Se os doentcs, que tiverem necessidade de commungal', vi-
verem distantes da Igreja, ou Ol'atorio por Ns approvado, (29) quasi
quarto de legoa, ou ainda que seja menos a distancia, se o caminho for
tal, ou o tempo de tanto "ento, ou chma, ou no houvel' gente para
acompanbar, de sorte que se no possa levar o Senhor sem perigo e
com a decencia devida, concedemos, que possa o Parocho dizer Missa
(30) na mesma casa do enfermo, se for decente, ou em outra vizinha
mais conveniente, levantando Altar, em que sem duvida haver pedea
de Ara, e os mais requisitos na forma do Ritual Romano' mas (fra da
Hostia) no consagrar mais partcula;;, que as llecessias para os do-
entes (31) commungarem. E encarregamos as consciencias dos Paro-
chos, e Sacerdotes, para qne no usem desta licena de celebrarem em
Altar pOltalil, seno quando (32) concorrer a tal necessidade da parte
dos enfermos, e bouver difficuldade para se celel)rar em Igrejas, Ermi-
das, ou Oratorios approvados. E tero os Parocbos particular cuidado
de encommendar s pcssoas, que assistirem aos doentes, que, quan-
to a enfermidade der lugar, fao com que o dia, em que se homcr de
dizer Missa em casa, a fim ilc se administrar aos doentes o vialico, no
seja Domingo, ou dia Santo de guarda, porque no succeda ficar o po-
vo, e mais freguezes (33) sem Missa.
TITULO XXX.
cmlo DE NOITE SE NO HA DE ADMINISTRAR A SAGRADA COfllll1Ul'iHO: !<EM LE-
VAR AOS ENFERMOS SE~I RGENTE NECESSIDADE; NEM PERMITTIR s MU-
LHERES ACOMPANHAR ENTO AO SANTlssmo SACRHlENTO.

111 Prohibimos, que se no administre nem na noite do Natal,


nem em outra qualquer, antes de ser manh, (1) a Sagrada Commu-
nho assim a homens, como a mulheres, ainda que seja com o pl'ctex-
to de devoo, e p(~dade: e os Sacerdotes, que contra este decreto de-
rem a Communho de noite, sero suspensos do uso de suas Ordeu a
nosso al'bitrio,
-l' 112 E mandamos, que se no leve o Senhor rra de noite aos
enfermos, salvo estando em perigo de morte: o que constar aos Paro-
chos nesta Cidade, e mais lugares, onde houver Medicos, por certido
sua jurada (2) aos Santos Evangelhos: e aonde os no hO\lyer, ou no
der o perigo lugar a isso, bastar que conste delJe claramente ao Paro_

(29) CODstit. UIysssip. lib. 1. til. 9. decr. 6. SI 8. ConsLlut. Brach. tiL. 5.


conslit. 5. fol. 86.
(30) Trid. sesS. 22. in decreto de Observat. el vit. in celebraL. Miss. Naval'.
in Manual. C. 25. n. 82. Constit. UIyssipon. loco cilat. foI. 55.
(31) Consto UIyssipon. dct. ~ 8.
(32) Consto UIyssipon. loco citat. Brachar. til. 5. const. 5. foI. 87.
(33) Ad ea qu<e Abr. de Paroc. lib. 4. C. 8. n. 6!~. cum duobus sequentib.
(1) lEgid. de Corunch. q. 80. art. 10. in fino PaI. p. !C'. tracL. 21. d. unir.
punct. 16. n. 3. post medi um.
(2) Barb. de Par. p. 2. C. 20. n. 3~. Suar. tom. 3. d. 66. sect. 5. Paul. La-
ym. in Theol. Moral. lib. 5. tract. 4. C. 5. n. 6. Constit. U1yssipon. li. 1. liL. 9.
decret. 6. ~ 6.
DO ARCEBISPADO DA BAHIA. Gt
cho: e o que lerar o Senhor fra de noite, ou a enfel'mo que no esti-
ye'r em jejum natural sem necessidade, ser castigado a nosso arbitrio.
E porque com motiro de piedaue Christ no succedo alguns inconve-
uientes, de que Deos se orrenda, mandamos, sob pena de excommu-
nho maior ipso facto inCUirrenda, e de dous mil ris para a S, e Mei-
rinho geral, que nem-uma mulher (3) de qualquer estado, qualidade,
ou condio que seja, acompanhe o Santissimo Sacramento, antes de
ahir o Sol, ou depois de posto.

TITULO XXXI.
DA OBRIGAO, QUE TE~I os QUE NAVEGAO 'o TE~[PO DA QUARESMA PARA COI\1-
l\lUNGAR, ANTES DE SE EMBARCAREM, E os ENFERMOS PELO TEMPO
PASCHAL.

113 Confol'mando-nos CGm a disposio do Concilio (1) Provin-


cial Bracharense, que est funJado em boa I'azo, mandamos, que to-
das as pessoas deste nosso Arcebispado, que no tempo da Quaresma se
embarcarem para partes remotas, se no ausentem, sem que primeiro,
precedendo Confisso Sacramental, satisfao ao preceito da Sagrada
Communho Paschal em sna Parocbia: alis, passado o termo, que tem
para o cumprir se proceder contra eHes, como com os rebeldes, na
fl'ma que se ordena no titulo 36, num. 140.
1 U Mandamos outro-sim, que os enfermos, que recebro a Sa-
grada Communho fra do tempo destinado para satisfazer ao preceito
fia Commullho Paschal declarado nestas Constituies, communguem
outra tez dentro do dito tempo; por quanto com a primeira Commu-
nho recebida fra do tempo Paschal de nem-um modo (2) podem sa-
tisfazer obrigaO, que tem de commungarem pela Paschoa da Res-
surreio.

TITULO XXXII.
COMO SE EXPOR o SANTISSl1l10 S.\CRAMENTO El\1 QUINTA FEIRA DA SEl\IA 'A SAN-
TA, E QUE SE NO Ex.POftA' Enf OUTRO TEllPO SEM LICENA; E COliJO SE
ADMINISTRARA' AOS ENFER~IOS NAQUELLE TRIDUO.

115 Celebl'a a Igreja Catholica o Offieio da Cea de 110SS0 Senhor


JESUS Chl'isto em quinta feil'a da semana Santa, na qual o mesmo Se-
nhol', havendo-se de partir deste mundo (1) para seu Eterno Padre, ins-
tituio o Altissimo, e Santissimo Sacramento da Euchal'istia, e nelle nos
deixou as riquezas (2) de seu divino amor, e se hOll"e to prodiga sua

(3) Constit. UJyssip. loco eitat. Algarb. lib. 1. e. 38. ~ final.


(1) Cone. Provine. llraeharens. aet. 5. cap. 30. Constit. PorLuens. lib. 1.
tiL. 5. eonslit. 11.
(2) Ritual. Roman. de Saeram. Euchar. til. de Comml1n. Paseha1. verso
iEgro!. Ueginal. in Praxi prenti. lib. 29. e. 5. q. 3. n. 76. Faeiunt qure PaI. [l.
4. traeL. 21. d. unie. punet. H. n. 8.
(1) Clem. unic. de Reliq. et venero Sanct. Trident. sess. 13. c. 2. eL ibi Barb.
num. 2. Mattb. 26. Mare. 14. J"uc. 22. Joan. 6. D. Thom. in Opuseul. 57.
(2) Trid. dieL. c. 2. D. Hieron. Epist. ad Rustie. Gone!. in Manual. lrae!.
q.. de Euehar. Sacram. e. 1. 4. et e. 3. el e. 9. per totum.
52 CONSTITUIES
dhina, e immensa liberalidade, que se nos deo a si (3) mesmo em man-
jar, para que o homem cabido na culpa com o bocado do pomo da al'-
vore da morte, se leyantasse, comendo este bocado da anore (.&) da
vida.
116 E posto que a Igreja Catholica por occupada neste dia com
as Confisses dos fieis, sagl'ao dos Oleos, ceremonia do Layaps, e
mais Officios Divinos, e no poder ento solemnisar plenamente to al-
to Sacramento, resenou (5) a festa de sua instituio para a quinta fei-
ra depois do Oilavario de Pentecoste; com tudo ordena, que na mesma.
Quinta (6) Feira da semana Santa se exponha (7) o Santissimo Sacra-
mento com a solemnidade, culto, e ornato possivel. Pelo que ordena-
mos, e mandamos, que nas Igrejas, e Mosteiros do nosso Arcebi pado,
em que houver Sacrario, e possibilidade para decentemente se ornar
o Sepulchro, e alumiar ao menos com quarenta lumes de cera Immca,
e do tamanho, que posso durar o tempo costumado, se exponha o
Santissimo Sacramento na frma, que ordena o Ceremonial Romano, e
nesse dia o Parocho coro dous Sacerdotes ao menos celebre (8) o am-
cio na frma do Mis,al.
117 Exhortamos, e mandamos aos Parochos, e mais Sacerdotes,
e Clerigos de Ordens Sacras de nosso Arcebis})ado, que em quanto o
Santissimo Sacramento ~stiver exposto nas Igrejas, o acompanhem, (9)
vigiando, e assistindo sempre de dia, e de noite com muita devoO, e
acatamento, revesando-se conforme o numero delles, no que prover
o Parocbo, para que com seu exemplo se disponho os leigos (10) a
fazerem o mesmo, aos qaaes outro-sim exbortamos acompanhem ao
Senhor todo o tempo, que puderem, em quanto assim estiver exposto.
-+< 118 Porm na Igreja, em que no homer SaCl'ario, mandamos
se no exponha o Santissimo Sacramento sem especial (11) licena
nossa, sob pena de quatro mil reis, que pagar o Parocho, que em sua
Igreja fizer, ou consentir se faa o contrario.
119 E na S Metropolitana depois do Omeio de Sexta Feira San-
ta, como costume, se far a Procisso do Enterro, e ficar o Senhor
no tumulo at dia de Paschoa, alumiado sempre com cera bastante: e
nas mais IgI'ejas de nosso Arcebispado no ficar (12) o Senhor at o
dito dia; salvo precedendo licena nossa in script. E o Parocho que

(3) Joan. 6. dict. Clero. unic. de Reliq. et venerat. Sanctor. Chryso t. Ho-
mil. 6'1. ad populum Antioehen. D. Damasc. lib. 4. Fidei c. 1'f.. D. August. E-
pist. 120. c.9:1.
(4) D. B~rnard. in Apoca1. e. 22. D. Cyril. Alex. lib. 4. in Joan. cap. 2,
D. lrenreus. lib. 4. adverso Hreres. cap. 34. Joan. de Lug. de Sacram. tom. 1.
lract. de Vcnerab. Eucar. Sacram. d. 12. sect. 4. n. 89.
(5) D. Thom. Opu se. 57. offie. inCra octav. fest. Corpor. Chrisli. Clem.
unie. de Reliq. et venerat. Sanetor.
(6) Cilem. llOie. de Reliq. et vencrat. Sanct. vers ln die namque.
(7) Consto U1yssip. lib. 1. tit. 9. decreto 7. Si 4. foI. 38.
(8) Conslit. U1yssipon. ubi supro lEgitan. lib 1. tit.7. constit. 10. in fine
prineip. Const. Laroec. lib. 1. til. 6. C. 5. 1.
. (9) Constit. U1yssipon. ubi supro lEgitan. consto 10. n. 1. T.amecens. loco
ciLato.
(10) Ad ea qure Trid. sess. 23. de Reform. e. 1. Abr. de Par. lib. 2. c'. 8.
n. 68. cum seq.
(11) ConstiL. Braehar. tit. 5. Consto 9. U1yssip. lib. 1. tit. 9. dccret. 7. !~.
(12) Constit. Braehar. loco citat.
no ARCEBISPADO Dr BAHIA. 53
consentir, e officiacs do Senhor, ou fr guczes, que COllCO],l'Crcm com o
necessal'io, para que o Sell/101' fique scm nossa licena, sero castiga-
dos a nosso arbitrio.
120 Pl'obibimos quc O Santissimo acramento se exponha em
cofres de pessoas particulares, que l1ajo de servil' para outros ministe-
rios profanos; mas ou se ex.por em custodias, ou em cofrcs (13) da:
mesmas Igrejas pa!'a isso deputados; os quaes, depois de senirem para
este ministcrio sagrado, no serviro mais para usos profanos.
-l< 121 E pal'a que se possa acudi L' s necessidades dos enfermos,
mandamos a cada 11m elos Purochos de nosso A1'cebispado, sob p na de
dons mil ris para a S, e Meirinho, e mais penas (lue no pa!'ccel',
que Quinta Feil'a da Cea (14) do Senhol' dehe HosLia, e pa1'ticula bas-
tante , as quaes gua!'da1' no mesmo cofre, em que se expuzcl' o San-
tissimo Sacramento, en em alguma ambula. E sendo exposto em cu -
lodia, por a ambula com a llos[ia, e parLiculas consagradas uetraz da
cl1storHa, para dahi o le"ar aos enfermos: e nestes dias d Quinta Feiril
Sexta Fcira, e SalJbado Santo se n50 lc"ar o SoollOr (15) aos enfermos,
alro havcndo to grande (16) necessidadc, ou perigo, que se no pos-
sa dilatai' para a Dominga de PascLoa da Hesurreio: e sendo lcrado
o Senhor nestes Ires dias fora, il';1 com a mesma solemnidadc, l~ PI'O-
(',isso com a Cruz bai~a :lle a Sexta Feira antes da adora.o' da CnlZ, c
sem (17) camlJainl13; nem se dar sigrl3l, ou repique (18) nos sinos,
depois de terem cessado na Quinta Feira, at queno C'abbauo (19) ~an
to se comece o Gloria t excelsis Deo.
122 E po!'que to nccessal'ia, e pi ecisa licena nossa para se
cxpor o Senhor ao povo fra do Sacrario em qualquel' dia, que nem
ainda os Regulares (20) o podem expor sem ella, e lhes appl'oyarmos
as causas, como repelidas vezes o tem declarado a Sagrada (21) Con-
gregao, prohibimos que nas Igl'ejas de nosso Arcebie.pado se lJo ex-
ponua o Santssimo Sacramento ao poro fra do Sacrario em ouLro uia
Oll tempo do anno sem priyjlegio Apostolico (22) por l\s Yisto, e exa-
minado, ou licena (23) nossa por escl'ipto. E o Parocho queeXpllZel'~
OH consentir e:por-se o Senhor contra a rrma dest, Constituio, ser
castigado a nosso arbtrio.

(13) C. Quro semeJ.19. q. 3. c. ligna. c. Vcstimenta de consecr. disL. 1. C,


muncipia de rCl'um permuto Constil. U1yssip. d. decret. 7. ~ !~.
(lf~) C, De Custod. Euchal'ist. C. Sane de cclebr. Miss. Concil. Trid. ses-o
13. c. 6. et cunon. 7. Constit. Lamec. lib. 15. til. 15. ~. LEgitan. lib. 1. til. 7.
C. 10. n. 7.
(i;;) Congrego Epi C. Aug. anno H91. Gav. verbo Eucharislia. n. 19.
(16) Constil. U1yssipon. lib. 1. tit. 9. decr. 6. 10. Tridcnt. sess.13. c.9.
C. 'PresbyLer. de consec\'. dist. 2.
(17) Consl. Ulyssipon. dict. 10.
(18) Consto U1yssipon. loco citaLo.LEgiLan. lib. 1. til. 7. c. 10. n. 9.
(19) Consto LEgitan. d. n. 9.
(20) Gav. verbo Eucbar. n. 153. ct verbo Uegulal'ium jura sub Episcop. n.
19. Cardo de Luca in suo Vescov. practico C. 24. O. 18.
(21) Barb. in Sumo Apo tol. dec. collect. 634. num. 3.
(22) Consl. Ulyssipon.lib. '1. tit. 9. dec. 7. G. rol. 59. Lamec.lib. f. til. 6.
C. 5. ti.
(2;\) Crav. dicl. verbo Eucbarist. n. 53, Const. U1yssipon. loco ciLato.
7
51 CONSTITUIES
TITULO :XXXIII.

BO SA~'fO SACnA:IIlENTO DA PENITENCIA: E1I1 QUE CONSIS'fA ES'l'E SA.CRAME 'TO,


SUA Ii'iSTI'l'UIO, E IMPORU':CU.

123 E" o Sacramento da Penitencia a segunda (1) taboa depois


do naofragio: porque tanIa que um homem lJaptizado nanfl'agou pela
cl1lpa mortal, perdendo a graa de Deos, que no Baptismo tinha recebi-
do. no llie r~sta olltro remeilio para se salvar neste naufrago, mais
ql1e esta lahoa do Sacramento da Penitencia, confessando (2) inteira-
meute, e com dor os seus peccados ao legitimo Ministro, e .alcanando
por este meio a absolvio deJles.
12ft Instituo Chrislo Senhor nosso principalmente este Sacra-
menlo depois da sua Resurreio, quando communicou aos Discipulos
o ESj)irilO Santo (3) dando-lhes poder (e nclles a todos os Sacel'dotes
fUlul'Os) [ara ahsoherem de todos os peccados, e dizendo-lhes, que to-
dos os que elles perdoassem, serio perdoados: e todos os que no qui-
zessem perdoar, n:lO sel'io perdoados.
125 Consiste este Sacramento cm muitas cousas, que para elle
so necessarias; umas da parte do penitente, que o recehe, e outras da
parte do Sacerdole, que o administra. O penitente que o recebe, ba
fie concorrer com a (lI) contrio, (5) confisso, e (6) satisfao. O
Sacerdote que o 3(lministr:l ha fie concorrer absolvendo, (7) e ha de ter
para isso legitima faculdade, ou ol'dinaria, (8) ou delegada, (9) de quem
lh'a pde dar.
126 A materia deste Sacramento so os actos (10) do penitente,
cabindo sobre os (11) peccados, que se confesso. A frIDa so as pa-

(1) C. 2. de Prenit. disto 1. Tdd. sess. 6. de justir. c. 14. et cano 1. et 2. de


Sacram. Prenit. Suar. de Prenit. tom. 4. d. 16. seet. 1. n.4. cum seC[. Sayr. de
Sacrament. in gen. lib. 6. c. /~. q. 1. verso Prenit.
(2) Trirl. sess. 14. de Sacmm. Prenit. c. 5. et cano 7. et c. 4. et 6. D. Thom.
p. 3. C[. S/~. art. 3. Sot. in /~. d. 18. q. 4. art. 1. et d. 20. q. 1. art 3. conc. (~.
Vasq. tom. 4. q. 81-. art. 3. dub. 1. et q. 93. art. 1. duJJ. 1.
(3) Joan. 20. l\faLLh.16. Trid. sess. 14. de Sacram. Prenit. c. 1. et cano 3.
de Sacram. Prenit. TorrebIanca de Jur. spirit. Iib. 2. c. 10. n.18. Gonet. inl\fa-
nuaI. tract. 5. de Saeram. Prenit. S) 2. n. 4.
(4) Trid. sess. 14. de Sacram. Pren C. 4. et sess. 6. de justificat. cap. 14.
D. Thom. in Supplem. q. L art. 2. ad 2. Bapt. Gonet. in Man. traet. 5. de Sa-
eram. c. 1/ per totum.
(5) Trid. d. sess. i/L c. 5. et cano 7. et 8. PaI. p. /~. traet. 23. d. unie. pun-
et. 8. per lotum. D. Thom. in 4. disto 47. q. 3. art. 1/. Suar. tom. 4. de ProniLent.
ti. 22. sect. 1.
(6) Trid. d. sess. H. e. 8. et cano 4. PaI. dict. d. umc. punct. 21. Si 2. n.
1. Gonet. d. Lract. 5. C. 7.
(7) Trid. d. sess. 11/.. e. 6. et cano 9. D. Thom. 3. p. q. 84. art. 3. Suar.
tom. 4. de Pren. dispo 19. seet. 1.
(8) Tri.d. d. C. 6. PaI. p. 4. tI'. 23. d. unie. punct. 13. n. 9. Barb. de omc.
el potest. Par. p. 2. e. 19. n.1.
(9) Trid. ubi proxim. Palao loco citato, et punct. 14. per totum, iEgit. de
Coninch. d. 8.de Pren. club. 5.
(10) Trid. sess. 14. de Sacram. Prenit. C. 3. Diximus supra sub n.125.
(1'l) Trid. ubi proxim. Barb. ad dict. C. 3. n. 3. D. Thom. q. 84. art. 1.
PaI. d. unic. punct. 6. n. 1. Hmiq. Sumo Iib. 4. C. 9. et 10. HurLad. de Sa-
crm. IracL de Prenjt, d. 4. difficultale 1.
DO ARCEBISPADO D. BARH.. 55
lavras da absolvio, que diz o Sacerdote, (posto que nem todas sejo
(12) de essencia-)
Ego (13) te absolt,o peccat t'uis in nomine Patl'is, et Filii, et
SlJ'uS Sancti.

127 O Ministro legitimo deste Sacramento o Saceruo!e, que tem


jl1l'isdio (H) ordinaria: e s o pde ser o Sacerdote, porque s aos
Sacel'dotes concedeo (15) Christo Senhor nosso o poder para consagrai'
o seu Corpo natural, assim como s aos Sacerdotes deo poder sobre o
seu Corpo myslico, alJso1Ycndo aos fieis no fro da Pel.lilencia Sacra-
mentaI.
128 E' este Sacramento preciso, e totalmente necessario para a
alvao a todos aquelles, que peccro (16) mortalmente depois do
Baptismo: e assim de dil'cito Divino (17) tem elles o]Jl'igao de o rece-
]ler, on na realidade podendo, e tendo copia de Confessor, ou por de-
sejo, (18) se no tiverem, com quem se posso confessar, al'l'ependen-
do-se com vel'dadeil'a contrio de todos sens peccados, e com propo-
sito de os confessar, tenuo occasio para o fazer.
129 E posto que esta ohrigao no fosse determjnada por pre-
ceito de Chrislo em quanto ao tempo, para nos (19) contes -armos em
vida, a Igreja Calbolica (20) determinou este tempo aos fieis de um, e
oulro sexo com preceito grave de confessarem todos seus peccados mor-
laes, ao menos uma vez cada anno e faltar a estc pl'eceito peceado
(21) mortal.

(12) Trid. sess. 14. de Sacro Pecnit. c. 3. el ibi Barb. n. 1. YalenLLom. 4,. d.
7. q. 1. punct. 3. verso ad illud IEgid. de Coninch. de Sacram. lom. 2. d. 4. de
Prenit. dub. 8. a n. 49. Hurtat. de Sacro tract. de Prenit. d. 5. difficulL. 4. et d.
4. dilficull. 1. vers. ad ralionem.
(13) ConciI. Trid. sess. 14. de Sacram. Pren. C. 3. et can. 7. in fine. PaI. p.
4. tract. 23. d. unic. punct. 5. n. 2. verso sedo oIDnino.
Cll.) Diximus n. 125.
(15) Joan 20. Trid. sess.14. C. 3. cl6. etcanon. iO.Barb. dict. cano 10. n.
14. verso Sacerdotes. Valer. Reginald. lib. 1. C. 1. Fagund. in 5. Eccl. prreceplis
prreccpL. 2 ..lib. 7. c. 1. n ..1. . .
(16) Tncl. sess. 6. clcJustlfic. c. 14. el sess. 14. de Sacram. POOI1lt. cano 2.
D. Hieron. tom. 1. in Episl. ad DemeL quC incipit, inter omnes. Bellarm. p.
2. lib. 5. C. 1.
(17) Joan. 20. Tricl. sess. 14. cano 6. Hcnriq. lib. 2. de Baplism. C. 3. n. 3.
Suar. 10m. 3. p. 3. d. 69. arl. !t.. et d. 31. sect. 1. concl. 1. et d. 40. secl. 1.
concl. 3.
(t8) 1. Pelr. 4. D. Aug. tract. 5. in EpisL. Joann. D. Leo Papo Epist. 91.
ad Theod. Pal. dict. d. unic. punct. 4. n. 13.
(19) GuilherID. Parisiens: de Sacram. Prenit. C. 14. Auge], verbo Coufcssio
1. !\l 3. D. 'fhom. in Supplem. q. 6. art. 5. Sol. in 4. disto 18. q.1. art. 4. La-
ym. lib. 5. Sumo lract. 6. C. 5.
(20) C. Omnis utriusq. sell.'llS de Pren. et remisso Trid sess. 14. do Sacram.
Pecnit. cap. 5. et cano 8. Darb. acl dict. C. omnis n. 5. et ad d. Trid. n. 9. et de
offic. et potesL. Paroc. p. 2. cap. 19. num. 17. D. Thom. q. 90. art. 3. dub. I.
n. 5. et 15.
(21) Abr. de Par. lib. 8. c. 14. sect. 4. n. 628. et n. 631. prope. meclium.
CO ~STlTTJ1ES
TITULO =-r;,XIY.
1l.\ CO'i'I'RI . CO:\FISSO, E SATISFA~O, QUE SE REQ{;ER PARA O SACRAME:'i-
TO DA PE,'ITE:'iCI.\ E DOS EFFEITOS QUE ELLE CAUSA.

130 K muito para lastimaI' ycr a pcrdi~o, e ruina de tanlas al-


ma : quantas se condcmno por mal (1) confessadas, e por fallarem a
alguma da COlisas nec ssarias para a Confisso, comerlendo por e La
rall~;'t a medccilla em p"onha, c o Sacramento em sacl'ilcgio. Para
;:cutlinl1os pois a este tno grande damno, expiicaremos aqui bl'evemell-
1c o que est obrigado a fazer o penitente, para que a sua Confisso se-
ja hem 1eita, e lambem os eefeitos que cansa cm uma alma o Sacramen-
to da Confisso, 011 Penitencia. Primeiramente [res so as cousas, ou
aclos: que lia de fazer o penitente, para a]call3l' pel'feita remisso dos
vecca<1os pelo Sacramento da Penitencia, como declara o Sagrado (2)
C\'l1riljo Tridcnlino; comecemos pela eorlll'io, qne a primeira.
131 ConLrifo (3) uma do!', peza!', dctestnao, e a!lot'J'ecimen-
to dos pcecados, com proposilO fI:'me de nunca mais peccal' com a g!'a-
1:'1 de Deos. Esla dor, e contrio, OH pCI'feita, ou imperfeita: a pri-
meira se chama absolnlamenle Contrio, e a imperfeila se chama At-
Iri:o. \. CODtl'io (4) perf~ita uma dOI', c aborrecimento dos pec-
r.aJo por serem oITensa <le Deos, e por ser Deos quem , digno de ser
amado sobre todas as cousas por sua inGuita bondade, com um propo-
:i\o f]rme de nunca mais o oll'endermos. A AUrio ou conLrio (5)
imperfeita uma dor, e pezar Lambem dos peccados nnscida da consi-
derao de sua torpeza, ou penas do infemo, que por elles se tem mere-
rido: oro pl'oposito !irme tle nunc:) mais peccar ajudado da DiYinagra-
~;). O Acto de (6) Contrio se faz desta sorle.

Peza-rne, Sen71a)', sobre todas as cousas de 'l'OS (er offend'ido por


s(trcs Y6s, quem S01'S, eporque 'tos amo, e estimo sobre l1~do, por
'l:ossainfinita bondade: eproponho firmemente com '!.'ossa graa de
1Hl?lca mais 'Vos arrendeI'.
E o Acto (7) de Atll'i~.ao se. faz desla sorte:
Pcza-111e, Senhor, sobre todas ClSCO'llSas clevos ter o!fcndlo, pela.-
torpeza de meus lJeccados, ou peTas penas do l(er1lO, que p01' el-
Tc mereo: e p1'oponTw firmemen(e com 'vossa gma de nunca mais
'Vos oRnde)'.

O) Alma inslruid. tom. 3. c. 3. docum. 2. n. 152. cum seq. foI. 59i. Prre-
'u1 Zambrana Desperlador lom. 4. Sermon. 50. cl56.
(2) Trid. sess. 14. de Sacram. Prenit. C. 3.
(3) Trid. ubi supro C. l~. Barb. ibi D. 2.
(4) Trid. dict. C. /j.. verso et si contrilionem hanr. Barb. ib. n. 3. ,ers. ali-
quando. Abr. lib. 9. c. ii. secl. 2. n. 226. curo seq.
(5) Suar. lom. 4. d. 5. Joan. de Lug. de Sacram. lrac!. de Pcenil. d. o. sec!.
!lo ii n. 130. J,aym. in TheoJog. Moral. lib. 5. lrac!. 6. cap. /j. Torre Blanc. de
Jure ~pirjl. Jib. 4. C. 7. cum seq. Abr. d. C. 5. sccl. 2. 2.
(6) Ad Trid. dict. sess. 1 :~. C. 4. P aI. 146. Isai. 61. t. Alma inslruda lom.
~. C. a. Dum 93. usq. ad num. 113. Paradis. animm secl. 3. de Pam. 9.
(7) A ea qll~ Gonet. in l\Ianual. lract. 5. ~ 4. cap. 3. el /j,.
DO ARCEBISPADO DA BARIA.. 57
132 EnLI'e estes dous Actos de Contrio, e Attl'io ha grande
llifl'ereoa, e , que o primeiro de Contrio feito de Yeras, e de C01'3-
<;o. como se deve fazer, aioda antes do Sacramento da Confisso, nos
poem em graa, (8) e amizade de Deos: porm a Altri.o (9) no
llssimj porque fra do Sacramento da Confisso no basta para nosjns-
liDear, e pr em graa de Deos' mas ajuntando-se a Attrjo com eslr.
.,acramento, C havendo TCTdadeiro proposilO de no peccar, e esperan-
a de alcanar perdo de Doas, basta pal'll (10) a justificao. Por tan-
to deve o penitente, para qne a sua Confisso seja boa, ter (11) algum
(1cstes dous Actos de Contrio, ou Atlrio: e para melhor ambos, ou
o (12) primeiro, que mais seguro.
133 A segunda cousa, que deve fazer o penitenle a Conllsso
(13) Toca1, e inteira (H) de todos os seus peccados com ascireunstan-
eias (15) necessarias: e para que esta sna ConfiSSO seja inteira, e \'el'i-
dica, dere tomar tempo bastante para ex.aminar com diligencia, e cui-
dado a eOlJsciencia antes da Confisso, discol'I'endo (16) pelos Manda-
mentos da Lei de Deos, e da Santa Madre Igreja, e pelas obrigaes de
eu cSlado, Yicios, companhias, tratos, e inclinaes que tem; vendo
como pencou por pensamentos, palanas, e obras, e fazendo quanto pu-
der por distinguir, e averiguar as especies, e numero- dos receados. O
qual exame feito. procuraro Confessol', a quem hO de dizer todos os
seus pcceados, (17) e os mais que depois do exame lhe lembrarem. E
reque ernos a todos os nossos subdilos da parte de Deos nosso Senhor,
que no deixem de confessar peccado algum por pejo, e vergonha, ou
temor dos Confessores, ainda que o pcccado seja o mais graTO, e enor-
me, que so pde considerar, porque so muitas as almas, qne por este
principio se condernno.
13h A terceira, e llItimn cousa, que deve fazer o penitente, a
satisfaao das culpas, que o Confessor lbe poem em penitencia de seus

(8) Earb. ad diet. Cone. Trid. sess. 1 '1-. e. 4. n. 3. versie. ali quando Abr.
dict. C. 5. secL 2. SI 1. Dom. 235. Dian. 10m. 1. traelo 3. rcsoI. to7. n. 108. Go
neto dict. tracL. 5. e. 4. SI 1. Dom. 4.
(9) Trid. loco ciL verso et quamvis. PaI. p. !~. tract. 23. d. unic. puncl. 7.
n. 1. Barb. ad elietllm Trident. n. 3.
(to) Triel. loc.. cil. Abr. d. e. 5. secL. 2. 2. D. 2'~1.
(11) TridenL. sess. 1 l. ele Saeram. PomiL. e. 3. et 4. et ean. 3.
(12) Trid. loc. cito Constil. 110rlocns. lib. 1. til. 6. consto 2. S\ 3.
(13) Text. in cap. quem preoiL. de PO)l)iL. d. i. 1\avar. e. 21. D. 35. Vasq. q.
!H. art. 4. dub. 4. Suar. d. 21. scet. 3. O. 6. Laym. lih. !l. Sumo traet. 6. e. 6. n. 3.
Uonae. d. . de Saeram. q. !l. seeL. 2. punelo 2. 2. n. 24. PaI. p. !I. traeL. 23. d.
unie. punet. 8.
(H) Tl'iclent. scsS. 14. de Saeram. Pcenit. e. 5. et ean. 7. D' Thomas in 4.
dist. 17. q. 3. art. 4. Adrian. in 4. de Confesso q. 4. SI quoael peecata. PaI. diet.
d. unie. punct. 9. n. 1. el2.
(J 5) Trid. de Saeram. Pcenilo e. o, De eireunstaliis mutanL. spceiem vide
Barbos. ad prredict. Cone. n. 7. eum Henriq. Ledesm. Zerol. Sarro VaI. Regin.
JEgiel. Donae. Joan. de Lug. Torreblanea, Hurlado, Galet. Tambor. Homobon.
Fagll!1d. Laym. ab. eo eilatis. De notabililer aggravantiblls inter eamdeJ?l s~eei
em Vide pro parle affirmaL. Suar. d. 22. seelo 3. n. 5. TiJom. Sancho lib. ~. de
1'010 e.ii. num. 24. Salaz.1. 2. IraeL. 8. d. uno deeonsee. seeL. 3. U. 5. Caiet. in
~llm. ,erb. Confessio condito 15. Solo in 4. disL. i8. q. 2. art. 4. col. 5. el6. ALI'.
1Ib. 9.. e. 5. seeL. 3. 2. n. 270. et pro negali.a DU. cilalos PaI. p. ~. lract. 23.
d. lime. punet. 11. n. !~.
(16) Abr. lib. iO. C. L seet. 3. n. 37. et sec!. !j. SI 1. usque ad 12.
(i7) Trid ubi supro Naval'. in Manual. e. 21. n. 35.
58 CONSTITUIES
peccados: e posto que faltando esta parte no fique nulIo (18) o Sacl'a-
menta da Penitencia; com tUllo devem ir os penitentes (19) dispostos
para receber a penitencia, que o Confessor lhes impuzer por snas cul-
pas, e ter depois grande diligencia em a satisfao: e se a deixarem de
cumpr' pOl' sua culpa, sendo a penitencia (~O) grave, peccado mor-
tal, de que se devem accusar na Confisso seguinte.
135 Estas so as tres partes da Confisso, que o penitente tem
obrigao de fazer, para alcanar perfeita remisso de seus peccados, a
amisade, e paz com Deos, socego, e serenidade da consciencia, e con-
solaO de espirita com antros innumeraveis lucros, que causa o Santo
Sacramento da Penitencia nas almas que dignamente se confesso.

TITULO XXXV.
DO PRECEITO DIVINO, QUE TODOS TEM DE SE CONFESSAR: E QUE POR DE\'OO
SE CONFESSElIl FREQUEN'rEMENTE.

136 POI' preceito (1) Divino so obrigados todos os fieis Chl'is-


tos de um, e outro sexo, que forem capazes de peccar, a se confessar
inteiramente ue todos os peccados mortaes, que tiverem commettillo,
c dos quaes se lembrarem, depois de fazel'em para isso diligente exa-
me, em artigo, ou provavel perigo de morte: como em doenas gra-
ves, havendo de entraI' em batalha, ou fazcndo larga, e perigosa n3''I"e-
ga.o; e as mulhel'cs no tempo, em que estiverem proximas ao pal'to,
principalmente no pnmeiro. Tambem toda a pessoa obrigada por pre-
ceito Divino a se confessar todas as vezes, que houver de receber (2) o
Santissimo Sacramento da Euebaristia, tendo consciencia de peccado
mortal. Pelo que mandamos a todos os nossos subditos que assim o
cumpro.
137 E os admoestamos, a que ;no smente se confessem ncstes
casos, e pela obrigao da Quaresma, mas o fao com grande frequen-
cia, ao menos nas Festas (3) do Natal, Paschoa, Pentecostes, e As-
sumpo de Nossa Senhora: e aos Parochos encommendamos lhes fao
esta lemhrana (.&) muitas vezes, especialmente nos dias mais proxi-
mos s dilas festas
138 E mandamos aos ditos Parochos, que pedindo-lhes seus fre-
guezes Confisso, os confessem ao menos de oito em oito dias, e nas

(18) AbI'. lib. 9. c. 5. sect. 1. n. 222. et sect. l~. num. 282.


(19) C. omnis uLriusque sexus de Prenit. et remis. Suar. tom. !l.. dispo 38.
sect. 7. n. 2. llonac. d. 5. de Pamit. q. 5. sect. 3. p. !l. n. 1. Vasques q. 9f~. art.
2. dub. 1. n. l~.
(20) PaI. p. 4. tract. 23. d. unic. punct. 21. n. 3. et 12.
(1) Joan. 20. Suar. tom. 3. in 3. p. d. 69. art. l~. eL dispo 31. sect. 1. conel'.
1. Henriq. lib. 2. de BapLismo. PaI. p. 4. tract. 23. PUllct. 4. n. 13. verso ex
quo tiL, d. unic. et punct. 20. !li 1. n. 2. Laym. lib. 5. Sumo tract. 6. C. 5. n. 5.
Coninch. d. 5. dub. 2. cal. 1. n. 36.
(2) Paul. 1. acl Corintb. 11. Trid. sess. 13. de Sacram. Eucharist. C. 7.
cl cano 11. D. Thom. 3. p. q. 80. art. 4. et ibid. Suai' d. 80. secL. 3.
(3) Facil texto in C. si frequenlius cum seq. de Consecr. d. 2. CaLecb. Ro-
mano de Sacram. Euchar. foI. 276. ConsLit. Portuens. lib. 1. til. 6. ConsLit. 3.
verso 1.
(4) Abr. lib. 2. C. 7. 63.
DO ARCEBISPADO DA BAHIA. 59
Festas, e dias (5) de Jubileo. E os Sacel'dotes, que por obrigao, ou
eyoo celeuro frequentemente, se confessaro de oilo (6) em oito
dias, ainda que no tenbo coosciencia de peccado mortal. E para que
o posso mais facilmente cumprir, lhe damos licena para livremente
escolherem (7) Confessor Secular, ou Regular, que em algum Bispado
esteja actualmente (8) approvado, ou que fosse uma vez approvado
neste Arcebispado, com licena passada 1 scr1'ptis para ouYir Confis-
ses, posto que no tal tempo se lhe tenha j acabado a licena, que ti-
nha, no tendo porm Canonico impedimento, ou outra prolJibio; pe-
la qual razo no podero escolher o que foi reprondo; e ao tal Con-
fessol' escolhirlo pelos Sacerdotes na frma acima dita, damos licena
para os poder absolveI' de todos os reccados, ainda que scjo Ns (9)
resenados: excepto da excommunhO (10) maior, porque neste caso
absolyer, quem para isso poder tiver.

TITULO XXXVI.
DA OBRIGAO, Q'E TODOS TEM DE SE CONFESSAR NO TEMPO DA QUARESMA: E
CUMO SE HAYERO OS PAROCHOS NAS CONFISSES DOS DE lIlENOR IDADE.
-l' 139 POI' preceito da Santa Igreja Catholica todo o Gel Chl'isto
assim homem, como mulher, tanto que chegar aos allllOS ela discrio,
que regularmente so OS (1.) sete annos, e antes de1les, tanto que tiver
malicia, e capacidade (2) para peccar, obrigado, sob pelia de peceado
mortal, a se confessar inteiramente, ao menos uma yez (3) cada anno a
seu proprio Parocho. E porque pOI' saudavel costume da Igreja Ca-
tllOlica, pia, e santamente iotl'oduzido, e approvado pelo Sagrado Con-
cilio (h) Trrlentino, se observa que esta obrigaO se cumpra no tempo
da Quaresma: pela presente Constituio, que queremos tenha fora, e
vigol' de carta monitoria, admoestamos, e mandamos em virtude de obe-
diencia, e sob pena de (5) excommunbO maior 1'pSO facto inClI1Tenda,
cuja absolvio resel'vamos a s, ou nosso Provisor, ou Vigario Geral,

(15) Barb. de Paroc. V. 2. c. 19. n. 8. verso limilat secundo Vasq. q. 93.


arl. 3. dub. 6. Suar. d. 32. sect. 1. n. 4. Henr. lib. 6. C. 17. n. 3. Laym. Iih.
5. Sumo tract. 6. C. 13. q. 1-
(6) Ad ea qme Conslt. U1yssip. lib. 1. til. 10. decreto 3. 1. Constit. Por-
tuens. Iib. 1. til. 6. Conslit. 3. n. 6. verso Eos Sacerd.
(7) CODslit. U1yssip. d. deer. 3. 1.
(8) Ad ea qure Trident. sess. 23. de Reform. cap. 15. PaI. dicl. lracl. 23.
pUllct. 17. l\) 1. 2. et 3. cum. DD. ab eo citat.
(9) Consto U1yssipon. Iib. 1. tit. 10. decr. 3.l\) 1. foI. 77. in fino el 78.
(tO) Sic Iimilat Const. Portuens. lib. 1. tit. 6. Const. 3. verso 3. foI. 74,.
(1) Barb. ad lext. in C. omnis ulriusq. sexus 12. de Pren. et remisso n. 3.
l'iavar. in Manual. C. 21. n. 33. Azor. lnslit. Moral. I)' 1. Iib. 7. c. 40. q. li.
Constit. U1yssip. Iib. L lit. 10. dercet. 1. l\) 3.
(2) Barb. ad dict. lext. in c. omnis de Pomo et remisso n. 3. NaVal'. dicl.
c. 21. 11.33. verso dixi. Constit. U1yssip. dict. l\) 3.
(3) Text. in cap. omnis utriusque senIs. de PrenilenL. et remisso Conc. Tri-
dento sess. 1 '~. de Sacram. Prenit. C. 5. verso SalLem semeI in anno, et cano 8.
Abr. lib. 8. c.14. sect. [~. n. 629. el Iib. 9. c. 5. sect. 3. l\) 1. n. 258.
(!~) Trid. dicl. sess. 14. de Sacram. Pren. C. 5. in fino
(5) Barb. ad dict. Trid. d. C. 5. n. 11. decisum refert Armend. in addit. ad
recopilat. Iegum Naval'. Iib. 4. lil 29. L. 1. l\) 1. de conllt. semeI in anno.
60 (0_ JSTlTUIES
e de dous anateis (6) ue cera pnra a fal)\'ica da S, a cada um de !lO -
sos subditos se confessem ao seu proprio (7) Parocho, ou a outro Con-
fessor (8) de licena sua: a qual licena (9) se presume, e suppoem da-
da, e tacitamente por costume universal pedida, sem ser Dccessario
que em torlos os annos se repila esta obrigpao pelo penitentes; emais
quando onsla, que os Ilegulares (10) de nossa autoridade, e conces-
so oU\'cm de Confisso a todos os nossos subdilos na frma, em que Se
lhes concede a dita licena. E declaramos, que o tempo consignado,
pal'a isto se cumpl'iI" o da Quaresma, comeanc1o do dia de Cinza (11)
at o de Paschoa dn Heslll'reino inclusivamente: o <]ual tempo lhe as-
signamos (12) pelas tres Canonicas admoestacjes. E }Jara maior cou-
fuso dos negligentes, e rebeldes Ibes damos mais at a Dominga (13)
in Albis inclusive; e at o mesmo tempo commungaro na propria Paro-
cuia, sob as mesmas penas, aqneIJes qne tiverem esta obrigao, na
frma que temos dito no titulo 2ft, nnm. 86:
1/,0 E passada a dita Dominga in Albis, declaramos (U) terem
incorrido na dita pena, os que se no tiverem confessado, e commUll-
gado; e os Parochos declararo ao povo (15) naDominga seguinte, que
se chama do Bom Pastor, fazendo a dita declarao por um Rol, (16)
em que se assignal'o: e ol'denamos que esle tenha fora de carta (17~
declaratol'ia, e ao p delle passaro (18) certido dos Creguezes, qu~
forem declarados por ex.commllngados, e do dia em que os declararo,
c tudo enviaro (19) com o rol dos confessados, para que se passem os
mais procedimenlos.
-l< 141 Declaramos, que no nossa teno incorro na dita eXCOfi-
munho os homens menores de quatorze (20) annos, e as mulheres me-
nores de doze, posto que no cumpro com esta obl'igaao no dilo tem-
po; mas pagaro um al'l'ate1 de cera, ou porelJes o pagaro (21) seus pais,
amos, ali pessoas, que os tem a seu cargo, salvo (22) se mostrarem.

(6) Vide Earb. rJieL e. 5. n. 1. et Al'mendum ab eo eitalum. FaeiL Cons-


til. U1yssip. d. lib. 1. til. 10. deer. 1. Si. 3.
(7) Texl. in d. e. Omnis 12. de PceniL et remisso ConsLit. U1yssip. lib. 1.
til. 10. deer. 4. !\\ 2. l3ul'b. de 1laroeh. e. 19. n. 17. verso Cirea.
(8) Diet. text. in c. Omnis de Pcenil. et remisso diet. text. in cap. Omnis
verso Si quis autem. Barb. ubi pl'Oximc.
(9) l'aI. p . .!j'. truet. 23. d. unie. pnneL 13. num. 12.
('10) Coneil. Laleran. sess. '11. elem. c111dum. ~ Deinde de sepulL. Trid. sess.
23. de Reform. e. 15.
(11) Trid. dicL sess. 1/i-. e. 5. Abr. lib. 8. cap. 1!~. secL 5. n. 632. verso
Apud Nos.
(12) Faeit Conslil. Ulyssipon. Iib. 1. Lil. 10. decr. 1. ~ 3. JEgiLan. Ijb. 1. til.
7.e.3.n.L
(13) Conslit. Ulyssipon. lib. 1. tH. 10. deel'el. 1. SI 7. foI. 67. eL SI 3.
foI. 65.
(U) Ad ea qure Barb. ad Cone. Trid. diet. sess. 14. de Saeram. PU'nit. C.
5. n. 11. <'L dixim. n. 139.
(15) Consto Ulyssipon. lib. 1. til. 10. deer. 1. 7.
(16) Consto Ulyssipon. dieL SI 7.
(17) ConsliL UJyssipon. loe. citaI.
(18) Consto Iys ipon. nhi supro
("19) Coo t. I s ipon. di t. deerel. '1. SI 8. Gav. verbo Enehar. n. 27.
(20) Const. Ulyssipon. lib. 1. tiL 10. deer. 1. ~ 4.
(21) CoosLiL LEgitan. lib. 1. LiL. 8. e. 3. num. 2.
(22) ConsliL IEgilan. loco eital.
DO ARCEBISPADO DA BARIA. 61
que da sua parte fizero a deligencia deyida para que elles cumpri sem
com a obrigao da Igreja.
1/,2 Exbortamos aos Parocbos, que tenho muito cuidado dos de
menor idade, que tiyerem obrigao de se confessar, para os fazerem
cumpl'' com este preceito, e lhes mandamos, sob pena de se lhes dar
em culpa, e serem castigados gravemente, que os ouo acada um (23)
per si, e no a muitos juntos, ainda que sejo menores de dez annos,
porque grande abuso o contrario: e lhes perguntem (2A) pela Doutri-
na Cbrist, e se elles no tiverem peccado, lhes ensinaro cousas pro-
veitosas, e neccssarias para a salvao, e os encaminharo a seguir, e
amai' a virtude, e aborrecer o peccado.
H3 Declaramos, que no satisfaz este preceito, quem yolunta-
riamente (25) faz Confisso nuUa, e sacrilega, ou porque caBou por
medo, ou por vergonha algum peccado moetal, ou porque nella lhe fal-
tou alguma das partes essenciaes deste Sacramento: e que a opinio
contraria, que alguns Doutores tivero, est reprovada por escandalosa
pelo Papa Alexandre VII 24 de Setembro de 1665. E mandamos
aos Parochos, que fao esta advertencia a seus Fl'cguezcs na esta fio
dos tres Domingos antes da Quaresma para que venha noticia de to-
tlos, tloutrina que a todos tanto importa, e no POSSO allegar igno-
rancia. Porm por evitar alguns inconvenientes, damos poder aos Pa-
rochos, e mais Confessores approvad0s do nosso Arcebispado, para po-
derem absolver (26) aos que acharem, se confessro nulIa e sacrilega-
mente, da excommunho, em que inconro pelo no fazerem valida-
mente.

TIT LO X.XXVII.
CO~O SE FARA ROL DOS CONFESSADOS, E QUANDO SERA' ENTREGuE AO 1\0 50
PROVISOR: E DA F6R?tLl. QUE SE GLI.RDAR..\. CO:lI OS Al;SENTES, E SE PRO-
CEDERA COi'\TR.-I. os DECLARADOS.

UA Para con&tar, que todos os fieis cumprem com a obrigao


da Confisso, e Communho na Quaresma, mandamos a todos os Viga-
rios, e Parochos de nosso Arcebispado, que em cada um anno, passa-
da a Dominga da Sepluagesima, per (1) si e no por outrem, (sal\-o a
uistaucia for de seis Jegoas (2) para cima, porque neste caso poder ser
por outrem) fao (3) Rol pelas ruas, e casas, e fazendas de seus fre-
guezcs, o qual acabaro at a Dominga da Quinquagesima, sendo pos-
sivel, e J1elle escrevero todos os seus fl'egnezf.s por seus nomes, e 0-
brenomes, e os lugares, e ruas onde vivem. De maneira, qne !1rsta

(23) Consto U1yssipon. et JEgilan. loeis supra citatis.


(24) ConstiL. lEgitan. loco citalo.
(25) Abr. lib. 8. cap. 14. scct. [~. n. 631. Dian. resol. 120. Proposilio 111.
I'cprObala ab Alcxandro VII. die 2!~. SeplemL. 1665.
(26) Conslil. Porluens. lib. 1. lit. 6. consl. 4. verso 1. 1'01. 76.
(1) Provcrb. 27. 23. Constil. U1yssip. lib. 1. til. 10. decr. 1. 6. 101'1ll-
cn5. lib. 1. til. 6. consto 5. in principio.
(2) Ad ea qUal Ord. lib.::l. tit. 70. 1.
(3) Guvant. vcrb. Parochorum munera n. 25. Cone. Provinc. Mediol. 3. 1"<1.-
eil Barb. de Paloeh. p. 1. C. 7. n. 17, Gavant. dicl. ,"crb; n. 2!~.
CO~STITLIE
Cidadc, e YiUas deste _ rcebispauo as entem (li) cadal'U:1 de pc!' si: .
!las Freguezias que no estiverem na Cidade, e VilJas, e nas que corn-
j)!'ehendem mais partes, que as mesmas "illas, assentem os Lugares,
(5) H.ios Fazendas, e os nomes dellas: e debaixo do titulo da dita rua,
ou fazenda assentaro cada casa de per si, lanando tuna risca cntrc ca-
sa, e casa, e assentaro separadamente cada pessoa, quenella viye, pOl'
seu nome, e sobrenome, e se so menores, quc no chego aos annos
da puberdade, os qllaes nos homens so os quatorze, e nas mulhcres os
doze. E os que forem maiorcs obl'gados a se confessar, e commun-
gal' notaro com dous CC. em frente em uma primeira risca, e os me-
nores com um C. em segunda risca: em terceira os que forem cbrisma-
dos com a nota seguinte: CbI'. e na pI'imeira risca notaro os que fo-
r('m ausentes com esta nota: Aus. O Rol se far de folha inteira, para
que melhor caiba o sobredito, e se far na f6rma seguinte:
~OI.J DOS CONFESSADOS DESTA FREGUEZIA DE N. DE
TAL LUGAR, DE TAL ANNO.
J~ua Olt Fazenda de tal parle. lJfcdor. Menor. Chrmados.
1). Dignidade ou Clerigo . CC ..... ChI'.
-,. seu Pai, ou Mi, ou irmo . CC.
N. sobrinho parente, ou pagem . Aus.
X. criado, ou criada, eSCr:l'o . C.

Rua ou Fa=encla de tal parle.


N. solteiro, casado, ou yiuyo CC . CLr.
N. solleira, casada, ou viuva , CC . ChI'.
N. filho, ou filha, irmo, ou irm .. I Aus .
:N. criarla escraya. .. ........ C.
-l< 1.!i5 E mandamos aos Parochos, que assim o cumpro, sob pe-
na de mil ris para a S, e Jeirinbo gera!. E nos tres Domiugos an-
tes da Quaresma admoestaro a seus freguezes, cjue lbes declarem to-
da :1 pessoas, que t\'erem em sua casa pOl' seus nomes, e sobreno-
me pam os assentarem no Rol; e juutamente a obrigao, que tem de
cumprirem com este pI'eceito da Quaresma: declarando-lhes como Je-
yem (6) examin31' suas consciencias por algum tempo, antes que che-
guem Conl1sso, e ao menos o dia antes della, e cuidar no dia, em
que se homerem de confessar, em sens peccados, tendo dor, e alTc-
pendimento (7) delles, e proposito firme de emenda; de largarem as oc-

(!~) Rit. Romano de forroul. tit. de formo describendi slatum animarum.


Const. Ulysjp. lib. 1. lit. 10. deer. 1. ~ 6. foI. 06. Fortucns. lib. 1. til. 6. consto
1). foI. 76.
(5) COl1stilulioncs suprad. loeis ilatis.
(6) Trid. ses. U. de Sacram. Peenit. e. 5. \'ers. Post diligentem sui dis-
cu sionem. lTa,ar. C. 21. n. 35. Renriq. lib. 5. C. 5. Filiu. lract. 7. C. !~. q.10.
Suar. de Peenil. d. 22. sect. 11. PaI. p. 4. lraet. 23. d. unie. ponel. 10. n.2.
iE"'id. de Conineh. d. 7. dl1b. 9. n. 71.
(7) Cone. Trid. sess.13. de Saeram. Euch. C. 7. ot c1ict. sess. H. d. r. !:l.
PaI. dicl. d. nnic. punel. 7. n. 2. Suar. (L 4. sect. !~. n. 9. Naval'. in !\funu;'!1. C.
1. il n. H. cum seq.
DO ARCEBISPADO DA BARIA.. 6.:)''\
casies de offensas de Dcos; de se reconciliarem com o proximo, com
que estirerem em odio; (8) de fazerem as (9) restituie a que e ti-
v'erem obrigados, e tudo o mais. que fol' preciso pal'a dignamente se
chegarem a este Santo SacI'amento, e o receberem fl'Uctuosamel1te.
-l< 1/,6 E os r.'eguezes, que andal'em ausentes das suas Freguezias,
antes de entrar o tempo da Quaresma, ou tiverem justa causa, e impe-
dimento para se confessarem, sero olll'igados desde o dia (10) em que
tornarem, e chegarem a suas casas, ou cessar a tal causa, e impedimen-
to, al se contarem vinte dias seguintes, a se confessar, e ommungar
Das suas Parochias: e se o no fizerem no dito tempo, ou oo mostra-
rem certidO authentica, em modo que faa f, de como tem cumprido
com esta obrigao em outra (11) parte, incorrcro (12) na dita pena
de excommunho 1'pSO (acto, e na de dous anateis de cera impo ta no
titulo 36, num. 139, c sel'o (13) declarados pelo Parocho passado:
os ditos 'i'inte dias.
147 E se, depois de entl'ar a Quaresma, tiverem neces idade fi
se ausentaI'em de suas Freguezias, (H) scro obrigados a se confessaI'
e commungar neHas antes de sLla partida' e no o podendo fazer pela
causa da ausencia ser repentina, mandaro do lugar, onde esti'-erem
dar satisfao aos Parochos at a Dominga (15) do Bom Pastol" se pa-
I'a a distancia do lugar bastar (16) esse tempo, antes da Missa Conven-
tual, porque ento se hO de declarar os rcbeldes, constando de como o .
mais se confessro, e commungro por certides (H) authenl1cas, e
juradas dos Parochos das Igrejas, oude o fizero. E no o Jazendo as-
sim sero (18) declarados na dita Dominga como os mais reb Ides, e
incorrero nas sobreditas penas.
~ U8 E porque justo, quc a pena cresa scgundo a contumacia
dos (19) culpados, mandamos que se depois da dita Dominga do Bom
Pastor, ou do termo, que dado aos impedidos, algum se deixar and:H'
excommungado quinze dias, ou mais depois de declarado por no cum-
prir este preceito, alem das penas impostas no num. 139 pague (20)

(8) l\Iallb. 5. 24. 1'\avar. in Manual. cap. 14. n.25. vers. quadragesimo-
quarto. Abr. lib. 8. sect. 5. c. 3. n. 82.
(9) Ad text. in c. J;leccatum de Regul. juro in 6. Consto Lamecens. lib. 1.
riL. 7. c. 8. ~ 7.
(10) Conslit. Portuens. lib. 1. til. 6. constit. 5. n. 8. SI E os fl'eguczes.
(11) Facil PaI. dict. d. unic. punct. 13. n. 12. S 'erb. Confe SOl' num. 2.
taym. lih.,5. Sumo tract. 6. c. to. n. 9.
('12) Constil. Ulyssipon. lib. 1. til. 10. decr. 2. ~ 2. rol. 69, .iEgilan. lib. 1.
IiI. 8.
(13) Conslit. POI'luens. lib. 1. til. 6. constit. 5. E os freguezes pust num. 8.
Gavant. verbo Parochor. munera n. 16.
(14.) FaciL PaI. d. unic. C. 20. 2. n. 11. verso SeeI inquires. COl1slit. ..: i-
lan. lib. 1. tt. 8. C. 4. n. 5.
(15) Conslil. Ulyssipon. lib. 1. til. 10, e1ecr. 1. 5. ct ~ 7. 1'01. fi6. et 67.
('16) Facit Solorz. de guberu. Tudiar. tom. 2. lib. 3. C. 7. n. ""..
(17) Barb. de Offic. et potest. Par. p. 2. C. 19. n, 15. in fino IIomobou. de
Examin. Eccl. ll'act. 8. C. 11. q. l~. et in respons. qurest. Moral. p. 2. vesp. 1~9.
(18) Constit. JEgilan. Iib. 1. til. 8. C. 4. n. 5. Ulyssiponens. lib. 1. til. 10:
decreto 1. '7.
(19) Texl. in L. Relegati !T. de Pamis. Barb. iu Reportor. "erb. Con-
tumacia.
(20) Gavanl. "eru. Excommunicaliol1um. 4i. G nuens. in Manual. l'a tor.
cap. fi5. n. 6. ab ipso Gavant. citaI.
64 CO STITUIES
dahi por diante por cada dia um viotem para a S, e ser castigado com
as mais penas, que merecer sua rebeldia: e no ser absolto da eXCOffi-
munho sem pagar (21) a pena, em que tiver incol'J'ido, e o recurso que
. e lhe passar s r remettillo ao seu mesmo Parocho (22).
149 Ordenamos, e mandamo a cada um dos Parochos do nosso
Arcebispado, que da dita Domioga do Bom Pastor at quinze dias (23)
primeiros seguintes, aos que distarem desta Cidade dez legoas; e at
um mez aos que distarem vinte legoas, e at dons mezes aos mais dis-
tantes, tl'ago, ou mandem por pessoa fidedigna o Rol dos Confessados,
e Commuogados senado, e seJlado, declarando por certidO cada um
(los sobreJitos, (que ser assignada, (2ft) e jurada por elle) que aquel-
les so todos os seus fl'eguezes; e que no so mais de ConHsso, e
Communho' e que todos se confessaro, e commungaTo. 'ir tam-
bem no dito Rol certido jurada de Confessor approvado por Ns, como
o dito Pal'ocho (25) se desobrigou. E no estando desobrigados todo
os conlhcudos no Rol, far expressa meno dos que t\'erem faltado,
dizendo, se faltro por rebeldes c as causas que houve pal'a os have-
rem (26) pOI' taes, sendo publicas, e fl'a (27) da Confisso, ou por
ausentes, ou impedidos: e uar olltl'o-sim conta dos que dilatl'o a
Confisso, e Communbo, e de como os Clerigos de sua Freguezia se
confessl'50, e commungrO na Parocbia.
"" 150 E com o dito H.ol Yir ontro (28) dos declarados, e certido
( a declarao: o que ludo os Parochos cumpriro sob pena de dous mil
mil reis para a S, e Meirinho geral.
-l< 151 E tanto que o dito Rol fOI' entregue ao nosso Provisor, o
mandal' (29) registar logo pelo Escrivo da Camara em um lino, que
pal'a is o hayel', sem por isso leyar cousa alguma, e ao p de cada Rol
por, que: fica registado a folhas tantas, e tanto que forem registados,
os tornara aos Pal'ochos para d31'em conra delJes em (30) visita. E o
Rol com a certido dos declarados ficar em poder do (31) Escrivo da
Camara, o qual passar logo carta (32) de Participantes contra eJles,
que ser publicada pelo Parocho estao no primel'o (33) Domingo,
depois que lhe for dada, e passar neJla certido (3ft) ue publicao,

(:.1) CousLit. PorLueus. lib. 1. liL. 6. consl. 5. verso 5. foI. 79.


(22) Consto Porlucns. ubi proxirnc.
(23) Con L. U1yssipon. lib. 1. LiL. 10. decr. 1. ~ 8.
(24) Consl. PorLuens. dicl. consl. 5. verso 6.
(25) Constil. PorLueos. uJ)i proxime.
(26) Concil. PI'ovinc. Mediol. 1. Gavant. in l\Ianual. verbo Euchar.
(27) Barb. ad Lext. in C. Omnis ulriusq. sexus de Prenit. et remisso . Tavar.
iul\Tanual. C. 8. per loluID. Abr.lib. 9. n. 312. PaI. p. !~. lraclo 23. puoet. 19.
Con L. ~giLan. Iib. 1. til. 8. foI. 63.
(28) Gay. verbo Eucharislia. n. 27. el verbo Parochor. mUDera n. 15. Con-
cil. Provinc. 1. et7. r.onsl. U1yssip. d. ~ S.
(29) Consl. Iyssipon. dicl. S. Portuens. lib. 1. til. 6. Consto 5. verso 7.
rol. 79. fEgiLan. lib. 1. lil. S. c. 4-. n. 8. foI. 6~.
(30) ComI. ~gitan. d. C. 4. n. 9. Portuens. dict. versic. 7. foI. SO. in prin-
cipio.
(. J) Consto 2Egit. d. C. ~ n. 10. Constit. U1yssipon. ubi supra.
(32) Conslit. .iEgit. lib. 1. til. S. C. ~. n. 11. L1yssipon. Iib. 1. til. to.
decl'. 1. Si 8.
(33) Consl. 1EgiLan. dicl. n.11. Porluens. d. Consto 5. verso . foI. 73.
13'1) iEgilan. Con t. d, num. 11.
DO ARCEBISPADO DA. BAlIlA.
que enviar brevemente no nosso (35) Provisor, sob pena ue mil ris;
e tanto que a dila carta de Participantes vier, se entl'egar ao Promotor,
para (36) reqnel'C!' a reaggravao dos procedimentos contra os rebel-
des, que no sero absoltos, sem primeiro (37) os pagarem.

TITULO XXXVIII.
DO AlODO, COnI QUE SE HAYERO os PAROCROS NO TElIIPO DA QUARESlll... \, ou DO-
ENA COl\l os PRESOS DA CADEA, E DOENTES DOS HOSPITAES, E COlll os VA-
GABUNDOS, TRATANTES, E PEREGRINOS.

152 Os presos, que estiverem na Cada no tempo da Qual'esma,


ero confessados pejo Parocho da Igl'eja, em cuja Fregnezia estiveI'
(1) a CaMa ou pelos CO/lfessores que o mesmo Parocho buscaL', pedir,
e l mandar. E elle mesmo ser obrigado a administrar o Santssimo
Sacramento da EucharisLia a todos, posto que no sejo seus freguezes,
'cm prejuizo dos pI'opI'ios Parochos, e direitos parochiaes de suas Pa-
rochias; e ter cuidado de os avisar alguns dias antes, para que se ap-
parclhem, e disponho para se confessarem, c commungarem. E em
um dos dias, que for mais convcniente, antes da Dominga in Albis, ir
o Paroeho a dar a Sagrada Communbo aos presos da dita CaMa: c
para que se administre com reverencia, e venerao devida a lo alto
Sacramento, mandamos, quc havendo casa decelIte se (2) arme toda, e
nella se faa um Altar aonde \'enho todos commungar, e no havenuo
esta commodielade, se administre ela pute de fra das grades pondo-
se ahi uma mesa, e armando-se tudo com o maior ornato, que for pos-
sivel. E encommendamos muito aos Ministros da Juslia secular, man-
dem (3) apparelhar com toda a limpeza, ornato, e uecencia as Cadas
para esse efi'eilo, lembrando-se da re\'ercncia, que se deye a este Au-
gllstissimo Sacramenlo. E se algnm dos ]Jresos no cumprir com este
preceito, o Paroeho, antes de o declarar, nos dar conta, (4) ou ao nos-
so Prorisol'.
153 Declaramos, que aos doentes dos IJospaes de nosso Arce-
bispado, onde no houver Confessor Capello, a que esteja por Ns
commettido oUYl' de Confisso, e administrar os mais Sacramentos aos
laes enfermos, so (5) os Parochos, em cujas Freguezias os taes Hos-
pitaes estiyel'em, obrigados a lhes administrar os Sacramentos no tem-
po, e na forma que os administro a seus I'reguezes.

(31)) ConsUL. ~git. uhi supra.


(36) Text. in L. Uelegali 0'. de Prenis Ba'rbos. in RepcrLorio Juris Canon.
rerb. Contumacia. ConstiL. Ulyssipon. lib.1. til. 10. decr. 1. ~ 8.
(37) Const. JEgitan. D. 11. Portucns. d. Const. 5. verso 7. in finco
(1) Consto Ulyssipon.lib.1. til. 10. decr. 2. ~ 3. ~giLan. lib. 1. til. 8. C. 5.
foI. 6l~. et 65.
(2) Const./Egilan. lib. 1. tiL. 8. C. 5. n. 1. Ulyssipon. lib. 1. tiL. 10. decr.
2. 3. foI. 69. et 70.
(3) Con lo U1yssipon. dicl. lib. 1. tiL. 10. dccr. 2. 3. ConsL. il1giLan. lib.
1. tiL. 8. c. 5. n. 1. Portuens. lib. 1. til. 6. consL. 6. vers. E em hum.
(4) ConsLit. ~gitan. et Portucns. locis cilalis.
(5) Cardinal. dc Luca Theatr. rcrit. eL justiL. lib. 12. p. 3. de Paroc. el Pa-
roc. discurs, 23. per toLum. ConsliL. UI)issip. lib. 1. lil. 10. decr. 2. Si 4.
66 CONSTITUIES
154 Como os vagabundos, (que so (6) aquelles, que deixando
totalmente de ('acto, e no animo o lugar de sua origem, e ando de uma
parle para oulra, e em nem-um lugar tem domicilio permanente) con-
forme a direito (7) conlrahem domicilio em qualquer lup;ar, onde se
acho, e so obrigados a se confessar, e commungar na Pal'ochia, (8)
em que se acho, <no tempo em que obriga o preceito annual da Con-
fisso, e Communho, convm que os Parocbos se no descuidem del-
leso Pelo que lhes mandamos, que com particular cuidado se infor-
mem, que vagabundos ha em suas Freguezias, e os escTC"vero no Rol
dos Confessados, admoestando-os que se confessem, e communguem
no tempo (9) devido. E vindo algum vagabundo a alguma Freguezia
depois da Dominga in Albis, mostrar ao Parocho della escriptos, de
como naquelle anno se confessou, e commungou pela obrigao da
Quaresma, e no os mostrando o Parocho os evite (10) daIgreja, e Offi-
cios Divinos, e no consinta, que em sua Freguezia (11) pea esmola,
e admoeste a seus fl'eguezes, que lh'a no uem, nem o trago em sen
servio.
155 Os tl'atanles, peregdnos, caminhantes, e officiaes, })osto que
tenho em outro lugar domicilios, e Parocbias certas, so obrigados a
e confessar, e commullgar em alguma das Freguezias, (12) em que se
acharem no tempo da Quaresma, at a Dominga in Albis, e no o cnm-
prindo assim, alem do peccado mortal, que commettem, sero decla-
raJos, e evitados dos Omcios Divinos: salvo mostrarem certido, on
por outro modo justificarem legitimamente, que naquelle anno se tem
confessado, e commungado pela olJrigao da Quaresma em outra Igre-
ja. E mandamos aos Parochos, e (13) Confessores de nosso Arcebis-
pado, que quando ouvirem (le Confisso, on elles, e os mais Sacer-
dotes derem o Santssimo Sacramento do Eucharistia aos yagabundos,
e peregrinos, lhes dem escriptos (U) assignados, e jurados, em que
assim o certifiquem, para que em todo o tempo, e lugar possa constar,
como tem cumprido com a sua oh~jgao.

(6) Suar. d. 25. scct. 2. n. 7. Sylv. vcrb. Confessor 1. q. i. SoL. in .'j clisL
18. q. 4. art. 2. Medina Condic. de Confesso q. 35. Farin. lib. 1. prax. q. 7. n.
15.
(7) Glos. final. in L 1. codic. Ubi de crimine agi oporlet. Pal. 1. p. tract.
3. d. t. punct. 24. ~ 4. n. 3. Sancho de l\'Iatrim. lib. 3. d. 25. n. 5.
(8) Barb. de ame. eL polest. Par. p. 2. c. 19. n. 16. Pal. p. 4. dicL. LracL 23.
d. unic. punct. 13. n. 13. dummodo non vagenLur, ut evadanL judiciuID proprii
11 arochi. SoL. in 4. (list. 18. q. 4. a1'L. 2. Cardo Tolct. InsLruet. Sacerdot. lib. 3. c.
13. n. 12. llossel'. de ame. Cm'aLi c. 7. n. 11.
(9) l"acit Spino de TesLam. Glos. 15. n. [~3.
(10) FaciL Const. Portuens. lib. 1. tit. 6. const. 7. verso E vindo.
(11) ConsLiL Portnens. loco ciLat. et JEgilan. lib. 1. LiL. 8. c. 6. n. 7.
(12) Gavant. verbo Parochor. munera n. 14,. Correi!. Provinc. l\IecIiol.7.
PaI. p. 4. Lract. 23. d. unic. punct. 11. n. 12. in principio.
(13) Ad ea qllro Naval'. in C. Placuit dc prenit. disto 6. n. 80. Vasq. C).93.
art. 1. n. 4. T"aym. lib. 5. Sumo Lract. 6. e. 10. n. 7. Barb. de ame. eL polesL.
Paroch. p. 2. c. 19. n. 15. Sancho de MaLrim. lib. 3. d. 23. n. 17. PaI. dicl.
puncL. 13. n. '13. ,"ers. Sed placel.
(U) Sil verbo Confessorn. 2. elo verb.Parocbusn. 7. Barb. ubi sup. Const.
JEgilan. lib. 1. liL 8. C. 6. n. 8. POTluens. lib. L Lil. 6. contil. 7. vers. ullim.
DO UtCEBISPADO DA BARIA. G7
TITUJ..O L1'.XIX.
no ~roDO, COM QUE OS CLERlCOS SE DEVEM COi\""EESSAR, E DO CeJDADO QuE DE-
"Bill 1'ER OS PAROCHOS co')! OS ENFERMOS SEUS FREGUEZES.

-l< 156 Como um dos requisitos da verdadeira Confisso seI' (1).


humiltle, ac1Jamo quc grande indecencia, e escandaloso ahuso con-
fessarem-Se os Sacerdotes estando em p, ou encostados, ou j reves-
tido para celebrarcm. Pelo que mandamos em virtudc de olJediencia,
c de mil ris para a S, c Icirinho geral, sc confessem (2) de joelhos
com a recrencia, e profunda humildade deYida ao Sacramento da Pe-
nitencia, e no em p, encostados, ou revestidos com vestcs Sacerdo-
taes, saho sc depois lhe lembraI' algum peccado. E na mcsma pena
pecuniaria incorrel'o os Confessol'es, que os confessal'em. E manda-
mos aos nossos Visitadol'es inqniro na visita, se o sobredito se obscr-
va, e castiguem aos tl'ansgl'cssores.
157 Exhol'tamos, e cncarregamos muito a todos os Parochos do
nosso Arcebispado, que chegando o enfermo seu fl'egucz a cstar em
jlJ'oraveJ perigo de morte, o (3) visitem muitas vezcs, e admoestem a
que tome os Sacramentos quc no tiyel' recebido, e o incitem, e (h) cx-
11Ol'tem, a que em quanto esli'-er em seu juizo perfeito, faa actos de
F Esperana e Charidade, e os fao com elle: e a que creia urme-
mente tudo o que cr, e ensina a Santa ~ladl'e Igreja Calholica e a que
ame a Deos de todo o corao, e lhe pesa de o tel' offendido por ser EI-
Je quem , e digno de SCI' summamente amado.
" 158 Sc por negligencia, c cul pa do Parocho fallecel' alguma pes-
soa sem Confis o, alem de se fazer Ro de sua (5) alma, ser (6) pre-
SO, e snspenso do Oillcio, e Bcneficio, e haver as mais (7) pcnas, que
paI' direito merecer, segundo sua (8) cul pa, e circuostancias della. E
a mesma (9) haver o Sacerdote, a qne em allsencia elo Parocho cstiyer
entregue a F I'cgllezia, 011 nella se acbar approvado. E ailH.la que o Pa-
rocho principal tenha Cura, ou Coadjutor, nem por isso ficar escuso
da pena, se por algum modo for comellcido de culpa de algnm freguez

(1) D. Antonin. 3. p. tit. H. e. 19. 3. eL seq. PaJ. p. l~. llact. 23. d. unir..
punet. 8. n. 1.
(2) Rit. Roman. de Saeram. Pamit. LiL de Ord. admin. verso PreniLen .
ConsLit. Ulyssip. lib. 1. LiL. 10. deer. 1. 9.
(3) Lale Abr. lib. 11. C. 1. per Lalum. et e. 2. n. 8. Barb. de Orne. et
poLest. Par. p. 1. cap. 7. num. 27. ELiam. non vocaLus, uL colgilur ex c. 1. de
Celebro Miss. Laym. Eb. 5. Sumo Lract.4. e. 5. n. 6. ConsLiL. llraehar. liL. 4.
conslil. 9.
(4) Abr. di t. lib. 11. e. 7. per toLum. D. Carol. llorrom. aelion. 1. p. 4.
de visilandis. infirmis pago 931>.
(5) Paul. ad Rebr. 13. 17. Barb. de Par. p. 1. e. 3. n. 8. eL )lo 2. cap. t7
n. 43. UO'oliu. de Orne. Epise. e. 15. 12. n. 1~.
(6) FaciL. e. Si l)resbyL. eum. seq. 26. q. 6. e. Olncium de ame. Arehi-
prc brL. FaeiL in rragm. verbo Clerieus. n. ~37. Gama de Sael'al11. prresland.
q. 1. n. 2. Themuc1. p. 2. deeis. 23'1. num. 2. eL !~.
(7) J". 1. iI. de Jure deliberando eL C. de eausis de Offie. de] 0'. Cun l.
iEgilan. lib. 1. liL. 8. e. 10. !\\ 1. r,onst. Braehar. tiL. 4,. COIl til. 9. n. 3.
(8) Ugolin. ele ame. Episeop. clicL. Si 12. Il. U. Barb. de Par. c1. p.2.
cap. '17. n. [~3. Con LiL. PorLllens. lib. 1. liL. 6. ConsL. 11. ~ 2.
(9) Consl. lEgitall. loco ciLato.
68 CONSTITUIES
seu, ou pessoa, que em sua Freguezia se achai', fallecer sem Confisso
pusto que o dito Cura, ou Coadjutor (10) tambem tenha culpa, e seja
por elle castigado.
159 E no ser o ParodIo escuso da dita pena, antes com mais
rigor castigado pela dita culpa, por ser o tempo de peste, (11) ou de ou-
tra doena contagiosa; por quanto obrigado a administrar este Sacra-
mento a seus pal'ochianos, ainda qllC seja (12) com perigo de villa. E
fallecendo o enfermo sem Confisso por culpa dos que o cmro, ou ti-
nllo em casa, ou a seu cargo, por no avisarem em tempo cotn'ernen-
te ao ParodiO, (13) sero castigados arbitrariamente, segundo a quali-
dade da culpa.
TITULO XL.
COMO os ~fEDICOS, E CIRURGiES DEVEM AmlOEsTAR AOS DOENTES, Qt;E E
CONFESSEM, E CO,m\lUNGUlm

.jo: 160 Como muitas vezes a enfermidade do corpo procede de e -


tal' a alma enferma com o peccado, (como se prova das palaHas, que
Christo nosso Senhor disse (1) ao Paraltico) conformando-nos com a
disposio do direito, (2) e Constituio tio Papa o Santo Pio V (3) man-
damos a todos os Medicos, e Cirmgies, e ainda Barbeiros, que curo
os enfermos Das Fl'eguezias, onde no lta Medicos, sob pena de cinco
(1.) cruzados para as obras pias, e Meil'inho geral, e das mais penas de
direito, que indo visitar algum enfermo, (no sendo a doena (5) leve)
antes que lhe appliquem medecinas para o corpo, tratem primeiro da
medicina da alma, admoestando a todos a que logo se confessem, de-
clarando-lhes, que se assim o no fizerem, os no podem visitar, e cu-
rai', POI' lhes estar probibido por direito, e por esta Constituio: de
tal sOlte que entendo, que esta 8 rlmoestao se lhes faz por bem da
saude da alma, e do corpo; e no segundo dia os tornaro a admoestar-

(lO) Conslit. EgiLan. lib. 1. lit. 8. cap. 10. 2. Consto Porluens. lib. 1. lit.
6. Consto 11. Si 2.
(11) 'lide Soar. tom. l~. de Sacram. d. l~r,.. sect. 3. per. lolam. Abr. lib.9.
c.1. secl. 7. n. 53. VaI. tom. 1. de charit. lraet. 6. d. 1. puncl. 9. n. 13. et p.
lL tom. 2. tract. 23. d. unic. puncl. 18. SI 1. num. 5. Laym. lib. 5. Sumo tract.
6. c. 13. q. 3. Joan. Maio. in 4. disto 13. q. 1.
(12) Joan. 10. Abr. loco cital. Dian. tom. 2. lTacl. 4. refoI. 26. ~ 2. el re-
solllL. 27. SI 1. D. Thom. 2. 2. q.26. art. 5. Valent. d. 3. q. 43. Suar. d. 9.
n. 4. Bonac. d. 3. q. l~. de chariL. punct. 4. n. 5. PaI. dict. punelo 9. n. 12.
el dicl. puncl. 18. dict. num. 5.
('~3) Extravag. 3. Pii V. illCipil, Super gregem Domini. ConsLiL. lEgitani-
ells. llb. 1. til. 8. Con tiL. 10. num. final. Bracbal'. liL l~. Conslit. 9. foI. 60.
Porlnens. lib. 1. til. 6. ConsL 11. 2. post num. 3.
(I) .T oan. 5. 14. D. CbrysosL. HomiI. 28. in c. 8. 1\1alth.
(2) C. Cum infirmitas de Prenit. elremiss. gloso in C. Qua fronle de Ap-
pell. Seba t. Medic. in lracl. Mors omnia solviL p. 1. n. 172.
(3) Pii V. Conslit. edila anno 1566. Quarant. verbo Medic. in Sumo BulIar.
Barb. ad texl. in d. C. Cum inlirmitas 13. n. 3. el babelur in 2. lom. Bu1lar. et
esl Conslit. 3. hujus Pontifici .
(!~) Con tiL lEgilan. lib. 1. tiL. 8. c. 11. UJys ip. lib. 1. tit. 10. d crel. :lo
. 3. foI. 79. Brachar. lil. l~. Consto 10.
(5) Naval'. in Manual. 25. n. 61. vers. Terlio peccaL IiI. b.
DO ARCEBISPADO DA BARIA. 69
c se ao terceiro lhes no constar, que esto confessados, os no visitem
'mais soh as mesmas penas,
161 E outro-sim mandamos aos ditos Medicos, eCil'Urgies, sob
pena de excommunho maior, e ue dez cl'Uzados applieados na frma
sohredita, que no aconselhem ao enfermo p<n respeito da saude do
corpo, cousa que seja perigosa para (6) a alma. E exhortamos a todos
os f~lmiljares, e parentes do enfermo, que tanto que adoecer, dem logo
recado (7) ao Parocho, e persuado ao doente, a que com efTeito faa
confisso de seus peccados.
TITULO XLI.
DOS CONFESSORES, E SUAS QUALIDADES.

162 Posto que os Sacerdotes recebem na ordem de Missa o po-


der habitual para absolver (1) de peccad03, com tudo no podem exer-
citar (2) este podei', (fra do artigo, ou perigo de morte) seno tendo
actual approvao, e licena do Ordinal'io, ou Privilegio Apostolico,
visto primeiro, e examinauo por elle. Pelo que maudamos a todos, e
(luaesquer Sacerdotes, que no ouo ue Confisso a pessoa alguma de
nosso Arcebispado, sem terem licena, (3) e approvao nossa, ou Pri-
"iJegio da S Apostolica por Ns examinado.
163 O que tambem procede nos Regulares, os quaes, posto que
sejo expostos, e approvados pOl' seus Prelados, no podem ouvirCon-
usses de seculares nossos subditos, ainda sendo Sacerdotes, sem pri-
meiro terem approvao, (h) e licena nossa, a qual lhe podemos dai'
absoluta, (5) ou limitada a certo tempo, lugar, ou certo genero de pes-
soas, como nos parecer: e acabada eIla no podero confessar sem no-
va licena, e havendo justas (6) causas lhe podemos revogar as licen-
-as, que tiverem para confessar. E tambem no podem (7) os dilas
Regulares confessar neste Arcebispado sem nossa approvao, e licen-
a, ainda aos penitentes que forem subdilos daquelle Bispo, por quem
j tiverem sido 3pprovados.
1~!t Nem tambem os Regulares, que eslo geralmenle por Ns

(6) Tcxt. in dict. c. Cum infirmitas de Pcenilenl. el remisso Naval'. in Ma-


nual. c. 21>. n. 62. Rebuf. in aulhellt. habita Cod. ne Hlius pro palre verso Ad
-obedient.j Deo pago 592. Fusc. de Yisit. Jib. 2. c. 30. n. 4. Constil. JEgitan.
lib. 1. lil. 8. ~ap. 11. n. 1.
(7) Consto lEgitan. ubi supro 11. 2. Porluens. lib. L tiL 6. Constil. 12.
",ers. ulLim.
(I) 10al1. 20. 22. Trid. sess. 23. de Reform. c. 5.
(2) Trid. sess. 14. de Sacram. Pcenit. C. 7. PaI. p. 4. lIacl. 23. d. un.
puncl. 13. n. !~. et 8. Abr. lib. 9. secl. 5. C. 5. n. 293.
(3) Trid. Stlss. 23. 'C. 15.
(li,) Trident. sess. 23. e.15. UgoJin. de Ollic. Episc()p. C. 20. in princip. Ht-
~rOI1. noder. ill Compend. ReguI. resol. 32. num. 1. Frat. J"udov. de Mirand.
ln Manual. Pr;nlator. tom. 1. q. !~5. arl. 8. in fine. Barb. de Potest. Episcop. p.
2. alleg. 25. (-iav. verb. Confessarius n. 6.
(5) Con t. Clem. 10. incip. Super maglli Patris edita 21. JUllii ano 1670.
DODal. iu prax. tom. 3. tract. !~. q.15. n. 1. Cardo de Luca in prax. Episr. C. 12.
n. /~.
(6) Barb. aeI Tl'iLl. ses.. 2". de Reform. C. Hi. n. !j,G.
(7) Con5t. CleLU. 10. supra. Sylresler verb. Confrssor. 1. n. U.
9
70 CO~STIT lES

nppl'orados para confe, sal' seculares, podero ouvir Confisses 8) de


FI'eims sem especial approvao. Nem tambem os Confes ores, que
uma vez ('orem deputados por Ns para por esta cOJlfessarcm Freiras,
as podero (9) omir outra vez de Confisso sem novo consentimento
IIOSSO, pOI' ter j expirado o primeiro.
1G5 E ainda que oaquelles Mosteiros, e Collegios em que tem vi-
gor a regular observancia, posso os Prelados, e mais Confessol'es Re-
gul:u'cs sem licena nossa ourir de Conlls o aos seculares, que verda-
deiramente so de sua Jamilia, e seus continuos Conventmles, com tudo
sem nossa appl'ovao, e licen.a no podero confessar os mais serven-
tes dos Mosteiros, ou Collegios, que no Iorem familiares (10) seus.
-l< 166 Todo o Sacerclote, que sem ser approvado ouvir de Confis-
so fra dos casos, em que colll'orme o direito o pde fazer, alem do
grave peccado que commette, e as Confisses serem nuHas, (11) ser
preso, suspenso, e castigado com as mais penas, que conforme ao ex-
cesso, e circunstancias da culpa merecer: sendo Regular se proceder
contra elle na frma do Sagrado Concilio (13) Tridentino.
167 E devem os Pal'Ochos, e mais Confessores, alem do poder
da ol'dem, e jurisdio, ter tambem bondade, sciencia, e prudencia.
Bondade, (U) para que administrem o Sacramento com puresa (le cons-
ciencia e cm estado de graa, para que com seu bom exemplo movo
os penitentes a emendar a vida. Sc.iencia, (15) para que como juizes,
que so das almas, que confesso, saibo distinguir as quali(lades dos
peccados, difi'erena, e circunstancias deBes' para que assim posso sa-
heI', quando devem negar, ou conceder aos penitentes a absolyio.
Prudencia, (16) para que saiho applicar os remedios mais comenien-
tes 3S enfermidades das almas, pois so seus Medicos cspil'luaes.
168 Pelo que DOS Sacerdotes, que houvermos de approyar para
Confessores, devem concorrer estes sobl'editos requisitos: e para terem
licena pura confessar (17) mulhere" passar de quarenta annos a sua
idade. E antes de se lhes dar licena, mandamos que sejo (1 S) exa-
(8) Consto Clem. supro Declaral.um sacro Congrego refert Donat. in prax.
lom. 4. lract. 3. q. 11. n. 1.
(9) Conslit. Clem. 10. upr. Declaral ab Urbano vnr. referI. Barb. ad Trid.
-sess. 20. de Regul. C. 10. n. 11. Tambur. de Jure Abbaliss. d. 16. q. 3. 11.13.
(10) Const. Clem. 10. supro Barb. in eolleeL ad Cone. Tl'id. dict. sess. 23.
C. Ui. n. 11.
(11) Trid. sess. 23. de Ref. e. 13 el il)i Barb. n. IL Aloys. Ric. ia de is.
Cur. ArclJiep. NeapaL p. li.. decis. 22. n. 2. Joan. Valer. de Dill'eren. inler
ulrumque forum, verbo Nullilas c1iITer. . num. 2. Laurel. de l?ranchis in coo-
I.rov. inler Episeop. el Regu!. p. 28. ad 8.
(12) Conslit. iEgilan. lilJ. 8. C. 12. n. /~. Consl. 3. 3. rol. 42.
(13) TridenL. sess. 20. de Uegul. e. 14. el. ibi Barb. n. 9.
(14.) PaI. p. 4. lract. 23. d. unic. punet. 16. n. 2. el.lracL. 18. d. uuic. e
Saeram. in com. punel. 5. n. 8. et vers. Verum. D. Thom. q. 6[~. arL. 4. el 6.
Suar. d. 16. seet. 3.
(lo) l'a!. d. puncL. 16. n. 2. et 3. Yasq. de Fren. q. 93. arL. 3. dub. 1. Suar.
d. 28. sect. 2. Honae. d. 5. de Preoit. q. 7. pUllel. 4.. Laym. lih. 5. tillln. lracl.
ii. C. 13. q. 1. Abr. lib. 9. sect. 5. ~ 1. ll. 306.
(t6) C. ODlllis de Prell. ctremi S. Abl'. dicl. 1. 11. 38.Possc". de OlIic.
Curali c. 11. n. 1. 1'01 'l. lib. 3. e. 15. 11. 5.
(17) Villa-HoeIGov. Ecclcs.q. . arl. 11. cl.'l:2. p.1.Tambur. de.lul'c Abba-
[is. d. 16. CJ. 1. 11. 1.
(18) Trir! nl. c . 23. Ile Rcfr nu. C. 11-. rer . scd eliam, el. cad. cSS. C.
f5. cl ibinilrIJ. n. 16. ri 31.
no ARCEBISPADO DA BARIA. 7L

minados por Examinadores leltl'ados, podendo ser, os exames se fa-


ro em nossa presena, e os no approvaro sem tel'em estudado, (19)
ou Tbeo!ogia, ou Canones, e sem falta easos de consciencia. E quanlo
bondade e lhes far inquiriO (20) de genere, vi(la, e costumes: e
precedendo ,a informao destes requisitos, constando serem idoneos,
se lhes passar licena smenle por um (21) anno, contando do dia de
sua data, e acabado o anno, se quizerern confessar, a tornaro a peuil'
de novo; e regularmente se lhes no conceder sem preceder novo (22)
exame: salvo bavendo jU:3la causa para sem elle i'e lhe daI'.
169 Conforme a disposino de direito, e do Sagrado Concilio Tri-
dentino no artigo da mOl'te, (23) e proyavel perigo della, pde qualquer
Sacerdote, ainda que no seja ClH'a de almas, nem esteja approvado
para ouvil' Confisses, confessai', e absolver a qualquer pessoa de qua-
csquel' peccados, ainda que sejo reservados S Apostolica, ou 2 . ,
e de qua"squer censurasLposlo que resei'va<'!as: porque no tal artigo,
ou perigo de morte cessa toda a (21,) I'eservano; e lambem (25) a ohri-
ga,o (livrando do perigo de so tornar a absolvol' por Confessor com-
petente dos peceados reservados, aquella pessoa, que delles foi absol-
ta no dito artigo, ou pro,ayel perigo de morte' pOl'm ser ohrigada
absolver-se das censuras (26) reservadas, tanlo que commodamente o
pudeI' fazer, e no o fazendo assim, tornar a incorrer (27) cm nova, e
semelhante censura do masmo modo reservada.

TITULO XUL.
DE ALGU?\US AD"ER'fE:\CIAS P.I.R.I. os CO.. FESSORES.

170 Devem os Confessol'ca, antes de chegar a administrar o Sa-

('J9) Suar. d. 28. sect. 2. Yasq. de PlEnil. g. 93. art. 3. Laym. lib. 1>. Sumo
~racl. 6. cap. 13. q. L Constil. DraelIar. til. 4. Consto 2. rol. 39. Lamecens. lib.
1. til. 7. cap. 8. ~ 4. PorLnens. Hb. 1. til. 6. Constil. 13. verso Pelo que. Bll-
semb. Medu\. lract. 4. dub. 6. resp. 2.
(20) C. 1. Si CaveuL de PlEnil disto 6. c. QlHe ipis disl. 38. gloso verbo Aligua-
lem in Clemenl. 1. verso Nos defure juram}. Consto U1yssipon. lib. 2. til. 10. de-
CI. !~. Si 1. Brachar. til. 4. Con t. 2. n. L
(21) ConsLit. Brachar. til. 4. consl. 2. n. 2. U1yssipon.lib.1. Lil. 10. decr. 4. Si 1 ~
(22) Ad ea qUe Abr. lib. 13. C. H. num. iIi2. Con t. fi ssipon. di.ct. decr.
!~. Si f. Brachal'. dicla consto 2. n. 2. rol. 40.
(23) Tridr.nt. secl. 14. C. 7. Abr. lib. 9. num. 29!~. Pu1. p. 4. tract. 23. d.
unic. punct. 13. n. 5. Quod articulus, et proJJabile periculum idem fil, tenent
'Palaus toco cital. num. 7. Sylvesl. verb. Confessio 1. q. fi. art. 7. Nayar. cap.
26. n. 31. Suar: d. 26. sect. 4. num. 3. LEgid. de Con.in h. d. 8. dub. 2. n. 16.
Barb. de OlHe. etl'olest. Episcop. p. 2. alleg. 25. n. 81.
(24) Trir1. dict. sess. '14. C. 7. Suar. tom. 4. ele I'lEnil. d. 26. sect. 4. Gulier.
Canon. lib. 1. C. 1. n. 58. Lcdesrn. in Sumo p. 1. d Sacro ubi de Pum. C. 15'.
Yasg. lom. Ii. q. 93. art. 1. dub. f~. cllm seq.
. (25) Barb. dcpolest. Eriscop. p. 2. alleg. 25. n. 80. in princip. Abr.. de Par.
}Ih. 11. C. 4. n. 41. Sancho lU 2. Decal. C. 13. n. 2[~.
(26) Cap. Eos de Senl. cxcomm.in 6. C. Quamvis de Senl. excmun. TOI'-
reblanc. lib. M. C. 10. D. 16. llossiu disc pl. '1. n. 337. cum seg. Suar. tom. 4.
r1. 30. secl. 3. n. 6. et de censuro d. 22. secl. 1. n. 62. Sancho in prLcccpl. Dcca-
log. tom. 1. lib. 2. C. 13.n. 21-.
(27) C. Eos de Sent. excom. in 6. cl ib. Barb. n. 4. Sayr. rle f.cns. lih. 2. r.
2~. n. 26. Ronac. ill simili Lract. el. 1. q. 3. punct. 3. n.11. Awvedo lib. 1. nUI11.
l.tlJ. cum eCI. lil. 5. lib. 8. noy<.C rccopilalioni . Abreu lib. 1. cap. Ii. num. 43'.
72 CO~STITUI.ES
cramento da Penitencia, considerar, que naquelle acto J'epresento (1)
a pessoa de Christo nosso Senbor: e que esto constituidos pOI' el-
le Ministros da Divina Justia, e Misericordia, para que como al'bitros
entre Deos, e os homens, attendo assim honra de Deos, como sal-
vao das almas: considerando que a grandeza do seu officio os obriga
a se comporem no smenLe no interior (2) da alma, mas tambem no
exterior do corpo. E para isso, quando administrarem este Sacramen-
to na Igreja, estaro Gom habo (3) Clerical decente,e honesto, e rece-
bero os penitentes com grande benignidade, (4) e affabilidaue; e sem
intrometterem palauas de cumprimento, (porque no so daquelIe lu-
gar) trataro de inquirir (5) delles o estado, se lhes no for ootorio, o
tempo que ha, que se confessro; se cnmprro a penitencia; e se tem
casos reservados, ou censuras tambem reservadas, e tendo-as os no
ouviriio de coufisso sem primeiro (6) recorrerem ao Superior, atten-
dendo ao lugar, e tempo para este recurso, em ordem a se evitar algum
(7) reparo, que al se possa fazer.
171 E em quanto o penitente for confessando os peccados, Ih'05
no (8) estranhem, nem criminem: 11em por pala\Ta, signal, (9) ou ges-
lo mostrem, que se espanto delles, por graves, e enormes que sejo,
(10) antes lhes vo dando confiana, para que sem o pejo com que o
Demonio faz muitas vezes, que a Confisso no seja verdadeira, e sem
aquelJe temor, que tambem perturba, fao, como convm, inteiraCon-
fisso. E se os penitentes no disserem o numero, especies, ecircuns-
tancias dos peccados, necessarias para a Confisso ser bem feita, as vo
(11) perguntando, e examinando com prudencia; fugindo de curiosas,
inuteis, e indiscretas perguntas, principalmente nas Confisses de geute
moa, ou sejo homens, ou mulheres, para que com ellas lhes no dcm
occasio a 110VOS peccados.
172 Ouvida a Confisso, considerando os Confessores a gravida-
de, e multido (los peccados, estado, e condio do penitente, com pa-
ternal cbaridade lhes fao as admoestaes, e dem (13) as reprehenses
necessal'ias. E advirto os Confessores, a quem devem conceder, ne-

(1) Text. in e. 2. de ame. ordinal'. e. Si Saeerdos in fino eod. til. Abr. lib.
10. e. 1. sect. 1. n. 2.
(2) PaI. d. lracl. 23. d. unic. puncl. 16. n. 2. et lract. 18. de Sacram.
in comm. puncl. 5.
(3) Conc. Provinc. Mediol. 5. Gav. verbo Confessarius n. 34. Conslit. La-
meco lib. 1. lil. 7. e. 8. 5.
(4) Naval'. e. 10. n. 1.
(5) Consl. J.amec. lib. 1. lil. 7. e. 8. !\\ 6.
(6) Consl. Lamec. loco cil. lEgilan. lib. 1. til. 8. C. 13. n. 2.
(7) Faeit texl. in c. De crolero de Senl. excom. e. Eos qui eod. til. in 6.
Consl. Ulyssip. lib. 1. lit. 10. decI', 7. !\\ 1. verso E no podendo. Lamec. lib. 1.
liL 7. e. 9. !\\ 3. lEgilan. lib. 1. lit. 8. e. 14. n. 16.
(8) Abr.lib.l0. cap. 1. scct. 2. n. 22. Naval'. inManuaI. e.l0. n. 6.
(9) Abr. dict. n. 22. et Consl. lEgilan. lib. 1. lil. 8. C. 13. n. 3.
(10) Abr. lib. 10. cap. 1. sect. 3. num. 34. Naval'. dict. C. 10. num. 1. vcrs.
JiPsumque animare. D. Thom. in 4. lib. Sento d. 17. ln exposilione lext. in fino
(11) Abr. lib. 9. secl. 5. !\\ 2. n. 309. Busemb. l\Iedul. tract.!h de Prenit.
dub. 6. resp. 2.
(12) Constit. lEgilan. dicl. C. 13. n. !~. Abr. ubi proxim. in fine. Buscmb.
ubi supra.
(13) .<\br. dict. n. 3~,. post medium. Naval'. dicl. c. to. n. 6. ,Naval'. in Ma-
nual. cap. 26. n. 'I. vels. Secundo pro varielalc.
no ARCEBISPADO DA BARIA. 73
gar, ou delel'' a absolviO, para que no absolvo os que esto inca-
pazes ele beneficio delIa: quaes so os que nem-um signal do (14) de
vel'dadeira dor, e arrependimento; os que no querem depol' o odio,
(15) e inimizade, nem restituir (16) a honra, fama, e fazenda, podendo;
os que no quel'em deixar a occasio (17) pl'oxima do peccado, nem
satisfazer ao escandaIo publico, que tem dado, nem finalmente deixai'
as culpas, e emendar a vida,
173 E antes que dem as penitencias, devem considerar (18) o es-
tado, condio, sexo, idade, disposio dos penitentes, culpas, e pec-
cados, que confessro, e fazendo prudencial conferencia entl'e uma, e
outra cousa lhes appliquem as peniLencias, que mais commodas (19) pa-
recerem: e por nem-um modo por peccados occultos, por mais graves,
e enormes que sejo, ponho (20) penitencias publicas. Finalmente se
hajo de tal maneira, (21) que no imponho penitencias to graves,
que sejo desiguaes s foras dos penhentes, e incompativeis com seus
estados, e officios; nem to leves, que se desestimem, e sejo despro-
porcionadas aos peccados. Estas, e outras muitas advertencias ho
de encaminhar aos Confessol'es, quando administrarem o Sacramento
da Penitencia, e por isso devem elles ler por (22) livros doutos, onde
as estudem, para que, quando o tempo, e occasio o pedir, se aprovei-
tem dellas.
TITULO XLIII.
COMO NAS IGREJAS HO DE HAVER CONFESSIONARIOS PUBLICOS, E os CONFESSO-
RES NO DEVEM CONFESSAR FRA DESTES LUGARES, NEM RECEBER N'ELLES
COUSA ALGUMA DOS PENITENTES.

174 Ol'denamos, e mandamos, que em todas as Igrejas Parochiaes


de nosso Arcebispado, em que ha Curas de almas, haja numero de (1)
Confessionarios em Jugat'es publicas, e patentes, nos quaes se ouo as

(14) Abr. lib. 9. sec L 5. ~ 2. n. 311. Facit Consto IDyssipon. lib. i. til. iO'
decreto 5. 10 princip. et SI i.
(i5) LeVlt. c. 19. i. Joan. 2. Abr. ubi proxime. Eleg. Dess. verbo Confessio
O. 4. Palaos p. i. tracl. 6. d. 4. punct. 1. n. 4.
(16) C. Peccatum de Regul. juris lib. 6. D. Thom. 1.2. q. 62. art. fino Na-
val'. 10 Manual. cap. 26. n. 5. et c. 17. n. M. et 59. Dusemb. l\1edul. tract.l\.
dePrenit. dub. 5. . n. 4.
(17) Act. Eccl. Mediol. p. 4. foI. 64,7. verso Confessores Abr. dicl. SI 2. n.
311. Naval'. ubi proxime. Dusemb. loco citato.
(18) C. Consideret de Preoit. disto 5. cano Deus qui de Prenit. et remisso lext.
io c. Omllis eod. tit. C. Ab infirmis 26. q. 7. Trid. sess. i4. C. 8. et ibi Darh.
num. 2. Naval'. in Manual. C. 26. 0.19. Lug. de Preoit. d. 25. sess. 4. n. 60.
(19) Trid. sess. 14. c. 8. c. Mensuram de PreniL. dist. i. PaI. tract. 23. d.
unic. punct. 21. SI 3. n. 8. et 9. Laym. lib. 5. tract. 6. c. 15. n. ii.
(20) Ritual. Rom. de Sacram. Prenit. verso Pro peccatis occullis. Naval'. c.
8. num. 10. verso Neque obstat. Sylvest. verbo PreoiLentia n. i .
. (21) Text. in c. AlLigant 26. q. 7. Abr. lib. 9. sect. 4. n. 283. Eleg. Ress. in
Oonb. Theolog. practic. verbo SatisfacLio n. 9.
(22) Abr.lib. i3. sect. 14. n. 11~2. 146. el i49. ConsLit. Drachar. til.!h
consto 2. in fio. foI. 1~0. Actor. pars l~. instrucl. Confessio Eccl. Mediol. foI. 6'14.
verso Omnes Confessores.
(1) Consto Ulyssipoo.lib. 1. tit. 10. decreL. 6. io princip. Rrach.ar. tiL. 4.
const. 4. n. 4.
74 CONST[TllIES
Confisses de quaesquer penitentes, especialmcnte de mullleres, as
quaes nunca omiro de Confisso no Cro, (2) Sacristia, Capellas, Tri-
hunas, ou Baptisterio, nem outro lugar secreto da Igrcja. E quando
fOI' gl'ande o concurso ela gente para se confessal'em, os homens se COll-
rassaro onde puderem, ficando reservados os (3) Confessionarios para
as Confisscs das mulheres.
175 Os Confessores no podero confessar pessoa alguma na
rua, ou no campo, ou em outro qualquer lugar fra (11) da Igreja, (5)
salvo havcndo justa causa, e sendo os penitentes enfermos, que no
podem "' a ella, ou em tempo (G) de peste, ou de doenas contagiosas.
E os que obrarem contra o que nesta Constituio se ordena, sero cas-
tigados a nosso arhtrio. .
176 E outro-sim malldamos, que nem-um Confessor, de qual-
quer qualidade que seja, imponba aos penitentes.penitencias pecuniarias
para si (7) applicadas. nem pel' si, nem por outrem na Igreja, on casa,
cm que por necessidde confessar, recella dinheiro, (8) ou cousa que o
-ralha, de pessoa, 011 pessoas que ouvir de Confisso, aiuda que 111'0 (9)
ofTereo de sua vontade, e sem elles o pedirem, soh pena de illcol'l'e-
rC'm em suspenso divinis.

TITULO xur.
DOS CASOS RESERVADOS.

177 E' convenientissimo salvao das almas, que os Superio-


res l'eSel'vem (1) a si a ahsolvio de alguns peccados mais graves, as-
sim para que melhor se posso emcndar, applicando mais efficaz, e op-
portnDo remedio, como para que os fieis pon11o maior diligencia em
se abster delles, yendo que lhes mais diOlcil a sua absolvio: e por
isso os Summos Pontfices rcservro mnitos para si, e os Bispos (2) em
seus Bispados podem, e costumo resel'Yar para si os que lhes parece,
que couvem ao bom goyerno das almas de seus suhelitos. Pelo qlle,
conformando-nos com a disposio do Sagrado Concilio Tridentino, 1'e-

(2) ConsL UJyssip. Si 1. ulJi supra.


(3) Consto UJyssipon. dito Si 1. AcLoram pars !~. instl'UcL. Confesso foI. 64-6.
\' 1's Excepto. cum duob. seq.
(l~) Consto Brachar. tH. 4. co.nsL. li. in fine. Acta Eccl. Mediol. uhi proxUnC,
vcrs. JAlicor. mdibus.
(!5) Gay. vcrb. Confessarius n. 27.
(6) Constit. UIyssipon. lib. 'L tiL. 10. decr. 6. Si 2.
. (7) Facit text. in C. Ad Apostolicam de Simonia. Consto Brachar. tiL. li. con I.
4. n. 3.
(8) COllstit. UJyssipon. lib. 1. tiL. 10. decr. 6. Si 3.
(9) Conslil. UJyssipon. clicl. Si 4.

(1) Trid. sess. 14. de Sacram. Pamit. c. 7. C. Ita qllorumdam de Judic. c.


Conquest. de Sent. excommun. c. Quicumqlle eod. lit. in 6. Glos. verbo Perline-
anL in cap. 1. de LranslaL. Episc. el yerho perlinere in C. Sicut unire de exces-
sib. Prmlator. Barb. de polesl. Episc. p. 3. aUeg. 50. Fernandcs in examine
Tlleolog. Moral. p. 3. c.6.
(2) Trid. loco cito verso Boc idem, ct ibi Barb. n. 6. el dicL p. 3. alleg. 51.
Zerol. in prax. Epise. p. 1. vcrb. Caslls resen'ali. nex. in prax. rei'. for. Eccles,
resol. 1~92. Quarant. in Sumo Bullar. vcrl o, Caslls rescrvali.
DO AHCEBIPADO DA BARIA. 75
senam.os para Ns, e nossos slIccessores a absolvio dos casos, (3) e
peccados eguintes, no sendo commeUidos (h) por escravos, que a
respeito destes lcyantamos a reservao.
I llomicdio (5) Yoluntal'o.
Neste caso se c01nprehendem os mandantes, (6) conslllentes, auxi-
l1"anles: nem necessa'l'io q1te se siga o efleilo, quando se obra
qua7quer aco com an1'mo de mala?', como ferindo, atirando
espingarda, ott com setta, ou dando veneno.
lI. Feitiaria (7) conhecida por tal praticada, (8) aconselhada, ou
procurada por meio de outrem.
lTI !<'urtar alguma cousa pertencente (9) Igreja, passando d'tllTI
marco de prata. E se for cousa pertencente ao Altar, sendo ouro, ou
prata, ser o tal fmto resenado em qualquer quantia.
IV. Juramento falso (10) cm juizo ou em actos juc1iciaes, ou pe-
rante Superior competente; ainda que do dito jUl'amento no resulte
prejuizo a terceiro.
V. Aconselhar, eu procurar (11) abol'te animado, ou no (12)
animado.
'\!. Inceuclio(L3) feito de proposito para fazer damno, aiuda que
clle se no siga.
liI. Dizimos (111) no pagos s 19l'cjas, ou a quelles a quem se
deyem, que excedo a quantia de quatrocentos ris.
vm. neter o alheio, (L5) cujo domno seno sabe, que exceda a
fjuantia de dez tostes.
Neste caso se compre7wnde 1'eter em seu pode?' escravos (t 6) (ugil-

(3) FaciL c. ULinam 3. disL. Naval'. c. 27, n. 262. i-n fin-c.


(~.) Summ. Concilior. 2. p. ConciUo Limens. cap. 17. foI. 749.
(5) Extrav. inler cunctas. de privilo inler com. Barb. de poLest. Episc. p.
3. alleg. 51. n. 3. Abr. Iib. 10. sect. 2. n. 337.
(6) Abr. lib. '10. c..1p. '10. sect. 2. S. n. 340. secL. 3. \li 2. n. 403. Barbos. de
Ofllc. el PoLesL. Epi copo 3. p. aUeg. 51. n. 3.
(7) ExLrav. inlcr currelas verbo Incendiarios diet. tiL. de priviIeg. iuler. com.
D. Thom. 2. 2. q. 95. arL. 3. CousL. Lamecens. lib. 1. tiL. 7. c. 9. S) 7. foI. 67.
(8) Ad ea qUiC Abl'. lib. to. sect. 2. n, 317. cum duob. seq. Barb. de Ofic.
el polesl. Episcop. d. al1eg. 51. a n. 120.
(9) FaciL Ord. Hegia lib. 5. til. COo in pTincip. el S) 4. C. Ex lileTis 5 cle
l'urtis. lavar. in Man. c 95. !ii . Qui rem Sacram. Clar. in addit. Iib. . !li Sa-
crilegium n. 1. usql1e ad num. 6.
(iO) Glos. vcrb. ReservanLur. in C. 1. Ubi Abbas de Crimln. falsi, dicl. Ex-
lravag. ioLer cUlletas. Abr. dicL. Iib. 10. S) '15. n. 35'1. cum seq. Palo llicl. Lraet.
23. 11.2. verso 2. l'alsum tesLimonium Aloys. Hice. in pra.i anr. refol. 216. iII
pl'ineip. ConsLit. JEgilan. Iib. 1. til. 8. C. 1l~. n. 5. Lamec. lib 1. liL. 7. C. 9. SI
11. 1'01. 67.
(H) Abr. Iih. tO. secl. 2. 10. n. 342. VaI. clicl. lracl. 23. punct. 15.
2. num. 2.
('12) Ahr. dicl. n. 3'~2.
(1:1) Dict. E,lra,a"'. illler eUlicla ,dicl. vcrs. lnccll(liarios. C. ressimam
23. q. 8. c. Cum devoti"simum U. q. 2 .. \br. d. Iii,. 10. cL. 2. !li '12.
(14) Glos. verbo Re crvantur. in C. 2. de P(J'llil. el remisso UD. ad Lxl. iu
cap. Cum sil cle Jlldreis. Abr. cliel. sedo 2. H. Ilum. 350.
Pi) Facilrcgula p ccalllm de B.cglll. jllris iII 6. Abr. dicl. se1. 2. Si '13.
n.31.!).
(16) Abr. dict.lil . 10. ~ !~O. JI. 383.
76 CONSTlTUIES
vos, ou que se apartro de seus Senhores, O!t ftwtados: e tam-
bem a compra, (17) ou venda dos Indios, que so lJres, quando
os cativo para os fazerem escravos, ou para outros fins in;"us-
tos, ou para (18) se servi1'em delles: e 1'stO se 1'eserva, ou os ln-
dios sejo baptizados, ou no.
IX. Excommunllo maior ;"ure, veZ ab homine, que seja reser-
vada a outrem,
178 Dos ql1aes casos DO podero absolver os Pal'ochos, e mais
Confessores sem (19) nossa especial licena, ou de quem lh'a puder dar,
sob pena (20) de excomml1nbo maior 1pSO facto, alem da absolvio ser
l1ulla. Mas podero absolver de quaesquer outros peccados a Ns re-
servados por direito, (21) ou por costume.
~ 179 E declal'audo os dous casos ultimos de dizimos no pagos,.
c de reter o alheio, mandamos, que se o penitente, ao tempo que se
confessar, tiver pago os dizimos, a quem se devem, e tiver legitimamen-
te distribuido a pobres (no passaudo (22) a quantia de dous mil ris) o
alheio, cujo domno se no sabe, ou gastado, ou applicado fabrica da
Igreja, seja (23) absolto pelo Confessor, a quem se for (onfessar; e pas
sando o achado da dita quantia de dous mil ris, se entregar (2h) ao Pa
rocho da Igreja, cujo frcguez for o penitente, o qual no dispor delle sem
nol-o fazer a (25) saber, ou ao nosso P1'Ovisor, para se detel'minar a sua
distribuio, o qual aviso nos far dentro de um mez, sendo no Reconca-
vo; e no tempo que for possivel, sendo mais distante: e pomos (26) ex-
'Communho ao Pal'ocho que assim o no cumprir.
TITULO XLV.
DA ABSOLViO DOS !'ECCADOS, E CEriSURAS NO FORO INTERIOR, E EXTERIOR.

180 Depois de acabados de confessar os peccados pelo peniten-


te, e estar por elle aceita a penitencia, que lhe for imposta pelo Confes-
sor, o talad cautelam o absolver em primeiro lugar (1) das censuras,
ainda que lhe no conste, que as tem incorrido, e em segundo lugar o
absolver dos peccados.
181 E havendo o penittmte de ser absolto no acto da Confisso

(17) Abr. dict. lib. 10. ~ 37. n. 380


(18) Abr. dict.lib. 10. S) !~O. n. 383.
(19) Naval'. c.26. n. 6. Constit. U1yssipon. lib. 1. lil. 10. decrel. 7. ~ 2.
verso Dos quaes fol. 86.
(20) Abr. Iib. 10. "C. 10. ~ 19. n. 416. in fino
(21) Conslit. 1Egilaniens. lib. 1. til. 8. cap. 14. n. 13. Lamec. lib. 1. til. 7.
'C. "9. n. 15. Ulyssipon. Iib. 1. til. 10. decret. 7. ~ 3.
(22) Abr. lib. 10. n. 346.
(23) Abr. lib. 10. sect. 2. . 14. n. 350. cum Henriq. Molin, Rebel. el Bo-
naco ab eo citat. Constil. U1yssipon. lib. L til. 10. decr. 7. ~ 4.
(2!~) Constit. U1yssipon. lib. 1. lil. 10. decr. 7. ~ 4. 1'01. 87.
(25) Faclt. Conslit. Ulyssipon. lib. 1. til. 10. decr. 7. 4.
(26) Conslil. Ulyssip. ubi proxim. Facil Conslil. Ai:gilan. Ilb. 1. lil8. c. H.
n. 12. Lamec. lib. J. til. 7. C. 9. 16.

(I) Conslit. I'yssipon. lib. 1. lil. to. decl'. 8. in princip ..'Egilan, lib. I.
til. 8. cap. 15. in pl'inc. Naval" inl\1an lal. c. 26. n. 10.
no ARCEBISPADO DA BARIA. 77
pelo Confessor, a quem for comm~ttida a absolvio .de alguma excolU-
munbo, ou outra censura sentellClada no foro extenor, guardar-se-ha
o seguinte. Se no mandado lhe for dada certa frma, (2) essa deve ob-
servar: mas quando nelle se disser, que seja ahsolto in f1'ma Ecclesim
consuela, deve o penitente antes de tudo (3) satisfazer, ou dar cauo
ao menos juratoria de o fazer, e jurar de obedecer aos mandados da
JgI'eja, e prometter de no tornar a reincidir nos mesmos peccados, por
que foi excommungado, ou incorreo a censura: e feita esta promessa,
e dada a dita satisfao, ou cauo ao Confessor, guardar (li) este na
frma da absolvio a ordem do Ritual Romano.
182 Por virtude de alguma Bulia, ou Privilegio geral, ou parti-
cular, ou Juhileo, que der liccna pal'a escolller Confessores, se no p-
de escolher seMo aquelle, que for Cura (5) de almas, ou seja appI'ovado
actualmente por Ns, ou por quem nosso poder tiyer, para ouvir Con-
fisses. E nem-uns Outl'OS Confessores podem ser escolhidos, se as
mesmas Bulias, ou Jubileos expI'essamente no disserem (6) o contl'a-
rio: e a ahsolvio das censuras dada pelos taes Confessores por virtu-
de da Bulia, Jubileo, ou Pri\'ilegio, aprovei to smellte no foro interior
(7) da consciencia, e no no exterior para os excommungaclos no se-
rem evitados.
-l< 183 E em virtude deste poder concedido aos Confessol'es nas Bul-
Ias, Privilegios, ou Juhileos para poderem absoher aos penitentes das
censuras, e penas, no podero os taes Confessores (confessando os pe-
nitentes, ou julgando do que elles conlessro, terem incort'ido irregu-
lariuades) dispensar (8) nellas, ou em outras penas postas por direito,
ou sentena de algum (9) Juiz. E as im, se o penitente tiver incorrido
em alguma irregulal'iuade, no pde ser disp nsado neBa, mas pde ser
al)sollo do peccado, ou censma, porque incorreo irregularidade. E se
estiver o peniteute casado em gro prohibirlo, posto que o posso ab-
solver da censura, e do peceado do incesto, estando emendado delle,
no podem dispensai' com elIe. E os Confessores que, sem as Bul-

(2) Barb. ad texl. in C. Ex parlo 23. n. 3. de verbor. significaL


(3) Pontifico Roman. 3. p. lH. de Ord. excommunicaudi, et absolvo RiL
ROID. til. de Ord. adminisl. Sacram. Poonit. C. CUIU aliquis 108,11. q. 3. c. Anobis
28. de SenL excom. el ibi Barb. O. 6. el ad dict. lext. in c. Ex part. 23. n. 3. de
Verbor. signir. PaI. p. 6. de Censo d. 1. puoct. 11. Si 3. n. 4.
(4) Bit. Rom. ubi sup. Naval'. C. 20, in Manual. num. 8.
(o) Faeil Trid. sess. 23. de Reform. e. 15. Suar. in 3. p. de POOIl. d. 28.
soclo 6. n. 10. el secl. 7. n. 3. el8. Cardo J~ug. tom. de Pamit. d. 21. sect. 2. n.
45. Gulier lib. 1. Canon. C. 27. n. 6. Quarant. Sumo Hullar. verbo Confessor.
Conslit. lEgilan. lib. 1. tit. 8. C. 16. Portuens. lib. 1. til. 6. conslit. 16. Si 2.
(6) Conslituliones sup. eilatre.
(7) Covar. in C. Alma MalCl' 1. parL Si 12. n. 16. Naval'. cons. 23. de Poo-
llilo el remisso et cons. 51. de senl. excomm. el 52. Gntier. Canon. C. 2. per tot.
Suar. de Censo d. 7. secl. 5. n. 21. Conslit. Ulyssip. lib. 1. lil. 10. decreL 9. 1.
(8) J avar. in Manual. C. 27. n. 194. AIJr. de Par.lib. 10. cap. 12. secl. 2. n.
lj62. verso Und. coIliges. PaI. p. 4. lract. 25. d. uoic. punct. 8. Si 4. n. iS. Le-
l~esm. 2. parlo quarto q. 26. art. 2. Henriq. liIJ. 7. de Indulg. C. 13. n .6. et
Ilb. 13. c.1.
(9) PaI. dict. lracl. 25. pUDel. 8. Si l~. n. 9. eum cluob. seq. -aval'. in Manu-
al. C. 27. n. 194. Consto UJ)'ssipnn. lib. 1. til. 10. decr. 9. Si 2. Porluens. lib. 1.
IiI. 6. Conslil. 16. Y('r5. 1.
10
78 CONSTITUIES
las lhes dal'em poder para isso, fizerem as taes dispensaes, sero sus-
pensos (10) de suas Ordens pelo tempo, que nos parecer, e pagaro qua-
tro mil ris para a S, e Meirinho.
18.4 Para que os Sacerdotes nossos subditos saibo o que devem
fazer nos casos, que mui frequentemente costumo succeder no artigo,
ou perigo de morte, ordenamos, que se o Confessor achar algum peni-
tente em artigo de morte, em tal estado que ainda que tenha fal1a, pro-
vavelmente se teme, que no poder acabar a Confisso inteiramente, o
absolva, tanto que ouvir (11) algum peccado, que seja mortal, ou ve-
nial, na {l'ma que Ol'dena, e manda oRitual Romano. POTm se, depois
de assim absolto, o enfermo estiver ainda vivo, ir proseguindo (12) a
Confisso, e no fim c1ella o al)solver na fI'ma costumada. E se achar
o penitente em tal estado, que j no possa fal1ar, e estiver com juizo,
procurar o Confessor, que se confesse por acenos,. (13) ou signaes: e
mandando primeiro sahir fra da casa todas as pessoas, que abi estive-
rem, perguntar ao enfermo em particular, se commetteo algum pec-
cado; e declarando ene por signaes, ou cenos, seja peccado mortal,
<>u venial, o absolva logo.
185 E tendo j o enfermo perdido o juizo, ou estando em esta-
do, que nem por palaua, signal, ou aceno possa declarar peccado al-
gum, se elle em presena do Confessor der signaes de contrio, (1.4)
ou lhe constar por relaO ao menos de uma pessoa (15) que lh os vis-
se, ou ouvisse dar; assim como se levantou as mos a Deos, ou bateo
nos peitos, ou claramente pedio perdo de seus peccados, antes de per-
deI' a falIa, oujuizo, ou fez actos semelhantes, o Confessol' o obsolva lo-
go das censuras, e peccados debaixo (16) da condio : (como tambem
duvidando-se se os deo) ln quantum ego possum, et debeo. E se depois
que foi absolto o penitente, que nem por acenos, ou siglJaes se pde
confessar, se lhe tornar a restituir a falia, ou juizo para se confessar pOI'
palavras, signaes, ou acenos, o ouvir de Confisso, e tornar (17) a
absolver no S'ttb conditione, mas absolutamente, estando eHe disposto
como deve.

(10) Conslilulion. ubi proxim.


(ti)Ril. Roman. til. de Ord. administro Saeram. PreniL. verso Quod SI inler.
Suar. d. 23. seel. 1. n. 2. taym. lib. 5. lrael. 6. C. 8. n. 9. S verbo Absolulio
n. 9.
(12) PaI. p. 4.lraet. 23. d. unie. puneL. 11. n. 2. Abreu lib. 11. e. 5. n. 45.
Victor. de Confesso n. 164. Sol. in 4. disL. 18. q. 2. arL. 5. verso Diffieullates. Pos-
sev. de Offie. Curato e. 7. n. 89. Barbos. de ome. et polest. Paroe. p. 2. e. 19
n. /~7.
(13) Abr. lib. '10. e. 5. n. 48. PaI. dicL puneL 11. D. 10. Vasq. d. 91. arL.
1. dub. 1. n. 3. taym. lib. 5. Sumo lraet. 6. cap. 8. n. 4. Bonae. de Saeram. d.
5. q. 5. seet. 2. punel. 2. ~ 4. diffieult. !~. n. 7.
(t4) Cap.l\'Iultiplex de Prenit. djsL. 1. Abr. dieL lib. 1. num. 60. Laym. dieL.
lib. 5. lraeL 6. e. 8. n. 4. PaI cliet. punet. 11. n. 10. Henriq.lib. 6. e. 10. n.7.
Suar. d. 23. secL. 1. n. 5. Barb. de Paroeh. p. 2. e.19. n. 46. Vasq. q. 91. art. 1.
dnb. 1. n. 3. ToleL. ljb. 3. e. 8. n. 2.
(15) Cap. Js qui 26. q.6. e.l\fuHiplex de PreniL. deis!. 'I. Abr. ue Paroch.
lib. 11. c. 6. n. 62. et 66. PaI. diet. punet. 11. n. 11. el verso Notanter. Vasq.
q. 91. arL. 1. dub. 1. Suar. et Laym., ubi supro
(16) Barb. r1ieL. e. 19. n. 46. in fine. Abr. di!;!. ljb. 11. c. 6. .n. 58.
(1'7) Ad ea qLHe Abr. tI. c. 5. n. 48. in fine.
no ARGEBI. 'PADO DA BARIA. 7 ~l
TITULO XLVI.
DO SIGILLO DA CONFIS O, A QUE~f OBRIGA, E PENAS QUE ll,n'Eno OS QUE
O REVELLAnElII.

186 o Sigillo da Confisso um (1) obrigao que o Confessor


tem de no manifestar 08 peccados, que lhe confesso, e procede de di-
reito (2) natural, Divino, e humano, e to estreita, que no licito'
ao Confessor descubrir os peccados, que na. Confisso se lhe manifes-
to, nem por livrar a propria vida; porque de outra maneil'a seria a,
Confisso odiosa. Pelo que estreitamente prohibimos aosCon/essores,
que por nem-um modo, (3) figura, signal, indicio, gesto, ou aceno des- o

~ub!'o, nem dem a entender, ou em geral, ou em particulal" directe, 011


md~t'ecte, peccado algum mortal ou venial; nem circunstancia delle, nem
cousa alguma, por onde se possa entender, ou presnmir que commet-
t~o o peccado, que lhe foi dito em Confisso, ainda que sejo constran-
gIdos aos descubrir por qualquer Superior com juramento, (!~) eXCOfi-
munhes, ou por outra qualquer pessoa com outras extorses por me-
do, .ainda que os obriguem a pel'der (5) a vida: nem podero dizer do
pemtente, que ouviro de Ccnfisso, que injusto, mo, ou peccador,
ou outra cousa (6.) semelhante. E lst0, ou o ~oufessor absolva o pe-
nitente, (7) ou lhe negue, ou dilate a' absolvio, porque em todos es-
tes casos est obl'igado ao sigillo Sacramental.
187 E quando o penitente fizer a Confisso por interprete, fic:l1
Lambem o intel'prete (8) obrigado ao sigillo, sob as penas abaixo im-

(1) Text. in cap. Omnis ulriusq. sexus de Preoit. et remisso Barb. ibi n. 11>:.
cum seq. usq. ad num. 21. Suar. tom. 4. d. 33. et 34. Henriq. in Sumo Iib. 6_
cap. 10. cum sex seq. iEgid. Coninch. de Sacram. et censo tom. 2. d. 9. Laym. lih.
5. Sumo (ract. 6. C. 11t. D. Thom. in 4. Iib. SenLeo.t; d. 22. q. 3. arL. 1. q. 3
ad 3.
(2) Proverb. 11. C. Qui ambulaL 5. q.. 5.. c. Sacerdos d~Pamit. dist. 6. DicLus,
texL. in C. Omms uLriusque de Prenil. eL remisso PaI. p. 4. Lract. 21. d. unic_
punct. 19. n. 2. NaVal'. C. 8. n. 2. ct 3.
(3) Naval' in dict. C. Sacm'dos n. 39. PaI. loc'. citaL. n. 3. Fagund. c. 1. n. 7_
Suar. Lom. !~. de Preuit. dispo 33. secL. 2. Abr. Iib. 9. secL. 5. n. 3'12. cum du--
ob. sel{o Barb. ad dict. LexL. in e.1p. Omnis n. 16. Zero!. de Prenit. C. 20. q. 12.
Guticr. Canonic. Iib. 1. c. 11. n. 74.
(ln aval'. in dict. C. Sacerdos num. 11.'1. et seq. l\'1ascard. de Probat. in
prrefaL. q. 5. n. !:i1. Ant. Gom. 10m. 3. Variar. C. 13. n. 9. Bonac. de Sacram. d.
5. q. 6. secL. il. punct. 4. lL 31. Suar. de Prenit. d. 33. secL. 6. n. 6.
(o) Barb. ln d. C. Omnis n. 16. Henriq. Iib. 6. cap. 19. Valer. Reginalcl.
in Prax. fori Preuit. Iib. 3. n. 12.1aym. Iib. 5. Sumo Lract. 6. cap. 14..Fagund.
cap. 1. num. 7. Suar. tom. l~. de Prenit. dispo 33. sect. 2. Pa!. {lo 4. tract. 23.
d. unic. punct. 19. n. 3.
(6) Abr. Iib. 9. SI 2. n. 312. Nav-ar. in Manual. C. 8. n. 9. Const.1Egi-
tan. lib. 1. til. . c. 19~ in princip. verso Nem poder foI. 85. UJyssip. Iib. 1. tiL.
10. decreto 10. in fine principii.
(7) D. Thom. ln ".. disto 21. q. 1. Scot. in ".. disto 17. q. 1. et dist. 18. q.
l~. art. il. concI. 5. SUai'. dispo 33. sect. 2. num. 8. Donacin. dispo 5. de PceniL.
q. 6. secL. 5. punct. 2. n. 2. Zerol. de Pcel1.t. cap. 20. q. 12. PaI dicL. puncL. j9~
num. 1.
(8) Pal. dict. puncL. 19. SI l~. n. 3. Suar. ilisp. 33. sect. 4. n. 4. Laym. lib.
5. Sumo tract. 6. C. 14. n. 16. verso Secundo. Donac. d. 5, de Pcenit. q. 6. secL. 5.
punct. 3. n. 6. Naval'. in lVfanuaL C. 8. n. 7. Busemb. Mcdlll. LracL. l~. de
Prenit. n. 6. respons. 2.
80 ONSTlTUIES
postas aos Confessol'es. E os que casualmente, ou com iJldustria (9)
omi1'em algum peccado da Confisso, SO obrigados ao ter em inviola-
vel segredo, e ao no descubrir por alguma via d'i'recte, ou indiTecte,
sob pena (10) de excommunho maior 1'11SO facto, e serem gravemente
castigados a nosso arbitrio. E se ao Confessor sobrevier algum caso,
em que para remedio do penitente, convenha aconselhar-se, ou prati-
caI-o com nosco, OH nosso Provisor, o far em geral, (11) e com tanta
cautela, que se no possa entender por algum modo quem o commet-
teoi e por esta causa convm, que se acon elbe com pessoa fra (12)
da Freguezia, e que deHa tenha pouca noticia, e dos freguezes.
-l' 188 E se algum Confessor directa, ou indirectamente descu-
bri1' o que lhe foi dito em Confisso, incorra (13) em excommunho
maior ipso (aclo, e ser condemnado em carcere perpetuo, e depo to
do Officio Sacerdotal, e Beneficios, que tiver. E mandamos aos Con-
fessores, que no consinlo, que pessoa alguma esteja junta ao Confes-
sionario, ou lugar onde estiverem ouvindo de Confisso, antes a man-
daro affastar, (iA) em f6rma, que no possO ouvir, nem entender o
que na Confisso se diz.
189 E se alguma pessoa maliciosamente se chegai' aos djtos lu-
gares para effeito de ouvir o que se confessa, ou se fingi!' Confessor sem
o ser, para assim saber os peccados alheios, incorra (15) em excom-
munbo maior ipso facto, e sendo-lhe provado haver as mais penas,
que merecer nosso (16) arbtrio.
190 E admoestamos aos Pregadores, que na reprehenso dos pec-
cauos, qne fizerem em seus Sermes, se bajo com tal advel'tencia, que
usem sempre de palavras (17) gemes, no particularizando circunstan-
cias de pessoas, culpas, ou lugar, por onde se 'ven]la a entender, quem
os eommetteo, nem suspeitar, que dizem nos pulpitos, o que ouvem
nas Confisses: e fazendo o contrario, sero (18) suspensos de pregar,
e havero as mais penas, que segundo suas culpas mCI'ecerem.

(9) Ila VasC[o Laym. iEgil. Coninch. Ronac. cil:i Pal. dicl. 4.. num. 4.
el 5. Adrian. in 4,. de Confesso q. de Sigillo Secunda pal'S; Naval'. in Manual.
ubi prorime, et n. 4,. Rusemb. ubi supra.
(10) Conslil. U1yssipOll. lib. 1. lit. 10. c1ecret. 10. 3. JEgitan. lib. 1. lil.
8. cap. 19. n. 5. Porluens. li]). 2. lil. 6. Conslil. 17. verso Equando. Lamecen .
lib.1. til. 7. cap. 1 t. 2.
(11) Conslit. JEgitaniens. Iib. 1. til. 8. cap. 19. num. 2. Facit. PaI. c1ict.
punct. 19. 4.. num. 8. verso l?enique vix.. .
(12) Conslll. Lamecens. dlCt. !tb. 1. lIt. 7. cap. 11. 1. Porluens. lIb. 1.
til. 6. ConsLiI. '17. verso in fine.
(13) Diclum .c. qmnis ulrius.que SCX~lS ?e Pren.it. el remisso et diclum cal~'
Sacerdos. de Pccmt. dlsl. G. ConslIt. U1ysslp. IIb. 1. tlt.10. decret. 10. ~ 10. lEgI-
tan.lib. 1. Lil. 8. cap. 19. n. 3. Lamec. lib. 1. lit. 7. cap.12. Porluens. lib. 1. lit.
G. Conslil. 17. n. 7. verso Ese algum. Rrachar. liL !~. Conslit. 12. foI. 68. et 69.
(14) Constil. U1yssipon. loco citat. 1. J_amecens. ubi supra 2. JEgitan.
ubi proxim. n. !~. .
(15) ConsliL .iEgilan. dicl. C. 19. n. Ii..
(16) Naval" in cap. Sacerdos de Prenit. disto 6. n. 50. Henriq. lib. 6. cap.
19. n. 9. el cap. 20. n. 2. Suar. d. 33. secl. 4. n. 4. Conslit. Portuens. lib. 1.
LiL 7. Conslit. 6. verso E se alguma.
(17) Constil. U1yssip.lib. 1. lil. 10. decrel. 10. 4. FI'. Anton. Spirilu
Sanclo de Sacram. Prenil. lracl. 5. dispo 19. secl. 6. n. 1565.
('18) Cunslil. U1yssipon. lib. 1. lil. 10. dec. 10. 4,. foI. 92. Porluens. lib.
1. L. 6. Conslit. 17. verso !C" in fine foI. 102.
no ARCEBISPADO DA BAI-HA. 81
TITULO XL II.
DO SACRAlIIENTO DA EXTREMA Ur O: DA INSTITUiO, lIIATERIA, FRlIIA, 1111-
NlSTRO, E EFFElTOS DESTE SACRAlIillNTO, E A QUEM SE DEVE AD!llINIS'rRAR.

191 E o Sacl'amento da Extl'ema Dn o o quinto dos da Santa


Madre Igreja, de grande utilidade para os fieis, instituido pOl' (1) Chl'is-
to Senhor nosso, como definio o .Sagrado Concilio Tridenlino, (2) para
nos dar especial ajuda, conforto, e auxilio na hora da morte, em que as
tentaes de nosso commum inimigo costumo ser mais fortes, e peri-
gosas, sabendo que tem pouco tempo para nos tentar.
192 A materia deste Sacramento o oleo da Oliveira bento (3)
pelo Bispo. A rl'ma so as palavras, que esto no Ritual Romano: (lt)
Per islam Saneiam Unelionem, et suam, piissimam miserieordiam etc.
OMinistro o (5) Sacerdote. Mas ainda que qualquer Sacerdote pdc
administrar validamente este Sacramento; com tudo o proprio Ministro
por o1lcio o (6) Parocho: c assim o Sacerdote seeular, que sem li-
cena sua o administraI' (excepto em caso de necessidade) prcca (7)
mOI'talmenle: e o Regular incolTe em pena de excommunho, confor-
me a disposio do Direito (8) Canonico .
193 Os effeitos proprios deste Sacramento so muitos, e pI'inci-
palmenle lres. O primeiro , perdoal'-nos as reliquias (9) dos pecea-
dos, pelos quaes ainda faltava satisfazer da nossa parte, ficaudo por is-
so aliviada a alma do enfermo. O segundo , dar muitas vezes, ou em
lodo, ou em parte a saude (10) corporal ao enfermo, quando assim
convm para bem de sua alma. O terceiro , consolaI' ao enfermo, dan-
do-lhe confiana, (11) e esforo, para que na agonia da morte possa
(1) Jacob. 5. 14. Marc. 16. 1. Cap. Presbyt. 95. disto cap. 1. de Sacra Un-
ctione. Concjl. Trident. de Sacram. Extrem. Unction. et cap. 1. 2. et 3. et de
cod. Sacram. cano 1. cum seC{. Suar. dispo 39. sect. 1. n. {~. Valent. tom. lj. d.
8. q. 1. p. 1. verso Marci. Pai. p. lj. tract. 26. d. unic. punct. 1.
(2) Concit. Trident. in Procem. ession. H. llat. dict. pnnct. 1. n. 5.
(3) Concil. Florent. in decreto Ellgen. de liLeris union. et Trident. sess. 14.
C. 1. D. Thom. in 4. disL. 23. q. i. art. 2. C{. 2. Bonac. de Sacram. Extrem. Un-
eLion. dispo 7. q. 1. parto 1. num. 3. Suar. dispo quadragessima sect. i. n. 3.
(4) PaI. dict. traet. 26. punet. '~. n. 1. Barb. de Paroeh. p. 2. cap. 22. n.
3ii. Concil. Florent. in dicL. deereL. Eugenii ~ Quintnm Sacrament.
(5) Conci!. Florent. loco citat. Trident. sess. U. cap. 3. et cano 4. Jacob.
5.1. ad Timoth. 4,. Chrysost. lib. 3. de Sacerdotio cap. 6. Cyrillo lib. 2. in Le-
vitie. Bonae. de Sacram. d. 7, q. unic. punet. {L num. i. Sayr. de Sacram. in ge-
ner. lib. 2. C. 2. q. 3. art. 2. verso 2.
(6) Clem. 1. de Privileg. Valent. dispo 8. C{. 2. p. 1. Coninch. d. 19. dub. S
n. 28. La-ym. tract. 8. C. 6. n. 1. Bonac. d. 7. C{. uno p. {~. n. 5. Palo dict. tract.
26. puncL. 8. n. 3. Barb. de paroc. p. 2. C. 22. n. 2.
(7) Barb. dict. n. 2. cum multo ab eo citatis.
(8) Cap'. i. de Privileg. Henriq. in Sumo lib. 13. C. 40. ~ 4. !iter. N. Fra-
ler. Emman. q. Regn!. tom. 2. q. 6. art. 2. verso Decima. Azor. Instit. Moral.
p.i. lib.12. cap. 13. q. 5. verso Primum. Aloysins Ric. in prax. aurea reso!. 2'10.
vers. Duodecimo. Barb. de Potest. Episcop. p. 3. alleg. 50. n. 96.
(9) Jac. 5. Trid. dict. sess.14. C. 2. et cano 2. PaI. ubi sup. pllnct. 5. n. 6.
(10) l\lare. 6. Trid. dicL. sess. 1!~. C. 2. in fine. PaI. ubi proximc n. 10. Jo-
an. BapL. Gonet. in Manual. tract. 5. de Extrem. Unct. ~ 4. D. 18. et ~ 5.
n. 22.
(11) Jacob. 5. Trid. loco eilat. C. 2. et cano 2. Gonet. dicl. lract. 5. ~ 5.
n. '19.
8'2 CONSTITUIE
resisti I' aos assaltos uo inimigo, levar com pacieneia as dore tia en-
fermidade.
19k Todos os fieis Christos, que tiverem discriO, e malicia
(12) pal'a peccar, so capazes deste Sacramento, e o devem (13) rece-
ber, estando enfermos (1.4) to gravemente, que estejo em provavel
perigo de morte, ou a doena proceda de feridas, ou velhice, ou de
qualquer outra causa.
195 Es.bortamos aos nossos subditos se lembrem de pedil', e re-
cebeI' este Sacramento, quando ainda estiverem em seu perfeito (15~
juizo, para que o l'ecebo com a devida reverencia, e se consolem com
seus singulal'es elfeitos: e as pessoas que tiverem cuidado dos enfermos,
avisem aos Pal'ochos, para lh o administrarem em tempo conveniente,.
no esperando que o doente esteja (16) desconfiado da vida.
196 No se ha de administrar este Sacrameuto aos meninos, que
no tem uso (17) de razo; aos que morrem morte violenta (18) por
Justia; aos que entro em batalha, (19) ou laI'ga, e pel'igosa navega-
o do mar; aos excommungados (20) impenitentes, e que estiverem
em peccado publico; aos doudos, e desacisados, que nunca tivero uso
(21) de razo; porm se em algum tempo o tivero, e antes da doudice
dro signaes de contrio, ou nos l\lcidos intervalIos, ainda que depois
estejo doudos perpetuos, se lhes pde administrar: como tambem os
que perdro o juizo, ou falIa, se quando o perdro dro signaes de
contrio, ou provavelmente se cr, que os dro.
197 Tambem se no deve administrar este Sacramento no tempo
do (22) interdicto, aiuda nas qualro Festas em que por tl'eito se sus-
pende; nem seguuda vez ao enfermo, que j o tiver recebido na mesma
doena, salvo sendo prolongada, como a etuica, hydropesia, gotta, en-
(12) Coneil. Florent. ubi supro Trident. in doctr. de Sacram. UncLion. cap-
3. verso Dec1arantur. Valent. d. 8. q. 2. p. ult. Laym. Iib. 5. Sumo tracl. 8. c. 4.
n. 2. PaI. dict. tracl. 26. d. unic. punct. 6. n. 3.
(13) Trident. proxime cilat. AJis peccant veniaJiler, si absque justa causa>
illius susceptionem omillant. Suar. d. 44. sect. 1. n. !~. Laym. lib. 5. Sumo tra-
cl. 8. cap. 7. Nisi ex contempu omittant, veI si detur scandalum ex omissione, veE
si consc peccali morlalis Dullum aliud Sacram. reeipere possunt; nam Iiis casibus
pcccant mortaliler. Palao dict. tract. 26 d. unic. n. 3. cum DD. ah eo ciLatis.
(1l~) Suar. Valenl. Laym. et alii, quos cil. PaI. ubiprox. puncl. 6. .11. Na-
val'. in l\Ianual. c. 22. n. 13.
(15) Barb. diet. C. 22. n. 19. Possev. de Offic. Curato cap. 9. n. 5. PaI. loco
cital. punct. 6. n. 12.
(16) Darb. dict. n. 19. Bonae. d. 7. de Sacram. q. unic. punct. 5. num. 7..
Suar. d. 24. sect. 1. n. 5. Coninch. d.19. dub. 7. n. 24. Henriq. Iib. 3. cap. 11.
num. 3.
(17) laym. lib. 5. Sumo lract. 8. c. 4. n. 2. Donac. de Sacram. Unet. d. unic.
p. lS. n. 1. Valent. d. 8. q. 2. p. uH. Suar. dispo 42. secL 1. n. 3.
(18) Naval'. in Manual. c. 22. n. 14. Abr. de Instit. Paroc. Iih. 9. n. 366.
C~nsliL IDyssip. lib 1. til. 11. decr. 1. in principio Gavant. verbo Exlrem. Un-
ellO. n. 5.
(19) Abr. dict. Iib. 9. n. 366. Conslit. Ul"yssipon. Ioc citaL
(20) Emman. S verbo Extrema Unctio n. 1. PaI. dicl. trael. 26. puncL 8.
n.10.
(21) Valent. dispo 8. q. 2. punct. ult. Suar. dispo 42. sect. 1. n. 3. Donae. d.
7. de Sacram. Unclion. q. unic. p. 5. n. 1. PaI. d. 6. n. 3. eL4. Barb. deOf-
fie. et polest. Paroc. p. 2. d. C. 22. n. 1. 12. et 13.
(22) Text. in cap. Quod in te de POillit. ct remisso et ibi Barb. num. 8. el
de Polest. Parodl. p. 2. cap. 22. n.I~5. Gavant. verb. Interdictum num. 38.
DO 'ARCEBISPADO DA BA1HA. 83
trev3mento, ou outras de que cQnvalecesse, (23) e tornasse a cahir em
perigo de morte: porque nesta se lhe pde administrar tantas vezes,
quantas chegar ao artigo, ou perigo de morrer. _
TITULO XLVIlI.
DA OBRIGAO QUE o PAROCRO TEM DE ADMINISTRAR o SACRAMENTO DA EX'fRE-
lIIA UNO, E CO~IO SE ADMINISTRAM.'.

198 Devem os Parochos (1) administrar a seus freguezes enfer-


mos com toda a diligencia, e cuidado o espiritual soccorro do Sacra-
mento da Extrema Uno, para que mais facilmente na ultima hora pos-
so rebater os cavilosos assaltos do demonio. Pelo que mandamos, e
ordenamos, que tanto que o Parocho for chamado, ou tiver' noticia,
que algum enfermo de doena perigosa quer receber o Sacramento da
Extrema Uno, lh'o v logo administrar com toda a diligencia, e lhe
encommendamos, que per si 111'0 administre, no estando impedido, e
quando o estiver, commetta esta administrao a Sacerdote approvado
(2) para confessar, e no o havendo, a qualquer outro Sacerdote, o
qual, ou o Parocllo quando o for administrar, ir revestido com sobre-
peliz, (3) e estola roxa, levando nas mos os Santos Oleos em sua am-
bula com toda a decencia.
199 E se o caminho for to distante, que seja preciso ir a caval-
lo, ou em barco, ou houver perigo de efiuso de oleo, levar a dita am-
bula em uma bolsa (4) pendurada ao pescoo; e se for possivel (con-
forme as distancias) far leyar' a Cruz da 19l'eja por um Clerigo, e em
lhIta por um leigo, e a caldeira de agoa benta, e o Ritllal Homano, e
ir rezando o Psalmo, Merere mei Deus, e os mais Penitenciaes.
200 Entrando em casa do enfermo dir: Pax huic clornui; e pos-
to o oleo sobre uma mesa, que para isso deve estar apparelhada com
toalha limpa, e ao menos uma vela acesa, dada a Cruz a lleijar ao en-
fermo, querendo-se elle reconciljar, o oua: e logo continuar o mais
do Ritual, lendo por elle as preces, e no as dizendo de cr: e ungir
logo ao enfermo com os ritos, e ceremonias ordenadas (5) pela Santa
Madre Igreja. E se o enfermo estiver em tanto perigo, (6) que no
possa durar vivo, at se acabarem as ceremonias todas, o Parocho ou
Sacerdote deixando de dizer parte, ou todas as preces, e oraes far
logo as Unes, dizendo as palavras da frma, para que antes de mor-

(23) D. Tbom. in Supplem. q. 33. art. 2. el in 4. dist. 23. q. 2. art. 4. Syl-


vest. verbo Unetio q. 8, Henriq. lib. 3. e. 19. n. 3. Suar. dispo 40. sect. !~. 11.
4. Laym. lib. 5. Sumo tract. 8. cap. 4. PaI. diet. punel. 6. n. 17.
(1) Naval'. in Manul. cap. 25. num. 131. Suar. tom. 5. d. 62. seel. 2. Pos-
sev. de Offie. Cural. cap" 9. n. 9. Bass. in Florib. Tbeologire verbo Extrema Un-
elio 2. num. 2. Pai. p. 4. traeL. 27. d. unie. punet. 8. num. 4. el5.
(2) Consl. iEgitan. lib. 1 til. 9. cap. 2.
(3) Ritual. Roman. de Saeram. Extrem. Unel. lil. de Ord. administrandi,
verso Deinde. PaI. p. 4. trael. 27. d. uno punel. 8. n. 9.
(4) Gavant. verbo Extrema Unelio n. 8. Sylvesl. verbo Unclio q. 4. Constit.
Porluens. lib. 1. til. 7. eonsti I. 2. foI. 10~.
(5) PaI. loe. eilat. punel. 8. n. 11. eum seq.
(6) PaI. diel. punct. 8. n. 13. Laym. lih. 5. IraeL. 8. 11. 1. Suar. d. 1'1-.
sec,L 2. in fine.
84 (;0 STl1' rES
reI' se lhe fao as cinco Unes subiStanciaes: convm a saber nos 011108,
orelhas, narizes, boca, e mos na frma do Ritual Romano; e se o en-
fermo ainda duraI' vivo depois de o acabaI' de ungir, dir as preces, que
deixou de dizer. E s mulheres se no far a Uno nos peitos, (7) ou
nas costas, mas s nos cinco sentidos; nem aos homens nas costas, se
houver perigo (8) em se moverem: e os Sacerdotes se ungiro nas (9)
costas das mos, e no nas palmas.
201 E quando a necessidade for tal, que nem para se fazerem as
cinco Unes com as pauzas costumadas haja lugar, por haver provavel
perigo de morrer o enfermo antes de se acabarem, se ungiro as cinco
partes pl'iucipaes, abreviando (10) com a frma dizendo:
Peristam Sanctam Unctionem, et suam lJiissnam misericordiam
indulgeat tibi Dominu.s quidqU1'd deliqut'i per visum, audit'ttm,
odoratunn, gustum, et lacturn.
POI'm se, em quanto se est ungindo, o enfermo morrer, no se ir
mais (11) por diante: e se houver duvida, se ainda vive, se prosiga a
Uno, prollUl1ciando a frma debaixo (12) de condio: Si vivis, per
isla/ln Sanetam Unclionem etc.
202 E posto que o Ministro deste Sacramento um s Sacerdo-
te, e elle s o pde administraI', (13) e responder a si mesmo, uo ba-
vendo quem responda; com tudo, para este Sacramento se administrar
com a deceuGia, e reverencia, que convm, e como dispoem o Rilual
Romano,
203 Ordenamos que quando o Parocho, ou Coadjutor da nossa
S o for administrar, alem do Ministro que levar a Cruz, no havendo
necessidade repentina, o acompanbe ao menos um Clel'igo dos que lu-
cro (14) os beneces, e emolumentos da Parocbia por tumo feito pelo
Parocho. E nas mais Igrejas desta Cidade, e Arcebispado acompanha-
ro aos Parochos, ou Sacerdotes, que o administmr, os Thesoureiros
(15) dellas.
-l' 20ft E se por culpa, ou negligencia do Parocbo acontecer, que
fallea algum 'eguez sem este Sacramento, ser preso, (16) e suspen-
so por seis mezes do Omcio, e Beneficio, e haver as mais penas, que
conforme sua culpa merecer. .E se sendo chamado no acudir com di-
(7) Ritual. Roman. ubi supr.. vers. Rmc aulem Unctio. PaI. dict. punct. 8.
n. 15. S verbo Extrema Unctio n. 12.
(8) Palo d. )].15.
(9) Ritual. Roman. loco citaL Barb. de omc. et potesl. Pai'. p. 2. cap. 22.
n.32.
(10) Ritual. Rom. ubi supro verso Si quis autem. Abr. lib.!:l. secl. 15.
num. 376. iu fine.
(11) S verbo Extrema Unelio n. 15.
(12) Ritual. Roman. de Sacram. Extrem. Unclion. 'ers. Quod si cluhileL
('13) Cap. Qumsivil 14. de verbor. significal.
(1!~) Constit. Porluens. lib. 1. tit. 7. ConsL 2. ves. 2. in fine. Constit.
JEgitan. lib. 1. til. 9. c. 2. n. 5. et 6.
(15) Consto Ulyssipon. lib. 1. tit. 11. decr. 1. 1. Lamecens. lib. 1. til. 8. C.
2. 3. Egitan. lib. 1. til. 9. C. 2. n. 5.
(16) Coristit. O1yssipon. Iib. 1. til. 11. (IceI'. 1. 3. 'Egitnn. lib. 1. til. 9.
cap. 2. S\ 8. Algarbiens. lib. 1. cap. 79. ~ E falleccnclo. l)orluens. lih. t. til. 7.
f.onslil. 2. verso Ii,.
DO ARCEBISPADO DA BAHIA. 85
ligencia, e o enfermo no fallecel', (17) pagar mil ris para '3 S, e
Meirinho geral. E fallecendo sem cstc Sacramento por culpa de outro
Sacerdote, que no seja o propl'io Parocho, ser castigado com as pe-
nas de priSO, e suspenso a nosso (18) arbitl'io. E morrendo sem el-
Ie pai' culpa das pessoas, que tem cuidado do enfermo, sero castigadas
com as penas (19) arbitrarias, que sua culpa merecer.
205 E a pessoa, que por despreso, oucontumacia, scmlo reque-
rida, deixar de receber este Sacl'amento, pecca (20) mortalmente, e
lhe ser ncgada sepultura (21) Ecclesiastica. E defendemos, que nem
o Parocbo, nem outro algum Clerigo pea, nem le,,'e premio algum pela
administrao (22) deste Sacramento; salvo (23) se de esmola lhe qui-
zerem dai' alguma cousa voluntariamente sem a pedirem.
TITULO XLIX.
DO SACR.HlENTO DA ORDEi\l: DA INSTITUIO, 1IIATERlA, FR1IIA, 1\Ui'HSTF\O, E
EFFEITOS DESTE SACRA!tIENTO, E QUANTOS GRAOS TEM.

206 Quanto seja necessario este Sacramento na Igreja Catholica,


bastantemente sc conhece do que at agora dissemos dos mais Sacra-
mentos: pois todos elles, ou quanto sua validade, ou quanto solem-
nidade, com que se devem administrar, so (1) dependentes do Sacra-
mento da Ordem.
207 E' tambem muito excellente pelo poder, que nelle se d aos
que o recebem, es{)ecialmente ao Sacerdote, que pelo Sacramento da
Ordem tem poder (2) de consagrar o Corpo, e Sangue de nosso Senhor'
JESUS Cbristo, sendo por isso preferido aos mesmos Anjos: e tudo
nos deve servir para (3) estimarmos grandemente os Ministros da San-
la Igreja, principalmente aos Sacerdotes; Bispos, e Prelados.
208 E' este SacI'amento uma divisa, ou signal (!~) espiritual, em
que se d ao Ordenado poder para administrar as funces Ecclesiasti-

(17) Diclre Conslit. Iocis citalis.


(18) Conslit. supradicl. ubi proxime. Ad ea gure PaI. PUDCt. 8. n. 6. vers.
Si infirmus uuHam.
(19) Conslil. Portueas. eLJEgitan. Iocis citalis.
(20) Trid. sesS. 14. C. 3. Abr. de Instit. Paroc. Iib. 9. sect. 4. D. 369. S
verbo Extrema Uactio n. 5. Conslil. myssipon. Iib. 1. Lit. 11. decr. 1. 3.
(21) Facil texl. in cap. PIacuit 23. q. 5. Conslit. l3rachar. tiL. 6. constit. 3.
n. 1.
(22) J.\>Iatth. 10. 9. Argum. text. in C, 1. Prima g. 1. Cap. Non satis, cap. Ea
qure, cap. ln tantum. Cap. Ad Aposlolicam de Simonia. Trid. sess. 1. de Reform.
C. 2.
(23) Constil. Brachar. til. 7. conslil. 6. in fine. Ulyssip. dicl. til. 11. decreL
1. ~ 3. in fine.
(1) Calbechism. Roman. de Sacram. Orrlinis.
(2) Trident. sess. 23. de lleform. cap. 3. el cano 3. PaI. p. li-, tract. 27. d.
un. PUllCl. 3. 11. 1. verso Notandulll.
(3) Eccl. 4,. 7. el cap. 7. 15. 1. ad Timolh. 5. 17.
(!~) D. Thom. in Sllj)plem. q. 3r~. arl. 2. el3. VaIenl. tom. 4. d. 9. q. 1. p.
2. Vasq. 10m. 3. in 3. p. d. 235. C. 2.l\Iarchin. de Sacl'am. Ord. tracl. 1. p. 1.
~ap. 4. EIeg. Bass. in lfJorib. Thcolog. verbo Ord. 1. n.1.
11
CONSTITUIES
cas, conforme ao gro que recebe. Instituo (5) Chl'1sto nosso Senhor
este Sacramento, quando sagrou aos ApostoJos em Sacerdotes, e Bis-
pos da nova Igreja, que plantaYa, dando-lhes juntamente poder, e fa-
culdade, para que elles, e seus legtimos successores pudessem admi-
nistrar este Sacramento, e ordenar a outros Sacerdotes, e mais Minis-
tros Ecclesiasticos.
209 Divide-se (6) em varios gros, ou Ordens Sacramentaes,
(Iuatro Menores, e tres Sacras. Menores so Ostiario, Leitor, Exorcis-
ta, e colito. As Sacl'as so Suhdiacono, Diacono, e Presbitero, ou
Sacerdote. Chamo-se (7) estas Onlens Sacras, no porque as outras
no sejo tambem Sagradas, mas pOI'que aqueUes que as recebem, fi-
CO j tOlalmente dedicados, e cousagl'ados a Dcos assim pelo TOtO, quc
fazem de castidade, como pela impossibilidade de poderem tomar ou-
tl'o estado (8) secular. E posto que os gros da Ordem sejo sete, com
tudo no so, nem se podem Jizer sete SacI'amentos da Ordem, mas
um s, (9) que contem como partes todos os sete gros.
210 A materia (10) deste Sacramento a cousa, que o Bispo
entrega ao Ordenando, no acto em que o ordena. A frma (11) so as
palavras, que eslo no Pontifical, em que declara o podcr, que lhe d.
O Ministro (12) ordinario deste Sacramento s o Bispo. Os effeitos
(13) que causa so muitos; alem da graa (14) justificante, que produz
como os mais Sacramentos, e o caracter (15) que imprime, pela qual
razo se no p6de tomar seguntla vez; (16) d especial graa, (17) e
auxilio aos Ordenantlos, para poderem santamente exercitar os ministe-
rios de sua Ordem, e as mais obrigaes annexas.
(5) J-uc. 22. Trid' sess. 22. c. 1. post mcdium, ct sess. 23. cano 3. VasC[o
lom. 3. in 3. p. d. 239. C. 1. n. 2. Dellarmin. lom. 2. lib. de Sacram. Ordin ii
cap. 2. PaI. p. 4. lraet. 27. d. unic. punct. 1. n. 3. et 4,.
(6) Trid. sess. 23. c. 2. et cano 2. Thom. Valasc. alleg. juro tom. 1. alleg.
2. n. 4. Valer. Rcginald. in prax. fori pcenit. lib. 30. n. 3. Torreblanc. de Jme
spirit. lib. 2. cap. 12. n. 9. cum seq. et n. [~3.
(7) PaI. d. p. [~. tract. '1.7. d. unic. punet. 2. n. 3. in fine in iJIis verbis,
Sed prrecipue &c. Campanile diversor. Juris Canonici rubI'. 2. n. 8. el 9.
(8) Cap. Omnino 1. cap. l\Iullorum 2. c. Dilccto [to disto 32. A' Cunha ad
dict. lexlus.
(9) Trid. sess. 23. C. 2. et 3. et cano 3. Filiue. lract. 9. cap. 1. n. 15. l\far-
chino lrar.t. 1. c. 15. n. 14. Bass. verbo Ordo 1. n. q. verso Porro eliam si.
(10) Coneil. l?lorent. verso Sexto Sacram. PaI. dict. d. unie. punct. [~. 11. 19.
llonac. de Sacram. Ord. d. 8. q. unie. punct. 3. n. 1. Bass. verbo Ordo 2. n. 1.
(11) Cone. l?1orent. et colligilur ex Trid. sess. 23. cap. 4. llonac. c1iet. pun-
ct. 3. proposit. 2. n. 13. Dass. in Flor. Theolog. verb.Ordo 2. num. 5. Vasq.
dispo 2~0. e. 5. n. 58. Henriq. lib. 10. C. 5. liler. n.
(12) Tric1. sess. 23. C. [~. et cano 7. de Reform. C. 3. Text. in C. Episcop. 6.
c1ist. 2'1. Bellarm. lom. '1. lib. 1. ele Clericis cap. 3. A' Cunha ad lext. in C. Per-
venit 1.95. disto n. 3. et ad diclum text. in cap. Episcop. 2~. disto num. 3.
(13) 1. ad Tbimoth. 4. Trid. ubi supra cap. 3. et cano 3. PaI. p. 4. tract.
27. pnnct. 5. num. 1.
(14) Trid. sess. 23. de Reform. c,,1p. 3. etibi Barb. cum plurib. 11. 1.
(15) Trident. sess. 23 cap. 4. el ean. 4. cl Barb. dict can. n. 4. PaI. ubi
proxime n. 2. el de Sacram. in genel'. lraet.13. d. nnle. punct. ii. n. 3. D.
Thom. C. art. 2. Sa)'!'. de Sacram. lib. G. C. 1. q. ul1ic. art. 2.
(/6) Bass. verb. Ordo. [to 11. 2. Henriq. in Sumo lib.10. c,,1p. 4. !II 2. lit.
F. t,. \alent. d. nona, q. 2. p. ul1ic. Coninch. el. 20. n. 8. Bonac. tl. 8. q. nnic.
pUIlCt. 6. n. 3.
(17) Bass. l/ict. verlJ, Ordo q.. n. I. posl mccliulu.
no ARCEBISPADO D1 RAlHA. 87
TITULO L
DA PRI~fElRA TO.SURA, E QUATRO ORDE,'S MENORF.'.

211 Como a primeira tonsura no seja Ordem, (tomada estreila-


mente a Ordcm em quanto Sacramento) mas s6mente uma disposio
(1) para as Ordens, pela qual os que a recebem, ftco dedicados Igre-
ja, e llenominando-se (2) Clel'igos, que valo mesmo que escolhidos
para Deos no se requer para a receber, como dispoem o SagradoCon-
clio (3) Tridentno mais, que cstar cbrismado, lei' idade de sele anuos
completos, saber a Doutrina Christ, ler e escrever, e haver do ordenan-
do tal informao, que se no presuma escolhe o estado Clerical para sr:
eximiJ do f6ro, (A) e jUl'isdico secular, mas para nelle ser,ir a Deos
nosso Senhor em sua Igreja.
212 Com tudo porque o mesmo Sagrado Concilio (5) dispoem,
que se ordenem smentc aquelles sujeitos, que os Bispos julgal'em
uteis, e nccessarios sua Igreja, e neslc nosso Arcebispado so mais
necessal'os Clerigos para Cura de almas, Missionarios zclosos, e Con-
fessores, do que Clerigos exlravagantcs, ordenados smente a titulo de
Patrimouio, sem outra sciencia mais que para dizer Missa; os quaes,
alem de serem de pouca utilidade Igreja, muitas vezes vi,em to es-
quecidos de sua oLrigao, que chego a ser afl'onla do seu cstado, c
cscandalo ao dos seculares, rcsohemos, que quando houvermos de or-
denar algum de pl'imeira tonsura, on Je Ordens Menores, no ser ad-
mittido a ellas, sem mostrar primeiro no examc, que tem estudado (6)
Latim com sufficiencia, e quc ser capaz de cmal' almas, ou confessar.
213 E porque de sc ac1mittirem' ao Sacerdocio sujeitos indignos
delle, e que scrvem mais de descncaminl1ar as almas, do que de as le-
var a Deos, de quem so Ministros, rcsulta para a Igreja Calholica
grande damno, o qual sc deye atalhar logo na primeira entl'ada do esta-
do Clerical, ol'denamos, ql1e daquelle, qu'c hooyer de scr admittidu
primeil'a tonsura, e Ol'dens Menores, sc lil'e primeiro extrajudicial in-
formao (7) secreta da limpesa elc seu sangue, vida, e coslumes, e se
PI'op0l'cionado no corpo, llOlleslo, e inclinado Igl'cja, c mostra lhc
sel' llLiI: e havendo delle Loas infol'macs (8) sel' admiLlldo a cxame r
como dil'emos no num. 218.
(1) D. Thom. in l~. dist. 24. q. 3. art. L per tolum. Sol. ibid. disL 24. q.
2. arL 1. Paludan. in l~. disto 24. arl. 1. n. 6. Vasq. d. 236. c. 1. n. 9. cl d. 237.
COllincll. d. 20. dub.1. n. 3. Laym. lracL. 9. c. 1. n. 2.
(2) Cap. Cleros in princip. disto 21. c. Duo sunl. posl principium 12. q. 1.
(3) Concil. Trid. sess. 23. de Reform. c.4. c. u1t. el ibid. gloso 2. de Tem-
porib. ordinal. lib. 6. Barb. de Polesl. Episcop. alleg. 2. n. 1!~. Leo in Thesaur.
~ori Ecclesiast. p. 3. C. 8. n. 6. Ricc. in prax. rer. fori Eccles. decis. 390. n. 1.
1Il 1. edilion. alis 329. n. 6. in 2. edilione.
(l~) Bm'b. p. 2. alleg. 11. n. 16. verso Contrarium vero.
(5) Conc. Trid. sess. 23. de Reform. C. 17. et ses. 21. C. 2. verso Kisi ilIi,
el ibid. Barb. n. 2.
(6) Facit Trid. sess. 23. de RefonD. C. 14. .
(7) Ad texto io C. Cum in cunclis, ubi Glos. 1. de e]ecl. cap. A mullis de
JEtal. el QualiL ordin. Trident. sess. 22. de Reform. C. 5. el7. el sess. 23. C. 5.
PaI. p-. 4. tracL 27. d. unic. puncl. 8.
(8) Nam alilcr sallem til. Palrimon. non conyenil quol1 adOlillatur. Sic-
DarL. de Potest. Episcop. allcg. 19. n. 53.
88 CON, 'T1TUIES
214 Sahindo approvado lhe faro as diligencias (9) de genere na
frma do Regimento no titulo do Juiz (las justificaes de genere, que
ir no fim destas Constituies, e de vida, (10) e costumes, como dire-
mos adiante no num. 22!~, e trar certido (11) de idade, folha (12)
corrida do secular, e Ecclesiastico. E o que for promovido aalgum gro
se exercitar nelle na Igl'eja, a que for pOl' Ns (13) applicado, e para
ser promovido a ouLl'o, trar certido, de como neIla se exercitou. E
para que os promovidos estimem mais o estado que tem, e vO crescen-
do nas virtudes, e sciellcia, se guardar a interposio, e intersticios de
tempo, que dispoem o Sagrado Concilio (H) Tridentino, salvo quando
outra causa nos parecer.
TITULO LI.
DAS ORDENS DE SUBDIACONO, DIACOr'O, E rnESBlTERO.

215 A Ordem de Subdiacono se conta elltl'e as (1) Sacras, e tem


annexo voto de castidade, que tacitamente faz o que a (2) recebe. O
que a elIa se quizer promover, 11a de ser examinado (3) dos mysterios
de nossa F, Latim, Moral, Beza, e Canto, e alem (A) de havei' de ter
primeira tonsura, e os quatro gros de M.enores, e ter passado o inters-
ticio de um anno, depois de havei' recebido o ultimo, salvo por justas
causas dispensarmos, ter entrado (5) em 'finte e dons anDOS deidade,
o que far certo por certido, (6) ou outra legitima prova; e por sua vi-
da, e costumes ter mostrado ser velho (7) no exemplo, posto que seja

(9) Constilulion. Paul. IV. et Gregor. xrn. de quib. agit OIiv. de for. Eeel.
p. 3. q. 14. num. 55. eum seq. ConsL. Ulyssipon. lib. 1. lil. 12. deerel. 2. 1.
vers. E alem.
(10) Trident. sess. 23. de Reform. cap. 5. Consto U1yssip. dieL ~ 1. vers. E
com a sobredila.
(11) Gav. verb. Orelines Minores n. 6. in prineip. et verso fino
(12) ConsL. U1yssipon. lib. 1. til. 12. deerel. 3. in prineip.
(13) Trid. sess. 23. ele Reform. e. 6. 11. et 16.
(U) Trid. diet. cap. 11. Ugolin. de Orne. Epise. e. 26. ~ 27. n. 4. Marcel.
Vulp. in prax. judie. e. 7. num. 7. Barb. ad dielum Cone. n. 3. et de Polest.
Epise. alleg. 11. n. 18. Mare. Ant. variar. resoI. lib. 1. resoI. fino easu 26.
('1) Text. in e. Nullus in Episeopum 4. 60. disto et ibid. D. Cunha n. 2.
Text. in e. A multis Verum de .iEtale. et qualitate. Bcllarm. de Saeram. Ord.
IiI.>. 1. cap. 7. Marlin. Ledesm. seeund. [~. q. 36. art. 3. foI. 409. coI. 2.
(2) Cap. unie. de Voto IiD. 6. e. Anle lriennium e. uIl. disto 31. e. Erubes-
eanl. disto 32. 'frid. sess. 23. ele Reform. e. 13. D. Thom. in [~. dist. 37. q.1.
art. 1. in corpore. Suar. tom. 3. ele Religion.lib. 9. e. 6. eum seq.
(3) Trident. sess. 23. de Reform. e. 11 et 13. e. Quando disto 24. et ibi
Cunha n. 2. el ael text. in cap. Tales n. 2. et ad e. Quamquam dist. 23. n. 2.
Ponlif. Rom. Clem. VilI. p. 1. lil. 2. de Ord. eonferendo.
(4.) Trid. sess. 23. Co. 13. et 14. Barb. ele Orne. et polest. Epise. p. 1. alleg.
18. n. 1. usque ad num. 10. Gavant. verbo Ordo in genere n. 20.
(5) Trident. sess. 23. de Roform. e. 12. Tenent Henriq. GuLier. Franc. Leo,
Reginald. et alii, quos citaI. Barb. ad diet. Trid. n. 2. et de Polest. Epise. p.
2. alleg, 16. D. 1 D. Cunha in eomment. ad lext in e. SubdiaeoDus n. 1. 77 dist.
(6) Gavant. verbo Orclines Minores n. 6. verso De mlat. Cardos. verbo .iElas
D. 4. verso Alia tamen.
(7) "am Prm byter idem est, alque senior. A Cunha ad lexl. in e. Cleros 1.
21. disl. n. 9. el ad texl. in cap. Presbyler 8. 25. disto n. 1. Tridenl. sess 23. de
DO ARCEBISPADO DA BARIA. 89
moo nos anuos, e ter conentes a inquirio de genere, as diligen-
cias de vida, e costumes, como fjca dito no num. 213., e o Patrimonio
(8) feito, como se dit' no num. 229, em que se declro os requisitos,
.que ha de ter; ajuntar folha corrida do juizo Ecclesiastico, e secular da
terra, ou lugar onde residir, ou tiver residido consideravel tempo, e
certido da visita daquelle anno, para cOQstar como nella no tem cul-
pa, se j estiver visitada a sua Freguezia, eno estiverem remettidas as
devasas Camara; e outra certido do Parocho, porque oonste que oon-
tinuou na Igreja; se houve sido applicado ao servio de alguma, c da
frequcncia com que se confessa, e communga.
216 Diacono (9) ,'alo mesmo que Ministro, pOl'que ainda que se-'-
jo Ministros os mais Clerigos, com tudo o nome de Ministro propria-
mente s pertence ao Diacono, (10) cujo officio ler publicamente na
Igreja o Evangelho, (11) administrar ao Sacerdote nos Sacrincios, e fi-
nalmente pregar ao povo a palavra Divina. Todo o que pretendeI' ser
promovido a esta ordem, deve ser (12) examinado no Latim, Casos de
Consciencia, Reza, e Canto; ter (13) exercitado com bom exemplo a
Ol'dem de Subdiacono, ser passado o anno (U) depois de a ter recebi-
do, (salvo quando nos parecer (levemos dispensar nos intersticios) ter
entrado nos vinte e tres annos (15) de idade, e feitas a3 diligencias (16)
de vida, e costumes, como se dir uo num. 22ft, ajuntar folha conida
do nosso juizo Ecclesiastico, certido da visita daquelIe anno, e do Pa-
I'ocho, que vir inclusa no summario da "ida, e costumes, porque cons-
te de sua frequcncia no serVIo da Igreja; e finalmente apresentar as
Cartas de Ordens, que tiver recebido, e Sentena de genere.
217 Como a Ordem do Sacerdocio seja a maior, e o Oflicio Sa-
cerdotal fazer, (17) e administrar os Santos Sacramentos, e instruir os
fieis (18) nos mysterios da F, e cousas necessarias para a salvao,
importa muito que aquelle, que houver de ser Presbitero, seja de ex-
emplal' vida, e costumes, e que tenha tal sciencia, que possa ensinar
aos fieis os mysterios da F, e os Divinos preceitos. Pelo que ser exa-
Reform. e. 14. Benediet. Fernand. in e. 18. Genes. Barb. de PoLest. Epise. p. 2.
alleg. 14. n. 7. .
(8) Trid. sess. 21. de Reform. e. 2. UgoI. de Orne. Epise. e. 26. Si 9. n. 3.
toler. de Re benef. lib. 1. q. 2. n. 32. Navar. eonsil. 14. n. 2. de Lempor. ordin.
in novo Barb. de PoLest Fpise. alleg. 19. n. 53.
(9) Cap. Cleros 21. disto
(to) C. Diaeoni sunt 93. disto Barb. de PoLest. Epise. p. 2. alleg. 14. n. 6.
verso Solus tamen.
(1 t) Barb. ubi proxime verso Cujus OlIieium.
(12) Trid. sess. 23. de Reform. e. 13. Barb. de polest. Epise. p. 2. alleg. U.
n. 9. PaI. p. 4. IraeL. 27. el. unie. puneL. 8. n. 12.
(13) Trid. loe. cito GavanL. verbo Ordin. maiores n. 36.
(14) Trid. ubi supro et ib. Barb. n. 5.6. eL 7. Gavant. ubi proxime n. 37.
(15) Trident. sess. 23. de Reform. e.12. Fr. Eman. q. RegulaI'. Lom. 3. q.
23. arL. 6. Bonae. de Saeram. d. 8. q. uno punet. 5. Ugolin. de Orne. Epise. e.
26. Si 6. 11. 4. et 5. Leo in Thesaur. fori Eeel. p. 1. e. 4. 11. 31. Naval'. lib. 1. lit.
2. de reLaLe in declarat. n. 4.
(16) Consto Ulyssipon. lib. 1. til. 12. deer. 3. Si 1.
(17) C. Presbyter 8. 23. disto e. Perleetis 1. 25. disL. Pal. diet. traet. 27.
punet. 8. n. 2. in fine. D. Roderie. Cunho in eommentar. ad diet. Lext. in e.
Perleetis 1. n. 9. et ad text. in c. Presbyter 8. 23. disto
(18) Trident. sess. 23. de Reformat. e. 14. Pal. d. n. 2. Barbos. de Poles!.
Epise. p. 2. alleg. 14. n. 7.
no CO ~ST1TUIES
minado (19) com mais rigor no Latim, Moral, Reza, e Canlo, como fi-
ca dilo Das 011tras Ordens: ter entrauo em vinte e cinco (20) anuos de
idaue; e no ser admittido a esta Ordem seno passado nm anno (21)
depois de 1'cc01)o1' a de Diacono, (salvo quando por necessidade, ou uti-
lidade da Igl'eja dispensarmos) e de se haver exercitado nella (22) com
louvor; e trar folha cOITida~ (23) e os mais papeis, como fica dito.
TITUI,o LU.
DOS EXAAUNADORES, E EXAl\tE DAS ORDENS, E QUE SE FAO EM NOSSA
RRESENA.

218 Porque em alguns Bispados a primeira' diligencia das Or-


dens o exame da sufficiencia, (e as&im se usa inviolavelmellte nos que
se querem approvar para as Igl'ejas do Padroado Real) oom o funda-
mento de que se sabem reprovados os Ordenanclos, se lhes escuso os
gastos das mais diligencias, pal'oce-nos conveniente, e util omesmo es-
t.ilo Deste nosso Arcebispado, por serem os moradores delle oriundos
do Reino, aonde precisamente se hO de fazer as diligencias, cm que
se costuma gastar no s o dinheiro, mas o tempo, estando entretanto
os Ordenandos sem se diliberar a tomar outro estado. Pelo que orde-
namos, e mandamos, (1) que quando os Ordenandos fizerem petio
para serem admittidos a Ordens, feita a informao secreta, que OI'c1e-
namos no num. 213, se pelo que deJla constar houverem de ser adml-
tidos, se lhes ponba por despacho, que venbo a exame; e que depois
de feito, smente aos approvados se fao as diligencias, salvo em al-
gum caso pal,ticular ordenarmos o contrario.
219 Para que os eKames se fao to rectamente, como convm,
necessario que os examinadol'es (2) sejo pessoas de autoridade, let-
tras, experiencia, c inteiresa. Pelo que para elle chamaremos ao Pro-
visor, e Vigario Geral, e Desemhargadores, e outras pessoas doutas, e
Religiosas, que nos parecer. E se o e_'ame for para Ordens Sacras,
concorrero. ao menos tres (3) Examinadores; aos ql1aes encarregamos
fao os exames com m\lita ioteit'esa, e rectido, sem se attender a odio,
ou affeio, mas smente ao servio de Deos, e hem da Igreja, e se faro
em nossa presena, (1,) ou de nosso Provisor, estando Ns impedidos;

(19) Tl'id. sess. 23. dc Reform. c. i[~. PaI. dict. punct. 8. n. 13 Vasq. d.
2~6. c. 6. n. 53. Barbos. de Polesl. Episcop. p. 2. alleg. H. n. 9. Sancho in
Opuscul. l\'IC'ral. lib. 7. c. 1. dub. !~5. n. 16. Gav. dict. vcrb. Ordines maiores
n. 38.
(20) Tridcnt. sess. 23. ele Relarm. c. 12. Naval'. c. 2'.i. n. 69. cum scq. Zc-
rol. il1 prax. Episc. verbo Ordo ~ 1. Gulier. Canonic.lib. 1. cap. 26. n. 8. cnm
scq. Gavanl. vcrb. Ordines maiorcs n. 39. verso elc relate. Conslil. UJyssip. lib.
i. tit. 12. decreto 3. i 2.
(2J) Trid. sess. 23. de Reform. C. 14. Gavant. verb. Ordines maior. n. 37.
Consto UJyssip. ubi proxim.
(22) Eadem Conslit. cl Gavanl. loco cito 11. 39. et41.
(23) Conslit. U1yssipon. lib. 1. lil. 12. decr. 3. 2.
(1) Consto Portuens. lib. 1. lil. 8. Consl. 3.
(2) Trident. scsS. 23. ele Reformat. cap. 7.
(3) Gavant. verbo Examinalores n. 21. Concil. Provinc. Mediol. 5.
(4) Gevanl. loco proxime cital. n. 22. Concil. Provo 4.
DO ARCEBISPADO DA BRIA. !H
e ter-se-ha granue vigilancia, em que se no venha examinar uma pes-
soa (fl) por outra. E prohibimos aos dilos Examinadores, que nem antes,
nem depois do ex.ame rece1.Jo per si, ou por outrem cousa alguma (6)
dos examina1os: e o que fizer o contrario, inconer nas penas impos-
tas aos Examinadores Synodaes pelo Santo Concilio. E o Ordenando,
que per si, ou interposta pessoa direcle, ou incl1'?'ecte, por respeito cio
exame, der peitas, ou dadivas, alem das penas impostas em direito, e
nestas Constituies aos Simniacos, ficar inltabil para as Ordens, que
quizer receber, e suspenso das que tiver recebido.
EXAME DA PRIMEIRA TOi'SURA, E ORDEi'iS l\IEl.'iORES.

220 A pessoa que quizer promover-se primeira tonsUI'a, ou al-


gum~gro das Menores, havendo della boa informao, e no tendo im-
pedimento Canonico, ser examinada em nossa presena das cousas,
que obrigada a saher, (7) c de que tratamos no nllm. 211. E neste,
e nos mais exames que se llzerem, se au I'irta, que sendo qualquer Or-
denando achado insufficiente em alguma das cousas, que se requerem,
no seja examinado da outras, antes logo se lhe ponha despacho de
reprovado.
EllJlIE DE SUBDIACOi'O.

221 Todo o que pretender a Ordem de Subdiacono, e a elle 8-


tiver arlmtido, sel' (8) examinado da Doutrina Chl'ist, e mysterios ela
nossa F para se ve~ a capacidade que tem; e logo ser examina(lo ue
Latim, construindo algum capitulo do Concilio Tridentino, ou de outro
livro Latino, uma Epistola, ou Evangeluo, 01I uma lio do Breviario,
e se aLLenlar muito no mouo da pronunciao. Sendo bom Latino se-
r perguntado pelos Sacramentos, materias, frmas, c ministros delles,
e pelas censuras Ecclesiasticas, e outros casos, e materias moraes; e
se ver se rege bem o Breviario pam reZaI' as Horas Canonicas. Satis-
fazendo a ludo isto se lhe dar despacho, que foi examinado, e appro-
vado para a dila Ordem, e ser mandado a exame de Canto, onde se ye-
r se sabe cantar por arte, e senuo lambem appl'ovado o admittil'emos
dila Ordem.
EXAJllE DE DlACO:\O.

222 O que iutenta receher a Ordem de Diacono, ser examinado

(!l) ConstiL Portuens. liLJ.1. til. 8. consL 3. U1yssipon. lib. 1. til. 12. decr.
li. et !;) 1. 2. 3.
(6) Trident. sess. 21. de Reform. c. 1-
(7) Ad primam tonsu.ram requiritur Scientia, de qua Trid. sess. 23. de ne-
formo cap. li. Leo in Thesaur. fori Eccles. p. 3. c. 8. n. 6. nico in prax. fori Ec-
eles. decis 390. in primo edilione, et resolut. 329. num. 9. in secunda edilione.
Ad Minores Ordines Tridenl. sess. 23. rlict. til. de llcform. C. 11. Sol. in 4.
dist. 25. q. L art. li. verso Terlia conclusio. l\Ielloch. de Arbitr. casu 5:25. n. 58.
. . (8) 'frident. sess. 23. de Reform. cap. 7. 12. el13. C. Quando !l. 2~. djsl. et
Ib! Cunha n. 2. Barbos. de Potest. Episc. p. 2. alle.g. 14. n.9. Sol. in I-. c1ist.
2h. q. 1. art. 1/.. conclus. 3. Sancho in Opusc. l\Ioralia Iib. 7. c. I. \lU. liii. Me
I~och. de Arbitr. casn ".2!l. n. 50. PaI. dict. punel. 8. n. 12. COllstit. Ulyssi[ on.
Ilb. 1. tiL. 12. Ice.I',3. Consl. Uracharcn . til. 8. ('onsl. 2. foI. tIO.
92 CONSTITUIES
(9) no Latim, Casos de Consciencia, Reza, e Canto, como fica dito no
antecedente, e em particular, se sabe cantar um Evangelho, [te Missa
est, e fazer o omcio de Diacono na Missa solemne, e do mais que per-
tence dita Ordem.
EXAME DE PlillSBITERO.

223 Quem procurar receber a Ordem de Presbtero, ser exami-


nado (10) no Latim, Reza, e Canto na frma dita, e apertado rigorosa-
mente nos Casos de Consciencia, e mais cousas necessarias para o om-
cio de Parocho, attendel1do-se que poder sei' tal a necessidade, que
seja preciso conferir-se-Ihe logo a Cura de almas: e se lhe perguntar
particularmente pelo Sacrificio da Missa, por suas partes, mysterio's que
nelle se encerro, e effeitos que causa: e quando, e como se pde, ou
no pcle celebrar, e por algumas duvidas, que sobre elle podem occor-
reI'. E depois de recebida a Ordem, para se lhe dar licena de dizer
Missa nova, ser examinado de Ceremonias, (11) e estando capaz, ou
Ns, ou o nosso Provisor lhe daremos (12) a (lita licena.
TITUJ..O LlII.
DAS DILIGENCIAS, QUE SE REQUEREM PARA TODAS AS ORDENS; E DA FR~IA,
COl\l QUE SE DEVElIl FAZER.

22/, Para que se fao, como (levem, as diligencias (1) de vida,


c costumes aos Ordenandos, e concorro neiles as qualidades que o di-
reito, e Concilio Tridentino requerem, e sejo s admitLidos a Ordens
aquelles de que se pde esperar ex.emplar vida, mandamos que os que
quizerem ser promovidos, assim a Ordens Menores, como Sacras, de-
pois de examinados, e approvados nos fao petio, dedal'ando nella
seu nome, e sobrenome, e os de seu pai, e mi, e da terra d onde SO
naturaes, e onde residem, ou residro consideravel tempo; o qual ser
a nosso al'hitrio. E na sua petio se lhe por por despacho, que se
passe Carta de vita, et moribus, a qual, passada em nosso nome, ir por
Ns assignada, ou por nosso Provisor; e nella se mandar ao (2) Paro-
cho do Ordenando, e aos mais Parochos do lugar, onde elle residiI', ou
tiver residido tempo consideravel, que no primeiro Domingo, ou dia
Santo estao da Missa denunciem, como N. natural detalFI'eguezia,
(9) Trid. sess. 23. de Reform. cap. 7. et 13' PaI. dict. punct. 8. n. 12. Bar-
bos. dicta alleg. 14. n. 9. D. Roderic. Cunha com DD. ab eo cilalis in com-
ment. ad texto in c. Nullos 2. et ad LexcL. in cap. Quando 5. 24,. disto Consto Ulys-
sipon. dicL. decI'. 3. ~ 1. Brachar. tit. 8. consLit. 6.
(10) Trident. sess. 23. de Reform. c. 7. 12. et 14. PaI. dict. pllllCt. 8. n.
13. Barb. d. alleg. 14. n. 9. prope medillm. Conslit. U1yssipon. lib. 1. LiL. 12.
decr. 3. 2. JEgilan. lib. 1. til. 10. cap. 7. n. 8. Lamecens. lib. 1. lit.
10. C. !~. Brachar. tiL. 8. consliL. 7. foI. 121.
(11) Trid. in decreL. de Observo eL evitando in celebro Miss. Constit. U1yssi-
pon. lib. 1. LiL. 12. decr. 8. in princip. eL ~ 1.
(12) ConsLit. U1yssipon. dict. decI'. 8. in fine princip.
(1) C. Qnando 5. 2!~. disL. TI'ident. sess. 23. de Reform. C. 5. et 7. Barb.
de Polest. Episc. p. 2. alleg. 10. n. 20. verso Examen. PaI. dict. puncL. 8. D. 2.
(2) Trid. dicl. sess. 23. C. 5. vers. Qui Parocho vel alleri.
DO ARCEB1SIADO DA BAUU. fl3
ou l1ella resiuente, filho de N. e N. se quer ordenar de Laes Ordens: e
que se alguma pessoa souber dos impedimentos (3) abaixo declaeados,
se lhe manda com pena de obediencia, e de excommunbo maior o diga,
e descubra dentro em tres dias: e que sob a mesma pena lhe no ponba
maliciosamente impedimento algum: e logo em voz alta, e intelligivel
ler por esta mesma Constituio os impedimentos, e interrogalorios
seguintes.
PARA A. PRIMEIRA TO;,\S RA, E QUATRO GIU.os.
1. Se O Ordenando (4) baptizado, e (5) Chrismado.
2. Se , ou foi herege (6) apostata de nossa Santa F, ou llllJo,
ou neto de Infieis, Hereges, J udeos, ou Momos; ou que fossem presos,
e penitenciados pelo Santo Ollicio.
3. Se legitimo (7) havido de legitimo Matrimonio.
4. Se tem parte de nao Hebrea, (~) ou de outra qualqucr iu-
~'cta: ou de Negro, ou Mulato.
5. Se captiYo, (9) e sem licena de seu senhor sequer ordenar.
6. Se tem idade para receber a Ordem que pretende: convm a
sabcl' para a primeira tonsura, Ostiario, Leitor, e Exorcista ao menos
sele (10) annos completos, e para Acolito (11) doze.
7. Se corcovado, (12) ou aleijado de perna, brao, ou dedo, ou
tem outra deformidaue, que cause escandalo, ou nojo algum a quem o
r.
S. Se lhe falta a vista (13) especialmente no 01110 csquerdo, ou se
tem lal bel ida em algum delles que cause deformidade.
9. Se enfermo (U) de lepl'a, ou gotLa coral, ou dc outra doen-
a contagiosa.
10. Se vexado, (15) ou assombrado do demouio.
11. Se (16) abstemio, de maneira que quando bebe vinho, llle

(3) De quib. Barbos. in formal. Episcop. formo 2. et 3.


(1.) C. 1. el2. de Presbyler. non baplizalo, c. Si Presbyler. 1. q. 1-
(5) Trid. ses~. 23. de Refol'm. C. 4.
(6) C. 2. ~ Hreretiei de Hrerell'lib. 6. cap. Qui in aliqu,o 51. disto cap. Salu~
belTimum 1. q.7.
(7) Cap. Presbylcrorum 56. dist. Cap. Pelo venerabilcm in lin. qui filii sint
legilimi. c. 1. c. Lilcras de fil. Presb)'l. Barb. de universo Jur. Ecclcs. 1. p. cap.
33. l. u. 14,9.
(8) Couslil. Paul. IV. cl Gregor. XIII. dc quibus agil OIiv. de for. Eccles.
3. p. q. 6. n. 55. cum seq.
(9) C. 1. et per tot. de scrv. non ordinando, c. 1. dc fil. Presb)'l. C. Non
conlJdat 50. disl. c. ull. 51. dist.
(10) C. Nullus de temllorib. ordinal. lib. 6. C. ln singulis 77. disto Glos. in
e. Super 35. disto Barb. de Polest. Episc. 2. p. alleg. 11. n. 1.
(11) Cap. in singuI. 77. disto
(12) Cap. 1. el fere pcr loto de COIpor. vHiat. cap. Non confidallSO. disl. C.
Rinc elenim 49. disto
(13) Cap. Si Evaugelia 55. disto e. Rine etenim q,O. disl. Barb. de univcrs.
Jm. Eccles. C. 33. n. 11~O.
(14) C. Tua de Clcric. regrol. cap. Cmunit. 33. dist. et ibi Cunha n. 2.
(ln) Texl. in cap. l\Iarilum. C. CommunitcL' 3. c. Clcrici 33. disto Sayr. de
Ceus. Jib. 6. C. 9. n. H. Qnod si dicas.
(l6) Glos. in e. Jpsi Aposloli q. 7. -aval'. in Manua\. C. 27. 11.204.
12
9.1. CO_ :::>TITUIE
veuho vomitos: .ou, pelo contrario, se demasiauo no bebeI' vinho,
ou se se toma (17) delle.
12. Se commetteo algum (18) bomici(lio, ou se por alguma via
foi causa delle: se cortou membro a alguem, ou foi causa disso, ainda
que fosse por autoridade de justia, como sendo (19) Juiz, Accusador,
Testemunha, Meirinho, Notario, Accessor, ou Procurador.
13. Se foi causa .de algum aborto, (20) fazendo morrer alguma
mulher.
H. Se higamo (21) por qalquer especie de bigamia.
15. Se lllasfemo, (22) arrenegador, ou costumado a jurar; rc-
yoltoso, taful, ou de ruins conversaes.
16. Se concubinario, (23) ou tido, e 11aviclo por homem incon-
tinente.
17. Se commetteo algum crime, (211) pelo q.ual esteja querelado,
ou denunciado s justias seculares, ou EcclesiasLicas.
18. Se por algum delicto fez penitencia (25) publica, ou se incor-
reo iufamia de facto, ou de direito.
19. Se est excommungado, (26) suspenso, ou interdicto.
20. Se tem, ou teve alguma (27) lutoria, ou omcio de adminis-
trao da fazenda Real, ou de alguma pessoa particular, em razo da
qual esteja ohrigado a contas.
21. Se casado por palavras de lJresenle, ou futuro, (28) tendo
jurado, ou promettido de receber alguma mulher.
22. Se vem constrangido (29) a tomar Ordens por fora, oumeuo
grave, que lhe faa alguma pessoa.
23. Se frequente (RO) em se confessar, e commungar.
211. Se nalural deste Arcebispado, (31) ou ne1le se lem feito
compatriota.

(17) Texl. in c. A crapula de Vito el 11on. Cler.


(18) Text. in cap. Conlinabalur, c. De eretero de Homicidio. cap. final. de
Temporib. ordinat. Trid. sess. 14. C. 7. c. Clericum de Pamit. dist. 1. C. Si quis
viduam 50. disto
(19) Cap. Senlenliam sanguin. ne Clerici 1VIonachi, Glos. in c. 1. et in c. 2.
51. disto
(20) Text. in cap. Quod vera 8. c. Moyses, 9. 32. q. 2. cap. Si aliquis 5. de
Homicidio.
(21) Cap. MariLum 33. dist. c. AccuLius 26. dist. c. urandum 34. disl.
(22) Cap. Ex lenore. c. uIt. de Temporib. ordin.
(23) Cap. Si qui suut 81. disto cap. Vcstra de Cohabit. Clericor. C. Prreter
32. disto
(24.) Cap. Omnipotcns. 4. de Accusalionib. cap. Tanlis 81. dist. c. Accusa-
tum 14.2. q. 5.
(25) Cap. Ex Prenito cap. Canones 50 dis1:. cap. Maritum 33. disl.
(26) Cap. Eos, verso His de Tempor. ordinaL. lib. 6. C. 1. in fino de Sen-
tent. excom. eod. lib. cap. 2. de Cleric. excommunical. ministrante, c. 1. de Ex-
ceplion.lib. 6.
(27) Cap. 1. cum seq. de Obligationibus ad Ratiocinia.
(28) Cap. 1. et fore per tot. 31. disto c. 1. et fere per tot. 32. et 33. clist.
Cap. Conjugatus de Converso conjugator. c. fino de Temporib. ordinat. lib. 6.
Barb. de Universo juro Eccl. C. 33. n. 126.
(29) Cap. 1. 72. disl.
(30) Gavant. verb. Ordines Maiores suh n. liJ. Trid. sess. 23. de RelJl'lll.
C. 11.
(31) Cap. 3. de Temporih. ol'lliJlut. lib. 6. Trid. sess. 23. ele l\eform. C. 8.
DO ARCEBISPADO DA BATHA.
225 Mas se a pessoa, que se houver de ordenar, pl'elenfler ser
promovido a alguma das Ordens Sacras, se Iro os sobreditos inlel'l'o-
galorios, (excepto o sexto) e com eJJes os seguintes.
PARA EPISTOLA EVANGELHO, E MISSA.

25. Se tem idade para receber a Ordem, que pretende: convm


a saber, se tem entrado em vinte e dous (32) annos para Epislola, em
Yinle e tres para Evangelho, e cm vinte e cinco para Missa.
26. Se est suspenso, por se ordenar (33) antes da' idade legiti-
ma, ou por ser ordenado fra dos tempos determinados por direito, (31.)
ou sem licena (35) do seu Pl'elado, ou por (36) salto.
27. Se no Beneficio, Peno, ou Patl'imonio, a cujo titulo se or-
dena, ba algum engano, pacto, (37) ou simulao, porque no fique se-
gUl'O, e se delJe est de posse pacificamente.
28. Se exercitou algum acto de Ordens (38) estanuo censurado.

29. Se tem renunciado (39) Beneficio, ou demittido a penso,
ou alheado o Patrimonio, a cujo titulo se ordena.
226 E se no termo (40) de tres dias, (lepois de tal denunciao,
se declarar ao Parocho alguma cousa contra o Ordenando, tomar
por eseripto, e assignar a pessoa, que fizer a declarao, e no saben-
do escrever, assignar o Parocbo, e tudo sellado, e cerrado se nos en-
"iur juntamente com as mais diligencias apontadas; e no havendo im-
pedimento, assim o declarar o Parocbo na certido, que passar ue
como denunciou. E se o Ordenando for natural de um lugar, em que
haja mais de uma Igreja Parocbial, em todas se far a tal denunciao.
227 E sendo o Ordenando natural de uma Freguezia, e residen-
te em outra por mMito tempo, em ambas (41) se far a dita denunciao,
sendo ambas de nosso Arcebispado: e sendo alguma dellas em ontro,
onde o Ordenando residisse, se far neHa a dita diligencia por (/'2) pre-
calorio, no qual iro juntos os interrogatorios pl'ecedenles. E se far
tambem pelo Parocho outro summario de vida, e costumes, e talento
do Ordenando, escolhendo para isso um Clerigo, e dando-lbe o jUl'U-
mento, perguntaro qnatro, ou cinco testemunhas dignas de f, cha-
madas por elles, e no pelo Ordenando, nem por outra pessoa da sua
parte: e sero perguntado~ por cada um dos intcl'l'ogatol'ios sobredilos.
(32) Trid. sess. 23. de Hefol'm. cap. 12. el ibi Barbosa.
(33) Exlravag. Pii n. quoo incipiL, Cm sacrorum, confirmala Clemen-
le VIII.
(3!i) Cap. ulL 72. disto c. 1. cum. seq. de Tempor. ordinaL
(35) Trident. sess. 23. de Heformal. cap. S. vers. Unusquisque. Concil. Car-
thagin. 4. C. 22.
(36) . Soliciludo 52. disL C. fin. 01. disL c. Roc ad Nos. cap. Omcia 9.
disl. cap. Ture nohis de Clerico pel' saILum onlin.
(37) Cap. pellullim. de Simonia. Trid. sess. 21. de Refonn. cap. 2. eL ib.
Barbos. n. 21.
.. (38) Cap. Si quis 3. 11. q. 3. c. pellulL. el U1Lilll. de Cleric. excommunic.
IDI1lJS lI'.
(39) Trid. e S. 21. de Refol'm. c. 2. el ilJi Barbos. D. 22. 59. el seq.
. (1~0) ConsliL POl'luc!1s. lib. '1. lil. 8. ConsliL l~. foI. 1'16. Con liL A~gi{an.
lib. 1. lit. 10. c. 3. n. o.
(1..~) Const!L. JEg.ilan. (!ict. ~il. 10. n. 6. cl7.
U:.) Con III. JEgilan. dlc!. III. 10. n. 8.
9G CON 'TIT IES
E o l)arocbo nos informal' por cal'ta cerrada, do qne souo I' por scirl1-
cia pal'[icular nesla materia.
TITULO LIV.
no BENEFICIO, PENSO, OU PATRIlIIONIO, QUE SE REQUER PA.RA OS ORDENANDOS
DE ORDENS SACRAS.

228 Para que os Clerigos dedicados ao senio de Deos no men-


digassem em opprolJrio da Ordem, e estado Clerical, ou por necessida-
de exercitassem officios vis, e baixos, (lispoz o Sagrado Concilio (1)
Tridenlino, que nem-um Clerigo secular, ainda sendo de bons costu-
mes, provada sciencia, e itlade competente, fosse admittido a Ordens
Sacras sem ter, e estar de posse pacifica de Beneficio, Penso, ou Pa-
trimonio, ~e renda cada anno, o que lhe baste para sua congrua, e
bonesta sustentao. Pelo que mand~lmos, que havendo-se de orde-
nm' algum subdIto nosso a litulo de Beneficio Ecclesiastico, seja ohL'i-
gado a mostrar, que est em posse (2) pacifica delle, e que rende ao
menos cada anno vinte e cinco mil ris livres para o possuidor, e o no
poder renunciar sem (3) nossa especial licena, e fazer meno, que
foi promo"ido a titulo delle, e lhe Gcar de que possa viver commoda-
mente. E fazendo o contrario, a renuncia ser nulla, e de nem-um
e{feil.o.
229 E quando nos parecer ordenar alguem a titulo de Penso,
ou Patrimonio, por assim o pedir a necessidade, ou commodidade (.&)
da Igreja, ter de Penso, ou Patrimonio ao menos os dilos ,'inte e
cinco mil ris, e o Patrimonio ser em hens de raiz, fros, (6) ou cen-
sos perpetuas, que se no posso remir, e rendo cada anno livres de
todo o encargo ao menos os ditos vinte e cinco mil ris, dos quaes
bens estar de posse pacifica, e os no poder reunnciar, Dem por qual-
quer via alienar sem nossa licena in SCI'1pl, e alis a renuncia, ou
alienao ser (7) nulla.
230 E para se ouviarem (8) os enganos, e simulaes, que ordi-
nariamente se commettem nos Patrimooios, encarregamos muito a oos-

(1) Trident. sess. 21. de Reform. C. 2. Text. in C. Diaconi 23. verso Mell'
dical infelix 93. disto Barbos. de Po(esl. Episc. aUeg. 19. num. 2. et de univ.
jul'. Ecclesiasl. lib. 1. C. 33. n. 153. eum seq. Gavant. verb. Ordines maiores
num. 2. Gare. de Benefic. p. 2. C. 5. n. t. 'fhom. Vas aUeg. 35. num. 1.
(2) Trid. loco proxime cHalo, el ibi Barb. 11. 21. eL de Polest. Episcop.
allegat. 19. n. 15.
(3) Idem Tridenl. eod. loco. Facit texl. in cap. Sanclorum 70. disl.
(4.) Trid. dicla sess. 21. cap. 2.
(5) Secundm consueLudinem hujus Archiepiscopalus, ut sic Clerici sus-
tenlari possint honesle, ad menlem Tid. sess. 21. C. 2. Tenet Barb. de Polest.
Episc. p. 2. alleg. 19. n. 8. 11. et 12.
(6) Barb. dicl. alleg. 19. n. 55. Gavant. verbo Ordines maiores in addil.
num. 1.
(7) Barb. llicl. alleg. 19. n. 81. Gal'e. de Benefic. p. 2. cap. 5. n. 186.
(8) Conslil. U1yssipon. lib. 1. til. 12. decr. 2. ~ 2. verso E pra, foI. 101.
Porluens. lib. 1. lit. 8. Conslil. 4. 1. vel's. 2. foI. 118. LEgilan. lib. 1. til. tO.
e. ~. n. 4. Lamecrns. lib. 1. IiI, 10. cap, 3. ~ G. Brachal'. til. 8. Consto !t. foI,.
~ 17. el .118.
DO ARCEBISPADO DA BA.HIA. 97
o Provisor, e mais Ministros a que tocar, vejo, e examinem com par-
ticular cuidado, se os ditos beus tem as qualidades acima ditas: e sen-
do pOl' Yia de doao, ou dote, se saber, porque titulo pertencio aos
doadores, ou dotallores, e se os podiO dar, ou dotai' sendo casados
sem prejuizo dos seus filhos, (9) e consentimento de suas mulheres. E
finalmente se o Ordenando est realmente de posse dos ditos bens, ou
se ha nisso algum engano, sobre que se informaro os nossos Ministros
publica, e secretamente; e se perguntaro testemunhas, e daro jura-
mento aos mesmos doaJores, ou llotadores, para que declrem se ha
nos ditos Patrimonios algum pacto, dolo, simulao, ou fingimento: e
na mesma f6rma jurarao os dotados. E de todas estas diligencias se
dar 'vista ao Promotor da justia Ecclesiastica, para ver se tem que
dizer contra elles, e requerer se fao as mais diligencias, que pat'ece-
rem necessarias.
231 E o nosso Provisor mandar passar um edital para a Paro-
chia d'onde for o Ordenando, e estiverem os bens do Patrimonio, em
que se dcclare, que o Ordenando se quer ordenat' a titulo dos bens de-
clal'adosneUe, especificando cada um de per si com suas confrontaes,
para que tolla a pessoa que souber, que os taes bens tem algum foro,
censo, obrigao, ou vinculo, ou que no dito Patrimonio ha algum con-
certo, engano, fingimento, ou simulao, o declarem sob pena de ex-
communho: e para que se houver alguma pessoa, que tenha direito aos
taes be11s, ou ella, ou outra qualquel', que o souber, o declare ao Paro-
CllO dent.ro de oito dias. O qual edital publicar (iO) o Parocho es-
tao, e depois de publicado o fixal' nas portas da Igreja, aonde esta-
r lixado os ditos oito dias, para que venha noticia de todos, e nin-
guem possa allegal' ignorancia, e passados elles se remetter ao nosso
Provisor por carta cerrada, com certido, de que se publicou, e fixou,
e se hoO\'e, ou no impedimento: e em outra f6rma se no approvro
os Patl'imonios.
232 E para que a todo o tempo possa constar do titulo a queca-
da um se ordena, mandamos, que o 110SS0 Escrivo da Camara o decla-
l:e no livro da Matricula das Ordens no assento de cada um; e em outro
hno, que para esse effeito ter, far termo (11) jurado, e assignado
pelo Ordenando de no renunciar, demitlir, nem alhear o Beneficio,
Penso, ou Patrimonio, a cujo titulo se ordena, sem nossa licena, e
ahi mesmo se registar, para que, fazendo o contrario, se possa proce-
deI' contra elle com as penas de perjuro.
~ 233 E aquelle que se ordenar sem (12) titulo de Beneficio, Pen-
o, ou Patrimonio do valor sobredito, ou fingindo, falsificando) ou si-
mulando os taes titulos; on fazendo coneerlo, ou promessa de no usar
delles, e os tornar a restituir, alem de inconer em suspenso, e ou-
tras penas de direito, seja preso, e degradado para fra do Arcebispa-
do pelo tempo, que 110S parecer.
(9) PI'opter lego reg. lib. 4.. lit. 48. Ord. eliam eod. lib. lil. 82. el 97. ~ 3.
ad finem. Conslilulion. supradiclre locis cilalis.
(tO) Gavant. verbo Ordines n. 'Us.
(ti) Conci!. Provinc. Brachar. act. 2. cap. 6. !\\ Quoad palrimonium.
(12) Text. in C. Neminem, el in c. Sanctorum 70. disto Contslil. Pii V. sub
dal. Ilonis Januarii 1588. Barbos. ad Trd. I. c. 2, n. (18. el de Pote L Episc, a1-
lego 1.9. n. 57.
98 ,O~STTT TE<;;
TITULO LV.
DO MODO QUE SE G .\RDARA' CO~l OS RELIGIOSOS, QUE TO'L\REM ORDENS NO
NOSSO ARCEBISPADO.

234 Conformando-nos com a disposio do Sagrado Concilio (1)


Tridcntino, mandamos que os Heligiosos, que tomarem Ordens em nos-
so Arcebispado, no sejo admittidos a ellas sem apl'esentarem paten-
tes (2) dos seus Prelados, nas quaes vir declarado por palavras expres-
sas, ou por termos significativos dcsta expl'esso, em como so de boa
vida, santos costumes, gerao limpa, e dignos das Ordens, que pre-
tendem receber: e nas mcsmas patentes se tar tambem mcno sc tem
idade legitima, ou se foro nella dispensados pOI' virtude de algum pri-
vilegio: e que no tem impedimento para receher as Ordens declararIas
nas patentes. E antes de serem admittidos a ellas sero (3) examina-
dos por nossos Examinadores, salvo (h) se por algumas razes nos pa-
recer alguma yez determinar o contl'ario.
235 E mandamos, que neste nosso Arcebispado se guarde oBre-
ve do Santo Papa Pio V passado no anno de 1568, em que se ol'dena,
(5) que nem-um Regular (excepto os Religiosos da Companhia de Jesus.
ou secular que "Viver regularmente em Communidade, quando por al-
gum tempo se achem estes no nosso Arcebispado sem terem Beneficio
Ecclesiastico) seja admittido a Ordens Sacras sem fazer certo por pa-
tente, ou outro testemunho do seu Prelado, que professou so]emnemcn-
te na ReligiO: e alem disso far termo jurado, (6) e assignado por sua
mo ante Ns, ou nosso Provisor, de como fez profisso voluntariamen-
te sem fora, medo, ou constrangimento de pessoa alguma; e este ter-
mo se lanar pelo EscrivO da Camara (7) no li"Vro, em que sc regis-
to os Beneficios, e Patrimonios, a cujo titulo se ordeno de Ordens
Sacras, ])01' quanto fica suprindo os rcquisitos para estes titulos.

TITULO LVI.
DAS MATRICULAS, E CARTAS DE ORDENS.

236 Para se evitarem muitos inconvenientes, e constar a todo

(i) Trident. sess. 23. dc Rcform. c. 12. vers. Regularcs. et ibi Barbos. 11.
10. Gavant. vC\b. Ordo n. 30. Tambur. de jure Abbat. tom. 3. d. 5. q. 16. n. 73.
(2) Barb. de Potest. Ep. alleg. 7. n. 31. et ad Trid. sess. 23. de Reform.
cap. 10. n. 11. Molfes. in Sumo Theolog. Moral. tract. 2. c. 2. n. 23. Lcsan. in
Sumo qurost. Regular. C. 14. n. 8.
(3) Trindent. sess. 23. de Reform. cap. 7. et 12. et sess. 7. de Reform. c.
11. PaI. p. 4. lract. 27. d. unic. punct. 8. n. 15. Yasques, Villa-Lob. ct Rodri-
gu. ab co citati.
(4) Glos. in C. Nullus 2. 24. disto et ibi. D. Roclericus Cunha n. 2. et 3. ct
ad text. in C. De Petro 4.. num. 6. [~7. dist.
(5) Barb. de Potest. Ep. 2. p. al1eg. 19. n. 4. et ad Trident. sess. 21. lle Re-
formo C. 2. n. 4. Garcia de .I:lenefic. p. 2. C. 5. n. 10. J"auret. de Franch. in con-
trovo inler Episcop. et Rcgul. pago 89. Nald. verbo Ordo num. 28.
(6) Gavant. verbo Ordines maiores num. 28. Cone. Provinc. l\fediolan. 1.
Const. myssip. lib. 1. lit. 12. decr. 4. 1.
(7) Consto mys ipon. dict. ~ 1. in fine.
DO AnCEBl PADO DA BA tiL\.. 99
o tempo das pessoas, que se ordeno, e de que Ordens, mandamos,
(1) que quando se bouverem de celehrar Ordens nesta nossa Diocese, o
Escrivo da Camara della tenha um caderno das folbas, que lhe parecer,
numerado, e rubricado pelo nosso Provisor, para nelle escrever todos
os que houverem de receber as Ordens. Este caderno se dividir em
quatro partes: na primeira assentar o Escrivo os de Ordens Menores:
na segunda os de Epistola: na terceira os de Evangelho: na quarta os
de Missa: e nella se far tambem declarao, depois de examinados os
Ordenandos, de seus nomes, sobrenomes, pais, e pau'ias, e se so or-
denados a titulo de Beneficio, ou Patrimonio, e esto djspensados em
alguma inhabilidade, illegilimidade, ou intersticios. E sendo Regular,
declarar a Religio em que professo, a patente por cuja virtude for
ordenado, com as mais declaraes, que della constarem. E no ma-
tricular pessoa alguma sem lhe entregar despacllO nosso, (2) ou de
nosso Pro'~sor, pelo qual o mandamos matricular, o qual despacho
guardar para sua descarga, e para depois os conferir o Provisor com o
caderno: e o Escrivo lla Camara os conferir com o Provisor (3) para
os assignar.
237 O mesmo Escrivo da Camara ter um livro de Matricula bem
encadcl'l1ado, e de bom papel, tambem numerado, e rubricado pelo nos-
so Provisor, no qual dentro de quinze dias depois de dadas as Ordens,
lI'3sladar o dito caderno item por item, e concertar o traslado com o
dito nosso Provisol', e no fim de cada Matricula das Ordens se far ter-
mo POI' ambos assignallo, em que se declare o numero dos que foro
ordenados em cada Ordem, as laudas em que foro escriplos, e quan-
tos em cada Jauda. E tudo o dito escrivo da Camara cumprir, sob pe-
na de suspenso de seu officio at nossa merc: e achando-se que neI-
Ie commeUeo nesta materia algum (11) erro, ou falta por sna culpa, ou
negligencia, sel' privado do officio. E acabado o dilo caderno, e Iino,
o levar, e metter no archivo de nosso Arcebispado.
-l< 238 O dito Escrivo da Camara ser obrigado dai' aos Ordenan-
dos Cartas de Ordens, que recebero, selladas, e assignadas por Ns,
do dia das Ordens a dez dias (5) seguintes, e no levar autes, nem de-
pois mais qne dous (6) vintens, (que a decima parle de um cruzado)
por cada uma das Cartas de Ordens, que fizer, e nem per si, nem por
interposta pessoa levar mais algnma cousa, ainda que as partes 111'a
uem por Slla vontade; e se o contrario fizel', perca, (7) o officio. E
acontecendo ter perdido o Ordenando a Carla de Ordens, que uma vez
selhe passou, e pedir outl'a, e Ns, OllllOSSO Provisor lh a mandarmos
(1) Consto ffiyipon. lib. 1. til. 12. ueer. 6. ~.. lEgitan. lib. 1. til. 10. c.
8. Portuens. lib. 1. Lit. 8. ConsLiL 6. Lamccens. lib. 1. til. 10. c. 7. Brachar. tit.
8. ConsLit. 12.
(2) ConstiL Portucns. dicta constiL 6. UJ)'ssip. Iih. 1. til. 12. dccrt. 3. et
Si 1. et 2. ct decr. 6. Si 1.
(3) Constit. UJyssipon. dict. rlcer. 6. Si 2. Portuens. dieta constit. 6. verso
1. JEgiLan. dicL c. 8. n.1. Lamecens. dict. cap. 7.
([~) Ordin. Iib. 1. til. 23. Si 2. et til. 58. 54. et til. 96. ~ 1. Noguerol. al-
lego 8. Giurba consil. 4[~. per Lo tum, et 45. Reynos. obscrv. 8.observ. 27.
et 38.
(5) ConstiL. Porlucns. dict. eOllsLiL. 6. vers.2. U1yssipoll. dicL. decrL. 6. 3.
(6) Trid. sess. 21. de Rcform. c. 1. "crs. -olurii vcro; et ib. lltlrbos. II. 11.
(7) 01'([. lib. 5. tiL. 7:l.. vcrs. E em lodos.
.-

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.-.'
"J

100- CONSTlTUIE
passai', ol'(lenamos que (\ Escrivo no possa levar pOI' elb feita, e as-
signada, e pela busca, mais (8) que duzentos, e quarenta ris, sem em-
bargo de qualquer costume em contl'ario; e se levar mais, perder o
omcio.

TITULO LVII.

COi\lO SE PASSAUO UEVEUENDAS, E SE GUARDARO AS QUE VIEUEM DE o TROS


mSPADos.

239 Ainda que os Bispos sejo obrigados a ordenar per si mes-


mo a seus Diocesanos, e conforme os Sagrados Canones, (1) e Concilio
TridenLino, (2) nem-um subdito pde ser ordenado seno pelo seu pro-
prio PI'elado; com tudo se elle por alguma justa causa no celebrar
Ordens, pde conceder (3) licen.a, e mandar passar (.!,) Reverendas,
pal'a que seus subditos seculares, se quizerem, as posso ir tomur de
quaescfuel' outros Bispos. E os Hegulares (os qllaes tambem (5) no
podem tomar Ordens seno dos Bispos, em cujas Dioceses esto as suas
Casas Conventuaes) havendo de ir ordenar-se com patentes, ou Reve-
rendas dos seus Prelados fra da pl'opria Diocese por impedimento do
Bispo delJa, deyem fazer certo (6) do dilo impedimento, ou de outra
qualcfUer cousa, que possa haver, (como se estiver a S vacante) para
no receber Ordens do proprio Bispo.
2.r,O Pelo que ~rdenamos, que quando nossos snbditos se hou-
verem de ordenar fora do Arcebispado, em tempo que Ns no dermos
Ordens, lhe mandaremos passar Reverendas em nosso nome, nas quaes
se declarar o impedimento (7) que houve para as Do celebrarmos: e
se no daro sem os Ordellandos irem examinados, (8) e approvados,
(9) e feitas todas as diligencias conforme a direito, Sagrado Concilio
Tridentino, e nossas Constituies, o que tudo se declarat' nas mesmas
Reverendas, e algu.ns especiaes signaes, (9) e confrontaes da pessoa,
a que se concedem. E o que sem el1as tomar Ordens, fica suspenso

(8) TIL in Regiment.


(1) Text, in cap. Nullus de temporib. ordin. lib. 6. cap. nunus. 3. de
Paroch.
(2) TridenL. sess. 23. de Refonn. cap. 3. 8. et 10. Barb. ele Potest. Episc.
p. 2. alleg. 7. n. 2.
(3) Cap. Episcopus 9. q. 1. c. 1. et c. CUJ1lllullus, ele temporib. orelin. lib.
6. Trid. sess. 23. de Reform. fc. 10.
(4) Id est., Dimissurias literas, ele quib. Trid. d. c. 10. Barb. llicL. alleg. 7.
n. 2. .
(5) Mirand. in Manual. Proolator. q.38. al'L. 2. tom. 1. Sauch. in Opusc.
Moral. lib. 7. cap. 1. dnb. 20. n, 114. ct 4ti. Barb. de PotesL. Ep. p. 2. ali g. 4.
n. 6. et ad dictuJ1l Trid. sess. 23. de Reform. C. 8. n. 28.
(6) Barb, ad 'frid. sess. 7. de Reform. c. 1'1. n. 4. Declaratum referl Sa-
cra Congrcgat. Piasec. p. 1. c. 1. n. 12. arL. 2.
(7) C. 1. ele tempor. ordinaL. lib. 6. Tricl. sess. 7. ele Reform. C. 11.
(6) Trielent. sess. 23. ele Reform. C. 2-. et ibi Barbos. 11. 1. et ad C. 11. sess.
7. 11.5.
(9) Consto Brachar. tiL. 8. constit. 13. n. 1,
no AHCEBlSPAD DI\. n.\.lllA.
dollas a 1IOSSO arbilrio, (tO) e o Prelado que lhes der fica lambem sus-
penso de as poder dar por espao de um (11) aono.
2/,1 E os nossos subditos, que fOl'em recel1cr Ordens a Bispado
alheio com Reveremla nossa, antes de dizerem Missa nova se faro ma-
tl'icular (12) pelo nosso Escri"o da Cumara no livro para isso ordena-
do, declarando-se nelle, quem foi o Prelado, que os ordenou, e de que
Ordens: e no se lhes dar licena para dizer Mjssa noY3 sem estaL' ma-
triculados. E o nosso Escrivo da CamaJ'a no levar cousa algllma
pOI' esta Matricula.
2/,2 E ao~ Ol'denandos, que ,ierem de fra do Arcebispado para
se ordenal'em, os mandaremos (13) examinar na frma de nossas Cons-
tituies, salvo se conslar, que vcm examinados pclo proprio Bispo, e
110S parecer (U) escusado outro exame. E mandamos ao Escrivo da
Camara recolha, e guarde todas as Reverendas dos que vierem de fra
desle Arcebispado, e se ordenarem nelle: e far o mesmo recoJltendo
as patentes dos Religiosos. Porm se as Reverendas, ou patentes fo-
rem para mais Ordens, que as que de Ns receberem, IL as tornarcom
certido ao p dellas, em que se declare as Ordens a que por aquelIa
vez foro promovidos,
2/,3 E mandamos se no guarde, nem cumpra Revcl'enda de al-
gum AlJbade, Priol', ou Prelado secular, ou Regular, posto que uigo
que so mtllius clireces, estando clles, e os sens Mosteiros, ou telTi-
torios dentro dos limites deste, ou de outro Arcebispado, ou Bispado,
para por vil,tude delJas haverem ue ser ordeuados de Ol'dens Menores,
011 Sacras Clel'igos seculares, ainda que (15) sejo originarios dos mes-
mos lerl'itorios, no obstantes qllaesquer privilegias, prescripes, ou
costumes, poslo que sejo immemof'aes: vorque conforme o Sagrado
Concilio Tl'iuenlino, no podem os dilos Prelados passar laes Rerel'en-
das, mas pertcnce smeute aos Bispos. E os Ordenandos seculares,
que com as taes Rercrendas receberem algumas Ordens, sejo havidos
pOI' suspensos, e celebrando, e usando da Ordem por irl'egnlare. E
lambem os ditos Prelados no podem dar por si primeira tonsura, (16)
nem Ordens Menores s ditas pessoas. E finalmente no pde passar

(lO) Trid. diet. e. 8. in finl}. Bulia Pii Seeundi, quam referl Barbos. de 1'0-
lestaL. Epise. alleg. 8. n. 10. et allcg. 17. n. 1'1. Ledesm. iu Sumo ubi de Sa-
eram. Ord. e. 8. eone1. 3. Barb. ad dietum Trillent. n. 35. et 38.
(H) Trident. diel. e. 8. Texl. in cap. Eos qui de tcmporibus ordinal. lib.
6. Su)'r. de Censo lib. 4. e. 12. Bonac. etium de Censo d. 3. q. 1. p. 11. n. 6. Ma-
io!. de Trregu1. lib. 4, cap. 2. num, 6. Barb. de llolesl. Episc. p. 2. alleg. S. num.
1. Suar tom. 5. de Ceus, d, 31. sect. 5.
(12) Consl. U1yssipon. lib. 1. lit. 12. decreto 7. ~ 2. Portuens lib. 1. til. 8.
consl. 7. "crs. 2. lEgitaniens. lib. 1. lil. 10. cap. 9. n. 1.
(13) Trident. sess. 7. de Reform. C. H. et ibi Barbos. n. 5. Bonae. de Sa-
CIam, d. 8. q. unie. Gutim.Canou.lili. l.c. 26.1?ral. Emman. iII Sumo 4. c. 62.
n. 5. Campan. in diverso juro Canon. rub. 9. C. 8. 11. 31.
(14) Trident. sess. 7. C. H. FI'. Emman. Bonae. Barb. Iocis proxime cilalis.
(15) Trit1ent. sess. 23. de Reform, C. 10. et ibi 'Barbos. n. 10. et de Polest.
Episc. p. 2. alleg. 7. n. 7.
(t6) Trid. sess. 23. de Reform. cap. 10. et ibi Barb. n. 2. Suar. tom. 4. de
Religione traeL. 8. lib.~. C. 29. n. 1D. Naval'. in singul. Cunon. cou1. 105, D.
Rodcric. u Cunha in CommenL ur] . Jl. 6. 90. c1isl.
1;
CO~STlTUIES

as ditas Reverendas o Cabido S vacante no primeiro anno (17) Ja va-


catura do Arcebispado, excepto quelles, que estiverem obrigados a re-
ceber as Ordens em razo de algum (18) Beneficio.

TITULO J.VJII.
DO EXAME DOS QUE HIo DE DIZER 1I11SSA NOVA, E DAS DEmSSORIAS DOS QUE
VEM DE FRA DO ARCEBISl'ADO.

-li 2H Ordenamos, que nem-um Sacerdote (posto que seja ordena-


do com Breve Apostolico) diga, ou cante Missa nova sem nossa espe-
ciallicena, (1) ou de nosso Provisor, a qual se lhe no dar sem pri-
meil'O constar uos titulos de suas Ordens, e ser examinado (2) pelo Mes-
tre de Ceremonias uas que pertencem Missa, e o exame se far cou-
forme o Missal Romano. E mostrando sufficiencia, se lhe passar li-
cena pOl' escripto, na qual se declarar, que, ao menos nos primeiros
tres dias, que celebrar, lhe assistir um Sacerdote destTo nas ditas ce-
remonias. E os que sem nossa licena disserem Missa nova, e os Pa-
rochos nisso consentidores os havemos por condemnados (3) em quatro
mil ris para a S, e Meirinho.
-li 2&5 Conformando-nos com a disposiO ue direito, (h) e Sagra-
do Concilio (5) Tridenlino, ordenamos, que nem-um Sacerdote secular,
que for, ou vier de fra do nosso Arcebispado, possa dizer (6) Missa,
nem usar de suas Ordens sem trazer Dimissoria do seu Prelado, e ser
primeiro vista, e approvada por Ns, ou nosso Provisor, e fazendo o
contrario, o tal Sacerdote secular pague quatro mil ris pal'a as despe-
zas, e lVIeil'inho geral. E contra o Regular (7) que for transgressoI' do
que aqui mandamos, se proceder na frma de direito, e Sagrado Con-
cilio Tridentino: o que se no entende dos Regulares, que vem para as
suas Casas Conventuaes, ou uellas SO hospedes, porque estes, suppo_
mos, vem com patentes uos seus Prelados, e as apresento aos Prela_
dos das Casas, em que vem residir. E outro-sim mandamos sob as
mesmas penas, que os nossos Parochos no admitto nas suas Igl'eja s
aos taes Sacerdotes seculares, consentind-o que digo Missa, nem lhes

(17) Trident. sess. 7. de formo C. 10. FI'. Emman. in Sumo tom. 2. C. 14. n.
6. Grac. de Benef. p. 5. C. 7. n. 95. Ric. in prax. resolut. 106.
(18) Trid. loco proxime citat. et ibi Barbos. n. 15. Gare. dict. C. 7. a num.
96. Zerol. in prax. Episcop. p. 1. verbo Capitnlum in princip. Monet. de Com-
mutat. nlt. volunt. C. 10. 11. 180.
(1) Gavant. verbo Missa n. 5. Concil. Provincial. Mediol. 1. Const. U1yssi-
pon. lib. 1. tit. 12. deer. 8. in prineip.
(2) Conslit. U1yssipon. uhi proxime decr. 6.
(3) Constit. U1yssipOll. dict. decr. 6. in fine principii. Portuens. lib. 1. til.
S. eonstit. 8.
(4) Texl. in cap. Exlraneo 71. disto
(5) Trident. sess. 23. de Reform. cap. 16. vers. Nullus; et ihi Barb. n. 6. et
de Potest. Ep. p. 2. alleg. 21. II. 1. Azor. Instit. Moral. p. 2. lib. 3. e. 49. q. 1.
(6) Trid. sess. 22. c1ecret. de Observado in eelebration. Miss. Azor. Instil.
Moral. p. 1. lib. 12. cap. 18. q. 9. Sanches in Opusc. Moral. lib. 7. c. 1.
dnb. 47. num. 1.
(7) Conslil. Brachul'. lil. 8. cOllsll. 11. 11. 1. lEgilan. Iih. 3. til. 2. c.7.
Porlurus. Iib. 1. tit. 8. conslil. 8.
DO ARCEBISPADO DA BAnIA.. 10:3
dem guizamelltos sem lhes constar da dita nossa licena. E isto mes-
mo devem fazer os Prelados Regulal'es (8) cm suas Igrejas, se soube-
rem, que os taes Sacerdotes vo a ella dizei' Missa sem a sobredita nos-
sa licen.a, c approvao neccssaria para elles celebrarem no nosso Ar-
cebispado.
TITULO LIX.

COMO SERO APPLICADOS osCLERlGOS DE ORDENS MENORES NO SERVIO


DE ALcmIA IGREJA.

2&6 Porque muitos Clel'igos de Ordens Menores pedem, que os


appliquem (1) ao servio de alguma Igreja particular, e assim convm,
que se faa, para que baja quem ajude ao Parocho na administrao dos
Sacramentos, e m:lls ministerios da Igreja, ordenamos, que pum algum
delles haver de ser applicado por Ns, ou nosso Provisor, se lhe corra
folha, e mostrando-a limpa, e constando que o pede po.r servil' a Deos,
e no por fugir ao castigo de algum delicto commettido, ou para viver
mais livre, e licenciosamente em razo do privilegio Clerical, seja ap,
plicado ao servio da sua Igreja Paroehial; e lhe ser declarado na carta
(2) da applicao, que servir no smente no exercicio-das Ordens, mas
lambem ajudando ao Parocho na administraO dos. Sacramentos, e no
mais que o Parocho lhe ordenm~ conveniente sua Ordem, e estado,
como so as cousas que toco ao officio dos Sacristes. E outro-sim
ser dedal'ado, (3) que ande em habito, (.&) e tonsura, porque para go-
zaI' do privilegio do fro lhe necessario, que actualmente (5) sirva na
Igreja, a que for applicado, e que juntamente traga o dito habito, e
tonsura.
TITULO LX.
DOS SANTOS OLEOSo E~I QUE TEMPO, E POR QUEM DEVEM SER BENTOS os SANTOS
OLEOS, E EM QUE IGREJA: E ATE QU.4.NllO SE PDE USAR DOS VELHOS, E
COllIO SE GUARDARO, ou QUEIMAR10.

2.&7 Os Santos Oleos, de que ll$a a Igreja Catholica na arlminis-:


trao dos Sacramentos do Baptismo, Confirmao, Extrema Uno, e

(8) Aloys. Ri<:. in prax. fori Eccles. decis. 750. in prima edilione, et resol.
635. in secunda editione. Deeisum refert Galet. in sua margar. casuum conseient.
verbo Miss. Barbos. de Polest. Episcop. p. 2. aDego 11. n. 8. et ad Trid.
sess. 23. C. 16. n. 11.
(1) Trideut. sess. 23. de Reform. C. 6. et ibi Barb. n. 29, et de Potest.
Epise. p. 2. alleg. 12. n. 12. cum seq.
(2) l\fenoch. de Prresumpt. lib. 6. prres. 7:6. n. 41. Cened. Canon. lili. 1. q.
4. D. 24. et 26. Barbos. dict. aHeg. 11. n. 13.
(3) Uian. p. 4. tract. 1. refol. 2. Castro PaI. ln Opere Moral. tom. 2. tract.
12. q. unie. punct. 2. n. 8. in fine.
(4) Tl'id. dict. C. 6. et ibi Barb. n. 21. Bellet. disq. Cleric. p. 1. til. de fa-
vore Cleric. personal. SI 8. n. 7. D. Barbos. in L. Titia n. 34. tr. Solut. M:atl'im.
Ricc. in decis. Cm'ire Archiep. Neapol. p. 4. decis. 154.
(5) Barbos. dict. alleg. 12. n. 4. et ali Trid. dicl. C. 6. n. 40. Galet. in Mal'-
ga. casunm consC. verbo Clericns p. 42. coI. 2.
104 CO"\fSTJT '[L
Ordem, tem iugular s elieilos, e significaes (1) mystel'iosas. Delles
se 1hz menso na Epistola do (2) Apostolo Sant'Iago, nos Sagrados Ca-
nones, c Concilio Tridentino.
21,8 No Sacramento da Confirmao matel'ia remota (3) oChris-
mai no da Uno o (lt) Oleo infirmorum. Nos Sacramentos do Bap-
tismo, e Ordens as Ulles, qIre se fazem com o Cbrisma, e com o Oleo
Catechumenorum no pertencem suhstancia destes Sacramentos, nem
materia dellesi s pertencem aos ritos, (5) e ceremonias, ordenadas
pela Santa Madre Igreja na administrao dos Sacramentos sobredilos.
2/,9 Aos Bispos (6) pertence benzeI' os Santos Oleos: e por di-
reito ordenado, que em cada um anno na Quinta Feira (7) da Cea do
SenhOl' se benzo os novos Oleos. E conformando-nos com esta dis-
posio ordenamos, que quando Ns em nossa S fizermos estes om-
cios, sejo presentes a elles as Dignidades, Conegos, e Capelles della,
sob pena de ser rlesconlado ])0 merecimento daqllelle dia, sem remis-
so, o que faltai' a esla obrigao: e mandamos ao Apontador sob pena
de desobediedcin, e de o restitui I" lhe ponha o Lal dia de perda.
-\' 250 E o nosso Provisor (9) mandar chamar aos Clel'igos para
os ministerios necessarios na frma do Pontifical, e os obrigar com
priso, e as mais penas, que lhe parecer. E quando os benzermos em
oull'a Igreja do Arcebispado, sero presentes (10) os Parochos, e os
mais Clerigos do lugar, ou dos ,'isinhos, que para esse effeito forem
chanlados por nossa ordem.
251 E quando Ns por algum impedimento no possamos fazei'
e te officio, havendo outro Bispo, que de nossa licena o faa na nossa
S, lhe assistiro (11) as Dignidades, e Conegos, e nas outras Igrejas
os Parochos, (12) e mais Clerigos, como fica dito sob as mesmas penas.
252 Tanto que os Santos Oleos forem bentos em nossa S. ou
em outra Igreja, aonde se I1zCl' este offieio, no se usar mais dos velhos,
(13) antes se queimaro, deitando-se nas alampadas do Santssimo Sa-
cramento, ou nas pias baptismaes. POI'm uas outras Igrejas do Ar-
cebispado se no queimaro logo, mas conservar-se-hfo al sel'em le-

(1) Cap. Deinde. c. Venisti de Consecr. dist. fs.. c. unic. dc Sanam. Uncti-
on. Trid. sess. 14. c.2.
(2) Jacob. 5. et jura proximc citata.
(3) Trid. sess. 7. de Cfinll. can 2. C. 1. de Sacro Unction. Pcr frontes. C.
1. de Sacram. non itcrand.
(4.) Trid. sess. 14-. ele Extrema Unct. c. 1. cano 1. de Sacro UncL. in princ.
(5) Trid. sess. 7. de Sacram. cano ulL. et sess. 23. cano 5.
(6) G. Te refercnte 12. dc Cclebr. Miss. Tndent. sess. 7. cano de Confirmo
Barb. de Potest. Episc.) p, 2. a.llef 31. num. 2. Azor Inslit. Moral. p. 1. lib. 2.
C. 9. collat. 106. et 108. Soto 111 ~. d. 7. q. 1. art. 2.
(7) C. Si quis C. Omni tempo dc Consecrat. (ust. 4. Barb. dicL. alleg.31.
n. 5.
(8) Gavant. vcrb. Olea Sacra n. 3. Conc. Provo Mediol. 1. ConsL. Ulyssipon.
lib. 1. tiL. 13. in princip. ctHb. 3. tit. 12. dccr. 1. 5.
(9) Gavant. yerb. Olca Sacra n. 3. Concil. Provinc. Mediol. L Constit.
U1yssipon. lib. 1. tiL. 13. in principio.
(10) Dicta CUllstitut. U1yssipon. loco citat. in fine principii.
(11) Dicta Constitut. Ulyssipon. dicto tiL. 13. in prinrip.
(12) Dicta. Constit. ubi proxime.
(13) Cap. Si quis de alio rle Consec. dist. 4. ConsL. U1yssipon. c1icL. lib. 1-
tiL. 13. tleCieL. 'I. iII prinrip. GayallL. verbo Olea Sacra n. 11.
DO ARf..E13r'PADO DA RHnA. 10;:;
"ados a c]Jas os no"os, e em quanto no chegarem, se poder usaI' dos
velhos, havendo (1.4) necessidade urgente de se ungir algum en/ermo, de
se chrismar alguma pessoa, ou baptizar alguma criana solemnemcnte,
!lOS quaes casos se p6de usar dos 01eos velhos, como est declarado pela
Sagrada Congregao. Pelo que mandamos, que fra da tal necessida-
de urgente, nem-um Parocho, ou outro qualqu81' Sacerdote use dos
Oleos "elhos, depois de serem bentos os novos, sob pena de ser cas-
tigado gravemente a nosso al'bitrio.

TITULO LXI.
COMO, E POR QUEM os S.H\TOS OLEOS SERO TR-tZIDOS A '088:\ s, NO SE
BENZENDO NELLA; E SE DISTRIBUIRO PELAS ICHEJAS DO ARCli:BISPADO, E
SE REL'iOYA.RO SEi'\DO NECESSARIO.
253 Ordenamos, que quando os Santos Oleos se no benzerem
nesta nossa S, se mandem buscar ao Bispado, d'onde mais facilmente
possO "ir, na frma que at agora se costumou (1) neste Arcebispado:
e vindos qne sejo, sero postos na Igreja de Nossa Senbol'a da Ajuda,
aonde il'50 as Dignidades, Cone~os, e Cabido da dila nossa S, para os
trazerem para ella em fl'ma (2) de ProciSSO, nas tres amhulas para
este efeito determinadas. O O\eo do C1u'isma ba de trazer o Deo, ou
a maior (3) Dignidade, que ento residil'. O 01eo Catcchumenomm ha
de trazei' o Chantre, ou a segunda Dignidade que residi I'. O Oleo in-
firmorum trar o Mestre-Escola, ou a terceira Dignidade que residir, e
no havendo Dignidades os traro OS Conegos mais antigos. E vil'O
em Procisso at a S cantaudo o hymno (1.) Veni creato1' Spil"itus, e
os Psalmos, ou Rcsponsorios costumados.
25h E os que troux.erem as amblllas ho de vir em ordem no um
da Procisso, e em tal frma, (5) qne vindo o que trouxer o Santo
Chl'isma no ulLimo lugar, se sigilo diante delle os que trouxerem os
Oleos dos Catechumenos, e enfermos, trazendo todas as ambulas dian-
te dos peitos com ambas as mos, com uma loalha ao pescoo. E as
Dignidades, e Conegos, que mta ProciSSO no forem, (6) perdero
na frma dos seus Estatutos.
255 . E para que todos se movo a acompanhar esta Procisso,
lhes concedemos quarenta dias (7) de indulgencia a todas as pessoas,
assim Ecclesiasticas, como seculares, que assim nesta Cillade, como
nas Villas, e Lugares deste Arcehispado acompanharem a dila Procis-
so, e os Parochos (8) assim o publiquem no Domingo, ou dia Santo
antes da PI'ocisso.
(1l~) Gavant. verbo Olea Sacra n. 12. Barb. Apostol. decis. coIlecl. 535. n
G. COllsLit. U1yssip. ubi proxime.
(1) Ad ea qUilJ Barbos. de Polesl. Episc. p. 2. allcg. 31. n. 19.
(2) Conslit. Ulyssip. lib. :I. lil. 13. deeret. 1. ~ 1.
(3) Constil. .iEgitan. lib. 1. til. 11. c. 2. n. 2.
(!~) Dicta Consl. ubi proximc.
(5) Consl. Portuens. lib. 1. til. 9. Constit. 2. verso 1.
(6) Conslit. U1yssipon. dicl. tit. 13. decr. 1. 1. in fine .
. (7) Cap. CUIll ex eo de Prel1it. et remisso et ibi Barb. n. 5. el lle Pole l.
Erlse. p. 3. alleg. 88. n. 14. Gavanl. in Manual. verh. Indulgenli<e n. 10.
(8 IYal'3nl. "erh. T'urorllorum ml.lnera n. 9.
106 CO~STITUIES
l' 256 Ol'denamos, e mandamos que os Pal'ochos desta Cidade, e os
uas Villas, e Lugares deste Arcebispado, e quaesquer oull'as pessoas, a
que por costume esta obrigao pertencer, que em cada um anno, de-
pois que os Oleos novos forem bentos, os venho buscar nossa S,
ou mandem um Sacerdote (9) para os levar: de maneira que das Igre-
jas desta Cidade, e seus suburbios se vo buscar at Sabbado (10) San-
to; e das que estiverem menos distantes desta Cidade dentro de um (11)
mez, e da5 mais distantes dentro em dous mezes, sob pena de quatro
mil l'is para as despezas, e Meil'inho geral. E o nosso Provisor os
mandar levar custa de quem os devia mandar buscar, e ueixou de o
fazer. E para melhor constar do que ordenamos, mandaro os Pal'o-
chas com o Rol dos Confessados certido (12) de como j l esto, ou
no esto os Santos Oleos. E os Clerigos que os vierem bUSCai' nos-
sa S, os levaro com muito resguardo, e certido do Padl'e (13) CUl'a
da mesma nossa S, porque conste que aquelles so os Santos Oleos
novos, e o dia em que lh'os entregro, (a qual lhe passar ue graa)
sob pena de' serem presos a nosso arbitl'io: e a certido mostraro os
Parochos aos nossos Visitadores, que serao obrigados a procurar (14)
por ella.
257 Por quanto muitas vezes os Santos Oleos se vo consumin-
do, e gastando, mandamos aos Parochos tenbo grande cuidado dever,
se necessario (15) reformaI-os. E havendo esta necessidade, os re-
formem com bom azei te e claro, deitando sempl'e menos (16) quantida-
de de azeite, do qno for o leo Sagrado, e no o cumprindo assim, se-
ro castigauos arbitrariamente.
258 Porque temos ordenado, se guardem os Santos Oleos ve-
lhos at chegarem os novos, necessacio, que haja em cada Igreja cai-
xas, (17) e ambulas duplicadas: por tanto ordenamos, que haja em ca-
da Igreja uma caixa de po fechada com cOl'des,dentl'o da qual.este-
jo tres ambulas de prata, (18) ou estanho fino, e nunca de vidro, pal'a
que nella se ,o buscar os Santos Oleos novos. E assim mais outl'a
caixa com outras tres ambulas, nas quaes estaro sempre os Santos
OIeos para uso, e administrao dos Sacl'amentos. E alem destas cai-
xas haver tambem outl'a de metal, ou po, em que sempre estar uma
:lmbula com parte do Oleo infil'morum, pal'a se levar, (19) quando se

(9) C. Omni tempor. de Consecr. d.4.


(tO) C. Omni tempor. de COllsecr. disto 4. Conslit. UJyssipoll. lib. 1. til. 13.
decret. 1. ~ 2.
('11) Constit. 13rachar. til. 7. consl. 2. n. 2. in fine.
("12) Coustit. Portuens. lib. 1. til. 9. constit. 3. verso 3.
(13) Constit. Bracbar. til. 7. consl. 2.
(14) Consl. UJyssipon. lib. 1. til. 13. decrel. 2. ~ 1. Gavant. in prax. visi.
tat. ~ 9. n. 6.
(15) Gavant. verbo Olea Sacra n. 13. c. Quod in dubjis de Consecr. Eccl.
vel Altaris.
(16) Argument. texl. ill c. uno ~ Nou sic de Consecl'. Eccles. vel Allaris.
Abb. ill C. Cum dilectus n. 4. de causa possesso et propr.
(17) Gavanl. verbo Olea Sacra n. 14. C. 1. de Custodia Eucbarist. Consto
~gitaniens. lib. 1. til. 11. C. 5.
(18) Ril. Roman. til. de Sacro Oleis verso Chrism.
(19) Rit. Rom. de Sacram. Extrem. lTnct. til. de Ordine aclministrandi
verso Deinde.
no llHCEBISPADO DA BARIA. 107
administrar o Sacramento da Extrema Uno aos enfermos, c em todas
baver signal, (20) ou nota, como se disse no num, 69. O que tudo
devem visitar, e ver nossos' isitadores, e pI'over no necessario, como
aqui fica di to.

TITULO LXII.
DO SACRA!lIEN'fO DO lIlATRI!lIONIO: DA Il'STlTUIO, !lUTERlA, FRMA, E !lIlNIS-
TRO DESTE SACRAlIl"EN'fO; DOS FINS PARA QUE FOI INSTITUIDO, E nos
EFFEI'fOS QUE CAUSA.

259 O ullimo Sacramento dos sete institudos pOI' Chl'slo nosso


Senhor o do (1) Matrimonio. E sendo ao principio um contracto (2)
com vinculo perpetuo, e indissoluvel, pelo qual o homem, e a mulher se
entrego um ao outro, o mesmo Christo SenllOr nosso o levantou com
a excellencia do Sacramento, (3) significando a uniO, que ha entre o
mesmo Senhor, (/,) e a sua Igreja, por cuja razo confere graa (5) aos
que dignamente o recebem. A materia (6) deste Sacramento o do-
minio dos COI'pOS, que mutuamente fazem os casados, quando se rece-
bem, explicado por palavras, ou signaes, que declarem o consentimen-
to mutuo, que de presente tem. A frma (7) so as palavras, ou sig-
naes do consentimento, em quanto significo a mutua aceitao. Os
Ministros (8) so os mesmos conlrahentes.
260 Foi o Matrimonio ordenado principalmente para tres fins, (9)
c so tres bens, que nelle se enceno. O primeiro o da propagao
humana, ordenada para o culto, c hOlU'a de Deos. O segundo a f,
e lealdade, que os casados devem guardar mutuamente. O terceil'O
o da inseparabilidade dos mesmos casados, significativa da unio de
Christo Senhor nosso com a Igreja Calholica. Alem destes fins tam-
bem remedio da concupiscencia, e assim S. Paulo (10) o aconselha co-
mo tal aos que no podem ser conlinentes.
261 Em tudo isto devem ser instruidos os que querem receber

(20) Rit. Roman. Lit. de Sacris Oleis verso Chrisma. GavanL. verbo Olea
Sacra n. 16.
(1) Trident. sess. 7. cano 1. eL sess. 2!~. cano 1. PaI. p. 3. tracL. 18. d. unic.
pUIlCt. 16. n. 1. et 2. Bass. verb. Matrimonium 1. num. 5.
(2) Trident. in doctr. de Sacram. MaLrim. sess. 2!~. C. Iex divina! 27. q. 2.
(3) MatLh. 19. c. Ad abolendam de Ha!ret. Tri,'\cnt. sess. 24. de Reform. in
fine princip. et cano 1. et ibi Barhos. PaI. p. 5. tract. 28. d. 2. puncL. 2. n. 1-
Henriq. lib.11. c. 2. Reginald. lib. 31. n. 9.
(!~) Cap. 2. de Converso conjugal. c. Lex 27. q. 2. Paul. ad Ephes. 5.
(5) Trid. dict sess. 24. in princ. et sess. 7. de Sacrament. in gencrc cano 8.
l)aI. p. 3. tracl. 18. d. uno punct. 7. n. 1. Sayr. lib. 5. de SacramcnL. c. 1.
art. 3.
(6) Sanches. de l\faLrim. lib. 2. d. 5. n. 6. Suar. tom. 1. de Sacram. q. 60.
art. 8. d. 2. sect. 1. PaI. dict. tract 28. d. 2. punct. 3. n. 2. D. Thom. 4. disL.
26. q.2. ar!. 1.
(7) DD. supra titati.
(8) Lcdesm. de l\iatrim. q. 42. art. 1. dillicult. 4. Sanches lib. 2. d. 6. D.
2. PaI. dict. tract. 28. d. 2. punct. 4. n. 2.
(9) Concil. }<'Iorent. in decret. Eugen. Papo ad armo de Sacram. l'IIatrim.
Calechism. Roman. de Saeram. l\Iatrim.
(10) 1. Ad Corinlh. 7. PaI. loc. cilal. puncl. 10. num. 1.
i08 CONSTITUIE

este Sacramento, para qne celehrem com fim santo, (11) e honesto,
e se disponho para rcceber seus effeitos, que SO catlsm' gra,3, (12)
como os mais Sacramentos, e elar espcciaes auxilias para satisfazcr
Christmente as obrigaes de seu estado, -E adviJ'to os contrahentes,
que quando recebem este Sacramento, devem estar em graa, porque se
I) recebem em peceado, pceco (13) mortalmente.

TITULO LX.III.
DOS DESPOSORIOS D 'FUTURO, E IDADE, QUE PARA ELLES SE REQUEIl: DOS QUE
SE DESPOSO DUAS VEZES, ou CASO Es'rANDO DESPOSADOS, OU COHABITO:
E DE COllIO OS PAROCHOS SE NO HO DE ACHAR PRESENTES AOS TAES
DESPOSORlOS, NEM ES'rES SE DEVEM FAZER HAVENDO lllIPEDlillEl'i'fO.

262 Desposarias de futuro so o mesmo, que promessa (1) de


futuro Matrimonio: para elles necessario, que tenho os promiUentes,
assim homens, como mulheres sete almas completos (2) de idade. E
declaramos que ainda que entre os desposados se siga copula depois
dos desposarias, no lico por isso casados de presente, segundo a dis-
posio do Sagrado Concilio Tridentino, (3) o qual nesta parte emen-,
nou o dil'eito (/,) antigo.
-l< 263 Se ~Iguem, tendo celebrado desposarias de futuro, antes de
estar delles desobrigado, se desposar segunda, ou mais vezes, inconu
em peDa de vinte cruzauos (5) para o Meirinho, e accusador: a qual
pena poder ser arbitrariamente (6) accrescentada, ou diminuida, se-
gundo as circunstancias <.Ia eulpa, e qualidade da pessoa. E tendo co-
pula nos segundos, ou mais desposarias sero presos, (7) c se livraro
do aljue, e sero condemnados em degl'edo, e nas penas pecuniarias,
que merecerem segundo a qualidade da culpa. E casando-se por pa-
lavras de presente, (8) se livrar da priso, e ser castigado com 1ao
graves penas pecuniurias, e degredo a nosso arbitrio, que seja esem-
pIo aos mais para fugirem de semelhante culpa.
- (U) Ad ea qure PaI. d. punct. 10. per totum. Sancho cle l'Ifatrim. Iib. 2. d.
29. n. 14. cum seq.
(12) 'Irid. diet. sess. 24 cano 1. Diximus subo n. 2ti9.
(13) D. 'Ibom. in IL disto G. q. t. art. 3. q. 1. ad ti. Henriq.Iib. 1. c.22. n.
ti. Laym. lih. ti. Sum. traet. t. c. G. n. 3. et ti. PaI. p. 3. lract. 18. ri. unic.
punct. 13. n. ti.
(J) Text. in C. Nostrates 30. q. ti. Text. in L. 1. Ir. de Sponsalib. PaI. p.
5. Lract. 28. d. 1. n. 2. verso Tel'tio communiter. Sanches de Matrim. lib. 1. d.
1. n. 7.
(2) C. de Despons. impub. Iib. 6. texto in c. Literas rle Spons. impub. L.
ln sponsaIibus ff. de Spons. Sancho de Matrimon. Iib. t. d. 16. n. 2.
(3) 'Idd. sess. 24.. de Reform. Matrim. c. 1. Sanches Ilb. 3. cap. 40. n. 3.
GuLier. Canonic. Ilb. 1. C. 18. n. 4. et de Juramento p. 1. c. tiL n. 12. 13. 14.
(4) Text. in c. Coosultationi 28. de Spons. C. unic. Si Idem quoque cle des-
ponsat. impub. lib. 6. Sancho de Matrim. Iib. 3. cI.!~ . n.2.
(ti) Text. in C. Is (fUi ficlem de Sponsal. c. unie. SI Idem quoque de despon-
sal. impub. Iib. 6. Consto UJyssipon. lib. 1. til. 1!~. decr. 1. Si 1.
(6) Dict. Constit. U1yssipon. ubi proxim.
(7) Diet. ConsLit. U1yssipon. loco cit. Jlortuens. Iib. 1. til. 10.c onstlt. 2.
verso 1.
(8) Text. in c. SiCllt; verso Quor! si forte de SpOIlS. r.oosLlt. Tlyssipou. loco
cito PorLuens. elid. consLit. 2. \'ers.2.
no AllCEBCPADO DA BA lIlA. lOU
-li 26!l E porque para se celebl'<ll'em desposorios de futuro se no
requer presena do Parocho, (9) mas antes (10) se podem seguir mui-
tos inconvenientes de se achar presente, mandamos aos Parochos de
nosso Arcebispqdo, sob pena de dous mil ris pagos do aljuhe, e seis
mezes (le suspenso de suas Ordens, no sejo presentes (11) aos taes
desposorias de seus Parochianos.
-li 265 Exhortamos, e mandamos aos esposos de futlll'o, que, an-
tes de serem recebidos em face da 19reja, no (12) cohabilem com suas
esposas vivendo, ou convcl'sando ss em uma casa, nem tenho copu-
la enlTe si: e fazendo o contl'Ul'io pagar carla um sendo nobre pela pri-
meil'a yez dez mil ris, e sendo de menos qualidade cinco mil ris pam
o Meirinbo, e accusador: e sendo parentes (13) havero as mais penas
de incesto, segundo a prova, e escandalo, que houyel'. E encarrega-
mos a seus pais, (H) e m5is os no consinto estar de portas a dentro
sob pena de nm marco de prata. E os nossos Visitadores (15) teTo
cuidado particular de inquirirem, se os cohabitantes tem delinquido
contra o que aqui ordenamos: e o mesmo faro os mais Ministros nos-
sos para se proceder contra os culpados.
-li 266 Prohibimos s pessoas, entre as quaes 11a impedimento di-
rimente, no celebrem desposo rios (16) de futuro; saho expres ando
nelles que o lazem com condio (17) se o Papa dispensar, e o impe-
dimento for tal que Sua Santidade costume dispensar (iS) nelle. E os
que o contral'io fizerem alem de serem nullos os tues desposorios, se-
rflO gravemente castigados (19) a nosso arbitrio. E 3S pess03s que as-
sistirem aos taes desposorios sabendo do impedimento, se rorem Paro-
chos t~OS contrahentes, ou outros Sacerdotes, incorrero nas penas de
suspenso, priso, e pccuniaria; e se forem leigos pagar caJa um mil
ris (20) para as despezas, e Meirinho.

TITULO LXIV.
DA ImDE, E CAPAClDADE QUE SE REQUER KOS QUE 1I0UVEREM DE CO~TRAlIIR
iUA'fRBIONIO, E DAS DENUr'CIAES, QUE DEYElI PRECEDER A ELLA.

-li 267 O, aro para poder contrabir Matrimonio, deve ter quator-

(9) Sancho ele Matrim. lib. 1. (]. 2. n. 2. Navar. in Manual. e. 21. n. 14.4.
(10) C. Sicul verso Poslulationi, C. penul. de Sponsal.
(11) ConsL. Ulyssipon. lib. '1. liL M. decr. 1. ~ 2. jJ~gitan. lib. 1. til. 12.
c. H. n. 2.
(12) Zerol. in prax, Epise. p. 1. verbo l\'Ialrimonium verso Dicimoqninto.
S verbo Sponsalia num. 12. Conslit. U1yssipon. lib. 1. tiL. 1!~. deer. 1. !ii 2.
(13) Const. UJyssipon' loe. proximc eitato. J"alllecens. lib. 1. e. 12. SI 3.
(H) Diet. ConsL U1yssipon. loco eitat. Portuens. lib. 1. til. 10. eonslit. 2.
Vers. !~.
(15) Consto Ulys ipOD. et Portuens. loeis eitatis.
(16) PaI. lraet. 28. de Spons. d. 1. puncl. 6. n. 1 Themud. p. 1. cleeis. 66.
n, 9.
(17) Sancho de Matrim. lib. 1. d.S. num. 12. Rasil. Ponee de 1\Ialrim. lilJ.
3. e. 11. n. 1. Consto UlyssipOll. lib. 1. liL H. deer. 1. 3.
('!8) L. Apucl Julianum COllslal. {l'. de Lc~atis.
(19) ConsL. Ulyssipon. c1icL. !li 3. jEgilull. lib. 1. tit, J2. c. 15. in priJJcip.
(:..0) ConsliL. JEgililIJ. c1irl, '. 10. iu HIJe priIJc.
111
110 CO~STlTUIOE

ze annos (1) completos, e a femea doze annos (2) tambem completos,


sal\'o (3) quando antes da dita idade, constar, que tem discrio, e dis-
posio bastante, que supra a falta daquella: porm neste caso os no
admitto os Parochos, nem os denuncial'o sem licena (4) nossa, ou
de nosso Provisor por escripto, sob pena de dez cruzados, e suspenso
de seu omcio a nosso arbitrio, a qual licena se no dar sem pl'imeiro
constai' legitimamente, como por direito (5) se requer, que tem tal
discrio, e disposio.
268 No p6de outro-sim contrahir Matrimonio o dondo, ou de-
sacisado, se de tal sorte o for, que no entenda (6) o que faz, nem pos-
sa dar para isso legitimo consentimento, salvo tendo lncidos intervallos,
porque no tempo delles (7) pde casar.
269 Os que pretenderem casar, o faro a saber a seu Parocbo,
(8) antes de se celebrar o Matrimonio ue presente, para os denunciar,
o qual, antes que faa as denunciaes, se informar (9) se ha entre os
contrahentes algum impedimento, e estando certo que no ha, faL'
(10) as denunciaes em tl'es Domingos, (11) ou dias Santos de guar-
da contnuos (12) estao da Missa do dia, e as poder fazer em todo
tempo do anno, ainda que seja Advento, (13) ou Qual'eama, em que
so prohibidas as solemnidades do Matrimonio, e se faro na frma
(H) seguinte.
Quer casar N. filho de N., e de N. nalttraes de lal terra, mora-
dores de tal parle, F1'eguezia de N. com N. filha de N, e N. na-
turaes de tal term, moradores em tal parte, Fr'eguezia de N., se
algttem souber qtte ha algtlrn impedimento, pelo q'ual no pOSSCt
haver effeito o hlatrimonio, lhe mandamos em, vi'rtude de obed1'en-
cia, e sob pena de excommunho mm'or o cl1'ga, e descubradtwa'll-
elo o tempo das denunciaes, ou mn quanto os contmhenles se

(1) Text. in c. Attestationes 10' de Desponsal. impub. Sanches Iib. 7. d.


104. num. 1.
(2) Text. in e. Conlinebalur 6. de Desponsat. impub. dict. d.l04. eod. n. 1.
(3) Text. ia c. De iUis 9. c. ult. de Despons. impub. Sancho dict. d. 10q,.
n. 5.
(4) ConsLit. Ulyssipon. Iib. 1. lit. 14. decr. 2. 1\\ 1. .iEgitan. Iib. 1. til. 12.
c. 2. in fine principii.
(5) Text. in eap. DilecLus 24. de Sponsal. Constit. UIyssipon. dict. ~ 1.
Yers. Tambem.
(6) Sancho de J\'Iatrim. Iib. 1. dispo 8. a n. 15.
(7) Text, ia C. Quamyis 7. q. 1. L Divus f1'. ele Orne. Prresid. D. Thom. 4.
d. 34,. q. unic. art. 4. Sanch lib. 1. d. 8. n. 16.
(8) Conc. Aurelianens. c. 22.
(9) Conslit. Ulyssipon. Iib. 1. tit. l,j,. decr. 2. ~ 1. JEgitan. Iib. 1. tit. 12.
cap. 3.
(10) Trid. sess. 24. de Reformat. Matrim. C. 1. Sancho lib. 3. de 1I1atrim.
d. 5. Barb. de Polest. Ep. p. 2. alleg. 32. n. 1.
(11) Tricl. loco citaLo Zero!. in praxi Episcop. p. 1. verbo Matrimonium ~
4. Sanches dict. lib. 3. d. 6. n. 9. Barb. de Polest. Ep. elict. alleg. 32. n. 14-
(12) Trideut. loc. cilat. Sancho ele lVlatl'im. cIict. dispo 6. n.8. Barb. dicL.
alleg. 32. n. 12. Reginald. Iib. 31. n. 225.
(13) Congrego Episcop. 12. Decel1lb. au. 1589. Gavant. verb. l\Iatrimonii
denulltialiones n. 3. Barb. de OlTie. et potesl. Paroc. p. 2. cap. 2'1. num. 22.
(11) Barbos. de OlTic. el volesl. Paroe. diel. rapo 21. n. 23. RiLual. Ro-
man. lil. de SacraUl. l\IaLrilll. vers. Nolulll sit olJ1nibus.
DO ARCEBISPA.DO DA BAUIA. 111
no recebem; e sob a mesma pena no poro (15) npedimento
algtlm ao dilo Mat'rimonio maliciosamente.
270 E Ns pela presente damos (16) podei' aos Parocllos, e Ca-
pelles para assim o mandarem. E quando fizerem as ditas denuncia-
es declaral'o ao povo, qual a primeira, (17) qual a segunda, e
qual a terceira. E tero advertencia, que sendo algum dos contrahen-
tes illegilimos no nomeem (18) seus pai, c mi, salyo (19) nohaven-
do escandalo em se nomearem ambos, ou algum uelles: e se os pais, e
mis dos contrahentes forem (20) fallecidos, ou algum delles, assim o
declararo nas ditas uenunciaes.
271 E se ambos os conlrallentes forem vimos, ou algum delles,
se declararo os nomes da mulher, ou mulheres, marido, ou maridos
defuntos, e de seus pais, e mis, lugal'es, e Fl'eguezias, aonde ero na-
Luraes, c moradores. E no sero recebidos sem que pl'imeiro legiti-
mamente (21) conste da morte da ultima mulher, ou marido: e haven-
do sido os defuntos ua mesma Freguezia, constando ao Pal'ocho, que
nella fallecro, poder (22) rcceber os contrahentes, no 1m'endo ou-
tro impedimento. E se o defunto fallecer em outra Freguezia deste
nosso Arcebispado, e o Parocho della o certificar, bastar a sua (23)
certido jurada, sendo conhecida, on reconhecendo-a algum Pal'ocho
do nosso Arcebispado, ou Escrivo do nosso juizo Ecclesiastico. Po-
rm havendo falJecido em outra parte floa do Arcebispado, no os rc-
ceber sem licen.a (2ft) nossa, ou de nosso Provisor, na qual se decla-
re, que justiticro a morte do marido, ou mulher; o que os Parochos
assim cumpriro, sob pena de que fazendo o contrario, serem grave-
mente castigados.
272 E sendo os quc pretendem casar de c1i{l'erentes Freguezias,
ou uaturaes de uma, e residentes em outra por espao de mais de seis
mezes, em todas se faro as (25) denunciaes, e traro certido dellas
na frma acima dita. E se os contra1lenles, ou algum delles ti"et, re-
sidido em outro lugar, posto que seja do nosso Arcebispauo, por espa-
(15) Trid. Ioc. citat. c. 1. verso Quod si, cap. Cum inbibilio de clandestina
despans. Gavant. verb. M:atrimon. denunlialiones n. 26. COllstit. Brachar. til.
9. Consto 1. n. 1. foI. 132.
(16) Tot. tit. de OII. Ordinarii C. Cum Episcop. 7. de omc. Ordinarii Ib.
6. PaI. p. 6. tract. 29. de Censuro n. 1. puncto. 4. num. 3.
(17) Conslit. lEgitim. lib. 1. lit. 12. cap. 3. n. 2. U!yssipon. lib. 1. tit. 14.
decr. 2. SI 2. verso E Nos.
(18) Diet. Const. Ulyssipon. et lEgllan. locis cilalis. Conslil. Lamecens. lib.
1. lit. 11. C. 3. SI 1.
(19) Conslilulion. ubi proxime.
(20) CoeSlil. JEgilaniens. dict. C. 3. n. 2. . ..
(21) Cap. Tn pl'rosenlia de SponsaI. C. 2. de secundls lluptllS. Sancho de
Malnm. lib. 2. d. 46. per lot.am. Gulier. de Matrim. n. M. Ric in praxi p. 1. re-
sol. 242. Conslit. U1yssip. lib. '1. lit. 14. decret. 2. SI 3.
(22) Consll. Porlucns. lib. 1. lil. 10. Conslit. 5. verso 3.
(23) Const. U1yssipon. dicl. 3. ~l Porluens. (licl. vers: 3. .
.. (24) Acllexl. in cap. Tn pl'lesenlJa de SponsaI. C. DODunus de secundls nu-
~llJs. PaI. p. 5. [mcl. 28. d. !(" SI 1. li. 3. l\'lascard. de probat. concluso 107!~.
Sancho de l\Iall'im. Jib. 2. d. !(6. n. G.
(2?) Henriq. Iib. 11. de l\Ialrim. c.7. I], L Sancho de l\Iall'im. lib. 3. d: 6.
n. 4. 'llla-RoeI governo T~ccl. p. 1. q. 9. al'l. 3. D. 28. Gavant. wrb.l\falnl11.
celebralio D. 9.
112 CO _STTTUI E._'

o de mnis de Sl'is mezes (26) os Parochos a'ssim declarem !las CeJ'-
Lides, que passal'em. E havendo no lugar d'onde os circunsLantes fo-
rem naLuraes, Ou so, ou faro moradores, mais de uma Pal'ochia, e
Freguezia, em Lodas sero (27) denuncia(los, e os Parochos dellas,
ainda que o no sejo dos denunciados, sero obrigados a fazei-o, e
passar as certides necessarias, sob pena de se lhes dar em culpa, c se
rem castigados gravemente a nosso arbitrio.
-l< 273 E sendo os conLrahentes, ou algum delles ele fI'a do nosso
Arcebispado, ou, posto qne sejo naLuraes delle, tendo residido em ou-
LI'o por mais ele seis mezes, traro certides dos Ordillarios (28) dos
lugares, de como neHes se ftzero as denunciaes, e que esto desem-
pedidos para poderem casar: as quaes cerLides sero apresentadas a
nosso Pro'visor, e sem licena, e despacho seu no sero (29) admit-
tidas pelos Pal'ochos, sob pena de quatro mil ris pagos do aljube.
TITULO LXV.
CO'lfO AS DENUNCIAES SE DEYE'lI REPETIR, QUANDO SE DILATAR o REGEBI?trEN-
TO rOR MAIS DE DOUS MEZES: E COllfO SE HAVERO os PAROCIIOS SAIJINDO
ALGUM I~IPEDI!lIENTO, OU REMlTTIl'mO-SE AS DE UNCLl.ES.

27 lt Acontecendo dilatar-se o recebimento por mais de dOllS me-


zes (1) depois de feitas as denunciaes, posto que a ellas no sahisse
impedimento algum, no sero admitLidos os denunciados a celebrar
Matl'imonio de presente sem se fazel'em ele novo as denullciaes, ou se
haver licena nossa, ou de nosso Provisor.
-l' 275 E se na primeira, ou segunda denunciao, se descnhrir al-
gum impedimento, no deixe o Parocho de proseguir (3) com as on-
tras, mas antes as acabe de fazer, e ento passar certido, na qual de-
clarar (lt) os impedimentos, com que sahro, e a raz~o que tirero os
impedientes para saberem delles, por lermo (5) assignado pelos ditos
impedientes. E mandamos (6) aos Parocbos, liob pena de excommu-
nMo maior ipso (acto, e de um marco de prata pago doaljuhe, nodis-
simulem, ou occultem o tal impedimento, ou impedimentos, mas antes
os enviem com muita brevidade a Ns, ou a nosso Provisor em mao l'e-

(26) Possev. de Omcio CuraLi. c.10. n. 9. Zerola verbo Malrimoniom 6.


(27) Trid. sess. 24. de Reform. l\lalrim. c. 1. Sanches de Malrim. lib. 3. d.
6. n. 1. usq. ad n. 7. Henriques lib. 11. de Malrim. cap. 7. n. 1.ledesm. de
l\Ialrimon. q. !~5. arl. 5. punct. 3. dub. 1. Gavanl.loc. cito n. 9.
(28) Conslit. Ulyssipon. loco cilalo. Gayant. ubi proximc n. 10. Concil.
Provinc. Mediol. 2.
(29) Trid. sess. 21i. de Reform. l\Ialrim. C. 7. ln fino Consl. Brach. til. 9.
consl. 13.
(1) Rit. Rom. de Sacramenl. Malrim. verso Si vero Gavant. verbo l\falrimo-
nii denunlialiones n. 27. Barb. ad Tridenl. sess. 21i,. de Reform. C. 1. n. 21.
Gralian. forens. C. 82. II. 28.
(2) Juxla lex!. in C. Tua de CognaL spiril. Texl. C. Cum in lua de Spons.
(3) Conslil. UIysssipon. lib. 1. lil. 1f~. decr. 2. 5. Brachar. til. 9. conslit.
1. J).2.
(4) Consto Ulyssip. dicl. 5. foI. 123.
(5) Dict. Consl. Ulyssipon. loe. cil. el fEgilan. lib. 1. til. 12. C. 3. n, 13.
(6) Consl. Porluens. lilJ. 1. IiI. 10. cnnsl. 5. 1. yer . 1.
DO ARCEBISPADO DA RAlHA. .) J3
thado, c sellado na frma costumada, por pessoa fiel custa dos con-
Ll'aheoLes.
276 E lio podero os Parochos assistir aos Matrimonios, em cu-
jas denunciaes sahh'o imp"dimentos, sem mandado, (7) ou senten-
a de nosso Vigario Geral por escripto, sob pena de serem gravemente
castigados, ainda quando lhes parecer, (8) que os impedimentos foro
impostos maliciosamente, por quanto elles no fico sendo nesta parte
os juizes. Porm declaramos, que podero receber, quando aquillo
com que sabir alguma pessoa na verdade no for impedimento, (9) e
nisso no houver nem leve duvida.
-\' 277 Quando (10) Ns, ou nosso Provisol' (11) remittirmos algu-
ma denuucia50, ou todas, por llaver presumpo de maliciosos impe-
dimentos, e sem eHas, ou sem alguma se celebrar o Matrimonio, logo
depois de celebrado, e antes de ser consnmmado, f31' o Parocho (12)
ex-omcio (sem ser para isso requerido) as denunciaes, que faltarem,
nos primeiros Domingos, ou dias Santos, que houverem, salvo (13)
mandando Ns se deixem de fazer por algum justo respeito: e depois
de feitas, (U) dar as benos aos casados, aos qnaes mandamos, (15)
sob pena de excommunbo maior, e de dez cruzados, que no vivo
juntamente, nem conversem corno casados, em quanto se no fazem as
denunciaes, que faltarem: e o Parocho (16) os admoeste, e mande
assim da nossa parte, tanto que os receber em face da Igreja.
278 Antes de celehrar o MatrimOllo, quando remittirmos s de-
nunciaes, que parecerem necessarias, (17) para constar se o temor
dos impedimentos bem fundado, e se entre os contl'abentes no ha
impedimento Canonico, que chegue a impedir o Matrimonio, e se to-
mar informao do Pal'ocbo, e sero perguntados os contrahentescom
juramento, (18) se ha entre elles algum impedimento, e respoodendo
(Jl1e no, daro fiana, que se arbitrar segundo sua qualidade: e pare-
cendo ao Juiz dos casamentos em algum caso, que melhor a callao

(7) Cone. Provinc. Mediol. 7. Gavant. verb. l'tlalrimonii c1enunLiat. n. 2i>.


Constil. Ulj'ssip. diet. 5. .iEgitan. lib. 1. til. 12. c. 3. n. 13.
(8) Constt. U1ysspon. dicL. 5. JEgitan. dial. cap. 3, n. 13.
(9) Const. Lamecens. lib. 1. til. 1'1. c. 3. 9.
('10) Tl'id. sess. 21~. de RefoJ'lTI. e. 1. Saneh. de l\Iatl'm. lib. 3. el. 7. n. 3.
Barb. de amc. el Potest. Episcop. p. 2. alleg. 32. n. 28. et 35.
(11) nn. qnos cit. idem Barb. dict. n. 28.
(12) ConsL. U1J'ssipon. lib. 1. til. 14. decr. 2. 7. jEgilau. lib. 1. tiL. 12. C.
3. n. flo. I,ameeens. lib. 1. til. 11. C. 3. 12.
(13) Trid. diel. c. 1. et ibi Barb. n. 50. et dieta alleg. 32. n. 28. Ugolin.
de Potest. Epise. C. 60. n. 3. Siinch. de l\1atrim. lib. 1. d. 7. n. 3. Abr. lib.
9. sect. 1>. n. 1~65.
(14.) C. 1. cum seq. 30. q. 5. .
(15) Triel. sess. 21~. de Reform. l\Iatrim. c. 1. vers. Pr;:ctere.
(16) ConsL. U1yssipOIl. lib. 1. til. 14. decl'. 2. 7. jEgitan. lib. 1. til. 12 c.
3. n. 14. in fine.
(17) Barb. ad Trid. sess. 24,. ele ReforIU. :M:atrim. cap. 1. 11. 6t. Sanches
de l\Iatrim. lib. 3. (1. 8. n. ~..
(18) Faeit. texL. in cap. de JUI'amento ealumnire. San h. de lifatrim. diet.
d. 8. II. ~"
(19) Conslil. Porlucns. lib. 1. til. 10. ConsL 5. 2.
114. CO STITUIES
pignoraticia, (20) a mantlal' fazei', e se deposituL' no deposito (21) do
juizo a cauo, que lhe parecer, a qual (corridos os banhos, e no sa-
hinJo impe(lim(~nto) se maudar entregar (22) a quem depositou.
~ 279 E feitas estas diligencias se lhes dar licena por escripto
aos contrahentes, e nella se mandar ao Parocbo os nOlifique (23) que
vivo separados, e no cohalJitem, nem consummem o Matl'imonio an-
tes de serem acabadas as denunciaes, e receberem as benos nup-
ciaes, sob pena de (2A) quarenta cruzados os nobres, e de yinte os de
inferior qualidade: a qual notificao se lhes far da nossa parte, tanto
que se receberem. E logo, depois de celebrado o Matl'imonio, nos
primeiros tres Domingos, ou dias Santos de guarda seguintes, far o
Parocho (25) ex.-officio, sem pam isso ser requerido, as denunciaes,
para que facilmente se descubro os impedimentos, se os houver, an-
tes do Matrimonio ser consummado, salvo se nos parecer remiltl' (26)
totalmente as denunciaes, e vindo dellas certido, se ajuntar aos au-
tos da fiana, e se havel' o fiadol' pOl' desobl'igado, ou se entregar a
cauo na frma acima dita.

TITULO LXVI.
QUE SE NO CELEBRE o MA:I'RTMONJO NO DIA, EM QUE s~ FIZER A ULTIlIfA DE-
NUNCIAO: E DAS PENAS QUE J 'CORRERO os QUE CASAR~M SEM ELLAS
PRECEDERElIJ, E o PAROCRO, E TESTElIIUNHAS QUE AO TAL CASAlIIEN-
1'0 ASSISTIREM.

280 Mandamos que no dia, em que se fizer a ultima, e tercel'a


denunciao, se no passem certides (1) dos banhos, nem posso nes-
se mesmo dia recebel'-se os conlrahentes, que o recebimento se diffira
ao menos para o dia seguinte, (2) para que se d ruais lugar a descubrir
os impedimentos, salvo precedendo licena nossa; ou do nosso Provisor,
ou se o dia, em que se fizer a u~tima denunciao, for o ultimo antes
do advento, ou Quaresma.
~ 281 Item mandamos, que os que celebrarem Matrimonio (le pre-
senle diante do proprio Parocho, e testemunhas, sem que precedo as

(20) Per regul. Plus caulionis iI} rem esl, qum in personam. Facit. Ore],
lib. 5. lil. 23. in princip.
(21) Ad ea qure Ord. lib. 1. lil. 28, el ibi Darb. Fragos. de Regim. Reipub.
p. 1. lib. 7. d. 22.
(22) Quia requiritur mandatum Judicis ad deposilum reddendum. Barbos.
voto 126. n. 89.
(23) C. 1. cum seq. 30. q. 5. Sanch.lib. 3. d. 11. per lolam Tambur. lib.
8. de l\'Iatrim. til. 6. c. 3. 1. n. 13. Regin. lib. 31. c. 32. n. 237. Pa], p. 5.
tracl. 2-8. d. 2. punct. 13. ~ 5. n. 6.
(2) Consto Ulyssipon. lib. 1. tiL 14. decr, 2. 7. Porlueos. lib. 1. liL to
Consto 5. 2.
(25) Diximus n, 277.
(26) Dix.imus dict. n. 277.
(1) Constil. Ulyssipon. lib. 1. lil. U, decr, 2. 8. Por(uens. lib. 1. til.
10. Coostit. 5. 3.
(2) Gavant. verbo mall'imonii celebrat. 11. 15. Concil. Provincial. }\fediol.
3. cons!. Ulyssip. loco citalo.
DO AB.CEBI PADO DA BUIIA. 115
denunciaes, (3) ou ter licena nossa (.&) para sem ellas se fazer o re-
cebimento, ou maliciosamente para esse e/I'eito chamarem, ou constran-
gerem o Parocho a ser presente, ou usarem de qualquer outro modo,
(5) ou engano contra a disposio, e teno do Sagrado Concilio (6)
Tridentino, sejo hm'idos por (7) incorridos em excommunho maior,
e alem disso sendo nobres, ser coudemnado cada um em cem cruza-
dos, e em dous annos de degredo para o Bispado de Pernambuco, ou
do Rio de Janeiro, e sendo de menor qualidade, em cincoenta cruza-
dos, e dous annos de degredo para um dos ditos Bisp.ldos.
-l< 282 E as testemunhas, que sabendo-o, emalieioRamente se acha-
rem presentes, e as terceiras pessoas, que C'onstrangerem ao Farocho,
ou maliciosamente o chamarem para esse efeiLo, sero (8) condemna-
das em dous annos de degredo, e na pena pecuniaria, ql,le parecercon-
forme a qualidade das pessoas. E o Pal'ocho (9) que sabendo-o se
achar presente ao tal Matl'imonio, ser preso, e do aljul)e pagar cin-
coenta cruzados, e alem disso ser suspenso pelo tempo, que nos pa-
recer. E as ditas penas (10) se podero accrescenLar, ou diminuir se-
gundo a qualidade e circunstancias da culpa, advertinrlo que o degredo
das mulheres ser para mais perto.
283 E os noivos, que receberem as benos (11) de outro Pa-
rocha, que no seja o seu proprio, ou tiyer licena sua, on nossa para
Ih'as dar, sero arbitrariamente castigados. E o Parocho, ou Sacer-
dote secular, que receber, ou der as henos a freguez alheio sem li-
cena do proprio Parocho, ou nossa, conforme ao Sagrado Concilio (12)
Triuentino, fica ipso j~tre, suspenso (13) a arbitrio do Ordinario do Pa-
rocho: que devia assistir ao Matrimonio. E sendo Sacerdote Regular,
CH) alem da dita suspenso, incol'l'e lambem pena fIe excommuulJo
i1)SO facto, e uns, e outros sero castigados com as mais penas, que sua
culpa merecer.

(3) Cone. Trid. sess. 2~.. de Reform. Matrim. e. 1-


(4) Trid. loco proximc eitato. Saneh. lib. 3. d. 7. n. 3. ut diximus n. 277.
(5) Constit. Brachal'. til. 9. eonslit. 7.
(6) Trident. sess. 2",. de Reform . .MatrUn. e. 1-
(7) Trident. loco citat. cap. Cum inhibitio fino ele Clandesl de pons. el ibi
Barl.>. n. 22. Saneh. de l\:Iatrim. lib. 3. d. 1~6. n. 9. Consto Braehar. loe. proxi-
me cilato.
(8) Sanches de l\iatrim. lib. 3. d. !~6. num. 8. verso Quamvis aulem. Guti-
Cl'. de Juramento p. i. e. 51. n. 25. Panormit. in e. fin. de Clandest. desponsat.
(9) C. Cum inhib. final. de Clandest. despons. Trident. sess. 24. de Reform.
l\Iatrim. e. 1. Gutiel'. de ::Ialrilll. e. 75. n.ll~. Sanches lib. 3. d,!/o8. n. !~. Constit.
UIyssipon. lib. 1. tit. 14. deer. 3. 3.
(10) Const. I,ameeens. Iib. 1. lit. 11. e. 6. 8.
(11) Const. myssipon. Iib. 1. til. H. deer. 3. 3. verso uH. Porluens. lib.
1. lil. 10. Consti t. 5. 4.
(12) Trid. sess. 2'~. de Reformat. l\Iatrim. e. f. Constit. snpradict. loeis ei-
lalis. Abr. de Instit. Paroe. lib. 9. seet. 10. num. 526.
(13) Barbos. ad dietum Trir\. n. 157. et de Ome. et potcst. Paroe. p. 2. e.
21. n. 104. Saneh. Iib. 3. d. 152. n. !~. Suar. tom. 5. d. 31. seet. 1. n. 18. Bo-
naco de Censo d. 3. q. 6. punet. 5. n. 16. et novissime de suspension. d. 3.
punet. 5.
(fl/o) Clem. 1. de Privil. Barb. de Potcst. Episcop. p.2. ancO'. 32. 11.U1~1.
192. Saneh.lib. 3. cI. 4-8. n. 8. ct 9. Naval'. eonsi!. 1. n. 7. sub tit. de Pccrns II]
ilnliq. et com:il. to. sul.> til. de Conslit. in anliq.
110 f.Ol I STlT -lES

TITULO LXYII.
DOS DIf>EDJ!lIEN'fOS no 1\u:rm1l10NIOi DA PRO' AQUE PAP..\ ELLES I::1STA, E DOS
QUE so OBRIGADOS A DESCOBP,lL-OS.
-l' 28.& Para 11 11e nossos subditos tenho bastante noticia tanto dos
impedimentos, que impeJem o conlrahir o l\Jatrimonio, como dos que
l1o s impedem, mas o dirimem depois de contrahido, para seerilarcm
(1) os damnos, que podem resultai' de sua ignorancia, nos pareceo mui-
to importante ao servio de Deos e bem das almas de nossos Diocesa-
nos, declaraI-os na presente ConstituiO. E mandamos a cada um dos
PaI'ochos, ou Capelles, soh pena de mil ris, a leio (2) ao povo es-
lao das Missas Conventuaes <luas vozes no anno, a sabeI', uma no pri-
meiro Domingo depois da Epiphania, e outra no primeiro depois da
Paschoa da Resurreio.
285 E os ditos Parochos, Oll Capelles declararo (3) ao povo,
que commettem grave peceado os c[ue encobrem os impedimentos sa-
bendo-os, ou denunciando-os maliciosamente, quando os no hUi e que
todos soo ohrigados adenul1cial-os, !linda que (lj) sejo pai, ou mi, ou
il'mos dos contrahentes, e ainda qne o saibo debaixo de ;.:egredo (5)
natural, (como no seja o da Conllsso Sacramental) ou no haja mais
pro,'a que a fama publica, (6) de que sabem muitas pessoas, ou uma
testemunha de cerleza. E porque o determinaI' a proYa, que bastan-
te, pertence ao Juiz, tem obrigao toda Upessoa, que por qualquervia
tireI' nOlicia de algum impedimento, de o manifestar (7) ao Parocho,
que denunca, e elle ao nosso (8) Yigario Geral.
os IUPEDJ:IIENTOS DIRIMENTES so os SEGUrnTEs.
1. Erro (9) da pessoa: como se algum dos contrahelJles quer re-
cebeI' a outro, cuiilanclo, que a tal pessoa certa, e foi oull'a di Jfel'Co te.
2. Condio: (10) comm a saber, se algum dos contrubentes
captiyo, e o outro o no sabe, aotes trata de casar com elle, tendo para
si, que livre.

(1) Cap. QmcriLur ele Csaoguinit. eL alfinit. c. LiLeras ele ResLiL. spoliaL'
(2) ConsLiL. Lameccns. lib. 1. liL. 11. cap. 7. in princip.
(3) Basil. Ponce lib. 5. c. 3r~. n. 3. Hel1l'iq. lib. 11. c. il-. n. 5. Sanches
ele l\JalrimOD. lib. 3. el. 13. n. 2. PaI. p. 5. lracL. 28. d. 2. punclo 13. 6.n. 5.
(li) ConsliL. UJyssipon. lih. 1. liL. 14-. elecr. 4. 3.
(5) Text. in c. 1. 29. g.1. Suar. lom. [~. in 3. p. d. 13. srct. 7. n. 10. San-
ch. de l\falrim. el. 1(j. num. J..'' ' Coninch. el. 27. dub. 7. n. 70. PaI. p. 5. lracL.
28. d. 2. pnncLo 13. 7. n. 5. Abr. lih. 9. n. [.64.
(6) C. CUlll in Lua. 27. eliJ Spons. c.2. de Csang. el afIiniL. C. Cum ex eo
22. de Tcslib.
(7) Sancho lih. 1. dispo 71. Abr. lib. 9. n. lj."2.
(8) C. 1. de Coosang. el a!Iin. Sancho dispo ii). n. 3. Gulier. C. 60. D. 2.
Palo dict. punct. 13. 7. n. 2. eL 6.
(9) Cap. 1. 29. q. 1. ArgumcnL. J. Si per errorem IT. de Jurisd. omn. ju-
dic. L. -on idcirco Cad. de Jur. et facli ignoro Sanches ele i\Talrim. lil . 7. d.
18. per Lolam.
('10) Cap. 2. el C. fino de Conjngio serl'or. Sancho ele l\Tall'im. lih. 7. ll.
i!). PaI. ]1.5. rI. 4. punel. 5. FI'. Anloll. a Spil'iL. SanrLo iII Dil'<'clor. Coufessor.
lrael. 11. (I. 7, secl. ti.
no UlCEBL:iP\.DO D\ BUlIA. 117
3. Voto: se fOI' solemnc (11) feito na pl'ofisSO, que se faz em
Hcligio approvada, ou no l'ecehimento das Ol'dens SaCl'as, porque es-
tes smente so yotos solemnes.
h. Cognao: esta de tres maneiras, natural, espiritual, e legal.
'aturaI, se os conlrahentes so parentes por consanguinidade dentro
no quarlo (12) gro. Espiritual, (13) que se contrahe nos SacI'amen-
tos do Baptismo, e da Confirmao, entre o qne baptiza, e o baptizado,
e seu pai, e mi; e entre os padrinhos, e o baptizado, e seu pai, c mi;
e da mesma maneira no Sacramento ua Conflrmao. Legal, (U) que
provm da perfeita adopo, e se conlrahe este parentesco entre o per-
filhante e o perfilhado, e os filh05 do mesmo, que perl1lha, em quanto
esto dehaixo do mesmo poder, ou dura a perfilhao. E bem assim
entre a mulher do adoptado, e adoptante, e entre a mulher do adoptan-
le, e adoptade.
5, Crime: convm a saber, se um doscontrahentes maquinou (15)
com efeilo a morle da mulher, ou marido com quem verdadeiramente
era casado, ou a do outro complice com animo de contrahir Matrimo-
nio com elle, tcndo commeUido adulterio salJido, e conhecido por am-
bos; ou se am]los (16) os coulrahentes maquinro a morte do defunto,
01] defunta casada, para casarem ambos, ainda que no liyesscm adul-
terado: ou (17) quando os conlrahentes scndo um delles casado com-
mellro adullerio, e se fizaro externa promessa de casal', se a mu-
Ihcr, ou mal'ido do conlrahente morresse primeiro, ou se casro de
faclo, seudo eUa (18) vivn.
6. Disparidade (19) da Religio: Forque nem-Uln inuel pdc
contrahil' Matrimonio com pessoa nel, e cOlllrahindo-o nullo, c de
nem-um eJl'eilo.
7. Forn, (20) ou medo: quando os contralJenles, ou algum del-
Ics foi constrangido a casar por medo, tal, que puuesse c.ahir em varo
constante.

(11) Cap. i\iemiomus, cap. ult. Oui Clcrici, ycl vovenles, c. unic. de Vo-
lo.lib.o. Triel. sess. 2!~. cano 9. Sancho de Malrimon. lib. 7. d. 26.27. el28.
(12) Cap. Nou debel de Coosanguill. el affiuil. Sanches ele l\Ialrim.lilJ. 7.
d.1>3. n. L .
(13) Cap. 1. el fere per lolum ele Cogua!. spirit. C. 1. eod. lil.lib. 6. Sancho
lib. 7. d. 53. i1. L el el. 54.
(14) C. nnic. de Cogoal. legal. Sancho lib. 7. d. 63. Abr. lib. 9. n. 433.
PaI. de Spons. cI. 4. puncl. 9. a nUIll. 3,
. (t5) Cap. Signilicasli, de eo qui cluxil in l\Ialrimoniulll, C. 1. ele Converso
lIIfidel. C. Tanla qui filii sillllegiL. Sanch lib. 7. el. 78. n. 2.
(16) C. 1. de Converso iofidel. c. Super hoc. c. Signillcasli, de co qui duxit.
ancho dicl. cI. 78. n. 9.
(17) C.lklalulll 31. q.1.Siqllis liXorem. c.Superdeeoqllicluxilinl\fall'im.
Sanches lib. 7. d. 79.
(18) C. Si quis vivenle 31. q. 1. e. Signilicasli, C. CUIl1 ha!Jerel de eo, qui
duxit. 1\lJr. lib. 9. sccl. 3. n. r,34..
(19) C. Cave, C. Non opol'lel, C. Si quis Judaicm 28. q. 1. Abr. lib. 9. seet.
3. 11. !~S;j. PaI. dicl. d. 4. pund. 11. Sancho lib. 7. d. 7J,
. (20) Cap. Veniens H. C. Consll!lalioni de p'OlIsalib. c. 2. de eo qui tluxil
lI1l\hlrim. Abr. did. sc1. 3, 11. /i36. Sancho tib. 'I. d. 12. I seq llonac. lom.
1. q. 3, plIucL 8.
1
118 CONSTlT IES
8. Ordem: (21) entende-se Sagrada, aillua que seja smeote tle
Subdiacono.
9. Ligame: (22) quel' dizer, que se algum dos contrahentes
casado por palavras de presente com outra mulher, ou marido, ainda
que o Matrimonio seja smente rato, e no consummado, vivendo o tal
marido, ou mulher, no pode contrah Matrimonio com outrem, e se
de facto o contrabir nullo.
10. Publica (23) honestidade: nasce este impedimento dos despo-
sorios de futuro validos, e no passa hoje, depois do Sagrado Concilio
Trjdentino, do primeiro gro. D'onde se algum <1oscontrabentes tinha
celebrado validos desposorios de futuro com o irmo, irm, filho, ou
111ha daquella pessoa, com quem quer casar, ainda que sejo fallecidos,
ou lhe remittissem a obrigao, no podem casar com seu pai, ou mi,
irmo, ou irm. Nasce tamlJem este impedimento do Matrimonio (24)
rato no consummado, aiuda que seja nulIo, com tanto que no pro-
venha a l1ullidade da falta do consentimento, e impe<1e, e dirime o Ma-
trimonio at o quarto gro. Pelo que quando algum dos contrahentes
foi casado por palavras de presente com parente do outro dentro do
quarto gro, posto que no chegassem a consummar o Matrimonio, lia
entre elles este impedimento dirimente ele publica honestidade.
11. Affinidade: (25) convm a saber, que o marido pelo ivJatl'i-
monio consummado contrahe affinidade com todos os consanguineos de
sua mulllar at o quarto gro, e assim, mOI'ta elIa, no pde (26) COI1-
lrabir Matrimonio com alguma sua consanguinea dentro nos ditos gros.
E da mesma maneira a mulber contrahe alTInidade com to<1os os con-
sanguineos de seu marido at o quarto gro. Tambemacontraheaquel-
le que tiver copula iWcita perfeita, e natural com alguma mulher, Oll
mulher com algum varo; e por esta cansa no plle contrahir Matrimo-
Jlio com parente do outro por consangniuidade dentro do segundo gro.
12. Impotencia: (27) ha este impedimento, quando algum dos
contrahentes, j antes de contl'ahir Matrimonio, no era capaz de gera-
o por falta, ou impraporo dos instrumentos da copula, ou a falt
provenha da naturesa, arte, ou enfermidade, com tanto que sej.a perpe-
lua.
13. Rapto: (28) d-se est~ impedimento, quando aIguem furta

(21) Cap. 1. qui Cterici, vcl vivenles. Triu. sess. 24. cano 9. Sancho lib.7.
d. 28. Abr. eliclo lib. 9. seclo 3. n. 438.
(22) Cap. ]~iccL, C. fino ele Spons. eluor. Triclenl. scss. 2'~. elc Reform. 1\Ia-
lrim. canon. 2. eL 7. Abr. eliclo scsS. 3. n. 439. Sancho diclo lib. 7. d. 80.
(23) Cap. 3. el4. ele Spons. Trid. sess. 2'~. de Reform. l\1atrim. cap. 3.
Sancho lib. 7. el. 68. n. 10.
(24) Cap. Si quis uxorem, cap. Si quis desponsaV'erit 27. q. 2. Abr. lib. 9.
secL. 3. n. 440. Sancho lib. 7. el. 70. n. 5. .
(2") Texl. in C. Non elebel de Consanguin. el affiniL. Trid. sess. 24. de Re-
formo C. 4. el ibi Barb. n. 7. Sancb. de 1\IaLrim. lib. 7. d. 67. n. S. Abl'. dicta
sccL. 3. n. Md.
(26) Trid. loco cilal. el ibi Barbos. n. t. Sane.h. dicL. d. 67. n. 4. Abr. elicl.
scclo 3. n. 441.
(27) Cap. 2. cap. 3. cap. Lauclabilem de frigid. el malcr. Abr. dicla secl.
3. llum. 4~2. Dian. lom. 2. lmcL. G. resol. 1'12. Sanches ele l\1alrim. eli L. lib. 7.
d. 93. per lolam.
(~8) Cap. fina\. de Haplorih. Trid. scsS'.21. dc Heform. 1\Iatrim. cap. 6.
DO ARCEBISPADO DA BARIA. 110
alguma mulhel' contra sua vontade; ou, ainda que ella consinta, con-
tradizendo-o os pais, ou pessoas que a tem em seu poder, com animo,
e teno de casar com ella; porque o tal roubador no pde casar com
a mullJcr roubada, em quanto a tem em seu poder.
1h. Ausencia (29) do Parocllo, e duas testemunhas: porquecon-
forme o Sagrado Concilio Tridentino no valido o Matrimonio, seno
fOI' contrahido em presena do proprio Parocho, ou outro Sacerdote,
dando-lhe o mesmo Parocho licena para isso, ou tendo-a nossa, e de
duas testemunhas ao menos.
286 Alem destes impedimentos, os qunes no s impedem, mas
dirimem o Matrimonio depois de contrabido, ha outros, os quaes s-
mente impedem o Matrimonio, que ainda se no celebrou, e estes con-
f()J'me a direito er:1o muitos, porm pelo costume esto tirados, e dero-
gados os mais delles, e os que existem em seu vigor, so os seguintes.
11\II'EDInffiNTOS QUE s6 11\1PEDEM o MATRIMONIO.

1. Prollibio (30) Ecclesiastica: este impedimento se d quando


pela Igreja, havendo justa causa, se probibe que em certo tempo cer-
tas pessoas posso caSaI', porque durante a dita prohjbio lIa entre es-
tes impedimento impedientc, e casanuo-se com elle pecco mortal-
nlente.
2. Voto: (31) ]la este impedimento, quand0 algum dos conll'a-
hentes fez voto simples de ReligiO, ou castidade.
Esponsaes: (32) convm a sabei" se os contrahentf.s, ou algum
clelles tem promettido, ou jurado de casal' com outra pessoa.
TnUtO J.XVJII.
COMO SE lJA DE CELEBRAR o MATRElfONIO, E Q E SEJA DE DU, E NA IGREIA PA-
nocaIAL, E PRESEiWE o PROl'RlO PAROCRO, EnI QUE TEMPO SE PROHlBA
A SOLEMNIDADE DOS CASA1\lEI\TOS.

287 Constando ao Parocho, ou outro Sacerdote, 'que com Iicen-


a soa, ou nossa houver de assistir ao Matrimonio, que esto feitas as
denunciaes, e no ba impedimento (1) para se celebrar, estando pre-
sentes os noivos para e1!e os receber, e duas ou tres tcstemunhas, to-
mar sol)l'cpcliz, (2) e estola, e, havend0 de d'ar logo as bcm;os, to-

Ric. in pras. 4. p. resoI. 436. usq. ad resol. 456. Sancho dicL.lib. 7. d. 13. Abr.
diclo lib. 9. seclo 3. n. 443.
(29) 'Irid. sess. 24. de Reform. l\'IaLrim. c. 1. Sancho de MaLrim. lib. 3. d.
2. eL 4,. Abr. dict. sess. 3. n. 1~44.
(30) 'Irid. sess. 24. de Reform. Matl'im. C. 10. Sancho de 1\fatrim. lib. 7.
d. 7. n. 2. Molfis iu Sumo 'Iheolog, l\foral. tract .. l~. e. 11. n. H. Abr. lib. 9.
n. 419.
(31) Cap. l'IIeminimus, cap. Rursus. cap. Consuluil. c. Clerici, vel voven-
leso Sancho de l\laLrimon. lill. 7. d. i1. n. 4. Abr. ubi proxim. n. 420.
(32) Cap. Sicut. cap. penull. de Spons. Sanch. de Malrim. lib. 1. d. 27. n.
2. ellib. 7. d. 6. n. 7. Abr. ubi pl'axime num. 421.
(1) Rit. Roman. tiL. de RiUb. celebl. l\Ialrim. in princip.
(2) fuL. Rom. ubi proximc. Cons!. Lamecens. lib. 1. tiL 11. cnp. 5. in fi-
ne )1l'incipii,
120 co~ STIT ]ES

mar tambem a apa de ii pcrges, 'e a homer, L (leC'1araro ao povo qne


as dcnU1lCiaes se flzero, e no sahio impcdimento algum, ou que es-
to dispensados os noivos no impedimento, que sahio, e que se alguma
pessoa saLe de outro o diga, antcs de se celebl'ar o Matrimonio. E logo
lel' no Ritual o que nelle se ordena para sua administra,o, e pergun-
tar aos noivos, se querem casar de suas livres (3) yontades, c dizen-
do elles que sim, os rcceber3, ajunt:mdo-lhes as mos direitas, como
110 BiLual se ordena, e raT que digo primeiramente a mulher, e suc-
cessivamente o homem as palavras seguintes.
A MULHER.

Eu N. recebo a vs N. por meu mar'ido, contO manda a Sallta


Madre Ig?'eja de Roma.
o 1l0i't1E1II.
Eu N. 1'ecebo a vs N. por mtha 1mtlhel', como manda a Santa
Madre IgTeja de Roma.
Por eslas palavras se exprime o muluo consentimento, (I,) e fica yer-
dadeiramente conlral1ido o Matrimonio de presente, e Jogo o Parocllo,
ou Sacerdote quc assistl" dir:
Ego vos (5) in jJifat1'llOntm cOllfu11g0, in n01ll1lle Patris, et
Fii, et Spirit'!ls Sancti. ffi jlmen,
288 Havendo de daI' as benos rra ela Missa conlinuar~ com
ellas, como no Ritual se orelena.Pol'm encarregamos muito ao Pa-
rocho, lU Sacerdote, que houyer de dar as henos, e aos noivos que
as bO\lverem de receber, procurem, quanto for possivel, que este om-
cio se faa na Missa, (6) que a Igrcja insLituio P"O s1JOnso, at sponsa,
na qual tem ordenadas Ui> taes henos.
-l< 289 E mandamos aos Parochos admoestem aos contrahentes se
confessem, (7) antes de se receberem, por quanlo o Matrimonio Sa-
cramento, e o devem receber em estado de gl'a.a: e tambem antes que
os receba, examinar se sabem a Doutrina (8) CJuist. E mandamos
aos ParocllOs, Capclles, e mais Sacerdotes, que com legitima licena
houverem de assistir ao Matl'imonio, no consinto se celebre antes de

(3) TridenL. sess. 2!~. de Reformat. l\Ialrim. e. 1.


(l~)Cap. 3. de Sponsal. duorum. cap. pellullim. eodem titul.
(5) Bit. Roman. tit. de Bitib. eelebr. SaCl'am. l\Iatrim.
(6) Abr. de Paroe. lib. 9. seet. 10. n. 526. Constit. Ulyssip. lib. 1. lil.
14. deerel. 3. ~ 2.
(7) Bonaein. de Matrimoll. q. 3. punet. 9. n. 1. GuLier. de l\Iatrim. e.73.
num. 13. Barb. de Polest. Epise. p. 2. alleg. 32. n. 171. Abr. lib. 9. seet. 10.
n. 524,.
(8) D. 'Ihom. 2. 2. q. 65. arl.. 3. ad 3. Saneh. de l\laI rin;l. lib. 3. d. 15. n.
19. Barb. de Polest. Epise. p. 2. alleg. 32. n. 173. Dian. Resol. 1\1oral. p. !h
traet.!L resol. 85. Ric. in prax. for, Eceles. deeis. 638. in prima impressiono
DO ARCEBISPADO Dl~ BAHIA. 121
nascei' o Sol, (9) nem depois llene posto, nom ll'a da Igreja (10) Pa-
roc1linl sem nossa especial licena, (11) sob pena (12) de vinte cauza-
dos pagos do aljube. E sob a mesma pena mandamos, que sem licen-
a nos a, ou de nosso Provisor dada por escripto, no recel)o alguem
pai' (13) procurno. E os 11oiros, que contra a frma desta Constitui-
o se ca arem, sendo nobres pagaro vinte cruzados, e dez sendo de
inferior qualidade.
290 Por direito lwohibido celebrar-se Malrimonio com solem-
nidade em certos tempos do armo, e o Sagrado Concilio (14) 1'l'i-
dentino restringio este tempo do primeil'o Domingo do Advento at o
dia da Epiphallia inclusivamente, e de Quarta Feira de Cinza at a Do-
minica in \.lbis inclusivamente. E porque pde haver duvida sobre o
que nos taes tempos se probibe declaramos, que smentc se prollibe a
solemllidadc, que consiste nas benos nupciaes, e levada a noiva aca-
sa do noivo com acompanhamento, e na solemnidade do banquete.
Porm em nem-um tempo (15) do anno prohibido celebrar-se o Ma-
trimonio de presente em face da Igreja, sem a dita solemnidade.
291 Pelo qne ordenamos aos Parochos de nosso Arcebispado,
quo assim no dito tempo, como em qualquer outro que requeridos fo-
rem por parte dos noivos, os recebo em face da Igreja, feitas as de-
nUllciaes, e no harendo impedimento, sem para isso ser nccessario
licena nossa, ou de nosso Provisor. Mas depois que cessar a }lrohi-
lJio, ou outro qualquer impedimento, que houver dentro em oito dias
primeiros seguintes, (16) sero obrigados os noivos a vil' receber as
benos nupciaes Igreja Parochial publicamente sob pena (17) de se-
rem evitados dos Officios Divinos, at obedecerem.
292 As beu(jos se poJem, (18) e devem dar a todos os noivos;
sa1\'o sendo ambos viuyos, ou a mulher smenle vim'a; pOl'que ento
se lhes no devem dar as ben5.os, se ambos, ou a mulher as recebeo
j, quando oul1'a vez casou.
293 Conforme ao dect'eto rio Sagrado Concilio 1'ridentino, (19)
para valer o Matrimonio, 3e requer, que se celebre em presena do Pa-
racho, ou de outro Sacerdote de licena sua, ou do Ordinal'io, e em

(9) Conslit. f-amec. Ilb. 1. lil. 11. c. 5. Si 4. JEgilan. lib. 1. lil. 12. c. 6. n.
3. Ul ssip. lib. 1. til. 14. decI'. 3. Si 2.
(10) ProodicllC Consliluliones loeis cital. ftavanl. verbo iUalrim. celebraLio
11. 17.
(11) Consl. Lamecens. Ioe. eit. ConsL. Portuens. lib. 1. Lil. 10. Consl. 7.
(12) Consl. JEgilan. loe. eilalo. eilal. Lamecens. dict. 4.
(13) Const. l)orLuens. diet. Consl. 7. in principio verso Eaioda
(14) Trident. sess. 24. de Reform. C. 10. Henriq. in Sum. lib. 1'1. e. 16..
~ 2.1lossevin. de ornc. Curali e.10. num. 25. Sanches de MaLrim. lib. 7. d. 7.
Blubos. de Polesl. Episc. p. 2. alleg. 32. n. 193.
(15) Glos. in C. Capellanus. de fel'iis. Francisc. I.eo in Thesam. for. Ec-
eles. p. 2. cap. 9. num. 57. Ric. iu decis. Curire Archiep. Neapol. deeis. 9. p.
4. Barbos. dict. alleg. 32. n. 194. Saneh. diet. d. 7. n. 12.
(16) Abr. de InsLil. Paroe. lib. 9. seeL. 10. C. 8. n. 527. Consto JEgil. lib.
1. til. 12. C. 7. n. 2. Ulyssip. lib. 1. tit. U. deer. 5. Si 1.
(17) Consto Ulyssipon. et iEgilan. loeis eiLaLis.
(18) C. 1. e. Vir de Secundis nupLiis. Constil. Ulyssipon. lib. 1. til. U. de-
er. . ~ 2. Abr. de InsLil. Paroe. lih. 9. n. 529.
. (l9) Tl'idcnt. sess. 2!~. ele Heform. l\Jairim. cap. 1. Barbos. de Polesl.
Eplse. p. 2. alleg. 32. n. 107. Saneh. Ii!). 3. d. 3. n. 6. et di p. per toL.
CO~STITUIES
presena de duas, ou ll'es testemnnhas. E 3S pCSS03S quc cm outl'a
fOrma se quizerem casal', so pelo mesmo Concilio havidas por inhabeis
para assim contrallirem, c os taes contractos julgados, e declarados pOl'
nullos, e de nem-um (20) vigor. E declar3mos quc para este effeito
se entende por proprio (21) Parocho o de qualquer dos contral1entes,
posto que (22) no seja Sacerdote. Porm o que assistir de licena sua,
ou nossa, deve ser (23) Sacerdote, e a assistencia que fizer, deve ser
moral, e humanamente, (2/') de modo, que elle, c as testemunhas en-
tendo o mutuo consentimento dos contrahentes, em frma que com
certeza testifiquem deJle, para o que sc requer tcnho uso de razo, e
cntcndo o acto a quc assistem.

TITULO LXIX.
DAS PENAS, QUE HAVERO os QUE SE CASO TENDO IMPEDIMENTO DlRumNTE, E
o PAROCIlO E TESTEMUNHAS QUE ASSISTEnl.
'" 29/, Grave peccado commeLtem, (1) e dignos so ue exempIal'Cas-
tigo, os que sem o devido temor de Deos, em grande prejuizo de SU3S
almas se caso, sabendo que ha entre elles impedimento dirimente, com
o qual no vaI o Matrimonio, e os contrahentes {leo em estado de con-
demnao: Pelo que conformando-nos com a disposio ue ilireito,
mandamos, que qualquer subdito nosso, que casar por palavras de pre-
sente com a pessoa, com a qual esteja dentro no quarto gro de con-
sanguinidade, ou affinidade, sahendo do tal impedimento, (3Iem do Ma-
trimonio ser nuHo, e sc haverem de separar) fique incorrendo cm sen-
tena de (2) de excommunho maior, e ser preso no (3) aljuhe, e COJ1-
demnado em cincoenta cruzados, e nas mais pen3s, que parecerem jus-
las.
'" 295 E os que contrahirem Matrimonio sabendo, que ha entre elles
outro impedimento dirimente, incono nas mesmas penas (4) de priSO,
pecuniaria, e arbitrarias, excepto a de excommunho. E demais, pelo

(20) Trid. ubi proxim. Nayar. Salsed. ledesm. Sancho Gulier. Ceyall. Ce-
ned. Hurlad. el alii, quos citat. Barb. ad Trid. Dum. 127. PaI. p. 5. d. 2. pun-
ct. 13. 8. n. 2. et 13. D.1.
(21) Sancho lib. 3. d. 19. n. 4. Nayar. C. 20. in fine. Henriq.lib. 11. de
Malrim. C. 3. n. 2. Zero!. in prax. Episcop. p. 2. yerb. Parocbus 1. PaI. dict.
punct. 13. 9. n. 1. Barb. de Polest. Episcop. p. 2. aIleg. 32. n. 65.
(22) Sancho Iib. 3. d. 20. n. 2. Garc. de Hene!'. p. 9. c.2. n. 295. Barb. de
Polest. Episc. p. 2. aUeg. 32. n. 1015.
(23) TI'ideDt. sess. 2~. de Reform. l\falrim. cap. 1. verbo VeI alio Sacerdo-
te. PaI. p. 5. de SpODS. d. 2. punet. 13. 10. n. 5, Sancho de l\'Ialrim. Iib. 3.
dispo 20. D. 10.
(2!~) Trid. sess. 2!~. de Reform. J\Ialrim. cap. 1. PaI. ubi supra 8. n. jf.
Ledesm. de Malrim. q. !~5. art. 15. Gulier. eodem Iract. C. 69. Sancho sim iii
lract. lib. 3. d. 39. n. 1.
(1) Clem. unic. de Consanguinit. el affinilat.
(2) Dict. Clem. uDic. Sancho lib. 7. d. !~8. n. 1. Salzed. in prax. C. SO. n.
3. Suar. de Censo d. 23. sect. 5. n. 1 t.
(3) Consl. iEgilan. lib. 1. lil. 12. C. 10. n. 2. Porluens. lib. 1. lit. 10.
consli L S. foI. 1!~8.
(4) Barb. in Collecl. ar! Clem. un. de Consang. el amnilal. n. 11. Sanches
del\1alrim. lib. 7. d. !IS. n. 14.
DO B.CEJ3ISrADO DA BARU. 1'23
. .
Sagrado Concilio (5) Tridentino, os que se caso sem alcanarem dis-
pensao, estando dentro dos gl':lOS do parentesco pl'Ohihido por direi-
to, Hco sem esperana alguma de alcanarem dispensao, principal-
mente quando no smente contrahirem, mas secretamente conSllmma-
rem o Matrimonio.
296 E os que ignorantemente contrahirem, porm sem pl'oeede-
rem as diligencias, que se requerem, fiCO sugeitos s mesmas (6) penas.
Se com tudo precederem (7) antes do casamento as denunciaes, e de-
pois de casados se descubl'1' algum impedimento, c houver probabili-
dade, que o ignoro, no havero as ditas penas.
-l< 297 E qualquer Religioso, ou Religiosa, ou Clel'igo de Ordens
Sacras, que se casar, alem da pena de excommunbo maior, em que
incorre, fico suspeitos (8) na F: por tanto sero remellidos ao Tribu-
nal do Santo Officio, a quem pertence o conhecimento de semelhantes
culpas. E os qne casarem segunda vez (9) durante o primeiro Matri-
mouio, porqne tambem fico suspeitos na F, sero da mesma mane'a
remeLtidos ao Tribunal do Santo Ofl'icio, onde por breve particular, que
par3 isso ha, pertence o conhecimento deste caso.
-l< 298 E para que por todos os meios se evitem to escandalosos,
e abominayeis peccados, mandamos aos Parochos, Sacerdotes, e subdi-
tos do nosso Arcebispado, que sabenuo dos impedimentos no assisto
ao Matl'monio. E os P3rochos, e Sacerdotes, que tendo noticia de al-
gum dos impedimentos dirimentes, assistirem aos taes casamentos, se-
ro condemnauos (10) em trinta cruzados, presos, e suspensos a 110SS0
al'bitrio: e as testemunhas, e pessoas, que soul)erem do tal impedimen-
to, pagaro (11) vinte cruzados do aljube, sendo pess03s de qualida,le,
e dez sendo de inrel'ior condio. E os que se casarem sahendo que
ha ent.le elles impedimento impedien.te smente, e o Paroeho, S3cerdo-
te, ou testemunhas, qne se acharem presentes aos taesMaLI'Dlonios, se-
ro castigados com as penas arbitrarias, (12) que merecer sua culpa.

(5) Tridenl. Sess. 24. de Berorm. 1\Ialrim. cap. 5. Sanclarel. variar. resoI.
Jib. 1. q. 54. n. 3. Ledesm. de l\Iall'im. q. 55. arl. ult. c\ulJ. 20. disL. 1. con-
clus. 1. Sancho de l\Iatl'im. lib. 3. d. 42. n. 7. el lib. 8. rI. 25. II. 2f~.
(6) Trid. dicl. sess. 24. c. 5. cap. HnaI. 1. de ClandesL. despons. c. uno
de Consallg. et affinit.
(7) Trid.loc. ciL. verso Si vero. Sanches de l\Ialrim. lib. 2. d. ljO. n. !~.
(8) Clcm. uno de Con ang. et aITiniL. c. Ad aboledam. 9. de HcereL. Farinac.
de Breres. q. 187. n. 72. Carena tle Olicio S. Inquisilionis p. 2. til. 17. 3.
n. 10. el seq. PaI. tom. 1. tract. 4. d. 9. puncL. 16. 8. n.lj.
(9) Carena dicL p. 2. liL o. 2. num. 13. Barb. aeI Ord. lib. 5. tiL 19.
n. 2. Themud. p. 1. decis. 7. n. 10. Farin. q. 16 '. n. 68. Simanc. Catholic. ins-
lilul. tiL. [~O. PaI. dicL. 10m. 1. tracL 4. dis(). 9. puncL. 16. 8. n. 1.
(LO) Cap. fin. de Clantle L cl spons. el ibi Harb. n. 16. ancho de l\Ialrim.
lib. 3. d. 4.H. num. 3. cum duobus. s q.
(t t) ConsLit. JEgilan. lib. 1. til. 12. C. 10. 11. 4. Porluens. lib. 1. tiL 10.
Constil. 8. velS. 3.
(12) Constil. lEgilan, tilJ. 1. IiI. 12. cap, 10. ,n. 4.
r.Ol\:STlT' [ES
TITULO tx.,.
DO 1I1Arrn1510~IO
DOS VAGAlll'iDOS, E DOS QUE SE [l1~GEl\I C..\SADOS COl\lllIULIlE-
RES, QUE TR.\ZEM CO)!SIGO, E DOS Q E l'i.:\.0 )'AZE51 VIDA C01\1 AS S .I.

-l< 299 Conformanuo-nos com a disIJosio do Sagrado Concilio (1)


Tridentino, madamos a lodos os ParocllOS de nosso Arcebispado, soh
pena de vinte cl'uzados para o Meirinho, e despezas dajuslin, e de sus-
penso de seu omcio a nosso arbilrio, que no rccelJo vagalmndo al-
gum sem licena nossa, on de nosso Provisor por cscripto, a qual se
lhe no passnr sem conslar primeiro, que se lhe uzero as diligencias,
que o Concilio ordena, e parecerem necessarias a respeito dos vagahun-
dos, que pretendem casal'.
300 E porque succede muitas vezes, que muitos para mais licen-
ciosamente viverem no vicio da concupiscencia, e amancebamento, e
escapar ao eastigo, uso enganosamente do Sacramento do Malrimonio,
fingiudo-se casados com mulheres, que lrazem comsigo, deixando el
les muitas vezes suas legitimas mulheres, e ellas seus legitimos mari-
dos: querendo Ns evilar, que os laes andem em estado de condemna-
o, e ne1Je persm'erem, mandamos a cada um dos Parochos de nosso
Arccl)jspado, sob pena de serem castigados a nosso arbiLrio, que vindo
os laes halJiLar a suas Freguezias, os notifiquem logo, e lhes mandem
da nossa parte, que dentro de um mez fao certo a Ns ou a nosso 131'0-
"isor, como so legitimamente casados, (2) e em qne terra e passan-
do-se o lermo, no mostrando como salisfizero ao sohreJilo, manda-
mos aos P:ll'OCllOS os evitem (3) da Igreja, e omcios Divinos al satis-
fazerem, e nos avisem, ou a nosso Provisor com brevidade, para se dis-
por o que for justia.
301 E porque alguns maridos por andarem distrahidos com ou-
tras muUleres, e pOl' outras causas, e respeiLos se ausenlo de snas le-
gitimas mulheres deixando-as, (/,) indo, ou vindo "ireI' a outras 1"1'e-
gllezias, do quc I'esulto grandes peceadus e incomenicntes' manda-
mos a todos nossos suhditos fa.o vida marital com suas mulLICres, e a
cllas qllc aeompallhem a seus maridos, como so obrigadas, aos luga-
res aonde com decencia com elles (5) puderem "ivel'.
302 E lambcm mandamos aos Pal'ochos do nosso Arcebispado,
que se alguns seus freguezes no fizerem "ida marital, 011 em suas
Fregllezias se acharem alguns homens, ou mulheres \'ndos dc fra dcl-
las, e hou"c-r fama que so casados, e no lazem "ida marital com snas
mulheres, 011 maridos, ou admocstem, (6) que tratem de ir razel' "ida
(1) Trid. dicL sess. 2!~. c. 7. Ricc. in praxi p./i., reCaI. 31)3. Sancho de Ma-
lrim. lib. 3. d. 25. n. S. Barbos. de Paroc. p. 2. c. 21". n. 89. cl de Polesl.
Episcop. p. 2. al1eg. 32. n. 73.
(2) Consl. lEgilaniens. lib. 1. liL 12. c. 13. Porlucns. lib. 1. til. 10. cons-
lil. 9. verso 1. Lamecens. lib. 1. lil. 11. c. 10.
(3) Con lilutiollCS loco citalis.
('~) l\Iallh. 5. ReI" rlur in c. 1. et 2. de conjugio leprOSOl'llm.
(5) Cap. Unaqu,l'(lue 13. q. 2. Glo . vel'b. sequunlllr in C. J. dr l:olljugio
I pl'osorum. Sancho de Mall'im. lib. ". (1. tjJ. per lolam. COI'as eodem lil. p. 2.
C. 7. n. 7. Naval'. iII Sumo C. H. 11.20.
(6) Cap. Lilcl'as de reslil. spolial. 'cap. Non csl ele f'pou.al. onsl. U1yssi-
pon. lib. 1. til. H. li el'. 7. &) 3.
DO ARCEBISPADO DA BARIA. 125
com elles, e no obedecendo dentro de um mez, depois de lhe constar
do sobl'edilO, nos dem conta, ou ao nosso Provisor para os obrigarmos
a isso. E os nossos Visitadores perguntaro pelo referido em visita,
c os obrigaro ao que devem fazer.
TITULO LXXI.
DO l'lUTRIilIOiSIO DOS ESCRAYOS.

303 Conforme a direito Divino, (1) e humano os escI'avos, e es-


cravas podem casal' com outras pessoas captivas, ou livres, e seus se-
nhores lhe no podem impeclir (2) o Matrimonio, nem o uso dene (3)
em tempo, e lugar conveniente, nem por esse respeito os podem tratar
peiol', nem (A) vender para outros lugares remotos, para onde o outro
por ser capti~o, ou pOl' ter outro justo impedimento onopossaseguir,
e fazendo o contrario pecco (5) mortalmente, e tomo sobre suas cons-
ciencias as culpas de seus escravos, que por este temor se <.Ieixo mui-
tas vezes estar, e permanecer em estado de condemllao. Pelo que
lhe mandamos, e encarregamos muito, que DO ponho impedimentos
a seus escravos para se casarem, nem com ameaos, e mo tratamen-
to llles encontrem o uso uo Matrimonio em tempo, e lugar convenien-
te, uem depois de casados os vendo para partes remotas de rra, para
onue suas mulheres por serem escravas, ou terem outro impedimento
legitimo, os no posso seguir. E ueclaramos, que posto que casem,
licO escravos (6) como de antes ero, e obrigados a lodo o senio de
seu senhOI'.
30ft Mas para que este Sacramento se no administre aos escra-
\"os seno estando capazes, e sabendo usar delle, mandamos aos Viga-
rios, Coadjulores, Capelles, e quaesquer outros Sacerdotes de nosso
Arcebispado, que antes que l'eCebO os ditos escra\"os, e escravas, os
examinem se sabem a Doutrina (7) Christ, ao menos o Padre nosso,
Ave Mal'ia, Creio em Deos Padre, Mandamentos da Lei de Deos, e da
Santa Madre [greja, e se entendem a obrigao do Sanlo Matrimonio,
(8) que querem lomar, e se sua leuo permane( er nelle para servio
de Deos, e bem de suas almas; e achando que a no sabem, ou no en-
tendem eslas cousas, os no rccebo al as saberem, e sahenllo-as os

('I) Cap, 1. cap. 2. cap. Si quis ingenuus Ij,. cap. Si [(Emina 15.29. q. 2, c-
L de Conjugo fel'vol'. D. Thom. in 4. dist. 36. g. unic. al'l. 2. in corpore. San.
ch. de MaLl'im. lib. 7. d. 21, n. 3.
(2) Barb. ad lext. in c. 1. de conjugo servor- n. 2. TelJes ae! lext. in C. Ad
nosLram codem liL. Fragos. de Regim. ReipubI. p. 3. lib. 10. d. 22. Si 3. n. 28.
(3) Sanch.lib. 7. d. 22. n. 9. 11. eL 12. Cum declaratione n. 15. el16.
({~) ArgllmenL. JJ. Posscssion. 11. Codic. commun. ulriusque judo Sanches
ele J\Jalrim. lib. 7. d. 22. ll. 1.
(1)) Sanches loco citalo n. 1>. 6. 1]. et 12. LedcslD. de .M:alrim. q. 52. art.
2. in Corollario, guod inferl ex 2. conclus.
, (6) Cap. 1. de Conjugio servorum, et ibi Glos. verbo Senilia. Barb. ad
dlCluill texl. n. 4. Sancho d. lib. 7. dispo 21. n. 11.
(7) D. Thom. 2. 2. q. 65. art. 3. ad 3. Sancho de l\Ialrim. lib. 3. d. 15.
II .. 1.9. CO~lC. Pl'o~'inc. MedioI. 5. Consl. U1yssip. lib. 1. til. H. decr. 8. Si L
Jl~gllall. IIb. 1. lJt. 12. cap. 11.
(8) Con l. U1yssipon. loco citat. Brachal'. lil. 9. Conslil. 18. n. 2.
16
CO -STl'rmES
receMo, posto qu seus (9) Senhores o contradigo, tendo primeu'o as
diligencias necessarias, e as denunciaes correntes, ou licena nossa
para os receber sem cllas, a qual lhe daremos, constanuo que se Ibes
impedir o Matrimonio, (10) fazendo-se as denuncia es antes de se re-
cebe~m. E conformando-nos com a Bulia do Papa GregorioXIrI, dada
em 25 deJalleiro de 1585, mandamos, que todos os Pal'ochos, quando
receberem alguns escravos dos novamente convertidos, em que haja
suspeita de (lHO eslo casados na sua terra, (pOSlO que no sacramental
menle) com elles dispensem no dito antigo Malrimonio.

TITUt tXXII.
DOS CASOS EM QUE SE PDE DISSOLVER o MATRIlIlONIO QUANTO AO VINCULO, E
SEPARAR QUANTO AO TORO, E lIlUTUA COBAm'fAo DOS CASADOS.
305 E' Lei Evangelica, disposio dos Sagrados Canones, e Con-
cilio Tl'dentino, que o vinculo do Matrimonio cousummado pela copu-
la carnal totalmente indissoluvel, (1) por ser signifieativo da unio de
Christo Senhor nosso com sua Igreja, de sorte, que por nem-uma ou-
tra causa se pde dissolver, que pela morte de um dos casados: e da
mesma sorte o tambem de alguma maneira o vinculo do Matrimonio
(2) ralo, qual o que de presente legitimamente se contrahe antes de
ser consummado.
306 POI'm este por interpretao da mesma Lei Divina definida
pelos Sagrados Canones, e Concilio Tridenlino, se pde em algum caso
(3) dissolver: como; se os casadoll professassem em Religio appronda
ambos, ou algum dclIes contra vontade do outro: e de tal sorte se dis-
solve, que o que i1car em o seculo, pde valida, e licitamente contrahir
ou tro Matrimonio.
307 Pelo que conformando-nos com a mesma jnterpretao de-
claramos, que querendo a mulhel" ou marido depois de celebrarem o
Matrimonio, e autes de consummado professar em Religio Jentl'O do
termo de dous mezes, que para oingresso lhe pel'mittido (A) no ser,
o que assim quer sei' Religioso, compellido a cohabiLar com o outro,
nem consummal' o tal Matrimonio, nem ao depois por espao de um

(9) Cap. 1. ele Conjugio servorllID, et ibi Barb. n. 2. Sancho ele MaLrim.
lib. 7. d. 21. num. 3. D. Tbom. 4. el. 36. q. unic. art. 2. Fragos. de Regim.
Reip. p. 3. lib. 10. d. 22. ~ 3. n. 28.
(10) Trielent. sess. 2l~. de Reform.l\IaLrim. C. 1. cL ibi Barb. n. 67. eL de
Polest. Episc. p. 2. alleg. 32. n. 41.
(1) Mallh. 19. Mare. 10. cal). Licet de Spous. dl1ol'l1m, cap. de Iuficlelibus
4. de consang. et affinit. cap. Gaudcmus 6. ele Divorliis. TrielcnL. sess. 24. l\Ia-
lrim. iu princ. el canon 5. eL 7.
(2) l\IaLLh. 19. Paul. ael Rom. 7. cap. Licel 3. c. ult. de Spous. eluorllm, C.
Ex: parLe 1!~. de Converso conjugator. c. unic. de VOlo lib. 6. Sanches cle l\IaLri-
mon.lib. 2. d. 13. u. 7.
(3) Cap. Ex publico, C. Ex parLe 14. verso Nos Lamen de Converso conju(l'a-
Lomm. Exrav. anliq. de 70 lo. Trid. sess. 24. can 6. llarbos. p. 2. nub. ff. Solu-
lo l\lall'im. n. 73. Sanc!l. lib. 2. d. 18. n. 3.
(4) C' p. Ex publico 7. elc Cu r rs conjuga(or. SmIth. el ~lalrim. lih. 2. (1.
2~. [lcr lo amo
DO t RCEInSPADO DA BAUI. . 127
,1100, (5) (Jue pelo Sagrado Concilio precisamente se requcr para a ap-
provao. Porm se, passados os ditos doos mezes, no entrar em
HcligiO, ou passado o dilo anno no professar, ser obrigado a coha-
bitar com o outro, pois permanece o vinculo, ,-isto que no entrou, nem
professou em o tfmpo, que por direito lhe concedido.
308 E se o marido tiver quatorze anuos smcnte, e a mulher do-
ze lle idade, (a qual conforme o dil'eito, e estas nossas Constituies
basta para contl'ahil' Matrimonio) e dentro dos ditos dous mezes entra-
rem cm Heligio, se esperar, alem do anno do Noviciado, o mais (6)
tempo, que vai at a idade de <1csaseis annos, cm a qual smente con-
('arme ao Sagrado Concilio (7) podem professar.
309 E ontro-sim declaramos, que o volo do recebimento das
Ordens Sacras uo basta para dissolvCl' (8) o vinculo do Matl'imonio ra-
to, por quanto ainda que seja igualmente solemne ao de Religio; e um
e outro estado mais (9) per{ito que o dos casados, com tudo no ao
,roLo das Ordeos, mas ao da profisso solemne concedido este eifeito.
Pelo que se o mal'ido se ortlemll', observal'-se-ha neste caso o que abai-
xo dit'emos, quando se ordena depois do Matrimouio consummado, (W-
lre o qual, e o rto para este elfeito se no acha (10) diffel'Cua.
310 E aiuda que pela conlraco do Matrimonio fiquem tambem
o marido, e a mulher (11) obrigados de direito Divino, e natural ao to-
ro, e mutua eohabitao, pois a natureza do Matl'jmonio pede, que a
vida entre os casados seja individua, e iuseparavel, com ludo muitas
causas ba approvadas pela Igreja, pelas quaes um se p6de (12) separar
do outl'O ainda depois do Matl'imonio consummado, ou perpetua, ou
temporariamente, quanto ao toro, e a esta muLua cohabilao.
311 A primeira causa da separao perpetua , quando ambos,
maril1o, c mulher, de mutuo consentimento professo (13) em Religio
approvada, ou a mulher smenle, ordenando-se o marido de Ordens
Sacras. Pelo que querendo em a sobredita frma alguns casados pro-
fessar, ou o marido ordenar-se, valida, e licitamente o podem fazeI', e
neste caso fico separados (H) para sempre. E se um s quizcr pro-
(5) Trident. sess. 25. de Regularibus c. 15. Sanches dict. lib. 2. d. 2~.. n.
4. eL 7. Henriq. lib. 12. de l\'I<ltrim. cap. IS. n. 8. Ledesm. de l\'Ialrim. du-
bio 64.
(6) Hel1l'iq. lib. 12. de l\'lalrim. c. 5. n. 8. Sancho dc Matrim. lib. 2. d.
2!1-. num. 8.
(7) Trid. sess. 2D. de Regul. e. .1D. Hcnriq. ubi proximc. FI': Emm. C(.
Reglll. lom. 3. q. 15. arl. 3. Sancho lU preccpt. Decalog. tom. 2. hb. 5. C. r~.
num. 2.
(8) Extravag. antiq. de voL. Glos. in cap. uno de VOlo Sancho lib. 2. d. 18.
n. 9. Gutier. de Malrim. C. 54. n. 6.
. (9) TridenL. sess. 24. de Reform. canon. 10. cap. Cmissum i6. de Sponsa-
hbus Gutier. ele l\1atrim, c 4,. n. 6. Paul. Fusc. de Visito lib. 2. cap. 18.
(10) 11al. p. 5. lract. 28. d. 3. punct. 6. ~ 11. n. 7. Sancho de l\Ial!'m. lib.
7. d. 35. n. 7.
l (11) Genes. 2. Matlh. 5. TexL in C. Lileras de rcslituL spoliat. Glos. de cap.
Nan est de Sponsal. PaI. de Spons. p. IS. [mct. 28. d. 3. puncL 5. !li 1. num. 1.
(12) Trid. sess. 2r~. de Sacram. lVfalrim. canon. 8. Ilurlael. de l\Ialrim. d,
11. disl. 5. n. 17. Sancho lib. 10. d. 15. n. 1. et 3.
(13) Cap. 1. c. CUOl sit. cap. Conjl1gatus 5. ele Comrers. conjllg. PaI. d. p.
IS. lrae\;. 28. d. 3. punCL. 6. !\i 11. n. 9. Saneh. de ~Ialrjm. lilJ.7. d. 32. 11.2.
(14.) GuLicr. dc 1\1aLrimon. cap. 9ti. Laym. lih. 5. Sum, LracL. 10. p. 3. C.
7, n, 2. Basil. 11 0nc. lib. 9. cap. 12. n. 1.
128 CONSTITlnES
fessal', e o no consentir o outro, antes impugnai' a profisso, ou fOI'
constrangido a dizer, que consente por dolo, ou medo grave, que se
lhe faa, em este caso (15) ser nuHa, e o tal professo podel' ser repe-
tido para.o lISO matrimonial, ainda que da sua parte fica obrigado (16)
castidade compalivel com o Matrimonio em quanto dmar, e absoluta
depois de acabada por faUccimento do outro consorte, ou conjugado. E
desta maneira pde ser repetido (17) o marido, que se ordenar de Or-
dens Sacras contra a "Vontade da mulher, ou aiuda no consentindo ella
expressamente, mas as Ordens (18) fico validas.
312 A outra causa da sepal'ao perpetua a fornicao (19) cul-
pavel de qualquer genero, em a qual algum dos casados se deixa cahil'
ainda pOl' uma s vez, commettendo formalmente adultcrio carnal ao
outro. Pelo que se a mulher commetter este adulterio ao marido, ou
o marido mulher, por esta causa se podero apartar para sempl'e,
quanto ao toro, e mutua cobabilao. E se o adulterio for to publico,
e notorio, que de nem-uma maneira se possa encllbrit', poder (20) o
que padeceo, a11da por autoritlade pl'opria, sepal'ar-se, sem para isso
ser necessaria sentena; e separando-se no ser obrigado a se restituil'
ao que o commetteo, nem este se poder dizer esbulbado para eITeito
de sei' restituido posse, que tinha antes, da cohabilao, e uso matri-
monial.
313 No se podero porm separar, se depois de um haver com-
mettido adulterio, o outro o commetter semelhante, pai' quanto, como
ambos delinquem, se fica compensando para este cffeito um (21) adul-
terio com o outro. E se for j dada a sentena de sep.arao, que pas-
sasse em causa julgada sohre o primeiro adulterio, havendo perigo de
esc:llldalo manifesto de que ,rivo dissolutamente, o Prelado (22) ex-
ameio os obrigar a que se reconciliem um com o outro. Eda mesma
sorte se no separaro, se o que padeceo o adulterio (23) perdoar ao
culpado, no s expressa, mas ainda tacitamente, se sabendo qne o
aduJterio lhe foi commetlido, ao depois cobabilar, ou tirer copula com
o outl'O conjuge.
31ft Finalmente se no podero separar, se um dos casados COI11-

(15) Cap. Quidam 3. el cap. Placel 12. de Converso conjugat. PaI. did.
pnnct. 6. ~ U. n. 1. Sancho lib. 7. d. 34. per lotam, el clisp. 35.
(16) Cavo QlIidam, el cap. Placel de Converso conjugo Pal. dict. punct. 6.
~ 11. el n. 2. Sancho dict. lib. 7. d. 3'~. n. 2. et disp.35. n. 2.
(17) Exlravag. antiq. de Vot. cap. Conjugalus de Converso conjugaL PaI.
dict. punc!. H. n. 7. et 8. Sancho lib. 7. d. 38. cum 3. seC[.
(18) Lance L. JnsliLlIt. Jur. Canon. lib. 2. til. de Divol't. ~ Bis exceplis,
verbo, Ad Sacros Ordines. Sancho lib. 7. d. 38. n. 24. Henriq. lib. 11. cap. 15.
n. 9.
(19) l\Iatlb. 5. C. Significasli 4. C. Ex lileris 5. C. Gaudernus 8. ele Divort.
C. penult. de Adlllteriis. Gulier. de Matl'imon. cap. 129. Sancho de Malrim. lib.
10. d. 3. n. 2. Themud. p. 1. decisione 38. n. 1.
(20) C. Significasl, e. Ex parte 9. de Sponsalib. Sancho did. lib. 10. disp,
12.11. 13. et 25. TiraC[ueI. in L. Si unquam, verbo, Revertatur num. 137. PaI.
p. 5. d. 3. punel. 6. ~ 4, n. 3.
(2\) Cap. Intelleximus 6. rap. Ture Fraternit. 7. de Adull. C. 5. de Divorl.
Sancho lib. 10. d. 5. n. 2. eld. 8. n. 29.
(22) Sancho dict. lib. 10. dispulat. 9. n. 31. ibi: Quia Prrelatus ut Paslor
animarllm.
(23) Sancho dic!. lib. 10. d. U,
DO ARCEBISPADO DA BAHIA. 129
melter o tal adullerio (211) por culpa, e consentimento do outro, dando
a eIle causa proxima: como se o marido entregar a mulher, ou concor-
reI' de alguma maneira para o tal acto, ou podendo o no impedir
315 lIa oulro adullerio, e fornicao chamada. (25) espiritual,
pela qual se pde tamhem separar o Malrimonio quanto ao toro, e mu-
tua cohabitao, e se contrahe quando algum dos casados cahe em cri-
me de heresia, e apostasia de nossa Santa F Catholica, e ne1le presis-
te contumaz. Pelo que declaramos, que cahindo algum, e perseveran-
do em o tal erro se possa o outro separar de1le, aiuda por autoridade
propria, sem que deva restituir-se ao herege, nem este dizer-se esbu-
Ihado. Mas se antes de ser conJemnado se emendar totalmente da he-
resia, em que cahio, ser o outro (26) obrigado a admittil-o, e co11ahi-
Lar com e1le, como se no tivera commeltido o tal crime.
316 Alem das sobreclitas causas ha outra temporal, pela qual os
casados se podem tambem separar, a saber, as sevieias graves, (27) e
culpayeis, que um delles commeLte. Pelo que conformando-nos com os
Sagrados Canones, declaramos, que se algum delles com odio capital tra-
tar to mal ao outro, que vivendo junto corra perigo sua "ida, ou pa-
de.a molestia grave, se possa este justamente separar, e se o tal peri-
go for imminente, ele sorte que havendo dilao se possa seguir, se po-
der separai' (28) ainda por autol'dade propria, e no ser restitudo ao
outro, ainda que elle o pretenda. E no havendo o tal risco, ento se-
r necessario recorrer a Ns, ou a nosso Vigario Geral, para a tal sepa-
rao, a qual se arbitrar pejo tempo, que parecer conveniente.
317 E se o que faz as sevicias der cauo segura, e abonada de
no tratar mal dahi por diante ao outro, cessar a separao (29) e po-
dero ser restituidos mutua cohabitao, como dantes. POl'm se
ainda for to grande o (30) risco, que se tema, que llem com a tal cau-
o fica segura a vida do que padece as sevicias, se far a separao
sem determinao de tempo, at que totalmente cesse a suspeita do
dito perigo.

(2!~) Cap. Discretionem 6. de eo qui cognovit &c. Regula, ScienLi de Reg.


juro in 6. Sancho dicl. lil). 10. d. .
(2) Cap. Idolatria . et ibid. Barb. 11. 2. 28. q. 1. Cap. fino de Converso
conjugal c. 2. et C. Quando de Divort. Sancho lib. 10. d. 1. n. 3.
(26) Cap. Mulicr 2J. de C0Il1'ers. conjugo C. 6. de Divort. Gutier. Canon.
lib. 1. C. 1. n. 20. Farin. Cin prax. crim. p. . q. 13. n. 120. Sancho loco cita-
to n. 13.
(27) Cap. [iteras 13. cap. Ex. transmissa 8. de Restit. sposiat. e. 1. UL lite
non constet. Mascard. de I1l'Obat. concl. 1018. Covas de SponsaI. p. 2. C. 7. SI
!l. Sancho Jib. 10. d. 18. GuLier. Canonc.Jib.1. C. 2!~. D. Tbemud. p. 3. d. 228.
(28) Sancb. dict. lib. 10. C. 18 n. 3. Farin. ill prax. crim. q. '143. n. 132.
Barbos. VOl. 9. n. 8.
(29) C. [iteras 13. de Re5tit. spoliat. PaI. p. . de SponsaI. p. 3. punct. 6.
9. n. 11.
(30) Text. in d. e. LUeras, et ibi Barbos. n. 13. Gutiel'. Canonic. Jib. 1. q.
2/~. n. 7. Barb. in Rnb. ff. Soluto Matrimonio p. 2. num. 20. in fin. Sa.nch.
dicl. d. 18. n. 31.
130 ONSTlTL1,E
TITULO LXXlII.
DA OBRIGAO DE lIAYER EM CAD.\ IGREJA PAROCTAL LIVRO, EM QUE E A SEN-
TEM OS CASADOS, E CO"MO SE FARO OS ASSENTOS DOS CAS, 1I1Et'TOS.

-l' 318 Conformando-nos com a disposio do Sagrado Concilio Tri-


dentino (1) ordenamos, que no livro que no titulo 20 num. 70 temos
mandado haja para nelle se fazel'em os assentos dos casados, se assen-
tem (2) seus nomes, e de seus pais, e mis, e das testemunha"S que fo-
rem presentes, e dia, lugar, e 19l'eja, onde se I'ccebAl'o, l1.1do por let-
tra (3) ao comprido, e no ])01' algarismo, ou abreviatura (h) pela ma-
neil'a seguinte, por se evitarem os enganos, que elo contrario podem, e
costumo succeder.
Aos tantos de tal mez, de tal anno'lJela manh, ou de tarele em
tal Igreja de tal C1'dade, Villa, Lugar, Otb Freguezia, {eitas as
(lenunciaes na fnna do Sagrado Concil1'o lhdentino nesla
19rqja, onde os contrahenles so natumes, erlw1Yldores, Otb nesta,
e tal, e taes IgTejas, onde N. contmhente nattwal, ou {oi, Otb
assistente, ou moradoT, sem se descubrir impedimento, ou tendo
sentena de dpensao no impedimento, que lhesalo, como cons-
ta da certido, Otb certides dos banhos, que fico em meu lJoder,
e sentena que me apresentro, ou sendo dispensados nas denun-
ciaes, ou di{feridas para depois do ]J;/at'r'lnonio por licena do
Senhor A1'Cebispo, em presena de mim N. Vigario, Capello, Otb
Coadjtbt01' da dita Igreja, Olb em presena de N. de licena minha,
ou do Senhor Arcebispo, ou do Pt'ovisor N., e sendo p1'esenles
P01' testemtmhas N, e N" pessoas conhecidas, (nomeando duas,
ou t1'es das que se ach1'o p,'esntes) se casa1'o em (ace da /g1'eJa
solemnemente por palavras N. filho de N" e de N., nattwal, e
rlwra;dor de talparte, e f1'eguez de tallgrqja, cOln N. filha de N"
ou vtuva que ficou de N. nattwal, e morador de tal parte, e Fre-
gtlezia desta, ou de tal Pa1'ochia: (e se logo lhe der as benos
acrescentar) e logo lhe dei as benos confm'me aos ritos, ecere-
monias da Santa Mad1'e IgTeJa, do qUD tudo fiz este assento no
mesmo dia, qlle P01' verdade assignei.
E assignar (5) com as testemunhas nomeadas ao p de cada termo o
Parocho, ou Sacerdote que assislio ao Matl'imonio, e os termos se fa-

(1) Tridcut. sess. 24, dc ReCorm . .l\falrim. cap. 1. verso HalJeal Parochus,
cl ibi Barb. D. 162. et de Polest. Episc. p. 2. alleg. 32. n. 1H. Sancho lib. 3. d.
15. n. 22.
(2) Facil1ext. in c. Iegum 9. 2. q. Possev. de omc. Cural. c. 6. num. 4/j,.
&c. 12. n. 42. Barb. dc ame. ct Polcst. Paroc. c.7. n. 6. et 9. Gavanl. ,"crbo
l\Iatrimonii celcbralio Jl. 50.
(3) ConsLil. U1yssipon.lJ. 1. til. U. decr. 11. ~ 1. BrachaT. til. 9. conslit.
20. verso E tudo. Portucns. lib. 1. til. to. conslit. 12.
(!~) Rit. Roman. de Forma scribendi conjl1galos. TIarbos. de Polest. "Parochi
c. 7. D. 9.
(5) Consto Ulyssipon. di t. 1. verso E ao pc. Bracbar. dict. coos!. 20,
Porluens. tlicl. consl. 12.
no ARCEBI PDO DA BAIlIA. 131
r no me mo dia, em que os casamentos se celebrarem, e antes de sa-
da Igreja em razo de assignarem logo as testemunhas, sob pena (6)
IIi!'
de duas palacas por cada termo, que se no fizer.
319 E quando o Matrimonio se fizer por dispensao se far tam-
bem meno (7) da sentena della no assento. E quando outro Sa-
cm'dote de licena do ParodIo, ou nossa assistir ao Matl'imonio, o Pa-
rocho (8) fal' o assento, e termo no livro, declal'ando nelle a licena,
com (JllC o tal Sacerdote assistio; e neste caso, alem do Parocho, e tes-
temunhas que assistirem, assignar tambem o Sacerdote (9) que fez o
recehimento. E na mo do Pal'ocho ficaro as certides, sentenas, e
despachos que 11Ouver.
TITULO Lx.,~IV.

COMO AO NOSSO VIG.\.RJO GEU,U, PERTENCE CO 'HECER DAS CAUS.\.S, QUE SE nIO-
VE}I sonnE DESPOSOPJOSDE FU'fURO, E nIA'l'RmONlo DE PRESENTE, E SOBRE
DIVORCIOS; E conro DEVE PROCEDER 1'lELLAS PARA SE EVl'fARElII OS
C:iLUIOS E FRAUDES, QUE COSTUMO HAVER.

320 Porque as causas que se movem sobre os desposol'ios de fu-


turo, e Matrimonio de presente, e sua valiJade, e invaliJade, e divor-
cios so al'lluas, e de milito prejuizo, e importancia, por tanto o direito
(1) e Sagrado Concilio Tridentino as reservou ao juizo Episcopal. Pelo
que confOl'mando-nos com sua disposio, mandamos, que em nosso
Arcebispado conhea smente elellas o nosso Vigario Geral, (2) e nem-
nm outro Vigal'io, (3) salvo por especial commisso nossa, e procede-
r neHas muito allentamente, e com grantle circunspeco, conforman-
do-se com o direito, e Sagrado Concilio Tridentino.
321 E no principio da causa far sempre C) perguntas ao Au-
tor e Ro por juramento, como se costuma fazer, e as mais que lhe
parecerem neces!:lal'ias, para se saber a verdade do caso, fazendo-os con-
fessar se ]!Je parecer, que necessario; e no commeller (5) as di tas
perguntas a ontro nem-um Ofllcial, c mandar parte, que declare, e
nomce logo as testemunhas de vista, q~le foro presentes ao Matrimo_
nio, ou esponsaes, 3S quacs tomar por rol o Escrivo da causa, e es_
taro em segredo at o tempo, que se perguntarem; e as que forem ele
"ista, perguntar por si mesmo, e no commelter a outrem o inqui_

(6) Consto U1yssip. cL PorLue11S. locis cilaLis.


(7) Consto PorLucns. dicL consto 12. verso 1. ConsLit. U1yssipon. dicL de-
creL. 11. 1. Gavant. verbo MaLrimunii celebra tio n. 02.
(8) Uit. Rom. de li'orma scribcndi conjugal. vers. PcracLis. Conslit. Bra-
chal'. ubi proximc. Gavant. ubi supro n. 151.
(9) ConsLit. Porluens. ubi supra.
(1) Cap. Accedenlibus 12. de Excessibus Prirlat. Trident. sess. 24. de Ue-
formal. Malrim. cap. 20. Suar. de Paz in praxi lil. 2. pneludio 1. n. 1. cl8.
Sancho de i\Iatrim. lib. 3. d. 29. n. 17.
(2) Cap. 1. de Fl'ig. et maler. C. ult. de Cognat. spiril. Sancho elict. d. 29. n,
18, vers. 2.
(3) Sancho r]ict. d. 29. n. 20.
(fi.) Facit. Ord. lib. 3. liL. 20. S\ 1/. ele InLcrrogaLionib. pl1cllar. Themlld. p,
3. decis. 289.11. 12. 'fondut. tom. 1. q, beneficial c 95, n. 5.
(') Cons!. orluon5, lih. 1. lil. 10, ronsl 13.
132 CONSTITUIES
ril-as, salvo hayendo legitima causa, porque as testemunhas no posso
vil' perante elle; mas far todo o possiyel POI' no commetter isto a ou-
trem, nem admiltir quaesquer causas, seno muito legitimas.
322 E por quanto a experiencia tem mostrado, qucnasdit3scau-
sas sendo de tanto prejuizo se dO muitas testemunhas falsas, e fazem
conluios, dando dinheiro parte para que no faa prova, e cesse na
causa, e se der testemnnhas sejo as que no sabem do casamento, e
outros generos de conluios, os quaes todos desejamos evitar quanto
nos for possivel, mandamos ao nosso Vigario Gel'al, que proceda mnito
attenta, e circunspectamente no exame das testemunhas, perguntando
no s pelo essencial, (6) mas tambem pelas circunstancias do lugar,
tempo, horas, yestidos, palayras, e mais pessoas que se acbro pre-
sentes, para ver se vario.
323 E tanto qne vir alguma das partes negligeute na causa so-
bre a validade, ou separao do Matrimonio, ou tiver C]ualquer suspei-
ta, e presumpo de conluio, mande (7) ao Promotor da justia, que
altenrla muito ao facto, e requeira uelJe conforme se requer em dil'eito,
e faa fazer todas as diligencias que forem necessarias para o tal casa-
mento se no perverter.
-l' 32A E sob pena (8) de excommunho mandamos ao procurador,
que isto sentir, ou souber de sua parte, o descubl'a, para que por par-
te da justia se faa o que as partes maliciosamente qujzerem encul)ril';
e as testemunhas que forem comprehendidas no caso, as declaramos
por excommungadas nestes escriptos, e havel'o as mais penas de per-
Juro. E os que derem, ou receberem dinheiro por cessarem, ou serem
negligentes na causa, pagaro dez cruzarIos para a S, e accusador, e
havero as mais penas de priso, e degredo} que sua culpa merecer.

FIM DO LIVRO PRIMEIRO.

(6) Consl. Algnrbiens. in Rcgim. c. 36. verso 1. PorLucns. lilJ. 1. lil. 10.
conslit. 13. verso 1.
(7) Sperel. 2. p. drcis. 138. n. ti. Gulicl'. de i\Ialrim. cap. 129. num. 11.
Conslit. Algarbiens. in Regim. cap. 26. v rs. 2. eL 3.
(8) Consl. Porlucns. dicL lil, lO. couslil. 13. verso 2.
LlV o SEGUNDO
DAS

DO

ARCEBISPADO DA BAnIA.

TITULO I.

DO SANTO SACIUFICIO DA nUSSA; SD,\ INSTITUIO, FRUTOS, E EFFEITOS.

325 Devem tambem os fieis ser instruidos, como no sagrado


Mysterio da Ellcharistia, e celebrao da Missa consiste o vel'dadeiro,
real, e unico (1) sacrificio, que tem a Igreja Calholica: porque o mes-
mo Christo, que instituio como Sacramento o Mysterio do seu Corpo,
e Sangue sacramentado, quiz que o mesmo Mystel'io fosse verdadeiro
(2) sacl'ificio. E este sacrificio o mesmo, quanto substancia, que
Christo Senhor nosso, como Summo Sacerdote o:ffereceo ao Etel'l1o Pai
pela redempo do mundo na Ara da Cruz; mas differente quanto ao
modo: porque o da Cruz foi sacrificio cruento com deITamameuto de
sangue, e real, e verdadeira morte de Christo; porm este da Euchal'is-
lia incruento sem derramamento de sangue, (3) e s morte mystica
do mesmo Christo, ambos porm quanto substancia so o mesmo;
porque Chl'isto o principal Sacerdote em um, e outro sacrificio; e a
mesma viclima de seu Corpo, e Sangue, qne na Cruz olfereceo ao Pai
a que olferece por seus Ministros no Sacrificio da Missa.
326 Os frutos, e effeitos deste soberano sacrificio so muitos:
porque no s s~crificio commemoralivo da Paixo de Chl'islo, mas
verdadeiramente (1,) propiciatorio, por virtude, e el'ficacia (lo qual apla-
camos a Deos, para que nos perdoe os nossos peccados, e nos conceda
remisso das penas, satisfaes, e penitencias que por elles merece-

(1) frid. sess. 22. de Sacrificio Missre c. 2. Valer. Regin. in prax. fori Pre-
nit. IiI.>. 29. n. 11~9.
. (2) Psalm. 109. verso 5..Paul. ad Rebr. 9. Palo de Sacram. lracl. 22. de Sa.
criL quod CbrisLus &c. d. uno pltnCt. 3. num. 2. eL 3.
(3) Trid. sess. 22. de Sacrifico Missre cap. 1.
(r~) Triclen. dict. cap. 2. verso Sacrificium, el cano 3. Ambl. lib. 1. Omcior.
cap. 48. Hieron. Episl. 1'1-6. al! Damasum n. 16. D. Thom. in 4. disL. 12. q. 2.
tlrL. 2. q. 2. acll~.
17
134 CONSTITUIES
mos; e finalmente por elle alcanamos remedio para nossas necessida-
des; e no s aproveita este sacl'itlcio aos vivos por quem se applica,
mas tambem aos fieis (5) defuntos, por virtude do qual so livres do
Purgatorio. O que tudo devemos saber para assistl'mos com reveren-
cia, e respeito a este santo sacrificio, quando ouvirmos (6) Missa.
TITULO II.
DA PREPARAO INTERIOR, E EXTERIOR, QUE SE REQUER NOS SACERDOTES PA-
R,\ DJZERE~I MISSA.

327 Devem os Sacerdotes (1) que houvel'em de dizer Missa, tel'


toda a diligencia, e cuidado em a dizerem com grande pureza interior
de sua alma, e grande piedade, e devoo exteriol" e assim, tenuo
consciencia alguma de peccado se devem primeiro (2) confessar. E
lhes encarregamos, que antes de celebrarem rezem as Matinas do om-
cio daquelJe dia, porque ainda que no seja de preceito antes das l\'l.is-
sas privadas, e fra do coro, muito decente. E alem do sobredito
convem rezar os Psalmos, Cantico, e Oraes, que nas regras do Mis-
sal esto apontados para se dizerem antes, e depois da Missa. E
quando no tiverem tempo, e lugar para rezarem todos os ditos Psal-
mos, e Oraes, lhes encommendamos muito, que antes da Missa re-
zem a Orao seguimte, pela qual o Papa Gregorio XIII conceaeo
cincoenta annos de indulgencia a quem a disser antes de celebrar.
ORAO PARA ANTES DA lIIISSA.

328 Ego volo celeb1'Cl1'e Missam, et conficere corpus, et sanguteln


Domini nost1'i Jesu Chn'ste, juxta 1"itu:In Sanctro Romanro Ecclesiro, ad
laudem Omnipotentis Dei, totiusque CU1"iro t'riumphantis, ad tttilitatem
meam, totiusque Ecclesiro militantis, pro omnibus qui se c01nrnendave-
'runt ol'Cltionibus rneis in genere, et in specie, et pro fel1'ci stattt Santcc Ro-
manro Ecclesiro.
E acabando de dizer 'fissa diro as Oraes seguintes.
ORAO PRBIEIRA PARA DEPOIS DE DIZER MISSA.

329 Grtias tibi ago, Domt'ne Omnipotens, et Misericors Deus,


qtti me peccatormn indignttn famulum tuum satim"e clignatus es pretioso
C01pore, et sanguine tuo. Dep1'ecor ergo te, ttt me ad illud gloriro tucc
convivium perducere digneris, qui cum Pat1"e, et Sp'itu' Sancto vivis, et
1"egnas per infinita smculorum srocula. Amen.

(5) TridenL. dicl. cap. 2. Cardinalis Bellarm. conlrov. 3. de Miss. lib. 2.


cap. 7. Azar. Instit. Moral. p. 1. Iib. 10. c.22. q. 4. et 10. Sol. de Eucharist.
Iib. 7.
(6) Cap. Missas, cap. Omnes fideIes de ConseCl'. c1ist. 1. p.4. tract. 22. d.
unic. puncl. 16. n. 1. et 2.
(1) Trid. sess. 21. in decrel. de observando et vitand. in celebral.l\Iiss. el
sess. 22. de Sacrifico Miss. cap. 4.
(2) Trid. sess. 13. cap, 7. PaI. p. 4. lract. 21. d. unic. PUllct. 12. n. 1.
DO ARCEBISPA-DO DA BARIA. 135
ORAO SEGUNDA PARA O 111ESMO.

330 Obsecro Domine, clulcissime JESU Chrle, ~tt lJassio lua


sit mihi Vi1'tUS, qua muniar, lJ}'otega1', atque defendm': vulnera tua sint
mihi cibus, etpot~tS, quib~ts1'eficia1', 1'nebrier; et delecter: aspersiosangui-
n tui sit mihi ablutio omntmn delictomm meortmn: mOTS tua sit mihi
vita incleficiens et Cru:.t tua sit mihi gloria sempiterna. ln his sitmihi
1'efectio, exultatio, sanitas, et dtdceclo, stuclium, gauclium, et desiderium
cordis mei nunc, et in mternum. Amen.
E ao Sacerdote (3) que disser esta segunda Orao depois de dizer
Missa, concedeo o Papa Clemente VIII remisso de todos os deffeitos,
que neIJa fizeI', e trinta annos de indulgencia. E mandamos que em
cada Sachristia haja uma taboa, (4) em que estejo escriptas as sobredi-
tas Oraes, e se declare as indulgencias, que com ellas se ganho.
331 Pela grandeza, e excellencia (5) deste sacrificio convm,
que os Sacerdotes, que o celebrarem, se bajo em tudo, o que perten-
ce a elle, com gravidade, modestia, repouso, e devoo, como se en-
commenda pelos Santos Padres, (6) e Concilios. Pelo queencommenda-
mos a todos os que celebrarem em nosso Arcebispado, que nas Sahcris-
tias, e lugares, aoude se re, estirem, o fao, dizendo as Oraes, que
esto ordenadas para cada cousa: e que antes de sabirem, registem O'
Missal (7) em todas as partes, que forem necessarias, para que no
errem depois, nem parem duvidando. E depois de revestidos (8) no
[aliem, nem escutem praticas, que os divirto, e tirando o pensamento,
e os olhos de tudo, que os possa distl'ahir, sahiro (9) com o barrete
na cabea, levando nas mos o Calix com os corporaes em Gima, e no
poro o barrete em cima do AltaI', nem galhetas, nem outra cousa, que
no seja precisa para o sacrificio: e no lirararo o barrete passando
por outros Altares, seno aonde estiver o Senhor exposto, ou se le-
vantar a Hostia, diante do qual se ajoelharo (10) com o barrete na
mo, e aos Altares, onde estiver Sacrario, se ajoelharo (11) com o
banete na cabea.
332 E na Missa pronunciaro com voz clara, e intelligivelo que
se manda cantar (12) ou dizer alto, e as secretas, e mais cousas diro
com voz baixa, que elIes smente ouo, e no diro de memoria Ora-
es, Epistola, Evangelbo, nem oCanon: nem sero to apI'essados (13)

(3) Constit. Ulyssipon. lib. 2. tH. 1. decl'. 1.


(!~) GavanL in pl'ax. VisHaL Episcop. vel'b. Sachl'istia n. 14. verso TabelIre
precum ante, et post Missam.
(5) Cap. ln ChrisLo 53. de Consecr. disto 2. Trid. sess. 22. in Proremio.
(6) Trid. sess. 2'2. de Sacrif. Missre cap. 2. et cap. 4. D. Thom. in 4. disto
12. q. 2. arL 1. quresLiunc. 3. D. BasiJ. lib. 1. de Baptism. C. ultimo.
, (7) M:is~ale Uoman. de Prreparatione Sacerdotis celebraluri. Conslit. U1ys-
Slp. hb. 2. lIt. 1. decr. 1. Si 1.
(8) Cap. Vestimenta de Consecrat. dist. 1. ConsL Ulyssip. loco cita lo.
(9) Missalc Roman. in llubric. de rilibus. servand. in celebral. Missre 2.
de ingl'essu Sacerdotis ad Allare.
(10) Dict. Consto Ulyssipon. loco citato.
(ti) l\Iissale Rom. supra verso si veri> conLigeril. Consl. U1yssipon. ubi
proxime.
(12) Pius \. in principio l\lissalis. ConsliL U1yssip. dicl. loco.
(t3) Tl'iclent. sess. 22. cap. 5.
136 CONSTITUIES
no dizer da Missa, que causem escandalo, nem to v3garosos, que mo-
lestem aos ouvintes: e no pararo, nem esperaro por ningllem, prin-
cipalmente estando a Missa j comeada, a qual acabada se recolhero
com a mesma modestia, e compostura. E contra os que no guarda-
rem estas regras mandaremos proceder com todo o rigol'.
TITULO III.
DE COMO os CELEBRANTES DA MISSA lIO DE GUARDAR AS CEREMONlAS DO MIS-
SAL ROMANO.
333 Para que no Sacrificio da Missa se no d lugar a algum ge-
nel'O de superstio, mandamos em e'Xecuo do Sagrado Concilio Tri-
dentino, (1) que os Sacerdotes no usem nelle de nen-umas outras ce-
remonias, seno s6mente daqueUas, que esto appl'ovadas pela Igreja,
e recebidas por costume antigo, e louvavel. E assim no podero me-
ter no discurso da Missa algumas outras, nem fazer outras (2) inclina-
es, reverencias, genuflexes, osculos, benos, seno as que esto
apontadas nas regras do Missal Romano reformado.
33.4 E no diro Missa de oflicio novo (3) de algum Santo, ou
festa sem)icena, e approvao Aposlolica, ou nossa: e no diro mais
collectas, e Oraes, que as que mandarem dizer as Rubricas do Missal
Romano, e Folhinha da Heza: nem diro Missa sem um Acolito (l~) ao
menos, (5) que os ajude, nem sem duas velas, (6) ou rolos acesos. E
no fim da ultima Orao, assim antes da Epistola, como da Secreta, e
}>oslcommunio nas Missas, que no forem de Requiem, f'3ro comme-
morao (7) pelo Summo Pontifice, Al'cebispo que for tleste Arcebis-
pado, Rei deste Reino, Rainha, Principes, Infantes, pela Igreja, e povo
Christo na f6rma seguinte:
Et Famtdos tttOS SttmmiumPontificem N. Antistitem nostrttm N.
Regem nostr'um N. Reginam, et Principern cttmornni prole r'egia,
e exercitus suos; nos, et cunctum populum Christianttrn ab ornni
malo, et aclversitate custocli, et ab Ecclesia tua cunctct1n ?'epelle
nequiliam; paganorum, et hreretico?'urn superbiam dexterre ttlre
V1'rtttte pr'osterne, et fructus lerrre clar'e, e conservar'e cligneris.
Per' Dominum nost'l'ttrn.
335 E por quanto por muitas declaraes, (8) e decretos dos

(1) Trid. sess. 22. in decreto de Observarl. et vitand. in celebrat. l\fissre


verso Postremo ne superstitiOlli.
(2) Trid. diclo loco.
(3) Declaralum refert Sacro Congrego Barbos. in Sumo ApostaI. verbo Of-
ficium n. 8. Gavant. verbo Missre ritus n. 1.
(!~) Cap. Proposuit de Filiis Presbytel'. Azor. lib. 10. C. 29. q. 1. Vasq. q.
83. art. 5, .
(5) Propter texto in C. Uoc quoque de Consec. dist. 1.
(6) Cap. uU. de Celebrat. Missre. PaI. p. 4. tract. 22. dispo unic. puncto 10.
n. 3.
(7) Conslit. U1yssipon. lib. 2. tit. 1. decr. 1. 2. Nisi feslum sit primre clas-
siso Congrego Rit. 28. August. 1627. Gavant. verbo Missre rilus. n. 17.
(8) Gav. in Rub. Missalis p. 2. til. 8. n. 2. in fine, el in Manual verbo Mig-
soo ritus n. 24. Barbos. ApostaI. decis. verbo Missa n. 19.
no ARCEBISPADO DA BAIlIA. 137
Summos Pontifices est determinado, que os Regulares no podem no-
mear em lugar do Dome do Bispo, ou Arcebispo o de seus Geraes, ou
Prelados superiores, e que fazendo a dita Collecta ho de nomear nella
o nome do Ordinario do Bispado, ordenamos que os ditos Regulares, e
pessoas isentas nomeem nas Collectas das Missas o nosso nome, e dos
Arcebispos, que pelo tempo (9) nos succederem.
TITULO IV.
En! QUE TE1\IPO, nORA, E LUGAR SE DEVE DIZER 1IIISSA.

-l' 336 ProlIibe o Sagrado Concilio Tridentino, (1) que os Sacerdo-


tes digo Missa fra das horas devidas, e competentes, as quaes con-
forme o costume universal da Igreja, e Rubricas do Missal Romano,
so desde que (2) rompe a alva (3) at o meio (h.) dia. Portanto man-
damos, que nem-um Sacerdote do nosso Arcebispado, sob pena de sus-
penso, e de quatro mil ris por cada vez pagos do aljnhe, tiiga neHe
Missa antes de romper a alva da manh, nem depois do meio dia; o
que se entende tirada a primeira Missa (5) do Natal, a qual conforme a
direito se pde dizer pela meia noite.
337 Tambem nao nossa teno impedir o uso dos privilegios
da BulJa da Cl'uzada, (6) ou de outros, que estiverem em obsel'vancia,
por virtude dos quaes se pde dizer Missa antes de amanhecer, (7) e
depois rIo meio dia. Nem haver tamhem lugar o sobredito havendo
justa causa de necessidade, (8) como quantio um enfermo, que est
em perigo de morte, quer commungar, e no ha Sacrario, donde se lhe
possa levar o SantissimoSacramento, pOl' que neste caso se poder di-
zer Missa antes de amanhecer, e pouco depois do meio dia, estando o
Sacerdote, que a hade dizer em jejum natural. E outro..sim (9) para o
povo, ou parte delle no ficar sem Missa em dia de festa de guarda, ou
os caminhantes, por que tambem nestes casos se podel' dizer Missa
pouco depois do meio dia.
-l' 338 E porque mais conveniente no celebrar, do que dizer
Missa em Iugal' no sagrado, e destinarIo pela Igreja para este Santo Sa-

(9) Constit. Ulyssipon. dict. ~ 2. verso E ordenamos.


(1) Trid. sess. 22. de Sacrifico l\1issre verso Ne Sacerdoles aliis qum debilis
horis celebrcn l.
(2) Naval'. in J\ilaDllal. cap. 21:>' n. 85. et de Oral. :Missal. 76. Azor Inslil.
p.1. lib. 10. cap. 25. Vasques in 3. p. lomo 3. d. 233. n. 26.
(3) Joan. de Lug. de Sacramenl. tom. 1. lracl. de Venerab. Eucbar. Sa-
cramenl. dispo 20. sect. 1. n. 24. et 31. S verb.l\1issa n. 27. Pal. p. l~. lmet. 22.
d. unic. punct. 7. n. 12.
(4) Suares d. 80. secl. 4. Vasq. d. 232. cap. 4.
(5) Cap. Nocle de Consecrat. d. 1. Sylvest. verbo Missa 1. q. 6. dict. 1. Bo-
naco de Sacram. d. 4. q. ulLim. punct. 9.
(6) Constit. Ulyssipon. lib. 2. tiL 1. ~ 7.
(7) Rodrig. tom. 1. qurestion. regul. q. 43. art. 1. Bonac. d. 4. q. ult. punct.
9. n. 7.
. (8) Vasques d. 232. cap. 3. num. 30. Laym. lib. 5. Sumo lract. 5. c. 4. as-
sertlOn. 2.
(9) Henriq. lib. 9. C. 2",. n. 6. Suar. el. 80. scct. 4. Rodrigues dict. qurest.
43. al't. 2. Laym. dict. C. 4. n. 4.
138 CONSTIT IES
crificio, e o direito, (10) e Sagl'ado Concilio prohibe o celebl'ar-se fI'a
das Igrejas, Capellas, Oratorios, e Ermidas approvadas, e visitadas
pelos Ordinarios, conformando-nos com sua disposio ordenamos, e
mandamos, que nem-um Sacerdote seculal', ou Regular diga Missa em
casas particulares, e fMa da Igreja, no campo, ou outro qualquer lu-
gar, posto que ahi seja convocado o povo, nem em Igreja (11) inter-
dieta, violada, (12) ou poJluta, nem em Ermida, Capella, ou Oratorio
particular, no sendo por Ns visitado, (13) e apPl'ovado. E todo o
Sacerdote, que no guardar o disposto nesta Constituio, pagar cada
vez quatl:o mil ris do aljube, e haver as mais penas, que nos parecer.
Porm como as distancias grandes que ha no Serto impedem aos Paro-
cbiaDos a assistencia nas Igl'ejas, declaramos, que no nossa teno
probibir aos Paroc110s celebl'ar ns casas em lugar decente, para dai' o
Santissimo Viatico aos enfermos em cas o de necessidade, (U) como
sempre 3e costumou: nem aos Religiosos da Companhia de JESUS,
(15) em quanto ando em Misso conforme os seus privilegios.

TITULO V.
DE COMO UM SACERDOTE NO PDE DlZER 1I1AIS QUE UMA s ~nss CADA DIA,
EXCEPTO NO DE NATAL, E~I QUE PODERA DIZER TRES.

-l< 339 Como o Santo Sacrificio da Missa fosse insbituido em me-


moria da Sagrada Paixo deChristo nosso Redemptor, (1) eeHe padeces-
se uma s vez, no era conveniente se o.ll'el'ecesse duas vezes no mes-
mo dia pelo mesmo Sacerdote; (2) portanto s permitte o direito a ca-
da um Sacerdote celebrar uma vez (3) cada dia. Pelo que o Sacerdote,
que em nosso Arcebispado em um dia disser mais que uma Missa, ser
preso, e suspenso de suas Ordens, e degradado para Angola, ou para a
Ilha de S' Thom pelos annos, que nos parecer, e merecer sua culpa.
3/,0 No se entende isto em dia de Natal, (/,) porque nene se
pdem (5) dizer tres Missas: mas advirta o Sacerdote que as disser,
que no pde tomar o lavatorio depois de consumir o sangue, senao na

(10) Cap. 1. cap. Nullus de Consecr. dist. 1. Trid. sess. 22. de Oserval1d.
et vtand. in celebrat. Missar. PaI. dict. p. 4. lracl. 22. d. unic. punct. 8. n. 1-
(11) Barbos. de Potest. Episc. p. 2. alleg. 28. n. M. Conslit. IDyssipon.
lib. 2. li t. 1. decreto 1. Si 7.
(12) Sylvest. verb. Consecratio 2. q. 9. Suar. d. 81. secl. 4. Azor. lib. to.
c.26. q. 13.
(13) Trid. sess. 22. cap. 8. ln decr. de Observando verso Neve. Gavant.
verbo Missa. n. 18.
(U) Cap. Sic.ut de Consecr. dist. 1. Consto Ulyssipon. lib. 1. til. 9. decr.
6. Si 8.
(15) Ex privilegio concessis. Paulo ln. et Gregorio XIII. ul conslal ex
compend. privilcg. verbo AlLare. Emman. Rodrig. tom. 1. q. regular. q. 43.
art. 4.
(1) Cap. ln Chrislo 53. de Consecr.
(2) D. Thorn. q. 83. art. 2.
(3) Cap. Consuluisli 3. e. Te referente 12. de Celebrat. Missar. cap. Suffi-
cil 53. de Consecr. disto 1.
(f~) Text. iu c. Nocle Sancta de Consec. dist. 1.
(5) Naval'. in Sum cap. 21. n. 2. ellib. 3. Concilior. consi\. de Celebro
Miss. edil. 2.
DO ARCEBISPADO DA BtHH.
ullima Missa, e se o tomar em qualquer dai> outras, no poder (6) con-
tinuaI' em dizei-as.
341 Em Quinta Feira da Cea do Senhor est recebido por costu-
me (7) geral, que se no diga mais que uma s Missa em cada Igreja
Conventual, ou Parochial: portanto encommendamos, que assim se
laa.
3h2 Porm na Sexta Feira da Semana Santa probibe o direito (8)
dizer-se Missa, porque o Celebrante desse dia communga a Hostia, que
ficou consagrada do dia d antes. Pelo que mandamos, que a dita pro-
llibio se guarde inviolavelmente, sob as penas acima impostas.
3h3 No Sabbado Santo se no deve dizer mais que uma Missa
Conventual, como declarou a Sagl'ada Congregao de Ritos no decreto
approvado pelo Summo Pontifice em 11 de Maro (9) de 1690. Este
mandamos se guarde, e que succedendo cabir liO tal dia, ou no antece-
dente a festa da Annunciao de Nossa Senhora, se transfira o Omcio, e
Missa, e a obrig3o de se ouvir, e de se no trabalhar, pal'a a Segunda
Feira immediata depois da Dominga in Albis, como se determina no
mesmo decreto.
TITULO VI.
DA ESMOLA QUE SE PDE LEVAR POR CADA lIUss.V E QU.HiDO SE PODERA' PE
DIR; E .\.ONDE SE HADE DIZER.

-l< 3hh. Para sustentao dos Sacerdotes, e pelo trabalho ex.trinseco


permiltido em direito (1) aos Sacerdotes levar esmola ue Missa, sem
que o tal estipendio se leve pOI' cousa espiritual, nem nisso haja pecca-
do de cobia, e especie de simonia, no sendo a principal teno a es-
mola. Portanto conformando-nos com a dita disposio de direito,
costume do nosso Arcebispado, e estado, e cal'estia das cousas, e tem-
po presente (2) taxamos, e assignamos a cada Sacerdote por esmola de
uma Missa rezada doze "intens. E pelas Missas de defuntos, que se
chamo de corpo presente, e pelas dos Oilicios, se poder levar a es-
moIa costumada, ainda que seja maior, que a taxada nesta Consti-
tuio.
3/,5 E as sobreditas esmolas aqui taxadas se podero peuir pelos
Parochos, e mais Sacerdotes, e no se podero pedir maiores, sob pe-
na de se perder em dobro a esmola, que era devida, sem embargo de
qnalquer costume, que haja em contl'Ul'io, posto que seja immemorial.
E pela dita taxa assim consignada no nossa teno alterar cousa al-
guma nas instituies, e disposies que tiverem deixado, ou deixarem
maior esmola, Dem nos Estatutos particulares das Igrejas, Irmandades,
e Confrarias confirmados pela S Apostolica, ou por s; em que a

(6) C. Ex parle de CelebraL. Mi sal'. 'aval'. in Manual c. 25. n. 88.


(7) Text. in c. Catholica disL. 11. Cap. Omnia dist. 12.
(8) C. Sabbalo de Conseer. disto 3. D. Thom. q. 83. art. 2. ad 2.
(9) Consto Portuens. anle Regim. Audit: Ecc1esiast.
(1) Cap. Ad Aposlolicam de Simonia. Gulier. Cononic. quresL. e. 29. a n. 3.
Barbos. de Polest. Episcop. alleg. 2l~. n. 2.
(2) Zero1. in pl'ax. Episcop. p. 1. verb. Missa. 3. Barb. dicl. loco n. 3. et
ael Trid. sess. 22. de SacriL l\Iis . n. 3.
140 COr STlT lES
dita esmola esti,er taxada em outra frma, ainda que seja menos, que
esta, que aqui taxamos; porque sel'ia reduzir a menos numero as Mis-
sas que se tem deixado, e a Igreja aceitado, o que no podemos fazer,
por estarem as redues prohibidas pela S Apostolica, (3) que reser-
vou a si o fazeI-as. Nem (4) finalmente impedimos aos fieis o poderem
voluntariamente dar maior esmola nem aos Sacerdotes o celeurar
por menor, ou nem-uma.
346 E se os uefuntos em seus testamentos no declararem Igreja
certa para as Missas, que mando dizer, sendo enterrados na Igreja de
sua Freguezia, nella (5) se diro todas, e no se sepultando a1li, se re-
partiro, dizendo-se a metade na Igreja de sua sepultura e outra meta-
de na tia sua Parochia, (6) por se evitarem as duvidas, e pleitos, que
pde haver sohre a disposio de uireito commum nesta materia. E
(Juando os defuntos declararem Igreja certa, em que se digo as Missas,
se no podero de nem-uma maneira dizer em outra parte, sem proce-
deI' (7) dispensaao Apostolica.
TITULO VIL
DA PROHIlHO PARA SE NO DIZEl\E~1 nnSSAs ANTICIPADAMENTE POR QUEM
PUmEIRO DER ESMOLA, NEM POR DUAS OU MAIS ESMOLAS nlo\. s 1111 SA:
E PARA Q E SE NO posso MA.1"'1DAR DIZER POR OUTREM FICANDO-SE
COlll PARTE DA ESMOLA.
3Ja Conformando-nos com muitos decretos Apostolicos, e de-
claraes da Sagrada Congregao, (1) prohibimos, que algum Sacer-
dote diga Missa anticipadamente, applicando-a pela primeira ]lessoa,
que lhe der esmola, nem (2) que tome duas, ou mais esmolas por uma
Missa, applicando-a pela satisfao de ambas. E outro-sim prohibi-
mos aos Sacerdotes, que receberem certa esmola para dizerem nma
Missa, ainda sendo maior, que a taxada, e assignada nesta Constitui-
o, o mandal-a dizer por outrem, ficando-se (3) com parte da esmola
recebida.
3{18 E para que se evitem alguns perniciosos abusos, que se p-
uem intruduzir em grande prejuizo das almas, prohibimos tambem (II)

(3) Sacro "congregat. Eminentiss. Cardin. Trid. interpreto sub Urbano


"III. anno 1625. Barb. ad Concil. Tl'id. sess. 25. de Reform. cap. Ii.. n. M.
([~) Zerol. in prax. loco citat. Barbos. acl dictum Concil Trid. n. 3.
(5) Reynos.observat. 7. n. 13. Phmb. p. 1. clecIs. 100. n. 11. Pegas ad
Ord. lib. 1. tom. 2. de Regim. Senat. Palatinl iii 39. eap. 4. n. 53.
(6) Ric. in prax. 3. p. resoluto 366. n. 4. et resol. 97. n. 4.
(7) Themud. decis. 180. Naval'. in Manual. C. 25. Azar. Instit.l\Ioral. lib.
10. cap. 24. verso 8. Reynos. et Phoob. ab eo cilaL
(1) Barbos. de Potest. Episcop. dict. alleg. 24. n. 12. Peirin. tom. 2. privi-
lego l\1inim. Intel'. Constit. Urbano VIII. n. 9. Lesana in Sumo qurest. regu\.
cap. 21. n. 7.
(2) Propositio damnat. ab Alexandro VTI. !\Iostazo lib. 2. cap. 2. n. 8. Sei.
in Selecto Canonic. C. 28. n. 3.
(3) Decisum refert a Sacra Congregat. anno 1616. Barb. de Parocho c. H.
num. 13. vers. Superest. Ric. in prax. 3. p. resol. 370. n. [~.
(Ii) Tambur. de Sacrif. Missm lib. 3. C. 1. 1. n. 8. Sacl'. Congrega L de-
crel. 21. Junii 1625. Gavant. verbo Missa n. 39. et 41.
DO ARCEBISPADO DA BAHJA. 141
quc a IgI'cja:, Cahidos, Collegios, Mostciros, Congrcgaes, Lugares
pio, e qua . quer outras pessoas assim Secularcs, como Hegularcs, quc
esth'crem obrigadas a algum legado de Missas por ccrta quantia, que
lhe foi dcixada, posso diminuir o Ilumero dcllas com o pretexto de
crescer o eSlipendio, e esmola das ditas Missas, em quanto dural' a
quantia deixada para o dito legado na f1'ma, em quc foi accito.
3/,9 E mandamos finalmente (5) que o Sacerdotc, que se obri-
gaI' a dizer algumas Missas por menor esmola, que a taxada, seja obri-
gado a dizei-as, posto quc venha a Ocal' com esmola menos competcn-
te por cada lissa.
350 E no podero os Parochos por si executar os quc lhcs de-
verem esmolas de Missas, cYtando-os das Igrcjas, e Officios Divinos,
mas assim eIlcs, como os mais Saccrdotcs rccorro a nosso Vigario (6)
Geral, quc breve, e summariamcnte lhcs manuar pagar. E proltii-
11\0S aceitarcm-se pcnhores para scgurana da esmola da Missa, podi-
cal' sendo contracto quc nesta matcria (7) iIlicito.
TITULO VIII.
DE cOnJO 1'\o SE DEYEM ACEITAR :llISSlS PERPET AS POR MEl'\OR ESMOLl, Q E A
ACIMA TAXADA SEM NOSSA LICEN.\, E Ql E os SACElmOTES NO ACEITEM
1IrAIS 1I1ISSAS, QUE AS QUE P DEREM DIZER.

351 Ordenamos, e mandamos, (1) quc nem o Cabido da nossa


S, ncm os Parochos das mais Igrejas de todo nosso Arcebispado,
posso aceitar Missas perpetuas por mcnor csmola, quc a taxada nestas
Constituies.
352 E porque as obrigaes de Missas pcrpetuas so encargos
reacs, que se no pdem aceitar sem autoridade, e licena dos Prela-
dos; (2) portanto mandamos, que as sobreditas pessoas no aceitem as
dilas ohrigaes, c cncal'gos pcrpetuos, ou seja por contracto, ou por
u1Lima vontade sem licena, ou autoridade !lossa dada por cscripto,
sob pena dc que fa~endo o contrario sem a dila licena, fical'o smen-
tc clles obrigados, e no suas Igrejas, e successorcs, alem disso fiquem
intcrdictos ab ingresst~ (3) Ecclesim.
-l' 353 Ordenamos, quc as obrigaes de Missas quc houvcr na
!lO sa S, ou cm qualqucr outra Igreja, se escre,'o cm 11m liyro (h)
que pal'a isso baYcl', e outro-sim summariamentc em uma tatioa, a qual

(5) Alphons. de teoue de OlT. Cnpellaui q. 8. seel. 3. n.12. Barb. Aposlo-


tie. dceis. verbo l\1issarum eleemosyna n. 3. .
(6) Fragos. de Regim. reipub. p. 1. lib. 2. d. li. SI 4. membro 9. Consl. Por-
luens. iib. 2. til. 1. Constit. 5. SI 3. verso E no podero.
(7) tiavant. verbo Missa n. 1. cap. ull. de Paclis, cap. ull. de Rerum per-
mulalione.
(1) Const. Porluens. Jih. 2. til. 2. Conslil. 7. Yers. 1-
(2) C. Veniens de lransacl. Barh. AposloI. decis. verbo l\Jissarum redllclio
n. 6. Gavant. verb. Missa n. 5t. Tamburin. de Sacrif.l\1.issre lib. 3. SI 7. a n. 1.
eum seq.
(3) J3al'b. posl. lract. cle polesl. Episcop. in Constilution. Ponli f. el DeereL.
ApO.lol. foI. 52. iII decr. de CelebraI. Missar. SI 5. ibi: Ab ingressu Ecdesire in-
tCl'diclus sil eo ipso.
(!f) Ga\'anL. dicl. verbo 1\1i .iI n. tiS.
18
U.! CONSTITUIES
se por na Sacbristia. para que todos as posso ver, e ler, o (lue tudo
cumpriro os Sacbristes, ou Parochos, sob pena de dous mil ris.
35!c Para se evitar o grande prejuizo, que resulta s almas dos
defuntos, e o peccado mOltal, que commellem os que aceito mais
Missas das que pdem dizer, mandamos (5) que em nem-uma Igreja
deste nosso Arcebispado se aceite a obrigao de mais Missas, que as
que se puderem dizer, sobre as que j as ditas Igrejas tiverem: e qLlC o
mesmo fao os Sacerdotes particulares, c que quando se lhes encom-
mendal'em algumas de novo, declarem a obrigao das que j
tem aceitado. E nem-um Sacerdote tf'n<1o obrigaO de Missa quoti-
diana aceite Missa rle i1evo.o, CapeUa, ou defuntos, nem, posto que
a no tenbo, podero aceitar mais Missas, ou Capellas do que pude-
rem dizer em tres mezes.
355 E nossos. Visitadores (6) se infol'maro, se algum Parocho,
ou outro algum Sacerdote tomo mais Missas, que as que pdem dizer;
e achando-os comprehendidos nesta parte procedero contra elles
com muito rigor, obrigando-os juntameute a que com effeito restituo
as esmolas das Missas, que tiverem recebido, e no dissero, nem po-
dem dizer no tempo devido, e tudo faro inteil'amellte cumprir por ou-
tros Sacerdotes em frma, que os ,fieis Christos no fiquem defrauda-
dos do valor das Missas, que mandro dizer, nem se dilatem aos de-
funtos os sulfragios.
TITULO IX.
DE COMO SE HO DE DIZER AS 1I1ISS,,\,8 CONVENTUAES CO. 'FORiUE A REZA, E
QUANDO SE DIRO AS DOS DEFUNTOS.

356 Porque conforme as Rllbl'icas do Missal Romano (1) a Mis-


sa Conventual de\ e corresponder as Horas Canonicas de cada dia, or-
denamos, e mandamos que nas Igl'ejas de nosso Arcebispado se obser-
ve dizel'-se Missa da Tera conforme a festa, ou feria de que se rezar.
357 E todos os Sacerdotes, que tiverem encargo de Missa quo-
tidiana, sero obrigados a dizer ao menos um dia cada mez Missa de
defuntos, (2) salvo quando na instituio lhe estiver imposta obrigao
de as dizer mais vezes, e nos mais dias se conformaro com as Rubri-
cas, e regras do Missal, as quaes mandamos se guardem inviolavel-
mente.
358 Mandamos, que na nossa S infallivelmente se gU31'de o lou-
vavel costume, e ohrigao de se rezal'em as Horas Canonicas, e di-
zerem as Missas de Tera cantadas, ao menos em os Domingos, e dias
Santos, e acabado o OJI'erlorio se dir uma rezada pelo Cura, (3) ou

(5) (~avant. dict. verbo Missa n. 48. Declaralum rcferl Barbos. p. 3. dc 1'0-
lesto Episc. in Constit. Ponlific. foI. 55. vel's. 4. S)'I"csl. verbo Missa q. 10. in
finco Laym. lib. 5. Sumo lracl. 5. C. 1. q. 4.
(6) Cone. Provinc. Mcdiol. 1. rclalum a Gavanl. verbo Missa n. 59. vcrs.
Tcrlio quoque mcnse.
(1) Gavant. in Rub-ic. Missal. p. 3. lil. 11. n. 7. Sylvcst. verbo Missa l.
~ 4.
(2) Conslil. POl'lucns. lib. 2. lil. 1. Constil. 7. VCl'S. 1-
(3) Dicla ConsL. Porlucn . eaclem CQnslL. 7. 2. vers. 2, foI. 175.
DO ARCEBISPADO DA BAHIA. 143
seu Coadjutol', para que no fique sem ouvir Missa quem vier mais
tarde; e o mesmo se observar (Iuando se acabar o Sermo, havendo-o.
359 Como as Sachris~ias sejo dedic3das, pam que nella se vis-
to os Sacerdotes dos ornamentos para di7.erem Missa, e tambem pal'a
que antes della se preparem como convm, e depois de a dizer dem
graas a Deos nosso Senhol" como fica dilo a num. 327 e seg., mui-
to conveniente, que nellas se guarde silencio, e haja quietao: pOJ'tan-
lo mandamos, sob pena de obediencia, (l~) que nellas se no tratemais
do que do necessal'io para a Missa,.e que no haja conversao pOl'
tempo consideravel, o que se observar na Sachristia da nossa S, e
se proceder contl'a os culpados com o rigor devido.
360 No se pouer dizer Missa sem Cah, de prata, (5) ao me-
nos a copa, e patena tambem de prata consagrados, nem com vestidu-
ras Sacerdotaes, no sendo bentas, (6) e no sero rolas, nem inde-
centes, e quando a possibilidade das Igrejas pel'mitlir, sero na cor con-
formes com o Omcio de que se rezar. E no Altar havel' pedra d'Ara
sagrada, (7) s, e em que commodamente caibo Rostia, e Calix, e
COl'poraes sagl'ados, (8) sos, e limpos com suas guardas; e alem dis-
so duas toallJas, (9) que cubl'o todo o Altar, com aqueUa limpesa,
que convm ao ministerio de que sen em: o Missal no seja roto, (10)
nem as Hostias sero de farinha, sen[lo de tl'igo, (11) e se renovaro

ao menos de quinze em quinze dias, e vinho de uvas (12) bom, c
limpo, que no seja vinagre, ou mosto.
-l' 261 E finalmente ha,er DO Allar frontal decente, (13) e quan-
to fOI' possivel tambem acommodado na cor, com a que usa a Igl'eja
naquelle dia. E o Sacerdote que faltar em qualquer destas cousas,
ser preso, e castigado com aquellas penas que sua culpa merecer.
362 E nas Sachl'istias haver caixo (14) com gavetas para se
recolhel'em os ornamentos, Calices, Patenas, e o mais necessario, e as
p~ssoas a cujo cargo estiverem, os tero com muita limpesa, e decen-
Cla. E em cada Igreja haver ferro de Hostias, (15) as quaes sero
feitas (16) por Sacerdotes, Oll por quem tenha ao menos Ordens Meno-
res, e se luro muito alvas, e perfeitas para nellas se consagrar o Co.l'~
po de Christo Senhor nosso.

(4) Consto Ulyssipon. lib. 2. lil. 1. SI 3. foI. 146. in fine.


(5) Cap. Vasa 4!~. cap. Ut calix 45. de Consecrat. disto 1. cap. nic, SI Ungi-
lur nH. de Sacr. UncLion.
(6) Cap. Vestimenta sacra 42. deConseer. dist. 1. cap. Eeclesiaslica 23. disto
(7) Cap. AlUiria 31. ol 32. do Consecr. dist. 1.
(8) Suar. d. 81. socl. 6. DD. ado lext. in cap. Relinqui de Custod, Euchar.
(9) Cap. Si per negligenliam de ConsoeI'. dist.2.
(10) Naval'. cap. 25. n. 84. Bonac. d. 4. de Sacram. q. nll. punct. 9. n. 30.
(1 J) Bonac. de Sacram. Eucharisl. d. 4. q. 2. puncl. 1.
(12) Bonacin. loco cilat. pnnct. 2.
(13) Conslit. po\'tllcns. dicl. consto 2. SI 1. vcrs. 3.
(14) Gavant. in Prax. visit, Episeop. foI. 13. n. 14. verso ArCa?
(15) Coneil. Provine. M:ediolan. 4. Gavant. in Prax. compend. vel'u. De Sa.-
cl'islia n, !~. vcrs.lnslrnmenLum. .
(ifi) GaxunL. in Manual. verbo EncharisLia n. 11.
144 ,0 NSTITUl0F5
TITULO X.
PAR1 QUE OS CLERIGOS DE OU'l'ROS BISPADOS SE NO ADntITTO NESTE ARCE-
nrSPADO A EXERCI'rAJl SUAS ORDENS SE~I MOSTn.mE~l DlilllSSORIAS APPRO-
YAD.\S POR NS, OU NOSSO PROVISOR: E NO DIGA JI1ISSA QUEi\1 NO
FOR SACERDOTE, E DA PENA QUE TERA' SE A DISSER

363 Para que se evite, que alguns Sacerdotes, tendo impedi-


mento para celebrar, e outros fingindo-se que o s50, cheguem ao sa-
cri/leio do Altar, (1) e a admiuistl'al' os Sacramentos, ordenamos, e
mandamos que nas Igrejas, e M6steiros (2) de nosso Arcebispado se
11o dem ornamentos, nem guisamentos para dizer Missai nem seja ad-
mittido a administrar os Sanramentos, nem acto algum de Ordem, Cle-
l'igo Secular, ou Uegulal' sendo de fora do Arcebispado, sem mosb:ar
de seu Prelado (como fica dito no livro 1, num. 2115) a dimissoria.
-l' MA E pOl'que, confol'me a direito, (3) no podem os Clerigos
peregrinar, e ausentar-se de seus Bispados sem licena dos Ordinarios
deltes, m::mdamos, qne querendo algum Sacerdote, ou Clerigo de Or-
dens Sacras, ausentar-se deste Arcebispado POI' tempo considera-vel, o
no faa seno levando dimissoria nossa, a qual lhe mandaremos pas-
sar pelo tempo, que nos parecCl', e conforme a causa que tiver para
fazer a tal ausencia: e contra o qlJe se ausentar sem a dita licena, e
dimissoria, se proceder com pena de suspeno, e peeunial'ia, e as
mais qne forem justas.
-l' 365 Ordenamos, e mandamos, que se houH~r algnem to teme-
rario, e atrevido que no semI0 Sacerdote se resolva a celebrar o Sanlo
Sacrificio da Missa, e der com isso occasio aos fieis para crerem, que
ene Sacerdote, e que verdadeil'amenle consagra, c lambem p:H'a com-
metterem ignorantemente o crime de idola[ria, adorando puro po co-
mo vel'Cladciro Corpo, e Sangue de Chrislo nosso Senhor, seja rcmelti-
do ao Tribunal do Sanlo Omeio, ao qual pOl' Breves Apostolicos (11)
pertence o conhecimento deste crime. E da mesma sorle (5) ser re-
metLido ao Ilito Tribunal, o que celebrando fingit', que consagra a Hos-
tia, e Calix, e no consagrar, mas consumir a Hostia, e vinho no con-
sagrado: e tambem (6) aquelle, que culpavelmcnle consagrar em cima
de cousas acommodadas para fazer maleficios, e sOI'tilcgios.

(1) Trid. sess. 22. decreL de Observando eL vitand. cap. S. Azor. JnsLit.l\Io-
ralo p. 1. lib. 12. c. 18. q. 9. Barb. ad dicLum. Trid. n. 14.
(2) Sacra Congregalio in Iimina 29. JanuariJ 1633. Barbos. Aposlol. dccis
collccl. 474. verb. Missa n. 18.
(3) Trid. sess. 23. de Reform. c. 16. ver. Nullus prrelerca. Henriq. in Sumo
lib. 10. c. 3li.. 6. in fine. Frat, Bmman. q. regulo tom. 2. q. '121. art. 1. .Barb.
de Polesl. Episcop. p. 2. alleg. 21. n. 1.
(!~) ConstitUI. Gregorii XIII. eL Clement. VlIl. Carena de omc. SancLro Tn-
quisition. p. 2. til. H. de Celebrantib. et atlmini.strant. ~ L per totum, eL p.
3. tiL. 13. 1. n. '19, Tbemuc1. p. 2. deis 197. n. 8.
(5) Cap. De homine 7. Ilbi DD. de Celebrat. l\'!iss. Deh'io disquisit. magico
liq. 5. secL. 16.
(6) Carena loco cilaL til. 12. 8. n. 1:)3.
no ARCEBISPtlDO DA BAlHA. 145
TITULO X.I.
DA OBRIGAO 'DE OUVJn MISSA NOS DOlJlNGOS, E DIAS SANTOS DE GUARDA, E
DO MODO COM Q E ~\ ELLA SE DEVE ASSISTIP..

366 Conforme ao preceito da Santa Igl'eja Catho1ica (1) todo o


Chl'isto baptisado de qualquet' cstado, ou sexo quc seja, tanto que
chegar aos annos da discrio, (2) e livcl' c:lpacidade para 11cccar,
obrigado a ouvir Missa intel'a nos Domingos, e dias Santos de guarda,
e deixando (le ouvir sem justa causa pccca (3) mortalmente. Pelo que
mandamos a todos os nossOs subditos observem este preceito com toda
a diligencia, e cuidado, e estejo presentes (/,) a toda a Missa, POI'
quanlo no c.umpre com eIla quem deixar de ouvir alguma parte nota-
ve1, (5) on essencial (6) da Missa, E no ficno'!ivres deste preceito as
donzellas recolhir1as, (7) nem as casadas de novo, ncm as vimas. E
declaramos por abuso, (8) e corrupte1a os costumes em contrario, e
cnc31Tegamos muito aos Pal'ochos, e Pregadores, que nos Sermes, c es-
taes, que fizerem o declarem assim ao povo, e queassisto ao sobera-
no Sacrificio da Missa com muita quietao, (9) respeito, e devoo.
367 Conformando-nos com o costume geral, mandamos a nos-
sos subc1itos, que on.o Missa Comentual nos Domingos, e dias San-
tos de guarda na Igreja Parochial, (10) onde forem freguezes, e a elJa
fao ir seus filhos, (11) criados, escravos, e todas as mais pessoas,
que tiverem a seu cargo, salvo aquelles, que precisamente forem ne-
cessa rios para o servio, e guarda dc suas casas, gados, e fazendas,
mas a estes revesaro, para que no fiquem uns sempl'e sem OI1\'il'
Missa antes ,o ouvil-a uns em um dia, outros cm outro, procurando
porm, que quando no podel'em ouvl' Missa Convenlual, ouo outra,
se sc disser na mesma Igreja ou em alguma (12) Capella.

(f) Cap. Omnes Gdeles 62. cap. ]\fissas 64. cap. Qui die 66. de Consecr. disL
1. c. 2. de Parochiis.
(2) Naval'. cap. 2J. n. 1. He1ll'iq. Iib. 9. c. 25. n. 1. Sanches Iib. 1. Sumo
cap. 12. n. 10. Suares d. 88. sect. 4.
(3) Azor. !ib. 7. c. 7. SoL. in 4. disL 13. q. 2. art. 2. Suar. d. 88. sect. 6.
(Ii.) Cap. Missas. cap. Omnes Gdeles de Consecr. dist. 1. PaI. p. 4. tracL 22.
d. unic. puucL 16. n. 1. el2.
(5) Cilp. Missas, cap. Omues (ideIes de Consccr. disto 1. Bt qUal sil pars
nolabilis, vide apud "PaI. dict. Ioc. n. 5.
(6) Palo loco citalo n. G. verso QuiLm dignitalis rei omissir.
(7) GavanL verbo Vesti dies n. 3iS. vers. Non excusentUl'.
(8) Tambmin. Moral. tom. 1. lib. l~. C. 2. 2. n. 9.
(9) PaI. dicL. IracL 22. d. unie. puncL 16. num. 1. el2.
(10) 'frid. sess. 22. de Observando eL viland. in celebralion. 1\-lissre ,"ers.
Moneant, uhi Darbos. Suar. 10m. 3. d. 87. secL. 2. Ferdinancl. Paez 1_\1 iL in rc-
peL cap. 1\1issas de ConseCl'. disL 1. n. 133. Azor. Instit. Moral. lib. 7. cap. 6.
q. '~. Zerol. in prax. Episc. p. 2. vcrb. Parochia, cl p. 1. verbo 1\1issa 6. Theo-
phyl. Parochor. p. 2. art. 13. Pereir. p. 2. lract. 38. q. 3. n. 1130. ,"ers. Addit.
11 aI. c1ict. pun t. 16. n. 12.
(11) S}'ll'est. verbo Miss. 2. q. 1. Naval'. C. 21. n. 9. D. Ambros. Homil.
33. ele Quadrages. relaLus in cap. An pulati 86. distincL Paul. 1. ad COl'inth.
5. PaI. dict. p. Ii. tracl. 22. d. unie. punct. uH. 11. 6. Abr. de Paroc. Iib. 8.
sec I. 5. C. 7. n. 393.
(12) llarbos. de Poles!. Eplscop. p. 2. alll'g. 24. num. 18.
146 CONSTITUIES
'" 368 E se ~Ignns se descuidarem desla ohl'igao, o Pat'ocho os
poder mult~r (13) em um Yinlem pOI' cada falta; e havendo alguns muito
descuidados, que se no emendem com eslas multas,far delles 1'01, e o
mandar ao nosso Provisor, ou Visitadores, ou ao' igario da Val'a pam
procederem (14) com admoestaes, aggl'avao das penas e oull'os meios
accommodados para se emendarem. Porm as multas dos que no as-
sistirem a Missa Conventual, se no enlendem nos mOI'adol'es desta Ci-
. dade, nem nos das Villas, e Lugal'es, onde baConventos de Religiosos,
ou mais Igrejas em que se digno Missas, se constar (15) que os taes
mOl'adores as vo ouvi!' aos ditos Conventos, ou Igl'ejas: nem tambem
bavel'o lugar nos homens menores de dez annos, nem nas mulheres de
doze, porque posto que antes dessa idade tenbo a discrio, que fica
dita, e sejo obl'igados a ouvil' Missa, sob pena de peccado mortal,
(16) no se proceder (17) contm elles com penas. E todas os multas
assim as que fizel'em os Parochos, como as que aggravarem os ditos
nossos Ministros, applicamos a fabrica do corpo da IgI'eja, (18) para
se gaslar no que for da obrigao dos freguezes .
-l< 369 Para que os Parochos saibo os freguezes, que falto a Mis-
sa, far 1'01 delles, ou pelo dos confessados perguntar no os nomes
de lodos, porque se no gaste muito tempo, mas principalmente aqu 1-
les, que coslumo no vir a M.issa, multando-os como fica dito, salvo
constando-1l1e, que esto ausenles da Freguezia, ou doentes, ou impe-
(lidos de oulro legitimo (19) impedimento. E pal'a incitarmos mais
aos fieis a que ouo Missa Conventual em suas Parochias, e os Paro-
chos, que, os exbortem, concedemos quarenta dias de indulgencias,
(28) assim aos fieis, que assistirem a ella, como aos Parochos, ou Sa-
cerdotes que a disserem.
370 Porque desejamos (21) muito guiar pelo caminho das vir-
tudes, e boas obras a nossos subditos para as felicidaues eternas da
gloria, e sejo grandes os fl'Uctos (22) espil'ituaes dos que frequenlo
o Santo Sacrificio da Missa, com entranlws palernaes, exhortamos em
Deos nosso Senhor a todos nossos subditos, que no s nos dias de

(13) Barbos. supra eit. dict. alleg. 24. num. 7. in fine.


(14) L Quid ergo. Si Prena gravior /T. de lis qui notanL infamo Glos. verbo
PoleriL, in cap. Archiepiseopalu de Raploribus. L. Relegali tT. de Prenis.
(15) Barbos. diet. alleg. 24. n. 18. eL 20. Frat. Emmall. pago 520. ConsLi-
luL. Leonis X. die 13. Novemb. 1517. eL ClemenLis 'III. die 2. Seplemb. 1592.
(16) Cap. Missas curo seq. de Conseer. disto 1.
(17) Gomes lom. 3. Variar. c. 1. n. 57. verso EL idem est. Menoeh. remedo
9. reeup. n. 36. et seq. Caldo ad lego Si cllratorem verbo, vel adversal'ii dolo n.
53' Barb. ad Lext. in cap. 1. de Deliet. puer. n. 2.
(18) Conslit. Ulyssiponens. lib. 4. lit. 5. decl. 1. Si 2.
(19) De impedimenLis, quro hujus prroeepLi lransgressorem liberant, lra-
clant Suar. dispo 8. secl. 6. PaI. dict. lract.22. d. unie. punct. ult. per lolum.
(20) Cap. Cum ex eo de Prenil. el remisso eL ibi Barb. n. 5. et de 1'0Les-
tal. Epise. p. 3. aIleg. 88. n. 14. Telles ad texL. in e. fin. de PreniL. eL remisso
n. 6.
(21) Episeopi ad solieitudines pro Dei gloria vocaLi sunt. Barbos. de
Polest. Episeop. p. 1. lil. 1. gloso 2. n. 6.
(22) Tridenl. sess. 22. de Sacrilleio .Missro cap. 1. et 2. D. Aug. de CiviLat.
Dei Lib. 10. cap. 10. Suares lom. 3. d. 79. secL. 3. eonel. 4.. Vasq. 3. p. d. 228.
C. l~. n. 26. et tom. 3. in 3. )l. d. 79. secl. 3. verso Dico qnarto. l~agllndes in
prrecepl. 1. lib. 4. cap. 2. n. 15. eL cap. 4.
DO ARCEBISPADO DA BAHL4.. H7
obrigao, mas cm todos procurem, quanto lhes for possivel, ouvir
Missa, tendo commodidade para o fazer; leml)l'ando-se que os que se
acbo presentes a e1la, tem parte neste sacrificial que propiciatorio
(23) pal'a os peccados, e que nelle recebero a espiritual felicidade de
ver a Deos (2.&) uesta "ida mortal, posto que obscuramente debaixo
das cspecies sacramentaes.
TITULOXTI.
DA OBRIGAO DE GUARDAR os DOMINGOS, E DIAS SA1'TOS, E QUAES SEJO.

371 Como a obl'gao de honral' a Deos to natural aos ho-


mens, que o mesmo lume da razo a mostra, muito justo, que te-
nhamos alguns dias todos dedicados ao Divino culto, em que nos oc-
cupemos em rendel' a Deos graas pelos innumeraveis beneficios, que
clelle temos recebido, e continuamente (1) recebemos. E pOI'que para
o Jazermos necessaria a quietao de todas as obras servis, (2) e per-
turbaes profanas, descanando, e abstendo-nos de as exercitar, por
direito Divino est dedicado algum tempo ao Divino culto, o qual deter-
minou a Igreja, pondo-nos obl'igao de guardar certos dias, e festas do
auno, sob pena de peccado mortal, em memoria das mercs neHes rece-
bidas de Deos Nosso Senhor como so os Domingos, (3) pela merc da
creao, e da Resurreio de Chl'isto, e outros dias. (J,) por honra, e
yenerao dos Santos a que se dedico.
372 E pam satisfazel'mos a este preceito ohrigao abster de
todo o trabalho, e obra servil, (5) e mecanica, e autos (6) judiciaes, co-
meando a guardal' da meia noite. (7) at outl'a meia noite, e occupaudo
o dia em exercicios louvaveis, fugindo dos peccados, e occasies de os
commeller, fazendo obras do servio, gloria, e honra de Deos nosso
Scnhor; e em louvor dos Santos, em cuja memoria se manda guardar o
tal dia.
373 E para que todo o fiel Chl'isto saiba os dias, que obriga-
do a guardal', e se no tenha delles ignorancia, nos pareceo declarar
ncsla Constituio, assim os que o direito manda guardar, como os que
particularmente ordenamos se guardem neste nosso Arcebispado.

(23) Trid. diet. sess. 22. e. 2. Tenenl S. Augusl. S. Greg. S. Ambr. Azor,
ct alii, quos citai Barb. ad dielum Trid. n. 2.
(2l~) D. Joan. Chrysost. Homil. 60. ad pop. Anlioch. ibi: Quol nune dieunl:
vellem ipsius formam aspicere, figuram, vestimenla, ea1ceamenlal Eeee, eum
vides, ipsum langis, ipsum manducas.
("1) PaI. p. 2. lract. 9. d. 1. punet. 1. n. 1. el5.
(2) PaI. loe. eilal. n. 5. et puoet. 3. 4. el 5.
(3) C. Pl'onuneiand, e. Sabbalo de Conscel'. dist. 3. cap. Conqneslus de
fcriis.
(4) DU. in C. 1. de Cooseer. clisl. 3. el cap. nH. de feriis. PaI. loe. cil. pun-
cl. 1. n. 6. el7. Abr. de Paroe. lib. 8. cap. 6. secl. 1. n. 336. SuaI". lib. 2. de
lcstis cap. 9.
. (o) PaI. p. 2. de Observai. feslor. Irael. 9. punel. 5. DD. ad lexl. in cap.
LICel. de fel'iis. D. Thomas 1. 2. q. 122. al'l. !~.
(6) Cap. de ferii ; :el Conslal ex lrib. cap. W. q. 4.
(7) Cap. Consuluil2 k de Ome. clPolesl. judo delegal. Gons, ad reg. 8.
CallecI. Glos, J 1. n. 10. el 11,
14.8 cu NSTlTU IES
DIAS SANTOS ~lOVEIS, QUE NO 'rE~[ DIA FIXO '0 ALENDARIO.

Todos os Domingos (8) do anno.


Domingo dc Paschoa da Rcsurrcio, c a Segunda, (9) e Tera
Fcira seguintcs.
Quinta Feira (10) da Asceno de Nosso Scnhor Jesus Christo.
Dia do Espirilo Santo, com os dous dias (11) immediatamente
seguin tes.
Quinta Feira, (12) em quc a Igrcja uniycrsal celebra a festa do
Corpo de Deos.
37 h E ainda, que em Quinta Feira, e Se.ola da Semana Santa no ha
por direito obrigao dc ouvil' Missa, nem de cessai' do tl'aualho, e obras
servis, (13) com tudo ex.hortamos a nossos subditos, que da Quinta
Feira, depois de se expor o Santssimo Sacramento, at scr acabado na
Sex.ta Feira o o.ITicio da manh, se abstenho dc trabalhar, ao menos em
pulllico, c frequentem a Igl'eja acompanhando o Santissimo Sacramen-
to com muita devoo, e rcvcrencia.
DIAS SANTOS QUE TEiU DL\ FIXO NO CALENDARIO,

JA lEIRO.
Ao 1. o a Circulllciso (H) dc nosso Senhor Jesus Cluislo.
Aos 6 a Epiphanja, (15) que se diz dia de Reis.
FE ERElRO.
Aos 2 a Purificao (16) dc Jossa Scnhora.
Aos 21, S. Mathias (17) Apostolo, e no anno bissexto aos 25.
MARO.
Aos 19 S. Jos, (18) Esposo da Virgem ossa Senhora.
Aos 25 a Annunciao (19) de Nossa Senhora.
MAIO.
Ao 1. S. Fclippe, (20) e Santiago Apostolos.
0

(8) Cap. Pronunliadum. cap. Sabbalo de Consecr. disl. 3. cap. Ornnes, eap
Con.queslus ele reriis.
(9) Cap. Conqueslus de redis, Gavanl. in Manual. yerb. Festi Llies n.7.
(10) Diel. e. Pl'ollunlianclurn 1. de Conseer. elist. 3. Abr. ele Inlil. Paroe.
lib.8. e. 6. n. 333.
('li) Diel. e. Pronnnliandum. Gavanl ubi supra. Abr. cliel. n. 333. S~lresl.
in Sumo verbo Dominica n. 3.
(12) Clern. unic. de reliq. el veneral. Sanclor. Gavanl. dil'l. n. 7.
(13) Abr. ele Tnslil.l?aroc. lib. 8. cap. 6. n. 332.
(H) C.ll11. ele Fel'iis, c. 1. ele Consecl'. disl. 3.
(15) Cap. 1. de Consecl. disto 3. C. ult. de Feriis.
(16) Cap. 1. ele ConsCCl'. di t. 3.
(l7) IJicl. e. 1. de Conse!'!'. ead. disL. 3.
(18) Gregor. XV. anno 1621. Gavanl. Yel'b. Fesli die ll. 1 in Manual.
(lV) C. ull. ele Fel'iis.
(20) C. ull. de Fel'iis, c'. 1. de C011se\:l'. disl. 3.
DO AltCElUSPADO DA B.\.lllA. 149
Aos 3 a 1m 'n(;o (21) da Sanla Cruz.

J :\BO.

AO:5 13 Salllo Antollio (22) paI' ser natural do nosso lteiuo.


Aos ~'c o Nascimento (23) de S. Joao Baptista.
Aos 29 '. Pedro, (2-") e S. Paulo pOfitolos.
JULHO.
Aos 23 Santiago (25) '\.postoJo .
.\.os 26 Sant'AIlIItI, (26) 3li da Yil'gem i\ossa Seu.1lol'a.

AGOSTO.
Aos 10 S. Lout'cn~o (27) Mat'tyr.
Aos 'J 5 a AS"11l11p~o (28) da Virgem \:0 'sa Senhora.
Aos :?'c S, I artltOlomeo (29) Apostolu.

SILTE~1J3RO .

Ao. 8 o . 'ascimcllto (30) da Vit'gem l\ossa cnltOra .


.\os 21 S. lIIaUllCos (31) Apostolo.
Aos 29 a Dcdicu.O (32) de S. Migucl At'chanjo.
o T BRO.
Aos 28 S. Simo, (33) e S. Judas ApOSlolo.
NOYEMBRO.
o 1 a rc 'la (3") de todos os Santos.
Aos 30 Sanlo .\llllt' (35) \postolo.

(21) C. Cl'lu:is. 19. llc CUll ccr. disl. 3.


(::2:.!) .~rgull1. lcxl. iII d. c. 1. dc Consccl'. rlisL. 3. (;aruil!. \crb. Fcsli lie
11. S.
(::2:1) C. ult. de Fcriis, c. 1. de Consccl'. disl. 3.
(2'1.) Tcxt. in c. Omuc , cl iu c. Conqucstu ull. dc Fcriis. Guvaul. ubi su-
Jll'. II. 7.
(:~5) 'Ics!. iII cup. Prommeiallllum dc Couscc. dis!. 3. c. nH. dcfcl'iis.
(2li) Gregol'. XV. aUllo 1622. Gavuul. ubi Sllpl'. IIUl1h13.
(27} ])jcl.
c. llronuulialldntn. rt dicl. c. Couque lu
(2 ') DicL.c. Pronullliandulll, ct uicl. c. Conquc'lu .
(::2~')
Dicl. c. Pronunliandun ct dict. c. Cunque lu'.
(30) Di 'loc. Pronuuliul1l1ulD, ct dicL c, C nqueslus.
(ll) Dict. . Conqucsl.
(32 DicL c. Pronunliallullm, clrlicL c. Conqu llls.
(33) Dit:L cup. PrullunLiulloJull 1. de COI1ccr. di~l. 3. ollqll'cslu_ de
Fcrii .
(:.1'1) Cllll. (k Fcrij~; (~. vallt. vrrb. FtSli di-es )1. 7.
(;jj 1)i~l. " I'rollulll,ntlullI, cl t.licl. C. Cullqueslus.
.1 t
150 CO~STITUI~E
DEZEMBnO.
Aos 8 a Conceio (36) da Virgem Kossa Senhora, Padrocil'a do nos-
so Reino.
Aos 3 S. Francisco Xavier, (37) se guardar s6mente nesta Cidade, e
suburbios, por ser Padre'o della.
Aos 21 S. Thom (38) Apostolo.
Aos 25 o Nascimento (39) de nosso Senhor Jesus Christo.
Aos 26 Santo Estevo (.&O) Protomartyr.
Aos 27 S. Joo Apostolo, (.H) e Evangelista.
Aos 28 os Santos (/'2) Innocelltes.
Aos 31 S. Silvestl'e (43) Papa.
375 E maudamos tambem que em cada Igreja Paroehial deste
110SS0 Arcebispado se guarde o dia da festa pl'incipal do (H) Orago,
E no poder nem-um inferior Parocbo, ou Prelado de Religio dar ou-
tros alguns dias de guarda, soh pella de procedermos contra elles como
nos pa I'ecer.
376 E mandamos aos mesmos Parochos, que na estao que
aos Domingos so obrigados a fazer a seus /i'eguezes, lhes demmciem
(/'5) os dias Santos, que vierem na semana que entra declarando-lhes
especicadamente, que nos ditos dias no podem trabalhar, e so obri-
gados a ou\ ir Missa nelles, como fica dito.
TIT LO XIII.
DAS UBRAS QUE So PROHIBIDA NOS DIAS DE G AnDA, E DAS I'Ei'iAS Q"VE
IUYEUO os QUE AS FIZEREM.

377 Porque no bem que nos poucos dias, que Deos l'eSenl
para seu cullo, e venerao, se occupem os fieis em obras sens, ne-
gando-lhe com ingralido esla pequena parle do tempo, que p:ll'a si to-
mou, dirigido ao espiritual remedio de nossas almas, trabalhando, ou
consentindo que trabalhem os que tem debaix.o de sua administrao,
ajuntando aos peccados commetlidos esles novos peccados, dezejando
Ns em satisfaO de nosso pastoml officio remediar (quanto em Ns
101' possivel) os abusos, (1) e descuiJos que ha, e se tem introduzido
nesta materia, mandamos a todos os nossos suLJilos se abstenho nos
Domingos, e dias Santos de guarda de todo o trabalho, obras scrvs,

(36) l~acit lext. in dict. c. ult. de Feriis, el quod 8i.xLus IV. in cxlravag.
Cum priEcxcclsa de Heliq. el vcnerat. 8anclor.
(37) ArguID. texl. in c. 1. ad fino de Conscm'. disl. 3. el c. ull. de Feriis.
(38) Text. in dicl. cap. PronunlianduID, el lexl. in C. Conqueslus.
(39) Texl. in dict. cap. Pronunliandum, et lext. iu c. Conqueslus.
(fiO) Dicl. c. COJl([llCSlUS, et ibi Barb. n. 6.
(!~1) Dicla. cap. Conqueslus, el ibi TelIes J). 3.
(!~2) Dict. C. Conqueslus, et ibi Barbos. n. 8.
(43) Dicl. c, Pronunliandum, el dicl. cap. Conqueslu , ubi Barb. u. 7. cl
Gavaul. ubi supra n. 9.
(44) Com'il. Pl'ol'inciale l\Icdiul. 3. Ga,yanL. yerh. Fc li dir n. !t,j,
(45) Trid, sess. 25. ill decrcl. de lelcclu. cibor. jcjuniis, et rli 'bus feslis, el
i bi Barb. in fillc. cl rlc 1Iaroo. cap. I li, 11. tj,. Gavunl. "erb, licsti dics num. lli.
(I) Tamb. 1\101'<11. [om, !. lilJ. !l., c, 2. 2. n. 9. .
DO ARCElH..rADO DA BARU. 151
(2) r. mecanicas: e aos Parochos (3) que lenho nesle pal'liculal' tod
a vigiJancia, adverlindo sobre elle a seus fl'cguezes; c contl'a os que as-
sim o no cumprirem, procedero nosso Vigario Geral, Visitadores, Vi-
garios da Val'a, e Pal'ocbos com as penas adiante declaradas.
'" 378 E pOl'que o mais notayel abuso, qne pde haver Desta mate-
J~a, a publicidade com que os Senhores de Engenho mando lanai' a
moer C) aos Domingos, e dias Santos, mandamos a todos nossos. sulJ-
ditos ue qualquel' qualidade que sejo, se absteuho de toda a obra ser-
vil per si, ou pOI' ontrem, guardando inteiramente o preceito da Lei de
Deos, (rue prohibe trabalhar nos laes dias; o que se entende da meia
noite do Sabbado at a ontra meia noite do Domingo, e do mesmo mo-
do nos dias Santos. E supposto que havendo alguma necessidade pl'e-
cisa como offerecer-se alguma cana queimada, ou em tal estado, que
provavelmente se pel'Clel'ia com a dilao, ou outra semelbante necessi-
dade, se permitta (5) em tal caso t1'abalbar; isto se entende, pedindo
(6) primeiro licena ao Superjor, o qual declaramos, que em nossa an-
sencia, (7) ou de nosso Provisor, o Pal'ocho (8) da Fregnezia, a quem
damos poder, e faculdade pal'a dar a dila licena, constando-lhe da ne-
cessidade OCCUl'l'ente. E o que fizer o contrario, o Parocho o condem '
nal' (9) pela primeira vez em dez tostes (10) pela segunda em dous
mil ris, e pela terceira em quatro mil ris applicados para a fabrica do
corpo da IgI'eja; e perseyerando na contumacia, (11) far logo aviso ao
nosso' igal'io Geral para proceder como for justia: e contra o Paro-
cho, que niio der execuo este decreto, se proceder com todo o rigor.
379 No he menos para estranhar o deshumano, e cruel abuso,
e cOl'fuptela muito prejudicial ao servio de Deos, e bem das almas,
que em muitos senhores de escravos se tem introduzido: porque apro-
vcitando-se toda a semana do servio dos miseraveis escravos, sem lhes
darem consa alguma para seu sustenlo, Jlem vestido com que se cabro,
lhes satisfazem esta divida, (12) funda(la em direito natural, com lhe
deixarem liHes os Domingo , e llias San los, para que 11elle ganhem o

(2) C. Licet 3. de Feriis ibi: Ab omui actu serrili cessamlum: et ibi Bar-,
bos. n. 3. Pa!. dict. d. 2. puncl. 5. n. 1. Suar. lib. 2. de Feriis e. 17. Abr. de
Paroe. lib. 8. e. 6. sect. 2.
(3) Ex prredict. Trid. loc. cil. n cfeer. de Del'eclu ciborum, jejnniis, et die-
bus Cestis. Ezech. c. 3. 18. Si non annuntiaveris ei, neque loquulu' Cueris, sau-
guinem ejus de mallll tua requiram.
(4) RoseI. ,-erb. Feria ! 9. Naval'. cap. 13. n. 9. in fine.
(i) C. Licet 3. de Feriis ibi: urgente neeessitalc. Zerola iu prax. Episeop. p,
t: vcrb. Festa. !\\ 3. Quarant. in Sumo Bular. v.rb. Dies Cesl.us. Mart. de j.uris-
dlct. p. 1. c. 48. ex num. 27.
(6) Barbos. de Potesl. Episc. p. 3. alleg. 105. n. 40.
(7) Barbos. loe. cito "CI'S. Epi copu .
(8) Barb-. loe. cilat. Ga 'anlo verbo Fcsti dies D. 46. Sacl". COllgrt'gat. Ei:Jis-
copo 18. Junii 1594.
(9) Ex Bulia Pii , . ano 1566. Gavant. \"oc. cita\. num. 48:
(10) Puma in hoc casu imponitw' al1lilrio Ordinarii. Pius V.loe. cilal. Ga-
vanl. verbo l"csli <li s n. 51}.
(U) L. Quid rgo Si Pccna gr,wior tr. de Es qui nolallt. inCam. Glos. verbo
Polerit in C. Archiepi copatrrs de Raploribus.
(t2) L. Item si servi lf. de lEtlil. edic\. L Servos lI. de Alimo legal. AblT'.
rle Par. lib. 8', C. 7. seel. 5. n. 393. in l'iue. Henei E onom. Chrislo discws. L
~1.iln,13.
J52 CO- STJT IE.'
sustClO, e vestido neccssal'io. D1 0ude nasce, que o~ misenl\'eis ser-
vos no ouvem Miss3, nom gtlflnlio o preceo da Lei dc Dcos, qncpro-
hibe trabalbai' nos taes dias. Pelo que para destcl'I'al' to pCl'llicioso
ahuso contra Ocos, e contra o homem, eXhOI'l::l1l10s a lodos os nossos
sl'Ihdjtos, (13) e lhes pedimos pelas chagas de Ou'isto nosso SenlHlr, e
Rel1cmptOl', quc daqui em diante acudo com O necessario aos seus cs-
cravos, para qHe assim posso observar os dilos preceitos, e vher co-
mo (H) Christi:tos. E mandamos aos Parochos, que com todo o cui-
dado se i'uformem, e yejo se cOl1tinLa este ahuso, e achando algnl1s
culpados, e que no guardo esta Constitui o, procedero contl'a elles
Jla I'rma do decreto antecedente no num. 378 em ludo, o qne neUe se
ordena.
380 As mesmas penas havero, e se proceder do mesmo modo
conlra os Lauadores dc canas, mandiocas, e tal)acos, consentll1do qne
seus negros, e servos tl'abalbem nos Domingos, e dias Santos publica-
mente, fazendo roas para si, ou pal'a outrem, pesc3nuo, ou cal'l'egan-
do, ou descarregando harcas, ou qualquer OUlra obra dc sel'yjo prohi-
1>il1o nos tacs djas, salvo havendo U1'gente necessidade, e pedindo-so
pal'a isso (camo dizemos (15) em outro lugaL') licCJla.
-li 381 Se alguma pessoa por olficio, (16) e para vender caar, ou
l)eSC31', senlo antes da lVfissa, })agal': quatro "intens; mas isto no ha-
ver:.lugat, no quc por Suo. recreao (17) nos ditos dias caar, ou pes-
C:H' depois de (}11\~C Missa. E eslas mesmas penas havcro o Barquei-
ras (18) e carregadores de canas, trabalhando nos taes dias: o que se
no ententc contra os Bal'quc'iros de harcas de passagem, (19) porque
e tes em todo a tempo, e hora podcl'o passal' os caminhante& com o
Pato, e bcslas se as tl'ouxercm.
~ 382 Os Canriceiros, (20) qne matarem, esfol:1rem, ou venderem
canae !'!OS ditos dias, sendo antes de Missa, pagaro oito "intens, e de-
pois de Nrissa quatro vintens. Porm sendo uia Santo de guarda, e11a-
vendo cOSll1me, (21) e necessidade dc se fazerem nelle esles servios,
os poder:io J'a7.cr depois de OllYirem Missa, e com as porlas cenadas,
aonde for possivel. E deste mesmo modo com as pOI'tas fcchatlas em
qnalquel' Domingo, ou dia Santo podero render a carne, que lhes so-
b(lj:lI', mas depoi's de ouvirem Missa.
383 A mesma pena pagar loda a pessoa, que tiver loja, ou tcn-

(13) 2. ad Tmot. !~. 2. iliti: Argue, osc~l'a, incrcpa. Gal. 4,. 12. 1. Pelri
2. 11.
('l!~) Pereira in Prompluar. Maral. p. 1. I.ract. 7. q. 9. n. 152. verso Ex di-
clis. Abl'. de Paroe. lib. 8. c. 7. seet. 5. n. 393..
(15) Supra n. 378.
(16) Angelus, Sylv. Rosella, Tabiem. et ali.l, quose citat Azor I). 2. lib. 1.
c. 27. q. 7. Suar. de Relig. lib. 2. de Fesl.is c. 28. el. 3. lfagund. ele ql1inq. Ecc.
pneeept. lib. 1. enp. 11. n. '16.
(17) Palao dcbo loco puncL. 5. n. 8.
(18) Pal. loco cilt. n. 12. verso At si passim onera: Naval'. in :Manual. C. '13.
n.7-. Caiet. 2. 2. q'. 122. arl. !~. Ahr. lih. 8. cap. 6. ect. 2. n. 3'~3.
(19) Consl. .I1l:gilan. lib. 2. tit. 1. C. !~. n. 3.
(20) 1I0nac. in tel'tium pneempl.. Dccalog. d. 5. q. unic. punct. 3. nonl. 9.
C.onstiL Uyssip. lib. 2. liL 2. (lecr. 2. Si 1. vers. Nem lambelll, verb. E quanto.
(_t) Abr. dict. lib. 8. seeL. 3. n., 35~. Consli,t. POl'll1Cl , lib. 2. L.L.~.
Consl. 3. Yers. ,'I"
DO ARCEBl, 'PADO TU DA lIT \.
da nlJrJ't~ (22) de qllaesqnel' mCJ'callol'ia., ainda que srja de officiae!\
m nnicos para render: mas depois da Missa do dia da Fl'egue7.in lodc-
J' cada um dos dilos vcnuer com a pOI'[a cerrada.
-l' 38.4 Es[a prohibiiio no harer lugal' nos Boticarios, (23) (jur.
podero, fcehadas as portas yeJlder a' toda a 1101'a mel1ir,an1 ntos para
os enfermos. E lodo o omcial, que Ozcr obra (2f,) senil das que ~()
pr6hibidas em llireilo llOS dilos dias, pagal' qualro yintens: 'o Fel'-
rador (25) que ferrai' cavalgaduras sem conhecida neces ~dadc, pagar:i
por cada yez a dita pena. Os CUI'lidorcs (26) no podero nos diLo,-
dias pela manh ob pena de oiLo Yintens, enchugal' Jlublieamenlr os
couros curtidos, 011 layados; nem as Lavandeiras (27) Iaral' publjen-
mente nem de manh, ncm de tarde, sob a mesma pena, a flual, sendo
eSCl'avas, pngaro seus enhores.
-l' 385 Os Barbeiros, (28) e Cirurgies, que sangl'arem enfel'mo. ,
curarem ferida , lanarem yentosa , ou Ozerem ontra obra em ordem ii
saude dos (Ioentes, nuo incorrero pena alguma mas no podeJ';)o fazer
cabeJlo, Dem baruear, especialmente nos ditos dias pela manh ~lI)tes da
i\lis a, sem embargo de fjualquel' costume em ontrario, que reprol'a-
mos POI' abuso, e ornrptela; e os que forem comprehcnlliJos prrgariio
quatro yintens e sendo pela manh ar.tes da Missa, a dila pena (29)
em dobro.
386 E cm todos os casos pro]lihielos havendo justa causa pode-
ro dar li cna (30) pura trabalhar o nosso Pl'oYisor, 'igal'io Geral, c
os da Val'a em seus distl'ictos, c fal Lando el1es, os Pal'ocllo': porm
lhe encalTegamos muiLo a consciencia ,no demasclitasliccn.as sem
jnsta cansn, e ao fl'cguczes que no usem das licenas sem cansas
1"C'I'<iadeil'Us pOl' uma, e outra cousa ser materia de peccado mor[al.
TTTlLO XIV.
-r cmlO E POR QUE)[ no m;: SER EXrrCUT,\JUS .\S PF.K\S DOS Q 'E TIU1ULIlO
NOS DOi\[J~GOS, E DIAS S,\iWOS.
387 Porque i01pol'la pouco constituir leis, se no hoyer quem
(1) as c;ccute, manueunos ao Meirinho geral, tenha particular cuidado
de sabcl' os que trabalhO nos Domingo, e dias Santos ele gual'(la, e rlc

(22) Ga\'anl. "crb. Fesli dics n. 25. cL n. 52. Farin. Icei. 707. Lom. 11.
Fagn. ar! LcxL in e. 1. Nc Clcrici, "cl Monaehi n. 5'1-. Dal'bos. ad tcx!. in e. 1.
de Ji'el'iis n. 5.
(23) Bonac. dicL punct. 3. n. 10. PaI. p. 2. tra t. 9. d, unie. punet. 10. n.
3. ConsLit. lyssip. diel. SI 1. vcrs. Salvo.
(2!~) Con L. Uly sipon. lib. 2. tiL. 2. dccr. 2. g; 2. in principio.
(23) Di L COD L Ulys ipou. ubi supro 1. avaro in Man. e. t3. n. G. llo-
nacin. dict. pl1ncL. 3. D. 12.
(26) DicL. Conslil. ubi pl'o".;im. I'CI'S. Ncm os COl'tidorcs 101. iiI.
(27) Eadcm. Con tiLl1L dieL foI. 17 J.
(2 ) 13onac. dieL. puncL. 3. n. 10. Constit. IDyssipon. dict. foI. 171.
(29) Con L. Ulys ipoD. ubi pl'oxime.
(30) Ga\'ant. verbo Fe ti dics Du'm. 46. Hie. in pra,. in 4. p. rc olnl. 3 1.
Saora Congrego 18. ,lulii 1594. Abr. ]ib. 8. 11. 31i '. Cnn. tiL.' lr~~ipon. dict. :ii 1.
"erg. E porem, cL verso Illt.
(1) Cap. P('riculoso de Statu Rrgn1. lib, 6,
154, co:;rSTITUlES
os denunciar, e fazer com efl'eito (2) condemnal~: c lhe pl'ohibimos o
coneerUlI'-sc, e dissimular com os cllilpado.s, sob pena de ser suspenso
pOI' seis mezes do officio pela pl'i~neil'a vez, e pl'i\'ado delle pela segun-
da, alem de haver de pagar em dobro para as despezas da justia as pe-
l\ilS, que dissimula!', e a que levar por avenas. E esta mesma dispo-
sio se estende tambem aos Meh'inhos dos Vigarios em seus districtos.
388 E por qnanto o nosso Meirinho geral no pde salleT os que
tl'abalho aos Domingos, e dias San los na Comarca desta Cidade, nem
os ditos Meirinhos em seus distl'ictos, mandamos a todos os Vigarios,
e Curas elejo cada anno por \'olos {la sua Freguzia uma, ou duas pes-
soas tementes a Deas, de s conscicllcia, que seja Juiz, ou Procurador
da Igreja, em que no houver Meirinho, ao qual poderO ohrigar, que
aceite o dito omcio, pois ordenado ao servio de Deos; c o dito Juiz,
(3) ou Procl1l'ador da Igreja ter cuidado de saber os que trabalho, e
mandr'O trahalhar nos Domingos, e dias Sanlios, e os dar em r(ll ao
Vigado. 011 Cura; e o dito Vigario, 01l Cura os mandar 3. Ns, ou a
nosso Provisor, ou Visitadores, e nas Comarcas aos Vigal'os da Val'a
em seus distl'ictos, para que sendo os delinquentes convencidos, se cas-
tiguem como mel'eeerem. E onde houver Meirinho, elle fal' o dito rol,
e pagar-se-lhe-ha ao dito Juiz, ou PI'ocurador da Igl'eja a diligencia,
que fizerem, e o trabalho, que tiverem, .das penas, que ao nosso Meil'i-
Ilho vierem das ditas condemnaes.
389 E posto que nesta Constituio est determinada pena certa
contra os que trahalbo nos Dom~ngos, e dias Santos de gUaI'da, com
tudo assim o nosso Vigario Geral, como os da Vara, podero aCI'escen-
taI' a pena (4) segundo pedirem aIS circunstancias do tempo, lugal" e
escalldalo, que resultar, e confiumacia dos culpados, e tombem as po-
dero diminui!" pedindo-o tambem assim as mesmas circunstancias.
390 E ainda que aos Principes seculares no pertence mandar,
que alguns dias se guardem, por ser cousa pertencente pl'vativamente
jurisdio espiritual, (5) com tudo, conforme a direito, (6) podem pu-
nir 03 subditos, que no guard'arem os dias Santos dados peja Igreja de
preceito, e assim lhes est encommendado, e encarregado pela Extra-
vagante do Santo Papa Pio V, (7) com que fica sendo este crime rnixti
fori, e ba Jugal' a pl'eVellao. Por tanto encommendamos muito aos
MInistros de S. Magestade attentem por isso, e castiguem os que no-
cumprem este preceito.

(2) Sacro Congro Conei!. in Hoslullens. 3i. Julii 1627. Gavallt. verbo Festi
dies n. !~8. Barb. de Posto Episc. p. 3. alleg. 10i:;" n. 41. Fius Y. in sua Conslit.
5. ~ Cum vero, verso ln aliis autem. Solo de JustiLia lib. 2. q. 4. post mediulU.
(3) Const. JEgitaniens. lib. 3. tit. 10. C. 3. foI. 287.
(4) L. Aut festa verso Sed h,cc ff. de P~nis. L. Quid ergo . Prena gravior
Ir. de Iis, qui notanl. infamo Glos. verbo Poterit iu C. Arcbiep.iscopatu de Ra-
ptoribus.
(5) Suar. de Relig. tom. 1. lib. 2. C. 12. n. 6.
(6) L. ult. ff. de Fers. Cabcdo p. 1. deei . 87. Congrego Episcop.. 21. Au-
gusti 1613 Gavant. verbo Festi dies n. 49.
(7) Anu. 1566.
DO ALlCElllSPADO DA RUfIA.
TITULO XV.
P.\lU QUE l'OS UOJl1~GOS, E DIAS SA.:WOS DE GU.\RD. SE NO BO A.CTOS
J};DJCIAES DE JURISDIO CO."iTENCIOSA.

-l' 391 Como nos llias lledicados pela Igreja em revel'encia, e Lon-
I'a de Dcos seja com'eniente, que cesse todo o estrondo, e figura de
juizo contencioso, pal'a que os fieis fiquem mais habeis para se occllpa-
rem tOllos em divinos louvores, (J) assim por direito, como por mui-
tos Concilios so prohibidos nos ditos dias todos os actos judiciaes de
.jlll'sdi o (2) conlcnciosa. E confol'mando-nos com a dila disposio,
estl'citamente pl'o!Iibimos: que nos Domingos, e dias Santos dc gnarda
sc fao audiencias processos, dcvassas, summarios, citaes, C.Outl'OS
semeUlantes aclos, e diligencias de jl1l'isdico conlenciosa: e o Juiz,
Ministro, ou Omcial de Juslia, que fizcr o conlralio do disposto nesla
Constituio, pagar pela primeira vez dous cl'Uzados, c sendo mais
vezes comprchenditlo, sc proceder contra elle como sua culpa merc:-
ceI', alem dos ditos actos ficarcm nullos, ainda que sejo feitos de con-
seutim nto das partes. Porm esta Constiluio no haver lugar, se
a causa <Juc se tratar nos taes'dias for (3) pia, ou necessari-a, (L) das
que, conforme a lureito, U') se potlem tratar, e processar nos ditos dias,
TITULO XVI.
DA INS'l'IT I.'iO, E EP1'EITOS DO JEJ nJ, E DOS Q};E so OmUGADOS A JEJU.\R.

392 Como nossa carne fa.a continua gucrra ao espirita (1) e o


jejum flue o solido fundamento da castidade, (2) eslingua os ardores
da lasci"ia, a Santa Igreja conformando-se (3) com o direito Dirinoins-
tituio, e ordenou (.&) ccrtos tempos, c dias de jejum, para que com a
(J) SexLa Synod. general. ConsLanLinopolit. c. 8. llal. p. 2. Lraet. 9. de oh-
sel'v. fesLor. pUlIet. 1. Il. 7. 'uvar. in l\:[allual. e. 23. 11. 2. vers. LerLio diximus.
D. Thom. 2. 2. q. 122. arL. l~.
(2) Gap. ConquesLus de Ferii . L. ulL. cod. de Feriis. }lagund. de quinq.
Ecclcs. prroeept. lib. 1. e. 13. n. '16. Suar. Lom. 1. de Uelig. lib. 2. de Fc lis c.
30. n. 16.
(3) L. 2. Cod. de Feriis. L. Dies fT. de Feriis. L. CusLodias !T. de Puh. judo
Tomine pieLatis quid inte1ligatur bie? CaieL. 2.2. q. 12-2. Azor. lib. 1. cap. 27.
q. 11. et 12. Uonac. d. ii. de LerLio DecaI. pr<ccepto q. ullie. p. 2. num. 9.
(!I.) L. ulL. COII. de Fcriis. Quid Ilomine necessitas hic inLolligatur, oxpli-
canL Osticus. ct Fanorlll. in e. lllL. Ge Feriis, Suar. tom. 'l. do Relig. lih. 2. c.
30. n. 19. Azor. tom. 2. fnsLiL. Moral. lib. 1. c. 27. q. 12. lla1. de Observal. fes-
lor. p. 2. traL. 9. d. unie. puncl. 7. Il. 17.
(5) C. ulL. clc Feriis. L. 1. O' de Fcriis. L. 2. !T. eodem til. Glos. BarLol. in
L. lIlL. Cod. col1em tiL. c. Siglficaverunt de Jndie. DD. supra allcgati.
(1) Paul. alI GalaL. 5.1'1. D. Aug. lib. 8. courc S. C. 11. .
(2) D. Amhros. lib. de Elia, et jejun. cap. 3. ibi. lfullclamcntum est c,lsLl-
laLis: eL D. Gregor. ciL. ab \.hr u de P;ll'oe. Jib. 1. e. 16. n. 137. ibi: Abstinen-
LiR cibol'um contra hoe vitium libidli' fortissima eSt; si enim ignis libido est,
SllbLl'abis igni materiam, cum eibos subtrahis.
. (3) Jcjllnia flon sunL ilryeuta Romanorum Pontil1cum COl'llel. lu :'\I'gUlU.
111 Episl. D. Paul. verso ~oLa sexto D. .\mbros. ~cnll. 25. cL 2G. D. MaxIIIl. Ilo-
mil. 1. rle J ejullio Ouad.agessill1.
(-' C. Quaclrilgl:~illl. de t:oll5cc. disl. 1. rapo (aluimu., cap. Seire rapo J~
co~ 'TlTUJK'

alJstillclI~ia uo c.omcl', (5) 1 eher 'e l'cmedeem e I'Cpal' m o damnos,


que a de lemperana e gula causo em lJO sa alma" e para que o:,
corpos, e Jesohedient a e tas rales se castiguem e mortifiquem com
a ahstinencia, e se reduzo a sugeio Chrisl deixando o e pirilo mais
Jine, e com mais foras pam obrar o que cOJlvem a sahao, e COIl-
1'01'mal1(10-. e em tudo com a yontaue de seu Creallor e II uemplor.
393 Pelo que mandamos aos nossos subditos guardem esle pre-
c.LilO, como sflo (6) obrigados, e encommelluamos-Ihe muito que Se hil-
jo de maneil'a, que 11o smenle o jejum apl'oveile aos COI'pOS, abslcn-
'do-se dos manjares, mas tambem s almas au lendo-se (7) tlos pecca-
dos. E que nos dias de jejum, se lhes for possivel, ouo Mi sa, e c
exercitem em outras obras de piedade Chl'i l, para que alcancem o Hill
do jejum (8) e sinlo em suas almas os proveilosos e/feito (!. deI/c.
39!. K ourigado a esle preceilo lodo o fiel Chl'i:lo, tanto que
chega atei' yinte e um anuos (LO) perfeitos, e uahi para cima; e a o!Jl'i-
ga '50 do jejum Ecclesiastico CaD iSlO na alJstinencia de todo o gen '1'0
de carne, (1 j) e em se comer uma s vel (12) no dia, e na 1101':1 coslu-
mada (13) pela IljTeja.
395 E encarregamos muilo aos Paro !los (H) de no so :\rcebis-
patlo admoestem, e exborlem a sens fl'egllezes uaS eslu os observan-
cia uesle preceito: e aos pais (15) que supposlo seus filhos lio lcnho
idatle que os Qbl'igue os ensinem a jejuar alguns dias para que orno
lenras plantas com o exercicio da Yrlude da abstincllcia vo (crescendo
lIas mais Yil'ludes: e eSll'Dhem muiLo aos que lendo legitima idade Do
oh errarem este preceilo, como so obrigados.
396 Esto eSCtl os do preceito do Jejum, o que lem justa cau-
juninm 2. Uist. 76. cap. Experla. C(lp. ConsiliulU de Obe el'l'auL. jcjun. C(lp. Jc-
junia, C. Sabbalo de Cooecr. disL. 3.
(:5) Idem Cornel. in omlllenl. in Epist. Pauli ad Roman. cap. H. n. 17.
ibi: Idem palCl injejuniis Eeclesiast. &c..
(j) Greg. de YalellL. . 9. q. 2. punct. 1. el 2.
(7) Ts,li. 158. r\onoe 110C est magis Jejl:niulU quoo elegi"? Dissolve colligaLi-
onem impiclalis. D. Aug. lra t. 17. in Joan. JcjuniuID maguuID, a' gClleralc csL
abslinere ab iniquilalibus. D. llasil. nom. 1.
(8) D. Tbom. 2. 2. q. 1!~7. arL. 15. A Cunha ael lexL. in c. Quadragcsim. 5.
disL. 1," n. 1," et ad lext. in C. Jejuniulll 1. 7li. elisL.
(9) Cap. Bujns ob ervanlia~ (j. dist. 76. D. llieron. Epist. 2. contra ,lovilli-
'ln. Joel C. 2. Daniel '10. DD. alllcxL. in cap. Ne lale', et in e. Legimus de Con-
seer. di L. 1. \ Cunha at.l lexL. in C. HUjU5 observo supr. cital.
(to) D. 'fllom ..~. 2. q. 11,.7. n, !l. Sylrius ean. G8. Apo Lo nassa~us 1l. 2. verb.
Jejuuium sccllTlc1uID n. L
. (U) C. Slaluillll1s (lisL. .'l'. c. De esu earnium de Cousecr. rlist. 3. Concil.
Gerundens. cap. 3. Azul'. tom. 1. lib. 7. C. 8. q.::l. et C. 10. q. G. Sancho iuSe-
lecL. lI. 5J. n. !l,. Srlv. ibi. Tol t. lib. li. C. 2. II. '1,
("1:.) D. Thom. 2. 2. q. '1.'1.7. art. li. \zor. lom. t. lib, 7, c, 9, q, L BeI-
larm. de Conlrorers. Chrisli lidei conlroy. 3. lib. 2, c. 2. Abbas in Rub. de Ob-
serva L. jejulI, n. 3. :Meclill, de Jejuu. q. t. .
(13) D. 1'hom. iII ". c1isL. 10. q, 3. al'L. 2, q. ~. CaieL. 2. 2. q. 1 n. cl JIl
Sumo "erb. Jcjunium II. 13.. anch, lib. ti. Opuse..Moral. e. 1. lub. H. DOl1at,
d. ulL. de prrocepl. Ec 'I. q. L pUlle\. 4. .
(l!l.) lIanc arlmoniLiollelU pl'obal Zachas quJ' L. rnctlicolrgal. lo 11, 1. IIh.
5, liL. 1. q. 3. ii li. '15. CUI1I sCIJ.
(lSi l'ola"il D. 1'llul1l. 2.2, q. 1't7. <I1'L. !l" . IIlullill. 2. p. lil. ti. (,~.
~ '~. Elig, Bass,cu. lOI11. 2. ,iejul1. 2. ill G. !.rsau, iII ~;U1l\. ,"cril, .'rjunilllll 11. (j,
";illl 'h. ill ~clet'l. ti. b'l. 11.7.
DO ARCEBISPADO DA BAlllA. 157
sa, (16) como so os enfermos, mulheres prenhes, e as que cJ'io com
seu leite, e os Lavradores, Cavauores de enxada, Cortadores de cana,
Carpinteiros, Peureiros, Fel'l'eiros, Sel'l'albeil'Os, Camioheiros de p, e
todos os mais que exercilo ameio, que se no pde obl'ar sem traba-
lho, que quebranta, (17) e cana notavelmente o corpo; e no basta o
trabalho de qualquer oficial, que [01' compativel com o jejum, por ser
opinio, que est reprovada pela S Apostolica pai' decreto do Papa
Alexandre VII passado em 18 de Maro de 1666.
397 Tambem so escusas do jejum (18) os que no podem ha-
ver o comei' necessario para poderem jejuar: e regularmente as pessoas
que passo de sessenta annos (19) de idade, os que exercito obras es-
pil'ituaes, e de misericordia, (20) as ql1aes no poclerio exercitar je-
juando, como os Pregadores, Lentes, Conl'essores, os qne servem nos
HospiLacs, e outros semelhantes.
398 E cm todas estas causas devem as pessoas, que as tiverem,
examinar com grande considerao, se sO taes, que verdadeiramente
(21) os escuscm. E quando as causas I'orem dubias, de tal sorte, que
por si as no pqsso resolveI', nos devcm pedir (22) dispensao, ou
declarao (23) aos Medicos, e em falta delles aos Conl'essores, (2h) ou
pessoas doutas, porque no errem em materia de tanta importancia.
-!' 399 E cada um dos Parochos, sob pena de cinco tostes por cada
falta para a S, e fabrica d Igreja, leia, (25) e publique esta Constitui-
o a seus fregl1ezcs cm cada um anDo no primeiro Domingo antes da
Qual'csma.
TITULO X.Vlf.
D.\ D"ISJ\O DO JEJUM: FRMA EM QUE SE DEVE GUARDAR o ECCLESIASTICO: AS
VEZES, A.. nORA, E QUANTIDA.DE QUE SE PDE COnmR.

400 Conl'orme os Santos Padres, (1) c decretos dos Sagrados (2)

(16) Naval'. c. 21. n. 16. Azor. p 1. lib. 7. c. 27. q. 7. Bonac. d. ullim. de


prroeept. Eecl. q. 1. punct. ult. PaI. p. 7. tmct. 1. el. 3. 5. n. l~. cum seq.
('17) Fagundes lih. de Eecl. prrecept. ubi de Jejllnio C. 8. n. 15. et 16. PaI.
p. 7. lmct. 1. d. 3. PUllr:t. 2. I\) 5. n. tO.
(18) Bass. p. 2. jejullio 2. n. 6. Abr. de Paroc. lib. 8. C. 14. sess. 3. n. 625.
vel's. Secunda e t. D. Thom. 2. 2. q. 1!l.7. art. l~. ad4. et in !f. dist. 15. q. 3.
arl. 2. g. 4..
(19) Angeles iu Oorib. 1. p. q. 6. dilTic. 6. Emm,m. S verb. Jejuniull1 n.
9. Thom. Sam;b. iu Selecl. el. M. n. 8. Caslro l'al. p. 7. d. 3. punct. 2. I\) 5. n. G.
(20) Naval'. c. 21. n. '16. Valeu. d. 9. q. 2. punct. 5. Bonac. d. ullim. de
pl<recpt. Eccles. q. 1. puncl. uI L. n. 13 Fagunel. c. 8. in fine. Maior. disto 15. q.
3. colo 5.
(2'1) flass. tom. 2. verb. Jcjuniull1 secunrlull1 n. 6. PaI. elict.l\) 5. n. '.
(22) Elig. Bass. 10m. 2. jejun. 2. n. H. Less. c. dub. 5. n. 34. ToleL. lib.
6. c. 4. n. 1).
(23) Castro Palao dict. p . 7. IracL. 1. d. 3. puncl. 2. !li 5. n. li. verso in casu.
(2!~) Bass. dicl. jejllll. s cuuuo n. 11.
(21)) Ad qu<n 'frid. scsS. 21>. in decrel. de ueleclu cibor. el jejllu. Faeil Ga-
vaul. vel'b.Paroehus num. 7.
(I) D. Thom. 2. 2. q. 1I7. arl. 2..D. Basil. Homil.1. ele Jejun. D. AlIg.
lra~l. 17. iII Joann. el Serm. 230. D. 1\111l1l'os. de Jejul1. C. 9. S. Epbrcm agens
de Jcjuu. c. 9. D. ALhan. iu Serm. ati Vil'gincs.
(2) C. Deuiquc disl. "" C. Jcjuuilln1 25. de COllscur. disL. 5.
20
158 CO NSTITUlE.
Canones ha tres modos, ou generos de jejum. Espiritual, (3) a que
chamo grande, geral, e perfeito jejum, e consiste na abstinencia de to-
dos os vicios, e illicitos gostos do mundo .
.&01 Natural, que consiste na abstinencia de toda a comida, e be-
bida, ainda que seja medicinal, da meia noite em que comea o dia na-
tUl'al, at a outra meia noite seguinte, cm que se acaba; (/,) este jejum
necessario pal'a celebrar, (5) e commungar, (6) excepto quando a
Communho se toma por viatico no caso (7) de necessidade .
.&02 Ecclesiastico, que o de que tratamos, consiste, como j
diss'emos, na abstinencia de todo o genero de carne, (8) e em comer
uma s vez no dia na hOl'a costumada pela Igreja, o qual dia se entende
tambem da meia noite precedente, at a meia noite (9) seguinte.
"'03 No principio da Igreja a hora detel'minaLla de comer no dia
(le jejum era s tres (10) depois do meio dia; mas depois se introduzio,
que fosse das onze horas (11) da manh por diante, e pde ser antes
com justa (12) Causa. E ainda que a abslinencia do jejum Ecclesiasti-
co consista em se comer uma s vez no dia, introduzio lambem o cos-
tume de toda a Igreja, que noite se pudesse tomar uma bl'eve collao
(13) para remediaI' a fraquezadosestomagos, chamada vulgarmente con-
soada, a qual deve ser s naquella quantidade, que baste para isso, con-
fo:'me as terras, e pessoas, que jejuarem, regulando-se (1[,) pelo que
nesta materia obro as pessoas tementes a Deos, que trato de obser-
var pontualmente o preceito do jejum .
.&04 Esta ol'dem se poder "al'ar havendo justa causa, consoan-
do pela manh, ou ao meio dia, e jantando (15) noite, guardando-se
(3) Isai. 58. Nonne boc est magis jejunium, quod elegi? D. Aug. lracl. 17.
in Joan. Jejunium magnum, ac generale esl abslinere ab iniquitaLibus.
(4) Non Lamen malhemalice compu lata. Pasqualigus in prax. jejun. EccJes.
decis. 158. 159. et160.
(5) Concil. Cartbagin. 3. cano 29. relalum in c. Sacramenta Altar. de COll-
secr. dist. 1. Concil. African. subo Banir. 1. can. 8.
(6) D. Chrysost. Homi!. 27. in Epist. 1. Corinlh. C. 11. D. Aug. Epist. 118.
c. 9. D. Thom. q. 80. arl. 8. Vasq. d. 211. Suar. n. 68. secl. 3. eL secI.
(7) Suar. d. 68. sect. 5. et 6. },aym. lib. 5. Sumo tract. 4. c. 6. secl. 6. Pe-
reir. tom. 2. tracl. 38. de Eucharist. sect. 3. n. 1030. verso Quod altinet. Tam-
bur. de Commun. cap. 2. ~ 8.
(8) Sylvest. verbo Jejunium num. 9. Caiet. ibi. Azar tom. 1. lib. 7. c. 8. q.
3. Bellarm. de banis operibus in practic. lib. 2. C. 1. Fagund. lib. 4. de quinq.
Eccles. prrecept. C. 2. n. 1. eL seq.
(9) Pasqualig. in prax. jejun. Eccl. decis. 11>8. 11>9. et 160. Bnss. verbo Com-
munia Sacra D. 46. tom. 1.. cLLom. 2. verbo Jejonium n. 11.
(10) C. SolenL de Consecr. dist.1. D. Thom. 2. 2. q. 147. arL. 7. Covar.lib.
lj., c. 20. n. 1f~. Abu!. in Mallh. 6. q. 163.
(11) Coval'. loco citalo. tessius lib. fk c. 2. dub. 2. n. 13. Fagund. de Je-
JUDo C. 3. n. 3. Azorlib. 7. C. 11. q. 2. cL 3. Bonac. d. ult. de prrec. Ecc!. q. 1.
puncl. 4,. in principio.
- (12) lla1. p. 7. traet. 1. d. 3. ~. 3. Abr. de Paroe. lib. 8. secl. 3. cap. 14. n
6'19. verso Anlicipari. Bass. tom. 2. jejnn. 2. num.16. verso Ex justa cama.
(13-) D. Thom. 2. 2. q. H. arl. 8. Naval'. C. 21. n. 12. Coval'. 1m. 4. variar.
C. 29. n. 11.
(14.) Abbas Rub. deobserval. jejuu. coI. 1. tayman lib. 4,. Sumo lrael. 8.
C. 1. n. 8. et 9. PaI. V. 7. lraet. 1. punel. 2. 2. D. 4. verso Qualilas ibi: (luo
circa in !Jac parte consneludini, usuique limoralorl.lm virorum sldum est.
(15) Abr. dicl. lib. 8. c. H. sedo 3. n. 619. verso CoIlalionelU. Va!. loc.
;upr. cilat. 3. n. 6. ibi: Posila al.llcm honesl caus,l &c.
DO ARCEBISPADO DA BARIA. 15~)

porm a mesma parcimonia na quantidade decomer. Tambem quand0


alem do janlar, e consoada se comeI' alguma cousa por modo de medi-
cina, ('16) ou por esquecimento, (17) e inadvertencia natural, e incu]pa-
vel, no se quebl'a o jejum.
1.05 Ainda, que o costume tenha introduzido, que na Vigilia do
ascimento (18) ile Christo Senhol' nosso se possa consoar mais algu-
ma cousa do ordinario; com tudo, porque por abuso, e corruptela a]ar-
go alguns tanto a consoada deste dia, que passa a ser larga cea, e
quebro o preceito do jejum: desejaudo Ns desterrar os abusos, que
nesta materia a gula, e o demouio tem introduzido em grave damno das
almas, mandamos aos Parochos, que no Domingo, ou dia Santo antece-
dente "espera do Natal, admoestem a seus freguezes observancia do
jejum deste to celcbl'e dia, e llle declal'em, que se pde estender a
consoada da dila noite smente a outro tanto, do que a consoada ordi-
naria, em frma que sendo a commum, e ordinal'ia de oito onas (19)
no possa ser a consoada da "espera de Natal mais que (20) de dezascis.
TITULO XVIII.
DOS DIAS En! QUE OBRIGA o PRECEITO DO JEJUM, E QUE os PAROCHOS os
DENUNCIEM AO po,'o.
.&06 Por()ue todos tcnbo noticia, e no possa algum allegar ig-
norancia dos dias em que pl'ohibido o comer carne, (' em que ha obri-
gao de jejuai', assim por preceito da Igreja, como pOI' estas nossas.
(1) Constituies, ordenamos aos Parochos, que nos Domingos do anno
estao da Missa Comentual denunciem, (2) e expliquem a seus fre-
guezes os dias de jejum que occorrem naquella semana, e que com-
mette (3) peceado mortal quem tendo legitima idade, sem ter impedi-
mento que o escuse, deixa de jejuar: e lhes mandamos no dem outros
dias de jejum, que os aqui declarados, o que todos cumpriro, sob

(16) Paludan. disto 15. q. l~. art. 4. Sylv. verbo Jejunium, q. 3. Les.lib./-.
cap. 2. dub. 2. n. 10. Laym.Iib. 4. tract. 8. Cilp. 1. num 7.
(17) Pill. loco citat. dict. SI 3. n. 10.
(18) Abr. de Paroc. Iib. 8. C. 14. sect. 3. n. 618. in fine.
(19) Villalob. tract. 23. diffic. 7. n. 4. Bonac. de Quinq. Eccles. prrecept
d. uIl' q. 1. punct. 3. n. 2. Fagund. de Jejun. c. 4. n. 18. Elig. Bass. tom. 2. je-
jun. 2. n. 11.
(20) Azor, p. 1. Iib. 7. c. 8. q.8. ad finem. Fagund. de Jej"un. C. 40 n.19.
PaI. p. 7. tract. L d, 3. punct. 2. 2. n. 7. Elig. Bass. tom. 2. jejUl}o n. 2.11.
BarL. ad text. in C. Ex parle 3. de Observ. jej unior. fi. 3. Diana Resol. Moral. p. f.
tracl. de Jejunio r.esol. 35.
o 0(1) Cap. Rogaliones de Consecr. disto 3. Polest enim Episcopus nova jeju-
D.la mdicere. Elig. Bass. tom. 2. jejun. 2. in SuppIcmenlo n. 7. Barbos. ad Con-
~1I. oTrid. sess. 25. de Reform. in decr. de Delectucibor. n. !~. Imo transferreje-
Jun~~m Eccles. data justa causa, Bonac. Fagund. SyIv. Naval'. cum Bass. tom.
2. JeJun. 2. n. !~. verso Ex diclis.
(2) Trid. sess. 25. in decreto de Delectu cibor. Barb. de omc. et potest. Par.
p. 1. C. 16. &. 2. Ugohn. de Olr. Epise-. eo. 6. Sl 3. n. 3. Gavant. verbo Parocho-
rum mUnera n. 7. verso Jejunfa.
Pa (3). Ex Ca~on. 68. Apos~oF. Coneil. Gangr. ~an. 19. }l', Ambl'. Sermo 25.
normlt. RubI. de Observo J Jun. n. 11. Coval'. lIb. 4. vallal. c.20. n. 10. A-
201' p. 1. Tn lil. Moral. c. 8. CI.. 2. Le S. Iib. l~. c. 2. dub. 5. n. 33.
1GO CO TITUIES
pena de se procedeI' contra elles confol'me mcreer sua culpa, 011 seu
descuido: e os dias em que 11a obrigao de jejuai' so os seguintes.
Das MO"E1S EM QUE HA OBRIGAO DE JEJ AR.

Toda a Quaresma desde Quarta Fel':l de Cinza at Sabbado Santo in-


clusive, excepto os Domingos.
As qMatro Temporas do anno, a saber, a primeim Quarta Feira, Sexta,
e SablJado do terceiro Domingo do Advento.
A pl'imeira Quarta Feira, Sexta, e Sabbado depois do pl'imeiro Domin-
go da Quaresma.
A primeira Quarta Feira, Sexta, e SablJado depois do Domingo de Pen-
tecoste. festa do Espirito Santo.
A primeira Quarta Feira, Sexta, e Sabbado depois da Ce ta da Exalta-
o de Santa Cruz em Setembro.
A Vigilia da Asceno de nosso Senhor JESUS Christo.
A Viglia de Pentecoste.
JEJ ~I DAS FESTAS. FIXAS.

FEVEREfiO.
Ao 1 a Vespera da Purificao de nossa Senhol'a.
Aos 23 a Viglia de S. Mathias Apostolo, e sendo bissexto aos 2.4.
JU HO.
Aos 23 a Vigilia do Nascimento de S. Joo Baptista.
Aos 28 a Vigilia de S. Pedro, e S. Paulo Apostolos.
JULHO.
Aos 2!t a Vigilia de Santiago Apostolo.
AGOSTO .
.(\.os 9 a Vigilia de S. Loureno Martyr.
Aos 14 a Viglia da Assumpo de Nossa Senllol'a.
Aos 23 a Vigilia de S. Bartbolomeo Apostolo.
SETEMBRO.
A.os 7 Vespera do Nascimento de Jossa Senhora.
ao 20 a Vigilia de S. MatLheosApostolo.
OUTUBRO.
Aos 27 a Viglia de S. Simo, e S. Judas Apostolos.
o.s 3.1 a Vigilia de Lodos os Santos.
00 ARGE13J. PADO DA BARIA. 161
NO EMBRO.
Aos 29 :l Vigilia de Santo Andl' Apostolo.
DEZEMBRO.
Aos 20 a Vigilia de S. Thom Apostolo.
Aos 21, a Viglia (10 Nascimento ue nosso Senhor JESUS Ou'isto.
h7 E porque o jejum indica penitencia, e aIDio, (h) e no <.lia
de Domingo celebramos o prazer, e gosto (5) da Resurreio de Christo,
cseria diminui!' a alegria deste dia o involver-senelle a tristeza, (6) e mor-
tificao do jejum, e tambem para condemnar a heresia, e erro dos Ma-
nicheos, que dizio sei' introduzido o jejum do Domingo em despreso
(7) da Resurreio de Chl'isto, tirou a Igreja Calholica o jejum dos Do-
mingos da Quaresma, e dispoz, que occol'l'endo a Vigilia de algum San-
lo em Domingo, se jejuasse no Sabbado (8) antecedente. Por tanto de-
claramos, que cahindo algum dos sohreditos dias, que a Igreja manda
jejuar, em Domingo, se ha de jejuar no Sabbado immediatamente pre-
cedenle: porm se cahi!' nos dias de qualquer Santo de guarda, no
cessa ne1les a obrigao do jejum, sa1Yo se a vespera de S. Joo Bap-
lista cahl' em dia de Corpo de Deos, (9) porque pOI' ser dia de tanta
solemnidade se no jejuar neste dia, mas na Quarta Feira antecedente,
como declarou o Papa Leo X.
TITULO XIX.
DA PROHInlO DE co~mR CARNE NO 'rEMPO DA QUARES~L\, E MAIS DIAS
PRoHlBmos.
408 E prohibido por direito Canonico (1) comer carne em todos
os dias da Quaresma, que comeo de Quarta Feira de Cinza at Sab-
bado vespera da Paschoa, e em todas as Sextas Feiras, e Sabbados de
cada (2) semana. Tambem prollibido comeI-a na Segunda Feim, Ter-
a, e Quarta das Ladainhas (3) de Maio, em as quatro Temporas (/,) do

(4) C. Jejunium. 7. 76. dist. Bass. tom. 2. jejun. 2. SupplemenL. n. 4.


(5) C. fino 30. dist. c. Scire dist. 76.
. . (6) Glos. in C. de Jejunio 3.76. disto verso Jejunium' et dominica, cap. Jc-
JUllJum, C. Nequis de Conscer. disto 3. Ciacon. ue Observo jejun. C. 5.
(7) C. Si quis 7. et ibi Glos. verbo Contemplu disto 30. et ibi A'Cunha
num. 2.
(8) C. Ex parte de Observat. jejun. 1. Valent. tom. 2. d. 9. q. 2. punct.
4. Azor cap. 16. q. 7. Reginald. lib. 4. n. 188.
(9) Diana tom. 3. tracL. 3. resolut. 88. ~ 3.
(1) C. Quadl'agesima de Consecr. dist. 3. c. Slaluimus, c. Scire. Jejuni-
um. 2. dist. 76.c. jejunia de Consem'. disto 3. C. Ex parte, C. Consilium de Ob-
selV. jejuniol'um.
(2) Azo1'. lib. 7. cap. 15. alis 26. q. 3. Bass. tom. 2. jejun. 2. in Supplem.
n. 5. verso OUm, et verso Jejunillm. I.ayrn. lib. 1. Sumo tract. 8, C. 2, n. 3.
(3) C. Rogationcs de Consecr. disto 3. Sylv. 2.2. q. 147. art. 5. Fagund. de
prrecep. 4.. Eccles. lib. 1. C. 6. n. 8,
(!~) C. Slatllimus, c. Scire, C. Jejunillm 2. di t. 7G,
162 CONSTITUIES
anno, e em lodos os mais dias em que ha obrigao de jejuar, por ser
da essencia do jejum (5) a ahstioencia da carne.
/,09 Porm quando o dia do Nascimento de nosso Senhol' JESUS
Chl'isto cahir em Sexla Feira, ou Sabbado, pde-se no tal dia comer
came (6) pela excel1encia da festa, que se celebra, tirados aquelJes que
por voto, (7) ou obsCl'vancia regulaI' (8) esto especialmente obrigados
a jejuar, como est declal'ado por direito.
41 O~ Alem de outras, ha uma dilferena entre este pI'eceHo de
no comer came, e o de jejuai'; e , que o do jejum no obriga aos que
no tem idade de vinte e um ao nos (9) completos, nem commumente
aos velhos, que passo de sessenta anDos; (10) mas o de no comeI'
came nos ditos dias, e tempo, obriga aos que passo de sele annos,
(11) tendo uiscrio, e no eslo escusos delle os velhos (12) POI' mais
idade, que tenho.
1,11 E porque a prohibiO dos ovos, e lacticinios no tempo da
Quaresma smenle Ecclesiaslica, (13) e se pde tirar, e moderar por
costnme legitimamente prescriplo (U) com tolerancia, e permisso dos
Prelados, e em muitas partes deste nosso Aroebispado est tirada, de-
claramos, que nos taes lugares, assim nos que eSliverem longe dos
portos do mar, como nos oulros, onde houver costume de mais de qua-
renta annos introduzido de se comerem na Quaresma ovos, e lacticinios,
poder guardar-se o tal costume, comendo as ditas cousas, sem que
nisso se CQmmeLta algum peccado.
TITULO XX.
DE SE NO VENDER, Nim CORTAR CARNE NO TEMPO DA QUARES1\lA, E NOS MAIS,
DJAS Enl QUE SE PROHlBE, E DAS PENAS QUE HAVER, QUEM FIZER
o CONTRARIO.

"".&12 Porl1ue no s devemos evitar os peccados de nossos subdi-


tOS, mas tambem, quanto em Ns for, as occasies de cauir nelIes, (1)

(5) Pa}. p. 7. tract. 1. d. 2. punct. 1. Si 1. num. 3. Syl~. verbo Jej'unium D.


9. Azor. tom. 1. lib. 7. c. 8. q. 3: Lcssius lib. ~" c. 2. dub. 2. n. 8. Laym.lib.
4. lract. 8. c. 1.
(6) C. Explicari de Observat. jejun.
(7) C. uU. de Observo jejunior. Sylvest. verbo Jejunium n. 27. Suar. lom.2.
de Relig. lib. 4. C. 20. num. 7.
(8) Rodrig. tom. 2. qurest. reguI. q. 100. art. j. Sylv. verbo Jejunium n. 18.
Lesana verbo Jejnnium n. 6. 13erd. in cons. reg. resoI. 18. II. 6. Portel verbo Je-
junium n. 2. in dnbiis reg.
(9) D. Thom. 2. 2. q. 11~7. n. lh Sylv:. canon. 68. Apostolorum.
(10') Angles in florib. 1. p. q. 6. diff. 6. S verbo Jejuninm num. 9.
in edil. Tbom. Sancho lib. 7. de l\iatl'im. d. 32.num.17. Joan. Sancho in Se-
lecl. d. 51~. num. 8.
(11) 13ass. tem. 2. jcjunio 2. nnm. 6. verso Cer~um est. AzOt,. p. 1. Instit.
Moral. lib. 7. C. 27. q. 2. Fagund. C. 8. n. 8. Sancho lib. 1. c.12. n. 6.
(12) Elig. 13ass. tom. 2. jejun. 2. n. 6. verso Mihi autem.
(13) Text. in C. Deniqne rlisl. 4.
(1l~) D. Thom. 2. 2. q. 147. art. nU. Abbas in Rnb. de observo jejun. n. 5.
Naval'. in Sumo C. 21. n. 3. Greg. de Valens. d. 9. q. 2. punet. 3. Less. IiI>, 4.
C. 2. dnb. 2. n. 8.
(1) D. Aug. relatus in e. Nolo 12. q. 1.
DO AItCEBlSPADO D\. BAHIA. 163
ordenamos, e mandamos cm virtude de obediencia, e sob pena ue ex- ,
communho maior (2) aos Almotaceis, e quaesquel' officiaes de juslia
secular, a que pertencer, nllo consinto que se talbe, crte, ou venda
publicamente nos aougues, Praas, ruas, ou quitandas, no tempo da
Quaresma came, que no sirva para os doenles .
.j< 413 E sob a mesma pena de excommunho, e de siuco cruzados
por cada vez prohibimos a cada um dos Marchantes, Cal'lliceiros, e
quaesquer outras pessoas, que no cortem, nem vendo carne no dito
tempo da Quaresma' pOl'm podero vender, e cortar a carne necessa-
ria (3) pra os doentes. Fra do tempo da Quaresma nos oulros
dias de jejum, ou em que prohibido comer-se came, no pl'ohibimos,
que se possa matar, cortar, e vender qualquer carne que seja, para se
haver de comer nos dias, em que no prohibida.
TITULO XXI.
-r nos DIZInlOS, I'RIMIClAS, EOBLAES: QUE COISA SEJO Dlznros, E COMO
'ronosos FIEIS os DEVEM PAGAR INTEIRAMENTE, EQUEPECGADOFAZEM,
E PENAS EM QUE INCORREM, SE os NO I>AGO .

.& H Dizimas so a decima parle de todos os bens moveis lici.la-


mente adquiridos, devida a Deos, e a seus Ministros por instituio Di-
'~lla, (1) e constituio humana (2). E assim como so 1res sortes de
bens moveis, ou [mctos, prediaes, pessoaes, e mixtos, lambem so tres
as especies de dizimos. Reaes, ou prediaes, (3) so a decima parle de-
vida dos [ructos de todas as novidades colhidas nos pretlios, e terras,
ou naso per si sem trabalho, ou cultura do,s homens, ou sendo traba-
lhados com sua industria. Pessoaes (4) so a decima parte dos fl'llCtO&
meramente industl'iaes, que cada um adquire com a iudustria de sua
pessoa. l\'Iixtos (5) so a decima parle dos [ruclos, que provm parle
1)01' 'industria dos homens, parte dos predios: como so os que se p-
go de animaes, caa, e aves que se crio, e peixes que se ])esco.
Chamo-se mixtos, porque nestes fl'uctos obra a industria dos ho-
meus, e muito mais qne nos outros prediaes meramente.
(2) Gavalll. verbo Quadragesima D. 11. et 12. Cone. Provinc. Mediol. 5.
ConstiL. Ulyssip. lib. 2. til. 3. 3.
(3) GaAant. verbo Quadragesim. n. 14. ibi: Neque omnis carnis genus, sed
quod esL usui rogrotis.
(1) Ex cap. 22. el23. Exodi, c. 27. Levilicis, Deuteron. C. 14. Luc. e. 10.
Faul. 1. ad Corint. 9. Glos. in C. A'nobis, ct iu C. Nuper de Decimjs. Rcbuf. de
Decimis q. 1. n. H Ceval. q. 1~37. PeLr. Greg. Synt. juris lib. 2. C. 2'1. Barb. Jur.
o EccIes. lom. 2. lib. 3. C. 26. et in collect. ad texto in c. Parochianos 14, n. 2. et 4.
(2) C. Tua nobis, C. Parochianos de Decimis, C. Decimas lllt. 16. q. 1. C.
~aiores, cap. Qulnque qmest. 1. Fagunde~ in quinq, Eccl. prffic~pt. prroc. 5.
Itb. 1. C. 1. Villalob. in Sumo p. 1. tI'. 33. dJIl'. 1. n. 2. Barb. loco cllae. . ,
(3) C. Cnm sint homines 18. C. Ex parle 21. cap. Non cst 22. de DCClmls,
c,, Omnes deciJme 5. 16. q. 7. D. 'Horn. 2.2. q. 87 arl. 2. Abb. in cap. Pervc-
IlIt de Decimis. SuaI'. C. 31~. n. 2. }\zor. lib. 7. e. 35. q. 9.
(4) C. Ad AposLolicffi 20. de Decimis. PaI. de Decimis tracl.1. d. unic.
pU~ct. 6. n. 4. Suar. tom. 1. de Relgione lract. 2. lib. 1. c.31. n. 3. Fagund. cle
{IUInL. Eccl. prrocepL. lilJ.1. C. 1. n. 10.
() Cap. Omnes rlecim,e 5.16. q. 7. C. T'61'''cnit. 5. c. Ex lrallsmis a 23. C.
Pasloralis 28. de Decilll.
ltH CON TIl' lE
J.j.5 Como lodos ns devemos mostrar pontualmente observantes
dos preceitos Divinos, mui conveniente que sejamos mui cuidado-
sos na observancia deste de pagaI' os dizimos assim porque justo, que
a Deos de quem procedem lodos os bens, (6) se pague inleiramente a de-
cima parte de todos os fmctos, que como Divino tributo reservou para
si, em signal de seu universal dominio, como por no experimentar-
mos a sua Divina (7) indignao, e os terriveis castigos com que amea-
a os que defraudo os dizimos, e fallo a esta obrigao. 1)01' lanlo
conformando-nos com a disposio de direilo, e Sagl'ado Concilio Tl'i-
dentino, (8) no somente admoestamos com chal'idade Chrisl, e patm'-
nal amol' a lodos nossos subditos, mas tambem lhe mandamos em vir-
lude de obediencia, e sob pena de excommuobo (9) maior, que inlei-
ramente, e sem diminuio alguma paguem o dizimo ue ludo aos Ren-
deiros de S. Magestade, a quem pertencem por concesso POlllificia,
como Gro Meslre, e administl'ador da OI'llem, e Cavallaria de nosso
Senhor JESUS Chrislo, no o diminuindo, relendo, ou dilatando. Por-
que os que isto fazem, e no pago o dizimo, como devem, commet-
tem (10) peceado de furto (11) a Ns reservado, (12) e de que no po-
uem ser absoltos sem primeiro plenariamcllte restituirem; alem de in-
correrem oulras penas eSlabelecidas em (13) em direilo, Concilios, e
Breves Aposlolicos. E finalmenle pagando inleirameule o dizimo, po-
dero conseguir os premios (1/,) lemporaes, e eternos, e eritar os cas-
ligos (15) da pobresa, e esterilidade, e outros com que a justia Divina
ameaa por seus Santos, e Profetas aos transgressores deste preceito.
TITULO XXU.
-r Dl;] COliJO os PA110CJlOS Jlo DE LEU NA ESTAO o CAPITULO l'RECEDENTE: E
o PlIEGADORES, E CONFESSORES PEllSUADIR E ACONSELHAR ESTA OBllIGAO.
[,16 Para que de materia to gl'a\'e, como a do preceilo de pa-
gar os dizimos, no possa haver ignorancia, e todos os fieis com pl'omp-
la yontade a observem, mandamos a lodos os Parochos (1) de nosso
Arcebispado soh pena de obediencia, que nas estaes que fizerem a
eus fl'egnezes nos primeiros Domingos do mez de Abril, de Agosto, e
(6) C. Tua nobis ele Decimis, et ibi Glos. Barb. ele Olf. el PoLesl Par. p. 3.
c.2 . ~ 1. n. 36. D. Thom. 2. 2. quresl. 87. art. 2.
(7) C. Tua nobis ele Decimis.
(8) Cap. Pervenil. 5. c. Non esL 22. de Decimis. Tl'idenl. sess. 20. de lle-
formo C. 12. el ibi Barbos. n. 4. Bonac. de pl'rec. Ecc!. q. 5. PUl1cl. 1. 11. 3.
(9) C. Omnes decimre 6. q. 'J. c. PCl'venil, c. Ad hrec, c. E' parle 21. de .
Decimis.
(10) Cap. Pervenit, c. Freqllenli ele Deeimis. Less. lib. 2. C. 39. dub. 3. n.
16. Sylvesl. verbo Decimre n. 15. 3. Fagund. de 5. Eccl. pl'roc. lib. 1. c. "'.. n.
7. Bonac. d. ull. de qllinl. Ecc!. prroc. q. 5. p. 3. n. l6.
(11) Cap. Decimre 16. q. 1. D. Tllom. 2.2. q. 87. Cone. Tl'id. sess. 25. de
Uerom. c. 12. ad illa verba: lles alicnas il1v<iClunl.
(12) ln his COl1slillllionib. numel'. 177. caso 7.
(13) llarb. de Paroe. p. 3. cap. 28. ~ 4. n. 16. 17. 18. el 19.
(14) Cap. Decimro 16. q. 1. llroverb.13. Malach. 3.
(15) Cap. ArlmOllf'IllUS 16. q. 2. PsalOl. 106. J rem. "'" D. Aug. Sermo
2l9. Abu!. ia Lel'il. 23. q. '17. COllslil. Bl'achal. lil. 30. consl. L fol. 379.
(I) Isaim 1i8. Anllllnlia populo meo scelcl'a COJ'lIIll.
DO ARCEBl. 'P \.D DA BAHlA. lG5
de Dezembro, e nos mais dias declarados no titulo 7.1, do fino quinto
llestas Constitui1ies, Ibes leio a Constituio precedcnte, e depois de li-
da lhes declarem a obl'igao que tem de pagar dizimos, (2) para que
,'enho no conhecimcnto dos castigos, (3) que nosso Senhor d na es-
terilidade das terras, e destemperana dos tempos, porque muitas "e-
zes so eITeitos da Divina Justia justamente merccidos, por se no
cumprir inteira, e fielmente com este preceito.
/,17 E pOI'que o direito obriga, sob pena dc peccado mortal, aos
(A) Prcgadol'es (ainda scndo Regulares) a que ex.hortcrn, e persua-
dO nos Sel'lnes, que fizerem no primeiro, qual'lo, e ultimo Domingo
da Ql!arcsma e nas festas da Asceno de Chl'isto, Pentecostes, As-
sump.o, e J:'ascimcnto da Virgem l\'ossa Senhora, e nas Domillgas de
OutuDro (o que s de'e entenuer, quando os Parochos das Igrejas as-
sim lh'o (5) I' querem) pOl' tanto exhorlamos, e mandamos aos Prega-
dores, que nos Sermes, e Praticas, que fizcl't~m nas ditas festas prin-
cipalmente, assim o cnmpro, e guardem, maiormcllLe pregando fra
ela Cidade; bastando lJue ucntro della os COllfessol'cS (6) fao a mesma
cxhorLao, E os Parochos, quando isto requererem, mostraro (sen-
elo necessario) aos Pregadores esta nossa Constituio, para que ycjo
o peccado, CJue commeltem, (7) e entendo que por 1's I,odem sercas-
ligados, (8) c tambem suspensos do exercicio da pregao.

TIT LO XXIII.

-r D.\.S 1\0\' IDADES, E FHUCTOS, E DO MAIS DE QUE SE DEYE P.\.G.\.R DlZIMOS.


hJ8 Conformc a doutrina do Apostolo S, Paulo, (1) nem o que
planta, nem o quc rcga, mas Deos o que d o incl'Cmento dos fl'uc-
tos C POI' e sa razo em sigoal de seu universal (2) dominio, justamen-
te rescI'vou para si a decima parte de todos (3). E assim conforme a
direito, (li) se dcve Igreja o dizimo inteiro de lodos os fl'UCtOS, e no-

(2) Cap. 1\011 csL 22. c. Nunlios G. e. Ex parle 10. e. 1'arochianos 14. de
Decimis.
(3) .Ialach. 3. c. RcvcrLimini 6.':;' 16. q. 1. cl. iui mos vcru. 1'crdidiSl.is, el.
"erb. Aut <:crugo. Conslil.. iEgitan. lib. 2. til. 3. c. i, 11.1.
(Ij.) Clem. (:upicnLcs 3. de 1'amis, cl. ibi Barbos. n. 1. cl 2. cap. DisCl:CtiOJ
1. de Dccimis lib, 6. el. ibi Barb. n. 1. Vivian. in Ral.ion. lib. 3. pago 27:6. DD
ad texL. io cap. 1. de Decimis Jiu. 6. tco X, in Concil. Lateran.
(5) Barb. de Ofl'. aL PotesL. 1'aroch, p. 3. cap. 28. ~ Ij.. D. 22. ConsLiL. ft:gi-
I.an. lib. 2. tiL. 3. cap. 2.
(6) Clement. Cupienl.es de Pcenis. RebuL lracL. de Deeimis q. 13. num.
109. ]11'. Emman. qu<:csl.. re~u1. tom, 2. q./j.Ij.. urL. 8. "
(7) Barb. in Clem. Cuplenle' de Pmnis n. 1. et de 01I. et Poles!. 1'aroe. p.
3. cap. 28. ~ /~. 11. 22.
(8) Clem. CupienLes de Pmnis. Con L. iEn-ilal1. lib. 2. IiI. 3. cap. 2. Portu-
ClI lib. 2. tiL. Ij.. con L 3. verso 2. foI. 202.

(J) Paul. I. \d Corint. 3. cap. Cum 110\1 siL in bomine 33. de Deeimis.
(2) c,ap. Gurn non sinl in homine 33. cap. Tua nos 26. ele Decimis. Reuuf.
de Decimis q, 2. num. I. Barb. ad Tricl. sess. 21.>. cap. 12.
(3) Cap. Ex parl 21. de Dr 'inli~1 cap. OIllI1CS deeimID 5.16. rr. 7. ..
('I.) Cap. KOIl r~l' Cilp. K' parlo 1. c, "encnil 'il(', Frequrl1li de DCClIms,
21
Hi6 CO~STIT IES
yidade : como so mandioca, milho, arroz, assuc:lI', tabaco, bananas,
aipins, baLatas, faras, feijes, e antros legumes; laranjas, limes, ci-
dras, hortali,as, e cousas semelhantes.
1,19 Das maueiras, (5) e lenhas se deve tambem pagar a decima
parte, havendo pal'::l isso ol'dem de S. Magestade como Gro Mestre: c
universalmente de todos os fructos da telTa, (6) ou naso naturalmen-
te, ou por il1(lustria (7) dos homens: e isto ou os ditos fructos se gas-
Lem logo, ou se guardem, ou rendo. E quantlo se colherem, e gas-
tamm pelo miutlo, como succede em alguns fructos, se poder pagara
di7.imo a respeito do que rendcrio, (8) se se vendessem; pai' se evi-
tarem os inconvenientes, que do contrario se seguem. E (las madeiras,
e lenhas que certamente se venderem, se pagar a decima pal'te do pre-
o (9) cm que se venderem, hayendo a dila Real ordem, como dizemos.
1,20 E qualquer costume em contrario, pelo qual se pretcndallo
se haver de pagar o dizimo de algum frucLo ou novidade condemna-
mos por abuso, (10) e cOl'J'llptela, aiuua que seja de tempo antiquissi-
mo: pai' quanto nesLes dizimas se no pde isemptar alguem cm parte,
ou em Lodo por cosLume algum, ou prescripo (11). POl'm no pro-
hibimos, que se homer costume de longo tempo, pelo qual cm lugar
(le dizimo se pague conliecena, (12) assim se observe, e guarde; de
Salte, que no Gear isemplo de todo algum fructo, sem com elle fazer
reconhecimento a Deos nosso SenhO!': o que cada um arbitrar segundo
o seu zelo, e e 'aco Christ.
421 E porque o melhor frucLo da lerra na estimaiio dos ho-
mens so as pedras preciosas, mineraes de ouro, prata, e cobre, e ou-
tl'OS, por esta mesma cansa de,e ser mais esacto o reconhecimento, e
paga do. dizimo a Deos, dando-se inteiramente no de dez peul'as pl'e-
eiosas uma, mas a deeima parte do preo, (13) porque qualquel' dellas
for vendida, e avaliada. E nesta mesma confol'miade se de"e pagar
dizimo do ouro, que se tirai', (1/,) ou seja de beLa, ou de lavagem, e dos
outros metaes: salvo se S. Magestade como Gro Mestre o recehe nos

cap. Nemo 11. q. 3. Suar. de Religion. tom. 1. Lract. 2. lib. 1. cap. 34,. n. 3. eL
4. Barb. de Paroc. p. 3. cap. 28. 1. Hum. 1. cum rnulLis.
(5) Barb. de omc. et PolesL. Paroch. p. 2. cap. 28. 1. n. u.. cum Re-
bufo et l'Ionet. ab eo ciLaLis.
(6) Cap. 1.'1'011 est, cap. i\'untio , cap. Ex parLe, 1. de Decimis. Suar ubi pro-
ximc. 1\Ionel. de Decimis cap. 4.
(7) Ex jnrib. supradiclis. Barb. de omc. eL Poteslo Paroe. p. 3. cap. 2.
n. 1.
(8) ConsLit. Portuens. lib. 2. tiL. 4. consLiL. 4. \'ers. 1. /'01. 203.
(9) Bonac. ill pra'ceplo Eccles. dispo uU. q. 15. punct. 3. n. 9. ver. Addo
Consto PorLnen .lib. 2. liL. l~. conslit. 1( vnrs. 2.
(iO) Cap. 1. de Consuelud. Glos. ull. in cap. ln aliquibus de Deeimjs. Cons-
tit. iTlgitan. lib. 2. tiL. 3. cap. 4. n. 1.
(11) Cap. 1. de ConsueLud. Glos. nU. in cap. ln aliquibus deDecimis. Cons-
tit. Ulyssip. lib. 2. LiL/j,. decr. 2. in princp. verso E qualqner.
(12) ConsL. Ulysipon.locociLaLO.
(13) Barb. J nr. Ecclesiast. lib. 3. C. 26. L. n. 22. eL de OlT. et Polest. Pa-
roe. p. 3. C. 28. ~ t. n. 22. l\cbuf. q. 8. n. 23. Monelo de Decimis cap. 4. n. 33.
(14.) L. Cuncli Cod. de 1'1ela1l0r. lib. '11. lJarb. dieL. cap. 28. 1. n. 22. ct
c1ict. cap. 26. n. 23.l\IoneL. de Dccimis. dist. cap. ".. 34,. Solorzan. de Jndiar. jul'.
tum. 2. lib. 3. cap. 21. it n. lO. cum CJq. ellib, 15. cap. 1. n, 23. uSCJu alI.
n. 215.
DO ARCEBT. 'PADO DA nARIA. 1G7
quinlos. E ;1cl\>el'limo , que o' dizimo a Deos se deye salisfazer pri-
meiro, (15) do que se pague qualquel' outro tributo, foro, ou penso,
pOI' sei' assim conforme : disposiO de direito: a qual mandamos guar-
dai' III virtude de obediencia, e sob pena de cxc.ommunho maior, e de
se pagar o dizimo em dobro. Do uizimo se no dcre tirai' nem a se-
mente, que se semeou, nem o custo que se fez na laroura, cultUl'a,
adubio, e pI'eparao da terra, nem outras algumas despezas de qual-
lJuer gencro que sejo, (16) sem cmbargo de qualquer costume que em
contl'ario haja, o qual reprovamos, e condemnamos pOl' erro, e abuso
rcprovado por direito Canonico, (17) prejudicial s Igrejas, e conscien-
cias dc nossos subditos.

TI1' LO XXI\.

-r COMO SE D;EVE){ P.~GAR os DlZIMOS, AQUE os DOUTORES CHAMO nnXTOS.

/,22 Devem-se conforme a direito Canonico (1) dizimos de todos


os animaes, gados, aves, pehes, enchames, mel, cera, l, queijos, lei-
te, e mantciga: e por isso encontro manifestamente o preceito da Igre-
ja os que no pago dizimos destas cousas. Pelo que conformando-
nos com a disposiO de direito, ordenamos, e mandamos a cada um de
nossos subditos cm virtude de obediencia, e sob pena deexcommnnbo
maiol', que o dizimo do gado se paguc de dez cabeas uma, das quaes
e colher o dono dellas (2) uma para si, e das nove que ficarem esco-
lher outra para o dizimo. E scndo as caheas degado smentecinco,
havcr o Rendeiro a quem pertence o dizimo a metade de uma, ou a
metade do preo, (3) porque foi avaliada. E nesta conformidade re -
pectivamente se pagar o dizimo sendo menos as cabeas ele gado.
/,23 Tambem nesta frma se pagar o dizimo dos patos, (la) adens,
PCI'', galinhas, fl'3ngos,' e outras aves crcadas mo. E po.rq.ne Do
juslo, que os gados, e animaes se dizimem seno sendo de tempo, e

(L5) Cap. Tua nobis 26. et ibi Barb.,. 6. cap. Cum nON sil in homine 33'
de Decimis, et ibi Barb. D.1. Coval'. variar. lib. 1. c. 17. n. 13. coI. 1. Caldas-
de Empl. cap.. 9. n. 7. Themud. 1>,2. decis. 1l~2. Gama decis. 150. n. 1. Valasc..
de Jur. emphyl. p. 1. q. 17. D. 10.
(Hi) C. Tua lIollis 26. de DeciJllis ibi; Non quidem dcduclis sumplibus, aut
f<'mine separalo. Monet de Decimis cap. 6. num. 30. Abc. de Paroc. )i.b. 8. cap.
H. secl. 6. n. 639. verso Secundum es!. 'iv. decis. "'.. II. 14. DD. ad lC;I;t. in
I,ap. Non esl 22. de Decimis. Sol. de Justil. Iib. 9,. q. !~. aft. 2. Suar. tom. 1. de
nelig. lib. 1. de Divino cullu cap. 35. n. 3. el !~.
(L7) Cap. 1. de Consuelud. Glos. uI!. in C:lp. Tn al-iqU'ib. de Deei-rnis, cap.
Cum homines, cap. Non esl, cap. Ex parte, cap. Tua, cap. Pastoralis de Decimis.
Cnsl. JEgilan. lib. 2. til. 3. c. 7. in prillcip. ct n. 1.
(1) Cap. ulllio 6. q. i'on cst 22. de Decimis. Glos. in cap. Ad Aposlolicre
20. c~ texl. in cap. Cum homines 7. ct ibi Barbos. n. 5. eod. til. de Decimis.
(2) Ad ea qUIe tcxt. in cap. Omne decim;:c 16. q. 7. ZeroI. in prax. Epis-
copo verbo Decimre SI 9. Tondl1t. 1. p. rcfol. Benefic. cap. 67. n.4. et !l.
(3) Ad cu qUiC Con til. Ulyssip. lib. 2 til. "'" decrel. 3. 1. ,-ers. E a for-
ma. Cou til. Portuens. lib. 2. tit. I. Con t. !l.
(!~) GLo . 1. llI. cap. Cum ill lua 30. de Decimi-. Conslil. lilyssip. lib. 2. tiL
"". decl'. :~. ,S. I. ill pl'il.ll'ip. rol. 189.
168 CO:'{STIT IE.
idade, em que j posso manlet'-se, e Cl'ear-se sem as miiis, (5) orde-
namos lambem, e mandamos, sob as mesmas penas, que as bestas, e
gado se no dizimem, nem avaliem para uellas se pagar dizimo, seno
sendo de um anno. E, havendo costume acerca do tempo, em que se
llOuverem de dizimar, mandamos se guarde, sendo de longo tempo, e
legitimamente (6) prescl'ipto.
h2!~ Deve-se finalmente confol'me a dil'eito Canonico dizimo in-
teiro sem diminuio alguma dos fl'uctos, e ganhos dos engenhos de
assucar, (7) moinhos, azenhas, fornos de po, telha, tijolo, e cal: edos
pombaes, pesqueiras, agoas-ardentes, e cousas semelhantes; como das
mais novidades. POI' tanto mandamos, que o dizimo das ditas COl1sas
se pague na frma, que por direito est ordenado, sob as penas impos-
tas nos titulos pl'eCedenles. E onde houver costume legitimamente
prescripto de se no pagar de dez um, (8) mas certa quautia, se guar-
dar, assim nos engenhos, como nas mais consas sobl'editas feitas an-
tes desta Constituio. Porm o tal costume se no estender (9) a al-
guma das ditas cousas, que de novo se fizerem, posto que se fao nas
mesmas Freguezias, e sejo dos mesmos donos das antigas, porque
confol'me a direito se no estende o costume de uma pl'opriedade a ou-
ira' pelo que das que de no\'o se fizerem, se pagar o dizo de dez um.

TIT LO L~V.

DOS DIZIMOS PESSOAES, E CO:HECEl\.\S.

-l' 1,25 Conforme os Sagrados Canones no s se devem s Igl'ejas,


e Ministros deltas os dizimos prediaes, e mixlos, como fica dito, mas
outros que se chamo pessoaes, (1) que so a decima parte de todo o
ganho, e lucro lic.itamente adquirillo por via cle qualquer omcio artifi-
cio, lrato, mercancia, soMada, jornaes ue qualquer sel'vio, til'aflos os

(5) Cap. Cum homines 7. eL ibi Rarb, n. 5. cap. Non esL 22. eL ibi Rarb. n.
4. eL aeI lexL in cap. Ad AposLoliee 20. n. 5. de Deeimi . Pel'el'. Lom. 2. Lrae!.
28. de Deeimis n, 133. PaI. de Deeim. d. uno puneL. 8. n. 4. Rebuf. de Decimis
q. 6. n. 30. Suar. Lom. 1. de Relig.lib. 1. de Divino ulLu e. 37. n. 6. Less. de
.lusLit. Lom. 1. lib. 2. de Decimis cap. 39. dub. 3.
(6) Consto lEgitan. lib. 2. LiL 3. oap. 12, n. 1. fol. 158. Ulyssip. lib. 1-
LiL. f~. deeret. 3. 1. veIS. nH.
(7) Cap. Ex ll'ansmissa 23. cap. Pervenit 5. de Deeimis. Rebuf. de Deeimis
q. 8. n. 7. Gulier. FraeL lib. 1. q. 18. n. 19. Suar. d Relig. lib. 1. e. 16. eL
cap. 31. n. 2. eL 7. eL cap. 3[~. n. 1. lUonet. de Deeimis cap. 4. n. 36.
(8) GuLier. lib. 2. Canonic. oap. 20. n. 64. Coval'. lib. 1 C. 17. n. 8. Suar.
lib. 1. cap. 12. n. 7. Fagundes de 5. Ecel. pl'lEeepL. lib. 3. e. 1. l'ereir. Lom. 2.
de Deeimis t.racL. 28. seeL. 5. q. 2. eL q. 3. num. 1M.
(9) Cap. Tua ~ uH. cap. Cum eonLingaL de Decimis. ConsL. jT~gilan. lib. 2'
Lil. 3. cap. 16. n. 1. in fine. PorLuens. lib. 2. tiL. f~. Conslit. 5. ~ 3. in fine
foI. 2f1.
. (1) C. Non ~st22. cap. Ex Lraosmissa 23. e. Pasloralis C. Ad ApLoliere de
Deelmls, C. Declmm 66. q. 1. e. fino de Paroc. Rebuf. de Deeimis q. 8. num.
19. Moneta sim iii LraeL. e. 4. n, 2f~. Barb. de Offie. eL polesl. Paroe. c.
28. ~1. n. 18. eum seq.
DO ARCEDISrADO DA BAHIA. 16~

gastos, c dcspczas (2). E porque o costume tem alterado (3) esta obri-
gaao, de maneira, que em algumas partes se paga smente uma co-
nhecena de certa quantia em dinheiro segundo o trato de cada um, e
assim se usa neste nosso Arcebispado, sobre que tem bavido "arios
pleitos, e sentenas em juizo conLt'aditorio: ordenamos, e mandamos
se guarde o costume de muitos annos introduzido neste nosso Arcebis-
pado, e que em obsel'vancia deUe pague cada cabea de casal quatro
vintens, e cada pessoa solteira sendo de Communho dons vintens, e
sendo somente de Confisso llm violem de conhecena, a que vulgar-
mente se chama Alleluia, por se costumar pagUl' pela Pascl10a da He-
surreio, e se pagar no tempo da desobrigao Igreja Pnroehial,
onde cada llm receber os Ecclesiasticos Sacramentos, e for ou\il' os
Omeios Divinos, por ser morador na mesma Parochia, ainda qne o ga-
nho (h) seja fl'a della.
TITULO X, J.

t DAS PESSOAS QUE so OBRIGA.DAS A PAGAR DIZIMOS, E DOS LUGA..nEs AO


nlEsnro DESIGNADOS.

/,26 Ainda qne conforme o d'eito Canonico os Vigarios peI'pe-


tuas no devo dizimos dos fruetos, e novidatles das propriedades, e
tClTas pertencentes s snas Igrejas, (1) com tudo, assim os mesmos Vi-
gari os, como os mais Clerigos devem dizimo dos fruetos, e novidades
que culliviio, e colhem em outras quaesqucr propriedades, (2) e terras,
ou sejo de seus Patrimonios, e heranas, on por qualquer outro titu-
lo adquiridas. Pelo que mandamos, que assim se cumpra e guarde.
1,27 E porque assim por pl'ivilf'gios incorporados em direito Ca-
nonico, como por Breves da Santa S Apostolica, que depois se concc-
dro, se acho algumas Religies isemptas de pagar dizimos (3) da-
quellas telTas, e fazendas que cullivo per si, e seus criados, e escra-
I"OS para sua suslentao, e tambem das creaes, e gados, que na mes-

(2) C. Non est, ubi DD. el e. Pasioralis, ubi Glos. verbo Dedueendas, et Ab-
bas n. 1. el2. de Deeimis Suar. lib. 1. de Deeimis e. 33. Fagund. de 5. Eecl.
prrecepl. lib. 1. e. 2. n. 18. Barb. juro Eeeles. univ. lib. 3. cap. 26. Si 1. n. 37.
(3) PaI. p. 2. tract. 10. d. unie. punct. 6. n. 10. S verbo DecimC n. 1. l'a-
norro. in e. Cum homines de Deeimis. DD. acllexl. in e. Tn aliquibus. JIIa
quippe, ubi Glos. fino de Dec.imis, et Glos. verbo Deeimarum, ubi Joan. Anel.
hnol. cLAre\!. ~n e. 1. de Deeimis lib. 6.
(l~) Cap. Quesli sunt. Glos. ull. '16. q. 1. C. Ad Aposloliere de Deeimis. Bar-
bos. de 011'. el polesl. Paroe. p. 3. c. 28. ~ 2. n. 32. PaI. p. 2. lract. 10 d. unie.
puncL 6. n. 9.
. (1) Cap. Novum genus 2. de Deeimis. D. Thom. 2. 2. q. 87. arl. 4. Sol.
llb. 9. de Jllslil. q. l~. arl. l~. PaI. 10m. 2. lmel. 10. d. unie. }Juncl. 11. n. 3. et
I~. Barb. de Paroe. p. 3. cap. 28. 3. n. 6. 7. ct 8.
(2) C. ovum genus 2. el ibi Glo . de Deeimis. D. Thom. 2. 2. q. 87. art.
4. Coval'. lib. 1. Variar. e. 17. n. 8. Sol. de JustiL lib. 9. q. 4. art. 4. Cardoso
verbo Deeima n. 8. Themlld. p. 1. deeis. 2. n. 7.
(3) C. Ex parle 10. de Deeimis, c. Quesli sunt, &e. Deeimas 16. q. 1. Barb.
de orr. et poleslat. Paroe. p. 3. e. 23. 3. n. 27. el univ. juro Eecles. lib. 3.
cap. 26. ~ 3. n. 17. Rebuf. de Deeimis q. H. n. 45. Moneta imi1. trucl. e. l~.
n. 46. Lesana in Sumo 3. verbo Decima n. 2. cum seq.
170 COo STIT [E
ma fl'ma Cl'earcm, c ti" rem, mandamos que se gUaJ'dl'm, e o1Jscl'vem
como pOI' dil'eito merecerem.
1,28 Os Commendadores, Cavalleiros, e Freires, das Ordens Mi-
litare so obrigados a pagaI' dizimos de todas aquellas terras, proprie-
dades, e fazenda, que forem sua pl'opria (/,) patl'imoniaes, ou here-
ditarias, ou por qualquer via adquiridas; e assim declaramos, que de -
tas ho de pagar dizimo dos fnletos, e novidades, que nenas colherem,
e tiverem. E aiuda que alguns pretel1dro isemptal'-se desta obriga-
o por virtude de seus pri"ilegios, movendo sohre este ponlo grandes
demandas, com tudo est julgado por sentenas, que os ditos privile-
gios no tem lugar nas ditas fazendas, (5) e propriedades.
/,29 Os Hospitaes, (6) Albergarias, Confrarias, e quaesquCl' ou-
tl'OS lugal'es pios, que tivel'em tenas, e propriedades, so obriga/los a
pagar inteiramente o dizimo dellas, no mostrando privilegio, que des-
ta obrigao os isemple, por se no achal'em privilegiados nesta parte
por direito Canouieo.
/,30 E findando esta mate!'ia de dizimos, prohibimos sob pena
de excommulllJo maior, (7) ipso {acto (8) incwnnda, e de cincoenta
cruzados para as despezas da justia, c accusador, que nem-uma pes-
soa em nosso Arcebispado per si nem por ontrem directo, ou ind'ecte
ue facto ponha impedimento a pagar-se o dizimo inteiramenle a quem
for devido, que a S. Magestade; uem persuada a que se no pague,
nem intimide as pessoas a que pertencer a cobl'ana, e al'l'ecadao do
dilo dizimo. E o que lhel' o contrario, no ser absollo (9) emqual1lo
no satisl1zel' inteiramente o dizimo, e as perdas, e daml10s que caUSal'
esla sua omisso culpareI, e at no pagar a llena pecunial'ia, em que
for condemnado.
TITULO XXVII.

-l< DAS ]lRlmCIAS, OBLAES, E OFFERTAS QUE SE oFFEm~Clm A'S lCRE.I.\

/,31 Assim como os dizimos so deridos s Jgl'ejas Pal'ocltiac ,


assim tambem fi ellas se derem as primicia (1) dos fruclos, e Iloyida-

(Li.) Barb. juro Eccl. lib. 3. c. 26. i\\ 3. 1], 37. Thcmudo p. 1. de i . 2. n. i.
el27. ct p. 2. disl.143. n. 19. ct dccis. H4.. n. 11. Constit. Ulyssip. lib. 2. tiL.
IL dccr. 7. i\\ 3.
(5) Cap. 2. dc Decimis, junclo c. Ex parlc 10. de Dccimi . Thcmub. loco
cifalo.
(6) Barb. juro Eccl. lib. 3. c. 26. i\\ 3. n. Li.8. Moncl. ele Dceimi .5. n.
35. Uebur. dict. lracl. q. 1>. n. 21. Hispan. in lmcl. Ucgul. decimal'. q. 12. n.
2. Conslil. Iys ip. loco cil. il~gilan. lib. 3. lil. 3. C. 19. n. 3.
(7) Pcr lexl. in cap. Slaluimus 16. q. 1. Tridenl. se s. 20. de Uerorlll. c,
12. ibi: Qui c1ecimassubLrabunt, aul impedillnl, excoffimuniccnLur.
(8) Ha Const. U1yssip.lib. 2. lil. 4. clecrel. 1. 1. 1Egitan. lib. 3. lil. 3.
cap. 20. foI. 166.
(9) Consto iEgiLan. dict. cap. 20. n. 2.
(1) Exod. C. 20. cl 26. DcuL c. 18. el26. Text. in C. Decimas ,"ers. Opor-
let autem 16. q. 7. Azor InsLit. Moral. p. 1. lib. 7. cap. 27. q. 1, VaI. lrael. 20,
d. unic. puncl. n. n. 1.
DO ARCE.Bl~rAOO DA BAHLA. 171
des por preceito particular, (2) e quinto Manuamento da Sauta l\Iadl'C
Igreja, e so o me mo que os primeiros fruclOs (3) que antes da Lei da
Gru.a se ofTerecio a Deos nosso Sel111ol. E posto quc nos dizimas
hOI1\'e quantia certa de dez um, nas pl'imicias a no houve (,.) e assim
se devem pagar conforme ao costume, (5) que houver nos lugares do
nosso Alcebispado. E por quanto esto impostas em preceilo da Sall-
la Marlre Igreja, exhol'tamos a nossos subclitos a obsel'vancia dellas,
pagando ainda pl'imeiro que (6) o dizimo, (de que no fico desobriga-
dos) as primicias Paroehia (7) em que morarem, e onde recehel'cm os
Ecc!esiasticos Sacramentos, a maior parte do al1no: e cstcjo certos,
que por cste limitado rcconhecimento, que fazem a Deos em signal de
seu universal tIominio, recehero tIo mesmo Senhor no s muitos be-
neficios espirituaes, mas ainda temporaes na abundancia dos fructos de
que a Deos nosso Senhor oUerecem as primicias.
1132 As oblaes (8) e ofTcrtas so tudo aquilJo, que os fieis
Chl'islo ofTel'ccem a Deos nosso Senhor, e a seus Santos nas Igrejas
para ol'l1ato, e fabrica dellas, ou para sustentao de seus Ministros.
E tas o[ertas se ft'equeutro muito (9) no principio da Tgl'eja Militan-
le, e foro muito encommenuadas pelos Santos Padres. E posto que
sejo "oluntarias, e pl'ocedo da deyoo dos fieis, encommendamos mui-
to a nossos subdilos (10) usem desta 10uvavcl devoo: porque com el-
la se mostro I'econhecirlos a Deos nosso Sanhol' c a seus Santos dos
henel1cios, e mercs que de sua Divina Mo, e por sua iutel'cesso I'e-
cchcm. POI'm se estas oblaes (11) ou ofi'cl'tas forem promeLtidas,
ou IciLas por voto, ou c(lnlraeto, ou deixadas em testamento, ou ultima
"outade, nestes casos, e cm outros em que de direilo houver obrigao

(2) Suar. ele Relig. tom. 2. lib. 1. e. S. n. 16. 'iIlalob. in Sumo tom. 2.
Lraet. 36. DD. in e. Qui 13. q. 2. ctin e. 1. de Deeiruis, eL in Glos. vcrs. ln pri-
miliis. eL in cap. 6. eL in cap. ReverLimini 16. q. t. el in e. Deeimas 16. q. 7.
(3) Num. e. 18. S '\1'. in Sumo verbo Deeima n, 1. in fine. PaI. p. 2. LraeL
10. dispo unie. puncL. 16. n. 1. Abl'. lib. 8. e. 14. seet. 6. n. 610.
(4-) C.1. ubi bb. n. 8. de Decimis. Suar. tr<lcL. 2. de Relig. lib. 1. C. 8. n.
16. Cardoso vcrb. Deeima n. 17.
(ii) C. Ad AposLolicre, e. ln ali'luibllS. de Decimis. Suar. de Relig. lib. le
Divino cullu C. 8. InnoeenL. eL alii in C. 1. de Decimis. Sylveslo verbo Decima q.
1. cirea finem. llal. p. 2. LraeL 10. d. uno PUDCL. 16. n. 2. Pereir. Lom. 2. Lract.
28. secL. 6. num. 160. Naval'. ill Manual. C. 2.t. D. 3:2.
(fi) Si'luidem unL primi frue,tus. Ad ea C\1lie Sylv, in Sumo verbo Decima D.
1. Barb. de Orne. el pote lo Paroeh. p. 3. C. 27. n. 1.
(7) Consl. .tEt'fitan. lib. 2. LiL 4. foI. 178. PorLuens.lib. 2. lit.. 4. constl. 9.
foI. 211:i. c
(8) Deuter. 23. l\Ialach. 1. l\Iallh. 5. C. Cum inter de Yrrb. significo cap.
Qni oblaliones, C. Cleriei 13. q. 2. D. 'fbom. 2. 2. q. 86. n. 1. Azol'. tom. 1.
lih. 7. e. 28. q. 8.
(9) Genes. !~. cL8. Num. 16. Ba'rb. de om '. l Pule L. Paroc. p. 3. e. 24.
n. !~. DD. ad Lext. in cap. Omnis Chl'i Lianu de Con,s er. dist. t. rL in_c.-1p. C~u.
sa ele Verb. si"'nific. Con LiL. Brachar. Lil. 31. Con LIL. t. n. 1. fol'l. 39'/. lyssl1?'
lib. 2, LiL. 4. decrcL 10. .
.., (10) Cap. Omnis Christi~nus 69. de Conscer. di.L 1. Glos. in . StaLullllls
aa. '16. 'l.i. Solorzan. dermllar. guh'l'naL. lOIlI. 2. III). 'I. e. 22. n. 3:
. (11) C. Omnis Chrislia1l11 , cl ibi CIo, ,"cru. YilCUUS dr. Consc 1'. dlsL. 1. Fa-
rll Cap. Cansa de \crIJ. signif. D. Tbom. _. 2. q. 86. urL 1. Burl!. de Parol'o p.
a. C. :H. u. 10.
172 CONSTITUIES
de se pdg:ll'em, podero a isso ser consll'angidus os freguez;es pelos
meios legitimos de direito.
/,33 As oblaes, e offel'Las que os fleis oJferecem s Igrejas siio
de direito Parochial, e por isso confol'me a direito Canonico liO de ser
offel'ecidas Das proprias Igrejas Parochiaes, ou nas Capellas, e Ol'aLo-
rios sitos nos limiLes dcllas, e pertencem aos Parochos, (12) que admi-
nistl'o os Sacramentos, c no a nem-uma outra pessoa, (13) salvo se
POI' contracto (U) legitimamenle ce1elll'ado constar que pertencem a
outras pessoas; ou forem dadas, ou deixadas as ditas offertas determi-
nadamenle a algumas Confrarias, exprimindo-o assim os olferentes, ou
constando pOI' outro modo legitimoi porque estas lhe pertencero a c1-
las, e se podero arrecadai' pOl' seus Mordomos, Confrades, e OJficiaes.
.1,3.4 Ainda que as offel'tas pertcni.io aos Parochos, (16) como fi-
ca dito, e sendo de dinheiro, as 'ucar, ou fructos, e cousas s rnelhantes,
as podem convcrter em seus proprios usoSi com tudo se as taes Igl'e-
ja', CnpeJlas, ou Oratorios no tiverem alguma renda deputada para a
fabrica, ou os l'reguezes, ou Outl'3S pessoas no tivel'cm obrigao de
fabricar por costume, fnudao, ou outra via legitima, sero obrigados
os Parochos a gastaI-as em fabricar as mesmas Igrejas, (17) Capellas,
ou Oralorios, conforme o que Ule for necessal'io.
/'35 E quando as cousas que se offel'ecerem, forem ornamentos,
vestidos, ou coras pal'a as Imagens dos Santos, calices, lampadal'io ,
Cruzes, ou peas semelhantes, as no podero gastar os Pal'ochos, (18)
nem convel'ter em seus usos, sou pena de excommunho maior ipso
(acto, e ficaro s mesmas Igrejas pal'a seu servio, (19) pOI' seI' assim
conforme a direito, segundo o qual se no podem converter em usos
profanos as cousas dedicadas a Deos.
/,36 POl'm offerecendo-se ps, braos, ollJOS de ouro, de prata)
ou de cel'a, mortalhas, cirios, e outras cousaR deste g nel'O, em memo-
ria dos milagres, que Deas fez por intercesso de seus Santos, as taes
offel'tas pertencem aos Parochos, (20) e as podem applical' a si, ou dis-
tribuir em usos pios, que os que os olTel'ccem declararem. Mas m311(la-

(12) C. Quia Sacerdos 13. e. Sancloruill 14. 10. q. 1. Host. ln Sum. lil. de
Paroe. n. 3. "ers. Et brec Presbyt. Homan. cons. 356. n. 3. vcrs. Idem in obla-
tionibus. Hol. in Hispalens. Primiliar. 13. Maii 1622. Themud. p. 1. iceis. 12.
n. 24.
(13) Ric. in prax. p. !~. resol. 265. n. 1). DD. ad lexl. in C. Causam qn<c, de
prI!script. Barbos de OII. eL PotesL. Paroc. p. 3. c. 24. n. 6. ct ju\'. Eccl. univ.
lib. 3. c. 23. n. 6.
(1!~) Const. U1yssipon. lib. 2. tiL. 4. decr. 10. 1.
('11S) Const. iEgilan. lib. 2. til. 1>. C. 2. n. 2. Ulyssip. clicl. 1. I'ers. Nem
lambem.
(16) C. Quia Sacerdotes 13. cap. Sanctorum H. 10. q. 1. eL jura supra a!-
legala num. 433.
(17) Cap. Pastoralis, de iis, qUI! fiunl a PrrelaL cap. Ad audienliam eL ibi
<aos. verbo Obventioncs de Eccl. redific. EXlravag. Atexand. III. de qua Rebur.
d Dccimis q. 1. n. 30. COl1sLit. U1yssip011. dicl. dccret. 10. 2.
(18) Clcm. Quia cOlltingit de religioso domib. eL ibi Barb. n. 11, et ad lexl.
in cap. Quia Sacel'uoles 10. q. 1. n. 4. GavanL. vcrb. OIJlalioncs n. 12.
(19) Regll!a seme] Deo lib. 6. Glos. yerb. Obventione~ in C. Ad audienl.ialll
1. de Eccl. redificaud. J~eh\lr. de Decimi q. 1. 11. 29.
(_O) Ex jurr supro allcgalo. Consto 'Iysslp. lib. 2. til. 'to ucrl'el. 1. 27" 1'5.
E f)uaudo. C:oustil. "Egitan. lib. 2, til. 5. c. 3, BUIll, J.
DO ARCEBISPADO DA BARIA. 173
mos aos Pal'ochos no tirem todas as ditas oblaes das Igrejas, mos
deixem nellas algumas para memol'ia dos milagres, e afervorar a devo-
o dos fieis; o que nossos Visitadores faro guardar, ordenando (21) o
que os Parocllos devem levar, e deixar das taes oITertas, e donativos.
.&37 E se as olfertas se offerecerem em alguma Capella, ou OI'a-
tario, que seja de pessoa particular, no poder o Senhor delle tomaI-as
para si, (22) antes as deve entregar (23) todas ao Parocho da Fregue-
zia a quem pertencer, (2h) sem embargo de qualquer costume, que ba-
ja em contrario, o quallleste particular havemos (25) por reprovado.

FIM DO LIVRO SEGUNDO.

(21) Coneil. Provine. Medial. 4. Gavant. verbo Oblatines n. 18,


(22) Themud. p. 1. decis. 12. n. 8. cap. Causam. qUal de prreseript.
(23) C. Quamvis de decimis. e. Causam qUal de Prreseript.
(24) Diximus sub n. 433. Barbos. juro univ. tom. 2. lib. 3. C. 23. n. 22.
aI sc~.
(.5) Cap. Causam dt' Prcpscript. Oliv. dEI Foro EccleE. p. 1. q. 7. n. 16. enm
seq. Themudo p. 1. decis. 1:J. n. 8.
22
LIVRO TERCEIRO
DAS

DO

AllCEBISP ADO DA BAIIIA.


- -_ _ ~OQ~Cl ._
. _- -

TIT LO L
DA OBRIGAO QUE TE~I OS CLERIGOS DE VIVER VIRTUOSA, E EXEMPLARME~TE.

1.38 Quanto mais levantado, (1) e superior o estado dos C\el'-


gos, que so escolhidos (2) pam o Divino ministerio, e celestial mili-
cia, tanto maior a obrigao (3) que tem de serem Vares espirituaes
e"perfeitos, sendo cada Clerigo que se ordena to modesto, (.4) e com-
pondo de tal sorte suas aces, que no s na vida, e costumes, mas
tambem 110 vestido, gesto, passos, e praticas tudo neHes seja gl'ave, e
religioso, para que suas aces cOl'l'espondo ao seu nome, e no 00-
nho dignidade sublime, e vida disforme; procedimento ilIicito, e es-
tado santo; ministerio de Anjos, (5) e obras de demonios.
/,39 Pelo que conformando-nos com os Sagrados Canones, (6) c
Concilio Tridentino, (7) exhortamos, e encarregamos muito a todos os
Cferigos nossos subditos, considerem attentamente as obrigaes de
seu estado, e a grande vil'tude (8) que para elle se requer, attendendo
os que forem Sacerdotes, que assim como no ha cousa mais exceIlell-

(1) Trident. sess. 22. de RefOl'm. c. i. c. SacerduLes 7. 93. disL. c. Quis du-
hiLeL. 9. 96. disto c. SaLis 7. 96. disto
(2) C. Cleros 21. disL. et ibi Glos. verbo Psalmista. Rebuf. cons. 193. Aiciat.
lib. 5. Parergon. C. 22. in principio. Azor. p. 2. lib. 8. Instit. Moral. c. 2. Va-
lasco alleg. 3. n. 1.
(3) C. AnLe omnia 40. dist. C. Primum itaque 6. 25. dist. c. Clericorum 13.
de Vila, cl honesto CICl;icor.
(4) Trid. dicL. sess. 22. C. 1. ibi: Vitam, moresque !;uos omnes omponere,
ul habitu, gestu, incessu, sermone &c. Clem. 2. S Dignitatem de Vila, el ho-
ncsL. Clericol".
(5) Maluch. 2. l ibi D. Hiernyll. D. Chrysost. Bomil. 2. super i. ad Ti-
molho
(6) De Vila, eL honesto CIedc. in Decrelal. 6. et element.
(7) Trid. sess. 1!~. c. 6. eL sess. 22. c. 1.
(8) Isai. 52. cap. OporteL 81, disl.
176 CONSTITUIES
te, (9) que o Sacel'docio, assim a no ha mais misel'avel do que com-
metter um Sacerdote qualquer culpa; pois quanto de mais alto a que-
da, tanto maior a ruina, e no o cumprindo assim, alem de estreita
conta que Deos lhes ha de pedir, sero castigados com as penas dos
Sagrados Canones, e das nossas Constituies.
TITULO 11.
DOS VESTIDOS DE QUE os CLER1GOS PODERO US.\R, E DOS QUE LHES so
PROlIlBlDOS.

440 Os C\erigos de devem abster (1) de toda a pompa, luxo, e


ornato dos vestidos, para que sentIo no estado Clel'igos, no pareo
no habito seculares, e por isso convm muito que lI'ago vestitlos de-
centes, honestos, e convenientes s suas Ordens, dignidade, e estado,
distinguindo-se (2) em tudo dos que no sao do seu estado, mostran-
do na decencia, e honestidade dos trajes exteriores a puresa (3) inte-
rior da alma, e assim o encommendo os Santos Padres, e dispoem os
Sagrados Canones, e o Santo Concilio Tridentino:
kl,t Mas porque o mesmo direito no determinou (h) quaes de-
"em ser os vestidos de que devem usar, e prohihe em particular alguns,
deixando o mais em arbitrio dos Prelados, conformando-nos com a dis-
POSiO de direito, costume deste Arcehispado, e do Reino, ordenamos,
e mandamos, que lodo o Clerigo de Ordens Sacras tl'aga vestidos exte-
riores compridos (5) at o arle\ho dos ps pouco mais ou menos, e de
cr negra, morando, ou residindo nesta Cidade: a saber, loba fechada
(6) com cabeo levantado, e capa, mas no podero trazer cauda, (7)
e as mangas podero ser do mesmo de que forem as lobas, ou de outra
cousa da lllesma cor preta.
/,/,2 E quanto aos vestidos interiores podero tl'azer roupetas, e
cales de seda, conforme a sua possilJilidade, lUas de cr preta, par-
da ou roxa, sem guarnies, (8) passamanes, gales, espiguilhas, alama-

(9) D. Ignat. Epist. 10. ad Smyl'l1. D. Gregor. Nazianz. oral. 2. ad cire


limo perculsos. D. Amb. lib. de Dignit. Sacerd. c. 2. D. ChrysosL Horn. 3. et 6.
ad pop. Antioch. cl HomiJ. 5. in c. 6. Isaire
.(1) Cap.Omni jaclantia, c. Nunus eorum, c. Epi copo 21. q. 4. C. Parsi-
momam cum vesle 5. cap. Clcricus 8. 41. disl. Trident. dicl. sess. 14. de Re-
formo C. 6. cl sess. 24. c. 12.
(2 ). C. Sine ornalu Sacerdotal i 21. q. 4. cap. Episcopi verso Srecularibus in-
dumentls, C. Omnis 2'1. q. ~. C. Cl'erici 15. de Vita, el honest. Cleric.
(3) Clem. 2. Dignitatem oe Vila, et honesl. Cleric. Trid. sesS. H. c. 6. et
seiS. 2~. C. 12. ad fino C. ult. [fo1. disl.
(4) Glos. peno in Clero. 1. de ElecL
. (5) Facit,c. G,lerici 15. ?e Vila, el honesto Cleric. Clem. 2. eod. til. C. Epis-
COpl verso TUDlca Sacel'dotah 24. q. 4. Gavant. verbo Clericus 11. 3.
(6) C. Clerici 15. verso Clausa de Vita, et honestade Cleric. Clern. 2. in prin-
C\p. eod. til. C. Episcopi 21. q. 4.
(7) Cap. Cleric. 15. de VHa, et honesto Clerlc. Telles ad texto in cap. Cleri
d officia n. 5.
(8) C. Nullus eorum, C. Episc. 21. q. 4. Glos. in cap. Clerici 11;. de Vila,
et h?nest. .Clericor. D. Bernard. in 4. de Considero ad Eugen. Papo vers. lu
wslImentls.
DO ARCEBISPADO DA BARIA. 177
res de ouro, prata, dourados, ou prateados, e os gibes podero ser
das mesmas cI'es, ou brancos de linho, ou bollanda,
/,/,3 As meias podero ser de seda, ou de l, pretas, pardas es-
curas, ou roxas, e no traro ligas de seda com rosas, como costu-
mo os secularcs, (9) nem com pontas, ou rendas de ouro, (10) prata,
ou retroz, e podero usar de fitas, ou sendaes para apertarem as meias,
No podero trazei' sapatos picados, ou golpeados, salvo por alguma
enfermidade.
-l' kH Os banetes sero de quatro cantos feitos de pano, sarja, ou
gala, ou cousa semelhante, forrados de tafet negro, ou de outro 1'01'1'0
da mesma cr. Os chapeos sero de frmas ordiuarias, ecom sua tran-
a de l'etroz, ou fita, mas no os traro com as abas levantadas com
presilhas ao modo dos secularcs, (11) seno com a modestia que re-
quer o seu estado .
.&45 Quando estiverem em fazentlas do campo, ou caminharem,
ou morarem em lugares pequcnos, e de pouca povoao, podero usar
de vestidos de cr, com tanto que no seja vcrmcllla, (12) encarnada,
verde (13) clara, nem mesclada destas tres cres, e sero cumprlas at
o meio da perna, (1) e sem as guarnies, que acima fico prohibidas.
446 Smente as Dignidades, Conegos, Vigal'ios, e os Clerigos
qne tiverem gl'os de Doutores, ou Licenciados podero trazer um s
(15) auel, o qual tiraro quando disserem (16) Missa.
!d47 Estando em casa podero usar (17) de l'oupes de cres,
pret~, parda, ou roxa, azul, ou OlI'as honestas, e no encarnada, ver-
melha, vel'de, ou amarella, e sem as guarnies acima probibidas.
-l' 448 QMalquer Clcrigo de Ordeus Sacras ou Benificiaf!o de qual- -
quer qualidade, e dignidade, que seja, que no habito, e trages no guar-
dar o que fica disposto alem das penas, que por direito incorre, (18)
ser pela primeira vez admocHado (19) com lermo feito, e condcmna-
do em dous mil ris, e em perdimento da pea defesa, que lhc for acha-
(9) C. Episcopi verso Seeularib. iudumenLis non utanlur. Cap. Omnis ja-
elantia 21. q. 4.
(10) Glos. verbo Deauratis in c. Gleriei 15. de Vita, el honesto Clerie.
(11) C. Episeopi 21. q. 4. Conslit. U1yssip. lib 3. til. 1. decreto 2. ~ 1. vers.
Os bUITeles foI. 227. lEgilan. lib. 3. til. 1. e. 2. 11. 9. foI. 186.
(12) C. Cleriei verso Paunis mbeis de Vi ta, et honesto Glerie. Rubens cniro
solum permitlilur Cardinalib. Sc.aeia de judieiis p. 1. e. 11. n. 85. el 86.
. . (13) C. Cleriei vers. Aut viridibus de Vito et honeslat. Glerie. Qnia eolor vi-
~ldIS. Episcopis lantllm permitlitur. Menoeh. de arbil. easu 392. n. 12. Barbos.
ln dlel. C. n. 13.
('14) Congrego Episcop. 14. Oelob. 1589.
(Ui) Cap. Cleriei 15. ibi: Sed nee annulos: et ibi Abbas n. 4. vers. Not.a, et
n.7. de Vil. ot honesl. Clerie. Carol. de Grassis de elTeetib. Glerie. eITeetu 41.
n. 1. et 2.
(16) Respeetl1 Canonieorum Cathedralium declaravit Saera Congrego 20.
Novemb. 1628. Respeetu Prolonolar. et alior. DD. 15. Febl'uar. 1623. Campel.
Thesouro de eeremon. foI. 408. n. 29.
(17) Cap.- Cleriei 15. de Vito ef. honesl. Clerie. Consl. U1yssip. lib. 3. lil. 1.
decr. 2. 1. verso Estando foI. 228.
(18) C. Nullus eorom ibi: Per unam hebdomadam suspendatur 21. disl. 4.
e. E~~eopi verso Communione privelur, eadem disl. Clem 2. verso Per sex menses
de VIl. el bonest. Clerie. Bulia Si:-.'1i V. de habitu anno '1588.
('19) Per faeultalem Episcopo eoneessam Trid. sess. H. de Reform, e. 6.
\'erg. Poslqllam ab Epise.
178 CONSTITUlES
da, para o MeirinllO: e pela segunda pcrdcl' a mesma pea, e pagar
quatt'o mil ris do aljube tambem para o mesmo Meirinho, e accusadorj
e sendo compl'ehendido mais vezes, (20) se proceder contra elle com
mais (21) rigor, segundo a qualidade da pessoa, e circunstancias da
culpa.
i< .4.&9 E os Clerigos in minoribus que tt'ouxerem tonsura aberta,
usaro (22) dos mesmos trages, que temos determinados aos Clerigos de
Ordens Sacras, sob pena de se proceder contra e1les a perdimento da
pea defesa, que lhe for achada, e com as mais penas que merecer sua
culpa. E no andando em habito Clerical no gozaro do privilegio do
fol'O, como est determinado pelo Sagrado Concilio (23) TI'idenlino.
-l< h50 E por que o habito Clerical deve SCl' estimado, e reverencia-
do, e uo devem usai' de1le os seculares, qlle no tiverem ao menos al-
gum gro das Ordens Menores, ordenamos, e mandamos, (por nos
constar que alguns seculares ando no mesmo habito) que nem-'m se-
cular (2.&.) use delle, sob pena (25) de pagar pela primeira vez dez CI'U-
zados do aljube, e vinte pela segnnda para o Meil'inho, e accusador, e
pela terceira, e mais vezes lhe sCI'o accrescentadas as penas conforme
a culpa.

TITULO III.
DA TO~S RA, E CORA DOS CLERfCOS.

451 Justamente quizero os Sagrados Canones, que os Clel'igos,


e Sacerdotes se diversificassem dos seculares pelo habito Clerical, e
que tamhem tivessem tonsura, e cora na cabea, (1) congruente mo-
destia de seu estado, e no criassem bar'1Ja (2) indecorosa ao ministe-
rio do Altar. POI' tanto mandamos, (3) que todos os Clerigos de Or-
dens Sacras, ou Beneficiados trago cOI'as abertas, bal'bas, e bigodes
rapados, e nunca deixem crescer o cabello da cabea, de sorte que nllo
appal'eo as orelhas, ou se no veja distinctamente a Cora.
-l< "52 E os que isto tudo no cumprirem sero pela primeira "cz

(20) Idem Trid, verso Nee non, si semel correpti denuo in hoe deliquerint.
(21) L Relegati !T. de Prenis.
(22) Trid. sess. 14. de Reform. e 6. Barbos. de Poleslat. Episcop. alleg. 9.
n. 5. Cone. Provine. Braehar. p. 2. aetion. 4. e. 8. Constit. Portuens. lib. 3. til.
1. eonsti t. 3.
(23) TI'ident. sess. 23. de Reform. e. G. Ord. Reg. Ib. 2. til. 1. SI 27. Cabe-
do p. 1. decis. 59. n. ult. Valase. eonso 131. num. 32. Thom. Valasc. alleg. 10.
n.2. et alleg. 44. n. 2. Pereira de Man. Reg. p. 2. e. 26.
(24) Barbos de Potesl. Epise. diel. alleg. 9. n. 7. Villar. deI Goviern. Ec-
eles. 1. p. q. 10. art. 6. n. 70. Vela ue Prenis delielor. e. 13. Conei!. Mediol. 3.
ann. 1573.
(25) Conslit. Porluens. lib. 3. til. 1. Consto 3. verso 9. foI. 224.
(1) Cap. Prohibete 21. 2:1. disto et ibi Cunha n. 2. e. Duo sunl. 12. q. 1.
c. Clerici 15. c. Si quis de Vita, et honesto Clerie. Bulia Sixti V. de habitu, et
tonsura 1588.
(2) Cap. Clerieus 5. de Vita, et honesl. Clcric. et ibi Barb. num. 3. cl ad
text in cap. Clel'ieus 7. cod. tit. n. 2.
(3) Quia eliam inviti compellendi sunt. Glos. Invili in C. Clericus 7. de Vi-
ta, et hones!. Clerie. et ibi Barh. n. 20 el3. Bellel. disqllisit Clerical. p. 10 til. de
uisciplino Clerical. 17.11.11.
DO ARCEBISPADO D.\. BlllA. 179
admoestados, e conuemnauos (h) em um cruzado par3 a S, (5) e
Meirinho, e pela segnnda faro lel'mo, e ha\-ero a pena em dobro, C
perseverando em sua contumacia se proceder contl:a elles, como for
justia.
h53 E os Clerigos de Ordens Menores, que gozarem do privile-
gio Clerical, na frma do Sagrado Concilio TrirJentino, no incorr.ero
Ilas penas pecuniarias, pai' quanto podem livremente renunciar (6) o
privilegio, e deixar o habito Clerical. Porm se depois de tres vezes
admoestados perseverarem na culpa de no trazerem tonsura, e cora,
perdero de todo o dito privilegio Clerical nafl'ma de direito, e Sagrado
Concilio (7) Tridentino. E se commetterem algum delicto por onde
mereao ser presos, ou se haja de proceder a livramento, se ao tempo
da prisao, ou citao forem achados sem habito, e tonsura, no gosa-
ro no tal caso do privilegio Clerical, posto que no fossem ainda ad-
moestados, e costumassem antes andai' em habito, e tonsura.
TITULO IV.
COMO os CLERIGOS NO PODEM TRAZER ARMAS, E QUE PENAS HAVERO SE
AS TROUXEREM.

/,M Por ser totalmente contra a honestidade dos Clerigos o usO'


de armas, (1) pois tendo renunciado o mundo, e professado a Milicia
de Christo, no lhes licito usar das mesmas armas de que uso os
sQldados do seculo, mas das que chamo espirituaes, (2) e consistem
em ter contrio, e derramar lagl'imas de corao, e fazer oraes, e
cousas semelhantes, (3) desejamos que nos Ministros da Igreja tenho
os seculares vivos exemplos da modestia, (4) e que se acabem, e ex-
tingo as perturbaes, mortes, e sacrilegios, que do uso das armas re-
sulto contra a quietao da Republica, bom exemplo do povo, e em
opprobrio do Sacerdocio. Por tanto, conformando-nos com a dispo-
sio de direito, ordenamos, e mandamos que nem-um CI<'rigo de 01'-
dens Sacras, ou qualquer outl'a pessoa, que gose do privilegio Clerical,
possa trazer com sigo armas oJfensivas, ou defensivas encubertas, de
qualquer frma, ou qualidad~ que sejo. ,_
(4) Trident. sess. 22. de Reform. G. 1. ibi: Jisdem prenis, veI minoribus
arbtrio Ordinarii.
(5) Ad TrId. sess. 25. de Reform. c. 14. verso Oure fabricre EecIes:e.
(6) Cap. fino de Clericis conjugatis, cap. Joann. eod. titul. et ibi Barb. n. 1.
Naval'. in Manual. C. 25. n. 110.
(7) Trid. sess. 23. C. 6. et ibi Barbos. n. 22. Ord. Reg. lib. 2. til. 1. 17.
et ibi Barb. n. 6. et Pegas n. 3. Pereir.de Man. reg. c. 26. per totum. Oliv. de
For. Eeles. 2. p. q.. 18~ n. 10. et q. 19. per tolo Thom. "as alleg. 41~. n. 6. et
alleg. 46.
(1) Non enim est Dei Ecclesia custodienda more castrorum, ut ail Eeeles.
in ollie. D. Thomre Episcopi, et l\fart~'ris die 29. Deecmbris.
(2) C. Cleriei, c. Convenior 23. q. 8' e. 2. de' it. et honest. CIel'ic. e. TuJ-
J~s Epise. 54. disl. cap. Degradatio verbo Aetualis de prenis lib. 6. e. AnLe om-
Dia 40. disto Thcmud. p. 3. dceis. 301~. num. 6.
(3) C. fino 36. disl. cap. 1'01'1'0 16. q. 3. e. Convenior, e. ' on piTa eum alii&
23. q. 8. e. uH. disL. 76. e. SLatuimus 4. dist. 4. e. Ris igitur 23. disL. Trid. sess.
H. io Ptoremio, e1 sess. 22. de Reform. C. 1-
(!l,) Trid. locis ciLaLis, e. His igitur 3.23. disto
180 CO NSTlTUIES
~ 1155 E quando lhe fOI' necessario para sua defensa, ou }XlI' caU6a
justa, (5) e legitima tr3zer armas, nos pediro licena, (6) ou ao nosso
Vigario Geral, a qual se lhe dar por escripto, justiHcada a causa, as-
signando-se neIlas as armas de que podero usar, e limitando-se tempo
certo e no havendo esta declarao no valer a dita licena mais que
por seis mezes. Porm no lhe prohibimos, que possao usar de uma,
ou duas facas pequenas (7) para sen servio, com tanlo que no sejo
de ponta de diamante, ou semelhantes. Tambem lhes no prohibimos
que, indo de caminho, (8) possO levar espada, ou faco, mas no em
talahartes, como costumo os seculares, e quaesquer outl'as armas das
permiuidas por nossas COllstituies. E o que contra esta presente
trouxer armas, sendo com ellas nchado, as perrler para o Meirinho e
accusador, e pagar pela primeira vez dous mil ris, e pela segunda,
alem da perda das armas, pagal' do aljude a dita pena em dobro: e sen-
do comprehendido mais vezes se proceder com todo o rigor (9) con-
tra elle. E tambem ser castigado arbitrariamente o que for conrenci-
do de que traz de dia, ou de noite armas prohibidas por direito, e nos-
sas Constituies, posto que (10) actualmente no seja achado com ellas.
-\< 456 E porque o uso dos pistoletes, (11) pistolas, e bacamartes
muito prejudicial Republica, por se seguirem delle grandes delic-
tes, e damnos, e por esta razo as prohibem aos scculal'es as Leis do
Reino com graves penas, prohibimos (12) estreitamente a cada um dos
Clerigos de nosso Arcebispado, que em nem-uma parte, nem ainda de
caminho trago pistoletes, pistolas, ou bacamartes, nem outra alguma
arma de fogo de menos de quatro palmos: e sendo achado com alguma
das ditas armas, ou provando-se-Ihe que usa dellas, ou as tem em casa,
on em qualquer outra parte, (13) pagar pela primeirll vez quatro mil
ris para a S, e l\feiririnho, e sel' preso, suspenso, e degradado ao
menos por Jous annos para fra do Arcebispado, e as ditas armas se
desfard, e quebraro porta da nossa audiencia em dia que ella se fa-

(n) Glos. in c. Clerici 2. verbo Cleric. de Vita, et honesto Cleric. c. Diledo.


ubi DD. de Sento Excommunic. lib. 6. c. Olim 12. de restilo spoliat. Constit.
U1yssip. lib. 3. til. 2. decr. 1. ~ 2. foI. 231.
(6) Gavant. verbo Clericus n. 50. Concil. Mediol. 1. Const. Ulyssip. dict. S
2. .iligitan. lib. 3. Lil. 1. C. 5. n. 1. foI. 189. Brachar. iit. 12. const. 4. n. 1.
foI. 188.
(7) Cap. Lator de homic. et ib. Ant. dc But. InnocenL. Host. Joann. And.
Abb. in c. 2, num. 7. de Vita, et honesl. Clelc. Cardo in prax. verbo Clcricus
n. 34.
(8) Argum. ~ Si quis rusticus Si MercaLor. de pace tenenda in usibus feudo-
rum. Ord. Reg. lib. 5. tiL. 80. ~ 11. }<'acit texlo in C. Maximianus 23. q. 3.
Pereir. de manu regia p. 2. c. 43. n. 4. Menoeh. de ArbiL. caso 394. n. 65. Fa-
rin. p. 3. q. 108. n. 109. Const. Brachar. tiL. 12. ConsLit. 4. n. 1.
(9) Facit. tex!. in L. Relegati If. de Prenis. Constit. Portuens. lib. 3. til.
1. Const. 4. verso 1. in fino .iEgitan. lib. 3. til. 1. C. 5. n. 2. iII fine foI. j90.
(10) Salzed. in pracL c. 1515. vers. J~aquc vcrissima. Coval'. pract. q. 33.
n.7.
(t 1) Ord. Reg. lib. 5. til. 8. ~ 13. til. 35. ~ 4. et 5. Farin. in prax. crimill.
q.108. n. 36. ct 37. Decreta ~Iediol. lib. 3' til. 1. C. 8. Constil. Ulyssip' lib. 3.
til. 2. decr. 1. ~ 1. foI. 230.
(12) GavanL. verb. Clericus num. 51. Concil. Mediol. 1. ConsLilo Ulyssipon.
ubi proxime.
(13) Constit. Ulyssip. loco cit. Porluell5 lib. 3. til. 1. Const. ~. vors. 3.
foI. 227.
llo AltCE131Sl>ilho D~ BUnA. 1s1
a pal'a que mais se no use (14) das ditas armas, e sendo achado mais
vezes ser mais rigoI'osamente castigado at privao de Ollicio, e Be-
neficio.
1,57 E o que se achar de noite, ou de dia com plas de chumbo,
(15) ou de outra materia, ou com adagas, punhaes, ou facas de{esas~
sel\ rigoro:samente castigado com penas aruitrarias. Porm no pode-
r o nosso Meirinho para este eITeito buscai' as casas dos Clerigos, sal-
\'0 sendo especialmente mandado por s, (16) ou nosso Provisor, ou
'igario GemI.
1,58 E mandamos ao nosso Promotor seja muito diligente (17)
em denunciar destas armas, e o MeiriollO em acoutar aos Clerigos, e
que no laa convenas, nem concertos sobre eHas, antes de lhe serem
julgadas, nem dissimule as denunciaes, sob pena de que sendo con-
YCllcido ser pela primeira yez suspenso do ollicio a nosso arbitrio, e
pela segunda privado delle, e pagar justia as penas sobre que fizer
os cOJlcertos em dobra.
TITULO V.
COnJO os CLElHGOS NO rODE~r ANDAR DE NOITE, E l'OR QUElII PODERO
SER I'RESOS.

~ 1,59 Prohiuem as Leis do Reino, que os seculares andem de noi-


te (1) depois de celta bora, pelos damnos que dabi resulto Repu-
blica: e assim com muito maior razo se deve prohibir isto mesmo aos
Clerigos, em cujo estado (como mais espiritual, e cbegado a Deos) se
requeI' maior recoIlmento, (2) e uma viela de tantas perfeies, e "ir-
tuues, que o POYO tcnha nena muito que aprender. Pelo que manda-
mos, que nem-um Clerigo andc de noite nesta Cidade, e mais VilIas, e
lugal'es deste Arcebispado, onde se correr o sino, depois delle acabado
de COI'rer, (3) posto que seja em habito Clerical: e sendo achado pelo
nosso Me'inho ser levado perante o nosso Vigario Geral, (h) e con-
demoado pela primeira vez em trezentos ris para o Meirinho, e pela
segunda em douro, e no pagando sero presos, e perseverando cm sua
coutumacia sero castigados rigorosamente.

(If~)
Consl. U1yssipon. ubi supro lEgilan. lib. 3. lil. 1. C. 5. n. 3.
(tiS) Cap. Non Pila 23. q. 8. Ord. UCI?' diet. til. 80. in prineip. Cardo in
prax. erh. Homieidium n. 27, Consl, U1ysslpon. dieL. decr. 1. Si 1. foI. 232.
(16) Conslit. Porluens.lib. 3. lil. 1. eonsliL 4. verso 4. foI. 228.
(17) Conslil. Porluens. ubi proxime verso 5. lEgitaniens. lib. 3. til. 1. c. 15.
n. 8. 101. 191.
(l) Ord.lib. 5. tiL. 79. el ibi Barbos. foI. 240. BobaJ. in sua Politico Eh.
1. c.13.
(2) Trid. sess. 14. c. 6. cl ses. 22. de Reform. e. 1. Facillext. in C. Perni-
co~a jll. q. 2. e. Consuluit de OlHe. delegat. Gavanl. verbo Clericus num. 69.
Ohv. de for. Ecc!. 1. p. q. 35. num. 3. Pereir. de Man. lleg. 2. p. cap. 43.
n. !~.

(3) Carol. Peregrino in pl'ax. vicar. L. seeL 3. n. 6. verso Alii lradunt. Consl.
Ulyssip. lib. 3. Lil. 2. d~cr, 2. in principio.
(!~l Dida '011 tiL. llbi pro.\im.
23
CO~STlTUI E.

460 E senll0 acllallos (5) com al'IDas, c vestidos curtos, e no


Clericaes, ou seja de noite, ou de lIia, antes, ou depois do sino, perde-
ro as ditas armas, e sero condemnados nas penas determinadas nas
Constituies precedentes, contra os que Do ando em habito Clerical,
ou tl'3zem armas.
"1161 E se alguns Clerigos esquecidos da obrigao de seu estado
(6) forem achados de noite dando matracas, musicas, ou tangendo, ou
em alardos, encamisadas, e outros semelhantes ajlUltamentos, ou se
lhe provar qnalquer das dilas culpas, mandamos qne pela primeira vez
sejo presos trinta dias no aljube, e delle paguem quatro milris, e sen-
lIo mais ,ezes comprebendidos, se proceder contl'a elIes aggravallclo
o castigo, e penas, como pedirem as circunstancias da culpa.
-l' 1102 Ainda que conforme a direito, e Ordenao do Reino, (7)
no podem as justias seculares prender aos Clerigos, (salvo achando-
os em fragante delicto; mas em tal caso os devem logo entregar a seus
Superiores Ecclesiasticos, como se dir em seu proprio (8) lugar) po-
(lem com tudo os Prelados dar licena (9) em alguns casos aos officiaes
das justias seculares para os poderem prender. Pelo que para seevi-
tarem os males, e excessos que podem acontecer lle andarem os Cleri-
gos de noite com armas, damos licena aos officiaes das justias secu-
lares pata os poderem prender, achando-os de noite com armas; ou sem
}labito Clerical, e logo (10) sem dilao algllnlc1 os tl'aro ante o nosso
Vigario Geral sendo nesta Cidade, ou ante os", igarios da Vara, sendo
fl'a della, o qnal os conclemnar (11) em perdimento das armas, eves-
tios para os ditos officiaes seculares, mas no nas penas pecuuiarias,
porque essas seto julgadas ao nosso i\leirinho (12) somente, queren-
do-as, e accusanclo por cllas ao Clcl'igo, posto (1ue fosse achao pelas
justias secu]al'es.
1163 E sendo achado sem armas, e com habito Clerical, os no
}lodero prender as justias seculares, (13) ainda quc os achem depois
do sino de recolher.

() Cap. Clerici, e. Qllicumque 23. q. ultima. Cap. 2. le Vil. et llOllest. Cle-


Tic. Ord. lib. 5. til. 80. SI 11. JuI. Clar. SI fino q. 36. li. 26. Fadn. in prax. q.
10~. n. 21. Oliv. de For. Ecc). p. 1. q. 35. n. 19. cum seq. Constil. UJyssip.
ubl supra.
(6) Consto UJyssipon. dict. decr. 2. SI 3. foI. 233. JEgilan. lib. 3. lit. 1. C.
6. n. 6. Portuens. l. 3. tit. 1. const. 5. verso 2. ro]. 229.
(7) C. vel'O de Sent. excommunicat. C. Cum non ab homine de Judie.
Ord. lib. 2. tit. 1. Si 29. in fino l\Iarlh. de JUI'isel. p. 4. easu 42. JllI. Claro in ~
fino q. 28. n. 6. Oliva de Foro Eecl. p. 2. q. 22. n. 1.
(8) J.Jiv. 4. til. 3. n. 646.
(9) C. Si Clcricos 15. de Senl. excommun. lib. 6. C. UL fam;n 31>. et ib.
Barbos. num. 1. vers: Sed ele mandalo jndicis Ecclesiast. de Sent. excommun.
Ord. ubi proxim. iEgic!. de Sacram. et Censo tom. 2. d. 14. n. 191. Marth. dieL.
casu 1~2. n. a. Suar. de Censo d. 22. num. 47. Oli\'. dict. q. 22. n. 2.
(10) Ad ca qure Oliv. dict. q. 22. n. 44..
(11) Tam Clcricus non potcst expoliari per sreculal'em. Barbos. in collecl.
ad text. in cap .. Tn auc!ienlia 25. num. 4. de Senl. cxcom. et univ. juro Ecc!.
e. !~O. n. 140. DIana t. 9. tI'. 2. l'erol. 1'16. 2.
(t2) Con t. UJyssipon. lib. 3. lil. 2. cleer. 2. Si 2. in fine, Portuens liL. 3.
tiL. 1. onsl. . ~ 1. in fin. J'Egilan. lih. 3. IiI. 1. consL 6. 11. 2. foI. 192.
(13) DicL Couslil. ubi proxim, Porlucns, ibiL!. vcrs. 1. cl A!:gilan. did,
COliSI. 6. n. ft,
DO ARCEBISPADO D.\ R\UU. 1~3

TlTllLO \'T.

COMO O CLER!COS NO PODEM CO~JER, NE:U nEDER El\! 'rA"\'ERN.\S, !'1m! m


A VODAS lLLIC1TAS.

-li liGA E' cousa indecente ao estado Clerical (que I'eqner to gran-
de perfeio, que no haja nem a menor falta, ou defeito que o possa
macular) andarem os Clel'igos por tayemas, e comel'em, c beberem
lIeHas, quando os mesmos seculares se injurio de as yer m frequentar.
Pelo que conformando-nos com a di posio de direito, (1) ordenamos,
e mandamos a todos os Clerigos de Ordens Sacras, que no entrem em
vendas, estalagens, tavernas, e outras casas publicas a comer, ou be-
I)er, excepto quaudo forem de caminho e no tiverem oull'a casa, por
que nestes termos os releva a necessidade e podero pousai' em esta-
lagens, e comer nellas' e lhes encarregamos, que no como com mu-
lheres mesa, ainda que eslejo pousadas na mesma estalagem, Dem
com outras pessoas, de que possa haver escandalo; e fazendo algum o
contrario do disposto nesla Constituio, (2) pagar pela primeira vez
quinhentos r ~is, e sendo mais yezes comprebendido, ser castigado
com maior pena a arl)ildo do nosso' igario Geral.
-li 1.65 Se alguns Clerigos de Ordens Sacras forem muito destempe-
rados em seu comer, e heber, de maneira que se turvem do juizo (3)
com o yjulio, ou seja em tay mas, estaI3gens, casas publicas, ou fra
dellas, ou em suas proprias casas, sel'o pela primeira vez admoesta-
dos, e castigados com a pena pecuniaria, qne parecer justa. E no se
emendando sero snspensos do Omeio, (II) e Beneficio, que tiverem, por
seis mezes, e, se ainda se no emendarem, se proceder contra eJles
com maiores penas, como pareceI' justi a.
h66 E outro-sim (5) lhes prohibimos, que em suas casas no fa-
o banquetes, Oll yodas illicitas, saho sendo de seus (6) parenLes. E
lhes encommendamos muiLo, que uas liciLas, honestas, e gr:lyes em que

(1) Cap. Non oporlel, e. i'iulJi Clerico, e. Cleriei M. di t. e. Cleriei de Vi-


la, cL honesLal. Clerie. TridenL. ses . 2r~. de Reform. cap. 12. Barbos. de univ.
juro Eccl. lib. 1. e. 40. n. 71. Cardo in praxi verbo Clerieus n. 28.
(2) ConsL U1yssip' lib. 3. LiL 2. deer. 4. in prneip. foI. 231>. iEgiLan. lib.
3. tiL. 1. cap. 9. foI. 19'1.. Porluells. lih. 3. til. 1. ConsL 6. foI. 230.
(3) C. A el'apula de 'it. eL honesto Clerie. ConsL Ulyssip. lib. 3. LiL 2.
deer. !~. Si 2. foI. 236. Rraebar. tiL. 12. COIlSL. 9. foI. 192. JEgitan. lib. 3. tiL. 'J.
C. 9. n. 1. rol. '194.. Portnens. lib. 3. tit. 1. Con tit. 6. vers. 1. 1'01. 230. Solorz.
ue Jur. Jndiar. Lom. 2. lib. 1. e. 2ft. II. 77. Barbos. dieL e. ,O. n. 75. et in dieL
c. Acrapula n. 1. Cardos. iII p ax. ,;erb. Clerieus n. 29.
(4) ConsL Ulyssip . .iEgilan. el Porluen . ubi proxim.
(5) C. Cum decorem de Yila, et honesto Clerie. D. Ambros. lib. 1. Orne.
C. 20. D. llicron. Epi L 2. ad 'epoLian. de Vil. Clerie. e. 23. Villar. governo
Eeclcs. 1. p. q. 3. arL 1. n. 25. Barb. de universo juro Ecclesi. diel. e. 40. n.
15. eL de polesLaL. Epi copo p. 1. tiL. 2. gloso 5. n. 7.
(6) Cap. Conviria G. 1:. Quando . et 9. C. l'ullllS lj.!~. dist. Const. UJys i-
pon. lib. 3. LiL. 2. deer. l~. Si 1. foI. 236 . .iEgiLan. lib. 3. LiL 1. e. 9. n. 2. Por-
Lucns. lib. 3. til. 1. ConsL. 6. "ers. 2. GavanL. ,"erl.>. Clerieus n. 5G. Barbos. di L.
cap. 40. num. M. et arl ConciL Tridenl. sess. 2~. de Reform. cap. J. num. 3.
GI'ac. de Ex]) ns. cap. 8. num. 12.
18i COo T 'TlT IES
se acharem, se haj50 com muita moderao (7) e modesti"a, dando em
tudo exemplo, como de suas pessoas, e estado se deve esperar.
TITULO VII.
COllO os CLERIGOS NO PODEM ENTRAR EM COMEDIAS, ou DA.NAS, NE~f EM FES-
TAS DE CH'ALLO, NE~I DISFARSAJ\-SE COM !\fASCARAS.

'" /,67 Porque lodas as aces dos C1erigos (1) devem sei' aparta-
das do comrnum exercicio dos homens vulgares, e ordinarios, inde-
cente ordem, e estado Clerical entr31'em os Clel'igos cm comedias,
festas, e jogos publicos, usar de mascaras, e outros trajes deshonestos.
Pelo que, conformando-nos com a uisposio de dil'eito, (2) estreita-
mente prolJibimos (3) aos Clerigos de Ordens Sacras de qualquer gro
ou condio que sejo, entrar em danas, bailes, entremezes, comedias,
ou semelhantes festas publicas de p ou de cavallo, ou andarem emas-
carados. E qualquer Clerigo que for comprehendido, 00 cOTl\'encido
de fazer as consas acima prohibidas nesta ConstituiO, se for Dignida-
de, Conego da nossa S, ou 'igario coofil'mal1o, o havemos por con-
demnado (A) por esse mesmo feito em "lrlte cruzados, e aos mais Cle-
rigos em dou5 mil ris pela primeira vez; e pela segunda pagaro uns
e outros a pena em dohro do aljuLe, amelade para o Meirinho, e a ou-
tra pal'a a nossa Chancellaria. E se ainda se no emendarem, se pro-
ceder conlra elles com mais rigor.
TITULO VIII,
CO~IO os CLERIGOS NO DEVEM JOGAR JOGOS PRflIBIDOS, i'iEM DAR CASA
DE JOGo.

'" 468 E' o jogo indigna occllpao dos CI rigos, pois alem dos
muitos males, e peccados que delle se seguem, (1) penle-se nelle o tem-
po, que se podia gastar em occnpao mais lieita, e juntamente os bens
que se podio melhor distribuir em esmolas, e obras pias. E porque

'(7) Cap. Quands 8, ~'~" disto et ibi A Cunha n. 3. Gnlier. lib. 2. Canon. e,
4,. n. 1>3. Consto UJyssipon . .&gitan. ct Portuens. loeis eilalis.
(1) Tridenl. sess. 22. de Reform. o. 1. e. Clerici 11>. de Vila, et honesto
Clerie.
(2) C. Clerici 11>. de Vil. et honesl. Clerie. c. Prcsbylcri 3'1. disl. cap. f.
de Vila, el honesto Cleric. lib. 6. Concil. Trid. de Reform. sess. 22. c. 1. el sess.
23. C. 12. muslr. A Cunha in c. 19. disl. 34. n. 1. cum seq. llarbos. ad diel.
texto in cap. Clerici 15. et ad 'Irid. sess. 22. de Refol'll1. c. 1. num. f~. cl univ.
juro Eccles. lib. 1. O. 40. n. 61.
(3) C. Decorem 12. de Vila, el honest. Clerie. Greg. topes lib. 3. verb. 'es"
tiduras til. 12. p. 5. Bellel. rlisquisit. Clerie. p. 1. til. de Disciplina Clericor.
23. n. 7. Peres in libell0 quem scripsil conlra las mascaras. Cardos. in pras:.
verbo Clericus n. 80. Barb. universo juro EccI. C. 40. n. 61.
(f~) Constit. Ulyssipon. llb. 3. lil. 2. decret. 6. 1. el 4. Brachal'ens. lit.
12. Constit. 10. foI. 193. Facit. LT~gitan. llb. 3. lil. 1. c.8. in fine. POl'lt;ens.
lib. 3. lil. 1. Constit. 7. in fine foI. 232.
(1) Mala ex ludo provenientia referl Barbos. ad texl. in c. Clerici 15. n. 6,
lIoslicn.s. in Sumo til. de exce sib. Prrelal. S5 C\criell ,
DO ARCETnSPADO DA RAlHA. 185
o dil'eito Canonico, e Sagrado Concilio Tl'identino (2) pro\libe aos C\e-
rigos jogar cal'las, e dados, conformando-nos com a sua disposio 01'-
tlenamos, (3) e mantlamos, que nem-um Clerigo de Ordens Sacras jo-
gue dados, cartas, ou outro algum jogo de parar, ou imite, nem quaes-
quer outros probibidos por direito, ou Leis tio Reino, (/c) sob pena (5)
de pagar pela primeira vez seis tostes para o Meirinho geral, e perder
o dinheiro, que lhe for achado no jogo, o qual se repal'tir em obras
pias a nosso arbitrio, ou do 110SS0 Vigario Geral: e pela segunda have-
r a pena em dobl'O: e pela terceil'a, e mais vezes ser preso, e castiga-
do com mais rigor, conforme merecer a continuao da culpa.
~ 469 Porm no lhes prohibimos que para sua recl'eao, e alivio
POSSO jogar qualquer jogo licito, (6) e honesto com outras pessoas Ec-
clesiaslicas, (7) ou leigos homados, e bem acostumados em suas casas,
as quaes no devem ser publicas de jogo, nem os mesmos Clerigos fre-
quentes neste exercicio; e o dinheo que se jogar, no ser quantia
considel'ayel. E na rua, roas, quintas, ou outros lugal'es publicos (8)
no podero jogar em publico, ainda os jogos licitos: nem o da pla,
bola, toque-cmboque, la1'Unginha, pos, e outros semelhantes, porque
so jogos publicos. E fazendo o contrario (9) inCOl'l'erO nas penas
acima postas. E os que forem nisso devaos, indo a hortas, e lugares
publicos jogar a bola com seculares, sero presos, e condemnados em
maior pena que a dos seis tostes acima ditos .
.j< 1,70 Muito estl'citamente prollibimos a todos os Clerigos de Or-
dens Sacras darem casa de jogo; (10) que consiste em dar cartas, da-
dos, tabolas, mesa) e casa para jogarem, e com maiol' razo se por isso
leyarem interesse. E fazendo o contrario sero pela primeira vez ad-
moestados da priso, e condemnados em dez cruzados: e pela segunda
havero a pena pecuniaria em dobro, e estaro vinle dias no aljube: e
sendo mais vezes comprehendidos, se proceder conlra elles com on-

(2) C. penuIt. de Vil. et honesto Cloens 1. Intel'. dileelos verso Nos igilur
de Exeessib. Prrolator. e. Episcopus 1. disCsu. Conci!. Trid. sess. 22. de Re-
formo C. 1. ad finem, et sess. 24. de Ueform. c. 12. ad finem. Illuslriss. A ClI-
nha arI lext. in c. Episcopus 1. dist. 35. n. 1. Bernard. Dias in prax. C. 70. verbo
Alealores, ubi Salzed. liler. A, Farinat. in prax. crimin. 10m. 3. q. 109. 11.92.
. (3) Constil. Ul)'ssip. lib. 3. til. 2. decr. 3. in princip. foI. 234. Brachat'.
III. 12. Const. 12. foI. 194.1Egit. lib. 3. til. 1. c. 7. foI. 193. Portllens. lib. 3. til.
1. Consto 8. foI. 232. curo seq.
('~) Ord. lib. 5. tit. 82. -
. (5) RebeI. de Oblig. jusl. lib. 12. q. uIt. n. 2. et 3. A Cunho ad dict. C.
EpIscopus 1. 35. dist. n. 2. in fine, eL n. 11. explical qui dicantllr publici alea-
10l'es cum l\Ielloch. Molina, et Fariu.
. (6) Ex doctor. D. Thom. 2. 2. q. 168. art. 2. Barb. univ. juro EccI. p. 1.
lib. 1. C. 4. n. 67. NaVal'. in ManllI. C. 20. ConsLil. Ul)'ssip. dicl. decr. 3. SI t. foI.
234.1Egitao. dict. c. 7. n. 1.
I (7) C. ConLinebaLur, C. Lator ubi omnes Doct. de Homicid. Clem. Digni, uhi
moI. Joan. And. et omnes de celeb. Miss. Cardo verbo Clericus n. 108.
B (8) BelleL. disquisil. Clerical. cap. 1. Lil. de Disciplina Cleric. SI 4. n. 15.
uruos. ad lcxt. in cap. Clerici 15. de Vila, eL honesto ';lericOl. numero 7.
(9) J"lldi prona est arbitraria. Jul. Clar. ad SI, Ludlls n. 6. Cardos. in prax.
vcrb: Ludus n. 3. Bernard. Dias in prax. C. 70. n. 2. vers. Ego vero. Caccialu-
pus JI1 Lract. de Iudo n. 60.
I'b (tO~ Ord. lib. 2. til. 9. in princip. eL lih. 5. tiL. 82. SI 5. Conslit. rnyssip.
1 3. Lll. 2. decr. 3. Brachar. liL. 12. consLil. 13. foI. 195. Cardoso iu prax.
verh. Lur~us n. 4.
1G COo TSTITUIES
Lras penas mais graves de degredo, suspenso de 01'11el1s, omo pUl'C~
ceI' justia.
TITULO IX.
E~f QUE SE PROTIlEE AOS CLEnIeOS, QUE NO SEJO OFFTCIAES, E nIl;'iISTROS DE
JUSTIA SECULA.R, NEill 1'\0 1'AL JUIZO SEJO TESTEMUr liAS, OU TmJElIl
J "RAlIIENTO.

/,71 Nem-uma pessoa que miiita na milicia espiritual de nosso


Senhol' se deve embaraai' com negocios seculares, como diz oApostolo
8. Paulo, (t) e por iS80 probibe o direito Callonico aos CleJ'igos OCCll-
parem-se em ameias e negocias seculares, e ouvirem, e professarem
as suas sciencias. Pelo que conformando-nos com a disposio de di-
reito, (2) mandamos, quc" nem-11m Clel'igo de Ord 'ns Sacras de nosso
Arcehispado possa ter omcio de Corregedor, Ouvidor, Juiz, Escrivo,
Tabellio, ou de Ministl'O da justia secular em casos crimes, (3) 11em
ainda nos civeis, (1,) salvo sendo Desembargador de S. l\-Iagestade, ou
Juizes arbitras escolhidos pelas partes.
lj72 E outl'o-sim no podero ser Advogados no foro, e audito-
rio secular (5) de causas seculares, (6) nem Procuradores, ou solicita-
dores (7) das mesmas causas; salvo (8) se requererem por si proprios,
ou por callsa sua, ou de seus parentes em gro propinquo, (9) ou de
suas Igrejas, ou de seus Prelados, ou de outras pessoas Ecclesiastic3s,
com quem viverem. E tambem o podero fazeqlclos pohres, Ol'phOS,
viuva8, e pessoas miseraveis, (10) fazendo-o por cLaridade, e piedade,
sem ser por dinheiro, ou cousa que o ,ralha.
-l< /,73 E no tolhemos passo responder de direito, (11) e fazei' 31'-
razoados, e allegacs em suas casas. E os que fizerem o contrario
f '.
(:1) Epist. 2. ad Timot. 2/'?I!OlC~~~ ibi: I.abora ienL JJonus miles Chri Li
Jesu. Nemo miIitans Deo impK~.l{ se negotiis sreculal'ib. Molina lom. 2. tract
2. el. 342.
(2) Cap. Episeopus 88. dist. e. Pervenit 2ti. 86. rlisL. C. 1. et sequenlia 21.
q. 3.
(3) C. A qnibus 23. q. 8. C. Clericis, . SenLenliam sanguinis ne CIeriei, vel
Monachi. Farin. fragm. crim. r.i. verbo Clericus n. 368. cum seq. Bellel. clis-
quisit. Clcric. p.1. tiL. ele tJ1sciplin. Cleric. 26. n. 3.
(4.) Barbos. juro Eec!. lib. 1. tiL. 40. n. 109. ellib. 3. yoLo 89. 11. 6J.. verso
El quamvis.
(15) C. Nullus 11. q. 1. e. 1. Ne Cleriei, vel Monacbi, C. 1. ele l?oslulanelo.
Martb. de J urisdiet. p. 4. eenL. 2. easu 1'16.
(6) l?olest enim in 'ausis EcelesiasLieis. Barb. juro Ereles. Iib. 1. C. 40. n.
83. cum tdb. seq.
(7) Ad LexL. in L. Omnes Cod. ele Epise. et Claric. eL in C. Quia Episco-
vus 15. q. 3.
(8) C. 1. de 'Postulando, e. Pel'1alum !~. 88. elist. at ihi IIlllslris. A Cunha
n. 1. eL 2. Parnomit. n uiet. til. de Poslulando C. 1. et 3. Gonsal. ad reg. 8.
Cancell. Glos. 2. n. 28. eum seC{. Sayr. in Clavi reg. lib. 13. e. 22. n. 3.
(9) Cap. fino de Po tu!. Abb. in C. In Uoslru n. 1: de ProcuraLol'ibus.
(10) C. L et 3. dicL. Lil. cle PosLu!.
(li) Stephan. Gratian. lIiscept. C. 39. ii \l. l. Alciat. resp.91. n. 3. Sanc!1.
in Drcalog. lom. 2. Iib. 6. cap. 13. num. 32. B lleL. disqllisil. p. 1. LiL. de "DIS-
ciplin. Cleric. 27. n. 10.
DO ARCEBlSPJillO DA BAlHA. J.87
cm qualquel' das cousas acima, sero castigados com penas pecuniarias
a uOsso arbitrio, ou de nosso' igario Gel'al, e se poder proceder ao
diante contra elles, at suspenso de seu Officio, e Beneficios.
n li J)rohibimos tambem aos Clerigos de Ordens Sacras, que sem
liceua nossa, ou de nosso Vigario Gel'al posso ser testemunhas (12)
cm negocios, e causas seculares crimes, ou ch'eis, que pendo cm jui-
zo secullll', ainda que sejo sabeuores da verdde elellas. :Mas sendo.
llecessarios seus jmamentos, e procedendo informao da qualidade da
causa o ue que no se seguir perigo dosdilosjuramentos, selbescon-
ceucl' liceu a in scriptis (13) para o fazerem.
li75 E porm lias causas em que conforme a direito pouem liti-
gar nos audiLorios, e tribunaes seculares, lhes ser licito jmarem de
calulIlnia (H) e tomarem o juramento, que se chama decisorio, e ou-
tros semelbantes, que o direito Lem onlcnado para bom expediente das
causas, e para se J>0elerem determinai' com justia.
-l' .&7G E os que tomarem juramento cm jujzo seculal' fra de,tes
casos, ou (orem uelles testemunbas scm pl'eceder licena, sero cou-
demnados por cada yez que o lizerern em dous mil ris para a nossa
Challcellaria, e Me'illbo pagos do aljulle. E seudo tesLemunho dado
em causa crime, de que se iga pena de sangue, se proceder conlra
elles na frma ele dit'eiLo (15) alem da diLa coodemoao pecuDiaria.
TITULO X.
E~I QUE SE l\IAND.\ AOS CLEllIGOS, QUE NO EXEHCITElIl o OFFICIO DE MEDICO,
E Cll\URGIO, NEilI os OFFICIO 1IIECANICOS, NEM SIlWO CARGOS INDE-
CE~'l'ES .\ SEU ESTADO.

-l' 1177 Conformando-nos com a disposio de direito Canoojco, (1)


soh pena de excommunbo, c de vinLe cruzados pagos do aljuhe, mau-
damos, que nem-um Clerigo de On.!ens Sauas de nosso Arcehispado
exerciLe omeio de- Medico, ou Cirurgio, nem sangre, nem corle, ou
mande corLar membro, ou parle delle com ferro Oll fogo. Porm nes-
t~s penas no incolTel' o que aconselhar (2) alguns remedios, ou medi-
cmas, de que se no tema perigo notavel, fazendo-o por cbaridade, sem
por isso levai' paga, ou premio algum,
-l' .&78 Por sel' grande opprobrio do estado Ece1esiaslieo exercita-
rem-se, os Clerigos cm omcios, e minisLerios b~ixos, e abatidos, (3)

(12) C. Teslimonium 11. q. 'I. c. Quamquam 14. q. 2. 1\1arlh. de Jurisc!icl.


p.4. ea u 128. n. 1. Nal. cons. 39. n. 1. voI. r,.. l\Iascard. d Prol1at. concluso
30~. num. 6. llcllel. di quis. Clericor. p. 1. til, de Clerie. leslc 2, n. 5. Barb.
eleJur. Ecc1es. cap. 40. n. 103.
(13) Formulam lieenlim pOlliL TIellet. loc, cilalo n. 5. el Barbosa ubi supra
n. 10'10.
(1l~) C. Cro(erum 5. rle Jl1ramcnlo call1mnil'c.
(15) Sl1ercII. deci .50. n. 2. eum scquenlib.
(1) Cap. fino ne Cleriei, vcll\Iunachi, cap. Tua nos, juncLn CIo. verb. Con-
grucbal de l1omicidio, c, 1. ne Cleriei, vell\Ionachi lib. G. l\lcno h. de arbil.
rasu 423. n. 28.
(2) Cap. Tua 1105 19. ele Homicidio, cl ibi 13<1rbosa n. 3.
(3) Clcm, L ele \'ila, 'l hUllesl. Cl'ri 'o\'. Faril1, in Fragm. verIJ. Clericus
a nUm, l:H,
1&8 CONSTITUiES
mandamos a todos os de nosso Arcebispado que no usem nem excr-
citem omcio, ou ministerio algnm vil, baixo, c indecente a seu estado,
nem cavem, nem rocem, nem cOI'tem canas, nem fao semelhante tra-
balho vil, posto que seja em suas propl'ias fazeOllas. E o que fizer o
contl'ario, pela pI'imel'a vez ser admoestado, e pagar quinhentos ris,
e no se emendando pagar a pena em dobro, e procedendo mais nesta
culpa ser castigado com maiol'es penas arbitrarias.
-l< /,79 Conformando-nos lamhem com a disposio do direito Ca-
nonico mandamos, que nem-um Clerigo de Ordens SacI'as de nosso
Arcebispado seja Mordomo, (II) Almoxarife, H.ccel)edor, \ eador, Fei-
tor, ProcuradOl', ou Agente de pessoa alguma secular, posto que seja
PI'incipe, Infante, ou Senhor de titulo, e fazendo o contrario lhe pomos
por esta Constituio sentena de excommunho, da qual no ser ab-
solLo at no pagai' vinte cruzados por cada vez para a nossa ChaucelJa-
ria, e Meirinho, e no se emendando ser castigado com mais rigorcon-
forme as circunstancias da culpa.
-l< /,80 E posto que os Sacerdotes posso servil' de Capelles de
pessoas seculares, lhes probibimos que ajoelhem (5) diante deites des-
balTetados, e descubertos a suas mesas, ou quaesquel' outros actos de
seu scrvio, nem os acompanhem (6) em frma de criados, c os que fi-
zerem o contrario pagaro mil ris para a S, e Meirinho, e sero ad-
moestados, e pela segunda, e mais vezes se lhes dobraro as penas.
TITULO XI.
EM QUE SE ORDENA AOS CLERIGOS, Q 'E NO USEM DE TRATO, E IIIERCANCIA,
NEM FAO FIANAS l'OR GANHOS, OU INTE.I.mssES.

1.81 Prohibe a IgI'eja aos Cferigos todo o genero de trato, mer-


cancia, e negociao, assim porque so actos to pel'igosos, que dilfi-
cullosamente se podem exercitai' sem peccado, como tamuem pOl'que
os no quer distrallidos dos Officios Divinos, (2) e minislerio do Allarj
e finalmente porque em serem tratantes, e negociantes mostro dema-
siada ambiO, e cobia, (3) dos bens temporaes, o que indignidade
nos Ecclesiasticos, que at no affecto devem conservar a pooresa Evan-
gelica.
/,82 Pelo que mandamos, que nem-um Clerigo de Ol'dens Sa-
cras de nosso AI'cebispado seja Tratante, (/,) Rendeiro, ou Mercador

(4) Cap. 2. ne Clcl'ici, vcl Monachi, c. Credo 21. q. 3. cap. 1 disto 88. Burh.
.ad lext. in c. SacerdoLibus 2. ne Clcrici, vcl l\1onachi, cllib. 3. VoL. 89. n. 62.
Bernard. Dias in Pract. c. 57. alis 60. in nDvissima editionc. Gcnuens. in pracl.
Archiepisc. Neapol. c. 62. n. 20. in addit.
(:;) Consl. JEgilan. lib. 3. c. 12. lil. 'l. in principio.
(6) Gavant. verb. Clericus n. 67. Concil. Provincial. Mediol. 1.
(1) Paul. 1. ad Tim. 6. C. EjicicDs 1'l. 88. -disto cL ibi llluslris. A Cunha
n. 2.
(2) Paul. 2. ad Tim. 2. 4. c. Conscqucns 2. 88. disl. et ibi nIusLris. A Cu-
uha n. 1. verso Ralio aulem.
(3) C. Consequens 2. c. Tegolialorcrn 9.88. disto C. Sccundum 6. ne Clerici,
ycl Manachi.
(4) C. CJeric. de Vil. el honesL. Clcrie. cap. l'\on IiccL 9. 86. rlisl. c. Dccrc
it., C. Conscquells. C-ilp. Bpi (;OPUS 88. dis!. c. PI~(;Uil ii. 21. q. 3. Barb. Jur. Ec-
DO ARCEBISPADO DA BAHlA. i8U
de qualquel' especie de trato, nem compre fruclos, e mercadorias para
as tomar a yendcr, tratar, ou regateai' com ellas, nem seja fiauol' pOI'in-
tercssc, ou ganho, e os CJue fizerem o contrario, pagaro pela primeira
vez dous mil ris, e pela segunda a pena em dobro paga do aljube, e se
dcpois da lerceira admoestao se no emendarem, se proceder contra
cllcs com mais rigor.
TITULO xn.
mr QuE SE OIlDE 'A QuE os CLERIGOS N.O l'OSSO TER DE PORTAS ADE 'TRO
MULHERES, mr Q E POSSA BA"ER S SPElTA, NE~[ FREQUENTAR A nlOS-
'rEIRO DAS FIlEIRAS.

-l' h83 Dcvcm os Clerigos fugil' das companhias, vistas, c praticas


com mulhcl'es, de que pde haver ruim suspeita, assim porque no dem
occasio ao demonio, (1) que sempre vigia para os fazei' cahir, como
tambem pOl' evitarem toda a occasio de escaudalo (2) nesta materia.
Por tanto mandamos, que nem-um Clerigo de Ordens Sacras de qual-
quer qualidade, ou condio que seja, tenha das portas adentro, ou se
sirva de mulher alguma, de que possa haver suspeita, ou perigo, (3)
ainda que seja escrava sua. E as amas que tiverem para seu servio
SCI'o ao menos de idade decincoenta annos, (h) de tal vida, e costumes
de que no possa ba,er ruim.suspeita; e fazendo alguns deHes o con-
trario, scr })ola primeira vez admoestado, que a lance (5) fra, e se
no sin-a mais da dila mulhel' em certo tempo, sob pena de ser havido
por suspeito, de que tem illicila conversao com ella: e pela segunda
YCz pagar dons mil I'is (6) para as despezas, e Meirinho: e se ainda
a sim se ilHO emendar, ser preso, e se liVl'ar do aljuhe, (7) e pagar
as penas arbitrarias, que merccer, ficando sempl'c obrigado a lanai' f-
ra da ca~a, ou se no servil' com mulheres prohibidas ncsta Constitui-
o.
11811 Porm a dita prohibio no ha"er lugar sendo ays (8)
rnis, irms, sobrinhas filllas de irmos, tias, e primas co-irms elas
Iluacs o pal'enlesco ch gauo no permilte suspeitar-se mal. Com tudo
para que com esta occasio a no haja de algum pcccado, ao qual sem-

c1~s. lib. t. e. '.0. n. 114. Ugolin. de Ome. el Polest Epise. e. 13. S) 15. et
16. Pereir. de Manu reg. p. 2. cap. 24. sub n. 34.
(1) D. PeLr. EpisL. 1. e. 5. D. Cyprian. lib. 1. Epist. 1.
(2) Cone. Uemens. ean. 22. e. 1. de CohabiL. Clerie.
(3) C. Inhibendum 1. e. A nobi' 9. c.ap. Clerievs 20. e. OporleL23. 81. disto
e. Jnlcrdixil 16. e. HospiLioluID 17. 32. disto I:;oncil. 'Idd. sess. 25. de Uero1'ln.
c. 1'.. aval'. in Manual. e. 25. num. 109. Azeved. lib. 8. Reeopilat. liL. 19.
I!b. 1. n. 78. Avendanh. lib. 2. pra'tor. ei1p. 211. n. 9. Menoeh. d PrrosumpLion.
!tb.5. prresumpl. 17. Ilum. 1. Paul. l'useus de Visit. lib. 2. e. 15. n. 88.
(4) Ad Barbos. jul'. Eeel S. e. -1-0. n. 39.
(5) AcI Glos. Ex evitlenLia ad lext. in e. Tua nos 8. de Cohabit. Clerie. et
ibi Barb. D. 7. _
(6) Tllom. Yalase. allegal. 34. u. 10. eum seq. Pereir. de mano r g. c.
310. n. 10.
(7) Trid. cliet. sess.25. de Rcrorm. e. H,.
(8) L. ElIm qui Cod. cle Epise. el Clerie. e. A nobis. 9. tle Cohabil. Clerie.
c. Inlcruixil32. dd. c. VOIUlUlI 21. cap. CUI1l olUnibus27. 81. disto
2~
HlO
pre o diabo nos est insligando, mandamos que no consinlo, que as
taes parentas suns tenho em seu servio mulheres moas (9) nem ou-
tras de que possa haver ruim suspeita; e contl'a os que no guardarem
esta Constituio se proceder com penas arbitrarias, como parecer jus-
tia, e a prudel1cia em tal caso ensinar.
/,85 E outro-sim mandamos, que as ditas pessoas EcclesiasLicas
no ensinem mulheres a ler, (10) eSCI'ever, langel" ou canlar sem nos-
sa licena, ou do nosso Provisor, sob pena ue se proceder com penas
arbitrarias contTa quem fizer o contrario.
-l< 1.86 Por quanto pertence muito ao bom exemplo uos Ecclesias-
ticos, e conservao da bonestidade uos Mosteiros de Religiosas no
serem frequentados pelos Clerigos, e pOI' essa razo o proltibro o rli-
reiLo Canonico, (11) e os .fotus proprios dos Summos Pontifices o
Santo Pio V, (12) e Gregorio XIIT, (13) mandamos a todos os Clerigos
de nosso Arcebispado, que no frequentem o Mosteiro ele Freil'as, Yi-
sitando-as, fallanrlo com ellas, nem escrevendo-lhes sem justa causa,
salvo se forem parentas suas at Osegundo gro. E no se entender
frequentarem o Mosteiro, (U) sentio indo fallar com alguma Freira
uma vez cm cada mez, e detendo-se nas grades, e dando algum escan-
dal0. E os que fizerem o contrario, sero pela primeira vez admoesta-
dos, e pela segunda pagaro dous mill'is para a no sa Chancellaria, e
Meirinho. E pela terceira vez pagaro do aljube quatro mil ris. E se
perseverarem na culpa, se proceder contra elles com as censuras, c
penas de direito (15) que justas pat'ccel'em at suspenso de Officio, e
Beneficio.
/,87 E quanto aos leigos que frequentarcm o 'Mosteiro das Frei-
ras, declaramos, que inconero em pena de cxcommunho imposta pe-
lo mesmo direito Canonico, (16) e assim sero declarados por eXCOD]-
mungados, se depois das tres admoestaes se no emendarem, e po-
dero ser condemnados nas penas, que nos parecerem; o que se no en-
tende nos que forem falial' com parentas suas at o segundo gro, (17)
C<lm tanto que com esta occasio no fallem com outras Freiras nem
haja escanualo. E dos que enteal'em na c1aul'L1l'a sem legitima licena,
e jusla causa trataremos no quinto liwo.

(9) Cap. 1. de Cohabil. Cleric. eL ibi 'Ielles n. lL Facit Ecclesia in ornc. D.


AugusL. lecLion. 5. Villar. Govern. Ecclcs. p. 1. q. 2. art. 6. n. 49.
(10) Gavant. verbo Clericus n. 68. Concil. Proyinc. Mediol. 1.
(li) C. Monasleria 8. ele Vit. el honest. Cleric. c. umc. in princip. ele SLaLu
Regul. lib. 6. c. Clerici 32. 81. dist.
(12) Qui incipiL: Cura PasLol'alis, anno 1066.
(13) Qui incipiL: Deo sacris. Constil. iEgilan. lib. 3. til. 1. c. 16. in prin-

i
, H rec eOlm
cipiO(l~) . f I'cqueo(ta . .J1lf1"J(:I~ arI" ..
)1f.1"I0 rcmlLLJLnr.
nar I105. Jur.
. ECC.I
lib. 1. C. 4f~. n. 154. cum Noy. Cam pc, et Sancho ab eo ciLatis, eL ia Collccl.
ad lext. in cap. J.\.IooasLeria 8. D. 8. de ViL. cL honesl. Cleric.
(15) Trid. sess. 25. de Regu!. c. 5. c. l\Ionastcria 8. de YiLa, eL hOllCSl.
Cleric. eL ibi Barb. et de PoLe L. Episc. p. 3. alleg. 102. n. 71.. Ga'anL. verb. Mo-
nialium collocuLio n. 5. eL 6.
(16) Cap. l\Ionasleria 8. de ViL. eL ltonest. Cleric. eL ilJi Barb. 11. 1. Ycrs.
laicus vera, eL de PolesL. Epise. diela alleg. 102. II. 71.
(t7) Gavant. dicL. vel'b. l\Ionialium eollucuLio n. 7. ConSLiL. Porluens. lih.
3. lil. 1. ConsL. 12. yers. 2.
DO ARCEBISPADO DA BAH[A. 191.
TITl;LO XIII.

DAS PROCISSES: QUE COUSA SEJA PROCISSO, E DA SUA ORIGE.I, E CO:lIO SE


UEVE1r FAZER NESTE ARCEBISPADO.

1.88 Procisso uma orao publica feita a Deos por um com-


mun ajuDtamento de fieis disposto com certa ordem, (1) que vai de um
lugar agrado outro lugar sagrado' e to antigo o uso delJas na
19t'eja CathoJica, que alguns Autoros atlribuern sua origem ao tempo
dos Apo tolos. So actos de verdadeira Religio e Divino culto, com
os quaes reconhecemos a Deos como a Supremo SenlIor de tudo, e piis-
simo distribuidor de todos os bens, e pOI' isso nos sugeitamos a elle,
esperando da sua Divina clemencia as graas, e favol'es que lhe pedi-
mos (2) para salvao de nossas almas, Temodio dos corpos, e ele nos-
sas neces idades. E como este culto seja um efficaz meio para alcau-
al'mos de Deos o qne lhe pedimos, ordenamos, e mandamos, que to
santo, e louvave[ costnrne, e o uso elas Procisses se gual'de (3) em
nosso Arcebispado fazendo-se n01le as Procisses gel'aes, ordenadas
pelo direito Canonico, (/,) Leis, e Ordenaes do Reino, e costume des-
te Arcebispado, e tambem as mais que s mandal'mos fazer, observan-
do-se cm todas a ordem, e disposio necessaria para perfeio, e ma-
gestade dos taes netos, assistinqo-se neHes com aqnella modestia, re-
verencia, e religio, qne requerem estas pias, e religiosas celebridades,
TIT LO XI,.
DO PODER QUE TEMOS PARA FAZER PROCISSES PCBLICAS, E QUE SE NO FAO
NESTE l'iOSSO ARCEBISPADO SE:II 'OSSA LICENA.

/,89 Como as Procisses sejo solemnidades espirituaes, e sagra-


d.as, e nos Bispos, e Ordinarios om suas Dioceses esteja toda a sua ju-
Iwlio espiritual a respeito de todos os sllbclitos, e11es s as podem
ordenar (1) e denunciar assim publicas, como particulares, o dar para
ellas [icen a, (2) sem a qual se no podem fazer.
/,90 Por tanto ordenamos, e mandamos ao nosso Cabillo, e aos

(1) Pelru Greg. lib. i. ParlilionuID Juris Canonici lit. 2Q. cap. l~. Gavant.
vcrb. Pl"Ocessio pcr tol. Barb. de Potest. Episcop. p. 3. alleg. 78. n. 1.
(2) l\Iallh. c.18. verso HJ. Aclor. 1. 21. Trid. se S. 13. de Sancliss. Euchar.
Sacram. C. 5.
(3) Consl. UJyssip. lib. 2. lil. 6. in princip. foI. 213. JEgilan. lIb. 3. lit.
3. c. 1. foI. 213.
('t.) Concil. Trid. sess. 13. C. 5. de Sancls. Euchar. SacmID. el sess. 7. G.
5. el cano 6. Clem. unic. de Reliqllii , el veneral. Sauclorum, C. Rogatiopcs disL
3. de Cosecrat. Ord. nego lib. 1. tit. 66. Si lrR. 1 golin. de Pof.r t. Epl C. p. 1.
C. 20. SI 2. n. 6.
. (1) Bellet. disquisit. Cleric. p. 1. IH. ele Favore Cleri i re~li SI 2. n. 5. Leo
~n Thesallr. fori Eccles. p. l~. e. 2. n. 142. Barb. de Polest. Epl~cop. P: 3. alleg.
18~ n: 3. el de uoiv. juro Eccles. cap. !l3. n. 161. el AposlolIc. deCIS. collect.
2Oti. a n. 1, usque ad 4 .
.(2) Aulhro. de Sanctiss. Episc. SI. Omoib. collat. 9. Conslil. UJyssip. lib.
~. tIL. 6. in fine princip. foI. 213. JEgilan. lib. 3. til. 3. C. 1. n. 12. Porlllens.
lih. 3. til. 2. Const. 2. in prllcip. el '~ers. 2.
192 COl TITUIES
Pa!'ochos, Vigal'ios, Communiuaues, e mais pessoas Ecdesiasticas, (J
secula!'es <1e nosso Arcebispa<1o, que no ordenem, nem fao Procis-
ses publicas geraes, ou particulares, por qualquer causa que seja, sem
licena nossa porescripto, (3) em que seassignar o tempo, parte, e por
onde hO de ir, e se tornaro a recolhei" excepto aquellas que mandar-
mos, e permiLtirmos se fao nestas nossas Constituies: na qual nos-
sa prol)ibio se comprehendem tambem os Regulares, (/,) os quaes
conforme a direito e declaraes da Sagraua Congregao no podem
fazer Procisses puhlicas por fra uo ambito de snas Igrejas sem liccll-
a dos Bispos.
i' 1.91 E smente os Religiosos da Companhia de Jesus podero fa-
Z!' nesta Cidade as Procisses, que no dia das onze mil Virgens, no
dia da Santissima Trinuade, e na Tera Feira das quarenta boras cos-
tumo fazer. E os Religiosos de Nossa Senbora do Monte do Carmo
em Sexta Feira ua Paixo. E os de S. Francisco em Quarta Feira de
Cinza. E o Senado da Camara em dia de S. SebastiO; em dez de Maio
dia do Padroado de S. Francisco Xavier; cm dia dos Apostolos S. Fi-
lippe, e Santiago, e em dia do Anjo Custodio, e a da Acclamao no
primeiro de Dezembro, e a de Santo Antonio de Arguim. E a da Ir-
mandade da Misel'icordia em Quinta Feira de Endoellas e em dia dc
todos os Santos. E a Irmandade dos Passos na segunda Sexta Feira
da Quaresma; com tanto que umas, e outras se fao com toda a decen-
cia, (5) e nellas no iro Imagens de antos que no esti,erem canoni-
zados, nem cousas probihidas nestas nossas COllstiLuies. E sem a
dita nossa licena S no pod~ro fazer outras Procisses, soh pena de
excommuDl1o maior 11JSO {acto incwTel1da, e ue dez cruzados para as
despezas da justia, e Meirinho.
TITULO XV.

CO~iO SE CO~IPORO AS DmJDAS, QUE SE nIOVERE5J SOBRE A PRECEDENCIA NAS


PROCISSES, E QUE ESTAS SE l'io FAO DE NOITE.

/,92 Por qnanto tem mostrado a experiencia, que nas Procisses


de noite pde haveI', e ha muitas oll'ensas ue Deos nosso Scnhol', as
quaes, diz o Apostolo, so ohras das tl'cvas, (1) de que Pl'incjpe o
demonio, ordenamos, c mantlamos, sob pena de excommunbo maior
1pSO {acto, que nem-uma Procisso, assim das que j esto instituidas,
como ao diante se instituirem, se possa fazer de noite (2) das Ave Ma-

(3) Decisum referL Leo in Thesaur. p. 4. o. 2. n. 1M>' Barbos. AposLolic.


deeis. eollect. 605. n. 1. eL 2. eL de PoLest. Episeop. p. 3. alleg. 78. n. 3. Cons-
tiLuLiones loe. pro'ime eilaLis.
(4) Sacra Congrego ltit. 17. Maii 1617. Barb. de f'olest. Epise. p. 3. alleg.
78. n. 7. et ln Sumo AposLoliear. deeis. verbo Proeessio n. 47. 1~8. /j9. Sacro
Congro 0?ncilii 2. Julii 1620. apud Laert. Cherub. de Privileg. reg. Lom:2. Cons-
til. 7. PIl V. n. 13. verso ad 8. p. 193.
(5) RiL Roman. liL. de Proeessionibus cap. 2. !;\ Cessent de Immunil. Ec-
eles. lib. 6.
(1) Ad Roman. 13. 12. Joan. 3. 20. Paul. ad Thessal. 5. 5. cl ad EphcJ.
(l. 12.
(2) franco de Eeelcs. Calhcdral. C. 18. n. 185, el e. 25. n. 35"1. ela63. Coo-
DO ARCEnI, PADO DA BAHU.
rias pOI' diante, e qne nem-uma comece to tarde, que seja preciso re-
colher-se de noite, exceptuando-se a Procisso que por uso antigo, e
geralmente recebido, e praticado no lleino, e nesta Cidade se costuma
fazer Quinta Feira de Endoenas, sahindo da Igreja da Misericordia .
.r. 93 E quando houver alguma to grave, e urgente causa, que
pea fazer-se a Procisso de noite, se nos dar couta (leHa, para dar-
mos licena, se entendermos ser assim mais servio de Deos. E pro-
hibimos s mulheres, (3) sob pena de excommunllo maior ipso facto.
acompanhai' as ditas Procisses, e as mais que de nossa licena se fi-
zerem de noite.
492 Desejando Ns com paternal affecto remediar todas as con-
trovercias, que nas Proeisses succedem sobre as precedencias, con-
formando-nos com a disposio do Sagrado Concilio Tridentino, (4) e
Constituies Apostolicas, ordenamos, e mandamos que todas as vezes
que houver duvidas nas Procisses, acompanhamentos dos defunctos, e
outras funces Ecclesiasticas, assim enll'e Clerigos seculares, e suas
CI'llzes, como entre Re]jgiosos, on Irmandades; o nosso Provisor, ou
Vigario Geral nesta Cidade, e nas mais VilIas, e Lugares o , igario da
Vara, ou da Parochia, informando-se com toda a brevidade das razes
de cada uma das partes letigiosas, ordene o que lhe parecer justia,
para o que lhe damos todo o podei', e jurisdio, que por direito nos
concedida.
l' 495 E no convindo os pleiteantes os mandal' suhir da Procis-
so por aquella ,rez, e todos sero ohrigados a lhe ol)edecer, e no o
fazendo as~im, o nosso Provisor, ou Vigario Geral proceder com cen-
sUI'as, penas, e priso: E por esta composiO as partes no adquiri-
ro direito algum na IJosse, nem na propriedade, mas este lhe ficar
reservado para tratarem depois da sua justia pelos meios ordinarios.
E tudo assim ordenarO, e cumpriro sem embargo de quaesquel' ap-
pcllaes, (5) aggraros, emhargos, replicas, protestos, ou outros se-
melhantes requerimentos, porque nem-uns destes documcntos em laes
casos tem efreito suspensivo.
TITULO XVI.

D..I. SOLE3[NE PROCISSO DE CORPO DE DEOS, E QUE PESSOAS A DEVEM


ACOMPANHAR.

. 496 A principal de todas as Procisses a grande, e festival Pro-


CISSo do Corpo de Deos, quc em cada um anno se faz na Quinta Feira
cil. provo Mediol. 3. Gavanl. verbo Processio n. n. Conslit. U1yssip. lib. 2. lit.
6. deel" 2. in prine.
. (3) Cpnsl. U1yssip. lib. 2. lil. 6. decreto 2. in fine prineipii. !lorluens lib.
3. til. 2. Con lit. 4. in fine.
(4.) Trid. sess. 25. de Regnlar. e. 13. Consl. Greg. XIII. el Clement. vrn.
Leo in Thesaur. p. 1. C. 8. n. 18. Barb. de Polest. Episcop. p. 3. alleg. 78. n.
26. FI'. Emman. qulCSl. regul. tom. 3. q. 37. art. 3. Lara de Annivers. el Ca-
pelIan.lib. 1. C. 2!~. n. 29. Salgado de Regia Pl'olect. tom. 1. p. 2. e. 9. n. 13.
(!)) Trid. loe. eilal. verso Episcopus amol omni appellatione. Zerol. in
prax. Epise. verbo Proeessiones verso Ad lerlium. Rie. p. 1. deeis. 90. n. 1.
Barbos. ad prlCdiclum Trid. n. 8. Solum enim habent efTecLUm devolulivum.
Salgad de Reg. prolecl. tom. 1. p. 2. e. 9. n. 99. Gam. dee. 1. n. 8,
19,1. CO_ TSTIT IES
Jepois do Domingo da Trindade, to encommendada pIos Sagl'ados
Canones, (1) e Concilio Tridentino. e ainda pelas Leis do Ueino. Foi
ordenada pela Igreja para exaltao do Divino Sacramento, manjai' sa-
grado em que se nos d o mesmo C111'isto nosso Senhor, para bonl'a de
Deos, gloria dos Catholicos, confuso dos bereges, e para que os fieis
lembrados deste immenso beneficio, (2) com fenoroso alfecto se moYo
a render o obsequio devido a to mvina Magestade, e a dar as graas a
Chl'isto nosso Senhor, to liberalissimo bemfeiLor, que se nos d si
mesmo cm iguaria da vida espil'itual.
497 Pelo que mandamos, que nesta Cidade se faa esta solemne
Procisso com o ornato po siyel de pompa e magestade, assim como
at agora se fez, na Quinta Feira de Corpus Clll'isti pela manh, acaLa-
da a celebrirlade da Missa, na frma que dispoem o Ceremonial dos Bis-
pos, (3) e sabir da nossa (.&) S, e Ns, e nossos succe Safes levare-
mos a Custodia (5) do Santssimo Sacramento, e tendo legitimo impe-
dimento a levan o Deo do nosso Cabido, ou Dignidade a quem per-
tencel'. A mesma Procisso se poder fazer nas mais Igrejas de nosso
Arcehispado, em que houver costume de se fazer, havendo o ornato ne-
cessario, na fl'ma que ordena o Ritual Romano.
~ 498 E mandamos sob pena de excommunho maior i1J80 (acto
inCU1Tenda, e de mil ris de multa a todos, (6) e quaesquer Clel'igos de
Ordens Sacras, ou Beneficiados, ainda qne sejo de Menol'es, de qual-
quer qnalidade, ou condio que sejo, que se acbarem nesta Cidade, ou
em qualquer das Villas, ou Lugares em que se fizer a PI'ocisso no dito
dia de Corpus Christi, a acompanhem da Igreja donde sah, at se re-
colher, e iro com yestido Clerical decente, e comsobrepelizeslayadas,
coras, e barbas feitas.
~ ],99 E sob a mesma pena de excommunho, que neste caso po-
mos como Delegados da Santa S Apostolica, (7) mandamos a todos os
Religiosos das J1eliges, que costnmo no nosso Reino de Portugal
acompanhar esta ProcissO, que assim nesta Cidade, como nas Villas,
e Lugares de nosso Arc~bispado, (em que houver costume ele se fazer
a dita Procisso) a acompanhem no dito dia em corpo de Communidade
com Cmz diante, da Igreja d'ondc sahil' at se recolher. E o nosso

(1) Clemet. llnic. de Reliqlliis, et veneral. SancLor. Trid. sess. 13. ele Sa-
cram. Euchar. cap. 5. Ord. Regia li\). 1. til. 66. . 48. Rit. Homan. LiL de Pro-
cesso in fesLo COI'poris CbrisLi. Lara de Capellan. eL annivers. lib. 1. c. 24. Quar-
La de Processione seet. 2. punct. 11.
(2) Trid. dicL. c. 5. vers. JEquissimulD. Facit D. Thom. in 0PUSClll. 57. eL
Eccles. feria sexta iofra ocLavam COI'poris ChrisLi.
(3) Creremonial. Episc. li\). 2. e. 33. Rit. Roman. ele Procession. in feslo
Corporis Chrisli.
(4) SeI. in Selecl. Canonie. e. 11. num. 2. Saera Congrego Rit. in Tu ca-
nens. 19. AllgllSL. 1619. Cone. 'Provine. Mediol. 1. GavanL. verbo Processio n. 16.
ConsLit. myssipon. lib. 2. LiL. 6. deer. 1. ~ 2.
(5) Creremoo. Episcop.lib. 2. cap. 33. Gavaot. verbo Processio num. 34.
Consto Ulyssip. ubi proxime. ..
(6) Trielenl. sess. 25. de Regular. C. 13. Sacra Congregal. Concil. 17. lulll
1597. GavanL. verbo Processio 11.6. Consto Ulvssip. lib. 2. til. 6. decrel. 1. 2.
(7) Tridenl. sess. 25. ele Regular. C. 13. Gavant. verbo Processio n. 7. Ric.
in prax. p. 1. resol. 319. n. 1. cL 2. Barbos. ele Polesl. Episcop. p. 3. alleg. 78.
n. 26.
no ARCEBISPADO DA BAUIA. 195
Provisol' (8) nesta Cidade mal1dal' dous dias antes fixar um edital nas
portas da nossa S, porque mande s pessoas, que a isso sO obrigadas,
se achem na tal Procisso, declarando-lhes que se assim o no cum-
}JI'irem, incorrem Das ditas penas de excommunho, e dinheiro.
500 E mandamos outro-sim a todos os nossos suhditos, que no
dia em que se fizer esta solemne PI'ocisso tenbo as ruas, e lugares
pOI' onde homer de passai' limpos, (9) e ornados com ramos, e 11ores,
c as janellas, e paredes concertadas, c armadas com sedas, panos, al-
catifas, tapearias, cjuadros, imagens de Santos, e outras pinturas ho-
nestas, f(uau to I !les ror possi ve1.
501 E outro-sim mandamos, que nem-um homem, (no tendo
legitima causa) em quanto a Procisso passar pelas ruas, esteja s ja-
ueIlas ('10) ou sentados em cadeiras de espaldas com a cabea cuberLa,
e tanto que avistarem o Senhor se poro de joelhos sob pena de ex-
communbo maior.

TlTULO xvn.
DAS Il'DULGENCIAS Q E SE GANHO K\ PROCiSSO DE CORl'O DE DEOS, E S ,\
of'rAVA, E DE CO~lO SE no DE PUBLICAR PELOS PAROCHOS.

502 P:lr3 que os fieis Christos com maior religio, c piedade


celelJrem esta Santissima festa, concedro os Summos Pontifices Ur-
bano IV, Clemente V, MaI'tinho V, e Eugenio IV Indulgencias, as quaes
mandamos que os Parochos publiqnem, (1) e declarem a seus fl'eguezes
na estao da Dominga precedente, e juntamente as que Nsconcedemos
aos qne acompanharem a Procisso. E em primeiro lllgal' os admoes-
taro, e exhol'taro a que ne te dia, ou na oitava delle se confessem,
e commungnem, e assisto Missa solemne, eHoras Canonicas, e dem,
tjuanto lhes for passiveI, algumas esmolas, e continuem a fazer ora,es
llas Igrejas,- porqne estes so os OfilCios de piedade, com que se devem
pi'~parar para lucrarem as Indulgencias desta festa, as qnues so as se-
gUlOtes .
. 503 Os que assistirem confessados e commungados .s Matinas,
e MIssa so]cmne no dia de Corpo de Deos, e s primeiras Vesperas, e
~egu~das, ganho (2) cem annos de Indulgencia. E os que assistirem
a PI'IUJa, Tera, Sexta, r ona, e Completas, ganho cem annos por
cada uma das dilas Horas: e os que jejuarem Vespel'a, ganho cem
anllos. E nos sete dias do Oitavario se ganbno os mesmos cem anil os
de Indulgencia assistindo s VeSI}eraS, ou Matinas, ou Missa. E a to-
das as pessoas que ida, e volta acompanharem a ProcissO, cOl1ceue-

(8) ConsliL. Ulyssipon. lib. 2. tiL. 6. deel'. 1. 2. vcrs. E o nosso :Provisor.


(9) l'onduL. 1. p. resoI. bencf. c. /j8. n. 9. Paul. Maria Quart. sceL. 2. punet.
'li. Conslil. Aigilan. lib 3. tiL. 3. c. 2. n. 9.
(10) Gavanl. verbo :Proccssio J1. H. Cone. T'rovinc. l\lcdioI. !i. CCJllSL. Bl'a-
char. tiL. 20. consto 2. n. 5. 1'01. 30/i..
. (1) ConsL. U1yssip. lib. 2. til. G. decr. 1. 3. Coneil rro inc. l\Ictliol. 3.
flul'alll. vcru. l'l'oecssio nllm. /j'!~.
. (2) Caem, unic. de Rcliqniis ct vcncral. Sanelo!'. vcrs.[\'ls cnim. D. :rho~n.
ln Opnsen1. 57. flccl'cl.l\I dio!. COlleil.lib. 4. til. 7. c. 12. Consl. 1Jysslp.llb.
2. til. G. d crel. 1. ~ 3.
19G CO STlTUlE
mos Ns quarenla dias (3) de Indulgencia. E juntamenle os ParodlOS
declararo a sells freguezes na dita eSlao as penas deslas Consl ilui-
es, que inconem os que no acompaol1arem a sobl'edila l~roci so
em dia do Corpo de Deos.
TITULO XVlIL
En! QUE SE ORDENA QUE os OIi'FICIOS DIY fliOS , E HORAS CANO:SICAS SE DEYE~I
REZ.\.R, COMO DlSPOElIl o BREVl.\.RlO n03UNo.

504 Todo o Clerigo lanlo ql1e toma Ol'uens Sacras, fica logo
obrigado arezar (1) as floras Cononicas e OmcioDivioo lodososdias, e
esta obrigao tem lodo o Clel'igo que liver Beneficio Ecc1esiaslico ain-
da sem Ordens Sacras, (2) porque por isso se lhe d o Beneficio; e as-
sim conforme a direito, e' arias Constituies dos Summos Pontifices,
lodos os Clerigos de Ordens Sacras, e Beneficiados, posto que as no
Lenho, que sem justa causa, e legitimo impe.Jimento deixarem de re-
zar o Ollieio Divino em quaesquer dias, alm do reccado mortal que
commettem tendo Beneficios, tenho, ou no Cura do almas, se depois
de seis mezes de estarem de posse (le1les no I'Czarem, pel'{lem os fru-
ctos dos ditos Beneficias pro rata do tempo que deixaI'em de rezar, e
so obrigados a os restituir fabrica das Igrejas, onde so obrigados,
ou tem os Beneficios ou aos pobres conforme as Constituies do Con-
cilio Lateranense, (3) e do Santo Papa Pio V cuja forma e t!leor manda-
mos se guarde.
505 E yem a ser (J.) o que HelIe se dispoem, que deixando os Sa-
cC!'dotes de rezaI' Matinas, perdem a metade dos frllctos, CJue vencio
naquelle dia: e faltando em rezar todas as oMtras Horas, perdem ou-
lra meLade; e n;o rezando uma s hora das mcnores, pcrdem a sexla
parle do que pro rala Ihcs podia cabcr, repartidos pelos dias os fruclos
dos Beneficios.
506 E sc alguns Clerigos, ou Beneficiados forem to esquecidos
fie sua ohrig.ao, que contnmazmcnte pel'scyercm, d pois de passar o
dilo tempo de scis mezes na negligencia de no rezar sem justa causa
ou legitimo impedimento, (5) sero primeiro admoestados; e contra os
Beneficiados com Cura de almas, 01\ sem ella, se proceder at final
scntena de provao de sens (6) Beneucios. E para cITcito de serem
Vl'ivudos dellcs entender-se-ha que no rcza, o que por quinze<liasn50

(3) PossllnL namque Episcopi quadraginla dies inellllgcnLiarllTIl concedere.


Text. in c. CUIl1 ex eo de Prenit. elremiss. eL ibi Barl1. n. 5. eL de POLesL. Epis-
eop. p. 3. aJleg. 88. num. iii. Gavant. in Manual. verbo InduJgenlite n. 10.
(1) C. Presbylcr. c. 9. de Celebr. Missal'. C. Pre b)'Lel'. 9L. disto
. (2) C: ~i quis Pl'esb:yLer 92. disl. ~aYar. in M:anual. e. 25. n. 97. et de Ho-
I'IS Canolllcl5 C. 7. n. 2. Garc. de Benel. tom. 1. p. 3. c. i. PaI. lom. 2. lracL. 7.
dispo 2. puncL. 1. 2. n. 1.
(3) Concil. Lalcran. sub tcone X. sess. 9. , Slaluirnus. Con tiL. Pii V. I~.
Kalclld. OcLobris i571. Garc. ele Bencr. p. 3. c. 1. ii n. 2. cum scq. PaI. loco CI-
lal. el. 2. puncL. 7. n. 11.
(!l.) UL palet. ex lenore dicli Concilii.
(5) Qu<c imp dimcnta sinL lcgilima, LradiL PaI. tlicl. rI. 2. pllncl. (L
(fi) Vasq. de Uellcr. c. I~. 1. duIJio R. in 1111. 15011. de Horis Callonieis q.
5. p. 2. in fjnc. P,t!. dicl.. pune!. 7. n. Li.
DO AllC.EBISP \DO DA BAUL\. 197
recital' ao mcnos duas vczes o Omcio Divino; mas no porquc assim o
recita, o fica rczando.
-l' 507 E os Clerigos que no tiverem Beneficio, se depois de ad-
moestados continuarem no mesmo peccado pOl' tempoconsideravel, se-
rrto presos 110 aljuhe, d'ondepagaro pela pl'imeira vez (7) vinte cl'uza-
llos para as ob,'as da S, e ~1eiriulto. E selloo mais vezes comprehell-
didos, (8) se proceder contra elles com maior rigor a arhitl'io nosso, e
do nosSO Vigario Geral, e no podero seI' providos em Beneficios, ou
Coadjutorins seno constando de sua emenda.
'508 Como as Igrcjas inferiores se de,'o conformar na reza do
Officio Divino com a Tgr~ia Romana, cabea de toda a Cbristandade, as-
sim porque desta uniformidade resulta uma especial perfeio na Igreja
Calholica, c()mo pOl'que se evito os abusos, inconvenientes, e confu-
so que sc seguem ue harel' diffel'eoa na rcza, mandamos que em to-
do o nosso Arccbisparlo assim na nossa S, como fMa della, se rezc o
Omcio Divino conformc o Bl'eviario Romano reformado pelo Santo Pa-
pa (9) Pio \ , e reconhecido pelo (10) Papa Clemente YJI1, no se llS:.ll1-
do de outro algum Breviario, sob pena de se dar em culpa nas visitas.
TIT LO XIX.
DA DEYOO, ItAllITO E TEMPO E:U QUE SE DEVEM REZ,\fi AS non.~s CAi'\O:'iICAS
l'O CORU.

509 Confol'mando-nos com o que est disposto pelos Sagrados


Concilios, e desejando que lodos nossos subdilos louvem a Deos nosso
Seuhor na reza do Omcio Divino imitando aos Anjos, cujo este omcio
, encarregamos, e com amor patel'l1al os admoestamos, que quando
houverem de entrar no COI'O a rezar, ou o houvercm de fazer fora deI/e,
se disponho no interior (1) de sna alma, cuidando o que vO fazer, e
deponho lodos os outros pensamentos alheios daquelle aclo; e junta-
mente se componho no exterior do cOrpo, e scntidos delle. para que
(lem a Deos nossO Senhor o culto, que lhe dcvido, e cres,o, como
dcvem, na (2) devoo.
510 E aos qne lem ohriga~o de rezar no Coro da nossaSman-
damos que, quando rezarcm, cstejo com sobrepelizes, (3) sem terem
sobre cllas outro vestido, salvo as Dignitlades, e Conegos, porque estes
podcm ter muras, e na Quaresma as vesles, que nella uso. E em
quanto dumr a reza guardaro silencio, (1.) no fallando uns com olllros

(7) Con tiL. lyssipon. lib. 2. til. 5. dccr, 5. 1-


(8) Dicla Consl. U1yssipon. ubi proximc.
(9) BulIa Pii V. qure incipiL: Ouod nobis.
(10) Bulia Clcm. VJIl. cdila 10. l\Iaii 1602. qu<c illcipil: Cm Ecclcsia.
(I) C. 1. ct 1. 92. disl. Trilent. sess. 2!~. dc Hcl'orm. c.12.
(2) Ad ea qure PaI. dicl. lract. 7. d. 1. puoct. 2. 0.1. cl2. COllsil. Ulyssip.
lib. 2. lil. 5. ill princip. Decrel. .Mediol. lib. 3. lil. 24. l\looil. D. Caroli BOl:-
1'001. quam l'cl'crl Barbo. de Canonic. cl Dignilal. c. 40. Gavant. ycrb. Canom-
COl'llllJ munera et [J1'resCI'lim in choro n. 5.
(3) Conslil. U1yssipon.lib. 2. lil. !:i. decrel. 3. iII principio.
(I~) Cap. 1. tle C lcbrat. Missar. Barb. de Canoo. ct Digl1il. c, 31-. n. 13. ct
dc l'otcsl. Epi"cop. allcg. 53. n. 132. _lonitio D. Carol i Borrom. l}uam refcrl
Barb. clc Canoll. t Digllil. C. 40.
25
198 CONSTITUIES
em cousas eslranhas daquelle aclo, mas e lal'o com toda a aUeno'
(5) nem lero papeis, (6) ou outros livl'os fl'a do Brevial'io no tempo da
reza. E contra os que no guardarem esta ConstituiO, alem dese-
rem aponlados pelo Apontador (7) do Coro, e perderem o ganho daquel-
la Hora, se proceder com as mais penas que parecerem justas.
511 Mandamos que no COl'O de nossa S Catbedral se rezem to-
dos os dias as sete Horas Canonicas, (8) convm a saber, Malinas, Lau-
des, Pl'ima, Tera, Sexta, Nono, Vesperas, e Completas, sem se potle-
rem deixar por impedimento algum, ainda que seja de Procisso solelD-
ne, Pregao, ou Missa: e se guardar o que dispoem os seus Estatu-
tos.
TITULO XX.
DA PUEGAO, E PREG.UlORES.

512 Por quanto a pregao da palavra de Deos nosso Senhor o


mantimento esp'itual das almas, e muito nccessaria para a salvao
,deIlas, como d o Sagl'ado Concilio Tridentino, (1) se encarrega muito
aos Prelados pelo mesmo Concilio esta obrigao, e se chama no direi-
to Canonico, omcio seu proprio. E porque no podem ordinariamenle
cumprir com elle per si mesmos, lhes lambem muito encommendatlo,
que escolho para isso sugeitos (2) idoneos de yit'tudes, leltl'aS, e exelD-
pIo, pois fiCO sendo seus Coadjutores, e cooperadores neste santo mi-
nisterio. Pelo que em execuo destes decretos, e de nossa obrigao
pastoral, encommendamos muito a todos os Senhores Arcebispos nos-
sos succeSSOl'es, que quando por si propriospUllerem, preguem a pala-
vradeDeosnosso Senhor, e para o tempo e lugares em que o no pude-
rem fazer, escolho homens doutos, e vel'sa<1os nos Divinas lettl'as, lio
dos Santos, e de boa vida, e costumes para Prega(lores deste Arcebis-
pado; e no conceder das licenas, se 11ajo com grande exame, como se
requer para o tal omcio.
TITULO XXI.
EM QUE SE PROInBE AOS PREGADORES PREGlR SEM LICENA r\OSSA l"ESTE
NOSSO AnCEBlsp.\DO.

-l' 513 Conforme a doutl'ina do Apostolo S. Paulo (1) ninguem ptle


pregar o Evangelho, e palavra de Deos nosso Senha!' por sua propl'ia

(o) D. 'fhom. 2. ,2. q. 83. al't. 13. Suar. lib. 3. de Oral. c. 4,. Pal. dict. dispo
1. punct. 7. n. 2. et dispo 2. punct. 3. n. 4.
(6) Gavant. verbo Canonicor. munera in choro n. 27. Barbos. dict. c. 34,. n.13.
(7) Constit. Ulyssip. lib. 2. til. 5. decret. 3.
(8) Cap. Preshitcr 91. disto C. 1. de Celebro J\Iissar. Azor. c.1. q. 2. Paul.
Fusc. de Visitat. c. 20. n. 11. 'avar. de Horis Canorueis C. 25. sub n. 5. CaieI.
in Sumo verbo Horre Canonic. verso Quoarl secundum.
(1) Trid. sess. 5. de ReForm. C. 2. et sess. 21-. de ReForm. C. 4. et ibi Bar-
bos. et de Poleslat. Episcop. p. 3. alleg. 76. n. 1. Campan. in diverso juro Ca-
nono rubrico 12. C. 13. num. 13.
(2) PrredictlllD Tl'id. locis cilalis, C. Inler crelera de Orne. ordin. Conslil.
Ulyssip.lib.2. tit. 7. in principio. J'Egitan. lib. 3. liL 4. C. L in principio. Bra-
charens. lit. 2l~. COllSt. 2. Fol. 313. Donat. 10m. 3. traet. 6. q. 13. n. 8.
(I) Ad I\.omun. 10. 15. cap. Excommullicamus Quia vel', de 11rerel.
DO ARCEBISPADO DA BARIA. 199
aulol'iuade, sem lhe sei' commeUido, e mt1udado por legitimo Superior.
E assim prohibimos, que nem-um Pregador secular, sob pena de excom-
munbo maior, e de suspen o das Ordens, c priso, e das mais penas
que nos parecer, pregue neste nosso AI'cebispado, sem ler para isso es-
pecialliccna nossa (2) passada in scriplis, pC'la qual se no ICYarcou-
53 alguma em nossa ChanceUaria.
511 E mandamos ao nosso Cabido, e aos Parochos das Igl'ejas.
e a cada uma das mais pessoas, que as tiverem a seu cargo, sob ames-
ma pena de excommunho, e de se lhes dar em culpa, que no consin-
to (3) na uossa S, nem nas outras Igrejas, ou Capellas Pregador al-
gum seculal', ou Regular sem a dita licena nossa. E o mesmo encom-
mendamos aos Prelados dos Convenlos deReligiosos, que nas suas Igre-
jas no admilto Pregadorcs seculares, nem os deixem pregai', se lhes
faltar licena nOS8a.
515 Os Regulares, e Heligiosos de qualquer Oruem, que sejo
Jlo podero pregar, ainda nas Igrejas de suas Ordens, sem terem ap-
pl'ovao de seus Superiores, e sem serem examinados por elles na sci-
eneia, e terem especial licena sua, com a qual sero tambem obrigados
a primeiro sc apresentarem (A) ante Ns, e pedirem nossa beno, an-
tes que comecem a exercitar o omcio de prcgar. E nas outras JgI'ejas,
que no forem de suas Ordens, alem da dila approvao, e lieena de
~eus Superiores, haero licena nossa por escripto, (5) que lhes con-
cedel'emos gratis, e sem ella no podero pregar. E prohibindo s
(6) a alguns Pregadores, posto que sejo Regulares isemptos, que nao
preguem, o no podero fazei', nem nas Igrejas de suas proprias Or-
dens.
-l< 516 Procurando Ns, c desejando muilo que os Pregadores, que
neste nosso Arcehispado houverem de pregar, tenho as leUras, vida,
e costumes que se requer, (7) mandamos que para se lhes passar licen-
a sejo primeiro examinados da sciencia por Ns, ou nosso Provisor,
ou pelas pessoas s quaes o commellermos, e achando-os idoneos, len-
do Ordens Sacras, e havendo boa informao de sna vida, e costumes,

(2) Barb. ad Cone. TrideD t. sess. 25. c. 2. D. 22. et de Poleslat Episc. aI


legal. 76. n. 2l. Gavant. verbo Concio Sacra n. 17. Conslit. UlyssipoD. dicl. Iib.
2. til. 7. decr. 1. in principio.
(3) Consl. U1y sip. dict. decr. 1. in princip. verso E mandamos. iEgilan.
dict. lib. 3. lil. !~. C. 1. n. 3. foI. 221. Porluens. Iib. 3. lil. 4. Consto 3. c 3;
verso 2. foI. 261:).
(!j.) Trident. sess. 11>. de Reform. C. 2. Si qure ver, verso Regulares ve-
1'0, el ibi Barb. n. 17. et 18. Concil. Laleran. sub I\)\)oeenl. III. Cap. Excom-
municamus ele hrerel.
(5) Trid. loc. citalo, cl ibi Barbos. n. 20. Hiel'on. Rodrig. ill Compend.
qurest. rcguI. reso\. 112. n. 2. Porlel. in dubiis Regul. verbo Prredicalores Dum~
1. Gavant. verbo Concio Sacra n, 13. Villar. de l;ubern. Eccl. p. 1. q. 6. art
6. n. 7.
. (6) Vide Barbos. de "Potest. Episcop. p. 3. q. 76. num. 20. e~ 22: l\fi!and.
~n Manual. Prrelalorum tom. 1. q. 50. art. 3. conel. 1. Campaml. ln dlvers.
Jur. Canonic. rub. 12. C. 13. n. 8. Franeisc. Leo in Thesaur for. Eecles. p. 1. C.
8. n. 9.
(7) C. Oportel8. q. 1. Trid. sess. 5. de Reform. e.2. el sess. 24. e. 4. Ho-
mobon. de Exam. Ecel. tract. 11. C. 7. q. 18. resol. 3. ia pl'incip. Barbos. de-
Potest. Epise. p. 3. alll'g. 76. n.47.
200 CO_ STITUIES
e de que tem a idade competente, lhe mandUl'emos passar licena (8)
pelo tempo, e lugares que nos parecer. E antes de comear a pregar
faro o juramento da Profisso da F, como se manda no motu proprio
do Papa Pio IV, na frma que fica dito no livro 1, num. 12.
517 Pl'obibimos que se nao faa Sel'mo em exequias de pessoa
alguma de qualquer qualidade que seja, sem licena (9) nossa, ou de
nosso Provisor. E IH'ohibimos que no tempo em que r s, ou nossos
successol'es pregarmos, (10) se pregue ao mesmo tempo em alguma
Igreja do Jugor, e se algum Pregador fiZCl' o conll'ario, sC'r casligado
lrbi lrariamenle.
TITULO XXII.
DO l'ROVBIENTO DAS IGREJAS.

518 Ainda que aos Bispos em suas Dioceses pentence, conforme


o direito Canonico, a proviso, collao, e instituiao das Igrejas, c
Beneficios silos neJlas, com tudo (1) esta regl'a se limita nas 19l'ejas, e
Beneficios que so do Padroado; (2) e como todas deste Arcebispado,
e mais COllfluistas o sejo por pertencerem Ordem, e Cavalloria de
nosso Senhor JESUS Christo, de que S. Magestolle Gro leslre (3) e
perpetuo Administradol\ no incumbe aos Ordinal'os Ultl'amarinos mais
que a collao, e conlh'mao dos Clerigos, que S, Magestade (J,) apre-
senta.
519 Mas porque S. Magestade com zelo, piedade, e summa reli-
giO costuma permittir-nos o uso desta regalia, auendendo mais ao
ulil das Igrejas, e bem de seus Vassalos, 110 que a este seu supremotlo-
minio, e querendo em tudo conformar-se com o que dispoem o Sagra-
do Concilio (5) Tl'uenlino, concede aos Bispos a faculdade de proverem
as Igrejas, precedendo concurso a ellas, para que sejo providas de
Parochos idoneos, e dignos de exercitarem as gravissimas obrigaes
do omcio Pastoral.
520 Por tanto conformanno-nos com o disposi.O elo Sagl'ado
Concilio Triuentino, (6) que S. Mageslade manda guaroarinviolavelmen-

(8) Coneil. taleran. sl1b lnnoeenlio ln. cap. Exeommunieamus ~ Quia ve-
r nonnulli de hrerel. Tridenl. sess. 2l. de Reform. e. 4.
(9) Gavanl. verbo Exequire n. !l8.
(10) SeI. in Seleel. r.anon. e. 23. n. 19. Barbos. ad Coneil. Trid. sess. 24.
e. 4. n. !l. et de Paroe. p. 1. e. 11. n. 2. el 3.
(1) C. Cuquerenle de Olieio Ordinarii, e. Ex frequenlib. de Tnslit. ~.
Omnes Basilicre, e. Nu]]us 16. q. 7. e. Exigenda 10. q. t. e. Ex injl1nelO de Hre-
rel. in fine. Gare. de Benefio. p. !l. e. 1. n. 52. eum mullis eilalis ab AuguSl.
Barbos. de Potesl. Epise. p. 3. alleg. !l7. n. 2. Felin. in e. Venerabilis de Ex-
eeptionibus.
(2) Cap. Tobis de Jure "Patronatus. Trid. sess. H. cap. 12. de Reform.
Barbos. de PolesL. Epise. p. 3. alleg. 72,
(3) Ex Bulia Leon. X.
(4) C. Deeernimus 16. q. 7. Glos. in Summa, ubi notanl DD. deJure Pa-
tronalus lib. 6. Clem. 1. de Jur. Patronal. Cabed. de Patronal. Eeel. Reg. Co-
ronre e. 1. n. 3. el 6. et e. 19.
(5) Trid. sess. 2'~. de Reform. cap. 18. el ibi Barhosa n. 50. cum seq. el
de Polesl. Epise. p. 3. alego 60. n. 40. Gare. de Bener. p. 9. e. 2. n, 278. PaI.
tom. 2. lraet. de Bener. dispo 3. punel, 2.
(6) Trid. ubi proxime.
DO ARCEBISPADO DA BARIA. 2L
te, ol'den:lInos, e mandamos, que em qualquer tempo que vagarem as
Igrejas Parochiaes por qualquel' modo, e via que seja, se ponho em
cOllcurso por edicto publico para serem providas, e que em termo de
(7) trinta dias (attendelldo aos longes, e distancias deste nosso AI'-
cebispado, e pouca commnnicao que ha de umas Freguezias a ou-
tras) se apresentem todos os que quizel'em ser oppositores, (8) e tire-
rem as partes neccssflrias, (9) os quaes sero examinados ao menos por
tres Examinadores (10) Sinodaes; (11) (o que ser sempre, sendo pos-
siveI, em nossa presena, (12) ou de nosso Provisol" (13) e dos nossos
Desembargadores) Das materias necessarias para (1lt) a cura uas almas:
e no se escusaro deste exame os Doutores, e 1estres, (J 5) e quaes
qner outros sugeitos que forem notoriamente dontos. E dos appro-
rados escolhel'emos o mais digno, (16) cuja idoneidade, (17) e capacida-
de se no dere regular s pela cioneia, mas tambem pelas mais partes,
e requisitos necessal'ios, c a esle proporemos (18) aS. Magestade, para
lhe mandar passar carla de apresentao na frma de suas Reaes Pro-
vises, que costuma conceder aos Bispos Ultramarinos, e pela tal carta
ser conlli'mado, e collado na frma (19) de direito.

(7) Nam propter di tanlias termini exlendumtur: ad ea qure Solorz. de gu-


bern.lndiar. lom. 2. lib. 3. e.7. n. 40.
(8) Tril1. diet. css. 24. de Reform. e. 18. et ibi Barbos. n. 63. 68. 69. et
71f. Palaeio p. 2. Imel. 13. di. p. 3. punel. 2. ~ 2. Leo in ThesaUl'. fori Eecles.
e. i8.
(9) C. Curo in eunel.is de Eleel. e. Grave nimis de Prrebend. e. fin. de Res-
eript. lib. 6. Clem. 1. de ameio Viearii. Selv. de Benefic. p. 3. q. 5. n. 35. Gu-
tier. Canonie. lib. 1. cap. 23. ii. n. 31t. Barbos. de ame. eL polest. Paroeh. p. 1. e.
2. D. 1. usq. ad num. i4.
(10) Tl'id. diet. e. 18. PaI. p. 2. traet. i3. de Bener. Ecel. a. 3. punel.. Z.
~ 4. n. 1. Barb. de OfRe. et Polest. Paroe. p. 1. e. 2. n. 52. t ad dict. Trid.
n. 79. el 80. Gare. de Benef. p. 9. e. 2. n. 52. eL 53.
(11) Barb. de afRe. eL polest. Paroeh. p. 1. e. 2. n. 5. eum seC[. PaI. p. 2.
lrael. 13. d. 3. punet. 2. ~ 3. {,are. de Benef. p. 9. e. 2. n. 6. enm seq. usq.
acl num. 98.
(12) Trident diet. cap. 18. Gare. p. 9. cap. 2. num. 1i9. Barbos. de Orne.
el PolesL Paroeh. p. 1. cap. 2. num. 52.
(i3) Eliam Arehiepiseopo non impedilo. Gare. d. n. 119. Barbos. de ame.
el Polest. Pllroch. p. 1. 2. n. 2. in fine. l\fassobr. in prax. habendi eoneur um
requisito 3. dub. 3
(ll~) PaI. p. 2. lraet. 13. d. 4. pUDeI. 6. n. 1. et 3. Gon . reg. 8. Ceell. gloso
4. n. 7'1. SoLo in !~. dist. 25. art. 4. eonel. 3. verso El per hoe. Barb. de or-
fie. eL Polest. Paroe. p. L e. 2. n. 10.
(115) Ugolin. de Polest. Epise. e. 50. ~ 6. n. 6. et ~ to. D. 6. Gare. de Be-
ner. p. 6. e. 2. ti n. 265. eL p. 9. e. 2. n. 102.
(/6) Gare. cle Benef. p. 9. e. 2. n. 108. Franeise. Leo in Thesauro fori Ee-
cles. p. 2. cap. 3. n. 3ft.. Barb. de Orne. et PoLesl. Paroe. p. 1. e. 2. n. 91.
(17) Barb. ad Trid. sess. 2!~. de Reform. e. '18. n. 118. et rle Paroe. p. 1. e.
2. n. 2. Rie. in prae. aurea resol. 348. llebuf. in ConeordaLis til. de Eleetionis
derogalione verbo, Idoniorem. Larn de Aunivers. et Capellan. lib. 2. e. 2. n. 36.
(18) C. Lieet. 8. q. t. e. 2. et ibi glos. verbo l\Ielioris de ameio Custodis,
e. 3. de Jure palronalus. Trident. sess. 24. de Reform. e. 1. et '18. Barb. de Orne.
eL Potesl. Paroe. p. 1. e. 2. num. 96. el. 97.
. (19) C. Ex his, cap. Ex insinualione de Jure Patronalus, cap. Ex frequen-
llh. cle lnlil. cap. t. eod. tiL. lib. 6. Barbos. de Jur. Eecles. nniv. Iib. 3. cap. 12.
n. 208,
202 CO:.\"STlT "lE ~
TITULO XXIII.
nos REQUISITO:; Q' E UO DE TER OS QUE HOUVEREM DE SER PROPOSTOS
PARA IGREJAS CURADA.S.

521 As Igrejas curadas s devem ser providas em sugeitos dig-


110S, e benemeritos; (1) por tanto para sel'em nellas collados os escolhi-
dos no basta s que sejo Clel'igos, ou Sacerdotes, mas de mais ne-
cessario que tenho a idoneidade requisita. E como pal'a as Igrejas
Pal'ocbiaes se requer muito maior sllfficiencia, por ser para Cma de al-
mas, encargo muito difficultoso, (2) e importante; eonformando-nos
com a disposio do dil'eilo Canonico, e Sagrado Concilio Tridentino,
e Motus pl'oprios dos Summos Pontifices; (3) ol'denamos, e mandamos,
que aos que houverem de ser proyidos se lhes tire inquirio publica,
ou (14) secreta, (como nos parecer mais conveniente, 011 ao nosso Pro-
visor) pela qual conste de sua virtude, e bonestidade, (5) bons costnmes,
exemplo, e Jimpesa (6) de sangue, (como se ordena nos Motus proprios
dos Papas Sixto V; Clemente VIII, e Paulo 'i) e que no so Regula-
res, (7) (porque a estes, ainda qne no tenho licena para assistil' fra
dos seus Conveutos, por direito prohibido ter Benefkio secular) nem
esto excommungados, suspensos, interdictos, ou Irre~ulares; nem tem
oull'a alguma illhabilidade, ou Canonico impedimento (8). E apresenta-
ro folha corrida, (9) Cartas de Ordens, (10) e Dimissorias de seus Pre-
lados, (11) no sendo natllI'aes, ou compatriotas deste Arcebispado,

(i) C. De multa in fine de Pr<rbend. c. fino de Rescript. in 6. Gons. regu!.


8. Cancell. gloso 4. n. 71. Pul. p. 2. lracL. i3. de Benef. Eccl. d. 4. punct. 6.
11. 1. el3.
(2) C. Cum sit. de lElat. et QualiL Barbos. de Olr. et Potest. Paroc. p. 1.
c. 3. per tolum Abr. lib. 1. de OfI'. et Quulit. Paroc. c. 4.
(3) C. Licel. Canon. de Elect. lib. 6. Trid. sess. 24. de Reform. c. i8.
Consto UIyssip. lib. 3. lil. 8. decreto 1. SI 2. foI. 267.
(4) C. Cum in cunctis, de EJect. C. Grave. nimis de Pr<:ebend. Clem. 1. do
lElat. et Qualit. Trid. sess. 24. de Reform. cap. 18. Less. de Just. et juro lib. 2.
c. 34. uuhio 2:1. Garcia de Beuef. p. 7. C. 8. Consl. Ulyssipon. ubi proxime.
(5) C. Cum in cunclis. SI. Inferiora de Eleclion. C. Eam te, de lElat. et Qua-
lil. Tridenl. sess. 2'~. de Reform. C. i8. Garc. rie Benefic. p. 7. c. 8.
(6) ConsL Clemcntis VTIT. sub data 18. Octob. 1600 Paul. V. sub die i7.
Januarii i6i2. Barbos. de Jlotest. Episcop. p. 1. tit. 2. gloso i7. n. 30.
(7) C. Cum de Beneficio de Pr<:ebend. lih. 6. Constil. Paul. IV. el Pii n. i3.
Kalend. Augnsl. ann. i558. el 3. Non. Apl'il. ann. i560.
(8) Barbos. de Uuivers. juro Eecl. lib. 3. C. i3. n. i30. cum seq. Garcia
de Benef. p. 7. C. 11. cum duohus seq.
(9) Quia Denunliatus de aliquo crimine, interim pendente denunliationc
promoveri non debeL L Reus tr. de Munel'ibus. L. Reum criminis Cod. de Pro-
curato L. unic. Cod. ele Reis postul. lib. 10. c. 3. i8. disto Ugolin. de OlT. Ep~s
copo C. 1. SI 1. n. 8. Barbos. ad lexL in C. Omnipotens de Accusal. ConsLlt.
Ulyssipon. lib. 3. til. 8. dccrel. 1. SI 2. . "
(10) Constil. LEgilan. lib. 3. lil. 6. c. 4. num. 1. Porluens. lib. 3. tll.:l.
consl. 3. verso 1.
(11) Dic.la Consl.. JEgilun. lib. 3. til. 6. Cons!. 4. n. 1. foI. 229. Porluens.
dict. verso 1.
DO ARCEBISPADO DA BAIHA. 203
TITULO XXIV.
D OBRIGAO DE SE I'RE~l E 'COllDlENDADOS NAS PAROCHlAS QUE VAGAREM.

522 Ainda que neste nosso Arcebispado (como nos mais ultrama-
rino ) pertence a S. l\Iagestade apresentar Pal'ochos perpetuos, o que
se no pde esecutar com a brevidade que se requeri pal'a que lio fal-
te s almas o Pasto espiritual, somos .Ns obrigados a encommendal'
(1) as Igrejas que ,'agarem fi sugeilos idone03, que satisfao a to pre-
cisa obrigao, durante o tempo da vacatma elellas.
523 Pelo que ordenamos, que tanto que em nosso Arcebispado
vagai' uma Igreja Curada, se nos faa logo a sabei', ou ao nosso Prori-
SOl', e logo que 110uvcr a dita noticia se proveja de Sacerdote idoueo,
(2) o qual Ctll'e, e governe como Parocho encommendado at ser pl'ovi-
da de propl'etario. E se lhe contribuir com a mesma congrua, (3) co-
mo aos demais Pal'ochos, por ser assim conforme a diI'ciLo, e S. l\Ia-
gestade o ter assim determinado, c assim se observar sempre.
524 E o dito Encommendado cumprir com todos os encargos,
e obrigas da Igreja, (4) e durar esta encommendao aL o novo
provido Lomar (5) posse, salvo, (6) se por justas causas tirarmos ao tal
Encommenuado, o que poderemos fazer aehando-o culpado, pondo ou-
tro em seu lugar. E os Vigal'ios das Comarcas, ou o Parocho mais vi-
sinllO sero obrigados, tanto que yagar alguma Igreja Curada, manual'
ao nosso Provisor aviso da vacatura, para sem dilao se executar o so-
bredito, e no estal'em as Igrejas sem Parochos, que as administrcm.
TITlLO XXV.
DO TITULO, E COLLA.O Q E E' NECESSARU PARA os I'ROTlDOS !'iAS IGREJAS
TOlllAREM POSSE DELLAS.

525 Como as Igrejas, e Beneficios EcclesiasLicos sc no podem


ter sem titulo legilimo, e instituio Canonica, (1) para que se no d
Yiciosa entrada na Igl'eja. de Dcos, e no haja iutl'USOS nos Beneficios :

(J) Cap. li-. de Ofl'. judie. Ordin. Trid. sess. 24. de Reform. cap. 18. Arm.
in addit. ad reeopil. lego 'ayarral lib. 1. til. 18. L. 7. de Episeopis n. 86. Gar-
cia de Benef. p. 9. e. 2. n. 1. 2. el128. Barb. de Polest. Episcop. p. 3. alleg.
60. num. 1. PaI. in Opere lUoral. tom. 2. lraet. 13. d. 1. punet. H. n. 6. Azor.
Instit. Moral. p. 2. lib. 6. cap. 31. Cf. 1. in fiue.
(2) Trid. loco proxime eHal. et ibi Barbos. n. 31. Gare. de Benef. p. 9. c. 2.
n. 10. el127. DD. ati texL. in e. Cum YOS de Orne. Ordin. Consto U1yssip. lib.
3. lil. 8. deer. 1. 3. foL 268.
.(3). Ad ea qUal Garcia diel. e. 2. n. 16. et 17. Dieta Conslil. U1yssip, ubi
prOXlffie.
(4) Trid. diet. e. 18. BaTbos. de Orne. et }lotesl. Paroe. p. 1. e. 3. n. 14.
Yers. Qui onera. .
. (5) Trid. loco cHato. Mussob. in pruxi refluis. 1. dub. 26. Consl. Irs ip.
UICl. lib. 3. til. 8. 3.
(6) Faeit. ConsliL. JEgitun. lib. 3. til. 6. e.13. n. 3. in fine. Themud. p.
1. deeis. 7lo n.15 .
. (1) Cup. Ex frequenLih. de inst. cap. Cum "ui senl. de in integro r'.-
LI.l. c.. Eum qui de pri.l?b. lib. 6. cap. A I ames tle exccssib. Proolal. cap. Qm3
Ulvel'sllatem de COlleess. pncbem!.
;204 CO STlTUICE
. .
mandamos que nem-uma pessoa de qualquer qualiuaue, estado, e ('.011-
dio que seja, tome posse de alguma 19l'eja, ou Beneficio, antes de
ser por s collado por imposio de balTete, (2) de que se far termo
pelo nosso Escrivo da Camara: e assim o dito lermo, como o titu-
lo de apresentao, sero registados de verbo ar.! verbum pelo dito nos-
so Escrivo da Camara, no livro que para isso havel' numerado, e ru-
bl'icado pelo uosso Provisor. E a todos os que no cumprirem o dis-
posto Desta Constituio em todo, ou em parle bavemos porcondemna-
tios em dez cl'Uzados para as despezas, e accusador, e sero suspensos
de seus Beneficios at obedecerem. E quando perseverem em SllaCOI1-
tumacia, se poder pl'ocetler at privao dclIe.
TITULO XXVI.
DAS QU.\LIDADES, E SUFFICIE 'CIA QUE HO DE TER os CO.\DJUTORES, E CURAS:
E DO EXA~JE QUE SE LHES DEVE FAZER.

526 E' muito importante salva~o das almas, que os que cu-
I'o dellas sejo scientes, (I) zelosos, de boa vida, costumes, e exemplo.
POI' tanto encal'l'egamos muito a consciencia do nosso Provisor, ou de
qUlll1nel' ontra pessoa, a quem for commeuido daI' licena para curar,
que tenha muito especial cuidado, se no dem as ditas Jicen.as a pes-
soas, em quem no COllCOlTo todas as qualidades necessarias para exe-
cutar o miuisterio de curar almas.
527 E mandamos aos Vigarios, que at o ultimo uia do mez de
JUlllO nos apresentem Coadjutor, que sina por aquelIe anno, qne sem-
pre comear do primeiro de Agosto, e no o apresentando at o tal
dia, o nosso Provisor o nomear. E sempre o dito Coalljutol" ou Cu-
ra ser examinado Das materias de Moral pertencentes administrao
dos Sacrameutos e nas mais que forem necessarias, para com sufficieo-
cia exercitar o Omcio de Parocho: o qual exame se repetir (2) de tres
em tres anuos, altendendo aos longes deste nosso Arcehispado, posto
que j uma, Oll muitas vezes fosse appl'o\'ado. E quando pelo exame
parecer f/lIe se lhe passc carta com limitao de tempo, e depois deHe
tornc a exame, ser obtigntlo a vir, e sem ser segunda vez examinado
e appl'ovado no poder continuar a servil'.
528 E apmsentar folha cOlTida, (3) cerlitlo do Visitador, se

(2) C. Eum qui, ct ibi Glossa de eo qui rnillilur in posscssionem Iib. 6.


cap. 1. ubi DD. de regu!. jlll'. eadem }ib. 6. Boer. deeis. 89. Menoc. de Recupe-
rand, remed, 1. n. 131. Con~l. U1y sipon. lib. 3. til. 8. decr. 3. Si 1. Cardoso in
praxi verbo Bcneficium n. 46.
(1) Cap. Licel crgo 15. 8. q. 1. Cap. Cum in cunctis de clecl. cap. Gra\'.
nilllis de pr<ebend. Clem. 1. de !Elale, et ql1aJilal. Ordin. Concil. Trident. sess.
24. de Reform. cap. 18. Garcia de Beneficiis p. 7. cap. 8. u. 1. Less. de Jusl.
el juro lib. 2. cap. 3~. dub. 23. Barb. de omc. el Polesl. Paroc. p. 1. cap.2.
n. 1. usque ae] n. 14.
(2) Ad ea qmc Abr. lib. '13. de \'ar. "minist. Paroch. cap. 14-. num. 142.
verso Polili ,"er Ecc1csi. aul Bendicio. Consl. U1yssip. lilJ. 3. lil. 9. decr. 2.
ia fine priucipii. .
(3) L. ReullI crilllillis Cod. de Procur. L. Rcus !T. dc MUllcrib. C. Tanlls
81. disl. C<lp. Accusalul1l H. 2. q. '. Consl. Ulyssip. ubi pro:imc foI. 277.
DO Al-tCEBI,'PA.D DA BAI::I.IA. 205
nes e tempo anual' visitando e constar da limpesa de seu sangue, (~)
e gerao. E no ser admittitlo para Cura, ou Coadjutor Sacerdote
algum para a Fregnezia, onde fosse culpado no peccado de amanceba-
mento, (5) saho forem pasliados tres annos, e ti ver cessado a occasio,
e elle tivel' procedido virtuosamente, de modo que seja tido, e lJavido
por emendado.
529 Porm o que for compI'ehel1l1ido em adulterio, (6) posto que
j se liVl'asse, e tenha mostrado a dita tricnnal emenda, e ainda POI'
mais tempo, no poder ser admiltido (7) para CUI'a da Igreja em cuja
Freguezia se disse commeltera o delicto, pelo perigo que pde haver,
e escamlalo que com sua presena se pde dar aos freguezes. E o mes-
mo se guardar com aquelle, que fosse convencido ele peccal' com filIJa
esviritual, (8) ou o que actualmente se li\Tar, (9) ou esliH~r denunciado
de qualquer crime, nem o que estiver sentenciado a tlegredo, (10) ou
no tireI' salisfeito (11) a cOllllemnao.
-l' 539 E conconendo um Sacertlote deste nosso Arcehispado com
0111l'0 de fra delle, ser preferido (12) o do Arcebispado, telldo igual
sulliciencia, e qualidades. E nem-um Sacerdote poder servil' seu om-
cio sem primeiro lei' cal'ta (13) de Cura, ou :oadjulor, passada pela
nossa Chancellal'ia, e assignada por Ns, ou pelo Provisor. E todo
o Sacerdote que senil' sem carla, ou contl'a a fl'Ina desta Cons-
tiluiO, alem de pecear gravemente, se administrar os Sacramentos,
sertt preso, (U) e pagar quatro mil ris do aljube applicados para a
nossa Chancellaria, e Meirinho, e no senil' mais de Cura, ou Coadju-
tor.
531 Porque alguus fieligiosos Meudicantes a1cano dispensao
(la Santa S Apostolica, para viverem fra do Mosteiro, e conforme a
direito, e Sagrado Concilio Tridentino, os taes Regulares Do podem
nem per si, nem por ou Irem ler CUI'as de almas, (15) conformando-nos

(f~) Gonsal. ad reg. 8. gloso 4. num. 161. Facil. Consto Ulyssip. lib. 3. I.il.
8. ueer. 1. SI 2.
(5) Barb. de pot. Episc. p.2. alleg. 1\3. n. 23 . .!\Iascarel. de Probal. concl.
465. n. 10. DicL. Con t. Ulyssipon. dicl. decr. 2. verso E alem disso. ConsUL. 1101'-
lllcns. IilJ. 3. liL 5. Consl. 13. I'ers. 2.
(G) Barbos. ele Polest. Episcop. p. 3. aIleg. 72. n. 100. el ad Trid. sess. 21-
deRerorm. cap. G. n. 8. Conslit. JEfilan. lib. 3. til. 6. ConsUt. J3. n. 3. foI.
21.1. Fortuens. uui proxiJUc vers. 3. 1'01. 282. lyssip. lib. 3. liL 9. decr. 2. SI
1. I'ers. E tambem.
(7) Dllaren. de BeneGc. lib. !~. C. 1. Barbos. de Polesl. Episcopi p. 3. alleg.
72. II. 11.
(8) Salzed. in prax. cap. 82. n. 3. CODsliL Portuens. Iib. 3. til. 5. COIlSl.
13. vers. !~. lEgilan. lib. 3. til. 6. c. 13. n, :lo Ulyssip. ubi proximc.
(9) C. Omnipolens de AccusalioD. L. Reus. Ir. de ~funerib. L. Reum Cod.
de PI'OCllrat. Naval'. cons. 6. el7. de accusaL Ugolin. de omc. Episc. C. 1. SI
Ln. 8. Garcia de.Bener. p. 7. c. 8. n. 6.
(lO) CousL. PorLuens. ubi proxm vers. 5.
(11) Conslit. Porluens. loco cital.
, (I",) Sel. de Bener. 2. p. qumsL. fin. n. 34. el 35. Coval'. 'Pract. q. 3'5.11.
5. cl G. SOlo lib. 3. de Jusl. l juro q. 7. al't. 2. Cevall. q. 893. commun. conlra
comlJ1nn. lara ele Annircrs. el. CapeIl. lib. 2. C. 3. n. UI.
(13) Conslil. iEgilan. lib. 3. lil. 6. cap. 13. n. G.
(JIj.) Con L Porluells. Iib. 3. til. 5. consLit. 13. verso 11. ruI. 283.
(IS) Tridcl1l. sess. H. lle ReliJl'lIl. cap. J I. Clem. unic. de ncgularilJus.
Quarallt. in SUlllma llul1al'ii rcrb. Canonicus HrguJaris. "ficho in PncccpL. DecaI.
26
206 CONSTITUIOE
com :i sua disposio ordenamos, e mandamos, que os Religiosos Men-
dicantes no POSSO ser Curas, nem Coadjutores das Igrejas Parochia-
es, nem tambem nellas administrem os Sacramentos sem nossa espe-
cial (16) licena.
TIT LO XX, II.
DO Lnno QUE o NOSSO PROVISOR BADE TER, EM QUE ESTEJO ESCRIPTAS 'fODAS
AS JGREJAS c nAD.\S, PARA SABER CADA ANNO, SE ESTO PROVID.\ DE
VIGARlOS, E COADJU'IORES.
532 Para que melhor se acuda ao servio da Igreja, e saiba se
esto providas de Vigarios, e Coadjutorcs idoneos, mandamos que o
nosso Provisor teuha um livro bem encadernado, em que por dices
distinctas estejo escriptas todas as Igreja~. Curadas (1) deste nosso Ar-
cebispado.
'533 E far cada allUO um caderno, cm que v escl'evendo os no-
mes de todos os Coadjutores, que forem providos por carta aqueJle an-
no, e passado o mez de Agosto, conferir o dito caderno com o livro,
e achando alguma IgI'eja sem Coa1ljutor a prover logo (2) de Sacerdo-
te idoneo, que exercite a Cura de almas, pois S. Magestade manda
assistir com salario (3) aos Sacerdotes, que servirem <.Ie Coadjutorcs
em todas as 'igamrias, que pelos longes todas necessito deJles. E
para com efIeito irem pal'a Coadjutores, poder obrigar () a qualqucr
Sacerdote, que no tenha legitima causa pam se escusar, ou impedi-
mento que o desobrigue.
53ft E quando a algum Cura, ou Coadjutor por no mostrm'mui-
ta sufficiencia se passar cal'la com clausula lle que torne a exame den-
tro de certo tempo, ou com limitao para certo lugar, ou pessoas, o
dito Provisor fal' no dito cadel'l1o estas declaraes, (5) e ter cuidado
de fazer vit' a exame (6) o que tiver a sobl'edicta clausula, dentro do
tempo consignado, e no vindo pI'oceder contra elle como parecer jus-
tia; (7) no que tudo lhe encarregamos mnito a consciencia, e quando
assim o no cumpra, o que dellc no esperamos, nos haveremos pOI'
mal sel'vidos.

tom. 2. lib. 7. c. 29. n. 71. Consto Ulyssip. lib. 3. lit. 9. dec!'eL. 2. Si 1. vcrs.
E lambem.
(16) Consto Ulyssipon. dicl. Si 1. Brachar. til. 15. cnnsl. 2. foI. 233.
(1) Consl. JEgilan.1ib. 3. lil. 6. cap. 19. n. 1. foI. 2'1-6. cum seq. Portuens.
lib. 3. tit. I'. consto 5. 1'('1. 287.
(2) Dict. Constil. lEgilan. uvi proximc. Portueus. loco citat. verso 1.
(3) Paul. 1. ad Corinlb. c. 9. Texl. in cap. 2. de Pnnbend.
(4) Jjcet enim Eenefir.ium non con1'ernlu!' in invilllm, altamen proplcr
commodllm animarum con1'erri potesl. L. Solvendo uvi Glos. 2. ct Barlol. n.
1. If. de Negotis gestis Cardos. in praxi verb. Bcneficium n. 65.
(ti) Conslil. .mgilall. dicto c. 19. n. 2. Porlucns. dicl. consl. 5. ver. 2. ..
(6) Ad ea qllre Conslil. UJyssip. lib. 3. lil. 9. dccret. 2. iII fine [ll'iucipll
fbl. 277. Consl. '&gilall. et POl'lllens. loco cilatis.
(7) Diela: Conslilllliones J'EgililU. et llorlueus. loci ciLatis.
DO ARCEBISPA DO DA BAlHA. 207
TITULO XXVIII.
CO~LO, E QUANDO PERTENCE AOS ORDINARJOS PRO",'ER DE ENCOnMENDADOS
AS IGREJAS PAROCH1AES.
535 Entre todos os cuidados de nosso pastoral omcio, (1) o prin-
cipal , que se no falte s o,relbas de nosso Arcebispado, que por dis-
POSiO Divina nos esto commettidas, com o espiritual pasto dos Sa-
cramentos, Doutrina Christ, e Officios Divinos: E assim encommcn-
ua muito o direito, e Sagrado Concilio Tridentino, (2) que todas as ve-
zes que as Igrejas Parochiaes Curadas tem necessidade de serem provi-
das de Eucommendados, pela ausencia, (3) enfermidade, (11) insuilicien-
cia, (5) ou qualqueL' impedimento (6) dos PaL'ochos, os Ordinarios pro-
vejo as Igl'ejas 110s taos Encommendados, assignando-Ihes congL'ua
(7) para sua sustentao dos fl'uctos das mesmas Igrejas.
536 Por tanto conformando-nos com a soa disposio mandamos
e encarregamos moito ao nosso Provisor, que tanto que lhe vier no-
tida, que algum Parocbo em razo de doena, ou muita idade, eu por
cahir em falta de juizo, ou por notavel insu1l1cincia, e remisso no
pde cumpl'r com a obrigao de seu omcio, mande fazer summario de
testemunhas (8) para justificao do impedimento: e alem disso no to-
cante suOlciencia, mandar pel'311te si vil' o dito Parocho, e o exami-
nar, (9) e feita a justificao nol-a communicar, para que constando
delta ser necessal'io provermos as Igrejas de Encommendados, o faa-
mos, (10) pelo tempo que nos parecer mais servio de Deos, e bem Jas
mesmas Igrejas, na frma que o direito dispoem.

(1) Actor. c. 20. Paul. ad Rom. 12. ad Philip. 2. secundo ad Tim. 4. ad


Hcbr. 3. Barb. de Potest. Epise. p. 1. til. 2. gloso 6. n. 15. et 16.
(2) Trident. sess. 21. de Reform. c. 6. et sess. 25. de Reform. C. 7. Gareia
de Benef. p. 4. c. 5. n. 4. et 7. Gonsal. ad reg. 8. Canccll. glos. 5. SI 9. n. 39.
(3) Trident. sess. 23. de Reformat. c. 1. SI. Eadem omnino.
(!~) C. De Rectoribus. cap. Ex parte, C. fino de Clerico regroLanle, C. l' eo-
d~m til. in 6. cap. PeLiisti 7. q. 1. C. 1. de Suplend. neglig. Prrelat. Trid. loco
Clt. eL sess. 25. de Reform. C. 7.
(5) Cap. ILIiteratus disto 36. c. Pamitentes dist. 55. C. Nisi eum pridem de
UCllunL. C. Cum ex eo de EJect. ill 6.
(6) Trid. loco cito ct sess. 25. de Reform. eap. 7. verso Quod si. Barbos. de
OlTie. et PoLest. Paroe. p. 2. C. 23. n. 1. eL 12. CUIl1 seq.
(7) Azor. InsliL. Moral. p. 2. lib. 3. e. 2. g. 9. ellib. 8. C. 6. q. 1. Cambar.
ele omc. et PoLest. Legal. de lat. lib. 5. de CoadjuL. n. 10. Barb. de PoLest. Episc.
p. 3. alleg. 63.
(8) Trid. diet. sess.23. de Reform. e. 1. verso Causa prius, et ibi Barb. n.
62. Aloys Ric. ill decis. Curirc Archiepisc. Neapol. p. 2. decis. 152.
1 (9) Consto Drachar. tiL. 5. const. 8. foI. 2!~0. Portuens. lib. 3. tiL. 5. consl .
. verso 1. 1'01. 288. Facit Abreu de IntU. Paroch. lib. 3. l... 14. U. 142. verso Po-
tili vera Ecclcsi, ant Beneficio.
(10) Trident. sess. 2'1. de Reform. e. 6. Text. in C. de RecLoribus 3. et iu.
C. Tua nos !~. de Clcl'ico mgrot. Text. in C. unic. eod. til. lib. 6. Barbos. de Po-
tesl. Epise. p. 3. :tlleg. 63. Garc. de Benef. p. !l,. C. 5. n. 4. usque ad n. 8_
20 co ~:-'TlT [ ES
TITULO ~ L .

DA OBRIGAO DE RESmmEM NAS JGREJAS Tonos OS PAROCHOS, Assm


PERPETUOS, CO)lO ANN1JAES.
537 Como o Beneficio seja dado em razo do omcio, (1) traba-
lho, e industria pessoal, e o prollrio omcio daquelle, que se exercitar
em curar almas consiste em conheceI' (2) suas orelhas, apacentallas
com a prega.o (3) da palilHa Divina, administrao dos Sacramentos,
(A) e exemplo de boas obras, em lhes ensinaI' a Doutrina Christ, (5) orre-
recer por eJles o Santo Sacrificio da Missa, remediar com paternal cha-
ridade as necessidades dos pobres, (6) e pessoas miseraveis, conservar
os bens das Igrejas, eYital' os escandalos, e peccados, e exercitar em
tudo o omcio de verdadeiro Pastol' espiritual, e cada uma destas obri-
gaes seja de grande importancia, e se no pde cumprir seno por
aquelles que assistem, residem, e yigio sobre seu rehanho, conforme
a direito Divino, (7) e muitos Concilios, e especialmente o Tridentino,
(8) todos os que tem Cora de almas perpetuos, ou temporaes, como so
os "' igarios collados, e us Coadjutores, ou Cmas :mnuaes neste nosso
rcebispado, so obrigarlos a fazer em suas Igrejas, e Parochias conti-
nua, e pessoal residencia.
538 Pelo que, conformando-nos com a sua disposiO, manrla-
mos a todos os Parochos de 1108S0 Arcebispado, assim perpetuos, como
annuaes, Coadjulores, e Curas fao pessoal residencia em suas Igl'e-
jas; (9) vivendo, e morando dentI'o nos limites de suas Freguezias, e
ter cada um slla casa.juuto Igreja, ou o mais perto que for possivel,
em frma que sendo a Igreja no campo, uo fique a casa distante della
mais de um quarto de legoa; (10) o que assim se guardar, sem embar-
go de qualquer costume (11) em contrario, posto que seja immemoJ"ial,
por estar ordenado o contrario pelos Summos Pontifices, e declarado
pelos Eminentissimos Senhores Cardeaes da Congregao do Concilio.

(I) Cap. fin, de Rescl'iptis in 6. c. Curn sceundurn A postolum ele Pl'rebcnd.


Gare. de J3enefic. p. 1. e. 2. n. 60.
(2) Joan. 10. 14. Tricl. sess. 23. de Reform. e. 1.
(3) AlI'. de Instit. Paroeh. lib. 2. c. [~. n. 27.
(4) Ab1'. dict. lilJ. 2. c. 7. li. 58.
(.'5) Abl'. dict. lib. 2. c. 5.
(6) Tl'ident. sess. 23. de Reform. c. 1.
(7) Joan. 2L Actor. 20. ProverlJ. 27. Eec1es. 7. Naval'. in ~Ianua1. c.25.
n. 121. Azor. Jnslit. Moral. p. 2. lib. 7. cap. 4, q. 1. Garcia de Denef. p. 3. c.
2. n. 16. Gonsal. ad Reg. 8. Caneel}' gloso 24. n. 139. el gloso 41. n. 8. et glos.
43. n. 163. Barbos. de Orne. Paroc. p. 1. C. 8.
(8) Triclent. sess. 23. de Reform. c. 1. et sess. 6. de Reform. e. 2. cap. Quia
nonnulli ~. Cuol igilur, C. Ex parle, cap. Relatum ele Clericis non residentibus.
(9) Barb. ad Trid. sess. 23. de Reform. cap. 1. n.44. etdeOlfie, et potest.
Paroc. p. 1. cap. S. n. 3r~. Garcia ele Benef. p. 3. cap. 2. n. 179. Possevin. de
~meio Curati C. 1. n. 2. Abr. de JnstiL Paroe. lib. 3. cap. 3. n. 13. Sanelar. va,
rIar. res. q. [~. n. 49.
(10) Ahr. diel. Iib. 3. C. 3. n. 18. Barb. de Omeio, et potesl. Paroe. dieto
cap. 8. n. 39. Constil. Portuens. lib. 3. til. 5. eonst. 1. verso L foI. 290. iEgi-
tan. lib. 3. til. 7. n. 4. in fine foI. 2[~9. Garcia de Benef. p. 3. cap. 2. n. 179.
verso 17. cum seq.
(1 J) Garcia ubi proxirnc dicL n. 179. verso 1&. eum seq.
DO AHCEDISPADO DA BAnIA. 200
539 E po lo que o Vigario residente tenha Coadjutor, ou Cl1l'a
pel'petuo, ou temporal, no fica por isso desobl'igado da residencia, (12)
nem de administrar os Sacramentos por si (13) a seus freguezes, paI'
quanto lhes so dados para os ajudarem (H) em parte lia seu trabalho,
e no para os liVl'arem da obl'igao de ParocllO, (15) que formalmente
consiste nas sobreditas obrigaes.
5110 E sero o Vigario, e Coadjlltorambosculpados, quando suc-
cedeI' algum caso, que de um, ou de outro fosse a negligencia, (16) sem
embargo de quaesquer concertos, pactos, e concol'dias, que entre si
tenho feito ele servirem aos dias, semanas, e mezes; o que s6 haver
lugar em quanto a respeito das Missas, e Officios Divinos, e no quan-
to residencia pessoal, e administrao dos Sacramenlos, a que deve
Jogo acudir I}ualquer que primeiro for achado.
TITULO XXX.
pon QUANTO TErllPo, E COM QUE CAUSAS, E LICEN9A SERO os J'AROCHOS
ESCUSOS DA RES1DE~CL\.

5H Conformando-Dos com a disposio de direito, e Sagrado


Concilio Tridentino, declaramos que nem-um Parocho, para no fazer
residencia em sua Igreja, se pde ajudar de licena, ou pl'ivilegios per-
petuas de niio residil', pai' quanlo pelo mesmo direito, e Conci)jo (1)
esto del'ogadas a taes licenas, e priyilcgios.
5-"2 Porem, no sendo com detl'imento de suas ovelhas, podem
os Parochos todos os annos, tendo justa causa, (2) ausentar-se de suas
Igrejas pOl' breve tempo, e no passar de dous mezes, (3) conforme
dispoem o Sagl'ado Concilio Trideutillo, precedendo licena (11) lia 01'-
dinal'io. Pelo que estreitamente probibimos, e mandamos, que nem-
um Parocho de nosso Arcebispado ou seja perpetuo, ou annual, se
pO. 53 ausentar de sua Igreja em cada um anno, que sempre comear do
primeiro de Agosto, sem licena nossa, pOl' mais tempo que trinta dias
continuos, ou interpolados, para a qual ausencia lhe clamos licena pela

('J2) Armend. in addiL ad reeop. leg. Naval'l're Iib. 2. til. 23. L. 2. 2


sub lil. Sed ao Paroehi debeanL residel'e. Barb. de ome. Paroe. p. 2. cap. 23.
n. Hi. el p. 1. e. 8. n. 33. Abr. de Paroe. lib. 3. e. 4. n. 26.
(13) Barbos. ad Trid. diet. sess. 23. de Reform. c. 1. n. 47. Garc. de.Be-
nef. p. 3. cap. 2. num. 52. Fagoan. ad Lext. in cap. Extirpand. de Prrebend.
(H) Cap. I11ud, eap_ Nihil 7. q. 1.
(15) Caiet. 2. 2. qllrest. 185. art. 5. Sol. de Jusl. Iib. 10. qurost. 3. art. 5.
Fratr. Emman. jn Sumo tom. 2. C. 33. n. 2. Posscvin. de Ome. Cural. C. 1.
num. 10.
(16) Constit. PorLueos. lib. 3. til. 5. consl. 1. verso 4. foI. 290. iEgitan.
lib. 3. til. 7. . 1. n. 6. foI. 249.
(1) Trid. sess.6. de Reform. C. 2. c. lin. de RescripL Iib. 6. et ibi Barb.
n.3. ct ad 'frid. d. C. 2. n. 2. et 5.
(2) Non reqlliriLur causa necessaria, vel utilis. sed justa, id ost, sumeien
ct roqua. Et q11alis !l<:cc sit vide Abr. de Instit. Paroeh. lib. 3. e. 6. num. 34.
(3) Ugolin. de Orne. Episeop. cap. 15. 5. n. 2. Possev. de omc. ClIrati e.
~. n. 11. Less. de JusL lib. 2. c. 34. dubio 29. n. 159. Garc. ']e Renef. p. 3. C
D. 23. in prima declaratione, et p. 9. c. 2. n. 295. in secundo dubio.
(l~) Trid, dicl. sess. 23. de Reform. c. 1.
210 CO~STITl IES
presente Consti tuio, (5) com lanto que deixe ))a Igl'eja (6) Sacerdote
actualmente approvado neste Arcebispado, para exercitai' a Cma de al-
mas, e administrar os Sacramentos aos freguezes.
5-"3 E quando tenha justa causa para sc ausentar por mais tem-
po, que os ditos trinta dias, nos dar conta della, e sendo bastante lhe
daremos licena (7) pelos dous mezes no Concilio declarados, ou pelo
tempo que nos parecei' justo: (8) a qual licena haver sempre pai' es-
cl'pto, (9) e de outra maneira lue no valer (10). E para que a Igre-
ja'Do espiritual, e temporal no padea algum detrimento, antcs de se
ausentar nos apresentar por e cripta Sacel'dote idonco, (11) que com
licena nossa, (12) ou de nosso Provisor fique servindo rlmante o tem-
po da ausencia.
-l< 5H E o Parocho que se auscntar (13) pelos tl'inta dias, sem
deixar a Igreja encommendada na frma uesta Constituio, pagar dous
mil ris do aljubc; e o que se ausentar por mais tempo, que os ditos
trinta dias sem pedir licena, ou sem deixar Sacerdote idoneo, na fr-
ma ({ue acima ordenamos, pagar quatro mil ris do aljube; e aconte-
cendo morrer algum freguez sem algum dos SacI'amellto no dito tem-
po, haver as mais penas que por isso mereeer.
-l< 535 Como a presena do Pal'ocho seja mais necessaria em suas
Igrejas no tempo da Qual'esma, (H) pois ento em razo do preceito
que obriga a todos os Cbrislos, se administro aos Parochianos os Sa-
cramentos com maior freqnencia, mandamos a todos os Parocltos de
nosso \rcebispado, que estiverem ausentes de suas Igrejas, posto que
tenho justas causas, e licenas legitimas para no residirem, e tenho
apresentado Curas, que sirvo em suas auscncias, se recolho a sua
Igrejas em tempo, que posso assistir em suas ParocLias toda a Qua-
resma (15) ato Domingo do Bom Pastor, so1> pena de pagarem, no o
fazendo assim, dez cruzados, (16) em queporessemesmofeito oshaye-

(5) Ad illa verba Tridentini: Cunha prills per Episeopllm eognita, el ap-
probata.
(6) Ad verba Tridentini: Viearium idoneum ab ipso Ordinario approbdum.
Possevin. de Oflle. Cmal. cap. 2. n. 13. Abr. deParoc.lib. 3. c. 8. n. 64.
(7) Trid. dict. sess. 23. de Reform. cap. 1. J,ess. lib. 2. cap. 31.. dnb. 29.
Vasq. de Benef. c. [~. I\) 2. Filiue. lom. [~. c. 41. Tolel. lIb. 5. c. 5. n. 9. Gare.
de Benef. p. 3. c. 2. n. 22. 23. et 24. Abr. de Paroc. lib. 3. c. 6. n. 37.
(8) Ad hane exlraordinariam absenLiam qUaJ sinl causro justro, vide Abr.
elicl. lib. 3. c. 7. n. !~O. curo seq.
(9) Trid. dict. sess. 23. de Reform. C. 1. vers. ln scriplis, el ibi Barbos. sub
n. 11.. et n. 65. Abl'. ele lnstil. Parochi. Iib. 3. e. 7. n. 58.
(10) Barbos. ad Triel. loco cilato num. 67. cum Possev. Vasq. Less. Ugolin.
Filiuc. el Sanclarel. ab o allegalis.
(11) Trid. loco supra citalo, el ibi Barb. n. 63. Abr. ele lnslit. Paroc. lib. 3.
C. 8. n. 62.
('12) Barbos. ad Trid. loco c.ilalo num. 63. el 75.
(13) Consl. Porluens. lib. 3. til. G. consl. 2. verso 3.
(14) Trident. sess. 23. de Refolm. C. 1. ct ibi Barb. n. 15. Valenl. lom.3.
el. 10. q. 3. puncl. 5. verso Secundo cCltum cst. Less. de Jusl. Iib. 2. cap. 3~.
dub. 29. n. 15".
(15) .40111'. de Tnstit. Par. lib. 3. C. 6. n. 30. Conslit. U1yssip. lib. 3. lil. 5.
decr. 1. 1. foI. 250. Brachar. til. :14. n. 2. foI. 226.
(16) DiclaJ Consliluliones ubi supra. POl'lurns. lib. 3. (il. 6. consl. 2. 1.
foI. 293.
DO ARCEBISPAD DA BJl1IA. '211
mos por condemnados para a S, e~'leirinho; excepto (17) se eSliverem
enfermos de tal enfermidade, que no posso vil' sem perigo desua saude,
eu estiverem fra do Arcebispado com causa, elicena (18) le.gitima .
.jC 5!c6 E porque no tempo da peste, bexigas, ou doenas contagio-
sas ainda maior a nccessidade de se administrarem os Sacramentos
aos freguezes doentes, e assim fica sendo mais prejudicial, escandalosa,
e digna 4e castigo a ausencia dos Parochos, que SO obrigados aos uo
desamparar neste aperto, (19) e a pI' a vida, senuo necessario, pela
salvao de suas ovelhas, ordenamos, e mandamos, que uem-um Paro-
cho se ausente, posto que hajo doenas contagiosas, de sua FI'egue-
zia, ncm ainda por poucos dias, porque nem por estes lhe permittida
(20) a ausencia no tal tempo; e fazendo algum o contrario, alem de no
fazer os fructos seus nos dias cm que estiver ausente, ser preso esus-
penso a nosso arbtrio, e do aljube pagar dez cl'llzados; e sendo a au-
sCl1cia dilatada, se proceder contra elle na frma de direito.
TITULO :XXXl.
DA OBRIG.\O Q 'E os l'AROCHOS 'rEnI DE DIZER MISSA A SEUS FREGl. EZES.

5lt7 Entl'e as obrigaes que tem os Parochos, uma encommell-


darem a Deos nos seus sacri[jcios, e Missas aos seus freguezes em lO-
dos os Domingos, e dias San lOS, em que elles so obrigados a ouyil-a
pOI' preceito da Igreja. Pelo que mandamos a cada um dos Parochos'
das fgrejas CUl'adas, e Capellas fiJiaes de nosso Arcebispado, que em
lodos os Domingos, e dias Santos de guarda (1) per si ou por outro
Sacerdote digo em sua Igreja Missa Conventual a seus freguezes.
5!c8 E quanto a applicao do Sacrificio da Missa, c esmola della,
mandamos quc se gual'de o que est disposto por dil'eito e Sagrado Con-
cilio Tl'identino, (2) conformando-se (3) e ajustando-se os Pal'ochos com
o que constar da cl'eao, e instituiO de cada uma das Igrejas, e
com os costumes que Icgitimamente forem introduzidos, e pl'escriptos.

(ti) DicL. Constit. locis cilat.


(i8) Consto UIyssip. eL lJ ol'toens. ubi proximc.
(19) Joan. 21. Barb. L1e ome. eL PoLest.!'aroe. p. 1. cap. 8. n. 31. et 47. iu
liu: Vasq. in 0PUSCllI. de Benef. c. 4. arL. t. duh. 2. n. 135. Molfos. in SUID.
Theolog. Moral. lract. 6. c. '1'1. n. 31. D. Thom. 2. 2. q. 185. art. 5.
(20) Barbos. de ornc et PoLesL. lJ aroch. p. 1. c. 8. num. 4,3. cum duob. seq.
Ahr. de InsLit. Paroch. Iib. 3. c. 6. n. 35. Solorz. de Jur. Indiar. lib. 1. c. 13.
n. 36.
(1) Tdd. sess. 23. cap. 1. Gutiel'. Caoonic. lib. 1. C. 30. n. 1. et 2. Abr. lilJ.
4. c. 8. n. M. cL 65. Bal'u. de omc. ct Potest. l J aroc. p. 1. C. 11. el de Potesl.
Episc. o. 2. alIeg. 21. n. 33. PaI. lom. 4. tract. 22. d. U)1ic' pUl1cL. i3. n. 6.
Vlllal'. Goyern. EccIes. Lorn. 1. q. 9. art. 9. n. 17.
(2) Tritlelll. Hess. 23. de Reform. C. 1. el ibi Barbosa n. 4. el5.
(3) Nald. verb. Paroch. n. 18. Suar. d. 83. ecL: 1. verso De beuefLciis igitur.
Reginald. Jih. 23. n. 238. VasC[o p. 3. dispo 234, arl. 6. C. 6. Possevio. ele orne.
Cm'aLi C. 2. n. 4,. Conine. de Sacram. q. 83. arL. 1. dub. 1'1. eonclus. 3. Ugolin.
de omc. Episc. C. 16. Laym. in Theolog. Moral. tracl. 5. de Sacrifico Missa: C.
3. n. 3.1"iliuc. lraet. l~. n.171~. Barl , de Ol1k el Pole t. Epi c. p. 2. alleg. 24.
n. 23. vers. Non lamen yj,]elur. Mill'chio. de Sacramento Ord. Lract. 3. p. 2. C.
27 ii n. 7. NaY<I\. in ,t\Ianllal. c. 21>. n. 92. 1\lo)'s. Bic. iu decls. Curim ArchiCli.
Ncapol. p. !t.. dceis. 201. lo'raxill. de Oblig..Saccl'd. secl. 3. pnC~lot. 2. 2.
212 CONSTlTUIES
TITULO xxxn.
DA OBRIGAO QU.E OS ]'AROCfJOS TEM DE FAWn PIlA'fICAS ESPIIIITUAES, E EN-
SINAR A DOUTRINA CHRlS'I' AOS ETIS ]<'REGUEZE:.

5'.9 Como uma das principaes obrigaes dos Pastores das almas
(como temos dito) apascentar as ovelhas, que esto commellil1as, com
a saudavel pregao da palana de Deos, e ensinar-lhes a DOlltl'ina
Christ: conformando-nos com o que nesta materia dispoem o Sagl'Udo
Concilio Tridentino, (1) mandamos a todos os Vigarios, Capelliics, e
Curas de nosso Arcebispado collados, ou annuaes preguem pel' si pro-
pl'ios a seus freguezes nos Domingos, e festas solemnes do anno, tendo
sciencia, e approvao (2) nossa.
550 E no tendo sumciencia para pregai' lhes fao praticas es-
pirituaes, (3) em que lhes ensinem o que necessario para fugirem os
vicias, e abraarem as virtudes. E quando nem pam isso tiyerem suffi-
ciencia (o que delles no esperamos) leino a seus fregllezes (l.) alguns
capitulas desta Constituio, que pertence Doutrina Ciu'isl. E para
IJue com mais commodidade a POSsO ensinar, Jh a pomos aqui, e a
que se segue.
FOBMA. DA DOUTnINA cmusTi.

SIGNAL DO CHPdSTO.

551 Pelo signal Ja Santa i- Cruz, (5) livre-nos Deos nosso t


Senbol', de nossos i- inimigos. Em nome do Padre, e do Filho, e do
Espirita Santo. t Amen.
AS PESSOAS DA SANTISSfillA TRINDADE.

552 As Pessoas (la Santissima Trindade so tres: Palhe, Filho,


e Espirito Santo, tres Pessoas distinctas, e um s Deos verdadeiro.
INTELLIGENCI,\ DESTE AL'L'lSSlillO m:s'mU\o.
Consiste a verdadeira intelligencia deste Altissimo Myslerio cm
(1) Trid. sess. 25. c. 2. de Reform. eL sess. 2!~. c. !I.. dicL. LiL. de RefOl'm cl
ibi 13arb. n. 6. eL 13. Abr. de ILlSlit. PUIOC. lib. 2. c.15. n. 36. cum scq. eL lib.
15. c. 7. et lib. 7. C. 2. Possevin. de Orne. CuraLi cap. ft.
(2) C. Exeommunicamus \\I Quia vero de Hrerel. Trid. sess. 2!1.. de Reform.
c. '~. verso Nullus. 13arbos. ad Tridenl. sess. 5. e. 2. n. 22. eL de Polest. Epis-
copo aIlcg. 76. n. 24. GavanL. yerb. Concio Sacra O' 17. Conslil. JEgilan. lib.
3. Lil. 7. C. 7' n. 13. Brachal'. LiL. 115. constit. 12.1'01. 246.
(3) TridenL. sess. 15. c. 2. verso Pro sua, el earum capacitate, et sess. 2!1.. de
Reform. C. 7. Abr. de TnsLie. Faroc. lib. 15. C. 7. n. !j9. Constil.llortuells. lib. 3.
til. G. constil. 5. vers. 1. foI. 299. D. FraLr. lhrLholom. dos 1\f'lltyrcs Catee.
lilJ.2. 1'01. 136. curn seq. DD. ad Trid. sess. 22. de Sacrificio Mssre C. 8. COIlSt.
Bracharens. ubi pro~ime.
(t.) ConsLiL. [lorLLlcns. loc. cilaLo. Brachar. tiL. 15. (;onstiL. 12. n. 2. vel'S.
Item quando.
(:) FI'. Prllro de S. Antonio no Jardim espiritual LracL. 1. c. 2. per LollIIll.
D. Fr. BarlllOlom. los Iartyrc lib. 1. da DOlLlrilla Christi (;.3. foI. 7. Clll1lscq.
DO ARCEBISPADO DA BAHU. 213
Cl'cr, que ca<.la uma das tres Divinas Pessoas Deos, e todas lresomes-
mo Deosi (6) mas que so tres Pessoas disLincLas de tal sorte, que
uma Pessoa no outra, porque so tres distincLas (7) em quanto Pes-
soas, posLo que em quanLo Deos, so todas Lres o mesmo Deos.
E que a Pessoa <.lo Padre no foi primeiro que a uo Filbo, nem a
do Filho primeiro que a do Espirito Santo, mas todas so ab retemo,
(8) e sem principio. E que todas as tres Divinas Pessoas so iguaes,
(9) de tal sorte, que o Padl'c no maior que o Filho, nem o Filho
maior que o Espirito Santo, antes so to iguaes, que o mesmo poder,
saber, e amor, e tudo o mais que est em uma das Pessoas, o mesmo,
que est cm todas Lres, excepto que uma Pessoa no (10) outra.
Das tres Divinas Pessoas se fez Homem a Pessoa do Filho, (11) e
este Filbo de Deos feito Homem CbrisLo, cuja Lei professamos.
Christo Deos, e Romem verdadeiro: em quanto Deos Filbo do
Padre Etemo, em quanto Homem Filho da VI'gem Maria, em cujas pu-
rissimas entranllas tomou came humana. Cbristo em quanto Deos
o mesmo Dcos que o Padre, e Espirito Santo: em quanto Pessoa Divi-
na ti igual ao Padre, e ao Espirito SanLo, e menor que o Padre, e que
o Espiri{o SanLo em quallto Homem.
SDmOLO DA F.

553 Creio em Deos (12) Padl'e, todo Poderoso, Cruador do Ceo,


e da Lena: e cm JESUS Christo um s seu Filho nosso Senhol', o qnal
foi concehido do Espirito San Lo: nasceo de Maria Virgem: padeceo sob
poder de Poncio Pilato: foi cmcificado, morto, e sepultado: desceo aO$)
infernos: ao terceiro dia resnrgio dos mortos, subio ao Ceo, eSL assen-
Lado mo dil'eita de Deos Padre todo Poderoso, d'onde Ilade vil' a
julgar os vivos, e os mortos. Creio no Espil'ito Santo, na Santa IgI'e-
ja Catholica a communicao dos Santos, a remisso dos peccados, a
resul'l'eio da carne e ,ida eLerna. Amen Jesus.

(6) Exodi 20. Paul. ad Ephes. 4. Isai. 6. Psal. 32. Mallh. 28. Joan. 5. Sym-
bolum D. Alhanas Trident. sess. 3. decreL. de Symbol. Fidei. C. Firmitcr de
SUtUrn. Trinit. D. C~'ril. lib. 2. Thesaur. c. 1. D. Ambros. lib. 2. de Fide ad
Gralian. c. f~. D. Thom. 1. p. q. 74. arl. 3. ad 3.
(7) C. Firmiler. de sumo Trinilat. Symbol. D. Alhanas. Gonel. lom. 6. p.
1. lracl. G. C. 1. ~ 1. et &c. 6.7. el 8. Alma Inslruida tom. 2. c. 2. num. 11.
eum cC[. fol. 974. et eod. cap. docum. 1. n. 11. foI. 982.
(8) DicL. cap. Firmiler, C. uno de Sumo Trin. lib. 6. Symbol. Dil'. Alhan.
D. Hern. Epist. 90. Leo Papa Episl. 93.
(9) Symbol. D. Alhan. D. Aug. lib. 11>. de Trin. cap, 3. D. Ambros. lib. 5.
de Trinil. D. Tbom. de Trinil. q. 42. art. 6. D. Chrysolog. Sermo 60. Gonet. di-
et. tracl. 6. de l\fyslero Trinitatis C. 10. ~ 1. Alma Instruida ubi supra.
(lO) Psalm. 66. I aire 6. l\Iatlh. 28. Joan. 5. D. Bernard.lib. . de Consi-
clerat. C. 8. D. Ilieron. in Psal. 66. D. Ambros.lib. 2. de Fide ad Gratian. c. 4.
Gonel. dict. lracl. 6. c. 1. ~ 1.
(11) Joan. 1. 14. c. Firmiler de summ. Trinit. Suar. lom. 1. dispo 2. sect.
1. 2. el 3. Symbol. D. Alhanasii.
(12) Ad Rom. 3. 4. Malach. 3. 6. Psalm. 135. ti. Deuter. 6. 4. Psal. 113. 3.
cl95. 5. Luc. 1. 31. 2. 10. l\1allh. 1. 21. 14. 30. 8. 12. Actor. 12. l\1allh. 7.
l>. JOan. t. 14. Isai. 53. 7. Joan. 10. 8. Luc. 23. 4.3. ]~phes. l~. 9. Mallh. 24.
30. Joan. 5. 27. l\Ialh. 25. 31.. Joan. 14.26. Joan. 20. 23. Job.19. 26.1. ad
Corinlh. 15. 42. l\lallh. 25. 21. ad Rom. 8. 18. Concil. icen. Trident. sess. 3.
ele Symb lo lidei. Bellarlll. in declaralione Symboli. Abr. de InsUl. Parocl!. lih.
7. se '. 2. cum eq. c. 3. Calcc. Roman. ~ I. li>. cum seq.
27
CO~STITUlES

OS ARTIGOS DA F.

554 Os Artigos da F (13) so quatorze: sele pertencem Di-


Yindade, e os outros sete Humanidade de nosso Senhor JES S Chris-
to.
Os que pertencem Dim'ndade so estes.
O primeiro Cl'er em um s Deos todo Poderoso. O segundo crel' que
Padre. O terceiro crer que Filho. O quarto crer que Espirito
Santo. O quinto crer que Creador. O sexto crer que Salvador. O
selimo crer que Glorificador.
Os sele que pertencem Httmanidade so estes.
O primeiro crer que o mesmo Filho de Deos foi concebido do Espirito
Santo. O segnndo crer que nasceo da Virgem Maria, ficando ella sem-
pre Vil'gem. O terceil'o Cl'er que foi por ns crucificado, morto, e se-
pultado. O quarto crel' que desceo aos infernos, e tirou as almas dos
Santos Padres, que l estavo a espera de sua sanla vinda. O quinto
crer que resurgio ao terceiro dia. O sexto crer que subio ao Ceo, c
est assentauo mo direita de Deos Padre. O setimo crer que ha de
vir a julgar os vivos, e os mortos dos bens, e males que fizero.
oluIo DO SEi'iHOR.

555 Padre nosso, (H) que estaes em o Ceos: santificado seja o


teu nome: venha a ns o teu Reino: seja feila a tua vontade assim na
terra, como no Ceo. O po nosso de cada dia nos d hoje: e perdoa-
nos nossas dividas, assim como ns perdoamos aos nossos devedores.
E no DOS deixeis cahit' em tentao: mas liua-nos de todo o mal.
Amen JES S.
S.\UDAIo ANGELICA.

556 Ave Maria, (15) cheia de graa, o Senhor comtigo, Ben-


ta es t em as mulheres, bento o fructo do teu vcntl'c JES S. Sanla
Maria, Madre de Deos, roga por ns peccadores, agora, e na hora da
nossa morte. Amen JESUS.

(13) FI'. Joan. D. Thoma foI. 10. p. 1. Explicao da Doutrina Chrstii.


Jardim Epirilual traet. 3. cap. 2. Alma Instruida 10m. 2. docum. 1. cum scq.
Calce. D. FI'. :Bartholom. dos l\'Iartyres lib. 1. c. 5. foI. 12.
(14) Luc. 11.2. Matlh. 6. 9. Suar. de Religion. lib. 3. c. 8. Abl'.lib. 7. c. 4.
seet. 1. usq. ad 8. D. FI'. :Bartholom. dos Martyr. in suo Catcchis. lib. 1. c. 1-
foI. !~9. l\hl'chant. in Hort. Pastor. lib. 2. tract. 3. Pal'adis. animre scct. 1. c. 2.
sect.5. c. 3. cl 8. et sect. 7.
(15) Luc. 1. 28. ct 48. Idem 1. 38. et 11. 28. Concil. Laterancns. sub teo-
ne X. 9. Abr. de lnstil. Paroe. lib. 7. C<lp. 5. secl. 1. ct 2. l\larchant. ill Horl.
Pastor. tract. ~" sect. 3. CUlIl scq. Alma Inslruda lom, L cap. 5. foI. 5tfi.
CUIll seq,
no ARCEBISPADO DA BARIA. 215
SALVE fiA/NBA.

557 Salve Rainha, (16) Madre de Miscl'icordia, vida, doLll'a, es-


perana nossa, salve. A ti bl'adamos os elegl'adados, filhos de Eva. A
ti suspiramos gemendo, c chorando neste valie de lagrimas. Eia pois
advogada nossa, esses leus olhos misericordiosos a ns volve, e depois
deste destel'l'o nos mostra a JESUS bento frl'Ucto do teu ventre. O'
clemente, pia, doce, sempre Virgem Maria, roga por ns Santa Ma-
dredc Deos, para que sejamos dignos das promessas de Christo. Amen
JESUS.
os lIUNDA!llENTOS DA LEI DE DEOS.

558 Os Mandamentos da Lei de Deos (17) so l.1ez. Os tres pri-


meiros perfencem a honra de Deos; e os outros sete ao proveito do
proximo. O primeiro, homars a um s Deos. O segundo, no ju-
rars o seu Santo nome em yo. O terceiro, guardars os Domingos,
e as festas. O qual'lo, honrars a teu pai, e a tua mi. O quinto, no
matars. O sexto, no fornicars. O setimo, no furtars. O oita-
vo, no levantars falso testemunho. O nono, no desejars a mulher
do leu proximo. O decimo, no cuhiars as cousas alheias. Estes
dez Mandamentos se encerro em dous: convm a saber, amar a Deos
solJl'e todas as cousas, e a teu proximo como a ti mesmo.
lIlANDAlIrENTOS DA SA:N'l'A lIIADRE /GREJA.

559 Os Mandamentos da Santa Madre Igreja (18) so cinco. O


primeiro; ouvir MiRsa aos Domingos, e festas de guardar. O segundo,
confessaI' ao menos uma vez cada anno. O terceiro, commungal' pela
Paschoa da ResulTeio. O qnarto, jejuar quando manda a Santa Ma-
rll'e Igreja. O quinto, pagar dizimos, e primicias.
PE~CADOS MORTAES.

560 Os peccados Mortaes (19) so sete. O primeil'o, Soberba.


Osegundo, Avareza. O terceiro, Luxul'a. O qllal'to, lra. O quiuto,
Gula. O sexto, Inveja. O setimo, Preguia .

. _ ('16) Suar. dc Rclig. lib. 3. cap. 9. n. 8. cum sego Catec. de Eusebio 2. p'
hao 25. Jardim espiritual tl'act. 3. cap. 3. Alma Iuslruida tom. j. c. 6. foI. 744.
oum sego
~ ('17) Abr. lib. 8. c. 4. n. 113. curo segucntib. Catcc. de Eusebio p. 1. li-
uo 10. et sego Jardim Espil'ituallract. 4. cap. 1. lIaculo Pasloral C. 8. FI'. Joan.
de S. Thom. 2. p. da explicao da Doutrina Christ foI. 112. in principio D.
FLr: Bartholom. dos Martyres iu suo Calcc. lralado dos Mandamentos da Divina
01 foI. 65.
(18) Baculo Pastoral c. 18. Alma Instl'uida tom. 3. cap. 3. foI. 5'11. cum
~oq. Catec. de Eusebio p. 1. lio '19. Jardim Espiritual tmct. 4. C. 4. Abr. 1i1J
O. ~4. sect. 1. num. 592. cum sego foI. 4/j2. et seq. D. FI'. Barlhol. dos 1\lar-
tyr. dlct. Catec. C. 9. lib. 1. foI. 107.
(19) Abr. lib. 8. c" 15. n. 641. cum sego Pal'adis. auimre sect. 3. c. 3. Ba-
culo Pastoral. C. 2!~. FI'. Joan. a D. Thom. dict. 2. p. foI. 2'15.
216 CO~STl'fUI.ES

VIRTUDES CONTRARIAS AOS PECCADOS l\IORTAES.

561 A primeira, (20) Humildade contra a Soberda. A segunda,


Liberalidade contra a Avareza. A terceira, Castidade contra a Luxu-
ria. A quarta, Paciencia contra a Ira. A quinta, 'fempel'ana contra
a Gula. A sexta, Charidade contra a Inveja. A selima, Diligel1ciaale~
gre ~as cousas de Deos contra a Preguia.
SACRA1'dENTOS.

562 Os SacI'amentos (21) da Sanla Madl'e Igreja s50 sete. O


primeiro, Baptismo. O segundo, Confirmao. O terceiro, Com-
IDuuho. O quarto, Penitencia. O quinto, Extrema Uno. O sexto,
(Jrdem. O setimo, Matrimonio.
A CONFiSSO.

563 Eu peccador (22) me confesso a Deos todo poderoso, e


Bemavellturada sempl'e Virgem Mal'a, e ao bemaventurado S. Miguel
Archanjo, ao bemaventmado S. Joo Baptista, e aos bemaventnrados
Apostolos S. Pedro, e S. Paulo, e a todos os Santos, e a vs Padre,
que pequei muitas vezes por pensamento, palavra, e ohra, pOI' minha
culpa, minha culpa, minha grande culpa. POI' tanto peo, e rogo a
Bemavenlurada sempre Virgem MaI'ia, ao bemayenLUrado S. Miguel Ar-
chanjo, ao bemaventmado S. JooBaptista, eaos bemaventmadosApos-
tolos S. Pedro, e S. Paulo, a todos os Santos, e a vs Padl'e, que ro-
gueis por mim a 'Oeos nosso Senhol'.
BEMAVENTURANAS.

56!, As Bemavenlurallas (23) so oito. A primeira, Bemaven-


turados os pobres de espirito, porque uelles o Heino do Ceo. A se-
gunda, Bemaventl1l'ados so os mansos, porque elles possuiro a terra.
A terceira, Bemaventurados os que chro, porque elles sero conso-
lados. A quarta, Bemaventurados os que ho fome, e sede de justia,
porque elles sero farLos. A quinta, BemavenLuraflo3 os que uso do
misericOJ'dia, pOI'que elles alcanaro misel'icol'dia. A sexto, Bema-
venturados os limpos de corao, porque elles vero a Deos. A seti-
ma, Bemaventlll'ados os pacificos, porque elles sero chamados filhos
de Deos. A oitava, BemaVCllllll'ados os que padecem perseguio por
amol' da justia, porque uelles o Heino do CeGo
DONS DO ESPIIIITO SAriTO.

5G5 Os Dons do Espirito Santo (2A) so sete. O primeiro,

(20) Jardim Espiritual tl'aot. 6. c. 6. Bac,1.l1o Pastoral. C. 24.


(21) Catce. Rom. foI. 152. Euseb. p. '1. li~o 45. cum scq:. Baelllo Pastol'al
cap. 33. curo seq. Fral. Joan. a S. 'fhom. 1. p. 1'01. 40.
(22) Saneta MateI' Ecelesia in Missa1i, et Breviario Romanis.
(23) MaLlh. 5. Luc. 6. Jardim Espiritual tract. 5. e. 4. et 5. Baeulo Pasto-
ral cap. 44.
(24) Jsaire 11.. Calech. Euseh. 2. p. lio 245. Jardi(Tl Espiritual. (ract. 5.
e. 4. Baculo Pastoral cap. 43. .
DO ATICEBJ -'P DO DA BARlA. 217
Sapiencia. O segunuo, Entendimento. O terceiro, Conselho. O quar-
to, Fortaleza. O quinto, Sciencia. O sexto, Piedade. O setimo, Te-
mor de Deos.
VIRTUDES THEOLOGAES.

566 As Virtudes Theologaes (25) so tl'es. A primeiI'a, F.


Asegunda, Esperana. A terceira, Charidade.
VIRTUDES CARDEAES.

567 As' il'luues Cardeaes (26) so qU3tl0. A primeira, PI'U-


dcncia. A segunda, Justia. A terceira, Fortaleza. A quarta, Tem-
perana.
POTENCIAS D'ALnJA.

668 As Potencias d'Alma (27) so tres. A primeira, Memo-


ria. A segunda, Entendimento. A terceil'a, Vontade.
INIMIGOS D'ALMA.

569 Os Inimigos d Alma (28) so tre O primeiro, Mundo.


Osegnndo, Diabo. O terceiro, Carne,
SENTIDOS CORPOP~\ES.

570 Os Sentidos Corporaes (29) so cinco. O primeiro Ver.


Osegundo, Ouvir. O terceiro, Cheirar, O quarto, Gostar. O quin-
to Apalpar.
NOVISSI1I10S DO I101lillllJ.

571 Os Novissimos do Homem (SO) so quatro. O primeiro,


Morte. O segundo, Juizo. O lel'ceiro Inferno. O quarto Paraiso.
PECCADOS CONTRA o ESPIRITO SANTO

. 572 Os Peccados contl'a o Espirito Santo (31) so seis. O pri-


meiro, Oesesperao da salv3o. O segundo, presumpo de se sal-
vaI' sem merecimento. O terceiro, Contradizer a verdade conhecida
por tal. O quarto, Inveja das mercs, que Dcos faz aoutrern. O quinto,
Obstinao no peccado. O sexto, Impenilencia.

(20) Paul. 1. ad Corint13. n. 13. Pal'adisus animre secl. 4. eap. 2. Jardim


ESlJil'iLual trae!. 6. c.. 1. ct 2. Bacul. Pastor. c. 41.
(26) llaculo Pastoral e, 42. Jardim Espiritual traet. 6. e. 3.
(27) Jardim Espiritual tract- 5. e.8.
(28) Ex pl'axi Ecelesire.
(29) D cxplicatione vide Jardim Esp.iritual traet. 5. c. 8.
(10) D. FI'. BarLholom. dos Martyr. in Catee. lib. 1. e. 11>. foI. 110,
(31) Raeql. Pastor. cap, 31. Jardim Espirit. Lraet. 6. C. 1~.
218 N TITUIES
PECCADOS QUE BRADO A.O CF.O.

573 Os Peccados que brado ao Ceo (32) so quatro. O pl'mei-


1'0, Homicidio ,"oluntario. O segundo, Peccado sensual contra a na-
tureza. O terceiro, Oppresso dos pobres, principalmeute orphos, e
viuvas. O quarto, no pagar o jornal aos que trabalho.
OBR.\S DE MISERlCORDlA.

571~ As Obras dc Misericordia (33) so quatorze: setcsechamo


Corporaes, e as outl'as sete Espirituaes.
As Corporaes so estas.
A primeil'a, Dar de comer aos que tem fome. A segunda, Dar de be-
ber aos que tcm sede. A terceira, Vestir os ns. A qual'ta, 'isilar
os enfermos, e encarcerados. A quinta, Dar pousada aos peregrinos.
A sexta, Remir os captivos. A setima, EntelTar os morto:>.
As sete Espirit:uaes so estas.
A primeira, Dar bom conselho. A segunda, Ensinai' os ignorantes. A
terceira, ConsolaI' os tristes. A qnarta, Castigai' aos que erro. A
quinta, Perdoar as injurias. A sexta, solfrel' com paciencia as fl'aque-
zas de nossos proximos. A setima, rogar a Deos pelos vivos c defuntos.
ACTO (3) DE CONTRIO.

575 Senhor Deos Trino, e um, Creado!', e Salvador meu, por


serdes vs quem sois, e porque vos amo sobl'e todas as cousas, me pe-
sa de todo corao de vos ter ofl'endidoj e proponho firmemente com
vossa graa de vos no offender mais; e dos peccados, quc contra vs
tenho feito, vos peo perdO, e o espero alcanaI' pelos merecimentos
de JES s Christo vosso unico Filho, e meu Senhor, e Redemptor.
576 Mas porque os rudes no podero to facilmente aprender o
acLo de Contl'io, na fI'ma que acima vai posto, o resumimos a me-
nos palavras, uas quaes vai includa toda a substancia delle, e nesta
frma bastar que o fao, (35) e o seguinte.
Senhor, pesame de corao de vos ter olfendido por sercs um Deos
infinitamente bom, e proponho firmemente de vos no offender mais,
e tenho dor de todos os meus peccados pelas penas do Inferno, ou pela
torpesa deJles, e proponho firmemente de me emendar.
577 E porque os eSCl'avos de nosso Arcebispado, e de todo o

(32) Jardim Espiritual ll'acl. 6. cap. 13. Bacul. Pastoral c. 32.


(33) l\latlb. 9. 13. &c. 12.7. idem 18. 15.1. Joan. 3. 17. Alma Inslruida
lom. 3. c. 3. docum. 2. cum seq. foI. 69!~. Jardim Espirilual. lract. 5. c'UJ. 6.
Bacul. Pastoral cap. 40.
(34) Marcbant. in Candelabr. Myslico lTacl. 5. secl. 2. cum seq. Paradisus
animre sect. 3. c. 1. ~ 8. 9. el 10. ad ea qure Concil. Trid. sess. 14. de Sacram.
Pmnit. cap. li-. ele Contrilione. Torreb. de Jur. spirit. Iih. 24. c. 7.
(35) Facit. Ep. Paul. ad Corinlb.1. cap. 3. n. 2,
DO ARCEBISPADO DA BAllIA. 219
Brasil so os mais necessitados (36) da Doutrina Cbrist, sendo tantas
as Naes, e diversidades de lingoas, que passo do gentilismo a este
Estado, devemos buscar-lhes todos os meios (37) para serem instl'Ui-
dos na F, ou por quem lhes falle no seu idioma, (38) ou na nossa lin-
goa, quando elIes j a posso entender. E no se nos offerece oull'o
meio mais prompto, e mais proveitoso que o de uma instruco accom-
modada sua rudeza (39) de entender, e fatuidade de fallal'.
578 Por tanto sero obrigados os Parocbos a mandar fazer (/'0)
copias, (seno bastarem as que mandamos imprimir) de uma bt'eve fr-
ma de Cathecismo, que aqui lhes communieamos, para se repartirem
(H) pelas casas de seus freguezes, em ordem a elles iustruirem os seus
escravos (/'2) nos mysterios da F, e Doutrina CLwist pela fl'ma da
dita instruco. E as suas perguntas, e respostas sero as examinadas
para elles se confessarem, e commungarem CllI'istmente, e com mais
facilidade, do que estudando de memoria o Credo, e outras lies, qne
s servem para os de maior capacidade. E pde ser, que ain(la os Pa-
rochos sejo melhol' instl'Uid{ls nos ~Iysterios da F por este llreve com-
pendio. Este pois seja o desvelo todo dos Parocbos; (/'3) e nesta fr-
ma com bem pouco trabalho seu colhero muito fruclo das almas, que
esto encommendatlas ao seu cuidado.

BREVE INSTRUCO DOS MYSTERIOS DA F, ACCOMMODADA


AO MODO DE FALLAR DOS ESCRAVOS DO BRASIL, PARA
SERElVl CATHEQUISADOS (MI) POR ELLA.
IlERGUNTAS. RESPOSTAS.

579 Quem fe? este mundo? Deos.


Quem nos fez a ns? Deos.
Deos onde est? No Ceo, na terra, e em lodo o
mundo.
Temos um s Deos, ou muitos? Temos um s Deos.
Quantas pessoas? Tres.

(36) Eenci Economia Chl'isl di curso 2. Si '1. n. 62. foI. 57.


(37) Paul. 1. ad CorinL. 3. 2. Abr. de IusLiL. Par. lib. 2. c. 5. n. 42.
(38) Paul. 1. ad Corinl. 14. 9. 10. 11.
(39) D. Greg. 2. Moral. c. 2. Abr. lib. 5. c. 6. n. 41~. el cap. 7. n. 53. Benci
na Economia ChrisL discUl's. 2. Si 2. n. 78.
(40) Facil Abr. de InsliL. Paroch. lih. 7. c. 2. n. 17. D. 1?1'. Earlhol. no seu
Calech. lib. 1. c. 3.
(4J) Facil1. Reg. 21. 4. ibi: Non habeo laicos panes ad manum. Jerem.
Thren. Ii. 4. Economia ChrisLii discurso 2. SI 2. 11. 78 .
. (1~2) Ad ea qUi.ll Jerem. 26. 2. Loqul'is lllliversos sel'1l10nes, quos ego man-
(lavI libi, ul loquaris ad eos. Abr. de Iuslit. llaroch. Iib. 7. c. 2. n. 15. et cap.
1. n. J2. Economia Chl'isl di curs. 2. ~ 1. n. 62. 1'01. 57. cum seq.
(43) Trid. ess. 5. c. 2. ad illa verba: Pro ua, et earum capacitale: el sess.
24. de Rofol'm. c. 4. Abl'. de Inslil. Paroch. lil>.2. . . ellib. 5. c. 4. n. 31.
llib.7. cap. 2. Econom. Chl'islii discurso 2. 2. n. 72.
(~ft.) Ad ca qutc D. FI'. Bal'lhol. in suo Cal '. lih. 1. C. 1Ji,. Facit. Consl.
Ul)'sSll'. lib. 1. lil. 7. deer. 6. 2. Alma Instruda l011l 2. cap. L
~20 CO~STlTUI.ES

PlmGUNTAS. RESPOSTAS.

Dize os seus nomes? Padre, Filho, e Espirito Santo.


Qual destas Pessoas tomou u nos-
sa came ? O Filho.
Qual destas Pessoas moneo por
ns? O Filho.
Como se chama este Filho? JESUS Christo.
Sua 'Mi como se chama? Virgem Maria.
Onde moneo este Filho? Na Cruz.
Depois que morreo onde foi? Foi l abaixo da terra buscar as
almas boas.
E depois onde foi ::l Ao Ceo.
lIa de tornar a vir? Sim.
Que ba de vil' buscar? As almas de bom cora.o.
E para onde as ha de levar? Para o Cco.
E as almas de mo corao para
onde ho de ir ? Para o inferno.
Quem esl DO inferno? Est o Diabo.
E quem mais? As aI mas de mo corao.
E que fazem l? Esto no fogo, que no se apaga.
Ho de sahir de l alguma vez? Nunca.
Quando ns monemos, morre
tambem a alma? No. Morre s6 o corpo.
E a alma para onde Yai ? Se boa a alma, vai pal'a o eco:
se a alma no boa, vai para o
o inferno.
E o corpo pal'a onde vai? Vai para a terra.
Hade tOl'oar a sahir da tena vivo? Sim.
Para onde lia de ir o corpo, que
teve alma (le mo corao? Para o inferno.
E para onde hade ir o corpo, que
teve alma de bom corao? Para o Ceo.
Quem est no Ceo com Deos ? Todos os que tivcro lloas almas.
Ho de tornar a sahil' do Ceo, ou
ho de estar l pam sempre? Ho de estal' l sempre.
INSTRUCO PARA (45) A CONFiSSO.

580 Para que a ConOsso ? Para lavar a alma dos peceados.


Quem faz a confisso esconde pec-
cados? No.
Quem esconde peccados para on-
de vai? Para o inferno.
Quem faz peccados, hade tornar a
fazei' mais. No.
Que faz o peccado ? Mala a alma.

(Mi) Ad ca qure Trid. sess. 14. de Sacram. PooniL. c. 5. C;Jp. Omuis ulrjuS
que sexus de Pa:nil. cL remiss. i\aVill'. in Manual. cap. 2. pcr loIU1J1.
DO AUCEBISP.\.DO DA BAIITA. 221
I'EIlGUNTAS. nESl'OS'L\S.

A alma dcpois da Confisso lorna


a rircr ? Sim.
O leu corao lIadc lom3r a fazcr
peccados? :\50.
Por amor de quem ~ Por amor dc Deos.
INSTHl;CO PAIU (116) A COMillJ.;:'iIlO.

581 Tu qucres Communho ? Sim.


Para que jl Para pr na alma a 110S o SenllOr
JESUS Chl'isto.
E quando csl nosso Senhor JE-
SUS CUl'islo na Communllo : Quando o Padre tliz as palanas.
Aondc diz o Padre as pala\'ras ? la Missa.
E Cju:l1ltlo diz as palavl'as ? Quando toma na suamo aJIoslia.
AUle~ que o Padre diga as pala-
nas cst j na Ilostia nosso
Senhor JES 'S Cllristo ? iXo. Esl s o po.
E quem paz a nosso Senhor JE-
SUS Chl'isto na Hostia? Ellc mcsmo, depois quc o Padrc
disse as palanas.
E no Calix quc cSl, qunndo O Pa-
drc o loma na mo ;l Est vinho anles quc O Padrc di-
ga as palavras.
E llcpois quc di7, as pa1anas, quc
cOllsa cst no Calix ? Esl o sanguc dc nosso Scnhor
JES S Chrislo.

ACTO DE CON'I'r.IO h7) PAIU. os EsCunOs E GENTE n DE.

582 Men Ocos mCtl Senhol'; o meu corao s vos qUCI., c :1ma;
cu lenho feito muitos peccados, e o mcu corao me doe muilo por lo-
dos os quc fiz. Pcrdoaimc mcu Senhor, no hei de fazer mais jJcc-
cados: todos bolo fra do mcu corao, c da minha alma por amor lle
Ueo. ,

r.\n.\ "E DlZ.ER AO ilIOnlIiL'iDO.

PEne Ci'US, I\ESI'08'1'.\:;;.

583 O leu corao cr; (" ) tudo O


que Deo dis e ? Sim.
Oleu cOl'ao ama s ("9) :l Deos? 'imo

('~G) Ad ca qu::c Trid. scss. 21. dc C01l11llunione cap. 2. cl 3.


(1,.7) Ar] ea qUie Trid. scsS. 2~.. de Sacramcut. PccniL. cap. !~. 1\a\'or. in Ma-
nua\. c. 1. de Conlritionr..
(.'iR) Aor. lio. 11. G. 1'1. 11. I iS:}.
"~I) .\\)1'. dicl. lill. < ('. 11. l;)tJ.
CONST1TUl~ES
PERGUi'i'l'.\S. nESpOS'l'AS.

Dco hade leyarte para (50) o eeo? Sim.


Queres ir para Ollde est (51) Deos? Sim.
Queres mOITel' porque Deos assim
(52) quer? Sim.
584 Repito-Ihe muitas vezes (53) o acto de contrio e advir-
, ta-se que, antes de fazei' a instruco acima dila, se ha de dizcr aos
que a ouvirem, que cousa (54) ConGsso; e que cousa communhoi
e que cousa Hostia; e que cousa Calix; e tambem que cousa Mis-
sa; e tudo pOl' pala\Tas toscas. (55) mas que elles as entendo, e pos-
so perceber o que se lhes ensiua. E se no souber a Jingoa do con-
fessado, ou moribundo, e 1I0m/el' quem a saiJ)a, pde ii' vertendo (56)
neJla estas perguntas, assim como o for instruindo.
TITULO XXXIII.
CO~IO os PAROCHOS sO OBRIGADOS A FAZER ESTAO A SEUS FREGUEZES.

585 So obrigados os Parochos a fazer touos os Domingos, cx-


cepto o da Paschoa da ResulTeio, e do Espirito Santo, estao (1) a
seus freguezes. E assim mandamos, que a fao do pulpito, ou do cru-
zeiro, ou ao lado do Altar, (2) segundo o costume de cada Igreja, no
tempo do Offertorio da Missa, e sempre a fal'o com sobrepeliz, e es-
tola, quando no seja celebmnte.
586 E para que no succeda lerem nella papeis, que se no de-
"o lei', antes de entrar Missa (3) procuraro sabei' se ha alguns,
que se hajo de ler na esta30, e senuo-Ihes daelos, os lero logo, para
que posso regeitar os que no convier, que se publiquem neJla, e
posso ler os outros mais facilmentc: e estando j na estao no acei-
taro papeis, que primeil'o lJO tenbo visto, salvo forem Mandados, (lll
ou Provises nossas, ou rle nossos Ministros, ou de outros Juizes Ec-
clesiaslicos ordinarios, ou delegados, que tenhao Cumpl'o-se nosso,
ou de nosso Vigario Geral.
587 No consentiro, que no tempo da estao se levantem pra-
ticas, e pornas (5) entl'C os fl'egllezes, nem tl'ataro das eleies, ou
contas das Confrarias, nem de fintas, ainda que seja sohre cousas tias

(1)0) Abr. loc. ciL n. 11)15.


(51) Abr. ubi proxime.
(52) Abr. lib. 11. c. 'J t. n. 120
(i:i3) Abr. dict. cap. 1". n. t60. el161.
(54.) 1. Ati Corilllh. M.6.
(515) Trident. sess. 5. de Hefonll. Abr. lih. 5. n. 53. et M.
(56) Abr. Jib. 11. c. 13. n. 162. in fine.
(t) Trid. sess. 5. c. 2. el sess. 21i.. de Reform. . 7. Barbos. de omc. el Po-
testo Paroc. p. 1. cap. 16. num. 1.
(2) Abr. de JnstiL Paroc. lib. !~. c. 6. n. !~6.
(3) Conslit. UlyssipOll. Jib. 3. liL 10. in principio Si 1.
(~) Conslit. U1yssipon. loco citalo. Faeit narbos. de ome. el Potrsl. Paruc.
p. I. c. 16. n. 18.
<"l Diela Consl. L1ys'ipc 11. dicl. . t. Yl'J'S. :'\~o ('01l5f'lIliriio .


DO ATICEBI 'PADO DA RUIIA. 223
Igrejas, resel'vando isto para o tratar depois da Missa com as pessoas,
a que pertencer, avisando-as para isso lia mesma estaiio.
588 Encommendaro primeiramente aOS seus fl'eguezes a quie-
tao, e silencio (6) com que devem estar na Igreja, e principalmente
Missa. Depois de ensinarem algumas oraes, (7) e as declararem,
ou fazerem outra pratica, na frma que uca dito no titulo precedente,
denunciaro logo os dias Santos de gual'da, e os dejejum (8) que hou-
verem naquella semana. PI'egoaro os que houvel'em de casar, (9)
guardando a frma que fica dito no livro 1, num. 269, c os que hou-
verem de tomai' Oroens, (10) segundo o que est disposto no mesmo
lh'l'o num. 22!~.
589 Admoestaro as cousas flll'taoas, ou perdidas, (11) qnc an-
tes de entrar Missa se lhes dissercm. Encommendaro os pobres da
Freguezia, e os enfermos (12) della, pal'a que' sc lhes faa esmola: e
perguntaro pelos mesmos enfermos se os ha para os Yisitarcm, e ad-
ministrar-lhes os Sacmmcn tos.
590 Admoestaro os que no vem Igreja, ou e no confesso
c commungo, ou no fazem actos de Christos notoriamelJte conheci-
dos, para procederem coutra elles na frma (13) de dil'eito, e nossas
Constituies.
591 Encarrcgaro muito, que em quanto cstivcrem .Miss ro-
guem a Dcos nosso Senhor (H) pelo cstado da Santa l\ladre Igreja
exaltao da Santa F Catholica, extiJ'pao das heresias: pelo Papa nos-
so Senhol', por todos os Prelados da Igreja, e principalmente pelo dcs-
te Al'Ccbispado: por todo o Clero, c Sagradas Heligics: pcla pessoa
deI-Rei nosso Senhor, Rainha, Principe, c mais pessoas Reaes, para que
nosso Senhor os tcnha em sua gl'aa, e guardc, e os defenda, e ajude
a governar cm paz, e justia scus 'assallos: pela paz e concordia entrc
os Principes Christos: pelos que esto cm peccado mortal, pal':l que
Deos 1I0SSO Senhor por sua l\jiscricol'dia lhes d verdadeiro arrepcndi-
mento, e graa para o no offendel'em.
592 O mcsmo Ihcs encommendaro que Ja(;o pclas almas, (15)
qne esto no fogo 00 Purgatorio: pelos que esto em agonia da morte:
pelos qne csto em gucna contl':l os herege, e inDeis: pelos que ancio
no mar nuyegando, c pelos fieis Cht'istos captivos: pelos fructos do
mar, e da tena para que Deos nosso Senhor os d, c conserve para
nossa su tenla o, e pelos bemfeitol'cs da Jgl'eja, pedindo a todos, qnc

(6) Texl. in cap. Tn loe. 3. 1). q. 4. Text. in c. 2. de lmmunil. Eecl. lib. 6.


(7) Abr. de Paroc. tib. 7. c. 2. n. 16. et17. Possev. de Orne. Curati c. L 11. 3.
.. (8) Concil. TricJ. sess. 25. de Heform. in Decreto de Delectu eiLJorum, jeju-
Ilns, et diebus fcstis. Et innuitur sess. _2. in Deer. ele Observo rt evitando in eele-
bral. MisslC.
(9) Tridelll. ess. 24. de Reform. cap. 1. Gayal1l. verbo Parochorum mune-
ra n. 8.
(iO) Trident. ess. 23. de Reform. c. 5. Rarbos de Orne. Paroch. e. 16. D. 21.
(11) Constil. U1yssipon. lib. 3. tiL 10. Sl 1. vers. 7.
(12) Rit. Roman. tit. de Visito et cnra illfirmor. Consto U1ys ip. loc. cito
verso Encommendar 02. JEgilan. lib. 3. tit. 7. c. 6. n.9.
(13) ConstiL Iyssip. lih. 3. til. JO. deer. 2. Amoe tar foI. 281).
(14) Consl. Ulys ipon. lib. 3. til. tO. deer. 2. Sl1. Yers. EncalTegan cum
seq. Consl. iEgitan. lib. 3. til. 7. e. 7. ii n. 11" \Isque arl II. 24.
(15\ Abr. de !ntil. Paroe. liLJ 7. e. 4. eel. 8. n. '~06. fol. 311.
.224 CO_ STfT 'lOE,
em quanto estiverem ao Santo Sacri[jcio da Missa, rezem cinco vezes o
Padre nosso, e outra<o tantas Ave Marias pelas sobredilas telles.
593 Ordenaro a seus fl'eguezes, que mandem seus filhos, e es-
CI'avos (16) Doutrina Chrisl na hOl'a, que lhes assignarem, ou tive-
rem assignado, na qual no faltarno com a obrigao de Ih a ensinar.
E os advl'to, que tambem devem Vil' as pessoas grandes, que a nao
souberem, dizendo-lhes, que se nUo pejem disso, pois no bem, que
deixem de apl'encler o que to necessario para a salva.3o, (17) e an-
tes se devlo afrontar de a no saber, do, que de a virem ouvit' quando
se cnsiua.
59ft E mandaro ultimamente, depois de tudo o que temos dito,
que os fI'eguezes se pouhO de joelhos, e elles estando em p, diro
com os mesmos fl'eguezes a Confisso geral, como fica escripta no ti-
tulo 32 deste h\TO num. 563, e acabada ella lhes mandaro rezar urna
Ave Maria, em quanto lhes fazem a absoh'io dos (leccndos veniaes, e
a faro dizendo:
Mel'ealul' vesll'i olnmlJolens DeliS, ct dim'ssis pcccatis vestl'is,
lJel'ducat vos ~ vilarn mtel'lIam. Amen.
lndulgcnliam, absolut1'oncm, et 1'cmissioncm pcccatonl1ln 'Oesl1'O-
nlln t1'ibuat vobis o'l'/l11ipotens, ct mcl'icol's Domws. Amen.

595 E acabado tudo ist.o, sendo o Parocho que faz a esta)10, o


mesmo lJue diz a Missa, a ir dizer.
TITULO XXXI\'.
CO)\o SE DEVE}l pOR'nu os PARocnos CO~l SECS FREGL EZES, E PROCEDER
CONTRA os DESOBEDIENTES.
596 Como os Parochos no s so Pastores (1) de seus fregue-
~es, mas tambem Pais, e Mestl'es espiriluaes, c no posso bem cum-
prir com esta obrigao seno admoestando, e reprchentlendo (3) sua-
vcmente como Pais, em quanto as admoestaes, e reprebcncs basta-
reIll; e no sendo hastantes, castigando como Mestl'es, (h) e supel'ores,
usando de todos os meios para lucrar as almas pal'a Doos, e guiai-as
para a elerna gloria, mandamos que quando lhcs for necessal'o arguir,
e reprC'hclldel' aos seus freguezes, e lambem multal- os, mostrem que o
fazem com amor, e charidade paternal, e ~ara uem de snas almas. E

(16) Abr. de Inslil. Paroc.lib. 7. cap. 2. n. 16. et lib. 8. e. 7. sect. 2.11.


369. el seet. 5. n. 393. llarbos. de ame. elPolest. Paroe. p. 1. cap. 15.11.7.
(ti) Tridcnt. sess. 2!~. de ReformaI. cap. l~. Abr. de Inslit. Paroe.lib. 2.
c. 5. et lib. 7. c. 1. et 2.
(i) Trid. sess. 23. de ReformaI. c. 1. Jan. 21. 17. Abr. de Inslit. Paroe.
Jib. 1. cap. 17. n. 147. et 148. et lib. 2. cap. 1.
(2) Ad Galat. !~. 19. 1. Corinth. 4.15. Sol. in 4. dist. 25. arl. 4. cone!. 3.
Barb. de alie. et Polest. ParDe. p. 1. e. 2. n. 10.
(3) 2. aoJ Timot. 4. e. 2. de ame. Orclin.
(4.) Faeit. taxI. in e. Deeel. 2..!\) Ordinarii, cl ibi gloso Yel'h. Depulandorum
de Immunit. Ecc!. lib. 6. Faeil etiam Conei!. Trid. SCl'l. 25. do U,eform. cap. 3.
verso ed licrat.
DO ARfTTIL PADO DA nAT-IL\. "l")'-
.G;"'I)

Ihcs cnC',afI'cgamos muito que se hajo ni 'to com muita prudencia, mo-
dcstia, e gru"jdade, no usando de palavl'as escandalosas nas rcprehen-
e , antes mostrando amor verda(leiro de Pais, e pastores, e seguindo
a rloutrina do Apostolo, (5) que ensina deve ser al'epreheno rogando,
e incl'epando com hondade, e paciencia.
597 E da mesma maneira encarregamos tamuem aos freguezes,
que reconhco seus Parochos com a devida obediencia, e reverencia,
e que especialmente quando estiverem nas Igrejas s estaes revesti-
rlos, ou com sobrepelizes lhes no fallem seno em p, (7) e descu-
bcrtos. E se, I]uanuo lhes mandarem fazer alguma cousa, tiveremjus-
.tas causas de escusa, Ih'as riem com modestia, e cortesia, e cumpro
(8) o que lhes mandar, quando o puderem fazer.
-l' 598 Quando os freguezes forem culpados em no guardar os Do-
mingos, e festas da Igreja, ou cm no ouvi,'em Missa nos dias que
so obrigados, ou fOI'em desenqnictos nella, de maneira que cansem
perturbao, ou finalmente forem desobedientes aos Parochos em qual-
quer consa pertencente a seu omcio, poderfto pOI' elles ser castigados,
e multados (9) com penas pecnniarias a seu arbtrio, com tanto que
cada multa no passe de quatro "intens, e se podero aggl'ayar, e mul-
tiplicai' at seiscentos e qnarenta ris, segundo a culpa contumacia, e
desobediencia. As I]uaes multas ser50 upplicaclas para as obras, (10)
e fabricas das mesmas Igrejas. E os Varochos as faro escrever nos
Iirros (11) das fahricas, declarando nelles se faro, ou no pagas, para
a todo o tempo conslar.
-l' 599 E quando os multados no pagarem at o Domingo seguin-
te depois da multa, os evital'o das Tgl'ejas, (12) e ameias Divinos sem
poderem estar a clles, nem Missa: e smente podero assistir ao
Sermo, (13) e reecber nas mesmas Igrejas os Sacramentos (U). E
quando as multas pecuniarias no bastarem, podero proceder contra
elles com pena de excomnnmho (15). E se os que Jorem evitados
da [gl'ejas, por no pagarem as penas pccuniarias, no quizcrem ahir

(5) Paul. 2. ad Tim. !t.. 2. .


(6) Cap. Omnis anima de Cellsib. Trid. sess. 25. de Deleclu cibor. ia fino
cap. Decet in fine principii de Immunil. Eccles. lib. 6.
(7) Ad text. in cap. Qui suis 93. disL. c. Qllisqlli 14. q. 1. cap. 2. et 4. de
Maiorit. et ObedienL. Text. in c. Omnis anim<J de Censib. Trid. sess. 25. in decr.
de Delectu cibor. in fine.
(8) C. 2. et 4. de 1IfaioriL. et Obed. C. Qui suis 9. 93. disL. Consl. JEgilan.
lib. 3. til. 7. c. 7. 11. 1.
. (9) Text. in c. Decet. 2. ~ Ordinarii, et ibi gloso yerb. Deputalldorllln de
Imm. Eccles. lib. 6. }iacit Tritl. sess. 25. de Reformat. c. 3. verso Sed liceal.
Conslit. U1yssip. lib. 3. til. 10. decr. ull. SI 1. foI. 295. LEgilan. lilJ. 3. tiL. 7. C.
7. n. 2,
(10) Trid. loco cltal. et ead. scss. C. H. ConsliL. Brachal'. liL 15. Consto 9.
foI. 2V~.
(11) Conslit. Ai:gilall. Iib. :lo til. 7. C. 7. n. 3.
(12) DD. ar! lexL. in e. 2. de MaioriL. ct Obed. COl1slil. U1yssip. lib 3. liL
10. '1. 1':gilan. lib. 3. c.7. Consto 7. n. 2. foI. 261.
(13) Cap. Responso de sent. excOU1munic. Conslt. JEgilan. loco eit.
(14) l'\ondum cnim sunt excommunicati.
. (15) Pos unt enim 01'11 inarii ballc faculLatem rerendi cer.suras delegare, tol.
tIl. de ameio Onlinar. C. Cum Episcop. 7. de omc. Ordinal'. in 6. PaI. p. 6.
lraet. 29. tIe Censuro d. 1. punct. 4. {lllln. 3.
CO_ STITT rE.
deJlas, manllando-lh'o os Parochos, ll'o com os Juizes, o 001ciaes da
Justia seculal" que os lancem f6ra (16) com pena tambem de excom-
munho, que lhes podero pr para esse elfeito. E durando a contu-
macia faro de tudo autos (17) com testemunhas, que enviaro aos nos-
sos Vigal'ios para se proceder a mais castigo.
-+< 600 Sentindo-se os fl'eguezes aggravados de seus Parochos das
multas, e condemnaes que por elles lhes forem feitas, fallem primei-
ro (18) com elles dando-lhe suas e cusas, e soro os Parochos obriga-
dos a ouvij-os, e emendar as condemnaes como fOI' razo. E no o
fazendo se podero os freguer.es qneixar a N6s (19) ou a nossos Viga-
rios: e os Parochos sero obrigados a lhes dar cel'Lides das penas, e
multas, (20) e da cau a pOI'que se lhes puzero, para com ellas reque-
rerem, e suspendero (21) a execuo por esp-ao de quinze dias s6men-
te, e no trazendo melhoramento as executaro. E no lhes passando
os Paroehos as ditas certides, sendo requeridos para isso, lhes paga-
ro as custas (22) que lizerem em buscarem mandado nosso, ou dos
nossos Vigados para Iha's (larem. E nesta f6rma podel'o, quando fo-
rem aggl'avados, ser provirIos, (23) como parecer justia.
-+< 601 E se algumas pessoas na 19l'eja se chamarem nomos injurio-
sos uns aos outros; ou alTanCal'em al'mas, ou feril'em, derem panca-
das, bofetadas, ou punhadas dentl'o na Igreja, ou adl'o ou se desafia-
rem dentro na Igreja para fora della, e tambem se fizel'em desacato, ou
injuria ao Parocho sobre seu omcio, principalmente estando estao,
os no condemnar:i o mesmo Parocho, mas o far a saber (2k) a Ns,
Oll ao nosso Vigal'io Geral, ou Provisor com informao certa 'do qne
passou, nomeando testemunhas, para se tratar do castigo, como o
caso pedir. E isto far qualquer Parocbo dentro de oito dias, sob
pena de ser suspenso do omcio, pelo tempo que parecer, e condcrnna-
do em dous mil ris para a S, e Meirinho.

(16) Conslit. Ulyssipon. loco cilato. .


(17) Consl. Ulyssip. ubi proximc jEgitan. lib. 3. til. 7. e. 7. n. 4,. rol. 261.
(18) Consto Ulyssipon. loco cit. ~ 2. Brachar. lib. 3. tiL. 7. C. 7. n. 5. Por-
tuens. Iib. 3. lit. 6. Const. 7. vers. 2. 1'01. 309.
(19) Consto Ulyssipon. loe. cilat. FaeiunL'qu<c Themud. p. 1. deeis. 10. n.
1. Mend. in praxi p. 2. lib. 2. cap. '1. ~ 1. n. 10. et 11. Leyt50 tract. 1. de Gra-
c.
vam. qurest. 6. n. 116. ConstiL. J'Egilan. lih. 3. til. 7. 7. n. 5.
(20) UL constei de jusLilia, vel injusLilia Virariorum. Clem . .I\ppelanLi de
ApellaL.
(21) Et si aliquid innovavcrint quasi attentaLum revoeabitur. Cap. Per Luas
de Senlent. cxcom. T_ancelot. de aLlenL. cap. 20.
(22) Const. U1yssipon. loco cilat. fEgilan. dict. cap. 7. n. 5.
(23) J_ciyto loco citaLo n. 116. eL 111.
(2".) Argum. lext. in C. Episcopus in Synodo 35. q. G. C. Sicut olim de Ae-
cnsat. cap. Qui se seit 2. q. 6. eL ibi glos. consL. tameeens. lib. 3. lil. 4. cap. 4.
3. 1'01. 207.
DO AHCEBlSPADO DA. BAllIA. 2'2.7
TI! LO X XV.
DO QUE PODE)I, E DEVEM nZER OS PAROCHOS QUA.nO NAS SUAS IGREJAS AO
'1'E~tPO DA 1\l1SSA, E OFFICIOS DIVINOS ESTIVEREM PESSOAS EXCOl\D\ 'i'iGA-
DAS, OU l'iOlllliADAl\lENTE INTERDICTAS.

602 K prohiLiuo por dil'eito (1) aos excommungados, e nomea-


damente interdictos estal'Cm pI'esentes nas Igrejas, em quanto se diz
Missa, e fazem os Omcios Di,inos, e devem os Parochos, e outros Sa-
cerdotes fazcI-os sahir da Igreja, c se nesse tempo os administrarem,
pecco (2) gravemente. Pclo que ordenamos, e mandamos a cada um
dos Paroch05, e mais Sacerdotes de nosso Arcebisp::)(]o, sob pena de
serem castigados a nosso arbitrio, que em qnanto disserem Missa, Oll
celebrarem quaesquer outros Omeios Diril1os, lio cOlIsil1to (3) este-
jo presenles pessoas que esti\'crem declaradas, e denunciauas por ex-
commungadas, e ainda qne o no cstejo, se forem notorios percusso-
res de Clel'igos, (l) cuja culpa se no pde encubrir, e desculpai': nem
lambem consinto as pessoas que estiverem nomeadamente interdictas,
e denunciadas por essas, antes as obriguem a que logo ,o fMa da Igre-
ja e no sahindo logo invoquem da nossa parle o auxilio (5) do brao
secular, requerendo s justias seculares, que com efi'eito os obriguem
a sabir da Igreja, e em quanto o no nzerem, no continuaro a Missa,
e mais Omcios Divinos.
603 E se nem com auxilio da justia secular' forem tirados das
Igrejas, os P31'ochos, ou acerdotes desistiro de todo (6) da Missa, e
Omeios Divinos em que estirerem, posto que os lenho comeado, ou
e lejo em qualquer parle delles, excepto na Missa, se, ao tempo que
tiverem noticia dos excommuogados, estiver feita a consagrao, (7)
ou comeadas as palavras della: porque neste caso admoestaro, e
mandaro aos excommungados, ou interclictos, que saio para fl'a na
fl'ma sobl'edita: e quaodo no sahirem com effeito, proseguiro a
Missa at consumir, c tomar o lavalorio (8) em razo do sacri6cio no
ficar imperfeito, e depois de tomado se recolhero Sachl'islia, ou a
outro lugar decente, onue podero acalJar (9) a Missa.
GOA .Mas em todo o caso que os excommungarlos, ou interdiclos

(1) Texl. in cap. [~3. de Sento escom. Text. in c. Is, qui 18. de senl. escom-
munic. lib. 6. Text. in e. Episcoporum 8. de privileg. in 6. Clem. 2. de SenL.
cxcommunieat.
. (2) llal. p. 6. tract. 29. de Ceo'sllris dispo 2. lHll1cl. 9. n. 5. COl1stit. U1ys.
Slp. Itb. 3. tiL. 10. deer. ull. 3.
(3) Extravag. Ad Evitanda l\Iartini V.
([~) Exlrarag. Ad evilanda 1\Iarlini V. in Ccil. Con l. Abr. de Tn til. Paroc.
lib. 10. e.7. ect. 2. n. 465. cum ToleL. clSuar. quus cital.
(5) Argum. texL. in e. 1. de ame. Ordioar. Con til. OIyssip. dicL decreto
ulL ~ 3. foI. 296.
(6) Cap. Is qui 18. de Senl. excoll1. lib. 6. Clem. 2. eOllem lil. el ibi glos.
eL DD. Abr. de Paroch. Iib. 4. c. 11. n. 100. el c. Hl. n. 128.
(7) Gal. toc. eilato n. 5. ConsliL. JEailan. lib. 3. e. 8. lil. 7. n. 1. foI. 262.
'1)' ipon. lib. 3. til. 10. decr. uH. 3. r 1'5. E se nem foI. 296.
(8) Cap. l'iihil. 7. q. 1. Con L CI)' sip. did. 3. 11~gilal1. dicl. C. 8.11. 1.
foI. :26:..
I!)) PaI. loco l:ital. Dicl. Con:lil. nhi prQxim.
128 r.ON 'TlTUIES
no quizerem sahir, ou no forem tirauos pela justil,'a scc.ular, lariiu os
Farochas, ou Sacerdotes de tudo :llltos com te temunha, qne l'emelle-
ro ao nosso Vigario Geral, o qual proccdcd coutra os. culpados com
as pellas de (10) direito.
T11' -LO XXXYf.
DA. OBRIGAO DAS DlG;'ID.\DES, CO;'EGOS, E C.\PELLES D.\. oss.\. t.
605 Como as Diguidades, e Canonicatos das Igrejas Cathedrae'
fossem instituidos (1) para cOllsel'vao, e augmento da Ecclesiastica
disciplilla, e Divino culto, e para ajudarem aos Bispos nos mini terias
ue seu olieio, adveI'timos, que os que uelles forem pro\idos devem Sl'
taes, que bem posso sati fazer s o1Jrj~aes de seu cargo: e por isso
dispoz o Sagrado Concilio Tridentino (2) a fI'ma, que se ueye guardar
assim acerca da on]em annexa a todos os Beneftcios, como da idade,
sciencia, vida, e costumes dos providos.
606 E alem do disposto no dito Concilio, que se deve observar
em tudo imiolavelmcnte, (e assim o encommcnda S. Magestade, que
Doos guarde na faculdade que nos d para nomearmos pessoas idonea
pam os taes Beneficios) mandamos se guardem os Estatutos que fizer-
mos, (3) e confirmamos (h) de cOllsentimento, e aceitao de nosso
Cabido, assim a respeito das cousas pertencentes ao Cabido em geral,
como a cada uma das Digniuades, Conegos, e Capelle em particular.
697 Conformando-nos com a disposio de direito, e do mesmo
Sagrado Concilio, (5) Ceremonia! dos Bispos, (6) Pontifical 110mano,
(7) e declaraes da Sagrada Congregao, (8) ordenamos e manda-
mos, que nos dias em que dissermos Missa, dermos OrJens, ou fizer-
mos qualquer Ol1tI'O Pontifical em a nossa S, se achem presentes todas
as Dignidades, Conegos prebendados, e meio prebendados, e Capellcs
que na Cidade estiverem, e no tiverem legitimo impedimento, e 1150
podero nos dilas dias sei' contados POI' seus dias, nem sahir fl'a da
(10) Clem. 2. de SeDt. exeom. Consl. UJyssip. dicl. 3. Ai:gilan. diet. r.
8. n. 2.
(J) Tridcnt. sess. 21\. de Refol'lll. c.12. Barbos. de (anon. et DigniL. r. 4.
11.1. eLe. o. n. 1. DD. ad text. in c. Ui c[110 cllmque 1. q. 1. Valcllzucla tOIll.
1. cons. 3'1. n. 199. Duaren. Jib. 1. de Sacris Ecclesiro minisLris c. 18. nn. ad
Lexl. i n e. Eeelesire 'J 6. q. 1.
(2) Trid. loe. eitaL. verso Nemo igilUJ', eL sess. 22. e. 2 cap. l'\ol'il, cap.
QuauLo de his quro fiunL ii l)rrelat. Barbos. de Canon. el Dignil. c. J!~. n. I~. el
5. Abb. C. Cum in cuncLis in princip. n. 4. de ElccL. MCllocb. de \rbitr. casu
1\25. n. 2i:i.
(3) Episcopi namqnc possunL faecrc slaLula Glos. 2. n c. 2. elc eonsLiluL
lib. 6. vcrb. SLaLul. cL ibi Barbos. n. 'lo. Azor. ln liL. Moral. p. 2. lib. 3. e. 1.7.
fI. ult.l\Iassob. dc Synod. c. I~. dub. 2. n. 5. I'ers. 18, eL tlu\). 41. II. i. d du\)o
24. n. 1. ubi ampliaL eLialll exLra Synodum.
('.) Die 16. Julii anno 170f~. Ad ea qure Barb. de Canon. eLDignilal. cap.
42. n. 1!~. n'rs. 6. eL verso Post hree.
(5) Trident. sess. 2fj. de neform. cap. J2. et ibi Barbos. n. 116. GaleI. in
Margar. eassuum eOllscient. verbo Canonic. palll.
(6) Crerem. Episcop. lib. 1. c.8. et lib. 2. e. S.
(7) PonliL Rom. liL. dc Ordinib. eonfcrellCli el iII rariis aliis locis.
(8. Sub llie 2. AlIgll L anno 163 f. \lL decis1IlD rrfl'rl Barblls. de C<lll II. ui
Di~lIilal. cap. n. d GaranL. \ 1'11. Callolli 'orum nHllJl'ra 'rga EpiscOllllll II. I.
DO AHCElllSPADO DA BAIlIA. 229
Cirlade: e o quc fizer O contI'ario, no s perder o merecimento da-
quelle dia, mas poderemos proceder contra elle com as mais penas
que nos parecer.
608 E quando Ns celebrarmos, dermos Ol'dens, ou fizermos
qualquer outro acto Pontifical fra da nossa S, em alguma das 19rejas
ou Mosteiros desta Cidade, e seus (9) arrebaldes, se acharo presentes
as Dignidades, c COllcgos que por Ns, ou pelo Presidente do Coro
forcm chamados (' o que faltar ser mulLado (10) na frma acima dita.
TITeLO XXXYII.

DOS SACIUSTES, ou THESOUI\EIl\OS, JUIZES E PROCUR.\DORES D.\S IGUEJ.\S.

609 Para bom govemo do culto Divino, e serem as Igrejas bem


scrvidas, muito conycniente haver pessoa certa, a cujo cargo esteja
(1) a guarda dos vasos sagrados, prata, ornamentos, e mais m'oveis
das Igrejas, acender, e apagar as alampac1as, tanger os sinos, ter lim-
pa, e ornada a Igreja, ajudaI' s Missas, ministral' aos Parochos o ne-
cessaria quando administrar os Sacramentos. Por tanto conformando-
nos com a disposio ue direito (2) Canonico, ordenamos, que em ca-
da llma das Igrejas Purochiaes de nosso Arcebispado, em que houver
possibilidade, haja um Sacristo, do qual antes de ser provido se tome
illformao se tem limpesa de sangue, (3) e de boa vida, e costumes,
c tem fidelidade, diligencia, e cuidado para se lhe entregarem as cou-
sas da Igreja. .
610 E quando entral'em a servil' se lhes cntregaro todas as pe-
as da Igrcja pOI' inventario, (II) que se faI' ou pelo Parocho, ou pelo
mesmo Sacristo, que ambos assignaro, c se lanar em um livro, e
se escrevero no s as cousas que ento houver (5) nas Igrejas, mas
tambem se iro escrevendo as mais, (6) que pelo decUl'so do anno se
comprarcm, ou se o1Terecerem s Igrcjas, assignando ao p o mesmo
Parocho.
611 Succedenrlo quc alguma das cousas lanadas no iuventario
se desfaa (7) por ordem nossa, ou de nossos Visitadores, se far tam-
bm termo (8) de decJara,o no dito inventario, e em outra maneira

(9) Barbos. i1d Trident. sess. 24. de RefonTI. Cill). 12. n. 116.
(10) Gilrcia de 13ener. p. 3. c. 2. 1\. 196. Gavanl. verbo Callonieorum mune-
Ta n. 2.
(1) Texl. in e. Perleelis 1. "ers. ad Thesalll'i1rul11 25. dist. el ibi A Cunba li.
15. Text. in cap. 1. de Orne. Saerist. e. 1. el 2. de ame. Cuslod. Barbos. uni-
verso juro Eeeles. Iib. 1. cap. 27. Gregol'. Lopes part. 1. til. 6. lib. 6. gloso 1-
(2) Cap. 1. de Olnc. Sacrisl. e. I. el 2. de alie. Custod. el ibi DD. cap.
Perleclis 1. verso Ad Thesaurarium 25. disl. el ihi A Cunha n. 10.
(:l) Const. Uly sipou. lih. 3. tit. 11. in prineip. 1. .
. (li.) C. 13.28. disl. cap. Charitatem 12. q. 2. Gal'ant. verp. Bona Ece~eslas
llca n. 36. Cslil. Ulyssip. lib. 3. lil. 11. iu prine. ~ 2. Conslll. Braehar. llt. 26.
COIl t. ti. fuI. 339.
(o) C. 2. de alie. Cu tod. Barbos. diel. e. 27. n. 10. Constit. Braehar. loco
ciLato.
(6) Gavilnt. verbo lIona Eeclesiaslica n. 39. COl1'litul. Ulyssip. diel. SI 2.
COlIslil. Brachar. diet. 339.
(7) Cou lil. Porlll'~n .Iib. . IiI. 9. consl. 1. l. in fine prillcip. foi. 329.
8' Con,l. Porlllcns utJi prnximi.'.
CO~STn 1ES

se no dispol' della, e consentindo o SacrisLo, ou Thcsolll'eil'o pagar(l


o valor ela dita pea.
-l' 612 E alem tio inyenLario dar Lambem fiatlor (9) SCgUI'O, eabo-
nado que pOl' elle se obriguc, a que dar conta do que lhe for entl'cguc
sem damno, nem damnificao alguma causada por sua culpa, e a sa-
tisfazer tudo o que por omisso, c negligcncia sua faltai'. E ainda
que sirva mais annos, ser obrigado em cada um allno a dar conta ao
Parocho da Igreja; e o Parocho, que no fizer o diLO inventario, ou
aceitar SacristO. ou Thesoureiro sem fiana, o condeml1amos cm dous
mil ris para a S, e Meirinho.
613 Alem da obediencia, que os Sacristes das Igrcjas devem
ter (10) aos ParocllOs dcHas, como o uil'ciLO lhes encal'l'ega, e a dili-
gencia, com que deycm assistiL' nas matcrias tlo Gu1to Divino pcrten-
centes a seu officio, so obrigados a executarcm as cOllsas seguintes,
61k Pela manh abriro (11) as portas das Igrejas, e as tero
abertas at se acabarem os Officios, c Missas, e tarde (12) as tornaro
a abrir, e fecharo ao Sol posto. E nas Igrejas aonuc se no disser
Missa quotidiana, bastar abril' as portas cada dia pela manl1 aL as
oito, ou novc horas, mas de noitc as no podcr'o (13) abrir seuo para
se administrar algum SacI'amento.
615 Tangero, ou mandaro tangcr os sinos (H) para as Jli -
sas, c Omcios s horas competentes; e todos os dias depois do Sol pos-
to Langel'ao s Avc Marias, (15) cm memol'ia da Annunciao tia Vir-
gem Mal'ia Nossa Senhora, E tudo o mais pertencente aos sinos' (16)
como quando se houverem de fazer signaes por defuntos, repicar" dar
signal para se lembrarem das alma, que esto no PUl'gatol'io, COJ'l'el{1
por sua obl'igao.
616 Nas Procisses levaro a CI'UZ (17) da Igreja Icyantada per
si propl'ios, e no por outrem.
617 Tcro cuidado de que os AlLal'cs csLcjo limpos, (18) e lhes
poro os fl'ontaes conformc as festas, (19) e omcios de catla dia, C co-

(9) Con lil. Ulyssip. lib. 3. til. H, 2. el lib. 4. til. 8. deer. 1. I. I'el's.
E para que. Const.llrachar. lil. 26. consL. 6.
(10) C. 1. de omc. CusLodis. Conslit. iEgilan. lib. 3. tit. 10. c. 2. in princ.
(1 J) ConsL, U1yssip. loco cilaL. 3. verso Pela manh. iEgitan. lib. 3. IiI.
10. eonstit. 2. n. 1. foI. 281..
(12) Dicla Consl. loco ci LaLo.
(13) Const, Ulys ipOD. ubi proximc. ConSliL. lEgilan. lib. 3. lil, 10. c, 2.
n. 1.
(111.) Barbos. diL. C. 27. n. 10. Constit. l'Egilan. lib. 3. lil. 10. C. 2. n. 10'
(15) Tclles ad lcxL. in C.1p. 1. de omc. Cuslod. n. 7. Constit. U1yssipon'
dicl. 3. verso Tanger. .lEgiLan, dict. c. 2. n. 14.
(16) Barbos. dicl. C. 27. n. 10. el volor. lib. 3. voto 102. n. 3. eL de poLe.L.
Episeop. p. 2. alleg. 27. n. 45. Coneil. Provinc. Mediol. 2. Gavant. verbo Or8ll0
publica n. 23. eL 26. el verbo l\lissa Parochialis num. 14,. eL verbo Missa Con-
vento n. 32.
(17) C. 1. de Ome. Cuslodis, el ibi Telles n. n. Const, Ulyssip. dicl. 3.
Yers. 'as Procis l's. Portues. lib. 3. llt. 9. con l. 1. ~ 2. yer . 2. foI. 330. .
(18) Consl. U1yssipon. dict. 3. vers, Tero cuidado. lEgilan. lib. 3, III.
10. consLil. 2. n. 2.
(19) ConsLit. 1y sipon. loco proxim. cil. Conslit. .iEgilan. lib. 3. tiL. 10.
'.2. n. 2. foI. 281.
DO AR EBfSPADO DA BAHTA. :31
res para cllcs deputadas nas ruhricas do Missal, c sempre as mudaro
comeando pelas primeiras Vesperas.
618 Faro tcr a 19l'cja bem limpa, e nrrida: (20) sendo de 01'-
dens Sacras lavaro os corporaes, (21) e sanguinbos muitas vezes, e
sendo de Ordens Mcnol'es, (22) os fal'o lavai' por algum C\erigo de
Ordens Sacras.
619 As pias, e caldeirinha tero semprc provid:Js dc agoa benta,
(23) e lembraro, que se benza cada Domingo antes da Missa, e as
mais vezes qne foI' neccssario.
620 Assistiro per si s Missas e O!cios Divinos, c na admi-
nistrao dos Sacramentos (21,) c quando o Senhor for a algum enfer-
mo levaro a pedra (25) de Ara.
621 Tero guardados (26) os omamentos da Igl'eja moveis c
toda arou pa dc linllO do servio della, a qual faro lavar quando for
necessario; e tero os ornamento dobrados, c bem concertados em
seus caixes, ou almarios.
622 No os podcro cmprestar, (27) nem os castiaes, e mais
cOllsas da Igrcja, e muito menos as que fOl'cm sagradas, ou bentas para
liSOS profanos, ainda quc sejo honestos.
623 Tero cuidado que no faltem hostias, (28) quc renovaro
ao menos (29) de ljllillZe em quinzc dias, c que da mesma maneira ha-
ja sempl'e ccra, c "Vinho (30) para as Missas por conta da pessoa (31)
a que pertencer.
62/, A casa da Sacl'istia (32) cOl'1'el' por sua conta, e cuiuado,
c as chaves dos caixes, (33) e almarios, e bem assim a limpcsa da mes-
ma casa, e da fonte do lavatol'io das mos com as toalhas necessarias
para isso.
625 Finalmente cumpI'iriio (311) com todas as mais cousas que
por direito, e estas Constituies eslivcr declarado pertencer a scu offi-

(20) Const. Ulyssipon. dicl. 3. ,crs. Far Lrr. lEgitan. diel. n. 2.


(:"21) Faeit. cap. Veslimenta '2. de eonsccr. ctist. 1. e. 2. de Custod. En-
char. Consl. Braehar. tiL. 26. consl. 2. foI. 335.
(22) Conslil. Ulyssip. loe. eital. ~ 3. verso Sendo. lEgilan. dict. e. 2. n. 4.
(23) ConsL. Ulyssip. dicl. 3. verso As pias. lEgitan. dict. lib. 3. til. 10.
cap. 2. n. 9.
(2!~) ConsL. lyssipon. lib. 3. tiL. 11. dicL. !li 3. Ycrs. Assistir.fol. 299.
Porluen .Iib. 3. til. 9. Contil. 1. 2. verso 3. foI. 330.
(25) ConLiL. Ulyssipon. dict. 3. vcr . AssisLir.
. (2.6) Cap. 2. de Custod. Enchar. eL C. 2. dc omc. Custod. Consl. JEgitan.
<lIcl. Ilb. 3. til. tO. e. 2. n. 3. .
(?7) C. Vcstimcnta 4.2. cap. Ad nuptiarum '13. de conseer. disl. 1. Constil.
Ulys IJlon. c1iel. !li 3. vcrs, No os podcr. lEgitan. c1icL. C. 2. n. 8.
(28) Barbo. dieL. e. Z7. n. 10. Consl. Ulyssipon. dicl. !li 3. "crs. Tcr cui-
dado o 2. DD. aeI tcxL. ln cap. 2. de Orne. CustoeIis.
(29) Diel. ConsL. Uly sipon. ubi proxim. lEgitan. dieL. e. 2. n. 6.
. (30) Barbos. diet. C. 27. n. 10. COllsL U1ys ipon. dict. !li 3. verr. Tero
CUIdado.
(31) Consl. U1r sipou. ubi proxim' PortucllS. lib. 3. til. 9. CaD lo 1.. !li 2.
rers. 3. in fine foI. 331.
(32) DicL. Consto 3. verso pcnull.
(33) Dieta Cotlstit. loe. supr eHalo.
ibi (34) Text. in C?p. !. ~e Orne. Saer~st({'! C. 1. e12. ~-e Omeio CusLodis, eL
rI D~. cap. Perlcetls 20. (!Jsl. Barh. unlv . .ll1l', Eecle . lib. 1. cap. '27. f.onsL
YS5Ip. uict. 3. rCI' . 111!. foI. 299.
232 CO ~STITUI ES
cio, e fallando em qualquer d nas sem cansa legilima, sero muI lados,
c castigados como fica dito.
TITULO XXXVIII.
DOS ERMlTES, QU.\LlDADES, QUE DEVEM TER, E SCAS OBRIGAES.

626 Nas Ermidas de nosso A,'cebispado, e pl'inciplllmente na-


qllellas, onde ha romagem, e devoo, necess:lI'io havei' Ermites (1)
para o culto Divino, e limpesa dellas. E para que se no iutroduzo
aquelles, que no ser bem se admitto, mandamos, que pertencendo
a apresentao a outrem, ap"esentem para ErmiLes homens diligentes,
(2) de idade conveniente, e de boa vida, e costumes, e no podero
apresentai' mulheres.
627 E no pertellceDllo a apresentao a outl'cm, Ns, ou nosso
Provisor proveremos as ditas Ermidas de E,'miles, que teoho as mes-
mas partes, e qnalidades, e nem uns, e nem outros podero servil' sem
carla (3) de Ermitania passada por Ns, 011 nosso Provisol', escrvindo
sem carta sero privados das Ermi~anias, e castigados como parecer.
628 E os Ermites que forem pl'ovidos, lero (h) cuidallo da
guarda, c limpesa das Ermidas. E se forem silas lIO campo, no dei-
xaro recolher nellas novidades, uem auimaes, tendo as porlas fccha-
das quando aClualmente no estiverem nellas, e moraro junto a1': mes-
mas Ermidas quanto for possivel, e guardaro os ornamentos (5) dei
las, ~ ministraro o necessario para se dizer (6) Missa.
629 NO usaro de habiLos (7) de Religiosos, ou Clerigos, mas
podero trazer ronpelas pardas compridas, ou de OULl'a cr honesta, ou
oulros vestidos decentes. No vivero nas dilas Ermidas, mas em ca-
sas (8) separadas. No consentiro que nas ditas Ermidas algumas pes-
soas durmo, (9) como, joguem, IJailem, ou fao cousa semelhante,
rosto qne seja com pretexto de romagem; o qne tudo cumpriro sob
pena de serem castigados arlJil.ral'3Imclllc conforme sua culpa.

(1) De Er'emitis vide Barbos. de uoiv. juro Eecles. lih. 1. C. 39. S) 1. n. 23.
Zerol. in prax. p. 1. verbo EremiLa.
(2) Consto U1yssip. Iib. 3. til. 15. foI. 307. JEgitan. lih. 1. til. 11. c. unie.
in princip. foI. 288.
(3) Const. UIyssip. diet. til. 1.'i. JEgiLan. loc. cilat.
(4) Consto UJyssip. ubi proxime. JEgitall. dict. til. H. n. 2.
(5) Cons!. UIyssip. loco citato. Portuens. lib. 3. til. 10. C0ost. uno verso 2.
(6) Constit. UIyssipon. eodem loco. .
(7) DicL Coostit. UJyssipon. loco citato JEgiLan. dict. til. 11. C. UUle,
num. 3.
(8) ConstiL UIyssipon. ubi proximc.
(9) lJaul. 1. aeI Corinth. 11. 22. cap. 'ao oportet 4.32. dist. Suar. tom 1.
de Sacram. ,J. 81. sect. 8. artic. 3. verso Secundo ex hoc principio, et tom. 1. rle
Religione lib. 3. de Reverentia debita loco sacro c. 6. n. 7. D. A Cunha ad dicllllD
text. n.2. Gavaul. verb. Ecclesial'l1m revercnlia n. 10. DU. ad lexl. in C. Dccel
de immunitaL Eecles. lib. 6.
DO ARCEBISPADO DA BARIA. 233
TITULO XXXIX.
no MOSTEIRO DAS FREIRAS DESTA CIDADE, E COMO KELLE TEMOS TODA A
JURISDIO ORD1NARlA.

630 O Mosteiro das Freiras desta Cidade pelo breve de sua cl'ea-
o sngeito nossa jurisdiO (1) Ordinaria, e assim o podemos e
devemos 'visitar (2) quando acharmos que assim convm, e na frma,
e tempo que dispoem o Sagrado Concilio Tridentino. E presidiremos
em suas eleies (3) de Abbadea, para as quaes no entraremos den-
tro (/,) na clausura, seno do postigo da grade da Igreja tomaremos os
votos, como manda o mesmo Concilio. E do mesmo luganisitaremos
sem entrarmos na clausura, seno para a \isitar, (5) e nos outros ca-
sos de necessidade, como Jogo declararemos.
631 Mandamos que se no aceite ovia alguma sem especial li-
cena nossa dada por escripto, (6) nem professe sem que primeiro Ns,
() ou nosso Provisor, Oll outra pessoa por Ns deputada, examine
pessoalmente a "ontade da dila Novia, se constrangida a professai',
ou vai a isso enganada, e se sahe o acto que faz, e mostrar certido
fIe seu Baptismo para constar se tem a idaJc completa de dezeseis an-
nos, que a que se requel' (8) para professar. E ser obrigada a Ab-
badea a nos fazer a saber um mez antes (9) da Profisso, e no o fa-
zendo assim a poderemos suspender de seu (10) omcio.
633 E posto que este exame se far ordinariamente s grades,
(11) ou porta do Mosteiro, estanrlo a Noyia da banda de dentro sem
nem-um Religioso, ou Religiosa, nem outra pessoa assistir, para que
tcnha a dita Novia toda a liherdade, e possa com ella responder livre-
menle; com tudo havendo razo justa para haver de sahir fra, o pode-
remos ordenar para lhe fazermos as perguntas, ou na Igl'Cja (12) do

(1) Facil. c. Cognoyjmus 18. q. 2. Trid. sess. 25. de Regular. et Moniali-


bus' C. 9.
(2) Trid. dict. sess. 25. de Regularib. cap. 7. el8. el sess. 24. de Reform.
cap. 3.
(3) Trid. diel. sess. 25. de llcgularib. el Monialibus C. 7.
({~) Tl'id. dicl. e. 7. el ibi Barb. n. H. el de polest. Episcop. p. 3. alleg.
102. n. 46. Frat. Emm. qurest. Regulo tom. 1. q. 1~6. art. 5. Tambur. de juro
Abbali S. d. 2!~. q. 8. n. 2.
(o) Barbos. de polestal. Episcop. p. 3. alleg. 102. n. 43. el45.
(6) Gayanl. verbo l\1onialium receptio n. 22. Conei!. Provo Mediol. 5.
(7) Trident. sess. 25. de Regularil5. C. 17. Decrela Mediol. lib. 3. til. 35.
C. H. cL17.
(8) Gayant. verbo Monialium professio n. 7. Trid. sess. 25. de Regularibus
c.15. Tambur. de Jure Abbat. d. 5. q. 11. n. 82. 'aval'. in Lucerna Regul.
yel'b. Professio a n. 8. Pcirin. de Subdilo Religion. tom. 1. C. 20. ~ 3. Lczan.
ln Sumo qu. reguI. C. 2. ex n. 9.
(9) Trident. sess. 25. de Rcgularib. e. 17.
(10) Trid. loco cital. eL ibi Barbos. n. 16. el de poLest. Episc. aIlcg. 100.
n. 10. .
(11) Barbos. ad Trid. clicl. cap. 17. n. 12. el 15. Gavanl. verbo Monialium
professio num. 11. Consl. UIyssip. lib. 3. lil. 16. ~ 2. . .
(12) Barbos. ad 'Irid. clict. cap. 17. n. 12. et 15. (;avanl. verbo l\fomahum
p.l'ofcssio n. 15. Decisum referI Campanil. rubi" 12. c. 16. n. 15. Constil. UIys-
Slpon. loco cital.
234 CONSTITUIES
mesmo Mosteiro, ou cm outra parte proxima aonde for mais decente,
e commoda, sahindo pam esse effeito a Novia. E sendo posta em
sua liherdade, e perguntada, sahindo fra, estar acompanhada com
duas mulheres de autoridade, que escolheremos pal'a isso, qlle no po-
dero ouvir a diligencia que com ella se fizel'.
633 Confomuudo-nos com a disposio do Sagrado Concilio Tri-
dentino, (13) mandamos que as Freiras, e bem assim quaesquel' outros
Religiosos antes de sua Profisso, no posso fazer renunciao, (H)
obrigao, nem doao de sellS bens, ou pane delles, ainda que seja em
favor de qualquer causa pia, e ainda que nellas intervenha juramento,
seno com licena, e autoridade nossa, ou de nosso Provisol', ou Viga-
rio Geral, e isto dentro de dons mezes proximos, e antecedentes PI'O-
fisso. E sendo feitas em outra frma, ou em ontro tempo, no surti-
ro elfeilo (15) algum; e posto que sejo feitas em tempo hahil, e C0111
nossa autoridade, e licena, tero lugar smente seguindo-se a Pro-
fisso.
634 A clausma dos Mosteiros das Freiras to importante, que
o Sagrado Concilio Tridentino a ellcommenrla (16) particularmen-
te aos Bispos, e comminando-Ihes o Divino juizo, e a maldio etema
de Deos, seno tiverem della particulal' cuidado. Pelo que conforman-
do-nos com seu decreto, declaramos, que a Ns, e a nossos successo-
res pertence fazeI-a guardar inteiramente, procedendo com antoridade
ordinaria neste MosteiJ'o, "isto ser de nossa (17) sngeio.
635 E poderemos proceder contra os desobedientes, e culpados
com censuras (18) Ecclesiasticas, e outras penas, sem embargo de
qualquel' appellao, e invocando, se nos parecer uecessario, o auxilio
do brao secular, que sero 'obrigados a nos dar os Ministros da justia
de S. Magestade, sou pena de excommunho 1pSO facto, que o mesmo
Concilio Tridentino lhes poem.
636 E quando tivermos noticia que est a clausura violada, (19)
Oll que ha necessidade de se reparar, poderemos !' visitaI-a todas as
vezes que nos parecer, entrando dentro no Mosteiro, E para as Reli-
giosas poderem sahl' da clausura nos termos, e casos permitlidos pelo
direito, e pelo Concilio, declarados nos Bl'e,'es do Santo Pontifice Pio

(13) Trillent. sess. 20. de Regularibus. cap. 16. eL Barbos. ibi, et de polesl.
Episcop. al1eg. 99.
(H) Frat. Emm. qurest. regul. tom. 2. C[. l~7. art. 8. Gare. de Benef. p. 1L
C. 9. n. 10. Tambur. de Jur. Abbatiss. d. li. C[. 10. cum seC[. Yalasc. de Par-
litionibus cap. 16. n. 2. cum seC[.
(10) Barb. ad Tricl. dict. c. 16. n. 38. cum Azor. MoI. el Ccnedo ab co
citatis.
(16) Trid. sess. 23. de Regularib. cap. o. Barb. de pOlcst. Episcop. allrg.
102. Gavant. verbo l\Ionialum clausura n. 56. cum seq. Decret. Mediol. lib. 1.
til. 2{~. cap. 40. et lib. 3. tiL. 35. C. 98.
(17) Trid. loco cit. verso Ut in omnibus Monasteriis sibi subjeclis Ordina-
ria. 6avant. dicl. verbo Monalium clausUl'!l n. 3. Darbos. de polest Episc.loc.
cilat. n.3.
(18) Tridcnt. loco cilat. Naval'. Commcnt. 4: de Hegu!. n. 46. ,rers. Ex
quibus. I_eo in Thesauro fOTi Eccles. p. 2. C. 1. n. l7. Bonac. de Clausura, et
pamis eam violanlibus imposilis q. 4.
(19) Tambul'. de juro AbbatissaruOl d. 2l~. q. 9. n.li. Zero!. in prax. Epis-
eop. p. 'I. verbo Moniales !SI 4. eL !SI 8. verso /t.. Barb. ad Tdel. dict. c. 5. n. 13.
et de poLestat. Episcop. alIeg. 102. n. 7.
no Al-tCEBlSPADO DA BAUIA. :235
V, e Crcgorio XIII passados soure esta materia, sempre precetlel' co-
nhecimento das causas, e sero approvadas por J s, como dispoem o
Sagrado Concilio (20) Tridentino.
637 Como do bom instituto da "ioa religiosa, e do caminho se-
guro, pelo qllal se chega ao gro de perfeio, seja a vida commllm,
lIo tendo nada propl'io, (21) nem possuindo dinheiro, declaramos que
as l'reiras pI'ofessas, que escolhro viver vida regular, e fizero voto
de pool'esa, e depois de terem feito Profjsso fazem testamento, ou dis-
jJoelll daquellas cousas que lhes SO assignadas para sells usos, aca-
bo, e morrem proprietarias, (22) e fico sugcitas s penas, ..c censu-
ras estabelecidas, e promulgadas nos Sagrados Canones, e Regra da
sua Ol'dero contra as proprietarias.
638 Ainda que conforme o BI'eve do Papa (23) Sixto V no po-
dem os Iteglllares sem expl'essa licena da Sagrada Congregao ir aos
Comentos de Freiras a faUar, e tratar com cHas, sob pena de incorre-
rem pOI' esse mesmo fcito nas penas de privao de seus omcios, e voz
activa, e passiva, e em outras a arbitl'io da Sagrada Congregao, e que
fazendo o contrario posso tambem, conforme a Bulia de Gregorio XV
ser castigados pejo Bispos (24) como Delegados da S Apostolica;
com tudo, supposta a pratica sabida da licena, que para isso lhes dO
os seus Prelados maiores e prudentes, e ajustadas limitaes, declara-
mos, que pelo drcreto (25) passado pela Sagrada Congregao POl' man-
dado do Papa Urbano VW permittido aos Ordinarios do lugal' onde
estivel'em situados os ditos Comentos, que parecendo-lhes que convm
ao sel'\'io de Deos, POSSO conceder licena a qualquer Regular, para
poder fallar com as Freiras que fOI'em suas parentas em pl'imeil'o, e se-
gundo grflo, ou com outras, ainda que no lenho o dito parentesco,
havendo negocio to preciso que assim o pea: e a dita licena se con-
CCdCl' ao mais quatro vezes no anno. E o Ordinario, que conceder a
dila licena por mais vezes, ser havido por ll'allsgressor do dito de-
creto,
FIM DO LIVRO TERCEIRO.

(20) Tril1. loc. supro cilHtO, el ibi: Ab Epi copo approbaoda.


(21) Tcxt. ill cap. 2. et iII cap. Ad MonasleriuTIl de statu regu\. Trid. sess.
2~. de Rcgu\. et Monialib. c. 2. Barbos. Jur. Eccles. lib. 1. c. !~3. n. '7. cum
Azor. Naval'. et J:'rancisc. Leon.
(22) Cap. Non dicatis 12. q. 1. cap. Cm ad Monastel'iulO de stalu Mona-
choro Triel. dict. sess. 25. de Regu]arib. cap. 2. Naval'. il1 elicl. cap. Non dicalis
12. q. 1. noto 1. n. 33. 41. et li,8. et in cap. ullum 18. q. 2. n. 3. cum seq.
(23) Barb. ael Tl'id. ess. 25. de Rcgularib. cap. 5. num. 'lO2.
(24) Declaralum refert a Sacra Congregalione Tambur. ele Jur. Abbatiss. d.
2). C/um 'ito li. n. 6. Barb. ad Trid. di L. C. 5. II. 10G.
. (2') Decl'etum Sacl'm Congregalionis suh die 12. Kalcnd. Dccemb. anilo
lli23. qlloel rcl'crl B'Il'b. de polc'(, Epi copo illlcg. 10~. U. 73.
LIVRO QUARTO
DAS

DO

AIlCEBISP ADO DA BAI-IIA.


----==iO>;gg..;;'=--=------

TIT LO I.

t IJ,\ I)DIl:l'iID,\DE, E ISE:'iO DAS PESSU.\S ECCLESI.\S'IlCAS,

G3!) .\. boa raz50 ensina que as pessoas Ecc!csiasticas, especial-


mentc dedicadas ao ])jrino culto, dc\'em ser tratadas dc todos com
maior respeito, (1) c rencra50' nao se at1mitlintlo cousa QUc cncontrc
sua i cno, ucm dando occasio, a que sc di"irto do minislcrio cspiri-
tual, ou dc o no poucl'cm f'azer com o l'ccolhimcnto, quictao, c dc-
roo derida: e por i so sc lhes d rc gn::U'llal' inleiramcnlc sua irnmu-
nidadc, (2) e libcrdadc Ecclcsiastica, segundo a qual so i GlloS da
jl~risdi,iio secular, (3) lJual no podem estar sugeitos os quc pcla uig-
11Idatl do Saccrdocio, e Clcrical oflieio fico scnuo Mcstres (1&) espiri-
luaes dos leigos.
GW Esla imrnunidadc, c i8cn,iio tem scu principio c orig m
cm direito (Z Oirino, como (leclam o Sngrado Concilio Tridclltino: c
dcpoi foi institlliua por direito Canonico, Concilios (6) gcmes e por
(I) Cnp, Cleros 'l. 21. dist. cap. Saecnlol. 7.93. <1ist. Duram]. c1 I'ili!lus
F.eclrs. !lb. 2. cap. 5. n. 2. Zceh. de Hepub. Eccles. I'ubl'. de Clcric. n. 1. et 2.
l\ciJlIL COIIS. 193. posL princip. \"('1'5. lpsi e!lim. Tort. de vero Cleric. lib.1. c. 1.
(2) Text. ln cap. 2. Ile .1l1di . c. 2. cle FoI'. compelenl. Tcxl. iII cap. Si Im-
Jl~'l'<llor 11. dist. !J. Suyr. iII Clavi Hegia lih. 12. c. 8. II. 6. 1farl. de Juri -
lhcL. fi. 2. c. 6. Cor!iad. deeis. 7. n. W. cllm seq.
(:3). Tcx!. iII cap. i'iimis ele JlIl'l'jllrand. Tcxt. iII c. Qllamqllam. uhi Glo .
lle C,l'IISlh. lih. li. Tl'id. dr Heform. css. 2.:;. tapo 20. Seac. de Judie. lilJ. l. cap.
1l. a II. 14. Yalt'ns. com. 38. tt !~2. Fal'in. in prax. p. 1. q. 8. it n. 'I.
. (1.) Texl. in Cilp. l\olile .':i. disl. 21. cap. Qni dllhilet !l. cap. Duu sllllL JO.
~hsL.!J. Felin. iII ruba. de l\1aiol'it. cL olle liclIl. II. H ..\. Cl1l1ha ad ditLlIlD lexl.
111 tapo Qui- dlliJilf'l 11.1.
l' (:). Cap . .\ii\lisllc .!l1l'cjUI'. Glos. iII cap, (1l1amquam decensilJl1s lilJ. 6. Cova.
J !'aell\': e. ai. II. J. SlII'd. tons. :30 I. II. 16. T,nnhllr. dI' .Iur. AlJlwllllll. toll1
. d. 1.'. q. 1!l. cl ,cq. Tht'lllllll. p. :!. decis, lU!J. II. 6. iII fillc.
I (Ii) Cilp. 3. <il: 1'111'. l'Olllj.t'LI'lIl. COII\'il. Lalcl" Il. sul) te II. ... sess. D. Tri.
I '11[, ,t S. :!'. de n.. f"I'I11. '(1)1. :lI).
238 (;0 ~STITUI6E
mnilos Dre,'es, e Constituies dos Summos Ponlifices, e mandada guar-
dar pelos Jmperadores, (7) Reis, e Principes seculares em suas Orde-
naes. E Iloyamenle o Sagrado Concilio Tritlenlino (8) exborla aos
mesmos Reis, e Principes, qne com pal'ticular cuidado cumpro com
esta obl'iga~.o para exemplo dos suhdilos, e Vassallos, imitando aos
Reis, e Principes sens antecessores que com sua Real autoridade, e
maguificencia no s edificro muitas Igrejas, e augmenlro outras
com suas liberaes doaes, e dadiyas mas tjyero particular cuidarlo,
e zelo de defender, e fazer ponlualmenle guardar sua immunidade. E
assim r:speramO::i da Augusia e Calholica Magestade deI-Hei nosso Se-
nhor, como Defensor, e Protector que da Igreja, que no smenle
lhe conserve a sua immunidade, como lo zelosa, e louyayelmente faz,
mas ain-da mande Yel', examinar, e reformar tndo, o que neste Estado
do Ikasil hourer conlra ella: e que seus Ministros, e VassaJlos a no
offendo, anles, como so obrigados, a estimem, e venerem.
6.& 1 Quando os Sagl'Udos Canones encal'l'ego aos Prelados, e
Ministros Ecclesiasticos, que defendo, e consenem a jurisdio Ec-
clesiasJica, lhes encommendo que o fao sem se intl'omellerem (9)
na jurisdio seculal', l1em impedir aos Ministros seculares usarem deJ-
la nos casos, em que de direito lhes pertence. Por quanto de tal mo-
do ordenou Clll'isto nosso Senhol' (10) as cousas, e dislinguio os pode-
res, que nem o Ecc!esiastico 11Surpasse o do secular, uem o secular
lomasse o do EcclesiaSlico. Pelo que mandamos ao nosso Vroyisor,
'igario Geral, Desembargadores, Yigarios, 'isiladores, mais Minis-
tI'os do nosso Arcebispado tenho pal,ticuJar cuidado, e Yigilancia da
jurisdio, liberdade, e immunidade Ecclesiaslica, para que se no
offenda~ e que parlicul:1rmente inquiro e procedo contra os violado-
res delJa na frma de direi lO (11) Canonico, e de nossas Constituies;
mas de tal modo que no uSl1l'pem, nem impido em cousa alguma a
jurisdio secular anles no que for possivel e licito (J2) a njlldcm.
Como lambem conlfnmos, que o fao os Minislros seculares (13) em
respeito de nossa jurisdi~O Ecclesiaslica, e da libenlade, e isclJ~o
da Igreja.

(7) Aulh. Nul1us, Aulh. Slaluimns, cod. ue Epicop. el Clel'e. juncto cap.
nlL. de rebus Ecclcs. non alien.
(8) Tl'ident. sess. 25. de Rc(Orm. cap. 20.
(9) TcxL. in C. Cm (ld verum G. 96. disto c. Nos si competenter li1. 2. q.
7. ;\Iolin, de Just. ct jlll'. tract. 2. dispo 29. in 1. ct 2. cnclu ione. Dccill 11 ,
tom. 1. lib . .'l. c. 11. Olh'a de For. Ecclcs. p. 1. q. 2' n. 23. et 26.
(10) 1\Iatth. 22. 21. Lnc. 21. 1!~. Oliva dicL. q. 2. n. 23.
(11) Cap. ,'ovcrinl de Senl. excom. cap. Non mins, vers. JurisdictionclIl
de immun. Eceles. cap. Qualitcr, et quando de judic. cap. Clericis de senl. ex-
com. lib. 6. 13ulla C~n. Jaus. iS. cum seq. Triu. sess. 22. de Rel'ormal. cap. 11.
(12) Tcxl. in c. Vcncl'(lhil('1!1 de ('\ccL. Clem. Pastoralis d r judie. Ccl'all.
(Ie cognil. prr \'iam viol nl. in Prulogo. iII prillr.ipio
(13) Tcxl. in C. PI'incipes 23. q. S. Se' e IiI!. L. dcc.is. in Epi 101. ati Ue-
gem n, 13. Oll'<I loco cilalo I" 2'1,
DO AHCE13J. 'PADO D ~ nA11 IA.
TITULO II.
t QVE i'iIDI-UlIA PESSOA USUHPE, HIPID.\, OU I'ROIlIB.\ A "OSSA JL"RlSDIO
ECCLESi.\STICA.

6/,2 Desejando como em razo de nosso omcio somos obri-


gauos, c\"ilar excessos, e lransgresses em prej!Jizo da immullidade,
iseno, e liberdade Ecc1esiastica, confor.malldo-nos com a disposi-
O do direiLo (1) Canonico, e Concilios univel'saes, prohil>imos inteil'a-
mente, soh pena (2) de excommunhiio maiol' 1pSO facto incurrenda, e de
Cillcocllta cruzados para despezas da justia, e accusador, que nem-
lima pessoa de qualquer dignidad~, gl'o, e condio, que seja, per si,
nem por outl'em, direita, ou inclireitamente, por qualquer "ia, e modo
laa, ou ordene cousa que seja prejudicial immuoiJade, iseno, e
liberdade das Igrejas, pessoas Ecclesiasticas, e seus bens, ou direitos;
nem tome, usurpe, on embal'gne nossa jUl'isdio Ecclesiastica; ou POI'
fora, ou por qnaesqner outros modos proltiba, on impida usarmos li-
nemente del!a, e 00:5S0S Ministros. E os que o contrario fizerem, Do
sero absolutos (3) da excommunuo sem pagal'em a dita pena peclloia-
ria e satisfazerem inteirament.e s Igrejas, c pessoas Ecclesiasticas as
perdas, e damnos, que lhes tirerem dado alem de outras censuras de
dircito quc incol'l'em, e excoll1ll1unllo da Bulia (/,) da Cea do Senhor
da qual no podem sei' absolutos seno pelo Summo Pontifice, excepto
em artigo (5) de morte.
6/,3 E soh as mesmas penas pl'ohibimos a todos, e cada um dos
Juizes, e justias seculares de qualquer dignidade, preemiuellcia, e
qualidade, que sejo, que nemcom o prelexto de sens offidos, Dem
instancia de partes direita, ou indireitamente per si, ou por outrem Lra-
go, ou procUl'em trazer a seu juizo, (6) e tribunaes as pessoas, ou Com-
munjdade Ecclesiasticas de nosso Arcebispado, Dem conheo de suas
causas crimes, ou civeis de qnalqner qualidade, ou quantia que sejo,
cujo conhecimento, conforme os Sagrados Canones COllstituies Apos-
tolicas, e Concilios universaes, pertena smellte a nosso juizo, e tri-
b.unal Ecclesiaslico, posto que isso llles seja mandado por alguns Supe-
rIores sceulares, e ainda que das ditas cansas, crimes, ou civeis s se
tl:ale (7) incidentemente. E entende-s esta probibio na ll'ma de
dl1'cito, e sem prejuizo tias Concordatas, e costumes legitimos do Heino.
6H E sob as mesmas penas acima declaradas mandamos aos di-
t08 Juizes, e justias seculares, q.ue no tomem auto, (8) nem qnerela,

(1) Tcxl. in c. Cum ad yerum 6'. 96. di'sl. cap. i\'il. 13. de judie. 'fridenl.
sess. 25. de Reform. cap. 2u.
(2) Text. in cap. Qnoniam de immunil. Ecclcs. lih. 6. Barb. ad c1icl. Lexl. in
cap. Quoniam. n. 1. eL ad LexL. in cap. Prmdia 12. q. 2.
. (3) Consl. JEgiLan. lib. 3. tiL. 12. cap. 2. in une principii. POI'Iuens. lib.
3. li!. 12. con l. 2.
(!~) Bulia CrolHe Domini clausula 16.
(5) TexL. in cap. I)astoraJ:s PrreLereu, de Ofi.c. Ordinarii.
8 (6) Text. in cap. 'ullus 3. cap. Si t1iligllli 12. de foro compeL. cap. C!erici
. cap. Qualiler, et quando 17. de judie.
(7) Cap. Tuam de ordilJe cognil. cap. LaLor. qui filii SillL legilimi.
(S) TcxL. in c. SaLi 7. eL in cap. Sicut 1. 96. disL. D. '[homo 2. 2. q. 101.
31'1.1. cap. uI!. verso Quid IJI'mcipil. 11. q. 1. Duen. reg. 110. Marant. de 01'-
co~, 'TITClES

U;\l13 nomnndnmcnlc contra pessoa alguma Ecclesia lira, (jlle goze (lo
privilegio do 1'01'0 Clel'i ali nem das derassas geraes, ou cspeciaes que
til'al'cm de algum delicto ex-oflicio instancia de parle, ou [lOI' pro\'i-
ses plll'liClllares pergunlem nomeadamente pelas dilas pes 'oas Eccle-
siasLicas, posto que conlra ellas hajo teslemuulJas rcfcridas.
6/,5 Com tudo no lhes prohibjmos, qne perguntando geralmen-
tc (9) pos o tom:l1', ou escre,'er Das Ines derassas o que conll'a algu-
ma pessoa Ecclesiastica disscrcm as testcmnnhas: mas no pOUel'iio
os ditos Juizes secularcs pronulleiar as pessoas Ecdesiaslicas, que 1'0-
rcm cnlpadas, porm feitas as ditas devassas as remeI tero a Nls, ou a
nosso Yigario Geral, nu que locarem s ditas pessoas Eccl siasticas,
IHll'a ql1C se proceda contra 0- culpauos (10) como fOI' jllsli~a,
TITlJLO TIl.
t 00:110 AS JC TI ..\S SEC '{_.\RES !'io PODEiII I'nE:xnEU,\ PES O.\S ECCLE-
SIASTICAS, S.\LYQ E~I FR.\CnA:-lTE DELICTO.

(HG Confol'lnando-nos com 05 Sagl'auos Canones defendemos, e


prollibimos estreitamente a lodos e a cada um do Corregedol'es, Ou-
"idore , JulgUllores, Juizes, Meirinhos, Alcaides, e quaesqller oulros
1\linislros da jusli<:,a seeulal', de qualquel' eSlauo, e pl'eeminencia que
sej5o., sob pCllU de escommuohiO maior 7pSO (aclo 'incurrenda, e de "in-
te cruzados, que no Iwend50 (1) per si, nem por oull'em pOI' quaes-
quer {lI'imos, ou delictos, posto que Ibe conste delles pOl' devassas,
summarios, ou qualqueI' outra via a Clel'igo algum de Oruens Sacras,
ou qualquer outra pessoa Ecclesiastica que conforme a direito Canoni-
co, e Sagra(lo Concilio Tridelltino (2) goze, e deva gozar do priyilegio
C1eri 'al saho achando -o em f'r:1grante deliclo, em que por direito de":1
1

sei' pre o i porq ne nesle caso (3) o podel'flo prender para logo o enlrc-
g:1rem, e remelterem ao 110SS0 "igario Geral. E ljuanto ao que for
achado com armas, e \'eslil!es (lel'rsos, se !I'llat'l];)d o 'lu 11ca dilO 110
Ji\'l'o 3, num, li 55, '

din. jUllicior, /i.. p. disto 11. n, 2. el ((um l. legal. d, 8. Ilum. 1:',1. l~ragos. de Ue-
gim. Heipub. p, ::.2. lilJ. 'l. d. 1:3. ~ 1!1.
(ti) Themufl. p. 2, l1ccis, 19!J. n. 10. el decis. 22. n, 1. ct o. cl3. p. \Iceis.
::140. num. o. SUl'll. cons. 222. ii TI, 'I. COI'ar. io C. Quarnri' in sllmlllario 1'1, _!1.
ele pacto in 6. 'fusco lil. C. COlJel. 387. n. L el 2. Xamar q. 12. p. L n. '12.
(10) Teslibus dcnuo examillali . 'l'hem. dicl. deei . 19\1. II. 20. \'ers, Sen-
lenlia Jul. Clar. ~ I1n, q, 36. n, 49. Guasin. de Dcl'cl~s. rcorU1l1 defenso 1. c.5
D. 'J.
(I) Texl. in cap. Si quis suadenle 17. Cf. 4, cap. Si \'crude senl. excommn-
Tlic. cap. Curo ab !Jomine uc judiciis, cap. Si Canonici de OIfic. Ordin. li\), .6.
Facil cap. JuliaLlLls, Lap. Qui resislil 11. q. 3. cap. Cum inl'erior ue maiol'll.
cl ubed, .
(2) 'friclClll. sess. 23. ue RcCorm, O. 6.
UI) Tnnocelllius ilJ cap, f.li rel'o 1, 1'1. 2, de senl. excommuni . 'ap. TIL ra-
mm de sent. excom. Ord. Regia lib. 2, lil. L ~ 29. Gabriel. l'er ir. de Man, Hei\'.
. ~G, cl43. n. G. cl seq, Farill, Iib. 1. q. 8. 11, 120. Sal"'all0 d !tr"'ia [1rOlccli-
on. lJ. _. c, !r. J1. 3, Dian, 10m. !lo [raeL 2, ]'r'II\, 1J 1. v~,
DO ARCEDISP.~DO DA RA lHA.
TITULO IV.
t Qt:F. :'i1:'iGt:E)1 Cl'I'E, l'iE~f DE~L\;';DE .\ PESSOAS ECCLESIASTIC.\S PEnA:'iTE
OS Jt:IZES SECt;LARES.

6H Ordenamos, e mandamos que se algum Clerigo, (I) ou qual-


quel' oul"a pessoa Ecclesiaslica secular, ou negular, de qualqu r digni-
dadc, preemincncia, e qualidade que seja, e de qualquer Ord 01, ou
I1cligio que fOI" em nosso Arcebispado Lrouxer ao Juizo secular, di-
reita, ou illllil'citamcute, outra algnma pessoa que goze do priyilegio
uo foro, Cabido, ou Communillade Ecc!esiaslica, sohre qualquer causa,
que por direilo, e costume, ou outra via legitima perlence smenleao
Juizo Ecclesislico se for pessoa particular, (2) inconer em excom-
tnuuho maior; e se fOI' Cahido, Convento, ou Communidade, em pe-
na de inlerdicto ?lJSO faclo; e perder todo o direiLo, e aco, que no
.Juizo Ecclesiastico lhe podia compelir nas dilas causas, tanto na posse,
como na propriedaue dellas, como tudo est disposlO pela Exlr:lngan-
tc uo P3pa (3) i\JaI'Linho Y, e ll[IS mais penas nella declal'adas: das quaes
censuras no poder ~er absolulo seno pelo Romano PonLifice.
Glt8 E tndo o que uesla Constituio f1ca diLO, se entende, e ha-
ver lugar, posto que os mesmos Clerigos, e Communidades Ecclesias-
licas yo]untarlamenLe con inLflo, (11) porque nem com juramento, nem
com qualquer ouLro pacto se pOllem desaforar do seu foro pam OJuizo
secular, 11135 antes consentindo-o iocorrero nas mesmas penas, (2) se-
~l1ndo puderem caber cm Sllas pessoas.
6,.9 Porm nflo tero lugar eslas prohibies, c penas naquelles
caso em que conforme a dil'eilo Canonico, llull3s, on Pririlegios dos,
Summos PonLiGces, COllconlalas fcitas entm o Clero, e secular, on pOl'
sl:mclhanl motlos legitimos de dil'eito, podem as pc' oas e Commn-
IlIdades EcclesiasLicas sei' demandadas (6) no Juizo secular, c respon-
der llelle,
TlTULO V.
r QLE . T';Gn;~1 CSCUPE os llE;,\S DAS IGnEJ.\S, LrGARES l'IOS., ou PESSO.\S
l~CCLESIASTIC.\S.

650 J;'l que, por lermos tomado sohl'e Ns o gOYCI'no do nosso


ArcelJi pado, eslamos obrigados a impidil' a escalll!a!osa cobia da-

(I) Tcx!. in cap. Clelici. c. QualiLer, el quando <le judic. cap. 2. de l~oro
compel. c. i Judex laicu de srllt. excom.lib. 6. cap. SlCcll\arcs de for. compcL.
codcm lih. cap. Inolila, cap. Placllil11. q 1. Barbo. de l1ni,ers. jur. Ecclesi-
a l. c. 39. 2. Oli\'. de l~or. Bccles. p. 1. q. '12.
. (2) Cap. Inolila 1 t. q. 1. cap. Si diligenli de for. compel. cap. Ql10niam de
lIJ1mllnil. lib. G.
(:~) )rOll!s propl'ills 1\Iarlini Y. incipil: Ad reprimcndas, sub dai. ROIDm
Kalcnd. Vebr. alln. 14::28.
(q-) f~. Signil1ca\'crunt de juclic. cap. Si c1i1igenli, cap. Signilicasli de foro
Compel. Zero!. in prax. 1. p. verbo Clericus ~ 12. l\1enoch. de Arbitr. casu '~30.
n. 2.
(iS) Cap. fnollla Cilp. "Placnil2. 11. q. 1.
(6) Cap. Ci\~ll'l'lml ele jndc. cap. 2. de Jl1ul. prlil. cap. Ex ICllol'r, cap. Ve,
rum rir rol'() romprl. Grd. lib. 2. lil. 1, pcr 101nID.
CO~STlTUrES

qnelles, que com grnnue olfensa de Deos, e detrimento do Divino cul-


to, e ministerio <las Igrejas procuro nSl1l'par seus bens, no perdoan-
do nem aiuda ao limite dos p1'oprios adros dellas, incluiodo os nos pas-
tos, e fazendas: conformando-nos com a disposio do Sngrudo Conci-
lio Tridentiuo, (1) e Bulias Apostolicas, mandamos a todas as pessoas
de .qualquer estado, gro, ou condio que sejo, que no usurpem (2)
os hens, censos, dizimos, fructos, offcrtas, obln<;es, ou quacsqucl' ou-
tros direitos, hens de raiz, :1(ll'os\ ou moveis de alguma Igreja seculal',
ou Regulnr, ou de outro algum lugar pio, ou rendas que pertcno a
algum Clerigo, ou Communidade Ecclesiastica em razo da Igreja, ou
do Beneficio.
651 E que os Ministros seculnres no intcrponhiio sua autorida-
de sobre tal usurpao, nem ponho sequestros nos diLos bens, (3) e
rendas, ou pOi' qualquer via os embarguem, (S;)lro se por direito, ou
costume legitimo IIJes for permittido) soh pena de vinte cruzados para
a nossa S, e Meirinho, alem de incorrerem em excommuoho (.4)
maior, da ql1al11O podem ser absolutos, seno pelo Pontifice Romano,
(5) restituindo primeiro (6) o proprio, perdas, e damnos.

TITULO VI.

t QUE os !lIlNISTnos DA JUSTIA SECULAR NO PENIlOnEM os CLEllIGOS, l'\EnJ


LHES ENTRElIl 1m CASA, NEM TOM[jJ~I SEUS BE(S.

652 Como os hens das pessoas Ecclcsiasticas sejo, conforme a


direito, totalmente isentos da jurisdiO secular, conformando-nos
com a disposiO dos Sagrados tanoues, mandamos, sob pena de ex-
communllo maior 1pSO facto inCtWTenda, e dez crnzados para a S, e
Meirinho, aos Desembargadores, Corregedores, Ou\ridores, Juizes,
Meirinllos, e quaesqucr outros Ministros da justia secuJUl" que no pe-
nhorem, (1) nem mandem penhorar os Clerigos, excepto (2) nos ('.a80S,
e termos da Ordenao; nem lhes entrem em suas casas, tomanrlo-llles
contra sua vontade fnlctos, bens moveis, ou semoventes. E fazendo
qualquer dos Ministros, c seus Escrives o qne nesta Constituio lhes
prohibido, lio ser absoluto da dita excornmunllo, at que, pagan-
do a dita pena pl'imet'o, pea llllmildemente o beneficio da absolvio,
que lhe ser dada com a solemnidade de direito, e nossas Constituies.

(1) Trident. sess. 22. de Reform. cap. 11. el ibi Barb. n. 2. Bulia Crenre
Domini clausnl. 17.
(2) Cap. Prredia cum seq. 12. q. 2. cap. Omnis, cap. ALlenc1iml1s 17. q. 'f.
(3) Oliva de For. Eecles. 1. p. q. 21. n. 20.
(!f) Bulia Ccenre Domini duns. 18. Suares tom. 5. de Ceusuris d. 21. seelo
2.n.95.
(5) Trirl. clicl. C. 11. ad finem.
(6) Trid. ubi proxime post medium.
(1) ArgumcnL. texto in cap. 1. ele Jnjur. Jib. 6. CiarJin. r.ontrovers. forens.
lib. 1. c. 60.11. 13. el cap. 103. n. 51. Constil. Ulyssip. lib. li.. til. 1. !~.
(2) Oliva de For. Eccles. 2. p. qucst. 6. n. 3.
(3) Constit. POl'tut'ns. lih. 3. til. 12. const. 6. in fine. U1yssip. dicl. ~.
fol. 316.
DO ALlCEIHSPAOO DA BAIHA. 243
TITULO YII.
t QUE SE i'iO FAO LEIS, ORDENAES, ACORDOS, OU ES'fA'l'UTOS CO:'i'fRA
A LIllERDADE ECCLESL\8TlCA.

653 Conformanuo-nos com o que est disposto pelos Sagrados


Canones, (1) Concilios univel'saes, c ultimamente pelo Sagrado Concilio
Tl'identino, ordenamos, e mandamos, que nem-um Senhor temporal,
Desembargador, Juiz, ou qualquer outro omcial dejnstia, nem outra
alguma pessoa de qualqucl' estado, ou condio que seja, Couselhos,
Camal'as, Relaes, ou Communidades, fado Estatutos, Leis, Acor-
rUas, nem posturas, qne dircita, ou indireitamente oll'endo a liberda-
de, e immunidadc Ecclesiastica: e se forcm feitas algumas antes da pu-
blicao desta no sa Constituio, as havcmo., c declal'amos por nullas,
como pOl' direito o so. E mandamos a quem qucr que as houver fei-
to, que den[('o de dez dias depois de vil' sua noticia, que lhe damos
por termo peJ'emptorio, as reyogue, e annulIe com el'eito, e mande se
no guardem.
6511 E quem fizer alguma das so1Jl'editas cousas, ou a no revo-
gaI' na frma que lhe est mandauo, pomos em sua pessoa sentena de
cxcommunho maiol' (2) 1pSO {acto, sendo pessoa p3rticular: e se for
Communidade, os hayemos por intcrdictos; e uns, e outros incorrero
cm pena de trinta c,rnzados para a nossa S, c accnsadoI'; e no sero
absolnlOS sem primeiro satisfazerem inteiramente.
655 E IIa mesma pena incorrem (3) os que escreverem, e publi-
carem taes Estatu[os, e Acol'tlos' e os Juizes, e mais justias, que pe-
los ditos Estatntos, e Acordos julgarem, ou por qualquCl' via os exc-
cutarem: e os lotarios, e Escl'ives que escreverem os processos, ou
sentenas, c bem assim tedas as pessoas qne para ellas derem couse-
lho, ajuda, ou faval'.
656 E mandamos (") a todos os, igarios, Curas, Coatljutores, e
(Jl1aesqucr outras pessoas Ecclesiasticas deste nosso Arccbispatlo, que
tanto que a sua noticia vier, quc so feitos ou se fazem alguns Estatu-
tos, Acordos, Oll postlll'as contra a liberdalle Eccle iastica, uol-o fa-
o Jogo a sabeI', ou ao nosso Vigario Geral, para se mandeI' proceder
contra os autores com a penas sohreditas.
657 ias se el-Rei nosso Seuhor fizer alguma Pl'agmatica sohre
a taxa dos mantimentos, e mais c.ousas necessarias, guardando-se alai
taxa pontualmeute pelos seculares, mandamos a todas as pessoas Ec-

(1) Text. in cap. lon~rit de senL cxcom. cap. ulL. de rebus Eceles. cap.
Ecclcsia ele Const. 'fridcnl. se" . 25. de Reform. c. 20. Rulla Crente Domini.
Olha de For. Eccles. p. 1. q. 28. el29 . .ruI. Clar., Ernphyleusis q. 28. n. 7.
Caldas de ominat. q. 7. n. 5. Gulier. l)ractic. qUlCSl. lib. 4. q. 38.
(2) Cap. o\-cril de Scnl. cxcomm. cap. Gnll'em !ii Ideoqne' cod. til. cap.
Aci\'crsns ~. CmteruID de lmmulI. Eeeles. lu], Clar. !ii !ln. qllicsl. 77. II. 28.
r.oll~til. iEgitan. lib. 3. til. 12. cap. 6. fuI. 297. Gl)'ssip. lib. 4. lil. 2. 1. vers.
E nuo o cnmprindo.
(3) COIl lil. I)'ssipoll. lib 1(. til. 2. !ii I. vcr . Cum a~ qUiles ccnsul'as fuI.
3:Wi' Egilan. lib. 3. lil. i . C. 6. in filie principii foI. 297.
('~) COJ1'l. firachal'cll . til. 3. rons!. 8. II. 2. cl rOllsl. 9. n. 2. foI. 'll9.
2H CO~STlT 'lES

rlesiaSlicas desle nosso .trcchi patlo, fJue gllal'llem (5) lambem) no


excedendo os preos pela dita Lei po lOS, e la~ados. E contra o'
Clerigos que o contrario fizerem) procedero nossos \'igarios (6) com
ns m~ 'mas penas impostas pela dita Lei aos leigos; porque ;';"s por esta
Constituio o havemos por incolTido nella, como se a Lei f'ra por '
Icita, e assim como tal mandamos se guanle.
TfTOLO YIlI.
t QVE S8 NJlo rO)illO Tl\lJlUTOS, i'iEjf Fl)iT.\S PELOS SECCL.\TIES }\ lCIlEJ.\~
E PESSO.IS ECCLESI.\STIC.\S.

G58 Conformando-nos com os Sagrados Canooes, (I) e Conci-


lios lIui\'eJ'saes, ol't1enamos que em no so Arcebispado nelll-um Senhor
secular, Desemhargatlor, Pro\'cdor, Ou\'itlor, Juiz, nem outro algum
amcial de jllsti\:il secular, uem Cam.1l'a alguma, COllselho, 011 Commll-
uiclarle imponha tribulo, ou encargo pessoal, ou real, finta, ou qnalquer
outra imposi.o s Igrejns, Clel'igos, Religiosos, ou quaesqller outras
pessoas, posto que soja em razo dos frllctos de seus bens palrimo-
niaes, ou cios que compro para seu uso: Ilem os o\lrignem tliroila, 011
indiroilamenle, a pagar os taes tributos, e imposies, posto que sejo
impostas por causa, Oll necessidade publica.
659 E quando a hOIl\'er para obras publicas, cujo uso com-
mnm aos Clerirros, e aos leigos, como so fontes, (2) pontes, repnl'ao
dos muros, e (~S runs, e lugares em que Yivem' ou concOl'rer outra
causa publica, : que seja justo acuJil'cm tamhcm os Clerigos, se lia dar
disso conta, (3) pal'a que com nossa autoridnde (r.) Ordinal'ia, nos ra-
sos em quc hastar, ou do Summo Ponliflce (5) sendo neccssal'ia, se
executaI', e pro\'ol' de maneim, lJue conCOl'l':lO os Clcl'igos, e pessoas
Ecclcsiasticas a I'emedial' as Laes ucccssidatles puulicas; sem screm fin-
tados, (G) nem tributados por seculal'es, contl'a a pl'ohihi~:w dos Sa-
grados Canooes.

(5) Gabriel Perl'irade Man. regia c. 3!l. 11.6. et eap. 38. GuLiel. 4. tOIll. Prac-
tir.. q. 38. num. 2:2. lavar. in Manual. cap. 23. n. 88. alzcd. in addit. ati Rcr-
narcl. cap. 55.
(6) tialzccl. dict. cap. oH. vers. 1. foI. 170. Bohaclilha. in Politica lib. 2. c.
18. II. 122. Gabriel Ilcrcir. tlict. cap. 39. n. to. vers. Ego distinguercm.
(I) Tcxt. in c. Non minus tlc immllnit. Ecclcs. cap. Clcrieis Si 1. Eor!f'm
lil. lib. 6. cap. 1. cap. Quamql1am tlc Censib. lib. li. Clrm. 1. coei. tiL J31111a
CLCllie Dumin. claus. 'lS. llarb. dc uuivers. jul'. Eccles. liIJ. 1. cap. 39. Si ti.
Gal'eia de Bcncfie. 2. p. cap. 3. n. U. Cahcd. 1. p. deeis. 'JS!). Thom. Yaz al-
leg. 28. Pcrcir. dc ]\fali. Ucgia 2. p. C. 38. Oliv. dc For. Ecclcs. 1. p. q. 39.
(2) Barbos. tle Universo juro Eccl. lih. 'I. C. 3U. ~ 5. n. Ij:l. Oliva de For.
]~('c1('s. p. L q. 39. it II. ::lo Vcn'irll dc Allln. Urgia 2. p. C. 38. iI n. 31. Tlaom.
\'az allcg. 00. ct allcg. n. n. 'JS. eL19. 1'11<:111. 2. p. dc(;is. 178. ct p. 3. de-
eis. 30S.
(3) Cap. ,'(ln minus rcrs ..\isi C ~d\'ersns, 1'1'1'5. Yerirm dc immnllit. Ecc.!t:.
('t.) Tltl'lllutl. I. p. dc(;is. !>3. n. o. ,t p. 3. dcei 308. num. 10. Fragos. tle 1\('-
gim. l\l'ip. 1. p. lib. 2. d. [k Si [~. n. 33"'-
(5) T xl. in e. Adl'C'l' . "el". Proplcr de immunil. ]~cclr5. Castro PaI. 2. p.
tl'acl. 9. rle Observ. fesl. d. unic. d Hc\'cr. lkb. El'd. IHIIIto n. II. 7. cl8.
(ti) CUlIstil. l'1ysipulI. lilJ. 'f.. IiI. :2. %:!. iII filie 1'I'illcil'ii lid.3:!0.l'urlll-
ell . IiI!. 3. til. 1:2. cU!l~lit .'. crs. J, r'JI. ;j:j3.
1>0 AnCEl3lSl'AlJ DA B.\lllA. ::H5
660 E lJl/alquer pessoa Cjne for comprehcndiua 110 sohrcdito on-
tio particular: ii correr em excommunlIo maior (7) ipso (acto; e sendo
Camara, ou oulra Commuuidarlc, em pena (8) dc interdicto' e assim
uns amo outros havemo-s pOl' condcmnados em cincoenla cl'l1zauos (9)
para a nossa S, e ac.cusador. E nas dilas censul'a3, (10) e penas in-
concro lambem os que al'l'ecadarem os Lacs Iribntos, ou HuLas, ainda
lJlI as dilas pessoas Ecclesiasticas, e 19rejas voluolariameote (11) as
paguem, e todos os mais (12) que para i. so derem ajuda conselho, ou
favor.
661 Ma fJualHl0 o tributos forem postos Llaslel'l'as, ou proprie-
dades sendo ainda dos leigos, (13) que depois viero a ser uas Igrejas,
LILI Clerigos, lhes passaro com clles, e com os mais encargos reaes,
que ue antcs linllo. sem poderem ser escusos de as pagal'cm; como
lambem o l1iio sel'iio de pagarem sizas, (.1") porlagen , e outros tribu-
lOS daquellas mercancias, e fazendas, fjuecomprarem e ycnderem, no
para seu llSO, se no pOl' via de trato, (15) e negociao, por assim ser
eouCorme a dircilo.
TIT LO IX.
t DE ALGC:-;S PRIYILEGIOS CO:-;CEDIDOS ~os CLER!CO', E PE, .'015 ECCLE-
SIA5TICS.

662 Como a dignidadc do Saccrdocio eja o auge (1) de lodos os


hens, com que Deos ha dOlado a natlll'esa lJl.lrnanil, e de tanIa grande-
Z~, c x<,cllcncia, que os mesmos Anjos a J'cspeilo e yencr50, convm
que os Sacerdoles, e os Clel'igos, que esto entrados no caminho de che-
gai' a to alta dignidad , scjo respcitados c Il'alallos com maior acala-
menta e revercncia. Pelo que exhorlamos, e admo 'slamos em Deos no '-
so Senhor a lodos os leigos nossos suudilos, ele qualqner lJualidaelc, e
condi\~o que sejo, tratem os Clerigos, e pecialmentc os Sacerrlotes,

(7) Cap. Non minus, cap..\dvnrSIlS dc imlllunil. Ecelcs. cap. Ql1amquam


de ccn ib. IiI>. G. cap. Clcrieis d imlUlIll. Ec lcs. lib. G. Bulia C~n<l) Domiui
elJus. 18.
(8) Cap. Quamqllam de crusib. lib. G. cap. r.lcrieis I'crs. l'os igilur dc illJ-
muuil. Ecelcs lib. 6.
(U) Con lil. Iy ipon. lib. !~. lil2. ~ 2. "crs. Equalqucl' fuI. 3:20. Prlu-
cns Ilh. 3. Lil. 12. eOll'Lil. 8. vcrs. 2. foI. 3:)3.
(10) Diel. con lo U1ysip. lIbi pl'oximc. jl~giLan. lib. 3. Lil. 12. cap. 7. n. 1.
(II) Cap. Cleri 'is ~ liu. de Jrnmunil. lib. G. llulla Clrnrc elaus. 18. .
(12) Bulia Ceemo ubi proxirnc Const. UI~' sipon. Porluens. L lEgllan.
loeis CiLalis.
(13) Argumcul. lex!. in e. Ex liL ri depignol'ib. C. Si qui laicus 16. q. 1.
de Ccn ib. Thcmuel. I. p. deeis. 2. n. 4J~. ConsLit. tys ipou. lib.4. lil. 2. ~ 2.
\crs. Mas qnando fuI. :320. .
(I 't.) Cap. ultim. dn Yila, cL honesLa!. Clerie. Clcm. u1Lim. u Ccn ib. Thom.
Y~l alleg. 28. 11.70. Cauod. 1. p. deei . J89. lleynul. OhservaL. 2. 11um. '11. ct
i1J1 addil. COlIsLiL. U1y'sip. lib.!1. LiL. 2.. 2. I'ers. 1111.
. (lo) Ar~umeL11. L. 2. eodie. ele Epi eop. audicnl. jUllelo cap. ultimo ti'
Vila, e hone 1'11. Cleric.
(I) .TrX1. in cap. Pcr YCllrrabil 111. qni lilii inl lcgilimi. cap. aI' ..Unle
7.93. dlSl. Oionys. rir C;l'1I'sL. Hierar h. e. t. n. AIlJl)ros. (I, Oignil. :'accnlot.
r. 2. ~). Laur('nL: JLLli11. ::;rrl1l. de' Chri~li carpurr. D. Gr gUI'. KazaiulIl. in .0\1'0-
log,. Sarnr].
31
CO. "S'lTI mES
com a devida rewreneia, (2) considerallllo, que nlcm de sua grande
dignidade, so medianeiros (3) entl'e Deos, e os homens, offerecendo
pOl' elles o Snnto Sacriflcio da Missa, como Ministros, que so na terra
de Deos nosso Senhol', com poder de lhes perdoar (.&) seus peccados.
663 E encommendamos aos mesmos Clerigos, e particularmen-
te aos Sacerdotes, que com o bom procediment.o, e obras respondo
altissima dignidade, e officio que tem, para que obriguem a todos (5) a
Ibes terem a devida reverencia.
661. E pnra que aos leigos sil'va de exemplo o bom tratamento
feito aos Clcrigos pelos l\linistros dos Prelados, mandamos ao nosso
Provisor, Vigario Geral, Desembargadores, Visitadores, e lJuaesqucr
outros l\Iinistl'os de nosso Arcebispado, que assim em juizo, como fra
deHe tratem a todos os Clerigos com bl'andura, (6) e cOI'tezia, hnran-
do-os em publico, e em secreto em tudo o que permiLtit' o offieio Su-
perior, no consentindo que nas audiencias publicas estejo em p,
(7) e descuhertos: e smente quando comearem a fallar (8) se levanta-
ro em p, e rlescuhcrtos, e o nosso Vignrio Geral, ou qualquel' outro
Ministro, que fizer audiencla, os mandar assentar, e cubrir, e assim
assentados proseguil'o seus requerimeutos, sobl'e os quaes os ouviro
em qualquel' tempo que os forem fazeI'.
665 E quando fOI' uecessario reprehender, ou castigaI' algum. o
fao, quanto for possivel, secretamente, (9) e no em presen.a dos
leigos, usando, quanrlo o pedil' a culpa, de rigor na obra, mas de bran-
dura, e suavidade 11ns palanas, havendo-se de sorte, que mostrem,
ainda quantlo os castigo como Juizcs, que juntamente os amo como
pais.
666 E mandamos aos officiaes de nosso juizo, como so Meiri-
nho, Escrives, Inquiridol'es, e Contador, que tratem com cortezia, e
acatamento aos Sacerdotes, e Clel'igos que perante elles tivcrem rcque-
rimentos, ou negocios, c os despachem com brcvidadc, c no consiu-
to que estanuo elles assentados estejo os Sacerdotes: ou Clcl'igos em
p, (10) ou descubertos; e lazendo o contrario ::icro suspensos de seus
officios, e pl'esos pelo tempo que pareceI'.
667 E torla a injuria feita aos Clel'igos em razo da qualidade Ja
pessoa ser havida pOI' atroz, (11) e podcro os Clerigos demandal-a
(2) 1. Paul. ad Timol. 5. 17. Text. in cap. Si Tmperalor. 96. disl. cap.
Ornnes, cap. Solilre de maior. el obed. cap. Pcr venerabilem, qui filii sint legi-
timi, cap. Accusatio 2. q. 7.
(3) Paul. ad Bchr. 5. 1. Trid. scss. 22. in decl'. de Ohservand. et viland. in
princip.
(!~) Tridel1l. sess. 1!~. dc Prenilenlia C. 5. l\iatth. 10. Joan. 20. cap. Verbum
de Prellil. disl. 1. cap. Adhuc de prenitent. disl. 3.
(5) Ad Roman. '12. 10. cap. Sacerdotes 93. disl.
(li) Text. in cap. Esto subjectus 95. disto J,. Neqllid . Circa, et ~ Observa-
re Ir. de omc. Proconslll.
(7) Cap. Episcoplls 1. 95. disl. Consl. U1yssip. lib. 4. til. l~. in princip.
(8) Consto JEgilanicns. lib. 3. til. 13. C. 1. 2.
(9) tuc. 22. 61. ibi: Conver us Diius respexit Pelrurn: el ibi D. Juan.
Chrysust. Vocem emisil. per intllitum; non enim ore locutus est, ne ipsum forle
redarguat inler Jud~os, et propriurn confundal discipulum.
(10) Argum. texl. in 1:. Episcopus, et in <:<'p. Quis dnbilct 96. disL .
(11) L Atrocern Cod. de injuriis. Thetnlld. p. 3. decil. 335. II. 1.2. Funil.
10111.::1, prax. fI, 105, )1. 195.
DO AI1CEnISPA DO DA BAHIA. 2-47
contra os leigos no nosso juizo Ecclesiastico (12) ou seculal', qual mais
(Juizerem.
TITULO X.
QUE os ASSIGNADOS, E 1'110CUlUES DOS CLEIUGOS TENDO FORA DE
ESCRIPTURA PlJDLlC..I..

668 Assim como as Leis seculares conc.cdem aos C.aralleiros, e


Nobres alguns pI'ivilegios, e prerogativas em razo de sua nobreza, as-
sim tambem se devem conceder aos Sacerdotes, e Clerigos, pois pOI'
sua grande dignidade no ha duvida que merecem ser tratados como
pessoas nobres, (1) e qualificadas. POI' tanto ol'denamos, e mandamos,
que neste nosso Arcebispado, e em nossa jurisdio se admitto as
procur3es razas, (2) e quaesqucI' outros assignados, e papeis, que de
sua lettr3, e signal fizer qualquer Clerigo de Ordens Sacras, ou Benefi-
ciallo, e valhO em juizo, e fra delJc, dando-se-lhe inteira f, ecredilo
como se foro escri pturas publicas.
TITULO XI.
t QUE os CLEI1IGOS NO PODEM SER PRESOS, NElII EXCOM~JUNGADOS POI1 DI-
VIDAS CIVEIS, 'o TENDO POI1 ONDE PAGAI1.

669 Tem os Clerigos, que so solrlados da celeste milicia, (1)


pOl' semelhana com os soldados da mllicia terrestre, privilegio para
no serem executados por dividas cireis, cm mais do que commoda-
mente podem pagaI" (2) ficando-lhes com que se posso honestamente
sustentar, c POI' isso mesmo no podem ser presos (3) pelas dividas,
nem constr3ngidos a fazei' cesso de bens. Pelo que, conformando-nos
com a di posio de direilo, (/,) ordenamos, e mandamos, que os Clel'i-
gos de Ordens Sacras de nosso Arcebispado no sejo presos por divi-
das civeis, que procedo de contrato, ou <}uasi contrato: e se no livc-

(12) Cap.Olim de injul'iis. Ord. lib. 2. til. 9. 3. Gtos. in cap. Pal'ochi-


anos de sento excommunic. Jul. Clar tino q. 36. n. 37. Thom Vaz allegaL 55.
Gabriel Pereira de Man. Reg. 2. p. c. 56. 1. u. L et n. 33. et cap. 57. n.
8. Themud. p. 2. deeis. 127. n. 2.
(1) Texl. in cap. Reperiuntur 1. q.1. (-;105. in cap. Dcnique 4. disl. Facit
~.. Atrocem cod. de injuriis. Bart. eonsil 180. Jason in L Generaliler If. de in
~us vocand. Carval. de Jjcgit. p. 1. num. q82. Sed veritas est. A Cunha ad texto
10 cap. lUirol' 5. disto 50.
(2) Felin. in cap. 2. n. 10. de Probal. et ibi Deeius. Thernud. 1'.2. decis.
14~. n. 2. et 5.. Thoill. Vaz allegal. 72. u. 71. Barbos. ad Ord. Ilb. 3. til. 59. n.
2. 111 priucip. Mrnoch. consil. 991. n. 6. vel's. 5. Cabed. 1. p. doeis. 139.
(1) Cap. Dileelo, cap. Cum seeundum de pncbend. cap. 1. de Cleric. regrot.
cap. Militare 23. q. 1.
(2) Cap. Odoal'dus de soIut. et ibi DD.
')" (3) Bar~. ad diet. text. in cap. Odoardl1s n. 20. Rice. in prax ..1. p. r~soI.
-06. n.J. et lU pl'ax. deeis. 282. et scq. Thom. Vaz all'eg. 25. n. 1. Ubl alros cltat.
([~) Cap. Odoardus 3. de solur]. Theml1(1. 1. p. deeis. 7[~. Abb. ad diclum
text. n. 2. Barb. de univers. jUl'. Eeeles. e. 39. 6. Fal'.1ac. de Cal'cel'ib. et
eareeJat. q. 27. n. 63. eum seq. Suar. de Pace iII Pl'act. tom. 2. 1'.3. cap. unie.
n. 4. eum seq. Strphan. Gratian. Diserpt. fOl'en . c. 222. n. 38. ClUU seq.
rem com qn pagaI' aR t.litas divida:;, lJo sero cxcomnnmgados por c/-
Ias, nem conslrangit.los a fhzer cesso de bons, antes gOZ:.lri\o do bene/i-
cio qu(lhes :concedido pelo Capitulo Ocloarcllls, fazendo-se illventa-
rio de seus bens, e dividas, e aqnelles, que forem acbados se julgarflo
a sens :lcI'edores, conforme a preferencias, que pOl' Jiroito lhes com-
petirem, deixando-se aos Clerigos deyoclores o necess:lrio para sua con-
grna snstentao, que Ns, ou IlOSSO Yigario Geral taxaremos confor-

me a qualidade das pessoas: no podero renullcial' (5) oste pl'ivil-
gio, por lio d<lr occasio, a que, no lhes ficando com que se nsten-
lal', anelem mendigando em opprobl'io da Ordem Clerical.
G70 POI'em o dito privilegio lIo havor" lugar nas di\'ida~, que
procedel'em de ueUclo (6) on qnasi delicto porque por e las devem
ser executados, o, sendo neces al'io llresos, ainda que lhes no fique
congma snstentao. E 001ro-sim no llaver lngal' nos mais casos,
cm Cjue, confO\'ffie adir ilO, (7) no gozo osClel'igosdo Jito privilegio.
671 E por quanto pOI' l:espeiLo do Jito privilegio no acho mui
tas yezes os Clerigos o que ho mistel', l1em com elles querem algnmas
pessoas contrataI', e assim lhes Oca o privilegio sendo prejudicial ell-
commendamos muito ao nosso Yigario Geral, ou a quem pertencer,
admiLLa, e julgue estas excepes com toda a considerao (8) de modo
que fiquc smeote aos Clerigos o prcci amontc ncces al'io para sua sus-
tentao, e no andarem mendigantlo, eomputando- c tambem o que
podem ]lavcr, e ganhar por suas Ordens.

TITULO XII.
QUE os CLEI'.1COS \'io 1'osslo SER CO~S'fRANGIDOS A 11_\ZEREM ClT.\F.S
NOTIFICAES, SALVO mI ALGuNS CASOS l'AR'flCI;LARES.

672 Qucl'cndo favorecer ao Clel'o de nosso Arcebispado, c tl'atul'


de sua auloridade, c quietao, manJamos aos l\linistro , e Officiaes de
nossa justia Ecclesinslica, no obl'iguem (I) aos Pal'ochos, Sacerdotes,
e CIel'igos de Ol'dons Sacras a fazer per si j taes, nem a 1l0til1carcm,
intimarem, ou publicarem monilorios, manaJos, ou sentcnas cm
J:ausas c.rime", ou civeis, em que haja parte. E o ml~smo se guardal':
nas que conel'cm slmente com a justia, salvo (2) quallllo [Jo hOllY~r
commodidade pll'a se fazerem as cita"s e notifica es por outros ~h-

(1)') Commuuilel' DD. ad dicl. lexl. in e. Odoal'c1us ex lext. in c. Si diligcn-


ti de for. compe!. I!hceb. 1. p. decis. 1\8. n. 'lO. Marl. ele JlIl'isdicL. p. 4. casu
It2. n. 21. Ceva], commun. conlra comm. q. 17. n. 11.
(6) Glos. in cap. OJim ele r.'sLit. poliat, Ceva\. q. 701. n. 8. Gulier. eleJu-
ran). confirmalor. p. 1. c. t7. Barbos. ad tcxl. in c. Odoardus n. '15. Thoma
Vazalleg.25. n. 8. Farin. lib. L q. 26. n. 11. et 12. et q. 27. n. 72.
(7) Barhos. ad diclllm lext. in c. Odoal'dus a n. 6. curo seq. et de unirmo
juro Eee\. c. 39. 6. a n. 18. eum seq. Tboro. Vaz alleg. 25. ii n. !k
(8) L. Miles 6. in princip. juocla Glos. 2. rr. de re judicala. Dict. en.p.
Odoardus sccllndl1m comlIjunem. Rico. cli<;L. deds. 282. el seq. Giurba (lC<:15,
42. n. 20. et seq. Meuoch. de Arbil,l'. casu 183. u. 30. Themud. 1. p. dccis. 74.
n. 5. Conslit. Ulys ip. lib. 1\.. lil. l~. decreto 1. SI 2.
(L) ConsLit. Ulyssipon. lih. 4. Ltt. 4. decr. 1. 3. Brachar. til. 31. coost. 5.
num. 1.
(2) Const. Dracbar loco c.itato n. 2 . ..'Egilan. lib. 3. til. 1a. C. 2, 1. fol. 302.
00 AnCEl31"PAlJO DA BA1IJA.
Ilislros; Ill)~ qunes tel'mos podero obrignl' ,aos C/erigos a Cnel-as, e el-
les sero diligentes em cumprir pam IJo:1 administrao <.la justia.
G73 E declaramo', que no pl'ohilJimos nos Clerigos fazerem ci-
Ines em causas Eeclesiasticas, se elles yo[ulltariamente (3) as aceita-
rem, c smenle prohibimos o poderem ser constraJlgidos, e ohrigados
a isso.
TlTULO XIII.
-r DE co~o OS GLU:llIGOS DEVI;:~1 SER CITADOS, E Ei\I Q E TEMPO, E LUGARRS
o i'io PODERO SER.

67ft Pelo respeito que se deve:is Dignidades, Conegos, Vig-


rios, c quaesquer outras pes oas constituidas em dignidade, 0I'dena-
mos, e mandamos, ljUe, havendo (le sei' cilados, se lhes 050 fao as
citaes por Porteiros, (1) seno por Not:lI'ios, c ESC1'i"es do Audito-
rio Ecc1csiJslico, (podeudo SCI' commodamente) ou do secular: e fazcll-
do-se pOI' Clerigo, se reputar a este respeito como feita por Escrivo
ou ~otnrio. E o mesmo se guardar na ilao de qualqnet' pessoa no-
bre secular.
675 E outro-sim mandamos ao Porteiro de nosso Andilorio, que
no cite Clel'i~o algum dentro das casas (2) de sun morada, e eitando-o
dcclaramos por uulIas as ditas citaes. E nem-um Clerigo poder sei'
cit:lllo, on preso no dia, e \'espeJ'il em qnc disse!' Missa (3) nova: nem
110 tempo em que celebrar, admini traI' Sacramentos, (J,) Oll assiSlil' aos
omeios DiYinos, (5) nas Igl'ejas, ou rl'a dellas; nem no dia em que to-
mar algllmas das tres Ordens Sacras; (6) nem no dia em que lhe mor-
reI' (7) eu pai, mi, ou irmo, nem dahi a oito dias' e fazcndo-se o
contrario, ficar tudo .unllo snlvo (8) se for feito eom especial licena
nossa, ou de nosso Viga rio G'ral o que se no cOllcedel'l, seno quan-
tIo hOIl\'er' perigo na tardana, 011 conC01Ter outra cansn justa.
676 E mandamos ao nosso Meit'illho, Escrives, Notarios, Por-
t('il'os e mais pessoas que concorrerem Das diligencia, que se l17.erem
s pessoas Ecclesiaslicas, as fa.o com cortezia, (9) e bom termo, de
modo que fao seu omcio pontualmente, mas sem o[c11sa, e menos es-
timao das pessons Ecc!esiaslicns, sob pena do serem suspensos, ('

. (3) Dicla Consl. U1yssipon. tlict. S\ 3. Porluens. lib. 3. til. 13. eonslil. 4.
ln finc pl'ineipii.
. ("l) L. !~. Pl'lelor verso YCl'ccuncla lf. de Damno infecto. Com!. Bl'achar.
1I1. 3L conslil. 3. 3. Ulyssipon. lib. !~. lil. 4. tleerel. 1. 4. fel. 323.
(2) 01'(1. Regia lib. 3. til. 9. S\ ult. Consl. Bl'aehar. til. 31. con t. 3. n. I.
foI. 438. U1yssip. diel. lib. I. til. !~. decl'. j. 4.
(3) A-I'/?umrnt. L. 2. /T. de in jus voeand. Consl. fEgilan. dicl. lib. 3. til.
13. cap. 3. lU principio.
. (4) Dieta L. 2. lf. de illjus ,"ocand. et ibi Glos. verb. Pontificcm. Orrl. Re-
gia Iib. 3. til. 9. 7.
(iS) Consl. JEgilan. diet. cap. 3. foI. 303. U1yssip. dict. ~ 4. foI. 32!~.
(6) Ord. lib. 3. til. 9. ~ 8. COllslil. Braehar. diet. eon!. 3. n. 2. 1'01. 1.37.
(7) Ol'd. c1irl.. lil. 9. 9. L. 2. O'. de in jus voeando.
(8) Con l. Bral'harens. diet. consl. 3. n.2.
(9) Cons!. fll'achar. dieta eonst. 3. n. 4. foI. 43R. POl'lnrus. dict. lib. 3. til.
13. consl. 5. yrrs. 3.
250 CO~ST1TU1ES

ainda privados de seus olHcios,' segundo a quulilbde (1:15 pessns, e da


culpa. E se algum Clerig lIsando mal do bom termo dos Ministros,
os trataI' mal de palavras sobre seu omcio, 011 lhes desobedecer, ou re-
sistir, ser castigado (10) rigorosamenle; como se dispoelll \lO livro 5.
TITULO XIV.
t QUE SR NO PROCEDA CONTRA os CLER!GOS QUE fOREM CUIlA5 DE ALMAS
NO TEMPO D.\ QUARES)L\

677 POI' quanto as Igrejas no tempo da Qual'esma necessilo


muilo da assistencia dos Parochos, para que no haja ['alta na adminis-
trao dos SacI'amentos, OI'denamos, e mandamos, que nem-um \liga-
rio, Coadjntol" Cura, ou Capcllo, quc actualmente tivel' CllJ'a de almas
em nosso Arcebispado, possa SCI' citado de novo, (1) ou demaudado cm
juizo de Qual'ta Feira de Cinza inclusivamente at a Dominga de Pastor
Bonus: nem nas causas, e feitos j comeados se possa proceder du-
rante o mesmo tempo. E sendo necessario fazer-lhe citao no dilo
tempo para se perpetuaI' alguma aco, que pereceria se ento se no
fizesse a citao, poder ento ser feita: e tambem podero ser cilados
nesse tempo, no para respondel'em logo, seno depois de ter j pas-
sado.
68 Porm nos feitos crimes (2) no ter lugal' o sohrcdilo, e
s6mente os Parocbos que forem Ros, e se livrarem pessoalmentc, 011
com carla de seguro, ou alvar de IJana, podero no dito tempo da
Quaresma ser admittirlos a se livraI' pOl' procuradol', indo fazer l'esiden-
cia pessoal a suas Igrejas: mas os presos no aljuhe, ou sobre sua ho-
menagem, no logt'aro do ueneocio desta Constituio.
TITULO XV.
-r QUE os CLER1GOS NO SEJO PRESOS NO ALJUCE SENO pon CASOS
~1UITO GRA"ES.

679 Ot'dellamos, e mandamos, que as Dignidades, Couegos, Prc-


bendados, e meios Prehendados, e os Viga rios collados de nosso At'-
cehispado, e os outros Clel'gos de Ol'deos Sacras, que se o no fot'o,
tinbo homenagem sendo leigos confot'me a qualidade de suas pesso a_s,
e os que fot'em Lettrados graduados em Tbeologia, ou Canones, nao
sejo presos no aljube, (1) nem em oull'a cada pelos crimes de que fo-
rem accusados, e o sero s6mente sobre homenagem, (2) que lhes se-

(10) 0\'(.1. lib. 5. til. 49. et50. .


(1) Facit L. Quadraginta Cod. de Feriis, el ibi Barb. n. 2. Const.. U1yssI-
pon. lib. !~. til. 4. 5. fuI. 324-. JEgitan. lib. 3. til. 13. cap. 4. foI. 3M.
(2) Conslit. Portuens. lib. 3. til. 3. const. G. verso 1. fEgitan. lib. 3. til. 13.
const. 4. n. 1. foI. 304. U1yssip. dict. 5.
(I) Facit.. Ord. lib. 5. til. 120. Ph~b. 2. p. areslo 50. ConstH. Ulyssip.lih.
!~. til. 4. decr. 2. 1. foI. 325. Brachar. dicl. til. 3.01. consL 2. n. 1. .
(2) L. 1. !T. de custod. reor. Ord. Heg. lib. 5. til. 120. Const U1yss,pon.
ubi proximc . .JEgitan. lib. 3. til. I~. cap, 6. foI. 306. Thom. Vaz allcg. 13.
n. 2.
DO AHCEllISPADO DA BAIUA. 251
r tomaua 9m suas casas, ou na Cidade: e lugal'es onde yivcrem, con-
forme a qualidade do deliclo, e segundo pal'cccI' ao nosso VigaJ'io Geral.
680 E nos CI'imes mais gravcs, e atrozes, porque mereo (sen-
do provados) pcna de degredo perpetuo, ou lempoI'al para gals, An-
gola, ou S. Thom, c privao de seus Bencficios, podcro ser )wesos
110 aljube, (3) e tambcm (h) quando a priso se lhes der em pena ue de-
licto, conclcmnando-os a que estejo presos tautos dias, 011 que paguem
(5) presos do aljuhe, ou havcndo lcmor provavel dc podcrem fugir (6)
da homcnagem; ou finalmente quando estando prcsos sobre eJla, a
quebral'em, porque no lal caso lhes no ser concedida outra vez.
681 E encarreg3mos muilo a nossos Minislros que, quanto lhes
for possivcl, escusem (7) prender os Clerigos lias cadas publicas secu-
I3rcs, que pOI' Proviso de S. l\Iagestade sen'em de aljube neste Arcc-
bispado e procuraro que os Carcereiros tl'atem aos que forem presos
com boa cortezia, (8) no que no cnconlrar scgurana ue suas pessoas.
682 E outro-sim ordenamos, quc no posso ser cmbargados
por divida civel (9) na dila catl(~a, ou aljube, os CleJ'igos, quc cm l"3zo
dc qualqucr crime eSlivercm presos .
.TITl LO XVI.
ms IGREJAS, C.'PELLAS, E MOSTEIROS. QUE NESTE ARCEBISPADO SE Jlio
EDIFIQUE IGREJA, CAP~LLA, ou MOSTEIRO SDl LICEi'\"A i'iOSS_\.

-l' 683 Conformc a direito Cnnonico, (1) e Sagrado Concilio Tritlen-


tino, (2) no se pde edificar de novo, ncm reedificar depois ue cahilla,
e arruinada alguma IgrL'ja, Capella, Ermida, Collegio, ou Mosteiro,
sem que )l.'imeit'o proceda aUloridade, c licena do Ordinario. Pelo qne
conformando-nos com sua disposi~o, ordenamos, e mandamos, soh
pcna de excommunho maior, e de cioc.oenla cruzados para as despc-
zas, c accusndor, qne nem-uma pessoa de qnalquel' <,stado, e condio
quc seja, ncsLe nosso Arcebispado ediOql1c, ou fundc de novo Igreja,
Ermida, Capella, l\'Tosteiro, Convento, on Collcgio, posto CJI1C seja ue
Regulares (3) isenlos; nem depois dc arruinados, e cahidos, ue lodo os

. (3) L. Divus ff. de cnstod. reor. L. Si confe sus fI. eod. til. junclo c. Si Cle-
riCOs de enL. excom. lib. 6. Ord. lib. 5. til. 120. Consl. Ulyssip. lib. li. til. ~,.
c1ecrel. 2. !li '1. Farinac. dc Carccrib. et CarecI'. q. 53. n. M .
. (!~) C~nst. U1yssip. nbi proxim. Brachar. til. 3ft. constil. 2. n. 2, foI. 435.
iEgllan. dIC!. C. 6. n. 1. foI. 3U6.
(5) Consl. Brachal'cns. dir.t. consto 2. n. 2.
(6) Themud. 2. p. dccis. 1',6. II. li. Hcynos. obscl'val. 37. 11. 20.
(7) Consl. llrachar. dicl. const. 2. num. 4. foI. 436. Ulyssip. lib. 4. til. 4.
dccrclo 2. 1. foI. 325.
(8) Dict. Cunslo Ulyssipon. ulJi proximc.
6 (9) Al'gllm. cap. Odoardus ele Sululionib. ubi AlilJ. n, 2. et diximus sub n.
69. Cnnslo Ulyssip. ubi proxime.
. (O Tcxl. iII cap. Si quis vull. 16. q. 7. C. l'iemo Ecclesiam dc consccr.
dls~. 1. narb. de POlesla!. Episcop. 2. p. alleg. 26. per tolam. Zerol. io pl'axi
Eplscop. p. 1. vcrb. 1\fonaehi Si 1. et2.
(2) TridCllt. l'SS, 25. dc Hcgularib. C. 3. in line et ibi Barb. n. 27. cl 3!t-
. .(:1) Tcxl. iII C. Cm dilrclus de rcligios. domih. Tcxl. iII c. -'\lIlhorilillc lle
Pl'IIlleg. lih. (j, CiI!!; Quidam ~!ollachorum, cap. Dc Monachi_ 18, q. 2. cap.
CO~STlTlJI(ES

l'etfiOllllC, e restauro cm espccialliccna, e :1ull'jtlade 1I0StiU, ou dtl


nossos succcssol'es oaoa por escl'ipto. E fazelldo O contrario (4) alem
o{~ incorrer nas dilas penas, se nos parecer, lhe ser dCl'I'ibado, e de-
molido tudo o que liver feito sem a dita licena.
G81. E depois de feita, e acalJada a 19l'eja, Capella, ou Conyeuto,
para se poder dizer Alissa na [gl'eja, e Altares, haver lIoya liccna nos-
sa, (5) a qual lhe no concederemos, sem que primeiro as mandemos
\'isitar, para sabermos se esto acahadas, e os Altares cm frma coU\'c-
niente, c se tem o neccssario para se podei' dizer Missa nelles.
-l< 685 E toda :1 pessoa EcclsiasLica, ou st'culal', pOI' cuja ordem
se dissel' Missa na tallgreja antes da dita licena, 0\1 induzir alguem a
que a diga, pagar (6) viole Cl'uzados de pena, e incol'l'ei' em excolll-
munho maior 1pSO {acto; e o Saccroote sccular, que nella dissel'l\1is-
sa, scrtl suspeuso de suas Ordens, preso, e castigado com as mais pe-
Has que sua culpa mOl'eoel'.
686 E o Hegula!' quc for achado dizendo Missa na tal Ig!'cja,
ser levado a seu Superior, par::! quc o castigue, (7) c mande disso CCI'-
tidO, coniorme dispocrn o Sagl'ado Coneilio Tridentino. E havemos
aLaI IgI'eja, Ermif!a, ou Capella por iolel'dicla para se no podcl' dizer
Missa nella, cm quanLo se n50 houvcr a dita liccna, e Icrollt::u' o diLO
illICi'dicLO.
TITULO X\ II.
DA EDIFICAO, 1> REPARAO DAS IGREJAS PAHOCflIAES.

687 Conforme o direito Canonico, (J) as Jgl'cjas se <lerem fun-


daI', e cdifical' em lugares decentes, e acomrnodados, pclo que manda-
mos, que havendo-se de edical' ele oovo alguma Igl'eja parochial em
uosso Al'ceIJispado, se edifique em sitio alIO, c lugar ccente, livre da
humidade, e dcsviado, quanto 1'01' possi\'el, de lugores immundos, e
sordidos, e <1e casas p.al'ticularcs, c de outras pal'edes, em distancia que
posso andar as Procisses (2) ao redol' dellas, c que se faa em tal pl'O-
por,o, que 11o smenLe seja capaz dos fl'cguezes touns, mas ainda de
mais gcnLe de fra, quando COnCOI'l'el' s fcstas, e se edifique em 111-
gar povoado, (3) onde estiveI' o maior IHlmel'O dos freguezes, E quan-
elo se houver de fazei', (h) scd com licena nossa: e feita vestoria, ire-
mos primeiro, ou outra pessoa de nosso mando, levantai' Cn:lZ no 111-

Qlli vere 16. q. 1. Trid. dicL cap. 3. Barbos. dicL. alleg. 26. Talllburill. de Jure
AlJbaLiss. d. 33. q. Ln. 2.
(l~) ConsL. .illgitan. lib. l~. til. 1. O. '1. ill fine.. POI'Luens. lib. 4. tiL. 1. in finco
(5) l\fosLazo de Causis piis Lom. 2. cap. 2. n. ~2. et cap, 7. n. 31. COl1sLil.
Porluens. lib. l~. c.onst. 1. verso TI depois.
(6) ConstiL. PorLuens. ubi pl'oxime vers.2.
(7) Tl'idenL. sess. 2. de Rcgularibus cap. H. c ibi Barbos. !ln. 1.
(I) l'exL. in cap. Ecclcsias 16. q. 7. cL ill cap. I~cclcsias '13. de eonsrcr.
disL. 1. COl1stil. lJlyssip. lib. ~.. til. 5. c1ec.rcL. 1. in priucip. rul. 32G. A~giLan.
lib. 4. Lil. 1. C. 2. foI. '11:;9.
(2) Conc.llrol'inc. Mediol. 1," Gayalll. ill Manual. I'crb. Ecclesia n. 2G. Frall-
cez dc Ecr1cs. c. 12. !l. 71,.
(3) Texl. in C. 1. de Cuslorl. Eu har. COllslil.. Ulyssip. lilJ. I,. IiI. 15. t1e-
("-1'1'1. I. iII prill ip. notLor('s ao Lcxt. in ('''\,. JJ:Cl~le. ias de COllScC'r. di L. l.
(1') COIISI. Uly sip. 11icI. e1rcr. J.
DO AllCEBl 'PADO DA BAilU.
gnl', aonde IJOuver de estar a Capella maior, e demarcar o aml.to oa
Igreja, e adro della.
688 As IgI'ejas Parochiaes (5) tero Capella maior, e cruzeiro, e
se procural'J que a Cnpella maior se funde de maneira, que posto o Sa-
cerdote no Altar fique com o rosto no Oriente, (G) e no podendo ser,
Hque para o Meio dia, ma!> nunca para o Norte, nem para o Occidente.
Tero llias Bflptismacs (7) de pedra, e bem vedadas de todas as partes,
almarios (8) pnra os Santos Oleos pias (9) de agoa benta um pulpito,
(tO) r.oofessiooal'ios (J 1) sinos (12) e casa de Sncristia; (13) e bayer
no amlJilo, e circulll'crencia dellas adros, e cemiterios capazes para nel-
les se enterrarem (U) os defnlltos; os C/uaes adros sero demarcados
por nosso (15) PI'ovisor, ou rigario Geral, como acima uea dito, e os
autos (16) desta demarcao se guardaro no nosso Cartorio, e o trasla-
do no Cartorio de cada uma das Igrejas.
689 E no tratamos aqui do dote que preciso (17) tenha cada
uma das Igrejas Pal'ochiaes: porque como todas as deste Arcebispado
pertencem Ordem e Cavallaria de nosso Seuhor Jesus-Christo, deque
S. Magestarle perpetuo admiuilrador, tem o mesmo Senhor com
!Uuito catholica providencia mandado pagar pontualmente, e vo na fo-
lha os dotes das Igrejas, que seis mil ris a cada Igreja, e oito para
as que esto cm Villas: assim como com mnito liberal mo como to
zeloso, e Catholico Rei manda U:ll' grossas esmolas, assim para a edifi-
ca.no (18) como para a rce1lificao das ditas Igrejas.
TIT LO XVHI.
DUS ~IOSTElIl.08, E IGREJAS DOS R ,GULARES QU.\,'TO .... FUNDA,\'O, E ERECO.

690 Para cOllcedermos a licena, que conforme o Sagrado Con-

(15) Dict. COIISt. U1yssipon. dicl. decr. i. ~ 1.


(fl) Clcmens EpisL 2. Au"'ust. lib. 2. de Sermo Domini in monle C. 9. Cons-
lil. U1yssipon. llhi proximc. iEgilan. lib. lh lit. i. cap. 5. n, 1. Gavant. in Ma-
nua\. vrrb. Ecelesia n. 29.
(7) Cap. Omnis Presb t r de Consecr. disto l~. Dionys. de Ecdes. Hierarch.
p. 2. cap. 2. Consl. JEgilan. lib. ~. til. 1. c. 5. u. 30. U1yssip. dicl. decr. 1. S) L
f 1. 327.
(8) Cap. L de Cuslod. Encharisl. Conslit. Brachar. til. 25. consl. 2.
(9) Coneil. })ro\,. l\Iediol. l~. Gavant. verb. Eeelesia n. 39. Consl. U1yssi-
pano diet. ~ 1.
(tO) Consto U1yssipon. c1iel. 1. .7Egilan. lib. Ii,. til. 1. cap. n. 3l.
(11) ConsL U1yssipon. IiI.>. 1. til. 10. deercl. 6.
(12) Conslil. Iyssipon. lib. 4. tit. 5. deerel. 1. 1. foI. 327.
(13) Conslil. Ulyssip. proxirn.
(Il~) Texl. in e. Nemo Eeelesiam. de Conseer. disl. 1.
(lo) Diel. Cap. Nemo Eeelesiam, sicut antiqllitus eum scq. 17. q. 4. Quod
Ecetrsire l\1alriees debeant habere spaliuID quadraginla passuum lenenl13arbos.
de universo juro Eeel. IiI>. 2. e. 3. n. 38. Coyas yaliar. lib. 2. c. 20. U. 5. Ju!.
C~ar. iu prax. crimin. lib. 5. SI fino q. 30. Guazd Defen. reor.defens. 1. cap.
31. n. 6. ('al'anl. in .\anua!. Epise. verbo Jmmunitas n. 5.
(16) Constil. 1Egitan. lib. Ii. tiL. i. cap. 6. 11.45. U1yssip. dicL decl'. 1. 1-
(17) Texl. in cap. Cum icnl de Conseer. Eceles. cap. Si quis vuH. !~1. 1(i.
q. 7. cap. Nemo 9. de Conseer. Jisl. 1.
, (18) Ad tC:1:L in cap. unieo "lO. q. 3. cap. Deel'mimlls tO. q. I. cap l. de
Eedcs. tNlifieal. Tl'idrnl. sess. 12. de Hcl'urtn. '. 7. ct ibi Barbosa.
32
CO: STLT IES
cilio Tridentino (1) neccssaria para se fundai', ou institui!' (Ie nora
algum Mosteiro de Religiosos, ou Religiosas em nosso Arcebispado,
posto que sejiio isentos, malHlal'emos primeiro "er (2) o lugar, e sitio
em que se quer fundai', e tomaremos informao da' rendas e bens que
se lhe applic,o, e se li fundao necessaria, c proveitosa: e onvil'e-
mos os superiores (3) dos outros ~lOSleil'os, se os houver no mesmo
lugar, soure o prejuizo, que da nora fundao pde resultar, e bem as-
sim quaesquer outras pessoas, que nisso forem (/,) intel'essadas.
691 E achando que se lhes no segue prejuizo consideravel, e
que com as rendas, ou esmolas (sendo Ueligio que no possue bens
em commum) se podel'~o sustent3l' sem pl'ejuizo dos outros Mosteiros
j fundados, lhe concederemos licena (5) taxando-lhes o numero de
Reljgiosos, OLl Heligios33, (6) fazendo-se de tudo autos, que se guar-
dal'fiO no nosso Cartorio, e no dos mesmos Mosteiros, por estar nssim
disposto pelo Sagl'ado Concilio TridenLino, e motus [ll'olJl'ios dos Papas
Clemente VIII, e Urbano VJJI passaJos sol)re esta materia.
TITULO XIX.
DA lWIFICA:O DAS C.\PELLA.8, ou ElHlIDAS, E o QUE SE PA.R,\. CO~I AS
QUE ES'l'IVEREM DArIINIFICAD.\S.

692 Ainda que cousa muilo pia, e louvavel eflifical'Cm-se (1)


Capellas em 11oma, e lomor de Deos nosso Senhol" da "il'gem Sellho-
ra Jossa, e dos Santos, lJorque com isso sc exercita, e a[ervol'a a de-
yoo dos fieis, e sc segue a utilidade de haver nas grandes e dilitadas
Parochias lugares decentes, em que commodamenle se possa celebrar
como convm muito que se edifiquem com tal consierao, que, eri-
gindo-se para ser Casa de Ol'ao, (2) e devo,o, nuo o sejo de es-
candalos pela pouca lIecellcia, e omalo dellas, ordenamos, e manda-
mos, que querendo algumas pessoas em nosso Arcebispado funuar C-
pella de noro, nos dem primeiro conta por petio, e achando (3) Ns
por vestoria, e informao, que mandaremos fazeI" que o IlIgnr de-
cente, e que se obrigo a fazeI-a de pedra, e cal, (.4) e nuo smcnLede
madeira, ou de barro, assignando-lhe dole competente (5) ao meuos
(1) TI'ident. sess. 25. de Uegularib. cap. 3. Constit. UJyssip. lib. 4. til. 5.
decreto 3. in principio.
(2) Dieta Consl. UJyssipon. ubi proximc. lEgilan. IiI.>. 4. til. 1. cap. 6.
Porluens. IiI.>. li-. til. 1. const. 6.11rnehar tit. 25. const. 2. LL 1.
(3) Decret. Clemenl. vrn. Barb. de universo juro Eccles. lib. 2. cap. 19.
O. 15. Gralian. forens. tom. 3. C. 517. uum. 18. Diana lom. 3. Lracl. 5. refol.
39. 1. el. 3. Donal. II'<\cl. 2. q. 4. til. 4.
(ln Coosl. UJyssip. ubi pl'oximc. Portuens. loco citalo.
(5) Carclio. de TAIC. de Uegul. disco il2. Pelliz. in Manual. lom. 2. trael. 8.
cap. 7. q. 5. oum. 95.
(6) Trident. sess. 2. de Regular. cap. 3. Pius. V. anno 1566. Gavanl. ver-
do l\Ionialium numerus n. 1. et 2.
(1) D. Ambros. SenTI. 89. tLc. 7.
(2) l\Iatlb. 21. 13.
(3) Text. in cap. 'emo Eccle iam de conseel'. disl. 1. c. Placuit l. q. 2.
(I~) Conc. Provinc. Medial. 3.
(i) Texl. in cap. Cum sicut de conset:l'. Ecclrs. cap. Si qui vuH !~I. 16. q.
. cap. Nemo 9. de consecl'. disl. I.
DO ARCEBISPADO DA B\ RIA.
de seis mil ris cada atiuo para sua fabrica, reparao, e omamenlo ,
lhe concedel'emos licena, (6) fazendo-se de ludo autos, e escl'ipturas,
que se guardaro no Cartol'io da nos"a Camara.
693 E sempl'e nas licenas, que concedermos, se rcsalar o di-
reito das Igrejas Pal'ochiaes, (7) s quaes em nem-uma cousa se pre-
judicar pela ereco, e fundatio de qnaesquer Capellas, e Ermidas,
que de novo se fizerem; e se ter particulal' adrertencia, que se no
fundem em lugares ermos, e despovoados. E todas as Capellas esta-
ro sempl'C limpas (8) e a chave se entregar a pessoa deyola, que te-
nha cuida<.lo de sua limpesa, e de a fechaI" e abril' quando for tempo.
69h E Itayenuo em nosso Arcebispado algumas Capellas, ou EI'-
midas que eslejo muito ,-elIJas, e rnioosas, sem haver quem as possa
reparar, e restaurar, ou faltas totalmente de ornato, e ornamentos sem
renda para a fabrica dellas' ou que eslcjo em lugar to crmo, e des-
povoado, que fiquem expostas a indcceucias, nossos Yisiladores torna-
ro informao de tudo, e faro disso autos, e summarios, para que
conste do estado da Capella; e no harendo quem se obrigue a amai-a,
e reedificai-a, estando ruinosa, 011 Ilal omada, e reparada, ou em lu-
gar muito ermo e desporoado, se derribe e profane; (9) e se tireI' al-
guma Imagem, se mudal' pal'a a 19l'eja (10) Parochial. E os aulas,
c summal'ios se guardaro no Cartorio da nossa Camal'a ArclJiepiseopal,
pal'a que a todo o tempo conste a circunspeco, com que se pl'ocedeo
cm materia de tanta impol'tancia; e como fazendo-se todas as diligen-
cias para qne se recdific3sse, e conserasse, pOl' no poder sei', pal'e-
cco maior servio de Deos mandaI-a del'l'ibar.
-l< 695 E finalmente manuamos, sob pena tle excommunho maior,
e de cillcoenta cruzados, que nero-uma pessoa Ecc1esiastica, ou secu-
lar, de qualquer qualidade, ou condio que seja, ponha escudos (11)
de rmas, ou quaesquCl' outras in ignias, ou letl'eiros nos portaes, pa-
redes, ou em outra parte de dentl'o, ou de fra das Igrej3s, Capellas,
on Ermidas de nosso Arcebispado sem especial licena nossa, ou de
nossos Sllccessores dada por escriplo: (12) e fazendo o contrario, alem
da sohl'edita pena e censura, os nos os Visitadores (J 3) as mandaro
raspar, tirar, ou quebrar em termo bl'eYe.

(6) Coo lil. "{;Jyssipoo. lib. 4. lil. 5. deerel. 2. ~ 1. foI. 330.


(7) Diela Coost. Vir sipon. ubi proxim. Glos. in cap. A nobis, verb. Tn Ca-
pelIa de juro palronal.
(8) Psalm. 25. 8. Trid. sess. 7. de Reformal. cap. 8. el sess. 21. de Re-
formo cap. 8.
(9) Consto Ulyssipon. lib. 4. lil.1>. ~ 2. foI. 230. .iEgilan. lib. 4. til. 1. cap.
7. n. 3.
(10) Conslil. iEgitan. lih. 3. lil. 1. cap. 2. n. 4. foI. 360.
(U) Cenect. ad Deerel. eolleel. 11)4. n. 4. Bobadil. tom. 2. Polit. lib. 3. e.
5. n. 58.
(12) Coo lil. Braehar. lil. 21>. eons!. 3. foI. 319.
(13) Dict. Conslit. Brachar. ubi proximc.
2:16 C ~ST1TUTE
TITULO XX.
DAS SAN'l'AS BIAGE.'S.

696 Manda o Sagrado Concilio Tl'idenlino, (1) que nas Igrejas


se ponho as Imagens de Clu'isto Senhor nosso, tle sua sagrada Cruz,
da Virgem Maria Nossa ScnllOra, e dos onll'os Santos, que esliverem
Canonizados, ou Beali (iCJUOS, e se pintem rela bolos, ou se ponho figuras
dos mysterios, que obrou Clu'isto nosso Senhor em nossa lledempo,
por quanto com ellas se con/hma o POyO fiel em os trazer memoria mui-
tas yczes, e se lembro dos beneficios, e mercs, que de sua mo re-
cebeo, e continuamente recebe e se incita tambem, vcnf]o as Imagens
dos Sautos, e seus milagms, a dai' graas a Deos nosso Senhor, e aos
imitar; e encarrega muito aos Bispos a pal'ticular diligencia, e cui-
dado que uisto devem tel', e tambem em procurar, quc no haja nesta
materia abusos, supersties, nem cousa alguma profana, ou inhonesla.
697 Pelo que mandamos, (2) que nas Igrejas, Capellas, Oll Er-
mi das lle nosso Arcebispado no 'haja em retabulo, Allar, OLI fra del-
le Imagem que no seja das sohreditas, e qne sejo decentes, e se con-
formem com os mJ'sterios, ,ida, e originaes que represento. E man-
damos, que as Imagens de vulto se fao daqui em dianle de corpos
inteiros, e ornados de maneira qne se escusem vestidos, por ser assim
mais conveniente, e decente.
698 E as antigas que se costumo vestir, ordenamos seja de tal
modo, (3) que no se possa Gotar indecencia nos rostos, yestidos, ou
toucados: o que com muito mais cuiuado se guardar nas Imagens da
Tirgem Nossa Senhora; porque assim como depois de Deos no tem
igual em santidade, e honeslidade, assim convm que sua Imagem so-
bre todas seja mais santamente vestida, e omada. E no serno tiradas
as Imagens das Igrejas, e leyadas a casas particulares para nellas se-
rem vestidas, nem o sero com vestidos, ou ornatos emprestados, (h)
que tomem a servir em usos profanos.
699 E liO que toca preferencia dos lugares, que enlre si devem
ter nos Altares, declal'amos, (5) que sempre as Imagens de Chl'isto
nosso Senhol' devem preceder a todas, e eslar 110 melhor lugar; e logo
as da Virgem nossa SenlJora; e depois a cleS. Pedro Princ.ipedosApos-
tojos: e que a do Palro, e Titulai' da Igreja ter o primeiro, e melhor
lugar, quando no mesmo Altar no estiverem Imagcns de Christo nos-
so Senhor, ou da Virgem Nossa Senbora. E mandamos ao nosso Pro-
"isor, e Visitadores fa.o guardar o que nesta Constituio se ordcna,
procedendo contra os culpados com as penas que parccerem justas., .
-l' 700 Em execuo do que est disposto pclo Sagrado ConCIlio

(1) Trident. sess. 25. de Invocat. et venerat. Sacrar. Imagin. !\i. mud ,"cro,
Gavant. in Manual. verbo ImaginesSacrren. 1. et2. ,
(2) Const. Ulyssipon. lib.4. tit. 6. decl'. 1. .lEgitan. lib. 4. til. 2. C. 3. a D.
t. cum seq. .
(3) Consto Ulyssipon. ubi proxirne SI 1. .lEgitau. loco citato n. 5. Bl'aclJar.
til. 25. consl. 6.
(!~) Constil. Ulyssip('n. ubi proximc. JEgitan. loco citato. Regula, Sem el
Dco, de regul. juro lib. 6.
(5) Constit. lTIgilan. dicto C. 3. n. 4. Ul)'ssipon. dict. !\i 1. fol. 333.
DO ARCEBISPADO DA BAHTA. 2:J7
'l'ridcuLino, (6) mandamos, sob pena de excommunho major, e de yio-
te cruzados, que nem-uma pessoa Ecclesiastica, ou secular, de qnal-
quel' estado, ou condio que seja, ponha, ou consinta pr-se em qual-
quer Igreja, Ermida, Capella, ou Altar de nosso Arccbispauo, posto
que seja de H.egulal'es, ou por qualquer outra via isentos, Imagem al-
guma de Deos nosso Senhor, da 'irgem Nossa Senhora, dos Anjos, ou
Santos pintada, ou de 'vulto, sem ser vista, e approvada por Ns, ou
nosso Provisor, e se concedeI' licena, pela qual se nno levar cousa (7)
alguma. Exhorlamos muito, que, quanto for passiveI, primeiro que
se ponho nas Igrejas, e Altal'es as Imagens de vulto, sejo bentas na
frma do Pontifical, ou Ritual (8) Romano.
701 E mandamos ao nosso Meirinho, sob pena de ser suspenso
de seu ollicio a nosso arbtrio, que onde quer fJuc achar uns paineis, a
que cham~o ricos feitios, e em que esto muito mal pintados alguns
Santos, os leve ante nosso", igario Geral, (9) que proceder nesta ma-
teria como lhe parecerjuslo c conveniente, nilo permittindo se rendo
paincis, que cm lugar de exercitar a devoo provoquem a riso.

TITULO XXI.

QUE mAGE)1 DA CR 'Z SE r\o PINTE, r\Enl LEVANTE EM LUGARES I~DE


CENTES; E QUE AS IMAGENS ENVELHECIDAS SE REFORMEM.

-l< 702 O Apostolo S. Paulo (1) nos ensina, que todo o Catholico
dere glorificar-se da sagrada arvom da CI'UZ, troplleo, e insignia glo-
riosa dos fieis Christiios, em que nosso Salvador Jesus Christo nos re-
mio com seu precioso sangue, por cuja causa bem que de todos seja
tralada com toda a reverencia. Por tanto mandamos, sob pena de excom-
munho maio]' i1150 (acto inctl1Tenda, e de dous mil ris para as ouras
pias, e Meirinho, que nem-uma pessoa per si, ou por outrem em modo
algum pinte, abra, ou ponha Imagem, e signal da Cruz (2) uo ChilO,
aonde se lhe posso pr os ps, nem tambem debaixo de alguma janel-
la, uem aos ps das p.aredes cm lugares immundos, e indecentes. E
s~ ao presente estiverem postas algumas em semelhantes lugares, so
tll'em pelas pessoas que as puzerno mandro P]', ou a isso tiverem
obrigao, dentro de um mez depois da publicao desta Constituio.
703 E mandamos aos Vigarios Coadjutores, e CUI'as das Igrejas
que tenho cuiua<.lo de assim o fazer cumprir, e guardar em suas Fre-

(6) Tl'id. sess. 21>. de Invocat. et venel'at. Sanctor. Gavant. in Mauual.


ycrb. Imagines sacrro n. 3. Constit. POl'luens. lilJ. 4. tiL 2. conslit. 1. ~ 1-
foI. 374.
(7) Const. IEgitan. lib. ".. til. 2. n. 6.
(8) Uitual. Roman. de Eencdirtion. Imag. Gavant. verbo Imagines facrre
n. 13. Conslit. iEgitarr. nbi pl'oxime n. 7. POl'luens. dict. 1. in fine. .
(9) Con tiL. Ulyssipon. lib... til. 6. decr. 1. Si 2. POl'tuens lib. 4. tiL 2.
consto 1. ~ 2. vers. 1. foI. 375.
(1) Ad Galat. G.
(2) L. unica, cod. ncmilli licere. &c. Gavant. ,rrb. Imagines sacl'<l~ 11.
10. Constit. /Egitan. lib. 4. til. 2. cap. 4. n. 1. fol. 381.
258 co ~STITmES
guezias, denunciando-nos, ou a nossos Ministros as pessoas, que llcsla
materia se acharem culpatlas. Porm (3) no prohibimos que para
consolao dos fieis Christos se fao, ou le\'antem Cruzes de po, ou
de pedra, ou pintadas com a perfeio, e ornato possivel DOS lugares
publicos, estradas, ruas, e caminhos, as quaes quanto for po si"el es-
taro leyantadas elo cho.
70,& E prohibimos outrosim, (J,) que uo cho, ou outro lugar
indecenle se escreva o nome de JESUS, e da Virgem nossa Senhora,
e acha lido-se escripto se fnl' !'iscar como das Cl'llzes Dca dito.
705 Para que uas Imagens Sagl'atlas se evitem totalmente as su-
persties abusos profallidades, e indecencias que j houverem, e se
podem introduzir, encarregamos muito a 110SS0S i itadores c mais
Ministros, que com pal'ticlllarcuidadonas Igrejas, Et'midas, Capellas, e
lugares pios de nosso AI'cebispado que visitarem, fao exame, se nas
Sagradas lmawms, assim pintadas, como de yulto, ha algumas indecell-
cias, erros, e abusos contra a yet'dade dos mysterios Divinos, ou uos
veslidos, e composio exterior cousa conlra a frma de direilo, euos-
sas Constituies. E as que acharem (5) mal, e indecentemente pin-
tadas, ou enyelbecidas, as fao tirar dos taes lugares, e as mandaro
entel'l'ar nas Igrejas em lugares npartados das sepulturas dos elefunclos.
E os retabulos das pintadas, sendo primeiro desfeito cm pedaos se
queimaro em lugar secreto, e as cinzas se deitarO com agoa na pia
(6) baplismal, ou se enterraro, como das Imagens fica dito. E o mes-
mo se obsel'var com as Cruzes de po.

TITULO XXII.

DOS ORNAMEN'l'OS DAS IGREJAS, E MOYEIS DELLAS.

706 Posto que na quantidade dos ornamenlos, e mo,eis que ha


de haver em cada Igreja, se no possa dar regra certa nestas Conslilui-
es, por umas serem mais numerosas, e terem ft'eguezes mais ricos,
e oull'as menos parochianos, e mais pobres; com tudo bem se pdc, e
deve dar em os haver necessariamente em c:lda uma clellas para o cul-
to de Deos, celebrao da Missa, e Omcios Di\"iuos. Pelo que manda-
mos, que em cada uma das Igrejas de nosso Arcebispado haja preci a-
mente omamentos, e moveis para se celebrar com decencia e limpesa.
E nas desta Cidade da Babia, e algumas (lo Reconci.lvo no achamoS
que encommendar de novo, seno muito louvar a piedade, e devoO,
com que esto ornadas, e servidas. Porm as outras de oosso Arce-
bispado tero ao menos o seguinte.
707 Para os Altares, e celebrao do Santo Sacri6cio da Missa:

(3) Const. iEgilan. dicto cap. li. in principio.


(4.) ConsL. lEgiLaniens. dict. Co. 4. n. 2.
(iS) Concil. Provincial. Mediol. 1. Gavanl. dict. yerb. Imagines saaro D.
18. cL19. FaciL Trident. dict. sess. 2iS. decret. de invocat. ct veneral. SancLol'.
(6) Text. in c. J.igna, e. Allaris palla de consecr. dist. L Concil. Provi~c.
Mediol. 4. Gavant. dicl. verbo Imagines sacrro n. 20. Consl. lEgilan. lib. 4. llL.
2. c. iS. rol. 381.
DO M\CEBISP. DO DA BAUL\. 250
Cruzes, (1) froDtaes, (2) toalhas, (3) cortinas, (t.) pedra (5) de A,'u,
SacI'as, (6) panos (7) para as mos estantes, (8) ou almol'adas, casli-
aes, (9) ah'as, (tO) amicLos, cordes, manipulas, eSLolas, planetas,
corpol'aes com guardas, e bolsas, Calices, patenas, palias, sanguinbos,
panos, ou vos dos mesmos Calices, Missaes, galheLas, caixas de bos-
lias, e campainhas. E para os outros Officios DiYinos, e Procisses
havero CI'uzes com mangas, e capas pluviaes. E nas Igrejas aonde
estireI' o Santssimo Sacramento harer lurihulo, na\'ela, palio, custo-
dia, ~mhula para a communho, lanternas, Sacrario, (11) e alampafla,
que diante do Sen11ol' esteja sempre acesa. E fallando dos liVl'os (12)
harel' Bilua] dos Sacramentos, e Cathecismo; o que ludo Da quanlida-
de, e qualidade ser conforme a possibilidade de cada uma uas Ig\'Cjas,
mas haver muito cuidado que tudo seja limpo, (13) so, e decente, e
que se no cclbrc seno em Calices ao menos de pl'3ta (111) com pale-
Jlas do mesmo,

TITULO " XIII.


ms IGREJAS A'LT,\RES, E VASOS, Q E DEVEM SER S.\Cm.\DOS, E DOS QLJE
DEYE~l SER BENTOS.

08 Conforme a disposio dos Sagrados Canonos (1) as Igre-


jas que de uo\'o se edifico, e fundo para yenerao c cullo de Deos
nosso SenllOr, e de seus Santos, c pal'a nellas sc celebrarem Sanlo
Sacrificio da Missa, c Oficios Divinos principalmente sendo Cathedraes
c Pal'ochiaes, de\'em sei' sagradas pelos Bispos na rrma tio Ponlifical
Romano, e quando o no posso seI', (2) devem ao menos ser bentas
com as benos, e ceremonias do mesmo Ponlifical. E das que se sa-
gmrem se faro aulos, e eSCriplUl'aS da sagrao, que se guardaro 1I0S

(1) Cap.. emo de eon ceI'. disto L Suar. tom. 3. in 3. p. d. 81. seelo 6.
~ 4.
(2) l\Iostazo de Causis pi is tomo 2. lib. 15. cap. 9. n. 16.
(3) Cap. Si per negligentiam de eonseer. disto 2. cap. AlLaris palla 39. cap.
N"emo de eonseer. disl. 1.
(l~) Al'gument. text. in cap. AUaris palia de eon eer. disl. L juneto cap.
uH. de cclebrat. Miss.
(5) Cap. AlLaria 31. de consccr. disL. 1. Gavant. in Manual. verbo Alta-
1'0 n. 6.
(6) Miss..L1o Rom. rubI'. 20.
(7) Gavant. in pl'ax. compondo VisilaL. Episcop. 9. n. 9.
(8) Gayaut. ubi proximc.
(9) Argum. lexl. in cap. AlLaris palla de consocl'. dist. 1.
(tO) G'lvanl. ulJi pl'oximc n. H.
(II) Gavant. v rb. Eucharislia 11.13. BarlJ05. de Paroch. cap. 20.11.29.
l'ossevin. de ornc. Curali. .
(12) ConsliL. A<:gilan. lib. 4. tiL. 3. cap. 2. n. 62. cum seq.
(13) Cap. 2. de Custodia Eucharislire.
(11~) Cap. Vasa de conseer. disto I. cap. t Calix 4 de consecr. disto 1.
v.

cap. ullim. de celebl'al.


. . (J) Cap. Omnes Basiliere cap. Ecolesias 13. e. Ecclesirc 18. eum mullis
JlJld. de eonsee. disto 1.
(2) Gal'anl. verb. Benedictio 11. 2. Ritual. Rom. rle Benediclioo. de rilu
bencdicendi novam Ecclosiam. COllslil. UlyssipulI. lilJ. r,.. tit. 7. ill pl'illcip.
2GO CONSTlTUIES
Cartorils deI-Ias, e no ua nossa (3) S, c se declarar o dia, mez, e an-
DO, e por qnem faro sagradas; e isto mesmo se escl'ever em uma pe-
dra, (A) e se por na parede junto porta principal da dita Igreja.
709 E pOl'que todos os Yazos, e ornlllnentos, que servem no Sa-
crificio da l\fissa, <.levem ter particular santiGcao, e dedicao, e COIl-
forme os Sagrados Canones, os Caliccs, (5) Patenas, e Altares (6) de-
vem scr sagrados, mandamos, (7) sob pena de cxcOmml1nbO maio I', e
de outras a nosso arbitrio, que os Altares das Igl' jas, Ermidas, Capcl-
las, Q Oratorios de nosso ArcelJispado, cm Cjlle se dissel' Mis"a, sejo
sagrados, ou sejo Altares lixos, ou ponateis, que se chamo pedl'as
de Arai e ua mesma maneira o sejo tambem os Calices, e as Patenas.
710 E mandamos outro-sim, que as vestimentas, e amamentas
das ditas Igrejas pertencentes ao Santo Sacrificio da Missa, como s50
amictos, alvas, cordes, manipulas, estolas, planetas, dalmaticas, cor-
poraes, e os ''usos sacramentaes, Sacrarios, e Custodias, em que se
guarda o Santssimo Sacramento, sejo necessariamente bentos (8) com
as bellos ordenadas no Pontifical, e Ceremouial Romano: e o mesmo
se entende UOS ornamel1toil particulares dos Bispos. E as pessoas que
usarem uas ditas cousas no scndo bentas, sero castigadas com as pe-
l1as, qne merecer sua culpa_ As outras cousas das Igrejas, como toa-
lbas dos Altares, sinos, e outras semelhantes, no preciso quc sejo
bentas, mas (9) bom ser que o sejo.
TITULO XXlV.
COillO SE GUARDAl\O os ORN..\.l\tEN'l'OS, E ?tlOYEIS DAS lGREHS, E QUE SE
NO EMPRESTEM, NE~l SJRYo EM OUTROS usos.

711 Por qnanto na visita, que fizemos do nosso Arcebispado, ri-


mos que em algumas Igrejas delle ha negligencia, c descuido na guar-
ua, e tralamento da prata, vestimentail, ornamentos e moveis dasIgre-
.ias, que seryem para o culto Divino, ordenamos, c mandamos, que ~s
Vig3rios, (1) Coatljnlores, e CUl'as, e todos os mais, a cuja conta estI-
ver o governo das Igrejas, e a guarda das cousas dellas, as teoho sem-
pre bem limpas, e concertadas, e na guarda dcllas lero a ordem se-
guinte.
712 Sero obl'igados (2) passados lres hlezes depois ua publica-

(3) Conc. l)rovinc. Mediol. 4>. GavanL, verh. Consecralio Ecclesire n. 17..
(!~) Dict. COl1cil. Prov, Medial. 4.. COIISl. Ulyssipon. liJ). 4, liL. 7. in prin-
cipio.
(5) Tex!. in c, unico de Sacram. UncL. c. Sacra Las 25. c. Non liceaL 31. 23.
disto cap. Tn sancta 4,1. ele consecr. disL. 1. .
(6) TexL. in cap. Allaria 32. cap, Nullus Presbytcr 15. de conscc. dlSl, 1-
(7) Constt. U1yssipol1. lib. 4, tiL. 7. r1ecret 1. in princip. jl~gitan. lib. fi,.
til. 3. cap. 4. in princip. ct n. L
(8) Cap. Vasa, cap. Vestimenta de con5~C. c1isl. 1. cap. Consullo de COll-
secl'. disto 1. cap. Sacralas 2il. disto Decrcl. Medial. lib. 3. tiL. 23. cap. 10.
(9) eonsL. Ulyssipoll. lib. l~. LiL. 7. dcct'. 1. 1. A:gitan. lib. 4, tiL. 3. cap.
4. n. 1. verso E posto foI. 27 L
(1) COliSt. Ulyssip. lib. 4. tiL. 8, c1ecreL. 'I. 3. foI. 338. ,_
(21 COllstil. U1'yssiP()I!, d!cl. ~ 3. vers, Sero. (~'l\'al1(. pt'a~. Compeli \. '[-
silo E[.llSCOp. !I. I1L, llc Sat:mtIlI 11. 14-,
DO AUCEBISPADO DA BAllIA. 2Gl
o destas Constitui.es, a ter nas Sacristias das Igrejas (aonde no
hourerem ainda almarios, ou caixes) ou nas mesmas Igrejas em parte
alguma separada os dilas almarios, ou caixes grandes bem fechados, e
limpos para guardarem a prata, Calices, vestimentas, Missaes, e todos
os oull'os ornamentos, que andarem em continuo servio da Igreja. Os
quaes almarios se faJ'ao custa da fabrica das ditas Igrejas; e esla dili-
gencia se faz mais pl'ecisa neste Arcebispado, pois pelo clima da terra
todo o cuidado pouco. E no se cumprindo o sobredito no termo
dos ditos tres mezes, havemos por coudemnados (ainda que se queiro
escusar nlJS pelos outros) aos negligentes em mil ris (3) cada um para
fi fabrica da mesma Igreja, e .Meirinho.
-l< 713 Conformando-nos com a disposio de direito Canonico, (.4)
que das cousas dedicadas ao senio da Igreja prohibe os usos profa-
nos, mandamos, sob pena de excommllnho maior, e dc:z cruzados a
cada um dos Vigari05, Coaujl1tores, Curas, Sacristes, Thesoureiros,
e quaesquer outras pessoas Ecclesiasticas, e seculares, a cujo cargo es-
tiverem as cousas da Igl'eja, no emprestem (5) a prata, ornamentos,
armaes, toalhas, panos de Altares, vestidos das Imagens dos Santos,
e quaesquer outras cousas do servio das Igrejas, para usos seculares,
e pl'afanos, nem ainda para as figuras, que costumo ir lias Procisses,
baptizados, ou enterramentos.
71.4 E prohibimos (6) outro-sim, sob pena de excommunho
maior 11)SO (aclo wurrenda, e de vinte cruzados que nem-um ParocllO,
Thesoureiro, ou qualquer outra pessoa, que em seu poder tiver as di-
tas cousas, se sina de alguma dellas em suas casas, ou em outro lu-
gar em uso profano. Porm (7) no prohibimos que se posso em-
prestar de uma Igreja para outra na mesma Cidade, ou lugar, e para as
anl1exas, e filiaes, sendo para o culto Divino.
TITULO XXV.
QUE HAJA IN"ENTARlO DA. PRATA. ])IOVEIS, E COUSAS DA8 IGREJAS, E U!I1DEl11
LIVRO DO To~mo D.\S NOTICI.\S MAIS ESSENCUES A ELLA8 PERTENCENTES,

-l< 715 Para que a prata, ornamentos, e moveis das Igt'ejas eslejo
a bom recado, e a todo o tempo conste (1) quaes, e quantos tem cada
Igreja, ordenamos, e mandamos, sob pena de dez cruzados, que na nos-
sa S Catbedral, e mais Igrejas Matrizes, ou filiaes de nosso Arcehis-
pado se raa inventario; na nossa S pelo Provisor, e nas Oull'as.Igl'e-
Jas pelos Parochos diante duas testemunhas, de toda a prata, ornamen-
tos, e moveis, que neHas houver paI' titnlos distinctos, c separados,

(3) ConsLil. U1yssipon. u1Ji Jll'oximc.


. (4) Uegula semel de regul. jur. lib. 6. cap. Qum srmel 1.9. q. 3, cap, 'es-
hmenla, cap, Ligna, c. Ad nupLial'um de consecr. dist, 1.
(5) Conslil. UJyssipon. lil.J. 4. tit. 8. decr. 1. \\\ 2. fui. 337. llrachar. til. 2(1.
Consl. 7.
(6) Consiit. U1yssipon. dicl. 2, verso E defendemos.
(7) ConsLil. Ulyssipon. dict. SI 2, lEgilan. lib. 4. til. 3. r,ap. 1>. n. 2. foI. 392.
(i) Cap. Manifesla 12, q. 1. cap, De ~Yl'acusanU 28. disl. Constit. Ulyssi-
POli. lib. 4. lil. 8. decl'. 1. I.
33
262 CONSTlT IES
pesando-se (2) a prata pea por pea, e declal'ando-se o peso de cada
uma, e fazendo-se das qnalidades, e confrontaes dos ornamentos, c
mo,cis especial (3) meno, para que se 11o posso trocar, nem mu-
dar: e tudo se escrever em um liyro da 19l'eja.
716 E mandamos, que nos primeiras visitaes (lt) das Igrejas,
e Capellas, depois da publicao destas nossas Constituies pergull-
tem nossos Visitadol'es se esto feitos nellas os ditos inventarios, e se
os no houver, ou no estivel'Cm feitos em frma, (IS faro, no se fin-
dando a visita das Igrejas sem os deixarem feitos, sou pena de se lhes
dar em culpa.
717 E para que a prata e moveis estejo em melhor recado or-
denamos que pelo dito inyentario entreguem os Parochos as ditas cou-
sas aos Thesoureiros, (5) ou Sacristes onde os hourer; e quando cm
algumas Igrejas os no haja, como os no ha cm a maior parte das !les
te Arcebispado, se far a dita entrega ao Parocho (6) prillcipal, quan-
do de novo entrar: e faltando alguma cousa das contedas no inventa-
rio, que estava feito, S"B reponha com toda a breridade pela (7) fazenda
do Parocho defunto, ou ausente, e no o procUl'ando assim o Parocho
novo, o pagar (8) de sua casa; o que tudo se far pai' termo assigna-
do por ollos com duas testemunhas. E na nossa S se entregar ao
TbesoUl'eil'o-mr; porque isto pertence (9) a seu cal'go e rlignidadc.
718 Item ordenamos que se conSeI've no cartorio da nossa S
sempre a bom recado um Ih 1'0, (10) que j mandamos fazer, do tom-
bo, em que se vem escl'iptas as cOllsas seguintes.
719 Em primeil'o lugar todas as Dignidades, (11) Conezias, Prc-
bendas, e meias Prebendas: os omcios qne ha na nossa S Catbedl'al,
e as obrigaes, e encargos que tem, assim as Dignidades, como Cone-
zias. Item todas as Igrejas Parochiaes (12) de nosso Arcebispado
drclal'ando-se os nomes dos Oragos, e as Capellas annexas que tem, e
quem as fabrica.
720 Item se declal'al'o as Igrejas que s50 obrigadas a ter Coad-

(2) Argum. L. fin. verlJ. Quanlitalem Cod. de juro delibero Conslil. U1j'ssi-
pon. ubi proximc. -
(3) Argum. L. Quod vendilor, el iIJi Glos. lf. de Dolo. Consto Ulyssip. lo-
co citalo. .
(4) Dicl. Conslit. Ulyssipon. eod. loe.
(5) Cap. nnie. de Orne. Sacrist. .
(6) Faeil Consl. Ulj'ssipon. dict. 1. verso E para que. JEgilan. lib. q. LJt.
3. cal!. 6. n. 3. Ii. ct 6. rorluens. lib. [~. lit. 3. consto 6. verso 2. Braeharens.
tit. 26. consto 6. n. 1.
(7) Consl. LEgilan. dicto C. 6. n. 6. Ulyssipon. dicl. ~ 1. verso E para que,
foI. 337.
(8) Nam culpa laIa dolo roquiparatur. Farin. de Delielis p. 4. consil. 30.
n.52. et ibi addilio liler. K. l?aciL Conslil. Pol'luens. lib. [L til. l~. in fine
principii.
(9) Cap. 1. et 2. de orne. Cuslod. Consl. U1yssip. dict. ~ 1. verso E para
que, foI. 337.
(10) Text. in cap. Exeeptione 12. q. 2. cap. 2. de clonalionib. Eslra v:
Sixti V. qure incipit, Solieiluuo, edila anno 1588. cap. Ad audientiam, ulll
Glos. verbo Censualem de Prrcsel'ipL. c. Cum causam de probalionih.
(11) Const. Ulyssipou.lib. [~. liL. 10. decr. 2. JEgilan. lib. Ii. liL. [~. e. 2. n.
2. Bl'ilChar. lil. 27. COIl 1..1. II. 2.
(12) COIlSI. UJyssipon. uhi .pwxilTlc. JEgitulI. dicL. C. 2. II. 3. cl q..
DO ARCEDTSPAD DA BARIA.
jutOI', (13) ou Cura, o que caua um delles tem de congl'Ua, e o quanto
5. i\Iageslade manda dai' pal'a a fabrica das di las Igrejas Parocbiaes,
por uma slJa Proviso passada em 8 de Novembro de 1608: em que o
dito Senhol' orf1coa. que para recebeuor das dilas fabricas seja e/cito
pelo Prelado, e Cabido uma Dignidade, ou COllego de muita confiana.
721 Pelo que o nosso Re 'erendo Cabido advirtil' todos os ao-
nos ao Capitular, que for eleito no dilo cargo de Recebedor, que no seu
anno no dei' cobrada tOfla a importancia das dilas fabricas, ou no
mostrar que fez a diligencia com os Ministros do dito Senhol', para IJle
mandamm pagar, e como requer~o por escriplo o que fazia a bem das
lIitas Igrejas, pagar ellc dito recebedor por inteiro de sua fazenda (U)
a fabrica das Igrejas que faltar por cobrar. Porque nos mostrou a ex-
periencia, quando tomamos contas, a grandssima perda que lem resulla-
do s Igrejas, da omisso e desatteno dos Recebedores passados; e
pal'ccendo a fabrica limitada temos achado, que o que fallou por cO'
brar importa mui consideravei quantia, (Ie que resulta eslarem as Igre-
jas sem o ornato de\"ido, Gomo yimos na yisita que fizemos de todo nos-
so Arcebispado.
722 Item se escreyem neste livro todos os officios (15) de nos-
so Arcebispado, de qualquer qualidade que sejo cuja pro\'iso nos
pertence, e se declara se so perpetuos, ou temporaes.
723 Item os direitos de nossa Cbaucellal'ia, (16) assim das con-
firmaes dos Beneficios, como de quaesqner outras provises, ou pa-
peis. Item o qne se costuma pagar de Lucluosa (17) por morte de
cada um dos C/erigos deste Arcehispado. Item o que se paga a nos-
sos officiaes (18) Ilas provises dos Beneficios, e officios.
72A Item se trasladaro no (Iito lino em fl'ma autentica, para
flue a todo o tempo conste, toelas as seotenas, (19) escriplUl'as, e do-
cumentos que 110uver sobl'e as dilas consa , ou sobre Ca os dcciuidos'
cm favol' de nossa jurisdi.o.
TITULO _ "'Yl.
DO QUE SE FAR DOS ORi.DIE. 'TOS YELHOS DAS IGIlEHS, E D.\ ~I.\DE)RA,
PEDRA, E TELHA Ql"E DELL.\ SE TIRAR.

725 Por quanto as cousas dedicadas ao DiYino cullo no podem


mais senrjl' em \1S0S profanos, (1) ordenamos, e mandamos, que achan-
do nossos Visitadores alguns omamentos, que por rotos, ou relbos no

(13) ConsL. Ulyssipon. loco citaL. l"Egitan. dict. cap. 2. n. 8.


(14) Nam lanqllam mandalarills leneLm' de omni culpa. I,. A procllralol'C.
T~. Tn re mandata cad. mandali. T.. Servos 63. ~. Quod. vcr fI'. de furlis. l\Jan-
llca (le lacitislib. 7. til. H. n. 7. Yalasc. consnlt. tH. n. 9. DeI Rio in L. Con-
lractu c. 7. ct 15. Pegas. forens. p. L c. 3. n. 87. ot seq.
('US) Consl. UI ssipon. lib. 4. lil. 10. decr. 2.
(16) Dicta ConsLiLlll. Ulyssipon. ubi proxime r'F:gilan. lib.4. til. 4. c. 2.
n. 10.
(17) ConsL. Uli ipon. ubi pl'oximc. lEgilan. dicl. c. 2. n. 7.
(18) Coo L. rEgilan. abi pl'oxime n. 11.
(i9) ConsL. Ulyssipon. dicl. loc. ll~~itan. loc. cilalo 11. 12.
. (i) Regul. Scmcl elc rcga\. jUl'. tib. 6. crp. Qllro semcl19. q. 3. cap. Yc -
Inllcnla, rapo Lignil, r .. \c1 1111]lliill'llIll dr Cnl1srrl'. di L. -I.
CONSTITUIES
estejo capazes de servil" podendo-se refOl'l1131' com consa nova, Oll
uns com ontros, de maneil'a que posso decentemente ainda prestai',
mandem que assim se faa. E se estiverem cm tal estado, que ainda
que se reformem, no ficaro com decencia, os mandaro queimai" (2)
e enterrar as cinzas dentro da Igreja, ou lanar no sumidouro das pias
baptismaes.
726 E outro-sim mandamos, que o mesmo se faa dos vestidolS
(3) das Imagens. E porque de toda a madeim, pe(ha, e telha qlleser-
vio em alguma Igreja, se deve usar (.4) reverentemente, bem que
se no use della para uso secular, ou profano, seno para outra Igreja,
Mosteiro, ou lugar Religioso
... 727 Por tanto, conformando-nos com a disposio dos Sagrados
Canones, ordenamos que a madeira, pedra, e telha que se tirar d~ al-
guma Igreja, ou Capella, se no possa dar, nem vender para uso pro-
fano (5) sem licena nossa, salvo for para os lugares sobreditos. E
sendo a madeira to podm que lio possa servir, se queime; e fazendo
se o contl'ario do que aqui dispomos, se incol'l'er (6) em pena de ex-
communho maior ilJSO facto, e de mil ris applicados para Meil'inho, e
accusador.
TITULO XX, II.
DA REVERE~CIA DEVIDA A'S IGREJAS, E LUGARES SAGRADOS.

728 A Igreja Casa de Deos, especialmente deputada p:Ha seu


louvor, (1) por tanto convm que haja nella toda a reverencia, (2) 11U-
mildade, e devoo, e se destel'l'em dahi todas as supersties, abusos,
negociaes, tratos profanos, pl'uticas, disconlias, e tudo o mais que pde
causal' perturbao nos Omcios Divinos, e oITender os olhos da Divina
l\fagestade, para que se no commettonovos peccados, quando, e onde
se vai pedil' perdo dos commeLli<1os. Pelo que, conformando-nos com
a disposiO dos Sagraflos Canones, e Bl'eves (3) dos Summos Ponti{i-
ces, exhortamos, (A) e admgestamos muito a todos nossos sllbditos,
que assim quando entrarem na Igl'eja, como em qnanto nellaestiverem,
tenho, e mostrem gl'ande deyoo, llllmildadc, e re"erel1cia, para que
no s6 agradem a Ocos nosso Senhor, mas tambem com seu exemplo
mO\'o e edifiquem os Proximos. E neste nosso Arcebispado isto ne-
cessario pelos muitos neolitos, pretos, e huaes, que cada dia se bapli-
zo, e convertem nossa Santa F, e das exterioridades, que vem ra-

(2) Cap. Altaris pana de conscer. disto 1. Barb. de universo juro Eedes. lib.
3. e. 2. n. 40.
(3) Const. Braehar. tit. 26. eonslit. 3.
(4.) Glos. ad texto in cap. Ligoa 38. de ConseCl', disl. 1.
(5) Diet. cap. Ligna, et ibi gloso Const. U1yssip. lih. 4. tit. 9. deer.1. verso
E mandamos. .
(6) Diol. Conslit. U1yssipon. ubi proxime.
(1) Joan. 2.16. text. in e. 2. de Jmm. Eeel.lib. 6.
(2) Cap. Deeet de Immunit Eeel. lib. 6. Trid. sess. 22. in deeret. de ob-
servo el evitando ill eclebrat. Missre.
(3) l\Jolus propl'ius Pii V. ineipit. Cum primum.
(4) Diet. cap. Decet, Psal. 92. Consto Brachar. til. 25. eonslt. 9. Lame-
ens. lib. 4. e. 1. U1yssip. lib. !~. til. 13. decr. 1. foI. 367.
DO ARCEBISPADO Dl BAHJA. 205
zer (5) aos brancos aprendem mais, do que das palanas, e doutrina,
que lhes ensino, porque a sua muita rudeza os no ajuda mais.
729 Mandamos que nas 19mjas no estejo os homens entre as
mulheres, nem ellas entre os llOmens, mas uns, e outros estcjo em
asscntos separados, (6) de modo, que Hquem todos com os rostos para
o Allal'-mr; (7) e em nem-um se poder pessoa alguma encostai', (8)
ncm p!' sobre elles o chapeo, ou outra cousa alguma, que no sirva
para o uso, e ministerio do culto Divino; nem estar com as costas vi-
radas para o Altar, em que estiver o Sacl'ario. Outro-sim os bancos
para os homens se assentarem, se poro das portas tI'avessas para bai-
xo detraz das mulheres, por ser assim mais conveniente; o que se en-
tender nas Igrejas, em que commodamente puder seI', e deixamos is-
to ao arbitrio de nossos Visitadores.
730 Nem-uma pessoa de qualquer qualidade que seja, leve, e
tenha nas Igrejas (9) armas de fogo, nem outras offensivas prohibidas,
de que se receba escanrlalo, excepto os Ministros da justia, e os que
os acompanho; e assim mesmo os Capites, e Soldados em razo de
seus omeios, guardando porm a modcstia, e compostUl'a, que se deve
a lugares sagrados. E outro-sim dentl'O Das ditas Igrejas, ou Capel-
las, ninguem poder estaI' com o cabello atallo, nem tomanuo tahaco
de fumo, nem atar s portas dellas os cavallos, nem ainda dentro do
adro. E se alguem for comprehendido em algumas das cousas aqui
prohibidas, ser castigado a arbitrio de nossos Ministl'os, POI' quanto
so diversas as culpas, e umas merecem maior, e outras menor pena,
salvo se estiveI' taxada pOl' algum capitulo de visita, ou por costume
immemoriai, no ha, endo derogao nossa espccial.
TITULO XXVIU.
QtE i'iAS IGRE.TAS SE NO ASSENTEIII EM CADEIRAS DE ESPALDAS, o TU1-
nORETES, NEM os LEIGOS ESTEJO SEi'iTADOS l'iA CAPELLA-lIIn mi
QUANTO SE FAZEM os OFFIC10S D1YIi\\OS.

-li 731 As Igrejas so pa!'::! se exercitar nellas actos de devoo, e


humildade, (1) e no de vaidade, e ostentao, e quanto maiores fo-
rem as pessoas, tanto maior a obl'igao que lhes eOlTe de dal'em ex-
emplo aos outros nesta matel'ia. Pelo que mandamos, (2) sob pena
de excommunho maior ipso (acto lcurrencla, e de cem cruzados para

(5) Ad Philip. c. 4. 5.
(6) Concil. ProYicial. l\Iediol. 4. Gavanl. yerb. Ecclesiarum reverenlia n.
25. D. Clemens lib. 2. cap. 61. Themud. p. 3. decis. 279. n. 5.
(7) Gavant. verb. Ecclesiar. reverentia n. 19. Dict. Const. Pii V. constit.
Lam ecens. lib. 4.. til. 4. cap. 1. S) 3.
(8) Dict. Constit. Lamec. u bi proxime. Triden t. sess. 22. in decr. de obser-
va~d. el eviland. in celebrat. Miss,C. Conslil. Ulyssipon. lib. 4. lil. 13. decreto
1. ln princip. Brachar. tit. 15. consl. 9. n. 2.
(9) Dicta Consl. Ulyssipon. ubi proximc, verso Prohibimos. Lamecens. dict.
C. 1. Si 6.
(1) Cap. 2. in principio verso Sil itaque de imuDit. Ecc1es. lib. 6.
(2) Conslit. Brachar. til. 25. conslil. 10. foI. 326. lyssipon. lih. 4. til. 13.
dccrel. 1. S) 1. Themud. 1. p. decis. 51. el p. 2. decis. 208. el 3. p. decis. 279.
n.11. et '12. Barbos. yot. 1'15. Sulorz. de Jur. Incliar.lib. 4. c. 3. n 53.
266 COXSTlTUIES
as tlespezas da justia, e accusador, que nem-uma pessoa Ecclcsiasli-
ca, ou secular, de qualquer qualidade, ou condi o que seja, em quan-
to se disser Missa, e se celebrarem os Omcios Divinos, se as. ente nas
Igrejas de nosso Arcebispado, ainda que sejo de Regulares, em cadei-
ras de espaldas, excepto (3) as pessoas seguintes, entre as quaes 110-
meamos algumas para os casos, cm que succeda acharem-se neste nos-
so Ar ebispado.
Os Cardeaes, Patriarchas, Arcebispos, Bispos, e Nuncios Aposto-
licos,
Os Duques, Marquezes, Condes, e Govemadores deste Estado.
Os Inquisiclores quando estiverem em alguma 19l'cja fazendo dili-
gencia, ou acto de seu alicio. .
Os nossos' isitadores quando actualmente estiverem de visita em
algum lugar.
A Camara desta Cidade, e dos outros lugares do Arcebispado, (at-
tendendo ao costume) quando estiverem em corpo Je Camara.
732 Declaramos que as pessoas Ecclesiasticas, aqui nomeadas,
podem estar assenladas em cadeil'as de espaldas dentro da Capella-mr,
mas no podero te1' as dilas cadeiras dos degl'os do Altar para cima,
exceptuando as pessoas, s quaes concedido pelo Ceremonial (A) Ro-
mano dos Bispos.
~ 733 POl'm as pessoas seculares, que em raziio de suas dignida-
de'podem ter cadeiras de espaldas, posto que sejo do habito de qual-
quer das lres Ordens Militares no as podero ter na Capella-mr, nem
em outras quaesquer, quando (5) llcllas se celebrem os Omcios Di\'i-
nos, sob as ditas penas. E insistindo alguma pessoa em ler cadeira
de espaldas na Igreja, ou (lentro ua Capella, no lhe sendo licito con-
forme esta disposiO, mandamos a cada um dos Parochos, e quaes-
quer outros Sacerdotes seculares, ou Regulares, sob pena de eXCOll1-
munh50 maior ipso (aclo lcurrenda, e de rinle cruzados por cada vez,
que no digo l.\Jissa, (6) nem fao os Omcios Diyiuos at com elTeilo
a tal pessoa obedecer, e nos avisc.m com hrevidade, para se pl'ocedel'
conlra os desobedientes.
731, I robibimos a cada um dos Parochos, e a quaesquel' outros
Sacerdotes, sob pena de excommunho maior, e de se lhes dar em cul-
pa, que se no assentem lia Capella-mr, nem rra deIJa na Igreja em
cadeiras de espaldas, salvo (7) para fazer eslaao quando commoda-
mente a no pudcr fazeI' do pulpilO, ou cm p 110 cruzeiro .
.;< 735 Item pl'obibirnos, sob pena de excommunho maior, e dez
cruzados para a fabrica, e accllsadol', que nem-um homem, de qualquer
qualidade que seja, tenba na Igreja assento particulal' (8) appl'0pl,jatlo
vara si, ou para as mulheres, mas os assentos sejo communs, e ignaes

. (3) ConsLil. Ulyssipon. ubi proxim. Lamccens Jib. q.. tiL. 4. c. 3. in principio.
PorLucos. lib. 4. tit. 9. consLiL. 4,. in principio, cL vers. 1. et 2.
(4.) Crerem. Uom.lib. 1. c. 13.
(5) Text. in cap. 1. de ViL. eL boncstal. Cleric. Congrcgalio Bit. 4. Fcbru-
arii 1600. Crerem. Episc. dict. lih. 1. c. 13.
(6) Constit. U1yssipon. dicL. 1. n. 12. PorLucns lib. ,'L til. 9. consLiL. 4.
Yers. 4.
(7) ConsLil. Ulyssipon. dicl. 1. n. 9: iEgitan. clict. c. 3. 2. foI. 315.
(S)' Dic.l. Const. (l]yssipon. t.lict. SI 1. n. 10.
no UtCEBI PADO DA BAJJJL 267
para todos, e havendo alguns estrados, ou assentos pal'Liculares os nos-
sos Visitadores (9) os mandnro tiraI', c lanaI' fra com brcvidade.
-l< 736 Pal'a quc os Omcios Dhinos se posso celebrai' com devo-
o, e menos impedimento, e os Sacerdotes tenho aqueHa preferen-
cia no lugar. que de uireilo lhes dcvida, Ns conformando-nos com
a slla disposio, e da Extravagante do Santo Papa Pio V, ordenamos,
e mandamos, qne em quanto se disscl' Mi sa, e celebrarem os Omcios
Divinos, nem-um leigo esteja na Capella-lDr, sob pena de pagaI' cada
um mil ris para as fabrica das mesmas Igrejas, e accnsador; e que os
Parochos os no consinto, antes os mandem despejaI" sob pena de se
lhes dai' em clllpa. E se algum no quizer sahil' selldo mandado pOl'
elles, pI'ocedero contra o tal com peua de excommunho, (10) e no
obedecendo o declarem por excommnngado, c depois de declarado no
celebrem, nem continuem com os Omcios Divinos, em qnanto o ex-
commnngado no sahi!' da Igreja.
-l< 737 Porm esta nossa Constituio no haver lugal' (11) DOS
leigos, lJue estivel'em nas CapelJas-mres para efI'eilo de cantaI" tanger,
c ajudar aos Omeios Divinos, nem nos que ajudarem Missa, e tiverem
tochas, ou assistil'em ministl'ando em semelhantes funces, nem nos
quc cntrarem para se confessar e commungar. E tambem sendo a
Igl'eja pequena a respeito <.los fregllezes, ou occasio de festa, em que
haja grandc concurso dc gente, seno couherem !lO corpo da Igreja,
podero seI' tolerados alguns leigos na Capella-ml'. E mandamos a
cada um dos Parochos, sob pena ue suspenso <.Ie seus ollicios atl( nossa
merc e serem presos, que no consinlo pessoa alguma !la Capella-
mI' contra a frma desta Constilllic;o, antes a executem inteiramente,
c a leio algumas vezes a seus freguezes estao.
TIT LO XXIX.
QUE i'i.\S IGREJAS, E EUS ADROS SE NO FAO FEIRAS, MERCADOS CON-
TRATOS, OU ESCRll'TUl\AS, l'iEl\I ACTO ALGU~ DE JOHISDlO SEC LAR.

-l< 738 A Casa de Deos, como elle !lOS ensina, casa ele Orao,
(1) e no lugal' de negociao. Por tanto couformando-!los com a dis-
llOSio de direito, mandamos, sob pena de excommunho maior, e de
dcz cl'uzaclos pal'a a fabrica lia Igreja, e accusadol" que nas Igrejas, e
seus adros se no fao feiras, ponbo tendas, nem se compre, (2) e
venda, ou apregoe cousa alguma, posto que seja para comer, ebober: c
que se no fano quaesqncr outros contratos, escambos, ou escljptu-
raso
-l< 739 E ontl'o-sim mandamos, que nem-um Julgadol', 011 qual-
quer outro Ministro de jnstia secular faa aul1icllcia. (3) ou ou,a as

(9) Oliva de foro Ecc1cs. 1. p. q. 16. ii n. 44.


(10) Constil. J,amcccns. lib. 4.. til. 4. C. 2. in princpio foI. 313.
(II) Con l. UI v sipon. dict. ~ 1. n. '13. I.amccens. dict. c. 2. 2. 3. ct "..
(I) l\Iallh 21. 13. Text. ia cap. Ejicicas 88. disto
. (2) tuc. '19. Joanu. 2. cap. Ejiciens 8. rlisl. cap. 1. de Immunil. Eccles.
IIt). 6. vers. Cessenl.
(3) Texl. in cap. Decet de [ml11nn. Eccll's. cap. Decel 'od. lil. lib. 6. Barbo.
cip OITir.. el Pole l. Parol'. dp. 13. n. 11.
268 co. STlTUIES
parles em alguma Igl'cj2, ou no seu adro: c qne niio fao remataes,
ou quaesqucI' oulras execues, nem mandem deil:lI' preges, citar ou
notificar pessoa alguma, ou fazer qualquer oulro aclo judicial de jlll'is-
dio contenciosa, ou ,'oluntaria, sob pena de excommunho maior, c
de cinconta cl'Uzados applicados na frma sohredila: nas quaes penas
no s incorrero os J ulgatlores. e .Minisll'os, mas lambem os Escri-
ves, Advogados, e quaesqucr outros officiaes da justia secular, que
enlrevierem nas ditas cousas, ou a ellas derem furor, ou ajuda. Eue-
claramos por nullos (/,) todos os antos de jurisdiO, que no adro ela
Igreja se {jwrem.
-l< 7/,0 E debaixo da mesma pena de excommunho maior ipso (ac-
to incurrelula, c de rluzentos cruzados applicados como fica dilo, manda-
mos que nas Igrejas, e seus adl'os se no faa execuo alguma corpo-
ral, (5) em que uaja pena de morte, cortamento de memuro, ou effu-
so de sangue, nem ahi ponho a tormento os delinquentes: e lhes en-
canegamos muito, que quando levarem alguns a padecer, aoutar, ou
a qualquer outra execuo corporal, os no levem (6) pelos adrus das
Igrejas, e, l1avendo necessariamente de passar por elles, suspendo a
execuo cm quanto por elles forem, e tralem os uelinquelltes com
piedade.
7/,1 Item pl'oIJiuimos estreitamente aos officiaes da justia Eccl-
esiastic3, (7) que nas Igrejas, e seus adros no perguntem testemulJuas
sem especial licena nossa, sob pena de serem suspensos al Bossa mer-
c de seus omcios. E o nosso Vigario Ceral no faa na Igreja, eadI'o
actos de jurisdio eontenciosa, por quanto (8) de"e daI' bom exemplo
aos leigos, e trataI.: com maior cuidado da reverencia devida aos luga-
res sagrados. O que se no entender (9) no nosso Provisor, Viga-
rios Gel'aes, e da Vara, e Visitadores nas diligencias que fizerem llcr-
Lencentes a S0US omcios.
TITULO XXX.
QUE NAS lGnEJ.~s SE NO FAO FAnAs, E JOGOS PROFANOS; riml SE C01LA,
BEBA, DUmlA, BAILE, ou FAO NOVE 'AS.
-l< 71.2 Pelos inconvenientes, que resulLo de que as Igrejas, feitas
para 1011vol'es de Deos, e exercicios de espirito, Sil'vO de ncl/as se co-
mer, e beber, e fazeI' outl'as aces muito il1l1ecenles (1) ao lallugar,
(li.) Dicl. cap Dccel ~. Orclinarii, \'crs. Et nihilominus, de Tmmun. Ecc1es.
lib. 6. et ibi Baruos. n. 7. Conslil. Brachar. lil. 211. COllSl. 11. ll. 1. lEgilan.
lib. !~. til. 11. cap. 4. in finc pl'incipii.
(5) Cap. Cum Ecelesia 5. de Immunil. Ecclcs. ArguID. tcxl. in cap. Qua
fronle, ct ihi Glos. verbo CanonicllID dc appellal. cap. l)l'rcccptam 2. q. 2. .
(6) Dicl. cap. Cum Ecclcsia 5. de Tmmun. Eccles. COllslil. U1yssip. hb 4.
til. 13. decr. 1. 2. vcrs. Ilem o primciro.
(7) COll~lit. U1rssipon. dicl. ~ 2. \'el's. ll\l, Lamcccns. lib. 4. til. 4. C. 4.
1. lEg:lan. IJb. 4. til. 11. cap. 4. n. 2.
(8) D. AlIgllsl. lib. 1. de Scrmon. Domin. in monle cap. 6. tom. 4. Cons-
IiI. lEgilan. dicl. Cilp. !~. n. 1.
(9) Argumcnl. cap. Qlla rl'onle, ct ibi taos. \'cl'b. Canonicllm de appclla~.
cap. Prrcceplllm 2. q. 2. cap. tm EccIcsia 5. de Tmmunit. Eccles. cap. 1. 111
fine principii, codem tit. lib. 6. COlIslit. tI ssipon. dicl. ~ 2. \'crs. ull.
(I) 1. Corinl. 11. 22.
00 AHCEBlSPAD DA BAlHA. 261J
ue que nascem mil descomposturas indignas delle: conformando-nos
com a disposio de direito, (2) e Sagl'ado Concilio Trideutiuo, e Cons-
titnio do Santo Papa Pio V, ordenamos, e maudamos, sob peua de
excommullho maiol', e de dez cruzados, que nem-umas pessoas Ec-
clcsiasticas, ou seculares, tanjo, ou bailem, nem fao uanas, ou jo-
gos pl'Ofanos Das Igrejas, nem em seus auros, nem se cantem cantigas
dcslJoncstas, ou cousas semelhantes. Porm no nossa teno pro-
hibir, que no adro se posso fazer representaes ao Divino, sendo ap-
proyadas (3) primeiro por Ns ou pOI' nosso Provisor: nem qne outro-
sim, na occasio de festas, entrem danas, e folias Das Igrejas sendo
honestas, (1,) e decentes, em quanto se no disser l\'lissa, nem se cele-
brarem os OlIicio Divinos.
71,3 E posto que o uso das vigilias nas Igrejas foi louvavel, e
-jC

pio, (5) com tudo a malicia humana o veio a perverter, e fazer occa-
siao de abusos, supersties, e ol1ensas de Deos. Por tanto confor-
mando-nos com a disposio de direito, (G) e Leis (7) do Reino, man-
damos, sob adita pena de excommullho (8) maiol', e de dez cl'Uzados,
que nem-uma pessoa faa, nem use uas taes yigiJias, nem durma nas
Igrejas, on Capellas de nosso Arcebispado, nem coma, nem beba den-
tro dellas, nem em seus adl'Os, nem faa jogo em tempo algum ainda
que seja na vespera, 011 dia dos Oragos, ou em outra qualquer festa,
ou novenas.
7!d1. E se alguma pessoa fizer voto de estar certos dias, ou no-
yeuas nas Igl'ejas, ou CapeUas, declaramos, (9) que nD obriga o voto
aestar de noite nellas, nem no tempo cm que ho de comer, e beber.
POl'm as pessoas que esliycrem acoutadas na Igreja em razo da im-
rnunidacle deHa, de que se pel'tendem yalel', podero (10) ahi comer,
bebeI" e dormil' no Illgal', que mais decente fOI'.
7h5 Olltl'o-sim pel'mittimos que na noite de Natal e de Quinta
Peira maiol' da semana Santa, onde o Santissimo Sacl'amento estiver
exposto, posso (11) os fieis estar na Igreja, e assim mais nas noites
ue Sexta Feira, e Sahbado da mesma semana Santa nas Igrejas, em que
o Senhol' se gUaI'dar encerrado com pompa, e cera para o Domingo da
Hcsul'l'eio. E encarregamos muito aos Paroc.lJos, e mais pess03s
que tivel'cm cuidado das Igrejas, sob pena de se lhes uar em graye cul-
pa 3S tenho nas taes noites bem alum:adas, e vigiem que uentro deJ-
las no h3ja materia de escandalo.
(2) Cap. ~Oll Oporlct 2. cap. Nulli disl. 1i.2. cap. 2. verso Cesscnt "ana de
celebr. Missro lib. 6. Tricll'lll. scss. 22. dccr. de observando ct cvitand. ,"ers. Ab
Eeclcsiis. COIl lilutio Pii ' . illcipil. Curo plimum .
. (3) Constil. U1ys ipou. lib. 4. til. 13. dccr. I. ~ 3. foI. 372. Lameccns. lib.
lo til. Ij cap. 6. i fi prinr,ipio. o

(~o) COllstil. Iyssipoll. ct LUUlcecn is loci citatis.


,(5) D. Basil. EIJi 0L. 93. D. llierouym. Epi l. l)'~. D. Augusl. cnn. 231,
de fcmpore.
(li) Cap. 1\on oportet cum seq. 42. disl.
(7) Ord. lib. 5. lil. 5.
o (8) COIl til. lys ipun. dicl. ~ 3. ycr . E por sc evitarcm. q~gilau. lib.4.
1Il. 11. cap. 8. in principio.
(9) Con til. Iy sipon. dicl. ~ 3. eodem verso ciL. iEgitm. diet. cap. 8.
(10) Consto Iy ipoll. loc. citaI. Lamcren . lib. 4. til. I~. cap. 6. SI 4.
(11) Te'(l. in Cllp. Nocte anela de conscer. disl. 1. COIl tit. lyssip. dicl. ~
3. \'er5. ultim.
3'1
'270 CONSTITUIES
TITULO XXXI.
Q E NAS IGREJAS) E SE!::; ADROS SE "lo FAo FORTALEZAS) CASTELLOS)
OU COUSAS SEMELnUiTES.

-l< 7116 As Igrejas) que sao Casa:> de paz) (1) e Templos do Rei pa-
cifico, (2) edificadas para neHas com socego, e quietao se louvar a
Deos, e celel)J'arem os Omcios Divinos) no devem sel'vir de Castellos,
nem de se exercitar nellas a arte) e cousas militares. Por tanto) man-
damos) sob pena de excommunbo maior (3) ipso (acto incwnnda, e
de cem cruzados para a S) Meirinho, e despezas) a quaesquer Senho-
res de terras, ainda que sejo de titulo) Govel'Oadores das Cidades,
'illas, e Lugares, Capites Generaes, ou particulares, Alcaides-m-
res, Desembargadores, COl'l'egedores, e quaesquer outros Ministros de
guerra, e de justia, de qualquer gro, e qualidade que sejo, que nas
Igrejas, Ermidas, Capellas) adros, e casa de servio dellas no fao
Castellos, Fortalezas, Carccres, Custodias, nem se aposentem, ou in-
casteHem neHas, nem para isso dem conselho) favor, ou ajuda. Eeo-
cOl'l'entlo to urgente causa publica, porque seja necessario fazer-se o
contrario, se nos dar disso (h) conta (se a necessidade pel'mittir alai
dilao) paI'a dispormos o que for mais conforme ao servio de Deos
nosso Senhor.
TITULO XXXlI.
t COMO, E EM Q 'E IGREHS, E LeGARES SAGRADOS os DELIl'iQUEi'iTESGOZO
DA nlM-Ul'iIDADE DA IGREJA.

7/,7 Se naquelles tempos, em que se dava culto aos Deoses fal-


sos, e aos ldolos) aquelles) que se vaIio do couto de seus Templos fi-
cavo sem castigo (1) cm seus delictos, com quanto mais razo hoje
entre os Catholicos devem gozar de immllnidade os que se acoulo
nos sagrados Templos lIo verdadeiro (2) Deos iI Por tanlo) conforme
os Sagrados Canones, (3) e Leis (.&) seculares, a Igreja por sua Heli-
gio) e santidade vale, e defende a todos os que a ella, e seu adro se re-
colhem, d'onde no podem ser presos, nem tirados pela justia secu-
lar, e seus Ministros por casos crimes, em que posso seI' condemnu-
dos em pena de morte natlll'al, ou civel, corlamento de membro, ou

(1( Cap. DeceL. de ImmuDiL. Ecc!. lib. 6.


(2) Cap. Nisi hell,\ 23. q. 1. Procemium Decl'etalum. cap. Sanclorum. 10.
q. 1.
(3) ConstiL. Ulyssipon. lib. /.. tiL. 13. decl'. 1. Si /. . .illgitao. lib. 4. til. 11,
cap. 9. J~antcccns. lib. !~. til. 4. cap. 7.
(/.) Dictre ConsfiL. locis cilatis.
(1) L. Si quis rugiLivus Si apud Iabeonem fI. tIc mdiliL. edicto L 1./T. de
Off. JlriErect. urb. .
(2) Joann. 17. 3. ct 1. .10aD. 5.20. c. Reull1, C. Quisquis 17. q. /..
(3) TexL. in c. CUIl1 Ecclesia 5. c. Intl'1' alia 6. cap. Ecclesire 9. c. ]nnl1u-
Ditatem lin, de immunil. Eccles. C. Si quis in atrio 7. C. Rellm 9. cap. lfralCl; lO.
C. Si quis contllmax 20. 17. q. 4. cap. !teus 7. 23. q. D. Tridelll. scss. 25. de
Refurm. C. 20.
(!t.) J.J. 1. el 2. 'cuc!o de his, qui ull Euclcs. eOl1l'ug. Ord, Eb. 2. til. 5. ,
DO AnCEBL'PA1l0 DA B.\HIA. 2i!
outra pena ele sangue, salvo nos casos exceptuados por direito. E pal'a
que se saibo os lugares, a que compete esta immunidade, os declara-
mos ne ta Conslituio, e so os seguintes.
71.8 Primei/'amente qualquer Igreja, Capella, ou Ermida, em que
se disser lissa, ou Ns tivermos dado licena para se celebrar, posto
que aiuda se no celebrasse, se a tal fgreja, Capella, ou Ermida, (5)
for fundada com licena, e autoridade nossa, e os adros (6) uellas.
7/,9 Os Mosteiros (7) fundados, e edificados por autoridade de
Prelado; os claustros, e pateos delles; e tudo o mais dentro das cercas
contiguas, e conlinuas com os dilas Mosteiros. Os Hospilaes funda-
dos por autoridade de Prelado.
750 Os Paos Archiepiscopaes, que Ns, ou nossos successores
tivermos nesta Cidade contiguos nossa S, na frma que dispoem (8)
o direito. Os quaes lugares gozo da immunidade, posto que estejo
,'iolados, interdictos, ou (9) del'1'ibados, e postos por terra, derriban-
do-se sem autoridade, ou licena do PI'elado, on tamuem com ella, no
sendo para ficarem profauados, mas para se concertarem, (10) e refa-
zerem.
751 E para os delinquentes gozarem da immuuidade da Igreja,
basta que se peguem aos fenolhos (11) das parlas das Igrejas, Capel-
las, ou Ermidas, ou se encostem a ellas, ou s paredes, (12) ou se re-
colho debaixo dos alpendres (13) conlignos com as ditas Igrejas, Ca-
pellas. ou El'midas, posto qne no tenlJo auros.
752 Declaramos que tamhem gozar da dita immuniflade, o qne
indo preso em poder dos inistl'OS da justia secular se soltar, (1ft)
delles, e se recolher a algum dos lugares referidos. Porm no goza-
(5) C. Ecclesia de imm. Eccl. et ibi gloso 1. cap. Auclorilate de privilcg.
lib. 6, cap. Idconstituimus, c. Dimnivit 17. q. !~. Ord. lib. 2. tiL. 5. in prineip.
(6) Cap. Intel' dilectos de donal. lUenoch. de Arbitr. casu 95. num H.
Mantica consi!. 211. n. 25. Ludov. Correu in Reperl. ad C. Intcr alia p. 2.
n. 5,
(7) Argum. cap Ad haJc dc rcligios. domib. BulI. Greg. XIV. L. Pateant
?od. de his, qui ad Ecclesiam confug. Porlel in dub. Regular. vcrb. EcclesiI!
Immun. U. 9. cum seq, Cardo Tnsc. Lom. ~,. lib. 1. concl. 59. n. n. 34.
. (8) Text. in C. Id constituimus 3li. et ibi glos. verbo Vel domo 17. q. 4.
Gmrba cons. '10. n. 3. Bonac. de Censnra extra Buliam d. 2. q. 3. pnnel. 16.
Si !f. n. 13. Suar. de Religion. tom. 1. lib. 3. C. 9. n. 9. in fine. Bobad. Bocl;'.
llercg. et aliis quos citat narbos. jur. Ecclcs. wliv. lib. 2. c. 3. n. 70.
(9) Tn dicl. cap. Ecclesire. Host. n. 3. verso Sed numquid. Joan. Andr. n.
2. Yil1alob. in Sumo p. 2. LraCI. 59. Curia Philip. p. 3. ~ 12. n. 15. Piasec. in
p~ax. Episcop. p. 2. cap. 4. n. !:i4, Pcregrin. de Immunit. cap. [~. n. 13. Harb.
dlcl. cap, 3. n. 60. et 6 J.
(10) L 11~de Sacra 73. ff. de contrahenda emption. c. Quro semcl 19. q. 3.
CO"?S variar. lib. 2. cap. 20. n. 4. Yers. 2. Jul. Claro ~ tin. q. 30. verso Maius
dubmm q. 6. Suar. de Paz in pracl. tom. 1. p. 5. C. 3. ~ 3. n. 38.
(11) Text. in cap. Si quis contumax 17. q. 4. I... Patcant, Codic. de bis qui
ad Ecclns. confng. Naval', in Manual c.25. num. 17. Suar. de Relig. tom. 1.
lib. 3. cap. 9. n. 8. narb. dict. C. 3. n. 65.
, (12) Argum. cap. I-igneis de Consecr. Eccles. Kavar. ubi prox. Suar. dict.
Ilb. 3. C. 9. n. 8. Dian. Moral. rcsolut. p. 3. tiL. de Immunit. resol. 73. Barb.
consul. 33. num. 9. et '10. Ric. in prax. p. 3. refol. 556.
(~3) Barb. ad Ord. lib. 2. til. 5. 11.8. Ric. ubi proxime retol. 429. DD. ad
text. ln C. Si quis contumax 17. q. !j.
(1[~) Coval'. variar. lib. 2. C. 20. n. 13. verso 17. Guasin. defenso 1. n. 40.
et 41. Ciarlin. conlrovers. lib. 2. C. '197.
2i2 co~ "TTTlJIE

I', o que indo actualmente preso, sem se soltar (15) das justias qne
o levo, passando pOl' alguma Igreja, Capella, ou EI'mitla, ou adro, ou
pucllando pelos que o levo, se acoular; porque estes no se acouto
cm sua liberdade, como se requer.
753 Tambem goza da dila immuuidade o que se acoula ao San-
tissimo (16) Sacramento, que Imudo em alguma Procisso, ou aos en
fermos, pegando-se, ou chegando-se o delinquente ao Padre que o leva.
T11' LO XXXIII.
t DAS PESSOAS, E CASOS E11 QUE NO VALE A IIDIUNIDADE DA IGREJA.

75A Ainda que regularmente a immunidade da Igreja vale, e de-


feude os delinquentes, que a ella se acolhem, com tudo esta regra tem
excepes em alguns cl'imes, que pOl' sua gl'ave materia, ou por outras
razes, e circunstancias so exceptuados por direilo, coslume, e dou
trinas dos Doulores: e so os seguintes.
755 ~o gozo da immunidade da Igl'eja o Herege, (1) Aposta-
ta, ou Scismatico. N(;m o blasfemo, (2) feiLiceiro, henzedeiro, agou-
reiro, e sortilego. Nem outro-sim o ladrO puhlico (3) salteador de
estradas, ou caminhos, que nelles costuma matar, ferir, ou roubar.
Nem o noclul'Oo destruidor <los campos, e lavouras, ou que de propo-
silO poem fogo s canas, mandiocas, ou tabacos colhidos, ou por co-
lheI'.
756 Nem o que roubar, (h) e esbulhar a Igreja de seus bens,
quebrai' as porIas, ou lhe puzel' fogo, ou por oulm "ia commetter sacri-
legio dentro, ou fMa della. Nem tambem (5) o que estamlo acoutado
na Igreja commelLel' dentro della, ou no adro algum delicto, ou dahi
sabir a commettel', ou mnndal' commetler, ou fazei' dnmno algum, ou
injuria a alguma pesson. Nem o que dentro (6) na Igreja, ou seundro
commette algum delicto grave, como homicidio, ferimcnto, ou ou-
tro semelhante. Nem o que tl'nio, (7) ou ue proposito commeuer
homicdio, ferimento, ou offensa gI'3VC, e com mais razo os que (8)
{!lalo, ou ferem pOl' dinheiro.
757 Nem outro-sim o escraro, (9) (ainda que seja Chrislo)
que fugil' a seu senbor para se lin'ul' do cupli\'eiro: pOl'm se lhe fugir
(15) Guazin. rlict. derellS. 1. cap. 3. n. q.5. llarbos. ad Ord. dict. lit. 5.
n. 15.
(16) Suar. dict. c. 9. n. ult. Cm'ar. dict. cap. 20. num. 6. el1S. Tuil'e-
rem. in cap. QUicsilum 13. q. 2.
(1) Argum. L. 1. Cod. de his. qui ad Eccles. confug. Ord. lib. 2. lil. 3.
~ 1. Coval'. dicl. cap. 20. n. 11.
(2) Diclonus tracl. cl'imin. Eb. 6. cap. 6. num. 23.
(3) Cap. Inler alia de immunit Eccles. Ord. dicl. til. 5. 3.
(f~) Ord. dict. til. 5. SI 2. et Pegas bi glos. f~. Barbos. ad dicL 2. n. 2.
cum seq,
(5) Cap. ult. de immunil. Eccles. Ord. dicl. lil. 5. 2.
(6) Diclum c. ull. Ord. loco proxim cHalo.
(7) Exodi 21. cap. 1. de Homicdio, Farinal. de Immunit. c. 9. n. 135.
(8) Cap. 1. de Homicidio lib. 6. Ord. dict. til. 5. SI [~.
(9) Texl. in cap. Inlcralia de immunit. c. l\Ieluenles 32. cap. Uxor 33. cap.
Id consliluimus 36. 17. q.4. L. Si Sel'rus, L. Prccsenli cod. de his qui ad Ee-
cles. confugiunt. Dicla Ord. 6. et ibi Pegas n. 2. el Barbos. n. 1.
DO ARCEBISPADO DA BARIA, 2i3
pelo quel'er trrltar com desonlenada severidade, no lhe ser entregue
Rem que primeiro d cauo ao menos jnratoria, quando no possa dar
ourra, de o no tl'alar mal, ou vender nos casos, em que por direito
obrigado.
758 Nem o Judeo, (10) Mouro, (11) ou qualquer infiel; porque
a Igreja no defende os que no vivem debaixo de sua Lei, nem 01>-
decem a seus Mandamentos: porm sl? elle se quizel' logo fazer Chris-
to, e com etreito receber o Baptismo, antes que saia da Igreja, poder
gozai' (12) da immunidade della, assim, e to cumpridamenle como se
ao tempo, em qne se acoutou, fra j Christo.
759 NfiO gozar da dita immunidade para eITeito de no ser pre-
so pelas justia Ecclesiasticas, o leigo que commellel' algum cl'ime,
que pertena ao foro Ecclesiastico, ou nos que so de foro mixto, quan-
do a jurisdio Ecclcsiastica tiver preveno; porm (13) gozar della
a respeito de no ser preso pela justias seculares.
760 Nem gozaro lambem da dita immunidacJe os Clerigos, (H)
e mais pessoas EccJesiasticas, que goz50 do privilegio do foro, ainda
que tenhO commettido delictos graves e dignos de deposio, e de-
gradao, pal'a efreito de no serem pl'esos pelas justias Ecclesiasticas.
Nem finalmente ter lugar a immunidade nos delictos, em que no fOI'
posta, e estabelecida pena de morte (15) natural, ou civel, ou outra
qualquer pena de effuso de sangue. .
76J Com tudo nos casos, em que lemos dito no valer a immuni-
nade da Igreja aos delinquente.:1 leigos, assim ex.ceptuados nesla Cons-
tituio como em direito, se os delinquentes tiverem commettiuo ou-
tros delictos laes, que lhes deva valer a immunidade, no podero ser
castigados por estes sem serem tomados (16) Igreja para se julgar se
lhes vale, ou no.
TITULO 'XXIV.
-r DA FRMA, QUE SE HA DE GUARD.\R, Q .\1\DO ALGU~l DELIl'iQUEl"l'ESE ACOU-
TAll A' IGREJA, PARA SE RESOLVER SE LHE VALE, ou NO I\. IMMUNIDADE.

G2 Tnllto que algum delinquente se acoular Igreja Capella,


ou Mosteiro, ou qualqner oul.ro lugal' sagrado, que goze da immunida-
de, fugindo s justias seculares; acontecendo o caso nesta Cidade, e
SP.lIS nrrebaldes, ou Juiz, ou quem seu cargo sen'il' mandar recado
(1) ao nosso Vigario Geral, ou da' ara, sllccedendo o C,1S0 no lugar

(10) Ord. dict. til. 5. S\ L et ibi Pegasn. 2. Lo L cad. de bis qui ad Eccl.
confug.
(11) Ord. djcl. S\ 1. et ibi Pegas n. 1. Dian. tom. 9. tract. 1. resol. 4!~. 1.
. (12) Diana ubi proxime 3. Pere~ra de Manu reg. ad diclam OreI. lib. 2.
ltt. 5. cap. 50. n. 5. Rebuf. ad Leges Gallic. tom. 2. foI. 334. n. 22.
(13) SuaI'. de Religioll. tom. 1. de reverentia debita loco cap. 10. n. 8. verso
Uode obiter.
(14) Glos. in cap. Nullus Clericorum 17. q. 4. Coval', lib. 2. c. 20. n. 16.
Suar. dict. cap. 10. n. 6. ct 7.
(15) Ord. dicl. til. 5. in pl'incip.
(16) farinac. de Carcerib. et carcel'1lL q. 28. n. 67.
(I) Ord. lib. 2. til. 5. 7. et ihi Pegas n. 20. Oliva de foro Eccles. 1. p.
q. 27. n. 14.
274 CO~STITT'IE

onde residir, ou se ach:1I', sendo dentro de seu disll'ictoi ou aos nos-


sos Visitadol'es, se ahi estivcrem em visita, e nos outros lugal'es, em
ausencia dos ditos nossos Ministros, ao' igario Coadjutor, ou Cura da
dita 19l'eja. E tanto que cada um delles for rcquerido pela justia se-
cular, ou pelas partes, ou tiverem noticia do caso, acudiro logo Igl'e-
ja, ou lugar onde o delinquentc estiver' c ahi com as justias seculares,
a que pertencer, fal'o auto sobre a immunidade. E havendo algum
summario elas culpas, porque o (lelinquente se acoutal' Igrcja, j til'U-
do, 111'0 mostrar (2) o Juiz, e constando por elle quanto baste (3) para
se julgar a immunidade, se lbe julgal'.
763 E se a este tempo no houver ainda summario, eculpas for-
madas, ou dos que forcm feitos no constai' do delicto ou circunstan-
cias delle, se pel'guntaro (li) logo lrcs, ou quatro testemunhas, ou as
que mais parecer, em presena de cada um dos ditos Ministros Eccle-
siasticos, sem que seja necessario citar-se (5) o acoutado para as ver
jurai'. E vistos os ditos das testemunhas, votaro o dito Ministro da
Igreja, ou Parocho, e o Jl1iz secular sobre o ponto, e sendo concordes
em que vale, ou no a immunidade, isso se gual'dal' sem appellao,
nem aggravo: (6) e se forem discordes, se far disso auto (7) assigna-
do POI' ambos, declarando-se nelle como discol'dro, e com os sens
votos e summario das eulpas, iro os antos ao Julgador, a que pertcn-
ceI', (8) e o que elle determinar se guardar, e dal' execno.
76.& E ordenamos, e mandamos aos di los Ministros, que haven-
do duvida, se o caso tal, que deve vaIei' a immunidade, ou no, ou
qualquer outra, guardem o direito (9) Canonico, se fOI' claro, pela de-
terminao do qual se eve estar nesta materia. Se com tudo, DO tem-
po, que o delinquente se acolbeo Igreja, o JtZ seculal', ou o Minis-
tl'O Ecclesiastico estiver legitimamente impedido, ou discreparem sobre
valer a immunidade, e bouvCl' o nego~io de I' a terceiro, em qualqncr
destes casos concedemos licena, (10) para que o delinquente acoutado
possa ser levado cada em custodia, para que, tanto que se resolvcl'
que vale a imml1l1idade, 011 cessar o impedimento, seja rcstituido (11)
Igreja, e se ajuntem os que ho de conCOI'1'er para a pronunciao da
immunidade, no caso, em que ainda no estivei' julgada, para que logo
a julguem.
765 E a mesma licena flamos, quando o delinquente se acoular
Igreja de noite, (12) por se escusai' a oppresso que re~ulLaria de o

(2) Ord. loco cilat. et ibi Pegas n. 10.


(3) Ue hac probalionc Pegas ad diclum 7. n. 16. Barb. ad dict. 7. 2.
Phrob. 1. p. arest. 162. Gama decis. 179. n. 2. el de cis. 281-
(l~) Ore1. dict. 7. et ibi Barb. n. 2.
(5) Ord. dict. 7. el ibi Pegas n. 19.
(6) Dict. Ord. 8. el ibi Pegas n. IL el 5. Mendes in pl'axi 2. p. lib. 5. C.
i. n. 36.
(7) Ord. rlict. 8. et ibi Pegas n. 6.
(8) Ord. dicl. 8. el ibi Pegas n. 6. Mendes dict. cap. 1. n. 36.
(9) Dicla Ord. 4. in fine. Argum. lcxt. in c. 1. de novi opero nunL. Covo
lib. 2. variar. C. 20. n. 3. DD. ad lext. iII cap. Clcl'ici de judic.
(10) Consto U1yssip. lib 4. lil. 13. decret. 3. 1. verso Se com ludo, foI.
377. JEgilan. tib. 4. til. 11. cap. 13.
(ti) Consl. J_ameccns. lib. 4. liL l~. cap. to. 4. foI. 323.
(12) Conslil. Portncns. lib. 4. til. 9. constit. 12. verso 2. foI. 434.
DO AHCEnISPADO D\ HAUIA. 275
estal'em gUal'danllo tanto tempo, e ser notoria a clifficuldaue de fazer
summal'io naquellas horas, mas com tanto que logo no dia scguinte se-
ja tornado Igreja, e se lue fao as diligencias sobrcditas sobrc a im-
munidade.
766 E sem preceder tudo o que fica dito, nno podero os ditos
Ministl'Os da justia secular tirar o acoutado da Igreja, ou lugal' sagl'a-
do: e Ih'o prohibimos, sob pcna de excommunho (13) maior 1pSO ((te-
ta incurrenda, e de vinte cruzados para a fabl'ica da Igreja ofl'endida, e
accusador; e isto ainda quc scja com o pretcxto de que notaria, que
lhe no vale algreja, ou que o levo em custodia, ou paI' qualquel' outra
razao; e no sero absoltos (H) sem primeiro restituirem o preso ao
lugal" d anue o til'ro, e pagarem a dita pena.
767 E sob a mesma censura, e pena pccuniaria maudamos aos
ditos Juizes, ou quaesqucr outros Ministros seculares, que, em quanto
o delinqucntc estiver acoutado na Igreja, ou lugar sagrado, lhe no dei-
tem, nem mandem dcitar ferros, (15) ou outras prises, licm impido
darse-Ihe de comer, (16) e beber, e todo o mais necessario para sua
sustentao, e uso, e smente com prudente cautela o podero guardar.
768 E quando se julgar, que a Igreja, ou lugm' sagrado \"ale ao
delinquente, que a el1a se acoutou, o poro na dita Igreja, ou lugar,
em sua liberdade, (17) e no Ocar ahi :M:inistl'o algum sccular para
elfeito de o guardar, ou prendei', nem outra alguma pessoa com o mes-
mo intento; nem tcro a Igreja, adro, ou lugares semelhantes rodea-
dos, para que no possa fugir sem o prenderem.
769 :Mas quando bouver dmida se o lugar, a quc o delinquente
se acolheo, ou onde foi lweso, adro, ou dos que por direito gozo da
immunidade, o conhecimento conforme a Lei do Reino, que parece no
conlraria aos Sagrados Canones, (18) pertence a ambos (19) os Jui-
zes juntamente Ecclesiastico, c secular, como fica dito na immunidade.
E sendo differentes, guardar-se-ha na delerminao (la laI differenva o
mesmo, que Oca dito, quando ha dilferena sohre valer a immuniclade,
ou no. Posto que a questo seja, se acho, ou no; para tndo o mais
fra deste caso pel'tence privativamente ao Juizo Ecclesiastico, (20) no
que nos conformamos com a Lei do Reino guardada por costume, e
estilo.
TITULO XXX V.
QUE os llELli'iQ ENTES ACOUTADOS A IGHEJA ESTEJO ~ELLA HONESTA,
E DECENTE~IENTE.

770 Se todos so obrigados a eslar na Igrcja com toda a devo-


(13) Cap. overit de Scntcnl. c:\communic. cap. Definvit, cap. Miror,
cap. Qllisquis, cap. Si quis eontllmax 17. q. !~. COl1sLit. Ulyssip. dicl. ~ 1. verso
E quando. iEgiLan. lib. 'I" Lil. 11. cap. 12. 11.3.
(14-) Const. Ulys ipon, ct A<:gitan. locis proximc eitalis.
(l.5) L. ~rroscnli C?d. de his, qui ad EecIes. confug. e. DifiniviL 17. q. 4.
Ord. 1Jh. 2. tiL 5. ~ 7. 1I1 fin.
(16) Dict. L. Pnescnti. Coval'. lib. 2. variar. cap. 20. II. 17. vers.31.
(17) ConsLit. }lorluens. lib. !~. liL 9. consLit. 1:". "crs. 6.
(18) lIEart. de JUl'isctiet. p. 2. cap. W. a D. t9.
(l9) Ol'll. lih. 2. li t. 5. II. rbi Pegas g!o . 13. n. 2. L )'Liio FiniulU
rcgunrl. t. H. n. 2f~. Pereir. de Man. reg. di 'l. c. 50. II. 16. in fine.
(20) Onl. dicl lil. ". 11,
2it5 CO.\STlT -lES
O, llOnestidade, e deceucia, com mnito mais razo o de,'em ser os
que a llusco por refugio, yalendo-se da sua immunidade, para que seu
privilegio no seja occasio de a profanarem. Por tanto ol'denamos, e
mandamos, que o delinquente, que se acontar Igreja, esteja nella ho-
1lestament.e, e no faa banqnetes, (1) nem se ponha s portas, nem no
adl'o a tanger (2) viola, nem quaesquer ontros instl'llmentos, nem jogue
jogo (3) algum, ncm tenha conversaes profanas, (A) nem fali c com mu-
lhercs, seno em lugar patente, scndo parentas chegadas, e outras sem
suspeitai nem coma, beba, ou durma na Capella-ml', (5) uem lias
mais, mas nas casas do servio dellas, c, no as tendo. na Sacristia, e,
no a l1a,'enuo, no corpo da Igl'eja afastado dos Altares. E fazendo o
contrario sero logo lanados (6) das Igrejas, e no podero mais ser
admittidos a eHas,
771 E pOI'que muitas pessoas, a quem nJ.le a immunidade da
IgI'eja, se deixo estar acoutadas nellas por mais tempo, do que convm,
mandamos que nem-um delinquente possa estai' na Igreja, para efl'eito
de gozai' ua immunidade della, mais tempo, que vinte dias, (7) e que
ahi no seja mais consentido: e no se qucl'cndo ir, ou estando uella
com pouca l'eyel'CDCia, ou coutra a f1'ma desta Constituio, os Paro-
ehos, sob pena de se lhes dai' em culpa e serem castigados a uosso ar-
llitrio, nos aYisem, (8) Oll a nosso Vigario Geral, (o que tambem faro,
quando deutro dos ditos vinte dias for o preso to vigiado das partes,
que llo possa sahil' (9) sem o perigo dc o prenderem) para c ordenar
o que em cada nm destes casos se deye fazer, como mais convier ao
servio de Deos.
TITULO XXXVI.
QUE NOSSOS ~lINIS'l'ROS FAO GUARDAR INTEJnAMENTE A IM~IU[ IDADE DA
IGREJA, E COMO SE fiA VERO os PAROCIlOS, E CLl.;RIGOS, NESTE PAR-
TICULAR.

772 Aindu que os Parocl1os, e Clerigos no devem dai' consenti-


mento, fa\'ol', ou ajuda s justias secnlares para tirarem os delinquen-
tes das Igrejas, e lugares sagrados a que se tivel'cm acoutado, sem pre-
cedcr o (rUe !lea dito no titulo 3/', nnm. 762, antes devem requerer
instantemente os no tirem, com tudo no podem, nem deyem resistir
pOl' fora. POI' tanto ordenamos, e mandamos a todos os \ligarios,
Parochos, e mais Clerigos das Igrejas, e lugares sagrados, que quando

(I) Argum. cap. 2. de ImmuniL Ecc!. lib. 6. in principio.


(2) Constil. I,amecens. ElJ. !~. til. 4. c. 1 L
(3) Cap, Nulli 42, disto
(4) Cap. 2, in principio de immuu. Eccles Jib. G.
(5) Paul. 1. ad Corinth. H. cap. Non oporteL cap. NuJli 42. disL .
(6) ArgulO. text. in cap. ultim. de Immunit. Eccles. Jib. G. cap. ln 311CIl-
entia 25. rle Sentcnl. excoIDmuuical. cap. QlIia frustra de llsuris. L. AuxiliuJn
37. ff. rle l\linol'ibus. Const. JEgilan. lih. 4. til. 11. c. H. n. 2. fuI. 459.
(7) ConsL. Brachar. liL 33. conslit. 2. foI. !~26. Ulyssipon. Jib. !~. til. 13.
dccl'. 3. ~ 1. yers, E mandamos que Loda a pessoa.
(8l r.onslil. Ill'achal'ens. uhi pl'oximc
(9 CunsLil. Hrachal'cns. 'L U1ys ipoll. ubi Il'uxilllC,
DO UtCElHSP lWO DA BAilE. 2.77
o delillqucnlc's se acoularcm a ellas, no I1scm de armas, (1) fora nem
rolellcia; ucm por ohra, ou por ralaHa de compollho, 011 de autori-
sem a algum Ministro, ou olheial de justia, e menos lhe impido qne
com a decencia, e respeito derido guardem, (2) e vigiem o' delinquen-
tes, na fnna que por direito lhes pcrmiuido.
773 E se !lourcr algum Miuistro to esquecido de sua ohrigao,
e do respeito que se deve aos lugares sagl'ados, que por fora, que-
brando portas, ou fazendo scmelhanles violencias, 011 sem tratar pri-
meiro da immunidade, lirar o preso acoulado da Igreja, 011 lugal' sa-
grado, ou tra(ar mal o Parocho, mandamos que nem com fora, nem
violcllcia Ih'o impido, s6 lhe podero fazer protestos com aquella
compostur:l, e modestia que convm a pessoas Ecclesiasticas, e
Ministros de Deos: e assim do protesto, como de tudo o mais faro
auto com testemuuhas, que remetleruo a nosso Yigario (3) Gcral, ao
qual cncal'fcgamos muito, que feito summal'jo, e constando da verda-
de, proceda contra os culpados com aggra\'ao de censuras, (!c) e laa
guaruar inteiramente a dita immuuidade.
TITULO _X}{YU.

-r DOS TESTAM E \TOS. CO!\lO OS CLERIGOS PODEJI TES1'AR LlYREBIEl'i1'E DE SECS


BEi'iS AI);DA QUE SEJO ADQUlnlDOS E:IJ RAzO DE SUS IGREES.

77 !c inda que pejo direito Canonico (1) era prohihido aos Cleri-
goc, e Henc{jciados testarem dos bens adquiridos em razo das Igrejas,
e Bcnclicios, com tuclo por antigo, e universal costume (2) do Reino, e
de torla a Hespauha, e FI'ana, de consentimento, e sciencia dos Sum-
mos Pontifices, e Prelados, est introduzido que os Clerigos, e Bene-
ficiados posso (3) testar dos fructos, e oens, que adquirro cm l'azo
de suas 19rejas, e Bcncncios, o que mais particularmente se deve ob-
servai' com a qualidade das rendas dos Beneficios deste Arcebispado,
qne SilO C'ongl'llas to tenues, que escassamente basto para a parca
subsisl !leia ue um Clerigo.
775 Pelo que, conformando-llos com este costume universal, e
Constituies dos Bispados do Reino, ordenamos, e mandamos, que

(I) Cap. Inler h;cc 33. q. 2. Suar. lom. 3. de lleligion. cap. 13. n. 4. Ec-
e1esia in feslo S. 'fhom. Episc. et Marlyr. led. G.
. (2) Conslil. U1yssipoll. lib. ~" liL. 13. decl'. :1. ~ 1. "ers. ull. Ord. lib.2.
lit. o. ~ 7. in fine.
(3) Conslit. Uly. sipon. dicl. 1. ult. verso
(r~) Cap. Miror 17. q. 4. Tridenl. sess. 20. de Reform. cap. 20. Conslil.
lllgilan. lib. 4. lil. 11. C. 15. n. I. foI. 460.
(1) 'l.l. 1. cap. ClIm otnciis de leslarnenli., cap. 1. cum seq. de peelllio
Clericorum. Faeil cap. Placuit. et cap. QlIam"is 12. q. 2.
. (2) Ord. lib. 2. til. 18. Si 7. in fine. Authenl. Presbyleros ad finem cod. de
~Plscopis, eL de Cleric. COVill'. in C. Cum omciis ii n. 9. de lestamentis. Tavar.
ln .1lll:nual. cap. 2:>. n. 28. eL de reddililms q. 3. mouiL. 3.5. eliO. Molina de
(ll'lmog. lib. 2. C. 10. n. 56 .
. (3) Oiil'a de For. Eccl. 2. p. q. 31. Garcia de llenef. p. 2. cap. 1. ii num.
8. \'illel1sup]a consil. !J8. n. 30. )l. 1. Vinhe TO de Testam. lom. 1. d. 1. secL.
li. ~ 9. iJ. 3Hl. Gama rlccis. Jj3. II. 8. ct 9. Yalasc. consull. 165. n. l. cl11.
rt de parti!. C. 3D. II. V.
30
278 co~ 'TII 'IE
neste nosso Al'celJispado e guardem, (Il) e cumpro os teslamentos, c
quaesquet' ullimas yontalles, e disposies dos Clerigos, e B oe[jciados
nossos subditos, cm que dispuzerem dos fructos, que tiverem ven-
cirlos de suas Igrrjas, e Beneficios, e de quaesquel' outros bens, quc
pOl' ese motiyo tiverem adquirido, e que os ditos bens, e fruclos se en-
treguem ljyremente a seus hel'llcil'OS, ou a pessoa a que peltencerem,
776 Conformanuo-nos com as Constituies dos Ri pados (5) do
TIeino, e principalmeote do ,\rcebispado de Lisboa, pela qual al agoJ'U
se govemava este nosso Arcebispado, declal'amos que a successo nos
bens do CICl'igo defunto, que pertence a seus herdeiros ah intestado,
no h3 lugar uos bens especialmente l1eputados ao cullo Divino, e ser-
vio da Igreja, que pai' morte dos dilas Beneficiados se acharem; como
so vestimentas, Calices, Missaes, e outras CjuaesCflJei' cousas perten-
centes Igreja, como casas e senzalas, que elles, ou seus antecesso-
res fizero par.a uso das mesmas Igl'ejas, e bemfeitol'ias, que nellas fi-
zessem, porque de todas estas, nem os Clerigos, e Beneficiados podem
testai" nem os hel'deiros ab intestado nelias succcdcr, mas ficar50 pcr-
petuamente s Igrejas, pOI'que se presume, que para o tal servio as
fi7.ero.
777 E se o defunto fez algumas damnificaes (6) nas 19rejas, c
seus bens, ou lbe rOl mandado em visita que puzcssc, ou fizesse algu-
ma cousa, e o no cumpria, tudo se pagar dos ditos bens antes de sc-
rem entregues a seus herdeiros. E da mesma maneira se pagaro uel-
lcs as dividas dos sel'Yios, alimentos neccssarios, e outras quaesql1CI'
que o dito defunto deda; e bem a 'sim as despezas de seu entelTamen-
to, e exc'luias, segundo a qualidade tio defunto, e costume deste Arcc-
bispado,
778 E exhol'lamos aos ditos Beneficiados, que nos testamentos,
que fizerem. se mostrem agradecidos a suas Igrejas, dei!l.ando-lhes P:ll'-
te de seus bens (7) para se gastarem no sel'Vio dellas, c culto Divino:
porque seria especic de ingratido no rleixarem em suas ullimas von-
tades cousa alguma s Igrejas, de cujo dote, e l'Cmda se Ilslentaro.
779 E posto que os le.igos l1evem guardar em seus lestamentos
a solemlliclade, e numero de testemunhs, que por direito Civil, (8) c
Lei (9) do !leiGO sc requerem, e por defeitos dellas sero nnllos, como
as Leis dispoell1; com tudo os Clerigos podcm testar, ainda dos bcn
patrirnoniacs, conforme a disposio do direito Canonico, peranto o
Parocho, e duas ou tres testemunhas; e seus testamentos assim feitos

(4.) Constil. Ulyssipon. lib, !~. til. B. decr. 1. in principio fol. 379. Bra-
chareos. lit, 36. consto 1. o. 1. foI. 446.
(il) Const. LEgitan. lib. 3. til. 1!~. c. 1. n. 2. U1yssipon. lib. !~. til. 14. decr.
1. ,"ers. E no dispondo foI. 379. tamrcens. lib. 3, tiL. 17. J. Text. in cap.
Si quis de pecul. Clericol'. ConsliL. motlls proprii Pii V. publical. ao no 1567.
(G) Consl. iEgitan. lib, 3. til. 14. cap. 1. n. 3. Lamecens. lib. 3. tiL. li.
C. 1. 2. Eborens, lil. 36. constit. 1. n. 2. 1'ul. !~4-7. Barb. Unir. juro Eccles.
lib. 3. c. 17. D. 5i>.
(7) Cap. Cum in ofTiciis de testam. Conslit. lamecens. rlicl. til. 17. rap,
1. SI 4. Ulyssip. lib. ~. til. 1 L vel". E exhorlamos fuI. 380. iEgitan. llict. cap. 1.
n. 4. Bracharells. til. 36. consl. 2. \1. 1.
(8) Texl. in L. Hac consl1ltissima 21. cod. de testam . .t\ut1tenl. I10c iulel'
. Pel' )lllOcupalionem corl. lit.
!/' Onl. lib. 1, til. RO.
no ALlCESfSPADO DA BAnIA.
el'o "aliosos, (10) principalmente sendo o herdeiro institudo (11) lam-
bem Clerigo. E sta dispo io se faz mais precisa ueste 110SS0 Arce-
hispado, aonde os C1erigo::>, c Paroc1lOs Yi\'em nns suas Parochias
dos Sertes, distantes muitas Icgoas uas \ illas, em que assistem os
Tabcllies, que os posso approvar, por cuja causa morrem muitos ab
intestado, desejando, e querendo lazer testamento'
TITULO ~xxvm.

Qt:E f\E)I'[;J1A I'E1:>SO.. l DIPlD.\ POR fon.\, ou E:\GAi\"O .\05 TEsnOORES


DISPORE)l LI\ I1EiUEl'i'l'E OE SELS BE:'S.

780 Porque muitas pc soas, (sem atlcnderem culpa que com-


mcllem, e rcstituiO a que (1<'o oLH'igados) por havercm os beus da-
fjucllcs, a quem espero succed81" os impedem com engauos, fora e
outros illicitos meios, que no dispollho lirremcote de seus bens,
lIIaiormeute em favor da Jgl'cja, obras, e Ingal'es pios sendo cooforme
a dil'eito lIatUl'al, Diyino, e humaIJo, poderem, e de"el'em as pessoas
dispr, e testar linemente de seus bens, o qual crime procuraro ata-
lhal' as Leis (1) seculares: Ns qucrendo ajudar as mesmas Leis cem a
espada espiritual, mandamos com pena de excommunllo maior ipso
(aclo 1currellcla, e as mais estahelecidas em direito, e obrigao ue
restituil' (2) nos casos qne a hOllH'I" que nem-uma pessoa Ecclesiasti-
1'3, de qua!qner qualidade, ou condi.iio qlle seja, pel' i, ou pOl' inter-
po la pessoa, em nosso Arcebispado por fora, amea.os, engano, Oll
outro modo illieito prohiba, ou impida a pessoa alguma fazer seu les-
t~mcoto, ou outra alguma disposi.o, pOI' ultima vontade de seus ueHs
livremente, como quizcr, e bem lhe parecer.
781 Item, que por nem-um dos ditos modos as sobreuitas pes-
oas constranjo a alguma outra a fazer herdeiro, (3) deixaI' legado, ou
fideic.ommisso, ou a revogar, mudar, ou altcrar o testamenlo ou codci-
Jo, que j tiver fcito em parle, ou em todo, contra sua li\Te rontade :
nem prohjbo pOI' qoalqucl' ria aos Tabellies, (!I) pessoas, ou testemu-
nhas, que forem cl!3madas para escrev(,r, assistir, ou appl'ovar os tes-
lamentos: nem outro-sim tolho, ou impido fal!ar o testador com os
Pal'ochos ou outros Sacel'dotlls ou n ligiosos, ou pessoas om quem
se quizer aconselhar, ou tratar, o quc convier:: sua coosciencia.
4< 782 E sendo o impeclieute Clcrigo, alem de incorrei' na dita cell-
snra, ser preso, e gra\'cmente c.astigado conforme a culpa, e suascil'-
clInstanci.as merecem (5). E manuamos ao nosso Promotor, c hem as-
(10) Text. in cap. Curo esses de leslam. Pinheyro de Tes[am. d. 2. sceL. 7 .
. 4. n. 182. "alasc, consulto 79. n. 13. Ju\. Clar. iII ~. Testamenlulll fi. 57.
11.2.
(li) Pinbeyro ubi proxim n. 186. Thomas "as alleg. 30. n. 1.
. (1) L. 1. ff. Si quis aliqucm leslar. probilJ. L. 1. Cod. cad. IiI. Ord. Jb./j..
lIl. 84. rt ibi Barbos. n. 1. Cardos. in prax. judie. verb, Teslamcnlum n. 111.
Jul. Clar. SI fin. q. 79. verso Si leslalor.
(2) Barbos. ad Ord. IiI>. 4, lil. 8l. n. 2. Caldas in L. Si curalorrlJlj verb.
Conlractum n. 4~..
(3) Ord. Jib. !~. lil. 8/j.. ~ /j..
(~.) Onl. ubi prnxim 1. Conslit. Ulrssip. lib. !~. lil. H. ~ 1.
(li) Cnn til. Jlol'lucns. lih, ~.. lil. 10. cap. 'l. vers, 1111.
~80 COSSTITCT(LS
sim no nosso' ignrio Gernl, e lia Vara, que, tanto qne lhes vicr rI noti-
cia se commetteo o tal delicto, logo o denunciem, e fao autos e sum-
mario, e o nosso' igario da Val'a o cmie ao dito "igario G ral, para
se pl'oceder contra os delinquentes, como parecer ju li<:a.
TITULO XXXIX.
'f DA FR~IA, QUE HO DE TER os PAROCI!OS, E OUTROS QUAESQUER CLERIGOS,
EM FAZEHE~I os TESTAMENTOS DAS PESSOAS, QUI': Ln'os REQ ERERE)!.
783 Por eyitarmos algumas desordens, escandalos, e mos ex-
emplos, que se podem dar na dil'eco dos testamentos, exhortamos, c
encal'l'egamos muito a tollos os nossos subditos, especialmente aos Pa-
rochos, e mais Clerigos, que, quanllo escreverem, e fizerem testamen-
tos de algumas pessoas, tenho em primeiro lugal' intento do que con-
vm salvao (1) /10 testadol', descargo de sua cOllsciencia, paz, c
quietao de sua familia, e succeSSOI'es, aconselhando-lhe com charida-
de, e zelo, que trate de sna salvao, disponha de suas cousas, c as
deixe de tal sorle orrlenadas, que no fique occasio aos herdeiros de
lIemandas.
78!~ E escrcvero fielmcnte o quc o lestador mandar, c orde-
nar, e Ho se escrevero a si mesmos por herdeiros, (2) ou teslamen-
teil'os, nem para si legado (3) algum, ainda quc scja pio, nem para as
pessoas, que tem debaixo de seu poder, ou parentcs dentro de gro
em direito prohibido: (h) e o que o contrario lizel', alem de no poder
pedir en1 juizo o que para si, ou para pessoas prohihidas escrcycr, sen-
do de nossa jurisdio ser (5) preso 110 aljube, d' o0<.1e no saLir em
quanlo no restiluil' as heranas e legados, que cm eu poder tiver,
POI' quanto conforme a direito, nuHo o que cada um nos testamenlos
para si, ou semelhantes l1essoas eSC1'eve.
785 Porm podcro os Parochos escl'cver nos tcstamenlos, qne
fizerem, quc se fao os omcios, e su{frngios costumados, aiuda (ll1e elles
mesmos os ll::ljo de cumprir; mas nem elles, nem oull'os Clel'igos pode-
ro escrever outros omeios, e Missas, declarando que elles mesmos as
11igo, pOJ'que por este mesmo caso ficaro (6) sem a dizerem, ou faze-
rem os ditos omeios, e sc cumpriro por oull'OS Sacel'doles.
786 E quando algum Parocho ou outro Clcrigo, que no for
LeUrado, e vcrsado em fazer testamenlos, fOI' chamado para fazer al-
gum, procure com todo o cuidado saber (7) como se deve fazcr, pnra
I1car valioso. E se !lO dilo tcstamento se houvcrem de ol',lenol' mor-

(1) Consto U1yssipon. lib. 4. til. 14. 2. fuI. 381. LEgitan. lib. 3. til. H.
e. 5. n. 1.
(2) L. 3. Cod. de his, qui sibi adseribunL L. Si quis lega tum ff. ad lego
Corneliam de Falsis.
(3) Gam. deeis. H;7. per Lotam. Molina dc JusLil. eL juro tracL 2. d. 125.
([~) L. ue eo cum seq. fI'. ad l,eg. Come]. de Falsis.
(5) ConsLil. U1yssipon. lib. !~. lil. 14. decr. 1. 2. foI. 381. LEgilan. lib.
3. til. 14. C. 5. n. 1. fol. 316.
(6) Consto U1yssipon. dicl. 2. ,"C\'S. E quando. JEgLan. dicl. C. 5. n. 2.
(7) Consl. iEgilan. ubi proximc. Porlucns. lib, 4,. liL 10. conslil. 4.
verso u1l.
no ARCEBIsI'"DO nA lU ITL\.. 28t
gado" Capcllns, ou quacsqllcr outras in truccs, c elle se lio achar
com capacidJde pal'a estas dircc.es, aconselhe aos instituidores, e tes-
tadores, que chamem (8) pessoa doutas, e experimentadas, e t mentes
a Dcos, que as fao, e ordenem; porque, se com sua ignorancia der
cau a s nullidades, cmharaos, ou demandas, ficar na eousciencia en-
clllTc'gado.
TIT 'LO . L.
QUE Sl<~ ClJ~IPn.o OS TEST.\i'dEI''l'OS, E LEGADOS 1'lOS, A1PiDA DOS FILHOS FA.-
nULUs, TE:'mo AS SOLE:Ui'l\D.\ DES DE DIREITO CA,O~iICO .
... 787 Conforme o direilo Canonico, os tcstamentos, que se fazem
para callsas pias, como sno (1) aquelles, em que for inslituido paI' her-
deiro algum ~Iosleiro Igrcja Hospital, Casa de Misericordia, Orphos,
pobres, ou OIlLt'O quallJucr lugar, ou ca a pia (posto que se fa~lo
com menos solemnidade, e numero de tcstemunhas, do que por
direito Ciril e Lei do R ino se requerem nos protano.) so valiosos,
com tudo sempre sero a elles (2) presentes duas, ou tres testemu-
nhas, e assim mandamos se cumpI'o, guardem, e executem; e o mes-
mo se guardar nos 1 gados pios, como SO Missas, suffragios, olfer-
las, e esmolas que se deixo a pobres em test:lmcntos, qlle por defeito
das solcmnidades de clircito Ci"il, e do Reino forem julgados por nul-
los, porque no que toca aos legados pios sero havidos por bons: (3)
e ralioso' .
... 788 E mandamos com pena (li) de excommuuhiio maiol' '11JSO {ac-
lo incln'l'encla, e rle cincoenta cruzados applical10s para o a cu~ador e
clespezas da justi.a que nem-uma pessoa, de qualquer qualidade que
seja, encuol'a, ou esconda testamento algnm, rm que se deixarem algu-
mas obras pias, anles dem o truslado delle s Igl'cjas, ou lugares pios,
ou pr soas, a qnem perlencel'.
S9 E deixando algnm filho familias de mais de qU310rze annos
por ultima vonlad " ou paI' ontra di POSiO entre vivos, s j;\aalguma
C~ll a por sua alma, ou algllm lc o a(10 pio dos bens ca trellses, ou quasi
(;)) castrcn. C', qne tivrr adqllil'ido, se cumprir tudo, o que assim 01'-
dell~l', posto que o faa sem licena de seu pai, em cujo parleI' estiyel'.
E :lInda dos bens que no forem castrenses, (dando-lhe sen pai (o) li-
cena) podera te lar em hem de SU:.l aima, e deixar legados pios.

(8) Consto U1yssipon. dict. ~ 2. verso E admoeslamos. A':gilan. diel. e. 5.


n. 3. foI. 3J6.
(1) Molin. de Jusl. el jure lmel. 2. d. 131.
r . (2) Cp. Relalum 1. de tcslamentis. Valase. eonsull. 7i. n. 4. Pinbeyr. de
eslam. d. 2. scel. 9. 3. n. 3J 6.
. (3) Coras ao dicl. cap. Rclalum de Testam. n. 3. Molin. dicl. rlisp. 134.
'ers. Contra ver. Tiraqucl. de Privileg. pi<l) eausrc privil g. 8. ~ ed c diverso,
vers. COlllrarium [ameno
(4) Con tiL. UI 'SSipOD. lib . .r,. til. H. decl'. 1. 3.
. (5) Texl. in cap. penult. ,"ers. QUHmvis de scpulluris lib. 6. Ord. lib. 4.
li!. 81. 3. Molin. de Jusl. el juro tl'aet. 2. d. 138. Pinhryr. de Teslam. . L
secL I. n. 118.
1n (6) Diel. cap. pcnulL. ubi proximc, et ibi Barbosa n. 6. Molina flicto d.
JS. Ju!. Clar. Testamentum q. 5. n. 7. Dian. tom. 6. tracl. 8. resolul. 6. 2.
28:2 co~, 'TJTlJES
TIT LO XLI.
t DE\TnO EM QUE TEMPO DEVE}l OS TES'LUIE"ITElnOS CUMPRIR O TESnjIENTO,
E DAR COI T.\, E QUANDO PODE1\I RECUSAR O CARGO.

790 Por quanto os testam nlcil'o , por se lograrcm dos bens


uos del'untos, e ontros intcresses, e respeitos temporaes, com gran-
ue encal'go de uas conscicncias, cieixo de cumprir o que lhes
mand~l(.Io nos testamentos, e ullimas .. olltades, por cuja causa as almas
dos testadores no so soccorriuas com os snITl'agio , e esmolas que
mando fazcr, antes o muito del'raudadas pela tal dil::u:o: e porque
muito proprio de DOSSO pastoral omeio atalhal' as desordcns, qucncs-
ta matcria pde hayer. maiol'mente quando os testadores ordeno suf-
fragios para suas almas. e Outl'OS legauos, e obras pias, ol'denamo , e
mandamos a todos os testamenteiros, ou ex.ecntol'c UOS testamHntos,
que do dia que o derunto falleccl' a um allllO, e um mez (J) executem,
e cl1mprtlo com cfeito ludo o que p -lo testadur em seu testamento,
ou ultima youtade for disposto, e ordenado.
791 E no o cumprindo dentro do (lito termo, os priyamos, e ha-
vemos por prii'ados de qualCjuCl' I gado, (2) salario, premio, ou inte-
resse, que pelos rlefllntos lhes fOI' deixado por serem lestamentciros.
E oulro-sim na frma d direito pl'Yados dc quac"Cfuer outros I gados,
bcns. ou hel'ana, que dos defuntos hOllYCrCm
792 Os quaes legados, emolumentos, bens, e herana se depo-
sitaro (lor ol'dem, e manflado do nosso Juiz dos Residuos para sedis-
tribuircm e gastarem em obras pias. como bem lhe parecer, no dis-
pOllflo o defunto outra cousa c a execuo dos dilOS testamentos fica-
r 11)SO (acto a 6 de\"olula. como por direito (3) ordenado.
793 E se os ditos teslamenteil'Os, ou execulor s tirerem legiti-
ma causa (/,) de impedimento, pOI' onde nao POSSo cumprir os te la-
mentos dentro no dito anno, e mez a Yiro allegal' perante o nossO
Juiz dos Residuos, e juslificacla ella se lhes as ign3r:1 mais tempo, se-
gundo a Cjualida(le do impedimenlo, c causa Cjue e allegar. eju tinear,
e dentro do trmpo, que <le no\"o se lhes assignar se no proceder con-
tra elle; e se o impedimento 'e fundar cm algum leligio dos ditos hcns,
sero os leslarncilleiros obrigados a pr' toda a diligencia, e cuidado
para que se "olencee, e no lhes correr o lempo seno depois tia ul-
lima senlena.

(I) Ord. lib. 1. lil. 62. Si 2. et ibi PeO'as n. 2. Pereir. de Man. reg. p. 1. c.
16. n. 'I. PinlH:~rr. in Appl'nd. ad lracl. de Teslamenl. 2. num. 167. Tbemud.
decis. 16. n. H. Oliv. de lunere Prol'is. c. 1. 7.
. (2) Pinheyr. ubi supra 4. n. 19J. cum seq. foI. 799. Pegas au Ord. dicl.
Lit. 62. 12. n. 7.
(H) Texl. in c. 3. de Tes[am. Ord. Jib. 1 tiL. 62. 12. Pereir. de !\Jan.
regia p. 1. eap. '15. n. o. verso Tamen contraria. Coval'. ad texL. in c. Si brerc-
des ue teslam. n. 3. el Abb. n. 7. Alexand. cons. 239. in fino lib. 6. iu Aulh.
Hoc amplius. cod. de fideicolllmiss. n. 9. Pinheyr. dict. 4. U. H)i\. Tl:emud.
j. p. rlccis. 98. TI. 8.
([~) Ord. dict. til. 62. 2. et ibi Pegas num. 7. Pinheyr. iu dicl. Appen I.
sC'ct. 3. 2. n. 177. foI. 79!~. Pinel in Authenl. 'isi n. 42. Coval'. in d. cap.
Si hrerrdrs n. 4. Fcreir. de Man. reg. C. 15. n. 35. TheTnud. I. p. Jecis. 98.
II. 35. OJiveir. de Muner. Provisor. cap. 2. 18. n. 1)7.
no AHCEBlSPADO DA BAlllA.. 283
791, E se o testa~or limilar a seus teslamenteiros tl.'mpo certo,
em que se cumpra o que por elle orena~o, duranrl0 o dito tempo
no sero constrangidos (5) a dar conla do que ti\'ercm recebido, e des-
pendido, nem incorrcro 'm pena alguma. Por~m se os testadorcs em
sus IIllimas \'onlafles disserem, que, se os testamenteiro no Tlude-
rem cumprir seus testamentos dentro em 11m anno, lhes do mais o
segundo. e no podendo no segundo o faro no terceiro. sero obri-
gado pas. ado o primeiro a jusliOc:lI' (6) que nelle fiz('ro Ioda o di-
Jigencia. para pod rem 07031' do segundo e ono moslrando lambem a
diligencia eonvcllicnt-mcnte feita, no gozaro do terceiro a11no.
795 E declnramos que se o testadol' no nomeai' testamenleil'os,
ou os nomeados no quizerem aceitar, on aceitando morrerem, fico
os lIerc!cil'OS uccedendo na obrigao de fnzerem cumprir o tc tamen-
to, como se 1'0 s m (7) teslamellteil'os.
796 E posto que, conlol'me a dircito, ningllem regularmente p-
de ser constrangido a aceitai' o cargo de testamenteil'o snh'o fOI" e
quizcr SCI' herdeiro, c legatario com tudo depois de uma vez o aceitar
no p6de arl'f'penuel'-se, e largar, ou deixar o omeio, e pd ,e<lere ser
compeli ido (8) n cOl'rcl' com a execuo d.o testamento: e 'c haver por
aceitado este omeio, e c.argo no smente quando por palavras expl'es-
sas for dec.larado, ma tambem quando pOI' obra o come,al' a cumprii'
por a lo, (9) I]ue se no podia fazcr seno como testamenteiro. E no
tendo ainda jJl'incipiado a rxccu50, ou aceitado a teslameJJlal'ia, no a
querendo aceilal' o 110SS0 Juiz dos Resilluos (10) nomear testamentei-
ro c1ati\'o, que melhol' lhe pareccr, nomeando sempre um dos herdei-
ros de defunto. se o hou\,('r.
97 E declarando o lesladol' em seu teslnmenlo, que quer, e
contente q lC a seus leslamenleiros se no tomc conla, mandamos que
~em emual'go da tal declarao (11) se lhes tome, e elles s jo obriga-
dos a tia! a, por ser assim conforme a direito .

. (o) Onl. diet. til. 62. Si J et ilJi Pegas n. 1. llinheir. in dicl. Aprcnd. d.
ume. seel. 3. ~ 2. fuI. 791. n. 167.
(~) OrU. diel. ~ 1. lJinheyr. dicl. ~ 2. n. 167. posl. merlil1m. Constitl1t.
11'Sslpon. lib. !~. til. 14. deer. 3. vers. E se o testador fl. 3'6.
. (7) Cap. 3. de Testamentis. Pegas ad O\'(!. diet. til. 62. 1. num. 4. Man-
lira d.e Conjecturo ull. olunl. lib. 3. til. 1. D. 23. Pinhe '1'. in dict. Append.
d. lime. scet. I. 5. n. '17. post medillm ad illa vcrbn: Ratio est. _lolina Lom.
1. ue Just. d. 2[~7. Sed limita cum l'inheyr. dicl. 1>, n. 51>.
. .(8) Texl. iII cap. Joalln. de Tcstamcnl. ubi glos. ''c. b. Mandatum. Pinhcyr.
I~~lllel. ~\ppcndiec soel. J. 6. Heynos. obser\'. 5'. n. 2l. Thcml1t1. 1. p. doeis.
6:.. 11. ti.
(9) pjnheyl'. rtiel. G. n. 59.
I (l~) Al'gumenl. texl. in cap. 3. de Testam. l\Iantic. de Conjeet. ull. 1'0-
~u~t. hb. 3. tiL. 1. n. 23. l\Iolin. tom. 1. de Justil. d. 21-7. FaciL. Pinhcyr. cliel.
i\J a. 11. !~7.

(I I) 0\'(1. clicl. til.. G2. rt ihi Prgas n. l.l\Io!inn de Jl1stil. tl'acl. 2. el. 251.
n. S. \';1 las '. con '. ~O!:), JI. 07. Cuustil. l'Iyssil'. liIJ. 'I,. til. H. delT t. 3. I' 1'5. ult.
281 CO:-iSTlT "lK'
TITULO XUT.
t QUAi'iDO, E CO:\lO SE HO DE CUMPnm OS LEGADOS PIOS, E FAZER OS St\?-
FRAGIOS, QUE OS DEFU:'i'fOS E)1 SElS TESTA)m~TOS OI\DElIAnml, O
DEIXAREM E:ll ARBlTRIO DOS TES'I'AlIiE 'fOS.

798 AilHb que o dito tempo de anno, e mez dado aos te 'Iu-
menteiros pal'a os convcncel' de negligenles, e haver lugar a de\'olu-
iio da execl.o ao Supcl'iol', Cal\) tu<./o os aCl'edol'es, c legat:Hios, a
que o lesladol' no paz tempo, podem pedir suas dividas e legados an-
les disso em juizo competente qU311do lhes parecer. E plle (1) o Juiz
dos R sidl10S ex-ameio ou inslancia da parte ohrigal' 30S lestamen-
teiros, e herdeiros, a que cumpro os legados pios, pois no por "ia
ele tomar conta, mas para se executar a ,'ontade do defunto.
799 POl' tanto mane1amos, que havendo nos teslamentos legados,
ou obras pias, que os defunlos deixarem, os testamenteil'os, e pessoas,
a quem tocar o cumprimento do testamento, com a maior brevidade, (2)
que puder ser, (por ser verosimel (3) que assim o querem os lestadores
em todas as suas disposies). cumpl'o todos os elitos Icga(los, e ohras
pias, salvo os testadores !imitare:m tempo, ou as eousas que se moo-
darem fazei' o pedirem largo; porque nc te ca o se o requer rem o
dilas testamellteiros a 1IOSSO .Juiz dos Residnos, (tomando-se primeiro
conhecimento da causa) se IlJes dar tcm po cOlnelliente, para assim c\'i-
tarem o poder-se (pela sua omis<io, c negligencia) pl'ocedel' eontra el-
les na frma ele direilo.
800 1\' andamos aos hel'dciros, c lcstamentciros que com toeia a
hrc\'iuade cumpro o que o defunto em seu testamento ordenai' sohre
as rlissas, e Omcios, que por sua alma manda fazer: e o que mais for
costume da Igreja sobre a Missa de corpo presenle, e 110 dos OJ:licios.
que pOl' cada defunto se coslumo fazer; o que tudo cumpriro elos
hens do Jefunlo, que tiverem cm seu poder, sem que seja uecessario
esperar-se uceitac;o (h) da herana; e no os tendo requei'Cro peran-
le o Juiz (5) competente a entrega rle1les, e ao metlos dos Ilecess:lrios
para darem inteiro cumprimento aos laes legunos, e obras pias, na rrma
que os uefunlos ordenarem, sem q!le o passo vuriar, nem alterar (6)
(1) Tcxl. in cnp. Si hreredes de Testam. Sancb. lib. !~. opusc. c. '1. linho
54. n. 6.1\101in. tom. '1. de .fnslit. d. 251. ~ Dllbium item e L. l'inll{'F. in dicL.
AppcnU. seet. 3. ~ 2. n. 180. 1~l'eg. Lopes in L 6. til. 10. p. 6. Pcreir. de
Mun. reg. C. 11>.11.13. Oliveil'. de Mun r. Provis. c. 1. Si 8. n.37. .
(2) L Cm res (1'. d legal. 1. Lo Si domus Si ln pecunia tr. eorlem III.
Valcnsuel. p. 1. COIl i!. 35. n. 20. lhrbos. de poleSL. Episcop. alleg, 82. n. iS.
ct 19. Pinhryl'. in Appcndic. dicL. 2. n. 17!~. OJiv. de For. Eecles. 3. p. q.
35. n. 3i>'
(3) Arg. text. in Lo l. c. de Sacros. Eeclesiis, t. ln teslamenlis 12. 0'. ele
Brl\'. J uris. FaciL. L. cnm rrs 49. in prine. verb. Varis7llile asl rllm lolusse. fT.
de leg. t. Barb. de poLesL. Episcop. dicl. alleg . 2. n. 5H. veru. Plane.
(!~) O1iya dicL. qUfl'sl. 35. n. 41>. Pinhe)'r. dieL. sceL. 3. 2. n. 196. Darb.
dict. alleg. 82. llum. 22. Constil. Conimbricells. til. 26. consti L. !~. E oull'O-
sim, ct s q.
(5) OJh':! dicl. qurcsL. 35. n. ft.6. Pinheyl'. dicL. sect. 3. ~ 2. n. 170. Pega
ad Ord. lih. l. tiL. 62. gtos. n. 6!). Yntensucl. cons. 3i>. n. 16. .
(6J. C1 'IDcnt. Quia eonlingit. de religios. domiblls. Prgas alI Onl. dicl. IIL.
G:... Si 12, gloso 19. IJ. :1. f'in!tc'yr. iu Appcud, d, Ultic. secL. 2. SI 6, n. 101.
DO AB.CEBI PDO DA BAll1A. 285
cm cou :1 alguma, especialmellte nos legados pios, como so Missa ,
Cal)cllas, Omcios, esmolas, casal' orphas, remir caplivos, e outras se-
mel h:ll1 tcs.
801 E deixando o testador em ar1Jitl'io, ou eleio de seus hcr-
Ilcil'os, ou teslamenteiros, assim a quantidade, ou numero das esmo-
las, e outras obras pias, como tamhem a qualidade, e numero das pes-
soas, dentl'O do lermo, que tem para executar, podero elegei', (7) ou
3rhitrar, conformando-se com o que lhe parecer mais verosimcl von-
tatle do defunto, e ao que elle sendo vivo dispuzera, preferindo sem-
pre os captivos, poures, e orphos, que forem parentes, ou amigos do
defullto, e os tia Freguczia aos lle qualquer ontra, e os tia Cidade, 1,u-
{;:\I', ou Yilla, em que o defunto morrer aos estranhos: e no arbitran-
do, ou elegendo dentro no dito termo se devol"el' a Ns, (8) ou a IIOS-
so Juiz dos Residuos, ou a outro competente o tal arbitrio, e eleino.
802 E dcclaraudo o lestadol' que deixa a sua fazenda a pobres,
011 para captivos, ou pal'a casamento de orphas, on oulras obras pias
semelhantes, sem dar eleio aos hel'lJeil'os, ou testamenteiros, ou no
decl3r311uo quaes ellas sejo, uo podero (9) os testamenteiros, nem
hcrdeil'os dispemler bens alguns do dito defunlo, por DOS pertencer de
direito a declarao das pessoas, a que se ha de dar, c fazendo o COI1-
tl'3rio, se lhe Irval' em conta.
TITULO XLIII.
-r A QUEM PERTEi'\CE 'I'O~lAR. CONTAS AOS TESTA~IEr<TEIROS, ou AUS HERDEIROS
DO cU~rPlmlEriTO DOS TESTA~lENTOS; DO QUE l'iELLES SE DEVI: GlJAnDAl\;
E COlIIO os TESTAmE~TEI ROS :'io 1'0DE~1 COM PR.\R os BEriS DOS DE FU~TOS.
803 Ainda que conforme a direito, a execuno dos testamenlo ,
e ultimas vontades mixLi fOl'i, e perLence assim ao foro Eccle iastico,
como ao ccular, e lia entre elles preveno; com tudo por se e\ il31'm
gl'3ndes duvidas, c inconvenientes se fez concordata approvlHJ.a pelo (1)
P3pa Gl'cgorio XV, pela qllal se ordenou, qne houvesse alternativa en-
Ire os Millistros de um, e ouLro foro, sem haver mais logar a prevcn-
50; e consiste a alLel'l1aLiva, em que os teslamentos da' res oas, que
h\lIecl'o nos meze de Janeiro, l\[ar~,o, Maio, Julho, SclemlJro, e No-
vembro perLclIcem aos Prelados, c seus l\liuistros: (2) e os das pes-
soa" que fullecereOlllos outros 'cis mezes du Fevereiro, Abril, Junho,
~gosto, OUluuro, e Dezembro aos Provedores de S. Magestadc' a qual
Couconlata, c a1Lern:lIiv:l se gnal'lla j nesle Arccuispado, como 1I0S

Ritrh. aL1 Onl. lilJ.1. Lil. G2. u. 4. Coval'. in Cilp. 'fuJ. 7. vers. r\ce Lamen ele
Te tam.
(7) L. Nulli Coel. de Episc. et Clctic. Pinhcyr. dicL. d.lluic. secL. 2. 8.
11: 12? verso Al coolruriulll. Conslil. Ulyssip. lilJ. 4-. lil. H. decr. 3. 1. verso
E dClxando.
. (8) Pinhey\'. t1icl. IIU111. 12:5. vers. Alqui ilu vidcll\.lIr, el secl. 1. 5. ii U.
50. ClI nJ seC[.
(!l) r.ollslil. Iys ipon. dic/. !li 1. H'r". ]o; deixando, )10.1 ll1edillll1.
'> (1.) l?' ql1a Thellllld. 1" ~. c1ecis. 350. Oli\'. de For . .'Secles. dicl. q. 35. n.
-8. Olll'clI'. de MlIlI r. Pro\'l . c. 1. Si II. II. r.L
(2) Thelllud. ubi pl'uximl:. Cou5lil. l!lys ip. Jib.4. lil. H. decl', 3. 2.
36
286 CONSTITUIES
mais do Reino, e mandamos qne daqui cm djante se gnarde inviolavel-
mente, e tudo, o que de outro modo for feito ser nu110, e as contas,
e quitaes, que se derem se no guardaro por serem feitas sem ju-
risdio, e contra a Lei resistente da Concordata.
80h .E o nosso Juiz dos Residuos nesta Cidade, e seu districto,
e os Vigarios da Vara, no que lhes toca, sejo muito diligentes em pro-
curar saber os testamentos, que ha por cumprir, elhe pertencerem pela
alternativa: c sendo l)assado o anno, c mez, logo mandem notificar os
testamenteiros, ou herdeiros para que apresentem os testamentos, c
dem conta do que tem cumprido, e proceda (3) contra elles, aindaqlle
sejo Freires professos de qualquer das Ordens Militares, Oll Hcligio-
sos de qualquer Religio; 1l0rque supposto os aceilro, neste caso
(sem em]largo de sens pl'ivilegios) esto sugeitos (h) jurisdio Ol'di-
naria, e devem perante nossos Ministros dar conta.
805 .E os Parocbos deste Arcebispado sero obl'igados (5) a dar
rol dos defuntos, que fizerem testamentos, dos seis mezes da allel'na-
Liv3, ao nosso Juiz uos Hesiduos, e aos Vigarios da Vara cm sens dis-
lrictos em cada um anno, sob pena de pagarem quinhentos ris, e ha-
verem as mais penas, que justas parecerem, segundo o uescuido, que
llOurer: c dos outros seis mezes da alternativa daro Lambem rol aos
Ministros de S. Magestade.
806 E porqne mui las ,ezcs acontece pedirem os teslamentcil'os
cm fraudc da execuo dos testamentos quitaes antecipadas para da-
rem contas, mandamos (6) com pena de excommunho maiol' ipso {ac-
to incu1'l'enda aos Parochos, c quaesquer outros Clerigos, officiaes de
Confrarias, e mais pessoas destc nosso Arcehispado, quc 11o dem, nem
passem quil.'aes antecipadas ele Missas, Omcios, e quaesquer outros
legados pios, sem com eITeiLo primeiro cstarem cumpl'idos; e se cm
alguma parte o cstivcrcm, dessa s daro quitao. .E soh a mesma
pCHn de cxcommunho maior ipso facto, mandamos (7) a cada um dos
testamenteiros, ou executores dos testamentos, no llco, nem usem
das lltas quitaes antccipadas, mas smente do que tivCI'cm rcal, e
,'erdadeiramente cumprido.
807 E debaixo da mesma pcna de excommunho i11SO (acto man-
dnmos aos tcslamenteiros, e administradores das Capellas (8) dom in-
teiramente as esmolas aos Sacerdotcs, que os defuntos ordenarem em
seus testnmenlos, c instituies, e que os Laos Saccrdotcs, c Capclliies
no fao concertos soLre a esmola, levando ilJJenOS, do que nellas lhes
assignado.
808 E aos testamentcil'os prohihimos estreitamenle, quc per si
ou POI' illterposla pcssoa comprem, (9) OH l13jo hens, ou cousa algu-
(3) ELiam fl'Ueius sequestrando. Thell1ud. 2. p. decis. 168.
(q.) Clemento uuic. de Testment. 131'bos. de potcsl. Epise. a]]eA'. 82. 11. !8.
Pinheyr. de Testament. iIl Append. sccl. 3. SI 8. n. 2:.l3. Pego ad Ord. dicL IiI.
62. glus. 2. n. 21. ]l<tlaus tom. 3. tl'acl. 16. d. q.. punel. 13 .. ~ 1. u. 7.
(5) Esl similis COllslil. Porluells, lib. q.. tit. 10. couslil. 10. vels. 2. rol.
1t5L
(G) Conslit. Ulyssipoll. Jib. 4. til. H. dccr. 3. !\\ 2. verso E P01'quc, fuI. 388.
(7) CUllslit. Uly~sipon. llhi proximc.
(8) COllslit. U1yssipon. loe. citnto,
(V) Orfl. lib. 1. til. 112. Si 7. ct ilJi Pegas. Pinhcyr. de Testam. in AppCllll.
n. unir. sccL. 2, Si 3. n. 8V. ct \lO. Caldas PCl'cil'. de Empliou. c, 17. n. 8.
DO ARCEBISPADO DA B lUA.. 287
ma, qne ficar POI' morte tios testadores para si, nem para outrem; pos-
to qne os taes bens se rendo puhlicamente pOl' mandado da justia, c
fazendo o contrario sel' a compra nulla, e os llcns e tomaro fazen-
da do defunto, e o testamenteiro perder (10) o preo, CJue por elles
dco, ametade pal'a as despezas, e oult'a para o accusador. E encarrega-
mos muito aos nossos Juizcs dos llesid.uos cump!'o, e fao gna!'da
csta Constituio, como nella se contm.
TITULO XLIV.
DAS comlUTA-ES D.\S ULTBUS rO:"TADES, E POR QUEM SE DEVEM FAZER.
809 'Ainda quc as ultimas voutades dos defuntos, pOl' terem for-
a de Lei, se devem cumpri!' inlcil'amente no modo, e frma, que os
testadores dispuzerem, (1) sem aller;lI;o, ou mndana alguma; com
ludo, porqne muitas vezes !ta causas justas, que necessariamente 0111"-
giio a se alterarem, e commularcm, e para isso se impelra commula)io
(lc S. Santidadc; para que no acontecesse Della !taveralguma obrepo,
c suhrepno, ordenou o SagraJo Concilio (2) Tl'idenlino, CJue os Ordi-
n3rios como delegados da S Apostolica, tomassem conhecimento das
ditas commulaes, examinando as causa dellas.
-l< 810 Pelo f)ue mandamos s Communitlades de nosso Arcebispa-
do, e a todos nossos subditos, assim Ecclcsiasticos, como seculares,
de qualquer (jualidade, e condio, flue sejo, com pena de excommu-
nho maior aos parliculal'cs, e de inlerdicto s Communidades, c de
ql1al'enta cl'Uzados para as despezas, c accusadores, que no usem, (3)
ncm aceitem semelhantes commulaes, sem serem primeiro, "islas, e
cxaminadas pOl' Ns, ou nossos SUCCCSSOl'CS, e preceder despacho, e li-
ccna nossa, ou sua.
811 E declal'umos qne nem-uma reduco de Mi sas a menor
numel'o se pde fazcl' sem licena (h) da S ApOslolica: e quanlo aos
outros encargos d.as Capellas, ou Morgados, quando hourei' jusla cau-
sa para se commutal'em, se nos requerer (5) para determinarmos, o
que mais for couforme a direilo.
TITULO XLV.
DOS EN'l'ERRA1\!EN'l'OS, EXEQUJAS, E SUFFRAGIOS DOS DEFUNTOS. COMO os
DEFUNTOS no DE SER ENCOMMENDADOS PELO SE PAROCHO ANTES QUE
vo A ENTERIIAR.

812 Conforme a direi lo, nem-um defunto pue ser enterrado sem
(10) ConsL. Ulyssipon. dicL SI 2. verso E estreilam<'ule foI. 389.
(I) Cap. UlLima vo!unlas 13. q. 2. L. L Cod. de SacrosuncL Eccles. Pegas
ati 01'(1. lib. 1. lil. 62. gloso 2. n. 66.
(2) TridenL sess. 22. de Heform. cap. 6. Barbos. de Polesl. Episeop. 3. p.
allcg. 83. n. L Francisc. leo Thesaur. 2. p. cap. 2. 50.
. (3) Conslil. UJyssipon. lib. [~. tit. 14. decr. 3. SI 2. verso penult. iEgilan.
I1h. 3. liL 15. cap. 10.
(r~) 13arb. ad Trid. sess. 25. de Reform. C. 4. n. 14.
(5) Tridcnl. sess. 25. de Rcfol'ln. C. 4. Barbos. de Pol 'sL Episc. 3. p. alleg.
83. n. 5. ct universo juro Ecclcs. lib. 3. c. 27. n. 56. J.\Ioslaso de Causis piis lib.
1. C. H. n. 15.
288 co~ TnmES
primeiro sei' encommendado (1) pelo seu P:lI'ocho, ou 01111'0 Saccl'flolc
de seu mandado. 1)01' tanto ol'denamos, e mandamo, que assim se
cumpra, e execute em touo nosso Arcehispado, e que pal'a is o, tanto
que alguma pessoa moner, se d com brevidade recado ao Pal'ocho, em
cuja Parochia fallecel', para que acuda ao encoOlmendal' com muita di-
ligencia, e antes de o cncommend:lI' saber, se fez testamento, e aonde
se manda ente1'l'al', e se deixa alguns legados pios, 011 ohrigaes de
Missas, ou se ao tempo de sua morte declarou de palavra alguma cOllsa
destas, p:!ra com IJI'e\'iuade (2) as fazer cumpI'il': e, depois tle saber de
tudo isto, o encommentlar, no lugal' onde estivei' com soll1'epcliz, e
estola pl'eta, ou roxa, guuI'dando frma, que tlispoem o llituat (3)
nomano.
813' E, ainda qlle alguns defuntos se mandem entenar fra dc
suas Fl'eguezias, sempl'e sero acompanhados pelos seus Parochos, (h)
de quem em vitla rccebero os SacI'amentosi aos I")uaes ParocllOS se da-
r a poro, que o dil'eilo dispoem, (que a qualta pal'le (5) das OI1'CI'-
tas, e esmolas de seus Omcios) ou, o que fOI' costume legitimamente
prcscl'ipto.
-\< 8llt E, fallecendo alguma pessoa fra da sua Freguezia se dal'
recado ao Pat'ocho daquella, (6) onde o defunto fallecel', o qual com a
mesma diligeucia, e ordem o ir encommendar pel' si, ou pOl' oullcm.
E o Parochos, que, sendo chamados, no forem encommendal', e
acompanhaI' os defuntos da sua Ii reguezia per si, ou por outro Clerigo,
(que pOllero nome:l1' estando legitimamente impedidos) (7) pagaro
mil I'is por carla vez,
-\< 815. E na mesma pena incorrero as pessoas, a cuja conta esti-
veI' fazei-o saber (8) aos Parochos, sendo nisso negligentes: e tambem
os Clel'igos, que entenarcm o defunto sem ser ellcommendado, c
acompanhatlo ]leIo P31'0cho, na frma sobredita, scro gl'avemenle
castigados a nosso ad)itrio; mas no, se conslar, que, scndo o Pal'o-
cho chamado no quiz ir, (9) ou, que, estando impedido no mandou
Sacerdote em seu lugal', porque neste caso podero encommeudal',
acompnnhal', e entel'l'al' o defunto ~cm assislcncia do Pal'ocho.
816 E manuamos outro-sim, que, nos dias de festa ria primeil'a
classe, (10) nem-um defunto seja enterrado pela manh, excepto dcpoi
(I) Abr. de Tnst. Paroe. lib. 12. e. 6. n. 6J. Darb. de orne. et Polesl. Pilmc.
3. p. c. 26. n. 66. et univ. juro Eccles. lih. 2. C. '10. n. 66.
(2) Conslil. Ulyssipon. Ii]). li-. lil. 15. in prineip. foI. 390.
(3) Uil. Bom. de Exequiis verso Conslillllo (empore. Conslit. U1yssipoll.
l.lbi proxirnc. A~gilan. lib. 3. lit. 15. cap. 1. n. 1. foI. 323.
(4) Cap. Curo \ibm'um de sepu!luris. AIII'. de Tnslit. Parochi lib. 12. c.
6. n. 69. Conslil. U1ys ipon. loco citalo verso E ainda que. .
(5) Cap. 1. cap. Cllll1 super, cap. Ccrlificari, eap. ln noslra de sl'pulLurlS.
Clement. Dudum. Si. Yerum eod. lil. Abr. dicl. lib. 12. e. 7. n. 75. llarb. de
Olr. et Polest. Paroch. p. 3. cap. 25. el de juro EcclesiasL. lih. 3. cap. 2!~. So-
lorz. de .TUI'. Tndiar. lom. 2. lib. 3. e. 22. 1 n. 8.
(6) Conslil. Iyssipon. lib. li-. lil. 15. in prineipio vers. E succedendo,
(7) Faeil. Consto U1yssipon. ubi Jlroxim verso ulLim.
(8) Conslit. U1yssipon. ubi proximc.
(9) Abr. dict. lih. H. cap. 6. n. 65. ]3arbos. de Orne el PolesL. Paroe!),
I). 3. c. 26. n. 22. el 23. el de universo jm. Eccles. diel. cap. 10. n. 66. Consl1(
lEgilan. lib. 3. til. 15. cap. 2. n. 3. foI. 325.
(10) Argum. cap, Alma maler verso Tn fcslidlalibus de SenL CXCODlJU,
DO ARCEBISPADO DA RAlHA. 289
de sCI'em acabado os Omcios Divinos' ncm nos diLos dias, e na Laes
!tol'as sc faa signal, dourando os sinos pclo defunLo, c se faro depois
de acahada a Missa Com cnlual. POI'm nos Domingos, ou dias San-
lOs dc gllal'da podel'o os dcfunlos ser enlcnados pela mauh anles da
Mi sa sendo neccssario; e no occoncndo ueccssiciadc alguma, se tar
o eulerro depois da Missa Conyenlual.
817 E se o ucfunlo houver de ser enLcnado QuinLa, ou ScxLa
Feira ua Scmana Sauta, scr Icvado sepulLura depois dos Omcios Di-
Yinos (1 J) com Cruz haixa, c OOmcio do acompanhameuLOj e enlerro
se far )'czauo.
-l' 8J8 E ncm-uma pessoa, de qllalquel' eslado. e qualidadc que
seja, podel' ser euLcnado anles de nascer o Sol, (12) 011 ao dcpois de
scr poslo, sem espccial licena nossa, ou dc nosso j\Jinistros, qlle para
isso podcr liverem. E o ParocllO, quc no conlrario conscntir, pagal':l
dous milris \JOI' cada vez para a S, e Mcirinho; c os Clcl'igos que no
diLo cnt 1'1'0 sc acharcm scro casligaelos a nosso arbitrio.
8J9 E pOl' atalhal'mos alguns inconvenientes, que poucm succc-
dCI'; mandamos quc fallecendo alguem de morte repenlina, lio seja
enlCI'l'ado seno passadas (13) YinLe c quatro horas, excepto no Lempo
dc doenas conLagiosas; e quando antes disso seja ncccssario clllel'l'al'-
se, no scr scm licena uo nosso PI'ovisOI', Yigal'io Geral, ou (la Vara
cm scus districtos, e antes de passarem as uila yintc c quall'o horas,
no scro os taes defuntos amorlalhados.
TIl' LO XL' J.
D.\ ORDEM, QUE SE 11.\ DE GUARDAR NOS ACOMI'ANlIAMENTOS DOS DEFUNTOS;
E QUE os PAlIocnOS ACOMPANIIEM SEPULTURA.
820 Pat'a que os cntcnos uos defuntos se fao com aqllella dc-
ccncia, e ordcm, qnc convem, e se evitem os inconvcnicntes, quc mui-
la~ vezes acontecem, mandamos (1) aos testamcnlciros, 011 pcssoas, a
~lIJ~ cal'go esli\'cl'em, quc dcm recado aos Clerigos, HeJjgiosos e Con-
"'al'1as, que houvcrem de acompanhar dundo hor3 certa, e determina-
da, para quc todos sc ajuntem no mc mo tempo, e no espercm uns
pclos Ol1lros.
821 No acompanhamcnto iro lodos cm procissiio (2) pam a Igrc-
ja, onde hOI1YCI' de SCI' enlcrrado o defunto, com composllll'a, e gnl\'i-
dade (3) pelo caminho orucnado peJo Parocho, quc scr para i lo o

i~ G. Conslil. U1yssipon. lib. [~. tiL. 15. decret. 1. in principio. lEgilan. lib. 3.
II!.15. cap. I. n. 4.
(11) COIlSI. U1yssipon. uhi proximc ,. 1'5. E e o defunto. Possevin. dc Of-
fie. Curali c. 14. II. 2.
Jl (1~) Consl. U1yssipon. ubi proximiJ decr. 1. Gavant. \'CI b. Exequim n. 2.
ossevlJl. de omc. CuraLi cap. H. n. 2.
(13) Gav;mt. clict. verb. Exequim n.3. Conslit. U1yssip. dict. decrel. 1-
ve~~. ull. Po sevin. de omc. CUl'ati cap. 14. n. 1. Hilllal Roman. til. de Exe-
qUlIs VCI'S. Tull um corpus.
(L) Con Lil. Uly sipon. dict. dccr. 1. ~ 1.
(2) i\bl'. LlieL. C'lp. 6. n. 60. UiL. Roman. til. dc Exequiis vers. Constilulo
lemporc.
, (3) llarbos. de omc. et Polesl. Paroc. p. 3. c. 26. n. 74. Abr. uiJi pruxi-
me n. 65. Con lil. U1y sip. dicl. decl. 1. "Cl'S, Tanto que,
290 CO STITUIES
mais ln'cve, c acommodado que houver: e a Cruz da FI' guczia do de-
funto preceder s outras, excepto da nossa S, porCjuc esta prece-
der (4) sempl'e a toelas as outras de nosso Arcebispado, ainda ni.io es-
tando o nosso Cahido presente.
822 E indo a Irmandade da Misericonlia, (5) sempre preccdcI'
a todas as mais Confrarias e Irmandades, e levar a sua bandeira diantc
das Cruzes das Il'l'eguezias; e as mais Confl'al'ias, c Irmandades se se-
guirO logo dita bandeira, cada uma segundo f!ua antignidade. E ha-
vendo duvida sobre precedenclas entre as pessoas Ecclesiasticas, Oll
Confi'arjas, o nosso I rovisor (6) as compor tle modo, que cesse toda
a desordem, e escalldalo, procedendo contra os culpados, ainda quc
sejo isentos, com penas pecuniarias, e ceo uras, para o que lhe com-
meUcmos nossas vezes, as quaes o Sagrado Concilio Tridentino nos d
nestas matCl'ias como Legados da S Apostolica.
823 E quando o defunto houver de ser entenado em outra Igrc-
ja, que no for da sua Freguczia, ou em Mosteiro de Religiosos, o Pa-
rocho do defunto (7) no s far o Ollicio la eucommendao, como
Dca dito, mas todo o mais Officio de acompanhamento at entrar na
Igreja da sepultura cxclusivamente sem nunca tirm' a estola, ( orno at
agora se fazia, quando o cnteITo passava POl' outra Freguezia) por cyi-
tal' os inconvenientes, quc de se mudarem os Pal'ochos resulto: e cn-
trando na Igreja da sepultura o Parocho, ou Religiosos da tal Igreja,
continuaro com o Omeio, se de outra maneira se no concorJarcrn
entre si. .
824 Os Clerigos, a quc se derem velas, as levem, e ten1Jo ace-
sas (8) no acompanlJamento, e enterro, e assisto at os defuntos fica-
rem enterrados, sob pena de perderem a esmola do acompanhamento;
salvo quando antes do enterramento (lo defunto se houver de l'azeI'OOi-
cio, ou cantar Missa, e no houverem de assistil' todos os Clerigos quc
o acompanhro.
825 Ordenamos, e mandnmos aos P3rochos, e Clerigos, que no
rezem, ou cantem por modo de Communidade (9) em todo, ou em pal'-
te as Vesperas, Nocturnos, ou Laudes dos defuntos })as casas, em que
clles fallecerem, nem no acompanhamento, nem em outra parle fI'3
das Igrejas, onde houverem de ser enterrados, ou se llOUycrem de fa
zer' os Officiosj saho se os defuntos forem Bispos, porque ento sc
guardar o que ordena o Ceremonial Romano.
826 Encommendamos aos Parochos, e mais pessoas, a CJucm
pertence, que para estcs acompanhamentos, e para as excquias, harcl1-
do de chamar lladres de fra, ch:Hnem, e pl'eOro, (10) quando forpos-
sivel, aos Clerigos, que nas obrigaes da Igreja os costumo ajudar,

(4) Consto UIyssipon. ubi proxim. Abr. dicl. cap. 6. n. 66.


(5) ConsLil. Ulyssipon. loco ciLalo.
(6) ConsLit. U1yssipon. ubi proximc.
(7) Conslit. UIyssipon. dicl. decr. 1. !ll E quando foI. 392. JEgiLan. lib. 3.
til. '15. c. 2. n. 6. foI. 326.
(8) Consto UIyssipon. dict. decr. 1. SI 1. verso Os Clerigos. GavanL. rlicL.
verbo Exeqllioo num. 20. Conslit. jT~gilall. dict. cap. 2. n. 7.
(9) ConsLit. UIyssipon. dicl. SI 1. rers. Ordenamos. JT~gilan. dict. c. 2. n.~.
(10) Consl. Ulyssipon. dict. 1. rers. uH. jl~gitan. dicl. C. 2. n. 9. Concil.
Provinc. Mediol. 4. Gavant rerb. Exequirc n. 7.
DO AUCEBlSPADO DA BUUA. 2\)1

c preuriio os que tiverem actual licena para confessar, aos que a no


tiverem.
TITULO XLVII.
COMO no DE SER LEVADOS A SgPULTURA, E ENTERR.\DOS OS SACERDOTES,
E CLEIUGOS.

827 Ordenamos, e mamlamos, que sendo o defunto Sacerdote,


ou Clerigo, seja seu corpo reveslido (1) nos "estidos communs,
de que u ~n'a, e com loba, ou roupeta comprida, e por cima dcl-
la com a veslidlll'a Sacerdolal, ou Clerical congruente sua ordem, na
frrna seguintc. Se o defuuto for Sacerdote, sobre a dita loba, ou
roupeta ir mvestido com amicto, alva, cordo, manipulo, estola, e
planeta, (como quando qualquer Sacerdote se prepara paradizel' Missa)
com lJalTete na cabea, Calix ao menos de cera, ou po, enclinado so-
bre os peitos: poder porm ter cm casa, e levar pelo caminho Calix
de prata da Igreja emprestado, e ao tempo, que houver de sei' sepulta-
do Ih'o liral'o, c poro ue cera, ou po. Se for Diacono, so-
hre a loha, ou rOllpeta comprida ir revcstitlo com amicto, alva, COl'-
do, e cstola sobrc o hombro e qnerdo, e por baixo do hrao direito, e
pOI' cima com d31matica rox.a, ou preta, se a houver, e no a kwelldo
ir sem ella, e com barrcte na cabea. E sendo Subdiacono, so!Jl'e a
llita loba levar amicto, alva, cordo, manipulo, dalmatica, se a hou-
vcr, c harretc.
TITULO XL\TII.
DOS SIGNAES, QUE SE liO DE FZER rELos DEF[j:'iTOS.

828 Justamente se introduzia na Igreja Calholiea o nso, e sig-


nnes pelos defuntos; assim para que os fieis se lembrem de encom-
mcnual' suas almas a Deos nosso Senhol" (1) como para que se incite,
c :tyjyC nclles a memoria da morte, com a qual nos repTimimos, e abs-
temos dos pecados. l)orm porque a vaidade humana, c outros me-
nos piedosos respeitos, tem inlroduzido ncste particular algun exces-
sos; pal'a qne daqui cm diante os no haia, ordenamos, e mandamos,
(!u? nisso haja toda aquella modera o, que a prudencia Chrisl, e rc-
IIglosa pede. E, para que se ponlla algum termo certo, mandamos,
lJue tanto flue falleccr algum homem, se fa .-o lres signacs (2) hreves,
c dislioctos; e pOI' mulheres oous; e se 1'01' m menores de sele al qna-
10!'zC aOllOS de idaue, se far um sigoal srueute, ou seja macho, ou
tcm('~: e por estes sigll3es do fallccimento se no lletlir salario. E
dCPOIS, quando forem levados a enterrar, se faro Ol tros tantos sig-
naes, e ao tempo que os srpu!larclU onlros tantos; de malleira que ao

I (I) .niL. Roman. dict. liL de E:<'quii' rcl'. SaeCldos. Consl. Iys.ip.
Ih. q,. lll. 15. deCl'. 1. 2. ruI. 392. lEgilan. liu. 3. Lil. 15. cap. 3. rol. 327.
(1) Tcxl. in cap. Pro obrunLibll', cap. AlIimaJ '13. q....
I !2) Consli.l.. I ssipon. Iii? (~.}il. 15. decl'. 1. Si a. \"(~I's. I~ para qu' se ai-
la, 101. 393. &gllan. IJu. 3. {lI.. 10. Cilp. 'lo.
2U2 CO TSTITUIES
todo sc uo fao mais signacs quc at no\'c pOl' homcm, eis pOl' mu-
lhct', c trcs pelos dc menor idadc; o qllc sc cutcndc na Igl'Cja ondc
frcgucz, ou sc cntCl'l'al' o defunto smcotc.
829 E no uia das cxcquias (3) sc guardar o me mo; fazcndo-se
nas vcsperas dellas noite uns, pcla manh olltros c no tcmpo dos
Ullicios outros, ele sortc qlle por todos no vCl1ho a er mai , quc os
quc mal1uamos. E os Sacristcs, ou Tbcsourciros, qllc no gUJI't1arcm
csta Constituio sero castigados arbitral'iamcnte' c pelos (lito signaes
no pcdiro mais cstipendio, quc o costumado.
830 E no IS nossa tcno altcl'al' cou a alguma nos signacs, quc
sc fazcm na nossa S por fallecimcnto dos Arccbi 'pos dcstc Al'cebis-
pado, c das Dignidadcs, Coucgos prcbendacJos, e meios Pl'CbC1Hlados
da mesma S, a respcito dos quaes quel'cmos sc guat'uc o costumc, c
o quc temos ordenado nos Estatutos, que fizcmos pal'a o nos o Cahillo.
Nem tambem nossa teno impedir, que na nossa S se fao signaes
pelos dcful1tos da Cidade, como sc costuma.
TITULO XLIX.
COMO SE FAno os ASSEi'i'fOS DOS DEFUNTOS.
831 Em todas as Igrcjas ParoclJiaes dC\fC ha\'er lino, cm qlle
se asscntem os nomes dos dcfuntos, o quc se introduzio por muiws
razcs convenicntes. Por tanto manuamos, que cm todas as Igrejas
Parochiacs haja um liHo, (1) cm que se assentem os nomcs dos flUC
mOITCl'cm, c que cada um dos Parochos de 1I0SS0 Arccbispauo 110 dia
em qne o dcfunto fallcccr, ou ao mais tardai' dentro tIos tres primeiros
segllintes, fa.a no dito livl'o asscnto do seu f'allecimellto, c crcvcndo-o
ao compritlo, e no por abreviatura, ou algarismo, na maneira seguintc.
Aos tantos (2) dias ele tal mez, e de tal anno (alleceo da vida
presente N. Sacerdote Diacono, 01t Subd1'acono; 01t N. marido,
ou mulher de N. ou v'iuvo, ou vtva de N., ou filho, Olt filha d.e
N., do lugar de N., freguez desta, ou ele tal Igreja, O'U {'orastel-
1'0, de ielade ele tantos annos, (se com1Hoelamenl.c se 1JI.tdcr saber)
com todos, ou tal Sacramento, Olt sem elles: f'ui sCJHtltado nesta,
ou em tal Igreja: fez testamento, em que deixolt se dissessem tan-
tas jJlissas por ua alma, e qlte se fizessem, tantos 0lfios; on
morreo ab intestaelo, ou era notoriamente pobre, e1Jor tanto se
lhe {'ez o enterro sem se lhe levar esmola.
-l< 832 E se os uefuntos forcm enterrados cm Igrejas, on Capcllas
de outras Frcguezias, faro os ditos assentos, (3) assim os ParodiO
das Igrejas, de qllc forem f'reguezes, como os Jaquellas cm quc for~J!l
enterrados, o que llllS, e outros cumpriro soh pena dc quinhentos I'Clti
(3) Cun lil. lyssipon. et lEgilan. loci- eilalis.
('J) Uil. Homan. lil. de Forma dcscribcntli t1crun los in . lilJ. /1al'uos. de
orne. et Polcsl. Pal'oc. 1. p, cap. 7. Il. 11. lyssipon. dict. deCl'.1. 3.
ruI. 392.
(2) llal'lJos. dict. cap. 7. II. 12.
(:3) Couslil. fOl'tucns lib. !~. lil. J L cOlJslil. 1>. vers. 6.
DO ARCEBISPADO D BAHIA.
por cada lermo, quc dcixal'em de fazor. E acerca da guan!a deste li-
no, e de se no darcm cerlides dcllcs, c penas do que tirar, viciar,
ou I'alsifical' folhas, ou assenlos, se guardar o que fica dito no livro
1, Ilum. 7h,
833 E mandamos a nossos' isilador<'s, (.&) que na visitaO de
todas as Igrejas Parochiaes ycj50 este livro, c se tem os assentos na
Jorma que fica oito: e acbando quc houve falta, ou negligencia, casti-
guem, e procedo como lues parccer justia, e servio de Deos: e o
mesmo fal' o nosso Provisor, ou, igario Geral, se perante elles se
lmlar do caso.
TIT LO L.
DOS OFFICIOS, QUE SE HO DE: FAZE:R PELO DEF 'NTOS.
83!l E' cousa sanla, louvavel, e pia o SOCCOITO de sum'agios (1)
]leIas almas dos defulllos, para que mais cedo se yejo livres das penas
lemporaes, que no PllI'gatol'io padecem em satisfao de seus reccados,
e aos qllC j gozo de Deos se lues acrescente a gloria accidental. POt'
tanto cxhortamos muito a tocIos nossos snbdilos, que em scns testa-
mentos, e ullimas vontades se lembrcm (2) no s de mandarem dizCl'
Missas, e fazcr os Oflicios costumados, mas alcm disso os mais, que ca-
da um pnrlcl', conformc sua dcroo, e possibilidade.
835 E (lo mesmo modo exbortamos, e admoestamos aos herdei-
ros, e testamenteiros daquelles, que no declaro as Missas, e Ofllcios,
que por suas almas se hO de fazer, que m:1ndem se fao pelas almas
dos ditos defnntos os s11Tragios que for pos ireI. E esta advel'tencia
lem muito maior lugar nos hel'deiros daquelles, que mOl'rerem sem fa-
zeI' testamenlo. E quanto esmola, que se lia tle dat' pOl'c~da01Iicio,
mandamos se guarde o costume.
TITULO LI.
COlUO SI!: FARO os s FFRAGIOS AOS QUE ~lOnRE:~[ AIl [ TEST.\DO, AOS
l\IEi\OnES, E AO liseRAros.
836 })Ol' lJuanto muito conforme a direito, que os Parocltos,
qne cm rida livel'o a seu cargo as almas de seus f'reguezes, tcnho tarn-
hum cuidado (1) dellas depois de sua morte: conformando-nos com a
boa razo, e rerosimil vontade tios deluntos, ordenamos que assim como
os que morrem com testamentos mando fazer Omcios, e cxequias de
corpo presente, mez, e anDo; as im mOI'l'endo alguma pessoa ab intes-
lado, o Pal'ocho d'onde o tal defunto for freguez lhe faa tambem seus
slIll't'agio ele COl'pO presente, mez, e anno, considet'ando (2) a quaJi-
(4) ConsLl. 'PorLlIen . diet. COIISL. 5. vcrs. 7.
(1) 2.l\Iachab. 12. cap. 11 1'0 obellnLiblls, C'lp. Allim<l~. 13. cio 2. Trd. css.
22. dc Sacrifico Miss. cap. 2.
(2) ConSL. UI)'ssi[ on. liLJ. 4. til. 15. decr. 1. Si 4.
(I) Abr. cle JnsLil. I'aroch. lib. 12. C. 8. II. 82.
(2) cI ca qum Percir. de 1\1an. regia cap. 15. n. 1G. Yala c, dc Partit. cap.
19. n. 39. Rebul'. tom. 1. ad Lcg. Gal!. 1'01. ~30. n. 50, lib. 12. til. 13. p. 1.
37
CO NSTITUIES
uade da pesoa, possibilidade da fazenda, e numero dos hcnleiros, que
lhe Dco, obrigmldo-os a que assim o cumpro.
837 E mandamos (3) outro-sim, que fallecendo em nosso Arce-
Li pado alguma pessoa maior de quatol'Ze annos, que esti,er debaixo
do patrio lloder e no tiver ainda legitima, ou fazenda bastante para
todos os suffragios costumados, se diga por sua alma a Missa de corpo
presente, e um Officio de tres lies.
838 E porque alheio da razo (J,) e piedadeChrisL, que o Se-
nhores, que se serviro de seus escravos em Yida, se esqneo clelles
em sua morLe, lhes encommendamos muito, que pelas almas de seus
escravos defuntos mandem (5) dizer Missas, e pelo menos sejo obri-
gados a mandai' dizer por cada l.lm escravo, ou eScraya que lhe morrei',
sendo de qllatorze annos para cima, a Missa de corpo presenLe, pela
qual se dar a esmola cosLumada.
TITULO LH.
QUE SE NO FAIo OFFICIOS Ei\! DO:liINGOS, ou D1~\S SANTOS, NEilJIJAJASER-
lIJo DE EXEQUIAS: E COliJO SE REPARTIRO AS ilJISSAS, QUE os DEFUNTOS
l\JANDAREi\! DIZER SENDO ENTERRADOS FRA DA SUA 1"REClJEZIA.
839 Ordenamos, e mandamos, que nos Domingos, e diasSanLos
de guarda se no fao exequias, nem Ofrlc.ios (1) de defuntos, porem
nos mesmos dias de tarde se podero dizei' as Vespel'as, e NocLurnos
vara os Officios que se houverem de fazcr no dia scguiutc: e os que o
contral'io fizerem, ou consentirem em suas Igrcjas, ou 11isso intervie-
rem, 8el'o casligatlos a nosso arbtrio.
-\< 81.0 Por muito justas razes se prohillem excquias, que mais pa-
recem excessos da vaidade humana, do que elTeitos da ReligioChl'ist.
Por tanto mandamos, que se no fao nas Tgrejas Eas, (2) ou tum-
Las, nem armem as Igrejas, ou Cape!las; nem baja Sermo, (3) Orao,
ou Pratica nas taes exequias, excepto nas do Summo Ponlifice, Reis
tleste Reino e Prelados, sem Jicena nossa, a qual no daremos sem
muita considerao do estado, c qualidade de defunLo.
8H Acontecendo muitas vezes, que alguns defunLos mantlo di-
zer por suas almas Missas, Officios, ou Capellas, e no declaro em que
Igrejas, nem l)Qrque pessoas se diro. Pelo que ordenamos, que em
tal caso se digo as Missas, O(Hcios, c Capellas na Igreja d'onde era ()
1'eguez; salvo se em outra Igreja se mandou enterrar; porque enLo se

(3) Consl. LEgilan. lib. 3. lit. 15. e. 8. Faeit. Ric. in prax. p. II<. refo\. 75.
n. 5.
(!~) Conslil.1Egilan. dieto e. 8. n. 6. Portuens. }ib. 4.. til. 11. eonslil. 6.
1. verso 6.
(5) Faeit. L. Si filius familias ff. de religo et sumpt. fun.
(1) ArguID. cap. Quod die 75. dist. Barbos. in Sumo Apostolie. col\ecl. 533.
num. 9. Duram!. in Ratioua!. lib. 7. cap. 35. n. 1'7. Ga\'aut. verbo Exequilc n.
51. Cone. Provo Medial. 6. Conslil. JEgilan. lib. 3. lit. 15. C. 0.
(2) Paul. Rub. in rcsolut. praeLicab. circa leslamenla C. 39. n. 237.
(3) Gavaul. vcrb. Exequim n. ti8. "
(l~) Argum. L. Qmc celilio 39. Si 1. /T. de condil. t dCIDonstral.. L. ~I
quis ad declinandam eod. de Episc. el Clcl'ic. CUllstit, iEgitan. lilJ. 3. til. 1i>,
~ap. 1:2.
DO ARCEmsrA no D.\ BAUIA.
reparli\'o pelo meio, (5) e amel~dc e diro na ~greja de sua ~aro
chia, e a oull'a amelade ua Igreja tia sepultura, tll'ando se o defunto
outra cousa mandasse, porque enlo se guardar sua disposiO intei-
ramente.
8112 E quando mandar que se digo Responsos sobre sua sepul-
tura, se diro as ditas 1\ issas, Omcios, e Capellas pelos Clerigos, ou
Frades da Igreja, ou Iosteil'o (6) onde se maudou eutenar. E se o
deltmto for entenado em Igreja da Ca a da l\1isericordia, todos os sul:'"
fragios do defunto pertencem, e se daro ao seu Pal'oclto, (7) eelle di-
r, Oll repetir as Missas da obl'igao da Igreja, e as que yolunlaria-
mente deixar o defunto, sem declarar onde se ho de dizer.
TrTULO LIlI.
DAS SEPULTURAS. QUE S CORPOS DOS FIEIS SE ENTERREM E)I LuG.\RES
SAGR.\DOS, E NA SEPl.:LTUR.\, QUE ESCOLHEREll.

-l< 8.&3 E' costume pio, antigo, e 10uYa,el na Igreja Catholica en-
Lermr fi-se os corpos dos fieis ChrisLos defuntos nas Igrejas, (1) e
Cemitel'ios dellas: porque como so lugares, a que lodos os fieis con-
correm pal'a ouyir, e assislir s Missas, e Om"ios Dirinos, e Oraes,
tendo yista as sepulturas, se lembral'o (2) de encommendar a Deos
nosso Senhor as almas dos ditos defuntos, especialmente dos seus,
pal'a que mais cedo sejo lines das penas do Purgatorio, e se no es-
(jl1ecel'o da morte, antes lhes sel' aos vivos mui proveitoso ter memo-
ria della nas seplllturas. POI' tanlo ordenamos, e mandamos, que to-
dos os fieis (3) que neste nosso Arcebispado fallecer m, sejo entelTa-
dos nas Igrejas, ou Cemitel'ios, e no em lugares no sagrados, aiuda
que elles assim o mandem: porque esta sua disposiO como torpe, e
menos rigorosa se no de\'e (li) Clim prir.
-l< 8H E porque na visita, que lemos feito de todo nosso Arcebis-
pado, achamos, (com muito grande magoa de nosso corao) queallTu-
mas pessoas esquecidas no s da alheia, mas da propria humanidade,
mando enternll' os sens escraTOS no campo, e malto, como se foro
1J~'lItos animaes: sobre o que desejando Ns pl'Oyel', e alalhar esta im-
plcrJade, m:lndamos, (5) sob pena de excommllJlho maior ipso facto l-
CU/Tenda, e ue cincoenLa cruzados pagos do aljnue, applicados para o
accusadol', e sufl't'agios do escravo defuuto, que nem-uma pessoa de
qualquer eslallo, condio, e qu~lidade que seja, enterre, ou mande en-
[errar fra do sagrado defunto algum, sendo Clll'jSlo baptizado, ao
(5) FaeiL cap. CerLificari de sepulLuris. Consl. IEgilall. lib. 3. LiL. 15. cap.
12. n.2.
(6) ConsL. iEgilan. dieLo cap. 12. n. 9. foI. 3H.
(7) ConsL. iEgiLaniens. tlicl. cap. 12. n. 3.
(1) Cap. Cum gravia, cap. Cum nullus, cap. Non <:cslirnemus 13. q. 2.
(2) Cap. Cum gravia 13. q. 2.
(3) Cap. 'uUus 13. q. 2.
('~) Fra Lerni tatem de sepulLuris.
. (o) FaciL Glos. LexL. in cap. l-une antem 7. verbo 1\far~e]]inus, ibi:. ~on se-
pcllaL~lr, disL. 21. TexL. in L. Quidam 27. (T. de cOllditionib. insLilllL. Argum.
l~~~. ln cap. 2. ~ StaLl1lo de Conslil. in 6. A Cunha ad fexl. in cap. d Con-
cIIIlS 2. dist. 18. n. 5.
29G CO:\fSTITlaES
qual conforme a dircito se deye dm' sepllllura Ecc1csi3stica, no se ve-
J'ific3ndo nelle algum impedimento dos que ao diante se seguem, pelo
qual se deva negar. E mandamos aos Parochos, e nossos Visitadores,
que com particulat' cuidado inquiro do sobredilo.
845 Conforme a uireilo permiltido a todo o Clll'isto elegcr (6)
scpnllllra, e mandar cntel'l'ar scu corpo na Igreja, ou adro, que bem
lhc pal'eccr, conforme sua vontauc, e deYoljfo. Pelo que ol'denamos,
e manuamos, que caua um seja enterrado na sepultura que escolher,
(7) pOSlO que no seja de seus antcpassados, nem na sua Parochia, E
nfo elegendo sepultura, ser sepultado na de seus ays, (8) e antepas-
sado, se a tiverem propria, e no a tendo, ou no a elegendo, seren-
tel'l'ado na sua Igreja (9) Parochial: e as mulberes casadas, no tendo
sepulturas proprias, nem as elegendo, sero entel'l'adas nas de seus
maridos, (10) e na do ultimo, se forem duas, ou mais yezes casadas.
TITULO Ln.
QUE NE~I-m! P.\ROClIO, CLERlGO, ou RELIGIOSO IND ZA, OU OBRIGUE APES-
SOA ALGU~L\ A ELEGER 8EPUL'I'URA mI SUA IGREJA, OU MOSTEIRO; ou
A QUE NO MUDE A Q ETn'ER ELEITA.

846 Sendo line a cada um elegcr sepultura, cm que seja enler-


rado, justamenle probibido por direito impe<.\ir-se pOl' modos illicilos
csla liberdade. Pelo que conformando-nos com a disposio dos Sa-
grados Canones (:J) ordenamos, c mandamos a todos, c a calla 11m do
Parochos, e aos mais Clel'igos deste Arcebispado, de qualquer qualida-
de, e condiO que sejo; e bem assim a to(los, e lluaesquer Heligio-
sos, que nem per si, nem por outrem em Confisso, ou 1'ra dena in-
duzo a pessoa alguma a que vote, jUl'e, prometia, ou por qualquer
modo se obrigue a eleger sepultura, ou entel'l'ar-sc nas suas Igrejas,
Mosteiros, Collegius, ou quaesqucr lugares sagrados, que por algum,a
"ia lhe perteno; ou de no mudar a Scpullura que nellas tiverem elcl-
ta, sob penq de excommunho maior ipso (aclo I'eserrada S Aposto-
Iica, que por direito incorrem. .
847 E se com elreilo eniel'l'arem nas ditas suas Igrejas, Iostel-
ros, e Ccmitcrios alguma das ditas pessoas illulIzidas, Oco ohrigados a
reslituil' os corpos (2) Igreja em que deyio seI' sepultados, (se forem
peuidos) e todos os emolumentos que tiverem recebido dentro cm dez

(6) Cap. Cum liberum de Scpu1Lur. cap. Cum quis . Si quis cod. lit.li.b.
6. Cap. Ul privilegia de pl'iviJ. Clemenl. Dudum. . Ycrum de SepullUl'I5.
BarlJos. de univors. juro Ecel S. 10. n. 19.
(7) Texl. in cap. ticCl, Yers. Ql,Iaml'is dc sepult. lib. 6.
(8) Cap. Fralcmilalcm de Sepullur. cap. EbrOl\, cap. Placuill3. q. 2. Bar-
bos. de univ. juro Eccles. C. 10. n. 31. . ,
(9) Tcxt. in cap. Ex parte, cap. Tn nostra dc sepulto Barbos. u1Ji proXlme
n. 33.
(10) Cap. UnaquaJque, cap. Ebron, 13. q. 2. Barbos. ubi proxime n.29.
l IH. de Pre-
(1) C. 1. de cll1lturislib. 6. Clemenl. ClIpienles in princip.
ni . Ric. in prax. 1. p. resol. 583. n. 5. Barbos. dicl. cap. 10. n. o. .
(2) Cap. AnimanllU 1. elc scpullur. lib. 6. Gavant. yerb. Sepl1\luJ'a a n.
2J. BaJ'u. dicl. cap. 10. n. 27.
DO ARCEBISPADO DA BAHU. 207
dias, os ({uaes passados sem restiturem, Dco as das Igrejas, e Cemi-
terios deI/as 1'psoiw'e interdictos, (3) at que plenamente satisfao.
81,8 E declaramos pOl' nullo, (h) e de nem-um vigor o dito ro-
to, juramento, promessa, ou ohrigao, e que o assim induzido perde
a liberdade de eleger sepulturl, e sel' enterrado naquella, em que
confol'me a direito o deria ser, se morresse sem eleger outl'a.
TIr LO U.
QlE SE NO ABRA SEPUL'l'{;RA NA IGREJA, ou ADRO SE~I SE FAZER A SABER
AO PAROCIlO: NEjl SE DESEN'l'Emill~1 os CORl'OS, ou ossos DOS DEl'Ti'iTOS
SEnl LICENA NOSSf...
-l< 8h9 Convm ao bom gove1'll0 das Igrejas, que se no abra se-
Jlultura alguma neJlas, ou em seus Cemiterjos sem licena dos Paro-
chos, porque a elJes pertence "er, (1) e examinar se ha algum impedi-
mento, ou inconveniente, ou se se loma alguma que seja alheia. Por
lanto, ordenamos, e mandamos, que nas Torcjas, CapeI/as, Cemilcrios,
ou qualqner outro lugar sagrado de nosso Arcebispado, se no abra se-
pultura para se enl~rI'al' algum defunlo, po to que seja c1'an.a de pou-
ca idade, sem licena (2) do Parocho da Igreja; (~ o que o contrario fi-
zer, pagar cinco cruzados para a fabrica da mesma Igreja.
-l< 850 E, conformando-nos com a disposio de <.lireilo (3) man-
damos, soh pena de excommullho maiol' ipso (acto incuTl'enda, e de
ccrn cruzados applicados para a fabrica da Igreja ofiendida ametade, e
a Oull'a amelade para accusador, e despezas, que nem-um Minislro de
justia, ou oulra qualquer pessoa Ecclesiastica, ou secular, de qualquer
estado, e condiO que seja, desenterre mande, ou faa desentenal'
defunto algum do lugm', em que estivei' sepultado sem especial licena
nossa, ou de nosso Provisol' Yigario Geral, ou \ligaria da ., ara em
seus districtos, posto que digo, que querem desenterrai' o corpo para
etreitos judiciaes: mas constando, ou requerendo-se que preciso de-
seutel'l'ar-se o corpo para os dilos efeitos judiciaes, allegando-se cau-
as sufllcienles, se concedel' a dita licena com clausula de que, feila
a diligencia, o corpo ser tornado :: sepultura com toda a decencia. E
na mesma pena acima declarada inCOI'I'er o ParodiO (h) que, sem pre-
cedeI' a dita licena, consentir desentelTar-se corpo algum.
~ 851 E mandamos outro-sim, que nem-uma pessoa Ecclesiasli-
ca, ou secular traslade, (5) mude, nem faa trasladaI', ou mudaros 05-
(3) r.ap. 1. de SepuHuris 4.
('n MosLazo IiIJ. 6. c. 9. n. 32.
(J) Bit. Roman. tit. de Exeqlliis verso Ignorare non debet. ConstiL Lame-
ccns. lib. 3. til. 12. cap. 4. in principio.
. (2) Consl. Brachar. til. 20. eon tiL 2. foI. 293 . .iEgitan. Iib. 3. liL 16. cap.
4. 10 princip. Lameeens. llbi proximc.
(3) Cap. COI'pora de conseer. dist. 1. L. 4. eod. d sepnle. violal. L Ossa
fT. de relig. Themud. p. 2. deeis. 131. n. 7. eL 8. A1H'. de Illslil. Paroe. Iib.
12, e. 2. n. IG. ConsliL. U1yssipon. lib. 4. tit. 16. neer. 1. 4.
(4) Conslil. ]Jamccens. ubi supro 1. foI. 2'1-7. Vorluens. lib. 4. lil. 12.
conslJ lo II-. ers. 1. in fi ne.
(ti) Cap. COl'pora de eooseel'. c1ist. 1. Conslil. U1yssipon. uhi proximc Y<.'IS.
E, mandamos. Lamecens. ubi proximc ~ 2. Garanl. vcrb. Sepullul'a u, 26.
298 CO~STJTUI(:ES

sos dos defuntos dc uma Igrcja, 011 Capella para ouU'a ou na mesma
Igreja de uma sepultura, ou lugal' para outro sem liccna nossa, posto
que os defuntos assim o ordenassem em seus testamentos, e pias dis-
posies. E o que o contrario lIzer ser condemnado a nosso :lI'bitrio,
e o Pal'ocho, (6) que o consentir, incol'rcl' em pena de e:communho
maior 1pSO {acto, e de vinte cruzados applicados na frma j dita,
TITULO LVI.

DA DBCEl'\CIA DAS SEPULT RAS' E QUE SE NO VENDO PERPETUAS, NEM SE


CONCEDO NA CAPELLA-lIiR SE1I\ NOSSALICEr'A.; EDO JIIODO QUE H.\.YERA
COM os QUE SE ENTERUO NAS CAPELLAS FRA. DAS IGREJAS 1IIATRTZES.

-l' 852 Ordenamos, e mandamos, soh pena de vinte cruzados para


as despezas da justia, e accusadol':. que sobre as sepulturas dos defun-
tos se no 1)onha tumu\o (1) de pedra, ou madeil'a; e smcnte se po-
(ler por urna campa de pedra contigua com o mais pavimento; eteL1llo
lettreiro, ou armas sel'o abcrtas na mesma campa, de maneil'a, que
no liqnem mais altas que ella; e nesta se uo podero abril' Cruzes,
nem Imagens de Anjos, ou Santos, Dem o nome de JESUS, ou da Vir-
gem Nossa Senhol'a, pela re\'erencia ql1C se lhes deve, para que no
succeda fazer-se-lhe desacato, pondo-se-Ibes os pAs por cima. E el1-
commendamos:l nossos Visitadores, que achando em algumas campas
alguma "aidade, ou indeccncia contra a fl'ma desla Constituio, a fa-
o com effeito reformar por aquelIe, a quem pertencer. E encarre-
gamos (2) aos Parochos deste nosso A I'cebispado, que l1o consinlo,
que cm suas Igrejas se ponbo campas contra o que nesta Constituio
se ordena.
-l' 853 Outro-sim ordenamos, e mandamos, que os herdeiros, e
testamenteiros dos defuntos, ou outras quaesquel' pessoas, a quc isto
pertencer, .t1entl'o em tlez dias depois de passado o do enteno dos de-
funtos, fao concertar (3) as sepulturas que para elIes se abriro, de
modo flue fiquem iguaes com o mais corpo da Igreja, na fl'ma, que
antes estavo, e sendo negligentes em o cnmprir assim, o fnbricano da
Igl'eja o mandar fazer, e pec!il' a nossos Ministl'oS as ordens, e despa-
chos necessarios, para que se lhe pague o Cousto; e alem deHe ser:1 coo-
demnaua :l pessoa, que a tal obrigallo tinha em mil ris para a fabrica
oa Igreja.
85A Como os lugares das Igl'ejus, Capellas, e Cemilcrios depu-
tados para scpullma dos mortos sejo religiosos, e sagrados, sobl'e que
se no pdem fazer contractos, no se pdem vender, (h) nem com-
pl'ar, ainda que se diga que compl'a a terra smenle; porqllc estreita-
mente pl'ohibido pelos Sagrados Canoues; porm porque licito, e por-

(6) Conslit. J.amecens. dict. SI 2. U1yssipon. ubi proxim. .


(1) L uH. cod. llemini licer._ signum. 'Decrel. Eccles. Mediol. lib. 3. lIl.
15. de sepult. cap. 20. Conslit. U1yssipon. Iih. 4.. til. 16. decreto 1. SI L Lamec.
lib. 3. til. 12. cap. 5. LEgilan. lib. 3. lil. tO. cap. 5.
(2) Constit. U1yssipon, dict. Si 1. foI. 397.
(3) Conslil. Llmcccns. dicl. c. 5. ~ 1. ..
(4) Cap. penull. de Scpull. cap. Sicut. 17. q. 4. cap. Qllcsta, cap. l!r;rclpl-
endum 13. q. 2.
DO AHCEBISPADO DA BAJ:llA. 299
miLLilio paI' pio, e antigo costume dar-se pelas sepulturas alguma es-
moIa (5) certa para a fabrica das Jgrejas, mandamos, que neste nosso
ArcelJispado se gual'de o costume que nelle l1a sol1l'e este pat'ticulal';
flando-se a esmola costumada, (a qual se no pedir antes do defunto
ser sepullado) ou o que o defunto mandai' dai', smente pelas sepultu-
ras que se abrirem dentro na Igreja, porque pelas que se abrirem no
adro, e Cemitcrio se no Icvar cousa alguma.
-\' 835 E porque ninguem seno o Pl'clado pde dai' dil'eito de se-
pultura perpetua, mandamos, sob pena de excommunho maior, e de
vinte cruzados, que neste nosso Arcebispado nem-uma pessoa conceda
sepultl1J'a perpetua sem nossa licena, (6) sem a qual ser nulla qua\-
gl.el' outm concesso. E quando alguma pcssoa quizer tel' scpultura
}Jcrpetua, DOS far petio, e constando-nos, pelas inforqlaes que
lIecessarias nos pal'ecerem, quc se lhe deve dar, manuaremos passar
proviso por Ns assignada, em que se declare, que lhe fazemos graa
daquella sepultura para elle, seus herdeiros, e <.lescendentes, ou para
limitadas pessoas, na frma que melhor nos parecer; e que deo tanto
de esmola, on a costumada, ou taxada (7) por Ns, applicada para a
fabrica da Igl'eja, sendo nelIa a sepultura, ou pam a Capella-ml', se
\lella se conceder, Outro-sim mandamos sob a dita pena de eXCOrTl-
muuho, e de yiote cruzados, que, sem nossa licena, se no abro ua
Capella-mr (8) sepu1L\II'as, salvo for para Vigar'ios perpetuos, (que
JJella se podero cnlen'al' dos degros do Altar-mi' para bai:o) ou para
o que liverem (9) nclla sepulturas proprias, e perpeluas de sens ante-
passados.
856 E quando por cansa das distancias, e longes qne lia nas
Jgrejas de nosso Arcebi:pado ou pelos defuutos elegerem sepultura em
alguma Capella parlicu!:lI', nella forem entena/los, alteudenJo pobl'e-
za das Igrejas :Matrizes, e do prejuizo que S lhes seguc, mandamos,
yue f'abl'ica da dita Matriz, d'onJe o defUl1to era fl'eguez, se lhe d
amctade da esmola costumada, a qua'l os fabl'icanos lero cuidado de
pl'ocul'a:" I'cCJuercndo para isso monitorios aos' igal'ios da Val'a (sene-
ces al'io foI') contra os herdeiros, e testamenleiros do dito defnnto.
TITULO LVII.
DAS PESSO.\S, A QUEM SE DEVE l'iEGAR A SEPULTURA ECCLESIASTICA.

. 8-7 Ainda que regularmente a sepultura Ecclesiastica concc-


ultla ao eadavel' de qualquer (iel Chrislo, com tudo os Sagrados Cano-
Iles dcclaro alguns casos, porque se dere negai' aos que nelles cahirem;

(5) Cap, Ad Apostolicam de Simon. Conslil. lyssipon. lib. 4. lil. 16. de-
~1'CL. 2. in princip. fol. 396. Lameccns. lih, 3. tiL. 12. cap. 6. in principio
101. 24.9.
(6) Con:t. Ulyssipon. dic!. til. 16. decrct. 1. in verso ProbilJimos.
(i) Conslit. lJI 'ssipon. ubi llroxim. Jiorlucns. lib, 4. lil. 12. conslil. G.
Verso 1. Lamcccn , ubi pl'oxim Si 1.
(8) Conslit. U1yssipon. ubi pl'oxim 'l'crs. lIarcndo. Lamcccn . elicL. cap.
6. S.
3 .W) Consto myssipon. ubi pl'oxim. Lamcc ns. elido cap. 6, 5. IEg-ilan, lib.
, 111. t6. C. 6. n. D. fuI. 353.
300 CONSTlT IES
os quaes declaramos tambem nestas nossas Constituies, assim pal'a
que os Parochos (1) os no ignorem, como para que vendo os vivos,
que a Igreja castiga aos que commeurao em vida to graves, e enor-
mes peccados, separando-os depois de mortos da communho, e ajun-
tamento dos fieis, se abstenho de commellcr semelhantes casos, e so
os seguintes.
I. ITo se dar sepultura Ecclesiastica aos J ud os, (2) lleregcs,
Scismaticos, e apostatas da nossa Santa F, que a Igreja tem julgado
pOl' Laes, ou por outra via for notorio que o so: nem aos que o lavo-
recem, ou defendem.
II. Aos blasfemos (3) manifestos de Deos nosso Senhor, da Sa-
cratssima Virgem I ossa Senhora, ou dos Santos, lio constando que
morrro penitentes com manifestos signaes de contrio, e arrepondi-
mento.
m. Aos que estando em sen juizo pel'feito por desesperao, Oll
ira voluntariamente se matarem, (h) on mandarem matai', morrendo
tambcm sem signaes tle arrependimento.
IV. Aos qne entro em desafios (5) publicos, ou particulares, e
monerem nelles, ainda que morro arrependidos, e confessados: e aos
padrinhos, que nos taes desafios morrerem.
V. Aos manifestos usurarios (6) tidos, e havidos por laes, salro
se na hOI'a da morte mostrarem signaes de arrependimento, e )'cslitui-
rem, ou mandarem restituir as onzenas, ou derem cauo snfficiclltc
na frma ue direito.
VI. Aos manifestos roubadores, (7) ou yioladores das Igrejas, e
dc seus bens, que morrerem sem a penitcncia, c satisfao dcvida.
VII. . os publicos excommungados (8) de cxcommuoho maior:
aos notorios percllssorcs de Clerigos (9) declarados por tacs: aos no-
meadamente illterdictos: (10) e aos que est em vida prohibido o in-
gresso da Igreja, (11) salvo (12) na bora dc Slla morte derem siguaes
de contrio, e arrependimento, ou fizerem cessar a cansa, pOl'que cs-
taYi.io censUl'ados, quanto for em sua mo; porque cm tal caso podero

(1) Abr. dict. lib. 12. c. 3. n. 20. ,"ers. Quarum noliliam.


(2) Text. in cap. SicuL aiL de h.eret. cap. Eecle iam 2. de conseer. disL. 1.
Barb. de omc. eL poLest. Paroch. cap. 26. n. 43. Abreu dicL. C. 3. n. 21.
(3) TexL in cap. 2. de lUaledic. et ibi Barbos. n. 2.
([~) RiL. Uom. de Exequiis, til. Quibus nOll liceL clare scpulluram, ver.
Se ipsos. Text. in cap. Ex parte 2. de sepullur. Abr. clicL. cap. 3. n. 31. Barb.
dict. cap. 26. n. ~9.
(5) Trid. sess. 25. de Reform. cap. 19. Barbos. dict. c.26. n. li..~. DD. ati
text. in cap. 1. de Torueament. ConsLiL. ClemenL. VIII. 2. Seplemb. 1592.
(6) Text. in cap. Quamquam de usul'is lib. 6. Tolet. lib. 5. cap. 36. n. 5.
r\avar. in Manual. cap. 26. D. 8.
(7) Text. in cap. 2. do Raptoribus. Barb. dict. cap. 26. n. 28. Abr. dicL.
C. 3. n.28.
(8) Text. in cap. Sacris de sepuHuris. Exl.rav. ad evitando MarLini V. Abr.
lilJi proxim. n. 2L Possevin. de Olnc. Cural.i cap. H. n. li.
(9) Dict. EXlravag. ad cvil.anrla. Abr. ulJi proxim, cl. n. 20.
(lO) Dict. Extral'ag. ad evitando Abr. ubi proxime. Barb. cliel.. cap. 26.
n. 41.
(11) TexL. in cap. Is, cui de SenL. excomm. lil1. 6. \.br. ubi proximc. Barb.
dict. cap. 26. n. lil. prope fiLiem.
(12) Dicl. cap. Is, cui. Abr. dicl. n . iS.
DO ARCEBISPADO DA BAHIA. 301
aitlua depois d mOI'tos (13) seI' ahsolLos da censura, e depois da ab-
solvio entenados em sagrado.
"IH. Aos Religiosos professos, qne no tempo desua mortecons-
tal' manifestamente, que tem bens proprios CU) conLI'a as Regras de sua
Religio, e os no quizerem renunciar.
IX. Aos que por sua cul pa, e sem licena, e conselho de seus
Parochos se deixro de confessar, ou commung3I' naqllelle anno pela
obrigao da Igreja. (15) e fallecercm sem signaes de verdadeira con-
trio: porm havendo uuvida, e no constando manifestamente que
deixro ue se confessar, ou commungar, sc lhes no denegar a se-
pultura.
X. Aos infieis, (16) e pagos, quc nunca recebro, nem pediro
o Sacramento do Baptismo; mas no se Ibes negar Ecclesiastica sepul-
tura, constando por prova legitima, ao menos de duas testemunhas fi-
dedignas, que na hora da morte clara, e expl'essamente pedl'o o Bap-
tismo.
XI. A s crianas, que no forem haptizadas, (17) posto que seus
pais, sejo ou fossem Christos.
-l< 858 E toda a pcssoa, que contra a rrma de direito, e desta Cons-
tituio eutenal' em lugar sagrado alguma pessoa, de quem se verifique
algum dos casos acima declarados, por cuja causa lhe seja prohibida
sepull ma Ecc1esiastica, alem da excommuniJo a Ns reservada, e ou-
tras penas, que por direito llcorre a tal pessoa, ou seja Ecclesiastica,
ou secular, ser pl'eso, e do aljubc pagar cincoenta cruzados, e sua
custa se far logo desentenal' o corpo do defunto, podendo-se apartar
(18) dos corpos, e ossos dos fieis Christos. para se enterrar em outro
lugar no sagrado. E semlo Parocho, ou Clerigo de Ordens Sacl'Us
ser suspenso do Ollicio, e Beneficio at nossa merc. E incorrero
na mesma pena os que na Igreja violada, ou interdicta, (19) derem se-
pultura Ecclcsiastica a pessoa alguma, salvo nos casos permiLtidos cm
direito. .

TIT LO L' III.


DAS DILIGENCIAS QUE rnmElRO SE DEVEM F,\cZER NOS CASOS Enl QUE o
DIREITO DENEGA SEPULTURA ECCLEsaSTICA.

859 Por quanlo a sepultura Ecclesiastica no se deve negar a


ljualqucr Chl'isto, porque assim como de muita honra e estimao o
conceder-se, assim de grande escandalo o negar-se, convm muilo,
que nos casos apontados no ttulo precedente, em que nego os Sagra-
dos Canones a dita sepultl1l'a, se faa toda a diligencia, para que no

(13) Cap. A nobis 2. de Senl. excom.


(14) Tcxl. in cap. Super 4. de statu Monachorum. Abr. ubi proxime. 11.29.
Porle!. in dub. regu!. verbo Sepultura n. 11.
(10) Texl. in C. Placuil 23. q. 5. Abr. ubi proxime num. 36. Ugolin. de
Ollic. et Polest. Paroch. cap. 17. n.4. verso Terli.
(16) Cap. Nullus 13. q. 2. Abl'. ubi supra cap. 3. n. 21.
(17) Abr. dicl. cap. 3. Il. 21.
(18) Texl.. in dict. cap. Sacrs de sepultur. cap. Snper. de stal. MODach.
(19) Constit. Iyssip. lib. 4. til. 16. decr.2. SI 1. foI. 392.
38
;3U2 CO~STlT(jIES

succeda negar-se a lJuem se flevia conceder, c lhe resulle (1) dahi no


s prejuizo espiritual, mas ainda temporal, da afronta que lhe causaria
a dila denegao. Por tanto mandamos a nossos Ministros, e mais
pessoas a quem tocai', que com toda a consitlel'a50 examinem os casos,
em que se ha de negar a sepultura, e as circunstancias delles; e havendo
duvida, antes se inclinem (2) a concedeI-a, que a negaI-a. E nos ca-
sos em que para se conceder basto signaes de contrio, bastar para
prova uma testemnnha (3) fidedigna, que testifique denes, para o de-
funto ser enterrado om sagl'udo, precedendo porm restituio, (4) on
cauo dos herdeiros, nos casos em que primeiro a deve havet', confor-
me ao que fica dito.
-l' 860 E ainda que sejo notorios os casos em que por direito sc
denega sepultura Ecclesiastica, os Parochos a no n gal'o sem primei-
ro nos darem conta, (5) ou aos Vigal'ios da Vara em seu districto com
jnformao clara, e vel'dadeira, para que se lhes ordene o que devcm
fazer, e com a tal ordem um'o, ou negaro a dita sepultura. E negan-
do com effeito qualquer Parocto sepultura Ecclesiastica, ainda que seja
em cada um dos dilos casos declarados no titulo precedente, sem adita
diligencia, ser suspenso, (6) e pagar dez cruzados.
861 E sendo o lugar distante, que se no possa recorrer a Ns,
ou ao nosso Pro"isol" ou Vigarios da Val'a, commodamente, mandar
recado ao Pal'ocho mais Yisinho, (7) o qual, sob pena de se proceder
contra elIe, ser obrigado a cnidar com muita diligencia, e ambos faro
summario, em quc escrcvcr qnalquer delles, ou outro Sacerdote, c
constando pelo summario, que se deve concedcr, ou negar a scpu1Lu-
)'a, assim o determinaro, pondo o despacho no summal'io, assigllado
por amb03. E no caso que dcterminem sc negue sepultura Ecclesias-
tica, deixamos direHo reservado (8) aos berdeiros, e testamenteirosdo
defunto, para poderem requel'er diante nosso Provisor, o qual constau-
do-lhe que a determinao foi injusta, mandal' que o defunto seja res-
tituido. E se os d011S Parochos forem nos votos difTerenles, se eserc-
ver o de cada um, e assignados ambos remeltero o summario ao Pa-
rocllO visinho, para que diga seu parecer, e o voto, com que elle se
conformar, se executar, e por por sentena no dito summario, em
que todos Ires assignaro; e os autos, que na matel'ia se fizercm, sel'o
enviados com a hrevidade possivel pelo Parocbo do defunto ao dito nos-
so PI'ovisOI" para que lhe conste o que se fcz, e possa defcrir, confor-
me o que dcllcs constar, aos hcrdeiros, e testamentciros, sc Ih'o re-
quererem.
(1) Conslit. J.ameccns. lib. 3. lil. 12. cap. 7. Sl10. Porlucns. lib.4. Lil.
12. conslil. 8. in principio.
(2) CUllSlit. Uly sipon. lib.lj. til. 16. decl.1. Sl 2. LEgilan. lib. 3. lil,16.
eap. 8. in princip. J.amcccns. dict. 10:
(3) Tcxl. in cap. Qui recedunL 26. q. 6. ConsLit. Ulyssipon. dicl. Sl 2./E-
gilan. uicL. cap. 8. Si 1.
(/~) Cap. Quamquam (le lIsUl'is lih. 6. Conslil. UIy sipon. dicL. ~ 2.
(5) ConsliL. Ulyssipon. rlieL. Sl 2. verso Porem. ALgilan. iliel. cap. 8. ~
2. eL 3.
(6) COllsLil. Laroecen . uicl. 10.
(7) COllsliL. Ulyssipon. dicl. Sl2. Lam c. dicl. 10. .
(~) Cuu LiL. Ir sipoll. dicL. 2. vcrs. E di 'ordanrlo, iI] tine. IEgilan. (lIel.
c.~. 7.
DO ARCEBTSPADO DA BAnJA.
862 Mas se os Purochos visinbos distarem tanto entre si, que se
no posso com brevidade ajuntar, e cause grande detl'imento estai' o
corpo in epnlLo, em quanto se fazem as diligencias sobredj(as, (o que
mais facilmente pde acontecer neste nosso Arcebispado, em que os
Parochos de algumas Fregnezias vivem distantes um do outro, "iute,
trinta, quarenta, e mais legoas) neste caso mandamos, que o Parocho
com algum Sacerdote, (9) ou Clerigo, se ahi o hOU"\ier, posto que seja
de Ordens Menores, e no o havendo, elle smellte faa summario,jul-
gando-o como entender em sua consciencia, e remeller os autos ao
nosso Provisor como acima se declara.
863 E, se os iul1eis, ou pagos c\arnmente pedro o Baptismo,
para que isso conste (tO) se f'al'o as mesmas diligencias; porm no
para os que de certo constar, que o no recebro, nem pedro. E
pelo defunto, que for enterrado fra do sagrado, se no dir Missa,
(11) nem faro Omcios, nem por elle se receber beneucio algum, nem
or31', nem rezar publicamente.
TITULO LIX.
QUE NA .'OSSA s C,\THEDRAL, E NAS IGREIAS PAROCHtAES DE l'i0880 ARCE-
BISPADO SE FAO PROCISSES PELOS DEFU:'i"TOS, E SE REZE POR ELLES.

86A Conformando-nos com o costume gel'nl appro'l'ado pela Igre-


ja mandamos, que na nossa S Catbedral, e nas Igrejas Pal'ochiaes de
nosso Arcebispado se fa.o procisses em as Segundas Feiras do anno
sobre os defuntos, (1) com Cruz, e agoa henta, com os responsoi), e
oraes pela Igreja ordenadas, nos tempos, em que est em costume,
e o Sacerdote, que (lisscr a Missa Conventual, ir revestido por dentro
da Igl'eja, e tambem pelo adro, se nelle 110uver defuntos. E o Tbe-
som'eiro ser obrigado a fazer tres signaes, que uUI'em, em quanto as-
sim andarem por dentro, ou no adro da Igreja, sob pena de urna pata-
ca para o Porteiro da nossa Helao. E se em a dita Segunda Feira
cahir tal Santo, ou festa, que se no possa fazer a dita procisso, se
far Jogo Tera Feira, (2) ou Quarta da mesma semana, e no se dila-
te mais.
865 E nas mais Freguezias do Arcebispado, em que no 11a con-
curso de po"o nos dias de semana, o Parocllo far as ditas procisses
aos Domingos, (3) antes que entrem f\lissa, (h) excepto nos Domin-
gos ele Paschoa <.1a Rcsurreio, Pentecostes, Trindade, e nos mais, em
lJl1C cahirem ('estas da primeira classe, ou houver festa solemne na dila

(9) Eecli. 32. 24. Pl'overb. 3. 5. Psalm. 118. 24. D. Basil. in Isaire cap. 1-
ad vers. 26. Simanehus lib. ~. Episl. 7. Barb. de polest. Epise. p. 1. lit. 2. gloso
6. n. 11. Horal. lib. 3. Carmo ode 4. Viseonsilii e"per &c.
(lO) Conslil. U1yssip. d. 2. verso E as mesmas. lEgilan. d. cap. 8. 10.
(11) Text. in cap. 2. de raptorib. Texl. in Cap. SaCl'is de sepulL Consto .1.E-
gilan. d. cap. 8. SI 5. J.amecens. lib. 3. til. 12. cap. 7. 11-
(1) Facit lexl. in Cap. Pro obeunlibus 13. q. 2. Concil. Trid. sess.22. de
Sacrifico l\lissre cap. 2. ad fino et sess. 25. in principio. Consl. Bracharen . til.
19. consl. 7. U1yssip. lib. lj. til. 16. llecr. 2. ~. SI 9. ia principio foI. /~07.
(2) Conslil. U1issip. ulJi proximc.
(3) Consl. Ulyssip. d. Si 9. verso E na mais. Braebar. til. 19. r.onst. 7.
(4) Const. U1yssip. loco pl'oximc citalo.
30-'1 CO NSTITUIES
Igreja. E nossos Visitadores se informaro particularmente nas Visi-
tas, se os Pal'ochos satisfazem a esta obrigao, e achando o contrario,
os castigaro gravemente. E exbol'tamos muito aos Parochos encom-
mendem a seus freguezes assisto nestas pl'ocis'ses, e as acompanhem
explicando-lhes (5) a esmola, e suffl'agio, que fazem s almas dos fieis
defuntos, encommendando-as a Deos.
866 Ordenamos, que na nossa S por DlOl'te dos Arcebispos, Dig-
nidades, Conegos prebendados, e meios prebendadQs, se fao os Ofli-
cios, e digo as "Missas, e mais suffragios que at agora foi costume, (6)
e declaramos nos Estatutos, que fizemos pura a mcsma S. E Das ou-
tras Igrejas Parochiaes ser obrigado o ParocllO perpetuo, que de novo
succ,eder, a dizer uma Missa de Hef)uiem pela alma de seu antecessol'
(7) dentro de oito dias depois (le tomar posse. E os ParocllOs tero
particular cuidado, em fallecendo algum Arcebispo, de admoestar na
primeira estao a seus fregnezes encommendem a Deos a alma do dito
(8) Prelado.
TITULO LX.
DAS CONFRARIAS, CAPELLAS, J!J HOSPITAES: E DA F6RMA, QUE DEVEl\( TER os
COll~PRmnSSos DAS CONFRARIAS SUGEITAS NOSSA J URISDIO ECCLESIASTICA.

867 Por que as Confral'as devem ser institui das para servio de
Deos (1) nosso SenhOl" honra, e venerao dos Santos, e se devem
evitar nellas alguns abusos, e juramentos indiscretos, que os Confra-
des, ou Irmos poem em seus Estatutos, ou Compromissos, obrigando
com el1es a penses onerosas, e talvez iudecentes, de que Deos nosso
Senhor, e os Santos no so sel'vidos, convm muito divertir estes in-
convenientes. POI' tanto mandamos, que das Confrarias deste nosso
Arcebispado, que cm sua creao faro el'igidas por autoridade nossa,
-ou daqui em diaute se quizerem erigil' com a mesma autoridade, que
as faz Ecclesiasticas, (2) se rerneLLo a Ns os Estatutos, e Compro-
missos, que quizerern de novo fazer, ou j estiverem feitos, para se
emendarem alguns abusos, (3) se nelles os houvel', e se passai' licena
(h) 1:n sCl'iptis, para poderem usar delles.
868 E quanto s Confl'arias que forem erigidas sem autoridade
nossa, e que SO seoulares, ordenamos, (Jue os nossos Visitadores, nas
Igrejas, em que esto fundadas, e em acto de Visita posso ver seus
Estatutos, e Compromissos, para que teudo na sohl'ediLa frma alguns
:lbusos, (5) ou obrigaes meJ10S decentes, e pouco convenientes ao
(!l) d ea qure Abr. de instit. Paroe. Iib. 7. scet. 8. n. ~06. usque ad num.
421, eL lib. 12. cap. 8. n. 82. et cap. 9. n. 104. 2. Machabreor. cap. 12.
verso [~6.
(6) Const. U1yssip. lib. 4. tiL. 16. dccr. 2. iO. in prio(;ipio.
(7) Constit. Ulyssip. d. Si iO. verso E Das Igrejas.
(8) Consto UJyssi'fl. ubi proxime. E nossos Visitadores.
(1) Conei!. Trid. sess.22. de reformato cap. 8.
(2) Ordinal. Reg' lib. 1. til. 62. 43. Gabriel Pcveyr. de mano reg. cap.
i7. n. 8. Themud. p. 1. decis. 17. n. 1. et 2.
(3) CODSt. Ulyssip. lib. 4. til. 17. in priocip. fo!. 408.
(4) Consto UJyssip. ubi pJo;xim.e."
(5)' Consl. Ulyssip. loe. cil"lo.
DO ARCEBISPADO DA BAllIA. 3(J;)

servio de Deos, e dos Sautos, 3S fao emendar, (uando-nos disso


conta, seudo neccssal'o) ficando sempre as uitas Confrarias seculares,
como d'anles ero, sem que pela dita diligencia posso os ditos Visi-
tadores. e seus Olficiaes lev31' salario algum.
869 E posto que da devoo, e piedade de nossos subdilos po-
demos confiai', que sem esta nossa lembrana, a tero de instituirem
em suas Igrejas, Confrarias, em que sirvo a Deos, e honrem a seus
Santos; Ns com tudo para mais os auimar, lhes rogamos, e encom-
mendamos muito, que tratem desta devoo (6) das Confrarias, e de
servirem, e venerarem nellas aos Santos; princi palmente do Santissi-
mo Sacramento, e do Nome de JESUS, de Nossa Senhora, e das Al-
mas do Purgatorio, quanto fOI' possivel, e a capacidade dos freguezes
o permitlil', porque estas Confrarias bem as haja em todas as Igrejas.
TITULO LXI.
COMO SEHO VISITADA.S AS CONFRARIAS, CAPELLAS, E HOSPITAES: E DAS
CONTAS, QUE SE HO DE TOMAR AOS AmnNISTR.\DORES.

870 Conforme os Sagrados Canones, (1) e Sagrario Concilio Tri-


dentino, (2) a Ns, e a nossos "' isitadores pertence fazer cumprir to-
das as disposies -pias, ou sejo instituidas em ultimas vontades, ou
cm qualquer contrato entre vivos: e tambem visitar quaesquel' Hospi-
taes, Capellas, e Coufrarias, ainda que sejo regiuas, e gove1'lladas por
leigos, isentas da jurisdio ordinara, e immediatamente sugeitas a ~
Apostolica, salvo sendo da immcrliata proteco d' el-Rei nosso Senhor.
871 Pelo que, considerando Ns quo mal se cumprem pelos
administradores, e Executores as vontades pias dos defuntos, estl'eita-
mente mandamos, e encarregamos a nossos Visitadores, que depois
que risital'em as Igrejas no espiritual, e temporal, (3) ,isitem com
muita diligencia as Capellas, e Confrarias Ecclesiasticas de nossa ju-
risdiO, e vendo as instituies, fao inteiramente cumprir o que ne\-
las se achai'.
TITULO LXII.
D.~ ELEIO DOS OFFICIAES DE CADA CONFHARIA, E QUE CADA ANNO DEM CONTA
CO)! ENTREGA, E DAS lII1SSAS, QUE SE DEVEM DIZER NAS DITAS CONFRARIAS.

872 Para melhor administrao das Confrarias de nossa jurisdi-


o, ordel1llmos, que em cada um a1111 o, at quin7.e dias depois da
festa principal da Confraria, em um Domingo, ou dia Santo se elejo
novos OfUciaes, sendo presentes os que acabro de o seI', eas pessoas,
a quem pertence; e faro votar (1) todos os Officiaes com muita ordem,
(6) Consl. Ulyssip. ubi proxime, verso E postoque.
(1) Clemenl. Quia contingit. de religo domib.
(2) Concil. Trid. sess. 7. de reformo cap. 8. el sess, 2L de reformo cap. 9.
Concordata do Rey.no 12.
(3) Consto Ulyssip. loco citalo verso Pelo que.
. (1) Clernenl. Quia contingit !\\ 1. de religioso domibus. ConsL UJyssip. lib.
4. tIl. 17. !\\ L foI. 410.
'06 CO ~STITUI6ES
e quietao, escrevendo fielmente os votos, e nem-um Omeial do anilO
passado ser reeleito, e se o for llo ser sem licena (2) nossa, Ou do
nosso Provisol'. Os OIBciaes eleitos por mais votos serao obrigados a
servil', tomando pl'meil'o o juramento da mo dos Officiaes passados,
de que se far termo no livro da Confl'aria, por todos assignaflo.
873 Mandamos (3) aos Omciaes novos, e velhos de cada Conf.'a-
ria, que do dia, em que se fizer a eleio a quinze dias primeiros se-
guintes, se ajuntem na 19reja, ou cm outro lugar conveniente, em um
Domingo, ou dia Santo de guarda, e dem conta os Officiaes velhos aos
novos pelo livl'o da I'eceita, e despeza, e achando-se que no Dco de-
vendo cousa alguma Confraria, ou entregando logo o que ficarem de-
vendo, se far disso termo no dilO livro de receita, e despeza assigna-
~o por torlos: e llavendo divida, se carregar sobre o Thesourel'o no-
vo, a quem ser logo entregue; e se no puderem pagar logo o que fi-
carem devendo, se far termo das contas, dando-se nelle quinze dias
ao devedol', para que com effeito pague, epagando se far disso declao
assignada pelo Thesoureiro novo: e no pagando no dito termo de quinze
djas, o ThesoUl'eiro tirar monitorio contl'a o devedor, para que pague
o principal, e custas, o que fal' dentro de um mez, e no o cumpriudo
assim, o Escr\ o lhe carregar a divida, como se j estivesse recebida.
87h. E sem embargo desta conta, que os Officiaes novos ho de
tomar aos velhos, mandamos aos nossos Visitauores que a tomem de
novo (4) como pelo Sagrado Concilio Tridentino lhes ordenado, posto
que as Confral'ias sejo instituidas por autoridade Apostolica. E en-
commendamos aos dilos Visitadores, no levem em conta gastos dema-
siados, e excessivos, feitos em comer, e iJeber, danas, comedias, e
cousas semelhantes, mas antes do que crescer dos gastos orclinarios, e
licitos, ordenaro que se compl'em omamentos, e peas para as Con-
frarias.
875 Como para se alcanarem os bens espil'ituaes, que se pre-
tendem pelas instituies das Confral'ias, o principal meio seja o Santo
SacriOcio da Missa, ordenamos, e mandamos a nossos Visitadores, que
nas Confrarias em que se no achar oiJrigao alguma de Missa para se
dizerem pelos Confrades vivos, e defuntos, a ponbao, e taxem (5) em
certo numero, com declarao dos dias, segundo a commodidade das
Igrejas, e possibilidade das Confrarias, com a esmola competenle, e lO-
das se diro com muita pontualidade, por bem das almas dos viYos, e
defuntos. E todas as Missas da Confraria di.' o Paroclto (6) daIgl'cja,
(se no tiverem Capello particular) e no podendo por tel' onLl'ae,
occupaes da Igreja, ou outras Missas, os Officiaes das Confrarias as

(2) ConsLiL Ulyssipon. c1ieL !\I 1. in finco .


(3) Diela C\emenl. Quia eontingit !\I. Ut aulem, verso IlIi eliam de rchg:
domib. Coneil. Tl'id. sess. 22. de reformo cap. 9. Consl. U1yssip. ubi prox!m c
!\I 2. 1'01. 411.
(/t.) Trid. diel. sess. 22. de reformo cap. 9. Consl. lyssip. ubi supra. JEgi-
lan. liJl. 4. Lil. 9. cap. [~. Si 4. et 5.
(5) Trirl. sess. 22. de Sacl'ificio Missre c. 2. Conslil. U1yssip. lib. 4.lil,
17. !\I 4.
(6) Consto U1yssp. diel. !\\ 4. Porluens. lib, 4. IiI. 1:.1. ComI. 2, JEgilan. I.
4. Lil. 9. cap. 2. 1'01. 435,
DO ARCEnISPADO DA B\HIA. 307
podero mandar dizer pOI' outros Sacerdotes, guardando porm o cos-
tume que nesta materia houver legitimamente prescl'ipto.
TITULO LXUI.
DAS ESMOLAS, QUESTORES, E PEDIDORES. QUE NO flAU QUESTORES, E PE-
DIDORES DR ESlll?LAS, E C01\lO SE PltOCEDERA CON'IRA ELLES.

-l< 876 Como os Sagrados Canones (1) prolJilJo os questores, pecli-


dOI'es, ou eleemosinarios, e o Concilio Tric1cntino (2) maude que o uso
c nome delles se desterre dos povos Christos, conformando-nos com
sua disposiO, mandamos sob pena de excommunho maior ilJSO (ac-
to, e de cincoenta cruzados pam a nossa Chancellaria, e accusador, que
nem-uma pessoa Ecclesiastica, ou secular (leste nosso Arcebispado,
consinta nas Igrejas, ou outros lugares pios, ou fra delles alguns dos
dilas questores, pedidorcs, (3) ou e!eemosinarios, os quaes com mui-
to atre"imento; e soltura, enganando as almas dos Heis Christ50s, pro-
poem ao povo indulgencias falsas, dispenso de seu motu pl'oprio, ab-
solvem aos penitentes de perjuros, homicidos, e outros peccados; dan-
do-se-Ihe algum dinheiro, perdoo omallcvado, rclaxo certa parte das
penitencias dadas em confisso, affirmo falsamente, que tiro do Pur-
gatorio tres, ou mais almas dos parentes, ou amigos daquelles, quc
lhes do as esmolas: que concedem indulgencia plenaria, e absolvio
de culpa, e pena aos bemfeitores dos lugares, dos qnaes elles so ques-
tores, e pedidores. E Outl'OS prgo (/,) sem licena, benzem a gentl~,
gados, e outros animaes, pondo signaes nos que benzem; do reli-
quias, Imagens, nominas, Agnus Dei, e outras cousas semelbantes, ti-
rando o dinheil'o, e esmolas com estas invenes falsas, ecom escandalo
e pel'Lurbao dos povos.
-l< 877 Pelo que os no conseDliro, ainda que trago lettras pos-
tolicas, no sendo primeiro vistas, (5) e approvadas por Ns, ou nos-
so Provisor. E havendo algum, que scm as ditas leltras, allprovao,
e licena pea esmola, ou por qualquer "ia use do omcio de questor,
mandamos a nossos Ministros de Justia, e cncarregamos aos da secu-
lar, (6) que com t.oda a bl'evidade o prendo, e da priso restituir lll-
do o que ti ver mal levado para a fabrica da nossa S, c ser castigado
a nosso arbitrio, segundo a qualidade, e circunstancias da culpa.
878 E nas mesmas incorrcr qualquer pessoa (7) Ecclesiastica,
ou secular, posto que no tenha nome de qucstor, ql1e pregar, ou por
(1) Cnp. cum ex ef.' de pam. et remisso Clem. 2. ~ Qureslores eod. til.
(2) Trid. sess. 21. de reformo cap. 9. et se . 25. de reformo in decr. dc
lndulgenliis.
(3) Gavant. verb. Qurostores. Barb. de polesl. Episcop. p. 3. alleg. 'lO9.
Solol'Z. de juro Indiar. lom. 2. liJ). 3. cap. 25. Pereyr. de mano reg. 2. p. cap. 73.
(/~) Trid. sess. 5. dereform. oap. 2. in fine. GavanL. verb. Qvrestorcs num. 8.
. (5) Clement. 2. vers. Lit ras de pren. et remisso Trid. sess. 25. in decr.
de fnc1ulg. el sess. 2i. C. 9. et ibi Barbos. li. 7. et de potest. Episcop. dicL. al-
leg. 109. n. 2. Gavanl. verbo con io Sacra n. !.1.
(6) Siquidem est crimen mixli fori. ALI ea quro 'felles ad tex.L. iII C;l)l.
C\l1l1 ex eo de pccniL et rcmiss. Ilum. 2. ad fin. Consl. POl.'luens. lib. !~. til. H.
cOlIslil. 1. vers. 'l. ly sip. lib. fi. lil. 18. decr. L '~.
:7) Cuust. Ul)ssip. uIJi [ll'O);imc.
308 CON TlTUIE
qualquer via publicar, ou pl'opuzcr ao povo em commum, ou a pessoas
Vu'ticularcs, qualquer indulgencia, ou milagre, sem a dila approvao,
e licena nossa.
TITULO LXIV.
QUE NINGUEnI PEA ESMOLAS SEnI LICENA, E COnIO SE CONCEDERA'.

~ 870 Tem mostrado a cxperiencia, qlle da multido dos petitorios


publicos (1) se seguem muitos inconvenicntes, e molestias aos povos,
e Freguezias, e se dimillue, e esfl'ia a cbaridade dos fieis Christos, os
quaes nao potlcnllo acodir a todos, algumas vezes ueixo de dar esmo-
las aos mais necessitados. Por tanto, ordenamos, e mandamos, que
os ditos peLilodos se no fao sem licena (2) nossa; e para a conce-
dermos tomaremos primeiro informao da pessoa, e causas que para
ella ha: e nUllca se conceder geral, mas confomle as circunstancias
que concol'l'erem ser limitada para certo districto, Oll numero de
FreglJezias por muito, ou pouco tempo: e as ditas licenas se passaro
as menos vezes que puder SCl', (preferindo sempre os pobres, e obras
pias deste Arcebispado s de fra delIe) e se entl'egaro s proprias
pessoas, ou a seus legitimos ProcUl'adol'es, porque no succeda haver
com elIas algum trato, e negociao. E a pessoa que pedil' sem liceu-
a llavemos por condelIlnada (3) pOl' cada vez em dez cruzados para a
S, Meirillbo, e uespezas, alem de baver de entregar tudo o que tiver
cobrado ao Thesolll'eil'o da fabrica da nossa S, qual o applicamos.
880 E sem a dila licena mandamos aos Parochos sob a dila
l)ena (!~) pecuniariu, e de suspeno de seu oflieio a nosso arbitrio, que
cm nem-um caso encommelldem pessoa alguma, Communidade, 011
qualquer outra obra pia, de qualquer qualidade que seja, para se lhe
dar esmola em sua Freguezia por muito, ou pouco tempo; nem tambem
consinlo que excedo a frma, e declaraes das licenas, os que as
tiverem.
881 E qnando nas Freguel',ias houver alguns pobres necessitados
doentes, podero os Parochos na estao (5) ellcommelldar a seus fre-
guezes a necessidade dos dilos doentes, e Lirar-Ihes para remedio della
alguma esmola, sem que para isso seja uecessaria licenCia nossa, como
tambem o no ser para os petitorios da Casa da Misericordja, nem para
as Confrarias situadas na Freguezia, sendo erectas, confirmaclas, e ap-
pl'ovadas por autoridade nossa.
"882 E nem-uma pessoa qnepe dir esmola, ainda que seja Ermito,
sob pena de dous milris para despezas, e Meirinho, tl'Ur comsigo (6)
alguma Imagem de nosso Seuhor, ou de Nossa Senhora, ou de algum

(1) Tcxl. in Cap. cum ex eo de pren. el remisso Clemenl. 2. cod. lil.


(2) Cap. CUI11 ex eo de prenit. ct remisso Clero. 2. eod. til. Barbos. de po-
lest. Episc. p. 3. alleg. 109. n. 9. Consl. iEgil. lib. 4. til. 10. cap. 1.
(3) Constil. Portuens. Ib. 4. til. 14. const. 2.
(!~) Consl. Ulyssip. lib. 4. til. 18. in prinr. foI. 413. .
(5) Abr. de inslit. Paroe. lib. 6. c. 13. n. 135. Possev. de ornc. CuraLl cap.
12. n. 35. Cons!. U1yssip. dicl. til. 18. dccr. 1. SI I. foI. 414.
(6) Con I. U1yssip. dict. til. 18. in princip. }Egilall. lib. !~. IiI. lO. cap.
1. 3. Lameceus. lib. 't.. lil. 15. cap. 1. 2.
DO ABCEnISP \.DO DA DAHL \. 309
SJnto, ou anta, nem dc ,'u1Lo, ou pinlura; pal'a que uno succcda scr
posta em lugarcs illdeccllics, ou lralada com menos revcrcncia, c aca-
larnculo, do quc lhe dcrido. E lambem nem-uma pessoa petlir es-
molas dcnlro nas Igrcjas em quanto nellns se disser Missa, (7) 011 cele-
11I'arem os Ofi1cios Divinos, sob 11ena de seI' mui lado pelo Parocho, mas
poder pedir porla da Igreja, ou adro della.

D.\ EXECUO DOS ~iA~DADOS DOS SUPERIORES. QUAMO E CO;\lO SE Dl!:VEDI CC)I-
J>nIR nossos l\IA~DADOS, E DE NOSSOS JIlIl'\ISTROS, E DOS OUTROS SUPERIO-
RES, E PRELADOS.

~ 883 Como a r"cla adminislra<;:o da Jllsti<.:a depcnda muilo da


O!Jel.!iencia dos suLditos (1) aos mamlados dos Superiores, mandamos,
que todo o Clel'igo, 'otal'lo, Escrivo, ou semclhanle MiJ)istro publico,
que for I'cqllcl'ido POl' publicai', 011 notif]car nossas cartas, c manda-
dos ou de nosso Provisor, Vigario Geral, ou, isiladores, no tocantc a
seus omcios, (lio sendo cull'c parles) o- fano com toda a diligencia,
sem a isso pr uuvida, ou cscusa, sa"'o na conformidade que Qca tlito
lil'ro !', til. 12, DUIn. 672, e 673, c no o fazendo assim sero castiga-
dos rigorosamente: c soh pena de serem suspensos, (2) e de pagarcm
quatro mil ri:., Do daro arjso s parlcs anles dc fazerem a diligencia .
.., 88h Para que Dcste nosso Arcebispado no snccetla introduzi-
rem-se, c nomcarem-se falsamenlC particulares pessoas, J uizcs deJega- .
do , 011 Conservadorcs dc algumas cansas, quaesq lei' qnc sejo, ou os
que o Corem, no cx.cediio os pod res que Ibes estivcrcm concedidos, c
se evite a vexao, que por esta cansa se pde fazcr a nossos subditos,
o no sc pcrturbe a boa allminislrao da justia, visto pertenccI' aos
OlTliuarios derendel', qne cm suas Diocesis nem-um parlicul:ll' (3) use
de jurisuio Ecclesiastica sem tcr, e mostrai' poderes lcbitimos, (o que
se faz mais preciso neste Arcehispado, para que no aconle,a serem os
suhllilos dellc obrigados a ir ao Reino sem causa ou poller, que para isso
l13ja) mandamos a todos, c cada um elos Clerigos, Total'ios, Escrives, c
mais Olli iaes Ece!esiaslieos sob pena dc cxcommunho maiol', e de
\illte crnzados p:lgos do aljnbc, Jlo obedeiio aos ditos Juizes, ou
Conservadorcs, ncm por p:lpci::>, cartas ou StnlCnas suas fa o obra,
Oll diligC'ncia alguma scm lerem despacho 110SS0, ou de no 80 Proyj 01',
ou Yjnario Geral, l,ara que sc pos o cumpril', (li) poslo que lrago
('1:1nslII3, qnc se faa por el1e diligencia s m cumpra-se do Ordinario,
e de seus Ministros; saho forem papeis uo Tribunal da Legacia, (5)

. (7) Consl. Ulys ip. ubi pro:x:mc. Lamee. di L til. 15. 3. LEgilanien.
(licl. c~p. 1. ~ 4.
(I) 'J'exL. in cap. 2. de maioril. eL oiledient. T xl. in cap. omnis anima de
ccnsib. cL ihi TeJ1ez 11. !~. cap. l';lagnum 28. 11. q.1. cap. Qui l'csistit. 97. 11.
q. 3.
(2) ConsLit. POl'tnelJs. lib. IL til. 1".
(3) Texlo in cap. Cum in jure periLus de Ome. de leg. Exll'avaO'. 1l1Yiolal~
de el elion. L. 1. eod. ti mandaI. I'l'inc. 'aI nzuela ron iI. 125. num. 12. Tbe-
mudo p. 3. decis. 2(j'I., n. Ii-, el rI .c:. 2GG. n. 1"..
(1(.) Themtlll0 Llicl. dccis. 266. 11, 17.
(1.;) Thcmud. ubi supra Ilum. 11.
310 - CONSTITUIES
sobl'e causas, que a elle forem por appellao; pOI'que ainda que sem-
pre ser mais conveniente, que se no faa por elles obra, no levando
cumpra-se nosso, ou de nossos Ministros, com tudo se podero cum-
prir, sem que nos sejo, Oll a elles insinuados.
l' 885 E lambem, sob as mesmas penas, se no cumpro (6) as
carlas, e papeis dos Arcebispos, e Bispos de outros Bispados, e de seus
:Ministros, sem terem o oito cumpra-se, ainda qLe digo ofazem, como
Delegados da Santa S Apostolica. E para que melhor se evitem as
vexaes das partes, e alguns inconvenientes, que a experiencia nos
tem mostrado, mandamos, sob as mesmas penas, s sobredilas pessoas,
que no passem certides, nem fs de diligencias, que (l",el'em pelas di-
tas sentenas, cartas, e papeis s partes, se no passadas vinte e qua-
tl'o horas (7) depois de feita a diligencia, para que lendo as partes, a
quem se fazem, que nos requerer, ou a nossos Ministros sobre ellas, o
fao dentl'o no dito termo, e no fiquem impossibilitados para o fazer
por falta delle: e todos os Ministros atalharo todas as dilaes cavilo-
sas, que sobre a materia intentarem as parles, no que muito lhes en-
carregamos a consciencia.

FiM DO LIVRO QUARTO.

(6) Conslil. POl'lucns. lib l~. til. 11). COIlSt. llllica vers. 2.
(7) Conslil. POl'luens. ubi proximc VCI'S. 3.
3"""~J''OJlil'f')
" .0
~;J:).tiQ~

LIVRO QUINTO
DAS

DO

ARCEBISPADO DA BAIIIA.
=9=

TITULO I.
t no CRIMEDA HERESIA. Q E SE DENUNCIEM AO 'fRIB NAL DO SAN'fO OFFICIO
OS HEREGES, E SUSPEITOS DE HERESIA, OU JUDAIS)IO.

866 Para que o crime da heresia, e judaismo se extinga, e scja


maior a gloria de Deos nosso Senhor, e augmento dc nossa Santa F
Catholica, e para que mais facilmenle possa ser punido pelo Tribunal
do Santo Omcio o delinquente, conforme os Breves Apostolicos (1)
concedidos instancia dos nossos Serenissimos Reis a esle sagl'ado
Trblmal, ordenmos, e mandamos a todos os nossos subditos, que teu-
do nOlicia de alguma pessoa Heregc, Aposlata de nossa Sanla F, ou
Judeo, ou seguir doutrina contraria quella que ensina, e professa a
Santa Madt'e Igreja Romana, a denunciem (2) logo ao Tribunal do San-
to alHcio no tcrmo de seus Editaes, ainda sendo a culpa secrela, como
for interior.
887 E quando por justa razo, quc tcnho, o no pos o fazer,
sero sem embargo disso obrigados a nos dai' conla, (3) pal'a que or-
denemos o que for conveniente em ordem a ser delatado o tal deliclo,
e se proccder segundo ajnstia pedir. E o mesmo se gnardar, taulo
que qualqucl' pessoa for nolada de suspeita na F, (lI) ou fautor dos
Hereges (5) em quanlo laes, ou der indicios pwvavcis de appl'onrclle

(1) Fl'agos. de regim. Reipub. p. 2. lib. 5. dispo 13. ~. 8. n. 88. PaI. tom.
1. opel'. moml. tmcL. 4,. dispo 8. puncl. 13. n. 13.
(2) Azor. tom. 1. lib. 8. cap. 19. q. 9. Sanchez lib. 2. in Decalog. cap.
32. Simanc. til. 19. Rojas singul. 13. num. 19. eL 20. Barb. de poLest. ]~pis .
alleg. 96. n. 51. in medo Farin. de hreres. q.19'7. 2. num. 36. Palao elicl.
h'aclo l~. d. 3. puncl. IL n. 2.
(3) Consl. lyssip. lib. 5. tiL 1. in princ. foI. 415. Portuen . lib. 5. IiI. 1.
CODsLiL. 1. vel'S. 1.
(4) Dian. lom. . LI'. 10. resol. 30. num. 1. eL2.
(5) Texl. in cap. Excommunicamus 1. Acljicimus ele IIrercl.
312 CO:iSTIT IES
OS seus erros; pOI'qne o castigo ue lodas estas penas p"rlcnce ao llilo
Tribunal da Inquisio.
TITULO n.
t DA nLASFEMLI.. COMO GRWE ESTE cnnlE) E QUAES so AS SUAS rENAS,

888 O crime da blasfemia se commclle) impondo (1) a Dcos nos-


so Senhor com palaVl'as illjuriosas, o que lhe no comm, ou Lirando-
lhe o qne lhe compeLe por sua grandeza, e eminencia, 011 allribuiu-
do-se s creaturas o que s a elle devido; e Lambem dizendo-se irre-
rerencias, e contnmclias conLra a Virgem Nossa Senhora, e os Sanlos,
llas quaes blasfemias Dcos muito viLuperado, assim como louvauo,
e bemdito, quando se lue J a honra, e lom'or tlmido. POI' esta razo
muito grave, (2) c ahominavel o crime da blasfema, pois no pde
haver maior maldade, que chegar a creatma a injuriar, e dizer mal de
scu Creador: assim sempre os Summos Pontifices, Prelados, c Prnci-
pes proclll'l'o (3) evitaI-o, e extingui I-o, impondo-lhe gra"es penas,
c castigos, e particularmente o Santo Papa Pio eh) V.
88!) Por Lanto encarregamos muito a nosso \ igario Geral, Visi-
tadores, e mais ~fjinistros, a que pertence, que com partculal' cuidauo
inquiro deste crime, e procedo llelle, no smente POI' accusao, e
inquirio, mas t::nnhcm por simples, e secreta denunciao. E na COII-
demnao dos blasfemos consideraro sempre a qualida<.le das palayras,
e tias pessoas, que as dizem, tempo, e lugar em qne forao ditas, e as
mais circunstancias, para que conforme a cllas se accrescentem, ou di-
minuo as penas.
890 E se algum leigo hlasfemar (5) expressamente de nosso Se-
nhor JESUS Christo, ou da gloriosa Virgem Maria sua Mi, e Nossa Sc-
1I1101'a, sendo cOll\'encido, incorrcr peja primeira vez cm pena de cem
cruzados pela scgunda em duzentos, o pela terceira cm quatrocentos,
c ser condemnauo a degredo, pelo tempo que parecer. E endo ple-
heo, (6) e no lendo pOI' onde pagar a peua pccuujaria, pela primeira
vez estar 11m dia inteiro em COrpo com as mos alailas, e com uma
mordaa na boca :1 porta da Igreja da parte de fra; pela segunda seI:"
aoulado pelo lugar sem efl'uso de sangnci e pela terceira ser mais

(1) D. Ambros. in lib. 'lc FaraLliso D. Thom. 2. 2. q. 13. Naval'. in mail.


cap. 12. n. 8t. Filliuc. in prreccjJl. 1. LI'. 25. ele JlIasphemia n. 20. cum scqq.
Sancho in Dcc. li\). 2. e. 32. OJ'din. lib. 5. Lil. 2. in prinr. et ~ 10.
(2) D. Thom. 2. 2. q.13. arL. 12. Azor. p. 1. ruoral.lib. 11. e. 3. q. 2. De-
eian. LraeL. erimin. tum. 2. lib. 6. cap. 1. eum Farin. in prax. erimin. tom. /.
q. 30. ii n. 10.
'3) TexL. in Cap. Siqnis per eapillum 22. q. 1. AuthcnL. Ul non luxuJ'icn-
Lur ~ 1. coll. 6. cap. 2. de maletlieis. Conei!. tateran. sess. 9.
(4) Incipit: Clim l)limrn: quro est quinta in ordine, ct habctul' in Uullar.
fol. 179. lata anno 1566.
(5) Cap. 2. de maledicis. Dicta extravag. Pii '. Ord. lib. 5. liL. 2. in prin-
cip. Simanch. de Cathol. cap. 8. n. 10. .
(6) Cap. 2. de maledicis Ord. dicl. til. 2. in I rincip. Consto i'Egitan. Iii).
5. tiL. 2. cap. unic. ~ 3. foI. 1~81. BrarllUr. lil. h8. cons!. 2. ~ 3. Sirnanch.
ubi proxim.
DO ARCEmSPADO DA. BAIJIA. 313
gl'avcmente castigado, e condrmnado cm degl'edo p:lI'a gals, pelo tem-
po que pareceI'.
891 E sendo C\erigo (7) sem beneOcio, o que to grave, e 1101'-
rendo crime commetler, pela primeira vez ser suspenso de suas 01'-
dcns pai' um anno, e pagar do aljllbe cincoenta cruzados; pela segun-
da ser suspenso por dons annos, e pagar do aljube cem cruzados; c
pela tercira ser suspenso por quatro allflOS, e pagal' dnzentos cruza-
dos lamhem do aljube, onde estar tempo de um anno. E no temia
fazenda para pagai' a condemnao pecunial'a, se lhe poder commntal'
(8) no tempo lle priso, ou degredo, que parecer. E sendo Beneficia-
do (9) ser pela primeira yez condemnado em perdimento dos fructos
de um anno de todos seus beneficias, que tiver; pela segunda "ez ser
privado de todos eHes' e pela terceira ser privado de todas as honras.
c dignidades, e do Officio Clerical, e degradado para a 11ha de S. Tho-
m, ou pal'a BengueJla, pelo tempo, que parecei', E sendo caso, que
os sobreditos delinquentes tomem a reincidil' no dito crime depois de
assim castigados, o tomaro a ser com outras penas maiores, conside-
!'ada a qualidade das pessoas, e aLLendelldo-se ao tempo, lugar, e mais
circnnstancias, e sero declarados por infames, incapazes de !lamas,
dignida f les, omcios, e beneficias.
892 E todo aqueJle que blasfemar dos Santos, ser castigado com
as pClJas aruitral'as, (10) que parecer segundo as circunstancias das
IJlasfemias, tempo, lugar, e qualidade da pessoa. E as ditas penas pe-
cnnlrias, ou sejo as determinadas, ou as arbitrarias, em que os so-
hrcdilos forem condemnados por este crime, applicamos em tres par-
les iguaes' uma para o nosso Meirinho, ou qualquer pessoa que accu-
8ar, ou denunciar; outra para a fabrica da uossa S; e a terceira para as
dcspezas da Justia.
893 E sendo as ulasfemias hereticacs, que saibo manifestamen-
te a Ilel'csia, nossos Ministros daro conta ao anta Omcio; (11) c o
que pOI' aql1elle Tribunal for ordenado se cumpra com diligcncia: c se
n.o cntl'clanto Ihcs parecer que convm prender (12) os culpados; as-
sIm o executem.
TITULO III.
-r DAS FEITrARL\S SUPERSTiES, SORTES, E AGOUROS.

Como sero cClst1'gados os que tlSa1'em (le Arte Mag1ca.


89ft Assim como com todo o cuidado, e vigilancia devemos pro-

(7) COIlSt. iEgilan. ubi supra !l. Braehar. loc. citalo !l.
(8) Argum. t. 1. fI'. de pernis.
. (9) Extl'lV. Pii V. supra. citat. cap. Siquis pc\' eapilIum 22, q. 1. Simanch.
drel. cap. 8. ii num, 1:" Ii:'onslit. Draehal'. diet. Constit. 2, !~. lEgilan, diet.
cap. lluie. 4. 1'01. 481.
(10) Diel. Conslil. Pii V. l\Ienoch. de arbitro casu 375. n. 29. CODeiol. re-
sol. erim. v rbo Blasphemia res. n, 3.
. (11) Extravag. Gre[orii xnf. qnID ineipit: Antiquum. Barbos. ad Ordin.
llh: 15. til. 2. 3. Barbos. de potesl. Episcopi allegat, 51. n. 89. C\arus ~ Hir-
reSIS n. 25.
d' (~2) Ar] ea qum Const.l.amccens. I. 5. til. 6. C. llllie. '3. in fine. Brachar.
.1el. ll.L. 48. constil. 2. 9. yer . E h:l\'cndo prOYl. Prlucns. lib. 5. tit.2. cons-
til. IIllle. ~ 2, n~rs. 2. fuI. 499.
314 CONSTITUI ES
CUI'at' por todos os meios, a conservao, c augmento de nossa Santa
F Catholica, e Religio Christ, assim somos obrigados a trabalhar por
extinguir os peccados, que por algum modo orrendem a sua puresa, c
santidade, entre os quaes USai' de Arte Magica. POI' tanto, em satis-
fao de nosso Pastoral Oflicio, ordenamos, e mandamos, que toda a
pessoa que fizel' alguma cousa C'onhecidamente' pI'ocedida de Arte Ma-
gica, (1) como formar apparencias (2) fantasticas, transmutaes de
corpos, e vozes, que se ollo, sem se ver quem falia, e outras cousas
que excedem a elicacia das cousas natUl'aes, incorrer cm pena de cx-
communho (3) maior 1'pSO (acto a Ns reservadn. E sendo plebeo, em
quem caiba pena vil, (/,) ser posto porta da S em penitencia publi-
ca com uma carocha na cabea, e vela na mo em um Domingo, ou dia
Santo de guarda no tempo da Missa Conventual, e ser degradado para
o lugar que parecer. E cahiodo segunda vez far a mesma penitencia,
e ser degradado para algum lugar de Africa; e se for convencido ter-
ceil'3 ,ez, ser degradado para gals pelo tempo que parecer, conforme
a qualidade da culpa, e mais circunstancias, que cone01'l'erem.
895 E sendo a pessoa nobre, (5) em que no caiha pena vil, pa-
o gar pela primel'a vez, sendo convencido, cincoenta cruzados; pela se-
gunda cem; e pela terceira duzentos, e ser degradado para algum dos
lugares de Africn. E se for Clerigo (6) de Ol'dens Sacras, havel' a
mesma pcna com suspenso de snas Ordc,ns, e ser ultimamente priva-
do de todos os Beneficios, e penses que tiver, e cOlltinuando Das laes
culpas lhes sero accrescentadas as penas na fl'ma que pal'ecer conve-
niente.
TITULO IV.
QUE NEM-UMA PESSOA TENHA PACTO CO~I o DmroNJO, NEM USE DE FEI'FIA-
RIAS: E DAS PENAS E~l QUE INCORREM os QUE o FIZEREM.

l' 896 Fazer (1) pacto com o Demonio contm em si gl'Uve mali-
cia, assim pela inimisade, que Deos no principio do mundo poz enlre
elIe, e os homens, como tambem pOl'que fazei' concerto com um ini-
migo de Deos. Por tanto ordenamos, (2) e mandamos, que o que .fi-
zer pacto com o Demonio., ou o invocar para qualquer eITeito que seja,
ou usar de feitiarias para mal, ou para bem, principalmente se o fizer

(1) Text. in Cap. Non liceat Chl'sliauis. Cap. Siquis ariolos. Cap. Qui di-
vnationes 26. q. 5. Carena de ofic. Sancl. Inquisit. lib. 2. til. 12. Simanc. lt~
Catholc. insto lH. 62. et 63. Barbos. ad Ord. Iib. 5. til. 3. Fal'o. de hrorcsl
q. 181.
(2) DeI Uo de Magia lib. 2. q. 18. TorrcbI. de (agia lib. 2. c. 11). n. 16.
(3) Cap. illuc1, cap. Scd et illULl, cap. qui sin~ :...(. q. 2. Consl. Brachar.
til. 49. cOllslit. 1. Si 6. Ulyssip. lib. 5. til. 3. deer. 1. in principio.
Const. U1yssip. ubi proxim.
(4) .
(5) Const. UlYSSlp. loc. cilalo. A':gilan. lih. 5. til. 3. cap. 1. SI 8.
(6) Dict. Constit. uhi proxim. Brachar. til. /j9. constit. 1. 4. et consto
2. n.1.
(1) De hoc D. Th. 22. q. 95. arl.. 3. ct q. 96. arl. 1. C. lI\ud 26. q. 2. ?lJaI.
tom. 1. de Relig. I. 2. de superslit. cap. 9. ii n. 9. Sancllcs in Dcealog. I;b.2.
cap. 38. num 1. ct 3. Cllm seqq.
(2) Ordinal. lib. 1). tit. :I. et ibi Barbosa.
DO ARCEBISPADO D BUHA. 31ti
com pedl'as tle Ara, Corporaes, e cousas sagradas, ou bcntas, a um de
legar, ou deslegal', (3) conceLer, mover, ou parir, ou para quaesqller
outros cJfeilos bons, Oll mos, incol'l'er em excommunlJo maio)' ipso
{acto. E sendo Clerigo o compreheodido em alguma destas cousas,
ser pela primeira vez suspenso das Ordens, e degradado pelo tempo
que nos pareceI', e condemnado em vinte cruzados para as despezas da
Justia, e accusador; e sendo mais vezes comprebendido.se lhe aggra-
varo as ditas penas conforme a qualidade da pessoa, e circunstancias
da cnlpa. .
t 897 E se for leigo nobl'e, (h) alem da dila pena de excommu-
nbo, c dinheil'o, ser degradado pela primeil'a vez por dous annos para
fra do Arcebispado: e sendo mais vezes comprehendiJo se lhe aggra-
varo as penas conforme sua culpa pedir. E sendo plebeo Jar peni-
tencia publica na Igreja em um Domingo, ou dia Santo Missa Con-
ventual, e pagar dous mil ris, applicados na maneira sobl'edita. E
no podendo pag31' a pena pecuniaria se IlJe commutar na corporaJ que
parece; e se reincidir na eulpa, ser degradado para S. Thom, ou
BengueJla.
t 898 E nas mesmas penas de excommunlJo, pecuniarias, e cor-
poraes respectivamente, incorrero aquelles, que consultarem (5) feiti-
ceiros, ou usarem de feitiarias conhecidas por taes, e tiverem, ou le-
rem seus li\Tos, (6) ou de supersties, e advinbaes, (7) ou usarem
tle cartas de tocar, ou fizerem quaesquer outras cousas semelhantes a
estas: e os que aprenderem, ou ensinarem publica, 011 secretamente
todas, ou cada nma deJlas.
TITULO V.
D.\.S l'BNAS DOS QUE so DE CARTAS DE 'COCAU, E DE PALAVRAS, o BE-
BIDAS A~IATORJAS, ou CO SAS SEMEUUNTUS.

-li899 Pl'ohibimos (1.) estl'eitamente a todos os nossos subditos,


~ue usem de palavras, cartas de tocar, e de cousas, que affeioem, e
alienem os homens de sllas mulhel'es, e as mulheres de seus maridos,
c de medicamentos, que tirem o juizo, ou consumo os corpos. E fa-
zendo alguem o contrario haver as penas impostas no Lilulo preceden-
le, provando-se que as toes cousas tivero ei1'cito: porque em tal caso

(3) Sanchez de MaLI'. I. 7. dispo 94. ct scqq. Gabriel Pereyr. ue mano regia
~. p. cap. 56. n. 21. consL. Brachar. tit. 1~9. ConsliL. 1. ~ 8. Torrebl. ele Magia
h~ ..2: cap. 42. DD. ad LexL. Si per sorLiarias 33. q. 1. et au Lext. in cap. '1. de
fl'lgldls, et maleficiaLis.
(4) ConsLit. PorLuens. lib. 5. LiL. 3. consL. 2. vers. 1. Erachar. lit:49 cons-
til. 2. n. 2. Grel. lib. 5. IiI. 3, Consto Larneccns. lib. 5. til. . cap. 2. foI. 403.
(5) Text. in cap. Si quis Episcopus 26. q. 5. Conslit. jEgitan. lib. 5. liL. 3.
eap.i. ~ 9. Lamecens. lib. 5. LiL. 8. cap. 2. 4. aval'. in manual. cap. 11.
n. 29.
. (6) MoLus proprius 21. Si xli V. J,. l\Inthemalics cod. de Episcopalt auui-
cntm Del-nio de l\Iagia lib. 5. scct. 17. Conslit. Porluens. dicL. constit. 2. vers.
2. SiOlanc. de CaUloI. tiL. 38. n, 26.
(7) Cap. 1. eL2. 26. q. 3. el 4. per tolam 26. q. . cap, 1.012. do Sorlileg.
L. Culpa cod. de malcric. ,
(1) Consto lJlyssip. Ii!>. 5. tiL. 3. decr. 1. 1. foI. 419.
316 CONSTITUIES
se uca concluindo, que as taes palaHas, e obras procedem ue ;Jlgnm
commercio, familiaridade, e pacto com o Demonio. f'orm se poroulra
vja se mostraI" que as taes palavras se dizem, e as taes obras se luzem
por engano, e fingimento sem algum e11'eito, e s a flm <.Ie ganhar di-
nheiro, sero os delinquentes castigados arbitrariamente (2) com penas
pecuuiarias, e cOl'pomes, de modo, que semelhantes desol'dens se ala-
lhem.
-l' 900 E pelo mesmo modo sertio castigados, e julgados, os qne
advinhal'em consas secrptas, c casos fUluros, ainda que se faa juizo, e
levantem figuras pelos movimentos (3) <10 Sol, Lua, Estrellas, e quaes-
quer outras cousas, salvo se forem aquellas, que pendem tio morimcll-
to dos Ceos, e suas influencias, f'o\'a dos elementos, e etncacia das
cousas llatUl'aeS, como so bom, ou mo tempo para as sementeiras.
fmctos, navegaes, saude, doenas, e outros elTcitos semelhantes, sem
qne se intrometlo nos successos que dependem do livre a!Yedrio, c
conseqnencias delles: porque estas peltencem judiciaria, condem-
nada pelos Summos Pontifices, que suppoem commercio, familiarida-
de, e pacto com o Demonio.
-l< 901 E porque alem destes delictos, 11a outras desordens de algum
modo aelles semelhantes, como so: rezar Lua, c s Estrcltas; Jazcl'
deprecaes aos Santos com certas ceremouias para taes eITeitos, e
ainda bous, assentanuo, que sahiro infalliveis; ter por certas as cousas
lue se represento em sonhos; fazer obscr..ao 110 dias para bons, c
mos successos, pelas vozes, e cncontro dos animaes, ou pelo cantar, ou
voar das aves, e outras supersties semelhautf's, as quacs ainua que rc-
gularmente procetlo de simplicidade, sempre tem algnm genero dcma-
licia, e fraquesa na I eligio. Por tanto mandamos, (/,) que lodos
aquel!es, que as ensinal'em, e usarem com escandalo, sejo caStigados
com as penas, que parecer a nossos jinistros. E encarregamos mui-
to aos Confessol'es l'cpl'chendo este vicio nas Conflsscs, e os Prega-
dores no Jlulpito, P:ll'CI quc dc todo o modo sc extingua este rcsahio do
gentilismo neste nosso Arcebispado, no qual cada dia entro genlios
de varias partes.
-l' 902 E ainda que Deas em sua Igreja deixou gra a pal'a curai',
(5) a qual se pde achar no smenle nos justos, mas ainda nos pcc-
cadores; com tndo, porque no modo com que se costuma lIsar ucsla
graa se podem introt!uzil' pe1'l1iciosas supcrsties, e pcccamino.50s
abusos, (6) estreitamente prohihimos, sob pena de cx.coffimunho mmor,
(7) ipso (aclo incU1Tenda, e de vinte cruzados, que ninguem cm nosSO
J\rcclJispado beoza gente, gado, ou quacsquer animaes, nem use de
(2) Const. Ulyssip. ubi proximc.
(3) Valenl. d. 6. q. 12. puncl. 2. Dcl-Rio lib. 2. q. 8. de :Magic. tcss. cap.
4~. dubio 3. Suar. tom. 1. de Religion. lib. 2. de Superslil. cap. G. Azor 10m.
1. moral. lib. 9. cap. 24. Consto U1yssip. ubi supr verso Pelo mesmo. nrachal'.
llict. const. 1. num. 6.
(-1.) Consto U1yssip. dicl. 1. Ycrs. E porque fol..I19.
(5') Marc. c. ull. Actor. cap. 28. Yal1e de incantat. el insalm. sccl. 2. c. !l.
n. 9. Sanchez lib. 2. in DecaI. cap. 40. n. 46. et srqq,
(6) Suar. tom. 1. ele Religion. lib. 2. ele Supr.rsL. cap. . ii. n. 23. cum scqq,
'ulle r1icl. cap. 9. it n. 10. Sanchez ubi pl'oxirne cum llIulLs. . ,
(7) Consl. Iyssip. dicL. 1. vcrs. Pela mcsma maneira. j]~gilun. III). J.
lil. 3. 'cap. 2. n. I. fuI. ~85.
DO AIlCEBlSPAllO DA BAHlA. 317
ensalmos, e palavras, ou de outra cOllsa pal'a curai' feriuas, e doenas,
ou levantar espinIJela sem pOl' Ns SCI' primeiro examinado, e approva-
do, e havei' licena nossa por escripto. E sob a mesma pena prohihi-
mos, que uem-uma pessoa secular intente (8) deitar Demonios fra
dos corpos humanos.
t 903 E quando as ditas feitiarias, sortilegios, e supersties en-
voll'erem manifestamente heresia, (9) ou apostasia na F, avisaro nos-
sos Ministros com todo o segredo, e recato aos Inquisidol'(;s do Santo
ameio, para que no dilO Trihunal se ordene o que se ha de fazer, pois
a elle perteuce o castigo deste crime. E mandamos a todos os Paro-
chos que ao mcnos tres vezes cada anno leio este titulo a seus fregue-
zcs, para no poderem alleg3l' ignorancia,
TITULO VI.
DA SBlO, 'L\'

Como se dete proceder na denunciao, e prova delta.


90.4 E detestavel (1) crime, pestifcro "icio, e enorme peccado o
da Simonia, e muito reprovado por dl'eito, que imJloem gl'avissimas
pcnas aos que o commclterem, as quaes innovou o Sagrado Concilio
'l'ridenlino, (2) e ultimamente a Extravagante do Papa Santo Pio', (3)
admoestando aos PI'elados para se desterrar da Igl'eja de Deos delicto
lo prejudicial. Consiste a malicia, e deformidade da Simonia em dar,
(4) ou rcceber as consas espirituacs, ou annexas a ellas no de graa,
mas por dinheiro, ou outra consa temporal. Para que melhor se con-
seguisse o fim de extinguir este crime, e mais facilmente se poder des-
col)t'ir, e havcr contra elle prova, ordenou o direito Canonico fossem
ac1rniLtidos por testemuulllls nas Causas de Simonia, no s aquelles,
que podem testemnnhar nos outros casos, mas tambem aquelles, (5)
CJue so criminoiios, infames, e que em OUtl'OS so repl'ovados, e exclui-
(Jos, no sendo conjuradores, ou inimigos capitaes.
t 905 E Lanto que alguma pessoa for denunciada do crime de Si-
monia, tcndo prova bastante para priso, ser logo preso no aljube, e
J~o se lhe podel' conceder homenagem, ainda que conforme sua qua-
lIdade lhe seja uevida, nem Alvar de fiana, nem carta de seguro. E
decl:lramos quc conforme a direito, sendo o Ro Clel'igo logo uca im-
pedido para usar de suas Ordens, em quaoLo pendei', e durar a causa,
c se no der sentena nua!.

(8) Consl. LEgil. dicl. cap. 2. 11.2.


(9) Text. in cap. Accusatus Si Sane de hreret. lib. 6. Clm-us ~. Hreresis n.
2il. Azar. tom. 1. mar. Jib. 9. cap. 26. q. !~ . .
(I) Texl. in C. Si quis Episcopus, Cap. Qui studet, Cap. Reperiunlur 1.
q. 1. cap. 1. q. 3.l\faLth 21. Joan. 2. ActOl'. 8.
(2) Trid. sess. 21. de reformo cap. 1. et sess, 2~. de reformo cap. H.
(3) Incipit, ClUD primum.
(4) Glos. in Summa 1. q. 1. UD. in rubrico de Simonia. .
.. (5) Text. in Cap. Licct, Cap. l'el' tuas de Simonia Cap. Tanta cad .. tiL
nlS1 siut inimici ex juro suprad. yel participantes, Cap. Veniens 1. de testibus.
fIO
318 CONSTITUIES
TITULO VII.
C0)10 5E PROCEDER CO~TnA OS QUE COMMEl'TEREM SIMONIA NAS ORDEl'iS,
EXAMES, BENEl'lCIOS ECCLESIASTICOS, E ELEIO DELLES.

~ 906 Se alguem for legitimamente convencido de Simonia real,


ou convencional no tomar das Ordens, (1) ser logo declarado por in-
curso em excommunho maior, a qual ipso facto, confol'me a direito,
incolTeo reservada S Apostolica, e ficar suspenso das ditas Ordens
por dez anuos sem remisso, c por um anno estar preso no aljube.
~ 907 E todo o Examinador que commetter Simonia appI'orando,
ou examinando para Ordens, ou Beneficio 1301' oinheiro, ou qualquer
outra via, incol'l'er (2) em excommunbo ipso {acto, e sercondemna-
do em suspenso do omcio pelo tempo que parecer, e em alguma pena
pecuniaria: conforme o escandaJo, que houver. E as mesmas penas
havero quaesquer outros Ministros nossos, ou pessoas, que acerca do
Sacramento da Ordem commetterem Simonia.
908 E todos aquelles, que houverem dignitlade, ou Beneficio
Ecclesiastico (3) por Simonia, incorrero em excommunho maior ipso
facto, e logo ficado privaoos oa dita dignidade, ou Bcneficio, e emcou-
scquencia no fazem os fructos seus, antes slio obrigados em conscien-
cia a'Os restituir, e fico inhabeis para essas mesmas dignidadcs, ou Be-
nef1cios, e outros quaesquer, que ao diante pU1lerem vil'.
909 E os que elegel'em, apresentarem, ou promovercm em Bc-
neficio Ecclesiastico alguem por Simonia, incol'l'em em excommunho
m:liol' ipso facto, e sero condcmnados com as penas impostas em di-
reito, (li) e Extravagantes dos Summos Pontifices. E da mesma manei-
ra os que simoniacamente renunciarem, cedercm, ou demiLlirem os Be-
neficios, ou fizerem pactos illicitos, e os medianeiros, que a isso dercm
conselho, favor, ou ajuda.
~ 910 E nas mesmas penas sel'o condemnados aquelles, quc fa-
zendo outros actos, ou pactos na apparencia licitos, os fizerem attcn-
dendo a preo, (5) paga, ou satisfao, que por indicios bastantes sc
posso prov31" E na mesma frma scro c8Rtigados aqueJles, que tro-
carom os Beneficios, que tem, sem authoridadc do Summo Ponlificc,
ou sem licena (6) dos PI'elados, que conforme a dil'eito a podem dar.

(1) Extravag, 2. de Simonia inter omnes. Suar. tom. 1. de Relig. lib.4-.


de Simonia c. 56. n. 5. Filliuc. tom. 3.tr. 4,5. cap. 13.
(2) Dict. Exlravag. 2. vers. slalucllles, junclo Trid. scss. 24. de Reform.
c. 18. verso raveanlque.
(3) Dict. Exlravag. 2. vers. Per elccliones. Bonac. 10m. 1. de Simonia secl.
t. g. 4. pBnct. i. !;Ii. num. 1.
(4) Per totum til. de Simon. el in exlravag. 2. cod. til. inlcr commun?s.
Exlravag. Pii IV. et Pii V. quro incipit: Inlolcrabilis. CousLil. llrachar. til. 51.
conslil. 4. n. 7. rol. 632.
(5) l'lamill. per inlcgruJl1 lract. de contido Consto VorLucns. lilJ. 5. IH.4.
const. 2. ,"ers. !~. Iyssip. lib. 5. til. 8. dCI;r. 1. 2. verso 2.
(6) Const. Iys ip. dicl. '2. verso Tambcm.
DO ARCEBISPADO DA BAlJIA. 319
TITULO nn.
COMO SERO CASTIGADOS OS'QUE COi\BIE'fTEREl\! SIMONIA N,\ AmIlNIS'fRA-
o DOS SACRAMENTOS.

911 Como scja detcsta,'cl, e perigoso receber preo, paga, 011


alisfao pela administl'aO dos Sacramentos, que se devem adminis-
traI' por gratuita cal'idade; desejando Ns que na distribuio destes
M) steiI'os Divinos no haja a torpesa da cobia, raiz de todos os males,
nem a deformidade da Simonia, ordenamos, e mandamos que toda
a pessoa, que commettel' Simonia, (1) na administrao dos Sacramen-
tos, recebendo preo, paga, on satisfao, que no sejo as offel'las 0['-
dinarias, e costumadas, alem das graves penas, que por direito incol't'e,
ser castigado com outras penas, que parecer, segundo as circunstan-
cias, e puhlicidade da culpa.
~ 912 E porque, alem destes casos (2) lJa outros muitos, em que
se commelte Simonia, nos quaes no facil dar regl'a certa, manda-
mos, que sendo algum comprelJendido de Simoniaco seja grave, e rigo-
rosamente castigado, lio smente com as penas de direito, mas tamhem
com outras COI'pol'aes, e pecunial'ias a nosso al'1Jitrio, segunrlo a quali-
dade da pessoa, e circunst:lllcias da culpa. E do mesmo modo se pro-
ceder contra os mediane'os, e participantes do dito crime.
... 913 E aquelle, que depois de sei' condemnado, por haver com
mellido algum destes abominaveis crimes, os commelter mais ,ezes,
alem das penas <.1e direito, e destas Constituies, ser degradado (3)
para um lugar das parles de Arriea, ou gals, conforme a dilferena, e
qualidade das pessoas, e circunstancias da culpa; e sendo Clerigo ser
alem disto deposto das Ordens.
i< 91.4 E para que este crime melhor se possa sabei', e de todo se
flcstel'l'e, conformando-nos com as Extravagantes dos Papas Paulo II,
e Bonifacio VIII, mandamos sob pena de excommunho maior, e cin-
Cocnla cl'uzados a todas as pessoas Ecclesiasticas, ou seculares, da nos-
sa jurisdio, que tiverem noticia, que alguem commetle Simonia por
algum dos modos apontados neslas Constilujes, o denunc.iem, (l~) e
d.csculJl'o dentro cm trinta dias a Ns, ou nosso Vigario Geral, ou Vi-
s~tadores, para que os delinquentes sejo casligados. E se o denun-
CIante for complice, ou participante do delicto, ficar relevado (5) da
]1ena, que por ellc havia tel' no nosso Tribunal.

(1) Texl. in cap. Kon Nocel. cap. Emcndal'. cap. l'\ullu 1. q. 1. cap. Ne-
mo. cap, ea qurc, cap. Ad nosLram, cap. Cum Ecclesia de Simonia.
(2) Clarus ~ Simonia, cL ibi additionator. Dian. tom. 5. tracl. 7. per to-
tuUl. Ric. in prax. 3. p. refol. 425.
(3) Con l. Ulyssip.lib. 5. til. 8. decr. 1. ~ 4. fol. 429.
. (4) Consl. lyssip. ubi proximc vcrs. E conformando-nos. J.amec. Iib. 5.
ltt. 9. c. 2., 6. Extl'avag. 2. de Simonia inter com mune , vers. EI ut hujusmodi.
(5) Dieta ExLl'avag. 2. verso Pro revolatione.
320 CONSTITUIES
TITULO IX.
DO SACRILEGIO.

Das especies, que ha, epenas delle.


915 O Sacrilegio crime grave, e atroz, e como tal foi sempre
reprovado pela Igreja Catholica, e castigado com gl'aves penas. Eain-
da que ha val'ios modos de o commetlel" com tudo os Doutores o re-
duzem a Ires (1) especies. A pl'imeil'<l comprehende todos os actos,
com que se oITende alguma pessoa sagrada, ou dedicada ao culLo Divj-
no. A segunda, os que so otrensas das Igrejas, (2) e lugares sagra-
dos. A terceira, aquelles com que se otrendem as cousas sagradas, (3)
bentas, ou dedicadas ao Divino cullo. Por tanto toda a pessoa Eccle-
siastica, ou secular, que com diabolica peI'suao puzer mos violen-
las, e injuriosas em alguma pessoa Ecclesiastica, ou Religiosa, que
conforme a direito goze lIo privilegio do Canone, inco1'l'e na excom-
munho estabelecida em direito, (h) e reservada a Sua Santiuade, no
sendo (5) a percusso leve; e outro-sim ser presa, e condemnada em
pena pecuniaria, (6) e degradada pal'a onde pareceI': e no arbilrio
destas penas se haver respeito ti qualidade da pessoa, culpa, excesso,
e circunstancias, (7) que l1ell3 houver, com tanto que o crime seja
com rigor castigado.
916 E os que matarem, (8) ferirem, derem pancadas, ou bofe-
tadas, ou injuriarem por obra nas Igrejas, ou adros rlellas, ou nas pro-
cissss, principalmente, em que for o Santissimo (9) Sacramento, in-
correro em excommunho ipso {acto, e sero castigados com penas
pecuniarias, e corporaes arbitrarias, conforme as circunstancias do de-
licto, e escandaJo que com elles flerem.
-l' 917 E as pessoas, que tiverem ajuntamento (10) carnal em ill-

(1) Glos. in Cap. Sacrilegium 17. q. 4.. D. Th. 2. 2. q. 99. art 1. et 3. PaI
tom. 3. tracl. 17. dispo 2. punct. 3. 1. n. 4. Bon. de primo DecaI. prrece-
plo d. 6. puncl. unic. n. 1.
(2) Tcxl. in c. Ad hruc de religios. domib. Cap. Proposuisli. cap. uIt. de
consccl'. EccI. cap. unic. cod. til. lib. 6. Navar. in manual. c. 27. n. 98. Suar.
tom. 5. de censo d. 22. secl. 2. n. 13. Regin 1. 19. n. 60. verso Advertc lamen.
(3) TexL in cap. Quisqnis inventus 17. q. 4. C. Conqueslus, cap..Cum
sit gcnerale de for. competenl. Donar.. lom. 1. d. 3. q. 6. n. 13. Ord. hb. 5.
til. 60. ~ 4. . .
(!~) Cap. Si quis suado 17. q. 4. C. l\fonachi, C. Parochianos, C. De Momahb.
cap. TIlorum, C. Religioso de senl. excom. Naval'. cap. 27. n. 79. Sa)'r. lib. 7.
de censo cap. 26. n. 4.
(5) Texl. in cap. Pcrvenit de sento exc. l}aI. de censo d. 3. pnnct. 23. 4.
. n. 4,
(6) ConsL Lamec. lib. 4. til. 10. C. unic. in princip. foI. 410. Brachal'. lil.
50 consto 1. Si 4-. foI. 619. ,
(7) l<arin. in prax. tom. 3. q.105. n. 184. el seq. Suar. de censo d. 22. secl.
t. n. 88. et scqq. Consl. Bracn~bitJroximc. .
(8) Cap. l}roposuisti C. ull. de consecr. Ecclcs. cap. unic. eod. lil. 10 6.
Consl. U1yssipon. lib 5. liL. 14. decr. 1. V. Todos.
(9) Consto U1yssip. ubi pl'ox,. Ord. Iib. 5. til. !~O. Cardoso ill prax. verbo
Deliclum n. 11. Consl. Lamcc. lib. 5. til. 10. C. unic. ~ 2. 1'01. !~10. 'I
('lO) Azor 3. p. C. 27. q. 8. Bon. tom. 1. de Mali" q. 4. puncl. nU. n. 2. FI
liuc. lract. 30. cap. 7. q. 3. Tlum. 122.
DO ARCEBISPADO DA BATllA. 321
gar sagl'llllo incorrel'o em excommunho, e sero castigadas com pe-
nas de dinheiro, e corporaes, conforme a graveza, (11) publicidade, e
cscandalo que no delicto houver.
~ 918 E o que furlal'em Cal ices, (12) Custodias, alampadas, cas-
liaes, e mais cousas desta qualjdade dedicadas ao Divino culto, e pro-
prias das Igrejas, incol'rero em excommunbo maiol', e sero castiga-
dos com penas pecunial'ias, e degredo. E com as mesmas o sero, os
que cm suas casas, ou fra delias usarem das ditas consas (13) em
usos pl'Ofauos. E todos os que derem conselho, (U) tarol" ou ajuda
a se commeltel' o crime de sacrilegio, sero punidos arbitrariamente,
conforme a culpa de cada um.
919 E pOl'que sendo os delinquentes Clerigos ne1les mais de-
testavel este crime, e digno de maior (15) casligo, assim porque s,.,'
pessoas dedicadas ao cullo Divino, e POI' isso mais obrigadas ao I'esn'i-
to, e reverencia que se lhe deve; como tambem porque nelles nr.I se
castiga o sacrilegio, smente como sacrlego, mas como commet.\.ido pOI'
elles; por tanto mandamos, que os Clel'igos, que cmmettell'em saCl'i-
lcgio, sejo mais severamente castigados, que os leigos' -P0l'que mal
lero re"el'encia s pessoas, lugares, e cousas sagradas,. os leigos, ven-
do que a no lem os Ministros da Igreja, ou que comfl'lettendo estes se-
melIJanle crime, no sO mais rigorosamente Pl1ni~l S pOI' razo fie1les,
e de serem Clel'igos, como justo que seja.
920 E lJorque as distancias, e longes desl J10SS0 Arcebispado
do occasio a se guardai' pouca reverenciQ" ugal'es sagrados, pre-
sumindo-se, que no nos chegaro : noti~ia os desacatos, que lhes fi-
zerem, mandamos aos 'igarios, Curas, Capelles de nosso Arcebis-
pado, que se em Sllas Igrejas, se com~etler algum sacri!egio, tanto
que deHe livcrem noticia nos avisem (1lj)) por escl'pto, ou a nosso Vi-
gario Geral, Promotol" ou Meirinho, in/formalldo, ou dando conta do
caso com declarao do lugar, dia, mez, e anM, e testemullIJas, que
se achro pl'Csentcs pal'a se poder prqvar o delicio. E os ditos nossos
Ministros, tanto que I'eceberem o escr:Jlllo, logo ordenaro denunciao
e que se faa summario de testemunl as, e proceda no caso com o cas-
tigo, que convier. E o Vigario, Cm., ou CapelJo, que assim o no
cumprir, ser castigado a 1I0SS0 al'bit o: e nossos Visitadores se infor-
maro se os sobreditos cumprem con esta obrigao.
\

(11) Consto U1yssip.ljb. 5. lil.14. decr. 1. ~ 1. Brachar. dieto lil. 50. consto
1. 5. fol. 619.
('12) Consl. U1yssipon. dicl. ~ 1. verso Aql1el1es ue. lamecens. li1). 5. lil.
10. cap. unic. ~ !~. .... \. .
(13) Daniel c. 5. Coos!. U1ysslp. uln proxlmc. LUplcG. dlcl. cap, UnJC. ~ 5.
(tt~) Argum. cap. Sicul dignum. ~ ulli etiam cUlll' seqq. de homic. Consl.
Lamee. dicl. cap. unic. ~ 6. U/yssip. dict. til. 14. decr.,.'1. 2, verso Eslas pcnas.
. (15) Conslit. PorLllens. lib. 5. LiL 5. consto UnJC. V. 1/. foI. 50. Lamec.
dlCL. cap. unic. in principio.
. (16) Consto lll'achar. dicL til. 50. 6. foI. 620.. Porluens. dicl. tiL 5. cons-
LII, unie. V. 5. foI. 508. J~am. diel. lil. 10. cap. umc. ~ 9. foI. 412.
CONSTITUIES
TrTULO X.
EO RERJURlO.

t Dos j'llramentos falsos cm Juizo, c penas dellcs,


921 Quem jUl'a falso em Juizo, offende (1) a Deos, ao Juiz, e
pat'te: perturba a recla administl'ao da Justia, tira o maior funda-
mento do commercio humano, e pel'\"erte a rerdade, e inteiresa dos
Tribunaes, pelo que . justo, que se castigue com maior serel'id:Hle.
Por tanto ordeuamos, e mandamos, que todo o Clerigo, que jurai' em
juizo promeUendo dar, ou fazer alguma cousa em materia grave, c o
o cumpri!' podendo, se for accusado pela parte interessada, seja ha-
)'] o por infame, (2) e privado dos Beneficias, (3) que tiver, alem <lo in-
tere s.,e da parle, em que outl'o-sim ser condemnado: e no havendo
parte, 'lt}ue accui'i-c, procedendo-se smente pela Justia ser suspenso
(h) dos B<tneficios, e offieio Clerical pelo tempo, que nos parecei', cap-
plicamos os TI'uctos dos Dencncios fabrica de nossa S, e accusauor.
922 E'sendo p rgulltado em juizo por testemunha, se jUl'ar fal-
so callando a "ardade, ou dizenclo falsidade na substancia de alguma
cousa gl'3ye civCJ, au cri e, se for accusado pela pal'te a que tocar ser
deposto (5) do .0ffid o, e Beneficio, e haver a3 mais penas (6) que pOI'
direito mel'ccer', alel(ll do damno que satisfar parte. Porm se a
paI'te o no acc's~(,-C SJ1Jcnle o for pela Juslia, havel' as penas de
su. penso, e degreuo que nop pal'ecer.
923 E o leigo que jurai'; em juizo com promessa de dai', ou falm'
alguma cousa em materia gra~e, e p.odendo cumprir o que pl'ometlco,
se fOI' accusado pela Justia, s r conuemnado em pena arbitraria: c se
o accusar a parte, ser declarado POI' infame, (7) e condemnado nas
penas que o delicto merecer, &atisfazendo-U1e inteiramente o que lhe
prometteo, e os damnos que da {alta lhe resultaro.
921~ E se fOI' convencido de testemunbo falso cm juizo na subs-
tancia do testei unho, e for sug~ilO capaz de pena vil, far penitencia
(8) publica, e ser degrallauo pat1 fra do Arcebispado pelo tempo que
I
(1) Text. in cap. 1. de criminel fals. cap. Etsi Chrislus de jllrrjurando,
Farin. q. 160. n. 9. el 10. 10m. 4. pl'ax. Clarus ~ fio. q. 35. Simaoch. de Ca-
lhol. tit. 6'~. num. 84. Sllar. rl<: Ueligion. 10m. 2. lib. 3. cap. 19. n. 6.
(2) Cap. Imfames G. q. 1./cap. (:onsliluimus 3. q. 5. cap. Si quis 2. q. 5.
Farin. 10m. 2. q. 67. n. 22.
(3) Cal)' Qu~relam .. c. 'fIJa nos '~le jurej. AulhC'lll. Pl'esb~teri cod. de Epis-
copo et Cler. Farmac. (hcla q, 16 -a n. 191. Peguora doc. 19. n. 3. etl~. .
(4) Claro ~ fino q. 60. ~,. 33. F;J1in. diela q. 67. n. 23. Tiraquel. de prems
lemp. cap. 53.
(5) Cap. 1. de crimin fal. i. rap. Si Episcopus 50. disto cap. Curo non
ab homine de judic. raro (Iicla q. 67. n. 7. el seq. ubi plures citat. 01 q. 160.
n. 19. tom. 5. I
(6) Farin. dieta q. 61. n. 23. et seqq.
(7) L. Si quis maiC}r cod. uo transact. Suar. de Relig. dicto cap. 19. n.
7. cum. seqq. Clarus p' rjllrium n. 1. Farjn. in fragm. Iii. J. n. 1Ui. Ze-
rol. in pra;;:. Episcop. verh. Falsari 3. p. 1.
(8) Farin. dict. q. 160. !1. 3(j: CUID. scqq. Bojard. ad CJarum ~ PerjUl'i~m
n. 9. PolI'. Greg. Syntagm. Jur. Ilb. 5. C. 11. po t n. 2. Dcciao: tract. enIO.
lib. 6. cap. 13. n. -El,
DO ABCEBISPADO DA BAllIA.
parecer. E sendo pessoa nobre ser degradado (9) para um dos luga-
res de Africa pelo tempo que parcccl' hastante, pam o uelicto ficar cas-
tigauo, e pagar cincoenta (10) cI'uzados, satisfazendo lambem s par-
les todas as perdas, e damnos, que do dito juramento lbe resultrio.
E sendo o jUl'amento falso no occessorio do testemunho, ser castiga-
do arbitrU1'iamente, tendo-se respeito ao prejuizo da parte.
925 E se alguma pessoa, sendo legitimamente perguntada por
Juiz competente, (11) negar a verdade, (12) constando o contrario dos
autos, logo, sem mais provo extrinscca, poder (13) ser julgado, e COll-
dcmnado por perjuro, como parecer justia, instancia do promotor.
E querendo a prte lesa formar novo processo conh'a o dito Ro, o po-
der (U) fazer, e com encido elle, ser condemnado em maior pena, e
dar satisfao a todo o damno que causou, e escaudalo, que deo com
o juramento. E sendo os perjuros conrencidos por mais yczes, se
lhes iro uccl'Cscentando as penas em dobro.
926 E porque algumas pessoas que demando ui"jdas, ou reque-
rem quaesl}uer outras cousas, deixo as cousas nas almas dos deman-
dados, os quaes (lando-se-Ihes o jUI'amento juriio que as no devem, e
dcpois as taes pessoas os querem accusar por perjuros; nestes casos
mandamos se lhes no admitta a aceusao, nem ainda por via lIo Pro-
motOI', (J 5) sal \'0 (16) se a reruade que se negou for to notoria, e de
Io SI'ande importuncia ao hem publico, e remedio de semelhanles ex-
cc sos, que parea comenienle proceder-se conll'a o perjuro; e ento
poder o Promotol' da justia requel'er contm elle, e dar a prova que
lhe p:Jreccl', paro se proceder com as penas que convm.
927 E na mesma frma se procedel': na causa em que o Promo-
tor, ou porte pediJ' o juramento de calumnia, (17) ou juramento em
que a parte contmria declarc como hcm, c verdadciramcntc pedc, ou
declarao, 011 tempo, 0\1 dilao; porque cm nem-um dcstcs casos
ser a parte, ou Promotor ouvido, ou (lmillillo pl'ova, ainua que al-
legue seI' juramento falso, salvo sendo o escalldalo Uio grayc, que sc no
possa deixaI' de dar satisfao a clle.

(9) Farin, dicLa q.160. n. 35. On.\. Jib. 5. til. 5!~.


(10) Const. Ulyssip. lib. 5. til. 5, decr. 1. in princ. verso E se for. Dracb.
tiL. 1>2. 5. foI. 635.
(11) C. fino de jurejur, fib. 6. Uald. in L. DaLa opera n. 29. cad. Qui ac-
eusare Don possunt. Donac. t. 2. d. 4. q. 1. punct. 12. in secundo prillcepl.
DecaI. l\1enoch. de arbitro casu 3'19. n. 28.
(12) l\Ienoch. ubi proxime n. 29. Thuse. verbo PCljurus concI. 288. 11. 1.
cL 7. Far. diela q. 160. n, 215,
(13) Carena refoI. 247. n. 6. Coneio. res. erim. verb. Perjurium refoI. unic.
n. 6. Const. U1ys ip. dieL. Lit. 5. vers. E se alguma pessoa.
(14) Const. U1yssip. ubi proxirne. Ord. lib. 1. liL 62. ~ 21. Fadn. in prax.
Lext, de fals. q. 160. 11. 117. 8unI. doeis. 08. lIum. 14. Pbmb. p. 1. deeis. 69.
n. 12.
(15) Ord. lib, 3. til. 52. 3. et ibi Enrb. Conslit. Ulyssip. diet. til. 5. deer.
1. rers. E porem. Phmb. dict. deeis. 69. 11. 6. et 7. Farinae. diet. q. 160.
num. 52.
(16) Const. U1yssip, ubi proxime. Covas in cap. QuanlYis paelum 7.
num. 7.
(17) Glos. in S)1. verbo JUl'i jUl'audi InsliL. clc jlmn. l\1enocb. de lu'bit!'.
easu 319. n. 28. Dccian. InteL. crim. lib. 6. C. 11. 11. 'do cl C. 13. U. 2. Cardo
Tuse. vcru. Pcrjurus coneI. :288. II. 5.
324 CONSTlTUlE
928 Porque muitos com ponco temor de Deos, e esquecitlos do
que devem sua consciel1cia, e respeito que esto olJrigados a guardai'
ao juramento, que acto de Religio, induzem testemunhas falsas por
peitas, ou outros meios rcprovados cm direito, ordenamos, e manda-
mos que os taes, sendo legitimamente convencidos do dito crime de
induco, se,io condemnados (18) nas mesmas penas cm que o havio
de ser, se elles mesmos jurassem falso; o que se 11a dc cntcnder, che-
gaDll0 o induzimento a efl'eito, porque no seguindo elle se dal' smcll-
te ao induzidol" e pessoa induzida a pena (19) que parecer mais jus-
ta e accommodada.
929 E porque todos aquelles que foro comprcllCndidos em ju-
ramento falso, e condemnados como taes pOI' sentena que passassc
cm cousa julgada, fico inrames, (20) declaramos, que todas as pessoas
que desta sorte forem julgadas, fico inhabeis pal'a lomal' Ordens, e te-
rem Beneficios. (21) ou Omcios Ecclesiaslicos, c para testemunharem
(22) em juizo, salvo nos casos exceptuados em direito.

TITULO Xl.
lHS PENAS, QlJE HAVERO os QUE JURAIIEM F.\LSO FRA DO JUIZO.

930 Como aCluelle que jura falso, ainda que no seja em Juizo,
lambe m commelte o crime de perjuro, e chama a Deos por testemunha
de uma mentira, e por isso no deve ficar sem o castigo que merece,
ol'denamos, e mandamos, que toda a pessoa, ou seja Ecc!esiastica, Oll
secular, que no cumpril' o contracto, instituiO, ou semelhante aclo
corroborado com juramento sem legitima causa, seja julgado, e coo-
demnado (1) por perjuro, com as penas, que no titulo precedente fico
declaradas. '.
931 E porque lambem incorrem o crime de perjuro, os que (2)
por razo de seu omcio, dignidade, ou Bencficio, (como so os Provj-
sores, Vigarios Geraes, Visitadorcs, Promotor, Meirinho, e quaeslJucl'
Delegados, Commissarios, nossos Inquiridores, Distl'ibuillor, cs, Couta-
dores, Notarios Apostolicos, Escrives, e mais Officiacs de justi~a de
nosso auditorio, que juro de fazer bem seu omeio, e todos os que pOI'
razo delle prOmCLtrO gual'dar segredo) ohro alguma cousa cootr3 o
jUl'amento, que lomro, de sorte, que se vcrifique dellcs o no cum-

(18) Ord. 1ib. 5. til. 5~. in priocip. ~ 1. et ibi ciLaLi Barb. Farin. dicl.
lJ. 67. a n.25~. tomo. 2. ubi plenissim.
(19) Fario. ubi proxjm. et melius 255.
(20) L. Si quis maior cad. de transaet. cap. Infames, cap. Quicumquc 6.
q. 1. .
(21) Cap, Tantis 81. disto Cap. bici 33. di lo Cap. Episcopi de accusallO'~.
(22) Cap. Testimonium de testib. cap. Quicllmque 6. q. 1. cap. Si q.U1s
convictus 22. q. 5. c. 2. de Ord. cogllit. }'arinac. dict. q. 160. o. 161. et dlcL.
q. 67. tom. 2.
(I) Suar. de Relig. tom. 2. lib. 3. cap. 15. et 16. Donac. in secundo prilJ
cept. Deca1- lom. 2. d. ~. pllnct. 14. q.1. "
(2) Const. LalOcc. lib. 5. til. 2. c. 3. .1Egitan. Iib. 5. til. 6. cap. 2. .~.
Iyssipon, lib. 5. tiL. 6. c1e'~r. 1. \"ers. Da mesma sorte. Ord. lib. 5. tiL. 2. SI 12.
et lib. 1. tiL. 67. ~ ult. l.lon. loco pro.imc tiLalo n. 2. filliuc. traeL. ...). cap.
10. q.7, .
DO ARCEBISPA.DO DA BAnIA. 325
premi estes tacs sero castigallos com penas dc suspenso, dcgl'cdo, c
peculliarias, segundo a malicia, e qualidadc da materia em ordem ao
bem commum.
932 E contl'a afJuelles, que fOl'cm devassos, c cscandalosos (3)
em scus jUl'amentos, principalmcnte cm prejuizo, e descrediLo de seus
flroximos sc proceder com pcuas na fMma que pareccl' mais convc-
niente. E o Promotor da Justia os deve accusar, para que o scu cas-
tigo no s lhes sirva de cmcnda, mas de cautcla aos mais.
TITULO XLI.
DOS FALSARIOS.

Como devem ser castigados os que commetterem falsidade em Pmvises,


despachos, O!t quaesquer outros papeis publicos, oujudiciaes.
-r 933 O crime dc falsidadc contado entl'e os mnito gravcs, (1)
e foi antigamcntc capital, (2) razo porquc deve ser castigado rigoro-
samente' e assim ordenamos, c mandamos, que toda a pcssoa quc com-
llleLlcr falsidade em pl'oviso, ou despacho nosso, fazcndo, ou lubrican-
do falsamente, ou furtando os signacs, til'ando, ou pondo seBo, (3) ou
accrescenull1do, diminuindo, ou mudando alguma cousa substancial nos
taes papeis, fazendo de novo ou tirando folhas, (h) ou por outro qual-
quer modo fizer papel falso, ou falsificaI' o que estivei' feito cm parte, ou
cm todo, ou a isso der conselho, ou ajuda, ou usar dos ditos papeis,
sabendo, ou tcndo razo dc saber que so falsos, (5) ou falsificados, se
1'01' Clerigo (6) Bcnificiado ser privado dos BeneficioS que tiver, c no
lendo Bencficio scr perpetuamente deposto das Ordens e OIlieio Cle-
rical, e um, e outro dcclarado por inhabil para qllolquer Beneficio, e
pagar do (7) aljnbe cincoenta cruzados (8) pam despezas da Justia.
'r 93.4 E sendo leigo (9) ser preso no aljube, d'onde pagar cin-
coenta cruzados, e ser degradado pOl' cinco annos para 11m dos luga-
res de Africa, conforme a gravidade do delicto, e qualidade da pessoa.
E. commctlclldo alguma falsidade pclos ditos modos em mandado, mo-
1lIl0do, declaratoria, de participantes, licena, requisitoria, carla I1c ill-

(3) Consl. U1yssip. dict. til. 6. verso uU. fuI. 424.


(1) Mcnoch. de arbitro casu 306, n. 13. l'arinac. de falsit. q. 150. n. 12.
cL seqq.
(2) L. 1. SI ultimo fT. ad L. CorneI. de falsit. L. Ubi falsi cod. eod. til.
OI'{1. lib. 5. til. 53.
(3) L. 1. et 2. fT. ad L. ComeI. de falso
(4.) Ordin. lib. 5. tit. 52. cap. Ad audicnliam de crim. fal .
(iS) Cap. AceedellS. cap. ado falsarium, de erim. falso Ord. dict. loco SI 2.
(6) L. Damus lieenLiam eod. de falso cap. Ad audientiam de erim. fals.
Tcxt. in cap. Si Episeopus 7. 50. disto ct ibi 1Iluslriss. A Cunha n, 1. et ad
cap. ln mC'moriam 3. num. 2. disto J9. Bernard. Dias in pracl. cap. 17. Fal'inac.
llL. de fals. q. 150. n. 1. et 7.
(7) Consto UIy. sip. lib. 5. til. 7. decr. 1. in princ. Bl'acbar. til. 53. Si 3.
(8) Consto U1yssip. ubi pl'oximc.
. (9) Ordin. lib. 5. til. 52. Consto Ulyssip. ubi supr \ers. E sendo. Bl'achar.
uu, ]iroximc.
326 CONSTITUIES
quirio, sentena, ou qualquer outra carta, papel, ou dcspacho de nos-
so Provisor, Vigario Geral, da Vara, ou Visitadores, ser preso, (10)
e cio aljube pagal' cincoenta cl'Uzados. E sendo Clel'igo, (11) ser Je-
gl'adado para fra do Arcebispado tres annos, e suspenso dos Benefi-
cias que tiver, e no os tendo o suspendero das Ordens, e Officio Cle-
rical pelo tempo, que parecer.
t 935 O que til'ar folha, ou parte della, fizer termos falsos, mudar,
ou diminuir alguma cousa substancial nos verdadeiros livros das devas-
sas, visitaes, baptizados, cbrismados, ordenados, casados, ou defun-
tos, ou nos livros, e inventarios dos bens da Jgreja de qualquer quali-
dade, que forem, ser castigado na frma, que melhor pal'ecer (12)
com penas pecuniarias, e degredo. E se o dito delinquente fOi' fli-
cial nosso, ou de nosso auditorio, pel'llel' o Omcio (13) 1'pSO facto, c
lcar iohabil para outro semelhante.
936 E o que commelter alguma das ditas fal idades em papeis
pertencentes nossa Igreja, e mesa Pontifical, (14) ou devasas, sum-
mal'ios, inquiries da Justia, informaes do governo no tempo, em
que estiver vaga esta S Metropolitana, alem das penas que acima fico
apontadas, incorrer em excommunbo maiol' ipso fccto, cuja absolvi-
.o ficar reservada ao Prelado, (15) que succeder.
TITULO XIII.
DOS QUE ABREr CARTAS NOSSAS, ou DE NOSSOS MINISTROS, E SE FINGEM
DE DlFFERENTE ESTADO, E CONDIO.

t 937 Por quanto conforme a direito quem abre as cartas alhcas


neve ser punido com as penas de falsario, ordenamos, e mandamos,
que os que abrirem nossas cartas, ou de nosso Vigario Geral, ou ou-
tro l\Iinistro nosso, ou papeis cerrados, e feitos para bem da Justia, e
governo do AI'cebispado, ou furtarem, cuntrafizerem, ou mudarem em
todo, ou em parte, sejo castigados arbitrariamente, (1) respeitando-se
as circunstancias, que concorrerem, e importancia dos papeis. E se aI-
guem mostrar (2) s partes as inquiries, e papeis da Justia, que es-
tiverem em seu poder em segl'cdo, conforme a razo, direito, e estilo
(10) Constt. U1yssipon. loco cil. vers. E se o tal.
(11) Constit. U1yssipon. dict. loco vers. Todo o que. lEgilan. lib. 5. til. 7.
cap. 1. ~ 2.
(12) Const. U1yssipon. ubi proximc verso O que tirar. lEgitan. dict. cap.
1. ~ 4.
(13) Ord. lib. 5. til. 53. et ibi Barb. Consto Brachar. dict. til. 53. 5. lE
gitan. dict. cap. 1. ~ 5.
(14) Jason. in L. Si quis n. 40. et 41. Jurisd. omninm judicum. Menoeb.
de arbitro caso 309. n. 2. Farin. de fals. q. 150. n. 61. el 61~. Consto UJyssipon.
dict. tit. 7. decr. 1. in princip. "ers. O que commetter. Bracb. dict. tit. 53.
eonst. unic. ~ 6. i"Egitan. clict. cap. 1. ~ . foI. 495.
(15) Const. U1yssipon. ubi proximc. rEgitan. et nrachar. locis cilatis..
(1) Glossa in cap. Cum olim verbo SigilJa, ubi lnnoccnt. in verbo Allcrult.
Farinac. de falso q. 150. n. 116. (Joust. U1yssipon. dict. til. 7. ~ 1. llraeb.
dicl. til. 53. consl. unic. ~ 7. foI. 64.2.
(2) L. 1. SI Qui in raLionib. L Paulus rcspondit. fT. de fals. Mcnoch. tle
arbitr. casu 311. n. 10. Pctl'US Greg. Syntagm. juro Iib. 3G. cap. 3. n. 2. Fa-
riu. dicl. q. 150. n. 100. cl118. Consto lyssip. ubi proximc.
DO ARCEBISPADO DA BAUIA. 327
ser castigado na mesma frma, e se for Omcial de Justia, ficar sus-
penso pelo tempo, que pareceI'.
~ 938 E porque os Doutores commummente julgo, que especie
de falsidade fingirem-se as pessoas na qualidade que tem, prohibimos
sob pena de excommullho maior, e de cincoenta cruzados pagos do
aljube, e mais penas, que aos Juizes pal'ecel', conforme a qualidade da
culpa, e escandalo que deUa resultar, que nem um seculal" (3) se vista
em habito Clerical, ou Religioso para commettel' algum insulto, ou para
infamarem alguma Ordem, ou pessoa, ou por zombada, e despI'eso do
tal estado. E com o mesmo rigor ser julgado e condemnado o Cle-
rigo, (h.) que para taes effeitos se vestil' em habito seculal'.
~ 939 E o homem, qne se yestir em traje de mulhel', sendo Cleri-
go, alem das penas acima ditas, fical' suspenso (5) do Omcio, e Bene-
ficio, que tivel', e ser degl'adado para 31gum dos lugares de Africa. E
sendo secular, (6) pagar ccrn cruzados, e ser degradado pal'a fra
elo Arcebispado arbitrariamente, contarme o escandalo que der, e effci-
tos que resultarem,
TITULO XIV.
nA us RA.

Da dif{ormidade deste crime, e das penas delle.


9.40 E' a usura um doloso, e injusto lucro, roubo, e latrocinio
manifesto, que rcuunda em grande damno da Republica, (1) e prejudi-
ca uo smente ao bem espiritu31 d'alma: (2) mas tamhem ao tempo-
ral do commercio humano. Consiste sua difformidade, e malicia em
bar algum ganho (3) por razo do contrato do empreslimo, (que em
direito se cb3ma mutuo) do uinheiro, ou outra cousa estimavcl por nu-
mero, peso, e medida, como farinlJa, assucar, tabaco, c cousas se-
melhantes.
9111 E porque este vicio lem prevalecido muito neste nosso Ar-
cebisp3do, e c3ua dia se augmenl.a (.4) mais sua devassido por razo
do commercio, desejando Ns desterrar do uito nosso Arcebispado,
mal prejudicial a toda a Republica Christ, como pede nossa obrigao
(5) ordenamos o seguinte. Em primeiro lug31' exhol'lamos muito em
Deos nosso Senhor a todos os PI'egadores que pl'eg3rem a palavra de
Deos neste dilo Arcebispado, que em seus Sermes dec.larem ao povo

(3) Omnino Placa de delictis lib. 1. cap. 5. per LoLum. Farinac. dict. q. 150'
n. 81. et 85. Const. Ulyssipon. ubi proximc ~ 2,
(4.) Jl!ustrissim. A Cunha p. 1. Dec. ad cap. Si qua mulier 6. 30. dist.
. (5) Orei. lib. 5. til. 34. et ibi Barb. f1!ustrissim. A Cunha ad diclum cap.
S. qna mulier. n. 5. Fal'inac, tom. 5. de falso q. 150. n. 80.
(6) Consl.. Ulyssip. dict. SI 2.
(1) Cap. 1. de usuris lib. 6. cap. 1. cap. Quanto eod. til.
(2) D. Tham. 2. 2. q. 78. art. 1. tess. de justit. Iib. 2. cap. 20. dub. 4.
<) (3) Luc. 6. 31>. 1\IutUlllU date, &c. Cap. 1. cap. Putant 1lj,. q. 3. D. Th.
1,2. q. 78. art. 1. Naval'. in Manual. cap. 17. n. 207. Coval'. lib. 3. vaI', cap.
o' n..ii. Bonac. Lom. 2. til. de contl'acL d. 3. pllncl. 2. a n. 1. ubi multas cit.
rel.hh. 4, til. 67. iu princip. ct ibl Barb.
(!~) Ad ca qure Bobadil. in Polit. lib. 2. cap, 17. n. -H. cl scqq.
]' .(5) Ezechicl M. v. 10. Paul. ad Ilebr. 13. v. 17. PsaI. 18. V. 14. Et ah a-
lenls, &c. et Psal. 124. verso 5. Declinatcs autem, &c.
~28 COX TlTUIES
o grande pl'cjuizo, (6) que causa este reccado da usura dcstruidora (la
I~\zenda dos pobres, e ainda de alguns ricos, e tambem I'ouhadora das
almas dos que a uso, os quaes porque nunca cahalmentc restituem o
mal levado, monem em peccado, e pela Divina Justia so condemna-
dos a fogo do infemo. E a mesma adveltencia lill'o os Parochos (7)
nas Estaes, e no foro (8) da penitencia.
9/,2 E para que no 1'01'0 extcl'DO se possa castigar este crime,
mandamos (9) a todos nossos subditos, que sabcndo que algumas pes-
soas o commellro, o denunciem a Ns, ou a nosso Vigario Geral, ou
Visit:l(lores, aos quaes encommemlamos. e encarregamos muito procc-
do contl'a os culpados com as penas de tlireilo, e destas Constituics.
-l' 9113 E tl'Utando tio castigo deste cl'ime ordenamos, que toda a
pessoa Ecclesiastica, 011 seculal', que ior convencida no crime de usu-
ra, ou onzena, ser condemnada pela primeira vez (10) cm cincocula
cI'uzados, e degradada para fra do Arccbispado POI' tempo de um anno;
pela seguntla se lhe tlobrar a pena pccuniaria, e de degredo; e pela tCI'-
ceil'a ser condemnada em mil cruzados, e em cinco annos de degredo
pal'a um dos lugares de Africa: c destas penas de dinhciro applicamos
tres partes para a fabrica da nossa S, e a quarta para quem accllsa)'; c
na mesma sentena em que forem condemnados os delinquentes sc lhes
mandar rcstituir o que levro dc ganhos de usura aos prejudicados,
deixando-se a cstes o direito reservado para que posso pedil' o lJue
fOI' seu. E para que as partes o saibo, se lel' a sentena na estao
da l\fissa pelo Parocho da Freguezia onde as usuras fOI'o levadas, c o
crime commettitlo.
91,.4 E estas penas havero lugar, (11) alem das quc poem o di-
reito contra os manifestos usurarios: a saber, scndo Clel'igo, iuhabili-
dade (12) para Beneficios; e a Clel'igos, e Icigos denegao (13) da se-
pultura Ecclesinstica, c dos Sacramentos, se no restituirem em ,~da,
ou, no podendo, no derem cauo bastante para se fazer restituio.
TITULO XV.
~ DAS USURAS PALLlAD.\S,

91.5 A malicia humana, e demasiada cohia, mais com tcmordas


penas tempomes, que das etemas, descoh.'io muitos modos de lcnr
(6) Ad ea qure Exod. 22. Ezech. 18. Psal. 14. 5. J~uc. 6. Clem. 1. de Usu-
l'is, c<'\p. Quia in omnibus, cap. Super co, ct tatus til. de Usur. Azar moral.
}lo 3. lib. 5. cap. 2. Molina de Jusl. tracl. 2 d. 30!~. Danac. dict. q. 3. pune!.
2. d. 3. n. 12.
m .f\d ea qure Abr. de lnstit. Parocb. lib. 10. seet. 3. n. 143. et segq.
junct. lib. 2. cap. 4. iI n. 27. CUID seqq. ct Tsai. cap. 58. "ers. 1. Clama, &c.
(8) Const. T~amec. 1. 5. til. 23. c. 1.Si1. 1'01. 436.
(9) Const. JEgitan. lib. 4. til. 17. cap. 1. ~ 1. U1yssip. I. 5. til. 9. ia prin-
cipio, verso E para que, 1'01. 430. .
(10) Const. U1yssip. lib. 5. til. 9. decr. 1. in princ. Si. Alem. Brachar. tIL.
(;8. consto 15. Si 1. 1'01. 702. Lamec. dieta cap. L ~ 2.
(ti) Consto Ulyssipon. ubi proximc. iII princip.
(12) Cap. 1. verso Quod si de Usuris. Consto Lamee. dicl. cap. 1. 3.
rol. 436, .
(13). Cap. 2. "ers. omnes de Usuris lib. 6. cap. 1. de SepulLur. Donac. tom 2,
de Contract. d. 3. q. 3. puncl. uIt. n. 1. Y. Secunda es!.
DO ARC.EBISPADO DA BAIJlA. 32H
usuras sob capa de contratos de sua natUl'esa licitos, par::! que os on-
zeneiros a seu salvo pudessem consegul' seu intento; a que allenuendo
os Sagrados Canones ueclal'ro alguns pOl' illicitos, e usurarios, e ou-
tl'OS Ocl'o cm arbtrio do Juiz segundo as circunstancias: chama- se a
usura em taes contractos commettida, palliada, (1) que o mesmo que
encuberla, e se deve castigar com as mcsmas pCllas sobreditas.
9h6 Pelo que prohibimos sob pena de excommunho (2) maior
ipso (acto inctwrenda, ::Ilem das ditas penas acima impostas aos uSUl'a-
rios, que nem-uma pessoa de qualquel' estado, e condio que seja,
faa contl'3to palliado, Ongido, e fraudulento, em que se commella USUI'a,
emprestando tlinheil'O, e deixando logo na sua mo, ou de algum ter-
ceiro certa quantidade, ou outra cousa equivalente, alem da sorte prin-
cipal por razo do tal empresLimo, ou fazendo escripluras, ou assigna-
dos de maior quantia, do que na verdade empresta, incluindo na dita
quanlia o ganho illicito, que loya por usura: e nas mesmas penas in-
cOl'I'cr cada um dos Tabellies, (3) Escri'es, e NOlarios, que sabem-
do da frautle, engano, e fingimento fizerem a dita escriptul'a, ou assig-
nado dos taes conll'atos, e tambem os que nelles forem testemunh::ls.
9.&7 E conformando-nos com o molu proprio do Santo Papa Pio
" (h) declaramos, que se commNte usura noscambios, quecommum-
menle se chamo secos, os quaes se fazem com tal engano, que os con-
ll'ahentes fingem, que os celebroo para cel'tas terras, ou lugares, e para
ellcs ]las 00 suas leltras de cambio, sem nunca mandarem laes letll'as
aos laes lugares, ou se as mando, de lal sorte, que t0l'l100 sem eflei-
lo, e sem se fozer o pagamenlo por eHas,
9A8 E lambem se commette usura quando, sem se passarem al-
gumas leUras de cambio, se recebe o dinheiro, e os inleresses 110 mes-
mo lugar (5) em que se empl'estou, ou em outro, a respeito do qual se
no derem cambios, ou porque assim o declarro expressamente os
COllll'allelltes, ou porque essa foi a sua ten/;50, pois no lugar de que
lI'atr50 no havia PI'oclll'a ct 01', ou cOl'l'espol1dente algum com ordem
pum pagar o dinheiro recebido.
949 Commelle-se outro-sim usura no contrato da companhia, ou
sociedade, dando-se dinheiro a perda, e ganho, concertando-se na mes-
ma cscl'iptura, ou em oull'a, ou de palavra em ganho certo (6) que se
lia de dai', no sendo o justo, que conforme o arbitrio de pessoas, que
hem o entendo lhes podia caber; on segurando algum doscompanhei-
-
I'OS a sorte principal, sem por isso (7) lerar mais ganho ou se falta
.
(1) Ordiu. lib. 4. til. 67. 8. et til. 71. Gab\". 1."ereyr. de 1\Ian. regia 2. p.
cap. 72. ii TI. 1. vels. Dixi ex mutuo.
. (2) Con I. Ulyssip. lib. 5. til. 9. dccr. 1. in princip. verso Alem. Draeh-
til. 68. consto 2. ~ 3. foI. 685.
r .\3) .Const. JEgitan. lib. 5. til. 17. ~ 4. Braehar. dicl. til. 68.1."ortalegrens.
Oh o. tIL. 21. cap. 2. ~ 3. Ulyssip. diol. tit. 9. decr. 2. iu prino.:ipio rol. 431.
l lib. 4. til. 67. ~ 8. ar] finem.
l"(.
B (4) Extrav. Pii V. edita anno 1571. incipit: ln cam pro nostro. et (' I in
Cunar. pago 327. Facit Naval'. in Manuali cap. 17. n. 283. Thnsc. 10m. 1. lit.
. conel. 11. n. 11. ct U. Tolel. lib. 5. cap. 52.
1E. (5) Dieta Exlrav. Pii Y. Constil. Uly sipon. deer. 2. i. v. E o mesm/).
gltan. Ilb. . til. 17. cap. 1. 6.
(6) C?nsl. 8ixti V. super eontractu Socictat. verso Damnamus.
p (7) DIeta Constil. Sixti V. gloss. 3. in cap. Ple\"iquc H. q. 3. Abbas in cap,
er \"cslra , ue Donation. inlel".
330 CONSTITUIES
qnalquer condio, ou requisito (8) dos que por dil'eito so necessa-
rios, para ser licito o dilo contrato.
950 Tambem se d usura palliada no contrato de compra, e ven-
da, quando se vende qualquer cousa fiada, por maior preo (9) do que
rigorosamente vaI, compl'ando-se com o dinheiro na mo, por razo
da dilao, e espera: ou quando, pOl' razo da paga antecipada, secom-
pl'a pOl' menos (10) do que vaI no preso infimo; mas estas compras,
posto que se fao com preo logo declarado, se reduziro (11) depois
ao justo, e commum, que tiverem na terra na primeira novidade (11'0-
xi ma futura dellas. E se com tudo os vendedores houverem de guar-
daI' as taes cousas para as vendel'em cm celto tempo, em que costumo
valer mais, podero licitnmente vender, se logo declararem, que lha's
pagl'o pelo preo, que ento commummente COITerem,
951 Outl'O modo de commetLer usura palliada neste contrato de
compra, e venda , qunnllo na que se faz dos bens de raiz com pacto
de retl'o, se poem condio, que os no poder o vendedor remil', sc
no depois de certo tempo, se for o preo menos (12) justo; ou com
condio, que o comprador lho's poder tornar, ou torne dahi a certo
tempo, sendo que cm um caso, e outro o comprador haja de Ler recc-
bido alguns fmctos, ou penses, quando se lhes tornar dinheiro, epreo.
952 Tambem se commette usura palliada quando se empresta
dinheiro sobre penhor, com tal condio, que, no tornaml0 o dinhei-
ro at certo tempo, fique 'i"<.mdido peja quantia, que se emprestou, sell-
elo menos do que a cousa vaI com dinheiro (13) na mo: ou se no cm-
prestimo do dillheil'o, ou ele olltl'a cousa se puzesse condio, ou paclo,
que o que recebeo o empreslimo ser obrigado a lhe comprar suas mel'
cadorias, (iA) moer no seu engenho, ou outras obrigaes semelhantes.
953 Emprestando-se dinheiro, ou qualquer otra cousa das que
se conto, peso, e medem, e que se consomem com o uso, se se dc\'
cm penhor alguma cousa, que tenha fructo, e rendimente, no podcr
o credor levaI-os sem os descontai', (15) na sorte principal: e fazendo
o contrario, on intervindo pacto, de que possa levar os fmclos sem os
descontar, c.ommette usura. E tambem a fica commettendo, posto que

(8) Dicta Constit. Sixti V. Const. Ulyssipon. dict. til. 9. decr. 2. !ii 2. in fine.
(9) Ord. lib. l~. til. 67. SI 8. ubi Barbos. muitos citaI. Gabriel I'el'eyr. de
Man. reg. 2. p. cap. 72. n. 5. cum seqq.
(10) Text. in cap. ln CiviLaLe, cap. Naviganti, de Usuris. Naval'. in rom!al.
cap. 17. n. 210. et 227. et in Commelll. de Usur. n. 20. el seq. Covo variar.
Ilb. 3. cap. 3. n. 6. ver. 4. Molina de Justit. tracl. 2. d. 358. eL seqq. Pereyr.
de Man. reg. dido cap. 72. n. 5. in fine, et n. 6.
(11) Ord. lib, r". til. 20.
(12) Cap. Ad nostram, ubi Abbas n. 4. et alii de Emplione. Ord. lib. 4.
til. 4. ~ 1. t til. 67. Si 2. Honar.. tom. 2. cip. Contrilc,tib. d. 3. (r. 2. pUI1C~.
3. principio, el n. 11. cum seqq. et h. 13. l?illiuc. tracl. 35. cap. 7. q. 5. a
num. 157.
(13) Cap. Significanlem de Pignoribus. L. ull. corl. ele Pact. pign. Ord.
lib. 4. til. 56. Consto I.amec. lib. 5. tiL 23. cap. 2. 4.
(1!~) Dieta Consl. Lamee. ubi proximc.
(15) Cap. 1. et 2. de Usuris, cap. Cum contra de Pignorib. Molin. d. 320.
Azor lib. 7. cap. 9. caso 8. Sal. de US\1fis dnb. 28. lib. 2. cap. 20. n. 16. n~.
naco dicl. cI. 3. q. 3. punelo 9. n. 1. tom. 2. e Contraclib. cl plcnills q, 1 .
puncl:l.n.l0. el seq.
DO AHCEBlSPADO DA BAHIA. 331
o penhor no seja fl'uctifero, se se concertar, que possa usar delle; sem
se descontar (16) na di "ida principal, o que valer o uso do tal penhor.
95!~ Mas pOI' quanto os dotes (los casamentos se do aos mari-
dos para sustentarem os encargos do matrimonio, podero levar os
fructos, (17) e rendimento das cousas, que se lhes derem em penhor
dos taes dotes, em quanto se lhes no pago, sem serem obrigados aos
descontar na sorte principal (lelles, e isto em quanto durar o matrimo-
nio, e encargos delle, por estat' assim ordenado em direito (18) Ca-
nonico.
955 Tambem se d usura palliada, quando no contrato de alu-
guer dos bois, bestas, e outl'OS animaes se poem pacto, e condio, que
se mOl'l'erem, ou houvel'em perigo, seja POI' conta, e risco dos que os
tomo de aluguer, (19) ou arrendamento, posto que os ditos casos
aconteo sem sua culpa. O mesmo succede (20) quando se do cer-
tas cabeas de gado por certo tempo, e que acabado este lhe dem tan-
tas cabeas mais das que Ille dero, ou a creao, e gado, que lhe do,
viva, ou mona, crea, ou diminua, e em outros casos semelhantes.
956 E emprestaudo-se alguns fructos para se tornarem a pagar
na mesma especie, se os que se emprestarem forem somenos, e derem
com condio de se haverem de tornar muito bons, e geralmente fal-
lando nnto melhores do que se recehro, se commette usura, sendo
a melhoda tal, que importe ganho (21) consideravel. Mas fazendo-se
ocmpreslimo simplesmente. sem pacto, obrigao, ou condio, aiuda
que se tornem a pagar melhores do que se dero, se no commeller
USIJI'a, nem ficar o contrato illicito.
957 E para haveI' melhor expediente, quando se moverem de-
mandas sobre este crime, declaramos, que (22) duvidando-se se al-
gum contrato usurario, ou no, e sendo a questo s de direito, a
causa pertellce inteiramente ao foro Ecclesiastico. E sendo a questo
s de facto, no ficanllo duyida cm mais que no no fazer, ou no fa-
zer o contl'ato usnrario, a causa se poder tratar assim no Tribunal Ec-
clesiastico, como secular: e sendo principiada no tribunal secular, o
nosso", igario geral se no intromeLta nella, nem faa deprecao al-
guma,
TITULO XVI.
t DOS DELiCTOS D.\ C.\Rl'IE.

Como se deve proceder no cn'me da Sodomia,


958 E' to pessimo, c horrendo o crime uu Sodomia, e to cn-
(16) L. Si pignor. tr. de Usur. DD, quos cito Bonacin. dicla d. 3. q. 10.
punct. 1. n. 10. et seq.
(17) Ord. IiIJ. fh til. 67. ~ 1. et i\)i Uarbos. cum mullis a\) co cita tis.
(18) C. Salubfllel', uhi DD. de USlll'is.
d (19) Ord. lib. 4. til. 69. Bonar. dicL tom. 2. de Contraclib. d. 3. q. 6.
c Sociclate, punct. 1. n. 3. verso Ex quo fil.
(20) ConsL Utyssip. lib. 5, lil. 9. decr. 2. SI 8.
A (21) Nayar. in Man. cap. 17. n. 22'~. Motina de Juslit. d, 311. u. 8.
zor. lom. 3.. lib. 5. de usur. rap. 7. q. 10'
e cm(22) Cap. Cum siL genel'ale, juncl Glossa vl'LJo Mal faclorcs'ue for, comp L
i ., 2. dejlldic. Ord. lib. 2. lil. 9. iu principio, cllib. 4. til. 67. ~!l. Cousl.
Y Blp, ubi proxjmc. S1!l. foI. 434.
33:2 CO~STlTUIES

eontraclo com a ordem da natureza, e indigno (1) de seI' nomeado, quc


se chama neJundo, que o mesmo que receado, cm que se no ptlc
I~dlar, quanto mais eommeller. Proyoca (2) tanto a ira dc Deos, quc
por elle ycm tempcstades, tenemotos, pestes, c fomes, e se abrazro,
e sovcrtrdo cinco Cidades, duas dellas smentc por sercm visinbas de
outras, onde elle sc commeuia. Sobrc o dito clime tez o Santo Pio V
duas Constituics, (3) em quc ordcnou o modo quc sc dcvc obscrvar
DO castigo dos Clerigos culpados nestc delicto, e os Rcis destc Reino
eom santo zelo impetrd'o da S Apostolica, que para melhor seI' cas-
ligado cste ncfando delicto, se commcllcssc o castigo delle aos rnqui-
sidorcs ApOSlOlicos do Tribunal do Santo Omcio, como se fez por um
Brcvc (/c) do Papa GI'cgol'io XllI.
959 Por tanto ordenamos, e mandamos, que se houvcr alguma
pcssoa to infcliz, e carecida do lume da razo natural, e esquecida dc
sua salvao, (o que Dcos no permilta) quc onse commctlcl' um cri-
mc, quc parece feio at ao mesmo Demonio, (5) vindo noticia do
nosso Provisol', ou Vigario Geral, logo com toda a diligencia, e segl'c-
do se informem, perguntando algumas testemunhas exactamentc; c o
mcsmo faro nossos 'isitadorcs, e achando pwyado quanto baste,
)lrcndo os delinquentes, e os maJldaro ter a bom recado, c cm Im'cn-
<.lo occasio, os remello ao Santo Omcio com os aulos dc summario
dc testemunhas, que tivercm perguntado: o quc ha,rer lugar no crimc
da Sodomia propria, mas no na impropria, (6) quc eommcUc uma
mulher com outra, de que ao diante (7) se tratar.
TITULO X\ U.
t DO PECCADO DA BESTIALIDADE, E COMO SER CASTIGADO.

960 O erime da hestinlidade se commetlc tendo o homem, ou


mulher ajuntamento carnal com qual<lucl' animal (1) broto. E' atro-
eissimo esLe receado, c semelhante ao tia Sodomia eonLl'a a naturcza
humaua, e por ser lo hOl'l'cndo mandava Deos no Lcvitico, (2) quc
no s mOl'l'eSSC o homem, ou mulher, quc o tal crimc commeLtessc,
mas tambem o Ll'uto animal, eom que rossc commellido; o que scgu-

(1) L. Cum juro cad. ad lego Jul de adulter. AuLhent. UI non luxuricnlur.
cap. UI ClerieoTum de viLa. et honesto Cler.
(2) Genes. 19. Judie. 19. leviL. 18. et 20. e. Cleriei de excessibus PrrolaLo-
rum, et ibi glossa. .
(3) Prima Extrav. Pii V. inripit: r.um primum, edila armo 1566. c.L esL 1Il
BulIar. foI. 179. Altera incipiL: Horrendul11 illud, cdiLa anno 1568. eL lO Bul-
lar. foI. 268. Farinue. 10m. l~. q. 148. n. 28. Navur. in manual. cap. 27. II. 2~~.
(4) Bulia Greg. XIII. erliLa 13. AugusLi unn. 1571~. ineipit: Dilcclc fill.
Caren. de OIT. Sanetre lnquisilionis p. 2. tiL. 6. 16. n. 82. .
(5) Salz. in prax. cap. 86. verso Delestandu. 11arb. ad Ord. lib. 5. LII, 13.
v. Constilueram. Cabal. resol. crim. eenL. 1. casu 16. n. 26.
(6) Gomes ad L. Taur. 80. n. 34. l'arinae. de delietis cam. q. 148. n. 41.
(7) rufr tiL. 18. .
(1) Cap.lIIulier. 15. q. 1. Ahr. de in LiL. Paroe. lib. 8. seet. 4. num ..~5.6.
Clarlls~. lrorniratio n. _7. Gomes ad I g. 80. Taur. n. 3ti. BOllue. tom. 1. Lrael.
ucl\1uLrilllonioq.!l.. pllnei. 12. n. t.
(:2) LcviL. e.20. Exod. cap. 22.
DO AJlCEBI 'PADO DA BAllIA. 333
I'o os Sagrallos C:mones, (3) e :Jssim foi muitas vezes julgado, e ex.e-
cutado, (h) p:Jl':J que no fic:Jsse memoria (5) de to detestavel pecc:J-
do: e pelas Leis do Reiuo (6) se m:Jndo queimar, e f:Jzer em p os
que o commeLLem.
961 Como este delicto de foro mixto, (7) orden:Jmos, e man-
damos a nossos Ministros procedo nelle, e c:Jstiguem os delinquentes,
no smente Clel'jgos, m:Js leigos, d:Jndo nestes lugar preveno' e
o Clel'igo que for legitimamente conrencido, ser degl':Jd:Jdo das Or-
dens flor degmrlao re:Jl, e entregues Jusli:J secular, com protesta-
o de se no procedei' :J pena de sangue, como se faz no caso da pro-
jll'iu Sodomia pelo Bre e do P:Jpa o S:Jnto Pio (8) V.
962 E sendo leigo ser n:J mesma frma entregue Justia se-
cular' e se o crime no fOI' to clal'amente provado, que merea pena
ol'din:Jria, sero os delinquentes castigados com pen:J extraordinaria de
degredo. e dinheiro, como parecer, e pedil' a qualidade da prova, e cir-
cUllstancias da culpa; o que tamhem se far .quando se no provar o de-
licto consummado, mas alguns actos, e tocamentos torpes ordenados
(!)) a esse fim.
963 E para que este abomiuavel vicio se atalhe, e se castigue
com mais effeilo, ordenamos, que as denunciaes delle se tomem em
segredo, (10) sem nnnca se tlescobf'ir a pessoa, e nome do denuncia-
dor; e que dando modo como se prove o delicto, tanto quanto baste
para o Ho ser condemnado, leve o denunciante o intet'esse, (11) que
da fazenda do Ro se puder tirar, para elle lic:Jr sulficientemente s:Jlis-
I'eito, e premi:Jdo.
TITULO XVIII.
t DO PEceADo DA 1\I0LLICIE.

961 E t:Jmbem gl'jwi simo peccado o da moljjcie, por ser con-


1m a ordem da natlll'esa, posto que no seja to gl':lye como o da So-
domia, e bestialidade. Por tanto ordenamos, que:Js mulheres, que
lima com outra commpLtercm este peccado, sendo-lhes provado, sejo
degradadas (1) por Ires annos para fra do Arcebispado: e em pena pc-

(3) Cap. l\Iulicr. 11). q. 1.


(l~) llocr. dccis. 31G. n. 6. Clarus ~. Fornicalio n. 27. 1\larth. de jurisdicl.
p.2. cap. 11). n. 18.
(5) Gloss. in dido I. cap. l\Iulier.
(6) Ord. lib. 5. lil. 13. ~ 2. cl ibi Barb. l\fcnoch. de arbitro casu 28G. n. 7.
Gomes ad L. 80. Taur. n. 31).
7) Argum. cap. l\Julier. 15. q. 1. Fadn. dict. q. 148 n. 51). Conciol. 1'(1-
sol. crim. yerho Sodomia rcsol. 2. n. 3.
(~) Supra cHato
(9) L. 1. ~ fin. II. de exlraordin. erim. c. Solicitalores Si. Qui puero de
PCl'II. dit. 1. Farinac. diela q. 1l~8. n. 61.
. (10) Conslit. lEgiLan. lib. 5. lil. 11. C<lp. unic. ~ 4. Constit. U1yssip.lih. 5.
1Il.10. (CCI. 1. S\2.
(11) Consl. UI\' sip. cL JEgiLan. uhi pruximc. FaciL Ord. lib. 1). lil. 13. SI 1).
(I) OnI. lib. 5. lit. 13. 1. eL ibi narb. Con L Iys ip. ubi proximc Si f.
I\1cuoch. de arbitro casu 286. n. 50. Farinac. dida q. H8. n. 38. C1ar. . Forni-
cation. 29.
1,2
334 CONSTITUIES
cuoial'ja; as quaes penas se devem moderar, coofol'me a qualidade da
prova, e mais circunstancias.
965 E sendo homens, (2) que com outros commelterem o dilo
peccado da mollicie, sero cnstigados gravemente com as venas de de-
gredo, priso, gals, c peclloiaria. E sendo Clerigos, (3) alem das di-
tas penas, sero depostos do omcio, e Beneficio. E os que forem con-
vencidos de commellerem peccado contra, ou lJ1'(JJler natttram por qual-
quer outro modo, sero gravissimamente castigados (l,) a nosso arbtrio.
TITULO XIX.
-r DO CRum DO AOULTERlO, E COi\IO SE PROCEDER CO~Tn.\ os ADULTEROS.

966 E muilo gl'a\,e, (1) e prejudicial Republica o crime do


adulterio contra a f do Matrimonio, e probibido por direito Canoni-
co, civil, e natural, e assim os que o commellem so dignos de exem-
plar castigo, maiormente sendo Clcrigos. Pelo que ordenamos, e man-
damos, que se algum Clerigo de Ordens Sacrn.5, ou Beneficiado for ac-
cusado de adullerio pelo mal'ido da adultel'a, e se provar quanto baste
pat'a ser pl'eso, o' prendo no aljube, e sendo comencido seja por sen-
lena (2) deposto das Ordens, e degradado por cinco annos para a Ilha
de S. TllOm, e em pena pecuniaria a nosso arbiLrio.
967 E se a parte depois de intentada a aco uesistil' (lella, o
Promotor da JusLia a proseguir (3) no estado cm que ficar, para ser
castigado o dito Clerigo, como pai' sua culpa mel'ecer, com pena de de-
gl'edo, e pecunial'ia a nosso arbitrio; porm se bouver illcollveniellle
(4) em a causa se seguir, ou pelo perigo do \'idn da mulher, ou porou-
ll'a causa de semelhante qualidade, o nosso Yigario Geral poder man-
ual' sobstal', ou por tempo limitado, ou absolutamente, consideradas as
circunstancias do caso.
968 E se algum Clcrigo, ou leigo em visita, ou por accusao
for culpado de adultel'io, com tal perseverana, e continuao no rec-
cado, que induza amancebamento (5) com infamia, e escanualo, logo se

(2) Ordin. lib. 5. til. 13. ~. 3. el ibi Barb. Fadn. dieL q. 1!~8. n.3S.
et 39.
(3) Ad Roman. cap. 1. 1. ad Corinlh. C. 6. Gen. cap. 38. Sayr. in c1avi Reg.
lib. 8. e. 5. n. 5. et 6.
(4) Far. dieta q. 148. num. 38. ct seqq. Sayr. dieto cap. 5. et scqq. Cons-
tiL .lEgitan. lib. 5. til. 11. cap. unico ~ 3. Brachar. tit. 59. conslit. unic. 6.
(1) Text. in cap. Quid in omnib. 32. q. 7. DD. ad tcxL. in cap. At si Clcrii
~ de adulLcriis de juuic. Trid. sess. 24. de reformo cap. 8. Tiraq. ad leg. eonU-
biales L 13. n. 26. et n. 1. Menoch. de arbilr. casu !~19. pril1cip. lib.2.
Clar. . Adulle. ium. Farinac. de delieLis cam. q. H1. Barb. ad Ordin. lib.1.
til. 2.'t Themud. 1. p. drcis. 19.
(2) Cap. Si quis Clericus, cap. Romauus 81. disL D. Rodericus Cunha
in dicto cap. ~i quis Clricus n. 2. Dccial1. tract. crimin. lib. 6. cap. 23. n. 11.
Bernard. Dias cap. 83. n. 2. Farin. de dclictis carn. q. 1 a. n. 29. CousL. Ulys-
sipon. lib. 5. lit. tO. decr. 2. 1\\ 1-
(3) Farinac. elicl. q. 1 'l'l. n. 43. Orelin. lib. 5. lit. 25. ~ fL ubi Barb. 0 .. 2.
(4.) ConsL U1yssip. dicl. Si 1. f.amcc. lib. 5. til. 16. C. unic. in Jio. pl"ln-
cipii. Braehar. tit. 60. consto unic. Si 1. .
(5) Trid. sess. 2/.. ele reformo cap. 9. COIISl. Ulyssip. dicl. llecr. 2. III
princip. Ord. lib. 2. llL. 9. in prinl"ip. Farinac. dicL q. H I. n. 41. cl [~2. Pe-
DO ARCEBISPADO DA BAllIA. 33n
pl'oceder contl'a clle, e contra a mulher adu1Lera, como se diz neste li-
vro no Titulo 23, num. 990. Porm no se admittir dennnciao, ou
accusao criminal em nosso juizo contra pessoa leiga para effeito de
ser casLigada, por se dizer, que commetteo adulterio, se juntamente
no houver inl'amia, e perseverana, que induza amancebamento. E
se a denunciao, e accusao fOI' civilmente intentarla para separao
do toro, (6) pal'Lillla, c enlrega dos hens entre marido, e mulhel', en-
Io se proceder nella confol'me a direito, e estilo.
TITULO XX.
-r DO CRIME UE IKCESTO, E PEriAS, QUE HAVERO os CLERIGOS, E LEIGOS,
QCE o CO~I1JETTERE~1.
969 Crime ahominayel a Deos, (1) e aos homens chamno os Sa-
grados Canones ao crime de incesto; por elle se tira a confiana, qne
deve haver entre os parentes; pelo que, se algum Clerigo de Ordens
Sacras, Ou Benellciado 1'01' legitimamente convencido de incesto com
pc soa ascendente, ou descendente por linha direita, em qualquel' gro
que seja, (o que Deos no permitta) ser deposto (2) das Ordens, e
degl'adauo para a Ilha de S. Tl10m por tempo de dez annos, e tambem
para gals para sempl'e, se o escanLlalo o merecer.
970 E se o inceslo for commellido com parenta coHateral no
primeil'o gro de consnnguinidade, sel' deposto, (3) e degradado para
Angola por dez annos. E se commeller o delicto com madrasta, en-
leada, ou cunhada (/c) no pl'imeiro gro de aOinidade, ser preso, sus-
penso, e degmdado pOI' cinco annos para Angola, e pagar cincoenta
cl'llzados. E o que commeLtel' incesto com parentas por consanguini-
oade, ou affinidade nos mais gr<1os, ser castigado em pena pecunial'ia,
c degrcdo arbitral'iamente segundo o gro do parentesco. E o que
commctLel" incesto com afilhada, ou madrinha do Baptismo, ou C111'is-
ma, ser suspenso pelo tempo que parecer, e condemnado gravemen-
le com outras penas arbitrarias.
971 Sendo o incestuoso pcssoa secular, se for .com/cDcido de

rcyr. de mano reg. 2. p. cap. 53. n. H. et 12. Paz in prax. tom. 2. prrehld.
2. n. 31.
(6) Con t. Iyssip. dict. decr. 2. foI. 435. Lamec. lib. 5. tiL. 12. cap. unic.
~ 3. cap. Significasli. cap. Ex litleris, cap. Gaudemus de diverti o C<lp. 1. ull i-
te non constituta. Sanchez de Matrim. lib. 10. d. 3. a. 15. et 16. PaI. 5. p. tract.
28. d. 3. punct. 6. Si 1. cum seqq. Farin. de dil ictis carnis q. H.
(1) Cap. Necenm 35. q. 2. et 3.
(2) Cllp. Ture de pren. Glossa verbo RelUoyellntur in Cap. Maximianus disL.
81. ct gloso yerb. ln corpol'llli ad c. I,ator 2. q. 7. Clarus fuccslus 11.2. i\1e-
lIoch. cle arbitr. I. 2. caSll 502. n. 102. Farin. tom. 4. q. 149. II. 34. cum seqq. et
faniunt. plcnc qllre repreheudiL. n. 3i>. Const. UlIissip.lih. 5. til. to. decr. 3. in'
principio.
(3) Cap. Tere de pum. Const. U1yssip. ubi proximc "ers. E commeLtendo.
COIl L. Brachar. tiL. 61. con L. unic. Si 2.
(4.) Cap. 1. de consang. et alliniL. Cap. 'ullum ia fin. Cap. JEqualiter 35..
q. 2. ct 3. Cap. Lex illa . Cum ergo 36. q. 1. Farinae. tlicL q. 1!~9. n. 41. et
108. cum seqq. Ord. lib. 5. til. 17. 3. Sanchez de Matr. lib. 7. d. 61-. et seqq.
Pctrus Gregor. Syntagm. juro L 36. cap. 7. n. 1. ConsL. U1ys ipon. ubi proximc.
336 CO~STITUIES

incesLo com ascendente, ou descendente por linha direita em qualqner


gl'o que seja, ser preso, (5) e do aljube pagal' cincoenta cl'l1zados, c
ser degl'adado para as gals por tempo de dez anl1os; c se no for ca-
paz de pena "ii, ser pelo mesmo tempo degradado para Angola, ou
S. Thom.
972 E sendo o il1.cesto commettido com collateral, (6) no pri-
meiro gro de consanguinidade, ser preso no aljube, d'onde pagal'
cincocllta cl'llza(los, e ser uegmdado por tempo de cinco annos pUI'a
Angola, ou S. Thom, ou gals, conforme a qualidade de sua culpa. E
sendo no primeiro gro de affinidade pagar do aljube os ditos CiIlCOCII-
ta cruzados, e ser ucgradado para 1'6ra do Arcebispaoo. E nos 011-
tros gl'os de consanguinidade, ou affinidade mais remotos ser COIl-
demnado aruill'ariamente nas penas pecuniarias, e degredo, cOJlforlTIe
o escandalo, e circunstancias do delicto.
973 E conh'a os leigos, que forem convencidos de terem ajullta-
mento carnal, havendo entre elles impedimento de cognao espiritual
por via dos Sacramentos do Baptismo, e Confirmao, se proccdcl'
com as penas de direito, (7) e as mais arbitrarias, que parccerem bas-
tantes para o delicto ficar castigado, e os mais acautelados nesta ma-
teria.
974 E pOI'que as mulheres ]laturalmente so mais fracas, (8) c
menos accommodadas pal'a se execntarem nellas penas de maiol' (Ie-
monstrao, mandamos, que sendo compreltendidas no dito crime de
incesto sejo s castigaoas com as penas de prisO, dinheiro, e degre-
do, dando-llle aquellas, que convenientemente puderem cumpril'. E
.(o(las as penas pecuniarias desta Constituio, e oa precedente applica-
mos pam a S, Meirinho, e despezas da Justia em partes iguaes.
975 Se as pessoas cu1 padas no crime de incesto quizerem casa!',
no tendo por outra via impedimento para serem dispensadas, ou na
consauguinidade, ou affinidade que tiverem, logo se parar (9) na cau-
.sa, e sendo presos sero sollos, dando fiana Doa, e segura de havel'em
dispensao, e se casarem com effcito dentro no termo, que racional~
mente lhes for assignado para haverem a dila dispellsao. Porm se
a causa estiver j sentencinda, e acaLada ao tempo, que as ditas pes-
soas tomarem este acordo, as penas assim postas se executaro co~
moderao, e equidade, que aJustia, e bom governo pel'mitlir, consl-
del'ando a qualidade da pessoa, e circunstancias do caso,

(5) Consto Ulyssip. loco cito Si L Dracllar. til. 61. consto unic. Si 3. Porlu-
CQS. 1. 5. til. j 1. consto 2. in prrncipio. .
(6) O\'d. Iib. 5. tu. 17. Si 1. Farinac. dicl. q. 149. n. 79. et seqq. Consll t,
13rachar. ubi proxim Ulyssipon. dicl. 1.
(7) Text. in cap. 1. et per. to tum de oognat. spirit. cap. L ct scq. 30. g.
3. ap. Si qis cum mutrc 33. fi. 2. cnp. 1. de cognat. spjl'it. Jib. Ii. Abb. 10
cap. lin. de purgat. canon. Cabal. resol. OI'im. casu 200. subo num. 68. ct scqq.
Farinue. tom. lh q. B9. n. !~9. ct 50. Consto Ulyssip. ubi proxim verso E
as pessoas. .
(8) L Pater cod. de sponsal. L. L Si penult. cod. rei uxor. action. L. SlCU~,
ibi: ScxiIs fl'agititas cod. de pl'mscrpt. triginta, vaI qundraginta annOl'um. Fan-
naco dicL. q. 149. n. 28. Constit. U1yssipon. ubi proximc verso E porque foI.
436. Brachar. Dict. r.onsliL. unic. !ii 7.
(9) Consto U1yssip. lib. Q. til. 10, decr. 3, 2. ./Egitan. !ib. 5. til. 13.
cap. nnic. Si 9.1'01. 507.
DO ARCEmSPADO DA RAlHA. 337
TIT LO L~I.

t DO ESTUPRO, E RAPTO.

Da de{ol'lnt'dade destes crimes, epenas delle.


976 Por quanto o estupro se commette na dellorao das mulhe-
rcs uOllZellas, (1) e o rapto (2) se faz quando se roubo, e til'o por
fora, ou engano, um, e outro so delictos gravissimos, principalmen-
te quando com aquelJes que o commettem uco as tacs mulheres ex-
postas a mais facilmente peccar, e em perigo e\<idente para de todo se
perdercm: pelo que ordenamos, e mandamos, que o Cferigo de Ordens
Sacras, ou Beneficiado, que commelter estupro, seja castigado (3) com
pcna dc priso, e suspcnso, dinheiro, e dcgredo, conforme a qualida-
ue da pcssoa, e escandalo, que do delicto resultai" e alem di so ser
condemnado a dar dita donzella satisfao (A) de sua homa, e repu-
tao. E se a palte desistil', depois de estai' a causa processada cm
juizo, o Promotor da Ju tia a tomar cm qualquer estado que estiver,
reservando sempre parte (5) o direito da satisfao.
977 E se o Clerigo roubar a donzella, til'ando-a, ou pOI' fOI'a,
(G) ou por engano da casa de seu pai, ou mi, ou outra pessoa que a te-
nha em sua guarda, e ampal'O, alem das ditas penas, pagal' lambem (7)
a injUl'ia, que fcz dila pessoa, conforme ao que se julgar, c ser de-
gradado.
978 E se algum Clerigo outro-sim de Ol'dens Sacras, ou Benefi-
ciado, roubar alguma muI hei', que \'i\a recolhida com reputao de 110-
nesta, e honrada, ainda que no seja donzella, ser castigado (8) com
pena de suspenso e dinheiro, segundo as circunstancias, e particulari-
dades, que no caso concorrcrem, E nestes casos de estupl'O, e rapto
scjo tambem condemnados com penas convenientes os Clcrigos, e
Bcneficiados, que conconerem, e dCl'em ajuda (9) ao dclicto, ainda que
no sejo os PI'i11cipaes delinquentes. E no se lhes passar carta de
seguro, (10) sendo comprel.Jcndidos nos crimes de estupro, ou rapto;
(1) Cap. Lex iIIa 36. q. 1. Farinac. de Deliet. cam. q. 147. n. 4. Abr.
de Paroc. lib. 8. cap. 9. scct. 3.n. 450.
(2) L. unica cod. de Raplu virgo L. Raptores virg.cod. de Episeop. et Cleric.
(3) Consto UIvssip. lib. 5. lit. 10. decr. 4. in principio. Bl'achar. tit. 62.
const. unic. n. 1. !lenoc. de Arbitr. casu 288. n. 6. Farinac. de Delict. cam.
q. Hi. n. 61. el 65. cum seq.
(!~) Cap. 1. de Adulteriis. Farin. dict. q. 147. n. 107. Bajard. ad Clar. .
Stuprum n. 10. Consto Iyssip. ubi proxime.
(5) Consto Iyssip. loc. ciLat. Brach. dict. consl. unica in fine principii
foI. 664.
(6) Libidinis eau ,j ad ca qUal Mascard. concl. 1253. n. 33. et scqq. Dcci-
an, l~ar.t. crimin. Iih. 8. cap. 7. n. 36. ct seqq. et cap. 13. n. 5. Sanchez ue
Matl'lmon. lib. 7. d. 12. n. 17. Parin. H5. num. 75. el scqq. et n. 40.
(7) Const. Iyssipon. dict decr. !~. SI 1. fuI. 437 .
. (~) Consto UIyssip. ubi proximc verso E se algum Clerigo. Facit. L. 1. in
p.rmClp. Cod. denaplu virgiu. et ibi glos. verbo viduarum. Consl. .2Egil. lib. 5.
til. 14. cap. 1. 1.
(9) L. 1. SI Prenas autem cod. de Raptu virgo Fardict. q. 145. n. 13. el n.
~8, .Trid. sesS. :.!4. de Ueform. matr. C. 6. Consl. UIys ip. ubi prox. Lam. Iib.
(l. tIl. 20. cap, 2. 4. JEgitan. ubi pl'ox. Ord. lib. 5. tiL. 18. in nn~ principii.
(10; Phceb. lJ. 2. aresl. 139. .
:33 CO TlTmES
porm tlando penhores de ouro, e prata em juizo, qne r3zo3damente
posso basial', segundo o arhitrio do Juiz, poder livrar-se como segu-
ro, e 'e estiver preso, ser (11) solto.

TITULO xxn.
t DO CONCUBINATO.
Dos le1'gos arnancebad{)s, e co/1I0 se proceder contm alTas.
979 O concubin3to, ou amancebamento consiste em uma iIIicila
conversao do homem com mulher continuada pOl' tempo con iderJ-
"el. Confol'me a direito, (1) e Sagrado Concilio Tridentillo, aos Pre-
lados pertence conhecer dos leigos amancebados, quanto correco,
e emenda smente para os til'3l' do peccado, e em ordem a este fim po-
dem proceder contl'U eJ1es com admoestaes, e penas, (2) 3t com
effcilo se emend3rem. E aind3 que deyem preceder 3S tl'es aumoesla-
es elo Sagrado Concilio Tridenlino, para eJfeito dos leigos amanceba-
dos poderem ser censurados, (3) e castigados com as penas de priso,
e degreuo, e outl'3S, isso no impede, para que logo pel3 primeil'a, se-
gUllda, e terceira vez posso ser multados (4) em penas pecuniarias as
quaes os fao temer, e emendai', e tirai' do peccado, o <Jue conforme
a direito, e est ueclarado pela Sagl'ada Congregao do Concilio, e se
usa ne ta Diocesi, e nas mais (5) do Reino.
980 POI' tanto ordenamos, e mandamos, que as pessoas leigas,
qne em Visitas gemes, ou por "la de denunciaes forem culpadas, c
convencidas de estarem amancebadas com inf3mia, escandalo, e perse-
vel'ana no peccado, sejo admoestaclas, que se apal'tem (6) de sua illi-
cita conversao, e fao cessar o escandalo; e se a tiver em caS3, que
a lance fra em termo breve, (7) que se lhe assignar, sob pena de ser
castigado com maior rigor: e sendo ambos solteiros pagar cada um
(8) oitocentos l'is; e sendo ambos, ou algnm delles casado (9) pagar
cada um mil ris.

(11) Ord. lih. 5. til. 23. in princip. vers. Porem.


(1) Cap. 'oviL. 13. de Judic. Trid. sess. 21~. de Reform. cap. 8. et ibi Hal'-
hos. n. 3. l'ereyr. de l\Ianu regia 2. p. cap. 53. n. H. verso 1\Ianet. .
(2) ELiam in prima eL secunda arlmonitione. Tbemud. 2. p. dec. 145. a n.
1. usq. ad n. 7. Suar. in praxi visilatorum cap. U. a n. 19. Thom. Vaz al~c
gal. 34. n. 11. eL 12. Pereyr. de 1\Ianu reg. 2. p. cap. 3~. n. 16. Barb. ad TrIll.
rlicl. cap. 8. n. 4.
(3) Trid. rlict. cap. 8. Pereyr. dicl. cap. 34. n. 15.
(4) Dixinms supra. El facit cap.l. de omc. Ordin. Congrcgal. Car<l. ql1aJII
cital. 1\farzil. ad decr. Trid. lih. l~. lil. 14. cap. 1. eL 2. . .
(1)) Consl. Porlalegrens. lih. 1>. til. to. cap. 1. in princip. i'Egilan. IIb.5.
til. 11>. C. 1. in princ. \'isens. lih. 5. lil. 11. consl. 1. E1vc\lS. til. 28 .. .3.
Brachar. lil. 61>. consLit. unic. n. 2. Lamcc. lih. 5. tiL. 21. cap. 1. in pr ll1c1 ll'
foI. 1~29.
(6) Trid. dicl. sess. 24. cap. 8.
(7) Consl. PorLal. lib. 5. til. 10. cap. 1. n. 1. .iEgil. lih. 5. til. 11>. cap.
1. n. 1. Brachr. til. 61>. consl. uuic. n. 3. Porluens. lih. 5. til. 15. consl. 1. vers.
1. Lamccens. lih. 5. lil. 21. 1. verso E tenuo. 1
(8) Conslil. Lamecens. dicl. 1. lEgilan. dicl. 11. 1. Porlurns. cUcl. v. .
(9) Const. Lamec. 10c. eilal: lJrachar. dic!. 11, 3 . .iEgitall. ul"l. cap. 1. 11.
in fine.
DO AHCEBISPADO DA TI filA.
981 E sendo segunda rez comprcl1Cnditlo com outra complice,
ou com a mesma, (tO) scr admoestado na frma sobrcdita, e pagar a
pena pecuniaria em douro (11). E pela terceira rez (12) ser outro-
sim admoestado na souredita fl'ma, e sendo ambos solteiros, pagar
cada 11m delles seis cruzados; e se forem casados, ou algum dellcs,
cada um pagar trcs mil ris.
982 E se depois de sCI'em tres vezes admoestados se no emen-
dal'cm, antes forem conyencidos na continuao do peccado, se proce-
der contra elles com maior pena pecuniaria, e com as de priso (13)
dcgrcdo, ou excommunlJo, segundo o que pareccr mais cOD\'cnieute,
e accommodado para se conseguir a emenda que se pretende, e o
princil}al intento.
983 E se na primeira, segunda ou terceira rez no conres ar a
culpa, ou no estiver pelos autos, fazendo as testemunhas da devssa,
Oll summario juuiciaes, no pouer ser condemnado, por quanto as in-
quiries das dcrssas, ou summal'ios so extrajnuiciacs, e tiradas sem
citao da pal'te, e ningnem pde ser condemnado sem ser ouvido, (U)
e fazer as inquiries judiciaes: mas nestes casos se dar lirramento
(15) aos culpados, fazendo primeiro termo, porque conste que no
confessl'O a culpa, antes se quizcro livrai', e mo traI' sem ella: e os
ditos culpados sero obrigados a prcparar seu liuamcnto com as cnl-
pas cntregues cm segl'edo ao Promotor, e para isso se procedcl' con-
tra ellcs com censuras, (16) sendo necessario, e o Promotol' formal':
conforme a ellas seu libello, em que concluir, e pe.dir, que sejo jul-
gados pOl' amancebados, e allmoestados na l'rma do Sagrarlo Concilio
Tridentino, e condemnados na pena pecllniuria destas Constituies.
98.t, E sero advertidos os isitadores, e Vigario Ceral, que tan-
to que algum culpado nesta materia appurccer, e disser, que no quer
fazer lcrmo, mas que se quC!' ]inul', ou que nem-uma, ou outra cousa
qucr fazer, o mandem citar (17) pelo Esc1'Yo, qllC se acLar prescnte,
para se li\Tor na audiencia, que lllC for assignada, de que o dito Escri-
vo f:lI' termo, em que ponha sua f.
985 E inuo os autos conclusos a final, se o crime esth-er proya-
do, no necessario que na sentena se mande, que o Ro faa termo
dc admoestao, mas na mesma sentena ser admoestado: a qual sen-

(10) Trid. sess. 25. de reformo cap. 14. l'ereyr. de mano regia 2. p. cap.
3'f. 11.21. el n. 15. et 16.
(lI) Consto llrach. lil. 65. const. unica n. 4. Lamccens. lib. 5. til. 21. ~ 1.
JEgilan. lib. 5. cap. 1. n. 2. foI. 509. l'ortuens. lib. 5. liL 15. consto 1. v. 1.
(12) Conslitution. proxime cilalre. .
. (J3) Trid. dict. sess. 21.. de reform. cap. 8. el iIJi Barbos. cap. Is qui 34.
~ISI. Pereyr. dicl. cap. 3!f. n. 15. Constit. Brachar. dicL. tit. 65. COllSL. unica n.
5. foI. 676. Ulyssipon. dicl. lit. 11. decr. 1. ~ 2. foI. !f39. .
(14) Cap. Nos in quemquam 2. q. 1. cap. 1. de causo possesso Consto JEgl-
tan. dict. lib. 5. til. 15. C. 1. n. 6. Porlu ns. I. 5. til. 15. COIl L. 1. V. 3. DD.
~d le". Absentem !T. de pccnis. l'ereyr. de mano regia 2. p. cap. 31.. n. 12. Mend.
tn prax, p. 1. lib. 5. cap. 1. ~ 6. n. 75. Vala C. de partit. cap. 7. n.2.
(J:) PereF. rlicL. cap. 3'f. D. 20. Const. 'Egil. dicL. tiL. 15. cap. 1. n. 60.
Lamceens. lih. 5. lil. 21. cap. 1. 4. llorluen ubi proxime ,. rs. 3. DD. ali
lcxL. in cap. 2. de leslihlls.
(IH) ConsL. Lilmeccns. dieL. 1..l'orlllcns. llhi proxilUc.
(i7) ConsL. Portllcn . loco I.:it: Lamec. diclo 'f. fuI. !f50.
340 CONSTiTUIES
tena pass:mdo em cousa .iulgatla tcm a mcsma fora, (18) que se hOIl-
vel'a termo assignado; pelo que s6mente se usar dc tcrmo, quando os
culpados confessarem a culpa, e sc no livrarem.
986 E quando se acharem culpas de concubinato de pessoas lei-
gas, que fossem tres vczes admoestadas com o mesmo, ou diverso c.om-
plice, no sero admoestados sem livramento, (19) mas sempl'e se pro-
nnnciar, quc se livrem, para que sendo convencidas, sejo condemna
das, e se possa proceder contra elles na forma atraz declarada.
987 E achando-se fama puhlica dc alguns estarem amanccbados,
se lhes f~11'o os tcrmos de admoestao, gual'llando-se a ordem solll'e-
dita; pOI'm no havcndo outros inuicios, presumpes, ou cscandalo,
no podero pela fama smente (20) ser condemnados em pena pecu-
niaria, ou outra alguma; mas lio qucl'endo aceitar a admoestao se
livrariio em ordem ao dito fim.
988 E achando-se contra algum homem fama publica com alguns
i Illli cios , qlle no bastem, conforme a direito, para se haver o amance-
bamento por provado, o admoestaro, e lhe mandaro, que com tal mu-
lher no falle, trate, nem tenha communica,o POI' via alguma, (21)sob
peua de se lhe haver o crime por provado (22). E da mcsma maneira
sero admoestados quaesqucl' culpados, que vi, crem das mcsmas por-
tas adentro, estando um dellcs na casa com o titulo de servil" 011 por
outra rnzo semelhante de si honesta, sc alem da dita fama no hOUl'el'
outro indicio mais do que cstar na dita casa, porque muitas vezes es-
to vivendo amancebadas com uns, estanQo vivendo, e servindo a ou-
tros. POI'm se a mulher empl'enhasse na mesma casa, no sendo es-
crava do dono della, se depois deste. ou quem a tem lIella, o saher,
tendo ra~o para isso a no lanou fl'a, mas continuou em a ter, ou
em se servir del!a, no havendo alguma forosa razo cm contl'ario, se-
r havido o concubinato por provado, prcccdendo o tempo DeceSSal'i?,
e sero admoestados com rigor, e condemnatlos na pena pecunial'ia J
dita.
98~ E porque o amancebamento dos cscravos necessita de
pl'ompto rcmedio, por sei' usual, e quasi commum cm todos deixaren~
se andai' em estado de condenlllaiio, a qlle elles por sua rudeza, e nll-
scria no attcndem, ordenamos, e mandamos, que constando na forma
sobrcdita de seus amancel)amentos sejo admoestados, mas no se lhes
ponha pena alguma pecunarja, (23) pOl'm judicialmcnte se far a sll-
bel' (2) a seus Scnhol'es do mo estaLlo, em (lHC ando; advirlintlo-os,

(18) Coust. Lamcccns. ubi proximc 1\\ 5. PorLuens. dict. consl. 1. foI.
53'1. in fine.
(19) Consto Lameccns. ubi proximc ~ 6. fol. 430. PorLuens. lib. 5. Lil. 111.
consto 1. "ers. G. foI. 532.
(20) Giurba cons. 37. . 4!j,. et 45. Farin. cons. 80. n. 53. Thcmud. 2. p.
dccis. '123. n. 25. ct 1). 1. decis. 81. per Lotam, et benc cum P. Molina n.1I
(21) Ad ea qUal A"cnd. de exequendis 2. p. cap. 26. n. 4.
(22) Farinac. de delict. cam. q. 138. n. 86. Salzed. in pl'ax. cap. 79. n,1.
"ers. Quando autem ConsLit. Portuens. ubi sllpr "ers. 8. foI. 532. . '
(23) Sed bcne spil'illlalis, v. g. Uosarium, "c] Corona SancLissimro VII'~':
ris l?acit Orrl. lib. 3. t~L. 8'1.. ~ 10. Num soJis "erbis servus non potesL erud~rt
l'l'ov. 29. 19. l~aciL. Const. Ulyssip. liJJ. 5. liL 11. decr. 1. ~ 3. ves. E seo o
Brach. LiL. ti5. const. unica u. 12.
(24) Ad ca qu<c PJaca l.ib. to del.ictor. cap. 14. n. J.jujiue, rt nUJIl. 3. Du-
DO ARCEBISPADO DA BAlHA. 341
que se no pnzel'em cobro nos ditos seus escravos, fazendo-os apartar
do illicito trato, e ruim estado, ou por meio de (25).casamento, (que
{) mais conforme Lei de Deos, e 111'0 no podem impedir (26) seus se-
nhores, sem muito grave encargo de suas (27) almas) ou pOl' outro
que srja couveniente, (28) se ha de procerler contl'a os clitos escravos
a priso, e degredo, sem se altender pel'da. que os ditos Senhores
porlem ter em lhe faltarcm os ditos eSCI'avos (29) para seu servio; por
que o serem captivos os no isenta (30) da pena, que por seus crimes
merecerem.
TITULO XXIII.
t COMO SE PROCEDER CONTIl.\. AS MULHERES CASADAS, ou SOLTElR.\S REPU-
TADAS POU DO~ZELL.\.S, SENDO CO~lpnEHENDIDAS Ei\1 Ai\IANCEBAMENTO.

990 Sendo alguma muUler casada comprehendida em amanceba-


mento, se o marido for tal pessoa, que pro\'avelmente se tema perigo da
rida, ou de outro mo tratamento consideravcl, descobrindo-se o delicto,
se ter muito resguardo, (1) e cautela, assim nos termos da admoestao,
como nos livramentos do complice. E quando sc no offerecer meio
accommodado para a dita mulher ser admoestad'l com o resguardo de-
vido, no a mandaro appareccr, mas s admoestar verbalmente pelo
ParocJlO em segredo. E livrando-se o complice sel' (2) cameraria-
mente, no se declarando o nome da dita mulher nos livramentos, nem
nos traslados dos termos de admoestaes, que se JUDtarem nelles.
991 E sendo a mulher solteira, que ainda de todo no tenha per-
dido ti boa reputao, principalmente sendo de gente grave, ou haven-
do pel'io-o de seu pai, ou irmos a tratarem mal, se proce9-er com a
meSma cautela, (3) e resguardo. E nestes caS03 (sendo possirei) se nos
llUl' conta pura onlel1a1'mos o que mais for servio dc Deos.
992 E se a mulher solteira, ou viuva, que foi culpada no concu-
hinato, (antes de ser admoestada, ou comear seu livramento) casar,
no se proceder coutra clla, (4) nem a mandaro apparecer pUJ'u fazer
en. reg. 33. Clar. lib. 5. ~. fino q. 86. n. 2. Yel's. Roe tamen intellige: et n.6.
"CI'S. Et ex hac eouelusiune infertur lit. . l\Iend. q. i. lib. 4. cap. i!. ~ 3. n.
9. "ers. Quam"is si iIle fueritsciells.
(20) t. ad Corinth. 7. 9. c. 1. de conjugo servo D. Thom. in. 4. q. unic. aJt.
2. Sancho de Matrim. hb. 7. d. 21. n. 3.
(26) Glos. yerh. Servitia in dict. e. 1. de conjugo servo Barb. ad texL in cap.
1. 29. q. 2 n. 2. Fragof. de reg. Ueipub. p. 3. lib. 10. d. 22. 3. n.28. Dian.
lom.7. tract. 8. resol. iS7. SI 2.
(27) Abr. de instit. Paroc. lib. 8. cap.7. secL iS. n. 393.
(28) Gen. 21. 10. ad Galat. 4. 30. 1. Tim. iS. 8. Provo 29. 19. EccH. 33.27.
cl28. Abr. diet. n. 393. PJaul. in Asinar. aclu 3. sccna. 3.
(29) Ut non attondit Ordin. lib. 5. tit. 99.
(30) Ord. \. 5. tH. 70. per totum, et til. 126. in princ. et tit. 80. 7. et til.
62. Si 1. et til. 86. ~ 5. et tiL. 60. 2. el \. 1. t. 6;;, !\\ 24.
(1) Consl. UI~'ssip. lib. 5. lil. 11. deer. 1. 4. Themud. 2. p. dee. 226.
n. 10.
o (2) Thel11ud. dict. doe. 226. n. 23. el dccis. 123. n. 20. Consto Lamec. lib.
i>. ltl. 21. cap. 1. 9.
(3) Consl. Lamcccll5. IIbi pl'oxime. A':gitan. lib.15.il. 11. cap. 1. n.23.
Ilorluons. lib. ti. til. 9. consl. I. l'OI'S. 2.
('~) COllstit. Lamecen5. ubi proxime 10.
r. ...
-I"
34.'2 CO~STITUlES

termo porm se correndo j o livramento se casar, se no proceda


mais nel1e at se nos dar conta. E se ambos os complices forem sol-
teiros, e quizerem casar, e com elfeilo O fizerem, se obsern1l' o mes-
mo (5) a respeito de ambos. E sendo alguns delinquentes to pobres,
que no tenlJo por onde pagar a pena pecuniaria toda, ou parte COll-
sideravel della, ser-lhes-ha commutada (6) em corporal, e em alguns
dias de aljube.
993 E sendo algumas pessoas leigas, homens, ou mulheres con-
vencidas de incontinentes, e fornicarias ,'ogas, sero por nosso Provi-
SOl', e Visi tadores reprehcndidas, (7) e a(h"ertidas paternalmeute e no
se emendando, sero admoestadas por termos, sem pena pecunial'ia,
pa1'll que persevcrando em seu peccado, se proceda contra ellas como
ror justia.
TITULO XXIV.
t DOS CLERIGOS A~IANCEDADOS.

994 Considerando Ns quo indigna cousa (1) nos Clerigos o


torpe estado do concubinato, pois sendo pessoas deilicadas a Dcos,
maior nel1es a obrigao de serem puros, e castos, e de vida, e costumes
mais reformados, para que os fieis os no tenll'iIo por inuignos do alto
ministerio que tem, nem de sua dcshonesta vida resulte opprobl'io ao
estado Clerical, conformando-nos com a disposiO dos Sagrados Ca-
nones, (2) e Concilio TI'identino, ordenamos e mandamos, que se al-
gum Clerigo Beneficiado, em nosso Arcebispado, for convencido de es-
tar amancebado com alguma mulher, pela primeira yez seja admoesta-
do (3) em segredo que se aparte da il1icila comer ao, e faa ce sar
a fama, e escandaJo, e ser condemnado em dez cruzados: e se depois
de admoestado perseverar no amancebamento com a mesma mulher, 011
com oulra, ser condemuado na terceira parte (.4) dos fructos, proven-
tos, e obvelles de todos os Beneficios, penses, e prestimonios, que
tireI' em nosso Arcebispado, ou fra delle.
995 E sendo terceira vez comellcido no mesmo peccado, ser
condemnado em perdimento (5) de todos os fruclos dos Beneficios, e
penses de um anno, e ser suspenso da administrao dos taes Bene-
ficios a nosso arbitrio. Os quaes fl'uctos em um, e outro caso se ap-

(5) Consl. U1yssip. ubi proxime ~ 3. foI. !l.!~0. iEgil. dicl. cap. 1. n. ia.
(6) Consl. Ulyssip. dicl. til. 11. dccr. 1. ~ 3. JEgilan. lib. 5. til. 15. cap. i.
n. 16. Brachar. til. 65. const. unica n. 12.
(7) Consl. Lamccens.lib. 5. til. 21. cap. 1. SI 11. A~gitan. dict.
(1) 'Irid. sess. 25. de rcform. cap. 14. .
(2) f.ap. Ut Cfericorl1m de vil. ct honcsl. Clcrie. cap. Interdixit. 32. d!st.
cap. Prcsbytcl'. 5. 82. cap. Cm omniblls, cap. Volumus 81. disto Trid. dlcl.
cap. 14. .
(3) 'Irid. ubi proximc vcrs. Ul igitur in finc. Conslil. U1yssip. lib. b.
til. 12.
(4) 'Irid. dicL cap. H. "er. Quod si. Gare. dc Ben f. p. 11. cap. 10. n.
186. Consl. lJlyssip. uui proximc ,crs. E c. . ..
(5) Trid. dicl. cap. 14.. VCIS. Sin vcro. ZCI'O!. in prax. verb. COI1CU~ll1al'll
vel's. Ad tCl'liam. Con l. Ulyssip. ubi pl'oximc. Bl'achal'. til. 10. cOllslll. 19.
sub n. 1,

...
.I
DO ARCEBISPADO DA BAHIA.
plicaro na frma do Sagrado Concilio Tridentino fabrica das Igl'ejas,
ou outros lugares pios.
996 E se e mndo suspenso perse\'crar (6) no amancebamento
com a mesma, ou com outra mulher ser privado (7) perpetuamentc
de lodos os Bcneficios, penses, e quaesquer omcios Ecc1esiaslicos, fi-
cando inhabil pam qualqucr das dilas cousas excepto, se conslando-
nos de sua cmenda, mi;;ericordiosameute com elle dispcnsarmo.:;. E
no querendo ainda deixar a COIWel'Saao illicita, alem das ditas penas,
seja excommungado, (8) e declarado por tal, c no seja absolto at no
constar de sua emenda.
997 E se o Clerigo convencido no for Beneficiado, (9) nem ti-
ver penso, ou preslimonio, ser admoestado pela pritlleil'a vez, como
dilo , e pagar mil e quinllentos ris' e pela segunda tr<'8 mil rris, e
estar um mez no aljube' e pela terceira yez dez cruzados, e ser COll-
demnado em degredo (10) para fra do Arcebispado por tempo de dous
annos; e se foI' mais vezes culpado, ser condemnado na pena pecu-
niaria, que parecei', e degradado para um dos lugares de Ali'ica (11) a
nosso arbitrio, e declarado por inhabil (12) para qualquer Beneficio e
officio Ecclesiastico, at ser dispensado, na frma que fica dito, cons-
tando de sua emenda. E setluo o amancebamento com filha espiritual,
ser castigado com mai graves penas. E se o Clerigo, ou seja Bene-
ficiado, ou no, tiver a complice das portas adentro, ainda que no
fosse admoestado ser solto at n[o pagar a condeJlllnao e a lanur
rrn da casa (13) para onde lhe for mandado.
998 E declaramos, que conforme ao Sagrado Concilio Tridenti-
no se pde proceder no castigo ueste peccado summariamente sem es-
lrepito, nem figura UI:: juizo, mas s pela verdade sabida, no smente
contra os Clerigos, mas ainda contra os leigos; e nestes termos se no
deve, nem pde impedir o effeito e execno das ditas penas por appe\-
\arrro, (14 ou iseno algllma: mas quando se proceder por lilJello, e
processo armado, no se impedcm os efl'eitos da appellao, (15) que
se interpuzer das sentenas sendo alaI appellao de materia para se

(6) Trid. dict. cap. 14. verso Elsi ita suspl.'usi.


(7) Trid. ubi supr. C. Presbyter. 5. 82. disl. et ihi IlIustri s. Cunha 11.
2. et n. 12. Duen. reg. 1Dl. limitat. 4. DD. ad texto in cap. 2. de Cohabil.
Clericor. Clar. lib. iS. ~ Fornicalio n. 8. v. Clericus autem.
(8) Trid. ubi proxime verso Sed si poslquam c. 2. de ohabil. Cleric. Ze-
r~la ubi supri! n. 10. Const. J'Egil. Iib. iS. tiL. 15. cap. 2. n. !l. Porlllens. lib. 5.
hl. 15. consto 2. v. 2. in fine foI. 535. U1yssipon. lib. 5. tit. 12. ill princip. 1.
. (9) Trid. dict. cap. 14. vers. Clerici vero. Constit. JEgilan. ubi proxi
IDe n. 6.
(10) Trid. ubi supra. Far. dict. q. 138. n. 72. Thomas Vazalleg. 34. n.7.
Consto lEgitan. ubi proximc n. 6. llrach. til. '12. conslil. 19. n. 1.
(11) Constil. LEgiL. ubi proximc. Brach. loc. cit. Porluen . lib..5. til. 15.
const. 2. verso 3.
(12) Trid. ubi supr Farin. loco supra cit. Ric. in prax. 1. p. res. 318. n.
2. Constil. Brach. dict. til. 12. constit. '19. subo n. 1.
. (13) Facit cap. Tnlerclixit disl. 32. c. 1. de Cohahil. Cler. Const. Brachar.
OUI supr n. 2. foI. 20l.
. (1!~) Trid. dict. cap. 11. vers. nec qu~vis appellatio. Mend. in praxi p.
2.1Jh. 2. cap. 3. ~ 3. num. 32. Pere)'r. de Man. reg. cap. 7. n. 10.
(15) Trid. sess. 2'~. de Ueform. C:lp. 20. Meul}. ubi proximc n. 34. Barbos.
de Potesl. alleg. 73. n. 32. et 33.
CO;XSTITtIES
receber, conforme a direito, e Concilio Tridentino. E deste l1elicto s
podem conhecer os Bispos, (16) e no outros inferiores Ecclesiaslicos)
como pelo mesmo Concilio est determinado.
999 E no havendo contra o Clerigo mais que fama publica) sem
outros indicios; ou taes indicios, que no bastem para prova do cou-
cubinato; e outro-sim quando estiVei' infamado com alguma mulher,
que tivel' das portas adentro, ou que em sua casa emprenbasse, se pro-
ceder (17) contra elle, assim nas admoestaes, como no liuamento,
na frma sobredita a respeito dos leigos.
1000 A mulher, que for convencida de andar em mo estado COIll
Clerigo, sempre haver maior pena (18) do que aquella, que assim an-
dar com pessoa leiga, e ser a que mais parecer conveniente, consi-
derada a qualidade da pessoa, e circunstancias do crime. E se forem
casadas, ou mulheres, que ainda estejo em reputao, o nosso'\ iga-
rio Geral, e Visitadores se havero com elIas, como temos dito (19)
no titulo precedente.
1001 E sendo algum Clerigo convencido de incontinente, e for-
nicario vago, (posto que se no prove amancebamento, na frm1J
que os Doutores requerem para haver as penas delle) ser admoestado
por termo, sem pena, (20) e no se emendando se proceder contra
elle com as penas de dinheiro, priso, suspenso, segundo a qualida-
de da pessoa) e circunstancias da culpa.
TITULO XXV.
t DA ALCO\'ITARlA, E ALCOuCE.

Como elevem ser castigadas as pessoas comprehenclt'das nestes crimes.


1002 Este crime (1) detestareI, e pessimo, e gl'avemente abor-
recido POI' dil'eito, por sei' o principio de toda a deshoneslldade, pois por
n1eios de pessoas, que a1covitllo mulheres, e as do em sua casa a ho-
mens, perdem muitas a castidade, e boma. Por tanto ordenamos, (2)
e mandamos, que qualquer pessoa, seja homem, ou mulber, que for
convencida de dar mulheres a homens, consentindo, que com ellas pe-
quem em sua casa, ou cm outl'a, ou que as solicitar, ou induzir por
qualquer via, que seja pal'a peccarem com homens, pela primeira vez
seja presa, e condeml1ada em dez cruzados, e dous annos de degredo

(16) Trld, sess. 25. de Reform. cap. 14. ot ibi Barbos. n. 21. ,
(17) Consto Lam. lib. !:lo tit. 21. cap, 2. ~ 6. fol. !~33. Portuens. ulJi supra
vers, 5. J'Egitan. dicl. cap. 2. n. 9.
(18) Cap. Si concubin(C de S nt. excommunic. cap. 2. ubi glos., ull. ,de
Cohabil. Cleric. Trid. dicl. sess. 24. C. 8. onst. Ulyssip. lib. 5. lil. 12. 10 prlll-
cipio ~ 2.
(19) Consl. Laro. dicl. til. 11. ~ 7. fol. 434.
(20) Consl. JEgil. dict. cap. 2. n. 12. llar. ele Deliolis carnis q. 138. n. 1~.
cum seqq. Constit. Ulyssip. lib. 5. til. tO. flecr. 5. in prinoip. foI. 438.
(t) Authent. de Leoonibus jn prioc. col1at. 3. .
(2) Dict. Authent. cum aliis, de qui bus Fal'inac. de deliclis carOlS q.
146. n. 6. Thom. Vaz alleg. 13, D, 98. Pererr. de mano reg. 2. .\l' cap. 53.
ii n. t6.
DO ARCEBISPADO DA BARB.. 345
pal'lI fI'a do Arcebispado' (3) e pela segunda (h) se lhe dobrar a pe-
na pecuuial'ia, e do degredo' e pela terceil'U ser degradada por dez an-
1l0S para Angola ou S. Thom, e lhI' penitencia publica (5) com ca-
rocha porta da nossa S, ou da Igreja, em cuja Freguezia houvcl' com-
mettido o delicto' o que se entender, quando o alcouce no tiver ou-
tra qualidade, (6) e que aggrave o delclo.
1003 Porm se a alcoviteira, ou alcoviteiro (7) for convencido
de que deo, ou solicitou mulheres casadas, donzellas, vlwas honestas
de boa reputao, mulheres, a quem senia, (8) ou filhas, ou parentas,
que estiverem nas casas, ou debaixo lia administrao daquellas pes-
soas, a quem senia, ou sob guarda, e adminislrao da dita alcovitci-
ra, ou alcovIteiro' ou de que a!covitou a sua propria mulher, t9) ou
consentio se peccasse com eIla, nos taes casos pela primeira vez ser
preso, e condemnado (10) na dita pena pecuniaria de dez cruzados, e
em dous annos de tlegredo para fI'a do Arcebispado.
100.& E sendo segunda vez comprehendido pagar a pena pecu-
niaria em dobro, e sendo pessoa capaz de pen;l vil lm' penitencia pu-
blica (11) na frma sobredita, e seI' degradado por cinco annos para
Angola. E sendo pessoa de maior qualidade se lhe accrescentar a
pena pecuniaria, e degl'edo, conforme as circunstancias, (12) e escan-
daIo que houver. E senrlo mais vezes comprebendido se aggravaro
a.s penas conforme a qualidade das pessoas, e circunstancias do de-
hcto. POI'm se nos ditos casos, ou em cada um delles se no pro-
var o delicto consummado, e que com effeito as mulheres solicitadas
pcccro com homeus, mas smente se provar, que o alcoviteiro, 0\1
alcoviteira deo os recados, e enganou, ou solicitou da sua parle o que
pde, sero as penas moderadas (13) al'bitmriamcnte.

TI1ULO XXVI.
t
no flOMICIDlO FEPJ!\lEN'fOS, E INJURIAS.
Das P(IlQS com que ser castigado o Clerigo que malm', ferir, ou
espanem" alg'l.una pessoa.
1005 O homicitlio computado entre os mais gl'aves, (1) e hor-

(3) Consto Ulyssip. lib. 15. til. 13. decr. 1. in prillcip. Ord. lib. 5. lil. 32.
(!~) Consto m sip. ubi proxim.
(15) Claro ~ fin. q. 68. n. 23. Gomes ad Leg. 80. Taur. n. 7!~.
(6) Coo t. .iEgitan. lib. 5. til. 16. cap. unic. in principio.
(7) Ordin. lib. 5. til. 32. in principio .
. (S) L. Lenones cod. de spect. lib. 11. Authent. de Lcnonibus coIlaL. 3.
Farmac. dicl. q. 146. n. 52.
~!l1 L. l\Iariti lenocinium . Qui qmestum lT. de adullcriis. Farinac. ubi
Supra a n. 69.
(lO) Cabal. resoI. cl'im. contr. casu 171. 11. 10. Consl. .iEgilan. ubi supdt
n. 1. foI. 5i7. Portuens. lib. 5. til. 16. consl. 1. V. 1.
(Ii) Cabal. ubi proxime Consto Iyssip. ubi supr verso O homem.
(12) Const. Uly sipon. ubi proximc. iEgitan. dict. n. 1. in fine.
(i3) L. 1. ~ fino de extraordin. crimin. Ord. dict. til. 32.!\) ult. Cont. Porfll-
cns. ubi supl' v. 2. foI. 537. Ulyssip. dicl. deCl'. 1. ~ 1. veT>. E senos casos. lEgi-
lan. ubi proximc ~ 2. foI. 517.
I .(1) D. Thom. 2.2. q. 70. art. 3. cap. Mirol'. 50..di~t. cap. fin, de le!U.P?r.
rdln. el ibi llIu {('isso A Cunha : n.1. Gomes de delIclls cap. 2. de homlcH.ho.
34.G CO ~STITUI ES
riveis crimes, e como talo mandava Deos lia Lei E cl'ipta castigar COm
pena de morte, (2) e com esta disposio sc conformro todas as Leis
(3) seculares; e porque tem particular deformiuade nos ClcJ'igos, COI1-
\'()m, que os que commetterem tal crime sejo castigados exemplar-
mente, no s com as penas de direito Canonico, mas com outras que
se accrescentaro neste titulo, para que com o temor delIas se abste-
nMo de tal (lelicto.
1006 Pelo que ordenamos, e mandamos, que se algum Clel'igo
de Ordens Sacras, ou menores, que goze do privilegio do foro neste
nosso Arcebispado, esquecido de sua salvao, se atrever a matat' vo-
luntariamente alguma pessoa, sendo-lhe o delicto provado em frma,
que pelas leis seculares merea pena de morte Datu ral, seja deposto
(h) das Ol'dens, Beneficio, (5) e Omcio Clerical, e declarado por inha-
bit para outros pal'a semprc; C alem disso pagar a pena pecuniaria,
que pUl'eccr, e ser degradado (6) para sempre, para S. Thom, e COII-
demnado a pagar, e satisfazer s partes prejudicadas as (7) perdas e
damnos que pr causa da morte recebro. ..
1007 E no se provando tanto, que pelas leis seculares merc-
a pena de mOI'te, ou pelas escusas, e circunstancias que se provarem
deva ser moderada, ser condemnado em pena extraordinaria, t8) C'Omo
parecer justia. E com as mesmas pcnas deve ser castigado o que mall-
dar fazer o homicidio, mas o que exhortar, incitar, aconselhar, dcl' fa-
vor, ou ajuda, ou por outra via for causa da morte, ser castigado COII-
forme a culpa qlle tiver; porm se a ajuda foi no mesmo acto elo delic-
to, ser o que a der castigado, como o proprio matador, porque fica
sendo como principal autor da morte. E se o morto for Clerigo, alem
das censuras impostas por direito, e comminadas em nos'>as Contitl1i-
es, ser o matador, (9) ou seja Clerigo, ou leigo: gravemente casti-
gado com pena pecuniaria, e as mais que justas parecerem, pelo gl':ll'c
sacriJegio, que commetleo.
1008 E declaramos, que na irreguJaridacle que se incol'l'e pelo
homicidio yoJuntario pde dispensar smente o Summo Pontifice, (10)
posto que o delicto seja occlilto, e o homicida fica perpetuamente inha-

(2) Fxod. cap. 21. Cap. 1. ele homieid. Farinac. tom. 4. q. 1t9. n. 15.
(3) L 3. llaliaturcodic. de episcopal. audienL J,. penult. Qui aliasfl'.
de parricid. ~. Item Lex Cornelia Instil. de publ. judo Ord. lib. 5. tit. 35.
(l~) Cap. cum non ab homine de judic. Cap. Jnquisitiouis de accnsat. cap.
Jlresbyler 81. disto Farinac. de homicid. q. 119. n. 46. l\luslriss. A Cunha au
dictum texto in cap. Presbyler. 81. disto n. 4.
(5) Innoe. in cap. Cum nostris, et ibi Abbas n. 22. de concess. prrobclllI. Trid.
sess. 14. de reformato cap. 7.
(6) Themuel. 2. p. dec. 207. Dum. 7.
(7) Navar. de HesliL lib. 2. cap. 2. n. 51. Farin. dict. q. 119. n. 97. Na-
nr. in manual. cap. 15. Dum. 21~. et 26. Gomes lom. 3. de Delictis cap. 3. n.
37. Clarus ~. Homicidium D. 23.
(8) Fadn. ubi proxim n. 37. .
(9) Conslil. UJ~!issipn. lib. 5. tit. 15. decr. 1. ~ 1. .illgital1. lib. 5. 11t. 18.
cap. 1. n. 3.
(10) Trid. sess. 2~. de Reform. C. 6. et ibi Barbo a n. 30. et de Polest. n-
pisc0r>. 2. p. alleg. 39. n. 1~6. "Farin. dicl. q. 119. n. 58. Suar. d. 47. secl.. 1.
n. 2. de Censuris.
DO AHCEBISPADO DA BARIA. 3.47
bil (11) pal'a receber Ol'dens Sacl'as, e para o"exercicio das que j ther,
c para todos, e quaesquel' Beneficios, e Officios Ecclesiasticos.
1009 Item ordenamos, e mandamos que se algum Clerigo, ou
qualquer outra pessoa Ecclesiastica desta nossa Diocesi fedI', ou espan-
caI' a]glU1H1 pessoa, seja castigado arbitrariamente (12) em pena de di-
nbeiro, c elegl'cdo, segundo a qualidade das feridas, e circunstancias do
deliclo, e nas perdas, (13) e dall1nos, que a parte padeceo, assim em
se CUI'ar, como em sua fazenda: e se do fel'imento, ou pancada resul-
tar perda de membro alejo, ou deformidade, o Ro Clerigo ser con-
dcmuado em suspensUo de Ordens, e Beneficios por quatro aonos.
1010 E se ferir, ou espancar a outrem na Igreja, alem da pena
arlJitraria, que lIa de te I' pelo delicto, sel' gravemente castigado (U)
pelo sacrilegio em pena pccuniaria, SllspensUo, e degl'edo, que nos pa-
recer. E o que ferir, ou espancar, ou por obra afrontar, ou injuriar
alguem dtmtro em nosso Pa:o, (15) ou porta, csperando-o ueHa
para tal effeito, ser preso no aljube por dous ~l1ezes, e conilemnado
cm dez cruzados. E commeLlendo semelhante Insulto dentro da casa
de nosso Provisor, (16) Vigario Geral, Desembargadores, ou Visitado-
res, ou estando de espel'a porta para o tal efIeito, ser preso no al-
jube por um mez, e pagar dous mil ri8.
TITULO XXVII.
i" DAS PENAS, QUE nHERA' o OLERlCO, QUE PCCHAR von. AR1JA CO:STR..\. AL-
GCEill, AINDA QUE NO MATE, NEli! FIIl.A, E DO QUE Ii'iJUntAR ALCUElI
DE PALAYRA.

1011 Como os delictos grayes, ainda que smcnte sejo inlen-


ta1108, e pretendidos sem chegarem a ser consummados, principalmen-
te chegando-se a acto proximo, confol'me a dil'eito, sejo puoiyeis ao
menos com pena arbiLl'a1'ia, e exlraordinaria, (1) modamos, e o\,(leoa-
mos, que se algum Clel'go neste nosso Arcebi pado arrancar, ou apon-
tul' com alguma arma contra alguem posto que com ella no mate (2)
nem fira, seja pela primeil'a yez preso no aljube, onde estar um mez;
c pague dez cruzados; e pela segunda, e mais vezes se lhe dobraro
as penas pecuniarias, e de pI'iso at ser degl'adauo pal'a Angola, oU
S. Thom.

(11) Tricl. sess. 14. c. 7.


(12) L. Prrolur de Jnjllriis. Pego ar! Ord. lib. 1. liL (i5. 25. n. 207.
C1ar lls !1). Injuria n. 7. Gomes 3. VaI'. cap. 6. num. 7. 'alensuel. consil. [~1. n.
2O. Menr!. in praxi p. 1. lib. 4. cap. 11. n. 1.
(13) Cap. 1. de Jnjuriis, ct ibi lJarb. n. 8. ConsL LEgilan. lib. 5. til. 8.
cap. 2. num. 1.
('14) ConsL U1yssip. lib. 5. til. Hi. der. 1. 3.
(t5) Consto lyssipon. dic!. 3. vers. E o que ferir, foI. 44-7.
(16) Cons!. Ul)"ssipon. ubi proximc.
.(1) Cap. Sicut . llli autem de llomiciclio. L Cogitalionis 28. fT. de Prc-
1115. L. 1. I. IJ. Si qnis fuI'. 22. in princip. fT. de Furlis. Guazin. de Dcfcn .
rcOl'. defenso 33. cap. 2ft.. n. 3. Farin. in prax. q. 12ft,. n. 78. Clarus in pl'ilX.
fin. q. 92. ano 2. cum eerq. "
. (2) L.. Is qui cum tclo eod. ad lrg. CorneI. de SicaL. Cap. Quis nc PlCllll.
(!Js!. 1. "
348 CO NSTITUlES
1012 PaI'a os Clel'igos haverem de ser verdadeiros imiladores de
ChrislO Senhor nosso, devem ser de bumilue corao, pacificos, e man-
sos. Por tanto mandamos, que o Clel'igo, que injuriar qualcluer pes-
soa com palanas afronlosas, seja castigado al'l)itral'iamente, (3) segundo
a qualidade, e circUllstancias da injuria, e escandalo que houver, e na
satisfao della para a parte, se ella proseguir sua injuria. E fazendo
esta desordem na 19reja lhe ser accrescenlada a pena; e esla acima
declarada se entende pela primel'a vez, mas continuanuo (4) se lhe ag-
gravar, conforme o excesso, e reinciuencia.
TITULO XX \ lII.
DOS DESAFIOS, E PENAS EM QUE CORREM OS QUE ENCOmIET'J'E~ ESTE CRL\1E.

'" 1013 E' detestavel o uso uos desafios introduzido pelo inimigo
commum, para com violenla morte dos corpos conseguir tambem a
perdio das almas. POI' tanto os Sagrados Canones, Concilio Tl'i-
dentino, e Sllmmos Pontifices em suas Constituies o procurro 10-
talmente exterminaI', e extinguir da Cbrislaudade, impondo-lhe gravis-
simas penas (1). Conforme o direito antigo os que morrem no lal
desafio, ainda que mostrem signaes (le contrio, e se confessem, so
privauos de sepultura Ecclesiastica, e posto que se no seguisse a llIOI'-
te, assim o vencedor como o vencido lem pena de deposiO; e depois
pelo Sagrado Concilio Tridentino, alem das ditas penas de dil'eito an-
ligo, foi posta aos desafiados, e padrinhos excommunho ipso (acto,
confisca~~o de bens, perpetua inJamia, e tambem as penas que tcm os
homicidas por direito Canonico, e privao de sepultura Ecclesiastica:
(2) e a mesma ex.communho aos que derem conselho, ou por qual-
quer via persuadirem; e aos assist.entes que forem ver o tal desafio.
'" 1oa Pelo qlW exhol'tamos muito a todos os nossos subditos se
ahstenho de to detestavel, e prejudicial delicto, temendo a excom-
munho, e graves penas que por elte incol'J'em: alem das quaes se al-
gum Clerigo (3) nosso subdilo desafiar, ou aceita)' desafio, ou pOI' qual-
quer via for medianeiro, 011 interviel' nel1e, ser preso, degradado, e
suspenso, e ainda pl'ivado de seus Beneficios, segundo a qualidade, e
circunstancias da culpa. E quando se no prove o delicto consulll-
mado, mas smente os prcparalorios para o desafio, sero casligados
arlJilral'iamenle, assim os Hos principaes, como os seus medianeiros.

(3) Salzed. in prax:. c. 66. n. 2. Consto U1yssip. ubi supr ~ 4. foI. M~7.
(~,) L. Relegati IT. de Prenit. Consl. UJyssip. ulJi proxim verso To.das.
(1) Cap. 1. de torneamo Cap. 1. de Clericis pugnantib. in dueHo. Tnd. ses.s.
25. de Reform. cap. 19. JIlustriss. A Cunha in p. 1. decrpl. pago 882. n. ~. 111
cauUone ad caput 3. n. 1. !~7. disL U1yssip. lib. 5. til. 16. in prinrip. JEglt,an.
lib. 5. tiL 9. cap. unico. Consl. Crelestini IH. Julii II. Joannis .'. Pii IV. GI'C-
gorii X II r. Vide Ri.:. p. 3. prax. resol. 47. n. 4.
(2) Cap. 2. de torneamentis. Barb. ael Trid. sess. 25. de reformo C. 19.
(3) Con L Ulyssip, lilJ. o. tit. 16. de!;!'. 1. in pl'incipio, et 1.
DO AH.CEBlSPADO UA BAllH. 34G
TITULO XXIx.
t DAS PENAS DOS QUE lIESISTEM, E DESODEDECM AOS l'iIINIS'ffiOS DA JLS1'I.\
ECCLESL\STICA.

1015 Como no respeito, e obediencia aos Ministros, e Olficiacs


da Jo lia, cOl.lsisla grande pal'le da boa administrao della, e os que
lhe resistem ficJo resislindo a Dcos, cujos MinislTos (1) so; por lan-
to ordenamos, e mend3U1os que Ioda a pessoa que resistir ao nOSSQ
Provisor, Yigurio Geral, De embargadores, Yisitadores, ou qualquer
outro Juiz por Ns constituido, indo prendei' alguma pessoa, ou fa-
zeI' acto, ou jurisdio de scu om io ferindo 31gum del1c5, quando
couforme a direilo dera ser punida em nosso juizo, (2) ser presa, e
condemnada em ,lez annos de degrcdo (3) para Angola, e na pen3 pecn-
niaria, e satisfao da parle, (Ii) que parccer; e no havendo ferimen-
to, se a resislencia for com 3rmas, ser a tal pessoa degradada (5) por
Ginco anuos; e resistindo sem armas, por II'es.
1016 E fazendo a resistencia ao nosso Meirinho, (6) Escrives, e
mais Ministl'os, quando de nosso mandado, ou dos ~JiL1istros acima re-
lel'ic!os ou ex-offieio forem fazer alguma diligencia, se os ferirem, ser
o resistente condemnado em cinco annos de degredo para Jora do AI'-
cebispado, e cm pena pecuniari; e se a resistencia for com arma, e
nio resultar dclla ferimento, ser condemnado em quatro annos dede-
gredo, e em pena pecuniaria porm se fOI' sem armas, e no houyer
ferimento, ser condcmnado no degredo, e pena pecuni:nia que pare-
ceI' juna. E os que fizerem resistenciu ao Solicitador da Justia, Por-
teiro, homens ajuramentados do Meirinho, ou a qualquer outro Offi-
cial de nosso auditoria em materia (7) de seu omcio, sero castiga-
dos arbilrariamente. E toda a pessoa que I11<Uldar fazer resistncia a
qualquer dos sobreditos, hm'era a mesma pena, que fica dita contra o
qtle resiste. E os que derem ajuda, conselho, ou fuyor ao dito de-
licto, sero castigados a arbitrio.
1017 E os ditos Oniciaes, (8) sob pena de suspenso de seus
omcio. a nosso arbilrio, sero obrigados u denunciar, aconte cndo a
l'e. i leneia na Cidade, d um d.iil at o outro; e, dentro em oi dius,
acontecendo fru dellrt. E toda a pe soa que chegar a tanta ousadia,
lelllCl'idade que tire por medo, ou por fora algum preso das mo~
e poder de no_~)os Ministros, quando por direito deYil ser punido em
n~s~o Juizo, harer a pena que merecia 9) o dito preso pelos no '50
MIm Iras, e as mais que parecer.

(1) Paul. ad Roman. cap. 13.


(2) Themud. 3. p. uec. 2 i3. 11. iS. Pererr. de mano reg. p. 2. cap. 56. n.
3.1-. Oliva (le for. Eccles. p. :-. q. 23. Pego ad Ord. lib. 2. til. 9. SI [I-.
(3) Facil Guaziu. de defens, reor. dcfens. 1>. e. 4. num. ii.
(4) L Quolics cod. de exaclorib. lib. 10. Farin. de carecI'. I carccrat. q.
32. num. 8.
(5) Consl. POIlueus. lib. 3. til. 19. conslit. 1. in prinipio.
(6) Const. Ulyssip. lib. 5. liL n. decr. 1. \'el". E as 11cssoas foI. '149.
(7) l)icla ConsL ubi supr.
(S) l)icla Con IiI. ubi supl' ~ t. 'CI'S. E mandamos.
(!)) L. I. cod. de lis qui \aII'Ones. Farin. rle Cal' 'Cl'. ct carceral q. 30. n. 9
el q. 32. n. 63.
350 CO?'{STITurES
1018 E sendo Clerigo Benificiado, (10) alem do sobredito ser
condemnado em perdjmento dos fructos do Benecio por um anno
ametade dos quaes ser para a fabrica du nossa S, e a outra pcu'a ~
Meirinho, e despezas. E no tendo Beneficio er condemnado em sus-
penso, e deg1'Cdo, para onde, e pelo tempo que parecer, alem das so-
breditas penas, e de haverem de satisfazer parte, se allomer, todas as
perdas e damnos. E o Meirinho, ou Official a quem se lirar o preso,
ser obrigado, sob pena dc suspenso de seu omcio, a requerer auto,
( t 1) ou denunciar, sendo na Cidade, no m smo dia, e fra da Cidade,
lunto que chegar a eUa.
TITULO XXX.
t DAS OFFEl'\SAS, E INJURIAS FEITAS A NOSSOS MI!'iIS'l'UOS.

1019 Nos casos em que as offensas, e injurias conforme a direi-


lO devem ser punidas em nosso Juizo, ordenamos, e mandamos, que
se alguem disser (1) palavras injuriosas e pouco decentes, ou com obras
offender, afrontar, ou injuriar ao nosso Provisor, 'igario Geral, De
sembargadores, ou Visitadores, ou outros Ministl'os, que por autorida-
de nossa tenllrro poder de julO"aL', Oli mandar, se for sobre seu omeio,
ou sobrc causa pertencente aclle, logo o Ministro oIT ndiuo, ou injuriado
por algum dos modos acima ditos, poder mandar prcnder o culpado, e
no mesmo dia havcndo ESCI'ivO, ou Notario presente, mandar fazer auto
(2) por clle, no qual dar f de tudo o quc passou' e no havcndo Escri-
vo presente lhe mandal'<l que faa nuto do quc elle lhe relatar, e referir
no qual nomear as testcmunhas, as quaes sero pergulltada pelo dilo
auto, e o Escrivo escl'e\-el' seus ditos que o Inquiri(lor lhes pergun-
tar, e no o havendo, qualquer pessoa EcclesiasLica, a quem elle o
commettel', e a parte ser ilada para ver jurar as testemunhas sem
o Ministro offendido as istil' ou est~r presente a ellas; mas feito o
summflrio elle mesmo o pronunciar (3) como o caso merecer, e o rc-
metter quellc Ministro nosso a qnem pertencer o conhecimento, ede-
ciso da cansa para proceder contra os delinqupntes, os qUaes podero
seI' condemnados em pena de dinheiro, (.4) como paraccr justo, se?do
summariamente ouvidos, se assim o reqnererem. E se for Cleflg~,
ser lambem condemnado em suspenso, conforme a qualidade do CrI-
me. E quando o qne se fizer, ou disser de algum dos llitos nossOS

(10) ConsLil. Porlnens. lib. 5. til. 19. cons{it. 1. verso 3. .


("11) Consto Portucns. ubi proxime verso !~. Consto U1yssip, lib. IS. Llt. 17.
decr. 1. 1. vers. E mandamos foI. 41j9. A::gitan. lib. 5. Lil. 11, cap. 2. n. 4.
foI. 503.
(1) Ord. lib. 5. til. 50. elo ibi Barb. Farin. in prax. q. 105. Pegas ad Ordin,
lib. 1. lil. 65. fi) 25. n. 92. cum seqq. Conslil. U1yssip. lib. 5. lil. 17. dcer. L
SI 1. vers. As mesmas. Facit Ordin. lib. 2. til. 9. Si 4. .
(2) Ol'll. lib. 5. liL. 50. in principio. Cal'!eval de Judic. tom. 1. til. 1. dlsp.
2. q. 7. secl. 1. num. 799. Consl. La/TIcceJis. lib. 5. til. 3. cap. 2. foI. 396. Ul)'s'
ipon. ubi proximi:.
(3) Ord. ubi proximc \"ers. E ranlo qne. Barb. ad dict. Ord. lib. o. Lil. 50.
II. 4. COllciol. resul. crimin. verb. Judc:\: res. 7. 11.1. el7.
(!r.) Ord, dicl. vcrs, E l'llllo quc.
no An.CEBJSp_~no D1 BAHTA.
Ministros for cm sua ausencia, (5) tanto que lhe "ier a noticia manda-
r fazer aulo, e proceder na frma referida.
1020 E se alguma pessoa fizer o1Tcnsa a algum dos ditos nossos
Minjstros, que tem jurisdio, posto que no seja sobre a materia de
seu olncio, ser castigado arbitrariamente, como parecer (6) convenien-
te. E na mesma f6rnlil se proceder contl'a o que le"antar volta (7)
em Juizo, posto que nUa fa~a nem diga olfensa a qualquer r\linistl'o
nosso.
1021 E o que fizer injuria aos nossos Offidaes (8) inferiores, re-
feridos no titulo precedente ser condemnado arbitrariamente. E man-
damos aos ditos nossos Ministros, sob pena de Ih o extranharmos, e
procedermos contm e11es, Coamo parecer, no dissimulem (9) as inju-
rias que lhe forem .feitas, antes logo procurem fazer autos, e procfdo
e fao proceder contr os culpados conforme a direito e nossas Cons-
tituies.
TITULO XXXI.
t DO Ft:RTO

E penas que havero os Clerigos, que o commetterem.


1022 E muito grave (1) o crime do furto prohibido por direito
natural. e Divino, e muito prcjurucial a Republica, por tanto o direi-
to Canonico, e ciril, o manda punir com graves penas, entre as quaes
a da infamia: (2) e porque este crime fica sendo mais enorme nos
Clel'igos cujo estado pede Yida mais reformada, e perfeita, conforman-
do-nos com a rusposio de dircito, ordemllnos, e mandamos, que qual-
quer Clel'igo de Ordens Sacras, Beneficiado ou Clerigo de Ordens me-
nores que gozar do pril'ilegio do foro, sendo em nosso Arcebispado
cooyencido de commetter furto grave, seja deposto (3) do orticio, e Be-
neficio, e conel mnado em pena p cuniaria priso, e degredo (4 )para
Angola, ou S. Tbom, ou gals, seglU1do a qualidade do furto, lugar,
e modo com qne foi feito reil1cidcncia nelle, e mais circunstancias,
q.u e concorrerem. E alem das dilas penas ser condemnado, que res-
lJLua (5) a seu dono a cousa furtada, e todas as perdas, e damnos. E

(5) Ord. dicl. Lil. 50. S\ 2.


(6) Consl. U1yssip. dicl. S\ 1. verso E as mesmas, posL medium.
(7) ConsL. lEgilan. lib. 5. til. 10. n. 1. foI. 502. Porluens. lib. 5. lil. 19.
consL. 2. verso 1.
. .(8) Ord. dicl. liL. 50. S\ 4,. Phoob. 2. p. aresL. 183. Consl. 1Egilan. ubi pro-
xlme cap. 2. n. 2.
~9) Con L. .U\J'ssip. ~icL. S\ 1. ms. ult. lEgil. udict. cap: 2: n. ~" foI. 503.
\1) Claro IIb. 5. ~. l'urlum n. 6. Abb. cons. 20. D. 1. ln fine IIb 1.
. . (2) Cap. Infames 6. q. 1. cap. 1I\1. de FUl'lis. L. Si fnrli codic. quibus cau-
IS IDfamia irrogelur. L. r\on potest /T. de l~l1rtis q. 167. n. 10. et 11. Petr.
Gregor. Synlagm. juro lilJ. 37. cap. 2. tiL. de Puma extraordin. fUl'li n. 2. eL 23.
. (3) Cap. PI'C'l)yLer. 81. di L. cap. Si quis C1ericus 17. q. 4. C. Tum de Pre-
",s. LaL Fal'inac. tom. 5. q. 167. num. 9. Maio\, de IrriglllariL. lib. 5. cap. 2R.
n. L Menoch. de Arbitr. lib. 2. casu 191>. num. 22. IllusLriss. A' Cunha ae! die-
num. C. PresbyLer. n. 3.
'h (!~) 'fhemud. p. 3. deeis. 288. n. 3. eL 9. et p. 2. decis 216. n. 7. lHenoch.
II .2. de Arbilr. censuro 3. casu 290. ConsL. lll'UclHlrens. ]ih. 15. til. 57. in
prmcip. foI. G52.
'5) Abr. dr insl. "Pa:'ochi lib. 8. rap. L n. 487.
CO~STfTUIGES
sendo o furto de cousas sagradas se lhe aggravm'o (6) as penas: como
tambe.m se for feito na Igreja.
1023 E eom as mesmas penas (7) de furto sero castigados os
Sacerdotes, que em sen poelcr retiverem os bens, que os defuntos,
(principalmente no sendo deste Arcebispado) tlepositro em suas mos,
(para o restituirem a seus 11 rdeiros, ou outras pessoas, a que as leis
no probibcm fazer-se a dita restituio, ou entrega) no os entregan-
do como devo fazer, e alem disso negando -os; porque COm esta gra-
ve maldade se faz grande olTensa a Deos, faltando-se ao cumprimento
da vontade dos defunto , prcjudicando s pessoas a que se deve fazer
a entrega, e d:mdo occasiTIo ao moribundos, para que ante mOlTo
impenitentes, do que entreguem os tnes bens em d sClrgo de suas
consciencias a Sacerdotes, de que 11TIO confio re tituio, por verem
que alguns so comprehendidos em semelhantes delictos. E se algum
for comprebcndido em furto leve, (8) ser casligado arbitrariamente,
segundo sua culpa merecer.
TITT LO XXXII.
t DAS TABOLAGE~S.

Que ning~teIn d tabolagem em sua casa, nem jogue antes de lJlissa.


102k Por quanto com a casas de jogo publicas e d occa io
aos que jogo (1) a contendas, indignaes, execra es, perjurios c
escallelalo ao povo, prohibims (2) que llern-mua pessoa Ecclesiaslica,
ou secular desle nosso Arcebispado d em sua casa tabolagem, dan-
do cartas, e velas para Ih'as tirarem; mesa e calleiras para lhe darem
barato; e o que o conLrario fizer, sendo Ecclesiastico, ser condemna-
elo na frma que fica disposto no IiI'. 3. tiL. no. E sendo leigo, pela
primeira YCZ ser admoestado, (3) e pagar mil ris; pela segunda pa-
gor a pena em dobro; e pela terceira pagar quatro mil ri ; e sendo
mais vezes comprehenelido ser castigndo com maiores penas de di-
nheiro, e degredo, segundo a r incidcncia, e e. candalo que homcr.
1025 E outro-sim proillbimos, sob p.ena de duz nlos ris para
o Meirinho, que nem-uma pessoa nos Domingos, (4) e Festls de guar-
da jogue jogo ulgul11 antes de serem acabados os Ofl1cios Divinos; e a

(.6) Cons!. U1yissip. lib. 5. til. 4. decr. 1. Si L verso AquclIcs que Curtnre.fi
Cnlices. Orel. J. 5. t. 60. !~. Si Bon. tom. 2. d. 3. q. 6. n. 13. et ulii, quos eit. Ill.
H. Doelores ad text. in cap. Qnisqllis im'entlls 17. q. 4.
(7) Salzed. io prax. cap. 9. lit. B. verso Aliud. Farinae. in Cragm. verbo ele-
riolls n. 32/~.
(8) Snlzed. dicL cap. 9. lil. A. Farin. dicto verbo ClericlIs n. 323.
(1) Cap. Tuter dileclos de Excessibus Prrclalor. Bonac. tom. 2. ti. 2. q. 3.
puneto 1.. n. 5. et scqq. Illustrisss. A' Cunha p. 1. decr. disl. 35. cap. 1. n.1-
(2) Cap. 1. disL. 30. cap. Clerici de vito et honesL. Clerical'. L. fino cad. rle
Religios. ct alem lusu. Or\1. lih. 2. tiL. 9. ill principio. Farinac. dicta q. 10~. per
totam. Const. Ulys ipon. lib. 5. til. H. decrel. 1. in pl'ncipio. Bracl1ar. tIL. 12.
constit. 13. n. 1. CoI. 195.
(il) Consto U1y sip. uui proximc Si 1. i'Egilan. lib. 5. til. ii. cap. unico. .
(4) Pariz de Putco, de ludo n. 12. Farin. ex mllllis tom. 3. pra,'. q. 109, a
n. 135. pt seql"[. Onl. )ih. 5. til. R2. "10.
DO ARCEI3ISPADO DA BARIA. 353
mesma pena haver quem cm sua casa: ou fazenda consentir jogo no
dilO tempo. E enculTegamos ao nosso Provisor, ou Vigario Geral,
e aos da Vara, e Visitadores, quc tenl1o cuidado de inquirir se ha
pessoas comprebendidas no dilO deliclo, para l)l'oceder m contra el1as
na frma desta Constituio. E s Justias seculares (5) encommen-
damos muilo, que tenho cuidado cm prohibir as taes casas de jogo
publicas, como para senio de Deos; e bom goremo da Hepublica se
requcr.
TITULO XXXITI.
t C01l0 SERO CASTIGADOS os MI:'IIS'rnOS DE l'iOSSO AUDITORIO SOBRE OS ERROS
DE SEl:S OFFICIOS.

1026 Importa muito ao hom gO\'cruo d~ Rcpublica Chl'isl para


a recla administrao da Justia, que os Ministros della estejo sngei-
los a quem sindique, (1) c conhea das culpas, c erros commellic1os
em seus officios; por tanto declaramos, que os Julgadores eSUro su-
geilos nesla llllteria aos Prelados e os Ministros, e Oliciaes infcrio-
res so subditos (2) ao Julgndor, no tocantc s matcl'ias dc scus offi-
cios posto quc por outra via o no sejo; e pdem pelo dito Julga-
rlor ser castigados pelos erros commettidos nclles, ainda que o Julga-
dor seja Ecclesiastico e os Officiacs (3) leigos.
1027 Attendendo s quanto convm ao senio de Deos, quc
os Minislros da Justia cumpro com as obrigaes de seus omcios e
iryo Com toda a inteircsa, verdade, diligencia, e segredo nas cousas

que pedirem, e que no fazendo assim sejo castigados, ordena-
mos e mandamos ao nosso, Provisor, e 'Vigario Geral, que no satis-
fazendo os dilos Ministros, e Officiaes Infel'iorcs que lhe eSliverem
sllbdilos, inteiramente s obrigaes de seus officios, os casliguem,
segundo merecer sua cuJpa, para que obre o temor (J,) da pena o que
no pde obrar a obriga o llo omcio.
TITULO XXXI\ .
t DAS ACCl:SAES, E rESSOAS QUE pnEi\{ A ELLAS SER AD)lI'fT IDAS.

1028 Conrm 111uito ao bem publico, (1) que o delinquentes

(n) r.onst. llortuen . lib. 15. til. 21. consl. unic. vers. 2.
(1) SeguI'. in director. judie. Eccles. p. 1. cap. 13. n. 8.
(2) Texl. in L. fin. cod. de jurisd. omn.judie. Tc.-'it. in cap. Saeordolibus ne
Clel'iei, vel Monachi. Tbemlld. p. 2. doeis. Ui. n.IL Thom. Valase. allcg. 21. n.
16. Felln. in eRp. Eec1esia S. Marim II. 68. verso 2. de con L Casan. in consuel.
B~l'g. rub. 1. ~ 15. n. 7L. Bald. in L. uniC<1 eod. in quib. causo milito for. pr<rs-
Cl'Iplo uli 1I0n posse. Pereyr. de mano reg. p. 1. cap. 20. 11.4.
Ui) Th mudo dee. J60. Oli\'. do for. Eecles p. 2. q. 23. n. 115. Durb. do po-
lesl. Ep. alleg. t07. n. 1/i.. Cahed. p. 2. dec. 202. n. 2. Rit:. in pra:c p. 1. refol.
!RlL. n. 10. Dnrb. ad Ord. lib. 3. tit.21-. 2.
. (1.) L. 1. cod. ad lego J111iam repulandarl1m, cap. TlTefragabili ~ Cmlcrum,
~~1 glos. verb. l\[elu pam<r de ome. ordinal'. Dovadil. in polit. lib. 2. cap. 13. n.
()(). et s('qq. tom. 1. .
,1) Ord. Iib. 5. til. 126. in princip. etlib. 2. lit.3. ad filiem prillcipii.
)~J.
0;) l CO~ST1TUTES

se casfiguem, assim para que se evitem as desordens da Republica, e


ella se conSCl've em paz, e quietao, como para que os bons posso
viver seguros, e com o temor das penas que virem exeeutar nos mos
se allsterulo de commeLtel' semelJlantes delictos, .ficando tambem cr-
vindo de satisfao mesma Republica, e s partes ofTentlidus o casti-
go executado: para que cOJU etfcito se lJUdessem castigar os delin-
quentes se ordenou, e introduzio por direito o remedio (2) da accu-
sao; consiste eru uma dela lio, feita legitimamente em Juizo, de ha-
,ter o Ro commetlido algum crime, para scr por elle castigado em
satisfao, e yingan~a (3) publica' e cndo este o Um da accnsao con-
correndo juntamente as qualidades que para ella se requerem, (4) fica
sendo no s licita, e justa, mai muito utiJ, e n ce s:u'ia para o !!o-
,remo publico, O qual principalmente consiste em que ltaja premio para
os bons, (5) e castigo para os criminosos. Conl'orme as qualidadrs
dos delictos se pdeOl formar, e proseguir por vario modos as (6)
accusaes, mas sempre se requer que as pessoas dos accllsadores se
jrro habeis, e legitimas, pois no sendo legitimo o accusador, ningucm
pde le~itimamellte (7) ser castigatlo.
1029 E assim declaramos, que conl'orme ti direito todas as pes-
Roas pdem accusr exceplo as que se acharem especialmente prolbi-
das, (8) como so inimigos \9) capilaes, e sens familiares, (10) mu-
lheres, (11) pessoas infames, (12) os que recehem dinheiro (13) por
accusar, os que esto em ida pupilar, (H) o seno (15) n seu senhor,
o libeTto (16) ao patrono, os leigos (17) aos Clel'igos, os Cl rigos (18,

(2) Texl. in cap. Qualiter, et quando 21-. de accusaL.


(3) TexL. in L. Libellorum 3. Ir. ele accusaL. C1ar. in prax. crim. lib. 5. ~
fino q. 12. n. 1. cC ibi addition.
(l~) Clar. dict. q.12. n. 6. et c qq.
(5) Text. in cap. Et qui emenrlat 12. dist. ,0\.1). cap. Quapropter 47. 2. q.
7. L. 'ulli 28. !\i fino cod. de Episcop. et CJerie. L. 1. 1. IT. de justil. ot jure.
Gomes 3. vaI'. cap. 1. n. 29. et ibi Ayllon. n. 30.
(6) Ord.lib. 5. til. 117. 1. et ;eqq. et 16. cum seqq. et lib. 1. tit. 65..
31. et seqq. et lit. I)R. !\i 3'1. et seqq. Clar. dict. ~ fin. q. 3. Leylio de illquSll.
(I. 9. per lotam. Scaccia dejudie.liLJ. L cap. 51. 1)6.71. 73.83. et seqq.
(7) TexL. in cap. 'on oporlel. 3. q. 9. 1. de accusal. Claro dicl. ~ fino q.15:
(8) Texl. ill cap. Ejic.iens 88. di lo I,. Ql;ia accusare lT. de llccusal. L. QIH
eretu ~ fino lT. ad L. Ju!. de vi publico Fario. lib. 1. lil. 2. q. 12. n. 8. Claro hb.
5. Si fio. q. 14. num 1.
(9) Tcxl. in cap. 2. cap. Accusalor. cap. Suspeclos, e. Omnes 3. q. 5. cap.
Cum oportcaldeaccllsal. Ord.!. 5. til. 1'17. ~2. Leylodejur. Lusitan.lracl.3.
n. 8.
(10) Cap. Aecusatorib. 3. q. 5. cap. flepellanlUl' de accusat. .
(11) Cap. Mulicres de judie, in 6. L. Quiaccusare!T. deaccusal. Clarus (hel,
q. 14. n. 8.
(12) Cap. Infames. cap. Qui crim n. G. q. 'J. Cap. ln primis 2. q. L cap.
Canonira. cap. SimiJiter cap. Nullus scrvus 3. q. 5.
(13) Cap. Prohibentur 2. q. 1.
(14) Cap. Si testes Si lnvili 4. q. 2. cap. Probibcnlul' 2. q.1. I~. ('ui aceu-
sare IT. de accusal.
(15) Cap. Accusalorcs, cap. Nullus servus 3. q. IS. cap. Prius esl 3. q.11.
(16) Cap. Accusalores, cap. Nullus servus 3. q. 1). cap. De famulis 3. de sen'.
non ordin.
(17) t::ap. l'uJlus, cap. I.aico 2. q. 7. cap. c1erieum j I. q. 1.
(18; Cap, Poslulali de Homiridio. cap. Sicut2. q. 7. cap. Clel'iri, cap. Srll'
DO AUCEBISPADO DA BAllIA. 35G
aos leigos o accusado (19) ao accnsador os excommungados, (20) he-
reges, (21) scismaticos, pagTIos, ou Judeos, e outl'US pessoas, que o
direito prohibe. Porm as ditas pessoas e quaesquer outras, toda\"ia
podem accusar proseguindo sna injuria, e crime contra sua pessoa (22)
commetlido, ou de seus parentes deutro do quarto gro contado con-
forme a direito Canonico, e elll ontros casos exceptuados em direito.
1030 E concorrendo muita pessoas a accusar alguem, aquelle
ser preferirIo aos outro, que pl'oseg1.1il' o maleficio, ou injuria feita 11
elJe ou algum parente (23) seu at o quarto gro inclusi\"c: e secol1-
correm muitos parentes, seja preferido o mais chegado; (21.) e sendo
todos em igual gro, todos sejo admitlidos.
TITVLO XXXV.
-te QUE .\S .~CC(jSAES: E Ll\R.\:llEI\TOS, SE PROSIGO [,ESSO.\L~E;'\TE, E
-o POR rROCUR,\DORES.

1031 Porque mui tas \"ezes podia acontecer ficarem frustradas as


accusues dos crimes, no appar cendo os accusados em juizo para
lIcUes serem executadas as penas qne se lhes impuzessem; como tambem
sercm alguns accnsados injustamente, ausentando-se o accnsadore
a fim de dilatar os processos, ou por no serem castigados, constan-
do das calumnias de suas accusaes, dispoz o direito, (1) que assim
os accusaclorcs, como os accusados proseguissem em Juizo pessoalmen-
te as suas accusaes, e linumentos, no por Procuradores.
1032 Pelo que, onformando-nos com a tal di posio, e com
as Constituics dos mais Bispados, e estilos do Reino, ordenamos, e
mandamos, que qualquer pessoa, que criminalmente quizer accusar
outra em nosso jldzo Eccksiaslico por algum crime grave, eja obri-
gada propor, e prosegnir pe soai mente a sua accusaTIo, e da mesma
sorte o no a causa de seu livramento; e que nem-uma dcllas seja ad-
mitlic!a a uma, e outra cousa por seu Procurador mais que para estc
estando e]Jes prcsentes, allegar de dircito, encaminhar (2) os seus
requcrimentos.

tentiam sanguinis ne Cleric.i. vel Monachi. Farin. dict. q. 12. n. 12. verso Li-
mita pl'im.
(19) Cap. fino de Teslih. L. Is qui reus !T. de Publ. judo L. 'eganda cad.
Qui ac~usare non possunl. Clar. dicta q. 14. n. 12.
(20) Cap. Nullus. cap. Si qui 3. q. 4. cap. 1. el 2. !l.. q. 1. C. Exceplionem
de Excepl. cap. cum dilcclus de Accusat. Claro dicl. q. 14. n. 16.
(21) Cap. Difil1imus !~. q. 1. cap. Si hall'elicl1s 2. q. 7.
(22) Cap. Omnibus ~,. q. 6. C. De Crelero de Test. L. Petilioncm cad. de
Advenl. diverso judo ubi Baldus. L. Ri tamen ff, de Accusat. Gomes lom. 3. cap.
1. n. 34.
(23) L. Si plures, el ibi glossa !T. de Accusal.
(24) L 2. Si ~i simu\. ubi 13arlol. !T. dCl Adulter. Dicta L. Si plurcs.
. (1) Text. in cap. Absens. 18.3. q. 9. Text. in cap. ln criminalib. 5. q. 3.
lcxl. in cap. TUal 5. de Procmatorib. Text. in cap. Vcnicns 15. de Accusal.
I.. pc~ult. Si Ad crimen. fl'. de Publico judie_ Ord. \. 3. lil. 7. Si 2. in finc, et
3. cl !lb. 5. til. 12j.. j!~. el15. Caldo iu L. un. cad. ue ex dclicl. deru/lcl. p.
2. n..50. Themud. 2. p. dee. 201. 11. 7. . .
(~) Ad ea qUtC Fariu. q.99. n. 113. el scqq.l\lenoch. de Arbltr. !lb. 'l. q.
SO. n. 83. cl 8'1..
CO~ST1TUIES

1033 Porm S' o cl'ime no for gl'\'e, mas Lal que provado IlIC-
rea smente pena pecmliuria, ou degredo temporal para rra do Ar-
cebispado, ou ouLra semelhante, ou menor, cnUo assim o accu::lador,
como o aCCllsado no sero obrigados a residir em pessoa, mas podc-
ro ser admiLtidos por seus Procuradores, (3) sillvo se desLes deliclos
leves o Reo se livrar com carta de seguro, ou f'ar pronwlciado, que se
livre (J,) como tal, ou com Alnr de fiana, ou prc o sobre homena-
gem pela Cidade, ou ViIJa' porque nestes ca os assim um, como ou-
tl'O sero obrigados a continuar as aucliencias pessoalmenLe, como o
so nos delictos gl'uves (5). E ainda que o fio eSLando actualmente
preso pelo crime de que accusado, possa proseguir o livramenlo pO!'
Procuradol', com ludo o accusador deve proseguir em pessoa a sua ae-
cusao.
103lt E em LOtlos os casos sobreditos em que o accusadol' e
Ro o obrigados a residir, se o no fizerem, o accusador ser lana-
do da accusao, e o nosso Promotor a proseguir at final: porm
se depois de assim li1o.ado \"ier dentro de dez dias conLados do lan-
.amenLo, ser outra vez admittido; e cndo ontra lez lanado pela
mesma causa no ser mais recebido por parLe, posto que Lorne a 3J!-
parecer, ma poder ajudar a JusLia, (6) se quizer: e ao R'o e ha-
ver por quebrada a carta de seguro e se mandar pr ndel', elo que se
far termo pelo Escrivo dos autos; (7) mas se dentro do termo de
quinze dias, contados da primeira audiencia, em que faltou, apparccel'
em juizo, ser admiLLillo sem prisO, corno se a carLa lbe no 1'0 se
quebrada, (8) e no tempo de sua ausenr.il.l correro os autos sua I'e-
vcliu. E se depois de passado o do Lermo de quinze dius, ou dl~
rundo enes, antes de se aprescnLur em jujzo (9) for preso, prosegul-
r o seu livramento lia Cucla, (como o pdem pl'oscguij' os presos)
por seu Procmudor.
1035 Os Hos sero escusos de residir pessoalmente em juizo
em quanLo durarem as dilues (10) das pro\a . e dcstu faculdade
gozaro os accnsadores, <linda que os Ros estejo presos. E na mes-
ma frma sero escusos um, e outro da rcsidcncia no tempo das fe-
rias, (11) se for de tal qualidade o crime, que n~o possa correr no
LaI Lempo. E ouLro-sim ser o acc.usauor escuso de assistir ao tem-
p da public:Jo 12) da sentena.
1036 E porque, conforme a direito, no conrm honestidade

(3) Ord. lib. 3. tiL 7. ~ 2. cl lib. 1>. lil. 124.. ~ 14. et ibi Bill'b. II. 4. Clar.
lib. 5. SI fio. q.32. n. 5. et seqq. }lal'o. diel. q. 99. \l. 66. et scqq.
(l~) Ul in easibus de Quib. Leytiio de Securil. q. 12. ii n. 2.
(5) Ord. Iib. 3. lil. 7. ' 2. cl lib..J. lit. 124. 14. Lcyto de Securit. q. 10.
num. 5.
(6) Ord. IIh.1>. til. EH. ~ 115. Consl. Lamee. lib. 1>. lit. 1. cap. 2. SI 1. Cald.
in L. unie. eod. ne ex deliet. dcl'ullel. p. 1. n. 46.
(7) 0rd. lib. 5. til, 124. 20. I'hmb. 1. p. aresto J07. teyto de Secur. q.
10.0.16. Mellfles in praJ<. 2. p. lib. 1>. cap. 1. II. 28.
(8) Ord. dicl. til. 12~. SI 20. vels. Porem. Leyto diet. q. 10. a n. 17. usq.
acl num. 20.
(9) Faeit. Ord. dir.l. ~ 20. teyto dieta q. 'lO. uum. 19.
(J O) Consl. tarnee. lib. 1>. til. 1. c. 2. Si 3. foI. 381.
(j I) Ord. Iih. 3. lil. 18. U.
(12) Ord. \. .1.. til. 12~. 1:5. et Si 16.
DO AJlCEl3l;.,PADO D\. BAHIA. 337
das Illulhel'es f,'cquentaT (J 3) as alldjencias, ordenamos, e mandamos,
que sendo eUas accu~dol'as o nosso \ igario Geral as escuse de resi-
dir nas audiencias, dando fiana comerriente a seu I'hitrio de appal'C-
cerem prssoalmente todas as vezes que se Ihc mandar (14)' E seudo
accosatlas, c livrando-se com segmo, ou Alvar de fiaua sero obri-
gadas a se apl'csentUl' pessoalmente na primeira audiencia, (15) c dahi
por diantc dando fiana na frma sobredita se lhe conceder, que pos-
sUo proseguir os seus livramentos por ProcUl'ador, (16) Gcando lambem
o~rigadas a apparecer pessoalmente todas as vezes que o Julgador
mandar.
1037 E havendo justa causa poder o nosso' igario Geral dar
licena aos que se (ivl'o com seguro, ou Alvar de fiana, para que
no resido em Juizo pessoalmente por espao de algum tempo, como
se forem pessoas dc qualidade, ou Paroehos que tenllo Cura d'almas,
00 Officiaes que ganhem o sustento por seus oJ'fieios: no poder po-
rm concedel'- Ih a para que deixem de estar presentes ao tempo (17)
ela sentcna.
1038 E porque entre o accusador, e Rl\O de'-e lJaver igualdade
(18) a rcspeito da l'Csidencia em Juizo, mandamos, qne concedendo-se
a algum delles licena pal'ilno residir pessoalmente, goze (19) tambcm
o outro della pelo mesmo tempo, posto que na dita licena lio v as-
sim declarado.
TITULO XXXVI.
t DAS QEEREL.\S.

1039 A querela urna simples petio, lla qual se declara o no-


me do accusndor, (1) e accusado, e o crime commettido, e o lugar,
dia, mez, c anno em que se commetteo; pde e deve recelJer-se de to-
(lo o cl'jme gl'ave; porm no de injurias verbaes, (2) posto que atro-
zes, nem do que se queixar que lhe fizel'o afrontas, porque no ha-
vcndo feridas, nodoas, ou pisaduras negras, ou inchadas, (3) no tm
Jogm' a querela; excepto se a ilJiUl'ia real fosse feita a algnm Paroc!lo
dc nosso Arcebispado sobre seu oficio, (4) porque em tal caso se JlJe
Jloder tomar a querela, posto que no hou\"essem nodoas, ou pisadu-
raso E se o Parocho oIl"codido no querelar, ou desistir da querela

(13) L. ulL. cod. de Recept. arbil. cap. 2. de Judic. lib. 6. A'.:gid. de Privi-
lego honesto art. 2. n. 1.
(t!~) Grd. lib. 5. til. 12~. Si 16. Phccb. 2. p. aresto 166. Leylo de Securit.
q. H. II. 18. jEgid. dict. art. 2. n. 18.
(15) Facil. OrJ. lib. 5. til. 124-. 16.
(16) tcyto dicL. q. 10. num. H.
(17) Ad ea qu<c Le)'to de Securit. dict. q. U. num. 18.
(18) Cap. Non licet 32. de regul. juro lib. 6.
(H)) Facil. Yalasc. consult. 23. n. 7. Leylo did. q. H. n. 14-. et 15.
(1) Clar. Si fin. q. 10. num. 2.
(2) Onl. lib. 5. tit. tl7. ~ 5. Thcmud. p. 2. decis. 121. n. 2.
(:1) O..d. d. til. 117. ~ l-
I"') COllSl. :Egilau. lib. 5. til. I. cap.:l. in prine. 1'01. 467. Porlllcn . lib. 5.
til. 2:3. cous!. 3.
1.5
35~ CO~sTIT "lES

depois de a ter dado, o nosso Promo!ol' querelar, (5) ou pl'oseguiJ'


at fUlal sentena.
10/,0 E manliamos ao Escrb'o, a que a qnerela foI' distribuida,
sob pena tle suspenso de seu omcio at nossa merc, a escreTa bem,
c fielmante em um livro, que para isso ter numerado, e rubricado
por nosso Vigario Gel'al na frma costumada, no accrescentando, di-
minuinlio, ou mudando cousa algulIla, e declal'ar distinclameute os
nomes, sobrenomes, oll1cios, e qualidade dos quel'elosos, e querela-
dos; e a qualidade dos crimes, (6) lugar, modo, e tempo, em que se
commettro; e os nomes, sobrenomes, omcios, e qualiuades das tes-
temunhas, \7) que os querelosos nomearem; e as dilas querelas sero
pOl' elles jmadas, c ussignadas; e tambem com el1es assigllar o nosso
\ligario GemI: e no poliendo, ou no sabendo assigllar os querelosos,
o declarem assim os Escl'ives, que tomarem as querelas; as quaes no
sendo nesta frma dadas sel'o nullas, e de nem-um Yigol'.
10M E Ho sendo o quereloso pec;:;oa conhecida, (8) antes da
(Iuerela ser LGmacla, se lhe mandar que apresente ao menos uma pes-
soa, que o conbea, e do que a testemunha declarar (Iar o Escrivo
f na qllel'ela. E o Julgador, que d'outra sorte reeeber a tal querela,
pagar todas as custas, que por ellas se fizerem porm a dita quere-
la ficar valiosa.
i0/,2 E semlo o quereloso leigo, ou por qtlUlquer outra yia isen-
to de nossa jUl'isdiO, no ser a(lmiltido a querelar ou accnsar sem
dar primeiro fiana (9) de pessoa Ecclesiastica da nossa jUl'is<.liO, e
se a no acbm', dar por fiador um secuIa!' abonado, que se gbrigoe a
pagar todas as custas,' perdas, e damnos, cm que o quereloso for
condenmado pOI' sentena, sem para isso seI' requerido, ou notificado
o fiador, mais que para se haver lie fazer execuo em seus bensi e
se ohrigar o dito fiador le.igo por juramento (10) dos Santos Evauge-
lhos a responder sobl'e a dita fiana perante nossas Justias, renUll-
ciando o Juizo de seu foro, de que far tcrmo assiguado nos aulos
que assignar o dito fiador, e "\Iigario Ceral: e li quantia da fiana se
tomar sempre hastante pal'a o solJI'edito, e no sendo bastante por
culpa, e dolo de quem a lomar, pagar de slla casa, c bens o qne foi:
lar. E se o quereloso fOI' to pobre, que lIo possa 1:1zer o que aqlll
fica determinado, constando isto por seu jUl'amento, se lhe receber o
querela, obrigando-se ellc na frma desla Constllllio s custas, per-
das, (11) e !lamnos.
10,.3 E acontecendo jnrm' o qnereloso mal a qnerela, que uer,
encobrindo a amisade, 011 inhahilidade qne tem, constando della de-

(5) TlJcmmlop. 2. dec. '127. n.13. et p. 3. clccis. 336.11.12. Consto ~gil.


ubi proximc. Farinac. in prax. crim. q. 105. n. 29-1.
(6) L. J,ihclloruJU !T. de aCCl1 at.
(7) Orei. lih. 5. IiI.. 117. SI 6. el ibi Barbos. 11. 2. I

(8) Ord. dieL lil. 117. SI 10. Const. Lamcc. lib. O. til. 1. cap. 3. SI 8. Por-
tuens. lib. 5. til.. 23. eOIl.lil. 2. \-cr'. 2.
(9) Ord. dicl. tiL 1 J7. 8. el ibi Barb. dicl. SI 8. 11. 3. Plllllh. 2. p. aresl.
101. .
('10) Thrmud. 1. p. lec. 4/. Ral'b. ad lexl. in cap. uI!. (k foro compel GlII1
lib. 6. n. 3.
(11) Con 'lo PO"I"lllcn . dict. const. 3. vers. ~,.
DO ARCEBISPADO DA BAillA.
pois, alem de ser nullo (12) to,10 o processado, e havcr de pagar as
custas, f)l'Oyando-se que o fez com malicia, ser o dito quereloso con-
demnado em outras penas que nos parecerem justas. E lia mesma
frma (13) se pI'oceder contm o que no provar a querela, se constar
que a deu maleio amcnte.
10/,.[, E mandamos, que nem-Ulll querelado seja prcso pela que-
rela smente jurada, (14) que conlra elle se deu, mas dada elIa e r -
ccbida, se o quereloso quizer logo dar algumas testemunhas, ou at
vinte dias depois contados do em que a qnerela se recebeu, se lhe
perguntaro, sem o querelado er para isso citado; e se por el\as cons-
taI' quanto bust para o querelado ser preso, (o que ficar no arhi-
Irio do nosso Yigario Geral) assim o prolllmcie, e fua com toda a di-
ligencia prender.
1045 E conformando-nos com (\ ,li posiro de direito (15) orde-
namos, e mandamos, que nem-uma pessoa que for criminal, ou ciyil-
mente querelada, ou por outm via accusada de algum crime, possa
accusal', ou querelai' criminal ou ci\'ilm0nte a seu accusaclOl', seno
depois da sentena oada e executada, excepto se a accusa('o e quere-
la for de maior delicto, ou injuria feita immediatamente (16) sua
pessoa.
10.&6 Como lambem mandamos, que se no receba querela de
sobol'llo, (17) falsidade, e perju1'o ou de outra maleria semelhante j
deduzida em Juizo, ainda quc os artigos della no fossem recebidos,
sall'o se no despacho ficasse parte rcsenado seu direito sobre a ma-
t('ria delles. E sendo por algum modo recebida a querela, e aCCllsa-
o contra a frma desta Constituio ser nulla, c de nem-um vigor
c o qne assim accusar, e 'InercIar pagar as custas dos autos.
TITULO XXXYll.
D.\ COHRECO FRATERi'iA.

10.n ma das ohrigac;e:;, que conforme a direito natural, e


preceilos da Sagrada Escriptllra (1) tcm touo o fiel Chrislo, acodit
e remediar (2) as nece sidudes espiritllacs, e temporaes de sens proxi-
mos, e para este fim meio acommodado a correc('o fraterna, e a de-
lIullciao pl'Clul\'a, c quando por ncm-11m destes mcios se conscgue

(12) Onl. rlieL. tiL. 117. ~ 2.


(J3) Ol'll. lib. O. til. 118. iII prineip. el 1. cl ibi Barb. n. 2. COI1 t. A"~gil.
lib. 5. Lil. I. cap. 2. II. 5. rol. 468.
(Ho) Ord. lib. 5. LiL.117. 12. Fal'o. de carecrib. cl eareerat. q.27. a n,
112. Cllm seqq. Clar. fio. q. 28. Scaceja de jlldie. 1. p. cap. 42.11.2.
(15) TcxL. in cap. fino de le lih. cap. i'ieganda 3. q. 11. cap. 2. in fine 4.
~l 1. L. Is qui rcus lI. de pllblie.judie. Clar. diet. fin. q. H. n. 12. Fadn.
ln prax. I:rim. til. de accnsat. q. 12. n. 23.
U ((G) C1ar. c1iet. q. H. n.12. Const. LEgiL. lib. 5. til. 1. cap. 3. in princip.
Jyssip. lib. O. lit. Hl. deer. 1. ~ 5.
d' (17) 01'(1. diel. til. 117. 15. Cl)I1St. fEl1'it. ubi proximc ~ 2. Barb. ad Ord.
ICt. 15. Phreb. 1. p. arest. 119. Cabedo 1. p. deeis. 23.
(J) l\IaLlh. cap. 18. relatus in cap. Noyit. de judic.
,. (2) Cap. Cllm ex juncto yelS. Quis ex vobis de hmred. cap. V. de judie. D.
[homo 2. 2. q. 31. art. _. Dian. tom. 7. tract. 4. reso!. .1..
360 co~ TITCIOES

o remedio pr tendido, se deve usar da Jenunciao judicial, da qual


trataremos no Titulo seguinte, porque neste s tratamos da correc~,TIo
fl'atel'l1a, e denunciao prelati\'u.
10A8 E assim declal'amos, qne todos nossos subditos por meio
da coneco fraterna deyem procul'ar a emenda do ruim estado, em
.que "irem a seus pl'oximos, advertindo-se fraternalmente, quando ha
esperana (3) de que se emendaro, e no lIa inconyeniente grave em
contrario que o impiel:1, e quando se no con iga Gco obrigados a re-
correr a (.4) Ns, dando-nos conta, e denunciando-nos paternalmente
com todo o segredo dos peccados, que souberem, e do m:o estado,
.em que vivem, para que por meio de admoestaes, comminaes, c
.outros remedios, que nos parecerem cOlwenientes, acudamos com pu-
temal cuidado a obviar, e atalhar os peccados, e remediar os peccado-
res. E para que esta obrigao se cumpra com maior facilidade, ue-
claramos, que em quanto se recorre a Ns paternalmente no podemos
dar castigo (5) algum, e s podemos applicar os meios de rcprchcn-
es, (6) e comminaes, que julgarmos acommodadas, c fructuosas
ao servio <.Ie Deos, e bem das almas, com toda a cautela e resguar-
do llecessario.
10la9 E ainda que em algumas circunstancias os fieis Clll'istos
posso passar, e dissimular com estas denunciaes por eyitarem al-
gum inconveniente, que da tal denunciao se pde seguir, com tudo,
exhortamos a nossos subditos, a que no deixem de fazer a dita de-
.nunciao, havendo tempo, e commodidade, communicando primeiro
o inconveniente com Confessor devoto, (7) ou com outl'U pessoa de sum-
ciente doutrina, e autoriJade, que os possa encaminhar.
TITULO XXX 'TIL
t DA. DENUNCIAO JUDICIAL.

1050 A denullciarro (1) judicial uma m:mifesta~o dos crimes\


para que pOI' meio delles sejo castigados os que os eommeltel'cm cm
ordem satisfao ela Republica, e da parte, se a homer. Estas denun-
.eiaes se pdem fazei', ou geralmente denunciando algum crime, que
se commelleo, sem nomear os delinquentes; ou especialmente de
certo cl'ime, e pessoas que o commettro: no primeiro caso pde,
e deve o Juiz inqul'1' geralmente ex-omcio do tal delicto, com tanto

. (3) Consto iEgit. ubi proxime. D. Thom. loco eit. Fragos. de regim. Rei-
publ. p. 2. lib. 2. d. 25. ~ 1. n. 8. Lastr. ad texto in cap. Trrefragabili 13. de
orne. judie. Ordin. q. 1. n. 137.
(4) Mallh. cap. 18. Luc. cap. 17. Cap. Novit. de judie. Naval'. in manual.
e,24. n. H. Palaus tom. 1. trael. 6. de charil. d. 3. punct. 8. n. 1. Diana tom,
7. tracl. f~. resol. 37.
(5) Palaus dicl. d. 3. punct. 11. Dum' 1. et 2. Consto Portuens lib. 5. tiL
23. const. 4. verso 2.
(li) Consl. Brachal'. til. f~1. consto 9. n. 2. in fine. Portuens. ubi proximc,
(7) Consto Bachar. til. f~1. consto 9. n. 1. in fine. lEgit. lib. 5. til. 1. cap.
4. ~ 3, foI. 470.
(1) Text. in cap. "uper his in princil), de aceus. Texl. in cap. Novil. 13. de
judie. Paz in prax. p. 5. tom. 1. cap. 2. Scae. de judie. 1. p. cap. 55. et56. Men-
des in prax. 1. p. Iib. 5. cap. 2, el p. 2. li!>. 5. cap, 2.
DO ARCEnISPADO DA BAlUA. 361
que seja nlqueI1es casos, em que as deyaas tem Jugor; no segundo
coso deve preceder infilmia, t2) e sem el1a no pdeoJuiz inquirires-
pecialmente contra alguma pessoa em particular; ou se requer que se
fao a denunciao de algum cl'ime, e pessoa certa, pelo Promotol', ou
pela pat'te.
1051 Estas demmciaes (3) geraes, ou especiaes se pdem fa-
zeI' por quaesquel' pessoas cm todos os casos, em que se pde accu-
sal', e querelar, e nellas nomear o denunciador as testemunhas de lJue
tiver noticia, declal'ando seus nomes, omcios, e qualidades, e jUl'ar
(.&) outro-sim que as d bem, e verdadeiramente, e assignar: alem
disso sendo leigo, ou pessoa isenta de nossa jurisdiO dar fianl,'a de
pessoa Ecclesiastica de nossa jurisdil,'o, e se a no achar dar um se-
cular abonado, na f6rma, que fica (lito neste livro til. 36, num. 10.&2.
1052 E se o denunciador quizer proseguir as denunciaes, o
poder fazer, porm no querendo, o faa o nosso Promotor (5) at
final sentena: e tendo alguma razo para o no fazeI', nos dar con-
ta, e procurar sempre que as denunciaes dudas por parte da Justia
se dem com a considerao devida, para que no succeda ficarem por
elJas infamadas as pessoas, que d'antes o lio eslavo.
1053 Vindo alguma pessoa informar ao nosso Vigario Geral, ou
Promotor tle algum delicto, e no querendo formar denunciul,'o em
seu nome, se informe do denunciante o dito Promotor', e das testemu-
nhas, que havel' para o provar, e tomada a informao necessaria pe-
las testemunhas nomeadas, ou por outras, proponha a sua denuncia-
o na forma do estilo. E nestes casos encarregamos muito aos nos-
sos Ministros, sob pena de lh o estranbarmos, e procedermos contra
elles, como foI' jnstia, que tenho em grande segredo (6) as pefsoas
que os avisarem, e c1enunciarem de algum deliclo par'a que assim o faro
de boa vontade, e sem lemol' de serem descubertos.
10M E mandamos ao nosso Vigario Geral, que no receba de-
nUllcino, ainda que seja de nosso Promotor, em delictos levcs, (7)
porque nestcs taes podero os cul pados scr citados, e demandados 01'-
tlinuriarnentc: c outro-sim que no admitto por testemunhas os de-
l1ul1ciadores (8) nas denunciaes que derem' salvo no crime de here-
sia, (9) e cm ontros, em gue conforme a direito o p6dem ser.
1055 E achando-se, qne alguma pessoa denunciou maliciosa-
mente, scr a denunciao havida por nulla, e o denunciador condem-

(2) Text. in cap. Qnaliter, et Quando 2. de accusat. Genes. cap. !k et 19.


Exod. cap. 2. et 3. DD. ad tcxt. in c. Gim oportcat de accus. Bossius in til.
de delinquente in fine. Const. Ulyssipon. lib. 5. til. 20. decr. 1. Si 1. Mendes in
prax. p. 1. lib. 5. cap. 3. n. 1.
(3) Consto iEgilan. lib. 5. til. 1. c. 5. n. 1. foI. r~70.
(4) T'alau5 tom. 1. lract. 4. d. 6. punt. 3.
(5) Pego ad Ord. lib.1. til. 15. glos. 2. n. 1.
(6) Ceuslit. rOl'tucns. lib. 5. til. 23. const. 5. verso 3. lEgit. lib. 5. til. 1.
Consl. :S. \i) 4.
(7) Consto iEgitan. ubi proxime SI 5. Lamecens. lib. 5. til. 1. cap. 3. Si 13.
foI. 388. Portuens. ubi proximc verso 4.
(8) Ord. lib. 5. til. 2. Si 5. Farin. q. CD. n. 75. Coneiol. resoI. erimin. verbo
Accusator. resol. 6. n. 2.
(9) Cap. ln fidei favorem de brerel. lib. 6. Farin. de hreres. q. 185. n. 32.
Cl <:5. Concio!. dict. resoI. 6. n. 7. PaI. tom. 1. tract. 1. d. 8. pUlle!. 2.
3G2 CO ~STITUl E.
nal10 nas custas singelas, ou em dobro (10) segundo a malicia, e nas
mais perdas, e damnos, que o denuDcial10 por cssa causa tiver rece-
bido: e nas mesmas penas incolTerilo o Prolllotol" c Mcirinho, cons-
tando que malieiosamente (11) denunciro.

t D.\S DEY.\AS.

1056 As devaas, a que o dil'cito chamou (1) inquiries, so


uma informao do delicto, feita pOl' autoridade do Juiz ex-oOicio. Fo-
ro ordenadas para quc nuo havendo accusadol' nilo ficassem os delic-
tos impunidos: c estas, ou silo geraes, (2j on especiaes. As gel'aes,
ou o so totalmcnte, como aql1ellas, en~ que se inquire geralmente \3)
dos crimes, excessos e receados para se emendarem, e castigarem,
qllacs so as quc os Prelados Jazem quando Yisito as suas Dioceses;
ou so geraes quanto s pess03s, (li) e especiaes, qoanto aos cl'imes,
c delictos, como succeile, quando consta sei' commetli<.lo algum sacri-
legio, ou crime grave, cujo conhecimento pertence ao foro Ecclesi3s-
lico, e no se sabe quem o commetteo. As inquiries, ou de\'aas
cspeciaes (5) so quando se inquire especialmente assim q1l3n(O s
pessoas, COmo quanto ao delicto, especifi aodo pessoas certas, e certo
Cl'ime. As geraes se pclem fazer, ailld3 que no haja infamin, (6) ou
indicio contra pessoa algum(l, pOI' quanto se fazem para se sabe, se ha
culpas, Oll peccados, que se devo emendar', (7) ou castigar, ou outras
cousas, que se devo reformar.
1057 E sem as ditas inquiries gemes no se pde passaI' 3in-
quirio particular contra pessoa, ou pessoas certas, sem que primeiro
preceda infamia, (8) da qual primeiro conste nos autos legitimU1Ucl1le,

(10) Ord. lib. 5. til. H8. 2. Clar. fino q. 7. n. 12. Cabecl. 1. aresto 52.
Mascard. cle probat. concI. 4.
(11) Consl. JEgitan. lib. 5. til. 1. cap. 5. 6. Portuens. I. 5. lil. 23. consl.
5. verso 5.
(1) AngeI. de maler. yerIJo H.CC est. Et IlI'O. n. 3. Farin. tom. 1. tiL l.
de ioquisil. q. 1. n. 3. Clar. fino q. 3. n. 2. Mentles in pl'ax. p.1. lib.5.
cup. 3.
(2) Mendes ubi proJrime n. 2. Nayar. in cap. Inler verba H. q. 3. couc.
6. corol1ar. 62. Salicet. in L Ea quidem cad. de accus. Aret. in cap. Qualiter,
ct quando 2. n. 67. de accusat. Leylo de jur. Lusit. traet. 3. q. 1. n. 1. Peg.
ad Ordio. lih. 1. til. 65. 31. n. 2.
(3) })egas dict. n. 2. DD. ad Text. io cap. Romana Sane, ct scqq. de cc~s.
lib. 6. Mendes ubi proxime. Consto Ulysspon. lib. 5. lil. 20. iII princlp.
fol. l~ii4.
(4.) T,. Tn mandatis lf. cle condit. oh turp. causo Pego dl(l. n. 2.
(5) fonoc. io cap. Bouro Ln. 5. de elect. Farioac. tOIJ1. 1. q. 1. n. 4. CoosL
U1yssipon. ubi proxime.
(6) Text. in cap. nomaoa Saoe 'le censibus lib. 6. cap. Plaeuil 10. q.1.
lonoe. et alii cila[i a Farioac. til. 1. q. 9. n. 18. Uendes dict. lib. 5. cap .. 3.
11.2. DD. ad lext. in L Cougruit. ff. de ofl'. pncsid. ct ad cap. 1. de ofic. Ordll1.
(7) Ord. lib. 1. til. 6). 39. CllID seqq. .
(8) Cap. Qualiter, el (fnando 2. de accusat. cap. Jnquisilionis eodem 111.
Cap. Ad nostram de jUIrjur. Leylo de jur. tusiL 11'.3. q. 9.l\.lcllCl. dicl. cap.
3. 11. 2. Xaral'. ubi sU]Jl'.
DO AHCEBlSPADO DA lHlLIA.
salro nos casos, \9) em que confOl'me a direito se pde dcnuncial" e
proceder a inquiri~:o particular sem in/illnia.
1038 Porm quando alguma pcssoa qucrelar, ou denunciar de
outrn, cm tal caso pde proceder contra o quer lado ou denunciudo
scm preceder (to) infamia; mas o nosso Promotor (11) no pod~l'
denuuciar de pessoa alguma, nem requerer contra ella inquiriO par-
ticular, sem que tenha baslaJlte informao de que est infamada.
1059 E constando ao nosso Vigario Gcral, sem sabcr pessoa
certa, qnc sc commelleo algum delicto grave, em que scja necessario
lazer-se dc\aa J2j geral mandamos, que tanto que tivcr noticia del-
le logo com toda a brc\'idude possirel comece a tirar de"aa, e prosi-
ga dc maneira, que regularmente esteja acabatla dentro cm trinta dias
(J3) depois que comear, ou nos mais que parecer para melhor cons-
tar do delicto, tirando ao menos trinta tcstemunhas; c lhe encommen-
damos muilo, e aos mais Ministros, quc quando fizerem inquiries
as examinem com cuidado, excluindo aqucllas que notoriamentc forem
inlJabeis (1h) para te5te11lunlulI'em, cxcepto nos casos pl'i\j]cgiados em
direito. admoestando sempre que sem afeiTIO, (15) odio, rcspcito
ou temor digo tudo o quc souberem na ycrdade: c nos testCIllunhos
que tirarcm perguutaro scmpre s te.stemunhas a razo (1G) que tcm
de saberem o que tcslcmnnIJo, se de fisla, ccrta sabedoria, ou fa-
ma ou por indicios, c as cil'cunstancias do tempo, lugar, c qualidade
dos indicios, e mais cousas (17) necessnrias para se sahel' a vcrdadc.
10GO E lanto que alguma ou algnmas tcstemunhas dignas de
credito, c sem snspcila, pcrguntads gernlmcntc derem cm alguma
pessoa particular, logo o Juiz po ler (18) pergunlar as mai lestemu-
Ilha~, no smcnle em geral mas lambcm em particular pela tal pes-
soa: com ludo no lhcs declaral'i as particlIlarilJacles (1~) com que as
testemunhas antecedenlCs dcpuzero e s far<1 aqucllas perguntas, que
forem necessaria , p3m viI' em conhcmento <la ycrtlude.
10Gl E depondo as testemunhas de fama, c ouYida, 111es pel'-

(9) Quos I"cfcl'L pIenc FlIrin. dicl. til. L q. 9. ,i num. U. usq. ad finem.
(10) Con lo Ulyssip. Iib. 5. LiL 20. decl. 1. ~ 1. .Egitan. Iib. 5. Lil.i. cap.
6. 3. foI. 472.
(1'1) Diclm ConsLituLiones 10m cit. OnI. I. 1. til. 6il. 31. Claro fin. q.7.
(12) Ad ea qum Ordin. lib. 1. til. 65. 31. cum seq
(13) OnJ. dict. 31. iII fine, et 39. Lcyliio de jure Lu itaD. lrac!. 3. q. 5.
n. 2. Cunst. Ulyssip. dic!. decr. L in principio foI. !~55. iEgitan. dict. cap. 6.
4. foI. 47:>.
. (1!~) Farin. de opposil. contra person. lesto q. 62. n. 19. eLn. 82. Claro
fin. q. 2r~. n. '19.
(lil) Cap. Quotics de lcsliIJ.
(16) Cap. Cum causam, t iIJi "'Iossa H'rb. Tcmpore dc leslibns, ('laLi s-
tal. cap. Testes 3. q. 9. Ol'd. lib. 'I. til. 60. ~ 18. cl til. 85. ~ 1. el ibi Pego
ConeioI. r('sol. crimin. "crb. Testis qlload. dicta it n. 5. cum seq. Far. q. 73. n. 31j.
(17) llartoIus in Lo De millorc Si, Plul'illlll n.2a. l'l 30. !T. de qUal tiOllib.
O.I'(\, lib. S. til. 131. in p!'incil'. DO. ad Dccuriollum ubi gloso ult. codic. de p~
1llS Parin. lib. 1. til. S. q. !~7. a num. 307.
(18) COII t. Ulyssip. lib. 5. til. 20. dccr. 1. . Taulo quc. J\:[('ndcs dicl. cap.
3. n. !~.
(19) Glo S. in cap. r:um causam, "crb. Procuralorc, el gIos . in cap. '.('-
nrrahili vcr. igillalim de lcslih. Gloss. in L. Si qualldo corl. de lcstih. Uiljanl.
ael Clar. Si liu. q. 23. Ii. 2. VaI'. de oJ1J1osiL. contra (,);/llI1in. lesl. (l. 80. ii n. 92.
3G4 CO~STlTUIES

guntaro se ouviro o que lestemunllfo a muitas, (20) ou poucas pes-


soas, e de' que qualidade ero, e se a fama nasceo de pessoas gra"cs,
honestas, e sem suspeita, (21) ou pelo contrat'io de vs, ou de mo
nome, ou inimigas do denullciado; e se a fama constante, ou s-
lIle~te um rumor (22) \'50, de que se deve fazer pouco caso; por cuja
causa jl.sto, que quanto for passiveI se traballle por averiguar, se a
fama se prova na frma, que o direito (23) ordena.
TITULO XL.
t DAS INJURI.\S YERBAES.

1062 Ordenamos, e mandamos, que a nem-lIlna pessol se tome


querela, por dizer, .que alguma outra de nossa jtll'isdi50 lhe disse pa-
lavras injuriosas, e feias, e que nem pOL' estas injurias seja preso o
Ro; pOl'm poder demandar sua injuria, sendo ella ordinaria, por
petio, (1) e nas atrozes (2) paI' libello, e o nosso Vigario Geral pro-
ceder nos ditos casos, conforme a direito.
1063 E se a injuria for feita cm audiencia, o dito Vigario Ge-
raI, se lhe parecer que o injuriadol' merece seI' logo preso pelo dcsa-
cato que fez Justia o pde, (3) e deve prender logo, e fazendo dis-
so auto castigal-o como pareceI', posto que o injuriado no queira
pl'oseguir a sua injuria
TITULO XLI.
t DAS CARTAS DE SEGUno.

106& Conformando-nos com o costume, e Lei do Reino, e por


eritannos grandes escandalos, que do contrario se seguirio, ordenamos,
e mandamos, que se no passe, nem guarde cal'ta de seguro negativa,
a pessoa alguma em caso de morte, salvo sendo j passado o termo de
Ircs mezes, (1) depois do dia, que a morte aconteceo. E no caso de

(20) Bartol. ubi SUpril. Farin. de indico et torto q. 47. n. 163. Escobar de
puril. sanguin. p. 1. q. 9. !ii !I-. num. 6. Themud. p. 1. decis. 81. per totam.
ArguID. J,. Decurionum ubi gloss. ultimo eod. de pmnis. .
(2-1) Cap. Qualiter, et quando de aCCllsat. Ord. lib. 5. tit. 13r,.. iII princ'p.
Mascard. de probat. concl. 7!~9. n. 9. Menacb. de pn:csumpl. lib. L q. 1. n.""
Naval'. de accusaL. consil. 7. n. 7. Themud. ubi proximc n. 8.
(22) Argum. L. Decurionum gloss. ulL. cod. de pmnis.
(23) Mascard. de probo conel. 750. Farin. q. lj7. n. 307. euOl seCJ. Escobar.
de )lurit. sanguin. p. 1. q. 9. 4. ii n. 29. l\Ienoch. concil. 701. n. 50. ot 5.4.
Clar. in prax. crim. q. G. 11. 13. Gomes 3. variar. cap. 13. n. 10. Docius COIISl l.
210. in fine tom. 2.
('1) ConsL. J'Egilan. lib. 5. liL. 1. cap. 7. Thcmud. 2. p. dceis. 201. n. 3.
Ordin. lib. 5. tiL. 117. Si J. 21. ct 22. .
(2) ConstiL. Jlortuens. lib. 5. tiL. 23. consl. 7. in prineip. De injurw atrO-
ei vide L. Jlrrelore. dixit ~. Atrocem lf. de injul'. Thernnd. 2. p. decis. 223. n.
12. et 13. Menoch. ue arbitro eslI 263. num. 2. Valcnsuel. COIIS. 1!~2. 11.71. Pe-
reyr. de manu reg. 2. p. cap. 5'~. num. 8.
(3) Consto J'Egitan. dicL enI'.7. 1. foI. !~73. IJortuens lib. 5. til. 23. consto
7. verso I. 1'01. 563. "
(I) Ol'll. lih. 5. tiL. 130. in princip. Leytiio de juro tusitan. tra('L. ~. ~ .. 0.
11. to: l'hom. Vaz allcg. 67. 11. H. ComI. iEgiL.lib. 5. tiL. 1. cap. 8. ill pl'lUClplO.
DO ABCEBlSPADO DA BAilIA. 365
fcridas abcrlas, e ensangnent:ldas, 011 pancadas ncgras, ou jocbadas,
ou dc outras lerid:ls, cm que parecer alguma aleijo, se no passe se-
no depois de trinta (2) dias, contados do dia do delicto, e conceden-
do-se antes dos ditos tempos, sero llulIas, (3) e de nem-um vigol'.
1065 E mandamos aos Escrives sob pena de suspenso de seus
omcios, que ponho nas ditas cartas o dia, mez, e anno, cm que se
passo com a clausula em que dccl:lrem, (li) que nos ditos casos
passado o dito termo de tres mezes, on trinta dias, e que at o lermo
de direito se apresenlem os Ros com cllas em juizo, citadas as par-
les. Porm assim em um, como em ontro caso dos referidos se po-
der logo, sem esperar tempo algum, passar calta de seguro confessa-
liva (5) com defeza, sendo lal, que provada conclua no ler o Rocul-
pa alguma, pOI'que deva ser cOlldemnado.
1066 E conformando-nos com as Consliluies (6) dos Bispa-
dos do Reino, ordenamos, e mandamos, que no dito caso de morte, e
nos sacrilegios graves, c outros crimes, que pelas leis secul~I'es mere-
No pena de mOlte natural, ou civil, ou pelos Sagrados Canones carce-
re perpeluo, gals, degradao perpelua, como so os de lcsa-Mages-
ladc, moeda falsa, tmio, homicidio, lil'lda de presos da cada, resis-
tencia feita aos Minisll'oS da Justia, no passe o nosso Vigario Geral,
nem Ollll'O algum Ministro 1I0SS0 carta de seglll'o coufcssaliva, ou nega-
li,"a, sem liccna nossa, pal'3 vermos se convm concellel'-se. E to-
mando o culpado carla de seguro confcssalira com defesa em qualquer
crime, no poder depois negar (7) na contrariedade, e negaudo, lhe
no valel' a llila carla.
1067 Por evitarmos os damnos que resulLo dc valer o lJasse
para carla dc seguro, ordcnamos, e mandamos, que daqui em diante
no valha (8) passe algum pOI' si s, para ef1'eilo de no ser pl'eso
aqncllc que o houver, mas servil' srnenle pal'a pOI' elle sc lhe fazcl' a
cal'\a de seguro, a qual no valer, seno depois de passada pela Chan-
cellaria: e o Escl'ivo comear sempre a cal'la na mesma folha (9)
d'onde se puzel' o d!)spacho para o passe, sob pena de seI' suspenso at
1I0ssn merc.
1068 Toda a pessoa que Louyer carla de seguro, e a qucbral',
ou no se apresenlando depois della passada al dezoito dias, 011 no
conlinuando pessoalmente nas andiencias podel' impetrar scgunda,
(10) e terceira cal'ta, mas no lhe sero passadas mais sem eSJlecial
_ (2) Consl. JEgiluu. ubi proximc. U1yssip. lib. 5. til. 21. decr. L 1. Lcy-
luo ubi supr num. 6.
(3) Ord. dict. IiI. 130. in principio.
(4) Consl. U1yssip. dict. !\\ 1. lEgit. ubi proxime.
. (5) Ordin. dict. til. 130. Consl. U1yssip. dict. til. 21. decr. 1. iu principio.
lhom. Vaz rlict. n. B. Leylo dicta q. 5. n. 8. el 15.
c (~) Consl. U1yssip. lib. 5. lit. ~l. in princip. JEgilan. diel. cap. 8. 12.
lO\. l~'6. tamee. lib. 5. eap. 5. \;l L foI. 391.
(7) Reform. juSlil. Si 1. f,eylo dejur. Lusilan. [racl. 2. de Securil. q. 9. n.
H. vers. NelJue landem. Thom. Vaz dicta alleg. 67. n. 37. usque ad l~1.
(8) I,eylo de juro Lusil. q. 7. per 101. Phoob. 1. p. arcsto 171. et 2. p.
areslo 107.
(~)) Consl. POl'luens. lib. 5. til. 23. consl. 8. vers. 3. l"Egitan. lilJ. 5. lil. 1.
cap. 8. ~ 10.
(10) Leyt.iio rle juro Lusitan. q. 11. Thom. Vaz aIlegaL 67. n. 22. verso Pos-
SIlUl. PIJoolJ. 1. p. aresl. 165.
.!i 6
366 CONSTITUIES
proviso (11) nossa, ou seja antes de citar a paI'te, ou no discurso do livra-
mento: e quando se pedir a segunda, declarar (12) o que pede, que
quebrou a pr'imel'a, e se lhe passar a segunda com termo de menos
dias, que a primeil'a; e o mesmo se guardar quaudo se pedir terceira,
por se haveI' quebl'ado a segunda; c sempre pagar as custas do retar-
damento, e tomar a citar (13) as partes, posto que as tresse citadas
pelas cartas, que quebrou.
1069 E se alguma pessoa antes de ser dada a querela, ou feito
aulo pedir, e impetrar carta de segUl'o, mandamos, que lhe no apro-
veite, (14) e seja llulJa, e de nem-um vigor; porm havClldo a carta de-
pois da querela, ou denunciao, ou depois de se haveI' feito auto del-
la, lhe valer, e lhe no sel' havida por quebrada, seno passado o
termo della depois da pronuncia{'o, ou culpa feita. E ainda que al-
guma pessoa que se linur com carta de seguro, quebre os termos del-
la e for requerido que o prendo, nem por isso o ser, se dclle no
JlOuver culpas obrigatorias, mas deve ser ouvido, como se nuncaimpe-
ll'ra a dita carta, porque pela impetrar no commetteo culpa, e o que-
brantamento della no obl'iga a pena.
1070 Por evitarmos escandalos, e inconvenientes que rezulto
de andarem os delinquentes nos lugal'es dos delictos, (15) (principal-
mente nos casos de morte) mandamos que os toes delinquentes, ainda
que tenlJo impetrado, e alcauado carta de seguro, no entrem nos
llilos lugares, nem onde os advel'sarios viverem, sem nossa licena,
cm quanto duraI' o livramento, e fuzenuo o contrario lhe ser por esse
mesmo feito a cOIta de seguro havida por quebrada, salvo forem mora-
dOl'es no lal lugar, ou nelle cOl'I'er seu livramento, e neste caso no
passal'o pela rua, onde as pal'les vivel'em, (16) ou o deliCIO foi com-
mettido, no mOl'ando e\les na mesma rua.
1071 E mandamos, que toda a pessoa, que se livrar com carla
de seguro, especialmente sendo Ecclesiaslica, (17) no entl'e na casa
do auditol'io, em quanto se estiver fazendo aulliencia, com armas, posto
que tenha licena para as trazer. E o que se livrar POI' carla de segu-
ro, deve appal'ecel', e residil' nas audiencias, como fica dito, pesseal-
mente: porm quando o feito foI' concluso, sempre o Ro, que tomou
cal'ta de seguro ser preso antes de se daI' a seutena, pl'incjpalmell~e
sendo os crimes gl'aves, que mereo pena corporal; e nunca se publl-
cal' nestes casos a sentena anles do dito Ho estaI' no Aljube, (18)
ainda que esteja posta, e dada em segredo.

(II) Facit Ordin. lib. 1.lL. 58. S) 2. ct lib. 5. lit. 130. S)2. Thom. Vazuhi
proximc.
('12) Consl. lEgit. lib. 5. liL 1. cap. 8.11. 4.
(13) Constit. Portnens. dieta const. 8. vers. li.
(14) teyto ubi Sllpr qnrest. 5. .
(15) Consl. Ulyssipon. tib. 5. tit. 21. decr. 1. Si 6. Le~'lo de Jur. tUSlt. q.
10. n. 27. Phreb. 1. 13. aresto 158. et 2. p. aI'esto 16'1.
(16) Constit. JEgitan. dict. cap. 8. 9. .)
(17) Ord. Ii.b. 5. til. 12~. 24. CunsL. Lamec. lih 5. c. 5. Si . foI. 3?~.
(18) Leyto de Jnr. Lusi!.. dicl. tract. 2. q. 3. n. 3. l)hreb. L p. aresto 1,,6.
el p. ~. arcsL.! 62. Nora I'cl'orm. jUSl. 1.
DO Anr.EBISPA no DA llAHT.l. 3Gi
TITULO XLII.
t DOS ALVARS DE FIAl'iA.

1072 Assim como em todos os casos, I'egulurmente fallando, e


na frma- j dila, se pde dar aos culpados carta de segt1l'o, assim tam-
bem em todos elles se podero os Ros livl'al' por Alval's de fiana:
(1) porm os ditos Alvars se no concedero (2) nos casos em que hou-
ver eXll'30rdinario escandalo, e muito menos nos casos, em que pro"a-
do o delicto, os Ros memo pena de privao, deposio, e degredo
perpetuo, ou tal pena corporal, que mais facil seja ao Ro perder a fi-
ana, do que esperar a execuo da sentena.
1073 Fazendo algum Ro petio para Alvar de fiana, se des-
pachar perante Ns, porque a Ns s pertence (3) o despacho della,
e este se no dar sem primeiro se ,erem as culpas, que estivel'em for-
madas, pam que, examinadas ellas, se determine o que mais convenien-
te pareceI' pal'a se dar o dito Alvar. E a qual.llia (.&) da (jana ser
conforme a qualidade da culpa, e pena que mel'ecer, de maneira que a
execuo da sentena possa ter, e haver effeilo, e se paguem as custas
da condemuao, e mais gastos que na causa se fizerem, e o fiador ser
de tal qualidade, que tenha bastante fazenda para isso, e ficar obriga-
do a renunciaI' (5) o Juiz de seu foro, e debaixo de jt1l'amento a res-
ponder em nosso Juizo. E sahindo o Ro condemnado se fal'a exc-
cno em seus bens, e pessoa pcla mesma sentena dada contra o de-
linquente, sem mais outra citao, ou notificao, que a que for neces-
suria para a execuo. E dcclaramos, que achando-se depois da sen-
tena, que a quantidade da fiana no foi bastante para se pagarem as
cousas sobreditas, sempre o Ro ficar obrigado (6) a pagar o que lal-
tal', sem embargo da fiana seI' mais limitada.
107.4 Os que tirarem Alvar de fiana sero obrigados a se apl'e-
sentarem (7) cm Juizo dcntro do tcrmo que lhes for assignaclo, e se li-
vral'cm no tempo que lhcs fOI' dado, o qual lhes ser prorogado uma,
e muitas (8) vezes, segundo as razes que se allegal'em. E tanto que
o feito for concluso assim na substancia da callsa, como nas contradi-
tas, e mais cousas pertencentes ao Juizo, o Ro sel' pI'CSO, e depois
de feita a priso ser o fiador desobl'igatlo (9) da nana: e se elle se
ausentaI' antes, o fiador ser ohrigado (10) ao dar preso, e no o fazen-
do perder a fiana pOl' inteiro.
1075 E os Ros que assim se apresentarem com Alval' de fian-

(I) Farinac, tom. 1. q. 33. per totam lu1. Claro fino q.I~6. n. 6, Guasin.
de defenso Reor. defenso 6. cap. 1. it n. 31. cum seqq. et cap. 2. 3. et 4.
(2) Const. UIyssip. lib. 5. til. 22. in principio.
(3) Consto .iEgitan. lib. 5. til. 1. cap. 9. in prillc. Portuens. lih. 5. til. 23.
constiL 9.
(4.) Const. Ulyssip. dict. til. 22. decr. 1. Ord. Iib. 5. tit. 132, Si 3.
. (5) Consto UIyssip. ubi proximc. Lamec. lib. 5. til. 12. cap. 6. Si 1. lEgit.
!lu. 5. til. 1. cap. 9.
(6) Const. U1yssip. ubi proximc.
(7J Const. UIyssip. dict. decr. 1. Si 1. foI. 1~59.
(8) Consto UIyssip. uhi proxime. 1Egilan. dict. cap. 9.
(9) Const. U1yssip. loe. cilaL Ord. diet. lil. 132. Si 1.
(10) Ordio. til. 132. in principio. Coosl. JEgil. diet. cap. 9. fo1. 476.
368 f.O~STlTUIES

a, sero obrigados a assistirem pessoalmente (11) nas audiencos do


mesmo modo, (Jue os accusadores, e faltando sero presos na rrma,
que acima fica dito das cal'las de seguro, salvo se nos primeiros oito
dias voluntariamente se tornarem a apresentaI'. Porm o nosso Yiga-
rio Geral pouCl' dai' licena a mulheres, (12) e outras pessoas, em
quem houver justa razo pam no continuarem com as audiencias; e se
os accusadol'es alcanarem esta graa, tambem os accusadorcs (13) usa-
ro della; e o mesmo se pl'3ticar com os Autores, se os llos alcan-
arem a tal licena, com tanto, que as causas se continuem por seus
meiolS ordinal'ios sem dilao culpavel.
TITULO XLIII.
DAS 1J01llENAGENS.

1076 Acima no livro quarto, titulo quinze dissemos em que cri-


mes, e a que pessoas Ecclesiasticas se devia hemenagem: e porque os
leigos se livro algumas ,'ezes em nosso auditol'io dos casos, cujo co-
nhecimento nos pertence, ordenamos, e m:U1damos, que em nosso Jui-
zo se conceda homenagem s pessoas leigas, s quaes pelas Leis do
Reino (1) for concedida nos Juizos seculares, e tambem a outras pes-
soas, a que conforme a direito 1'01' d.evida: e quebrando-a uma vez uoo
gozaro (2) mais deHa.
1077 E quando alguma pessoa Ecclesiastica, ou seculal', a que
se deva homenagem, a no quizer na rI'ma costumada, o Juiz III'a ha-
ver por dada, (3) e delia far auto, e no o cumprindo ser preso no
aljube, assim, e tia maneil'a que se a dera, e qucbrra: e pela desobe-
dieucia de a no dOI' ser castigado como nos parecer; e se a desobe-
diencia for escandalosa, ou feita por despl'eso, logo ser o Ro preso
no aljube, como o fora, seno tivera privilegio algum.
1078 E depois de se tomar, e concedei' homenagem a qualquer
pessoa, ou seja cm sua, 011 cm outl'a casa, ou depois de se lhe dar a
Ciuade por priso, no se lhe relaxar, nem cstendel' sem nossa espe-
cial liceua: (Ii) e se o preso se sahir della, e quebrar, o privilegio, que
pOI' Slla qualidade tinha para no sei' sobl'C ella preso, do qual nunca
mais gozar, e scr preso (5) no aljnhe.

(ti) Ord. L1iet. til. 132. SI 1. eL Lil. 124. SI 20. ConsLiL. U1yssip. dir.l. ~ I.
v. Eos Reos.
(12) Const. U1yssipon. diel. Yers. E os Reos foI. 459.
(13) Const. U1yssipon. loe. ciLat.
(t) Ord. lib. 5. til. 120. eL ibi Barb. n. 1. cum seqq. Thom. Vaz alleg.
13. lIum. 2:27. Mendes a CasLro 1. p. lib. 5. cap. 1. append. 1. et p. 2. I. 5. e.
1. apprnd. 1. Consto UlyssipolI. lib. 5. til. 23. in principio, Y. E o mesmo.
(2) Ord. lib. 5. til. 120. fino 'fhom. Vaz alIeg. 13. n. 230. Phoob. 1. p.
aresto 142. Consl. U1yssip. lib. 5. til. 23. decreto 1. in princip.
(3) ConstiL. U1yssip. ubi proximc. ~ 1. Ordin. diet. til. 110. ~ 1.
(4) Facit dicta Constit. Ulyssip. ubl proximc. 2. Lamecens lib. 5. til. 12.
cap. 7. ~ 3. Ol'd. loco ciLal. ~ ultim.
to} Ord. lllJi proximc. COlIstit. l.amue. 3. in fine.
DO ARCEBISPADO DA BAHU. 369
TITULO XLIV.
t A QuE}! SE DEVE}! APPLICAR AS PE1iAS PECUNIARIAS !MPOSTAS NESTAS CO 'S-
TITU IES; E COMO DEPOIS DE DADA A SENTENA, PASSADA E~I CAUSA JUL-
GAM, S .\ lIiS PERTENCE A RE~[Jsslo, E CO~nIUTAO DELLA.

1079 Ordenamos, e mandamos, que todas, e quaesqller penas


pccuniarias certas, ou arbitrarias impostas nestas Constituies, que
por ellas no estiverem expressamente applicadas para certa cousa,
ou pessoa, se enteudo (1) ser applicadas. uma tera parte para a fabri-
ca da nossa S, outl'a para o Meil'illho geral de nosso Arcebispado, ou
flenllnciadOl', e a outra para as despezas da Justia, e Ns pela presen-
te Constituio lb'as applicamos, por ser assim costume nos Bispados
do Ueino: e fazendo os Juizes applicao de penas em ontra forma a
havemos, e declammos por nulla, e se reduzir aos termos desta
ConstituiO.
1080 E quando a denunciao, Oll accusao se fizel' por algum
Meirinho, dos que ha pelos lugares fra desta Cidade, a terceira parte
da condemnao se applical' (2) ao tal Meirinho, e as duas pal'les se
~'eparliro pelas despezas da justia, e pelo Meirinho geral em partes
Iguaes: c ao dito Me'inllo geral ficar a obrigaO de promover a cau-
sa at final sentena de nossa !lelao.
1081 E se o dito Meirinho (3) geral no comear a demandaI' as
penas, que a elle pertencerem em todo, 011 em parte dentl'o de seis me-
zes, e em outros seis as llo fizer julgaI' sem legitimo impedimeuto, que
por elfe no seja causado, o nosso Promotol' da justia as poder de-
mandar, e alem de seu salario lhe ser applicada a parte do dito Meiri-
nho; e os seis mezes correro desde que for acabada a visita, ou do
tempo, que n culpa for manifesta, na visiohana do culpado.
1082 E declal'llmos, qne pelas penas impostas nestas Constitui-
es no nossa teno tirar as que pelo direito (/,) esto impostas aos
delinquentes, antes queremos, que nelfes se executem umas, e outras,
9uando o caso o merecei'; salvo se as penas, que nestas Constituies
Impomos fOl'em da mesma qualidade~ (5) e to grandes, ou maiores,
que as impostas pOI' direito commum; porque ento se executaro s-
~ente as que por nossas Constituies so impostas, pois nellas yo
IIlcluidas, as que o direito impoem. .
" 1083 Como o principal fuudamento, em que se estriba o uso pu-
ntll\'O, e a qualificao da culpa, (6) maudamos ao nosso Promotol', Vi-
gal'o Geral, Desembargadores, 'isitadores, e mais Ministros de nossa
jurisdiO, que anles de condemn31'em aos Ros em penas corporaes, e
. (I) Constit. UIyssip. lib. 1>. til. 1>6. decr. 2. in principio foI. 1>78. .mgitan.
IIh. 1>. til. 22. cap. 4. 1. Clar. in prax. ~ fiu. q. 80. num. 4, Felin. in cap. Cre-
tCl'um de omc. Ord.
(2) Consto UIyssip. ubi proxime, verso Quando.
(3) Consl. Porluens lih. 1>. til. 21>. const. 1. verso 1.
(!~) Cap. Judicel3. q. 7. Const. UIyssip.lib. !~. til. 56. decr. 2. !~. foI. 1>79.
(il) Guasin de defenso reor. defens. 33. cap. 19. ConcioI. resolut. crim. ver-
bo Pama reso\. 1. Gomes 3. variar. cap. 1. n. 38. Consl it. U1ys ip. uhi proxi-
me. LEgit. liL, 5. til. 22. cap. 1. 3.
I (6). Cap. Non a{fel'UlTIus 2/~. q. 1. Cap. Felicis V. ClCterilm de pernis lih. 6.
. SJnCIIDUs cod, de pernis Farin. in prax. til. de inquisil. q.4. uum. 10.
370 CONSTITUlES
pecuniarias, (7) fao considerao no smente na snbst~ncin das cnl
pas, mas Lambem nas circunstancias dellas: e assim ainda que os casos,
em que o delicto est inteiramenle provado, parea no ha mais que
applicar a pena determinada, ou em t1ireito commum, ou nestas Cons-
tituies, a razo, prudencia, e bom governo pede, que ainda nestes
lermos se veja por uma pal'te as particulal'idatles, que pdem aliviar
ao Ro, para Ibe mitigarem a pena, c por outl'a as circunstancias, que
pdem aggraval' o crime, e escandalo, que delle resultou, para lhe ae-
CI'cscelltal'em o castigo; porque nem as leis communs, nem Ns nestas
nossas Constituies fizemos pondera.o de mais, que dos casos ordi-
narios: e sllccedendo particularidades extraordinarias, a justia pede,
fJue se lIJe defira com mais, ou menos rigol', (8) o que deixamos no ar-
bitrio, e pal'ecer dos Julgadores.
108ft Ainda que depois da sentena da~a, vindo os delinquentes
com emhargos condemnao, os Juizes lho s podero receber, e com-
mutar (9) a cOlldemnao segundo os fundamentos, e razes, que alle-
garem, com tanto, que se (L satisfao Justia; com tudo (lepois da
sentena dada, e despachados os embal'gos, se os houver, nem o nossO
Provisor, Vigario Gel'al, Desembargadol'es, uem outro algum nosso Mi-
nistro pde perdoar, remiLtil', ou commutar a dita pena, em que o de-
linquente for condemnado por sentena definitiva, porque todas estas
commutaes, remisses, e perdes l'eservamos a Ns, (10) para
que se fao com maiol' deliberao, segundo julgal'mos mais conveni-
ente ao sel'vio de Deos, e bem de nossos subditos.
TITULO XLV.
DAS PENAS ESPIRITUAES.

Da excommunho, e de como em. cousas leves se no harle usar della.


1085 Posto que a excommunbo se.ia espada (1) espiritual ~a
Igl'eja, e o nervo (2) da Ecclesiastica disciplina, na qual firma a autori-
dade dos Prelados Ecclesiasticos, e pOI' meio della obl'iga a Igreja a
seus subditos ohediencia, e reduz as ovelhas peruidas ao rebanho, com

(7) L Respieiendum ff. de pcenis ConsL U1yssipon. lib. 5. til. 57. in princ.
foI. 579. L. Aut faeta verso Persuna ff. de pamis L. nlt. eod. de probaL L. ~
piLalium ~. Solent. et . Grassatores IT. de prenis, cap. Sieut dignum de hOIDICI-
dio Consl. ~git. lib. 5. tiL. 22. cap. L fuI. !~7!~.
(8) Guasin. defenso reOl'um defenso 33. cap. 17. Tiraquel. de pcen. tempe-
rand. in prrefat. L 2. et seq. Clar. ~ fino q. 85. V. U1terius. Coneiol. resol. ?J"1I11.
verbo pama resol. ti. n. 1. et resol. 13. n. 1. et 2. Constitutiones UlYSSlpon.
et h:git. ubi proxime.
(9) L. 1. ~ fin. lI. de prenis. Farin. de deIiet. et pcen. q. 26.
(to) Consto Ulyssipon. lib. 5. til. 57. deer.i. ~ 2. L. Divi ff. de pcenis. T"
Relegali eod. til. Fragos. de regim. Reipuh. p. 1. lilJ. !~. d. '11. 2. n. 263.
Themud. 2. p. deeis. 2~3. n. 2.
(1) Cap. Dileelo de senlenl. exeomm. Iib. 6. ..
(2) Cap. Multi 2. q. 1. Trid. sess. 25. de refonn. cap. 3. in pri.nclp. Sol. ln
4. dist. 1. q. 5. arl. 6. cone], 8. AlphollS. a Castro verbo ExeommnDlcallO. Consto
Brachar. liL. 401. n. 2. foI. 527.
DO ARCEBISPADO DA. BAHIA. 371
luuO ue grande detrimento (3) para o corpo, e para a alma, e a maiol'
pena que ha na Igl'eja pelos gl'andcs bens, de que priva em quanto dma.
Por tanto os Sagrados Canones, (h) e ultimamente o Sagl'ado Concilio
Tridentino (5) encarrego muito, que da excommunho se use com
muita considel'ao, c em casos gl'3ves, que por outra via se no pos-
so commodamente remediai'; p0f(Ille usando-se della inconsiderarla-
mente, e por cousas leves, (6) se no endureo os delinquentes, e
ex.asperem de modo, que venba a sei' despresada, e no temida, e se
conrerta em uamno. e rnina espil'itual, o que a Igreja Catholica orde-
nou pu'a remedio.
1086 Pelo que mandamos aos nossos Miuistl'os que tiverem po-
der de excommungal', o l1o fao em cousas levcs, (7) nem ainrla nas
graves, se por outros meios se puderem commodamcnte cumprir sens
mandados; c assim Ibes encommendamos, que nos casos que se o[e-
I'ccerem, procedo primeiro com penas pccuniarias, (8) e COIl1 outros
meios mais suaves, antcs de chegarem ao da excommunho, no usan-
do nunca della sem pl'eceuel'cm as admoestacs (9) na frma uevida.
TITULO XLVI.
DAS CARTAS DE EXCmIMUNuo, PAIUSE DESCOBRIREM AS COUSAS lIUllTAD.l.S,
ou PERDIDAS.

1087 Quando as p:\I'tes quizel'cm alcanar cal'la (lc excommu-


nho, para lhes serem descubcrtas algumas cOllsas perdidas, ou sone-
gadas, (1) faro petio por escripto, ou a Ns, ou ao nosso Provisol', (2)
declarando as cousas perdidas, ou sonegadas e antes de se lhes passar
a carla, justificaro, ao menos pOl' jmamellto, tres cou as; (3) a pri-
meira, que as consas valem mais que um marco de prata; a scgunda,
que no tem prova pal'a o pedil'em em Juizo; a terccira, que no lem

(3) Cap. N"emo Episcoporum ti. q. 3. cap. Yisis in fin. 16. q. 2. Citp. Corri-
piantur 2!~. q. 3.
(!~) Cap. Episcopi, cap. Nemo Episcoporum 11. q. 3. cap. Sacro "ers. Cave-
anl de Sentent. excommunicat. cap. Dilecto eod. liL lib. 6.
(o) Tric\. Sess. 20. de reformo cap. 3.
. (6) Trid. diet. cap. 3. in prineip. Zero!. in prax. p. 1. verb Excommuniea-
honis causa materialis ~ 1. Consl. U1yssip. lib. o. lil. 24. decr. 1. in princip.
DD. ad cap. 1. de Sentenl. excom. lib. 6.
(7) Constit. U1yssip. ubi proxime. T.amee. lib. o. til. 27. cap. 1. lEgil.lib.
5. lil. 19. cap. 1. Dreh. til. !~4. N. 2. foI. 527 .
. (8) Trid. diet. cap. 3. V. ln eausis verjudicialibus. et v. ln eausis quoque
crnninalib. Palaus p. 6. lracl. 29. d. 2. punet. 3. n. 10. Them. 1. p. dce. 86.
num. 'II.
(9) Cap. Romana, Cap. COllslituLionem de senlenl. elcom. lib. 6. cap. Sacro
podem til. juncla glossa in cap. Rcprchrnsibilis de appeBat. l)aL p. 6. trael. 29.
d. 1. pune!. 5. 11. 8.
(I) Ad ea quro Trid. sess. 2:>. de reformo cap. 3. el ibi Darb. 11. 1. et de
potes!. Epise. 3. p. alleg. 96. per lotam. Gnu7.in. tle defcnsion. reorum clefcns.
18. cap. 1. 'l'ltem. dccis. 86.
(2) Irirl. dict. cap. 3. el ibi Barb. n. 5. el de pole L. Episc. allcg. 96. n. 7.
Gal'anl. verbo Excommunicatio n. 2. Conslil. Ulyssip. lilJ. 5. tiL. 26. in princip.
IJraehi\l". liL. 44. consl. 2. foI. 527.
(3) Sayr. ele censuris lib. 1. eilp. t 1. n. 33. vers. Seeulldum. Consl. Tly si-
lJl'lI. el Draebar. loeis cilalis.
J
37:2 CONSTITUIES
outro meio por onde possrro alcanai' satisfao; e jusLificad:ls as dilas
tres cousas, se passar a carta de excommunho pedida pelas parles: e
declaramos, que a carta no vaI, nem obriga em caso, que as cousas
que faltTIo valerem menos do que a parte informou, e jurou.
1088 Passada a dila carta, os Parochos, a quem for apreselltada,
sero ohrigados (.4) a fazerem a publicao della nas estaes cm voz
clara, e iotelligivel, declarando juntamente ao povo a obrigao que lhes
fica. E por se evitarem inconvenientes, que a esperiencia tem mostra-
do, estas cartas de excommunho passadas em geral se no podero in-
timar a pessoas parliculares, e ficaro s nas puhlica.es communs,
que se fizerem.
1089 Se sahil', lepois da carla publicada, alguma pessoa, ou
pessoas que saibo das ditas consas perdidas, 011 sonegadas, o Paro-
cho lhes tornar em um papel de fra (5) os nomes, e a denullciaoo
em segredo, sem dar a entender cousa alguma, e constando-lhe da pes-
soa denunciada, e culpada, a admoestar, (6) que d a devida satisfa-
o no termo oa carta, advertindo-lhe, tambem em segredo, que fal-
tando se proceder contra ella na frma que for justia. E se a pes-
soa culpada deferir dentro do termo da carta, e lhe pedil' proroga.o
de tempo, allegando a seu parecer justa causa, o dito Parocho lhe po-
der dar mais quinze dias de espao, e neste tempo lio incorrer o
culpado excommunho alguma: e se passado o tel'mo da carta, e jin-
cOl'I'ida a censura, o culpado satisfizer dentro em quinze dias, o poder
absolvei' o Parocho, constando-lhe (7) da verdade.
1090 E no' satisfazendo os culpados em nem-um dos modos,
que fico apoiltados, o Parocho fechar as denunciaes, que lhe fize-
ro, declarando os nomes dos cul pados, e os nomes das pessoas, que
denuncil'O, e dando seu parecer sobre a probabilidade, que tem dos
culpados, as mandar ao nosso Provisor, (8) ou a quem passou a carta
de excommunho por pessoa segura, e em uem-um caso por pessoa,
que tirou (9) a carta de excommunho.
1091 O nosso Provisor, vistas as denunciaes, se julgai" que
ainda se deve fazer maiol' diligencia em segredo com o culpado, alem
da exhortao do Pal'ocho, a (10) far, e no satisfazendo o culpado,
mandar as denunciaes ao Promotor da Justia para o mandar cilar,
e demandar por razo do peccado (11) da reteno, em que est, e da
excommunbo, cm que incorreo, c nesta causa se proceder sem estrc-
pito summariameote, at o culpado satisfazer inteiramente; mas no O
podendo a parte intel'essada conseguir inteiramente pelo Juizo Eccle-
siastic.o, e quize]' autes lIsar do meio de reqnerer no Juizo &eclllar, o

(.<lo) Consto U1yssip. ubi proxime ~ 1. .illgilaIJ. Iib, 5. til. 19. cap. 2. i-
foI. ti25. I~emec. lib. 5. tit. 27. c. 2. 3. foI. [~43.
(5) Consto U1yssip. dict. iii 1. "ers. Se depois. J~amecells. dict. cap. 2. 3,
, (6) Consto U1yssip. dicL 1. iEgitan. lib. 5. tit. 19. cap. 2. 2.
(7) Consto U1yssip. ubi proximc.
(8) Consl. U1yssip. loc. cHat. verso E no salisfazendo. iEgilan. dict. cap.
2. iii 5. fol. 526.
(9) Consl. U1yssipon. et ~gilan. locis cilatis.
(JO) ConsL U1yssipnn. dict. decr .... verso O Provisor foI. 467. ..
(li) Cap. Novil de judiciis. Const. U1yssipoLl. ubi proxime. iEgilan.l1lct. cap.
~ 6.
DO AHCEBl PADO DA BAJ-HA. 373
nossO Provisor, parecendo-lhe, que no !ta incoU\'elliente algum em
que se !.lera rcp:1l'<.JI', mndar dar (12) por certido di ta parte os no-
mes das pessoas dCllunciads, c dos denunciadores, com as causa.', c
particul:lridadcs, que se descohl'ro' mas antes disso se far tCI'llIO,
jurado, e as ignado pela meSll'la parte interessada, pOl'que se obrigue,
que lio accusal' pes oa alguma das que pela carta de es.communho
foro denunciadas, e dcscubcl'tas, criminalmente, c que no usar das
testenllrnhas, que sahro paI'a tambem accusal' criminalmente os au-
tores do damBo, e que quel' e contente, que as taes testemunhas
ulo tenho te em Juizo, nem fora delle, e luzelldo o contrario os tes-
temunhos, e denunciaes se harero por nllllas; e ficaro na nossa
Camara Archicpiscopul as proprias denunciaes.
1092 E e das testemunbas, que denuncil'o no resultar prova
su/liciel1te para o culpado ficar com ncido, no se proceder (13) con-
tra elle no nosso Juizo Ecclcsiastico, sa1Yo se a parte depois acbar mais
pl'Ol'a, e tluizcr corroborar as denU11eiaes, que por via da Cal'ta de ex-
commnu!lo viel'o. E se a parte pedir certido do que se descobl'io
por ria da carta de excommunho, e dos Domes dos denunciado., e
euuncimlles para proseguil' seu direito onde lhe parecer, se em se
lhe dar no homer algum incol1Yeniente, se lhe defirir na torma de-
terminada 110 Ilum. 1091.
1093 E porque acontece algumas v zes pedirem as parles car-
tas, e mandados de excommunho para obrigal'cm a algumas pessoas
a de cobrirem, e testemunhal'em, o que sabem ou entregarem papeis,
que tem cm seu favor, ou de sua aco, e justia; ordenamos, que
daqui cm diante se no passem (1li) semelhantes cartas, ou mandados
S'11l nossa especial licena, e declaraIio cxpressa, e juramento de se
no uIJroveitarem deste meio, seno no Juizo Ecclesiaslieo' porque
corrC'llfJo a cansa no Juizo secular, aos Juizes eculares compele man-
daI' nesta parle a favor dos litigantes o que lhes parecer justia, com a
cOl1llUillaITo das penas que nos seus Tribunaes se costumo pr.

tuas MOi'iITORIOS.

10.9" Como um dos modos, com que se procedc 110 Juizo Ec-
clesiastico por ria (1) de monitorio e esle tenha Juaar sruente m
certos casos, ordenamos, e mandamos que o nosso Yigrio Geral c
~nais Ministros, a que perLencer no procedo por via dc monitorio
lilstancia das partes, (2) seno sobre dizimos, foros, pcimicius, fmclos,
(J2) Const. Ulyssipon. ubi proxime lEgitan. dict. cap. 2. ~ 7. J.amcc. dict
cap. ~. 6. rol. l~q.r~.
(t3)COLlSt. U1yssipon. dicL. dccl'. 1. vcrs. Sc das teslemunhas. JEgifan. clicl.
cap. 2. ~ 8.
. (14) Const. Iyssipon. lib. 5. tiL. 26. SI 2. lEgil. dicl. cap. 2. SI 9. tnmec.
dlela cap. 2, 7.
(I) DI ira dc foro Eccl. 3. p. q. 2. n. 27. ct 40. rt q. 3.. n. 16. clp. 2. q. 25.
~. 19. Thrmllcl. 1. p. dceis. 86. l\lend. in j11'axi p. 1. lib. 2. cap. 5. et p. 2. )ib.
2. cal. !5. Con til. (JJ' SipOLl. Ii\). 5. til. 27. in principio.
r (2) ConsL. U1yssip. ubi pro im. j.amec. lib. 5. lit. 27. cap. 3. in princip.
101. H5..tgiL' Iib. 5. liL. H/. CJp. ". SI 1.
47
3i.! CO:-iSTITUIES
raes, e penes dos bens da Igreja, Bene/ieios, ou lugal'es pjos; ou
sobre cousa em que a parte, que o pede tenha sua teno fundada em
ilil'eito, ou mostre escripta publica, (3) ou sentena; ou sobre esmo-
las de Missas, Olficios, ofl'ertas, estipendios de Vigal'ios, ou Coadjuto-
res, ou CUl'as, custas de officiaes, execuo de ultimas vontades, e
mais cousas tocantes visita, e outras semelbantes; e em totlas as mais
cousas, e causas pel'tencentes ao foro Ecclesiastico se proceder por
"ia de citao, e no de censuras.
1095 Os monitol'ios se no passaro por menos quantia que de
seiscentos e quarenta ris; e sendo a divida menor, se passar man-
daflo para serem evitados da Igreja, e Officios Divinos at satistazerem.
Nunca se passar monitorio sem se declarar expressamente o nome, e
sobrenome da pessoa que ha de ser monida, e a quantidade que se lhe
pede, e sem irem nelles declarados os termos das admoestaes Cano-
nicas, (.&) e citao para aggravao das mais censuras, procedimentos,
e condemnaes das penas comminadas: e devem outro-sim os moni-
tOI'ios passados contra pessoa, que ail)da llo foi ouvida, levar clausu-
la (5) justificativa, que consiste em diZeI', que se tiverem embargos os
venho allegar dentro no termo j assignado, e no levando esta clau-
sula fica o monitorio ullllo, ede nem-um vigor. POI'm quando acar-
ta monitoria for passada em execuao de alguma sentena, ou despa-
cho, sobre cuja materia a parte j fosse ouvida, (6) no necessario
que leve a dita clausula.
1096 Mandamos, que daq ui em diante se no proceda por mo-
nitorio contm os culpados, obl'igando-os (7) a que se venho livrar de
culpas; antes se proceder por citaes, e mandados com penas. Po-
rm quando nos parecer, e aos nossos 'isitadores, e Ministros, que
devemos mandar apparecer alguma pessoa, para bem de sua alma, ~u
da Justia, ou governo espiritual, se poder procedeI' para esse effelto
por monitorjos, (8) e censuras; e outro-sim para olll'igaI'em a quacs-
quel' pessoas a dar seus testemunhos em visita, devaa, summario, ou
em qualquer causa crime, ou civel; e para vir a perguntas matrimoni~~s
qualquer pessoa, que para esse etreito for chamada, e para outras dili-
gencias semelhantes, por se no achar outro remedio mais conveniente.
1097 E conformando-nos com a disposio de direito ordena-
mos, e mandamos, que quando se passar monitorio com clausula jus-
tificativa contra alguma pessoa, se o monido per si, ou por seu Procura-

(3) Argum. cap. ull. SI uH. de oflic. delegal. Suares de censllris d. 3. sect.
10. n. 6.
(4) Cap. Romana. cap. Constilutionem. SI Staluimus, cap. statutum de senl.
excom. lib. 6. cap. Sacro de sent. excom. Barb. de polest. Episc. allegat. 126.
J'al. p. 6. tI'. 29. d. 1. pnnct. 5. n. 8. ' .
(S) Consto Lamec. dict. cap. 3. SI 3. Tbem. dil't. dec. 86. n. 33. Oliv..dlcl.
y. 3. q. 2. n. 27. Facit Barlol. in T". 1. cad. de execut. rei judic. Jason. 1O!-.
Nec ad quam SI ubi decretum n. 6. lT. de olT. proconsul. l\lend. in prax. p. 2. ]Ib.
2. cap. 5. num 1.
(6) Gutier. CanoD. q. cap. 4. II. 18. Barlol. cl Jason. ubi proxime. .
(7) Trid. sess. 25. de reformo C. 3. vels. Tn cansis quoquc. Consto UlYSSI-
pon. lib. 5. lit. 27. decr. 1. ~ 2. foI. 1~69. Lamec. lib. S. til. 9:i. cap. 3. 9.
(8) Cap. 1. el2. de les'. cogend. cap. Ex parlo 2. el cap. Sicut de Spons.
TJ'dent. uhi proxime. Ollslil. U1)ssip. decl'. 1. 2. foI. Hi9. in fine, el-\.70.
iu prillcipio.
DO ARCEUrPAJ)O JU nA~l1A. 375
dOI' appareccr em Juizo dentro do termo que se lhe deo para pagar,
ou satisfazer, e vier com embargos a se cumprir o monitorio, e allegar
cousa, que prorada o desobrigue, no iucorrer em pena alguma, e o
monitorio se resolrer cm simples (9) citao; e os nossos Ministros
mandaro' que quem alcanou o monitorio, contrarie os embargos, e
prosiga a causa conforme o estilo, ou obrigue o monido pela via, e
modo que melhor lhe parecer.
1098 Se a pes oa monida no apparecer per si, ou pel' seu Pro-
curador dentro do termo assignado, logo ser nda por cxcommungada,
(10) e se depOIS oe ter incorrido na censura acodir com os ditos em-
bargos, no ser absolto delta, nem admittido a requereI' em Juizo so-
bre o monitorio, sem primeiro pagar as custas (11) dos procedimen-
tos, que at o tal tempo forem feitos; e depois, se os embargos forem
de receber, se lhe admitlil'o, conforme o que for justia.
1099 Nos casos, em que conforme a direito, e esta nossa Cons-
tituio, se pde passar monitorio, se procurar sempre, quanto for
possivel, que se notifiquem em pessoa (12) os que houverem de ser
monidos' pOI'm no caso em que se escondo por no serem notifica-
dos, constando aos nossos fiuistros, ou ao Official, (levando a carta
monitoria clausula, que achando que se esconde o possa fazer) pode-
ro ser notificados na pessoa de um familiar, (13) ou visiuhos mais che-
gados, e ter o mesmo e[eito a tal notificao como se fosse feita
propria parle. E nem-uma pessoa ser no lificada com monitorio por
carta de \H) edictos.

TITuLO XLVIII.
DOS EXCO:lnlU'iGADOS QUE DEYEM SER EYl'L\DOS.

1100 Um dos efreitos da excommunbo maior apartar os ex-


commungados da communicao e trato dos (1) fieis e posto que con-
forme a direito antigo, todos os Cbri tos fossem obrigados a evitar os
excommungados de excommunl.o maior, tanto que lhe constasse, que
neUa tinho incorrido, (2) ainda que no estivessem nomeadamente de-
clarados, ou denunciados por taes com tudo o Papa Martinho V pela
Extl'avagante (3) que comea, Ad evitanda sca:ndala, determinou, que
(9) \"alensuela con iI. 6. n. 58. Oliva 2. p. q. 25. num. 19. et p. 3. q.38.
n. 16. Tbemud. i. p. dec. 86. n. 3!~. lason. eL GuLier. locis cilaLis. avo in cap.
Cum contingaL de rescripLis.
(10) Oliva dict. p. 2. q. 25. n.19. et p. 3.2. n. 1~1. COlIsLiL. PorLuens. lib.
li. Iii. 25. const. 3. V. 4. UIyssip. lib. 5. LiL 27' deCl'. 1 ~~. foI. 470.
(11) Consl. Iyssip. ubi proximc. Lamec. dict. cap. 3. ~ 6. foI. H6.
. (12) Covar. quem referL Suar. de eeu uris d. 3. scct.11. n. 4. Constil. JE-
gltan. dict. cap. 3. 8.
. (13) Cap. uIL. in fine de dolo. C<1p. Ex lua de Cleric. non residenLib. COL
ln cap. Alma :Ma ler ~ 9. n. 4. verso Primus. Const. Iyssipon. dict. decr. 1. SI 1.
. (H) Coval'. ubi proxim. ConsL Lamec. dict. cap. 3. SI 8. Porlucns. lib. 5.
Ill. 25. consto 3. ,"ers. 5. in fine.
(I) Mallh. C. 18. Covo iu cap. Alma MateI' n. 3. Naval'. in manual cap. 27.
n. 1. Abb. communiler receptus Ln RubI'. (leseut. excommun. .
(2) Cap. Sicut AposloJi, cap. Excommunicatos, I.'ap. Cum excommumcaLo
CUm ali is 11. q. 3.
(3) Extra,'. Marlini Y. 'a"ar. in manuali cap. 27. num 35.
CO.\STlT -rES
nem-uma pe soa fosse obrigada a evitar da cOlUmunicao nem-um ex-
comlUungaJo, ainua que saiba que o estei, e seja puhlicOi saho o que
estiver declarado, e denunciado publica, e nomeadamente pelo Juiz Ec-
clesiastico, ou puzel' mos yiolentas em alguma pessoa Ecclesiastica,
que goze do privilegio do Canon, sendo talo deliclo, que de nem-um
modo se POSS,1 encubl'il', e notoriamente lhe no compelir escusa, para
deixar de haver iJ1COITido na e\communhoi porque o tal notorio pcr-
cussor uo Clerigo d ve ser evitado, ainda que nomeadameute no haja
sido declarado (li) e denunci<do.
1 J O1 Por tanto ordenamos, e mandamos aos Parochos, e mais
pessoas Ecclesiasticas, e a todos os nossos subditos vitem os ditos cx-
comlUl'lJ1gados declarados, e notorio percussores de Clcl'igos, e nUo
communiquem com elles a sim nas COllsas Divina, como nas huma-
nas, (5) salvando, cOllrersando, comendo bebellLlo, fal1ando, tl'alando
e fazendo cousas semelhantes; e os que assim o no cumprirem in-
correm em excol11munbo menor; e communicando com elles nos Sa-
cramentos, e Santo Sacrificio da Missa pecco mortalmente, alem (6)
de incorrerem na dita excol11111uullo menor.
1102 Porm esta prohibio no comprchende a lI1ulhC1', (7) ou
marido, filhos, criados, e familiares da pessoa que est excommunga-
da, pOl'que est s pdem communical' com o excollll11ungado declarado
sem inco1'l'erem em excommuuho menor. Nem outro-sim compre-
hende aquelles, que communico com os excommUllgaclos por causa
de alguma necessidade espiritual, ou corporal, e por isso pdem os cn-
fCl'Ul0S tratar com os Medicos excommungados, e as parles tambem com
os LeUrados excommungaclos se pdem aconselhar. Nem comprchen-
de tambem ao que acouselha ao excommungado, que se tire da excom-
munho, nem ao que ignora que est excommungado, e assim em ou-
tros casos semeU1Untes.
1103 E ainda que regularmente o que comnllmica com o excom-
munge do incolTa em excommunhio menor, como temos dito com tudo
ha alguns casos, em que a incorre maior, a saber quando commllnica
com elle (8) no mesmo peccado, e deliclo, lJorque foi excommllngado,
01.\ quando comml1nica in Divin com o excomrnungado pelo Papa, 9)

(!~) Na\'. ubi proximc. Palaus 6. p. de ccnsuris d. 2. PUDCl. 4. n. G. cum


seqq. Abr. de insto Paroch. lib. 10. cap. 7. secl. 1. n. 1~65.
(5) Abr. dict. sect. 1. n. !~(;O. cum seq. PaI. dicl. d. 2. punct. 17. Suar. d.
15. sect. 1.
(6) Cap. Stalllimus. cap. ConstitutioDem ele senlent. cxcom. lib. 6. Barh.
ad c1ictum texto in cap. Constutionem n. 1. Palaus rlic!.. d. 2. punct. 4. n. 1. et 7.
(7) Cap. Intel' alia ele sento excom. cap. Quoniam 11. q. 3. Gloss. in c. Cum
dcsidercs rlict. lil. de sen!. excomm. Abr. dicl. sect. 1. n.466. Palo dicl. d. 2.
puncl. 19. n. Th. 3. p. addit. q. 23. arl. 2. Coyar. in cap. Alma p. 1. 1. n.
8. Xii\'. dict. cap. 2. li. 26. Henriques 1.13. c. 22. et23. SaFo I. 2. de cxcom-
munic. cap. 1!~.
( ) Cap. Slatuimus de sentent. excom. lih. 6. c. Si concuhinro, cap. 'upor,
cap. Inter alia de scnl. excommu icat. 1)'11. dict. el.2. llunct. 18. n. 5.! "aval'.
dict. cap. 2'7. n. 1J2. Sayr. Jib. 2. de excom. C. 11. n. o. Avila 2. p. cap. 6. a.
10. dub. 3.
(9) Cap. SignificaYil de senl. clcommunic. PaI. dic!. punclo 18. n. I~. T\a-
varo dicl. cap. 27. n. 98. n miq. lib.13. cap. 8. n. 2. tavman. lib. 2. de cxcom
mnnicalione copo 1-1. n. tG. Avila 1. p. de ccnsl1l'is cap: 6. d. 10. dnb. 2.
DO ARCEBISPADO DA BA RIA. 3i7
ou com o cxcommungado nomeadamente posto de participantes, (10)
sendo espressnmente admoe tado no communique com elle, ou mo-
nido por seu propl'io nome, e soul'enome, pOl'que no basta que o fosse
POI' palanas gemes, a salJel', os visinhos, Juiz, Escri"o, ou semel!lan-
tes lIomes appeliativos. E mandamos aos Pal'ochos qe nosso Arcebis-
pado leio, e ensinem a seus freguezes o conlelldo nesta ConstituiO,
pal'u que no acontea, que por ignoral1cia communiquem com os ex-
comrnungaflos que se elevem evitar, ou se erilcm os com quem sepde
commullicar. E para maiOl' certeza do sobredilo quando algum s de-
clarar por excommuugado, por o Parocho em alguma parte publica da
ua Igreja urn escripto J1) em que brevemente diga que foi o deda-
rado, para que o evil 111: e sendo o dilO excomillungado absolLo ad
reillcidentiwn smente, o PaI'ocbo por outro escripto em que assim
o declare.
-l< 110fl E se algum excolllmungado se deixar andai' assim ceusu-
ruelo por mai ele tres mezes, o nosso .l\Ieirinho o poder aCCll. ar, e
no tazenuo O accusado cerLo, que procura a absol"i~o, e que a no
pde alcaurar, (12) sel' condemuado em pena de dinheiro, conforme
a qualiuade da culpa, e descuido, que nesta materia tireI' commeUido.
1105 1\1as para que neste particular se .l}fOceda com a benigni-
dade, que a Igreja Santa costuma, mandamos ao nosso PrOyjsol', Vi-
gal'io Geral c mais Juizes, que semelhante poder tiverem, que se ha-
jo com muito comedimento, e brandura com os excommungados,
aiuda que sejo declal'uuos, e que sendo conveniente lhes dem licena
para serem eLsoltos ad 1nclent-iam (13) desde yc pera de alai at
dia da Circunciso, a da Dominga de Hamos at a Dorninga in Alhis,
p~(lindo os ditos excomnmugados esta graa com cbristandade, e llU-
Imldade, para que posso rec bel' o' Santos Sacramentos e ter a Con-
solao espiritual, que para bem uas almas pdem desejar, e pus an-
do os ditos termos, incorl' ro a mesma excommun!lITo em que (ran-
tes esta"o, e sero e.. itados sem mais alguma declara0o. E encar-
regamos muito (1ft) aos nossos Ministros, que dentro dos tempos aci-
ma postos, nITo passem alguma declal'atoria, nem deix. m publicar a
qne ,j estirerem passadas.

TITULO XLIX.
t lJ.\S EXCO:llJIUNllES DA BULLA DA CE.\ no SE;';flOR.

1106 As excommunhes conledas na Bulia da Cea do Senhor


(1) .So as principaes das que esto postas por direito: cl:arnando-se
aSSll1l porque os 'ulTImos l-ontifi"es as mandfro puhlicar cada anno

(10) Cap. Quod in dubiis. de sent. excom. cap. S!aluimus, cap. Slatulum
cad. til. liu. 6. PaI. dict. punct. 18. n. (l.
(li) Const. Uly sip. I. 5. liL 27. decl'. 1. !~. v. Sendo algucm foI. !.70.
(12) ConsL. U1yssipon. lib. 5. tiL. 27. decl'. 1. !II 5.
6 ('13) Consto -IY5 ipon. dicl., 5. ers. E para que JEgit. lib. 5. til. 1[). cap .
.lamec. Eb. 1>. tiL. 27. cap. 7. Porlllens lib. 1>. liL. 25. con t. 6. v. 1.
(1'1-) Cnn t. I)'ssipon. uui pioxirnc. lEril. loc. cilat. 1.
(.1) De qllihus Naval'. in manuali cap. 27. a n.52. nsq. ad n. n. aF de CCJl-
SUl'. lIb. 3. a cap. 1. usq. ad rapo 2:'>. Suai'. de censuri' d. 21. sccl. 1. eUIlJ 5 q.
378 co~ 'TITurES

em Quinta Feil'8 da semana Santa. E como conveniente, e necessa-


rio a todo o fiel Christo a noticia dellas, e os Pm'ochos so obrigados
a andarem bem vistos nesta materia, pat'a encaminharem as almas, que
lhe esto encal'l'egadas, julgamos ser pl'eciso apontar em summa, pelo
modo, que os Doutores as pondero, e alleg, assim em Juizo, como
fra deBe, quando necessario, as ditas excommunhes, que so as
vinte seguintes.
1107 Primeira: Contra os Hussistas, Wiclephistas, Lutera-
nos, Zuinglianos, Calvinistas, Hugonotes, Anabaptistas, Trinitarios, e
quaesquer 2) outros hereges, e Apostatas da nossa Santa F. Econ-
tra todos aquelles, que lhp.s do credito, (3) recolhem, fa'"orecem, e
defendem como taes (4). E contra todos aquelles, que tem, lem, im-
primem, e defendem seus livros sem autoridade da S Apostolica. E
contra todos os Scismaticos (5) que se aparto da S Apostolica, e
Romano Pontifice. l)
1108 Segunda: Contra todas as pessoas de qualquel' qualida-
de, que sejo, que appello das Ordenaes Apostolicas, e mandados
do Summo Pontifice para o futuro (6) Concilio Universal. E contra
todos aquelles, com cuja ajuda, e favor se faz a tal appellao. E
contra todas as Universidades, Collegios, Cabidos, e Communidades,
que nesta frma, ou appellarem, ou concorrerem na appellao. Mas
porque estas, conforme a direito, no pdelll ser excommungadas, de-
clal'aro os Summos Pontifices, que ficaro interdictas, e assim o no-
to os Doutores, que vulaarmente pondero est materia. )l
11 09 Terceira: Contra todos os piratas, (7) corsarios, e la-
dres do mar, que navego pelos mares pertencentes Santa S Apos-
tolica, e nelles fazem presas desde o monte Argenturio at Ta1'l'acina.
E contra todos aquelles, que o recolhem, amparo, e defendem. ))
1 t 10 Quarta: Contra todos aquelles, que roubo (8) as nos
dos Chl'islos, que se perdem no mar, ou de outra maneira fazem nau-
fragio, ou seja no mar, ou na costa, despojando as pessoas, e toman-
do as cousas perdidas, ainda que o fao com pl'etexto "de qualquer
privilegio, costume, ou posse de longissirno tempo irnrnernol'al. l)
1111 Quinta: Contra todos aquelles, que em suas terras im-
(C

poem, ou accrescento 11ovos(9) tl'ibutos. E contra todos aqlle!lc?1


que os al'l'ecado fm daquelles casos, que so permiLlidos por dirCl-
to, ou concedidos por licena especial da S Apostolica. II
1112 Sexta: Contra todos aquelles, (Iue falsifico (tO) as leI-
lraS APOslolicas, ainda que sejo passadas cm frma de Breves. E
(2) Cap. Achalius 1. 24. q. 1. cap. Ad aboIendam, cap. Excommunicamus
de hrel'el,
(3) Cap. Excommunicamus ~. Credenles de hrerel. ..
(!~) Dict. cap. Excommunic<lmus ~ Cl'cdcnles. Cap. Quicumque ~ flrerellcl
de hrerelic. lib. 6. .
(5) Cap. Nulli 19. disto
(6) Ex.lravag. Suscepti regiminis Julii n.
(7) Cap. Excommunicalioni de raplor. Glos. Verho Genel'ales in elemenl.
de jlldiciis.
(8) Cap. Excommunicalioni de raplor. ~ iIIi eLiam.
(9) Cap. Innovamus de censib. Gloss. verbo Generales in element. 1. de
j udiciis.
(to) Cap. Ad Calsariorum de cl'm. CaIs.
DO AHCEnISPAUO DA BA-HIA. 37!l
contra todos aquelles, que falsifico as supplicas, assim de graa, como
de justia, assignadas assim pelos Summos Pontifices, como pelos
Yice-Callcellarios da Santa Igreja de Roma. E contra todos aquelles,
que falsamente fazem lettras Apostolcas, e que falsamente se assigno
nas sllpplicas, ou com o nome de Romano Pontifice, ou com o nome
de Yice-Cancellario, e outros Olliciaes, a quem isto pertence.
1113 Setima: Contra todos aquelles, que le"o aos Mouros,
(11) Turcos, inimigos do Nome de Christo, e aos bereges expressa-
mente declarados pela S Apostolica, armas, ferro, fio de ao, ou qual-
quer outro metal, 011 instrumento de guerra, como madeira, linho ca-
nemo, cordas, e cousas semelhantes, com que se possa fazer guerra
aos Clll'istos e Catholicos. E contra todos aquelles que do aviso aos
taes inimigos do nome Christo, e hereges em damno da Religio Ca-
thollca, e Republica Christ. E contra todos aquelles, que do ajuda,
conselho, e favor, ainda que o fao com pretex.to de algum privile-
gio da S Apostolica, em que se no faz expressa meno desla pro-
hibio. II
11 U Oitava: II Contra todos aquelles, que salteo, roubo, ou
impedem (12) aos quelevo mantimentos, e outras cousas necessarias
ao uso e sustentao da Cnria Romana, concorrendo per si, ou por
outrem. E eontl'a todos aquelles, que per si, ou por outrem defen-
dem, e amparo os que isto fazem, ainda que sejo de dignidade !teal,
Pontifical, ou qualquer outra.
1115 ona: II Contra todos aquelles, que per si, ou por outrem
malo, (13) mutilo, prendem, e retem aqueIles, que vo S Apos-
tolica, ou vem della. E contra todos aquelles, que no tendo ordem,
nem do Summo Pontifice, nem de seus Juizes, temerariamente a usur-
po, e com ella vexo os que moro na euria Romana.
1116 Decima: II ContI'a todos aquelles, que mato, (U) muti-
Io, ferem, prendem, detm ou roubo aos peregrinos, e Romeiros,
que vo a Roma por devoo. E contra todos aquelles, que ajudo,
amparo, e defendem aos taes delinquentes.
1117 Undecima: II Contra todos aquelJes que mato, (15) fe-
rem, prendem, espanco, e detm em fl'lua de inimigos os Cardeaes
da Santa Igreja Romana, Patl'iarchas, Bispos, Legados, e Nuncios da
S Apostolica, ou os perseguem, e lano de suas Dioceses, territorios,
e senhorios. E contra todos aquellcs, que mando, ratificio, e ap-
pro\"o as taes cousa, ou a elJas do ajnda, conselho, e farol', de
quallJuer maneira. I)
111 8 Dnodccima: (I Contra todos aquelles, que per si, ou por

(li) Cap.na quommdllm, cap. Qllod olim, t'Ap. Ad lihcraudam de judreis.


. (12) Na'-ar. in manual. dicl. cap. 27. n. 64. Palaus dict. d. 3. pund. 9.
Fragos. de regim. ncipub. Iib. 1. d. 3. SI 8.. .. .
. (13) Naval'. dicl. cap. 27. n. 66. Palo nu! prmume SI tO. Sayr. de ccnsurls
hh. 3. cap. H.
(14) Sayr. dicl. lih. 3. cap. H. Naval'. dicl. cap. 27. 11.65. Pa1. dicl. d. 3.
tO.
. (Vi) .Cap. Felieis dt- prenis lib. 6. CLem. Si quis Sua ie~lle cod. til ..Navar.
ubl prOxlffie II. 67. PaI. dicl. d. 3. puncl. 12. Barbos. ad cllelum tcxt. Jn cap.
Fclici n. I.
380 COSSTlT IES
oull'em nwlo, ferem, e e 'bulllo (16) as res 'oas Ecclesia:licas, e
seculares que por respeito de . uas causa recorrem Curia Romana,
ou na mesma Crle pel'seguem as cuta pessol s, sens Agenles, Adro-
gauos, Ouridores e Juizes deputados para os laes Jlegocio.. E COIJ-
tra todos aquellcs, que pCl' si, ou por oulrem direita, ou indireitarncll-
le COlJlllletterem semelhantes cxcessos, ou pal'a elles do njuda, ou
favor.
1119 Decima tercei ('a : COlltra toclo aquellcs, assim Etcle ias-
ticos, (17) como secular s de qualquer qualidade que sejo, que in-
terpondo alguma appellao friyola com litulo de gl'ararem as Cmias
seculares, impedem a execuo das leuras ~poslolieas, assim de gra-
a, como de justia, das citaes, inhibies, sequeslros, monilorios,
proces os, e decretos, que mant'o do SUBIUlO Ionlifice da S Apos-
tolica, do Legados, Nuncios, Presidentes, Ouviuores, Commissul'io ,
Juize , e Dei gados de Palacio, e Camara APOsLolica. E contra aqlicl-
les, que Uil mesma IOl'lna fazem que sejo adlllittidas as taes appella-
es, ainda que seja a rcqucI'illlento dos Proclll'adores, e Advogados
do Fisco. E contra todos aquelles, que do mesmo modo fazem que
:ejo tomadas e I'clidas as ditas lettras, citac , inhibic , seques-
tros, lllonilol'ios, e semelhantes cousas. E: contra todos aquelles, que
impedem tCl'el\l eslas cousas sua derilla execuro, ou simple mente,
OH fazendo qlW se no executem sem en consentimento, e examC,OIl
fazendo que se no ordenem os illstl'Umentos, processos pelos Tube-
lies, e Notarios, ou fazcndo que e nuo entreguem s parles a quem
pertencem. E contra todos aquelles, que pcr si, ou 1Jor oulrem pu-
blica, on secretamenle pl'endem, ferem, espanco, detem e lan~o fra
dos Reinos, Cidades, e Lugares, esbulho, ou intimido s parles. ou
seus agentes, parentes por sunguinidade, ou affiulade, familiarcs, No-
tarios, executores e suh-executores das causas acima dilas. E con-
lra todos aquelles, que le alguma maneil'a presumem direita, ou indi-
rilamente prohilJir, e ordenal', que as pessoas no vo ncm J'ccorro
Curiu Homana, ncm pal'a seus negocios nem pal'a impctrarclll grn-
(:.as e lelll'as, e que no uscm das impetrudas. E contra totlos aquel-
1 s, que presumem l'eter em seu poder, ou em poder dos Notarios,
Tahelics e quaesquel' outras pessoas as ditas causas.
1120 Dccima quarla: Conlra toelos ilquclles, que porsu3 pru-
pria autoridade (18) como Juize de filClO, pcr si, ou por outrclIl.ad-
"yocrto, assim dos Auditores, COlllllli sarios, e mais Juizes Apostohcos
Ecc1esiasticos as causas perten entes a neneucios, dizimos, e llIaiscou-
sas, ou espil'itnaes, ou <lll1lcxas s espiriluacs impedindo o curso, ou
audiclleia dellas, on relal dando us pessoas, Capitulo , Collcgios, ou
Convenlos, que [IS quer m pro eguil'. E contra lodos aqu lIe , que
pela maneira acima pouluda constral1gem <le qualquer modo a rc-

(16) fal. dieL d. 3. PUllCl. 13. Sayr. dicl. lib. 3. c. 16. Caiclan. vCl'hoEx-
commllnicalio cap. tiL
(17) PaI. r1icl.l1. 3. punc!. 14. llonac.. de censul'is d.i. ((.1'1. puncl.1. n: l.
Sayr. c1i lo lib. 3. cap. 17. ~a"al'. in manual. dicl. cap. 27. n. 68. Fragas. dlcl.
d. 3. Si 13.
(18) TcxL in cap. Quoniam elc irumunil. lih. 6. c:tp. Qllicnm((nc d.e scnl.
excom. cod. lihro. C',!l. yera de !li , CJlltlJ vi, lU lu \"c lnusa liulIl. al'. 10 ma-
lIaal. cap. 27. num. 70. PaI. .licl. d. 3. PUllcl. tii.
DO AH.CEBlSPAllO DA BAfILL ;j81
vogal' as dilas citacs, inhibics, e leLLras nellas declaradas, e obl'i-
go a consentir, c fazcr que sejo absoltas das censuras, e penas pos-
tas s pessoas, que nellas por esta via incorrro. E contra todos
aqllelles, que por csta via impedem a execuo das lcttras Apostolicas,
cxecntorias, processos, Decretos, ou para isso do seu favor, conse-
lho, ajuda, e consentimento, ainda quc scja com pl'ctexto de tirar al-
guma violencia, e preteno, ou com capa dc reCOITCl' ao Summo Pon-
Lifice, e fazer supplicas at elle ser infol'mado, salvo se com etreito
proscguirclU as taes supplicas diante do Summo Pontifice, e 'S Apos-
lolica; e tudo isto sem embargo das taes pessoas serem Presidcntes
de Cancellarias, Conselhciros ordinarios, ou extraordinarios dc quaes-
qucr Principes scculares, ainda quc tenbo dignidade Imperial, Heal,
Ducal, e qualquer outra desta qualidade, e ainda quc sejo Arcebis-
pos, Bispos, Commendadores, e 'igarios.
1121 Decima quinta: ( Contra todos aquelles, que encontraudo
a ordem dada no direito Canonico com pretexto de seu officio, ou qual-
qucr outra CI' instancia das partes, e de quaesquel' outras pessoas,
lazem trazer a si, (19) ou a seus Tribunacs, Alldiencias, e Chancella-
rias, Conselhos e PaJlameutes direita, ou iudireitamente as pessoas
Ecclesiasticas, Conventos, Cabidos, e Collegios. E contl'il todos os que
ordenarem, \20) fizerem, c publicarem Estatutos, Ordenaes, Cons-
tituies, Pragmaticas, ou outros Decretos geraes, pelos I]uaes com
algum pretcxto, c cr que tivCI'em, offendo, diminuo, abalo, e res-
tl'injo a libel'dade Ecclesiastica, encontrando injustamente os Sagrados
Canones, c Ol'denacs Apostolicas, e fazendo cousas em que direita,
ou indircitarnente pl'ejudiquem aos direitos do Romano POl)tifice, da S
Apostolica, e de qualquer outra Igreja. E contra todos aquelle~, que
IIsarem dos Lae Estatutos j feitos, ainda que seja com pretexto de
qualquer costume, ou pri"ilegio.
1122 Decima sex.la: Contra todos aquelles, que rOI' qualquer
maneira direita ou inr1ireitamente impedem (21) aos AI'cebispos, Bispos,
caos mais Prelados, e Juizes Ecclesiasticos, Ordillarios, Delegados usa-
rem de sua jurisdio contra quaesqucr pessoas, encarcerando, ou
molestando seus Agentcs, Procu radores, familiares, e pessoas chega-
das por sallguinidade, ou aITinidade, encontrando a ordem dos Sagra-
dos Canones, Constituies Ecclesiasticas, Decretos dos Concilios ge-
mcs, principalmente do Concilio Tridentino. E contra todos aquelles,
que depois das sentenas, e Decrctos dos mesmos Ordinarios, e seus
Delegados reco nem s Cbancellarias, e Curias secu!:J.l'CS, illlldindo o
Juizo, e foro Ecclesiastico, procurando, que pelas dilas Chancellarias
se decretem prohibies, e mandados pellaes para os Oruinarios, e De-
Icgados, em quem se executem. E contra todos aquclles, que estas
cousas decrelo, execllto, e 1lt'lIa do ajuda, conselho, patrocinio,
e [(\\'01'.
l)

1123 Dccima setima: Contra todos aquelles que usurpo, e

. (19) PaI. rlicl. d. 3. puncl. 16. Franc, Leo in Thesaur. cap. 7. n. 73. Frag.
dlcl. d. 3. 1\115.
(:20) Cap. Noverit, cap. Gra\'em de scnl. excom. Ba-bos. ad texl. in dicl.
cap. 'ovcrit 11. 2. Allerius de censuro lib. 5. d. 16. cap. 4.
(21) Trid. sess. 25. de reformo cap. 20. ayr. dicl. lib. 3. cap, 20. Nav. in
manual. dic!. cap, 27. II. 70. FuI. dic\. d. 3. lJunct. 17. Frag. dcl. d. 3. SI 16.
!IS
382 CONSTITUIES
sequestro as jurisdies, (22) fructos, rendas, e novidades pertencen-
tes ao Pontifice Romano, S Apostolica, e quaesquer Igrejas, e pes-
soas Ecclesiasticas POI' razo das Igrejas, Mosteiros, e Benetieios, sem
expressa licena do I{omal1O Pontifice, ou de outras pessoas, que para
isso tiverem legitimo poder. )
1124 Decima oitava: Contra todos aquellcs, que sem especial,
e expressa licena do Romano Pontifice impoem (23) contl'ibuies,
decimas, fintas, empl'esLimos, e outros encargos aos Clerigos, Prela-
dos, e outras pessoas Ecclesiasticas, ou aos bens das ditas pessoas,
Igl'ejas, Mosteiros, e Beneficios nos seus fructos, rendas, e novidades.
E contra todos aquclles, que POI' qualquer modo que seja, ainda que
exquisito, recebem, ou al'l'ecado os taes tributos das pessoas, e bens
Ecclesiasticos, ainda que sejo dados por vontade, e sem violencia al-
guma. E contra todos aquelles, que per si, ou por outrem direita, ou
indireitamente fazem executar as ditas cousas, ou Jo a ellas conselho,
ajuda, ou favor, ainda que sejo de gl'i.1Dde proeminenci, dignidade,
ordem, condiO, e estado, ainda que sejo Imperadores, Reis, Prin
cipes, Duques, Condes, Bares, Potentados, Presidentes de Reinos,
Provincias, Cidades, e tenas, Conselheiros, Senadores, e Pontifices.
E para esta excommllllho ter maior eft'eito innoya Sua Santidade to-
dos os Decretos, qlle se fizero pelos Sagrados Canones, assim no Con-
cilio Late\,anense, ultimamente celebrado, como nos outros Conclios
Universaes, com todas as censuras, e penas, que nelles se contm. li
1125 Decima nona: c( Contl' todos aqneUes, que sendo Magis-
trados, (2h) Juizes, Notarios, Escrives, Executores, e sllh-cxccuto-
res se illtromettem por qualquer maneira nas causas capitaes, e crimi-
naes tIas pessoas Ecclesiasticas, fazendo processos contra ellas, banin-
da-as, e prendendo-as, sentenciando-as sem especial, c expressa licen-
a da S Apostolica. E contra todos aqueDes, que havendo a tal li-
cena a estendem aos casos, que nel!a se no comprehendem, ainda
que sejo Conselheiros, Senadores, Presidentes, Callcellarios, 'ice-
Cancellarios, e tenho outros titulos desta qualidade. l)

1126 Vigesima: Contl'a todos aqnelles, que per si, ou pOl' ou-
tros direita, ou indireitamente, debaixo de qualquer titulo, 0\1 cr pre-
sumem commetter, destruir, (25) occnpar, e retel', ou em todo, 011 em
parte a S:mta Cidade de Roma, o Reino de Sicilia, Ilhas ele Sardenha,
e Corcega, as tenas d'aquem de Pharo, o Patrimonio de So Pedro em
Toscaua, o Ducado de Espoleto, o Condado de Venasino, Sahinensc,
da Marca de Ancooa, Masia, Tribaria, HomallCliola, Campania, e as PI:O-
vineias maritimas, e as suas terras, e lugares, e as terras de espeCial
commissTIo dos Arnulphos, e as Cidades de Bononia, Cesena, Arimi-
nio, Benavcnto, Feroza, Avinho, a Cidade de Castello TlIdcrto, Fer-

(22) Cap. Si quis Prcsbylcr. de rcbus Ecclcs. non alicnnnd. cap. Roc consuI-
tissimo eod. til. lib. 6. TI'id. sess. 22. de reformal. cap. 11. Nav. in manual. cap.
27. n. 71. Pal. diel. d. 3. punct. 18. .
(23) Cap. Adversus c. Non rninus de imrnun. Eec1es. cap. 1. cod. til. IIb.
6, Fragas. dicL. d. 3. !li 18. Naval'. in manual. cap. 27. D. 7'1. .
(2'~) Cap. Si L1iligenti rIe foI'. eompeL. Naval'. c1ict. cap. 27. n. 72. Pa'\. dlcl,
d. 3. puncl. 20.
(25) Sayr. dicl. lib. 3. de ccnslll'. cap. 2~" Navtu', dicl. cap. 21. num. 73.
PaI. tlic;L. cl. 3. pune!. 21. .
DO ARClmrPADO DA BAIlIA. 383
rl'3 Clomacho, e as outras tenas, Cidades, e Lugares mediaLos, ou
immedialamente sujeito Igl'eja Romana. E contra todos aquelles,
que de facto, por rarios motlos presumem usurpar, perturbai' rcter, e
yexar a upl'ema jurisdiO, que neHes cOllfm ao Romano Pontifice,
c S Apostolica. E contra to<los aquelles, que se unem, e concor-
rem com estes delinquentes, farorecendo-os, defendendo-os e ajudan-
do-os com conselho, c farol' ue qualquer outra maneira que seja.
TIT LO L.
t DE CO~IO, E QUA~DO, E COM QUE CL.\{;SULAS SEno ABSOLTOS OS QUE I:'COR-
RERlm :'IAS EXCO:U)iU~l1ES D.... BULL.i D.\ CE-... E D.\S PESSO.\S QCE so
OBEIG.\1l.\S A TEr. A llITA BULLA.

1127 Desta excommuobes e censuras nioguem pde ser


absolto seno pelo umlllO Pontifice, (1) excepto no artigo de morte,
e 3in<la coto o no ser seno dando cauo de estar' pelos mandados
da Igreja, c dar ali fao, ainda que seja com pretexto de qualquer
faculdade, ou indulto concedido, e que ao diante se conceder, e os
quc absolv m destas excommullbes fI'3 do artigo de morte t2) pelo
modo, que fica dito, pelo mesmo caso fico excommungados, (3) mas
esta excomml1nho no reservada S Apostolica, porm o incnrso
ncHa poder ser castigado como parecer. ))
1128 c( E nos ca os em que os (litos excomml1ngados for m
absoltos por ordem da S ApostoJica os Summos Pontific.cs os no
ho por absolutos sem primeil'o dcsistirem (l~) da causas porque
incol'rro em tal excommunbo, e terem verdadeiro propo ilo de
no commeller lU outl'as semelhantes: e os que fizerem Estatutos COll-
tra a liberdade Ecclesiastica sero primeiro obrigados (5) aos refogar
puhlicamente, annullar e risc11l' do livros em (rUe estivcrem e crip-
tos, e fazer certo ao Summo Pontifice do estado em que fico os Laes
Estatuto", ou Decretos. )
1129 cc E declara o Summo Pontifice, que nem por esta abs01-
"io nem por qualqner outro acto tacito, ou expresso seu ou de
seus successor se eutende ser feito prejuizo (6) S Apo tolica, e
seus uircilos adquiridos ou por adquirir, ainda qne parea dissimu-
lao e tolerar a taes cou as, e pal'a corroborao, e confirmao
de tudo o que se contm na Bulla rcyogou \7) todos os priYilegios coo-

(1) Bulia Ccrure lranscl'ipLa ab Ab1". de inslit. Paroc. lib. 10. c. 8. sect. 1.
n: 2'1-. el dicl. cap. 8. srclo 22. ll. 233. Palaus dict. d. 3. punct. 22. ll. 2. Fragos.
dlet. d. 3. 21. n. 3M. Naval'. dicl. cap. 9:1. n. 73.
t2) Blllla Creme ,ers. Creterum. i'iavar. dicl. cap. 27. n. 73. Palaus dido
punct. 22. n. 2. Abr. tlicL cap. 8. sect. 22. n. 233. Sayr. dict. lib. 3. c. 25. n. 4.
(3) i'iaval'. dicl.cap. 27. n. 71~. SaFo dcl.lib. 3. c.25. n. 7. Palausdicl. d.
3. punct. 22. n. 5. Suar. de censuro d. 21. seclo 3. n. 6.
(4) Bulia Ca:nre dicl. \", Declarante ac Prote tantes. PaI. dicl. dispo 3. pun-
el. 22. n. 6.
[5) Bulia Ca:nre dict. V. Declaranles et DD. supra cilati.
(6) Bulia Ccrnre \'. Ou ne-cialll. PaI. ubi supra. Abr. dict. cap. 8. sec I. 23.
n. 251. ~
(7) Hulla Cama: V. non obstanl . .\br. dict. secl. 23. n. 252. Palaus diclo
pUne!. 22. n.7,
384 CO~STlTUIES

cedidos pela S Apostolicll a todas, e quaesquer pessoas, ou Commu-


nidades, e os costumes, aiuda que sejo immemoriaes sem excepo
alguma, como se declal'a, e especifica na mesma Bulia. I)
1130 II A qual para que melbor se observe ordena o Summo
Pontifice, (8) que todos os Patriarchas, Arcebispos, Bispos, Ordina-
rios dos Lugares, Prelados, Reitol'es, Vigario<;, e Curas d'almas, e to-
dos os mais Sacerdotes seculares, e Regulares, que fOl'em Deputados,
pal'a ouvirem Confisses, tenbo em seu poder o tI'aslado deUa, e que
leio, e procurem entendeI-a; e ainda que esta ordem, conforme a
commum resoluo dos Doutores, no contenba mais que uma simples
disposio, declaramos, que todos os sobreditos Sacerdotes tem obri
gao de saberem, e terem inteira noticia de todas estas excommu-
nhes, para saberem os casos que no pdem absolver, e evitar os dam-
nos, que desta ignorancia pdem resultar. II
TITULO LI.
DAS EXCO~IMUNHES, QUE POR DIREITO CO~ntUM C.\NONICO so RESER-
VADAS AO SUM3JO PONTIFICE.

Contra Clerigos, e ReUgiosos.


1131 Primeira: Contra os Clcrigos, que sabendo quaes so os
excommungados pelo Papa, por sua vontade participo com ellcs (1)
nos Officios Divinos. )
1132 Segunda: Contra os Religiosos, que scm especiallieen-
(I

a (2) do Bispo, ou Parocbo presumem administl'ar a alguma pessoa


Ecc1esiastica, ou secular os Sacramentos da Eucbaristia, ou da Extre-
ma- Uno, ou solemnisar o Matrimonio, ou absohel' os excommunga-
dos por direito, salvo nos casos expressos neHe, ou por pl'ivilegios da
S AJlostolica; 011 presumem absolver das sentenas dadas por Esta-
tutos provinciaes, ou Synodaes, ou dos peccados tanto a culpa, como
a pena.
1133 TCI'ceira: (I Contra os Religiosos, e Clel'igos scculares (3)
de qualquer estado, e condio que sejo, que lduzem a qualquer pes-
soa, que com elfeito faa voto, jure, 0\1 pOl' outra via promella, que
eleger sepultura, ou no mudar a que tiver escolbido nas Igrejas dos
ditos induzidores.
j 13.4 QUllI'ta; {( Contra os Religiosos das Ordens Mcndicantes,
(.4) que sem licena do Papa se passo a outra no )iendicante, econtra
QS que os recebem; salvo passando-se Ordem dos Cartuxos.

(8) Bulla Creme verso Crolerum. Palaus dict. d. 3. punel, 22. n. 9. Abr.
lib, 10. seel. 23. n. 262. Fragas. de regim. Reipubl. dicL. d. 3. ~ 21. verso obser-
valia clausu1. u Ilim.
(1) Cap. Signifieavil de sen!. exeom. et ibi Barbos. n. 1. el de polest. Epise.
alleg. 50. n. 88. p. 3. Palaus dict. d. 3. pune!. 2.L num. 3. .
(2) Clero. 1. de privilcgiis. Nav. diet. cap. 27. n. 101. el102. Abr. dICl.
lib. 10. sect. 2. cap. 9. n. 290. Palaus dict. dispo 3. punet. 26. n. 3. cum se9q
(3) Clement. Cupicnles ~. Sane de prenis. Palaus dict. 26. n. 20. Nav. dct.
c. 27. n. 103.
(4) Extravag. Marlini V. de Regularib. Abr. dict. lib. 10. cap. 9. see~. 3.
n.297. Palaus dicl. d. 3. punel. 27. n.6. Naval'. diet. C. 27. n. 106. v. Vlge-
sima secunda.
DO ARCEBISPADO DA BARIA. 385
C011tra pessoas publicas, e senhores de terras.
t 1135 Primeira: II Contl'a os Inquisidores, (5) e os Deputados
por elles, ou pelos Bispos pat'a o Offtcio da InquisiO, que por odio,
amor, ou pl'Oveito temporal contra Justia, c suas consciencias deixo
de proceder contra alguma pessou em caso de heresia: e os que pelas
mesmas causas, e pelo mesmo modo presumem molestar algum, im-
pondo-lhe falsamente, que herege, ou que Ibes impedem li execu-
o de seus omeios da InquisiO. l)
1136 Segunda: (I Conh'a todos os nobres, (6) e Senhores tempo-
raes, que nas IgI'cjas de suas tenas, eslando os lugares interdictos, com-
pelem a algum Sacerdote, que celebre Missa, ou outros Divinos OITicios
em lugaI' interclicto; e os que com voz de pregoeiro, ou sino tangido
fazem ajuntar o povo pal'a ouvir Missa no tallugal', maiormentc fazen-
do, que a Ollo os excommungados, ou interdictos; e assim tamhem
os que pro]jibem, que os excommungados, ou interdiclos denunciados
pOl' taes, no saio da Igreja quando se diz Missa, sendo pelo SacCl'-
dote admoestados por seus nomes proprios que se saio' e os eXCOI1\-
mongados, ou interdictos, que sendo assim arlmoestados pelo Sacer-
dote nUo quizerem sahir.
Contra todos em geral.
1137 Primeira: Contra os que poem mos violentas em Clc-
rigos (7) de Ordens Sacras, ou menores, ou outra qualquer pessoa se-
eulal', ou Regular, que conforme a direito goze do privilegio do Ca-
none; o que se entende sendo a percusso graye, ou mediocre, (8)
porque sendo leve os pdem absolvei' (9) os Bispos.
1138 Segunda: Contl'a os que acouselllo (10) ajudo, ou do
favo I' para isso, e os approYo, e ralifico (11) depois de ser feilo em
se~ nome, ou POI' sua contemplao, e os que por malicia (leixl'o de
o Impedil', (12) podendo-o fazer sem difl1cuhlade, e damno seu o que

(5) Clcrn. L Si verum, de hrereLicis. Abr. dicL lib, 10. cap. 9. sect. 2, n.
239. Naval'. dicL cap. 27. n. 110. Palaus dict. d. 3. punrL. 26. a num. L
(6) ClemenL. Gravis de senL cxcommunic. Nav. dict. cap. 27. num. 104.
Abr. dicL. lib. 10. cap. 9. secL. 2. n. 293. PaI. dicL. d. 3. punct. 27. n. 23.
(7) Cap. Si quis suadcnLe diabolo 17. q. 4. cap. Monachi, cap. Parochianos.
cap. De monialibus, cap.l\lorum, cap. Religioso cap. PcrveniL, cap. Mulicrcs dc
senLent. cxcommun. Nav. dict. cap. 27. n. 76. Abr. dict. lib. 10. cap. 9. sect. L
PaI. dict. d. 3. punct. 23. per LoLum. Barbosa de polest. Episcop. p. 3. alleg. 50.
n. 8'~. Ronac. de censuro d. 2. q. 4. puncL 5. principio.
. (8) Cap. Pervcnit dc senL. cxcom. Abr. dict. cap. 9. secL. 1. n. 280. PaI.
d!CL. punc.L. 23. 4. n. 4. ct n. 2. ubi dcclaraLur qmc sit pcrcussio alrox, gra-
1'15, eL lcl'l5.
(9) Cap. Pcrvcnit de senL. excom. PaI. dicL. n. 4. Abr. dicL n. 280. cum
Sayr. et ToleL. .
(10) Argum. cap. Quautro 47. de seuL. excom. Abr. dict. cap. 9. sect. 1. II.
273. llal. dict. puncL. 23. 2. n. 6. DD. ad texl. in cap. Mulieres de senL ex-
com. Coninch d. H. dub. 5. n. 175.
. (11) Cap, Cum quis 23. de sent. cxcom. Abr. dir:L. sect. L 11.273. PaI.
lllct. puncL. 23. 2. 11.5. G. ct H. 1'\alar. dicL. cap. 27. n. 78. J,aym. lib.1. sumo
IracL. 5. p. 2. cap. 5. n. 5. J\folin. tr:lcl. 3. d. 52. Suar. d. 22. srcl. 1. n. 55.
(12) Cap. QuanLro de senLent. excom. cap. El'l'or. cum seqq. 83. dic!. cap.
:386 CO_ STITUlES
lambem se entende se a pel'cnsso for grave, ou mediocl'C', porque
sendo leve (13) os podem ausoher os Bispos.
1139 Terceira: Contra os que foro excommuugados pel De-
legado (14) do Papa, se se dcixr50 estar na cxcommunho mais de
um anDO.
1140 Quarta: Contra os que tem em seu podeI' letLI'as falsas
do Papa, (15) e sendo mandados pelos Bispos, que desisto delias,
ou as l'ompo, se o no fizerem dentro de yinte dias depois que lhes
foI' mandado.
11h 1 Quinta: Contra os incendiarios, depois que forem excom-
mUl1gados, e declarados (16) pelos Ol'dinal'ios, ou por quem para isso
podcl' li \701'.
1142 Sexta: Contra os que commetlercm saerilcgio quebrando
(17) com Yolencia, c juntamente I'oubando (18) as Igrejas, olllugares
edificados por autoridade dos Prelados.
1U3 Setima: Contra aquelles, que derem licena (19) pnl'3
maltar, prendei', ou fa7.Cl' damno, ou aggraYo na pessoa, ou bens ue
quaesqller Juizes, ou de sens parentes, ou familiares, por haverem pro-
mulgado sentena de excommunho, suspeno, ou interdicto conlra
alguns Reis, Principes, Bares, obl'es, Balios, ou contra quae quer
seus Ministros, ou outra qualquel' pessoa, ou derem a dita licena para
se fazerem os mesmos damnos nas pessoas, ou hens daquelles, POI' res-
peito dos quacs as ditas scntencias foro dadas, ou daquelles, que a'
gual'darem, ou no quizel'em communical' com os assim excommunga-
dos, salvo se antcs de fazerem os dilos damnos I'evogarem (20) a dila
sentena. J;
1U!, Oitava: Contra os que estirerem excommungados de ex-
communho rescrvada ao Papa, sendo ausoltos della por estarem no
artigo da mOI'le, 011 por outro legitimo impedimento, pelo qual no

Faeienlis 3. 8G. dist. cap. 1. de oll'. el poLeslo judie. delrgat. Earb. ad Lex!. .in
C<lp. Quanla? n. 4. PaI. dielo punet. 23. .2. a n. 1 L Abr. dieL. n. 273. Sarro hb.
3. cap. 26. n. 2~. Caict. verbo Excommunicalio cap. 10.
(13) Diximus supr sub num. 1t37.
(14) Cap. QUiNcnli de offie. delegaI. eL ibi Darb. n.i. Bonae. de eeu ur. d.
1. q. 3. pUDeI. 1. n. 2. vers. Addo, Suar. de ceusur. d. 22. seclo 2. n. 1. . .
(15) Cap. Dura de crimin. falso eL ibi Barb. n.1. Farinae. in prax. ertIDIl1.
p. G. de falsit. q. 151. n. 7. . . . .
(IG) Cap. Tua nos '19 de senlo cxeom, et Ibl Barb. n. 2. Abl. dtel. lIb.1O.
seet. 2. n. 286. Y. Tneendiarii. Palaus diet. d. 3. punet 2!~. n, 7. Suar. dio!. srcl.
2. n. 21. Jlonae. d. 2. q. 3. pUTlet. 43. n. !~. Sayr. diet. lib. 3. cap. 29. n. 11.
(17) Cap. ConquesLi 22. de senl. exeom. et ibi .Barb. n.2. PaI. dio!. d. 3.
punet. 24. n. 9. EOl1acin. tom. 3. de eensur. d. 2. q. 3. pUllelo 12. n. 11, Suar.
dict. seet. 2. n. 11. Barb. de poleslo Epise. p. 3. alleg.50. n. 9. Abr. dicL. secl.
2. n. 286. Nav. diet. cap. 27. 11.94. V. odava.
(18) Faoit L. Si quis ita stipulatus lf. de verbor. obligat. 11111aus dict. d. 3,
punet. 2!~. 11.11. Bon. diel. d. 2. q. 3. punel.12. n. 9.Barb. diet. alleg. ?O.n.
!>O. Suar. diel. d. 22. seet. 2. n. 11. TaleI. lib. 1. cap. 35. n. G. Sa}'r. hb. 3.
cap. 29. n. 14.
(19) Cap. Quieumque de sent. exeom. lib. G. eL ibi Barb. n. 1. etde paL.
Episc. p. 3. allegat. 50. n. 94,. Donac. de censo exlr. 13ull. d. 2. q. 3.'pu~eL.15.
Abr. Jiet. sect. 2. n. 287. Filliuc. lrael. H. n. 53. v. 2. eL n. 60. H I1rlq. mSII ID .
lib. 13. cap. !j.:}. 3. til. I? Suar. tom. 5. d. 2. secL, 3. n. 2. enOl seg. . T
(20) Barbos. diet. allrg. 50. n. !H. V. Nola. Abr. diel. n. 287. vers. SUDlI-
Ler pl'OpC unem.
DO AB.CEBlSPADO DA BAlill. 387
pos o recorrer Pal'3 impcll'arem ab olvio da S Aposlolica, SE> dcpois
de cessar o tal perigo, ou impedimenlo no sc apresentarem ao Papa,
tanto quc commodamente pudercm; porque enlo tOl'Do a reincidir
(21) em excommunlJo reservada ao Papa.
1U5 ona: C( Conlra os quc til'o as entl'anhas (22) aos corpos
dos defuntos para os conservar, ou os despedao, ou cozem para se
apal'tal' a carne dos ossos, c os lerarem a enterrar a outra parte: e os
que ordenarem, ou mandal'em que assim se faa. II
1U6 Decima: (C Contra os que do, ou recebem (23) alguma
cousa tcmporal pela entl'ada para professar, ou pela profis o em al-
gum :lIoslcil'O dada ou promettida POI' pacto, ou coudio e no libe-
rai, c gl'atuitamenlc: exceplo o quc se d, e recebe para dote, (2I,) c
sustentao, especialmente da Religiosas. J)

1M7' ndecima: CI Contra os que presumem affirmar, (25) que


so bel'cges, ou que pccco morlalmente aquelles que crem, Oll tem
que a Virgem .:'105sa SenJlOra foi, preservada do peccado original; Oll
pejo contrario dizcnllo, que foi concebida no dito pcccado original. E
os qne presumirem affil'mal', que incorrem em algum peccado, os que
ceJebro o Omcio da Conceio da Yil'gem Jossa Senhora e que oulro-
sim pecco, os que rem s pregaes daquelles que prgo, que a "' ir-
gem foi concebida sem macula de peccado oJ'iginal. E lambem aqucl-
le , qne com temeral'io atrevimento uepois de terem noticia uesta pro-
lJibiTIo, presumirem ter por verdadeiro, que heresia, ou peccado, ter
qualqucl' das duas opinies, ou ter, c lei' por ,"crdaeiros os lirros em
que se contm. )
11/,8 DlJoc!ecima: C( Contra todos os Clerigos, (26) Religiosos,
esecuLll'es de um, e outro sexo, ou sejo familiares da Curia Romana,
ou outros 'onde quel' que sejo, que do, reccbem, ou promettem al-
guma cousa por pequeua que seja com pacto, ou prome 5a occulla ou
manifesta feita por palanas geraes, ou cspcciacs, para alcanar a jus-
tia, ou graa de alguma cou a; e o' que ni so so medianeiro ou
do f:lvor, e ajuda, ou intentarem fazei-o ou no llescobrircm dentro
em trcs dias os delinquentes. II

(21) Cap. Eos qui 2-2. de senl. exeom. Iib. 6. el ihi Barb. n. 1. el de po-
testo Epise. p. 2. alleg. 25. n. SO. Abr. dicl. seel. 2. n. 288. Suar. lom. 4. d. 30.
n. 6, et de censur. d. 22. seet. 1. n. 62. SaFo deeens. lib. 2. e. 20. n. 26.
(22) Ex Lrava cr . 1. de epult. ioler commun. 'a"ar. diel. e<lp. 27. n. 105.
S~I~. verbo Excommuniealio 7. n. 79. Barb. de pote t. Epise. alleg. 50. n.103.
Fllhuc. tract. 15. n. 72. Yers. 3. el n. 77.
(23) EXlravag. 1. dc Simonia ''''"ar. in manual. cap. 27. n. 106. Barb. ubi
proximc n. 104. SaFo Iib. 3. cap. 36. num. 7.
(21.) Ex Buli. Clement. VII. uL habelur in eompendio pri,'. verbo :Moniales
~. ull. -arar. dict. cap. 27. !l. 10G. verso Deelaralio prima Sol. dejusl. lib. 9. q.
6. art. _. ad 4.
(25) Extray. grave nimis de reliq. el ,"CDrral. Sanclor. Trid. sess. 5. in deer.
lIe peee. oricrin. ~ utl. Pius ". io ExLraru cr 119.lJui:C ineipit, Super speeula. "a-
'ar. dicl. e. =.n. U. 107. Suar. tom. 5. d. 2:2. seel. 5. n. 30. "arr. lib. 3. cap. ::\0.
n. 10. Memor. Clericorum c.1p. 5. eseom. l~. et cap. 9. excom. 11. Barb. dicl.
alleg. 50. num. 110. Raiuer. iII Calalog. ceo urar. extra Buli. cap. 5. exeom ..1-.
Cl. cap. 9. exeom. H.
. (26) Extra\". 1. de scnt. e:'Ceam. iono,ata a Grc"orio \. Irl. prr Extrav. qu<c
Incil'il. b ip o, de qlla" "aval'. did. cap. :.7. n. 106. Moliua dejustit. tom. 1.
li. 92. Quarallt. iu um. l3ulJarii ,crIJ. Dal<l, el promissa.
388 CO NSTlTUIES
1149 Decima terceira: ( Contr3 os que prcsllmil'em publicar
(27) Iibellos infames em qualquer linguagem, ou fazem, ou tem, ou
publico versos, trovas, ou cantigas de illfamia, ou detraco do esta-
do das Ordens dos Menores, e Pregadores. E os que presumirem pre-
gar, ensinar, ou defendCl', que os ditos Religiosos no esto em esta-
do lle pel-feio, ou que lhes no licito vivei' de esmolas, ou (Iue no
pdem pregar, nem ouvir Confisses, :linda que tenho licena do Papa,
ou dos Bispos, se a no tiverem dos Parochos. E contra os que pre-
sumirem fazei' alguma damnosa violencia nos Jugares dos uitos Prega-
dores, e Menores. E contra os que tem em suas Igrejas, ou Mostei-
ros os A postatas das ditas Ordens, se os no lanal'em rra, lanto que
pelos Frades das ditas Ordens lhes for denullciado, que os uo lcu-
ho. ))
1 150 Decima qual'la: Contra os homens, ou mulheres, (28)
que cntro nos Mosteiros de Freiras de qualquel' neligio que sejo,
segundo a execuo, e declarao do Papa Gregorio XI LI. ))
1151 Decima quinta: Confra as pessoas Ecclesiasticas 011 secu-
lares, que commettcrem Simonia (29) sobre administrar, e I'cceber as
Ordens, ou pl'oviso de qualqnel' Beneficio, ou omcio Ecc1esiastico; c
contra os que nisso so metlianeiros, ou participantes. ))
1152 Decima sexta: Contra as mulheres, (30) qlle com anec-
lados pretextos de quaesquer licenas, e faculdades cntro nos Mostei-
ros de quacsqucr Ucligiosos. ))
1153 Decima selima: ( Contra qualquer pessoa Ecclesiastica,
ou Religiosa de qU:llqner Ordem, (31) posto que sejo Patriarchas, Ar-
cebispos, Bispos, Abbades, ou de qualquel' outra dignidade, que tl'OU-
xel'cm ao Juizo, e foro secular por razo de qualquer pacto, posto que
seja jurado, Oll por ontm via direila, ou iudireit3menLe a outl'a pessoa
Ecclcsiaslica, Collegio, ou Convento em qualquel' aco, ou seja civil,
Oll crime, real, Oll pesso::t1, Oll mixta, cujo conhecimento, conforme adi-
reito, costume, ou por outra via perten.a ao foro Ecclesia ,tico. E na
mesma excommunho de direito reservada incol'l'em os .Juizes secula-
res, que obrigal'Cm are ponder os Ecclesiasticos em seus juizos, d~
)lois que se viel' com excepo de incompetencia, 011 por outra via
constar della: e bem assim os que a isso derem conselho, favor, 011
ajuoa, ou o manuarem f'azCl', ou ratil1carem, e o 110uverem pOI' bom,
sendo Jeito em seu nome, 011 por sua contemplao. ))
115ft Decima oitava: COIlLl'a todas as pessoas de qualquer.~s
tado, condio, e dignidade Ecclesiastica, (32) ou secular, (Jue seJ3o,

(27) Nav. dict. cap. 27. n. 109. Palaus dicl. d. 3. puncl. 30. n. 5. Bon. tom.
3. de censuro d. 2. q. 3. puncl. 3G. 11. li. .
(28) Exlravag. Pii V. qUal incipil: Regularium, junela Edrav. ~rc~or.
XTTI. qure illcipil: Ubi gralire, el alia eju dem Grcgorii XIII. qure incipll: Du-
lJiis. Barb. de polesl. Epise. p. 3. alleg. 10:2. n. 33. eum seqq. , .
(29) Exlrav. Pauli. H. qU<I1 illCipil, Cum deleslabile. Consl. Pii V. qure lOel-
pil, Cum primum. .
(30) Exlrav. Pii V. qU<I1 incipit, Hegularium. Barbos. de polesl. Eplseop.
allgal. 50. num. 235. et alleg.102. n. 85. cum seq. .
(31) Cap. Tnolila, cap. Placuil 11. q. 1. cap. Si diligenli, de foro ~om.p~l,
cap. Quoniam, de immunil. Eccles, lib. 6. 1\Iolus proprius Malini V. qui IIl e1 plt,
Ad reprimenda, sub daI. llomre Kal. Februar. ilnn. H28. .
(32) Molus proprius Pauli IV. qui incipil: Inler treleras, sub dala dlo 2a
DO ARCEBISPADO DA BA WA.
posto que tellhTIo dignidade Episcopal, 0\1 outra maior, qne para alcan-
arem Benelicio fingirem, e siroufarcm que so outras pessoas, c como
ta s se apresentarem tiOS cxames, 011 procur:H'em alcanar Beneficios
em nome de outl'OS, que no sabem disso: ou se per si ou per outrem
oO'crrcerem alguma penso annua, ou seja esla pal'a outros, com espe-
rana de ha\"cl'em delles alguma peoso, ou qualquer outra commodi-
dade temporal por pequena que seja, ou para si mesmos, principalmen-
lO com animo, e teno de renunciarem depois em favor de outras pes-
oas, posto que muilo idoneas, c beoemeritas com penso, 0\1 sem
ella. )
1155 Decima nona: ( Contl'a os senhores tcmpomes, (33) ou
quaesquer outros Ministros de Justia de qualquer diguidade, e pree-
minencia que sejio, que paI' qualquer via impedirem, ou perturbarem
aos Bispos, ou inquisidores nos negocias tocantes ao Santo OIllcio, ou
se intrometLel'ern a julgaI" ou conheceI' do crime da heresia, posto que
o fao com pretexto de assistirem, ajudarcm, ou favorecerem aos di-
tos Bi pos, e Inquisidores, salvo naquillo em que por finc vontade
delles forem requerido, e cllamados. E contra aqueJles que no re-
vogarem logo quaesqucr Leis, Ordenaes, e Provises que tcnlJo feito
sobre o conhecimento deste crime, que eucontl'em os Sagrados Cano-
nes, ou impido a jurisdicO Ecclesiastica. E contra os que sahendo
i'Io uel'Clll para o sol.>redito, conselho, ajuda, ou favor. E conlra os
Onlinal'ios, ou lnquisidol'cs, que permiltircm que os leigos por qual-
quel' via qu seja julguem jUlltamente do crime da heresia,
1156 "' igesima: ( Contra os que matarem, espancarem, (3.")
intimidarem, ou maltratarem IllquisitloreR, Achogauos, Promolores,
Comissarias, Olarias, ou outros quaesquer Minisll'os do Santo Ollicio,
ou dos Bispos, qne em suas Dioceses, 011 PI'ovincias fizerem os nego-
cios tocante ao Santo Offieio, ou aos accusadores, denunciadores, ou
testemunhas dadas Bas causas da F, ou chamadas pal'a testemunhar
nellas.
1157 Vigesima pl'ma: ( Conlra os que commelterem, (35) dCI'-
1'1Iburcm, ou I'ouharem as Igrejas, e casas publicas elo Santo Omeio,
as particularcs dos Ministros deHe, ou quaesqucr outras cou as eom-
muns, ou particulares. E contra os que queimal'em, furtarem le
varem, 011 por qualquer outra via tomarem os livros cartas, es-
Cl'iptlll'aS, papeis rq,~isloS, e quacsquer Outl'OS documentos tocantes
ao Sunto OTieio, ou scjo puhlicos, ou particulares postos ou guar-
dados cm qualquer lugar. E coutra os que se acharem nos incendios,
r?lIbos ou dCSll'lli{'O com al'mas, ou sem ella~, cooperando nas sobre-
dilas cousas, ou impedindo, que seno salvem as pessoas, ou cousas so-
lt~cditas. Contra os que romperem os carceres, ou quaesquer outras pl'i-
soes do Saolo Olheio ou ejITo publicas, ou parficulares, ou tirarem, ou

oy. 107!~. Palans dicl. puncl. 30. n. 8. Bonacin. d.2. q. 3, pUDCI. 28. n. 6,
~atncr. in Calalog. censurar. exlra Buliam cap. 9. excom. 20. Barb. dict. allcg.
50. n. 12'1..
(33) Exlra"ag. Pii \. qm:c incipiL Sanclissimus. Cap. l1l luquisilioJlis, ele
htcrcl. I. 6. jl1nCla clausul. "BulI. Ca:n. lla .. b. ael diel. cap. Ul InqllisiLionis 11.11.
(3'~) Exlrav. Pii V. in OIdine 83. qure incipil, Si ele {Jl'o[egcmlis. Ual'b, do
pul. Episc. c1icL. p. 3. allcg. 50. n. 121.
;35) Dicl. Extra\ag. Si de pl'olcgcndis.
390 co. STITUlES
lanarem del1as, ou do poder dos Ministros algum preso, ou prohibi-
rem, ou lhe derem azo para fugir, ou mandarem, que se fa{'o as so-
brediLas cousas, ou fizerem concursos, ou ajuntamentos. E contra os
que para isso derem conselho, ou ajuda, ou fa\'or, posto que se no si-
ga effciLo de qualquel' das sobrcclitas cousas, c ainl1a que os sobl'editos
scjo Bispos, Duques, Marquczes, Condes, ou de outro titulo, e digni
dade maior. E contra os que tentarem interceder pelos laes delin-
quentcs, ou pOI' el1es pcdirem perdo da culpa incorrerem ipso (acto
na excommunllo posta contra (36) os faotores.
1158 Yigesima segunda: Contra tuda a pessoa, que usurpar a
jurisdico Ecc.lesiastica, bens, uizimos, (37) fructos, I'editos proventos,
offertas, ou quaesquer outras rendas, que pertenro a algum Clerigo,
pessoa, ou Communidade Ecclesiaslica por razo da Igreja ou Bene-
licio. E bem assim contra os que poem sequestro, sendo Ministros se-
culares, ou pOI' qualquer "ia embargo bens, dizimas, fl'uctos ou ren-
das sobreditas.
1159 Vigesima lel'cel'a: Contra todos aquelles, que entro
em desafio, (38) e que se provoco a isso por <JualquCl' modo, que /01',
ou conCOl'l'em ao tal desafio, e nelle servem de padrinhos, ou de assis-
tentes, ou de iutel'lluucios, lenndo recado por palavl'a, ou por escriplo:
ou derem cOl1selho, ajuda, ou favor para o tal elTeito, ou derem cam-
po, ou o assegUl'arem, ))
TITULO LII.
DAS Exc01n1U~HEs POSTAS EM DIREITO SE~I P.ESERYAO ALGDU..

1160 No direito Canonico, assim antigo, como modemo lia mui-


tos lugares, em que se impoem a excbmmunho maiol' ?'pso (acto, cuja
absolvio se no reserya, porm como por esLas ConstiLuies lo~as
lIOS suo resCl'vadas, como dissemos, tratando dos casos reservados no
liv. 1. Lil. k4, convm que os Pal'Ochos, e Confessores tenbo noti-
cia dellas, e pal'a esse fim as declaramos aqui, e so as seguintes.
Contra Clel'igos e Rc1?'giosos.
1161 Primeira. ConU'a os Sacerdotes, que tiverem omcio (1)
de Magistrado seculal" se sendo a(lmoesLados o no deixarcm.
1162 Segunda: Contra os Religiosos professo, que lemcra-

(36) Extrav. Pii. V. in ordinc 106. qUil) incipil: Durum nimis, juncla E~
lrav. 2. dc clect. Extlav. unica, nc Sedc vacanle. Cambar. dc casibus rescrl'allS
cap. 7. n. 23. Barbos. dicl. allegat. 50. n. 121. in fine.
(37) Trid. sess. 22. c. ti. ct ibi Barbos. n. 8.
(38) Bulia Pii V. qUil) incipit, Ea qure an110 1560. Tdibus Novcmb. r1e qlla
Filliuc. tract. 15. n. 95. verso Scplima, cl n. 103. Ciarlin. COllll'Ol'crs. for.clls. !Ih.
1. cap. 1H. n. 2. Conslit. Gregorii xllr. qure incipit: Ad lo\lcnc1um, c(1Il.a ~n~.
1582. Trid. sess. 2:;. dc rcform. cap. 19. Conslit. Clemcnlis' JIJ. qme IllClp~l:
nlins "ices, rdila anno 1592. Quaranl. in Summ. Bullar. vcrbo Ducllum. ~r.
Emman. qUil)sl. rcgul. tom. 3. q. 6J. art. 1. \crs. 12, Sancho in prrecrpl. De-
calog. 1ib. 2. C. 39. n. 19. Jlon. de CCllsnl'. u. 2. 6. punct. 1. num. 1. C)
(1) Cap. Clcrici, vcrs. Jubemns nc Clero vcl !lIol1achi Suar. d. 23.secl....
n. 23. Sayr. lib. 3. cap. 32. n. 6. llalaus dict. d. 3. puncl. 32. n. 3.
DO ARCEBISPADO DA B\IIIA. :391
l'iamente deixTIo (2) o habito de sua Rcligio. E contra. os que scm le-
gitima licena (3) de seus l)relados se vo a cstudal' a alguma Ut'-er-
sitiade, ou a alguns estudos de leltras.
1163 Terceira: cc Contra os Sacerdotes, que ouvirem Leis, (4)
ou Medicina. E contra quaesquer Clerigos, que tiverem (]jgnidade
EcclcsiasLica, se em espao de dous me7.CS no desistirem de ouvir as
dilas 5ciencias. ))
116!~ Quarta: cc Contra os Religiosos, que no (5) guardo o
inlerdicto, ou cesso a Divinis, que virem ou souberem que, guarua a
Catbedral, ~]atl'iz, ou Parocbial do lugar.
1165 Quint:l: cc Contra os Religiosos, (6) que de novo f:lzem
Mosteiros, Convcntos, ou casas para morar, ou mudo as antigas, ou
as transferem em outros com titulQ de alienao sem licena do Sum-
mo l)onlillce, ou privilegio da S Apostolica, e consentimento do Ol'di-
IlUdo.
"1166 Sexta: cc Contra quaesquer Religi(lsos, que presumem
appropriar para si os dizimos (7) dcvidos s Igrejas das teITas nOV3-
mcutc lauadas, e cultivadas, ou de outras, no lhes pertencendo. E
contra os que com fraudes, e outras esquisitas cres os usurpo. E
contra os que defeudem, e no permiLtem pagarem-se os dizimos de
seus familiares, ou de outros que misturuo com o gado dos Religiosos
o seu. E contra os que impedem, que se paguem os dimos das ter-
ras, que eJles do a outros para as culti, aI" se sendo requeridos pela
parle nuo desistem dentro de um mez, ou no reslituem dentro de
dous, o que pelos ditos modos llouvel'cm usurpado. )
1161 Selima: (C Contra os Religiosos, que nas pregaes, (8)
ou cm outras parles presumem dizer alguma cousa, que seja occasio
para di rel'tir alguma, ou algumas pessoas, e dissuadil-as, que no pa-
guem o dizimo, que se deve Igreja. ))
11 G8 Oilava: cc Conlra os Religiosos, que sabendo a for~a desta
obrigao deis.o de fazer (9) cOllsciencia aos seus peniLeutes sobre a
paga dos dzimos, que devcrem. l)

(2) Cap. Ut periculosa 2. ne Clerici, vel Monachi lib. 6. Donae. lom. 3. de


censuro d. 2. q. 8. p. 6. Palaus d. 3. puncL. 33. 11. H. eL lracL. 16. de slatu Reli-
g. d. 4. pUllcL 6.
(3) Diela cap. l periculosa. Kav. dicl. cap. 27. 11. 133. ToleL. lib. 1. Cilp'
38. n. 20. Suar. d. 23. secL l~. n. 3. Sayr. lib. 3. Thesauri cap. 33. 11. 20. San-
ch. lib. 6. Decal.cap. 8. n. 7. et 76. ]30n. tom. 3. de censuro d. 2. q. 8. pUllCL.
8.11. 3. et eqqt
('I.) Cap. Super speeula uH. ne Cleriei, reI Monacbi l'avar. diel. cap. 27.
n. 133. -
(5) Clem. 1. de seuL. eXCI)m. N,mlr. dict. c. 27. n. H6. PaI. de censuro p.
6. lmcl. 2!). d. 3. puncl. 3'L ToleL lib. 1. cap. 39. in tine. Sarro lib. 3. cap. 33.
n. 40. Bom,c. d. 2. q. 8. puncl. 11~. n. 6.
(6) Ad ca, qme sub element. de censur. declaraL. Consto U1yssip. lib. 5. liL
30. Si 2'1.. foI. [~96.
(7) CI m. 1. de ueeimi . Naval'. dicL cap. 27. num. 138. PaI. dicl. d. 3.
puu L. 3~ n. 3. To!ct. 1. 1. Cilp. 30. 11. 4. Donac. d. 2. q. 8. puncL. 12.
(8) Clem. CupiellL. V. 11105 cLiam de ponis. Gloss. ibi verbo Religiosos. Su-
ar. d. 23. SI'CL. 5. 11. 37. ToleL lib. 1. cap. 33. n. 13.
'L
3" (9) DicL Clem. Cupienles rs. _ui ~cr scicnler. PaI. dicl. d. 3. puncl.
~. n. 13. Donac. d. 2. q. 8. luncl. 13. a num. 11. Suar. d. 23. secl. . n. 39.
3~}2 CO~STnTIES

Contra pessoas p1Ib11cas.


11G9 Primeira: Contra os que tem jurisuicro temporal, (10)
e no obedecerem aos Bi pos, e Incfuisiuores em buscar, prender, c
reter a bom recado os hereges, crentes, defensore", e seus favorece-
dores. E contra os que sendo requeridos, no tomarem logo sem di-
lao, os que ao seu brao ecular forem entregues. ))
1170 Segunda: {( COlltl'a os sollreditos Mini tros seculares, que
julgarem, (11) ou por qualquer "ia tomarem conhecimento lias causas
da F. ))
1171 Terceira. {( Contl'a os que por qualquer \'ia Ortlell1l0, ou
malvlo (12) contra a liberdade Ecclesiastica, posto que o no faio
por Lei, ou Estatutos; porque os que o fazem pOl' Lei, ou Estatuto in-
correm em excommunho da Bulia da Cea do Senhor.
1172 Quarta: Contra os Doutores, e Mestres, (13) que saben-
do-o presumirem ensinar, ou reter em suas escolas alguns Religiosos,
os cfUaes deixando o habito de sua ReligiO ourirem Leis, ou Medi-
cina. ))
1173 Quinta: Contra os Juizes, que por llco, ou frauue (H)
vo s casas em que vivem mulhel'es com pretexto de as perguntarc)n
por testemunhas; e quaesquer pessoas, que pelo sobl'edito modo as
f;lzem ir s ditas ca!":3S. ))
117.& Sexta: {( Contra os Governadores, (15) Capites Conse-
lheiros, ou quaesqucr outros Ministros de Justia, que fizel'em, dita-
rem, ou escreverem Estalutos, pol'CfUe se maude qne se paguem usu-
ras, ou que se no peo as que j forem pagas quando se pedem,.e
que as partes no sejo restitudas inteira, e livl'emellte, ou presumi-
rem julgar assim. E contra os que tendo para isso poder dentro cm
tres mezes no riscarem dos liuos os laes E talatos. E contra os
que presumirem guardar os ditos Estatutos, ou os costumes que tem
tora dclles.
1175 Selima: Contra os Inquisidorcs, (16) ou seus COIl1-
missarios, ou dos Bispos, ou 1103 Cabidos S vacante para negocio 00

(10) Cap. Ul Tnquisilionis de hmret. lib. 6. et ibi Barb. n. 2.


(11) Dicl. cap. Ut lnquisiLionis ProhibcIDUS, cl ibi Barbos. n. 7. Karar.
dict. cap. 27. n. 13iS. l'alaus dict. d. 3. pnnct. 33. n.16.
(12) Cap. TIos qui, de immunil. E cls.lib. 6. el ibiBarh. n. 1. elclepolesl.
Episc. p. 3. al1eg. 50. n. 2'12. Uaillcr. diclo cap. 9. cxcom. 66. Nav. dicL. cap.
27. n. 130. v. vigesima lerlia. Layor. cap. 13. n. 18. Don. dict. d. 2. q. 2.
punct. i8.
(13) Cap. UL periculosa 2. verso DocLores ne Clcrici, vel lIr onachi 1. 6. Palaus
dict. dispo 3. punct. 33. n. 34. v. QuaLcnus vero. Suar. d. 23. secl. 4. n. 39 .. et
lt05. Bonac. d. 2. q. 2. pnnct. 32. Sanchez lib. 6. in Decalog. cap. 8. n. 96. CaleL.
cap. 61. Sayr lib. 3. ca. 35. n. ti.
(14) Cap. 2. v. Scd cum de judiciis Iib. 6. Donae. de censuro ll'acl. 3. d. 2.
q. 2. puncl. 36. ii n. 5. Palallsdicl. d. 3. puncl. 33. n. 8. Savl. I. 3. Thesaur.
cap. 3!~. n. 13. Sllar. d. 23. secl. 4. n. 1!~.
(15) Clem. unic. de lISIJr. verso 1'\05 igitur, et Barhos. ibi num. 1. 2. rI de
polest. TIpicop. p. 3. alIeg. 50. n. 229. Palalls clicl. d. 3. puncl. M. n. 10. Sua-
res d. 23. secl. 5. n. 30.
(16) CleIDent. 'olentes de hml'et. cl ibi Barbos. n. 1. PaI. dicl. d. 3. pune['
34. n. 9. ToleL. I. 1. cap. 39. n.11. l'\avar. clict. cap. 27. n. 142. Fillillc. Lruct.
u.. cap. 10. q. 3. 11. 169.
DO ARCEBISPADO DA BAIITA. 393
Santo Omeio, que eom occasio, e pretexto ,1elle tomarem ilIicilamcnle
dinhe'o d alguma pessoa. E contl'a os que sendo sabedores inlen-
to por razo do dilo omeio appljcar ao Fisco, ainda que seja Eecle-
siastieo, os bens das Igrejas por deliclos dos Clerigos.
Contra todos em geral.
116 Primeira: ( Coulra lodos os que sendo sabedores prcsu-
mem enterrar em sagrado (17) os hereges, crentes, d Censores, ou
seu favorecedores.
1177 Segunda: Contra 03 que Cazem guardaI' (18) E lalutos
feilos contra a liberdade Ecclesiaslica, e os no razem riscar dos li\TOS
lendo para isso poder. E contra os que taes Estatutos Dzerem, ou cs-
el'everem. E coutra os que por taes Estatulos presumirem julgar.
E contra os que escreverem em puulica-frma o que assim for jul-
gado.
1178 Terceil'3: Contra os que presumirem (19) aggraval' al-
(

guns Clcl'igos, ou quaesrluer outras pessoas Ecclesiaslicas, por no


elegel'em aqueIle, em cujo farol' forUo rogados, e induzidos. E con-
tra os que pOl' esla causa uggrayo os parentes por sanguinidade dos
Ecclesiasticos, ou suas IgI'cjas, ou Mosteiros, esbulhando-os de seu
bens, ou perseguindo-os por outra via injustamente per si, ou por
olllrm. ))
1179 Quarta: (( Coutra os que por fora, ou medo alcal1~o (20)
absolviUo, ou l'evogao de alguma excommunhuo; suspenso, 011 iu-
terdicto. )
1180 Quinta: (( Contra as partes, que procuro (21) que seu
Conservador proceda nas cau as, que no sUo de manifesta iuju1'a) ou
Yio!cncia. ))
1181 Sexta: COlltl'a os que sahendo-o (22) se. caso por pala-
\Tas de presente com parentas de sanguiuidadc) affiniJade, ou gro
prohibido. ))
1182 Selima: Contra os que sabendo-o enlerro defuntos
(23) nos Cerniterios, ou ontros lugares sagrados, que esto interdic-

(1'7) Cap. 2. de hrereLicis lib. 6. eL ibi Barb. n. 1. PaI. <liet. dispo 3. punet.
33. n. 10. Donae. tom. 3. de eensuris el. 2. q. 2. punet. 3. n. 6.
(18) Cap. Torerit. d sent. excom. Barb. de polest. Episeop. dict. alleg. 50.
n.200. Hainer. in CalaJog. cen U1'ar. exLra Buliam rapo 7. excom. 8. Lavor.de
Inllulg. p. 2. cap. 23. n. 11. Filliuc. in qurest. moral. LracL. H. n. li3. vers.
Quinla, el n. 160.
. (19) C. Sciant cuncli de clcet. in 6. eL ibi Barb. n.1. et de pole t. Episc.
llIel. allcgat. 00. n. 20:2. Naval'. dicL. cap. 27. n. 123. PaI. diet. 3. punct. 33. n,
3. Bonac. <liel. <lo 2. q. 2. pUllel. 19. ii n. 1.
. (20) Cap. unic. 0<' his qUi\' vi lib. 6. l)al. cliet. cI. 3. punet. 33. n. 7. 'Kav.
dlct. .e, 27. 11. 125. Hegina1<l. lib. 9. prax. num. 3'~6. Caiel. verbo Excommu-
nlcallo cap. 4'1.
(21) Cap. ult. verso Par vel'o de orne. et polest. judie. delcgat. lilJ. 6. Barb.
de polest. Epise. aIlegal. 106. n. 49. Na\'. dict. e. 27. n. 125. PaI. diet. d. 3'
pllnct. 33. n. 6.
(22) Clem. unie. de consanguinilat. eL aITinit. ralo dieL d. 3. punet. 34.
n. 8. 1-;'V. diel. e. 27. n. 1!d. Cai t. verb. ExeomJDuDlCalio cap. !~7. Suar. d.23.
seel. 5. n. 20
(23) Clem. 1. de sepulluJ's. PaI. Jiet. punel. 34. n. 2. CaieI. dict. rerbo
394 CO NSTlTUlES
tos, fra dos casos cm dircito permiLtiJos. E contra os que entcrro
cm lugar sagrado os excommungados declarados, on interdictos nomea-
damenle, ou notorios percussores de Clerigos, ou onzenciros mani-
festos.
1183 Oitava: Contra os que impl'imem, (2.4) ou fazem impri-
mir livros, qne tralo de consas sagradas sem nome de Aulhor. E
contra os que venderem, ou tem em seu poder taes livros, sem primei-
ro serem e~aminados e approrudos pelo Ordiu3rio.
118A Nona: Contra os ([ue prcsumil'em pregar, (25) ensinar,
affirmar, ou defender em disputa publica, que aquelles, que tcm cons-
ciencia de peccudo mOI'tal, e copia de Confesso I', pdem, sem prece-
der confisso Sacramental, I'eceher o Santissimo Sacramento da Eucha-
ristia, por mais conlrictos, que lhes parea que esto.
1185 Decima: cc Contl'a os roubadores das mulheres, (26) que
as tomo por fora para casarem; e os que l!.Jcs do para isso conselho,
favor, ou ajuda.
1 186 Umlccima: cc Contra todas, e quaesquer pessoas de qual-
quer estado, e condio que seja, que compellem, ou constrangem por
medo, ou por injuria a qualquer pessoa, ou seja seu subdito, ou cscra-
VO, ou no, a que se case, (27) ou no case livremente. ')
1187 Duodccima: c( Contra os que constrangem (28) por fora
a alguma mulhel', (exceplo nos casos expressos em direito) quc receba
habito de alguma Religio, ou faa proGsso, ou que enll'c em Mos-
tciro; e contra os que para isso derem conselho, ajuda, ou favor. E
contra o quc sahe, que a mulhel' faz qualquel' destas cousas contra sua
vOlldade, e interpoem para isso sua presena, consentimento, ou aulO-
ridade. E contra os que pOI' qualquer maneira sem causa justa impe-

direm (29) a alguma mulher lomar Yo, ou fazcr voto contra sua
vontade.
1188 c( Alem destas cxcommunhes referidas nesta Constitui-
o, e nas precedentes, lia muitas em c1ircito;motus pl'oprios, e Extra-
vagantes dos Summos Pontices, das quaes Ilo fazemos cxpressa meu-

ExcommuninaLio c. 46. Sayr. lib. 3. Thesauri c. 35. n. 9. Bon. tom. 3. de een-


suris d. 2. q. 2. punct. 31. n. Ii.
(2!~) Trid. scss. !~. in decr. de ediL. et usu Sacl'or. libror. Sed et impresso-
ribus, et ibiJ3arb. ii n.Ii,. curo seqq. I'avar. c1ict. C. 27. D. 148. Suar. d. 23. seeL,
7. n. 3. Pllans dicla d. 3. pun~t. 36. num. 1. .
(25) Trid. sess. 13. de Sacro Euchar. Canone 2L. at iui Barh. P<ll<1us (heI.
PUDCI. 36. uum. 2. Suar. cle censnl'. dispo 23. se'~L. 7. n. 5. l.'illiuc. tract. H.eap.
6. q. 3. n. 8!~.
(26) Trid. sess. 24. de reformo maLrim. cap. 6. el ibi Barb. U. 12. ~alaus
rlicto punelo 36. n. 3. eL p. 5. de sponsalib. tracl. 28. dispo !L puncLo 2. a num.
10. Sanchez elellIatrimon. IiI>. 7. elisp.13. in principio.
(27) Trid. sess. 2'L de reform. maLrim. eap. 9. el ibi Bal'b. num .. 9. PaI.
dicl. punct. 3r;. n. 5. Gulier. 1. 1. Cnllon. qmest. c. 20. n. 32. eL de maLnm. cap.
79. n. S. Sanchez lib. 4,. el. 22. Bonac. tom. 3. de censuro dispo 2. q. 2. punel.
6. n. 5.
(28) Tl'iel. sess. 25. ele Regulal'ib. el Mouialib. eap. 18. el ibi Barb. n. 1-
Sanchez lib. 4,. iu Deealog. C. 4. n. li.. Suar. ele censuro el. 23. sect. 7. n. S. Bo-
naco tom. 3. de ccnslJr. el. 2. q. 2. [Junet. 2. Palaus dieto puneto 36. n. 8. .)
(29) Pa1. dieLo punct. 36. n. 9. Suar. dic\. d. 23. sc~l. 7. n. 10. Sancho \iJ.
4. in Dcealog. cap. l~. n. 14. Filliuc. lruct. H. Clp. 6. q. 5. ad fincm U. 90. Uo-
naco diet. d. 2. q. 2. pllllet. 3. n. 2.
DO ARCEBISPADO DA BA1HA. 3n5
o, por pertencerem a pessoas, e lugares particulal'('., e no sc adap-
tal'em (30) tanto ao governo espiritual uc nosso Arcehispado. ))
TITULO un.
DAS EXC03I;\lU?\HES HrPOSTAS i'iES'fAS COi'iSTIT IES.

1189 Para quc nossos Ministros, e os ParoclJos, Confessores, e


mais pessoas deste nosso Arccbispado tenho noticia, e saibo com mais
facilidade as cxcommunhes, de que djyillidamente se trata nestas
Constituies, e as penas, porque se inconem, nos pareceo com-eni-
enle fazer resumo ueHas neste Titulo, c so as seguintcs.
1190 Excommullhes do prn1'0 livro.
( Em excommunho incorre qualquer pessoa seculJr, que pu-
blica, ou particularmente disputar sobre os mysteros de nossa Santa
F, num. 1A. 1)

E toda a pessoa que vender, ou li\"cr li\Tos, que tI'alem ue cou-


sas sagradas sem nome de Autor, no sendo primeiro vistos, e appro-
vados pelo Ordinario, num. 18.
Em e. communho 1])SO (acto incorre qualquer Parocho que pel'
si, ou pOI' outrem fizer termo falso em parte, ou em todo no lino Jos
Baptizados, num. 7/a. E o que usa de escripto falso de Confisso, ou
communho, llum. 97. )
A mesma excommuuho ipso (acto iocorre as mulhcres que,
levando-se de noite o Sl'nhor fI'a, o acompanl1arem, num. 112.
E os que se no confess:lI'em pela Quaresma, num. 139, e
H6. ))
( Em escommunho iuconem os Medicos, e Cirurgies, que
conselharem ao enfermo, que por respeito da saude do corpo use de
alguma couza, que seja perigosa para a alma, n. 161.
( Em escommunl1rro ipso (acto incol'l'em os Purochos e Confes-
sores, que absolvC1'em dos casos a S I'Csel'vaclos sem nossa especial
licena, n. 178.
E o Pal'ocho, que nos no der conta o mais breve, que lhe fOI'
possivel do achado, que passe de quantia de dous mil r 'is, cujo uono
no se sahe, num. 179. ))
( Em excommunho ipso facto inconem os que clirecte, ou indil'ec-
te, descobrirem o segredo om'ido na confisso, num. 187 188, e
189.
Em cxcommullho incorre a pessoa, que encobrir encargo al-
Rum, que Li" "rem O' bens nomeados para patrimonio dos Clerigos, num.
22".. E a que souber que nos tacs bens ha algum cOllcelto, cugano,
Oll slIDula50, e o no declarar, Dum. 231.
Em excommunho ipso (acto incorl' m os Parachos, que dissimu-
lal'em os impedimentos do Matl'irnonio uum. 275. )
Em excommunl TIo iuconem, os que C3:sal'CI11 de presente com

(30) Na\'. dicl. eap. 27. n. 1M. Sayr. de ccns. lib.L cap. 12. CUIl1 lribus
cqq. Suar. d. ecn UI'. tI. 31. secl. 1. per lolam.
396 C.O~STlTUL.ES

licen~,a nossa antes das elenul1cia'es, se cohabital'em sem primeiro se


1azel'em as di tas dcn unci aes, num. 277.
Em ex.commuolo ipso (acto incol'I'em os que cclehl'arem ~la
tl'imonio de l)I'esente sem pl'ecederem as denunciaes, ou sem quc
lhes dessem licena para o fazel'em sem cllas: e os que com engallO,
01\ moelo r.onstrangerem aos Pal'Ochos a que se achem presentes; o as
testemunhas, que sabendo-o assistirem aos taes casamentos, num.
201, e 202.
Em excommuuhuo 11JSO facto incol'I'e O Sacerdote Regular quc
sem licena elo Pill'ooho der as ben,os a alguns noivos, num. 283.
Em excommunho incol'l'em os que se caso hayentlo eotre ellcs
impedimento dirimente, J1nm. 29A.
E o procurauor, e as testemunhas, que maliciosamente eI1CO-
hrirem algum engano, que haja no Matrimonio, a que assistirem,
num. 32.r..
1191 Excommunhes do livro segtt:ndo.
Em excommunho incorrem os Almotaceis, e ql1e. quer om-
ciaes de Justia secular, que consentirem vender-se pulJlicamente 110
tempo d Quaresma carne, que no sil'va para os doentes; e na mesma
pena iucolTem os marchantes, num. 412, e 413.
Em excommuuho maiol' incorrem todos os que no pngarem
inteiramente os dizimos, num. 415. )
C( E toda a pessoa, que antes de pagar os dizimos, pagar triuuto,
foro ou penso, num. A21.
(C Excommunho ipso (acto inc.orl'o toua a pessoa, que pel' si, ou

por out.rem puzel' impeuimento a pagar-sc o dizimo direitamcllte,


num. A30.
E os Parochos, que tomarem para si s cousas, que se olferc-
cel'cm para se ornarem as Imagens dos Santos, Ilum. A35.
1192 Excommunhes elo livro terce'o.
Excommunho incorrem os Clerigos de Ordens Sacras, que exe~'
citarem o Oilicio ele Medico, ou CirurgiIio, num.!l77. E os que forem feI-
tores, Procuradores, Oll agentes ele I)CSSOa algllma seculal" nllm ..n9. ))
E os leigos, que frequentarem o Mosteiro das Freira!;, IlUlIl,
A87.
Excommunho tiJSo (Ctcto ioco!'l'em os que fizerem procisso
publica sem licena nossa, num, 1.91. E os que fizerem tambem pro-
cisso puhlica ue noite depois llo Sol posto, num. A92. ,
C( E ns mnlhel'es que acompanharem algllma procisso de nOlle,
que por especial licena nossa se fizer no dilo tempo, num . .<\93. ))
E os Clerigos, que lio acompanhal'cm a procisso do Corpo de
De06, num. A98. E os Religiosos, que tamuem a no acompanha-
rem: tendo-o pOI' costume, num, A99. ..
Em excommunho incol'l'e qunlquel' homem, que sem Jegltllna
cau"a em quanto passar a dita procisso estireI' s jancllus, ou sentado
cm cadeil'ils de espaldas: nUl1l. 50 I .
DO ARCEBISPADO liA BAlHA.
cc E o Clerigo secular que prcgar sem licena nossa, c os PUl'O-
eh os que Ih'o consentirem, num. 513, c 51.4. ))

1193 Excommnhes do livro quw'to.


C( Em excommunho ipso {acto incolTe toda a pessoa de qualqucl'

qualiuade, ou condiuo que scja, que pel' si, ou por outrem usurpar,
ou tomar a nossa jurisdio Ecc1esiastica: e os Juizes secularcs, que
procurarcm trazer a seu Juizo as pessoas Ecc1esiasticas, ou tomarem
I]uerella dada nomeadamente contra pessoa alguma Ecc1esiastica, Dum,
GJ,2, ().J,3, e 6H. )
E todo o Ministro da J uslca seculal', que prender algum Clc-
rigo fra de fragrante delicto, Dum. 6h6. ))
Em excommunlJo illcol'1'e toda a pessoa que demandar as pes-
soas Ecclesiasticas perante os Juizes seculares: e a iucolTem tambem
as pessoas Ecclesiasticas que o consentirem, num. 6!t7, e 6h8. ))
Em excommunlJo ipso (acto incorrem os Miuistros ue Justia,
que mandarem penhoraI' os Clerigos, Dum. 652.
E quem fizer Estatutos, ou Acordos coutra a immunidade
Ecc!esi:lstica, ou os no revogaI': e os que os escreverem, e publica-
rem, 11um. 653, 65/', e 655. E qualquer pessoa secular que puzel' tl'i-
butos, ou fintas s pessoas Ecclesiasticas, num. 660.
(C Em es-commuuho incol'1'e qualquer pessoa, que neste nosso
ArceLJispado edificar 19reja, ou Mosteiro, &c. sem liceua nossa, e
quem mandar dizer Missa na Lal Igreja sem preceder a Uita licena,
num. 683, 68!t, e 685.
E qualqucl' pessoa que puzer escudos u'armas nas Igrejas, ou
Capellas, num. 695. \
E qualquel' pessoa, quc puzer Imagcns nos Altares sem serem
approvadas por Ns, Dum. 700. ))
Incol'l'c cm excommunho ~lJSO (acto qualquer pessoa, que ].lu-
zer lm,wcns, ou I1nal da Cl'UZ no cho, nnm. 702. )
Em cx.coml1lunho incorre qualqucr Clcl'igo, que disscr i\Jissa
cm Alt:u' nua sagrauo, e om patena, ou Cnlix uo consagrauos, num.
709.
E Loda a pc, soa, a cujo encargo e tiverem as cousas da Igl'cja,
u lindo clcllas cm actos profanos, 011 em sua casa, num. 713 e 71A.
(C E toda a p ssoa, que der, ou ycnllel' maueira, pedra, e telha
d'alguma Igreja em licena nossa, num. 727.
( Em excommunho ipso (acto incorrc toda a pessoa, quc nas
19l'cja::; se sent:lr em cadeira de e pai das, exceptuand.o as nomcada ,
nUIll. 731. )
cc li quallJucr SaccruoLe lIue disser !\'Ii sa estalldo alguma pessoa
senlada Ilas lac::; cadeil'a , llUIn. i33, c 73h. ))
. cc Em excommullho incorre quem pUZCl' assento propl'io na Igre-
ja, num. 735. II
cc E lj\u'm nas Igrejas, e Auras fizer feiras) ~col1lprar, ou vend 1',
&c. num. 73 . ))
(C b os Julgadores e ~iil1istros da .lu t.ia .ecular, que fizerem
3lldlencia. OLl outro a Lo (10 jurisdicTto nas Igr ja , ou cxecuo, 'm
(Jue huja pena ue morLc, HUlIl. 739, c 7110.
50
3US CO NSTlTUIES
II E quem ncllas fizer danas, ou nos Adl'os jogos profanos, num,
7112. I)

E quem usar de Yigilias nas Igrejas, num. 7/,3. ))


Excommunho ipso facto a quem nas Igrejas fizer Castellos,
Fortalezas, &c., num. 7.&6. ))
E a qualquer Mioistl'o da Justia secular, que tirar oa Igl'eja
lgum delinquente, num. 766. E aos Ministros seculares, que deita-
rem ferros, ou outras prises ao delinqucnte, em quanto estiver na Igl'c-
ja, num. 767. ))
({ Em excommunho ipso facto incorre qucm per si, ou por ou-
trem por fora, ou engano impedir aos testadores fazcrem testamentos,
num. 780. ))
E a pessoa que encobl'il'testamento, ou o esconder, num. 788.
E os Parochos, e Officiaes das Confl'arias, que derem quitaes
allticipadas, num. 806. E os testamenteiros, que usarem das ditas
quitaes anticipadas, num. 807. ))
( Em excommunho incol're, quem usar de ultimas vontades scm
serem primeiro vistas, e examinadas por Ns, num. 810. ))
Em excommunho ipso facto incol'1'c, quem enterrar, ou man-
dai' entel'l'ar alguma pessoa C1u'ist sem ser em lugar sagrado, num.
8.&.&. ))
E qualquer Ministro ela Justia, que mandar desenterrar defuu-
to algum, ou mudar-lhe os ossos sem nossa licena, num. 850, e 851. )I

Em excommunho iocolTe quem concedCl' sepultlll'a perpetua


sem especial licena nossa, num. 855. ))
E a pessoa que entel'l'ar algum defunto em !tIRar sagrado, a
quem de direito se no deve dar tal sepultlll'a, num. 858. ))
Em excommunho ipso (acto incol'1'e, quem consentir nas Igre-
jas Questores, num. 876. ))
Em cxcommunhrto inconem os Clerigos, Notarios, &c., que fi-
zerem obra pOI' papeis de outros S11periores sem terem despacho nossO,
num. 881. E OUt1'o-sim, se passarem certides das ditas diligencias
sem terem despacho nosso, incol'l'em em excommunho, num. 885. I)
1191 Excommunhes do li1JrD quintJ.
Em excommunho ipso (acto incorre toda a pessoa, que fizer
alguma cousa, de que se conclua, que procede de arte Magica, num.
89.4. ))
l( E quem fizel' pacto com o Dcmonio, num. 896. E quem usar
de cartas de tocai" num. 899. E os que benzem gente, gado, &c.
num. 902. ))
Em excommunho ipso facto incone o Examinador, que nos
exames commettel' Simonia, num. 907, e 90S. E os que trocarem os
Beneficios por Simonia, num. 909, e 910. E os que souberem destas
Simonias, e as no denunciarem, num. 914. ))
Em excommunhrto iJJso (acto incorrem os que ferirem, espanca-
rem, &c. nas Igrejas, ou Adros dellas, ou em procisses, num. 91G. ))
Em excommllnhUo incorrem os que tiverem copula em lugar
sagl'ado, num. 917. E os que furtarem Calices, ou o I'ctiycl'cm fur-
tados, L1um. 9JR
DO AUCEBISPADO DA BJHU. 3D9
Em excommunho 1pSO (acto incol're, quem commeltel' falsida-
des em papeis pertencentes nossa Igl'eja, ou Mesa Pontifical, num.
936. ))
Em excommunbo incorre qualquer secular, que se vestir em
habito Clerical, ou Religioso, num. 938.
Em excommunlio ipso (asto incorre, quem fizer contrato pal-
liado, num. 9h6. II
(C Em excommunbo incorre toda a pessoa, que monida no ap-
parecei' pel' si, ou por seu ProCUl'adOI', num. 1098. E a que commu-
nica no mesmo crime com o excommungado j declal'ado, num. 1103. II

TITULO LlV.
DA SUSPEiSO, A QUAL CEiSSURA ECCLESIAST1C.~, E EM QUE CONSISTE
A SUBSTANCL~ DELLA.

1195 Suspeno uma cenSUl'a (1) Ecclesiastica, pela qual se


impede aos Ministros da Igreja, cm quanto taes, o exercicio de funes
EcclesiasLicas, ou de algum poder Eccletiastico em todo, ou em parte,
por certo tempo, ou para sempre (2). Toda a suspeno, ou posta
pOI' direiLo, (3) ou por bomem; ou do omcio smente, (A) ou do
Beneficio; ou do omeio, e Beneficio juntamente: por omcio (5) se en-
tende assim o omcio de Ordem, como da jurisdio Ecclesiastica: por
Beneficio (6) se significo as dignidades, Canonicatos, e Beneficias, ou
sejo curados, on simplices, e outros semelhantes. E ainda que pde
um ser snspenso, ou de todas as Ordens, (7) ameio, ou Beneficio, e
jurisdio, ou de parte do officio, Beneficio, jurisdicO, com tudo
pondo-se a suspeno simples, (8) e absolutamente no se declarando
se do omcio, Beneficio, ou jurisdio, ou se de Lodo, ou de parte,
se ha de en tender, que do omcio, Beneficio, e jurisdio juntamen-
te: pOI'm os nossos Ministros, que em nosso Arcebispado tiveI'em po-
der de pr suspenso; na sentena, ou mandado de suspenso distinta-
mente declarem (9) de que Omcios, Ordens, actos, ou Beneficios in-
tento suspender o Clerigo, que suspendem, porque constamlo de sua
vontade, ella se ha de guardar.

(1) Cap. Qucrrenti de verbor. signifieat. et ilJi Barb. n. 5. Naval'. in manu-


al. eap. 27. n. 151. Palaus p. 6. tmeL. 29. d. 4. puneL. 1. n. 1. Suar. tom. 5.
de censur. d. 25. seet. 1. n. 2. SaJ'r. Iib. 4. Thesauri cap. 1. n. 13. Avila de
censuro 3. p. d. 1. dub. 1. Bon. tom. 1. d. 3. de suspensione pnnct. 1. n. 2.
(2) i\avar. dieL e. 27. n. 151. de resig. lib. 5. q. 6. n. 82.
(3) Palaus diet. panet. 1. n. 3. ia fine. Alter. de censuro tom. 2. d. 1.
cap. 3. lit. E. Sylvester. verbo Su pensio n. 2.
, (~.). GlofT. ult. in Clem. Cupienles de pamis. Henriq. lib. 13. Sumo e. 33.
1 01 L. llb. 1. cap. 43. n. 7. Avila 3. p. d. 2. duo. 1. eonel. 2. Suares d.25.
S2 l. 2. n. 9. Palus dicL. d. I~. punet. 1. n. 3. Abr. do Paroe. lib. 10. e. 7. seet .
CC
. n. !~73.
(5) Frat. Anlon. de Spirilu S. lraet. 12. d. 4. seeL. 5. n. 710. Abr. diet.
sccL. 2. n.4.73.
(6) Abr. diet. n. 1.73. falaus. dieL. d. ~" n. 3.
(7) A br. ct PaI. loeis citatis.
& (8) Abr. dieL. n. 473. Glossa rerb. Suspensionis in cap. unic. de hisqure vi,
C. Iib. 6.
(9) Salzed. in prax. cap. 130. n. 3.
400 CO~STITUIES

1196 A suspenso de que se tnll, Oll se poem (10) em frma


tle censura puramente, pam eIeito do subdilo tie tirar do pcccado, e
contumacia em que est, ou em pena de algum deliclo commeLLido,
(e este o termo mais usallo) mas neste caso no censma; porm,
ou seja posta por um, OlI por outro fim todo oClcrigo que disser ~lissa,
ou usar, e exercitar qualqueJ' acto de Ordem Clerical solemnemcnlc,
estando suspenso, inc01'l'e (11) em irregularidade: e ainda que este.ja
suspenso de Benelicio, ou ollieio, se o acto que exerci lar no 1'01' (le Or-
dem, no ficar irregular, (12) posto que se comprelJendesse na sus-
penso.
1.197 E encarregamos muito ao nosso Provisor, Vig:H'io Geral, c
mais Ministros, a que pertencei" usem lia censnra, e pena de SUSPCll-
so com muita considerao. E se em algum caso usarem de suspen-
so, como pUl'amente eensura, para eiJeito de se tirar da contumacia,
aquelle contra quem posta, a promulguem sempre por escripto, (13)
precedendo as tl'es Canonicas (H) admoestacs, assim como fica dilo
na excommunho; e nestes termos no imponho a suspeno por tem-
po certo, pois o fim deIla durar em quanto Ro cessai' a contumacia
daquclle contra quem se poem; e a respeito dos Clerigos mem nutes
de suspeno, que de excommunho, maiormenle quando lhe mando
cousas pertencentes a seus officios, ou Beneticios, ou os castigo pOl'
cuJpas comrnettidas nelles.
1198 SuppOslO que o Clel'igo suspenso tanto que incorre em
suspeno, ainda que no seja declnrado, tenha ohrigao de se nlJstcr
(15) de tudo o que por elln lhe prohibido, com llIdo os fieis no tem
obrigao, conforme a Extravngante do Papa Martinho V. de o evitaI'
(16) em qunnlo no estiver nomeadamente denuncindo, ou declnrado;
e nSSlm sendo Pnrocuo, em quanto no fOI' declarndo, poder:;scusfre-
guezes I'eceber delle os Sacramentos, e ainda o ria Penitencin, que rc-
quer juridio; pOI'm depois que foI' declarado por suspenso, no vale-
l' as Confisses Sacramentaes, que administrar, excepto no artigo da
morte; nem pde SCI' admittido aos actos, que ihcs o prohibiuos, ne~
licitamente pdem os fieis pedir-lhe, (17) ncm receber delle os mais
Sacrnmen tos.
1199 E assim mandamos a todos nossos subditos, que sendo
suspenso algum Purocha do omcio de Parocho, e estando nomeada-

(10) S-ylv. verbo Suspensio q. 4. Naval'. dict. cap. 27. n. 160, .


(11) Cap. 1. vers. Caveant autem, de senl. excOm. 1. 6. c. 'L vers. SCILurns
de sento et 1'e judica.ta cod. lib. Nav. dicl. loco n. 163. Dian. tom. 5. trat. 5. re
sol. 137. Si 3. Bon. de censo tom. 1. d. 3. punct. !~. n. 5.
(12) Palaus dicl. d. li. punct. 6. num. li. !'lavar. dict. C. 27. n. 163. S)'lv.
verbo Snspensio q. 5. S~yr. lib. !i.. Thesauri cap: 16. n. 20. . ..
(13) ArgnID. text. 111 C. 1. de sento excom. llh. 6. r.t cap. Rr.prc1lenslblll de
'1Ppcllat. Naval'. dict. cap. 27. n. l1>D. Avi!. 3. p. de C011snr. d. 3. dub. 1. eonel.
3: Suar. d. 28. sect. 5. n. 3.
(iii,) Nav. dict. cap. 27. n. 159. 1>a1. dlCl. pnDCl. 6. n. 2. Gregol'. de V,L1en-
tia tom, !~. d. 7. q. 18. pUDCt. 1.pronul1tiat. 7.
(15) Extravag. Ad evitanda de ql1a Nav. dict. cap. 27. n. 163. FI'. Anfon.
ele Spiril. Sancl. diet. srct. 1>. n. 730.
(16) jr av. dict. n. 163. verso Quinto infertur.
(17) Naval'. dict. C(lp. 27. n. 163. VC\'S. Nono inferlur. Henriq. JilJ. '13. cap,
33. n. 3. Tolet. lib. 1. cap. 11i.. Suar. d. 26. secl. 2. n. 2. ct seqq.
DO ARCEBISPADO DA BATTIA. 401
mente denunciado por tal, lhe no assisto, (18) n~m ohederro como
Parocho'. e sendo este, ou qualquer Clerigo declarado pai' suspenso da
OnJcns, no assisto sua Missa, uem IlI'a ouo, em quanto assim
esli\'el' suspenso, sob pena de serem castigados cOJnO parecer.
TITULO L\.
D.\. SL"SPE"SO-All I~GRESSU ECCLEsr:'E,-E DE PREGAT:..

1200 Alem das ditas suspenses fazem tambem os Doutores


meno da su pcno ab ingressu Ecclesim, (1) a qual tira toda a assis-
lencia ua Igreja, em quanto casa dedicada fi celebrar;,o das l\Iissas, e
Omcios Divinos e assim o suspenso ab 1'ngreSSlt Ecclesim no l'de
exercitai' acto de Ordens) nem OUVil' os Officios Divinos na Igrcja, e se
nella se atl'eYcr a cclebrar os Officios Divinos, incorre em (2) il'l'egula-
ridadc.
1201 Porm ainda lhe licito celebrar em Oratorio (3) parlicu-
lal', que seja YCl'dadeiramente tal, ou em Altar portalil, sendo das pes-
soas que tivcrem privilegio para o ('azel'. E tambem fica desc:mpedido
pal'a quando se celebro os Officios Divinos entrar na Igl'eja para pas-
sar por eHa para outra parte, (h) e buscar algum amigo, ou para outro
semelhante fim ci;-il, com tanto que no seja para orar, e omir os om-
cios Divinos. E tambem Oca desempedido pal'a cntl'al' lia Igreja, as-
sistir, e orar nella, quantlo abi se no (5) celebro os ditos OOicios.
1202 Tambem fazem menJo os Doutol'es da suspcno do om-

cio ue pregai', (6) e esta suspeno tira omcio de pregar o exercicio
de o fazer solemnemente em pulpito, ou em cadeira, pedindo as ben-
os, c com as ceremonias, que aponlo os Ceremoniaes' e se o SIlS-
P 11 o ne ta frma quebrar a prol1ibio, alem de peccar gravemente,
Illcorre em pena de cxcommunhe maior, mas no (7) em irl'cgulal'i-

dade; porm suspenso de3te moela ainda fica descmpedido pal'a ensi-
nar a doutrina Cbrista, e fazer exhortaes ao pOYO, do modo que as
fazem, e pdem fazer as outras pes oas, que no so approvudas para
pr('gat'.

(IS) Dicl. Extrav. Ad vitanda. Nav. ubi pl'oximc Pal. dicl. dispo Li-. pun-
el. 6.
(I) Texl. iu cap. Is cui, de entenl. excom. lib. 6. ubi Darb. n.7. AlieI',
deeenslll'. 10m. 2. d. 6. C. 3. \'l?I'S. Seclluclo diximus.
(2) Copo Is cui ~O. de enl. excom. lib. 6. et ibi na1'b. n. 7. Alter. de cen-
SUl'. 10m. 2. dispo 6. cap. 3. vcrs. ccundo clixtmus.
. (3) AlieI'. dict. cap. 2. V. Qnid dicendum. llarb. ubi proximc n.4. Abr.
dleI. 11. 473.
(1.) Barb. uhi supr n. o.
(5) Aller. dict. cap. 3. V. Respondct. Darbos. 11bi supr num. 5.
I: (6) Clem. CUpiCDI V. Qui vel'o scienler, de prenis, Nav. dict. cap. 27. n.
lu3. Vcrs. OClavo inferlur. Barhos. ad dictam Clcm. Cupientes num. 1.
(7) Sylv. in Sumo verbo Suspensio n. 5. Aller. dicL. cap. 3. V. Sccl di cre-
panl.
.4.02 CON TITUIE '
TIT LO LVI.
DAS PENAS, ElI! Q E lNCORREM OS SUSPEl'iSOS, E QUEM rDE LEYAl'iTAR
A SUSPENSO.

1203 Posto que os susl)ensos no tem mais pena delerminada


em direito, que ficarem irregulares, (1) se exerci to solemnemeule os
actos de Ordens, que lhes so pl'ohibidos; com tudo mandamos, que os
suspensos de qualquer maneira sejo ca tigados com a pena pecuuiaria,
(2) e as mais, que parecer, conforme a qualidade do excesso que com-
mettel'em, em se no absterem do que lues fOI' probibido, por quanto a
teno da Igreja , que semellJanles delictos no fiquem sem o deyido
casligo.
120li Em lodos os casos, cm que a sl1speno se contrahe, I'C-
gularmente necessario ])8Ver absolvio, pela qual se levante; porm sc
a suspcno fOI' posta por certo tempo detel'minado, em chegando o
dito termo, logo fica levantada, (3) e o suspenso desempedido, sem
mais ontra ahsolvio.
1205 E posto que para a absoh-io da suspenso no haja pa-
lavras certas, (h) e determinadas 1)01' forma, c de pl'eceito, com tudo
so necessal'ias algumas, pelas quaes se declare a teno de quem ab-
solve, e efi'eito da absolvio, e as mais accommodaclas (5) so: Ego te
absolvo suspensione, quam incul'risli, se bouver (6) certeza, quc sc
incorreo; ou si (ort wUt'risli, quando em duvida se der a absolyiO
ad caulelam. .E deste modo e rl'ma de absolver da snspen o se dcl'c
usar tambem no fol'o da penitencia, e sempre neste foro se deTe dizer
cm geral: Ego te absoluo quacumque censur excommtmicat1'onis, sus-
pensionis, et interdicti, si quam fmt inctwristi, qua'lenus possum, e /li
indiges.
1206 E quanto ao podei' de absolver da suspenso, se poSla
pai' direito, e expressamente reservada ao Sllmmo Ponti/ice, nem-lima
outra pessoa (7) pde absolver della: e quando a abso1v:o da suspen-
so no reservada a pessoa alguma, se temporal, (8) no pdcm au-

(I) Cap. 1. de senl. et re judicata lib. 6. cap. Cum medicinalis de senl. e1-
comm. eod. Iib. Exlav. Pii II. qure incipiL. Cum ex Sacrorum. Nav. dict. cap.
27. n. 163.
(2) Consl. Ulyssip. lib. 5. liL. 32. dccr. L
(3) Glossa in cap. Quia soope, "erho Doncc, cle elecL. lib. 6. el in Clcm. 1.
verbo Donce, de decimis. Palaus dicL. cI. 4. puncL. 9.11. 1. Abr. dicL. 1. 10. secl.
2. n. 477. Na\'. dict. cap. 27. n. 161.
(4) Palaus dict. pllncL. 9. n. 10. Naval'. ubi proximc Syl"esL. verb: SllspeD-
sio q. 8. Ugolin. lab. 4. de censo cap. 16. ~ 1. Sayr. lilJ. 4. Thesaul'l cap. 17.
n. 3~.
(5) Palo dict. n.10. cum Sayr. 'av.al. el Ugolo uI i proxime. .
(6) Rlt.. Rom. de_Sacrament. Prenlt. ,:ers. De modo absol"endl suspcnsi-
lIe. Naval'. cllcl. cap. 2/. n. 161. V. Sexto dlco. .
(7) Argum. cap. Cum infrior de maiorit. et obedient. tale StJaI'e~ dc.cc~
Sur. d. 29. sect. 1. n. 15. llonac. simi1. tracL. punct. ulL. n. 5. Sayr. hlJ. o. c
censo cap. 17. n. 11. . b fi 5
(8) Gloss. communitel' recepla in cap. Cupienlcs lI.-
C. lerum, vel: o. 111 5
pensos de elecl. lib. G. el in Cl m. 1. ~ Vcrnm, verb. Excom m.ll I1Ica I10
senl. de hrereL. Sylvesl. verbo ~uspcJlsio q. 8. VCl'S. Tcrlium. Covar. I~ 4fc;.~.
2. p. C. 6. U. ilL PaI. dict. d. 4. pUl1cL. 9. n. 2. Sancho lib. 3. de Malrlm. . -'
DO ARCEBlSPAl)O DA BAJIIA. ,f03
solver ueHa os Bispos, mas se perpeLua nos casos, e circunsLancias,
que o direito ordena, pdem os Bispos (9) absolver della. E quanllo
a suspenso se poem com algnma condiao, ou cit'cUllsLancia, guardada
a frma della, e sJtisfeita a condio, pdem (10) os Bispos absoh-er,
como tambem quando posta a beneplacito do Prelado. E as suspen-
ses postas ab hOln'ine se podem levantaI', e ausolver pelos Juizes, que
as puzero, (11) ou por seus legitimos Superiores.
1207 E posto que nesta materia pde haver oecasio em que os
PJ'elados, e mais Confessorlls ordinarios Lenhfto para si, que pdem ab-
solver da suspenso posta em direito sem reservao alguma, assim
como por permisso do mesmo direito pdem absolver da excommu-
uMo, que no reservada, declaramos (12) que no milita a mesma
razilo na suspenso; porque como a excommunho traz muito prejuizo
cm impedir a commUlliea'o dos suffragios, e particjpa~o dos Sacra-
mentos, que a suspenso de ordinario no tira, sempre a Igreja quiz
que as exeommunhes, que no so reservadas, tivessem o remedio
mais faeil; e fazendo algum Pal'ocho, ou Confessor o contrario ser cas-
tigado gravemente como parecer.
TITULO LVrI.
D.\S SUSPENSES POSTAS EM DIREITO, QUE SE HiCORRE~I-Il'SO FACTO.-

1208 Primeira: Ao que recebe alguma Ordem (1) Sacra antes de


ter legitima idade, que ]Jara a tal ordem se requer, ou fora dos tempos
para isso determinados em direiLo, est imposla suspcnsTIo das dilas
Ordens, que assim indeyidumcnte recebrTIo.
1209 Segunda: Ao que receber no mesmo dia duas Ordens (2)
est imposta suspenso da ultima, que recebeo: e ao que reccheo lres
Ordens no mesmo dia, suspeno elas duas ultimas, porque estas reee-
beo inclmridamente.
1210 Terceil'a: Ao que recebe quaesquer Ordens sem dimisso-
ria, (3) ou reverenda de seu proprio Prelado, est imposta suspen TIo
dus Orrlens que indeyiuarnente reccheo, at o beneplacito ele seu Prelado.
. 1211 Quurta: Ao que l'ceebe quaesquer Ordens de seu proprio
BISPO, ou ele outro em Bispado alheio sem lieenu do Bispo deHe. (h)
est imposta suspenso elas Ordens, que assim receber.
(9) Trid. sess. 24. de reformo eap. 6. Donac. dict. punct. ult. n. 5.
. (10) Gloss. in c. Cupientes ~. Creterum, yerho Suspensos, de elect. lib. 6.
el 10 Clem. 1. ~. Verum, verbo Excommunicationis, de hrerel. Trid. sess. 2~. de
reCorm. c. 6.
(11) Pal. dicto puncL. 9. n. 9. Abr. flicto sect. 2. n. 477. Sarro dict. lib. 4.
cap. 16. n. 2'~. cum seq. Nayar. dict. cap. 27. n. 262.
3. (12) Facit, cap. Nup~rde senl. excom. lIen.riq. lib. 13. ~~p. 35. n. 1. AVi1a
p. de censul. u. 6. dublO 1. concl. 2. Larm.llb. 1. Sumo t1act. 5. p. 3. cap..~.
n. 2. Ga par Burlad. ele Suspenso difficlllt. 12. n. 32.
(1) Exlrayag. Cum ex Sacrorum Pii n. innovala per Sixtum V. in Dul1a
qu.re IncipiL. Sanclum, el per Clemenl. VIII. in alia, quro incipil. Romanum Pon-
hhcem. PaI. dicl. d. 4. puncl. 10.11.6. et 7.
(2) Cap. J.itleras 13. de lemporib. OrdiD. cap. 2. de eo qui furlivi: ordiues
Suscepit.
(3) Cap. IIll1d. quoque 1. 7L. disto cap. SaloniLanaJ 63. dist. Trid. sess. 23.
de reformo cap. 8.
(f~) Culliilur. x lexl. iII c.ap. Episcopi 9. q. 2. Trid. sess. 6. de reformal.
404 CO NSTlT UES
12J2 Quinla: Ao que sem licella, e expresso consenlimeulo de
seu Prelado (5) recebe Ordens Sucras, ou MC1IOL'CS, ou prima tOllsum
de Bispo que se chama Titular, ainda que llt'a d emlugal' i elllo,on/lul-
lius Diceces pOSlO que s ja seu commensal ou familiar e t impo la
suspenco das Ordens, que assim receber, al beneplacito do seu Pre-
lado.
1213 Sexta: Ao que recehe Ol'dells Sacras com dilllissol'ia, ou re-
""erenda do Cabido, ou <le quem seu poder tirei', eslalluo a S vacanle,
antes de passar um aUl10 (6) depois da racatura; no sendo aJ'ctndo por
razo de algum Beneficio, que j tem, ()u ba de ter, est~l imposta us-
p Bso dus Ordens as im recebida, at beneplacito do futuro Prelado.
12JA SctiOla: Ao que recebe as Ordens por aILo (7) tomando a
superior, antes de hnrer recebido as inferiores, ou alguma dellas est
imposta suspenso da Ordem mal recebida.
1215 Oitava: Ao quc scndo casado por IJalanas <lc presente,
rccebe (8) qualquer Ordem Sacra, est imposta suspenso da Ordem,
fine assim rcceuer depois de caso.do, e de todo o Olficio, e Beneficio
Ecclesiastico.
1216 Nona: Ao que eSlando excommungaclo, (9) Sll penso, ou
intenlicto recebe qualquer Ordcm, est impo. ta uspen~uo dclla.
1217 Dccima: Ao que l'ec be qualquer Ordem de Bispo cxcom-
muugado, (10) suspenso, schnatico, h rege, ou silllouiaco declarado
por tal, est imposta suspenso da OrdeUl lllal recebida.
1218 Undccima: Ao que rccebci' Ordens com pacto em direito
reprovados (11) sobrc os titulos a que sc ordeno, est imposta SlIS-
peu o das mesmas Ordens.
1219 Duodccima: Aos Cabidos, (12) que estando Ya~a a S Ca-
thcdl'al occupo, usurpo, consomcm, ou di perdio ou cliridem en-
tre si, ou couvertem cm seu usos, dis. ipO, ou tlilapido quacsqllcr
bens, ou emolumentos da Chancellurin, ou da jW'i dio pertcncenle

cap. 5. el ibi Barb. n. 3r~. Eonac. lomo 3. de eell UI". dispo 3. q. 1. )JUIlCt. 1.2. II.
1. l'alal1s dicl. d. !~. pUlleto 10. n. 1:>. Hebuf. in prax. bener. tiL. de Oel'lc. ad
Sacros Ordines male promotis 10105. 1. n. 4.
(1: 'Irid. sess. 7. de reformato copo 10. el ibi Barbos. U. 2.
(6) 'Irid. sess. 7. de reformo C. 10. et ibi Barbosa n. 2. o.'

(7) Cap. Solicitudo 1:>2. disL eap. 1. de Cleric. per saHum promoLo. Ind.
sess. 23. de r formo cap. 'l4. eL ibi llarbos. n. 5. Palaus. dicL. PUllct, 10. n.~.
Svhest. verh. Irregl1laritas q. 1 I. Sol. in 4. disl. 25. q. 1. 3rl. 3. ~al'. cap. 2a.
n~ 71. el. cap. 27. n. 2'14. Suar. de censuro d. 31. scct. Ln. 85. BOIl. Lom.3.
de censuro d. 3. q. 1. punct. 2. n. 1.
(8) EXLral'ag. AnLiquin Joann. ,XII. devoto. P,I!. dicl. puncL. 10 n. 10.
Bon. tom. 3. de censuro d. 3. q. 1 . punct. 7. n. 1. Gaspar. Hurtad. de suspenso
dilficlllt. 13. n. 40. Coninch. d. 15. dub. 1:>. n. H.
(9) 'IcxL. iu cap. Cum illorum 32. de senl. cxcomm. el ihi Barb. n. L
(tO) Cllp. (luod quidam SI. Quamvis, SI. SeicndlllJ1, cap. (;ratiaru, cap, SIJ.-
luimus i. q. 1. cap. 1. el2. de Sehismat. Pa\alls. dicl. PUl1cL. 10.11.2. Sal'"
lib. !~. 'Ihesauri. C. J4.. n. 4. Sllar. d. 31. secL L n. G!~. Uonac. elid. d. 3. q. I.
l)unct. '10. n. 2. . . 'I
(11) Cap. Tanta, cap. l'enUlL de Simollia. Exllal'a". 2. eoel. 11l. .P<l1. g.J;i~
pllllCt. 10. 1. n. 12. Suar. I. 31. sec I. 1. n. 34. Hurlad. de Susp 1151011. I
eulL 13. n. 37. Conille.]. rI. 15. dub. 5. n. 18. .
('121 Cap.. Quia i.C~ '~~. de cl~cl. lib. 6. Clel~1. Slallltllm ~Ofl. rlt. r~:
pra:: nll ele olhe. OnJ. Iii). ti. PaI. dlL. Pnnd. 10. 3. li. 8. Suai. U. 31. se
3. 11. 3. Dome. d\;L U. 3. q. 'I,. puncL 15. pel' lolum.
DO ARCEBiSPA.DO DA BAHIA. 405
ao Prelado defunto, ou que se auquircllI no tempo dd vacalm', e se
lJajuo, e devo reServaI' ao futuro successol', ou di pender em utilid"ue
da mesma 19l'eja, est imposta suspenso do omcio, e Beneficio, at
que plenariamente rcstituo o que muI Icvl'TIo, gastro, on dilapid-
ruo na forma sobl'edita.
1220 Decima terceira: Aos que oppuzerem crimes, (13) ou de-
feitos, e os no provarem, aos providos cm dignidades, ou Conezias,
e t imposta suspellso dos Beneficios, que tiverem naquella Igreja por
tres auoos.
1221 Decilll1 quarta: Aos Juizes (1h) Ecclesiusticos, Ordinarios
ou Delegados, que por fUVOI', ou peita fazem em Juizo alguma cousa
em damno de uma das pm'tes contra justia, e conscicncia est impos-
ta suspenso tio Omcio Sacerdotal, e do de julgar por um anno.
1222 D cima quinta: Aos Juizes Consenadores, (15) que co-
nhecerem de outras causas fra as de notorias injurias', Oll violellcias,
ou e tenderem sua jll1'isdio a oulras causas, que requererem plcnario
coohecimento, est imposta suspenso do omcio Sacerdotal, e do de
Coo ervador por um anno.
12:.,3 Dccima sexta: Aos Pal'ochos, (16) ou quaesquer outl'OS
Sacerdotes, seculares, ou Hegulures, que como Pal'ocho assisliTelll
aos Matrimonios de presente, ou derem as benos nu pciaes a fregue-
zo. de outra Prochia sem licena dos proprios l);ll'ochos, est imposta
suspensITo, a qual dlll'a at que sejrro absoltos della pelo Ol'dinurio da-
queIJe PUl'ocho, a qu"m compelia assistir ao Matrimonio.
1221, Decillla selima: Aos AbJ aues Rrgulal'es, (17) e quaesqucr
outras pessoas, posto que isentas, que ordenarem de prima tonsura,
ou de Ordens Menores; e bem assim as sobreditas pessoas, Cabidos, ou
CommulliLladcs, posto que isentas, que concedel'em dimissol'ias, ou
rcverendas para serem ordenu<.las das Sacras quaesqller pes oas qlle
no sejo seus subditos, est imposta suspenso do omcio, e Beneficio
por um anilo.
1225 Decima oitava: s \.bbadessas, (18) e Prioressas, e ql1aes-
qucr outras Superioras dos Mosteiros das Relcgiosas, que um mrz an-
t<~ti da profisso de qualquel' HeJigiosa no fizerem. sabedor dclla ao
Bispo, ou em sua ausencia tiO seu ProYsor; est imposta suspenso de
seu omeio at o heneplacilo do Bispo.
1226 Dccima nona: Aos Religiosos, que presumirem levar, (19)
. (J3) C~p. 'I. vcrs. Qui ycro de cleet. lib. 6. Cilp. Si Compromis arius v. TIl
Idcm cod. lil. cllib. cl ibi gloss. verb. ln illiu bcncl1ciis.l)a1. diet. 3. n. 5.
Bonac. dicl. d. 3. q. 4. punct. 9. n. 8. Suarcs d. 31. scel. 3. n. iI. in I1n. }fil-
Ilue. lrael. 17. e. 6. q. 8.
, (1I) Cap. Cm relerni 1. dc scnl. elrcjuc!ie. lib. 6. eL ibi Barb. n. i./.. ct
S. PaI. diel. 3. II. 10. Nayar. eliet. cap. 27. n. 157. Sayr. lib. / Thcsauri cap.
13. n. 3. Suar. d. 31. ele cen UI'. scel. 3. n. 16. 13ooae. dieLa r\' 3. q. 5.
(15) Cap. Uae eonstilulionc de 00'. cl putesl. judic. deleg. lib. 6. cl ibi Bar-
bo . n. 17. PaI. dicl.. 3. n. 9.
(16) TrirI. sess. 2q dc rerorm. malrim. cap. 1. Yers. Quod Si quis farochllS
~al. dicl. C\. 4. puncl. 10. 2. n. 2. Bonac. diel. d. 3. q. 3. puneL. 5. n.7. Fil-
IIIIC. lmcL 17. cap. 6. q. 4. n. 101.
~ (17) Cup. ullusdc lemporih. Ordinal. lib. 6. juncLo Trid. sess. 23. ele ('c-
orm. ('.10. Barb. ael dict. Trid. TI. 20. el ac1 tcxt. III dicl. cap. l'ullus num. H.
(11)) Trid. scsS. 25. d Uegulal'ih. <'tl\lonialib. cap. 17. cl ihi Barh. [10m. Hi.
(19) Clcm. I. de LI cmis Pai. diel. d. /.. puncL. iO. ~ 6. n. 4. 5(1)'1'. lib. 4.
51
4.06 CONSTITUIES
e usurpar os dizimos, que lhes no pertencem, ou prohibirem que se
no paguem dos gados de seus familiares, ou de outras pessoas, que
misturo o seu gado com Odos Religiosos, ou sobre isto usarem de
fl'aude, ou engano, e sendo requeridos 11o desistirem dentro de um
mez, ou no restitll'em dentro em dous, est imposta suspenso dos
officios, Beneficios, e administraes, que tiyerem, e no os tendo, ex-
commun1lo ipso (acto.
1227 Vigesima: Aos que contra a ordem, que a Igreja manda
guardar, celebro em lugares interdictos, -(20) est posta suspenso do
olficio, e Benel1cio, e pOl'-oulra via ab ingressu, Ecclesiro, em quanto no
derem satisfao a arbitrio do Prelado.
1228 Yigesima primeira: Aos que celebro diante de excommUD-
gado, (21) ou de inderdicto, e o admittell1 aos Officios Divinos, ou se-
pultura Ecclesiastica, est posta suspen o ab ingressu Ecclesire e s
pdem ser dispensauos pelo Bispo, depois ue darem a djyida satis-
fao.
1229 Vigesima segunda: Os Juizes Ecclesiasticos, que promul-
go sentena de excommunho (22) contra alguma pessoa sem preceder
admoestao Canonica, e sem e tarem presentes pessoas idoneas que
posso testemunhal' do acto, flco ipso jure suspensos por um anDO ab
lgressu Ecclesiro.
1230 Vigesima terceira: Os Juizes Ecclesiasticos, que do sen-
tena de excommunho, suspenso, ou interdicto, sem a prem Jlor
escripto, (23) 1pSO iure fico suspensos ab ingressu Ecclesire, por um
mez, e se dentro dene celebrarem, fico ilTegulares com reservaro
S Apostolica.
1231 Vigesima quarta: Os Clerigos, que vi"em em publico con-
cubinato, (2") ou em estado de notoria fornicao, tanto que o crime
chega a ser notorio ipso jttl'e, fico suspensos do offieio, e Beneficio; c
se celebrarem, sem primeiro serem absoltos da censura por nossa or-
rlem, contrahem irregularidade. E para os Clerigos de Ordens Sacras
incorrerem esta censura, (25) basta ser o delicto notorio, ou dejllre ou
por sua proJ1ria confisso, e sentena, ou to divnlgado, que se no
possa encobrir, nem por razo, nem pOJ' negao, ou eSCllsa pJ'o\~ve!.
1232 Alem destas suspenses oa outl'as muitas postas em ~lIr~l
to, e nas Extravagantes dos Summos Pontifices, das quaes aqUI nao
fazemos meno, porque umas dellas pertencem aos Bispos, e Prclados,
e assim no so necessul'ias para o go"Cl'l10 <1os subdiLOS; outras se
no ptlem applical' neste nosso Arceblspado; e outras pertencem a

cap. 13. n. 10. Suar. d. 31. scct. 6. n. 9. Bonac. dict. d. 3. q. 8. punct. 8. Fil-
liuc. (ract. 17. cap. 9. n. 169. .
(20) Cap. Tanta de excessib. Pn:clalor. cap. Is, ql;i in Ecclcsia, Is vcru
de sento excomm. in 6. cap. Episcop0J'llm de privilcg. eod. lib. 6. D
(21) Jura proximc alleg. Suar. de cens. d. 12.5 cl. 1. n. 9. el 10. D .
ad elemento 2. de sent. excomm.
(22) Cap. Sacro descnt. excomm. cap. 1. desent. excom.lib.6.
(23) Cap. 1. de sento excom. lib. 6.
(24.) Cap. 'ul1us, cap. "Prreler 32. disto C. Sciscilanlibus, el cap. ulL. de co-
habit. Clcr. aval'. in manual. cap. 21>. n.7(J. o
(21)) COlIslit. U1yssipon. lib. 1>. lil. 36. deCl'. 1. ln principio. SerI a.l~enr~_
jure novo Concilii Tridenl. ('ss. 25. d reformo crlp. 14. Qllid dicenl1um slL.
de Ila1. da censuro dicl. d. 4. puul. 10. I\) fL n. 5. VClS. Ve~'l1l c lo.
'1
DO ARCEBISPADO DA BAlIIA. 407
pessoas, e lugares pal'ticularcs, e se pdem ver nos textos, e (26) Dou-
lores, que tleHas trato'.
TITULO LVllI.
-r DA DEPUSIO, E DEGRAD,\O,

1233 A deposiO, em quanto diffem da suspenso, nem-uma


ontra cousa , mais que uma remoo (1) perpetua das Ol'uens, ou
minislerio do Altar, (2) c uma pena Ecclesiastica, com que se tira ao
Clerigo quanto se lhe pde tirar' e por que seno poero em ordem de
remedio, seno de castigo, no censnra (3) Ecclesiastica. Ainda
que tenha sua semelhana com a suspenso, () differe della; porque a
snspenso no tira mais, que o exerccio dos actos e a deposio til'a
mais o podei', titulo, (5) e propriedade daquillo, que se pde til'al' por
autoridade da Igreja.
123k Como a deposio pena, e castigo to gl'ave, no se p-
de pr seno por crimes lambem mui graves, (6) sem embargo dos
qU::lCS o Clerigo deposto fica ainda gozando lIo privilegio do foro, (7) e
Canonc, em quanto se no chega a degl'adaQo I'cal, e aclual; mas ue-
pois de assim deposto, e degradado pel'lle (8) o Clerigo todo o privi-
!('gio Clerical, e fica inteiramente jurisdiO secular.
TITULOLIX.
DO INTERDlC'fO.

1235 O Jnterdicto uma das trcs censlIl'as (1) Ecclesiasticas:


(26) Suar. de censuro d. 31. sec L 2. et secl. 4. et seqq. Bon. Simil. tract.
dicl. pUIICt. 5. II. 1. et n. 16. cum seqq. Sayr. Iib. 4. de censuro cap. 16.
n. 19. cum seq. l)al. de censuro dict. d. 4. punct. 10. per tolum. '
(1) 1)al. dict. d. [~. punet. ult. n. 1. Aller. tom. 2. d. 2. cap. 1. Abr. lib.
10. cap. 7. sec lo 2. n. [~78.
(2) Aller. tom. 2. d. 2. cap. 1. in principio.
(3) Ex lext. in C. Qurerenti, de verbor. signif. Laym. Iib. 1. tract. 5. p. 1-
cap. 2. n. 1. Suar. tom. 5. in 3. p. d. 1. sect. 3. Ugolin. rIe censuro tab. 1. cap.
26, Conincb. d. 13. dub. 1. n.3. PaI. de censo tmcl. 29. d. 1. punet. 1. n. 4.
vers. Sed communis.
(!~) Allcr. elict. d. 2. cap. 1. v. Deposilio, et cap. 10. V. Prim ergo. Pai,
clicl. d. 4. punct. ult. n. 1. verso Convenit. aulem.
(5) Pallol'milan. in cap. Vel'italis n. 3. de dolo, et eontumaeia. Suar. de
cem. d. 30. sect. 1. n. 4. Laym. lib. 1. Sumo tI'. 5. p. 3. cap. 5, n. 2. et i\.
(6) De quib. Barbos. de potes!. Episc. p. 3. allcg. 110. n. 10: PaI dict.
~lInrt. ult. n. !~. Sil\"o verbo crimen, el verbo Degradatio q. 4. Tav. cap. 27. n.
48. Henriq.lib. 13. cap. 55. n. 3. S verbo Depositio n. 2. Bonaein. lom. 1. de
ecnsuris d. 4-. puuct. unie. n. 6.
.(7) Cap. Cum non ab homine de judie. PaI. dict. punet. nIt. n. 2. Bon. ubi
PI'OXllUC n. 3. l'iav. dict. e. '27. n. 81. Demar. Dias pract. cap. 119. Suar. d. 30.
sect. 1. n. 8. Barb. dicl. alleg. 110. n. 3. Sayl'. de censuro lib, 5. cap. 20. n. 12.
4 .(8) Cap. 2. ele pronis lib. 6. PaI. dict. n. 2. l\Iarant. de ordin. judicior. p.
" dlst. 11. n. 71. et 72. FI'. Emman. qmest. regulo lom. 2. q. 123. art. 3. M11l-
ta ~ejllrisclict. p.l cap. 51. n. 18. el p. 4. casu 131. n. 6. DD. ad text. in cap.
Fellx 15. q. 7. ad cap. Non potest. de rejudic. el Conci;. Trid. sess. 13. de re-
formo cap. 4.
(I) Cap. Quccrenli de verbor. sigmific. cap, Slalutllm de sento excom iu (;
408 CO;.'lSTITUITIS
por ellas se prohibc (2) activa, c passivamente o uso de alguns Sacra-
mentos, e de totlos os Officios Divinos, c da Eclesiastira sepultul'i1.
Por esta censma significa a Igreja Cutholica gl'ande sentimento, (3)
quando seus filhos em materias graves, e de escullda[o se lhe mostro
desobedientes, rebeldes, c contumazes.
1236 Divide-se o intel'dicto em (A) local, (que quando se poem
em algum logal',) e em pessoal, (5) que quando se poem a alguma
pessoa, e cm mixto, (G) que qnando se poem Da pessoa, e D,O lugar
juntamente; e neste caso se chama commumente deamhulatol'io, (1)
pOl'que uo smente Dco intenlictas as pessoas, mas tambem o lugar,
em fjue ellas se acharem. Qualquer (lestes interdictos pde ser (8)
geral, e especial: o gCl'al , (9) quando se roem cm todo um Boino,
Proyincia, Bispado, Cidade, 'iIla, ou Lug:lI" e nesta frma comprehen-
de tambem os al'l'ebaJl1es, e todos os lugares vizinhos, porm a distan-
cia qne ha de haver, fica sempre em arbitrio, e juizo de bom 'varo, e
este interc1icto se chama loeal geral.
1237 O interdicto especial , (10) quando se poem em alguma
Igreja, e nesta frma fica intel'dicto o Adro, as Capellas, c Oratorios
contiguos a ella, mas no toda a Freguezia, pOl'que neHa, fra <las di
tas Igrejas, bem se pde celebrar, e por esta razo se tem por interdic-
to geral, o qne se poem em toda uma Freguesia. O intcrdicto pessoal
lambem pfle ser (11) geral, quando se poem em todas as pessoas de
um Heino, Provincia, Bispado, Cidade, 'illa, ou Lugar: pde tambem
ser especial, c quando se poem cm alguma pessoa, ou pessoas em
panicular. Tambem o intel'dicto posto aju?'e, (12) veZ ab h0ll1118:

Ugolin. de censuro Lah. i. cap. 27. Suar. Lom. 5. in 3. p. d. i. sect. 3.1aJ'm.


lib. 1. Lmct. 5. p. 1. cap. 2. n. i. Pa1. 6. p. tract. 29. d. i. n. 3. et dispo 5.
puncL. 1. n. 1. verso Strictius lamen.
(2) Cap. Nou est vobis de spoos \1. c. Quod in Le de pren. et remisso Nav. in
mano C. 27. n. 161~. Silvest. verbo lnLerdictum 1. n. 2. Sayr. de censo lib. 5. cap.
1. ii n. 7. Bon. de interdict. puncl. 3. ii principio.
(3) ConsL. Brnoh. tiL. 46. const, 1. Themud. p. 3. decis. 262. verso R era
bem (file a Igreja sentisse.
(4) Cap. PrrosellLi, cap. Si sententia, cap. si eiviLas de sent. excom. lib.6.
Nav. diet. C. 27. n. 166. I:Ionriq. lib. 13. cap. lfi. n. 3. Sayr. dict.lib. 1>. eap.
1. n. 10. 11al. dict. punct. L n.3.
(5) Pa1. dict. n. 3. cum nD. ab eo allegatis,
(6) Cap. Non esl vobis de spons. cap, Dilectis filiis de appell. Bonac. lom.
1. d. 5. punct. 1. n. 2. Henriq. dict. cap. ld. n. 3. Sarro dict. lib. 5. cap. 1. n.
10. Palaus dict. PUIlt. 'I. D. 3.
(7) Cap. Dilectis filiisueappell. cap.Nou estvobisdespons.l\Iaril1sAHer.de
CenSlll'. tom. 2. p. 3. de IntCl'Clicto d.i. cap. 3. pago 287. Bon. do interdict. d.
5. punct. 1. ti n. L
(8) Suar. do censuro d. 32. sect. 1. n. .1" Sayr. de censuro lib. 5. cap. 1. D.
13. et 14,. BOIl. ubi supra punct. 1. U. 2. PaI. clict. puuct. 1. n. 4.
(9) r.ap. r.m in part.ib. de verbo significo Suar. d. 32. sect. 2. n. 7. Bonac.
clict. punct. 1. n. 5. cL 6. Laymau. lib. i. Sumo tracto 5. p. /j.. cap. 1. n. 2. PaI.
clicL. pUllCt. 1. u. 4. Sayl'. rlict. cap. t, n. 13. et U. .
II O) Argum. cap. Cilln in partib. de verbal'. signif. et Extrav. Prov!(lc de
sent. cxcom. Suar. ubi proxime U. 1'1. Naval'. dict. c.27. n. 166. Sayr. ubl pro-
ximc. Coninch. d. 17. n. 2. PaI. dicL. PUDCt. i. n. li. verso speoiale.
(11) PaI. dict. n./j. vers. TnLeruictum vera. Paludan. 4.. disto 18. q. 8. art.
1. pl'incipali . Quantum ad p. ill111m concl. 5. Sayr. dict. lih. 5. cap. 4. n. 10.
Heru=iq. lib. 13. cap. 1~2. n. 3. AIJI. lib. 10. cap. 7. sect. 3. n. 1~80.
(12) Allcr. 2. p. de rntcl'dicLo d. L cap. 3. vers. Quarta divisio.
DO ARCEBISPADO DA BAITIA. 409

. ju.re fJllfllHlo posto por alguma Lei Ecclesiaslica; ab hom1118 qnando


o poem o Juiz Ecclesiastico, que para isso tem jurisdio.

TITULO LX.

DAS CAUS.\S PORQUE SE PORA o 11'iTERmCTo, E DA OBRIGAO, QUE


'fODOS TElII DE O GUARDAU.

1238 E pOI'que o interdicto uma censura, que prin\ (1) de


cousas to imp0l'tantes pal'a a salra.o, e no se deve pr senTIo em
casos gl'ares, (2) e de escandalosa desobediencia, (3) Oll por defen 50
da jUI'isdil.~o, (h) e liberdade Ecc1esiasLica, encarl'cgamos muiLo aos
nossos Ministros, que o fa50 assim. E ainda que cm direito lio h
frma certa, pela qual sc ponha o intel'dicto, sempre se ha de de-
claraI' a causa, e ha de sei' POI' escripto, (5) e quando se poem por con-
tllmacia, e culpa futura ho de preceder (G) as tres Canonicas admoes-
taces.
. 1239 Pondo-se em nosso Arcchispado algllm interdiclo, ou seja
por autoridade Apostolica, ou Ordinaria, todos os nossos subditos so
obrigarias (7) ao guardar, como o dircito ordena, e assim mandamos o
fao mui inLeiramente; e a mesma obrigao, conforme o sagrado Con-
cilio TridenLino, tem os Religiosos, (8) e Religiosas, ainda que isen-
tos de guardar em suas Igrejas o interdicLo, e os que o llo guardal'em,
incOITcl'cm (9) POI' dil'eiLo em excommuoho maior. E os Clerigos de
Ordens Sacras, alem do peccado (10) que commettem, e da ilTegula-
ridatle (11) que em alguns casos incorrem, sero Lamhem casLigados
arbitrariamente, (12) e na mesma frma os leigos, (13) que 1150 guar-
darem o interdicto.

TIT LO LXr.
DAS COUSAS, QUE SE l'ROHIBE:M !'iO TEMPO DO J1'iTERDlC'fO.

12!c0 No se p6dc no tempo em que est posto inLel'dicto admi-


(i) Cap. Si sententia, cap. Si civilas de senl. excomm. lib~ 6.
(2) Cap. Cillll medicinal is de sento excorn. in 6. Facit. Trid. se s. 25. de re-
formo cap. 3.
(3) Cap. NOIl est vobis de ponsal.
(!~) Cap. Dilecto de seul. excornm. in 6.
(5) Argum. text. in cap. 1. de sent. excorn. lib. 6.
(6) Cap. 1. Reprehensibilis de appellat.
" (7) Clem. 1. desepultur. Clemenl. Gravis de seul. excomm. Tridenl. sess.
2v, de Regularib. etl\fonialib. c. 12.
(8) Clem. 1. de seul. excomm. Trid. ubi proximc.
6 (~) Naval'. c. 27. n. 14a. Si 6. Sarro lib. 5. cap. H. 11. 13. Pal. (1. 5. punct.
. n. tJ. Suar. d. 34,. sess. lJ.. 11. 19. el sess. 5. n. 9.
(10) Suar. dicl. sect. !~. ,i n. 1. SaJ'r. dict. cap. H., a n, 5,
" ('II) Cap. Is, qui Si Js ver de seul. e.cornm. lib. a. Suar. d. 33. secl. 3.
n. iJ. el d. 3!~. sect. 4. n.1.
'l (12) Cap. Authoritate de prilil. lib. 6. Coval'. in cap. Alma matei' 2. p. Si 2.
~. ~. SaFo diet. cap. 11.. n. 7. Suar. d. 3!~. sect. 4. n. 27. PaI. diclo pnnct a. n.
/. DOclore ad cap. Pastoralis ~ Qutcsivisli 5. de Cleric. excomm. ministrante.
I (1.3) Cap. Si qui sunl81. disto Clcment. Gravisde senlenl. exeom. Bon. de
nlcl(ltcto puncl. 7. n. 1. el2. Suar d. 34. sect. 5. 1:\. 1.
4.10 CONSTlTUIES
nistrar, ou recebcr o Sacramento da Extrema-Uno, (1) o Sacramen-
to da Ordem, (2) o Santissimo Sacramento da Eucbaristia aos (3) sos;
110m se pdem celehl'ar todos os Omcios Divinos, (11) quc esto an-
JleXOS ao uso de Ordens Sacr3s, ou Ienores, nem dar scpultura EecJe-
siasLica aos pessoalmente (5) intcrdictos, ou que monem em lugar que
est intcrdicto' (6) ncm sc pdcm tanger sinos (7) para os Omeios
Divinos, nem por defuntos; e assim no se ha de tangei' campainha,
quando se levantai' a Deos (8) nas Missas, que naquelle tempo sc pde
dizer; porAm no prohibido tangerem-se O" sinos para se fazer signal
as Ave Marias, (9) ou cousas semelhantes, (10) nem para se tanger
pregao, (11) ou quando o Prelado (12) novamente vier sm Igreja.
12111 Quando o iuterdicto for especial, posto smente pm algu-
ma Igreja, ou Igrejas, no se podero dizer nella os Oficios Divinos,
ainda que seja s portas fechadas' e s se podcl' .lizel' (13) uma ~1i sa
elll cada semana pam effeito de se renovar o Santissimo Sacramento
para os enfermos: e no havendo nella SacraJ'io, bem se poder nclla
celebrar para estefirn, todas as vczes, que a necessidade (14) o pedl'.
E se no tempo do jnterdicto nno houver Clerigo ou leigo privilegiado
para assistir na igreja, e ajudar s Missas, que enlo so pennillidas,
qualquer leigo as poder (15) ajuda)'.
12!a2 Fallecendo alguma pessoa no tempo elo interdicto, se for
Clel'igo (16) se lhe pde dar sepultura Ecclesiastica, e ser culeJ'rado

(1) Cap. Quod in le de pO'nit. el remisso c. "on esl de sponsal. Suar. d. 33.
sec lo 1. n. 38. Bonac. de InLerdicto 3. Si 3. a num. !~. ubi cit. Avi!. Ugolin.
eL llemiq. .
(2) Cap. Non esL de sponsa!. Sayr. dict.lib. 1>. cap. 7. a n. 34. Suar. uhl
proxirne n. [14. Donac. ubi supm n. 3. Henriq. cap. 45. n. [~. Avi!. p. 5. d. 4. se-
cl. 1. dub. 8.
(3l Cap. PermitLimus 57. de senL excom. cap. Quod in le in priocip. de
pO'nit. et remisso Suares dicta sect. 1. a n. 21. lJonac. dict. pUDeI. 3. Si 2. a o.i.
na!. dict. d. 5. punet. 4. Si 1. n. 9. et 1'1.
(4) Cap. Noo est de sponsal. cap. Ex rescripto dejurejur. De privo coocesso
a Donil'acio vnr. iorra dicemus sub num. 1214.
(5) Cap. Episcoporum de privileg. in 6. Clem. 1. de Sepultur. Pal dict.
3. D. 10.
(6) Cap. Quod iu le de pO'lJil. et remisso cap. Cum planlare de privilcg.
cap. Episcoporum eod. Lil. )ib. 6. cap. Si clvilas de senl. excom. eod. lib. 6. PaI.
dicl. d. 5. pUDCt. 4. Si 3.
(7) DedueiLur ex cap. Alma maLer Si Adjieimus, et ibi DD. de sento excomID.
lib. 6.
(8) Argum. cap. Quod in te de peenit. et remisso ibi: Quod exterins, &c. Su-
ar. dict. dispo 34. sect. 1. num. 19.
(9) D. Antonin. 3. p. til. 27. de ln Lerdict. cap. 4. Nav. cap. 27. n. 177.
(10) Sayr. lib. 5. cap. 9. n. 7. et 13. Consl. U1yssipon. lib. 5. LiL. 40. decr.
1. Si 2. foI. 5~4.
(11) D. Anlonio. eL 'aval'. ubi proximc Suar. dic!. loco n. '17.
(12) ConsL U1yssip. ulJi proximc Drach. til. "6. consl. 4. n. 10. foI. 585.
Portuens. lib. o. til. 28. cunsl. 3. verso 5. foI. 627.
(13) Cap. Permittimus de senl. excomm. junclis traditis ii Sayr. el au eo
cilaLis dicl. lilJ. 5. cap. 5. n. 6. eL7. Nav. rlicl. cap. 27. n. 173. Darb. ad lexl.
in cap. Alma mateI' de seut. excomm. lib. 6.
('14.) ld dietum cap. PermiLlimus de senl. excomm. Sayr. uLi supra Suar.
dict. r1. 31~. sect. 2. a num. 1. . .
(W) Sayr. dict. lib. 5.e. 5.11. 33. cumCo\'. a\'. eLaliis ab eocllaLJS.
(16) Cap. Quod in Le de pomit. el remisso PaI. dict. Si 3. n. 2.
DO ARCEBISPADO DA BAHIA. 411
cm lugal' sagrado, e o mesmo sendo Icigo se tivcI' Bulia, (17) ou algu-
ma concessuo, que IIJe d este privilegio; e nestes casos ser~l o cntcrro
sem pompa, e sem se trangerem sinos, e as excquiasquc se lhe fizerem
sero s portas fecharias, e sem concurso do povo. No sendo o de-
funto Clerigo, nem tendo privilegio, ser enterrado lora de lugar sa- _
grado, (18) e lio sc lhe faro Omcios Diyinos; e os que a sim forem
eutenado , lerautando-se o intenlicto, sero trazidos, e enterrado (19)
emlogar sagrado com pompa, e ento se lhe faro os Omeios costu-
mados.
TITm~o LXII.
DAS CAUSAS CO:'iCEDIDAS l'O 'fE~IPO DO INTElIDlCTO, E SUA AnSOLVlO.

121,3 Ko tcmpo do interdicto geral bem se pde administrar o


SacI'amento do Baptismo (1) com toda ti solemnitlade, (2) e assislcn-
cia dos Padrinhos, consagrar os Santos Oleos (3) na Quinta Feira da
Cea do Senhor, administrar o Sacramento da Confirmao (li) caIU so-
lemnidade, e o Sacramento da Penitencia (5) aos sos, e enfermos. (I
Santissimo Sacramento da Euc1Jaristia s aos enfermos (6) se pde ad-
administrar, e se lhes 1m-ar com toda a solemnidade, (7) e tambem s
mulhcres (8) que eslTIo dc parto, e aos que ho de entrar em justa guer-
ra, ou se ho de embarcar para larga viagem; porque <?lll todos estcs
casos se considera proH\"el pcrigo de mortc e tam])cm e pde ad-
ministrar aos que por justia esto condenmados a ella. O Sacramcn-
to do Matrimonio (9) se pcle ceJebl'\' com assistencia do Paroeho, e
testemulIhas; mas sem pompa, (10) e benos nupciacs, que se dal'o
depois elo interdicto levantado.
12M PaI' concesso de varias Summos Pontifices (11) se lcvan-

(ti) Mendes ad Buliam r.ruciatam d. 15. cap. 5.


('18) Pal. dict. 3. n. L Tav. dict. c. 27. n. 176, Suar. d. 35. secl. 1. n. 1.
(19) Pal. llbi proxime. Renriq. lih. 13. cap. 42. n. 3. et cap.l~9. !lo 2. AVI-
la 5. p. d. 4. seet. 2. dub.2.
(1) Cap. Responso de senl. excom. c. Qlloniam eod. til. in 6. cap. 1'\on cst
vobis de sponsal. Suar. dict. d.33. sect. Ln. 2 . .A vila d. 4. n. 4. Ugolin. lab.
5. cap. 7. 4. Sayl'. de interdicto cap. 7. n. 3.
(2) Sarro ubi proxim, et ab eo eilati. Suar. dct. secl.1. n. 2. Bonac. dicl.
puncl. 3. Si 1. a n. 1. et4.
(3) Cap. Quoniam de scnt. excomm. lib. Bonac. dicl. punet. 3. Si 1. n. 1.
el 2.
(4) Cap. Responso. de sent. excomm. cap. Quoniam eod. til. lib. 6.
(5) Cap. Nou c t vobis de spousal. cap. Quocl iu lede pccnit. etremiss. jUllCt.
c.'p. A lIDa maler vel's. Ql1ia vel'o de senl. cxcom. lib. 6.
(G) Cap. Permillimus de senl. excomm. Facil, Icxl. in cap. Quod in le de
precnit. ell'erni S. PaI. diel. d. 5. puncl. 4. 1. n.9 .
. (7) Ex text. in cap. Sane deceteural. Missar. I-av. dicl. C. 27. n. 179. PaI.
(!ir!. ~. 1. n. 10.
(8) D. Antonin. 3. p.til. 27. ele intereliclo cap. 4. Sayr. dicl. lib. 5. cap. 7,
11.18. el19. Suar. d. 33. seet. 1. n. 21. ct sego BOIl. dicl. puncl. 3. 2. n. !~. el
seq.
. (9) Gloss. verbo Sacrarnentis in C. Alma malel' de s nlenl. excom. lib. 6.
al'al'. dicl. cap. 27. n. 179. PaI. di t. Si 1. n. 25.
(LO) al'al'. lIbi pl'oximc. llal. dicl. 1. n. 30.
(II) Bonir. YJll. Martin. \. Engell. IV. Leo \.. cap ..\lma malcl'. ln fc-
41:2 CO~STlTUlES

ta o intenlicto nas festas do Nas imelllo dc no so Senhor JESUS Cf1l'is-


lo, Paschoa da I1csUl'rci('o, E piriLo Santo, e Assumpo da VirgClll
Maria Nossa Scnhora, Corpus Chl'isti, Conceio de lOS a Senhora
com seus OClavarios, comeando das primciras "cspel's (12) de cada
uma das das festas at a Complcta inci'tlsive (13) do dia oitavo, e assim
se dc"c guardar, c cumprir, administl'llldo-se todos os Sacramentos, c
celcbrando-se todos os Omcios Divinos como se no houvesse intcl'-
dicto, o qual acabado o Octavario se tornar a guardar sem nova puJ)li-
cao, ou declarao. E nos mais dia Lamhem est conccdido pode-
rem-se cclebrar os Oficios Di nos com a portas da Igr j fcchauas,
(U) a voz baixa, scm se tangcrem os ino lan('ados rra o illtel'dic-
tos; e na mesma frmu se pdcm fazei' o Omcios das Caudas Cinza,
Ramos, e os da Sexta Fcira, c Sabbado da Semana Santa; o que s
tcm lugar intel'dicto geral, (15) porque no especial, s6 uma Missa se
pde dizei' cada scmana IJara se renovar o Santissimo Sacramento, como
.fica dita.
121,5 Para a absolvi('.O, c relaxaNo no tempo do intcl'dicto no
lia f61'ma certa, nem palavras determinadas' (16) com tuclo so ueccs-
s' rils algumas, pclas quaes conste da yonladc de quem absolve, (17)
ou rclaxa o intcl'diclOi c quando po to com determinao, e limita-
~'o de tcmpo certo, acabado clle fica lcvantado, (18) e relaxado o ill-
tenlictoi porm se dl11'ando o dito tCITIJlo sc homcr de lenlUlal', nc-
ccssal'ia relaxao delle. A relaxao do interdicto posto ab homilie
pertence ao Juiz que o poz, (19) ou a seu legilimo supcrior; e a rc-
laxao do interclicto jure pertcnce quelle a quem pclo mcsmo di-
rcito o interdicto (20) rcscnado; mas no sendo rescrvado a algnem,
a Ns (21) pcrtencc a absolviO, e relaxac.o delte, cessa1Hlo a causa,
porlJue foi posto, mas no podemos absolvcr do intenlicto poslo por
dircito, por tcmpo cerlo, e dctcrmil1ado.

LivilaLib. deseoL. exeom. lib. 6. eLibi gloss. verbo A sumpLionis,juncLa reg. cap.
Quod die 75. disL. Eugenius IV. in. ExLrav. ExcellenLissimi. liloss. verbo Rel'c-
laLulll in Ctern. 1. de rcliq. eL veneraL. SallrLor. J.eo X. uL hahelur iII comp.en~.
privilegior. Orei. l\Icndieant. verbo ConrcpLio ~ 1l. Bulia l\IarLini. V. qll mCI-
piL, Tneffabile. PaI. dict. d. 5. pUlleL. Ij.. Si 1. ii n. J8. .
(12) Gloss. verbo AssumpLionis in dieL. . ln l'csLiviLaLib. llarh. ad LexL. II!
rapo Alma maLer n. t7. Sol. in 4. d. 22. q. 3. arL. 1. po L. jIj.. eonel.
(13) {la!. uhi proximc n. 20. verso l'iniulILllr. Henriq. lib. 13. Cllp. 17.n.
3. SaFo lib. f:. cap. '13. num. 8. Suar. d. 3[~. seeL. 3. n. 22. l\Ietlin. in Sumo hb.
1. cap 11: Si 13.
(H.) Cilp. Alma maLer ele sento exeom. lib. G. Si Aeljieimlls.
(15) Hcnriq. lih. J3. Cilp. 47. n. 2. Sayr. dieL. lih. 5. cap 5. n. G. cL7. CulU
mullis i1b eo eiLatis.
(16) Silyr de eensur. 1. 5. e. 15. n. 6. UiL. Horn. de Saeram. llreniL. LiL. de
modo ahlolvendi ii suspenso vel inLerdiL. PaI. d. 5. de eensur. pUllel. 7.. 2. n.
li.
(17) TIL LeoeL PaI. ubi proximc. Suar d. 36. secL. 4. et d. 38. seel. 3. de
censuris.
(18) Gloss. verbo Donee in cap. Non e Lde sponsal.
(J9) Cap. Cum <tb Eeclcsia\'lJm de Offic. Ord. Sylv. verbo InterdieLlIlI 3.lI.
16. q. 10. Suar. d. 3 . de eenSIlr. secL. 2.
(20j yJv. uhi. pr'(imc.
(2t) Cap. Nupcr de senl. cxeom. Sylv. t1ieto ll. 16.
DO ARCEBlSPA.DO DA BAHl Id3
TITULO LXIJI.
DO Ii'iTERDIGTOS POSTOS EM DIREITO, QUE PERTEi'iGEM MAIS AO GOVERl"O
DE [';OSSO ARCEBISPADO.

12/,6 Primeiro: Incorrc ipsoitwc em sentena de intel'dicto (1)


a ComlDlInidade, Camara, ou Senado de leigos, que fizer Estatutos,
Ordenaes, Lei Acordos, Posturas, 'el'eae , ou puzcr Edictos,
ou deCczas, ou j)assar mandados, que direita, ou indireitamente offe11-
dilo a libcrdauc Ecclesiastica, Oll sc intrometta por qualquer ria a dis-
pai' das cousas tocantcs Igreja, c seus Ministros, ou de quaesqucr
oulras espirituaes, ou annexas a e!1as, ou obrigar s pessoas, e Com-
lL1unidades Ecclesias{ icas a guardarem os ditos Estatutos, ou quacs-
quer costumes, que encontrem a sua liberdade, se os no rcyogar den-
lro de dous mezes,
12t.7 Segunda: Incol'rc a Communidade (2) que pelos ditos Es-
talutos ou por qm,lqucr vin direita, ou illdireilameute pro1Jibir s pes-
soas, e Coml1lunidades EcclcsiasLicas, que nUa usem dos pastos, cam-
pos, fontes, e das mais cousas, cujo uso 1mblico, e commum ao lei-
gos, ou particular dos mesmos Clcrigos, ou Igrejas: ou lhes prohibir,
ou impedir renderem, alugarem, doarem, ou por qualquer outra via
dispor lU livremente ae uas Cazendas, e uos fruclos de seus patrimo-
uios em qualquer tempo, que quizercm, ou porisso lhes levar algumas
penas,
12,.8 Tcrceiro: Incorrc a Cidade, Lugar, ou Camara, que iOlPU-
zel' tributos, (3) ou quacsqucr ncargos pessoaes, ou renc ou outras
quuesqucr imposies, ou fintas s Igrejas, Clerigos, Rcligiosos, c
quacsqucr outras pessoas EccJesiasticas, que gozo do privilegio do
roro, ou s"ja por razo dos Cructos de seus Beneficio', ou dos beus
patrimoniacs, ou que compro para seu USai ou os obrigar dircita, ou
inL1ireilamentc a pagarcm, ou cumprirem os taes encargos, trilJUtos,
fintas, ou quaesquer outros, posto que a causa das Laos fintas scja pu-
blica.
12"9 Quarto: Tumbern fica 11)SO (acto inlerdicttl a Cidaue, ou tll-
gar que dctiYCl' (h) algum Bispo conlra slla yontade, ou COI' em ajuda
para ser prcso, maltratado, ou aSligndo.
1250 Quinto: Incorrc o Cahido, Com'cnto, 011 Communidade,
que trouxer ao juizo s"cular (5) outro Cabido, Courcolo, Commllnida-
de, ou pessoa EccJ siaslica sobI'C qualqu r cOllsa, c acTIo real, pes-
soal, mixta, circl, ou criminal, 110S casos quc por direito Canonico cos-
llime, ou por outra via legitima, pertenccm mente ao nosso Juizo.
1251 Incorre o Cabiuo, quc estando a S racaote, antes de pas-
saI' 11m anno depois da "acalma, (6) conccdcr dimig ofiAs, ou revcren-

(I) Texl. in cap. Novcril. li9. cap. Gravem de seul. excom.


(2) Cap. uil. de immunit. Ecclesiar. IiI!. 6.
(3) TcxL. in cap. Quamquam de ecnsib. lib. 6. eL ibi Barb. n.8. PaI. dicta
d. 5. pnncL 8. ~ 'l. n. 2.
(f~) Clem. 1. de prcnis.
(5) Motus proprius JI1arlini V. qui inciViL: Ad reprimendas, sub dato Romre
Kalcnrl. Fehruar. '1I1n. H28.
Ui} Trid. se s, 7. de rcform, cap 10. PaI. dieL. d.B. puneL. 8. 2. n. 6.
52
414 CO~STlTUIES

das Plll'U alguem ~e ol'll 'mil' de Ordens Sacl'as, ou Menores, no estan-


do arctndo, por razTIo de algum Beneficio, qltf:\ j tem, ou lia de haver.
TITULO LXIV.
DAS CESSAO-.-\' Dl\'[N[~.-

1252 A CcssaTIo Divin's 311ncxa (1) ao interuicto, o cm


parte muito semelhante a e11e: no propriamente censura, mas
lima PUI' privao dos Omcios Divinos, ae llue li Igreja usa depois de se
tet'em applicados lodos os remedios, sem que aproveite, em sigual de
dor, c tristeza por alguma gravissima injuria, que se lhe faz, para re-
parao deHn, e para que por este meio obrigue ao delinquellte a desis-
tir (2) da injuria, e dar a satisfao uevida.
1253 Sempre a cessaTIo Divin's local, (3) e se devido (A)
em geral, e especial. A geral (5) quando se poem de cessao urna
Provincia, Cidade, "ma, ou Lugar. Aespecial , quando se poem em
lugar determinado, como em uma Igreja, ou Oralorio. Todos os Pre-
lados, e mais pessoas, que lem juristlio para proseguir censuras, e
pl' intel'dicto, pdem tambem (6) pr cessao Di'Vinis. Em nosso
Arcebispado nem-uma Communidade, nem o nosso (7) Cabido, (ex-
cepto (8) se estiver vacante) tem jurisdio para pr cessao Divi-
n geral, ou especial.
1254 Quando a dita cessao lIomer de ser posta por Cabido,
que para isso tenha legitimo poder, '9) necessario, que se clJamem
todos, ainda que cstejo ausentes, e que depois dos Vogaes junlos~e
examine a causa, e se veja se ])astallte para se proceder a cessao
Di'Vinis, e que a resoluTIo se tome peJa maior parte dos votos, c que
a causa seja raciona'..el, e de lal qualidade, que seja equivalente (10)
aos damnos, que da cessao resullo, e seja manifesta, e notoria por

(1) PaI. dict. d.5. ]Juncl. 9. ~ 1. n. 1. vers. Anncxa. Innoc. in c. Dileclis,


de nppellal. l?aeitNav. dict. cnp. 27. n.109. vers. Rogari vero.
(2) Colligitur ex Clem.1. de senl. excom. subo (ine. Sayr.lib. 5. cap. 17.n.
2. Suar. d. 38. seel. 1. n. 13. nonacin. tom. 1 d. 6. plJnct. 1. Pau\. Laym. 1..1.
Sumo tract. 5. p. '~. cap. 6. n. 1. Avila 6. p. de censur d. 1. dub. 1. PaI. dlc!.
punct. 9. ~ 1. n. 1.
(3) Alter. Lom. 2, de rnLerdcl. d. 2. cap. 1. "
('l.) VaI. u1>i proxime n. 3. Naval'. cap. 27.11.118. Suar. d. 38. secL. 1. n. <l.
Donac. de eessat. Divinis punel. 1. n. 3.
(5) PaI. ubi proximc. Henriq. de cxcom. eL inLerdicl. lib. 13. cap. 52.
(6) Cap. Si Canoniei de off. Ordinal'. lib. 6. et ibi goss. verbo cessare. Co-
vas in cal). Alma maLer 2. p. ~ 2. n. 6. Suar. d. 39. sccl. !~. n. 1. ..
(7) Covas ubi proxime. H.eginald. cap. ult. n. 71. Hon. de cessat. DI\'III;
u. 6. punel. 2. II. 1. lIa!. dicl. d. 5. punel. 9. Ri 3. II. 1. \"C1'S. Capitlllllm veru
Sede non vacante.
(8) Cap. ~i Canonici de off. Ordinal'. lib. G. Pa\. dict. \l. 1. verso Quapro-
pter. .
(9) Facit cap. lI'reCl'agahili de off. Orc1in. cap. Si Canoniei, e. Quam~ls c~~l.
til. in 6. Sul.. in !L d. 22. q. 3. art. :2 cone!. 3. Covas ubi pl'oximc. HCllnq;-\1 l.
1:-1. cap. 154. n. 1. Si..yr.lih. 5. cap. 18. n. 5. fiaI. elicl.. ~' 3. n. L , .
(10) Late PaI. dict. ~ 3. n. 2. DD. ad texl. iII cap. QlIalO\'is, cl cap. SI.. Ca~
noniGi ele 0[. Ordin. lib. 6. Sot. ubi. pn!'x. lIenriq. lib. 'l3. caro 152. II. 1. !jilY.~
lib. 5. Cilp. 18. num. 12. Suar. d. il8. scct. 3. II. !~. cL 7. A,.ila 6. p. d. 2. dub.-
condil. 1. clscqq.
DO RCERI. PA DO DA TI.UJTA.
notoriedade de facto, e d 'lia se faa processo authcnlico, (11) e as-
signado.
1255 E depois <la cau a cs-millada, c proces ada, e tomada a
re olu~o se faa rcquel'irnento, e peqjonte (12) ao contomaz se quer
desistir da sua dcsobediencia, c conturnacia, dando a devida salisfa~'TIo,
c se lhe porlero entreg:U' o auto para que vendo-os possa ullegal'
alguns mbargos se os tiver' e finalmellte pela pril1leim emuarcarro
que pal'tir pill'a o Reino, assim as pessoa que a porlll, como as par-
te porque foi posta, per si, ou eus Procuradores so obrigados a re-
correr ao Summo Pontfice (131 por remedio, e sem se gUl'darem e -
tes requisitos commum a resoluo, que a cessno (1.t.) 11l1l1a, e
que deve para o effcito dclla lanto que e souber que faltou algunl
delfei;.
'J256 E sendo posta por alguma s pessoa, que tenha jurisdirro
Ordinaria ou Deleaada, como .\rcebispo, ou semelhantes pessoa, ain-
da .q,ue conforme a direilo obrjgada \ 15) a guardl' todos aquelles "('-
qUISltos que caly'lU rln lima pessoa, com tudo conCorm ii prova-
re/ opinio do. Doutore po, to que 0ll1111itla alguma nem pOI' is, o
deixar de er (16') "aliosa, porque os textos, que os trazem, no fLlI-
li.io nas Jlessoas (17) dos Bispo'.

TnULO LXY.
DOS EFFE1TOS DA CE.SSAO-A OIVH\lS.-

.. 12:>7 1res e!feitos (i, 'e atlTillUem COllll1lUmente : cesso Di-


rultS. O primeiro ~ a pI'iyaO (2) dos Divinos om io , e assim tira
toda as Mis as, (3) Omeios (.&) Di\'iuos e henrros (5) solcmncs e
(11) PaI. dicl. 3. n. 2. ver. Jnsuper.
(H) Text. in diel. cap. Quaml'is de olT. Ord. lib. 6. et bi Barbos. n. 1.
S~'Ir. 'erb. Cessa tio n. 2. uar. d. 39. seet. 3. n. 7. Bpnae. diel. puncl. 2. n.2.
Sayr. diel. cap. 18. n. 15.
(13) Suar. diet. eel. 3. n. 13. DD. ad lexl. in cap. Quaml'is de oIT. Ord.
lib. 6._et ibi glo S. verbo HeI' arripianl. Bonae. diel. punel. 2. 0.3. verso Quarla
esl. PaI. dict. 3. n. 4. '
(H) }ln!. diet. 3. n. 3. v. Ccclerum. Sarro di<;t. cap. 18. n. L6. Avila p. 6.
de censuro d.:2. dub. 2. Circa, juneLo Secundo oolandum. Suar. dieta secl. 3.
lI.13.
(15) Alter. dielo tom. 2. d. 12. cap. 6. verso IJre igilur.
(16) Aller. ubi proximc verso Adsceundum. Suar. diet. seet. 3. n. 10.
(17) T 'xL. in diet. cap. Quamvi , eum aliis. Suar. dict. seel. 3. n. tO. PaI.
dicl. ~ 3. n. 6. iu fine.
(1) Te:.xl. in cap.. 100 est "obis de ponsal. PaI. diel. punel. 9. 2. Il. L 4.
e111.
(2) Cap. ~Oll csl de spon alih. ihi Xulla omcia Divina. junela doclriua Clcm.
1. Si Porro ver, .. 'am ubi, de verbo signifie. uar. d. 39. eel. 2. 11 n. 1. AILCJ'.
,diel. d. 2. de inlerdcto cap. 3. ii principio paO'. 3'13. Donae. de ceflsuris d. 6. de
eessat. Divinis punet. 3. num. 1. PaI. imili trael d. 5. pUDeI. 9. n. 4.
(3) Donae. diel. loe. n. 1. a)'r. de eens. lib. 5. e. 19. num. 6. Fitliuc. de
cen UI'. lrar!. 18. cap. 7. n. 165. vila simil. Ir. G. p. d. 1. du. 3. Suar. eL
Alter. loci. eilalis.
(1\.) ArO'lIm.rap. Si Canooici, etc'Jp. 'on e l vobis, fupr. eil. F!l1iuc. diet.
C. j. n. 170.11onac. die!. punel. 3. ver. 'ccund licilum esl. Suar. dlCt. seel. 2.
lIum. 13. eL H. Hcnriq. lib.13. cap. !H. ~av. cap. ~7. num. 17!~.
:5) l'iarar. ubi proxime D.1ii. el q Corar. in cap. Alma 2. p. ~ 3. n. G.
416 CO~STITUIES

durante ella ge no pde USai' da modifica,flo do Capitulo AlmiJlalel',


no que por ene se concede no tempo do interdicto; pornl uITo fieo os
Clerigos, c Belleflciallos desobrigados de rezar as I10rus Canonieas (6)
em particular.
1258 Tamhem no tempo da cessao niv~ se pde dizer
lima Missa (7) cada semana, para se reno"ar o Santissimo Sacramento
em segredo nas fgrejas, cm que se costuma guardaI" e a no pdcm
oL1\ir mais que um, ou dons Ministros, que a ella ajudarem (8). E
nas Igrejas em que no houver 8acral'io, todas as vezes qne for ne-
cessario levar o Santssimo Sacramento a algum enfermo por YiaLico,
poder o Pal'ocho, ou outro Sacm'dote dizer Missa para \9) o dito c/lei-
to. l' o tempo da dita cessao Divt no se pdem tanger os si-
nos (10) para os ditos Oflicios Divinos, mas poder-se-Mo tanger para
outras cousas, (11) que o no forem, como no tempo do intel'dicto.
1259 O segundo effeito da ces ao D1'vil1 privar dos Sa-
cramentos (12) da Igreja: pc1em-se com tudo administrar no tal tem-
po os Sacramentos do Baptismo, (13) ConfinTI:Jo, (14) Penitencia
(15) e Euchal'istia aos doentes (1G) perigosos, e o Mutrjmonio (17) sem
bellilos, (18) e rIar Ordens, prineipa]mentc aos que tem j alguma,
lm'endo necessidade (19) de Sacerdotes, que acudo aos Sacramentos

AILer. d. 5. de inLel'dir.Lo pago 390. eL391. lit. C. Sancho de MaLrim. lib.7. d.


8. n. J/~. Henriq. lib. 13. de excom. cap. ~,~,. n. 1.
(6) Suar. dicL. (I. 39. scct. 2. 11. H. Sayr. lil>. 5. cap. 11-. n. 4. Sa verb. rn-
terdictum n. 1G. Bonac. dicl. punct. 3. n. 3. ad finem. l?illiuc. ubi supra n.i6i.
eL 17t. A!ler dict. tom. 2. d. 2. cap. 3. p. 3'14. lil. E.
(7) Cap. PermiLlirnus de sento excorn. ubi DocLores. Bon. elict. n. 3. Suar.
elicL. secL. 2. n. 19. \lter pago 3'16. lil. C.
(8) Henriq. de ccns. cap. 35. n. 2. Argum. cap. lIoc quoque de consecr.
disL. 1.
(9) Suar. dict. sect. 2. n. 19. AILer. dicL. cap. 3. pago 313. cL 3'16. Bon.
dicL. 11. 3. Filliuc. diet. e. 7. n. 17!~.
(10) Suar. dir.L. sect. 2. n. 17. Alter. elicl. cap. 3. lil. B. pago 319. Bonuc.
dict. PUIICL. 3. n. 2.
(11) Diximus suh num. 1240.
('12) Cap. 1\'on esL. de sponsa1. Plenc Suar. dicl. scct. 2. ii n. 18. Bonac.
dict. puncl. 3. proposiL. 2. n. 5. VaI. de censo el. 5. punet. 9. 2. n.11.
(13) Cap. '011 esL de spollsal. Suar. dicL. scet. 2. n. 21. Sayr. lib. 5.cap. '~9.
Rcgiuald. lib. 32. lracl3. U. 70. cl scqq. Bonae. dicL. punct. 3. n. 6. Ilcnnq.
cap. 53. n. ~,. .
(14) Bonac. et ewLeri supra cilali. Pa1. dict. 2. n. 11. Sayr. Hcnl'lq. Suar.
et Lam. ab eo cit.
(15) Cap. Non est de sponsalib. ubi proxirnc, vcrs. "Prenitcntia omnib. mo-
riLuris. Suares diet. scct. 2. n. 25. Hcnriq. lib. 13. cap. 4,. Sayr.lib. li. oap.19.
n.8.
('16) !ler. dicto rapo 3. p<lg. 313. at 316. et 320. li L. B. co1. 2. et pago 357.
dict. lit. B. Bon3c. dict. puncL. 3. n. 6. Suares dict. sccL. 2. n. 2. PaI. dlcl. 2.
n. 11,
(17) Sayr lilJ. 5. cap. '19 n. 12. Henriq. cap. 53. n. 4. Suar. dicl. sect. 2. n.
27. P<ll. ubi pl'Oximc. . .
(18) Sayl'. lib. 5. cap. 7. n. 43. Pa1. dicl. 2. n.11. verso Deinde JllaLl'JDlO~ll
um absquc solernnilaLe nupLial i. Henriq. cap. 53. n. 4. Suarclicl. secl. 2.. 1I1~
(19) Panorrnilanus in cap. Non esL vobis n. 8. de sponsa \. Hell!'iq. lIh. 'I'
cap. 45. n. 4. Sa)'r. c1iet. cap. 7. n. 8 Bonae. d. 5. puncL. 3. ~ 3. 1'1.3. I.a-ym. 11 l.
'1. Sumo LI'. 5. p. 4. cap. 2.11. 1. PaI. d. 5. pUDCl. 4. 1. n. 2' . qUtlqllidloqllen-
do generaliLer idesl absquc necessiLa.le: dicaL pllDClo 9. 2. n. I t. reI' . Quapro-
pLcr.
DO ARCEmSPADO DA RAlHA. 417
nccessario tambem se p6ue dar o Sacramento da Uno aos que es-
Io para morrer, e no esto capazes (20) ue OutTOS Sacramentos, que
lhes siryo dc rcmedio llaquella bora.
1260 O terceiro e!fcito da ccssaUo Div1, priyar da se-
pultura (21) Eccle iastica; pdcm COIU tudo ser enterrados em sagra-
do os Clerigos; (22) e no tempo della se pdem celcbrar Missas, c
Officios Divinos com as pOl'tas abertas, sinos tangidos, e mais solelU-
llitlades nas festas (23) do Natal, PascLoa, Pentecostes, Assumpo dc
ossa Senhora, e Corpo de Deos, com scus Oitavarios; porque esta
graa foi concedida em bODl'a elas (litas festas, e ussim se de,c ampliar,
conforme a direito, e costumc praticado cm semelhantes casos com
approya('o dos Doutores' (2h) mas no se suspcndc o tal cfIcito pai'
yirtul!e do privilegio especial que alguns tcm para ouvir, e dizer Mis-
sa no tcmpo 25) do interdicto.

TITULO LX' L
D.\ Rli:LAXAO DA CESS.\O-A UIYli'iIS,-E PENAS QUE INCOIl.RE:U os
Q 'E A NO GUA1\DO.

1261 E' ccrto que o Preludo, ou Comml1nidatlc, quc pocm a


cessarro Divu's, e scus legitimas Superiores pdem leyantar, (1) e
l'claxar, e ainda que cm dirto no 11a frma certa, e determinada com
qne se deya levantar, ou relaxar, com tudo nccessario alguma frlIla,
ou palavrus com qne se exprima (2) a YODlade do que relaxa,
1262 Tambem conforme a direito se levanla a cesaao Divi-
nis, se o Prelado, Juiz 011 Commllnidade que a paz nUa recorrei' (3)
ao Summo Pontifice pela primei I'a ew])al'caITo, que partir para o Rei-
no porm passado o dito tempo, se com elTeito se ti"er I' corrido ao
SUlll11l0 Pontifice, como de\'e, a cessaTIo se no poder leyantal' sem
ordem sua, porque fica afIecla a clle, saho se as partes se concertarem,
e 'c ue!' satisfao Igreja porque como se poem pam este fim, li
commulU resoluo dos Doutores , que sempre o SlIlIllllO Pontifice

(20) Laym. ubi proximc vcrs. Dc Sacramcnto. Sayr. dicl. cap. 7. n. 33. PaI.
dicl. pnnct.~. 1. n. 20. verso Si infirmus nullum aliud Sar:rarnc.nlum ..
(21) Suar. Llict. scct. 2. num. 28. ctseqq. AlLcl". tom. 2. de Intcrdlcto c..1po
S. pago 323. et scqq. Donacino dict. pllncL. 3. proposit. 3. n. 8. Filliuc. dict.
tracl.1S. cap. 7. II. 179.
(22) FillillC. ubi proximc n. 18 l. Avila de censuro d. L dub. '10. Donac.
dicL. n. 8.
(23) Consto U1issip. lib. 5. til. li9. drcr. 2. ~ 1. Dr::.char. til. 47. con t. 4. n.
6. fol. 600.
(2'~) Quos. rcfcrl. AlLcr. pago 317. coI. 2. in principio.
(25 Suar. dicta scct. 2. num. '11. Altcr. dict. cap. 3. pagino 317. lilcr. D. et
scqq. coI. 1. ubi optimc.
(1) Suar. dict. do 39. sect. ft.. no 1. Henrq. lib. 13. cap. 52. Sa)';,. ue cen-
suro cap. 18. n. 7. li'illiuc. dicot.lract. 18. cap. 70 n. 186. Rcginald.lib. 32. tracL.
3. n. 82. Dou dicL propos. 3. n. L. PaI. d. 6. de ccns. puncL. lo ~ .5. n.l.
_ .(2) Pa!. ubi proximc. Henriq. tib. 13. cap 52. n. 3. Sayr. (ltct. cap. 18. n.
lo FI\llUc. dict. lract. 18. n. 18 oBono tom. 1. d. Go d ccssat. punct. 3. posto
num. "12.
n) Capo Quamvis de oiT. 01"(]. libo 6. Aller. d. 2. cap. G. ycr . D cimo.
418 co~. TlTUrIS

quer dar lugar a esta composio, (4) pOl' e-vilar um damoo to gl'an-
de, como o que cau a a cessa{:o D-iV1.
1263 As pessoas que no guardo a cessao Divin pec.co
gravemente, (5) conforme a qualidade da materia elO que llLo; e os
Religiosos que a no gual'do, guardando-a a S Cathedl'al, latriz,Oll
Pal'ochial dos lugares em que moro, incorrem (6) cm pena de eXCOtn-
munho: porm se a S, Igreja Matriz, ou Parochial a no guardarem,
lio illCOl'l'ero na dita pena, mas sendo ena legitimamente p03la, selll-
pl'C deycm ser castigados pelos Prelados, ou pc oas, que puzero a
cessao D-ivirn's, pelo peccado da desobedi ncia que commellcm,
porque conforme o Sagl'ado Concilio TridcnLino (7 J lhes lico sujeitos
neste caso, ainda que pOI' outra "ia sejo isentos.
1264 E porque a cessao Divin regularmente se poem so-
bre o interdicto, como nestes casos aquelles, que quebro a cessaTIo,
qllebro tambem o intcrdicto, todos eltes fico incorrendo naqllellns
penas que o interdicto traz com sigo. E quantlo fOI' })OsLl per si s,
sem preceder interdicto, sero os transgressores deDa castigados por
Ns, ou nossos Ministros com as penas arhitrarias, (8) que merecei'
Slla culpa, visto no l1aveJ' pena particular imposta em di reitoj e por
esta l'zo o CI(~rigo que quebrantar a cessao Divinis, sendo vosta
per si s, no incorre irregularidade (9) por se no achar expres nem
direito.
1265 Conforme o direito Canonico, os que pocm a cessao li
Divlis sem legima causa, lico obrigados (10) a dar sutisfao Igre-
ja da injuria, que lhe fizero, conforme ao que se julgar; e tem lambem
obrigaO de restitul'em aos Clerigos, e Beueficiados as perdas, que lhe
dero, e as distribuies (11) de que ficro defraududos. Porem se
puzero a cessao D;inis legitimamente, os delinquentes que de-
ro causa a ella fico com este encargo (12) todo, e os Prelados, Jui-
zes, ou Communidailes, que pllzero cessao, os pilem, e deYl'1l1
obrigar a fazer restituio retardando-ll1es a absolvio at salisl;\zc-
rem, ou ao menos darem sulficiente cauro, e serem condemoados
(13) cm pena pecuuiaria a seu 31'bitrio em compensa.o do devido oh-
sequio, que se tirou Igt'eja, applicada em augmCJ~to do Divino culto,

(!~) Aller. dict. cap. 6. v. Terlio nolandurn est.


(5) PaI. d. 5. PUllCt. 1. ~ 4. n. f.
(6) Clern. 1. de sen!. excom. Rcginald. ubi supri! n. 83. PaI. dicl.Si n. 2. I'.
Nihilorninns. Helll'iq. lib. 13. cap. M. n. 3.
(7) Trid. scss. 25. ele Rcgularib. cap. 12. Alter. L1ict. el. 2. cap. 8. v. {luslre-
mo loco. .
(8) PaI. dicl. Si 4-. n. 3.
(9) Gloss. in cap. Si Canoniei vcrba ccssare tlc orne. Ordin. lib. G. Suar.
dispo 39. scct. L n. 8. Hcnriq. lib. 13. cap. M. n. 3. Sayr.lib. 5. cap. 18. n. 9.
l)a I. dicl. Si l~. n. 4,
(10) Cap. Si Canonici de olT. Ordinal'. lib. 6. PaI. clic!. d. 5. Si 3. puncl. 9.
n.7.
(11) FI'. Anlon.;\ Spirit. Sanclo LI. 3. secl. 2. II. 356.
(12) C. Si Cauonici. c. Quarnvis de olT. Onlin. lib. G. Palaus dicl. Si 3. II. ~.
IIenriq. lib. 13. c. 52. n. 3. SaYl'.lib. 5. Thesauri cap. 19. n. 19. Suar. d. 39.
ect. 3. n. '16. Ron. lom. 1. de censur. dispo 6. p. 3.
('13) Palaus ubi proxirnc .\1Lcr. dict. cap. 6. v. Dico ql1arl. Fral. ~\I.llon. a
Spirilll SaneIo. (licl. sccl. 2. n. 357. Doclorc5 ad Icx!. in caIJ. ~ i Call1)/I:CI. ,-ers,
Si autcm dc olIie. Ordia. lib. 6.
DO AHCEBISPAIJO lU BAlIIA.
TITULO LX"ll.

.
DA VIOLAO DA IGREJA

Dos casos em que as Ig1'cjas ficcio v1'oladas, e o que pro1l1'b1'du


em quanto o esto.
1266 Ainda que a violao no seja censura, nem tenha os seus
cfl'eitos, com tndo como de algum modo semelhante (1) ao interdic-
lo, e cessao l Div1; porque na Igreja "iolada se no pdem dizer
Missa, nem celebl'Ur (2) os Omcios Divinos, lIem dar sepultura aos
lIlortos (3) com Omeio funeral, sob pena de peccado (li) grave, assim
parece necessario trlltar ncste lugar deste Canonieo impedimento, para
qne os Paroc.hos len1lo inleiro conhecimellto do modo com que ho
de procccler. Cinco so os casos em que a Igreja fica violada.
1267 O primeiro , quando dentro nelIa se faz algum homicidio
I'oluulario (5) injlll'ioso, ainda que seja feito pelo morto (6) a si propt'io:
porm pelo homiciilio feito pelo matadol' em sua necessaria defenso,
guardando (7) o moderamen inculpatre tutelre; pelo meramente casual
(8) inculpavelmente feilo, ca1Jindo uma pedra, ou por outro caso for-
tuilo' pejo menino anles (le ler uso (9) de razo; pelo amente, dOll-
do, 10) ou furioso; pelo ebrio (11) e pejo que esl dormindo (12)
em sonhos no fica a Igreja ,iolada, como tamhem o uo fica quando
a fcrida foi Il.ada fora da Igreja; ainda que o ferido v moner (13) a
clla; porm ficar violada se atirarem de rl'a ao que est na Igreja, e
o matarem: (14) e para que a Igreja fique yiolada pejo homicidio, no
lIecessario que haja elfuso de sangue, (15) porque basta que se al'o-
(1) Alter. dict. Tom. 2. tmcl. de Jnlcrdicl. d. 3.
(2) Text. in cap. Si Ecclesia. de consecr. Eccl. cap. Js, qui de sento excom.
lib. ti.
(3) Te:d. in cap.llncode consecr. Eccles.lib. 6.
(!l,) Alter. dicta d. 3. cap, 3. in principio.
(5) I :ap. Ecdess. 68. disl. cap. Si moturo, cap. Ecclesiis. do consecr dist.
1. cap. llroposuisli. da cousecr. Eccl. cap. unic. cod. tl. lib. 6. Henriq. lib. 2. de
Pomil. cap. 6. n. 5. Nav. iro manual. cap. 27. n. 256. Suar. tom. 3. in 3. p. d.
81. ecl. !~. ~ 1. Barbos. de polest. Episcop. 2. p. a'leg. 28. n. 2. Sayr. in Clav.
reg. lib. 3. cap. 7. n. 8.
(6) Delben. de mmunit. c. 2. dub. 2. soet. 2. n. 5.
(7) Glossa in cap. unic. de consCCl"t. Eccles. ]. 6. Barb. dieta alIeg. 28. n.
16. cum soq. Clar. Homiridium n. 27. v. Scias tamen.
(8) Ugolin. de polest. Epis op. cap. 29. ~ L verso Lomm nan habel. Sayr.
de crnsul. Iih. 5. cap. 16. n. 4. Ftlrin. ia prax. crimin. lil, de homicidio q. '125.
11.22. Btlrb. diel. tlllegat. 28. n. 3.
(9) DelLJen dicl. srrl. 2. n. 35. resolut. 16!~. n. !t.
. (10) JJarb. dict. allegat. 28. 11. 3. el !~. Nav. dicl. cap. 27. n. 2i)'1. lIeJ)J'iq.
III Sumo lib. 9. de liss. cap. 27. 6.
(11) Barh. uiJi proxiroc n. 5. Men~ch. d arf~t:. ~asu 326. . . ..
(12) Barb. loc. cil. n. 13. Co\'ar. 10 Clem. SI (unosus p. 3. III JIlILJU. n. 6.
Tiraqllrl. de preen. tcmpertlll']. causo 5. .
(13) Bar!). ubi proximcn. 20. Delbrn dict. secl. 2. n. 5. Alter. dlClo cap.
1. I'Crs. Sex antem. Suar. tom. 3. d. 81. srcl. .'1. verso 2.
(H) Drlhcn dict. scet. 2. n. ti. cum i\artlr. ;\\'ila, '}l l.ug.
(15) Delben uI i proximc II. (7. el secl. 3. n. :'. Rie. resol. 265. n. ii. p. 3.
Quid 3ulem imporlel. I'CI bum Elfusio, explical. Barb. dicl. allegat. 28. 11. 3'~.
CUm soqq.
4'20 CON 'T1Tur~,ES
gue, ou enforque nella alguma pessoa, posto que srja por autorillade
da Justia.
1268 O segundo caso em que a Igre.ja fica violada, pela inju-
riosa, (16) e peccaminosa eITusO" de sangue dentro na Igreja e para
a tal yjolaJo se requer, quo a efuso de sangue, 9u causa l1ella acon-
Lra dentro (17) da Igreja, e assim fica esta violada, aiuda que ahi se
no dename sangue, porque o ferido sabio logo dolla, autes que o au-
glle cahisse, ou porqu o sangue se t0l110U cm algum pano, ou d'ou-
tra maneira; pois para se violal' a I~reju hasta que a ferida seja grave,
(18) ainda que dentro na Igrcja se no derrame sangue; e para a \'io-
lao no basta (19) que o sangue caiu Ila Igreja, se a f I'it!a for feita
fra della.
1269 No se d violao da Igreja q~talldo o sangue cahe dos
narizes naturalmente, (20) ainda que sejn em grande copia, nem qnan-
do se uerramou por caso for! uito, (21) ncm quando um fere a outro eru
acto de jogo, e recreao (22) honesta, nem quaudo algucrn se sall'rra,
ou cura na Igreju, nem finalmente quando a {'erjda ' feita pelo menino
antes de er capaz do uso de razo ou pelo ('urio o, (23) amonte, ebrio,
Oll que est dormindo, C0l110 acima fica dilO u reSllcilo do homicidio.
1270 Tambom se requer que seja e/Tu-o de saugue dehol11('1I\
,'jyO e assim no fica violada a Igrejn pela e/fuso de algum ;lIlimal,
(2.&) nem de homem morlo, (25) porque j no sangue de h01l101l1,
seno de cad'n'e.r o no basta qualquer c/fuso de SUllO'ue, ma 11a de
ser notareI (26) o copiosa, e grave a percu so' por lanto lo fica-
r violada so s cabircm uma, ou poucas golas de sangue, nem ainda
que caia em abunebncia, se n percusso no iol' de tal sorte grtno, que
baste para COJlsliluir peccado mortal: (27) e assim lio fica n Igreja vio-
lada, quando na pendcncia ele dous meninos (28) cabe gnmdc copia de
saJlgue dos narizes na Igreja; porque se a percusso no tal, que
(16) Text. iu cap. Proposuissi, cap. uIl. de con ecr. Eccles. cap. unic. cod.
tiL lib. 6. c. Eccle iis. deconsecr. disL 1. Barb. dict. alleg. 28. n. 30. Pal.lom,
2. lrael. 11. d. 1. punct. 1. n. 1.
('17) Barb. ubi proximc dict. n. 30. Kavar. dict. cap. 27. ii n. 156. Tol~1..
in Sumo lib. 5. cap. 8. n. 12. Vagundes iu quinqlle. Eccles. prrecepta p. 1. !lu.
3.. cap. 14. ,
)18) Barb. ubi proximc. U. 36. Kavar. dict. cap. 27. n. 82. Fagl1ucl. (!Icl.
cap. 14. n. 17.
(19) AUcl', dicto cap. 1. verso Secundo. polluitur. "
(20) FaciL cap. Ecclesiis de conse r. disl. 1. -arar. dlct. cap. 27. ii n. 1<>6.
Tolcl. in Sumo lib. 5. cap, 8. ii n. 12. Barbos. dict. alleg. 28. n. 30. .. .
(21) llal'b. ubi proximc n. 3. DD. ad diclum. lext. in cap. )~l'cle 115. <lIst.
G8. cap. Ecclesiis. de consecr. disl. 'I. cap. I'roposuisti de conseer. Ecrl~s. ,
(22) JUl'a proxime cil. Consl. U1yssipon. lib. 5. til. 50. deer. 1. JlI pnllC.
llrachar. lil. 50. n. 2.
(2:~) Barb. dicL. allrgal. 28. n. 3. v.l\am qui furore, cum DD. ab co il . r:
(;lfj.) Gloss. verbo Sanguillis in dicl. cap. unic. de consccr. Eccles. !Ih. 6.
Sayr. dict. cap. 16, n. 6. Barb. dicl. allegat. 28. n. 31.
(_5) Barb. dicl. n. 3i. in filie. .
(26) Argum. text. in C. Srepc 41. disl. et in cap. llevcrlimini. q.J. r.loss.
\'erl o ElTusiolll:m sallguinis. in cap. Cum illorum ele sentllIll. CXCOIII. Barb. lhct.
, II l <)' .."
ii ega ... ~. n. ':>,~. 'b
(27 Nav. rllCl. C. 27. n. 82. !\lar. Anl. VaI'. \'('S. 1. L reso!. 3. casu G. ],11 .
dict. allegal. 28. n. 36.
(:.tl) lJarlJos. dd. II. 36.
DO AllCEBI PADO DA BAHIA. 421
haste para haver peccado mOl'LaI lambem se uo deve julgar baSlallle,
(29) para ii \'iolao da Igreja.
1271 Finalmente ha de ser a dila effuso publica, (30) e noto-
ria: porque e for occuJla, se no ha de ter a Igreja por ,iolada: as-
sim o ParoclLo que souber lia ('[uso de san",'llcieila na Igreja em COll-
fisso ou em segredo aiuda pde celebrar (31) e fazer o mais om-
eios Dh'inos sem que faa mais dilig ncia alguma para a reconcilil'.
E nITo llece sado que a percus o seja por outrem pal'a a Igreja ficar
,iolada, mas basta que seja feita pelo {'erido (32) a si mesmo como for
precarninos3, porque aindaque a tal ac,ro se no possa dizei' injuriosa
ao mesmo que a faz. com tudo o fico sentia a l)cos e Igreja.
12-2 O ter eiro ca o m que a Igreja fica yiolada, pela cffu-
suo puhlica do emell humano, (33) ou seja de mulher, ou de homem,
HeI, ou infiel por acto o1>ratlo cOIltra ou egundo a ordem da nature-
za, com tanlo qne eja il!icita: e as im no fica yioJada pela poUurO lida
em sonllO . (34) porque no ,olunlaria. E ainda que a dila effu TIo
seja cm modica quanLirlade, como for iL1icita (35) sempre a Igreja fica
yiolacl~: porque ba ta para se commelter peccudo mortal.
12i3 Tamhem fica yiolada pela copola cOlljllgal tida nella quan-
do ('ai' jllicita. (36) e peccamino a, pOl'm quando os casado uo com-
lllellcHI peccl do mortal tendo copula na Igreja no ha nolarUo (37)
ainda que o tal ajuntamenlo seja ]JlIbJjco OllJO quando os casados
c tiverem pai' justas raze recolhidos na Igreja em pau rem s:Jl1ir,
c Jlor e\':Lal'em o perjgo espiritnal tia incontinencia tem entre si com-
munjcn~,Uo .
1271, Como requer que o homicidio effusUO de sangue ou
CnLen cja dentro da Igl'eja nunca ella ficar violada snccedendo os
Lacs acto (38) 11a') casas contiguas : mesma Igreja que no so parle
della ainda que sejo de eu en'io e para ella tenbo porIa' nem
uccedendo no camp:Jnario ou sobre o tellJado da Igreja, ou !TI al-
gumas ahobnda , casas ou covas que fico debaixo do pavimento.
1275 O quarto caso em que a Igreja fica \'iolada , quando llel-

(29) llarb. uhi proximc cllm Suar. ab eo cilato.


(30) Glo a verbo Pollui, in cap. nnjc. de con ecr. Eccles. lib. 6. Sayr. dicl.
cap. 16. n.10. cum 1 aI'. Solo Ucnriq. Tolct. eL alii ,quos refert, et seCjuiLul'.
('II) Uarb. dict. allegaL 28. n. 4-1.
(32) Aller. dicL cap. 1. verso Qureritur. terli.
(33) Sallche . de liJatrimoll. IiI>. 9. d. '15. n. 12. el 13. Fagund. p. 1. IiI>. 3.
C. H. a 0.22. ct p. 2. lib. !~. c. 4. n. 19. cum s qq. Barb. tlicl. allegaL 28. n.
!~,2. Uo-olin. d polesl. Epi c. cap. 29. 3. no ad text. incap. unic. de consecr.
Eccle . iiI>. 6. et in cap. Ecclcsiis de coo ecr. di L. 1.
(31) (a\ar. flict. c. 27. n. n. 252. Azor. p. _. I. 9, c. 5. q. 3. golin. dicL
3. verso ExcipiLur lamen. Barb. ubi proximc n. !~3.
(33) Her. dicL cap. i. vers. Sedo bcec opinio.
(36) Hichard. io 4. di L 3:.. arL 3. q. 1. el ibi Maior cliam. q. 1. Sylvcsl.
verh. con CCI'. 2. q. 5. Cm'ar. d~ pousaI. p. 2. cap. 7. 2. D. 3. Suares. dieLa .
. cl.~. rer . Tcrtia opioio. ayr. in Clavi rcaja Jib. 9. cap. i. n. 21. Lessiu de
ln l. hIJJ~. cap. 3. dubio 12. n. 85. Palaus dicl. puncl.1. 0.1. Darb. dicta alleg.
28. 11. ~8. v. Cum mugis commul1i.
(37) Doelores. proxirn' cilaLi.
(38) Barb. dicl. ali o-al.:. .11. Mi. Cum Alter. lIar. a 'r. Ayila, l San
che, Fa,yuntl. iII quinquc Eecl siu.- pr ccpLa p. 1. lib.3. cap. H. n. Si. cum
seqq. usq. ud n. 53.
53
422 CONSTlTurES
la se enterra (39) algum herege, notaria percussol' de C1el'igo, (!lO) ou
ex.commungarlo denunciado, que mOI'l'C1' sem d monstrao alguma de
arrependimento, e sem o bcneucio da absoivio; porque se na hora
da morte deo os devidos signaes de penitencia, (41) e foi aLsolLo acl
?'elCidentiam, se falleceo antes de se acabar o tempo do termo, bclU
pde ser enterrado em sagrado sem a Igreja ficar violada.
1276 O quinto, e ultimo caso em que a Igreja fica violada ,
quantia nella se enterra algum pago infiel, (1.2) ou criana que no
for baptizada, pOl'm ainda que o CatecllllrDeno (/'3) no deve scr se-
pultado cm lugar sagrado por carecer do Baptismo, pelo qual se laz
participante dos Sacramentos, e privilegias da Igreja, com tudo se uclla
1'01' sepultado, 1Iem por isso fica violal1a; porque ainda que no direito
se reputa por infleI, quaudo se pl'obibe o Matrimonio de fiel com in-
liel por no estai' baptizado, j para este !feito de sepultura Eccle-
siastica se reputa por fiel por l'azo da crena que tinba, e por baver
presumpo, que moneo baptizado per ba:pti mwm flaminis. E tam-
bem no fica a Igreja violada, quando o menino, que moner no I'entre
(.44) de sua mi, foi sepultado com ellD.
1277 Se for intel'l'ado na Igreja antes do Baptismo um menino de
pouca idade filho de pais Christos, no fica (!l5) violada a Igreja; por-
que ainda que no seja fiel, por no ter ainda erena, no se pdc abso-
lutamente clJamar infiel, conforme ao commum uso de faHar, que no
direito se acha, e a f, e crena dos pais lhe serve para alcanar esta
graa, que se no concede quelles, que sendo filhos de iufieis mor-
rerem na mesma idade.
1278 N~ Igreja violada, ainda que probihido celebrarem-se 03
Officios (/'6) Divinos, com tuuo licito pregar (/'7) nella. E aconte-
cendo violar-s a Igreja estando algum Saccruote dizendo Missa, se a
violao succcdel' depois de ter entrado no Cmone, (/'8) delc acabar
a Missa, porque se no ha de ilJtcrromper o sacrificio pelo impe(limcn-
to Ec.clesiastico, que sobreveio; mas (!l9) se ainda no tiver principia-
(39) Cap. Consu!uisli de consecrat. Ecc1csim. Naval'. dict. cap. 27. n.252.
Henriq. in Sumo I. 9. de Miss. cap. 27. 5. et lib. i3. cap. 51. ~ 3. Azol' mst.
moral. p. 1. lib. 10. cap. 26. q. 13. vers. 3. et p. 2. lib. 9. caro o, q. 2. V. 4. Sal'l'.
de censuro lib. 2. cap. [~. D.ii. elljb. o. c. "17. D. 22. Barb. c1ict.alleg. 28. n. 52.
et 03.
(!~O) Pa!. dict. punct. 1. n. 1. verso Quinlo. violalur Ecc1osia. Abr. clcio-
slit. Paroch. lib. h.. C. H. n. 9[~.
. (l~i) Barb. dict. alleg. 28. n. 52. Covo in cap. Alma 1. p. i'1. n. 4. Consto
Ulyssipon. lib. 5. tit.oO. decr. 4. in princip. .
(42) Cap. Ecclesiam 27. C. EC:llesiam 28. de consoer. dist.1. Barbos. cllcl.
28. num. 53. Abr. dict. n. 94. . ..
([~3) Abr. dict. n. 53. Consl. Ulyssip. lib. 5. lil. 50. decr. 5. in pnncl\J10
foI. 555.
(~,~.) Delben. dict. seel. 6. n. o, Consl. Ulyssipon. ubi proximc ~.1.
(~o) Consto U1yssipon. dicl. 1. diclo. foI. 550.
(fiG) Cap. Is qui iu principio. le senl. excorn.lib. Fagund. p. 1. I. 3. cap.
14-. Sual'esde censur d. 33.
([~7) Abr. de inst. Parocb. llicl. lib. r,.. e. H. n. 96.
(4.8) nubr. Missal. de del'ecl. Abr. e1id. cap. 11. n. 90. Ugolin. de CCII:.
lab. 2. C. 8. ~ ~.. et depolesl. Erise. cap. :W. Si 7. n. sect. 6. n. 6. ;l. FagUl~~'
in quillque El:clecim prreccpla. p. L lib. 3. cap. 18. Barb. c1il:l. alleg. 28. n. ~~.
(49) llarllJol. ab Angelo Dial. 5. de Miss. ~ 6\3. Nald. verbo Ecclcs. ll. ~ .
el DU. proximc eil.
DO ARCEBISP \DO Di BAlUA. 4.23
do o Canone nuo deve it, por diante, antes deve deixar a Missa, e re-
colllCr-se para a acristia.
TITULO IXVIII.
QUE SE ENTE~DE POU i'iO!l1E DA ICREJA, E Qt:E"1 A PDE DESEi'iVIOLAH?

1279 A violao da Igl'eja, que acontece pelos modos referidos,


sc dcyc estender a todo o lugar sagrado; porm dcbaixo do nome dc
lugar sagrado no entendemos todo o lugar em que se dil Missa, por
que ncm os Orato rios (1) particulares e domesticos, nem outros lu-
garcs desta qualidade fico sugeitos a este impedimento, ainda que
J1clles se diga Missa pOl' privilegio, nem todo o lugar, que bcnto
COUlo o dormitorio, e campnnario dos Mosteiros, e Igrejas; mas en-
tcndel1los (2) smente aquelle lugar deputado para os omcios, e mi-
nisterios Divinos, ou para sepultura dos mortos, como a Igreja COll-
sagrada, Oll benta, com seu Adro, ou Cemiterio, e CapelJas bentas.
1280 Tamhem se ha de ad\'ertir que por todos os mesmos mo-
dos por quantos, e qUDes a Igreja Ilca violada, se viola tamhem o Adro,
(3) ou Cemiterio, e quando a Igreja se julgar por violada, se deve
tambem julgar o Adro contiguo, que necessario a efla; porm jul-
gUJHlo-s o \dro, ou Cemitcrio por (.&) yiolado, no se deve julgar
]lOI' violada a Igreja, oinda que lhe esteja contigua. E se a eifuso
acontecer na entraua da porta p~ra dentro da Igreja, (5) ficar ella.
vioJada, porem acontccendo da entrada da porta para fra, o no fica-
r, porque ento se julga a aco feita rra da Igreja.
1281 Para se descnviolal' a Igreja preciso saher primeiro se
consagrada paI' Bispo se smente henla; porque se for consagrada
nccessal'io, que seja desenvioloda pelo proprio Bispo, (6) ou por outro
quc tenha sua cornmisso, e no pde ser desenviolada pOI' imples
Sacerdote, pelo qual a Igreja, que 1'01' smcnte benta, (7) pde ser de-
seuviolada, por asperso de agoa bento com os ritos, e cere.monias, de
que usa a Igreja. E para se desenviolar a Igreja polIu ta, por se barCI'
lIcl!a enterrado algum infiel, pago ou excommuogado se deye pl'i-
IJ1CIl'O desenterrar o corpo, (8) se se pudei' apartar dos mais:
c rccoocilia(la a Igreja violada, fica tambem (9) desenviolado o Adro
contigua.

(1) Delben. bubio 2. secL 7. n. 11>. et n .f~. et 5.


(2) Const. U1yssip. lib.1>. til. 50. in principio v, Quando se trala.
r?) Atter. tlict. d. 3. cap. 2. Delbcn dicto dubio 2. seeL 9. n. 1. DD. nd
lext. ln cap. unie. de conseer. Ecc!. lib. 6. Constit. U1yssip. lib. 5. deer. 7. til.
50. 4. foI. 557.
([~) j 'avar. diclo loco n. 21>3. ~anch. de J\ialr:m. lib. 9. d. 15. n. 23. el35.
F~gulldez dicl. p. L in pr<:cccpta Eccles. lib. 3. cap. 1~. li. 18. Consl. Iyssip.
dlCI. SI !j..
() HeI'. dicl. cap. 2. v. Eodem modo.
(~) ap. Aqua de consecr. Eeclcs. Barb. di~la al1 a at. 28. n. 55.
(J) Cap. i Ecelesia de consecral.
rb .(8). Cap. Sacl'is ue sepulto Delben dicL dllb. 2. seet. 6.11. 6. Const. U1yssip.
I 5. til. 50. decr. 4. 2.
1'> (9) Ar!7um. cap. uni.:, de con ecr. Ecc] s. lib. 6. Consto LEgitan.lib. 5. til'
:.. cap. 1. SI, 14.
COI TIl mES
1282 E pela prcsente Constituio concedemos li cna a qual-
quer Vigario, Coadjutor, ou Cura de nosso r ebispado, ou outro Sa-
cerdote de sua commisso, para que po so desenviolal' (10) as Igre-
ji.lS, ou Capellas de suas Purochias estando Yiolada , sendo smcnle
bcntas, e cstando em lugarcs rcmotos, d'ondc sc no possa l' cOl'l'era
Ns, ou a no sos Ministros, scm que a Igl'cja pau a dctrimcnto estan-
do violada; a qual desenviola(O faro, tanto que (11) alguma das di-
tas Igrejas, ou Capellas fOI' riolada, sendo a violao publica, ou 110-
toria, ou depois que constar que o : porm nesta Cidade cm que se
pde reco ITCl' ao nosso 'igario Geral, e nos outros lugares cm
que se pde rC'corrcr, ou a elle, ou aos Vigarios da Vara, os Parochos
sero obrigados a lbcs dar conta, fazcndo aulo do dia, mez, e anno em
quc a Igreja foi yiolaua, declarando neJle as circunslallcias de que pro-
ceueo a violaTIo, que clwii.lro aos ditos, e eHes daro liccna para a
Igreja sei' descnviolada. E o Vigario da Vara, a quc sc der conla,
sera obriado a mandar ao nosso Vigario Geral o auto com li brevidade
possivel, para quc saiha o que se fez, e tcnha noticia do sacrilegio
commeltido na Igreja; e o IDfsmo faro os Parochos sob pena de se
llles dat' cm culpa sc forem ncgligentes.
1283 Porm prollibimos, (12) que os Parochos no fao rccon-
'cilia o, nem absolvo, nem consintTIo descntenur o corpos quando
as Igrejas ficarem viola(las por sc cntcrrarcm uella os cxcommunga-
do denunciados, ou notol'ios percussol'CS ue Clcrigos' antcs DOS ari-
1::1l'o, ou ao nosso PrOyjsol' para COm ordem nossa, ou sua cxecutar
o que se houvcr de fazcr.
128ft E para e julgar uma Igl'eja por consagrada (13) neces-
sario constar 1)01' escriptUl'il aUlhenlica, ou pelos livros ua Igreja, ou
por letreiro ele alguma pedra da mesma, ou por algnrnas Cruzes na pa-
redcs, que se co tumo pr por divisas u por commulD tradio do
moradores da telTa, ou ao menos pclo juramento dc urna tcslemunha
fideuigna, que jUl'e a vio consagrar; porque COmO di lo sc no siga prc-
jui7.0 a alguem, esta s basta para inteira prova; pOl'm no baYCIlllo
estcs argumcnto , e outros dc scmclhante <]ualidud', sempre s' dcre
presumir, q11C a Igl'eja no mais quc })cnta.
TITULO LXIX.
DA mnEGULAlUDADE, E DA SUA DIVISO, E EFFElTOS.
1285 A irrcgularidade no censul', (1) mas um iml1ctlimen-

. (to) Est similis Cnst. J"Egitan. lib. 5. tiL 12. c. 2. foI. ~.62. Porlucns. lib,
5. til. 30. Consl. 3. v. 1. foI. 645.
(11) Cap. ult. de con ccr. Eccles. Eccles. Constlluciones proximc cil al !ll9
(12) COIlSt. lEgil. dicL cap. 2. 2. foI. 463. PorL ubi proximc verso ~
fol. 6~6.
(13) Cap. Si Ecclcsia de consccl'. Ecclcs. Const. UI~'ssip. lib, 5. tit. 50. deel'.
7. 3. foI. 556.
(1) PaI. ueccn UI'. d. 6. punct. 1. a li. 2. Sayr de cen uris. lib. 6. cap. 1. n.
16. ct seqq. Naval'. in manual cap. 27. n. 191. Ugolin. de irregular. c. 1. d ~.
Suar. de ccnsUl'. d. !lO. secl.. 3. li mip. I. 1f~. cap. 1. n. 2. FI'. Emman. Bo n-
gues qUlI!Sl. regul. tom. 1. q. 24. art. 1.
no ARGEmSPAno DA BUHA.
to, (2) ou nbahilidade imposta por direito Canonico, que inhalJilita o
homem para recelJer Ordeu , e administrar asj recebidas: no tem lu-
gar seno nos sugeitos capazes ue as tomar, e assim no incor-
rem Tlel/a as mulheres, (3) nem os homens, que no forem baptizados:
(h) uo se incorre irregularidade seno nos casos expressos, (5) e de-
clarados em direito e s pde ser posta (6) pelo Summo Pontifice.
1286 Este impedimento, (7) ou nasce por razo de algum defei-
to ou por razJo de algum delicto: o que nasce de defeito, puzero os
Summos Pontifices, \8) considerando a perfeiO, e decencia, que se
requer nos Ministros do Altar, e cousas DivJ1<Js, para que nuo bou-
vessc nenes cousa que 1'0 se occasiJo de escandalo, ou diminusse a
autoridade e respeito que se lbes deye.
1287 A que nasce de delicto suppoem (9) culpa extemil, e ain-
~a depois de perdoada, e feita pr-nitencia contina esta irregularidade;
porque se no tira em quanto (10) se no alcana dispensao della. A
irregularidade, que nasce de defeito cessa (11) com o mesmo defeito, e
algumas vezes (12) no impede o e-sercicio das Ordens, ainda que sem-
pre impedimento .para que se tomem; e a que nasce d delicto, sem-
pre impede (13) assim o tomar, como o exercitar as Ordens.
1288 O irregular fica tambem incapaz de rece]Jer (1ft) Beneficio,
quantlo a irregularidade de qualidade, que tira todo o exercicio das
Ordens, mas no quando s01ente impede algum exercicio dellas; e POI'-
isso o CI rigo, que perdeo parle da mo (15) necessal'ia para celebrar e
ficou habil para todos os mais OJncios, se julga por capaz de BeneHcio,
que no r queira celebrao de Missa' e ainda que seja eITeito tia irre-
gularitlade a inhabiljdade para Beneficio, no se entende na conlral1ida
por delicto' porque esta no priYa (16) de Beneficio, que de antes se ti-
nb a 1'pSO.7u1'e .
1289 Do mesmo modo que a irre~ularidaee impedirneto para
Bcnelicios, o tambem para PreJazias, (17) ainda que sejJo Regulares,
(2) PaI. dict. d. 6. punct. 1. n. 2. Reginald. lib. 30. tract. 2. c. 1. n. 2. et
DD. proximc citati.
(3) PaI dicL d. 6. llunct. 2. n. 3.
(4) Cap. 1. cap. Veniens de Presbyt. non baptizat. PaI. dicto n. 3.
(5) Cap. Is, qui. descnt. excom. lib. 9. et ibi. Barbos. n. 4. PaI. dielo
punclo 2. n. 1. in principio.
(6) Suar. de eensuris. d. 40. sect. [~. n. 7. Avila p. 7. dispo 1. in fine. Bon.
tom. 1. d.. 7. p. 1. pllnclo 2. num.1 et 2. PaI. dieto punct. 2. n. 1.
(7) PaI. diclo punelo 1. num. 3.
(8) Cou t. IDyssip.lib. 1>. til. 52. in principio.
(9) Coval'. in Clem. Si furiosus. 2. p. 11.1>6. PaI. d. 6. punct. 3. n. 1. vcrs.
Quocirca. Abr. dicl. seet. 4. n. [~91.
(10) Tambur. lib. 10. tract. [~. de irregularilo cap. 23. ~ 3. n.1.
(11) Suares. de ilTcgularit. d. 7. q. 5. punct. 2. n. 1>. Tamb. ulli proximc.
(12) PaI. dict. d. 6. punct. 5. n. 3. DD. ado cap. 2. de Clerico rogrotanle .
. (13) Cap. fino de temporib. Ordin. cap. Inqui itionis. 21. de aecu alo PaI.
ubl Jll'oximc.
(1li,) Cap. 2. de Clerico pngnante ia duello. Trindenlo sess. 14. de reformato
cap. 7. PaI dicl. d. 6. pUllet. 5. num. 5.
.(15) Cap. 2. de Clerico regrotante. llonaein. d. 7. punct. 4,. CJ..1. n. 2. Pala-
us dlct. pllnct. 5. n. 3. et 1:. DD. ad texlo in cap. 7. de cOl'pore vltlalo. .
(16) PaI. dicto pllncto 5. n. to. BOl1acin. dicto pll.1Ct. 4. n. 8. Covar. 1I1
Clcm. Si fUl'iosus de homicid. 2. p. 3. n. 6. Suares dieta. sec I. q.. n. 32.
(17) BOllac. diet. punet. 4. n. 12. Pal. dirlo punct 5. n. 8. Suares d. 40.
sect. 2. 11.12. 28. 42. ct 45.
COi\~STITUIES

mas no para ser neligioso em estado que no requer Or(lens. No


priva porm a irregularidade daquellas aces, que sUo commUllS ('18)
aos Clerigos, e aos leigos, como recebor os Sacramentos, excepto o
ela Ordem, ouvir os Omcios Divinos, ser scpullarlo em lugar sagrado,
communicar com os fieis, baptizar sem solcmnidad '; porfJue a ilTegu-
lUl'idae s exclue do comrnercio Clerical, e pelo consogninte dns ac-
es que sTIo propl'ias dos Clerigos.
TITULO LXX.
DA IRUECULAHIDADE, QU1iJ NASCE DO DEFEITO.

1290 Para se contl'allir a irregularidade que nasce de defeito se


no requel' peccado, mas (1) bastu haver o defeito: esta na ce de mui-
tos principias, e assim hu irregularidade que procede do defeito do
corpo, (2j e por eUa nco irregulares todos aquelles, que tem evidcIJ-
te falta de alguma parte, que pertenca :. inteireza, e perfeiTIO lmmana,
como so os que tem menos uma mo, (3) brao, ou dedo necessal'io
para se partir (Il) a IIostin, ou um alIJo, especinlmente (5) o esqucrdo
e os que tem notavel deformidade, (6) quaes so os corcoyudos, 011
demnsiadamente pigmcos, os monstruosos no vulto, estatura, dispo-
sio dos membros, e cousas semelhantes.
1291 IlTegnlal'idade, que procede do uefeito d'alma, (7) e
aquella, pela qual frcio irregulares todos aquelles, que so idiotas, (8)
e nUa tem a sciencia necessara, que para Ol'(lens se requer. E os quc
tem defeito do uso de razo, (9) como so os meninos antes dos sclc
annos, os mentecnplos, e furiosos; em c]lle se com})l'ehendem os ClI-
dcmoninlJados, Illnaticos, e tomados de gota cOI'al porque ainda que
alguns destes se' inculcUo DOS irregulares por defeito do corpo, o Papa
Gelasio os manda coutar entre os irregulares por defeito d'alma.
1292 Irregularidade, que procede do defeito na antigui<lade (10)
na F, e aquella porque frco irregulares os que de novo se cOI1\'el'-

(J8) Coval'. in Clem. Si fmiosus 1. p. ~ 1. in princip. Nav. cap. 27. n. J9'1.


Suar. dict. sect: 2. n. 8. Henriq. cap. Vi. n.1. Connc. d. 18. dub. 1. n.4. flo-
naco dict. puoct. 4. n. 5. 1)al. dicl. pun t. 5. n. Ii.
(1) Pa1. elicl. el. 6. punct. 8. n. 1. Abr. de insto Faroc. 1. 10. secl. 4. n. ~,93.
Dian. tracl. 5. res. (). ~ 2.
(2) Rrginal<.l. dict.lib. 30. tract. 2. cap. 5. Abr. dicl. seclo 4. n. 1i93. PaI.
dicl. d. 6. puncta 11. < num. 1.
(3) Cap. Exposuisti. de corpore vitiato. PaI. dict. puncta. 11. n. 3.
(!~) Cap. Exposuisti, cap. ultim. de corpare vitiata.l'a1. ubi prox.
(5) Cap. ull. 50. distinct. VaI. loco citalo.
(6) Pa1. ubi proxime. Bonac. dicto puncta. 2. n. 5. cum. seq.
(7) PaI. c1ict. d. fi.111md.. 10. n. 1. llonac. rlict. r1. 7.lJ. 2. pnnct. 1. n.1-
Abr. dict. srct. l~. n.Ii91. aval'. dict. cap. 27. n.106. .
(8) Cap. JJliteratos 36. dst. Nav~r. dict. cap. 27. n. 201). Sayr lib. G. The-
sauri. cap. 6. n. 5. Suur. ti. 51. n. 8. Avila. p. 7. d. Ii.. dnb. 1. Eunuc. tom 1. d.
7. q. 2. punet. 1. O. 2. PaI. clcl. ti. 6. punclo 10. n. 1.
(9) Sayr. lib. 6. Thesauri cap. 13. n. 3. Suar. d. 51. secL.1. n. 3. et 4.130-
naco ubi proximc n. 1. PaI. dict. puncl. 10. n.Ii. Abr. clict. sect. 4. n.494. Const.
Ulyssip. lib. 5. til. 52. decr. 3. in princip. rul. 56'/..
(10) Pao1. 1. adTimot. 3. cap. {)uoniam.1. cap. Sieut neophyt~s 2. ~S ..
disto cap. Miscrull 61. disto PaI. dict. d. 6. punct. 19. 3. 11. L Sayr. dlOt. c.13
n. '10. SUllr. d. 43. sec lo 3. n. . Abr. dieto n. 494.
DO ARCEBlSPADO DA BUUA. 427
Lcm nossa Santa F, de cuja conslancia a Igreja no Lem tomado ain-
da expel'iencia.
1293 Irregularidade por defeito da significao, ou SacramenLo,
(11) c aquella porque fieo irregulares os bgamos, que duas "ezcs
foro casados, (12) ainda que fossclU com mulhercs "irgclls, ou POSLO
(Jlle o losscm uma s vcz, se o foro com mulher viU\'a, (13) ou cor-
rupLa com oULrem, consummando o Matrimonio: os quc secasrflo por
palavras de presente, eSLando "iva (H) a primeira mulher: os que ti-
lero ajunLamento com sua mlllber, sa])~ndo que lbe tinha commeui-
do adulterio: e todos aquellcs, que tendo feito (15) "alo solcmnc de
caslidade, se casro solemnemente.
1291, Il'l'egularidal1e ])01' dcleito do nascimento, (16) c aquclla
portIue (jco ilTegulm'es os que no so havido de lc~imo MaLrimollio.
1295 Irregularidade por deleito da origem, (17) e aquclla por
quc OR e cravos so irreglJ1aI'es.
1296 Irregnlaridade por defeito da idade, (18) e aquella jJor
que so irregulare todos aquclles, que no tem idade legiLima, que se
rCl/ueI' para aquella Ord III quc lio de tom:lr.
1297 Irregularidade por defeito da boa (19) fama, e aquclla
porque so irregulares os ulfames, ou sejo por infamia lIe direiLo, que
velas Leis, ou Sagrndos Canones esteja imposta, ou por infamia de
fhcto a qual se incorre por algum grave, e puhlico delicto, pelo qual
o'delinquente pelos Doutores reputado infame.
1298 irreguJaridade por defeito de brandura (20) e aquella por
que (icTIo irregularcs os Juizes principaes que dero senLena mcau-
sa de morte; os que cooperro para essa morte, ainda que fosse ju La,

(11) Cap. Nuper, Cap. DcbiLum de bigamis. c. Cognoscamus cum aliis. 34.
disL. Paul. L ad Tim. 3. Sayr. lil.J. 6. Thesau.i. cap. 3. n. 3. Ila!. dict. d. 6.
lJunct. 8. o. 2. Abr. clict. O. [~94.
(12) Cap. Nuper, cap. DebiLuill de bigamis, c. Prrecipimus, cap. Cognos-
camus 31i. clis!. Pa!. dicl.ll. 2.
('13) Cap. PrrecipiillllS 34. disto cap. Si qui yiduam .50. disl. cap. Del.JiLum
de bigamis. Abr. c1ict. n. 494. Saochezde l\ialrim. lib. 7. d. 84. n. 7. Sayr. dic!.
lib. 6. C. [~. n. 10. Pa!. dicL. punct. 8. n. 4.. Barb. de poLest. Episcop. 2. aIlcg.
49.0 . .5. Henriq.lib.12. cap. 6. li) 10. Nal'. consi!.1. D. 2. de bigam.
(14) Cap. 'uper dehigami, eL ibiJoan.Andr.n. 3. eL ibitl. AnLon. n. 8.
Ange!. yerb. Bigamia 0.8. Sancbez dict. d. 8{~. n. .5. Suar. d. !~9. n. 8. PaI. dict.
pllncL. 8. n. 9.
(1.5) Cap. Qllotquot.27. q.1.1lonac. dicL. q. 2. punct. 5. l'. Bigamia. Re-
ginalrl. dict. lib. 30. cap. 8. n. 87.
(16) Cap. 1. cap. fin. de filiis. Presbit. cap. 1. eodcm tiL. lib. 6. cap. Pcr
l'enerabilem, qui fil. sioL. ll'giL. Abr. ubi supr n. MJ5. l' al. d. 6. puncL. 9. n.
'\: Co\'o in ClelD. Si fllriosus. 2. p. Si 3. n. 4. Henriq. lib. 14. C. 8. li. 10. Sayr.
Ilb. 6. Thesauri. cap. 10. il princir .
(17) Cap. 1. M. r]isl. cap. 1. et 2. rL f('ro per toLnm do servo non ordinant.
PaI. dict. d. 6. puncLo 13. per LollUll. Abr. dicL. n.I~95. Bonac. dict. d. 7. pancL.
4. n. 3.
(18) Cap. ult. de tcmpor. Onlin. Abr. dict. 11. [~95. Donac. dict. puncL. 4.
n.1.
. (19) Cap. fnfamcs. G. q. 1. Regul. Tnfamibus 87. de l'cgu!. juro io 6. PaI.
(hl~L. e\. 6. puncL. zO Suar. cI. !~8. scd.1. n. 7. l\al'ar. dict. cap. 27. n. 248. JIco-
I'Jq. lih. 13. cap. 36. eL lil.J. 1 I,. cap. 5. n. 2.
(20) Cap. Aliquanlos 51. di t. cap. ln Archiepiscopalll de raptorilJ. cap.
Ex liLLPri de excrssib. J)ri.clalorum. ('ap. cnLculiam. sallguis ne Clcriei \cl
,\louacbi. Al.Jr. dicL. n. '195. Pa!. licL. c\. 6. pUBcL. 14. . 1. ~. 3. cl{~.
128 CO NSTlTUIES
quacs sUo os denunciadores, Accusadorcs, Promotores, Advogados,
e Solicil.adol'cs della, os Escrives, Tabellies, c Escrc\'t:Dtes, quc nos
autos escrevro, as testcmunhas, que jur::I'UO, os ai ozcs ~.leil'iulJos,
e hclegllins, e mais pessoas qu servem uc guardas em semelhantes
actos. Nesta mesma il'regulariuade inCOrl'Clll todos aqueHes que en-
trilo cm batalha (21) justa, c licita matando os inimigos, tirando os
UCl'igo , e Rcligiosos, quc eshorto a pclejar.
1299 Finalmentc ha il'l'egulal'idade, quc pl'occdc por defcito de
deliherao, (22) e nquella porque lko il'l'cgulares os que no tem
pel'f'eiLo dominio de si me mos; uquellcs a qucm o dircito chama ClI-
riaes, e so Juizcs, Advogados, Solicitadorcs, Notario , Meirinhos, e
'oldallos e todos os que na Rcpublica c tUo ohrigados a conta, em
quanto nilo tcm sati (cito, como so Tutores, Cw'adol'cs, Procurado-
res, Administradores dc cousas publicas, c ainda particularcs, COIU
quem seus donos pdcm enteullcr.
1300 Os Procuradores, c Solicitadores dc causas pias, (23) llo
incorrem nesta irrcgularidade, mas nclla incorrcm todos os quc [ln I c
publica tem afficios, qu~ trazem com sigo nota, (2.&) e infamia, como
so comediantcs, algozes, belcguins, e magard s: cstes ainda depois
ue largarem csta occupa,o Dco inhahcis' e pelo conl.l'll'io os Illai
acima nomeados' porque lanto que deixarem os oilleios,eiio capaze
(25) de tomarcm, e cxcrcitarem as Ordens, sul o nos ditos oflicios pOI'
outra via tivercm contruhido di[crcnte impcdimellto.
TITULO LXXI.
DA IRP,EGULAP.JDADE QUE i'\ASCE DE DILIC'fO.

130J Para bom go,el'llo, e direco da Justia di poz o direito


CUllonico, que hoU\'csse i1'l'egularidade por modo dc pena cm alguns
actos, e peceados, que dc sua natureza conLinlJo maior del'ol'midad?,
e llOS Ministros du Igreja traz.io maio\' indccencia. Esta l'\'cgulal'J-
dadc nascc de muitos dclietos: contrahc-sc pela hercsia, (1) ou Apos-
tasia na F, e assim silo irregulares os hereges postulas de no sa
(21) PaI. dicto puncto H. . DD. in c..lp. penult. et ull. de Clerico pcrclIs-
sorc. Naval'. dict. cap. 27. n. 215. Henriq. lib. '14. cap. 12. n. 4. et c. 13. n. 2.
Donac. d. 7. ele irrcgula'r. q. 4. punct. 2. specialiter. n. 7. J"aym. lib. 3. Sumo
tract. 3. sect. . p. 3. cap. 8. .
(22) Cap. Pr<l~cipiml1s 34. disto cap. Qui in aliquo, cap. Pnclerca. 51. (list.
cap. Tantis. 81. disto cap. unic. de obligat. <lrI ratiocin. Pal. dicl. d. 6. punel.
13. n. 6. et 7. SaFo liIJ. 6. cap. U. n. 8. 9. ct 12. ]~aym. lib. 1. Sumo tI'. 5. p.
5. C. 8. n. 2. ct 3.
(23) Argum. tcxl. in C. 1. ne Cleriei, v I Mon<lchi, cap. Monachi. 31.16;
q. 1. cap. Pcrvcnit. 86. disto PaI. diclo plll1CtO 13. n. tt~. SaFo li\). 6. Thcsaul'l
cap. J!~. n. 8. Suar. d. 51. scd. 3. n. 17. Bunac. dicl. d. 7. q. 2. punct. lh nuIll.
4. Laym. elid. cap.8. n. 3. - .
(211.) Don. dict. d. 7. q. 3. pllncl. 1. n. 12. Rcginald. dicto lib. 30. cilp.15.
n.197. ~
(25) -Suar. d. 52. scct. 3. n. 23. I-aym. dicl. cap. 8. n. 3. Donac. dict. d. /.
q. 2. punct. 4,. n. . PaI. lict. d. 6. punet. 13. n. H. ')
(1) Cilp. SlalutulTI 15. rie hrerct. Ii\). 6. C<lp. Saluhcrriml1m.1. q. 7. cap.~
dr brerct. lib. 6. I'ap. Preshiteros 50. dist. Alll'. rliet. lil>. 10. ect. 4. I\. "92. PaI.
dicl. dispo 6. punct. 19. n. 1. Suar. tom. 5. de ccnsuris. d. l~3. sccl. 1. II. 3. cl
lraet. dc FiLie d. 21. Sf'cl. 5. 11. 1. cl2.
DO ARCEBISPADO DA BRIA. 429
Santa F, os {aulores, (2) e defensores dos ditos hereges em qnanto
taes, os filhos, (3) e nelas dos pais hereges, que morrro impeniten-
tes, e os filIlos (h) smente de mis bereges.
1302 Tambem se contrabe pelo bomicitlio (5) ,oJuntario, injus-
to, e illicilO, e esla incorrem aqnelles, que uepois de serem bapLizados
[iro a vida a outro homem; e aquelles que peJcjo, malo, e mando
pelejar, e matar em guerra injusta (6) aos conlrarios; e latias os que
do causa bastante, (7) 'e efficaz para os outros homens morrel'em; e
lodos aqueJles, que concorrem a semelhante acto de morte por co-
opcl'ao, ajuda ou mandado sem o reyogarem antes do effeilo, e dan-
do conselLlO, e favor para ellu; e todos aquclles, que podendo impedir
o IlOmicidio, e defender o morto sem incommodida(le sua, e sem te-
rem legilima causa tle desculpa, o no fazem, (8) tendo obrigao al-
guma de acodir por via de Juslia.
1303 Por homicidio casual se incorre iITegulari<1aue, quantia se
seguia a morte de ('azer cansa illici ta, (9) e prohibida' e tambem se-
guindo-se o homicidio de se ('azer cousa licita, e permitlida, se no se
lez a diligencia necessaria (10) para evitar o perigo da morte. Do ho-
micidio necessal'io de tal sol'te ille\"1Lavel, que no pde o bomicida
evitar a morte, ou injuria real, principalmente aqnella qne traz com si-
go uotavel infamia, como a bofetada, ou percusso com uma vara,
se ento no houver morte, no uasce il'l'egularidade (11) algnma, por-
que ainda que neste caso antigamente baviairregularidade ex de{ecttt, de-
pois par eeo aos Romanos Pontifices, que a devia tirar, como til'l'o
na Clementina Si {u1'iostls: porm se o matador se podia defender, ou

(2) ColligiLur. cx cap. 2. ~ H;:ercLici de h;:ercticislib 6. DD. ad cap. S[atu~


lum dc h;:ercL. I. 6. PaI. dict. d. 6. puncL. 19. ~ 1. n. 5.
(3) Palaus. dict. pUllCt. 19. ~ 2. n. 1. Nav. dict. c. 27. n. 205. Simanc. de
Calholic.. insLit. tiL. 9. n. 14. Suar. de ('cns. d. !c3. sect. 3. n.1. ValenL d. 3. q.
19. pUllcL 3. ill 3. spccic irregularitat. Sanchez lib. 2. in Deealog. cap. 28.
11.7.
(4) Cap. StaLuLum 15.de hmreL lib. 6. Bonac. dicto punetoli.. n. 9.
(5) Trid. scss. H. clcreform. cap. 7. S verb. homicidium n. {~. Pal. dicL d.
G. punct. 15. ~ 1. n. 1. Abr. dicL lib. 10. secL {~. n. [~92. Farin. in rragm.
vcrb. frregularilas n. fc08.
, (6) Cap. PeLilio lua de homicidio. Bonac. dicL d. 7. pUllcL 4. n. 7. PaI.
dlel. d. 6. punct. H. 5. a num. 1.
(7) Cap. Si quis viduam. 50. dist. cap. ult. de homicid. lih. 6. Nav. dicL
cap. 27. n, 223. Palo dicl.. d. 6. puncL 15. ~ 2. n. 2. llenriq. lib. jIj.. cap. 16.
n.2. cL 3. Coval'. in Clcm. Si furiosu 2. p. ~ 2. n. 'j. Suar. d. {~4. sect. 3. n. 10.
Alila 7. q. d. 6. sccL 2. dub. 3.Bonac. dispo 7. q. [~. punct. 8. n. 19. et scqq.
(8) 'aval'. dicL. cap. 27. n. 231. eL 233. Helll'iq. lib. 21. cap. 12. Q, 10. FI'.
Emrnan. Rodrig. verbo Irreglllarilas. cap. j78. concl. {L eUS. Suar. d. 1~6. sect.
~. n. 3. cl 5. Avila clicL. secL 2. dub. 7. concl. L eL 2. ToleL lib. 1. cap. 83. n.
!f. PaI. d. 6. pnneL. 15. ~ 7. n. 2. Bonac. dicL. d. 7. q. !L puncL 8. n. 37.
(9) Abr. dicL lib. 10. cap. 7. sect. 4. n. 492. PaI. dicl PUIlCl. 15. ~ 4. n.
3. JO?Il.fJ. ~n Ir. et Inno~. in C. Tua nos de hOlllicidio. D. '[homo 2. 2. q. 6!c,. arl.
8.. Cllll CalClan. Laym. IJb. 3. Sumo LracL 3. secL. S. p. 3. cap. 10. n. 4. verso
Dlcellclum secundo. J'alud. disL. 25. q. 3. arL 15.
. (lO) Cap. Presbilcl'Lll11, cap. Joannes. cap.ulL de homicidio, ('ap. ulL eod.
1I1. lilJ. 6. cap. Si quis n011 il'atus 15. q. 1. Palo dicl. pur'.ct. 15. l~. U. 2. cum
DD. ah eo ciLa Lis.
(11) C,lem('nL. Si flll'iosl\s (le homicidio. Covo ia exposilicllc pl'meliuLm Cle-
mentina:. Pai. dict. punct. 15. ~ 8. n. J.
5h.
430 CONSTITUIES
cvital' a bofctada, ou percusso no matando, neste caso se contl'3he
(12) il'l'egularidade, porque se a pessoa se pde defender por outra Yia
sem matar ao aggressor, claramente se infere que matando exccdeo,
e que matou sem nccessidatle que o possa escusar.
130.4 J asce a irregularidade de mutilao (13) dc membro, por
ondc cm todos os casos em que sc inco1'l'e irregulal'idade pelo homiC-
dio, nasce tambem pela mutililao, porque o dircito Canonico (H) os
considera entre si semelhantes. Para se contrahir esta irregularidade
no basta ser mutililao de qualquer membro, seno daquelle, que
tem per si operao (15) disticta, e tambem deve ser mutilao \"el'-
dadeira, e assim no basta (16) Ocar o membro enfraquecido.
1305 Tambem nasce do delicto da repetida recepo, (17) ou
administrao do Baptismo, e assim Oco irregulares todos aquelles
que se deixro, ou Ilzel'o baptizar duas vczes, sabendo que j esta-
Yo baptizados; e todos aquelles que batizro duas vezes sem fuuda-
mento bastante (18) para o fazerem; e todos os adultos, que depois de
terem perfeito conhecimento foro baptizados (19) por hereges.
1306 Contrahe-se tambem por se recebel'em Ordens illicitameu-
te, e assim so irregulares os que as lO mo estando excommungados
(20) de excommunbo maior; os que tomo duas Sacras (21) no mes-
mo di.}, ou a dc Subdiacono no mesmo dia, que tomro as Menores;
os que as tomo do Bispo que tem renunciado (22) o Bispado, ou est
excommungodo, ainda que o no saibo, salvo (23) se a ignol'ancia for
provavel, e bem fundada.
(12) Sylvest. verbo homicidium 3. q. 4. in princip. Rcnriq. ubi supr c~p.
10. n. 2. Suar. d. !~6. scct. t. n. 8. Avila 7. p. d. 5. scct. 3. dub. 2. conc\. 3. Pa-
laus ubi proximc n. 3. DD. ado Trid. scss. 14 de Icform. cap. 7.
(13) PaI. dict. punct. 15. ~ 2. n. 1. Fadn. in fragm. vcrb. Jrregularitas nUIll.
58L CUIll scqq. Abr. rlict. lib.10. cap. 7. scct. 4. n. 492. .
('14.) Clcment. unica dc homicill. et ibi gloss. verbo Mutilet. Farin. ubl
pl'oxime. .
(15) Gloss. in cap. 3. in pl'incip. de homicid. lib. 6. Coval'. in Clrment. SI
furiosus ~ 3. n. S. 'av. cap. 27. n. 206. vcrs. Sccundo clico Hcnriq. .Molin. S~l'I'.
et alii, quos cilat, et sequitUl' PaI. dicto pUIICtO 11>, 1. n. l~. vcrs. Quaprop~cr.
(16) Nav. dict. cap. 27. num. 206. Suar. d. 47. sccL. 2. n. 5. et U. AVlla.
dispo 5. sect. 1. dub. 1. Donac. clic.t. punct. 8. n. 6. PaI. dict. punct. 15. ~ I.
num. 5.
(17) Cap. Arl'os 9S. disto cap. Ex lLlel'arum dc apostaI. cap. Confirma.nduJIl
50. disto cap. Qui in qualibcL. 1. q. 7. Naval'. cap. 27. n. 246. Bcnriq. IIh. 2.
cap. 3'1. n. 1. ct lib. H. cap. 4. num. !~. Palaus. dicl. d. 6. puncL. 16. n. 1-
(18) Cap. Solcmnitatcs de consccr disto 1. cap. unic. de Clcl'ic. pcr s~Il11Ill
promoto. taym. lib. 1. Sumo tract. 5. cap. 2. n.1. vels. 3. Donac. dict. d. 7. ri'
3. pune.L. 3. n. 3. PaI. dicl. d. 6. cap. 16. n. 5. et S. Suarcs. tom. 3. in 3. p. (.
31. scct. 6. ct de ccnsur. d. 1~2. secL. 1. n. 10. Naval'. dict. cap. 27. n. 24? 1
(19) Cap. Vcntum est. j. p. 1. cap. Afl'os. disto 98. cap. Qui in quahhcL. .
q. 7. PaI. clict. puncL.16. n. tO. vcrs. Eandem il'l'cgularitatem.
(20) Cap. Cum illornmdc scnt. exc(\m. cap. 1. de eo qui furtivc 01'(1: SllS-
ccp. Consto U1issypon I. 5. tit. M. decl'. 3. in Jli'incip. foI. 567. Donac.. dlcl. (I.
7. q. 3. puncto 4. n.1. Abr. dicl. lib. 10. cap. 7: scct. "'" n. 492. l\av. dlcl. c~p
27. n. 2{~1. in princip.
(21) Cap. 1. ct 2. dc co C(Ui rurtivc Orrl. sllScep. Donac. dicL. pllDCt. 4. II.
3. Naval'. dict. n. 2!~1. V. Sccnndo clico. Dian. tom. 5. tI'. 1). rcso\. 11). .
(22) Cap. 1. dc Ol'd. ab Episc. qui rcnuntiat. Epi copaL Naval'. llbi pl'OXl-
me vcrs. Tcrlio dicn. Sylvesl. vcrb. II'J'{'HlIlarilas. q. 8. l .
(23) Consto Iys ip. ubi proxime. Facit. PaI. dicL pnnct. Ui. 11. S. cL N<I\.
dieto cap. 27. n. 246. v. PrimllID, ibi: Jgnol'antia pl'obalJilis
DO ARCEBISP\DO DA BARIA. 4.31
1307 T:lJnbem se contr311e iITegul3ridade pelo iIIicilo uso das
Ordens; pelo que a incol'l'em os que exercilo (24) a Ordem que no
tem; os que exerci to as que na verdade tem, estando excommunga-
dos de excommunhTIo (25) maior, salvo (26) com fundamento prora-
vel cuidarem que o no esto os que estando suspensos das Ordens
celebrarem, (27) com tanto, que o estejo por algum delicto; os que
esto particularmente interdictos, (28) e absolutamente celebro, e
exerciLo as Ordens; os interJictos ab tgTCSSlb Eccles1'am celebrando,
e exel'cilando as Ordens na Igreja; e finalmente os que exercitarem suas
Ordens estando depostos, (29) ou degl'adados, ainda que sejo de 01'-
dens Menores.
TIl' LO LXXII.

DA DlSPEi\;SAO DAS IRREGLLARID.\DES.

1308 Por dispensao se tira (1) a inegularidade: nas que nascem


de defeito s o Summo Pontillce, (2) regularmente fallando, pde dis-
pensar, porm em alguns casos o podemos Ns tambem fazer, e os
mais Dispos em seus Bispados, por conceder o direito commum este
poder, como com os illegilimos (3) para sel'em ordenados de Ordens
Menores; e tambem quando a il'I'egularidac1e procede de infamia de fac-
to, que se funda em algum delicto, em que os Bispos pdem dispen-
SaJ': porque ainda que a dila irregularidade nasce de defeito, que a
infamia, e no do crime, basta poder o Bispo dispensar na raiz, para
em consequencia tirar a infamia, e tirada a infamia lira a irregularida-
de, conforme a commum ollinio dos Doulores, e praxe ordinaria nas
irregularidades, que os homens incorrem por serem infamados de adul-
terio, furto, sacrilegio, perjurio, e falso testemunho.
1309 Conforme o Sagrado Concilio Tridentino (/c) em todas as
irregularidades, que procedem de deliCIO occulto podemos Ns, e os

(24) Cap. 1. de Clerico non ordin. minislrant. Nav. dict. c. 27. n. 241.
verso .Septimo dico. D. 'fhom. in 4. disL. 2'1-. D. Antonin, 3. p, tit. 28. argum.
lexL. 1Il cap. mudo 15. p. 1.
(25) Cap. Si quis Episcopus 11. q. 3. cap. 1. cap. Is cui de sent. excom. I.
6. Naval'. dict. cap. 27. n. 2M. Sylvcst. verbo Irregularilas q.i3.
(26) Cap. Si celebraI. 10. de Clerico excomm. ministro Naval'. dict. n. 244.
\'. 'Primo dico, ad iIIa verba, Dixi scicns.
(27) Abr. dict. lih. 10. cap. 7. sect. 4. n. 492. Naval'. dicL. n. 244.
(28) Cap. Js, cui, de sent. excomm. in 6. ConsL. U1yssip.lib. 5. IiI. M. dccr.
3. SI 1. foI. 568.
(29) ConsliL. U1yssipon. ubi proximc.
(1) Abr. lib. 10. cap. 7. sccl. [~. num. 497.
(2) I,aslr. ad texto in cap. Tuam q. 1. n. 75. Barb. ad Trid. sess. 2[~. de re-
formo C. 6. n. 24. Nav. dict. C. 27. n. 19[~. vrrs. Septim colligitur. Coust. U1ys-
sip. lib. 5. til. M. decr. 5. PaI. d. 6. puncL. 7. 11.4. in fine.
. (3) Texl. in cap. 1. de filiis Pl'esbyt.lib. 6. Gloss. in rapo Re~uiritis SI Nisi
rIgor. 1. q. 7. Laler. ele re henefic. lib. 2. q. 48. Sayr. de ceusur. llb. 6. cap, 1'I.
n. 8. Azor. insto moral. p. 2. lib. 3. cap. 50. q. 8. (~al'c. de benefic. p. 7. cap. 2.
n. 48. Ea}'?: de polcsl. Epise. p. 2. allegat. [~5. n. 19. .. ,..,
. (4) Ind. sess. 24,. de reform. cap. 6. PaI. de censo <...6. puncl. I. n. 4. Fran-
Cl~C . .Lco in Thesauro p. 3. cap. 9. n. 57. Abr. dict. lib. 10. c. 7. ecl. [~. n. 497.
RIC. 111 prax. 1.1). resol. 4,55. n. 1.
CONSTITUIES
mais Bispos dispensar, excepto (5) llas que nascem.] homicdio vo-
luntal'io, ou nas que j so deduzidas ao 1'01'0 contencioso. Aos Bis-
pos Ultramarinos costuma o Summo Ponlifice ordinariamente oe dez
em dez annos conceder-nos poder para dispensarmos mais largamen-
te em muitos outros casos, do qual porler usamos quando entendemos
sei' necessal'io pam melhor servio de Deos nosso Senhor,
TITULO LXXIII,

QUE PESSOAS SERO OBRIGADAS A !ER ESTAS COl'iSTITUlES:J

1310 Por quanto todos os nossos subditos esto sugeitos a nos-


sas Leis Diocesanas, so obrigados a guardai-as por se dai' por ellas
f6rma aos negocios, assim jucliciaes, como eXlrajuclciues; e oulro-sim
para que melhor se cumpro, (1) e saibo o que nellas se contm em
}1rovcito de suas almas, e descargo de suas consciencias, e em nem-um
tempo posso allegar ignorancia, (2) ordenamos, e mandamos, que na
nossa S Cathedral, e nosso Cabido, e em todas as Igrejas Parochia , c
Curadas deste nosso Arcebispado haja um \"olumedeslas nossas Consti-
tuies, que se comprar pOI' conta da fabrica de cada uma das ditas
Jgrejas.
. "" 1311 Tambem SCI'o obrigados (3) a tel' um volume, (alem do
que ho de estar na llossa Ilelao, e audilorio) o nosso Provi 01', "i-
gario Gel'al, Desembargadol'es, Promotor, Vigarios da 'ara, e dl'ooa-
dos que advo.garem perante no sos Ministros, e sem o terem no scro
aclmiLlidos ao lal officio. Tambem o tero o Mel'inho geral, e o Es-
cl'ivo da Camara, os quaes volumes sel'o obrigados a ter depois de
passarem dous ("") mezes, havendo-os j impressos nesta Cidade, sob
pena de dous mil ris para a S, e Meirinho. E os nos os Visitadorcs
sero obrigados a informar, se na visita de cada Igreja acho cumprida
esta obrigao, e achando negligencia faro executar a dita pena conll'a
os Parochos, que os no uzcrem comprar, e pr nas suas Igrejas, d'on-
(~e Qo serUo levados.

TITULO LXXIV.
DAS CONSTITUI ES QUE os PAROCHOS DEVEM LER A SEUS FREGUEZES.

-l<1312 Como as Leis, e Constituies Diocesanas sejo ~ ilas para


110<1direc.o dos actos humanos, e mal as p6dem gual'dul', nem estar
a ellas obrigados os que as ignoro, por tanto muito nccos urio, 9ue
o povo tenha inteira noticia delJas, e que lhe sejo publicadas mtulaS
vezes. E assim ordenamos, e mandamos a todos, e a cada um do

(5) Trid. dicl. secl. 24,. cap. 6. et ibi Barb. n. 30. Pa1. dict. n. [~. Ric. ubi
proximc Const. U1yssip.lib. 5. til. M. decr. 5. in princip. et 1. foI. 575.
(1) Cap. 1. cum ibi notatis de Consltl1tionib.
(2) Cap. 2. ubi glossa verbo Ante probibitionem de Constitutionibus.
(3) Consl. .Brachar. til. 70. Const. 1. n. 2. A!:git. lib. 5. til. 23. cap. 1. Porto
lih. o. til. 33. const. 1.
(4) Cap. nU. ad Onem disto 18. Ball. ia L. omnes populi n. 37. cum seqq. /T.
de jusl.et jure.
DO ARCEBISPADO DA BRIA. 433
Parochos ue nosso Arcebispado, assim das Igrejas Matrizes, como das
Capellas, que em voz alta, e intelligireJ Jeio a seus freguezes e appli-
cados Estao da Missa do dia as Coustituies apontadas nestas, uos
dias ahaixo declarados, sob pena de duzentos ris por cada vez que fal-
tarem para a S, e Meirinho.
1313 Primeiramente, tanto que o volume destas ConsLluies
"ier a seu poder, no primeiro Domingo logo seguinte lero, e publica-
ro o Prologo dellas, e o Titulo primeiro da F Catbolica. E quando
llOuvermos de ir Chrismal'lero os Ttulos 21, e 22, do livro primeiro,
que tralo do Sacrumento da Confirmao.
1314 E nos lI'es Domingos antes rIa Quaresma declararo ao
povo, o que est disposto no num. 1!13, e no num. U5.
1315 o primeiro Domingo da Epifania, e no primeiro depois
da Pascltoa da Resurreio lero o Titulo 67, do primeiro liHo. E no
Domingo antes da Quaresma lero o Titulo 16, do livro segundo, e no
Domingo antes do Natal o que est disposto no Dum. h05.
1316 Nos pl'ime'os Domingos do mez de Abril, de Agosto, e de
Dezembro lel'50 o Titulo 21 do segundo livro, e faro o que se manda
no Titulo 22 do mesmo livro. E no Domingo antecedente festa do
Corpo de Deos lero o Titulo 17, do terceiro JiHo.
1317 Em alguns Domingos do anno lero a seus fl'eguezes o
Titulo 28, do livro quarto. Ao menos tl'es vezes cada anno leio os
Titulos h e 5, do quinto liHo, e tambem o Tituio /'8, do mesmo quinto
livro.
1318 E encal'l'egamos muito a todos nossos subditos cumpro,
gUal'dem, e se conformem com o que ordenamos nestas Constituies;
pois o fim, e intento dellas foi s a atteno do bem, e salvao das
almas de todos. E esperamos na l'lIisericordia de Deos nosso Senhor,
a qLH:m se deve a honra, e gloria de tudo, que por sua infinita bonda-
de se conseguir o fim, que pertendemos, fazendo Constituies Syno-
daes neste Arccbi pado, aonde nunca as hom-e.

l'IM DO LIVRO QUINTO


TERMO
DE COMO SE CONFERIRO

AS

CONSTITUiES DO ARCEBISPADO DA BAHIA,

mI PRESfu~A DO ILLUSTRlSSDlO E REVERE 'DISSIl\lO SENHOR ARCEBIS-


PO, E DOS PROCURADORES DO REVElillNDO CAllIDO E CLERO.

Aos oito dias do mez de Julho demil, e setecentos, e sele annos, nesta Cida-
de da Bahia, cm o Palacio Arclliepiscopal, estando congregados o TIlustrissimo e
Revel'Cndissimo Senhor D. Sebastio Monteiro da Vide por merc de Deos, e da
Santa Se Apostolica Arcebispo da Babia, e os Ueverendos Capitulares, Procuradores
do Ueverendo Cabido da S desta Cidade, e os mais Procuradores do Clero desLe
Arcebispado, (que Canonicamente foro eleiLos aos Lreze de Junho pl'oxim passa-
do, e publicados aos quatorze do mesmo mez, na lerceira sesso do Synodo Diocesa-
no, que se celebrou na mesma Se) se aca1.Jro de ler, e conferir as Constiluies,
que o dito Illustrissimo, e Ueverendissimo Senhor fez para o governo deste Ar-
cebispado, precedendo o conselho do Reverendo Cabido por seus Procuradores; e
pelos do Clero deste Arcebispado em seu nome, e de seus constiLuinLes, e pelos
do Reverendo Cabido foro acceitas as ditas ConsLiLuies, que se comprehendem
em cinco livros: o primeiro consta de setenta, e quatro Titulos: o segundo de vin-
Lc, e sete: o terceiro de trinta, e nove: o quarto de sessenla, e seis: o quinto de se-
tenla, e quatro: e todas as ditas ConstiLnies se conferiro na frma de direitO,
c as conferencias se deo principio aos vinle do dito mez de Juuho. E de tudo
mandou o dito Illuslrissimo Senhor fazer este Termo, que assignou com os Ucve-
rendos Procuradores. O Conego Gaspar Marques Vieira Commissario do Santo
Omcio, Secrelario elo SYIlOelO o subscrevi.-S. Al'eebi~po-Joode Passos da Sil-
va.-Fmlteiseo Pi'llheil'o Banelo.-Joo Cavalleil'o ele Passos.-Anlolt'io .nIar-
Uns Soares.
DAS

CONSTITUIES
DO

A. letra - N, - ItIO!!ltra o lIunl.ero (lo I.aro&"rafo (IUe !!lC cita e


lio se usa lIe!!ltas Constituies ,Ie oun'a aUe;ao,
llara 'Iue co... nU.'nos tJ.'allaUlo, c lIUais claJ.'eza
se aebe o 'I ue se bU!!leaJ.',

A corrro aquelles penitentes, que por


sua culpa se confessaro nullamente
Abbauessa, como nas suas eleies deva pelo preceito da Igreja, a que Con-
presidir o Prclado, e de que lugar o fessores se conCede, n 11~3.
far, n. .. . 630. Absoh'er de quaesquer peccados, e cen-
Abbadessa, lIo aceile Novia algu- SUl'as, ainda reservadas, pde qual-
ma, sem especial licena do Prelado quer Sacerdote no artigo, e perigo da
n 631. morte; e vivendo o penitcnte, que o-
Abbadessa, como st'ja obrigada um mez brigao ter n 169
anles da profisso de alguma Novia Ahsolver pude o confessor ao pcnitcnte,
a dar parle disso ao Prelado, e niio o sc ao tempo que se confessar til'er pa-
fazendo poder ser suspensa, iidcm.. go os dizimos, a quem se de"cm,
Absoltos tia excommunho niio ser os n .......................... 179.
que se deixarem andar d clarados Absolver pue o confessor ao penitente
mais quinze !lias depois da Dorniuga que tiver legitimamcnte distribuido
do 130m l l astor, sem que primeiro sa- o alheio, cujo dono se no sabe, no
tisfao a pena, em que encorrero, passando a quantia de dous mil reis:
n ' 148. e passando o que far, 'ibidem.
Absolto da censura no ser o que nel- Absolver cm virtude da Bulia, privilc-
I~ incorresse por usurpar, ou impe- gio, ou Jubileo, que confessores o
d.n a liberdade, ou jurisdico Eecle- podero fazer, c corno se havero,
slastiea, em quanto no sati fizer a n '" .182, e seqq.
pena pecuniaria, cm que estiver con- A bsoll'io, como seja a sua frma,
demnado, e s Igrejas, c pessoas Ec- n .......................... 126.
c1esiasticas as perdas, e daronos, que \bsoll'io, antes quc os Confessores a
lhes tiverem dado, n 642. conl1ro aos penitclltes, o que devem
Absulv I' a Sacel'llotos de todo o caso re- primeiro advcrtir, n 172.
sen'ado ao Ordinario, pude qualquer ~bsolvio dos peccados resef\'ados, o
Clln~'ssor, que nma vez fosse appro- Confessor, ou I'arocho quc ii ucr, no
vado neste .\rcehispado, excepto o ela tcndo licena para isso, em que pena
cxculllmunhiio maior, n 138. incorre, n , 178
Absol\'cr tia cxcornmunho em quc ell- Alisoll'io da censura, que preceda sem-
55
438 INDICE DAS COi JSTlTUIES
pre dos peceados: e se eleve dar sem- gosar desta graa oaceusador, e vice-
pre ad cautelam, n 180. vel'sa, n..... . ............ 1038.
Absolvio de alguma excommuuho, Aeeusado, que Do possa accu ar ao ac-
ou outra censura seutenciada no foro cusador, cm quanlo durar a causa tia
exterior, quando se commetter a al- accusao, n ............... 10ff5.
gum Confessor, como se haver cel'- Acompanhamentos dos defuntos, que
ca della, TI 181. ordem se deve guardar nc1les, n. 812.
Absolvico das censuras em virtude da eseqq.
Bulia; privilcgio, au Jubileo, apro- Acompanhamentos dos defuDtos. Vide
veita no foro inlerno smcnte, n. 18~. vcrbum, Entcrro.
Absolvico condicionalmente dada a al- Acordos que se no fao contra a li-
gum nfermo por causa que para isso berdade Ecclesiaslica: e que Im-endo
houve, passada csta se lhe de absolu- alguns feilos se revoguem, edelles se
tamente, n .................. 185. Do use, n 653, eseqq.
Absolvio da censura no se d aos quc Acoutar s Igrejas, e lugares sagrados,
de algum modo intimidaro, ou im- em quc casos o podero fazer os de-
pediro a que se pagassem os dizi- linquentes, elhcs valha a immuuida-
mos, sem que com eITeito estejo pa- de, n 71~7, e seqq.
gos, e satisfcitas as perdas, e damnos Acoulal' s Igrejas, a que pessoas no
que causimio n 430. valer a immuuidade dellas, D. 754, c
Absolvio ad 1'cincidcntiam, pedindo- seqq.
a os declarados, em que tempo se de- Acoulados os delinquentes s Igrejas, c
va dar, n ................ 1105. lugares sagrados, que frma seguar-
Absolvico das excommunhes da Bul- dara para se resolver a immunidadc,
Ia da'Cea, como, quando, c com que n.................... 762, eseq.
clausulas se dar aos que nellas tive- Acoutados as Igrejas, e lugares sagra-
rem incorrido, n 1127,1) seq. uos, que 05 Ministros da J uSlia secu-
Absolvio da suspeno posta por ho- lares delles os no tirem sem preceder
mem, ou por diI'Clo, a qucm pcrten- immunidade, n 766.
ce da-la, n 1205, e seqq. Acoulados as Igrejas, que em quanto
Accusar em juizo, quc pessoas ser, ou ne1las estiverem, se lhes no lanccm
no admiLtidas a isso, n. 1208, e seqq. fenos, nem se lhes prohiba o su len-
Accusador, e aceusado devem pcssoal- to, D . . . . . . . . . . . . r 767.
mente appareeer em juizo, ainda Acoutados s Igrcjas, como neHas se de-
que o aceusado se livre com carta vo baver, n..... . 770.
de seguro, Alvar de fiana, ou prc- Acoulados nas Igrejas, os que nellas o
zo em homenagem, nos casos em csliverem. no passem de vinle dia,
que lhe do licena pura andar na n _.................. 77t.
rua, n _... 1031, e seqq. AcouLados nas Igrejas, como os l\linis-
Accusador, e accusado, quando podcro tros Ecclesiastieos, e mai Clerigos se
ser admitlidos por seus Procuradores, havero, para quc se guarde a immu-
n 1033. nidade dcllas, n 772, e 773.
Aecusador deve proseguir pesso,ilmenle Aclo de Conlrio, que cousa sej.?,; e
a sua aecusao, ainda quando o ac- como se far, n 131, e :>15.
cusado for prezo pelo crime, porque Acto de Contrico redusido em menoS
o acusa, ibidcm. palavras pam .os rudes, D...... 576.
Accusador, quando podcl' ser lanado Aeto de Conlrio para os cs(:ra\r~\C
da accusaco, e admittido outra vez genle rude, como se fara, n.... 58~.
a ella, n.:.... _.. .... . ..... 1031~. Aclos de Christo faco os Paruehos fa-
Accusado, que se livrar com carla de se- zer a scus fre"'uezs eD [crmos: e quaes
guro, quebrada esta em juizo, como, ejo, n " 157
e quanllu ser admitido, se aprare- Aclos de jurisdico contencio a.. qUCS e
ceI', iidcm. lio faco nos Domiugos, e diaS San-
Aceusador, ou accusado, quando scro tos e cm que p nas, n... : .... 391.
eseusos de re idil'em pcssoalmcnte em Actos rlejurisdico contenelOsa, qnes e
juizo, 11 1035. no fao nas Igrcjas, e seus A~'os,
Aceusador sendo mulher, e da mcsma n .......................... 13~.
sorte a aecusada. como fieo ('scusas Actos do penitcnte para alcanar pcrfcl-
de residirem, e como scjo obrigarlas ta remisso dos pece.ado no Sacra-
a darem fiana, n 103(j. menlo da pcniLencin, so lrc .0.130
Accusado se alcanar licclla para se Adivinhacc , que pellas havcl' os que
livrar scm apparecer em audicncia, ...em. d cII',lS, 11. . 898, e 900.
usaI
DO ARCEBISPADO DA BAHIA. 439
Administrao dos Sacramentos, quem se abrirem, se no leve cousa alguma,
nella commeller Simonia, que penas n .,854.
haveriJ, n !)1l, escqq. Adros das Igrejas, quem nelles matar,
Admini traI' Sacramenlos. Vide ver- ferir, espancar, ou por obra injuriar
bum Sacramenlo. alguem, que penas haver, n... 916.
Administradures, que contas devem dar Adro da Igreja fica violado, qunndo se
das Capellas, e Hospitaes, que tem viola a Jgreja: e violado o Adro no
de administrao, e a quem o fariJ, fic.a a Igreja violada, n. . .... 1280.
n 870, e 87 i. Adulterio, que crime sejn, e como se
Admoestados sejo os 1\'lestres, e 1\Ies- proceder neIle, n. ..966, e seqq.
tras de meninos, e meninas, se lhes Adultos, que teno devo ter para rece-
fallarem com o ensino da doutrina berem os Sacramentos, n 29.
Christ, n. . .................. 5. Adultos, antes de serem baptizados, que
Admoestados sejo os freguezes enfer- diligencia preceder, n 47.
mos pelo seu Jlarocho, para que Adu 1tos, que no estiverem instl'uidos
I'ecebo n Sngrada Eucharistin, e na F, e chegarem a perigo de morte,
se excitem em actos de Christo, que diligencias se far para se pode-
n ' " .. 102, e 157. rem bnptizar, n '" J~.
Admoestados pelo Pnrocho devem ser os Adultos que estiverem instl'Uidos na F,
Jreguezes nas tres Domingas antece- como ser baptizados, ibidem.
dentes Quaresma, da obrigao que Adultos fal tos de j nizos, ou furiozos, no
tem de I!umprirem com o preceito, sejo baptizados, salvo o forem de nas-
n ....................... 145. cimento: e porque, n ' .. 49.
Admoestados sejo os vagabundos, para Adullos que tiverem lucidos intervallos,
quesatisfao ao preceito dadesobrign se baptizem estando em seu juizo, e
em tempo conveniente, n ...... 154. mostrando disso vontade, ibiclem.
Adorao de Latrin, qual seja, e a quem Adultos, que antes de cabirem no furor
se deve, n ......... " 19. tivessem mostrado dezejo, e vontade
Adorao do Hyperdulia., que consa se- de serem haptizados, o podero ser
ja, e a quem se deve, n 20. havendo perigo de morte, ainda que
Adorao de Dulia, qual sejn, e a quem nessa occasio no estejo em seu j ui-
se deve, n ., 21. zo, ibidcm.
~dros das Igrejas que se no usurp~~n, Adultos poder ser baptizados por
n ......................... 600. qualquer pessoa em cnso de necessida-
Adros elas Igrejas, que neiles se no po- de, em mais instruco alguma, no
nho cavallos, n no. havendo para isso lugar, pedindo eIle
Adros da Igrejas, como neHes, e neIlas por si, ou por interprete o Bapti mo,
se no devem fazer feiras, compras, e ibidem..
vendas, ou outros con tratos, nem Advogados, e mais pessons de Justiea
acto algum de jurisdico secular, secular, que no fao nas Igrejas'e
TI 738, e 739. seus Adros acto algum de jUl'isdicCi'io
Adros das Igrejns, que nelle se no la- contenciosn, n 739.
a execuo alguma corporal, em que Advogados do Juizo Ecclesiaslico, como
haja cortamento de membro, ou elfu- sejiio obrigados a terem e tas Consti-
so de sangue n 7!~0. tuies, n 1311.
Adros das Jgrejas, que neIles e neIlas Afilhados no Baptismo quantos padri-
DilO perguntem testemunhas os Ollici- nhos posso ter, ou quantns madl'i-
aes Ecelesiasticos sem lIeenea do Pre- nhas: e que sugeilos o poderiio ser,
lado, n : 7'1-1. n ......................... 64.
Adros, que nelles, e nas Igrejas se no Afilhados no Baptismo, que obrignco
fao aces profnnas, nem Viglias, tenho cerca delIes os padrinhos,
ou Novenas de noite, n. 742, e seqq. n .................... 65.
Adros, que nelles se no fao fortale- Afilhados no Bnptismo, que parentesco
zas, casteIlos, carceres, ou semelhan- contrahem com os padrinhos, ou ma-
te COusa. n 746. drinhas, ibidellt.
Adro para'se saber se oe, ou no baven- Afilhados no Baptismo, com quem con-
d?duvida, a quem pertena o conhe- trahem parentesco, quando alguem
Cimento, u 769. em nome de outrem padrinho, n. 66.
Adro, corno nelle se no deve abril' se- fi Ihauos no Sacramento do Chri ma,
pultum alguma sem primeiro se fazer quantos, e qUIl padrinhos podrr ter:
aber ao l'al'ocho, II . . . . . . 8Tt9. e qne pessoas no scrit admillidos,
Al1l'OS, que pelas sepulLul'as, que nelles n ........................... 79.
440 INDICE nAS CONSTITUIES
Afilhados no Sacramento do Chrisma, que consagrar algumas particulas, pa-
quantos poder apresentar um padri- ra depois o Parocllo as recolher, ou
nho, ou madrinha, n 80. administrar a seus freguezes, n. 101.
Afilbados no Sacramento do Chrjsma, AlLar portabil, quando os Parochos opa-
como devo estar a respeito do padri- derit levantar em casa dos enfermos,
nho, 011 madrinha, ibidcm. e nene dizer Missa, para se lhes admi-
Afilllados nos Sacramentos do Baptismo, nistrar a Sagrada Eucharistia por Vi-
e Chrisma. Vide vC7"ba Padrinhos, e atico, n ..................... 110.
Parentesco. Altar, em que se administre a Sagra-
Agnus Dci, Reliquia: que se no faa de da Eucharistia aos prezos da Cadea,
outra maneira, seno como manda o como, e cm que parle se deve ar-
Papa Gregorio xln. com pcna de ex- mar para a desobriga da Quaresma
communho, u 26. n ........................ 152.
Agouros, que se no use delles, e com Altares tenho pedra de Ara: e que lim-
que penas, n .... , ..... 901, e seqq. peza tel' n 360, e 361.
Agua benta para as pias das Igrejas, Altares das Igrejas, que ornamentos,
no se tirar da que estiver na pia ba- e moveis deva haver para elles, u.707.
ptismal, n 68. Altares das Igrejas como devo ser sa-
Aguas ardentes, como dellas se deva pa- grados, n ...................709.
gaI' dizimo, n [~24. Altares, como nellcs devem estar as
Ajuda, ou conselho para se falsificarem Imagens. Vidc v6'rbu-1It Imagens.
Provises, despaehos, e outros seme- Alterar se no podem as disposies dos
lhantes papeis do Prelado, quem a testamentos: e o que se guardar
der, ou fizer, quepenashaver, n. 933. quando forem deixados alguns Le-
Ajuda para o crime do rapto se o que a gados, ou obras pias a arbitrio dos
der fuI' Clerigo, como ser castigado, herdeiros, ou testamentos, n. SOO, e
11 o _ 978. seqq.
Alampada diante do Altar do Santissi- Alvar de fiana no se concede ao que
mo Sacramento, como deva estar ace- est prezo pelo crime de Simonia,
sa continuamente, n 96. n........................ 905.
Alampada, que ne\la se laneem os oleus Alvar de fiana, em que forma se con-
velhos, depois que os novos forem ceder, e que di Iigencias preceder,
bentos, n " 252. n 1072, e 1073.
Alcouce, ou alcovitaria; como devo Alvar de fiana, s ao Prelado per-
- ser castigadas as pessoas comprehell- tence conceder esta graa, n. 1703.
didas neste crime, n .... 1002. e seqq. Alvar de Hana quem se livra com elle,
Alhear patrimonio no poder aquelle, em que lempo ser obrigado "presen-
, a cujo titulo foi ordenado sem lieell- tar-se em juizo, e como assislira nas
a -in sc7'iptis do Prelado, n ..... 228. audiencias, n...... " . 1074, e 1075.
e seqq. Amancebados, ou amancebamentos. fi-
Aljube, queos Clerigos no sejo prezos de vCl'bwllt Concubinato.
ne1le seno por casos muito graves Amhula, ou cofre que guardar a Sagra-
n , - o , , o' .679, e scqq. da Euchari lia no Sacra rio, que esle-
AlIeluia, como 110 tempo della se deva ja sobre nma pedra ele Ara, n .... 96.
- pagar aos Parochos a conbecena, Ambulas dos Sm1tos Oleos, quantas ha-
n.: 425. ver cm cada Igreja Parochial, c do
Almarios, como os deve h\lver nas Igre- que ser, n 258.
jas para guarda dos Santos Oleos, Aneis, que pessoas os poder tl'azer,
n 69. e como com elles lIo rlira Missa,
Almarios, que o haja nas Igrejas, ou n /flf6.
Sacristias, para neBes se guardarem Animaes, como clelles se deve pagar o
os ornamentos, e mais mOl'eis dalJas, cli7.imo, n ................. , .423.
n. . . . . . . . . . . . .. . 712. Apontador do Coro da S, o qoe se lhe
Almotaceis niio cOllsinto que se mate, ordeua acerca de apontar aoS que fal-
ou ven~a carne publicamente na Qua~ tarem U<l occasio ela beuco dos Ole-
resma rra da llecessaria para os do- os, n :24.9, c 25/i.
eD les: e com que peua, n 412. Apontar com anDa para algnem, o Clc-
Altar maior, ou uelle, ou em outro mais ri.go qne o fizer, ainda que. com :lIa
accOlTImodarlo dere e~lar o S<lcrario, nao mi\te, ou firl, como sera castiga-
nus Igrejas, que o costnmareql ter, do, n ,., .. '1O~1.
n , 94. Apostatas de nossa Santa F CulhollGil
Altar, como Helle se havera o Sacerdote, como dcviio ser denunciados ao Santo
DO ARCEBISPADO DA BAUIA.
omoio, n '" 886, e 837. n '" .630, e seq.
Applicao das peDas pecuDiarias im- Armaes nas fgrejas para as exequias,
postas nestas Constituies, como se ou eas, que se no fao sem licr.D-
far, n 1079, e seqq. a elo Ordinario, n 840.
Applicaclos: a Capella que os tiver, te- Armas oITensivas, e defeDsivas, como o
nha pia baptismal, n 37. trazei-as seja prohibido aos Clerigos,
Applicados, e deputaclos ao servio de e com que peDas, !l ... 454, e seqq.
alguma Igreja, como devo ser os Cle- Armas quas sejo as que os Clerigos po-
rigos de menores, e trazer habito, e der trazer caminhando, n .... 45ii.
tonsura, n : .. 246. Armas; quando se concederem a algum
Appl'Ovao de representaes, come- C\erigo para sua defensa, como se
dias, ou autos, aiDda ele cousas pias, dar Iicenca, ibidem.
a quem pertena fazeI-a, n 14. Armas, que' no se levem s Igrejas,
Approvao dos livros, aiDda de cousas n. . . . . . . . . . . . . .. .... . ..... 71:10.
sagradas, que no tem Autbor, pcr- A.rmas: o Clerigo que arraDcar, ou apon-
teoce ao OrdiDario, fi ........ 18. tal' com alguma contra alguem, ain-
Approvao de Reliquias novas, para da que no mate, ou fira, cumo ser
serem recebidas, e veneradas em pu- castigado, n 1011.
blico. a quem pertena, n 23. Armas, ou iDsignias de lmilias, que se
Approvao de CODfessores para poderem no ponho nas Capellas, ou Ermidas
confessar qual deva ser, fi .... 62. sem licena in scripis do Prelado,
Approvao de CODfessores que posso n .... " ................... 695.
ouvir confisses de Freiras, qual de- Arte Magica: os que usarem deli a como
va ser, n 164. sero castigados, e que penas incorre-
Approvao para c.onlessar: o que sem ro, n 894, e seq.
ella ouvir de conu so, que penas ter, Artigo, ou provavel perigo rle morte,
n , 166. q.'em nelle estiveI', receberir a Sagra-
Approvao, e exame para Confessores, da Eucharistia, precedendo as dispo-
como, c por quem se deva I;lzel', alem sies necessarias, n l:l7.
dos requisitos, que preceder eerea Artigo de morte: nelle pde qualqueL'
da idon~idade, n 168. Sacerdote confessar, e absolver de
Approvado, e examiDado primeiro deve quaesquer peceados, e censuras, aiD-
ser, alem lias mais diligencias, aquel- da reservadas: e se o penitente viver,
le a cIuem se passarem rererendas, que obrigao tera depois, D... 169.
n , ............... 240. Artigo, ou perigo de morte, como nel-
Apresentar 13eneticios por Simonia, o le havera os Confessores com os peni-
que o fizer, que penas haver, n. 909. tentes, que temem no acabem a con-
Arcebispado: quantos, e quaes sejo os fisso, ou tem perdido a llla, n. 184.
casos reservados deste, D 177. Artigo, ou perigo de morte: os peniteD-
Arcebispado: o que se guardara neste tes que nelles forem absoltos condi-
com os Religiosos, que a elle vierem cionalmenle, e depois tornarem em
tomar Ordens, n 234, e seq. si, como se haver com elles os Con
Arcebispado: que ne te s guarde o Bre- res 'ores, n , , .. 185.
ve do Santo Papa Pio V. cerca dos Artigo de morte: nelle pdem os Clerigos
Religiosos que se houverem de orde- confessar, ainda que estcjo suspensos,
l1ar, n 235. e por taes declarados, n 119 .
Arcebispado: como se guardar neste Artigos da F, n , 5M.
as reverendas, e tlimissorias dos que Assentos no livro dos baptizados, como
vem a tomar nelle Ordens de outros os devo fazer os 1'arochos, e a que
Bispados, n 2!~2. tempo, n 70.
Arcebispado: que nest se no ac!millo sentos no livro dos baptizatlos fara o
Clerigos a dizerem Mi sa e exercitar Parocho da Igreja em que as crianas
suas Ordens, sem climissorias sendo forem baptizadas. ainda qu uo seja
de ~ntl'os Bispado, n 2'J.5. o proprio dos pais della: e como neste
Arcebispado: que deste se no ausenlem caso os far tambem o proprio 1'aro-
para l'l'a os Clcri"'Os sem levarem eli- cl1o, n '" ,.71.
Dlis oria., n ~ 364. Assento no livro elo baptizados fal'a os
Arcebi pado: que em todo ('ste se rczem l'arochos das crianas, qnc loriio ha-
as Horas Canol) icas pelo RI' viurio ptizadas tra Ja T"'reja por necessicla-
ll0t:Lano rel'ormado, n 50S. de, quando forem ii cl1a para se lhes
Arcehl'po que jllrisdi 'o tenha no porem os Santos Oleos, n. " .. " .72.
COllvcnlo das Frciras desta Cidade, ..\s entos das l:1'iana', uno havida de
INDICE DAS CO~ -STITUIES
legitimo malrimonio, ou sendoengei- tes actos, n 132.
tadas, como e fnra, n 73. Audiencia, como nella devo ser trata-
Assentos do livro do Baptismo, quem os dos os Clerigos, que Della tiverem
fal iUcar, que pena tem n ... 7!~. requerimentos, n 66'~, eseq.
A sentos do Bapti mo, no se levar Auditoria Ecclesiastico, como sero ca -
cousa alguma por elles, n. . ... .75. tigados o 1'Iini iras delle por erros
Assentos dos chrismado , como os devo de seus omcios, o 1026, e seq.
fazer os Parochos no mesmo livro elo Auditoria EccJesiasLico, que nelle haja
Baptismo, n 81. um volume destas Constituies,
Assentos dos Confessados pela desobri- n.. . . 1311.
ga da Quaresma, como, quando, e AI'e Maria, Saudao Angelica, n.551i.
at que tempo os fara os l'al'ochos, Aves, eomo se pagar o dizimo dellas,
n 11~1~. n ........................ .. 1~:22.
Assentos dos casados, como, e em que Ausencia para pC\rtes remotas, quem a
forma os devo fazer os Parochos, fizer na tempo ela Quaresma satis-
n .................... 318, e 319. faa primeiro ao preceito; alias como
Assentos de cadeiras de espaldas, ou se proceder, n 113.
tamboretes, que os no haja nas Igre- Ausencia de suas Freguezias, os que a
jas, nem assentos proprios, fora das fizerem antes da Quaresma, tornando
pessoas exceptuadas, e corno se proce- depois a ellas, como, e quandO cum-
der contra os rebeldes, n. 731, e seq. prir com o preceito da ucsobriga
Assentos dos d funtos, como se faro no e como se baver neste caso o Paro-
livro, que para isso baver em cada cho, n H,fi.
Igreja Parochial, n... , .. 831, e seq. Ausencia tIe sua Freguesias, os que a
Assignados, e procuraes feitas pelos fizerem no tempo da Quaresma, como
Clerigos, que tcnho fora de escritu.. cumpriro com o preceito, ou que
ra publica, n , 668. certides mandaro a seus Parochu :
Assistencia deve o Parocbo fazer ao alis como se proceder, n ..... 1!Ii.
Baptismo de sua ovelha, aincla que se- Ausencia, como iI no devo fazer os
ja baptizada por outro Sacerdote de Parochos das suas Igrejas por mais
licena sua, n 39. tempo de trinta dias em cada anno.
Assistencia, qual devo fazer as pesso- n M2.
as Ecclesiasticas, e seculares Sa- Ausencia, que os Parochos hajo de fa-
grada Eucharistia, estando patente, zer das sua Igrejas por mais de trin-
n 117. ta dias, seja com liceoca; e com que
Assistencia do Parocho, e testemunhas )Jenas, n .. . 543, e5H.
aos matrimonios, que e fizerem em Auto de quer la no tornem os J.uiz~s
precederem as denunciaes, como seculares contra pessoas Ecc!eslilsl l-
sera castigada, n 282. cas; e com que pena, o ....... M-i.
Assistencia do Parocho ao matrimonio, Auto, como, e quando devo fazer os
qual deva ser, n ............. 2!:l3. Officiaes do Juizo, 00 caso que descn
Assistencia d ParocllO, e testemunhas poder se lhes tirar algum prezo,
aos matrimonias dos que se casarem TI 1018.
com impedimento dirimente sabido, Autos, Comedias, Colloquios, e ~o ~e
como ser castigada, n 298. pres~ntem sem licrna do OrdlllarlO,
As istencia ao sacrificio da :Missa, como ou srjo de materias sagradas, 011 Jlr~'
deva ser, n " . .. 366. fanas: e com que penas, n ,h.
Assistencia que devem fazer as Digni-
dades, Conegos, e Beneficiados da S B
Cathedral, quando o Prelado fizer nel-
la acto Pontifical, n.. , 607. Banhos, ou denuneiaces matrimoni-
Assistencia que devem os Farocbos fa- aes. Vide ver/m'ln Dennnciaes. .
zer em Sllas l?reguezias. Vide verb!mt Barbeiros que curo onde nno ba Merh-
Residencia. cos, eomo devo admoestar aos do-
Atrozes injurias: como por taes se de- entes que curarem, que se confes-
vo haver as que forem feitas aos Cle- sem; e deixar de curar aos que ao
rigos, n 6!i7. terceiro dia da cura o no lizelt~~:
Attrio, ou Contrio imperfeita, que n .
eou a seja, n 1il1. Barbeiros, como ti vo guardar os Do:
AI.trio, que clifl'el'l:,na tenha da con- mingas, e dias Santos em seus omc~'
trio: e como pam o Sacramento da os, II . . . . . . . . . . . . . . , ... 38~.
Penitencia deve precrder algum des- Barbeiros, que os Clerigo IlO exerCI-
DO AHCEBlSPADO DA BARIA. 443
tem o seu omcio, n 1~77.Baptismo de filhos de pessoas Ecclesias-
Barqueiros, e carregadores de cannas, ticas no se admi oistrar na Paro-
como guardaro os Domingos, e dias chia de seus pajs, seno na mais vizi-
Santos de preceito, n 381. nha, no passando esta de legoa; c
Barqueiros de barcas de passagem em seja sem pompa, n 40.
todo o tempo, e hora podero passar Baptismo de filhos de pessoas Ecclesias-
os caminhantes com o mais que trou- tiras, quando, e como se poder ad-
xerem, ibidem. ministrar na Parochia de seus pais:
Batalba, quem neHa entrar, receba e os qne obrarem o contrario, qlIe
primeiro a Sagrada Eucharistia, pre- penas havero, ibidel1t.
ceden~o primeipo as disposies n~- Baptismo se deve administrar por im-
cessanas, n 8/. meriio, n 41.
Baptismal pia devem ter as Igrejas Pa- Baptismo solemne quando se adminis-
rocbiaes, e Capellas, que tem ap- traI', o que deve primeiro fazer o Pa-
plicados, II 37, 68, e 688. rocho, 011 Sacerdote que o fizer, c in-
Baptismo, qual seja asua materia, e fOr- formao que tomar, c como O deve
ma, n. . 33. admLstrar, ibidem.
llapti mo, o seu Ministro o Parocho, Baptismo quando se administrar, no
e em caso de necessidade qualqner consinta o Parocho, que se pouha na
pessoa, ainda que seja mulher, ou infi- criana Dome, que no seja de Santo
el, com tanto que no falte ao essen- cano.njzado, ou beatificado, ibidem.
cial, e tenha inteno de fazer o que Baptismo quando se poder administrar
a Igreja ordena, ibidem. por eITuzo, n , . !~2.
Baptismo, quaes sejo os seus elIeitos, Baptismo no se administre antes da
n .. . .. ........... ..34. A mora, nem depois das .Ave Marias,
Baptismo totalmenle necessario para e com que penas, ibidem.
a salvaco, n ............... 31>. Baptismo nos casos de necessidades, co-
Baptismo' no devem os pais dilatar a mo, por quem, e em que parte se po-
seus filhos: e pol'que, ibidem,. der admini traI': e a preferencia que
Baptismo, em que lugar, e tempo se se guardar entre as pessoas, que pre-
deve celebrar, n , 36. sentes estiverem, n '" J~3.
Baptismo, no ordenando os pais que se Baptismo nas crianas que perigarem
admiuistre no tempo determinado, co- no parto o deve fazer a Parteira, ou
mo pr ocedero os Parochos, ib-idem. outra mulher por mais honestidade,
Baptismo quando por necessidade se fi- e no homem algum, ainda que ahi
zer fora da Igreja, em que tempo de- esteja, n .................... A4.
vo os bapLizados ser levados a ella, Baptismo, quando o far a Parteira, e
para que se lhes ponho os Santos em que parte do COl'PO da criana,ibl.
Oleos, n 37.Baptismo, como se administrar its cri-
llapti mo, polle fazer de licena elo Pa- anas que se tirarem do ventre da
rocho, oulro Sacerdote secular: e mai, quando alguma faleccr prenhe:
quando haja. justa eau a para se ne- e que diligencia proceder para a
gar a dita licena, o que se obrar, poderem abrir, n , AI>.
n , 38.Baptismo no se dar a criana mon -
Baptismo no se faa por Sacerdote truosa, que no tiver frma humana,
Monge, ou Frad.e,1biclem. sem e consultar ao llrelado, n .... !~6.
Baptismo se pude fazer pelos J\Iissiona- Eaptismo se dar a criana, que tiver
rios, que lel'arcm licena do Pl'ela- trma de homem, ou mulher, aiuda
do, ibiclem. que com grandes defeitos no cor-
BajJLismo quando for administrado por po, ibidem.
outro Saccrdote, assistir pessoalmen- Baptismo, corno se administrar nas cri-
le o l'arocho: e para que, n..... 39. anas que representarem duas pc soas
Baptismo feito por Sacerdote secular com dous peitos di tinclos e a pena
sem licena do Paroeho, tem pena de que se impoem aos pai, e aqueIles, a
dez cruzados pagos do Aljnbe: e" cujo C<lrgo estiverem as crianas, que
mesma aquelle, a cujo cargo estiver uo noticiarem logo aos Parochos os
a cl'ianca, que assim a lizer baptizar, ta os partos ibidem.
ibiclern: Baptismo para se dar aos adullos, que
napLi mo, quando no for aclministfRdo dilin-encia derem preceder n ..... 47.
pelo proprio Parocho, mas por outro Baptismo corno se dar aos aelulLos ins-
:;~cerdote ele licena sua, para quem truidos na F, n.......... . . . 48.
flao de ser as oll'ertas, ibiclellh I Baptismo para se dar aos adultos, que
INDICE D.\S COXSTlT IES
chegarem a perigo de morte sem esta- tanto que no foi a cabea, n... 60.
rem catequizados, e instruidos na F, Baptismo como se administrar aos en-
que diligencias precedero, 11. 48e[~9. geitados, c do credito que se da-
BaptIsmo no se dar aos adullos, que r, ou no aos escl'iptos que trouxe-
forem falto de juizo, ou furiosos, e rem, iidcln.
porque, n 49. Baptismo para se dar aos escravos, e a
llaplislUo se dar aos adultos, que til'e- outras pessoas, que vierem de terras
rem lucidos intel'l'alIos, estando em ele infieis, havendo dmida de que se-
seu juizo, e mostra 1100 vontade de se- jo baptizados, que diligencias pre-
rem baptizados, iiJidcm. cedero; e o que se deve obrar com
Daptismo se dar ao adullos, que antes aquelles a que o perigo no der lugar
de cabirem no fUl'or mostrassem de- a cousa alguma, n 61.
sejo, c vontade de serem baptisatlos, Baptismo, importa muito que todos sai
havendo perigo de morte, ainda que bo administraI-o, n 62.
nessa occasio no estejo em seu ju- Baptismo, quem falecer sem elle por
izo perfeito, ibidcm. culpa do Parocllo, ou de algum Sa-
Baptismo, quando se administrar aos cerdote, ou Clerigo ele Ordens Sacras,
escravos brutos, e boaes, que per- ou Menores, e ainda de pe soa lei-
guntas precedero, n 50. gas, com que penas sero casti"a-
llaptismo quando se poder adminis- dos, n 63.
trar absoluta, ou condicionalmente Baptismo soleml1e quando se adminis-
no caso da morte aos escravos bo- trar, quantos, e quaes deyo ser os
aes, n ..................... 51. padrinhos, e que idade se requer nel-
Bapti mo se administrar aos escravos les, n.......... . 6t
filhos de infieis, que no passarem de Baptismo, que parentescos causa, nu-
idade de sete annos: e tambem aquel- mero 65.
les que naseerem depois de esl,l- Baptismo em que alguem padrinho
rem seus pais em poder de seus Se- em nome ele outrem, quem contrahe
nhores, ainda que os pais o contradi- o parentesco, n 66.
go, e porque, n 53. Baptismo feito em casa se contrahe so-
Baptismo se pode administrar ao filho mente parentesco espiritual, entre.o
do infiel, quando o pai livre, con- que baptiza, e o baptizado, e seu pai,
sentindo o pai, ainda que a mi con- e mai, ibidcm.
tra liga, ou vice-versa, nlio cl1egando Bptismo cm caso de necessidade, no
o mho ao uso de razo, ou idade em havendo pessoa, que saiba uaptizar.o
qlle possa pedir o haptismo, ibidcm. poder fazer o pai, ou mi da cri-
Baptismo no se administre ao escravo, ana, sem que resulte parentesco a!-
ou escrava, que sendo ca pazes de gum, n : .6/.
aprenderem as Oraes, as no sa- Baptismo feito em extrema necesSidade
hem, n.................... 54. pelo pai ou mi da criana, que se b,a-
Baptismo se poder admiuistrar ao es- ptiza, no s ndo casados os ditos paiS,
el'Uvo rude, e boal, que por mais di- fico eontrahindo entre si parentesco
ligencia que se lhe tenho fei to para com impedimento dirimente, ibidcm.
que aprenda a Doutrina Christi, cada Baptismo, quando se fizer, como, c
vez sabe menos, e que diligencias (lI' - quando far o Parocho o assenlodeIle,
cerlero para is o, n 55. 11 70.
Baptismo, a que escravos no se admi- Baptismo que por necessidade se fez fo-
nistrar, sem qne para isso dom seu ra da igreja, como se far o a~sento
consentimento, e para o fazerem, que delle na oceasilio que a criana tO! le-
idade se requer, e quaes se exceptu- vada a ella, para que se lhe ponha~gs
em, e porQ11e, n 57. Santos 01cos, n I~.
Baptismo quando se arlministrar miJ Baptisterio da Igrrja: que no se ouao
condilionc, que informao preeeile- !Ielle Coufiees de 11IU I heres, uem cm
r, n 58. outros luO'a-res secretos, n...... 174.
Baptismo que se fizer .mb condionc, Baptizada pode ser a crian~~a na Par~
qual seja a sua frmaj e sendo oecul- ('hia em que nasceo, e pel_o pru'prlO
ta a duvida que houvl'r, uastar ter Paro('~o deli a, aind.a que !Iao seJ~ a
esta c:ondico somente na inteniio, propna dI' sens paiS, n....,' ..... fO.
o que assim baptizar, n 59. Baptizar devem saber asPal'tell'as e c~n
Baptismo se eleve administrar condicio- quanto () no souherem, o l'ar~c1.1O ,IS
nalmente ils crianas a que se bapti- evite da JO'l'cja
o e Ollieios DII'I110:,
zou UJll membro, ou parte do corpo, n '............. 6:!.
DO AllCEBISPADO DA BA tUA.
Jlaptiznndo-se alguma criana, que no omcio Divino, n .... '" .004-, e 500.
for bavida de legitimo matrimouio, BellC'liciados que deixarem de rezar o
ou '1IgUID engcitado, como se far o Olicio Divino, como se proceder con-
as ento nolirro dos baptizados, n.73. tra elles, n 506.
Bailes e dalla deshonesta, como oas Bellclkiados devem recital' o Omeio
Ign'jas, e s tiS Adros sejo jJrohibi- Divino, conforme o 13reviario Uoma-
das fi. . . . . . . . . .. ... .. 74-2. lIO, n............... 508.
Beber nas ta ,"eroas, esta lagens, e seme- Beneficiados, como podem te lar de cus
lhantes casas prohibido aos Cleri- 1Jcns liYl'emente, ainda que ejo ad-
go , o ................ . 1,6 j.. quiridos por razo de s us Benefici-
BeIJeI' vinho com !'xcesso, corno eja in- os, e como se lhes suceeder ab iotes-
decente, e prohibido aos GI 'rigos, tado, o 771-, e seqq.
n !I65. Benel1ciados, como ne te Arcebi:paelo
Deber, ou comer na' Igreja, e cus A- deyem pagar luctuoza, o. " " .. 790.
dros, como sl'ja prohibido, n ... 7!~2. Beneficiados. lidc 'vcrbwn Clel'i17os.
llehidas amatol'ia , ou para outro qual- BeneficiarIos, CUI'a 10, J)ignidallcs, e
quer fim mo, quem u ar del1as, que Conezias, a que tempo os providos de-
peoas haver, lJ '99. ,"cm fazer prosso da Fc, e diante dc
B mal'ell tu ranas, quanta, e quaes se- quem, 11 10.
jo, n..... . . . . . . . .. . 561,. RCJlefido Ecclesia tico, qual deva ser
Beno Episcopal 00 Santos Oleos, co- o que ba te pa ra ti tu lo ele se ordeual'
mo a !la dev,lo assistir a Digo idades, alguem sem palrimonio, II . . . . . . 2:28.
COllegos, e Capel1es da Se, n.... 249. Bcueficios; os que delles tomarem [1os-
lleno dos Santos Oleo ,como o Pro- s. an les de serem co I lados por impo-
visor obrigar a que a sisto a lia io de barrete, e feito di so termo,
os Clerigos, a quem maodar cuamar, qne peoas hal-ero, n , i5:25.
n 2i50. Beneficio Ecclesiastico, o que o bouver
Beno matrimoniaes, em quanto as no por Simonia, que penas ineol're, IIU-
rece1J!'rem os ca ado, "ivo 5epara- mero , 908.
d<lOlcntc, e no consummem o matri- Benecios Ecclesiasticog, 'omo nelles
monio, n 279. no po so entrar os que forem con-
Benrnos matrimooiaes, (lU m as receber vencidos de perjuros, n 9:29.
d outra pes oa, qne ilo seja o PI'O- Bells, ou fr~ tos u ~ rpados s rgrej as, e
prio Parocho, 011 de licena SU'I, ou do lugares pIOS, ou a p s oa Ecclosias
l'relado, eomo ser ca tigndo, n. 2 3. ticas, que penas illcorrem o que os
nen~os maLrimonines, o Parocho, ou nsurparem, e os l\1inistros seeulnres,
Sac rdote que as ti r a fregllez alheio, que nelles fizerem sequestro, 011 eDl-
sem lieen~a do proprio Parocho, que bargo n. , 650, e 60'1.
pena ha rcril, ibirlem. Reli dos Cleri"us no pOllem ser penho-
B 'lI;os matrimoniae, que se fan dili- rados pelos 111 i ni trus, e OfTiciaes se-
gencia para que as recebo o, noi,'o cular'es, e com qne penas, n ..... 632.
na ~{issa, que a Igreja instituio pro Dens moreis da Igrejas, prnta. orna-
.Iponso, cl s)Jonsa, n 28>. men to , e tudo o JIlai qne lIellas hou-
llellos matl'imonillrs, em que t mpo ver, tlelles se far inrenlario, e a qUl'1lI
do anno so prohibida , e quando se e entrrgaro, n 715, e 717.
daro no que a hou' enu de receber, Bens moveis da Igl' ja , se faltarem,
e a que pessoa ejo, ou no sejo sendo !'nlregues por illventario, qurltl
pel'lnittidas, 1\ 290. e seqq. osd \'a pagar 717.
Beno de bellz dores de gente, "ado, nens ti que cada um quizrr teslnr,
e outro animal' , e de curas de feridas, ningur!l1 o impirln por fora, ou en-
quem usnl' d lias sem licenca do Pl'e- gano aos testadores, e com que pe-
la(\o, que peoa incol'I'e, n : ..... 902. nas, II. 780, e eqq.
llcllel1ciados cI vrTO lnllel' coroa aber- Bell castrelJ e5, ou qU'lsi c;lsl rense", co-
ta, e o cab lIos cortados, e em que mo delle porl testai' o filhu /ill1llias
[;\1'l11a, n " .!~"1. maior de quatorz ;1I1110S sem Iicell-
.!knel1eiados, que no andarem com co- n de seu pili, endo deixado em le-
roa, e tOll"ura, que penas havcro, gados pio. 11 7 !.l.
II. . . . . . . . . . . . , . . . . . '~i52. Ben de lesllllllelllnria, como o lestam 11-
BCII.l'li.ciatllls, quP. acompanhem a pro- teiro nem l'C'rsi, ou poroutrcm o dela
rI fio do enrIJo de Deos, c r\D que comprar, e com ((U p na . n.... SU8.
fl'l11a il'o, e com que pCllns. n. .r,!J8. Bens, quC' o d('('untos depositas em cm
Dellcficiados so obl'iga los a rczarlilO o milo de algum Sacerdote para se l'esLi-
56
446 INDICE D.\.S CONSTITUIES
tuirelll como se no devo deter, e quaes sejo as excommunhes neHa
com que penas, n 1023. contedas, n 1106, e seqq.
Bentos devem ser os ornamentos, com Buna da Cea do Senhor; os que incor-
que se diga l\Iissa, n.. " . " ... 710. rerem nas excommunhes conteUdas
Bestialidade, que peccado seja, e como nella, ...omo, quando, e com qneclau-
se proceder contra os que o commet- sulas seroab oltos, n .. 1127, eseqq.
lerem, e se devo tomar as dennncia- Bulia da Cea do Senbor; como todos os
es delie, n 960, e seqq. Confe sores sejo obrigados a sabe-
Bigamia, como delIa resuILa ilTegulari- rem, e terem todas as excommunhes,
dade, n 1293. que por ella se incorrem, n .... 1130.
Bispo no ordenando a seus subditos lhes Busca se no pde levar dos assentos do
pde mandar passar reverendas para Baptismo, n '" ........ 75.
outros o fazerem, n 239.
Bispo, que ordenar subito alheio sem
reverenda do seu Bispo, que penas
c
incorre clle, e o ordenando, n. 2~,O. Cabello atado, que ninguem esteja com
Bispo, como, e quando devo benzer elle nas Igrejas, n 730.
os San tos OIeos, e que pessoas so Cabido no pode remillir os l'ructos -
obrigadas a assistir-lhe nessa occasio, quelle, que no fez a profis o da F
n .................. 249, e seqq. no tempo para isso determinado, nu-
Bispo Vide verbum Ordinarios, ou Pre- mero ...................... 10.
lados. Cabido, Se vac:ulle no pde passarre-
Blasfemia, que crime seja, n..... 888. verendas no primeiro anno da vaca-
Blasfemia, como os Ministros Eccl sias- tura, excepto a quem, n ....... 2.3.
ticos devo inquirir deste crime, e ao Cabido no aceite Missas perpetuas por
que attendero, n 889. menor esmola, que a taxada nestas
Blasl'emiaj que pena incorrero os lei- Constituices, n 351.
gos que a commelterem, n ..... 890. Cabido no' aceite encargo algum de
Blasfemia; que penas incorrero os Cle- J\Iissas perpetuas, sem autoridade,
rigos, que a commellerem, n ... 891. e licenca do Prelado, e com que pe-
Blasl'cm ia sendo heretical, como della nas, n : ..................... 352.
se dar parte ao Santo Ollicio, n. 893. Cabido no consinta, que na S prg~e
Blasfemos publicos, no se lhes ad- Pregador, que niio tiver licena do
ministrar a Sagrada Eucharistia: e Ordinario, e com que pena n ... 5H.
quando s a podero receber, D 88. Cabido deve guardar os Estatutos que
Blasfemos de Deos, ou dos Santos, como tem, n ..................... 606.
sero castigados, e se conhecer des- Cabido, o que deve advertir ao Capitu-
te crime, n " 889, e seqq. lar, que oleger para recebedor da fa-
]31asfemos, depois de castigados, como se brica das Igrejas deste Arcebispado,
proceder contra os que reincidirem n , ,72\.
no mesmo crime, n 89'1. Cabido quando houver de por cessao
Boticarios, como se havero na guarda Divinis, que diligencias precede-
dos Domingos, e dias Santos no tocan- ro, n .............. 1254, e seqq.
te a seus officios, n 384. Cabido; que nelle haja um volume des-
Breve do Santo Papa Pio V. cerca dos tas Constituices, n 1310.
Religiosos que se houverem de orde- Cabido. Vidc vCl'bmn C:onegos.
naI', que se guarde neste Arcebis- Caadores, como guardaro os Domin-
pado, n 235. gos, e dias Santos de preceito, n.381.
Breviario Romano reformado, conforme Cadeas publicas, eomo, e quando ir a
a ene se rezem as Horas Canonicas ellas o Paroeho a desobrigar do pre-
neste Arcebispado, n 508. ceito annual aos prezos, o..... 152.
BulIa; quando por privilegio de alguma Cadeas. Vide vcrbum prezas.
se houver de eleger Confessor, qual Cadeiras de espaldas, ou tamboretes,
possa serj e como a absolvio das como, e a quem e prohibo nas Igrc-
censuras por elle dada s aproveita jas, e como se proceder contra os re-
no foro interno, n 182. beldes, o 731, e seqq
Bnlla; quando em virtude della se ele- Calices, ou oull'os vasos Sagl'ados; COIUO
ger Confessor, de que poder (l te s s aos Sacerdotes se p le administrar
absolve,, e no dis1Jen ar: e fazendo- por elles o lavatorio, n ..... , ..99.
o, no tendo para isso faculdade, que Camara Ecele iasticaj quando a el\~ e
penas haver, n " .. , 183. de\-o mandar os livros dos baptl;,~-
Du1la da Cea do Senhor, quantas, e cios, o Ii).
DO ARCEBISPADO DA BUIIA. 447
Camara Ecclcsiasticaj que nella se re- d "e examinar da Doutrina Christ
gi te o rol da desobriga da Quares- TI. 30/f.
ma sem que porisso se leve cousa al- Capelles de pessoas seculares, que lhes
guma, e se entregue depois ao Paro- assistirem, e acompanharem em fr-
cho, n .................... 151. ma de criados, que penas havero,
Camara Ecclesiasticaj qlJe nella haja n 480.
livro em que os ordenandos fao tor- Capelles da S em quanto rezarem no
mo jurado de no renunciarem, ou Coro estejo com sobrepelizes, e com
alheiarem o patrimnio, ou Beneficio, a o silencio, e atteno que se requer,
cujo titulo se ordeno, n 232. n 510.
Camara Ecclesiasticaj quando nella se Capelles como sejo obrigados nos Do-
passarem reverendas, com que decla- mingos, e festas solemnes a pregar
raes se far, n 240. a seus applicados, e no tendo para
Camara Ecclesiastica, que nolla se ma- isso sutiiciencia, o que faro, n. 549,
triculem os que vierem ordenados de e seqq.
fra do Arcebispado por reverenda, Capelles que leio alguns Capitulos da
que deIle le\'aro; e sem isto se lhes Constituio pertencentes Doutrina
no d licena para dizerem i\Iissa Cbrist, e quando, e a quem, n. 550.
nova, n , 24 L. CapeIles em que frma ensinaro a
Camara Ecclesiasticaj que neIla se ('e- Doutrina Cbrist, e que Oraes
gistem os titulos dos Beneficios, e ter- mais, n 551, e seqq.
mo de suas colIaes e em que f.r- CapoIles como instruiro os escravos,
ma, n 525. e pessoas rudes nos l\Iysterios da Fc,
Camara Eccle iastica Vidc vcrb!un Es- e Doutrina Christ, n ... 579, e seqq.
crivo da Camara. Caplles como instruiro, e examinaro
Caminhantes que vo de passagem, e os escravos que se houverm ele con-
se aclJo cm uma Freguezia, como fessar, n ................... 580.
se devo rlesobrigar elo preceito ela Capelles como instru iro os escravos,
ConUsso aunual, n 155. que lJouverem ele commungar, n.581.
Campas das sepulturas em que frma Capelles como ensinaro aos escravos
devo ser, n 852. rudes o Acto de Contrio, para que
Canaveaesj senhores que consentirem, facilmente o saibo, n 582.
que os eus escravos trabalhem ueIles CapelIes como catequizaro os escra-
nos dias de preceito, que penas have- vos rudes moribundos, n 583.
dio, n........... . . .. . ..... 380. CapelJes da Sque obrigao tenho de
Cano nicas Horas. Vide 't'cl'bmn Oficio assistirem aos actos l)ontificaes, que o
Divino. Senhor Arcebispo neIla fizer, n. 607.
Capelles nas suas CapeIJas ensinem a CapeIles que tiverem cura de almas
Doutrina Christ, principalmente aos no se proceda nos seus rei tos no tem-
escravos, n 7. }lo da quaresma, salvo nos crimes em
Capclles que baptizarem, e receberem que rorem reos, n..... 677, e seqq.
noivos lias suas CapeIJas, a que tempo Capelles, quando na suas Capellas se
devo mandar ao 1Iarocbos o rol do commelter algum sacrilcgio, como
que obrarem. e com que penas, n. 39. . so obrigarlos a dar parte d -lIe, n.920.
Capelles, nas suas CapeIJas em que CapeIlas que tiverem applicado, haja
dias do anno I;..ro presente ao povo nel 'as pia baptismal, n .... 37, e 68.
na e tao da Missa os impedimentos CapeIlas que no rorem approvadas pe-
cio Matrimunio, para que os saiba, e lo Ordinurio, no se diga neIlas Mis-
com que penas, n :!84. sa, e com que penas, n 338.
Capelliies declarem ao povo a obrigao C"pellas, quando nellas sero obrigados
que tem todos de no incobl'irem os 05 Parochos a gastar das oblaes, e
impedimentos que oubcl'em ha entre olIel'tas que tiverem, n 43!~.
os contrahentcs, que se querem recc- Caprllas, on'ererendo-se np.lIus algumas
bel', nem que maliciosamenle se po- oblace, ou offcrlas, como se devo
nho, n 285. entregar ao Parocho da Freguezia.
CapelJes no cousinto celebl'Ur-se ma- n , " .' .0137.
trimonio antes de nascero Sol, ou de- CapelIas, qne tle novo se Iloedifiquem,
poisdeIle pn to. nem por procurao, ou reedifiquem sem liceu.a do Orlli-
uu rra da fgrrja l)arochial, sa1\-o pre- na rio, com que penas, n 683.
cedendo licenca do Ordinal'o, n. 289. Capellas qUl. se houverem cle ('(lia 'ar,
CapelJes qu houverem de receber al- que diligencias precedero Iicrna
guns escravos, auLes qne os case us. que se der, e que dote e lhes far,
INDICE DAS CO.'iSTITUIES
n 692, e 693.\ servancia regular cSlo obrigado" a
Capella ruinosas, que se obrar ncllas, jcjuar, n 409.
quando no haja mouo de as reparar, Ca1'l1e no podcro comcr no <lia dc pci-
e reedificar, n 69!~. xe os que passarem dc sele ,mnos, c
Capcllas, quc nellas se no ponho es- os yelho dc mais de se senta, ainda
cudos d'al'mas, insignias, 01\ lelreiro que a estcs no ohriguc o preceilo ele
algum sem licena iII scriplis do I'rc- jt'juar, n............... 410.
lado, c com qu pcna, 1\ 695. Ca1'l1e como se probiba o comei-a, e vcn-
Capellas, que nellas haja inrcnlario da dcl-a publicamcnte pela Quarcsma,
prata, ornamcntos, e mai mOI'cis, cxceplo a que for para doenlcs. e
e como se far, e a quem se eDlrcga- com quc pcnas, n. " .l~J2.
r, n 715, c scqq. CarDiceiros como guardaro os dias dc
Capcllas em que os Visitadorcs no a- prcccilo,. . . . . .... . . .. . ..... 382.
chilrem invcntario dos moveis dellas, Carniceil'o, e marchantes que malarem,
o faio fazer anLes de fiudarem a Yi- ou vendcrem carne publicamente na
sila. D , 716. Quaresma { 'a de nccessidade para os
Carena com que reverencia, e modo docnles, que penas havero, n. !d3.
se deva estar nellas, u ...728. e seqq. Carregador., de canas como guarda-
Capellas, no se levem a ellas armas de ro os Domingo, e dias San los 'Ic
fogo, ou outras ofTcnsivas probibidas, precei lo, n 381.
fra das pessoas excepluadas, 11.730. Carlas de participanles se pas cm logo
Capellas, no se slcja ncllas com o ea- contra os rebclde , quc no salislize-
helio alado, nem se tme labaco de rem o preceilo da desouriga, n.. 151.
fumo, ncm se ponho cavallos DOS se,. Carla ,Ie parlicipanlcs; o Parocho quc
us Adros, ibidc/Il. a rcct'11er, a publique logo na primei-
Capella mr das Igrejas; que pessoas ra Eslao que lizcr, e a remella ao
podero, ou uo assenlar-se nella em Provisor com cerliuodisso, aliits quc
cadeira deespaldas, n .... 732, e cqq. penas haver, ibidem.
Capella mr das Igrejas; nella no este- Carlas d'Ordens deve passar o Eserivo
jo os Icigos cm quanto se celebrem da Cam ara, e que salario levar por
os omcios Divinos, e como se proce- ellas, n , 238.
der con ll'a os rebcldes, n 736. Carla de Cura, ou Coadjutor, como os
Capellas; qu ncllas, e nos scus AtIros que o forem no sCl'l'iro sem clla, c
se Do fao faras, ou jogos prfa- com que pcna , n....... . .... 530.
nos, nem c coma, beba, ou durma, Carlas, e mandados do Prelado. dc scus
ncm se fao Viglias, ou l'O\'ena rIc l\1inistro, e de oulros Supcriores.
Iloile, n, , ' 742, e seqq, como sero cumpriuas, n. 883, c seqq.
Capellas de J\Iissas a que Igrejas perten- Carlas de locar, o que usar delias, que
o, ([uando os defuntus no deler- penas ine01'l'e, n 898, e 899.
minarem onde se digiio, ou sejo e les Carta de scguro no ~e concede ao quc
sepullados nas Tgrejas de suas Fre- for culpado no crime da Simonia,
guczias, ou (ra dellas, n 812. n ' !l05.
Capella mr das 19l'cjas; nella se no Cartas do Prelado, ou de cus Ministros,
abra sepullura aIgum.;J. sem tie na do ou outros papeis eenados, quem os
Prelado, sa1l'0 s pcssoas dcdaradas ahrir, furlar, ou mudar, que pcn~s
nestas Con tiluics, n 81>5. bavcr, n 931.
Capellas ou nospilae j co~o dellas to- Carla de scguro no se pas e pelo crimc
maro os Vi. itadores contas aos ael- do raplo, ou eslrupro, n..... ,,978.
minislradorcs, u., 870, e 871. Carlas de seguro, como com clJas scjo
Capites, e Meslres uos navios. como ohrio-aclos a residircm em juilo os
sejiio obrigados a mandarem ir A1- que c liVl'arem, 11 1033, e 1071.
fandcga os lin-os, quc nellos \ ierem Carta de eguro ncgativa no caso de
emharcados, ou rcmcllidos a algnt'Jn, morlc niio se passe, se no pas adas
n 17. lres meles do dia da dita morte,
Capilulare . Vide vcr/mm Conegos. n. , '" . ' , ....... 106ft.
Carccresj que elas Tgrt'jas, e seus \(11'05 Carta ele seguro ncgaliva no caso de fe-
se Do use cO,mo lae~, ~ 7!~6. ridas, ou llancada negras, c inch~das
Carne, como sc.Jit prohlUldo eomcl-a na llo se passe, se no passauos lrmla
Quaresma, e em quc dias mais, n.4.08. dias do succe so, ibidC/lI.
CarDe se pde COI11 I' na sexla feira, ou Carla de seguro. como os Escl'l'ics as
no ~aubado, cahindo, ne ses dias o . 'a- del'o pa sar, n L065, c sc<J:c('
lal; exceptos os que por voto, ou oh- . Carla ele scguro confcs alil'a com dcle-
DO ARCEBISPADO DA. BAlITA. -H9
za se pas a logo, ainda no caso de mor- der, e advertir, n t 10.
te, feridas, ou paueadas n .... 1065. Casa do enfermo a quem se for adminis-
Cartas de egnro, em que ca o se n50 trar a Extrema Uno, como estar
poero pa sal' sem licena do Prela- n , 200.
do, n ..................... 1066. Casa do enfermo com que ceremonias
Carla de seguro confessativa, se depoi' administrar nclla o Parocllo os Sa-
na contrariedade negaT a culpa o que cramentos, lidc vC1'bmlt Parocho, ou
as im a tomou, no lhe "aler, Enrermo.
11 1066. Casas dos Clerigos, a ellas no v o
Carta e seguro no ale ao culpado, se- ~leirinho a buscar armas, no lendo
no l1epois de passar pela Chaneella- para isso licena do Superior n.457.
ria, n. . . . . . . . . . .. . ....... lOG7. Casas dos Clerigos, como os :.'IJ inistro ,
Cartas de seguro se podero conceder e Officiaes seculal'es no pdem en-
at tres, e dahi para cima, so com trar nellas para os penhorarem, ou
I'roviso do Prelado, n 1068. para outra diligencia, n 652.
Carta de seguro impetrada antes da Casa d jogo ningueIU a de dando 11ella
querela, ou (lo auto feito, como seja taboJagcm, TI 470, c 1034, c seq([.
Dulla, u........ . 10G9. Casado no pode ser o Clerigo de Or-
Carta de seguro ainda que se quebre, dens Sacras, e o quc casar, alem da
nem porisso se premIa ao culpado, excommonho que incorre, ser I'C-
lluaudo a culpa, de que se li\'ra, o mettido ao Santo OlIicio, n..... 297.
lio obrigar a isso, ibidem. Casados quc no fizerem vida com suas
Carta de eguro se ha por quebrada, mulheres, como os Parocbos proccde-
quando o culpado vai ao logal' do de- ro centra clle , 11 302.
licto sem liceuca, ou no senl10 ncl1e Casados que tiverem cousummado o
moradur, n : 1070. matrimonio, em que casos se pocleriJ,
Cartas de rguro, como os quese linio ou nilo di solver aquclle quanto ao
com ellas no derem entrar com ar- ~,jnclllo,n 305, c cerq.
llJas na allCliencia, n '1071. CaEados que liverem consummado o
Cartas de seguro, como os qne e livro Matrimonio, em que casos se podero
com ellus deviio ser prezos merecendo ou nfto separar quanto ao ttiro, e mu-
prizo, antes d se publicar a senten- tua cohallitao n 310, c seqq.
a, i/)idem. Ca amentos. Vide vcrbwlt l\latrimonio.
Cartas de excommunho por cousas fur- Casos resel'l'ados deste Arcchi pado,
tadus, ou penlidas, ou qoe se no (excepto o da excommunbo maior,)
sab onde esto, como se passaro, delles podero ser absolLos o acer-
n , .. 1087. dotes por licena que pela Constitui-
Cartas de excommunho, como os 1:1 a1'0- o sc diJ aos Confessores, n..... 138.
rhos a publicaro, e o que se guar- Casos reservados quantos, e quaes sejo
dar descobrindo-se por ellas alguma neste Arcebispado, n 177.
cousa, n 1083, e seqq. Casos rescrvados, nesle \rcebispado no
Cartas de excomlUunho de cousas fur- os ha para os escravos, ibidem.
tadas, ou perdida, quando a ellas sa- Caso reservado ncstc Arcebispado to-
hirem, e se hOllver de remetter ao da <l excommunho, ou seja (ijm'o,
Promotor, como uellas se proceder, ou ab hominc, ibi. e n 1160.
no, ......... " ...... '109J, e seqq. Castellos sc no fao nas Igreja, e seus
Carlas de <'xcommllnhiio para e[eilo de Adros, e com que pcnas, TI 746.
se de cobrirem alguns pap<'is, no se Catequizar, como se devo os cscravos
passem sem expressa licenea do Pre- nos m)' te rios da F, Doutrina Chris-
Indo, n ,: 'J 093. t, n " 579, e. eqq.
Cartasdc excommunho em que tcmpo Catequizar, como se d vo os es ravos
se lio devilo passar, ou pnblicnr, quando houvcrem de commongar,
n ............... , ...... 1105. n 5 l.
Casa rIo enfermo, a quem se lerar a Sa- "atcqu izar como se clero os cravos
gl'nda Eucharistia, como deve ('~tar moribundos, n , 5 3.
IJI'epnrada, n 102. Cathedral, como as Dignidade. Cone-
Casa do enfermo, ou outra vizinha, que gos, e Capelles delhl devo a si til', c
seja mais eonvenienle, quando nellas ministrar ao Prelado, quando fizcr
e hourer de dizer Mis a, para se lhe acto de Pontifiral, n .... 607, e seqq.
allmil.?.i t!'ar 'a Sagrada Eurharistia Catllcdl'al. Vide vCl'bml! Si,.
por' lati '0. quc circunstancias COII- Capti,'os infieis, o que delles c SCfl'('lll,
cOlTelio, e a que mais se deve alten- trabalhem porque se conrertio ii f.
450 INDICE DAS CON rlTmES
c os remctto a pessoas doutas, e vir- Certido do livro do Baptismo no a
tuosa , para que lhes declarem o er- pa sar o Parodio sem preceder para
ro em que vivem, n ......... 52. isso Iicena in sCl'iplis, e com que pe-
Captivos. Vide vel'bmn Escravos. nas, n ................. 7.t
Cavalleiros das Ordens Militares pdem Certido do lino d(l Bapti mo, o que
receber a Sagrada Euchari tia com levar o Parocho de pa ar, n.... 75.
arma, n .............. 98. Certido dos Parochos com quem se de-
Cavalleiros, Commenda(lores, e Freires, sobrigaro, mandaro os fregueze au-
de que cousas, e bens sejo obrigados sen tes a seus proprios ]}arocbos cm
a pagar dizimo, n J~28. tempo ha bi I, para os no haverem
Cavallos, que se no alem nas portas por rebeldes, n 147.
da Igrejas, nem se tenho nos seus r.ertido da isita de\'em ajuntar os
Adro, n 730. que se houverem de promover a Or-
Causas das pessoas, ou Communidades dens, n ............ 210, e seqq.
Ecclesiasticas, que pena incorrem Certido; de que cousas ser necessrio
os Juizes seculares, que deBas conhe- primeiro -pa ar o Parocbo aos que
cerem, n 643. houverem de er providos s Ordells
Causas crimes dos Clerigos, no pdem Sacras, ibic1c7Il.
conhecer dellas os Juizes, e Justias Certido, como a pa sar o Padre Cura
seculares, n 6!~!l,. da S, quando a ella vierem bu cal'
Causas dos Paroc110s, e dos que tiverem os Santos Oleos, n 256.
Cura de almas, no pde correi' na Certide , corno as passaro os Parochos
Quaresma, salvo sendo Reos crimi- das denunciaes que fizerem ao povo,
nosos, n 677. e seqq. dos que querem casar, n. 272, eseqq.
Cansas malrimoniaes. Vide vcrbwn 1\1a- Cerlides das multas, e condemnaes
lrimoniaes causas. dos l'reguezes, so os Parocbos obriga-
Caxas, e ambulas para os Santos Oleos, dos a daI-as quando lhes forem pedi-
quantas haver nas Igreja, que os das, e como se bavero enlo, n. 600.
devem ler, e de que sero, n .... 258. Certido do ]~aptismo apresentar a
Caxes, que os haja nas Sacristias das Freira Novica, que houver de pro-
Igrejas, para nelles se guardarem os fessar, para 'que consle de sua idade,
moveis, e ornamentos deli as, n. 362, n 63/.
e 712. Cessaco li Divinis, que couza seja,
Celebrar, ou celebrao do Santo Sacri- n.: H5:l.
frcio da Missa. Vide vcrbu1lt Missa, Cessaco ci Divinis, como se divida em
ou Sacerdote. gerl, e especial, e quem a poder
Celebrar Matrimonio. Vide vCl'bumMa- pr, n . . . . . .. . ............ 1253.
trimonio. Cessao < Divinis, quando h~uver ,de
Cemeterio, sendo violado no fica viola- ser posta por Cabido, que ililJgcnclas
da a Igreja n 1280. precedero, n 12~~, es~qq.
Cemiterios. Vide vC"bwn Adros, ou Se- Cessaco Divinis, como sejao obriga-
pulturas. dos'a recorrer ao summo Pontifice os
Ceusuras, de todas ellas poder absol- que a puzerem, e os que a isso de~~~
ver qualquer Sacerdote no artigo, ou causa, n 1:.aJ.
provavel perigo de morle, e se o peni- Cessao ti Divinis, que effeilos teuha.
tente viver, que obrigao ter de- e como no tempo dclla no lenha lu-
pois, n 169. gar a moderao do Capilulo A/IIIII
Censuras, ou censurados, como podero matc", n "1257, e scgq.
ter absolvio no foro interior, . no Cessaco ci Divinis, duran te ella, que
exterior. Vide vel'bwn Absolver, ou cou'zas o permiltidas, e que feitas se
Absol\'ico. podem celebrar, n .... 1258, e seqq.
CeI' moniai, qlle baja um em cada Ireja Cessaco ci Divinis, como, e por quem
Parocbial, n " 30. se relaxe, ou levaute, n. 12GI, eseq~.
Cerernol1ias com que se celeuro os Sa- Cessaco Divinis comO scjo os Reli-
cramentos, quem a deixar por despre- giosos, e mais'pe soas obrigada~ a
zo, ou vontade pecca, ibidem. guardarem-na, e que penas hal'crao,
Ceremonias da Missa, que se guardem os que o no fizerem, n.12~3,~~eqq.
s as que a Igreja tem approvado, e Cessaco li Divi-nls, a ql.le reslltu1ao. fi:
no ontras, n 333. ca bl'igado quem a puzer sem JC~III
Ceremonias daMissa, como, e por quem ma CRU a, e lambem oque paria )I~~O
de\'e ser examinado deHas o que a a (1ee, n .....................:.bJo
houver de dizer no\'a, 11. .' 2/~!j. Chal'es UO label'llaCulo do SanlJSs lm
DO ARCEBISPADO DA B.illlA. 451
Sacramento no se entreguem a pes- tiverem confessado, e com que penas,
soa leiga em quinla feira maior para n. . . . .. ... . 160.
a ler al dia de Paschoa, n .... 96. Cirurgies, e Medicos sob pena de ex-
Cllri ma Sacramenlo da Confirmaco communbo maior, e de dez cruza-
qual seja a sua materia, frma, e Mi- dos no aconselhem ao enfermo por
nisll'o, e quaes seus eITllitos, n .. 76. respeito da saude do corpo, cousa que
Chri ma, quem por de prezo o no re- seja perigosa alma, n 161.
ceber pecca mortalmente, ibidem. Cirurgies, que os Clerigos no exerci-
Chrisma. quem houver de o receber, tem o seu olicio, n 477.
que idade, preparao, e requisitos Citaes, que ninguem as faa a pessoas
deve ter, e at que tempo assistir na EcclesiasLicas para diantc de Juizes
Igreja, n ................... 77. secularcs, e com que penas, n. 647,
Chri ma, a quem se no adminislrar, e seqq.
ibidcm. Citae ,que ninguem obrigue aos Cle-
Chrisma, havendo duvida se um sugei- rigos a fazeI-as, salvo em um caso
10 o lem j recebido, como se proce- particular, n ................ 672.
der nes e caso, n 78. Citaces por quem se deYiio fazer s
Chrisma quando se receber, pde se nel- pe's oas nobres, n 674.
le mudar o nome, que fora posto no Cilacs a Clerigos, como, em qu~ tem-
Bapti mo, ibidclIl. po, e por quem devem ser feltas, e
Chri ma havendo- e de adminislrar cm em que lugares se no podero fazer,
alguma Freauezia, que dela o Paro- n 675, eseqq.
cbo anlecedenlemente fazer cerca Citaes, que se no fao no tempo da
de te Sacramento, ibidem. Quaresma, aos que tiverem Cura de
Chrima quando po o os subdilos desle alma, salvo nos crimes em que fo-
Arcebi pado receber este Sacramento rem Ros, n 67, e seqq.
da mo de oulro Bispo, ibidem. Clausura do Iosteiro de Freiras, a
Chri ma, que padrinllOs sero admitti- quem pertena fazeI-a guardar. Vi-
dos no receber deste Sacramento, que dc vCl'bwn l\iosteiro dc l?reiras.
idade e requi ilos lero, e que su- Clerigos nem dil'cclc, nem indil'eclc,
geitos no podero ser padrinhos, recebo cousa alguma por adminis-
n " , 79. trarem os Sacramenlo, e fazendo o
Chrisma quanlos afilbados poder apre- contrario, que penas havero, n. 31.
sentar neHe o padrinllo seeulal', e Clerigos, como podero receber as es-
quanto o Clerigo de Ordens Sacra, moIas, e olrerla quese lhes devem, e
e como os apresentar, n SO. de que meios devem usar para as que
Chrismu, que parenlesco espiritual e e lhes deverem, ibidcm.
contrahe ne e Sacramento, e enlre Clerigos rle Ordens Sacras, ou Menores,
que pessoas, ibid m. que penas havero, quando pOl' culpa
Chri mado como se de,ito f.ner delIes rlelles fallecer alguem sem Baptismo,
os as enlos no liHo do llaptismo n " 63.
n , 8t. Clerigos quando celebrarem, derem
Cllrismado , ou sejo de fra do Arce- commUD!!ar em ambas as cspecies, e
bi pado ou de outra Frrauezia, no quando no celebrarem, e commun-
e lando presente o seu Parocbo, ou garem, o fao debaixo de uma s,
outro Sacerdote em seu lu"ar, deve o n , 89.
Parocllo da Freguezia em que se Clerigos de :Missa, quando devo cele-
chri mo fazer os a enlos dellcs, brar, c confessar-se e quando os de-
n , 82. mais dcvo receber a Sagrada :En-
Chri mado , quando em alguma Fre- charistia n ,., , .91 .
..uczias hom'er pc oa, que o no se- Clerigos quando houverem de receber
JUo, derem o Parochos informar aos a Sagrada Eucharistia, como devflo
Vi itadorcs na Yisitaces, ibidcl1I. chq;-ar mesada Communho, n. 98.
Cbri t Doutrina. nde vcrllm Doulri- Cleri""o , que admiuistrarcm a sagrada
na Cbri l. Eucharislia fra da frma do Rilul
Chri to que adorao se lhe dera e Romano, e dada na Constituio, que
sua lma"ens, e sua Cruz. Vide penas 113vcro, 11 " 100.
.t'crbum Adoraco. Clerigos de "lissa que nena con agra-
C1rurair e medicos como de\,o ad- r m al<>l1ma partculas, para depois
moe lar aos doente que curarem, o Parocho as administrar, ou reco-
que e conre sem. e deixar de curar lher, como enlo se havero, n.. 10 I.
aos que ao tere iro dia da cura se no Clerigos, cumo eH s de,-o levar o cur-
-1.32 IXDICE DA CO~STlTULES
poraes, quando se for administrar a ;Ilem da excommunhoem que incur-
Sagrilda Eueharistia a algum enf '1'- re, seja rcmeuido ao San lo Ollicio,
mo em sua ca a, n ........... 102. n ........................ 297.
Clerigos, que administrarem a agl'ada Cl~ri"o~, que prel?araiio _e disposio
Eucharistia a pessoa alguma anLes de lntcnor, e extenor Jevao ter anle
ser manhi, o ainda na noite de Na- que digo l\lissa, e que oraes dcvo
tal, que penas havero, n 1 i 1. dizer antes, e depuis del1a, 11. 32,
Clorigos, que se eonfessem de joelbos, e e seqq.
niio em p, ou rel'estidos, e que pc- Clerigos, como se ha verio nas Sacri lias
lias tem a sim estes, como os Confes- depois de revestidos para dizerem
sor ,que de outm sorte o fizerem, Missa, n 331,e332.
n ......................... 1 J 6. Clerigos, que na Mis a no lIsem de ou
Clerigos, como devo assistir nas Igr - tras ceremon ia , seno smcnle dns
jas cm que estiver o enbor expo to, que a 1.... Ieja I m approl'ado, n...333
e no dia de quinla fcim maior, e 307.
u '116,e117. Clerigos, no dio-o lissa de Ollicio no-
Clcrigos de lIJ issa, que Confessores po- yo di' algnm Sallto ou frsta, sem li
deriio escolher para si, e de que casos cena, e approvao ApOslolica, ou
podero, ou uo ser ausollos n. 138. do lJrelado, n 33\..
Clerigos, como pdem sei' eleitos pelos Clerio-os oa ~lissa nio digo mais Orn-
J}arochos, para escreverem no Sum- e , ou, Collectas, qu as que man-
mario, que fizerem de vilct, et mori- do dizer as rubricas, e folhinha da
bus dos oJ'denandos, 11 227. B.eza, n 33t
Clcrigos no pdem alheiarpornen-uma Clerigos nio digo l\lissa em .\coliIO, e
via o patrimonio, a cujo tilu lo faro dilas yelIas accesas, ilJidclIl.
ol'l)cnados sem licena do Prelado, Cleri ....os Reo-olare 110mcem na collcc-
n 228, e seqq. las da lissa o nome do euhor Arl'c,
Clerigos, que se ordenarem de Ordens bi po que existir, n 335.
Sacras sem patrimonio, ou titulo al- Clerigos no digo 1\Iissa anles de rom-
gum, ou sendo falso, e simulado, que per a manh, nem depois elo meio dia,
peuas bal'ero, li 2::13. fra das exceptuadas na Constituio,
Clerigas que quizcrcm dizer Missa no- n . . . . . . . . . . . .. .. . ... 336 e 337.
va, deyem lirar licenca, e ser exami- Clerio-os no cligo lissa rra das Jg~(:
nados, e o qLle sem eila a disser, quo ja., nem nas que estiverem interdlc-
penas h,l\'er, n 2H. tas, violadas, ou pollutas ou em Ora-
Clcrigos ele fra do Arcebispado, uo lodo, ou Capclla, que no cstivrr
sejlio admillidos a celebrar neste, approyada, e com que penas, n. 33.8.
nem a eKm'eitar suas Ordell em di- Clerigo de ~Ii sa Hiio pclemtJizcr maiS,
missoria, c o que fizer o contrario, e o que uma s em cada dia, c COlllque
que o consentir, que penas huyero pena n 339.
n 245, Clerigo de.\I issa podero dizer trC no
Clcrigos de Menores como sero appli- dia de "ataI, n 3W.
cado , e deputados ao seryio de al- Cl rigos de Jissa, que a no digiio em
guma Igreja, e devo traler habito, sexta (eira maior, e com que pcnns,
e IOllsura, n jH6. Il . , . . . . . . . . . . . . . . . 3~1.
Clerigos, mandando-os o Provisor cha- Clerigos de III issa, pela rezada, e cant~
maI' para assistirem ii beneo elos San- da que disserem, que e mola, e e II'
tos Oleos, como os POdCl: obrigar a pendio se Ih s de"a L1;lr, n ...... 3H.
i 50, n 250. Clerigos de Missa, pela de defuntos, que
Clcrigos, que \Is<\rem dos Santos Oleos disserem a quem chamamos dc.cor-
v('lho , depois de lhes serelll chega- po pre enle, que e mola e lhes dera
dos os nol'o , corno sejo castigados, dar, lJidcm. .
JI . , 2i2. CIL'rigos ptlcm pedir a smola da ~I~
CICI'igos, quP. Yicrem Se" em busca dos sa, e ped indo-a maior, das que v~,o
Santos Oleos, que os levem com mui- laxadas, que penas havero, n. 3~J.,
lo resguardo, e certido do Pi,rlre Clel'igos cIo ~Iis ii poderllo celehrar pOI
Cura, 11 ..... 256. menos esmola das lilXilllas, ou poc
Clerio-o, como s o quc fi]!' Saccrdote nem-u.ma, e querendo-il?s lici,s 10:
loel r a si til' ao Matriruouio, pre- lunlanall1rnte dilr al'Olltapdilllao se
cedendo a lic'J1a de quem Ih'a pcle impede, ilJidclI1.
dar, n ~D3. Clcl'igos a nao digi auticipallilll1rnlC
Clerigo de OnlellS Sacras, que se ca ar, pur quem primciro ol1'erecer a eslll O-
DO ARCEBISPADO DA BAIlI!. 453
la, nem POI' duas, ou mais esmolas Clerigos, que no andarem com coroa,
uma s Missa, H.. , , 347. e tonsura, como se lhes ordena, que
Clerigos de Missa no mandem dizer penas havero, II 452.
ouLras por menos esmola, da que ti- Clerigos in minm'iblls, que gozarcm do
verem receh ido, ibidem. privilegio Clcrical, e no lrouxerem
Clerigos de Missa no as pdem reduzir tonsura, e cora, como se proceder
a menor numero por ser menos con- contra eHes, n ............... 453.
gruenle a esmola aceilada, ou por Clerigos in mi1101'ibllS, que gozarem do
esla crescer depois do. Legado deLxa- privilegio Clerical, commellendo al-
do, em quanto durar a quanlia, por- gum deliclo, se ao tempo da prizo,
que se obrigro, n 348. ou citao forem achados sem habito,
Clerigos de Missa, que se obrigro a e tonsura, nesse caso no gozem do
dizer Missas por menos esmola, que privilegio, ibidem.
a laxada, como sejo obrigados a di- Clerigos, como lhes seja prohibido o tra-
zeI-as, poslo que fiquem com e mola zerem armas oifcnsivas, e defensivas,
meno compelenle, n, 349. n J~5!L
Clerigos de Missa Ho aceilem penhores Clerigos, que tiverem causa, e necessi-
para segurana da esmola, e devendo- dade para trazerem armas, a quem
se-lhes a qucm recorrer, n .... 350. devo pcdir licena, e como se lhes
Clerigos de Missa no aceitem mais das concedcr, n. . . . . .. . "55.
que puderem dizer em tres mezes, CleriO'os, de que armas pdem usar ca-
IJ '" 354. minhando, ibidem.
Clerigos de Missa, que a tiverem quo- Clerigos, que lrouxerem armas oifensi-
tidiana, no pdem aceilar mais Missa vas, ou defensivas, que pcnas havero,
alguma, ibidaln. ibidem.
Clerigos de Missa, que tomarem mais Clerigos, que trouxerem armas de fogo
das que lhes so permiltidas, como se dc menos de quatro palmos, e dellas
procedera contra eUcs, n..... 355.. usarem, que penas havero, D.... 456
Clerigos de Missa, gue tiverem quoti- Clerigos, quc se acharem de noile, ou
diana, ao menos um dia cada mez a de dia com plas de chumbo, ou de
d igo de defun los, n 357. oulra maleria, ou com adagas, pu-
CI rigos de Missa, com que Calix, e 01'- nhaes, ou facas defesas, como s ro
namenlos devo celebrar, n .... 360. castigados, n l~57.
Clerigos de Missa, que celebrarem sem Clerigos, como as suas ('<, as no poder
os ornamenlos, que se requerem, que ir o Meirinho a lluscar-111es armas,
pena havero, II 36'1. nu lendo para i. so ordem do Supe-
Clerigo , que se ausenlarem desle Arce- rior, ibidcm.
bispado, o no fao sem dimissoria Clerigos no podem andar depois decor-
e com que penas, n , 364. rido o sino, e achando-as o Meiri-
Clerigos de que frutos, novidades, e nho delles os leve ao Viga rio geral,
propriedades devo pagar dizimos, e como sero castigados, n ..... 459,
n , ............ 426. Clerigos sendo achados com armas, e
Clerigos, que obrigao tenho de ive- vestidos cu rlos, e no Clericaes, que
rem honestamenle, n ... 438, e 439. penas havero, n " l~60.
ClerieTOS, de que trajes, e ve tidos po- Clerigos, que andarem em alardos, en-
dCl'o usar, e quaes lhes sejo prohi- camizadas, ou ouLros scmelhantes
bidos, n 441, e seqq. ajuntamentos, que penas haveriio,
Clcrigos, qLle tiverem gros de Douto- n l~61,
res, ou IJicenciados, podero lrazer ClerieTos, que andarem de noile 'depois
um stJ auel, e como O devem tirar, do sino corrido com armas, ou sem
quando disserem Missa, n. , .... 446. habito Clerical, podem ser prezos pe-
Clerigo assim de Orden Sacras, como la JII licas seculares, e remcllidos
de .l\lcnore, que usarem de outros logo ao \/igario geral, ou da Vara,
traje. e vestidos fra dos expressados, n ' '" .'........ . l~62,
que penas havero, n.... 448 e 4,4,9. Clerigos no pdem ser prezos pelas J ns-
C\ rigo, quem o no for ao menos de al- lias seculares, sendo achados depois
gum grito de ordens Menores, no
d corriclo sino, sem armas, e com
pode andar em habito Clcrical, e com habito Clerical, n 463.
que pena, 11. ,450, Clcri"Os no como, nem bebo na ta-
Cleri"Os del'cm lrazcI' coroa, os ca- vcruas, . e 'lalagens, c ca as publicas
bollos cortados; e ell1 q uc frllla, scm Jle'p idade" e com que pessoas
n 451. no estaro mesa, II ... 46[~.
57
INDICE DAS CONSTITUIES
Clerigos destemperados no comer, ou de que haja m suspeila, TI 484.
beber, de sorte, que se torvem do jui- Clerigos no ensinem a ler, cantar, ou
zo, que penas haverio, n ... .461). o o tanger mulher alguma sem licem:a do
Clerigos no fao banquetes, ou vodas Prelado, ou Provisor, e com que pe-
illicilas, salvo semlo de seus parentes, nas, n . o o o o o 485.
o o' o

c nas licitas se hajo com gravidade, e Clerigos, como se lhes prohiba o fl'C-
modestia, n. o .1~66.
o o o o o o quentarem Mostcil'OS de l?reiras, e
Clel'igos no entrem em comedias, fes- com que penas, n o. o 486. o .....

tas, jogos publicas, danas, bailes, ou Clerigos, como, e em que frma devem
semelhantes festas, nem andem mas- ir acompanhar a procisso do Corpo
carados, e com que penas, n. 0467. o de Deos, e com que penas, n... 498.
Clerigos, que jogos lhes sejo prohibi- Clerigos de ordens Sacras, e Beneficiados
dos, e quaes permittidos, e com que so obrigados a rezarem o Omeio Di-
pessoas, e a que parte no devo ir vino, e os que a isso faltarem, alem do
jogar, e com que penas, n.. Ml8 e469. peccado que oommettem, o que per-
Clcrigos, que derem casa de jogo, ou ta- dem sendo Beneficiados, n. 504 e 505.
bolagem, como sero castigados, n. CIerigos de Ordens Sacras, ou Benefi-
170 e 102[~, e seq,q. ciados que deixarem de rezar o OlIicio
Clerigos, como lhes sejo prohibidos Divino, que penas havero, e como se
oflicios seculares, e quaes sejo os ex- proceder con tra os Beneficiados,
ceptuados, n 471. n ... o o" o.' o'
o" 1)06 e 507.
o' o

Clerigos llo sejo Advogados, ou Pro- CIerigos devem recitar o Officio Divi-
curadores em auditorio secular, sal- no conforme o Breviario Romano,
vo nos casos expressados, n... 472 e n .. o.. o, oo0'0 o 0'0 .508.
o , , o" o

473. Clerigos sendo contumazes em rezarem


C\erigos no podem ser testemunhas em o Orncio Divino no sero providos
Juizo secular sem licenca do Prelado em Beneficios, 011 Coadjutoria cm
in sCl'iptis, n.. o .474..
o : o o o o quanto no constar da sua emenda,
Clerigos nas causas, que por direito p- n. o" o oo o" . oo.. oo. ooo.509.
o o o

dem litigar nos auditorios seculares, CIerigos que rezarem no Coro da S,


que juramento podero dar sem ser com que quietao, elevao, e habito
Ilecessaria licena, D.... 4.71). o devo rezar, e estar nelle, n .... 510.
Clerigos, que no Juizo secular forem tes- CIerigos, como se haveriio quando no
temunhas sem licena do Prelado, ou tempo da Missa, e Officios Divino,
nelle jurarem fra dos casos expressa- que celebrarem, quizerem assistir a
dos que penas havero, 476. elles algumas pessoas excofiUlunga-
Clel'igos no usem do omcio de Medico, das, ou nemeadamente interdiclas,
ou Cirurgio, ou Barbeiro, e com que n .. o. . . .. . ... o.. o... 602 eseqq.
penas, D. o o o !~77.
o o o , Clerigos no pdern seI' prezas pela Jus-
Clerigos no exercitem omcio mecanico, tia secular, salvo em Oagrante de-
ou vil, ainda que seja em sua propria licto, e o que ento se obrara n.. 646.
fazenda, e com que penas, n .... 478. Clerigos, niuguem os eleve citar, ou de-
Clerigos no occupem omcio, nem car- mandar perante os Juizes seculares,
go em servio de pessoas seculares, e com que penas, n .... o647, e se.qq.
ainda que sejo Principes, ou Infan- Clerigos, que os Ministros, e OffiClacs
tes, no J~79. da Justica secular lhes no penhorem
Clerigos, que servirem de Capelles de os seus bens, nem a esse fim lhes en-
pessoas seculares no os acompanhem, trem em casa, no. oo... o.6?2. o

Dem asisto em frma de criados, e Clerigos, que estejo pela pragmatlCa,


com que penas, n .. 480.
o o' ou taxa dos mantimentos, qU<lDdo S.
Clerigos no sejo tralantes, rendeiros, Magestade o ordenar, n. oo..... 657.
mercallores, nem fiadores, por inte- Clerigos, quanClo devo, ou no pagar
resse, ou ganho, e com que penas, tributos, ou fintas postas ~or secula-
no o o o' o ... o..
o o' /~82. o" res, n. o 658, eseqq.
Clerigos nflo tenho em seu servio mu- Clerigos, que se lhes tenha o devido re~
lher de menos de 1)0 annos de idade, peito, e como devo ser reprehend~
nem outra alguma de que haja ruim dos, e tratados dos Ministros, e OffiCl-
suspeita, e com que penas, n .... 483. aes do Juizo, n 662, e S~qq
o

Clerigos, que viverem de porta a dentro CIerigos, como devo cOl'l'esp~nder aal-
com sua l\f.i, Irms, Sobrinhas, Tias, tissima dignidade que logrou, cO~3
e Primas no consinto que ellas te- bom procedimento, il 6 .-
nho em seu servio D1ulhd'cS moas, Ckrigos, as injurias que lhes forem fel-
DO ARCEBI PADO D BAUI. .
tas scjo havidas por 3 trozes, n .. 667. Clerigos no canLem, nem rezem nas
Clerigos, que os seus as i!mallos, e pro- casas dos defuntos por modo de com-
curaes tenho fora de escriptura IDunidade, fora da encomendao,
puhliea, n " 668. salvo se for o defunto Bispo, n.. 825.
Clerigos no sejo prezos, ou excom- Clerigos, quaes devo ser chamados
mungados por dividas civeis, e como pelos Parochos, assim para os enLer-
se proceder nestecaso, n 669. ros, como para as exequias, n .. 826.
Clerigos podem ser pre os por dividas Clerigos defuntos como sero levados
que procedem de delicto, ou quasi sepultar, ................... 827.
delicto, n ................ 670. Clerigos seculares, ou Regulares que
Cleriaos no podem ser constrangidos induzirem a pessoa alguma a que ele-
a fazerem citaes, ou notificaes, ja sepultura nas suas Igrejas ou Mos-
salvo cm algum caso particular, teiros, ou que no mude da que ti-
n ...................... 672. ver escolhido, que pena incorrem,
CI C1'igos, como, e por quem devem ser n ..................... 81~6.
citados, e em que tempo, e occasies Clerigo de Ordens Sacras, que der se-
o no podero ser, n 674, pultura Ecde iastica aus que por di-
e eqq. reito a devia negar, que penas incor-
Cl~rigos, que liverem Cura de almas re, D 858.
no se proceda nos seus feitos na Clerigos, que commetterem o crime de
Quare ma, salvo nos feitos crimes blaslcmia, como sero castigados,
cm que forem Uos, n 677, n ...... " .......... 89J.
e seqq. Clerigos, que tiverem pacto com o De-
Clerigos, quae delles gozo a homena- monio, ou usarem de feitiarias, ou
gem, e em que casos, n 679. lerem livros dellas, ou consultarem
Clerigos, porque crimes podero ser feiticeiros, que penas havero, n. 896,
presos nas cadeas publicas, e que os e seqq.
carcereiros lhes dem lorlo o bom tra- Clerigos sendo culpados por Simonia-
Lamento, n 681. I:OS, logo fico impedidos para usa-
Clerigos presos por crime, no sejo rem de sua Ordens, n 905.
embargados por divida civel, n .. 682 Clerigo reincidindo no crime de Simo-
Clerigos, como se havero no fazer nia, como sero castigados. n... 913.
guardar a immunidade Ecclesiastica Clerigos, quem neIles puzer mos vio-
aos delinquentes, que se acoularem lentas, corno ser castigado, n ... !H5
Jareja, n 772, e 773. Clerigos que commetlerem os crimes
Clerigos, e Beneficiados como podem de Sacrilegio apontados nesta Cons-
te tal' livremente de seus bens, ainda Lituio, que penas havero, n.919.
que scjo adquiridos por razo de Clerigos que jurarem falso cm Juizo,
Suas Jgrejas, e Benefieios, n..... 774, que penas harero, n ... 921, e seqq.
e seqq. Clerigos que jurarem falso, ainda que
Clel'iaos, que no deixarem dispor aos no seja em Juizo, que penas have-
Te tadores de seus bens ljvremente, ro, n.............. 930, e seqq.
enganando-os, que penas incorrem, Clerigos que fal ificarem Provises,
n 782. despachos, e outros papeis, e livros
Cleriaos como e llavero no fazer dos publicos, e judiciaes, como sero cas-
tcstamen Los daqueIlas pessoas, que tigados, n ..... '" ... 933, e seqq.
para esse fim os chamarem, n... 783, Clerigos que se ve tirem em trajes ele
cseqq. secular, que penas havero, n.. 938.
Clel'igo no pa em quitaes anlici- Cleri170s que se vestirem em trajes de
palias de ri a, e mais suITragios, mulh r que penas havero, n...939.
em com eITeito e tarem cumpridos Clcrigos que commetlerem o crime ria
e com que pena n 8 6. usura, ou onzena, que p na havel'iiu,
Cleriaos no entenem defunto algum n !H.3, e seqq.
sem ser encommendado, e acompan- Clerigos que commetterem o crime de
hado pelo Parocho n 815. hestialidade como se proceder con-
Cleri"OS quando podero encommendar, tra elles, n 961.
acompanhar, e enterrar os defuntos Cleriaos comprehendidos no peccado da
sem a ist ncia do Parocho, iirlcm. mollicie, como sero ca tigados,
Clerigos, que nos acompanhamentos n 965.
dos d funlo ti erem vela, a levl'm CI ri~os denunciado por :ldullel'Os,
<lcosa, e lhes a si to at ficarl'm ~e- coml'~ proc cler contra elles, c (file
pultados, n 82~. pena navel'iio II...... !:J66, e scqq.
456 INDICE DAS CONSTITUIES
Clerigos comprchendidos no crime de Clerigos no retenho 05 bens, que os
incesto, como sero castigados, defuntos depositaro em suas mos
n ................. 969, e seqq. para se restituirem, c com que pena,
Clerigos que commeLterem o crime de n 1023.
estupro, ou rapto, ou derem ajuda pa- Clerigo que exercitar Ordem, estando
ra elIe, como sero castigados, delIa suspensos, incorre cm irregula-
n ........... 976, e seqq. dade, n ................... 1196.
Clerigos que commetterem o crime de Clerigo que incorrer em suspellso, ain-
estupro, ou rapto, no se lhes passe da que no esteja deelnrado, tem
carta de seguro, e s dando penhores ob igao de se abster de tudo o que
se podero livrar como seguros, por ena lhe prohibido, n .... 1198
n ................... 978. Clerigo suspenso, e por tnI declarado,
Clerigos infamados de concuhinados pde administrar o Sacramento da
sem outros indicios, ou com os que l'eniLencia no artigo da morte, ibi-
no bastem, como se proceder en- demo
to, n ................ 988 e 999 Clel'igos, alem do peecado que commel-
Clerigos Beneficiados concubinados, tem, seno guardarem o interdicto
como se proceder contra elles, quando se puzer, que penas havero,
n . . . . . . . . ...... 994, e seqq. n ....................... 1239.
Clerigos que no tiverem Beneficias, e Clerigo que estiver eelebrand, c nesse
forem concubinados, como se proce- tempo se violar a Igreja, como se ha-
der contra elles, n..... 997, e seqq. ver, n .................... 1278.
Clerigos incontinentes, escandalosos, c Clerigos acerca da administrao do Sa-
fOI'r1carios, como se proceder contra cramento da Extrema Uno, Vide
eHes, n .................. 100i. ver bum Extrema Unco.
Clcrigos que matarem, ferirem, ou es- Clerigos, acerca dos qu pdem, ou no
pancarem a outrem, como sero cas- assistir ao l\Iatrimonio, e ao mais a
tigados, n ........ 1006, e seqq. elle pertencente, Vide vel"bU1n Matri-
Clerigos que concorrerem com ajuda, ou monio.
conselho para se eommetter, algum Clero, ou estado Eeclesiastico, contra
homicidio, como sero castigados, ene se no fao leis, Estatutos, ou
n .. : ................... 1007. Acordos, e os ja feitos se revoguem,
Clerigos que commetterem homicidio e com que penas, n ..... 653, e seqq.
voluutario incorrem em irregularida- Coadjutores, que sufficienca, e quali-
de reservada a Sua Santitade, n. 1008. dade ho de ter, n 526, e seqq.
Clerigo que ferir, ou espancar a outrem Coadjutores, que exame se lhes devefa-
na Igreja, ou fra della, ou nos Pa- zer para o erem, e como de tres em
cos do Senhor Arcebispo, ou sua tres annos sero examina los, n.. 527.
porta, ou de seus Ministros, ou por Coacljutores devem ser apresentados
obra em algum desses lugares afron- at o ultimo de Julho para servirem
tar, ou injuriaI' a alguem, como ser at outro tal dia, c a sim se lhes pas-
castigado, n ........ 1010, e seqq. saro as cartas, ibidem.
Clerigo que arrancar, ou apontnr com Coadjutorcs, os qne o houverem de ser
alguma arma contra alguem, aindn que documentos devo aprese~t~r, e
que com ella no m:lle, ou fira, como que pes ons no ero admlllldas,
ser castigado, n 1011 n ..... '" ..... 528, e 529.
Clerigo que fizer desnfio, ou o aceitar, Coarljutores, qne servirem som carta
ou delle for medianeiro, e por. qual- passada prla chanc Ilaria, 011 contra
qner via intervier nisso, ou para esse n rrma da Consti tuio que penas
eITeito se preparar, que penas have- h verRO, n : .?30.
ro, n 10M.. Coadj u tores, no o sejo RehglOSOS
Clerigo que fizer resisteneia aos Minis- Mendicantes, n '" 5~1.
tros, e Omeiaes Eeclesiasticos, ou do Coadjutores para que o sejo, podera o
poder delles tirar presos, que penas Provisor obrigar a qualquer Sacer-
haver, n ................. 1018. elo te, n ' 533.
Clerigo, que oll'ender, ou injuriar al- Coadjutores, de todos elles lenha.~ Pro-
gum Ministro, ou OlJieial Ecclesias- visor um caderno, cm que esteJao .e~
tico, como ser castigado, n... 1019, crilos os seus nomes, e para que, tbl-
e seqq. demo
Clerigos comprehendidos no c.;rime do Coadjulores, servindo com clausula rle
furto, que castigo havero, n .. 1022, que tornem a r. ame d nlro d: ce.rto
~. seqq. t '01pO, como passado esse, e nao nn-
DO ARCEBISPADO DA BAIUA. 457
do, proceder o Provisor contra elIes, Cognao espiritual no a contrahe o
n ...................... 534. marido com a mulher, quando qual-
Coadjutores, a que fim so obrigados a quer delIes em caso de necessidade
fazer em suas Igrejas continua, e pes- baptiza seu filho, n 67.
soal re idencia, n ......... 537. Cognao espil'itual contrahem os pais
r.oadjutores devem viver, e morar den- da criana entre si, quando algum
tl'O nos limites de suas freguezias, e delles a baptizar, ainda em extrema
sendo a Igreja no campo, no fique a necessidade, no sendo os ditos pais
casa distante delIa mais de um quarto casados, ibidcln.
de legoa, n 538. Cognao espiritual se contrahe no Sa-
Coadjutores, so para ajudarem aos Pa- cramento do Chrisma, e entre que
rochas, c no para os livrarem da pessoas, n............ . . . .. ..80.
obrigao Parochial, n 539. Collaes das Igrejas deste Arcellspado,
Coadjutores, aiuda que tenho feito pa- e mais cODC[uistas, pertencem aos 01'-
cto com os Parochos de servirem aos dinarios Ultramarinos, n. 518, e seqq.
dias, ou semanas, nem por isso deixa- Collaes das Igrejas, ou llenelicios,
ro de ser culpados ambos, quando qual deva ser o titulo, e mais requi-
succedcr algum caso por omisso, e sitos para os providos se collarem, e
negligencia de ambos, n MO. poderem tomar posse, n ...... 521.>.
Coadjutores, tendo noticia de alguns ColJecta se diga nas l\lissas, que se no
Estatutos, Acordos, ou leis, contra disserem de Requiem, e os Uegulares
a liberdade EccIesiastica, a quem de- nomeem nella o nome do Senhor Ar-
vem logo dar parte, n ......... 61.>6. cebispo, que existir, n ... 334, e 335.
Coadj utores, nos seus fei tos se no pro- Col1egios no se edifiquem, ou reedifi-
ceda no tempo da Quaresma, salvo quem de novo sem licena do Ordina-
nos crimes em que forem Ros, rio, e com que penas, n....... 683,
n 677, e seqq. Comer nos dias de jejum, quando, que
Coadjutores tenho cuidado de que se manjares, e em que quantidade se po-
no pinte, ou levante Cruz em luga- der, sem se quebrar o jejum, n.402,
res indecentes das suas Freguezias, e seqq.
n ........................ 703. Comer carne na Quaresma probibido,
Coadjutores, a cuja conta estiver o go- e em que dias mais, n 408.
verno das Igrejas, e guarda dos seus Comer carne se pde na sexta feira, ou
bens, os devem ter limpos, e guarda- no Sabbado, cahindo nesss dias o Na-
dos, n 711, e 712. tal, tirados os que por voto em Reli-
Coadjutores no emprestem os moveis gio esto obrigados a jejuar, n. [~O!).
das Igreja, no sendo para outras, ComeI' carne nos dias de peixe no po-
nem se sirvo delles cm usos profa nos, dero os que passarem de sete annos,
n .... " ............. 713, e 714. nem os que passarem de sesseuta,
Cofre, e ambuJa em que estiver a Sagra- ainda que a estes no obrigue o pre-
da Eucharistia no Sacrario, esteja so- ceito de jejuar, TI 410.
bre a pedra de Ara, n ......... 96. Comer lacticinios na Quaresma no se
Cofre em que se houver de expor o San- prohibe onde bouver co tume legiti-
tissimo Sacramento, seja para isso mamente prescripto de os comer, e
destinado, e no de pessoas particu- nos lugares longe dos portos cio mar,
lares, qne se bajo de servir delle, n 41i.
n ...................... 120, Comer nas tavernas, e em semelhantes
Cogna1io espiritual como se contrahe casas prohibido aos Clcrigos, n. 1~64.
, no llaptismo, e entre que pessoas, Comei', e beber nas Igrejas, eseus Adros
n , 65. prohibido, n 71~2.
Cognao espiritual do Baptismo feito Commungar ou Communbo. Vidc VCl'-
c.m 'asa se contrabe entre o que bap- bum ]~ucbaristia.
tl~a, e o baptizado e seu pai, e mi Communidades Ecclesiasticas, ningu m
somente, n 66. lbes usurpe os seus bens, e frutos,
Cognao espiritual no se contrahe en- n 650.
tre os padrinho do Baptismo feito em Commutaces das ultimas vontades dos
casa, l1em com os que depois as istem Testadores por quem se devo fazer,
, ao pr dos Sntos Oleos, ibidem.. n., .................... , ... 809.
Cognao espiritual no a contrahe o Commntaces ias ultimas vontades no
qne toca a criana, como Proclll'ilclor seaceite'm sem tel'em pl'iml'iro vistas,
de outrem, sl'niio aqnclle cm 'ujlJ no- e examinadas pelo Urdinal'io, e com
m, se toca, -ibidcm, que pena II , . . . . . ,810.
lNDICE DAS CONSTITUIES
Compras, e vendas no se fa.1.o nas neste crim""e to pobres, qne no le-
Igrejas, e seus Adros, n ....... 738. nbo por onde pagar a pena pecllllia-
Compras no pdem fazer os testamen- ria, o que se obrara com elle, ibielll.
teiros dos bens dos defuntos, ue quem Concubinato, sendo comprehendido
ficaro por [esta men teiros, n .... 808. nolle algum Clerigo que tiver, ou no
Compromissos das (;onfrarias que fo- BeDeficio como se proceder, n .. 994,
rem, e houverem de ser erectas com e seqq.
autoridade Ecclesiastica, scjo appro- CODcubiDato, contra os culpados neste
vados pelo Ordinario, n ....... 867. crime, ou sajo Ecclesiasticos, ou 50-
Compromissos, e Estatutos das Confra- culares, se pde proceder summaria-
rias, ainda seculares, quando os Visi- mellte, TI 998.
tadores os podero ver, e para que Concursos Vide vel'buln Igrejas Parochi-
n _................. 808. aes, ou Provimento de Igrejas.
Concubina de Clerigo, como ser casti- Comlemnaes, como se faro conlra os
gada, n ............. _..... 1000. que trabalharem os .Domingos, e dias
Concubinato, que jurisdio tem os Pre- Santos, fazeDdo, ou mandando fazer
lados Ecclesiasticos para o castiga- neHes obras de servio, n...... 3i8.
rem, n ... _................ 979. Condemnaes que se fizerem aos que
Concubinato, como se proceder contra trabalbarem DOS dias de preceito, por
os leigos comprehendidos neHe, ou quem devo ser executadas, D.. 388.
sejo casados, ou solteiros, n.... 980, CODdemnados morte por justia, um
e seqq. dia antes de padecerem receho a Sa-
Concubinato, como se proceder contra grada Eucharistia, e quando hajaim-
os que no confessarem a culpa, e pedimeDto, se faa a saber ao Prelado
della no assignarem termo, li .. 983. para acodir a isso, D 90.
Concubinato, como se havero os Visi- Condemnar, ou mnlLar, como, porque
tadores, e Viga rio geral, quando os cousas, e at que quaDtia o podero
culpados nelle no quizerem fazer fazer os Parochos a seus (reguezes,
termo, e se quizerem livrar, ou nem n ...................... , .. 598.
uma, nem outra cousa quizerem, Conegos, quando, e diante de quem de-
n ................ _._ 984. vo fazer a profiss.o da F, para que
ConcuJJinato, os que nelle forem con- posso vencer os fru tos, n .... , .1~.
demnados por sentena sejo nella ad- CODegos, quaDdo devo celebrar di-
moestados, e passando em cousa jul- zendo Missa, n 91.
gada tem a mesma fora, que se hou- Conegos acompanhem na frma de seus
vera termo assignado, n .985. Estatutos ao Santissimo Sacramento,
Concubinato, como deBe devo fazer quando se for administrar a algum
termo os que o confessarem, e no os enfermo n 102.
que se quizerem livrar, ibiclem. Conegos assisto a beno dos OIeos, e
Concubinato, sendo entre pessoas leigas faltando algum se lhe ponba aquclle
que por esta culpa fossem j tres vezes dia de perca, TI , 2ff9.
admoestadas, se proceda contra ellas Conegos que no acompanharem a pro-
a livramento, e para que, n..... 986. cisso dos Santos Oleos, quando de
Concubinato de fama publica sem mais Jra vierem para a Cathedral, u que
indicios, como ento se proceder, perdero, TI 253,.e soqq.
n 987, e 999. Conegos com que silencio, qUlClaaO,
Concubinato de fama publica com al- altenco e habito devem eslar no
guns indicios, ainda que no sejo os Coro cm' quanto rezo o Omcio Dil'i-
que bastem, como nesse caso se pro- DO, n 510.
ceder, n ....... '. _.. _ 998. ConeO'os devem assistir aos actos de 110n-
Concubinato dos escravos, como se pro- lin~l, que fizer o Senhor Arcebispo
eder nesta culpa, n 989. na Catheural, n 607, oso~q.
Concubinato de mulher casada, como Conegos, quando houverom de ser ~~a
se proceder contra ella, e o delin- dos por quem o sero,n.. 674, e 6/5.
quente, n .................. 990. Conegos que forem eleitos para recebe-
COllcllbinato de mulher solteira tida dores da fahrica das Igrejas, de qu1e
cm boa reputao, como se deve pro- deItem ser advertidos, n 72 .
cedor contra ella, n 991. Conego crue falecer, que sull'l';)gios se
Concubinato, quando os que forem COII- faro por elle na Calhelll'al..n ..866.
prehendidos neste crime quizercm Conezias, a que tempo os pI'lJI'I(I~s nrl:
casar, oque enl.iio se jilril, n .... 992. las deviiu fazei' a prulisso de Fc, e;~
Concubinato. sOllllo os compl'clJellllidos ante uo quem, II . . . . . . . . . . . . . . .
DO ARCEBISPADO 'DA BAHIA. 4.5U
Coufe ados pela obrigao da Quares- ,houverem de ir desobrigar do precei-
ma, corno, quando, e at que tempo to annual aos presos da cadea, n.152.
se fara o rol deUes neste Arcebispado, Confessores, que pela desobriga da Qua-
n .... , ........... 1!14'. resma ouvirem de confisso, e derem
Confessados, quando, e em que frma a communhiio aos vagabundos, e peri-
rcmeLler o Parocho o rol delles, e grinos, dem-lhes escripto disso assi-
como com o mesmo rol vir outro dos gnado,ejurado, n 155.
I1cclarados, e que casLigo haver o Confessores, que approvao, e licena
Paroc!lo, que a isto faltar, n ... 149, liro do Ordinario, para poderem
e 150. eonfessar, n 162, e 168.
Confes ados, o rol delles se deve regis- Confessores regulares para ouvirem con-
tar na Camara Ecelesiastiea, e entre- fisses a seculares, ainda a SacCl'do-
gar-se depois ao Parocho, ficando o tes, que licena, e approvao tero,
rol dos declarados em poder do Es- 11 163.
crivo da Camara, e para que, n. 151. Confessores Uegulares sem approvao
Confessar-se por preceiLo Divino dere do Ordinario no podero coo fessar os
toda a pessoa, que houver de receber penitentes, que forem subditos da-
o Santissimo Sacramento, tendo cons- quelle Bispo, por quem j tiverem sido
ciencia de peceado mortal, n ... 136. approvados, ibidcm.
Confessar-se ele' oiLo em oito dias devem Confessores regulares, ainda sendo ge-
os Sacerdotes, que frequentemente ralmente approvados para confessa-
celcbro, ainda que no tenho cons- rem seculares, nem por isso sem es-
Cil'ocia de peccado mortal, n .... 138. peciallicena podero confessar F rei-
Confessar-se devem os Clerigos de joe- ras, n .................... 164.
lhos, e no em p, nem revestidos, e Confessores, queem uma occasio foro
faUando-se a isso sero castigados e o deputarlos para confessarem Freiras,
penitente, e o Confessor, o .... , 156. passada e1la, no o podero fazer mais,
Coufessar devem mandar os Medicas, e sem no"a licena do Prelado, ibidem.
Cirurgies aos doentes que curarem, Confessores regulares sem licena do
e deixar de curar aos que ao terceiro Ordinario no podero confessar aos
(lia da curase no tiverem confessado, serventes dos Mosteiros, ou Collegios,
alias que penas havero, n ..... 160. que no forem familiares seus, e s a
Confessar no artigo da morte pde o quaes delles o podero fazer, n .. 165.
Clel'igo suspenso, e por tal uecJarado, Confessores, alem do poder da ordem,
li .... _ . . . . . . . . . . . 1198. e jurisdio, que mais requisitos de-
Coufessionarios deve haver em todas as vo ter, n 167.
Igrejas Parochiaes em lugares publi- Confessores, corno, e por quem devo
cas. onde se confessem todos, e com ser examinados, e que diligencias pre-
especialidade as mulheres, n ... 174. cedero cerca da idoneidade, n.168.
Confessionarios, qnem a elIes maliciosa- Confessores, por quanto se lhes dar li-
mente chegar para effeito ue ouvir o cena para conre sarem, e acabada es-'
que se confessa, que penas incorre, la como se lhes conceder outra,
n , 189. ibidem.
Confessor pam poder admini trai' o Sa- Conlessores de mulheres tenbo mais de
cramento da Penitencia "alidamente, quarenta annos de idade, ibidem.
com que coneorrer, e que jurisdio Confessores; no artigo da morte qual-
ter, n, . , ................ " 125. quer Sacerdote o pde ser, e absolvei'
Confessor, porque s o pode ser o Sa- de todos os peecados, e censura, ain-
cerdote, n ".. ..127. da dos reservados, e vivendo o peni-
Confessor, quando o no haja, o que se tente, que obrigao ter, n .... 169.
deve lilzer para se alcancarem os eF- Confessores quando administrarem o
feitos da Confisso, 11 : 128. Sacramento da Penitencia, o que de-
Coure SOl', que approvao bastara que vem considerar, e eom que habito, e
tenha para ouvir de Coufisso aos Sa- compostura estaro, n, 170.
cerdotes, e de que casos os podera Confessores em quanto os penitentes
absolvnr, ou no, n , .. 138. forem confessando us peccarlo , niio
Confes ores, quaes sejo o que podero , lb'os e trallhem; antes os animem, e
~bsolver da excommunho em que para que, n ' 171,
Incurrero aquelles, que por sua cul- Confessores, quando os penitentes niio
pa se confessro nullamellte pelo disserem os llumeros, cspecies, e ci 1'-
pr ccito daJgreja, 11 H,7. cunstancias dos peceados, como se ha-
COllfessores, qUiles uCl'iiu ser os que vero com rUes, j/;idcm.
460 I'NDICE DAS CONSTlTUIOES
Confessores, depois de ouvirem aos pe- n ........................ 183.
nilenles, o que taro, e o que devem Confessores, como se havero com os
advertir acerca de conferir, dilatai', Penitentes, que csto em artigo, ou
ou ne....ara absolvio, n .... 172. perigo de morte, e tem m que Do
Confessores, o que devem considerar acabem a confi so, ou com os que
antes que dem as penitencias, e que perdero a lalla, n. . 18ff.
juizo devem formar pam que sejo Confessorcs, como se havero com ospe-
proporcionadas, II, ' 173. nitentcs, que no artigo, on perigo
Confessores por peccados occullos, ainda de morte perdero o juizo, e no do
que sejo enormes, no dem penilen- signal algum lTIas o drriio anles, n.185.
cias publicas, ibidem. Confe orcs, qual seja o sigillo que de-
Confe sores teollo lico de livros dou- vem guardar das confis es c com
tos, para se saberem haver com os pe- que penas, n 186.
nilentes, ibidcm. Confcssores quanrlo houv rem de soa-
Confessores no ouco de confisso a conselhar com o Prelado, ou seu Pro-
mulheres em luga'res secretos, e reti- visor soure algum caso ouvido na con-
rados, n .................. t74. fisso, ou pratico, como o faro,
Confessores no confessem a pessoa al- n ......................... 187.
gllma fra da Igreja, salvo havendo Confessores, que directa ou indirecta-
justa causa de enfermidade, e obrando mente descobrirem o sigillo, que pe
o contmrio, como sero castigados, nas havero, n , 188.
n 175. Confessores no consintfo, que pessoa
Confessores no imponho aos peniten tes alguma estejajunto aO confessionario,
penitencias pecuniarias para si appli- ou lugar em que estiverem confessan-
cadas, n .................... 176. do, ibidem.
Confessores no recebo dinheiro, ou Confessores, os que maliciosamente se
cousa alguma dos penitente, ainda fingirem no sendo, s a fim de sabe-
que lhe olTereo voluntariamente, rem peceados, em que penas incor-
sob pena de suspeno Dvinis ibid. rem, n .................... .189.
Consfessores, que casos lhes sejo reser- Confessore como se havero nos pu/pi-
vados neste Arcebispado, n. .. 177. tos acerca da rcprehenso dos pecca-
Confessores, que absolverem dos casos dos, u 190.
reservados do Arcebispado sem terem Coufes ores reprehendo nas confisses
licena para isso, que penas havero, o agouros, e superstices queseusa-
n t78. rcm, n .......... : 901
Confessores pdem absolver aos peniten- Con fessore so obrigados a saber, e ler
tes, que tiverem pagos os dizimos o translado das excommunhes da
quando se confessarem, ainda que an- Cea n..................... 1130.
tes os reLiI'essem, n........... 179. Confirmaco do Sacramen to. Vide J'er-
Coufes ores, como se havero com os pe- bum Chrisma.
nitcntes, que ao tempo da confisso Confisso ao menos em cada oito dias, a
tiverem distribuido legitimamente o deycm fazer todos os Sacerdoles, que
alheio, cujo dono se no sabe, no eoslumo dizer Missu empre, ainda
passando a quantia de dous milrcis, que no tenho peccado mortal, 11.91
e se passar, o que se far, ibidem. Confisso, uos que a fazem sumentc de
Confessores absolvo primeiro das cen- anno cm anno, no se de a Sagrada
sur,IS ad oautclam, e depois dos pec- Eucharistia no mesmo dia cm que ~e
cados, n .................. 180. confessarem, e quando se lhes adnu-
Confcs ores a quem for commetLida a nistrar no m smo dia, n 9~.
absol vio de alguma excomunho, ou Confis o annual, que para se desolm-
outra censura reduzida ao foro exte- gar della fizer, ou der escriptos falos,
rior, como se havero, n 18t. e ainda os houver verdadeiros para esse
Con fessorcs escolhidos por virtude da elI'eito com dlo do l'arocho, ou C~n
Bulia, ou de outro privilegio, ou Ju- fessor, que pena tem, n ..... , ... 99.
hi.leo, quaes posso ser, ecomo a al- Confis o acramcntal f<lco todos uS
solvio das censuras p01' elles dada s que no tempo da QuareslDascem uar-
aprovcita no foro int rno, n .... 1 2. carem I ara partes remotas, c COIUO
oJllessores, que cm virtude forem es- se proccder contra os que ubrarc.1Il
colhirlos, de que s poderlo absolver, .. , n
o con t (.1l10, , - . . . . . . .. W.I
e no dispensar, e fazendo o contra- Conlisso em quanto Sacl',lIncnto (a
rio sem authoridade, qu para is u Pl'nitcllcia, o que ndla teJ1I05, c <i~al
lhes de a.BulIa, que penas incorrem, seja a sua importancia para asall'aao.
DO ARCEBISPADO. DA BARIA. 461
n : ..............123. sejo declarados; porm que pena te-
Confissiio quem instituio este Sacramen- ro, e quem a satisfar, n..... 141.
to, c quando. li 124. Confisso annual, que cuidado deviio
Confisso Sacramental para ser valida, ter os Parochos dos de menor idade,
. e fructuosa, que requisitos ha de ha- para os fazerem eumprir com este
\'er, assim da parte do penitente, preceito, n ............. 142.
como do Confessor, n ......... 125. Confisso lIullamente feita por culpa do
Confisso um Sacramento to preciso penitente, no satisfaz ao preceito da
para se perdoarem os peceados com- Igreja, e assim o deve o Parocho ad-
metlidos depois do Baptismo, que de vertir a seus freguezes n .......143.
direito Divino se deve ella fazer, e se Confisso pela desobriga da Quaresma,
no houver copia de confessor, o que eomo a cumprir os que antes da
ento se far, n ............. !8. Quaresma se ausentar de suas Fre-
Confisso Sacramental procede de direito guezias, ou tivero justo impedimen-
Divino, e a fgreja determinou que ao to para se confessarem, e depois tor-
menos se faca uma vez cada anno, naro a ellas; e como neste easo pro-
noo ....... : ........... oo .129. ceder' o Parocho, n....... 146.
Confisso Sacramental, para por ella o Confisso pela desobriga, como a ella
penitente alcanar remisso dos pec- satisfaro os que na Quaresma se au-
cados, que cousas ou actos deve fa- sentro de suas Freguezias, e como
zer, TI 130, e seqq. procedera contra elles o l'arocho.
Conlisso j unta com attrio poem em n .......... , .. 147.
graa ao penitente, ainda que para Confisso annual, os que a no satisfi-
isso no baste a atlrio per si s zer'em passados quinze dias depois de
n .......................... 132. declarados na Dominga do Bom Pas-
Confisso, antes que a ella se chegue, tor, que penas havero, e corno se
que exame proceder, n ...... 133. proceder contra elles, n 148.
Con fisso vocal de todos seus peccados Confisso annual, como, e quando satis-
deve fazer o penitente ao Confessor, faro a ella os presos em cadas pu-
ibidem. blicas, c como os Parochos os devem
Confisso, o penitente que a fizer. deve avisar alguns dias antes, para que se
satisfazer a penitencia, que nella se aparelhem, 1\ 152.
lhe impoz; e posto que no annulle o Confisso annual, quando algum prezo
Sacramento se depois a no cumprir, faltar a ella, sera o Parocho obrigado
com tudo se o fizer maliciosamente, a dar disso conta, antes que o declare.
peecado mortal, e que obrigao ibidem.
lhe fica, n ..... , ........... 134. Confisso annual dos doentes dos Hos-
Confisso de seus peccados, quando seja pitaes, quando ira o Porocho desobri-
um Christiio obrigado a fazei-a por gaI-os della, n 153.
preceito Divino, n 136. Confisso dos vagabundos, como acerca
Confisso, a todos se encommenda que della se havero os Parochos com elles
a fao, no s pela desobriga da na desobriga d\l Quaresma, e com os
Quaresma, e nos easos de necessidade, que depois apparecem, e no mostra-
mas em que festas do armo, n ... 137. rem que tem cumprido com este pre-
Confisso, pedindo-a os freguezes a seus ceito, n .................... 154.
Parochos, estes os ouo ao menos Confisso dos peregrinos, caminhantes,
de oito em oito dias, e nas festas, e tratantes, e officiaes, como se ha\'e-
dias de Jubileo, n ........ , .. 138. ro os Parochos sobre ella na desobri-
Confisso pelo preceito da Quaresma a ga da Quaresma posto que elles tenho
que pessoas obriga, e como, e quando os domicilios em outras Parochias; e
deva ser, e a que Confessores, n.139. corno procedero com os que falta-
Confisso pelo preceito da Quaresma, rem ao preceito, n 155.
quem a elle fallar, que penas incor- Confisso, se fallecer alguma pessoa sem
re, ibidem. ella por culpa, ou negligencia do Pa-
Confisso, quem a no fizer no tempo rocho, como sera castigado, n...158,
determinado pela desobriga da Qua- e 159.
resma, como, e quando ser declara- Confisso, obrigado o Parocho a admi-
do n ...................... 140. nistraI-a a seus Parochianos, ainda
Confisso pela desobriga da Quaresma, que seja com perigo de vida, e em
se a no fizerem a tempo os homens doenas contagiosas, n ...... 159.
menores de quatorze annos, e as mu- Confisso, fallecendo sem ella algum
lhe.res menores de doze, nem por isso enfermo por culpa, e negligencia dos
58
INDICE DA' CONSTITUIES
pessoas que lhe assistirem, como se- VClllOS da Confrarias, aos que de
ro castigadas, ibirlcm. novo en trarem, n, " 873
Confisso, o Sacerdote que sem ser ap- Contas das Confrarias erelas Ilor ordem
provado a ouvir ftJ!'a dus casos permit- Eec1esiastica os Visi tadores as tomem,
tidos por direito, que penas incorrer, n 87(f.
e sendo Regular, como se procedcr, ContcnLIas, ou LIuvidas que se moverem
n , .166. sobre a precedencia lias procisses,
Confisso, ou o Eu peccador, como se como se comporo, II . . . . . . Q,9/i c If9.
deva ensinar, n ti63. Contrahcntes. Vide Verbn. Desposorios,
Confisso da lr. Vide Verbwn. Profis- Esponsaes, Matrimonio.
so da 1"':. Contrio verdadeira, e perfeita qucha
Confrarias que se erigirem com autori- de preceder ao Saeramcnto da Peni-
dade Ecclesiastica, os seus Estatutos, teneia, que cousa seja, e qual o scu
e Compromissos sejo approyados pelo acto, n ................... 131.
Ordinnrio, n " 867. Contriuo perfeita e verdadeira, que
Cnfrarias, que com autoridade Ecclcsi- em~ito causa ainda antes da confisso,
astica, s erigirem, pllcm os Visita- n.. . . . . 132,
dores ver em acto de Visita os seus Contrio, que diU'crena tenha da al-
Estatutos, o Compromissos, sem que triC(lO, ibidelll.
101' isso levem sal rio algum, n .. 8G8. ConLI:io. nde Verbwn. Acto de Cou-
Confrarias do Santissimo Sacramento, tio. . ,
do Nome de JESU$, de NOS)l Senho- Convenes, ou avenas, que pena ha-
ra, e elas Almas do Purgatorio, bem ver o Meirinho Eeclesiastico, que as
que as baja em todas as 19rejas, fizer cOJU os que trabalho nos Do-
n ..................... . 8(W. mingos, e dias S<lnt.os, 1)., ... 3B7.
Confrarias, como os "isitadores toma- Convento de Freiras prohibido aus
r r.ontas clellas, n...... 870, e 87'1. Ecelesiasticos, e secularcs o frequen-
Confrarias, como se elegero cada anno taI-o, e com que penas, n. 486, e487.
os Officiaes para as servirem, n.. 872. Convento de lfreiras. Vide Verb'Um, ~fos
Conli'arias, os Olficiaes d lias dem con- teil'o de Freiras.
ta com entrega aos OJIiciaes novos, Convcrll.os no se edilJqucm de novoscOl
qu entrarem, e como o faro, n. 878. licenco. do Ordinario, e com que pe-
Confl'arias, sem embargo de que os Offi- nas, 1:\ 683.
.ciaes dellas tenho tomado con tas aos Conventos que se hOllverem de edifi-
Thesoureiros, os Visitadores lh'as to- car, que rliligencias precedcro, nules
mem tambem, n 874,. que se lhes conceda para isso licena.
Confrarias, acllando os Visitallores que II 690, c scqq,
lleUas ba alguma obrigao de Mis- Com'en tuaes Missas. Vide Vel'ou/Il. lUis-
sas pelos Confrades vivos, e defuutos, sa.
o que elevem ordenar, n 875. Copias da Doutrina Chrisl so obrign-
Coufrarias das Freguezias, nellas pdl)lll dos os Parochos a mandar fazer, pal'a
. tirar esmolas sem licena, com t.ant.o sc repartirem por casas dos fl'cgllczcS,
- que sejo ereetas com autoridade em ordem a se instruirem nella oses-
Ecclesiastica, n ............. 881. cravos, n ........ , ..... 8, e 578.
Conhocena que consa seja, e como se Cupula, ainda ql1e a bn:ia DOS desposO'
pagar em lugar de dizimas pessoaes, rios, lIem por isso passio esLes a ma-
. n, 4,25. trimonio de prcsente, 11 2.6~ .
ConstuiLies dest.e Arcebispado, que Coro da S, lIelle se reze o omeio DIVI-
pessoas sero obrigadas ateI-as, no, conforme o Breviario l'\01ll II II 0,
11 1310 e seqq. n , 508,
Constituies deste Areebispaclo, qUiles Coro da S, em quanto neUe reznrCl~ llS
sejo as que os Paroellos devem ler Digni lades, Conegos, e Capcllil~s,
a seus Freguezes, e cm que dias, que moelestio., silencio, e allenno
fi 1312, e ~cqq, guardar e como cslarl vestidos,
C;onsulLar feiticeiros, que pcnas incorre il , ~ 5~O,
quem o fizer, 11, 898. Coro ela S', nelle se rezem todos os dlilS
Contas dos testamentos quando se dCl'o asscte Horas Cllnonicas, scm embar-
tomar, n .... '" ...... 792, e seqq. go de qualquer impedimento, ,que
Contas, de quese devo tomar aos d- 11 c'1]"1 '1
1(,' ~
.. 511.
:

minislradores das Cape]Jas, e HOSfli- COl'ua o tonsUL'a, de que os Clcl'lgos ~!C


taos, n 870.0871. vcm IIsar quui SI~.i<I, II : .. t,.iJ~:
r.nnlas, quando as deriio dar us Unkiilcs CorpuJ'<lcs i ara lIeUes se por a Saijraua
DO ARCRBTSPADO DA. BAH.
Euchal'istia, sejio de linho muito fino, menlos aos escrayos rudes, e boacs,
uu de hollanda, n 95. com o fundamcnto da licena, que
COI'pora s del'e lel'ar um Clcrigo, quan- para isso sc lhes permiLte, n 50.
do se for admiuistrar a sagrada .Eu- Curas nas Estaes que fizercm ensinem
charistia a casa de algum enfermo, a seus freguezes a baptisar, e com
n, 102. especialidade s parteiras. n ..... 62.
Corpos dos fieis defuntos sejo sepuILa- Cura da S administre a Sagrada Eu-
dos nas Igrejas, e lugares Sagrados, charistia aos condemnados morte
n, ..... " ................. 843. por Justia, um dia anles de se exe-
Corpos de del'uutos. Vide vcrbwln. De- cutara sentena, elJarendoalgum im-
funtos, ou sepulLuras, pedimento oquefal', n 90.
Correco fraterna qual seja, e em que Cura da S, que certitlo deva pas. ar
casos se del'a usar della, n ..... 10!~7, quando der os Santos Oleos, n .. 256.
e seqq. Cura da S, ou o seu Coadjutor nos Do-
Cortar carne prohibido no tempo da mingos, e dias Santos diga Missa,
Quaresma, n J~12. acabado o offertorio da Conventual,
Cortidores, que no guardarem o Do- ou depois do Sermo bavendo-o, para
mingos, e dias Santos, que pena ha- que os freguezes no fiqnem sem ella,
I'ero, n , 384. n ........................ 358.
Costume, onde o houver legitimamente Curas, que sutnciencia, qual idades
prescrpto, de comer lacticinios na ho de tcr, n 526, e scqq.
Quaresma se guarde, n 411. Cura, que exame se far aos que o hOtl '
OreI' em um s Deos e no mysterio da verem de ser, e como de Lres em tres
SanLissima Trindade, como todos so anno sero examinado, n 1>27.
obrigados, u 1. CUI'as podero servil' com limitao d'
CrCl' devemos, como a segunda Pessoa tempo, para que passado este tornem
da Santissima Trindade, que o Fi- a exame, sem o qua I no podero en-
lho de Deos, se fez Homem para nos to continuar, n 527, e53!~,
remir do peccado, n 2. Curas, os que o houverem de ser que
Crel' devemos firmemente tudo o que documentos del'iio apresentar e que
cr, e ensina a Santa Igreja Catholica, pessoas o no podero ser, n .. 528, e
ibidcm. 529.
Criana l que em casa se baptisou al- Curas que servirem sem carta passada
gmu membro, ou parte do corpo, no pela Chancellaria, ou contra a forma
endo a rabe.1, deve lJaptizar-se snb ela Constituio, que penas hav riio,
cOlldiliollC, n , 60. n .......................... 530.
CI'ianas, acerca do Sacramento do Bap- Curas no o sejo Ueligiusos Mendican-
tismo. Yide varbll-?II. Baptismo. te , n , .. 1>31.
Cruz, que adorao, e cu \to se lhe d Vil ClIl'as anDuas a que fim so obrigados
dar, n, 19. a fazer em suas f O'rejas, e Pa roch ias
CI'Ul, como ir quando no Triduo da continua, e pessoalresidencia, n.1>37.
semana Santa se for administrar a Curas devem viver, e morar dentro nos
SagradaEucharistia a algum enlcrmo, limites de suas Freguezias, e sendo a
n 121. Jgreja no campo. no morem distan-
C"uz, ou imagem della no se levanto, te deBas mais ele quarto de legoa.
nem pinto em lugares immundos, n 1>38.
, n ' , 702. Curas perpetuos, ou temporaes, ainda
Cullo, qual se deva a Deos, a Christo, e que os Parochos os Lenho, nem por
ao Lenho da Santa Cruz, n 19. isso ficiio desobrigados da residencia,
Culto dOl'irl0 'irgem N. Senhora, e administrao dos Sacramentos. per
n.... \ ........ ' ... 20. si a s us freguezes, n ' 1>39.
Culto rloYido aos Anjos, e Santos. n. 21, Curas collados, ou annuaes so obl'iga-
e 27. dos nos Domingos, e dias Santos pr-
Cullo del'ido s Sao'!'adas Reliqnias elos gar a sell frcgllezes, e no tendo para
Santos, n , .....0 , 22, isso sllfficiencia o quc faro, n. 5!~9, e
CnILo. l'ida VCl'fJmn. Adoraco. seqC{.
Cllr~1 , que Sacl'amentos podero admi- Curas em que frma ensinaro a seus
nistrai' aos escravo, quc por causa da I'reguezes a Doutrina Chrlst, e que
Sua grande rndcza no pdeul apren- Oraes mais, ,1 ',' .,. l:is-t, e seC/q.
deI' 11 Doutrina Christ, n 55. CllI'as sio obrigados a ler alguns Capi-
Cllril:~ ~ejiio adyertidos para que nno al1- tulas (la Constituio pertencentes it
IUlIllstl'em com faeiliclarle o Sa ra- 'Doutrina Christ n 550.
464 I~DICE DAS CONSTITUIES
Curas, como inslruir aos escravos, e menlo para se desobrigarem, e vollan-
possoas rudes nos mysteriss da F e d? depois ~ ellas! o.u c'?ssando o impe-
Doutrina Chrisl, n .... 579, e seqq. dimento nao sal1sfJzerao ao preceito,
Curs, como instruir, e examinaro n .................... 146.
aos seus escravos, que se houverem Declarados por excommungados pela
de confessar,n .......... 580. desobriga da Quaresma sero aquelles,
Curas, como inslruir aos escravos que que auseDtando-se no tempo della,
houverem de commungar, n ... 5IH. no cumpriro primeiro com a obri-
Curas, como ensillar aos escravos gao, ou no apresentaro em lem
o Acto de Contl'io, para que mais po habil as certides, que se lhes oro
facilmente o aprendo, n ..... 582. dena, n ................... 147.
Curas, como se havero com os escravos Declarados por excommungados na Do-
rudes moribundos, n ...... 583. minga do Horn Pastor, os que o forem
Curas, con tra elles se no p1'Oceda nas por no satisfazerem ao preceito da
suas causas no tempo da Quaresma, desobriga, se passados depois quinze
salvo nos feitos crimes, em que forem dias continuarem no mesma rebel-
Ros, ou estando presos, n.677, e dia como se proceder conlra elles,
seqq. n ...................... 148.
Curas, quaudo em suas Igrejas se com- Declarados por excpmmnngados: antes
meHer algum sacrilegio, dem logo que o sejo alguns presos das Cadeas,
parte delIe, e cm que frma, n .. 920. por Do se desobrigarem da Quares-
Curas de almas. Vide verbum. Parochos. ma, a quem ser primeiro o Parocho
turas de palavras, ou para e1feito de le- obrigado a (lar parte, D....... 152.
vantar a espinhela, ninguem as pde Declarados por excommungados, os que
fazer sem licena do prelado, e quem o forem, sero escritos pelos Parochos
sem eila as fizer, que penas incorre, nas suas Igrejas, para que todos osai-
n 902. bo, D 1100, e seqq.
r.ustodias, neBas se exponha o Santissi- Declarados. Vide vel'bum. Excommun-
mo Sacramento, ou em cofres para gados.
esse fim destinados, n ......120. Declaratorias, em que tempo se no de-
vo publicar, n ... 1105, eseqq.
D Defensivas armas, nem ainda os Clerl-
gos as podem trazer, e que penas
Dadiva, ou peita a respeito do exame, o havero os que as trouxerem, D.iM,
Ordenando que por si, ou per outrem e seqq.
a der, e Examinador que a receber, Defesas livros eprohido lel-os, ou leI-
que penas havero, n ........ 219. as, e com que penas, n........ 16.
Danas, e bailesdeshonestos so prohi- DefuDtos, no declarando Igrejas,. !m
bibidos nas Igrejas, e' seus Adros, que se digo as Missas, que dCl180,
n 742. onde se devo ento dizer, fi ... 346.
Deceneia, qual seja a com que estaro DefuDtos, como se cumpriro os seus
guardados os ornamentos, Calices, e legados pios, que deixo, e como. se
prata das Igrejas, n ..... 711, e seqq. ho de fazer por eIles os su6'raglOs,
pecencia, quando a no haja nos orna- D 799, e seqq.
mentos por velhos, o que se deva fa- Defuntos, as suas disposies testamen-
zer delle, n ............... 725. tarias no se podem aJlerar, e o que
Decenca, com que se deve tratar a ma- se guardar na declarao dellas, ha-
deira, pedra, e telha das Igrejas, vendo duvida, n ...... SOO, e seqq.
que se desfizerem, n ........ 726. Defuntos, as esmolas que deix!! decla-
Declarados por excommungados, como, radas ~m. se~s testamentos, Ilnos~r
e quando o faro aqueUes, que falta- dem dlmmUlr, n .......... .. , .
rem ao preceito da desobriga, D. 140. Defuntos, os bens, que delles fico, nao
:peclarados pOI' excommungados no se- podem ser comprados pelos !estamen-
ro os homens menores de quatorze teiros, n " .8~8.
annos, nem mulheres menores de doze Defuntos, como se havero os seUS a-
seno cumprirem a tempo com o pre- rochas em os encommendar, c nos en-
ceito da desobriga, porem que pena I 11 es, D. . . . . . . 8.t2, e seqqI
t erros (e
bavera, e quem a pagal', n ... 141. Defuntos, os Parochos dclles os de.vef
Declarados por excommungados, quan- acompaDhar at a sepultura, alO(.a
do o sero aquelles, que se ausenta- sendo fura da Parocbia, e o qlle maiS
ro de suas Frcguezias antes da Qua- se guardal'a no seu acompanh amen
resma, ou lvero nellajuslo impedi- to, n 820.. e seqq
DO ARCEBISPADO DA BAHIA. 465
Defun tos, nas casas onde esti"erem no n ...................... 850.
se lhes reze, ou cante por modo de Defuntos no se desenterrem os seus os-
Communidade fra da encommenda- sos para se trasladarem para outra
o, salvo sendo Bispos, n ..... 825. sepulLura, sem preceder licena, e o
Defuntos Clerigos como del'o ser leva- que o contrario fizer, e o Parocho,
do sepullura, e enterr1!dos, n. 827. que consentir, que penas havero,
Defuntos, que signaes se devo fazer por n ........................ 851.
elles, n 828, e seqq. Defuntos, as sepulturas, que se lhes de-
Defuntos, como se far o assento delles rem, sejo por esmola, e no porven-
no livro, que pa ra isso haver nas da, ou compra, n 854.
Igrejas Parochiaes, n.... J 31, e seqq. Defuntos, sendo sep.ullados nos Adros,
Defuntos, que OlIicios, e lIIissas se devo e Cemiterios das Igrejas, pelas sepul-
dizer, c fazer por elles, c que esmola turas, se no leve cousa alguma,
se dar, n ................ 834. ibidcm.
Defuntos, que morrerem ab inlestado, Defuntos, as sepulturas, que se lhes
e ainda sendo menores, como se lhes derem no sejo perpetuas, salvo ha-
faro os sutrragios, n.... 836, e 837. vendo licena do Prelado, n ..... 855.
Defuntos escravos, que sutrragios lhe Defuntos, quando e como se lhes con-
mandaro dizer seus senhores, n. 838. ceder sepulturas perpetuas, e nas
Defuntos, por elles se no fao Omci- CapelIas maiores, ibidcrn.
os em Domingos, e dias Santos de Defuntos, sendo enterrados em alguma
guarda, n 839. Capella, a metade da esmola, que se
Defuntos, no se lhes fao exequias der pela sepultura, seja para a Igreja
com Sermo, ou armao nas Igrejas Matriz, n 856.
a esse fim, sem preceder licena do Defuntos, a quaes delles se deva negar
Ordinario, n 840. sepulLura EcclesiasLica, n ..... 857.
Defuntos, quando forem enterrados f- Defunto, que se cnterar em sepulLur<1
ra das Igrejas de suas Freguezias, ou Eeclesiastica, devendo-se-Ihe negar,
Ilellas, o que se deva observar a res- que penas incorre a pessoa, que Ih'a
peito das Missas, e Officios, que dei- der, n .................. 858.
xarem, sem declarar onde se digo, Defunto, a pessoa que lhe der sepultura
n 841. na Igreja violada, ou interdicta, que
Defuntos, qundo deixarem Missas com penas incorre, ibidem.
Responsos sobre as suas sepulturas, Defunto, a quem se haja de negar sepul-
quem as diriJ, n..... '" .... 8!~2. tura Ecclesiastica, que diligencias de-
Defuntos, quando forem enterrados na vo preceder n ....... 859, c seqq.
Igreja da Misericordia, a quem per- Defuntos, por elles se fao procisses,
tencem os sulfragios, que deixarem assim na Cathedral, como nas Igrejas
sem determinao de Igreja, ibidcm. Parocbiaes, e quando, e eomo se fa-
Defuntos, sendo fieis Christos, seus ro, n . . . . . . .. .. .... 86 ft, e seqq.
corpos sejo sepultados em Igrejas, e Defunto o Prelado, Dignidades, e Cone-
lugares sagmdoftl, n ....... " .. 843. gos da Se; que officios, e mais suffra-
Defuntos escravos baptizados, niio sen- gios se lhe devo fazer Della, n. 866.
do enterrados em lugares sagrados, Degradao fias Ordens, que cousa seja,
que penas incorrem seus senhores, e eomo diffira da suspeno, n. 1233.
n 84!~. Degradao nilo se pde pr, seno por
Defuntos sejo enterrados na sepullura, crimes muito graves, e em quanto
que escolherem, ou na propria, .se a no chegar a real, e actual, ainda no
tiverem, e o que se observar no tira o foro, e privilegio do Canon,
a tendo propria, nem a elegendo, n ...... " .. , .. 1234.
n ' ............ 845. Degradao chegando a real, e actual,
Defunto sendQ mulhel' casada, que se- fica o que a tiver sugeito Jurisdio
p.ultura ter se a no escolheI', nem secular, ibitlem.
tIver propria, ibidcm. Delinquente, em que Igrejas, e lugares
Defuntos, para elIes se no abriro se- Sagrados gozo da immunidade, para
p.ulluras nas Igrejas, e seus Cemite- os no poderem prender, n. 747 e
1'10s sem preceder licena do Parocho, seqq.
n .................... 849. Delinquentes, quaes delles no gozo da
Defuntos no se desenterrem, ainda a immunidade da Igreja, ainda que se
requerimento de Ministro de Justica, acoutem a clla, n ...... 754, e seqq.
para cITeitos judiciaes, sem licena, Delinquentes, quando se acout<1rem tI
que para isso haja. r. com quI.' penas, Igreja, que frma se ha dI' guardar,
INDICE DAS r.O~STrTUIES
rara se resolver se lhes vale a immu- I'cCJueil'iio para ellas, n 273:
nidadc, 11 . 7G2, e seqq. Denunciaccs matrimoniaes se devem
Dolinqllentes, que se acoutarem Igre- tomar repetir, se depois dc fcitas se
ja, della no scjo tirados, sem pre- dilataI' o casamento dous mezes, sal-
cederem as di I igencias, que neste caso vo havendo licena do Ordinario,
so uecessarias, n 766. n .......................... 27f,.
Delinquentes, em quanto estiverem Denunciaces n'atrimoniaes sc dcrem
acoutados It\"reja, no se lhes deitem acabar tIe fazer, ainda que na primei.
ferros, n m se lhes prohiba o sustrll- ra, ou scgunda haja impcdimenlo,
to, n 767. e liavendo-o como se passar ccrti-
Delinquentes aco~ltados nas Igrejas, do, e a qnem se enviar, n ... .2ii>.
nellas se lhes uo ponho cercos, nem -Denunciaes matrimoniaes, quando a
se fao semelhantes diligencia para ellas sair algum impedimento, ainda
os prenrlerem, n ............ 768. qlie o Parocbo ent 'nda foi posto ma
Delinquentes acoutados Ilas Igrrjas, es- liciosamente, nem por isso assislil'
tcjo honesta, e decentemente, em ao matrimonio, n 276.
quan to nellas assi tirem, n ..... 770. Denunciaes matrimoniaes, quando se
DeI inl/uen tes acoutados I]JS Jgrrjas, no remitlirem, celebrado quesrja o ma
posso estar llellas mais de vinte dias, trimonio, o Parocho ex-officio corra
n 77'1. os banhos, salvo ordenando o Prelado
Delinquentes acoulados nas Igrejas, co- o contrario, e depois de corridos rlara
mo a sua immullidade os faro guar- as bcnos aos casados, n. .. . .. 27'i.
dar os Ministros Ecclesiasticos, e mais Denunciaes matl'imoniaes, quando se
Cleligos, \l ... 772, e 773. remiltirern aos contrahentes, c sem
Delictos em qne no valer a immunida- ellas se receb rem, vivno separados
de da Igreja. Vi ele Vel'bwl1. Immuni- llt se fazerem, e eom qne penas,
daele. ibidcm.
Delictos, quaes scjo os quc induzcm Denunciaes matrimoniaes quando
irregularidadc. Vide VCl'bml1. Irregu- se boaverem de remi tlir, (fllC jus-
laridade. tif1caces, c informaces precedero,
Demanda, ningucm a f<la ii pessoas Ec- n : " 278.
clesiacticas diantc dc Juizes secula- Denuneiaces matl'imoniaes, -no dia em
res, fra dos casos pcrmittidos por que se 'acabar a terceira, e ultima,
direito, e com que penas, n. 6f~7, e nolle se no I'eeebo os contra.hcnlcs,
seqq. salvo precedendo lieenea e em que
Demandados nio scjo os Parochos, ou caso tambeJl1, n ~ 280.
os que tiverem Cura de almas no Dellunciaces matrimoniaes, os que se
tempo da Quaresma, \l. 677, e seqq. casarem sem eUas, on maliciosamenle
Demonio, o qne com elle tiver pacto, para esse eIrei to chamar m, ou cons-
que penas incorrer, n.. 896, e seqq. Ll'Ullg rem o Parocbo, alem da ex
DemOllios, os leigos qne se intromette- communho em que incorrcm, que
rem a querei-os lanar fra dos corpos penas havero, n .281.
humanos, que penas incorrem, n. 902. Denunciaes matrimoniaes, o ParodiO
Denunciaees matrimooiaes devem ser que sem ellas recehcr alguns eonlra-
tres; e c'omo, e em que tempo se fa- hentes, no tendo licena para o fazer,
ro, e que diligencias far o Paroeho que penas haver, como tambem as
antes que as publique, n. 269, e seqq. testemunhas, c mais pessoas, que
Denunciaes maLrimoniacs, que adver- par;) isso coneorrem, e se acharem
tencia haver em )lllIJlical-as, quando presentes, n ; .. 282.
algum dos contrahentes for illegiti- Denunciados ao Trihllllal do Santo Ofi-
mo, n 270. cio devem SOl' os hereges, suspeitos de
Denunciaes matl'imoniaes, dos que heresia, n 886, e scqq.
segunda "ez querem casar, e dos que Denl.1nciardo cI'ime da Simonia, quem
moro em di fl'erenles 1"l'eguezias, ou seja obri"'ado e que penas iJlcol'l'l~
so natul'a.es de uma, e residentes em no o fazeondo,' n " , 9tf~.
outra, como se fariio, e se haver o Denunciar (lo el'ime da USllra derem 05
Parocho 271, e seqq. que delle souberem, n , 9 ~2.
Denunciaces matrimoniaes dos contra- Denunciao do orime da Sodo~;~,
henles, que no Corem natl1l'aes deste como nella se deva proeeder, .n.,9oJ:
;\ rccbispado, ecasarem nelle, ou hou- Denunciaco do peccado da best.Iahdad e
verem residido r(il'a rlellc por ma is es- corno s ,leva Lomar, n !l6~.
pao dc seis mrzcs, qllr ccrtidi('s sr Dcnunci;liio quando se houver de fiaI'
DO ALlCEBlSPADO DA llAllIA. 4Gi.
uu Clerigo, ou leigo que commetlco
allnllcrio, como se huvcr o Yigario
I Provisor, n , 1283.
Dcsenviolar rgreja, que for cOTJ5<1grada,
g ral, n 967. e eqq. ou smente benta, quem, c como o
Dcn'Jnciao como, e ale que tempo deva fazer, n 1281, e seqq.
serao obrigados a dal-a os Ofliciaes Dcsobriga da Quaresma at que teIDro
Ecclesiasticos contra os que lhc re- se extenda, n , . '" " .86.
sistircm, n 1017. Desobriga rIu Quaresma. Vide 'l.'eromlt.
Denunciao prelath'a, qual seja, e Quaresma.
qnanrlo, c em qlle forma se deva fa- Desposados duas vezes com duas mu-
zer, n .............. 104, e seqq. lheres ambas vivas, e no segundo, ou
Denunciao judicial qual seja, e como mais esponsaes tcndo cpula, qne
nelhl se proceder, n 1050, c seqq, penas havero, n 2(i3.
Denunciao de delicto lcye no se acl- Desposados que se casarem por palavras
miLla, n..... . ... ~ ..... 10ii!~. dc presente, que penas tcm, iidC1n.
Denuuciao daua maliciosamentc, que Desposados de futuro, que antes dc se
penas ha,-er o denunciante, n. 1055. receberem em facc da Igreja cohabi-
Denunciao no a pdc o Promotor tlar tarem CGm as esposas, qu penas Ila-
de pessoa, que no esteja infamada; vero, n.................. . 265.
o que no milita sendo outro o de- Desposados de futuro, seus pais, c miiis
nUJlcian te, n , . 1058. os uo consinto estar de portas a c1cn-
Deo, sendo um s, infinito, imrnen- tro, alis que penas hnyero, iidem.
50, sabio, c todo poderoso, neIlc ha Desposoriosde futuro matrimonio, qlle
tres llessoas Di"inas Lotalmente dis- idade se requer para clles, n..... 262.
tintas, equaes sejo, n 1. Desposorios nio ]Jassio em matrimonio
D~os, que cul to, e adorao se lhe deva de presente, ainda que se siga cpula.
riar. Vide vCl'bum. Adoraciio. iidcm.
Deposio dc Ordens,' que cousa seja, Desposorios de futuro, no se requor
e em que defira da suspeno, neIles a presena doParocho, e o que
n 1233. uelles se achar que penas haver,
Deposii.i.o no se pdo pr seno por n . . . . . . . . . . . . .. . 2M.
crimes muiLo graves, e em quanto se Desposorios, ou promessa de casamen-
no chega iI l'eal e actual, no tira o to no se fao havendo impedimento
foro, e pl'ivilcgio do Canon, n. 1234. para casal' seno debaixo de condio,
Desafios quem os fizer, acejtar, ou para se o Papa dispensar, n 266.
elles concorrer com <Jssistencin, ou Desposoritls que s fizerem sem emhar-
con olho, que penas h<Jvcr, n. 1013. go de que haja entre os desposaclos
Desafios, o Clorigo que os fizer, aceitar, impedimento dirimente, qne penas
ou por qualquer via for medianeiro, bavero os qne os celebrarem, e as
ou intervi"r nelles, ou para isso pessoas que a clles assistirem, iidcm.
se preparar, como ser castigado, Dovassas gemes tiradas por Juizes secu-
II ...... '" .. 101/k laros, como se havero estes, so nel-
])esembargadoros Ecclesiasticos devem las for comprohendida alguma pe soa
tratar os Clcrigos com brandura, e Ecclesiastica, n ... '" .. 64"', o seqq.
cortesia, 11 664., c 665. Devassa gera.l, ou especial quando se
Desembargadores Ecclesia ticos, quem pcle, e dm'o fazer, n.... 1056 e scqq.
lho fiz r alguma resistencia, ou lhcs Devassa geral, como se haver o Juiz
tirar preso de sen poder, como ser em a tirar, n 1050, e seqe[.
castigado, n :1015. Dia em que se aca.barde correr o ultimo
Desemhargadores Ecclesiasticos, como banho, nclJe se no rccebo os contra-
s Iluvero com o que lho fizerem hentes, saho precedendo licena, e
alguma ol-rensa, ou injuria, e como em que caso tambem H 280.
sorno estes castigados n. 10 19, e seqq. Dias, quaes sejo os qne os llarochos, e
Desembargadores no pdem perdoar, Capelliies so obrigados declarar ao
on commuLLar penas algumas, nJo povo I1U Estaio, e da Missa os impe-
sendo por via de embargos, n. 1084. dimentos do matrimonio, para dellcs
Desembargadore so obrigados a ter lerem noticia, n 28.
esta COllsti tu irs, n 131 L. Dia, e no noite de\'e ser o tempo em
Desembargadores. Vidcvcl'1/ollL . .Minis-
que se celebrar matrimonio, e os
tros Ecclesiastico . que o cOlltraio fizerem, quc penas
ne.enLenar alfiuJn corpo. qu ]lor essa h,ncro, n 2';9.
C'III,asc violasse a Igreja, lliin se [\0- Dias Sunlns de ~uarda, nellcs se r1e\c
dori\ fazcr selll licclla tlu 1>1' latiu, ou OUI ir J\lissa, 11 366.
468 I~DICE DAS COXSTlT 'lES
Dias, ainda no sendo de preceito, se- Diligencias, que o Provisor, e mais ~li
jo os fieis frequentes em ouvir nelles Distros ecclesiasticos devem fazer accl'-
Missa, Il 370. ca dos patrimonios, n. 230, e seqq.
Dias Santos de preceito, que se de- Diligencias que preceder antes que se
vem guardar neste Arcebispado, passem Reverendas, n 240.
quaes sejo, n ......... , 373. Diligencias que preceder a licena,
Dia em que se festejar o Orago da Igreja que se houver de dar a algum Sacer-
Parochial, se deve guardar, n.... 37<>. dote para dizer Missa Nova, n. 2.H.
Dias Santos de guarda, so obrigados Diligencias que prcceder quando os
os Parochos a declaraI-os a seus fre- Clerigos de menores forem applica-
guezes na Estao, que fizerem aos dos, e deputados ao servio de alguma
Domingos, n ............... 376. Igreja, n 246.
Dias em que ha obrigao de jejuar Diligencia que deve fazer o Parocho an-
quaes sejo, n /1-06. tes de publicar as denunciaes ma-
Dias de jejum de preceito devem os Pa- trimoniaes, n 269.
rochos denunciai-os ao povo, ibidem. Diligencias que prcceder para elTcito
Dias Santos. Vide verbmn. Domingos. de se remitlirem as denunciaces ma-
Diaconos, quando sejo obrigados a com- trimoniaes, n : .. 278.
mungar, n 91. Diligencias que preceder antes que se
Diaconos, que omcio seja o seu, e o que conceda licena para prgar, D. 516.
se alcana por esta Ordem, n.... 216. Diligencias que preceder aos que fo-
Diaconos, os que se houverem de pro- rem providos nas Igrejas Curadas,
mover a esta Ordem, como sero exa- n 521.
minados; que idade, e requisitos te- Diligencias que preceder para etreito
ro; e que documeDtos apreseDtar, de se edificarem Igrejas llarochiacs,
n ... 216, e 2~2. n .. r ' 687.
Diaconos que diligencias de vila et ?no?'i- Diligencias que devem preceder anles
bus se devo fazer aos que se hou- que se conceda licena para se fundar
verem de promover a esta Ordem, algum Mosteiro d.e Religiosos, ou Re-
n ............... 225, e seqq. ligiosas, n 690.
Differena que vai do acto de Contrio Diligencias que devem preceder antes
ao de Attrio n ...... _..... 132. que se conceda licena para se Cl!ifi
Differena ente o preceito de jejuar, e o cal' alguma Capella, ou Ermida,
de no comer carne, n ........ 410. n . . . . . . .. ..... .. 692, e 693.
Dignidades, e Conegos da S tem obri- Dimissorias, ou Reverendas, como se
gao de assistir aos Pontificaes, que passar para Ordens aos subditos
fizer o Senhor Arcebispo, assim na deste Arcebisparlo, havendo de as to-
Cathedral, como fra delia, n. 607, e mar, em outro, n 240.
seqq. Dimissorias, sem ellas se no permitia
Dignidades da S. Vide verbltln. Cone- aos Clerigos de outros 13ispados cele-
gos. brar, e exercitar neste Arcebispado
Dignidades, os que forem constituidos suas Ordens, e que penas bavero os
nelIas, havendo de ser citados, por que o fizerem, e os Parochos que o
quem o devo ser, n.... , 674, e 675. conseDtirem, n 245.
Dignidades Ecclesiasticas, quem as al- Dimissorias sem ellas se no ausentcm os
cansar por Simonia, que penas incor- Clerigos deste Arcebispado, e [a-
re, D 908. zendo o contrario, que penas baverao,
Diligencias, e iDformao extrajudicial n ......................... 364.
deve preceder, antes que algum Or- Dirimentes impedimentos. Videvc,bum.
denado seja admittido a exame, Impedimentos dirimentes.
n ...............213. Discrio, em chegando aos annos dol-
Diligencias necossarias se faro stmente la os mininos devem commungar.
aos que forem examiDados, e appro- n 86.
,'ados para serem admillidos a Or- Dispensar, em que no poder o con-
dens, e no aos que forem reprovados, fessor escolhido em virtude de algu-
salvo ordenando o Prelado o contra- ma 13ulla, privilegio, ou Jubilco. e
rio, n ......................218. se o fizer, no se lhe dando nella fa-
Diligencias que se devem fazer de vila et culdade para isso, que penas, tem,
'1ItOl'ilms aos que se houverem de pro- n .................... 183.
mover a Ordens, quaes sejo, e como Dispen ar, oU dispensao nas den nn -
haver o Parocho com as que lhe ciaccs rnatrimolliaes. quando a hou-
remetterem, II. . 22r~, e seqq. "er; como se proceder, n. 278, escqq
DO ARCEBiSPADO DA BAUlA. 4.69
Dispensar n:l i~'I:e!?U laridade, . que pro- Dizimas, tem ohrigal..'o de o pagar lo-
vem de llomltldlO voluntarlO, s per- do o fiel sob pena de exeornmunbo
tence a ua Santidade. n 1008. maior, c de peccado reservarlo, n. 415.
Di pensar na irregularidade qne nasce Dizimas quando devem os Pregadores
ex dc{cttl, ou ex. delicto, qUl'm o po- em seus Sermes exhorlar aos fieis
<ler fazer, n 1308, eq. que os pagnem, , 417.
Dispor de seu bens 1IOS seus testamen- Dizimos, dc que couzas se del'o pagaI',
to ninguem obrigue aos Testadore , DOo .. , 1j.18, e seq.
que o lio faio livremente, n. 780, Dizimas, onile houver costume de longo
e seq. tempo, pelo qual em lugar delles se
Disposies para administrar, e rece1Jer pague conheceoa, assim se observe,
Sucl'amentos dignamente, quaes se- n .l~20.
jlio as quo Becos ariamellLe se reque- Dizimas, primeiro se devem pagar, do
rem, n ................. 32. que quulquer outro foro, pen lia, ou
Disposio interior, e xterior devem trilluto, TI . 421-
ter os Sacerdotes para dizerem l\lissa, Dizimos, devem pagar-se rle todo o
n ................... 327. monLe sem s tirar a semente, custo,
Di 1'0 ies com que se deve receber a e mais despezas, que se fizerem,
Sagrada Eucbaristia. Yide vcrbwn ibidell~,
Eucharistia. Dizimos se del'em pagar dos engenhos
Disposies de ultimas "ontados de Tes- de ii sucar, moinhos, e de que cousas
[auores. Yide verum Testameotei- mais, u. , , , ., ft,24.
1'05. Dizimas prssoars, a que chamo eonhe-
Disputar em materia rle F prohibido cena, corno se pagar, n !~21.
aos leigos, n ................. 'I!~. Dizimas, de que fruetos, e terras, e de
Diriuas cvei , por ellas no pdell1 ser que cousas mais os dev pagar o
presos 06 Clerigos, nem excommuu- Clerigos, e Parocbos, n , .426.
gados, e como se proceder nt50, Dizimas, estando algumas Religies
n 669. isentas de os pagar por nrevo, e pri-
Dividas eriminaes que procedem de de- yilegio , que para isso tenho, assim
licto, ou quasi delicto, por eUas p- se ob erve, e guard , 11 " 427.
dem os Clerigos ser presos, e execu- Dizimos, rle que cOllsas \JS pagaril os
tados, n , ,., ,670. Commendadores, CaY:llleil'Os, e Frei-
Drritlas civeis por c1las no pdelll ser os res tle Ordens, n. , , .. 4.28.
Clerigos embargHdos na priso, em Dizimas derem pagar os lIa 'pitaes, Al-
queeslil'crem por causa crime, 11.682. bergarias. Confrarias, e quaesq uer
Divino omcio eomose deve rczar. Vida lugares pios, no mostrando privi-
I'erbllln OlJicio Divino. legio, que os isente, n ,. !~29.
Dil'ino Omcios, quando nas Igl'ejas em Dizimos, as pessoa que rlirecte, ou in-
que elles se celehrarem, assisl irrm di7'acle imperlir m, ou persuadirem,
pessoas e~cornmungadas, ou nomea- que se no pagnem on il1timirlarern
damente interdiclas, como se hal'e- aquellas a quem pertencel' a cubrana
rM os llarochos, e Clerigos, n. 602, delles, qnl' penas ha"ero, 11 .. , !~30.
esrq. Doentes a quem se adminisLrar a Sa-
Divino Omcios em quanto se cr1rbra- gr<lda Eucharislia, como devo Ler as
rem nas Igrejas, lio eslejll os leigos casas preparadas para ['ssc ell'eilo, o
n:l C'lpl'lIa mr, n.... ,.733, e seC[. que dililjencias far o Parocho com
DIVInos Omcios, como. e cm que C.1S0S os mais freguezes enferlUos, 11 ... 102.
pol1ero o Parochos vital' delles a Duentes, qnando se lhes levar a Sagra-
cus freguezes. Vida t'arbwn l'aro- da Eucha1'stia que perguntas lhes
choB. far o Parocho, e de que ceremonias
Dil'ino. omcio . quantu iJ. cessao li 1- usarl as im que lhes entrar em casa,
les. ri/io vcrbwn Cessaco ci Divini.~. 11 .. , , ,103.
Di~orcio dos casa los. T'iria verbwn 'e- Doentes. com qu ccremonias se lhe
pll'aco uos casado . administrar a SarTarla Eucharistia.
lJi7.imo, os penitentes, que ao tempo quando se leyar a suas ea as, 11 1O~.
dil CU\lfissiio os tiver m pagos, ainda Doentes. a qUf'm .e administrar a Sa-
que ilntrs o. deI' ssem, pdcm ser ii b- graria EuciJlIrisLia sem ser pur modo
DiZ~~l~S,nd~'q ~~ ~Ii'r~iio' P~~':~l;l~~ i~'ol~~~ de 'ialieo, COl;l que palavras e lhes
dar. II . . . . . , ' . . . . . . . . . , . :100.
f(.I~hu de 05 pagar, e quantas eJperies Do nl 5 a quem a necessidade, aperto
h<l dclles, n ... , , , . , . , . , .. , . , ' 411,. da dueu \IIllO der lugal', para que s
. ;)0
470 INDICE DAS CONSTITUIES
lhe administre a Sagrada Eucharistia que no acabem a confisso, como se
com todas as preces, como ento far haver com elles, n 18~.
o Pal'ocho, ibidem. Doentes, que perderem a falia, como se
Doentes, quando se lhes poder admi- haver com elles o eonfessor, ibidem.
nistl'al' a Sagrada Euchal'islia por Doentes, que perderem o juizo e DitO de-
Viatico, c como se l1avel' o Parocho rem signal algum para serem absol-
se o enfermo melhorar, e a quizer I'e- tos, que dilig ncias far o Con-
ceber mais vezes por' iatico, ou pOI' fessor para saber se os pde absolver
devoo, n 107. condicionalmente, e se forem absol-
Docntes, que tiverem vomitos, ou outl'O tos, e depois tornarem em si, o que se
impedim nto, por razo do qual no far, n 185.
posso sem perigo commuugar, no Doentes se lembrem de pedir o Sacra-
selhos leve a Sagrada Eucharistia, e mento da Extrema-Uno, e quando
se estando j l o Senhor lhes sobre- se lhes admistrar, n 195.
viesse o dito impedimento, o que en- Doentes, que tiverem recebido a Extre-
t<10 se far, n ................ 108. ma-Unco uma vez, no se lhes ad-
Doentes pdem receber a Sagrada Eu- ministre segunda vez na mesma do-
charistia por Vjatico, posto que no ena, e quando a poder receber mais
cstejo em jejum natural, se de outra vezes, n . . . . . . . . . . . .. 197.
maneira no puderem commullgar, e Doentes, a quem se for administrar a
pelo contrario os que a receberem por Extrema-Uno, como tero prepara-
devoo, n. . . . . . . . . . .. .... ., '109. da a casa, n ................. 200.
Doentes, quando se lhes for dizer l\lissa Doellte, que sendo requerido receba a
em casa, pal'a nena receberem a Sa- Extrema-Uno, a no receber por
grada Communho por Viatico, qlle desprezo, pecca mortalmente, e fale-
cousas so necessarias, e a que mais se cendo se lhe negue sepultura Eecle-
deve attellder, e advertil', n .... 110. siastica, TI 205.
Doentes, niio se lhes leve de noite a Sa- Domingos do anno, nel1es devem os Pa-
grada Eucbaristia, salvo estando em rochos ensinar a Doutrina Christi a
perigo de morte, c como deste cons- seus freguezes, n 6.
tar, n .................... 112, Domingos, e festas solemnes do anDO,
Doentes, ([ue rccebero a Sagrada Eu- nellas celebrem os Saeerdotes o San-
charistia antes da Quaresma, so obri- to Sacricio da Missa, n 91.
. gados a recebeI-a outra vez dentro do Dominga do Bom Pastor, comonellase-
tempo determinado para a satisfao ro declarados por excommungados,
do preceito da desohriga, n ..... '114. os que no satisfizero ao preceito da
Doentes, como no Tfiduo da semana desobriga, n 140.
. Santa se lhes ir administrar a Sagra- Domingos, nos tres antes da Quaresma,
da Eucharistia, n 121. que admoestao far os Par~chos a
Doentes dos Hospitaes, qnando o I>aro- seus freguezes acerca do preceito aD-
cho os ir desobrigar da Quaresma, nual da Confisso, n 145.
n ...... , , 153. Domingos, e dias Santos de goarda ha
Doentes com provavel perigo de morte, ohrigao dc ouvir Missa, n .... 366.
os seus I>aroehos os visitem, e admoes- Domingos, e dias Santos de guarda,
tem, qne recebo os Sacramentos, e nelles ouco todos Missa em suas Pa-
o que mais lhes far fazer, n ... 157. rochias, ii mandem a ella seus Iilhos,
Doentes, o Medico, ou Cirurgio, que criados, e escravos n 367.
os curai' os admoeste logo, que se Domingos, e dias Santos de guarda n~l
confessem, e no se confessando de- les no se pde trabalhar, n. 311,
pois da terceira aelmoestao, que e 372.
ser no terceiro dia, no os visite mais Domingos do anno, em caua um delles
sob pena de cinco cruzados, n .. 160. so obrigados os Parochos a declarar
Doentes, no lhes aconselhe o Medico, na .Estao, que fizerem aos fre"ue-
ou Cil'urgio a respeito da saude do zes os dias Santos que vierem na se-
corpo, cousa que seja perigosa alma, mana que entra, n.. .... ...... 376 .
o . '

e com que penas, n 161. Domingos, e dias Santos devem guardar


Doentes, sejiio exhortados por seus pa- no tocante aos seus escravos os senho'
renles, e familiares, que se confessem, res d Engenho, lavradores de canas,
c para este elrcito se d logo recado mandiocas, e tabacos, e com qU~Er
ao Paroc!lo, ibiclem. nas, n ..................... di
'Doentes, que estiverem no artigo, ou Domingos, c dias Santos ele ~lIa.r a,
p('rigo dr morte, se o Confessor temer neIles se niio fao actvs de JUJ'lSdl'
DO ARCEBISPADO DA BARIA. 471
o contenciosa, e com que penas, Eleio de Confessor por virtude de al-
n ....................... 391. guma Hul1a, ou Jubileo, de que su-
Domingos, e dias Santos de guarda, geito se deva fazer, n 182.
nelles so os Parochos obrigados a Eleio de Juiz, ou Procurador da Igre-
dizer Missa a seus frcguezes, n. 547, ja, em que no hOUVl'l' Meirinho Ec-
e548. clesiaslico, faro os porochos, e para
Domingos, e dias Santos de guarda, que, n 388.
nelles se no faco Officios de defun- Eleio de Abbadea rle Freiras, nel1a
tos, n : 839. deve presidir o Senhor Arcebispo, e
Domingos e dias Santos de guarda, nel- de que 1ugar o far, n 630.
les se no deve jogar, nem dar tabo- Eleio de Officiaes de Confrarias, quan-
lagem antes de se acabarem os Omcios do, e como se far, n ........ 872.
Divinos, n..... . ......... 1025. Eleio para l3eneficios, quem nelIa
Dons doEspirito Santo quantos, e quaes commetler Simonia, que penas ha-
sejo, n .. ' 565. ver, n .................... 909.
Dor dos peccados, que deve preceder ao Eleio de sepultura. Vide verbum Se-
Sacrameuto da l)cnite11eia, como seja pultura.
necessaria, n 131. Embargado por divida civel no ser o
Dote, que tem as Igrejas Parochiaes Clerigo, que estiver preso por causa
desle Arcebispado qual seja, e qu.em crime, n .................... 682.
o d, n ................... 689. Encommendul' devem os Parochos os <Ie-
Dole ao menos de scis mil ris deve ter fun tos das suas Parochias, n. 812,
cada CapeJla, 11 692. eseq.
Doudo, ou. desasizado no pcle cOlltra Endoenas. Vide vej'bwn Qu.inta feira
hir matrimonio; salvo quaudo, &c. de Endoencas.
n ......................... 268. Enfermos. Videvcrbullt Doentes.
DoutI'na Christ devem os Paroehos fa- Engeitados, como se lhes administrar
zer, e todosaquelles, a cujo cargo es- o Baptismo, e que credito se dar, ou
liver o curar almas, n ..... 6, e 1>50. no aos escriptos, que comsigo trou-
Dou.trina Cbrist, por ell pergun tem xerem, n 60.
os Parochos aos de menor idade nas Engcitados, quando se baptizarem,
Conlisses que fizerem, 11 142. como faro os Parochos o assento no
Doutrilla ChI'st, della devem primei- 1ivro dos baptizados, n ..... " .. 73.
ro ser examinados os escrayos, que se Engenhos de fazer assucar no moo
hou verem de casar, n 304-. nos Domingos, e dias Santos, salvo
Doutrina Christ, como nella sero ins- havendo urgente necessidade, e pre-
truidos os escravos, n ... 579, e seq. cedendo licenca, n .......... 378.
Dulia que cousa seja, e a quem se deva Engenhos de assucar, do seu rendi-
esta acloraco, n .. , 2'1. mento se devem pagar dizimos,
Duvidas, Ou conlendas, quando se mo- n ..........................424.
v~r~m sobre as precedeneias nas Pl'O- Ellsifu1l' a Doutrina Christ sua fami-
clssoes, como se comporo, e se pro- lia devem todos, n ' 4.
ceder contra os que no obedece- Ensinar a Doutrina Christ obl'gado
rem, n J~94, e 495. o PllPocho, todo agueHe, a cujo car-
Duvidas sobre valer, ou no a immuni- go esliver o cu rar almas, n ...... 6.
dade dos lugares Sagrados. Pide Vet- Enterramen.to de defunlos havendo nel-
blI1lt Immuuidade. le duvidas sobre a precedencia dos
lugares, assim de Clerigos, e Heligio-
E sos, como de rrmandade~ como se
comporo, c se proceder, n. [~94,
.Edilal leve o p(ovisor mandar passar e 4.95, e 822,
i~cerca dos patrimonios, 11 ..... 231. Enlerramento dos Defunto. como nel-
EdItal para a procisso do Corpo de le se ha"ero os Paroebos com Os
Deos, como. quanrlo, e em que parte que falecerem nas suas Freguezias,
~Jnandar fixar o PL'ovisol', u .. <'l99. n .................... 8'12, e sego
Edllal publico para as Igrejas de con- Enterramento rle defuntos se no faca
lnlrso; neUe se assignaril trinta dias, cm dia de festa da primeira classe,
\Jara se apresenlarem os oppositores, senilo depois de acabados os Omcios
n..... 59 0 Divinos, n..... . 816.
Elecmosir;a;i~; '0;; . Q~e~t~I:;S' . ~o - s~ Enterramento de defunlo se no faca
consinto e ~omo conlra ell 'S se pro- antes de nascer o Sol, nem depois de
coder n.' . . . . . . . . . . ... 87"v, e seq. posto n 818.
472 lNDICE DAS CO~STITU1E.
Enterramento de pcssoa que falccer de rem baptizados, n SOo
morte repentina, lio se fa ,a sem Escravos brutos, e hoaes podero ser
primeiro passarem vinte e quatro baptizados absoluta, ou condicional-
horas, li " 819. mente no artigo da morte, constando
Entet'famento de defuntos, que ordem do seu animo ou vuntade per si, Ou
e deva guardar nclle, e como os Pa- por interprete, n S1.
1'ochos o acompanhar sepultura, Escravos infieis, quem dellcs se servir,
n 820, e seq. trabalhe, para que se cOlnerto ii F,
Enterramentos de defuntus, para ellcs e recebo o baptismo, n 52.
devem os J:larochos chamar aos Cleri- Escravos filhos de infiei , que no pas-
gos, que os ajudo nas obrigaes da sem de idade de sete annos, ou que
Jo-reja, precedendo os Confessore aos lhes nascerem depois de estarem cm
que o no so, n ............. 826. poder de seus Senhol'es, ejo bapli-
Enterramentos de Clerigos defunto, z~dos, ainda que os pais o cOlltr~?i-
como se dc:vo fazer, n 827. gao, e porque, n 03.
Enterrar se devem os corpos do fieis Escravos filhos de infies, que passarem
defuntos nas Igrejas, e lugares Sagra- de sete almos de idade, seus Senhores
dos, n ...................... ~43. os apartem da conversao de seus
Enterrar-se deve cada pessoa na sepul- pais, para que mais facilmeute pos-
tUl'a que esoolher, ou na propria, e so converter-se, e pedir o Baptismo,
onlie se enterrar os que a no tive- ibidem.
rem propria, nem <lelegcr m, \l. 84,5. Escravos, que furem to rudes, e !lo-
Enterrar, ou J~nterro. Nde vel'u1lt aes, que por mais diligencias, que
Sepultura. com elles se teolio feito, para que
Ermidas que no esliverem approvalias aprendo a Doutrina Chri t, cada
pelo Ordinario, que penas havero os vez sabem menos, que Sacramentos
que nellas di serem .i\Iissa, n ....338. e lhe poderu administrar, e CJue di-
Ermidas devem ser providas de Ermi- ligencias precedero para isso, n. 55.
tes, n ..................... 626. Escra,os, qne tiverem mais de sele an-
Ermidas que se houverem de ellificar, uos de idade, ainda que no passem
que diligencias preceder licena de do.ze, no s('jo bapti zados sem
que para isso se houver de dar, e o que para isso darem seu cOllscntimento,
se obrar com as velhas, que se no salvo quando, &c. n. .. . 57.
puderem reedificar, n ... 692, e seq. Escravos, e outras pes oas, que viere~
Ermidas, ncllas se no pOll!lo escuuos de terras de infit i , no sendo bapti-
de armas, ou letreiros, sem Jicenca do zados, ou duvidando-se de que osejo,
Prelado, \l ...... 695. como se havero com eIles os Paro-
Ermites, que qualidades devo ter, chos, e com aquclles a que o perigo
quaes sejo suas obrigaes, como no der lugar a diligencia alguma.
sero providos, e de que vestidos usa- TI 61.
ro, n 626, e seq. Escravos, como podero contrabir ~~a
Ermites no vivo dentro das Igrejas, trimOllio. Vide t1Cl'ltllt MatrimoniO.
scno em casas separadas, \l .. 629. Escra\'os at a festa do EspiLilo Santo
Ermites no consinto, _1ue nas Ermi- se pdem desobrigai' da Quaresma,
das pessoa alguma coma, jogue, baile, Il . . . . . . . . . . . . . . . . . . , ...... 86.
ou faa semelhantes cousas, ibidcm. Escravos, para ell('s no !Ia casO rese~
Ermites no peo esmolas com Ima- "ado neste Arcebispado, n ..... .1,7"
gens, ou sejo de vnlto, ou pintnelas, Escravos, para que todos ouo Missa
sob pena ele dous mil reis, n ... 882. nos domingos, e dias Santos, seuS ,S -
Erros no omcio, como sero por elles nhoJ'es os mandem revezar no serVIO,
castigados os l\1inistros do Audito- n .. 367.
rio Ecclesiastioo, e Officiaes delle, Escravos, seus Senhores os sustentem,
n .................... 1026, e seq. e os visto, para que no trabalhp,m
Escolas, os que as houverem de ter seja nos Domillgos, c dias Santos ii e~~~
precedendo licena, n 5. fim, n , 3
Escola, o visitaI-as pertence ao Senhol' Escravos, quesells Senhores mandarem,
Arcebi po, ou a seus Visitadores, ou consentirem trabalhar nos Domlfi-
iidem. gos, e dias Santos, que penas hav~-
Escravos, devem scus 8cn1l0r('s cnsinar- r50,n ;38.
lhes a Doutrina Chl'istii, n ..... _.4. Escravos, como se devo instrulr?oa
Escravos brutos, e boacs, que dili- Doutrina Christ e l\1yslerios da 1'c,
gencias precerleriio, pnra efi'cito de se- n .......... , .. , ... , . ' .579.
DO ARCEBr'PADO D..t BAIllA.
Escravos, como sc dcvo instruir para
quando scconfcssarcm, n 580.
I mostrc despacho do Prelado, ou Pro-
visor, ibiclem.
Escravos, como sc dC"iio iu truir, e
~xamjnal', quando cOlDllIullgarcm,
I Escrivo da Camara com quc dcclara-
rs passar as Reverendas, n... 240.
TI .. 581. Escri"o da Camara, como matricular
Escra"os, como sc lhes cnsinar o acto aos que por Revcrencia sc ordenro
decontrio, para que facilmente o fra do Arccbispado, scm levar por
saibo, n 582. isso cousa alguma, n 2f~1.
Escravos moribundos, como se devo Escrivo da Camara como sc ban~r com
catcquizar, e instruir, n ..... , .. 583. as Ucvcrcndas do Ordcnandos, quc
l'; cravos que falcccrcm, quc su.ffragios vierem dc fl'a do Arccbispado, e com
lhes manciar fazer scns Senhores, as patentes dos Religiosos vincias ao
D , " 838. mcsmo eITcito, n " 242.
Escravos qne falecerem, scndo lJapli- Escrivo da Camara, como e em que
lados, n.o os mandcm seus 8enho- livro registrar os titulos dos Beoe-
rcs srpullar fra dc Sagrado, n. 8'~4.. ncjos, e termos das collacs delles,
Escrm'os concubillados, como sc pro- n , 525.
ceuer contra ellcs, n 989. Escrives da Justia secular oaslgreja ,
Escriptos falsos de confisso, quem os c scus Adros no fao acto lgum dc
fizcr, ou u ar delles, para sc haver jurisdio conlcnciosa, D 739.
dcsobrigado da Quaresma, quc pcna Escrives, Do fao escrjpturas, ou
incorl'C, n , 97. assignados dc usura palliadas, e
Escriptos jurados, e assignados dariio os com que pcnas, n 946.
Confessorcs, e Parochos aos vagabun- Escrives Ecclcsiaslcos, quem lhes fi-
dos, e percgrinos, de como esto d~- zer resistcncia, ou dc scu poder lhcs
sobrigados da Quaresma, n ..... '155. tirar algum preso, como scr casli-
Escrivo da Camara, ao seu Cartorio sc gado, n 1016 c seq.
l'emclto oslinos dos Baptizados, de- Escriv'cs Ecclesiasticos, como, e at
puis de acabados dc cncber, para se que tempo scro obrigados a dcnun-
gUlrdarem, n , i5. eiar uus que lhc fizcrem alguma resis-
Fscriviio da Camara dcpois dc rcgistrar tCDcia, e quando faro auto, n. 1017,
o ri dos Confessados, o deve cDlregar e 1018.
ao ParodIO sem por isso lcvar cousa Escrir'cs Ecclesiaslicos tcnho um livro
alguma, n 151. rubricado, para nclie so escrevcrem
Escril'iio da Camara, tanlo que receber as querelas 11 104-0.
do Parocbos o 1'01 dos declarados, Escri ves Ecclcsiasticos, como, e com
cleve pa sal' conlra os rebeldes carla quc clausulas passar RevcrcDda de
de paTtcipanles, c depois de publica- seguro, n 1065, eseq.
da, com certido disso a dvve J'emel- Escrivo da Camara lcnha um voLume
ter ao "Promotor, ibidcm.. dcstas Constituics, n ....... 1311.
Escrivo da Cumara faa lermo jUl'Udo, Esmola quc se podcr levar por cada
cm quc os Ordenan los assigncm, de 1IIissa, assim rezada, como cantada,
no albear o patrimoniu, ou cousa, a e de corpo prescnte, n 344.
cujo titulo se ardentia, o qual se rc- Esmola de 1\1issa se poder pedir~ e o
gistrar em lino para isso uecrelado, que a pedir mais avanlejada das ta-
n 232. xadas, quc peoas haver, n 345.
Escrivo da Camara no as!cnto que fizer Esmola elc Missa lio se impede aos fieis,
dos Ordenando uo liVl'o da malricu- se quizerem voluntariamcntcdal' mais
la, der.Iare o titulo com quc cada um avantejada do que .vai taxada; ncm
sc ordena, iidem. aos Saccrdotes, quc a digo por mc-
Escrivo da Camara em que livro lan- nos, ou nenhuma csmola, iidcm.
~r os termos, quc fizcrem os Reli- E molas de Missas novamente laxada,
gIOSOS, que se houvercm dc ordenai', no comprcbcndc aqellas institui-
accrca da validadc dc suas profisses, es, e disposies, que tivcrem dei-
n 235. xado, ou drixarem maiores esmolas
Escrivo da Camara como se haver nem aos Estalutos das Igrejn , 11'-
nas matriculas dos Ordenaudos, ou mandades e Confrarias, quc eslire-
s~r o secu!are , ou Rrgnlares, e com rcm confirmaos, iidcrn.
as cartas de Ordcns que passar, E mola dc Missa; ningucm antes de a
n 236, e scq. ter, Oll lha offcrecercm, diga .l\fissa
Escrivo da Camara n;;o matricule para anticipadamentc por quem primeiro
Or(\ens a pessoa algumll, scm qll lhe lh'a ofTrrccer, 11 , 3'~7.
471. INDICE DAS CONSTIT rES
Esmola, por duas, ou mais receuidas, que a elles assistirem, ibidem.
ninguem diga uma s Missa, ibidc1l1. Esposos de futuro, seus pais, e mis, os
Esmola de lIIi sa. Vide verbwn l\1issa. no consinto estar de portas a den-
Esmolas, que ('5 defuntos deixo decla- tro, alis que penas havero, n .. 265.
radas nos seus testamentos, e ultimas Esposos de futuro, que cohabitarem an-
disposies, ninguem as pde dimi- tes de se receberem cm face de Igrc-
nuir, n 807. ja, que penas tem, ibidem.
Esmola do Omcio de defuntos se leve a Estaiio aoS freguezes, como, e quando
que for costume, n ... o 835. a faro os Parochos, e o que nclla
Esmola, qual se deve dar pelas sepultu- lhes aLlvertir e ensinaro, n.586,
ras, n ................... 85 '~. e seq.
Esmola (las sepu\luras das CapeJlas par- Estalagens, lIellas no comio os Cleri-
ticulare , a metade della I ertence s gos, nem bebo, salvo indo de cami-
Igrejas iVIatrizes, n 8iS6. nho, n, ............... 464.
Esmolas puulicas, ninguem as pea sem Estatutos pertencentes ao Reverendo Ca-
licena do Prelado, e que penas ha- bido se observem, n ., 606.
ver quem sem ella as tirar, n. 879. Estatutos das Irmandades. Vide ver/l1Il1l
Esmolas, para que se dem a alguns en- Compromisso.
fermos, pode o )Jarocho na Estao Estupro, o Clcrigo que o commeller, ou
insinuaI-o a sous fl'eguezes, n....88'1. para elle der ajuda, como ser casti-
Esmolas para a Santa Casa da l\iiseri- gado, n ....... , 976, e scq.
cOI'dia, e Confrarias das Freguezias Estupro, quando a parte desistir da ae-
ereclas por autoridade Ecc.lesiastica, cusao deste crime, depois de es~a~
se podero tirar sem licena do Paro- em Juizo, o Promotor a prosegUlra
cho, ibidern. no estado que a achar, n ..... 976.
Esmolas se no, pdem pedir dentro das Estupro, quem o com metter, no se lhe
Igrejas cm quanto duro os Officios passe carla de seguro, e s com pc;
Divinos, n 882. nbores de ouro, ou praIa, se porlera
Esmolas quem as pedir, no tr,.ga com livrar como seguro, n, 978.
sigo Imagens de vulto, ou pintadas, Eucharistia Sacramento, que cousa se-
sob pena de dous mil ris, ibidem. ja, quem o instituio, c o que nel1e
Espancar nas Igrejas, e seus Adros, se encerra, n 83.
quem o fizer, como ser castigado, Eucharislia, qual seja sua materia, fr-
n 916. ma, e Ministro, n. .. .., ...... 8'f.
Espancar, que. penas havero os Cleri- Eucharistia, quaes sejo os seus e!feitos,
gos, que o fizel'cm, n 1009. c que di posies so lleeessal'ias pa~a
Espancar dentro dos paos tlo Prelado, receber este Sacramento, n ...... 80.
ou porta deJles, ou de seus Minis- Eucharistia, quem a receber deve ir cm
tros, como ser castigado quem o fi- jejum natural, salvo quando por do-
zer, D . , . 1010. ena, no puder ser, e se houver ~e
Esponsaes, que idade so requeira para receber por' iatico, n :80.
elles, c havendo-os com cpula, nem Eucharislia, que pessoas sejo obTlga-
por isso fico casados de preseo te os das a recebei-a, c em que tempo, e
que a tiverem, n, ... ,. . ..... 262. a que pessoas no se dar, n.. , ..86.
Esponsaes contrahidos duas, ou mais Eucharistia pela desobriga ~a 911.ares-
vezes aomesmo tempo com diversos ma de que mo se recebera, tbtdclIl.
sugeitos, sem primeiro estar desobri- Eucharistia, quando, e a que pess~as
gado dos primeiros, que penas tem o admoestar o Parocho que a receIJ.oo,
que assim os contrahir, n 263. precedendo as disposiees neeessarl3S,
Esponsaes, os que nelles se casarem por n '0 87.
palavras de presenle, qllC penas have- Encharistia, no se administre a pe~~a
ro, n ..................... 263. dores pu blieos, e cm que oecasl oes
Esponsaes, neJles no se requer a pre- sero admittidos a ella, II 88.
sena do Parocho, e o que se achar EuchariSlia quando se negar a p.~eea
nelles, que penas lem, n 264. dores occultos, c em que oecaslUO se
'Esponsaes, ou promessa de casamento, lhes administrar, ibidem.
no se fao havendo impedimento Eucharislia, a que pessoas no se deve
dirimente para casar, seno debaixo administrar, cm quanto nao ~o~slar
de condio se oPapa dispensar, n.266. publicamente da sua emenda, !,ulcll~.
Esponsaes, que penas havero os que os Eueharistia devem recebeI-a so debai-
contrilhil'em, sem embargo de algum xo da espeeie de po os leigos, e os Sa-
impedimento dirimente, c as pessoa eerclotes, que no celebrarem, n. 89.
DO ARCEBISPADO DA BAHIA. 4.75
Eucharistia, uebaixo de ambas as espe- que a admini traI' fl'a da frma, e
cies a devem receber de si mesmos os ordem destas Constituies, que pe-
Sacerdotes celebrando, ibidcm. nas tem, -ibidem.
Eucharistia, os condemnados morte Eucharistia, em quanto estiver no Allar,
por justia a recebo no dia antes da como se haver o Sacerdote, que nel-
execuo ela sentena, e quando haja le celebrar; e se tiver consagrado al-
algum impedimento, o que far o gumas particulas para o Parocho as
I1arocho, n ................. 90. administrar, ou recolher no Sacrario,
ElIi:harisLia, quando a devo receber as o que far acabada a Missa, n ... 101.
Dignidades, Conegos, Parochos, Sa- EucharisLia, administrem os Parocbos
cerdotes, e Clerigos, n 91. a seus frcguezes doentes r.om summa
Eucharislia, no a recebo os secu la- diligencia, e quando se levar a estes,
res seno de oito em oito dias regu- que sillaes se faro, e o crue se obrar
larmente, n 9:2. acerca ua limpeza da casa, n .... 102.
Euchari tia, aos que se confessarem so- Eucharistia, admoestem os Parochos a
mente de anno, no se lhes d no mes- seus freguezes doentes o recebo, ain-
mo dia, em que se confessarem, se- ria que no estejo gravemenLe enfer-
no no ouLro, e em que casos se lhes mos, ibidcm.
poder dar, n 93. Eucharistia, quando se for administrar
Eucharistia, o Sacra rio em que estiver, a algum enfermo, leve um Clerigo os
esteja no Altar maior, ou em outro, corporaes, ilJidcm.
se houver mais accomodado, n ... 94. EucharisLia quando se for ailministrar aos
Eucharistia, nas Parochias em que es- enfermos, os Conegos, eDignidades da
tiver, de qu sero os Sacra rios, e am- S acompanhem na frma de seus Es-
hulas para ella, e quando se renovar, tatuLo ,ibidem.
e com que corporaes, n ........ 95. Eucharistia, quando se levar aos enfer-
Eucharistia, quando se levaI' <lOS enfer- mos de que ccremonias usar o Paro-
mos em que ambula ir, ibidcln. cho entrando em suas l~asas, e que
Eucharistia, nos Sacrarios onde estiver, perguntas lhe far, e como Ih'a ad-
o cofre, e ambula se pouha sobre pe- ministrar, n 103, e 104-.
dra de Ara, e os Sacra rios estejo fe- Eucltaristia, quando se administrar aos
chados, e com quantascbaves, n.96. enfermos, sem ser por modo de 'ia-
Eucharistia, as chaves do Sacrario em tico, com que palavras se far, n. 105.
que estiver guardada, estejo sempre Eucharistia, no danrlo lugar a doena,
em poder do Parocho, e no se entre- para que se administre aos enfermos
guem a seculares, ibidem. com todas as preces, o que far neste
Encharistia, no estando os Sacra rios, caso o Parocho, ibidem.
em que se guardar na frma que se Eucharistia, quando peta distancia. e
ordena, ser o Parocho gravemente difficuldade dos caminhos se for ad-
castigado, ibidcm. ministrar a alguns enfermos, levan-
ElIcharistia, antes que se administre do-se s as particulas neeessarias, de-
para desobriga da Quaresma, que di- pois destas se commungarem, o que
ligencias preccder acerca dos escri- far o Parocho, e como se recolher,
ptos e pessoas, que ho de commun- n 106.
gar, n 97. Eucharistia por' ialico, qnando se ad-
Eucharistia, antes de se administrar, minislraril ao enfermo, e vivendo este
que pratica deve fazer o 'Parocho, ilJi- mais alguns dias, ou melhorando, se
demo tornar a perigo de morte, e quizer
Eucharistia., no cOllSinta o Parocho re- mais vezes comml1ngar por Viatico,
ceber-se com toalha, que para esse tim o que fur o Poroebo, n 107.
se traga de casa, sob pena de se lhe Eucharistia, Lendo-a j recebido algum
dar em culpa, n 98. en fermo, e querendo-a mais vezes re-
EucharisLia, de que modo se administra- ceber na doena por devoo, o que
r nas Igrejas, e os que a receberem farfl o Parocho, ibidrm,
como devem chegar mesa da Com- Eucharistia, no se levara ao enfermo
munho, n 98, e seq. que til-er vomitos, ou algum impedi-
Eucharistia, depois de se admiuistrar, mento, por razo do qual no possa
se d o lavatorio aos que a recebro, sem perigo ('.ommungar, n :lO8.
e porque vaso, 11 99. EucharisLia, achando-se o Parocho com
Eud1aristia, depois de se administrar, eIla lia cusa do enfermo, e sobrevindo
que pratica far o Parocho, n. 100. a este alRulU impedimento, pejo qual
ElIchadstia, o l\lI'o~ho, ou ucrdotr, lio possa seUl perigo comml1ngar, o
1.76 l~j)lCE DAS CO_'STJT lE'
qlle ento far, ibidem. pessoas, que ournrem o contnll'io, co-
Euchal'istia, quando for rle Igrcja, que mo serno casligarlas, li 1'19.
no Lem Sacrario administrar-se a al- EncharisLia no se exponba em cofres de
gum enfermo, como se haver o Pa- pes oas parliculares, que depois se ha-
rocho, ou Sacerdote, que u levar, ibi- jo de servir dei Irs, n ........ 120.
demo Euchari tia como se gnardar para os en-
Eucharislia por' ialico e pue admi- fermos nn Tric1uo da Semana Smlla, c
ni Irar aos enfermos, posto que no se lhe administrar havendo urgente
estejo em jejum nat\!rul, quandu de necessidarle, n 121.
ou tra sorte a no pdel11 receber; e Eucharist ia niio se pdc exp(ir . em li-
pelo cuntrario se a receberem por de- eena do Ordinario in scriptfs, ou pri-
voo, n ,. . . .. . .. 100. vilegio Apostulico pOl' elle visto, e
Eucha ristia, quando alguma pessoa fa- examinarlo. n 122.
leceI' sem ella por culpa do [aracho, Eurharistia, aute que se receba, prece-
que pena haver este, ou defunto fos- der Confisso Sacramental, havendo
se seu freguez, ou se achasse na sua conscieneia de peccado marIal, Ll.13.
fregnezia, ibid(;})l,. Eucharislia, quem a no recelJerno tem-
Eucharistia, quando por ,iatico se hou- po determinado pela Jgrrja, como, e
ver de administrar aos enfermos, que quando ser declarado, n HO.
morarem distantc da Igl'eja, ou Ora- ELlcharistia, como, e quando se admi-
torio approvado, ou por alguma razo nistrar aos presos das Cadeas por
no se lhes possa levar sem perigo, se obrigao da Quare ma, n 152.
lhes poder dizer Missa em casa; e a Evilar da fgreja, e dos Omcios Divinos
que se allender, para se usar desla deve o IJarocho aos vagabundo que
licena, n 110. depois da Dominga in Albis appare-
Eucharistia no se administre a pessoa cerem na sna Fregllezia sem conslar
alguma por r1eroo anLes de ser ma~ que esttio desobrigados, n 15'~.
nh, nem ainda na noite de atal; e Evitado da Igreja, e omcios Divinos se-
que pena haver o Sacerdote, que o ro os caminhanles, tratantes, pere-
contrario fizer, n , 11-1. grinos, e Officiaes que no cumpri-
Eucharistia nno se leve de noite aos en- rem com o preceito da conliss.~2'
fermos, salvo constanrlo, que esto cm n 1;,:>.
perigo de morte; e () ParodIO que a le- Evitar da Igreja, e Omcios Divinos, de-
vaI' no havendo necessidade, que pena ve o Parocho aquelles, que no mos-
haver '112. trarem ser legitimamente casados com
Eucharistia, quando se levar aos enfer- as mulheres, qne se presume o so
mos antes de sahir o Sol, ou depois de fingiclamente, n 300.
posto, nem uma mulher acompanhe, Evi lados. Vide v8rbullt EXCOlllJllUnga-
e com que penas, ibidcm. dos.
Euchari tia recebero Lodo, os que se Exame rle conscieneia deve fazer o pe-
ausentarem pam partes remotas no nitente antes qne e!.Jegue ao Sacra-
tempo da Qllaresma, alis como se mento da Pl'nitellcia, e como, n. 133.
proceder contl'a elles, n 113. Exame da Dontrina Chrisl deve fazer o
Eucharistia, os enfermos qlJe a recebe- Parocho nas confisses dos de mrl10r
rem fra do tempo da desobriga da idade, n 142.
Quaresma, a devem ontra \'ez recebnr Exame d~ confisses, como, e por quem
dentro do tempo distinado para cum- se deva faz r, alem dos requisi~os
IJrirem com o preceito, n , '1 H. que acerca da idoneidade preceder~o,
Euchilristia, em que fgrejas, e Moslei- n 168.
ro , e de que manrira se expor na Exame para a primeira tonsura, e 91'-
quinta feira de Endoenas, e que as- deliS Menores de qne cousas sera, e
si'l neia haver, n ...... 116, e 1'17. como de,a ser n 212, e 220.
Enchadslia no se exponha cm quinta Exame para as Ordens Sacras, como, P.
feira de Endoenas nas fgl'ejas em que de que cou. as se far, n.... 215, e seq.
no houver Sacrario, sem especial li- Exame, seja a primeira cousa a que se
cena do Prelado, e o Pal'orho, qne o defira nas peties dos qne pertendcm
conLrnrio fizer, ou consentir, que pe- ser admi Ltidos a Ordens, e porqlle,
na hal'erit, TI U8. 11 218.
Eucharistia, d pois do Omcio da sexta Exame, para Ordens Sacras se <lere faz \.
feira da semana Santa, no sr deixar perante o llrelado, Oll llroyisor ~0I.11
ficar no tumulo at dia de P'lsehoa sem tres Examinauore~, e com que rJg 1-
licena do Prelado, seno na S, e a lancia, ll . , . . . . . . . . . . . . 219.
DO ARCEBISPADO DA BAIIIA. 11.77
E"arue, qual seja o que se deve fazer n ......................... 1102.
acerca do l'alrimouios, n.. 229, e seq. Excommungados declarados, quando io-
Exame, a elle venho os Heligiosos, que corre em excommunho maior o que
houverem de tomar Ordens, salvo communica com elIes, O 1103.
quando ao Prelado alguma vez pare- Excommungados declarados que se dei-
ceI' o contrario, o 234. xarem assim aodar por mais de tres
Exame das ceremouias da Missa se faca mezes, que penas havero, n .... 1104.
conforme o Missal Romano, e peio Excommungado, evitado que pedir ab-
Mestre dclIas, n " 24!~. solvio desde Dominga de Ramos at
Exame da Doutrina Christ deve prece- a Dominga io Albis, e da vespera do
der anles de se casarem alguns escra- N,-.tal at dia da Circumciso, se lhe
I"OS, ou escra vas, o " 304. d acll'eincidenl'iam, n 1105.
Exame cle Pregadores a quem perlena l~xcommunhes, dellas pde absolver
fazei-o, ou mandaI-o fazer, n .. 5HJ. qualquer Sacerdote ao peoitente, que
Exame de concurso pam as Igrejas Pa- estiver no artigo, ou provavel perigo
rochiae ,como se far, diantede quem, de morte, n '" .169.
e por quantos Examinadores Syno- Excommunho, ou sr.ja ju1'C ou ab ho-
daes, n ..................... 520. mi'ne, neste \rcebispado caso reser-
Exame, como se deve fazer aos que hou- "ado, n 177, e 1160.
verem de ser providos em Coadj ulo- Excommunhes, no usem os Ministros
res, ou Cnras, o ............. 527. pOI' causa leves, n 1086.
Exame, ser obrigado a vir a elIe o Sa- Excommunhes, como se passaro as
cerdote a quem for passada carta de cartas della por cousas furtadas, ou
Cma, ou Coadjutor com clausula de perdidas, de que se oo sabe onde es-
que tome a eUe, o.... . .... 534. to, n ..................... 1087.
Exames para Ordeos, ou Bcnef1cios, que Excommunho, quando por medo da
penas haver quem ncllcs commetter carta della se descobrir alguma cousa,
Simonia, 0 907. o que se deva observar, n. '1088, e seq.
Examinadores dos Ordeoandos nem an- Excommunhes, como se passaro para
tes, oem depois do exame recebo cllas os monitorios, e porque cousas,
per si, ou por ou trem cousa alguma n .................... 1094, e seq.
dos examinados, c com que penas. Excommunho menor incorre o que
n .....................2i9. communica com o excommungado de-
Examinado, qne per si, ou por interpos- clarado, n tJ Oi.
la pessoa dil'eclc., ou indil'ecle por res- Excommunho maior, quando a incor-
peito do exame der peitas, oudadivas, re o que commlJuica com excommun-
que penas tem, iidem. gado dechlTado, n .......... 1103.
Examinado, e approvado ser primeiro Excommunho,em que tempo se no de-
aquelle. a quem se houver <'Ie passar vem publicar as cartas della, n. ti05.
Reverendas, n 240. Excommunhes conteudas na Bulia da
Excommun""ados publicos IIO sejo pa- Cea do Senhor quantas, e quaes sejo,
drinhos no Baptismo, ou Confirmao, n 1106, e seq.
n ................ 64, e 79. Exeommunhes da BulIa da Cea, como,
Excommungados, que por mais de quando, e c.om que clasulas sero ab-
quinze dias depois da Dominga do soltos delIas, os que houverem incor-
Bom Pastor, se deixarem assim an- rido, n 1127, e seq.
dar, que penas tem, n 14-8. Excommunhes da Bulia da Cea, todos
ExcommlJnganos d clarados quando nas os Confessores as devem saber e por-
Igrejas se acharem ao tempo dos Offi- que, 11 ' 1130.
eios Divinos, como se haveriio com Excommunhes reservadas ao Papa por
clIes os Parochos, e Sacerdotes, n. 602, direito commum, quantas, e quaes
e seq. sejo, n 1131, eseq.
Excommungados, os que por taes forem Excommunhes res rvadas ao Papa con-
declarados, devem ser evitados; e para tra Clerigos, e Ueligiosos por direito
que se aiba quem so, poro os Paro- commum quaes sejo, iidem,
chos em suas rgrejas escri tos, n. 1100, Excommwlhes reservadas ao Papa con-
e seq. tra pessoas publicas, e senhores de ter-
EXCOOllUungarlos declarados quem com ras, quantas, e quaes sejo, n. 1135,
elle commUllicar, que pena incorre e seq.
n................... , 1101. Excommunhes postas a todos em geral
EXcommllngados declarados, cm que reservadas ao Papa, quanlas, e quaes
casos se pde communical' com elles, sejo, ti " 1137, e seq.
60
4.78 INDICE DAS CONSTITUIES
Excommunhes postas por direito sem re- os Parochos de admiuistrar aos enfel"
servao alguma, quaes sejo, n. 1161, mos, e por seu impedimento quema
eseq. administrar, n 198.
Excommunhes no reservadas ao Papa, Extrema-Uno, quando o Parocho a
postas contra todos em geral, quantas, for administrar por caminho distan-
e quaes sejo, n ........ 1176, e seq. te sendolhe neccssario ir a cul'allo,
Excommunhes impostas por estas no- ou embarcado, como levar a arnbula
vas Constituies Synodaes em todos dos Santos Oleos, n 199.
os cinco livros dellas, quantas, e quaes Extrema-Uno, quando o Pal'Ocho en-
sejo, n 1189, e seq. trar com ella em ca a do enfel'mo, o
Execuo das penas, e condemnaes que fara, e como se baverit com elle,
dos que lraballlo nos Domingos, e 11 , 200.
dias Santos, quem a deve fazer, n. 388. Extrema-UDco, como se administrara
Execuo corporal nos delinquentes, <la enfermo, que estiver em tanto pe-
no se faa nas Igrejas, e Adros denas, rigo, que Do possa durar vivo at se
n .......................... 741. acabarem as ceI' monias, ibidem.
Execuco de testamentos. Vidc vcrlmm Extrema-Uno, como se administm
Testamentos. ao enfermo, que se duvida se esta
Exempo Ecclesiastica. Yide vCl'bwm vivo, D...................201.
Immunidaue Ecclesiastica. Extrema-LDo, que pessoas a acompa-
Exempes de pessoas Ecclesiasticas. Vi- nharo quando sahir ela S, ou das
de vel'bum Clerigos. mais Igrejas elo Arcebispado, n..203.
Exequias, para ellas devem os Parochos Extrema-Uno, falecendo sem ella al-
chamar os Clerigos, que nas obriga- gum freguez por culpa, e negligencia
es da Igreja costumo ajudai-os, do Parocho, ou de outro Sacel'dote,
preferindo sempre os confessores aos que penas havero, n , .. 20~.
que o no so, n....... ..... 826. Extrema-Lnco, sendo chamado o Pu
Exequias no se fao nos Domingos, e rocho pari a administrar, e no indo
dias Santos de guarda, n 839. com toda a diligencia, que penasha-
Exequias no se fao com sermo, nem ver, posto que o eDfermo no falea,
se armem rgrejas a esse fim, sem li- . ibidem.
cena do Prelado, n 8{~O. Extrema-Uno, quando algum enfer
Exorcismos, quando se devo fazer aos mo falecer sem ella por culpa das
que se baptizaro fra da Igreja em pessoas que lhe assistem, como sero
caso de necessidade, n......... 37. castigados, ibidern. .
Exorcista. Videvel'bu1n Ordem. Extrema-Uno, o enfermo que a dCl-
Extrema-Uno, que Sacramento seja, xar de receber por desprezo sendo
quem o instituio, e de que utilidade advertido, pecca mortalment?, e. se
sirva, n .................... 191. lhe negue sepultura EcclesIas~c~,
Extrema-Uno, sua materia, frma e n..... . _O~.
Ministro, quaes sejo, n ..... 192. Extrema-Uno, por se administ~a.rI18o
Extrema-Uno, o Sacerdote que sem se pea, oule"e premio algum, lbulelll.
licenca do Parocho a administrar (ra
dos csos de necessidade, pecca mor- F
talmente, ibidem.
Extrema-Uno, o Sacerdote Regular Fabrica das Igrejas, o recebedor della,
que sem licena do Parocho a admi- que cuidado ter de a cobrar, e com
nistrar, em que pena incorre por direi- que pena, n , 7~1.
to, i1)idem. Fabriqueiro, ou Fabricano das Igl'e]3s,
Extre'ma-Unco, quaes sejo os seus como se haver no concerto das se-
eITeitos. n' .................. 193. pnlLuras, quando os llerdeiros, ou ~es
Extrema-Uno, a quem, e quando se tamenteiros dos defuntos forem niSSO
deva administrar, n ........... HJ4. negligentes n ..........: ... 85~,
Extrema-Uno, os enfermos a peo Fabriqueiros das Igrejas l\IatrlZes pro-
a tempo, e os que lhe assistem avi- curaro para ellas a metade das es-
sem ao Parocho para que lh'a admi- molas, que se derem pelas sepullu~'~s
nistre, \I . . . . . . . . 19:;. das Capellas particulares, D.... 8~6.
Extrema-Uno, a que pessoa se no Falsidade m provi es. ou despac os
deve administrar, n 196. do relado , e ou tras semclhantesel'
Extrema-Uno, em que tempo se no cousas quem para ella CODCo rr .'
administrara, n '" HJ7. ou aconselhar, que penas bavcra,
Extrema-Unu, que obrigao tcnho n , 933, e scq
DO ARCEBISPADO DA. BAHIA. 479
Falsificadores, que commetterem falsi- para as hostias se fazerem, n .... 362.
dades em provises, despacbos, ou Festas solemnes, eDemingos do aDno,
outros quaesquer papeis publicos, ou nellas devem celebrar os Sacerdotes,
judiciaes, e delles assim usarem, co- n .................... , .91.
mo sero castigados, ibidem. Feslasdeguarda, de preceito neste Ar-
Falsificar livros de devassas, Visitaes, cebispado, quaes sejo, n 373.
Baplizados, Ordenados, defw1Los, e Festas de guarda de preceito, que obras
dos iDventarios dos beDs da Igreja que sejo prohibidas nellas, e que penas
peDas haver quem o fizer, n .... 935. havero os que as fizerem, n.... 378,
Falsificar papeis perteDceDtes Igreja, e seq.
e .II1esa PODtifical em tempo de Se va- Festas de guarda quando alguem as no
cante, quem o fizer, que penas have- guardar trabalhando, por quem seriio
rit, alem da excommtmho reservada executadas as penas impostas, n .. 388
ao fuluro Prelado, n ...... 936. Festas de guarda, no se fao nellas
Familiares, e parentes dos eDfermos, os actos judiciaes de jurisdio conteD-
exhortem a que se confessem, e avisem ciosa, D , 391.
ao Parocuo para isso, n 161- Fiadores, Do posso ser os Clerigos por
Faras Do se fao nas Igrejas, e seus ganho, n. . . . .. ........... 482.
Adros, n 742. Fiana, sem ella se no entreguem aos
Fm'inha de trigo ha de ser a de que se Thesoureiros, ou Sachristes as Tgre-
fizerem as hostias, n.......... 360. jas, ou cousas a ellas pertenceu les,
F, sobre as materias delia no dispu- D _ , 6J2.
tem os leigos, n 14. Fiana, ser obrigada a daI-a a mulher
Fc, ou seu symbolo qual seja, D 553. que accusar, ou for accnsada em J nizo,
}<', como nos myslerios deIla se devo para ficar escusa de residir, n .. 1036.
instruir os escravos, n..... 578, e seq. Fiana, ou Alvar della. Vide v01'bum-
F, elos que lhe forem suspeitos se deve Alvar de fianca.
denuDciar ao Santo Offieio, n. 886, Fieis Christos qe estiverem em artigo,
e sego ou provavel perigo de mor.te, devem
F, a sua profisso, e juramento. Vide receber a Sagrada Eucharistia, pre-
ver'bum Profisso da F. cedendo as disposies Decessarias,
Feiras, ou mercados, no se faco nos D 87.
Adros das Igrejas, n : .. 738. Fieis Christos, como devo todosp agar
Feiticeiros publicos no se lhes admi- os dizimos. Vide vel'bum Dizimos.
nistre a Sagrada Eucharistia, e em Filhos de pessoa Ecclesiastica no se ba-
que caso s a podero receber, n .. 8l:;. ptizem na Parochia de seu pai, seno
Feitiarias, quem as fizer, ou usar del- na mais vizinha no passando de le-
las, como ser castigado, n. 896, eseq. goa, e sem pompa, n ........... 40.
Feiticeiros, quem os consultar, ou ler Filhos de pessoa Ecclesiastica, quando,
seus livros, que penas haver, n. 898. e como podero ser baptizados na Pa-
Feitiarias, quem as ensinar, ou apren- rochia de seus pais ibidem.
der, que penas incorrer, ibidem. Filhos de escravos infieis, que no pas-
Feiliarias, quem usar delIas fingida, e sarem de idade de sete aDDOS, ou que
enganosamente, s a fim de ganhar ja lhes nascerem depois de estarem
dinheiro, que penas haver, n... 899. em poder de seus Senhores, devem ser
Feitiarias que iDvolverem man ifesta baptizados, ainda que o contradigo
heresia, ou apostasia na F dellas se os pais, n .................. 53.
deve dar conta ao Santo Officio, Filhos de infieis- que forem livres pdem
n ' 903. ser baptizados, cODsentindo qualquel'
Feitios, ou imagens, a que chamo ri- dos pais, ainda que um o contradiga,
cos fei Lios, no. se permitla ,'enrle- e no chegando a uso de razo, ibi-
rem-se, n .... ' ' 01. dom.
Ferimento, como ser castigado o Cleri- Filhos de escravos. Vide Vel'blt1n Escra-
gp, qlle o fizer, n ........... 1009. vos.
Fel'lmento feito na Igreja, ou nos Paos Filhos familias, como se cumpriro os
do Prelado, ou na porta deIles, ou de seus testamentos, e Legados pios, ten-
seus Ministros como ser castigado do as solemnidades de direito Canoni-
]C' oque o commeter, n ........ 1010. co, n 787 e seq.
'errador, que ferrar cavalgadura no Filiaes Igrejas. Yide vorbu7lt Igrejas.
Domingo, ou dia Santo, sem urgenle Fintas, no as pdem pr os secu lares as
cau~a, qne pena haver, n 384. Igrejas, e pessoas EcclesiasLicas,
Ferros de hostias havel'it nas Igrejas, n 658 e seq.
480 I -DICE DAS COXSTIT IES
fintas, quando as podero pagar os Ec- cm SCll parleI' estiverl:'m como tam-
clesiasticos, n.. .. . . .. .659, e 661. bem para se porem os Santos Oleos
Fora, ou violencia, ninguem a faa aos nos ba plizados em casa, n 36.
testadores para lhes impedir o testar Freguezes. o Parocho na Estao que
livremente de seus bens, n. 780, e seq. lhes fizer, lhes ensine como e admi-
Frma d9 Sacramento do Baptismo, de- nistra o Sacramento do 13apti mo,
vem os Parocltos ensinaI-a a todos, n .......................... 62.
principalmente as parteiras, n .... 62. Freguezes, pela desobriga da Quaresma
Frma,com que se deve dar a absolvi- devem commnngar da mo du seu Pa-
o de pel:cados, e censuras no foro rocha ou de outro Sacerdote de licen-
interior, e com crIe se absolveril das a sua,n .................... 8li.
censuras, e excommunhes no foro ex- l~reguezes, nas enfermidades graves, e
terior 11 180, e seq. oceasies de perjgo de vida os admo-
I<rma em que se deve celebrar o matri- este o Parocho, que recebo a Sagra-
monio, qual seja, n ...... 287, e 288. da Eucharistia, n ............87.
Frma da Doutrina Christ, que os Freguezes enfermos, que diligencias fur
Parochos, Curas, e Capelles devem o Parocho para saber os que ha na sua
ensinar, qual seja, n ..... 55'1, e seq. l?reguezia para lhes administrar a Sa-
I<rma em que se dir O Acto de Con- grada Eucharislia, n '" .102.
trio, e tambem para que os rudes o Freguezes, que frequentemente se qui-
posso mais facilmente aprender, zerem confessar, o Parocbo os con-
n....... " 575, e 576. fesse ao menos de oilo em oilo dia,
Frma do Acto de Contrio, para que e nas festas principaes, e dias de Ju-
os escravos com facilidade oaprendo, hileo. n .............138.
n 582. Freguezes, quando, como, e at que
FI'ma em que se havero os Parochos, lempo devem sa lisfazer ao preceito da
e mais Clcrigos em fazer testamen tos desobriga da Quaresma, n ..... 139.
as pessoas que para isso os chama- Freguezes sendo de menor idade, como
rem, n.: 783, eseq. se havero os Parocbos nas suas Con-
Fornicarias vagos, e incontinentes, co- fisses, n ................ H2.
mo se proceder contra elles, n .. 993. Freguezes que se ausentarem de suas
e 1001. Freguezias antes de en traI' a Quarcs-
Fornicarias Clerigos. Viele vel'bum Cle- resma, ou liverem justa causa para se
rigos. no confes arem, voltando a e\las sa-
Foro interior, e exterior, como em um, tisfaro ao preceito, e faltando a cstc
e outro se dar absolvio de pecca- se proceder contra elles, n .... .146.
dos, censuras, e excommunhes jn- Freguezes vagabundos. Vide Vel'bWll
corrida~, n ...... " ., ... 180, e seq. Vagabundos.
Fortalezas, no se fao nas Igrejas, e Freguezes enfermos. Vide verbll71l Do-
seus Adros, n ............ .... 71~6. en teso
Frades. Vide verbu11t Regulares, ou Re- Frcguezes, ouo Missa nas suas Ig,:e-
ligiosos. jas Parochiacs em os Domingos, edws
Fraganle delicto, neHe podem ser pre- Santos, e levem, ou mandem a eUa
zas as pessoas Ecclesiaslicas pelas seus filhos, e escravos, n ...... 367.
Justias seculares, n ...... 646. Freguezes que nas suas Parochiaes ou-
Fraterna cOl'l'eco qual seja, como se virem a Missa Conventual, que In-
deva uSai' delia, e em qlle casos, dulgencias se lhes concedem, n .. 369.
n 1047, e seq. Freguezes, corno se devo os Paro~hos
Freguezes, como os Parochos lhes de- haver com elles em suas Parochlaes,
vo ensinar a Doutrina Christ, e como procedero con tra os desobe-
n ................... 4, 6, e 5(~9. dientes, n 596, e scq.
Freguezes mandem seus filhos, e escra- Freguezes que no satislizerem as muI-
vos as horas determinadas pelo Paro- tas em que faro coudemnados, como
cho, para que este lhes ensine a Dou- procedero os Parochos conlra elles,
trina Chrisl, n 7. n ......................... 599.
Freguezes, devem os Parochos dar-lhes l?reguezes, senlindo-se aggravados das
, as copias que se ordeno, para por condemnaces dos Parochos, como, e
ellas serem instruidos os escravos na a quem se' podero queixar,.n .. 600.
Doutrina Chrisl, n 8, e 578. Freirac no podem s~r madrmhas ~o
Freguezes, como conll'a elIes proceder Sacramento do Bapllsmo, n .: .... ' .~.
o ParoclIO, se no mandarem a tcmpo Freiras no podem ser madnnhas ~no
baptizar 0$ filhos, ou crianas que Saeramento da Confirmao, n ... 19.
no ARCET3ISPA no DA BAHIA. 481
Freiras, que Confessores as podero quaes delles se devuo pagar dzimos,
con fessar, TI " 16!~. n .................... 418, e seq.
Freiras, os seus Conventos no devem Frutos, ou hens de Igrejas, lugares ou
ser frequentados por Clerigos, nem pessoas Ecclesiasticas nnguem os
seculares, n .r~86, e !~87. jJde usurpar, nem os Ministros se-
Freiras, o seu Convento da J3abia culares fazer nenes sequestro, ou em-
pelo Breve da sua creao sujeito bargo, e com que penas, n. 650, e
jurisdio ordinaria, n 630. 6ti1.
FI'eiras, o seu Convento da Bahia ao Se- Fundar Igrejas, Capellas, Mosteiros,
nhor A rcebisspo pertence o visitai-o, Conventos, e Collegios sem licen<1 do
e presidir nas eleies de Abbadea, Ordinario, probibido, e com que
ibidem. penas, n .................... 683.
Freiras, no seu Convento n1o se aceite Fundao de Igrejas Parochiaes em que
Novia alguma sem especial licena parte, e como deva ser, n. 687, e seq.
do Senhor Arcebispo, n .... 631. Fundao de Uosteiro de lleligiosos, ou
Freiras, nen-uma professe sem primeiro Religiosas, antes que para isso se
constar da sua vontade, ibidem. conceda licena, que diliuencias de-
Freiras, as renuncias, e doaes. que fi- vo preceder, n...... 690, e seq.
zerem antes de professar, devem ser Furto de cousas Sagradas, ou dedicadas
feitas com licenca do Ordinario, e em ao culto Divino, quem o fizer, que
que tempo, n. : 633. penas incorre, n 918.
Freiras, aos Bispos pertence fazer-lhes Furto, sendo grave, ou leve, que penas
guardai' a clausura dos seus Conven- haver o Clerigo que o commeLLer,
tos; e neste da Bahia com autoridade n ' 1022, e 1023.
Orc1inaria por ser sugeito ao Senhor Furto, com as penas delle sero castiga-
A rcehispo, n ................ 63!~. dos os Sacerdotes que retiverem os
Freiras, contra os desobedientes, e cul- bens, que os defuntos lbes deixarem
pados em violar a clausul'a de seus para restiturem, 11 1023
Mosteiros se podera proceder com
censuras, e mais penas, sem embargo G
de qualquer appellao, n 635.
Freiras, quando poder o Parocho en- Gabellas, fintas, ou outros tributos, no
trar na clausura delJas, n ..... 636. os ponbo os seculares s Ig['(}jas, e
Freiras, ainda nos casos por direito pessoas Ecclesiasticas, D ... 658. e seq.
permittidos no podero sabir da clau- Gabellas, ou fintas cm que casos a de-
sura, sem primeiro os approvar o 01'- vo pagar os Ecclesiasticos, n. 659,
dinario, 'i"bidem. e 66t.
Freiras professas que morrerem com Gado, delle se deve pagar o dizimo, e de
testamento contra o voto da pobreza, que idade se dizimara, n !~23.
que penas inconem, n ....... 637. Gastos fei tos em semear, ou colher f1'u-
Freiras, em que casos seja permittido tos da terra, no se devem tirar antes
dar-se licena aos Religiosos para de se pagar o dizimo, n 421.
irem fallar com ellas, n 638. Gibes de Clerigos de que podem, e de-
Freires, Comendadores, e Cavalleiros, vem ser, n '" .r~1.2.
de que cousas devo pagar dizimas, Gros de Ordens. Vide verblt7n Ordem.
n ..................... '" ..1.28. Guardar os Domingos, e dias Santos
Frequencia no celebrar, e Commungar, que preceito haja que a isso obrigue,
qual deva ser a dos Clerigos, e pesso- n., 371, e 372.
as Ecclesiasticas, n , .. 91. Guardar, que dias se devem neste Arce-
Frequencia no confessar. Vide ve'l'bu71t bispado por preceito, n, 373.
Confissiio. Guardar, como se deva o dia de quinta
Frequencia em ouvir Missa. Vide ver- feira, e o da festa da semana Santa,
bum Missa. n " 374.
Frequen tal' 1I10stei I'OS de Freiras li pro- Guardar se deve o dia da festa do Orago
hibido aos Clerigos, e seculares, e da l\-Iatriz em eada }'reguezia, ti. 375.
com que penas n 486, e 487.
Frutos dos Benefieios, deve restituil-os fi
todo aquelle, que sendo obrigado em
raz50 delles a fazer profisso da F, a Habitar com mulhere de su peita das
no fez no tempo determinado pl'lo parlas a dentro prohibitlo aos Cle-
Sagrado Concilio Tridentino, n .. 10. ri "'os, n ' 4-83.
Frutos, e rendimentos das terras, tIe Habito Clerical trar aquelle que for
4.82 INDICE DAS CO STITUIES
applicado, e deputado ao servio de Homicdio voluntario, o Clerigo que o
alguma Igreja, n 246. commeLLer, como sera ca ligado,
Habito Clerical qual deva ser, n .. 44.1. n , .. 1006, e seq.
Habito Clerical, o que andar n('1Ie no Homicidio, o Clerigo que o mandar fa-
tendo ao menos algum gro de Or- zer, ou para e!le der ajuda, ou con e-
dens l\1enores, que penas hal-er, lho, como ser castigado, D.... 1007.
n .......................... 450. Homicidio voluntario, o Clerigo que o
Habito Clerical com tonsura, quem, e commetter incorre em irregularidade
como o poder trazer, n. .. . ... Ma. reservada ao Summo PODtifice, e em
Habito Clerical, oClerigo que for acha- que penas mais, D 1008.
do com elle de noite depois do ino Honra de Deos, e seus SaDtos. Vide
corrido, como se proceder contra ve'l'bum Culto.
elle, n. . r~59, c r~62. Horas CaDonicas, que obrigao haja
Habito Clerical, o Clerigo que for acha- de as rezar, e a que pessoas toque es-
do sem eUe. ou de noite, ou de dia, ta obrigaiio, n. . . . . . . .. . .... 504.
como se proceder eontra elle, n. 460. Horas Canonicas, que })onas havero os
Habito de Clerigo, ou Ueligioso, o se- Clerjgos que por razo de suas Or-
cular que USar clelle P'lra mo fim qne dens, e Beneficios as no rezarem,
penas haver, n ..... , ...... 938. II . . . . . . . . . . . . 505, e seq.
Herdeiros dos Clerigos; e Beneficiados, Horas Canonicas, assim Da Cathedral,
como lhes succedero nos bens, mor- como em todo o Arcehispado, se re-
rendo ab intestado, n 775, seq. zem conforme o Breviario Romano,
lIerdeiros, e Testamenteiros dos defun- II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 508.
tos. Vide vC1'bum Testamentos, ou Horas Canonicas. Vide vCl'bum Omeio
Testadores. Divino.
Hereges, os que os favorecerem, ou aju- Hospitaes, a elles ir o Parocbo deso-
darem, delles se d logo parte, e a brigar da Quaresma os doentes,
quem, D '" 15. n .......................... 153.
Hereges, ou seus livros, que trato de Hospitaes, e outros lugares pios, em
heresias so probbidos, D 16. que forma so obrigados a pagar di-
Hereges, ou suspeitos de beresia devem zimos, n 429.
ser deDuDciados ao Tribunal do Santo Hospitaes, que no forem da immediala
omcio, D 886, e seq. proteco Real, como sero vi itados,
Hiperdulia que cousa seja, e a quem se e se tomaro coutas aos Adminstra-
deva esta adorao, n ..... , .... 20. dores delle , n 870, c Si!.
Homenagem, que pessoas gozo della, Hoslias se fao de farinha de trigo e
e em que casos, n 679, e 1076. se renovem de quinze em quinze dias,
Homenagem, quem a quebra uma vez, n .......................... 360.
no se lhe cODcede segunda, D.. 680, Hostias, cm carla Igreja baja ferros
e 1076. para eIlas se fazerem, e por quem se-
Homenagem no se concede ao que esti- ro fei tas, n , 362.
ver prcso pelo crime de Simonia,
n 905. I
Homenagem, quem a tiver andando pela
rua, obrigado a residir em Juizo Janellas, dellas no pdem os homens
pessoalmente, li 1033. ver a procisso do Corpo de Deos sob
HomeDagem, quem a no quizer dar, pena de excommunhio, D 501.
como se proceder eontra el]e, n. 1077. Idade, qnanla seja necessaria para ~'e
llomenagem, quem a quebrar, deve ser ceber O Sacramento da Confirma~2'
preso no Aljube, li . . . . . . . . 1078. D /1.
Homenagem, quem a poder relaxar, Iuade, qual seja a que se requer noS
ibidem. meninos para receberem a Sagrad~
Homens, Do podem ver das janellas a Eucbaristia, n 86.
procisso do Corpo de Deos, sob pena Idade para receher Ordens. Vide ver-
de excommunho maior, n ..... 501. bmn Ordem.
llomens, commetLendo um com outro o Idade que se requer para se eontrahirem
peccado de mollicie, como sero cas- . n .... 26-,
os esponsaes, qual sep, 9
tigados, n .................. 965. Idade, qual devo ter os co~trabentes
Homicidio voluntario caso reservado para celebrarem matrimonIO de pre-
Desle Arcebispado, n 177. sente, n ' .. , 267.
Homicidio, qual seja a graveza delle, Idade de vinle e um /lnnos complel?S.
D , 1005. os que a tiverem, so obrigados aJe-
DO A.RCEBISPADO DA BAllU. 1t83
juar, n ... '" 394. mento do Baptismo, n 3G.
Idade, qual se requer nas Novias para Igrejas, quando a ellas devem serJevadas
a prolisso, n ............ '" .63L crianas baptizadas fra de1las, n. 37.
Idoneos <levem ser os providos cm Be- Igrejas Parochiaes, e Capellas em que
nificios Curados, n. . 521. houver applicados, devem ter pia Bap-
Idoneos devem ser os Sacerdotes que tismal, n 68.
forem encommendados nas Igrejas, Igrejas, em que houver Sacrario, como,
n . . . . . . . . . . . . . . . . . .. .. 522, e seq. e em que Altar deva este estar, e que
Idoneos devem ser os Sacerdotes appl'o- cofre, e ambulas ter, e quando se
vados para Confessores, ou }Jregado- renovar o Santssimo Sacramento,
res. Vide vC'l''U,m Confessores, c Pre- n .................... 94, e 95.
gadores. Igreja, como a ella se recolher o Paro-
Jejuar fao os pais alguns dias aos fi- eho com a SagradaEucharistia, quan-
lhos, ainda que no tenho a idade do a for administrar aos enfel'mos.
que se requer, e para que, n .... 395. Vide vel'bum Eucbaristia, ou Parocho.
Jejuar no so obrigados os que tive- Igrejas, em quaes de1las se expora o Se-
rem justa causa, n... . 396. nhor em quinta feira da semana San-
J dual', q ue pessoas no so obrigadas ta, n , ............. 116.
respeito do trabalho que tiverem, Igrejas, em quanto ne1las estiver o Se-
n. '" " 396, e seq. nhor exposto como assistiro o Paro-
Jejuar, quem duvidar se as eausas que cho, f; mais Clerigos, n 1 t7.
tem so legitimas para o escusarem Igrejas em que no houver Sacrario, no
deste preceito, a quem deve recorrer, se exponha ne1las o Senhor cm quin-
n ................. 398. ta feira de Endoencas sem liceuea do
Jejum natural se requer para se receber Prelado, n : : 118.
a Sagrada Eucharislia, salvo quando Igrejas, exceptuada a S, no se deixe
se reeebe por Vialico, n... 85, e 109. ficar nellas o Senhor no tumulo at
Jejum natural se recomenda ao Parocbo, dia de Paschoa sem licena in sC1'ipt
ou Sacerdote que levar o Santissimo do Prelado, n 119.
Sacramento a algum enfermo sahindo Igrejas, no se exponha neHas o Senhor
da Igreja em que no haja Sacrario, sem licena do Orc!inario por es.crito,
n 108. salvo havendo privilegio Apostolico
Jejum, qual seja a sua instituio, e e1'- por elle VIsto, e examiuado, n. 122.
feitos, n 392, e 393. Igrejas Parochiaes, haja nellas Confes-
Jejum, em que consiste, D 39!~. sionario em lugares publicos, n. 154.
Jejum, delle fico escusos os que no Igrejas, os Parochos, e os Regll.lares nas
pdem haver o comer necessario para suas no consinto que ueHas digo
jejuarem, n 397. Missas os Sacerdotes seculare, que
Jejum, quantas especies ha dell , e co- vierem a este Arcebispado, sem que
mo se divide, n ....... !t.OO, e seq. tenho lic na do Ordinario, e com
Jejum Ecclesiastico, em que frma se que penas, n 2[~5.
eleve guardar, n 402, e seq. Igrejas, como a e11a SCl-O applicados os
Jejum da vespera do Natal, at que Clerigos de Ordens Menores, D. 246.
quantidade se podera extender a sua Igreja Parochial, nella, e no em outra
consoada, n ................ 405. se recebo os que coutrallrem Matri-
Jejum, em que dias do anno haja pre- monio, e com que penas, n ..... 289.
ceito de o observar neste Arcebispado, Igreja, della, e dos Omcios Divinos deve
n [~05. o Parocho evitar aquelles, que no fi-
Jejum cahindo em Domingo, se deve je- zerem certo, que esto legitimamente
juar no Sabbado immediatamenle casados com as mulheres que comsigo
antecedente, n 407. trazem, n 300.
Jejum, se cahir em diade qualquer San- Igreja, fora delJas se no diga Missa,
to de guarda, no cessa n Ile a obri- nem nas que estiverem intordicLas,
15ao de jejuar, iidelr/'. violadas, ou poIllltas, e com que pe-
Jejum de S. Joo Baptista cahindo em nas, n 338.
dia do Corpo de Deos, se deve anti- Igrejas Conventuaes, e Varochiaes, que
~ipar na "espera de Corpus, ibidem. Missas se podero nellas dizer no Tri-
Je,lum no Obriga aos que no tem ida- duoda Semana Santa, eem que frma
de de vinte, e um annos, nem aos ve- na sexta feira maior, n ... 3[~t, e seq.
lhos de sessenta, n , .l~10. Igreja no declarando o defun to a m
19l'ej'ls Parochiacs, na pias Baptismaes quese Ih di"'o asMi sasque deixiI,
dellas se deve atlmiuistrar o Sacra- toelas se diro na sua Matriz, sendo
484 INDICE DA CONSTiTUlES
nell~ sepullado; e se for sepultado n 533.
cm outra Igreja, o que ento se fara, Igrejas Parochiaes, como se pl'Overo
n ......................... 346. de encommendados, quando os Paro-
Igreja, se o defullto a nomear para que chos della tiverem impedimento,
nella se lhe digo as Missas, em ne- TI 535, e seq.
nhuma outra parte se podero dizer Igrejas 11arochiaes, nellas devem residir
sem dispensao, ibidem. os Parochos em toda a Quaresma at
Igrejas, cm cada uma haja livro, cm que a Dominga do Bom Pastor, ecom que
se escl'eviio as Missas perpetuas, que penas, n 545.
nellas houver, n 353. Igrejas Parochiaes, ou Parochos que se
Igrejas que tiverem encargo de Mis as, ausentarem deBas por cau a da doen-
nellas se no -aceite outro furadaquel- as contagiosas, que penas ltaveruo,
las que ainda se posso dizer, n. 3M. n 546.
Igrejas, nas suas Sacristias se guarde Igreja Parochiaes, so obrigados os I)a-
silencio, n. . . . . . . . . . . .. 309. rochos a dizer nellas Missa a seus fre-
Igrejas, que ornamentos tero, e o mais guezes em todos os dias de guarda,
necessario para se celebrar, n. 360, n " , .. 547, e 548.
e seq. Igrejas, encommendem os Parochos a
Igrejas tenho ferro de hostias, n ... 362. seus fregllezes, que nellas guardem
Igrejas Parochiaes, nellas devem os fre- silencio, n 588, e 598.
guezes ouvir Missa em os Domingos, Igrejas, commettendo-se neBas algum
e dias Santos, n 367. delicto, ou desacato, so obrigado os
Igrejas Perochiaes, os freguezes que nel- Parochos a dar parte delles, e com que
las ouvirem a l\1issa Conventual nos penas, n 601.
dias de guarda, que indulgencias ga- Igrejas, como ncllas se havero os Pa-
nho, n ............... 369. rochos, e SacerdOtes, quando ao tem-
Igreja Parochial, os que nella recebe- po da Missa, e Olficios Divinos esti-
rem os Sacramentos a maior parte do verem ne1las pessoas excommunga-
anno, so obriga':los a pagar-lhe as das, ou interdictas, n..... 602, e seq.
pri micias, n , "'31 Igrejas, a sua immunidade se guarde in-
Igrejas, quando nellas sero os Parochos teiramente, como est ordenado por
ohrigados a gastar das oblaes, e direito Divino, e humano, D. 639,
olIertas que se fizerem, n ...... [~34. e seq.
Igrejas, quando nellas se offereo pe- Igrejas, ninguem usnrpe os seus bens,
as, mortalhas, e outras cousas, oomo e fl'llc tos, n 650.
se dispor deli as, n 435, e !~36. Igrejas, contra a sua immunidade e no
Igl'Cjas deste Arcebispado, as pessoas, fao Leis, Ordenaes, ou Estatutos,
que as tiverem a seu cargo, e nellas e os ja feitos se revoguem, e com que
deixal'em pregar quem no tiver li- penas, n , 653.
cena do ordinario, incorrem em pena Igrejas, os seculares lhes no pdc,!D pr
de excommu nho, Jl .. 014. tributos, e em que casos os devao pa-
Igrejas de Regulares, os Ueligiosos que gar, n ......... _ 608, e. scq.
nellas pregarem t nho licena de Igrejas, no se pde fundar, ou reedificar
seus Superiores, e nem ainda nellas sem licencado Ordinario, e nasquede
podero pregar aquelles Religiosos a novo se edificaI'em, no se pude cele-
quem o Ordinario o prohibir, n. 515. brar sem approvao, ou licena, e
Igrejas Parochiaes deste Arcebispado se com que penas, n 683, e seq.
provem por concurso, n. 518, e seC[. Igrejas Parochiaes, como, e em que lu-
Igrejas Parochiaes, os que nellas hou- gar devem ser fundadas, e que dole
verem de ser providos, que sufficien- tem as deste Arcebispado, n. 687,
cia e requisitos devo ter, n ... 521. e seq.
Igrejas Curadas tanto que vagarem, de- Igrejas filiaes, ou Ca[lellas, quando se
vem ser encommendarlas a Sacerdot s houver de tra tal' da eel i ficacio del\a ,
idoneos, ate serem providos de pro- que dilill'encias precedero ;lntes de se
prietarios, e que congrua tero, lhes co..feedcr licena, n. 692, e 693.
n... . 522, e seC[. Igrejas ruinosas, e velhas niio havendo
Igreja, o que sendo nella provido tomar quem as possa reparar, o que se obra-
posse dena antes de ser collado por r ne1las, n 69~..
imposio de banete, que penas ha- Igrejas, e Capellas, lIellas se no ponh~o
ver, n 525. e cudos de armas, insignias, ou lclrel-
Igrejas Curadas, t.enha o Provisor um 1'0 algum, e com q\le pella~ n ... 695.
livro em que es!rjo cscriptas todas, Igrr.jas, neBas se no ponbao Imagens
DO ALtCEDISPAIJO DA .R\.UlA. 4.85
feihls de noro sem licenca 00 Prela- ou cousas semelhalltes, n ...... 746.
do," .o.u Proris,or, e sem se benzerem, Igrejas, no se cerquem para se apanhar
II , , ... 69li, e seq, algum delinquente acoutado nelJas,
Ign,jas, que ornamelltos, e moveis deva n ................... '" .768.
haver 11<;lIas, e os seus AlLares, e Ya- Igrejas, os acoulados a ellas estejo ho-
lOS sejo Sagrados, e os oruall1cn tos nesta, eclccentementc, n. 770, e 771.
brutos, n 706, e seq. Igrejas Parochiaes, em cada uma dellas
Igl'ejas, que lilllpeza deva haver nos deve haver lil'l'o para o assento dos
seus Ol'llaluel1tos, Cal ices, e fll(tis al- que falec.erem, n 831.
lilias, n ' 711, e 712. Igrejas, nellas se no consillto Essas,
Ign'jas, a sua praIa, ornamento, e ou- ou armaes para se fazerem exe-
tros moveis se no emprestem, nem quias, n .............. 8~0.
se sirva dclles em ou tros usos, e com Igrejas, nellas se enterrem os corlJOs'
que (lena n 713, e 711~. dos fieis Cbristos, n .......... 8{~3.
Igrejas em que os Yisitadores niio acha- Igreja em que alguem eleger sepultura,
rem illvelltario dos moveis deli as, no nem-ulll Clerigo, ainda que seja Pa-
se finde a visita sem se fazer inventa- rocho, ou Regular, o induza a ele-
rio, II 716. geI' outra, n , 846, e seq.
Igrejas, o Conego que fo\' eleito )lara Igrejas, nellas, e nos seus Adros se no
reccbedOl' da fabrica de1las, que cui- abro sepulLuras sem se saber fazer ao
dado ter em a cobrar, e com que pe- Paroeho della ,n 8!~9.
oas," ...................... 721. Igrejas, dellas, e de seus cemiterios se
Igrejas, achando-se nel1as ornamen tos niio desenterre defunto algum sem
relhos, que.se no posso reformar, se preceder licena, n ...... 81>0, e 851.
devem estes queimar, n.. . .... 721>. Igrejas, qual deva ser o concerto. e (Ie-
Igrejas, os materiaes que hourcssem si- cellcia das suas. sepulturas, n .. 852,
do de algumas, no se devem applicar e seq.
a usos prolill1os, mas s p~ra reforma- Igrejas, nellas se no concedo sepultu-
o de outras, n 727. ras perpetuas sem licena do Prelado,
Igrejas, com que reverencia se ueve eslar n .................... 855.
nellas, n " '" . . . . . . .. .728. Igrejas.Matrizes a ellas pertence a mela-
Igrejas, a ellas se niio levem armas d de das esmolas. que se dercm das se-
logo, ou outras )lrohibidas, II ... 7:W. pulturas rias Capellas filiaes, 11.856.
Igrejas, dentro dellas se n;esteja com Igrejas, ncllas, e nos seus Adros se no
o cabello atado, nem se tome tabaco d sepultura aus que por direito, e
de fumo, nem se atem. ou ponho ca- Costituio se deve negar, e que penas
vallosnos s~ns.Ad)'os, o....... 730. incorre quem fizer o contrario, n.857,
Igrejas, neHas se lio assentem em cadei- e 858. ,
ras de espaldas, seno as pes oas ex- Igreja riolada, ou interdicta, os que-
ce(Jtuadas, e com que penas, n... 731. nclla derem sepulLura a alguma pes-
Igrejas, na .Capel1a mr dellas no haja soa, que penas incorrem, n. 858, e seq.
a entQs pi oprios, nem neUa.estejo o Igrejas, que Confrarias seja bem que
leigos em quan to se ceI ehrarcm os haja neHas, n , ., 869.
amcios divinos, n ...... 733, e seq. Igrejas depois de visitadas no espiritual,
Igreja, nellas, e nos seus Adros se niio e temporal, os Visitadores visitem as
fario feiras, m I'C(ldos, vendas, cou- Capellas, e Confrarias neUas erectas
tratos, nem acto algum de jurisdio com autoridade Ordiuaria. Do, 871.
secular, n 738, e 739. Igrrjas, nel1as, ou fra. deli as se no
Igrejas, nellas, e nos seus Adros e no consintiio questores, ou eleemosina-
fa~a execuo alguma corporal de rios, e com que penas, n 876.
morte, cO.l'lanwnto de mcmbros. ou Igrejas, dentro dcl)as se lio peo es-
c~uso de sangue, n 74,0. molas em quanto se disserem Mis as,
heJas, nella. e no cus.-\ dros nao e outros Omcios Dirinos, n ..... 882.
porguntem testemunhas os Officiaes Igrejas, quem nellas, ou nos seus Adros,
~cclesiaslicos, sem licena que para malar,. ferir, espancar, ou por obra
ISSO tenho, n, 7!~1. injuriar alguem, que penas ha'-eriJ,
hejas, nellas, e nos seu Adros se no n 916,1010.
fa~o f(I~as> e jogos profanos, nem se Igrejas, os que furtarcm cou as dedica-
faao I'igilia ,ou 'ol'cnas (lc noite, das a e1las, Oll ao culto Divino como
I II: .......... 7 f~2, e scq. scro ca tigado' n 918.
gr,r'Ja', ncllas e. nos scu .\dros se nno I;;rcja> tanto que lIellas se rommcltc-
Ja~o Castellos, furtalezas, car(;CrC5, relU al n ull1 sacrilcgio. 'iio u P<1l'ocho,
Gl
486 INDICE DAS CONSTITUIES
e Capelles delJas obrigados a dar con- trago os que tirarem esmolas, e com
ta, n ..................... 920. que penas, n ............ 882.
Igrejas, para que se hajo por ,ioladas, Immunidade EccIesiastica, como se de.
que casos, e circunslancias devo con- va guardar .int~iramente com as pes.
correr, n .... 1266, e seq. soas EccIeslasllcas, n ......... 639.
Igrejas, em quanto estiverem violadas, Immunidade EccIesiastica de que direi-
que cousas se prohibo nelJas, n.1276. to procede, e que cuidado tero os
Igreja violada, ainda nella se poder Ministros Ecclesiasticos de a deCender,
pregar, n 1278. n ............... 640, e6,ij.
Igreja, que se entenda debaixo deste Immunidade Ecclesiastica, quem aim-
nome, quaudo se traIa da materia da pedir, ou usurpar di1'ecte, ou indirectt,
violaco, n 1279. que penas incolTe, n 6~2.
Igreja, ficando violada, tambem o Adro Immunidade Ecclesiastica, conlra ella
contiguo o fica, e no pelo contrario, no podem as Justias secu lares pren-
n ............... 1280. der pessoas Ecclesiasticas, salvo em
Igreja violada, quem a poder desenvio- flagrante delicto, n 646.
lar, sendo consagrada, ou somente Immunidade Ecclcsiastica, contra ella
.benta,n ......... 1281, eseq. ninguem cile, ou demande pessoas
Igreja, tanto que for violada, que sum- Ecclesiasticas diante de Juizes secula-
mario devo fazer os Parochos, e a res, e com que penas, .... 647, e seq.
quem o remmet.tero, n ..... 1282. Immunidade Ecclesiastica, contra ella
Igreja violada por respeito de algum de- se no faco Ordenaces, Leis, Esta
funto que nella Cosse enterrado, nem tulos, ou 'acordos, eO os j feitos se re-
por isso se pde este desentel'l'ar sem voguem, n ........... 653, e seq.
licenca do Prelado, ou Provisor, Immunidade Ecclesiastica, contra ella
n .. : ................ 1283. no podem os seculares pr tributos
Igreja, para se julgar POl' Sagrada, que nas pessoas Ecclesiastieas, e bens das
prova bastar, n 1284. Igrejas, TI 653, eseq.
Igrejas Parochiaes, ou Curadas, nel- lmmunidade da Igreja, em que Igrejas,
Ias deve baver estas Constituies, e lugares gozar deBa os delinquen-
n 1310. tes que a ellas se acoularem, n. 74-7,
II1egitimos filhos havidos de pessoas e seq.
Ecclesiasticas no se baptizem llas Pa- Immunidade da Igreja, em que CilSOS, c
rochias de seus pais, e quando pode- a que pessoas no valer, ainda quc
ro ser baplzados nas mesmas, ll. 40. a ella se acoutem, n 75~, e seq.
JIIegitimos filhos, como delles se faro Immunidade da Igreja, em quefrmasc
os assentos acerca de seus baptismos, far, n ............. 762, esC!!.
n .................... 73. Immunidade da Igreja, sem ella se n80
Imagens Sagradas, que culto, e venera- .tirar o delinquente da Igreja, D. 7~.
o se lhes deva dar, n.. " .20, e seq. Immunidade da Igreja, havendo ~uy,da
Imagens Sagradas, de quaes se deva usar, sobre ella, a -quem toca o decldl\-a,
e sendo feilas de novo no se ponho n ................ ~ .. 769.
nos Altares sem licenca do Prelado, Immunidade da Igreja, os delinquenles,
ou Provisor, n : 696, e seq. que a ella se acoutarem, e a gozar~m,
Imagens, que se orno de vestidos, no no podero estar nella mais de VlOtc
sejo estes emprestados, e sendo j dias, n 7il.
velhos, e indecentes, o que delles se Immunidade da Igreja, quando valer aos
far, n 698, e 726. delinquentes acoutados n ella, pertcn-
Imagens se benzo antes de se prem ce aos Ministros o fazeI-a guardar, e
nos Altares, e com que prefereneia es- como se havero os mais Clepigos nes -
taro nelles, n........ 699, e 700. . Iar, n ...... " ."'172, c ii3.
t e partlCo
Imagens, a que chamo ricos feitios, Impedimento, os que o tiverem para
no se vendo pelas ruas, e que cui- casar, no fao promessas, ~ espo-
dado ter o Meirinho sobre este par- sorios di) futuro, seno debaiXO da
ticular, n .............. , .. 701o cundio, se o llapa dispensar; eos q~~
Imagem da Cruz se no pinte, nem le- o con trario fizerem, e as pessoas q
vante em lugares immundos, e inde- assisti rem_s taes promessas, que2h6~
centes, e com que penas, n ..... 702. na haverao, n :..... se
Imagens indecentemente pintadas, ou Impedimentos do matrimonro, como 1-
envelhecidas, achando-as os Visitado- havero os l'arochos, quando cOI~~6
res, o qlle cl evo fazer, TI 705. les 1hcs sah irem> n .... , 275, e "I
lrnagens de vulto, ou pintadas nu as Impedimentos do matrimonio, os p'lro
DO ARCEBISPADO DA BAJIIA.
chos, e Capelles os rleclarem aos Fre- eastigado, TI : 916.
guezes, para que o saibo, e quando, Injurias de palavras, que penas have-
e como, n 28'~. ro os Clerigos que as fizerem,
Impedimentos dirimentes do matrimo- n 1010, e 1012.
nio, quaes sejo, e que prova para Injuria, quem a fizer nos Paos do Pre-
elles baste, e quem seja obrigado a lado, ou em casa de algum dos seus
descobri l-os, e a que pessoas, n. 285. Minislros, como sera castigado,
Impedimentos impedientes do matri- n ........................ 1010.
monio quaes sejo, n ........ 286. Injuria, quem a fizer a Minislro ou Of-
Impedimenlo dirimenle, quem sabendo ficial de Justia Ecclesiaslica, como
que o lem, sem embargo disso se ca- ser casligado, n .... 1019, e seq.
sar, que penas haver, n. 294, e sel{o Injuria feita aos Ministros EccIesiasli-
Impedimento, ou seja dirimente, ouim- cos, estes a no dissimulem, n. 102t.
pedienle, o Parocho que sabendo del- Injuria, pde o llarocho querelar da
los assistir ao matl"imonio, que penas que lhe lizerem por razo de seu om-
haver, e as testemunhas, 11 298. cio, n ........ ' ........ 1039.
Incendio feito de proposilO para fazer Inj urias verbaes, como se proceder oel-
mal caso reservado, n 177. las, n 1062, e seq.
Inces~o, que penas havero os Clerigos, Injuria feila em audiencia, como por
e leigos que o commellerem, n.. 969, el1a proceder o Vigario geral,
e seq. n ............... 1063.
Incesto, procedendo de cognao espi- Inquiries, e papeis' que estiverem em
ritual, que pena~ havero os que o segredo, quem os moslrar s partes,
commellerem, n ..... 973. que penas haver, D 937.
Incesto, que peoas havero as mulhe- Inquirio geral, ou especial, quando,
res que o commetterem, n .. 973. e como se deva fazer, n. 1056, eseq.
Incesto, como se proceder oesle crime Inquirio, como nel1a se deve haver o
querendo os culpados cas~r, e haver Juiz, que procede a devassa, n.1059,
dispensao, o 975. . e seq.
Indulgencias, como as publicar o Pa- Inquirio. Vide vel'bmlt Devassa.
ror.ho aos que acompanharem o Sao- Inquisillores, a elles se dara parte das
tiss.imo Sacramcnl(}, n .. 105, e 106. hlasfemias, sendo herelicas, n .. , 893.
Indulgeocias de quarenta dias se conce- Inquisidores, a elles perlence o conhe-
dem aos que acompanharem a pro- cimento do crime da Sodomia, n. 958.
cisso dos Santos Oleos, quando fo- Inquisic!ores. Vide verb.u.m Tribuoal do
rem trazidos S, n ..... '" . 255. Sanlo Officio.
Indulge.ncias ganho os Sacerdotes, Instituico de herdeiros. ride' "'C'Irbum
que antes, e depois ela Missa disse- Testamentos.
rem as Oraes que se apooto, Inslruces com que se deve)ll catequi-
n .. 327, c seq. zar os escravos, !lo 579, e seq.
Indulgencias se concedem aos freguezes Iulerdicto, no tempo delie se no admi-
que ouvirem a Missa Conventual da nistre o Sacramento da Exlrema-Un.:
Sua Parochia nos dias de guarda, c co, n 197.
ao Sacerdote que a disser, o .... 369. Interdiclo que cousa seja, em quantas
Indulgencias que se ganho no dia do especies se divide, e e[eitos que cau-
Corpo de Deos, e sua Oitava, devem . sa, n ............ 1235, e seq.
os Parochos publicaI-a:; a seus f'e- Tnterdiclo, no se requer cerla frma
guezes, 502, c 503. de palavras para-se pr, e s a causa
Infames, so irregulares. Vide verbum se por por escrito, e por tapOs gra-
Irregplariade. ves, o ................ ~ 1238.
Infamia incorrem os convencidos de Inlerdicto quando se puzer, todos os
perjuros, n 920, e seq. ne~ulares, e mais pessoas o devem
Infieis, no se lhes deve dar sepultura guardar, e que penas bavero. QS que
nas Igrejas, e lugares Sagrados, o no guardarem, n .... ' .1239.
n .................. 857. Interdiclo, ou seja geral, oU' ~sp.ecial,
Infieis escravos. Vide vc'rbw/'I' Escravos. que COllsas se prohibo, ou se con'"
In~~igos da alma, quanlos, c quaes se- cedo', no lempo delle, e a qtlC pessoas,
]ao, n 569. n 1240, c seq.
Injurias feitas aos Clerigos sao havi- Inlerdiclo, em que tempo, e cm que
I das por alrozes, n ........... 667. dias por direito se relaxe, e suspen-
njuria, quem a fizer por obra a alguem da, n ................. 12f~.
Das. Igrejas., e se1.\5 Ad ros, como scr, Interdicto, como seja a rela ao, e ab-
~88 I~DTCF. DAS r.O~STITrT E;
sohio rlelle, n ............ 12!~.'i'1 l<'l'no, n '" 182.
Jnlcrdiclo, cnelo posto ab homine, por Jubileo, o CIlnfc5 01' que em rirlude
quem ser relaxado, e quando o Il re- delle se escolliC'r, de que IJoder s ab-
lado o poder levantar, ilJidclIl. solver, e no (Ii (len ar, n 18:1.
InLerdicto po to por direito por tempo Jndai mo, os que forem comprehendi-
eerto, os Prelados o no pdem le- dos neste crime, devl'm ser denuncia-
vantar ibidem. !:los ao Tribunal 110 'anto Officio.
InlerdicLos postos em direito, que mais TI . 886, e 887.
perlencem ao governo deste Arcebi - Jnizes seculares dem lodo o farol' llal'u
pado, quae sejo, e porque causas se se admini Lrar a seu Leml)O a Eucha-
incorrem, n , .. 124.6, e seq. ri I ia aos conJemnados ii morte, n. 90.
Interprele do penitente na Confi so, Juizes secularrs ruallLlelll alimpar, e
com que pcnas esteja obrigado ao si preparar as Cadcas quando o Paro-
gillo, n ..................... 188. cho for desobrigar da Quaresma aos
Interrogatorios ntls diligencias de vita, presos, n 152.
ctm01'iblls aos que se houverem de pro- Juiz dos Casamentos, quando bOUl'el'
mover a Ordens., quaes sejo, n. 224, de remiLLir algumas denunciaes
e 225. . matrillloniaes, que justificaes. e in-
Intersticios de tempo se guardem nos formaes precedCl'o, TI 278.
que se promoverem a Ordens, salvo Juiz ou "Procurador da Jgrej<l, em que
parecendo outra. cousa ao "Prelado, no houver M~irinho Eccle iaslico,
n " " .. 2l4. eleger os "Pm"ochos, ou Curas, o
IIH'entario se far dos moreis de algu- para que, n 388.
ma Igreja Parochial, quando nella en- Juizes, oul\1inistro secnlares ra liguem
traI' algum Sacbristiio, ou Thesourei- aos que no guardarem os Domingos,
1'0, n.. .. G10. e dias SanLos de guarda na frma da
Inventario se far em rarla 19rC'ja da Exlravagante do Santo Papa Fio Y.
prata, omamentos, e mais moveis que n ........................ 390.
nelIa houver, e a quem se entrega- Juizes seculares que lizerem, ou man-
riio, TI 715, e 71i. darem actos de jurisdio contenciosa
Inventario dos moveis das Ign'jas, no nos Domingos, e dias SlIUtOS, que
o acbando os Visitadores no dem penas bal'ero, n 391.
" por finda a visita daquel1as em que o Juize, e Justias seculares, com que
no houver, sem que primeiro se pena so obrigados a concorrer com
faa, n 716. toda a ajuda, e forem invocados para
Jogos, quaes sejo prohibidos aos ele- que se guarde a c);lusum do Con-
I'igos, e em que lugares, n. 468, d69. yento das Freiras, n ........ , .635.
Jogos, ou casa del1es no devem dar os Juiz, e Justias eculares, que por qual-
Clerigos, e com que penas, n.... "70. quel' via trouxerem a seu Juizo as
Jogos l)rofanos so pl'ohibidos nas Jgre- pessoa, ou Communidades Eoclesias-
. jas, e seus Adros, n 742. ticas, e conhecerem das suas causas,
Jogos, niuguem os d com tabolagem que ponas incorrem, n 643.
em sua casa; nem se joguem nos dia Juizes seculares niio aceiLem querell a
de guarda antes de se acaharom os nem tomem auto coutra pessoas Ec-
Officios Divinos, n ..... 102!~, e seq. c1esiasticas; e sendo alguma compre-
Irregularidade reservada a Sua S:mLi- hendida nas devassas gemes, como se
dade incorre o Clerigo, que exercitar haverilo, n , 6M~, e Gff5.
a Ordem de que estiver suspenso, Juizes seculares, que preRLlerem]lessoas
TI '.' '" ,' H69. Ecclesiasticas fl'a de fiagrantc deli.-
Irregulafl(lade, como se diVida, e quaes clo, que penas incorrem, 11 .....646.
sejo os elTeitos 4ella, n.1285, e seq. Juizes seeulares, ninguem pilra d1anle
Irregularidades que nascem lIe defeito, dellescite, ou demandoas pessoas Ec-
n ............. " ., .. 1290, e seq. clesiasticas, n 647. e scq.
Ifl'egularidades que nascem de deI icto, Juizes secularcs no proeedo a sC(1J.ue~-
n ................ 1301, e seC[. traI' nos bens da Igreja, nem taao
Irregularidades que nascem ea: de{ectu, embargo nelles, nem nos das pessoas
ou ex delicto, quem poller dispensar Ecclesiaslicas, e eom que penas,
nellas, n .......... _.. 1308, e seq. 11 . , .650, e seq.
Jubileo, quando por virlt1l1e de algum Juizes srculares no fao leis, poslu-
se 110uver de escolher Confessor, qual ras, ou cousas semelhanles eontra a
possa ser, e a ahsoll'io das censuras liberdade Ecclesiaslic<l, e com que
por clle dada s aprol'eila no 1'01'0 in- penas, n 653, e sel/.
-189
Juizes seculares no ponhiio tributos s L
Igrejas, e pessoas Eccle iastic.1s,
II . o 6;58, e seC[. lacticinios que.prohihio,. ou permis-
Juize seculares no fao lias Jgreja , so haja de se comerem lia (.1uaresma,
e sens Adros acto algum de jlll'isdi- n ..... '" ... , .. , ........... 411.
o contenciosa, nem execuo corpo- Latria, que adorao seja, e a quem se
ral nos delinquente, fi 739, e 740. dera, n 19.
Juize cculares no tirem das Igrejas I.avandeas, niio guardando os Domin-
os delinquentes que a ellas se acollla- gos, e dias Santos, que pena have-
ro, sem preceder immunidadr, nem ro, e quem a pagar, se forem es-
lhes ponho ferros estando nellas, cravas, n .................. 38'L
n , o' 76(;, eseq. lavatol'io, por quo vaso se dar aos que
Juizes Eeclesiasticos. Vide vCl'bllllt Ec- commungarem, n 9!).
clesiasticos. I.avatorio na Missa no tomar o Sa-
Juramento, e profi so da F, como se cerdote que consagrar alguma parti-
laz, no . , .. 13. cula para a ir a administrar a algum
Juramento, os Clerigus que o derem 110 enfermo, no havendo Sacrario na
Juizo seculal' sem licenca fra dos ex- Igreja onde commungou, e porque,
ceptuados, que pellas hvero, n. 471~, n ....................... 108.
e seq. Legados pios quando se deixarem nos
Juramento falso em Juizo, caso reser- testamentos, ainda dos filhos famili-
, vado, n ............... '" .1i7. as, como se devo cumprir, ,n... 787,
Juramento 1'011 o em Juizo, qual seja a e seq.
graveza deste crime, e que penas ha- Legarlos pios, oenlro em que tempo e
vero os que o commetterem, n. 921. devo cumprir, e o que se far quando
e sel/' os Testadores os deixarem a arbitrio
Juramento falso em Jni7.0, ou fra del- de seus Te;'tamentciJ'OS, n. 798, e seq.
Ir, como se ha\er oPromotor acer.:a J.egados pios, delle se no passem qui-
ua sua accusaco, n, ..... 923, e 932. taes an tici paJas, sem estarem com
Juramenlos fal s em Jl1izo, que se dei- etl'eito cumpridos, n. o 80li.

xo na alma dos demandados, e os de Legados. Vidct'crb1l1n Testamentos.


c...lumnia, em que casos pc1em ser teigos, ainda sendo doutos, n<'io dispu-
castigados, n .......... 926, e 927. tem sobre os mysterios da nossa F, e
Juramento falso, quem para eUe, indu- Religio Catho!ica" Il. . . . .. . ... 1!~.
zir testemunhas, que penas haver. leigos, no devem receber a Eucharis-
n, , o 928, e 929.
tia se no debaixo ua especie de po,
JllI'amenlo falso fra de Juizo, como Il 89.
ser casti"'ado, n ,930, e seq. leigos no commungem cada dia, seno
Juramento, que do os Ministros, e 01'- de oito em oito dias, e quanrlo o po-
liciaes de Justia, como sero estes dero fazer com mais frequencl, n. 92.
ca tigados se o no guardarem, n. 931. Leigos, no se lhes enlreguem as chaves
Jurisdio, qual se requeira no Sacer- dos Sacra rios em quinta feira de En-
dote para poder admillstrar o Sacra- doenas, Il " 96.
menlo da Penitencia, n " 125. Leigos a sistiio nas Igrejas em que esti-
Jurisdio tem os Bispo para exami- ver o Senhor exposto, n 1 '16.
narem as \olltades das Novicas antes Leigos no esteJo nas Capellas maio-
da sua profi so n 631. res das Igrejas em quanto nelJas se
JUl'sdico Ecclesiastica, os Ministros celebrarem os ameias Divinos, e como
Eccll:siasticos tenho muiLo cuidado se proceder contra os rebeldes.
de a deff~nrJer, n ,. 6!~1. n o o 733, e seq.
o'

Juri dio EccJesia tica, os que a im- I.eigos no e intromello a lanar de-
pedirem, ou usurparem dil'ccl, ou monios fl'a dos corpos humanos, e
inrlil'ecl, que penas incorrem, n. 612. com que penas, n 902.
JUl'isrlieao Ordinaria tem o Senhor 1\.1'- leigos, contra elles se no reccbo dr
c.ebi 'po nos Conventos das Freiras nnnciaes de adullerios. c quando
desta Cidade. Vide vcrbwn Freiras. s se podero estas receber, n... 968.
Justiados ii morte, um dia mlles de se leis se no faco contra a liberdadeEc-
executar ii seutenca lhes auministre clesiastica, iJ ...... , ' .653, e seq.
o Parocllo a Eucl;aristia, e havendo letreiro se no ponha nas Igrejas sem
algum impedimento o que far n.90. ordem expressa do llrelado, n ... 695.
Lihl'l'llarle Ecelesiaslica, Yida VI'l'b1l1ll
Immnnirladc.
INDICE DAS CONSTITUIES
Licena, sem ella se niio aceitem encar- acerca das certides se observe o mes-
gos, e obrigaes de JIlissas perpetu- . mo que com os dos Baptizados, n. 81,
as, n o, 352. e seq.
Licena, quando se conceder a algnm l.ivros doutos leo os Confessores, e
Clerigo, para. tra.zer arllJ'!s para sua de- para que, n 73.
fena, em que frma ser, n.... 455. Livro haver na Camara Ecr.lesia tica
Licena., em que .cMI> s.e conceder aos pal'a os termos de se no alhearem os
Religiosos para irem fallar com Frei- patrimonios, alem do livro da matri-
ras ao seu ConventoJ n , . 638 cula das Ordens, n 232.
J~icena, sem ella se no edifiquem, ou Livro da matricula dos Ordenandos
reedifiquem Igrejas, Mosteiros, ou deve haver na Camara Ecclesiastica,
Collegios, n 683 n u 236, e eq.
Licena da S Apostolica, sem ella se Livro dos casados, em que frma faro
no pdem reduzir a menos numero os Parochos nelle os assentos, n. 318,
as l:lissas que forem deixadas em al- e319.
gum testamento, n... O" 811 Livro haver em cada Igreja para se es-
J~icena para se desenviolar a Igreja sen- creverem nelle as obrigaes de l\Iis-
do benta, a que pessoas se conceda, sas perpetuas. n ..... 352.
n .. " ........ , .... 1282 Livro haver na Camara Ecclesiastica
Limpesa, qual deva ser a dos omamen- em que se registem os Titulos dos Be-
tos. e mais cousas pertencentes Igre- neficios, e termos das collaees del-
ja, n 711, e 712 les, n ................ : .. 525.
Livramento se devem pl'oseguir pessoal- Livro em que estejo escritas todas as
mente, ~ quando podero as partes ser Igrejas Curadas deste Arcebispado
escusas de residir, e admiLlidas por deve ter o Provisor, e para que,
seus Procuradores, n .... 1032, e seq. n .................. 532, e seq.
Livros defesos, quem os tiver, ou usar Livro haver em cada Igreja para o in-
delles, que penas incorre, n .... 16 ,'entario dos moveis, e ornamentos,
Livros, os Capites, e Mestres, que os que nellas houver, n ..... , ... 715.
trouxerem nos seus navios, so obri- Livro do tombo, assim das Igrejas, co-
gados a mandaI-os ir Alfandega, e mo dos beneficios, e mais cousas per-
o Vigario Geral examine as matedas tencentes ao Ecclesiastico deve haver,
delles, antes de se entregarem a seus e guardar-se no Cartorio da S,
donos, n..................... 17 n 718, e seq.
Livros que trato de materias Sagradas, Livro para os assentos dos defuntos ha-
e ando sem nome de Autor, quem os ver em cada Igreja l?arochial, e co-
tiv.er, ou, vender ,sem primeiro serem mo se faro os assentos, n. 831, e seq.
approvados pelo Ordiuario, que penas Li 1'1"0 destas Consti tuics, que pessoas
tem, n ... o 18. so ohrigadas ateI-o, n .. 1310, e scq.
Livro dos Baptizados como estar guar- Lobas de Clerigo. Vidc vel'bullt Habito
dado, e neHe se faro os assentos, e Clerical.
. com que licena se passaro deHe cer- LugaFes Sagrados, com que reverencia,
tides, n " 70, e seq. e respeito se deva estar nelles, n.728,
Livro dos Baptizados no se tire da e sq.
Igreja, nem se mostre a pessoa algu- Lugares Sagrados. Vidc vCl'bulIl Igrejas.
ma sem licenca, n ..... o ..... 73.
Livro dos Baptiiados, quem o falsifi- M
car, ou passar certido delle sem li-
cena, que penas haver, n 74. Madeira das Igrejas no sirva seno par.a
Livro dos Baptizados, depois de acaba- outras Igrejas, ,e no servindo se quei-
do de encher todo, se deve entregar me, n ................. 727.
ao Vigario geral, e para que, n ..75. Malefieios. Vida 1Jcrbmn l"eiticarias.
Livro, dos Baptizados, pelos assentos, Mllndados de llrelado, de seus Minis-
que nelles se fizerem, no se leve tros, e de outros Superiores. quando,
cousa alguma; e quanto se levar das e como se devem cumprir, n .... 883,
oertides que delle se til'arem, ibidcm. e seq.
Livro que de novo houver de servir para Mandamenlosda Lei de Deos, e da Santa
os assentos !los Ba.ptizados, no prin- Madre Igreja, os Parochos os ensi-
cipio delle se ajunte o reciho, que se nem a seus freguczes, n.. 51)8, e 5~9.
ordena, ibidcm. Mos violenlas em pessoa Ecolesiastlca
Livro dos Baptizados, como nelle se fa- caso reservado, e que penas harer
ro os assentos dos Chrismados; e quem as puzer, alem da excommn-
DO A.HCEBISPADO DA. BARIA.. 491
nho cm que incorre, n.. 177, c915. mento, que penas havero os que o
1\Iarchantes, ou outras pessoas que ma- celebrarem, e o Paroeho, e testemu-
tarem, ou venderem carne publica- nhas, que sabendo delle assistirem ao
mente na Quaresma fra da necessa- c.,samento, 294, e seq.
ria para os doentes, que penas bave- Matrimonio, o Religioso, ou Religiosa,
ro, n ............... 413. ou Clerigo de Ordens Sacras, que o
Matar nas Igrejas, e seus Adros, quem contrahir, como se proceder contra
o fizer como ser castigado, li ... 916. elles, n 297.
]\fatal', O Clel'go que de algum modo Matrimonio, quem o contrahir segunda
para isso concorrer, como ser casti- vez durando o primeiro, a que tribu-
gado, n 1006, e seq. nal ser remeLtido, ibillem.
Matriculas para Ordens, como se faro l\1atrimonio dos vagahundos se oo fa-
no livro do Escrivo da Camara, a sem liceoa do Ordinario, e que
n .................. 236, e seq. penas hayer o Parocho que sem ella
1IIatrimonio de futum. Vide verliUm assistir, n .......... " .... 299.
Desposorios, ou Esponsaes. Matrimonio, os que o tiverem cootra-
Matrimonio Sarramento; sua materia, hido fao vida marital, e no a fa-
frma, Ministro, fins para que foi zendo, como se havero os Parochos
instituido, e elTeitos que causa n. 259, com eIles, n.:.... . . 301, e 302.
c seq. JlIatimonio dos escravos, seus Senhores
l\fatrimonio, os que o contrabircm, de- o no impido, e ainda que o contradi-
vem ir em graa, e oo indo ~egro go, nem por isso se deixar de cele-
mortalmente, n.. ...... . ..... _6t. brar, n ............ 303, e 30!~.
1IIatrimonio de presente, que idade, e Matrimonio rato, cm que casos se porle-
capacidade seja necessaria nos que o r, ou no dissol \'er, 0 ... 305, e seq.
houverem de contrahir, n .... 267. Matrimonio eonsummado, em que casos
1IIall'imonio, dilatando-se o seu recebi- se pudero os contrabentes separar
mento mais de dous mezes depois de quanto ao toro, c mutua cohabitao,
feitas as denuociaes, se repito ou- D 310, eseq.
tra vez, o .......'. '" ...... 274. l\Iedicos admoestem aos doentes que cu-
Matrimonio, os que o contrahirem re- rarem, que se coofessem, e no secoo-
meUidos os banhos, devem viver se- fessando at o terceiro dia da doena,
parados. n .......... 277, e 279. no os curem mais, n ........ 160.
Matrimonio oo se celebre no mesmo Medicos no aconselhem aos enfermos
dia em que se fizer a terceira, e ulti- por respeito da sande do corpo eonsa
ma denunciao, o ....... ' .280. contra a alma, o 161.
Matrimonio celebrado sem precederem Meirinho Ecclesiastico no faca aven-
, as denunciaes, que penas havero os as com os que trabalho aos Domin-
que o celebrarem, e o Parocho, e tes- gos, e dias Santos, e que rol far del-
temun.has que a eUe assistirem, 0.281, les, n 387, e 388.
e 282. Meirinho no pde ir s casas dos Cle-
Ma trimonio, os que o celebrarem rece- rigos a buscar armas niio tendo "]lara
bendo as bencos de outro Parocho, isso licena; e s II elle pertence o
que no seja oseu, sem preceder licen- prender, e accusar aos que acbar com
a para isso, que penas havero, ellas, e sem habito Clerical, n. 457,
n ..................... 283. e 463.
Matrimonio, quaes sejo os seus impe, ~feirinho que fizer convenas, ou con-
dimentos dirimentes, e impedientes, e certos sobre as armas que se acharem
como so obl'igados a descobri l-os os aos Clerigos,que penas haver, n. 458.
que delles souberem, n ... 285, e 286. Meirinho geral deve atalhar que se no
~Iatrimonio, como se deva celebrar, e vendo paineis, a que chamo ricos
assistir a ene o 11arocho, n. 287, 288, feitios. TI 701.
e 293. Meirinho, os que de suas mos Ibe tira-
Matrimonio se deve celebrar de dia, rem algum preso, como sero castiga-
e .no de noite na Jgreja Parochial; do , e que obriO'ao tenha de denun-
e sendo por procurao, que licena ciar deIles, e fazer auto, n. 1016,
preceder, II................ 289. e seq.
Matrimonio, em que tempo se poder l\Ieirinho geral no denunciando os de-
celehrar solemnelllente, ou no: e em linquentes dentro do tempo que SI! lhe
qne cUllsiste a solemnidal!e, n. 290, e ord lia, perde as pellas que lhe podio
291. tocar, II . . . . . . . . . " . . . . . . . . 1081.
lIlatrimoniu celcbrando com impedi- iUeirinho Ecclesiastico puder accusar
492 l~DlCE D.\.S CO~ TITUIES
aos q ue por ma is rle lres mezes se elar m ojuramenlo que del'o acerca
deixarem andar declarados pur excom- da obrigao de seus omeios, que pe-
mUllgados, n 110'~. nas ha vero, n ............... 931.
Meirinho geral obrigado a ter um 1'0- ~Iiuistros Eecle iastieos, que mostrarem
IlIme destas ConsliLuiees, n... 1311. s partes as inquiries, e papeis ria
l\lendicantes Religiosos: Vide vc,.{mm Justia, que estiverem cm segredo,
Hegularcs. que penas havero, n...... . .. 937.
l\Jeniuos de mcnor iclatle, como se have- l\Iini 'Iros Ecclesiasticos como precede-
ro os Parochos nas suas Cou llsses, ro no crime de bestialidade, n. 960,
n ........................ 142. e seq.
Menores rle quatorze anno falecell lo, l\Iinistros Ecclcsiaslicos, quem lhe lirar
que sufl'r<I1:ios sc lhe faro, n. 83(j, algum preso, COIDO seri! castigado,
c seq. n ................ 1006, e seq.
Mercadores que tivercm logca aberta Ministros Ecclcsiastieos, quem os olren-
1I0S Domingos, e dias San Los, que pe- der, ou injuriar, como se procederil.
nas hal'ero, n 383. contra elle, n 1019, e seq.
J\1ercallcias se no fao nas 19rejas, seus Ministros Ecclesiasticos como sero cas-
Adros, n 738. tigados por crros de seus olTicios,
J'I1ereLrices publicas, ql.ando, e como II 1026, e seq.
podero receber a EueharisLia, n. 88. Ministros Ecelesiasticos pdem accres-
l\lestres, e Mestras de meninos, no os seu tal', ou moderar as pcuas conforme
ensinem sem liccnca do Ordinario, e as ciscunslancias do delicto, n. 108:3.
sio obrigados a ensinar-lhes a Dou- Ministro Ecclesia ticos no lJdem mo-
. trinaChrist, n 5 derar, ou commular' penas algumas
McsLres de Theologia, lrilosolla. e liralD- seno por via de embargos, que, e
maLica fao a profisso tia Fc, n. H. allcguem, n 108!~.
MesLres ele navios manllem ir Alrand- Mini 'Lros EcclesiasLicos no proecdio
ga os livros que trouxerem embarcados com pcna de excommunho por cau-
IIclles, TI 17. sas lel'e , n 1086.
MesLre de ceremonias, a eUe toeu exa- Mi nistros Ecclcsiasticos se hajo com
minar dellas, D ~H4. brandura com os declarados, n.1105.
Ministros da justia secular. T'ide VCl"- Ministros EcclesiasLicos qllando usarcm
blt'1It Juizes seculares. de suspenso, seja com muita conside-
1\Jinistros EeclesiasLicos como se have- rao, n ................... 1197.
ro n:lS diligencias acerca dos pal.ri- iUinisLros Ecclesiasticos, carla um tenha
monios, n .. .. . . . . .. 230. um volume desLas Coustitllices.
l\linistrlls Ecclesiasticos inquiro, se os n 1311.
desposados telD delinquido por coha- 2\Iissa, quando a devo dizcr os Parochos,
bitantes, quando sc lhes ordena o con- Conegos, e mais Sacerdotes, D... Df.
trario, II ....... , .' 265. Missa, eonsagrantlo-se nella algumas
.Ministros Ecclesiasticos tcnhiio cuidado particulas para depois o ParodIO as
cm que se guarde a immunidade, e atlminisLrar, ou recolhcr, comose ha-
como se havero para que se guartle vcr o Sacerdote que a di ser, n. 101.
ao delinquentes, n.. 6M, 772, e 773. Missa, quando os Parochos a bajo de
MinisLros EecIesia ticos tratem aos Cle- dizer fra das 19rejas, que circunstan-
rigos com brallclura, c corLezania, cias concorrer, e a que altenrlcr,
n .................... ' .. 66!~. D 1JO.
1\1 in isLros Ecclcsiasticos nno obriguem Missa Nova no sedirit scm preceder exa-
aos Clerigos a fazer citaes, n .. 672. me de ceremonias, e licena n. 24$.
l\Jinislros Ecclesia Licos quando houve- Missa, os 1'arochos Das sua Igrejas mio
rem de negar aos corpos epullura dem "'uizamenLo a Sacenlotes de rra
EeclesiasLica, que tliligencias prece- do Arcebispado para a dizerem, sem
dero, n 859, esq. primeiro haverem licena do Ordina-
l\1inisLros Ecdesiasticos devem iDquirir rio, e com que penas, 11 245, e 363.
do crime ela hlasfemia, n 889. J\fissa, sua instituio, frutos, e errei!~s,
l\linislros EcclcsiasLicos derem dar con- e que disposio, c prcparao dCl'no
la ao Santo Officio das reilicarias, sor- ler os Sacerdotes pa ra a dizerem,
tilc"'ios, e supersties, qu'e involre- n .... , .. , ............ 325, e scq.
rem maniresLa heresia, n 903. i\lissa, qne Oraes se dCl'50 dizer aIlL~S,
Ministros EccJcsia 'licllS, que pl'na ha- e ri pois della, e com qlle modpsLl?,
I'l'rio eommeLLelldo Simonia, II .. 907. e compustura s cclebrara, n. 3:21,
MillisLros .Ecdcsiu~licus, que nlu gual'- e seC{.
DO AllCEBISPAOO DA BAUIA. 193
Missa,1I lIa se nu IIsedo outrasceremo- confurme a reza do di:l; (l nos DOlDiu-
fli<ls ftra elas <I pI'ovadas; flem se diga gos, e tIias Santos ser canLada a da
li'lra da Igreja, o lugal'es approvados, Calhedral, n 356, 0358.
flo eSLando estes interdictos, ou vio- Missas, que chamamos de defuntos,
lados, n .............. 333, e 338. corno a diro os Sacerdote obrigados
?tli'sa, uo se diga de Santo, OH festa quuLidiana, n 357.
que no esl ivor appl'ol ado, ]Il'm sem Missa, nos dia de preceilo deve dizeI-a
vlas acee as, e Acoli lO, flem c m o Cura, ou Coadjutor depois do offer-
mais Oraes das que mando as ltu- torio da Conyentual, n , .. 358.
bricas, n 33!~, e357. Missa, que ornamentos sejo nccessarios
Mis a, quando a tlis ercm os Uegulares, pa1'l se dizcr, e que pellas !taver o
deyem dizer nella as collectas, no- Sacerdote que a celebrar com orna-
ll1eillldu o 1I0me do Senhor Arcebis- menlos indecentes, ou no bentos,
po, n .................. a35. n , 360, e 361.
Missa, niio se diga antes dc romper a Missa, o que a disser no sendo Sacerdo-
mallh, nem depois do meio dia, ex- te, que pellils 1Iavor, n 365.
cepLo a da noite tio 'atal, ou por pri- iUissa, o Sacerdote que a debrar sobre
vilegio da Blllla, n 336, e 337. cousas accommodadas para malefi-
Missa quando a podcro dizer os neli- eio , que penas haver, ibiclem.
giosos da Companhia de JESUS [ra Missa, que ohrigao haja de ii OUVil'
das 19r ja, n 338. 110S Dumiurros, e dias Santos, e como
Mi sa, uiio se diga cada dia, mis que se bavera o 1)aro(;1I0 eom os lJeO'ligen-
uma, rxee\to no dia do 1 alai, que e tcs, II . . . . . . . . . . . . 366, e eq.
poderiio dizer tres. n ..... 339, e 3:'i0. i\lissa Conventual da Pal'ochia, os que a
~Iissa, qllantas, ecumo s poderiiu diz I' ouvirem, e o S<lC relate que a disser
no Tridllo tia semilna 'aula, e uo tIia ganho illdulgencias, n ....... 360.
da Annullciaiio lIa Sellhora, qualldo :lliss~, os Sacerdotes que por seu graos,
llcl1e cahir, n . . . . .. . .... 3'~1, esq. e diglJidal1 s uso ele aoel, no a di-
Uissa, que esmola se deva dar por ella, go eom ell " n 4.!~G.
e que penas haver o SacrrdoLe, que Missa, que obrigao lenho os Parochos
a p dir mais avrnlaj<lda, [I. 3M, e3!~5. r]e a ri izer a sellS [reguczes nos dias de
Mi"sas, a esmola .lellas lio se altera com guarda, n 1'~7, e M8.
as que por instiluiessot1 'ixar com Mi sa, se ao tcmpo della estiverem na
llleflOS, ou maiur; nem com as que. e Igreja exeollllDungados, como se ha-
,liz lU por Estatutos parLiculal'es das yer co m-ell , J1 . 602, e seq.
Igrcjas, e Confrarias, n 3'~5. ~Iissa no se diga nas fgrejas, que de
Mis'us, em que Igrejas se diro, quando n 1'0 se edil] -arem sem preeeder li-
os defuntos no declararem onde se cena, n 68~, e seq.
(Iigo, 11, . 3'tli, e 841. l\lissas, d lia se no pa cm quildes
ilijssa, n~o se (Iirra anticipadarnenle por anl.icipadas, sem estarem ditas com
c]ul'm prim iro olTer ceI' a c mola n III (feito, Jl............... .,. 806.
e mande diz r por outro Sacerdote Missas niio se reduz10 a m"11 s numero
]lar mcnose mol:J da r cebida, n. 3!~7. das deixadas nos teSL<llUelllos, n. 81J.
Missa, no se relluzo a menor numero Mi -as se digo p los que falecerem aI>
por el' meno congruente a esmola, intestado, e pelos menores, e eseravos,
aC<'i tada, Oll Cl'es er esta depoi de n 836, e seq.
cleixado o Legado, n 3'1-8. l\Iissas, a qllem tora dizei-as quando o
.fissas ohrigando-se o Sacer tot a di- (Irflllllo for enterrado na Igreja da
zeI-as por menos esmola que a taxada, J\1isericordia, n _.84-2.
no eleve falta r a isso, n. .... .: 349. l\'lissa diro na Cathedral por morte
Mi sa' prl'p tnas no se aceitem sem au- do Prelado. e COl1ego , n 866.
loridade do Prelado, nem por menos Missas, Ii<lja nas Conrl'arias olJrirrao de
e mola que a taxada, pur dia se niio se dizerem pelos Confrades vivos, e
aceite penhor n ..... - .. 350, o srq. defuntos, 11 875.
Missa perpetuas, haja livro em que se Mi sa, estalido-se dizeudo, se nesse tem-
lancem, n 353. po se violal' a Jgrej<l, corno se haver
Mi' as, nom-um SacerdoLe acei te mais o Sacerdole, n.... . ....... 1278.
que aquclta que puder dizer em trcs Iysterio da San tis ima Trindade, os
meze, no a lenelo quotilliana, e Pal'oehos 'ensinem a seus fregl!ezes.
obrandu-se o coutrari ,como se proee- n..... . 552.
drr;) , n ........ _...... 3M, e 355. l\f vsterio doa F. Vide ve,.bullt Dou Lri-
MiSS tia Tera, ou Conventual, se diga 1M Christ.
I~ DICE DAS CONSTlT lES
Moer cana nos engenhos, prohibido N
nos dias de guarda, salvo precedendo
licena, n 378. Nalal, que Missas se devo dizer nesse
M"ollicie, como ser castigado quem a dia, n 339, e 340.
commeller, n .......... 96!., e 965. Natal, da sua yespera at dia daCircum-
l\fonitorios como, e quando se devo ciso, no se devem ler, nem passar
passar, n 1094, e seq. carta de excommunho, n.... 1105.
Moribundos. Vide verbum Doentes, ou Navegantes, havendo de partir no tem-
Eufermos. po da Quaresma, primeiro devem sa-
Mosteiro de Freiras, prohibido aos tisfazer ao preceito da desobriga,
Clerigos, e seculares o frequcntal-o I) , , .113.

n .................... 486, e 487. Noivos, que recebem as bcnos de Pa-


Mosteiro de Freiras desta Cidade, que roclao, qne niio seja o proprio, no
jurisdio lenha nel1e o ordinario, precedendo licena para isso, como
. n ...................... 630. sero castigados, 1) '" 283.
1\1osteiro de Freiras. Vie vel'bum Frei- Noivos, em que tempo lhes seja prohi-
ras. bielo casarem-se com pompa, e a quaes
1\1osteiros no se pdem edificar sem li- se devo dar as benos, n. 290, e seq.
cena do Ordinario, e que diligencias Noivos. Vide ver'um Matrimonio.
. precedero antes, que se conceda, Nome ele Santo, qne no for Canonizado,
n ............... 683, e 690, e seq. ou beatificado, no se ponha no Bap-
Moveis, que deve haver nas Igrejas, tismo, n f.J.
quaes sejo, n 706, e seq. Nomes dos baptizados, cbrismados, casa-
Moveis das Igrejas Do se emprestem dos, e defuntos, como delles se deva
para outros usos, n 713, e 714. fazer assento. Vide verbwn Assentos.
1\1oveis das Igrejas. Vide vCl'bum Bens Notarios no fao assignados, nem es-
moveis. crituras de usuras. palliadas, n. 946.
Mulher que falecer prenhe, ficando a Notificaes, ninguem obrigue aos Cle-
criana viva, deve recol'1'er-se Jus- rigos a fazeI-as, n , 672.
lia, para que a abro, n ...... 45. Notificaces. Vide verbwn Citaees.
Mulheres proximas ao parto, recebo a Novenas'de noite so prohibidas: n. 744.
Sagrada Eucharistia, li.... 87, e 136. Novica, se no aceite no Convento das
Mulheres no acompanhem o Santssimo Freiras sem licenca do Senhor Arce-
Sacramento antes de sahir o Sol nem bispo, n ' 63L
depois de posto, n ........... 112. Novia se noadmitta a profes ar, sem
Mulheres, o Confessor que as confessar primeiro consLaI' da sua vontade; e por
passe de quarenta annos, n... , .168. quem ser esta examinada, n. 631, e
Mulheres devem confessar-se nos Con- 632.
fessionarios, e lugares publicos, D.17!. Novia, havendo de fazer alguma doa:
Mulheres com as quaes pde haver sus- o, ou renuncia de seus ben , a fara
peita, ou escandalo, no as tenbo os com licena do Ordinario, e dentro de
Clerigos em casa, e quaes sejo per- dous mezes antes da profisso, n. 633.
mi ttidas, n 483, e 484. Novidades (rUe d a terra em fruclos,. d.e
Mulheres comprehendidas em amance- quaes, e como se devlo pagar dlZl-
bamento. Vide vCl'bum Concubinato. mos, n ............... 4.18, e 419.
Mulheres no acompanhem Procisses NoYissimos do Homem, quantos, e quaes
de noite, n , 493. sejo, n 571.
Mulheres, accusando, ou sendo aCClisa-
das em Juizo, nflO so obrigadas a re-
sidir, mas s a dar fianea, n.... 1036.
o
J\Iultar, como, e porque causas o pode- Oblaes, que cousas sejo como se co-
ro fazeI' os Parochos a seus freguezes. braro, a quem pertcno, e como
Vide v8l'blt1n Parochos. dellas se dispor, n 4,32, e seq.
J\IlIltados por lilHarem a Missa, no po- Oblaes feitas em alguma C~pella, ou
dero ser os menores de dez annos Oratorio, pertencem s ao Parocbo da
sendo homens, nem as mulheres de Fregnezi", n 1~37.
doze annos, n ................ 3G8. Obras de Misericordia, qnantas, e q~2~s
Mutilao de membro, quem a faz, con- sejiio, n : ~./ f.
t.rahe irregularidade. Vide vCl'blwt OlTcnsas feitas aos Minislros Ecclcslas-
Irregularidade. lico , como sero castigadas, n. 1019,
e seq.
OlIcrlas. T'iclc l;crbltm Obla~es.
DO AR EBISPADO DA BAFTTA.
Omciaes trabalhadores. que se acharem Oraes para an tes, e depois d'a I\1issa,
em Ilma Fregnezia no Lempo da Qua- n .... : ................ 327, eseq.
resma, tendo domicilio em ouLra, co- Orago da l\: aLriz, o dia em que se fe te-
mo se havero os Parocllos com elles jar, seja de guarda, Jl . , " .375.
na desobriga, n............. 155. Oratorios no estando approvados pelo
Omciaes de omcios mecanicos devem Ordinario, no se celebre nelles, e
guardar os Domingos, edias Santos com q ue penas, n 338.
em seus omcios, n '" 384. Ordem Sacramento, de quanta neces i-
Omciaes de Justia, em qUll casos se dade sf'ja, e que poder Helle se d,
lhes concede licena para prender Cle- quem o insLiLuio, e como se diviue em
rigos, 462. variosgros, oquaes son. 206, eseq.
Omeiaes de Justia eculal' n50 pren- Ordem um s Sacramento, posto qne
do as pessoas Ecclesiasticas, salvo os gros delIa sejo etc: e qual seja
em fiagranLe delicLo, n 616. sua materia, frmu, MinisLro, e effei-
Omeiaes do Juizo Ecr.lesiaslico devem tos, 11 209, e 210.
tmLar aos C:erigos com respeito, e Ordens l\Ienores, para alguem ser ac1rnit-
cortezania, n 666, e 676. tido a ellas, que diligencias precer]e-
Omeios Dil'iuos, que pc soas sejo obri- ro, o : 211.
gadas a rezai-o, e que penas havero Ordem de SulJdiucono, o que a houvel'
os que a isso faltarem, n. 504" e seq. de receber, como ser examinado, e
Omeio Divino se deve reciLar conforme que idade, e requesiLos ler, e o que
o Breviario Romano, e com que habi- far certo, O. . 215.
Lo devoo, e alteno se deve rezar Ordem cle Diacono, o que a houvor de
no Coro, e !1 que tempo, n. 508, e seq. receber como ser examinado, e que
Omcios de defunLos, como, e quando se idade, e requisitos ter, e que docu-
devo fazer pelos que morrerem. Vida mentosapresenLar, n 216.
varoU/n Defuntos. Ordem de Presbytero, o que a houver de
Omeios se devem fazer na Cathedral por rec bcr, como ser examinado, e que
morLe do Prelado, Dignidades, ou Co- idade, e requisitos ter, e que docu-
negos delfa, n., ........... ,866. mentos apresentar, n ......... 217.
Omcios Ecclesiastieo , no pdem enLrar Ordens, que diligencias se devo fazer
nelfes o que forem comprehendidos da viict, CllllOI'ibus aos que se houve-
de perjuros, n , 929. rem de promover a cada uma della ,
OIeos San Los, como devo estar guarda- n 224, e seq.
dos, e trazidos pia bapLismal, n. 69. Ordens Sacras, os que houverem de ser
OIeosSantos, em que tempo, e por quem promovidos a elIas, que Beneficio,
devo ser ben tos, e que pessoas so pen o, ou patrimooio del'o ter,
obrigadas a ,!-ssisLir, quando e benze- 11 .. " 228, e seq.
rem, n 21,9, e eq. Ordens Sacras, quem as receber sem pa-
OIeos SanLos, depois de bentos os novos, lrimonio, ou sendo oste falso, e simu-
no se use mais dos velhos; e que lado, que pena haver, n 233.
obrigao haja, e aL que tempo, de Ordens, para os ll'egularesseremadmit-
se proverem de novos as Igrejas do tidos a ellas, o que del'o 1;lzer certo,
Arcebispa~o, n 252. e que termo assignaro, n .. 235, e seq.
OIeos SanLo , no se benzendo no Arce- Orden , cada um as receba de seu pro-
bispado~se mandem buscar ao Bispa- prio Bispo, ou de licen.a sua, n. 239.
do, do (le I'enho com facilidade, e Ord'ens, no as exorc.iLem nesLe Arcebis-
chegad s que sejo, como, e de que pado os Sacerdotes, e Regulares, ou
Igreja sero trazi.dos em procisso secu lares que vierem de lora ueHe sem
para a Cathedral; e que indlllgencia dimissoria, n 245.
se co cedem aos que a acompanha- Ordens, quem as tomar por Simonia,
rem, n 253,eseq. que penas haver, n ..... 906, e seq.
Olcos antos, at que Lempo seriio os Ordens, no pde ser promovido a. ellas
Par chos ohrig'ldos a Inval-os s suas o que ilir convencido de perjuro,
l1ar chias, n 256. n , 929.
Oleo. ~antos, como os llarocltos os reno- Ordens, que suspeno incorre o que a
va ' quando se forem gasLando, e de tomar conLI'U a disposio de ('ireilo.
fi e sero as ambulas, o que signaes e Sagrado Concilio, n ... 1208, e seq.
t rlio n 257, e :'58. Orrl naces no e faco con Lra a libel'-
01 zena, que penas havero os eompre- dade "Er.clesiastica", e as (ciLas se I'e-
enelidos no1la, n !)!~3, e seq. voguem, n , 653.
01 zena. Yi-/ld vcrlmm. sma-. Ord('nnnrlOQ, qllf' pPI' ~i 011 por ollll'rm
I~DTCE DAS CONSTITUTCES
a respeito dos exames derem peita, Ornato, qunl devo (rr as ruas, e janel-
que penas llavcro, n... . . .. ..21!l. las por onde passar a procissiio elo
Ordcnandos, sendu algum natural de Corpo de Deos, n 500.
uma FIegur.zia, e residente em outra, Ossos los defuutos niio e fie enterrem,
como se faro as dlligrncias; e o qu nem lrasladem sem licenca do Prela-
ohrar o Parocho acercu do summa- do, n : 851.
rio de ila, et mOl'iblls, n 227.
Ordenandos de"em declarar o patrimo- p
TIio ou titulo com que e ol'<lello, e
f;17.er termo de o no alhear, n.232. Pactos, ou cODl'enes prohibiclo o fa-
Ordenandos. como se farlo as suas ma- zerem-se sobre l\Ii"sas, n 3n.
lriculas, se lhes passaro as cartas Pacto com o Demonio, que pena have-
de Urdens, n .......... 23, e eq. ro os que o ti erem, n.. ~96, eseqq.
Ordenandos que vierem de outros lJis- Padriuhos no Baptismo, quaes, e quan-
pados a ordenar-se neste Arcebispa- tos posso ser, n IH, e 65.
do, ou, scjo seculares, ou Uegulal'es, Padrinhos de Chrisma qmes del"o ser,
o que se observar com cllesJ n. 21.2, n 79, e 80.
.. e 2r~3. Paineis de Santos mal pintados, a que
Ordenandos cle Onl ns Menores, corno chamo ricos feitios, como se devo
serno applicados, e deputados ao ser- atalhar, n 701.
vio de alguma Igreja, e em que ha- Palavras injuriosas. Vidc vcrbum Inju-
bilo andaro, n 2!~6. rias verhaes.
Ordinaris Unramarinos, a e'lles in- Papeis que vierem ao PI' lado, c eus
cumbe o colar, e confirmar nos Bene- Ministros, quem os nurir, e mostrar
ficios aos Clerjgos que ua l\fagesta- os que estiverem em segredo, que pe-
de apresenta, n 518. nas haver, n 937.
C>rlinafios, como provero as Igrejas Parentesco espiritual. Vide l'CI't/lIl Cog-
Parochiaes de Vigarius encommemla- Ilao espi ri tual.
cios, at serem provjdos de propriet.-'l- Pal'ochiaes Igrejas. Vide vel'bum Igrejas
rios, TI ................ 522, e seq. Parochiaes.
Ordinaris como poro encommcnda- Parochos, que obrigaco,Je-nho de en-
dos naquellas Igrejas, em que os Vi- sinar a Doutrina ClwCtll a cus fre-
~arios propTietal'io por cansa da ida- guezes, e em quefrma. Vide vcrUllt
de, ou de outra enfermidacle, no p- Doutrina CIJl'ist.
clem cumprir com as suas origaes, Parocbos mandem litzer copias, como se
n 535, e seq. lhes ordena, em ordem a se iostrui-
Ordinarios podero proceder contra os rem os escravos nus JlIysterios da F,
que violarem a clausura das :Freiras, e Doutrina Chr t, n 8, e 58.
n ....... : : ......... 635. Parocho , no pr50, ou recebo cousa
Ordinarios pdem proceder com censu- alguma por administrarem o. Sacra-
ras con tra os Mi ni. tros que 1hes no mentos, salvo se "oluntariamente se
derem ajuda, sendo para isso invo- lh<;,s der al"'nma ofIerla, D ... 31, e91.
cados ibidem. Parochos, estando de poss de se lhes
Ordinarios, cm que ca 08 prrmillirno dever oll'erla, ou esmola, niio se lhes
licena aos lleligiosos para irem I'al- dando depois de adminisCr.ados os Sa-
lar com Freiras, n 638. cramentos, a potlero p~' dir pelos
Ol'l1all1cn~os se ujio daro a Sacerdote meios de direito, n ..... , ..... 31.
de fra do AI'cebispa<!o, sem que pri- Parochos, devem antes de a ministr~r
meiro apresente lieena do O\'dinario qualquer Sac.ramento exanll lar pri-
para dizer Missa, n ...... 2/j5, e 363. meiro a consiencia, e tendo ~)eCCadO
OrnamentQs, que del'e ll<lver em cada mortal, o que devem fazer, n ., .32.
, Igreja, quaes sejo, n .... 706, e 707. Parochos, como procedero co lra. os
Ornamr.nto$ devem ser bentos para se qur. llftO malldarem 1 tempo h ~tIZ:Ir
poder dizer Miss(l com elJes, e qual as criancas, n ' 36.
eleva ser a sua limpeza, e guarda, Parochos, "assisto ao baptismo d suas
n : : 710, e seq. ovelhas, ainda quando for [eit por
Ornamentos, delles se dere fazer inven- outro Sace 'ole, TI 3.9.
tario, TI .. 715. Paro 1Ios no 'Consint que no Raltls-
Ornamentos relhos, o que se far drl1cs, mo se ponha criam.:" nome de ~a.nto
n 725. que no for l'anonizado ou be; U/J -
Ornamentos das Igrejas. ride 'lJerbmn do, n 4-1.
Igrejas. Paroehos no baptizem antes da Al1r -

I
DO ARCEBISPADO DA BAHIA. .H17
\'a, nem depois das Ave Marias, n. 42. alem da obrigao eta' Quaresma,
Parochos, qlle diligencias devo fazer n 137.
com os aduHos antrs de os baptiza- ParocllOs. como, quando, e at qlle tem-
rem, li ......... ~7, 1~8, M, () 55. po faro o rol da desobriga da Qua-
Parocllos, quando administmrem o Sa- resma, e admoeslaro a seus frcgue-
cra''lento do Baptismo sub condiliona, zes, para que satisfao ao preceito,
que informao preceder e como n .......................... 145.
proferiro a frma, n 8, e 59. ~arochos, como, e em que tempo, c f\'-
Pnrochos, como se havero com os es- ma devo trazer, ou mandar ao Pro-
cravos, que vierem de terras de inflo visor o rol da desob,riga da Quares-
eis, no sendo baptizarlos, ou baven- ma, e com e][e o dos declarados,
do duvida (Ie que o scjo, n 61. n 149. e seq.
Parochos, nas Estaes que fizerem aos Parochos como se havero com os pre-
frcgllczes, lhes ensinem como se ad- sos da Cadca acerca da desobriga da
mini tra o Baptismo; e examinem se Quaresma, e com os doenles dos Bos-
as Parteiras o sabem, n 62. pitacs, n, ............. 152, e 153.
Parochos expliquem aos padrinhos do Parochos como se haver40 COlJl. QS vaga-
Baptismo a obrigao, c parentesco bundos na desobriga da Quaresma,
cm que fico, n 65. 11 1M, \)155.
Parochos quc nio guardarem o disposlo Pal'ochos, acerca de visitar os enfermos
pcla Constituio acerca dos padri- das suas l~reguezias para os confcs ar.
nbo , e madrinhas, que penas hare- rida varbwn Confessor, Confisso,
rlio, n 6. Doenles.
Pal'Ochos no dem, ou passem certides, Parochos, acerca dos Santos Olcos. Vide
elo lilTo do Baptismo, sem que para vel'bum Oleos Santos.
isso preceda licena. 11 ... 71. Pal'Ochos, que pena hav.ero falecendo
Parochos no levem cousa alguma dos algum freguez por culpa ou negl i-
asselltos que fizerem no livro do llap- gencia sua sem o Sacramento ela Ex-
tismo, n 95. trema-Uno, 11 204.
Vide varbU11t Baptismo. P<lrochos acerca da administraco do
l)arochos, quaJ1do se administrar \la sua Sacramento da Exlrema-Unc..'1. Vide
Fregllezia o Sacramento da Coufirma- ve1'bul1~ Extrema-Unco. "
o, o que far, e adverlir anLece- Parochos no recebo" a contrahentes
dentemente aos frell'uezes, n ..... 78. que no forem naturaes elo Arcebis-
Parochos, como, e cm que frma elevo pado, ou houverem residido em outro
fazer os assentos dos cbrismaelos, por mais de seis mezes, n ..... 273.
n 81 e 82. Parochos que receberem, ou derem as
Purochos s;> obrigarias a se informar benes a freguez alheio sem licena
elas pessoas que esto por chl'ismar, elo proprio ParodiO, ou Prelado, que
pal'a o dizerem aos Visitado,'e , n, 82. penas tem, n 2 3.
Parochos quando devlo celebrar, n. 91. Parochos declarem aos freguezc.s os im-
l'arochos dev'm renovar o Sacramento peelimentos do m:tlrimonio, pam qu'
da EUl<haristia de quinze em quinze os saibo, e a obrigao que tem de
dias ao menos, n 95. os noticiar, sabendo que algum coo-
Parochos, antes de administl'Dr a Sagra- lrahente os tenha. n..... 284, e 281>.
da Ellch"rislia pela elesobriga da Qua- Parochos como se havero acerca da as-
re ma, que diligencias faro acerca sistencia, e celebracio do malrimo-
dos que ho de commung'lI', n ... 97. nio, e no mais a elle" perlencenle. Vide
Parochos que penas ha\'ero, quando vel'bum l\!atrimonio.
por culpa elelles faleccr alguma pes- Parochos como se havero no casamento
soa na slla Frcgnezia sem o Sacra- elos escravos. Vida verbwn l;;scravos,
mento ela Euchari tia, n..... ,109. ou Matrimonio.
Parochos qu.ando podero leranlar AI- P;\I'OCI105 silo obrigados noticiar ao Pro-
lar na casa dos enfermos, I ara nella visor ela vacatura de alguma Igreja
se lhes dizer Missa, e administrar a Parochial que lhes ficar vizinha,
Eueharistia, n , j 10. 11 " 52J~.
Purochos acerca de expor a Sagrada Parochos, quI' por velhice, doena, ou
Ellchal'stia. Viria ter/; ~m Eucha- oulra in ufficicncia no poderem eum-
ristia. prir com o seu ameio, elllllO ento se
Purllchos I'ncoU1111Plldcm a ells l'regue- haver O Provisor, n..... 535, e seq.
zes, q\ie se confessem ao menos nas Parochos elevem viver, e 0101'<11' dentro
qualro festas pl'incipaes do anilO, I dos limiles de suasFl'eguezias, n. 538.
498 INDICE DAS COi STITUlES
Parochos, ainda que lenho Coarljuto- defuntos, que falecerllO com testa-
res, nem por isso fico desobrigados mento, ao Juiz dos Residuos, assim
da I'e idencia, e administrao dos Ecclesia lico, como secular, conforme
Sacramentos per si a seus freguezes, a alternaliva, n 805.
n 539. Parochos, que sulfragios procuraro fa-
Parochos que se ausentarem de suas zer pelos que falecel'em ab intestado,
Igrejas por mais tempo do que lhes e pelos escra\'os, e menores sem idade,
permillido, e no deixarem nellas Sa- n 836, e seC[.
cerdotes idoneos, que penas havero, Parochos acerca das sepulturas. Vide
n , 5'~4. verbw/1 Sepulturas.
Parochos so o1Jrigados a residir toda a Parocbos que entrarem ele novo tligo
Quaresma. at a Dominga do Bom uma Missa pela aI ma do Pal'('cho seu
Pastor nas suas Parochias, n ... M5, antecessor; e falecenrlo o Parocho, o
Parochos que se ansentarem de suas que ad \'erlro aos freguezes, n.. 866,
Freguezias por causa das doenas Parochos quando, e que tiLulos das
contagiosas, que penas harero, Constituies sejo obrigados ler a
n ................... 5\6. seus freguezes, n 1312 e seq.
Parochos qne obrigao tenho de dizer Parteiras quando podero baptizar a
Missa a seus freguezes em todos os criana que perigar com o parto, c
Domingus, e dias Santos de guarda, em que parte cio corpo, n 44.
c de lhes fazer pregaes, n ..... M7, Parteirras, os J>aroehos lhes ensinem o
eseq. modo com qne ho de lJaptizar no
Parochos, quando, e em que frma de- caso de necessidade, n ......... 62.
vo fazer Estao aos freguezes: e an- Paschoa, ou tempo Pascohal, como se re-
les della vejo os papeis que ho de pute em ordem ao preceito da deso-
publicar, n...... . ..... 585, e seq. briga, n ..................... 86.
Paroehos quando reprehenderem, ou Patrirnonios qual deva ser, para que a
multarem os freguezes, o fao pater- titulo delle se possa um sugeilo orde-
nalmente, e no com palavras escan- nar, e como depois se no poder
dalosas, e como dero ser reconheci- alhear, e que diligencias se del'o fa-
dos, e tratados del1es, n .. 596, e 597. zeI' para elle, n 228, e seq.
Parochos como applicaro as multas que Peccados, por mais enormes que sejo,
fizerem aos freguezes, e se havero no se occullem na Confisso, n. 132.
contra osqne no satisfizerem, n, 599. Peccatlos reservados do Arcebispado,
Parochos so obrigados a dar certides del1es pdem ser absoltos os Sacerdo-
aos freguezes que quizerem recorrer tes pela licena que se concede aos
acerca das multas que lhes fizerem, e Confessores, excepto o da eXCOIDIl1U-
cmo ento se havero, n 600. nho maior, n ............. , .138.
Parochos que aceitarem Thesoureiro, Peecados ainda que sejo reservados, no
ou Sacristo sem fiana, e assim lhe arligo da morte pde qualquer Con-
fizerem entrega dos bens da Igl'eja, fessor absolver delles, n 169,
e sem ser por inventario, que penas Peccados resel'vados do Arcebispado,
havero, n .................. 612. quaes, e quantos sejo, n ... , . ,177.
Paroehos em que tempo podero ser ci- Peccados morlaes, quantos, e quaes se-
tados, e proceder-se nas suas causas, jo, n '" 560,
n 677, e seq. Peccados contra o Espirilo Santo, quan-
Parochos nas suas Freguezias tenbo Los, e quues sejo, n 572.
cuidado em que se no pinte, ou le- Peccados que b,'ado ao Ceo, quanlos,
vante Cruz em lugares immundos, e e quaes sejo, n ~7_3,
indecentes, n 703. Peecados, como se dar a absolvlao
Parochos so obrigados a fazer inventa- delles. Vide vel'bU1n Absolvico.
rio dos moveis de suas Igrejas, e das Peccadores publ icos no sejo' admill i-
que lhes forem filiaes n. 715, e 717. dos a commungar, n, 88.
Parochos como se havero com as pes- Peecadores occu1tos quando se lhes ne-
soas que quizerem usar de cadeiras gar a Eucharistia, e quando se lhes
de espaldas nas Igrejas, e que tam- administrar, iblem. .
bem elles no usem delias, n ... 733, Pedidores de esmolas, ou Pcrlitol'JOs.
e 734. Vide Vel'Ull11t Esmolas.
Parochos como se havero no fazer dos J>edra de Ara como a hal'er nas Igre-
testamen tos, sendo para isso chama- jas, e Sacra;ios. Vic/c'vel'bllm Igrejas,
dos, n " 783, e seq, e Sacrarios.
Pat'Orh()s dem em cada anno o rol dos Penas prcuniurius imposta ne tas Cons-
DO ARCEBISP illO DA BAHIA. .&.99
tituies, a quem se devo applicar, dos Ordenandos, como se passar,
n 1079, e seq. n ...................... 227.
l)enas siio a\'bilrarias ao Juiz para as Pregadores exhortem ao povo a paga
accrescentar, ou moderar, conforme a dos L1izimos. n 417.
prova, e circunstancias dos delictos, Pregadores no devem pregar neste Ar-
n .................. 1083. cebispado sem licena do Ordinario,
Penas pdem moderai-as os Juizes por n ..................... 513.
via de embargo, e passando essas em Pregadores Regulares, nem ainda ..as
cousa julgada. s o Prelado as pde snas Igrejas podero pregar, prohi-
commutar, ou perdoar, n ..... 1081.. bil1llo-lhe o Ordinario, n ..... 515.
Penas de excommunhes impostas nes- Pregadores antes que comecem a pre-
tas Oonslituiccs. Vide verbmn Ex- gar, devem fazer a profisso da }', e
communhes: que qualidades tero) e por quem se-
llcnas imposf.as nos crimcs, e casos con- ro examiuados, n 516.
tcudos nestas Con tituics. ejo-se Pregar sem licena do Ordinario; as
os nomcs dos ~itos crimes. pessoas a cujo cargo estiver alguma
Penhores a Clengos se no fao pelos Igreja, conseutindo-o nella, que pe-
Minislros da Justia secular, e com nas haverio, n 514.
que penas, n ............... 61>2. Pregar no se deve, no mesmo lempo
Penitencia Sacramento, sna materia, que prega o Prelado, n 5l7.
frma, Ministro, e o mais a ella per- Prelado no pde remittir os frutos da-
tencente. Vide verbum Confisso e quelle, que devendo fazer a profis o
Co nfessores. da }' a tempo, a no fez, n.... .10.
Penso de Beneficio, qual, e como de- Prelado como seja obrigado a pregar
va ser. para que a titulo della se pos a per si ou por outrem ao povo, n. 512.
alguem ordenar, n .......... 229. Prelado dos Regulares no consinto,
Penso, ou foro de fru los, e novidades que nas suas Igrejas prgue Pregadol'
no se tire primeiro que o r\izimo do secular, no tendo licena do Ordina-
monte, de que se houvel' de dizimar, rio, n 514.
n .......................... 421. Prelado em fillecendo, que suffragios se
Perigo de morte. Yidc verbmn Artigo faro pO'r elle na Cathedral, e que en-
de morte. commendmaro os Parochos aos rre-
Peljuros, como sero castigados. Vide guezes, n . . . . . . . . .. . 866.
vcrbum Juramento falso. Prelaliva correco qual seja, e em que
Pesqueiras, e pessoaes dizimos. como de casos se poder usar della, n.. 101~7,
uma, e outra cousa se deva pagar o e seq.
dizimo, 11 J~24. e 421>. Prender Clerigos quando podero, ou
Pessoas da Sanlissima Trindade so tres, no as Jus ticas secula res, n ... 462,
e como se entenda este l\'Iysterio, !~63, e 646.
n 552. Presos no devem ser os Clerigos por di-
Pia baptismal, como a deva haver em virtas civeis, e como se procedera para
todas as J~rejas Paroc!laes, e Cape~ a satisfao delIas, n 669.
las, que ti verem appltcados, 11 3 I, Presos pdem ser os Clerigos por divi-
68, e 688. das, que procedem dedeliclo, ou qua-
Pia baptismal, nella se lancem os San- si delicto, n 670.
tos Oleos, depois que os novos forem Presos sobre homenagem, que pessoas o
bentos, n " 21>2. devo ser, ou no) n 679.
Ponlifical quando o Prelado o fizer na Presos em Ca la publica quando o po-
Calhedral, ou fra dena, que obriga- I dero ser os Clerigos. e nellas lhes d
o tcnho as Dignidades, e Conegos o Carcereiro bom tratamento, n. 681.
de lhe assistir, n 607, e srq. Presos os Clerigos por crime. no sojo
Porio ou congrua qne devem ler os Yi- embargados por dividas civeis,
garios encomendados qual sera, n .......................... 682.
11 " 523. Primicias, que cousa sejo, e a que
Potencias d'alma quantas, e quaes sejo, Igrejas se deviio pagar, n ...... 431.
n 568. Pricipes seculares no fao leis, nom
Prata das Igreja como estar limpa. e Orclenaces contra a liberbade Eccle-
guarda~a, e no se deve emprestar, siastica; e com que penas, n.....653,
nem usar delta para usos particula- e seq.
r s. e profanos. n 711. escq. Privilegio quando por vir ude rle algum
llrl'henda los. Vide verbullt Conegos. se escolher Confessor. qual possa ser;
Precatorio, ou carla precatoria acerca e a absolvio das censuras dada por
GOO INDICE DS C()~SnTUlj~S
lle, s aproveita no foro interno, Proc[lradorcs, ou Juizes da rgreja em
n .. ' ' 182. que Do houver Mdrinho IkclesiasLi-
Pril'legio, cm virtude delle escolhido co, como os elegero os PUI'oclIOS, ou
Confessor, .de que poclcor s absolver, Curas e para que, n 388.
e no dispensar, e dispensando sem Procuradores, no se prosigo POI' elles
lhe dar a BulJa faculdade, que penas as accusaes,' e Jil'ram0Iltos, mas a'
ha ver, n ............. , .... 183. me mas parLes pessoalmente as pl'O-
Prociss.o do Enterro do SenhOl' depois sigo, n o 1032.

que se fizer, no fique o Senhor no Procuradl:lres das parles em que casos


tmulo sem licena doPrelado, o que podero SCl' admittidos, e as partes
se no enlenile com a da S ..... 119. accusa(las deixar de r 'sidir em Juizo,
Procisso do Santos Oleos que pessoas n 1033, e 1036, e seq.
so obrigadas a acompanha l-a, e que Profisso da Fc, como se fall, e deva 1;1-
indulgencias se ganho nella, n. 253, zer nos Synodos que se celebrarelll,
e seq. n .......... , ..... .9, e 13.
o o',

Procisso do Corpo de Deos quaDdo, e Profisso da Fc, quando, e (liante de


como se deva fazer, e que pessoas, e quem a de vo fazer os que for"m vru-
Religies a acompanharo; e com vidos cm Dignidades, Conezias, eBc-
que ornato estaro as janellas, e mas, 11eflcios, n :10.
por onde ella passar; e que os homens Profisso ela F, quem a no fizer no ter-
a no vejo das janellas, n. 496, e seq. mo elo Sagrado Concilio, perde os
Procisso cio Corpo de Deos se poder fructos de seu Beneficio, e pue ser
fazer naquellas Igrejas, em que hou- compeli ido a que os restilua, ibidom.
ver costu me de se fazer, havendo o or- Profisso da Fi: faro os Preladosc1as 11e-
nato nece!>sario, n !~97. ligies, e os que houverem de ensinar
ProcissflO do Corpo cle Deos, as pessoas qualquer scicncia, IJrcgar, ou confes-
que acompanharem ganho quarenLa sar, 11 11, e i2, 5IG.
dias de indulgencia, n ........ 503. Profisso de Freiras, Yide 'l:erbt~llt llrci-
Procisso dos defuntos, cm quaDto durar raso
se fao tres signaes; e ('omo se deva Promessa de casamen Lo. Vide verblllll
fazer na Cathedral, e mais Igrejas Pa- Desposorios, ou Esponsaes.
ro 'hiaes do Arcebispado, n.... CJ61~. Promotor ela Jnstica EcclesiasLica como
Procisses que eousa sejo, sua origem, se haver acerca uas causas maLrimo-
e 'um para que fonio instituidas, niaes, n 32t
n 488.Promotor seja diligente CID denullciar
Procisses s os Dispos tem porler para elas armas prohjlJielas, que Lrouxerem
as fazerem publicamente, e no se os Clerigos, n 4,58.
fao sem licena do Prelado, nem Promotor como se haver a cerca dos
ainda os Regulares fra do ambito comprehendidos em jurameutos fal-
de suas Igrejas, n.. . ....... 490. sos em.T uizo, n 925, c seC].
Procisses, nellas no vo Imagens de Promotor como se haverl acerca dos que
Santos' que no estiverem canoDiza- com escan laIo juro falso, ainda fra
dos, D " , ~9J. deJuizo, n 932.
Procisses no se faco de noite sem es- Promotor no crime de estupro, ou rapl\!
pccial lieena d Prelado, e no as prosiga a accusao no estauo em que
acompanhem mulberes, n. o 492.
o achar a causa, desistindu a parte del-
Procisses havendo nellas duvidas, (} la, n .......... : . , . ' 976.
contendas sobre precedencia dos lu- PromotO' venha com IiI> 110 contra os
gares, como se comporo, n. " .1~94, que senelo culpados em concubinalo,
0495. mio assignarem Lermo, e confessarem
Procisses cm que for o Santissimo Sa- a culpa, n ' !lS3.
cramento, quem ncllas matar, ferir, Promotor deve seguir a accusao, CjUi lfl -
espancar, ou Jlor obra illjuriar al- do alo-uma parLe for laneada ddla,
guom, qlle penas haver, n, .... 916. TI,'.~ "0 o o 103"'.
:

Procuraes, c assignaelos feitos por PromoLor no pde denunciar de pessoas,


Clerigos tenbo fora de escritura Jlll- que no estcjiio infamalas, n. 1058.
bJica, n , .. 668. Promotor, quando poder demandar
Pronlradol'es nas cansas matrirnoniaes, )1ora si as peoos, que outros (i)mCla:~
sabendo que nellas ha conluio para rle J llslica eleviiio Ler se eU1allt.!araO
niio concorrerem, ou se obrar contra os o
ulpados; n ,, . t081.
a verdade, so obrigados a descobri I-o, Prumotor tenha um vollllDedestas CnIlS-
J,l , , 321" liLllies, n., .............. 1311.
DO ARC1WlSPADO DA 13AHIA. 501
Prolluncial' no pdem os Ministros se- Q
culares as pessoas Ecclesiasticas, e
. sendo estas comprehenrlidas nas de- Quarcsma at quando se exlend:J. a sua
vassasgeraes, como se havero, n. 664, desohriga, n 86.
e 645. Quaresma, como nella se administrar
Provimento de Igrejas Parochiaes neste a communbo pela desobriga, n.97,
Arcehi puelo, e suas couqnistas, em c seq.
que frma so faro, n ..... 518, e seq. Qual'esma, quem nella se embarcar, ou
Provisor deve examinar. e rever as Co- ausentar para parles remotas, satisfa-
medias, Auto, e CoJioquios, que se a primeiro ao preceito da dcsobriga,
houverem ele repre entar, n t4. alis como se proceder, n 113.
Provisor, a e\le toca o dar licena, para Quarcsma, os enfermos que houverem
qlJe a pessoas Ecclesiasticas posso recebido a Sagrada Encharistia anlcs
ensinar a ler, tanger, ou cantar a al- . do tempo da desobriga, a devem ou tra
guma mulher n 485. vez receber dentro do tem pu para eHa
Provisor tenha livro, ('m que estejo es- deslinado, n '" 114-.
cri pIa todas as Igrejas Curadas do Quaresma, nella se no sati faz ao pre-
Arcebispaelo, n .............. M2. ceito com a Confisso nullamente fei-
Provisor em cada :mno far um cader- ta por culpa do penitente, n ..... 143.
no, em que v escrevendo os nomes de Quaresma, nos Ires Domingos antece-
todos os Coadj utores, que nelle forem dentes a eHa admoestem os Paroehos
provido, n 533. a seus fregnczes cumpro com a satis-
Pl'Ovisor poder obrigar a qualquer Sa- fao do precei to da desobriga, e que
cCl'dote, que no tiyel' legitima causa pcssoas devodar o rol, n 145.
[Jara ,e escusar, a que va ser Coadju- Quaresma, os freguezes que antes della
tor, n ' 533. se ausentarem dc suas Freguezias, ou
Provi 01', no cademo que tiver dos no- til'crem justo impedimento para se
mes dos que forem providos cm Coad- confessarem, como, e quando satisfa-
jutorcs, faa tambem lembrana dos ro ao preceito da desobriga em tor-
que forem com obrigaiio de tornar a nando a ellas, n H6.
exame. para que a seu tempo os obri- Quaresma, como nella se desobrigar
gue a isso, n .............. 534. os vagabundos, tratantes, caminhan-
Provisor, tendo noticia de que algum tes, peregriuos, e se proceder contra
Parocbo no pde cumprir com a. os que fallarem ao preceito, n. 15/~,
obrigacs de seu omcio, como se ha- e 150.
ver acerca da encommenrlaco da Querela, os Juizes seculares a no de-
19l'Cja n .. , 535: e seC[. vem aceitaI' contra pcssoas Ecclesiasti-
Prol-isOl' deve tratm' os Clerigos com cas, e com que penas, n 6r~4.
brandlll'a, e cortezania, n. 664, e seC[. Querela-, como se deva ]Jroceder neHas,
Provisor obrigado a fazer o illl'entariu e de que cousas se no recehero,
da prata, ornamentos, e mais moveis n 1039, e eq.
da S n 711;. Querelas, para ellas deve haver livro,
Provisor, a eHe se devem rcmetter os em que se recebo, c que pessoas no
summarios, que se fizerem acerca de se serilo admittidas a querelar sem dar
negar sepultura Ecclcsiastica a alO'um fian;l, e como esta se dar, n. 10iO,
defunto, n ............. 86J, e 86:2. e to42.
Provi 01' eomo se haver, quando hou- Querela, quem a der maliciosamente,
ver de remett r ao promotor as de- q ue pena haver; e por eHa se no
lIunciaes, que procederem das car- pde proceder priso, sem primeiro
41S de excommunho de cousas per- ser justificada, n ' 104.3, e seq.
didas, ou furtarias, n, 1OlHo Querela, em quanlo durar a sua accusa-
ProvisOl', quando mandar dar ii. parte 50, no pde o querelado accusal', oU
Cerl i lo das teslemunhas quc sabiro qut'relar do querelantl::, [J . . . . . . 1045.
a alguma carta de cxcommullho, qlle Querela prIe dar lima pc soa contra ou-
diligeJleias devo preceder, ibid m. tra, ainda que niio preceda infamia,
Provisor, quando usar da censura, e mas no o Promotor, n 1058.
pella de suspenso, scja com muila Questores, ou pedidores de esmolas, no
considerao, e como a [Jromlllgar, se devem permittir, e como e proce-
11 1197. tler contra elles, n..... 876, C sl'q.
Provisor tenha um volumc destas Cons- Quinla feira de Endoenas, porquellella
litui~es, 11 , 1311. se celrbra a Cea do Senhor, e ('01110
lIesse dia se expor o Santissimo Sa-
G3
502 INDICE DAS CONSTITUIES
cramento, e que pessoas assistiro, cm pena incorrem se a no acompanha~
quanto estiver exposto, n. 115, e seq. rem cm Cummunidade, n ..... 499.
Quinta feira de Endoenas, lias Igrejas Regulares no consinto quenassuas Igre-
em que no houver Saerario no se jas pregue Sacertote, ou Pregadol' se-
exponha o Senhor sem licena do PI'e- cular sem licenca do Ordiuario, n. 514.
lado, li ................... 118. Religiosos, e Reiigiosas no pdem ser
Quinta feira de Endoenas, e sexta feira padrinhos nos Sacramentos do Baptis-
Santa, como se devo guardar estes mo, e Confirmao, n (j!~, e 79.
dias, n .............. ' 37!~. Religiosos que licena tero para con-
Quitaes no se peo, ou passem de fessarem seculares, n 163.
Missas anticipadas, nem de omeios, Religiosos niio pdem confessar Freiras
ou mais Legados, sem estarem com sem especiallioenn, ainda que este-
efTeito ditas, e cumpridos, sob pena jo geralmente approvados para con-
de excommunho, n 80G. fessarem seculares, n.......... 164.
Religiosos a quaes de seus familiarcs p-
fi dem ouvir de Confisso, sem licenea
do Ordinario, n ..... " 165.
Rapto, como se castigar o Clerigo que Religiosos que se houverem de ordenar
ou eommetter, ou der ajuda a elle, neste Arcebispado, o que se observara
n " ....... 976, e seq. com elles, n 234, c seq.
Rapto; o Promotor deve pl'Oseguir a Religiosos, no se ordenando com o pro-
accusao do rapto posta em Juizo, prio Bispo da Diosesi, cm que residi-
no estado em que a achar, desistindo a rem, indo a outra, o que faro certo,
parte della, n .. 97G. n 239.
Recebedor da fabrica das Igrejas, que Religiosos, em que penas incorrero re-
cuidado ter em cobrar a ordinal'a cebendo alguns contrahentes, ou dan-
deli as, e com que penas, n ..... 72t. do bcncos matrimoniaes sem licenea
Reconciliar Igreja, no se pde fazer do Ordlnario, n.,...... .. .... 283,
sem licenca do Prelado, n ..... 1283. Heljgiosos, ou Religiosas contraltindo
J\ecursos que se passarem para os que matrimonio incorrem cm excommu-
se no desobrigaro da Quaresma, se- nbo, c devem ser remettidos ao Sau-
ro remmettidos aos Parochos, n. 148. to amcio, n, 297.
Registar o rol da desobriga, como far, Religiosos da Companhia de JESUS,
n ........................ 151, qllando podero levantar Altar para
Registar o lilu 10 da apresentao dos que nelIe celebrarem, n 338.
10rem providos em Igrejas, ou Bene- Religiosos mendicantes no pdem ser
ficios, como se far, n ......... 525. Curas, nem Coadjutores das Igrejas
Regulares ouvindo de Confisso sem te- Parocbiaes, TI 531.
rem approvao do orclinario, como se Religiosos, em que casos se lhes podera
vroceder contra e11es, n 166. dar licena para fal1ar com Freiras,
Regulares que vierem deste Arcebispa- n , , ,.638.
do a ordenar-se, que frma se guar- Religiosos, e Religiosas so obrigados
dar com elles, n ............. 2!~2. guardarem o interdicto quando se
Regulares no consinto nas suas Igre- puzer, n, 1239. E a cessao ci Divi-
jas celebrar a Sacerdotes seculares de nis, n ........... 1263, e scq.
fra deste Arcebispado, sem licena Religiosos em que penas incorrero ad-
do Ordinario, n 21j,5. ministrando o Sacramento da Extl'e-
Regulares que vierem a este Arcebispa- ma-Unco sem lieenca do Parocho,
do, o que devem fazer para usar de n ..... "............"....... 192.
suas Ordens, ibidem. Religiosas. Vide vCl'bmn Freiras.
Regulares nas Collectas da Missa no- Reliquias, com que culto devem ser tr~
meem o Prelado deste Arcebispado, tadas; c as que vierem de noro ~erao
que existir, n 335. primeiro approvadas, e reconhecidas,
Regulares no pdem fazer procisses n ................ , . . 2:l. c 23.
por fra do ambito de suas Igrejas sem Relquias insignes sero venel'adas da-
licen'l do Ordinario, n !~90. qui cm diante com aquelJe mysm,o
Regulares tenrIo dnvidas sobre a prece- culto, com que at o presente erao t!-
dencia dos lugares nas procisses, c das; mas havendo indicios rle que nao
mais fllnces, como s comporo, so verdadeiras se deve dar disso par-
n J~9'1, c /~95. te ao ~clado, ~ 24.
Regulares que costumo acompanhar a Relquias se no devem comprar, ou
procisso do Corpo de Deos, cm que vender, ~a1vo a fim de serem rcsgal a-
DO ARCEBISPADO DA BAHI. 503
das, n ................ , . 25. anno da vacatura, excepto nos casos
Reliquia ue Agnus Dci se no faa seuiio declarados, n ............... 2lj3.
como manda o Papa Gregorio XllJ, Reverendas passadas por Abbade, Prior,
n 26. ou Prelado de Mosteiros, ou territo-
Remisso de penas pecuniarias depois rios, que estiverem deutro dos limites
de passarem em cousa julgada, a quem deste, ou de outros Arcebispados, ou
pertence dai-a, n 108~. Bispados, no se devem guardar, ibi-
Representae de Comedias, Autos, ou dcm.
Colloquios. Vidc vCl'bwn Comedias. Rol dos Confessados, como, quando, e
Rescrvados; quaes sejo os casos deste em que tempo o devo fazer os Paro-
Arcebispado, n 177. chos, n. 1!~4. E quando so obrigados
Reservao dos casos deste Arcebispado a remettel-o na frma que se orde-
niio comprehende aos Sacerdotes, ex- na, junto com o rol dos declarados,
cepto o da excommunho maior, 11. 149, e 150. E com o mesmo rol re-
n ......................... 138. mettero tambem certidlO de como j
Residencia lJessoal devem fazer em suas n!ls suas Igrejas tem os Santos OIeos,
Igrejas os Parochos, Curas annuaes, e n ......................... 256.
Coadjutores; e para esse effeito onde Rol dos Confessados, depois que por
devem ter suas casas de morada, mandado do Provisor lo.' registado na
n ................ , 537, e 538. Camara, se entregar ao Parocho,
Resideneia; ainda que o Vigario resi- n ....................... 151.
dente tenha Coadjutor, ou Cura, n o Rol dos que no guardarem os Domin-
fica della desobrigado, n 539. gos, e dias Santos faro os Meirinhos
Resideneia; em que casos se pdem au- Ecclesiasticos, e o procUl'ador, ou Juiz
sentar de suas Igrejas os que so obri- que par,: isso for eleito, e a quem o
gados a residir; e que requisitos con- remetterao, n.......... ... 388.
corrcro, e quando ser necessario Rol dos defuntos lalecidos com testa-
preceder licena nossa, n. 542, 543, mento daro os Pal'ochos em cada an-
e 544. no aos Juizes dos residuos, n ... .8D5.
Residencia, no devem os sobreditos fal- Ruas, e janellas como estaro ornadas
tm' a eUa toda a Quaresma at a Do- na procisso do Corpo de Deos, n.500.
minga do Dom Pastor, nem no tem-
po da peste, bexigas, ou doenas con-
tagiosas, n ..... , ....... 545, e 546.
s
Residir cm Juizo, quando podero ser Sabbado Santo; se nelle, ou na sexta
as paTtes escusas de o fazerem, n. 1033, feira antecedenle cahir a festa da All-
e seq. nuneiao da Senhora, o que se deve
Residuo; como, e quando pertena ao observar, 11 343.
Juiz assim Ecclesiastico, como secular Sacerdotes, como se havero no adminis-
tomar contas dos testamentos, n. 803, trar os Sacramentos. Vide in singul'is
e seq. Sacl'amcntis.
Resistencia fei ta aos l\Iinistl'os Ecclsiasti- Sacramentos, o que se requer para a sua
cos, e Olliciaes do Juizo como ser validade, n 29, e seq.
castigada, n 1015, e seq. Sacramen tos da Sanla Madre Igl'Cja so
Resi tencia feita aos Olliciaes do Juizo sete, e causo graa aos que digna-
Ecclesiastico; como, e at que tempo mente os recebem, n ...... 28, e 562.
sejo elles obrigados a denunciar dos Sacramentos da Santa l\Iadre Igreja que
que a commettero, J1 'J 017. disposies so necessarias nos que
Reverendas para Ordens, como se passa- recebem, e aclministro, ti . 32.
ro n 240. Sacramentos, as pessoas que na sua admi-
Revcrerldas; em que pena incorre quem nistrao commetterelU Symonia, co-
se ordenar sem ollas com Bispo extra- mo sel'locastigadas, n .....911, e seC].
neo, ibiclcln. Sacrarios onue estiver a Sagrala Eucha-
Re\'erendas; o que com ellas receber ris tia, como, e de que sorle devo es-
Orrlem de Mi sa cm Bispado alheio, tar, n .. " ." " .. 94, e seq.
antes qne a diga Nova, que matricula Sacrilegio, quaes sejo as especies delie,
far fil.(l;er, n ' 2f1.1. e que p~nas haver quem commellel'
Revcrendas; o que se observar com os alguma deli as, u 915.
que com ellas se vierem ordenar le- Saerilegio, que resulLar de matar', ferir,
fra deste Areebispado, n .... 2!~2. espancar, ou injuriar por obra a al-
Reverendas. o Cabido S vacante no as guem nas Igrejas, e seus Adros, como
pue passar, seno passado o primeiro serilo ca tigados os que o commcUc-
504 I ~Dl E DA CO~STIT -rES
rem, 11 916. ptizados, os no fizerem enterrar em
Sacrilegio que re~ultar de ajuntamento Igrejas, ou lugares Sagrados, n.84-4.
camal em lugar Sagrndo, que pena in- Sepultura pde qualquer pessoa eleger
correm os que o commetterem, n. 917. aonde lhe parecer, e no a tendo pro-
Sacrilegio que resultar de furto de cou- pria, nem a escolhendo, o que se deve
sas Sagradas, ou uentas, ou dedicadas fazer em tal caso, n 845.
ao culto Divino, ou de usarem deli as Sepullw'a, ninguem obrigue a pessoa
para usos profanos, como ser castiga- alguma a que se eleja, n .. 84.6, eseq.
do,n 918. Sepullura se no deve abrir sem licenca
Sacrilegio, os que para elle concorrerem do Parochoj nem desenterrar defunto
com con elho, favor, ou ajuda, como algnm sem preceder licen~a ile quem
sero castigados, n 918. a pde dar, TI 8{~9, e 850.
Sacrilegio quando se commctlcr em al- SepulLura, sem licena do Prelado se
guma Igreja, que devo nesse caso no tirem dclla os o sos dos defuntos
fazer os Parochos, n ......... 920. para se trasladarem para outra,
Sacristes em que Igrejas os haver, e TI " 851.
l]l.le informao re tornar delles, an- SepuIlUl'a, qual deve ser o seu concerto,
tes que sejo providos, n 609. e decencia, n 852.
Sacristes entrando a servir nas Igrejas, Seplllturas; os herdeiros, e Testamen-
tomaro entrega das cousas dellas por tei ros dos defu ntos as faco concertar
inventario, n, G10. E dariio fiana, dentro de dez dias depois do enteno,
n ................... 612. e no o cumprindo assim, o que se
Sacristes, que cousas lhes perte)lo a obrai , n ............ '" .... 853.
sen omcio, n. 613, e seq. E faltando Sepulturas no se deyem comprar, nem
a cllas, como sero castigados, n. 625. vender por modo de contrato, e s
Sacristes em que casos podero empres- por ellas se deve dar uma esmola
lar as cousas das Igrejas, que esti \'e- certa, n 851-.
rem a sell cargo, n , .. 713, e 71 ~. Sepulturas; pelas que se abrirem nos
Sacriste niio consinto que sem licen- Adros, e Cemiterios das Igrejas se no
a se desfaa alguma cousa das que deve levar cousa alguma, ibidcm.
estiverem a seu cargo, n 6'1 L Sepulturas, no se concedo perpetuas,
Sacristias, que neHas se guarde silencio, nem se abro nas Capellas mres das
n ...................... , .359. Igrejas, sem licena do Prcla~~,
Sac.ristias, haver nellas uma taboa em n 8tltl.
que estejo escriptas as Ol'aes que Sepulturas das Capenas filiaes, ou par-
se aponto, n 330. ticulares; a metade das esmolas que
Santos, que culto, e adorao se lhes por ellas se derem pertencem Jgre-
deva, ~ a suas Imagens. Vide verbmn ja Matriz, n , 856.
Adorao, ou Culto. Sepultura Ecclesiastica se no d ao
S, no Coro dclla se devem rezar todos enfermo, que sendo requerido rece-
os dia as sete Horas Canonicas, n.511. besse o Sacramenlo da Extr(,)ma-Un-
S vacantc; a quem poder passar o Ca- co, o no recebeo por despreso,
bido Reverendas dentro do primeiro n 205.
anuo da vacatul'll, n ......... ,21~3. Sepultura Ecelesiastica a que pessoas~.:e
Se vacaute. Vi(le verbum Cabido. deve negar, n 8~1.
Seguro, qi1e se livra com carla coufessa- Sepultura Ecclesiastica, que diligeLlcHlS
loria, no pde na contrarieda<le ne- devo preceder para se haver de ne-
gr a culpa, n. , ............ 1066. gai', n 859, e seq.
Seguro Clmo se deva apresentar em Jui- Sepull~lra Ecclesiastica, em que pena
zo, e apparecer nas audicncias, n.1033, incorrr~ quem a der na Igreja vi~la~a.
e 1071. ou interdita, ou aos que por dlreyo
Seguro, em quanto se livrar no pde se devia negar, n ............ 858.
andar no lugar do delicto, nem aondc Sepultura Ecclesiastica, como se have-
morar a pessoa oll'endida, u . 1070. ro os Parochos a respeito de a nega-
.Sentidos corporaes so cinco, n .... 570. rem, n ................ 860, e seq.
Separao dos casados quando se pode- Sermiio nas exequias de algum defunto
r fazer, n 31.0 e seq. se no faca sem Iicenca, n 840.
Sepulturas para os corpos dos fieis, de- Sesta feira 8:l.Iltaj o que" se deve o1Jser-
vem ser em Igrejas, e lugares Sa~l'a- vai' ocr.ol'l'endo neHa a festa da An-
dos, n ...................... 843. nunciaco da Senhora, n 343.
Scpullura; em que penas incol'I'em os Sesta feir Santa como se deva guardar,
Senhores dos escravos, que sendo ha- n, . .. . ..... ,., , 3:i{f.
DO ARC1~BISP.\DO DA BAHIA. 50"
Sesta feira Santa; como se por nesse SulTragios que se devem fazer na Catbe-
dia at a Paschoa o Senhor no tu- dral por morte do Prelado, Dignida-
mula lia S, e mais Igrejas, n... 119. des, ou Conegos delJa, n 866.
Sigillo da Confisso que cousa seja, Superiores, quando, e como se devo
donde procede, e a quem obrigue, cumprir seus mandados, n. 883, e eq.
n .................. 186, e seq. Supersties. Vide verbmn SorLilegios.
Symbolo da F, ou Creio em Deos Pa- Suspei tos na Fe; os que o forem se de-
dre, n ..................... 553. vem denunciar ao Santo Omeio,
Simonia que cI'ime seja, e como se com- n 886, e seq.
mette, e que testemunhas se pdem Suspeito na F he o lleligioso, ou Reli-
al1millir para a sua prova, n ... 90[~. gio a, ou Clerigo de Ordens Sacras
Simouia, quem a corUlnelle se li\'l'a que se casar; e o que o fizer durando o
preso, e no tem homenagem; e sendo primeiro matrimonio, TI 297.
Clerigo fica logo impedido para usar Suspeitos do crime da heresia devem
de suas Ordens, n ............ 905. ser denunciados ao Santo Offieio,
Simonia; as pessoas que souberem deste n , .. 886, e seq.
crime como denunciariio delle, n. 914. Suspenso que cousa seja, como se divi-
Simoniaj como se proceder contra os da, quem a poder pr, como, e quan-
que a commellerem nas Ordens, Exa- do se evitaro os snspenos, e que
mes, ou .Beneficias Ecclesiasticos, actos lhes sC'jo prohibidos, li ... 1195,
n.906, eseq. E na arlministl'ao dos e seq.
Sacramelllos, n. 911, e 912. E contra Suspenso, como della se deve usar;
os reincidentes no tal crime 11 913. como se promulgarj e que a respeito
Signaes por defuntos, como, e quantos dos Clerigos se use mais dclJa, do que
se devo fazer, n ....... 828, e seq. da excommunho, n 1197.
Sigllaes na procisso dos defuntos, que Suspenso, o Clerigo que nella incorrer,
so obl'gados fazer os Thesoureiros, ainda q!le no esteja declarado, deve
ou Sacristes das Igrejas, n.... 86[~. abster-se de Ludo o que por ella lhe
Signaes com sinos, ou campainha se no rrobibido, n ....... '" ..... 1198.
faro no Triduo da semana Santa, Suspenso ab ingl'cssu Ecclesire, quae s
11 " . '12'1. sejo os seus .eEfeitos, n.. 1200, e seq.
Synorlos; que pessoas so obrigadas a Suspenso de pregar, qual seja o seu el'
fazer a profisso da F nos que se fize- feito, n 1202.
rem neste Arcebispado, n. . .. . .. 9. Suspenso quando no posla at certo
Synodaes Examinadores. Vide verbllll! Lempo, para se poder tirar se requel'
Exame de eoncurso. a absolvio, e como esta se dar
Sodomia; contra o que commellerem n 1204, e 1205.
- esle crime como se proceder, n. 958. Suspenso Divinis incorre todo o Con-
Sortilegios, ou supCl'sties, que se no fessor que receber alguma cousa do
u e delles, e com que penas, 11 901. penitente quando o confessar, n. 176.
Sortilegios; os que involverelU manifes- Suspenso que exercitar aeto pl'obihido
ta heresia, 0\1 afJostasia perlence ao incorre em irregularidat.le, n.. 1196.
Santo Officio, n " ., 903. Suspensos, lio deyem ser evitados seniio
Subdiaconoj que requesitosl:1evem haver depois de declarados; e como estes
a respeito dos que houverem de ser no de\'em administrar Sacramento
admilliuos a es a Ordem, n. 215, algum, excepto o da Confisso no ar-
e 221, e 225, e seq. E que Beneficio, tigo da morte, n ,, 1198.
ou patl'imonio seja necessario, n.228, Suspensos, os que o esLiverem, em que
e seqq. pena incorremj como sero castiga-
SulTragios que os defuntos deixo por dos; quem os poder absolver, e le-
suas almas, como e cumprlraoj e vantar-lhes a suspenso, n..... 1203,
quando fiearem a arbitrio dos Testa- e seq.
menteiroso que se far, n. 798, c seq. Suspenses postas em direito, quaes se-
SuOhgios pelos que morrerem ab intes- jo as que ha, e que se incorrem ipso
tado, e pelos escravos, e menores, {acto, n .............. 1208, e seq.
quaes se devo fazer, n ... 836, e seq.
SuJfl'Ugios, em que Igrejas se faro no T
o determinando o del'unto, n .... 8'~1.
Suffragios, <>nLel'l'undo-se o defunto na Tabelliiies no devem fa~er escrituras,
Igreja da Misericordia, e no determi- ou assignados de u ura palliadas,
nando luO'ares para elles, a qnem toca n 94.6.
fazeI-os n , ..... 8~2. Tabolagem de jogo, que ningnem a d
506 INDICE D\S CONSTITUIES
publica em sua casa, n : 1024. Testamento, quem no for versado em o
Tamboretes de encosto, como seJa pro- fazer, que aconselhe ao Testador cha-
hibido o assentar nelles nas Igrejas, me pessoa douta que lh'o faa, n. 786.
n .................. 731, e seq. Testamento, quem o escrever, que nelle
Tavernas, prohibido aos Clerigos co- seno ponha por herdeiro, ou Lr.gata-
mer, e beber neBas, n ...... 464. rio, nem a pessoa, que esteja debaLxo
Taxa da esmola da Missa qual seja, de sua administrao, n ...... 784.
n ......................... 344. Testamento, escrevendo-o o Parocho,
Tenco, quantas ha, e qual seja a que ou algum Clerigo, que ne1le no po-
se' requer pal'a se administrarem V'l- nha, que as Missas as diga o mesmo
lidamente os Sacramentos, n .... 29. que o escreve, n ............ 785.
Tendas nos Domingos, e dias Santos se Testamentos em que se deixarem Lega-
prohibe estarem abertas, n ..... 738. dos pios, que l1inguem o occulte, e
Testadores no se devem impedir, nem com que penas, n 788.
constranger a que no testem livre- Testamento o pde fazer o filho famlias
men te de seus bens, e quem fizer o maior de quatorze anuas, dos bens
contrario como ser castigado, 11.780, castrenses, ou quasi, sem licena de
e seq. seu pai, em quanto aos legados pios.
Testamentos, neHes pdem os Clerigos, n .................... 789.
e lleneficiados testar de seus bens, Teslamenteit'os no podero recusar o
ainda dos adquiridos por razo da cargo de Testamenteiros, n. 796. E
Igreja, e Beneficias, n .... 774, e seq. so obrigados a dar conta, ainda que
Testamentos, como se havero os Paro- os Testadores ordenem que lll'a no
ehos, e Clerigos que forem chamados tomem, n ................. 797.
para os fazer, n 783, e seq. Testamenteiros no tocan te aos legallos
Testamentos, como se devo cumprir pios, e suffragios mandados fazer pelos
tendo as solemnidades de direito Ca- defuntos, em que tempo, e como os
nonico, ainda os dos filhos famlias devo cumprir, n 798, e seq.
nos I_egados pios, n 787, e seq. Testamenteiros, <J1le n~o cumprirem as
Testamentos dentro em que tempo se disposies pias dos Testadores deixa-
devo cumprir, e dar conta delles: e das a arbitrio c1elles em tempo deter
eomo se proceder contra os Testa- minado, como passado esle se devol-
menteiros negligentes, n .. 790, e seq. ver o dito arbitrio ao Prelado, n. 801.
Testamentos, que as suas disposies es- Testamenteiros no peo quitaes ano
pecialmente nos Legados pios se no ticipadas de Missas, e Officios, sem
alterem, n .... , ............ 800. com ctreilo estarem cumpridos,
Testamentos, quando neBes se deixarem n ........................ 806.
esmolas, ou obras pias sem se deter- Testamen teiros dem inteiramen te as es-
minai' a que pessoas, nem ficar elei- molas aos Sacerdotes, conforme as
o de herdeiros, ou Testamenteiros, deixarem os defuntos n 807.
pertence ao Prelado a nomeao dcl- Testamenteiros no pdem comprar
las, n ...................... 802. bens da testamen taria, n 808.
Testamentos, em que mezes pertence Testemunhas, como ero ca tigadas as
ao Juiz do Residuo Ecclesiastico to- que as istircm ao matrimonio dos
mar conla delles, n 803. que casarem sem preceder denuncia-
Testamentos se executem passado um es, n .................... 282.
anno, e um mez depois do faleci- Testemunhas, qnacs, e quantas sajo n~
mento do Testador, e o mais que uisso cessarias para assistirem aos Matrl-
se guardar; e que os Parochos em monios, c que assistencia se requeira,
cada anno dem rol dos que falecero n ........................ 293.
com eHes, n ............ 804, e seq. Testemunhas, em que penas incon:o
Testamentos, e ultimas vontades dos as que assistirem aos matrimolll~s
Testadores havendo-se de commuLar, dos que caso tendo impedimento eh-
a quem pertena o fazeI-o, n ... 809, rimcnte, n 298.
e seq. Tes01unhas so obrigadas a declarar os
Testamento, como se farilo os su!'fl'agios impedimentos do matrimonio, saben-
dos que morrem sem e11e, n .... 836, do delles, n. . .. . ........... 285.
e seq. Testemunhas nas causas matrimoniacs,
Testamento, a Freira professa c[ue o fi- com quanta attenco, e circullspeciio
zer, e morrer com elle contra o voto as deva perguntai pel' sio Vigario
da pobreza, em que penas incorre, geral, n 32J, cseq.
n 637. Testemunbas jurando falso nas causas
DO ARCEBISPADO DA BAIIIA. 507
matl'moniacs, como sero castigadas, menlo do peccado nefando, noO' 958.
n ....................... 32!~. Tributos no pdem Pl' os seculares as
Tcstemunhas falsas cm Juizo, sendo Igrejas, e pessoas Ecclesiaslicas,
convencidas de perjuras cm que pe- n ................. 658, e secr.
nas incorrero, n ....... 92 L, e seq. Tributos em que casos os de"o pagar
Te temunhas falsas cm Juizo, quem as os Ecclesiasticos, n 659, e seq.
induzir para esse fim, que penas ha- Triduo da Semana Santa, como nelle se
ver, n .... " . ......... 928. guardar o Sanlssimo Sacramento, e
Testemunhas, como se dcvo inquirir se administrar aos enfermos, n. 121.
nas devassas, n ..... ' ... 1059, e seq. Tumulo, como neHe deve ficar o Seuhor
Testemunhas, quacs se posso admittir na S, e mais Igrejas de sesta feira
para a prova do crime da Simonia. maior at dia de Pascboa, n ..... 1 L9.
n 904" Turno para a assistencia do Santissimo
Thesoureiros das Confrarias, como, c Sacramento nas 19l'Cjas cm que se ex-
quando se lhes tomaro contas, puzer em quinta feira de Endoenas,
n .................. 873, C 87!~. como o Parocho advertir se faa,
Thesoureiros das Igrejas. Vide verbum para que se no fa!le a esta assi ten-
Sacristes. eia, n 117.
Tombo, como deva haver um livro em
que nelle se escreva o que se manda
na Constituio, e aonde se guardar
v
este, n 718, e seq. Vagabundos quaes scjo, e em que Pa-
Tonsura primeira, que cousa seja, e de I'och ia se desebrigaro n 154.
que e!'feitos nos que a recebem, Vagabundos procurem escritos assigna-
n. 211. Que suffieiencia, e capaciua- dos, e jurados dos Parochos que os
ue mosLraro estes, e que mais deva desobrigarem da Quaresma, n... 155.
proceder, n ..... 2L2, e seq, e n. 224. Vagabundos que houverem de casar, o
Tonsura, os Clerigos il1 minoribus que a que se observar DOS seus matrimoni-
trouxerem aberta, de que traje, e as, n ' 299.
vestidos devo usar, n .. ; ...... 4!~9. Vagos fornicarias, e incontinentes como
Tonsura os Clerigos in minol'ibus que se proceder contra elles, n ..... 993,
delinquirem, e forem presos ou cita- e 1001.
tados, sendo achados sem ella, perdem Vasos Sagrados, eomo os deva llaver nas
o privilegio Clerical, n 453. Igrejas, 11 709 e seq.
Trajes, em que penas incorre o Clerigo Vasos de praIa, ou de estanho, que Dcl-
que se vestir nos de secular, e o secu- les se lenho os Santos Oleos, n .. 69.
lar que se vestir nos de CI erigo, ou Vasos de prata, ou de vidro, que por
Religioso, n 938. e1les sed o lavatorio aos que com-
Trajes de mulher, os que neUes se vesti- mungarem, e no por vasos Sagrados,
rem como sero castigados, n ... 939. seno sendo a Sacerdotes, D 99.
Tribunal do San to Officio a elle sero Vencler, ou alhear, como se no posso
remellidos os Ueligiosos; Religiosas; os patrimonios, n 288, esq.
ou Clerigos de Ordens Sacras, que se 'ender carne na Quaresma publica-
casarem, e aqueIlas pessoas, que o fi- menle fra da necessaria para os do-
zerem duraute o llrimeiro matrimo- entes, como seja prohibido, e com que
nio, n ...................... 297. penas, D , . . . . . . . . .t~12, e 413.
Tribunal elo Santo Officio, a e11 e ser , endas, ou compras, ou outros contra-
remeLLiclo o que disser Missa no sen- tos, que se no fao nas Igrejas, e
do Sacerdote, e o Sacerp-)te que cele- sens Adros, n 738.
brando no consagrar 'Clla; e o que Venerao, qnal se deva as Sagrallas
culpavelmente ronsagrar sobre cou- Imagens, e Reliquias dos Santos,
sas accommodadas para se fazerem no .. 22, e 27.
maleficios, e sacrilegios, n 363. Vestidos das Imagens, que eSliverem ja
Triliunal do Santo omcio, a eIle se i ncapazes por velbos, o que se far
devem denunciar os hereges, e sus- delles, n 726.
peitos de heresia, n. 886, e seq. E do Vestidos de que podero usar os Cleri-
crime da blasfemia hereliC<'l.l, Doo 893. gos, quaes sejiio, n.. o ... 441, e seq.
Tribunal do Santo omcio, a elle se d "e Vestidos, no os trazendo os Clerigos
dar con ta das feiliaras, sacrilegios, como se lhes ordena, que penas have-
e supersties, que in"oll'~rem mani- ro, 11 !~!~8, e seq.
festa heresia, e apostasia na li', Vestimentas das Igrejas. Vide 'l:cl'bmn
D. 903. E a elle pertence o conheci- Ornamentos.
508 INDlGE DAS CONSTlT l\:ES
Viatico. Vide vcmm Euchal'istia, ou Do- se no vendo Imagens, a que cha-
entes. mio ricos feitios, n 701.
Vida marital a (levem fazer os casados, Vigario geral Do faa nas Igrejas, e seus
e no a fazendo, como se havero os Adros aclos de jurisdio contenciosa,
Parochos com cIles, D... 301, e 302. n 741.
Vida honesta, e virtuosa, que obriga- Vigario geral como pI'oceder immu-
o tenho os Clerigos de a fazer, nidade, havendo duvida se algum
n ................. 4.33, e439. delinquente lhe vale, ou no, n. 762,
Vigario geral inquira ,dos Capites, e e seq.
mestres dos navios, se trazem alguns Vigario geral tenha cuidado de que se
livros neIles, ou alguma pessoa sus- no ofrcnda a I iherdade Ecclesiastica,
peita de l?, fi ' " .. 17. proceda eonlra os que a violamm,
Vigario geral como se assignarit nos li- n .................... . 6Id.
vros que se fizerem, para nelles se es- Viga rio geral eomo se haver na cobran-
creverem os asseDtos dos Baptizados, ca das 1uctuosas, n 7!l1.
n '" ......... 70. Vigat'io geral proceda como lhe parecer
Yigario geral maDde eDtregar DO Carto- justia, achando que se no fazem os
rio da Camara os l.l'ros dos asseDtos assen tos dos defu ntos como se ordena,
dos Baptizados, que lhe remetterem n ......................... 833.
os Vigarios, n ................ 75. Vigario geral como deva inquirir do cri-
Vigario geral mandar por escripto pas- me da blasfemia, n 889.
sar as certides dos assentos dos Bap- Yigario geral, taulo que tiver nOlicia de
tismos, n 74. que se haja commettido algum sacri-
Yigario geral, como lhe p.ertence o co- legio, que logo faa summario, n. 9:20.
nhecimento das causas matrimoniaes, , igario geral, quando, e como lh ' per-
n . . . . . . . . .. . . 321 , e seq. tenca o conhecimentl) do crime de USII-
Vigal'io geral nas causas matrimoniaes, ra, 'e como se haver, n 957.
venoo a19uma das partes Degligen te Vigario geral, como proceder contra os
em procurar, o que obrar, n .... 323. que commetterem o peccado de Sodo-
Viga rio geral, que a eIle se recorra pa- rnia, n ...................... 959.
ra a satisfao das esmolas das Missas, Vigario geral, como se baver contra os
que ainda se estiverem devendo, n. 350. adulteras, ou sejo Clerigos, Oll leigos,
Vigario geral, e os da Vara, como devem n ................. 967, e seq.
proeeder contra os que faltarem em Vigario geral. como se baver quallrloos
guardar os Domingos, e dias Santos, culpados cm concubinato no qu7;e-
n 377, e seq. rem livrar se, n. . . . .. .... . .. 981-.
Vigario geral, e os da Vara, como pode- Viga rio geral, como proceder contra os
ro dar licena para se trabalhar nos fornicarios vagos, e incontinentes,
Domiugos, edias Santos, n...... 386. n 993, c 1001.
Yjgario geral, e os da Vara podero ac- Vigario geral quem lhe Iher resislcl1ci~,
crescentar, ou diminuir a peDa dos ou lhe lirar prezo de seu poder, como
culpados, que no guardarem os dias ser castigailo, n 1010, e seq.
de preceito, conforme o caso, n. 389. 'igario ....eral sendo-lhe feila alguma
Vigario geral quaDdo houver de conce- injuria, ou ofi'ensa, como se haver e
d!'\' licena, para que alO'unm Clerigo que penas havero os que a commeL-
traga armas para sua defensa, em que terem, n 1019, e seq.
furma o far, n 45(). Vlgario geral inquira se nos dias de pre-
Vigario geral, quando, e como concedera ceito, antes de se /indarem os ameios
licena, Rara que os Clerigos posso Divinos, se joga, ou d labolagem,
jurar, 011 ser testemunhas nos l\udi- 11 . '. 1025.
torios seculares, 11 , ' . ' .474. Vigario geral como castigar os Oflkia~s
Yigario geral, corno lhe pertence dar que Liverem erros do ameio, 11. 1021.
licena pra as doaes, c reDuneia Vigario geral, quando, c a que pessoas
que fizerem asFreiras I ovias, n. 6a3. poder conceder que se livrem como
Vigario geral .como deva tratar aos Cle- segllros, ou por Alvars, para no rc-
rigos com brand ura, e eortezia, n. 66!~, sidirem pessoalmeDte, n 1037.
e seq. Vigario geral, como se haver quando
"iga rio geral nas eausas civeis, que os alO'uma mulher accusar ou for areu-
leigos tiverem com os Clerigos, como o em JUIZO,
sada . '
n......... .... 1936 .
se haver nas excepes pelo privile- Vigario geral como proceder nas quc-
gio do foro, n (j7 t. relas, c rrcebimeuto dellas. e quaes
Vigario geral como deva aLalhar a que sero admillidas, II 1039, c scq.
DO AnCEBISPADO DA BUIIA. 509
Vigario geral nuo receba denunciaes sem baptismo, n 63.
de dclictos leves, n 105 L Yisitadorcs se informem das pessoas que
Vig'1rio geral quando proceder a de- ha por chri mar nas Fr<:gnezias, que
vassa, e como se haver no tirar della, visitarem, para o fazerem a s,!hcl' ao
n 1059, e eq. Prelado, n 82.
Yigario geral l:omo de\'a proceder nas Visitadores com grande cuidado in-
injurias vcrbaes, e nas que na Audi- quiroJ se algumas pessoas falccro
encia se fizcrem, II ... 1062, e seq. sem a Sagrada Eucharistia por culpa,
Yigario geral no pde l'emellir, perdo- ou negligencia dos Parochos, n. 109.
ar, ou commutal' as penas que forem Visitadorcs procurem dos Parochos a
impostas aos Reos, no sendo por via ccrtioo qnc se lhes passar de cntre-
de embargos, fi....... ..... 108{~. ga dos Santos Olcos, TI 256.
, igario geral quando, como, e porque Visitadorcs vejo a frma em que esto
causas mandar passar monitorios, os Santos Oleos, e o mais a elles per-
u........ . 1094, e seq. tencente, n., 258.
Yigario geral se haja com muito come- Visitadores inquiro se os desposados
dimento, e brandura com os declara- tem delinquido porcohabitantes, con-
dos, e em que tempo no passar, Oll tra o que se ordena por esta Consti-
mandar publicar cartas de excOIl1- tuiriio, n ................... 265,
munho, TI 1105. Visita'dores se informem se alguns Paro-
Yigario geral qnando usar da censura, chos, ou Sacerdotes tomo majs Mis-
e pena de suspen o, scja com muita sas das que pdem dizer, e como se
con iderao, e como a promulgar, proceder contra elles, n 355.
n ..... , ................ 1197. Visitadores como devo proceder contra
'igario geral e os da Vara como sejo os que fallarem devida observancia
obrigado a tercm cslas Constituies, dcguardar os Domingos e dias Santos,
n . . ... . .. . . . .. . 1~ li. n . . . . . . .. ..... .... 377, c seq.
Vigario geral C0l110 se haver no passar Visitadores devem ordenar o que os Pa-
das cartas de seguro. Vide vel'bmn Car- rochos dC\'em lcvar, e dcixar das obla-
tas de seguro. c offertas e rlonati\'os, quese fazem
Viga rios ela Vara, ali o Paroeho mais em memoria (los milagres, n ... 436.
vizinho avisem ao Prorisor tanto que 'isitadores como se 11<\1'cro achando
vagar alguma Igreja curada, n ... 524. m algumas Capellas, ou Ermidas es-
"igarios. l'ide 'l'el'blt11t Parochos. cudos de arma, ou insgnias, Oll le-
Vinho, que os Clerigos o no vo beber treiros, scm preceder licena, n. 695.
s taveruas, e como devo ser 1I10de- Vi itadores como devo tralar aos Cle-
rados em o beher, n.... J~6!~, e [~65. rigus com brandura, e cortezania,
Yiolao de Jgrcja , e 1ugares Sagrados; ri . , . . . . 664., e 665.
quaes deviio ser os C<lSOS, e requisitos, Visitadores como se havero achando al-
que pala isso hajo ele concorrer, gumas Capellas, ou Ermiclas yelhas,
n. . . . . ... . . . . . . . . .. .1266, e seq. e ruinosas, e s '111 ,modo algum de se
Violada a Igreja na occasio em que 'c repararcm, n 694.
stiver dizendo Mi sa nella, como se Visitadores vrjo se nas Igrejas, e Ca-
haver o Saeerdote, n , .. 1278. pcllas ha inventlrio .da prata, e mais
Violcncia, qlle ninguem a faa aos Tes- moveis, e no os havendo, quc os
tadores para lhes impedirem o teslar mande fazcr, e sem isso no finde a
livremente de scus brl1s, e com qu Yisita, n 716.
penas, n. . . . . . .. .. .. n. 780, e seq. Visilallol'es como se havero achando
Virtudcs conlrarias aos peccados mo\'- lias Igrejas alguns ornamentos inca-
taes, quaes srjo, n 1561. pazes de servircm por velhos, n. 725.
Virtudes Theologaes, e Cardeaes, qURCS ' i itadore achando nas Igrejas esLra-
sejo, n............. .566, c 567. dos, ou assentos particulares, qne os
Vi. itadores inqnir;1O com grande cuitla- mandem lanar fra, n .......735.
do sc os Mestres de meninos, e ]\1os- Visitadorcs sendo avi adas para se fazer
Ir(IS d(~ meninas lhes Cllsino a Dou- i1lg,u~a immunidade, em qu frma
trina Chri Ln, n ................ 5. se tara, n _ 762, e seq.
VisiLadores fao cumprir que em cada Visitadore como lel'io proceder acllUn-
Igreja haja um Cel'cmonial, 011 1\1a- do que se no fazem os a-sentos dos
nual dos Sacramentos, n 30. defuntos conforme se o"dena nestas
Yi itat1ol'es inquiro, se por culpa do eon tituies, n,.. ... . .... 833.
Pal'ocho. ou dI) oull-" qualquer I rssoa \ Vi iladores inquirio se aos escravos
faleceu alguma l:rialla, ou adullo baptizado' que falecerem, se lhes d
6ft
510 INDICE DS CO STI'l'UlES
sepultura Ecclesiastica, D. 8M~. n 10215.
Visitadores que cuidado tero, em que Visitadores quando podero passar mo-
as sepulturas estejo como se ordena Ditorios, o 1096.
nestas Constiluies, n .. " .... 852. Visitadores se informem se nas Igrejas
Visitadores inquiro se os Parochos fa- que visitarem ha cm cada uma um
zem as procisses dos defuntos, como volume destas CODstituies, e no o
se lhes recommenda, n 865. achando o que faro, o ... 1311.
\Tisiladores quando podero ver Esta- Visitar o comento das Freiras desta
tu tos, e Com prom issos das Con fra- BaLia corno pertence ao Prelado,
rias ainda seculares, e para que, n ............... 630.
n ......................... 368. Visitar a clausura das Freiras poder o
\ isiladores como se havero acerca das Prelado fazer todas as vezes que lhe
CapeIlas, Confrarias! Hospitaes, e parecer necessario, n ....... 636.
contas que devem tornar aos admi- Ultimas vontades. Vide erbuln Testa-
nistradores, n ...870, e 871. mentos.
\Tisitadores, ainda que achem ja toma- Vodas, como sejo prohibidas aos Cleri-
das as contas das Confrarias pelos gos, e por isso no devem ir a el1as.
Officiaes del1as, nem por isso as dei- n .................. 466.
xem de tomar, n 874. '\ oto solemne feito na procisso em Re-
Visitadores achando que nas Confrarias ligio, ou na recepo das Ordens Sa-
no ha alguma obriga de Missas cras, como seja impedimento dirimen-
pelos Confrades vivos, e defuntos, o te do Matrimonio, o ......... 285.
que devo ordenar, n ........ 875. Voto simples de castidade, ou de entrar
Visitadores como devo inquirir do cd- em Religio, como impida o matri-
me da hlasfemia, n 889. monio, n 286.
Visitadores se informem se os Parochos Usura, qual seja a deformidade deste
e mais Capelles do conta dos sacri- crime, n .................... 940.
legios que se commelterem nas suas Usura, os quc deste crime souberem,
Igrejas como so obrigados, n ... 920. como sejo obrigados a dcnunciar del-
Visitadores como se havero contra os le, n. _..................... 942.
q~e commelterem o peceado de So~o- Usura; os que forem comprehendidos
mia, n 9a9. oeste crime, que penas havero,
Visitadores como se havero quando os n " ......- ...... , .. 943, e seq.
culpados em concubinato no guize- Usuras palliadas quacs sejo, e como se
rem fazer termo, e quizerem Iivrar- commellem, c que penas havero os
se, ou nem-uma, nem outra cousa que usarem dellas, 0 945, e seq.
quizerem, o ............... 984. Usuras palliadas: os que concorrerem
Visitadores como procedero con tra os para os assignados, e escripturas de
fornica rios vagos, e incontinentes, Laes con tra tos, sabendo da fraude com
o 993, e 1001. que se fazem, que penas incorrem,
Visitadores, os que lhes fizerem resis- n ............ 946.
teneia, ou de seu poder tirarem al- Usura, em que caso o conhecimento
gum preso, corno sero eastigados, deHa pertenca ao foro Ecclesiastico.
o 1015, escq. n : 957.
Visitadores a quem se fizer alguma offen- Usural'ios publicos, se lhes no adminis-
sa, ou injuria como se havero, tre a Sagrada Eucharistia, salvo cm
n 1019, e seq. que caso, n ............. 88.
Visitadores inquiro se nos dias de pre- Usurpar, como ninguem possa os ~ens,
ceito se da tabolagem, ou se joga sem e fructos das Igrejas, lugares PIOS, e
estarem acabados os omcios Divinos, de pessoas Ecclesiastica6, o. .. 650.
IL DA
o
PROCISSO E SESSES
DO

Que se eelel)rou UI' Santa S JtIetropolitana (Ia eidade da


Bllhia eID t~ de JtUlllO (Ie 1707 (Ua do Espirito
Santo, e nas duas Oltavasseguintes,
l.resiclhuIo nelle

o ILLUSTRISSIMO E REVERENDISSll\1O SENHOR

D. SEBASTIO MONTEIRO DA VIDE,


QUINTO ARCEBISPO DO ARCEBISPADO DA BAllLL

rr endo OIlIustl'issimo Senhor D. Sebastio Monteiro da Vide, Arce-


bispo da Bahia, (!~Conselho de Sua Magestade, tomado pessoalmente
posse em 22 ue-Maio de 1702 do seu Arcebispado, e informado de que
nelle se experimeulavo muitos, e graves abusos, e falta na adminis-
trao <la Justia, e no governo espiritual das almas, achou que a total
causa era no haver Constituies proprias neste Arcebispado, pelas
quaes, como por leis certas, e infalliveis julgassem os Ministros, e se
governassem os Parochos, e mais subditos deste Arcebispado. Por-
que ainda que o lllustrissimo Senhor D. Constancio Banadas IV Bispo
desta Diocese, antes de ser erecta em Arcebispado, e se desallnexarem
clella os Bispados do Maranho, Rio de Janeiro, e Pernambuco no
anuo de 1605 fizera Constituies, como se no imprimro, andavo
viciadas, e se no tinho posto em obsel'vancia, e por esta causa esta-
vo esquecidas, e quasi del'ogadas, tanto assim, que j se no gover-
navo sen'io pelas do Arcebispado de Lisboa, que cabalmente se no
podio accommodar a este em muitas cousas.
POT esta razo, o lllustrissimo Senhor Arcebispo se resolveo a
fazer de novo Constituies, valendo-se para este efieito do tempo do
inverno, cm que no podia proscguil' a Visita deste vasto Arcebispa-
do (a que logo deo principio depois de estalO neHe). E como o Sa-
gl'ado Concilio Tridentino ordena, e manda, que os Metropolitanos
convoquem Concilio Provincial, e os Arcebispos, e Bispos em suas
Dioceses Synodo Diocesano, pelo grande servio que destas aces re-
sulta pal'a homa de Deos nosso Senhor, e proveito das almas; achando
sua Tllustrissima pelas Visitas que tinha feito, haver muitas cousas que
necessitavo de preciso, e pl'ompto remedio, e considel'ando qll'e de-
512 RELA.~O DA PROCrS '.lo
pois de concluida toda a Visita, se lhe ollerccia occasio opportuna
pal'a se conformar com as disposies do Sagrado Concilio Tridentiuo,
determinou celebl'al' Concilio Provincial, o qual nunca nesta Arnerica
se havia celebrado.
Para este cfl~ito mandou passar carIas Convocatorias, em que
promulgava a celebrao do dito Concilio para llia do ESIJiI'ilo San-
to, do anno de 1707 que ento occorria aos 12 dias do mez de JunlJo.
E para CJne os suffraganeos deste Arcebispado tivessem noticia da cele-
brao do Concilio, e pudessem concor,'el' a ellp lhes mandou o Il1l1s-
trissimo Senhor Arcebispo remetter cartas Convocatol'ias cm tempo
llabil pal'a se publicarem nos seus Bi pados; que so Angola, e Rio de
Janeiro, que estavo plenos; So Thom, e Pemamhuco que estavo
va{;OS; e constou ehegarem as ditas cartas aos ditos suffl'aganeo, e
em vil'tude del1as vcio a esta Cidade o lllustrissimo Senhor D. Luiz
Simes Brando, Bispo do Reino de Angola (para onde Sua Magesta-
de o nomeou, attendendo : sua muita sciencia, e singulares virtudes,
:lntes de ter completa a idade que se requeria para se haver de sagrai',
e por todos os titulos se faz acredor s mais supremas dignidades;) e
chegou a 25 de Fevel'eiro de 1707.
Porm eomo se approximava a festa do Espirito S!lnto, e o lIIus-
trissimo Sen11ol' Bispo do Rio de Janeiro no cuegava como se cspera-
va, POI' el1e assim o ter avisado, se offerecl'o justas causas, porqne o
lllustl'issimo Senhor Arcebispo houve de dilferir a celebrao do Con-
cilio Pl'Ovincial, determinando smente celebrai' Synodo Diocesano no
mesmo dia da festa do Espirito Santo, por quanto para o dito dia havia
mandado convocar o Revel'endo Deo, Dignidades, Conegos, e Cabido
da Santa S desta Cid3de, e os Parochos de todo o Arcebis~ado e pro-
por nelle 3S Constituies, de que tanta necessidade havia para destruir
os abusos, que cada dia se expel'imentavo, refrmar os costumes dos
Clerigos, e mais snbditos, compor controversias, e evitar as occasies
de ofl'ensas de Deos nosso Senhor.
A Igreja, em qne esta aco Synodal se celebrou, foi a S MeLro-
politana, que o mais snmpluoso, e magnifico Tcmplo de todos os da
Amel'ica, obra venladeil'amente Real, pois se fez paI' ordem de Sua
Magestade como pel'petuo Administrador da Ordem, e Caval1aria de
nosso Senhor JESUS Christo, de cuja Real grandeza se espera a ulti-
ma perfeio desta Igreja, em que lambem se manifesta o zelo, e pie-
dade Chrisl dos devotos das Irmandaues particulares, pois no ornato
dos seus Altares, e Capellas tem feito uma consideraveJ, mas luzida
despeza. Armou-se toda a Jgrej3 o melhor que foi possivel, e do UI'CO
para dentro se no vio nunca to bem ornada.
Para assistit' a Cleresia ao tempo das Sesses na S, se pU7:ero
bancos das grades da Capella mr para fra, (e alguns dentro da Capella
mr,) em tal frma, que o lugar em que fica vo os Clerigos, cst3va se-
parado dos demais. Dentro da Capella-ml' estavo dous bofetes co-
bertos com panos de damasco carmezim, e junto a cada um est~\'.O
dons tamboretes ralOS; um estava da parte do Evangelho, pUI'a aSSlS t!-
rem os Reverendos Conegos Jui7:es das querellas, que ero o Ilo PrOVI-
sor Jorge Rodrigues Monteiro, e o Reverendo Vigal'io Geral Ignacio de
Azevedo: e outro da parte da J~pistola, para assistirem o Reverendo
Promotor o Conego Joo Calmon, e o Reverenclo Secretario o Conego
II SE S.ES DO SYNODO nIOcrS_ ro. 513
Gaspar darques Vieira, qne s esta vo nos d-iLos lugares depois que se
entrava sesso, porque no mais tempo elles, e os Capitulares que
assistio a Sua IIlustrissima, assistio nas suas Cadeil'as do Coro. E
dentro da mesma Capella-mr da pat'te da Epistola estava um banco
razo para os Notal'ios do Synodo, que ero 19nacio de Abreu, e Mano-
cl Ferreira de Mattos, Presbyteros do Hahito de So Pedro.
Como o IIIustrissimo Senhpr Arcehispo queria tel' propicio o fa-
vor e auxilio do Ceo, e a assistencia do Espirito S'lluto no Synodo,
(cm quem firmemente confiava para espeTar acerto emo que se obras-
se) repetidas ,ezes fez, e m311dou fazer deprecaes a Deos nosso Se-
IIhor pam o tal fim. No principio lla Quaresma escreveo aos Prelados
das nelgies desta Cidade, pam que em to Santo tempo encommen-
dassem o negocio a Deos cm seus Sacrificios, e O,'aes, e de todos os
seus Religiosos. Na S, e nas mais Igrejas Matrizes desta Diocese nos
trcs Domingos antes do SInoo se fizero procisses roda das Igre-
jas rezando nellas Ladainhas, e a Ol'ao do Espirito Santo no fim.
Na mesma S, e nas Igrejas Matl'zcs desta Cidade, e em todos os Con-
"entos della, assim de Religiosos, como de Religiosas, na Quinta, e
Sex.ta Feira, e Sabhado antes da festa do Esprito Sauto se rezro
diante do Santissimo Sacramento preces e Oraes, estando o mesmo
Senhor fora do Sacrario, pOI' Sua I1lustrissima assim o ordenar, e en-
commendar.
Havia Sua I1lustrissima de; sahir no dia do Synodo cm procisso
do seu Palacio pal'a a S, e cm o Domingo 5 de Junho manrlou publi-
eat' Editaes na S, e mais Freguezias da Cidade, em que determinava a
hora em que o Clero se havia de congregar, e a frma que havio de
obsel'Yal' na procisso, e com que habito bavio de ir nella, e assistil'
na S; e que sem embargo de qualquer costume, ou dl'cito, assim naS,
como na procisso se no observassem precedeocias, mas que no era
sua teno prejudiCai' a oinguem, porque lhe deix.ava o seu direito re-
8el'\'ado. Outro Edital se publicou tambem no mesmo dia sobre a fr-
ma, e modo de viver no tempo do S)Jnodo, em que se eiliol'tava a to-
do' os fieis 11 que no tal tempo se confessassem, e communga sem
muitas vezes, e l1zessem obras de piedade, e caridade ChristTI agradaveis
a Deos; e se orJenay aos Sacerdotes que desde Quinta Feira antes do
Espirito Santo at a concluso do Synodo fizessem lia Missa a com-
memorao do Espirito Santo. E o mesmo mandoll Sua Jl\ustl'issima
)l.edil' aos Regulares. os Editaes se ordena,a tamllem, que os Cle-
I'lgos que no tivessem celebrado no dia do Espirito Santo viessem apa-
I'elharlos llara commungarem da mo de Sua IIlustrissima: que nem-um
dos Congl'egados se ausentasse sem liceu~la; e que no lugar determina-
do para os Ecclesiasticos se no sentasse pes oa alguma secular, nem
Bas horas, e tempo do S~ nodo e tivesse na S mulher alguma. Tam-
hem se passou ordem para que nos tl'es dias da festa do Espjrilo Santo
se no fizesse festa algum1 sofemne !las Freguezias da Cidade.
Attendel1do Sua fIlustrissima ao muito que havia que fazer no dia
da festa tio Esprito Santo, ordenou aos Heverendos Capitulares da S,
que na vespera, depois de rezadas Completas, rezassem Matinas, e Lao-
des do dia seguinte, o que com efTeito se fez, e na Dlesma "espera na
S., e nas Igrejas, e Conventos desta Ciuade se comel'o a repicar os
SIQOS festiy'a, e solelllDemente.
5t4 RELAAO DA PROCI 510
CLtegado em fim o solemne, e festivo dia do Espirito Santo, em
que se contavo 12 de Junho de 1707, determinado para a celebrao
<10 Synodo Diocesano Bahiense (e foi o primeiro que se celebrou em lodo
o Brasil), se cOfl'eo logo pela manh o sino gl'ande da S, para se con-
gregar o Clero. E sendo quasi sete horas depois de se rezar Prima na
S, o Reverendo Cabido veio capitulal'mente para o Palacio de Sua TIlus-
trissima, onde em cima de bofeles eslavo preparados os omamentos
de que se havia de revestir para a procisso, que ero de cr vel'lnelha,
e sendo avisados se revestil'o com pluviaes o Reverendo Deo Pl'esby-
tero assistente, o Heverendo AI'cediago do Bago, e todos o demais Ca-
pitulares, exceplo os Reverendos Dignidades, Thesoureiro-mr e Mes-
tre-Escola, Diaconos assistentes, e os Reverendos Conegos que serv-
ro de Diacono, e Snbdiacono, pOl'que estes se revestto com dalrna-
licas.
O lIIustrissimo Seubor Arcebispo estando revestido com capa Con-
sistorial sallio sala, onde 1l1e estava prepm:ada Cadeira, para se reves-
tir dos omamentos Pontificaes, a qual estava debaixo de um docel de
cr vermelha. Logo os Reverendos Capitulares chegl'o a Sua IIIus-
trissima com as <lvidas reverencias; e sentando-se Sua IlIustrissima
na sua Cadeira, os que lhe assistO, e administravo, se sentro a seus
lados em tamboretes I'azos, e os demais se assenlro em bancos de
encosto que estavo por uma, e outra parte da Sala. Logo o Diacono,
e Subdiacono til'ro a Sua Jl1ustrissima a capa, e depois de se lhe ad-
ministrar agoa s mos, o revestro com amicto, alva, cingulo, Cruz
peitoral, ESlola, pluvial vermelho, Mitra preciosa, e anel, o qual lhe
poz o Presbytero assistente.
Tanto que Sua IIIustrissima esteve revestido, comeou a procissO
a proseguir na frma em que o Reverendo 'igal'io Geral 19nacio de
Azevedo a tinha disposto. Em primeiro lugar foro os Irmos da Ir-
mandade do Santissimo Sacramento da Santa S com capas yel'melhas
debaixo da sua bandeira, e Cruz, Seguio-se os Religiosos de Nossa
Senhora do Monte do Carmo debaixo da sua Cruz, a quem Sua IIIustris-
sima mandra rogar para o acompanllarem nesla procisso. Depois
delles um Clerigo vestido de Subdiacono, flue levava a Cruz da S, e
logo toda a Cleresiu.com sobrepelizes, aos quaes immediatamente se-
guio os Parocbos revestidos com capas pluviaes.
Depois dos Parocbos bia um Clcrigo revestido com dalmaLica, que
levava a Cruz do Reverendo Cabido, a muzica, e Capelles da S.
Seguia-se um Cupel\o de Sua llluslrissima, tambem revestido com
dalmatica, com a Cmz ArclJiepiscopal, entre dous Acolitos cel'oferarios
.com castiaes, e vlas acesas, e logo os Reverendos Capitulal'es por
suas antiguidades; depoisdelles bio o Diacono, e Subdiacono, o Prcs-
bytero assistente, e Arcediago do Bago; e no fim foi Sua J.JIustrissima
enlre os dous Diacol1os assistentes, que lhe levantaYo as pontas d.o
pluvial, e levava na mo esquerda o Bago, e pelo caminho com a direi-
ta foi lanando a beno.
A procisso foi pelas mesmas ruas pOl' onde nesta Cidade "ai, a
que se faz na manh da Resul'reio, a qual d volta pelo Te1'l'eiro, q,ue
chamo ue JESUS. Tanto que principiou a sahir, comeou a muzlca
a canto de Ol'go o Te Deum lattdamus, que continuou, 13 outros Hym-
E SESSES DO SYNODO DIOCESA O. 515
nos, e Psalmos pelo uiscurso da pl'ocisso; e o mesmo tizeril:o 08 Reli-
giosos, e Clero.
Na porta principal da S, onde se recolheo a procisso, deo O Re-
verendo Deo com as costumudas ceremonias o hyssope ao IIIustJ'issi-
mo Senhor Arcebispo, com o qual se lanou, e ao Heverendo Cabido, e
circunstantes agoa benta E largando Sua lIIustrissima o hyssope ao
Reverendo Deo, foi proseguindo para a CapeUa do Santissimo Sacra-
mento, onde depoz a Mitl'a, e fez genullexo em terra, e levantando-se,
tomou ajoelhar sobre uma almofada para fazer OI'ao; depois de orar se
levantou, e fez reverencia com genllllexo ao Santissimo Sacramento.
E recebendo a Mitra vollou para a Capella-mr. Antes do ultimo de-
sro Jella lhe tirro a "Mitra, e Sua IIl11strissima fez reverencia Cmz,
e orao de joelbos em uma almofada; levantando-se lhe puzero a Mi-
"tra, e snbio para a Sede Pontifical, onde se assentou.
Aos lados de Sua IIl11strissima se assentro os Reverendos As-
sistentes, e Arcediago, e o Diucono, e Subdiacono Ja parte da Epistola;
os mais Capitulal'es se assentro nas Cadeiras do Coro, e a Cleresill
nos lugares que se tinho dispostos.
este primeiro dia assistiro na S Missa POlltifical, e Sessfo, .
o lIlustrissimo Senhor Bispo de Angola D. Luiz Simes Brando, e o
Senhor Luiz Cesar de Meneze , .l\.lferes mr do Reino, e actual Gover-
nador, e Capito General deste Estado do Brasil. Para o IlIl1strissimo
Senhol' Bispo estava p,'eearado da parte da Epistola, defronte da Sede
Archiepiscopal, Sitiai, e CadeiJ'a sobre estmdo cuberto com alcatifa: po-
rm elle quiz estar junto ao SenllOr General, e mandou it, a Cadeira
pam o lugal' onde estava o dito Senhor, e o seu SitiaI, que da'pat'le do
Evangelho, pl'oximo s grades da Capella-ml', da parte de dentro. E
nos dous dias seguintes assistio tambem o dito Illnstrissimo Senhor Bis-
po. ConcoITro mais a assistir em todos os tres dias do SynoJo Re-
ligiosos de todas as Religies, muitas pessoas doutas, e de autoridade.
Depois que o I1Iustrissimo Senhor Arcebispo esteve assentado na
sua Sede por algum espao de tempo, querendo capitular Tera, de-
poz a Mitl'a, e se levantou em p, e ao primeit'o verso do Bymno Veni
C1'ealor Spin'lus ajoelhou, e depois esteve em p at se comear o pri-
meiro Psalmo, e enro se assenton, e recebeo a Mitra. Em quanto o
Coro continuou Tera, disse Sua II1ustrissima a Antifona: Ne 1'em1-
caris. ~c., e Psalmos, Quam d~'lecta, ~c. pelo lino que um Capello
tinha de joelhos, e se lhe calro as meias, e apatos. Repetida a
Antifona de Ter(',a, e dito o Capitulo, e n). breve, estando Sua IIIustris-
sima j sem Mitra, e de p, viero dous Acolitos com casLiaes, e vlas
acesas, e elle cantou a Orao pelo Missal, o qual tinha o Presbytero
Assistente.
Logo o Diacollo, e Subdiacono cheganuo a Sua IlIustrissima com
as devidas rcverencias, lhe tirro o pluvial, e o revestiro com lonicel-
la, e dalmatica, e os mais ornamentos Ponticaes, pondo-lhe antes da
Mitra o Pallio, por poder USai' delle neste dia na Mis a do Espirito San-
to que celebrou oJemuementc com todas as ceremonias, que dispoeDl o
Ccrcmonial Homano. Intra llfissam administrou ao Heverendos
Capitulares, c ao Clero a Sagrada EuchaI'i tia. No fim da Missa no
concedeo illtiulgcllcias, e as rcser\"oll para o fim da lerccila 'c"so, mas
autes ue sahir do AlIaI' se lhe tiruu o Pallio,
516 RELAAo D \ PROClSsAo
Estando na Sede depoz os omamentos Pontificaes at a Estola
excl1lsivc' e o Diacono, e Sllbdiacono IJw puzero o pluvial, c a Mitra
pl'eciosa, c assentando-se Sua I1Justrissima eIles se foro para o seu lu-
gar da parte da Epistola. Para o IJIustri. simo Senhor Arcebispo pre-
sidir: Sesso, se poz f1epois da Missa o faldistorio vestido de vCI'me-
lho no meio do plano (lo Altar-mr, (em cujo lugar estere sempre que
durro as Sesses, assistido dos Assistentes, e Arcediago),
Querendo Sua lllustri, sima dar principio Sess10 se Jc-vantou dl\
sua Sede, e tomando o Bago na mo veio para o altar, e depois de fa-
zei' reverencia Cruz, (o que sempre ObSCl'VOU quando chegara, Oll se
apal'lava delle) se assentou no Ialdistorio, e feita nelle alguma mra,
deponrlo a Mitra, e Bago, ajoelhou em uma almofada virado para o Al-
tar; ajoelhro lambem lodos os circuostantes, e Sua IJlustrissima le-
vantou pelo Pontifical Romano a Antifooa, Exaud'i nos Domine, a qual'
continuou o Coro, e tanto que este comeou a cantuI' o Psalmo Sal-
vwn me fac, se assentou Sua 11lustl'issima no faldistorio, recebendo abi
a Mitra, e Bago, e assim esteve at que o Coro repetio a Antifona, por-
que ento virado Sua IJlustrissima para o Altar, com a cahea descu!ler-
ta, cantou as Oraes que o mesmo Pontifical :lponta para o primeiro
dia do Ssnodo, E no fim recebendo a Mitra se poz de joelhos soure
uma almofada, e dons Cantores comero as Ladainhas :l que todos de
jOlhos respoJldio, Antes de se dizer Ut {ructns terl'm, lS c. levantan-
do Sua Illllstrissima se "irou para o Synodo com Bago na mo, e cantou:
Ut banc lJraJsentcm Synodu7n V1'sitare, dlwnel'e, et bene ffi dicere dig-
neris: e todos respondero, Te 'rogamus aud,i nos. E ajoelhando Sua
lllllstl'issima como d'antes, coutinllro os Cantores, e como acabro,
Sua TlI11strissima virado para o Altar sem Mitra, disse a Orao, Da
qumsUlntts,
Estando Sua IIlustrissima j assentado com a Mitra no faldistorio,
administrando o R. Dco a Navel:l poz incenso no thuriblllo como
costume. O Diacono veio pedir a lJeno; e precedendo Thuriferario,
Cerol'erarios, e Subdiucono, foi cantar o EvungelJlO que se uponta no
Pontifical para este dia o qual depois de cantado o levou o Subdiacono,
para o beijar a Sua lliustrissima, que o ouvio de p sem Mitra com o
Rago nas mos; c o Presbytero Assistente incensou ao dito Senhor.
Pondo-se Sna lllllstrissima dejoelhos cantou o primeiro verso do Hym-
no Veni Creator Spil'itus, que o Coro continuou, mas Sua IIlustris-
sima, depois do primeiro "erso estcve sem !\litra, e de p vil'ado pal'a o
Altar. Concluido o Hymno, ponelo-Ihe os assistentes a Mitra com o Ba-
go na m,o sahio do Altar, e se foi para a Cadeira debaixo uo docel, (,ln-
de viudo o Reverendo Padre Doutor Frei Manoel da Madre de Deos Re-
ligioso de Nossa Senhora do 1\1onle do Carmo, Ex- Provincial de ta Pro-
vincia, pedio a bcu<;"o para pregar, e subindo ao ]111lpiLo vregou s.oure
o EvangelJlo, que se haria cantado tomando )lor Thema as seglll ntcs
palavras:
Parac1itlls autcm Sp'itus Sanctus, quem Palcr mittet in /wmM meo,
ille vos docebil onmia,

Como fica dito, cra I'romotOl' do SVlloclo o Re\'crcndo Conrgo


.Joo Calmou, Desembul'gador da Hclao' Ecclcsia~tica, COIllIDissul'io
E SESSES DO ,Yi\"ODO 'DIOCESA_ O. 517
da Bulia lia Saota Cmzatla, e do Santo Omcio, e Sccrelal'o o Revcren-
do Conego Gaspar Marques Vieil'a tambem Commissario do Saoto om-
cio. E tes, liepois que Sua IIlu3trissima se foi para o faldistorio, e fez ue(-
1c a pratic.a, que consta do Pontifical pal'a este primeiro dia se !evaut:-
ro do lugar em que estavo, e toro preseoa de Sua Illustl'issima,
e (1lzendo-Ihe profunda l'eyerencia, ( o que observayo Iodas as "ezes
que chegavo, ou se apartavo do lugar em que Sua II1uslrissima esta-
'<I, e sempre que o Promotor fez requerimentos, estcve pre enle o Se-
crelal'io) lhe requereo o Promotor, que para se dar principio ao Synodo
Dioce ano, que Sua Illustl'issima queria celebrar, se devia primeiro pu-
blicar o Decreto do Sagrado Concilio na Sesso 2k de Re(onnat. cap.
2 em que est determinado o tempo em que os Synodos se devem ce-
lebrar, as pcssoas que nelles devem assistir, e o fim para que se devem
congregar. Ao quc Sua IIlllstl'issima diITerio, entrcgando ao neveren-
po rcediago do Bago o Concilio Trideotino, pal'a ler o dito Decreto,
lue elle com eJI'ciLo legivelmente leo, em fl'ma que Lodos o ouYro,
TornanuQ o Al'cetliago para o seu lugar, disse o Promotor ao IlIus-
tris imo Senhor Arcebispo. que poi Sua [Ilustrissima era servido dar
principio 110 pl'csentc dia 12 de Junho o Synodo Diocesano por llaver
mandado convocur para o dilo dia ao Reyereodo Cabido ua Santa S, e
aos Yigal'ios, c Curas desta Diocesc, que conforme o Sanlo Concilio so
ohl'igados a as i til' nos Synodos Diocesanos, e tel' determinado ditl'el'ir
o Concilio Provincial, que para o mesmo uia 12 de Junho tinha manda-
do promulgar, lhe l'c(Tuel'ia mandasse manifestaI' uma, c outra COtlSa aos
Congregados fJlle alli se a havo: o qne ouvido por sua 11luSll'i sima en-
tregou ao Secl'etal'o um Decrcto para se puhlicm', e com cITei Lo O publi-
cou aos Congregados o Padl'c Jgu:1cio de Abrcu, o qual Decreto era do
teor seguinte.
Dom Sebastio llfonteiro da Vide, por merc de Deos, e da Santa
S Apostolica Arcebispo da Bahia" Metropolitano no Estado do Bmsil,
do Conselho ele Sua bfagestade, !Se. A todas as pessoas aqui congrega-
das, saude, e pa~ em J ES US Christo nos o Senhor, que de todos ver-
dadeiro l'emedio, e salvao. Como seneIo nossa teno conformar-nos,
quanto nos {'or poss1'vel, com o Sagrado Concil1'o Tridentino, mandamos
em observancia do que elle clispoem na Sesso 2~ cap. 2 de Reformat. ptt-
bricar lJa,m este lJresente e!-ia Concilio Provincial, sobre o qual se pass-
'I'o Con ocatorias: mas porq'ue se nos orrereceln justas causas para diffe-
rir l!or alqum. tempo o dito Concili~ P!'ovinal, e tmtar agora smente
elo Synoelo Dwcesano e das Consltltnes, que se deoem guanlar neste
nosso Arcebispado. Por tanto lJelas presentes nossa leuras declaramos,
que com o favor, e auxilio ele Deos Omnipotente 1Jara seu lottvor, e glo-
'I'ia, e de seu Um'grmito Filho nosso Salvador, e Padroeiro desta Diocese,
e drt Virgem Maria sua Sant1'ssna Mi, hoje em que a Igrejlt Catholica
cele6/'Ct a {esta do Espirito Santo, e se conto 12 de Junho elo presente
a.nno, damos lJrlcl1Jio ao dito Synodo Diocesano em cnmprill1ento do
mesmo Concilio no dilo cap. 2 o qnal SI/nodo Diocesano o]Jrimeiro que
nesta Diocese se celebra dep01's do dito ,~'a.q}'aclo Concilio. E desde logo
h~t~emos P?I' pl'incl:lJ1'aclo o dito, 'ynodo Di~cesano, epor llirrlJrido o Con-
CilIO PrOVIncial lJCtm o tempo q/te cletel'llUnarmOs, o qual mandaremos
declarar aos 'lHe pam clle devem concorrer. E pam que chegue noti-
G5
~18 RELAlO DA PROCISSO
cia de todos, mandamos lJCt8sm' o p"esente. Dado nesta Cidade da Ba-
hia sob nosso signal, e Sello aos 12 dias do rnez de Junho de 1707.~
O Padre Manoel Ferre'a de ltlattos Notario do Synodo o escrevi.
Sello. S. A1'cebispo.
A publicao do Decreto se seguio fazer o Secretario vil'ado para
os Congregados esta perguuta: Placet ne 'Oobis hc die inchoarc Synod'
Diocesanam, et inchoCltam esse? E re pondendo todos: Placet, o foi
noticiar a sua Illustrissima dizendo: IlIustrissne, ac Reverendissime
Domine, omnibus Placet hc die inchoare Synodurn Diocesanam, e in-
choatarn esse; a que o dito Senhor respondeo, Deo gratias.
Logo Sua lllustrissima por requerimento do Promotor maudou
pu~lical' o Decreto do Sagrado Concilio Tridentino na Sesso 25 de
Refo1'1n. cap. 2 em que se dispoem que todos aceitem as determinaes
do mesmo Concilio: o qual Decreto, que se comprebende desde o
vel's. Prmcipit, at o verso Ad hmc, publicou o Notario Manoel Ferrei-
ra Mattos: e alem deste publicou outro assignado POI' Slla Jilustrissima em
que exllorlava aos Congregados, a que pontualmente observassem tudo
o que pelo Santo Concilio estava disposto: c outro-sim mandava que
todos os ditos Congregados fizessem a pl'ofisso da F, que nos Syno-
dos se mandava fazer, confoTme a ordem do Santo Papa Pio IV.
Depois que se lro os Decretos do Sagl'ado Concilio, e de Sua
IIIustrissima, o dito Senhor ordenou que o Reverendo Arcediago fizes-
se a profisso da F, para o que lhe entregou o Poutifical Romano, on-
de ella est expressa, e elle o recebeo com a reverencia devida, e com
pausa em v6z alta, e intelligivel o leo, e o Clero de joelhos a repeo, e
quando a acabou, voltou pal'll o seu lugar. E os Reverendos Deo,
Dignidades, e mais Cabido da S; os Parochos, Officiaes do Syuodo, e
mais Clero, que presente estava foro por sua ordem presena de Sua
Illustrisima, e pondo cada um de pel' si as mos em um ~fissal, quc
estava sobre um banco razo cuberto com um pano de seda bordado, ju-
rro a profisso da F com as palavras seguintes, que para maior ex-
pedio estavo escriptas em uuas taboletas.
Ego N. idem spondeo, 'Ooveo, ac ittro.
Sic me Deus acUu'Oet, et hmc Sancta Dei El)angelia.
Tendo todos depois de jUl'al' voltado para os seus lugares, o IlIus-
trissimo Senhor Arcebispo instancia, e requerimento do Promotor
entregou ao Secretario um Decreto assignado pelo dito Senbor, para se
publicar, e com efi'eito o publicou o Notario Ignacio de Abreu: nelle or-
denava, que por ser costume nos Synodos rogar a Deos pelas pessoas,
e causas publicas, mandava a todos os Sacerdotes que em seus Sacrifi-
cios, e aos mais Ecclesiasticos e seculal'es que em suas Oraes rogas-
sem a Deos pelo Summo Pontifice Clemente Xl nosso Senhor, pelo cs-
tado, e unio da Santa Igreja, por Sua IIIustrissima, pelas pessoas
Iteas, pela paz, e concordia enLI'e os Principes Christos, pelo aug-
mento da disciplina Ecc\e iastica, pelos subditos deste Arcebispauo c
pelo bom successo do Synodo, e perfeita execuo do que nelIe se de-
E SESSES DO SYNODO DIOCESANO. 519
terminar, e qne pelos defuntos do Arcebispado fizessem todos com-
memorao.
Sendo j horas de se concluir a prime'a Sesso, assim o reque-
I'eo o Promotor a Sua IIlustrissima c por um Decreto assignado pelo
dito Senhol" que publicou o Notario Manoel Fert'eira de Mattos, houve
o dito Senhor por acabada a Sesso, e por publicada a segunda para o
dia seguinte, ordenando, que nelle s sete horas se achassem congrega-
dos todos os convocados com habitos Canonicaes e sobrepelizes, para
se procedel' dita segunda Sesso.
Depois da pubUcao do Decreto virando-se Sua Illustrissima pam
o Altar, (largando o Bago) o beijou, fazendo primeiro reverencia Cruz,
e tendo cantado os versos: Sit-nomen Domini benedictum, ![c. rece-
bendo o Bago, e estando sem Mitra, versa {acie ad poptth~m, fez reve-
rencia Cruz Episcopal, cm que estava pegando nm Capello, e lan-
ou solemnemellte a beno. E ponuo-Ibe os assistentes a Mitra se foi
para sua Sede, e os Ministros que o revestiro Ille tirro os ornamen-
tos pondo-Jhe a capa Consistorial. E depois que os assistentes, e Mi-
nistros yoItro da Sacristia, onde se foro desre,'estit', desceo Sua TI-
lustrissima ao plano da Capel1a, e fazendo dahi reverencia Cuz, voltou
para o seu Palacio acompanhado do Reverendo Cabido, e Clero.
No segundo rua, que se contavo 13 do mez de Junho, e era a
primeita Oitava da resta do Espirito Santo, se congregou logo pela
manh o Clero na S, e sendo j sete hOI'as, os Reverendos Capitulares,
depois de rezarem Tera, viero capituIarmente para o Palacio de Sua
IlIlIstrissima, e dahi voltro para a S, acompanhando a Sua lllustris-
sima revestido com a capa Consistorial. Na porta deJla administl'an-
do o Reverendo Deo o hy~sope lanou Sua Iliustrissima agua benta em
si, e nos Iteverendos Capitulares. Daqui roi Capel1a do Santissimo
Sacramento, e chegando a ella rez genllOexo, e levantando-se ajoelhou
em uma almofada fazendo orao. Da Capella do Santissimo foi para
a Capella mr, e fazeDdo reverencia Cruz, e orao de joelhos sobre
uma almorarla junto ao ultimo degro, subio pal'a a sua Sede onde se
assentou, e todos os mais lIOS seus lugares, como no dia antecedenle;
e pura assistirem a Sua lllustrissima- no tempo da Missa foro avisados
dous Conegos, e Presbytero, f\.ssisteutc, cujl1 assistencia. fizero em ba-
bito Canonical.
Havia Sua Iliuslrisima nomeado para dizer a Missa do Espirilo
Santo, neste segundo dia, ao Reverendo Deo Nicolo Paes Sarmento,
o qnal se foi revestir Sacrislia com os Revel'endos Conegos Diacono,
e Subdiacono; e voltando, junto aos dcgros da Capella.-mr fizero
genuUexo Cmz, e reverencia a Sua I11uslrissima. Deo-se principio
Missa, que se cantou com toda a solemnidarle. obset',ando-se toda
as ceremonias, que ordena o Ceremonial dos Bispos. e fim della se
deo aviso aos Revel'cnrlos Preshytero, e Diacono Assistentes, c ao Ar-
cediago, e Diacollo, e Subdiacono, que havio de assistir a Sua IIlus-'
trissima nesta Sesso, para se revestirem, e voltando revestidos, reves-
lro tambem a Sua Il1ustrissima dos mesmos ornamentos Pontificaes,
Com que no primeiro dia, depois da Missa, assistio a Sesso.
Slhindo Sua I1\ustrissima da sua Sede se foi assentai' 110 faldislo-
rio, e depois de se demol'31' por breve espao, depondo a Mitra VlrilUO
para o ltur c ue joelho: lcrantou anlil'ona Propitills esta, a /jllal con-
520 RELAio DA PROCTSSO
tinuou o Coro, e tanto que se comeou o Psalll1o, Deus vel enl1l1 gen-'
tes, l~C. que aponla o PonliGcal, se assenlou Sua IIIuslrissirna no fal-
distorio com Milra, e Bago, como antecedentemenle.
No flln do Psalmo e repelio a Anlifona, Sua llluslrissima se le
vantou sem Mitra, e disse as Oraes como Ol'dena o Ponlifical para o
segundo dia do Synollo. E depois lanou iocenso lIO lhuribulo, o
Diacono pedio u beno, e cantou o Evangelho, que o Subdiacono no
fim levou a heijar a Sua Illustrissima, a quem o Pl'esbytero A'sislcnle
incensou, observando-se em tudo as ccremonias como no dia preceden-
te, e conforme ao dito PonLifical. Tambem como no primeiro dia se
cantou o Hymno, Yeni C1'ealor Spi'rilus, depois do qual, Suu llluslris-
sima, posla a ilJitl'a, e com o Bago na mo se foi para a Sede. Veio
Jogo o Reverendo Mestre Escola Sebastio do ValIe Pontes, Desembal
gadol' da Relao EcclesiasLica pedir a beno vara pregaI', e subindo
ao pulpito pregou sol)re o EvangellJo, que se havia cantado, sendo o
Tbema eslas palauas.
Des1:gnavit Dominus, et al'ios sepluaglla dtws,
Depois do Sermo passou Sua Il\uslris ima da Sede para o faldis-
tOl'io e depois de baver dilo pelo Pontifical a pI'alicu do segundo dia,
inslancia do Promotol' manclou Sua Illl1stl'issima ler pelo Re\'Cl'endo
Al'CCtliago em voz alta, e intel1igivel dous Decl'etos do Sagrado Conci-
lio Tridenlino, dos quaes o primeiro, (que esla inserto no cap. 1 da
Sesso 6 de Re{ormat, vers. Pa11'iarchalibus, at o fim) trata da 1'C
sidencia dos Al'cebispos, Bispos, e Parocbos: e o segundo, (que est
inserto no cap. 1 da Sess.o 23 de Reformat. verso Ne 'vero, at o
fim) torna a encommendar a mesma residcucia. e se declal'o as causas,
e o tempo em que os Arcebispos, Bispos, e Parcbos se pdem auscu-
tm'. E logo successivamenle por um Decreto assignado por Sua IlIus-
tl'issima, que publicou o Paelre 19nacio de Abreu, mandou o dito Senhor
que Loelas as pessoas Ecclesiasticas, que seguudo o Sagrado Concilio
ero obrigadas a fazer residencia, guardassem, e observassem os seus
Decretos, por serem justa, sanlamenle ordenados.
OUlro-sim inslancia do mesmo Promolor, por ordem d Slla
Illuslrissima, manuou o . ecrelal'o ler pelo olal'io Manoel Fel'l'eil'a d\
Maltos os Decr los do Sagrado Concilio Tl'id olino na Sesso 211 de
Reformat. cap. 18 'l:ers. Examinatores al o fim, ondc dispoem, que
nos Synodos s nomeelll Examinadores ao menos seis para as islirem
ao conCl1l'SO das PUl'ochioSi e na Sesso 25 de Reformal. cap. j O onde
manda que nos Synodos se elejo pessoas, em quem cOJlcorro as qua-
lidades que aponla o Texlo ?'n cap. Stal!tlwn ele 1'escrilJs, pUl'a serem
Juizes deJegauos, e subdelegados, e se lhe commetter~m os rescriplos
para deciso das cau as.
Logo o promotol' requereo ao lllustrimo Sen110r Arcebispo nomc-
asse Juizes Delegados, e Examinadores Synoeloes na forma elos Decl:e-
tos do Sagrado Concilio, e os mandasse publicar em Synodo: e o (lllO
Senhor foi servido enlregar dous Decretos assignados por ene da nomea-
o dos dilos Juizes, e Examinadores ao SecrelUl'io para se publiCllrem.
E el1l primeiro lugar puhli on o NOlario Ignacio de Abreu o DecrelO
elos Juizes, c concluindo a publicarro ~ z aos Congregados esla pCI'gUIJ-
E SES, ES DO SYNODO DIOCE ANO. 521
ta: Placenl ne vobis Judices nominali, el publicali? E lhe respondro
uniformemente, Placent, e assim o declarou o Secl'elario a Sua IIIus-
lrissima com estas paluvrus; Illuslrissne Domine, omnibus placenl Ju-
clices nominali: e respondeo o dito Senbor, Deo gmlias. Os Juizes
eleilos, nomeados, e approvados so:
O Reverendo Nicolo Paes Sarmenlo, Deo da S.
O Reverendo Joo de Passos da Silva, Chanlre.
O Reverendo lJIanoel V7'eim de Barros, Tllesoureiro-m,r.
O Reverendo Sebaslio do Yalle Ponles, Mesl're-Esco7a, e Deselll-
bargador da Relao Ecclesiaslica.
O Reverendo Manoel Fernandes Yarsim, A1'cediago.
O Reverendo Gaspar Marques J1ieim, Conego ela mesma S.
O Reverendo Domingos Coelho Lima, Conego da mesma S.
O Reverendo Joo Calmon, Conego da mesma S, e Desemba1'ga-
dor da Relao Eccles7aslica.
O Reverendo Ignacio ele A.:;evedo, Conego da mesma S, e Yigan'o
Geral do Arcebispado.
O Reverendo Jorge Roel1'1'gues lJIlollleiro, Conego ela mesma S, e
P1'OVOT do Arceb7'spado.
O Reverendo Francisco da Rocha, Conego da mesma S.
O Reverendo Joo Alvares Lima, Conego da mesma S.
O Reverendo Joo Borges de Barros, Ctlm da mesma S, P'rolono-
lario Aposlolico, e Desembargador da Relao Ecclesiaslica.
Depois de approvados os Juizes, foro cllamados os qne no Syno-
elo se ucbl'o, para darem juramento de 0xercitarem bem seu ol'ficio; o
que f1zel'o em presena de Sua lllustrissima, pondo as mos no Missal
que ahi estava em cima de um banco razo cuberto com um pano borda-
do, e a frma em que cada um jurou esta:
Ego ,juro me (quacumque affect7'one htMnana poslpola) fideliler
Judieis olficium, quod suseepi, exewlurwn. S7'e me Deus adJtl'Vet, et
/troc Sancla Dei Evangelia.
TlllmediaLamcnle o mesmo olario Igllacio de Abl'CU publicou o
Decreto (la nomea o dos Examinadores, e pergunlando aos Congre-
gados: P7acenl ne 'Ob7'S Examwtores nomlali, el publ'icali? Respou-
dero. P7acenl: E dizendo o Secrelario a Sua lllusll'issima: nIUsl1'issi-
me, ae Reverendissime DOl1u'ne, omm'bus lJ7acent Examinalores nomi-
nati. Elle respondeo, Deo gml1'(tS. O Ex.minadol'es Synodaes elei-
los, nomeados, e pprovdos, so:
O Reverencio Padre Fmncisco de iJlallos, Re7igioso da Companllia
de JESUS.
O Reverendo Padre Domtgos Ramos, da mesma Companhia. -
O Rel'erel1clo Pad7'e iUalhias de A.ndrade, da mesma Companh?'a,
Lenle de p,'ima.
O Reverendo Padre Fmndsco Camello, da mesma Companh7'a,
Lenle de Vespera.
O Reverendo Padre Gaspcl1' Borges, da mesma COlllpa1l7lia, Lenle
de jJloral.
O Reverendo Padre lJlal'linho Ca7mon, da mesma Compan7Iya.
522 REtAAo DA PROeIS O
o Reverendo Pad?'e Dot/tor H'ei Roberto de JESUS, Monge de
S. Bento, QuaZificadO?' do Santo Oflido.
. O Reverendo Padre H'ei Manoel do Nascimento, da mesma Reli~
gto. .
O Reverendo Pad?'e Doutor Frei lIIanoel da lIIadre de Deos, Reli-
gioso do Carmo.
O Reverendo Padre Doutor H'ei Joo lla T?'indade, da mesma Re-
ligio.
O Reverendo Padre H'ei Agostinho da Ass'l.tmpo, Religioso de S.
Fmncisco.
O Reverendo Padre H'ei Antonio da lIIi de Deos, da mesma Re-
ltgio.
O Reverendo Padre Frei Joo Baptista, Religioso descalo de Santo
Agostinho.
O Reverendo Padre Fre'i Jos de Santo Anto, Religt'oso de Santa
Thereza.
O Reverendo Jorge Rodrigues Monte1'o, P?'ovisor do Arcebispado.
O Reverendo Ignacio de Azevedo, Vigario Geral do mesmo Arce-
bispado.
O Reverendo Sebastio do ValIe Pontes, Desembargador da Rela-
o Ecclesiastica.
O Reverendo Joo Borges de Barros, Desemba?'gador da Relao
Ecclesiasttca.
O Reverendo Joo Calmon, Desembargador da Relao Ecclesias-
tica.
Destes Examinadores, os que se acLavo presentes, foro logo ju-
rar, (como o tinho feito os Juizes) presena de Sua IIlustrissima
deste modo:
Ego iitro me (quacumque a/Tectt'one humana postposita) [idelitel'
'Examinatoris officium, quod st/scelJi, executurum. Sic me Deus adjttvet,
et hroc Sancta Dei Evangelia.
Successivamente a requerimento do Promotor, de ol;dem de Sua
I1IustL'issima, puhlicou o 'otari Manoel Ferreira de Mattos um Decrelo
assignado pelo dito Senhor, em que dizia; que os Synodos, conform,c
o Sagrado Concilio, ero dirigidos a compor controyersias, reprimir
ex.cessos, e reformar costumes; 11elo que ordenava, e mandava, que os
q'lle tivessem queixas de algumas pessoas deste Arcebispado, posto que
constituidas em dignidade, lhas a presentassem logo por esC['itoi e no
as tendo preparadas as apreparassem, e entregassem ao Reverendo Co-
nego Jorge Rodrigues Monteiro, Provisor, e ao Reveremlo Conego Jgna-
cio de Azevedo' igario Geral, a quem nomeaya Juizes das querelas,
cerlificando as ouvirio com amor paternal, e S lhe dilferiria como
fosse de justia, e maior servio de Deos. Mas no houve por ento
quem apresentasse queixas.
Outro-sim lambem a I'equerimcnto do Promotor, de ordem de Sua
JIlusLI'issima, publicou o Notario Jgnacio de Aureu um Decreto assigna-
do pelo dilo Senhor, em que dizia, que dalli pOI' diante havio de ~a
ver Congregaes, em que se re olvessem, e propuzcsscm as l1lalen3
pertencentes reformao do costnmes, melhora do estado Ec 'lesia -
E SESSES DO SYNODO DlOCESA. O. 523
Lico, e angmento do servio de Deos, e se havio de conferir as Cons-
tituies para o Arcebispado, e que era impossivel assistirem todos os
Congregados, pelo damno espiritual que da sua dilao podia resultar
s almas: pelo que conformando-se com o antigo costume dos Syno-
dos, ordenava, que o Reyerendo Deo, Dignidades, e Cabido da S, e
os Parocbos, e Clero, que presentes estavo, elegessem Procuradores,
a quem dario as advertencias, que lhe parecessem, e as instl'Uces
necessarias para os requerimentos que em seus nomes houvessem de
fazer nas ditas Congregaes, onde serio ouvidos com atleDo, e se
lhe diiferiria como fosse justia. No mesmo Decreto se expressava a
frma em que se havio de eleger os ProcUl'adores, e era que o Reve-
rendo Cabido capituJarmente junto elegesse dous Procuradores. E que
o demais Clero viesse pelas tres da tarde desse segundo dia do Syno-
do S, para elegerem sens Procuradores Da frma segnillte, por evitar
confuso, o Clero da Cidade, e sulmrbios dous Procuradores; o Clero
do Serto deste Arcebispado do llhambupe para cima dous Procurado-
res' e o Clero do Reconcavo, e Villas do Sul dous Procuradores. E
para JUJzes Escrutadores da eleio do Clero nomeou Sua Illustrissima
no mesmo Decreto aos Reverendos Conegos Jorge Rodrigues Montei-
ro, Provisor, e Ignacio de Azevedo Vigario Geral, para que esLivessem
nas ditas horas na S, e tomassem com os Notarios do Synodo os vo-
tos, e os regulassem, fazendo termo, assigl1ado pOl' ambos, dos Pro-
cm'adores eleitos, para apresentarem Da Sesso seguinte.
Depois de lido o Decreto, de que acima se faz meno, instan-
cia do Promotor, houve Sua I1lustrissiOla por um Decreto seu, (que
leo o Notario Munoel Ferreira de ~rattos) por concluida esta segunda
Sesso, e por denunciada a terceira para as sete horas da mauh do se-
guinte dia em que ordenava se congregassem como neste segundo dia
na mesma S todos os congregados. E lanando logo solemnemente a
beno, como tiO fim (la primeira Sesso, veio do altar para n Sede,
onde o despiro os Ministros dos omamentos Pontificaes, pondo-lhe a
capa Consistol'ial; e depois que elles, e os assistentes depuzero os 01'-
namentos, de que estavo revestidos, acompanbro a Sua Illustrissima
at o seu Palacio, como no dia precedente.
No terceiro dia decretado pura a ultima Sesso deste Sy.nodo Dio-
cesano Bahiense, que era Tera Feira segunda Oitava da festa do Espi-
rito Santo, em que se contavo H do mez de Junho, s sete horas da
manh estava j':" o Clero congregado na S, e havendo-se rezado Tera
na mesma S, sabio della em habito Canonical capitularmente o Rcve-
rendo Cabido, e foi pal'a o Palacio de Sua lllustrissima, d'onde voltou
acompanhando ao dito Senhor. Neste dia se procedeo at o fim da Missa
do mesmo modo, que no dia antecedente. A Missa tambem foi solem-
ne, e a disse por nomeao de Sua lJ!ustrissima o Reverendo Me tre-
Escola Sebastio do Valle Pontes, servindo-lhe de Diacono, e Subdia-
cono dons Conegos.
Recolhido o Celebl'ante, e Ministros Sacristia foro rcvestir-se
nella os mesmos Reverendos Capitulares, que no primeiro dia assist-
rITo a Sua lIlustrJssima, e como viC!'o para a CapeI/a-mr, o Diacono,
e Subl1iacono l'evestro a Sua IIlustrissima com os mcsmos Ol'Uameu-
tos, com que nos dias antecerlcntcs prcsidira a Se scs.
Da Sede passou para o llJistorio: c a mcsma ordem que DO se-
524 HELA.AO DA IJROCI..,sAo

gundo dia se teve em levantar a Antifona, canlar Psall1lo, di~er a8

Ora:es, fazer incenso, canlar EnlDgelho, e o Bymno 1'en'i Creatol'
SlJitlIS, e passar Sua [Iluslrissima do faldislorio para a Sedc, se guar-
dou no principio desta SessTIo, obsenando-se, conforme o quc tlispoem
o Ponlifical Romano p<:\l\:I o terceiro dia do SYllodo. ESl::mrlo Sua 11-
lustrissima na Cadeira, wio o Bevercndo Padre Mestre Frei Joo Bap-
lista, Religioso Descalo de Santo Agostinho, PI'Csidente do Hospicio
de Nossa Senhora da Palma desta Cidade, e pedindo a Sua IIlustrissi-
ma a beno para pregar, subio ao pulpito, e pregou com esle Thema.
Ostenclasque populo cmremonias, et 1"itll'ln colencli, viamqlle, pCI'
quam lg'recli debeant, et opus, quocl {acerc clcbeant. Exod. 18 20.
Depois do Sermo tornou Sua Illustrissima para o faldislorio, onde
pelo Ponlifical fez a pratica, que neUe se ordena para o tCl'ceil'o dia do
Synodo. E logo instancia do Promotor, de mandado de Sua lIIus-
trissima, a"isou o SecI'elario aos Heyerendos Conegos Jorge Rodrigues
Monteiro, e Ignacio de Azevedo, para que enlregassem o tcrmo da clei-
o dos Pl'ocuradores elcitos p lo Clero, de que tiuho sido Juizes Es-
crutadol'es; e elles logo foro entrcgal' a elcio a Sua Jl1uslrissima, c
o dilO Senhor a entregou ao Secrelario, que a mandou pul'licar pejo
NOlario Manocl Ferreira de Maltos. E consta della sCl'em c1eitos pOI'
mais votos.
Para Procnrador do Clel'o desta Cidade, e subul'lJios o Hcvercndo
Francisco Pinheiro Barrelo, Vigario de So Pcclro desta Cidade, e olk-
verendo Diogo de A[onscca Frcire.
Para Procuradores -do Clero do Serto o Reyerendo Jorro Caval-
leiro de Passos, 'igario de ossa Senhora tIa Victoria nos suhurbios
desla Cidade, e o Reverendo Antonio Martins Soares.
E para Procuradores do Clero do Reconcayo, e Villas do Sul os
ditos Reverendos Joo Caralleiro de Passos, e Antonio Martins Soares.
E o Reveremlo Cabido capiLularrnellte junto elegco para seus Pro-
cll1'adores ao Reverendo Nicolo Paes Sarmento, Deo da S, e Joo ele
Passos da Silva, Chanlre da mesma S, como constou por uma cerlido,
que o Reverendo Arcedi o l\lanoel Fernandes Val'sim, Secretario do
Heverendo Cabido entregou a Sua JIlustris ima.
Feita a publicao de lodos os sobreclitos Procmadores, de man-
dado de Sua TLluslrissirna, por installcia do Promotor, publicou o 0-
tario Manoel Fel'l'cira de MaLtos um Decrelo assignado pelo dito Se-
nhor, em que se concluia, que por querer conformar-se com o pio, e
louvavel costume de nomear em Sy~')do por testemunhas Synodaes
pessoas idoneas, e de timol'ala consciencia, (as quaes debaixo de jura-
mento inquirissem se na Cidade, ou Diocese havia alguma cousa conlra
ti Lei de Deos, e bons costumes digna de correco, c emenda para que
denunciando-o tiO Prelado, Vigario Geral, ou Visitadorcs ell 's lhe acu-
dis em com o remedio que mais conviesse) pertenilia nome,:\l' as dilas
testemunhas, e dur-Ihes o jlU'amento; as ql1:les pOI' justas causas as no
nomeava logo, e Lambem por julgar ser assim mais servio de Deos..
Segnio-se logo a requcrimelllo do Promotor, mandar Sua JIJuslrlS-
silOa publicar outro De Teto, '111 que ordenava se less m :1. lislas das
pessoas que C1'ao obrigada assislir no Synodo, c se li1Juo cOllvocado,
E SE"SES DO SYNODO nIOCESA -O. 525
para se nolarem as que nem per si, nem por seus Procul'Udorcs assist-
rITo. E que os que l,iv'essem procura.es apparecessem perante o dilo
Senhor no seu PaJacio Quinta Feira de tarde, que se couta vo 16 de Ju-
nho, para se verem as dita procuraes, e elles darem a razo porque
nrro assistro sens constituintes.
Lero-se as listas uos Reverenuos Capitulares, Parochos, e Curas
do Arcebispado, e os que estavo pres ntes per si, ou por Procuradores
respondero: Adsum. E por um dos Notarios foro tomados a rolos
que faltl'o, contra os quaes requereo o Promotor a Sua IlIustrissima
carta de Edito para serem citado , e o dito Senhor mandou se satisfi-
zesse ao eu requerimento. Porem aLtendendo Sua IlIustrissima a Yi-
verem distante os que faltro, e que alguns deHes lIo tinho a quem
cncommendal' as suas Igrejas, foi servido de os haver por escusos, e
relevados por esta vez.
Como as listas se acohro ue ler; o IlIustrissimo Senhor Arcebis-
po, instancia do Promotor, mandou publicar um DecI'eLo al'siguado
pelo dito SenJlOr, pelo qual, (visto que os congregodos tinho feito Pro-
curadores, que em seus nomes assistissem s congregaes, em que sr.
havio de conferir as Constituies, e tratar de matel'ias mui importan-
tes para o sel'Yio de Deos, bem uas Igrejas, e das almas, as quaes de-
pendio de pleua deliberao e maduro conselho) ordenava que os
dilos congregados com a beno de Deos, e na se recoJhessem Jogo a
suas Igrejas a administrar o pasto espiritual para que por causa de sua
ausencia no resultasse algum graye damno no bem e. pl'itual de suas
ovelhas.
E por ontro Decreto, que logo immeuiatameote se leo, uec!ara,':J.
o dito I1Iustrissimo Senhor os dias, e horas, em que ba\'a de dai' no
seu Palacio auc1iencia publica aos Procuradores eleitos pelos congrega-
dos no Synodo, pam 'Ill sua presena se conferirem as Constituies,
que o dito Senhor linha feito para direco, e governo deste Arcebispa-
do, e se dilTcrir aos seus requerimenlos, e tralar tudo o mais que fosse
conveniente, e opporttlno. E immediatamente mandou pelo Notario
1Janoel Fel'l'el'a de Ialto declarar, que sem embargo de que os Sa-
grados Canones ourigavo ao congregad nos S nodos Diocesanos,
atisfaUo do Synodatico ou Cathedratico, elIe por aquelIa vez mes re-
mett" a dita satisfao, fazendo-lhe uella doao.
Seguio-se admoesllll" e exhortar o IIlu trissimo Senhol' Arcebispo
. aos congregndos com a pratica, qne aponta o Pontifical Romano para
se dizer no dia tercel'o do S -nodo, a qual comen:
Tmtes dilectissimi, et Sacerdotes Domini: Coope'1'atores
Ord'in nos/'1'i estis. Nos qtlClnds 1'ndign'i, locml1 AaTon
lenenws.
Acahando Sua Illustrissima a pratica se levantou sem Milra, e "i-
rado para o AlIaI' disse a Orao 1\ ti lIa asl., Domte, humanm cons6ent1're
ViTlus, que est no mesmo Pontifical depois da sobredita pratica. E com
as ceremonias costumadas lanrou solemnemcnte a ben o, como nos
rJias antecedentes, e concedeo a todos os que estuvo presentes Indul-
gencias, qne puhlicou o Preshytero Assistente. E recebendo Sua 11-
lustl'issima a Milra, cantou o RcvCI'endo ArceflialTo: Reredatl11.ls J.1Jace,
66
526 RELAO DA PROCIS 'O
a que se respondeo: Deo gratias. Ento "indo Sua IlIustrissima
para a Sede, o despiro os Ministros dos ornamentos Pontificacs, e lhe
puzel'o a capa Consistorial. E Jinalmente, (havcndo os Hc"ercndo
Capitulares revestidos deposto os ornamenlos) acompanhou o Re"e-
rendo Cabido, e Clero, como nos dias antecedentes, a Sua Jl1ustrissima
at o seu Palacio.
Esta foi a frma, e modo com que se eelebrro as tres Sesses do
Synodo Diocesano na Santa S da Cidade da BalLia, de quc se fizel'o
autos, e instl'l1mentos, que se guardo no Carlorio da Camara Archie-
piscopal para perpetua firmeza deste acto.
E aos 20 do mez de Junho se deo pl'incipio no Palacio Archie-
piscopal s Congl'egaes, cm que Sua lllustrissima propoz aos Procu-
radores eleitos em Synodo pelo Reverendo Cabido, c Clero, que nelle
se achou congregado as Constituies, que o dilo IlIustrissimo Senhor
fez para a direco do governo Ecclesiastico neste Arcebispado, as
quaes foro lidas aos ditos Pl'OCllradores nas Congregaes, que se fize,
ro do dito dia, at 8 de Julho, determinando-se, e conferindo-se tudo
o que nellas se contm com plena deliberao, e maduro conselho, pre-
cedendo tambem o elos ditos Procuradores, c de alguns Theologos, Ca-
nonistas, e Juristas, que nas ditas conferencias assiSlro chamados de
Sua Illustrissima. E pelas ditas Constituies estarem ordenadas cou-
forme a dL'eiLo, e estabelecidas com as doutl'inas de mui graves Aulo-
res) foro aceitas pelos sobreditos Procuradores.

S. PAULO.-183.-N!1. T\'l'OGn,I.PHJ,1. 2 DE DEZE3IDIlO DE ANTO '10 LOUZAlI.\ ANTU E5.


E SESS.ES DO SYNODO nIOCESA TO. 5 _::>
G)~

para se notarem as que nem per si, nem por sens Procuradores assisti-
ro. E que os que tivessem procuraes apparecessem perante o dito
Senhor no seu Palacio Quinta FeiTa de tarde, que e contavo 16 de J u-
nho, para se verem as ditas procuraes, e eJles dal'em a razo porque
no assistro seus constituintes.
Lero-se as listas dos Reverendos Capilulares, Parocbos, e Curas
elo Arcebispado, e os que estavo presentes per si, ou por Procuradores
respondero: Adsurn. E por um dos Notarios foro tomados a rol o
que faltro, contra os quaes requereo o Promotor a Sua illustrissima
carta de Editos para serem citados, e o dito Senhor mandou se satisfi-
zesse ao seu requerimento. Porm attendendo Sua I1Iustrissima a vi-
verem distantes os que faltro, e que alguns delles lio tinho a quem
cncommendar as suas Igrejas, foi servido de os haver por escusos, e
relevados por esta Tez.
Como as listas se acabro de ler; o l1lustrissimo Senhor Arcebis-
po, instancia do Promotor, mandou publicar um Decreto al>siguado
pelo dito Senhor, pejo qual, (visto que os congregados tinho feito Pro-
curadores, que em seus nomes assistissem s congregaes, em que se
havio de conferir as Con Litles, e tratar de materias mui importan-
tes para o servio de Deos, bem das Igreja , e das almas, as quaes de-
pendio de plena deliberao e maduro conselho) ordenava que os
ditos congregados com a beno de Deos, e sua se recolhessem logo a
suas Igrejas a aclministrar o pasto espiritual, para que POI' causa de sua
ausencia no resultasse algum grave damno no bem espiritual de suas
ovelhas.
E por outro Decreto, que logo immediatamente se lco declarava
o dito IIJustrissimo Senhor os dias, e horas, em que ba\"ia de dai' no
seu Palacio audieucia publica aos Procuradores eleitos pelos congrega-
dos no Synodo, para em sua presena se conferirem as Constituies,
que o dito Senhor tinha feito para dil'eco, e govemo deste Arcebispa-
do, e se difIerl' aos seus requerimenLos, e tratar tudo o mais que fosse
conveniente, e Oppol'tuno. E immediatamente mandou pelo Notal'o
~lanoel Ferreira de Maltos declarar, que sem embargo de que os Sa-
grados Canones obl'igavuo aos congregados nos Synodos Diocesanos,
atisfao do Synodatico, ou Cathedratico, elle pOI' aquella vez lhes re-
mellia li dita satisfao, fazendo-lhe della doao.
Seguio-se admoestar, e exhortar o Illustrissimo Senhor Arcebispo
aos congregados com a pratica, que aponLa o Pontifieal Romano, para
~e dizei' no dia terceiro do Synodo, a qual comea:

Frates dilectissirni, et Sacerdotes Dom~~': Coope1'C/tores


Ordinis nosfri esfis. No quanvis in(l1'gm', locum Aa1'o?l
tenemlls.
Acabando Sua IIlustrissima a pratica se levantou sem Mitra, e vi-
rado para o Altar di se a Orao N-ulla est, Domine, hurnanc.c consciente
vi,rtus, que e t no mesmo PonLifical, depois da sobrerliLa pratica. E com
as cel'emonias co tumadas Janon solemnemente a ben o, como nos
dias antecedentes, e concedeo a todos os que estuvo pl'e"entes Indul-
gencias, que publicou o Presbytero Assistente. E recebendo Sua 11-
lustrissima a Mitra, cantou o Revel'fmdo Arcediago: RC'cedamus ~ pC/ce,
66
526 IlliLAO DA PROCIS O
a que se respondeo: Deo gratias. Ento vindo Sua IlluslJ'issima
para a Sede, o despiro os Ministros dos ornamentos PontiOcae , e 111e
puzero a capa Consistorial. E finalmente, (havendo os l-\everendos
Capitulares revestidos deposto os ornamenlos) acompanhou o Reve-
l'endo Cabido, c Clero, como nos dias antecedentes, a Sua lllllstrissima
at o seu Palacio.
Esta foi a frma, e modo com que se celebr:ho as tre, Sesses do
Synodo Diocesano na Santa S da Cidade da Bahia, de que se lizero
autos, e instrumentos, que. se guardUo no Cartorio da Camara Arcl1ie-
piscopal para pel'petua firmeza deste acto.
E aos 20 do mez de Junho se deo principio no Palacio Arcl1ie-
piscopal s Congregaes, em que Sua IlIustrissima propoz aos Procu-
radores eleitos em Synodo pelo Reverendo Cabido, c Clero, que ne1le
se achou congregado, as Constituies que o tlilo l\lustrissimo Senhor
fez pal'a a direco do governo Ecclesiastico neste Arcebispado, as
quaes foro lidas aos ditos Procuradores nas Congregaes, que se fize,
ro do dito dia, at 8 de Julho, determinando-se, e conferindo-se tudo
o que nellas se contm com plena deliherao, e maduro conselho, pre-
cedendo tambem o dos ditos Procuradores, c de alguns Theologos, Ca-
nonistas, e Juristas, que nas ditas conferencias assistro chamados de
Sua Illustl'issima. E pelas ditas Constituies estarem ordenadas con-
forme a dil'eilo, e estabelecidas com as doutrinas de mui graves Auto-
res, foro aceilas pelos sobreditos Procuradores.

S. PULO.-18t3.-NA TYPOGRAPlilA 2 DE D.EZE~IUJlO DI! ANTO "lO LOUZAlJA A",rU'E6.

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