Os camponeses semearam suas terras na primavera, mas quando o verão chegou, estranhos insetos azuis apareceram e devastaram as colheitas, fazendo com que todo o trabalho dos camponeses fosse em vão.
Os camponeses semearam suas terras na primavera, mas quando o verão chegou, estranhos insetos azuis apareceram e devastaram as colheitas, fazendo com que todo o trabalho dos camponeses fosse em vão.
Os camponeses semearam suas terras na primavera, mas quando o verão chegou, estranhos insetos azuis apareceram e devastaram as colheitas, fazendo com que todo o trabalho dos camponeses fosse em vão.
Os camponeses semearam suas terras na primavera, mas quando o verão chegou, estranhos insetos azuis apareceram e devastaram as colheitas, fazendo com que todo o trabalho dos camponeses fosse em vão.
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Houve um ano em que o outono chegou com seus dias cinzentos.
Est na hora de fazermos as sementeiras, disseram os
camponeses da Pedrinha do Sol. E logo comearam a amanhar as terras, estrumando-as primeiro, lavrando-as em seguida. Por fim, espalharam as sementes. Terminada a faina foram para os bosques cortar a lenha que havia de arder nas fogueiras que, no inverno, aqueceriam as suas humildes casas. E todos desejaram que as sementes lanadas terra germinassem bem, crescessem com sade, e se multiplicassem em espigas gordas, compridas e doiradas. Mas nada disso aconteceu. Passou o outono, o inverno e a primavera. E quando chegou o vero, apareceram na Pedrinha do Sol bichos que ningum conhecia. Pareciam-se com lagartixas, mas tinham orelhas maiores que as das gordas ratazanas dos moinhos, e eram azuis como a flor do linho. Voando aos milhares e sempre terrivelmente silenciosos, formavam nuvens esquisitas que de repente caam sobre as searas vastas, vistosas, quase doiradas. E devoravam as razes dos colmos que, desamparados, tombavam sobre a terra seca e gretada. Os camponeses alarmaram-se. Com essa praga de bichos estranhos e esfomeados a devastarem as searas, todo o suor gasto na labuta tinha sido em vo e as sementes lanadas terra um desperdcio. Antnio Mota, O velho e os pssaros, 3.a edio, Edies Gailivro, 2005 (excerto adaptado)
Houve um ano em que o outono chegou com seus dias cinzentos.
Est na hora de fazermos as sementeiras, disseram os camponeses da Pedrinha do Sol. E logo comearam a amanhar as terras, estrumando-as primeiro, lavrando-as em seguida. Por fim, espalharam as sementes. Terminada a faina foram para os bosques cortar a lenha que havia de arder nas fogueiras que, no inverno, aqueceriam as suas humildes casas. E todos desejaram que as sementes lanadas terra germinassem bem, crescessem com sade, e se multiplicassem em espigas gordas, compridas e doiradas. Mas nada disso aconteceu. Passou o outono, o inverno e a primavera. E quando chegou o vero, apareceram na Pedrinha do Sol bichos que ningum conhecia. Pareciam-se com lagartixas, mas tinham orelhas maiores que as das gordas ratazanas dos moinhos, e eram azuis como a flor do linho. Voando aos milhares e sempre terrivelmente silenciosos, formavam nuvens esquisitas que de repente caam sobre as searas vastas, vistosas, quase doiradas. E devoravam as razes dos colmos que, desamparados, tombavam sobre a terra seca e gretada. Os camponeses alarmaram-se. Com essa praga de bichos estranhos e esfomeados a devastarem as searas, todo o suor gasto na labuta tinha sido em vo e as sementes lanadas terra um desperdcio. Antnio Mota, O velho e os pssaros, 3.a edio, Edies Gailivro, 2005 (excerto adaptado)