Manual Diagnostico Laboratorial Raiva
Manual Diagnostico Laboratorial Raiva
Manual Diagnostico Laboratorial Raiva
Raiva
Manual de Diagnstico Laboratorial da
1 edio
1 reimpresso
srie a. normas e Manuais tcnicos
t
Braslia dF
2008
2008 Ministrio da Sade.
Todos os direitos reservados. permitida a reproduo parcial ou total desta obra, desde que citada
a fonte e que no seja para venda ou qualquer fim comercial.
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Colaborao:
A redao deste manual, que se iniciou com a participao de diversos profissionais da Rede de
Laboratrios de Diagnstico de Raiva do Brasil, s foi finalizada com a efetiva participao dos
pesquisadores do Laboratrio de Referncia Nacional, Instituto Pasteur. A CGLAB agradece a
colaborao de todos.
EDITORA MS
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Ficha Catalogrfica
Brasil. Ministrio da Sade. Secretaria de Vigilncia em Sade. Departamento de Vigilncia
Epidemiolgica.
Manual de Diagnstico Laboratorial da Raiva / Ministrio da Sade, Secretaria de Vigilncia
em Sade, Departamento de Vigilncia Epidemiolgica. Braslia: Editora do Ministrio da Sade,
2008.
108 p. : il. (Srie A. Normas e Manuais Tcnicos).
ISBN 978-85-334-1454-9
Apresentao _ ______________________________________________7
Captulo 1 A raiva____________________________________________9
1.1 Distribuio geogrfica_ ______________________11
1.2 Principais caractersticas do vrus da raiva_________12
1.3 Patogenia_ _________________________________16
1.4 Imunidade anti-rbica_ _______________________18
1.5 Epidemiologia_______________________________19
1.6 Anticorpos monoclonais como instrumento de
vigilncia epidemiolgica_____________________21
1.7 Estudos genticos com o vrus rbico_____________24
1.8 Sintomatologia______________________________25
1.8.1 Humanos ______________________________25
1.8.2 Ces___________________________________26
1.8.3 Gatos__________________________________27
1.8.4 Bovinos________________________________27
1.8.5 Outros animais domsticos________________28
1.8.6 Animais silvestres________________________28
Captulo 5 Soroneutralizao__________________________________75
5.1 Avaliao sorolgica para raiva__________________79
5.1.1 Colheita do soro_________________________80
5.2 Soroneutralizao em cultura de clulas_ _________80
5.2.1 Materiais necessrios_____________________80
5.2.1.1 Equipamentos_____________________80
5.2.1.2 Materiais diversos_ _________________81
5.2.1.3 Reativos__________________________81
5.2.2 Procedimentos__________________________81
5.2.3 Colorao com conjugado fluorescente______82
5.2.4 Leitura_________________________________82
5.3 Soroneutralizao em camundongos_____________83
5.3.1 Diluio do soro a ser testado e do
soro-padro____________________________83
5.3.2 Diluio do vrus desafio_ _________________84
5.3.3 Inoculao e observao dos camundongos__85
5.3.4 Clculos segundo Reed & Mench_ _________85
Captulo 6 Logaritmos________________________________________87
6.1 Conceitos bsicos______________________________89
6.2 Operaes com logaritmos______________________89
6.3 Cologaritmo__________________________________91
6.4 Estrutura de logaritmo decimal___________________91
6.5 Obteno de antilogaritmos_____________________92
Apresentao
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Captulo
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A raiva
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1.3 Patogenia
A patogenia da raiva semelhante em todas as espcies de
mamferos. O vrus se replica no local da inoculao, inicialmente
nas clulas musculares ou nas clulas do tecido subepitelial, at que
atinja concentrao suficiente para alcanar as terminaes nervo-
sas, sendo este perodo de replicao extraneural responsvel pelo
perodo de incubao relativamente longo da raiva.
Nas junes neuromusculares, o vrus rbico, por meio da gli-
coprotena, se liga especificamente ao receptor nicotnico da ace-
tilcolina. Aps essa fase, os vrus atingem os nervos perifricos, se-
guindo um trajeto centrpeto, em direo ao sistema nervoso central
(SNC). O vrus segue o fluxo axoplasmtico retrgrado e o transpor-
te clula a clula. Estima-se que o genoma viral tenha um desloca-
mento de 25 a 50mm por dia, at chegar ao sistema nervoso central.
A distribuio do vrus rbico no homognea no SNC e, por tal
razo, a poro de eleio para encaminhamento ao laboratrio de
diagnstico varia de espcie para espcie. As regies mais habitu-
almente atingidas so: o hipocampo, o tronco cerebral e as clulas
de Purkinje, no cerebelo. Muitas vezes, os sintomas esto associados
com a localizao anatmica no crebro.
Nos ruminantes suspeitos de raiva, deve ser feita a colheita de
todo o encfalo ou, de preferncia, de fragmentos do sistema nervo-
so (crtex, cerebelo e hipocampo ou corno de Amon) de ambos os
hemisfrios. Nos eqdeos, deve-se enviar, tambm, o bulbo e frag-
mentos das pores inicial, medial e terminal da medula espinhal.
Nos ces, a poro de eleio o corno de Amon ou o hipocampo.
Ressalta-se que, na coleta de amostras de todas as espcies (domsti-
cas ou silvestres), deve ser encaminhada poro da medula.
A partir da intensa replicao no SNC, o vrus da raiva segue
em direo centrfuga, disseminando-se atravs do sistema nervo-
so perifrico e autnomo para diferentes rgos (pulmes, corao,
rins, bexiga, tero, testculos, folculo piloso, etc.) e glndulas sali-
vares, sendo eliminado pela saliva. A disseminao possibilita que
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1.5 Epidemiologia
A raiva uma enfermidade que ocorre de maneira endmica
em diversos pases. Suas formas epidemiolgicas obedecem a uma
diviso didtica, sendo que as mais conhecidas so a raiva urbana e
a raiva rural.
A raiva urbana transmitida principalmente de co para co.
O vrus mantido primariamente na populao canina; porm, ou-
tros animais domsticos urbanos so freqentemente infectados. Os
ces, como j foi dito, so os importantes transmissores da raiva para
o homem. Esta forma um grave problema de sade pblica, devido
ao estreito relacionamento entre as pessoas e seus animais de com-
panhia.
A raiva rural mantida no campo pelo morcego hematfago
(desmodus rotundus), que o reservatrio do vrus rbico no am-
biente rural. Dessa forma, o morcego transmite o vrus para dife-
rentes espcies de animais domsticos, como bovinos, eqinos, ca-
prinos, etc.
O nmero de casos de raiva em herbvoros, confirmados labo-
ratorialmente, tem tido, nos ltimos anos, um acrscimo de maneira
preocupante em algumas regies, devido principalmente intensa
proliferao dos morcegos hematfagos e crescente dificuldade de
controle de suas populaes.
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1.8 Sintomatologia
A sintomatologia varia conforme o animal infectado. Assim,
sero apresentadas consideraes sobre a sintomatologia em huma-
nos, ces, gatos, outros animais domsticos e animais silvestres.
1.8.1 Humanos
O perodo de incubao, na maioria dos casos, de 2 a 12 se-
manas, podendo variar de 10 dias at 4 a 6 anos. Durante o perodo
de incubao, o paciente apresenta-se absolutamente assintomtico.
A maior ou menor durao do perodo pode depender da dose de
vrus injetada pela mordedura, do lugar desta e da gravidade da le-
so, sendo mais longo o perodo quanto mais distante do sistema
nervoso central localizar-se a leso.
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1.8.2 Ces
O perodo de incubao , em geral, de 15 dias a 2 meses. Na
fase prodrmica, os animais apresentam mudana de comportamen-
to, escondem-se em locais escuros ou mostram uma agitao inusi-
tada. A excitabilidade reflexa fica exaltada e o animal se sobressalta
ao menor estmulo. Observa-se a ocorrncia de anorexia, irritao
ou prurido na regio de penetrao do vrus e uma ligeira elevao
da temperatura. Aps um a trs dias, ficam acentuados os sintomas
de excitao. O co se torna agressivo, com tendncia a morder obje-
tos, outros animais, o homem (inclusive o seu proprietrio) e morder
a si mesmo, muitas vezes provocando graves ferimentos. A salivao
torna-se abundante, uma vez que o animal incapaz de deglutir sua
saliva, em virtude da paralisia dos msculos da deglutio. H alte-
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1.8.3 Gatos
Na maioria das vezes, a doena do tipo furioso, com sintoma-
tologia semelhante raiva canina.
Observao: especial ateno se deve dar a outras sintomato-
logias que podem ocorrer quando a raiva em ces e gatos for trans-
mitida por morcegos, fato que vem ocorrendo em algumas regies
do pas.
1.8.4 Bovinos
Na raiva transmitida por morcegos hematfagos (Desmodus
rotundus), o perodo de incubao geralmente mais longo, com va-
riao de 30 a 90 dias ou at mais. A sintomatologia predominante
da forma paraltica. Os animais infectados se afastam do rebanho,
apresentam as pupilas dilatadas e os plos eriados. possvel obser-
var, tambm, lacrimejamento, catarro nasal e movimentos anormais
das extremidades posteriores. Os acessos de fria so raros, poden-
do se observar, no entanto, inquietao, tremores musculares e hi-
persensibilidade no local da mordedura, de modo que os animais
podem at provocar autodilaceraes. Com a evoluo da doena,
observam-se contraes tnico-clnicas e incoordenao motora; os
animais apresentam dificuldade de deglutio e param de ruminar.
Os sinais de paralisia aparecem entre o segundo e terceiro dia aps o
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Captulo
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Biossegurana
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Captulo
3
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3.2 Necropsia
A sala de necropsia deve ser localizada em rea de circulao res-
trita e, se possvel, prxima rea de acondicionamento dos resduos
slidos de sade. necessrio que as carcaas ou as cabeas dos ani-
mais sejam colocadas em sacos apropriados para resduos infectantes
e colocadas em cmara fria (-20oC) at o seu recolhimento para a inci-
nerao, quando no for possvel sua descontaminao no local.
O necropsista dever ser imunizado e devidamente treinado,
para a perfeita coleta do sistema nervoso central ou de seus fragmen-
tos, e dever embalar corretamente o material, para que este chegue
ao laboratrio em condies de ser processado e no apresente, du-
rante o transporte, risco s pessoas que o manipulem.
3.2.1.2 Instrumentais:
morsa para conteno adequada da cabea do animal;
bisturi;
faca de dissecao;
serra de arco e lminas para substituio;
cinzel;
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Remetente:________________________________________________________
Endereo:_________________________________________________________
Cidade:__________________________________Estado:___________________
Telefone: ( )_____________________________Ramal:___________________
Fax: ( )__________________________________________________________
E-mail:____________________________________________________________
Identificao do animal:
Data da coleta:____________________________________________________
Espcie: ( ) co ( ) gato ( ) bovino ( ) eqino ( ) outra__________________
Raa:_____________________Sexo:_______ Cor:__________ Idade:_________
( ) Morcego (espcie)___________________Hora da coleta:________________
Local da coleta:__________________________________( ) Vivo ( ) Morto
Procedncia do animal:______________________________________________
Proprietrio ou responsvel:__________________________________________
Endereo: _________________________________________________________
Bairro:__________________________________Telefone: ( )________________
Cidade:_____________________________Estado:________________________
Vacinao anti-rbica: ( ) sim ( ) no n. de doses___________
H pessoas agredidas ou que tiveram contato: ( ) sim ( ) no quantas:____
Sacrificado: ( ) sim ( ) no
Sinais anteriores:____________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
__________________________________
Responsvel pela solicitao
Observao: por favor, preencha a ficha com letra de forma e coloque a identificao
nas amostras.
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Captulo
4
Diagnstico laboratorial
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4.1.1.2 Reagentes:
lcool metlico absoluto;
azul de metileno;
fucsina bsica;
leo de imerso.
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tesouras e pinas;
suportes para colorao.
4.1.1.4 Corante:
Soluo-me:
Azul de metileno: 10g de azul de metileno + 1.000ml de lcool
metlico.
Fucsina bsica: 5g de fucsina bsica + 500ml de lcool metlico.
Preparo do corante de Sellers:
2 partes da soluo de azul de metileno + 1 parte da soluo de
fucsina bsica.
Aps a mistura das duas solues, o corante deve ser envasado
em frasco mbar com tampa esmerilhada. Deixe-o maturar por 48
horas.
Ajustes do corante de Sellers:
A) Aps a maturao, convm realizar uma colorao de prova.
B) Se a impresso ficar avermelhada, devem ser adicionadas
gotas da soluo de azul de metileno.
C) Se os corpsculos de Negri aparecerem com uma cor casta-
nha e as clulas com um azul muito intenso, deve-se fazer o
ajuste com gotas da soluo de fucsina bsica.
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Manual de Diagnstico Laboratorial da Raiva
4.1.2 Colorao
Quando a amostra for conservada em glicerina, os decalques
produzidos sero insatisfatrios, por causa das dificuldades na ade-
rncia. Para se retirar a glicerina do tecido nervoso, necessria sua
lavagem com salina, agitando-se suavemente o preparo com movi-
mentos rotatrios. A lavagem dever ser repetida sucessivas vezes.
A) Prepare lminas com impresses de fragmentos de hipo-
campo, cerebelo, crtex e medula (figura 9). As impresses
devem ser extremamente finas e, quando houver necessida-
de, o excesso pode ser retirado com papel filtro.
B) Submerja as lminas no corante de Sellers por aproximada-
mente cinco segundos (figura 10).
C) Lave as lminas, rapidamente, em gua corrente e seque-as
temperatura ambiente (figura 11).
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4.1.3 Leitura
Os corpsculos de Negri (figura 12) so encontrados princi-
palmente no corno de Amon (hipocampo), nas clulas de Purkinje
do cerebelo e na medula. Eles podem estar presentes, tambm, em
um grande nmero de rgos, porm nestas estruturas geralmen-
te apresentam pequeno tamanho. Tais incluses so acidfilas, com
granulaes basfilas.
O corante de Sellers demonstra os corpsculos de Negri dife-
renciados com colorao arroxeada e estrutura interna azul-escura
no citoplasma celular, que corado em rosa.
Quando o tecido cerebral est em decomposio, geralmente a
impresso torna-se avermelhada ou azulada; porm, os corpsculos
de Negri mantm sua colorao.
A utilizao da colorao de Sellers permite a realizao de um
diagnstico diferencial entre raiva e cinomose, visto que a infeco
pelo vrus da cinomose determina a formao de incluses de Lentz
(figura 13), que so intracitoplasmticas ou intranucleares e basfilas
e possuem estrutura homognea. Ressalta-se que o vrus que causa a
cinomose pertence famlia Paramyxoviridae, gnero Morbillivirus.
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Manual de Diagnstico Laboratorial da Raiva
4.2.1.2 Reativos:
conjugado anti-rbico;
CVS (challenge virus standard);
crebro de camundongo normal (sadio);
acetona PA;
glicerina PA;
cloreto de sdio (NaCL);
fosfato de potssio monobsico (KH2PO4);
fosfato de potssio dibsico (K2HPO4);
penicilina e estreptomicina ou gentamicina;
soro normal de coelho ou de eqino no imunizados contra
a raiva.
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lamnulas;
pipetas diversas;
tubos diversos;
estantes para tubos;
papel de filtro;
esptulas de madeira;
cmara mida;
coplin (suporte para lminas).
4.2.1.4 Procedimentos:
Identifique as lminas.
Corte fragmentos das diferentes pores do sistema nervoso
central (SNC).
Toque ligeiramente o fragmento na lmina, fazendo dois es-
paos de aproximadamente 1,5cm2 cada, com impresses na
mesma lmina.
Observaes:
A) Para ces e gatos, recomenda-se fazer impresses do corno
de Amon (hipocampo). Para herbvoros e animais silvestres,
utilize fragmentos da medula, do cerebelo e do corno de
Amon para as impresses.
B) Utilize os fragmentos para o preparo do inculo destinado
prova biolgica.
Deixe secar a lmina por aproximadamente 15 a 30 minutos.
Fixe a lmina, no mnimo durante 30 minutos, em acetona a
-20C contida em coplin (este e a acetona devem ser manti-
dos permanentemente em congelador).
Retire a lmina da acetona e deixe-a escorrer e secar.
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+ + + + +
CVS 100l 100l 100l 100l
Diluies 20 40 80 160
+ + + + +
CN 200l 100l 100l 100l
1:2 1:2 1:2
Conjugado 1:10 100l 100l 100l 100l
+ + + + +
CVS 200l 100l 100l 100l
Diluies 30 60 120 240
+ + + +
CVS 100l 100l 100l
Diluies 50 100 200
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4.3.2 Procedimentos
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agitador magntico;
sistema de purificao de gua (Milli-Q);
balana analtica.
4.4.1.2 Reativos:
gua destilada;
tripsina a 0,2% e versene a 0,02% (ATV);
aminocidos no essenciais;
antibitico (sulfato de gentamicina);
dimethiyl sulfoxide (DMSO);
conjugado anti-rbico;
acetona a 80%;
glicerina tamponada;
reagente para preparo da soluo salina tamponada;
dihidrogenofosfato de sdio (NaH2PO4.H2O);
di-sdio hidrognio fosfato dodecahidrato
(Na2HPO4.12H20);
cloreto de sdio (NaCl).
4.4.1.3 Materiais diversos:
garrafas de plstico;
microplacas de 96 wells;
micropipetadores multicanais (8) de 20-200l;
pipetas de vidro ponteiras;
tubos de 1,5mL para alicotar aminocidos e gentamicina;
tubos cnicos de plstico de 50mL para alicotar soro fe-
tal bovino e ATV;
becker.
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Manual de Diagnstico Laboratorial da Raiva
4.4.2 Procedimentos
Preparo das suspenses do SNC
Prepare uma suspenso de tecido cerebral a 20% - 0,6g de
tecido + 2,4mL de diluente (1ml de gentamicina e 20ml de
soro fetal bovino, completando o preparo com quantidade
suficiente para 1000ml de soluo fisiolgica a 0,85%).
Deixe o antibitico agir por 1 hora.
Centrifugue o preparo por 30 minutos em 3000rpm (1400g)
a 4C.
Separe o sobrenadante como suspenso para a inoculao
em clula.
Preparo da suspenso celular
Clulas N2A mantidas no laboratrio so resuspensas em
10mL de meio (5x105 clulas/mL) contendo 10% de soro
fetal bovino, 30L de antibitico (gentamicina) acrescido de
30L de aminocido.
Preparo da placa
Em cada 3 orifcios da placa, inocule 1 suspenso de amostra
de quirptero, adicionando 40L por orifcio (para a suspen-
so ficar na concentrao de 4%). Juntamente com as amos-
tras de rotina, tambm sero aplicados na placa um controle
positivo (amostra fixa CVS) e controles negativos (somente
clula e outro com crebro normal de camundongo CN).
Em seguida, adicione 160L de meio de cultura contendo
30L de antibitico [3X] e 30L de aminocido para cada
10ml de meio preparado.
Deve-se homogeneizar o material adicionado na placa.
Em cada orifcio da placa, adicione 100L da suspenso ce-
lular (com meio preparado igual etapa citada), na qual a
clula mantida com repiques sucessivos no laboratrio.
Incube a placa a 37C em cmara mida com CO2 a 5% por
96 horas.
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Observaes
No devero ser observadas incluses fluorescentes nos ori-
fcios contendo os controles negativos (CN e somente clula); este
procedimento importante para determinar a especificidade do
teste e evitar o falso positivo. No controle positivo (CVS), devero
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Anticorpos
C1 C4 C9 C10 C12 C15 C18 C19 AgV
monoclonais
CVS/ERA SAD/
+ + + + + + + + Lab.
Past
Perro/mangosta + + + + + + - + 1
Perro + + - + + + - + 2
Vampiro - + + + + - - + 3
Tadarida
- + + + + - - - 4
brasiliensis
Vampiro - + + + + v - v 5
Lasiurus cinereus v + + + + - - - 6
Zorro de Arizona + + + - + + - + 7
Zorrillo centro/sur? - + + + + + + + 8
Tadarida Br. mex. + + + + + - - - 9
Baja SC zorrillo + + + + - + - + 10
Vampiro - + + + - - - + 11
Fonte: Mattos, C.; Mattos, C. (1998).
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Captulo
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Soroneutralizao
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5.2.1.3 Reativos:
vrus PV;
conjugado anti-rbico;
clulas BHK 21 clone 13;
soro hiperimune padro;
meio essencial mnimo de Eagle (MEM);
soluo de tripsina a 0,05% de EDTA;
acetona a 80% em H2O destilada;
tampo de carbonato/bicarbonato (0,05M, pH 8,5);
salina fosfato tamponada (pH 7,3);
glicerina tamponada (pH 8,5);
soro fetal bovino.
5.2.2 Procedimentos
Inative o soro a 56C , em banho-maria, durante 30 minutos.
Faa duas sries de quatro diluies (razo 2) do soro hiperi-
mune padro (por exemplo: 200UI/mL) com diluies iniciais
de 1:2000 e 1:3000, respectivamente, em volumes de 100L.
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Secretaria de Vigilncia em Sade
Faa seis diluies dos soros que devem ser testados (razo
2), a partir da diluio de 1:5, em volumes de 100L.
Adicione 50L de vrus em diluio pr-determinada sufi-
ciente para infectar, no mnimo, 80% das clulas.
Incube o preparo a 37C, durante uma hora, em atmosfera
contendo 5% de CO2.
Adicione 50L de suspenso de clulas BHK-21 (10.000 c-
lulas/poo).
Faa uma diluio de vrus (razo 2) de 1:1 a 1:8 a partir da
diluio utilizada na placa.
Incube as placas a 37C, com 5% de CO2, durante 24 horas.
5.2.4 Leitura
As placas so lidas em microscpio de fluorescncia sem char-
riot (com objetiva de 10x) ou diretamente em microscpio de fluo-
rescncia invertido.
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Manual de Diagnstico Laboratorial da Raiva
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Secretaria de Vigilncia em Sade
Exemplo:
Distribua o diluente em tubos de 12 x 75mm, colocando
150L no primeiro tubo e 200L nos demais.
Coloque 100L do soro no primeiro tubo, homogeneize o
preparo e transfira 50L para o segundo tubo e assim suces-
sivamente, desprezando 50L do ltimo tubo.
Dilua o soro-padro, seriadamente, na base 2, iniciando com
a diluio 1:1.000 at 1:32.000, deixando um volume final,
em cada tubo, igual ao da diluio dos soros.
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Manual de Diagnstico Laboratorial da Raiva
acumulados)
Mac (mortos
Mortalidade
Diluio do
Vac (vivos
Animais
Animais
mortos
vivos
vrus
(%)
10-3,7 8 0 29 0 100
10-4,7 8 0 21 0 100
10-5,7 7 1 13 1 92,8
10-6,7 6 2 6 3 66,6
10-7,7 0 8 0 11 0
Frmula:
Ttulo do vrus
= log de diluio _____% de mortalidade > 50% 50%__________ x log do fator
> 50% de % de mortalidade > 50% % de sobrevivncia < 50% de diluio
mortalidade
Ttulo do
Vrus = log 10-6,7 66,6 50 x 1
66,6 0
Ttulo do vrus = 6,7 0,25 = -6,95
85
Secretaria de Vigilncia em Sade
Sobreviventes
acumulados)
acumulados)
Mac (mortos
Diluio do
Vac (vivos
Animais
Animais
mortos
vivos
soro
(%)
1:5 0 8 0 20 100
1:25 0 8 0 12 100
1:125 5 3 5 4 44,4
Frmula:
Ttulo do soro =
Log de diluio _____% de sobrevivncia > 50% 50%__________ x log do fator
> 50% de % de sobrevivncia > 50% % de sobrevivncia < 50% de diluio
sobrevivncia
86
Captulo
6
Logaritmos
Manual de Diagnstico Laboratorial da Raiva
89
Secretaria de Vigilncia em Sade
90
Manual de Diagnstico Laboratorial da Raiva
Log 10 = 2/2;
Log 10 = 1.
6.3 Cologaritmo
Cologb N = log 1/N = logB N = 0 - logB N = 0 - logB N = - logB N.
Exemplo: colog10 10.000 = log10 1/10.000 = -4.
91
Secretaria de Vigilncia em Sade
2962,35 3
26386,35 4
35,20 1
2,24 0
0,0092 -3
0,01 -1
Visto que a mantissa de um logaritmo sempre positiva, quando
a caracterstica for negativa, o sinal negativo deve ser escrito sobre o
valor da caracterstica, indicando que s ela negativa.
92
Captulo
7
DP = distncia proporcional;
FD = fator de diluio.
Ttulo: recproca da diluio do vrus que afeta 50% das unida-
des-teste; equivale ao nmero de unidades infecciosas/unidades de
volume.
Dose: diluio do vrus/unidade de volume.
Exemplo: Dict50 = 10-6/0,1mL.
Dados teis:
Log2 0,30 log7 0,85
Log3 0,40 log8 0,90
Log4 0,60 log9 0,95
Log5 0,70 log10 1
Log6 0,80
95
Captulo
8
Tampes e solues
Manual de Diagnstico Laboratorial da Raiva
99
Secretaria de Vigilncia em Sade
100
Manual de Diagnstico Laboratorial da Raiva
Referncias
101
Secretaria de Vigilncia em Sade
102
Manual de Diagnstico Laboratorial da Raiva
103
Secretaria de Vigilncia em Sade
104
Manual de Diagnstico Laboratorial da Raiva
105
Secretaria de Vigilncia em Sade
106
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Braslia DF, agosto de 2008
OS 0740/2008