Anatomia Patologica
Anatomia Patologica
Anatomia Patologica
Manuais do
2ª edição
Campinas
2011
ISBN 978-85-63274-22-9
UNICAMP
FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS
BIBLIOTECA
CDD. 616.07
ISBN 978-85-63274-22-9
-2-
ÍNDICE
ISBN 978-85-63274-22-9
-4-
Manual de Processos de Trabalho Revisão
o
N : 003
LABORATÓRIO DE ANATOMIA PATOLÓGICA
Implantação Data:
30/10/2008 26/09/2011
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
Patologia Cirúrgica
Autopsias
Cursos de Extensão
Ensino e Pesquisa
CC e CCA
UTI
LABORATÓRIO DE
ANATOMIA PATOLÓGICA
Enfermarias
Laudos
Autópsia Departamentos
PS
Especialidades
Peças, material
biológico e
Entrada das peças
cadáveres
Ambulatórios
Arquivamento
Ensino e pesquisa, RH, de laudos
FCM
Recursos Financeiros SAM
Macroscopia e
Recursos Humanos Pessoas Histologia
NIHC Informatização
Limpeza, Lavanderia,
DSG Segurança
CLIENTES EXTERNOS
FIM
Registrar e
Geladeira para NÃO
NÃO guardar o Necrópsia?
cadáveres
corpo
LABORATÓRIO DE ANATOMIA PATOLÓGICA
SIM
SIM
Necrópsia Coletar Realizar a
material necropsia
Histologia Macroscopia
Macroscopia Confecção de Dissecção das peças cirúrgicas
Histologia blocos e lâminas
Lâminas e
Ler lâminas HC, blocos
NÃO
externas e de revisão
Microscopia Requer Laudo
Diagnosticar e
processo manuscrito
confirmar
especial?
SIM
Processos Realizar: imunohistoquímica, microscopia
especiais eletrônica, imunofluorescência e colorações
especiais
Digitar
Secretaria
laudo
Arquivar
Blocário lâminas e FIM
blocos
SAM
Arquivar no
FIM
prontuário
Setor de Óbito
Liberação
do corpo
FIM
LOCALIZAÇÃO FÍSICA
O laboratório de Anatomia Patológica está localizado no segundo piso do Hospital das
Clínicas da Unicamp, blocos E e F, junto ao corredor do Centro Cirúrgico.
HORÁRIOS DE FUNCIONAMENTO
RECEPÇÃO DE MATERIAIS
De segunda a sexta-feira, das 7h00 às 16h00.
Fora do horário de funcionamento, a unidade não se responsabiliza por materiais deixados
em local inapropriado (tais como bancada externa). Portanto, é fundamental que este
horário seja respeitado.
SECRETARIA DE LAUDOS
De segunda a sexta-feira, das 8h30 às 17h30.
PLANTÕES DE NECROPSIA
De segunda a sexta-feira, das 9h00 às 19h00.
Finais de semana e feriados, das 9h00 às 15h00.
Os cadáveres serão necropsiados com, pelo menos, 6 horas de óbito.
PLANTÃO DE CONGELAÇÃO
De segunda a sexta-feira, das 7h00 às 19h00. Não há plantões de congelação durante
finais de semana e feriados, exceto nos casos de transplante hepático.
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO
Não se aplica
ÁREAS ENVOLVIDAS
Todas as Áreas Assistenciais e laboratórios externos.
RECEPÇÃO DE MATERIAIS
Está localizada no final do bloco E.
Horário de funcionamento: das 7h00 às 16h00 horas.
REQUISIÇÃO DE EXAME
A requisição deve conter alguns dados mínimos, para evitar atrasos ou diagnósticos
inadequados. Estes dados devem estar claros e legíveis:
Identificação do paciente, com nome, número de registro hospitalar (HC), sexo,
idade, etnia e qualquer outra informação que seja relevante para o diagnóstico;
Identificação do material, data e sítio anatômico de sua coleta: referir o exato tipo
e sítio de coleta do material. Se houver mais do que um local, identificar os frascos e
referir a que local exato corresponde cada frasco. Se for feita retirada da peça
cirúrgica, o solicitante poderá desenhar esquematicamente a mesma, marcando, por
exemplo, com um ponto cirúrgico a margem que deseja ver analisada em particular
(este procedimento é mais utilizado quando se avaliam margens de neoplasias ou
quando a peça não permite identificar a posição anatômica, como um fuso de pele);
Hipóteses clínicas e dados de exames anteriores que possam ser úteis no
diagnóstico patologista, como dados de hemogramas, exames de imagens, cópia do
laudo original quando se tratar de revisão de lâminas, e outros que se fizeram
pertinentes, tais como suspeita de Creutzfeld-Jacob;
Identificação e telefone(s) do médico solicitante, para que o patologista possa
facilmente localizá-lo, se necessitar de dados complementares, discutir os
diagnósticos diferenciais, etc.
CASOS ESPECIAIS
BIOPSIA HEPÁTICA
As biopsias hepáticas devem ser encaminhadas com uma requisição especial,
padronizada pelo laboratório, devidamente preenchida.
BIOPSIA ÓSSEA
As biopsias ósseas devem conter informações precisas quanto à topografia da lesão no
esqueleto (epífise, metáfise, diáfise, medular, cortical, periosteal, etc.).
BIOPSIA DE CONGELAÇÃO
Toda requisição de biópsia de congelação deverá conter esta informação, a sigla do
exame e, caso seja encaminhado material do mesmo paciente para biopsia de rotina, fazer
uma nova requisição, gerando um novo número de requisição no sistema CICSHCP.
REQUISIÇÃO DE FETOS
Os fetos encaminhados para exames patológicos devem ser acompanhados por requisição
especial, padronizada pelo laboratório, e devidamente preenchida.
ACONDICIONAMENTO DO MATERIAL
É importante que o material esteja adequadamente acondicionado e identificado, de forma
a evitar perdas, extravios ou inviabilizar tecnicamente sua análise. E também que o
material seja enviado o mais rápido que possível para o Laboratório. Sempre que houver
dúvidas quanto aos procedimentos, como acondicionamento, fixação ou necessidade de
material adequado, deve-se entrar em contato com o Laboratório.
Como regra geral, os frascos devem ser grandes e de boca larga, para permitir a fácil
colocação e retirada do material, além de conter a quantidade suficiente de fixador (este
deve ser colocado em volume cerca de 10 vezes maior que o da peça a ser fixada).
Lembramos que o fixador endurece o material.
Frascos pequenos, com os vidros de medicamentos (por exemplo, penicilina) só devem
ser utilizados para material muito pequeno, como biopsias endoscópicas e de agulha.
Frascos tipo “coletor universal” devem ser utilizados para peças maiores, como linfonodos,
cistos, fuso de pele, apêndice cecal, pois permitem a fácil retirada dos mesmos. Também
podem ser utilizadas para coletar material para exame citológico, como escarro e urina.
Peças cirúrgicas maiores devem ser colocadas em sacos plásticos firmes e bem vedados,
de preferência duplicando a embalagem para evitar vazamentos (jamais em sacos de lixo)
e com volume de fixador adequado, de forma a cobrir completamente a peça.
Lâminas citológicas, secas ao ar ou fixadas com spray, bem como lâminas histológicas
para revisão devem ser acondicionadas em recipientes próprios para lâminas (tubos com
ranhuras).
Caso as lâminas citológicas sejam enviadas em álcool, os tubos devem ser bem fechados
e enviados dentro de pequenos sacos plásticos para evitar vazamentos.
Também no caso de pequenos frascos e recipientes do tipo “coletor universal” devem ser
bem fechados e colocados em pequenos sacos plásticos para evitar vazamentos.
Os recipientes devem vir rotulados com o nome do paciente e a sede do material.
FIXAÇÃO DO MATERIAL
Como regra geral, o fixador universal para biopsias e peças cirúrgicas é a formalina a 10%
(solicitar o fixador pronto para uso no Laboratório, ou prepará-lo, diluindo-se 1 litro da
formalina comercial pura em 9 litros de água de torneira).
Nunca o material deve ser enviado em soro fisiológico.
Utilizar volume de fixador cerca de 10 vezes maior que o volume da peça a ser fixada. Em
caso de peça muito volumosa, deve-se, pelo menos, cobri-la com fixador e enviá-la o mais
rápido possível ao Laboratório; onde será devidamente processada.
Medula Óssea
Utilizar fixador de Bouin ou Zenker ou “formalina/álcool/ácido acético”.
Biopsias de Fígado
Na hipótese diagnóstica de doença de depósito: usa-se fixador especial para estudo em
Microscopia eletrônica: Glutaraldeído (solicitar ao laboratório).
Para casos de transplante hepático, o fragmento do fígado doador é enviado a fresco, pois
será examinado através da técnica de congelação.
Nos casos em que haja urgência diagnóstica (suspeita de rejeição e diagnósticos
diferenciais) o fragmento deverá ser enviado fixado em formalina e será processado
rapidamente em parafina.
Biopsias Renais
A biopsia renal é enviada ao laboratório a fresco, sem solução fixadora, o mais rápido
possível. A amostra no laboratório, será recortada em 3 fragmentos para processamento
em diferentes técnicas: Imunofluorescência, Microscopia Eletrônica, Hematoxilina Eosina
(HE) e reações de coloração histoquímica. Existe sempre um técnico responsável para
receber este tipo de material, no período das 8h15 às 18h45.
Peças Cirúrgicas
Tanto as peças pequenas (ex. Conização de colo uterino) como as grandes peças
cirúrgicas, devem ser encaminhadas com marcações nítidas que possam orientar
devidamente a posição anatômica e o seu processamento, visando principalmente o
estudo das margens que deve constar no laudo.
Biopsias Urgentes
Em casos especiais de pequenas biopsias, em que seja absolutamente necessário que o
diagnóstico seja liberado em menor tempo (pacientes em mal estado, aguardando
consulta), a requisição deverá conter a palavra “URGENTE”. O material que entrar no
laboratório até às 10hs, poderá ter diagnóstico liberado até às 17hs.
O Laboratório de Anatomia Patológica conta ainda com serviço de plantão diurno-noturno
(24hs) para biopsias hepáticas urgentíssimas, com processamento rápido (“tic-tac”),
exclusivamente para pacientes transplantados, cujo diagnóstico seja imprescindível para a
introdução de terapêutica adequada (imunossupressora ou não). Este está sob
responsabilidade de um médico (docente ou médico assistente contratado) e um técnico
de laboratório (lista mensal com nomes e telefones de todos é divulgada para interessados
e se encontra também afixada em mural do LAP).
Imuno Fluorescência
São mais frequentemente realizados para biopsias de pele e de rim.
Os procedimentos padronizados para o envio de fragmento são:
Rim: Colocar o tecido em gaze, levemente umedecido com solução fisiológica e
encaminhar imediatamente ao LAP;
Pele: Colocar o fragmento em tubo próprio, encontrado no próprio Laboratório de
Imuno Fluorescência, já com a solução de Michel, e encaminhar ao laboratório em
até 24hs.
Microscopia Eletrônica
O exame de Microscopia Eletrônica (ME) é geralmente solicitado pelo patologista que está
avaliando o caso.
Grupo responsável pela elaboração
Luciana Rodrigues de Meirelles, Vera Lúcia Cardoso, Mariagina de J. Gonçalves, Bruna T. de Santana, Patrícia Sabino de Matos
Responsável pela área Data: 26/09/2011 CCIH Data: 26/09/2011 SST Data: 26/09/2011
Nome: Profa. Dra. Luciana R. de Meirelles Nome: Dr. Luis Gustavo Oliveira Cardoso Nome: Sr. Jacques Gama
O material para ser estudado em ME deve ser encaminhado em fixador especial, chamado
Karnovsky, preparado e fornecido pelo laboratório, acompanhado de uma requisição
especial que deve ser devidamente preenchida pelo solicitante.
Nas biopsias renais e de músculo esquelético, o exame de ME faz parte da rotina
diagnóstica. Em outras situações, o patologista deve discutir o caso com o clínico,
recomendando a necessidade do exame e o envio de nova amostragem de material que
se fizerem necessárias para estudo em ME.
Exame Citológico
Ver descrição no processo AP.P4 – PROCEDIMENTOS PARA EXAMES CITOLÓGICOS
deste manual.
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO
Utilizar Precauções Padrão pelo risco contato com sangue e fluidos corpóreos: Terninho,
avental descartável, luva de procedimento, máscara cirúrgica, óculos de proteção, sapato
fechado.
Caso haja manuseio direto de material com presença de produtos químicos,
principalmente formol e xilól, utilizar luva nitrílica ou butílica e respirador com manutenção
com filtro químico específico para os técnicos e profissionais fixos no setor e respirador
sem manutenção PFF2+VO (máscara de carvão) para os profissionais em rodízio.
Na realização das atividades, utilizar equipamento de proteção coletiva (capela, sistema de
exaustão/ventilação).
ÁREAS ENVOLVIDAS
Todas as Áreas Assistenciais e laboratórios externos.
RECEPÇÃO DE MATERIAIS
ROTINAS DIÁRIAS DA RECEPÇÃO
Ligar computador;
Acessar a tela do relatório “Relação de Exames coletados” (do dia anterior);
Colocar a data (dia anterior);
Esperar a geração e impressão do relatório;
Retirar da impressora e reordenar as folhas na ordem inversa;
Furar as folhas e colocar na pasta (fica na secretaria).
RECEBIMENTO DO MATERIAL
TÉCNICO ADMINISTRATIVO E DE LABORATÓRIO NA RECEPÇÃO
Receber o material a ser analisado, conferindo se:
A requisição está preenchida corretamente;
O material é o descrito na requisição de exames;
Está com acondicionamento adequado;
O fixador está adequado e em quantidade suficiente;
Não há vazamento.
Caso confira:
Assinar o livro de recebimento da peça;
Dispensar o portador;
Colocar a peça no carrinho;
Pegar todas as requisições;
Entrar no sistema e digitar dados da requisição;
Imprimir planilhas e etiquetas;
Utilizar carimbos de Macroscopia (pessoa e responsável, data, número de cápsulas
e tipo CE, IF ou ME);
Anexar etiqueta, requisição e planilha;
Retirar uma etiqueta e anexá-la na planilha de identificação (Vermelha se é
emergência, caso contrário, etiqueta verde);
Grampear no material a planilha de identificação;
Pegar as requisições e entregar ao médico distribuidor.
MÉDICO DISTRIBUIDOR
Dividir as biopsias entre os residentes e médicos prestadores.
Escrever na requisição o nome do responsável pela biópsia (residente ou médico
prestador).
Devolver as requisições para a recepção.
BIOPSIA DE CONGELAÇÃO
CENTRO CIRÚRGICO
No agendamento cirúrgico, informar a necessidade de biópsia de congelação.
RESIDENTE
Retirar a peça do recipiente.
Colocar a peça sobre a placa de polietileno.
Descrever no verso da requisição as medidas, coloração do tecido, consistência,
quantidade de fragmentos e se restaram reservas.
Entregar o material para que o técnico efetue a congelação.
TÉCNICO DE LABORATÓRIO
Formar a base com o gel e congelar no criostato a -22°C.
Colocar fragmento na posição e circundá-lo com gel.
Posicionar a base a assentar o elemento metálico sobre o fragmento para um rápido
congelamento.
Posicionar a base do micrótomo e desbastar, limpar a área e posicionar a placa de
acrílico sobre a navalha, cortando com 4 a 5 micras.
Grupo responsável pela elaboração
Luciana Rodrigues de Meirelles, Vera Lúcia Cardoso, Mariagina de J. Gonçalves, Bruna T. de Santana, Patrícia Sabino de Matos
Responsável pela área Data: 26/09/2011 CCIH Data: 26/09/2011 SST Data: 26/09/2011
Nome: Profa. Dra. Luciana R. de Meirelles Nome: Dr. Luis Gustavo Oliveira Cardoso Nome: Sr. Jacques Gama
Obtido o corte, encostar a lâmina de vidro sobre o corte e imediatamente levar a lâmina
para hematoxilina pelo tempo usual.
Enxaguar a lâmina rapidamente em água e mergulhar em solução aquosa amoniacal 1%
e novamente enxaguar em água.
Desidratar a lâmina em 3 álcoois absolutos.
Diafanizar a lâmina em 2 xilois e montar com resina e lamínula.
Entregar a lâmina ao residente para leitura e diagnóstico.
Encaminhar o material restante processamento em parafina.
RESIDENTE
Efetuar a leitura da lâmina e sempre solicitar a conferência pelo docente.
Se material procedente do CAISM, passar resultado por telefone ao médico responsável
pelo paciente em cirurgia.
Se material procedente do HC, preencher impresso com o resultado e entregar para o
profissional de enfermagem do Centro cirúrgico que está à espera na janela de
comunicação com o CC.
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO
Utilizar Precauções Padrão ao manusear material biológico: luvas de procedimento,
máscara cirúrgica, avental e óculos protetores
Caso haja manuseio direto de material com presença de produtos químicos,
principalmente formol e xilol, utilizar luva nitrílica ou butílica e respirador com manutenção
com filtro químico específico para os técnicos e profissionais fixos no setor e respirador
sem manutenção PFF2+VO (máscara de carvão) para os profissionais em rodízio.
Na realização das atividades, utilizar equipamento de proteção coletiva (capela, sistema
de exaustão/ventilação).
ÁREAS ENVOLVIDAS
Todas as Áreas Assistenciais.
PROCESSO DE MACROSCOPIA
TÉCNICO EM LABORATÓRIO
Verificar se o nome escrito na requisição confere com o do material;
Pegar a quantidade de cápsulas necessárias (separar as bases das tampas);
Retirar a peça do recipiente;
Verificar se o nome escrito na requisição confere com o do material;
Pegar a quantidade de cápsulas necessárias (separar as bases das tampas);
Retirar a peça do recipiente;
Colocar a peça sobre o polietileno;
Pegar a planilha;
Descrever o material no verso da requisição ou no computador (medidas,
coloração do tecido, consistência, quantidade de fragmentos e se restarão
reservas);
Pegar as etiquetas para identificação;
Colocar a etiqueta na cápsula;
Colocar material na cápsula;
Tampar a cápsula;
Caso material esteja em fixação:
o Colocar em formol dentro dos potes disponíveis na Macroscopia.
Caso o material esteja pronto
o Pegar a planilha de requisição e preencher com o carimbo (contendo
nome, data, quantidade de cápsulas e iniciais da coloração caso
necessário);
o Colocar a requisição sobre o pote contendo o material, que posteriormente
irá para o processador de tecidos;
o Após conferir o material juntamente com a planilha, o macroscopista inicia
a técnica de processamento de tecidos.
PROTOCOLO DE INCLUSÃO
TÉCNICO EM LABORATÓRIO
Receber a caçamba com as cápsulas e colocá-las no tanque de parafina do
autoinclusor;
Retirar os moldes de inclusão do reservatório (os moldes de inclusão possuem 4
tamanhos distintos);
Pegar um molde de acordo com o tamanho e quantidade de fragmento na cápsula,
enchendo-o com parafina a 60°C;
Incluir o fragmento na parafina e encaixar o fundo da cápsula ao molde;
Etiquetar (a etiqueta encontra-se dentro da cápsula);
Colocar o molde na placa de gelo do Autotécnico;
Desenformar e preparar para o corte.
PROTOCOLO DE CORTE
TÉCNICO EM LABORATÓRIO
Prender e posicionar o bloco de parafina no suporte do micrótomo;
Destravar o micrótomo;
Cortar o bloco (desbastar o necessário);
Colocar o corte em banhomaria;
Pescar o corte em lâmina de vidro;
Escrever a lápis o número da biopsia na parte fosca da lâmina;
Colocar a lâmina para desparafinar;
Retirar as lâminas da estufa;
Colocar as lâminas no carrinho;
Passar no xilol e no álcool;
Esperar 5 min. lavando em água corrente;
Colocar no corante de hematoxilina;
Esperar 5 min. lavando em água corrente;
Grupo responsável pela elaboração
Mariagina de J. Gonçalves, Luciana Rodrigues de Meirelles
Responsável pela área Data: 26/09/2011 CCIH Data: 26/09/2011 SST Data: 26/09/2011
Nome: Profa. Dra. Luciana R. de Meirelles Nome: Dr. Luis Gustavo Oliveira Cardoso Nome: Sr. Jacques Gama
Se estiver completo:
Etiquetar lâmina na mesma posição do número a lápis;
Anotar no livro geral e cadastrar no sistema;
Entregar para residente de acordo com a especialidade.
MATERIAL
Papel toalha, régua, bisturi, pinça, lápis, borracha e tábua
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO
Utilizar Precauções Padrão pelo risco contato com sangue e fluidos corpóreos: Terninho,
avental descartável, luva de procedimento, máscara cirúrgica, óculos de proteção, sapato
fechado.
Caso haja manuseio direto de material com presença de produtos químicos,
principalmente formol e xilol, utilizar luva nitrílica ou butílica e respirador com manutenção
com filtro químico específico para os técnicos e profissionais fixos no setor e respirador
sem manutenção PFF2+VO (máscara de carvão) para os profissionais em rodízio.
Na realização das atividades, utilizar equipamento de proteção coletiva (capela, sistema
de exaustão/ventilação).
RECEBIMENTO
RECEPÇÃO
Todo o material recebido deve ser conferido no ato da entrega. É necessário
conferir frascos, requisições e se os materiais estão sendo entregues corretamente,
inclusive se em frascos apropriados. Diante de qualquer identificação de
irregularidade, contactar imediatamente o médico citopatologista responsável ou o
Chefe do Serviço de Anatomia Patológica, que deve orientar o funcionário da
recepção. Na ausência destes, o material que apresentar irregularidades não deve
ser registrado, devolvendo-o ao setor de origem, imediatamente.
O recepcionista deve informar ao funcionário que transporta os materiais, que não
são aceitos frascos cujas etiquetas estejam identificadas à caneta, pois o álcool
contido nos frascos pode escorrer e pagar a identificação do material, inutilizando-o.
Somente são aceitos materiais com etiquetas de identificação escritas a lápis.
Os materiais referentes a punções aspirativas por agulha fina, de tireóide e de
linfonodos cervicais, devem estar acompanhados dos respectivos laudos de
ultrassom do órgão puncionado.
Após conferidos os materiais, estes devem ser registrados no sistema de
informática do Departamento de Anatomia Patológica.
TÉCNICO EM LABORATÓRIO
Receber frascos contendo líquidos corporais (escarro, líquidos pericárdicos,
ascíticos, lavados peritoneais, lavados brônquicos, lavados bronco-alveolares-BAL,
lavados vesicais, líquidos articulares, líquor, conteúdos císticos e líquidos de outras
cavidades) e lâminas fixadas em álcool e/ou secas. Todos os materiais devem estar
acompanhados de suas respectivas requisições e planilhas, previamente
registrados na recepção do laboratório.
Receber as lâminas contendo esfregaços previamente confeccionados, que devem
estar em frascos plásticos apropriados, contendo sulcos internos e embebidas em
ÁLCOOL ABSOLUTO (99%). Cada frasco deve conter até 3 lâminas e estarem
identificados externamente, com etiquetas escritas a lápis, onde devem conter o
nome completo do paciente, número do prontuário médico e o tipo de material
contido no frasco.
As lâminas contidas nos frascos devem apresentar, na superfície fosca, as iniciais
do nome do paciente e o respectivo número do prontuário médico.
As lâminas provenientes de punção aspirativa por agulha fina (PAAF) de tireóide ou
de linfonodos cervicais (se nivelados) devem conter, além das iniciais do nome e
prontuário do paciente, a especificação de qual nível pertence. Sendo o material
linfonodo, o médico que puncionou deve escrever na parte fosca das lâminas, a qual
Grupo responsável pela elaboração
Icléia Siqueira Barreto
Responsável pela área Data: 26/09/2011 CCIH Data: 26/09/2011 SST Data: 26/09/2011
Nome: Profa. Dra. Luciana R. de Meirelles Nome: Dr. Luis Gustavo Oliveira Cardoso Nome: Sr. Jacques Gama
nível pertence (por ex: nível NI, NII, NIII, NIV, NV). Sendo o material tireóide, todas
as lâminas devem ser enviadas pelo médico que puncionou, já contendo a
especificação do nódulo puncionado, segundo identificação do laudo do ultrassom
da glândula tireóide (por exemplo: N1, N2, N3, N4 e etc).
O técnico deverá registrar os exames, em livro apropriado, onde deve constar:
HC do paciente, sexo, idade, material, data do processamento campo para
diagnóstico.
LÂMINAS NO ÁLCOOL
Conferir dados da requisição com o material. Havendo discordância, procurar
imediatamente a recepção, para solucionar o problema. Caso seja detectado
problema externo ao Departamento, procurar imediatamente o médico
citopatologista responsável ou o Chefe do Serviço de Anatomia Patológica.
Numerar as lâminas com o número de registro de cada caso, utilizando lápis com
grafite 2B ou diamante, na superfície fosca das lâminas.
Colocar as lâminas na cuba para lavar e retirar o excesso de álcool;
Utilizar a coloração de Papanicolaou para a rotina de lâminas fixadas em álcool. A
coloração de Hematoxilina-eosina deve ser utilizada somente para casos onde
houver solicitação médica específica.
Após a coloração, as lâminas devem receber etiquetas sobre a superfície fosca,
contendo o número de registro do caso, sobre as informações a lápis.
LÂMINAS SECAS
Conferir dados da requisição com o material. Havendo discordância, procurar
imediatamente a recepção para solucionar o problema. Caso seja detectado
problema externo ao Departamento, procurar imediatamente o médico
citopatologista responsável ou o Chefe do Serviço de Anatomia Patológica.
Numerar as lâminas, com o número de registro de cada caso, utilizando lápis com
grafite 2B ou diamante, na superfície fosca das lâminas.
NÃO FIXAR AS LÂMINAS EM ÁLCOOL.
Utilizar SOMENTE coloração HEMATOLÓGICA para a rotina de lâminas secas, por
exemplo: GIEMSA OU ROMANOWSKY. NÃO UTILIZAR A COLORAÇÃO DE
PAPANICOLAOU.
Após a coloração, as lâminas devem receber etiquetas sobre a superfície fosca,
contendo o número de registro do caso, sobre as informações a lápis.
LÍQUIDOS BIOLÓGICOS
Entende-se por líquidos biológicos: líquidos pericárdicos, ascíticos, lavados
peritoneais, lavados brônquicos, lavados bronco-alvelares-BAL, lavados vesicais,
Grupo responsável pela elaboração
Icléia Siqueira Barreto
Responsável pela área Data: 26/09/2011 CCIH Data: 26/09/2011 SST Data: 26/09/2011
Nome: Profa. Dra. Luciana R. de Meirelles Nome: Dr. Luis Gustavo Oliveira Cardoso Nome: Sr. Jacques Gama
DESCARTE DO MATERIAL
TODOS OS LÍQUIDOS BIOLÓGICOS DEVEM SER DESCARTADOS, APENAS
QUANDO O DIAGNÓSTICO DE CADA CASO ESTIVER LIBERADO NO LIVRO DE
REGISTRO DOS EXAMES. NÃO DESPREZAR MATERIAL QUANDO NÃO HOUVER
LAUDO CITOLÓGICO LIBERADO.
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO
Utilizar Precauções Padrão pelo risco contato com sangue e fluidos corpóreos: Terninho,
avental descartável, luva de procedimento, máscara cirúrgica, óculos de proteção, sapato
fechado.
Caso haja manuseio direto de material com presença de produtos químicos,
principalmente formol e xilol, utilizar luva nitrílica ou butílica e respirador com manutenção
com filtro químico específico para os técnicos e profissionais fixos no setor e respirador
sem manutenção PFF2+VO (máscara de carvão) para os profissionais em rodízio.
Na realização das atividades, utilizar equipamento de proteção coletiva (capela, sistema
de exaustão/ventilação).
COLORAÇÃO ESPECIAL
TÉCNICO EM LABORATÓRIO
BLOCOS
Receber os blocos da blocoteca;
Fazer a lâmina a partir do bloco;
Fazer coloração especial na lâmina.
MÚSCULO
Receber o material a fresco;
Congelar o material;
Armazenar em Nitrogênio;
Realizar a cada 15 dias as lâminas de músculo.
GORDURA
Receber o fragmento fixado em formol;
Proceder ao corte em criostato;
Realizar a técnica da coloração;
Criar a lâmina.
MATERIAIS DELICADOS
Receber na Sala de Coloração Especial alguns materiais delicados (medula, fígado,
punção da pneumo, rim e pele) para fazer lâminas normais (sem a coloração especial)
utilizando a mesma técnica do Laboratório de Rotina.
Preparar as lâminas, que são realizadas diariamente, e entregues ao patologista
responsável do caso.
MICROSCOPIA ELETRÔNICA
TÉCNICO EM LABORATÓRIO
Preparar e distribuir fixador (Karnovsk);
Receber fragmentos a fresco, fixado no Karnovsk, bloco ou formol para retroceder;
Receber requisição de pedidos registrados na recepção;
Arquivar requisição para utilização junto com a análise final;
Anotar entrada no livro de registro (n° biopsia, tipo de material, data, HC, nome do
paciente e nome do docente responsável).
Grupo responsável pela elaboração
Luciana Rodrigues de Meirelles, Patrícia Sabino de Matos
Responsável pela área Data: 26/09/2011 CCIH Data: 26/09/2011 SST Data: 26/09/2011
Nome: Profa. Dra. Luciana R. de Meirelles Nome: Dr. Luis Gustavo Oliveira Cardoso Nome: Sr. Jacques Gama
IMUNOHISTOQUÍMICA
MÉDICO PATOLOGISTA
O Laboratório localiza-se no CAISM e realiza processos de pesquisa e rotina.
Solicitar o exame.
Gerar um número de IH e planilha (Recepção);
Entregar no Laboratório de Histologia a lâmina para cortes;
Pegar os cortes e planilhas. Um funcionário do Caism o faz toda manhã;
Registrar no caderno o número de IH, HC, nome, material, tipo de exame e data;
Carimbar a data;
Marcar nas lâminas os anticorpos utilizados;
Levar o material para a estufa;
Efetuar a reação e registrar no caderno (2 dias);
Anotar manualmente em uma etiqueta o número do caso, o anticorpo utilizado, data
da reação e a diluição do anticorpo;
Levar as lâminas do caso juntamente com as planilhas para o médico responsável;
Registrar a saída das lâminas e colocá-las na colmeia do respectivo patologista.
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO
Utilizar Precauções Padrão pelo risco contato com sangue e fluidos corpóreos: Terninho,
avental descartável, luva de procedimento, máscara cirúrgica, óculos de proteção, sapato
fechado.
Caso haja manuseio direto de material com presença de produtos químicos,
principalmente formol e xilol, utilizar luva nitrílica ou butílica e respirador com manutenção
com filtro químico específico para os técnicos e profissionais fixos no setor e respirador
sem manutenção PFF2+VO (máscara de carvão) para os profissionais em rodízio.
Na realização das atividades, utilizar equipamento de proteção coletiva (capela, sistema
de exaustão/ventilação).
ORIENTAÇÕES GERAIS
De 2ª a 6ª feira, das 7h00 às 17h00 horas, a atividade de guarda, reconhecimento ou
retirada de corpos na geladeira da anatomia patológica é administrada pelo próprio setor.
Nos demais dias e horários, a atividade de guarda ou retirada de corpos na geladeira da
anatomia patológica é realizada pelo vigilante ou supervisor do Serviço de Segurança,
Portaria e Recepção (sspr.pdf).
A geladeira da Anatomia Patológica destina-se também ao acondicionamento de peças
anatômicas, membros amputados e fetos que estão sujeitos ao mesmo processo de
guarda e retirada.
Os corpos de adultos são transportados ao Departamento de Anatomia Patológica por
meio de ambulâncias, já os óbitos fetais e recém nascidos são trazidos a pé, por
profissionais da área da saúde.
GUARDA DE CORPO
TÉCNICO EM ENFERMAGEM DAS UNIDADES ASSISTENCIAIS
Avisar o Departamento de Anatomia Patológica sobre a necessidade de guarda de corpo;
Tocar a campainha.
TÉCNICO EM NECROPSIA
Receber o corpo verificando se a identificação encontra-se anexada no peito e no pé do
cadáver.
Orientar a colocação o corpo na geladeira. Esta tarefa deve ser realizada pelo profissional
de enfermagem que o trouxe o cadáver até o Departamento de Anatomia Patológica.
Assinar, tanto o profissional que trouxe o corpo quanto o Técnico em Necropsia, o livro de
registro de entrada do cadáver que deve conter:
Nome do paciente e HC (caso ignorado, registrar como “desconhecido”);
Data e hora da entrada;
Número da porta da geladeira;
Unidade de origem;
Nome e assinatura do profissional que trouxe o corpo;
Nome e assinatura do funcionário do SSPR que recebeu o corpo.
ENTREGA E RECONHECIMENTO
TÉCNICO EM NECROPSIA
Localizar através do livro de registro em qual geladeira encontra-se o cadáver.
Entregar a chave da geladeira para o funcionário da funerária.
Retirar o corpo e mostrar para a família apenas o rosto do cadáver.
Pedir que a família retorne ao Serviço Social.
O funcionário da funerária deve colocar o corpo no caixão.
Assinar o termo de retirada do corpo completando com os dados da guarda:
Nome da funerária;
Data e hora da liberação do corpo;
Nome e assinatura do funcionário da funerária;
Nome e assinatura do funcionário do HC que liberou o corpo.
Completar o campo de observações caso haja intercorrência no processo de guarda ou
retirada do corpo.
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO
Utilizar Precauções Padrão ao manusear material biológico: luvas de procedimento,
máscara cirúrgica, avental e óculos protetores
ÁREAS ENVOLVIDAS
Áreas assistenciais, Enfermagem e Setor de Óbito.
INÍCIO
Solicitar a abertura da
Solicitar a abertura da
geladeira para a
geladeira para o LAP
segurança - DSG
FIM
AP.P6 – NECRÓPSIA
NECROPSIA – CONCEITO
Conceito: Necropsia ou Autopsia é o exame macro e microscópico, realizado após a morte,
com a finalidade de:
Caracterizar a causa do óbito e doenças associadas;
Avaliar procedimentos terapêuticos e conduta clínica;
Dentro de um hospital universitário têm grande finalidade didática para a formação
dos residentes e para as reuniões anatomoclínicas no curso de graduação.
NECROPSIAS ROTINA
O Departamento de Anatomia Patológica realiza necropsias completas, que duram cerca
de 2hs e consistem em:
Exame externo do cadáver;
Abertura das cavidades craniana, torácica, abdominal e pélvica com exame “in locu”
dos respectivos órgãos;
Retirada dos órgãos das cavidades, dos órgãos do pescoço e do retroperitônio, com
avaliação macro e microscópica;
Lavagem e fechamento do corpo, deixando-o à disposição do Setor de Óbito,
juntamente com o Atestado de Óbito.
No mesmo dia, ao final da autopsia, é elaborado um Relatório Macroscópico Preliminar,
com os principais achados do exame.
O Relatório Final da Autopsia com os diagnósticos macro e microscópicos deve ser
elaborado e liberado em torno de 60 dias.
RECOMENDAÇÕES IMPORTANTES
Os pacientes que falecerem por morte violenta serão encaminhados diretamente ao
Instituto Médico Legal, já que as necropsias nestes casos são obrigatórias e com
abordagem especial, médico-legal.
Pacientes com morte natural internados por pelo menos 24hs no complexo hospitalar
HC/UNICAMP, só serão submetidos à necropsia caso haja interesse dos médicos que o
acompanhavam e com o consentimento, por escrito, dos familiares ou responsáveis legais.
Segundo a Resolução Normativa N°1601/2000 do Conselho Federal de Medicina:
Em caso de morte fetal, deve haver atestado de óbito para fetos com 20 ou mais
semanas gestacionais, ou que tenham peso corporal igual ou superior a 500g ou
medirem 25cm ou mais. A solicitação da necropsia deve ser sempre acompanhada
da autorização dos responsáveis;
Os fetos com menos de 500g são encaminhados diretamente para exame, com o
pedido do médico; são registrados junto às peças de patologia cirúrgica, sem a
obrigatoriedade da emissão de um atestado de óbito;
Todos os casos excepcionais deverão ser analisados pelo médico responsável pelo
plantão de necropsia.
De acordo com o artigo 162 do Código de Processo Penal, a necropsia será feita pelo
menos 6hs após o óbito, salvo se os peritos, pela evidência dos sinais de morte, julgarem
que possa ser feita antes daquele prazo, o que declararão no laudo.
Os principais sinais anatômicos de morte são representados por: rigidez cadavérica,
manchas de hipóstase, opacificação da córnea, os quais são bem evidentes após 6hs de
óbito.
As necropsias poderão ser antecipadas utilizando-se critérios usados para a realização
dos transplantes, ou seja, os critérios de morte encefálica (Resolução N°1480/1997 do
Conselho Federal de Medicina) devendo-se, nestes casos, discutir o procedimento com o
patologista de plantão de necropsia.
REQUISIÇÃO DE NECROPSIA
Devem ser acompanhadas de uma requisição própria – Solicitação de Autopsias, que
encontra-se nas enfermarias, assinada por médico solicitante cadastrado, onde todas as
informações clínicas, devem ser preenchidas com letra legível, além da extrema
necessidade de se preencher todas os quesitos para melhor apresentação dos dados.
TÉCNICO DE NECROPSIA
RECEBIMENTO DO CORPO
Conferir o aviso de óbito que deve constar no pé e no peito do cadáver;
Registrar a entrada no caderno de obituários;
Abrir a porta da geladeira;
Receber a pasta do paciente e verificar se esta contém a autorização da família para a
realização da necropsia;
Guardar o corpo.
PREPARAÇÃO DO CORPO
Retirar o corpo da câmara fria;
Transferir o corpo para a mesa de necropsia;
Lavar o corpo com detergente comum.
PROCEDIMENTOS DA NECROPSIA
Verificar a rigidez dos braços, coloração dos olhos e boca;
Realizar a medição do corpo, comprimento (fita métrica) e peso (estimativa);
Realizar a incisão em Y no tórax com bisturi;
Retirar os órgãos e dispô-los para avaliação do patologista.
MÉDICO PATOLOGISTA
Avaliar os órgãos;
Coletar materiais para elaboração de lâminas visando análise microscópica posterior;
Preencher o relatório de necropsia com os dados observados;
Encaminhar materiais coletados para processamento.
TÉCNICO DE NECROPSIA
Preencher e fechar as cavidades;
Lavar o cadáver com água de mangueira, detergente e bucha;
Secar o corpo;
Transferir o corpo para a maca reaproveitando o lençol trazido pela enfermaria;
Transferir o corpo para a câmara fria.
PROCEDIMENTOS DE LIMPEZA
Realizar a limpeza e desinfecção dos instrumentos;
Realizar a limpeza preliminar das superfícies;
Grupo responsável pela elaboração
Luciana Rodrigues de Meirelles, Vera Lúcia Cardoso, Mariagina de J. Gonçalves, Bruna T. de Santana, Patrícia
Sabino de Matos, Maria Rita Gomes da Cruz
Responsável pela área Data: 26/09/2011 CCIH Data: 26/09/2011 SST Data: 26/09/2011
Nome: Profa. Dra. Luciana R. de Meirelles Nome: Dr. Luis Gustavo Oliveira Cardoso Nome: Sr. Jacques Gama
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO
Sempre utilizar, em todas as necropsias, seja em adultos ou fetos:
Óculos de segurança ou protetor facial (proteção contra partículas);
Touca turbante;
Avental bilaminado impermeável de manga longa;
Respirador contra risco químico e biológico (PFF2+VO);
Luva borracha com forro de algodão;
Luva de procedimentos não estéril;
Bota branca PVC cano 25cm ou propé impermeável sob calçado fechado.
Na realização das atividades, utilizar equipamento de proteção coletiva (sistema de
exaustão/ventilação).
ÁREAS ENVOLVIDAS
Todas as áreas assistenciais, Serviço Hotelaria - Higiene e Limpeza, Setor de Óbito e
Funerárias.
SECRETARIA
TÉCNICO ADMINISTRATIVO
Receber os laudos manuscritos;
Registrar a entrada do laudo no livro único;
Conferir a planilha com a requisição (nome do paciente);
Acessar o sistema;
Digitar o código Snomed (respectivo para cada doença) no código CSP;
Digitar o laudo (macro, micro e diagnóstico) no sistema;
Imprimir o laudo em 2 vias;
Enviar para o docente para corrigir o laudo.
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO
Utilizar caixa coletora de perfurocortante para desprezar lâminas quebradas ou
descartadas.
ÁREAS ENVOLVIDAS
Todas as áreas assistenciais.
ARQUIVAMENTO DE LAUDOS
O arquivamento de laudos é de responsabilidade da Secretaria do Laboratório de
Anatomia Patológica.
As segundas vias dos laudos devem ser arquivadas em pastas A-Z, obedecendo a
numeração seqüencial e crescente dos exames, com aproximadamente 150 laudos por
pasta.
Quando a pasta está completa, deve ser enviada para a sala de arquivo de laudos, onde
permanece por tempo indeterminado. As estantes são organizadas por tipo de exame,
data e numeração.
ARQUIVAMENTO DE LÂMINAS
As lâminas recebem numeração compatível com o exame respectivo, sendo que, no caso
de serem mais de uma lâmina por exame, recebem também a identificação da seqüência
de lâminas produzidas (alfa/numérica).
Na finalização do exame, as lâminas devem ser encaminhadas para a sala de laminário,
ande há profissionais escalados para a função de separá-las por ordem numérica e os
acondicionar em estojo de madeira apropriado. Os estojos devem ser identificados com o
ano e numeração de lâmina inicial e final, sendo organizados nas prateleiras segundo o
ano do exame, em ordem crescente. As lâminas devem mantidas em arquivo pelo tempo
mínimo de 20 anos.
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO
Utilizar Precauções Padrão ao manusear material biológico: luvas de procedimento,
máscara cirúrgica, avental e óculos protetores
ÁREAS ENVOLVIDAS
Áreas assistenciais, Enfermagem e Setor de Óbito.
AP.P9 – BIOSSEGURANÇA
DEFINIÇÃO
Conjunto de medidas destinadas a prevenir riscos inerentes às atividades dos
Laboratórios, que possam comprometer a saúde dos profissionais e o meio ambiente.
RESPONSÁVEIS
Médicos Patologistas, Biólogos, técnicos e auxiliares de laboratório, residentes,
aprimorandos, estagiários, funcionários da limpeza.
OBJETIVOS
Padronizar, normatizar e implementar procedimentos que regulamentam as normas
de segurança;
Identificar e classificar áreas de risco;
Estabelecer programas de treinamento;
Monitorar acidentes de trabalho.
Avental descartável de TNT de manga longa: utilizar sempre que houver risco de
respingo de sangue e fluidos no uniforme.
Luvas de proteção: uso obrigatório para todos que trabalham em ambiente laboratorial,
na manipulação de amostras biológicas e lavagem de materiais. Deve ser de formato
anatômico, resistente e flexível.
De borracha (forro de algodão): usadas em necropsia, pelos técnicos;
De látex de procedimentos, não estéreis: usadas em procedimentos que
necessitem proteção contra material biológico;
Nitrílica ou butílica: para manuseio de formol, xilol ou glutaraldeído;
De vinil: usadas por profissionais que tenham alergia ao látex e/ou amido. Substitui
as de procedimento;
De aço: para corte de tecidos;
Para baixa temperatura (-35°C): para manuseio de nitrogênio líquido.
Grupo responsável pela elaboração
Luciana Rodrigues de Meirelles, Vera Lúcia Cardoso, Mariagina de J. Gonçalves, Aparecido P. de Moraes,
Renata de M. Triglia
Responsável pela área Data: 26/09/2011 CCIH Data: 26/09/2011 SST Data: 26/09/2011
Nome: Profa. Dra. Luciana R. de Meirelles Nome: NÃO SE APLICA Nome: NÃO SE APLICA
AVENTAL DE TNT
Fechamento posterior;
Descartar na alteração de integridade ou presença de respingos de material
orgânico;
Os aventais bilaminados, usados em necropsia, devem ser descartados após cada
uso.
LUVAS
Calçar as luvas com as mãos secas e limpas;
Colocar as luvas sobre o punho do avental;
Não abrir portas e atender ao telefone usando luvas;
Não usar luvas fora do ambiente de trabalho;
Dispensá-las de forma adequada;
Luvas reutilizáveis devem ser lavadas, enxugadas, após cada uso, e mantidas em
local seco e livre de contaminação e substituídas quando necessário.
MÁSCARAS E RESPIRADORES
Devem estar ajustados corretamente à face e manipuladas pelas tiras;
Máscaras devem ser descartadas a cada uso;
Respiradores sem manutenção devem ser trocados quando estiverem saturados,
úmidos ou danificados;
Grupo responsável pela elaboração
Luciana Rodrigues de Meirelles, Vera Lúcia Cardoso, Mariagina de J. Gonçalves, Aparecido P. de Moraes,
Renata de M. Triglia
Responsável pela área Data: 26/09/2011 CCIH Data: 26/09/2011 SST Data: 26/09/2011
Nome: Profa. Dra. Luciana R. de Meirelles Nome: NÃO SE APLICA Nome: NÃO SE APLICA
ÓCULOS
Colocar e remover com as duas mãos para não desalinhar as hastes;
Manter longe de fontes de calor e do contato de agentes químicos e biológicos;
Limpar ao término das atividades ou sempre que necessário;
Lavar com água fria e sabão ou detergente neutro;
Enxugar com papel macio para evitar riscar as lentes;
Guardar em local adequado com as lentes voltadas para cima;
Substituir quando riscados ou danificados.
PROTETOR FACIAL
Manter longe de fontes de calor;
Manter longe do contato de agentes químicos e biológicos;
Limpar ao término das atividades ou sempre que necessário;
Lavar com água fria e sabão ou detergente neutro;
Enxugar com papel macio para evitar riscar o visor;
Guardar em local adequado com visor voltado para cima;
Substituir quando riscados ou danificados.
TIPOS DE EPC’S
LIMPEZA
Remoção de toda sujidade e material orgânico dos objetos. É o mais eficiente meio de
redução da carga microbiana. O processo pode ser feito com água, detergente e ação
mecânica manual.
DESINFECÇÃO
Processo que elimina formas vegetativas de microorganismos patogênicos de artigos.
Pode ser feito através de processos químicos (soluções germicidas). A atividade de
Grupo responsável pela elaboração
Luciana Rodrigues de Meirelles, Vera Lúcia Cardoso, Mariagina de J. Gonçalves, Aparecido P. de Moraes,
Renata de M. Triglia
Responsável pela área Data: 26/09/2011 CCIH Data: 26/09/2011 SST Data: 26/09/2011
Nome: Profa. Dra. Luciana R. de Meirelles Nome: NÃO SE APLICA Nome: NÃO SE APLICA
qualquer solução germicida pode ser alterada por não conformidades na diluição e
presença de material biológico.
LIMPEZA E DESINFECÇÃO
BANCADAS E PIAS
Utilizar avental e luvas de borracha;
Limpar com água e sabão;
Secar e desinfetar com álcool a 70%.
MATERIAIS DE METAIS
Lavar com água e sabão;
Secar em estufa.
OBSERVAÇÃO
Materiais utilizados em necropsia devem ser limpos e desinfectados com imersão em
solução de glutaraldeído por 30 minutos.
Materiais utilizados biopsia de congelação que envolve manipulação de amostra não
fixada devem ser limpos e desinfectados com fricção de álcool 70%.
LIMPEZA TERMINAL
Procedimento que tem por objetivo higienizar as superfícies e manter o ambiente limpo e
seguro. Deve-se seguir padronização de técnica, materiais e produtos definidos pela
Hotelaria - Serviço de Higiene e Limpeza do HC. Obedecer sempre à sequência do mais
limpo para o mais sujo, ou seja, do teto para o piso. Realizada uma vez por mês.
Armários, geladeiras e freezers serão limpos internamente quando pré-agendados e
esvaziados.
LAVAÇÃO MECANIZADA
Procedimento de lavagem do piso com máquina e posterior impermeabilização com cera,
e limpeza das superfícies de bancadas. Realizada uma vez por semana.
LIMPEZA CONCORRENTE
Procedimento diário, onde é realizada retirada do pó das superfícies, limpeza manual do
piso (pano de chão ou mop) limpeza de telefone, reposição de materiais de higiene
(sabão, papel toalha, papel higiênico), retirada do lixo, limpeza da sujidade em teto e
parede (se houver), descontaminação de matéria orgânica (quando houver). É uma
limpeza que obedece a uma rotina diária de tarefas e deve ser feita por área e turno.
DESCONTAMINAÇÃO
Procedimento que deve ser feito para diminuir a carga microbiana de superfícies após
algum derramamento de material biológico, para posterior procedimento de limpeza.
Deve seguir a sequência: retirar o excesso de matéria orgânica com material absorvente,
limpar com detergente e aplicar desinfetante apropriado à superfície (álcool 70% ou
hipoclorito 1%).
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO
Conforme descrito acima.
ÁREAS ENVOLVIDAS
Todas as áreas assistenciais e o Serviço Hotelaria - Higiene e Limpeza.
ANEXOS AP.A1
ANEXOS
AP.A1 - NORMAS, PORTARIAS E REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
QUE EMBASAM O FUNCIONAMENTO DA ÁREA
ANEXOS AP.A1
ANEXOS AP.A2
ANEXOS AP.A2
ANEXOS AP.A3
ANEXOS AP.A4