Plano de Manejo Da RPPN Fazenda Bom Retiro

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PRESIDNCIA DA REPBLICA

Dilma Rousseff Presidente


MINISTRIO DO MEIO AMBIENTE
Izabella Mnica Vieira Teixeira- Ministra
INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAO DA BIODIVERSIDADE
Roberto Ricardo Vizentin Presidente
DIRETORIA DE CRIAO E MANEJO DE UNIDADES DE CONSERVAO
Sergio Brant Rocha
COORDENAO GERAL DE CRIAO, PLANEJAMENTO E AVALIAO DE
UNIDADES DE CONSERVAO
Lilian L. M. Hangae
COORDENAO DE ELABORAO E REVISO DE PLANO DE MANEJO
Alexandre Lantelme Kirovsky

CRDITOS TCNICOS
Apoio

Programa de Incentivo s RPPNs da Mata Atlntica

Proprietrios da RPPN

Nelson Senna Cardoso

Luiz Nelson Faria Cardoso

Sonali Faria Cardoso

Equipe tcnica

Anderson de Moura Bonilha (vegetao)

Flvia Colacchi (coordenao executiva, analise espacial e geoprocessamento)

Monica da Cunha Barros (fauna)

Maria Fernanda Santos Quintela da Costa Nunes (vegetao e planejamento)

Paulo Chaffin (imagem e logstica)

Equipe de Apoio

Julio Cesar de Azevedo Lisboa (informtica e formatao do documento)

Maria Hermnia da Silva Cunha Leito (secretria)

Thales Ornellas Correa de Oliveira (formatao do documento)

Estagirios

Adriana Allek Litaiff

Andr Luiz Braga

Luza zara Ramos

Coordenao Tcnica

Maria Fernanda Santos Quintela da Costa Nunes (Laboratrio de Ecologia Aplicada /


Instituto de Biologia / UFRJ)

APRESENTAO
Este o Plano de Manejo da RPPN Fazenda Bom Retiro e foi elaborado seguindo as
exigncias do Sistema Nacional de Unidades de Conservao da Natureza (SNUC),
institudo pela Lei N 9.985, de 18 de Julho de 2000 e da sua regulamentao Decreto N
4.340, de 22 de Agosto de 2002, alm das recomendaes estabelecidas pelo IBAMA
(2004) no Roteiro Metodolgico para Elaborao de Plano de Manejo para Reservas
Particulares do Patrimnio Natural.
No primeiro captulo esto apresentadas as informaes referentes contextualizao da
RPPN Fazenda Bom Retiro nos cenrios municipal e estadual, incluindo seu
enquadramento no Mosaico do Mico-Leo Dourado, na Mata Atlntica e no SNUC. Alm
disso, encontram-se as informaes gerais tais como localizao, acesso, histrico da
criao e aspectos legais.
O segundo captulo apresenta os resultados do diagnstico da rea da Fazenda Bom Retiro
e da RPPN, a caracterizao dos seus fatores biticos e abiticos, com informaes
detalhadas sobre a fauna e a flora, que refletem a situao atual da conservao da
biodiversidade e dos recursos naturais. So apresentadas as informaes sobre sua
infraestrutura, equipamentos, servios e atividades. O diagnstico da RPPN a base para a
declarao de sua significncia, em termos de representatividade e de sua importncia
ecolgica, entre outros atributos.
O terceiro captulo composto pelo Zoneamento e os Programas de Manejo de forma a
subsidiar a gesto da RPPN e permitir que a mesma atinja seus objetivos de criao e
especficos.

SUMRIO
Lista de Quadros
QUADRO 1.1 -

Ficha Tcnica da RPPN Fazenda Bom Retiro ..................................................................... 13

QUADRO 1.2 -

Distncia Rodoviria entre a RPPN Fazenda Bom Retiro e as cidades mais


prximas............................................................................................................................... 26

QUADRO 1.3 -

Distncia Rodoviria entre a RPPN Fazenda Bom Retiro e as principais


Capitais ................................................................................................................................ 26

QUADRO 1.4 -

Aeroportos e Helipontos prximos a RPPN Fazenda Bom Retiro........................................ 27

QUADRO 2.1 -

Abundncia dos indivduos encontrados distribudos por Familia, Gnero e


Espcie ................................................................................................................................ 38

QUADRO 2.2 -

Lista de Espcies ameaadas de extino que possuem algum grau de


endemismo ou algum uso econmico concomitantemente:................................................. 41

QUADRO 2.3 -

Famlias mais abundantes nas parcelas .............................................................................. 47

QUADRO 2.4 -

Funcionrios da RPPN e suas caractersticas ..................................................................... 64

QUADRO 2.5 -

Equipamentos de proteo disponveis na fazenda ............................................................. 68

QUADRO 2.6 -

Regio influenciada pela RPPN - Classificao do IBGE .................................................... 69

QUADRO 3.1

Matriz de Anlise Estratgica - Foras Restritivas ............................................................... 85

QUADRO 3.2

Matriz de Anlise Estratgica - Foras Impulsoras .............................................................. 87

Lista de Tabelas
TABELA 2.1 -

Lista de espcies em relao ao hbito ............................................................................... 43

TABELA 2.2 -

Lista de espcies em relao ao hbito ............................................................................... 46

TABELA 2.3 -

Demonstrativo dos nmeros de famlias e espcies ocorrentes em ambas as


parcelas amostradas. ........................................................................................................... 47

TABELA 2.4 -

Tamanho atual das populaes residentes na regio da RPPN Fazenda Bom


Retiro ................................................................................................................................... 71

TABELA 2.5 -

Aumento populacional na regio da RPPN Fazenda Bom Retiro ........................................ 71

TABELA 2.6 -

Municpios da Regio da RPPN: Densidade Populacional e IDH ........................................ 72

TABELA 2.7 -

Produto Interno Bruto na Regio RPPN Fazenda Bom Retiro (em Reais) .......................... 75

TABELA 2.8 -

Infraestrutura Bsica dos Municpios da Regio da RPPN Fazenda Bom


Retiro ................................................................................................................................... 76

TABELA 2.9 -

Unidades de Ensino, Professores, Matriculas e Rateio Alunos/professores


nos municpios no Estado, por Nvel de Ensino ................................................................... 77

TABELA 2.10 -

Programa de Educao de Jovens e Adultos (EJA) ............................................................ 77

TABELA 2.11 -

Estrutura de Sade na Regio da RPPN Fazenda Bom Retiro ........................................... 78

TABELA 2.12 -

Quadro de Profissionais de Sade Declarado pelos Municpios .......................................... 78

TABELA 2.13 -

Programa Sade da Famlia ................................................................................................ 79

TABELA 3.1

Valores de rea em Relao aos Totais das Zonas em relao Fazenda e a


RPPN e suas Respectivas Percentagens ............................................................................ 93

Lista de Grficos
GRFICO 2.1 -

Famlias com maior riqueza de espcies na regio da RPPN Bom Retiro .......................... 38

GRFICO 2.2 -

Percentagem das espcies endmicas, de uso econmico e ameaadas de


extino em relao ao total da rea ................................................................................... 41

GRFICO 2.3 -

Distribuio das famlias mais abundantes na rea em recuperao e sua


contribuio em relao ao nmero total de indivduos amostrados.................................... 43

GRFICO 2.4 -

Distribuio das Famlias mais abundantes na parcela preservada e sua


contribuio em nmero de indivduos em relao ao total de indivduos
amostrados .......................................................................................................................... 45

GRFICO 2.5 -

Diversidade de famlias de peixes nas ordens encontradas no Rio Aldeia


Velha .................................................................................................................................... 50

GRFICO 2.6 -

Diversidade de espcies de Serpentes nas famlias encontradas na RPPN


Fazenda Bom Retiro ............................................................................................................ 50

GRFICO 2.7 -

Diversidade de espcies de aves nas ordens estudadas na RPPN Fazenda


Bom Retiro ........................................................................................................................... 52

GRFICO 2.8 -

Diversidade de espcies de mamferos nas ordens estudadas na RPPN


Fazenda Bom Retiro ............................................................................................................ 53

GRFICO 2.9 -

Populaes na Regio da RPPN Fazenda Bom Retiro ....................................................... 71

GRFICO 2.10 -

Aumento populacional na dcada 2000-2010 ...................................................................... 72

GRFICO 2.11 -

Distribuio da populao por sexo, segundo os grupos de idade em


Casimiro de Abreu ............................................................................................................... 74

GRFICO 2.12 -

Distribuio da populao por sexo, segundo os grupos de idade em Silva


Jardim .................................................................................................................................. 74

GRFICO 2.13 -

Composio do PIB Municipal na Regio da RPPN Fazenda Bom Retiro .......................... 75

Lista de Figuras
FIGURA 1.1 -

Mapa de Localizao da RPPN Fazenda Bom Retiro no Estado do Rio de


Janeiro ................................................................................................................................. 14

FIGURA 1.2 -

Mapa de Localizao da RPPN Fazenda Bom Retiro e Municpios Vizinhos ...................... 17

FIGURA 1.3 -

Mapa das Regies Hidrogrficas do Estado do Rio de Janeiro ........................................... 18

FIGURA 1.4 -

Mapa das Bacias Hidrogrficas............................................................................................ 19

FIGURA 1.5 -

Mapa das Unidades de Conservao Prximas a RPPN .................................................... 21

FIGURA 1.6 -

Mapa das Iniciativas de Conservao Vizinhas RPPN ..................................................... 22

FIGURA 1.7 -

Mapa de Acessos da RPPN Fazenda Bom Retiro ............................................................... 28

FIGURA 2.1 -

Mapa de Hidrografia da RPPN Fazenda Bom Retiro ........................................................... 33

FIGURA 2.2 -

Mapa de Geologia do Entorno da RPPN Fazenda Bom Retiro ............................................ 33

FIGURA 2.3 -

Mapa Temtico de Geomorfologia do Entorno da RPPN Fazenda Bom Retiro ................... 34

FIGURA 2.4 -

Mapa de Solos do Entorno da RPPN Fazenda Bom Retiro ................................................. 34

FIGURA 2.5 -

Mapa de Cobertura Vegetal da RPPN Fazenda Bom Retiro:............................................... 35

FIGURA 2.6 -

Mapa de Infraestrutura da Fazenda Bom Retiro .................................................................. 66

FIGURA 2.7 -

Mapa de Circulao Interna ................................................................................................. 67

FIGURA 2.8 -

Mapa de Uso do Solo e Cobertura Vegetal do Entorno da RPPN Fazenda


Bom Retiro ........................................................................................................................... 80

FIGURA 3.1

Mapa de Zoneamento .......................................................................................................... 94

Lista de Fotografias
FOTOGRAFIA 1.1 - Vista do lado do fragmento florestal pertencente RPPN ................................................... 11
FOTOGRAFIA 1.2 - Vista lateral da rea da RPPN com a Serra dos Quarenta ao fundo ................................... 12
FOTOGRAFIA 1.3 - Pequena ponte sobre o Rio Aldeia Velha, referencia geografia que marca a
divisa entre os municpios de Silva Jardim e Casimiro de Abreu ......................................... 15
FOTOGRAFIA 1.4 - Porteira da Fazenda Bom Retiro .......................................................................................... 16
FOTOGRAFIA 1.5 - Outro ngulo da porteira da Fazenda Bom Retiro................................................................ 16
FOTOGRAFIA 1.6 - Vista do prtico de entrada para a vila de Aldeia Velha, localizado na margem
da rodovia BR 101 ............................................................................................................... 24

FOTOGRAFIA 1.7 - Vista do caminho de entrada da RPPN ................................................................................ 24


FOTOGRAFIA 1.8 - Vista da chegada sede da RPPN ...................................................................................... 25
FOTOGRAFIA 1.9 - Vista de uma rea que deixou de ser explorada para permitir a regenerao
do ecossistema original ........................................................................................................ 29
FOTOGRAFIA 1.10 - rea destinada a experimento de agroecologia, visando a regenerao
espontnea consorciada com a produo de alimentos ...................................................... 30
FOTOGRAFIA 1.11 - Entrada para a trilha interpretativa Caminho da Floresta ..................................................... 30
FOTOGRAFIA 2.1 - Aspecto da vegetao ao longo da trilha Caminho da Floresta, que d acesso
ao interior da mata ............................................................................................................... 36
FOTOGRAFIA 2.2 - Aspecto da vegetao nas reas ao redor de corpos dgua nas reas em
estgio mdio de sucesso, em recuperao aps abandono da cultura de
banana ................................................................................................................................. 37
FOTOGRAFIA 2.3 - Aspecto da vegetao nas reas ao redor de corpos dgua em reas em
Estgio Avanado de Sucesso........................................................................................... 37
FOTOGRAFIA 2.4 - Aspecto da parcela em estgio mdio de recuperao ....................................................... 44
FOTOGRAFIA 2.5 - Aspecto da parcela em estgio avanado de recuperao .................................................. 46
FOTOGRAFIA 2.6 - Espcies tpicas da regio da RPPN ................................................................................... 52
FOTOGRAFIA 2.7 - Vegetao do Entorno da RPPN e parte da Mata que recobre o morro dentro
da UC ................................................................................................................................... 79

1. INFORMAES GERAIS SOBRE A UC ........................................................................................................ 11


1.1
1.2
1.3
1.4
1.5

1.6

Introduo ............................................................................................................................................... 11
Localizao da RPPN ............................................................................................................................. 15
Unidades de Conservao Prximas RPPN ........................................................................................ 20
Outras Iniciativas de Conservao Vizinhas RPPN ............................................................................. 20
Acessos RPPN ..................................................................................................................................... 23
1.5.1 Transporte Rodovirio.................................................................................................................. 26
1.5.2 Transporte Areo ......................................................................................................................... 27
Histrico de Criao e Aspectos Legais da RPPN .................................................................................. 29

2. DIAGNSTICO AMBIENTAL DA RPPN ......................................................................................................... 32


2.1
2.2

2.3
2.4
2.5
2.6
2.7
2.8
2.9
2.10
2.11
2.12
2.13
2.14
2.15

Caracterizao Geoambiental ................................................................................................................. 32


Caracterizao bitica ............................................................................................................................. 35
2.2.1 Vegetao e Flora ........................................................................................................................ 35
2.2.1.1 Composio florstica ..................................................................................................... 37
2.2.1.2 Estrutura da Vegetao .................................................................................................. 42
2.2.2 Fauna ........................................................................................................................................... 48
2.2.2.1 Introduo e Aspectos Metodolgicos ............................................................................ 48
2.2.2.2 Invertebrados.................................................................................................................. 48
2.2.2.3 Vertebrados .................................................................................................................... 49
2.2.2.4 Espcies Endmicas e Ameaadas de Extino ............................................................ 54
Aspectos Histricos e Culturais (Patrimnio Material e Imaterial) ........................................................... 54
Visitao.................................................................................................................................................. 54
Pesquisa e Monitoramento ...................................................................................................................... 55
Ocorrncia de Fogo................................................................................................................................. 62
Atividades Desenvolvidas na RPPN........................................................................................................ 62
Parcerias ................................................................................................................................................. 63
Sistema de Gesto .................................................................................................................................. 64
Pessoal ................................................................................................................................................... 64
Infraestrutura ........................................................................................................................................... 64
Equipamentos e Servios........................................................................................................................ 68
Recursos Financeiros.............................................................................................................................. 68
Formas de Cooperao........................................................................................................................... 69
Caracterizao da rea do Entorno ........................................................................................................ 69

2.15.1 Diagnstico Socioeconmico ....................................................................................................... 69


2.16 Possibilidades de conectividade ............................................................................................................. 79
2.16.1 Vegetao do Entorno da RPPN Fazenda Bom Retiro ................................................................ 79
2.17 Declarao de Significncia .................................................................................................................... 81
3. PLANEJAMENTO DA RPPN........................................................................................................................... 83
3.1
3.2
3.3
3.4
3.5
3.6

3.8

3.9

Viso geral do processo de planejamento .............................................................................................. 83


Avaliao Estratgica da Unidade de Conservao................................................................................ 83
Objetivos gerais do planejamento da RPPN ........................................................................................... 89
Objetivos de Criao da RPPN ............................................................................................................... 89
Objetivos Especficos .............................................................................................................................. 89
Zoneamento ............................................................................................................................................ 90
3.6.1 Critrios do Zoneamento.............................................................................................................. 90
3.6.2 Definio das Zonas .................................................................................................................... 90
3.6.2.1 Zona Silvestre................................................................................................................. 90
3.6.2.2 Zona de Proteo ........................................................................................................... 91
3.6.2.3 Zona de Recuperao .................................................................................................... 92
3.6.2.4 Zona de Visitao ........................................................................................................... 92
3.6.3 Descrio das Zonas ................................................................................................................... 95
Programas de manejo ........................................................................................................................... 102
3.8.1 Programa de Administrao....................................................................................................... 103
3.8.2 Programa de Proteo, Fiscalizao e Segurana .................................................................... 108
3.8.3 Programa de Comunicao e Divulgao .................................................................................. 109
3.8.4 Programa de Pesquisa............................................................................................................... 111
3.8.5 Programa de Recuperao Ambiental ....................................................................................... 114
3.8.6 Educao e Interpretao Ambiental ......................................................................................... 115
3.8.7 Visitao e recreao................................................................................................................. 117
3.8.8 Monitoramento Ambiental .......................................................................................................... 119
3.8.9 Programa de Sustentabilidade Econmica ................................................................................ 121
Cronograma .......................................................................................................................................... 124

4. REVISO DO PLANO DE MANEJO ............................................................................................................. 124


Referncias Bibliogrficas ................................................................................................................................ 125
ANEXO 1 ............................................................................................................................................................. 126

Lista de Siglas
AM - Amaznas
AMLD - Associao Mico-Leo-Dourado
ANA - Agencia Nacional de guas
APA - rea de Proteo Ambiental
APN - Associao do Patrimnio Natural
ARIE - rea de Relevante Interesse Ecolgico
CEPF - Critical Ecosystem Partnership Fund / Fundo de Parceria para Ecossistemas
Crticos
CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico
CO2 - Dixido de Carbono
CREA - Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura
DAP - Dimetro a Altura do Peito
DIREC - Diretoria de Ecossistemas
DSG - Diretoria de Servio Geogrfico do Exrcito
EAR - Estgio Avanado de Regenerao
EMBRAPA - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuria
EMR - Estgio Mdio de Regenerao
EPI - Equipamento de Proteo Individual
FCA - Ferrovia Centro Atlntica
IBAMA - Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovveis
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica
ICMBIO - Instituto Chico Mendes de Conservao da Biodiversidade
ICMS - Imposto Sobre Mercadorias e Servios
INEA - Instituto Estadual do Ambiente
INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
IUCN - International Union for Conservation of Nature/Unio Internacional para
Consevao da Natureza
KM - Quilmetro
MAB - Man and the Biosphere/O Homem e a Biosfera
MDL - Mecanismo de Desenvolvimento Limpo
MMA - Ministrio do Meio Ambiente
ONG - Organizao No Governamental
OSCIP - Organizao da Sociedade Civil de Interesse Pblico
PAP - Permetro a Altura do Peito
PSA - Pagamento de Servios Ambientais
RB - Reserva Biolgica
RBMA - Reserva da Biosfera da Mata Atlntica
REBIO - Reserva Biolgica

REDD - Reduo de Emisses por Desmatamento e Degradao


RFFSA - Rede Ferroviria Federal Sociedade Annima
RJ - Rio de Janeiro
RPPN - Reserva Particular do Patrimnio Natural
SAF - Sistema Agroflorestal
SEA - Secretaria de Estado do Ambiente
SEMADS - Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentvel
SIG - Sistema de Informaes Geogrficas
SNUC - Sistema Nacional de Unidades de Conservao
UC - Unidade de Conservao
UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro
UNESCO - United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization
Organizao das Naes Unidas para a Educao, a Cincia e a Cultura
UTM - Universal Transversa de Mercator
WWF - World Wildlife Found for Nature / Fundo Mundial para a Natureza

Plano de Manejo da
Reserva Particular do Patrimnio Natural Fazenda Bom Retiro

1. INFORMAES GERAIS SOBRE A UC


1.1 Introduo
Segundo o SNUC, a Reserva Particular do Patrimnio Natural uma rea privada, gravada
com perpetuidade, com o objetivo de conservar a diversidade biolgica. Assim, atravs da
gesto ambiental procuram harmonizar a conservao ambiental com a produo comercial
de produtos e/ou servios oriundos dos recursos naturais, biolgicos, cnicos ou culturais
encontrados na Unidade de Conservao.
RPPN Fazenda Bom Retiro constitui uma rea de grande importncia na preservao da
biodiversidade, pois sua flora especialmente rica. Apresenta expressiva rea florestada e
constitui um importante remanescente de Mata Atlntica, conforme pode ser observado na
FOTOGRAFIA 1.1 e na FOTOGRAFIA 1.2.
A RPPN Fazenda Bom Retiro est localizada na Serra do Mar, na regio serrana do
municpio de Casimiro de Abreu, conforme pode ser observado na FIGURA 1.1. Est
totalmente inserida no bioma Mata Atlntica e est situada numa rea considerada
Prioridade de Conservao e Uso Sustentvel Extremamente Alta
a quarta maior RPPN Federal do Estado do Rio de Janeiro. Conforme o decreto de
criao a RPPN possui 472 hectares, no entanto a Fundao Mico Leo Dourado efetuou
novas medies utilizando tecnologias mais apuradas e encontrou o valor de 494,3.
hectares. Futuramente o proprietrio pretende retificar os valores constantes no decreto.
A RPPN Fazenda Bom Retiro constitui uma Unidade de Conservao Ambiental de Uso
Sustentvel, com administrao particular, sob a responsabilidade do Instituto Chico
Mendes de Conservao da Biodiversidade e est subordinada Diretoria de Ecossistemas
DIREC.
As informaes gerais resumidas sobre a RPPN esto apresentadas na ficha tcnica da UC
onde so dispostas de forma sucinta e de fcil consulta, conforme pode ser observado no
QUADRO 1.1.
FOTOGRAFIA 1.1 -

Vista do lado do fragmento florestal pertencente RPPN

Novembro / 2014

Pgina 11

Plano de Manejo da
Reserva Particular do Patrimnio Natural Fazenda Bom Retiro

FOTOGRAFIA 1.2 -

Vista lateral da rea da RPPN com a Serra dos Quarenta ao


fundo

Novembro / 2014

Pgina 12

Plano de Manejo da
Reserva Particular do Patrimnio Natural Fazenda Bom Retiro

QUADRO 1.1 -

Ficha Tcnica da RPPN Fazenda Bom Retiro

Ficha Tcnica - Reserva Particular do Patrimnio Natural Fazenda Bom Retiro


Nome da Unidade:

Reserva Particular do Patrimnio Natural Fazenda Bom Retiro

Nome do Proprietrio:

Nelson Senna Cardoso

Nome do Representante:

Luiz Nelson Faria Cardoso


Sonali Faria Cardoso

Endereo da Sede:

Estrada do Macharet Km 1

Distrito:

Aldeia Velha

Endereo para
correspondncia:

Caixa Postal: 109.985


CEP: 28.860-970.

Telefone:

(22) 2668-2803

E-mail:

[email protected]

Pgina na Internet:

www.reservabomretiro.com

rea da Propriedade:

556,5 hectares

rea da RPPN:

472,00 hectares

Principal municpio de
acesso:

Casimiro de Abreu

Estados abrangidos:

Rio de Janeiro

Municpios abrangidos:

Casimiro de Abreu
Silva Jardim

Coordenadas do
quadrante:

(Latitudes Norte e Longitudes W de Greenwich) Ponto superior esquerdo:


Lat.777753.51, Long 7516519.06 Ponto inferior direito: Lat.782920.90, Long
7514093.81

Ato de Criao*:

Portaria IBAMA no 47-N de 15/04/1993

Bioma:

Mata Atlntica

Ecossistema:

Floresta Ombrfila Densa

Distancia dos centros


urbanos mais prximos:

Cidade de Casimiro de Abreu

16 Km

Cidade de Silva Jardim

25 Km

Principal meio de chegada


RPPN:

1 ) Carro
2 ) nibus (at a rodoviria de Casimiro de Abreu)

Atividades ocorrentes:

Pesquisa Cientfica, Educao Ambiental, ecoturismo, prticas permaculturais


(pintura com argila, bioconstruo, sistemas agroflorestais, horticultura
orgnica, casa de sabo ecolgico, homeopatia rural, alimentao viva, uso
medicinal de ervas e argila, alm da produo domstica de farinhas,
fermentados, frutas secas, leos vegetais e brotos de cultivo biolgico).

Municpio:

Novembro / 2014

Casimiro de Abreu/Silva Jardim

Fax:

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Plano de Manejo da
Reserva Particular do Patrimnio Natural Fazenda Bom Retiro

FIGURA 1.1 -

Mapa de Localizao da RPPN Fazenda Bom Retiro no Estado do Rio de


Janeiro

Novembro / 2014

Pgina 14

Plano de Manejo da
Reserva Particular do Patrimnio Natural Fazenda Bom Retiro

1.2 Localizao da RPPN


A RPPN Fazenda Bom Retiro situa-se na poro noroeste no municpio Casimiro de Abreu, no
entanto a rea total da fazenda se estende at o municpio de Silva Jardim, conforme pode ser
observado na FIGURA 1.2. Na FOTOGRAFIA 1.3 pode-se observar uma pequena ponte que
passa sobre o rio Aldeia Velha que faz a divisa entre os municpios de Silva Jardim e Casimiro de
Abreu. Esta ponte est localizada prxima entrada da fazenda, sendo que a porteira est situada
a alguns metros do ncleo da vila de Aldeia Velha, pertencente ao distrito de Quartis. Os
municpios vizinhos regio onde se insere a RPPN so: ao norte encontram-se Nova Friburgo e
Maca; oeste est Silva Jardim; ao sul encontram-se Araruama e Cabo Frio e leste Rio das
Ostra. A FOTOGRAFIA 1.4 e a FOTOGRAFIA 1.5 apresentam diferentes ngulos da porteira da
fazenda Bom Retiro.
Em relao ao Estado do Rio de Janeiro, a RPPN Fazenda Bom Retiro est localizada na
mesorregio das Baixadas Litorneas. Esta mesorregio formada pela unio de treze
municpios agrupados em duas microrregies, sendo que a RPPN est situada na
microrregio da Bacia do Rio So Joo, pertencendo Regio Hidrogrfica VI Lagos So
Joo, conforme pode ser observado na FIGURA 1.3. Esta regio hidrogrfica gerida pelo
Comit de Bacias Lagos So Joo.
A RPPN Fazenda Bom Retiro est totalmente inserida na microbacia hidrogrfica do Rio Aldeia
Velha, conforme apresenta a FIGURA 1.4. Esta bacia integra a bacia hidrogrfica do rio So
Joo, formada pelas sub-bacias dos rios Capivari, Bacax, Una, Ona, Ouro, So Joo e So
Joo Jusante, alm do prprio rio Aldeia Velha.
A RPPN estende-se, em direo leste-oeste, pela Serra do Quarenta e cortada, em direo
norte-sul, pelo rio dos Quarenta de Baixo, tributrio do rio Aldeia Velha.
FOTOGRAFIA 1.3 -

Pequena ponte sobre o Rio Aldeia Velha, referencia geografia


que marca a divisa entre os municpios de Silva Jardim e
Casimiro de Abreu

Novembro / 2014

Pgina 15

Plano de Manejo da
Reserva Particular do Patrimnio Natural Fazenda Bom Retiro

FOTOGRAFIA 1.4 -

Porteira da Fazenda Bom Retiro

FOTOGRAFIA 1.5 -

Outro ngulo da porteira da Fazenda Bom Retiro

Novembro / 2014

Pgina 16

Plano de Manejo da
Reserva Particular do Patrimnio Natural Fazenda Bom Retiro

FIGURA 1.2 -

Mapa de Localizao da RPPN Fazenda Bom Retiro e Municpios Vizinhos

Novembro / 2014

Pgina 17

Plano de Manejo da
Reserva Particular do Patrimnio Natural Fazenda Bom Retiro

FIGURA 1.3 -

Mapa das Regies Hidrogrficas do Estado do Rio de Janeiro

Novembro / 2014

Pgina 18

Plano de Manejo da
Reserva Particular do Patrimnio Natural Fazenda Bom Retiro

FIGURA 1.4 -

Mapa das Bacias Hidrogrficas

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1.3 Unidades de Conservao Prximas RPPN


A regio onde se insere a RPPN Fazenda Bom Retiro possui uma grande quantidade de
Unidades de Conservao consolidadas. As UCs juntas formam um longo corredor que
abrange uma grande rea que vai desde o municpio de Maca at o municpio de Nova
Iguau protegendo toda a regio serrana do Estado do Rio de Janeiro. Na FIGURA 1.5
podem-se observar as Unidades de Conservao Prximas da RPPN Fazenda Bom Retiro.
Ao norte encontra-se a rea de Proteo Ambiental Estadual de Maca de Cima e a rea
de Proteo Ambiental Municipal de Rio Bonito, ambas localizadas na poro sul do
municpio de Nova Friburgo. Estas duas UCs esto sobrepostas estando as duas a cerca de
4 quilmetros de distncia, em linha reta, da entrada da fazenda. A APA de Maca de Cima
tem grande importncia na proteo da bacia do rio Maca e parte integrante o Mosaico
Central Fluminense.
A nordeste, a cerca de 10 quilmetros de distncia da entrada da fazenda, encontra-se o
Parque Municipal do Crrego da Luz, localizado no municpio de Casimiro de Abreu. Ainda a
nordeste, atravessando o leito do rio Maca, cerca de 12 quilmetros de distncia, est
situada a rea de Proteo Ambiental Municipal do Sana, sediada no municpio de Maca.
A oeste, um pouco mais distante, cerca de 20 quilmetros, encontra-se a Reserva Biolgica
Unio e ao sul a Reserva Biolgica de Poo das Antas. Estas duas UCs so de grande
importncia na preservao do Mico-Leo Dourado.
Ao leste, a cerca de 23 quilmetros de distncia, encontra-se o Parque Estadual dos Trs
Picos. O Parque a maior Unidade de Conservao estadual e tambm parte integrante
do Mosaico Central Fluminense.
A RPPN Fazenda Bom Retiro est totalmente inserida na rea de Proteo Ambiental do
Rio So Joo e Mico-Leo Dourado.
1.4 Outras Iniciativas de Conservao Vizinhas RPPN
A RPPN est situada a cerca de 4 quilmetros ao sul do Mosaico da Mata Atlntica Central
Fluminense, conforme apresenta a FIGURA 1.6.
O Mosaico Central Fluminense foi criado atravs da portaria do Ministrio de Meio Ambiente
n 350 de 11 de dezembro de 2006, com o objetivo principal de estimular a gesto integrada
entre diversas Unidades de Conservao contribuindo para a preservao dos recursos
naturais da regio serrana do Estado do Rio de Janeiro. O Mosaico est inserido na
Reserva da Biosfera da Mata Atlntica, instituda pela UNESCO e as UCs integradas so de
diversas categorias e geridas por diferentes esferas do poder pblico, incluindo RPPNs.
O Mosaico Central Fluminense tem uma grande rea que est contigua com o Mosaico do
Mico-Leo Dourado. Este Mosaico uma iniciativa da Fundao Mico-Leo-Dourado e
Instituto Chico Mendes de Conservao da Biodiversidade com o objetivo principal de
garantir a manuteno dos ltimos remanescentes do habitat original dessa espcie de
primata, ou seja, a Mata Atlntica da baixada litornea do estado do Rio de Janeiro. O
Mosaico do Mico-Leo Dourado formado por diversas Unidades de Conservao e suas
respectivas Zonas de Amortecimento.
A RPPN Fazenda Bom Retiro est inserida dentro da Zona de Amortecimento da Reserva
Biolgica de Poo das Antas. A Zona de Amortecimento desta Reserva Biolgica foi definida
no Plano de Manejo da Unidade pelo decreto 29 do dia 28 de abril de 2005 com o objetivo
de conservar o entorno da Reserva por meio de normas e restries s atividades humanas.

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FIGURA 1.5 -

Mapa das Unidades de Conservao Prximas a RPPN

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FIGURA 1.6 -

Mapa das Iniciativas de Conservao Vizinhas RPPN

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1.5 Acessos RPPN


A principal via de acesso para a RPPN Fazenda Bom Retiro a rodovia federal BR 101,
conforme apresentado na FIGURA 1.7. Esta rodovia desde 2008 passou a ser administrada
por uma concessionria denominada de Autopista Fluminense, que passou a ser a
responsvel pelos 320 quilmetros que vo de Niteri at a divisa com o Estado do Espirito
Santo. A poro da rodovia BR 101 situada na regio das baixadas litorneas representa o
elo de ligao entre as cidades de Campos dos Goytacazes, Conceio de Macabu,
Quissam, Carapebus, Maca, Rio das Ostras, Casimiro de Abreu, Silva Jardim, Rio Bonito,
Tangu, Itabora, So Gonalo e Niteri. A partir de Niteri liga o Rio de Janeiro ao Sul
Fluminense passando por Angra dos Reis e Paraty at chegar a So Paulo.
Economicamente tem grande importncia para vrios setores, com destaque para o setor
petrolfero, fazendo a ligao entre as duas principais bacias petrolferas do pais, Bacia de
Santos e Bacia de Campos. Possui grande movimentao, sendo que na regio de Silva
Jardim, Casimiro de Abreu e Maca, o volume dirio mdio de trfego de 12 mil veculos.
A seguir sero detalhados os acessos APA com origem na Cidade do Rio de Janeiro e
demais municpios vizinhos.

Origem: Rio de Janeiro e Niteri


Saindo do Rio de Janeiro tm-se dois caminhos que levam at a RPPN:
a) Pegar a ponte Rio-Niteri e seguir pela Alameda So Boaventura e continuar pela
rodovia RJ 104 (tambm conhecida como rodovia Niteri-Manilha). Na altura de
Itabora deve se seguir pela rodovia BR 101, em sentido nordeste at chegar ao Km
215 que fica em frente a Reserva Biolgica de Poo das Antas. Na FOTOGRAFIA
1.6 pode-se observar o prtico de entrada da Vila de Aldeia Velha que d acesso a
estrada Aldeia Velha-Lumiar e a FOTOGRAFIA 1.7 apresenta o caminho que leva a
RPPN. Nesta altura pegar a estrada Aldeia Velha, seguir por cerca de 8 Km (estrada
de terra) at chegar em Aldeia Velha e seguir por 1 Km pela estrada do Macharet at
a entrada da Fazenda Bom Retiro. Na FOTOGRAFIA 4 do Anexo Fotogrfico podese observar a estrada de acesso Fazenda Bom Retiro e na FOTOGRAFIA 1.8, a
vista da chegada sede da RPPN.
b) Outra opo saindo da ponte Rio-Niteri pegar a Avenida do Contorno e seguir at
entrar na rodovia BR 101 e seguir at o Km 215.
Tambm possvel chegar at a RPPN indo pela serra, embora seja um caminho muito
mais extenso. Pegar a Rodovia Washington Luiz (rodovia BR 040) at encontrar o trevo
de entrada para a rodovia BR 116, na altura de Saracuruna no municpio de Duque de
Caxias. Seguir pela rodovia BR 116, que neste trecho passa a se chamar rodovia Santos
Dumont, at encontrar a Parada Modelo na altura de Guapimirim. Sair da rodovia Santos
Dumont e entrar na rodovia RJ 122, tambm chamada de rodovia Joo Goulart ou RioFriburgo, at chegar a Cachoeiras de Macacu. Em Cachoeiras de Macacu entrar na
rodovia RJ 116. Seguir pela rodovia RJ 116, em sentido norte, at chegar a Mury. A
partir de Mury pegar a rodovia RJ 142 que segue at chegar rodovia BR 101, na altura
da cidade de Casimiro de Abreu. A partir da seguir a rodovia BR 101, sentido sudoeste,
por cerca de 8 Km e entrar na estrada de Aldeia Velha e seguir por 9 Km at a entrada
da Fazenda.

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FOTOGRAFIA 1.6 -

Vista do prtico de entrada para a vila de Aldeia Velha,


localizado na margem da rodovia BR 101

FOTOGRAFIA 1.7 -

Vista do caminho de entrada da RPPN

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FOTOGRAFIA 1.8 -

Vista da chegada sede da RPPN

A seguir sero detalhados os acessos a RPPN com origem nos demais municpios vizinhos:

Origem: Maca
A partir do centro da cidade de Maca pegar a rodovia RJ 168 seguindo at encontrar a
rodovia BR 101. Seguir por esta rodovia em sentido sul, passar pela cidade de Casimiro
de Abreu, e na altura do Km 215, pegar a estrada Aldeia Velha (8Km), e ao final a
estrada do Macharet e seguir por 1Km at encontrar a entrada da fazenda.

Origem: Casimiro de Abreu


Pegar a rodovia BR 101 e seguir, em sentido sudoeste, por cerca de 8 Km, at a estrada
de Aldeia Velha e ao final (8Km), a estrada do Macharet at encontrar a entrada da
fazenda.

Origem: Silva Jardim


A partir do centro da cidade de Silva Jardim pegar a rodovia RJ 140 at encontrar a
rodovia BR 101, seguir por esta rodovia, em sentido nordeste, at chegar no Km 215.
Entrar na estrada de Aldeia Velha, seguir por 8Km e ao final, entrar na estrada do
Macharet (1Km) at a entrada da fazenda.

Origem: Araruama
A partir do centro da cidade de Araruama pegar a estrada Araruama Rio Bonito, segue at
encontrar a rodovia RJ 124 (tambm conhecida por Via Lagos). Seguir por esta rodovia at
encontrar a rodovia BR 101, na cidade de Rio Bonito. Seguir, em sentido nordeste, pela
rodovia BR 101 at chegar ao Km 215. Entrar na estrada de Aldeia Velha, seguir por 8Km
e ao final, entrar na estrada do Macharet at a entrada da fazenda (1Km).

Origem: Cabo Frio


A partir da cidade de Cabo Frio pegar a estrada Campos Novos seguindo at encontrar a
rodovia RJ 106 (tambm conhecida como Rodovia Amaral Peixoto). Segue, em direo
nordeste, passa pela cidade de Rio das Ostras at encontrar a RJ 162. Seguir por esta
estrada at encontrar a rodovia BR 101, na altura da localidade de Rio Dourado. Pegar a
rodovia BR 101, em sentido sudoeste, passa pela cidade de Casimiro de Abreu e seguir at o
Km 215. Entrar na estrada de Aldeia Velha (8Km) e ao final, na estrada do Macharet e
seguir por 1Km at a entrada da fazenda.
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Origem: Nova Friburgo


A partir do centro da cidade de Nova Friburgo pegar a Rodovia RJ 116 at chegar ao distrito
de Mury. A partir de Mury pegar a rodovia RJ 142 (tambm conhecida como Rodovia
Serramar) e seguir at encontrar a rodovia BR 101, na altura da cidade de Casimiro de Abreu.
Seguir por esta rodovia, em sentido sudoeste, at o Km 215. Entrar na estrada de Aldeia
Velha (8 Km) e ao final, na estrada do Macharet e seguir por 1Km at a entrada da
fazenda.

1.5.1 Transporte Rodovirio


O transporte coletivo rodovirio feito pelas empresas de nibus 1001 e Macaense, ambas
saindo da rodoviria Novo Rio. So 24 sadas com chegada rodoviria de Casimiro de
Abreu. A primeira sada do dia as 3:40 da manh e a ultima as 23:10. O QUADRO 1.2
apresenta as distncias rodovirias entre a RPPN e as cidades vizinhas e o QUADRO 1.3
apresenta as distncias rodovirias entre A RPPN e as principais capitais.
As distncias foram calculadas considerando o percurso entre a cidade de origem e a
entrada da fazenda.
QUADRO 1.2 -

Distncia Rodoviria entre a RPPN Fazenda Bom Retiro e as cidades


mais prximas
Distncias Rodovirias
Cidades

QUADRO 1.3 -

Distncia Km

Rio de Janeiro

128

Niteri

114

Maca

57

Casimiro de Abreu

16

Silva Jardim

25

Araruama

69

Cabo Frio

85

Nova Friburgo

58

Distncia Rodoviria entre a RPPN Fazenda Bom Retiro e as


principais Capitais
Distncias Entre as Principais Capitais e a APA
Cidade Distncia Aproximada

Distncia (km)*

Cidades
So Paulo

564

Belo Horizonte

488

(*) Distncias percorrendo-se as menores estradas e rodovias asfaltadas, at a rodoviria de Casimiro de Abreu

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1.5.2 Transporte Areo


No que se refere ao transporte areo, os Aeroportos Internacional Antnio Carlos Jobim e o
Santos Dumont, ambos situados na cidade do Rio de Janeiro so os de maior fluxo de
passageiros. Mais prximo da rea da RPPN Fazenda Bom Retiro situa-se o aeroporto de
Maca, embora no seja de grande movimento e nem receba grandes aeronaves, atende os
passageiros que chegam aos aeroportos do Rio e das demais localidades. Outra opo o
Aeroporto Internacional de Cabo Frio, embora seu funcionamento seja apenas diurno. O
QUADRO 1.4 apresenta os principais aeroportos e helipontos prximos a RPPN.
QUADRO 1.4 -

Aeroportos e Helipontos prximos a RPPN Fazenda Bom Retiro


Aeroportos e Helipontos

Localidade

Aeroporto

Tipo

Pista

Maca

Maca

S.Pedro dAldeia

Base Area de S.Pedro dAldeia

Casimiro de Abreu -

Brig.Francisco Pinto de Moura

Cabo Frio

Tozana Agropecuria

Privado

Cabo Frio

Aeroporto Internacional de Cabo Frio

Pblico

INFRAERO

Asfalto

Pblico

INFRAERO

Asfalto

Pblico

INFRAERO

Asfalto

Campos
Goitacazes

Pblico

Administrao

dos Bartolomeu Lysandro

Armao dos Bzios

Umberto Modiano

INFRAERO

Asfalto

Militar

Marinha

Concreto

Privado

Cascalho
Cascalho

FONTE: Departamento de Aviao Civil (DAC) - Ministrio da Aeronutica, 2004

Transporte Ferrovirio
A regio onde se insere a RPPN Fazenda Bom Retiro cortada pela Ferrovia Centro Atlntica
(FCA), passando a cerca de 12 quilmetros de distncia da fazenda. A FCA corta, em direo
leste-oeste, toda a extenso da Reserva Biolgica Poo das Antas, localizada prxima a RPPN
(cerca de 5 Km). A malha operada pela Ferrovia Centro Atlntica pertencia a antiga Rede
Ferroviria Federal S/A (RFFSA) e originria da antiga Estrada de Ferro Leopoldina. Hoje
a FCA controlada pela Vale que a utiliza para transportar diferentes cargas tais como:
soja, bauxita, calcrio, cimento, fosfato, fertilizantes, ferro-gusa, petroqumicos e lcool,
entre outros.
No existe nenhum trem na regio da RPPN que se destine a transporte de passageiros ou
ao turismo.

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FIGURA 1.7 -

Mapa de Acessos da RPPN Fazenda Bom Retiro

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1.6 Histrico de Criao e Aspectos Legais da RPPN


A Fazenda Bom Retiro foi adquirida pelo pai do atual proprietrio, Sr. Nelson Senna
Cardoso, no ano de 1950. Naquele tempo, a imensa rea de floresta primitiva da Fazenda
era vista como uma riqueza potencial para produo de recursos madeireiros. Assim, a
Fazenda Bom Retiro tornou-se Serraria Bom Retiro e grande rea foi desmatada. Esta rea
desmatada, alm de se tornar pasto, tambm foi utilizada para o cultivo da monocultura de
caf e banana.
Esse cenrio degradado permaneceu inalterado at que em 1984, Luiz Nelson Faria
Cardoso, filho do atual proprietrio e neto do comprador da fazenda, iniciou contato com
profissionais e pesquisadores da Associao Mico-Leo-Dourado. Passou a ter acesso
biblioteca da Associao, cujo acervo continha matrias e publicaes que informavam
sobre a enorme biodiversidade existente no bioma e comeou a entender a necessidade de
conservao da rea. Sensibilizado com o alto grau de endemismo, a chance de serem
encontradas espcies novas, a existncia de diversas espcies vegetais com
potencialidades medicinais ainda no estudadas, a quantidade de inmeras nascentes
perpetuadas por estas florestas e a preocupao com as futuras geraes, Luiz Nelson
iniciou os primeiros passos para garantir a conservao da rea natural da fazenda. Assim,
em 1988 colocou uma placa na porteira de entrada da propriedade rural da famlia intitulada:
"Reserva Permanente dos Recursos Naturais Fazenda Bom Retiro. Nesta mesma poca
inaugurou a agra-indstria de banana passa TerraVita. Posteriormente os bananais
existentes na Fazenda passaram a no ser mais explorados comercialmente, para permitir a
regenerao do ecossistema original. As bananas passaram a ser compradas. A
FOTOGRAFIA 1.9 apresenta uma rea que deixou de ser explorada para permitir a
regenerao do ecossistema original e a FOTOGRAFIA 1.10 apresenta uma rea onde foi
implantado um projeto de regenerao espontnea de Mata Atlntica
FOTOGRAFIA 1.9 -

Vista de uma rea que deixou de ser explorada para permitir a


regenerao do ecossistema original

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FOTOGRAFIA 1.10 - rea destinada a experimento de agroecologia, visando a


regenerao espontnea consorciada com a produo de
alimentos

Em 1990, o decreto no 98.914/1990 passou para o recm-criado IBAMA a competncia de


reconhecer as reservas particulares, por demanda do proprietrio. A partir deste decreto as
unidades particulares passaram a ter carter oficial e, imbudos neste esprito de
perpetuao da Mata Atlntica, os proprietrios da Fazenda Bom Retiro reuniram a
documentao e entraram com o pedido de criao da RPPN.
Em 15 de abril de 1993, sob a Portaria 47-N, do IBAMA, em uma iniciativa indita no Estado
do Rio de Janeiro, foi criada a Reserva Particular do Patrimnio Natural Fazenda Bom
Retiro, em uma rea de 472 ha de um total de 556,5 h de toda a fazenda, ou seja, 85% da
rea. Na FOTOGRAFIA 1.11 pode-se observar a entrada para a trilha interpretativa
chamada Caminho da Floresta e nas FOTOGRAFIAS 9 a 13 do Anexo Fotogrfico podemse observar detalhes da trilha.
FOTOGRAFIA 1.11 - Entrada para a trilha interpretativa Caminho da Floresta

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Aps a Fazenda Bom Retiro ser reconhecida oficialmente como Unidade de Conservao,
foram dados os primeiros passos para gerar contatos com instituies que se tornariam
parceiras no compromisso da RPPN Fazenda Bom Retiro de valorizar a vida silvestre
atravs da pesquisa cientfica, da educao ambiental e do ecoturismo. J em 1993, foi
assinado um Termo de Compromisso com a ONG Fundao Pr-Natureza - FUNATURA
para conceder RPPN Fazenda Bom Retiro o Ttulo de Santurio de Vida Silvestre.
Em 1994, houve a celebrao de Convnio com a Universidade do Estado do Rio de
Janeiro- UERJ, o qual possibilitou aos estudantes de biologia a viabilizao de projetos de
iniciao cientfica financiados pelo CNPq para conduo de estudos sobre espcies da
fauna presentes na RPPN Fazenda Bom Retiro.
Nesta poca, surgiu a parceria com o Jardim Zoolgico do Rio de Janeiro e de Niteri para
realizar a soltura de animais silvestres na RPPN Fazenda Bom Retiro, como meio de
reintroduo ao habitat natural aps o perodo de quarentena.
Merece destaque especial a parceria realizada com a Associao Mico Leo Dourado, a
qual j conta com aproximadamente 26 anos desde o primeiro contato at as atuais
iniciativas intentadas para viabilizar as atividades ecotursticas e garantir a sustentabilidade
financeira da RPPN. Atravs desta parceria, em 1994, foi introduzido um casal de micoslees-dourados na Fazenda Bom Retiro. Tratou-se da primeira experincia de introduo
desta espcie acima de 200 metros de altitude, a qual foi to bem-sucedida que j rendeu
muitos filhotes ao longo destes anos.
Em 1998, a RPPN Fazenda Bom Retiro conquistou o prmio CREA-RJ de Meio Ambiente.
Em 1998, o CREA-RJ concedeu RPPN Fazenda Bom Retiro o Ttulo de Sede do Centro
de Referncia do Movimento de Cidadania pelas guas de Casimiro de Abreu/Silva Jardim.

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2. DIAGNSTICO AMBIENTAL DA RPPN


O Diagnstico Ambiental da RPPN foi realizado em conjunto com o da Fazenda Bom Retiro,
onde a Unidade est inserida. A rea da RPPN coberta por vegetao em sua maioria,
sendo que a infraestrutura e as atividades, salvo algumas excees, so desenvolvidas de
um modo geral numa pequena rea da Fazenda. Estas atividades do apoio proteo da
Unidade, estando inseridas em uma filosofia de adoo de prticas ambientalmente
corretas.
2.1 Caracterizao Geoambiental
A Fazenda e a RPPN Fazenda Bom Retiro esto situadas aproximadamente 58 Km do
litoral do estado do Rio de Janeiro, localizam-se numa Plancie Litornea denominada
Baixada Fluminense, onde predomina o clima Tropical mido (TAKIZAWA, 1995), e,
segundo Cunha (1995) uma regio de clima quente e mido, com uma estao seca e
outra chuvosa.
Segundo a classificao de Thornthwaite (1948), como AB2 - mido, e, megatrmico,
mido, sem dficit hdrico, em que o ndice de evapotranspirao potencial superior a
1140 mm (A) a, umidade efetiva de 51,5 (B2) e o ndice de aridez de 0,072 (r). Pela
classificao de Kppen (1948), do tipo As-tropical chuvoso, com estao seca no inverno.
A temperatura mdia anual situa-se entre 21,4C e 24,3C (TAKIZAWA, 1995; CUNHA,
1995). A regio marcada por veres extremamente quentes e midos, principalmente
durante os meses de janeiro, fevereiro e maro, quando so observados os maiores valores.
Situa-se na bacia hidrogrfica do rio Aldeia Velha, conforme apresenta a FIGURA 2.1. A
Fazenda Bom Retiro cortada pelo Rio Aldeia Velha, pelo Crrego do Cardoso e pelo
Ribeiro dos Quarenta de Baixo. A RPPN tambm pelo Corrego do Cardoso pelo Ribeiro
dos Quarenta de Baixo e seus afluentes. O Ribeiro dos Quarenta de Baixo desce da serra
da Pedra Branca, atravessa a rea da RPPN e desgua no Aldeia Velha, montante da BR101.
No que diz respeito a geologia e geomorfologia suas encostas recortadas esto
integralmente situadas na formao geomorfolgica das Escarpas Serranas, e esto
modeladas em rochas do conjunto migmatizado e granitizado do Ciclo Brasiliano, situada na
formao geolgica denominada Complexo Paraiba do Sul (MNps), conforme pode ser
observado nas FIGURA 2.2 e FIGURA 2.3, respectivamente.
A Fazenda Bom Retiro esta quase que totalmente inserida na classe de solos Cambissolo
Hplico e uma pequena parte, a nordeste em Neossolo Litlico, conforme pode ser
observado na FIGURA 2.4.

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FIGURA 2.1 -

Mapa de Hidrografia da RPPN Fazenda Bom Retiro

FIGURA 2.2 -

Mapa de Geologia do Entorno da RPPN Fazenda Bom Retiro

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FIGURA 2.3 -

Mapa Temtico de Geomorfologia do Entorno da RPPN Fazenda Bom


Retiro

FIGURA 2.4 -

Mapa de Solos do Entorno da RPPN Fazenda Bom Retiro

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2.2 Caracterizao bitica


2.2.1 Vegetao e Flora
A vegetao caracterstica da RPPN Fazenda Bom Retiro Floresta Ombrfila Densa
Submontana ou Floresta Pluvial Atlntica Submontana.
A vegetao da RPPN Fazenda Bom Retiro se encontra em um bom estado de
conservao, apresentando espcies e flora caractersticas de reas bem conservadas de
mata atlntica, conforme apresenta a FIGURA 2.5. A classificao da vegetao presente
na RPPN Fazenda Bom Retiro se deu a partir do estado de conservao no qual a floresta
se encontra, segundo o processo de sucesso ecolgica natural da rea, tendo sido
encontrados 3 diferentes graus de conservao: Estgio Avanado de Sucesso, Estgio
Mdio de Sucesso e Estgio Inicial de Sucesso, alm da Mata Ciliar e das regies onde o
tipo de vegetao predominante herbceo-arbustiva.
Estando a maior parte da vegetao classificada como Estgio Avanado de Sucesso, ou
seja, reas bem preservadas de Mata Atlntica, a existncia de reas em estgios menos
avanados pode ser explicada pela recente substituio do uso da terra. H cerca de 30
anos, algumas reas da Fazenda Bom Retiro eram utilizadas para produo de banana. No
final da dcada de 1980 estas plantaes foram gradualmente sendo abandonadas,
substitudas pelo processo de regenerao e sucesso natural da floresta, no havendo
tempo suficiente para o estabelecimento de uma comunidade vegetal mais madura.
FIGURA 2.5 -

Mapa de Cobertura Vegetal da RPPN Fazenda Bom Retiro:

No possvel exibir esta imagem no momento.

A Fazenda Bom Retiro possui Reserva Legal definida, a qual se encontra em um bom
estado de conservao, tendo a maior parde da vegetao classificada como Estgio
Avanado de Sucesso e algumas reas Como Estgio Mdio de Sucesso. As reas de
Preservao Permanente, como Mata Ciliar, encostas com inclinao superior a 45 e topos
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de morros tambm se encontram em bom estado de conservao. O proprietrio realizou


atividades de recuperao das matas ciliares em pontos onde esta havia sido retirada.
O Estgio Avanado de Sucesso se caracteriza pela presena de indivduos arbreos
formando um dossel que varia de 20 a 25m de altura, com indivduos emergentes podendo
atingir os 30m de altura. As famlias mais abundantes no dossel so Fabaceae, Lauraceae e
Myrtaceae. A mata apresenta um sub-bosque que varia dos 5 aos 15 metros de altura com
predomnio de indivduos da famlia Piperaceae, alm de Fabaceae, Myrtaceae e
Sapotaceae. O estrato herbceo dominado pelas famlias Piperaceae e Rubiaceae. Ocorre
tambm a presena de indivduos de Euterpe Edulis no dossel da floresta e no estrato
regenerante. O dossel apresenta grande variao diamtrica, com valores de DAP
compreendidos entre 6 e 20cm. A vegetao em estgio avanado predominate na RPPN
Fazenda Bom Retiro.
O Estgio Mdio de Sucesso se caracteriza pela presena de indivduos arbreos
formando um dossel que varia de 15 a 20m de altura com alguns indivduos emergentes
podendo alcanar os 30m de altura. As famlias mais abundantes no dossel so
Melastomataceae, Lauraceae e Meliaceae, sendo Melastomataceae uma famlia
caracterstica de reas em recuperao. o sub-bosque apresenta uma variao de 5 a 10m
de altura e as famlias mais abundantes so Melastomataceae, Piperaceae e Rubiaceae. A
vegetao em estgio mdio est distribuda em manchas no interior da Fazenda Bom
Retiro, cercada por vegetao bem preservada em estgio avanada
O Estgio Inicial de Sucesso caracteriza-se pela presena de uma vegetao herbceoarbustiva e rvores de pequeno porte com o predomnio de indivduos das famlias Poaceae,
Melastomataceae e Asteraceae. A vegetao em estgio inicial encontra-se em pequenas
manchas prximas aos afloramentos rochosos ou cercada por vegetao em estgio mdio
de sucesso.
As reas demarcadas como Mata Ciliar no Mapa de Vegetao correspondem s reas
onde foram realizadas atividades de recuperao ambiental pelo proprietrio. A vegetao
herbcea e arbustiva em rea mida caracterizada pela presena de gramneas e
pequenos arbustos com predomnio das famlias Melastomataceae e Asteraceae.
Da FOTOGRAFIA 2.1 a FOTOGRAFIA 2.3 e das FOTOGRAFIAS 11 a 13 do Anexo
Fotogrfico pode-se observar o aspecto geral da vegetao presente na Fazenda Bom
Retiro e na trilha Caminho da Floresta.
FOTOGRAFIA 2.1 -

Aspecto da vegetao ao longo da trilha Caminho da Floresta,


que d acesso ao interior da mata

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FOTOGRAFIA 2.2 -

Aspecto da vegetao nas reas ao redor de corpos dgua nas


reas em estgio mdio de sucesso, em recuperao aps
abandono da cultura de banana

FOTOGRAFIA 2.3 -

Aspecto da vegetao nas reas ao redor de corpos dgua em


reas em Estgio Avanado de Sucesso

2.2.1.1 Composio florstica


A maior parte dos dados disponveis sobre a composio florstica da regio de onde se
insere a RPPN e a Fazenda Bom Retiro foi levantada a partir de artigos cientficos que
remetem a este local, Silva Jardim e Casimiro de Abreu. Os artigos consultados foram:
"Composio e riqueza florstica do componente arbreo da Floresta Atlntica submontana
na regio de Imba, Municpio de Silva Jardim, RJ - 2006; "Estrutura diamtrica da
comunidade e das principais populaes arbreas de um remanescente de Floresta
Atlntica submontana (Silva Jardim - RJ, Brasil) - 2009; Structure of the shrub-arboreal
component of an Atlantic Forest fragment on a hillock in the central lowland of Rio de
Janeiro, Brazil - 2009; Fitossociologia do estrato arbreo em uma topossequncia alterada
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de Mata Atlntica, no municpio de Silva Jardim - RJ, Brasil - 2002 e Florstica e Estrutura
da comunidade arbustivo-arbrea de dois remanescentes em regenerao de Floresta
Atlntica secundria na reserva biolgica de Poo das Antas, Silva Jardim, Rio de Janeiro 2008.
Alm disso, foi realizado um trabalho de campo para anlise da estrutura florestal da RPPN
baseado no levantamento da vegetao do local em duas parcelas permanentes de 100 m,
uma em rea em estgio mdio de recuperao e outra em uma em estgio avanado de
recuperao e baseado em uma amostra aleatria onde totalizavam-se 640m de trilha com
indivduos arbreos marcados aleatoriamente a cada 20m. Neste trabalho foram amostrados
248 indivduos pertencentes a 64 espcies distribudas em 30 famlias.
Totalizaram-se 438 espcies encontradas na regio da RPPN Fazenda Bom Retiro/Casimiro
de Abreu e os gneros mais comuns nos stios estudados foram: Ocotea (19) e Nectandra
(7) (Lauraceae), Trichilia (6) (Meliaceae), Eugenia (17) e Myrcia (9) (Myrtaceae)
caracteristicamente secundrias tardias; Guatteria (6) (Annonaceae), Psychotria (6)
(Rubiaceae) - secundrias iniciais e Miconia (9) (Melastomataceae) e Inga (9) (Fabaceae) gnero caracterstico de quase todos os estgios sucessionais, porm com predominncia
de espcies secundrias iniciais. O QUADRO 2.1 apresenta a abundncia dos indivduos
distribudos por famlia, gnero e espcie.
QUADRO 2.1 -

Abundncia dos indivduos encontrados distribudos por Familia,


Gnero e Espcie
Famlias

Gneros

Espcies

67

231

438

Abundncia

Todo o trabalho efetuado para levantar o conhecimento acerca da composio florstica da


regio da RPPN Fazenda Bom Retiro resultou em uma lista de espcies por famlia que se
encontra no ANEXO 1. O GRFICO 2.1 apresenta a distribuio das famlias com maior
riqueza de espcies
GRFICO 2.1 - Famlias com maior riqueza de espcies na regio da RPPN Bom
Retiro
70
60

N de espcies

50

63
45

40

40
30

21

20

20

14

14

13

10
0

Famlias

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A elevada riqueza de espcies das famlias Fabaceae, Lauraceae e Myrtaceae era


esperada, visto que tais famlias encontram-se dentre as mais ricas em espcies nas
florestas do Estado do Rio de Janeiro.
Em uma amostra de floresta preservada, foi observada uma predominncia das famlias
Myrtaceae, Lauraceae, Sapotaceae, Leguminosae, Chrysobalanceae, Euphorbiaceae e
Moraceae.
Dentre as espcies comuns a estas florestas esto algumas caractersticas de estdios
sucessionais mais avanados, a exemplo de Cariniana legalis, Chrysophyllum flexuosum,
Ecclinusa ramiflora, Melanoxylon brauna, Mycropholis crassipedicelata, Pouteria caimito e
Pouteria torta. A lista de espcies mais ricas pode ser observada no ANEXO 1.
As espcies Plathymenia foliolosa, Bathysa mendoncaei e Euterpe edulis com o passar do
tempo podero apresentar problemas quanto permanncia na regio da Bom Retiro e
entorno devido a uma distribuio diamtrica desbalanceada que foi observada nas reas
de estudo.
Com o intenso desmatamento e corte seletivo, a espcie Plathymenia foliolosa j
considerada por Lima (2000) como uma das leguminosas mais ameaadas da Floresta
Atlntica do Estado do Rio de Janeiro, sendo assim, esse resultado preocupante, pois o
remanescente estudado um dos poucos que ainda mantm uma populao relativamente
grande dessa espcie.
No caso da espcie Euterpe edulis, outro agravante consiste na sua explorao para
produo do palmito, sendo ainda comum encontrar vestgios de corte no remanescente
(CARVALHO, 2005).
A manuteno dessas populaes em longo prazo s ser possvel com o fim do
extrativismo e realizao de um manejo associado ao plantio de mudas, isso para evitar que
a perda gentica agrave a ausncia dessas na comunidade.
A regio da RPPN Fazenda Bom Retiro/Casimiro de Abreu ainda detm uma riqueza
florstica com espcies ameaadas de extino como: Guatteria xylopioides, Cyathea
corcovadensis, Dalbergia nigra, Inga bullata, Inga leptantha, Inga platyptera, Inga
sellowiana, Melanoxylon brauna, Plathymenia foliolosa, Banara brasiliensis, Ocotea pretiosa,
Phyllostemonodaphne geminiflora, Urbanodendron verrucosum, Cariniana legalis, Couratari
pyramidata, Cedrela fissilis, Cedrela odorata, Trichilia casaretti, T. silvatica, T. ramalhoi,
Naucleopsis oblongifolia, Pseudolmedia hirtula, Sorocea guilleminiana e Chrysophyllum
splendens.
Espcies de interesse econmico
Diversos trabalhos foram realizados utilizando o conhecimento tradicional de mateiros para
identificar o potencial de uso econmico das espcies nativas da Mata Atlntica. Para a
regio de Silva Jardim, municpio vizinho a RPPN Fazenda Bom Retiro, destaca-se a
dissertao de mestrado Conhecimento etnobotnico de mateiros residentes no entorno de
unidades de conservao no Estado do Rio de Janeiro. Este trabalho utilizou-se do
conhecimento de mateiros que residiam no entorno das Reservas Biolgicas do Tingu e
Poo das Antas, estando esta ltima localizada na regio de entorno da RPPN Fazenda
Bom Retiro.
As definies utilizadas neste trabalho encontram-se a seguir, retiradas da tese.
Alimentao: utilizadas como alimentao; Combustvel: utilizadas como combustvel para
foges a lenha; Construo: construo de casas, ranchos (caibros, dormentes e ripas de
telhado) e esteio para cerca; Medicinal: utilizadas para curar e aliviar enfermidades;
Ritualstica: plantas com efeito "mgico", utilizadas para tirar "mau olhado" e "abrir caminho";
Recurso para fauna: utilizadas como alimento pela fauna silvestre; Tecnologia: construo
de mveis, janelas, ferramentas, assoalho, etc; Ornamental: plantas utilizadas para adornar
quintais e residncias; Veterinria: utilizado para infestao de pulgas e carrapatos.
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de especial interesse para os proprietrios da RPPN o levantamento das espcies de


interesse econmico presentes na rea, com destaque especial para espcies de uso
medicinal, visto que deseja-se instalar uma horta familiar para a produo de espcies de
uso medicinal e teraputico. Alm disso, a utilizao sustentvel dos recursos naturais,
como a coleta de sementes para a produo de hortas e a utilizao do material biolgico da
regio para a produo industrial e farmacutica pode se configurar uma interessante
alternativa de renda para os proprietrios. Os resultados encontrados seguem resumidos na
tabela abaixo. As espcies que possuem algum uso medicinal indicado esto destacadas
em vermelho.
Espcies em Risco de Extino
A busca pelas espcies ameaadas de extino foi realizada atravs da Red List da IUCN.
Esta lista publicada desde 1963 e contm informaes sobre as espcies ameaadas,
incluindo o grau de ameaa e, para algumas espcies o motivo pelo qual a espcie se
encontra em tal situao. O levantamento de tais espcies foi realizado a partir do site,
utilizando-se a ferramenta de busca com o nome das espcies encontradas para a regio da
RPPN Fazenda Bom Retiro. 41 espcies presentes na rea esto sob algum grau de
ameaa de extino. Os graus de ameaa variam desde baixo risco, sendo as espcies
com baixo grau de ameaa classificadas desta forma, aumentando em escala de risco de
extino com as seguintes classificaes quase ameaada vulnervel e em perigo,
sendo este ltimo classificando as espcies em pior estado de conservao. O QUADRO A4
no ANEXO 1, apresenta as espcies ameaadas e seus respectivos graus de ameaa,
incluindo algumas das causas que a levaram ao atual estado de conservao.
Espcies endmicas
A identificao das espcies endmicas e do tipo de endemismo que cada espcie
apresenta foi realizada atravs do livro Catlogo de Plantas e Fungos do Brasil volumes 1
e 2, publicados no ano de 2010 pelo Jardim Botnico do Rio de Janeiro. Foram
considerados trs diferentes tipos de endemismo: Mata atlntica - espcies que ocorrem
apenas no Bioma Mata Atlntica; Regional: Espcies que ocorrem somente na Regio
Sudeste do Brasil (Rio de Janeiro, So Paulo, Minas Gerais e Esprito Santo); Local Espcies que ocorrem somente no Estado do Rio de Janeiro. Um total de 120 espcies
encontradas na regio da RPPN Fazenda Bom Retiro possuem algum dos endemismos
citados acima. Isto representa 27,5% das 438 espcies encontradas para a regio. Destas,
quase a totalidade endmico ao Bioma Mata Atlntica, sendo 115 espcies, representando
26,4% do total de espcies encontradas e 95,8% das espcies endmicas. 34 espcies
possuem endemismo regional, representando 7,8% do total de espcies e 28,3% em
relao ao total de espcies endmicas enquanto apenas 9 espcies possuem endemismo
local, correspondendo a apenas 2% do total de espcies encontradas e 7,5% do total de
espcies endmicas encontradas. Segue abaixo a tabela com as espcies endmicas e seu
grau de endemismo.
Espcies de especial interesse para conservao
O fragmento florestal no qual se localiza a RPPN Fazenda Bom Retiro se encontra em um
bom estado de conservao. Este fato refora a necessidade de manuteno das condies
ambientais presentes, conservando os recursos naturais, a fauna e a flora, uma vez que as
formaes de Mata Atlntica submontana e de baixada se encontra em alto grau de
transformao e degradao. Dentre as espcies vegetais encontradas na regio da RPPN
Fazenda Bom Retiro, algumas representam especial interesse para conservao. Tais
espcies se caracterizam por possuir pelo menos uma das trs caractersticas abaixo:
algum grau de ameaa de extino, uso econmico ou algum tipo de endemismo. DestacaNovembro / 2014

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se a identificao de uma nova espcie da famlia Bromeliaceae, Aechmea weilbachii var.


Albipetala Leme & Costa, sobre a qual devem ser desenvolvidos estudos especficos.
Das 438 espcies identificadas para a rea, 222 apresenta algum uso econmico, 41 algum
risco de extino e 120 possuem algum tipo de endemismo. O grfico abaixo mostra a
porcentagem de espcies em cada uma dessas categorias em relao ao total de espcies
encontradas.
GRFICO 2.2 - Percentagem das espcies endmicas, de uso econmico e
ameaadas de extino em relao ao total da rea
60
51%

50
40
27,5%

30
20
9,4%

10
0

espcies de uso
econmico

espcies
ameaadas
de extino

espcies
endmicas

O uso econmico e a existncia de endemismo podem aumentar o grau de ameaa sofrido


pelas espcies em risco de extino, aumentando a importncia da conservao de suas
populaes. O QUADRO 2.2 apresenta as espcies ameaadas de extino que possuem
algum grau de endemismo ou algum uso econmico concomitantemente.
QUADRO 2.2 -

Lista de Espcies ameaadas de extino que possuem algum grau


de endemismo ou algum uso econmico concomitantemente:
ESPCIES

USO ECONMICO

ENDMICAS

Astrocaryum aculeatissimum
Guatteria xylopioides

Ilex paraguariensis

Cyathea corcovadensis

Joannesia princeps

Dalbergia nigra

Inga bullata

Inga leptantha

Inga platyptera

Inga sellowiana

Melanoxylon brauna

Sclerolobium denudatum

Sclerolobium beaurepairei
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ESPCIES

USO ECONMICO

Banara brasiliensis

ENDMICAS
x

Casearia pauciflora

Ocotea puberula

Ocotea silvestris

Ocotea pretiosa

Cariniana legalis

Couratari pyramidata

x
x

Lecythis lanceolata

Cedrela fissilis

Cedrela odorata

Aureliana fasciculata

Solanum cinnamomeum

Chrysophyllum splendens

Micropholis crassipedicellata

2.2.1.2 Estrutura da Vegetao


Para realizar o levantamento da anlise da estrutura florestal da RPPN foi realizado um
trabalho de campo onde foi feito levantamento da vegetao em duas parcelas
permanentes. Tal estudo ser aprofundado posteriormente, aumentando o nmero de
parcelas, compreendendo uma maior variedade ambiental com o objetivo de aumentar o
conhecimento sobre a formao vegetal e os ambientes que formam a paisagem da RPPN.
A rea de estudo do trabalho situa-se em uma localidade que fora utilizada para plantao
30 anos antes do incio do estudo. Desde ento estivera abandonada, e assim, sujeita
regenerao natural.
A metodologia utilizada para o levantamento da estrutura do componente arbustivo-arbreo
da floresta de baixada e sua composio florstica foi a demarcao de duas parcelas de
100m, uma em rea em estgio mdio de recuperao (EMR) e outra em uma em estgio
avanado de recuperao (EAR). Uma amostragem aleatria foi realizada marcando os
indivduos arbreos a cada 20m ao longo da trilha, percorrendo no total 640m. Dentro das
parcelas e na amostragem aleatria, todas as rvores vivas com DAP 1,0 cm (dimetro
altura do peito = 1,30 m do solo) foram amostradas, tomando-se tambm dados referentes
altura de cada indivduo e registro fotogrfico. A identificao preliminar do material
botnico foi feita no campo e, posteriormente, conferida, complementada e/ou corrigida no
Laboratrio de Ecologia Aplicada e consulta bibliografia pertinente.
Ao todo foram amostrados 248 indivduos pertencentes a 64 espcies distribudas em 30
famlias.
rea em estgio mdio de recuperao
No levantamento fitossociolgico da rea em estgio mdio de recuperao foi contabilizado
88 indivduos, distribudos em 17 famlias e 30 espcies. A lista das espcies amostradas
neste estudo encontra-se em quadro no ANEXO 1 e classificadas de acordo com os
parmetros fitossociolgicos de acordo com Maracaj, 2003.
A curva do coletor se apresentou longe da estabilizao, demonstrando que no houve
saturao das espcies na amostragem. O ambiente florestal no apresenta uma
homogeneidade fisionmica, sendo regido por processos dinmicos que geram uma
heterogeneidade na paisagem relacionada ao freqente aparecimento de clareiras naturais
e ativao do banco de sementes, causando o surgimento de espcies que so atpicas
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da composio e estrutura de um estdio fisionomicamente maduro. O GRFICO 2.3


apresenta a distribuio das famlias mais abundantes na rea em recuperao.
Entre os fatores histricos relacionados riqueza de pioneiras, de gneros e famlias ricas em
espcies pioneiras, como o caso de Euphorbiaceae, Sapotaceae, Leguminosae,
Bombacaceae e Meliaceae (DENSLOW, 1980; WHITMORE, 1990), na regio neotropical,
com maiores riquezas de espcies nas florestas tropicais de terras baixas (GENTRY,
1988,1993).
GRFICO 2.3 - Distribuio das famlias mais abundantes na rea em recuperao e
sua contribuio em relao ao nmero total de indivduos
amostrados

3%

3%

6%

6%

6%
17%

17%

14%
14%

7%

7%

meliaceae
piperaceae
outros
no identificados
heliconiaceae
lauraceae
melastomataceae
fabaceae
myrtaceae
rubiaceae
sapindaceae

Das 17 famlias encontradas, 7 so responsveis por 73% dos indivduos amostrados. Em


Melastomataceae destaca-se a espcie Miconia sp. (16), em Piperaceae Piper hispidum Sw.
(13), Piper sp. 1 (1) e Piper sp. 2 (1), em Lauraceae Ocotea polyantha (11) e Nectandra
grandiflora Nees (2), em Meliacaeae Guarea guidonia (L.) Sleumer (3) e Cedrela odorata (2),
em Heliconeaceae Heliconea sp.(6), em Sapindaceae Cupania vernalis Camb. (4) e Serjania
fuscifolia Radlk. (1) e em Rubiaceae Palicourea marcgravii A. St. Hil. (5). A TABELA 2.1
apresenta a lista de espcies em relao ao hbito.
TABELA 2.1 -

Lista de espcies em relao ao hbito


Hbito
Indivduos

Espcies

rvore

56

31

Arbusto

22

Herbcea*

Trepadeira

* Considerando apenas herbceas de mdio e grande porte

Apenas Heliconea sp. (Heliconeaceae) foi considerada herbcea quanto ao hbito, sendo
representada por 6 indivduos. Foram identificadas 4 espcies com hbito trepador, todas
representadas por apenas 1 indivduo, so elas: Amphilophium crucigerum (L.)
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L.G.Lohmann (Bignoniaceae), Serjania fuscifolia Radlk. (Sapindaceae), Acacia plumosa


(Fabaceae) e Epipremnum pinnatum (Arecaceae). Os arbustos representam 25% dos
indivduos amostrados na parcela e so representados principalmente pelas espcies
Palicourea marcgravii A. St. Hil. (Rubiaceae) e Piper hispidum Sw. (Piperaceae). As rvores
representam aproximadamente 63,63% dos indivduos amostrados nesta parcela, sendo
representadas principalmente por Ocotea polyantha (Nees & C. Mart.) Mez (Lauraceae) e
Miconia sp. (Melastomataceae) com 16 e 11 indivduos respectivamente.
As espcies dominantes do estrato arbreo da rea em recuperao so representadas por
Guarea guidonia (L.) Sleumer (Meliaceae), caracterstica de matas de galeria (Lorenzi) e
Ocotea polyantha (Nees & C. Mart.).
Para a caracterizao da floresta quanto altura foram definidos 3 estratos para a parcela
em recuperao: at 2,5,m (regenerao), de 2,6 a 10m (sub-bosque) e de 10,1 a 20m
(dossel).
No estrato de regenerao, as espcies dominantes so: Piper hispidum Sw. (13),
Palicourea marcgravii A. St. Hil (5), Heliconea sp.(5) e Cupania vernalis Camb. (4). Quanto
estrutura diamtrica, a variao observada no estrato de regenerao de 1 a 8 cm de
PAP, com exceo da espcie Gochnatia polimorpha (Asteraceae) que apresentou PAP
igual a 30 cm e 2,5m de altura.
A espcies dominantes no sub-bosque so representadas por 9 indivduos de Miconia sp. e
6 indivduos de Ocotea polyantha (Nees & C. Mart.) Mez. O sub-bosque foi o estrato onde
foi encontrada a maior variao na estrutura diamtrica desta comunidade, variando de 6 a
20cm.
O estrato do dossel composto por 4 indivduos arbreos, sendo 3 deles representantes da
famlia Meliaceae (Cedrela odorata e Guarea guidonia (L.) Sleumer) e Ocotea polyantha
(Nees & C. Mart.) Mez (Lauraceae), que variam de 32 a 44cm de PAP. As espcies
emergentes desta parcela, ambas com 30m de altura, so Piptadenia gonoacantha (Mart.) J.
F. Macbr (Meliaceae) e Ocotea polyantha (Nees & C. Mart.) Mez (Lauraceae).
FOTOGRAFIA 2.4 -

Aspecto da parcela em estgio mdio de recuperao

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rea em estgio avanado de recuperao


As espcies encontradas so em grande parte tpicas de estgios mais adiantados de
regenerao, embora espcies de outros estgios regenerativos tambm estejam presentes.
Foram realizados estudos em matas primrias em bom estado de conservao com vistas
ao conhecimento da estrutura florestal de reas bem preservadas e em reas de floresta
secundria em recuperao aps abandono de lavoura de subsistncia, com o objetivo de
se obter um quadro mais claro do processo de recuperao natural, da sucesso ecolgica
e da dinmica de clareiras que, segundo alguns autores, so responsveis pela alta
diversidade da flora e pela grande heterogeneidade encontrada em florestas tropicais, pois
estas possibilitam o aparecimento de espcies atravs da disponibilidade de luz e nutrientes
(HARTSHORN 1978, WHITMORE 1978 e 1985, HUBBEL & FOSTER 1983, ASHTON
1989).
O levantamento fitossociolgico na rea em estgio avanado de recuperao contabilizou
128 indivduos distribudos em 20 famlias e 48 espcies. A lista das espcies amostradas
neste estudo encontra-se na TABELA 2.2 e classificadas de acordo com os parmetros
fitossociolgicos de acordo com Maracaj, 2003. O quadro apresenta a lista das espcies
amostradas na parcela em estgio avanado de recuperao em relao a todos os
indivduos amostrados (EMR + EAR) e seus parmetros fitossociolgicos (ANEXO 1) e o
GRFICO 2.4 apresenta a distribuio das famlias mais abundantes encontradas na
parcela preservada.
GRFICO 2.4 - Distribuio das Famlias mais abundantes na parcela preservada e
sua contribuio em nmero de indivduos em relao ao total de
indivduos amostrados

12%

23%

piperaceae
fabaceae

19%

melastomataceae
19%
13%
2%

6%

6%

sapotaceae
rubiaceae
phytolaccaceae
outros
no identificados

Das 20 famlias encontradas, 6 so responsveis por 67 % dos indivduos amostrados. Em


Piperaceae Piper hispidum Sw. (14), Piper sp. 1 (12) e Piper sp. 2 (2), Piper sp. 3 (2) e Piper
sp. 4 (2), em Fabaceae Plathymenia foliolosa Benth. (10), Machaerium fulvovenosum (4), e
Bauhinia sp. (2) e em Rubiaceae Palicourea marcgravii A. St. Hil. (19). A TABELA 2.2
apresenta a lista de espcies em relao ao hbito.

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TABELA 2.2 -

Lista de espcies em relao ao hbito


Hbito
Indivduos

Espcies

rvore

75

33

Arbusto

50

Trepadeira

As trepadeiras so representadas por 3 indivduos pertencentes a 2 espcies: Memora


peregrina (Bignoniaceae) com 2 indivduos e o outro indivduo no foi identificado. Os
arbustos somam aproximadamente 39% dos indivduos da parcela, sendo representados 7
espcies: Palicourea marcgravii A. St. Hil. (Rubiaceae) e diferentes espcies de pimenta
longa, pertencentes ao gnero Piper. As rvores representam aproximadamente 58,59%
dos indivduos amostrados nesta parcela, sendo representadas principalmente pela espcie
Plathymenia foliolosa Benth. (Fabaceae) com 10 indivduos.
Para a caracterizao da floresta quanto altura foram definidos 3 estratos para a parcela
estgio avanado de recuperao: at 2,5 (regenerao), de 2,6 a 15m (sub-bosque) e
maiores que 15m (dossel).
No estrato de regenerao, as espcies dominantes so Palicourea marcgravii A. St. Hil (16)
e Piper hispidum Sw. (14), representantes das famlias Rubiaceae e Piperaceae
respectivamente. Quanto estrutura diamtrica, a variao observada no estrato de
regenerao de 1 a 8 cm de PAP, com excees Senna australis (Caesalpinaceae),
Miconia sp. (Melastomataceae) e 4 representantes do gnero Piper que, por serem arbustos
com bifurcaes, tem rea basal mais representativa em relao este estrato.
O domnio do sub-bosque representado pela espcie Plathymenia foliolosa Benth (8),
Fabaceae. Pode-se observar que existe uma grande variao de altura nos indivduos
presentes no sub-bosque.
O estrato do dossel composto por 5 indivduos arbreos, sendo 3 deles representantes da
famlia Mimosaceae (Piptadenia gonoacantha (Mart.) J. F. Macbr), um indivduo Hyeronima
alchorneoides Fr. All. (Euphorbiaceae) e um Casearia sylvrestres SW. (Salicaceae).
FOTOGRAFIA 2.5 -

Aspecto da parcela em estgio avanado de recuperao

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Na amostragem aleatria, apenas 3 espcies no haviam sido representadas nas parcelas,


so elas: Cecropia hololeuca (Cecropiaceae), Solanum sp. (Solanaceae) e Rapanea
ferruginea (Myrsinaceae). A TABELA 2.3 apresenta o demonstrativo dos nmeros de
famlias e espcies ocorrentes em ambas as parcelas amostradas.
TABELA 2.3 -

Demonstrativo dos nmeros de famlias e espcies ocorrentes em


ambas as parcelas amostradas.
AR

AP

AR e AP

Famlias

17

20

27

Espcies

30

48

61

A parcela em estgio mdio de recuperao apresenta densidade igual a 0,88 ind/m. Esta
parcela apresenta Lauraceae e Piperaceae como principais famlias, representadas por 15
indivduos cada. A parcela em estgio avanado de recuperao apresenta densidade igual
a 1,28 ind/m, conforme pode ser observado no QUADRO 2.3 - Famlias mais abundantes
nas parcelas. Esta parcela tem como principais representantes 32 indivduos da famlia
Piperaceae, seguido por Fabaceae (16) e Rubiaceae (19), sendo esta famlia representada
por uma nica espcie: Palicourea marcgravii A. St. Hil.
QUADRO 2.3 -

Famlias mais abundantes nas parcelas

Parcela em recuperao

Parcela mais preservada

Piperaceae

Piperaceae

Meliaceae

Fabaceae

Lauraceae

Rubiaceae

Melastomataceae

Sapotaceae

Em Fabaceae, a espcie Piptadenia gonoacantha (Mart.) J. F. Macbr representada por 3


indivduos componentes do dossel na parcela em estgio avanado de recuperao. Na
parcela em estgio mdio de recuperao houve apenas um registro de ocorrncia desta
espcie. Porm, duas parcelas no estatisticamente representativo para uma pesquisa.
Em campo, observou-se que na regio da florestal em estgio mdio de recuperao a
espcie Piptadenia gonoacantha (Mart.) J. F. Macbr bem representada em nmero de
indivduos. De acordo com Lorenzi, 2008 esta espcie chama ateno em reas
perturbadas, como o observado.
Dentre as pioneiras e secundrias iniciais destacaram-se as de ampla distribuio em vrias
formaes florestais brasileiras, pertencentes aos gneros Cecropia (Cecropiaceae), Senna
(Caesalpiniaceae) e Miconia (Melastomataceae) (MANTOVANI, 1989). Dentre os gneros
obtidos neste trabalho, alguns so bastante caractersticos de estgios secundrios, como
Solanum (Solanaceae), Hieronyma alchorneoides Fr. All (Euphorbiaceae).
De modo geral, os txons de Piperaceae nesta rea preferem locais midos e sombrios,
porm tambm podem ser encontrados em clareiras e reas degradadas. Ressalta-se
ainda, que algumas espcies so consideradas de importncia ecolgica, servindo de
alimento para os morcegos (GUIMARES, 2006). Nas parcelas amostradas, a comparao
de nmero de indivduos representados pela famlia Piperaceae segue o padro descrito,
onde no estgio mais avanado de sucesso apresenta 32 indivduos, enquanto no estgio
mdio de recuperao foram observados 15 indivduos.

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Reserva Particular do Patrimnio Natural Fazenda Bom Retiro

2.2.2 Fauna
2.2.2.1 Introduo e Aspectos Metodolgicos
O procedimento adotado para caracterizar a Fauna da RPPN constituiu-se por um
levantamento secundrio realizado, basicamente, por revises bibliogrficas e consultas a
pesquisadores, que trabalham ou j trabalharam na regio, e s colees do Museu
Nacional e da UFRJ.
A Reserva est situada numa rea considerada Prioridade de Conservao e Uso
Sustentvel - Extremamente Alta, no bioma Mata Atlntica, regio com alto grau de
endemismo e grandes probabilidades de encontro de espcies ainda no descritas pela
cincia. E, apesar de ter sido, em parte, desmatada para fins madereiros e cultivo das
monoculturas de caf e banana, desde 1984 foram iniciados os processos para garantir a
conservao da rea natural da fazenda com o objetivo de conservar a diversidade
biolgica.
Em 1994, foram iniciados estudos sobre a fauna da RPPN por estudantes de biologia da
Universidade do Estado do Rio de Janeiro, que, em Convnio com a RPPN Fazenda Bom
Retiro, viabilizou projetos de iniciao cientfica, com suporte do CNPq. Desses projetos
resultaram: uma lista da composio das serpentes (LACERDA, 1994), estudos da variao
circadiana da mesofauna de solo (SARMENTO, 1994) e da produtividade de artrpodes
(MARQUES, 1994), alm de um levantamento preliminar dos lepidpteros diurnos
(MARTINS et al., 1995) e de ter sido encontrado pela pesquisadora Sonia Mansur, em
janeiro de 1995, uma espcie de caramujo considerada extinta pela literatura. Em 1997, foi
realizado um estudo ecolgico do Trypanosoma cruzi (RANGEL, 1997) e em 2001 um sobre
flebotomneos (SOUZA et al., 2001) por pesquisadores da Fundao Oswaldo Cruz. Foi
elaborada tambm uma lista preliminar de aves (PACHECO, 1995) e um diagnstico da
avifauna (VIEIRA, 2003). Pelo convnio com o Instituto de Biologia da Universidade Federal
do Rio de Janeiro so ministradas, na RPPN, aulas prticas de disciplinas de zoologia e
ecologia. Essas aulas permitiram o acmulo de conhecimento em diversas reas resultando
em listas preliminares de fauna (insetos aquticos e peixes [comunicao pessoal
Caramaschi], aves [comunicao pessoal Serpa]), que brevemente sero publicadas. Foi
uma das localidades de estudo de um projeto sobre mamferos de restingas e matas
adjacentes (PESSOA et al., 2011). Atravs de espcimes depositados em museus, foi
possvel o estudo taxonmico de uma espcie de inseto aqutico da ordem Heteroptera
(MOREIRA e RIBEIRO, 2009) e o conhecimento de algumas espcies da ordem Plecoptera
(NESSIMIAN, 2009).
A RPPN Fazenda Bom Retiro , tambm, importante rea de reintroduo, manejo e
monitoramento do mico-leo-dourado (Leontopithecus r. rosalia), em parceria com a
Associao Mico Leo Dourado. Alm de ser rea de reintroduo de outras espcies de
animais silvestres, aps passarem por perodos de quarentena nos zoolgicos do Rio de
Janeiro e de Niteri.
2.2.2.2 Invertebrados
Os inventrios de artrpodes no Brasil so poucos e insuficientes para se ter uma real
resposta da diversidade e abundncia deste grupo, em parte devido a enorme diversidade
desses animais nos biomas neotropicais e, tambm, por existirem poucos especialistas para
cada grupo de artrpode, onde em muitos casos, especialistas trabalham apenas com
determinadas famlias. Isso, associado carncia de bibliografias atualizadas, bem
elaboradas e ilustradas, faz com que a determinao especfica dos artrpodes seja
impossvel de ser realizada por pessoal que no trabalhe diretamente com o grupo em
questo. Alm do que, seus pequenos tamanhos corporais ampliam a importncia da escala
espacial, fazendo com que levantamentos realizados em determinadas reas no devam ser
extrapolados para reas vizinhas, mesmo que as caractersticas ambientais nos induzam a
isso.
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Na rea da RPPN Fazenda Bom Retiro a maioria dos trabalhos realizados com artrpodes
no chegou a identificar esses animais ao nvel de espcie. Desta forma, para os estudos da
mesofauna de solo e da variao circadiana de artrpodes, os animais foram identificados
at a categoria de ordem. Para os insetos aquticos, alguns espcimes foram identificados
at o nvel taxonmico de gnero, mas para a maioria, por enquanto, s se chegou ao nvel
de famlia (com. pess. Erika Carasmashi, Laboratrio de Ecologia de Peixes, UFRJ). Alm
desses trabalhos, temos dois trabalhos j publicados: um sobre insetos flebotomneos, que
identificou uma espcie do gnero Brumptomyia e nove do gnero Lutzomyia (SOUZA et al.,
2001). O outro trabalho identificou duas espcies de insetos heteropteros da famlia
Veliidade, do gnero Rhagovelia (MOREIRA e RIBEIRO, 2008)
A unio de todos esses trabalhos resultou na composio de quadro no ANEXO 1, que
apresenta o conhecimento sobre invertebrados na RPPN Fazenda Bom Retiro.
Os flebotomneos so insetos importantes por serem vetores de algumas doenas aos
humanos
e
animais,
principalmente
a
leishmaniose
(Agncia
Fiocruz
http://www.fiocruz.br/ccs/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=354&sid=6, em 20/09/2012).
Das espcies presentes na RPPN L. hirsuta encontrada predominantemente em rea de
floresta, enquanto L. migonei, L. intermedia e L. whitmani ocorrem predominantemente em
reas peridomiciliares, estas duas ltimas so consideradas importantes vetores de
leshimaniose cutnea americana. L. migonei foi a nica espcie no encontrada em floresta
e L. misionensis o primeiro registro de ocorrncia no estado do Rio de Janeiro (SOUZA et
al., 2001).
O trabalho de Moreira e Ribeiro (2008) identificou duas espcies de insetos heteropteros da
famlia Veliidade, do gnero Rhagovelia: R. hambletoni e R. robusta. A espcie Rhagovelia
hambletoni era descrita ocorrendo somente no estado de Minas Gerais, sendo este trabalho
o primeiro a registrar a espcie no estado do Rio de Janeiro. J a espcie Rhagovelia
robusta s era registrada na Argentina, Paraguai e, no Brasil, nos Estados de Gois, Minas
Gerais e Santa Catarina, sendo a regio da RPPN Fazenda Bom Retiro o nico local no
estado do Rio de Janeiro com registro de ocorrncia da espcie (MOREIRA e RIBEIRO,
2008). Essas espcies de percevejos aquticos so parte importante na fauna dos
ecossistemas, uma vez que servem de alimento para outros grupos como peixes, anfbios,
rpteis, aves, mamferos e outros artrpodes. Alm disso, tambm atuam no controle
biolgico de larvas e pupas de mosquitos vetores de doenas (OLIVEIRA et al., 2010).
Cabe informar que insetos aquticos so os que tm todo ou parte do seu ciclo de vida em
habitats aquticos, quer seja dentro ou sobre a gua e as espcies dependentes de gua
so as que apresentam uma dependncia especfica de hbitats aquticos (OLIVEIRA et al.,
2010). Por sua importncia nos ecossistemas aquticos esses espcimes tem sido
estudados nas aulas prticas de ecologia de peixes, sendo que alguns j foram
identificados, inclusive, ao nvel de gnero, outros, por enquanto, so conhecidos at o nvel
de famlia, porm os estudos ainda esto acontecendo e, para breve, aguardamos mais
informaes sobre esse grupo animal.
O interesse em pesquisas com artrpodes como ferramenta para o monitoramento
ambiental vem crescendo ultimamente, diferentes autores comentam sobre o potencial valor
dos artrpodes como resposta de presses antrpicas em ambientes naturais, comprovando
que esses animais respondem mais rapidamente as mudanas no ambiente do que os seres
com ciclo longo, alm de poderem ser mais facilmente observados e capturados (INEA,
2010). Esses aspectos nos trazem a esperana de um maior conhecimento futuro sobre
este grupo to grande, diverso e importante de nossa fauna.
2.2.2.3 Vertebrados
Ictiofauna
O laboratrio de ecologia de peixes da Universidade Federal do Rio de Janeiro vem
realizando aulas prticas de ecologia na rea da RPPN. Atravs destas aulas acumulou-se
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conhecimento sobre a ictiofauna do rio Aldeia Velha. Foram encontradas 13 espcies


distribudas entre 11 famlias. As espcies encontradas podem ser observadas em quadro
no ANEXO 1.
No GRFICO 2.5 pode-se visualizar a diversidade de famlias em suas respectivas ordens.
As ordens Characiformes e Siluriformes foram as de maior diversidade de famlias, porm
Characiformes foi a mais diversa em espcies, seguida das ordens Siluriformes e
Perciformes.As ordens Cyprinodontiformes e Symbranchiformes foram as de menor
diversidade de famlias e espcies, sendo Symbranchiformes a de menor diversidade de
espcies.
GRFICO 2.5 - Diversidade de famlias de peixes nas ordens encontradas no Rio
Aldeia Velha
Ordem Characiformes
Ordem Cyprinodontiformes
Ordem Symbranchiformes

Ordem Siluriformes
Ordem Perciformes

Herpetofauna
Os estudos realizados com a herpetofauna da regio da RPPN Fazenda Bom Retiro se
resumem ao trabalho de introduo ao estudo das serpentes da rea. Este trabalho teve um
esforo de avistamento de quatro dias por ms durante o perodo de um ano (entre outubro
de 1994 a setembro 1995), quando as trilhas eram percorridas nos perodos diurno e
noturno para a busca das serpentes. Como resultado foram encontradas 15 espcies de
serpentes, como apresentado em quadro no ANEXO 1, pertencentes a quatro famlias
(Boidae, Colubridae, Elapidae e Viperidae). A diversidade de espcies nas famlias pode ser
observada no GRFICO 2.6.
GRFICO 2.6 - Diversidade de espcies de Serpentes nas famlias encontradas na
RPPN Fazenda Bom Retiro
65%
Boidae
7%
14%

14%

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Colubridae
Elapidae
Viperidae

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As espcies mais abundantes foram os viperdeos Bothrops jararacussu e B.jararaca, sendo


que B. jararacussu parece ocorrer preferencialmente em altitudes mais baixas, enquanto B.
jararaca parece ocorrer preferencialmente em altitudes mais elevadas.
Colubridae foi a famlia com maior diversidade de espcies. A ocorrncia do bodeo Corallus
hortulanus e do colubrdeo Tripanurgos compressus merecem especial ateno. Ambas so
espcies mais comumente avistadas na regio amaznica, embora suas distribuies de
ocorrncia sejam tanto para Mata Atlntica quanto para Amaznica. Apesar do trabalho ter
sido realizado entre 1994 e 1995 e ter apresentado o bodeo C. enydris, sua apresentao
em eventos cientficos posteriores citam C. hortulanus devido ao renomeamento da espcie
em 1996. A presena do colubrdeo T. compressus na RPPN preenche parcialmente um
lapso na sua distribuio geogrfica conforme cita Rocha et al. (2000).
Foram encontradas tanto espcies comuns em reas florestadas (como M. corallinus, T.
compressus, C. hortulanus e Chironius bicarinatus), quanto espcies comuns em reas
abertas (como B. jararacussu e P. olfersii), talvez devido s caractersticas fisionmicas da
reserva, que apresenta reas de mata nativa mais densa e reas em diferentes graus de
regenerao.
Cerca de 68% dos espcimes foram encontrados na estao chuvosa e 32% na estao
seca, talvez devido ao aumento da abundncia de alimento durante a estao chuvosa
como foi registrado em outras comunidades de serpentes.
Silvano e Segalla (2005) em seu trabalho sobre conservao de anfbios no Brasil citam a
Mata Atlntica como um dos hotspots mundiais em diversidade de anfbios e atestam que
novas espcies so descobertas a cada ano. Porm, apesar da Mata Atlntica ser rea de
grande riqueza de espcies de anfbios, alm de alta intensidade de endemismos nesse
grupo e de haverem diversos trabalhos sobre o grupo nos municpios de Casimiro de Abreu
e de Silva Jardim, no existem trabalhos sobre a anurofauna da RPPN Fazenda Bom Retiro.
E, sabendo que comunidades mesmo prximas geograficamente podem diferir em riqueza e
abundncia de espcies, como no caso do trabalho de Siqueira et al. (2009) que trabalhou
com sapos de folhio no Parque Estadual de Trs Picos no municpio de Cachoeiras de
Macacu e encontrou uma densidade de sapos que foi o dobro da encontrada na Reserva de
Guapiau a aproximadamente 15km de distncia, tambm no domnio Mata Atlntica. S
nos resta aguardar que trabalhos futuros nos tragam informaes sobre esse grupo de
grande importncia no equilbrio dos ecossistemas em que habitam.
O mesmo acontece com os rpteis, Rodrigues (2005) afirma que inventrios em novas
reas, frequentemente, revelam novas espcies. Ele exemplifica mostrando que logo aps
ter descrito dois novos gneros de lagartos gimnoftalmdeos, descritos em 2005
(RODRIGUES et al., 2005 apud RODRIGUES, 2005), ele coletou outro gnero at ento
desconhecido, fato que demonstra a lacuna de conhecimento sobre esse grupo de grande
importncia ecolgica por desempenharem importante papel como presas de vrias
espcies de topo de cadeia trfica e tambm atuarem como predadores de espcies
menores, inclusive insetos que podem ser vetores de doenas para outros animais ou
plantas.
Avifauna
A regio central do Estado do Rio de Janeiro, que inclui a regio da RPPN Fazenda Bom
Retiro considerada rea de relevante importncia para a avifauna regional, no s pela
extenso de Mata Atlntica conservada, mas principalmente por ser uma zona de contato
entre duas importantes sub-regies avifaunsticas da Floresta Atlntica: Serra do Mar (ao
sul) e Corredor Central da Floresta Atlntica (ao norte). Devido a isso vrias espcies de
aves tem na regio seu limite setentrional enquanto outras tem aqui o seu limite meridional.
Na rea da RPPN foram identificadas, segundo Sepra (com pess),198 espcies de aves,
distribudas entre 54 famlias e 19 ordens. Na FOTOGRAFIA 2.6 podem-se observar
indivduos de espcies caractersticas da regio da RPPN.
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FOTOGRAFIA 2.6 -

Espcies tpicas da regio da RPPN


a

Em quadro no ANEXO 1, pode-se ver a diversidade de espcies nas ordens estudadas e no


FOTOGRAFIA 2.6 apresenta a diversidade de espcies de aves.
A ordem Passeriforme, como era de se esperar, a mais diversa, pois representa mais da
metade de todas as espcies de aves conforme pode-ser observado em quadro no ANEXO
1. So as aves conhecidas como passarinhos ou aves canoras.
GRFICO 2.7 - Diversidade de espcies de aves nas ordens estudadas na RPPN
Fazenda Bom Retiro
Tinamiformes

Anseriformes

Galliformes

Ciconiiformes

Cathartiformes

Falconiformes

Gruiformes

Charadriiformes

Columbiformes

Psittaciformes

Cuculiformes

Strigiformes

Caprimulgiformes

Apodiformes

Trogoniformes

Coraciiformes

Galbuliformes

Piciformes

Passeriformes

1%
2%
1%

60%

4%

7%

1%
2%

3%
2%

3%
2%

2% 6%

2% 3% 1%1%
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1%
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Mastofauna
Apesar de mamferos ser um dos grupos mais bem estudados de organismos vivos do Brasil
ser o pas com maior diversidade deste grupo no mundo, ainda existem algumas lacunas em
nosso conhecimento sobre o grupo.
A rea da RPPN Fazenda Bom Retiro localizado num dos hotspots de diversidade, que
a Mata Atlntica.
Espcies de mdio e grande porte so as mais afetadas pelo desenvolvimento urbano,
devido a seus maiores valores cinegticos, grande vagilidade e incapacidade de
coexistncia com adensamentos urbanos (PESSOA et al., 2011).
Por outro lado os pequenos mamferos, grupo que inclui principalmente roedores,
marsupiais e quirpteros, em conjunto representam a maior diversidade da mastofauna a
nvel local. Apesar dessa maior diversidade e dos esforos da ltima dcada esse grupo
ainda pouco conhecido.
Roedores so muito diversificados, apresentam espcies com distribuio restrita, com
maior probabilidade de endemismo. Marsupiais apresentam distribuio mais ampla.
Quirpteros, provavelmente tem sua diversidade local relacionada a complexidade dos
hbitats disponveis.
Pessoa et al. (2011), apresentaram resultados de dois projetos cujos esforos de coleta
foram realizados entre setembro de 2007 e maro de 2010. Dentre as localidades estudadas
se incluia a Fazenda Bom Retiro onde foram encontradas onze espcies de pequenos
mamferos, conforme pode ser observado em quadro no ANEXO 1. Porm, devido
metodologia utilizada, no foram encontradas as espcies Bradypus torquatus (preguia),
nem qualquer espcie de primata incluindo Leontopithecus rosalia (mico-leo-dourado),
espcies reconhecidamente presentes na rea.
Os resultados encontrados neste trabalho, para esta localidade, mostram pouca diferena
na diversidade de famlias entre as ordens encontradas. As ordens Carnivora,
Didelphimorphia e Chiroptera foram representadas por uma famlia, cada uma. Somente
Rodentia foi representada por duas famlias. Porm existe uma diferena na diversidade de
espcies nas ordens encontradas como pode ser observado no GRFICO 2.8. A ordem
Rodentia foi a de maior diversidade e Carnivora a de menor diversidade, apresentando
somente uma espcie (Leopardus pardalis). Esses resultados espelham a metodologia
empregada neste estudo e no a real situao da mastofauna da regio, sendo necessrios
mais estudos para um melhor conhecimento desse importante grupo.
GRFICO 2.8 - Diversidade de espcies de mamferos nas ordens estudadas na
RPPN Fazenda Bom Retiro

Ordem Carnivora
Ordem Didelphimorphia
Ordem Rodentia
Ordem Chiroptera

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2.2.2.4 Espcies Endmicas e Ameaadas de Extino


Embora a Mata Atlntica tenha sido em grande parte destruda, ela ainda abriga mais de
8.000 espcies endmicas de plantas vasculares, anfbios, rpteis, aves e mamferos
(MYERS et al., 2000). Neste bioma a maior parte dos remanescentes florestais encontra-se
na forma de pequenos fragmentos (VIANA, 1995). Segundo dados da SOS Mata
Atlntica/INPE (2002) o estado do Rio de Janeiro, no Brasil, o que preserva a maior
porcentagem desses remanescentes no bioma Mata Atlntica. Apesar disso, o segundo
estado em nmero de espcies da fauna ameaadas de extino ou j extintas, atrs
apenas do estado de So Paulo (PAGLIA, 2005) e o primeiro em espcies ameaadas por
quilmetro quadrado (BERGALLO et al., 2009).
Segundo Alves et al. (2009) a regio conhecida como de Petrleo e Gs Natural, na qual
se inclui o municpio de Casimiro de Abreu, h ausncia de informao sobre fauna, eles
seguem informando que destaca-se para a regio a ocorrncia do mico-leo-dourado
(Leonthopitecus rosalia), endmico no estado do Rio de Janeiro e ameaado de extino; a
preguia-de-coleira (Bradypus torquatus), tambm ameaada de extino e do
morceguinho-vampiro-de-asa-branca (Diaemus youngi), ameaado de extino no estado
do Rio de Janeiro. A regio destaca-se por agregar do ponto de vista bitico, uma elevada
concentrao de espcies de aves endmicas e/ou ameaadas de extino. Alm disso, h
captura e comrcio ilegal de aves canoras.
So mais de 100 espcies de anfbios endmicas da Mata Atlntica com ocorrncia
conhecida no Estado do Rio de Janeiro, cerca de 30 das quais, todas da ordem Anura, so
endmicas do estado (VAN SLUYS et al., 2009), porm a anurofauna da RPPN ainda
desconhecida, ficando a lacuna sobre o endemismo deste grupo na regio. Alm do que,
anfbios se mostram excelentes indicadores da qualidade ambiental, pois possuem
caractersticas que os tornam mais sensveis a alteraes do ambiente, como pele mida e
permevel e ciclo de vida bifsico em grande parte das espcies, destacando a importncia
de estudos neste grupo.
2.3 Aspectos Histricos e Culturais (Patrimnio Material e Imaterial)
A RPPN no possui nenhum stio histrico, arqueolgico ou paleontolgico, assim como
nenhum stio utilizado para manifestaes religiosas e prticas msticas.
Existem na rea da fazenda diversas reas disponveis que podem ser utilizadas para
prticas msticas e/ou religiosas, tais como: a Fonte da Paz Universal, a Fonte do Amor
Universal, o Ttem da Paz Abundante, a Sauna Xamnica e a Casa de Meditao Fluir de
Bambu. No foi identificada nenhuma prtica religiosa especfica tampouco nenhum grupo
procura a fazenda para realizar seus cultos, porm vrias pessoas fazem suas prticas
meditativas e de contemplao em diversos locais da fazenda.
2.4 Visitao
A Visitao feita tanto na rea da RPPN, por meio da trilha interpretativa, quanto na
fazenda com atividades de educao ambiental e tursticas.
A RPPN recebe a visita de cerca de 200 pessoas por ms, sendo que em sua maioria so
escolas do ensino fundamental e mdio que levam seus alunos para fazer aulas prticas ou
de educao ambiental. As universidades igualmente levam seus alunos para fazer aulas
prticas de zoologia, botnica, ecologia, entre outras disciplinas. Alm dos grupos de
estudantes, a RPPN tambm recebe visitas de igrejas, clubes de avistadores de aves,
escoteiros, esotricos, turistas e visitantes estrangeiros, atrados pelo desejo de conhecer o
mico-leo-dourado, por meio do Programa de Ecoturismo coordenado pela Associao Mico
Leo Dourado e por prticas de alimentao viva.

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Os meses de maior procura so de maro a outubro, acompanhando o calendrio escolar e


de novembro a fevereiro para atividades tursticas, por causa das frias e do vero.
Apesar da grande quantidade de visitantes, a RPPN no possui operadores de turismo nem
guias. Todas as visitas so acompanhadas pelo proprietrio/administrador da RPPN.
No que se refere ao turismo, a RPPN bastante procurada para pousada, camping,
caminhada ecolgica, banhos em cachoeiras e no rio.
Ao lado da entrada da fazenda encontra-se uma grande sala destinada educao
ambiental, com capacidade para receber 80 pessoas. A sala equipada com bancos feitos
de madeira de abacateiro.
Neste espao so feitas palestras, ministradas pelo proprietrio, com temas variados, entre
eles:

Porque foi criada esta UC, suas Instituies Parceiras e Pesquisas Desenvolvidas.
A Mega-Biodiversidade e Endemismo da Mata Atlntica
Por qu a Floresta Fbrica de gua?.

O salo tambm est equipado com:

Exposio permanente de animais vertebrados, com informaes e mapas visuais;


Painis educativos
Museu que conta a histria da Fazenda Bom Retiro, datada de 1951, e da sua vocao
para se tornar uma Reserva Particular do Patrimnio Natural, denominado: Espao de
Memria Bom Retiro: de Serraria RPPN.

Em anexo ao Salo de Educao Ambiental encontra-se a recepo onde so vendidas


camisetas e artesanato da fazenda.
Para diminuir o impacto ambiental causado pelas atividades de visitao, so ministradas
palestras de conscientizao quanto ao destino do lixo e conduta correta diante da
natureza. Alm das palestras, toda a rea destinada visitao est provida de placas de
sinalizao e de educao ambiental.
2.5 Pesquisa e Monitoramento
Varias pesquisas so realizadas na RPPN, desde monografias de final de curso at teses de
doutorado. Tambm foram elaborados diversos vdeos e demais estudos.
Os atrativos da RPPN para pesquisas tem sua base na vegetao em bom estado de
conservao, com grande riqueza de espcies. A RPPN abriga diversas espcies de fauna
e flora endmicas e ameaadas de extino. Tambm possui espcies de flora com
importncia econmica, destacando-se as plantas de interesse medicinal. Vrias aves tm
seu ponto de reproduo e nidao dentro da rea da RPPN.
Estes fatores so grande atrativo para pesquisadores de diferentes reas do conhecimento,
bem como para avistadores de aves, borboletas e demais interessados nas questes
naturais/ambientais.

A produo cientfica sobre a RPPN bastante significativa. Atualmente vrias


pesquisas j foram concludas e outras ento em andamento, tais como:

Identificao de espcies e complementao da lista de aves existentes na RPPN,


pesquisa efetuada pelo Clube de Observadores de Aves

Variao circadiana na mastofauna de solo - UERJ

Composio da fauna de serpentes - UERJ


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Produtividade de artrpodes - UERJ

Circulao do Trypanosoma Cruzi no ectopo silvestre - FIOCRUZ

RPPN da Mata Atlntica: um olhar sobre as reservas particulares dos corredores de


biodiversidade Central e da Serra do Mar - Concervao Internacional

Dentro do escopo da pesquisa cientfica, diversas universidades levam seus alunos para
aulas prticas de zoologia, ecologia, botnica, desenvolvimento sustentvel:

Departamento de Zoologia - UFRJ - disciplina de pesquisa de campo

Departamento de Ecologia - UFRJ - disciplina de ecologia bsica

Ncleo em Ecologia e Desenvolvimento Scio-Ambiental de Maca - NUPEN/UFRJ

Alm das aulas prticas, a RPPN Fazenda Bom Retiro foi tema de diversas monografias e
teses:
Monografias de graduao/TCC

PUJOL, Ana Cristina de Castro. A Comunidade de Aldeia Velha e a RPPN Fazenda Bom
Retiro. Rio de Janeiro: Departamento de Geografia, Puc-RJ, 1999.

DANON, Patrcia Lanzana Ferreira. Lejeuneaceae da Reserva de Patrimnio Particular


Natural, Fazenda Bom Retiro (casimiro de Abreu, RJ). 2000. 0 f. Monografia.
(Aperfeioamento/Especializao em Bacharelado Em Cincias Biolgicas Botnica) Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Orientador: Maria Isabel Matos Nogueira de
Oliveira e Silva.

ALMEIDA, Karine Ramos de. A RPPN como modelo importante para o Ecoturismo:
Estudo de caso da fazenda Bom Retiro Aldeia Velha RJ. 2005. Trabalho de Concluso
de Curso. (Graduao em turismo) - Centro Universitrio Plnio Leite. Orientador:
Marcello de Barros Tom Machado.

Dissertaes de Mestrado

FIGUEIREDO, Nomia de Oliveira. Adaptabilidade dos Equipamentos e Programas


Arquitetnicos na RPPN Fazenda Bom Retiro para Fins de Preservao do seu
Patrimnio Cultural e Natural. Universidade Federal do Rio de Janeiro, Faculdade de
Arquitetura e Urbanismo. Departamento de Urbanismo e Meio Ambiente. Rio de Janeiro,
2003.

MESQUITA, Carlos Alberto Bernardo. Caracterizacin de las reservas naturales privadas


en Amrica Latina. Mestrado em Conservao da Biodiversidade. Universidade Federal
da Costa Rica. CATIE, Turrialba, 1999.

RUDZEWICZ, Laura. Ecoturismo em Reservas Particulares do Patrimnio Natural e seu


Papel na Conservao dos Ecossistemas Brasileiros. Departamento de Turismo da
Universidade de Caxias do Sul, Caxias do Sul. 2006.

ALVES, Andr Luiz da Costa. Reservas Particulares e Sistemas Agroflorestais: Proposta


para a Formao de Corredores Socioambientais. Universidade Federal Fluminense.
Instituto de Geocincias. Programa de Prs Graduao em Cincia Ambiental. Niteri,
janeiro de 2007.

FERREIRA, Marcelo Antunes. Cinema na Roa: Caminhos e Descaminhos de uma


Experincia Cultural em Municpios Fluminenses. Fundao Getlio Vargas. Centro de

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Pesquisa e Documentao de Histria Contempornea do Brasil. Rio de Janeiro,


setembro de 2007.
Teses de Doutorado

GUIMARES, Lucy Teixeira. Proposta de um Sistema de Indicadores de


Desenvolvimento Sustentvel para Bacias Hidrogrficas. Tese da Universidade Federal
do Rio de Janeiro, COPPE, Rio de Janeiro, 2008.

Trabalhos apresentados em eventos cientficos:

As bases do Desenvolvimento Sustentado. Instituto Brasileiro de Desenvolvimento


Social. Apresentao de painel sobre qualidade de vida e a RPPN Fazenda Bom Retiro.
24 de abril de 1991. Rio de Janeiro.

III Encontro de pesquisadores da Reserva Biolgica de Poo das Antas, Silva Jardim,
RJ. Ecologia dos Flebtomos (diptera: psychodidoe). Vetores de Leishmaniose na
Reserva Biolgica de Poo das Antas, Silva Jardim e na Reserva Particular do
Patrimnio Natural Fazenda Bom Retiro, Casimiro de Abreu, RJ: um estudo comparativo.
Agosto de 1996 a abril de 1997.

Seminrio de Unidades de Conservao, Diagnose atual e perspectivas futuras.


Apresentao de trabalho sobre a RPPN Fazenda Bom Retiro. 31 de maio a 2 de junho
de 1999. Rio de Janeiro.

Seminrio RPPN. O que ? CREA-RJ. Apresentao de Trabalho sobre a RPPN


Fazenda Bom Retiro. 17 de setembro de 1999. Rio de Janeiro.

1o Seminrio de Conservao e Sustentabilidade das RPPNs. Ministrio do Meio


Ambiente. Apresentao de trabalho sobre a RPPN Fazenda Bom Retiro. 22 de outubro
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Cientfica da UERJ, 1995. p. 107-107.

MARTINS, D. M. A. ; RODRIGUES, A. ; ALVES, C. J. ; BARBOSA, M. ; DUARTE, M. ;


SOUZA, I. C. L. ; CALDAS, A. . Levantamento preliminar da biodiversidade da Reserva
Particular de Patrimnio Natural Fazenda Bom Retiro, Casimiro de Abreu, RJ lepidpteros diurnos. 1995. (Apresentao de Trabalho/Comunicao).

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Retiro, Casimiro de Abreu, Rio de Janeiro.. In: XLIX Congresso Nacional de Botnica,
1998, Salvador. Resumos do XLIX Congresso Nacional de Botnica, 1998. v. 1. p. 147147.

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Patrimnio Natural Fazenda Bom Retiro, Casimiro de Abreu, Rio de Janeiro.. In: XLVII
Congresso Nacional de Botnica, 1996, Nova Friburgo. Resumos do XLVII Congresso
Nacional de Botnica, 1996. v. 1. p. 82-82.

FERREIRA, F. H. F. - A RPPN e a funo social da propriedade. In: SEMINRIO MEIO


AMBIENTE E DIREITO AMBIENTAL - RPPN Fazenda Bom Retiro / Universidade
Estcio de S - Silva Jardim, RJ, 2000. 2000. (Apresentao de Trabalho/Conferncia ou
palestra).

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Plano de Manejo da
Reserva Particular do Patrimnio Natural Fazenda Bom Retiro

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Incluso Social - SAPIS. 6 a 8 de dezembro de 2006.

Trabalhos cientficos publicados:

SARMENTO, Alessandra. Variao circadiana na mesofauna de solo de uma rea de


Mata Atlntica (Casimiro de Abreu, RJ). 1994. 0 f. Iniciao Cientfica. (Graduando em
Cincias Biolgicas) - Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Programa de Iniciao
Cientfica da Sub Reitoria de Ps Graduao e Pesquis. Orientador: Carlos Frederico
Duarte da Rocha.

LACERDA, Patrcia. Composio da fauna de serpentes da rea de Mata Atlntica de


Casimiro de Abreu, RJ. 1994. 0 f. Iniciao Cientfica. (Graduando em Cincias
Biolgicas) - Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Conselho Nacional de
Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico. Orientador: Carlos Frederico Duarte da
Rocha.

MARQUES, Adriana Maia. Produtividade de artrpodes em uma rea de Mata Atlntica


(Casimiro de Abreu, RJ). 1994. 0 f. Iniciao Cientfica. (Graduando em Cincias
Biolgicas) - Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Conselho Nacional de
Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico. Orientador: Carlos Frederico Duarte da
Rocha.

RANGEL, Elisabeth Ferreira. A Circulao do Trypanosoma Cruzi no Eclopo Silvestre:


um estudo ecolgico. Fundao Oswaldo Cruz. 1997.

VIEIRA, L. A. Diagnstico de Avifauna: Avaliao ecolgica Rpida para a identificao


de reas potenciais a criao de novas Unidades de Conservao - Fazenda Bom
Retiro, Muniz Freire e Iuna, Regio Sul do Esprito Santo. 2003.

SOUZA, Nataly A., Colho, Claudia A. Andrade, Vilela, Maurcio L e Rangel, Elizabeth.
The Phlebotominae Sand Fly (Diptera: Psychodidae) Fauna of Two Atlantic Rain Forest
Reserves in the State of Rio de Janeiro, Brazil. Memria do Instituto Oswaldo Cruz, vol.
96, n. 3, Rio de Janeiro, Apr. 2001, p. 319-324.

PACHECO, J. F., et. al. Lista Preliminar das aves da Fazenda Bom Retiro, Casimiro de
Abreu, Rio de Janeiro, Coleo 1995.

MESQUITA, Carlos Alberto Bernardo. Efetividade de manejo de reas protegidas: quatro


estudos de caso em Reservas particulares do patrimnio natural no Brasil, 2002. Obtido
no Site da Internet: (http://www.unifap.br/ppgbio/ppgbio2007/Mesquita.pdf). Acesso em
10 de maio de 2010.

MESQUITA, Carlos Alberto Bernardo. RPPN da Mata Atlntica: um olhar sobre as


reservas particulares dos corredores de biodiversidade Central e da Serra do Mar. Belo
Horizonte : Conservao Internacional, 2004.

MESQUITA, Carlos Alberto Bernardo; Vieira, Maria Cristina Weyland. RPPN - Reservas
particulares do patrimnio natural da mata atlntica. So Paulo : Conselho Nacional da
Reserva da Biosfera da Mata Atlntica, 2004.

ALVES, Andre Luiz da Costa e Guimares, Guilherme de Azevedo Mendes Corra.


Turismo e Agricultura no Entorno das RPPN do Municpio de Casimiro De Abreu - RJ
sob o Enfoque da Multifuncionalidade: Relao em Potencial para o Desenvolvimento
Rural Local. CULTUR - Revista de Cultura e Turismo. Ano 03 - n. 01 - jan/2009.

VIEIRA, Maria Cristina Weyland e SILVA, Bruno Rezende. A Contribuio das RPPN
Pesquisa Cientfica e a Conservao da Biodiversidade. IN: CASTRO, Rodrigo e

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Reserva Particular do Patrimnio Natural Fazenda Bom Retiro

BORGES, Maria Eugnia (Orgs.). RPPN. Conservao em Terras Privadas. Desafios


para Sustentabilidade. Planaltina do Paran: Edies CNRPPN, 2004.

MESQUITA, Carlos Alberto. Viabilizando um Sonho: Captao de Recursos e


Financiamento de Projetos em Reservas Particulares do Patrimnio Natural. IN:
CASTRO, Rodrigo e BORGES, Maria Eugnia (Orgs.). RPPN. Conservao em Terras
Privadas. Desafios para Sustentabilidade. Planaltina do Paran: Edies CNRPPN,
2004.

FERNANDES, Rosan Valter; OLIVEIRA, Paula Procpio de; e RAMBALDI, Denise


Maral. Contribuies de Pesquisas Cientficas para a Conservao da Biodiversidade
da Mata Atlntica e a Sustentabilidade em RPPN. IN: CASTRO, Rodrigo e BORGES,
Maria Eugnia (Orgs.). RPPN. Conservao em Terras Privadas. Desafios para
Sustentabilidade. Planaltina do Paran: Edies CNRPPN, 2004.

Divulgao da RPPN na mdia:


TV:

BBC de Londres. Entrevista com Luiz Nelson Faria Cardoso, proprietrio da RPPN Bom
Retiro, 1995.

Rede Globo local, RJ-TV. Dia do meio ambiente. Catao do lixo nos rios com crianas
da escola local, 1996.

Globo Ecologia. A Participao da RPPN Bom Retiro no Projeto Mico-Leo-Dourado,


1999.

Rede Globo, Jornal Nacional. Idem, 1999.

Rede Globo, Bom Dia Brasil. Idem, 1999.

Rede Globo local, RJ-TV. Conscientizao Ambiental realizada pelo Grupo Geaav na
entrada de Aldeia Velha com apoio da Sociedade Ecolgica de Aldeia Velha, RPPN
Fazenda Bom Retiro, Batalho Florestal e Centro de Cidadania pelas guas de Aldeia
Velha, 2000.

Rede Globo local, Programa Dito e feito, idem, 2000.

Rede Globo local, RJ-TV. I Mobilizao dos Ambientalistas de Aldeia Velha contra o
incndio que estava destruindo a mata que fornece gua para a comunidade de Aldeia
Velha, com o apoio do Prev-fogo, Ibama, bombeiros de Casimiro de Abreu e da RPPN
Fazenda Bom Retiro, 2001.

Jornal da Record, idem, 2001.

Globo ecologia, idem 2001.

Rede Globo local, RJ-TV. Ameaa e agresso ao ambientalista Luiz Nelson Faria
Cardoso, proprietrio da RPPN Bom Retiro, em Aldeia Velh, 2001.

TV Universitria. Programa Rizoma UFRJ. Entrevista com Luiz Nelson Faria Cardoso,
proprietrio da RPPN Bom Retiro, canal 16 da NET, 2002.

Balaio Brasil. Matria sobre a RPPN Bom Retiro. Canal 54 NET, 2002.

Rede Globo, RJ-TV. Pssaros silvestres so soltos na RPPN Bom Retiro no Dia da Mata
Atlntica, 2002.

TV Alto Litoral, idem, 2002.

SBT. Programa SBT em ao. Matria sobre a RPPN Bom Retiro, 2003.

Globo Rural. Matria sobre a RPPN Bom Retiro, 2003.


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Globo News. Programa Cidades e Solues. RPPN. Entrevista com Luiz Nelson Faria
Cardoso, proprietrio da RPPN Bom Retiro. 7 de janeiro de 2007.

Jornais:

O Dia. Fazendeiro Cria Santurio Silvestre. Domingo, 5 de dezembro de 1993.

Jornal do Brasil. Reserva ser pesquisada pela UERJ. Quinta-feira, 18 de novembro de


1993.

O Dia. Casal de mico leo vive em Santurio Ecolgico. Domingo, 12 de fevereiro de


1995.

Folha dos Municpios. Aldeia Velha Comemora Semana do Meio Ambiente. 12 de junho
de 1995.

Folha dos Municpios. Reserva Biolgica realiza palestra na RPPN Bom Retiro. 15 de
agosto de 1995.

Folha dos Municpios. Mico-Leo e RPPNs. Prioridade para WWF. 29 de agosto de


1995.

Jornal de Rio das Ostras. Patrimnio Natural vai receber turistas, 20 de maro de 1996.

Fluminense. RPPN Bom Retiro. Domingo 14 de Segunda-feira 15 de abril de 1996.

Folha dos Municpios. WWF visita Casimiro de Abreu, 17 a 23 de julho de 1996.

Niteri. O Estado do Rio de Janeiro Rural. Paraso Rural em Aldeia Velha. Agosto de
1996.

Jornal do Meio Ambiente. Carta do Leitor. Santurio de Vida Silvestre em Aldeia Velha.
Dezembro de 1996.

Folha dos Municpios. RPPN e Associao Mico Leo Dourado. 1 a 7 de maio de 1997.

Folha dos Municpios. Fazenda Bom Retiro recebe Prmio de Meio Ambiente. 2 a 9 de
dezembro de 1998.

Globo. Boa Viagem. Mais uma floresta no Rio. Quinta-feira, 2 de setembro de 1999.

Globo. Norte Fluminense. Iniciativa Privada para Salvar Micos. Domingo, 15 de agosto
de 1999.

Imprensa local. Silva Jardim. Encontro debate turismo em Aldeia Velha. 24 de maro de
1999.

Folha dos Municpios. Em Defesa de Aldeia Velha. 14 a 21 de abril de 1999.

Imprensa local. Silva Jardim. Dia Internacional da gua. 18 de maro de 2000.

Imprensa local. Imprensa local. Silva Jardim. Carta do Leitor: Aldeia Velha, Natureza e
Turismo, 10 de maio de 2000.

Folha dos Municpios. Frutos escondidos do turismo, 24 a 30 de agosto de 2000.

Jornal do Brasil. Viagem. A Cidade vai ao Campo. 10 de setembro de 2000.

Globo. Praias. Outras Ondas de Diverso. Diverso com Responsabilidade. Domingo, 18


de janeiro de 2009.

Jornal O Guia da Montanha. Ano 1 no 6 abril de 2013.

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Revistas:

Revista AABB-APAE. A Volta dos Pequenos Lees a Casimiro. Outubro de 1995.

Revista Pulsar. Santurio de Vida Silvestre no Turismo Ecolgico, n. 1, janeiro de 1996.

Revista AABB-APAE. Preservao, Pesquisa e Turismo. Outubro de 1997.

Acontece? Fazenda Bom Retiro. 15 de maio de 1998.

Meio & Ambiente. Ecoturismo. Aldeia Velha. Sociedade Investe no Turismo. Ano 1, n. 2,
maro de 1999.

Meio & Ambiente. Proprietrios de RPPNs Querem Mudana na Lei. Ano 2, n. 4, junho
de 2000, p. 116.

Brasil, 500 anos de Histria Ambiental. No Rio de Janeiro, RPPN ajuda a salvar MicosLees-Dourados. Suplemento da Revista Senac e Educao Ambiental, n.2,
maio/agosto de 2000.

Revista Feema. Reservas Particulares Garantem Sobrevivncia de Matas, p. 21 e 22.

Revista Ecossistema. Reserva Particular Difunde Conscincia Ambiental, janeiro de


2008.

Boletins:

UERJ em Questo. Pesquisa Preserva a Mata Atlntica. Ano VI, n. 20. Dezembro de
1993/maro de 1994. Coordenao de Comunicao Social e Publicaes, p. 5.

Sentinela Ambiental. Ano 1., n. 8, RPPN: O Compromisso Privado na Preservao da


Natureza. Dezembro 06 a Janeiro 07.

Free News. Turisnews. Estado do Rio de Janeiro. Casimiro de Abreu: Uma Maravilha
entre Serras. Agosto de 1999.

Notcias da Bacia de Campos. Um Santurio de Vida Silvestre. Ano XIX, n. 182, outubro
de 2006.

Apresentao de peas teatrais:

Lixo que no lixo, Casa de Cultura de Casimiro de Abreu, 1996.

Sem a Mata a gua Seca, Casa de Cultura de Casimiro de Abreu, 1997.

Programa na Rdio:

Programa Semanal na Rdio Jovem FM Natureza Viva-Aldeia Velha em Destaque, s


quartas-feiras, no horrio das 16:00 s 16:40, informando sobre a regio e promovendo
a troca de experincias com outros municpios.

Documentrio:

Lucrar Protegendo o Meio Ambiente. Documentrio produzido a partir do Seminrio


sobre RPPN realizado em 9 de maro de 1996. Savagel Produes, 1997.

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Publicaes:

Quem faz o que pela Mata Atlntica - 1990-2000 : Projeto Avaliao dos Esforos de
Conservao, Recuperao e Uso Sustentvel dos Recursos Naturais da Mata Atlntica
/ organizador Joo Paulo Ribeiro Capobianco... [et.al]. - So Paulo : Instituto
Socioambiental, 2004, p. 119.

Bacias Hidrogrficas dos Rios So Joo e das Ostras. guas, Terras e Conservao
Ambiental. Paulo Bidegain, Claudio Michael Volcker - Rio de Janeiro: Consrcio
Intermunicipal para Gesto das Bacias Hidrogrfics da regio dos Lagos, Rio So Joo e
Zona Costeira, s/d, p. 91 e p. 101.

Minha Terra Protegida. Histria das RPPNs da Mata Atlntica, pp. 160-167.

2.6 Ocorrncia de Fogo


As ocorrncias de fogo na rea da RPPN sempre tiveram duas origens: incndio criminoso
e, principalmente, curto circuito na rede eltrica da AMPLA que passa prxima da fazenda.
A parte afetada era uma grande rea degradada, com vegetao baixa e relativamente
seca. H cerca de sete anos atrs esta rea foi recuperada e hoje possui rvores de porte
mdio e vegetao herbceo/arbustiva. Desde que a floresta se regenerou a rea deixou de
ser suscetvel ao fogo e, assim, no ocorreram mais incndios.
No so realizadas na RPPN ou na fazenda queima de pastagens, aberturas e limpeza de
roas utilizando fogo. Tambm nunca foi registrado fogo por causa de soltura de bales, por
prticas de atividades religiosas ou por queda de raios.
Toda a rea do entorno da RPPN conta com o Corpo de Bombeiros de Casimiro de Abreu,
que ficam a cerca de 16 Km de distncia. No existem parcerias com entidades de apoio de
combate ao fogo, tais como Sistema Nacional de Preveno e Combate aos Incndios
Florestais (PREVFOGO), do IBAMA, polcia ambiental, brigadas voluntrias ou de empresas
vizinhas. Tambm no existe parceria, quanto ao combate ao fogo, entre a RPPN e a
REBIO Poo das Antas, apesar da proximidade fsica entre as duas UCs.
2.7 Atividades Desenvolvidas na RPPN
Conforme foi descrito nos itens 2 e 3, a RPPN e a Fazenda Bom Retiro desenvolvem
atividades de educao ambiental, cursos, pesquisa cientfica, permacultura e visitao
(trilhas interpretativas e ecoturismo).
Todas as atividades existentes na RPPN so compatveis com sua categoria e no colocam
em risco o cumprimento de seus objetivos de criao. As medidas de controle e mitigao
dos impactos provenientes da visitao so de carter preventivo, feito por meio de placas e
palestras de conscientizao quanto ao destino dos resduos slidos, ao pisoteamento e
retirada de plantas e o respeito aos animais.
Alm das atividades j descritas no item Pesquisa e Monitoramento, existem outras
atividades de carter permanente:

Programa Aprendiz Voluntrio


Consiste em um sistema de hospedagem combinado com as artes de produzir e
preparar alimentos em harmonia com a natureza. H um quadro de aes que permite
aos participantes voluntrios escolherem aquelas tarefas que mais se identificam. O
roteiro de atividades contm um mximo de 6 horas de trabalho dirio. Este programa
executado em associao com a rede WWOOF Brasil de voluntrios: um programa de
voluntariado que oferece oportunidades de aprendizado pelo mundo em Fazendas
Orgnicas.

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Curso de Alimentao Viva e Cuidados Ambientais


Curso dividido em 5 mdulos de atividades que se caracterizam pelo estmulo de contato
com o alimento, considerado este um intermedirio entre o corpo humano e o ambiente
do qual faz parte. Destacam-se as atividades de produo de hortas de cultivo
domstico; de uma culinria, sempre em grupo, que dispensa o uso do fogo e da
geladeira; bem como de compostagem dos resduos orgnicos utilizados nestas
prticas. Nas FOTOGRAFIAS 75 a 77 do Anexo Fotogrfico podem-se observar as
oficinas de suco de clorofila e nas FOTOGRAFIAS 79 a 81, o buffet de alimentao viva.

Ecoturismo
Passeios guiados pelo proprietrio da RPPN pela principal trilha interpretativa chamada
Caminho da Floresta, onde contada toda a histria de regenerao espontnea
daquele pedao de Mata Atlntica, um ambiente de pasto e bananal h 20 anos
passados. A trilha segue at alcanar a floresta primitiva existente na Fazenda. H,
ainda, outra trilha que conduz ao mirante Bom Retiro, local para desfrutar de fontes, de
cascatas provenientes da prpria fazenda. H ainda o Caminho das guas, aberto para
trazer gua para o funcionamento da extinta serraria. Este caminho to perfeito que
parece que a gua sobe o morro.

Recuperao ambiental
Recomposio da Mata Ciliar. Em 2009, foi elaborado um termo de compromisso entre a
Associao Mico Leo Dourado e a RPPN Bom Retiro para restaurao de
aproximadamente 5 ha de reas de pastagem localizadas ao longo do Rio Aldeia Velha,
no interior da Fazenda Bom Retiro.

2.8 Parcerias
A RPPN Fazenda Bom Retiro foi criada com o apoio da Associao Mico-Leo-Dourado
(AMLD). Assim que o Decreto de criao foi publicado, a ONG FUNATURA concedeu
RPPN Fazenda Bom Retiro o ttulo de Santurio de Vida Silvestre. Desde ento vrias
parcerias institucionais foram estabelecidas, uma delas com a Associao Mico-LeoDourado (AMLD) que j dura 26 anos. Entre as instituies parceiras esto:

Associao Mico-Leo Dourado

Reserva Biolgica Poo das Antas

Universidade Federal do Rio de Janeiro

Universidade Estadual do Rio de Janeiro

Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

Universidade Estcio de S

Fundao Oswaldo Cruz

Zoolgico de Niteri

Clube de Observadores de Aves

Sociedade Brasileira de Bromlias

SOS Mata Atlntica

Conservao Internacional

Projeto Terrapia

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2.9 Sistema de Gesto


A administrao e gerenciamento da RPPN feita pelo proprietrio, Sr. Luiz Nelson Faria
Cardoso. No existe nenhuma parceria para efeitos de administrao.
A RPPN no possui Conselho Consultivo.

2.10 Pessoal
A RPPN conta com dois empregados, sendo que um deles est em perodo de experincia
com apenas 3 meses de servio, conforme apresenta o QUADRO 2.4. Os dois funcionrios
tem como funo a manuteno das trilhas, das hortas, dos viveiros e os servios gerais
que forem necessrios para manuteno da infraestrutura.
QUADRO 2.4 -

Funcionrios da RPPN e suas caractersticas

Nome do
Funcionrio

Funo

Idade

Tempo de
Servio

Escolaridade

Capacitao

Roberto Lino da
Conceio

Servios Gerais

64 anos

8 anos

Primeiro Grau

Curso de
Agrofloresta

Wilson da Silva

Servios Gerais

32 anos

3 meses

Primeiro Grau

Curso de
Agrofloresta

A RPPN no dispe de nenhum funcionrio cedido por meio de parceria com ONGs ou
instituies de ensino e/ou pesquisa.
Alm dos funcionrios a RPPN conta, no momento, com 3 estagirios que se dedicam ao
trabalho no sistema agroflorestal, na horta orgnica, no viveiro de mudas e na
compostagem, que so orientados pela Sr. Aline Chaves. Nas FOTOGRAFIAS 71 e 72 do
Anexo Fotogrfico, podem-se observar as estagirias trabalhando no sistema agroflorestal.
2.11 Infraestrutura
A RPPN Fazenda Bom Retiro est situada numa rea de montanha, denominada de Serra
dos Quarenta, sendo totalmente coberta por vegetao densa e dentro de seus limites no
se encontra nenhuma infraestrutura. A maioria das atividades so desenvolvidas na rea da
fazenda. As pesquisas de fauna e flora e caminhadas ecolgicas tambm so desenvolvidas
na rea da RPPN.
Assim, apresenta-se a seguir a Infraestrutura da Fazenda que utilizada para as diversas
atividades. A FIGURA 2.6 apresenta a infraestrutura da Fazenda.
A Fazenda Bom Retiro conta com duas reas destinadas ao camping. O camping menor
est situado em frente a sede, proximo ao lago, ao viveiro de mudas, aos campos de futebol
e voley e prximo ao alojamento coraao de me. A rea de camping principal fica a poucos
metros da porteira da fazenda.
A sede da fazenda possui uma varanda com uma grande mesa e cadeiras destinadas a
refeies e reunies de trabalho. A sede tambm possui uma biblioteca, uma sala de jogos,
sala de vdeo, uma sala de estar com lareira e uma cozinha pouco equipada. No possui
geladeira nem fogo, visto ser destinada a culinria de alimentao viva. Alm desta
cozinha possui mais 3, sendo 2 nos campings e uma na casa do gestor
A fazenda tem dois alojamentos, um mais estruturado, chamado de Cabana dos Visitantes,
composto de quatro sutes (quarto e banheiro) equipadas com uma cama de casal e duas
de solteiro, um ventilador e uma varanda com rede. O segundo alojamento, denominado
Corao de Me, foi feito por meio de Bioconstruo, com 22 camas de solteiro, 6 banheiros
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e ventiladores de teto. Dentro da sede da fazenda tem 3 suites equipadas com 3 camas de
casal e 5 de solteiro. No total so 49 vagas para dormir.
Para atividades de educao ambiental, existe um auditrio situado ao lado da porteira de
entrada. O auditrio est equipado com bancos rsticos de madeira de abacateiro e um
espao dedicado memria da fazenda, onde podem-se observar antigas peas utilizadas
pela serraria Bom Retiro.
No tocante a edificaes de lazer, a fazenda dispe de uma sala de meditao chamada
Fluir, toda construda por madeira e bambus, e uma sauna xamnica erguida com tcnicas
de bioconstruo. Acompanhando a sauna xamnica, encontra-se duas duchas com gua
direto da fonte. Tambm so de gua direta da fonte outra ducha, localizada prxima
sede, e a fonte da Paz Universal.
Em frente sauna xamnica est localizado o aqurio natural onde crescem plantas como
taboa e chapu de couro. Outro lago natural est localizado prximo sede e em frente
horta.
Para atividades de recuperao e conservao a fazenda possui um viveiro de mudas e ao
lado um laboratrio de homeopatia rural (remdios naturais para animais e plantas), onde
so pesquisadas e cultivadas plantas e ervas medicinais, ambos prximos sede. Um
pouco mais ao sul, mas sempre prximo a sede, encontra-se a rea destinada ao projeto de
agroecologia, onde so cultivadas mudas de palmito Jussara e retirados materiais
destinados a bioconstruo.
A fazenda possui duas casas de ferramentas que armazenam materiais para manuteno e
reparos.
No que se refere a circulao interna, a fazenda possui uma estrada chamada Alameda dos
Alecrins, que liga a porteira de entrada sede. uma estrada de terra, mas que permite a
circulao de veculos. Logo aps da ponte sobre o Rio Aldeia Velha encontra-se um
caminho que de acesso rea de Agroecologia e, seguindo pela Alameda dos Alecrins,
chega-se ao incio da Trilha Interpretativa chamada Caminho da Floresta. A partir da
Alameda dos Alecrins tambm se pode ter acesso aos caminhos que levam ao Alojamento
dos Visitantes. Na FIGURA 2.7 pode-se observar o Mapa de Circulao Interna.
O sistema de saneamento da fazenda fossa, filtro e sumidouro e o recolhimento de
resduos slidos feito pela prefeitura. No existe nenhum programa de coleta seletiva pois,
quando recolhidos, os resduos so novamente misturados, inutilizando sua seleo. Quanto
aos resduos orgnicos, so retirados e destinados compostagem.
O fornecimento de energia eltrica feito pela empresa AMPLA e suficiente para alimentar
as necessidades da fazenda. No entanto, o objetivo substituir a energia eltrica
convencional por fontes de energia alternativa. O projeto a implantao de painis de
clulas fotovoltaicas (energia solar) e turbina de gua.
A fazenda no possui cercas.

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FIGURA 2.6 -

Mapa de Infraestrutura da Fazenda Bom Retiro

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FIGURA 2.7 -

Mapa de Circulao Interna

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2.12 Equipamentos e Servios


A fazenda dispe de uma linha de telefonia fixa da operadora TELEMAR e uma linha de
telefonia mvel da operadora TIM. Ambos funcionam com certa precariedade devido a
distncia das torres de comunicao.
A RPPN no possui comunicao por rdio, sendo que o proprietrio no deseja a
implantao deste tipo de recurso. Em relao a equipamentos eletrnicos, a fazenda
possui um Laptop com acesso a Internet.
A locomoo dentro e fora da fazenda feita com um automvel da marca Wolksvagem do
modelo Fusca, ano 62 e, para ajudar nas tarefas de manuteno da agrofloresta e viveiros,
foi adquirido recentemente um automvel tipo aranha.
A fazenda dispe de equipamentos de proteo pessoal que so utilizados pelos
funcionrios, estagirios e eventualmente pelos visitantes. O QUADRO 2.5 apresenta os
equipamentos de proteo pessoal.
QUADRO 2.5 -

Equipamentos de proteo disponveis na fazenda


EQUIPAMENTO

QUANTIDADE

Botas

6 pares

Perneiras

6 pares

Faces

6 unidades

Lanternas de mo

3 unidades

Lanternas de testa

3 unidades

Primeiros Socorros

2 Kits

A fazenda no possui material de laboratrio nem uniformes. Os funcionrios trabalham


utilizando a camisa com a logo da RPPN.
2.13 Recursos Financeiros
A RPPN no possui nenhum financiamento, seja pblico ou privado. Todos os recursos
financeiros so oriundos das atividades realizadas na fazenda:

Aluguel de alojamento;

Ecoturismo;

Aluguel de espao do Camping;

Visitao;

Trilhas;

Cursos (alimentao viva, sistemas agroflorestais, biocontruo, jardinagem comestvel,


horticultura orgnica, homeopatia rural, desidratao e fermentao de alimentos e
pintura com argila);

Venda de Camisas (com a Logomarca da RPPN);

Venda de mudas;

Venda de Cuit (cabaa de Berimbau);

Venda de Banana passa;

Venda de suco de Clorofila;

Venda de caldo de cana; e

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Reserva Particular do Patrimnio Natural Fazenda Bom Retiro

Venda de frutas e verduras frescas.

Os gastos mensais para a manuteno da fazenda giram em torno de R$ 4.000,00, e o


custo para a manuteno da RPPN um salrio mnimo e meio (R$ 1.017,00) relativo ao
salrio mensal de um dos funcionrios para a manuteno da trilha interpretativa Caminho
da Floresta.
2.14 Formas de Cooperao
No h.
2.15 Caracterizao da rea do Entorno
2.15.1 Diagnstico Socioeconmico
Definio da Regio da RPPN
Para este diagnstico, foi adotado como critrio de incluso situao de contigidade
espacial em relao RPPN. Consideram-se como regio da UC os Municpios Silva Jardim
e Casimiro de Abreu, em cujos territrios esto as terras da fazenda e da RPPN.
Assim sendo, utilizando a classificao do IBGE, a regio sob influncia da RPPN abrange
apenas uma Regio de Governo e uma Microrregio Geogrfica, conforme pode ser
observado no QUADRO 2.6.
QUADRO 2.6 -

Regio influenciada pela RPPN - Classificao do IBGE

Regio de Governo

Microrregio Geogrfica

Municpios

Regio das Baixadas Litorneas

Bacia do So Joo

Casimiro de Abreu
Silva Jardim

As Microrregies Geogrficas expressam, em nvel local, as caractersticas espaciais


resultantes de elementos particulares, tanto do quadro natural, como das relaes sociais e
econmicas, ou ainda, as inter-relaes de ambos os conjuntos de elementos ao longo do
tempo.
Municpios da Regio da RPPN
Casimiro de Abreu
O municpio de Casimiro de Abreu teve o desbravamento de seu territrio no incio do
sculo XVIII. Originou-se de antigo aldeamento dos ndios Guarulhos, fundado em 1748 pelo
capuchinho italiano Francisco Maria Tli, no lugar hoje conhecido por Aldeia Velha.
Neste local, foi erguida a primeira capela dedicada Sacra Famlia, tendo a populao
nascente recebido, em 1761, Foros de Freguesia, sob a denominao da Sacra Famlia de
Ipuca, declarada perptua em 1800. Arruinada a Capela e devido ocorrncia frequente de
surtos de epidemias na localidade, a sede da Freguesia foi transferida para junto da foz do
Rio So Joo e, em 1846 foi elevada a categoria de Vila, com a denominao de Barra de
So Joo. Em 31 de Maro de 1938, o Municpio de Barra de So Joo teve seu nome
alterado para Casimiro de Abreu.
Na dcada de 1880, foi construda a linha frrea, com vistas a levar a Maca os trilhos da
futura Estrada de Ferro Leopoldina. Paralelamente ocorreu o abandono progressivo dos
engenhos e fazendas, assolados por surtos de malria e a consequente desvalorizao da
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terra. A situao de estagnao perdurou at a dcada de 50, quando, vindos do Esprito


Santo, chegaram os primeiros desbravadores do territrio casimirense.
A dcada de 60 trouxe o turismo-veraneio para as vilas de Barra de So Joo e Rio das
Ostras e abriu novas perspectivas agrcolas, com a abertura e asfaltamento da Rodovia
Amaral Peixoto RJ-106, a pavimentao da BR-101 e a construo da ponte Rio - Niteri.
Silva Jardim
O municpio de Silva Jardim foi criado pela Lei Provincial n 239, de 8 de maio de 1841,
como Vila de Nossa Senhora da Lapa do Capivari.
Em 1943, pelo Decreto Estadual n 1.506, de 31 de dezembro, o Termo e o municpio de
Capivari tomaram a denominao de Silva Jardim, permanecendo o distrito como Sede do
Municpio e do Termo. A mudana de nome foi uma homenagem ao republicano
capivarense Antonio da Silva Jardim.
Em 1954, por iniciativa do governo municipal, foram abertas estradas de rodagem,
facilitando o acesso aos distritos de Bananeiras e Gavies, melhorando a ligao da zona
serrana com a baixada, onde est a sede do municpio. Pouco depois, o governo federal
programou a rodovia tronco BR-101, com traado a cerca de 5km de Silva Jardim.
A maior facilidade de acesso rea rural vem favorecendo a instalao de novas fazendas
pecuaristas, com vastas pastagens, em terrenos dos mais frteis.
No entanto, a economia de Silva Jardim est estagnada, no havendo indstrias, e com a
agricultura sofrendo restries. Est limitada basicamente criao de gado e entregue a
pessoas de fora, muito pouco o Municpio tem a ganhar. O comrcio mantm-se na
condio de varejista e a maior parte da classe mdia urbana procura grandes centros como
Rio Bonito, Niteri e Rio de Janeiro, para seu abastecimento.
Silva Jardim um dos Municpios fluminenses onde est localizada a maior parte das
RPPNs do Estado.

Aspectos Demogrficos
Com base nos dados do Censo 2010 elaborado pelo IBGE, a TABELA 2.4 apresenta uma
avaliao geral dos atuais aspectos demogrficos na Regio da RPPN.
Nos dois municpios considerados observa-se uma expressiva diferena entre a populao
total, sendo que o municpio de Casimiro de Abreu possui uma populao 39,61% maior que
Silva Jardim, o que equivale a 14.013 habitantes.
Quanto distribuio por sexos, as populaes dos dois municpios da Regio da UC
seguem o padro de equidade da populao brasileira, sendo que em Casimiro de Abreu
existe uma discreta diferena a favor das mulheres, ao contrrio de Silva Jardim onde os
homens esto em maior nmero.
Considerando a situao urbano/rural, a Regio RPPN apresenta uma populao
predominantemente urbana (78,7% de habitantes), situao, de certo modo, semelhante aos
demais municpios do Estado do Rio de Janeiro. Por outro lado, chama ateno a
caracterstica de ruralidade da populao de Silva Jardim, com 24,5%, estabelecida em rea
rural.

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TABELA 2.4 -

Tamanho atual das populaes residentes na regio da RPPN


Fazenda Bom Retiro
POPULAO

Regio da UC
Municipios

Total

Homens

Mulheres

Urbana

Rural

Casimiro de Abreu

35.373

17.436

17.937

28.533

6.840

Silva Jardim

21.360

10.810

10.550

16.126

5.234

FONTE: Censo 2010. Resultados Preliminares. IBGE, 2010.

Estes comentrios podem ser visualizados no GRFICO 2.9, a seguir.


GRFICO 2.9 - Populaes na Regio da RPPN Fazenda Bom Retiro

Silva Jardim
90,00
80,00

Percentage

70,00
60,00
50,00
40,00
30,00
20,00
10,00
0,00
URBANA

1
80,66

2
75,50

RURAL

19,34

24,50

Comparando os dados populacionais dos municpios de Casimiro de Abreu e Silva Jardim


registrados nos Censos 2000 e 2010, atravs de aritmtica simples, pode-se avaliar quanto
aumentou ou diminuiu o nmero de habitantes nestes locais. A TABELA 2.5 apresenta os
percentuais das diferenas, para mais ou para menos, entre os dados registrados para os
anos de 2000 e 2010, em cada classe de dados.
TABELA 2.5 Municpios da
Regio

Aumento populacional na regio da RPPN Fazenda Bom Retiro


Populao 2000

Populao 2010

Aumento Percentual

Total

Urbana

Rural

Total

Urbana

Rural

Total

Urbana

Rural

Casimiro de Abreu

22.152

18.337

3.815

35.373

28.533

6.840

59,7%

55,6%

79,3%

Silva Jardim

21.265

14.215

7.050

21.360

16.126

5.234

0,4%

13,4%

-25,8%

O GRFICO 2.10 facilita a visualizao dos aspectos que mais se destacam nos dados
numricos.
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GRFICO 2.10 - Aumento populacional na dcada 2000-2010


79,30%
80,00%
59,70% 55,60%
60,00%
40,00%

Total

0,00%

Urbana

13,40%

20,00%

Rural

0,40%

Casimiro de Abreu

Silva Jardim

-20,00%
-25,80%
-40,00%

O municpio de Casimiro de Abreu teve um aumento significativo de 59,7%, no total.


interessante notar que neste municpio houve registro de aumento tanto na populao
urbana: 55,6%, quanto na rural: 79,3%. A chegada de novos habitantes atrados pelo
envolvimento com a indstria de hidrocarbonetos poderia talvez explicar o aumento da
populao urbana. Em relao ao aumento na classe populao rural, este pode ter sido
motivado por novas ocupaes permanentes em propriedades de lazer ou mesmo, pela
localizao de assentamentos rurais em seu territrio.
No municpio de Silva Jardim praticamente no houve mudana no tamanho da populao
total. No entanto, observa-se a reduo acentuada de 25,8% no tamanho da populao
rural. Uma possvel explicao o abandono das atividades agrcolas e/ou a degradao
das reas rurais.
Os novos dados censitrios de 2010 levaram a um novo calculo das densidades
demogrficas nos municpios da Regio da RPPN. A TABELA 2.6 apresenta a densidade
populacional e o ndice de Desenvolvimento Humano (IDH) dos municpios considerados.
Em geral, as densidades demogrficas dos dois municpios aumentaram, pois as
populaes aumentaram na rea, sendo que a maior densidade corresponde ao municpio
de Casimiro de Abreu. O Municpio de Silva Jardim teve um aumento inexpressivo, devido a
diinuio da populao rural.
TABELA 2.6 -

Municpios da Regio da RPPN: Densidade Populacional e IDH

Regio da APA
Municpios

REA
(km2)

Populao
(n hab)

Densidade
(hab/km2)

IDH

Casimiro de Abreu

463,500

35.373

76,32

0,781

Silva Jardim

938,336

21.360

22,76

0,731

FONTES: IBGE. Censo 2010: Resultados Preliminares. - IPEA. Relatrio do Desenvolvimento Humano. 2009.

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O IDH - ndice de Desenvolvimento Humano - um parmetro criado para avaliar o


desenvolvimento de uma dada populao, considerando outras dimenses alm de apenas
a econmica.
O ndice baseia-se na renda familiar per capita da populao, na expectativa de vida dos
indivduos e no nmero mdio de anos de escolaridade da populao local maior de 15
anos. Pode ser calculado em diferentes escalas de abrangncia, podendo ser para todo o
pais, para regies, estados, municpios, ou quaisquer outros espaos que se deseje avaliar
atravs do desenvolvimento da populao que a habita. Varia de 0 at 1, considerando-se
mais desenvolvida a populao cujo ndice mais se aproximar de 1. Usa-se um gradiente
para classificar as reas/populaes para fins de comparao:
De 0 at 0,5 - rea com baixo desenvolvimento humano.
De 0,5 at 0,8 - rea com mdio desenvolvimento humano.
Acima de 0,8 - rea com elevado desenvolvimento humano.
Segundo os dados do relatrio apresentado pelo Instituto de Pesquisa Econmica AplicadaIPEA, referente ao ano de 2009 (ainda no substitudo), os municpios da Regio da RPPN
classificam-se como de mdio desenvolvimento humano. Como o relatrio refere-se aos 92
municpios do Estado do Rio de Janeiro, estes tambm so ordenados de acordo com seus
IDHs no contexto estadual. Na Regio da UC, os municpios includos apresentam a
seguinte classificao:
Casimiro de Abreu - 25 colocado.
Silva Jardim - 75 colocado.
Populao residente, por grupos de idade, segundo os municpios e o sexo
A distribuio da populao por faixas etrias demonstra a existncia de uma grande
maioria de crianas e jovens com at 14 anos, nos dois municpios considerados, com
destaque para Silva Jardim, sinalizando para populaes em crescimento, como pode ser
visto no GRFICO 2.11 e no GRFICO 2.12.
Chama a ateno frao de 34,4% da populao de Silva Jardim com menos de 20 anos
e, um pouco menor em Casimiro de Abreu com 28,9%.
Na ponta da pirmide, a populao acima de 90 anos de 0.1%, nos dois municpios, o que
representa 63 pessoas em Casimiro de Abreu, somando os dois sexos, e 40 em Silva
Jardim. Isto demonstra o aumento da expectativa de vida da populao.
Quanto razo sexual, esta quase de 1:1, com ligeira diferena a favor do sexo feminino
em Casimiro de Abreu, e do sexo masculino, em Silva Jardim.
No conjunto da Regio da UC, a situao repete-se, com reduo da populao masculina a
partir da faixa dos 25 anos de idade.
Considerando a faixa dos 15 aos 60 anos como a que corresponde populao
economicamente ativa (PEA - oficialmente assim delimitada), Casimiro de Abreu teriam
70,5% da populao nesta categoria. Enquanto, Silva Jardim tem 66,7%.

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GRFICO 2.11 - Distribuio da populao por sexo, segundo os grupos de idade em


Casimiro de Abreu

GRFICO 2.12 - Distribuio da populao por sexo, segundo os grupos de idade em


Silva Jardim

Aspectos Econmicos
Considerando os valores do PIB total, verifica-se grande disparidade entre os dois
municpios. Casimiro de Abreu tem um produto quase nove vezes maior do que o de Silva
Jardim.
Quanto aos valores per capta, a variao vai de menos de R$ 8 000,00 (oito mil reais) a ate
pouco mais de R$ 48 000,00 (quarenta e oito mil reais).

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A TABELA 2.7 apresenta os municpios da Regio da UC, seus PIBs, seus PIBs / per capta
e os principais setores econmicos que os constituem. Para possibilitar a comparao est
includa a representao percentual dos valores.
TABELA 2.7 Municpios
Da
Regio da UC
C. de Abreu
Silva Jardim

Produto Interno Bruto na Regio RPPN Fazenda Bom Retiro (em


Reais)
Composio do PIB dos Municpios
Agropecuria
8.306 mil
0,58%
7.374 mil
4,60%

Industria

Servios

1.155.753 mil
80,51%

250.207 mil

Impostos
21.323 mil

17,43%

PIB

PIB/C

1.435.588 mil

1,49%

100,00%

14.548 mil

130.363 mil

8.029 mil

160.314 mil

9,08%

81,32%

5,01%

100,00%

48.156,33
7.235,03

FONTE: Informaes Socioeconmicas dos Municpios do Estado do Rio de Janeiro. SEBRAE-RJ, 2010

Casimiro de Abreu tem o maior PIB per capta, com grande parte da populao envolvida em
atividades relacionadas explorao de petrleo e gs, direta ou indiretamente. Silva
Jardim tem a populao em sua maioria envolvida com o terceiro setor e com um PIB bem
mais modesto.
O GRFICO 2.13 representa graficamente a composio do produto interno bruto de cada
municpio.

Silva

GRFICO 2.13 - Composio do PIB Municipal na Regio da RPPN Fazenda Bom


Retiro

Agropecuria
Industria
Casimiro de

Servios

0,00%

Impostos

20,00%

40,00%

60,00%

80,00%

100,00%

Percentagem de Constribuio do Setor

Na Regio da RPPN, as atividades produtivas que predominam so as dos setores de


Servios e Indstria, seguindo o padro dos outros municpios do Estado do Rio de Janeiro

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e da Regio Sudeste do Brasil. Mais de 90% da riqueza produzida na Regio da UC provem


destes setores da economia.
As atividades relacionadas ao turismo no so destacadas no relatrio do SEBRAE,
contudo, estas caberiam no setor de Servios.
Infraestrutura Bsica na Regio da RPPN
Neste item sero abordados temas como Educao, Sade e outras que possam ser
significativas para as condies de vida nos municpios que compem a Regio da RPPN
Fazenda Bom Retiro. Os dados secundrios oficiais apresentados so os atualmente
disponveis, embora referentes aos anos de 2008 e 2009.
A TABELA 2.8, construdo com informaes recolhidas do mais recente Relatrio RAIS do
Ministrio do Trabalho e Emprego (2008), mostra claramente a disparidade entre os
municpios da Regio da UC.
TABELA 2.8 -

Infraestrutura Bsica dos Municpios da Regio da RPPN Fazenda


Bom Retiro

(N de Estabelecimentos segundo cada Setor, por Municpio)


Infraestrutura
Setores

MUNICIPIOS
Casimiro de Abreu

Silva Jardim

EDUCAO
Educao Infantil

31

32

Ensino Fundamental

24

21

Ensino Mdio

12

Ensino Superior

SADE
Hospitais Gerais

Centros e/ou Postos de Sade

15

Estabelecimentos Hoteleiros

17

Cinemas

Teatros

Museus

Bibliotecas

4
2

2
1

TURISMO e CULTURA

FINANCEIRO e COMUNICAO
Agencias Bancarias
Agencias de Correio

FONTE: Relao Anual de Informaes Sociais - RAIS. Ministrio do Trabalho e


Emprego. 2008

EDUCAO
Considerando o tamanho das populaes municipais e as estruturas disponveis, a maior
parte dos municpios da Regio da UC parece adequadamente servida quanto ao ensino
bsico: Educao Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Mdio. O nmero de matrculas
somente inclui as faixas etrias esperadas nestas fases da educao formal.
Do mesmo modo em relao ao numero de professores alocados em cada um dos nveis, a
situao parece boa.

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Os dados referentes a estas etapas da educao formal esto expostos na TABELA 2.9 e
incluem escolas publicas e particulares.
TABELA 2.9 -

Unidades
de
Ensino,
Professores,
Matriculas
e
Rateio
Alunos/professores nos municpios no Estado, por Nvel de Ensino
Unidades
(N)

Professore
s
(N)

Matricula
s
(N)

Alunos
Professores
(rateio
municipal)

Alunos
Professores
(rateio
estadual)

MUNICIPIOS

Nvel de Ensino

Casimiro de
Abreu

Creche
E.Infantil
E. Fundamental
E.Fund.Estadual
E.Fund.Municip
al
E. Mdio
Rede Estadual

16
15
24
6
12
7
4

57
55
342
92
174
160
123

834
1058
5825
1018
3817
1979
1827

14,6
19,2
17,0
11,1
21,9
12,4
14,9

17,5
16,6
19,1
16,9
23,3
12,8
15,1

Silva Jardim

Creche
E.Infantil
E. Fundamental
E.Fund.Estadual
E.Fund.Municip
al
E. Mdio
Rede Estadual

17
15
21
18
2
2
0

28
41
228
161
56
47
0

329
595
3711
2706
917
477
0

11,8
14,5
16,3
16,8
16,4
10,1
0

17,5
16,6
19,1
16,9
23,3
12,8
15,1

FONTE: Estudo Socioeconmico Municipal. TCE. 2009

Com vistas a compensao da baixa escolaridade das populaes em outras faixas etrias,
isto , tamanho do contingente populacional maior de 15 anos com poucos anos de estudo
ou mesmo analfabetos, existe o Programa de Educao de Jovens e Adultos desenvolvido
pelo Ministrio da Educao e as Secretarias de Estados e Municpios.
Na Regio da RPPN, a procura por este Programa apresenta os quantitativos expressos na
TABELA 2.10.
TABELA 2.10 - Programa de Educao de Jovens e Adultos (EJA)
MUNICIPIOS

ENSINO DE JOVENS E ADULTOS


N de matriculas

Ensino Fundamental

Ensino Mdio

Casimiro de Abreu

1801

350

451

Silva Jardim

1045

753

292

FONTE: Estudo Socioeconmico Municipal. TCE. 2009

SADE
Os municpios da Regio da UC fazem parte do Sistema Nacional de Sade e contam com
Gesto Plena Estadual, podendo operar os Sistemas DATASUS de Ateno Bsica
(SIA/SIAB).
A estrutura de sade existente na Regio est descrita na TABELA 2.11.

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TABELA 2.11 - Estrutura de Sade na Regio da RPPN Fazenda Bom Retiro


Estrutura
Declarada

Municpios
Casimiro de Abreu

Silva Jardim

Centro Parto Normal

Centro/Unid. Bsica de Sade

15

Clinica/Ambulatrio Especializado

Consultrio Isolado

Hosp. Especializado

Hospital Geral

Hospital Dia

Policlnica

Posto de Sade

Pronto-Socorro Especializado

Pronto-Socorro Geral

Unid. Servio Apoio Diagnose e Terapia

Unid. Vigilncia em Sade

Unid. Movel Mixta

Unid. Movel Fluvial

Unid. Mvel Terrestre

FONTE: MS/DAB e IBGE. 2009

Alm das estruturas declaradas, as populaes da rea dispem dos seguintes profissionais
de sade, conforme pode ser observado na TABELA 2.12.
TABELA 2.12 - Quadro de Profissionais de Sade Declarado pelos Municpios
Profissionais

Municpios
Casimiro de Abreu

Silva Jardim

Anestesista

12

Cirurgio Geral

13

Clinico Geral

57

31

Ginecologista/ Obstetra

41

Medico de Famlia

18

Pediatra

28

Psiquiatra

Radiologista

Cirurgio Dentista

26

26

Enfermeiro

47

18

Fisioterapeuta

20

31

Fonoaudilogo

Nutricionista

15

Farmacutico

21

Assistente Social

13

Psiclogo

13

Auxiliar de Enfermagem

57

26

Tcnico de Enfermagem

78

FONTE: MS/DAB e IBGE. 2009


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Os municpios considerados tambm esto engajados no Programa de Sade da Famlia


como se verifica na TABELA 2.13.
TABELA 2.13 - Programa Sade da Famlia
Agentes Comunitrios

Municpios
Regio

Cred.

Imp.

Equipe de Sade da Famlia

%
Cobertura

Cred.

Imp.

Equipe Sade Bucal

%
Cobertura

Cred.

Imp.

C. de Abreu

68

56

100

11

100

Silva Jardim

56

56

100

100

LEGENDA: Cred. = Credenciados / Imp. = Implantados


FONTE: MS/DAB e IBGE. 2009

2.16 Possibilidades de conectividade


2.16.1 Vegetao do Entorno da RPPN Fazenda Bom Retiro
A partir da anlise do mapa de vegetao do entorno e dos mapas de fragmentos
remanescentes da Mata Atlntica no Estado do Rio de Janeiro pode-se notar que a regio
do entorno da RPPN Fazenda Bom Retiro se caracteriza por ser uma regio bem
conservada quando comparadas a outras regies de Mata Atlntica. Na FOTOGRAFIA 2.7
pode-se observar a vegetao do entorno da RPPN e ao fundo a mata situada dentro da
UC. Na Regio Serrana, a RPPN Fazenda Bom Retiro faz conexo com os fragmentos
componentes do corredor de Biodiversidade da Serra do Mar e na regio de baixada possui
conexo com grandes fragmentos bem conservados e a Reserva Biolgica Poo das Antas,
um dos remanescentes mais importantes de Mata Ombrfila Densa de Baixada. A FIGURA
2.8 apresenta a ocorrncia e distribuio da vegetao na regio de entorno da RPPN
Fazenda Bom Retiro.
FOTOGRAFIA 2.7 -

Vegetao do Entorno da RPPN e parte da Mata que recobre o


morro dentro da UC

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FIGURA 2.8 -

Mapa de Uso do Solo e Cobertura Vegetal do Entorno da RPPN Fazenda


Bom Retiro

Pode-se observar que os fragmentos na regio serrana e nas encostas que formam o incio
da Serra do Mar se encontram bem conservados, apresentando grandes extenses de
reas preservadas e com muitas reas de conexo entre os fragmentos ou, pelo menos, os
fragmentos isolados se encontram bastante prximos dos fragmentos maiores conectados
entre si.
A regio de baixada, por sua vez, caracterizada pela presena de fragmentos menores e
mais distantes entre si, com menor grau de conectividade. Vale ressaltar, no entanto, a
existncia da Reserva Biolgica Poo das antas, um grande fragmento florestal em regio
de baixada. A Reserva Biolgica Unio, tambm presente no entorno da RPPN Fazenda
Bom Retiro outra importante rea de Floresta Ombrfila de Baixada bem preservada. Os
fragmentos florestais compreendidos entre as duas Rebios podem funcionar como Stepping
Stones, ou seja, pontes de ligao entre os fragmentos maiores para diversas espcies. No
entanto, para espcies caractersticas de matas bem preservadas, a matriz existente entre
os fragmentos se torna uma barreira geogrfica, impedindo a disperso de indivduos entre
as populaes e, portanto, impedindo o fluxo gnico que de extrema importncia para a
manuteno da viabilidade gentica de pequenas populaes. A fragmentao de habitats
o segundo maior responsvel pela perda de biodiversidade. Isso se deve no somente a
perda de rea relativa a esta fragmentao, mas tambm inviabilidade das populaes
aps esta fragmentao. O nmero de indivduos de algumas espcies podem se tornar to
baixos que, se no forem capazes de disperso para outros fragmentos onde haja
populaes de sua espcie, estas espcies se tornaro inviveis e fadadas extino local.
Outro problema associado fragmentao a perda de diversidade gentica devido
diminuio da troca gentica entre populaes de fragmentos isolados entre si. As
populaes menores de fragmentos pequenos tm maiores possibilidades de ocorrncia de
endocruzamento levando depauperao da carga gentica destas populaes,
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Plano de Manejo da
Reserva Particular do Patrimnio Natural Fazenda Bom Retiro

aumentando a chance de problemas genticos e maior sucetibilidade a distrbios e


doenas.
Esta diferena entre o estado de conservao da regio de baixada para a regio de
encostas no incio da Serra do Mar se deve ao processo histrico de ocupao e
transformao da cobertura do solo pelas atividades econmicas que se desenvolveram
com maior vigor nas reas de baixada. A RPPN Fazenda Bom Retiro, portanto, localiza-se
em uma regio essencial para os esforos de conservao. Uma vez que os grandes
fragmentos de baixada no possuem mais conexo direta entre si, estando conectados
apenas por fragmentos maiores e mais bem conservados da regio serrana, a regio RPPN
Fazenda Bom Retiro se caracteriza por ser uma ponte de ligao entre os fragmentos
remanescentes de baixada com as reas mais bem conservadas da Serra do Mar,
mantendo os fragmentos de baixada conectados a outras reas bem preservadas.
Devido situao especial de conservao desta regio no Estado do Rio de Janeiro,
diversas iniciativas de conservao tm sido implementadas para garantir a manuteno e a
recuperao da qualidade dos fragmentos florestais. Desde estratgias de ao local, como
a criao de Unidades de Conservao como a Rebio Unio, a Rebio Poo das Antas, a
APA do Sana, a APA do So Joo e a APA de Maca de Cima, como estratgias de nvel
regional, como o Mosaico do Mico-Leo Dourado e o Mosaico Central Fluminense. A
presena de outras RPPNs contribui para a manuteno da alta qualidade dos fragmentos
na regio, uma vez que mesmo se tratando de reas pequenas, tais Unidades de
Conservao podem ser importantes reas de conexo entra fragmentos maiores. Prximo
a RPPN Fazenda Bom Retiro encontram-se a RPPN Serra Grande, RPPN Fargo, RPPN
Matumbo e RPPN Crrego da Luz. Todas estas estratgias de conservao em conjunto
formam um cenrio de conservao nico no bioma Mata Atlntica, formando o Corredor de
Biodiversidade da Serra do Mar.
2.17 Declarao de Significncia
A RPPN Fazenda Bom Retiro de grande importncia para a proteo de relevante
fragmento remanescente da Mata Atlntica e proteo da biodiversidade. A vegetao na
regio a Floresta Ombrfila Densa, com alta diversidade. Existe um nmero elevado de
espcies endmicas e algumas espcies ameaadas de extino.
Das 438 espcies vegetais encontradas na regio da RPPN, 120 so endmicas do bioma
Mata Atlntica, 34 da Regio e 9 do local. Na lista de espcies da regio da RPPN, 202 so
de importncia econmica, dentre as quais 92 so para uso medicinal. Como exemplo,
pode-se citar a Himatanthus bracteatus, conhecida como Banana de Papagaio, com
propriedades antitumorais, anti-hipertensiva, antilcera e anti-inflamatria, e a Cecropia
glaziovii, conhecida como Embaba Vermelha, utilizada contra bronquite, coqueluche,
clicas hepticas, Mal de Parkinson e diarria. Ainda de importncia econmica, encontramse espcies de uso reconhecido para a construo civil, cosmticos, alimentao,
tecnologia, resinas, arborizao, paisagismo, carpintaria e combustveis. So 41 espcies
vegetais ameaadas de extino, sendo 10 em perigo e 14 vulnerveis. Por outro lado,
destaca-se a importncia da identificao de espcies novas, como por exemplo a bromlia
Aechmea weilbachii var. albipetala Leme & A. Costa.
A fauna apresenta alta riqueza com um grande nmero de espcies de aves, e a presena
de animais de topo de cadeia que demonstram claramente este fato.
Destaca-se que a RPPN tem alta importncia para a reintroduo, manejo e monitoramento
do mico-leo-dourado (Leontopithecus rosalia). Outro fator extremamente relevante foi o
registro do caramujo Megaspyra sp (famlia Mdgaspiradae), espcie considerada extinta
pela literatura.
Apesar da ausncia de estudos detalhados dos vrios grupos de fauna, destaca-se que na
regio e na RPPN ocorrem as espcies ameaadas de extino mico-leo-dourado
Leontopithecus rosalia, tambm endmicos do Estado do Rio de Janeiro, preguia-deNovembro / 2014

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coleira (Bradypus torquatus), morceguinho-vampiro-de-asa-branca (Diaemus youngi), e


ainda um elevado nmero de espcies de aves endmicas e/ou ameaadas de extino.
A populao brasileira distribui-se, em especial no territrio da Mata Atlntica, onde a
ocupao tem afetado a biodiversidade, o solo e a gua. Esse um dos fatores que tem
contribudo para a crise hdrica, associados escassez, ao desperdcio, m utilizao da
gua, ao desmatamento e poluio. Diante deste cenrio, a RPPN tem extrema
importncia na proteo de uma significativa poro dos ecossistemas que compreendem
esse bioma dentro do Estado do Rio de Janeiro, bem como na proteo do Rio Aldeia Velha
e do Ribeiro dos Quarenta, importantes afluentes do Rio So Joo.
Localizada na transio entre a serra e a baixada, a RPPN est totalmente inserida no
bioma Mata Atlntica, representando reas importantes para a conservao de espcies da
fauna e flora, alm de ecossistemas importantes e nicos na regio, sendo considerada pelo
Ministrio de Meio Ambiente uma das reas com Prioridade de Ao e Importncia para
Biodiversidade - Extremamente Altas (Cdigo MA691) (MMA/SBF, 2007).
Quanto aos recursos paisagsticos, a heterogeneidade de ambientes, onde as serras e
escarpas cobertas por densa vegetao se encontram com extensas reas planas de
baixada compem um cenrio buclico de grande beleza. Essas caractersticas fazem da
RPPN Fazenda Bom Retiro um importante local para a visitao pblica e representa uma
oportunidade de lazer para a comunidade do entorno e para turistas vindos de vrias partes
do pas e do mundo. A RPPN est inserida na Fazenda Bom Retiro, que representa um
importante laboratrio de pesquisa para as vrias instituies de ensino do Estado do Rio de
Janeiro, por possuir um acervo natural de fatores fsicos e biticos.
A Fazenda Bom Retiro, onde se insere a RPPN, alm de proporcionar possibilidade de
prticas naturais de cultivo de orgnicos, regenerao florestal e bioconstruo. Por fim, a
RPPN Fazenda Bom Retiro um espao vivo e indutor de Educao Ambiental, ampliandose as teorias e prticas de conservao da Mata Atlntica.
Em relao ao ecoturismo, proporciona locais perfeitos para a prtica de camping,
caminhadas, banhos de rio e cachoeira, aliados estadia tranquila e alimentao natural.

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Reserva Particular do Patrimnio Natural Fazenda Bom Retiro

3. PLANEJAMENTO DA RPPN
3.1 Viso geral do processo de planejamento
O Plano de Manejo da RPPN Bom Retiro foi elaborado de acordo com o Roteiro
Metodolgico para Elaborao de Planos de Manejo para Reservas Particulares do
Patrimnio Natural (MMA, 2004).
O conhecimento sobre a RPPN e a Regio onde est inserida, foi gerado na anlise dos
dados e informaes existentes e nos trabalhos de campo, consultas ao proprietrio e a
outros atores sociais, incluindo consulta na Oficina Participativa e em vrias reunies
tcnicas. Este conhecimento levou a possibilidade de caracterizar ambientalmente a rea da
RPPN e da Fazenda onde est inserida, assim como a sua contextualizao nos cenrios
internacional, federal e estadual, com destaque principalmente para a sua
representatividade e significncia no SNUC, na Mata Atlntica e sua Proteo. As atividades
que so realizadas na RPPN e na Fazenda, associadas ao conhecimento obtido permitem
propor um planejamento para a gesto da UC que vai direcionar a gesto e que dever ser
contnuo, gradativo, flexvel e participativo. A abordagem metodolgica adotada a do
planejamento com Programas de Ao para a RPPN que incluem atividades que so
desenvolvidas na rea da RPPN e na Fazenda Bom Retiro. A maioria das atividades na
Fazenda para apoio a RPPN e obteno de recursos para a gesto.
O Planejamento se inicia com a avaliao estratgica da RPPN, atravs da anlise da sua
situao geral em relao aos fatores internos (pontos fracos e pontos fortes) e externos
(ameaas e oportunidades) que impulsionam ou dificultam a consecuo dos objetivos da
RPPN. Os fatores internos e externos identificados atravs da avaliao estratgica da UC
subsidiam a definio de estratgias e aes de manejo necessrias a sua efetiva gesto e
esto sistematizados na Matriz de Anlise Estratgica, apresentada no QUADRO 3.1 e no
QUADRO 3.2.
A monitoria e a avaliao do Plano de Manejo so aes fundamentais para a aquisio de
novas informaes para a reviso do Plano de Manejo e retroalimentam o manejo da UC.
Os indicadores de monitoramento esto apresentados por Programa.
At o desenvolvimento deste Plano de Manejo, a RPPN no dispe de nenhum instrumento
sistematizado de planejamento, para a conservao e gesto da rea da RPPN. A sua
manuteno est baseada nas atividades que so desenvolvidas pelo proprietrio na
Fazenda Bom Retiro em que se insere a Unidade e na captao de recursos para projetos
especficos.
3.2 Avaliao Estratgica da Unidade de Conservao
Este item apresenta os resultados da anlise da situao geral da RPPN com relao aos
fatores, tanto internos quanto externos, que impulsionam ou dificultam a consecuo dos
objetivos da sua criao e seus objetivos especficos.
Os fatores do cenrio interno so divididos em pontos fracos e pontos fortes, que
condicionam o manejo da RPPN. Os fatores do cenrio externo so divididos em
oportunidades e ameaas, que auxiliam ou dificultam o cumprimento dos objetivos da
criao da UC.
Para a anlise dos fatores internos da RPPN sob o ponto de vista estratgico,
consideraram-se:

Pontos Fracos
Fenmenos ou condies inerentes RPPN que comprometem ou dificultam o alcance
de seus objetivos.

Pontos Fortes
Fenmenos ou condies inerentes RPPN, que contribuem ou favorecem seu manejo.
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Para os efeitos da anlise dos fatores externos consideraram-se:

Oportunidades
Fenmenos ou condies externos RPPN que contribuem ou favorecem o alcance de
seus objetivos.

Ameaas
Fenmenos ou condies externos RPPN, que comprometem ou dificultam o alcance
de seus objetivos.

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QUADRO 3.1

Matriz de Anlise Estratgica - Foras Restritivas


Ambiente Interno

Ambiente Externo

Premissas

Pontos Fracos

Ameaas

Defensivas ou de Recuperao

Infraestrutura limitada

Falta de delimitao com cerca em reas vulnerveis da RPPN e Cerca implantada junto SJA 023 (Estrada da Aldeia Velha).
da Fazenda.
Levantamento de pontos vulnerveis elaborado.
Nmero limitado de visitantes.
Cerca implantada.
Dificuldade de acesso a atendimento mdico.
Inexistncia de seguro.

Levantamento de melhoria de infraestrutura de energia, gua,


esgoto elaborado.
Estudo de capacidade de suporte para turismo e visitao
elaborado.
Fiscalizao efetivada na RPPN.
Gesto junto aos rgos ambientais e prefeituras para
recebimento de recursos oriundos de medidas compensatrias
de empreendimentos, quando couber.
Gesto junto as prefeituras, INEA e ICMBIO, para PSA.

Inexistncia de parcerias formais.

Descontinuidade de polticas pblicas.


Descontinuidade de governos.
Poltica pblica voltada para o ordenamento de turismo na regio
incipiente.

Descontinuidade das parcerias, devido s mudanas de governo


Insuficincia de recursos financeiros prprios e/ou
(novos prefeitos, novos secretrios).
oriundos de atividades na Fazenda, para a manuteno de
atividades de apoio para a proteo dos recursos naturais Descontinuidade das polticas pblicas municipais.
da RPPN.
Atividades de sustentabilidade econmica reduzidas.
Insuficincia de funcionrios habilitados para desenvolver
atividades na RPPN.

Parcerias de longo prazo estabelecidas.


Relao institucional entre o ICMBIO e rgos ambientais
estaduais e municipais e a RPPN fortalecida.
Parcerias com entidades pblicas e privadas estabelecidas e
fortalecidas.

Diminuio da populao rural local.


Insuficincia de mo-de-obra qualificada para turismo na regio.

Parcerias de longo prazo estabelecidas.

Polticas pblicas incipientes para capacitao de mo-de-obra.

Mo-de-obra qualificada contratada.

Tomadores de deciso pouco informados sobre a funo


ecolgica e de manejo da RPPN.

Capacitao da mo-de-obra realizada.

Insuficincia de funcionrios habilitados para desenvolver


atividades na Fazenda para apoio a RPPN
5

Parcerias com instituies pblicas e privadas estabelecidas e


formalizadas.

Descontinuidade das parcerias, devido s mudanas de governo


Ausncia de parceria formal com bombeiros, batalho
(novos prefeitos, novos secretrios).
florestal e poder pblico para implementao de atividades
de proteo da RPPN, tanto na preveno e combate a
Descontinuidade das polticas pblicas municipais.
incndios, como na fiscalizao de atividades
inadequadas para a proteo da biodiversidade.

EPIs para a realizao das diferentes atividades adquiridos e


mantidos em bom estado de conservao.

Parcerias de gesto para preveno e combate a incndios


implementadas.
Parcerias de longo prazo, em especial com as prefeituras,
bombeiros e batalho florestal.

continua...

...continuao
Ambiente Interno

Ambiente Externo

Premissas

Pontos Fracos

Ameaas

Defensivas ou de Recuperao

Falta de conhecimento detalhado sobre fauna e flora (em


especial, dinmica de populaes e fenologia).

Descontinuidade de parcerias com instituies de pesquisa e/ou


agncias financiadoras.

Parcerias de longo prazo estabelecidas, visando especialmente


projetos que objetivem levantamento detalhado da
biodiversidade local.

Deficincia de divulgao.

Deficincia de infraestrutura de telecomunicao.

Polticas pblicas de telecomunicao implementadas.

Deficincia de sinalizao.

Sinalizao implantada.

Deficincia de comunicao.

Parcerias de longo prazo estabelecidas.


Descontinuidade de parcerias com instituies de pesquisa e
ensino, agncias financiadoras e instituies pblicas e privadas.
Tomadores de deciso pouco informados sobre a funo
ecolgica e de manejo da RPPN.

QUADRO 3.2

Matriz de Anlise Estratgica - Foras Impulsoras


Ambiente Interno

Ambiente Externo

Premissas

Pontos Fortes

Oportunidades

Ofensivas ou de Avano

Participao no Mosaico Mico-Leo-Dourado.

Possibilidade de Integrao entre a RPPN e a Sociedade Civil


Organizada da regio.

Integrao entre a RPPN e a Sociedade Civil Organizada da


regio fortalecida.

Interesse dos gestores das vrias unidades de conservao em


trabalhar o Mosaico de maneira integrada.

Gesto territorial ambiental implementada.

Interesse de organismos financiadores em apoiar projetos de


conservao na regio.
Possibilidade de fiscalizao integrada na regio.

Fiscalizao efetivada de forma integrada com o Mosaico MicoLeo-Dourado.


Programa de Comunicao e Divulgao da RPPN voltado para
divulgao nacional e internacional, elaborado e implementado.

Localizao na APA Da Bacia do Rio So Joo.


Possibilidade de integrao com vizinhos de outras RPPNs, para
elaborao de projeto conjunto.
Alta heterogeneidade ambiental.
2

Potencial para plo difusor de experincias ambientais,


diferenciadas.

Projeto de alimentao viva consolidado.


SAFs ampliados.
Produo de produtos em base conservacionista consolidado.

Histrico e RPPN conhecida.

Continuidade de visitao, turismo e pesquisa.

Infraestrutura ampliada.
Segurana implementada e nmero de pessoas envolvidas nas
atividades aumentado.

Localizao.

Fcil acesso.
Proximidade de grandes centros.

Programa de Comunicao e Divulgao da RPPN voltado para


divulgao nacional e internacional, elaborado e implementado.

Adjacente Aldeia Velha.


Mata Atlntica bem conservada.

Valorizao do conhecimento tradicional.


Parceria com instituies de ensino e pesquisa.
Parceria com prefeituras.

Programa de Comunicao e Divulgao da RPPN, voltado


para divulgao nacional e internacional, elaborado e
implementado.

Pagamento por servios ambientais - PSA.

Programa de Educao e interpretao Ambiental ampliado e


consolidado.

Instituies de pesquisa interessadas em contribuir para a


conservao e manejo da RPPN.

Fiscalizao e segurana efetivada no interior da RPPN e na


Fazenda.
Pesquisas de gentica ecolgica e biotecnologia vegetal,
incentivados pela RPPN.
Parcerias de longo prazo estabelecidas com instituies de
pesquisa.

continua...

...continuao
Ambiente Interno

Ambiente Externo

Premissas

Pontos Fortes

Oportunidades

Ofensivas ou de Avano

Presena de espcies novas e endmicas e/ou


ameaadas de extino.
6

Parceria com instituies de ensino e pesquisa.

Pesquisa constante e permanente, implementada na RPPN.

Possibilidade de captao de recursos financeiros para a


proteo.

Projetos diversos, para obteno de recursos para vrias


instituies , elaborados.

Possibilidade de internalizao de recursos de compensao


ambiental.

ONG ou OSCIP criada para auxiliar na captao de recursos.

Pagamento por servios ambientais - PSA.

Estudos sobre conservao e manejo de recursos naturais e


produo de produtos em base conservacionista elaborados,
para PSA.

Existncia de atrativos no entorno para o desenvolvimento de


projetos ecotursticos.

Participao da RPPN nos circuitos ecotursticos regionais


efetivada.

Parceria com a Associao Mico-Leo Dourado.

Proximidade com outras RPPNs e Unidades de


Conservao.

Projeto de Trilha ligando as RPPNs de Matumbo e Crrego da


Luz elaborado e implementado.
Participao da RPPN em diversos fruns ambientais na
regio.

Estabelecer novas parcerias para fortalecimento da gesto da


RPPN.

Participao da RPPN em fruns ambientais ampliada.

Potencial para turismo: acadmico, agro ecolgico,


holstico e de alimentao viva.

Existncia de atrativos no entorno para o desenvolvimento de


projetos ecotursticos.

Infraestrutura ampliada.

Localizao adjacente Aldeia Velha.

Pessoal envolvido nas atividades da Fazenda e na RPPN


ampliado.

Presena de rio Aldeia Velha na propriedade e no entorno.

Segurana e fiscalizao consolidada.

Presena de recursos hdricos, com cachoeiras e gua cristalina, Programa de Comunicao e Divulgao da RPPN, voltado
para divulgao nacional e internacional, elaborado e
tpicos de montanha.
implementado.

Plano de Manejo da
Reserva Particular do Patrimnio Natural Fazenda Bom Retiro

3.3 Objetivos gerais do planejamento da RPPN


A lei nmero 9985, SNUC (MMA 2002), no Artigo 21 especifica que o objetivo maior de uma
RPPN a conservao da diversidade biolgica, sendo permitidas apenas as atividades de
pesquisa cientfica e visitao com objetivos tursticos, recreativos e educacionais dentro de
seus limites.
Ainda que no haja recomendao especfica para delimitao de rea de entorno para
proteo de uma RPPN, considera-se neste Plano de Manejo a Fazenda Bom Retiro, onde
esta inserida a RPPN, com os seguintes objetivos:
1. Contribuir para o conhecimento e a conservao da biodiversidade local, em especial a
Mata Atlntica;
2. Propor diretrizes para atingir os seus objetivos;
3. Definir aes especficas para o manejo da RPPN;
4. Estabelecer a diferenciao e a intensidade de uso mediante o Zoneamento, com vistas
proteo de seus recursos naturais;
5. Orientar a captao e aplicao de recursos na RPPN;
6. Orientar as aes de pesquisa cientfica dentro da RPPN e seu entorno;
7. Viabilizar a explorao turstica de mnimo impacto que promova educao ambiental
aos seus visitantes;
8. Definir aes que contribuam na conectividade da RPPN com demais UCs da regio; e
9. Estabelecer diretrizes para futuros projetos educacionais.
3.4 Objetivos de Criao da RPPN
1. Preservar a perpetuidade dos ricos e raros recursos naturais existentes na propriedade;
2. Estimular instituies de pesquisa a desenvolverem atividades na rea;
3. Fomentar projetos de educao ambiental para a regio;
4. Divulgar iniciativas conservacionistas atravs de pesquisas cientficas, atividades
educativas, tursticas e agroecolgicas nesta Unidade de Conservao, de modo a
contribuir diretamente para a gerao de renda da propriedade.
3.5 Objetivos Especficos
Alm dos objetivos de sua criao, foram definidos como objetivos especficos:
1. Proteo de um fragmento do Bioma Mata Atlntica e sua biodiversidade;
2. Assegurar a conservao in situ de recursos genticos das espcies existentes nos
ecossistemas presentes;
3. Proteger as espcies da fauna e flora endmicas e as ameaadas de extino;
4. Contribuir para conservao dos recursos hdricos;
5. Contribuir para a difuso de prticas agrcolas de baixo impacto;
6. Contribuir para a proteo de sementes nativas de Mata Atlntica;
7. Propiciar pesquisa cientifica para aprimorar o conhecimento das espcies de forma a
contribuir para o seu manejo e conservao;
8. Viabilizar prticas de uso mltiplo de recursos naturais;
9. Possibilitar a sensibilizao e educao ambiental;

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10. Promover a visitao e as aes de educao ambiental como instrumento estratgico


da conservao;
11. Promover atividades de recreao em contato com a natureza;
12. Promover a conectividade da vegetao nativa da RPPN com a vegetao do entorno e
demais UCs da regio;
13. Contribuir para a difuso de prticas permaculturais, agroecolgicas e de alimentao
viva; e
14. Promover as prticas de mnimo impacto durante a visitao turstica.
3.6 Zoneamento
Segundo o Cap. I, Art.2, da Lei 9.985/00, entende-se por Zoneamento a definio de
setores ou Zonas em uma Unidade de Conservao com objetivos de manejo e normas
especficas, visando proporcionar os meios e as condies para que todos os objetivos da
UC possam ser alcanados de forma harmnica e eficaz.
As Zonas tm diferentes objetivos e demandam distintos graus de proteo e interveno.
Para sua definio, este zoneamento definiu quatro zonas a partir de critrios fsicos,
biolgicos e antrpicos.
3.6.1 Critrios do Zoneamento
Na definio das Zonas foram adotados os seguintes critrios:

Geomorfologia;

Grau de conservao da vegetao;

Presena de espcies raras, endmicas, vulnerveis e/ou ameaadas de extino;

Presena de habitats especficos para a sobrevivncia das espcies;

Presena de reas midas ou de cachoeiras;

Infraestrutura para turismo;

Agenda 21 do municpio de Casimiro de Abreu e Silva Jardim;

reas com potencial para uso de produtos florestais no-madeireiros;

3.6.2 Definio das Zonas


De acordo com os subsdios cartogrficos utilizados a rea total da Fazenda Bom Retiro
de 556,94 ha e da RPPN 472,35 ha. O mapa apresentado na FIGURA 3.1 mostra a
distribuio das quatro zonas na RPPN e na Fazenda Bom Retiro. A TABELA 3.1 apresenta
as zonas com seus percentuais de rea em relao a rea total.
Foram definidas para a RPPN quatro zonas: Zona Silvestre, Zona de Proteo, Zona de
Recuperao e Zona de Visitao. Na Fazenda Bom Retiro optou-se, tambm, por
recomendar zonas que tm o papel de orientar o uso das atividades de apoio RPPN.
3.6.2.1 Zona Silvestre
A Zona Silvestre a que possui o menor grau de alterao e na qual o bioma se encontra
mais ntegro. Tem por objetivos proteger a fauna e a flora e os atributos de maior fragilidade
ambiental. Destina-se preservao do ecossistema de Mata Atlntica, proteo de habitats

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das espcies residentes, migratrias, raras, endmicas e/ou ameaadas de extino, bem
como garantir a perenidade dos recursos hdricos.
As atividades permitidas so a pesquisa cientfica, a proteo e a fiscalizao.
Normas
As atividades humanas sero limitadas proteo, ao monitoramento, fiscalizao
e pesquisa cientfica, incluindo-se educao ambiental. As atividades permitidas
no podero comprometer a integridade dos recursos naturais.
No sero permitidas quaisquer intalaes de infraestrutura, salvo aquelas
destinadas as aes de proteo, fiscalizao e pesquisa. (Ex. aceiros, trilhas,
pontes e pontos de apoio)
No permitida a visitao exceto para atividades especficas de educao
ambiental.
Os grupos para os estudos cientficos, observao de animais e educao ambiental
em pontos estratgicos devero ser inferiores a 8 pessoas, de forma a minimizar o
impacto humano no ambiente.
permitida a captao de gua para uso nas atividades de apoio ao visitante e
rotina da RPPN.
vedado:
-

Corte de rvores nativas;

Alteraes no perfil do relevo, exceto em casos especficos de eventos naturais e


reas para a implementao de mecanismos de proteo ambiental;

A edificao;

A minerao; e

Introduo, permanncia e circulao de animais domsticos e exticos.

3.6.2.2 Zona de Proteo


Esta Zona apresenta condies naturais com baixo grau de interveno e tem por objetivos
a conservao dos recursos naturais e da biodiversidade. As atividades permitidas so, a
pesquisa cientfica, a fiscalizao, o monitoramento, a educao ambiental, a visitao de
baixo impacto e admite-se o uso indireto dos recursos naturais.
Normas
Podero ser instalados equipamentos para a interpretao dos recursos naturais,
sempre em harmonia com a paisagem.
permitida a implantao de instalaes de baixo impacto essenciais para as
atividades acima citadas.
permitido o uso de veculos de trao em baixa velocidade. Neste caso, devero
ser atendidas as resolues CONAMA para rudo e poluio.
So permitidos os estudos cientficos e a observao de animais.
permitida a captao de gua para uso nas atividades de apoio ao visitante e
rotina da RPPN.
permitido o plantio e manejo de espcies nativas, incluindo sementes para projetos
de recuperao de reas degradadas e conservao de flora.
vedado:
-

Corte de rvores nativas;

Retirada de espcies vegetais nativas da Mata Atlntica;


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Alteraes no perfil do relevo, exceto em casos especficos de eventos naturais


e reas para a implementao de mecanismos de proteo ambiental;

A minerao; e

Introduo, permanncia e circulao de animais domsticos.

3.6.2.3 Zona de Recuperao


Esta Zona apresenta reas com significativo grau de alterao, havendo necessidade de
recuperao. Essa recuperao pode ser natural ou com aes de manejo. Os objetivos so
diminuir ou cessar a degradao ambiental e garantir o processo de sucesso ecolgica. As
atividades permitidas so educacionais, interpretativas, de recuperao ambiental, de
pesquisa e de proteo.
Normas
A recuperao de reas degradadas deve seguir projetos planejados. Nos plantios
devero ser utilizadas espcies nativas.
As espcies nativas utilizadas podem ser de interesse econmico.
Os projetos de recuperao de reas degradadas podem ter objetivos de
implantao de sistemas agroflorestais.
Poder ser permitida a implementao de infraestrutura necessria para a
implantao dos projetos de recuperao, como por exemplo viveiros, irrigao,
separador de sementes etc.
Os resduos slidos gerados devero ser acondicionados seletivamente, recolhidos
periodicamente e depositados em local adequado. Sempre que possvel, dever ter
destinao
alternativa
de
baixo
impacto
(reciclagem,
compostagem,
reaproveitamento, etc.)
So permitidos os estudos cientficos e observao de animais silvestres em pontos
estratgicos.
permitido o plantio e manejo de espcies nativas.
vedado:
-

Retirada de espcies vegetais nativas da Mata Atlntica;

A minerao;

Entrada, permanncia e circulao de animais domsticos;

O uso de insumos agrcolas (fertilizantes de agrotxicos qumicos).

3.6.2.4 Zona de Visitao


Esta Zona constituda de reas naturais e permite alguma forma de alterao humana.
Destina-se a conservao e s atividades de visitao, educao ambiental, atividades
culturais , recreativas, interpretativas , tursticas, esportivas, de pesquisa cientfica, proteo
e administrao, em especial as de apoio s atividades da RPPN.
Esta Zona est dividida em duas reas, A e B.
Normas
Caso o proprietrio deseje instalar infraestrutura no interior da RPPN, estas
instalaes devero estar localizadas nesta rea.
A utilizao da infraestrutura dever estar subordinada a sua capacidade suporte.

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A instalao e operao da infraestrutura no poder comprometer os atriburtos


naturais e dever estar em harmonia e integrada ao ambiente.
A fiscalizao deve ser intensiva.
O esgoto dever receber tratamento adequado para evitar a contaminao de corpos
hdricos e nascentes, sempre que possvel com tecnologias alternativas de baixo
impacto.
Os resduos slidos gerados devero ser acondicionados seletivamente, recolhidos
periodicamente e depositados em local adequado. Sempre que possvel, utilizar-se
de destinao alternativa de baixo impacto (reciclagem, compostagem,
reaproveitamento, etc.)
So permitidos os estudos cientficos e observao de animais silvestres.
permitida a manuteno da trilha e o manejo e plantio de espcies nativas de
interesse. (ex. frutferas nativas que atraiam animais silvestres).
permitida a captao de gua para uso nas atividades de apoio ao visitante e
rotina da RPPN.
vedado:
-

Retirada de espcies vegetais nativas da Mata Atlntica;

Entrada, permanncia e circulao de animais domsticos e exticos;

O uso de insumos agrcolas (fertilizantes de agrotxicos qumicos).

Alteraes no perfil do relevo, exceto em casos especficos de eventos naturais


extremos e reas para a implementao de mecanismos de proteo ambiental;

O fogo, cigarros e objetos que possam propagar fascas ou chamas, exceto na


rea de camping e nas cozinhas coletivas.

Aparelhos de som ou que provoquem rudos que possam impactar o equilbrio


ecolgico.

rea A
No caso da RPPN Fazenda Bom Retiro, a rea A no faz parte da RPPN propriamente dita,
uma rea onde est a estrutura de apoio a RPPN. So permitidas todas as atividades que
no coloquem em risco os objetivos da RPPN. So permitidas as atividades mltiplas de
educao ambiental e turismo sustentvel, cursos, reunies e eventos sustentveis
variados. Os estudos cientficos, meditao, prticas alternativas, observao de animais,
recreao em contato com a natureza, prticas agroecolgicas, a educao e interpretao
ambiental, o contato e treinamento nos princpios da alimentao viva e orgnica, entre
outras formas de utilizao indireta dos recursos naturais e culturais.
rea B
Esta rea margeia, com dez metros de cada lado, a trilha de acesso a Zona Silvestre,
chamada de caminho da floresta.
TABELA 3.1
Zona
Zona Silvestre
Zona de Proteo
Zona de Recuperao
Zona de Visitao
Estrada
Total

Valores de rea em Relao aos Totais das Zonas em relao


Fazenda e a RPPN e suas Respectivas Percentagens
re na Fazenda
454,4
41,14
2
58,98
0,08
556,60

Percentagem
81,64
7,39
0,36
10,60
100,00

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rea na RPPN
444,07
8,55
0
19,73
0
472,35

Percentagem
94,01
1,81
0,00
4,18
0
100,00

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FIGURA 3.1

Mapa de Zoneamento

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3.6.3 Descrio das Zonas


O memorial descritivo do Zoneamento da Fazenda Bom Retiro e da RPPN apresenta
delimitao descrita por pontos e correspondentes coordenadas aproximadas,
georreferenciadas ao Sistema Geodsico Brasileiro e encontram-se representadas no
Sistema UTM, referenciadas ao Meridiano Central 45 WGr, datum horizontal WGS84 (fuso
23). Todos os azimutes e distncias, rea e permetro foram calculados no plano de
projeo UTM. Para realizao do presente memorial descritivo as coordenadas foram
obtidas a partir das ortofotos escala 1:25.000 oriundas do convnio IBGE/SEA, obtidas em
2005/2006 e da base topogrfica escala 1:50000 IBGE/DSG contnua, disponibilizada pelo
IBGE, abrangendo a rea referente folha de Quartis - SF-23-Z-B-III-3-MI-2717-3 e folha
de Casimiro de Abreu - SF-23-Z-B-III-4 do mapeamento sistemtico escala 1:50000
(IBGE/DSG).
Zona Silvestre
Descrio
Esta zona formada por uma nica rea que se estende desde o alto da Serra dos
Quarenta, no limite leste da Fazenda Bom Retiro, at a base da Serra. Localiza-se a leste
da Estrada SJA-023 e do rio Aldeia Velha. Nesta Zona esto situados o Crrego do Cardoso
e parte do Ribeiro dos Quarenta de Baixo. a zona de maior extenso, totalizando 454,40
ha, correspondendo a 81,64% do total da rea. Deste montante, 94,01% esto localizados
dentro da rea da RPPN e 5,99% na rea somente da Fazenda. A Zona Primitiva est
coberta principalmente por Floresta Ombrfila Densa em estgio avanado e algumas
poucas e pequenas reas de Floresta Ombrfila Densa em Estgio Mdio. Tambm se
encontram nesta zona diversos topos de morros, cumeadas, colinas e vertentes.
Delimitao
Inicia-se na base da Serra dos Quarenta a cerca de 30 metros ao norte do Crrego do
Cardoso e da Trilha Caminho da Floresta, na curva de 120 metros de altitude no Ponto 1,
nas coordenadas E: 777.965,25 m e N: 7.514.196,88 m com azimute 0 49' 45,17''. Segue
em direo noroeste e depois nordeste, por 422,19 m beirando a curva de 120 m at
encontrar o Ponto 2, nas coordenadas E: 777.971,35 m e N: 7.514.619,03 m com azimute
33 00' 56,08''. Sobe, em linha reta por 81,80 m at encontrar a curva de 160 m de altitude
no Ponto 3, nas coordenadas E: 778.053,04 m e N: 7.514.614,70 m com azimute 20 07'
42,25. Passa a beirar esta curva seguindo por 317,70 m at encontrar o Ponto 4, nas
coordenadas E: 778.162,37 m e N: 7.514.913,00 m com azimute 66 13' 26,68''. Continua
subindo por 113,50 m at encontrar com o limite noroeste da Fazenda, prximo a curva de
180 m de altitude, no Ponto 5, nas coordenadas E: 778.266,24 m e N: 7.514.958,76 m com
azimute 125 26' 33,46''. Deste ponto segue beirando o limite da Fazenda, por 328,65 m,
subindo a vertente da Serra dos Quarenta at atingir 340 metros de altitude, no Ponto 6 nas
coordenadas E: 778.533,99 m e N: 7.514.768,18 m com azimute 169 43' 25,25''.Deste
ponto passa a beirar todo o limite norte e nordeste da Fazenda, subindo a Serra dos
Quarenta, depois segue pelo limite oeste e sul, percorrendo 10.440 metros at encontrar a
curva de 300 metros no Ponto 7, nas coordenadas E: 778.673,07 m e N: 7.514.001,07 m
com azimute 16 17' 30,82''. Passa a beirar a curva de 300 metros, por 404,69 metros, at
encontrar o Ponto 8, nas coordenadas E: 778.754,63 m e N: 7.514.280,13 m com azimute
314 57' 17,37''. Desce at encontrar a curva de 200 metros, em linha reta por 179,36 m at
o Ponto 9, nas coordenadas E: 778.627,70 m e N: 7.514.406,86 m com azimute 255 39'
01,22''. Segue beirando a curva de 200 metros, por 42 metros, at encontrar o Ponto 10,
localizado prximo ao Crrego do Cardoso, nas coordenadas E: 778.649,62 m e N:
7.514.439,89 m. Deste ponto passa a contornar toda a Zona de Visitao da Trilha Caminho
da Floresta, indo at o limite da Fazenda, no topo da Serra dos Quarenta, percorrendo 9.606
metros e retornando at encontrar novamente o Ponto 1, fechando o polgono.

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Zona de Proteo
Descrio
Esta zona formada por duas reas (rea A e rea B) que esto localizados da poro
oeste e noroeste na Fazenda Bom Retiro, respectivamente. As duas reas juntas possuem
41,14 ha representando 7,39% da rea total da Fazenda. A rea A, constituda por um
morro, est inserida somente na Fazenda e possui 30,44 ha. Localiza-se a oeste da Estrada
SJA-023 e do rio Aldeia Velha, constituindo o limite oeste da propriedade. formada por
Floresta Ombrfila Densa em estgio avanado, mdio e inicial. Tambm possui uma
pequena rea mida coberta por vegetao rasteira. A rea B, baixa e plana, est inserida
majoritariamente na rea da RPPN. Sua rea total possui 10,70 ha, sendo que deste
montante, 8,55 ha esto localizados dentro da rea da RPPN e 2,15 ha na rea somente da
Fazenda. formada por Floresta Ombrfila Densa em estgio avanado e mdio,
vegetao herbceo-arbustiva e mata ciliar. Parte do rio Aldeia Velha est localizado nesta
zona.
Delimitao
rea A
Inicia-se no ponto de interseo entre a margem direita da estrada SJA 023 (tambm
conhecida como Estrada Aldeia Velha Lumiar) e o limite noroeste da Fazenda, no Ponto 1
nas coordenadas E: 777.641,99 m e N: 7.514.458,71 m com azimute 210 40' 49,18''.
Segue beirando a margem direita da SJA 023, por 673,54 m at encontrar o limite sudoeste
da Fazenda, distante 132 metros ao norte da cidade de Aldeia Velha, no Ponto 2, nas
coordenadas E: 777.314,73 m e N: 7.513.907,11 m com azimute 319 01' 19,10''. Deste
ponto segue beirando o limite oeste da Fazenda, por 1.617,70, localizado oeste da estrada
SJA 023, passando prximo Fazenda da Andorinha, at encontrar novamente o Ponto 1 e
fechando o polgono.
rea B
Inicia-se na base da Serra dos Quarenta, no limite noroeste da Fazenda, prximo a curva de
180 metros de altitude, no Ponto 1, nas coordenadas E: 778.266,24 m e N: 7.514.958,76 m
com azimute 246 13' 26,68''. Desce para a curva de 160 metros, em linha reta por 113,50 m
at encontrar o Ponto 2, nas coordenadas E: 778.162,37 m e N: 7.514.913,00 m com
azimute 200 07' 42,25''. Segue beirando a mesma curva por 330,70 m at encontrar o
Ponto 3, nas coordenadas E: 778.053,04 m e N: 7.514.614,70 m com azimute 273 02'
02,90'' . Continua descendo at encontrar a curva de 120 metros, em linha reta por 81,80
at o Ponto 4, nas coordenadas E: 777.971,35 m e N: 7.514.619,03 m com azimute 224
02' 12,40''. Segue beirando a curva de 120 metros, por 75,71, at encontrar o Ponto 5, nas
coordenadas E: 777.918,72 m e N: 7.514.564,60 m com azimute 310 39' 44,15'' de onde
segue, em linha reta por 146,78 m, atravessa o rio Aldeia Velha at encontrar o Ponto 6,
localizado na margem direita do rio, nas coordenadas E: 777.807,38 m e N: 7.514.660,24 m
com azimute 222 22' 52,57''. Segue beirando a margem direita do rio Aldeia Velha, por
145,23 m at encontrar o Ponto 7, localizado na interseo entre o rio Aldeia Velha e o
limite noroeste da Fazenda, nas coordenadas E: 777.706,61 m e N: 7.514.548,01 m com
azimute 34 19' 36,24''. Deste ponto segue beirando todo limite noroeste da Fazenda, por
836,50 m, at encontrar novamente o Ponto 1 e fechando o polgono,
Zona de Recuperao
Descrio
Esta zona formada por uma nica rea localizada na poro centro-oeste da Fazenda e a
leste da Estrada SJA-023. Nesta Zona esto situados parte do rio Aldeia Velha, parte da
estrada de acesso a sede da Fazenda, a porteira, a ponte e o refeitrio. a zona de menor
extenso, totalizando 2,00 ha, correspondendo a 0,36% do total da rea, estando inserida
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somente na Fazenda A zona formada por mata ciliar em estgio inicial e mdio, sendo
nesta rea desenvolvido o projeto de recuperao da vegetao nas margens do rio Aldeia
Velha.
Delimitao
Inicia-se na margem esquerda da estrada SJA 023, numa rea mida, no Ponto 1, nas
coordenadas E: 777.650,57 m e N: 7.514.412,13 m com azimute 90 16' 21,31''. Segue em
linha reta por 54,65 m, atravessa o rio Aldeia Velha at encontrar o Ponto 2, nas
coordenadas E: 777.705,22 m e N: 7.514.411,87 m com azimute 203 43' 08,08''. Deste
ponto segue por 210,30 m acompanhando o curso da margem esquerda do rio Aldeia Velha,
por sempre mantendo uma distncia de 15 metros do rio, at encontrar a curva de 80
metros altitude e a estrada de entrada da Fazenda, prximo a guarita, no Ponto 3, nas
coordenadas E: 777.629,90 m e N: 7.514.240,44 m com azimute 238 30' 55,96''. Continua
acompanhando o curso do rio Aldeia Velha, por 153,77m, sempre mantendo a distncia de
15 metros da margem, at encontrar o Ponto 4, nas coordenadas E: 777.503,73 m e N:
7.514.163,17 m com azimute 270 55' 43,94''. Deste ponto segue, em linha reta por 55,52 m,
atravessa novamente a o rio Aldeia Velha e segue at encontrar a margem esquerda da
estrada SJA 023, no Ponto 5, nas coordenadas E: 777.448,22 m e N: 7.514.164,07 m com
azimute 51 09' 40,16''. Segue beirando a margem esquerda da estrada, por 180,44 m, at
encontrar a entrada da Fazenda, no Ponto 6, nas coordenadas E: 777.586,42 m e N:
7.514.275,34 m com azimute 25 07' 30,10''. Continua seguindo a margem esquerda da SJA
023, por 151,09 m at encontrar o Ponto 1, e fechando o polgono.
Zona de Visitao
Descrio
Esta zona formada por duas reas (rea A e rea B). As duas reas juntas possuem
58,98 ha representando 10,60% do total da Fazenda. A rea A est localizada na poro
centro - sudoeste da Fazenda e a leste da Estrada SJA-023. formada por rea mida com
vegetao rasteira e vegetao herbceo-arbustiva. Nesta rea est situada toda a
infraestrutura da Fazenda, tais como a sede, o viveiro de mudas, os alojamentos, os
campings, quadra de volei, duchas naturais, Sauna Xamnica, Templo de Meditao Fluir
de Bambu. Tambm est situada parte do rio Aldeia Velha. A rea possui 47,58 ha, dos
quais 9,39 ha esto localizados na RPPN e 38,19 na Fazenda.
A rea B formada pela trilha Caminho da Floresta acrescida de uma rea de 10 metros de
cada lado que acompanha todo seu trajeto. Possui 11,40 ha dos quais 10,33 esto situados
na RPPN e 1,07 na Fazenda. Esta rea se estende desde o incio da trilha, prximo da sede
e segue at o limite leste da Fazenda, localizado no topo da Serra dos Quarenta. Nos
primeiros 2.370 metros de extenso, esta acompanha o curso do Crrego do Cardoso at
chegar a um divisor de guas. Aps o divisor de guas passa a acompanhar um rio tributrio
da margem direita do Ribeiro dos Quarenta de Baixo, por cerca de 1.470 metros. Atravessa
o Ribeiro dos Quarenta de Baixo e sobe a vertente at o limite leste da Fazenda.
Delimitao
rea A
Inicia-se na margem esquerda do rio Aldeia Velha, cerca de 128 metros ao norte da quadra
de volei e a 15 metros a oeste da Estrada SJA-023, numa rea de terra mida, no Ponto 1,
nas coordenadas E: 777.811,08 m e N: 7.514.657,31 m com azimute 130 44' 17,59''.
Segue em linha reta por 142,06 m at encontrar a curva altimtrica de 120 metros no Ponto
2, nas coordenadas E: 777.918,72 m e N: 7.514.564,60 m com azimute 181 14' 01,84''.
Deste ponto passa a beirar a curva altimtrica de 120 metros por 387,45 m at encontrar a
rea B da Zona de Visitao, no Ponto 3, nas coordenadas E: 777.911,62 m e N:
7.514.234,95 m com azimute 293 57' 59,59''. Passa a contornar a rea B da Zona de
Visitao em sei limite noroeste, por 114,52 m at o Ponto 4, nas coordenadas E:

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777.806,97 m e N: 7.514.281,47 m com azimute 226 55' 01,36''. Continua contornando a


rea B da Zona de Visitao, no seu limite oeste, por 18,81 m at o Ponto 5, nas
coordenadas E: 777.793,23 m e N: 7.514.268,62 m com azimute 78 41' 24,24''. Deste
ponto passa a beirar o limite sudoeste da rea B da Zona de Visitao, por 955,36 m at
encontrar a curva altimtrica de 200 metros, no Ponto 6, nas coordenadas E: 778.649,63 m
e N: 7.514.439,90 m com azimute 213 34' 25,89''. Passa a beirar esta curva, por 39,66 m
at o Ponto 7, nas coordenadas E: 778.627,70 m e N: 7.514.406,86 m com azimute 134 57'
17,37 sobe para a curva altimtrica de 300 metros, por 179,36 m at o Ponto 8, nas
coordenadas E: 778.754,63 m e N: 7.514.280,13 m com azimute 196 17' 30,82''. Passa a
beirar esta curva, por 404,69 m at encontrar o limites sudoeste da Fazenda, localizado na
Serra dos Quarenta, no Ponto 9, nas coordenadas E: 778.673,07 m e N: 7.514.001,07 m
com azimute 265 57' 47,85. Deste ponto passa a beirar o limite sudoeste da Fazenda por
1.968,46 m, passa prximo cidade de Aldeia Velha e a Estrada SJA-023, no Ponto 10, nas
coordenadas E: 777.315,99 m e N: 7.513.905,30 m com azimute 27 04' 00,39''. Passa a
beirar a Estrada SJA-023, por 292,22 m, at encontrar a Zona de Recuperao no Ponto 11,
nas coordenadas E: 777.448,22 m e N: 7.514.164,07 m com azimute 90 55' 43,94'. Segue,
em linha reta por 55,52 m, beirando o limite sul da Zona de Recuperao, atravessa o rio
Aldeia Velha at o Ponto 12, nas coordenadas E: 777.503,73 m e N: 7.514.163,17 m com
azimute 58 30' 55,96''. Segue, por 153,80 m, beirando o limite sudeste da Zona de
Recuperao at encontrar a curva altimtrica de 80 metros e a estrada de acesso sede
da Fazenda, no Ponto 13, nas coordenadas E: 777.629,90 m e N: 7.514.240,44 m com
azimute 23 43' 08,08''. Segue, por 210,70 m, beirando o limite leste e nordeste da Zona de
Recuperao at o Ponto 14, nas coordenadas E: 777.705,22 m e N: 7.514.411,87 m com
azimute 270 16' 21,31''. Segue por 54,65 m, beirando o limite norte da Zona de
Recuperao, atravessa novamente o rio Aldeia Velha at encontrar a margem da Estrada
SJA-023, no Ponto 15, nas coordenadas E: 777.650,57 m e N: 7.514.412,13 m com azimute
357 40' 06,17''. Passa a beirar a margem da Estrada SJA-023, por 54,07 m, at encontrar o
limite noroeste da Fazenda, no Ponto 16, nas coordenadas E: 777.648,48 m e N:
7.514.463,46 m com azimute 34 33' 25,27''. Segue beirando o limite noroeste da Fazenda
por 102,83 m, at encontrar novamente o rio Aldeia Velha no Ponto 17, nas coordenadas E:
777.706,81 m e N: 7.514.548,15 m com azimute 43 41' 14,99''. Segue beirando a margem
esquerda do rio Aldeia Velha, por 160,33 m at encontrar novamente o Ponto 1, fechando o
polgono.
Visitao rea B (Trilha Caminho da Floresta)
Inicia-se na interseo entre a Zona Silvestre e a curva altimtrica de 120 metros no Ponto
1, nas coordenadas E: 777.911,62 m e N: 7.514.234,95 m com azimute 288 35' 27,84''.
Segue por 24,37 m at o Ponto 2, nas coordenadas E: 777.888,52 m e N: 7.514.242,72 m
com azimute 294 19' 59,99'', segue por 30,43 m at o Ponto 3, nas coordenadas E:
777.860,79 m e N: 7.514.255,26 m com azimute 288 57' 05,79''. Segue por 39,63 m at o
Ponto 4, nas coordenadas E: 777.823,31 m e N: 7.514.268,13 m com azimute 298 04'
09,28''; segue por 10,39 m at o Ponto 5, nas coordenadas E: 777.814,14 m e N:
7.514.273,02 m com azimute 325 57' 08,13''; segue por 7,11 m at o Ponto 6, nas
coordenadas E: 777.810,16 m e N: 7.514.278,91 m com azimute 313 52' 58,63''; segue por
2,54 m at o Ponto 7, nas coordenadas E: 777.808,33 m e N: 7.514.280,67 m com azimute
301 51' 28,80''; segue por 1,65 m at o Ponto 8, nas coordenadas E: 777.806,93 m e N:
7.514.281,54 m com azimute 226 40' 42,09''; segue por 18,83 m at o Ponto 9, nas
coordenadas E: 777.793,23 m e N: 7.514.268,62 m com azimute 146 59' 44,03''; segue por
11,13 m at o Ponto 10, nas coordenadas E: 777.799,29 m e N: 7.514.259,29 m com
azimute 130 33' 21,22''; segue por 4,11 m at o Ponto 11, nas coordenadas E: 777.802,41
m e N: 7.514.256,62 m com azimute 118 01' 24,13''; segue por 14,41 m at o Ponto 12,
nas coordenadas E: 777.815,13 m e N: 7.514.249,85 m com azimute 109 00' 20,47''; segue
por 40,32 m at o Ponto 13, nas coordenadas E: 777.853,25 m e N: 7.514.236,72 m com
azimute 114 17' 14,96''; segue por 30,61 m at o Ponto 14, nas coordenadas E:
777.881,15 m e N: 7.514.224,13 m com azimute 108 17' 51,59''; segue por 30,35 m at o
Ponto 15, nas coordenadas E: 777.909,97 m e N: 7.514.214,60 m com azimute 88 34'
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Reserva Particular do Patrimnio Natural Fazenda Bom Retiro

54,44''; segue por 39,19 m at o Ponto 16, nas coordenadas E: 777.949,15 m e N:


7.514.215,57 m com azimute 95 06' 37,50''; segue por 17,29 m at o Ponto 17, nas
coordenadas E: 777.966,37 m e N: 7.514.214,03 m com azimute 130 08' 00,47''; segue por
21,25 m at o Ponto 18, nas coordenadas E: 777.982,62 m e N: 7.514.200,33 m com
azimute 111 42' 15,90''; segue por 40,59 m at o Ponto 19, nas coordenadas E:
778.020,33 m e N: 7.514.185,32 m com azimute 90 59' 45,45''; segue por 63,86 m at o
Ponto 20, nas coordenadas E: 778.084,18 m e N: 7.514.184,21 m com azimute 76 49'
10,31''; segue por 70,48 m at o Ponto 21, nas coordenadas E: 778.152,80 m e N:
7.514.200,28 m com azimute 88 40' 00,52''; segue por 41,26 m at o Ponto 22, nas
coordenadas E: 778.194,05 m e N: 7.514.201,24 m com azimute 76 40' 59,03''; segue por
27,05 m at o Ponto 23, nas coordenadas E: 778.220,37 m e N: 7.514.207,47 m com
azimute 55 01' 03,30''; segue por 19,55 m at o Ponto 24, nas coordenadas E: 778.236,39
m e N: 7.514.218,68 m com azimute 23 56' 40,08''; segue por 16,14 m at o Ponto 25, nas
coordenadas E: 778.242,94 m e N: 7.514.233,43 m com azimute 44 00' 14,39''; segue por
20,34 m at o Ponto 26, nas coordenadas E: 778.257,07 m e N: 7.514.248,06 m com
azimute 68 02' 49,58''; segue por 73,75 m at o Ponto 27, nas coordenadas E: 778.325,47
m e N: 7.514.275,63 m com azimute 62 51' 13,87''; segue por 48,06 m at o Ponto 28, nas
coordenadas E: 778.368,24 m e N: 7.514.297,56 m com azimute 56 41' 29,69''; segue por
43,30 m at o Ponto 29, nas coordenadas E: 778.404,43 m e N: 7.514.321,34 m com
azimute 73 14' 08,16''; segue por 28,64 m at o Ponto 30, nas coordenadas E: 778.431,85
m e N: 7.514.329,60 m com azimute 85 47' 24,61''; segue por 26,29 m at o Ponto 31, nas
coordenadas E: 778.458,07 m e N: 7.514.331,53 m com azimute 59 03' 00,32''; segue por
21,29 m at o Ponto 32, nas coordenadas E: 778.476,33 m e N: 7.514.342,48 m com
azimute 27 53' 03,78; segue por 23,11 m at o Ponto 33, nas coordenadas E: 778.487,14
m e N: 7.514.362,91 m com azimute 179 59' 57,91''; segue por 6.999.961,27 m at o Ponto
34, nas coordenadas E: 778.558,13 m e N: 514.401,64 m com azimute 0 00' 02,70; segue
por 7.000.038,27 m at o Ponto 35, nas coordenadas E: 778.649,67 m e N: 7.514.439,91 m
com azimute 60 24' 47,33; segue por 92,64 m at o Ponto 36, nas coordenadas E:
778.730,23 m e N: 7.514.485,65 m com azimute 51 51' 47,03; segue por 160,18 m at o
Ponto 37, nas coordenadas E: 778.856,22 m e N: 7.514.584,57 m com azimute 62 53'
58,16; segue por 74,17 m at o Ponto 38, nas coordenadas E: 778.922,25 m e N:
7.514.618,36 m com azimute 47 26' 43,88; segue por 13,59 m at o Ponto 39, nas
coordenadas E: 778.932,26 m e N: 7.514.627,55 m com azimute 68 58' 52,10; segue por
19,85 m at o Ponto 40, nas coordenadas E: 778.950,79 m e N: 7.514.634,67 m com
azimute 84 19' 01,19; segue por 53,72 m at o Ponto 41, nas coordenadas E: 779.004,25
m e N: 7.514.639,99 m com azimute 71 45' 05,43; segue por 27,21 m at o Ponto 42, nas
coordenadas E: 779.030,09 m e N: 7.514.648,51 m com azimute 55 31' 23,71; segue por
62,22 m at o Ponto 43, nas coordenadas E: 779.081,38 m e N: 7.514.683,73 m com
azimute 77 30' 07,17; segue por 30,27 m at o Ponto 44, nas coordenadas E: 779.110,93
m e N: 7.514.690,28 m com azimute 70 18' 22,86; segue por 34,84 m at o Ponto 45, nas
coordenadas E: 779.143,73 m e N: 7.514.702,02 m com azimute 59 23' 39,05; segue por
23,61 m at o Ponto 46, nas coordenadas E: 779.164,05 m e N: 7.514.714,04 m com
azimute 69 36' 58,10; segue por 74,39 m at o Ponto 47, nas coordenadas E: 779.233,78
m e N: 7.514.739,95 m com azimute 53 56' 06,79; segue por 38,29 m at o Ponto 48, nas
coordenadas E: 779.264,73 m e N: 7.514.762,49 m com azimute 62 52' 57,65; segue por
81,20 m at o Ponto 49, nas coordenadas E: 779.337,00 m e N: 7.514.799,50 m com
azimute 53 47' 25,96; segue por 34,70 m at o Ponto 50, nas coordenadas E: 779.365,00
m e N: 7.514.820,00 m com azimute 66 05' 52,16; segue por 46,30 m at o Ponto 51, nas
coordenadas E: 779.407,33 m e N: 7.514.838,76 m com azimute 75 54' 05,81; segue por
147,59 m at o Ponto 52, nas coordenadas E: 779.550,47 m e N: 7.514.874,71 m com
azimute 70 46' 44,68; segue por 401,35 m at encontrar um divisor de gua, perto da
nascente do Crrego do Cardoso, no Ponto 53, nas coordenadas E: 779.929,45 m e N:
7.515.006,84 m com azimute 78 59' 05,27; segue por 143,35 m at o Ponto 54, nas
coordenadas E: 780.070,16 m e N: 7.515.034,23 m com azimute 71 57' 34,52; segue por
299,88 m at o Ponto 55, nas coordenadas E: 780.355,30 m e N: 7.515.127,10 m com
azimute 80 12' 35,02; segue por 304,45 m at o Ponto 56, nas coordenadas E:
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Plano de Manejo da
Reserva Particular do Patrimnio Natural Fazenda Bom Retiro

780.655,32 m e N: 7.515.178,87 m com azimute 78 20' 58,37; segue por 113,85 m at o


Ponto 57, nas coordenadas E: 780.766,82 m e N: 7.515.201,86 m com azimute 90 04'
12,08; segue por 65,46 m at o Ponto 58, nas coordenadas E: 780.832,28 m e N:
7.515.201,78 m com azimute 106 48' 09,17; segue por 111,56 m at o Ponto 59, nas
coordenadas E: 780.939,08 m e N: 7.515.169,53 m com azimute 97 30' 00,86; segue por
174,06 m at o Ponto 60, nas coordenadas E: 781.111,65 m e N: 7.515.146,81 m com
azimute 86 03' 05,97; segue por 112,41 m at o Ponto 61, nas coordenadas E:
781.223,79 m e N: 7.515.154,55 m com azimute 73 23' 00,80; segue por 214,75 m at
encontrar o Ribeiro dos Quarenta de Baixo, no Ponto 62, nas coordenadas E: 781.429,57
m e N: 7.515.215,96 m com azimute 71 03' 30,90; segue por 251,14 m at o Ponto 63,
nas coordenadas E: 781.667,11 m e N: 7.515.297,48 m com azimute 59 18' 42,78; segue
por 171,11 m at o Ponto 64, nas coordenadas E: 781.814,26 m e N: 7.515.384,81 m com
azimute 44 25' 51,79; segue por 257,78 m at o Ponto 65, nas coordenadas E:
781.994,72 m e N: 7.515.568,89 m com azimute 16 34' 42,45; segue por 63,16 m at o
Ponto 66, nas coordenadas E: 782.012,74 m e N: 7.515.629,42 m com azimute 341 52'
52,61; segue por 50,42 m at o Ponto 67, nas coordenadas E: 781.997,06 m e N:
7.515.677,34 m com azimute 300 37' 58,64; segue por 85,55 m at o Ponto 68, nas
coordenadas E: 781.923,45 m e N: 7.515.720,93 m com azimute 326 18' 26,95; segue por
64,99 m at o Ponto 69, nas coordenadas E: 781.887,40 m e N: 7.515.775,00 m com
azimute 0; segue por 52,59 m at o Ponto 70, nas coordenadas E: 781.887,40 m e N:
7.515.827,59 m com azimute 32 58' 12,58; segue por 51,43 m at o Ponto 71, nas
coordenadas E: 781.915,39 m e N: 7.515.870,74 m com azimute 56 14' 53,49; segue por
59,20 m at o Ponto 72, nas coordenadas E: 781.964,61 m e N: 7.515.903,63 m com
azimute 42 57' 37,50; segue por 498,89 m at o Ponto 73, nas coordenadas E:
782.304,60 m e N: 7.516.268,73 m com azimute 57 06' 52,54; segue por 192,56 m at
atingir o limite leste da Fazenda, no topo da Serra dos Quarenta, no Ponto 74, nas
coordenadas E: 782.466,30 m e N: 7.516.373,28 m com azimute 322 30' 04,60; segue
beirando o limite leste da Fazenda por 19,50 m at o Ponto 75, nas coordenadas E:
782.454,43 m e N: 7.516.388,75 m com azimute 237 14' 49,77; segue por 193,47 m at o
Ponto 76, nas coordenadas E: 782.291,72 m e N: 7.516.284,08 m com azimute 222 57'
57,76; segue por 498,68 m at o Ponto 77, nas coordenadas E: 781.951,84 m e N:
7.515.919,17 m com azimute 236 02' 05,93; segue por 61,84 m at o Ponto 78, nas
coordenadas E: 781.900,55 m e N: 7.515.884,62 m com azimute 212 33' 09,73; segue por
60,92 m at o Ponto 79, nas coordenadas E: 781.867,77 m e N: 7.515.833,27 m com
azimute 180; segue por 63,96 m at o Ponto 80, nas coordenadas E: 781.867,77 m e N:
7.515.769,31 m com azimute 146 33' 31,73; segue por 75,34 m at o Ponto 81, nas
coordenadas E: 781.909,29 m e N: 7.515.706,44 m com azimute 120 14' 36,40; segue por
82,53 m at o Ponto 82, nas coordenadas E: 781.980,59 m e N: 7.515.664,87 m com
azimute 161 35' 39,62; segue por 37,12 m at o Ponto 83, nas coordenadas E:
781.992,31 m e N: 7.515.629,65 m com azimute 196 41' 42,34; segue por 52,91 m at o
Ponto 84, nas coordenadas E: 781.977,11 m e N: 7.515.578,97 m com azimute 224 29'
02,12; segue por 249,65 m at o Ponto 85, nas coordenadas E: 781.802,18 m e N:
7.515.400,86 m com azimute 239 18' 47,08; segue por 167,18 m at o Ponto 86, nas
coordenadas E: 781.658,41 m e N: 7.515.315,54 m com azimute 251 05' 26,87; segue por
248,71 m at encontrar o Ribeiro dos Quarenta de Baixo no Ponto 87, nas coordenadas E:
781.423,12 m e N: 7.515.234,94 m com azimute 253 22' 04,94; segue por 212,07 m at o
Ponto 88, nas coordenadas E: 781.219,92 m e N: 7.515.174,24 m com azimute 266 05'
25,00; segue por 108,38 m at o Ponto 89, nas coordenadas E: 781.111,79 m e N:
7.515.166,85 m com azimute 277 32' 03,24; segue por 169,85 m at o Ponto 90, nas
coordenadas E: 780.943,41 m e N: 7.515.189,12 m com azimute 286 44' 04,59; segue por
113,29 m at o Ponto 91, nas coordenadas E: 780.834,92 m e N: 7.515.221,74 m com
azimute 270 01' 57,61; segue por 70,15 m at o Ponto 92, nas coordenadas E:
780.764,77 m e N: 7.515.221,78 m com azimute 258 23' 16,02; segue por 115,61 m at o
Ponto 93, nas coordenadas E: 780.651,53 m e N: 7.515.198,51 m com azimute 260 11'
50,53; segue por 306,13 m at o Ponto 94, nas coordenadas E: 780.349,87 m e N:
7.515.146,39 m com azimute 252 00' 31,65; segue por 299,70 m at o Ponto 95, nas
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Plano de Manejo da
Reserva Particular do Patrimnio Natural Fazenda Bom Retiro

coordenadas E: 780.064,82 m e N: 7.515.053,82 m com azimute 258 54' 03,15; segue por
142,85 m at encontrar um divisor de gua, perto da nascente de um rio tributrio da
margem direita do Ribeiro dos Quarenta de Baixo, no Ponto 96, nas coordenadas E:
779.924,64 m e N: 7.515.026,32 m com azimute 250 46' 56,83; segue por 403,55 m at o
Ponto 97, nas coordenadas E: 779.543,58 m e N: 7.514.893,49 m com azimute 255 55'
50,06; segue por 146,57 m at o Ponto 98, nas coordenadas E: 779.401,41 m e N:
7.514.857,86 m com azimute 246 15' 52,71; segue por 50,46 m at o Ponto 99, nas
coordenadas E: 779.355,22 m e N: 7.514.837,55 m com azimute 233 55' 54,12; segue por
36,03 m at o Ponto 100, nas coordenadas E: 779.326,10 m e N: 7.514.816,34 m com
azimute 242 55' 25,34; segue por 80,69 m at o Ponto 101, nas coordenadas E:
779.254,25 m e N: 7.514.779,61 m com azimute 233 47' 57,51; segue por 37,67 m at o
Ponto 102, nas coordenadas E: 779.223,85 m e N: 7.514.757,36 m com azimute 249 44'
18,29; segue por 72,42 m at o Ponto 103, nas coordenadas E: 779.155,91 m e N:
7.514.732,28 m com azimute 245 46' 23,51; segue por 55,46 m at o Ponto 104, nas
coordenadas E: 779.105,33 m e N: 7.514.709,52 m com azimute 257 30' 34,54; segue por
32,37 m at o Ponto 105, nas coordenadas E: 779.073,73 m e N: 7.514.702,52 m com
azimute 235 47' 15,11; segue por 64,49 m at o Ponto 106, nas coordenadas E:
779.020,40 m e N: 7.514.666,26 m com azimute 252 03' 50,35;
segue por 21,79 m at o Ponto 107, nas coordenadas E: 778.999,67 m e N: 7.514.659,55
m com azimute 264 14' 11,02; segue por 53,77 m at o Ponto 108, nas coordenadas E:
778.946,17 m e N: 7.514.654,15 m com azimute 249 00' 39,34;
segue por 26,33 m at o Ponto 109, nas coordenadas E: 778.921,59 m e N: 7.514.644,72
m com azimute 227 49' 48,84; segue por 14,46 m at o Ponto 110, nas coordenadas E:
778.910,87 m e N: 7.514.635,01 m com azimute 242 37' 13,34; segue por 75,50 m at o
Ponto 111, nas coordenadas E: 778.843,83 m e N: 7.514.600,29 m com azimute 231 50'
15,73; segue por 158,64 m at o Ponto 112, nas coordenadas E: 778.719,10 m e N:
7.514.502,27 m com azimute 240 28' 09,71;
segue por 95,86 m at o Ponto 113, nas coordenadas E: 778.635,69 m e N: 7.514.455,02
m com azimute 247 45' 24,98; segue por 92,99 m at o Ponto 114, nas coordenadas E:
778.549,62 m e N: 7.514.419,82 m com azimute 241 08' 49,25; segue por 88,05 m at o
Ponto 115, nas coordenadas E: 778.472,50 m e N: 7.514.377,33 m com azimute 207 44'
46,06; segue por 23,65 m at o Ponto 116, nas coordenadas E: 778.461,49 m e N:
7.514.356,40 m com azimute 240 08' 45,50; segue por 11,07 m at o Ponto 117, nas
coordenadas E: 778.451,89 m e N: 7.514.350,89 m com azimute 266 08' 34,55; segue por
23,93 m at o Ponto 118, nas coordenadas E: 778.428,01 m e N: 7.514.349,28 m com
azimute 253 16' 27,46; segue por 33,18 m at o Ponto 119, nas coordenadas E:
778.396,23 m e N: 7.514.339,73 m com azimute 236 46' 48,56; segue por 45,96 m at o
Ponto 120, nas coordenadas E: 778.357,78 m e N: 7.514.314,55 m com azimute 242 59'
54,27; segue por 45,20 m at o Ponto 121, nas coordenadas E: 778.317,51 m e N:
7.514.294,03 m com azimute 247 41' 05,88; segue por 78,51 m at o Ponto 122, nas
coordenadas E: 778.244,88 m e N: 7.514.264,22 m com azimute 223 25' 55,38; segue por
27,65 m at o Ponto 123, nas coordenadas E: 778.225,87 m e N: 7.514.244,14 m com
azimute 203 35' 32,14; segue por 14,14 m at o Ponto 124, nas coordenadas E:
778.220,21 m e N: 7.514.231,18 m com azimute 236 45' 14,68; segue por 9,30 m at o
Ponto 125, nas coordenadas E: 778.212,43 m e N: 7.514.226,08 m com azimute 256 51'
45,49; segue por 22,26 m at o Ponto 126, nas coordenadas E: 778.190,75 m e N:
7.514.221,02 m com azimute 268 43' 56,24; segue por 40,68 m at o Ponto 127, nas
coordenadas E: 778.150,08 m e N: 7.514.220,12 m com azimute 256 49' 06,49; segue por
70,08 m at o Ponto 128, nas coordenadas E: 778.081,85 m e N: 7.514.204,14 m com
azimute 270 59' 50,87; segue por 58,02 m at o Ponto 129, nas coordenadas E:
778.023,84 m e N: 7.514.205,15 m com azimute 291 40' 37,06; segue por 32,49 m at o
Ponto 130, nas coordenadas E: 777.993,65 m e N: 7.514.217,15 m com azimute 309 21'
57,96; segue por 24,71 m at o Ponto 131, nas coordenadas E: 777.974,55 m e N:
7.514.232,82 m com azimute 276 21' 11,02; segue por 24,58 m at o Ponto 132, nas
coordenadas E: 777.950,12 m e N: 7.514.235,54 m com azimute 268 29' 49,21; segue por
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Plano de Manejo da
Reserva Particular do Patrimnio Natural Fazenda Bom Retiro

37,36 m at o Ponto 133, nas coordenadas E: 777.912,77 m e N: 7.514.234,56 m com


azimute 288 44' 00,10''; segue por 1,21 m at encontrar novamente o Ponto 1 e fechando o
polgono.
3.7

Normas Gerais da RPPN Bom Retiro

As normas gerais so procedimentos que devem ser adotados na RPPN e visam


estabelecer parmetros para as aes e diretrizes necessrias gesto da Unidade. Estas
diretrizes levam em considerao os objetivos da UC.

As atividades desenvolvidas na RPPN devem levar em considerao as prticas de


baixo impacto;

Toda a infraestrutura a ser implantada deve ser integrada a paisagem;

A visitao deve atender a capacidade suporte dos ambientes;

proibida a soltura de animais exticos, em qualquer circunstncia;

Fica proibida a disposio e destinao inadequada de resduos slidos;

Todo resduo (orgnico e inorgnico) gerado pelos visitantes, dentro da RPPN, de


responsabilidade destes e dever ser descartado corretamente;

O esgoto domstico dever ser tratado e destinado de forma adequada;

proibido o despejo de substncias txicas em qualquer rea da RPPN;


proibido alimentar os animais silvestres exceto na zona de visitao com produtos
naturais da regio em locais especficos;
proibido o uso do fogo com exceo de contrafogo na preveno e no combate a
incndios quando no houver alternativa tcnica para controle do foco;
permitida a utilizao de fogo a lenha e churrasqueira em locais especficos, na zona
de visitao.

3.8 Programas de manejo


Os Programas de Manejo tem objetivos definidos em cada Zona de Manejo e estabelecem,
atividades, normas e diretrizes para o desenvolvimento de todos os projetos da RPPN.
Incluem aes e diretrizes que tm interface com a rea da RPPN e a Fazenda Bom Retiro
onde est inserida.
Os Programas possuem carter de abrangncia ampla e, por este motivo, so estabelecidos
para a RPPN e para a Fazenda de forma a favorecer o desenvolvimento das atividades de
apoio para a proteo e gesto dos recursos naturais.
Os Programas de Manejo da RPPN Fazenda Bom Retiro foram estabelecidos de acordo
com os seguintes critrios:

Recomendaes do Roteiro metodolgico para elaborao de Plano de Manejo para


Reservas Particulares do Patrimnio Natural (Ferreira et al., 2004);

Diagnstico e recomendaes obtidas por meio dos levantamentos tcnico cientficos;

Gesto d a s atividades atuais em desenvolvimento na Fazenda Bom Retiro, e na rea


da RPPN, em especial visitao, educao ambiental e interpretao ambiental; e

Objetivos gerais e especficos da RPPN

Neste Plano de Manejo foram definidos nove Programas de Manejo que se apresentam de
forma resumida no QUADRO 3.3 e seus objetivos gerais Para cada Programa esto

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Plano de Manejo da
Reserva Particular do Patrimnio Natural Fazenda Bom Retiro

relacionados os objetivos geral e especficos, as atividades e as normas especificas a serem


seguidas.
Estes Programas so destinados a orientar a execuo de atividades de gesto, manejo e
proteo dos recursos naturais e visam ao cumprimento dos objetivos da RPPN. O
Programa de sustentabilidade se refere em especial a rea da Fazenda Bom Retiro.
Algumas atividades delineadas podem ser imediatamente implementadas, e por vezes j o
esto sendo, enquanto outras so diretrizes para a elaborao de um projeto especfico
mais detalhado.
QUADRO 3.3

Relao dos Programas de Manejo da RPPN

Programa

Objetivo geral

Administrao

Propiciar a gesto adequada, garantindo a funcionalidade da RPPN e o atendimento dos seus objetivos
de criao e especficos, no que se refere ao provimento de recursos humanos, infraestrutura,
equipamentos, organizao e controle de processos administrativos e financeiro, dando suporte aos
demais programas.

Proteo e
Fiscalizao

Manter a RPPN protegida de invases humanas e animais, e exercer o controle das atividades que
possam ameaar o patrimnio natural alm de assegurar a integridade dos funcionrios, estagirios,
voluntrios, pesquisadores e visitantes.

Pesquisa

Aumentar o conhecimento cientfico sobre a rea da RPPN e sua biodiversidade, de forma a subsidiar
os demais programas de proteo, manejo e gesto.

Comunicao e
Divulgao

Melhorar a comunicao entre a RPPN, Regio e as instituies nacionais e internacionais, que de


alguma forma tenham relao ou potencial de envolvimento com a UC e com o pblico em geral.

Recuperao
Ambiental

Identificar, mapear e definir o grau de degradao na rea da Fazenda, em especial na margem do Rio
Aldeia Velha de forma a desenvolver projetos especficos de recuperao de reas degradadas e
consolidar o Programa que j est em andamento.

Educao,
Interpretao
Ambiental;

Ampliar as atividades atuais, com o objetivo geral de integrar a RPPN com a comunidade da regio, de
forma a sensibiliz-la sobre a importncia da RPPN na conservao dos recursos naturais, do Bioma
da Mata Atlntica, em especial na regio Serrana e de Baixada e ainda o seu papel na conservao do
Mico-Leo-Dourado, das espcies ameaadas de extino e endmicas, e da importncia do Rio
Aldeia Velha. Alm de demonstrar o uso e o manejo dos recursos naturais com prticas
conservacionistas, mostrando como contribuir para o desenvolvimento social e econmico em bases
conservacionistas.

Turismo, Visitao
e Recreao

Proporcionar aos visitantes oportunidades para a recreao em contato com a natureza, o turismo
ecolgico e agroecolgico, a educao e interpretao ambiental, a realizao de aulas no campo, o
contato e treinamento nos princpios da alimentao viva, entre outras formas de utilizao indireta dos
recursos naturais e culturais.

Monitoramento

Integrar todas as atividades desenvolvidas na RPPN, atravs dos resultados obtidos ao longo do
tempo, de forma a identificar os melhores indicadores para avalio da Qualidade do ambiente alm de
subsidiar a avaliao da implementao do Plano de Manejo.

Sustentabilidade
econmica

Desenvolver atividades que possibilitem a captao e gerao de recursos financeiros para apoiar e
executar as atividades previstas no Plano de Manejo.

3.8.1 Programa de Administrao

Objetivo Geral
Propiciar a gesto adequada, garantindo a funcionalidade da RPPN e o atendimento dos
seus objetivos de criao e especficos, no que se refere ao provimento de recursos
humanos, infraestrutura, equipamentos, organizao e controle de processos
administrativos e financeiro, dando suporte aos demais programas.

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Plano de Manejo da
Reserva Particular do Patrimnio Natural Fazenda Bom Retiro

Objetivos Especficos:
-

Elaborar e operacionalizar as estratgias de implementao do Plano de Manejo;

Captar recursos para a RPPN por meio de cooperao interinstitucional;

Promover a cooperao interinstitucional;

Elaborar estratgias de interao com programas de desenvolvimento regional ou


similares;

Prover a RPPN de funcionrios, estagirios e voluntrios, que desenvolvam


atividades na RPPN;

Promover a Capacitao e treinamento de pessoal;

Elaborar oramento anual com previso de gastos para manuteno da RPPN; e

Identificar fontes de recursos para sustentabilidade da rea.

Indicadores de Desempenho
-

Km de cerca construdos;

Nmero de funcionrios, estagirios e parceiros capacitados;

Nmero de parcerias formalizadas;

Porcentagem da infraestrutura prevista, implantada, por ano;

Porcentagem dos recursos financeiros previstos, repassados e aplicados;

Valores da arrecadao com vendas de produtos; e

Programas iniciados, implantados/implementados e finalizados, por ano.

Atividades, subatividades e normas


Limites e rea
1.

Implantar a cerca no permetro da RPPN


Norma(s) especfica(s):
Esta cerca dever ter um formato especial para permitir a circulao de animais de
pequeno porte e s deve ser implantada nos locais em que a RPPN pode ser
considerada vulnervel entrada de pessoas desconhecidas e /ou caadores.

Sistema de Sinalizao
2.

Elaborar manual de sinalizao (informativa, educativa, indicativa e de interpretao)


para a RPPN com base no manual de sinalizao do ICMBio.
Norma(s) especfica(s):
Este manual dever ser seguido quando da elaborao dos projetos de sinalizao
dos demais Programas constantes neste Plano de Manejo.

3.

Aprimorar e concluir a implantao do sistema de sinalizao mediante projeto


especfico, com a instalao de placas em seu interior e limites, bem como nas
rodovias BR-101, e Estrada Municipal SJA-023 e outras estradas de acesso.
Norma(s) especfica(s)
O sistema de sinalizao dever estar de acordo com os padres estabelecidos
pelo ICMBio, atendendo ao pblico alvo, inclusive aos portadores de necessidades

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especiais deixando evidente os limites, os acessos, as reas restritas aos


funcionrios, as reas abertas ao pblico e/ou interditadas, os procedimentos em
caso de emergncia e/ou acidentes,
O sistema de sinalizao a ser colocada na rodovia federal e municipal devem
obedecer s normas especificadas pelos respectivos rgos administradores e
devem ser colocadas em parceria com o ICMBio, os rgos Administradores e as
Prefeituras locais de Casimiro de Abreu e de Silva Jardim.
4.

Fixar placas de advertncia nos limites da propriedade, informando tratar-se de


uma RPPN e as proibies legais.

Infraestrutura e Manuteno
5.

A infraestrutura prevista a ser implantada: alojamento para estudantes para pelo


menos 70 estudantes, laboratrio e salo para aulas, poder ser implantada na Zona
de Visitao, em locais onde a vegetao j se encontra alterada.
Norma(s) especfica(s):
Antes da implantao de qualquer infraestrutura, deve ser planejada e garantida
utilizao e manuteno da mesma, incluindo-se os equipamentos mveis.
importante atender a legislao vigente no que se refere s licenas ambientais.
Todos os projetos de infraestrutura devero levar em considerao as normas de
construo de infraestrutura ambientalmente corretos, incluindo-se a energia,
reuso de gua, saneamento bsico e adequao paisagem.

6.

Implementar um plano de manuteno preventivo e corretivo para a infraestrutura


existente na Fazenda e na que esta prevista a ser implantada, que incluir limpeza,
reparao e pintura das edificaes e instalaes, bem como para os
equipamentos/mquinas e os sistemas de sinalizao e comunicao.
Norma(s) especfica(s):
Manuteno e conservao dos equipamentos, estrada, caminhos, trilhas,
infraestrutura e EPIs, dever ser peridica e constante para aumentar a
durabilidade e a eficincia das aes, vinculadas ao Programa de Monitoramento.
A manuteno dever ser preventiva e corretiva.

7.

Avaliar as condies do sistema de circulao de gua para adequar ao nmero de


pessoas que passaro a circular na RPPN e na Fazenda;
Norma(s) especfica(s):
Dever ser observada a necessidade da construo de reservatrios para o
abastecimento da infraestrutura administrativa, uso pblico e auxiliar ao combate
de incndios.

8.

Avaliar a necessidade de reforma da rede de distribuio de energia e do sistema


eltrico das atuais infraestruturas e proceder aos ajustes necessrios.

9.

Dotar as instalaes de para-raios.

10.

Ampliar os servios de limpeza e de segurana.


Norma(s) especfica(s):
medida que forem construdas ou ampliadas as infraestruturas fsicas da RPPN,
devero ser avaliadas as necessidades de novas contrataes de auxiliares de
limpeza e manuteno.

Equipamentos
11.

Adquirir Equipamentos de Proteo Individual (EPI) para atividades de campo e


operacionais, bem como aquelas para uso pblico, quando exigidas pela legislao.
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12.

Fazer gestes junto a TELEMAR na TIM para que o sistema telefnico seja mais
eficiente.

13.

Adquirir e implantar na RPPN sistema de radiocomunicao, para as atividades de


Educao e Interpretao Ambiental, Proteo e Segurana, entre outras.

Regimento interno
14.

Elaborar o Regimento Interno que dever contemplar as normas administrativas e de


funcionamento, atribuies das diferentes pessoas que realizam atividades na RPPN,
atividades de fiscalizao com os parceiros, normas de pesquisa, estgios e
voluntariado e ocupao e uso das instalaes (sede, centro educativo, alojamentos e
outras dependncias).
Norma(s) especfica(s):
Criao de um manual tcnico com informaes especficas sobre as normas de
manejo e administrao da RPPN, de linguagem simples, a ser passada a todos
os funcionrios fixos, parceiros e/ ou terceirizados.

15.

O gerente da RPPN dever ser responsvel pela organizao e execuo das


atividades de gesto, manejo, manuteno e pelos Programas previstos neste Plano
de Manejo.

16.

A administrao dever optar por prticas sustentveis e tecnologias de mnimo


impacto ambiental no manejo da propriedade.

17.

Toda a estrutura administrativa dever manter-se fora da rea da RPPN.


Viabilizar um curso de capacitao tcnica para os funcionrios fixos, parceiros e/
ou terceirizados de forma que todos compreendam os objetivos e normas da
RPPN e se adequem conduta necessria.

Cooperao Interinstitucional
18.

Estabelecer parcerias formais com as Prefeituras dos municpios da regio, o ICMBio,


IBAMA para apoio na execuo de atividades de fiscalizao, segurana, vigilncia,
controle, preveno e combate a incndios e atendimento a qualquer emergncia que
ocorra na RPPN, inclusive servio de ambulncias.

19.

Estabelecer parceria formal com a Associao Mico-Leo-Dourado e /ou com a UFRJ,


para manter atualizado o banco de dados da RPPN, inclusive o SIG, Sistema de
Informaes Geogrficas.

20.

Estabelecer e formalizar parcerias com entidades locais ou regionais que viabilizem o


apoio a RPPN inclusive para ampliar o quadro de funcionrios que podem prestar
servios na RPPN.

21.

Estabelecer parcerias formais com instituies pblicas e/ou privadas para a


ampliao do viveiro florestal e adequao s normas tcnicas.

22.

Firmar parcerias com entidades de pesquisa para produo com o objetivo de


comercializao de fitoterpicos e alimentao viva e produo de outros produtos de
base conservacionista.

23.

Estabelecer parcerias com instituies de pesquisa e ONGs com o objetivo da


implementao das pesquisas prioritrias para a gesto e manejo da RPPN e ainda o
apoio para os projetos que auxiliem a implementao das atividades previstas no
Plano de Manejo e a Captao de recursos financeiros.

24.

Participar ativamente das reunies do Mosaico do Mico-Leo-Dourado e dos


Conselhos consultivos de outras UCs prximas (RB Poo das Antas, RB Unio, APA
do Rio S Joo e da APN - Associao do Patrimnio Natural (proprietrios de RPPN) e
outros fruns regionais ambientais de forma a identificar novas parcerias, projetos de
apoio regional, etc.
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25.

Inscrever a RPPN no Cadastro Nacional de Unidades de Conservao no endereo


www.mma.gov.br

26.

Participar do Programa de Conduta consciente do Ministrio do Meio Ambiente.

27.

Levar em considerao na gesto as Diretrizes para visitao em Unidades de


Conservao aprovadas na Portaria 120 do MMA.

Gesto financeira
28.

Identificar possveis fontes de financiamento visando captar recursos financeiros para


o gerenciamento da RPPN e atividades de apoio.

29.

Criar uma OSCIP e/ou ONG para a gesto compartilhada da RPPN e facilitar a
elaborao de projetos e a captao / aplicao de recursos.

30.

Elaborao e submisso de projetos para captao de recursos secundrios


direcionados gesto da UC, principalmente para manejo, pesquisa, recuperao das
reas degradadas, capacitao tcnica, centro de interpretao, alojamento e
laboratrio de pesquisas.

31.

Elaborar o oramento anual prevendo despesas para as demandas da RPPN, num


prazo mximo de 90 dias aps a oficializao deste Plano.

32.

O oramento dever incluir custos com manuteno, fiscalizao, pesquisa,


monitoramento, comunicao, recuperao de reas degradadas produo de
produtos, realizao de eventos, pagamento de recursos humanos, e demais
despesas associadas, sendo atualizado anualmente.

Gesto ambiental
33.

Elaborar e executar um plano de gerenciamento de resduos slidos de forma a definir


a destinao adequada de resduos slidos, inclusive a reciclagem e compostagem.

Estgio e Voluntariado
34.

Estabelecer e implantar um Programa de estgios e voluntariado para a RPPN.

35.

Estabelecer parcerias com o objetivo de implantar programa de estgio na RPPN, de


acordo com os procedimentos legais.
Norma(s) especfica(s):
Dever ser elaborado um plano com o perfil dos estagirios, as atividades a serem
desenvolvidas, definido o supervisor do estgio, quais os resultados a serem
atingidos em relao ao desenvolvimento profissional do aluno, dentre outros
aspectos.

36.

Aderir ao Programa Nacional de Voluntariado em Unidades de Conservao do


ICMBio, de acordo com a Legislao vigente.
Norma(s) especfica(s):
O servio voluntrio na RPPN dever ter seu planejamento, operao e
divulgao, apoiados pelo Programa Nacional de Voluntariado em Unidades de
Conservao.
As aes de voluntariado devem estar de acordo com a Lei Federal n. 9.608/98,
atentando para a necessidade do voluntrio de firmar o termo de adeso antes do
incio do trabalho. Alm dessa Lei, o voluntariado dever estar de acordo com o
Decreto n. 4.519/02, que autoriza o emprego de voluntrios em UCs federais, e
na Portaria do MMA n. 19/05, que dispe sobre a criao do Programa de
Voluntariado em UCs.

37.

Oferecer vagas para estagirios e voluntrios, a nvel nacional e internacional e


identificar meios para que desenvolvam atividades ligadas educao ambiental,

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integrao com a comunidade do entorno e atendimento ao pblico; atividades de


pesquisa; atividades de capacitao para a alimentao viva, atividades de
sistematizao de informaes para o monitoramento; apoio administrao de
arquivos; organizao de documentos e dos acervos; manuteno de trilhas e
caminhos, recuperao de reas degradadas, de conduo de grupos, interpretao
ambiental, manejo de trilhas, reciclagem e manejo de resduos, produo de produtos
de base conservacionista variados, produo de mudas, comunicao e divulgao e
instalao de SAFs, entre outras atividades.
38.

A RPPN poder estabelecer convnios e parcerias com diversas instituies, para


garantir o suprimento de voluntrios ou estagirios e a disponibilidades de recursos.

3.8.2 Programa de Proteo, Fiscalizao e Segurana

Objetivo geral
Manter a RPPN protegida de invases humanas e animais, e exercer o controle das
atividades que possam ameaar o patrimnio natural alm de assegurar a integridade
dos funcionrios, estagirios, voluntrios, pesquisadores e visitantes.

Objetivos especficos
-

Dotar a RPPN de condies para proteger os funcionrios, estagirios, voluntrios,


visitantes e demais usurios;

Dotar a RPPN dos meios e estratgias necessrios para que a mesma esteja
protegida contra os incndios florestais e implementar medidas para impedir ou
controlar sua ocorrncia;

Proporcionar segurana aos funcionrios e visitantes;

Controlar o nmero de espcies / indivduos exticos, no interior da RPPN;

Retirar as espcies animais de criao e/ou domsticas do interior da RPPN; e

Proteger de um modo geral as espcies ameaadas e/ou endmicas.

Indicadores de desempenho
-

nmero de ocorrncias de incndios na RPPN, por ano

nmero de atividades de caa predatria, extrao de recursos naturais, visitao


desordenada e soltura de animais no interior da RPPN detectadas, por ano

Atividades, subatividades e normas


Proteo, Fiscalizao e Segurana
39.

Manter a parceria formal com a Guarda municipal das Prefeituras da regio para que
participem da vigilncia na RPPN.

40.

Manter a parceria formal com a Unidade de Polcia Ambiental, IBAMA e Chefias das
Unidades de Conservao da regio em especial RB Poo das Antas, RB Unio e
APA da Bacia do Rio So Joo, Mosaico do Mico-Leo-Dourado, para que nas aes
de fiscalizao incluam a rea da RPPN, com o objetivo da Proteo e Fiscalizao da
RPPN.

41.

Estabelecer rotinas dirias de fiscalizao de forma a evitar caa e coleta de


material biolgico ou outros na rea da RPPN, conforme legislao vigente.

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42.

Estabelecer seguro coletivo para terceiros.

43.

Capacitar recursos humanos para a funo de vigilncia e providenciar equipamento


de segurana adequado. Adequar rotinas de fiscalizao especfica para estes
funcionrios.

44.

Identificar e informar os usurios em geral dos riscos potenciais de acidentes no


interior da RPPN, inclusive com animais peonhentos e de como proceder.

45.

Identificar, nas proximidades da RPPN os locais que dispem de soros antiofdicos e


plos de atendimento de acidentes com animais peonhentos e divulgar essa
informao entre os funcionrios, estagirios, pesquisadores e visitantes.

46.

Atualizar trimestralmente informaes sobre atendimento mdico de emergncia,


(hospitais, bombeiros e polcia) nos arredores da Fazenda Bom Retiro, listando os
servios oferecidos e contatos.

47.

Adquirir e manter na RPPN kit de primeiros socorros, que deve conter, no mnimo, os
seguintes produtos: gua oxigenada, gua sanitria, lcool, algodo, aspirina,
paracetamol, antialrgico, bicarbonato, bolsa de gua quente, bolsa de gelo,
esparadrapo, gaze esterilizada, mercrio cromo, pinas, seringas descartveis.

48.

Realizar o registro de todos os acidentes que ocorrerem na RPPN.

Preveno e Combate a Incndios


49.

Articular com a Unidade de Polcia Ambiental, RB Poo das Antas, Bombeiros de


Casimiro de Abreu e Silva Jardim para a implementao de atividades de Preveno e
Combate a Incndios.

50.

Estabelecer parceria com os vizinhos limtrofes da RPPN para estarem alerta quanto
ao risco de incndios e participarem juntos de medidas de preveno de incndios.

51.

Elaborar e preencher relatrios de incndios, a fim de registrar todas as ocorrncias e


seus principais aspectos, meios de deteco e combate, envolvidos e custos, com o
objetivo de subsidiar a definio de estratgias junto aos parceiros.

Proteo das Espcies de Fauna e Flora


52.

Retirar todos os animais domsticos do interior da RPPN

53.

Realizar campanhas voltadas para a proteo das espcies ameaadas e daquelas


que sofrem presso, incluindo campanhas sobre o aprisionamento de animais
silvestres, caa e pesca predatria.
Norma(s) especfica(s):
Esta atividade dever ser realizada em conjunto com o Programa de Educao e
Interpretao Ambiental.
A reintroduo de animais silvestres na rea da RPPN deve ser feita a partir de
estudo preliminar e de perodo de quarentena.

54.

Garantir a conservao dos ecossistemas protegidos pela RPPN.

55.

Controlar espcies exticas e invasoras dentro da rea da RPPN.

3.8.3 Programa de Comunicao e Divulgao

Objetivo geral
Melhorar a comunicao entre a RPPN, Regio e as instituies nacionais e
internacionais, que de alguma forma tenham relao ou potencial de envolvimento com a
UC, e com o pblico em geral.

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Objetivos especficos
-

Divulgar a RPPN e seu papel na conservao da biodiversidade e da Mata Atlntica;

Divulgar as atividades desenvolvidas na RPPN, atribuies e oportunidades;

Difundir prticas ambientalmente corretas, dentre elas as permaculturais e as


agroecolgicas;

Divulgar os produtos oferecidos pela RPPN;

Difundir os princpios e tcnicas da Alimentao viva.

Indicadores de desempenho
-

Nmero de acessos na pgina da RPPN /ms;

Nmero de boletins produzidos;

Nmero de entrevistas, palestra e campanhas realizadas/ano.

Atividades, subatividades e normas


56.

Elaborar uma pgina para a rede mundial de computadores para divulgao das
informaes da RPPN.
Norma(s) especfica(s):
Devero ser divulgadas as atividades rotineiras e seus respectivos resultados
(como nmero de visitantes, atividades desenvolvidas e demais aes de gesto e
manejo, eventos prximos, datas de cursos e palestras, etc.), resumo do Plano de
Manejo, bem como das formas de comunicao direta com a UC (e-mails, sites,
telefones, endereos) criando um canal aberto entre as comunidades e a UC.

57.

Elaborar periodicamente um boletim informativo (impresso ou eletrnico) para a


publicao das atividades rotineiras e seus respectivos resultados.
Norma(s) especfica(s):
O boletim dever sensibilizar e transmitir os conhecimentos e valores scio
ambientais e os benefcios da conservao dos recursos naturais e culturais da
rea.
O boletim dever tambm divulgar as atividades que so desenvolvidas na RPPN
e a estrutura que oferecida.
O boletim informativo, em meio digital, dever estar disponvel na pgina da
RPPN.

58.

Estabelecer rotina de divulgao de informaes sobre a RPPN atravs de palestras a


serem promovidas em reunies comunitrias e nas escolas da Aldeia Velha onde
devero ser distribudos materiais de divulgao da RPPN.

59.

Buscar espao, junto aos meios de comunicao de massa (jornais, emissoras de


rdio e televiso), para a divulgao da RPPN e da Fazenda e das atividades
desenvolvidas, assim como de outras informaes consideradas relevantes.

60.

Servios terceirizados dentro da RPPN e entorno (empreiteiros, estagirios, etc.)


devero receber as principais informaes sobre as normas de uso, de forma a que
seus servios no conflitem com os Programas propostos.

61.

Os pesquisadores, estudantes e estagirios que pretenderem desenvolver trabalhos


cientficos dentro da UC, tambm devem ser informados destas normas, devendo
seguir tambm as recomendaes do Programa de Pesquisa e Monitoramento.

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62.

Divulgar a importncia da RPPN junto s comunidades do entorno e proprietrios


rurais.

63.

Estabelecer aes de comunicao e relaes pblicas.

3.8.4 Programa de Pesquisa

Objetivo geral
Aumentar o conhecimento cientfico sobre a rea da RPPN e sua biodiversidade, de
forma a subsidiar os demais programas de proteo, manejo e gesto.

Objetivos especficos
-

Gerar informaes sobre o ecossistema de Mata Atlntica;

Gerar conhecimento para o manejo das espcies exticas presentes na rea da


Fazenda e na borda da Zona Silvestre da RPPN;

Gerar conhecimento para a recuperao das reas degradadas existentes no interior


da Fazenda, em especial para a recuperao de mata ciliar, marcada no
Zoneamento como Zona de Recuperao;

Gerar conhecimento para a conservao das espcies ameaadas em especial o


Mico-Leo-Dourado, a ona parda e a preguia de coleira dos habitats e recursos
dos quais dependem;

Gerar conhecimento para o manejo das reas de trilhas, cachoeiras e outras reas
de visitao da RPPN e da Fazenda, neste ltimo caso denominada Zona de
Visitao no Zoneamento;

Contribuir para a criao do acervo cientfico da RPPN;

Gerar conhecimento para o manejo e conservao de espcies nativas vegetais e


animais; e

Gerar conhecimento sobre uso de recursos naturais da floresta que possam vir a ser
utilizados em produtos ecolgicos de base sustentvel, em remdios naturais,
terapias alternativas e alimentao viva.

Indicadores de desempenho
-

Nmero de publicaes/ano;

Nmero de projetos pesquisas/ano;

Nmero de parcerias formais estabelecidas/ano;

Nmero de pesquisadores envolvidos/ano;

Volume de recursos obtidos para apoio/ano.

Atividades, subatividades e normas


64.

A Pesquisa deve ser coordenada por um voluntario ou parceiro que sistematize as


atividades de pesquisa cientfica, tais como atualizao do cadastro de pesquisas,
participao na avaliao e encaminhamento de autorizaes e pareceres,
acompanhamento das pesquisas e coletas, cobrana de relatrios, solicitao dos
resultados das pesquisas, sistematizao de informaes no acervo, organizao de

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eventos voltados para a comunidade cientfica e levantamento de dados para o


monitoramento ambiental.
65.

A RPPN dever solicitar informao aos pesquisadores e/ou s instituies de


pesquisa sobre a situao daquelas pesquisas que foram desenvolvidas e que no
foram entregues os respectivos relatrios.

66.

Formalizar parceria entre instituies de ensino e pesquisa e a RPPN para apoio


realizao de pesquisas de interesse da proteo e manejo da biodiversidade.

67.

Solicitar e manter na Sede da RPPN cpias, que podem ser em meio digital, de todas
as pesquisas realizadas, inclusive cpias de fotografias, filmagens e outros materiais
utilizados em suas pesquisas, para o acervo da RPPN.
Norma(s) especfica(s):
A RPPN dever receber todas as listagens de produo cientfica (trabalhos
publicados, trabalhos no prelo, captulos de livros, livros publicados, dissertaes
de mestrado e teses de doutorado) geradas pelas pesquisas orientadas e/ou
produzidas em quaisquer instituies que atuem na RPPN.

68.

A padronizao da obteno de dados nas pesquisas e no monitoramento deve ser


realizada.

69.

Todas as pesquisas devem ser Georreferenciadas, e seus dados devem fazer parte do
Banco de Dados da RPPN.

70.

Completar, atualizar e manter o cadastro de todas as pesquisas (projetos e


subprojetos) realizadas e daquelas em andamento na RPPN, incluindo o nome do
pesquisador responsvel, a instituio de origem e as formas de contatos (telefone,
endereo para correspondncia postal e endereo eletrnico).

71.

A realizao de pesquisas cientficas na RPPN depender de aprovao prvia do


proprietrio da RPPN e estar sujeita legislao vigente.

72.

Fomentar as pesquisas necessrias para respaldar o manejo integral da RPPN.

73.

As pesquisas cientficas no podero colocar em risco a sobrevivncia das espcies


integrantes dos ecossistemas protegidos na RPPN.

74.

Os pesquisadores devero apresentar palestra informativa aos funcionrios e


pessoal envolvido no turismo, de forma a divulgar os resultados do trabalho executado
dentro da RPPN.

75.

Incentivar a realizao de pesquisas bsicas e aplicadas em Mata Atlntica para


subsidiar a proteo e o manejo da biodiversidade.

76.

Apoiar a realizao de inventrio florestal detalhado.


Norma(s) especfica(s):
Devero ser especificadas as espcies raras, endmicas e ameaadas de extino
e espcies de interesse econmico, em especial de uso de produtos no
madeireiros com potencial para explorao (como: sementes, aromticos, leos,
ervas, medicinais, dentre outros).

77.

Realizar estudos de avifauna na RPPN relacionando-as com os diferentes ambientes,


para embasar futuro projeto de avistamento de aves.

78.

Realizar estudos populacionais e da ecologia das espcies da mastofauna nos


diferentes ambientes da RPPN.

79.

Levantar, os padres de movimentao e da rea de vida de pequenos mamferos


(morcegos, marsupiais, roedores e primatas, em especial Mico-leo-dourado).

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80.

Estudar as relaes da comunidade de morcegos com o habitat e espcies vegetais


da RPPN.

81.

Realizar estudos sobre frugivoria e disperso de sementes por mamferos e aves.

82.

Estudar a biologia e dinmica populacional de mamferos ameaados de extino da


Regio.

83.

Apoiar as pesquisas sobre regenerao das espcies vegetais nativas, inclusive,


banco de sementes no solo e fenologia, visando o conhecimento, a proteo e o
manejo, de espcies vegetais da Mata Atlntica.

84.

Realizar estudos para a determinao da capacidade de suporte das reas de


visitao pblica nas trilhas, cachoeiras e nas reas da Fazenda, includas na Zona de
Visitao.

85.

Solicitar a todos os pesquisadores autorizados um planejamento de atividades de


campo do qual constem: data / perodo do dia / local / atividade e nmero de pessoas
envolvidas, e o registro e o controle do uso do laboratrio e dos equipamentos e dos
materiais utilizados e/ou mantidos no local, com o objetivo de proteger sua integridade
e a proteo da RPPN e a segurana dos prprios pesquisadores e auxiliares.
Norma(s) especfica(s):
Os visitantes com objetivo de turismo acadmico que venham a desenvolver
atividades de pesquisa para treinamento e aprendizagem, tambm se enquadram
dentro deste programa.
Sempre que houver necessidade, a RPPN auxiliar as atividades de pesquisa
desenvolvidas.
Os pesquisadores e sua equipe, estagirios e voluntrios devero providenciar
suas prprias roupas de cama e banho, assim tambm como os gneros
alimentcios de que faro uso durante a sua permanncia na RPPN.
O uso do alojamento, do laboratrio e de qualquer outra instalao de apoio
pesquisa e ao turismo acadmico e monitoramento na RPPN dever ser
programado antecipadamente.
Os pesquisadores e os visitantes de turismo acadmico sero responsveis pelo
bom uso das instalaes e equipamentos que utilizarem durante as atividades de
pesquisa.

86.

Organizar com os pesquisadores periodicamente, Encontros de Pesquisadores na


RPPN, com o objetivo de promover a divulgao, o intercmbio e a discusso do
conhecimento gerado nas diversas linhas de pesquisa existentes, alm de identificar
novos temas e linhas de pesquisa, bem como reas prioritrias para pesquisa.

87.

Desenvolver material informativo para divulgar o Programa de Pesquisa e as


oportunidades e prioridades existentes.
Norma(s) especfica(s):
Essa divulgao dever ser feita, tambm, atravs da internet.
O material informativo dever conter a localizao da RPPN no Estado, as suas
caractersticas gerais, suas principais vias de acesso, a indicao dos estudos
prioritrios e o apoio logstico e tcnico disponvel, bem como as normas e
procedimentos exigidos para a realizao de pesquisas.

88.

Fazer gesto nas instituies de pesquisa que j atuam na RPPN para que faam a
divulgao dos resultados parciais e finais das pesquisas desenvolvidas no mesmo,
para o pblico local, nacional e internacional, por meio de palestras, seminrios e
cartilhas, material didtico, entre outros, e tambm com linguagem simples adequada
ao pblico leigo.
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Norma(s) especfica(s):
Os trabalhos publicados sobre as pesquisas realizadas na RPPN devero incluir,
obrigatoriamente, crditos para a UC, de acordo com as normas do ICMBio.
89.

Repassar os resultados de pesquisas para a equipe de Educao Ambiental da RPPN


e apoi-la no desenvolvimento de estratgias de divulgao e utilizao dos mesmos
nas atividades de educao e interpretao ambiental.

3.8.5 Programa de Recuperao Ambiental

Objetivo geral
Identificar, mapear e definir o grau de degradao na rea da Fazenda, em especial na
margem do Rio Aldeia Velha de forma a desenvolver projetos especficos de
recuperao de reas degradadas e consolidar o Programa que j est em andamento.

Objetivos especficos
-

Recuperar as caractersticas biofsicas da margem do Rio Aldeia Velha.

Mapear todas as reas que esto em recuperao ou que ainda necessitam de


recuperao.

Verificar o estgio de recuperao em que se encontram as reas que esto sendo


recuperadas

Identificar a possibilidade de atrair fauna nas reas em processo de recuperao.

Indicadores de desempenho
-

Nmero de espcies por rea recuperada.

Nmero de indivduos por espcie.

Nmero de indivduos em florao e frutificao por rea por espcie.

Verificao do nmero de indivduos que esto regenerando oriundos de


nascimentos na rea.

Atividades, subatividades e normas


90.

Selecionar, nos estudos de levantamento de composio florstica as espcies a


serem utilizadas no enriquecimento das reas, em processo de recuperao.
Norma(s) especfica(s):
Sempre que possvel enriquecer com espcies ameaadas de extino,
endmicas tpicas das reas originais, antes da degradao e que tenham
caractersticas de atrao de fauna.

91.

Estabelecer parcerias com as Universidades para ampliar a efetivao dessa


atividade.

92.

Fazer gestes junto ao IBAMA, para compensar a rea na margem do Rio Aldeia
Velha onde foi construdo o Centro de Educao Ambiental com a rea onde est
sendo desenvolvido o Projeto de recuperao de rea degradada e /ou outra rea que
possa vir a ser recuperada (mesmo externa a rea da Fazenda considerada neste
plano e que tambm pertena ao proprietrio), e ou ainda contribuir com mudas para
projetos de recuperao de reas degradadas que venham a ser definidas pelo
IBAMA.
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93.

Ampliar a produo de mudas no viveiro j existente, em especial nativas que possam


ser utilizadas em projetos de recuperao de reas degradadas e ou ainda em
projetos de SAFs.

94.

Ampliao das instalaes do Viveiro e adequao as normas tcnicas, para a


produo de mudas de plantas nativas na rea da Fazenda para contribuir na
restaurao da vegetao nas reas com necessidade de recuperao.

95.

Desenvolver projeto associado para construo de um sistema de reutilizao de


guas para uso no viveiro e nos jardins da sede. Este projeto objetiva a acelerao da
recuperao ambiental e melhor aproveitamento da gua no local.

96.

Selecionar espcies vegetais nativas para serem plantadas nestas reas, devendo
seu desenvolvimento ser acompanhado conforme as normas de pesquisa e
monitoramento deste Plano e seguindo tcnicas cientificamente recomendadas.

97.

O projeto de restaurao deve ter um componente de atrao de fauna, e os dados


devem ser acompanhados pelo Programa de Monitoramento.

3.8.6 Educao e Interpretao Ambiental

Objetivo geral
Ampliar as atividades atuais, com o objetivo geral de integrar a RPPN com a
comunidade da regio, de forma a sensibiliz-la sobre a importncia da RPPN na
conservao dos recursos naturais, do Bioma da Mata Atlntica, em especial na regio
Serrana e de Baixada e ainda o seu papel na conservao do Mico-leo-dourado, das
espcies ameaadas de extino e endmicas, e da importncia do Rio Aldeia Velha.
Alm de demonstrar o uso e o manejo dos recursos naturais com prticas
conservacionistas, mostrando como contribuir para o desenvolvimento social e
econmico em bases conservacionistas.

Objetivos especficos
-

Sensibilizar a populao da regio para a importncia da conservao dos recursos


naturais e do papel da RPPN na conservao da Mata Atlntica;

Transmitir conhecimentos e valores dos recursos naturais e culturais da rea, bem


como sobre os benefcios da sua conservao;

Divulgar o uso de produtos sustentveis de base conservacionista; e

Divulgar a prtica da agroecologia e o seu na alimentao viva .

Indicadores de desempenho
-

Nmero de pessoas atendidas por ms na RPPN;

Nmero de escolas envolvidas no Programa/ms;

Nmero e tipos de folhetos produzidos e distribudos/ano;

Nmero de atividades educativas (eventos, palestras, etc) realizadas/ano.

Atividades, subatividades e normas


98.

Definir um parceiro e/ou estagirio para sistematizar e ser o responsvel pelas


atividades de Educao Ambiental na RPPN;

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99.

Avaliar as atividades de Educao Ambiental em andamento ou que j so


executadas, para iniciar a sua ampliao;

100. O Programa dever orientar-se para o cumprimento dos objetivos da RPPN para
contribuir na manuteno dos seus pontos fortes e oportunidades existentes e para a
reverso dos pontos fracos e ameaas;
101. As atividades desenvolvidas neste Programa devem apoiar e complementar os demais
Programas previstos neste Plano de Manejo, principalmente os Programas de
visitao e de Sustentabilidade;
102. As atividades de Educao e Interpretao Ambiental devem ser desenvolvidas
mediante o uso de todos os meios de comunicao disponveis, de forma a despertar
o interesse do pblico-alvo pelas atividades de Manejo e Proteo da RPPN;
-

Histrico de criao da RPPN e seus objetivos especficos de manejo;

Importncia da RPPN nos contextos regional, estadual e nacional, destacando a


sua representatividade no SNUC e no Bioma Mata Atlntica;

Problemas da RPPN e da regio decorrentes do uso e ocupao do solo e dos


recursos naturais com as tcnicas atuais;

Dever ser dada nfase ao uso mltiplo dos recursos naturais e as tcnicas de
SAFs;

Dever ser divulgado o uso de alimentao viva, inclusive com produtos oriundos
das prticas agroecolgicas.

103. O Programa deve ter material educativo para as atividades especificas de Educao e
Interpretao Ambiental integrado com o Programa de Comunicao e Divulgao.
104. Distribuir material informativo/educativo para os educadores e alunos que participarem
das atividades do Programa, para os visitantes e ainda para o pblico em geral, em
eventos como palestras e campanhas.
105. Adquirir bibliografia e materiais
desenvolvimento das atividades.

pedaggicos

em

geral

para

auxiliar

no

106. Solicitar ao ICMBio, outras instituies e rgos publicos ou privados e ainda em


outras RPPNs, cpias de vdeos educativos que abordem temas ambientais, tais como
gua, resduo, desmatamento, conservao e proteo de espcies, projetos de
manejo sustentvel desenvolvidos em outras RPPNs, para serem incorporados ao
acervo.
107. Estabelecer parceria para o desenvolvimento de material audiovisual para a
interpretao ambiental dos recursos naturais para a utilizao em palestras e
encontros.
108. Desenvolver projeto especfico de interpretao da Trilha da Floresta do interior da
RPPN, assim como para as outras Trilhas existentes na Fazenda, incluindo-se a
produo de material interpretativo como folhetos, painis, fotografias e guias.
Norma(s) especfica(s):
A RPPN poder solicitar aos pesquisadores e colaboradores materiais, em
especial fotografias e informaes cientficas, que possam contribuir para a
elaborao do material interpretativo.
Esses materiais devero, ainda, ser disponibilizados ao pblico na portaria, no
Centro de Visitantes e na Sede.
Os materiais de divulgao podero ser distribudos nas escolas, clubes, hotis e
pousadas, comrcio, secretarias municipais, nas regies limtrofes e demais
localidades pertinentes.

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109. Levantar informaes sobre as datas comemorativas, para participao da RPPN em


eventos comemorativos.
110. Montar calendrio com as datas comemorativas.
111. Montar programao semestral dos eventos na RPPN.
112. Divulgar a programao, inclusive na rede, de forma integrada com o Programa de
Comunicao e Divulgao.
Norma(s) especfica(s):
Para a realizao dessa atividade, dever ser feito contato com a prefeitura
municipal, visando o levantamento das informaes e a obteno de apoio.
113. As visitas de cunho educativo devem ser agendadas junto ao proprietrio e /ou junto
ao responsvel.
114. Elaborar 2 relatrios por ano, com todas as informaes sistematizadas das visitas
parciais, em especial sobre as atividades do Programa de Educao e Interpretao
Ambiental da RPPN, para avaliar tanto o cumprimento dos objetivos, como o aporte de
recursos oriundos destas atividades.
3.8.7 Visitao e recreao
No Brasil, as Diretrizes para uma Poltica Nacional de Ecoturismo (EMBRATUR, 1994)
definem o ecoturismo como sendo um segmento da atividade turstica que utiliza, de forma
sustentvel, o patrimnio natural e cultural, incentiva sua conservao e busca a formao
de uma conscincia ambientalista atravs da interpretao do ambiente, promovendo o
bem-estar das populaes envolvidas. Estas diretrizes assim como as Diretrizes
apresentadas no documento Diretrizes para a Visitao em Unidades de Conservao,
aprovadas pela Portaria 120 do MMA de 12 de abril de 2006, devem ser levadas em
considerao, no desenvolvimento das atividades previstas neste Programa.

Objetivo geral
Proporcionar aos visitantes oportunidades para a recreao em contato com a natureza,
ecoturismo, a educao e interpretao ambiental, a realizao de aulas no campo, o
contato e treinamento nos princpios das prticas permaculturais, agroecolgicas e da
alimentao viva, entre outras formas de utilizao indireta dos recursos naturais e
culturais.

Objetivos especficos
-

Gerar oportunidades de Educao e Interpretao Ambiental;

Estimular a valorizao da RPPN pelo pblico visitante, de forma a fomentar a


criao de novas RPPNs;

Gerar oportunidades para a realizao de aulas no campo para estudantes,


ampliando o Turismo acadmico e Cientfico;

Gerar renda para a RPPN;

Promover o fortalecimento e a integrao com o entorno em especial com os


proprietrios de outras RPPNs;

Promover o envolvimento do poder pblico municipal com a RPPN;

Promover a integrao da RPPN com os projetos de Educao Ambiental no seu


entorno, aproveitando as oportunidades existentes;

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Garantir a satisfao e a segurana dos visitantes; e

Incentivar o voluntariado na RPPN.

Indicadores de desempenho
-

Nmero de pessoas que visitam / ms a RPPN;

Nmero de aulas de campo realizadas / ano;

Nmero de horas de vdeo passadas e reunies realizadas no Centro de visitantes;

Nmero de folhetos distribudos por ms.

Atividades, subatividades e normas


115. Elaborar o detalhamento de projetos especficos referentes, a este Programa
incluindo-se a infraestrutura necessria para este fim.
116. Desenvolver e implementar aes para a gesto da visitao com o objetivo de
assegurar que os usos e as atividades realizadas sejam condizentes com o regimento
da RPPN e que os impactos sobre os recursos sejam eliminados ou minimizados.
117. Demarcar e sinalizar todas as trilhas existentes de forma a que os visitantes sejam
induzidos a continuar no traado e, desse modo, evitar abrir atalhos e desvios que
aumentem o impacto na rea.
118. Informar aos visitantes sobre as trilhas abertas visitao e suas caractersticas
principais.
119. As palestras, sesses de vdeos ou atividades relacionadas, voltadas para os
visitantes podero ter horrios marcados antecipadamente.
120. Participar da Campanha para uma Conduta Consciente em Ambientes Naturais, do
Ministrio do Meio Ambiente, visando divulgao de um conjunto de princpios de
comportamento para os visitantes da RPPN.
121. Realizar pesquisas peridicas para identificar o perfil, a opinio e o grau de satisfao
dos visitantes com relao s oportunidades de visitao oferecidas na RPPN.
122. Oferecer aos visitantes oportunidades de realizao de atividades recreativas tais
como: caminhadas ao ar livre, ciclismo, piqueniques, acampamento, banho no rio e
cachoeiras, em especial na Zona de Visitao.
123. Oferecer aos visitantes vivncias permaculturais, agroecolgicas e de alimentao
viva.
124. Instalar, na rea aberta visitao um painel contendo o mapa da RPPN indicando as
reas destinadas e a infraestrutura destinada visitao, as atividades e servios
disponveis e as respectivas distncias, em quilmetros.
125. Desenvolver projeto especfico com o traado das trilhas atuais (incluindo traado
circular), capacidade de suporte, sinalizao, extenso da trilha, grau de dificuldade,
perodo mdio de percurso e atrativos. A interpretao das trilhas dever destacar
aspectos ecolgicos, alm da informao sobre a biologia das plantas existentes e
animais mais frequentes, e inclusive seus hbitos.
126. A visitao dever ser guiada por estagirios e/ou voluntrios ou ainda quem o
proprietrio definir como mais conveniente, dependendo do grupo.
127. Realizar a manuteno e/ou substituio dos elementos interpretativos
preventivamente ou quando existir desgaste ou danos, de forma que no comprometa
a qualidade da informao veiculada.

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128. A visitao especfica na Zona de Recuperao ser apenas em casos excepcionais,


sujeito aprovao do proprietrio atendendo aos objetivos e normas especficas
desta Zona.
129. Equipamentos de apoio visitao turstica devem ficar na rea administrativa,
estando apenas os equipamentos de segurana, resgate e primeiros socorros
disponveis na Zona de Visitao, em local de fcil acesso e de conhecimento de
estagirios e voluntrios.
130. Criao de roteiro e programa de visitao especfico para escolas, de forma a
viabilizar educao e interpretao ambiental para os alunos da rede pblica dos
municpios da regio e buscar parceria com ONGs local, se possvel.
131. Elaborar projeto e buscar patrocnio para instalao de placas de sinalizao e
interpretao ambiental em linguagem adequada ao pblico visitante. O objetivo
facilitar a compreenso das caractersticas naturais da RPPN, atravs do uso de
ilustraes e mensagens simples. Esta atividade deve ser desenvolvida integrada aos
Programas de Administrao, pesquisa e Comunicao e Divulgao.
132. As trilhas de visitao, inclusive turstica, devero sofrer manuteno peridica de
forma a eliminar focos de eroso e alargamento do leito de caminhamento, proteo
das razes por meio de cobertura com terra e cascalho, sempre que estas aes se
fizerem necessrias ou indicadas no Programa de Monitoramento. As aes devem
estar integradas com os Programas de Administrao e de Sustentabilidade
Econmica.
133. Desenvolver projeto especfico de capacidade de suporte, para as trilhas e para a
estrutura existente.
3.8.8 Monitoramento Ambiental

Objetivo geral
Integrar todas as atividades desenvolvidas na RPPN, atravs dos resultados obtidos ao
longo do tempo, de forma a identificar os melhores indicadores para avalio da
Qualidade do ambiente alm de subsidiar a avaliao da implementao do Plano de
Manejo.

Objetivos especficos
-

Estabelecer indicadores que permitam avaliar a efetividade do manejo na proteo


da Mata Atlntica;

Estabelecer indicadores para acompanhar o sucesso do Programa de recuperao


Ambiental;

Estabelecer indicadores para acompanhar o impacto das atividades permitidas nos


programas de Educao e Interpretao Ambiental e Turismo, Visitao e
Recreao;

Estabelecer indicadores para avaliar a atrao da fauna nas reas restauradas;

Estabelecer indicadores para avaliar financeiramente o resultado das atividades


desenvolvidas na Fazenda para apoio a RPPN;

Propor medidas para minimizar, prevenir, limitar, controlar ou corrigir danos


ambientais em relao gua, ar e solo e biodiversidade;

Contribuir para o aumento da qualidade ambiental da rea da RPPN.

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Indicadores de desempenho
-

Nmero de pessoas envolvidas no monitoramento;

Nmero de parmetros definidos;

Nmero de compartimentos ambientais monitorados.

Atividades, subatividades e normas


134. A implantao do Programa de Monitoramento dever ser planejada de forma a definir
os seguintes aspectos: verificao da sistematizao das informaes, verificao das
pesquisas realizadas e os pontos de coleta, atualizao do acervo da RPPN,
atualizao e sistematizao da informao dos visitantes e sua opinio sobre a
RPPN, instituies envolvidas nos Programas, perfil e participao de parceiros,
avaliao dos recursos internalizados/utilizados nas atividades desenvolvidas no apoio
e realizao de projetos na RPPN e recursos humanos envolvidos na realizao das
atividades. Alm de no mnimo, os seguintes temas: incndios, qualidade da gua,
grau de conservao da vegetao, impactos decorrentes da visitao e recuperao
ambiental.
135. Coletar os dados periodicamente, no mnimo semestralmente, de acordo com a
especificidade de cada indicador e compartimento ambiental.
136. Promover o intercmbio com outras instituies e Unidades de Conservao que
realizem aes de monitoramento, visando obter apoio para a RPPN, nesta atividade.
137. Estabelecer Convnios e Acordos de Cooperao Tcnica com instituies que
possam colaborar no monitoramento da RPPN.
138. Estabelecer parceria para a implantao do monitoramento ecolgico de espcies
vegetais e animais a elas associados, inclusive nas reas restauradas.
Norma(s) especfica(s):
Dever ser realizado o acompanhamento do comportamento fenolgico das
plantas e da ocorrncia de animais a elas associados, atravs da utilizao da lista
de espcies publicada, visando detectar mudanas anuais ou plurianuais nas
plantas, e nos animais e os reflexos sobre ambos os nveis trficos.
Devero ser utilizadas espcies representativas, selecionadas com a orientao de
especialistas.
139. Realizar monitoramento das reas em processo de recuperao para avaliar a sua
evoluo identificando as possveis barreiras ao processo de regenerao natural e a
necessidade de interveno.
140. Elaborar e manter projeto de monitoramento de visitao na RPPN
Norma(s) especfica(s):
Este projeto dever ser realizado de forma sistmica, recolhendo informaes que
orientem o proprietrio em relao ao fluxo (nmero de visitantes, poca de maior
procura, origem, dentre outros), satisfao e perfil dos visitantes.
141. O monitoramento deve incluir tambm a operao turstica, com acompanhamento
das variaes ambientais decorrentes desta atividade e a experincia do visitante.
142. O monitoramento deve seguir normas tcnicas e cientficas e ser realizado no mnimo
duas vezes ao ano, por tcnicos capacitados. A equipe responsvel por esta atividade
dever fornecer relatrios que auxiliem no manejo dos recursos naturais, com
recomendaes especficas para cada tpico.

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143. Criao de um banco de dados com todas as informaes ambientais relacionadas


RPPN e Fazenda Bom Retiro, de forma a subsidiar o monitoramento e incentivar
pesquisas futuras, alm de compor o acervo tcnico.
3.8.9 Programa de Sustentabilidade Econmica
A sustentabilidade se refere primordialmente conservao do ambiente natural como prrequisito para a manuteno do ecoturismo em longo prazo (MITRAUD, 2003). Segundo o
Art. 2 da Lei Federal N 9.985/00 (MMA, 2002), conservao o manejo do uso humano da
natureza, compreendendo a preservao, a manuteno, a utilizao sustentvel, a
restaurao e a recuperao do ambiente natural, para que possa produzir o maior
benefcio, em bases sustentveis, s atuais geraes, mantendo seu potencial de satisfazer
as necessidades e aspiraes das geraes futuras, e garantir a sobrevivncia dos seres
vivos em geral. A viabilidade (e sustentabilidade) econmica do ecoturismo deve tambm
ser colocada em contexto, pois se no for planejado adequadamente, seu desenvolvimento
estar fadado ao fracasso econmico e degradao social e ambiental. As bases que
sustentam os negcios so os ambientes natural e cultural, na forma de recursos atrativos.
Se esta base de recursos no permanecer conservada, no haver mais o interesse da
visitao. A sustentabilidade envolve, portanto, a criteriosa utilizao destes recursos,
principalmente em parques e reservas (MITRAUD, 2003).
A agregao de valor para os servios ambientais se d pelo no uso e/ou pelo manejo do
recurso e pelo tipo de sistema produtivo em que so considerados itens como qualidade,
origem e manejo do produto.
Na literatura, vrias definies so adotadas para o conceito de servios ambientais, que
podem ser considerados como os servios prestados pelos ecossistemas naturais e as
espcies que os compem, na sustentao e preenchimento das condies para a
permanncia da vida humana na Terra. As Naes Unidas os definem como materiais e
imateriais.
Os Servios Ambientais Materiais so os servios que tem por finalidade medir, prevenir,
limitar, minimizar ou corrigir danos ambientais gua, ao ar e ao solo, bem como os
problemas relacionados ao desperdcio, poluio sonora e danos aos ecossistemas. Os
Imateriais so aqueles ligados de fato ao conceito mais amplamente aceito de servios, ou
seja, benefcios no-materiais e podem ser divididos em quatro grupos:

De proviso: aquele que prev a capacidade de prover bens como gua, frutas, razes,
castanhas, fitofrmacos, mel, madeira, as fibras e a matria prima para a gerao de
energia (lenha, carvo e leos).

Reguladores: so os benefcios obtidos a partir de processos naturais que regulam as


condies ambientais como a capacidade das plantas de realizar a fotossntese do CO2
atmosfrico; controle de enchentes e eroso; purificao e regulao dos ciclos da gua;
controle de pragas e doenas.

Culturais: so os benefcios educacionais, recreativos, estticos e espirituais que os


ecossistemas propiciam aos seres humanos.

De suporte: so os que contribuem com outros servios como para a formao de solos,
ciclagem de nutrientes, polinizao e disperso de sementes.

Os elementos para Pagamentos de Servios Ambientais (PSA) so definidos em: provedor


(quem conserva e por isso recompensado) e comprador (responsvel pela demanda e
quem paga pelos SA).
As Modalidades de Remunerao podem ser: mercado de carbono, ICMS ecolgico,
Reduo de Emisses por Desmatamento e Degradao (REDD), Projetos de proteo de
recursos hdricos, Produtores de gua (ANA), formalizao em Comits de Bacias,
Desmatamento evitado, Bolsa Florestal (AM), Pr-Ambiente (MMA), Mecanismos de
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Reserva Particular do Patrimnio Natural Fazenda Bom Retiro

Desenvolvimento Limpo (MDL), Crditos de Carbono (inclusive de ecossistemas agrcolas),


Desmatamento Zero e atravs da Bolsa Verde do Rio de Janeiro.
Nas atividades relacionadas com a gerao de renda a partir de produtos de base
conservacionista, importante destacar neste caso a cadeia produtiva representa o
encadeamento de um fluxo de valores a partir de bens e servios originados na ao
conservacionista.

Objetivo geral
Desenvolver atividades que possibilitem a captao e gerao de recursos financeiros
para apoiar e executar as atividades previstas no Plano de Manejo.

Objetivos especficos
-

Gerar renda para a RPPN;

Dar continuidade visitao turstica j existente na RPPN e na Fazenda;

Utilizar a infraestrutura j existente para as atividades de turismo;

Gerar oportunidades para a realizao de aulas no campo para estudantes,


ampliando o Turismo acadmico e Cientfico;

Propor medidas para minimizar, prevenir, limitar, controlar ou corrigir danos


ambientais em relao gua, ar e solo e biodiversidade, bem como aos impactos
relacionados ao desperdcio e danos aos ecossistemas;

Promover o fortalecimento e a integrao com o entorno em especial com os


proprietrios de outras RPPNs;

Promover o envolvimento do poder pblico municipal com a RPPN;

Promover a integrao da RPPN com os projetos de desenvolvimento de turismo no


entorno de forma a aproveitar as oportunidades existentes;

Garantir a satisfao e a segurana dos visitantes;

Produzir produtos sustentveis de base conservacionista;

Oferecer estruturas e condies para o turismo permacultural e agroecolgico;

Incentivar o voluntariado na RPPN.

Indicadores de desempenho
-

Nmero de pessoas que fazem turismo/ms RPPN;

Nmero de visitantes de turismo cultural alternativo/ms;

Nmero de aulas de campo realizadas/ano;

Nmero instituies de ensino e pesquisa que utilizam a RPPN para aulas de


campo/ano;

Nmero produtos vendidos por ano;

Valores arrecadados/ms.

Atividades, subatividades e normas


Turismo

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Reserva Particular do Patrimnio Natural Fazenda Bom Retiro

144. Indicar fontes de recursos para a rea, especificando as atividades de turismo


executadas dentro da RPPN.
145. Fazer gesto junto a Secretaria Estadual de Turismo, nos Municpios e nos
prestadores de servios tursticos para inserir a RPPN no destino turstico no mbito
regional e estadual.
146. Elaborar projeto especfico e buscar patrocnio e parcerias com instituies de ensino
e pesquisa e/ou outras, para planejamento e construo de um centro de pesquisa
para estudantes e pesquisadores, dotado de laboratrio, sala de aula, sala de reunio
e alojamentos para pesquisadores e estagirios, prximo sede, na zona de
visitao, onde a Floresta j se encontra alterada, fora da r e a d a RPPN. Este
alojamento precisa de autorizao do rgo ambiental para a sua instalao.
147. Desenvolver projeto especfico de ampliao da estrutura para recepo de turistas de
vrios perfis.
148. Ampliar as estruturas de recepo de turistas baseado nos resultados de capacidade
de suporte da Fazenda para o turismo.
149. Ampliar os servios disponveis para o atendimento aos turistas.
150. Desenvolver projeto especfico para a viabilizao da produo de eventos de
casamentos alternativos a serem realizados na RPPN.
151. Desenvolver projeto especfico para estudar a viabilidade de implantar trilha para
ecoturismo ligando as RPPNs do Matumbo e Crrego da Luz.
Servios ambientais
152. Identificar e promover na RPPN, aes para a conservao dos recursos naturais que
mantenham os bens naturais na rea e as funes ecossistmicas preservadas,
beneficiando economicamente o proprietrio.
153. Incentivar o desenvolvimento de estudos para levantar a capacidade na rea da RPPN
em servios ambientais de proviso, considerando-se os seguintes bens: gua, frutos,
razes, plantas medicinais, mel, fibras, matria prima para a gerao de energia (lenha
e leos).
154. Desenvolver estudos para levantar a capacidade da RPPN na manuteno de
processos naturais que regulam as condies ambientais (capacidade dos vegetais de
realizao de fotossntese e sequestro de carbono, controle da eroso /enchente e
manuteno da qualidade de gua) levando ao conhecimento da qualidade dos
recursos naturais na propriedade, de forma a garantir ganhos econmicos ao
proprietrio, atravs da aplicao de PSA.
155. Criar um roteiro metodolgico mnimo para valorao ambiental de parmetros
estticos do ecossistema florestal da RPPN.
156. Incentivar a elaborao de um projeto que determine o valor de uso direto, indireto e
no uso dos recursos naturais, bem como as suas modalidades de remunerao para
o proprietrio definindo os pagadores.
Norma(s) especfica(s)
Devem ser considerados como PSA: Mercado de Carbono, ICMS Ecolgico,
Reduo de Emisses por Desmatamento e Degradao (REDD), Projetos de
Proteo de Recursos Hdricos e Bolsa Verde do Rio de Janeiro.
Produo sustentvel de produtos em base conservacionista
157. Produzir mudas no viveiro readequado para a rea do entorno e para consumo interno
na recuperao de reas degradadas, ligadas ao Programa de recuperao Ambiental

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Reserva Particular do Patrimnio Natural Fazenda Bom Retiro

158. Oferecer treinamento e capacitao a pessoas que tenham interesse especfico na


alimentao viva.
159. Oferecer cursos e treinamento para a implantao de SAFs e outras prticas
agroecolgicas.
160. Desenvolver projeto especfico de viabilidade econmica/financeira
desenvolvimento de produtos alternativos para limpeza.

para

161. Produzir comercialmente produtos agroecolgicos certificados para alimentao viva


e/ou vegetariana.
162. Fazer gestes junto a Prefeitura de Silva Jardim e a AMLD, para utilizar em conjunto
com a ltima, a estrutura localizada na margem da BR-101 na entrada de Aldeia
Velha, para expor e comercializar os produtos da RPPN.
3.9 Cronograma
No cronograma prope-se um prazo de cinco anos para a implementao do Plano de
Manejo. A avaliao e o monitoramento dever ocorrer medida em que as atividades so
desenvolvidas. As atividades devem ser implementadas de acordo com os recursos
disponveis e se adequar realidade de funcionamento da propriedade.

4. REVISO DO PLANO DE MANEJO


A reviso peridica do Plano de Manejo dever ocorrer num perodo de cinco anos para que
as atividades aqui propostas sejam implementadas, avaliadas e as informaes geradas
sejam includas para ajustar s atividades na realidade da RPPN, visto que esta dinmica
no tempo, tanto no que se refere sustentabilidade, como ao manejo e proteo dos
recursos naturais e as intenes do proprietrio.

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Plano de Manejo da
Reserva Particular do Patrimnio Natural Fazenda Bom Retiro

Referncias Bibliogrficas
Associao Brasileira de Concessionrias de Rodovias. Distncia Entre Cidades.
Disponvel em: < http://www.abcr.org.br/geode/index.php>. Acesso em: setembro/2010.
BORM, R. A. T.; OLIVEIRA-FILHO, A. T. Fitossociologia do Estrato Arbreo em uma
Topossequncia Alterada de Mata Atlntica, no Municpio de Silva Jardim-RJ, Brasil.
Revista rvore, Viosa-MG, v.26, n.26, p.727-742, 2002.
CARVALHO, F. A.; NASCIMENTO, M. T. Estrutura Diamtrica da Comunidade e
das Principais Populaes Arbreas de um Remanescente de Floresta Atlntica
Submontana (Silva Jardim-RJ,Brasil). Revista rvore, Viosa-MG, v.33, n.2, p.327-337.
2009.
CARVALHO, F. A.; NASCIMENTO, M. T.; BRAGA, J. A. Composio e riqueza florstica do
componente arbreo da Floresta Atlntica submontana na regio de Imba, Municpio de
Silva Jardim, RJ. Acta Botnica Brasilica, 20(3), p.727-740, 2008.
CHRISTO, A. G.; GUEDES-BRUNI, R.R.; SOBRINHO, F. A. P.; SILVA, A. G.; PEIXOTO, A.
L. Structure of the Shrub-Arboreal Component of an Atlantic Forest Fragment on a Hillock
in the Central Lowland of Rio de Janeiro, Brazil. Intercincia, apr 2009, Volume 34, n 4.
IUCN - International Union for Conservation of Nature and Natural Resources. The IUCN
Red List of Threatened SpeciesTM. Disponvel em <http://www.iucnredlist.org/>. Acesso
agosto de 2012.
Ministrio do Meio Ambiente, dos Recursos Hdricos e da Amaznia Legal - MMA. Sistema
Nacional de Unidades de Conservao da Natureza - SNUC: Lei n 9.985, de 18 de
julho de 2000; decreto n 4.340, de 22 de agosto de 2002. 2 ed. Aum.
Braslia: MMA/SBF, 2002. 52 p.
Ministrio do Meio Ambiente, dos Recursos Hdricos e da Amaznia Legal - MMA. Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais - IBAMA. Roteiro Metodolgico
Para Elaborao de Plano de Manejo para Reservas Particulares do Patrimnio
Natural: 2004. 955p.
Ministrio do Meio Ambiente, dos Recursos Hdricos e da Amaznia Legal - MMA /
Secretaria de Biodiversidade e Florestas - MMA/SBF. reas Prioritrias para
Conservao, Uso Sustentvel e Repartio dos Benefcios da Biodiversidade
Brasileira. Braslia: MMA/SBF, 2007.
MITRAUD, S. [Org.] (2003) Manual de Ecoturismo de Base Comunitria: ferramentas
para um planejamento responsvel. Braslia: WWF. 473p.
NEVES, G. M. S.; PEIXOTO, A. L. Florstica e Estrutura da Comunidade Arbustivo-Arbrea
de Dois Remanescentes em Regenerao de Floresta Atlntica Secundria na Reserva
Biolgica de Poo das Antas, Silva Jardim, Rio de Janeiro. Pesquisas, Botnica n 59:
71-112. So Leopoldo: In stituto Anchietano de Pesquisas, 2008.
REGO, V.B.S. 2007. Parasos perdidos ou preservados: a conquista da cidadania em
ambientes de proteo ambiental. II SAPIS. Rio de Janeiro, Programa Eicos / UFRJ.

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Reserva Particular do Patrimnio Natural Fazenda Bom Retiro

ANEXO 1

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Plano de Manejo da
Reserva Particular do Patrimnio Natural Fazenda Bom Retiro

QUADRO A1 -

Espcies encontradas na regio da RPPN Bom Retiro/Silva Jardim.


(*Espcies exticas)
FAMLIA

ESPCIE
Astronium graveolens

ANACARDIACEAE

Schinus terebenthifolius
Tapirira guianensis
Annona cacans
Cymbopetalum brasiliense
Duguetia pohliana
Duguetia riedeliana
Guatteria sp.
Guatteria australis

ANNONACEAE

Guatteria candolleana
Guatteria xylopioides
Guatteria latifolia
Guatteria nigrescens
Oxandra reticulata
Rollinia dolabripetala
Rollinia laurifolia
Xylopia sericea
Aspidosperma parvifolium
Geissospermum laeve
Himatanthus lancifolius
Himatanthus bracteatus

APOCYNACEAE

Malouetia arborea
Rauvolfia grandiflora
Tabernaemontana catharinensis
Tabernaemontana laeta
Tabernaemontana hystrix

AQUIFOLIACEAE

Ilex paraguariensis

ARACEAE

Epipremnum pinnatum

ARALIACEAE

Gilibertia sp.
Astrocaryum aculeatissimum

ARECACEAE

Attalea humilis
Euterpe edulis
Polyandrococos caudescens
Asteraceae sp.
Gochnatia polymorpha

ASTERACEAE

Piptocarpha macropoda
Vernonanthura discolor
Vernonanthura difusa
Adenocalymma subsessilifolium
Amphilophium crucigerum

BIGNONIACEAE

Cybistax antisyphilitica
Jacaranda bracteata
Jacaranda macrantha
Jacaranda puberula

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Plano de Manejo da
Reserva Particular do Patrimnio Natural Fazenda Bom Retiro

FAMLIA

ESPCIE
Memora peregrina
Sparattosperma leucanthum
Tabebuia sp. 3
Tabebuia chrysotricha
Tabebuia heptaphylla
Tabebuia serratifolia

BOMBACACEAE
BORAGINACEAE
BROMELIACEAE
BURSERACEAE
CAESALPINACEAE
CANNABACEAE
CARICACEAE
CECROPIACEAE
CELASTRACEAE

Chorsia speciosa
Pseudobombax grandiflorum
Cordia sellowiana
Cordia trichoclada
Aechmea weilbachii
Protium heptaphyllum
Protium brasiliense
Peltrogyne angustiflora
Schizolobium parahyba
Trema micrantha
Jacaratia heptaphylla
Jacaratia spinosa
Cecropia glaziovii
Cecropia hololeuca
Maytenus longifolia
Maytenus samydaeformis
Chrysobalanaceae sp. 1
Chrysobalanaceae sp. 2
Couepia venosa

CHRYSOBALANACEAE

Hirtella angustifolia
Hirtella hebeclada
Licania octandra
Parinari excelsa

CLETHRACEAE

Clethra scabra
Calophyllum brasiliense
Garcinia gardneriana
Garcinia brasiliensis
Kielmeyera excelsa

CLUSIACEAE

Symphonia globulifera
Tovomitopsis paniculata
Tovomita paniculata
Vismia aff. martiana
Vismia guianensis

CONNARACEAE

Bernardinia fluminensis

CUNONIACEAE

Lamanomia ternata

CYANTHEACEAE

Cyathea corcovadensis
Sloanea garckeana

ELAEOCARPACEAE

Sloanea guianensis
Sloanea monosperma

ERYTHROXYLACEAE

Erythroxylum pulchrum
Erythroxylum citrifolium

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Plano de Manejo da
Reserva Particular do Patrimnio Natural Fazenda Bom Retiro

FAMLIA

ESPCIE
Erythroxylum cuspidifolium
Erythroxylum coelophlebium
Alchornea sidifolia
Alchornea glandulosa
Alchornea triplinervia
Actinostemon verticillatus
Aparisthmium cordatum
Croton floribundus
Glycydendron esprito-santense
Hieronyma alchorneoides
Hieronyma oblonga

EUPHORBIACEAE

Mabea fistulifera
Pera glabrata
Pera leandrii
Pera heteranthera
Pogonophora schomburgkiana
Sapium glandulatum
Sebastiania commersoniana
Senefeldera verticillata
Tetraplandra leandrii
Tetraplandra riedelii
Tetrorchidium rubrivenium
Acacia sp.
Acacia polyphilla
Acacia plumosa
Apuleia leiocarpa
Albizia polycephalla
Andira anthelmia
Andira fraxinifolia
Andenanthera macrocarpa
Bauhinia fortificata
Bauhinia fusconervis
Bauhinia sp.
Cassia ferruginea

FABACEAE

Centrolobium robustum
Copaifera langsdorffii
Copaifera lucens
Chamaecrista ensiformis
Caesalpinia echinata
Dalbergia nigra
Exostyles venusta
Enterolobium contortisiliquum
Erythrina speciosa
Goniorrhachis marginata
Hymenaea courbaril
Inga edulis
Inga tenuis

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Plano de Manejo da
Reserva Particular do Patrimnio Natural Fazenda Bom Retiro

FAMLIA

ESPCIE
Inga thibaudiana
Inga marginata
Inga striata
Inga bullata
Inga leptantha
Inga platyptera
Inga sellowiana
Lonchocarpus cultratus
Moldenhawera floribunda
Melanoxylon brauna
Mimosa bimucronata
Myrocarpus frondosus
Ormosia cf. minor
Ormosia fastigiata
Peltogyne angustiflora
Plathymenia foliolosa
Pseudopiptadenia contorta
Plathymiscium floribundum
Platycyanus regnelli
Platypodium elegans
Pithecellobium pedicellare
Pterocarpus rohrii
Piptadenia gonoacantha
Piptadenia sp.
Piptadenia paniculata
Peltophorum dubium
Swartzia simplex
Swartzia oblata
Swartzia apetala
Swartzia flaemingii
Stryphnodendron polyphyllum
Sclerolobium denudatum
Sclerolobium rugosum
Sclerolobium beaureipairei
Senna multijuga
Senna australis
Tachigali paratyensis
Tachigalli pilgeriana
Machaerium nyctitans

FABOIDEAE

Machaerium brasiliensis
Machaerium fulvovenosum
Machaerium pedicellatum
Banara serrata
Banara brasiliensis

FLACOURTIACEAE

Carpotroche brasiliensis
Casearia arborea
Casearia sylvestris

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Plano de Manejo da
Reserva Particular do Patrimnio Natural Fazenda Bom Retiro

FAMLIA

ESPCIE
Casearia commersoniana
Casearia aff. pauciflora

HELICONEACEAE

Heliconea sp.

HUMIRIACEAE

Ventanea spp

ICACINACEAE

Leretia cordata

LACISTEMACEAE

Lacistema pubescens
Aniba firmula
Aiouea saligna
Aydendron floribundum
Beilschmiedias stricta
Cryptocarya aschersoniana
Cryptocarya moschata
Cryptocarya saligna
Cinnamomum triplinerve
Endlicheria paniculata
Lauraceae sp.1
Lauraceae sp.2
Lauraceae sp.3
Licaria armeniaca
Licaria sp.
Nectandra megapotamica
Nectandra membranaceae
Nectandra oppositifolia
Nectandra puberula
Nectandra rigida
Nectandra sp.

LAURACEAE

Nectandra grandiflora
Ocotea aciphylla
Ocotea aniboides
Ocotea diospyrifolia
Ocotea elegans
Ocotea laxa
Ocotea odorifera
Ocotea divaricata
Ocotea schottii
Ocotea glaziovii
Ocotea daphnifolia
Ocotea sp.
Ocotea sp.1
Ocotea sp.2
Ocotea brachybotrya
Ocotea puberula
Ocotea velutina
Ocotea martiana
Ocotea pretiosa
Ocotea polyantha
Persea americana*

Novembro / 2014

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Plano de Manejo da
Reserva Particular do Patrimnio Natural Fazenda Bom Retiro

FAMLIA

ESPCIE
Persea sp.
Phyllostemonodaphne geminiflora
Urbanodendron cf. bahiense
Urbanodendron verrucosum
Cariniana legalis
Cariniana sp. 1
Cariniana estrellensis

LECYTHIDACEAE

Couratari pyramidata
Lecythis sp. 1
Lecythis lanceolata
Lecythis lurida
Lecythis pisonis

LOGANIACEAE
LYTHRACEAE
MALPIGHIACEAE

Strychnos sp.
Lafoensia densiflora
Lafoensia glyptocarpa
Malpighiaceae sp. 1
Malpighiaceae sp. 2
Ceiba speciosa
Ceiba crispiflora
Hydrogaster trinervis

MALVACEAE

Luehea conwentzii
Luehea divaricata
Luehea grandiflora
Quararibea turbinata
Henriettea saldanhaei
Miconia cinnamomifolia
Miconia holosericea
Miconia hypoleuca
Miconia lepidota
Miconia prasina

MELASTOMATACEAE

Miconia sp.
Miconia sp. 1
Miconia sp. 2
Miconia sp. 3
Tibouchina granulosa
Tibouchina arborea
Tibouchina mutabilis
Cabralea canjerana
Cedrela fissilis
Cedrela odorata
Guarea guidonea

MELIACEAE

Guarea macrophylla
Guarea kunthiana
Meliaceae sp. 1
Trichilia elegans
Trichilia martiana
Trichilia lepidota

Novembro / 2014

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Plano de Manejo da
Reserva Particular do Patrimnio Natural Fazenda Bom Retiro

FAMLIA

ESPCIE
Trichilia casaretti
Trichilia silvatica
Trichilia ramalhoi
Mollinedia puberula
Mollinedia schottiana
Mollinedia sp

MONIMIACEAE

Mollinedia oligantha

Brosimum guianense
Ficus insipida
Ficus obtusiuscula
Helicostylis tomentosa
MORACEAE

Moraceae sp 1
Maclura tinctoria
Naucleopsis oblongifolia
Pseudolmedia hirtula
Sorocea guilleminiana
Sorocea hilarii

MYRISTICACEAE

Virola oleiifera
Myrsine coriacea
Myrsine umbellata

MYRSINACEAE

Myrsine schwackeana
Myrsine venosa
Rapanea ferruginea
Campomanesia guaviroba
Calyptranthes lucida
Calyptranthes brasiliensis
Calyptranthes cf. lanceolata
Calyptranthes sp.
Eugenia cachoeirensis
Eugenia dichroma
Eugenia expansa
Eugenia magnifica

MYRTACEAE

Eugenia friburgensis
Eugenia macahensis
Eugenia puncifolia
Eugenia tinguyensis
Eugenia brasiliensis
Eugenia stigmatosa
Eugenia umbrosa
Eugenia oblata
Eugenia speciosa
Eugenia uniflora
Eugenia sp. 1

Novembro / 2014

Pgina 133

Plano de Manejo da
Reserva Particular do Patrimnio Natural Fazenda Bom Retiro

FAMLIA

ESPCIE
Eugenia sp. 2
Eugenia sp. 3
Gomidesia spectabilis
Gomidesia sp.
Myrcia fallax
Myrcia hexasticha
Myrcia recurvata
Myrcia rostrata
Myrcia anceps
Myrcia splendens
Myrcia racemosa
Myrcia sp.
Myrcia sp. 1
Marlierea edulis
Marlierea obscura
Plinia edulis
Psidium guiineense
Psidium cattleianum
Psidium Eugeniaefolia
Syzygium jambos*
Andradea floribunda

NYCTAGINACEAE

Guapira nitida
Guapira opposita

OCHNACEAE

Ouratea olivaeformis

OLACACEAE

Heisteria perianthomega
Tetrastylidium grandifolium

PHYTOLACCACEAE

Phytolacca dioica
Seguieria langsdorffii
Piper amalago
Piper arboreum
Piper hispidum

PIPERACEAE

Piper sp
Piper sp 2
Piper sp 3
Piper sp 4

PROTEACEAE
QUIINACEAE

Roupala sculpta
Roupala montana
Quiina glaziovii
Bathysa mendoncaei
Bathysa meridionalis
Bathysa cuspidata
Bathysa nicholsonii

RUBIACEAE

Coussarea nodosa
Coussarea sp.
Faramea sp.
Faramea multiflora
Genipa americana

Novembro / 2014

Pgina 134

Plano de Manejo da
Reserva Particular do Patrimnio Natural Fazenda Bom Retiro

FAMLIA

ESPCIE
Palicourea marcgravii
Psychotria nuda
Psychotria sessilis
Psychotria velloziana
Psychotria carthagenensis
Psychotria sp.1
Psychotria sp.2
Randia armata
Rudgea recurva
Rudgea sp. 1
Rudgea sp. 2
Simira sp. 1
Dictyoloma vandellianum
Faramea latifolia
Fagara rhoifolia

RUTACEAE

Pilocarpus pennatifolios
Rutaceae sp. 1
Rustia formosa
Zanthoxylum rhoifolium
Allophyllus sp.
Allophyllus edulis
Cupania oblongifolia
Cupania racemosa
Cupania furfuracea
Cupania schizoneura

SAPINDACEAE

Cupania emarginata
Cupania vernalis
Matayba juglandifolia
Matayba guianensis
Sapindaceae sp. 2
Serjania fuscifolia
Talisia sp. 1
Toulicia laevigata
Chrysophyllum flexuosum
Chrysophyllum splendens
Chrysophyllum lucentifolium
Ecclinusa ramiflora

SAPOTACEAE

Micropholis crassipedicellata
Pouteria bangii
Pouteria caimito
Pouteria torta
Pouteria sp. 1
Pouteria sp. 2
Picramnia sp.

SIMAROUBACEAE

Picramnia sp.1
Picramnia aff. gardneri
Picramnia glazioviana

Novembro / 2014

Pgina 135

Plano de Manejo da
Reserva Particular do Patrimnio Natural Fazenda Bom Retiro

FAMLIA

ESPCIE
Simarouba amara
Simaba sp
Siparuna guianensis
Siparuna brasiliensis

SIPARUNECEAE

Siparuna sp. 1
Siparuna reginae
Aureliana fasciculata
Cestrum amictum
Metternichia princeps

SOLANACEAE

Solanum swartzianum
Solanum inaequale
Solanum cinnamomeum

SYMPLOCACEAE

Symplocos variabilis

THYMELIACEAE

Daphnopsis gemmiflora

URTICACEAE

Pourouma guianensis
Aegiphila sellowiana
Citharexylum myrianthum

VERBENACEAE

Vitex sp. 1
Vitex polygama

VIOLACEAE

Rinorea guianensis
Vochysia laurifolia

VOCHYSIACEAE

Qualea dichotoma

QUADRO A2 -

Dentre as famlias mais ricas, as espcies mais encontradas foram


(*Espcie extica):
FAMLIA

ESPCIE
Cybistax antisyphilitica
Jacaranda bracteata

BIGNONIACEAE

Sparattosperma leucanthum
Tabebuia chrysotricha
Tabebuia heptaphylla
Alchornea glandulosa
Alchornea triplinervia

EUPHORBIACEAE

Aparisthmium cordatum
Mabea fistulifera
Pera glabrata
Pera leandrii
Apuleia leiocarpa
Albizia polycephalla
Andira fraxinifolia
Dalbergia nigra

FABACEAE

Machaerium brasiliensis
Plathymenia foliolosa
Pseudopiptadenia contorta
Platycyanus regnelli
Pithecellobium pedicellare

Novembro / 2014

Pgina 136

Plano de Manejo da
Reserva Particular do Patrimnio Natural Fazenda Bom Retiro

FAMLIA

ESPCIE
Swartzia simplex
Swartzia apetala
Nectandra oppositifolia
Nectandra puberula

LAURACEAE

Nectandra rigida
Ocotea aniboides

MELASTOMATACEAE

Miconia cinnamomifolia
Tibouchina mutabilis
Cabralea canjerana

MELIACEAE

Guarea guidonea

MORACEAE

Brosimum guianense
Myrcia fallax

MYRTACEAE

Myrcia anceps
Syzygium jambos*
Bathysa mendoncaei

RUBIACEAE

Psychotria velloziana

SAPOTACEAE

Chrysophyllum flexuosum

QUADRO A3 -

As espcies que possuem algum uso medicinal indicado esto


destacadas em vermelho
ESPCIES

USO ECONMICO

Astrocaryum aculeatissimum
Himatanthus bracteatus

Alimentao/ Construo/ Medicina


Medicina: antitumoral, anti-hipertensiva, antilcera e antiinflamatria

Malouetia arborea
Rauvolfia grandiflora
Tabernaemontana catharinensis

Combustvel
Indstria Farmacutica: bioproduo de alcalides indlicos
Medicina/Ornamentao/Reflorestamento/Construo/Combu
stvel

Tabernaemontana laeta

Medicina/Ltex

Tabernaemontana hystrix
Astronium graveolens
Schinus terebinthifolius
Tapirira guianensis
Annona cacans

Medicina
Construo/Combustvel/Arborizao
Urbana/Medicina/Paisagismo
Arborizao/Reflorestamento/Alimentao/Recurso para
fauna/Medicina: antibitico, antifngico, cicatrizante,
balsmico, depurativo e hipotensivo
Recurso para fauna/Medicina/Recuperao de
reas/Construo
Construo/Alimentao/Reflorestamento

Guatteria sp.
Guatteria candolleana

Potencial para paisagismo


Construo/Combustvel/Recurso para fauna

Xylopia sericea

Combusto/Recurso para fauna

Gochnatia polymorpha

Medicina: expectorante e trata reumatismo


sseo/Arborizao/Ornamentao/Reflorestamento/Conserva
o de solo

Vernonanthura discolor

Reflorestamento/Arborizao/Construo/Combusto

Ilex paraguariensis

Alimentao/Medicina: estimulante, vaso-dilatador,


antioxidante, antireumtico, diurtico e laxante

Cybistax antisyphilitica

Paisagismo/Medicina/Combustvel

Novembro / 2014

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Plano de Manejo da
Reserva Particular do Patrimnio Natural Fazenda Bom Retiro

ESPCIES

USO ECONMICO

Jacaranda bracteata

Construo

Jacaranda macrantha

Paisagismo/Melfera/Medicina

Jacaranda puberula
Sparattosperma leucanthum
Tabebuia sp. 3

Construo/Reflorestamento/Ornamentao
Reflorestamento/Melfera/Combustvel
Construo/Ornamentao/Medicina: expectorante

Tabebuia chrysotricha

Construo; Medicina: adstringente e contra inflamaes


bucais/Paisagismo

Tabebuia heptaphylla

Medicina: contra gripe, depurativo do sangue, antilcera,


anticancergeno, antireumtico,
antianmica/Arborizao/Reflorestamento

Tabebuia serratifolia

Construo/Arborizao/Paisagismo.
Celulose/Recuperao de reas
degradadas/Paisagismo/Melfera

Pseudobombax grandiflorum
Cordia sellowiana

Paisagismo/Medicina: emolientes demulcentes, bquicos e


expectorantes

Cordia trichoclada
Protium heptaphyllum

Medicina
Resina/Medicina: expectorante, antiinflamatrio, cicatrizante,
antimicrobiano e altiulceroso.

Protium brasiliense
Protium spruceanum
Cecropia glaziovii

Cecropia hololeuca
Cecropia pachystachya

Resina
Medicina: antiinflamatrio e analgsico
Medicina: bronquite, coqueluche, clicas hepticas, Mal de
Parkinson e diarria/Alimentao/Recurso para fauna
Paisagismo/Arborizao/Construo/Celulose/Medicina:
cardiotnica, diurtica, tnica, anti-hemorrgica, adstringente,
emenagoga, antidisenterica, anti-asmtica, anti-tussigena,
anti-gonorreica, anti-leucorreia.
Ornamentao/Alimentao/Reflorestamento

Licania octandra

Construo

Parinari excelsa

Alimentao/Medicina: doenas do sangue, insanidade,


vermfugos, diarria e disenteria/Construo

Clethra scabra
Calophyllum brasiliense
Garcinia gardneriana

Medicina: purgativo/Ornamentao/Alimentao/Recuperao
de reas degradadas/Melfera/Construo
Paisagismo/Melfera/Bio-combustvel/Medicina: lceras,
reumatismo, cicatrizante, efeitos sobre o vrus HIV.
Medicina: para processos inflamatrios, infeces, dores e
inchaos.

Garcinia brasiliensis
Symphonia globulifera

Paisagismo/Recurso para fauna


Construo/Ornamentao/Medicina

Tovomita paniculata
Vismia guianensis

Alimentao/Melfera
Medicina: reumatismo, dermatose, impingen e ferimento com
inseto.

Jacaratia heptaphylla

Alimentao

Jacaratia spinosa

Alimentao/Medicina

Lamanonia ternata

Recuperao de reas degradadas

Schizolobium parahyba
Trema micrantha

Construo/Medicina/Recuperao de reas degradadas


Reflorestamento/Recuperao de reas
degradadas/Construo

Alchornea glandulosa

Medicina: anti-inflamatrio,anti-lcera e anti-angiognico.

Alchornea triplinervia

Combustvel/Reflorestamento para recuperao/Medicina

Croton floribundus

Reflorestamento/Melfera/Construo/Celulose/Medicina

Hieronyma alchorneoides

Construo

Novembro / 2014

Pgina 138

Plano de Manejo da
Reserva Particular do Patrimnio Natural Fazenda Bom Retiro

ESPCIES

USO ECONMICO

Hieronyma oblonga

Construo

Joannesia princeps

Arborizao/Reflorestamento/Medicina: purgativo/Construo

Mabea fistulifera

Recuperao de reas degradadas/Arborizao

Pera glabrata

Recuperao de reas degradadas/Construo

Pera heteranthera
Sapium glandulatum
Sebastiania commersoniana
Sloanea monosperma

Recurso para fauna/Construo


Paisagismo/Reflorestamento/Produo de ltex
Medicina: leucorria, blenorragia e
fungos/Construo/Arborizao/Recuperao de reas
degradadas
Construo/Arborizao/Reflorestamento

Acacia sp.

Alimentao/Medicina/Ornamentao/Tintas/Perfumes/Constr
uo/Controle de eroso

Acacia polyphylla

Melfera/Celulose/Combustvel/Ornamentao/Arborizao/R
ecuperao de reas degradadas/Medicina: trata tosse

Apuleia leiocarpa

Carpintaria/Construo/Ornamentao

Albizia polycephala

Combustvel/Construo/Alimentao/Medicina

Andira anthelmia

Arborizao/Melfera/Alimentao/Medicina: anti-helmtico,
drstico, emtico, febrfago, laxante, narctico, piscicide,
veneno e purgativo.

Andira fraxinifolia

Paisagismo/Arborizao/Reflorestamento

Anadenanthera macrocarpa

Bauhinia forficata

Construo/Combustvel/Resina/Arborizao/Melfera/Medicin
a
Medicina: antidiabtico, cicatrizante, cistites e afeces
urinrias, diurticas, hipocolesteromiantes, malria,
parasitoses intestinais, elefantase, adstringente, diarria,
expectorante e controle da diurese.

Bauhinia fusconervis
Cassia ferruginea
Centrolobium robustum
Copaifera langsdorffii

Arborizao/Paisagismo
Ornamentao/Construo/Paisagismo/Arborizao
Construo/Combustvel/Arborizao/Paisagismo
Medicina: anti-inflamatrio, bactericida, tratamento de cncer,
cicatrizante, expectorante, diurtico, laxativo, estimulante,
emoliente e tnico/Marcenaria/Reflorestamento para
recuperao de reas/Melfera

Copaifera lucens

leos Essencias/Ceras

Chamaecrista ensiformis
Caesalpinia echinata

Combustvel
Corantes/Construo/Combustvel/Resina/Melfera/Paisagism
o/Arborizao Urbana

Dalbergia nigra

Marcenaria/Construo/Paisagismo

Exostyles venusta
Enterolobium contortisiliquum

Arborizao/Paisagismo
Melfera/Recuperao de reas
degradadas/Construo/Combustvel/Celulose/Medicina/Arbo
rizao

Erythrina speciosa

Paisagismo/Melfera

Goniorrhachis marginata
Hymenaea courbaril
Inga edulis

Construo
Construo/Recurso para fauna/Alimentao/Medicina:
diarria, tosse, bronquite, problemas de estmago, antifngico e para tratamento de cncer/Recuperao de reas
degradadas
Alimentao/Ornamentao/Combustvel

Inga capitata
Inga vera
Inga marginata

Alimentao
Medicina: anti-sptica/Recuperao de reas
degradadas/Recurso para fauna/Ornamentao/Melfera
Medicina: anti-lcera, adstringente e

Novembro / 2014

Pgina 139

Plano de Manejo da
Reserva Particular do Patrimnio Natural Fazenda Bom Retiro

ESPCIES

USO ECONMICO
hemosttico/Arborizao/Alimentao/Recuperao de reas
degradadas/Melfera

Lonchocarpus cultratus

Recuperao de reas degradadas

Melanoxylon brauna

Construo/Medicina

Mimosa bimucronata

Combustvel/Medicina: emolientes, asma, bronquite e


febre/Reflorestamento

Machaerium nictitans

Melfera/Combustvel/Arborizao/Medicina:
abortiva/Recuperao de reas degradadas/Restaurao de
ambientes fluviais ou riprios

Myrocarpus frondosus

Construo/Melfera/Perfumes/Blsamo/Medicina

Peltogyne angustiflora

Recuperao de reas degradadas/Paisagismo/Construo

Plathymenia foliolosa

Construo/Recuperao de reas degradadas/Tecnologia

Pseudopiptadenia contorta
Platycyamus regnelli

Medicina: antioxidante/Construo
Ornamentao/Medicina: digestivo estomacal e anti-trmico.

Platypodium elegans
Pterocarpus rohrii
Piptadenia gonoacantha

Construo/Melfera
Celulose/Combustvel/Paisagismo/Recuperao de reas
degradadas
Construo/Combustvel/Ornamentao/Melfera/Recupera
oi de reas

Peltophorum dubium

Construo/Celulose/Paisagismo

Swartzia oblata

Alimentao/Melfera

Swartzia apetala

Paisagismo

Stryphnodendron polyphyllum
Sclerolobium denudatum

Medicina
Melfera/Celulose/Construo/Paisagismo/Recuperao de
solos

Sclerolobium rugosum
Senna multijuga
Carpotroche brasiliensis
Casearia arborea

Ornamentao/Construo
Construo/Corante/Arborizao/Recuperao de reas
Medicina/Paisagismo/Recurso para fauna
Melfera/Medicina: cicatrizante, anti-sptico, antimicrobiano,
fungicida, tnicas, depurativas, anti-reumtica e antiinflamatria/Restaurao de ambientes riprios

Casearia sylvestris

Medicina: afrodisaca, anestesiante, antiartrtica, antidiarrica,


antiespasmdica, anti-hemorrgica, anti-herptica,
antimicrobiana, antiobsica, antiofdica, antipirtica, antireumtica, anti-sptica, anti-sifiltica, antiulcerognica,
calmante, cardiotnico, diafortica e diurtica.

Casearia pauciflora

Medicina

Aniba firmula
Aiouea saligna

Olos essenciais/Medicina/Construo
Reflorestamento/Alimentao/ConstruoRecuperao de
reas degradadas

Beilschmiedia fluminensis
Cryptocarya aschersoniana

Construo/Recurso para fauna


Arborizao/Recurso para fauna/Construo

Lauraceae sp.1

Tecnologia/Construo

Nectandra megapotamica

Alimentao

Nectandra membranacea

Combustvel/Celulose/Arborizao/Recuperao de reas

Nectandra oppositifolia

Construo/Combustvel

Nectandra puberula

Construo/Combustvel

Nectandra rigida

Recuperao de reas

Ocotea divaricata

Recuperao de reas

Ocotea sp.
Ocotea puberula

Construo
Medicina/Veterinria/Construo/Recurso para

Novembro / 2014

Pgina 140

Plano de Manejo da
Reserva Particular do Patrimnio Natural Fazenda Bom Retiro

ESPCIES
Ocotea velutina

USO ECONMICO
fauna/Recuperao de reas
Construo/Arborizao/Recuperao de reas

Ocotea pretiosa

Medicina

Persea americana
Cariniana legalis

Alimentao/Medicina
Construo/Medicina/Paisagismo/Reflorestamento

Cariniana estrellensis

Reflorestamento/Paisagismo

Lecythis lanceolata

Construo

Lecythis pisonis

Alimentao/Construo/Medicina

Lacistema pubescens

Medicina: antioxidante/Combustvel

Lafoensia glyptocarpa

Ornamentao/Recuperao de reas
degradadas/Arborizao/Construo

Strychnos sp.

Medicina

Cabralea canjerana

Tecnologia/Construo/Olos Essenciais/Medicina: anemia,


doena de pele, diarria, priso de ventre, febre, hidropisia,
adstringente, antiinflamatrio, fortificante, purgativo e antitrmico.

Cedrela fissilis

leos
Essenciais/Construo/Melfera/Arborizao/Recuperao de
reas degradadas

Cedrela odorata

Construo/leos Essenciais

Guarea guidonea

Medicina: vermfugo, febrfugo, laxante e


adstringente/Melfera/Combustvel

Guarea macrophylla

Recurso para fauna/Reflorestamento

Trichilia elegans

Inseticida

Trichilia lepidota

Construo

Campomanesia guaviroba

Paisagismo/Melfera/Medicina/Recurso para
fauna/Alimentao

Calyptranthes sp.

leos Essenciais

Calyptranthes grandifolia

Recurso para fauna/Arborizao

Eugenia magnifica

Arborizao/Paisagismo

Eugenia punicifolia

Alimentao/Ornamentao/Recurso para fauna

Eugenia brasiliensis

Alimentao/Arborizao/Reflorestamento/Construo/Recom
posio de matas ciliares

Eugenia stigmatosa

Alimentao

Eugenia umbrosa

Ornamentao

Eugenia speciosa

Alimentao/Reflorestamento

Eugenia uniflora
Myrcia rostrata
Myrcia splendens

Alimentao/Reflorestamento/Recuperao de reas
degradadas/Ornamentao/Medicina
Combustvel/Melfera/Arborizao/Recuperao de reas
degradadas/Restaurao de ambientes fluviais ou riprios
Recurso para fauna/leos essenciais/Reflorestamento

Myrcia sp.

leos essenciais

Myrtaceae sp.1

Combustvel

Marlierea obscura
Plinia edulis

Recurso para fauna


Alimentao/Paisagismo/Reflorestamento

Psidium guineense

Alimentao/Reflorestamento

Psidium cattleianum

Alimentao/Ornamentao

Syzygium jambos

Alimentao/Medicina

Brosimum guianense

Recurso para fauna/Construo

Coussapoa microcarpa

Alimentao/Recurso para fauna

Novembro / 2014

Pgina 141

Plano de Manejo da
Reserva Particular do Patrimnio Natural Fazenda Bom Retiro

ESPCIES

USO ECONMICO

Ficus insipida

Construo/Medicina

Ficus adhatodifolia
Helicostylis tomentosa
Maclura tinctoria

Alimentao/Ltex.
Alimentao/Alucingeno/Ltex com uso medicinal
Alimentao/Reflorestamento/Ornamentao/Recurso para
fauna

Sorocea guilleminiana

Medicina

Ceiba speciosa

leo vegetal/Ornamentao/Reflorestamento

Ceiba crispiflora

Ornamentao/Paisagismo

Eriotheca pentaphylla

Paisagismo/Melfera

Luehea divaricata

Celulose/leos Essenciais/Resina/Melfera/Medicina Popular:


disenteria, lcera, reumatismo, bronquite, vermfugo, cncer,
gastrite e m digesto.

Luehea grandiflora

Medicina: artrite, corrimentos, disenteria, hemorragia,


leucorria, reumatismo e tumor.

Quararibea turbinata
Miconia cinnamomifolia

Alimentao
Construo/Melfera/Arborizao/Reflorestamento

Miconia lepidota

Combustvel

Tibouchina granulosa

Ornamentao/Recuperao de reas degradadas

Tibouchina mutabilis

Paisagismo/Construo

Myrsine coriacea

Combustvel/Regenerao do solo/Resina/Recurso para


fauna

Myrsine umbellata

Medicina/Ornamentao/Construo/Recuperao de
encostas

Myrsine venosa
Rapanea ferruginea

Recuperao de reas degradadas


Combustvel/Recuperao de reas degradadas

Mollinedia schottiana

Medicina

Siparuna guianensis

Combustvel/Medicina

Siparuna brasiliensis

Medicina/Inseticida

Magnolia ovata

leos Essenciais

Virola oleifera

Medicina

Virola gardneri

Medicina/Construo/Reflorestamento

Guapira opposita

Recurso para fauna

Piper amalago

leos essenciais/Medicina

Piper arboreum

leos Essenciais/Medicina

Roupala sculpta

Construo/Tecnologia

Roupala montana

Medicina/Ornamentao/Recomposio da
vegetao/Construo

Seguieria langsdorffii

Arborizao/Reflorestamento

Bathysa autralis

Arborizao/Medicina

Bathysa nicholsonii

Medicina: antifngico

Genipa americana

Medicina/Alimentao

Psychotria nuda

Recurso para fauna

Psychotria carthagenensis
Randia armata
Dictyoloma vandellianum

Medicina
Alimentao/Medicina: cansao, falta de ar, gonorria,
reumatismo e inflamaes.
Combustvel/Arborizao/Paisagismo/Recuperao de reas
degradadas

Fagara rhoifolia
Zanthoxylum rhoifolium

Combustvel/Medicina
Construo/Melfera/Reflorestamento/Recurso para fauna

Novembro / 2014

Pgina 142

Plano de Manejo da
Reserva Particular do Patrimnio Natural Fazenda Bom Retiro

ESPCIES

USO ECONMICO
leos essenciais/Medicina: febre, hipertenso, disenteria,
problemas hepticos, ictercia e
inflamaes/Combustvel/Alimentao/Melfera/Recuperao
de reas degradadas

Allophylus edulis
Cupania oblongifolia

Tecnologia/Combustvel/Medicina/Recurso para fauna

Cupania racemosa

Combustvel/Recurso para fauna

Cupania emarginata

Recurso para fauna/Melfera

Matayba guianensis

Recurso para fauna/Reflorestamento

Toulicia laevigata

Recomposio vegetal/Melfera

Aureliana fasciculata

Medicina/Recurso para fauna

Cestrum bracteatum

Melfera/Recurso para fauna

Metternichia princeps

Ornamentao/Arborizao

Solanum pseudoquina

Ornamentao/Arborizao/Recuperao de reas
degradadas

Chrysophyllum flexuosum

Medicina: antioxidante

Chrysophyllum lucentifolium

Construo

Chrysophyllum gonocarpum

Recurso para fauna/Alimentao/Arborizao/Construo

Ecclinusa ramiflora

Combustvel

Pouteria caimito

Alimentao/Recurso para fauna/Medicina

Pouteria torta

Alimentao/Recurso para fauna/Medicina

Pouteria gardneri

Alimentao/Reflorestamento

Simarouba amara

Construo/Celulose/Medicina: diarria, disenteria e malria.

Pourouma guianensis
Aegiphila sellowiana

Alimentao
Melfera/Medicina/Recurso para fauna

Citharexylum myrianthum
Vitex polygama

Reflorestamento/Construo/Recurso para fauna


Recurso para fauna/Recuperao de reas degradadas

QUADRO A4 -

Espcies ameaadas de extino


ESPCIES

AMEAADAS/EXTINTAS

Astrocaryum aculeatissimum

baixo risco

Guatteria xylopioides

vulnervel

Ilex paraguariensis

baixo risco/quase ameaada - utilizao dos recursos


biolgicos

Cyathea corcovadensis
Joannesia princeps

em pergigo
vulnervel- Agricultura e aquacultura

Dalbergia nigra

Vulnervel

Inga bullata

Vulnervel

Inga leptantha

Vulnervel

Inga platyptera

Em perigo

Inga sellowiana

Em perigo

Melanoxylon brauna

Vulnervel

Plathymenia foliolosa

Vulnervel - Utilizao de recursos biolgicos

Sclerolobium denudatum

baixo risco/quase ameaada

Sclerolobium beaurepairei

em pergigo

Banara brasiliensis

vulnervel - utilizao dos recursos biolgicos

Casearia pauciflora

em pergigo

Ocotea aciphylla

baixo risco

Novembro / 2014

Pgina 143

Plano de Manejo da
Reserva Particular do Patrimnio Natural Fazenda Bom Retiro

Ocotea puberula

baixo risco

Ocotea silvestris

vulnervel

Ocotea pretiosa

Vulnervel - Utilizao de recursos biolgicos

Phyllostemonodaphne geminiflora

em pergigo

Urbanodendron verrucosum

vulnervel

Cariniana legalis

vulnervel - desenvolvimento residencial e comercial


em pergigo - utilizao dos recursos biolgicos;
desenvolvimento residencial e comercial; alterao dos
sistemas naturais

Couratari pyramidata
Lecythis lanceolata

baixo risco/

Lecythis lurida

baixo risco/ -utilizao dos recursos biolgicos;


desenvolvimento residencial e comercial; alterao dos
sistemas naturais

Cedrela fissilis

em pergigo - Utilizao dos Recursos biolgicos

Cedrela odorata

vulnervel - Utilizao dos Recursos biolgicos

Trichilia casaretti

vulnervel - Utilizao dos Recursos biolgicos

Trichilia silvatica

vulnervel - utilizao dos recursos biolgicos;


desenvolvimento residencial e comercial; alterao dos
sistemas naturais

Trichilia ramalhoi

vulnervel

Brosimum glaziovii

em pergigo - Utilizao dos Recursos biolgicos

Naucleopsis oblongifolia

vulnervel

Pseudolmedia hirtula

em pergigo - Utilizao dos Recursos biolgicos

Sorocea guilleminiana

vulnervel

Aureliana fasciculata

baixo risco - Utilizao dos Recursos biolgicos

Solanum pseudoquina

baixo risco

Solanum cinnamomeum

baixo risco

Chrysophyllum flexuosum

baixo risco - desenvolvimento residencial e comercial

Chrysophyllum splendens

vulnervel - B-utilizao dos recursos biolgicos;


desenvolvimento residencial e comercial; alterao dos
sistemas naturais
baixo risco-utilizao dos recursos biolgicos;
desenvolvimento residencial e comercial

Micropholis crassipedicellata

QUADRO A5 -

Espcies endemicas

Espcies

Endemismo

Espcies

Endemismo

Astrocaryum aculeatissimum

Mata Atlntica

Cryptocarya saligna

Mata Atlntica - regional

Attalea humilis

Mata Atlntica

Ocotea aniboides

Mata Atlntica - regional

Polyandrococos caudescens

Mata Atlntica

Ocotea elegans

Mata Atlntica

Himatanthus bracteatus

Mata Atlntica

Ocotea laxa

Mata Atlntica

Malouetia arborea

Mata Atlntica

Ocotea divaricata

Mata Atlntica

Rauvolfia grandiflora

Mata Atlntica

Ocotea daphnifolia

Mata Atlntica

Duguetia pohliana

Mata Atlntica - local

Ocotea brachybotrya

Mata Atlntica

Duguetia riedeliana

Mata Atlntica - local

Ocotea dispersa

Mata Atlntica

Guatteria australis

Mata Atlntica

Ocotea silvestris

Mata Atlntica

Guatteria candolleana

Mata Atlntica

Ocotea pretiosa

Mata Atlntica

Guatteria xylopioides

Mata Atlntica

Urbanodendron bahiense

Mata Atlntica

Guatteria latifolia

Mata Atlntica

Urbanodendron
verrucosum

Rollinia dolabripetala

Mata Atlntica

Couratari pyramidata

Novembro / 2014

Mata Atlntica - regional


Mata Atlntica - local

Pgina 144

Plano de Manejo da
Reserva Particular do Patrimnio Natural Fazenda Bom Retiro

Espcies

Endemismo

Espcies

Endemismo

Adenocalymma
subsessilifolium

Mata Atlntica

Lecythis lanceolata

Mata Atlntica

Jacaranda bracteata

Mata Atlntica

Calyptranthes lanceolata

Mata Atlntica

regional

Jacaranda macrantha

Calyptranthes grandifolia

Mata Atlntica

Jacaranda puberula

Mata Atlntica regional

Eugenia dichroma

Mata Atlntica

Aechmea weilbachii

Mata Atlntica regional

Eugenia expansa

Mata Atlntica - local

Mata Atlntica

Eugenia magnifica

Mata Atlntica

Mata Atlntica

Eugenia macahensis

Mata Atlntica - regional

Mata Atlntica regional

Eugenia stigmatosa

Mata Atlntica

Cordia trichoclada
Cecropia glaziovii
Couepia venosa
Bernardinia fluminensis

Mata Atlntica

Eugenia umbrosa

Mata Atlntica

Cyathea corcovadensis

Mata Atlntica

Myrcia hexasticha

Mata Atlntica

Garcinia brasiliensis

Mata Atlntica

Myrcia recurvata

Mata Atlntica

Kielmeyera excelsa

Mata Atlntica regional

Myrcia anceps

Tovomitopsis paniculata

Mata Atlntica regional

Marlierea obscura

Mata Atlntica

Marlierea suaveolens

Mata Atlntica

Plinia edulis

Mata Atlntica

Maytenus longifolia
Maytenus communis
Actinostemon verticillatus

Mata Atlntica - local


regional

regional

Ceiba crispiflora

Mata Atlntica - regional

Mata Atlntica regional

Eriotheca pentaphylla

Mata Atlntica - regional

Senefeldera verticillata

Mata Atlntica

Hydrogaster trinervis

Mata Atlntica

Erythroxylum cuspidifolium

Mata Atlntica

Luehea conwentzii

Erythroxylum coelophlebium

Mata Atlntica

Henriettea saldanhaei

Glycydendron
espiritosantense

Bauhinia fusconervis

Mata Atlntica

Mata Atlntica regional

Miconia cinnamomifolia

Mata Atlntica
Mata Atlntica - regional
Mata Atlntica

Copaifera lucens

Mata Atlntica

Tibouchina granulosa

Caesalpinia echinata

Mata Atlntica

Tibouchina arborea

Mata Atlntica - regional

Dalbergia nigra

Mata Atlntica

Tibouchina mutabilis

Mata Atlntica - regional

Exostyles venusta

Mata Atlntica

Mollinedia schottiana

Mata Atlntica

Hymenaea courbaril

Mata Atlntica regional

Mollinedia oligantha

Mata Atlntica - regional

Piptocarpha macropoda

Mata Atlntica regional

Virola gardneri

Mata Atlntica

Inga tenuis

Mata Atlntica

Guapira nitida

Mata Atlntica

Inga bullata

Mata Atlntica regional

Tetrastylidium
grandifolium

Mata Atlntica

Mata Atlntica - local

Inga leptantha

Mata Atlntica

Inga platyptera

Mata Atlntica regional

Inga sellowiana

Mata Atlntica

Bathysa mendoncaei

Machaerium pedicellatum

Mata Atlntica

Bathysa nicholsonii

Moldenhawera floribunda

Mata Atlntica

Psychotria nuda

Mata Alntica

Machaerium nictitans

Mata Atlntica

Rudgea recurva

Mata Atlntica

Ormosia minor

Mata Atlntica regional

Ouratea oliviformis

Mata Atlntica - regional

Roupala sculpta

Mata Atlntica - regional

Cupania furfuracea

Mata Atlntica
Mata Atlntica - regional

regional

Peltogyne angustiflora

Mata Atlntica

Cupania schizoneura

Mata Atlntica - local

Plathymenia foliolosa

Mata Atlntica

Cupania emarginata

Mata Atlntica

Novembro / 2014

Pgina 145

Plano de Manejo da
Reserva Particular do Patrimnio Natural Fazenda Bom Retiro

Espcies

Endemismo

Espcies

Endemismo

Swartzia oblata

Mata Atlntica

Toulicia laevigata

Mata Atlntica - regional

Sclerolobium denudatum

Mata Atlntica

Metternichia princeps

Mata Atlntica - regional

Tachigali paratyensis

Mata Atlntica

Solanum cinnamomeum

Mata Atlntica

Tachigali pilgeriana

Mata Atlntica regional

Chrysophyllum flexuosum

Mata Atlntica

Tachigali denudata

Mata Atlntica

Chrysophyllum splendens

Mata Atlntica

Banara brasiliensis

Mata Atlntica - local

Micropholis
crassipedicellata

Mata Atlntica

Carpotroche brasiliensis
Beilschmiedia fluminensis
Beilschmiedia stricta

QUADRO A6 -

Picramnia gardneri

Mata Atlntica
Mata Atlntica regional

Mata Atlntica - regional

Picramnia glazioviana

Mata Atlntica - local

Mata Atlntica

Aegiphila sellowiana

Mata Atlntica - regional

Lista das espcies amostradas na parcela em estgio mdio de


recuperao em relao a todos os indivduos amostrados (EMR +
EAR) e seus parmetros fitossociolgicos (N- nmero de indivduos,
Dr - densidade relativa e Da - densidade absoluta)

NOME POPULAR

FAMLIA

ESPCIE

DR

DA

Angico

Fabaceae

Piptadenia paniculata Benth

1,639344262

0,5

Aperta ruo

Piperaceae

Piper hispidum Sw.

13

21,31147541

6,5

Aperta ruo

Piperaceae

Piper sp.

1,639344262

0,5

Aperta ruo

Piperaceae

Piper sp. 2

1,639344262

0,5

Arco de pipa

Sapindaceae

Cupania vernalis Camb.

6,557377049

Arranha gato

Fabaceae

Acacia plumosa

1,639344262

0,5

Caet

Heliconeaceae

Heliconea sp.

9,836065574

Camar

Asteraceae

Gochnatia polimorpha

1,639344262

0,5

Cambot grande

Anarcadiaceae

Tapirira guianensis Aubl.

3,278688525

10

Cambot mido

sp 1

3,278688525

11

Cambuc do mato

Myrtaceae

Marlierea edulis (Berg) Nied

3,278688525

12

Canela amarela

Lauraceae

Nectandra grandiflora Nees

3,278688525

13

Canela sabi

Lauraceae

Ocotea polyantha (Nees & C.


Mart.) Mez

11

18,03278689

5,5

14

Carrapeta

Meliaceae

Guarea guidonia (L.) Sleumer

4,918032787

1,5

15

Ceboleira

Phytolaccaceae

Phytolacca dioica L.

1,639344262

0,5

16

Cedro rosa

Meliaceae

Cedrela odorata

3,278688525

17

Cip pente de
macaco

Bignoniaceae

Amphilophium crucigerum (L.)


L.G.Lohmann

1,639344262

0,5

18

Cip timb

Sapindaceae

Serjania fuscifolia Radlk.

1,639344262

0,5

sp 2

19

Copa rosa

1,639344262

0,5

20

Erva lagarto

Salicaceae

Casearia sylvrestres SW.

3,278688525

21

Erva rato

Rubiaceae

Palicourea marcgravii A. St. Hil.

8,196721311

2,5

22

Erva rato 2

sp 3

1,639344262

0,5

23

Erva rato 3

sp 4

1,639344262

0,5

24

Erva rato 4

sp 5

1,639344262

0,5

25

Feijo Preto

Fabaceae

sp 6

1,639344262

0,5

26

Jibia

Araceae

Epipremnum pinnatum

1,639344262

0,5

27

Munjolo gamb

Mimosaceae

Piptadenia sp.

1,639344262

0,5

28

Munjolo jacar

Mimosaceae

Piptadenia gonoacantha (Mart.)

1,639344262

0,5

Novembro / 2014

Pgina 146

Plano de Manejo da
Reserva Particular do Patrimnio Natural Fazenda Bom Retiro

J. F. Macbr
29

Nega mina

Siparuneceae

Siparuna guianenses

3,278688525

30

Pixirico

Melastomataceae

Miconia sp.

16

26,2295082

QUADRO A7 -

Lista das espcies amostradas na parcela em estgio avanado de


recuperao em relao a todos os indivduos amostrados (EMR +
EAR) e seus parmetros fitossociolgicos (N- nmero de indivduos,
Dr - densidade relativa e Da - densidade absoluta)

Nome popular

Famlia

Espcie

Dr

Da

Aperta ruo

Piperaceae

.Piper hispidum Sw.

14

22,95081967

Arac uma (n)

Myrtaceae

Psidium Eugeniaefolia

1,639344262

0,5

Aricurana

Euphorbiaceae

Hyeronima alchorneoides Fr. All.

1,639344262

0,5

Bapeba costela
de velho

Sapotaceae

Pouteria sp. 1

9,836065574

Bapeba osso

Sapotaceae

Pouteria sp. 2

1,639344262

0,5

Bico de pato

Papilionoidaeae

Machaerium nyctitans (Vell.)


Benth.

1,639344262

0,5

Bicuba sangue

Miristicaceae

Virola oleifera (Schott) A. C.


Smith

3,278688525

Cabi

Fabaceae

Leguminosa 4

1,639344262

0,5

Cambi vinhtico

Fabaceae

Plathymenia foliolosa Benth.

10

16,39344262

10

Cambot mido

sp 1

1,639344262

0,5

11

Canela abacate

Lauraceae

Aydendron floribundum Meisn.

3,278688525

12

Canela azeite

sp 2

4,918032787

1,5

13

Ceboleira

Phytolaccaceae

Phytolacca dioica L.

4,918032787

1,5

14

Cip arame

Bignoniaceae

Memora peregrina

3,278688525

15

Copa rosa

sp 3

8,196721311

2,5

16

Erva de rato

Rubiaceae

Palicourea marcgravii A. St. Hil.

19

31,14754098

9,5

17

Erva lagarto

Salicaceae

Casearia sylvrestres SW.

1,639344262

0,5

18

Fedegoso

Caesalpinaceae

Senna australis

4,918032787

1,5

19

Guarapa

Caesalpinoideae

Apuleia leiocarpa (Vog.) Macbr.

4,918032787

1,5

20

Imbi preto

Annonaceae

Oxandra reticulata Mass

1,639344262

0,5

21

Ipeque marfim

Apocynaceae

Aspidosperma parvifolium A. DC.

1,639344262

0,5

22

Jaborandi

Rutaceae

Pilocarpus pennatifolios Lem.

1,639344262

0,5

23

Jacarand cip

Fabaceae

Machaerium fulvovenosum

6,557377049

24

Jussara

Arecaceae

Euterpe edulis

1,639344262

0,5

25

Maminha de
porca

Rutaceae

Zanthoxylum rhoifolium Lam.

3,278688525

26

Munjolo jacar

Mimosaceae

Piptadenia gonoacantha (Mart.) J.


F. Macbr

4,918032787

1,5

27

Nega mina

Siparuneceae

Siparuna guianenses

4,918032787

1,5

28

Pata de vaca

Fabaceae

Bauhinia sp.

3,278688525

29

Pimenta longa

Piperaceae

Piper sp 1

12

19,67213115

30

Pimenta longa 2

Piperaceae

Piper sp 2

3,278688525

31

Pimenta longa 3

Piperaceae

Piper sp 3

3,278688525

32

Pimenta longa 4

Piperaceae

Piper sp 4

3,278688525

33

Pixirica

Melastomataceae

Miconia sp.

6,557377049

34

Pixirica 2

Melastomataceae

Miconia sp.1

1,639344262

0,5

35

Pixirica 3

Melastomataceae

Miconia sp.2

1,639344262

0,5

Novembro / 2014

Pgina 147

Plano de Manejo da
Reserva Particular do Patrimnio Natural Fazenda Bom Retiro

Nome popular

Famlia

Espcie

Dr

Da

Pixirico

Melastomataceae

Miconia sp.3

1,639344262

0,5

37

Roxinho

Caesalpinoideae

Peltrogyne angustiflora Ducke

1,639344262

0,5

38

Samambaia

Pteridophyta

sp 4

1,639344262

0,5

39

No identificada 1

sp 5

1,639344262

0,5

36

40

No identificada 2

sp 6

1,639344262

0,5

41

No identificada 3

sp 7

1,639344262

0,5

42

No identificada 4

sp 8

1,639344262

0,5

Listas de espcies de fauna


QUADRO A8 -

Lista de famlias e espcies de Invertebrados estudados na Reserva


Particular do Patrimnio Natural Fazenda Bom Retiro
Filo Annelida

Subfilo Clitelata

Classe Oligochaeta
Filo Mollusca
Classe
Gastropoda

Ordem Pulmonata

Familia Megaspiradae
Megaspyra sp

Filo Arthropoda
Ordem Isopoda

Subfilo Crustacea

Classe
Malacostraca

Infra-ordem
Caridea

Ordem
Decapoda

Famlia Palaemonidae
Macrobrachium sp.
Famlia Atyidae
Potimirim sp.
Atya sp.

Superclasse
Hexapoda
Ordem Homoptera
Ordem Hymenoptera

Famlia Formicidae

Ordem Mallophaga
Ordem Orthoptera
Ordem Thysanura
Ordem Isoptera
Ordem Dermaptera

Subfilo Atelocerata
Classe Insecta

Ordem Psocoptera
Ordem Anoplura
Ordem Siphonaptera
Subordem
Gerromorpha

Famlia Belostomatidae

Subordem
Nepomorpha

Famlia Veliidae
Rhagovelia robusta
Rhagovelia hambletoni

Ordem Hemiptera

Ordem Trichoptera

Novembro / 2014

Famlia Leptoceridae
Famlia Hidropsychidae

Pgina 148

Plano de Manejo da
Reserva Particular do Patrimnio Natural Fazenda Bom Retiro

Famlia Philopotamidae
Ordem Megaloptera
Ordem Coleoptera
Subordem
Anisoptera
Ordem Odonata
Subordem
Zygoptera
Ordem Ephemeroptera

Famlia Corydalidae
Famlia Psephenidae
Famlia Elmidae
Famlia Libellulidae
Famlia Gomphidae
Famlia Coenogrionidae
Famlia Megapodagrionidae
Famlia Baetidae
Famlia Tipulidae
Famlia Chironomidae
Famlia Simulidae

Ordem Diptera

Ordem Lepidoptera

Famlia Psychodidae
Brumptomyia guimaraesi
Lutzomyia longipalpis
Lutzomyia fischeri
Lutzomyia shannoni
Lutzomyia barrettoi
Lutzomyia intermedia
Lutzomyia whitmani
Lutzomyia hirsuta
Lutzomyia monticola
Lutzomyia misionensis

Famlia Piralydae
Famlia Gripopterygidae
Gripopteryx cancellata
Gripopteryx reticulata
Tupiperla tessellata

Ordem Plecoptera

Famlia Perlidae
Anacroneuria furfurosa
Anacroneuria subcostalis
Kempnyia gracilenta
Kempnyia varipes

Classe
Diplopoda
Classe
Chilopoda
Classe
Entognatha

Ordem Protura
Ordem Acarina

Classe
Arachinida

Ordem Aranae
Ordem Pseudoscorpionida
Ordem Opiliones

QUADRO A9 -

Lista de Famlias e Espcies de Ictiofauna identificada no Rio Aldeia


Velha

Novembro / 2014

Pgina 149

Plano de Manejo da
Reserva Particular do Patrimnio Natural Fazenda Bom Retiro

Filo Chordata
Sub-filo Vertebrata
Infra-filo Gnathostomata
Super-classe Osteichthyes
Classe Actinopterygii
Sub-classe Neopterygii
Super-ordem Ostariophysi
Ordem Characiformes
Famlia Characidae
Astyanax sp.
Astyanax teaniatus
Famlia Crenuchidae
Subfamlia Characidiinae
Characidium sp.
Famlia Erythrinidae
Hoplias malabaricus
Ordem Siluriformes
Famlia Loricariidae
Subfamlia Hypoptopomatinae
Schizolecis guntheri
Famlia Trichomycteridae
Subfamlia Trichomycterinae
Trichomycterus sp.
Famlia Heptapteridae
Rhamdioglanis frenatus
Super-ordem Acanthopterygii
Ordem Cyprinodontiformes
Famlia Poeciliidae
Phalloceros sp.
Phallaceros caudimaculatus
Ordem Perciformes
Famlia Cichlidae
Geophagus brasiliensis
Crenicichla cf. lacustris
Famlia Gobiidae
Awaous tajasica
Ordem Symbranchiformes
Famlia Synbranchidae
Synbranchus marmoratus

QUADRO A10 - Lista de Espcies de Serpente encontradas na RPPN Fazenda Bom


Retiro
Nome do Txon

Nome Popular

Ordem Squamata
Boidae

Novembro / 2014

Pgina 150

Plano de Manejo da
Reserva Particular do Patrimnio Natural Fazenda Bom Retiro

Boa constrictor

jiboia

Corallus hortulanus

cobra suaubia

Colubridae
Philodryas olfersii

cobra verde

Tripanurgos compressus

falsa coral

Chironius fuscus

cobra-cip

Chironius bicarinatus

cobra cip

Helicops trivittatus
Mastigodryas bifossatus

jararacuu do brejo

Liophis miliaris

cobra d'gua

Clelia cleelia

muurana

Xenodon neuwiedii

falsa jararaca

Elapidae
Micrurus corallinus

cobra coral

Viperidae
Bothrops jararaca

jararaca

Borhrops jararacussu

jararacuu

QUADRO A11 - Diversidade de espcies de aves nas ordens encontradas na RPPN


Fazenda Bom Retiro
Tinamiformes

Anseriformes

Galliformes

Ciconiiformes

Cathartiformes

Falconiformes

11

Gruiformes

Charadriiformes

Columbiformes

Psittaciformes

Cuculiformes

Strigiformes

Caprimulgiformes

Apodiformes

13

Trogoniformes

Coraciiformes

Galbuliformes

Piciformes

Passeriformes

119

QUADRO A12 - Lista de Espcies de aves encontradas na RPPN Fazenda Bom Retiro
Nome do txon

Nome popular

Tinamiformes
Tinamidae
Crypturellus obsoletus

inhambuguau

Novembro / 2014

Pgina 151

Plano de Manejo da
Reserva Particular do Patrimnio Natural Fazenda Bom Retiro

Nome do txon

Nome popular

Anseriformes
Anatidae
Dendrocygna viduata

Irer

Amazonetta brasiliensis

p-vermelho

Galliformes
Cracidae
Penelope superciliaris

Jacupemba

Ciconiiformes
Ardeidae
Butorides striata

socozinho

Bubulcus ibis

gara-vaqueira

Ardea alba

gara-branca-grande

Syrigma sibilatrix

Maria-faceira

Egretta thula

gara-branca-pequena

Ciconiidae
Ciconia maguari

maguari

Cathartiformes
Cathartidae
Cathartes aura

urubu-de-cabea-vermelha

Cathartes burrovianus

urubu-de-cabea-amarela

Coragyps atratus

urubu-de-cabea-preta

Falconiformes
Accipitridae
Leucopternis lacernulatus

gavio-pombo-pequeno

Heterospizias meridionalis

gavio-caboclo

Parabuteo unicinctus

gavio-asa-de-telha

Rupornis magnirostris

gavio-carij

Buteo albicaudatus

gavio-de-rabo-branco

Spizaetus melanoleucus

gavio-pato

Falconidae
Caracara plancus

caracar

Milvago chimachima

carrapateiro

Herpetotheres cachinnans

acau

Falco sparverius

quiriquiri

Falco femoralis

falco-de-coleira

Gruiformes
Aramidae
Aramus guarauna

caro

Rallidae
Aramides saracura

saracura-do-mato

Laterallus viridis

san-castanha

Cariamidae
Cariama cristata

seriema

Charadriiformes
Charadriidae
Vanellus chilensis

quero-quero

Scolopacidae

Novembro / 2014

Pgina 152

Plano de Manejo da
Reserva Particular do Patrimnio Natural Fazenda Bom Retiro

Nome do txon
Gallinago undulata

Nome popular
narcejo

Jacanidae
Jacana jacana

jaan

Columbiformes
Columbidae
Columbina talpacoti

rolinha-roxa

Patagioenas picazuro

pombo

Leptotila verreauxi

juriti-pupu

Leptotila rufaxilla

juriti-gemedeira

Geotrygon montana

Pariri

Psittaciformes
Psittacidae
Forpus xanthopterygius

tuim

Brotogeris tirica

periquito-rico

Pionus maximiliani

maitaca-verde

Cuculiformes
Cuculidae
Piaya cayana

alma-de-gato

Crotophaga major

anu-coroca

Crotophaga ani

anu-preto

Guira guira

anu-branco

Tapera naevia

Saci

Strigiformes
Tytonidae
Tyto alba

coruja-da-igreja

Strigidae
Megascops choliba

corujinha-do-mato

Pulsatrix koeniswaldiana

murucututu-de-barriga-amarela

Athene cunicularia

coruja-buraqueira

Caprimulgiformes
Nyctibidae
Nyctbius griseus

urutau

Caprimulgidae
Nyctidromus albicollis

bacurau

Apodiformes
Apodidae
Streptoprocne zonaris

taperuu-de-coleira-branca

Panyptila cayennensis

andorinho-estofador

Trochilidae
Ramphodon naevius

beija-flor-rajado

Glaucis hirsutus

balana-rabo-de-bico-torto

Phaethornis idaliae

rabo-branco-mirim

Phaethornis ruber

rabo-branco-rubro

Eupetomena macroura

beija-flor-tesoura

Aphantochroa cirrochloris

beija-flor-cinza

Florisuga fusca

beija-flor-preto

Anthracothorax nigricollis

beija-flor-de-veste-preta

Novembro / 2014

Pgina 153

Plano de Manejo da
Reserva Particular do Patrimnio Natural Fazenda Bom Retiro

Nome do txon

Nome popular

Thalurania glaucopis

beija-flor-de-fronte-violeta

Hylocharis cyanus

beija-flor-roxo

Amazilia fimbriata

beija-flor-de-garganta-verde

Trogoniformes
Trogonidae
Trogon surrucura

surucu-variado

Trogon rufus

surucu-de-barriga-amarela

Coraciiformes
Alcedinidae
Megaceryle torquatus

martim-pescador-grande

Chloroceryle amazona

martim-pescador-verde

Chloroceryle americana

martim-pescador-pequeno

Momotidae
Baryphthengus ruficapillus

juruva-verde

Galbuliformes
Galbulidae
Galbula ruficauda

ariramba-de-cauda-ruiva

Bucconidae
Nystalus chacuru

joo-bobo

Piciformes
Ramphastidae
Ramphastos vitellinus

tucano-de-bico-preto

Pteroglossus aracari

araari-de-bico-branco

Picidae
Picumnus cirratus

pica-pau-ano-barrado

Melanerpes candidus

pica-pau-branco

Veniliornis maculifrons

picapauzinho-de-testa-pintada

Colaptes campestris

pica-pau-do-campo

Celeus flavescens

pica-pau-de-cabea-amarela

Dryocopus lineatus

pica-pau-de-banda-branca

Passeriformes
Thamnophilidae
Thamnophilus palliatus

choca-listrada

Thamnophilus ambiguus

choca-de-sooretama

Dysithamnus stictothorax

choquinha-de-peito-pintado

Myrmotherula gularis

choquinha-de-garganta-pintada

Myrmotherulla axillaris

choquinha-de-flanco-branco

Myrmotherula urosticta

choquinha-de-rabo-cintado

Myrmotherula unicolor

choquinha-cinzenta

Herpsilochmus rufimarginatus

chorozinho-de-asa-vermelha

Drymophila squamata

pintadinho

Terenura maculata

zided

Conopophagidae
Conopophaga melanops

cuspidor-de-mscara-preta

Scleruridae
Sclerurus scansor

vira-folha

Dendrocolaptidae

Novembro / 2014

Pgina 154

Plano de Manejo da
Reserva Particular do Patrimnio Natural Fazenda Bom Retiro

Nome do txon

Nome popular

Dendrocincla turdina

arapau-liso

Sittasomus griseicapillus

arapau-verde

Xiphorhynchus fuscus

arapau-rajado

Furnariidae
Furnarius figulus

casaca-de-couro-da-lama

Furnarius rufus

joo-de-barro

Synallaxis spixi

joo-tenenm

Certhiaxis cinnamomeus

curuti

Phacellodomus rufifrons

joo-de-pau

Philydor atricapillus

limpa-folha-coroado

Xenops minutus

bico-virado-mido

Xenops rutilans

bico-virado-carij

Tyrannidae
Mionectes oleagineus

abre-asa

Mionectes rufiventris

abre-asa-de-cabea-cinza

Leptopogon amaurocephalus

cabeudo

Hemitriccus orbitatus

tiririzinho-do-mato

Myiornis auricularis

miudinho

Todirostrum poliocephalum

teque-teque

Todirostrum cinereum

ferreirinho-relgio

Phyllomyias fasciatus

piolhinho

Elaenia flavogaster

guaracava-de-barriga-amarela

Camptostoma obsoletum

risadinha

Tolmomyias sulphurescens

bico-chato-de-orelha-preta

Tolmomyias flaviventris

bico-chato-amarelo

Platyrinchus mystaceus

patinho

Myiobius barbatus

assanhadinho

Hirundinea ferruginea

gibo-de-couro

Lathrotriccus euleri

enferrujado

Cnemotriccus fuscatus

guaracavuu

Fluvicola nengeta

lavadeira-mascarada

Machetornis rixosa

suiriri-cavaleiro

Legatus leucophaius

bem-te-vi-pirata

Myiozetetes similis

bentevizinho-de-penacho-vermelho

Pitangus sulphuratus

bem-te-vi

Myiodynastes maculatus

bem-te-vi-rajado

Megarynchus pitangua

neinei

Empidonomus varius

peitica

Tyrannus melancholicus

suiriri

Tyrannus savana

tesourinha

Rhytipterna simplex

vissi

Myiarchus ferox

maria-cavaleira

Attila rufus

capito-de-sara

Cotingidae
Procnias nudicollis

araponga

Pipridae
Manacus manacus

rendeira

Novembro / 2014

Pgina 155

Plano de Manejo da
Reserva Particular do Patrimnio Natural Fazenda Bom Retiro

Nome do txon
Chiroxiphia caudata

Nome popular
tangar

Tityridae
Schiffornis turdina

flautim-marrom

Pachyramphus castaneus

caneleiro

Pachyramphus polychopterus

caneleiro-preto

Pachyramphus marginatus

caneleiro-bordado

Pachyramphus validus

caneleiro-de-chapu-preto

Vireonidae
Cyclarhis gujanensis

pitiguari

Vireo olivaceus

juruviara

Hylophilus thoracicus

vite-vite

Hirundinidae
Pygochelidon cyanoleuca

andorinha-pequena-de-casa

Atticora tibialis

calcinha-branca

Stelgidopteryx ruficollis

andorinha-serradora

Progne chalybea

andorinha-domstica-grande

Tachycineta leucorrhoa

andorinha-de-sobre-branco

Troglodytidae
Troglodytes musculus

corrura

Pheugopedius genibarbis

garrincho-pai-av

Turdidae
Turdus flavipes

sabi-una

Turdus rufiventris

sabi-laranjeira

Turdus leucomelas

sabi-barranco

Turdus amaurochalinus

sabi-poca

Turdus albicollis

sabi-coleira

Mimidae
Mimus saturninus

sabi-do-campo

Motacillidae
Anthus lutescens

caminheiro-zumbidor

Coerebidae
Coereba flaveola

cambacica

Thraupidae
Saltator maximus

tempera-viola

Nemosia pileata

sara-de-chapu-preto

Trichothraupis melanops

ti-de-topete

Tachyphonus cristatus

ti-galo

Tachyphonus coronatus

ti-preto

Ramphocelus bresilius

ti-sangue

Thraupis sayaca

sanhau-cinzento

Thraupis ornata

sanhau-de-encontro-amarelo

Thraupis palmarum

sanhau-do-coqueiro

Pipraeidea melanonota

sara-viva

Tangara brasiliensis

cambada-de-chaves

Tangara seledon

sara-sete-cores

Tangara cayana

sara-amarela

Tersina viridis

sa-andorinha

Novembro / 2014

Pgina 156

Plano de Manejo da
Reserva Particular do Patrimnio Natural Fazenda Bom Retiro

Nome do txon

Nome popular

Dacnis cayana

sa-azul

Hemithraupis ruficapilla

sara-ferrugem

Hemithraupis flavicollis

sara-galega

Conirostrum speciosum

figuinha-de-rabo-castanho

Emberizidae
Zonotrichia capensis

tico-tico

Ammodramus humeralis

tico-tico-do-campo

Sicalis flaveola

canrio-da-terra-verdadeiro

Emberizoides herbicola

canrio-do-campo

Volatinia jacarina

tiziu

Sporophila lineola

bigodinho

Sporophila caerulescens

coleirinho

Tiaris fuliginosus

cigarra-do-coqueiro

Cardinalidae
Habia rubica

ti-do-mato-grosso

Caryothraustes canadensis

furriel

Parulidae
Parula pitiayumi

mariquita

Basileuterus culicivorus

pula-pula

Icteridae
Cacicus haemorrhous

guaxe

Gnorimopsar chopi

grana

Molothrus orizyvorus

irana-grande

Molothrus bonariensis

vira-bosta

Fringillidae
Euphonia chlorotica

fim-fim

Euphonia violacea

gaturamo-verdadeiro

Euphonia xanthogaster

fim-fim-grande

Euphonia pectoralis

ferro-velho

Estrildidae
Estrilda astrild

bico-de-lacre

Passeridae
Passer domesticus

pardal

QUADRO A13 - Lista de Espcies de mamferos encontradas por Pessoa et al (2011)


na RPPN Fazenda Bom Retiro.
NOME DO TXON

NOME POPULAR

Ordem Carnivora
Felidae
Leopardus pardalis

Jaguatirica

Ordem Didelphimorphia
Didelphidae
Marmosops incanus

cuca

Metachirus nudicaudatus

cuca-cauda-de-rato

Philander frenatus

gamb

Ordem Rodentia

Novembro / 2014

Pgina 157

Plano de Manejo da
Reserva Particular do Patrimnio Natural Fazenda Bom Retiro

NOME DO TXON

NOME POPULAR

Cricetidae
Akodon cursor

rato-da-mata

Nectomys squamipes

rato d'gua

Oligoryzomys nigripes

rato do mato

Erethizontidae
Sphiggurus villosus

ourio-cacheiro

Ordem Chiroptera
Phillostomidae
Carollia perspicillata

morcego

Desmodus rotundus

morcego vampiro

Sturnira lilium

morcego

Novembro / 2014

Pgina 158

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