Neuropsicologia e Aprendizagem Capovilla
Neuropsicologia e Aprendizagem Capovilla
Neuropsicologia e Aprendizagem Capovilla
Ficha tcnica
Ilustrao da capa
Raffaello Sanzio (1483-1520). Teste e mani di due apostoli.
Ashmolean Museum, Oxford, GB.
ISBN 85-7372-729-2
Neuropsicologia e aprendizagem: uma abordagem multidisciplinar 3
Folha de rosto
4 Fernando C. Capovilla (Org.)
Diretoria
Ivan H. Okamoto
Alexa L. Sennyey
Maria de Jesus Gonalves
Deborah A. Azambuja
Paulo H. F. Bertolucci
Elizeu C. Macedo
Conselho Deliberativo
Sonia M. D. Brucki
Fernando C. Capovilla
Maria Joana Mader
Elizabeth G. Ribeiro
Conselho Fiscal
Anita Taub
Suely L. S. Nassif
Jacqueline Abrisqueta-Gomez
Neuropsicologia e aprendizagem: uma abordagem multidisciplinar 5
Sumrio
Apresentao 11
Captulo 1 39
Captulo 2 49
Captulo 3 77
Captulo 4 87
Captulo 5 111
Captulo 6 121
Captulo 7 147
Captulo 8 155
Captulo 9 169
Captulo 10 173
Captulo 11 193
Captulo 12 205
Captulo 13 219
Integrao sensorial
Elfriede A. Kogler Telg
8 Fernando C. Capovilla (Org.)
Captulo 14 229
Captulo 15 257
Captulo 16 261
Captulo 17 275
Captulo 18 283
Captulo 19 299
Captulo 20 305
Alessandra G. S. Capovilla
Fernando C. Capovilla
Captulo 21 317
Captulo 22 327
Fernando C. Capovilla
Elizeu C. Macedo
Alessandra G. S. Capovilla
10 Fernando C. Capovilla (Org.)
Captulo 23 347
Captulo 24 355
Fernando C. Capovilla
Elizeu C. Macedo
Alessandra G. S. Capovilla
Neuropsicologia e aprendizagem: uma abordagem multidisciplinar 11
Apresentao
Fernando C. Capovilla
Psiclogo, Mestre em Psicologia pela Universidade de Braslia
Ph.D. em Psicologia Experimental pela Temple University of Philadelphia
Livre Docente em Neuropsicologia Clnica pela Universidade de So Paulo
Professor Associado, Instituto de Psicologia, Universidade de So Paulo
e-mail: [email protected]
inteligncia geral.
Assim, o amplo escopo deste livro abarca da criana ao idoso,
da escola clnica, de filosofias educacionais a modelos tericos e re-
cursos tecnolgicos, e aborda temas de importncia capital Neurop-
sicologia como:
Pesquisa e desenvolvimento de instrumentos de triagem e de
avaliao psicomtrica para deteco precoce e de diagnstico
diferencial neuropsicolgico, e de procedimentos de interven-
o para preveno e reabilitao;
Desenvolvimento e distrbios de comunicao e linguagem oral
e escrita na criana com paralisia cerebral, surdez congnita, e
dislexia do desenvolvimento;
Desenvolvimento e distrbios neuromotores, e recursos para a
avaliao cognitiva, comunicao alternativa, incluso e alfabe-
tizao da criana com paralisia cerebral;
Desenvolvimento e distrbios neurolingsticos, problemas de
aprendizagem e de leitura e escrita, dislexia do desenvolvimen-
to, preveno e remediao de problemas de leitura e escrita por
meio do mtodo fnico de alfabetizao em ouvintes com e sem
distrbios neuromotores;
Processamento auditivo central, percepo e articulao da fala,
discriminao e conscincia fonolgica, velocidade de proces-
samento fonolgico, memria de trabalho fonolgica, vocabul-
rio expressivo e receptivo auditivo, compreenso auditiva e de
leitura, competncia de leitura silenciosa e em voz alta, inteli-
gncia geral, integrao sensorial;
Desenvolvimento cognitivo no surdo congnito, efeito da perda
auditiva sobre desenvolvimento da linguagem, alfabetizao e
educao da criana surda, escrita de sinais e seu uso na educa-
o de surdos, abordagens e recursos para educao da criana
surda: Oralismo e implante coclear versus lngua de sinais e es-
crita de sinais no bilingismo;
Diagnstico diferencial das demncias e da perda de memria
no idoso;
Sade pblica nos nveis municipal, estadual e federal, e legis-
lao brasileira e internacional em educao e sade.
Neuropsicologia e aprendizagem: uma abordagem multidisciplinar 13
Referncias bibliogrficas
de Neuropsicologia.
Tessaro, N. S. (2002). Mediao no processo de construo do conheci-
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de 6 a 11 anos. Dissertao de mestrado no publicada,
Universidade de So Paulo, So Paulo, SP.
38 Fernando C. Capovilla (Org.)
Neuropsicologia e aprendizagem: uma abordagem multidisciplinar 39
Captulo 1
Doena de Alzheimer
Demncia por corpsculos de Lewy
Doena de Alzheimer e demncia vascular (demncia mista)
Depresso
Demncia vascular
Distrbios metablicos
Intoxicao por drogas
Infeces
Leses estruturais
Demncia secundria ao lcool
Hidrocefalia de presso normal
Doena de Parkinson
Degenerao lobo frontotemporal
Referncias bibliogrficas
Captulo 2
Alessandra G. S. Capovilla
Psicloga, Mestre, Doutora e Ps-Doutora pela Universidade de So Paulo
Orientadora do Doutorado em Psicopedagogia, Universidade de Santo Amaro
Pesquisadora Associada do Laboratrio de Neuropsicolingstica Cognitiva
Universidade de So Paulo
e-mail: [email protected]
Fernando C. Capovilla
Psiclogo, Mestre em Psicologia pela Universidade de Braslia
Ph.D. em Psicologia Experimental pela Temple University of Philadelphia
Livre Docente em Neuropsicologia Clnica pela Universidade de So Paulo
Professor Associado, Instituto de Psicologia, Universidade de So Paulo
e-mail: [email protected]
1
Apoio: CNPq e FAPESP.
50 Fernando C. Capovilla (Org.)
Aspectos genticos
Aspectos neurolgicos
Aspectos cognitivos
Aspectos ambientais
Tipos de dislexia:
Corroborando a importncia do processamento fonolgico
Avaliao da dislexia
Intervenes na dislexia
Preveno da dislexia
Discusso
Referncias bibliogrficas
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72 Fernando C. Capovilla (Org.)
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ing disabilities: Are phonological deficits the hole story? In B.
Blachman (Ed.), Foundations of Reading Acquisition. Mahwah,
NJ: Lawrence Erlbaum.
Neuropsicologia e aprendizagem: uma abordagem multidisciplinar 75
Captulo 3
Ricardo Primi
Psiclogo e Mestre pela Pontifcia Universidade Catlica de Campinas
Doutor em Psicologia pela Universidade de So Paulo
Laboratrio de Avaliao Psicolgica e Educacional
Orientador do Programa de Estudos Ps-graduados em Psicologia
Universidade So Francisco, Itatiba, SP2.
e-mail: [email protected]
Apresentao
2
Apoio: FAPESP (processo n. 2000/05913-4).
78 Fernando C. Capovilla (Org.)
3
Os leitores interessados na Teoria CHC podem consultar o site do Institute
for Applied Psychometrics, http://www.iapsych.com/, especializado na divul-
gao e aplicao da Teoria CHC e que disponibiliza vrios materiais e in-
formaes e tem uma lista de discusso sobre a teoria
Neuropsicologia e aprendizagem: uma abordagem multidisciplinar 81
Consideraes finais
Referncias bibliogrficas
Captulo 4
Amlia C. Portugal
Doutora em Fonoaudiologia pela Universidade Complutense de Madri
Docente da Faculdade de Fonoaudiologia, Universidade Catlica de Gois
Fernando C. Capovilla
Psiclogo, Mestre em Psicologia pela Universidade de Braslia
Ph.D. em Psicologia Experimental pela Temple University of Philadelphia
Livre Docente em Neuropsicologia Clnica pela Universidade de So Paulo
Professor Associado, Instituto de Psicologia, Universidade de So Paulo
e-mail: [email protected]
Viso geral
4
Apoio: CNPq e FAPESP.
88 Fernando C. Capovilla (Org.)
Introduo
Mtodo
Participantes
Instrumentos
Procedimento
Resultados
Concluses
Referncias bibliogrficas
Captulo 5
cimento do conhecimento.
Enfim, faz-se necessrio acrescentar que a Educao impe-se
como um caminho inevitvel para atender s desigualdades sociais e
permitir a incluso de mais cidados numa convivncia produtiva em
que prevalea uma qualidade de vida desejvel. Acredita-se na consta-
tao de Demo de que a "pobreza poltica mais comprometedora pa-
ra as oportunidades de desenvolvimento, do que a pobreza material;
problema mais constrangedor a ignorncia, que inviabiliza a gesta-
o de sujeitos capazes de histria prpria, ao obstruir a cidadania in-
dividual e coletiva; mudanas provm menos de um pobre que tem
fome (o qual acaba facilmente se contentando com qualquer sorte de
assistencialismo), que de um pobre que sabe pensar" (Demo, 1999,
p.15). Apesar disso, perpetua-se a busca de "solues educativas" que
apenas garantem a aquisio de conhecimentos que foram "decididos"
como essenciais convivncia social, sem que se enfoque uma preo-
cupao verdadeira com o indivduo, pois, se assim fosse, o psiclogo
escolar no poderia ser excludo de tal processo.
Os professores necessitam apoio em sua atividade to especial,
por isso "necessrio potencializar novos contornos na formao ini-
cial de professores na articulao de saberes e fazeres compatveis a
uma nova viso de mundo em consonncia com a realidade em que i-
ro atuar" (Tavares et al., 2001, p.125). Witter (1996) destaca que a
formao um processo contnuo, permanente. S, ento, possvel
ver cada criana na realidade nica de sua existncia e permitir que ela
seja capaz de sentir suas experincias com a alegria da descoberta e da
aventura de viver em integrao social.
Referncias bibliogrficas
SP: Scortecci.
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120 Fernando C. Capovilla (Org.)
Neuropsicologia e aprendizagem: uma abordagem multidisciplinar 121
Captulo 6
Fernando C. Capovilla
Psiclogo, Mestre em Psicologia pela Universidade de Braslia
Ph.D. em Psicologia Experimental pela Temple University of Philadelphia
Livre Docente em Neuropsicologia Clnica pela Universidade de So Paulo
Professor Associado, Instituto de Psicologia, Universidade de So Paulo
e-mail: [email protected]
5
Apoio: CNPq e FAPESP.
122 Fernando C. Capovilla (Org.)
Os estudos de Zaidan
Resultados reanalisados
Figura 5. Escores mdios no teste de fala filtrada como funo do status das
crianas (N: normal, P: paciente).
Figura 6. Escores mdios no teste de fala no rudo como funo do status das
crianas (N: normal, P: paciente).
Concluso geral
Referncias bibliogrficas
Captulo 7
Referncias bibliogrficas
Captulo 8
Alessandra G. S. Capovilla
Psicloga, Mestre, Doutora e Ps-Doutora pela Universidade de So Paulo
Orientadora do Doutorado em Psicopedagogia, Universidade de Santo Amaro
Pesquisadora Associada do Laboratrio de Neuropsicolingstica Cognitiva
Universidade de So Paulo
e-mail: [email protected]
Fernando C. Capovilla
Psiclogo, Mestre em Psicologia pela Universidade de Braslia
Ph.D. em Psicologia Experimental pela Temple University of Philadelphia
Livre Docente em Neuropsicologia Clnica pela Universidade de So Paulo
Professor Associado, Instituto de Psicologia, Universidade de So Paulo
e-mail: [email protected]
6
Apoio: CNPq e FAPESP.
156 Fernando C. Capovilla (Org.)
Estudo 1
40 40 40
Pontuao PCF
32 32 32
24 24 24
16 16 16
8 8 8
pr ps pr ps pr ps
Pr 1 Pr 2 Pr 3
40 40
32 32
24 24
16 16
8 8
pr ps pr ps
1a. Srie 2a. Srie
6 6 6
4
Freq. erros - ditado pal
4
Freq. erros - ditado
3 3
2 2
1 1
0 0
pr ps pr ps
Pr 3 Pr 3
(i.e., pr 3);
3) Tais importantes melhoras foram obtidas com crianas cujas
pontuaes iniciais em conscincia fonolgica estavam a-
baixo da mdia e que, portanto, tm a maior necessidade de
interveno (cf. Torgesen & Davis, 1996);
4) O estudo corroborou a noo de que, se as crianas que tm
maior necessidade de interveno no a receberem, suas
pontuaes tendero a continuar inferiores s de seus cole-
gas inicialmente com desempenho acima da mdia. Isto foi
demonstrado pelo desempenho ps-tratamento exibido pe-
los grupos controle de baixo desempenho.
Estudo 2
3 3 3
Escore PCF
2 2 2
1 1 1
0 0 0
pr ps pr ps pr ps
4 4
Escore Manipulao Fon
3 3 3
2 2 2
1 1 1
0 0 0
p r p s pr ps pr ps
Escore Transposio Fon
4 23
Escore Con. letras
22
3 21
20
2
19
1 18
17
0 16
pr ps pr ps
5 5
5
Freq.erros - Leitura
4 4
4
3 3 3
2 2 2
1 1 1
0 0 0
p r ps p r ps p r p s
5
Freq. erros - Ditado pal
4 4 4
3 3 3
2 2 2
1 1 1
0 0 0
p r ps p r ps p r ps
Referncias bibliogrficas
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168 Fernando C. Capovilla (Org.)
Captulo 9
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Neuropsicologia e aprendizagem: uma abordagem multidisciplinar 173
Captulo 10
Fernando C. Capovilla
Psiclogo, Mestre em Psicologia pela Universidade de Braslia
Ph.D. em Psicologia Experimental pela Temple University of Philadelphia
Livre Docente em Neuropsicologia Clnica pela Universidade de So Paulo
Professor Associado, Instituto de Psicologia, Universidade de So Paulo
e-mail: [email protected]
Alessandra G. S. Capovilla
Psicloga, Mestre, Doutora e Ps-Doutora pela Universidade de So Paulo
Orientadora do Doutorado em Psicopedagogia, Universidade de Santo Amaro
Pesquisadora Associada do Laboratrio de Neuropsicolingstica Cognitiva
Universidade de So Paulo
e-mail: [email protected]
Viso geral
7
Apoio: CNPq e FAPESP.
174 Fernando C. Capovilla (Org.)
co, comparou 16 bons leitores (+1 d. p.) e 16 maus (-1 d. p.) em ter-
mos de discriminao, memria, e velocidade numa tarefa de julgar
pares de slabas ouvidas como iguais ou diferentes. Maus leitores de
primeira srie apresentaram maior dificuldade em discriminar entre s-
labas sutilmente diferentes (i.e., discriminao fonolgica pobre), sen-
do a dificuldade maior com intervalos entre slabas muito curtos (i.e.,
baixa velocidade de processamento) ou muito longos (i.e., memria
fonolgica pobre). Resultados corroboram a Hiptese do Dficit Fo-
nolgico para explicar problemas de leitura e escrita, sugerindo que
procedimentos educacionais e clnicos nela baseados so eficazes.
Introduo
al., 1997; Torgesen & Davis, 1996, Vandervelden & Siegel, 1995).
Ao final do sculo XX, o Brasil incorporou-se ao contexto in-
ternacional na rea, a partir de uma srie de estudos de interveno
voltados ao desenvolvimento da conscincia fonolgica e ao ensino
das correspondncias entre grafemas e fonemas que demonstraram
grande sucesso em elevar significativamente os nveis de leitura e es-
crita de escolares do ensino fundamental privado (Capovilla & Capo-
villa, 1999) e pblico (Capovilla & Capovilla, 2000a) que apresenta-
vam atrasos substanciais, sendo tal eficcia observada mesmo em se
tratando de escolares com severos distrbios motores e de fala, como
na paralisia cerebral (Capovilla, Capovilla, Silveira et al., 1998). Do
ponto de vista terico, tais estudos corroboraram a Hiptese do Dficit
Fonolgico no portugus brasileiro, ao mesmo tempo em que, do pon-
to de vista prtico, apontaram um caminho certo para prevenir e tratar
atrasos de leitura e escrita nos contextos educacional e clnico.
Numa perspectiva ampla, a nova hiptese sugeria o envolvi-
mento desses distrbios fonolgicos numa srie de dificuldades carac-
tersticas dos maus leitores como, por exemplo, o rebaixamento de de-
sempenho nos subtestes de Dgitos (Repetio de Nmeros), Informa-
o, Cdigo e Aritmtica do WISC (Wechsler, 1984). Tal perfil cls-
sico, conhecido como DICA, j vinha sendo apontado como caracte-
rstico dos maus leitores (Kaufman, 1981, Sattler, 1988, Spafford,
1989), embora os processos subjacentes ainda fossem obscuros. De fa-
to, segundo Nicolson e Fawcett (1994), distrbios fonolgicos poderi-
am explicar o rebaixamento nos subtestes de Dgitos e de Informao.
Enquanto o primeiro seria decorrente de um distrbio no armazena-
mento fonolgico devido a deficincias nas representaes lexicais
(Elbro, 1998), o segundo seria devido a baixo vocabulrio e a dificul-
dades em extrair informaes do texto. Porm, o rebaixamento nos
subtestes de Cdigo e Aritmtica no poderiam ser bem explicados
apenas pela Hiptese do Dficit Fonolgico. Outros distrbios pare-
cem estar subjacentes a tais dificuldades. Miles (1983) relaciona o
baixo desempenho em Aritmtica a uma dificuldade em aprender as-
sociaes (e.g., relacionar o nmero ao seu nome e valor, ou memori-
zar resultados de operaes bsicas). J o subteste de Cdigo estaria
relacionado velocidade de processamento no lingstico.
Atualmente h vastas evidncias de que maus leitores tm de-
sempenhos inferiores em memria de trabalho, conscincia fonolgi-
176 Fernando C. Capovilla (Org.)
Mtodo
Participantes
Participaram do estudo 103 crianas de primeira e segunda s-
ries do ensino fundamental pblico da cidade de Marlia, SP.
Materiais
dade com o processamento lexical (ou falta dele) num nvel ainda
mais acentuado, com uma leitura mais limitada decodificao fono-
lgica. Quando uma criana j tem pelo menos nove anos de idade e j
foi bastante exposta a textos, se ela deixar de rejeitar pseudopalavras
homfonas, isto indica que ela est lendo pela rota fonolgica, i.e., por
decodificao grafofonmica estrita, sem fazer recurso rota lexical.
Se ela fizesse recurso ao lxico ortogrfico e encontrasse nele as pala-
vras alvo (e.g., PSSARO, SINAL, GELO, TXI, MENINO, HOSPITAL,
HOMEM, BOXE, ALMOO), ela iria rejeitar as pseudopalavras homfo-
nas. A falha em rejeit-las sugere falta de representao apropriada no
lxico ortogrfico. Um pouco mais srio o insucesso na rejeio de
pseudopalavras com trocas fonolgicas (tipo 5), que poderia indicar a
mesma falta de recurso ao lxico, mas com o agravante de dificulda-
des adicionais no prprio processamento fonolgico. J o insucesso na
rejeio de palavras semanticamente incorretas (tipo 3) poderia indicar
falta de acesso ao lxico semntico. Ainda mais srio, o insucesso na
rejeio de pseudopalavras com trocas visuais (tipo 4) poderia indicar
dificuldade com o processamento fonolgico, e recurso estratgia de
leitura logogrfica. Finalmente, o insucesso na rejeio de pseudopa-
lavras estranhas (tipo 7) poderia indicar srios problemas de leitura,
com ausncia de processamento lexical, fonolgico e, mesmo, logo-
grfico.
Procedimento
Resultados
acertos com o IEE de 2,5 s foi superior s demais, indicando que este
o intervalo ideal para que a discriminao ocorra com maior
probabilidade de sucesso. Houve, portanto, uma tendncia
diminuio da proporo de acerto nos IEEs extremos para as crianas
de modo geral, considerando a amostra como um todo, incluindo bons
e maus leitores.
Houve interao tripla entre srie, nvel de leitura e tipo de sla-
ba. De modo geral os bons leitores tiveram maiores propores de a-
certo que os maus leitores. Na primeira srie os bons leitores sempre
discriminaram melhor que os maus leitores nos cinco tipos de pares de
slabas. Tal superioridade dos bons leitores em relao aos maus leito-
res foi maior quando as diferenas entre as slabas eram sutis (i.e.,
quando diferiam em relao a apenas um fator, especialmente a sono-
rizao, do que quando diferiam em relao aos trs fatores). J na se-
gunda srie houve diferena entre bons e maus leitores apenas nos pa-
res diferentes quanto ao modo de articulao, sendo que, neste caso,
novamente bons leitores discriminaram melhor que os maus. Assim, a
relao entre atraso de leitura e dificuldade de discriminao fonolgi-
ca parece ser mais efetiva na primeira srie, ano em que as crianas da
escola pblica so alfabetizadas.
Portanto, os bons leitores tiveram desempenhos superiores aos
dos maus leitores, os IEEs medianos promoveram maiores propores
de acerto que os IEEs extremos, e a diferena entre bons e maus leito-
res foi maior para a primeira srie que para a segunda, e maior para as
slabas foneticamente semelhantes do que para aquelas mais distintas.
A Figura 2 representa a proporo de acerto como funo da
faixa de durao de IEEs para a primeira srie considerando todos os
cinco tipos de pares de slabas (slabas iguais, diferentes quanto
sonorizao, ao ponto de articulao, ao modo de articulao e quanto
aos trs fatores). Conforme a figura, enquanto o desempenho dos bons
leitores foi razoavelmente estvel em todas as faixas de IEEs, o
desempenho dos maus leitores mostrou-se bastante afetado nos
extremos da distribuio dos IEEs. O IEE que produziu maior
proporo de acerto foi o de 2,5 segundos, sendo que neste ponto o
desempenho dos maus leitores foi apenas levemente inferior ao dos
bons leitores. J, medida que os IEES se distanciavam dessa durao
de intervalo ideal, quer diminuindo ou aumentando, o desempenho
dos maus leitores tornou-se cada vez pior. Portanto, pode-se dizer que
186 Fernando C. Capovilla (Org.)
1
Proporo de acerto
0,9
0,8
0,7
0 a 0,02 0,04 a 0,15 0,2 a 1 2,5 5 a 15 30 a 60
Faixas de IEE (s)
bons maus
Discusso
Referncias bibliogrficas
Neuropsicologia e aprendizagem: uma abordagem multidisciplinar 189
Captulo 11
Regiane L. Carvalho
Fisioterapeuta, mestre em fisiologia e biofsica e doutoranda em fisiologia
pela Universidade Estadual de Campinas
Docente do Curso de Fisioterapia da Pontifcia Universidade Catlica de Mi-
nas Gerais, Campus Poos de Caldas
e-mail: [email protected]
Sndrome de Down
Doena de Parkinson
Desordens vestibulares
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204 Fernando C. Capovilla (Org.)
Neuropsicologia e aprendizagem: uma abordagem multidisciplinar 205
Captulo 12
Fernando C. Capovilla
Psiclogo, Mestre em Psicologia pela Universidade de Braslia
Ph.D. em Psicologia Experimental pela Temple University of Philadelphia
Livre Docente em Neuropsicologia Clnica pela Universidade de So Paulo
Professor Associado, Instituto de Psicologia, Universidade de So Paulo
e-mail: [email protected]
Elizeu C. Macedo
Psiclogo, Mestre e Doutor em Psicologia pela Universidade de So Paulo
Professor do Curso de Psicologia da Universidade Presbiteriana Mackenzie
Pesquisador Associado do Laboratrio de Neuropsicolingstica Cognitiva
Universidade de So Paulo
e-mail: [email protected]
8
Apoio: CNPq e FAPESP.
206 Fernando C. Capovilla (Org.)
Estudo 1
64 1 2 3 13 1 2 3
Srie Escolar (Jardim) Srie Escolar (Jardim)
80 90 75
Pontuao EMMC Tradic
Pontuao TVIP Tradic
Pontuao TPL Tradic
70 80 65
60 70 55
50 1 2 3 60 1 2 3 45 1 2 3
Srie Escolar (Jardim) Srie Escolar (Jardim) Srie Escolar (Jardim)
82 20 80
Pontuao TML Comput
90 75
Pontuao TVIP Comput
80 65
70 55
60 1 2 3 45 1 2 3
Srie Escolar (Jardim) Srie Escolar (Jardim)
Estudo 2
Tabela 1. Pontuao nas cinco verses dos quatro testes nas trs sries escola-
res. Dados representam mdia e respectivo erro padro (entre parnteses).
Referncias bibliogrficas
Neuropsicologia e aprendizagem: uma abordagem multidisciplinar 217
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Neuropsicologia e aprendizagem: uma abordagem multidisciplinar 219
Captulo 13
Integrao sensorial
1. Introduo
4. Variabilidade sensorial
4.1. Normal
4.2. Hipossensvel
4.3. Hipersensvel
5. Sugestes de tratamento
Referncias bibliogrficas
Neuropsicologia e aprendizagem: uma abordagem multidisciplinar 227
Captulo 14
Fernando C. Capovilla
Psiclogo, Mestre em Psicologia pela Universidade de Braslia
Ph.D. em Psicologia Experimental pela Temple University of Philadelphia
Livre Docente em Neuropsicologia Clnica pela Universidade de So Paulo
Professor Associado, Instituto de Psicologia, Universidade de So Paulo
e-mail: [email protected]
Alessandra G. S. Capovilla
Psicloga, Mestre, Doutora e Ps-Doutora pela Universidade de So Paulo
Orientadora do Doutorado em Psicopedagogia, Universidade de Santo Amaro
Pesquisadora Associada do Laboratrio de Neuropsicolingstica Cognitiva
Universidade de So Paulo
e-mail: [email protected]
9
Apoio: CNPq e FAPESP.
230 Fernando C. Capovilla (Org.)
Viso geral
aos sete anos de idade, apenas duas das crianas conseguiam comuni-
car-se com sinais de um modo apropriado sua idade. Dois anos de-
pois, sete das nove crianas dominavam fluentemente a lngua de si-
nais, sendo que em apenas duas o nvel de sinalizao no era condi-
zente com sua idade. Todas as nove demonstraram uma grande expan-
so de vocabulrio de sinais, conhecendo a gramtica da lngua de si-
nais e sendo capazes de contar uma estria sem as hesitaes de ficar
procurando pelos sinais apropriados. Ainda assim, as crianas apre-
sentavam problemas com certos padres gramaticais, como o uso de
proformas, de topicalizao e de expresses e movimentos faciais para
modular os sinais. A propsito de metodologia de pesquisa, notando
uma disparidade entre o nvel de sinalizao exibido pelas crianas em
sua conversao espontnea e o desempenho na prova de contar uma
estria a partir de trechos de filme, os pesquisadores perceberam a ne-
cessidade de usar amostras lingsticas mais naturais como, por exem-
plo, pedir s crianas para descrever suas frias de vero. Embora de
avaliao muito mais trabalhosa para o pesquisador, tais amostras li-
vres mostraram-se muito mais informativas e representativas do nvel
real de desempenho lingstico das crianas.
A partir do segundo ano do programa, o Dinamarqus falado e
escrito foi introduzido como a primeira lngua "estrangeira". Foi ob-
servado que algumas crianas tinham excelentes habilidades devido a
programas de leitura precoces e/ou a alguma audio residual (duas
das nove crianas no eram propriamente surdas, mas "duras de ouvi-
do"). Assim, para fins de ensino da lngua falada e escrita, as crianas
foram divididas em dois grupos, conforme seu desempenho. Nesse
programa de pesquisas baseado na filosofia do Bilingismo, Hansen
ressalta que "para o ensino de leitura e escrita em Dinamarqus foram
empregados todos os recursos possveis, incluindo a lngua de sinais, a
lngua falada, textos escritos, correo da fala, exerccios de articula-
o, a leitura labial emparelhada com a fala, e a soletrao digital, a-
lm do mtodo dinamarqus mo - boca, e, finalmente, o treino de en-
toao e de ritmo da fala." (Hansen, 1990, p. 59). Aps escolher uma
estria, o professor escrevia as sentenas na lousa. Em seguida, ele
pedia s crianas para ler essas sentenas em voz alta, e tentar traduzi-
las em termos de seu significado geral. O professor explicava o conte-
do e o significado das palavras por meio da lngua de sinais. Nos dias
seguintes, as sentenas eram repetidas na conversao natural, e as
Neuropsicologia e aprendizagem: uma abordagem multidisciplinar 245
Palavras finais
lugi & Klima, 1976; Klima & Bellugi, 1979), durante muito tempo na
Lingstica pensou-se que os sinais seriam apenas mera mmica e pan-
tomima, indignos de um estudo lingstico. Curiosamente, at os estu-
dos pioneiros de Stokoe (1960) e de Klima e Bellugi (1979) que esta-
beleceram firmemente o status lingstico das lnguas de sinais, o ni-
co expoente a defender as concepes lingstica e antropolgica das
lnguas de sinais como idiomas plenos prprios, e dos surdos como
um povo com uma cultura autnoma, no foi um lingista mas, sim, o
pai da Psicologia Experimental, Wilhelm Wundt em 1911. Do mesmo
modo, no Brasil, o primeiro Dicionrio enciclopdico trilnge da Li-
bras (Capovilla & Raphael, 2001) foi fruto dos esforos dedicados de
uma equipe de neuropsiclogos e psiclogos experimentais.
Este captulo estabeleceu a ascendncia legtima da neuropsico-
logia e da psicologia experimental sobre a lngua de sinais e a necessi-
dade de pesquisas experimentais sobre processamento cognitivo na
lngua de sinais e na alfabetizao de surdos. Ressaltou a necessidade
de pesquisas para verificar a eficcia diferencial do Bilingismo em
relao s abordagens anteriores, como o Oralismo assistido pelo im-
plante coclear multicanal, e a necessidade de buscar equacionar a des-
continuidade entre a lngua de sinais e a escrita alfabtica pela adoo
experimental de um bilingismo pleno que inclui a escrita visual dire-
ta de sinais. Tal adoo experimental uma condio sine qua non pa-
ra a consumao da revoluo paradigmtica do Bilingismo que, at
ento, continuar inacabado.
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256 Fernando C. Capovilla (Org.)
Captulo 15
Referncias bibliogrficas
260 Fernando C. Capovilla (Org.)
Captulo 16
Fernando C. Capovilla
Psiclogo, Mestre em Psicologia pela Universidade de Braslia
Ph.D. em Psicologia Experimental pela Temple University of Philadelphia
Livre Docente em Neuropsicologia Clnica pela Universidade de So Paulo
Professor Associado, Instituto de Psicologia, Universidade de So Paulo
e-mail: [email protected]
Alessandra G. S. Capovilla
Psicloga, Mestre, Doutora e Ps-Doutora pela Universidade de So Paulo
Orientadora do Doutorado em Psicopedagogia, Universidade de Santo Amaro
Pesquisadora Associada do Laboratrio de Neuropsicolingstica Cognitiva
Universidade de So Paulo
e-mail: [email protected]
Keila Q. F. Viggiano
Psicloga e Mestranda no Instituto de Psicologia, Universidade de So Paulo
e-mail: [email protected]
Walkiria D. Raphael
Psicloga e Mestranda no Instituto de Psicologia, Universidade de So Paulo
e-mail: [email protected]
10
Apoio: CNPq e FAPESP.
262 Fernando C. Capovilla (Org.)
Viso geral
villa, 2001; Capovilla & Sutton, 2001). Como vimos, para ser eficien-
te, a escrita deve sempre mapear as propriedades essenciais da lingua-
gem que ela se prope a representar (Robinson, 1995). Do mesmo
modo que a criana ouvinte pode beneficiar-se do uso de uma escrita
alfabtica para mapear os fonemas de sua lngua falada, a surda pode-
ria beneficiar-se sobremaneira de uma escrita visual capaz de mapear
os quiremas de sua lngua de sinais.
Um tal sistema de escrita visual direta de sinais traria mltiplos
benefcios psicolgicos e sociolgicos. Permitiria criana surda tirar
vantagem das propriedades visuais de sua lngua materna para pensar,
comunicar-se e escrever numa nica lngua, o que aceleraria seu de-
senvolvimento lingstico e cognitivo, e a colocaria em p de igualda-
de com a ouvinte. Ao mesmo tempo, como a aquisio do sistema se-
cundrio sempre resulta em reorganizao, aprimoramento e desen-
volvimento do primrio, o uso de um tal sistema de escrita levaria na-
turalmente expanso, ao desenvolvimento e ao refinamento lings-
tico do sinal, culminando no enriquecimento da lngua de sinais (na
medida em que os sinais de grupos e subculturas variadas forem sendo
incorporados) e em sua normatizao como lngua oficial da cultura
surda e do povo surdo. Isto seria instrumental constituio da identi-
dade da cultura de sinais e do povo surdo, sua integrao espacial e
temporal, no territrio geogrfico e atravs das geraes, e ao seu de-
senvolvimento cultural e social pleno.
Referncias bibliogrficas
Captulo 17
Referncias bibliogrficas
Captulo 18
Alessandra G. S. Capovilla
Psicloga, Mestre, Doutora e Ps-Doutora pela Universidade de So Paulo
Orientadora do Doutorado em Psicopedagogia, Universidade de Santo Amaro
Pesquisadora Associada do Laboratrio de Neuropsicolingstica Cognitiva
Universidade de So Paulo
e-mail: [email protected]
Fernando C. Capovilla
Psiclogo, Mestre em Psicologia pela Universidade de Braslia
Ph.D. em Psicologia Experimental pela Temple University of Philadelphia
Livre Docente em Neuropsicologia Clnica pela Universidade de So Paulo
Professor Associado, Instituto de Psicologia, Universidade de So Paulo
e-mail: [email protected]
Viso geral
11
Apoio: CNPq e FAPESP.
Neuropsicologia e aprendizagem: uma abordagem multidisciplinar 283
Introduo
Mtodo
Participantes
Participaram do presente estudo 12 crianas (i.e., seis sem difi-
culdade de escrita sob ditado, e seis com dificuldade de escrita sob di-
tado) selecionadas a partir de uma amostra de 90 crianas de trs tur-
mas de primeira srie de uma escola pblica de ensino fundamental do
interior do estado de So Paulo.
Instrumento
Procedimento
dois grupos: Seis crianas com altos escores em ditado (grupo contro-
le) e seis crianas com baixos escores em ditado (grupo experimental).
As seis crianas do grupo experimental eram emparelhadas s seis cri-
anas do grupo controle em todas as caractersticas, exceto o desem-
penho em ditado. Ou seja, elas pertenciam mesma turma, eram do
mesmo sexo, tinham idades equivalentes (com tolerncia de at 4 me-
ses), e tinham escores equivalentes no teste Raven (com tolerncia de
at trs pontos no escore bruto), mas tinham os desempenhos o mais
discrepante possvel no escore de ditado total (i.e., incluindo palavras
e pseudopalavras). Este procedimento permitiu comparar crianas com
habilidades de raciocnio equivalentes mas com diferentes habilidades
de escrita. Para assegurar que a tolerncia de at trs pontos no escore
no teste Raven no afetasse os resultados, os escores nesse teste foram
usados como covariante nas anlises estatsticas.
Tal delineamento permitiu comparar os desempenhos das crian-
as nos vrios subtestes do IDT, analisando as diferenas de desempe-
nho entre as crianas com e sem dificuldades de escrita, e mantendo
controlados o raciocnio, a idade, o sexo e a turma das crianas (i.e., o
currculo escolar ao qual elas eram expostas).
Resultados
Tabela 1. Resultados dos grupos controle (boa escrita sob ditado) e experi-
mental (pobre escrita sob ditado) em cada subteste do IDT. So apresentados
os escores mdios, as estatsticas p e F obtidas a partir das Anlises de Cova-
rincia. Os efeitos significativos encontram-se ressaltados em itlico.
Leitura
Subteste GC GE p F (1, 9)
Leitura de palavras 3,25 0,41 0,121 2,92
Escore total (mximo = 14)
Leitura de palavras 13,87 0,96 0,025 7,22
corretas em 1 min
Leitura de pseudopalavras 5,61 0,39 0,006 12,42
(mximo = 10)
Escrita
Subteste GC GE p F (1, 9)
Ditado de palavras 15,58 1,75 0,000 32,51
(mximo = 30)
Ditado de pseudopalavras 5,17 0,17 0,000 30,63
(mximo = 10)
Ditado total 20,75 1,91 0,000 35,46
(mximo = 40)
Primeiras letras no ditado 35,0 11,0 0,000 45,19
(mximo = 40)
Qualidade da escrita 4,17 3,33 0,026 7,09
(mximo = 5)
Habilidades matemticas
Subteste GC GE p F (1, 9)
Aritmtica 2,81 0,86 0,08 3,90
(mximo = 20)
Contagem decrescente 1,21 1,12 0,93 0,01
escore em 1 minuto
Conscincia fonolgica
Subteste GC GE p F (1, 9)
Aliterao (mximo = 10) 7,43 3,91 0,013 9,51
Rima (mximo = 20) 10,79 7,88 0,276 1,35
292 Fernando C. Capovilla (Org.)
Velocidade de processamento
Subteste GC GE p F (1, 9)
Nomeao rpida de figuras 47,15 64,01 0,113 3,08
(em segundos)
Nomeao rpida de nmeros, 49,56 82,27 0,006 13,05
linha 3 (em segundos)
Seqenciamento
Subteste GC GE p F (1, 9)
Alfabeto (mximo = 1) 0,937 0,396 0,041 5,68
Seqncias (mximo = 2) 0,96 0,04 0,013 9,64
Habilidades motoras
Subteste GC GE p F (1, 9)
Habilidades motoras: 2,39 1,78 0,09 3,74
Mo direita (mximo = 3)
Mo esquerda (mximo = 3) 2,30 2,03 0,49 0,51
Ambas as mos (mximo = 3) 2,32 2,80 0,75 0,11
Reverses
Subteste GC GE p F
Reverses 0,09 0,95 0,50 0.49
Concluses
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Neuropsicologia e aprendizagem: uma abordagem multidisciplinar 299
Captulo 19
Consultas
1000/Hab./Ano 1.967 2.765
Internaes
1000/Hab./Ano 109,1 75,8
Diagnsticos
Terapias 190.141.791 975.445.818 + 513%
Fonte: SIA / Sistema nico de Sade, SIH / Sistema nico de Sade, Secre-
taria de Assistncia Sade / Ministrio da Sade e Reorganizao da Assis-
tncia Mdica, Instituto Nacional de Assistncia Mdica e Previdncia Soci-
al, 1982.
302 Fernando C. Capovilla (Org.)
Fonte: SIA / Sistema nico de Sade, SIH / Sistema nico de Sade, Secre-
taria de Assistncia Sade / Ministrio da Sade e Reorganizao da Assis-
tncia Mdica, Instituto Nacional de Assistncia Mdica e Previdncia Soci-
al, 1982.
Referncias bibliogrficas
Captulo 20
Alessandra G. S. Capovilla
Psicloga, Mestre, Doutora e Ps-Doutora pela Universidade de So Paulo
Orientadora do Doutorado em Psicopedagogia, Universidade de Santo Amaro
Pesquisadora Associada do Laboratrio de Neuropsicolingstica Cognitiva
Universidade de So Paulo
e-mail: [email protected]
Fernando C. Capovilla
Psiclogo, Mestre em Psicologia pela Universidade de Braslia
Ph.D. em Psicologia Experimental pela Temple University of Philadelphia
Livre Docente em Neuropsicologia Clnica pela Universidade de So Paulo
Professor Associado, Instituto de Psicologia, Universidade de So Paulo
e-mail: [email protected]
12
Apoio: CNPq e FAPESP.
306 Fernando C. Capovilla (Org.)
70 300
Escore em TVIP
Escore em LAVE
60 290
50 280
40 270
30 260
20 250
10 M P1 P2 P3 240 M P1 P2 P3
Nvel escolar da criana Nvel escolar da criana
Referncias bibliogrficas
Burgemeister, B., Blum, L., & Lorge, I. (1959). Columbia Mental Matur-
314 Fernando C. Capovilla (Org.)
Captulo 21
13
Agradeo a colaborao da colaboradora de pesquisa, Roberta G. Azzi.
318 Fernando C. Capovilla (Org.)
14
Para maiores detalhes a respeito do conceito de Educao, ver Chaves
(1979) ou http://www.chaves.com.br.
Neuropsicologia e aprendizagem: uma abordagem multidisciplinar 319
escolar.
Deve haver uma alterao substancial nos paradigmas que a es-
cola tem utilizado para explicar e justificar o fato de as crianas no
conseguirem aprender. A escola, por no saber o que fazer, encaminha
este aluno para o mdico que, salvo raras e preciosas excees, aponta
a existncia de causas orgnicas e prescreve medicamentos com a in-
teno de melhorar o seu desempenho escolar, contribuindo, apenas
para referendar a idia da medicalizao do fracasso. Tambm por no
saber o que fazer, a escola muitas vezes encaminha esta criana ao
psiclogo que, a partir de uma viso psicologizante, retira o aluno da
sala de aula, aplica uma bateria de testes e o devolve para a professora
com um diagnstico que, mesmo sendo bem fundamentado, no vai
contribuir com a alterao da situao que levou ao encaminhamento.
No estamos querendo dizer que no h crianas que tenham
um problema de cunho orgnico e que, sem dvida, precisam de me-
dicamentos especficos que vo ajud-la tanto no seu processo de a-
prendizagem como na sua vida. Sem dvida, h tambm alunos que
chegam a determinadas sries escolares sem os fundamentos necess-
rios para que possam acompanhar aquilo que ensinado na classe. Pa-
ra estes casos, tambm a Psicologia pode contribuir com discusses
que alterem as estratgias de ensino utilizadas em classe. Mas, princi-
palmente, estamos falando da grande maioria dos alunos encaminha-
dos para atendimentos, que em muitos casos, bastaria que o professor
fosse bem orientado para que sua prtica produzisse um ensino eficaz.
Em 1984, fomos contratados pela Secretaria Municipal de Sa-
de da cidade de Itu no estado de So Paulo, para substituir um psic-
logo que estava deixando o atendimento que realizava no Centro de
Sade. Das 120 crianas que compunham a clientela daquele profis-
sional, mais de 90 delas poderia ter sua dificuldade resolvida se a es-
cola fosse orientada a agir de modo diferente. A partir desta anlise,
propusemos o servio de sade escolar municipal, atuando comuma
equipe multidisciplinar, composta por mdicos, fonoaudilogos, psi-
clogos e auxiliares de sade, que tinha na escola seu espao de a-
o.15 Nossa atuao era fundamentada na idia de que o professor e a
15
Este trabalho foi objeto da dissertao de mestrado de Sadalla (1989).
322 Fernando C. Capovilla (Org.)
Referncias bibliogrficas
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G. Azzi, S. H. S. Batista, & A. M. F. A. Sadalla (Orgs.), Formao
de professores: Discutindo o ensino de psicologia (pp. 21-38).
Campinas, SP: Alnea.
Neuropsicologia e aprendizagem: uma abordagem multidisciplinar 327
Captulo 22
Fernando C. Capovilla
Psiclogo, Mestre em Psicologia pela Universidade de Braslia
Ph.D. em Psicologia Experimental pela Temple University of Philadelphia
Livre Docente em Neuropsicologia Clnica pela Universidade de So Paulo
Professor Associado, Instituto de Psicologia, Universidade de So Paulo
e-mail: [email protected]
Elizeu C. Macedo
Psiclogo, Mestre e Doutor em Psicologia pela Universidade de So Paulo
Professor do Curso de Psicologia da Universidade Presbiteriana Mackenzie
Pesquisador Associado do Laboratrio de Neuropsicolingstica Cognitiva
Universidade de So Paulo
e-mail: [email protected]
Alessandra G. S. Capovilla
Psicloga, Mestre, Doutora e Ps-Doutora pela Universidade de So Paulo
Orientadora do Doutorado em Psicopedagogia, Universidade de Santo Amaro
Pesquisadora Associada do Laboratrio de Neuropsicolingstica Cognitiva
Universidade de So Paulo
e-mail: [email protected]
16
Apoio: CNPq e FAPESP.
328 Fernando C. Capovilla (Org.)
Verso computadorizada do
Teste Boston de Nomeao (TBN-Comp)
bos com estrutura silbica CVC (e.g., tirvel e disbor). A Anova foi se-
guida de anlises de contrastes entre os desempenhos nas listas. Com-
parando os desempenhos nas listas 1A e 1B, temos o efeito de exten-
so em termos de nmero de slabas e letras (i.e., bisslabos de quatro
letras versus trisslabos de seis letras) para itens com a mesma estrutu-
ra silbica CV. Comparando os desempenhos nas listas 1A e 1C, te-
mos o efeito da combinao entre a estrutura silbica e a extenso em
termos de letras (itens com estrutura CV de quatro letras versus itens
com estrutura CVC com seis letras) nos itens bisslabos. Comparando
os desempenhos nas listas 1B e 1C, temos o contraste entre a extenso
(em termos de nmero de slabas) e a estrutura silbica (em termos de
itens trisslabos com estrutura CV versus itens bisslabos com estrutu-
ra CVC) nos itens de seis letras.
A Figura 8 mostra a representao grfica de uma amostra de
trs sinais voclicos de um dos respondentes, os sinais do item dazu
da lista 1A (i.e., itens bisslabos, de quatro letras, com estrutura
silbica CV), do item rejifa da lista 1B (i.e., itens trisslabos, de seis
letras, com estrutura CV), e do item tirvel da lista 1C (i.e., itens
bisslabos, de seis letras, com estrutura silbica CVC).
Proporo de acerto
o acerto foi maior nos itens bisslabos de quatro letras do que nos tris-
slabos de seis letras). Contrastando os efeitos da estrutura silbica e
da extenso (i.e., itens trisslabos com estrutura CV versus itens biss-
labos com estrutura CVC), observou-se que a proporo de acerto foi
mais afetada pela estrutura silbica do item do que pela sua extenso
(em termos de slabas).
Durao locucional
nos itens com estrutura CVC e seis letras do que naqueles com estru-
tura CV e quatro letras).
A durao locucional tambm foi maior nos itens longos do que
nos curtos (i.e., a durao foi maior nos trisslabos de seis letras do
que nos bisslabos de quatro letras), e nos itens com estrutura silbica
complexa do que naqueles com estrutura silbica simples (i.e., a dura-
o foi maior nos itens com estrutura CVC do que naqueles com estru-
tura CV, ainda que a evidncia seja fraca devido ao efeito sinrgico da
extenso, e esta comparao mostrou que a durao de itens com es-
trutura CVC e seis letras foi maior que aquela de itens com estrutura
CV e quatro letras. Contrastando os efeitos de extenso e de estrutura
silbica (i.e., itens trisslabos com estrutura CV versus itens bisslabos
com estrutura CVC), observou-se que a durao locucional foi mais
afetada pela extenso (em termos de slabas) do que pela estrutura si-
lbica.
Concluses
Referncias bibliogrficas
Captulo 23
Luciana C. L. F. Santos
Fonoaudiloga e Mestranda em Lingstica, Unicamp
Docente no Curso de Fonoaudiologia da Universidade de Alfenas, MG.
e-mail: [email protected]
Introduo
Materiais e Mtodos
Definio de afasia
Resultados
17
(....) representa silncio, (:::) representa prolongamento de slabas, (/) re-
presenta fala silabada. Letra maiscula no enunciado marca tonicidade.
Neuropsicologia e aprendizagem: uma abordagem multidisciplinar 353
Referncias bibliogrficas
Bakhtin, M. V. (1997). Marxismo e filosofia a linguagem (6a. edio).
So Paulo, SP: Editora Hucitec.
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Freire, F. M. P. (1999). Dizer e fazer no logogrfico: Um caso de afasia
semntica. Anais do II Congresso Iberoamericano de Educao
Especial. Foz do Iguau, PR: Ministrio da Educao, Secretaria
18
Aqui a escrita de MG ideogrfica. Ela faz um mapa concomitante inter-
locuo com a autora.
354 Fernando C. Capovilla (Org.)
Captulo 24
Fernando C. Capovilla
Psiclogo, Mestre pela Universidade de Braslia
Ph.D. em Psicologia Experimental pela Temple University of Philadelphia
Livre Docente em Neuropsicologia Clnica pela Universidade de So Paulo
Professor Associado, Instituto de Psicologia, Universidade de So Paulo
e-mail: [email protected]
Elizeu C. Macedo
Psiclogo, Mestre e Doutor em Psicologia pela Universidade de So Paulo
Professor do Curso de Psicologia da Universidade Presbiteriana Mackenzie
Pesquisador Associado do Laboratrio de Neuropsicolingstica Cognitiva
Universidade de So Paulo
e-mail: [email protected]
Alessandra G. S. Capovilla
Psicloga, Mestre, Doutora e Ps-Doutora pela Universidade de So Paulo
Orientadora do Doutorado em Psicopedagogia, Universidade de Santo Amaro
Pesquisadora Associada do Laboratrio de Neuropsicolingstica Cognitiva
Universidade de So Paulo
e-mail: [email protected]
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Apoio: CNPq e FAPESP.
356 Fernando C. Capovilla (Org.)
TeCoLeSi2-Comp
Tabela 1. Efeitos esperados do nvel escolar das crianas, e das variveis psi-
colingsticas dos itens sobre a prevalncia de uso da rota fonolgica ou lexi-
cal. Interaes esperadas entre as variveis com o aumento na prevalncia de
uso da rota lexical.
Referncias bibliogrficas
Equipe clnica
Maria Cristina
(Cardiologista e Clnica Geral)
Maria C. Williams
(Fisioterapeuta)
Odsia Chiavegatti
(Fonoaudiloga)
Flvia B. V. Freitas
(Fonoaudiloga)
Douglas H. F. Matos
(Ortodontista)